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2014
Editorial
Comitê Editorial
Durval Corrêa Meirelles
Jair do Canto Abreu Júnior
Andreia Marques Maciel
Organizadores do Livro
Tânia Maria Bulhões Figueira
Wellington de Oliveira Pereira
Bons estudos!
Profa. Tânia Bulhões.
O Corretor de Imóveis
Como não poderia ser diferente, este
Glossário
Escopo: todas as variantes envolvidas em um determinado processo;
no caso específico de nosso estudo, todas as etapas necessárias à exe-
cução de uma transação imobiliária.
Glossário
Diligência: com o devido cuidado e preocupação.
Profissional Liberal
A expressão “profissional liberal” é, recorrentemente, interpretada de forma
equivocada, confundindo-se com a definição de profissional autônomo.
De acordo com as determinações do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), toda profissão legitimada por curso técnico e/ou superior, da qual se
deriva a prestação de serviços e desta, um conhecimento técnico-científico,
pode ser classificada como uma profissão liberal e, o sujeito da mesma, um
profissional liberal.
A aplicação prática do conhecimento específico de cada uma das profissões
reconhecidas como liberais visa à busca por soluções de toda ordem, depen-
dendo de sua atuação no mercado, sendo o diferencial deste profissional a
oferta de mão de obra qualificada e não, necessariamente, de um específico
produto.
Proibida a reprodução – © UniSEB
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
Glossário
Cunho: caráter, feição.
Glossário
Ibero-americana: expressão utilizada para classificar um determinado
grupo de países (e seu respectivo gentílico) que se conformou a partir da co-
lonização espanhola e portuguesa. Atualmente, configuram-se por Estados
independentes (como, por exemplo, o Brasil). No entanto, na época citada
em nosso estudo, ainda pertenciam ao domínio metropolitano europeu.
Glossário
Oitocentista: relativo ao século XIX.
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
Glossário
Mister: necessidade iminente, imprescindível, urgente.
Glossário
Benemérito: aquele que é digno de honrarias; no caso de nossos es-
tudos, membros não necessariamente efetivos dos sindicatos de cor-
retores imobiliários, mas que eram figuras representativas das lutas e
conquistas da profissão.
Glossário
Homologação: aprovação de um representante legal (juiz) sobre um
ato processual.
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Princípios Gerais da Corretagem
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Princípios Gerais da Corretagem
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
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Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Exímia: excelente.
Título: Da jurisdição
Título II: Do processo disciplinar
Capítulo I: Das modalidades do processo
Capítulo II: Do auto de infração
Seção I: Da lavratura
Seção II: Do processamento
Seção III: Da decisão em primeira instância
Seção IV: Do recurso
Seção V: Da execução das penalidades
Capítulo III: Da representação
Seção I: Das peças preliminares
Seção II: Do processamento
Seção III: Da decisão em primeira instância
Seção IV: Do recurso
Seção V: Da execução de penalidades
Título III: Da competência
Título IV: Das disposições gerais
Título V: Das disposições Conexão:
O Código de Processo Discipli-
transitórias nar orienta sobre as principais pena-
lidades e sanções originárias de arbitrarie-
dades executadas por um corretor imobiliário.
Como podemos verificar, ele Por isso, você deve entrar em contato com seu
determina um conjunto de proces- texto original, estando assim, apto a avaliar caso a
caso as irregularidades.
sos judiciais, julgamentos e penali-
O link do site do COFECI que fornece acesso a tal
dades específicos que existem para código é: <http://www.cofeci.gov.br/portal/arqui-
punir irregularidades cometidas por vos/legislacao/1982/resolucao146_82.pdf>.
todo e qualquer corretor em suas ope- Não deixe de verificá-lo com a
devida atenção!
rações imobiliárias. Assim, o cliente e
todas as partes envolvidas na negociação
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
Glossário
Lisura: sinceridade, franqueza, sem nenhum tipo de enganação.
Glossário
Idoneidade: relativo a idôneo, ou seja, adequado, competente, capaz.
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Princípios Gerais da Corretagem
1.8 Proibições
Quando da redação das leis que regulamentaram o exercício da pro-
fissão de corretores imobiliário, houve uma preocupação especial em rela-
ção às proibições relativas às atividades dos corretores de imóveis. Na lei nº
6.530, o artigo 20 trata de tais proibições, como podemos verificar a seguir:
1.9 Penalidades
Caso o corretor de imóveis (pessoa física) ou a imobiliária (pessoa
jurídica) realizem alguma atividade vedada ao seu exercício profissional,
eles estarão aptos a arcar com as seguintes penalidades: pagamento de
multa, cujo valor corresponde ao preço da anuidade dos órgãos de classe
(CRECI), e/ou algum tipo de sanção disciplinar determinada pelos Con-
selhos Regionais e Conselho Federal (COFECI).
Essas sanções serão apresentadas no item a seguir e o grau de sua
penalidade depende diretamente do nível da infração efetuada.
I – advertência verbal;
II – censura;
III – multa;
IV – suspensão da inscrição, até noventa dias;
V – cancelamento da inscrição, com apreensão da Carteira Profissional.
§ 1º – Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Con-
selho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a considerar
leve ou grave a falta. (ver enquadramento no Art. 28, §§ 1º e 2º, da
Resolução-Cofeci nº 146/82 c/c o do Art. 8º da Resolução-Cofeci nº
326/92).
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Princípios Gerais da Corretagem
§ 2º – A reincidência na mesma
Conexão:
falta determinará a agrava- Para compreender melhor o jul-
ção da penalidade. gamento efetuado caso a caso, não se
esqueça de ler especificamente as seguin-
§ 3º – A multa poderá tes resoluções dos órgãos de classe: o Artigo
ser acumulada com ou- 28, Parágrafos 1º e 2º, da Resolução nº 146/82 e
o Artigo 8º da Resolução nº 326/92; encontradas,
tra penalidade e, na hi- respectivamente, nos seguintes links:
pótese de reincidência <http://www.cofeci.gov.br/portal/arquivos/legisla-
na mesma falta, aplicar- cao/1982/resolucao146_82.pdf> e <http://www.
cofeci.gov.br/arquivos/legislacao/1992/reso-
se-á em dobro. lucao326_92.pdf>.
§ 4º – A pena de suspensão Não deixe de verificá-las com a
será anotada na Carteira Pro- devida atenção!
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
Autarquia
Autarquia é um tipo de administração realizada por pessoas jurídicas, cujo
princípio elementar é a sua autogestão. Ou seja, estas entidades realizam
suas atividades com certa autonomia, sempre tendo um coletivo de pessoas
interessado em cada uma de suas deliberações.
Contudo, mesmo tendo tal autonomia e se autogerindo, estas entidades de-
vem prestar contas para alguns órgãos da União, possuindo, então, uma re-
lativa independência já que são fiscalizadas por entidades governamentais.
Segundo Silva (1999, p.100), a autarquia é uma:
Da lei nº 6.530 destacamos alguns artigos que tratam sobre tais au-
tarquias: o artigo 5º diz respeito à definição dos conselhos (o federal e os
regionais). Já o artigo 7º fala de suas competências gerais, as quais serão
efetuadas por uma diretoria sobre a qual trata o artigo 13.
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
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Princípios Gerais da Corretagem
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
Art 9º. Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Esta-
do, ou de um dos Estados ou Territórios da jurisdição, a critério do
Conselho Federal.
(Lei nº 6.530, 1978, artigo 9º).
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Princípios Gerais da Corretagem
Comissões permanentes
Conselho fiscal
Comissão de Ética e Comissão de Análise
Fiscalização de Processos de
Profissional – CEFISP Inscrição – COAPIN
Diretoria
Presidente
Diretor Diretor
secretariado tesoureiro
Gabinete do Presidente
Comissões
Assessora da Presidência
Setor de contencioso
Grupos de trabalho
trabalhista
Assessoria jurídica
Setor de contencioso
geral
Departamento de
gerência funcional
Setor de serviços
Setor judicial gerais
• Delegacia(s)
Sub-regional(is)
• Seccional(is)
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
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Princípios Gerais da Corretagem
dos corretores de imóveis. Tal Resolução foi redigida em 1992 pelo CO-
FECI, recebendo a numeração 327.
Conforme seus artigos 1º e 2º, apenas o profissional capacitado e
habilitado poderá exercer as atividades de corretagem imobiliária, tais
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
ica:elaboreumtextoavaliandoquaisasvantagensdaprofissãoser
D
regulamentada e as desvantagens de não o ser.
04. Qual foi a primeira lei que regulamentou a profissão dos corretores
imobiliários? E qual a atual? O que as diferenciam?
Reflexão
Para melhor compreendermos a profissão de corretor imobiliário e a
fim de elucidar as dúvidas relativas a sua prática quotidiana, alicerçamos
nossos estudos na compreensão da figura do mediador e sua íntima rela-
ção com o papel atual dos corretores imobiliários.
Mais do que um negociante, o corretor é um intermediário da tran-
sação, atuando como consultor nas mais variadas operações imobiliárias.
Seja na avaliação, compra, venda, locação, incorporação de imóveis, ou
mesmo na administração de condomínios, o consultor imobiliário agrega
conhecimento elementar, técnico-científico, de diversas áreas – economia,
administração, ciências exatas em geral, arquitetura e urbanismo, enge-
nharia civil, direito, entre outras – a fim de avaliar as condicionantes do
mercado e optar pelas melhores transações.
Devemos sempre ter em mente que todas as etapas de cada um dos
tipos de operações imobiliárias devem, necessariamente, ser executadas
por este profissional capacitado e habilitado pelos órgãos representativos
de sua classe, o Conselho Federal de Corretores de Imóveis e os Conse-
lhos Regionais dos estados brasileiros e distrito federal.
O processo histórico evolutivo da profissão e, concomitantemente,
as conquistas ligadas a sua regulamentação são, portanto, parte constitu-
tiva de um escopo fundamental da presente disciplina. Antes mesmo de
entrarmos em contato com as particularidades de cada uma das interme-
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Princípios Gerais da Corretagem
Leitura recomendada
Livro: RESENDE, Jose Machado. Operações Imobiliárias. Goiânia:
AB Editora, 2001.
Referências
BRASIL. Decreto nº 81.871, de 29 de Junho de 1978. Regulamenta
a Lei n.º 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá nova regulamentação à
profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus
órgãos e dá outras providências. Disponível em: <http://www.cofeci.
gov.br/arquivos/legislacao/decreto81871_78.pdf>. Acesso em: Junho
de 2012.
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O Corretor de Imóveis – Capítulo 1
da Educação, 1998.
41
Princípios Gerais da Corretagem
No próximo capítulo
Tendo em vista que até o presente capítulo buscamos esclarecer,
primeiramente, as definições e regulamentações da profissão de correta-
gem imobiliária a partir do próximo capítulo iremos tratar efetivamente da
multiplicidade de tarefas cabíveis ao corretor imobiliário.
Falaremos de cada um dos trabalhos realizados por esse profissional
de maneira sucinta, elaborando um corpo textual referente ao Agencia-
mento de Imóveis, à Avaliação de Imóveis, à Administração de Imóveis, à
Mediação de Compra e Venda de Imóveis, à Gestão de Loja Imobiliária e
à Incorporação de Empreendimentos Imobiliários; compondo, assim, um
estudo aprofundado das atribuições do corretor.
Entretanto, não apenas as apresentações de cada uma destas ati-
vidades conformarão o capítulo seguinte, mas também o escopo teórico
ligado ao código de ética da profissão e a temática do cliente. Desta ma-
neira, abordaremos mais uma vez questões legais – agora ligadas à ética
profissional – e, em primeira instância, temas da área do conhecimento da
Psicologia, que englobam o relacionamento com o cliente.
Redobre sua atenção e bons estudos!
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O Trabalho do
Corretor de Imóveis
No presente capítulo apresentaremos
Glossário
Lisura: relativo à franqueza e seriedade com que se trata uma determinada
tarefa.
O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a ou-
tra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer
relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou
mais negócios, conforme as instruções recebidas.
Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com diligên-
cia e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as
informações sobre o andamento do negócio. (Redação dada pela
Lei nº 12.236, de 2010).
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o corre-
tor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança
ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores
que possam influir nos resultados da incumbência. (Incluído pela
Lei nº 12.236, de 2010).
(Lei nº 10.406, 2002, artigos 722 e 723 e parágrafo único).
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Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Consonância: algo que está de acordo, em conformidade, com outro elemento.
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
Locaçâo
1) De qualquer espécie e sempre por conta Equivalente ao valor de 1 (um)
do locador: aluguel
2) Locação de temporada (Lei 8.245/91), com
prazo de até 90 (noventa) dias: 30% sobre o valor recebido
Empreendimentos imobiliários
Venda de empreendimentos imobiliários 4% a 6%
NOTA: não estão incluídas nos percentuais acima, as despesas de promoção e
publicidade em geral.
Loteamentos
Estudo, organização de vendas de áreas lo- 6% a 8%
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Administração de condomínios
Sobre o arrecadado pelo condomínio mensal-
mente: 5% a 10%
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Princípios Gerais da Corretagem
Compra
Autorização expressa da procura de imóveis: 6% a 8%
Ativos imobiliários
Intermediação de fundos Imobiliários, cotas
de consórcio imobiliário, certificados de rece- 4% a 6%
bíveis do SFI e outros:
Pareceres
Parecer por escrito quanto à comercialização
de imóvel. Sobre o valor apresentado os ho- 1%
norários serão fixados em:
Valor mínimo de parecer por escrito: R$ 650,00
Parecer verbal quanto a operações imobiliá- A partir do valor de 1 (uma) anui-
rias. dade Vigente do CRECI/SP.
Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio
dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como
fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução
se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. (Lei nº 10.406,
2002, artigo 727).
Glossário
Factível: relativo àquilo que é possível de ocorrer.
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
sentam uma pessoa jurídica – empresa imobiliária – que admite tal função.
O gerenciamento do imóvel ocorre como mais uma prestação de
serviço por parte da imobiliária, a qual deve manter a constituição física
do bem, conservando-o e, para tanto, administrando reformas – materiais
e pessoal qualificado. Além disso, todo o conjunto de pessoas interessadas
em adquirir o bem ou locá-lo deve ser gerido pelos corretores tanto no ato
da mostra de interesse, como no processo da transação e posteriormente
a ela, na cobrança de parcelas do pagamento pela compra efetivada e/ou
aluguéis.
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Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Interlocução: diálogo; conversa.
55
Princípios Gerais da Corretagem
+ =
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
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Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Auferir: receber; obter.
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Princípios Gerais da Corretagem
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
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Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Capcioso: ardiloso, algo que procura enganar alguém.
Expressão “Over-price”
Pela língua inglesa da qual deriva, a expressão “Over-price” (ou “overpri-
ce”) significa uma situação pela qual o preço atribuído a algo (um produto ou
serviço, por exemplo) realizou-se de forma indevida, estando o mesmo acima
dos custos regulares.
No caso específico de nossa área de atuação profissional, a corretagem imobi-
liária, o termo vincula-se ao recebimento indevido de comissões que superem
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
o valor tabelado pelos CRECIs das diversas jurisdições brasileiras, sendo ca-
racterizado com um ganho adicional acima da comissão inerente aos serviços
oferecidos e efetuados pelo corretor. Geralmente, o agente deste recebimento
irregular o faz de modo a não transparecer para as partes envolvidas na tran-
sação, a fim de camuflar sua atuação profissional desonesta.
Aluno (e futuro profissional) fique atento para identificar colegas atuando sob
tal conduta e denunciem-na. Desta maneira, você estará colaborando para a
manutenção do prestigio atribuído à profissão que escolheu para si!
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Princípios Gerais da Corretagem
2.4 O cliente
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Glossário
Intelecção: ato de compreender, entender ou captar algo, percebê-lo.
Por fim, caso todos esses procedimentos sejam tomados, haverá a media-
ção de propostas e contrapropostas das partes interessadas e o fechamento da
transação, caracterizando a etapa de “Consultoria e Finalização do Negócio”.
Pelo exposto, sabemos que tais procedimentos se vinculam aos
clientes interessados em locar ou adquirir um bem, contudo, aos que pre-
tendem vender seus imóveis se destinam os
seguintes processos de atendimento: abor- Conexão:
dagem, entrevista, mostra do perfil da Todos os procedimentos apre-
sentados a você devem ser seguidos
imobiliária ou do trabalho efetuado para que o cliente adquira confiabilidade na
qualidade do seu trabalho como corretor. Para
pelo corretor ao cliente, análise do ampliar seus conhecimentos referentes às etapas
perfil do cliente e do imóvel e seu discutidas e ao sumário realizado sobre os imóveis
cadastrados em loja imobiliária, disponibilizamos o link
cadastramento. de acesso a uma leitura complementar oferecida pelo
Quando houver interesse portão do CRECI-PR – 6ª Região:
<http://www.crecipr.gov.br/creci/index.
relativo ao imóvel cadastrado, o php?option=com_content&view=article&id=131:o-
corretor deverá imediatamente con- corretor-de-imoveis-fazendo-a-qlicao-de-
casaq&catid=1:latest-news&Itemid=60>.
sultar o proprietário do bem a fim de
Aprofunde seu conhecimento e boa
informar-lhe do ocorrido para que esti- leitura!
pulem as condições relativas às possíveis
negociações.
Atividades
01. Segundo o conteúdo apresentado e baseado no “Capítulo XIII – Da
Corretagem”, expresso na lei nº 10.406/2002, defina a profissão de
corretagem imobiliária destacando o princípio ao qual ela se baseia.
03. Nomeie cada uma das atividades realizadas pelos corretores imobiliários.
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Princípios Gerais da Corretagem
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
Reflexão
Por este capítulo, iniciamos nossa abordagem sobre as atividades
práticas do corretor de imóveis. Relembramos que a lei nº 10.406/2002 –
Código Civil Brasileiro – é a principal regulamentação ligada à profissão
de corretagem, e define (pelo artigo 723 e parágrafo único) que o profis-
sional dessa área deve atuar com toda diligência, lisura e ética necessárias
em cada uma de suas atribuições. Parafraseamos o conteúdo legal dos
artigos 722 ao 729 dessa lei, interpretando-os e ressaltando questões rela-
tivas à ética profissional.
Para termos conhecimento sobre todos os campos de atuação do
corretor, apresentamos sucintamente suas atribuições como o agencia-
mento, a avaliação, a administração e a mediação de compra e venda imo-
biliária. A primeira tarefa nada mais é do que a busca e seleção realizada
pelo corretor sobre imóveis que possam ser negociados em intermedia-
ções. A segunda caracteriza-se pela avaliação feita sobre o imóvel, a fim
de atribuir um valor de mercado ao mesmo. A terceira atividade vincula-
se ao gerenciamento do imóvel, empreendimento ou condomínio, com
responsabilidades sobre o mesmo inclusive no pagamento de impostos à
municipalidade, estado ou Federação. Por último, a mediação de compra
e venda é o processo de consultoria fornecido às partes interessadas em
vender e comprar um determinado imóvel.
Falamos também do gerenciamento de loja imobiliária e suas mais
variadas atribuições administrativas e, por fim, da incorporação imobiliá-
ria, que ocorre quando o incorporador detém controle sobre todas as fases
da aquisição de um terreno, projeto do empreendimento, construção do
mesmo e venda de suas unidades autônomas no mercado.
Após apresentarmos todo este conteúdo relativo às tarefas do corre-
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
Leitura recomendada
Livro: BONADIO, João Batista. Ética e Disciplina do Corretor de
Imóveis – Legislação. São Paulo: João Batista Bonadio Editora, 2005.
Referências
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de Outubro de 1941. Lei das
Contravenções Penais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm>. Acesso em: Julho de 2012.
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O Trabalho do Corretor de Imóveis – Capítulo 2
No próximo capítulo
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Princípios Gerais da Corretagem
72
Intermediação Imobiliária
Intermediar uma situação significa estar
Glossário
Premissa: algo necessário para concluir uma ideia.
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Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Glossário
Contraentes: pessoas (físicas ou jurídicas) que representam as par-
tes envolvidas numa negociação.
Glossário
Anuência: ato de anuir, concordar, dar consentimento.
80
Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Glossário
Pleitear: empenhar-se para obter algo.
Além disso, o cliente deverá assinar todo Termo de Visita dos imó-
veis que o corretor apresentar a ele. Assim, o corretor poderá cobrar seus
honorários relativos ao acompanhamento das mostras de bens, mesmo
que a negociação se efetue entre comprador e vendedor após o período
estipulado e contrato para a mediação da corretagem.
É fundamental que o corretor estabeleça tal contrato em cada uma
das intermediações que for realizar e com cada um dos seus respectivos
clientes, salvaguardando os interesses de ambos nas operações. Caso haja
a assinatura apenas do contrato de mediação, que é unilateral por excelên-
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cia, o corretor e/ou a loja imobiliária correrá o risco deste ser cancelado
e, portanto, de prestar parte ou integralmente seu serviço sem que possa
exigir o respectivo pagamento.
82
Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Glossário
Excerto: trecho extraído ou encontrado em uma redação.
Glossário
Pecuniária: relativa ao pagamento em espécime (dinheiro).
e gabarito.
A taxa de ocupação (T.O.) é obtida através da relação percentual entre
a área de projeção do edifício no terreno sobre a área total do mesmo.
Assim, ela apresenta a ocupação realizada pela edificação no seu res-
pectivo lote.
Já o coeficiente de aproveitamento (C.A.) é a relação entre a me-
tragem quadrada total do edifício (somados todos os pavimentos do
mesmo) e a área do terreno. Este índice é obtido em número decimal.
85
Princípios Gerais da Corretagem
nacionalidade e naturalidade.
• Informações relativas ao empreendimento imobiliário (seja
este loteamento, loteamento privado ou condomínio urba-
no, antigo ou novo) – nomenclatura registrada em cartório,
número da matrícula e data de sua inscrição, declarações ofi-
ciais das restrições urbanísticas ligadas ao empreendimento e
condizentes com a legislação em voga.
• Informações relativas ao lote (ou lotes) a serem adquiridos –
numeração do mesmo junto ao empreendimento, se existir, des-
crição que o qualifique, indicativos de topografia e do tipo de
87
Princípios Gerais da Corretagem
89
Princípios Gerais da Corretagem
profissão.
Glossário
Prescindir: dispensar algo, abstraí-lo.
90
Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a ou-
tra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer
relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou
mais negócios, conforme as instruções recebidas (Lei nº 10.406, de
10 de Janeiro de 2002, artigo 722).
91
Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Avalizar: dar aval, permitir.
venda (ou compromisso de compra e venda) não poderá ser anulado, alte-
rado ou revogado.
92
Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
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Princípios Gerais da Corretagem
4) Venda judicial 5%
NOTA 1: nas permutas, os honorários serão devidos pelos respectivos proprietários
a quem estes contrataram, calculado sob o valor de venda de cada imóvel.
Locaçâo
1) De qualquer espécie e sempre por conta Equivalente ao valor de 1 (um)
do locador: aluguel
2) Locação de temporada (Lei 8.245/91), com
prazo de até 90 (noventa) dias: 30% sobre o valor recebido
Empreendimentos imobiliários
Venda de empreendimentos imobiliários 4% a 6%
NOTA: não estão incluídas nos percentuais acima, as despesas de promoção e
publicidade em geral.
Loteamentos
Estudo, organização de vendas de áreas lo- 6% a 8%
teadas (urbanas),já aprovadas e registradas
Estudo, organização de vendas de áreas 6% a 10%
loteadas (rurais),já aprovadas e registradas:
NOTA: não estão incluídas nos percentuais acima, as despesas de promoção e
publicidade em geral, bem como a administração.
Administração de condomínios
Sobre o arrecadado pelo condomínio mensal-
mente: 5% a 10%
Compra
Autorização expressa da procura de imóveis: 6% a 8%
Ativos imobiliários
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Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Pareceres
Parecer por escrito quanto à comercialização
de imóvel. Sobre o valor apresentado os ho- 1%
norários serão fixados em:
Valor mínimo de parecer por escrito: R$ 650,00
Parecer verbal quanto a operações imobiliá- A partir do valor de 1 (uma) anui-
rias. dade Vigente do CRECI/SP.
versos assuntos oficiais que dizem respeito ao outorgante, tais como pro-
cessos judiciais, assinatura de contratos, recolhimento de documentação
pessoal, entre outras responsabilidades.
No caso das intermediações imobiliárias, toda procuração deverá
ser anexada aos distintos contratos inerentes às mesmas e que foram assi-
nados pelo procurador.
Glossário
Firma: assinatura de alguém, abreviada ou por extenso, geralmente
manuscrita.
Cada uma das operações terá valor de comissão a ser paga ao cor-
retor que a intermediar, o qual será acordado entre cliente e corretor no
ato da assinatura do contrato. Há uma variação relativa às porcentagens
de comissões das transações dependendo da jurisdição do país que se
encontram os Sindicatos dos Corretores – responsáveis pela execução das
chamadas Tabelas de Ressarcimento – e os CRECIs – habilitados para
homologá-las.
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Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Conexão:
Nos links a seguir disponibilizam-se as Tabelas de Remuneração
das jurisdições que representam cada uma das 4 (quatro) sub-regiões
brasileiras, o que nos permite, através de cada uma delas, estabelecer
comparações entre os valores cobrados por operações imobiliárias em
cada uma de tais regiões do país:
CRECI/RO-AC – 24ª Região, do norte do país (http://www.creciac.
org.br/frm_servcor_tabhonorarios.aspx);
CRECI/RN – 17ª Região, do nordeste do país (http://www.crecirn.
org/texto.asp?id=2&edicao=1);
CRECI/MT – 19ª Região, do centro-oeste do país (http://www.creci-
mt.org.br/frm_servcor_tabhonorarios.aspx);
CRECI/RS – 3ª Região, do sul do país (http://www.creci-rs.gov.br/
site/le_noticias.php?id=510).
99
Princípios Gerais da Corretagem
Glossário
Reipersecutórias: ações em que uma pessoa (física ou jurídica) re-
clama pela propriedade ou direito elementar de um bem que não está
contido em seu patrimônio.
101
Princípios Gerais da Corretagem
Atividades
01. Segundo os estudos realizados e a definição de Raimundo et Almeida
(2002), o que é um contrato e quais os princípios que o norteiam?
03. Defina cada um dos 8 (oito) tipos de contratos existentes em sua clas-
sificação geral.
Reflexão
No presente capítulo, falamos a respeito das características gerais
relativas ao processo de intermediação imobiliária, sobretudo da definição,
princípios reguladores, estrutura elementar e classificação dos contratos.
Partindo da ideia que um contrato é o acordo efetuado entre as
partes interessadas em negociações de toda ordem e que, justamente por
isso, possui generalidades cabíveis as mais distintas transações, iniciamos
EAD-14-Princípios Gerais da Corretagem – Proibida a reprodução – © UniSEB
nossa abordagem sobre cada uma das operações imobiliárias que devem
ser mediadas pelos corretores – compra e venda, locação predial e urbana,
administração de imóveis, condomínios e empreendimentos imobiliários,
assim como seu correlato processo de incorporação – definindo e caracte-
rizando as particularidades dos contratos relativos a cada uma delas.
É fundamental que o corretor elabore um contrato de mediação
antes de iniciar qualquer atividade de operação imobiliária, para que
resguarde o direito oficial de anunciar a transação relativa ao bem em pe-
riódicos de circulação pública e assim o fazer conforme regulamentações
oficiais do COFECI.
103
Princípios Gerais da Corretagem
Leitura recomendada
Livro: TRAVASSOS, Ari. Ganhe Muito Mais... Modernas Técnicas
de Corretagem Imobiliária. São Paulo: All Print Editora, 2008.
gem objetiva, o autor faz uma análise crítica sobre as principais atividades
de exercício profissional.
Boa leitura!
104
Intermediação Imobiliária – Capítulo 3
Referências
BRASIL. Decreto nº 81.871, de 29 de Junho de 1978. Regulamenta
a Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá nova regulamentação à
profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus
órgãos de fiscalização e dá outras providências. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D81871.htm>. Aces-
so em: Julho de 2012.
2012.
No próximo capítulo
Questões relativas ao mercado imobiliário são de extrema importân-
cia para a formação dos futuros gestores, consultores e empreendedores
do ramo de imóveis, pois possibilita ampla gama de conhecimentos bási-
cos e imprescindíveis para a atuação no competitivo mercado imobiliário.
A princípio, estudaremos todas as características do mercado imo-
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107
Princípios Gerais da Corretagem
Minhas anotações:
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108
O Mercado Imobiliário
Neste capítulo estudaremos os funda-
Você se lembra?
Quais são as atividades principais dos corretores de imóveis?
Princípios Gerais da Corretagem
quem vai querer adquirir por R$ 100 mil a mais um terreno? E pior: quem,
em sã consciência, pagará um milhão em um terreno que vale metade?
De qualquer forma, um valor “fora” da realidade avaliada estará
sujeito às regras do mercado imobiliário, direta ou indiretamente, como
veremos no tópico sobre oferta e demanda.
Analisaremos, a seguir, os principais integrantes do mercado imobi-
liário, suas competências e impactos.
1 O Estado brasileiro está organizado em três poderes: executivo, legislativo e judiciário. O executivo possui
a atribuição de governar e administrar os interesses públicos, cumprindo fielmente as ordenações legais. O
legislativo tem a função de elaborar Leis que são aplicadas à toda sociedade. O judiciário deve interpretar e
julgar as leis elaboradas pelo legislativo e promulgadas pelo executivo.
111
Princípios Gerais da Corretagem
112
O Mercado Imobiliário – Capítulo 4
113
Princípios Gerais da Corretagem
Do Plano Diretor
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas
no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cida-
dãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento
das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º
desta Lei.
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instru-
mento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
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2 É o direito de preferência que tem o vendedor de um bem no caso de o comprador querer vendê-lo após a sua
aquisição. Por exemplo, se o poder público for vender um bem que foi desapropriado, seu antigo proprietário
terá garantido o direito de preferência em adquiri-lo pelo preço pago na desapropriação.
3 É forma prevista em lei para exercer o direito de construir de acordo com o coeficiente máximo estabelecido pelo
zoneamento, mediante contrapartida prestada pelo beneficiado à sociedade.
114
O Mercado Imobiliário – Capítulo 4
gional ou nacional.
§ 1º No caso da realização de empreendimentos ou atividades
enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e fi-
nanceiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos
entre as medidas de compensação adotadas.
§ 2º No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitan-
tes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano inte-
grado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
115
Princípios Gerais da Corretagem
116
O Mercado Imobiliário – Capítulo 4
4.2.3 Construtoras
Empresas que se dedicam à construção civil, executando obras e
edificações, e desenvolvendo projetos e orçamentos para a construção
dos mais variados imóveis. No Brasil, existem diversos tipos e tamanhos
de construtoras. Algumas se especializam em segmentos de mercado, em
classes sociais, por licitação etc.
Ex.: Oderbrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
4.2.4 Empreiteiras
Pessoas físicas ou empresas que se responsabilizam por contratar
mão de obra para construção, renovação ou demolição de edifícios, casas
ou qualquer outra infraestrutura.
4.2.5 Incorporadoras
Têm o intuito de promover e realizar a construção, para alienação
total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de
unidades autônomas (ver o art. 28, parágrafo único, da Lei nº 4.591/64).
Assim, é incorporador toda pessoa (física ou jurídica) que, de alguma
forma, responsabilize-se pela entrega, dentro de prazo, preço e condições,
de tais unidades. Ainda é considerado incorporador aquele que contrata a
construção de prédios para a constituição de condomínios.
http://www.crecisp.gov.
CRECI para atuar no mercado imobiliário, na inter- br/index.asp.
mediação de venda ou locação de imóveis novos ou
usados, tais como casas, apartamentos, salas etc.
117
Princípios Gerais da Corretagem
Poder público
Agentes
Construtoras
financeiros
Incorporadoras
Imobiliárias
e empreiteiras
Corretores
P
D1 D2 S
Legenda
P: preço/valor
Q: quantidade
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S: curva da oferta
D: curva da procura
P2
P1
Q1 Q2 Q
121
Princípios Gerais da Corretagem
Atividades
Conforme vimos, o Estatuto da Cidade é de grande importância para
a sociedade e o mercado de imóveis. Você, como cidadão e como futuro
profissional do setor, deve tomar a providência abaixo e responder às se-
guintes questões.
122
O Mercado Imobiliário – Capítulo 4
Reflexão
Neste capítulo analisamos os principais integrantes, além dos di-
versos tópicos que, direta ou indiretamente, afetam o mercado imobili-
ário. Torna-se, agora, necessário juntar, ou melhor, ligar os elementos
discutidos e retirar daí uma visão holística sobre o objetivo proposto, ou
seja, entender que não basta visualizar um imóvel no contexto; é preciso,
contemplá-lo em uma cadeia multifacetada, como uma teia. É imprescin-
dível “ligar” os pontos.
Imagine uma floresta. Quando a olhamos pelo alto, de um avião, por
exemplo, vemos uma densa camada verde. No entanto, quando estamos
caminhando na mata, podemos observar os pormenores que são impos-
síveis de perceber do alto. Para conhecer uma floresta, não basta ter uma
visão geral, homogênea. É essencial estar atento aos detalhes que a com-
põem, como as plantas, os animais e os insetos.
Leitura Recomendada
Leia a seguinte monografia sobre mercado imobiliário e investimentos:
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federati-
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123
Princípios Gerais da Corretagem
No próximo capítulo
O próximo capítulo apresentará a tipologia dos diversos imóveis
existentes, as características de cada um e as configurações e disposições
dos cômodos, espaços etc.
Vale lembrar que o próximo capítulo concluirá o último item inte-
grante e centralizado na figura 3 – Componentes do mercado imobiliário.
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124
Tipologia dos Imóveis
A dinâmica social, com toda sua diver-
Você se lembra?
Quais são os padrões urbanos existentes? E os vários tipos de uso
e ocupação do solo?
Princípios Gerais da Corretagem
5.1 Terrenos
Tornando-se cada dia mais escassos em algumas cidades, os terrenos
não possuem depreciação, mas, é necessário cuidar de sua manutenção bá-
sica, mantê-los sem mato alto (roçado) ou entulhos, sob pena de multa da
prefeitura.
Captar terrenos para a venda é uma boa opção de negócios imobiliá-
rios, pois dependendo do tamanho e localização, os futuros compradores
podem ser desde grandes empresas, indústrias e comércio em geral até
pessoas independentes.
Verifique a lei de uso e ocupação do solo, o zoneamento, e as limita-
ções para cada tipo de interessado.
Ao prospectar terrenos fique atento às seguintes observações:
Itens Atribuições
Escritura e matrícula.
Certidão de ônus.
IPTU.
Permissão de construir no terreno (uso residencial, comercial e
industrial).
Área de reserva ambiental.
Documentação
Área embargada pela defesa civil.
Área em processo de desapropriação.
Se for terreno em loteamento, se o mesmo está aprovado na
prefeitura; sem pendências de obras de infra-estrutura ou de
outra ordem.
Fruto de desmembramento.
Tipo de solo; pedreira, solo com entulhos, brejo.
126
Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
5.2 Casas
São residências que podem ser utilizadas para moradia e para fins
comerciais e que sempre estarão em movimento no mercado imobiliário,
pois a própria dinâmica social é incessante. Casos comuns são de famílias
que eram numerosas num passado distante, e com o tempo; pelo casamen-
to dos filhos e filhas, falecimentos, idade, custo de manutenção e limpeza
resolvem vender o imóvel que moram há décadas e se mudar para uma
casa menor ou apartamento.
As casas muitas vezes representam o próprio estilo de vida de seus
moradores, que por sua vez, fazem reformas, pinturas, colocam azulejos,
pisos e configuram os cômodos de forma agradável para eles mesmos,
mas que podem ser péssimas para os futuros interessados. O resultado
será a depreciação desses na hora da visita ao imóvel, ou, solicitação
de abatimento no preço para fazer as suas reformas etc. Existe ainda a
possibilidade de os moradores precisarem vender o imóvel e, por apego
emocional colocarem valores para a venda fora da realidade, ou, algum
integrante da família não concordar com a venda. Existem corretores e
imobiliárias que se especializam nesse segmento, outros em bairros espe-
cíficos ou residências populares, médias ou de alto padrão.
Itens Atribuições
Escritura e matrícula.
Documentação Certidão de ônus.
IPTU.
Condições de uso: telhado, paredes, pintura, laje ou forro,
Estado portas, janelas, pisos, azulejos, parte elétrica, encanamen-
to, esgoto, etc.
As medidas que estão indicadas na matrícula batem com
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o tamanho real?
Metragem
Caso especiais devem ser medidos por agrimensor ou car-
tógrafo.
Infra-estruturas básicas.
Área de lazer, jardins, vagas, arquitetura e design.
Comercial
Exposição solar, ventilação e iluminação.
Vizinhança.
127
Princípios Gerais da Corretagem
5.3 Apartamentos
Tipo de residência inserida em um conjunto multifamiliar, podendo
ser um edifício de apartamentos, um conjunto habitacional ou um condomí-
nio. Morar em apartamento tornou-se o sonho de muitas pessoas, devido à
segurança e praticidade que ele oferece. O proprietário de um apartamento é
dono de uma unidade habitacional interdependente, isso significa que mes-
mo o imóvel sendo seu, reformas e alterações devem ser comunicadas ao
síndico, à administradora e à construtora, pois, nem sempre será permitido
fazê-las, sob o risco de prejudicar a estrutura de todo o prédio.
Viver em apartamento definitivamente é diferente viver em casa
tradicional, vale lembrar que a taxa de condomínio deve ser paga men-
salmente, sob pena de responsabilidade judicial e que existem as reuniões
de condomínio para reformas, despesas etc. A convivência com os demais
moradores nem sempre ocorre com tranquilidade.
Apart-
Loft Flat Conjugado
hotel
128
Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
5.4 Condomínios
Condomínio urbanístico configura-se por um imóvel subdivido em
áreas comuns e áreas de uso privativo (residências e/ou apartamentos).
Sua construção é realizada pela empresa incorporadora concomitantemen-
te às obras de urbanização do entorno e do local - vias de circulação e ser-
viços infraestruturais (rede de esgotamento sanitário, instalações elétricas,
etc.). Diferentemente dos loteamentos comuns, os condomínios possuem
vias de circulação internas privadas e seus moradores são responsáveis
por serviços básicos, tais como a coleta de lixo dos residentes, manuten-
ção das áreas comuns e verdes, entre outras.
A manutenção do condomínio é rateada pelos moradores, assim,
desde a manutenção da piscina ao 13º dos funcionários, todas as despesas
são de responsabilidade dos moradores. Hoje em dia existem condomí-
nios de casas que são verdadeiros clubes, outros lembram cidades, pois
possuem comércio próprio, escolas e serviços disponíveis a alguns metros
da casa. O chamado condomínio horizontal é uma realidade, e possivel-
mente uma tendência em algumas cidades.
129
Princípios Gerais da Corretagem
130
Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
131
Princípios Gerais da Corretagem
132
Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
5.10.1 Tabelas
A seguir veremos um modelo de tabela muito utilizado pelas incor-
poradoras, construtoras ou imobiliárias para a venda de suas unidades.
Observe que os valores são diferenciados por 2 itens distintos:
a) O posicionamento dos apartamentos, ou seja, de frente para a
rua, ou para os fundos.
b) O andar que se encontra. Geralmente os pavimentos superiores
são mais valorizados.
Note que existe um fluxo de pagamento que coincide com a conclu-
são da obra.
Apartamentos com finais 1 e 2 (frente)
Valor Apar- Saldo
Andar Entrada Anual Chaves 14 parcelas
tamento devedor (1)
1º e 2º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 217.536,00 54.384,00 10.876,80 10.876,80 1.786,90 116.381,76
3º e 4º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 223.201,00 55.800,25 11.160,05 11.160,05 1.833,44 119.412,54
5º e 6º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 229.175,00 57.293,75 11.458,75 11.458,75 1.882,51 122.608,63
Apartamentos com finais 3 e 4 (fundo)
Valor Apar- Saldo
Andar Entrada Anual Chaves 14 parcelas
tamento devedor (1)
1º e 2º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 210.944,00 52.736,00 10.547,20 10.547,20 1.732,75 112.855,04
3º e 4º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 217.536,00 54.384,00 10.876,80 10.876,80 1.786,90 116.381,76
5º e 6º R$ R$ R$ R$ R$ R$
andares 223.201,00 55.800,25 11.160,05 11.160,05 1.833,44 119.412,54
(1) O repasse do saldo devedor a ser pago junto com as chaves ou através de financiamento bancário.
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Princípios Gerais da Corretagem
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Princípios Gerais da Corretagem
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Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
2 Espelho de vendas é um quadro/tabela que representa as unidades que foram vendidas, reservadas ou
disponíveis para a venda.
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Princípios Gerais da Corretagem
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Tipologia dos Imóveis – Capítulo 5
Atividades
Responda às questões a seguir.
01. Desenvolva uma tabela com os prós e contras de todos os tipos de
imóveis.
Reflexão
Neste capítulo analisamos os diversos tipos de imóveis existentes e
suas atribuições. Discutimos também o tópico sobre imóveis na planta. E
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Leitura recomendada
Leia o livro Seja você o campeão em vendas do corretor de imóveis
Paulo Angelim, nele o autor explica de forma muito clara o dia a dia da
atividade profissional do corretor de imóveis. O conhecimento fornecido
pelo livro demonstra de forma contundente e honesta a preparação de
como ser um grande corretor de imóveis.
139
Princípios Gerais da Corretagem
Referências bibliográficas
ANGELIM, Paulo. Seja você o campeão em vendas: Como vender mais
imóveis em menos tempo. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2004.
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Minhas anotações:
Minhas anotações:
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