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BANCO DO BRASIL S.A


BANCO DO BRASIL S.A

Escriturário –
Agente Comercial

EDITAL Nº 1 - 2022/001 BB, DE 22


DE DEZEMBRO DE 2022

CÓD: SL-118DZ-22
7908433230809
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão de textos............................................................................................................................................................... 9
2. Ortografia oficial.......................................................................................................................................................................... 22
3. Classe e emprego de palavras...................................................................................................................................................... 25
4. Emprego do acento indicativo de crase....................................................................................................................................... 29
5. Sintaxe da oração e do período................................................................................................................................................... 29
6. Emprego dos sinais de pontuação............................................................................................................................................... 31
7. Concordância verbal e nominal................................................................................................................................................... 33
8. Regência verbal e nominal........................................................................................................................................................... 33
9. Colocação dos pronomes oblíquos átonos (próclise, mesóclise e ênclise).................................................................................. 33

Língua Inglesa
1. Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a compreensão de textos............ 47

Matemática
1. Números inteiros, racionais e reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
2. Problemas de contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3. Sistema legal de medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
4. Razões e proporções; regras de três simples e compostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
5. Divisão proporcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
6. Porcentagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
7. Lógica proposicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
8. Noções de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
9. Relações e funções; Funções exponenciais e logarítmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
10. Funções polinomiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
11. Matrizes. Determinantes. Sistemas lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
12. Sequências. Progressões aritméticas e progressões geométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

Atualidades do Mercado Financeiro


1. Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios...................................................................................................... 155
2. Internet banking......................................................................................................................................................................... 155
3. Mobile banking........................................................................................................................................................................... 155
4. Open banking.............................................................................................................................................................................. 155
5. Novos modelos de negócios....................................................................................................................................................... 156
6. Fintechs, startups e big techs...................................................................................................................................................... 156
7. Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)........................................................................................................................... 157
8. Funções da moeda...................................................................................................................................................................... 157
9. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas....................................................................................... 157
10. Marketplace................................................................................................................................................................................ 158
11. Correspondentes bancários........................................................................................................................................................ 158
12. Arranjos de pagamentos............................................................................................................................................................. 158

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ÍNDICE
13. Sistema de pagamentos instantâneos (PIX)................................................................................................................................ 158
14. Segmentação e interações digitais.............................................................................................................................................. 159
15. Transformação digital no Sistema Financeiro............................................................................................................................. 160

Matemática Financeira

1. Conceitos gerais - O conceito do valor do dinheiro no tempo; Capital, juros, taxas de juros; Capitalização, regimes de
capitalização; Fluxos de caixa e diagramas de fluxo de caixa; Equivalência financeira. Juros simples - Cálculo do montante,
dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. Juros compostos - Cálculo do montante, dos
juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. Sistemas de amortização - Sistema price; Sistema SAC 165

Conhecimentos Bancários
1. Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições supervisoras,
executoras e operadoras.............................................................................................................................................................. 191
2. Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial)..................................... 195
3. Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e nãoconvencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e
operações compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil... 196
4. Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública............................................................................................... 197
5. Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, poupança,
capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros.................................................................................................. 198
6. Noções de Mercado de capitais................................................................................................................................................... 203
7. Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações básicas............................................................ 204
8. Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários..................................................................................... 205
9. Taxas de câmbio nominais e reais............................................................................................................................................... 205
10. Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações........................................................................................... 205
11. Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio.............. 205
12. Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário.................................................................................................... 205
13. Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito........................................................... 206
14. Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais...................................................................... 206
15. Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias... 207
16. Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e
suas alterações............................................................................................................................................................................. 207
17. Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020................................................................................................................................ 212
18. Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações........................................................................................... 221
19. Autorregulação bancária e Normativos SARB.............................................................................................................................. 223
20. Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações............................................................................................. 224
21. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações.......................................... 226
22. Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013............................................................................................................................. 238
23. Decreto nº 11.129, de 11/07/2022.............................................................................................................................................. 241
24. Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021.............................................................................................. 250
25. Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes............................................................................................................................ 254
26. noções de ética empresarial e profissional.................................................................................................................................. 254
27. A gestão da ética nas empresas públicas e privadas.................................................................................................................... 255
28. Código de Ética do Banco do Brasil (disponível no sítio do BB na internet)................................................................................. 256
29. Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil (disponível no sítio do BB na internet).................................. 267
30. ASG (Ambiental, Social e Governança): Economia Sustentável; Financiamentos; Mercado PJ.................................................... 268
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ÍNDICE

Conhecimentos de Informática
1. Noções de sistemas operacionais - Windows 10 (32-64 bits) e ambiente Linux (SUSE SLES 15 SP2)....................................... 275
2. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office - Word, Excel e PowerPoint - versão O365). . ....... 330
3. Segurança da informação: fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança................................................................... 335
4. Proteção de estações de trabalho: Controle de dispostivos USB, hardening, antimalware e firewall pessoal. ....................... 341
5. Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas.............................................. 343
6. Redes de computadores: Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. ................... 346
7. Navegador Web (Microsoft Edge versão 91 e Mozilla Firefox versão 78 ESR), busca e pesquisa na Web. .............................. 352
8. Correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e wikis. ......................................................................................................... 355
9. Redes Sociais (Twitter, Facebook, Linkedin, WhatsApp, YouTube, Instagram e Telegram)....................................................... 360
10. Visão geral sobre sistemas de suporte à decisão e inteligência de negócio. ........................................................................... 364
11. Fundamentos sobre análise de dados. .................................................................................................................................... 364
12. Conceitos de educação a distância. ......................................................................................................................................... 369
13. Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo............................................................ 371
14. Ferramentas de produtividade e trabalho a distância (Microsoft Teams, Cisco Webex, Google Hangout, Google Drive e
Skype)....................................................................................................................................................................................... 372

Vendas e Negociação
1. Noções de estratégia empresarial: análise de mercado, forças competitivas, imagem institucional, identidade e
posicionamento............................................................................................................................................................. 387
2. Segmentação de mercado........................................................................................................................................................... 389
3. Ações para aumentar o valor percebido pelo cliente.................................................................................................................. 390
4. Gestão da experiência do cliente................................................................................................................................................ 391
5. Aprendizagem e sustentabilidade organizacional....................................................................................................................... 392
6. Características dos serviços: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade.................................................. 394
7. Gestão da qualidade em serviços................................................................................................................................................. 395
8. Técnicas de vendas: da pré-abordagem ao pós-vendas............................................................................................................... 399
9. Noções de marketing digital: geração de leads; técnica de copywriting; gatilhos mentais; Inbound marketing......................... 401
10. Ética e conduta profissional em vendas........................................................................................................................................ 405
11. Padrões de qualidade no atendimento aos clientes..................................................................................................................... 406
12. Utilização de canais remotos para vendas................................................................................................................................... 408
13. Comportamento do consumidor e sua relação com vendas e negociação....................................................................................... 409
14. Política de Relacionamento com o Cliente: Resolução nº 4.949, de 30 de setembro de 2021.................................................... 411
15. Resolução CMN nº 4.860, de 23 de outubro de 2020 que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente
organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil....................................................................................................................................................................................... 413
16. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência): Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015.... 416
17. Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada)................................................................ 431

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LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO DE TEXTOS

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
com a não-verbal.
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto
ou que faça com que você realize inferências.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz.
Percebeu a diferença?

Tipos de Linguagem
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que
facilite a interpretação de textos.
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela
pode ser escrita ou oral.

Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-


tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
este processo é intertextualidade.

Interpretação de Texto
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens,
vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra.
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti-
ca e, por fim, uma leitura interpretativa.
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É muito importante que você: Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta- texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
do, país e mundo; título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias o assunto que será tratado no texto.
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões); Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto- que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
gráficas, gramaticais e interpretativas; do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po- comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
lêmicos; pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas. Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
Dicas para interpretar um texto: o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
– Leia lentamente o texto todo. finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo. estudos?
– Releia o texto quantas vezes forem necessárias. Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa- bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto. reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
– Sublinhe as ideias mais importantes.
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia CACHORROS
principal e das ideias secundárias do texto. Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
– Separe fatos de opiniões. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu- zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
tável). precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
– Retorne ao texto sempre que necessário. se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
enunciados das questões. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
– Reescreva o conteúdo lido. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- outro e a parceria deu certo.
picos ou esquemas. Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa- sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
distração, mas também um aprendizado. do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a com- ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
preensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- As informações que se relacionam com o tema chamamos de
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
do texto. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- capaz de identificar o tema do texto!
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- cundarias/
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
prova. IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi- TEXTOS VARIADOS
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum Ironia
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca Ironia  é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
extrapole a visão dele. está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga novo sentido, gerando um efeito de humor.
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja,
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo
significativo, que é o texto.

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Exemplo: Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos.

Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Ironia de situação NERO EM QUE SE INSCREVE
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que principal. Compreender relações semânticas é uma competência
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
morte. Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
Ironia dramática (ou satírica) fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que Busca de sentidos
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten- Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado apreensão do conteúdo exposto.
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo citadas ou apresentando novos conceitos.
da narrativa.

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Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici- Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer imagens.
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
Importância da interpretação vencer o leitor a concordar com ele.
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter- entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
específicos, aprimora a escrita. de destaque sobre algum assunto de interesse.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais berdade para quem recebe a informação.
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es- DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, Fato
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Exemplo de fato:
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você A mãe foi viajar.
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Interpretação
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
sas, previmos suas consequências.
Diferença entre compreensão e interpretação Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O ças sejam detectáveis.
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
Gêneros Discursivos tro país.
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou do que com a filha.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Opinião
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
dárias. juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente que fazemos do fato.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
encaminham-se diretamente para um desfecho. pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a anteriores:
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais do que com a filha. Ela foi egoísta.
curto. Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos mos expressando nosso julgamento.
como horas ou mesmo minutos.

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É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, NÍVEIS DE LINGUAGEM
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
analisamos um texto dissertativo. Definição de linguagem
Exemplo: Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
com o sofrimento da filha. gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
e o do leitor. e caem em desuso.

Parágrafo Língua escrita e língua falada


O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Linguagem popular e linguagem culta
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
prova. o diálogo é usado para representar a língua falada.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e
Linguagem Popular ou Coloquial
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí-
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras
nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto- expressão dos esta dos emocionais etc.
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as A Linguagem Culta ou Padrão
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
ríodo, e o tópico que o antecede. se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
para a clareza do texto. escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
sem coerência.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- Gíria
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
mais direto. gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.

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Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário comportamentos, nas leis jurídicas.
de pequenos grupos ou cair em desuso. Características principais:
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
“mina”, “tipo assim”. bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
Linguagem vulgar • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na Exemplo:
comida”. Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
Linguagem regional ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
perior para formação de oficiais.
Tipos e genêros textuais
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- Tipo textual expositivo
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- pode ser expositiva ou argumentativa.
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
exemplos e as principais características de cada um deles. neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.

Tipo textual descritivo Características principais:


A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, mar.
um movimento etc. • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
Características principais: • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- de ponto de vista.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função • Apresenta linguagem clara e imparcial.
caracterizadora.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- Exemplo:
meração. O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
• A noção temporal é normalmente estática. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
ção. terminado tema.
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
Exemplo: sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada Tipo textual dissertativo-argumentativo
Ninguém podia entrar nela, não Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Porque na casa não tinha chão sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia dormir na rede apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha parede clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia fazer pipi tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque penico não tinha ali (leitor ou ouvinte).
Mas era feita com muito esmero Características principais:
Na rua dos bobos, número zero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
(Vinícius de Moraes) e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
gestão/solução).

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• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e Descritivo Diário
um caráter de verdade ao que está sendo dito. Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Biografia e autobiografia
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou Notícia
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Currículo
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Lista de compras
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Cardápio
Anúncios de classificados
Exemplo: Injuntivo Receita culinária
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Bula de remédio
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Manual de instruções
administração política (tese), porque a força governamental certa- Regulamento
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Textos prescritivos
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Expositivo Seminários
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Palestras
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Conferências
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato- Entrevistas
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Trabalhos acadêmicos
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Enciclopédia
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Verbetes de dicionários
cobrança efetiva (conclusão). Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Tipo textual narrativo Resenha
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Artigo
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Ensaio
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Monografia, dissertação de
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). mestrado e tese de doutorado
Narrativo Romance
Características principais:
Novela
• O tempo verbal predominante é o passado.
Crônica
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his-
Contos de Fada
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
Fábula
onisciente).
Lendas
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
prosa, não em verso.
Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
Exemplo:
ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
Solidão
nitos e mudam de acordo com a demanda social.
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe-
ARGUMENTAÇÃO
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni-
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,
Nelson S. Oliveira
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurreais/4835684
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele
GÊNEROS TEXTUAIS
propõe.
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- vista defendidos.
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a
textuais que neles predominam. veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
sos de linguagem.

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Para compreender claramente o que é um argumento, é bom Nos Estados Unidos, essa associação certamente não surtiria
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa efeito, porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de Brasil. O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que
escolher entre duas ou mais coisas”. é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Tipos de Argumento
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu- mento. Exemplo:
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no Argumento de Autoridade
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
enunciador está propondo. garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende dadeira.
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- Exemplo:
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
mento de premissas e conclusões. Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
A é igual a B. cimento. Nunca o inverso.
A é igual a C. Alex José Periscinoto.
Então: C é igual a B. In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
que C é igual a A. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
Outro exemplo: o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
Todo ruminante é um mamífero. um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
A vaca é um ruminante. acreditar que é verdade.
Logo, a vaca é um mamífero.
Argumento de Quantidade
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
também será verdadeira. mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se largo uso do argumento de quantidade.
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais Argumento do Consenso
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati- que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-
vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não
que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as
outro fundado há dois ou três anos. afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que
Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu-
pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten- mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
der bem como eles funcionam. carentes de qualquer base científica.
Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó- Argumento de Existência
rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar-
pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi- gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão
na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera do que dois voando”.
positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional.

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Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- outras, etc. Veja:
vios, etc., ganhava credibilidade. “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vam abraços afetuosos.”
Argumento quase lógico O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do injustiça, corrupção).
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
indevidas. o argumento.
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
Argumento do Atributo texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
que é mais grosseiro, etc. uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce- outros à sua dependência política e econômica”.
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida- ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
de. dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da o assunto, etc).
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social- festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de (como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
dizer dá confiabilidade ao que se diz. afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- dades não se prometem, manifestam-se na ação.
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
por bem determinar o internamento do governador pelo período ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al- gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-
guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi- gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo
tal por três dias. de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen- comportamento.
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão válida,
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou proposi-
deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um ção, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio em-
texto tem sempre uma orientação argumentativa. pregado na argumentação.

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A persuasão não válida apoia-se em argumentos subjetivos, A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
apelos subliminares, chantagens sentimentais, com o emprego de e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
“apelações”, como a inflexão de voz, a mímica e até o choro. encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse caracteriza a universalidade.
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu- verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis- fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. o efeito. Exemplo:
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e Fulano é homem (premissa menor = particular)
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve- Logo, Fulano é mortal (conclusão)
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
ver as seguintes habilidades: te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o ferro (particular)
mente contrária; O calor dilata o bronze (particular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o cobre (particular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- O ferro, o bronze, o cobre são metais
ria contra a argumentação proposta; Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
ta. Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar- também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques- deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé- argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do sofisma no seguinte diálogo:
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões - Lógico, concordo.
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio - Claro que não!
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos Exemplos de sofismas:
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução. Dedução
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Todo professor tem um diploma (geral, universal)
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Fulano tem um diploma (particular)
regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
da verdade: Indução
- evidência; O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti-
- divisão ou análise; cular)
- ordem ou dedução; Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular)
- enumeração. Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
– conclusão falsa)

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Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. sabiá, torradeira.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
dos nos sentimentos não ditados pela razão. Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
pesquisa. do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o (Garcia, 1973, p. 302304.)
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- de vista sobre ele.
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
o relógio estaria reconstruído. gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
relacionadas: lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
- o termo a ser definido;
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias - o gênero ou espécie;
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação - a diferença específica.
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
lha dos elementos que farão parte do texto. O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in- ma espécie. Exemplo:
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca- Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Elemento especie diferença
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe- a ser definido específica
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos: por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
análise é decomposição e classificação é hierarquisação. tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme- advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me- te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973,
nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”.
empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação, Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos:
no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e - o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís- que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está
ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta
integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial. ou instalação”;

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- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
dida;d se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
diferenças). belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
que, melhor que, pior que.
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
vra e seus significados. reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem- mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda- nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
mentação coerente e adequada. justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás- caráter confirmatório que comprobatório.
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco- cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes, consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu- caso, incluem-se
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- mortal, aspira à imortalidade);
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está dos e axiomas);
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature-
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que
cífico de relação entre as premissas e a conclusão. parece absurdo).
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio cretos, estatísticos ou documentais.
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova-
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que
virtude de, em vista de, por motivo de. expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli- evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta- -argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar-
ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: gumentação:
quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran-
ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu-
segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;
entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses
interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece, para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver-
assim, desse ponto de vista. dadeira;

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Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- Conclusão
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
dade da afirmação; quências maléficas;
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- apresentados.
ridade que contrariam a afirmação apresentada;
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se ção: é um dos possíveis.
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes.
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen- INTERTEXTUALIDADE
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con- Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
é que gera o controle demográfico”. criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a é inserida.
elaboração de um Plano de Redação. O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
tecnológica Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos- cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
ta, justificar, criando um argumento básico; escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e textos caracterizada por um citar o outro.
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a
(rever tipos de argumentação);
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di-
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse-
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema
quência);
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
mencionar um provérbio conhecido.
argumento básico;
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to-
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi-
mento básico;
zá-lo ou ao compará-lo com outros.
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres-
menos a seguinte:
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con-
Introdução
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
- função social da ciência e da tecnologia;
- definições de ciência e tecnologia; nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.

Desenvolvimento Tipos de Intertextualidade


- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol- A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
vimento tecnológico; plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc.
condições de vida no mundo atual; Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali-
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- dade.
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
desenvolvidos; um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá-
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas- mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.
sado; apontar semelhanças e diferenças; Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur- é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-
banos; firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar outras palavras o que já foi dito.
mais a sociedade.

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A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- PONTO DE VISTA
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces- da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- servador e o narrador-personagem.
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da Primeira pessoa
demagogia praticada pela classe dominante. Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio só descobrimos ao decorrer da história.
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A
cultura é o melhor conforto para a velhice”. Segunda pessoa
A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro- O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá-
dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex- logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta
pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro quase como outro personagem que participa da história.
autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação Terceira pessoa
sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser-
termo “citação” (citare) significa convocar. vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em
A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al-
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar). Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi-
Pastiche é uma recorrência a um gênero. tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada
A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para
a recriação de um texto. outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci- leitura não fique confuso.
mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao
produtor e ao receptor de textos.
A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de ORTOGRAFIA OFICIAL
remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
daquela citação ou alusão em questão. ORTOGRAFIA OFICIAL
• Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita troduzidas as letras k, w e y.
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte, PQRSTUVWXYZ
ou seja, se mais direta ou se mais subentendida. • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
A intertextualidade explícita: letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
– é facilmente identificada pelos leitores; gui, que, qui.
– estabelece uma relação direta com o texto fonte;
– apresenta elementos que identificam o texto fonte; Regras de acentuação
– não exige que haja dedução por parte do leitor; – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
– apenas apela à compreensão do conteúdos. palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba)
A intertextualidade implícita:
– não é facilmente identificada pelos leitores;
Como era Como fica
– não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
– não apresenta elementos que identificam o texto fonte; alcatéia alcateia
– exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par- apóia apoia
te dos leitores;
– exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para apóio apoio
a compreensão do conteúdo.
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

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• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
Como era Como fica
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva,
baiúca baiuca pontapé, paraquedas, paraquedista.
bocaiúva bocaiuva • Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró,
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
tuiuiú, tuiuiús, Piauí. Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
– Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso
e ôo(s). vamos passar para mais um ponto importante.
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons
com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para
Como era Como fica indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
abençôo abençoo Vejamos um por um:
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
crêem creem aberto.
Já cursei a Faculdade de História.
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
fechado.
Atenção: Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural caso afundo mais à frente).
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, Sou leal à mulher da minha vida.
reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as As palavras podem ser:
palavras forma/fôrma. – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
Uso de hífen – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
sa-bo-ne-te, ré-gua...)
Regra básica: – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho- (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
mem. As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
Outros casos íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
1. Prefixo terminado em vogal: • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
semicírculo. • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
mo, antissocial, ultrassom. dói, coronéis...)
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
das. (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
2. Prefixo terminado em consoante: Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub- nar e fixar as regras.
-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su- DIVISÃO SILÁBICA
persônico. A cada um dos grupos pronunciados de uma determinada pa-
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. lavra numa só emissão de voz, dá-se o nome de sílaba. Na Língua
Portuguesa, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal, não existe síla-
Observações: ba sem vogal e nunca mais que uma vogal em cada sílaba.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra Para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem perceber quantas vogais tem essa palavra. Mas preste atenção, pois
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem represen-
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- tar semivogais.
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano. Classificação por número de sílabas
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, Monossílabas: palavras que possuem uma sílaba.
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope- Exemplos: ré, pó, mês, faz
rar, cooperação, cooptar, coocupante. Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas.
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- Exemplos: ca/sa, la/ço.
mirante. Trissílabas: palavras que possuem três sílabas.
Exemplos: i/da/de, pa/le/ta.
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Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: O portão não foi aberto por quê
Exemplos: mo/da/li/da/de, ad/mi/rá/vel. Não vai comer mais? Por quê?

Divisão Silábica Porquê?


- Letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” Usamos como substantivo, grafado junto e com acento circun-
devem permanecer em sílabas diferentes. Exemplos: flexo. Seu significado é “motivo” ou “razão”, e aparece nas senten-
des – cer ças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objeti-
pás – sa – ro... vo de explicar o motivo dentro da frase.
Exemplo: Não disseram o porquê de tanta tristeza.
- Dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única
sílaba. Exemplos: Mau e Bom
chu – va Os Antônimos em questão são adjetivos, ou seja, eles dão ca-
quei – jo racterística a um substantivo, locução ou qualquer palavra substan-
tivada. Seu significado está ligado à qualidade ou comportamentos,
- Hiatos não devem permanecer na mesma sílaba. Exemplos: podendo ser tanto sinônimos de “ruim/ótimo” e “maldoso/bondo-
ca – de – a – do so”. As palavras podem se flexionar por gênero e nûmero, se tor-
ju – í – z nando “má/boa”, “maus/bons” e “más/boas”. Veja alguns exemplos
e entenda melhor o seu uso.
- Ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. Ele é um mau aluno
Exemplos: Anderson é um bom lutador
en – xa – guei Essa piada foi de mau gosto
cai – xa Não sei se você está tendo boas influências

- Encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não Mal e Bem


Essas palavras normalmente são usadas como advérbios, ou
permanecem juntos, exceto aqueles em que a segunda consoante
seja, elas caracterizam o processo verbal. São advérbios de modo
é “l” ou “r”. Exemplos:
e podem ser sinônimos de “incorretamente/corretamente”, “erra-
ab – dô – men
damente/certamente” e “negativamente/positivamente”. Mal tam-
flau – ta (permaneceram juntos, pois a segunda letra é repre-
bém pode exercer função de conjunção, ligando dois elementos ou
sentada pelo “l”)
orações com o significado de “assim que”. Outro uso comum para
pra – to (o mesmo ocorre com esse exemplo)
estas palavras é o de substantivo, podendo significar uma situação
negativa ou positiva. Veja os exemplos seguidos das funções das
- Alguns grupos consonantais iniciam palavras, e não podem palavras em cada um deles para uma compreensão melhor.
ser separados. Exemplos: Maria se comportou mal hoje. – Adverbio
peu – mo – ni – a Eles representaram bem a sala. – Adverbio
psi – có – lo – ga Mal começou e já terminou. – Conjunção
Eles são o mal da sociedade. – Substantivo
USOS DE “PORQUE”, “POR QUE”, “PORQUÊ”, “POR QUÊ” Vocês não sabem o bem que fizeram. – Substantivo.
O emprego correto das diferentes formas do “porque” sempre
gera dúvida. Resumidamente, esses são seus usos corretos: MAIS OU MAS
Perguntas = por que
Respostas = porque Usadas para adição ou adversidade
Perguntas no fim das frases = por quê As palavras mais ou mas têm sons iguais, mas são escritas de
Substantivo = (o) porquê formas diferentes e cada uma faz parte de uma classificação da
Vejamos uma explicação melhor de cada um: morfologia. Seus significados no contexto também vão mudar de-
pendendo da palavra usada.
Por que? No dia a dia, no discurso informal, é comum ouvir as pessoas
Usamos em perguntas. “Por que” separado e sem acento é usa- falando “mais” quando, na verdade, querem se referir à expressão
do no começo das frases interrogativas diretas ou indiretas, e pode “mas” para dar sentido de oposição à frase. Por isso, é importante
ser substituído por: “pela qual” ou suas variações. falar certo para escrever adequadamente.
Trata-se de um advérbio interrogativo formado da união da Há formas fáceis e rápidas para entender a diferença de quan-
preposição “por” e o pronome relativo “pelo qual”. do usar mais ou mas por meio de substituições de palavras. Elas
Exemplos: Por que está tão quieta? serão explicadas ao longo do texto. Continue lendo este artigo para
Não sei por que tamanho mau humor. nunca mais ter dúvidas sobre o uso destas expressões e ter sucesso
Porque? na sua prova.
Usamos em respostas. Escrito junto e sem acento, trata-se de Quando usar Mais
conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa, e pode A palavra “mais” tem sentido de adição, soma, comparação ou
ser substituído por palavras, como “pois”, ou as expressões “para quantidade. É antônima de “menos”. Na dúvida entre mais ou mas,
que” e “uma vez que”. utilize a opção com “i” quando o interlocutor quiser passar a ideia
de numeral.
Por quê? Exemplos:
Usamos em perguntas no fim das frases. Escreve-se separado e - Mais café, por favor! / + café, por favor!
com acento circunflexo, e é usado no final das interrogativas diretas - Seis mais seis é igual a doze. / Seis + seis é igual a doze.
ou de forma isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interro- - Quanto mais conhecimento, melhor. / Quanto + conhecimen-
gativo ou exclamativo. to, melhor.
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- Iolanda é a garota mais alta da turma. / Iolanda é a garota + Observação: a palavra mas não deve ser confundida com más
alta da turma. porque esta palavra quando é acentuada passa a ter equivalência
- Gostaria de mais frutas no café da manhã. / Gostaria de + de plural do adjetivo “má”, que é o oposto de “boa”. Exemplo: “As
frutas no café da manhã. más companhias não renderão um futuro promissor”.
Mais ou mas em composições
A forma mais comum de usar “mais” é como advérbio de in- A seguir, observa-se como as expressões foram usadas na músi-
tensidade, mas existem outras opções. Esta palavra pode receber ca “Mais uma vez”, interpretada por Renato Russo.
classificações variadas a depender do contexto da oração. E assumir Mas é claro que o sol
a forma de um substantivo, pronome indefinido, advérbio de inten- Vai voltar amanhã
sidade, preposição ou conjunção. Mais uma vez, eu sei
(...)
Como identificar Tem gente que está do mesmo lado que você
Para saber quando deverá ser usado “mais” ao invés de “mas”, Mas deveria estar do lado de lá
troque pelo antônimo “menos”. Tem gente que machuca os outros
Assim: Tem gente que não sabe amar
- Mais café, por favor! / Menos café, por favor! Tem gente enganando a gente
- Seis mais seis é igual a doze. / Seis menos seis é igual a zero. Veja nossa vida como está
- Quanto mais conhecimento, melhor. / Quanto menos conhe- Mas eu sei que um dia
cimento, pior. A gente aprende
- Iolanda é a garota mais alta da turma. / Iolanda é a garota Se você quiser alguém em quem confiar
menos alta da turma. Confie em si mesmo
- Gostaria de mais frutas no café da manhã. / Gostaria de me- (...)
nos frutas no café da manhã.
Compositores: Flavio Venturini / Renato Russo
Quando usar Mas Na primeira estrofe, observa-se os termos destacados em ne-
A palavra “mas”, por ser uma conjunção adversativa, é usada grito como exemplos de adversidade ou ressalva e adição respecti-
para transmitir ideia de oposição ou adversidade. Ela pode ser subs- vamente. Já na segunda, tem-se duas ideias de adversidade.
tituída pelas conjunções porém, todavia, contudo, entretanto, no Agora, tem-se o exemplo de como Marisa Monte usou “mais
entanto e não obstante. ou mas” na canção “Mais uma vez”, interpretada por ela.
Mais uma vez eu vou te deixar
Como identificar Mas eu volto logo pra te ver
Para saber quando deve-se usar “mas”, pode-se substituir a pa- Vou com saudades no meu coração
lavra por outra conjunção. Mando notícias de algum lugar.
Exemplos: (..)
- Sairei mais tarde de casa, mas (porém) não chegarei atrasado Compositores: Marisa De Azevedo Monte
no trabalho.
- É uma ótima sugestão, mas (no entanto) precisa passar pela
gerência.
- Prefiro estudar Português a Matemática, mas (contudo) hoje CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS
tive que estudar Trigonometria.
- Não peguei engarrafamento, mas (entretanto) chegarei atra-
sado na escola. CLASSES DE PALAVRAS

Dica esperta para identificar o “mas” na oração: como você Substantivo


pode ver nos exemplos, a palavra “mas” vem sucedendo uma vírgu- São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
la. Esta observação se aplica em muitos casos que geram a dúvida nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
de quando usar “mais ou mas” no texto. timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 
Além da dica acima, na hora de identificar o uso de mais ou
mas, atente-se para a possibilidade da palavra “mas” assumir ca- Classificação dos substantivos
racterística de substantivo, quando trouxer ideia de defeito, e ad-
vérbio, quando intensificar ou der ênfase à afirmação.
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
Exemplos:
sua estrutura. macaco/sabão
1) Como ideia de defeito: Messias é um bom garoto, mas anda
com más influências. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
A frase expressa defeito porque embora Messias seja um bom são formados por mais de um porta-voz/
garoto, anda com más influências. radical em sua estrutura. pé-de-moleque
2) Como ênfase: Carlos é ingênuo, mas tão ingênuo, que todo SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
mundo tira vantagem disso. são os que dão origem a mundo/
A frase passa a ter intensidade quando utilizou-se o termo em outras palavras, ou seja, ela é população
negrito. a primeira. /formiga

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SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/ Adjetivo


são formados por outros populacional/formigueiro É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo:
radicais da língua. imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão com-
posta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por
SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo:
designa determinado ser /Brasil golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vesper-
entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da tino).
espécie. São sempre iniciados Liberdade Flexão do Adjetivos
por letra maiúscula. • Gênero:
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/ – Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
referem-se qualquer ser de cachorro/prima no: homem feliz, mulher feliz.
uma mesma espécie. – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 
nomeiam seres com existência /estrelas/fadas • Número:
própria. Esses seres podem /lobisomem – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
reais ou imaginários. res, japonês/ japoneses.
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/ – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
nomeiam ações, estados, bondade/ branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
qualidades e sentimentos que confiança/ • Grau:
não tem existência própria, ou lembrança/ – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
seja, só existem em função de amor/ rioso (do) que o seu.
um ser. alegria – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
rioso (do) que o seu.
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/
quanto o seu.
de seres da mesma espécie, buquê (de flores)
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
mesmo quando empregado
mo.
no singular e constituem um
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
substantivo comum.
moso.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS – Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o
QUE NÃO ESTÃO AQUI! mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
Flexão dos Substantivos nos famoso de todos.
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou Artigo
uniformes É uma palavra variável em gênero e número que antecede o
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o • Classificação e Flexão do Artigos
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina – Artigos Definidos: o, a, os, as.
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única O menino carregava o brinquedo em suas costas.
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em As meninas brincavam com as bonecas.
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. – Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá- Um menino carregava um brinquedo.
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira Umas meninas brincavam com umas bonecas.
macho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto Numeral
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua). coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto • Classificação dos Numerais
para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, – Cardinais: indicam número ou quantidade:
o/a estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1). Trezentos e vinte moradores.
– Singular: anzol, tórax, próton, casa. – Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas. Quinto ano. Primeiro lugar.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau – Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma
diminutivo. quantidade é multiplicada:
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra. O quíntuplo do preço.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme. – Fracionários: indicam a parte de um todo:
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha Dois terços dos alunos foram embora.
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 

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Pronome 2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam,
indicando a pessoa do discurso. 3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em
uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso. • Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posi-
ção de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no
tempo ou no espaço.
Pronomes
Pessoas do Retos Pronomes Oblíquos
Discurso Função Função Objetiva Pronomes Demonstrativos Singular Plural
Subjetiva esta, essa, estas, essas,
Feminino
1º pessoa do Eu Me, mim, comigo aquela aquelas
singular este, esse, estes, esses,
Masculino
2º pessoa do Tu Te, ti, contigo aquele aqueles
singular
• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso,
3º pessoa do Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os prono-
singular
mes indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e
1º pessoa do Nós Nos, conosco invariáveis (não variam em gênero e número).
plural
2º pessoa do Vós Vos, convosco Classificação Pronomes Indefinidos
plural
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum,
3º pessoa do Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito,
plural muita, muitos, muitas, pouco, pouca, pou-
cos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro,
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pesso- Variáveis outra, outros, outras, certo, certa, certos,
as, normalmente, em situações formais de comunicação. certas, vário, vária, vários, várias, tanto, tan-
ta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos,
Pronomes de quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
Emprego um, uma, uns, umas.
Tratamento
Você Utilizado em situações informais. quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou-
Invariáveis
trem, algo, cada.
Senhor (es) e
Tratamento para pessoas mais velhas.
Senhora (s) • Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis
Usados para pessoas com alta utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.
Vossa Excelência
autoridade
Usados para os reitores das Classificação Pronomes Interrogativos
Vossa Magnificência
Universidades. qual, quais, quanto, quantos, quanta,
Variáveis
Empregado nas correspondências e quantas.
Vossa Senhoria
textos escritos. Invariáveis quem, que.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anterior-
Utilizado para príncipes, princesas,
Vossa Alteza mente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser
duques.
variáveis e invariáveis.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais. Classificação Pronomes Relativos
Vossa Utilizado para sacerdotes e religiosos o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja,
Variáveis
Reverendíssima em geral. cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.
• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso,
atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos mete-
Pessoa do Discurso Pronome Possessivo orológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.
1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
• Flexão verbal
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas – Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na
frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza,
subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
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– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex-
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: pre-
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: pre-
sente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º
pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles ama-
ram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
cem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infi-
nitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particí-
pio (terminado em –DA/DO).
Conjunção
• Voz verbal É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva. orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que li-
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo determinante e o outro é determinado).
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado • Conjunções Coordenativas
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas
recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz Tipos Conjunções Coordenativas
passiva analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
+  verbo principal da ação conjugado no particípio  + preposição contudo, entretanto, mas, não obstante, no en-
por/pelo/de + agente da passiva. Adversativas
tanto, porém, todavia...
A casa foi aspirada pelos rapazes
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva prono- já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…,
Alternativas
minal (devido ao uso do pronome se) é formada por: quer…
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu- assim, então, logo, pois (depois do verbo), por
ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente. Conclusivas
conseguinte, por isso, portanto...
Aluga-se apartamento.
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...
Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro ad- • Conjunções Subordinativas
vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns-
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser: Tipos Conjunções Subordinativas
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama- Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem,
brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio- Embora, conquanto, ainda que, mesmo que,
Concessivas
-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez posto que, etc.
em quando, em nenhum momento, etc. Se, caso, quando, conquanto que, salvo se,
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, Condicionais
sem que, etc.
perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc. Conforma- Conforme, como (no sentido de conforme),
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi- tivas segundo, consoante, etc.
damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às Para que, a fim de que, porque (no sentido de
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc. Finais
que), que, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente,
À medida que, ao passo que, à proporção
efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.  Proporcionais
que, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al-
gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc. Quando, antes que, depois que, até que, logo
Temporais
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as- que, etc.
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, Que, do que (usado depois de mais, menos,
de todo, etc. Comparativas
maior, menor, melhor, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por-
ventura, etc. Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo
Consecutivas
que, De maneira que, etc.
Preposição Integrantes Que, se.
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com-
plete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
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Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações
das pessoas.

• Principais Interjeições Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum! estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al-
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- gumas questões importantes:
der o estudo da Sintaxe. • Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
tido completo. 
Os jornais publicaram a notícia.
Silêncio! 
EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
locução verbal.
Este filme causou grande impacto entre o público.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a A inflação deve continuar sob controle.
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome • Período Simples: formado por uma única oração.
demonstrativo. O clima se alterou muito nos últimos dias.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) • Período Composto: formado por mais de uma oração.
O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
• Devemos usar crase: Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
– Antes palavras femininas: Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
Iremos à festa amanhã • Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
Mediante à situação. O problema da violência preocupa os cidadãos.
O Governo visa à resolução do problema. • Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de” A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. posição.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
Mas... há crase, sim! • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- tivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. preposição. 
– Expressões fixas Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de João gosta de beterraba.
crase: • Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às um verbo, adjetivo ou advérbio.
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- Vamos sair do mar.
didas, à medida que, à proporção que. • Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem prati-
ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
• NUNCA devemos usar crase: Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
– Antes de substantivos masculinos: • Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um subs-
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a tantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
pé. de um verbo.
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
plural) usado em sentido generalizador: dio.
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. • Complemento Nominal: Termo da oração que completa no-
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho- mes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicio-
mem. nado.
– Antes de artigo indefinido “uma” A realização do torneio teve a aprovação de todos.
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. • Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao su-
– Antes de pronomes jeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. • Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. objeto direto ou indireto da oração.
A quem vocês se reportaram no Plenário?
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
– Antes de verbos no infinitivo
A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
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O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas


Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa • Ao chegar à escola conversamos, estudamos,
no vestibular . lanchamos.
Alternativas Manuela  ora  quer comer hambúrguer,  ora quer Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
comer pizza. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.
Conclusivas Não gostamos do restaurante,  portanto  não João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
iremos mais lá.
Explicativas Marina não queria falar,  ou seja, ela estava de
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto
Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de
Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sentido de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

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Causais Estou vestida assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que
Assumem a função de advérbio de todos tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono tinha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem
Assumem a função de advérbio de de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organi-
zar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da
sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns sinais
gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ...
]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo
[ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.

Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?
Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclamativa.
Ex: Que bela festa!

Reticências ( ... )
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com breve
espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo.
Ex: Essa festa... não sei não, viu.

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Dois-pontos ( : ) 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, verbo e o adjunto.
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva.
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
Ponto e vírgula ( ; ) é necessária:
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o Ontem, Maria foi à padaria.
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, Maria, ontem, foi à padaria.
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- À padaria, Maria foi ontem.
ração (frequente em leis), etc. Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- sário:
bém uma linda decoração e bebidas caras. • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
ção.
Travessão ( — ) Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com serem observadas na redação oficial.
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- • Separa aposto.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- • Separa vocativo.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de Brasileiros, é chegada a hora de votar.
um diálogo, com ou sem aspas. • Separa termos repetidos.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. Aquele aluno era esforçado, esforçado.
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
Parênteses e colchetes ( ) – [ ] ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- efeito, digo.
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên- O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados ou seja, de fácil compreensão.
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- • Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi- tos).
rem uma nova inserção. O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
vernador) • Separa orações coordenadas assindéticas.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
Aspas ( “ ” ) ideias na cabeça...
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido • Isola o nome do lugar nas datas.
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para • Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain- forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. mações comprovam, etc.
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
Vírgula nizar o problema.
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
vírgula:
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
mos” o momento certo de fazer uso dela. Concordância Nominal
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal, referem.
cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?! Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto-
3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex- sa.
tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é Casos Especiais de Concordância Nominal
menos importante e que pode ser colocada depois. • Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or- Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam
dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo > alerta.
Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj). • Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
Maria foi à padaria ontem. ção de palavras compostas:
Sujeito Verbo Objeto Adjunto Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.
Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor- • Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de
re por alguns motivos: acordo com o substantivo a que se referem:
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Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas. Próximo a, de
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan- Respeito a, com, de, para com, por
do advérbios: Situado a, em, entre
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou
meia dúzia de ovos. Ajudar (a fazer algo) a
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Aludir (referir-se) a
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.
Aspirar (desejar, pretender) a
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o
substantivo estiver determinado por artigo: Assistir (dar assistência) Não usa preposição
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados. Deparar (encontrar) com
Concordância Verbal
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa: Implicar (consequência) Não usa preposição
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor- Lembrar Não usa preposição
mes.
Concordância ideológica ou silepse Pagar (pagar a alguém) a
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Precisar (necessitar) de
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no
Proceder (realizar) a
contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas. Responder a
Blumenau estava repleta de turistas. Visar ( ter como objetivo a
• Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú- pretender)
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
texto. NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALA-
O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau- VRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI!
sos.
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
soa gramatical que está subentendida no contexto.
O povo temos memória curta em relação às promessas dos po- COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS (PRÓ-
líticos. CLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE)

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da


frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma
• Regência Nominal  culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan- após o verbo – ênclise.
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar- De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini-
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple- cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua-
mento é estabelecida por uma preposição. gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita,
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
• Regência Verbal Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).  não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju-
Isto pertence a todos. dique a eufonia da frase.
Regência de algumas palavras Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Esta palavra combina com Esta preposição Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
Acessível a cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Apto a, para
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Atencioso com, para com Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Coerente com Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Conforme a, com Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
Dúvida acerca de, de, em, sobre posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Empenho de, em, por Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
Fácil a, de, para, jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
Junto a, de
tudo dá.
Pendente de Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
Preferível a tentos são para nos prejudicarem.

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Ênclise As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. mostram que o essencial é o controle da informação disponível no
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do mundo - não mais guardar segredos, mas saber o que os outros
indicativo: Trago-te flores. sabem ou podem vir a saber. Os estrategistas em guerra cibernética
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade! sabem que a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre- é cada vez maior e eles tendem a se tornar rotineiros.
posição em: Saí, deixando-a aflita. A datificação, processo de transformação em dados de tudo o
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com que conhecemos, aumentou de forma vertiginosa o acervo mun-
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: dial de informações. Diariamente circulam na web pouco mais de
Apressei-me a convidá-los. 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte equivale a 1,04 milhão
de gigabytes), dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes.
Mesóclise Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. vezes o total de páginas web indexadas diariamente pelo Google e
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no 156 vezes o total de vídeos adicionados ao YouTube a cada 24 horas.
futuro do pretérito que iniciam a oração. Como não é viável exercer um controle material sobre o fluxo
Dir-lhe-ei toda a verdade. de dados na internet, os centros mundiais de poder optaram pelo
Far-me-ias um favor? desenvolvimento de uma batalha pela informação. O manejo dos
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de grandes dados permite estabelecer correlações entre fatos, dados e
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. eventos, com amplitude e rapidez impossíveis de serem alcançados
Eu lhe direi toda a verdade. até agora.
Tu me farias um favor? Como tudo o que fazemos diariamente é transformado em da-
dos pelo nosso banco, pelo correio eletrônico, pelo Facebook, pelo
Colocação do pronome átono nas locuções verbais cartão de crédito etc., já somos passíveis de monitoração em tempo
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal real, em caráter permanente. São esses dados que alimentam os
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve- softwares analíticos que produzem correlações que servem de base
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal. para decisões estratégicas.
Exemplos: CASTILHO, Carlos. Observatório da imprensa. 21/08/2013. Dis-
Devo-lhe dizer a verdade. ponível em. <http.//observatoriodaimprensa.com.br/codigo- aberto/
Devo dizer-lhe a verdade. quando-saber-o-que-os-espioes-sabem-gera-uma- -guerra-virtual-pe-
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes la-informacao/.> Acesso em. 29 fev. 2018. Adaptado.
do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos: Obedecem às regras ortográficas da língua portuguesa as pa-
Não lhe devo dizer a verdade. lavras
Não devo dizer-lhe a verdade. (A) admissão, paralisação, impasse
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, (B) bambusal, autorização, inspiração
o pronome átono ficará depois do auxiliar. (C) consessão, extresse, enxaqueca
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. (D) banalisação, reexame, desenlace
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do (E) desorganisação, abstração, cassação
auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. 2. CESGRANRIO - CONF (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
do infinitivo. A seguinte frase está escrita de acordo com as normas da or-
Exemplos: tografia vigente.
Hei de dizer-lhe a verdade. (A) Eu me sinto mais vunerável quando viajo à noite.
Tenho de dizer-lhe a verdade. (B) Preciso que vocês viagem para o Perú imediatamente.
Observação (C) Alguns roteiros tem um acúmulo grande de deslocamentos.
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: (D) Fiz um voo gratuito porque ganhei uma passagem num sor-
Devo-lhe dizer tudo. teio.
Estava-lhe dizendo tudo. (E) Fizemos um multirão para arrumar as malas, mas conse-
Havia-lhe dito tudo. guimos.

3. CESGRANRIO - MOTO (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/CAMINHÃO


QUESTÕES GRANEL I/2018
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo
1. CESGRANRIO - TEC JR (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/AM- com a norma-padrão da língua portuguesa é.
BIENTAL/2018 (A) admissão, infração, renovação
Assunto: Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras (B) diversão, excessão, sucessão
“Guerra” virtual pela informação (C) extenção, eleição, informação
A internet quebrou a rígida centralização no fluxo mundial de (D) introdução, repreção, intenção
dados, criando uma situação inédita na história recente. As princi- (E) transmissão, conceção, omissão
pais potências econômicas e militares do planeta decidiram partir
para a ação ao perceberem que seus segredos começam a ser divul-
gados com facilidade e frequência nunca vistas antes.
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4. CESGRANRIO - AUX SAU (TRANSPETRO)/TRANSPE- Dois terços do restante se encontram em forma de gelo, nas
TRO/2018 calotas polares e no topo de montanhas. Se considerarmos só o es-
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê toque de água doce renovável pelas chuvas, chegamos a 0,002% do
e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc) total mundial.
A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente gra- Mesmo a suposta fartura hídrica do Brasil é relativa. A região
fada, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em. Nordeste, com 29% da população, conta com apenas 3% da água,
(A) A história da energia mostra porquê até a invenção da má- enquanto o Norte, com 7% dos habitantes, tem 68% dos recursos.
quina a vapor a prática de cortar árvores não prejudicava tanto Até na Amazônia, pela precária infraestrutura, há pessoas não aten-
as florestas. didas pela rede de distribuição. Portanto, a questão muitas vezes
(B) A utilização dos combustíveis fósseis aumentou por quê a não se resume à existência de água, mas às condições de acesso a
indústria automobilística vem colocando grande número de ve- um bem que deveria ser universal.
ículos circulando nas cidades. Somados os dois problemas, resulta que 40% da população
(C) As pessoas deveriam saber os riscos de um apagão para mundial não contam com abastecimento de qualidade. Cinco mi-
conhecerem melhor o por quê da necessidade de economizar lhões de crianças morrem por ano de doenças relacionadas à escas-
energia. sez ou à contaminação da água. Sujeira é o que não falta. 2 milhões
(D) Os tóxicos ambientais são substâncias prejudiciais por que de toneladas de detritos são despejados em lagos, rios e mares no
causam danos aos seres vivos e ao meio ambiente. mundo todo dia, incluindo lixo químico, lixo industrial, dejetos hu-
(E) A energia está associada ao meio ambiente porque toda a manos e resíduos de agrotóxicos.
sua produção é resultado da utilização das forças oferecidas Revista Nova Escola. 01 jun. 2005. Disponível em. <https.// nova-
pela natureza. escola.org.br/conteudo/1065/agua-a-economia-que-
-faz-sentido>. Acesso em. 18 mar. 2018. Adaptado.
5. CESGRANRIO - COND (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/ME-
CÃNICO/2018 A palavra em destaque está grafada de acordo com as exigên-
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê cias da norma-padrão da língua portuguesa em.
e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc) (A) A população da região Nordeste está a alguns anos sofren-
A palavra ou a expressão destacada aparece grafada de acordo do devido aos efeitos da seca, que mata o gado e traz prejuízos
com a norma-padrão da Língua Portuguesa em. às plantações.
(A) O aquecimento global pode afetar a sobrevivência da popu- (B) As reservas hídricas mundiais estão há beira do esgotamen-
lação em muitas regiões por que água e comida já se mostram to devido ao desperdício dos usuários e das grandes indústrias.
escassas. (C) Daqui há cem anos, o nosso planeta poderá vivenciar uma
(B) O Dia Mundial do Meio Ambiente serve para nos lembrar escassez de água tão grande que gerará disputas pelos manan-
o por quê de todos terem de contribuir para a preservação da ciais.
natureza. (D) Estamos a onze dias do início da Conferência da ONU sobre
(C) O principal tema discutido entre governos e organizações é a Água, que discutirá soluções para uma distribuição mais equi-
a globalização, por que afeta a vida dos indivíduos. librada desse bem universal.
(D) Os especialistas defendem que o clima na Terra tem passa- (E) Os cientistas anunciavam, a alguns anos, a possibilidade de
do por ciclos de mudanças mas divergem sobre o porquê desse esgotamento dos mananciais de água em determinadas regi-
fato. ões do mundo.
(E) Os cientistas têm estudado o porque de as emissões de ga-
ses poluentes na atmosfera estarem relacionadas às mudanças 7. CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019
climáticas Assunto: Acentuação
6. CESGRANRIO - AJU (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/MOTORISTA
GRANEL I/2018 Texto II
Assunto: Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê
e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc) Serviu suas famosas bebidas para Vinicius, Carybé e Pelé
Água — a economia que faz sentido
A água é um recurso finito e não tão abundante quanto pode Os pedaços de coco in natura são colocados no liquidificador e
parecer; por isso deve ser economizada. Essa é uma noção que só triturados. O líquido resultante é coado com uma peneira de palha
começou a ser difundida nos últimos anos, à medida que os racio- e recolocado no aparelho, onde é batido com açúcar e leite conden-
namentos se tornaram mais urgentes e necessários, até mesmo no sado. Ao fim, adiciona-se aguardente.
Brasil, que é um dos países com maior quantidade de reservas hí- A receita de Diolino Gomes Damasceno, ditada à Folha por seu
dricas — cerca de 15% do total da água doce do planeta. Não é por filho Otaviano, parece trivial, mas a conhecida batida de coco resul-
acaso que cada vez mais pessoas e organizações estão se unindo tante não é. Afinal, não é possível que uma bebida qualquer tenha
em defesa de seu uso racional. Segundo os cientistas da Organiza- encantado um time formado por Jorge Amado (diabético, tomava
ção das Nações Unidas (ONU), no século 20 o uso da água cresceu sem açúcar), Pierre Verger, Carybé, Mussum, João Ubaldo Ribeiro,
duas vezes mais que a população. A situação é tão preocupante que Angela Rô Rô, Wando, Vinicius de Moraes e Pelé (tomava dentro
existe quem preveja uma guerra mundial originada por disputas em do carro).
torno do precioso líquido. Baiano nascido em 1931 na cidade de Ipecaetá, interior do es-
Para não se chegar a esse ponto, a saída é poupar — e o esforço tado, Diolino abriu seu primeiro estabelecimento em 1968, no bair-
tem de ser coletivo. “São questões de comportamento que se en- ro do Rio Vermelho, reduto boêmio de Salvador. Localizado em uma
contram no centro da crise”, diz o relatório da ONU sobre água no garagem, ganhou o nome de MiniBar.
mundo. A ideia de que sobra água se deve ao fato de que ela ocupa
70% da superfície terrestre. Mas 97,5% desse total é constituído de
água salgada.
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A batida de limão — feita com cachaça, suco de limão galego, Vaga-lumes e outros insetos são afetados pela iluminação ar-
mel de abelha de primeiríssima qualidade e açúcar refinado, segun- tificial de formas distintas. Alguns insetos utilizam a posição das
do o escritor Ubaldo Marques Porto Filho — chamava a atenção estrelas e o sentido da luz para navegação. Mariposas e besouros
dos homens, mas Diolino deu por falta das mulheres da época. É têm seus ciclos de vida alterados e são atraídos e desorientados
que elas não queriam ser vistas bebendo em público, e então ar- pela luz, tornando-se vítimas fáceis de aves, morcegos e outros pre-
ranjavam alguém para comprar as batidas e bebiam dentro do au- dadores. Esses insetos desempenham diversas funções nos ecos-
tomóvel. sistemas, como polinização, alimento para outros animais, controle
Diolino bolou então o sistema de atendimento direto aos veícu- de populações de pragas, decomposição de material orgânico e até
los , em que os garçons iam até os carros que apenas encostavam e dispersão de sementes. Fica claro, portanto, que estamos longe de
saíam em disparada. A novidade alavancou a fama do bar. No auge, compreender a poluição luminosa, seus efeitos e consequências no
chegou a produzir 6.000 litros de batida por mês. meio ambiente.
SETO, G. Folha de S.Paulo. Caderno “Cotidiano”. 17 maio Como as plantas utilizam a luz solar para realizar fotossíntese
2019, p. B2. Adaptado. e direcionar seu crescimento, mudanças na duração dos dias cau-
sadas por luminárias provocam confusão em relação à estação do
A palavra saíam contém hiato acentuado. ano em que se encontram, resultando na produção de flores, frutos
Deve também ser acentuado o hiato de ou queda de folhas em épocas inesperadas. Tais alterações podem
(A) juizes resultar em graves consequências para outros seres que delas de-
(B) rainha pendam, como insetos polinizadores. Nos pássaros, a luz vermelha
(C) coroo interfere na orientação magnética; e, nas mariposas e nos besou-
(D) veem ros, focos de luz atraem as mais diversas espécies, tornando-as mais
(E) suada vulneráveis a predadores.
Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla
8. CESGRANRIO - AUX SAU (TRANSPETRO)/TRANSPE- em inglês para diodo emissor de luz), a iluminação artificial torna-se
TRO/2018 mais eficiente energeticamente. Mas, em vez de usarmos tal efici-
Assunto: Acentuação ência para reduzir o consumo de energia, o menor custo energético
está sendo utilizado para aumentar o fluxo luminoso e, consequen-
O lado sombrio da luz temente, a poluição luminosa.
Medidas simples podem reduzir a emissão de luz e sua influ-
O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, ência negativa sobre outros seres, inclusive sobre nós. Isso sem
possibilitou ao ser humano exercer grande controle sobre o meio mencionar a conta de energia. Para combater a poluição lumino-
em que vivia, proporcionando imensurável vantagem seletiva. A luz sa, é necessário (i) repensar o que precisa ser iluminado, usando,
também foi fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, por exemplo, holofotes direcionados e que não irradiem luz para
que nos proporcionam mais comodidade e praticidade. Mas, apesar a atmosfera; (ii) reduzir o tempo de iluminação com o uso de tem-
de ser em muitas culturas símbolo do progresso, pureza e beleza, a porizadores e sensores de presença; (iii) avaliar se precisamos de
luz também tem seu lado sombrio. luzes tão fortes e brancas para todas as tarefas; (iv) tentar reduzir a
A poluição luminosa — toda luz desnecessária ou excessiva exposição à luz artificial forte fora dos horários naturais de luz.
produzida artificialmente — é a que mais cresce no planeta e, in- Trocar as lâmpadas brancas por luzes mais amareladas nos lo-
felizmente, os impactos do seu mau uso e os mecanismos com os cais em que elas não são necessárias, assim como trocar o celular
quais podemos minimizá-los têm pouquíssimo destaque se compa- ou o computador por uma boa revista sob luz branda antes de dor-
rados aos de outros tipos de poluição. mir, podem proporcionar uma noite mais bem dormida.
A revolução industrial alavancou os efeitos da poluição lumino- HAGEN, O.; BARGHINI, A. Revista Ciência Hoje, n. 340. 21 set.
sa para níveis altíssimos nos dias de hoje. É possível ver o intenso 2016. Disponível em. http.//www.cienciahoje.org.br/ revista/materia/
brilho noturno dos centros urbanos até em fotos de satélites. Mais id/1094/n/o_lado_sombrio_da_luz. Acesso em. 5 dez. 2017.
de perto, a poluição luminosa pode ser notada quando se observa Adaptado.
uma “aura” de luz no horizonte, olhando na direção de uma grande A palavra tecnológicos, recebe acento gráfico, de acordo com
cidade. Esse brilho do céu noturno é causado por luzes terrestres as regras da norma-padrão da língua portuguesa. O grupo em que
direcionadas ou refletidas para a atmosfera. todas as palavras devem ser acentuadas pela mesma regra é
A iluminação artificial excessiva, principalmente na área rural, (A) fácil, orgânico, vítimas
foi associada a uma maior probabilidade de epidemias por atrair (B) satélites, altíssimos, vítimas
vetores de doenças, como o barbeiro (doença de Chagas), o mos- (C) fotossíntese, atraídos, domínio
quito-palha (leishmaniose) e o mosquito-prego (malária). (D) saúde, possível, biológicos
Acredita-se também que a iluminação noturna em centros (E) vulneráveis, luminárias, incontável
urbanos influencie fatores psicossociais, sendo mencionada como
uma das causas que contribuem para o aumento da criminalidade e 9. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021
depressão. Quebras no relógio biológico humano são relacionadas Assunto: Uso do Hifen
aos mais diversos problemas de saúde, como distúrbios cardiovas- O grupo de palavras que atende às exigências relativas ao em-
culares, diabetes e obesidade. prego ou não do hífen, segundo o Vocabulário Ortográfico da Lín-
Não só seres humanos, mas insetos e aves sofrem consequên- gua Portuguesa, é
cias da poluição luminosa. Na natureza intacta, as únicas fontes de (A) extra-escolar / médico-cirurgião
luz durante a noite eram as estrelas e a luz refletida pela Lua. (B) bem-educado / vagalume
Os animais, incluindo os humanos, e as plantas evoluíram nos (C) portarretratos / dia a dia
regimes de luz natural; portanto, é fácil imaginar que sofram direta (D) arco-íris / contra-regra
ou indiretamente com as alterações artificiais da luz noturna. (E) subutilizar / sub-reitor

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10. CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019 Obsolescência programada é exercida quando um produto
Assunto: Uso do Hifen tem vida útil(A) menor do que a tecnologia permitiria, motivando
a compra de um novo modelo — eletrônicos, eletrodomésticos e
Texto III automóveis são exemplos evidentes dessa prática(B). Uma câmera
com uma resolução melhor pode motivar a compra de um novo
Beira-mar celular, ainda que o modelo anterior funcione perfeitamente bem.
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consu-
Flamengo próximo ao Morro da Viúva, frente para o Pão de Açú- midor, uma vez que o incentiva a adquirir mais produtos sem real-
car. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios. mente necessitar deles. No entanto, traz benefícios, como o acesso
Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar às novidades.
caniços de pesca moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo Planejar inovação é extremamente importante para melhoria
mar de verão. Cercados por quatro ou cinco pescadores de trajes e aumento da capacidade técnica de um produto num mercado al-
simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo. tamente competitivo. Já imaginou se um carro de hoje fosse igual a
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas cé- um carro dos anos 1970? O desafio é buscar um equilíbrio entre a
lebres, Ricardo deixara o carro em estacionamento de restaurante inovação e a durabilidade.
nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com desconfiança. Do ponto de vista técnico, quando as empresas planejam um
Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa produto, já tem equipes trabalhando na sucessão dele, pois se trata
técnica ensina que o caniço deve ter no máximo dois metros e oi- de uma necessidade de sobrevivência no mercado.
tenta Sintomas de obsolescência são facilmente percebidos quan-
centímetros para a chamada pesca de molhes, nome sofisti- do um novo produto oferece características que os anteriores não
cado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à tinham, como o uso de reconhecimento facial (C); ou a queda de
mão do pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso desempenho do produto com relação ao atual padrão de mercado,
conhecimento de juiz para enganar peixes. como um smartphone que não roda bem os aplicativos atualizados.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar Outro sinal é detectado quando não é possível repor acessórios,
o caniço. Abriu a bolsa de utensílios. como carregadores compatíveis, ou mesmo novos padrões, como
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre tipo de bateria, conector de carregamento ou tipos de cartão de um
quinze e dezoito centésimos de milímetro, ainda fiel à boa técnica. celular, por exemplo.
— Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos. Isso não significa que o consumidor está refém de trocas cons-
abertura do mercado, sobe e desce das cotações, situação financei- tantes de equipamento. é possível adiar a substituição de um pro-
ra de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais do duto, por meio de upgrades de hardware, como inclusão de mais
que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem maríti- memória, baterias e acessórios de expansão, pelo menos até o mo-
ma — costuma confessar Ricardo na roda dos colegas da financeira mento em que essa troca não compense financeiramente. Quanto
onde trabalha. à legalidade, o que se deve garantir é que os produtos mais mo-
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro. Ponteio, 2015, p. 101. dernos mantenham a compatibilidade com os anteriores, a fim de
Adaptado. que o antigo usuário não seja forçado constantemente à compra de
um produto mais novo se não quiser. É importante diferenciá-la da
Assim como ocorre com a palavra quebra-mar, emprega-se obsolescência perceptiva, que ocorre quando atualizações cosméti-
obrigatoriamente o hífen, de acordo com o sistema ortográfico vi- cas, como um novo design, fazem o produto parecer sem condições
gente, em de uso, quando não está.
(A) casa-comercial É preciso lembrar também que a obsolescência programada se
(B) linha-de-passe dá de forma diferente em cada tipo de equipamento. Um controle
(C) peixe-espada eletrônico de portão tem uma única função e pode ser usado por
(D) pedra-fundamental anos e anos sem alterações ou troca. Já um celular tem maior taxa
(E) sala-de-jantar de obsolescência e pode ter de ser substituído em um ano ou dois,
11. CESGRANRIO - CONF (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/I/2018 dependendo das necessidades do usuário, que pode desejar fotos
Assunto: Substantivo de maior resolução ou tela mais brilhante.
As palavras juiz, suor e várzea, ao serem passadas para o plural, Essa estratégia traz desafios, como geração do lixo eletrôni-
apresentam a seguinte grafia. co(D). Ao mesmo tempo, a obsolescência deve ser combatida na
(A) juízes; suores; várzeas restrição que possa causar ao usuário, como, por exemplo, uma
(B) juizes; suores; varzeas empresa não mais disponibilizar determinada função que era dis-
(C) juízes; suóres; várzeas ponível pelo simples upgrade do sistema operacional, forçando a
(D) juizes; suórs; varzeas compra de um aparelho novo. O saldo geral é que as atualizações
(E) juízeis; suóreis; várzeeis trazidas pela obsolescência programada trazem benefícios à socie-
dade, como itens de segurança mais eficientes em carros e conec-
12. CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019 tabilidade imediata e de alta qualidade entre pessoas. É por conta
Assunto: Adjetivo disso que membros de uma mesma família que moram em países
diferentes(E) podem conversar diariamente, com um custo relati-
Texto I vamente baixo, por voz ou vídeo. Além disso, funcionários podem
trabalhar remotamente, com mais qualidade de vida, com ajuda de
Obsolescência programada. inimiga ou parceira do consumi- dispositivos móveis.
dor? RAMALHO, N. Obsolescência programada. inimiga ou parceira
do consumidor? Disponível em. <https.//www. gazetadopovo.com.br/
opiniao/artigos/obsolescencia-programada--inimiga-ou-parceira-do-
-consumidor-5z4zm6km1pndkokxsbt4v6o96/>.
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Acesso em. 23 jul. 2019. Adaptado. Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
Nos seguintes trechos do Texto I, o adjetivo destacado apresen- E aí me dá uma tristeza no meu peito
ta valor discursivo de avaliação subjetiva, em relação ao substantivo Feito um despeito de eu não ter como lutar
a que se liga, em. E eu que não creio peço a Deus por minha gente É gente humil-
(A) “um produto tem vida útil” de, que vontade de chorar.
(B) “exemplos evidentes dessa prática.”
(C) “uso de reconhecimento facial” SARDINHA, A.A. (Garoto); HOLLANDA, C.B.; MORAES, V. Gente
(D) “geração do lixo eletrônico” humilde. Intérprete. Chico Buarque. In. C.B. Hollanda nº 4. Direção de
(E) “moram em países diferentes” produção. Manoel Barebein. Rio de Janeiro. Companhia
Brasileira de Discos, p1970. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 4.
13. CESGRANRIO - OF (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/PRODUÇÃO
I/2018 O Texto I como um todo expressa sentimentos de
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão) (A) impotência e tristeza
Texto I (B) insegurança e medo
Gente Humilde (C) indiferença e desprezo
Tem certos dias em que eu penso em minha gente (D) melancolia e luto
E sinto assim todo o meu peito se apertar (E) conformismo e rancor
Porque parece que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver sem me notar 15. CESGRANRIO - ASS (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRA-
Igual a como quando eu passo no subúrbio TIVO I/2018
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7
bilhões de pessoas. Desse total, parte cada vez maior vive nas cida-
Pela varanda, flores tristes e baldias
des. em 2010, esse contingente superou os 50% dos habitantes do
Como a alegria que não tem onde encostar
planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população
E aí me dá uma tristeza no meu peito
mundial será urbana.
Feito um despeito de eu não ter como lutar
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
acordo com o Censo 2010. É preciso, então, que questões de mobi-
É gente humilde, que vontade de chorar.
lidade e acessibilidade urbana passem a ser discutidas.
SARDINHA, A.A. (Garoto); HOLLANDA, C.B.; MORAES, V. Gente
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao
humilde. Intérprete. Chico Buarque. In. C.B. Hollanda nº 4. Direção de
automóvel. Hoje, como resultado, os moradores de grande maioria
produção. Manoel Barebein. Rio de Janeiro. Companhia das cidades brasileiras lidam diariamente com congestionamentos
Brasileira de Discos, p1970. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 4. insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto
índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que
No Texto I, o trecho “E aí me dá uma tristeza no meu peito/ a dependência do automóvel como meio de transporte é um fator
Feito um despeito de eu não ter como lutar” expressa a que impede a mobilidade urbana.
(A) profunda inveja que o autor tem dos mais pobres. É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e
(B) devastação causada pela limitação material vivenciada pelo em sistemas mais eficazes e adequados de ônibus. Ao mesmo tem-
autor. po, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, onde a maior
(C) melancolia causada pelo sentimento de impotência do au- parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de
tor. transporte não motorizado para nos locomovermos.
(D) amargura do autor com a hipocrisia dos homens. BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em.
(E) indiferença do autor frente à existência dos mais pobres. <http.//www.mobilize.org.br/noticias/2419/mobilidade-acessibilida-
14. CESGRANRIO - OF (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/PRODUÇÃO de- e-defi ciencias-fi sicas.html>. Acesso em. 9 jul. 2018. Adaptado.
I/2018 Glossário.
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão) Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as
diferentes zonas de uma cidade.
Texto I Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
Gente Humilde
No segundo parágrafo, o texto defende a necessidade de discu-
Tem certos dias em que eu penso em minha gente tir questões relativas à mobilidade urbana.
E sinto assim todo o meu peito se apertar Antes disso, o texto refere-se à
Porque parece que acontece de repente (A) ampliação da população urbana mundial
Feito um desejo de eu viver sem me notar (B) diminuição da distância entre casa e trabalho
Igual a como quando eu passo no subúrbio (C) imobilidade urbana causada pelo automóvel
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar (D) importância do investimento em infraestrutura
E aí me dá como uma inveja dessa gente (E) paralisação do trânsito das grandes cidades
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
16. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA (A) Pediria-lhes para considerar a possibilidade da eternidade.
INFORMAÇÃO/2021 (B) A curiosidade não leva-nos a atitudes bobas e desproposi-
Assunto: Colocação pronominal tadas.
(C) O prazer que experimenta-se com o sabor dos doces é enor-
Medo da eternidade me.
(D) Poucos se impressionam com a descoberta da possibilidade
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a da eternidade.
eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha prova- (E) Nos perguntamos até quando vamos sonhar com uma vida
do chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia eterna de prazer.
bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o di-
nheiro que eu tinha não dava para comprar. com o mesmo dinheiro 17. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021
eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinhei- Assunto: Colocação pronominal
ro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou.
— Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se O que é o QA e por que ele pode ser mais importante que o QI
acaba. Dura a vida inteira. no mercado de trabalho
— Como não acaba? Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de al-
— Parei um instante na rua, perplexa. guém crescer na carreira, poderia considerar pedir um teste de QI,
— Não acaba nunca, e pronto. o quociente de inteligência, que mede indicadores como memória
Eu estava boba. parecia-me ter sido transportada para o reino e habilidade matemática.
de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de- Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras letrinhas.
-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase o quociente de inteligência emocional (QE), uma combinação de
não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às habilidades interpessoais, autocontrole e comunicação. Não só no
vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só mundo do trabalho, o QE é visto como um kit de habilidades que
para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de pode nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos da vida.
aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o
qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal sucesso na carreira. Hoje, porém, à medida que a tecnologia rede-
pondo o chicle na boca. fine como trabalhamos, as habilidades necessárias para prosperar
— E agora que é que eu faço? no mercado de trabalho também estão mudando. Entra em cena
— Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria então um novo quociente, o de adaptabilidade (QA), que considera
haver. a capacidade de se posicionar e prosperar em um ambiente de mu-
— Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só danças rápidas e frequentes.
depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a O QA não é apenas a capacidade de absorver novas informa-
vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a ções, mas de descobrir o que é relevante, deixar para trás noções
eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente para mu-
dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a dar. Esse quociente envolve também características como flexibili-
escola. dade, curiosidade, coragem e resiliência.
Amy Edmondson, professora de Administração da Harvard Bu-
— Acabou-se o docinho. E agora?
siness School, diz que é a velocidade vertiginosa das mudanças no
— Agora mastigue para sempre.
mercado de trabalho que fará o QA vencer o QI. Automatiza-se fa-
Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a mastigar e em
cilmente qualquer função que envolva detectar padrões nos dados
breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que
(advogados revisando documentos legais ou médicos buscando o
não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia con-
histórico de um paciente, por exemplo), diz Dave Coplin, diretor da
trafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem
The Envisioners, consultoria de tecnologia sediada no Reino Unido.
de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se
A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são
tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis con- feitos, e a tendência continuará. Isso ocorre porque um algoritmo
fessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava afli- pode executar essas tarefas com mais rapidez e precisão do que um
ção. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até humano.
que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem es-
jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. sas funções precisam desenvolver novas habilidades, como a criati-
— Olha só o que me aconteceu! vidade para resolver novos problemas, empatia para se comunicar
— Disse eu em fingidos espanto e tristeza. melhor e responsabilidade.
— Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! Edmondson diz que toda profissão vai exigir adaptabilidade e
— Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não acaba nunca. flexibilidade, do setor bancário às artes. Digamos que você é um
Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigan- contador. Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para
do, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. se qualificar; seu QE contribui na conexão com um recrutador e de-
Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. pois no relacionamento com colegas e clientes no emprego. Então,
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, en- quando os sistemas mudam ou os aspectos do trabalho são auto-
vergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da matizados, você precisa do QA para se acomodar a novos cenários.
boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habili-
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. dades existentes diante de novas maneiras de trabalhar. No mundo
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970. corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na hora da
contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil
Sim como no trecho “E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido.
para a escola.”, a colocação do pronome destacado respeita a nor-
ma-padrão da língua portuguesa, em.

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Como diz Edmondson. “Aprender a aprender é uma missão Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das
crítica. A capacidade de aprender, mudar, crescer, experimentar se escolas vai afetar o desenvolvimento futuro dos alunos, educado-
tornará muito mais importante do que o domínio de um Assunto:” res internacionais estimam que estudantes da educação básica já
Disponível em. <https.//www.bbc.com/portuguese/vert- foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos
-cap-50429043>. e averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como
Acesso em. 9 jul. 2021. (Adaptado) enfrentar essa ruptura, com aulas ou encontros extras, com anos
(letivos) de transição.
A colocação do pronome oblíquo átono destacado está de IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de ensino remoto na pan
acordo com o que prevê a norma-padrão da língua portuguesa no demia. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/noticias/ bb-
seguinte período. c/2021/04/24/8-licoes-apos-um-ano-de-ensino-remoto-na- pandemia.
(A) Consideraria-se o QA mais importante que o QI há duas dé- htm>. Acesso em: 21 jul. 2021. Adaptado.
cadas?
(B) Se busca investir naquilo que pode fazer a diferença entre a O pronome oblíquo átono em destaque está colocado de acor-
máquina e o homem. do com a norma-padrão em.
(C) As mudanças no mercado de trabalho jamais dar-se-ão sem (A) No processo ensino-aprendizagem, o objetivo deve ser de-
investimento no capital humano. senvolver aptidões para que os alunos sempre mantenham-se
(D) Os candidatos que saem-se melhor nas entrevistas são con- em dia com os avanços da ciência.
tratados mais rapidamente. (B) Se reclama muito das dificuldades do ensino remoto devido
(E) Alguns se consideram mais preparados para enfrentar ad- a problemas de conexão.
versidades no trabalho do que em família. (C) Os profissionais da educação nunca cansam-se de estudar
os conteúdos que possam interessar os alunos nas aulas.
18. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021 (D) Para garantir o progresso dos estudantes, os professores
Assunto: Colocação pronominal
sempre dedicam-se a pesquisar novos métodos de ensino.
A colocação do pronome oblíquo destacado está de acordo
(E) Quando as escolas se preocuparem em empregar novas
com a norma-padrão em.
metodologias no ensino-aprendizagem, alcançarão melhores
(A) O dinheiro não foi-me bastante.
resultados.
(B) O depósito só estará concretizado, se houver quem validá-
-lo.
(C) Se você pudesse emprestar esse dinheiro, depositaria-o ain- 20. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”SEM ÁREA”/2021
da esta semana? Assunto: Colocação pronominal
(D) Explique-me como funciona esse financiamento.
(E) Me empreste seu cartão, que eu faço a transação hoje. Relacionamento com o dinheiro

19. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE DE TECNOLO- Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações
GIA/2021 ligadas ao dinheiro. Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é
Assunto: Colocação pronominal muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a
você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de
Lições após um ano de ensino remoto na pandemia educação financeira podem contribuir para melhorar a gestão de
nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais tranquilas e
No momento em que se tornam ainda mais complexas as dis- equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
cussões sobre a volta às aulas presenciais, o ensino remoto conti- Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo finan-
nua a ser a rotina de muitas famílias, atualmente. ceiro muito mais complexo que o das gerações anteriores. No entan-
Mas um ano sem precedentes na história veio acompanhado to, o nível de educação financeira da população não acompanhou
de lições inéditas para professores, alunos e estudiosos. Diante do esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira,
pouco acesso a planos de dados ou a dispositivos, a alternativa de aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas
muitas famílias e professores tem sido se conectar regularmente via ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em
aplicativos de mensagens. função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas ca-
Uma pesquisa apontou que 83% dos professores mantinham pacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
contato com seus alunos por meio dos aplicativos de mensagens, Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pesso-
muito mais do que pelas próprias plataformas de aprendizagem. as buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças.
Esse uso foi uma grande surpresa, mas é porque não temos outras
Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja,
ferramentas de massificação. A maior parte do ensino foi feita pelo
uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas
celular e, geralmente, por um celular compartilhado (entre vários
escolas, pouco ou nada é falado sobre o assunto. As empresas, não
membros da família), o que é algo muito desafiador.
compreendendo a importância de ter seus funcionários alfabeti-
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens
direcionadas são uma forma relativamente barata de comunicação. zados financeiramente, também não investem nessa área. Similar
A importância de cultivar interações entre os estudantes, mesmo problema é encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de
que eles não estejam no mesmo ambiente físico, também é uma reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento familiar.
forma de motivá-los e melhorar seus resultados. Recentemente, Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira
uma pesquisadora afirmou que “Aprendemos que precisamos dos pessoal muitas vezes são considerados invasão de privacidade e
demais: comparar estratégias, falar com alunos, com outros profes- pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos lidem
sores e dar mais oportunidades de trabalho coletivo, mesmo que diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
seja cada um na sua casa. Além disso, a pandemia ressaltou a im- recursos.
portância do vínculo anterior entre escolas e comunidades”.

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A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os (C) Começaria o sol se a esconder atrás dos edifícios com pre-
quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o guiça.
enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, (D) Se começava o sol, com preguiça, a esconder atrás dos edi-
qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibi- fícios.
lidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a (E) Com preguiça, começava o sol a se esconder atrás dos edi-
realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor. fícios.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira –
Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. p. 12. Adaptado. 22. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/ADMI-
NISTRAÇÃO/2018
A colocação do pronome oblíquo átono está em acordo com a Assunto: Colocação pronominal
norma-padrão da língua portuguesa em.
(A) Poder-se-á levar a educação financeira para as salas de aula, A questão baseia no texto apresentado abaixo. O vício da tec-
o que será muito proveitoso. nologia
(B) Nos perguntam sempre sobre como gerir melhor a vida fi-
nanceira. Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos vol-
(C) As famílias nunca preocuparam-se com a educação finan- tados para uma exposição de novidades eletrônicas realizada recen-
ceira como parte da formação de seus filhos. temente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos
(D) Aqueles que relacionam-se bem com o dinheiro têm uma relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de
vida mais organizada. inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta
(E) Compreenderia-se melhor o desempenho da empresa, se o interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do
mercado fosse estudado. uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento,
21. CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019 vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma ansiedade tão gran-
Assunto: Colocação pronominal de para consumir produtos que prometem inovação tecnológica.
Por que tanta gente se dispõe a dormir em filas gigantescas só para
Texto III ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone?
Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar
Beira-mar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão realmente
úteis em nossas rotinas?
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (In-
Flamengo próximo ao Morro da Viúva, frente para o Pão de Açú- glaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por novos
car. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios. gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo como seres
Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas
caniços de pesca moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo,
mar de verão. Cercados por quatro ou cinco pescadores de trajes segurança e status social.
simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo. Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica aten-
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas cé- de a essa última necessidade citada. nós nos sentimos melhores
lebres, Ricardo deixara o carro em estacionamento de restaurante e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em
nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com desconfiança. nossos círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda
Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa possui.
técnica ensina que o caniço deve ter no máximo dois metros e oi- Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou
tenta centímetros para a chamada pesca de molhes, nome sofisti- que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do nosso
cado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito re-
mão do pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso ligiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero
conhecimento de juiz para enganar peixes. dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar para os mais entusiastas.
o caniço. Abriu a bolsa de utensílios. O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação de
quinze e dezoito centésimos de milímetro, ainda fiel à boa técnica. um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sen-
— Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos. sações de prazer. Ele é liberado quando nosso cérebro identifica
abertura do mercado, sobe e desce das cotações, situação financei- algo que represente uma recompensa.
ra de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais do O grande problema é que a busca excessiva por recompensas
que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem maríti- pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem vícios
ma — costuma confessar Ricardo na roda dos colegas da financeira em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo.
onde trabalha. No caso do consumo, podemos observar a situação problematiza-
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro. Ponteio, 2015, p. 101. da aqui. gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que
Adaptado. nem sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de
Considere a seguinte passagem do Texto III. “Com preguiça, o smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam
sol começava a esconder-se atrás dos edifícios” A reescritura que poucas mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se
obedece à norma-padrão quanto à colocação pronominal é a se- seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda
guinte. em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade
(A) Atrás dos edifícios, com preguiça, o sol tinha escondido-se. prática ou inovadora no cotidiano.
(B) O sol se a esconder começou com preguiça atrás dos edi-
fícios.
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No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter Dias depois disse-me todos os seus tédios e desfalecimentos,
os impulsos na hora de comprar um novo smartphone ou alguma as amarguras engolidas, as raivas sopitadas; contou-me que a vida
novidade de mercado. compare o efeito momentâneo da dopamina política era um tecido de invejas, despeitos, intrigas, perfídias, inte-
com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu cartão resses, vaidades. Evidentemente havia aí uma crise de melancolia;
de crédito com a nova compra. O choque ao constatar o rombo em tratei de combatê-la.
seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pen- — Sei o que lhe digo, replicou-me com tristeza. Não pode ima-
sar duas vezes a respeito da aquisição. ginar o que tenho passado. Entrei na política por gosto, por família,
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adap- por ambição, e um pouco por vaidade. Já vê que reuni em mim só
tado. todos os motivos que levam o homem à vida pública; faltou-me só
o interesse de outra natureza.
Segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, Vira o teatro pelo lado da plateia; e, palavra, que era bonito!
o pronome destacado foi utilizado na posição correta em. Soberbo cenário, vida, movimento e graça na representação. Escri-
(A) Os jornais noticiaram que alguns países mobilizam-se para turei-me; deram-me um papel que... Mas para que o estou a fatigar
combater a disseminação de notícias falsas nas redes sociais. com isto? Deixe-me ficar com as minhas amofinações. Creia que te-
(B) Para criar leis eficientes no combate aos boatos, sempre de- nho passado horas e dias... Não há constância de sentimentos, não
ve-se ter em mente que o problema de divulgação de notícias há gratidão, não há nada... nada.... nada...
falsas é grave e muito atual. Calou-se, profundamente abatido, com os olhos no ar, pare-
(C) Entre os numerosos usuários da internet, constata-se um cendo não ouvir coisa nenhuma, a não ser o eco de seus próprios
sentimento generalizado de reprovação à prática de divulgação pensamentos. Após alguns instantes, ergueu-se e estendeu-me
de inverdades. a mão. — O senhor há de rir-se de mim, disse ele; mas desculpe
(D) Uma nova lei contra as fake news promulgada na Alemanha aquele desabafo; tinha um negócio, que me mordia o espírito. E ria,
não aplica-se aos sites e redes sociais com menos de 2 milhões de um jeito sombrio e triste; depois pediu- me que não referisse a
de membros. ninguém o que se passara entre nós; ponderei-lhe que a rigor não
(E) Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo mais eficaz se passara nada. Entraram dois deputados e um chefe político da
para que adote-se a conduta correta em relação à reputação paróquia. Lobo Neves recebeu-os com alegria, a princípio um tanto
das celebridades. postiça, mas logo depois natural. No fim de meia hora, ninguém
diria que ele não era o mais afortunado dos homens; conversava,
23. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/MEDICINA DO chasqueava, e ria, e riam todos.
TRABALHO/2018 ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Assunto: Colocação pronominal ; IN. CHIARA, A. C. et alli (Orgs.). Machado de Assis para jovens
A norma-padrão em sua variedade formal prevê uma organi- leitores. Rio de Janeiro. Eduerj, 2008.
zação da frase em que a observância da colocação pronominal é
fundamental. A frase em que o pronome oblíquo átono está empre- O pronome oblíquo átono está empregado de acordo com o
gado corretamente, segundo as regras da colocação pronominal, é. que prevê a variedade formal da norma-padrão da língua em.
(A) Ninguém ensinou-me a manter a cabeça à tona d’água. (A) Poucos dar-lhe-iam a atenção merecida.
(B) O subconsciente boicota-nos a todo momento de nossa (B) Lobo Neves nunca se afastara da vida pública.
vida. (C) Diria-lhe para evitar a carreira política se perguntasse.
(C) O ser humano que molda-se à diferentes realidades vive (D) Ele tinha um problema que mantinha-o preocupado todo
melhor. o tempo.
(D) Boicotaremo-nos todas as vezes que houver a chance de (E) Se atormentou com aquela crise de melancolia que parecia
felicidade. não ter fim.
(E) Se considerar mau menino é justificar o não merecimento
da felicidade. 25. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/ENFER-
MAGEM DO TRABALHO/2018
24. CESGRANRIO - ADM JR (TRANSPETRO)/TRANSPE- Assunto: Colocação pronominal
TRO/2018
A Benzedeira
Assunto: Colocação pronominal
Havia um médico na nossa rua que, quando atendia um chama-
Memórias Póstumas de Brás Cubas do de urgência na vizinhança, o remédio para todos os males era só
Lobo Neves, a princípio, metia-me grandes sustos. Pura ilusão! um. Veganin. Certa vez, Virgínia ficou semanas de cama por conta
Como adorasse a mulher, não se vexava de mo dizer muitas vezes; de um herpes-zóster na perna. A ferida aumentava dia a dia e o dr.
achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de quali- Albano, claro, receitou Veganin, que, claro, não surtiu resultado. Eis
dades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modelo. E que minha mãe, no desespero, passou por cima dos conselhos da
a confiança não parava aí. De fresta que era, chegou a porta es- igreja e chamou dona Anunciata, que além de costureira, cabelei-
cancarada. Um dia confessou-me que trazia uma triste carcoma na reira e macumbeira também era benzedeira. A mulher era obesa,
existência; faltava -lhe a glória pública. Animei-o; disse-lhe muitas mal passava por uma porta sem que alguém a empurrasse, usava
coisas bonitas, que ele ouviu com aquela unção religiosa de um de- uma peruca preta tipo lutador de sumô, porque, diziam, perdera os
sejo que não quer acabar de morrer; então compreendi que a am- cabelos num processo de alisamento com água sanitária.
bição dele andava cansada de bater as asas, sem poder abrir o voo. Se Anunciata se mostrava péssima cabeleireira, no quesito ben-
zedeira era indiscutível.

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Acompanhada de um sobrinho magrelinha (com a sofrida mis- legalidade, o que se deve garantir é que os produtos mais modernos
são do empurra- empurra), a mulher “estourou” no quarto onde mantenham a compatibilidade com os anteriores, a fim de que o
Virgínia estava acamada e imediatamente pediu uma caneta-tintei- antigo usuário não seja forçado constantemente à compra de um
ro vermelha — não podia ser azul — e circundou a ferida da perna produto mais novo se não quiser(C). É importante diferenciá-la da
enquanto rezava Ave-Marias entremeadas de palavras africanas en- obsolescência perceptiva, que ocorre quando atualizações cosméti-
tre outros salamaleques. Essa cena deve ter durado não mais que cas, como um novo design, fazem o produto parecer sem condições
uma hora, mas para mim pareceu o dia inteiro. Pois bem, só sei de uso, quando não está.
dizer que depois de três dias a ferida secou completamente, tal- É preciso lembrar também que a obsolescência programada se
vez pelo susto de ter ficado cara a cara com Anunciata, ou porque dá de forma diferente(D) em cada tipo de equipamento. Um contro-
o Vaganin do dr. Albano finalmente fez efeito. Em agradecimento, le eletrônico de portão tem uma única função e pode ser usado por
minha mãe levou para a milagreira um bolo de fubá que, claro, foi anos e anos sem alterações ou troca. Já um celular tem maior taxa
devorado no ato em um minuto, sendo que para o sobrinho em- de obsolescência e pode ter de ser substituído em um ano ou dois,
purra-empurra que a tudo assistia não sobrou nem um pedacinho. dependendo das necessidades do usuário, que pode desejar fotos
LEE, Rita. Uma Autobiografi a. São Paulo. Globo, 2016, p. 36. de maior resolução ou tela mais brilhante(E).
Essa estratégia traz desafios, como geração do lixo eletrônico.
De acordo com as normas da linguagem padrão, a colocação Ao mesmo tempo, a obsolescência deve ser combatida na restri-
pronominal está INCORRETA em. ção que possa causar ao usuário, como, por exemplo, uma empresa
(A) Virgínia encontrava-se acamada há semanas. não mais disponibilizar determinada função que era disponível pelo
(B) A ferida não se curava com os remédios. simples upgrade do sistema operacional, forçando a compra de um
(C) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a. aparelho novo. O saldo geral é que as atualizações trazidas pela ob-
(D) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro vermelha. solescência programada trazem benefícios à sociedade, como itens
(E) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circundada. de segurança mais eficientes em carros e conectabilidade imediata
e de alta qualidade entre pessoas. É por conta disso que membros
26. CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019 de uma mesma família que moram em países diferentes podem
Assunto: Sujeito conversar diariamente, com um custo relativamente baixo, por voz
ou vídeo. Além disso, funcionários podem trabalhar remotamente,
com mais qualidade de vida, com ajuda de dispositivos móveis.
Texto I
RAMALHO, N. Obsolescência programada. inimiga ou parceira
do consumidor? Disponível em. <https.//www. gazetadopovo.com.br/
Obsolescência programada. inimiga ou parceira do consumi- opiniao/artigos/obsolescencia-programada-
dor? -inimiga-ou-parceira-do-consumidor-5z4zm6km1pndkokxsbt-
4v6o96/>.
Obsolescência programada é exercida quando um produto tem Acesso em. 23 jul. 2019. Adaptado.
vida útil menor do que a tecnologia permitiria, motivando a compra
de um novo modelo — eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis Nas seguintes passagens do Texto I, a oração que apresenta es-
são exemplos evidentes dessa prática. Uma câmera com uma re- trutura de sujeito indeterminado é.
solução melhor pode motivar a compra de um novo celular, ainda (A) “No entanto, traz benefícios, como o acesso às novidades.”
que o modelo anterior funcione perfeitamente bem. Essa estratégia (B) “se trata de uma necessidade de sobrevivência no merca-
da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor, uma vez do.”
que o incentiva a adquirir mais produtos sem realmente necessitar (C) “se não quiser.”
deles. No entanto, traz benefícios, como o acesso às novidades.(A) (D) “a obsolescência programada se dá de forma diferente”
Planejar inovação é extremamente importante para melhoria (E) “que pode desejar fotos de maior resolução ou tela mais
e aumento da capacidade técnica de um produto num mercado al- brilhante.”
tamente competitivo. Já imaginou se um carro de hoje fosse igual a
um carro dos anos 1970? O desafio é buscar um equilíbrio entre a 27. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021
inovação e a durabilidade. Assunto: Predicado
Do ponto de vista técnico, quando as empresas planejam um O que é o QA e por que ele pode ser mais importante que o QI
no mercado de trabalho
produto, já tem equipes trabalhando na sucessão dele, pois se trata
Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de al-
de uma necessidade de sobrevivência no mercado.(B)
guém crescer na carreira, poderia considerar pedir um teste de QI,
Sintomas de obsolescência são facilmente percebidos quando
o quociente de inteligência, que mede indicadores como memória
um novo produto oferece características que os anteriores não ti-
e habilidade matemática.
nham, como o uso de reconhecimento facial; ou a queda de de- Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras letrinhas:
sempenho do produto com relação ao atual padrão de mercado, o quociente de inteligência emocional (QE), uma combinação de
como um smartphone que não roda bem os aplicativos atualizados. habilidades interpessoais, autocontrole e comunicação. Não só no
Outro sinal é detectado quando não é possível repor acessórios, mundo do trabalho, o QE é visto como um kit de habilidades que
como carregadores compatíveis, ou mesmo novos padrões, como pode nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos da vida.
tipo de bateria, conector de carregamento ou tipos de cartão de um Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o
celular, por exemplo. sucesso na carreira. Hoje, porém, à medida que a tecnologia rede-
Isso não significa que o consumidor está refém de trocas cons- fine como trabalhamos, as habilidades necessárias para prosperar
tantes de equipamento. é possível adiar a substituição de um pro- no mercado de trabalho também estão mudando. Entra em cena
duto, por meio de upgrades de hardware, como inclusão de mais então um novo quociente, o de adaptabilidade (QA), que considera
memória, baterias e acessórios de expansão, pelo menos até o mo- a capacidade de se posicionar e prosperar em um ambiente de mu-
mento em que essa troca não compense financeiramente. Quanto à danças rápidas e frequentes.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
O QA não é apenas a capacidade de absorver novas informa- Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devota-
ções, mas de descobrir o que é relevante, deixar para trás noções va-se ao alívio de misérias físicas e morais do próximo, estudava o
obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente para mu- mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma, comun-
dar. Esse quociente envolve também características como flexibili- gava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco.
dade, curiosidade, coragem e resiliência. Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que havia recebido,
Amy Edmondson, professora de Administração da Harvard Bu- menina- e-moça, das mãos do pai, e que empunhou no quintal no-
siness School, diz que é a velocidade vertiginosa das mudanças no turno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
mercado de trabalho que fará o QA vencer o QI. Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu
Automatiza-se facilmente qualquer função que envolva detec- que tinha chegado à humildade da velhice; já não se importava com
tar padrões nos dados (advogados revisando documentos legais ou quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a defesa
médicos buscando o histórico de um paciente, por exemplo), diz dos filhos e dos netos.
Dave Coplin, diretor da The Envisioners, consultoria de tecnologia Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia
sediada no Reino Unido. A tecnologia mudou bastante a forma e o verdor da minha meninice. Ensinou- me a ler as primeiras sen-
como alguns trabalhos são feitos, e a tendência continuará. Isso tenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de Sales e
ocorre porque um algoritmo pode executar essas tarefas com mais o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas
rapidez e precisão do que um humano. de Baudelaire; dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que ha-
Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem es- via decorado quando menina; discutia comigo as ideias finais de
sas funções precisam desenvolver novas habilidades, como a criati- Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me
vidade para resolver novos problemas, empatia para se comunicar desgarrei nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José,
melhor e responsabilidade. com irônico afeto, me repetia a advertência de Drummond: “Paulo,
Edmondson diz que toda profissão vai exigir adaptabilidade e sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã
flexibilidade, do setor bancário às artes. Digamos que você é um não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém
contador. Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para sabe o que será”.
se qualificar; seu QE contribui na conexão com um recrutador e de- Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha
pois no relacionamento com colegas e clientes no emprego. Então, amiga: nada me perguntava, adivinhava tudo.
quando os sistemas mudam ou os aspectos do trabalho são auto- Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto
matizados, você precisa do QA para se acomodar a novos cenários. espontâneo da qualidade das coisas, renunciou às vaidades mais
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habili- singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de olhos
dades existentes diante de novas maneiras de trabalhar. No mundo lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as al-
corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na hora da mas que perdiam o rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a
contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil flecha e o alvo das criaturas.
mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido. Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se
Como diz Edmondson. “Aprender a aprender é uma missão fazia difícil para o médico saber o que sentia; acabava dizendo que
crítica. A capacidade de aprender, mudar, crescer, experimentar se doía um pouco, por delicadeza.
tornará muito mais importante do que o domínio de um Assunto:” Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia
Disponível em. <https.//www.bbc.com/portuguese/vert- acompanhar um casal amigo a Copacabana, passar do bar da moda
-cap-50429043>. ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques em santa
Acesso em. 9 jul. 2021. (Adaptado) serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava
A frase em que o verbo apresenta a mesma predicação que o São Paulo e Santo Agostinho, acreditava que era preciso se fazer
verbo ocorrer em “Isso ocorre porque um algoritmo pode executar violência para entrar no reino celeste.
essas tarefas” (parágrafo 5) é. Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu,
(A) “Entra em cena então um novo quociente”. (parágrafo 3) destemida e doce, como quem vai partir para o céu. Santificara-se.
(B) “Esse quociente envolve também características como flexi- Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo do
bilidade, curiosidade, coragem e resiliência.” (parágrafo 4) espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomen-
(C) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns traba- dava à compaixão do Criador e me defendia contra o mundo de
lhos são feitos”. (parágrafo 5) revólver na mão.
(D) “você é um contador.” (parágrafo 7) Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/
(E) “Seu QI o ajuda nas provas”. (parágrafo 7) maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.

28. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONU- No trecho. “Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que
CLEAR/ESPECIALISTA EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA/2022 recebera, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou no
Assunto: Orações subordinadas adverbiais quintal noturno, perseguindo um ladrão”, (parágrafo 2), a oração
destacada pode ser substituída, sem prejuízo de seu significado, por
Texto (A) por isso perseguia um ladrão.
Maria José (B) enquanto perseguia um ladrão.
Paulo Mendes Campos (C) embora perseguisse um ladrão.
(D) desde que perseguisse um ladrão.
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, (E) por mais que perseguisse um ladrão.
violenta quando necessário. Eu era menino e apanhava de um com-
panheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com
a briga por milagre.

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
29. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE DE TECNOLO- Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo finan-
GIA/2021 ceiro muito mais complexo que o das gerações anteriores. No entan-
Assunto: Orações subordinadas adverbiais to, o nível de educação financeira da população não acompanhou
esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira,
Lições após um ano de ensino remoto na pandemia aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas
ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em
No momento em que se tornam ainda mais complexas as dis- função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas ca-
cussões sobre a volta às aulas presenciais, o ensino remoto conti- pacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
nua a ser a rotina de muitas famílias, atualmente. Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pesso-
Mas um ano sem precedentes na história veio acompanhado as buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças.
de lições inéditas para professores, alunos e estudiosos. Diante do Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja,
pouco acesso a planos de dados ou a dispositivos, a alternativa de uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas
muitas famílias e professores tem sido se conectar regularmente via escolas, pouco ou nada é falado sobre o Assunto: As empresas, não
aplicativos de mensagens. compreendendo a importância de ter seus funcionários alfabeti-
Uma pesquisa apontou que 83% dos professores mantinham zados financeiramente, também não investem nessa área. Similar
contato com seus alunos por meio dos aplicativos de mensagens, problema é encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de
muito mais do que pelas próprias plataformas de aprendizagem. reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento familiar.
Esse uso foi uma grande surpresa, mas é porque não temos outras Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira
ferramentas de massificação. A maior parte do ensino foi feita pelo pessoal muitas vezes são considerados invasão de privacidade e
celular e, geralmente, por um celular compartilhado (entre vários pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos lidem
membros da família), o que é algo muito desafiador. diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens recursos.
direcionadas são uma forma relativamente barata de comunicação. A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os
A importância de cultivar interações entre os estudantes, mesmo quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o
que eles não estejam no mesmo ambiente físico, também é uma
enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria,
forma de motivá-los e melhorar seus resultados. Recentemente,
qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibi-
uma pesquisadora afirmou que “Aprendemos que precisamos dos
lidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a
demais: comparar estratégias, falar com alunos, com outros profes-
realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor.
sores e dar mais oportunidades de trabalho coletivo, mesmo que
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira –
seja cada um na sua casa. Além disso, a pandemia ressaltou a im- Gestão de Finanças Pessoais. Brasília. BCB, 2013. p. 12. Adaptado.
portância do vínculo anterior entre escolas e comunidades”.
Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das No trecho do parágrafo 3 “As empresas, não compreendendo a
escolas vai afetar o desenvolvimento futuro dos alunos, educado- importância de ter seus funcionários alfabetizados financeiramen-
res internacionais estimam que estudantes da educação básica já te, também não investem nessa área”, a oração destacada tem valor
foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos semântico de
e averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como (A) causa
enfrentar essa ruptura, com aulas ou encontros extras, com anos (B) proporção
(letivos) de transição. (C) alternância
IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de ensino remoto na pan
(D) comparação
demia. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/noticias/ bb-
c/2021/04/24/8-licoes-apos-um-ano-de-ensino-remoto-na- pandemia. (E) consequência
htm>. Acesso em: 21 jul. 2021. Adaptado.

No trecho “A importância de cultivar interações entre os estu- GABARITO


dantes, mesmo que eles não estejam no mesmo ambiente físico”
(parágrafo 4), a expressão destacada estabelece com a oração prin-
cipal a relação de
(A) condição 1 A
(B) concessão
2 D
(C) comparação
(D) conformidade 3 A
(E) proporcionalidade 4 E

30. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”SEM ÁREA”/2021 5 D


Assunto: Orações subordinadas adverbiais 6 D
7 A
Relacionamento com o dinheiro
8 B
Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações 9 E
ligadas ao dinheiro. Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é
10 C
muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a
você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de 11 A
educação financeira podem contribuir para melhorar a gestão de 12 B
nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais tranquilas e
equilibradas sob o ponto de vista financeiro. 13 C

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14 A ______________________________________________________

15 A ______________________________________________________
16 D
______________________________________________________
17 E
______________________________________________________
18 D
19 E ______________________________________________________
20 A ______________________________________________________
21 E
______________________________________________________
22 C
23 B ______________________________________________________
24 B ______________________________________________________
25 C
______________________________________________________
26 B
27 A ______________________________________________________
28 B ______________________________________________________
29 B
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30 A
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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• Palavras-chave: são fundamentais para a compreensão do


CONHECIMENTO DE UM VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL E texto, pois se trata de palavras relacionadas à área e ao assunto
DOS ASPECTOS GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A COMPRE- abordado pelo texto. São de fácil compreensão, pois, geralmente,
ENSÃO DE TEXTOS aparecem repetidamente no texto e é possível obter sua ideia atra-
vés do contexto.
• Grupos nominais: formados por um núcleo (substantivo) e
Reading Comprehension um ou mais modificadores (adjetivos ou substantivos). Na língua
Interpretar textos pode ser algo trabalhoso, dependendo do inglesa o modificador aparece antes do núcleo, diferente da língua
assunto, ou da forma como é abordado. Tem as questões sobre o portuguesa.
texto. Mas, quando o texto é em outra língua? Tudo pode ser mais • Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a uma raiz, que
assustador. modifica o significado da palavra. Assim, conhecendo o significado
Se o leitor manter a calma, e se embasar nas estratégias do de cada afixo pode-se compreender mais facilmente uma palavra
Inglês Instrumental e ter certeza que ninguém é cem por cento leigo composta por um prefixo ou sufixo.
em nada, tudo pode ficar mais claro. • Conhecimento prévio: para compreender um texto, o leitor
Vejamos o que é e quais são suas estratégias de leitura: depende do conhecimento que ele já tem e está armazenado em
sua memória. É a partir desse conhecimento que o leitor terá o
Inglês Instrumental entendimento do assunto tratado no texto e assimilará novas in-
Também conhecido como Inglês para Fins Específicos - ESP, o formações. Trata-se de um recurso essencial para o leitor formular
Inglês Instrumental fundamenta-se no treinamento instrumental hipóteses e inferências a respeito do significado do texto.
dessa língua. Tem como objetivo essencial proporcionar ao aluno,
em curto prazo, a capacidade de ler e compreender aquilo que for O leitor tem, portanto, um papel ativo no processo de leitura
de extrema importância e fundamental para que este possa desem- e compreensão de textos, pois é ele que estabelecerá as relações
penhar a atividade de leitura em uma área específica. entre aquele conteúdo do texto e os conhecimentos de mundo que
ele carrega consigo. Ou mesmo, será ele que poderá agregar mais
Estratégias de leitura profundidade ao conteúdo do texto a partir de sua capacidade de
• Skimming: trata-se de uma estratégia onde o leitor vai buscar buscar mais conhecimentos acerca dos assuntos que o texto traz e
a ideia geral do texto através de uma leitura rápida, sem apegar-se sugere.
a ideias mínimas ou específicas, para dizer sobre o que o texto trata. Não se esqueça que saber interpretar textos em inglês é muito
• Scanning: através do scanning, o leitor busca ideias especí- importante para ter melhor acesso aos conteúdos escritos fora do
ficas no texto. Isso ocorre pela leitura do texto à procura de um país, ou para fazer provas de vestibular ou concursos.
detalhe específico. Praticamos o scanning diariamente para encon-
trarmos um número na lista telefônica, selecionar um e-mail para Regular and irregular plural of nouns: To form the plural of the
ler, etc. nouns is very easy, but you must practice and observe some rules.
• Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas entre duas
línguas e que possuem o mesmo significado, como a palavra “ví- Regular plural of nouns
rus” é escrita igualmente em português e inglês, a única diferença • Regra Geral: forma-se o plural dos substantivos geralmente
é que em português a palavra recebe acentuação. Porém, é preciso acrescentando-se “s” ao singular.
atentar para os chamados falsos cognatos, ou seja, palavras que são Ex.: Motherboard – motherboards
escritas igual ou parecidas, mas com o significado diferente, como Printer – printers
“evaluation”, que pode ser confundida com “evolução” onde na ver- Keyboard – keyboards
dade, significa “avaliação”.
• Inferência contextual: o leitor lança mão da inferência, ou • Os substantivos terminados em y precedido de vogal seguem
seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o assunto tratado pelo texto, e a regra geral: acrescentam s ao singular.
durante a leitura ele pode confirmar ou descartar suas hipóteses. Ex.: Boy – boys Toy – toys
• Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo de textos que Key – keys
se caracterizam por organização, estrutura gramatical, vocabulário
específico e contexto social em que ocorrem. Dependendo das mar- • Substantivos terminados em s, x, z, o, ch e sh, acrescenta-se
cas textuais, podemos distinguir uma poesia de uma receita culiná- es.
ria, por exemplo. Ex.: boss – bosses tax – taxes bush – bushes
• Informação não-verbal: é toda informação dada através de
figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc. A informação não-verbal deve • Substantivos terminados em y, precedidos de consoante, tro-
ser considerada como parte da informação ou ideia que o texto de- cam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante + y = ies
seja transmitir. Ex.: fly – flies try – tries curry – curries
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Irregular plurals of nouns
There are many types of irregular plural, but these are the most common:

• Substantivos terminados em f e trocam o f pelo v e acrescenta-se es.


Ex.: knife – knives
life – lives
wife – wives

• Substantivos terminados em f trocam o f pelo v; então, acrescenta-se es.


Ex.: half – halves wolf – wolves loaf – loaves
• Substantivos terminados em o, acrescenta-se es.
Ex.: potato – potatoes tomato – tomatoes volcano – volcanoes

• Substantivos que mudam a vogal e a palavra.


Ex.: foot – feet child – children person – people tooth – teeth mouse – mice
Countable and Uncountable nouns

• Contáveis são os substantivos que podemos enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanta forma singular quanto plural. Eles
são chamados de countable nouns em inglês.
Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer one orange, two oranges, three oranges, etc.

• Incontáveis são os substantivos que não possuem forma no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de non-countable
nouns em inglês. Podem ser precedidos por alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias, líquidos, pós,
conceitos, etc., que não podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos contar “water”. Podemos contar “bottles
of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua forma líquida.
Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: music, art, love, happiness, advice, information, news, furniture, luggage, rice, su-
gar, butter, water, milk, coffee, electricity, gas, power, money, etc.

Veja outros de countable e uncountable nouns:

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Definite Article – Não se usa o artigo THE antes das palavras church, school,
prison, market, bed, hospital, home, university, college, market,
THE = o, a, os, as quando esses elementos forem usados para seu primeiro propósito.
She went to church. (para rezar)
• Usos She went to THE church. (talvez para falar com alguém)
– Antes de substantivos tomados em sentido restrito.
THE coffee produced in Brazil is of very high quality. – Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathedral, cine-
I hate THE music they’re playing. ma, movies e theater.
Let’s go to THE theater.
– Antes de nomes de países no plural ou que contenham as They went to THE movies last night.
palavras Kingdom, Republic, Union, Emirates.
THE United States Indefinite Article
THE Netherlands A / AN = um, uma
THE United Kingdom
THE Dominican Republic •A
– Antes de palavras iniciadas por consoantes.
– Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo. A boy, A girl, A woman
John is THE tallest boy in the family.
– Antes de palavras iniciadas por vogais, com som consonantal.
– Antes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, cadeias A uniform, A university, A European
de montanhas, desertos e ilhas no plural), mesmo que o elemento
geográfico tenha sido omitido. • AN
THE Nile (River) – Antes de palavras iniciadas por vogais.
THE Sahara (Desert) AN egg, AN orange, AN umbrella

– Antes de nomes de famílias no plural. – Antes de palavras iniciadas por H mudo (não pronunciado).
THE Smiths have just moved here. AN hour, AN honor, AN heir

– Antes de adjetivos substantivados. • Usos


You should respect THE old. – Para se dar ideia de representação de um grupo, antes de
substantivos.
A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.)
– Antes de numerais ordinais.
He is THE eleventh on the list.
– Antes de nomes próprios no singular, significando “um tal de”.
A Mr. Smith phoned yesterday.
– Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros, cinemas,
museus.
– No modelo:
THE Hilton (Hotel)
WHAT + A / AN = adj. + subst.
– Antes de nacionalidades. What A nice woman!
THE Dutch
– Em algumas expressões de medida e frequência.
– Antes de nomes de instrumentos musicais. A dozen
She plays THE piano very well. A hundred
– Antes de substantivos seguidos de preposição. Twice A year
THE Battle of Trafalgar - Em certas expressões.
It’s A pity, It’s A shame, It’s AN honor...
• Omissões
– Antes de substantivos tomados em sentido genérico. – Antes de profissão ou atividades.
Roses are my favorite flowers. James is A lawyer.
Her sister is A physician.
–Antes de nomes próprios no singular.
She lives in South America. • Omissão
– Antes de substantivos contáveis no plural.
–Antes de possessivos. Lions are wild animals.
My house is more comfortable than theirs.
– Antes de substantivos incontáveis.
– Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra langua- Water is good for our health.
ge. * Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos substanti-
She speaks French and English. (Mas: She speaks THE French vos.
language.)
– Antes de nomes de estações do ano. Em Inglês utilizamos adjetivos para comparar duas coisas ou
Summer is hot, but winter is cold. mais. Eles podem ser classificados em dois graus: comparativo e
• Casos especiais superlativo.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
O grau comparativo é usado para comparar duas coisas. Já o 3. Usamos os prefixos more e most com adjetivos de mais de
superlativo, usamos para dizer que uma coisa se destaca num grupo duas sílabas.
de três ou mais. Exemplos:
More comfortable than = mais confortável que
More careful than = mais cuidadoso que
The most comfortable = o mais confortável
The most careful = o mais cuidadoso

4. Usamos os prefixos more e most com advérbios de duas sí-


labas.
Exemplos:
More afraid than = mais amedrontado que
More asleep than = mais adormecido que
The most afraid = o mais amedrontado
The most asleep = o mais adormecido

5. Usamos os prefixos more e most com qualquer adjetivo ter-


minado em –ed, –ing, –ful, –re, –ous.
Exemplos:
tired – more tired than – the most tired (cansado)
charming – more charming than – the most charming (char-
Exemplos: moso)
As cold as = tão frio quanto hopeful – more hopeful than – the most hopeful (esperançoso)
Not so (as) cold as = não tão frio quanto sincere – more sincere than – the most sincere (sincero)
Less cold than = menos frio que famous – more famous than – the most famous (famoso)
The least cold = o menos frio
As expensive as = tão caro quanto Variações ortográficas
Not so (as) expensive as = não tão caro quanto – Adjetivos monossilábicos terminados em uma só consoante,
Less expensive than = menos caro que precedida de uma só vogal dobram a consoante final antes de rece-
The least expensive = o menos caro berem –er ou –est.
Exemplos:
fat – fatter than – the fattest (gordo)
thin – thinner than – the thinnest (magro)

– Adjetivos terminados em Y, precedido de vogal, trocam o Y


por I antes do acréscimo de –er ou –est:
Exemplos:
angry – angrier than – the angriest (zangado)
happy – happier than – the happiest (feliz)
Exceção
shy - shyer than - the shyest (tímido)

– Adjetivos terminados em E recebem apenas –r ou –st.


Exemplos:
nice – nicer than – the nicest (bonito, simpático)
brave – braver than – the bravest (corajoso)

Formas irregulares
Alguns adjetivos e advérbios têm formas irregulares no compa-
Observações: rativo e superlativo de superioridade.
1. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos / advérbios de
uma só sílaba. good (bom / boa)
Exemplos: better than - the best
well (bem)
taller than = mais alto que / the tallest = o mais alto
bigger than = maior que / the biggest = o maior bad (ruim / mau)
- the worst
badly (mal)
2. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos de duas sílabas. little (pouco) less than - the least
Exemplos:
happier than = mais feliz que Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma no com-
cleverer than = mais esperto que parativo e superlativo de superioridade.
the happiest = o mais feliz
the cleverest = o mais esperto far (longe)
farther than – the farthest (distância)
further (than) – the furthest (distância / adicional)
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a solução para o seu concurso!
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old (velho)
older than – the oldest
elder – the eldest (só para elementos da mesma família)
late (tarde)
the latest (o mais recente)
the last (o último da série)

O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em inglês existe apenas uma especificidade, que pode causar um pouco de estra-
nheza, que é o pronome “it”, o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com a prática, você vai conseguir entender e aprender bem
rápido.

Subject Pronouns

I (eu) I am a singer.
YOU (você, tu, vocês) You are a student.
HE (ele) He is a teacher.
SHE (ela) She is a nurse.
IT (ele, ela) It is a dog/ It is a table.
WE (nós) We are friends.
THEY (eles) They are good dancers.

O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo abaixo:
Mary is intelligent = She is intelligent.

Uso do pronome “it”

– To refer an object, thing, animal, natural phenomenon.


Example: The dress is ugly. It is ugly.
The pen is red. It is red.
The dog is strong. It is strong.

– Attention
a) If you talk about a pet use HE or SHE
Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent!
b) If you talk about a baby/children that you don’t know if is a girl or a boy.
The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It is happy.

Object Pronous
São usados como objeto da frase. Aparecem sempre depois do verbo.

ME
YOU
HIM
HER
IT
US
YOU
THEM

Exemplos:
They told me the news.
She loves him so much.

Demonstrative Pronouns
Os pronomes demonstrativos são utilizados para demonstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou longe da pessoa que fala ou
de quem se fala, ou seja, indica posição em relação às pessoas do discurso.
Veja quais são em inglês:

Editora
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LÍNGUA INGLESA

SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL


THIS THESE THAT THOSE
Este/esta/isto Estes/estas Aquele/aquela/aquilo Aqueles/aquelas

Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos pronomes demonstra-
tivos nas frases abaixo:
This method will work.
These methods will work.

O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para indicar seres que estão distantes da pessoa que fala. Observe:
That computer technology is one of the most fundamental disciplines of engineering.
Those computers technology are the most fundamental disciplines of engineering.

Possessive Adjectives and Possessive Pronouns


Em inglês há, também, dois tipos de pronomes possessivos, os Possessive Adjectives e os Possessive Pronouns.

POSSESSIVE ADJECTIVES POSSESSIVE PRONOUNS


My Mine
Your Yours
His His
Her Hers
Its Its
Our Ours
Your Yours
Their Theirs

• Possessive Adjectives são usados antes de substantivos, precedidos ou não de adjetivos.


Exemplos:
Our house is close.
I want to know your name.

• Possessive Pronouns são usados para substituir a construção possessive adjective + substantivo, evitando assim a repetição.
Exemplo:
My house is yellow and hers is white.
Theirs is the most beautiful car in the town.
Infinitive

A forma infinitiva do inglês é to + verbo

Usos:
- após numerais ordinais
He was the first to answer the prohne.

- com too e enough


This house is too expensive for me to buy.
He had bought food enough to feed a city!

- após o verbo want


I want you to translate the message.

- após os verbos make, let e have (sem to)


This makes me feel happy.
Let me know if you need any information.

- após o verbo help (com ou sem to)


She helped him (to) choose a new car.

Observações:
Certos verbos admitem o gerund ou infinitive sem alteração de sentido.
It started raining. / It started to rain.
Editora
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LÍNGUA INGLESA
He began to clean the house. / He began cleaning the house. He studies – Ele estuda
She tries – Ela tenta
O verbo STOP admite tanto o gerund quanto o infinitive com It cries – Ele/ela chora
alteração de sentido.
Com verbos que também terminam com “y” e têm uma vogal
He stopped smoking. antes, permanece a regra geral da maioria dos verbos: acrescentar
(= Ele parou de fumar.) apenas o “s” ao final da palavra.
He enjoys – Ele gosta
He stopped to smoke. She stays – Ela fica
(= Ele parou para fumar.) It plays – Ele/ela brinca

Imperative Formas afirmativa, negativa e interrogativa


O imperativo, é usado para dar ordens, instruções, fazer pedi-
dos e até mesmo aconselhar alguém. É uma forma verbal utilizada
diariamente e que muita gente acaba não conhecendo.

A forma afirmativa sempre inicia com o verbo.


Exemplos:
Eat the salad. – Coma a salada.
Sit down! – Sente-se
Help me! – Me ajude!
Tell me what you want. – Me diga o que você quer.
Be careful! – Tome cuidado!
Turn the TV down. – Desligue a televisão.
Complete all the sentences. – Complete todas as sentenças.
Be quiet, please! – Fique quieto, por favor!

Frases na forma negativa sempre acrescentamos o Don’t antes


do verbo. Present Continuous
Exemplos: - Usamos o Present Continuous para ações ou acontecimentos
Don’t be late! – Não se atrase! ocorrendo no momento da fala com as expressões now, at present,
Don’t yell in the church! – Não grite na igreja! at this moment, right now e outras.
Don’t be scared. – Não se assuste. Exemplo:
Don’t worry! – Não se preocupe! She is running at the park now.
Don’t drink and drive. – Não beba e dirija.
- Usamos também para ações temporárias.
Simple Present Exemplos:
O Simple Present é a forma verbal simples do presente. O você He is sleeping on a sofá these days because his bed is broken.
precisa fazer para usar o Simple Present é saber os verbos na sua
forma mais simples. Por exemplo “to go” que significa ir, é usado em - Futuro próximo.
“I go” para dizer eu corro. Exemplo:
Exemplos de Simple Present: The train leaves at 9 pm.
I run – Eu corro
You run – Você corre/Vocês correm Observações:
We run – Nós corremos - Alguns verbos não são normalmente usados nos tempos con-
They run – Eles correm tínuos. Devemos usá-los, preferencialmente, nas formas simples:
see, hear, smell, notice, realize, want, wish, recognize, refuse, un-
Regras do Simple Present derstand, know, like, love, hate, forget, belong, seem, suppose,
As únicas alterações que acontecem nos verbos se limitam aos appear, have (= ter, possuir), think (= acreditar).
pronomes he, she e it. De modo geral, quando vamos usar o Simple
Present para nos referirmos a ele, ela e indefinido, a maioria dos - Verbos monossilábicos terminados em uma só consoante,
verbos recebe um “s” no final: precedida de uma só vogal, dobram a consoante final antes do
He runs – Ele corre acréscimo de –ing.
She runs – Ela corre Exemplos:
It runs – Ele/ela corre Run → running
swim → swimming
Para verbos que têm algumas terminações específicas com “o”,
“s”, “ss”, “sh”, “ch” “x” ou “z”, deve-se acrescentar “es” no final: - Verbos dissilábicos terminados em uma só consoante, prece-
He goes – Ele vai dida de uma só vogal, dobram a consoante final somente se o acen-
She does – Ela faz to tônico incidir na segunda sílaba.
It watches – Ele/ela assiste Exemplos:
prefer → preferring
Quando o verbo termina com consoantes e “y” no final. Por admit → admitting
exemplo, os verbos study, try e cry e têm consoantes antes do “y”. listen → listening
Nesses casos, você deve tirar o “y” e acrescentar “ies” no lugar. Veja
enter → entering
o exemplo:
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LÍNGUA INGLESA
- Verbos terminados em –e perdem o –e antes do acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas acrescentam –ing.
Exemplos:
make → making
dance → dancing
agree → agreeing
flee → fleeing

- Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder o –y.


Exemplos:
study → studying
say → saying

- Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de –ing, perdem o –ie e recebem –ying.
Exemplos:
lie → lying
die → dying
Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações.
dye → dyeing

Formas afirmativa, negativa e interrogativa

Immediate Future
O simple future é um das formas usadas para expressar ações futuras. Em geral vem acompanhado de palavras que indicam futuro,
como: tomorrow, next. Geralmente, usamos a palavra “will”. Posteriormente, você verá que também podemos utilizar “be going to” para
formar o futuro e a diferença de utilização entre eles.
Example:
Interrogative: What will you study?
Affirmative: I will study English.
Negative: I won’t study English.

Note: we use the auxiliary verb WILL + verbs in infinitive (without “to” ).
Forma contraída
I will study - I’ll study
You will travel - You’ll travel
He will / She will eat - He’ll / She’ll eat
It will happen - It’ll happen
We will work - We’ll work
You will dance - You’ll dance
They will do - They’ll do

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LÍNGUA INGLESA

Simple Past
With most verbs, the simple past is created simply by adding “ED”. That form belongs for all to the people, not varying in the 3rd
person.
Simple past is used to indicate an accomplished action and totally finished in the past, corresponding in Portuguese, the perfect pre-
terite as imperfect preterite.
Ex.: Santos Dumont lived in France. He created the 14 Bis.

Regra geral Acrescenta-se “ed” Play – played


Verbos terminados em “e” Acrescenta-se “d” Like – liked
Verbos terminados em y precedido de consoante Mudam o y para i e acrescentam “ed” Study – studied

Example:
To work
I worked
You worked
He worked
She worked
It worked
We worked
They worked

Simple past – negative and interrogative form

Usos:
– ações definidas no passa do com yesterday, ...ago, last night (week,month etc) e expressõesque indiquem ações completamente
terminadas no passado.
Exemplos:
Peter flew to London last night.
Cabral discovered Brazil in 1500.

– ações habituais no passado com as mesmas expressões e advérbios que indicam ações habituais no presente.
Exemplos:
They visited rarely visited their grandparents.
She often got up at 6.

– após as if e as though (= como se) e após o verbo wish.


Exemplos:
She behaves as if she knew him.
I wish I had more time to study.

– No caso do verbo BE, todas as pessoas terão a mesma forma (were).


Exemplos:
She acts as though she were a queen.
I wish I were younger.

– após if only (= se ao menos)


Exemplos:
If only I knew the truth.
If only he understood me.
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LÍNGUA INGLESA
OBSERVAÇÕES
1. As regras de “dobra” de consoantes existentes para o acréscimo de -ing aplicam-se quando acrescentarmos -ed.
stop → stopped
prefer → preferred

2. Verbos terminados em -y perdem o -y e recebem o acréscimo de -ed quando o -y aparecer depois de umaconsoante. Caso contrário,
o -y permanece.
rely → relied
play → played

Past Continuous

Usos:
– ação que estava ocorrendo no passado quando outra ação passada começou.
Exemplos:
They were having a bath when the phone rang.
She was watching TV when Stanley arrived.

– ação ou acontecimento que continuou por algum tempo no passado.


Exemplos:
This time last year I was living in London.
I saw you last night. You were waiting for a bus.

Present Perfect

Usos:
– ação indefinida no passado, sem marca de tempo. Isso o diferencia do Simple Past.
We have finished our homework.
Jane has traveled to London.
They have accepted the job offer.
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LÍNGUA INGLESA
– com os advérbios EVER, NEVER, ALREADY, YET, JUST, SO FAR, LATELY, RECENTLY e expressões como ONCE, TWICE, MANY TIMES, FEW
TIMES etc.

Have you EVER seen a camel?


She has NEVER been to Greece.
The students have ALREADY written their compositions.
The bell hasn’t rung YET.
Our cousins have JUST arrived.
We have read five chapters SO FAR.
She has traveled a lot LATELY.
Have you seen any good films RECENTLY?
I have flown on an airplane MANY TIMES.

– com SINCE (= desde) e FOR (= há, faz)


She has lived in New York SINCE 2013.
She has lived in New York FOR 7 years.

O verbo can geralmente significa poder e/ou conseguir e é usado para indicar várias situações:
– Possibilidade
– Capacidade/habilidade
– Permissão
– Pedido

Capacidade, habilidade
She can speak five languages. (present)
She could play tennis when she was younger. (past)
She will be able to translate the text. (future)

Permissão
You can use my car.
She can sit anywhere.

O verbo can é sempre acompanhado do verbo principal no infinitivo sem o to. Ele pode ser usado para construir frases afirmativas,
negativas e interrogativas.

AFFIRMATIVE NEGATIVE INTERROGATIVE


I can dance I can’t/cannot dance Can I dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
He/she/it can dance He/she/it can’t/cannot dance Can he/she/it dance?
We can dance We can’t/cannot dance Can we dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
They can dance They can’t/cannot dance Can they dance?

Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOMETIMES, NEVER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de preferência, ANTES do
verbo principal ou APÓS o verbo auxiliar ou o verbo to be.

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LÍNGUA INGLESA
They USUALLY watch TV in the evenings.
She is ALWAYS late.
These curtains have NEVER been cleaned.

Expressões adverbiais de freqüência são colocadas no final ou no início de uma oração.


They watch TV EVERY EVENING.
ONCE A WEEK they go swimming.

Advérbios de probabilidade (POSSIBLY, PROBABLY, CERTAINLY...) são colocados antes do verbo principal mas após be ou um verbo
auxiliar.
He PROBABLY knows her phone number.
He is CERTAINLY at home now.

PERHAPS e MAYBE aparecem normalmente no começo de uma oração.


PERHAPS I’ll see her later.
MAYBE you’re right.
Advérbios de tempo (TODAY, TOMORROW, NOW, SOON, LATELY...) são colocados no final ou no início de uma oração.
He bought a new camera YESTERDAY.
ON MONDAY I’m going to London.

Advérbios de modo (SLOWLY, QUICKLY, GENTLY, SOFTLY, WELL...) aparecem normalmente no final da oração. Alguns advérbios podem
também aparecer no início de uma oração se quisermos enfatizá-los.
She entered the room SLOWLY.
SLOWLY she entered the room.

Grande parte dos advérbios de modo é formada pelo acréscimo de LY ao adjetivo.

serious – seriousLY
careful – carefulLY
quiet – quietLY
heavy – heaviLY
bad – badLY

Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são advérbios.

lonely = solitário (adjetivo)


lovely = encantador (adjetivo)
silly = tolo (adjetivo)
elderly = idoso (adjetivo)

Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados no início ou no final de orações.
You’ll find what you want HERE.
THERE comes the bus.
Modo, lugar, tempo
A posição normal dos advérbios em uma oração é:

He did his job CAREFULLYAT HOMEYESTERDAY.

MODO LUGAR TEMPO

Lugar, modo, tempo


Com verbos de movimento, a posição normal é:

She traveled TO LONDONBY PLANELAST WEEK.

LUGAR MODO TEMPO

As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam lugar ou
posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instrumento).
Editora
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58
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
The keyboard is on the desk - (lugar ou posição).
Raphaelran toward the hotel - (direção).
The plane arrived at eleveno’clock - (tempo).
David travels by train - (maneira ou modo).
The computer was broken by him - (agente).

PREPOSIÇÕES
Horas The airplane will arrive at five o’clock.
Datas We have a big party at Christmas.
Lugares He is at the drugstore.
AT
Cidades pequenas She lives at Barcelos.
Períodos do dia She works at night.(noon,night, midnight, dawn)
Endereços completosFabrizio lives at 107 Boulevard Street.
Períodos do diaMarcus works in the morning. (exceto noon, night, midnight e dawn)
Meses The case will arrive in March.
IN
Estações do ano It’s very hot in summer.
Anos David graduaded in 2008.
Séculos Manaus was created in 18th century.
Expressões do tempo The computer will be working in few days.
Expressões de lugar (dentro) The memory is in the CPU.
August lives in São Paulo.
Estados, Cidades grandes, Países, Continentes
There are many developed countries in Europe.
“sobre” Our bags are on the reception desk.
Dias da semana He has class on Friday.

Datas He has class on Friday.


ON
Transportes coletivos There are a lot of people on that plane.
Nomes de ruas ou avenidas The CETAM is on Djalma Street.
“floor” Gabriel lives on the 8th floor.

Prepositions of Place

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LÍNGUA INGLESA
Vestimentas

T-shirt = camiseta
Sweatshirt = Blusa de moletom
Shirt = camisa
Suit = terno
Pants:calça
Tie = gravata
Wedding dress = vestido de noiva
Jacket = jaqueta
Skirt = saia
Coat = casaco
Shorts = Bermuda
Dress = vestido
Underpants = cueca
Panties = calcinha
Bra = sutiã
Nightgown = camisola
Pajamas = pijama
Robe = roupão
Scarf = cachecol
Uniform = uniforme
Singlet = regata
Swimming Trunks = sunga
Swimsuit = maiô
Bikini = biquíni

Cotidiano

U.S. Money
US$ 1 Dollar = 100 cents
bills - $1, $5, $10, $20, $50, $100
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Coins – 1c, 5c, 10c, 25c, $1 Printer = impressora
Penny = 1 cent Keyboard = teclado
Nickel = 5 cents Mouse = mouse
Dime = 10 cents Television = televisão
Quarter = 25 cents
Meio ambiente
Ways to pay Environment = meio ambiente
Check = cheque Ozone layer = camada de ozônio
Cash = em dinheiro Water = água
Note/bill = nota Tree = árvore
Coin = moeda Weather = clima
Credit card = cartão de crédito Animals = animais
Air = ar
Materials Wind = vento
Acrylic = acrílico Rain = chuva
Cotton = algodão Snow = neve
Denim = brim Fog = neblina
Fleece/wool = lã Hurricane = furacão
Gold = ouro Storm = tempestade
Leather = couro Lightning = relâmpago
Linen = linho Thunder = trovão
Plastic= plástico
Rubber = borracha Comida e bebida
Silk = seda Bread — Pão
Silver = prata Butter — Manteiga
Cake — Bolo
Educação Cheese — Queijo
Nursery School = pré-escola Chicken — Frango
Elementary school ou Primary School = Ensino fundamental I Chips — Salgadinhos
Secondary school = Ensino fundamental II Chocolate — Chocolate
High school = Ensino médio Corn flakes — Cereal
College/University = Faculdade/universidade Egg — Ovo
Fish — Peixe
Subjects French fries — Batata-frita
Inglês: English Ham — Presunto
Matemática: Mathematics (Math) Ice cream — Sorvete
História: History Jam — Geleia
Geografia: Geography Jello — Gelatina
Química: Chemistry Margarine — Margarina
Física: Physics Mashed potatoes — Purê de batatas
Ciência: Science Meat — Carne
Biologia: Biology Pancacke — Panqueca
Educação Física: Physical Education (P.E.) Pasta — Macarrão
Artes: Arts Peanut — Amendoim
Música: Music Peanut butter — pasta de amendoim
Literatura: Literature Pepper — Pimenta
Redação: Writing Pie — Torta
Português: Portuguese Pizza — Pizza
Espanhol: Spanish Popsicle — Picolé
Potato chips — Batata-frita
Diversão e mídia Rice — Arroz
Movies/cinema = cnema Salt — Sal
Theater = teatro Sandwich — Sanduíche
Bar/Pub = bar Sliced bread — Pão fatiado
Restaurant = restaurante Soup — Sopa
Café = lanchonete Sugar — Açúcar
Park = parque Toast — Torrada
Concert = show Water cracker — Bolacha de água e sal
Play = peça de teatro
Meat (carne)
Tecnologia Bacon — Bacon
Cellphone/mobile phone = celular Barbecue — Churrasco
Laptop = notebook Beef — Carne de vaca
Personal computer(PC) = Computador Beef Jerky — Carne seca
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Blood sausage —Chouriço Rucola — Rúcula
Carp — Carpa Snow pea — Ervilha
Chicken — Frango Spinach — Espinafre
Chicken legs — Pernas de Frango Sweet potato — Batata doce
Chicken wings — Asas de Frango Tomato — Tomate
Cod — Bacalhau Turnip — Nabo
Crab — Caranguejo Watercress — Agrião
Duck — Pato Yams — Inhame
Fish — Peixe
Grilled fish — Peixe grelhado Fruits (frutas)
Ground beef — Carne moída Apple — Maçã
Hamburger — Hambúrguer Apricots — Damascos
Lobster — Lagosta Avocado — Abacate
Meatball — Almôndega Banana — Banana
Mortadella — Mortadela Blackberry — Amora
Pork chops — Costeletas de porco Blueberry — Mirtilo
Pork legs — Pernas de porco Cashew nut — Castanha de Cajú
Pork loin — Lombo de porco Cherry — Cereja
Rib cuts — Costela Coconut — Coco
Roast chicken — Frango assado Figs — Figos
Salami — Salame Grapes — Uvas
Salmon — Salmão Guava — Goiaba
Sausage — Linguiça Honeydew melon — Melão
Shrimp — Camarão Jackfruit — Jaca
Sirloin — Lombo Kiwi — Kiwi
Smoked sausage — salsicha defumada Lemon — Limão
Squid — Lula Mango — Manga
Steak — Bife Orange — Laranja
Stew meat — Guisado de carne Papaya — Mamão
T-bone steak — Bife t-bone Passion fruit — Maracujá
Tenderloin — Filé mignon Peach — Pêssego
Tuna — Atum Pear — Pera
Turkey — Peru Pineapple — Abacaxi
Veal — Vitela Plum — Ameixa
Prune — Ameixa-seca
Vegetables (vegetais) Start fruit — Carambola
Anise — Anis Strawberry — Morango
Asparagus — Espargos Tamarind — Tamarindo
Beans — Feijão Tangerine — Tangerina
Beet — Beterraba Watermelon — Melancia
Broccoli — Brócolis
Cabbage — Repolho Drinks (bebidas)
Carrot — Cenoura Beer — Cerveja
Cauliflower — Couve-flor Brandy — Aguardente
Celery — Aipo/Salsão Champagne — Champanhe
Corn — Milho Chocolate — Chocolate
Cucumbers — Pepinos Cocktail — Coquetel
Eggplant — Berinjela Coffee — Café
Garlic — Alho Coffee-and-milk — Café-com-leite
Ginger — Gengibre Draft beer — Chope
Green onion — Cebolinha verde Gin — Gim
Heart of Palms — Palmito Hot chocolate — Chocolate quente
Leeks — Alho-poró Juice — Suco
Lettuce — Alface Lime juice — Limonada
Manioc — Mandioca Liqueur — Licor
Mushroom — Cogumelo Milk — Leite
Okra — Quiabo Mineral water — Água mineral
Olives — Azeitonas Red wine — Vinho tinto
Onion — Cebola Rum — Rum
Pepper — Pimenta Soda — Refrigerante
Pickles — Picles Sparkling mineral water — Água mineral com gás
Potato — Batata Still mineral water — Água mineral sem gás
Pumpkin — Abóbora Tonic water — Água tônica
Radish — Rabanete Vodka — Vodca
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Water — Água
Whiskey —Uísque
White wine —Vinho branco
Yogurt — Iogurte

Tempo livre, “hobbies” e lazer


Bowling = boliche
Camping = acampar
Canoeing = canoagem
Card games = jogos de baralho
Chess = xadrez
Cooking = cozinhar
Crossword puzzl = palavras cruzadas
Dancing = dançar
Drawing = desenhar
Embroidery = bordado
Fishing = pesca
Gardening = jardinagem
Hiking = caminhar
Hunting = caçar
Jogging = corrida
Knitting = tricotar
Mountaineering = escalar montanhas
Painting = pintar
Photography = fotografia
Playing video games = jogar vídeo games
Reading = leitura
Riding a bike = andar de bicicleta
Sculpting = esculpir
Sewing = costurar
Singing = cantar
Skating = andar de patins ou skate
Skiing = esquiar
Stamp collecting = colecionar selos
Surfing = surfar
Working out = malhar

Saúde e exercícios

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Health Problems and Diseases (problemas de saúde e doen- Povos e línguas
ças)

Skin occurrences (Ocorrências na pele)


Blemish – mancha
Bruise - contusão
Dandruff - caspa
Freckle – sarda
Itching – coceira
Pimple – espinha
Rasch – erupção da pele
Scar - cicatriz
Spot – sinal, marca
Wart – verruga
Wound - ferida
Wrinkle – ruga

Aches (Dores)
Backache – dor nas costas
Earache – dor de ouvido
Headache – dor de cabeça
Heartache – dor no peito
stomachache – dor de estômago
Toothache – dor de dente

Cold and Flu (Resfriado e Gripe)


Cough – tosse
Fever – febre
Running nose – nariz entupido
Sneeze – espirro
Sore throat – garganta inflamada
Tonsilitis – amigdalitis

Other Diseases (Outras doenças)


Aneurism - aneurisma
Appendicitis - apendicite
Asthma – asma
Bronchitis – bronquite
Cancer – câncer
Cirrhosis - cirrose
Diabetes – diabetes
Hepatitis – hepatite
High Blood Pressure – hipertensão (pressão alta)
Pneumonia – pneumonia
Rheumatism – reumatismo
Tuberculosis – tuberculose
Moradia;

Editora
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64
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Full name = Nome completo
Date of Birth = Data de nascimento
Age = Idade
Sex = Sexo
Place of Birth = Local de nascimento
Nationality = Nacionalidade
Occupation = Ocupação/profissão
Sentimentos, opiniões e experiências Address = Endereço
Happy = feliz City = Cidade
Afraid = com medo Country = País
Sad = triste Zip code/Post code = Código postal (CEP)
Hot = com calor Phone number = Número de telefone
Amused = divertido E-mail address = Endereço de e-mail
Bored = entediado
Anxious = ansioso Lugares e edificações
Confident = confiante Airport – Aeroporto
Cold = com frio Amusement park – Parque de diversões
Suspicious = suspeito Aquarium – Aquário
Surprised = surpreso Art gallery – Galeria de arte
Loving= amoroso ATM (Automatic Teller Machine) – Caixa eletrônico
Curious = curioso Auto repair shop ou Garage – Oficina mecânica
Envious = invejoso Avenue – Avenida
Jealous = ciumento Baby store – Loja infantil ou bebê
Miserable = miserável Barber shop – Barbearia
Confused = confuso Bakery – Padaria
Stupid = burro Bank – Banco
Angry = com raiva Beach – Praia
Sick = enjoado/doente Beauty salon/parlor/shop – Salão de beleza
Ashamed = envergonhado Block – Quarteirão
Indifferent = indiferente Bookstore ou Bookshop – Livraria
Determined = determinado Bridge – Ponte
Crazy = louco Building – Edifício ou Prédio
Depressed = depressivo Bus station – Rodoviária
Frightened = assustado Bus stop – Ponto de ônibus
Interested = interessado Butcher shop – Açougue
Shy = tímido Cabstand ou Taxi stand – Ponto de taxi
Hopeful = esperançoso Capital – Capital
Regretful = arrependido Cathedral – Catedral
Scared = assustado Cemetery – Cemitério
Stubborn = teimoso Chapel – Capela
Thirsty = com sede Church – Igreja
Guilty = culpado Circus – Circo
Nervous = nervoso City – Cidade
Embarrassed = envergonhado Clothing store – Loja de roupas
Disgusted = enojado Club – Clube
Proud = orgulhoso Coffee shop – Cafeteria
Lonely = solitário College – Faculdade
Frustrated = frustrado Computer store – Loja de informática
Hurt= magoado Concert hall – Casa de espetáculos ou Sala de concertos
Hungry = com fome Convenience store – Loja de conveniência
Tired= cansado Corner – Esquina
Thoughtful = pensativo Costume store – Loja de Fantasia
Optimistic = otimista Court – Quadra de esportes ou pode ser Tribunal ou comumen-
Relieved = aliviado te chamado de Fórum, depende do contexto.
Shocked = chocado Crosswalk/Pedestrian crossing/Zebra crossing – Faixa de pe-
Sleepy = com sono destres
Excited = animado Cul-de-sac ou Dead end street – Beco ou Rua sem saída
Bad = mal City hall – Prefeitura
Worried = preocupado Dental clinic – Clinica dentária ou Consultório Odontológico
Downtown – Centro da cidade
Identificação pessoal Driving school – Auto escola
First name = Primeiro nome Drugstore – Farmácia ou Drogaria
Middle name = Nome do meio Factory – Fábrica
Last name = Último nome Field – Campo
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Fire station – Posto ou Quartel de bombeiros Subway station – Estação de metrô
Fishmonger’s – Peixaria Supermarket – Supermercado
Flower show – Floricultura Synagogue – Sinagoga
Food Truck – Food Truck ou Caminhão que vende comida Temple – Templo
Gas station – Posto de gasolina Town – Cidade pequena ou Município
Glasses store ou Optical store – Loja de Ótica Toy store ou Toy shop – Loja de brinquedos
Greengrocer – Quitanda Train station – Estação de trem
Grocery store – Mercearia Travel agency – Agência de viagens
Gym – Academia de ginástica University – Universidade
Hair salon – Cabeleireiro Zoo – Zoológico
Hardware store – Loja de ferramentas
Health Clinic/Center – Clinica ou Posto de saúde Relacionamento com outras pessoas
Hospital – Hospital Parents – pais
Hotel – Hotel Father – pai
House – Casa Mother – mãe
Ice Cream Shop/Parlor – Sorveteria Son – filho
Intersection ou Crossroad – Cruzamento Daughter – filha
Jail ou Prison – Cadeia ou Prisão Siblings – irmãos
Jewelry store – Joalheria Brother – irmão
Kiosk – Quiosque Sister – irmã
Lake – Lago Halfbrother – meio-irmão
Laundromat ou Laundry – Lavanderia Halfsister – meia-irmã
Library – Biblioteca Only child – filho único
Lottery retailer ou Lottery kiosk – Casa lotérica Wife – esposa
Mall – Shopping center Husband – esposo
Metropolis – metrópole Fiancé – noivo
Monument – Monumento Bride – noiva
Mosque – Mesquita Uncle – tio
Movie theater – Cinema Aunt – tia
Museum – Museu Cousin – primo e prima
Neighborhood – Bairro Nephew – sobrinho
Newsstand – Banca de jornal Niece – sobrinha
Office – Escritório Grandparents – avós
One-way street – Rua de mão única ou sentido único Grandfather – avô
Outskirts ou Suburb – Periferia ou Subúrbio Grandmother – avó
Park – Parque Grandson – neto
Parking lot – Estacionamento Granddaughter – neta
Penitentiary – Presídio ou Penitenciária Great grandfather – bisavô
Perfume shop – Perfumaria Great grandmother – bisavó
Pet Shop – Pet Shop Great grandson – bisneto
Pizzeria – Pizzaria Great granddaughter – bisneta
Place – Lugar Father-in-law – sogro
Playground – Parque infantil Mother-in-law – sogra
Police station – Delegacia de polícia Brother-in-law – cunhado
Port – Porto Sister-in-law – cunhada
Post office – Agência de correios Stepfather – padrasto
Pub – Bar Stepmother – madrasta
Real estate agency – Imobiliária Stepson – enteado
Reference point ou Landmark – Ponto de referência Stepdaughter – enteada
Restaurant – Restaurante Foster parents – pais adotivos
River – Rio Foster father – pai adotivo
Road – Estrada Foster mother – mãe adotiva
Rotary ou Roundabout – Rotatória
School – Escola Transporte e serviços
Shoe store – Sapataria Airliner: Avião comercial (Aviões maiores geralmente chama-
Sidewalk – Calçada dos de boeing)
Snack bar – Lanchonete Airplane ou apenas plane: Avião
Square – Praça Bike: Bicicleta
Stadium – Estádio Boat: Barco ou bote
Station – Estação Bus: Ônibus
Stationery store – Papelaria Canoe: Canoa
Steak House – Churrascaria Car: Carro
Store – Loja Carriage: Carruagem
Street – Rua Cruiser: Cruzeiro
Editora
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66
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Ferry: Balsa Mountaineering - Alpinismo
Glider: Planador Olympic Diving - Salto Ornamental
Helicopter ou chopper (informal): Helicóptero Skiing - Esqui
Jet: Jato ou como falamos às vezes, jatinho Sumo - Sumô
Moped ou scooter: Motocicleta ou mobilete (Patinete também Surfing - Surfe
pode ser chamado de scooter) Swimming - Natação
Motorbike: Motocicleta ou simplesmente moto Table tennis - Tênis de mesa/Pingue-pongue
Motorboat: Lancha Taekwon-Do - Taekwon-Do
Ocean liner: Transatlântico Tennis - Tênis
On foot: A pé Triathlon - Triatlo
Pickup truck: Caminhonete Weightlifting - Halterofilismo
Raft: Jangada
Roller skates: Patins Team Sports - Esportes Coletivos
Sailboat: Veleiro ou barco à vela
School bus: Ônibus escolar Badminton – Badminton
Ship: Navio Baseball - Beisebol
Skateboard: Skate Basketball - Basquete
Streetcar ou trolley: Bonde Beach Soccer - Futebol de Areia
Subway ou metro (inglês americano) ou The underground ou Beach Volleyball - Vôlei de Praia
informalmente the tube (inglês britânico): Metrô Football – Futebol Americano
Taxi ou cab: Táxi Footvolley - Futevôlei
Train: Trem Futsal - Futsal
Truck: Caminhão Handball - Handebol
Van: Furgão ou van Hockey - Hóquei
Polo - Polo
Compras Rhythmic Gymnastics - Ginástica Rítmica
Algumas placas com informações importantes: Rugby - Rúgbi
Out to lunch – Horário de almoço Soccer - Futebol
Buy one get one free – Pague um, leve dois. Outras formas de Synchronized Swimming - Nado Sincronizado
passar essa mesma ideia são: BOGOF (sigla para a mesma expres- Volleyball - Vôlei
são) e two for one (dois por um). Water Polo - Polo Aquático
Clearance sale/Reduced to clear/Closing down sale – Liquida-
ção Mundo natural

Conversando com atendentes Animais em inglês: principais animais domésticos (pets)


Excuse me, I’m looking for… – Licença, eu estou procurando Bird: Pássaro;
por… Bunny: Coelhinho;
I’m just looking/browsing, thanks. – Estou só olhando, obri- Cat: Gato;
gado(a). Dog: Cachorro;
Do you have this in… – Você tem isso em…Complete com o que GuineaPig: Porquinho da Índia;
você precisa que mude na peça: A bigger size (um tamanho maior)? Mouse: Rato/Camundongo;
/ Yellow (amarelo)? / Pink (rosa)? Parrot: Papagaio;
Could I return this? – Eu poderia devolver isso? Rabbit: Coelho;
Could I try this on? – Posso provar? Turtle: Tartaruga.
What are the store’s opening hours? – Qual o horário em que
a loja abre? Animais em inglês: principais nomes de aves
Chicken: Galinha;
Esporte Rooster: Galo;
Individual Sports - Esportes Individuais Pigeon: Pomba;
Peacock: Pavão;
Athletics - Atletismo Hawk: Falcão;
Automobilism - Automobilismo Swan: Cisne;
Artistic Gymnastics - Ginástica Artística Sparrow: Pardal;
Boxing - Boxe Duck: Pato.
Bowling - Boliche
Canoeing - Canoagem Animais em inglês: principais animais selvagens
Cycling - Ciclismo Alligator: Jacaré;
Equestrianism - Hipismo Bat: Morcego;
Fencing - Esgrima Bear: Urso;
Golf - Golfe Crocodile: Crocodilo;
Jiujitsu - Jiu-Jítsu Deer: Viado;
Judo - Judô Elephant: Elefante;
Karate - Caratê Eagle: Águia;
Motorcycling - Motociclismo Giraffe: Girafa;
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Hippo: Hipopótamo; Plantas em inglês
Kangaroo: Canguru;
Lion: Leão;
PORTUGUÊS INGLÊS
Monkey: Macaco;
Owl: curuja; árvore tree
Pig: Porco; alecrim rosemary
Snake: Cobra;
Squirrel: Esquilo; ameixieira plum tree
Stag: Cervo; arbusto bush / shrub
Tiger: Tigre;
Zebra: Zebra; azaleia azalea
Wolf: Lobo. azevinho holly

Animais em inglês: principais insetos açafrão turmeric


Ant: Formiga; bordo maple
Mite: Ácaro;
bromélia bromeliads
Bee: Abelha;
Beetle: Besouro; bétula birch
Butterfly: Borboleta; canela cinnamon
Caterpillar: Lagarta;
Cockroach: Barata; carvalho oak
Cricket: Grilo; castanheiro horse chestnut tree
Fly: Mosca;
Flea: Pulga; caule stem
Firefly: Vagalume; cebola onion
Grasshoper: Grilo;
Ladybug: Joaninha; cebolinha green onion
Louseorlice: Piolho; cedro cedar
Mosquito: Pernilongo/Mosquito;
cerejeira cherry tree
Snail: Caracol;
Spider: Aranha; coentro cilantro
Tick: Carrapato; colorau red spice mix
Termite: Cupim.
cominho cumin
Animais em inglês: principais animais marítimos coqueiro coconut tree
Crab: Caranguejo;
Dolphin: Golfinho; cravo clove
Fish: Peixe; erva herb
Octopus: Polvo;
Penguin: Pinguim; ervas finas fine herbs
Seal: Foca; figueira fig tree
Shark: Tubarão;
folha de louro bay leaves
Whale: Baleia.
gengibre ginger
Animais em inglês: principais tipos de peixes girassol sunflower
Carp: Carpa;
Dogfish: Cação; grama grass
Dried Salted Cod: Bacalhau; lírio lily
Flounder: Linguado;
Hake: Pescada; macieira apple tree
Scabbardfish: PeixeEspada; manjericão basil
Tuna: Atum;
Tilapia: Tilápia; margarida daisy
Trout: Truta. melissa melissa

Animais brasileiros em inglês musgo moss


Capivara: Capybara; noz moscada nutmeg
Boto Cor-de-rosa: Pink Dolphin;
oliveira olive tree
Lobo guará: Maned Wolf;
Mico Leão Dourado: Golden Lion Tamarin; orquídea orchid
Onça Pintada: Jaguar; orégano oregano
Tamanduá Bandira: Giantanteater;
Tatu: Armadilo; papoula poppy
Tucano: Toucan; pereira pear tree
Quati: Coati.
Editora
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68
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA

pinheiro pine tree Played beach soccer. — Jogou futebol de areia.


Make a bonfire. — Fazer uma fogueira.
planta plant Made a bonfire. — Fez uma fogueira
páprica paprika Play the guitar. — Tocar violão.
Played the guitar. — Tocou violão.
rosa rose Throw a bonfire party. — Dar uma festa com fogueira.
salgueiro willow Threw a bonfire party. — Deu uma festa com fogueira.
Write messages in the sand. — Escrever mensagens na areia.
salsa parsley
Wrote messages in the sand. — Escreveu mensagens na areia.
samambaia fern Walk on the boardwalk. — Caminhar no calçadão de madeira.
tulipa tulip Walked on the boardwalk. — Caminhou no calçadão de ma-
deira.
violeta violet Watch free summer concerts. — Assistir shows de verão gra-
vitória-régia waterlily tuito.
Watched free summer concerts. — Assistiu shows de verão gra-
Viagens e férias tuito.
Have a picnic. — Ter um piquenique.
Vocabulário Had a picnic. — Teve um piquenique.
Time off. — Tempo fora do trabalho. Play frisbee. — Jogar frisbee.
Day off. — Dia de folga. Played frisbee. — Jogou frisbee.
Vacation. — Férias. Look for seashells. — Procurar por conchas do mar.
Go away. — Ir viajar. Looked for seashells. — Procurou por conchas do mar.
Travel. — Viajar. Watch the sunset. — Assistir o pôr-do-sol.
Take a trip. — Fazer uma viagem. Watched the sunset. — Assistiu o pôr-do-sol.
Take time off. — Tirar um tempo fora do trabalho. Search for historic sites. — Procurar por lugares históricos.
Go to the beach. — Ir para a praia. Searched for historic sites. — Procurou por lugares históricos.
Go to the country. — Ir para o interior. Get a tan. — Pegar um bronzeado.
Got a tan. — Pegou um bronzeado.
Como foram suas férias Go sunbathing ou go tanning. — Ir tomar banho de sol, se bron-
How was your vacation? — Como foram as suas férias? zear.
It was good. — Foram boas. Went sunbathing. — Foi se bronzear.
It was amazing. — Foram demais. Get a sunburn. — Pegar uma queimadura do sol.
It was very relaxing. — Foi muito relaxante. Got a sunburn. — Pegou uma queimadura do sol.
Get sunburn. — Se queimar, ser queimado pelo sol.
Para onde você foi Got sunburn. — Se queimou do sol.
Where did you go? — Onde você foi? Wear sunscreen ou wear sunblock. — Usar protetor solar.
We went to the beach. — Nós fomos para a praia. Wore sunscreen. — Usou protetor solar.
I went to the country with my family. — Eu fui para o interior Use tanning lotion. — Usar bronzeador.
com minha família. Used tanning lotion. — Usou bronzeador.
We took a trip to Hawaii. — Nós fizemos uma viagem para o
Hawaii. Tempo
We went to visit our family in France. — Nós fomos visitar a As horas em inglês podem vir acompanhadas de algumas ex-
nossa família na França. pressões de tempo como:
Who did you go with? — Com quem você foi? Day: dia
I went with my sister and brother. — Eu fui com a minha irmã Today: hoje
e meu irmão. Yesterday: ontem
I went with my husband and kids. — Eu fui com meu marido, The day before yesterday: anteontem
esposo e crianças. Tomorrow: amanhã
I went with my wife and kids. — Eu fui com a minha esposa e The day after tomorrow: depois de amanhã
crianças. Morning: manhã
I went with my classmates. — Eu fui com os meus colegas de Afternoon: tarde
aula. Evening: noite
Night: noite
Como você viajou Tonight: esta noite
How did you go? — Como que você foi? Midday: meio-dia
We went by plane. — Nós fomos de avião. At noon: ao meio-dia
We went by car. — Nós fomos de carro. Midnight: meia noite
At midnight: à meia-noite
Coisas para fazer nas férias
Read. — Ler.
Read. — Leu. (Só muda a pronúncia)
Go swimming. — Ir nadar ou nadar.
Went swimming. — Fui ou foi nadar.
Play beach soccer. — Jogar futebol de areia ou de praia.
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Bartender = barman
Bellhop, bellboy = mensageiro (em hotel)
Biologist = biólogo
Biomedical scientist = biomédico
Blacksmith = ferreiro
Bricklayer, mason = pedreiro
Broker = corretor (de seguros, de investimentos etc., menos de
imóveis)
Butcher = açougueiro
Butler, major-domo = mordomo
Buyer = comprador
Cabdriver, cab driver, taxi driver, cabby, cabbie = taxista
Cabinet-maker = marceneiro
Carpenter = carpinteiro
Cartoonist = cartunista
Cattle breeder, cattle raiser, cattle farmer, cattle rancher = pe-
cuarista
Para informar as horas em inglês usa-se o “it is” ou “it’s” e os Cashier = caixa
números correspondentes (da hora e dos minutos): Chef = chef
Exemplo: 4:35 – It is four thirty-five. Chemist (bre) = farmacêutico
Chemist (ame) = químico
A expressão “o’clock” é utilizada para indicar as horas exatas: Civil Servant = servidor público, funcionário público
Exemplo: 3:00 – It is three o’clock. Clerk = auxiliar de escritório
Coach = treinador, técnico esportivo
A expressão “past” é usada para indicar os minutos antes do Cobbler = sapateiro
30: Comedian = comediante
Exemplo: 6:20 – It is six twenty ou It is twenty past six. Commentator = comentarista (rádio e TV)
Composer = compositor
A expressão “a quarter” é usada para indicar um quarto de Computer programmer = programador
hora (15 minutos): Conference interpreter = intérprete de conferência
Exemplo: 3:15 – It is three fifteen ou It is a quarter past three. Contractor = empreiteiro
Consultant = consultor
A expressão “half past” é usada para indicar meia hora (30 mi- Cook = cozinheiro
nutos): Dancer = dançarino
Exemplo: 8:30 – It is eight thirty ou It is half past eight. Dentist = dentista
Designer = designer, projetista, desenhista
Note que depois dos 30 minutos, em vez da expressão “past”, Diplomat = diplomata
utilizamos o “to”: Doctor, medical doctor, physician = médico
Exemplo: 8.45 – It is eight forty-five ou It is a quarter to nine. Doorman = porteiro
Driver = motorista, piloto de automóvel
Utilizamos as expressões a.m. e p.m. para indicar quando o ho- Economist = economista
rário em inglês ocorre antes ou depois de meio-dia. Editor = editor; revisor
a.m. – antes do meio-dia Electrician = eletricista
p.m. – depois do meio-dia Engineer = engenheiro, maquinista
Farmer = fazendeiro; produtor rural; agricultor
Trabalho e empregos Filmmaker = cineasta, produtor de cinema, diretor de cinema
Accountant = contador Firefighter, fireman = bombeiro
Actor = ator Fisherman = pescador
Actress = atriz Flight attendant = comissário de bordo
Administrator = administrador Foreman = capataz; encarregado
Agronomist = agrônomo Garbageman (ame); dustman (bre) = lixeiro
Anthropologist = antropólogo Gardener = jardineiro
Archaeologist / archeologist = arqueólogo Geographer = geógrafo
Architect = arquiteto Geologist = geólogo Geographer Geógrafo(a)
Astronaut = astronauta Glazer = vidraceiro
Astronomer = astrônomo Graphic designer = designer gráfico
Athlete = atleta Gravedigger = coveiro
Babysitter, baby-sitter, sitter, nanny (ame) = babá Guide = guia
Baker = padeiro Hairdresser, hairstylist = cabeleireiro
Bank clerk = bancário Headmaster, principal (ame) = diretor (de escola)
Banker = banqueiro; bancário Historian = historiador
Bank teller = caixa de banco Housewife = dona de casa
Barber = barbeiro Illustrator = ilustrador
Barista = barista (quem tira café em casas especializadas) Interior designer = designer de interiores, decorador
Editora
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70
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Interpreter = intérprete Shopkeeper (ame), storekeeper (bre), shop owner, merchant =
Jailer = carcereiro lojista, comerciante
Janitor, superintendent, custodian = zelador Singer, vocalist = cantor
Journalist = jornalista Social worker = assistente social
Jeweller (bre), Jeweler (ame) = joalheiro Speech therapist = fonoaudiólogo
Judge = juiz (de direito) Statistician = estatístico
Lawyer = advogado Systems analyst = analista de sistemas
Librarian = bibliotecário Tailor = alfaiate
Lifeguard = salva-vidas, guarda-vidas Teacher = professor
Locksmith = serralheiro; chaveiro Operator = operador
Maid = empregada doméstica Operator, telephone operator = telefonista
Male nurse = enfermeiro Teller = caixa (geralmente de banco)
Manager = gerente Trader = trader, operador (em bolsa de valores)
Mathematician = matemático Translator = tradutor
Mechanic = mecânico Travel agent = agente de viagens
Medic = militar do Serviço de Saúde; médico Treasurer = tesoureiro
Meteorologist = meteorologista Valet = manobrista
Midwife = parteira Vet, veterinarian = veterinário
Miner = mineiro Waiter* = garçom
Milkman = leiteiro Waitress* = garçonete
model = modelo Welder = soldador
Musician = músico Writer = escritor
Nanny (ame) = babá Zoologist = zoólogo
Nurse = enfermeiro, enfermeira
A Marinha
Occupational therapist = terapeuta ocupacional
Proa = Bow
Optician, optometrist = oculista
Popa = Stern \ astern
Painter = pintor
Bombordo = port
Paleontologist = paleontólogo
Boreste = starboard
Paramedic = paramédico
Convés = deck
Personal TRAINER = personal
Linha d aqua = water line
Pharmacist = farmacêutico (ame) Cf. CHEMIST
Castelo de Proa = forecastle
Philosopher = filósofo Boca = beans
Photographer = fotógrafo Comprimento (LOA) = length overall
Physicist = físico Obras Vivas = botton
Physiotherapist = fisioterapeuta Obras Mortas = topsides
Pilot = piloto (menos de automóvel), prático Pontal = depth
Playwright = dramaturgo Calado de Vante = Draught forward
Plumber = encanador, bombeiro (RJ) Tombadilho = Fanny
Poet = poeta Calado a ré = draught forward
Police officer, officer, constable = policial Costado = ribcage
Politician = político Plano diametral = diametral plane
Porter = porteiro Bochecha = tack
Postman, mailman = carteiro Alheta = wing \ quarter
Producer = produtor (em geral artístico) Passadisso = gangway \ bridge
Professor = professor (universitário) Casco = hull
Proofreader = revisor Borda livre = free board
Psychiatrist = psiquiatra Displacement = tonelagem
Psychologist = psicólogo Notice to marine = aviso aos navegantes
Publisher = editor List of Lights = lista de faróis
Real estate agent, realtor = corretor de imóveis Full Load = plena carga
Receptionist = recepcionista Fuel = combustível
Referee = árbitro, juiz (esportes), perito (responsável por análi- Cruising speed = velocidade de cruzeiro
se de artigos científicos) Draft = projeto
Reporter = repórter Length = comprimento
Researcher = pesquisador Inland Waters = águas interiores
Sailor, seaman = marinheiro Bússula = compass
Salesman* = vendedor Ship = navio
Sales representative, sales rep = vendedor Ocean liner = navio transatlântico
Saleswoman* = vendedora Tug = rebocador
Scientist = cientista Gross Tonnage = arqueação bruta
Screenwriter = roteirista Tanker Ship = Navio Petroleiro
Sculptor = escultor Plataform Ship = navio plataforma
Seamstress = costureira Vessel = navio embarcação
Secretary = secretária Broken = quebrado
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
Rope = cabo Dependências a bordo
Boom = pau de carga Galley = cozinha
Starboard = boreste Crew Mess = refeitório da tripulação
Port = bombordo Stateroom = cabine de dormir
Speed = velocidade
Ahead = a frente Amarração de cabos
Crew = tripulação Rope = cabo \ corda
Stern = popa Dock line = cabo de amarração
Fire = fogo Warp = lais de guia
Fireman = bombeiro Reef Knot = nó direito
Hose = mangueira Volta do Fiel = clove hitch
Fire Hose = mangueira de incêndio Fisherman’s Bend = volta do Anete
Tonnage Length = comprimento tonelagem Kink = coca (nó na mangueira)
Scend = Caturro Yarn = fibra
Heel = adernar (mesmo que banda) Order = ordem
Bulkhead = Antepara Anchor = ancora
Flush Deck = convés corrido
Hold = porão Estivagem de carga
Bollard = cabeço no cais Rope Sling = linga de cabo
Bitt = cabeço no navio Bags Balles = bolsas de fardos
Steel plates = chapas de aço
Profissões a bordo no navio Homem ao mar = man over board
Captain of Long Haul = capitão de longo curso Merchant Ship = Navio mercante
Auxiliary Health = auxiliar de saúde
Steward = taifeiro Chamadas e comunicações
Cook = cozinheiro Não especificado = unspecified
Pumpman = bombeiro (trabalha com bombas)
Explosion = explosão
Nurse = enfermeiro
Alagado = flooding
Officer = oficial
Collision = colisão
Skipper = patrão
Grounding = encalhando
Helmsman = timoneiro
Adernado = listing
Bo’sun = mestre ou contra mestre
Capsizing = emborcando
Seaman = homem do mar
Sin King = naufragando
Sailor = marinheiro
Engineer = chefe de máquinas Disabled = sem governo
Mid Ship = meio navio Adrift = a deriva
Ship’s Articles = rol de equipagem Abandonar o navio = abandoning ship
Ship’s Log = diário de bordo Piracy = pirataria
Insurance Certificate = certificado de seguro Ataque armado = armed attack
Customs Clearance = aduaneiro Grande = big
Charter Party = Fretamento
Bill of Health = certificado de saúde Os Interrogativos (Question Words) são usados para se obter
Charts = cartas hidrográficas informações específicas. As perguntas elaboradas com eles são
International Convention for the Safety of Live at Sea = conven- chamadas wh-questions, pois todos os interrogativos, com exceção
ção internacional de salvaguarda da vida humana no mar. (Solas) apenas de how (como), começam com as letras wh.
STCW = Standards of training certification and watchkeeping = Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes interrogativos
convenção internacional sobre normas de formação certificação e para se obter informações do tipo: “quem, o que, como, quando,
service de quarto para marinheiro. onde”.
EPP = personal projective equipament = EPI equipamento de
proteção individual. WHAT = (o) que, qual
Fire Extinguisher = extintor de incêndio
Rudder = leme Funciona como sujeito ou objeto da oração.
Helm = timão
Bosun’s Locker = paiol do mestre What makes you happy? (sujeito)
Oars = remos
Buoy = boia verbo objeto
Fire Alarm = alarme de incêndio principal
Rope Ladder = escada de quebra peito
Gangway = passadiço
Ports = portos What did you say? (objeto)
Port Captaincy = capitania dos portos auxiliar sujeito verbo
Yacht Harbours = docas de recreio principal
Coast Guard = guarda costeira
Watch Tower = posto de vigia
Life Boat Station = Estação de Salva Vidas
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
WHO = quem

Funciona como sujeito ou objeto da oração.

Who arrived late yesterday? (sujeito)


verbo principal

Who does she love? (objeto)


auxiliar sujeito verbo
principal

WHOM = quem

Funciona só como objeto de oração ou é usado após preposições.

Whom did you talk to yesterday? (objeto)


verbo sujeito verbo
auxiliar principal

To whom did you talk?

WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção.


Which shirt do you prefer: the blue one or the red one?
Which of those ladies is your mother?

WHERE = onde
Where are you going tonight?

WHY = por que


Why don’t you come to the movies with us?

WHEN = quando
“When were you born?” “In 1970.”

HOW = como
“How is his sister?” “Fine.”

WHOSE = de quem
“Whose dictionary is this?” “John’s.”

Formas compostas de WHAT e HOW

- WHAT
WHAT + to be + like? = como é...?
“What is your boyfriend like?”
“He’s tall and slim.”

WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...?


What about having lunch now?

WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...?


What do you call this device?

- WHAT ... FOR? = por que, para que?


What are you doing this for?

- HOW
HOW FAR = Qual é a distância?
HOW DEEP = Qual é a profundidade?
HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo?
HOW WIDE = Qual é a largura?
Editora
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas)
HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas) QUESTÕES
HOW OLD = Qual é a idade?
HOW MUCH = Quanto(a)?
HOW MANY = Quantos(as)?
HOW OFTEN = Com que frequência? 1.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
HOW FAST = A que velocidade? cial/2021/”Prova A”

A estrutura básica das frases em inglês é semelhante à nossa, Robots, the next generation of soccer players
no português. Ela segue um esquema que chamamos SVO, ou seja
Sujeito-Verbo-Objeto. O mesmo vale para frases negativas, em que If you think a robot will steal your job, you are not alone. Soccer
simplesmente se adiciona ao verbo auxiliar a forma negativa not a players should be worried too. The next Messi probably won’t be of
essa estrutura afirmativa. Do mesmo jeito que, no português, usa- flesh and blood but plastic and metal.
mos um advérbio de negação, como “não”. The concept emerged during the conference “Workshop on
Formar uma frase interrogativa em inglês também não é com- grand challenges in artificial intelligence,” held in Tokyo in 1992, and
plicado, embora os componentes da frase mudem um pouco de independently, in 1993, when Professor Alan Mackworth from the
posição em relação ao português. O mesmo vale para frases excla- University of Bristol in Canada described an experiment with small
mativas. soccer players in a scientific article.
Para formar frases afirmativas, o inglês usa o mesmo esquema Over 40 teams already participated in the first RoboCup tour-
Sujeito-Verbo-Objeto que usamos no português. Já para frases ne- nament in 1997, and the competition is held every year. The Robo-
gativas devemos apenas adicionar o not a essa estrutura afirmati- Cup Federation wants to play and win a game against a real-world
va — exatamente como fazemos em nosso idioma — mas também cup humans’ team by 2050.
inserir um verbo auxiliar em inglês. The idea behind artificially intelligent players is to investigate
Já para interrogações e exclamações, os componentes das fra- how robots perceive motion and communicate with each other.
ses em inglês mudam um pouco, em relação aos do português. Physical abilities like walking, running, and kicking the ball while
Tradução literal não tem como funcionar porque cada língua é maintaining balance are crucial to improving robots for other tasks
parte de uma cultura e as culturas são completamente diferentes. like rescue, home, industry, and education.
Fica fácil não cometer mais este erro se você lembrar que as Designing robots for sports requires much more than experts in
frases em Inglês sempre precisam ter um sujeito (considerando so- state-of-the-art technology. Humans and machines do not share the
mente a frase central). As únicas que começam direto do verbo são same skills. Engineers need to impose limitations on soccer robots
as imperativas como tell me, stand up e ask her. to imitate soccer players as much as possible and ensure following
Entender a estrutura de um idioma é muito mais importante do the game’s rules.
que tentar traduzir tudo ao pé-da-letra. RoboCup Soccer Federation, the “FIFA” of robots, which supports
five leagues, imposes restrictions on players’ design and rules of the
Sujeito game. Each has its own robot design and game rules to give room for
O sujeito, que sempre ocupa a primeira posição na frase, con- different scientific goals. The number of players, their size, the ball
trário ao que ocorre na língua portuguesa, nunca é omitido. O su- type, and the field dimensions are different for each league.
jeito pode ser representado por um ou vários substantivos ou por In the humanoid league the players are humanlike robots with
pronomes pessoais. human-like senses. However, they are rather slow. Many of the
skills needed to fully recreate actual soccer player movements are
Verbo still in the early stages of research.
Como se pode observar nos exemplos anteriores, o verbo ou a The game becomes exciting for middle and small size leagues.
locução verbal (sublinhados) ocupa a segunda posição na estrutura The models are much simpler; they are just boxes with a cyclopean
frasal inglesa. eye. Their design focuses on team behavior: recognizing an oppo-
Na poesia, na música ou no inglês falado coloquial, pode-se en- nent, cooperating with team members, receiving and giving a stan-
contrar exemplos em que esta regra não é observada. dard FIFA size ball.
Entretanto, em linguagem técnico-científica, como no inglês Today, soccer robots are entirely autonomous. They wireless
computacional, o formato S+V+C é usado rigorosamente. “talk” to each other, make decisions regarding strategy in real-time,
replace an “injured” player, and shoot goals. The only person in a
Complementos RoboCup game is the referee. The team coaches are engineers in
Os complementos são palavras ou frases inteiras que detalham charge of training the RoboCups’ artificial intelligence for fair play:
ou completam as informações estabelecidas pelo sujeito e o verbo, the robots don’t smash against each other or pull their shirts.
que são os únicos termos essenciais da oração. The next RoboCup competition will soon be played, virtually,
Analisemos estas frases: “A secretária chegou”, “O ônibus saiu”, with rules that will allow teams to participate without establishing
“O avião caiu”. Sintaticamente, já temos os dois elementos indis- physical contact.
pensáveis: O sujeito que determina quem está envolvido na exe-
Available at:<https://www.ua-magazine.com/2021/05/12/robots-
cução de uma determinada ação e o verbo que responde pelo ato
-the- -next-generation-of-soccer-players>. Retrieved on: July 4th, 2021.
executado
Adapted.

In the text fragment of the sixth paragraph “RoboCup Soccer


Federation, the “FIFA” of robots, which supports five leagues, impo-
ses restrictions on players’ design and rules of the game”, the word
which refers to

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
(A) game In paragraph 7, the word However in the fragment “In the hu-
(B) FIFA manoid league, the players are human-like robots with human-like
(C) players senses. However, they are rather slow” can be replaced, without
(D) leagues change in meaning, by
(E) RoboCup Soccer Federation (A) unless
(B) indeed
2.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2021/”Pro- (C) furthermore
va A” (D) nevertheless
(E) consequently
Robots, the next generation of soccer players
3.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2021/”Pro-
If you think a robot will steal your job, you are not alone. Soccer va B”
players should be worried too. The next Messi probably won’t be of
flesh and blood but plastic and metal. Revolution Accelerated
The concept emerged during the conference “Workshop on
grand challenges in artificial intelligence,” held in Tokyo in 1992, and How Digital Transformation is Shaping the Future of Banking
independently, in 1993, when Professor Alan Mackworth from the
University of Bristol in Canada described an experiment with small Like all businesses, banks have had to act fast to respond to the
soccer players in a scientific article. unprecedented human and economic impact of Covid-19.
Over 40 teams already participated in the first RoboCup tour-
nament in 1997, and the competition is held every year. The Robo- First, they needed to keep the lights on and ensure business
Cup Federation wants to play and win a game against a real-world continuity. Second, they had to meet the changing ways customers
cup humans’ team by 2050. wanted to engage. Finally, they sought to balance their business
The idea behind artificially intelligent players is to investigate priorities with a responsibility to support society. Previous crises
how robots perceive motion and communicate with each other. cast the banks as part of the problem — this time they are part of
Physical abilities like walking, running, and kicking the ball while the solution.
maintaining balance are crucial to improving robots for other tasks Banks who have embraced modern banking technology have
like rescue, home, industry, and education. fared better in meeting these challenges. They’ve moved seamles-
Designing robots for sports requires much more than experts in sly to remote working, kept up service for their customers, coped
state-of-the-art technology. Humans and machines do not share the with huge increases in demand and quickly adapted their products.
same skills. Engineers need to impose limitations on soccer robots In contrast, banks using legacy ‘spaghetti’ software have struggled.
to imitate soccer players as much as possible and ensure following Covid-19 has accelerated the need for modern banking techno-
the game’s rules. logy, but it didn’t create it. Before coronavirus, the 2020s were alre-
RoboCup Soccer Federation, the “FIFA” of robots, which su- ady being framed as the decade for digital in the banking industry.
pports five leagues, imposes restrictions on players’ design and ru- Banks’ return on equity were too low and their cost-income ratios
les of the game. Each has its own robot design and game rules to were too high. Meanwhile, regulation like open banking was disrup-
give room for different scientific goals. The number of players, their ting the industry and increasing competition from new entrants like
size, the ball type, and the field dimensions are different for each the GAAFAs (Google, Amazon, Alibaba, Facebook, Apple).
league. Providing seamless digital customer experiences was therefore
In the humanoid league the players are humanlike robots with already a ‘must’. Every year, Temenos partners with the Economist
human-like senses. However, they are rather slow. Many of the Intelligence Unit (EIU) for a global study on the future of banking.
skills needed to fully recreate actual soccer player movements are More than 300 banking leaders are interviewed from retail, com-
still in the early stages of research. mercial and private banks. Over half of these are at C-suite level.
The game becomes exciting for middle and small size leagues. In 2020, the study took place amid the Covid-19 crisis. The re-
The models are much simpler; they are just boxes with a cyclopean sults give a fascinating insight into banking leaders’ approach during
eye. Their design focuses on team behavior: recognizing an oppo- these unprecedented times. But they also show how they see their
nent, cooperating with team members, receiving and giving a stan- industry in the years to come.
dard FIFA size ball. And the findings suggest three trends which will shape the fu-
Today, soccer robots are entirely autonomous. They wireless ture of banking:
“talk” to each other, make decisions regarding strategy in real-time, 1. New technologies will be the key driver of banking transfor-
replace an “injured” player, and shoot goals. The only person in a mation over the next 5 years. 77% of respondents strongly believed
RoboCup game is the referee. The team coaches are engineers in that Artificial Intelligence (AI) will be the most game-changing of
charge of training the RoboCups’ artificial intelligence for fair play: these technologies. They see a diverse range of uses for AI — from
the robots don’t smash against each other or pull their shirts. personalised customer experience to fraud detection.
The next RoboCup competition will soon be played, virtually, 2. Banks will overhaul their business models to create digital
with rules that will allow teams to participate without establishing ecosystems. 80% of respondents believe that banking will become
physical contact. part of a platform of services. 45% are committed to transforming
their business models into digital ecosystems.
Available at:<https://www.ua-magazine.com/2021/05/12/robots- 3. The sun will set on branch banking. World Bank data shows
-the-next-generation-of-soccer-players>. Retrieved on: July 4th, 2021. that visits to branches have been steadily declining globally over
Adapted. the last decade. As a result of coronavirus, customers are now more
concerned about visiting their branch, and so even more people are
willing to try digital applications. This combination of pandemic and
increasingly transformative advanced technology has led a majority
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
of respondents (59%) to our survey with the EIU to state that tradi- In 2020, the study took place amid the Covid-19 crisis. The re-
tional branch-based banking model will be dead in just five years. sults give a fascinating insight into banking leaders’ approach during
That’s a 34% increase from last year. these unprecedented times. But they also show how they see their
industry in the years to come.
The current environment is undoubtedly challenging for banks. And the findings suggest three trends which will shape the fu-
But they have the capital, customer relationships and customer ture of banking:
data. They are regulated. And most importantly: they still enjoy 1. New technologies will be the key driver of banking transfor-
their customers’ trust. mation over the next 5 years. 77% of respondents strongly believed
In short, banks are best-placed to succeed if they commit to en- that Artificial Intelligence (AI) will be the most game-changing of
d-to-end digital transformation. That means a fully digital front of- these technologies. They see a diverse range of uses for AI — from
fice which creates hyper-personalized experiences and ecosystems. personalised customer experience to fraud detection.
And a back office driving efficient operations and rapid innovation. 2. Banks will overhaul their business models to create digital
By embracing modern banking technology, banks can support their ecosystems. 80% of respondents believe that banking will become
customers today, create new value for the future and drive new le- part of a platform of services. 45% are committed to transforming
vels of future growth. their business models into digital ecosystems.
Available at: <https://www.cnbc.com/advertorial/how-digital--trans- 3. The sun will set on branch banking. World Bank data shows
formation-is-shaping-the-future-of-banking>. Retrieved on:July 13th, that visits to branches have been steadily declining globally over
2021. Adapted. the last decade. As a result of coronavirus, customers are now more
concerned about visiting their branch, and so even more people are
In paragraph 6, the personal pronoun they, used twice in the willing to try digital applications. This combination of pandemic and
sentence “But they also show how they see their industry in the increasingly transformative advanced technology has led a majority
years to come”, refers to the following fragment at the same para- of respondents (59%) to our survey with the EIU to state that tradi-
graph: tional branch-based banking model will be dead in just five years.
(A) the study That’s a 34% increase from last year.
(B) the results
(C) banking leaders The current environment is undoubtedly challenging for banks.
(D) Covid-19 crisis But they have the capital, customer relationships and customer
(E) unprecedented times
data. They are regulated. And most importantly: they still enjoy
their customers’ trust.
4.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2021/”Pro-
In short, banks are best-placed to succeed if they commit to en-
va B”
d-to-end digital transformation. That means a fully digital front of-
fice which creates hyper-personalized experiences and ecosystems.
Revolution Accelerated
And a back office driving efficient operations and rapid innovation.
By embracing modern banking technology, banks can support their
How Digital Transformation is Shaping the Future of Banking
customers today, create new value for the future and drive new le-
Like all businesses, banks have had to act fast to respond to the vels of future growth.
unprecedented human and economic impact of Covid-19. Available at: <https://www.cnbc.com/advertorial/how-digital--trans-
formation-is-shaping-the-future-of-banking>. Retrieved on:July 13th,
First, they needed to keep the lights on and ensure business 2021. Adapted.
continuity. Second, they had to meet the changing ways customers
wanted to engage. Finally, they sought to balance their business In the sentence of the last paragraph “In short, banks are best-
priorities with a responsibility to support society. Previous crises -placed to succeed if they commit to end-to-end digital transforma-
cast the banks as part of the problem — this time they are part of tion”, the phrase In short conveys an idea of
the solution. (A) cause
Banks who have embraced modern banking technology have (B) addition
fared better in meeting these challenges. They’ve moved seamles- (C) emphasis
sly to remote working, kept up service for their customers, coped (D) conclusion
with huge increases in demand and quickly adapted their products. (E) time sequence
In contrast, banks using legacy ‘spaghetti’ software have struggled
Covid-19 has accelerated the need for modern banking techno- 5.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2021/”Pro-
logy, but it didn’t create it. Before coronavirus, the 2020s were alre- va C”
ady being framed as the decade for digital in the banking industry.
Banks’ return on equity were too low and their cost-income ratios U.S. Finds No Evidence of Alien Technology in Flying Objects,
were too high. Meanwhile, regulation like open banking was disrup- but can’t rule it out, either
ting the industry and increasing competition from new entrants like
the GAAFAs (Google, Amazon, Alibaba, Facebook, Apple). WASHINGTON — American intelligence officials have found no
Providing seamless digital customer experiences was therefore evidence that aerial phenomena observed by Navy pilots in recent
already a ‘must’. Every year, Temenos partners with the Economist years are alien spacecraft, but they still cannot explain the unusual
Intelligence Unit (EIU) for a global study on the future of banking. movements that have mystified scientists and the military.
More than 300 banking leaders are interviewed from retail, com- The report determines that a vast majority of more than 120
mercial and private banks. Over half of these are at C-suite level. incidents over the past two decades did not originate from any
American military or other advanced US government technology,
the officials said. That determination would appear to eliminate the
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possibility that Navy pilots who reported seeing unexplained air- the officials said. That determination would appear to eliminate the
craft might have encountered programs the government meant to possibility that Navy pilots who reported seeing unexplained air-
keep secret. craft might have encountered programs the government meant to
But that is about the only conclusive finding in the classified in- keep secret.
telligence report, the officials said. And while a forthcoming unclas- But that is about the only conclusive finding in the classified in-
sified version, expected to be released to Congress by June 25, will telligence report, the officials said. And while a forthcoming unclas-
present few other firm conclusions, senior officials briefed on the sified version, expected to be released to Congress by June 25, will
intelligence conceded that the very ambiguity of the findings me- present few other firm conclusions, senior officials briefed on the
ant the government could not definitively rule out theories that the intelligence conceded that the very ambiguity of the findings me-
phenomena observed by military pilots might be alien spacecraft. ant the government could not definitively rule out theories that the
Americans’ long-running fascination with UFOs has intensified phenomena observed by military pilots might be alien spacecraft.
in recent weeks in anticipation of the release of the government Americans’ long-running fascination with UFOs has intensified
report. Former President Barack Obama encouraged the interest in recent weeks in anticipation of the release of the government
when he gave an interview last month about the incidents on “The report. Former President Barack Obama encouraged the interest
Late Late Show with James Corden” on CBS. when he gave an interview last month about the incidents on “The
“What is true, and I’m really being serious here,” Mr. Obama Late Late Show with James Corden” on CBS.
said, “is that there is film and records of objects in the skies that we “What is true, and I’m really being serious here,” Mr. Obama
don’t know exactly what they are.’’ said, “is that there is film and records of objects in the skies that we
The report concedes that much about the observed phenome- don’t know exactly what they are.’
na remains difficult to explain, including their acceleration, as well The report concedes that much about the observed phenome-
as ability to change direction and submerge. One possible expla- na remains difficult to explain, including their acceleration, as well as
nation — that the phenomena could be weather balloons or other ability to change direction and submerge. One possible explanation
research balloons — does not hold up in all cases, the officials said, — that the phenomena could be weather balloons or other research
because of changes in wind speed at the times of some of the in- balloons — does not hold up in all cases, the officials said, because of
teractions. changes in wind speed at the times of some of the interactions.
Many of the more than 120 incidents examined in the report Many of the more than 120 incidents examined in the report
are from Navy personnel, officials said. The report also examined in- are from Navy personnel, officials said. The report also examined in-
cidents involving foreign militaries over the last two decades. Intelli- cidents involving foreign militaries over the last two decades. Intelli-
gence officials believe that at least some of the aerial phenomena gence officials believe that at least some of the aerial phenomena
could have been experimental technology from a rival power, most could have been experimental technology from a rival power, most
likely Russia or China. likely Russia or China.
One senior official said without hesitation that U.S. officials One senior official said without hesitation that U.S. officials
knew it was not American technology. He said there was worry knew it was not American technology. He said there was worry
among intelligence and military officials that China or Russia could among intelligence and military officials that China or Russia could
be experimenting with hypersonic technology be experimenting with hypersonic technology.
He and other officials spoke about the classified findings in the He and other officials spoke about the classified findings in the
report on the condition of anonymity. report on the condition of anonymity.
Available at: <https://www.nytimes.com/2021/06/03/us/politics/ufos-
Available at: <https://www.nytimes.com/2021/06/03/us/politics/ -sighting-alien-spacecraft-pentagon.html>. Retrieved on:July 7, 2021
ufos-sighting-alien-spacecraft-pentagon.html>. Retrieved on:July 7,
2021. In the 6th paragraph of the text, the highlighted expression as
well as, in the fragment “as well as ability to change direction and
In the 2nd paragraph of the text, in the fragment “That deter- submerge” is associated with the idea of
mination would appear to eliminate the possibility that Navy pilots (A) time
who reported seeing unexplained aircraft”, the word who refers to (B) addition
(A) alien (C) purpose
(B) military (D) condition
(C) officials (E) consequence
(D) scientists
(E) Navy pilots 7.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente de Tecnologia/2021

6.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2021/”Pro- COVID-19 Economy: Expert insights on what you need to know
va C”
As we practice social distancing and businesses struggle to
U.S. Finds No Evidence of Alien Technology in Flying Objects, adapt, it’s no secret the unique challenges of Covid-19 are profoun-
but can’t rule it out, either dly shaping our economic climate. U.S. Bank financial industry and
regulatory affairs expert Robert Schell explains what you need to
WASHINGTON — American intelligence officials have found no know in this uncertain time.
evidence that aerial phenomena observed by Navy pilots in recent
years are alien spacecraft, but they still cannot explain the unusual • Don’t panic while things are “on pause”
movements that have mystified scientists and the military. Imagine clicking the pause button on your favorite TV show.
The report determines that a vast majority of more than 120 Whether you stopped to make dinner or put kids to bed, hitting
incidents over the past two decades did not originate from any pause gives you time to tackle what matters most. Today’s economy
American military or other advanced US government technology, is similar. While we prioritize health and safety, typical activities like
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driving to work, eating at restaurants, traveling and attending spor- Other clerks operate the business machines on which modern
ting events are on hold. This widespread social distancing takes a toll banks rely. Proof operators sort checks and record the amount of
on our economy, putting strain on businesses and individuals alike. each check. Bookkeeping clerks keep records of each customer’s
Keep your financial habits as normal as possible during this account. In addition to these specialists, banks need general clerical
time. Make online purchases, order takeout, pay bills and buy gro- help — data entry keyers, file clerks, mail handlers, and messengers
ceries. These everyday purchases put money back into the economy — just as any other business does.
and prevent it from dipping further into a recession.
Education and Training Requirements
• Low interest rates could help make ends meet
In March, the Federal Reserve cut rates drastically to boost Bank clerks usually need a high school education with an em-
economic activity and make borrowing more affordable. For you, phasis on basic skills in typing, bookkeeping, and business math.
this means interest rates are low for credit cards, loans and lines of Knowledge of computers and business machines is also helpful.
credit, and even fixed-rate mortgages. Consider taking advantage Prospective bank workers may be tested on their clerical skills when
of these low rates if you need extra help paying your bills, keeping they are interviewed. Most banks provide new employees with on-
your business running or withstanding a period of unemployment. -the-job training.

• Spend on small businesses Getting the Job


Looking to make a positive impact? Supporting small busines-
ses is an easy and powerful way to help. You can order takeout, tip Sometimes bank recruiters visit high schools to look for future
generously or donate to your local brick-and-mortar retail store, if employees. High school placement offices can tell students whe-
they provide that option. Your support makes a big impact for stru- ther this is the practice at their school. If not, prospective bank
ggling business owners. workers can apply directly to local banks through their personnel
departments. Bank jobs may be listed with state and private em-
• Prior economic strength may help us bounce back ployment agencies. Candidates can also check Internet job sites and
The thriving economy of 2019 isn’t just a distant, bittersweet the classified ads in local newspapers as well.
memory. When our health is no longer at risk and social distancing
mandates begin to diminish, we’ll slowly start to rebuild. The sta- Advancement Possibilities and Employment Outlook
bility, low unemployment rate and upward-trending market we ex-
perienced prior to Covid-19 puts us in a good position to kick-start Banks prefer to promote their employees rather than hire new
economic activity and rebound more quickly. workers for jobs that require experience. Clerks frequently become
Available at <https://www.usbank.com/fi nancialiq/ manage-your- tellers or supervisors. Many banks encourage their employees to
-household/personal-finance/covid-economy-expert-insights.html>. further their education at night.
Retrieved on: Jul. 20, 2021. Adapted.
According to the U.S. Bureau of Labor Statistics, employment
In the 3rd paragraph, in the fragment “These everyday purcha- of bank clerks was expected to decline through the year 2014, be-
ses put money back into the economy and prevent it from dipping cause many banks are electronically automating their systems and
further into a recession”, the pronoun it refers to eliminating paperwork as well as many clerical tasks. Workers with
(A) money knowledge of data processing and computers will have the best
(B) purchases opportunities. In addition to jobs created through expansion, ope-
(C) recession nings at the clerical level often occur as workers move up to posi-
(D) economy tions of greater responsibility.
(E) back
Working Conditions
8.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2018
Although banks usually provide a pleasant working atmosphe-
Bank Clerk Job Description re, clerks often work alone, at times performing repetitive tasks.
Bank clerks generally work between thirty-five and forty hours per
Definition and Nature of the Work week, but they may be expected to take on evening and Saturday
shifts depending on bank hours.
Banks simplify people’s lives, but the business of banking is
anything but simple. Every transaction — from cashing a check to Earnings and Benefits
taking out a loan — requires careful record keeping. Behind the sce-
nes in every bank or savings and loan association there are dozens The salaries of bank clerks vary widely depending on the size
of bank clerks, each an expert at keeping one area of he bank’s bu- and location of the bank and the clerk’s experience. According to
siness running smoothly. the Bureau of Labor Statistics, median salaries ranged from $23,317
New account clerks open and close accounts and answer ques- to $27,310 per year in 2004 depending on experience and title. Ge-
tions for customers. Interest clerks record interest due to savings nerally, loan clerks are on the high end of this range, whereas gene-
account customers, as well as the interest owed to the bank on lo- ral office clerks are on the lower end.
ans and other investments. Exchange clerks, who work on interna- Banks typically offer their employees excellent benefits. Besi-
tional accounts, translate foreign currency values into dollars and des paid vacations and more than the usual number of paid ho-
vice versa. Loan clerks sort and record information about loans. lidays, employees may receive health and life insurance and par-
Statement clerks are responsible for preparing the monthly balance ticipate in pension and profit-sharing plans. Some banks provide
sheets of checking account customers. Securities clerks record, file, financial aid so that workers can continue their education.
and maintain stocks, bonds, and other investment certificates. They Available at: <http://careers.stateuniversity.com/pages/151/
also keep track of dividends and interest on these certificates. Bank-Clerk.html>. Retrieved on: Aug. 22, 2017. Adapted.

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In “Candidates can also check Internet job sites and the classi- For example, the research team found that every single year
fied ads in local newspapers as well”, the modal verb can is repla- between 1990 and 2017, one in five technology areas funded by
ced, without change in meaning, by the US Department of Energy (DoE) saw a budget shift of more than
(A) should 30% up or down. The Trump administration’s current plan is to slash
(B) must 2018’s energy R&D budget by 35% across the board.
(C) will
(D) may “Experimentation has benefits, but also costs,” said Anadon.
(E) need “Researchers are having to relearn new processes, people and pro-
grammes with every political transition -- wasting time and effort
9.CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE- for scientists, companies and policymakers.”
TROBRAS)/Enfermagem do Trabalho/2018 (e mais 14 concursos)
“Rather than repeated overhauls, existing programs should be
Clean energy: Experts outline how governments can success- continuously evaluated and updated. New programs should only be
fully invest before it’s too late set up if they fill needs not currently met.”

Governments need to give technical experts more autonomy More autonomy for project selection should be passed to acti-
and hold their nerve to provide more long-term stability when in- ve scientists, who are “best placed to spot bold but risky opportuni-
vesting in clean energy, argue researchers in climate change and ties that managers miss,” say the authors of the new paper.
innovation policy in a new paper published today.
They point to projects instigated by the US National Labs pro-
Writing in the journal Nature, the authors from UK and US insti- ducing more commercially-viable technologies than those dictated
tutions have set out guidelines for investment based on an analysis by DoE headquarters — despite the Labs holding a mere 4% of the
of the last twenty years of “what works” in clean energy research DoE’s overall budget.
and innovation programs.
The six evidence-based guiding principles for clean energy in-
Their six simple “guiding principles” also include the need to vestment are:
channel innovation into the private sector through formal tech
transfer programs, and to think in terms of lasting knowledge cre- Give researchers and technical experts more autonomy and in-
ation rather than ‘quick win’ potential when funding new projects. fluence over funding decisions.
Build technology transfer into research organisations.
The authors offer a stark warning to governments and poli- Focus demonstration projects on learning.
cymakers: learn from and build on experience before time runs out, Incentivise international collaboration.
rather than constantly reinventing aims and processes for the sake Adopt an adaptive learning strategy.
of political vanity. Keep funding stable and predictable.

“As the window of opportunity to avert dangerous climate From US researchers using the pace of Chinese construction
change narrows, we urgently need to take stock of policy initiatives markets to test energy reduction technologies, to the UK govern-
around the world that aim to accelerate new energy technologies ment harnessing behavioural psychology to promote energy effi-
and stem greenhouse gas emissions,” said Laura Diaz Anadon, Pro- ciency, the authors highlight examples of government investment
fessor of Climate Change Policy at the University of Cambridge. that helped create or improve clean energy initiatives across the
world.
“If we don’t build on the lessons from previous policy successes
and failures to understand what works and why, we risk wasting “Let’s learn from experience on how to accelerate the transi-
time and money in a way that we simply can’t afford,” said Anadon, tion to a cleaner, safer and more affordable energy system,” they
who authored the new paper with colleagues from the Harvard Ke- write.
nnedy School as well as the University of Minnesota’s Prof Gabriel
Chan. Available at: <http://www.sciencedaily. com relea-
ses/2017/12/171206132223.htm>. Retrieved on: 28 Dec 2017. Adap-
Public investments in energy research have risen since the lows ted.
of the mid-1990s and early 2000s. OECD members spent US$16.6
billion on new energy research and development (R&D) in 2016 In the fragment of Text “Rather than repeated overhauls, exis-
compared to $10b in 2010. The EU and other nations pledged to ting programs should be continuously evaluated and updated”,
double clean energy investment as part of 2015’s Paris Climate should be expresses a(n)
Change Agreement. (A) strong ability
(B) vague necessity
Recently, the UK government set out its own Clean Growth (C) weak probability
Strategy, committing £2.5 billion between 2015 and 2021, with hun- (D) future permission
dreds of million to be invested in new generations of small nuclear (E) strong recommendation
power stations and offshore wind turbines.

However, Anadon and colleagues point out that government


funding for energy innovation has, in many cases, been highly vola-
tile in the recent past: with political shifts resulting in huge budget
fluctuations and process reinventions in the UK and US.
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10.CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE- Develop new technology
TROBRAS)/Medicina do Trabalho/2017
The developed world can seek alternative methods to oil explo-
Text ration, by developing new technologies that rely less on processes
that are ecologically damaging. For example, compressed natural
Oil gas is a cleaner-burning fuel than gasoline, is already used in some
cars, and is available in vast quantities. Electric cars are potentially
Overview even more environmentally sound.

The oil industry has a less-than-stellar environmental record in To encourage investment in research and development of “gre-
general, but it becomes even worse in tropical rainforest regions, ener” technologies, governments can help by eliminating subsidies
which often contain rich deposits of petroleum. The most notorious for the oil and gas industry and imposing higher taxes on heavy
examples of rainforest havoc caused by oil firms are Shell Oil in Ni- polluters. While governments will play a role in cleaner-energy de-
geria and Texaco in Ecuador. The operations run by both companies velopment, it is likely that the private sector will provide most of
degraded the environment and affected local and indigenous peo- the funding and innovation for new energy projects. Venture capital
ple by their activities. The Texaco operation in Ecuador was respon- firms and corporations have put billions into new technologies since
sible for spilling some 17 million gallons of oil into the biologically the mid-2000s, while corporations are getting on board as well.
rich tributaries of the upper Amazon, while in the 1980s and 1990s
Shell Oil cooperated with the oppressive military dictatorship in Ni- As experiences with biofuels have shown, there are often
geria in the suppression and harassment of local people. downsides to alternative energy sources. For example, hydroelec-
tric projects have destroyed river systems and flooded vast areas
Action of forests. Thus when undertaking any large-scale energy project —
whether it’s wind, solar, tidal, geothermal, or something else — it is
The simplest and most reliable way to mitigate damage from oil important to conduct a proper assessment of its impact.
operations would be to prohibit oil extraction in the tropical rainfo-
rest. But that is unlikely given the number of tropical countries that Conclusion
produce oil and the wealth of oil deposits located in forest areas.
Thus the focus is on reducing pollution and avoiding spills through Admittedly, there are many challenges facing sustainable use of
better pipeline management, reinjection techniques, and halting tropical rainforests. In arriving at a solution many issues must be ad-
methane flaring. Limiting road development and restricting access dressed, including the resolution of conflicting claims to land consi-
can help avoid deforestation associated with settlement. dered to be in the public domain; barriers to markets; the assurance
of sustainable development without overexploitation in the face of
Biofuels growing demand for forest products; determination of the best way
to use forests; and the consideration of many other factors.
The energy and technology sectors are investing heavily in al-
ternatives to conventional fossil fuels, but early efforts to use crop- Almost none of these economic possibilities can become re-
-based biofuels have had serious environmental consequences. alities if the rainforests are completely stripped. Useful products
cannot be harvested from species that no longer exist, just as eco-
While some believed biofuels—fuels that are derived from -tourists will not visit the vast stretches of wasteland that were once
biomass, including recently living organisms like plants or their me- lush forest. Thus some of the primary rainforests must be salvaged
tabolic byproducts like cow manure— would offer environmental for sustainable development to be at all successful.
benefits over conventional fossils fuels, the production and use of Available at: <http://rainforests.mongabay.com/1013.htm>. Retrieved
biofuels derived from palm oil, soy, corn, rapeseed, and sugar cane on: Aug, 10th, 2017. Adapted.
have in recent years driven up food prices, promoted large-scale
deforestation, depleted water supplies, worsened soil erosion, and In the sentence of Text “Today the importance of oil to the eco-
lead to increased air and water pollution. Still, there is hope that the nomy is still diminishing”, the verb form is diminishing indicates
next generation of biofuels, derived from farm waste, algae, and na- (A) a habitual present action
tive grasses and weeds, could eliminate many of the worse effects (B) a concluded past action
seen during the current rush into biofuels. (C) a prediction for the future
(D) an action in progress
Efficiency (E) an action in progress in the past

Good old-fashioned oil conservation is effective in reducing de- 11.CESGRANRIO - Técnico em Regulação de Petróleo e Deriva-
mand for oil products. After the first OPEC embargo in 1973, the dos, Álcool Combustível e Gás Natural (ANP)/Geral/2016 (e mais 1
United States realized the importance of oil efficiency and initiated concurso)
policies to do away with wasteful practices. By 1985, the U.S. was
25 percent more energy efficient and 32 percent more oil efficient Obama Rejects Keystone XL Pipeline
than in 1973. Of course the U.S. was upstaged by the Japanese who Why Keystone XL Is Dead
in the same period improved their energy efficiency by 31 percent
and their oil efficiency by 51 percent. Today the importance of oil to President Obama announced Friday morning that he has de-
the economy is still diminishing. Despite the 51 percent growth in nied TransCanada’s permit application to build the Keystone XL oil
the American economy between 1990 and 2004, carbon emissions pipeline in the U.S.
only increased 19% suggesting that those who insist that economic
growth and carbon dioxide emissions move in tandem are wrong.
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“The State Department has decided that the Keystone XL pi- In the fragment of the text “Among the reasons for rejecting
peline would not serve the national interest of the United States,” Keystone XL, Obama said the pipeline would not make a meaningful
Obama said. “I agree with that decision.” long-term contribution to the U.S. economy, nor would it increase
U.S. energy security or help to lower gas prices, which have already
Obama said America is a global leader on taking action on cli- declined dramatically over the last year”, the pronoun which refers
mate change, and approving Keystone XL would have undercut that to
leadership. Some crude oil needs to be left in the ground to keep (A) U.S. economy
the climate from warming further, and rejecting Keystone XL will (B) U.S. energy security
help meet that goal, he said. (C) pipeline
(D) gas prices
Among the reasons for rejecting Keystone XL, Obama said the (E) long-term contribution
pipeline would not make a meaningful long-term contribution to
the U.S. economy, nor would it increase U.S. energy security or help 12.CESGRANRIO - Auditor Júnior (TRANSPETRO)/2016
to lower gas prices, which have already declined dramatically over Transportation in Geography
the last year.
The world is obviously not a place where features such as re-
TransCanada said in a statement that it “would review all of its sources, people and economic activities are randomly distributed;
options in light of a permit denial for Keystone XL,” including the there is a logic, or an order, to spatial distribution. Geography seeks
possibility of filing a new permit application for a pipeline. to understand the spatial order of things as well as their interac-
tions, particularly when the spatial order is less evident. Transpor-
“TransCanada and its shippers remain absolutely committed to tation is one element of this spatial order as it is at the same time
building this important energy infrastructure project,” TransCanada influenced by geography as well as having an influence on it. For
CEO Russ Girling said in a statement. instance, the path followed by a road is influenced by regional eco-
nomic and physical attributes, but once constructed the same road
State Department officials said at a news conference Friday will shape future regional developments.
that TransCanada is free to apply for a new permit to build a cross-
-border pipeline and it is up to the company to do so. Transportation is of relevance to geography for two main re-
asons. First, transport infrastructures, terminals, modes and ne-
The $8 billion Keystone XL pipeline was slated to stretch 1,179 tworks occupy an important place in space and constitute the
miles from east-central Alberta, Canada, to the Texas Gulf Coast. basis of a complex spatial system. Second, since geography seeks
It would transport 830,000 barrels of crude oil per day from the to explain spatial relationships, transport networks are of specific
Canadian tar sands to refineries near Houston. Proposed in 2008, interest because they are the main physical support of these inte-
the 875-mile section between the Canadian border and Steele City, ractions.
Neb., needed State Department approval because it crossed an in-
ternational border. Transport geography, as a discipline, emerged as a branch of
economic geography in the second half of the twentieth century.
Other parts of TransCanada’s Keystone Project between central In earlier considerations, particularly in commercial geography (late
Nebraska and Texas have already been built and are carrying tar 19th and early 20th century), transportation was an important fac-
sands oil to refineries along the Gulf Coast today. Environmental tor behind the economic representations of the geographic spa-
advocates have rallied against the unbuilt portion and urged the ce, namely in terms of the location of economic activities and the
Obama administration to reject it, saying emissions from the pro- monetary costs of distance. These cost considerations became the
duction and burning of tar sands oil it would carry could worsen foundation of several geographical theories such as central places
climate change. and location analysis. The growing mobility of passengers and frei-
ght justified the emergence of transport geography as a specialized
The U.S. Environmental Protection Agency calculated that the field of investigation.
tar sands oil the pipeline would carry is highly damaging to the cli-
mate, emitting about 1.3 billion more tons of greenhouse emissions In the 1960s, transport had to be formalized as key factors in
over the pipeline’s 50-year lifespan than if it were carrying conven- location theories and transport geography began to rely increasin-
tional crude oil. The production of tar sands oil releases 17 percent gly on quantitative methods, particularly over network and spatial
more CO2 into the atmosphere than the average barrel of crude oil interactions analysis. However, from the 1970s, technical, political
produced elsewhere, according to the State Department. and economic changes challenged the centrality of transportation
in many geographical and regional development investigations. The
“Construction of the Keystone XL pipeline would be inconsis- strong spatial anchoring effect of high transportation costs receded
tent with stabilizing global warming below dangerous levels,” Penn and decentralization was a dominant paradigm that was observed
State University climate scientist Michael Mann said. “I am pleased within cities (suburbanization), but also within regions. The spatial
that the administration has made good on their promise to take theory foundations of transport geography, particularly the friction
seriously the task of acting on climate by rejecting the construction of distance, became less relevant, or less evident, in explaining so-
of the pipeline.” cioeconomic processes. As a result, transportation became under-
Available at: <http://www.scientifi camerican.com/article/obama- represented in economic geography in the 1970s and 1980s, even
rejects-keystone-xl-pipeline/>. Retrieved on: Nov. 10th, 2015. Adapted if the mobility of people and freight and low transport costswere
considered as important factors behind the globalization of trade
and production.

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Since the 1990s, transport geography has received renewed In the 1960s, transport had to be formalized as key factors in
attention with new realms of investigation. The issues of mobili- location theories and transport geography began to rely increasin-
ty, production and distribution became interrelated in a complex gly on quantitative methods, particularly over network and spatial
geographical setting where the local, regional and global became interactions analysis. However, from the 1970s, technical, political
increasingly blurred through the development of new passengers and economic changes challenged the centrality of transportation
and freight transport systems (Hoyle and Knowles, 1998). For ins- in many geographical and regional development investigations. The
tance, suburbanization resulted in an array of challenges related strong spatial anchoring effect of high transportation costs receded
to congestion and automobile dependency. Rapid urbanization in and decentralization was a dominant paradigm that was observed
developing economies underlined the challenges of transport in- within cities (suburbanization), but also within regions. The spatial
frastructure investment for private as well as collective uses. Glo- theory foundations of transport geography, particularly the friction
balization supported the development of complex air and maritime of distance, became less relevant, or less evident, in explaining so-
transportation networks, many of which supporting global supply cioeconomic processes. As a result, transportation became under-
chains and trade relations across long distances. The role of infor- represented in economic geography in the 1970s and 1980s, even
mation and communication technologies was also being felt, often if the mobility of people and freight and low transport costswere
as a support or as an alternative to mobility. All of the above were considered as important factors behind the globalization of trade
linked with new and expanded mobilities of passengers, freight and and production.
information.
Adapted from: <https://people.hofstra.edu/geotrans/eng/ch1en/ Since the 1990s, transport geography has received renewed
conc1en/ch1c1en.html>. Retrieved on: Jan. 9th, 2015. attention with new realms of investigation. The issues of mobili-
ty, production and distribution became interrelated in a complex
In the fragment “In the 1960s, transport had to be formalized geographical setting where the local, regional and global became
as key factors in location theories”, the modal verb had to implies increasingly blurred through the development of new passengers
an idea of and freight transport systems (Hoyle and Knowles, 1998). For ins-
(A) advice tance, suburbanization resulted in an array of challenges related
(B) possibility to congestion and automobile dependency. Rapid urbanization in
(C) probability developing economies underlined the challenges of transport in-
(D) prediction frastructure investment for private as well as collective uses. Glo-
(E) necessity balization supported the development of complex air and maritime
transportation networks, many of which supporting global supply
chains and trade relations across long distances. The role of infor-
13.CESGRANRIO - Auditor Júnior (TRANSPETRO)/2016 mation and communication technologies was also being felt, often
as a support or as an alternative to mobility. All of the above were
Transportation in Geography linked with new and expanded mobilities of passengers, freight and
information.
The world is obviously not a place where features such as re- Adapted from: <https://people.hofstra.edu/geotrans/eng/ch1en/
sources, people and economic activities are randomly distributed; conc1en/ch1c1en.html>. Retrieved on: Jan. 9th, 2015.
there is a logic, or an order, to spatial distribution. Geography seeks
to understand the spatial order of things as well as their interac- In the fragment from the text “Globalization supported the de-
tions, particularly when the spatial order is less evident. Transpor- velopment of complex air and maritime transportation networks,
tation is one element of this spatial order as it is at the same time many of which supporting global supply chains and trade relations
influenced by geography as well as having an influence on it. For across long distances”, the word which refers to
instance, the path followed by a road is influenced by regional eco- (A) chains
nomic and physical attributes, but once constructed the same road (B) relations
will shape future regional developments. (C) networks
(D) globalization
Transportation is of relevance to geography for two main re- (E) transportation
asons. First, transport infrastructures, terminals, modes and ne-
tworks occupy an important place in space and constitute the 14.CESGRANRIO - Segundo Oficial (TRANSPETRO)/Máqui-
basis of a complex spatial system. Second, since geography seeks nas/2016 (e mais 1 concurso)
to explain spatial relationships, transport networks are of specific
interest because they are the main physical support of these inte- From Security to Efficiency: Modern Vessel Tracking
ractions.
More so than many other fields of business, the maritime in-
Transport geography, as a discipline, emerged as a branch of dustry is focused on cost, which in turn gives the appearance of
economic geography in the second half of the twentieth century. being conservative towards technology. Certainly, we have tech-
In earlier considerations, particularly in commercial geography (late nical ships magnificently operating with equipment that wouldn’t
19th and early 20th century), transportation was an important fac- look out of place in a NASA lab, but generally, it can take decades for
tor behind the economic representations of the geographic spa- a technology to become mainstream. Unless it becomes mandated
ce, namely in terms of the location of economic activities and the by the IMO (International Maritime Organization). Vessel tracking is
monetary costs of distance. These cost considerations became the a partial exception to the rule though, with many fleet owners rea-
foundation of several geographical theories such as central places lizing its potential for more cost-effective operation and personnel
and location analysis. The growing mobility of passengers and frei- security.
ght justified the emergence of transport geography as a specialized
field of investigation.
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Knowing the exact position of all vessels in a fleet, in a softwa- Today’s pirates know that many commercial vessels are tracked,
re solution designed to fit with your own logistical processes, can especially those would be targets sailing in what are known to be hosti-
significantly improve efficiency. If a ship arrives early or late, more le waters. So disabling vessel tracking equipment on board is a sensible
often than not there will be an associated cost. If this can be iden- action for said pirates after a hijacked ship’s crew have been subdued
tified during transit then the early or late arrival can be negated or and because most tracking units are powered by the vessel, finding and
at least planned for. Likewise, if by knowing the positions of your cutting the power supply isn’t hard. RockFLEET, however, is the only
fleet of workboats means that you can route the closest vessel to device of its kind with an internal battery backup, so it can continue to
the next job, then significant fuel cost savings can be made. With transmit position for up to two weeks if external power is cut.
modern tracking systems, the way data is used is just as important
as knowing where a vessel is at all times. But there are countless With facility to mount covertly, this makes it especially suitable
ways to apply the data to the benefit of efficiency for a single ship for vessels traversing piracy hotspots.
or fleet. So providing easy and reliable access to position reports is Available at: <http://maritime-connector.com/from- security-toeffi
essential. ciency-modern-vessel-tracking/>. Retrieved on: Jan, 7th, 2015. Adap-
ted.
A new tracking unit
The boldfaced verb conveys the idea of hypothesis in
RockFLEET is an advanced new tracking unit for the professio- (A) “More so than many other fields of business, the maritime
nal maritime environment. During its design phase, the team deci- industry is focused on cost”
ded that in order for the position data it provides to be of the most (B) “more often than not there will be an associated cost”
use, as well as being available via Rock Seven’s own fleet viewer (C) “it must also be available in any software system the user
‘The Core,’ it must also be available in any software system the user chooses”
chooses. Using a standards-based API (Application Programming (D) “The value of this information should a vessel be hijacked
Interface.), the customer can integrate tracking data from RockFLE- is obvious”
ET into their own applications. Typically this means that RockFLEET (E) “so it can continue to transmit position for up to two weeks”
tracked assets can be added to existing fleet management softwa-
15..CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2015/1
re, which invariably is designed around an owner or operators own
Why Millennials Don’t Like Credit Cards
logistics.
by Holly Johnson
With precise vessel location data available, the opportunities
are unlimited and only down to the creativity of the user. For ins-
Cheap, easy credit might have been tempting to young people
tance, a current Rock Seven customer uses location data to manage
in the past, but not to today’s millennials. According to a recent
payroll of personnel. Essentially, personnel get paid different amou- survey by Bankrate of over 1,161 consumers, 63% of adults ages 18
nts depending on whether the ship is at sea, in international waters, to 29 live without a credit card of any kind, and another 23% only
in port or transiting regions with high piracy incidents. carry one card.
RockFLEET, a unique device The Impact of the Great Recession
The above user is a private security company involved in an- Research shows that the environment millennials grew up in
ti-piracy operations. It actually gets location data using RockSTAR, might have an impact on their finances. Unlike other generations,
the handheld version of RockFLEET, which is a new fixed unit that millennials lived through economic hardships during a time when
can be fitted anywhere on board. Completely waterproof and with their adult lives were beginning. According to the Bureau of Labor
no moving parts, it is a robust, ultra-compact (13cm diameter/4cm Statistics, the Great Recession caused millennials to stray from his-
high) device with multiple mounting options. The physical design toric patterns when it comes to purchasing a home and having chil-
of RockFLEET was in part driven by the security challenges faced by dren, and a fear of credit cards could be another symptom of the
vessels facing the issues of modern piracy. economic environment of the times.

The unit itself is designed to look anonymous; as standard And there’s much data when it comes to proving that millen-
there’s no name on the outside. It works from ship’s power, but it nials grew up on shaky economic ground. The Pew Research Center
uniquely has a backup battery inside. Which is important should a reports that 36% of millennials lived at home with their parents in
vessel be hijacked and the main power cut. 2012. Meanwhile, the unemployment rate for people ages 16 to 24
was 14.2% (more than twice the national rate) in early 2014, accor-
Knowing the location of all friendly vessels in a region is vital to ding to the BLS. With those figures, it’s no wonder that millennials
organisations with a stake in ensuring safe passage through known are skittish when it comes to credit cards. It makes sense that young
piracy hotspots. With an operational vessel/fleet tracking system, people would be afraid to take on any new forms of debt.
ship owners and fleet managers will know where their ships are at
all times. This information can be fed to authorities, private anti- A Generation Plagued with Student Loan Debt
-piracy companies and the naval forces patrolling piracy hotspots
to build a clear, near real-time picture for domain awareness. The But the Great Recession isn’t the only reason millennials could
value of this information should a vessel be hijacked is obvious: be fearful of credit. Many experts believe that the nation’s student
knowing the last whereabouts of a vessel provides responders with loan debt level might be related to it. According to the Institute for
a starting point should a hijacked vessel’s tracking system be disa- College Access & Success, 71% of millennials (or 1.3 million stu-
bled by pirates. dents) who graduated from college in 2012 left school with at least
some student loan debt, with the average amount owed around
$29,400.
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With so much debt already under their belts, millennials are One thing is for certain – millennials, or workers born between
worried about adding any credit card debt to the pile. After all, 1980 and 2000, will be a critical part of the oil and gas workforce of
many adults with student loan debt need to make payments for ye- tomorrow. So how can today’s oil and gas leaders find strong mil-
ars, and even decades. lennial talent who make an impact quickly? We’ve identified several
tips for companies that want to see greater return on investment
How Millennials Can Build Credit Without a Credit Card for millennial recruitment.

The fact that millennials are smart enough to avoid credit card 1. Broaden your net beyond only those with top grades and use
debt is a good thing, but that doesn’t mean the decision has its objective assessments
drawbacks. According to Experian, most adults need a positive cre- Strong academic performers aren’t always those who will per-
dit history in order to qualify for an auto loan or mortgage. Even form best in the job. Recruiting from good schools and evaluating
worse, having no credit history is almost as bad as having a negative academic performance will always be important, and every com-
credit history in some cases. pany wants to hire smart people. However, grades are not a perfect
measure of how smart someone is, and they do not necessarily re-
Still, there are plenty of ways millennials can build a credit his- flect all the characteristics that make a person successful on the job.
tory without a credit card. A few tips: The job candidate with a 3.1 GPA who worked full-time while going
to school may have demonstrated drive, motivation, time manage-
Make payments on installment loans on time. Whether it’s a ment and resourcefulness – all of which are beneficial on the job.
car loan, student loan or personal loan, make sure to mail in those This person can be just as qualified as a top student. Using objective
payments on time and pay at least the minimum amount required. assessments to measure employability – a comprehensive evalua-
Put at least one household or utility bill in your name. Paying
tion of hard and soft skills and overall potential – improves the odds
your utility or household bills on time can help you build a positive
of finding the right hires for the business.
credit history.
Get a secured credit card. Unlike traditional credit cards, the
2. Use, but don’t overestimate, social media
funds secured credit cards offer are backed by money the user de-
posits. Signing up for a secured card is one way to build a positive Unsurprisingly, millennials are more likely than any other ge-
credit history without any risk. neration to use social media to learn about organizations. None-
The fact that millennials are leery of credit cards is probably a theless, less than a third actually trust the information they receive
good thing in the long run. After all, not having a credit card is the through social channels. Regardless of generation, job seekers place
perfect way to stay out of credit card debt. Even though it might be the most trust in personal connections such as friends and family,
harder to build a credit history without credit cards, the vast majo- so continue to invest in traditional channels such as on-campus
rity of millennials have decided that the plastic just isn’t worth it. recruiting, job fairs, and referral programs. Using technology and
Available at: <http://money.usnews.com/money/blogs/my-mo- social media in the recruiting process is important, but they should
ney/2014/11/04/why-millennials-dont-like-creditcards>. Retrieved on: supplement and enhance existing efforts rather than replace them.
Nov. 10th, 2014. Adapted.
3. Understand millennial motivations
In the sentence of the text “Still, there are plenty of ways mil- To attract the best millennial workers, understand what moti-
lennials can build a credit history without a credit card”, the quanti- vates them. Our research shows this generation is actually motiva-
fier plenty of can be replaced, with no change in meaning, by ted by opportunities to develop and grow, demonstrate the talents
(A) some they have, and move up in the company, rather than by salary. Inci-
(B) few dentally, other generations are interested in these things too, and
(C) a few showing a commitment to developing employees will help retain
(D) a little existing employees as well as attract new ones.
(E) lots of
4. Remember that new hires don’t always have to be work-re-
16.CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE- ady
TROBRAS)/Direito/2015 Graduate hires may not have the necessary skills to be success-
ful on day one. When casting a wider net to find new talent, look for
Millennials – The next generation of oil and gas talent
ways to assess candidates’ capacity to learn, drive for achievement
and ability to work effectively with others. There is an increased
Good oil and gas talent is in short supply. Combine the so-called
likelihood that candidates with high measures in those areas can
“Big Shift Change” with the reduced number of students applying
develop into successful employees, even if they do not possess the
for and completing STEM (Science, Technology, Engineering and
Mathematics) courses in college, and there is a serious concern full range of technical knowledge and skills when hired. Once they
about where the next generation of industry talent will come from. are hired, identify and invest in developing the skills that graduates
need to flourish in the job today and prepare for future roles.
As oil and gas companies bring in new talent to meet staffing
demands, CEB research shows that five-in-six hiring managers be- 5. Avoid recruiting simply to fill vacancies
lieve their new graduate hires present a lack of the skills and know- Successful companies find a balance between responding to
ledge they consider necessary. But rather than changing their hiring management demands to fill current vacancies and securing the
strategies to find candidates with the potential to learn and develop right people to meet long-term business needs. Openings will alwa-
those skills and knowledge, many companies continue to waste mo- ys need to be filled, but the urgency to hire for today’s vacancies
ney on ineffective and poorly targeted recruitment programs. As a should be tempered with the goal of hiring people who will grow
result, these companies are forced to replace a growing percentage with the organization. Many successful oil and gas companies are
of their graduate hires within the first year. hiring for fit with the overall company rather than for a specific job.
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A talented engineer with strong capacity for learning and potential instruments, such as stocks and bonds, pay interest on deposits,
for growth is someone worth investing in, even if a perfect role isn’t lend money to creditworthy borrowers, and create and maintain
available at the present time. the payment systems of modern economies.

6. Offer diverse experiences These financial products and services are basedon the following
A common myth about millennials is that they are only looking fundamental objectives of any modern financial system:
to stay with a given company for a short time before moving on. to provide a payment system;
However, our research shows that millennials view employment to give money time value;
stability as very important but they are also looking for varied ex- to offer products and services to reduce financial risk or to
periences. By offering diverse career experiences and clarifying the compensate risk-taking for desirableobjectives;
benefit of moves with the organization, millennials will be more li- to collect and disperse information that allows the most effi-
kely to stay in one place. cient allocation of economic resources;
to create and maintain financial markets that provide prices,
With a growing need for new talent in the sector, most oil and which indicates how well investments are performing, which also
gas companies will feel pressure to hire new millennial employe- determines the subsequent allocation of resources, and to maintain
es as rapidly as possible. However, making incorrect assumptions economic stability.
about how millennials think and hiring for short-term rather than Available at: <http://thismatter.com/money/banking/ finan-
long-term goals will be ineffective. Companies will see the most cial-system.htm>. Retrieved on: July 27th, 2015. Adapted.
success in attracting top millennial talent by taking a more though-
tful, objective and company-specific approach to hiring. The relative pronoun which in the fragment of the text “which
Available at: <http://www.pennenergy.com/articles/pennenergy/ include banks, insurance companies, pension funds, organized ex-
2014/10/millennials-the-next-generation-of-oil-and-gas-talent.html>. changes, and the many other companies” refers to
Retrieved on: Apr. 30th, 2015. Adapted. (A) financial institutions
(B) other companies
In the fragment of Text “We’ve identified several tips for com- (C) purposes
panies that want to see greater return on investment for millennial (D) return
recruitment”, the verb form in bold indicates that the (E) products and services
(A) identification of the tips happened last year.
(B) identification of the tips will soon be finished. 18.CESGRANRIO - Profissional Júnior (BR)/Administração/2015
(C) identification of the tips is an ongoing process. (e mais 13 concursos)
(D) results of the identification of the tips are important now.
(E) results of the identification of the tips were considered im- Natural gas waits for its moment
portant in the past.
Paul Stenquist
17..CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2015/2
Cars and trucks powered by natural gas make up a significant
Financial System portion of the vehicle fleet in many parts of the world. Iran has
more than two million natural gas vehicles on the road. As of 2009,
People have virtually unlimited needs, but the economic re- Argentina had more than 1.8 million in operation and almost 2,000
sources to supply those needs are limited. Therefore, the greatest natural gas filling stations. Brazil was not far behind. Italy and Ger-
benefit of an economy is to provide the most desirable consumer many have substantial natural gas vehicle fleets. Is America next?
goods and services in the most desirable amounts - what is known
as the efficient allocation of economic resources. To produce these With natural gas in plentiful supply at bargain prices in the Uni-
consumer goods and services requires capital in the form of labor, ted States, issues that have limited its use in cars are being rethou-
land, capital goods used to produce a desired product or service, ght, and its market share could increase, perhaps substantially.
and entrepreneurial ability to use these resources together to the
greatest efficiency in producing what consumers want most. Real According to Energy Department Price Information from July,
capital consists of the land, labor, tools and machinery, and entre- natural gas offers economic advantages over gasoline and diesel
preneurial ability to produce consumer goods and services, and to fuels. If a gasoline-engine vehicle can take you 40 miles on one
acquire real capital costs money. gallon, the same vehicle running on compressed natural gas can do
it for about $1.50 less at today’s prices. To that savings add lower
The financial system of an economy provides the means to col- maintenance costs. A study of New York City cabs running on na-
lect money from the people who have it and distribute it to those tural gas found that oil changes need not be as frequent because
who can use it best. Hence, the efficient allocation of economic re- of the clean burn of the fuel, and exhaustsystem parts last longer
sources is achieved by a financial system that allocates money to because natural gas is less corrosive than other fuels.
those people and for those purposes(c) that will yield the greatest
return(d). Today, those economic benefits are nullified by the initial cost
of a natural gas vehicle — 20 to 30 percent more than a comparab-
The financial system is composed of the products and servi- le gasoline-engine vehicle. But were production to increase signifi-
ces(e) provided by financial institutions(a), which include banks, cantly, economies of scale would bring prices down. In an interview
insurance companies, pension funds, organized exchanges, and by phone, Jon Coleman, fleet sustainability manager at the Ford
the many other companies(b) that serve to facilitate economic Motor Company, said that given sufficient volume, the selling price
transactions. Virtually all economic transactions are effected by of natural gas vehicles could be comparable to that of conventional
one or more of these financial institutions. They create financial vehicles.
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It may be years before the economic benefits of natural gas (D) Before 2009
vehicles can be realized, but the environmental benefits appear to (E) Comparing to 2009
be immediate. According to the Energy Department’s website, na-
tural gas vehicles have smaller carbon footprints than gasoline or 19.CESGRANRIO - Profissional Júnior (BR)/Administração/2015
diesel automobiles, even when taking into account the natural gas (e mais 13 concursos)
production process, which releases carbon-rich methane into the
atmosphere. Natural gas waits for its moment

The United States government appears to favor natural gas as Paul Stenquist
a motor vehicle fuel. To promote the production of vehicles with
fewer carbon emissions, it has allowed automakers to count cer- Cars and trucks powered by natural gas make up a significant
tain vehicle types more than once when calculating their Corporate portion of the vehicle fleet in many parts of the world. Iran has
Average Fuel Economy, under regulations mandating a fleet average more than two million natural gas vehicles on the road. As of 2009,
of 54.5 miles per gallon by 2025. Plug-in hybrids and natural gas Argentina had more than 1.8 million in operation and almost 2,000
vehicles can be counted 1.6 times under the CAFE standards, and natural gas filling stations. Brazil was not far behind. Italy and Ger-
electric vehicles can be counted twice. many have substantial natural gas vehicle fleets. Is America next?

Adapting natural gas as a vehicle fuel introduces engineering With natural gas in plentiful supply at bargain prices in the Uni-
challenges. While the fuel burns clean, it is less energy dense than ted States, issues that have limited its use in cars are being rethou-
gasoline, so if it is burned in an engine designed to run on conven- ght, and its market share could increase, perhaps substantially.
tional fuel, performance and efficiency are degraded.
According to Energy Department Price Information from July,
But since natural gas has an octane rating of 130, compared natural gas offers economic advantages over gasoline and diesel
with 93 for the best gasoline, an engine designed for it can run with fuels. If a gasoline-engine vehicle can take you 40 miles on one
very high cylinder pressure, which would cause a regular gasoline gallon, the same vehicle running on compressed natural gas can do
engine to knock from premature ignition. More cylinder pressure it for about $1.50 less at today’s prices. To that savings add lower
yields more power, and thus the energy-density advantage of gaso- maintenance costs. A study of New York City cabs running on na-
line can be nullified.[...] tural gas found that oil changes need not be as frequent because
of the clean burn of the fuel, and exhaustsystem parts last longer
Until the pressurized fuel tanks of natural gas vehicles can be because natural gas is less corrosive than other fuels.
easily and quickly refueled, the fleet cannot grow substantially. The
number of commercial refueling stations for compressed natural Today, those economic benefits are nullified by the initial cost
gas has been increasing at a rate of 16 percent yearly, the Energy of a natural gas vehicle — 20 to 30 percent more than a comparab-
Department says. And, while the total is still small, advances in re- le gasoline-engine vehicle. But were production to increase signifi-
fueling equipment should increase the rate of expansion. Much of cantly, economies of scale would bring prices down. In an interview
the infrastructure is already in place: America has millions of miles by phone, Jon Coleman, fleet sustainability manager at the Ford
of natural gas pipeline. Connecting that network to refueling equi- Motor Company, said that given sufficient volume, the selling price
pment is not difficult. of natural gas vehicles could be comparable to that of conventional
vehicles.
Although commercial refueling stations will be necessary to
support a substantial fleet of natural gas vehicles, home refueling It may be years before the economic benefits of natural gas
may be the magic bullet that makes the vehicles practical. Electric vehicles can be realized, but the environmental benefits appear to
vehicles depend largely on home charging and most have less than be immediate. According to the Energy Department’s website, na-
half the range of a fully fueled natural gas vehicle. Somecompressed tural gas vehicles have smaller carbon footprints than gasoline or
natural gas home refueling products are available, but they can cost diesel automobiles, even when taking into account the natural gas
as much as $5,000. production process, which releases carbon-rich methane into the
atmosphere.
Seeking to change that, the Energy Department has awarded
grants to a number of companies in an effort to develop affordable The United States government appears to favor natural gas as
home-refueling equipment. a motor vehicle fuel. To promote the production of vehicles with
fewer carbon emissions, it has allowed automakers to count cer-
[...] tain vehicle types more than once when calculating their Corporate
Average Fuel Economy, under regulations mandating a fleet average
Available at: <http://www.nytimes.com/2013/10/30/automobiles/ of 54.5 miles per gallon by 2025. Plug-in hybrids and natural gas
natural-gas-waits-for-its-moment.html?page wanted=all&module=Se- vehicles can be counted 1.6 times under the CAFE standards, and
arch&mabReward=relbias%3A r%2C%7B%222%22%3A%22RI%3A18% electric vehicles can be counted twice.
22%7D>. Retrieved on: Sept 3rd, 2014. Adapted.
Adapting natural gas as a vehicle fuel introduces engineering
In the statement “As of 2009, Argentina had more than 1.8 challenges. While the fuel burns clean, it is less energy dense than
million in operation and almost 2,000 natural gas filling stations”, gasoline, so if it is burned in an engine designed to run on conven-
the expression as of means: tional fuel, performance and efficiency are degraded.
(A) In 2009
(B) Since 2009
(C) Around 2009
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86
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LÍNGUA INGLESA
But since natural gas has an octane rating of 130, compared According to Energy Department Price Information from July,
with 93 for the best gasoline, an engine designed for it can run with natural gas offers economic advantages over gasoline and diesel
very high cylinder pressure, which would cause a regular gasoline fuels. If a gasoline-engine vehicle can take you 40 miles on one
engine to knock from premature ignition. More cylinder pressure gallon, the same vehicle running on compressed natural gas can do
yields more power, and thus the energy-density advantage of gaso- it for about $1.50 less at today’s prices. To that savings add lower
line can be nullified.[...] maintenance costs. A study of New York City cabs running on na-
tural gas found that oil changes need not be as frequent because
Until the pressurized fuel tanks of natural gas vehicles can be of the clean burn of the fuel, and exhaustsystem parts last longer
easily and quickly refueled, the fleet cannot grow substantially. The because natural gas is less corrosive than other fuels.
number of commercial refueling stations for compressed natural
gas has been increasing at a rate of 16 percent yearly, the Energy Today, those economic benefits are nullified by the initial cost
Department says. And, while the total is still small, advances in re- of a natural gas vehicle — 20 to 30 percent more than a comparab-
fueling equipment should increase the rate of expansion. Much of le gasoline-engine vehicle. But were production to increase signifi-
the infrastructure is already in place: America has millions of miles cantly, economies of scale would bring prices down. In an interview
of natural gas pipeline. Connecting that network to refueling equi- by phone, Jon Coleman, fleet sustainability manager at the Ford
pment is not difficult. Motor Company, said that given sufficient volume, the selling price
of natural gas vehicles could be comparable to that of conventional
Although commercial refueling stations will be necessary to vehicles.
support a substantial fleet of natural gas vehicles, home refueling
may be the magic bullet that makes the vehicles practical. Electric It may be years before the economic benefits of natural gas
vehicles depend largely on home charging and most have less than vehicles can be realized, but the environmental benefits appear to
half the range of a fully fueled natural gas vehicle. Somecompressed be immediate. According to the Energy Department’s website, na-
natural gas home refueling products are available, but they can cost tural gas vehicles have smaller carbon footprints than gasoline or
as much as $5,000. diesel automobiles, even when taking into account the natural gas
production process, which releases carbon-rich methane into the
Seeking to change that, the Energy Department has awarded atmosphere.
grants to a number of companies in an effort to develop affordable
home-refueling equipment. The United States government appears to favor natural gas as
a motor vehicle fuel. To promote the production of vehicles with
[...] fewer carbon emissions, it has allowed automakers to count cer-
tain vehicle types more than once when calculating their Corporate
Available at: <http://www.nytimes.com/2013/10/30/automobiles/ Average Fuel Economy, under regulations mandating a fleet average
natural-gas-waits-for-its-moment.html?page wanted=all&module=Se- of 54.5 miles per gallon by 2025. Plug-in hybrids and natural gas
arch&mabReward=relbias%3A r%2C%7B%222%22%3A%22RI%3A18% vehicles can be counted 1.6 times under the CAFE standards, and
22%7D>. Retrieved on: Sept 3rd, 2014. Adapted. electric vehicles can be counted twice.

Adapting natural gas as a vehicle fuel introduces engineering


The modal verb may in the fragment of the text “It may be ye-
challenges. While the fuel burns clean, it is less energy dense than
ars before the economic benefits of natural gas vehicles can be rea-
gasoline, so if it is burned in an engine designed to run on conven-
lized” is associated with the idea of
tional fuel, performance and efficiency are degraded.
(A) permission
(B) obligation
But since natural gas has an octane rating of 130, compared
(C) certainty
with 93 for the best gasoline, an engine designed for it can run with
(D) inference
very high cylinder pressure, which would cause a regular gasoline
(E) probability engine to knock from premature ignition. More cylinder pressure
yields more power, and thus the energy-density advantage of gaso-
line can be nullified.[...]
20.CESGRANRIO - Profissional Júnior (BR)/Administração/2015
(e mais 13 concursos) Until the pressurized fuel tanks of natural gas vehicles can be
easily and quickly refueled, the fleet cannot grow substantially. The
Natural gas waits for its moment number of commercial refueling stations for compressed natural
gas has been increasing at a rate of 16 percent yearly, the Energy
Paul Stenquist Department says. And, while the total is still small, advances in re-
fueling equipment should increase the rate of expansion. Much of
Cars and trucks powered by natural gas make up a significant the infrastructure is already in place: America has millions of miles
portion of the vehicle fleet in many parts of the world. Iran has of natural gas pipeline. Connecting that network to refueling equi-
more than two million natural gas vehicles on the road. As of 2009, pment is not difficult.
Argentina had more than 1.8 million in operation and almost 2,000
natural gas filling stations. Brazil was not far behind. Italy and Ger- Although commercial refueling stations will be necessary to
many have substantial natural gas vehicle fleets. Is America next? support a substantial fleet of natural gas vehicles, home refueling
may be the magic bullet that makes the vehicles practical. Electric
With natural gas in plentiful supply at bargain prices in the Uni- vehicles depend largely on home charging and most have less than
ted States, issues that have limited its use in cars are being rethou- half the range of a fully fueled natural gas vehicle. Somecompressed
ght, and its market share could increase, perhaps substantially. natural gas home refueling products are available, but they can cost
as much as $5,000.
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Seeking to change that, the Energy Department has awarded
grants to a number of companies in an effort to develop affordable
ANOTAÇÕES
home-refueling equipment.
______________________________________________________
[...]
______________________________________________________
Available at: <http://www.nytimes.com/2013/10/30/automobiles/
natural-gas-waits-for-its-moment.html?page wanted=all&module=Se- ______________________________________________________
arch&mabReward=relbias%3A r%2C%7B%222%22%3A%22RI%3A18%
22%7D>. Retrieved on: Sept 3rd, 2014. Adapted. ______________________________________________________

______________________________________________________
The personal pronoun it in “so if it is burned in an engine desig-
ned to run on conventional fuel” refers to ______________________________________________________
(A) natural gas
(B) degrading fuel ______________________________________________________
(C) unconventional fuel
(D) 93-octane rating fuel ______________________________________________________
(E) more energy-dense fuel
______________________________________________________

______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________

_____________________________________________________
1 E
2 D _____________________________________________________
3 B ______________________________________________________
4 D
______________________________________________________
5 E
6 B ______________________________________________________
7 D ______________________________________________________
8 D
______________________________________________________
9 E
______________________________________________________
10 D
11 D ______________________________________________________
12 E ______________________________________________________
13 C
______________________________________________________
14 D
15 E ______________________________________________________

16 D ______________________________________________________
17 A
______________________________________________________
18 B
______________________________________________________
19 E
20 A ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Conjunto dos Números Racionais (Q)


NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS Números racionais são aqueles que podem ser representados
em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
— Conjuntos Numéricos
O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os
O grupo de termos ou elementos que possuem características
números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de
nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare-
representados por uma fração. Além destes, números decimais e
cidos ou com as mesmas características são números, então dize-
dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos1.
nais.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica-
Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope-
com 4 elementos:
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre-
Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências
Também temos subconjuntos dos números racionais:
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.
Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são
pelos números racionais sem o zero.
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti-
Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
do pelos números racionais positivos.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado
Conjunto dos Números Naturais (N)
pelos números racionais positivos e não nulos.
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N.
Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e
do pelos números racionais negativos e o zero.
é infinito. Exemplo:
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado
N = {0, 1, 2, 3, 4…}
pelos números racionais negativos e não nulos.
Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido
Conjunto dos Números Irracionais (I)
em subconjuntos:
O conceito de números irracionais é dependente da definição
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números
rais não nulos, ou sem o zero.
irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio-
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu-
nais.
rais pares.
Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional.
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo
ímpares.
tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen-
P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.
tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
meros reais.
Conjunto dos Números Inteiros (Z)
Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos
O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús-
números irreais é saber que os números irracionais não podem ser
cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o
escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci-
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}
mais infinitos e raízes não exatas.
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub-
Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de-
conjuntos:
cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega-
0,12345678910111213, π, √3 etc.
tivos.
Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po-
Conjunto dos Números Reais (R)
sitivos.
O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma-
Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto
vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais
Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en-
tivos e não nulos.
1 https://matematicario.com.br/
tre dois números reais existem infinitos números.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Entre os conjuntos números reais, temos: – O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos. inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos. 523 = 2 · ?”
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos. • Múltiplos de 4
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos. Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, deve-
mos multiplicar o número 4 por números inteiros. Assim:
— Múltiplos e Divisores 4·1=4
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural 4·2=8
estendem-se para o conjunto dos números inteiros2. Quando tra- 4 · 3 = 12
tamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos 4 · 4 = 16
numéricos que satisfazem algumas condições. Os múltiplos são en- 4 · 5 = 20
contrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores 4 · 6 = 24
são números divisíveis por um certo número. 4 · 7 = 28
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números in- 4 · 8 = 32
teiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e divisores 4 · 9 = 36
são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o 4 · 10 = 40
que são números primos, é necessário compreender o conceito de 4 · 11 = 44
divisores. 4 · 12 = 48

Múltiplos de um Número ...


Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é
múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal que Portanto, os múltiplos de 4 são:
a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multi- M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
plicando a por todos os números inteiros, os resultados dessas mul-
tiplicações são os múltiplos de a. Divisores de um Número
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que
temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros números in- b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão
teiros, assim: entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
2·1=2 Veja alguns exemplos:
2·2=4 – 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
2·3=6 – 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
2·4=8 – 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
2 · 5 = 10
2 · 6 = 12 Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú-
2 · 7 = 14 meros que o dividem. Veja:
2 · 8 = 16 – Liste os divisores de 2, 3 e 20.
2 · 9 = 18 D(2) = {1, 2}
2 · 10 = 20 D(3) = {1, 3}
2 · 11 = 22 D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
2 · 12 = 24
Observe que os números da lista dos divisores sempre são di-
Portanto, os múltiplos de 2 são: visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24} nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele
será divisível por ele.
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o
poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista de próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por
múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os ele. Assim:
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito. D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, de-
vemos encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação Propriedade dos Múltiplos e Divisores
entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos: Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in-
– O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam-
multiplicado por 7, resulta em 49. bém divisível por esse outro número.
49 = 7 · 7 Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor
compreender as propriedades.
– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.
que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108 Lembre-se de que:
2 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm N: dividendo;
Editora
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90
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MATEMÁTICA

d, divisor; – Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é


q: quociente; divisível por 2;
r: resto. – A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número
divisível por 3;
– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) – Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N – r).
– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o nú- Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber
mero d é um divisor de (N – r + d). se é divisível pelos números primos menores que ele utilizando a
Veja o exemplo: operação de divisão.
Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e
resto r = 5. Divisão pelo número primo 7:
Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que
as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível
por 8 e:
528 = 8 · 66

— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois
divisores: um e o próprio número3. Eles fazem parte do conjunto
dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um
e ele mesmo. Divisão pelo número primo 11:
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são
chamados de números compostos e podem ser escritos como um
produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como
produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos: Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único
que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5; PROBLEMAS DE CONTAGEM
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os
algarismos 1, 3, 7 e 9.
A análise combinatória ou combinatória é a parte da
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem resolver
divisões com o número investigado. Para facilitar o processo, veja problemas relacionados com contagem4.
alguns critérios de divisibilidade: Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto
é par é divisível por 2; de elementos.
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma
dos seus algarismos é um número divisível por 3; — Princípio Fundamental da Contagem
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o O princípio fundamental da contagem, também chamado de
algarismo da unidade for igual a 0 ou 5. princípio multiplicativo, postula que:
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e
Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi- independentes, de tal modo que as possibilidades da primeira etapa
sões com os próximos números primos menores que o número até é x e as possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número total
que: de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-
não é primo. se o número de opções entre as escolhas que lhe são apresentadas.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o
quociente for igual ao divisor, então o número é primo.

Exemplo: verificar se o número 113 é primo.


Sobre o número 113, temos:
3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/ 4 https://www.todamateria.com.br/analise-combinatoria/
Editora
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MATEMÁTICA

Exemplo: Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos um sanduíche, uma bebida
e uma sobremesa. São oferecidas três opções de sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja,
cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um
cliente pode escolher o seu lanche?

Solução: Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de possibilidades, conforme ilustrado
abaixo:

Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches podemos escolher. Assim, identificamos
que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as diferentes possibilidades de lanches, basta
multiplicar o número de opções de sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24.
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.

— Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas relacionados com contagem. Entretanto, em
algumas situações seu uso torna a resolução muito trabalhosa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas características. Basicamente há três tipos de
agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma ferramenta muito utilizada em problemas de
contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus antecessores. Utilizamos o símbolo ! para
indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.

Exemplo:
0! = 1.
1! = 1.
3! = 3.2.1 = 6.
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040.
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.

Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então, frequentemente usamos simplificações para
efetuar os cálculos de análise combinatória.

— Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

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MATEMÁTICA

Exemplo: Como exemplo de arranjo, podemos pensar na Observe que para simplificar os cálculos, transformamos
votação para escolher um representante e um vice-representante o fatorial de 10 em produto, mas conservamos o fatorial de 7,
de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
representante e o segundo mais votado o vice-representante. denominador.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.
ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é importante, visto que
altera o resultado. — Probabilidade e Análise Combinatória
A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de
obter determinado resultado diante de um experimento aleatório.
São exemplos as chances de um número sair em um lançamento de
dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.
A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre
Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes. o número de eventos possíveis e número de eventos favoráveis,
sendo apresentada pela seguinte expressão:
— Permutações
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número
de elementos (n) do agrupamento é igual ao número de elementos
disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando Sendo:
o número de elementos é igual ao número de agrupamentos. P (A): probabilidade de ocorrer um evento A.
Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1 n (A): número de resultados favoráveis.
na permutação. n (Ω): número total de resultados possíveis.
Assim a permutação é expressa pela fórmula:
Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis,
muitas vezes necessitamos recorrer as fórmulas estudadas em
análise combinatória.
Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras Exemplo: Qual a probabilidade de um apostador ganhar o
diferentes 6 pessoas podem se sentar em um banco com 6 lugares. prêmio máximo da Mega-Sena, fazendo uma aposta mínima, ou
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número seja, apostar exatamente nos seis números sorteados?
de lugares é igual ao número de pessoas, iremos usar a permutação: Solução: Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão
entre os casos favoráveis e os casos possíveis. Nesta situação, temos
apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente nos seis
números sorteados.
Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se Já o número de casos possíveis é calculado levando em
sentarem neste banco. consideração que serão sorteados, ao acaso, 6 números, não
importando a ordem, de um total de 60 números.
— Combinações Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação,
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos conforme indicado abaixo:
elementos não é importante, entretanto, são caracterizadas pela
natureza dos mesmos.
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos
tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado.


A probabilidade de acertarmos então será calculada como:

Exemplo: A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de


3 membros para formar uma comissão organizadora de um evento,
dentre as 10 pessoas que se candidataram.
De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser — Probabilidade
formada? A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é possível
dos elementos não é relevante. Isso quer dizer que escolher Maria, analisar as chances de um determinado evento ocorrer5.
João e José é equivalente a escolher João, José e Maria. Quando calculamos a probabilidade, estamos associando
um grau de confiança na ocorrência dos resultados possíveis de
experimentos, cujos resultados não podem ser determinados
antecipadamente. Probabilidade é a medida da chance de algo
acontecer.

5 https://www.todamateria.com.br/probabilidade/
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MATEMÁTICA

Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de


um resultado a um valor que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo
de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência.
Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa
de 33%.
comprar um bilhete da loteria premiado ou conhecer as chances de
um casal ter 5 filhos, todos meninos.
— Ponto Amostral
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um
— Experimento Aleatório
experimento aleatório.
Um experimento aleatório é aquele que não é possível
Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e
conhecer qual resultado será encontrado antes de realizá-lo.
verificar a face voltada para cima, temos os pontos amostrais cara e
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas
coroa. Cada resultado é um ponto amostral.
condições, podem dar resultados diferentes e essa inconstância é
atribuída ao acaso.
— Espaço Amostral
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral
viciado (dado que apresenta uma distribuição homogênea de
corresponde ao conjunto de todos os pontos amostrais, ou,
massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza
resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
qual das 6 faces estará voltada para cima.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho,
o espaço amostral corresponde às 52 cartas que compõem este
— Fórmula da Probabilidade
baralho.
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um
um evento são igualmente prováveis.
dado, são as seis faces que o compõem:
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
um determinado resultado através da divisão entre o número de
eventos favoráveis e o número total de resultados possíveis:
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se
cardinalidade, expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto
entre parênteses.
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento
lançar um dado é n(Ω) = 6.
Sendo:
— Espaço Amostral Equiprovável
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.
Equiprovável significa mesma probabilidade. Em um espaço
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam
amostral equiprovável, cada ponto amostral possui a mesma
(evento A).
probabilidade de ocorrência.
n(Ω): número total de casos possíveis.
Exemplo: Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul,
preta e branca, ao sortear uma ao acaso, quais as probabilidades de
O resultado calculado também é conhecido como probabilidade
ocorrência de cada uma ser sorteada?
teórica.
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma
Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem,
chance de serem sorteadas.
basta multiplicar o resultado por 100.
— Tipos de Eventos
Exemplo: Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um
de sair um número menor que 3?
experimento aleatório.
Solução: Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma
Evento certo
chance de caírem voltadas para cima. Vamos então, aplicar a
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
fórmula da probabilidade.
Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1,
sorteada ao acaso e ser mulher.
2, 3, 4, 5, 6) e que o evento “sair um número menor que 3” tem 2
possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:
Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio.
Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas
de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas.
O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois
todas as bolas da caixa são desta cor. Já o evento “tirar um número
maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é
20.

Para responder na forma de uma porcentagem, basta


multiplicar por 100.
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Evento Complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral, sendo um evento complementar ao outro.
Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço amostral é Ω = {cara, coroa}.
Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é complementar ao evento A, pois, B={coroa}. Juntos formam o próprio
espaço amostral.

Evento Mutuamente Exclusivo


Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum. A intersecção entre os dois conjuntos é vazia.
Exemplo: Seja o experimento lançar um dado, os seguintes eventos são mutuamente exclusivos
A: ocorrer um número menor que 5, A = {1, 2, 3, 4}.
B: ocorrer um número maior que 5, A = {6}.

— Probabilidade Condicional
A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre eventos de um espaço amostral equiprovável. Nestas circunstâncias, a
ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada a ocorrência do evento B.
A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por:

Onde o evento B não pode ser vazio.


Exemplo de caso de probabilidade condicional: Em um encontro de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Brasil, um
sorteio será realizado e um dos colaboradores receberá um prêmio. Há apenas colaboradores franceses e brasileiros, homens e mulheres.
Como evento de probabilidade condicional, podemos associar a probabilidade de sortear uma mulher (evento A) dado que seja
francesa (evento B).
Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser mulher), apenas se for francesa (evento B).

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS

As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, tais como comprimento, capacidade, massa,
tempo e volume6.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade padrão de cada grandeza. Baseado no sistema métrico decimal, o SI surgiu
da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas na maior parte dos países.

— Medidas de Comprimento
Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.
No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o comprimento da distância percorrida pela
luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de um segundo.
Assim, são múltiplos do metro: quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam)7.
Enquanto são submúltiplos do metro: decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).
Os múltiplos do metro são as grandes distâncias. Eles são chamados de múltiplos porque resultam de uma multiplicação que tem
como referência o metro.
Os submúltiplos, ao contrário, como pequenas distâncias, resultam de uma divisão que tem igualmente como referência o metro. Eles
aparecem do lado direito na tabela acima, cujo centro é a nossa medida base - o metro.

6 https://www.todamateria.com.br/unidades-de-medida/
7 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
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— Medidas de Capacidade
As medidas de capacidade representam as unidades usadas para definir o volume no interior de um recipiente8. A principal unidade
de medida da capacidade é o litro (L).
O litro representa a capacidade de um cubo de aresta igual a 1 dm. Como o volume de um cubo é igual a medida da aresta elevada ao
cubo, temos então a seguinte relação:

1 L = 1 dm³

Mudança de Unidades
O litro é a unidade fundamental de capacidade. Entretanto, também é usado o quilolitro(kL), hectolitro(hL) e decalitro que são seus
múltiplos e o decilitro, centilitro e o mililitro que são os submúltiplos.
Como o sistema padrão de capacidade é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-se ou
dividindo-se por 10.
Para transformar de uma unidade de capacidade para outra, podemos utilizar a tabela abaixo:

Exemplo: fazendo as seguintes transformações:


a) 30 mL em L
Observando a tabela acima, identificamos que para transformar de ml para L devemos dividir o número três vezes por 10, que é o
mesmo que dividir por 1000. Assim, temos:
30 : 1000 = 0,03 L

Note que dividir por 1000 é o mesmo que “andar” com a vírgula três casa diminuindo o número.

b) 5 daL em dL
Seguindo o mesmo raciocínio anterior, identificamos que para converter de decalitro para decilitro devemos multiplicar duas vezes
por 10, ou seja, multiplicar por 100.
5 . 100 = 500 dL

c) 400 cL em L
Para passar de centilitro para litro, vamos dividir o número duas vezes por 10, isto é, dividir por 100:
400 : 100 = 4 L

Medida de Volume
As medidas de volume representam o espaço ocupado por um corpo. Desta forma, podemos muitas vezes conhecer a capacidade de
um determinado corpo conhecendo seu volume.
A unidade de medida padrão de volume é o metro cúbico (m³), sendo ainda utilizados seus múltiplos (km³, hm³ e dam³) e submúltiplos
(dm³, cm³ e mm³).
Em algumas situações é necessário transformar a unidade de medida de volume para uma unidade de medida de capacidade ou vice-
-versa. Nestes casos, podemos utilizar as seguintes relações:
1 m³ = 1 000 L
1 dm³ = 1 L
1 cm³ = 1 mL

Exemplo: Um tanque tem a forma de um paralelepípedo retângulo com as seguintes dimensões: 1,80 m de comprimento, 0,90 m de
largura e 0,50 m de altura. A capacidade desse tanque, em litros, é:
A) 0,81
B) 810
C) 3,2
D) 3200
8 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-capacidade/
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MATEMÁTICA

Para começar, vamos calcular o volume do tanque, e para isso, devemos multiplicar suas dimensões:
V = 1,80 . 0,90 . 0,50 = 0,81 m³

Para transformar o valor encontrado em litros, podemos fazer a seguinte regra de três:

Assim, x = 0,81 . 1000 = 810 L.


Portanto, a resposta correta é a alternativa b.

Medidas de Massa
No Sistema Internacional de unidades a medida de massa é o quilograma (kg)9. Um cilindro de platina e irídio é usado como o padrão
universal do quilograma.
As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg), centigrama (cg) e miligrama
(mg).
São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada equivalente a 1000 kg.

• Unidades de medida de massa


As unidades do sistema métrico decimal de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg),
centigrama (cg), miligrama (mg).
Utilizando o grama como base, os múltiplos e submúltiplos das unidades de massa estão na tabela a seguir.

Além das unidades apresentadas existem outras como a tonelada, que é um múltiplo do grama, sendo que 1 tonelada equivale a 1
000 000 g ou 1 000 kg. Essa unidade é muito usada para indicar grandes massas.
A arroba é uma unidade de medida usada no Brasil, para determinar a massa dos rebanhos bovinos, suínos e de outros produtos. Uma
arroba equivale a 15 kg.
O quilate é uma unidade de massa, quando se refere a pedras preciosas. Neste caso 1 quilate vale 0,2 g.

— Conversão de unidades
Como o sistema padrão de medida de massa é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-
-se ou dividindo-se por 1010.
Para transformar as unidades de massa, podemos utilizar a tabela abaixo:

9 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
10 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
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Exemplos: Instrumentos de Medidas


a) Quantas gramas tem 1 kg? Para medir o tempo utilizamos relógios que são dispositivos
Para converter quilograma em grama basta consultar o quadro que medem eventos que acontecem em intervalos regulares.
acima. Observe que é necessário multiplicar por 10 três vezes. Os primeiros instrumentos usados para a medida do tempo fo-
1 kg → g ram os relógios de Sol, que utilizavam a sombra projetada de um
1 kg x 10 x 10 x 10 = 1 x 1000 = 1.000 g objeto para indicar as horas.
Foram ainda utilizados relógios que empregavam escoamento
b) Quantos quilogramas tem em 3.000 g? de líquidos, areia, queima de fluidos e dispositivos mecânicos como
Para transformar grama em quilograma, vemos na tabela que os pêndulos para indicar intervalos de tempo.
devemos dividir o valor dado por 1.000. Isto é o mesmo que dividir
por 10, depois novamente por 10 e mais uma vez por 10. Outras Unidades de Medidas de Tempo
3.000 g → kg O intervalo de tempo de uma rotação completa da terra equi-
3.000 g : 10 : 10 : 10 = 3.000 : 1.000 = 3 kg vale a 24h, que representa 1 dia.
O mês é o intervalo de tempo correspondente a determinado
c) Transformando 350 g em mg. número de dias. Os meses de abril, junho, setembro, novembro têm
Para transformar de grama para miligrama devemos multiplicar 30 dias.
o valor dado por 1.000 (10 x 10 x 10). Já os meses de janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e
350 g → mg dezembro possuem 31 dias. O mês de fevereiro normalmente têm
350 x 10 x 10 x 10 = 350 x 1000 = 350.000 mg 28 dias. Contudo, de 4 em 4 anos ele têm 29 dias.
O ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa
— Medidas de Tempo ao redor do Sol. Normalmente, 1 ano corresponde a 365 dias, no
Existem diversas unidades de medida de tempo, por exemplo entanto, de 4 em 4 anos o ano têm 366 dias (ano bissexto).
a hora, o dia, o mês, o ano, o século. No sistema internacional de Na tabela abaixo relacionamos algumas dessas unidades:
medidas a unidades de tempo é o segundo (s)11.

Horas, Minutos e Segundos


Muitas vezes necessitamos transformar uma informação que
está, por exemplo, em minuto para segundos, ou em segundos para
hora.
Para tal, devemos sempre lembrar que 1 hora tem 60 minutos
e que 1 minuto equivale a 60 segundos. Desta forma, 1 hora corres-
ponde a 3.600 segundos.
Assim, para mudar de hora para minuto devemos multiplicar
por 60. Por exemplo, 3 horas equivalem a 180 minutos (3 . 60 =
180).

O diagrama abaixo apresenta a operação que devemos fazer


para passar de uma unidade para outra.

Tabela de Conversão de Medidas


O mesmo método pode ser utilizado para calcular várias gran-
dezas.
Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro
as unidades de medidas bases das grandezas que queremos conver-
ter, por exemplo:
Capacidade: litro (l)
Comprimento: metro (m)
Em algumas áreas é necessário usar medidas com precisão Massa: grama (g)
maior que o segundo. Neste caso, usamos seus submúltiplos. Volume: metro cúbico (m3)
Assim, podemos indicar o tempo decorrido de um evento em
décimos, centésimos ou milésimos de segundos. Tudo o que estiver do lado direito da medida base são cha-
Por exemplo, nas competições de natação o tempo de um atle- mados submúltiplos. Os prefixos deci, centi e mili correspondem
ta é medido com precisão de centésimos de segundo. respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade
fundamental.

11 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-tempo/
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Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente a dez, cem e mil vezes a unidade
fundamental.

Exemplos:
a) Quantos mililitros correspondem 35 litros?
Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade. Lembrando que a medida pode
ser escrita como 35,0 litros. A virgula e o algarismo que está antes dela devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso
é o litro.

Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará sempre atrás dos algarismos que esti-
ver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.

Assim 35 litros correspondem a 35000 ml.

b) Transformando 700 gramas em quilogramas.


Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada, neste caso g e os demais algarismos
nas casas anteriores.

Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilograma. A vírgula passa então para atrás
do algarismo que está na casa do quilograma.

Então 700 g corresponde a 0,7 kg.

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Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima


RAZÕES E PROPORÇÕES; REGRAS DE TRÊS SIMPLES E é chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de
COMPOSTAS consequente (B).

A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas,


sendo o coeficiente entre dois números12.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas ra- Qual o valor de x na proporção abaixo?
zões, ou ainda, quando duas razões possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão.
Vale lembrar que duas grandezas são proporcionais quando for-
mam uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidia- x = 12 . 3
namente os conceitos de razão e proporção. Para preparar uma re- x = 36
ceita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre
os ingredientes. Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos desco-
Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de brir o quarto, também chamado de “quarta proporcional”.
medida terão de ser as mesmas. Na proporção, os elementos são denominados de termos. A
A partir das grandezas A e B temos: primeira fração é formada pelos primeiros termos (A/B), enquanto
a segunda são os segundos termos (C/D).
Razão Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de
três, utilizamos o cálculo da proporção para encontrar o valor pro-
curado.

— Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por
ou A : B, onde b ≠ 0. exemplo:

Proporção

Logo: A · D = B · C.

onde todos os coeficientes são ≠ 0. Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20? 2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exem-
plo:

Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e


o denominador, o de baixo. é equivalente

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo Logo, D. A = C . B.


porcentagem, também chamada de razão centesimal.
— Regra de três simples e composta
A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas,
que podem ser velocidades, tempos, áreas, distâncias, cumprimen-
tos, entre outros13.
É o método para determinar o valor de uma incógnita quando
são apresentados duas ou mais razões, sejam elas diretamente ou
inversamente proporcionais.
13 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-
12 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/ simples-e-composta
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As Grandezas Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas pedreiros.
diretamente e inversamente proporcionais.
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o acrésci- Regra de Três Simples
mo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na outra. A regra de três simples funciona na relação de apenas duas
Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também será tripli- grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente propor-
cada, e assim sucessivamente. cionais.

Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempre- Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do
sa com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quan- suco da fruta. Porém, foi feito uma encomenda de 6 bolos. Quantos
tas folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de limões serão necessários?
colaboradores aumentar para 50?

Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já


que o aumento no pedido de bolos pede uma maior quantidade de
Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de colabo- limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela multiplica-
radores provocará também um aumento no gasto de papel. Logo, ção cruzada:
essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através da
multiplicação cruzada: x = 250 . 6
x = 1500 ml de suco
35x = 50 . 10
35x = 500
Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um
x = 500/35
trajeto em 2 horas. Se a velocidade for reduzida para 70 km/h, em
x = 14,3
quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?
Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as deman-
das da microempresa com 50 funcionários.

Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o au-


mento ou diminuição de uma resultam em grandezas opostas. Ou
seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade, e
assim por diante.
Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três sim-
Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80 ples inversa, uma vez que ao diminuirmos a velocidade do carro, o
dias, apenas 5 deles construirão a mesma casa em quanto tempo? tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das
razões deverá ser invertida e transformada em direta.

Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois a


relação é inversamente proporcional. Isso acontece porque a dimi- 70x = 120 . 2
nuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de construção. 70x = 240
x = 240/70
x = 3,4 h

Regra de Três Composta


A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou
mais grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, ou
seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.
5x = 80 . 7
5x = 560 Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças de
x = 560/5 roupas com 8 costureiras. Caso 6 funcionárias estiverem trabalhan-
x = 112 do, quantos dias levará para a produção de 300 peças?
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Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao valor desconhecido, isto é:


- Relacionando os dias de produção com a quantidade de peças, percebe-se que essas grandezas são diretamente proporcionais, pois
aumentando o número de peças cresce a necessidade de mais dias de trabalho.
- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de produção, observa-se que aumentando a quantidade de peças o quadro de
funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as grandezas são inversamente proporcionais.

Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:

4/x = 160/300 . 6/8


4/x = 960/2400
960x = 2400 . 4
960x = 9600
x = 9600/960
x = 10 dias

DIVISÃO PROPORCIONAL

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um número de maneira proporcional a uma sequência
de outros números. A divisão pode ser de diferentes tipos, vejamos:

Divisão Diretamente Proporcional


• Divisão em duas partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais
a p e q, montamos um sistema com duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das partes seja A + B = M:

O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q

• Divisão em várias partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcio-
nais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P:

Divisão Inversamente Proporcional


• Divisão em duas partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A e B inversamente proporcio-
nais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os
inversos de p e q. Assim basta montar o sistema com duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M:
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MATEMÁTICA

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

• Divisão em várias partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn inversamente propor-
cionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem
do sistema com n equações e n incógnitas, assume que x1 + x2 + ... + xn= M:

Divisão em partes direta e inversamente proporcionais


• Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A e B diretamente
proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente propor-
cionais a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de forma que A + B = M

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

• Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente pro-
porcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente
proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x1 + x2 + ... + xn = M:

Exemplos:
(PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre três herdeiros,
em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00
(C) R$ 360.000,00
(D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00

Resolução:
5x + 8x + 12x = 750.000
25x = 750.000
x = 30.000
O mais velho receberá: 12⋅30000=360000
Resposta: C

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103
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MATEMÁTICA

(TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Quatro funcionários di-


vidirão, em partes diretamente proporcionais aos anos dedicados
para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre
esses quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados, Substituindo pelas expressões de y e z:
outro possui 7 anos trabalhados, outro possui 6 anos trabalhados e
o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa
maneira, o número de anos dedicados para a empresa, desse últi-
mo funcionário citado, é igual a
(A) 5.
(B) 7.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

Resolução: Resposta: A
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000 (SABESP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC) Uma empresa
x = 2000 quer doar a três funcionários um bônus de R$ 45.750,00. Será feita
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedi- uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr.
cou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000 Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou
Resposta: D durante 9 anos e 7 meses e Srta. Matilde trabalhou durante 3 anos
e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – que o Sr. Fortes é
FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de reais para (A) 17.100,00.
a construção de três escolas de educação infantil. A área a ser cons- (B) 5.700,00.
truída em cada escola é, respectivamente, 1.500 m², 1.200 m² e 900 (C) 22.800,00.
m² e a quantia destinada à cada escola é diretamente proporcional (D) 17.250,00.
a área a ser construída. (E) 15.000,00.
Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com
1.500 m² é, em reais, igual a Resolução:
(A) 22,5 milhões. * Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses
(B) 13,5 milhões. * Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses
(C) 15 milhões. * Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
(D) 27 milhões. * TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses
(E) 21,75 milhões. * Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F,
L e M.
Resolução:
Chamemos de x, y e z as quantias destinadas às áreas de 1.500
m2, 1.200 m2 e 900 m2, respectivamente.
Sendo as quantias diretamente proporcionais às áreas, tere-
mos:
Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:

Ou ainda, simplificando os denominadores:


M = 38 . 150 = R$ 5 700,00

(Apenas dividi cada denominador por 300).


Agora vamos escrever as incógnitas y e z em função de x: F = 152 . 150 = R$ 22 800,00
Por fim, a diferença é: 22 800 – 5700 = R$ 17 100,00
Resposta: A

Ainda, sabemos que:

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MATEMÁTICA

(SESP/MT – PERITO OFICIAL CRIMINAL - ENGENHARIA CIVIL/ENGENHARIA ELÉTRICA/FÍSICA/MATEMÁTICA – FUNCAB/2014) Maria,


Júlia e Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes inversamente proporcionais às suas idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla,
24, determine quanto receberá quem ficar com a maior parte da divisão.
(A) R$ 36.000,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00

Resolução:

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente proporcional).


Assim:

8.M = 288 000


M = 288 000 / 8
M = R$ 36 000,00
M + J + C = 72000

Resposta: A
PORCENTAGENS

A porcentagem representa uma razão cujo denominador é 100, ou seja, .

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que significa dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada de razão
centesimal ou percentual14.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver problemas matemáticos, principalmente na matemática financeira para calcu-
lar descontos, juros, lucro, e assim por diante.

— Calculando Porcentagem de um Valor


Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total.
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a seguinte operação:

Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de porcentagem:

Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da seguinte forma:


1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.
20 x 200 = 4.000

14 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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2º passo: dividir o resultado anterior por 100. Fator multiplicativo para aumento em um valor
Quando um produto recebe um aumento, o fator de multiplica-
ção é dado por uma soma.
Fator de multiplicação = 1 + i.

Calculando Porcentagem de Forma Rápida Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria
Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a da seguinte forma:
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
1º passo: encontrar a taxa de variação.
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente
utilizando o correspondente a 1% do valor.

Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para apren- 2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
der essa técnica. Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que Fator de multiplicação = 1,25.
representa 1%.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
100 x 1,25 = 125 reais.

Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria


2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela porcenta- seja R$ 125.
gem que se quer descobrir.
2 x 20 = 40 Fator multiplicativo para desconto em um valor
Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator
Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40. multiplicativo envolve uma subtração.
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações equiva-
lentes Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria
As frações equivalentes representam a mesma porção do todo que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria?
e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador 1º passo: encontrar a taxa de variação.
da fração pelo mesmo número natural.

Veja como encontrar a fração equivalente de .

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.


Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Fator de multiplicação = 0,75.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.


Se a fração equivalente de é , então para calcular 100 x 0,75 = 75 reais.
20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:

LÓGICA PROPOSICIONAL

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO


— Calcular porcentagem de aumentos e descontos Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver proble-
Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados utili- mas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife-
zando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo. rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura
de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte
consiste nos seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé-
Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço tricos e matriciais.
de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes. - Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
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- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO


Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL


O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.
Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.

Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, S..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Proposições Compostas – Conectivos
As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

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OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

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Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

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Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto,
não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

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Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

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Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tau-
tologia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que
sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

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• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na
qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposi-
ções). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mes-
ma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

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a solução para o seu concurso!
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Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO transforma: CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

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114
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MATEMÁTICA

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das


proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fi-
zer sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão 2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argu- 3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
mentos lógicos, tiverem valores verdadeiros. 4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis-
Conectivo “ou” (v) se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. Temos então sua tabela verdade:
(Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando


Conectivo “ou” (v) a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.
Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se
Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa). Conectivo “Se e somente se” (↔)
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada
bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é
condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição
necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen-
te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela
• Mais sobre o Conectivo “ou” verdade:
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das
proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeira
Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as pro-
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- posições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
vo”(considera apenas um dos casos)
ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a
Exemplo: tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qual-
R: Paulo é professor ou administrador quer questão referente ao assunto.
S: Maria é jovem ou idosa

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MATEMÁTICA

Ordem de precedência dos conectivos:


O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos
(da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que
apresenta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.

Resolução:
Montando a tabela teremos que:

P ~p ~p ^p
V F F
V F F
F V F
F V F

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MATEMÁTICA

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C

A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,-


q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira. Repre-
sentamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
• Silogismo Disjuntivo
ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-
tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições.

Exemplo:

• Modus Ponens

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:

• Modus Tollens

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Propriedades
• Reflexiva:
– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.

• Transitiva:
– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.
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117
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Tautologias e Implicação Lógica • Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
• Teorema Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,- damentais: qualidade e extensão ou quantidade.
q,r,...) – Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifi-
cação dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


Observe que: e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das letras A, E, I e O.
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P → • Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”
Q é tautológica. Teremos duas possibilidades.

Inferências

• Regra do Silogismo Hipotético

Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


Princípio da inconsistência conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
p ^ ~p ⇒ q “Todo B é A”.
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo-
sição q. • Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”
Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica. mesmo que dizer “nenhum B é A”.
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte
Lógica de primeira ordem diagrama (A ∩ B = ø):
Existem alguns tipos de argumentos que apresentam propo-
sições com quantificadores. Numa proposição categórica, é im-
portante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma
coerente e que a proposição faça sentido, não importando se é
verdadeira ou falsa.

Vejamos algumas formas:


- Todo A é B.
- Nenhum A é B. • Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”
- Algum A é B. Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
- Algum A não é B. posição:

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas


proposições categóricas.

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MATEMÁTICA

Em síntese:

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto


“A” tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Exemplos:
Contudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem (DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
todo A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”. são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” mação anterior é:
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três (A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
representações possíveis: dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.

Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.

O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo


o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo mos a alternativa B.
que Algum B não é A. Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
• Negação das Proposições Categóricas A é não B.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
seguintes convenções de equivalência: são pardos NÃO miam alto.
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Resposta: C
uma proposição categórica particular.
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposi- (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a
ção categórica particular geramos uma proposição categórica uni- afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
versal. vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, (A) Todos os não psicólogos são professores.
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca, (B) Nenhum professor é psicólogo.
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, (C) Nenhum psicólogo é professor.
uma proposição de natureza afirmativa. (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
(E) Pelo menos um professor não é psicólogo.

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MATEMÁTICA

Resolução: Diagramas lógicos


Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega- Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra- mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
menos um professor não é psicólogo. dem ser formadas por proposições categóricas.
Resposta: E
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
• Equivalência entre as proposições conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
resolução de questões.
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A,


então pertence também a B.

Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
a cinco”? NENHUM
E
(A) Todo número natural é menor do que cinco. AéB
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco. Existe pelo menos um elemento que
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco. pertence a A, então não pertence a B, e
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco. vice-versa.

Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pe-
de-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com
Todos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
ALGUM tes formas:
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D
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MATEMÁTICA

- Algum teatro é casa de cultura


ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
não são B (enquanto que, no “Algum A é
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B
Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
Exemplo: Segundo as afirmativas temos:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRA- (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
ÇÃO – IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
de cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
é casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
nos afirma isso

- Existem teatros que não são cinemas

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-


cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor- ... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura conclusão sejam totalmente questionáveis.
também não é cinema.
ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTE-
ÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!

• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-


do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
Resposta: E P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar
essa frase da seguinte maneira:
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-


mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
Exemplo: menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
P1: Todos os cientistas são loucos. Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
P2: Martiniano é louco. lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é
Q: Martiniano é um cientista. de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.

Exemplo: Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença


O silogismo... “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
P1: Todos os homens são pássaros. comum.
P2: Nenhum pássaro é animal. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
Q: Portanto, nenhum homem é animal. vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:

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MATEMÁTICA

1º) Fora do conjunto maior;


2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:


NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido! Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não
gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este ar-
Argumentos Inválidos gumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade - É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de cho-
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu- colate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não!
são. Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círcu-
lo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círcu-
Exemplo: lo)! Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não garanti-
P1: Todas as crianças gostam de chocolate. ram a veracidade da conclusão!
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate. Métodos para validação de um argumento
Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos
Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. 1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada
Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO,
a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
de chocolate. 2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocor-
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo ar- re quando nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e
tifício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se
primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”. na construção da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para
cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a des-
vantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quando envolve
várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi-
derando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibi-
lidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em
verdade, para que o argumento seja considerado válido.
4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, conside-
rando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do
criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa-
trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos conclusão de maneira direta, mas somente por meio de análises
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das mais complicadas.
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do
diagrama:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Em síntese:

Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.
- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?
A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos seguir
adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta também
é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!

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124
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa,


concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma
conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou am-
bas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores
lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar
adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o
argumento é ou NÃO VÁLIDO.

Resolução pelo 4º Método


Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Te- A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
remos: utilizando isso temos:
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernan-
deiro! do estava estudando. // B → ~E
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas Iniciando temos:
verdadeiras! Teremos: 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são ver- = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é tem que ser F.
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: 3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V).
r é verdadeiro. // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é vai ao cinema tem que ser V.
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
= V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no sai de casa tem que ser F.
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! ser V ou F.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
Exemplos:
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
seguintes proposições sejam verdadeiras. cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Resposta: Errado
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove. (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚ-
• Durante a noite, faz frio. NIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, en-
tão Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
item subsecutivo. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
( ) Certo (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
( ) Errado (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
Resolução: (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre-
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: Resolução:
A = Chove Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é
B = Maria vai ao cinema bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão
C = Cláudio fica em casa o valor lógico (V), então:
D = Faz frio (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
E = Fernando está estudando (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
F = É noite (F) → V
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bru-
Lembramos a tabela verdade da condicional: xa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
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125
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que
ficam meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca
dos grupos e elementos.
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS
Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Editora
126
126
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Editora
127
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

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128
128
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

− Luiz não viajou para Fortaleza. ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é
homem.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
Luiz N N N 2ª) Se José é homem, então José é mortal.
Arnaldo N N
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.
Mariana N N S N
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
Paulo N N (x) (A (x) → B).
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclu-
Agora, completando o restante: são de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicio-
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- nal.
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
Aplicando temos:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
Luiz N S N N + 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
Arnaldo S N N N A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
Mariana N N S N
julgar, logo, é uma proposição lógica.
Paulo N N N S
• Quantificador existencial (∃)
Resposta: B O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:

Quantificador
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA


Exemplo:
Tipos de quantificadores “Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
é:
• Quantificador universal (∀)
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:

Exemplo: O quantificador existencial tem a função de elemento comum.


Todo homem é mortal. A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica:
mortal. (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Na representação do diagrama lógico, seria:
Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x)
∈ N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal
que x + 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a
sentença será verdadeira?

Editora
129
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,


a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos NOÇÕES DE CONJUNTOS
julgar, logo, é uma proposição lógica.

ATENÇÃO: A teoria dos conjuntos é a teoria matemática capaz de agrupar


– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é elementos15.
B” é diferente de “Todo B é A”. Dessa forma, os elementos (que podem ser qualquer coisa: nú-
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é meros, pessoas, frutas) são indicados por letra minúscula e defini-
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”. dos como um dos componentes do conjunto.

Forma simbólica dos quantificadores Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x”


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B). Assim, enquanto os elementos do conjunto são indicados pela
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B). letra minúscula, os conjuntos, são representados por letras maiús-
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B). culas e, normalmente, dentro de chaves ({ }).
Além disso, os elementos são separados por vírgula ou ponto e
Exemplos: vírgula, por exemplo:
Todo cavalo é um animal. Logo, A = {a,e,i,o,u}
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. — Diagrama de Euler-Venn
(C) Todo animal é cavalo. No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os
(D) Nenhum animal é cavalo. conjuntos são representados graficamente:

Resolução:
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu-
sões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda for-
ma de conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- — Relação de Pertinência


ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. A relação de pertinência é um conceito muito importante na
“Teoria dos Conjuntos”.
Resolução: Ela indica se o elemento pertence (e) ou não pertence (ɇ) ao
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais determinado conjunto, por exemplo:
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) D = {w,x,y,z}
tal que x + y = x. Logo:
– 1º passo: observar os quantificadores. w e D (w pertence ao conjunto D);
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos j ɇ D (j não pertence ao conjunto D).
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne- — Relação de Inclusão
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade. A relação de inclusão aponta se tal conjunto está contido (C),
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos não está contido (Ȼ) ou se um conjunto contém o outro (Ɔ), por
x e y. exemplo:
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais. A = {a,e,i,o,u}
O elemento y pertence ao conjunto os números reais. B = {a,e,i,o,u,m,n,o}
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x). C = {p,q,r,s,t}
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0. Logo:
X + 0 = X. A C B (A está contido em B, ou seja, todos os elementos de A
estão em B);
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de C Ȼ B (C não está contido em B, na medida em que os elemen-
x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor- tos do conjunto são diferentes);
reto. B Ɔ A (B contém A, donde os elementos de A estão em B).
Resposta: CERTO

15 https://www.todamateria.com.br/teoria-dos-conjuntos/
Editora
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MATEMÁTICA

— Conjunto Vazio
O conjunto vazio é o conjunto em que não há elementos; é re-
presentado por duas chaves { } ou pelo símbolo Ø. Note que o con-
junto vazio está contido (C) em todos os conjuntos.

— União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos


A união dos conjuntos, representada pela letra (U), correspon-
de a união dos elementos de dois conjuntos, por exemplo:
A = {a,e,i,o,u}
B = {1,2,3,4}

Logo:
AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}. — Igualdade dos Conjuntos
Na igualdade dos conjuntos, os elementos de dois conjuntos
são idênticos, por exemplo nos conjuntos A e B:
A = {1,2,3,4,5}
B = {3,5,4,1,2}

Logo:
A = B (A igual a B).

— Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos são formados pelos:
- Números Naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}.
- Números Inteiros: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}.
- Números Racionais: Q = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,4,5,6...}.
A intersecção dos conjuntos, representada pelo símbolo (∩), - Números Irracionais: I = {..., √2, √3, √7, 3, 141592…}.
corresponde aos elementos em comum de dois conjuntos, por - Números Reais (R): N (números naturais) + Z (números intei-
exemplo: ros) + Q (números racionais) + I (números irracionais).
C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d}

Logo:
CD = {b, c, d} RELAÇÕES E FUNÇÕES; FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGA-
RÍTMICAS

Na Matemática, função corresponde a uma associação dos ele-


mentos de dois conjuntos, ou seja, a função indica como os elemen-
tos estão relacionados16.
Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada ele-
mento pertencente ao conjunto A a um único elemento que com-
põe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar ligado
a dois valores de B.

A diferença entre conjuntos corresponde ao conjunto de ele-


mentos que estão no primeiro conjunto, e não aparecem no segun-
do, por exemplo:
A = {a, b, c, d, e} – B = {b, c, d}

Logo:
A-B = {a,e}

Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).

16 https://www.todamateria.com.br/funcao/
Editora
131
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

— Representação das Funções Função Injetora


Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio Na função injetora todos os elementos de A possuem corres-
(D) e o conjunto B recebe o nome de contradomínio (CD). pondentes distintos em B e nenhum dos elementos de A comparti-
Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe o lham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem existir ele-
nome de imagem pela função. Agrupando todas as imagens de B mentos em B que não estejam relacionados a nenhum elemento
temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do contrado- de A.
mínio.
Exemplo:
Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8}, com a função que determina a relação entre os elementos
f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada x do conjunto A é
transformado em 2x no conjunto B.

Para a função acima:


- O domínio é {0, 3, 5};
- O contradomínio é {1, 2, 5, 8};
- O conjunto imagem é {1, 5, 8}.
Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, “multipli-
car por 2” é a função e os valores de B {2, 4, 6, 8}, que se ligam aos Função Bijetora
elementos de A, são os valores de saída.
Na função bijetora os conjuntos apresentam o mesmo número
Portanto, para essa função:
de elementos relacionados. Essa função recebe esse nome por ser
- O domínio é {1, 2, 3, 4};
ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
- O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8};
- O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}.
Exemplo:
Tipos de Funções
As funções recebem classificações de acordo com suas proprie-
dades. Confira a seguir os principais tipos.

Função Sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto
imagem. Portanto, todo elemento de B é imagem de pelo menos
um elemento de A.
Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B

Exemplo:

Para a função acima:


- O domínio é {-1, 1, 2, 4};
- O contradomínio é {2, 3, 5, 7};
- O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}.

Função Afim
A função afim, também chamada de função do 1º grau, é uma
função f: ℝ→ℝ, definida como f(x) = ax + b, sendo a e b números
reais17. As funções f(x) = x + 5, g(x) = 3√3x - 8 e h(x) = 1/2 x são exem-
plos de funções afim.
Neste tipo de função, o número a é chamado de coeficiente de
Para a função acima: x e representa a taxa de crescimento ou taxa de variação da função.
- O domínio é {-4, -2, 2, 3}; Já o número b é chamado de termo constante.
- O contradomínio é {12, 4, 6};
- O conjunto imagem é {12, 4, 6}. 17 https://www.todamateria.com.br/funcao-afim/
Editora
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132
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Gráfico de uma Função do 1º grau


O gráfico de uma função polinomial do 1º grau é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Desta forma, para construirmos seu gráfico basta
encontrarmos pontos que satisfaçam a função.

Exemplo: Construa o gráfico da função f (x) = 2x + 3.


Para construir o gráfico desta função, vamos atribuir valores arbitrários para x, substituir na equação e calcular o valor correspondente
para a f (x).
Sendo assim, iremos calcular a função para os valores de x iguais a: - 2, - 1, 0, 1 e 2. Substituindo esses valores na função, temos:
f (- 2) = 2. (- 2) + 3 = - 4 + 3 = - 1
f (- 1) = 2 . (- 1) + 3 = - 2 + 3 = 1
f (0) = 2 . 0 + 3 = 3
f (1) = 2 . 1 + 3 = 5
f (2) = 2 . 2 + 3 = 7

Os pontos escolhidos e o gráfico da f (x) são apresentados na imagem abaixo:

No exemplo, utilizamos vários pontos para construir o gráfico, entretanto, para definir uma reta bastam dois pontos.
Para facilitar os cálculos podemos, por exemplo, escolher os pontos (0,y) e (x,0). Nestes pontos, a reta da função corta o eixo Ox e Oy
respectivamente.

Coeficiente Linear e Angular


Como o gráfico de uma função afim é uma reta, o coeficiente a de x é também chamado de coeficiente angular. Esse valor representa
a inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante b é chamado de coeficiente linear e representa o ponto onde a reta corta o eixo Oy. Pois sendo x = 0, temos:
y = a.0 + b ⇒ y = b

Quando uma função afim apresentar o coeficiente angular igual a zero (a = 0) a função será chamada de constante. Neste caso, o seu
gráfico será uma reta paralela ao eixo Ox.

Editora
133
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Abaixo representamos o gráfico da função constante f (x) = 4:

Ao passo que, quando b = 0 e a = 1 a função é chamada de função identidade. O gráfico da função f (x) = x (função identidade) é uma
reta que passa pela origem (0,0).
Além disso, essa reta é bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, divide os quadrantes em dois ângulos iguais, conforme indicado na
imagem abaixo:

Temos ainda que, quando o coeficiente linear é igual a zero (b = 0), a função afim é chamada de função linear. Por exemplo as funções
f (x) = 2x e g (x) = - 3x são funções lineares.
O gráfico das funções lineares são retas inclinadas que passam pela origem (0,0).

Editora
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134
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Representamos abaixo o gráfico da função linear f (x) = - 3x:

Função Crescente e Decrescente


Uma função é crescente quando ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será também cada vez maior.
Já a função decrescente é aquela que ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será cada vez menor.
Para identificar se uma função afim é crescente ou decrescente, basta verificar o valor do seu coeficiente angular.
Se o coeficiente angular for positivo, ou seja, a é maior que zero, a função será crescente. Ao contrário, se a for negativo, a função será
decrescente.
Por exemplo, a função 2x - 4 é crescente, pois a = 2 (valor positivo). Entretanto, a função - 2x + - 4 é decrescente visto que a = - 2 (ne-
gativo). Essas funções estão representadas nos gráficos abaixo:

FUNÇÃO EXPONENCIAL
Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e cuja base é sempre maior que zero e diferente de um18.
Essas restrições são necessárias, pois 1 elevado a qualquer número resulta em 1. Assim, em vez de exponencial, estaríamos diante de
uma função constante.
Além disso, a base não pode ser negativa, nem igual a zero, pois para alguns expoentes a função não estaria definida.
Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual a 1/2. Como no conjunto dos números reais não existe raiz quadrada de número
negativo, não existiria imagem da função para esse valor.
18 https://www.todamateria.com.br/funcao-exponencial/
Editora
135
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Exemplos: Observando a tabela, notamos que quando aumentamos o va-


f(x) = 4x lor de x, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos o
f(x) = (0,1)x gráfico desta função.
f(x) = (⅔)x

Nos exemplos acima 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o


expoente.

— Gráfico da Função Exponencial


O gráfico desta função passa pelo ponto (0,1), pois todo núme-
ro elevado a zero é igual a 1. Além disso, a curva exponencial não
toca no eixo x.
Na função exponencial a base é sempre maior que zero, por-
tanto, a função terá sempre imagem positiva. Assim sendo, não
apresenta pontos nos quadrantes III e IV (imagem negativa).
Abaixo representamos o gráfico da função exponencial.

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
zero e menores que 1, são decrescentes. Por exemplo, f(x) = (1/2)x é
uma função decrescente.
Calculamos a imagem de alguns valores de x e o resultado en-
contra-se na tabela abaixo.

— Função Crescente ou Decrescente


A função exponencial pode ser crescente ou decrescente.
Será crescente quando a base for maior que 1. Por exemplo, a
função y = 2x é uma função crescente.
Para constatar que essa função é crescente, atribuímos valores
para x no expoente da função e encontramos a sua imagem. Os va-
lores encontrados estão na tabela abaixo.
Notamos que para esta função, enquanto os valores de x au-
mentam, os valores das respectivas imagens diminuem. Desta for-
ma, constatamos que a função f(x) = (1/2)x é uma função decres-
cente.
Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico des-
sa função. Note que quanto maior o x, mais perto do zero a curva
exponencial fica.

Editora
136
136
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Abaixo, apresentamos o esboço do gráfico da função logarít-


mica.

— Função Logarítmica
A função logarítmica de base a é definida como f (x) = loga x,
com a real, positivo e a ≠ 119. A função inversa da função logarítmica — Função Crescente e Decrescente
é a função exponencial. Uma função logarítmica será crescente quando a base a for
O logaritmo de um número é definido como o expoente ao qual maior que 1, ou seja, x1 < x2 ⇔ loga x1 < loga x2. Por exemplo, a
se deve elevar a base a para obter o número x, ou seja: função f (x) = log2 x é uma função crescente, pois a base é igual a 2.
Para verificar que essa função é crescente, atribuímos valores
para x na função e calculamos a sua imagem. Os valores encontra-
dos estão na tabela abaixo.

Exemplos:
f (x) = log3 x

g (x) =
Observando a tabela, notamos que quando o valor de x au-
h (x) = log10 x = log x menta, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos o
gráfico desta função.
— Gráfico da Função Logarítmica
De uma forma geral, o gráfico da função y = loga x está localiza-
do no I e IV quadrantes, pois a função só é definida para x > 0.
Além disso, a curva da função logarítmica não toca o eixo y e
corta o eixo x no ponto de abscissa igual a 1, pois y = loga 1 = 0, para
qualquer valor de a.

19 https://www.todamateria.com.br/funcao-logaritmica/
Editora
137
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
zero e menores que 1 são decrescentes, ou seja, x1 < x2 ⇔ loga x1 > FUNÇÕES POLINOMIAIS
loga x2. Por exemplo, é uma função decrescente,

pois a base é igual a . Os polinômios são expressões algébricas formadas por núme-
ros (coeficientes) e letras (partes literais)20. As letras de um poli-
Calculamos a imagem de alguns valores de x desta função e o nômio representam os valores desconhecidos da expressão. Exem-
resultado encontra-se na tabela abaixo: plos:
a) 3ab + 5
b) x³ + 4xy - 2x²y³
c) 25x² - 9y²

— Monômio, Binômino e Trinômio


Os polinômios são formados por termos. A única operação en-
tre os elementos de um termo é a multiplicação.
Quando um polinômio possui apenas um termo, ele é chamado
de monômio.

Exemplos:
a) 3x
b) 5abc
c) x²y³z4

Os chamados binômios são polinômios que possuem somen-


te dois monômios (dois termos), separados por uma operação de
soma ou subtração.

Notamos que, enquanto os valores de x aumentam, os valores Exemplos:


das respectivas imagens diminuem. Desta forma, constatamos que a) a² – b²
a função é uma função decrescente. b) 3x + y
c) 5ab + 3cd²

Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico des- Já os trinômios são polinômios que possuem três monômios
sa função. Note que quanto menor o valor de x, mais perto do zero (três termos), separados por operações de soma ou subtração.
a curva logarítmica fica, sem, contudo, cortar o eixo y.
Exemplos:
a) x² + 3x + 7
b) 3ab - 4xy - 10y
c) m³n + m² + n4

— Grau dos Polinômios


O grau de um polinômio é dado pelos expoentes da parte li-
teral.
Para encontrar o grau de um polinômio devemos somar os ex-
poentes das letras que compõem cada termo. A maior soma será o
grau do polinômio.

Exemplos:
a) 2x³ + y
O expoente do primeiro termo é 3 e do segundo termo é 1.
Como o maior é 3, o grau do polinômio é 3.

b) 4 x²y + 8x³y³ - xy4


Vamos somar os expoentes de cada termo:
4x²y => 2 + 1 = 3
8x³y³ => 3 + 3 = 6
xy4 => 1 + 4 = 5

20 https://www.todamateria.com.br/polinomios/
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138
138
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Como a maior soma é 6, o grau do polinômio é 6. Exemplo:


Obs.: o polinômio nulo é aquele que possui todos os coeficien- 4x + 20 = 4 (x + 5)
tes iguais a zero. Quando isso ocorre, o grau do polinômio não é
definido. Agrupamento
ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + y) . (a + b)
— Operações com Polinômios
Confira abaixo exemplos das operações entre polinômios. Exemplo:
8ax + bx + 8ay + by = x (8a + b) + y (8a + b) = (8a + b) . (x + y)
Adição de Polinômios
Fazemos essa operação somando os coeficientes dos termos Trinômio Quadrado Perfeito (Adição)
semelhantes (mesma parte literal). a² + 2ab + b² = (a + b)²
(- 7x³ + 5 x²y - xy + 4y) + (- 2x²y + 8xy - 7y)
- 7x³ + 5x²y - 2x²y - xy + 8xy + 4y - 7y Exemplo:
- 7x³ + 3x²y + 7xy - 3y x² + 6x + 9 = (x + 3)²

Subtração de Polinômios Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença)


O sinal de menos na frente dos parênteses inverte os sinais de a² - 2ab + b² = (a - b)²
dentro dos parênteses. Após eliminar os parênteses, devemos jun-
tar os termos semelhantes. Exemplo:
(4x² - 5xk + 6k) - (3xk - 8k) x² - 2x + 1 = (x - 1)²
4x² - 5xk + 6k - 3xk + 8k
4x² - 8xk + 14k Diferença de Dois Quadrados
(a + b) . (a - b) = a² - b²
Multiplicação de Polinômios
Na multiplicação devemos multiplicar termo a termo. Na multi- Exemplo:
plicação de letras iguais, repete-se e soma-se os expoentes. x² - 25 = (x + 5) . (x - 5)
(3x² - 5x + 8) . (-2x + 1)
-6x³ + 3x² + 10x² - 5x - 16x + 8 Cubo Perfeito (Adição)
-6x³ + 13x² - 21x + 8 a³ + 3ª²b + 3ab² + b³ = (a + b)³

Divisão de Polinômios Exemplo:


x³ + 6x² + 12x + 8 = x³ + 3 . x² . 2 + 3 . x . 22 + 23 = (x + 2)³

Cubo Perfeito (Diferença)


a³ - 3a²b + 3ab² - b³ = (a - b)³

Exemplo:
y³ - 9y² + 27y - 27 = y³ - 3 . y² . 3 + 3 . y . 32 - 33 = (y - 3)³

MATRIZES. DETERMINANTES. SISTEMAS LINEARES

— Matriz
Matriz é uma representação matemática que inclui em linhas
(horizontais) e colunas (verticais) alguns números naturais não-nu-
los21.
Obs.: Na divisão de polinômios utilizamos o método chave. Pri- Os números, chamados de elementos, são representados entre
meiramente realizamos a divisão entre os coeficientes numéricos e parênteses ou colchetes.
depois a divisão de potências de mesma base. Para isso, conserva-
-se a base e subtraia os expoentes.

— Fatoração de Polinômios
Para realizar a fatoração de polinômios temos os seguintes ca-
sos:

Fator Comum em Evidência


ax + bx = x (a + b)
21 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-matrizes/
Editora
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MATEMÁTICA

— Classificação das Matrizes Matriz Identidade


Há quatro tipos de matrizes especiais: A matriz identidade ocorre quando os elementos da diagonal
principal são todos iguais a 1 e os outros elementos são iguais a 0
Matriz Linha: formada por uma única linha, por exemplo: (zero):

Matriz Coluna: formada por uma única coluna, por exemplo: Matriz Inversa
A matriz inversa é uma matriz quadrada. Ela ocorre quando o
produto de duas matrizes for igual a uma matriz identidade quadra-
da de mesma ordem.

A . B = B . A = In (quando a matriz B é inversa da matriz A)

Matriz Nula: formada por elementos iguais a zero, por exem-


plo:

Matriz Quadrada: formada pelo mesmo número de linhas e Obs.: Para encontrar a matriz inversa utiliza-se a multiplicação
colunas, por exemplo: de matrizes.

— Igualdade de Matrizes
Quando temos matrizes iguais, os elementos das linhas e das
colunas são correspondentes:

A é uma matriz quadrada 2 x 2 ou A é quadrada de ordem 2

Matriz Transposta
A matriz transposta (indicada pela letra t) é aquela que apre-
senta os mesmos elementos de uma linha ou coluna comparada
com outra matriz. Para que as matrizes A e B sejam iguais os valores devem ser:
No entanto, os elementos iguais entre as duas são invertidos, a=3
ou seja, a linha de uma apresenta os mesmos elementos que a colu- b = -5
na de outra. Ou ainda, a coluna de uma possui os mesmos elemen- c=2
tos da linha de outra. d=1

— Multiplicação de Matrizes
A multiplicação de matrizes corresponde ao produto entre
duas matrizes22. O número de linhas da matriz é definido pela letra
m e o número de colunas pela letra n.
Matriz Oposta Já as letras i e j representam os elementos presentes nas linhas
Na matriz oposta, os elementos entre duas matrizes apresen- e colunas respectivamente.
tam sinais diferentes, por exemplo:

22 https://www.todamateria.com.br/multiplicacao-de-matrizes/
Editora
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MATEMÁTICA

Exemplo: A3x3 (a matriz A possui três linhas e três colunas).

Obs.: Importante ressaltar que na multiplicação de matrizes, a Assim, a matriz C genérica é:


ordem dos elementos afeta o resultado. Ou seja, ela não é comu-
tativa:
A.B≠B.A

— Cálculo: Como Multiplicar Matrizes?


Inicialmente, vamos multiplicar os elementos da linha 1 de A
Sejam as matrizes: com os da coluna 1 de B. Encontrados os produtos, somamos esses
valores:
c11 = 2 . 1 + 3 . 0 + 1 . 4 = 6
Por conseguinte, vamos multiplicar e somar os elementos da
Onde: linha 1 de A com a coluna 2 de B:
c12 = 2 . (-2) + 3 . 5 + 1 . 1 = 12
Depois disso, vamos passar para a linha 2 de A e multiplicar e
somar com a coluna 1 de B:
— Quando é Possível Multiplicar Matrizes? c21 = (-1) . 1 + 0 . 0 + 2 . 4 = 7
Para ser possível multiplicar matrizes, é primordial que o nú- Ainda na linha 2 de A, vamos multiplicar e somar com a coluna
mero de colunas da primeira matriz seja igual ao número de linhas 2 de B:
da segunda matriz. c22 = (-1) . (-2) + 0 . 5 + 2 . 1 = 4

Por fim, temos que a multiplicação de A . B é:

Multiplicação de um Número Real por uma Matriz


No caso de multiplicar um número real por uma matriz, deve-
A matriz C, resultado da multiplicação A . B, tem as dimensões -se multiplicar cada elemento da matriz por esse número:
m x p, ou seja, o número de linhas da primeira matriz e o número
de colunas da segunda.

Exemplo de Multiplicação de Matrizes


No exemplo abaixo, temos que a matriz A é do tipo 2x3 e a
matriz B é do tipo 3x2. Portanto, o produto entre elas (matriz C)
resultará numa matriz 2x2.

— Determinantes
O determinante é um número associado a uma matriz quadra-
da23. Esse número é encontrado fazendo-se determinadas opera-
ções com os elementos que compõe a matriz.
Indicamos o determinante de uma matriz A por det A. Pode-
mos ainda, representar o determinante por duas barras entre os
elementos da matriz.

Editora
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MATEMÁTICA

Determinantes de 1.ª Ordem Para calcular o determinante desse tipo de matriz, utilizamos a
O determinante de uma matriz de Ordem 1, é igual ao próprio Regra de Sarrus, que consiste em repetir as duas primeiras colunas
elemento da matriz, pois esta apresenta apenas uma linha e uma logo a seguir à terceira:
coluna.

Exemplos:

Determinantes de 2.ª Ordem


As matrizes de Ordem 2 ou matriz 2x2, são aquelas que apre-
sentam duas linhas e duas colunas.
O determinante de uma matriz desse tipo é calculado, primeiro Seguimos os seguintes passos:
multiplicando os valores constantes nas diagonais, uma principal e 1) Calculamos a multiplicação em diagonal. Para tanto, traça-
outra secundária. mos setas diagonais que facilitam o cálculo.
A seguir, subtraindo os resultados obtidos dessa multiplicação. As primeiras setas são traçadas da esquerda para a direita e
correspondem às diagonais principais:
Exemplos:
Matriz A =

Matriz B =

2) Calculamos a multiplicação do outro lado da diagonal. Assim,


traçamos novas setas.
Agora, as setas são traçadas da direita para a esquerda e cor-
respondem à diagonal secundária:

Matriz A =

Determinantes de 3.ª Ordem


As matrizes de Ordem 3 ou matriz 3x3, são aquelas que apre-
sentam três linhas e três colunas:

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MATEMÁTICA

3) Somamos cada uma delas:

Sistema Possível e Indeterminado (SPI): as soluções possíveis


são infinitas. A condição para que um sistema seja desse tipo é:

4) Subtraímos cada um desses resultados:

Sistema Impossível (SI): não é possível apresentar qualquer


tipo de solução. Nesse tipo de sistema temos:
Logo, o determinante é: .

— Sistemas Lineares
Sistemas Lineares são conjuntos de equações associadas entre
elas que apresentam a forma a seguir24:
Exemplo: Classificando o sistema abaixo:

Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a razão entre


os coeficientes das equações:

A chave do lado esquerdo é o símbolo usado para sinalizar que


as equações fazem parte de um sistema. O resultado do sistema é
dado pelo resultado de cada equação.
Os coeficientes am, am2, am3, ... , an3, an2, an1 das incógnitas x1, xm2,
xm3, ... , xn3, xn2, xn1 são números reais.
Ao mesmo tempo, b também é um número real que é chamado
de termo independente.
Sistemas lineares homogêneos são aqueles cujo termo inde-
pendente é igual a 0 (zero): a1x1 + a2x2 = 0.
Portanto, aqueles que apresentam termo independente dife-
rente de 0 (zero) indica que o sistema não é homogêneo: a1x1 + a2x2
= 3.
As matrizes associadas a um sistema linear podem ser comple- Como , então o sistema é impossível.
tas ou incompletas. São completas as matrizes que consideram os
termos independentes das equações. — Como Resolver um Sistema de Equações do 1º Grau?
Os sistemas lineares são classificados como normais quando o Podemos resolver um sistema de equações do 1º grau, com
número de equações é o mesmo que o número de incógnitas. Além duas incógnitas, usando o método da substituição ou o da soma.25
disso, quando o determinante da matriz incompleta desse sistema
não é igual a zero. Método da Substituição
Esse método consiste em escolher uma das equações e isolar-
— Classificação mos uma das incógnitas, para determinar o seu valor em relação a
Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o nú- outra incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra equação.
mero de soluções possíveis. Lembrando que a solução das equa- Desta forma, a segunda equação ficará com uma única incóg-
ções é encontrada pela substituição das variáveis por valores. nita e, assim, poderemos encontrar o seu valor final. Para finalizar,
Sistema Possível e Determinado (SPD): há apenas uma solu- substituímos na primeira equação o valor encontrado e, assim, en-
ção possível, o que acontece quando o determinante é diferente de contramos também o valor da outra incógnita.
zero (D ≠ 0). Isso acontecerá quando:

24 https://www.todamateria.com.br/sistemas-lineares/ 25 https://www.todamateria.com.br/sistemas-de-equacoes/
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Exemplo: Resolva o seguinte sistema de equações:

Solução: Vamos começar escolhendo a primeira equação do sistema, que é a equação mais simples, para isolar o x. Assim temos:

Após substituir o valor de x, na segunda equação, podemos resolvê-la, da seguinte maneira:

Agora que encontramos o valor do y, podemos substituir esse valor da primeira equação, para encontrar o valor do x:

Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4). Repare que esse resultado torna ambas as equações verdadeiras, pois
8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.

Método da Adição
No método da adição buscamos juntar as duas equações em uma única equação, eliminando uma das incógnitas.
Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das incógnitas sejam opostos, isto é, devem ter o mesmo valor e sinais contrários.

Exemplo: Para exemplificar o método da adição, vamos resolver o mesmo sistema anterior:

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MATEMÁTICA

Note que nesse sistema a incógnita y possui coeficientes opos- Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir esse valor
tos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos começar a calcular somando as em uma das equações para encontrar o valor do y. Substituindo na
duas equações, conforme indicamos abaixo: primeira equação, temos:

Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, portanto agora,


podemos resolver a equação:

Assim, a solução para o sistema é o par ordenado (- 12, 60)

Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma — Escalonamento de Sistemas Lineares
das duas equações. Vamos substituir na mais simples: Escalonamento é um método para resolver sistemas de equa-
ções lineares, quando existe solução26. Também é usado para classi-
ficar estes sistemas que podem possuir quaisquer ordens.

Note que o resultado é o mesmo que já havíamos encontrado, Escalonar um sistema linear é modificar suas equações e ter-
usando o método da substituição. mos de modo a obter um novo sistema, escalonado, em que ambos
Quando as equações de um sistema não apresentam incógni- são equivalentes, pois possuem as mesmas soluções.
tas com coeficientes opostos, podemos multiplicar todos os termos
por um determinado valor, a fim de tornar possível utilizar esse mé- Forma Escalonada de Sistemas
todo. Um sistema linear de equações está na forma escalonada
Por exemplo, no sistema abaixo, os coeficientes de x e de y não quando:
são opostos: - As incógnitas das equações são escritas na mesma ordem;
- O 1.º elemento diferente de zero de uma equação, está à es-
querda do 1.º elemento diferente de zero da linha seguinte;
- Uma linha com todos os elementos nulos, deve estar abaixo
de todas as outras.

Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das in- Exemplo 1: Um sistema 2x2 escalonado, com duas equações e
cógnitas. Neste caso, devemos multiplicar por algum número que duas incógnitas, x e y. Na segunda equação o 1.º termo é nulo (x =
transforme o coeficiente em um número oposto do coeficiente da 0).
outra equação.
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2.
Contudo, devemos ter o cuidado de multiplicarmos todos os termos
por - 2, para não modificarmos a igualdade.
Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:
Exemplo 2: Um sistema 3x3 escalonado, com três equações e
três incógnitas: x, y e z. A primeira equação possui todos os termos
não-nulos (diferentes de zero). A segunda equação tem o 1.º termo
nulo (x=0) e, a terceira equação possui x e y iguais a zero.

Agora, é possível resolver o sistema por adição, conforme apre-


sentado abaixo:

Repare que os sistemas escalonados estão na forma de escada,


diminuindo a quantidade de termos a cada linha.

Como Escalonar um Sistema Linear


Para escalonar um sistema linear podemos utilizar as seguintes
operações:
26 https://www.todamateria.com.br/escalonamento-de-sistemas-lineares/
Editora
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MATEMÁTICA

- Troca da ordem das equações. Resolução de Sistemas Lineares Escalonados


Resolver um sistema de equações é determinar seu conjunto
solução, os valores numéricos que ao substituí-los pelas incógnitas,
tornam verdadeiras as igualdades.
Para resolver sistemas lineares escalonados consideramos dois
casos e realizamos as seguintes estratégias:
Podemos passar a equação da linha 2 para a linha 1.
- Número de equações igual o número de incógnitas.

- Multiplicação (ou divisão) de todos os termos de uma equação


por um mesmo número real diferente de zero.
Podemos multiplicar todos os termos de uma equação qual- Começamos a resolução a partir da última equação, de baixo
quer do sistema. para cima.
Substituindo z na segunda equação:

Multiplicando todos os termos por 3:

- Multiplicação dos termos de uma equação por um número O procedimento continua até a primeira equação, determinan-
real e, soma (ou subtração) do resultado aos termos corresponden- do todas as incógnitas.
tes de outra equação do sistema. Substituindo y e z na primeira equação:

Podemos multiplicar todos os elementos da equação da pri-


meira linha por 2:

- Número de equações menor que o número de incógnitas.

Exemplo: 2 equações e 3 incógnitas.


Somamos a equação obtida termo a termo com a equação da
segunda linha e substituímos na segunda linha o resultado.

1. Identificamos a variável livre


Variável livre é aquela que não inicia equações, no exemplo, é
a variável z.
Obtemos o sistema escalonado. 2. Transpomos a variável livre para o outro lado da igualdade,
no segundo membro da equação.

Devemos realizar tantas transformações quanto forem neces-


sárias, até obtermos um sistema na forma escalonada, equivalente
ao primeiro.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

3. Atribuímos para z um valor numérico real k parêntese es- Propriedades das Progressões Aritméticas
querdo k pertence reto números reais parêntese direito, z=k. -Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média
aritmética entre o anterior e o posterior.

4. Substituímos y na primeira equação pelo segundo membro -A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à
da segunda equação e resolvemos para x. soma dos extremos.
a1 + an = a2 + an-1 = a3 + an-2

Termo Geral da PA
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...) da
seguinte forma:
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = a1 + 2r
5. O conjunto solução é: . a4 = a3 + r = a1 + 3r
Como k pode assumir qualquer valor real, o sistema é possível
e indeterminado. Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro
número de razões r igual à posição do termo menos uma unidade.
an = a1 + (n - 1)r

Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética


SEQUÊNCIAS; PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRES- Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
SÕES GEOMÉTRICAS 6 e 34 são extremos, cuja soma é 40

Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os elementos de
um conjunto, de tal forma que cada elemento seja associado a uma
posição, temos uma sequência. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extre-
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o segundo por mos é igual à soma dos extremos.
a2, e o n-ésimo por an.
Soma dos Termos
Termo Geral de uma Sequência Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que permite cal-
Algumas sequências podem ser expressas mediante uma lei de cular a soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética.
formação. Isso significa que podemos obter um termo qualquer da
sequência a partir de uma expressão, que relaciona o valor do ter-
mo com sua posição.
Para a posição n(n ϵ N*), podemos escrever an=f(n)

Progressão Aritmética Sn - Soma dos primeiros termos


Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência em que a1 - primeiro termo
cada termo, a partir do segundo, é obtido adicionando-se uma an - enésimo termo
constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da n - número de termos
PA.
an = an-1 + r(n ≥ 2) Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O último é
Exemplo igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o primeiro termo?
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
a1 = 2 Solução
a2 = 2 + 5 = 7 Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o termo
a3 = 7 + 5 = 12 central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda e mais 19 à sua
direita. Então temos os seguintes dados para solucionar a questão:
Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo
com o valor da razão r.
r < 0, PA decrescente
r > 0, PA crescente
r = 0, PA constante
Editora
147
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Sabemos também que a soma de dois termos equidistantes 1º Caso: q=1


dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos seus extremos. Sn = n . a 1
Como esta P.A. tem um número ímpar de termos, então o termo
central tem exatamente o valor de metade da soma dos extremos. 2º Caso: q≠1
Em notação matemática temos:

Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
a) A soma dos 6 primeiros termos
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros termos seja
29524

Solução:
a1 = 1; q = 3; n = 6

Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência em que
se obtém cada termo, a partir do segundo, multiplicando o anterior
por uma constante q, chamada razão da PG.

Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)
a1 = 4
a2 = 4 . 2 = 8
a3 = 8 . 2 = 16

Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior. Isto
ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o anterior. Isto
ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 < 0 e q > 1. Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Infinita
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal contrário ao
do anterior. Isto ocorre quando q < 0. 1º Caso:-1 < q < 1
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto ocorre
quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de razão r = 0.
A PG constante é também chamada de PG estacionaria.
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre
quando a1 = 0 ou q = 0. Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a série é
convergente.
Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada termo é 2º Caso: |q| > 1
obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a série é di-
a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo vergente
menos uma unidade.
3º Caso: |q| = 1
a2 = a1 . q2-1 Também não possui soma finita, portanto divergente
a3 = a1 . q3-1
Produto dos termos de uma PG finita
Portanto, o termo geral é:
an = a1 . qn-1

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Finita


Seja a PG finita (a1, a1q, a1q2, ...)de razão q e de soma dos ter-
mos Sn:
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148
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Tomando-se como base o valor total dos depósitos, a diferença


QUESTÕES percentual entre os totais de retirada e de depósitos, no mês de
outubro de 2021,
(A) foi de menos de 2%.
1. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/ (B) ficou entre 2% e 8%.
Especialista em Segurança de Área Protegida de Nuclear/2022 (C) ficou entre 8% e 14%.
Assunto: Números inteiros (propriedades, operações, módulo (D) ficou entre 14% e 20%.
etc) (E) foi superior a 20%.
Sejam a, b e c números reais tais que a ≠ 0 e a < b < c.
É necessariamente verdadeiro que 5. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/
(A) a . b < b . c Especialista em Segurança de Área Protegida de Nuclear/2022
(B) b - a < c - b Assunto: Porcentagem
Na tentativa de atrair clientela, um hotel passou a cobrar por 4
(C) diárias o mesmo valor que cobrava por 3 diárias, o que implica um
desconto, no preço da diária, de
(D) a . b < a . c (A) 20%
(E) a + b < a + c (B) 25%
(C) 30%
2. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2018 (D) 33%
Assunto: Números inteiros (propriedades, operações, módulo (E) 75%
etc)
Considere o conjunto A cujos 5 elementos são números intei- 6. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/
ros, e o conjunto B formado por todos os possíveis produtos de três Especialista em Segurança de Área Protegida de Nuclear/2022
elementos de A. Se B = {–30, –20, –12, 0, 30}, qual o valor da soma Assunto: Proporções. Grandezas proporcionais. Divisão em
de todos os elementos de A? partes proporcionais
(A) 5 Todo ano, os organizadores de uma festa encomendam copos
(B) 3 de 300 mL em formato de prisma regular hexagonal reto. Para a fes-
(C) 12 ta do próximo ano, os organizadores pediram que a fábrica também
(D) 8 confeccionasse copos de 500 mL, mantendo o mesmo formato e a
(E) –12 mesma proporção do copo de 300 mL, ou seja, os dois copos devem
ser semelhantes.
3. CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo
I/2018
Assunto: Números inteiros (propriedades, operações, módulo
etc)
Um menino escreveu todos os números inteiros de 10 até 80.
Depois trocou cada um desses números pela soma de seus algaris-
mos, formando, de acordo com esse processo, uma lista. Por exem-
plo, o número 23 foi trocado pelo número 5, pois 2 + 3 = 5, e o
número 68 foi trocado pelo número 14, pois 6 + 8 = 14.
Ao final do processo, quantas vezes o número 9 figurava na lista
criada pelo menino?
(A) 3
(B) 5 Desprezando-se a espessura do material do copo, qual deve ser
(C) 6 a razão entre o lado do hexágono da base do copo de 500 mL e do
(D) 7 copo de 300 mL?
(E) 8
(A)
4. CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2022
Assunto: Porcentagem
Em outubro de 2021, segundo dados do Banco Central, os sa-
ques nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em cerca (B)
de R$7,4 bilhões. Foram R$278 bilhões em depósitos e R$285,4 bi-
lhões em saques, aproximadamente, no período.
Disponível em. <https.//g1.globo.com/economia/ noticia
/2021/11/05/saques-na-poupanca-superam-depositos-em- -r-743-bi- (C)
lhoes-em-outubro.ghtml>. Acesso em. 12 nov. 21. Adaptado.

Editora
149
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

9. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/


(D) Especialista em Segurança de Área Protegida de Nuclear/2022
Assunto: Regra de três simples
Uma bomba d’água esvazia uma piscina em 10 horas.
Se a vazão promovida pela bomba fosse 25% maior, em quanto
(E) tempo ela esvaziaria a piscina?
(A) 8h
(B) 7h30min
(C) 6h
7. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Engenharia (D) 5h
de Petróleo/2018 (E) 2h30min
Assunto: Proporções. Grandezas proporcionais. Divisão em
10. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021
partes proporcionais
Assunto: Regra de três simples
A especificação da composição de um combustível comercia-
André, Bianca e Carol precisam pintar um painel de 50m2. Para
lizado no Brasil é de 27% de álcool e o restante de gasolina. Para
pintar 1m2, André gasta 12 minutos, Bianca gasta 20 minutos, e Ca-
testar os combustíveis nos postos para saber se estes estão dentro rol, 15 minutos.
dessa proporção, é utilizado um tubo de 100 ml, onde se coloca Supondo-se que os três pintaram, juntos, o mesmo painel, sem
inicialmente 50 ml de combustível e completa-se o tubo com outros fazer pausas e a velocidades constantes, quanto tempo eles leva-
50 ml de água. Considerando a densidade da água 1 g/ cm3, a do ram para a conclusão da tarefa?
álcool 0,80 g/ cm3 e a da gasolina 0,70 g/ cm3, após alguns minutos (A) 3h 40min
de repouso, pode-se medir a fração de gasolina no tubo. (B) 4h 10min
Para que o combustível esteja na composição especificada, tal (C) 5h 50min
medida deve corresponder a quantos mililitros de gasolina? (D) 6h
(A) 13,5 (E) 6h 20min
(B) 36,5
(C) 50,0 11. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(D) 63,5 Assunto: Progressão aritmética
(E) 86,5 Um garçom ganha um salário fixo por mês mais gorjetas diárias.
Como regra, ele se propôs a cada dia do mês guardar um pouco do que
8. CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/ ganha de gorjetas para fazer uma reserva financeira, que é depositada
Operador de Gás I/2018 no banco ao fim do dia 30, exceto em fevereiro. No dia 1, ele guarda
Assunto: Proporções. Grandezas proporcionais. Divisão em R$ 1,00; no dia 2, guarda R$ 2,00; no dia 3, R$ 3,00, e assim, sucessiva-
partes proporcionais mente, até que no dia 30, ele junta R$ 30,00 ao que vinha guardando e
A Figura mostra duas rodas dentadas que estão acopladas. Sa- faz o depósito. Em um determinado mês de 30 dias, ele precisou gastar
be-se que, nessa situação, o número de dentes é inversamente pro- tudo que havia juntado até o fim do dia 15, mas quis repor esse gasto.
porcional ao número de voltas dadas por cada roda dentada. Para isso, guardou do dia 16 até o dia 30 um valor fixo de x reais por dia,
de modo que, no fim do mês, depositou a mesma quantia que vinha
depositando todos os meses, exceto em fevereiro.
Qual é o valor de x?
(A) 20
(B) 23
(C) 25
(D) 27
(E) 31

12. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021


Assunto: Progressão aritmética
Preocupado com sua saúde, um professor decidiu começar a
correr. O profissional que o orientou estabeleceu como meta correr
5 km por dia. Entretanto, como o professor está fora de forma, terá
Quando a menor roda (com 6 dentes) der 108 voltas comple- de seguir um programa de treinamento gradual. Nas duas primei-
tas, a maior (com 9 dentes) dará um número de voltas completas ras semanas, ele correrá, diariamente, 1 km e caminhará 4 km; na
igual a terceira e na quarta semanas, correrá 1,5 km e caminhará 3,5 km
(A) 18 por dia. A cada duas semanas, o programa será alterado, de modo
(B) 54 a reduzir a distância diária caminhada em 0,5 km e a aumentar a
(C) 72 corrida em 0,5 km. Desse modo, se o professor não interromper o
(D) 162 programa de treinamento, ele começará a correr 5 km diários na
(E) 216 (A) 9a semana
(B) 12a semana
(C) 17a semana

Editora
150
150
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

(D) 18a semana A empresa precisa programar-se para que sua produção possa
(E) 20a semana atender às demandas futuras, caso essa tendência se mantenha.
Assim, considerando-se 2,5 como aproximação para 1,25, e
13. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Adminis- mantida a taxa de crescimento observada, o número mais próximo
tração/2018 para a previsão de vendas de todo o período de 2014 a 2023, em
Assunto: Progressão aritmética milhares de equipamentos, contando, inclusive, com as vendas de
Considere n números inteiros, ímpares, positivos e diferentes, 2014 e 2023, é igual a
representados por a 1, a 2, ..., a n, tais que a soma (A) 156,2
(B) 162,5
(C) 190,0
(D) 262,5
(E) 285,2
Qual é o maior valor possível para n?
(A) 99 17. CESGRANRIO - Ana Jr (TRANSPETRO/TRANSPETRO/Comer-
(B) 100 cialização e Logística Júnior/Transporte Marítimo/2018
(C) 1000 Assunto: Progressão geométrica
(D) 4999 Sabe-se que, em uma determinada progressão geométrica, a
(E) 5000 razão é 0,8. Se o quinto termo é 4.096; então, o Limite da Soma dos
n primeiros dessa P.G., quando n tende a infinito, é igual a
14. CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Am- (A) 10.000
biental/2018 (B) 20.000
Assunto: Progressão aritmética (C) 30.000
O quarto, o quinto e o sexto termos de uma progressão arit- (D) 40.000
mética são expressos por x + 1, x 2 + 4 e 2x 2 + 3, respectivamente. (E) 50.000
A soma dos dez primeiros termos dessa progressão aritmética
é igual a 18. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2018
(A) 260 Assunto: Progressão geométrica
(B) 265 Para x > 0, seja Sx a soma
(C) 270
(D) 275
(E) 280

15. CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2018


Assunto: Progressão geométrica
O número real x para o qual se tem
Considere a sequência numérica cujo termo geral é dado por
(A) 4
a n=2 1-3n, para n ≥ 1. Essa sequência numérica é uma progressão
(B)
(A) geométrica, cuja razão é
(C)
(B) geométrica, cuja razão é -6.
(C) geométrica, cuja razão é -3.
(D) aritmética, cuja razão é -3.
(D)
(E) aritmética, cuja razão é
19. CESGRANRIO - Ana Jr (TRANSPETRO/TRANSPETRO/Comer-
16. CESGRANRIO - Ana Jr (TRANSPETRO/TRANSPETRO/Comer- cialização e Logística Júnior/Comércio e Suprimento/2018
cialização e Logística Júnior/Comércio e Suprimento/2018 Assunto: Matrizes
Assunto: Progressão geométrica Sejam A e B duas matrizes quadradas 2x2, tal que
O número de equipamentos vendidos por uma empresa vem
aumentando a uma taxa de crescimento constante nos últimos
anos, conforme mostra a Tabela a seguir.

Ano Número de equipamentos vendidos por ano onde I é a matriz


2014 10.000
identidade 2x2. Assim, a soma dos elementos da matriz B é
2015 12.000
igual a
2016 14.400 (A) 5/16
2017 17.280 (B) 7/16
(C) 9/16
Editora
151
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

(D) 11/16
(E) 13/16

20. CESGRANRIO - Eng Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Auto-


mação/2018
Assunto: Matrizes
A inversa de uma matriz ortogonal é igual à sua
(A) adjunta
(B) adjunta transposta
(C) cofatora
(D) cofatora transposta
(E) transposta

21. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Geofísica/


Geologia/2018
Assunto: Matrizes
Em um laboratório, um geólogo investiga a densidade de qua- Assim, o sistema de equações que modela matematicamente o
tro tipos de materiais diferentes, inicialmente denominados X, Y, W problema, representado em sua forma matricial, é.
e Z, coletados em campo. Eles estão distribuídos em camadas, não (A) D = M T . V −1
misturadas entre si, no interior de quatro tubos de mesma massa (B) D = V . M
(quando vazios), numerados de 1 a 4, conforme ilustra a Figura a (C) D = M . V −1
seguir. (D) D = M T . V
(E) D = V −1 . M T

22. CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Adminis-


tração e Controle/2018
Assunto: Determinantes
Sejam A uma matriz quadrada de ordem 2 e B uma matriz qua-
drada de ordem 3, tais que detA . detB = 1.
O valor de det(3A) . det(2B) é
(A) 5
Sobre os dados, sabe-se que. (B) 6
(i) mk é a massa conjunta do tubo k com os materiais nele con- (C) 36
tidos, para 1 ≤ k ≤ 4; (D) 72
(ii) cada tubo vazio tem massa igual a m0; (E) 108
(iii) as densidades dos materiais X, Y, W, e Z são, respectivamen-
te, dx , dy , dw e dz ; 23. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(iv) os volumes de cada material, em cada um dos quatro tu- Assunto: Sistemas lineares
bos, estão representados pelo quadro a seguir. Uma loja vende um produto em dois tipos de embalagem. uni-
tária (com uma unidade do produto) e dupla (com duas unidades
do produto). Em certo mês, foram vendidas 16 embalagens duplas
1 2 3 4
e 20 unitárias, gerando uma receita para a loja de R$ 488,00. No
X 0,7 1,0 0,4 0,5 mês seguinte, foram vendidas 30 embalagens duplas e 25 unitárias,
Y 1,4 0,3 1,6 0,8 gerando uma receita de R$ 790,00.
Qual foi a porcentagem do desconto dado em cada unidade do
W 0,5 1,7 0,5 0,4 produto ao se comprar a embalagem dupla?
Z 0,8 0,8 0,6 1,8 (A) 5%
(B) 8%
Considere que esses dados foram organizados nas matrizes M, (C) 10%
D e V, assim definidas. (D) 12%
(E) 15%

Editora
152
152
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

24. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021


Assunto: Sistemas lineares
Um banco tem agências em três regiões do país. Em cada re- (B)
gião, trabalha-se com a comercialização de três segmentos. segu-
ros (X), previdência (Y) e consórcios (Z). Cada equação linear que (C) p + 2m
compõe o sistema abaixo representa a capacidade de uma regional (D) 2p - m
produzir valor agregado para o banco, em cada segmento de atua- (E) 2m - 2p
ção (lado esquerdo das equações), visando ao alcance das metas de
lucro operacional em milhares de reais (lado direito das equações). 27. CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Estatísti-
ca/2018
Assunto: Sequências de números, figuras, letras e palavras
Considere a sequência de números reais (an), n ∈ N, n ≥1 tal
que.
a1 = 2;
a2 = 3
De acordo com esses dados, verifica-se que a contribuição de an+1 = an − an−1, ∀ ≥ 2
um dado segmento que atinge exatamente a meta de sua região é
de
(A) R$160.000,00 no segmento seguros, na região Sul Quanto vale a soma
(B) R$400.000,00 no segmento previdência, na região Sudeste (A) 0
(C) R$180.000,00 no segmento consórcio, na região Norte (B) 2
(D) R$90.000,00 no segmento seguros, na região Norte (C) 4
(E) R$180.000,00 no segmento previdência, na região Sul (D) 5
(E) 6
25. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
Assunto: Sistemas lineares 28. CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel
Um estudante precisa fazer um trabalho escolar em seu apa- I/2018
relho de telefone celular. Para isso, usará dois aplicativos, A e B, Assunto: Porcentagem
um de cada vez. Ele sabe que a bateria do seu aparelho, estando Após receber um desconto de 20%, o preço de um produto pas-
com carga total, é suficiente para até 4 horas de uso do aplicativo sou a ser igual a R$ 72,00.
A e sabe também que, com carga total, a bateria é suficiente para Se o desconto dado tivesse sido de 30%, então o preço do pro-
até 1 hora e 20 minutos de uso do aplicativo B. Após se certificar duto passaria a ser igual a
de que a bateria de seu aparelho estava com carga total, deu início (A) R$ 48,00
ao trabalho com o uso do aplicativo A. Depois de algum tempo, ele (B) R$ 62,00
interrompeu o uso desse aplicativo e, imediatamente, iniciou o uso (C) R$ 108,00
do aplicativo B, até a bateria descarregar completamente, 3 horas (D) R$ 82,00
depois do início do trabalho. (E) R$ 63,00
Por quanto tempo o estudante usou o aplicativo A?
(A) 2h 10min 29. CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo
(B) 2h 15min I/2018
(C) 2h 20min Assunto: Porcentagem
(D) 2h 30min Um jogador de futebol profissional treina cobrança de pênal-
(E) 2h 50min tis após o treino coletivo, visando a alcançar uma meta de 96% de
aproveitamento. Ele cobrou 20 penalidades com aproveitamento
26. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 de 95%.
Assunto: Sequências de números, figuras, letras e palavras Quantos pênaltis deve cobrar ainda, no mínimo, para que atinja
A sequência de Fibonacci é bastante utilizada para exemplificar exatamente a meta desejada?
sequências definidas por recorrência, ou seja, sequências em que (A) 1
se pode determinar um termo a partir do conhecimento de termos (B) 3
anteriores. No caso da sequência de Fibonacci, escreve-se que Tn+2 (C) 4
= Tn+1 + Tn os dois termos anteriores. (D) 5
Considerando o exposto acima, determine o termo T2021 da (E) 10
sequência de Fibonacci, sabendo que T2018 = m e T2020 = p.

(A)

Editora
153
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

30. CESGRANRIO - Ass (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Administrativo


26 D
I/2018
Assunto: Porcentagem 27 C
Num curso de utilização de um software que edita imagens, to- 28 E
dos os alunos abrem uma mesma imagem, e o professor pede que
apliquem uma ampliação de 25% como primeiro exercício. Como o 29 D
resultado não foi o satisfatório, o professor pediu que todos aplicas- 30 E
sem uma redução de 20% na imagem ampliada. Como Aldo tinha
certa experiência com o programa, desfez a ampliação de 25%.
Para obter o mesmo resultado que os demais alunos, após des-
fazer a ampliação, Aldo deve ANOTAÇÕES
(A) fazer uma ampliação de 5%
(B) fazer uma redução de 5%
(C) fazer uma ampliação de 10% ______________________________________________________
(D) fazer uma redução de 10%
______________________________________________________
(E) deixar a imagem como está.
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 E ______________________________________________________
2 D
______________________________________________________
3 D
______________________________________________________
4 B
5 B ______________________________________________________
6 E ______________________________________________________
7 B
______________________________________________________
8 C
9 A _____________________________________________________
10 B _____________________________________________________
11 E
______________________________________________________
12 C
______________________________________________________
13 B
14 D ______________________________________________________
15 A ______________________________________________________
16 D
______________________________________________________
17 E
18 B ______________________________________________________

19 A ______________________________________________________
20 E
______________________________________________________
21 A
______________________________________________________
22 D
23 C ______________________________________________________
24 A ______________________________________________________
25 D
______________________________________________________

Editora
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154
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO
FINANCEIRO

“Dinheiro de plástico”
OS BANCOS NA ERA DIGITAL: ATUALIDADE, TENDÊNCIAS
E DESAFIOS É o meio físico de pagamento, mais conhecido como “cartão”,
utilizado para pagamentos, saques e diversas movimentações em
caixas eletrônicos.
Presente, tendências e desafios Facilitam na rapidez e no sentido de evitar idas nas agências, ape-
Os bancos “tradicionais” já utilizam a tecnologia para oferecer nas para tais serviços. Promove também o conforto e a segurança do
serviços e facilidades aos seus clientes. Seja através de internet cliente que não necessita da utilização de dinheiro em espécie para
banking ou móbile banking. No entanto, esses bancos precisam ino- suas operações financeiras. Reduz custos para as instituições financei-
var tecnologicamente o mais rápido possível, caso contrário, serão ras e promove a garantia do recebimento para os comerciantes.
substituídos pelos bancos digitais. Os cartões mais utilizados são:
O maior desafio de um banco digital no Brasil é transformar • Cartões de débito – Débito automático na conta do cliente
uma cultura de muitos anos de contatos diretos com atendentes, do valor referente a compra. Segurança também para o estabele-
gerentes e pagamentos via operadores de caixa em agências físi- cimento, pois tem a certeza que o pagamento já saiu da conta do
cas para o atendimento virtual. Pois ainda existe a desconfiança de cliente.
muitos clientes, principalmente aqueles com idades mais elevadas; • Cartão de crédito – Incentiva o consumo, pois o pagamento
inclusive a dificuldade e insegurança para o acesso. de suas compras ocorrerá apenas no vencimento da fatura, inclusi-
Para conquistarem mais clientes, os bancos digitais inovam ve em parcelas.
cada vez mais em tecnologia e resolução de problemas de forma • Cartões múltiplos – Que exercem duas funções simultâneas
mais simples e rápido, trazendo um conceito de valor e utilidade (débito e crédito).
para seus usuários.
MOBILE BANKING
INTERNET BANKING.

Mobile banking
Internet banking, banco virtual e “dinheiro de plástico” É a tecnologia do banco voltada para a tela do celular ou outros
dispositivos móveis, 365 dias por ano, permitindo a realização de
Internet Banking diversas transações financeiras através de aplicativos que são bai-
xados em smartphones, relógios inteligentes, etc.
É a plataforma bancária que utiliza a tecnologia como sua alia- Possibilita aos clientes rapidez e comodidade, devido acesso
da. É o ambiente que fica na internet em que os clientes realizam em qualquer localidade e sem a necessidade de idas as agências
operações bancárias, em ambiente fora da agência. físicas; o que também reduz custos das instituições financeiras.
No site do banco, os clientes podem realizar operações de ex-
tratos, saldos, pagamentos, empréstimos, etc.; permitindo que as
movimentações sejam realizadas com mais conforto e comodidade, OPEN BANKING.
pois não há necessidade de se deslocar até uma agência.

Banco virtual Open banking e o modelo de bank as a service

São plataformas tecnológicas, também conhecidas como finte- Open Banking


chs (empresas que inovaram no modelo de negócios e operação) do
Sistema Financeiro Nacional. É um conjunto de práticas que torna o cliente detentor de seus
Foram criados para com a intenção de permitir o acesso ao siste- dados financeiros, como por exemplo, datas e valores de transfe-
ma bancário aos brasileiros que não tem acesso aos bancos comuns. rências, pagamentos, ou produtos que selecionou para investimen-
Toda sua operação é realizada de modo virtual, sem agências fí- tos. O que proporciona inovação e concorrência entre os serviços
sicas abertas. Desde a abertura de contas até as movimentações de financeiros.
pagamentos, consultas diversas, transferências são realizadas por Em abril de 2019, o Banco Central do Brasil, iniciou a imple-
meio de sites ou aplicativos. mentação do Open Banking no Brasil.

Editora
155
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Essas novas ações possibilitam que o consumidor tenha o po- Essa tecnologia é utilizada principalmente no atendimento tele-
der de escolha de transferir seus dados do banco A para o banco fônico das instituições, nos caixas eletrônicos através da leitura bio-
B; pois acredita, por exemplo, que no segundo banco terá melhor métrica e também na internet e móbile banking.
condições de taxas de juros, tarifas ou até mesmo, melhor atendi- Banco digitalizado versus banco digital
mento. Banco digitalizado é a modalidade já conhecida de bancos “tra-
dicionais” (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, etc.) que utili-
Assim, o usuário tem a propriedade de seus dados e escolhe com zaram a tecnologia para modernizar o atendimento e inovar o modo
quem compartilhá-los. como seus clientes realizam as transações. Através da digitalização,
conseguiram mudar o foco das agências para internet banking e mó-
bile banking.
NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS. Porém, mesmo passando por essa inovação, não são totalmente
digitais e ainda possuem agências físicas para apoio presencial com
operadores de caixa, atendentes e gerentes.
Os bancos digitais são aqueles totalmente virtuais, não possuem
Modelo de bank as a service atendimento em agências físicas, por exemplo, Nubank e Neon.
Também conhecido por “banco como serviço”, é uma solução Já foram criados nesse novo conceito e seus clientes utilizam
que tem o potencial de ampliar a competitividade e a colaboração 100% de internet banking e móbile banking para realizar operações
na prestação de serviços financeiros. como pagamentos, transferências, consultas, etc.; o saque ocorre em
Com o bank as a service, empresas de qualquer segmento de caixas eletrônicos espalhados por estabelecimentos diversos.
mercado, passam a ter condições de oferecer serviços bancários de Para abrir uma conta nos bancos digitais, todo o processo é via
uma forma simples e rápida. ambiente virtual. O interessado se cadastra, faz a solicitação e após
Os grandes benefícios para o consumidor é a variedade de em- aprovação; envia os documentos e assinatura digitalizados.
presas oferecendo serviços bancários, as filas em bancos ficam ape-
nas na lembrança, pois tudo é realizado por meio digital.
O comportamento do consumidor na relação com o banco FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS.
Cada vez mais ligados as tecnologias, consumidores tem bus-
cado facilidade, comodidade e rapidez nos serviços em geral. Em
relação aos serviços bancários não seria diferente. intechs, Startups e Big Techs
Os bancos digitais preencheram grande parte dessas necessi- As fintechs (finanças + tecnologia) são startups que trabalham
dades, através da redução de burocracia, fim das filas e idas em para otimizar o processo tradicional dos serviços financeiros e tam-
agências físicas dos bancos tradicionais. Com essas instituições já é bém resolver através da tecnologia, problemas específicos de pes-
possível abrir contas, realizar aplicações, obter financiamentos por soas físicas ou jurídicas.
aplicativos de forma rápida e segura. Em geral, trazem produtos altamente inovadores, simples e mui-
Desde a entrada dos bancos virtuais, os clientes mudaram o to eficientes. Muitas vezes, analisando e preenchendo espaços que
relacionamento e o comportamento com os bancos, deixando a de- deveriam ser dos bancos tradicionais, atendendo um público que em
pendência física das agências, passando a se comunicar pelo inter- muitos casos, não tem acesso as instituições financeiras comuns.
net banking e móbile banking na utilização dos serviços financeiros.
A experiência do usuário Big Techs são grandes empresas de tecnologia que dominam o
A experiência do usuário (user experience – UX) é o termo uti- mercado, moldam como as pessoas compra, vendem, consomem
lizado para mencionar a relação de uma pessoa com um produto, e trabalham. Tem como motor a inovação, sempre definindo novas
serviço, objeto, etc. Essa relação de utilidade vai definir se a expe- tecnologias e serviços. Entre as principais estão a Apple, Amazon e
riência foi boa ou ruim. Microsoft.
Os bancos digitais tem concentrado todos os esforços para que
a experiências de seus clientes seja a melhor possível. Para isso, de- Soluções mobile e service design
senvolvem a todo momento, produtos e serviços que atendam às
necessidades dos usuários, tanto na forma de redução de burocracia
Soluções Mobile
de atendimento, facilidade e rapidez na solução de problemas, reali-
zação de tarefas de maneira mais ágil. Utilização de aplicativos na tecnologia da resolução das necessi-
São produtos e serviços cada vez mais inovadores e tecnológicos, dades dos clientes. Para que esse processo ocorra de maneira mais
que proporcionam aos clientes e as empresas geração de valor. eficaz, é necessário identificar quais serviços e produtos os usuários
Inteligência artificial cognitiva mais precisam.
É a utilização da inteligência de computadores (robôs) que ad- No sistema bancário, são os aplicativos que permitem abertura
quirem conhecimento com o passar do tempo. Ao utilizar essa tecno- de conta e a realização de todas as transações bancárias e atendi-
logia em seus serviços, as instituições financeiras tem como objetivo mento ao cliente no local em que estiver, através de um smartpho-
principal, a eficácia, rapidez no atendimento. E personalização dos ne.
serviços oferecidos.
A cada acesso, o computador é abastecido com as informações Service Design
do cliente, percebendo suas necessidades e preferências, por isso
Serviço capaz de oferecer aos clientes utilidade, eficiência, efi-
que o sistema fica cada vez mais inteligente; por exemplo, ao acessar
cácia, ou seja, o serviço que é reconhecido pelos clientes a ponto de
o internet banking. É a tecnologia em constante desenvolvimento.
gerar valor para ambas as partes.

Editora
156
156
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
No setor financeiro, os bancos digitais procuram oferecer servi-
ços de qualidade, otimizando tempo e custos de clientes e trazendo O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN, BITCOIN E DE-
soluções simples e rápidas para problemas financeiros. MAIS CRIPTOMOEDAS.

SISTEMA DE BANCOS-SOMBRA (SHADOW BANKING) O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais cripto-
moedas

Blockchain
Sistema de bancos-sombra (shadow banking)
É um conjunto de operações não-regulamentadas de intermediá- É a tecnologia que permite o registro de informações de forma
rios financeiros, que fornecem crédito no sistema financeiro global de segura. Através dela, ocorre a transferência de valores digitalmente
forma “informal”. Ou seja, de forma indireta, sem passar por supervisão mesmo sem a intermediação de instituições financeiras. Devido seu
ou regulamentação bancária, algumas instituições conseguem realizar nível de segurança, não há necessidade da confiança entre terceiros
financiamentos e empréstimos com suas atividades paralelas ao sistema para as transações.
bancário tradicional. Essa tecnologia pode ter outras funções, como a utilização na
Operações desse tipo oferecem maiores riscos de mercado, visto que, indústria, para que a cadeia produtiva seja mais passível de rastrea-
na maior parte das vezes, não possuem uma garantia de capital reserva, o mento e suas informações fiquem registradas de forma imutável e,
que não impediu seu crescimento à nível global, de modo que se estima ainda, para que seus dados seu se percam.
que há que quase 100 trilhões de dólares circulam em ativos financeiros Tudo pode ser registrado na blockchain, pois sua composição
desse tipo, tornando-o importante e relevante na estrutura financeira glo- se assemelha a uma grande biblioteca e a chave pública pode ser
bal, como fornecedor de capital e crédito para investidores e corporações. comparada a pastas de arquivos.
Contudo, observa-se um papel crítico atender esse tipo de deman- Para utilizar seus recursos, os usuários devem possuir um ende-
da, de modo que muitos argumentam que esses mercados paralelos co- reço na própria blockchain.
laboraram para grandes crises financeiras, como a de 2008 nos Estados
Unidos, por isso tenta-se desde então aprovar uma série de medidas Bitcoin
para regular ou limitar esse tipo de operação, visto que seus números
alavancados e sem garantia seguem expondo os sistemas financeiros do Bitcoin é uma moeda em forma de código, que não existe fisi-
mundo todo em risco. camente e não tem um banco central que organize sua organização.
Ou seja, só existe no mundo virtual.
Ela surgiu em 2008, tendo sua criação associada a um grupo de
FUNÇÕES DA MOEDA a um grupo de programadores, usando um pseudônimo de Satoshi
Nakamoto. Para isso, seus criadores utilizaram a soma do processa-
mento de seus computadores para acelerar tal ação; pois um com-
putador apenas levaria aproximadamente um ano para a realização
Funções da moeda de uma fração de bitcoin.
Moeda é definida com base em suas três funções básicas: reser- Para ser dono de bitcoins é necessário possuir uma carteira vir-
va de valor, meio de troca e unidade de conta. tual, representada por um aplicativo em que fica armazenado uma
No que diz respeito à função de “meio de troca”, ela serve para sequência de letras, que representa o dinheiro do comprador. Caso
eliminar a necessidade de dupla coincidência de desejos em uma esse código seja perdido, o resultado será a perda do investimento.
transação comercial. Antes, numa economia de escambo, dependia- Atualmente existem diversas corretoras que trabalham com a
-se desse desejo comum relacionado a produtos para um mercado venda de bitcoins.
funcionar, porém com a moeda, um objeto único para esse fim, a
economia se descomplicou nesse sentido.
Demais criptomoedas
Como reserva de valor, nos referimos à capacidade que determi-
nados bens possuem de preservar o poder de compra com o tempo. As principais criptomoedas negociadas são:
Quem troca algum bem pela moeda pode usar tal moeda em troca de • XRP Ripple – Criptomoeda centralizada, projetada para au-
outros bens, é claro que muitos ativos também servem como reser- xiliar instituições financeirasa movimentar dinheiro de forma mais
va de valor, inclusive a moeda em si tende a se desvalorizar por não rápida, global e também com redução de custos.
pagar juros, ficando atrás da inflação, mas ela tem a vantagem de ser • Litecan – Criptomoeda criada para transações mais rápidas e
universalmente aceita em transações. com menos custos que a bitcoin, para ser utilizada em pagamentos
Por fim, como unidade de conta, disse-se que a moeda é utiliza- do dia a dia.
da como base para medir o preço dos demais bens. Ou seja, no caso • Bitcoin Cash – Projetada para transações mais rápidas e roti-
da nossa moeda, os bens em si passam a ser medidos e avaliados neiras, com taxas mais baixas.
em “quantos reais” são necessários para adquiri-los. • Ethereum – Blockchain que permite o armazenamento de
contratos inteligentes e aplicativos em sua rede. Utiliza como crip-
tomoeda a Ether, lançada em 2017.

Editora
157
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Para fazer um PIX é necessário ter uma conta aberta em ban-
MARKETPLACE. co, numa fintech ou em uma instituição de pagamento. Será criada
uma chave com alguns dados, utilizados dentro da própria conta
bancária.
Marketplace
• Diferença entre Pix e outros meios de transferência e de pa-
É uma plataforma online que conecta ofertas de produtos e
gamento
serviços. Ela reúne vendedores e prestadores de serviço em um
único lugar onde clientes pode acessar e fazer suas compras. Basi- O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante am-
camente, Marketplace é um shopping center online. plo. Qualquer pagamento ou transferência que hoje é feito usando
Um Marketplace oferece vantagens para todos os envolvidos. diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o
Primeiramente o fornecedor da plataforma vende produtos sem Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.
precisar se preocupar em possuir tais produtos, visto que recebe As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da
comissão sobre a vende dos lojistas cadastrados; em segundo os mesma instituição (transferência simples) ou entre contas de insti-
lojistas e fornecedores têm acesso a uma vitrine online, com pre- tuições diferentes (TED e DOC). O Pix é mais uma opção disponível
ços acessíveis de assinatura, onde podem expor seu produtos para à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é
o Brasil e o mundo, excluindo muitas vezes a necessidade de lojas que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem
físicas, por exemplo, e eliminando boa parte dos custos; e por fim, conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um te-
o cliente tem acesso a um universo de possibilidades nesses sho- lefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix. Outra diferença
ppings centers no conforto do lar. As plataformas de venda do tipo é que o Pix não tem limite de horário, nem de dia da semana e os
revolucionaram a maneira de se fazer compras e vender online. recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos segundos. O
Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos,
de banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento,
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS entre outros.
As transações de pagamento por meio de boleto exigem a lei-
tura de código de barras, enquanto o Pix pode fazer a leitura de um
Correspondentes bancários QR Code. A diferença é que, no Pix a liquidação é em tempo real, o
pagador e o recebedor são notificados a respeito da conclusão da
São empresas contratadas por instituições financeiras autori-
transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.
zadas pelo Banco Central para prestar serviços para seus clientes.
As transações de pagamento utilizando cartão de débito exi-
São como agentes intermediários entre as instituições bancárias e
gem uso de maquininhas ou instrumento similar. Com Pix, as tran-
clientes que buscam crédito. Entre as mais conhecidas estão loté-
sações podem ser iniciadas por meio do telefone celular, sem a ne-
ricas, fintechs, lojas de crédito e empréstimo pessoal, ou seja, não
cessidade de qualquer outro instrumento.
são bancos, mas prestadores de serviços financeiros diversos e re-
O Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutu-
gulamentados para simplificar processos tradicionais.
ra ter menos intermediários.
Mais detalhes sobre a diferenciação entre o Pix e os demais
ARRANJOS DE PAGAMENTOS meios de transferência e de pagamento podem ser visualizadas na
FAQ do Pix.

• Com quem é possível fazer um Pix


Arranjos de pagamentos
Conjunto de procedimentos e regras que regem e disciplinam a O Pix pode ser utilizado para transferências e pagamentos:
prestação de serviços de pagamento ao público. Essas regras simpli- — entre pessoas (transações P2P, person to person);
ficam as transações financeiras que usam dinheiro eletrônico, por — entre pessoas e estabelecimentos comerciais, incluindo co-
exemplo, um cliente só consegue pagar uma conta com o cartão mércio eletrônico (transações P2B, person to business);
de determinada bandeira de crédito, pois o fornecedor possui uma — entre estabelecimentos, como pagamentos de fornecedo-
máquina que aceita tal bandeira. res, por exemplo (transações B2B, business to business);
— para transferências envolvendo entes governamentais,
como pagamentos de taxas e impostos (transações P2G e B2G, per-
SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX) son to government e business to government).

Sistema de pagamentos e transferências desenvolvido pelo • Limite de valor nas transações


Banco Central do Brasil. As transações realizadas através dele são
instantâneas, acontecendo no máximo em 10 segundos. Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via
Funciona 24 por dia, todos os dias do ano, inclusive finais de Pix. Isso quer dizer que você pode fazer transações a partir de
semana e feriados. R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entre-
As transações podem ocorrer entre pessoas físicas, pessoas fí- tanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites
sicas e jurídicas, pessoas jurídicas e entre órgãos públicos para pa- máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de
gamentos de impostos e taxas. fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-
A intenção é integrar o sistema bancário, assim as transferên- ciamento do terrorismo.”
cias poderão ocorrer entre diferentes instituições.

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a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
A evolução digital vem revolucionando a forma de como se
SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES DIGITAIS. realiza negócios em todos os segmentos do mercado. Em especial,
o setor bancário tradicional é altamente afetado pelos reflexos
das variações tecnológicas, e por conta disso, busca a cada dia
se adequar às inovações, para garantir sua permanência em um
Segmentação e interações digitais mercado altamente competitivo.
A era dos avanços tecnológicos traz em seu bojo inúmeras Em uma análise de contexto específico sobre essas mudanças
transformações, em especial na forma de como os negócios tradicionais que a era digital vem ocasionando no mercado financeiro, área
no mercado se realizam. Quanto a transformação digital do setor onde circulam grande volume de negócios, pode-se perceber a
bancário, por muitos anos, esse era um setor cheio de formalidades, ocorrência de uma constante ruptura do formalismo bancário
com muitas agências físicas, grandes filas e alguns procedimentos tradicional, exigido pela legislação que afeta ao segmento, para
exigiam retorno duas ou mais vezes às agências, ou seja, era sinônimo muitas flexibilizações e facilidades na forma de disponibilizar seus
de preocupação ao usuário. O cenário era de concentração de mercado, produtos e serviços a seus consumidores de forma eficiente e com
pautada no domínio centrado em poucas instituições contribuindo para rapidez.
desbancarização de muitas pessoas1. Essas mudanças de paradigmas demonstradas com o avanço da
Diante da mudança de cenário, onde o modelo digital de negócios tecnologia impulsionaram os bancos tradicionais a se adaptarem às
cresce a cada dia surgem as Startups voltadas ao meio financeiro mesmas, por conta do desenvolvimento tecnológico responsável por
denominadas de Fintechs, que são empresas de tecnologia financeira despontar no mercado, em especial o financeiro, novos prestadores
com o objetivo de cobrir os gargalos do sistema financeiro tradicional, de produtos e serviços carregados de novidades e transformações
com o lema “inovação”. A ideia vem apresentando forte crescimento e se aos usuários, como as Startups e Fintechs, disputando o competitivo
demonstrando como tendência mundial. O sucesso das Fintechs se deve e pouco aberto mercado financeiro.
ao fato das facilidades e efetividade do suprimento das necessidades dos Neste cenário, pode-se perceber que a expansão das Fintechs no
clientes e usuários. Brasil é recente, por volta de 2010, a mudança ainda era silenciosa,
O material genético de uma Startup é a palavra “inovação”, e o mas hoje essas empresas comandam uma grande transformação
objetivo principal é a transformação com vistas a um “melhor servir”. Por nesse mercado. Com o surgimento das primeiras Fintechs, observa-
serem segmentos novos no mercado, o futuro é incerto, mas altamente se no mercado um vertiginoso crescimento destas, impulsionando
promissor, tanto que a cada ano o crescimento é exponencial. e influenciando mudanças aos participantes do mercado financeiro,
Ainda que diante de toda incerteza verifica-se que as Startups em especial os bancos tradicionais.
estão presentes em todos os segmentos da sociedade, como exemplo: É importante salientar que no desenvolvimento tecnológico no
saúde, lazer, agronegócios, alimentação, vestuário, financeiros, segmento bancário despontam as Fintechs, empresas 100% (cem
bancário, entre outros. por cento) digitais, que se dedicam a área financeira, facilitando a
Dando ênfase ao segmento bancário tem-se que as Startups concessão de produtos e serviços, como por exemplo:
atuantes neste contexto são denominadas de Fintechs, as quais são → a disponibilização de crédito rápido, menos burocrático e
empresas que inovam quanto à forma de dispor os serviços financeiros com reduzidas taxas de juros;
e bancários, trazendo facilidades atribuídas pelo rompimento da → abertura de conta corrente sem custos;
burocracia dos métodos tradicionais de fornecimento de bens e serviços. → concessão de cartões de créditos com limites que agradam
Das definições apresentadas entende-se que, as Fintechs são os usuários e sem anuidades;
Startups especializadas no setor financeiro/bancário tendo como → serviços bancários como: transferências, pagamentos,
propósito a desburocratização e capilarização dos serviços e produtos seguros e investimentos;
financeiros. O objetivo maior é o fornecimento de soluções ágeis e → atendimento remoto e muito ágil, facilitando a rotina dos
eficazes para cada usuário, melhorando assim, a experiência no consumo usuários, já que não é necessário atendimento presencial, ou seja,
de bens e produtos do segmento. agradável ao público a que se destina.
Atualmente, atribui-se às Startups e Fintechs, a fonte impulsionadora Diante dessas facilidades, verifica-se o crescimento das
dos grandes movimentos tecnológicos, já que figuram como agentes Startups e Fintechs por atuarem e buscarem parcela de clientes
de transformação. A demanda pelo universo digital vem crescendo a não bancarizados, ou descontentes com a forma de prestação de
passos largos, devido as facilidades oferecidas e a boa aceitação dos serviço bancário tradicional. Parcela de clientes que na maioria das
usuários. vezes possui ampla voz ativa no mercado, aliados com contribuição
As Startups e Fintechs vieram para revolucionar a forma de que o marketing digital disponibiliza para a expansão crescente
como se executa algo, seu objetivo principal é facilitar a vida de seus deste modelo de negócio.
usuários em busca da satisfação, ingrediente primordial para o Verifica-se que as Startups e Fintechs possuem hoje presença
sucesso de qualquer organização no mercado. mínima no mercado financeiro, porém suficiente para impulsionar
Nesse contexto, a disputa ente as Fintechs e os grandes bancos as mudanças no segmento, já que disponibiliza facilidades nunca
no Brasil são acirradas, já que aquelas são estruturas enxutas antes vistas na forma de ofertar produtos e serviços financeiros
e altamente dinâmicas no quesito digital, o que lhes garantem aos diversos clientes, que precisam de novidades como medida de
maior flexibilidade e possibilidade de desenvoltura, já os bancos atração e segurança, e uma forma de fidelização em negócios de alta
tradicionais precisam se reinventar a cada dia, para fazer frente à competitividade.
manutenção de seus clientes e usuários, de forma a garantir que no Neste cenário, as instituições bancárias tradicionais cientes das
futuro tenham espaço no mercado. evoluções tecnológicas buscam moldar-se às tendências de mercado,
O desenvolvimento tecnológico aplicado ao segmento para assegurar sua permanência no competitivo mercado financeiro.
bancário

1 https://www.famaqui.edu.br/app/webroot/ojs/index.php/saberes/article/
download/26/25/.
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a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Observa-se que por meio das parcerias se obtêm grande
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO. compartilhamento de informações, e essas permitem o crescimento
e fortalecimento das organizações. Importante destacar, que
as parcerias entre as Fintechs e grandes bancos, ocorrem em
formatos variados das mais rápidas e pontuais: como maratonas de
Transformação digital no Sistema Financeiro programação, conhecidas por hackathons; até níveis mais profundos
de relacionamento e investimento, exemplo: a constituição de fundos
Disruptura do método tradicional de atendimento bancário para aporte em startups.
Sobre a conceituação do termo disruptura, que significa ruptura Os grandes bancos e correlatas do segmento que patrocinam as
ou quebra da continuidade, diante do poder de influência das hackathons (maratonas de programação) buscam encontrar soluções
Startups e Fintechs, os bancos a cada dia criam formas de se ajustar inovadoras para seus produtos e serviços. Complementando
a oferta de produtos e serviços seguindo as tendências de mercado, tem-se os aportes financeiros vultosos de grandes bancos e suas
que em termos de avanços tecnológicos muitas mudanças deverão subsidiárias nos chamados laboratórios de inovação, responsáveis
ocorrer para melhorias continuas dos processos. Para tanto, a prática pela experimentação de novas tecnologias a serem aplicadas através
mais adotada pelas instituições financeiras é a implementação dos de testes.
canais digitais. Hoje os principais players do mercado financeiro estão Hoje existe uma única certeza no mercado financeiro: que
altamente digitalizados2. todo grande banco precisa pensar como Fintech se não quiser
Nesse sentido, as principais ferramentas implementadas foram: ser incomodado por elas. Diante dessa constatação as grandes
acesso ao mobile banking; internet banking; correspondentes instituições bancárias no Brasil, já sinalizaram que entenderam o
bancários e terminais de autoatendimento. Destes canais, o que mais recado do mercado, e por conta disso, percebe-se a evolução digital
cresceu foi o mobile banking devido aos smartphones ganharem nos negócios bancários.
significativo espaço no quotidiano das pessoas. Pode-se afirmar que nesse regime de parceria, os bancos detêm
Os negócios bancários digitais, ou seja, aqui entendidos como uma vantagem em relação às Fintechs, que é o requisito confiança. Por
os produtos e serviços bancários transacionados por meios digitais, representarem solidez no mercado vislumbra-se que ao adequarem
se solidificam a cada dia, devido à percepção ao usuário externo a tecnologia ao meio digital, podem atingir resultados sustentáveis
da segurança e agilidade que possuem. Neste sentido, os bancos, e crescentes. Os grandes conglomerados bancários despontam na
se consubstanciam como o setor de mercado que mais investe em vanguarda da tecnologia digital, modernizando sua estrutura de
segurança no meio digital. atendimento de forma a proporcionar a melhor experiência a seus
O cenário de atuação bancária é de risco, e, portanto, são usuários.
extremamente necessários os investimentos de tecnologia aliados Percebe-se que todo grande banco precisará pensar e agir como
com a segurança, com vistas a garantir que seus usuários e clientes uma Fintech, caso deseje perpetuar no mercado competitivo e
tenham a proteção necessária, o que culminará com o sucesso da altamente digital. Trata-se de um novo processo de gestão bancária,
instituição no mercado. onde a implementação das tecnologias tem a finalidade de melhorias
A iminente concorrência de mercado ocasionada pelos players nos processos, bem como a fidelização com o cliente de forma a
digitais, como as Fintechs, bem como o acelerado mundo dos negócios dispor ao público produtos e serviços com segurança e rapidez.
traz o despertar e a necessidade de incorporar a tecnologia aos
processos bancários. Junto a esta necessidade, os bancos investem
maciçamente em segurança, pois de nada adiantaria tecnologia que QUESTÕES
colocasse em risco os usuários e clientes.
As parcerias digitais como forma de cooperação
É notória a presença crescente das Startups e Fintechs em 1. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
parcela significativa do mercado financeiro, e a principal causa desse Assunto: Os bancos na Era Digital. Atualidade, Tendências e De-
crescimento, é sem dúvida, a facilitação na contratação de serviços safios
ou na aquisição de produtos do segmento. Considere o texto a seguir para responder à questão.
Nesse cenário de crescimento digital no ramo dos negócios, A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus
os bancos no movimento de observar os players do mercado provocou a maior fuga de capitais da história do Brasil. Dados divul-
tecnológico (aqui definidos como grupos com muita expertise no gados nesta quarta-feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam
ramo, investidores em mercados não tão promissores, mas com que os investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões do mer-
grande perspectiva de desenvolvimento), adotam a posição para cado brasileiro de títulos e ações só em março, abril e maio deste
mitigação de riscos inerentes à atividade, cuja forma mais comum se ano. Por isso, as retiradas somam R$ 50,9 bilhões nos últimos 12
dá por meio das parcerias. meses; o maior índice da série histórica do BC.
Consta-se que muitas das Fintechs ainda não contabilizam lucros, BARBOSA, M. US$ 50,9 bilhões saíram do mercado financeiro
por dependerem de aportes pecuniários externos, fator determinante brasileiro em 12 meses. Correio Braziliense, 24/6/2020. Dispo ní-
para sua sobrevivência. Os bancos tradicionais conhecedores dessa vel em. <https.//www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eco
realidade frequentemente firmam parcerias em forma de capital nomia/ 2020/06/24/internas_economia,866513/us-50-9-bilhoes-
x tecnologia, onde injetam recursos financeiros em troca de toda -sairam-do-mercado-financeiro-brasileiro-em-12-meses.sht-
tecnologia desenvolvida para aplicarem em seus negócios. Os ml>.
resultados geralmente são de altas performances financeiras. Acesso em. 22 jan. 2021.
Sobre a relação de parceria entre as Fintechs e bancos, a Considerando-se os efeitos sanitários, econômicos e sociais de-
mesma se restringe a preocupação de Fintechs com uma chamada correntes da pandemia da Covid-19 na economia global, o principal
deexperiência do cliente, algo que os bancos também estão buscando fator que justifica tamanha fuga de capitais do Brasil no ano passa-
alcançar um novo desenvolvimento de serviços. do é o(a)
(A) aumento desenfreado da dívida externa brasileira.
2 https://www.famaqui.edu.br/app/webroot/ojs/index.php/saberes/article/
(B) aumento das taxas de juros no mercado internacional.
download/26/25/.
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a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
(C) necessidade de recursos, no estrangeiro, para financiar as tária considerados não convencionais. A medida de política mone-
pesquisas científicas de vacinas contra o coronavírus. tária não convencional, por parte do Banco Central do Brasil, que
(D) manipulação das taxas de câmbio nos mercados globais. poderia ter estimulado a redução das taxas de juros de longo prazo
(E) maior percepção de risco, por parte dos estrangeiros, em no ano passado é a
investir em ativos denominados em moeda brasileira. (A) redução da taxa de juros básica de curto prazo (Selic)
(B) venda de títulos públicos e privados no mercado secundário
2. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(C) compra de títulos públicos e privados no mercado secun-
Assunto: Os bancos na Era Digital. Atualidade, Tendências e De-
dário
safios
(D) redução do percentual dos depósitos compulsórios
Considere o texto a seguir para responder à questão.
(E) venda de títulos mediante operações compromissadas
A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus
provocou a maior fuga de capitais da história do Brasil. Dados divul- 4. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
gados nesta quarta-feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam Assunto: Os bancos na Era Digital. Atualidade, Tendências e De-
que os investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões do mer- safios
cado brasileiro de títulos e ações só em março, abril e maio deste A inserção dos bancos digitais no Sistema Financeiro Nacional
ano. Por isso, as retiradas somam R$ 50,9 bilhões nos últimos 12 acarreta a disseminação de tecnologias e culturas inovadoras, den-
meses; o maior índice da série histórica do BC. tre as quais merece menção o (a)
BARBOSA, M. US$ 50,9 bilhões saíram do mercado financeiro (A) maior contato físico entre bancos e clientes
brasileiro em 12 meses. Correio Braziliense, 24/6/2020. Dispo ní- (B) dispensa do armazenamento de dados dos clientes
vel em. <https.//www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eco (C) uso de inteligência artificial
nomia/ 2020/06/24/internas_economia,866513/us-50-9-bilhoes- (D) generalização de plataformas off-line
-sairam-do-mercado-financeiro-brasileiro-em-12-meses.sht- (E) utilização mínima de big-data
ml>.
5. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
Acesso em. 22 jan. 2021.
Assunto: Open Banking
O principal impacto decorrente da enorme fuga de capitais do
A partir do início de 2021, começou a primeira fase de im-
Brasil em 2020, descrita na reportagem mencionada anteriormen-
plantação do open banking (sistema financeiro aberto) no Brasil.
te, foi o(a)
As instituições financeiras participantes devem obedecer a regras
(A) expressiva desvalorização do real brasileiro
definidas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional.
(B) queda das taxas de juros internas
O open banking tem, entre outros, o objetivo de
(C) aumento do preço das ações na Bovespa
(A) criar um mercado eletrônico exclusivo para operação das
(D) valorização dos ativos brasileiros
fintechs.
(E) aumento da dívida interna do Tesouro
(B) permitir que mais instituições participem como bancos co-
3. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 merciais do mercado brasileiro, abrindo esse mercado.
Assunto: Os bancos na Era Digital. Atualidade, Tendências e De- (C) possibilitar o compartilhamento de informações, median-
safios te autorização expressa de cada cliente, e a movimentação de
Com evidências do enorme descolamento entre as taxas de suas respectivas contas bancárias, entre diferentes instituições
juros de curto e de longo prazo no Brasil, o texto abaixo reproduz financeiras.
matéria jornalística, publicada no início de agosto de 2020, dando (D) controlar as operações de concessão de crédito de cada ins-
conta da enorme incerteza futura associada aos impactos adversos tituição financeira participante autorizada pelo Banco Central,
decorrentes da crise pandêmica da Covid-19 sobre a economia bra- dando mais transparência ao setor.
sileira. (E) recomendar a utilização de um sistema de informações úni-
Os juros futuros encerraram os negócios desta segunda- feira co, de código aberto, para gestão de contas-correntes e suas
em alta firme, afetados por um movimento de maior incorpora- movimentações, de modo a ser adotado por todas as institui-
ção de prêmio de risco ao longo da curva a termo, especialmente ções financeiras em operação no Brasil.
nos trechos mais longos (com vencimento no longo prazo). No fim
6. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021
da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro
Assunto: Open Banking
(DI) para janeiro de 2021 passava de 1,87% no ajuste anterior para
O Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Bra-
1,88%; a do DI para janeiro de 2022 ia de 2,65% para 2,67%; a do
sil (BCB) vêm estabelecendo novas regras no Sistema Financeiro
contrato para janeiro de 2023 subia de 3,76% para 3,79%; a do DI
Nacional. Uma delas abre a possibilidade de clientes de produtos
para janeiro de 2025 escalava de 5,40% para 5,47%; e a do contrato
financeiros permitirem o compartilhamento de dados cadastrais
para janeiro de 2027 saltava de 6,35% para 6,43%.
entre diferentes instituições financeiras autorizadas pelo BCB, bem
REZENDE, V. Risco fiscal leva a alta das taxas de juros futuros e
como a movimentação de suas contas bancárias a partir de dife-
curva tem maior inclinação desde fim de junho. Valor Econômi co,
rentes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco.
10/08/2020. Disponível em. <https.//valorinveste.globo.com/ pro-
A essa nova modalidade denomina-se
dutos/renda-fixa/noticia/2020/08/10/risco-fiscal-leva-a-alta- das-
(A) Fintech
-taxas-de-juros-futuro-e-curva-tem-maior-inclinacao-desde- fim-
(B) Open banking
-de-junho.ghtml>. Acesso em. 7 fev. 2021. Adaptado.
(C) Shadow banking
Para minorar os impactos da crise, a Emenda Constitucional
(D) Internet banking
nº 106, de 7 de maio de 2020, conhecida como o “Orçamento de
(E) Pix
Guerra”, instituiu uma diversidade de medidas nos âmbitos fiscal,
financeiro e de contratações para enfrentamento da calamidade
pública nacional, decorrente da pandemia da Covid-19. Dentre as
medidas aprovadas, o Banco Central do Brasil ficou autorizado,
temporariamente, a operar com instrumentos de política mone-
Editora
161
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
7. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021 (C) o resultado das atividades realizadas naquela agência vai
Assunto: Novos Modelos de Negócios além das suas expectativas.
No ano de 2020, uma família italiana, dona de um tradicional (D) as percepções a respeito do resultado apresentado pelo
restaurante de elite de uma importante capital do país, perdeu sua banco superam as suas expectativas.
matriarca. Ela pertencia à terceira geração da família que atua des- (E) os serviços bancários são ofertas intangíveis, não sendo
de 1905 na cena gastronômica. A empresária era conhecida pelo possível satisfazer clientes nesse quesito.
sorriso gentil com que iluminava os salões de seu restaurante e
11. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021
pelo modo como tratava seus funcionários, capacitando-os a ela-
Assunto: Novos Modelos de Negócios
borar as secretas receitas de família. Ao longo dos últimos anos, foi
O vendedor de equipamentos de informática sai de uma agên-
entregando, paulatinamente, a gestão da “locomotiva” a seu filho,
cia bancária contrariado. Um colega de trabalho, que o esperava
gerenciando sua aprendizagem, por ele possuir o talento da família
para almoçar, nota o seu desconforto e lhe pergunta o que hou-
para o ramo.
ve. Ele diz que o gerente do banco havia-lhe proposto que virasse
Esse caso revela que a estratégia do restaurante familiar se sus-
cliente da agência e contratasse um seguro, para que, então, esse
tenta em função de sua
gerente sugerisse à direção a compra dos equipamentos oferecidos
(A) aquisição de concorrentes
pelo vendedor.
(B) barreiras à entrada
O conflito ético de vendas observado nesse caso é denominado
(C) competência essencial
(A) propina
(D) integração vertical
(B) suborno
(E) liderança em custo
(C) reciprocidade
8. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021 (D) falsidade ideológica
Assunto: Novos Modelos de Negócios (E) conflito de interesses
Com a introdução no Brasil, nos anos de 1990, dos primeiros
12. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
caixas automáticos ou terminais bancários ou ATM, o processo de
Assunto: Fintechs, Startups e Big Techs
prestação de serviços se modificou. Desde então, os clientes passa-
Um indivíduo abriu uma conta em um banco digital. Essa insti-
ram a integrar uma parte desse processo, realizando um conjunto
tuição tem um modelo de negócio que desburocratizou o mercado
de atividades que antes eram feitas pelo prestador do serviço.
e oferece soluções simples por meio da tecnologia, otimizando ser-
Assim, o cliente passou a ser parte da solução do serviço, que
viços e deixando de repassar custos operacionais da empresa para
tem como característica a
seus clientes.
(A) coopetição
Como são chamadas as empresas que introduzem inovações
(B) coprodução
nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia,
(C) estocagem
com potencial para criar novos modelos de negócios?
(D) homogeneidade
(A) Nutechs
(E) simultaneidade
(B) Inovatechs
9. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021 (C) Fintechs
Assunto: Novos Modelos de Negócios (D) SmartTechs
Um analista de investimentos precisa vender ao seu cliente os (E) HealthTechs
benefícios de um determinado fundo. Ele sabe que tem uma opor-
13. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
tunidade, quando estiver frente a frente com o cliente, durante o
Assunto: Fintechs, Startups e Big Techs
atendimento, e, assim, poder explicar as vantagens e qualidades do
As startups têm transformado os negócios.
fundo. Ele também sabe que, se o cliente deixar a agência, essa
Um dos motivos para isso é que elas
oportunidade não se repetirá tão cedo, e sua meta de vendas não
(A) são ágeis, sempre vendem os seus produtos mais barato e
será alcançada.
visam a tornar-se um unicórnio.
Na avaliação da qualidade de serviços, essa oportunidade é de-
(B) inovam, transformam processos e têm potencial de rápido
nominada
crescimento.
(A) tangíveis visíveis
(C) sempre são compradas com valores mais baixos que o mer-
(B) prontidão de recuperação
cado.
(C) qualidade de projeto
(D) sempre possuem aplicativos para agilizar suas operações.
(D) momento da verdade
(E) são sempre empresas de internet.
(E) técnica de design
14. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021
10. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021
Assunto: Fintechs, Startups e Big Techs
Assunto: Novos Modelos de Negócios
Fintechs são empresas que
A propaganda de um banco diz que cada cliente é atendido ra-
(A) funcionam com o principal objetivo de compartilhar dados
pidamente e que todas as suas solicitações são resolvidas de forma
cadastrais entre diferentes instituições financeiras autorizadas
ágil e personalizada, em agências confortáveis e modernas. No en-
pelo Banco Central do Brasil (BCB).
tanto, ao chegar à agência, o cliente encontra instalações degrada-
(B) prestam serviços ao BCB, notadamente a preparação de Re-
das, e uma grande quantidade de pessoas aguardando atendimen-
latórios contendo dados e informações sobre as operações de
to e reclamando da dificuldade de resolver seus problemas. Nesse
crédito e de câmbio de todas as instituições financeiras.
caso, o cliente se sentirá insatisfeito porque
(C) prestam serviços ao BCB, notadamente a criação de siste-
(A) o desempenho das atividades não alcança suas expectati-
mas de informações on-line que permitem o compartilhamen-
vas, reforçadas pela propaganda.
to de dados entre diversos órgãos reguladores, como o próprio
(B) o desempenho dos serviços bancários apresentados alcan-
BCB, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superinten-
ça as expectativas criadas pela propaganda.
dência de Seguros Privados (Susep).
Editora
162
162
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
(D) empregam tecnologias digitais de última geração e ofere- (A) shadow banking
cem serviços financeiros à margem do sistema bancário tradi- (B) internet banking
cional, estando, portanto, livres da regulação do BCB. (C) open banking
(E) atuam por meio de plataformas on-line, lançando inovações (D) mobile banking
no mercado financeiro, mediante uso intenso de tecnologias (E) blockchain
digitais com elevado potencial de criação de novos modelos de
18. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
negócios.
Assunto: O Dinheiro na Era Digital. Blockchain, Bitcoin e Demais
15. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021 Criptomoedas
Assunto: Fintechs, Startups e Big Techs Uma investidora está querendo saber a relação entre a block-
Desde 2013, o setor bancário tradicional vem sendo afetado chain e o bitcoin.
pela concorrência das Fintechs. No início, muitas delas abalaram a Em sua pesquisa, ela esclareceu sua dúvida, ao descobrir que
estabilidade de grandes bancos, por oferecer serviços completos de (A) blockchain é o meio utilizado para registrar e armazenar
um banco, porém sem agências físicas e com operações de baixo transações de bitcoin.
custo. Essa estratégia lhes deu capacidade de praticar baixas tarifas (B) blockchain é a tecnologia de inteligência artificial aplicada
e, ainda assim, gerar uma lucratividade considerável. na bitcoin.
Desse modo, verifica-se que a estratégia genérica de posiciona- (C) bitcoin é uma moeda digital e blockchain é uma moeda em
mento das Fintechs foi de blocos.
(A) diferenciação de produto (D) bitcoin é tecnologia usada para implementar a blockchain.
(B) diversificação de indústria (E) bitcoin e blockchain são duas formas de implementar crip-
(C) expansão de mercados tomoedas.
(D) extensão de marca
19. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(E) liderança em custo
Assunto: O Dinheiro na Era Digital. Blockchain, Bitcoin e Demais
16. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 Criptomoedas
Assunto: Sistema de Bancos-sombra (Shadow Banking) A blockchain é um tipo específico de banco de dados distribuí-
Uma pessoa estava querendo fazer um empréstimo e desco- do, no qual há uma cadeia de blocos ordenados e interligados, com
briu que algumas instituições que praticam o shadow banking (“sis- garantia de ordem cronológica. Os dados registrados nos blocos po-
tema bancário sombra”) geralmente servem como intermediários dem variar de transações financeiras a contratos inteligentes.
entre credores e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e Na blockchain da bitcoin, as entidades que registram novos blo-
capital para investidores e corporações. Ao fazer uso dessas institui- cos na cadeia são chamadas de
ções para fazer um empréstimo, a pessoa incorre em riscos? (A) registradores
(A) Não, pois vai ter toda a assessoria para fazer o empréstimo. (B) mineradores
(B) Não, pois o shadow banking realiza operações passando por (C) trabalhadores
toda a supervisão ou regulação dos sistemas financeiros/ ban- (D) gerenciadores
cários do país. (E) conectores
(C) Sim, pois essas instituições não são bancárias, não recebem
20. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
depósitos tradicionais como um banco tradicional e são estru-
Assunto: O Dinheiro na Era Digital. Blockchain, Bitcoin e Demais
turas paralelas aos mercados tradicionais.
Criptomoedas
(D) Sim, pois o shadow banking é uma estrutura paralela aos
Leia as considerações seguintes sobre o expressivo crescimento
mercados tradicionais, embora passe por todas as regulações e
das criptomoedas nas movimentações financeiras internacionais.
seja uma instituição bancária.
Criptomoeda, ou moeda criptografada, é um ativo digital de-
(E) Sim, pois o shadow banking não é uma instituição financei-
nominado na própria unidade de conta que é emitido e transacio-
ra, embora tenha registro no Banco Central.
nado de modo descentralizado, independentemente de registro
17. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 ou validação por parte de intermediários centrais, com validade e
Assunto: Sistema de Bancos-sombra (Shadow Banking) integridade de dados assegurada por tecnologia criptográfica e de
Considere o texto a seguir, retirado de Relatório do Banco Cen- consenso em rede. Trata-se de instrumentos desenhados para via-
tral do Brasil. bilizar transferências de valores em rede de maneira segura e inde-
No sistema financeiro mundial, existem muitas entidades que pendente de um sistema de intermediação financeira (...). Outro as-
oferecem serviços de intermediação financeira, mas funcionam à pecto econômico que merece destaque é o lado político-econômico
margem do sistema de supervisão e regulação bancária. No Rela- da atribuição de valor a uma moeda. As moedas estatais de curso
tório de Estabilidade Financeira, de 2015, o Banco Central do Brasil forçado contam não apenas com reservas legais, mas também com
(BCB) estima o valor total dos ativos dessas entidades no país e ad- uma infraestrutura estatal ou privada (fortemente regulada) e com
verte que elas podem “ser fonte de risco sistêmico, por envolver, as políticas monetária e cambial oficiais (...). Muitas criptomoedas,
sem a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, mesmo que funcionem como instrumentos descentralizados, têm
tais como alavancagem, transformações de maturidade e de liqui- grande parte de sua base monetária em poder da organização que
dez e transferência de risco de crédito”. a desenvolveu.
BRASIL. Banco Central do Brasil. Relatório de Estabilidade Fi- Stella, J.C. Moedas virtuais no Brasil. como enquadrar as crip-
nanceira, v.14, n.1. Brasília. Banco Central do Brasil, mar. tomoedas. Revista da PGBC, v. 11, n. 2, dez. 2017, p. 151, 156. Dis-
ponível em. <https.//revistapgbc.bcb.gov.br/index.php/revista/ is-
2015, p.33. Disponível em. <https.//www.bcb.gov.br/publica-
sue/download/26/A9%20V.11%20-%20N.2>. Acesso em. 24 jul.
coes/
O texto sugere que o mercado de criptomoedas é fonte de
ref/201503>. Acesso em. 24 jul. 2021.
enorme instabilidade e preocupação dos bancos centrais, porque
As entidades financeiras descritas formam o sistema denomi-
as empresas emissoras desses ativos monetários
nado
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163
a solução para o seu concurso!
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
(A) são reguladas pelos bancos centrais. (C) porta-moedas eletrônico, semelhante aos cartões que dão
(B) têm enorme capacidade de manipulação da taxa de câmbio acesso a meios de transporte.
entre a criptomoeda emitida e os demais ativos digitais. (D) cartão de crédito que permite autorizar operações por
(C) conseguiram transformá-los no principal meio de troca uti- aproximação.
lizado nas transações financeiras internacionais. (E) sensor específico para captura de impressões digitais.
(D) vinculam a unidade de conta da criptomoeda às principais
moedas conversíveis, como o dólar norte-americano e o euro.
(E) forçam o enquadramento das criptomoedas emitidas na GABARITO
mesma categoria das demais moedas eletrônicas já existentes.
21. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
Assunto: O Dinheiro na Era Digital. Blockchain, Bitcoin e Demais 1 E
Criptomoedas
A cliente de um banco está chateada com as taxas bancárias 2 A
sobre as suas transações e para manter a sua conta-corrente. Ela 3 C
está pensando em investir em criptomoedas para ter mais domínio
sobre o seu dinheiro e não pagar tantas taxas. 4 C
As criptomoedas válidas que ela tem para investir neste mo- 5 C
mento são
(A) zen e bitemoeda 6 B
(B) bitcoin e tokecardume 7 C
(C) bitcoin e bitemoeda
(D) bitcoin e ethereum
8 B
(E) ethereum e tokecardume 9 D
22. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021 10 A
Assunto: Sistema de Pagamentos Instantâneos (PIX)
11 C
Um dos objetivos almejados pelo Banco Central do Brasil, ao
criar o Pix, é 12 C
(A) reduzir a velocidade de circulação da moeda. 13 B
(B) inibir a concorrência bancária.
(C) aumentar os fluxos de pagamento com cartões eletrônicos. 14 E
(D) disseminar os fluxos de pagamento de forma eletrônica. 15 E
(E) aumentar o número de intermediários financeiros envolvi-
dos nos fluxos de pagamentos. 16 C
23. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”Sem Área”/2021 17 A
Assunto: Sistema de Pagamentos Instantâneos (PIX) 18 A
A principal marca distintiva do Pix, em relação aos mecanismos
de pagamento com cartões de débito automático, é que o Pix é um 19 B
sistema de pagamento instantâneo criado pelo(s) 20 B
(A) Banco do Brasil
(B) Banco do Nordeste 21 D
(C) Banco Central do Brasil 22 D
(D) bancos comerciais
(E) bancos de investimento 23 C
24. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021 24 B
Assunto: Transformação digital no Sistema Financeiro ANOTAÇÕES
Um token físico, no contexto de transações bancárias, é um dis-
positivo eletrônico que possui um botão de ativação e um pequeno
visor. O token permite gerar senhas aleatórias, temporárias e nu- ______________________________________________________
méricas (por exemplo, de seis dígitos). Essa senha é utilizada para
dar mais segurança às transações bancárias realizadas via internet. ______________________________________________________
No passado, os bancos comerciais disponibilizavam esses pequenos
dispositivos aos seus clientes, de modo que pudessem ser afixados ______________________________________________________
a um chaveiro.
______________________________________________________
Mais recentemente, nos últimos 10 anos, esses dispositivos fo-
ram sendo gradativamente substituídos para a grande maioria dos ______________________________________________________
clientes, por um
(A) dispositivo que continua com apenas essa funcionalidade, ______________________________________________________
porém um pouco maior, mas que ainda assim cabe em um bol-
so de camisa. ______________________________________________________
(B) aplicativo de cada banco, instalado e configurado no celular
do correntista. ______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
FINANCEIRA

Exemplo:
CONCEITOS GERAIS - O CONCEITO DO VALOR DO DINHEI- (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
RO NO TEMPO; CAPITAL, JUROS, TAXAS DE JUROS; CA- investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
PITALIZAÇÃO, REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO; FLUXOS DE duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE CAIXA; EQUIVALÊNCIA (A) R$ 1.650,00
FINANCEIRA. JUROS SIMPLES - CÁLCULO DO MONTANTE, (B) R$ 2.225,00
DOS JUROS, DA TAXA DE JUROS, DO PRINCIPAL E DO PRA- (C) R$ 3.250,00
ZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA. JUROS COMPOSTOS - CÁL- (D) R$ 3.460,00
CULO DO MONTANTE, DOS JUROS, DA TAXA DE JUROS, DO (E) R$ 3.500,00
PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA.
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO - SISTEMA PRICE; SIS- Resolução:
TEMA SAC Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j =
3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:
Juros simples (ou capitalização simples)
Os juros são determinados tomando como base de cálculo o
capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de ca-
pital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou
PV (valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela 390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
letra t ou n.* – 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um ca- 120.C = 390000
pital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada C = 390000 / 120
para calcular juros. C = R$ 3250,00
*Varia de acordo com a bibliografia estudada. Resposta: C

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na Juros compostos (capitalização composta)
mesma unidade para efetuarmos os cálculos. A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula:
Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo; O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade. ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal. do período (t), tem de ser necessariamente iguais.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

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165
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA

O crescimento do principal (capital) em:


– juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
– juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto tem um crescimento muito mais “rápido”;
Observe no gráfico que:
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com taxa
de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Resolução:

Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:


j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

Juros Compostos utilizando Logaritmos


Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos
achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da tabela.

Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de ,
pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

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166
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA

(agora para calcular t temos que usar logaritmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade
, o expoente m passa multiplicando)

t.0,04 = 3

Resposta: E

Taxas de juros
Índices fundamentais no estudo da matemática financeira, sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:

Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valorização).
Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização trimestral.

ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em outras
palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coincide com as unidades de tempo do período de capitalização.

Exemplo:
(TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados mensalmen-
te, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it = 0,225043 x 100  it= 22,5043%
Resposta: B

ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C

Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplo:

Taxa Real, Aparente e Inflação


– Taxa real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
– Taxa aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
– Taxa de inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Escrevendo todas as taxas em função uma das outras, temos:


(1+ia) = (1+ir).(1+ii)

Onde: , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).

D=N–A

Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

ATENÇÃO: Comparando com o regime de juros, observamos que:


– o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
– o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
– e o Desconto nos dá ideia de Juros.

Os descontos podem ser:


Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:

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168
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Também podemos escrever a seguinte fórmula:

Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?

Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90

Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.

• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas
de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte
formula:

Dc = N. (i.t + h)

Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao
descontar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000
Resposta: 200 000

– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)

Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:

Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e
vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

Exemplo:
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICIPAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um título
de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional composto e o
desconto comercial composto será de:
(A) R$246,59.
(B) R$366,89.
(C) R$493,39.
(D) R$576,29.
(E) R$606,49.

Resolução:
N = 30000
t = 2 meses
i = 10% am = 0,10
Vamos utilizar a formula do Drc:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
N = A(1 + i)t  30.000= A (1+ 0,1)2  30000 = A (1,1)2  30000 Exemplo:
= A.1,21 A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, con-
A = 30000 / 1,21 = 24793,39 tratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe
Como D = N – A outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses.
D = 30000 – 24793,39 Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61 racional e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa re-
caí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e Resolução:
versa e mudamos o sinal), temos: Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira
A = N.(1 - i)t aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
A = 30000 . (1 - 0,1)2 N = C (1 + in)
A = 30000 . 0,81 N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
A = 24300 Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para se-
Como D = N – A rem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capi-
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial com- talizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser
posto descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., consi-
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que derando-se capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015
o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc| a.m. Desta forma, podemos escrever que:
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39 2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
Resposta: C 2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
2.528,9 + 6.422,02 = x
Equivalência de capitais x = 8.950,92
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes,
são chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma Anuidades
data, nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou
data. Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um deter-
• Equação de Valor minado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + … uniformes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores
são diferentes.
• Resolução de Problemas de Equivalência Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumu-
1. leia o problema todo; lar capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e
2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama quando as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar
de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte de cima o plano uma dívida temos uma Amortização.
original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo pro-
posto, indicando todos os valores envolvidos, as datas respectivas Elementos das séries financeiras
e as incógnitas a serem descobertas – esse diagrama é importante – Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos
porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e esta- VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou que
belecer facilmente a equação de valor para resolução do problema; substitui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compro- início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os termos que
missos estão na mesma unidade de medida de tempo periodicida- compõe a série.
de da taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias – Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos
(ou você expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui)
o prazo na unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que a todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo.
torne os cálculos mais simples); É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.
4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação – Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Pres-
(data focal), lembrando sempre que capitais exigíveis antes da data tações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período
focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M = de capitalização de uma Série Pagamentos.
C (1 + in), dependendo da modalidade de desconto utilizada; – Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos
5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com ou Pagamentos.
base no diagrama de fluxo de caixa que você esquematizou, monte – Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade
a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos das Prestações.
(transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de
fluxo de caixa seja igual à soma dos valores dos títulos (transpor- Séries financeiras postecipadas
tados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos
caixa; são efetuados no final de cada período.
6. resolva a equação de valor;
7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que Valor Futuro Postecipado (VFp)
você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo (às O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações
vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra P postecipadas, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i,
um resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém, na forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à
colocada ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda soma de todos esses depósitos capitalizados para uma mesma data
uma passo a mais para chegar ao resultado final correto). focal, coincidindo com o último depósito.

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Fazemos uso da seguinte fórmula:

O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:

Fator de Capitalização Postecipado

Valor Presente postecipado (VPp)


O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária,
no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma data focal 0.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:

Fator de Descapitalização Postecipado

Séries financeiras antecipadas


São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período de tempo
após o último depósito ou pagamento da última prestação.

Valor Futuro antecipado (VFa)

O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:

O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:

Fator de Capitalização Antecipado

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.

Valor Presente antecipado (VPa)

O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:

O Fator de Descapitalização Antecipado

Séries financeiras diferidas ou com carência


Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo de dois ou
mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais períodos,
nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.

Valor Presente com diferimento inicial


Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)


Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada, em
seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).

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CÁLCULO DO VP DA SÉRIE CÁLCULO DA DESCAPITALIZAÇÃO CÁLCULO DIRETO DO VPA COM


ANTECIPADA: DO PERÍODO DE DIFERIMENTO: D DIFERIMENTO INICIAL:

Valor futuro com diferimento final


Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada, onde esse
valor futuro é obtido logo após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFP COM


PAGAMENTOS POSTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada, onde esse
valor futuro é obtido um período após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

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O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFA COM


PAGAMENTOS ANTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.

Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

Pd = $23.449,30

Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.

Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO

Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).

Sistema de Amortização Francês (SAF)


Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado por
fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos, empréstimos bancá-
rios de curto prazo, etc.
O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas de amortiza-
ções são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem proporcionalmente
ao saldo devedor.
Logo, as principais características do SAF são:
a) A prestação é constante durante todo o período de financiamento;
b) A parcela de amortização aumenta a cada período;
c) Os juros diminuem a cada período;
d) O percentual de prestações pagas não é igual ao percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações os juros são maiores
que as amortizações, sendo que do meio para o final das prestações esta situação é invertida.
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Utilizamos as seguintes fórmulas:

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que :

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente utilizado para
financiamentos bancários de longo prazo de imóveis.
O tomador do empréstimo pagará uma prestação decrescente em cada período, a qual é composta por duas parcelas: a amortização
e os juros.
As principais características do SAC são:
a) A parcela de amortização é constante em todo período de financiamento;
b) A prestação é decrescente durante todo o período;
c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;
d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual de quitação da dívida.
e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

UTILIZANDO O CAPITAL UTILIZANDO O MONTANTE

CASO O EXPOENTE SEJA NEGATIVO, UTILIZA-SE:

Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por .

Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM)


No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de Amortização Misto, cada prestação é a média aritmética das prestações nos
sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de Amortização Constante (SAC), quando a proporção for de 50% para o Sistema de Amortização
Frances (SAF) e 50% para o Sistema de Amortização Constante (SAC), com isto as primeiras prestações são maiores que no SAF e menores
que no SAC, sendo que a partir da metade do período do financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros, das amortizações e
dos saldos devedores de cada período também são obtidas pela média aritmética dos dois sistemas.

Exemplos:
(UFGD – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ECONOMIA – AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma dívida em pres-
tações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se:
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.
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Resolução:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização Constante
(SAC).
Resposta: C

(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE) Uma pessoa financiou 100% de um imóvel no
valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização
constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

Resolução:
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?

Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

PERÍODO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 216.000 - - -
1 216.000 – 2.000 = 214.000 2.000
2 214.000 – 2.000 = 212.000 2.000
3 212.000 – 2.000 = 210.000 2.000
...

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:
P = A + J  2 848 = 2 000 + J  J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso é o 2.O
tempo é 1
J = C.i.t  848 = 212 000.i.1  i = 848 / 212 000  i = 0,004 x 100%  i = 0,4%
Resposta: B

FLUXO DE CAIXA
Um fluxo de caixa1 representa uma série de pagamentos ou de recebimentos que se estima ocorrer em determinado intervalo de
tempo. É bastante comum, na prática, defrontar-se com operações financeiras que se representam por um fluxo de caixa. Por exemplo,
empréstimos e financiamentos de diferentes tipos costumam envolver uma sequência de desembolsos periódicos de caixa. De maneira
idêntica, têm-se os fluxos de pagamentos/recebimentos de aluguéis, de prestações oriundas de compras a prazo, de investimentos empre-
sariais, de dividendos etc.
Os fluxos de caixa podem ser verificados das mais variadas formas e tipos em termos de períodos de ocorrência (postecipados, ante-
cipados ou diferidos), de periodicidade (períodos iguais entre si ou diferentes), de duração (limitados ou indeferidos) e de valores (cons-
tantes ou variáveis). Os termos dos fluxos de caixa são genericamente simbolizados por PMT, sendo para as demais variáveis empregada a
mesma simbologia adotada em capítulos anteriores (PV, FV n, i).

Modelo Padrão
Os fluxos de caixa podem ser representados sob diferentes formas e tipos, exigindo cada um deles um tratamento específico em ter-
mos de formulações. Esquematicamente, os fluxos de caixa são identificados com base na seguinte classificação:

1 FARIA, Rogério Gomes de. Matemática Comercial e Financeira. 5 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.
FRANCISCO, Walter De. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.
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MATEMÁTICA FINANCEIRA

O modelo-padrão de um fluxo de caixa, conforme grifado no esquema acima, é verificado quando os termos de uma sucessão de
pagamentos ou recebimentos apresentam, ao mesmo tempo, as seguintes classificações:

Postecipados - indica que os fluxos de pagamentos ou recebimentos começam a ocorrer ao final do primeiro intervalo de tempo. Por
exemplo, não havendo carência, a prestação inicial de um financiamento é paga ao final do primeiro período do prazo contratado, vencen-
do as demais em intervalos sequenciais.

Limitados - o prazo total do fluxo de caixa é conhecido a priori, sendo finito o número de termos (pagamentos e recebimentos). Por
exemplo, um financiamento por 2 anos envolve desembolsos neste intervalo fixo de tempo sendo, consequentemente, limitado o número
de termos do fluxo (prestações do financiamento).

Constantes - indica que os valores dos termos que compõem o fluxo de caixa são iguais entre si.

Periódicos - é quando os intervalos entre os termos do fluxo são idênticos entre si. Ou seja, o tempo entre um fluxo e outro é cons-
tante.

Graficamente, o fluxo de caixa uniforme (padrão) é representado da forma seguinte:

Observe que a estrutura desse fluxo obedece à classificação-padrão apresentada anteriormente:


- o PMT inicial ocorre em n = 1: postecipado;
- a diferença entre a data de um termo e outro é constante: periódico;
- o prazo do fluxo é preestabelecido (fixo), apresentando n períodos: limitado ou finito;
- os valores PMT são uniformes (iguais): constantes.

Valor presente e fator de valor presente


O valor presente de um fluxo de caixa uniforme, conforme discutido no item precedente, para uma taxa periódica de juros, é deter-
minado pelo somatório dos valores presentes de cada um de seus valores. Reportando-se à representação gráfica do fluxo-padrão apre-
sentado, tem-se:

Logo:

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Colocando-se em evidência:

FPV
A expressão entre colchetes é denominada de Fator de Valor Presente, sendo representada pela Matemática Financeira da forma
seguinte:
FPV (i, n)

Com isso, a formulação genérica do valor presente assume a expressão:


PV = PMT x FPV (i,n)

Observe que FPV, conforme é apresentado na formulação anterior entre colchetes, equipara-se à soma de uma progressão geométri-
ca (PG) DE n termos, sendo o primeiro termo (a1) e a razão (q) igual a (1 + i)-1, e o n-ésimo termo (an) igual a (1 + i)-n.

A fórmula de cálculo da soma de uma PG é dada por:

Substituindo-se os valores da expressão na soma dos termos de uma PG, tem-se:

Seguindo-se a sequência de dedução adotada por Mathias e Gomes2 multiplica-se o numerador e o denominador por (1 + i), obten-
do-se:

Essa expressão é muitas vezes representada da maneira seguinte:

2 MATHIAS, N. Franco; GOMES, J. Maria. Matemática financeira. 2ed.. São Paulo: Atlas, 1998. p. 242.
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Mediante o FPV, a fórmula do valor presente de um fluxo de caixa uniforme é apresentada da maneira seguinte:

ou
PV = PMT x FPV (i,n)

Exemplo
Determinar o valor presente de um fluxo de 12 pagamentos trimestrais, iguais e sucessivos de $ 700,00 sendo a taxa de juros igual a
1,7% a.m.

Resposta
PMT = $ 700,00
n = 12 pagamentos trimestrais
i = 1,7% a.m. ou: - 1 = 5,19% a.t.
PV = PMT x FPV (i, n)
PV = $ 700,00 x FPV (5,19%, 12)
PV = $ 700,00 x 8,769034
PV = $ 6.138,30

Valor futuro e fator de valor futuro


O valor futuro, para determinada taxa de juros por período, é a soma dos momentos de cada um dos termos da série de pagamentos/
recebimentos. Graficamente, tem-se a seguinte representação:

O valor futuro pelo padrão ocorre junto com o último termo do fluxo de caixa. Capitalizando-se cada um dos valores da série, apura-se
a seguinte expressão:

FV = PMT + PMT x (1 + i) + PMT x +


PMT x + ... + PMT x - 1

Colocando-se PMT em evidência:

Identicamente, a expressão entre colchetes é definida por Fator de Valor Futuro e representada por:
FFV (i,n)

A formulação genérica do valor futuro de um fluxo de caixa uniforme é expressa da forma seguinte:
FV = PMT x FFV (i, n)

Da mesma maneira em relação ao desenvolvimento da fórmula do valor presente, observe que a expressão do FFV representa a soma
dos termos de uma progressão geométrica, onde = 1; q = (1 + i) e an= (1+i)n-1 . Pela mesma equação de cálculo da soma dos valores de
uma PG, tem-se:

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Promovendo os mesmos ajustes e simplificações desenvolvidos na identidade do valor presente, chega-se a:

Assim, a partir do FFV pode-se elaborar a expressão de cálculo do valor futuro (montante) de um fluxo de caixa uniforme, ou seja:

Exemplo
Calcular o montante acumulado ao final do 7º mês de uma sequência de 7 depósitos mensais e sucessivos, no valor de $ 800,00 cada,
numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de 2,1% a.m.

Resposta

O valor futuro pode ser calculado pela soma do montante de cada depósito, isto é:

FV = 800,00 + 800,00 (1,021) + 800,00


+ 800,00 + ... + 800,00
FV = $ 5.965,41

Aplicando-se a fórmula-padrão de apuração do valor futuro, tem-se, de forma abreviada, o mesmo resultado:
FV = PMT x FFV (i,n)

FV = 800,00 x 7,456763 = $ 5.965,41

Equivalência financeira e fluxos de caixa


Deve ser ressaltado também no estudo do fluxo de caixa o conceito de equivalência financeira. Esse raciocínio é de fundamental im-
portância para a Matemática Financeira, permitindo o correto entendimento e uso de seus resultados. A equivalência financeira encontra
extensas aplicações práticas, estando presente na tomada de decisões financeiras, na seleção de planos de empréstimos e financiamentos
mais atraentes, em propostas de refinanciamento e reescalonamento de dívidas etc.
De acordo com o que foi desenvolvido anteriormente, diz-se que dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são equivalentes quando pro-
duzem idênticos valores presentes num mesmo momento, convencionando-se determinada taxa de juros.
Por exemplo, os 4 fluxos de caixa ilustrados a seguir são equivalentes para uma taxa de juros de 5% ao mês, pois geram, para uma
mesma taxa e juros, valores iguais em qualquer data focal escolhida.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Definindo-se (momento presente como data focal):

= = =

Registre-se, uma vez mais, que a equivalência financeira no regime de juros compostos, para dada taxa de juros, pode ser verificada
em qualquer momento tomado como referência (data focal). Por exemplo, se a data for definida em , tem-se:

e assim por diante.

A equivalência de dois ou mais capitais, para determinada taxa de juros, ocorre em qualquer data tomada como referência. Alteran-
do-se a taxa, a equivalência evidentemente deixa de existir, dado que o conceito depende da taxa de juros. Algumas ilustrações práticas
evidenciando o uso do conceito de equivalência financeira são desenvolvidas a seguir.

Exemplo
Admita que uma empresa esteja avaliando quatro planos de pagamentos de um financiamento de $ 300.000,00 conforme apresenta-
dos a seguir. A taxa de juros considerada nas propostas é de 7% a.m. Qual a opção de pagamento economicamente mais atraente?

Resposta
Os planos de pagamento formulados apresentam o mesmo valor presente (data zero) quando descontados à taxa de juros de 7% a.m.
O resultado atualizado continua igual, mesmo se definida outra data focal. Logo, conclui-se que os fluxos de pagamento do financiamento
são equivalentes, apresentando o mesmo custo.
Assim, em termos estritamente econômicos de atratividade, torna-se indiferente (equivalente) a escolha de uma ou outra forma de
pagamento. Mesmo que a soma das prestações seja diferente em cada proposta, o fundamental na avaliação econômica é a comparação
entre valores expressos em uma mesma unidade de tempo.
A decisão, dessa forma, deve ser tomada levando em conta o aspecto financeiro do desembolso, pois os fluxos de caixa são diferentes
em cada plano em termos de valores e data de ocorrência. A forma de pagamento escolhida deve, evidentemente, adequar-se à capacida-
de financeira do tomador de recursos e ao comportamento das taxas de juros de mercado.

Fluxos de caixa não convencionais


Os fluxos definidos no denominado modelo-padrão foram amplamente estudados no início do capítulo. Esta parte dedica-se, mais
especificamente, aos demais tipos de caixa, não considerados no modelo-padrão. A seguir são desenvolvidos as várias classificações não
convencionais dos fluxos de caixa.

Período de ocorrência
Com relação ao período em que a ocorrer, o fluxo de caixa pode ser identificado como postecipado, antecipado e diferido.

- Postecipado

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
No tipo postecipado, a série de pagamentos/recebimentos começa a acorrer exatamente ao final do primeiro período, de acordo com
a ilustração gráfica acima. Esse fluxo enquadra-se no modelo-padrão detalhado inicialmente, não havendo nada mais a acrescentar.

- Antecipado

O fluxo de caixa antecipado indica que a série de valores começa a ocorrer antes do final do primeiro período, conforme é represen-
tado graficamente acima. Por exemplo, um aluguel pago no início do período de competência (geralmente no início do mês) enquadra-se
como um fluxo de caixa antecipado por um período (mês). Se dois aluguéis forem adiantados ao locador, a antecipação é de dois períodos,
e assim por diante.
A determinação do valor presente e montante de um fluxo de caixa antecipado não apresenta maiores novidades. Além de ter-se
sempre a opção de atualizar ou corrigir os seus termos individualmente, pode-se também utilizar a fórmula do modelo-padrão para a parte
convencional do fluxo, e adicionar os termos antecipados (corrigidos) a esse resultado.
Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa com antecipação de dois períodos:

Para uma taxa de juros de 4% por período, tem-se:


PV = [70,00 FPV (4%, 8)] + 70,00 + 70,00 (1,04)
PV = (70,00 6,732745) + 70,00 + 72,80
PV = 471,29 + 70,00 + 72,80 = $614,09
FV = [70,00 FPV (4%, 8) + 70,00] + 70,00
FV = (70,00 9,214226) + 95,80 + 99,63
FV = 645,00 + 95,80 + 99,63 = $ 840,43

- Diferido (Carência)

O diferimento indica que os termos da série começam a ocorrer após o final do primeiro período, conforme ilustrado no gráfico an-
terior.
Nessa ilustração, a série inicia-se no período imediatamente após o final do primeiro intervalo de tempo, indicando consequentemen-
te uma carência de um período. Se a série começar a ocorrer no momento 3 do gráfico, a carência atinge dois períodos: no momento 4
tem-se uma carência de 3 períodos; e assim por diante.
Em suma, a base de comparação para se definir uma carência é o final do primeiro período. Para a matemática financeira, a carência
existe quando o primeiro fluxo de caixa se verificar após o final do primeiro período, ou seja, após ter decorrido c períodos de tempo.
A determinação do montante de um fluxo de caixa com carência segue a formulação desenvolvida do modelo-padrão. Deve ser res-
saltado, uma vez mais, que nesse caso n representa o número de termos da série, e não o seu prazo total.
A formulação do valor presente, no entanto, requer um pequeno ajuste, de forma a ser expresso na data zero, ou seja:
PV = PMT x FPV (i, n) x FAC (i, c)

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Onde:
c = número de períodos de carência.
FAC = Fator de Atualização de Capital (valor presente).
FAC = 1/ (1 + i)n

Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa diferido por 2 períodos:

- Diferido (Carência)

Observe que o fluxo de caixa apresenta um prazo total de 9 períodos, sendo o número determos igual a 7 (n = 7), e a carência de 2
períodos (c = 2).
Para uma taxa de juros de 2,2% por período, têm-se os seguintes resultados:
PV = 100,00 x FPV (2,2%, 7) x FAC (2,2%, 2)
PV = 100,00 x 6,422524 x 0,957410 = $ 614,90
FV = 100,00 x FFV (2,2%, 7)
FV = 100,00 x 7,479318 = $747,93

Periodicidade
A periodicidade reflete os intervalos de tempo em que os fluxos de caixa ocorrem. Se esses intervalos forem sempre iguais, diz-se
que os fluxos são periódicos, enquadrando-se no modelo-padrão apresentado. Se, por outro lado, os termos se verificarem em intervalos
irregulares (diferentes entre si), tem-se o que se denomina de fluxos de caixa não periódicos. O gráfico a seguir ilustra um fluxo de caixa
não periódico, onde os valores não se verificam uniformemente em termos de sua periodicidade.

Tanto o cálculo do valor presente, como o do valor futuro, devem ser processados, respectivamente, pelo somatório da atualização
e capitalização de cada um dos termos.
Genericamente, têm-se as seguintes expressões:

Ilustrativamente, admita o seguinte fluxo de caixa não periódico:

Editora
185
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Para uma taxa de juros de 1,9% a.m., tem-se:

PV= 100,00 + 94,51 + 92,75 + 86,02 + 75,40


PV = $ 448,68

FV = 100,00 + 100,00 (1,019)7 + 100,00 (1,019)11 + 100,00 (1,019)12 + 100,00 (1,019)15


FV = 100,00 + 114,08 + 123,00 + 125,34 + 132,62
FV = $ 595,04 ou FV = 448,68 x (1,019)15 = $ 595,04.

Duração
A duração de um fluxo de caixa pode ser finita, característica do modelo-padrão, ou indeterminada (indefinida), quando o prazo não é
conhecido previamente. No caso de uma série infinita, determina-se unicamente o seu valor presente. Para algumas situações específicas
podem ser atribuídas probabilidades para se definir a duração de um fluxo, como é o caso da atividade de seguros. No entanto, este tipo
de situação não será tratada aqui, ficando mais restrito estudo da Matemática Atuarial.
A representação gráfica de uma série indefinida pode ser ilustrada da forma seguinte:

O cálculo do valor presente é efetuado pelo somatório do valor atualizado de cada um de seus termos, isto é:

Genericamente:

Detalhando a formulação:

Os valores entre colchetes representam a soma dos termos de uma progressão geométrica indefinida, cuja razão é menor que 1. Apli-
cando-se o teorema de limite na fórmula da soma dos termos, tem-se:

Processando-se as deduções e simplificações pertinentes a partir dessa expressão, chega-se ao valor presente de um fluxo de caixa
igual, constante, periódico e indeterminado, ou seja:

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Em outras palavras, o valor presente desse fluxo é determinado pela relação entre o pagamento/recebimento periódico, igual e su-
cessivo, e a taxa de juros considerada. As séries indeterminadas encontram aplicações práticas principalmente em avaliações de imóveis
efetuadas com base nos rendimentos de aluguéis, na apuração do preço de mercado de uma ação a partir do fluxo previsto de dividendos
etc. Com o intuito de proceder a uma aplicação prática do cálculo do valor presente de um fluxo indeterminado, admita que um imóvel
esteja rendendo $ 2.000,00 de aluguel mensalmente. Sendo de 2% a.m.o custo de oportunidade de mercado (ganho da melhor alternativa
de aplicação disponível), pode-se avaliar preliminarmente que o valor deste imóvel atinge $ 100.000,00, isto é:

O valor de referência do imóvel, válido para uma avaliação inicial, é o valor presente do fluxo de rendimentos mensais (aluguéis) pre-
visto por um prazo indeterminado, descontado a um custo de oportunidade.

Valores
No que se refere aos valores, os termos de caixa podem ser constantes, se os fluxos de caixa apresentarem-se sempre iguais, ou va-
riáveis, se os fluxos não forem sempre iguais entre si. Se os valores de caixa forem constantes, o fluxo identifica-se com o modelo-padrão
estudado. No entanto, se os valores de caixa apresentarem-se desiguais (variáveis), o valor presente é calculado pela soma dos valores
atualizados de cada um de seus termos. O valor futuro, por seu lado, é determinado pelo somatório dos montantes de cada um dois ter-
mos ou, ainda, capitalizando-se o valor presente para a data futura. Identicamente aos fluxos de caixa não periódicos, têm-se as seguintes
generalizações:

Ou

Por exemplo, admita um fluxo de caixa com os seguintes valores, ocorrendo respectivamente ao final de cada um dos próximos 5 anos:
$ 80,00, $ 126,00, $ 194,00, $ 340,00 e $ 570,00. Para uma taxa de juros de 4% a.a., têm-se os seguintes resultados:

Ou

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
5. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
QUESTÕES cial/2021/”Prova C”
Qual é a taxa de juros simples utilizada por uma aplicação
para tornar um capital inicial de R$1.000,00 em um montante de
R$1.240,00, em um período de um ano?
1. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
(A) 0,02 ao mês
cial/2021/”Prova A”
(B) 0,02% ao mês
Devido às oscilações de receita em seu negócio durante a pan-
(C) 0,02 ao ano
demia, um cliente vai precisar pagar um boleto, cujo principal (até
(D) 0,02% ao ano
a data de vencimento) é de R$ 25.000,00, com 12 dias de atraso.
(E) 0,24% ao ano
Nesse caso, são cobrados adicionalmente, sobre o valor do princi-
pal, dois encargos: 2% de multa, mais juros simples de 0,2% ao dia.
6. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/
Por causa dos juros altos, o cliente procurou seu gerente, que não
Edital 02
conseguiu uma solução menos custosa.
Uma empresa toma um empréstimo de R$ 200.000,00, por 20
Com isso, nas condições dadas, o cliente deverá pagar nessa
dias, a uma determinada taxa de juro, no regime de simples. Consi-
operação um valor total de dere que, ao final desse período, os juros pagos são de R$ 8.800,00.
(A) R$ 25.600,00 Assim, a taxa mensal de juro simples cobrada nesse emprésti-
(B) R$ 25.800,00 mo, considerando o mês com 30 dias, foi igual a
(C) R$ 26.100,00 (A) 4,0%
(D) R$ 26.300,00 (B) 4,4%
(E) R$ 26.500,00 (C) 6,0%
(D) 6,6%
2. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (E) 8,8%
cial/2021/”Prova B”
No boleto bancário da sua prestação, uma pessoa leu que é 7. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/
cobrada uma multa de 1,2% por dia de atraso sobre o valor da pres- Edital 02
tação, condicionada a atrasos não maiores que 30 dias. Em certo Um comprador tem duas opções de pagamento: pagar à vista,
mês, essa pessoa pagou uma prestação com atraso, tendo de de- com desconto de 20% sobre o preço de tabela ou a prazo, um mês
sembolsar R$ 233,20 em vez dos R$ 220,00 normalmente pagos nos após a data da compra, com um acréscimo de 10% sobre o preço
meses em que não houve atraso no pagamento. de tabela.
Por quantos dias ela atrasou a prestação nesse mês? O valor mais próximo da taxa de juro mensal cobrada nessa
(A) 5 operação, comparando-se o valor a ser pago, por um mesmo produ-
(B) 10 to, em cada uma das opções apresentadas, é igual a
(C) 15 (A) 10%
(D) 20 (B) 22%
(E) 25 (C) 30%
(D) 33%
3. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (E) 38%
cial/2021/”Prova B”
Um banco fez um empréstimo de R$10.000,00 a um cliente, 8. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Vendas/Júnior/2018/
pelo prazo de um mês, cobrando o valor de R$ 100,00 a título de Edital 02
juros. Um funcionário da Liquigás pretende fazer uma pequena re-
Qual foi a taxa de juros que o banco cobrou do cliente? forma em sua casa daqui a 1 ano e gostaria de ter, em sua conta
(A) 0,01 ao mês investimento, R$ 3.000,00 no momento de iniciar a reforma.
(B) 10% ao ano Considerando que suas economias rendem juros de 20% a.a.,
(C) 1% ao ano quanto ele deveria ter hoje, em sua conta investimento, para ter
(D) 0,1 ao mês exatamente a quantia desejada daqui a 1 ano, sem que seja feito
(E) 0,05 ao mês nenhum depósito?
(A) R$ 2.800,00
4. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (B) R$ 2.600,00
cial/2021/”Prova C” (C) R$ 2.500,00
Uma pessoa está planejando comprar uma geladeira no valor (D) R$ 2.400,00
de R$1.300,00, no futuro. (E) R$ 2.333,33
Sabendo-se que ela pretende gastar exatamente esse valor e
que dispõe de um capital de R$1.000,00, que será aplicado no dia 9 CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú-
de hoje a uma taxa de juros simples de 1,5% ao mês, qual será o nior/2018/Edital 02
prazo dessa aplicação, em meses, para que ela consiga comprar a Uma empresa toma um empréstimo de R$ 350.000,00 por 25
geladeira à vista, o mais rápido possível? dias, a uma taxa de juro simples de 4,8% ao mês, em um mês com
(A) 2 30 dias. Considere que, ao final desse período, a empresa quita a
(B) 16 dívida pagando, além dos juros, uma taxa de utilização de crédito
(C) 20 igual a 0,5% do valor tomado emprestado.
(D) 50 Assim, o valor mais próximo do custo total do empréstimo no
(E) 200 momento da quitação, em reais, é igual a
(A) 13.500,00
(B) 14.250,00
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
(C) 15.750,00 14. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
(D) 16.800,00 cial/2021/”Prova A”
(E) 18.550,00 Um cliente fez um investimento de R$ 100.000,00 em janei-
ro de 2019, comprando cotas de um fundo imobiliário, o que lhe
10. CESGRANRIO - Técnico Bancário (BASA)/2022 proporcionou uma taxa de retorno de 21%, ao final de 12 meses
Um banco oferece um financiamento utilizando uma taxa de de aplicação. Em janeiro de 2020, buscando maior rentabilidade,
juros simples de 6% a.a. procurou um especialista financeiro indicado pelo seu gerente, que
Qual a taxa trimestral equivalente à taxa oferecida pelo banco? lhe recomendou aplicar todo o montante da operação anterior em
(A) 0,0147 a.t. renda variável. O cliente fez conforme recomendado, o que lhe pro-
(B) 0,15 a.t. porcionou um retorno de 96% em 12 meses, resgatando o novo
(C) 0,50% a.t. montante em janeiro de 2021.
(D) 1,47% a.t. Considerando-se um sistema de juros compostos, a taxa de re-
(E) 1,50% a.t. torno equivalente, obtida em cada período de 12 meses pelo clien-
te, de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, foi igual a
11. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE- (A) 54%
TROBRAS)/Auditoria/2018 (B) 56%
Um cliente de uma loja de eletrodomésticos deseja antecipar (C) 58%
duas parcelas iguais de R$ 1.000,00 de seu financiamento, com ven- (D) 60%
cimento para, respectivamente, 30 e 60 dias a partir de hoje. (E) 62%
Considerando-se uma taxa de desconto de 2% a.m., desconto
comercial simples e calendário comercial, quanto será exigido do 15. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
cliente para quitar as duas parcelas? cial/2021/”Prova B”
(A) R$ 1.940,00 Um cliente deseja fazer uma aplicação em uma instituição fi-
(B) R$ 1.940,40 nanceira, que paga uma taxa de juros compostos de 10% ao ano,
(C) R$ 1.941,93 por um período de 3 anos, já que, ao final da aplicação, planeja
(D) R$ 1.960,00 comprar uma TV no valor de R$ 3.500,00 à vista.
(E) R$ 2.000,00 Qual o valor aproximado a ser investido para esse objetivo ser
alcançado?
12. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Financei- (A) R$ 2.629,60
ro/2018 (B) R$ 2.450,00
Um título, cujo valor de resgate é de R$ 260.000,00, está sendo (C) R$ 2.692,31
negociado exatamente dois meses antes do seu vencimento por R$ (D) R$ 2.341,50
244.361,00. Nessas condições, o valor mais próximo da taxa de des- (E) R$ 2.525,00
conto bancário cobrada nessa operação é igual a
(A) 2,0% 16. CESGRANRIO - Técnico Bancário Novo (CEF)/”Sem
(B) 2,4% Área”/2021/PcD
(C) 3,0% Um banco possui, atualmente, um modelo de financiamento
(D) 3,8% em regime de juros compostos, em que as parcelas são pagas, men-
(E) 4,5% salmente, a uma taxa de juros de 2% ao mês. Para um certo perfil
de clientes, o banco pretende possibilitar o pagamento da dívida a
13. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú- cada três meses, a uma taxa de juros trimestral equivalente à prati-
nior/2018/Edital 02 cada no modelo atual.
Suponha uma operação simples de desconto realizada em um A melhor aproximação para o valor da taxa de juros trimestral
banco, 4 meses antes do vencimento de um título, com valor no- desse novo modelo de financiamento é:
minal de resgate e taxa de juros definidos. Essa operação é livre (A) 2,48%
de despesas bancárias ou quaisquer outros encargos, além dos já (B) 6,00%
definidos. (C) 6,12%
Nessa operação, utilizando-se os métodos de descontos “por (D) 7,28%
dentro” (racional) ou “por fora” (comercial ou bancário) verifica-se (E) 8,00%
que o valor
(A) líquido liberado para o tomador será maior se o método de 17. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Comercializa-
desconto praticado for o desconto “por fora”. ção e Logística Júnior/Comércio e Suprimento/2018
(B) líquido liberado para o tomador será o mesmo para ambos Considere que uma empresa vai realizar uma aplicação de 10
os métodos. milhões de reais, com prazo de resgate para 1 ano, a partir de hoje,
(C) de resgate será menor para o desconto “por dentro”. e precisa decidir entre as cinco opções apresentadas a seguir.
(D) de resgate será o mesmo, seja qual for o método de des- Opção I – taxa de 24% ao ano, com capitalização mensal
conto utilizado. Opção II – taxa efetiva de 24% ao ano
(E) de resgate será maior para o desconto “por fora”. Opção III – taxa de 24% ao ano, com capitalização quadrimes-
tral
Opção IV – taxa de 2,2% ao mês, no regime de juros simples
Opção V – taxa de 24% ao ano, com capitalização semestral

Editora
189
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Considerando-se 1,27 como aproximação para 1,02 12, a op-
ção que apresenta a maior taxa anual de retorno, dentre as cinco GABARITO
apresentadas, é a
(A) I
(B) II
(C) III 1 C
(D) IV 2 A
(E) V
3 A
18. CESGRANRIO - Técnico Júnior (TRANSPETRO)/Administra- 4 C
ção e Controle Júnior/2018
Uma empresa avalia antecipar o pagamento das duas últimas 5 A
parcelas de um financiamento, realizado a uma taxa de juro de 5% 6 D
ao mês, para abril de 2018. As parcelas, no valor de R$ 8.820,00 7 E
cada uma, têm data de vencimento para maio de 2018 e junho de
2018. 8 C
Considerando-se o desconto racional composto, o valor de qui- 9 C
tação total das duas parcelas, se o pagamento das duas for realiza-
do em abril de 2018, é igual a 10 E
(A) R$ 15.876,00 11 A
(B) R$ 16.000,00
12 C
(C) R$ 16.400,00
(D) R$ 16.800,00 13 D
(E) R$ 17.640,00 14 A
19. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE- 15 A
TROBRAS)/Auditoria/2018 16 C
Uma construtora anuncia a venda de um imóvel à taxa nominal
de juros de 12% a.a. com correção mensal do saldo e das presta- 17 A
ções. 18 C
Qual é a taxa real anual, aproximada, do financiamento, consi-
19 A
derando-se uma inflação anual de 10%?
(A) 2,44% 20 D
(B) 2,00%
(C) 1,98%
(D) 1,82%
(E)- 2,38%
ANOTAÇÕES
20. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
cial/2021/”Prova B” ______________________________________________________
Um banco ofereceu a um cliente um financiamento de R$
120.000,00, pelo sistema SAC, a uma taxa de juros de 10% a.m., ______________________________________________________
para ser pago em 4 prestações mensais ao final de cada mês, sendo
a primeira prestação no valor de R$ 42.000,00. A Tabela abaixo po- ______________________________________________________
derá ser usada para seus cálculos.
______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
Quais os valores aproximados que serão pagos, pelo cliente,
a título de juros e prestação, respectivamente, ao final do terceiro ______________________________________________________
mês?
(A) R$ 12.000,00; R$ 42.000,00 ______________________________________________________
(B) R$ 3.000,00; R$ 39.000,00
______________________________________________________
(C) R$ 12.000,00; R$ 30.000,00
(D) R$ 6.000,00; R$ 36.000,00 ______________________________________________________
(E) R$ 9.000,00; R$ 33.000,00
_____________________________________________________

_____________________________________________________
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
BANCÁRIOS

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; ÓRGÃOS NORMATIVOS E INSTITUI-
ÇÕES SUPERVISORAS, EXECUTORAS E OPERADORAS

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um conjunto de organizações financeiras que promove a movimentação de recursos entre os
agentes econômicos (pessoas físicas, empresas, governo) credores e tomadores de dinheiro.
Conforme a Constituição Federal, em seu Art. 192, o STF:
“O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”
A função principal do SFN é a transferência de recursos através de seus usuários, os agentes com renda superior as despesas (supe-
ravitários) para os agentes com renda inferior as despesas (deficitários); e também a prestação de serviços envolvendo recursos de seus
usuários (abertura de contas correntes, oferta de cartões e cheques, oferta de diversas modalidades de seguros, pagamento e recebimento
de títulos, etc.).
Os agentes deficitários são aqueles que necessitam de dinheiro, pois tem intenção de gastar valores superiores ao limite de sua renda,
pagando juros por esse capital emprestado.
Os agentes superavitários são aqueles que após pagas suas despesas, ficam com uma “sobra” de renda, necessitando investir esse
valor e receber por isto, através da remuneração em investimentos financeiros.
O SFN tem atuação direta nos mercados monetário, de crédito, de capitais e de câmbio.
ESTRUTURA DO SFN
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional é dividida em três categorias de entidades:

Normativas – Aquelas que estabelecem a regulação do SFN. Compostas por órgãos normativos que criam normas e regras e também
fiscalizam os participantes do SFN.
Supervisoras: São entidades que além de supervisionar, acatam a função de executar as diretrizes dos órgãos normativos, assim como
fiscalizar as instituições compõem seu segmento dentro do Sistema Financeiro Nacional.
Operadoras: Todas as entidades que não se enquadram nas características de Normativas ou Supervisoras. Ou seja, todas as demais
instituições financeiras que atendem ao público em geral, através da intermediação de operações de aplicações e empréstimos, ou servi-
ços como abertura de conta corrente, emissão de cartões, etc.

Abaixo, é possível acompanhar a estrutura disponível no site do Banco Central:

Editora
191
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

* Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM.
** As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme diretrizes estabelecidas
pelo CMN.

ÓRGÃOS NORMATIVOS

CONSELHO MONETÁRIO NACINAL (CMN)


O Conselho Monetário Nacional (CMN) é considerado o órgão máximo dentro da hierarquia do Sistema Financeiro Nacional. É um
órgão normativo, responsável por criar as normas e regras da política monetária e do crédito; mantendo a estabilidade da moeda, o cres-
cimento e o desenvolvimento socioeconômico do país.
O CMN foi criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. O Conselho iniciou suas atividades em
31 de março de 1965.
Conforme a Lei da Reforma Bancária, suas competências são:

Regulamentar as operações de crédito das instituições financeiras brasileiras.


Regular a moeda do país.
Supervisionar suas reservas em ouro e cambiais.
Determinar suas políticas de poupança e investimento.
Regulamentar os mercados de capitais brasileiros.

Supervisionar as atividades do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários.


​As reuniões ocorrem uma vez por mês para deliberar sobre assuntos como adaptar o volume dos meios de pagamento às reais ne-
cessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos
recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e
solvência das instituições financeiras; e coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Em casos extraordinários, pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de
Resoluções divulgadas no Diário Oficial da União (DOU) e na página de normas do Conselho e do Banco Central (BC).
Sua composição é dada pelo Ministro da Economia (presidente do Conselho), o Presidente do Banco Central e também o Secretário
Especial de Fazenda do Ministério da Economia.
Editora
192
192
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP) vada pelo Senado. Os diretores também passam a ter mandatos
não coincidentes com o do presidente do banco, para preservar a
O Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP é órgão res-
boa governança.
ponsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros pri-
Antes da Lei complementar, o Banco Central era vinculado ao
vados, resseguros, previdência complementar aberta e capitaliza-
Ministério da Economia.
ção.
O Banco Central é dirigido por sua Diretoria Colegiada, com-
É composto pelo Ministro da Economia (Presidente), Superin-
posta pelos seguintes integrantes, todos indicados pelo presidente
tendente da SUSEP, e por representantes do Ministério da Justiça,
da República e aprovados pelo Senado, o presidente e mais oito
do Ministério da Previdência e Assistência Social, do Banco Central
diretores.
do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sua missão é garantir a estabilidade do poder de compra da
Atribuições moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e com-
Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados. petitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade. É uma
Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscaliza- das principais entidades monetárias do país, considerado guardião
ção dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional dos valores e apesar de ser chamado de banco não tem operações
de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades pre- como os demais e não é possível a abertura de uma conta corrente.
vistas. É considerado o banco dos bancos, pois é aquele que tem po-
Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previ- der máximo sobre os demais. Sua característica principal é fiscalizar
dência privada aberta, capitalização e resseguro. e regulamentar as normas para todas as instituições financeiras do
Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro. país.
Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e o IRB. O Banco Central é o agente financeiro do governo, pois auxilia
Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segura- na área econômica e representa o Sistema Financeiro Nacional em
doras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e todo o cenário mundial.
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das res- Sua atuação na economia vai desde o controle da quantidade
pectivas operações. de moeda em circulação, a regulação das taxas de juros e também
Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão do corretor. do controle da quantidade de moeda estrangeira circulante no país.
Suas funções mais importantes são a emissão do papel-moeda
CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (que ocorre através da Casa da Moeda), o controle de depósitos
(CNPC) compulsórios e a multiplicação bancária.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)
O Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC é
o órgão responsável por regular o regime de previdência comple- A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em
mentar operado pelas entidades fechadas de previdência comple- 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo de fiscalizar, norma-
mentar. tizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
O CNPC é composto pelo Ministro da Previdência Social e por Brasil.
representantes da Superintendência Nacional de Previdência Com- A CVM é uma entidade autárquica em regime especial, vin-
plementar (Previc), da Casa Civil da Presidência da República, do culada ao Ministério da Economia, com personalidade jurídica e
Ministério da Economia, das entidades fechadas de previdência patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa inde-
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de pendente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e
benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamen-
dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas tária.
entidades. Sua administração é composta por um presidente e quatro di-
O Decreto nº 7.123, de 03 de março de 2010, dispõe sobre a or- retores, nomeado pelo presidente da República, com aprovação do
ganização e o funcionamento do Conselho Nacional de Previdência Senado.
Complementar (CNPC) e dá outras providências. As competências da CVM são:
Atribuições Desenvolvimento do mercado.
Realizar sessões ordinárias e extraordinárias sobe assuntos re- Eficiência e funcionamento do mercado
lacionados à previdência complementar fechada que culminam em Proteção dos investidores
resoluções, recomendações e outros atos do CNPC, após os votos Acesso à informação adequada
de todos os seus integrantes. Fiscalização e punição

INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS E EXECUTORAS SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP)


São as instituições do Sistema Financeiro Nacional que buscam A SUSEP é uma autarquia que segue as normas do CNSP, vin-
através de ações executoras, fazer com que todos os integrantes culada ao Ministério da Economia. A SUSEP é o órgão responsável
cumpram as regras e normas de seu segmento. pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB) complementar aberta, capitalização e resseguro (seguro de um se-
guro já existente). Foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de no-
O Banco Central é uma autarquia,   criado pela  Lei nº
vembro de 1966.
4.595/1964 e com autonomia estabelecida pela Lei Complementar
A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, com-
nº 179/2021. A lei que prevê a autonomia ao Banco Central de-
posto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Compe-
termina que o presidente do banco tenha mandato fixo de quatro
te ao Colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vis-
anos, não coincidente com o de Presidente da República. Essa no-
tas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer
meação continua sendo feita pelo Presidente da República e apro-
cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circula-
res e pareceres de orientação em matérias de sua competência.

Editora
193
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ain- decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades
da, como atribuições, promover os atos de gestão da Autarquia e fechadas de previdência complementar e nomear interventor ou
sua representação perante o Governo e à Sociedade. liquidante, nos termos da lei;
Atribuições nomear administrador especial de plano de benefícios especí-
fico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação ex-
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e ope- trajudicial, na forma da lei;
ração das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de exe- de previdência complementar e entre as entidades e seus partici-
cutora da política traçada pelo CNSP; pantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri-
Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307,
que se efetua através das operações de seguro, previdência privada de 23 de setembro de 1996;
aberta, de capitalização e resseguro;
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos merca- enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Fa-
dos supervisionados; zenda e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Con-
Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumen- gresso Nacional; e adotar as providências necessárias ao cumpri-
tos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do mento de seus objetivos.
Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Ca-
pitalização;
INSTITUIÇÕES OPERADORAS
Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, asse-
gurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles São todas as instituições que não fazem parte dos sistemas nor-
operem; mativos ou supervisor, aquelas que lidam com o público, através de
Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o serviços de intermediação financeira ou demais serviços financei-
mercado; ros.
Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entida- Bancos - São as instituições financeiras que fazem a interme-
des, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões diação entre os recursos dos agentes poupadores e tomadores de
técnicas; recursos. Além disso, prestam serviços de custódia de dinheiro e
Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as demais serviços financeiros, como abertura de contas, financia-
atividades que por este forem delegadas; mentos, emissão de cartões, recebimentos de títulos, etc.
Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Os bancos estão sob a supervisão do Banco Central.
SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLE- Os bancos podem ser classificados em: Bancos múltiplos, ban-
MENTAR (PREVIC) cos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimen-
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar to, bancos de câmbio e bancos digitais.
(Previc) é uma autarquia, que segue as normas do CNPC, vinculada Administradoras de Consórcio – É a pessoa jurídica, autorizada
ao Ministério da Economia, responsável pela supervisão, fiscaliza- pelo Banco Central a prestar serviços na formação e administração
ção e execução de políticas das entidades fechadas de previdência de grupos de consórcio. Apenas empresas cadastradas e fiscaliza-
complementar (fundos de pensão). das pelo Banco Central podem operar nesse segmento, pois infor-
A Previc, de acordo com o Decreto nº 8.992, de 20 de feverei- mam periodicamente o órgão sobre seus registros das atividades
ro de 2017, é administrada por um Diretor-Superintendente e mais dos consórcios.
quatro diretores. Bolsa de Valores – É o ambiente onde ocorrem as negociações
Atribuições de ativos financeiros, como ações e títulos. Quando uma empresa
As  principais competências da Previc, segundo o Decreto nº tem necessidade em captar recursos financeiros e não tem interes-
8.992, de 20 de fevereiro de 2017, são: se nos investimentos oferecidos pelas instituições financeiras, ela
pode oferecer suas ações na bolsa de valores.
proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas É função das bolsas de valores permitir que as negociações
de previdência complementar e das suas operações; ocorram de forma mais segura, eficiente e justa. As corretoras fa-
apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis; zem as intermediações entre compradores e vendedores.
expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplica- Seguradoras e Resseguradoras – As seguradoras são empresas
ção das normas relativas à sua área de competência; que assumem o risco e indenizam o segurado dentro das condições
da apólice. Porém, elas trabalham com um limite de aceitação de
autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fe-
riscos, para que não ocorra incapacidade no cumprimento dessas
chadas de previdência complementar e a aplicação dos respectivos
obrigações.
estatutos e dos regulamentos de planos de benefícios; as operações
de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorga- As resseguradoras colocam a disposição das seguradoras o ca-
nização societária, relativas às entidades fechadas de previdência pital financeiro necessário para que sejam aceitos riscos acima do
complementar; a celebração de convênios e termos de adesão por limite estabelecido.
patrocinadores e instituidores e as retiradas de patrocinadores e Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos
instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de partici- de Pensão) – São grupos que administram previdências privadas
pantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades de uma determinada categoria. Funcionam através da capitalização
fechadas de previdência complementar; de recursos de uma empresa e de um empregado, por exemplo,
harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdên- bancários.
cia complementar com as normas e as políticas estabelecidas para Caixas Econômicas - Empresas públicas, com prestação de
o segmento; serviços de bancos comerciais, porém, com foco em programas de
desenvolvimento socioeconômico. No Brasil, a única instituição em
funcionamento desse tipo é a Caixa Econômica Federal (CEF).
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A CEF é a responsável pelos recursos do Fundo de Garantia por Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a
Tempo de Serviço (FGTS), do PIS, Seguro-Desemprego e detentora forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de
da venda dos jogos da loteria federal. Sua prioridade é a concessão capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de presta-
de recursos para investimentos em programas sociais, como habita- ções pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido
ção, saúde, emprego e renda, esporte, etc. o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores deposita-
Cooperativas de Crédito – São organizações formadas por um dos corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente;
grupo de pessoas unidas por um objetivo coletivo. As cooperativas conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sor-
de crédito prestam serviços financeiros, como abertura de conta teios de prêmios em dinheiro.
corrente, emissão de cheques e cartões, aplicações financeiras, REFERÊNCIAS
financiamentos, etc. Porém, nas cooperativas de créditos, o clien- Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn,
te também pode ser dono do negócio. Assim como os bancos, as acesso em 13/07/2021.
cooperativas também são uma opção segura, pois suas atividades Disponível em: https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/cmn, aces-
são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil, e contam com a so em 13/07/2021.
proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que devolve o dinheiro Disponível em: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/cmn,
de depósito dos clientes até um valor determinado. acesso em 13/07/2021.
Diferente dos bancos, as cooperativas de crédito não visam lu- Disponível em: http://novosite.susep.gov.br/, acesso em 14/07/2021.
cro. Disponível em: http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/
Corretoras e Distribuidoras – São empresas constituídas sob apresentacao?_ga=2.180533860.2111541974.1626328556-
a forma de sociedade anônima, que intermediam investimentos 1054157232.1626220132, acesso em 14/07/2021.
entre as bolsas de valores e os investidores. Necessitam de obri- Disponível em: http://www.susep.gov.br/setores-susep/seger/estrutu-
gatoriamente de autorização da CMV e do Banco Central para que ra, acesso em 15/07/2021.
possam atuar no SFN. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/orgaos/entidades-
Bolsa de Mercadorias e Futuros – Desde 2017, a BM&F Boves- -vinculadas/autarquias/previc/acesso-a-informacao/institucional/a-
pa se uniu com a Cetip, formando a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), uma -previc, acesso em 15/07/2021.
das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/coope-
mundo. rativacredito, acesso em 15/07/2021.
Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/bancos-
Entidades Abertas de Previdência – Grupos que administram
caixaseconomicas, acesso em 15/07/2021.
previdências privadas destinadas ao público em geral nem necessi-
Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/institui-
dade de fazer parte de uma determinada categoria. Por exemplo, a
coesnaobancarias, acesso em 15/07/2021.
previdência oferecida pelos bancos e instituições financeiras.
Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/admi-
Instituições de Pagamentos – É uma pessoa jurídica que exerce nistradoraconsorcio, acesso em 15/07/2021.
atividades de compra e venda e movimentação de recursos, através Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/admi-
de um arranjo de pagamento, sem a concessão de empréstimos e fi- nistradoraconsorcio, acesso em 15/07/2021.
nanciamentos. Assim, o cliente pode realizar transações financeiras Disponível em: https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/sc.asp?fra-
sem a necessidade de vínculos com bancos ou outras instituições me=1, acesso em 15/07/2021.
financeiras; apenas utilizando um instrumento como cartão pré-pa- Disponível em: http://www.b3.com.br/pt_br/, acesso em 15/07/2021.,
go ou aparelho móvel. acesso em 15/07/2021.
As instituições são geralmente regulamentadas e fiscalizadas Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/institui-
pelo Banco Central. São classificadas nas seguintes modalidades: caopagamento, acesso em 15/07/2021.
Emissor de moeda eletrônica: instituição que disponibiliza Disponível em: https://www.gov.br/cvm/pt-br/acesso-a-informacao-c-
o serviço do tipo pré-pago. Nesse caso, os recursos devem estar vm/institucional/sobre-a-cvm, acesso em 15/07/2021.
disponíveis no momento da transação. Como, emissores de cartão Disponível em: http://www.b3.com.br/pt_br/b3/institucional/quem-
vale-refeição. -somos/, acesso em 15/07/2021
Emissor de instrumento de pagamento pós-pago: instituição de
pagamento que gerencia contas de pagamento do tipo pós-paga, MERCADO FINANCEIRO E SEUS DESDOBRAMENTOS (MER-
em que os recursos depositados já estão comprometidos. Exemplo, CADOS MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAM-
instituições financeiras emissoras de cartão de crédito (o cartão de BIAL)
crédito é o instrumento de pagamento).
Credenciador: instituição de pagamento que habilita recebe-
dores a aceitarem instrumentos de pagamentos. Por exemplo, ins- Mercado Monetário
tituições com em estabelecimento comercial que aceite cartão de O mercado monetário é um dos mercados que faz parte do
pagamento. mercado financeiro e do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Logo,
Iniciador de transações de pagamento: Não gerencia conta de é regulamentado e supervisionado pelo CMN e Banco Central do
pagamento ou tem poder sobre os recursos sobre os recursos trans- Brasil.
feridos nas transações de pagamentos iniciadas. Como, instituições O mercado monetário é caracterizado pelas negociações de tí-
financeiras ou de pagamento em que as transações sejam realiza- tulos públicos do Tesouro Nacional (LTN LFN) e privados (CDB), de
das sem a utilização de cartão. curto e curtíssimo prazo, e tem desempenho fundamental com a
Instituições não bancárias – Aquelas que não recebem depó- liquidez monetária, que por sua vez influencia toda economia, atra-
sitos à vista, nem podem criar moeda. Operam apenas com ativos vés da inflação e a taxa de juros. É por meio dos títulos públicos que
não monetários, como ações, CDBs, títulos, letras de Câmbio e de- o Banco Central atua neste mercado visando atingir os objetivos do
bêntures. governo quanto à inflação e a taxa de juros, visto que ao comprar
títulos públicos, ele aumenta a oferta de moeda no sistema, geran-

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
do uma baixa na taxa de juros e uma alta na inflação e, ao vender MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA: POLÍTICAS MONETÁRIAS
títulos públicos, ele diminui a oferta de moeda no sistema, gerando CONVENCIONAIS E NÃO CONVENCIONAIS (QUANTITATIVE
uma alta na taxa de juros e uma baixa na inflação. EASING); TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS; O
Mercado de Crédito DEBATE SOBRE OS DEPÓSITOS REMUNERADOS DOS BAN-
O mercado de crédito é aquele onde se encontram os agentes COS COMERCIAIS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL
econômicos tomadores e tomadores de recursos. Os agentes eco-
nômicos são as pessoas físicas e jurídicas e as instituições financei-
ras, que buscam e oferecem recursos e financiamentos. Políticas monetárias convencionais
As principais operações são: Política monetária convencional é um dos instrumentos para
manter a economia em plena estabilidade. Esse tipo de política
Pessoa física - crédito ao consumidor, crédito consignado, che- monetária é utilizado quando apenas os instrumentos básicos são
que especial, cartão de crédito, leasing, etc. capazes de equilibrar o mercado.
Sendo assim, é por meio dela que se dá o controle da oferta de
Pessoa jurídica - empréstimo para capital de giro, financiamen- dinheiro no país. Suas diretrizes são determinadas pelo Conselho
to de máquinas e equipamentos, financiamento de projetos, etc. monetário Nacional (CMN).
Para controlar a oferta de dinheiro no país, a política monetária
Essas relações tem algumas características que precisam ser atua utilizando as seguintes ferramentas:
definidas em contrato, que se fundamentam em normas e fiscaliza-
ções do mercado financeiro para que possam ser realizadas, como Depósito Compulsório – É o valor mínimo que cada banco deve
os períodos que podem ser de curto, médio ou longo prazo; valor, ter guardado em seus cofres ao final do dia, mesmo com grande
forma de liquidação, taxa de juros, riscos, garantias e destinação movimento de saque por parte dos clientes, este valor é uma espé-
dos recursos. cie de reserva dos bancos. Existe um percentual de depósito com-
Mercado de Capitais pulsório, porém, não é fixo. Quando o governo quer que os bancos
É o ambiente composto por empresas e investidores. Muitas emprestem mais recursos, esse valor é reduzido; para o caso de me-
vezes as empresas necessitam de recursos para projetos diversos e nos dinheiro circulando, há um aumento desse percentual.
buscam os investidores, que são as pessoas com recursos e interes- Compra e venda de títulos públicos – Quando o governo tem a
se disponíveis. necessidade de tirar dinheiro da economia, vende títulos públicos
Sua principal função é possibilitar aos investidores boas opor- ao mercado com uma taxa atrativa, mantendo o valor arrecada-
tunidades de investimento através de empresas que estão dispos- do em caixa. No caso contrário, o governo recompra esses títulos
tas a aceitar novos sócios. públicos e permite uma oferta maior de crédito. É uma operação
No mercado de capitais a empresa assume o compromisso de realizada pelo Banco Central, mantendo o equilíbrio de moeda na
retorno com o investidor, através da emissão de títulos e ações, dis- economia.
ponibilizadas no mercado. Dessa forma o mercado de capitais sur-
giu para aproximar aqueles investidores que gostariam de investir Redesconto bancário – É a taxa cobrada pelo empréstimo de
em empresas e de empresas que precisam de recursos para proje- dinheiro aos bancos que não conseguiram manter ao final do dia,
tos de investimento. o valor do depósito compulsório determinado pelo Banco Central.
Essa taxa é que vai determinar se ao longo do expediente os bancos
Mercado Cambial emprestaram mais ou menos recursos; pois quando está baixa é
É um dos principais mercados existentes dentro mercado finan- mais favorável pegar dinheiro com o Banco Central para suprir o
ceiro, fazendo parte do Sistema Financeiro Nacional, sendo norma- depósito compulsório.
tizado e supervisionado pelo CMN e pelo Banco Central.
É o local em que ocorrem as transações envolvendo moedas de O governo pode também, através da política monetária, atuar
diversos países (divisas internacionais). Essas operações consistem de forma expansionista, deixando mais dinheiro na economia. Para
na troca de uma moeda base por outra moeda cotada, como paga- isso, basta diminuir o depósito compulsório, comprar títulos públi-
mentos, recebimentos, transferências, investimentos, etc. cos e diminuir a taxa de redesconto.
Por ser globalizado, este mercado, tem seu funcionamento du- Já, para reduzir a quantidade de recursos na economia e atuar
rante 24 horas em cinco dias da semana; tendo ainda a facilidade de forma contracionista, faz o processo inverso, aumentando o va-
de ser descentralizado e eletrônico. É dividido em duas partes, sen- lor do depósito compulsório, vendendo títulos e elevando a taxa de
do o mercado primário aquele que realiza transações por turistas, redesconto.
importadores e exportadores, e o secundário, em que ocorrem as Políticas monetárias não convencionais (Quantitative Easing)
transações autorizadas pelo Banco Central. Ou seja, mercado cam- Quantative Easing (QE) são formas de políticas monetárias não
bial, é onde as moedas dos países são negociadas, possibilitando o convencionais. Apesar de não muito usuais, tem função de estimu-
comércio, turismo e investimentos internacionais. lar a economia. Utilizados quando a economia está em crise, com
inflação muito baixa, taxas de juros também muito baixas; em que
o Banco Central já praticamente esgotou todas as formas conven-
cionais da política monetária.
Sãos medida em que o Banco Central compra títulos do gover-
no ou demais títulos do mercado para reduzir as taxas de juros e
aumentar a oferta de dinheiro na economia. Alguns especialistas
consideram essas ações como políticas artificias de criação de moe-
da, pois o dinheiro é circulado apenas de forma eletrônica.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Num cenário de possível recessão, apesar da demanda por cré- O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comer-
dito, as instituições financeiras irão se resguardar e manter dinheiro ciais do Banco Central do Brasil
em seus caixas. Assim, é necessário que o Banco Central estimule a Foi aprovado em 22/06/2021, o Projeto de Lei nº 3.877/2020,
economia utilizando opções não convencionais. autorizando o Banco Central a receber das instituições financeiras
Esse aumento de liquidez impacta a economia, por exemplo, depósitos voluntários, mediante remuneração. Segue agora para
estimulando o consumo, investimentos e financiamentos; a moeda sanção do Presidente.
perde o valor, aumentando a inflação até a sua meta; queda da taxa O objetivo é que o Banco Central disponha de mais um instru-
de juros mais longas, proporcionando maior oferta de crédito. mento para controlar a quantidade de moeda que circula na econo-
Taxa SELIC mia e também a inflação, sem aumentar a dívida pública.
A SELIC é a taxa básica de juros da economia e o principal ins- Atualmente o Banco Central utiliza como principal ferramenta
trumento de política monetária aplicado pelo Banco Central do de controle de liquidez as operações compromissadas, porém esta
Brasil. Ela é utilizada pelos bancos e outras instituições financeiras. faz a dívida pública aumentar, pois é incluída diretamente em seu
Quando um banco está precisando de dinheiro para fechar a conta total.
do dia, ele pode pegar um empréstimo com outro banco, dando
como garantia títulos emitidos pelo Governo. A taxa Selic é a refe- ORÇAMENTO PÚBLICO, TÍTULOS DO TESOURO NACIONAL
rência para as demais taxas de juros da economia, ou seja, é a base E DÍVIDA PÚBLICA
para definir o custo do crédito no Brasil.
Quando um banco pega dinheiro emprestado pagando a SELIC
de juros para sustentar seu negócio, ele vai emprestar esse dinheiro
Orçamento Público
para seus clientes cobrando no mínimo, a SELIC mais seus custos.
Por isso que as taxas de juros cobradas nos empréstimos, financia- Orçamento público é o planejamento público financeiro que
mentos, cheque especial, ou no cartão de crédito são maiores que detalha o quanto haverá de entradas e saídas de dinheiro do gover-
a SELIC; pois as instituições incluem no valor principal custos opera- no para manter os serviços públicos funcionando em equilíbrio com
cionais; o risco de inadimplência, a taxa de impostos e o seu lucro. as contas públicas.
Quando a SELIC sobe, todas as outras taxas de juros aumen- Existem três instrumentos importantes que devem ser conside-
tam. Com juros mais altos as pessoas pegam menos empréstimos e rados no momento da definição desse orçamento nas esferas muni-
financiamentos. Esse movimento desestimula o consumo e favore- cipal, estadual e federal:
ce a queda da inflação. Quando a SELIC é reduzida, as outras taxas
de juros tendem a cair também, estimulando o consumo. Quem Plano Plurianual (PPA) – Documento que prevê metas e objeti-
decide a Taxa Selic é o COPOM (Comitê de Política Monetária). O vos de médio prazo para o governo. Considerado um planejamen-
COPOM é formado pelo Presidente e pelos diretores do Banco Cen- to estratégico de grandes investimentos. Contém a realização de
tral. Eles se reúnem oito vezes ao ano, a cada 45 dias, na sede do obras grandiosas, como a manutenção ou construção de rodovias,
Banco Central em Brasília. Nessa reunião é definido se a Taxa SELIC hidrelétricas, aeroportos etc. Além disso, o PPA é elaborado e dis-
aumenta, diminui ou se mantém. A taxa SELIC é uma meta defini- cutido a cada quatro anos.
da pelo COPOM, portanto ela não é cumprida por força de norma, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – É elabora e discutida
e sim da compra e venda de títulos públicos do Governo Federal, anualmente para definir as prioridades de curto prazo do governo,
uma operação que busca aproximar a taxa real da meta definida além de orientar a maneira que serão executadas no ano seguin-
pelo COPOM. E esses títulos são negociados em um sistema admi- te, como reajuste do salário-mínimo, tributos, o quanto o governo
nistrado pelo próprio Banco Central, chamado Sistema Especial de deve poupar para pagar a própria dívida, investimentos em agên-
Liquidação e Custódia, por isso, o nome da Taxa Selic. cias de fomento etc. O Presidente da República tem até a data de
Operações Compromissadas 15 de abril para enviar esse documento para a Comissão Mista de
Orçamento, que é formada com o intuito de analisar essa proposta,
Trata-se de uma operação de compra e venda através de ban-
seguindo para a votação no Congresso. Essa votação deve ocorrer
co ou outra instituição financeira, que é feita com o compromisso
até a data de 07 de julho; prazos definidos pela Constituição.
de ser refeita, porém, ao contrário, envolvendo ativos financeiros,
como títulos públicos, por exemplo. Lei Orçamentária Anual (LOA) – Plano de ação apresentado e
Assim, o vendedor assume o compromisso de recompra do tí- discutido sempre no final do ano, com base nos objetivos do PPA e
tulo, enquanto o comprador compromete-se a vender esse título nas prioridades da LDO. Nela estão descritas receitas e despesas. O
com a mesma instituição da primeira operação, em data menciona- Presidente da República tem até o dia 3 de agosto para encaminhar
das pelas partes em contrato. esse documento à Comissão Mista de Orçamento, seguindo depois
As negociações ocorrem em duas etapas, a primeira chamada para o plenário do Congresso, onde será votado até o dia 22 de
“ida”, pois é quando a instituição vende o título; a segunda chama- dezembro.
da “volta”, quando há a recompra do mesmo título. No momento
Segundo a Constituição, esse é o caminho que o orçamento pú-
da negociação, deverão constar em contrato, algumas informações,
blico deve percorrer, passando pelas etapas do PPA, LDO e LOA, de
como a data da recompra e o valor, que geralmente é o mesmo.
forma organizada e planejada.
Podem adquirir títulos nessas condições qualquer pessoa física
ou jurídica, no entanto, só poderá vender instituições autorizadas Títulos do Tesouro Nacional
para este tipo de serviço e que sigam as normas previstas na Re- O Tesouro Direto é o Programa do Tesouro Nacional, em parce-
solução 3.339/20076, emitida pelo Conselho Monetário Nacional. ria com a B3. Ao investir nesses títulos, os recursos serão empres-
tados para o governo federal aumentar investimentos em saúde,
educação, segurança etc. Em troca, o investidor recebe será remu-
nerado, através do principal mais juros.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
São investimentos considerados com o menor risco do merca- Caso a fatura não seja paga na data, ocorrerão acréscimos de
do, pois estão 100% garantidos pelo Tesouro Nacional. A rentabili- multas e juros. Se for paga na data do vencimento, com valor menor
dade varia conforme o título escolhido e se a remuneração é pré ou que o total, o cliente utilizará o crédito rotativo.
pós-fixada; e se será recebido em parcelas semestrais ou acumula-
dos no vencimento. Cartões de débito
Existem títulos de curto, médio e longo prazos, e todos pos-
suem liquidez diária; assim, o resgate antecipado pode ocorrer con-
forme a necessidade do investidor, pois a recompra dos títulos é ga- Ao realizar pagamentos utilizando os cartões de débito, o des-
rantida pelo governo. O Tesouro Nacional pagará o valor pelo qual o conto será automático do saldo de conta corrente (saldo positivo ou
título está sendo negociado na data; valor este que não é fixo. cheque especial). É considerado sempre como pagamento à vista,
Como os demais investimentos, existem as taxas de administra- pois utiliza o dinheiro que já disponível.
ção da instituição financeira e a taxa de custódia da B3, além de IR e Rede de aceitação (adquirências)
IOF. Antes de investir é importante observar qual o título que possui As adquirentes são as redes de aceitação de cartões, como a
as melhores condições conforme o objetivo do investidor. Cielo, Rede, GetNet, etc. São responsáveis por fazer a comunicação
Os títulos do Tesouro Nacional são: da bandeira do cartão.
Elas irão processar os dados e após alguns dias farão o repasse
Tesouro prefixado - Esse título vence em 01/07/2024. Título do valor das compras aos lojistas, mediante taxa de transação.
prefixado, ou seja, no momento da compra, você já sabe exatamen- As adquirentes vão garantir algumas vantagens como, facilida-
te quanto irá receber no futuro (sempre R$ 1.000 por unidade de de na cobrança e menor taxa na transação. Porém, também podem
título). Atualmente sua rentabilidade anual é de 8,14%, com inves- trazer alguns problemas, como falta de comunicação por alguns
timento mínimo de R$ 31,63. instantes; nesse caso o lojista fica impossibilitado de receber suas
vendas. Além do fato de, no caso algum serviço complementar ser
Tesouro IPCA+ - Esse título vence em 15/08/2026. Título pós-fi-
necessário, deverá em muitos casos, optar pela contratação a parte,
xado, uma vez que parte do seu rendimento acompanha a variação
o que aumenta a burocracia para lojistas de pequeno porte.
da taxa de inflação (IPCA). Sua rentabilidade atual é de 3,74% e seu
Com o tempo, foram criadas as subadquirentes, que são in-
investimento mínimo é de R$ 59,02.
termediárias de pagamentos, fazendo a mediação entre lojistas e
Tesouro SELIC - Esse título vence em 01/09/2024. Título com adquirentes. Capazes também de aprovar transações, além de ter
rentabilidade diária vinculada à taxa de juros da economia (taxa Se- serviços antifraudes.
lic). Isso significa que se a taxa Selic aumentar a sua rentabilidade Existem também as empresas conhecidas como gateways,
aumenta e se a taxa Selic diminuir, sua rentabilidade diminui. Renta- que atuam apenas no mundo virtual, da mesma maneira que as
bilidade atual de 0,2323%, com investimento mínimo de R$ 108,12. “maquininhas” de recebimento, porém, apenas nas empresas de
e-commerce.
Dívida Pública Bandeiras de cartão
É o conjunto de títulos emitidos pelo governo para obter di- Empresas como Visa, Mastercard, Elo, etc. representam as
nheiro de seus cidadãos, de outros países ou do mercado financeiro bandeiras dos cartões. Elas trabalham para definir onde os cartões
e custear suas despesas. Na venda desses títulos, o governo se com- serão aceitos, pois também indicam as máquinas dos estabeleci-
promete em receber o título e devolver o valor pago, acrescido de mentos.
juros, na data de seu vencimento. Visa e Mastercard são as bandeiras mais aceitas no mundo; a
O governo recorre a venda de títulos e se endivida, pois mui- Elo é uma bandeira nacional, ainda aceita apenas no Brasil.
tas vezes, o valor da arrecadação de impostos não é suficiente para Além da aceitação, a bandeira é responsável pela comunicação
cobrir todas as despesas e custos com serviços oferecidos a popu- entre ela, a empresa da máquina e o emissor do cartão no momen-
lação, compra de bens e serviços e com o pagamento de seus ser- to em que ocorre a compra para a conclusão da transação.
vidores. A bandeira pode oferecer também promoções, descontos, se-
guros e vantagens exclusivas para seus clientes. Quanto melhor a
modalidade do cartão, melhores serão os benefícios oferecidos.
PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES DE CARTÕES DE CRÉDI- Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e letras de
TO E DÉBITO, CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR, CRÉDI- câmbio
TO RURAL, POUPANÇA, CAPITALIZAÇÃO, PREVIDÊNCIA, Depósitos à vista
CONSÓRCIO, INVESTIMENTOS E SEGUROS Conhecidos como depósitos em conta corrente, representam a
entrega de valores as instituições financeiras, para que sejam guar-
dados ou aplicados, com resgate total ou parcial no momento em
Cartões de crédito e débito que o cliente necessitar.
Também é uma forma de captação de recursos pelos bancos,
Cartões de crédito porém, sem remuneração, já que possuem liquidez imediata.
Para a utilização de cartões de crédito não é necessário ter di- Depósitos a prazo
nheiro em conta, pois as compras vêm para pagamento através de Investimentos em que o cliente deve aguardar o prazo de ven-
uma fatura com prazo de vencimento de até 40 dias após o consu- cimento para resgatá-lo, conforme contrato.
mo, ou em várias parcelas. Certificado de Depósito bancário (CDB) e Recibo de Depósito
É uma espécie de empréstimo, com a administradora ou ins- Bancário (RDB) são os principais instrumentos de depósitos a prazo.
tituição financeira, pois os comerciantes recebem em poucos dias Considerados investimentos, pois são aplicados em troca de remu-
após a compra, mas o pagamento ocorre em um período posterior. neração de juros.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CDB – Possui liquidez diária e pode ser regatado a qualquer Commercial papers
momento (sob aviso prévio). Tem emissão digital e física. Suscetí- São títulos de crédito emitidos por empresas não financeiras
veis a incidência de IR e IOF, possuem garantia pelo Fundo Garanti- da modalidade Sociedades Anônimas (S.A’s), com necessidade de
dor de Crédito em até R$ 250.000,00 por título, (limitado a quatro captar recursos no mercado interno para financiar suas necessida-
por CPF ou CNPJ). des de fluxo de caixa.
RDB – Título de renda fixa emitido pelas instituições finan- Tem um prazo de mínimo de 30 dias e máximo de 180 ou 360.
ceiras. Nesse investimento o cliente empresta dinheiro para uma Para S.A’s de capital fechado é de até 180 e com capital aberto de
instituição financeira e no vencimento tem o retorno do capital in- até 360.
vestido mais o rendimento. Sofre incidência de IR e de IOF apenas É uma operação considerada alternativa para empréstimos
quando resgatado num prazo menor que 30 dias após a aplicação. bancários convencionais, possibilitando redução nas taxas de juros
Tem a segurança do Fundo Garantidor de Crédito nas mesmas con- devida eliminação da intermediação financeira e também mais ra-
dições do CDB. pidez e simplicidade na negociação entre tomadores e investidores.
Letras de câmbio LC’s) Arrecadação de tributos e tarifas públicas
São títulos de renda fixa que permitem que o dinheiro seja em- Toda a arrecadação de tributos e tarifas públicas, obrigatoria-
prestado a uma financeira. Podem ser pré e pós fixadas ou híbridas. mente transita pelas instituições financeiras para seu pagamento.
Pré fixada: Indicam a rentabilidade final no momento da apli- São serviços prestados através de convênios específicos de arreca-
cação inicial. dação e repasse.
Pós fixada: A rentabilidade total será apresentada apenas no Geralmente, o poder público mantém um banco preferencial
vencimento do título. conveniado para centralizar suas arrecadações e identificar paga-
Híbrida: Parte do valor está na modalidade pré e a outra meta- mento dos contribuintes.
de na pós fixada. Tributo: Cobrança coercitiva, realizada pelo agente público
São asseguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), no (união, estados e municípios) em relação à pessoa física e jurídica
valor de até R$ 250.000,00, com um limite total de R$ 1.000.000,00. (impostos, taxas e contribuições).
Sofrem incidência de IOF e também de IR. Tarifas Públicas: Pagamento de serviços realizados por conces-
sionárias (água, luz, telefone e gás).
Cobrança e pagamento de títulos e carnês
Home/office banking e remote banking
A movimentação de títulos e carnês tem objetivo de processar
e controlar as operações realizadas com títulos e carnês enviados as Home/Office Banking: Tecnologia desenvolvida para que os
instituições financeiras por empresas ou pessoas físicas. clientes realizem operações bancárias fora das agências, através
dos recursos da internet, permitindo economia de tempo. Esse sis-
Boleto
tema favorece também a redução de custos e expansão de serviços
Título de cobrança regulamentado pelo BACEN. É muito popu- para as instituições financeiras.
lar, podendo ser emitido por pessoas físicas e jurídicas, inclusive
Remote Banking: Serviços disponíveis para que o cliente tenha
para pessoas que não possuem vínculo com algum banco, porém,
acesso a todo tipo de acesso fora de uma agência. Objetiva reduzir
seu emissor dever ter conta corrente para que os valores recebidos
custos de operação e geração de eficiência na relação entre ban-
sejam por lá, depositados. Seu pagamento pode ocorrer em esta-
co e cliente. Ex. Banco 24 horas, atendimento telefônico, aplicati-
belecimentos variados, como supermercados, lotéricas, etc. O valor
vos para celular e computadores diversos, atendimento via chat e
estará disponível em conta, um dia após a sua liquidação. Tem a
WhatsApp.
facilidade de ser pago em supermercados, lotéricas, etc.
Para a realização deste serviço, os bancos estão autorizados a Corporate finance
cobrar tarifas conforme o contrato da conta corrente do cliente. É a prestação de serviços de instituições financeiras de inves-
timento, para grandes empresas em negociações de aquisições, ci-
Carnê
sões, fusões, incorporações, etc.
Também um título de cobrança, representa a união de vários Os bancos, através de seus profissionais especialistas, auxiliam
boletos. São emitidos para compras parceladas, formalizando uma na análise de cálculo do valor das empresas envolvidas (valuation),
relação de crédito concedido entre vendedor e consumidor. Antes pesquisas de mercado para assegurar a justificativa da operação.
de sua emissão, é necessário análise dos dados do cliente, com a fi- Além desse serviço, o banco concede, em muitos casos, em-
nalidade de determinar se este tem condições de pagar pelo objeto préstimos ou apoio na captação de recursos internos ou externos
de compra. para a realização da operação. É cobrada uma comissão sobre a
Transferência automática de fundos operação, geralmente uma taxa fixa, acordada em contrato.
Prestação de serviços em que a instituição financeira movimen- Fundos mútuos de investimento
ta recursos de uma ou mais contas correntes para um ou mais fun- São fundos de investimentos gerenciados por profissionais es-
dos. Para isso, o cliente antecipadamente autoriza o banco o movi- pecialistas no mercado financeiro. Os fundos gerenciam recursos de
mentar suas contas. um grupo de investidores, em carteiras diversificadas de títulos e
É um serviço sem cobrança adicional para o cliente, além de valores mobiliários, com divisão de recursos (cotas de participação)
ser considerada uma maneira de gerenciar recursos do cliente, pois em partes iguais para todos.
dada a autorização, o banco pode também fazer o resgate de va- Os fundos são individuais, cada um com seu grau de risco e
lores (resgate automático), transferindo-os da conta de aplicação custo de serviços definidos desde o início. Os recursos arrecadados
para a conta corrente quando houver necessidade da cobertura de com as vendas das cotas são investidos em títulos, que resultarão
possíveis valores que não estejam disponíveis. na rentabilidade dos fundos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsá-
vel por normas, registros, autorizações, e supervisão dos fundos.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Hotmoney A negociação é formalizada em contrato com a empresa ven-
São empréstimos de curtíssimo prazo (de 1 a 29 dias), desti- dedora, mencionando que o banco financiará recursos para a com-
nados as pessoas jurídicas para financiar o capital de giro. Nesse pradora, realizando o pagamento da compra à vista, mediante des-
sistema, os recursos são transferidos entre mercados, com rapidez conto.
e eficiência referente aos ganhos. No entanto, suas taxas de juros Neste caso, apenas a empresa vendedora é cliente do banco,
são altas e seus prazos de pagamento, muito pequenos. por isso, celebra o contrato, a empresa compradora, que recebe o
As empresas optantes pelo hotmoney contratam o serviço crédito não precisa ser correntista.
através de instituição financeira e celebração de contrato. Compror finance: É a operação de financiamento em que a ins-
Contas garantidas tituição financeira intermedia através de convênio uma negociação
de compra e venda entre duas empresas. Nesta situação, a empre-
É uma linha de crédito disponível na conta corrente para utili-
sa compradora, cliente do banco firma contrato para aquisição de
zação no curtíssimo prazo. Está vinculada a uma garantia, como al-
mercadorias a vista, sendo financiada pela instituição financeira.
gum recebível ou garantia real (hipoteca, penhor, anticrese). Após a
realização do contrato entre cliente e instituição financeira, o limite Não há necessidade do envolvimento da vendedora. O paga-
estabelecido é disponibilizado. mento acontecerá em data futura, acordado em contrato.
Costumam ter taxas de juros mais baixas e limite de crédito Leasing (tipos, funcionamento, bens)
mais elevado devido as garantias. Leasing é um arrendamento mercantil. Neste processo, exis-
Crédito rotativo tem duas partes envolvidas, que podem ser tanto pessoas físicas
Modalidade de crédito muito utilizada para pagamento de car- como jurídicas.
tões de créditos, porém, também para cheque especial, caução de O arrendatário é que tem o direito da posse de uso temporário
duplicatas. Pessoas físicas e jurídica podem contar com este recur- de um bem, em troca do pagamento de parcelas mensais a empresa
so. que fez o arrendamento. É uma forma de desfrutar do bem, sem ne-
O limite de crédito é utilizado em um período curto, mediante cessidade de comprá-lo. Para que essa relação aconteça, é preciso
o pagamento com juros. do arrendador (empresa).
Ex. Fatura do cartão de crédito no valor de R$ 5.000,00; com
pagamento mínimo obrigatório de R$ 1.000,00; pagamento reali- Existem três tipos de leasing:
zado de R$ 800,00. O saldo restante a pagar de R$ 4.200,00 é o
a) Leasing financeiro: de longo prazo, em que o cliente manifes-
crédito rotativo.
ta o interesse na aquisição do bem. Ao finalizar o contrato, o bem já
Descontos de títulos terá sido pago. Caso não haja interesse em permanecer com o bem,
Modalidade de crédito, conhecida como a antecipação de re- este será vendido e se o recebido for menor que o valor de aqui-
cebíveis que o cliente tem e já apresentou a instituição financeira sição, o arrendatário pagará por essa diferença; sendo este valor
como forma de garantia (nota promissória, cheques, etc.). maior, receberá o valor correspondente; chamado de Valor Residual
Por essa antecipação, o banco cobra uma taxa, chamada de Garantido (VRG). Para os bens com vida útil de até cinco anos, o pra-
taxa de redesconto, definida a partir de um percentual sobre o valor zo do contrato será de dois anos. Já os bens com vida útil superior a
nominal ou futuro do título. Nessa antecipação de recurso incide o cinco anos, o contrato deverá ser de no mínimo, três anos.
IOF; e outros encargos bancários contratuais. b) Leasing operacional: de curto prazo, em que o arrendatá-
É geralmente utilizado por pessoas jurídicas, mas pessoas físi- rio manifesta logo de início sua opção por não obrigatoriedade em
cas também tem acesso. adquirir o bem. São três opções ao final desse contrato: adquirir o
Financiamento de capital de giro bem, renovar o bem, ou não renovar. Nessa modalidade, não existe
O financiamento do capital de giro pode ocorrer de duas for- o VRG. Prazo mínimo de contrato, por 90 dias, não podendo ultra-
mas: passar 75% da vida útil do bem.
a) Quando o capital de giro não está vinculado a algum gasto c) Sale and leaseback: modalidade em que o arrendatário ven-
exclusivo. de o bem a um terceiro, no entanto, continua fazendo uso deste por
b) Quando está vinculado a compra de insumos ou material de meio de aluguel, formalizado em contrato.
estoque. Todos os contratos de leasing podem ter bens móveis e imó-
A movimentação dos recursos ocorre através de transferência veis.
para a conta do tomador. Financiamento de capital fixo
O limite de financiamento é determinado pela análise de crédi- As instituições financeiras não tem muita opção para crédito
to do cliente e sua capacidade de pagamento. Os pagamentos po- quando se trata de capital fixo. Esse capital geralmente necessita
dem variar conforme a necessidade da empresa. de valores muito altos, o que gera muita insegurança nos bancos,
Os bancos comerciais costumam ter muitas opções para finan- quanto ao cumprimento dessa obrigação, pelo volume de recursos
ciamento de capital de giro quanto a prazos, taxas, garantias. Po- e pelo período de amortização muito longo.
rém, ocorre dessa modalidade de financiamento ter taxas de juros Os recursos são liberados para financiar itens que contribuam
mais baixas. Os recursos liberados podem ocorrer de forma isolada para o crescimento e desenvolvimento e funcionamento das em-
ou associada a investimentos fixos e possuem incidência de IOF. presas, como máquinas e equipamentos, instalações, etc.
As garantias para essa linha de crédito incluem alienação fidu- Assim, as instituições governamentais se dispõem com maior
ciária, penhora de recebíveis, hipoteca, etc. facilidade a financiar em longo prazo, o capital fixo; como o Banco
Vendor Finance e Compror Finance Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Vendor finance: É a operação de financiamento em que a ins- As modalidades de crédito são:
tituição financeira intercede por meio de convênio à negociação de Crédito Direto ao Consumidor (CDC): Concedidos por bancos e
compra de venda entre duas empresas. financeiras, as pessoas físicas e jurídicas, na aquisição de bens e ser-
viços. Com pagamentos geralmente realizado em prestações men-
sais. Com incidência de juros, IOF e taxas de abertura de crédito.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CDC com Interveniência (CDCI): Liberados apenas para empre- Não há limite de aplicação ou de resgate. Está isenta da tri-
sas exclusivos intermediários de seus clientes, garantindo o paga- butação do IR e IOF. Os bancos não cobram pela manutenção das
mento. Tem os mesmos prazos e taxas do CDC, porém, menores; cadernetas de poupança.
pois não há risco por parte do cliente, mas sim, do seu intervenien- Financiamento à importação e à exportação: repasses de re-
te. cursos do BNDES
Crédito Direto (CD): Semelhante ao CDCI, em que a instituição Importação
se apropria da carteira dos lojistas e assume os riscos do crédito. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-
Crédito Automático por Cheque: Concedido aos clientes espe- DES) é uma empresa pública e um dos maiores bancos de desenvol-
ciais, como um cheque especial. Com pagamento parcelado, com vimento do mundo.
taxas de juros pré fixadas ou flutuantes, aceitas pelos clientes e Por se tratar de um banco público e instrumento principal da
acordadas em contratos. União para financiamento e investimento de longo prazo; antes de
As garantias para essa linha de crédito incluem alienação fidu- conceder crédito, avalia o impacto que esse recurso causará nos
ciária, penhora de recebíveis, hipoteca, etc. setores socioambiental e econômico do Brasil.
Crédito direto ao consumidor Assim, antes de conceder financiamentos para a importação
fará uma análise minuciosa para identificar se o bem a ser adquirido
não possui semelhança ou equivalência a outro produzido interna-
Linha de crédito, também conhecida como empréstimo pesso-
mente. Pois, a importação desse item permitiria concorrência para
al; destinada geralmente a pessoas físicas. Realizado por instituição
a produção daquele já existente, causando prejuízos e danos eco-
bancária ou instituição particular (como lojas de departamento). Os
nômicos a economia e ao desenvolvimento sustentável da nação.
juros são considerados altos, devido a poucas garantias, pois o valor
é descontado diretamente da conta corrente. Conforme o BNDES:
“O apoio à importação de bens ficará condicionado à compro-
vação de inexistência de similar nacional, utilizando-se, para essa
Crédito rural
comprovação, um dos seguintes documentos:
Crédito destinado aos produtores rurais, cooperativas de pro- a) Resolução da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) com a
dutores rurais, associação de produtores rurais, etc. Os recursos são lista de bens contemplados pelo regime de Ex-tarifário, constando
disponibilizados por instituições financeiras, considerados especiais o bem a ser financiado. A Resolução deverá estar em vigor na data
por terem taxas de juros abaixo do mercado. da aprovação e da contratação da operação;
Seu objetivo é estimular o crescimento da área rural, incenti- b) Anotação realizada pelo Departamento de Comércio Exte-
vando e fortalecendo pequenos produtores, desenvolvendo as ati- rior (DECEX) na própria licença de importação do bem financiado,
vidades florestais e pecuárias, aumentando a produção através de atestando a inexistência de similar nacional;
métodos eficazes; estimulando a geração de renda e a mão de obra c) Atestado de entidade representativa ou de classe, de âmbito
para agricultura familiar e aquisição de equipamentos. nacional e que já prestem serviço semelhante para a Secretaria de
Comércio Exterior, de inexistência
Financia as atividades de custeio, investimento e beneficia-
de produção ou similar nacional.
mento ou industrialização. Serve também para o custeio de despe-
Em caso de oposição das partes interessadas (Postulante, In-
sas de produção, investimento na produção e custeio das despesas
tervenientes, dentre outros) em relação ao referido atestado, será
pós produção.
solicitado ainda laudo técnico emitido por entidade tecnológica de
Por ser um programa do governo tem algumas, devem ser obe- reconhecida idoneidade e competência técnica, preferencialmente
decidas algumas exigências: contendo os seguintes fatores: produtividade, qualidade, prazo de
• Idoneidade entrega usual para o equipamento, fornecimentos anteriores, con-
• Orçamento do Projeto e viabilidade econômica sumo de energia e de matérias-primas e outros fatores de desem-
• Acompanhamento do cronograma indicado no projeto penho específicos do caso;
• Fiscalização do financiador d) Comprovação de credenciamento do Beneficiário perante
• Cumprimento das regras de zoneamento. o CNPq, mediante publicação do respectivo certificado no D.O.U.,
Pode ser concedido para pessoas físicas ou jurídicas, inclusive e (ii) da apresentação da licença de importação dos bens deferida
para quem não é produtor rural; desde que esteja vinculado a ativi- pelo CNPq, extraída do Sistema Integrado de Comércio Exterior –
dades pertinentes a agricultura, pecuária, pesquisa, etc. SISCOMEX, nos casos de dispensa de exame de similaridade previs-
São necessárias garantias como penhor, aval, fiança, hipoteca, tos na Lei 8.010, de 1990.
etc.
Observações
A lei que define o crédito rural é a Lei nº 4.829, de 05/12/1965.
O pagamento será realizado conforme seu valor original e po- Os critérios mencionados serão observados, no que couber,
derá ser desde uma única parcela, ou amortizações conforme con- para o financiamento de serviços importados.
trato. No que se refere ao item “c” anterior, o BNDES:
I. terá a faculdade de acolher ou não a indicação, feita pelas
Cadernetas de poupança
partes interessadas, de entidade representativa ou entidade tec-
A aplicação mais popular, devido sua segurança e facilidade e nológica como responsáveis pela comprovação da inexistência de
liquidez imediata. produção ou similar nacional;
Pode ter resgate em qualquer momento, porém a remunera- II. não ficará vinculado ao entendimento constante dos docu-
ção só ocorrer para valores que ficam parados a partir de 30 dias. mentos apresentados pelas referidas entidades sobre a inexistência
Para cálculos de juros, será observado o índice de 0,5% a.m., sem- de similar nacional;
pre que a taxa SELIC for maior que 8,5% a.a.; se a meta for inferior O BNDES poderá, caso entenda necessário e em caráter com-
ou igual a 8,5% a.a., o índice corresponderá a 70% do valor da meta. plementar, consultar os fabricantes nacionais sobre a existência de
A poupança foi criada para estimular o sistema habitacional do produção ou similar nacional”.
país.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Exportação Buyer credit
Financiamento à exportação mediante celebração de contrato
O BNDES financia as exportações, atuando no pré embarque, com o importador, com interveniência do exportador. Operações
com apoio a produção e no pós embarque, quando a produção já mais complexas e que envolvem diretamente o importador es-
está sendo comercializada. Esse crédito permite a competitividade trangeiro são em geral realizadas por meio desta modalidade. Veja
das empresas em âmbito internacional, trazendo retornos positivos como funciona:
na economia interna. • O BNDES concede ao importador financiamento mediante a
celebração de contrato de financiamento, firmado entre o BNDES e
De acordo com o BNDES: o importador, ou entre o BNDES e o devedor, com a interveniência
do exportador.
“Pré-embarque – financiamento à produção para exportação • O BNDES desembolsa os recursos ao exportador, em reais,
no Brasil.
O produto BNDES Exim Pós-embarque compreende as seguin- • O importador ou o devedor pagará ao BNDES no prazo defi-
tes linhas de financiamento: BNDES Exim Pós-embarque Bens, BN- nido.
DES Exim Pós-embarque Serviços, BNDES Exim Pós-embarque Aero- • O banco mandatário realiza as transferências de recursos e
naves e BNDES Exim Automático. documentos relativos à operação.
No produto pós-embarque, o objeto do financiamento é a Fluxo Operacional – BNDES Exim Pós-embarque Buyer Credit
comercialização de bens e serviços brasileiros. Nesse caso, o BN-
1. O Exportador firma um contrato comercial com o Importa-
DES antecipa à empresa brasileira exportadora o valor dos bens ou
dor, para entrega futura de bens/serviços.
serviços devidos pelo importador estrangeiro. Esse desembolso de
2. O Exportador encaminha ao BNDES a consulta prévia, com
recursos se dá em reais no Brasil, e o importador estrangeiro passa
informações sobre a operação de exportação. O BNDES avalia, de
a dever ao BNDES. Portanto, não há remessa de divisas ao exte-
acordo com parâmetros previamente estabelecidos, e aprova a
rior. O pagamento do financiamento pelo importador estrangeiro
operação, que é formalizada por meio de um contrato de financia-
é realizado por intermédio de banco mandatário, que entre outras
mento com o Importador/devedor, com interveniência do Expor-
atribuições, fecha o câmbio e repassa o valor em reais ao BNDES.
tador.
O financiamento à comercialização pode ser realizado por meio
3. O Exportador embarca os produtos/executa os serviços ao
de duas modalidades operacionais: supplier credit ou buyer credit,
Importador.
além da linha BNDES Exim Automático.
4. O Exportador envia documentos comprobatórios da exporta-
Supplier credit ção e quaisquer outros relacionados no contrato de financiamento
Refinanciamento ao exportador por meio do desconto de títu- para o Banco Mandatário.
los. Veja como funciona: 5. O Banco Mandatário envia ao BNDES a documentação e o
• O exportador concede ao importador financiamento por pedido de liberação de recursos.
meio de carta de crédito, letras de câmbio ou notas promissórias. 6. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or-
Esses títulos deverão ser cedidos ou endossados pelo exportador dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário.
ao BNDES. 7. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os recursos ao Ex-
• O BNDES realiza o refinanciamento mediante o desconto dos portador.
instrumentos de pagamento, e desembolsa os recursos ao exporta- 8. Após o término da carência de principal do financiamento, o
dor, à vista, em reais, no Brasil. Importador inicia a amortização das prestações, até a total liquida-
• O importador pagará ao BNDES no prazo definido. ção financeira do contrato.
• O banco mandatário realiza as transferências de recursos e BNDES Exim Automático
documentos relativos à operação.
Fluxo Operacional – BNDES Exim Pós-embarque Supplier Cre-
dit Apoio à comercialização no exterior de bens de fabricação na-
cional mediante a abertura de linha de crédito a instituições finan-
1. Após aprovada pelo BNDES a operação na modalidade Su-
ceiras no exterior. O importador terá acesso ao financiamento do
pplier Credit, o Exportador pode embarcar os produtos/executar os
BNDES para adquirir bens brasileiros, por meio de bancos no seu
serviços para o Importador.
próprio país. O desembolso de recursos pelo BNDES ao exporta-
2. O Importador apresenta títulos ou cartas de crédito emitidos
dor, por intermédio do banco mandatário, é realizado em reais, no
em favor do Exportador.
Brasil. Por sua vez, o banco no exterior, responsável pelo risco da
3. O Exportador realiza o endosso dos títulos ou a cessão das
operação, efetua os pagamentos via banco mandatário ao BNDES.
cartas de crédito em favor do BNDES.
4. O Banco Mandatário envia ao BNDES a documentação com-
probatória da exportação e o pedido de liberação de recursos. Fluxo Operacional – BNDES Exim Automático
5. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or- 1. O Exportador realiza uma negociação comercial com o Im-
dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário. portador, para entrega futura de bens.
6. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os recursos ao Ex- 2. O Banco no exterior aprova o crédito do Importador.
portador. 3. O Exportador encaminha ao BNDES o pedido de financia-
7. Após o término da carência de principal do financiamento, o mento, com informações sobre a operação de exportação. O BNDES
Importador inicia a amortização das prestações, via Banco Manda- avalia, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos, e ho-
tário, até a total liquidação financeira do contrato. mologa a operação.
8. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os pagamentos ao 4. O Exportador embarca os bens ao Importador envia docu-
BNDES, até a total liquidação do financiamento. mentos comprobatórios da exportação para o Banco Mandatário,
que envia ao BNDES a documentação e o pedido de liberação de
recursos.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
5. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or- pantes) uma renda mensal - que poderá ser vitalícia ou por período
dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário. determinado - ou um pagamento único. O primeiro (VGBL) é clas-
sificado como seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um
Em seguida, o Banco Mandatário libera os recursos ao Expor- plano de previdência complementar.
tador.

7. Após o término da carência de principal do financiamento, No caso do PGBL, os participantes que utilizam o modelo com-
o Banco no exterior inicia a amortização das prestações, até a total pleto de declaração de ajuste anual do I.R.P.F podem deduzir as
liquidação do financiamento”. contribuições do respectivo exercício, no limite máximo de 12%
de sua renda bruta anual. Os prêmios/contribuições pagos a pla-
Cartões de crédito
nos VGBL não podem ser deduzidos na declaração de ajuste anual
Modalidade de crédito que beneficia o consumidor no mo- do I.R.P.F e, portanto, este tipo de plano seria mais adequado aos
mento da compra de um produto ou serviço, já que o vencimento consumidores que utilizam o modelo simplificado de declaração de
da fatura (documento que detalhas as despesas) ocorrerá em data ajuste anual do I.R.P.F ou aos que já ultrapassaram o limite de 12%
posterior, inclusive com situações de parcelamento. Por isso, não é da renda bruta anual para efeito de dedução dos prêmios e ainda
necessário dispor de dinheiro no momento da aquisição. desejam contratar um plano de acumulação para complementação
No entanto, o vendedor/prestador receber em poucos dias de renda”.
através da instituição financeira ou da administradora de cartões.
Caso o valor não seja pago com atrasos ou em data diferente do
vencimento, há incidência de juros conforme contrato. Planos de seguros
Títulos de capitalização Seguro é todo contrato pelo qual uma das partes, segurador,
se obriga a indenizar a outra, segurado, em caso da ocorrência de
Título de crédito, regulamentado pela Superintendência de
determinado sinistro, em troca do recebimento de um prêmio de
Seguros Privados (SUSEP) com prazo e regras estabelecidos em
seguro. Os seguros são acionados por diversas ocasiões, por isso
contrato. É conhecido popularmente como uma forma segura de
existem os planos de seguro.
guardar dinheiro e concorrer sorteio de prêmios.
Os planos de seguros fazem parte do Sistema Nacional de Se-
O capital é separado em três partes:
guros Privados; instituído pelo Decreto Lei nº 73/1.966. Constituído
pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; pela Superin-
1ª. É acumulada com juros corrigidos ao longo do tempo. tendência de Seguros Privados – SUSEP; pelos resseguradores; por
2ª. Destinada para custear os sorteios. sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e por corre-
3ª. Reservada para custear as despesas administrativas. tores habilitados.
Além de ser vendido em agências bancárias, pode ser encon- Um plano de seguro é um serviço oferecido por empresas pri-
trado em lotéricas, correios, etc. Suas principais características são: vadas que disponibilizam atendimentos para situações de sinistro.
• Prazo de vigência – mínimo de 12 meses, organizadas em sé- Os planos são individualizados para atender cada cliente conforme
ries visíveis no próprio título, com emissão de ao menos, 10.000 suas necessidades. Para isso, é necessário formalizar o plano atra-
unidades. vés de um contrato chamado apólice.
• Forma de pagamento – mensal, periódico ou único. A apólice é o contrato da cobertura com direitos e obrigações
Muitas vezes, o título de capitalização pode ser confundido para as partes envolvidas. Nela devem constar todas as informa-
com uma espécie de poupança com premiação através de sorteios, ções sobre o objeto do seguro, como dados do segurado e do bem
porém, no final do contrato, o valor resgatado é menor que o valor a ser coberto, período de contratação, localização do bem, riscos
inicial investido. Sua rentabilidade mínima oferecida deve ser a par- envolvidos, prêmio, tipos de sinistros, valor e condições gerais da
tir do valor da Taxa Referencial (TR), somada a 20% da taxa de juros indenização, franquia. Os planos de seguro são contratados como
mensal aplicada a caderneta de poupança. forma de prevenção, no entanto podem não se concretizar, caso
Não possui liquidez imediata e de acordo com o contrato, po- não haja sinistros.
derá ou não ser resgatada antes do vencimento. Sendo possível, o
valor será menor do que o valor total pago até o momento.
NOÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS
Planos de aposentadoria e pensão privados.
Plano de previdência privada é um tipo de produto financeiro,
uma forma de seguro em que o investidor acumula capital, remune- É o ambiente onde são negociados os títulos que representam
rado conforme as aplicações escolhidas pelo administrador do pla- o capital das empresas (ações) ou títulos de dívidas (debêntures).
no. O fundo de previdência é o canal de investimento dos planos. Neste local se encontram empresas e investidores (pessoas físicas e
A Previdência privada foi criada com o objetivo de complemen- jurídicas). As empresas estão em busca de alavancar seu capital de
tar a previdência social, porém, também, como um seguro para os giro ou fixo através da emissão de títulos. São operações geralmen-
trabalhadores que não contribuem para o INSS. te de longo prazo, sem a intermediação de instituições financeiras,
Os principais planos são PGBL e VGBL, que se diferenciam pela porém, as instituições responsáveis pela negociação entre empre-
tributação. No VGBL, a incidência do IR ocorre apenas sobre os ren- sas e investidores devem estar autorizadas a operar no Sistema Fi-
dimentos; no PGBL o IR incide sobre o valor resgatado ou no rece- nanceiro Nacional.
bimento da renda. As ações são os títulos mais negociados no mercado de capi-
Conforme a SUSEP: tais. Podem ser ordinárias (com direito a votos) ou preferenciais
“VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e PGBL (Plano Gera- (preferência na distribuição de resultados).
dor de Benefícios Livres) são planos por sobrevivência (de seguro O mercado de capitais é constituído por:
de pessoas e de previdência complementar aberta, respectivamen-
te) que, após um período de acumulação de recursos (período de
diferimento), proporcionam aos investidores (segurados e partici-

Editora
203
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Bolsa de Valores – Local onde as companhias são listadas. sil, os fornecedores precisam receber em Real. Já, os importadores
Corretoras – Responsáveis pelo intermédio entre Bolsas e in- compram mercadorias no exterior e trazem para o país, vendem
vestidores. e recebem em Real; porém, os fornecedores estrangeiros querem
Bancos – Responsáveis pelos estudos de viabilidade das em- levar dólares para o exterior. Temos assim, a relação de oferta e de-
presas. manda, com exportadores ofertando dólares e precisando de reais
e importadores oferecendo reais e precisando de dólares. Assim de-
CVM – Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador desse
manda e oferta se igualam, criando um equilíbrio, a chamada taxa
mercado.
de câmbio.
O mercado de capitais está dividido em outros dois mercados:
Taxa de câmbio alta desestimula importações, pois produtos
Mercado primário –Quando uma empresa lança pela primeira e insumos importados ficam mais caros e com isso, uma possível
vez um título. redução da oferta de produtos no mercado interno. A inflação ten-
de a se elevar e as demandas internacionais por bens e serviços
Mercado secundário – Quando um título já está em poder de aumentam.
um investidor, porém, este o oferece no mercado, devido a neces- Quando a taxa de câmbio está baixa, há um estímulo as impor-
sidade de liquidez. tações de produtos e insumos importados mais baratos. Ocorre au-
mento da competitividade entre produtos nacionais e estrangeiros.
A tendência da inflação é diminuir demandas internacionais por
NOÇÕES DE MERCADO DE CÂMBIO: INSTITUIÇÕES AUTO- bens e serviços.
RIZADAS A OPERAR E OPERAÇÕES BÁSICAS Remessas
Representam uma forma segura do envio de dinheiro para fora
do país, sendo muito semelhante a uma transferência entre contas.
Instituições Autorizadas a operar Por ocorrer entre países diferentes, possuem regras específicas, por
As instituições que operam neste mercado são os bancos múlti- exemplo, na compra é necessário a comprovação de uma fatura pró
plos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimen- forma, documento que registra e formaliza a intenção da compra e
to, bancos de câmbio (realizam todas as operações previstas para o venda; com o objetivo de rastrear a origem das transações, evitan-
mercado de câmbio). do fraudes e evasão de divisas de um país para outro.
Os bancos de desenvolvimento, agências de fomento e as so- Dados pessoais e bancários são necessários para ajudar os go-
ciedades de crédito, financiamento e investimento; podem execu- vernos dos países envolvidos na transação e identificar origem da
tar apenas algumas operações autorizadas pelo BACEN. saída e destino desse envio.
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, socie- É preciso contar com uma instituição financeira para interme-
dades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades diar esse processo.
de câmbio; realizam operações de câmbio com clientes para liqui- O motivo do envio também deve ser explicado, para que se
dação de até US$ 100 mil ou em moedas de outras nacionalidades e adeque ao enquadramento de câmbio do BACEN do Brasil.
operações no mercado interbancário, arbitragens no país e através A remessa internacional é uma operação sujeita ao IOF e tam-
de banco autorizado a operar no mercado de câmbio e arbitragem bém outros impostos sobre o valor, dependendo do enquadramen-
com o exterior. to do BACEN. Os enquadramentos mais comuns são: pagamento de
Operações Básicas cursos, manutenção de residências e compra de imóveis no exterior.
Qualquer modalidade de pagamentos ou recebimentos em Além disso, uma taxa de envio deve ser paga a instituição que
moeda estrangeira, inclusive, aplicações no mercado financeiro ex- viabiliza a transação; o valor muda de instituição para instituição.
terno, transferências. SISCOMEX
Todas as operações de câmbio são formalizadas e registradas Programa integrado de comércio exterior que possibilita as
no sistema de câmbio – Sistema Integrado de Registro de Opera- operações de compra e venda no mercado internacional.
ções de Câmbio. Foi criado em 1992, iniciando suas operações na exportação no
Características de Contratos de Câmbio ano seguinte; e em 1997 foi implantado seu módulo de importação.
Operações que envolvem a movimentação de valores para o Integra todo o país na área de comércio exterior, sendo ope-
exterior. Implica uma negociação de troca de moedas, regulamen- racionalizado pela rede SERPRO. Para sua utilização, é necessário o
tado pelo BACEN, através da circular nº 3591, de 16/12/2013. Nesse cadastro da empresa na Receita Federal, para os processamentos
contrato, devem constar as partes interessadas, ou seja, a institui- de registros na importação e exportação.
ção que está autorizada a operar o câmbio, a parte que está no Bra- Seu objetivo é simplificar e padronizar as operações de comér-
sil e a parte que se encontra no exterior. cio exterior, agilizando as operações de embarque de mercadoria,
É necessário, discriminar no documento; o custo da operação, diminuindo o período de liberação dos importados, dispondo de
a taxa de câmbio, o prazo para liquidação da operação, o intermedi- controle automático, gerando dados confiáveis, inibindo possíveis
ário (casa de câmbio) e a taxa da comissão de corretagem. fraudes, ampliando atendimentos, motivando a entrada de novas
empresas do comércio exterior.
Taxas de Câmbio
Processo da relação de troca entre moedas. É possível quan-
tificar como o montante de Real necessário para trocar por dólar,
euro, etc.
A relação entre a taxa de Câmbio surge entre a demanda e a
oferta pelas demais moedas em relação ao Real.
Exemplo: Os exportadores compram produtos no Brasil e ven-
dem para o resto do mundo, logo, recebem dos compradores em
dólar que entram na economia brasileira. Enquanto isso, no Bra-

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
tal para a política monetária interna. Os juros altos atraíam capitais
REGIMES DE TAXAS DE CÂMBIO FIXAS, FLUTUANTES E RE- estrangeiros e mantinham o câmbio fixo, suportando também a in-
GIMES INTERMEDIÁRIOS flação.
Ao ser adotado regime de metas de inflação, em 1999, os ju-
ros internos passaram ser fixos apenas com o objetivo controlar a
Regimes de taxas de câmbio fixas inflação.
Quando o governo do país estabelece uma paridade fixa entre Atualmente a diferença entre os juros internos e externos ain-
sua moeda e a moeda estrangeira. da é importante para o equilíbrio da economia e para o câmbio,
pois quando os juros internos estão baixos, os capitais buscam in-
Regime de câmbio flutuante
vestimentos fora do país, e quando os juros internos estão altos,
Quando o preço da moeda é estabelecido pela competição capitais nacionais permanecem e entram recursos estrangeiros bus-
ente a oferta e a demanda da mesma no mercado doméstico. cando rendimentos.
Regimes intermediários Prêmio de risco
Também chamada de flutuante suja, pois o Banco Central tem É a relação entre o risco e o rendimento que se espera de um
interferência frequente nesta cotação, ou seja, se entrou muito dó- investimento. Pode ser considerado como a diferença entre o re-
lar no país e a taxa de câmbio tende a cair muito, o Banco Cen- torno de um investimento com risco comparado a um investimento
tral faz a compra dessa moeda, para assim, tirá-la da economia, sem risco.
mantendo seu preço. A situação contrária também ocorre, quando Por exemplo, ao comparar duas aplicações financeiras, a pri-
saem muitos dólares da economia, fazendo com que o preço fique meira tem o rendimento de 10% a.a. garantido e a segunda, pode
muito elevado, o Banco Central normalmente vende a quantidade dar 15%a.a., porém, sem garantias. Nesse caso, o prêmio de risco é
dessa moeda que tem em caixa, para segurar seu preço. representado através dos 5% de expectativa de retorno, em função
Banda cambiais, nesse caso a taxa de câmbio pode variar den- do risco que se corre, por não haver garantias desse recebimento.
tro de um limite pré-estabelecido pelo Banco Central. Foi adotado
durante um período no Plano Real. Fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio
As taxas de câmbio sofrem influências de diversas variáveis,
mas o fluxo de capitais é o principal deles. Quanto mais investimen-
TAXAS DE CÂMBIO NOMINAIS E REAIS tos, mais recursos de diversas transações circularão na economia.
Esse aumento de dinheiro, incluindo moedas estrangeiras permite
que o câmbio diminua e o real seja valorizado.
No entanto, essa economia deve estar fortalecida e ter atrati-
Taxas de câmbio nominais vos para atrair e manter internamente capital externo. Juros altos
Conceito mais frequente e utilizado entre as taxas de câmbio. É são atrativos, mas também impedimento ao desenvolvimento pro-
o valor da moeda em referência a outra. dutivo interno, e muitas vezes trazem apenas capitais especulativos.
Taxas de câmbio reais Essa volatilidade dos fluxos de capital representa instabilidade
É a taxa de câmbio nominal corrigida pela diferença de inflação e afeta diretamente a taxa de câmbio que permanece elevada, cola-
entre os dois países. Quando referência ao dólar, será uma correção borando para a desvalorização do real
de inflação entre Brasil e Estados Unidos, por exemplo.
DINÂMICA DO MERCADO: OPERAÇÕES NO MERCADO IN-
IMPACTOS DAS TAXAS DE CÂMBIO SOBRE AS EXPORTA- TERBANCÁRIO
ÇÕES E IMPORTAÇÕES

Quando a taxa de câmbio está alta e o real desvalorizado, são Operações no mercado interbancário
necessários muitos reais para comprar um dólar. As operações no mercado interbancário ou mercado secundá-
Por exemplo, no caso de um produtor de soja que exportará rio, fazem parte da estrutura do mercado cambial. As negociações
sua mercadoria que é cotada em dólar, por se tratar de uma com- são realizadas entre bancos e demais agentes autorizados pelo Ban-
moditie; haverá necessidade de multiplicar o preço em dólar por co Central.
muitos reais. Assim, será uma ótima oportunidade para essa ex- Não há necessidade do registro de entrada e saída de moeda
portação. As exportações então, estarão estimuladas, com isso o estrangeira, já que esse fluxo ocorre entre instituições financeiras
produtor brasileiro ganhará dinheiro. No entanto, as importações apenas; excluindo assim, turismo e importações por exemplo.
serão desestimuladas, pois será necessário comprar em dólares, Conforme o Regulamento do Mercado de câmbio e Capitais In-
nessa conversão, multiplicar o valor em dólar por uma taxa de câm- ternacionais do Banco Central do Brasil:
bio muito alta, pagando muito caro pela mercadoria importada.
O contrário ocorrerá quando o real estiver valorizado. As expor- As operações no mercado interbancário podem ser celebradas
tações serão desestimuladas e as importações estimuladas. para liquidação pronta, futura ou a termo, vedados o cancelamen-
to, a baixa, a prorrogação ou a liquidação antecipada delas.
DIFERENCIAL DE JUROS INTERNO E EXTERNO, PRÊMIOS As operações de câmbio interbancárias a termo têm as seguin-
DE RISCO, FLUXO DE CAPITAIS E SEUS IMPACTOS SOBRE AS tes características: a) a taxa de câmbio é livremente pactuada entre
TAXAS DE CÂMBIO as partes e deve espelhar o preço negociado da moeda estrangeira
para a data da liquidação da operação de câmbio; b) possuem códi-
Houve um certo momento no Brasil, que o regime de câmbio go de natureza de operação específico;
foi praticamente fixo. Isso aconteceu na década de 90, quando a c) são celebradas para liquidação em data futura, com entrega
diferença de juros interno e externo era uma variável fundamen- efetiva e simultânea das moedas, nacional e estrangeira, na data da
liquidação das operações de câmbio;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
d) não são admitidos adiantamentos das moedas. Curva de juros
A curva de juros representa os diversos tipos de taxas de juros
As operações no mercado interbancário são realizadas com ou para os diversos vencimentos. É a expectativa da taxa SELIC para os
sem intermediação de câmara ou prestador de serviços de com- próximos anos.
pensação e de liquidação cujo sistema tenha sido autorizado pelo Supondo que a expectativa da SELIC para o final de 2022 seja
Banco Central do Brasil para liquidação de operações de câmbio. de 6,5%; para final de 2023 seja 7%. Caso esses valores sejam colo-
cados num gráfico, será formada uma curva. Isto significa que se um
empréstimo for solicitado para 2022.
MERCADO BANCÁRIO: OPERAÇÕES DE TESOURARIA, VA-
Como a curva é apenas uma expectativa par aos próximos anos,
REJO BANCÁRIO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
então não é fixa, podendo ser alterada de acordo com questões que
podem ser de eventos econômicos e até de cenários políticos.
As ações de abertura e fechamento da curva se devem exata-
Operações de tesouraria mente a mudanças de expectativas. Abertura é para situações de
A equipe de tesouraria das instituições financeiras auxilia os aumento e fechamento para casos de redução da taxa de juros.
clientes na redução de riscos financeiros resultantes de suas ativi- Taxa de juros nominais e reais
dades. Após uma análise detalhada, são oferecidos produtos que
Para conceituar as taxas nominais e reais, é necessário antes
controlam e reduzem riscos para os clientes, focando principalmen-
conhecer as duas situações, de devedor e de credor.
te a exposição de moeda, taxa de juros etc.; sempre protegendo
as finanças. Os produtos utilizados para maior proteção são swaps, Taxa de juros nominal Taxa de juros real
hedge, termo de moedas, opções, combinação de derivativos etc.
Devedor Devedor
Varejo bancário
Caracteriza-se pelo atendimento de muitos clientes, ou seja, o É a taxa que as instituições É a taxa que considera o
público em geral, composto por pessoas físicas e jurídicas, com si- financeiras divulgam. custo efetivo total (CET), in-
tuações financeiras diversificadas. Oferece produtos, independente cluindo impostos, taxas, etc.
A taxa que considera ape-
da necessidade do cliente, visando o lucro.
nas o custo básico do dinheiro. A taxa de juros real é > que
Não há seletividade entre os clientes, o atendimento é geral,
a taxa de juros nominal.
sem gerente específico para as contas; os clientes podem ser aten-
didos por quem estiver disponível. Credor Credor
Os serviços oferecidos são diversos, incluindo abertura de con- É a taxa que se recebe ao É a taxa de retorno real
tas, pagamento de contas e títulos, transferências etc. aplicar o dinheiro em do dinheiro, já que a taxa
Recuperação de crédito de juros menos os custos
É um processo realizado por empresas especializadas no recebi- determinado investimen- administrativos, inflação, im-
mento de dívidas, que são contratadas por instituições financeiras. to. A taxa que considera postos, etc.
Em muitos casos, as empresas recuperadoras de crédito compram
as dívidas das instituições, ficando responsáveis pela cobrança e re- apenas o retorno do di- Taxa de juros nominal >
cebimento das contas atrasadas. nheiro investido. que a Taxa de juros real.
Quando a dívida passa para a empresa recuperadora, o valor Segue exemplo:
não muda; porém, as formas de negociação podem ser alteradas,
através de desconto ou parcelamento. Para a recuperação de crédi- Taxa de juros nominal Taxa de juros real
to, a empresa responsável contata o cliente para negociar somente Devedor Devedor
dívidas negativadas, incluindo um valor que fique confortável ao
cliente quitar. Pois além de receber, a empresa quer que o cliente Empréstimo: 4,5% a.m. Empréstimo: 4,5% a.m. +
tenha o nome “limpo” com crédito recuperado. IOF + Tx. Adm. = 5 % a.m.

Taxa de juros nominal >


TAXAS DE JUROS DE CURTO PRAZO E A CURVA DE JUROS; que a Taxa de juros real
TAXAS DE JUROS NOMINAIS E REAIS Credor Credor
Fundo de R.F.: 1,7% a.m. Fundo de R.F.: 1,7% - IR –
IP – Tx. Adm. = 1,1% a.m.
Taxa de juros de curto prazo
Apesar da grandeza tempo ser a grande diferença entre uma Taxa de juros nominal >
taxa de juros de curto e longo prazo, para as instituições financeiras, que a Taxa de juros real
quanto menor o prazo, menores serão os juros; principalmente pelo
seu fator risco.
Ao projetar cenários futuros, fica mais viável prever juros que
serão menos afetados por decisões diversas, no caso, os de curto
prazo; pois a economia é influenciada no curto prazo de maneiras
distintas do que no longo prazo.
Políticas monetárias utilizam os juros de curto prazo para gerar
resultados rápidos (quase que imediatos) na economia.
As partes interessadas, tomadoras e credoras, tem consciência
de quanto menor tempo o valor ficar emprestado, menor será o
custo desse dinheiro.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: AVAL; Teto de R$ 1 milhão


FIANÇA; PENHOR MERCANTIL; ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA; Não havia teto para garantia por CPF ou CNPJ, a cada
HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS paga pelo FGC por CPF ou CNPJ em período de 4 anos, para
qualquer período. a garantia paga pelo
São obrigações assumidas por meio do oferecimento do patri- FGC.
mônio para garantir uma dívida.
Aval: Declaração unilateral através da qual o avalista assume as Investidores não-re-
obrigações previstas no título. Investidores não-residentes não sidentes passam a con-
contavam com a garantia do FGC. tar com a garantia, para
Fiança: O fiador garante satisfazer o credor através da quitação investimentos elegíveis.
da dívida, caso o devedor não o faça.
Penhor mercantil: Válido para as negociações comerciais. Ga- Fonte: https://www.fgc.org.br/garantia-fgc/fgc-nova-garantia
rantia real sobre bens móveis. Estabelecido em favor do credor para
que haja mais certeza que o seu direito será realizado. O devedor CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: CONCEITO E ETAPAS;
transfere para o credor a posse de um bem (estoque, veículos, joias) PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DI-
móvel até que sua dívida seja quitada, desta forma o se devolve a NHEIRO: LEI Nº 9.613/98 E SUAS ALTERAÇÕES
posse do bem para seu dono.
Alienação fiduciária: Transferência da posse de um bem à ins-
tituição financeira. É realizado principalmente, nos contratos de fi- LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.
nanciamento de veículos e imóveis. A informação de que o compa-
rador tem direito de usufruir do bem, mas juridicamente pertence a
instituição que concedeu o crédito até seu pagamento total. Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens,
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro
Hipoteca: Na contratação de um crédito se oferece um bem
para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de
imóvel de sua propriedade que ficará e caso não ocorra o pagamen-
Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.
to, o bem poderá ser tomado pelo credor.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
Fiança bancária: Garantia concedida pela instituição financeira
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
quando o cliente não possui outro tipo de fiador.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC): Instituição sem fins lucra-
tivos, criada em 1995, com a finalidade de proteger o investidor CAPÍTULO I
em eventuais riscos nas empresas administradores desses recursos. DOS CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS,
Alguns produtos são cobertos pelas garantias de até R$ 250.000,00, DIREITOS E VALORES
como depósitos a vista, depósitos de poupança, Letras de Câmbio, Art. 1oOcultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
Letras hipotecárias, depósitos a prazo, com ou sem emissão de CDB disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou
e RDB, etc. valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Segundo o FGC, quanto ao limite da garantia de até R$ 1 mi- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
lhão: I - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em 21 de de- III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
zembro de 2017, a alteração promovida no Regulamento do Fundo IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Garantidor de Créditos (FGC), que estabelece teto de R$ 1 milhão, V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
CNPJ. VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Teto para investidor vale para cada período de 4 anos, por CPF VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou CNPJ. Após 4 anos, o teto é restabelecido. Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.(Redação
A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liqui- dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
dação ou intervenção em instituição financeira onde o investidor § 1oIncorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular
detenha valor garantido pelo FGC. a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração
Permanece inalterado o limite de ​R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
conglomerado financeiro. I - os converte em ativos lícitos;
Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de de- II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garan-
zembro de 2017 não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período tia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
de 4 anos”. III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes
aos verdadeiros.
COMO ERA COMO FICOU
§ 2oIncorre, ainda, na mesma pena quem:(Redação dada pela
Garantia de até R$ 250 mil por Lei nº 12.683, de 2012)
CPF/CNPJ e conglomerado finan- I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos
ceiro, em depósitos cobertos pelo Limite permanece ou valores provenientes de infração penal;(Redação dada pela Lei
Fundo Garantidor de Créditos e emi- inalterado. nº 12.683, de 2012)
tidos por instituições associadas à II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhe-
entidade. cimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à
prática de crimes previstos nesta Lei.
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art.
14 do Código Penal.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 4oA pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes § 3oNenhum pedido de liberação será conhecido sem o com-
definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por parecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se
intermédio de organização criminosa. (Redação dada pela Lei nº refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de
12.683, de 2012) atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem
§ 5oA pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cum- prejuízo do disposto no § 1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
prida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar 2012)
de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva § 4oPoderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontanea- bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente da
mente com as autoridades, prestando esclarecimentos que condu- infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para paga-
zam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, mento de prestação pecuniária, multa e custas. (Redação dada pela
coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou va- Lei nº 12.683, de 2012)
lores objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 4o-A.A alienação antecipada para preservação de valor de
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admi- bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a requeri-
te-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes. mento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessa-
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) da, mediante petição autônoma, que será autuada em apartado e
cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo
CAPÍTULO II principal.(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1oO requerimento de alienação deverá conter a relação de
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS
todos os demais bens, com a descrição e a especificação de cada
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei: um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se en-
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum contram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular; § 2oO juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apar-
II - independem do processo e julgamento das infrações pe- tados, e intimará o Ministério Público.(Incluído pela Lei nº 12.683,
nais antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo de 2012)
ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão so- § 3oFeita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre
bre a unidade de processo e julgamento;(Redação dada pela Lei nº o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o valor atribu-
12.683, de 2012) ído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou pregão,
III - são da competência da Justiça Federal: preferencialmente eletrônico, por valor não inferior a 75% (seten-
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem ta e cinco por cento) da avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou in- 2012)
teresses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas § 4oRealizado o leilão, a quantia apurada será depositada em
públicas; conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte disciplina:(In-
b) quando a infração penal antecedente for de competência da cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça
§ 1oA denúncia será instruída com indícios suficientes da exis- do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
tência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos pre- a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou
vistos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, em instituição financeira pública, mediante documento adequado
ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente. (Redação para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal
§ 2oNo processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o ou por outra instituição financeira pública para a Conta Única do
disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade,
1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não com- no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e(Incluída pela Lei nº 12.683,
parecer nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguin- de 2012)
do o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo. c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) instituição financeira pública serão debitados à Conta Única do Te-
Art. 3º(Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) souro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída pela Lei nº
Art. 4oO juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público 12.683, de 2012)
ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o Minis- II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: (In-
tério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios sufi- cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
cientes de infração penal, poderá decretar medidas assecuratórias a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira de-
de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, ou exis- signada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado ou, na
tentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, sua ausência, em instituição financeira pública da União;(Incluída
produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações pela Lei nº 12.683, de 2012)
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada
§ 1oProceder-se-á à alienação antecipada para preservação do Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela Lei nº
valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de 12.683, de 2012)
deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para § 5oMediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósi-
sua manutenção. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) to, após o trânsito em julgado da sentença proferida na ação penal,
§ 2oO juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem, I - em caso de sentença condenatória, nos processos de com-
mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários petência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal, incor-
e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações porado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos
pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. (Reda- de competência da Justiça Estadual, incorporado ao patrimônio do
ção dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Estado respectivo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade, CAPÍTULO III
colocado à disposição do réu pela instituição financeira, acrescido DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
2012) Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Có-
§ 6oA instituição financeira depositária manterá controle dos digo Penal:
valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº 12.683, de I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de
2012) competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valo-
§ 7oSerão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os tri- res relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes pre-
butos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem prejuízo de vistos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança,
iniciativas que, no âmbito da competência de cada ente da Fede- ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;(Redação
ração, venham a desonerar bens sob constrição judicial daqueles dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de
§ 8oFeito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de admi-
autos da alienação serão apensados aos do processo principal. (In- nistração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 9º,
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.
§ 9oTerão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos § 1oA União e os Estados, no âmbito de suas competências,
contra as decisões proferidas no curso do procedimento previsto regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos e valores
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) cuja perda houver sido declarada, assegurada, quanto aos proces-
§ 10.Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal con- sos de competência da Justiça Federal, a sua utilização pelos órgãos
denatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso, da União ou federais encarregados da prevenção, do combate, da ação penal e
do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) do julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos proces-
I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da sos de competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daque- § 2oOs instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda
les aos quais não foi dada destinação prévia; e(Incluído pela Lei nº em favor da União ou do Estado for decretada serão inutilizados ou
12.683, de 2012) doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) na sua conservação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
dias após o trânsito em julgado da sentença condenatória, ressal-
vado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé.(Incluído pela Lei nº CAPÍTULO IV
12.683, de 2012) DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE CRIMES
§ 11.Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste PRATICADOS NO ESTRANGEIRO
artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se o sal-
do na conta única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº 12.683, Art. 8oO juiz determinará, na hipótese de existência de tratado
de 2012) ou convenção internacional e por solicitação de autoridade estran-
§ 12.O juiz determinará ao registro público competente que geira competente, medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou
emita documento de habilitação à circulação e utilização dos bens valores oriundos de crimes descritos no art. 1o praticados no es-
colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o trangeiro.(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de
§ 13.Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens, tratado ou convenção internacional, quando o governo do país da
direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de drogas e autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.
que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos termos § 2oNa falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou va-
desta Lei permanecem submetidos à disciplina definida em lei es- lores privados sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de
pecífica. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da
Art. 4o-B.A ordem de prisão de pessoas ou as medidas asse- sua alienação serão repartidos entre o Estado requerente e o Brasil,
curatórias de bens, direitos ou valores poderão ser suspensas pelo na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de ter-
juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata ceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
puder comprometer as investigações.(Incluído pela Lei nº 12.683,
de 2012) CAPÍTULO V
Art. 5oQuando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica qualificada DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos a me- (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
didas assecuratórias, mediante termo de compromisso.(Redação
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 9oSujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as
Art. 6oA pessoa responsável pela administração dos bens:(Re- pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satis- ou não: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
feita com o produto dos bens objeto da administração; I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financei-
II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas ros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
da situação dos bens sob sua administração, bem como explicações II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ati-
e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados. vo financeiro ou instrumento cambial;
Parágrafo único.Os atos relativos à administração dos bens su- III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação,
jeitos a medidas assecuratórias serão levados ao conhecimento do intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
Ministério Público, que requererá o que entender cabível.(Redação Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, in-
os sistemas de negociação do mercado de balcão organizado; (Re- termediação, comercialização, agenciamento ou negociação de di-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) reitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de eventos similares; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
previdência complementar ou de capitalização; XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou car- pela Lei nº 12.683, de 2012)
tões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de
aquisição de bens ou serviços; alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comer-
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão cialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas
permita a transferência de fundos; neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a resi-
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as em- dentes no País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
presas de fomento comercial (factoring) e as Empresas Simples de
Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de CAPÍTULO VI
2019)
DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES
VI - as sociedades que, mediante sorteio, método assemelha-
do, exploração de loterias, inclusive de apostas de quota fixa, ou E MANUTENÇÃO DE REGISTROS
outras sistemáticas de captação de apostas com pagamento de prê- Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
mios, realizem distribuição de dinheiro, de bens móveis, de bens I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado,
imóveis e de outras mercadorias ou serviços, bem como concedam nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;
descontos na sua aquisição ou contratação; (Redação dada pela II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou
Lei nº 14.183, de 2021) estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais,
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultra-
exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ain- passar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de
da que de forma eventual; instruções por esta expedidas;
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de au- III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles inter-
torização de órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio, nos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes
de capitais e de seguros; permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, disciplinada pelos órgãos competentes;(Redação dada pela Lei nº
que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, 12.683, de 2012)
comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no
ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas nes- órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de
te artigo; Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições por
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de eles estabelecidas; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; (Redação V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na pe-
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) riodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pe- preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.
dras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica,
luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou exer- a identificação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as
çam atividades que envolvam grande volume de recursos em espé- pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus pro-
cie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) prietários.
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;(Incluído pela § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste
Lei nº 12.683, de 2012) artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da tran-
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, au- sação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade com-
ditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em petente.
operações: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, hou-
ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza; ver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ul-
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; trapassem o limite fixado pela autoridade competente.
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado for-
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, mando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições
investimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei nº 12.683, financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº
de 2012) 10.701, de 2003)
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer
natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; (In-
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela Lei nº
12.683, de 2012)
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacio-
nados a atividades desportivas ou artísticas profissionais; (Incluída
pela Lei nº 12.683, de 2012)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO VII § 2oA multa será aplicada sempre que as pessoas referidas
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS no art. 9o, por culpa ou dolo:(Redação dada pela Lei nº 12.683, de
2012)
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência,
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos no prazo assinalado pela autoridade competente;
de instruções emanadas das autoridades competentes, possam II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;(Re-
constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
com eles relacionar-se; III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de formulada nos termos do inciso V do art. 10;(Redação dada pela Lei
tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a infor- nº 12.683, de 2012)
mação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou reali- IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunica-
zação: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) ção a que se refere o art. 11.
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acom- § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem ve-
panhadas da identificação de que trata o inciso I do mencionado rificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações
artigo; e(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, de-
b) das operações referidas no inciso I;(Redação dada pela Lei vidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas
nº 12.683, de 2012) com multa.
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de rein-
sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e cidência específica de infrações anteriormente punidas com a pena
condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, prevista no inciso III do caput deste artigo.
transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos ter- Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
mos do inciso II.(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas
no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por CAPÍTULO IX
suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, DO CONSELHO DE CONTROLE
forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fun- DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
damento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele
Art. 14.Fica criado, no âmbito do Ministério da Economia, o
prevista.
Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf, com a fina-
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste
lidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, exami-
artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.
nar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas pre-
§ 3oO Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com
vistas nesta Lei, sem prejuízo das competências de outros órgãos e
base no inciso II do caput aos respectivos órgãos responsáveis pela
entidades. (Redação dada pela Medida Provisória nº 886, de 2019)
regulação ou fiscalização das pessoas a que se refere o art. 9o. (Re-
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio fis-
Art. 11-A.As transferências internacionais e os saques em espé-
calizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competindo-
cie deverão ser previamente comunicados à instituição financeira,
-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a apli-
nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo Banco Central
cação das sanções enumeradas no art. 12.
do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rá-
CAPÍTULO VIII pidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens,
DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA direitos e valores.
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pú-
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos admi-
blica as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas
nistradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obriga-
envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 10.701, de
ções previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente
2003)
ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para
I - advertência;
a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela
II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada pela
existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de
Lei nº 12.683, de 2012)
sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683,
Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
de 2012)
Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria
obtido pela realização da operação; ou(Incluída pela Lei nº 12.683,
de 2012) CAPÍTULO X
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (Inclu- (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
ída pela Lei nº 12.683, de 2012) DISPOSIÇÕES GERAIS
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o (INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas
no art. 9º; Art. 17-A.Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do De-
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de creto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
atividade, operação ou funcionamento.(Redação dada pela Lei nº Penal), no que não forem incompatíveis com esta Lei. (Incluído pela
12.683, de 2012) Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no
cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 17-B.A autoridade policial e o Ministério Público terão vagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei
acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento do terrorismo,
informam qualificação pessoal, filiação e endereço, independente- previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.
mente de autorização judicial, mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas Parágrafo único. Para os fins desta Circular, os crimes referidos
empresas telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos provedo- no caput serão denominados genericamente “lavagem de dinhei-
res de internet e pelas administradoras de cartão de crédito. (Inclu- ro” e “financiamento do terrorismo”.
ído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 17-C.Os encaminhamentos das instituições financeiras e CAPÍTULO II
tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou transfe-
DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E
rência de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio in-
AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO
formático, e apresentados em arquivos que possibilitem a migração
de informações para os autos do processo sem redigitação. (Incluí- Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-
do pela Lei nº 12.683, de 2012) mentar e manter política formulada com base em princípios e di-
Art. 17-D.Em caso de indiciamento de servidor público, este retrizes que busquem prevenir a sua utilização para as práticas de
será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos pre- lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
vistos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fun- Parágrafo único. A política de que trata o caput deve ser com-
damentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) patível com os perfis de risco:
Art. 17-E.A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará I - dos clientes;
os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cinco) II - da instituição;
anos, contado a partir do início do exercício seguinte ao da declara- III - das operações, transações, produtos e serviços; e
ção de renda respectiva ou ao do pagamento do tributo. (Incluído IV - dos funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ceirizados.
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º A política referida no art. 2º deve contemplar, no mí-
nimo:
I - as diretrizes para:
CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 a) a definição de papéis e responsabilidades para o cumpri-
mento das obrigações de que trata esta Circular;
b) a definição de procedimentos voltados à avaliação e à análi-
se prévia de novos produtos e serviços, bem como da utilização de
CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 novas tecnologias, tendo em vista o risco de lavagem de dinheiro e
de financiamento do terrorismo;
Dispõe sobre a política, os procedimentos e os controles in- c) a avaliação interna de risco e a avaliação de efetividade de
ternos a serem adotados pelas instituições autorizadas a funcio- que tratam os arts. 10 e 62;
nar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção da utilização d) a verificação do cumprimento da política, dos procedimen-
do sistema financeiro para a prática dos crimes de “lavagem” ou tos e dos controles internos de que trata esta Circular, bem como a
ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, identificação e a correção das deficiências verificadas;
de 3 de março de 1998, e de financiamento do terrorismo, previs- e) a promoção de cultura organizacional de prevenção à lava-
to na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016. gem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, contemplando,
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão inclusive, os funcionários, os parceiros e os prestadores de serviços
realizada em 22 de janeiro de 2020, com base nos arts. 9º da Lei nº terceirizados;
4.595, de 31 de dezembro de 1964, 10, 11 e 11-A da Lei nº 9.613, f) a seleção e a contratação de funcionários e de prestadores
de 3 de março de 1998, 6º e 7º, inciso III, da Lei nº 11.795, de 8 de serviços terceirizados, tendo em vista o risco de lavagem de di-
de outubro de 2008, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de nheiro e de financiamento do terrorismo; e
2013, e tendo em vista o disposto na Lei nº 13.260, de 16 de março g) a capacitação dos funcionários sobre o tema da prevenção
de 2016, na Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, incluindo
Substâncias Psicotrópicas, promulgada pelo Decreto nº 154, de 26 os funcionários dos correspondentes no País que prestem atendi-
de junho de 1991, na Convenção das Nações Unidas contra o Cri- mento em nome das instituições mencionadas no art. 1º;
me Organizado Transnacional, promulgada pelo Decreto nº 5.015, II - as diretrizes para implementação de procedimentos:
de 12 de março de 2004, na Convenção Interamericana contra o a) de coleta, verificação, validação e atualização de informa-
Terrorismo, promulgada pelo Decreto nº 5.639, de 26 de dezembro ções cadastrais, visando a conhecer os clientes, os funcionários, os
de 2005, na Convenção Internacional para Supressão do Financia- parceiros e os prestadores de serviços terceirizados;
mento do Terrorismo, promulgada pelo Decreto nº 5.640, de 26 b) de registro de operações e de serviços financeiros;
de dezembro de 2005, e na Convenção das Nações Unidas contra c) de monitoramento, seleção e análise de operações e situa-
a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro ções suspeitas; e
de 2006, resolve: d) de comunicação de operações ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf); e
CAPÍTULO I III - o comprometimento da alta administração com a efetivi-
dade e a melhoria contínua da política, dos procedimentos e dos
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
controles internos relacionados com a prevenção à lavagem de di-
Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a política, os procedimentos nheiro e ao financiamento do terrorismo.
e os controles internos a serem adotados pelas instituições autori- Art. 4º Admite-se a adoção de política de prevenção à lavagem
zadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção de dinheiro e ao financiamento do terrorismo única por conglome-
da utilização do sistema financeiro para a prática dos crimes de “la- rado prudencial e por sistema cooperativo de crédito.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Parágrafo único. As instituições que não constituírem política § 4º Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna
própria, em decorrência do disposto no caput, devem formalizar a de risco, quando disponíveis, avaliações realizadas por entidades
opção por essa faculdade em reunião do conselho de administra- públicas do País relativas ao risco de lavagem de dinheiro e de fi-
ção ou, se inexistente, da diretoria da instituição. nanciamento do terrorismo.
Art. 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem assegurar Art. 11. A avaliação interna de risco pode ser realizada de for-
a aplicação da política referida no art. 2º em suas unidades situadas ma centralizada em instituição do conglomerado prudencial e do
no exterior. sistema cooperativo de crédito.
Parágrafo único. Na hipótese de impedimento ou limitação le- Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar a ava-
gal à aplicação da política referida no caput à unidade da instituição liação interna de risco na forma do caput devem formalizar essa
situada no exterior, deverá ser elaborado relatório justificando o opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,
impedimento ou a limitação. da diretoria da instituição.
Art. 6º A política referida no art. 2º deve ser divulgada aos Art. 12. A avaliação interna de risco deve ser:
funcionários da instituição, parceiros e prestadores de serviços ter- I - documentada e aprovada pelo diretor referido no art. 9º;
ceirizados, mediante linguagem clara e acessível, em nível de de- II - encaminhada para ciência:
talhamento compatível com as funções desempenhadas e com a a) ao comitê de risco, quando houver;
sensibilidade das informações. b) ao comitê de auditoria, quando houver; e
Art. 7º A política referida no art. 2º deve ser: c) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria
I - documentada; da instituição; e
II - aprovada pelo conselho de administração ou, se inexisten- III - revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem
te, pela diretoria da instituição; e alterações significativas nos perfis de risco mencionados no art. 10,
III - mantida atualizada. § 1º.

CAPÍTULO III CAPÍTULO V


DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVA- DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS
GEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO A CONHECER OS CLIENTES
Art. 8º As instituições mencionadas no art. 1º devem dispor de SEÇÃO I
estrutura de governança visando a assegurar o cumprimento da po- DOS PROCEDIMENTOS
lítica referida no art. 2º e dos procedimentos e controles internos
Art. 13. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-
de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terro-
mentar procedimentos destinados a conhecer seus clientes, in-
rismo previstos nesta Circular.
cluindo procedimentos que assegurem a devida diligência na sua
Art. 9º As instituições referidas no art. 1º devem indicar for-
identificação, qualificação e classificação.
malmente ao Banco Central do Brasil diretor responsável pelo cum-
§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem ser compa-
primento das obrigações previstas nesta Circular.
tíveis com:
§ 1º O diretor mencionado no caput pode desempenhar outras
I - o perfil de risco do cliente, contemplando medidas refor-
funções na instituição, desde que não haja conflito de interesses.
çadas para clientes classificados em categorias de maior risco, de
§ 2º A responsabilidade mencionada no caput deve ser obser-
acordo com a avaliação interna de risco referida no art. 10;
vada em cada instituição, mesmo no caso de opção pela faculdade
II - a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financia-
estabelecida nos arts. 4º, 11, 42, 46 e 52.
mento do terrorismo de que trata o art. 2º; e
III - a avaliação interna de risco de que trata o art. 10.
CAPÍTULO IV § 2º Os procedimentos mencionados no caput devem ser for-
DA AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO malizados em manual específico.
§ 3º O manual referido no § 2º deve ser aprovado pela direto-
Art. 10. As instituições referidas no art. 1º devem realizar ava-
ria da instituição e mantido atualizado.
liação interna com o objetivo de identificar e mensurar o risco de
Art. 14. As informações obtidas e utilizadas nos procedimentos
utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem de di-
referidos no art. 13 devem ser armazenadas em sistemas informa-
nheiro e do financiamento do terrorismo.
tizados e utilizadas nos procedimentos de que trata o Capítulo VII.
§ 1º Para identificação do risco de que trata o caput, a avalia-
Art. 15. Os procedimentos previstos neste Capítulo devem ser
ção interna deve considerar, no mínimo, os perfis de risco:
observados sem prejuízo do disposto na regulamentação que disci-
I - dos clientes;
plina produtos e serviços específicos.
II - da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geo-
gráfica de atuação;
III - das operações, transações, produtos e serviços, abrangen- SEÇÃO II
do todos os canais de distribuição e a utilização de novas tecnolo- DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES
gias; e
Art. 16. As instituições referidas no art. 1º devem adotar proce-
IV - das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e
dimentos de identificação que permitam verificar e validar a iden-
prestadores de serviços terceirizados.
tidade do cliente.
§ 2º O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua pro-
§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem incluir a ob-
babilidade de ocorrência e à magnitude dos impactos financeiro,
tenção, a verificação e a validação da autenticidade de informações
jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.
de identificação do cliente, inclusive, se necessário, mediante con-
§ 3º Devem ser definidas categorias de risco que possibilitem
frontação dessas informações com as disponíveis em bancos de da-
a adoção de controles de gerenciamento e de mitigação reforçados
dos de caráter público e privado.
para as situações de maior risco e a adoção de controles simplifica-
§ 2º No processo de identificação do cliente devem ser coleta-
dos nas situações de menor risco.
dos, no mínimo:
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I - o nome completo e o número de registro no Cadastro de I - familiar, os parentes, na linha reta ou colateral, até o segun-
Pessoas Físicas (CPF), no caso de pessoa natural; e (Redação dada, do grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a
a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) enteada; e
II - a firma ou denominação social e o número de registro no II - estreito colaborador:
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de pessoa jurí- a) pessoa natural conhecida por ter qualquer tipo de estreita
dica. (Redação dada, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº relação com pessoa exposta politicamente, inclusive por:
119, de 27/7/2021.) 1. ter participação conjunta em pessoa jurídica de direito pri-
§ 3º No caso de cliente pessoa natural residente no exterior vado;
desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria 2. figurar como mandatária, ainda que por instrumento parti-
da Receita Federal do Brasil, admite-se a utilização de documento cular da pessoa mencionada no item 1; ou
de viagem na forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o 3. ter participação conjunta em arranjos sem personalidade
país emissor, o número e o tipo do documento. jurídica; e
§ 4º No caso de cliente pessoa jurídica com domicílio ou sede b) pessoa natural que tem o controle de pessoas jurídicas ou
no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida de arranjos sem personalidade jurídica, conhecidos por terem sido
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições devem criados para o benefício de pessoa exposta politicamente.
coletar, no mínimo, o nome da empresa, o endereço da sede e o § 2º Para os clientes qualificados como pessoa exposta politi-
número de identificação ou de registro da empresa no respectivo camente ou como representante, familiar ou estreito colaborador
país de origem. dessas pessoas, as instituições mencionadas no art. 1º devem:
Art. 17. As informações referidas no art. 16 devem ser manti- I - adotar procedimentos e controles internos compatíveis com
das atualizadas. essa qualificação;
II - considerar essa qualificação na classificação do cliente nas
SEÇÃO III categorias de risco referidas no art. 20; e
III - avaliar o interesse no início ou na manutenção do relacio-
DA QUALIFICAÇÃO DOS CLIENTES
namento com o cliente.
Art. 18. As instituições mencionadas no art. 1º devem adotar § 3º A avaliação mencionada no § 2º, inciso III, deve ser realiza-
procedimentos que permitam qualificar seus clientes por meio da da por detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior ao
coleta, verificação e validação de informações, compatíveis com o do responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.
perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio.
§ 1º Os procedimentos de qualificação referidos no caput de- SEÇÃO IV
vem incluir a coleta de informações que permitam: (Redação dada,
DA CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES
a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
I - identificar o local de residência, no caso de pessoa natural; Art. 20. As instituições mencionadas no art. 1º devem classifi-
(Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de car seus clientes nas categorias de risco definidas na avaliação in-
27/7/2021.) terna de risco mencionada no art. 10, com base nas informações
II - identificar o local da sede ou filial, no caso de pessoa jurídi- obtidas nos procedimentos de qualificação do cliente referidos no
ca; e (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, art. 18.
de 27/7/2021.) Parágrafo único. A classificação mencionada no caput deve ser:
III - avaliar a capacidade financeira do cliente, incluindo a ren- I - realizada com base no perfil de risco do cliente e na natureza
da, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de pes- da relação de negócio; e
soa jurídica. (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº II - revista sempre que houver alterações no perfil de risco do
119, de 27/7/2021.) cliente e na natureza da relação de negócio.
§ 2º A necessidade de verificação e de validação das informa-
ções referidas no § 1º deve ser avaliada pelas instituições de acordo SEÇÃO V
com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de
DISPOSIÇÕES COMUNS À IDENTIFICAÇÃO, À QUALIFICA-
negócio.
ÇÃO E À CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES
§ 3º Nos procedimentos de que trata o caput, devem ser cole-
tadas informações adicionais do cliente compatíveis com o risco de Art. 21. As instituições referidas no art. 1º devem adotar os
utilização de produtos e serviços na prática da lavagem de dinheiro procedimentos de identificação, de qualificação e de classificação
e do financiamento do terrorismo. previstos neste Capítulo para os administradores de clientes pesso-
§ 4º A qualificação do cliente deve ser reavaliada de forma per- as jurídicas e para os representantes de clientes.
manente, de acordo com a evolução da relação de negócio e do Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem
perfil de risco. ser compatíveis com a função exercida pelo administrador e com a
§ 5º As informações coletadas na qualificação do cliente de- abrangência da representação.
vem ser mantidas atualizadas. Art. 22. Os critérios utilizados para a definição das informações
§ 6º O Banco Central do Brasil poderá divulgar rol de informa- necessárias e dos procedimentos de verificação, validação e atu-
ções a serem coletadas, verificadas e validadas em procedimentos alização das informações para cada categoria de risco devem ser
específicos de qualificação de clientes. previstos no manual de que trata o art. 13, § 2º.
Art. 19. Os procedimentos de qualificação referidos no art. 18 Art. 23. É vedado às instituições referidas no art. 1º iniciar re-
devem incluir a verificação da condição do cliente como pessoa ex- lação de negócios sem que os procedimentos de identificação e de
posta politicamente, nos termos do art. 27, bem como a verifica- qualificação do cliente estejam concluídos.
ção da condição de representante, familiar ou estreito colaborador
dessas pessoas.
§ 1º Para os fins desta Circular, considera-se:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Parágrafo único. Admite-se, por um período máximo de trinta d) instituições financeiras ou similares, operando por conta
dias, o início da relação de negócios em caso de insuficiência de própria; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº
informações relativas à qualificação do cliente, desde que não haja 119, de 27/7/2021.)
prejuízo aos procedimentos de monitoramento e seleção de que e) administradores de carteiras, operando por conta própria;
trata o art. 39. (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
27/7/2021.)
SEÇÃO VI f) sociedades seguradoras e entidades de previdência privada;
e (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
DA IDENTIFICAÇÃO E DA QUALIFICAÇÃO DO BENEFICIÁ-
27/7/2021.)
RIO FINAL
g) fundos de investimento, desde que, cumulativamente:
Art. 24. Os procedimentos de qualificação do cliente pessoa (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
jurídica devem incluir a análise da cadeia de participação societária 27/7/2021.)
até a identificação da pessoa natural caracterizada como seu bene- 1. o número de cotistas seja igual ou superior a cem e nenhum
ficiário final, observado o disposto no art. 25. deles detenha mais de 25% (vinte e cinco por cento) das cotas; e
§ 1º Devem ser aplicados à pessoa natural referida no caput, (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
no mínimo, os procedimentos de qualificação definidos para a cate- 27/7/2021.)
goria de risco do cliente pessoa jurídica na qual o beneficiário final 2. a administração da carteira de ativos seja feita de forma dis-
detenha participação societária. cricionária por administrador profissional sujeito à fiscalização de
§ 2º É também considerado beneficiário final o representante, autoridade supervisora com a qual o Banco Central do Brasil man-
inclusive o procurador e o preposto, que exerça o comando de fato tenha convênio para a troca de informações relativas à prevenção
sobre as atividades da pessoa jurídica. da utilização do sistema financeiro para a prática dos crimes de la-
§ 3º Excetuam-se do disposto no caput: (Redação dada, a partir vagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo. (Incluído, a
de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
I - as pessoas jurídicas caracterizadas como companhia aber- § 4º No caso das entidades relacionadas no § 3º, as informa-
ta; (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de ções coletadas devem abranger as das pessoas naturais autoriza-
27/7/2021.) das a representá-las, bem como as de seus controladores, adminis-
II - as entidade sem fins lucrativos; (Incluído, a partir de tradores ou gestores, e diretores, se houver. (Incluído, a partir de
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
III - as cooperativas; (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Reso- Art. 25. As instituições mencionadas no art. 1º devem estabe-
lução BCB nº 119, de 27/7/2021.) lecer valor mínimo de referência de participação societária para a
IV - os fundos e clubes de investimento registrados na Comis- identificação de beneficiário final.
são de Valores Mobiliários, desde que, cumulativamente: (Incluído, § 1º O valor mínimo de referência de participação societária
a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) de que trata o caput deve ser estabelecido com base no risco e não
a) não sejam fundos exclusivos; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pode ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), considerada, em
pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) qualquer caso, a participação direta e a indireta.
b) obtenham recursos de investidores com o propósito de atri- § 2º O valor de referência de que trata o caput deve ser justi-
buir o desenvolvimento e a gestão de uma carteira de investimento ficado e documentado no manual de procedimentos referido no
a um gestor qualificado que deve ter plena discricionariedade na art. 13, § 2º.
representação e na tomada de decisão perante as entidades investi- Art. 26. No caso de relação de negócio com cliente residente
das, não sendo obrigado a consultar os cotistas para essas decisões no exterior, que também seja cliente de instituição do mesmo gru-
e tampouco indicar os cotistas ou partes a eles ligadas para atuar po no exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual o
nas entidades investidas; e (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Re- Banco Central do Brasil mantenha convênio para a troca de infor-
solução BCB nº 119, de 27/7/2021.) mações, admite-se que as informações relativas ao beneficiário fi-
c) seja informado o número de registro no CPF, no caso de pes- nal sejam obtidas da instituição no exterior, desde que assegurado
soa natural, ou do número de registro no CNPJ, no caso de pessoa ao Banco Central do Brasil o acesso às informações e aos procedi-
jurídica, de todos os cotistas para a Secretaria Especial da Receita mentos adotados.
Federal do Brasil (RFB), na forma por esta definida em regulamenta-
ção específica; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB SEÇÃO VII
nº 119, de 27/7/2021.)
DA QUALIFICAÇÃO COMO PESSOA EXPOSTA POLITICA-
V - os fundos de investimento registrados na Comissão de Va-
MENTE
lores Mobiliários, constituídos na forma de condomínio fechado,
cujas cotas sejam negociadas em mercado organizado; e (Incluído, Art. 27. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-
a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) mentar procedimentos que permitam qualificar seus clientes como
VI - os investidores não residentes classificados como: (Incluído, pessoa exposta politicamente.
a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) § 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente:
a) governos, entidades governamentais e bancos centrais, as- I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo
sim como fundos soberanos ou companhias de investimento con- e Legislativo da União;
troladas por fundos soberanos e similares; (Incluída, a partir de II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) a) Ministro de Estado ou equiparado;
b) organismos multilaterais; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, b) Natureza Especial ou equivalente;
pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de
c) companhias abertas ou equivalentes; (Incluída, a partir de entidades da administração pública indireta; e
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6,
ou equivalente;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo CAPÍTULO VI
Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais DO REGISTRO DE OPERAÇÕES
Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regio- SEÇÃO I
nais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do
DISPOSIÇÕES GERAIS
Conselho da Justiça Federal;
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Art. 28. As instituições referidas no art. 1º devem manter regis-
Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da Repú- tros de todas as operações realizadas, produtos e serviços contrata-
blica, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justi- dos, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimen-
ça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procurado- tos e transferências de recursos.
res-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; § 1º Os registros referidos no caput devem conter, no mínimo,
V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador- as seguintes informações sobre cada operação:
-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Ministério Público junto ao I - tipo;
Tribunal de Contas da União; II - valor, quando aplicável;
VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, III - data de realização;
de partidos políticos; IV - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do titular
VII - os Governadores e os Secretários de Estado e do Distri- e do beneficiário da operação, no caso de pessoa residente ou se-
to Federal, os Deputados Estaduais e Distritais, os presidentes, ou diada no País; e
equivalentes, de entidades da administração pública indireta esta- V - canal utilizado.
dual e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribunais § 2º No caso de operações envolvendo pessoa natural residen-
Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do te no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida
Distrito Federal; e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições devem
VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os incluir no registro as seguintes informações:
presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração pú- I - nome;
blica indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou II - tipo e número do documento de viagem e respectivo país
equivalentes dos Municípios. emissor; e
§ 2º São também consideradas expostas politicamente as pes- III - organismo internacional de que seja representante para o
soas que, no exterior, sejam: exercício de funções específicas no País, quando for o caso.
I - chefes de estado ou de governo; § 3º No caso de operações envolvendo pessoa jurídica com do-
II - políticos de escalões superiores; micílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na
III - ocupantes de cargos governamentais de escalões superio- forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as insti-
res; tuições devem incluir no registro as seguintes informações:
IV - oficiais-generais e membros de escalões superiores do Po- I - nome da empresa; e
der Judiciário; II - número de identificação ou de registro da empresa no res-
V - executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou pectivo país de origem.
VI - dirigentes de partidos políticos. Art. 29. Os registros de que trata este Capítulo devem ser reali-
§ 3º São também consideradas pessoas expostas politicamente zados inclusive nas situações em que a operação ocorrer no âmbito
os dirigentes de escalões superiores de entidades de direito inter- da mesma instituição.
nacional público ou privado.
§ 4º No caso de clientes residentes no exterior, para fins do SEÇÃO II
disposto no caput, as instituições mencionadas no art. 1º devem DO REGISTRO DE OPERAÇÕES DE PAGAMENTO, DE RECE-
adotar pelo menos duas das seguintes providências: BIMENTO E DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua
qualificação; Art. 30. No caso de operações relativas a pagamentos, rece-
II - recorrer a informações públicas disponíveis; e bimentos e transferências de recursos, por meio de qualquer ins-
III - consultar bases de dados públicas ou privadas sobre pesso- trumento, as instituições referidas no art. 1º devem incluir nos
as expostas politicamente. registros mencionados no art. 28 as informações necessárias à
§ 5º A condição de pessoa exposta politicamente deve ser apli- identificação da origem e do destino dos recursos.
cada pelos cinco anos seguintes à data em que a pessoa deixou de § 1º A origem mencionada no caput refere-se à instituição pa-
se enquadrar nas categorias previstas nos §§ 1º, 2º, e 3º. gadora, sacada ou remetente e à pessoa sacada ou remetente dos
§ 6º No caso de relação de negócio com cliente residente no recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-
exterior que também seja cliente de instituição do mesmo grupo no mento utilizado na transação.
exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual o Banco § 2º O destino mencionado no caput refere-se à instituição re-
Central do Brasil mantenha convênio para troca de informações, cebedora ou destinatária e à pessoa recebedora ou destinatária dos
admite-se que as informações de qualificação de pessoa exposta recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-
politicamente sejam obtidas da instituição no exterior, desde que mento utilizado na transação.
assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos da- § 3º Para fins do cumprimento do disposto no caput, devem
dos e procedimentos adotados. ser incluídas no registro das operações, no mínimo, as seguintes
informações, quando couber:
I - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do reme-
tente ou sacado;
II - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do recebe-
dor ou beneficiário;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - códigos de identificação, no sistema de liquidação de paga- II - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do por-
mentos ou de transferência de fundos, das instituições envolvidas tador dos recursos;
na operação; e III - a finalidade do saque; e
IV - números das dependências e das contas envolvidas na ope- IV - o número do protocolo referido no art. 36, § 2º, inciso II.
ração. Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta-
§ 4º No caso de transferência de recursos por meio de cheque, dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do
as instituições mencionadas no art. 1º devem incluir no registro da caput, a instituição deve registrar o fato e utilizar essa informação
operação, além das informações referidas no § 3º, o número do nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que
cheque. tratam os art. 38 a 47.
Art. 31. Caso as instituições referidas no art. 1º estabeleçam Art. 36. As instituições mencionadas no art. 1º devem requerer
relação de negócio com terceiros não sujeitos a autorização para dos sacadores clientes e não clientes solicitação de provisionamen-
funcionar do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de to com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das operações
pagamento do qual a instituição também participe, deve ser esti- de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de
pulado em contrato o acesso da instituição à identificação dos des- pagamento, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta
tinatários finais dos recursos, para fins de prevenção à lavagem de mil reais).
dinheiro e do financiamento do terrorismo. § 1º As operações de saque de que trata o caput devem ser
Parágrafo único. O disposto no caput se aplica inclusive no caso consideradas individualmente, para efeitos de observação do limite
de relação de negócio que envolva a interoperabilidade com arran- previsto no caput.
jo de pagamento não sujeito a autorização pelo Banco Central do § 2º As instituições referidas no caput devem:
Brasil, do qual as instituições referidas no art. 1º não participem. I - possibilitar a solicitação de provisionamento por meio do
Art. 32. No caso de transferência de recursos por meio da sítio eletrônico da instituição na internet e das agências ou Postos
compensação interbancária de cheque, a instituição sacada deve de Atendimento;
informar à instituição depositária, e a instituição depositária deve II - emitir protocolo de atendimento ao cliente ou ao sacador
informar à instituição sacada, os números de inscrição no CPF ou não cliente, no qual devem ser informados o valor da operação, a
no CNPJ dos titulares da conta sacada e da conta depositária, res- dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a data progra-
pectivamente. mada para o saque; e
III - registrar, no ato da solicitação de provisionamento, as in-
SEÇÃO III formações indicadas no art. 35, conforme o caso.
§ 3º No caso de saque em espécie a ser realizado por meio de
DO REGISTRO DAS OPERAÇÕES EM ESPÉCIE
cheque por sacador não cliente, a solicitação de provisionamento
Art. 33. No caso de operações com utilização de recursos em de que trata o caput deve ser realizada exclusivamente em agências
espécie de valor individual superior a R$2.000,00 (dois mil reais), ou em Postos de Atendimento.
as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além § 4º O disposto neste artigo deve ser observado sem prejuízo
das informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o respectivo do art. 2º da Resolução nº 3.695, de 26 de março de 2009.
número de inscrição no CPF do portador dos recursos. Art. 37. As instituições referidas no art. 1º devem manter regis-
Parágrafo único. Nas operações de que trata o caput, realizadas tro específico de recebimentos de boleto de pagamento pagos com
por empresa de transporte de valores devidamente autorizada e recursos em espécie.
registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em Parágrafo único. A instituição que receber boleto de pagamen-
vigor, considera-se essa empresa como a portadora dos recursos, a to que não seja de sua emissão deve remeter à instituição emissora
qual será identificada por meio do registro do número de inscrição a informação de que o boleto foi pago em espécie.
no CNPJ e da firma ou denominação social. (Incluído, a partir de
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) CAPÍTULO VII
Art. 34. No caso de operações de depósito ou aporte em espé-
DO MONITORAMENTO, DA SELEÇÃO E DA ANÁLISE DE
cie de valor individual igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta
OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS
mil reais), as instituições referidas no art. 1º devem incluir no regis-
tro, além das informações previstas nos arts. 28 e 30: SEÇÃO I
I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO, SELEÇÃO E
CNPJ, conforme o caso, do proprietário dos recursos; ANÁLISE DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS
II - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do por- Art. 38. As instituições referidas no art. 1º devem implemen-
tador dos recursos; e tar procedimentos de monitoramento, seleção e análise de opera-
III - a origem dos recursos depositados ou aportados. ções e situações com o objetivo de identificar e dispensar especial
Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta- atenção às suspeitas de lavagem de dinheiro e de financiamento
dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do do terrorismo.
caput, a instituição deve registrar o fato e utilizar essa informação § 1º Para os fins desta Circular, operações e situações suspeitas
nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que referem-se a qualquer operação ou situação que apresente indícios
tratam os art. 38 a 47. de utilização da instituição para a prática dos crimes de lavagem de
Art. 35. No caso de operações de saque, inclusive as realizadas dinheiro e de financiamento do terrorismo.
por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor individual § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem ser aplica-
igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as institui- dos, inclusive, às propostas de operações.
ções referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das infor- § 3º Os procedimentos mencionados no caput devem:
mações previstas nos arts. 28 e 30: I - ser compatíveis com a política de prevenção à lavagem de
I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no dinheiro e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º;
CNPJ, conforme o caso, do destinatário dos recursos; II - ser definidos com base na avaliação interna de risco de que
trata o art. 10;
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III - considerar a condição de pessoa exposta politicamente, Art. 41. Devem ser incluídos no manual referido no art. 38, §
nos termos do art. 27, bem como a condição de representante, 3º, inciso IV:
familiar ou estreito colaborador da pessoa exposta politicamente, I - os critérios de definição da periodicidade de execução dos
nos termos do art. 19; e procedimentos de monitoramento e seleção para os diferentes ti-
IV - estar descritos em manual específico, aprovado pela dire- pos de operações e situações monitoradas; e
toria da instituição. II - os parâmetros, as variáveis, as regras e os cenários utiliza-
dos no monitoramento e seleção para os diferentes tipos de ope-
SEÇÃO II rações e situações.
Art. 42. Os procedimentos de monitoramento e seleção referi-
DO MONITORAMENTO E DA SELEÇÃO DE OPERAÇÕES E
dos no art. 39 podem ser realizados de forma centralizada em ins-
SITUAÇÕES SUSPEITAS
tituição do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de
Art. 39. As instituições referidas no art. 1º devem implementar crédito.
procedimentos de monitoramento e seleção que permitam identi- Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar os
ficar operações e situações que possam indicar suspeitas de lava- procedimentos de monitoramento e seleção na forma do caput de-
gem de dinheiro e de financiamento do terrorismo, especialmente: vem formalizar essa opção em reunião do conselho de administra-
I - as operações realizadas e os produtos e serviços contrata- ção ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
dos que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas
de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento SEÇÃO III
econômico ou legal, possam configurar a existência de indícios de
DOS PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES E
lavagem de dinheiro ou de financiamento do terrorismo, inclusive:
SITUAÇÕES SUSPEITAS
a) as operações realizadas ou os serviços prestados que, por
sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objeti- Art. 43. As instituições referidas no art. 1º devem implementar
ve burlar os procedimentos de identificação, qualificação, registro, procedimentos de análise das operações e situações selecionadas
monitoramento e seleção previstos nesta Circular; por meio dos procedimentos de monitoramento e seleção de que
b) as operações de depósito ou aporte em espécie, saque em trata o art. 39, com o objetivo de caracterizá-las ou não como sus-
espécie, ou pedido de provisionamento para saque que apresen- peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
tem indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, § 1º O período para a execução dos procedimentos de análise
da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade das operações e situações selecionadas não pode exceder o prazo
de bens, direitos e valores; de quarenta e cinco dias, contados a partir da data da seleção da
c) as operações realizadas e os produtos e serviços contratados operação ou situação.
que, considerando as partes e os valores envolvidos, apresentem § 2º A análise mencionada no caput deve ser formalizada em
incompatibilidade com a capacidade financeira do cliente, incluin- dossiê, independentemente da comunicação ao Coaf referida no
do a renda, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso art. 48.
de pessoa jurídica, e o patrimônio; Art. 44. É vedada:
d) as operações com pessoas expostas politicamente de nacio- I - a contratação de terceiros para a realização da análise refe-
nalidade brasileira e com representantes, familiares ou estreitos rida no art. 43; e
colaboradores de pessoas expostas politicamente; II - a realização da análise referida no art. 43 no exterior.
e) as operações com pessoas expostas politicamente estran- Parágrafo único. A vedação mencionada no caput não inclui a
geiras; contratação de terceiros para a prestação de serviços auxiliares à
f) os clientes e as operações em relação aos quais não seja pos- análise referida no art. 43.
sível identificar o beneficiário final; Art. 45. As instituições referidas no art. 1º devem dispor, no
g) as operações oriundas ou destinadas a países ou territórios País, de recursos e competências necessários à análise de opera-
com deficiências estratégicas na implementação das recomenda- ções e situações suspeitas referida no art. 43.
ções do Grupo de Ação Financeira (Gafi); e Art. 46. Os procedimentos de análise referidos no art. 43 po-
h) as situações em que não seja possível manter atualizadas as dem ser realizados de forma centralizada em instituição do conglo-
informações cadastrais de seus clientes; e merado prudencial e do sistema cooperativo de crédito.
II - as operações e situações que possam indicar suspeitas de Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar os
financiamento do terrorismo. procedimentos de análise na forma do caput devem formalizar a
Parágrafo único. O período para a execução dos procedimen- opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,
tos de monitoramento e de seleção das operações e situações sus- da diretoria da instituição.
peitas não pode exceder o prazo de quarenta e cinco dias, contados
a partir da data de ocorrência da operação ou da situação. SEÇÃO IV
Art. 40. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar
DISPOSIÇÕES GERAIS
que os sistemas utilizados no monitoramento e na seleção de ope-
rações e situações suspeitas contenham informações detalhadas Art. 47. No caso de contratação de serviços de processamento
das operações realizadas e das situações ocorridas, inclusive infor- e armazenamento de dados e de computação em nuvem utilizados
mações sobre a identificação e a qualificação dos envolvidos. para monitoramento e seleção de operações e situações suspeitas,
§ 1º As instituições devem manter documentação detalhada bem como de serviços auxiliares à análise dessas operações e situa-
dos parâmetros, variáveis, regras e cenários utilizados no monitora- ções, as instituições referidas no art. 1º devem observar:
mento e seleção de operações e situações que possam indicar sus- I - o disposto no Capítulo III da Circular nº 3.909, de 16 de agos-
peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo. to de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida Circu-
§ 2º Os sistemas e os procedimentos utilizados no monitora- lar, no caso de instituições de pagamento; e
mento e na seleção de operações e situações suspeitas devem ser
passíveis de verificação quanto à sua adequação e efetividade.
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II - o disposto no Capítulo III da Resolução nº 4.658, de 26 de I - é pessoa exposta politicamente ou representante, familiar
abril de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida ou estreito colaborador dessa pessoa;
Resolução, no caso de instituições financeiras e demais instituições II - é pessoa que, reconhecidamente, praticou ou tenha inten-
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. tado praticar atos terroristas ou deles participado ou facilitado o
seu cometimento; e
CAPÍTULO VIII III - é pessoa que possui ou controla, direta ou indiretamente,
recursos na instituição, no caso do inciso II.
DOS PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO AO COAF
Art. 54. As instituições de que trata o art. 1º que não tiverem
SEÇÃO I efetuado comunicações ao Coaf em cada ano civil deverão pres-
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEI- tar declaração, até dez dias úteis após o encerramento do referido
TAS ano, atestando a não ocorrência de operações ou situações passí-
Art. 48. As instituições referidas no art. 1º devem comunicar ao veis de comunicação.
Coaf as operações ou situações suspeitas de lavagem de dinheiro e Art. 55. As instituições referidas no art. 1º devem se habilitar
de financiamento do terrorismo. para realizar as comunicações no Sistema de Controle de Ativida-
§ 1º A decisão de comunicação da operação ou situação ao des Financeiras (Siscoaf), do Coaf.
Coaf deve:
I - ser fundamentada com base nas informações contidas no CAPÍTULO IX
dossiê mencionado no art. 43, § 2º; DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER FUN-
II - ser registrada de forma detalhada no dossiê mencionado CIONÁRIOS, PARCEIROS E PRESTADORES DE SERVIÇOS TER-
no art. 43, § 2º; e CEIRIZADOS
III - ocorrer até o final do prazo de análise referido no art. 43,
§ 1º. Art. 56. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-
§ 2º A comunicação da operação ou situação suspeita ao Coaf mentar procedimentos destinados a conhecer seus funcionários,
deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da decisão de comuni- parceiros e prestadores de serviços terceirizados, incluindo proce-
cação. dimentos de identificação e qualificação.
Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem
ser compatíveis com a política de prevenção à lavagem de dinheiro
SEÇÃO II e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º e com a
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES EM ESPÉCIE avaliação interna de risco de que trata o art. 10.
Art. 49. As instituições mencionadas no art. 1º devem comu- Art. 57. Os procedimentos referidos no art. 56 devem ser for-
nicar ao Coaf: malizados em documento específico aprovado pela diretoria da
I - as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque instituição.
em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil Parágrafo único. O documento mencionado no caput deve ser
reais); mantido atualizado.
II - as operações relativas a pagamentos, recebimentos e trans- Art. 58. As instituições referidas no art. 1º devem classificar as
ferências de recursos, por meio de qualquer instrumento, contra atividades exercidas por seus funcionários, parceiros e prestadores
pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 de serviços terceirizados nas categorias de risco definidas na avalia-
(cinquenta mil reais); e ção interna de risco, nos termos do art. 10.
III - a solicitação de provisionamento de saques em espécie de § 1º A classificação em categorias de risco mencionada no
valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais) de que caput deve ser mantida atualizada.
trata o art. 36. § 2º Os critérios para a classificação em categorias de risco re-
Parágrafo único. A comunicação mencionada no caput deve ferida no caput devem estar previstos no documento mencionado
ser realizada até o dia útil seguinte ao da ocorrência da operação no art. 57.
ou do provisionamento. § 3º As informações relativas aos funcionários, parceiros e
prestadores de serviços terceirizados devem ser mantidas atuali-
zadas, considerando inclusive eventuais alterações que impliquem
SEÇÃO III
mudança de classificação nas categorias de risco.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 59. As instituições referidas no art. 1º, na celebração de
Art. 50. As instituições referidas no art. 1º devem realizar as contratos com instituições financeiras sediadas no exterior, devem:
comunicações mencionadas nos arts. 48 e 49 sem dar ciência aos I - obter informações sobre o contratado que permitam com-
envolvidos ou a terceiros. preender a natureza de sua atividade e a sua reputação;
Art. 51. As comunicações alteradas ou canceladas após o quin- II - verificar se o contratado foi objeto de investigação ou de
to dia útil seguinte ao da sua realização devem ser acompanhadas ação de autoridade supervisora relacionada com lavagem de di-
de justificativa da ocorrência. nheiro ou com financiamento do terrorismo;
Art. 52. As comunicações podem ser realizadas de forma cen- III - certificar que o contratado tem presença física no país onde
tralizada por meio de instituição do conglomerado prudencial e de está constituído ou licenciado;
sistema cooperativo de crédito, em nome da instituição na qual IV - conhecer os controles adotados pelo contratado relativos
ocorreu a operação ou a situação. à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terro-
Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar as rismo;
comunicações de forma centralizada, nos termos do caput, devem V - obter a aprovação do detentor de cargo ou função de nível
formalizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se hierárquico superior ao do responsável pela contratação; e
inexistente, da diretoria da instituição. VI - dar ciência do contrato de parceria ao diretor mencionado
Art. 53. As comunicações referidas nos arts. 48 e 49 devem es- no art. 9º.
pecificar, quando for o caso, se a pessoa objeto da comunicação:
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Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se inclusive às re- d) das medidas de desenvolvimento da cultura organizacional
lações de parceria estabelecidas com bancos correspondentes no voltadas à prevenção da lavagem de dinheiro e ao financiamento
exterior. do terrorismo;
Art. 60. As instituições referidas no art. 1º, na celebração de e) dos programas de capacitação periódica de pessoal;
contratos com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar f) dos procedimentos destinados a conhecer os funcionários,
do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento parceiros e prestadores de serviços terceirizados; e
do qual a instituição também participe, devem: g) das ações de regularização dos apontamentos oriundos da
I - obter informações sobre o terceiro que permitam compre- auditoria interna e da supervisão do Banco Central do Brasil.
ender a natureza de sua atividade e a sua reputação; Art. 64. Admite-se a elaboração de um único relatório de ava-
II - verificar se o terceiro foi objeto de investigação ou de ação liação de efetividade nos termos do art. 62, § 1º, relativo às insti-
de autoridade supervisora relacionada com lavagem de dinheiro ou tuições do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de
com financiamento do terrorismo; crédito.
III - certificar que o terceiro tem licença do instituidor do arran- Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar o re-
jo para operar, quando for o caso; latório de avaliação de efetividade na forma do caput devem for-
IV - conhecer os controles adotados pelo terceiro relativos à malizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se
prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terroris- inexistente, da diretoria da instituição.
mo; e Art. 65. As instituições referidas no art. 1º devem elaborar pla-
V - dar ciência do contrato ao diretor mencionado no art. 9º. no de ação destinado a solucionar as deficiências identificadas por
meio da avaliação de efetividade de que trata o art. 62.
CAPÍTULO X § 1º O acompanhamento da implementação do plano de ação
referido no caput deve ser documentado por meio de relatório de
DOS MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E DE CON-
acompanhamento.
TROLE
§ 2º O plano de ação e o respectivo relatório de acompanha-
Art. 61. As instituições mencionadas no art. 1º devem instituir mento devem ser encaminhados para ciência e avaliação, até 30 de
mecanismos de acompanhamento e de controle de modo a assegu- junho do ano seguinte ao da data-base do relatório de que trata o
rar a implementação e a adequação da política, dos procedimentos art. 62, § 1º:
e dos controles internos de que trata esta Circular, incluindo: I - do comitê de auditoria, quando houver;
I - a definição de processos, testes e trilhas de auditoria; II - da diretoria da instituição; e
II - a definição de métricas e indicadores adequados; e III - do conselho de administração, quando existente.
III - a identificação e a correção de eventuais deficiências.
Parágrafo único. Os mecanismos de que trata o caput devem CAPÍTULO XII
ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna, quando
DISPOSIÇÕES FINAIS
aplicáveis, compatíveis com os controles internos da instituição.
Art. 66. Devem permanecer à disposição do Banco Central do
CAPÍTULO XI Brasil:
I - o documento de que trata o art. 7º, inciso I, relativo à política
DA AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE
de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terro-
Art. 62. As instituições referidas no art. 1º devem avaliar a efe- rismo de que trata o art. 2º;
tividade da política, dos procedimentos e dos controles internos de II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
que trata esta Circular. inexistência, da diretoria da instituição, no caso de ser formalizada
§ 1º A avaliação referida no caput deve ser documentada em a opção de que trata o caput do art. 4º;
relatório específico. III - o relatório de que trata o art. 5º, parágrafo único, se exis-
§ 2º O relatório de que trata o § 1º deve ser: tente;
I - elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro; e IV - o documento relativo à avaliação interna de risco de que
II - encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguin- trata o art. 12, inciso I, juntamente com a documentação de supor-
te ao da data-base: te à sua elaboração;
a) ao comitê de auditoria, quando houver; e V - o contrato referido no art. 31;
b) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria VI - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
da instituição. inexistência, da diretoria da instituição, no caso de serem formali-
Art. 63. O relatório referido no art. 62, § 1º, deve: zadas as opções mencionadas nos arts. 11, 42, 46, 52 e 64;
I - conter informações que descrevam: VII - o relatório de avaliação de efetividade de que trata o art.
a) a metodologia adotada na avaliação de efetividade; 62, § 1º;
b) os testes aplicados; VIII - as versões anteriores da avaliação interna de risco de que
c) a qualificação dos avaliadores; e trata o art. 10;
d) as deficiências identificadas; e IX - o manual relativo aos procedimentos destinados a conhe-
II - conter, no mínimo, a avaliação: cer os clientes referido no art. 13, § 2º;
a) dos procedimentos destinados a conhecer clientes, incluin- X - o manual relativo aos procedimentos de monitoramento,
do a verificação e a validação das informações dos clientes e a ade- seleção e análise de operações e situações suspeitas mencionado
quação dos dados cadastrais; no art. 38, § 3º, inciso IV;
b) dos procedimentos de monitoramento, seleção, análise e XI - o documento relativo aos procedimentos destinados a co-
comunicação ao Coaf, incluindo a avaliação de efetividade dos pa- nhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços tercei-
râmetros de seleção de operações e de situações suspeitas; rizados mencionado no art. 57;
c) da governança da política de prevenção à lavagem de dinhei- XII - as versões anteriores do relatório de avaliação de efetivi-
ro e ao financiamento do terrorismo; dade de que trata o art. 62, § 1º;
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XIII - os dados, os registros e as informações relativas aos me- XVI - o art. 2º da Circular nº 3.727, de 6 de novembro de 2014;
canismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. XVII - o art. 3º da Circular nº 3.780, de 21 de janeiro de 2016; e
61; e XVIII - o art. 18 da Circular nº 3.858, de 14 de novembro de
XIV - os documentos relativos ao plano de ação e ao respectivo 2017.
relatório de acompanhamento mencionados no art. 65. Art. 70. Esta Circular entra em vigor em 1º de julho de 2020.
§ 1º O contrato referido no inciso V do caput deve permanecer
à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco
anos após o encerramento da relação contratual. CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E
§ 2º Os documentos e informações referidos nos incisos VIII a SUAS ALTERAÇÕES.
XIV do caput devem permanecer à disposição do Banco Central do
Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos.
Art. 67. As instituições referidas no art. 1º devem manter à dis- CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020
posição do Banco Central do Brasil e conservar pelo período míni-
mo de dez anos: Documento normativo revogado pela Resolução BCB nº 145, de
I - as informações coletadas nos procedimentos destinados a 24/9/2021, após a produção de seus efeitos no período de cálculo
conhecer os clientes de que tratam os arts. 13, 16 e 18, contado o com início em 1º de novembro de 2021 e término em 5 de novembro
prazo referido no caput a partir do primeiro dia do ano seguinte ao de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 16 de novembro de 2021.
término do relacionamento com o cliente;
II - as informações coletadas nos procedimentos destinados a
RESOLUÇÃO BCB Nº 145, DE 24 DE SETEMBRO DE 2021
conhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-
ceirizados de que trata o art. 56, contado o prazo referido no caput
a partir da data de encerramento da relação contratual; Define e consolida as regras do recolhimento compulsório
III - as informações e registros de que tratam os arts. 28 a 37, sobre recursos a prazo.
contado o prazo referido no caput a partir do primeiro dia do ano A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão re-
seguinte ao da realização da operação; e alizada em 23 de setembro de 2021, com base no art. 10, incisos III
IV - o dossiê referido no art. 43, § 2º. e IV, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e no art. 66 da Lei
Art. 68. A Circular nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, passa nº 9.069, de 29 de junho de 1995,
a vigorar com as seguintes alterações: RESOLVE:
“Art. 18. Os agentes autorizados a operar no mercado de
câmbio devem verificar a legalidade das operações, as responsa- CAPÍTULO I
bilidades das partes envolvidas, bem como identificar seus clientes DAS REGRAS GERAIS
previamente à realização das operações no mercado de câmbio na
forma prevista pela regulamentação sobre a política, os procedi- Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o recolhimento compulsó-
mentos e os controles internos na prevenção à prática dos crimes rio sobre recursos a prazo.
de ‘lavagem’ ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Art. 2º Sujeitam-se ao recolhimento compulsório sobre recur-
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento do terro- sos a prazo os bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de de-
rismo, de que trata a Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.” (NR) senvolvimento, bancos de investimento, bancos de câmbio, caixas
“Art. 135. As instituições autorizadas a operar no mercado de econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento.
câmbio devem desenvolver mecanismos que permitam evitar a Art. 3º Constitui Valor Sujeito a Recolhimento (VSR) a soma dos
prática de operações que visem a burlar os limites e outros reque- saldos inscritos nas seguintes rubricas contábeis do Plano Contábil
rimentos estabelecidos nesta Circular.” (NR) das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif):
“Art. 139. As instituições autorizadas a operar no mercado de I - 4.1.5.10.00-9 Depósitos a Prazo;
câmbio devem certificar-se da qualificação de seus clientes, me- II - 4.3.1.00.00-8 Recursos de Aceites Cambiais;
diante documentação em meio físico ou eletrônico e mediante a III - 4.3.4.50.00-2 Cédulas Pignoratícias de Debêntures;
realização, entre outras providências pertinentes, de avaliação de IV - 4.2.1.10.80-0 Títulos de Emissão Própria; e
desempenho, de procedimentos comerciais e de capacidade finan- V - 4.9.9.12.20-7 Contratos de Assunção de Obrigações - Vincu-
ceira.” (NR) lados a Operações Realizadas no Exterior.
Art. 69. Ficam revogados: Parágrafo único. Não integram o VSR os depósitos a prazo
I - a Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009; resultantes de operações de assistência ou de suporte financeiro
II - a Circular nº 3.517, de 7 de dezembro de 2010; contratadas com fundos ou outros mecanismos constituídos pelas
III - a Circular nº 3.583, de 12 de março de 2012; instituições do Sistema Financeiro Nacional na forma do § 1º do art.
IV - a Circular nº 3.654, de 27 de março de 2013; 28 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, inclusive
V - a Circular nº 3.839, de 28 de junho de 2017; com aqueles de que trata o art. 12, inciso IV, da Lei Complementar
VI - a Circular nº 3.889, de 28 de março de 2018; nº 130, de 17 de abril de 2009.
VII - os arts. 6º, 6º-A e 6º-B da Circular nº 3.680, de 4 de no- Art. 4º A base de cálculo da exigibilidade de recolhimento com-
vembro de 2013; pulsório sobre recursos a prazo corresponde à média aritmética dos
VIII - o § 2º do art. 11 da Circular nº 3.691, de 2013; VSR apurados nos dias úteis do período de cálculo, deduzida de
IX - o parágrafo único do art. 19 da Circular nº 3.691, de 2013; R$30.000.000,00 (trinta milhões de reais).
X - o art. 32 da Circular nº 3.691, de 2013; Parágrafo único. O período de cálculo compreende os dias
XI - o inciso IV do art. 32-A da Circular nº 3.691, de 2013; úteis de uma semana, com início na segunda-feira e término na sex-
XII - os incisos I e II do art. 139 da Circular nº 3.691, de 2013; ta-feira.
XIII - o art. 166 da Circular nº 3.691, de 2013; Art. 5º A exigibilidade do recolhimento compulsório é apurada
XIV - o art. 170 da Circular nº 3.691, de 2013; aplicando-se, sobre a base de cálculo de que trata o art. 4º, a alí-
XV - o art. 213 da Circular nº 3.691, de 2013; quota de 20% (vinte por cento).
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CAPÍTULO II nominal constante de 2% (dois por cento) do valor de base a cada
DAS DEDUÇÕES E ISENÇÕES período de cálculo a partir do período com início em 21 de junho de
2021 e término em 25 de junho de 2021, até sua extinção.
Art. 6º A exigibilidade, calculada na forma do art. 5º, será de-
duzida pela média, no período de cálculo, do valor do Limite Finan-
ceiro Total para operações da Linha de Liquidez a Termo (LLT) de CAPÍTULO III
que trata o art. 44 do Regulamento anexo à Resolução BCB nº 110, DO RECOLHIMENTO
de 1º de julho de 2021. Art. 10. A exigibilidade apurada vigora da segunda-feira da se-
§ 1º A dedução de que trata o caput é limitada ao valor de 3% gunda semana posterior ao encerramento do período de cálculo,
(três por cento) da base de cálculo, na forma do art. 4º. ou dia útil seguinte, se a segunda-feira não for dia útil, até a sexta-
§ 2º O valor do limite financeiro total da LLT, usado no cálculo -feira subsequente, devendo ser cumprida em espécie, mediante
da média, é o informado na abertura diária do sistema de Linha recolhimento em conta específica.
Financeira de Liquidez (LFL). § 1º O saldo de encerramento diário da respectiva conta de
Art. 7º A exigibilidade, calculada na forma do art. 5º, será de- recolhimento deve corresponder a 100% (cem por cento) da exigi-
duzida das seguintes parcelas: bilidade.
I - R$3.600.000.000,00 (três bilhões e seiscentos milhões de re- § 2º As instituições financeiras cujas exigibilidades sejam iguais
ais), para instituições financeiras independentes ou integrantes de ou inferiores a R$500.000,00 (quinhentos mil reais) estão isentas do
conglomerado financeiro cujo Nível I do Patrimônio de Referência recolhimento compulsório de que trata esta Resolução, devendo,
(PR) seja inferior a R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais); no entanto, prestar as informações conforme estabelecido no art.
II - R$2.400.000.000,00 (dois bilhões e quatrocentos milhões 12 desta Resolução.
de reais), para instituições financeiras independentes ou integran- § 3º O recolhimento da exigibilidade deve ser efetuado exclu-
tes de conglomerado financeiro cujo Nível I do PR seja igual ou sivamente por instituição titular de conta Reservas Bancárias ou de
superior a R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) e inferior a Conta de Liquidação, que comandará a respectiva transferência a
R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais); crédito da conta de recolhimento.
III - R$1.200.000.000,00 (um bilhão e duzentos milhões de § 4º A conta de recolhimento pode ser livremente movimen-
reais), para instituições financeiras independentes ou integrantes tada pela instituição titular, a crédito de sua conta Reservas Bancá-
de conglomerado financeiro cujo Nível I do PR seja igual ou su- rias ou Conta de Liquidação, durante o horário estabelecido para o
perior a R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais) e inferior a funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas (STR) do
R$15.000.000.000,00 (quinze bilhões de reais); e Banco Central do Brasil.
IV - 0 (zero), para instituições financeiras independentes ou in- § 5º A instituição não titular de conta Reservas Bancárias nem
tegrantes de conglomerado financeiro cujo Nível I do PR seja igual de Conta de Liquidação pode movimentar sua conta de recolhimen-
ou superior a R$15.000.000.000,00 (quinze bilhões de reais). to a crédito de conta Reservas Bancárias de sua livre escolha a cada
§ 1º Para fins da dedução de que trata este artigo, será consi- movimentação.
derado, para as instituições financeiras independentes ou integran-
tes de conglomerado financeiro, o Nível I do PR relativo a 30 de
junho de 2018, apurado na forma estabelecida pela Resolução BCB CAPÍTULO IV
que dispõe sobre a metodologia para apuração do PR. DO CUSTO FINANCEIRO
§ 2º Em caso de ausência da informação do Nível I do PR rela-
tivo a 30 de junho de 2018, será considerada, como critério para a Art. 11. A instituição financeira que não observar as normas
dedução de que trata este artigo, a informação do último Nível I do relativas à manutenção de saldo na conta de recolhimento compul-
PR anterior a 30 de junho de 2018 prestada pela instituição. sório sobre recursos a prazo incorre no pagamento de custo finan-
§ 3º Para as instituições financeiras em início de atividade, o ceiro, que é devido no dia útil seguinte à data em que for verificada
valor de dedução será calculado conforme a primeira posição in- a deficiência e calculado com a utilização da seguinte fórmula:
formada ao Banco Central do Brasil do Nível I do PR ou 0 (zero),
enquanto ela não for informada.
Art. 8º Sobre a exigibilidade, calculada na forma dos arts. 5º,
6º e 7º, incidirá dedução do valor equivalente a 15% (quinze por Cvt = custo financeiro sobre a deficiência na posição diária ve-
cento) do saldo devedor atualizado, verificados no último dia útil rificada no dia “t”, expresso com 2 (duas) casas decimais, com arre-
do período de cálculo, dos financiamentos concedidos no âmbito dondamento matemático;
do Programa Emergencial de Suporte a Empregos, instituído pela s = Taxa Selic da data da deficiência (“t”), expressa de forma
Lei nº 14.043, de 19 de agosto de 2020. unitária, com 4 (quatro) casas decimais;
Parágrafo único. A dedução de que trata o caput poderá ser r = acréscimo à Taxa Selic, correspondendo a 4% (quatro por
efetuada pela instituição financeira enquanto os referidos financia- cento) ao ano, expresso com 4 (quatro) casas decimais;
mentos estiverem contabilizados em seu ativo. dvt = deficiência na posição diária do recolhimento compulsó-
Art. 9º Sobre a exigibilidade, calculada na forma dos arts. 5º, rio no dia “t”, em que dvt = E -St, para todo St < E, sendo:
6º, 7º e 8º, incidirá a dedução remanescente relativa ao saldo de St = posição do dia “t” ou saldo de encerramento da respectiva
Letras Financeiras de emissão própria recompradas pela instituição conta de recolhimento no dia útil “t”; e
financeira emissora na forma do § 6º do art. 10 da Resolução nº E = exigibilidade apurada na forma dos arts. 5º ao 9º para o
4.733, de 27 de junho de 2019, apurado na forma dos arts. 5º-B e respectivo período de movimentação.
5º-C da Circular nº 3.916, de 22 de novembro de 2018, na data de § 1º Os resultados parciais de multiplicação, divisão e poten-
referência de 30 de abril de 2020. ciação utilizados nas expressões algébricas do cálculo dos custos
Parágrafo único. O valor remanescente utilizado para a dedu- financeiros de que trata esta Resolução devem conter 8 (oito) casas
ção de que trata o caput é o valor de base apurado na data de refe- decimais, com arredondamento matemático.
rência de 30 de abril de 2020, progressivamente reduzido pelo valor

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Os custos financeiros de que trata esta Resolução, quando Selic = Taxa Selic anual, no formato unitário, expressa com 4
pagos em data posterior à data em que devidos, serão atualizados (quatro) casas decimais, referente à data do saldo a ser remune-
desde a data em que devidos até a data do pagamento, com base rado.
na Taxa Selic. § 1º A remuneração de que trata o caput é creditada na res-
§ 3º A devolução de custo previsto nesta Resolução, em decor- pectiva conta de recolhimento até as 16h30 do dia útil seguinte.
rência de pagamento indevido, será feita com atualização do valor, § 2º Os resultados parciais de multiplicação, divisão e poten-
desde a data do pagamento até a data de devolução, com base na ciação utilizados na expressão algébrica do cálculo da remuneração
Taxa Selic. devem conter 8 (oito) casas decimais, com arredondamento mate-
§ 4º Toda a movimentação relativa à cobrança ou à devolução mático.
dos custos financeiros de que trata esta Resolução será efetuada
por meio do Sistema de Lançamentos do Banco Central (SLB). CAPÍTULO VII
§ 5º A instituição financeira que apresentar deficiência na posi-
DISPOSIÇÕES FINAIS
ção diária do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo por
3 (três) dias úteis, consecutivos ou não, no período de 10 (dez) dias Art. 15. O disposto nesta Resolução deverá ser observado a
úteis, deverá encaminhar, imediatamente, ao Departamento de partir do período de cálculo com início em 8 de novembro e tér-
Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do Banco Central mino em 12 de novembro de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 22 no-
do Brasil (Deban) onde jurisdicionada, justificativas para a ocorrên- vembro de 2021.
cia, independentemente do pagamento do custo financeiro. Art. 16. Fica o Deban autorizado a adotar as medidas necessá-
rias à execução do disposto nesta Resolução.
CAPÍTULO V Art. 17. Ficam revogadas, após a produção de seus efeitos no
período de cálculo com início em 1º de novembro de 2021 e tér-
DO ENVIO DA INFORMAÇÃO
mino em 5 de novembro de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 16 de
Art. 12. A instituição deve fornecer, até o dia útil imediatamen- novembro de 2021:
te anterior à data em que se inicia a vigência da respectiva exigibili- I - a Circular nº 3.916, de 22 de novembro de 2018;
dade, os dados diários relativos ao VSR do período de cálculo. II - a Circular nº 3.943, de 23 de maio de 2019;
§ 1º A instituição financeira está dispensada de prestar as in- III - a Circular nº 3.997, de 6 de abril de 2020;
formações de que trata este artigo caso os valores sujeitos a re- IV - a Circular nº 4.001, de 13 de abril de 2020; e
colhimento e outros relativos ao cumprimento da exigibilidade e V - a Resolução BCB nº 78, de 10 de março de 2021.
deduções de recolhimento permaneçam inalterados em relação à Art. 18. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro de
última posição informada. 2021.
§ 2º Na hipótese de ausência de informações relativas a um Bruno Serra Fernandes
ou mais dias do período de cálculo até o final do prazo fixado no Diretor de Política Monetária
caput, será atribuído a cada posição não informada o valor relativo
à última posição informada.
§ 3º A instituição financeira que informar ou alterar os dados AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA E NORMATIVOS SARB.
após o prazo fixado neste artigo sujeita-se às penalidades previstas
na regulamentação em vigor.
Art. 13. A instituição financeira sujeita ao recolhimento com- A Autorregulação bancária é um conjunto de normas criado
pulsório de que trata esta Resolução, não titular de conta Reservas em 2007 pela FEBRABAN, com aprovação e publicação em 2008,
Bancárias ou de Conta de Liquidação, deverá indicar a instituição para que o setor tenha serviços prestados com mais qualidade e
financeira titular de conta Reservas Bancárias à qual serão enca- satisfação para os clientes e também a redução de reclamações nos
minhadas as cobranças pertinentes a custos financeiros, creditadas órgãos de proteção ao consumidor, incluindo ações judiciais.
eventuais devoluções e realizadas as transferências de recursos en- Desde sua aprovação, a Autorregulação incluiu em seu siste-
tre a conta Reservas Bancárias da liquidante e a conta de recolhi- ma de atuação, temas como Prevenção e Combate à Lavagem de
mento da instituição financeira. Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo e a Responsabilidade
Socioambiental.
A última alteração na Autorregulação bancária, ocorreu a partir
CAPÍTULO VI
de 23/03/2021, em que todos os contratos novos e refinanciamen-
DA REMUNERAÇÃO tos com agregação de margem, serão consultados no sistema do
SRCC (Serviço de Registro de Crédito Consignado) após a averbação
Art. 14. O saldo de encerramento diário da conta de recolhi- do contrato. Realizada a consulta, o sistema retorna ao banco com
mento no Banco Central do Brasil, limitado ao valor da exigibilidade, a informação se a comissão sobre a operação pode ou não ser paga.
receberá remuneração calculada com base na Taxa Selic, mediante A finalidade principal da Autorregulação é promover a padro-
utilização da seguinte fórmula: nização nas ações de todas as instituições financeiras participantes.

R = remuneração a ser creditada, expressa com 2 (duas) casas


decimais, com arredondamento matemático;
S = saldo de encerramento da conta de recolhimento, limitado
ao valor da exigibilidade calculada na forma dos arts. 5º ao 9º;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I – de terrorismo;
SIGILO BANCÁRIO: LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 E II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas
SUAS ALTERAÇÕES afins;
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material
destinado a sua produção;
LEI COMPLEMENTAR Nº 105, DE 10 DE JANEIRO DE 2001. IV – de extorsão mediante seqüestro;
V – contra o sistema financeiro nacional;
Dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financei- VI – contra a Administração Pública;
ras e dá outras providências. VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e va-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: lores;
Art. 1o As instituições financeiras conservarão sigilo em suas IX – praticado por organização criminosa.
operações ativas e passivas e serviços prestados. Art. 2o O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil,
§ 1o São consideradas instituições financeiras, para os efeitos em relação às operações que realizar e às informações que obtiver
desta Lei Complementar: no exercício de suas atribuições.
I – os bancos de qualquer espécie; § 1o O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações
II – distribuidoras de valores mobiliários; e investimentos mantidos em instituições financeiras, não pode ser
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários; oposto ao Banco Central do Brasil:
IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos; I – no desempenho de suas funções de fiscalização, compre-
V – sociedades de crédito imobiliário; endendo a apuração, a qualquer tempo, de ilícitos praticados por
VI – administradoras de cartões de crédito; controladores, administradores, membros de conselhos estatutá-
VII – sociedades de arrendamento mercantil; rios, gerentes, mandatários e prepostos de instituições financeiras;
VIII – administradoras de mercado de balcão organizado; II – ao proceder a inquérito em instituição financeira submeti-
IX – cooperativas de crédito; da a regime especial.
X – associações de poupança e empréstimo; § 2o As comissões encarregadas dos inquéritos a que se refere
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros; o inciso II do § 1o poderão examinar quaisquer documentos rela-
XII – entidades de liquidação e compensação; tivos a bens, direitos e obrigações das instituições financeiras, de
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas seus controladores, administradores, membros de conselhos esta-
operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Mo- tutários, gerentes, mandatários e prepostos, inclusive contas cor-
netário Nacional. rentes e operações com outras instituições financeiras.
§ 2o As empresas de fomento comercial ou factoring, para os § 3o O disposto neste artigo aplica-se à Comissão de Valores
efeitos desta Lei Complementar, obedecerão às normas aplicáveis Mobiliários, quando se tratar de fiscalização de operações e ser-
às instituições financeiras previstas no § 1o. viços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas instituições
§ 3o Não constitui violação do dever de sigilo: financeiras que sejam companhias abertas.
I – a troca de informações entre instituições financeiras, para § 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobi-
fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, obser- liários, em suas áreas de competência, poderão firmar convênios:
vadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições fi-
Banco Central do Brasil; nanceiras, objetivando a realização de fiscalizações conjuntas, ob-
II - o fornecimento de informações constantes de cadastro servadas as respectivas competências;
de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores II - com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros
inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, observadas as países, objetivando:
normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições financei-
Central do Brasil; ras estrangeiras, em funcionamento no Brasil e de filiais e subsidiá-
III – o fornecimento das informações de que trata o § 2o do art. rias, no exterior, de instituições financeiras brasileiras;
11 da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996; b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a
IV – a comunicação, às autoridades competentes, da prática de investigação de atividades ou operações que impliquem aplicação,
ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de negociação, ocultação ou transferência de ativos financeiros e de
informações sobre operações que envolvam recursos provenientes valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas.
de qualquer prática criminosa; § 5o O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar es-
V – a revelação de informações sigilosas com o consentimento tende-se aos órgãos fiscalizadores mencionados no § 4o e a seus
expresso dos interessados; agentes.
VI – a prestação de informações nos termos e condições esta- § 6o O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobili-
belecidos nos artigos 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o e 9 desta Lei Comple- ários e os demais órgãos de fiscalização, nas áreas de suas atribui-
mentar. ções, fornecerão ao Conselho de Controle de Atividades Financei-
VII - o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos, ras – COAF, de que trata o art. 14 da Lei no 9.613, de 3 de março
relativos a operações de crédito e obrigações de pagamento adim- de 1998, as informações cadastrais e de movimento de valores re-
plidas ou em andamento de pessoas naturais ou jurídicas, a gesto- lativos às operações previstas no inciso I do art. 11 da referida Lei.
res de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos Art. 3o Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Co-
termos de lei específica. (Incluído pela Lei Complementar nº 166, missão de Valores Mobiliários e pelas instituições financeiras as
de 2019) (Vigência) informações ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu
§ 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando neces- caráter sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas não
sária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer poderão servir-se para fins estranhos à lide.
fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos se-
guintes crimes:
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§ 1o Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a § 4o Recebidas as informações de que trata este artigo, se de-
prestação de informações e o fornecimento de documentos sigilo- tectados indícios de falhas, incorreções ou omissões, ou de come-
sos solicitados por comissão de inquérito administrativo destinada timento de ilícito fiscal, a autoridade interessada poderá requisitar
a apurar responsabilidade de servidor público por infração pratica- as informações e os documentos de que necessitar, bem como rea-
da no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as lizar fiscalização ou auditoria para a adequada apuração dos fatos.
atribuições do cargo em que se encontre investido. § 5o As informações a que refere este artigo serão conservadas
§ 2o Nas hipóteses do § 1o, o requerimento de quebra de sigilo sob sigilo fiscal, na forma da legislação em vigor.
independe da existência de processo judicial em curso. Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União,
§ 3o Além dos casos previstos neste artigo o Banco Central do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente pode-
Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários fornecerão à Advoca- rão examinar documentos, livros e registros de instituições finan-
cia-Geral da União as informações e os documentos necessários à ceiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
defesa da União nas ações em que seja parte. financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou
Art. 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mo- procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados in-
biliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras dispensáveis pela autoridade administrativa competente. (Re-
fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os docu- gulamento)
mentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os
ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigi-
legais. lo, observada a legislação tributária.
§ 1o As comissões parlamentares de inquérito, no exercício Art. 7o Sem prejuízo do disposto no § 3o do art. 2o, a Comissão
de sua competência constitucional e legal de ampla investigação, de Valores Mobiliários, instaurado inquérito administrativo, poderá
obterão as informações e documentos sigilosos de que necessita- solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do si-
rem, diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio gilo junto às instituições financeiras de informações e documentos
do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários. relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica
§ 2o As solicitações de que trata este artigo deverão ser pre- submetida ao seu poder disciplinar.
viamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a Comissão de
Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões par- Valores Mobiliários, manterão permanente intercâmbio de infor-
lamentares de inquérito. mações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos
Art. 5o O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à pe- inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sem-
riodicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os quais as pre que as informações forem necessárias ao desempenho de suas
instituições financeiras informarão à administração tributária da atividades.
União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus Art. 8o O cumprimento das exigências e formalidades previs-
serviços. (Regulamento) tas nos artigos 4o, 6o e 7o, será expressamente declarado pelas
§ 1o Consideram-se operações financeiras, para os efeitos des- autoridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco Cen-
te artigo: tral do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às instituições
I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança; financeiras.
II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques; Art. 9o Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco
III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelha- Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem
dos; a ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou
IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, inclu- indícios da prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público,
sive de poupança; juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou
V – contratos de mútuo; comprovação dos fatos.
VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros títu- § 1o A comunicação de que trata este artigo será efetuada pe-
los de crédito; los Presidentes do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores
VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável; Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo máximo
VIII – aplicações em fundos de investimentos; de quinze dias, a contar do recebimento do processo, com manifes-
IX – aquisições de moeda estrangeira; tação dos respectivos serviços jurídicos.
X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional; § 2o Independentemente do disposto no caput deste artigo, o
XI – transferências de moeda e outros valores para o exterior; Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários comu-
XII – operações com ouro, ativo financeiro; nicarão aos órgãos públicos competentes as irregularidades e os
XIII - operações com cartão de crédito; ilícitos administrativos de que tenham conhecimento, ou indícios
XIV - operações de arrendamento mercantil; e de sua prática, anexando os documentos pertinentes.
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta
venham a ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil, Comissão Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena
de Valores Mobiliários ou outro órgão competente. de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que
§ 2o As informações transferidas na forma do caput deste ar- couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
tigo restringir-se-ão a informes relacionados com a identificação Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, re-
dos titulares das operações e os montantes globais mensalmente tardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações
movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que per- requeridas nos termos desta Lei Complementar.
mita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização
efetuados. de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo
§ 3o Não se incluem entre as informações de que trata este de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e diretamen-
artigo as operações financeiras efetuadas pelas administrações te pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade ob-
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos jetiva da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu
Municípios. de acordo com orientação oficial.
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Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua III - realizado para fins exclusivos de:
publicação. a) segurança pública;
Art. 13. Revoga-se o art. 38 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro b) defesa nacional;
de 1964. c) segurança do Estado; ou
d) atividades de investigação e repressão de infrações penais;
ou
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD): LEI Nº 13.709,
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam
DE 14 DE AGOSTO DE 2018 E SUAS ALTERAÇÕES
objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes
de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional
LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018. de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o
país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pes-
soais adequado ao previsto nesta Lei.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). (Redação § 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência regido por legislação específica, que deverá prever medidas pro-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- porcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de
proteção e os direitos do titular previstos nesta Lei.
CAPÍTULO I § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III do caput deste artigo por pessoa de direito privado, exceto em
procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito público, que
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que de-
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurí- verão observar a limitação imposta no § 4º deste artigo.
dica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os § 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou reco-
direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desen- mendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput
volvimento da personalidade da pessoa natural. deste artigo e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impac-
Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de to à proteção de dados pessoais.
interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, § 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de ban-
Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) co de dados de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá
Vigência ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que pos-
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como sua capital integralmente constituído pelo poder público. (Redação
fundamentos: dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
I - o respeito à privacidade; Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:
II - a autodeterminação informativa; I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural iden-
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação tificada ou identificável;
e de opinião; II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado refe-
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consu- rente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quan-
midor; e do vinculado a uma pessoa natural;
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personali- III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser
dade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis
Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento e disponíveis na ocasião de seu tratamento;
realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito públi- IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais,
co ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou
do país onde estejam localizados os dados, desde que: físico;
I - a operação de tratamento seja realizada no território na- V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais
cional; que são objeto de tratamento;
II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público
o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamen-
indivíduos localizados no território nacional; ou (Redação dada pela to de dados pessoais;
Lei nº 13.853, de 2019) Vigência VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou
III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido cole- privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do
tados no território nacional. controlador;
§ 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e opera-
pessoais cujo titular nele se encontre no momento da coleta. dor para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os
§ 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o tratamen- titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
to de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4º desta Lei. (ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais: IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente parti- X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais,
culares e não econômicos; como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação,
II - realizado para fins exclusivamente: utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processa-
a) jornalístico e artísticos; ou mento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou
b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 controle da informação, modificação, comunicação, transferência,
desta Lei; difusão ou extração;
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XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrati-
disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um vas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados
dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração,
indivíduo; comunicação ou difusão;
XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívo- VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência
ca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados de danos em virtude do tratamento de dados pessoais;
pessoais para uma finalidade determinada; IX - não discriminação: impossibilidade de realização do trata-
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação mento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos;
de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de X - responsabilização e prestação de contas: demonstração,
dados; pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de compro-
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados var a observância e o cumprimento das normas de proteção de da-
armazenados em banco de dados, independentemente do proce- dos pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas.
dimento empregado;
XV - transferência internacional de dados: transferência de da- CAPÍTULO II
dos pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
qual o país seja membro;
XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, SEÇÃO I
transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou tra- DOS REQUISITOS PARA O TRATAMENTO DE DADOS PES-
tamento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e SOAIS
entidades públicos no cumprimento de suas competências legais, Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser
ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização realizado nas seguintes hipóteses:
específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permiti- I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
das por esses entes públicos, ou entre entes privados; II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: do- controlador;
cumentação do controlador que contém a descrição dos proces- III - pela administração pública, para o tratamento e uso com-
sos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às partilhado de dados necessários à execução de políticas públicas
liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos,
salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco; convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições
XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração do Capítulo IV desta Lei;
pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, ga-
fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com rantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais;
sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em V - quando necessário para a execução de contrato ou de pro-
seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de cedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte
caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação o titular, a pedido do titular dos dados;
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial,
XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública res- administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307,
ponsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
Lei em todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.853, VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titu-
de 2019) Vigência lar ou de terceiro;
Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento
observar a boa-fé e os seguintes princípios: realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autorida-
I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legí- de sanitária; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
timos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibi- IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos
lidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas do controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem di-
finalidades; reitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção
II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finali- dos dados pessoais; ou
dades informadas ao titular, de acordo com o contexto do trata- X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na
mento; legislação pertinente.
III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo neces- § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
sário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos Vigência
dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
finalidades do tratamento de dados; Vigência
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e § 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que jus-
a integralidade de seus dados pessoais; tificaram sua disponibilização.
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, § 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no
clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a ne- caput deste artigo para os dados tornados manifestamente públi-
cessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; cos pelo titular, resguardados os direitos do titular e os princípios
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações previstos nesta Lei.
claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tra- § 5º O controlador que obteve o consentimento referido no
tamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os inciso I do caput deste artigo que necessitar comunicar ou com-
segredos comercial e industrial; partilhar dados pessoais com outros controladores deverá obter
consentimento específico do titular para esse fim, ressalvadas as
hipóteses de dispensa do consentimento previstas nesta Lei.
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§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não § 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição
desobriga os agentes de tratamento das demais obrigações previs- para o fornecimento de produto ou de serviço ou para o exercício
tas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e de direito, o titular será informado com destaque sobre esse fato
da garantia dos direitos do titular. e sobre os meios pelos quais poderá exercer os direitos do titular
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se re- elencados no art. 18 desta Lei.
ferem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser realizado para novas Art. 10. O legítimo interesse do controlador somente poderá
finalidades, desde que observados os propósitos legítimos e espe- fundamentar tratamento de dados pessoais para finalidades legí-
cíficos para o novo tratamento e a preservação dos direitos do titu- timas, consideradas a partir de situações concretas, que incluem,
lar, assim como os fundamentos e os princípios previstos nesta Lei. mas não se limitam a:
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência I - apoio e promoção de atividades do controlador; e
Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei II - proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus
deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre direitos ou prestação de serviços que o beneficiem, respeitadas as
a manifestação de vontade do titular. legítimas expectativas dele e os direitos e liberdades fundamentais,
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse de- nos termos desta Lei.
verá constar de cláusula destacada das demais cláusulas contratu- § 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse
ais. do controlador, somente os dados pessoais estritamente necessá-
§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o consenti- rios para a finalidade pretendida poderão ser tratados.
mento foi obtido em conformidade com o disposto nesta Lei. § 2º O controlador deverá adotar medidas para garantir a
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício transparência do tratamento de dados baseado em seu legítimo
de consentimento. interesse.
§ 4º O consentimento deverá referir-se a finalidades determi- § 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador re-
nadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pes- latório de impacto à proteção de dados pessoais, quando o trata-
soais serão nulas. mento tiver como fundamento seu interesse legítimo, observados
§ 5º O consentimento pode ser revogado a qualquer momento os segredos comercial e industrial.
mediante manifestação expressa do titular, por procedimento gra-
tuito e facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob amparo SEÇÃO II
do consentimento anteriormente manifestado enquanto não hou-
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS
ver requerimento de eliminação, nos termos do inciso VI do caput
do art. 18 desta Lei. Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente po-
§ 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos derá ocorrer nas seguintes hipóteses:
I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o controlador deverá informar ao I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de for-
titular, com destaque de forma específica do teor das alterações, ma específica e destacada, para finalidades específicas;
podendo o titular, nos casos em que o seu consentimento é exigido, II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóte-
revogá-lo caso discorde da alteração. ses em que for indispensável para:
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibiliza- lador;
das de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras b) tratamento compartilhado de dados necessários à execu-
características previstas em regulamentação para o atendimento ção, pela administração pública, de políticas públicas previstas em
do princípio do livre acesso: leis ou regulamentos;
I - finalidade específica do tratamento; c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sem-
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos pre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
comercial e industrial; d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em pro-
III - identificação do controlador; cesso judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos da
IV - informações de contato do controlador; Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de
controlador e a finalidade; terceiro;
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamen- f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado
to; e por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitá-
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos con- ria; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
tidos no art. 18 desta Lei. g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos
§ 1º Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse processos de identificação e autenticação de cadastro em sistemas
será considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular te- eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta
nham conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresen- Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades funda-
tadas previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. mentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.
§ 2º Na hipótese em que o consentimento é requerido, se hou- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer tratamento
ver mudanças da finalidade para o tratamento de dados pessoais de dados pessoais que revele dados pessoais sensíveis e que possa
não compatíveis com o consentimento original, o controlador de- causar dano ao titular, ressalvado o disposto em legislação especí-
verá informar previamente o titular sobre as mudanças de finalida- fica.
de, podendo o titular revogar o consentimento, caso discorde das § 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas “a” e “b”
alterações. do inciso II do caput deste artigo pelos órgãos e pelas entidades pú-
blicas, será dada publicidade à referida dispensa de consentimento,
nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.

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§ 3º A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais SEÇÃO III
sensíveis entre controladores com objetivo de obter vantagem eco- DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DE CRIANÇAS E
nômica poderá ser objeto de vedação ou de regulamentação por DE ADOLESCENTES
parte da autoridade nacional, ouvidos os órgãos setoriais do Poder
Público, no âmbito de suas competências. Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de ado-
§ 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre lescentes deverá ser realizado em seu melhor interesse, nos termos
controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com deste artigo e da legislação pertinente.
objetivo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses rela- § 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser
tivas a prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica realizado com o consentimento específico e em destaque dado por
e de assistência à saúde, desde que observado o § 5º deste artigo, pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal.
incluídos os serviços auxiliares de diagnose e terapia, em benefí- § 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste artigo,
cio dos interesses dos titulares de dados, e para permitir: (Redação os controladores deverão manter pública a informação sobre os ti-
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência pos de dados coletados, a forma de sua utilização e os procedimen-
I - a portabilidade de dados quando solicitada pelo titular; ou tos para o exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência § 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o
II - as transações financeiras e administrativas resultantes do consentimento a que se refere o § 1º deste artigo quando a coleta
uso e da prestação dos serviços de que trata este parágrafo. (Inclu- for necessária para contatar os pais ou o responsável legal, utiliza-
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência dos uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e
§ 5º É vedado às operadoras de planos privados de assistência em nenhum caso poderão ser repassados a terceiro sem o consen-
à saúde o tratamento de dados de saúde para a prática de sele- timento de que trata o § 1º deste artigo.
ção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como § 4º Os controladores não deverão condicionar a participação
na contratação e exclusão de beneficiários. (Incluído pela Lei nº dos titulares de que trata o § 1º deste artigo em jogos, aplicações
13.853, de 2019) Vigência de internet ou outras atividades ao fornecimento de informações
Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais além das estritamente necessárias à atividade.
pessoais para os fins desta Lei, salvo quando o processo de ano- § 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis
nimização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando ex- para verificar que o consentimento a que se refere o § 1º deste
clusivamente meios próprios, ou quando, com esforços razoáveis, artigo foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tec-
puder ser revertido. nologias disponíveis.
§ 1º A determinação do que seja razoável deve levar em con- § 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas
sideração fatores objetivos, tais como custo e tempo necessários neste artigo deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e
para reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecno- acessível, consideradas as características físico-motoras, percepti-
logias disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios. vas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de re-
§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pesso- cursos audiovisuais quando adequado, de forma a proporcionar a
ais, para os fins desta Lei, aqueles utilizados para formação do perfil informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada
comportamental de determinada pessoa natural, se identificada. ao entendimento da criança.
§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e
técnicas utilizados em processos de anonimização e realizar veri- SEÇÃO IV
ficações acerca de sua segurança, ouvido o Conselho Nacional de DO TÉRMINO DO TRATAMENTO DE DADOS
Proteção de Dados Pessoais.
Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os órgãos Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá
de pesquisa poderão ter acesso a bases de dados pessoais, que se- nas seguintes hipóteses:
rão tratados exclusivamente dentro do órgão e estritamente para I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os
a finalidade de realização de estudos e pesquisas e mantidos em dados deixaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance da
ambiente controlado e seguro, conforme práticas de segurança finalidade específica almejada;
previstas em regulamento específico e que incluam, sempre que II - fim do período de tratamento;
possível, a anonimização ou pseudonimização dos dados, bem III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito
como considerem os devidos padrões éticos relacionados a estu- de revogação do consentimento conforme disposto no § 5º do art.
dos e pesquisas. 8º desta Lei, resguardado o interesse público; ou
§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do es- IV - determinação da autoridade nacional, quando houver vio-
tudo ou da pesquisa de que trata o caput deste artigo em nenhuma lação ao disposto nesta Lei.
hipótese poderá revelar dados pessoais. Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança seu tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades,
da informação prevista no caput deste artigo, não permitida, em autorizada a conservação para as seguintes finalidades:
circunstância alguma, a transferência dos dados a terceiro. I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto de lador;
regulamentação por parte da autoridade nacional e das autorida- II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possí-
des da área de saúde e sanitárias, no âmbito de suas competências. vel, a anonimização dos dados pessoais;
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimização é o tra- III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisi-
tamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de as- tos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou
sociação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de in- IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por tercei-
formação adicional mantida separadamente pelo controlador em ro, e desde que anonimizados os dados.
ambiente controlado e seguro.

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CAPÍTULO III II - por meio de declaração clara e completa, que indique a
DOS DIREITOS DO TITULAR origem dos dados, a inexistência de registro, os critérios utilizados
e a finalidade do tratamento, observados os segredos comercial e
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de industrial, fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, contado da
seus dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liber- data do requerimento do titular.
dade, de intimidade e de privacidade, nos termos desta Lei. § 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do con- favoreça o exercício do direito de acesso.
trolador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qual- § 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a cri-
quer momento e mediante requisição: tério do titular:
I - confirmação da existência de tratamento; I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim; ou
II - acesso aos dados; II - sob forma impressa.
III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualiza- § 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do
dos; titular ou em contrato, o titular poderá solicitar cópia eletrônica
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desneces- integral de seus dados pessoais, observados os segredos comercial
sários, excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto e industrial, nos termos de regulamentação da autoridade nacional,
nesta Lei; em formato que permita a sua utilização subsequente, inclusive em
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou outras operações de tratamento.
produto, mediante requisição expressa, de acordo com a regula- § 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma diferencia-
mentação da autoridade nacional, observados os segredos comer- da acerca dos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste arti-
cial e industrial; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigên- go para os setores específicos.
cia Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consenti- decisões tomadas unicamente com base em tratamento automa-
mento do titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta tizado de dados pessoais que afetem seus interesses, incluídas as
Lei; decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de
VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade. (Reda-
o controlador realizou uso compartilhado de dados; ção dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consen- § 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas,
timento e sobre as consequências da negativa; informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos pro-
IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. cedimentos utilizados para a decisão automatizada, observados os
8º desta Lei. segredos comercial e industrial.
§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar em § 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata
relação aos seus dados contra o controlador perante a autoridade o § 1º deste artigo baseado na observância de segredo comercial e
nacional. industrial, a autoridade nacional poderá realizar auditoria para veri-
§ 2º O titular pode opor-se a tratamento realizado com funda- ficação de aspectos discriminatórios em tratamento automatizado
mento em uma das hipóteses de dispensa de consentimento, em de dados pessoais.
caso de descumprimento ao disposto nesta Lei. § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 3º Os direitos previstos neste artigo serão exercidos median- Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de
te requerimento expresso do titular ou de representante legalmen- direitos pelo titular não podem ser utilizados em seu prejuízo.
te constituído, a agente de tratamento. Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de
§ 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da pro- dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente,
vidência de que trata o § 3º deste artigo, o controlador enviará ao na forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instru-
titular resposta em que poderá: mentos de tutela individual e coletiva.
I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e in-
dicar, sempre que possível, o agente; ou
II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a ado- CAPÍTULO IV
ção imediata da providência. DO TRATAMENTO DE DADOS
§ 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo será atendi- PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO
do sem custos para o titular, nos prazos e nos termos previstos em SEÇÃO I
regulamento. DAS REGRAS
§ 6º O responsável deverá informar, de maneira imediata, aos
agentes de tratamento com os quais tenha realizado uso comparti- Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas
lhado de dados a correção, a eliminação, a anonimização ou o blo- de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº
queio dos dados, para que repitam idêntico procedimento, exceto 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
nos casos em que esta comunicação seja comprovadamente impos- deverá ser realizado para o atendimento de sua finalidade pública,
sível ou implique esforço desproporcional. (Redação dada pela Lei na persecução do interesse público, com o objetivo de executar as
nº 13.853, de 2019) Vigência competências legais ou cumprir as atribuições legais do serviço pú-
§ 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o inciso blico, desde que:
V do caput deste artigo não inclui dados que já tenham sido anoni- I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de suas
mizados pelo controlador. competências, realizam o tratamento de dados pessoais, fornecen-
§ 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também po- do informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a fina-
derá ser exercido perante os organismos de defesa do consumidor. lidade, os procedimentos e as práticas utilizadas para a execução
Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso a dados pesso- dessas atividades, em veículos de fácil acesso, preferencialmente
ais serão providenciados, mediante requisição do titular: em seus sítios eletrônicos;
I - em formato simplificado, imediatamente; ou II - (VETADO); e

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III - seja indicado um encarregado quando realizarem opera- Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado de dados pes-
ções de tratamento de dados pessoais, nos termos do art. 39 desta soais de pessoa jurídica de direito público a pessoa de direito priva-
Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência do será informado à autoridade nacional e dependerá de consenti-
IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência mento do titular, exceto:
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de I - nas hipóteses de dispensa de consentimento previstas nesta
publicidade das operações de tratamento. Lei;
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas II - nos casos de uso compartilhado de dados, em que será dada
mencionadas no caput deste artigo de instituir as autoridades de publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; ou
que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Aces- III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei.
so à Informação) . Parágrafo único. A informação à autoridade nacional de que
§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos do trata o caput deste artigo será objeto de regulamentação. (Incluído
titular perante o Poder Público observarão o disposto em legislação pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
específica, em especial as disposições constantes da Lei nº 9.507, Art. 28. (VETADO).
de 12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas Data) , da Lei nº 9.784, Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer mo-
de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do Processo Administrativo) , mento, aos órgãos e às entidades do poder público a realização de
e da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à operações de tratamento de dados pessoais, informações específi-
Informação) . cas sobre o âmbito e a natureza dos dados e outros detalhes do tra-
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter tamento realizado e poderá emitir parecer técnico complementar
privado, por delegação do Poder Público, terão o mesmo tratamen- para garantir o cumprimento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
to dispensado às pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo, 13.853, de 2019) Vigência
nos termos desta Lei. Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso complementares para as atividades de comunicação e de uso com-
aos dados por meio eletrônico para a administração pública, tendo partilhado de dados pessoais.
em vista as finalidades de que trata o caput deste artigo.
Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia SEÇÃO II
mista que atuam em regime de concorrência, sujeitas ao disposto
DA RESPONSABILIDADE
no art. 173 da Constituição Federal , terão o mesmo tratamento
dispensado às pessoas jurídicas de direito privado particulares, nos Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência do
termos desta Lei. tratamento de dados pessoais por órgãos públicos, a autoridade
Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de eco- nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer
nomia mista, quando estiverem operacionalizando políticas pú- cessar a violação.
blicas e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do
dispensado aos órgãos e às entidades do Poder Público, nos termos Poder Público a publicação de relatórios de impacto à proteção de
deste Capítulo. dados pessoais e sugerir a adoção de padrões e de boas práticas
Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato interope- para os tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.
rável e estruturado para o uso compartilhado, com vistas à execu-
ção de políticas públicas, à prestação de serviços públicos, à des- CAPÍTULO V
centralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
informações pelo público em geral.
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais so-
Público deve atender a finalidades específicas de execução de po- mente é permitida nos seguintes casos:
líticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades I - para países ou organismos internacionais que proporcionem
públicas, respeitados os princípios de proteção de dados pessoais grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta
elencados no art. 6º desta Lei. Lei;
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas II - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de
dados pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso, cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do regime de
exceto: proteção de dados previstos nesta Lei, na forma de:
I - em casos de execução descentralizada de atividade pública a) cláusulas contratuais específicas para determinada transfe-
que exija a transferência, exclusivamente para esse fim específico rência;
e determinado, observado o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de b) cláusulas-padrão contratuais;
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ; c) normas corporativas globais;
II - (VETADO); d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente emi-
III - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, tidos;
observadas as disposições desta Lei. III - quando a transferência for necessária para a cooperação
IV - quando houver previsão legal ou a transferência for res- jurídica internacional entre órgãos públicos de inteligência, de in-
paldada em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; ou vestigação e de persecução, de acordo com os instrumentos de di-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência reito internacional;
V - na hipótese de a transferência dos dados objetivar exclusi- IV - quando a transferência for necessária para a proteção da
vamente a prevenção de fraudes e irregularidades, ou proteger e vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
resguardar a segurança e a integridade do titular dos dados, desde V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;
que vedado o tratamento para outras finalidades. (Incluído pela Lei VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido
nº 13.853, de 2019) Vigência em acordo de cooperação internacional;
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste artigo
deverão ser comunicados à autoridade nacional.
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VII - quando a transferência for necessária para a execução de CAPÍTULO VI
política pública ou atribuição legal do serviço público, sendo dada DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; SEÇÃO I
VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento es-
DO CONTROLADOR E DO OPERADOR
pecífico e em destaque para a transferência, com informação pré-
via sobre o caráter internacional da operação, distinguindo clara- Art. 37. O controlador e o operador devem manter registro das
mente esta de outras finalidades; ou operações de tratamento de dados pessoais que realizarem, espe-
IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos cialmente quando baseado no legítimo interesse.
incisos II, V e VI do art. 7º desta Lei. Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar ao contro-
Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as pessoas lador que elabore relatório de impacto à proteção de dados pes-
jurídicas de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º soais, inclusive de dados sensíveis, referente a suas operações de
da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Infor- tratamento de dados, nos termos de regulamento, observados os
mação) , no âmbito de suas competências legais, e responsáveis, no segredos comercial e industrial.
âmbito de suas atividades, poderão requerer à autoridade nacional Parágrafo único. Observado o disposto no caput deste artigo, o
a avaliação do nível de proteção a dados pessoais conferido por relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos tipos de dados
país ou organismo internacional. coletados, a metodologia utilizada para a coleta e para a garantia
Art. 34. O nível de proteção de dados do país estrangeiro ou da segurança das informações e a análise do controlador com re-
do organismo internacional mencionado no inciso I do caput do art. lação a medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco
33 desta Lei será avaliado pela autoridade nacional, que levará em adotados.
consideração: Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento segundo as
I - as normas gerais e setoriais da legislação em vigor no país de instruções fornecidas pelo controlador, que verificará a observân-
destino ou no organismo internacional; cia das próprias instruções e das normas sobre a matéria.
II - a natureza dos dados; Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões
III - a observância dos princípios gerais de proteção de dados de interoperabilidade para fins de portabilidade, livre acesso aos
pessoais e direitos dos titulares previstos nesta Lei; dados e segurança, assim como sobre o tempo de guarda dos re-
IV - a adoção de medidas de segurança previstas em regula- gistros, tendo em vista especialmente a necessidade e a transpa-
mento; rência.
V - a existência de garantias judiciais e institucionais para o res-
peito aos direitos de proteção de dados pessoais; e SEÇÃO II
VI - outras circunstâncias específicas relativas à transferência. DO ENCARREGADO PELO TRATAMENTO DE DADOS PES-
Art. 35. A definição do conteúdo de cláusulas-padrão contra- SOAIS
tuais, bem como a verificação de cláusulas contratuais específicas
para uma determinada transferência, normas corporativas globais Art. 41. O controlador deverá indicar encarregado pelo trata-
ou selos, certificados e códigos de conduta, a que se refere o inci- mento de dados pessoais.
so II do caput do art. 33 desta Lei, será realizada pela autoridade § 1º A identidade e as informações de contato do encarrega-
nacional. do deverão ser divulgadas publicamente, de forma clara e objetiva,
§ 1º Para a verificação do disposto no caput deste artigo, deve- preferencialmente no sítio eletrônico do controlador.
rão ser considerados os requisitos, as condições e as garantias mí- § 2º As atividades do encarregado consistem em:
nimas para a transferência que observem os direitos, as garantias e I - aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar
os princípios desta Lei. esclarecimentos e adotar providências;
§ 2º Na análise de cláusulas contratuais, de documentos ou de II - receber comunicações da autoridade nacional e adotar pro-
normas corporativas globais submetidas à aprovação da autorida- vidências;
de nacional, poderão ser requeridas informações suplementares ou III - orientar os funcionários e os contratados da entidade a res-
realizadas diligências de verificação quanto às operações de trata- peito das práticas a serem tomadas em relação à proteção de dados
mento, quando necessário. pessoais; e
§ 3º A autoridade nacional poderá designar organismos de cer- IV - executar as demais atribuições determinadas pelo contro-
tificação para a realização do previsto no caput deste artigo, que lador ou estabelecidas em normas complementares.
permanecerão sob sua fiscalização nos termos definidos em regu- § 3º A autoridade nacional poderá estabelecer normas com-
lamento. plementares sobre a definição e as atribuições do encarregado,
§ 4º Os atos realizados por organismo de certificação poderão inclusive hipóteses de dispensa da necessidade de sua indicação,
ser revistos pela autoridade nacional e, caso em desconformidade conforme a natureza e o porte da entidade ou o volume de opera-
com esta Lei, submetidos a revisão ou anulados. ções de tratamento de dados.
§ 5º As garantias suficientes de observância dos princípios ge- § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
rais de proteção e dos direitos do titular referidas no caput deste
artigo serão também analisadas de acordo com as medidas técnicas SEÇÃO III
e organizacionais adotadas pelo operador, de acordo com o previs- DA RESPONSABILIDADE E DO RESSARCIMENTO DE DA-
to nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei. NOS
Art. 36. As alterações nas garantias apresentadas como sufi-
cientes de observância dos princípios gerais de proteção e dos di- Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do exercí-
reitos do titular referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser cio de atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem
comunicadas à autoridade nacional. dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legis-
lação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos da-
dos:
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I - o operador responde solidariamente pelos danos causados § 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser
pelo tratamento quando descumprir as obrigações da legislação de observadas desde a fase de concepção do produto ou do serviço
proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas até a sua execução.
do controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao con- Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa
trolador, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei; que intervenha em uma das fases do tratamento obriga-se a ga-
II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos no rantir a segurança da informação prevista nesta Lei em relação aos
tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados respon- dados pessoais, mesmo após o seu término.
dem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional
43 desta Lei. e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acar-
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova retar risco ou dano relevante aos titulares.
a favor do titular dos dados quando, a seu juízo, for verossímil a § 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme
alegação, houver hipossuficiência para fins de produção de prova definido pela autoridade nacional, e deverá mencionar, no mínimo:
ou quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe excessiva- I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
mente onerosa. II - as informações sobre os titulares envolvidos;
§ 3º As ações de reparação por danos coletivos que tenham III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas
por objeto a responsabilização nos termos do caput deste artigo para a proteção dos dados, observados os segredos comercial e in-
podem ser exercidas coletivamente em juízo, observado o disposto dustrial;
na legislação pertinente. IV - os riscos relacionados ao incidente;
§ 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regres- V - os motivos da demora, no caso de a comunicação não ter
so contra os demais responsáveis, na medida de sua participação sido imediata; e
no evento danoso. VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter
Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão responsabiliza- ou mitigar os efeitos do prejuízo.
dos quando provarem: § 2º A autoridade nacional verificará a gravidade do incidente
I - que não realizaram o tratamento de dados pessoais que lhes e poderá, caso necessário para a salvaguarda dos direitos dos ti-
é atribuído; tulares, determinar ao controlador a adoção de providências, tais
II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pes- como:
soais que lhes é atribuído, não houve violação à legislação de pro- I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e
teção de dados; ou II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos do incidente.
III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos § 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual
dados ou de terceiro. comprovação de que foram adotadas medidas técnicas adequadas
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando que tornem os dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e
deixar de observar a legislação ou quando não fornecer a seguran- nos limites técnicos de seus serviços, para terceiros não autoriza-
ça que o titular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias dos a acessá-los.
relevantes, entre as quais: Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados
I - o modo pelo qual é realizado; pessoais devem ser estruturados de forma a atender aos requisitos
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; de segurança, aos padrões de boas práticas e de governança e aos
III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à princípios gerais previstos nesta Lei e às demais normas regulamen-
época em que foi realizado. tares.
Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da viola-
ção da segurança dos dados o controlador ou o operador que, ao SEÇÃO II
deixar de adotar as medidas de segurança previstas no art. 46 desta
DAS BOAS PRÁTICAS E DA GOVERNANÇA
Lei, der causa ao dano.
Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas
das relações de consumo permanecem sujeitas às regras de res- competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmen-
ponsabilidade previstas na legislação pertinente. te ou por meio de associações, poderão formular regras de boas
práticas e de governança que estabeleçam as condições de orga-
CAPÍTULO VII nização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo
reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os
DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS
padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos envol-
SEÇÃO I vidos no tratamento, as ações educativas, os mecanismos internos
DA SEGURANÇA E DO SIGILO DE DADOS de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relaciona-
Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de dos ao tratamento de dados pessoais.
segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados § 1º Ao estabelecer regras de boas práticas, o controlador e
pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou o operador levarão em consideração, em relação ao tratamento e
ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer aos dados, a natureza, o escopo, a finalidade e a probabilidade e a
forma de tratamento inadequado ou ilícito. gravidade dos riscos e dos benefícios decorrentes de tratamento de
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões técni- dados do titular.
cos mínimos para tornar aplicável o disposto no caput deste artigo, § 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII
considerados a natureza das informações tratadas, as característi- do caput do art. 6º desta Lei, o controlador, observados a estrutura,
cas específicas do tratamento e o estado atual da tecnologia, es- a escala e o volume de suas operações, bem como a sensibilidade
pecialmente no caso de dados pessoais sensíveis, assim como os dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos para
princípios previstos no caput do art. 6º desta Lei. os titulares dos dados, poderá:
I - implementar programa de governança em privacidade que,
no mínimo:
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a) demonstre o comprometimento do controlador em adotar XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos da-
processos e políticas internas que assegurem o cumprimento, de dos pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de
forma abrangente, de normas e boas práticas relativas à proteção 6 (seis) meses, prorrogável por igual período; (Incluído pela Lei nº
de dados pessoais; 13.853, de 2019)
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que es- XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades rela-
tejam sob seu controle, independentemente do modo como se re- cionadas a tratamento de dados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
alizou sua coleta; 2019)
c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas ope- § 1º As sanções serão aplicadas após procedimento adminis-
rações, bem como à sensibilidade dos dados tratados; trativo que possibilite a oportunidade da ampla defesa, de forma
d) estabeleça políticas e salvaguardas adequadas com base em gradativa, isolada ou cumulativa, de acordo com as peculiaridades
processo de avaliação sistemática de impactos e riscos à privaci- do caso concreto e considerados os seguintes parâmetros e crité-
dade; rios:
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com o I - a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos pessoais
titular, por meio de atuação transparente e que assegure mecanis- afetados;
mos de participação do titular; II - a boa-fé do infrator;
f) esteja integrado a sua estrutura geral de governança e es- III - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
tabeleça e aplique mecanismos de supervisão internos e externos; IV - a condição econômica do infrator;
g) conte com planos de resposta a incidentes e remediação; e V - a reincidência;
h) seja atualizado constantemente com base em informações VI - o grau do dano;
obtidas a partir de monitoramento contínuo e avaliações periódi- VII - a cooperação do infrator;
cas; VIII - a adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e pro-
II - demonstrar a efetividade de seu programa de governança cedimentos internos capazes de minimizar o dano, voltados ao
em privacidade quando apropriado e, em especial, a pedido da au- tratamento seguro e adequado de dados, em consonância com o
toridade nacional ou de outra entidade responsável por promover disposto no inciso II do § 2º do art. 48 desta Lei;
o cumprimento de boas práticas ou códigos de conduta, os quais, IX - a adoção de política de boas práticas e governança;
de forma independente, promovam o cumprimento desta Lei. X - a pronta adoção de medidas corretivas; e
§ 3º As regras de boas práticas e de governança deverão ser XI - a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensi-
publicadas e atualizadas periodicamente e poderão ser reconheci- dade da sanção.
das e divulgadas pela autoridade nacional. § 2º O disposto neste artigo não substitui a aplicação de san-
Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões ções administrativas, civis ou penais definidas na Lei nº 8.078, de
técnicos que facilitem o controle pelos titulares dos seus dados pes- 11 de setembro de 1990, e em legislação específica. (Redação dada
soais. pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e XII do caput deste
CAPÍTULO VIII artigo poderá ser aplicado às entidades e aos órgãos públicos, sem
prejuízo do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
DA FISCALIZAÇÃO
na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei nº 12.527, de 18 de
SEÇÃO I novembro de 2011. (Promulgação partes vetadas)
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS § 4º No cálculo do valor da multa de que trata o inciso II do
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das in- caput deste artigo, a autoridade nacional poderá considerar o fa-
frações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às turamento total da empresa ou grupo de empresas, quando não
seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacio- dispuser do valor do faturamento no ramo de atividade empresa-
nal: (Vigência) rial em que ocorreu a infração, definido pela autoridade nacional,
I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medi- ou quando o valor for apresentado de forma incompleta ou não for
das corretivas; demonstrado de forma inequívoca e idônea.
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento § 5º O produto da arrecadação das multas aplicadas pela
da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no ANPD, inscritas ou não em dívida ativa, será destinado ao Fundo de
Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no Defesa de Direitos Difusos de que tratam o art. 13 da Lei nº 7.347,
total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração; de 24 de julho de 1985, e a Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995.
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o in- (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ciso II; § 6º As sanções previstas nos incisos X, XI e XII do caput deste
IV - publicização da infração após devidamente apurada e con- artigo serão aplicadas: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
firmada a sua ocorrência; I - somente após já ter sido imposta ao menos 1 (uma) das
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até sanções de que tratam os incisos II, III, IV, V e VI do caput deste
a sua regularização; artigo para o mesmo caso concreto; e (Incluído pela Lei nº 13.853,
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; de 2019)
VII - (VETADO); II - em caso de controladores submetidos a outros órgãos e
VIII - (VETADO); entidades com competências sancionatórias, ouvidos esses órgãos.
IX - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a § 7º Os vazamentos individuais ou os acessos não autorizados
que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, de que trata o caput do art. 46 desta Lei poderão ser objeto de con-
prorrogável por igual período, até a regularização da atividade de ciliação direta entre controlador e titular e, caso não haja acordo, o
tratamento pelo controlador; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) controlador estará sujeito à aplicação das penalidades de que trata
este artigo. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regula- § 2º Os membros do Conselho Diretor serão escolhidos dentre
mento próprio sobre sanções administrativas a infrações a esta Lei, brasileiros que tenham reputação ilibada, nível superior de educa-
que deverá ser objeto de consulta pública, as metodologias que ção e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para
orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa. (Vigência) os quais serão nomeados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo de- § 3º O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4
vem ser previamente publicadas, para ciência dos agentes de trata- (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
mento, e devem apresentar objetivamente as formas e dosimetrias § 4º Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor
para o cálculo do valor-base das sanções de multa, que deverão nomeados serão de 2 (dois), de 3 (três), de 4 (quatro), de 5 (cinco)
conter fundamentação detalhada de todos os seus elementos, de- e de 6 (seis) anos, conforme estabelecido no ato de nomeação. (In-
monstrando a observância dos critérios previstos nesta Lei. cluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 2º O regulamento de sanções e metodologias corresponden- § 5º Na hipótese de vacância do cargo no curso do mandato de
tes deve estabelecer as circunstâncias e as condições para a adoção membro do Conselho Diretor, o prazo remanescente será comple-
de multa simples ou diária. tado pelo sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente perderão
a esta Lei deve observar a gravidade da falta e a extensão do dano seus cargos em virtude de renúncia, condenação judicial transitada
ou prejuízo causado e ser fundamentado pela autoridade nacional. em julgado ou pena de demissão decorrente de processo adminis-
(Vigência) trativo disciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária deverá § 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de
conter, no mínimo, a descrição da obrigação imposta, o prazo razo- Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República instaurar o
ável e estipulado pelo órgão para o seu cumprimento e o valor da processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comis-
multa diária a ser aplicada pelo seu descumprimento. são especial constituída por servidores públicos federais estáveis.
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
CAPÍTULO IX § 2º Compete ao Presidente da República determinar o afas-
tamento preventivo, somente quando assim recomendado pela
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
comissão especial de que trata o § 1º deste artigo, e proferir o jul-
(ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
gamento. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o
SEÇÃO I exercício do cargo, o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS maio de 2013. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
(ANPD) Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo
Art. 55. (VETADO). caracteriza ato de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº
Art. 55-A. Fica criada a Autoridade Nacional de Proteção de Da- 13.853, de 2019)
dos (ANPD), autarquia de natureza especial, dotada de autonomia Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a es-
técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no trutura regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 14.460, de 2022) § 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura regimen-
§ 1º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) tal, a ANPD receberá o apoio técnico e administrativo da Casa Civil
§ 2º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) da Presidência da República para o exercício de suas atividades. (In-
§ 3º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) cluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-B. (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) § 2º O Conselho Diretor disporá sobre o regimento interno da
Art. 55-C. A ANPD é composta de: (Incluído pela Lei nº 13.853, ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções de confiança da
I - Conselho Diretor, órgão máximo de direção; (Incluído pela ANPD serão remanejados de outros órgãos e entidades do Poder
Lei nº 13.853, de 2019) Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
II - Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pri- Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções
vacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de confiança da ANPD serão indicados pelo Conselho Diretor e no-
III - Corregedoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) meados ou designados pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.460, de 2022) Art. 55-J. Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
V-A - Procuradoria; e (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) 2019)
VI - unidades administrativas e unidades especializadas neces- I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos da legis-
sárias à aplicação do disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, lação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial,
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5 observada a proteção de dados pessoais e do sigilo das informa-
(cinco) diretores, incluído o Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei ções quando protegido por lei ou quando a quebra do sigilo violar
nº 13.853, de 2019) os fundamentos do art. 2º desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853,
§ 1º Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhi- de 2019)
dos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após apro- III - elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de
vação pelo Senado Federal, nos termos da alínea ‘f’ do inciso III do Dados Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
art. 52 da Constituição Federal, e ocuparão cargo em comissão do 2019)
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, no mínimo, de IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de da-
nível 5. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) dos realizado em descumprimento à legislação, mediante processo
administrativo que assegure o contraditório, a ampla defesa e o di-
reito de recurso; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
V - apreciar petições de titular contra controlador após com- XX - deliberar, na esfera administrativa, em caráter terminati-
provada pelo titular a apresentação de reclamação ao controlador vo, sobre a interpretação desta Lei, as suas competências e os casos
não solucionada no prazo estabelecido em regulamentação; (Inclu- omissos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações pe-
VI - promover na população o conhecimento das normas e das nais das quais tiver conhecimento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e das medidas 2019)
de segurança; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o descumpri-
VII - promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais e mento do disposto nesta Lei por órgãos e entidades da administra-
internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; (Inclu- ção pública federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas
VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos para exercer suas competências em setores específicos de ativida-
que facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus dados des econômicas e governamentais sujeitas à regulação; e (Incluído
pessoais, os quais deverão levar em consideração as especificida- pela Lei nº 13.853, de 2019)
des das atividades e o porte dos responsáveis; (Incluído pela Lei nº XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por
13.853, de 2019) meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o tratamen-
IX - promover ações de cooperação com autoridades de prote- to de dados pessoais em desconformidade com esta Lei. (Incluído
ção de dados pessoais de outros países, de natureza internacional pela Lei nº 13.853, de 2019)
ou transnacional; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 1º Ao impor condicionantes administrativas ao tratamento
X - dispor sobre as formas de publicidade das operações de de dados pessoais por agente de tratamento privado, sejam eles
tratamento de dados pessoais, respeitados os segredos comercial e limites, encargos ou sujeições, a ANPD deve observar a exigência de
industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) mínima intervenção, assegurados os fundamentos, os princípios e
XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades do poder pú- os direitos dos titulares previstos no art. 170 da Constituição Fede-
blico que realizem operações de tratamento de dados pessoais in- ral e nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
forme específico sobre o âmbito, a natureza dos dados e os demais § 2º Os regulamentos e as normas editados pela ANPD devem
detalhes do tratamento realizado, com a possibilidade de emitir ser precedidos de consulta e audiência públicas, bem como de aná-
parecer técnico complementar para garantir o cumprimento desta lises de impacto regulatório. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 3º A ANPD e os órgãos e entidades públicos responsáveis
XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de suas ativida- pela regulação de setores específicos da atividade econômica e
des; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) governamental devem coordenar suas atividades, nas correspon-
XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de dentes esferas de atuação, com vistas a assegurar o cumprimento
dados pessoais e privacidade, bem como sobre relatórios de impac- de suas atribuições com a maior eficiência e promover o adequado
to à proteção de dados pessoais para os casos em que o tratamento funcionamento dos setores regulados, conforme legislação especí-
representar alto risco à garantia dos princípios gerais de proteção fica, e o tratamento de dados pessoais, na forma desta Lei. (Incluído
de dados pessoais previstos nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) § 4º A ANPD manterá fórum permanente de comunicação, in-
XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em maté- clusive por meio de cooperação técnica, com órgãos e entidades
rias de interesse relevante e prestar contas sobre suas atividades e da administração pública responsáveis pela regulação de setores
planejamento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) específicos da atividade econômica e governamental, a fim de faci-
XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório litar as competências regulatória, fiscalizatória e punitiva da ANPD.
de gestão a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o deta- (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
lhamento de suas receitas e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, § 5º No exercício das competências de que trata o caput deste
de 2019) artigo, a autoridade competente deverá zelar pela preservação do
XVI - realizar auditorias, ou determinar sua realização, no âm- segredo empresarial e do sigilo das informações, nos termos da lei.
bito da atividade de fiscalização de que trata o inciso IV e com a (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
devida observância do disposto no inciso II do caput deste artigo, § 6º As reclamações colhidas conforme o disposto no inciso V
sobre o tratamento de dados pessoais efetuado pelos agentes de do caput deste artigo poderão ser analisadas de forma agregada, e
tratamento, incluído o poder público; (Incluído pela Lei nº 13.853, as eventuais providências delas decorrentes poderão ser adotadas
de 2019) de forma padronizada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agen- Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei compe-
tes de tratamento para eliminar irregularidade, incerteza jurídica te exclusivamente à ANPD, e suas competências prevalecerão, no
ou situação contenciosa no âmbito de processos administrativos, que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências
de acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setem- correlatas de outras entidades ou órgãos da administração pública.
bro de 1942; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XVIII - editar normas, orientações e procedimentos simplifi- Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação com outros ór-
cados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que mi- gãos e entidades com competências sancionatórias e normativas
croempresas e empresas de pequeno porte, bem como iniciativas afetas ao tema de proteção de dados pessoais e será o órgão cen-
empresariais de caráter incremental ou disruptivo que se autode- tral de interpretação desta Lei e do estabelecimento de normas e
clarem startups ou empresas de inovação, possam adequar-se a diretrizes para a sua implementação. (Incluído pela Lei nº 13.853,
esta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 2019)
XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja efetu- Art. 55-L. Constituem receitas da ANPD: (Incluído pela Lei nº
ado de maneira simples, clara, acessível e adequada ao seu enten- 13.853, de 2019)
dimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro
de 2003 (Estatuto do Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I - as dotações, consignadas no orçamento geral da União, os § 1º Os representantes serão designados por ato do Presidente
créditos especiais, os créditos adicionais, as transferências e os re- da República, permitida a delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853,
passes que lhe forem conferidos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de de 2019)
2019) § 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e
II - as doações, os legados, as subvenções e outros recursos que VI do caput deste artigo e seus suplentes serão indicados pelos titu-
lhe forem destinados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) lares dos respectivos órgãos e entidades da administração pública.
III - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
imóveis de sua propriedade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX,
IV - os valores apurados em aplicações no mercado financeiro X e XI do caput deste artigo e seus suplentes: (Incluído pela Lei nº
das receitas previstas neste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 13.853, de 2019)
2019) I - serão indicados na forma de regulamento; (Incluído pela Lei
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
VI - os recursos provenientes de acordos, convênios ou con- II - não poderão ser membros do Comitê Gestor da Internet no
tratos celebrados com entidades, organismos ou empresas, públi- Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
cos ou privados, nacionais ou internacionais; (Incluído pela Lei nº III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recon-
13.853, de 2019) dução. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
VII - o produto da venda de publicações, material técnico, da- § 4º A participação no Conselho Nacional de Proteção de Da-
dos e informações, inclusive para fins de licitação pública. (Incluído dos Pessoais e da Privacidade será considerada prestação de servi-
pela Lei nº 13.853, de 2019) ço público relevante, não remunerada. (Incluído pela Lei nº 13.853,
Art. 55-M. Constituem o patrimônio da ANPD os bens e os di- de 2019)
reitos: (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de Proteção de Da-
I - que lhe forem transferidos pelos órgãos da Presidência da dos Pessoais e da Privacidade: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
República; e (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a
II - que venha a adquirir ou a incorporar. (Incluído pela Lei nº elaboração da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
14.460, de 2022) Privacidade e para a atuação da ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853,
Art. 56. (VETADO). de 2019)
Art. 57. (VETADO). II - elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das
ações da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pri-
SEÇÃO II vacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
III - sugerir ações a serem realizadas pela ANPD; (Incluído pela
DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PES-
Lei nº 13.853, de 2019)
SOAIS E DA PRIVACIDADE
IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas
Art. 58. (VETADO). sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade; e (Incluído
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais pela Lei nº 13.853, de 2019)
e da Privacidade será composto de 23 (vinte e três) representan- V - disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pes-
tes, titulares e suplentes, dos seguintes órgãos: (Incluído pela Lei soais e da privacidade à população. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
nº 13.853, de 2019) 2019)
I - 5 (cinco) do Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº Art. 59. (VETADO).
13.853, de 2019)
II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de CAPÍTULO X
2019)
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
III - 1 (um) da Câmara dos Deputados; (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019) Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Lei Internet) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
nº 13.853, de 2019) “Art. 7º ..................................................................
V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluí- .......................................................................................
do pela Lei nº 13.853, de 2019) X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a
VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no Brasil; (Incluído determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao térmi-
pela Lei nº 13.853, de 2019) no da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda
VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação rela- obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a
cionada a proteção de dados pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.853, proteção de dados pessoais;
de 2019) ..............................................................................” (NR)
VIII - 3 (três) de instituições científicas, tecnológicas e de inova- “Art. 16. .................................................................
ção; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) .......................................................................................
IX - 3 (três) de confederações sindicais representativas das II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à fina-
categorias econômicas do setor produtivo; (Incluído pela Lei nº lidade para a qual foi dado consentimento pelo seu titular, exceto
13.853, de 2019) nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de da-
X - 2 (dois) de entidades representativas do setor empresarial dos pessoais.” (NR)
relacionado à área de tratamento de dados pessoais; e (Incluído Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e intimada de to-
pela Lei nº 13.853, de 2019) dos os atos processuais previstos nesta Lei, independentemente de
XI - 2 (dois) de entidades representativas do setor laboral. (In- procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa
cluído pela Lei nº 13.853, de 2019) do agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial,
agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto Nacional de Estudos § 2º Os dirigentes ou administradores somente serão respon-
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no âmbito de suas sabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade.
competências, editarão regulamentos específicos para o acesso a Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipó-
dados tratados pela União para o cumprimento do disposto no § 2º tese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão
do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire- ou cisão societária.
trizes e Bases da Educação Nacional) , e aos referentes ao Sistema § 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilida-
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de que trata de da sucessora será restrita à obrigação de pagamento de multa
a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 . e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio
Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas
adequação progressiva de bancos de dados constituídos até a data nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da
de entrada em vigor desta Lei, consideradas a complexidade das fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente
operações de tratamento e a natureza dos dados. intuito de fraude, devidamente comprovados.
Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não ex- § 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou,
cluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relaciona- no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas serão solida-
dos à matéria ou nos tratados internacionais em que a República riamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei,
Federativa do Brasil seja parte. restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de
Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação dada pela Lei nº multa e reparação integral do dano causado.
13.853, de 2019)
I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B, 55- CAPÍTULO II
C, 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e
DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIO-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
NAL OU ESTRANGEIRA
I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts. 52, 53 e 54;
(Incluído pela Lei nº 14.010, de 2020) Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacio-
II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação, nal ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles praticados
quanto aos demais artigos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º ,
que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro,
contra princípios da administração pública ou contra os compro-
LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO: LEI Nº 12.846/2013 missos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos:
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vanta-
gem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacio-
LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013. nada;
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de
qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos
Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de nesta Lei;
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pú- III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física
blica, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- identidade dos beneficiários dos atos praticados;
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qual-
CAPÍTULO I quer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento li-
DISPOSIÇÕES GERAIS citatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva admi- de procedimento licitatório público;
nistrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou
administração pública, nacional ou estrangeira. oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, in- e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para
dependentemente da forma de organização ou modelo societário participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo;
adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de entida- f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulen-
des ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial to, de modificações ou prorrogações de contratos celebrados com
ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de a administração pública, sem autorização em lei, no ato convoca-
direito, ainda que temporariamente. tório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contra-
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetiva- tuais; ou
mente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos pre- g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos
vistos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo contratos celebrados com a administração pública;
ou não. V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de ór-
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a res- gãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação,
ponsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fisca-
de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato lização do sistema financeiro nacional.
ilícito. § 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independente- e entidades estatais ou representações diplomáticas de país es-
mente da responsabilização individual das pessoas naturais refe- trangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as
ridas no caput . pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público de país estrangeiro.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração CAPÍTULO IV
pública estrangeira as organizações públicas internacionais. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZA-
§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins des- ÇÃO
ta Lei, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrati-
estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, vo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à
assim como em pessoas jurídicas controladas, direta ou indireta- autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Execu-
mente, pelo poder público de país estrangeiro ou em organizações tivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante provo-
públicas internacionais. cação, observados o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do pro-
cesso administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa
CAPÍTULO III jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA § 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas ju- -Geral da União - CGU terá competência concorrente para instau-
rídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta rar processos administrativos de responsabilização de pessoas ju-
Lei as seguintes sanções: rídicas ou para avocar os processos instaurados com fundamento
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte nesta Lei, para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o
por cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao andamento.
da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apu-
qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível ração, o processo e o julgamento dos atos ilícitos previstos nesta
sua estimação; e Lei, praticados contra a administração pública estrangeira, obser-
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. vado o disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate da
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações
ou cumulativamente, de acordo com as peculiaridades do caso con- Comerciais Internacionais, promulgada pelo Decreto nº 3.678, de
creto e com a gravidade e natureza das infrações. 30 de novembro de 2000.
§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo será prece- Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsa-
dida da manifestação jurídica elaborada pela Advocacia Pública ou bilidade de pessoa jurídica será conduzido por comissão designada
pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público. pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois) ou mais ser-
§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, vidores estáveis.
em qualquer hipótese, a obrigação da reparação integral do dano § 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação
causado. judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a que se refere o
§ 4º Na hipótese do inciso I do caput , caso não seja possível caput , poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a in-
utilizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, vestigação e o processamento das infrações, inclusive de busca e
a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (ses- apreensão.
senta milhões de reais). § 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade
§ 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocor- instauradora que suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da
rerá na forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídi- investigação.
ca, em meios de comunicação de grande circulação na área da prá- § 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180
tica da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em (cento e oitenta) dias contados da data da publicação do ato que a
publicação de circulação nacional, bem como por meio de afixação instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e
de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio estabe- eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma
lecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível ao motivada as sanções a serem aplicadas.
público, e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores. § 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante
§ 6º (VETADO). ato fundamentado da autoridade instauradora.
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das san- Art. 11. No processo administrativo para apuração de respon-
ções: sabilidade, será concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta)
I - a gravidade da infração; dias para defesa, contados a partir da intimação.
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comis-
III - a consumação ou não da infração; são, será remetido à autoridade instauradora, na forma do art. 10,
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; para julgamento.
V - o efeito negativo produzido pela infração; Art. 13. A instauração de processo administrativo específico de
VI - a situação econômica do infrator; reparação integral do dano não prejudica a aplicação imediata das
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das in- sanções estabelecidas nesta Lei.
frações; Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo paga-
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de mento, o crédito apurado será inscrito em dívida ativa da fazenda
integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e pública.
a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada
pessoa jurídica; sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, encobrir
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para
órgão ou entidade pública lesados; e provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos
X - (VETADO). das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e sócios com poderes de administração, observados o contraditório
procedimentos previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos e a ampla defesa.
em regulamento do Poder Executivo federal.
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Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabili- CAPÍTULO VI
dade de pessoa jurídica, após a conclusão do procedimento admi- DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
nistrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua existên-
cia, para apuração de eventuais delitos. Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa
jurídica não afasta a possibilidade de sua responsabilização na es-
fera judicial.
CAPÍTULO V Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º des-
DO ACORDO DE LENIÊNCIA ta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pú- meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representa-
blica poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas ção judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajui-
responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colabo- zar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas
rem efetivamente com as investigações e o processo administrati- jurídicas infratoras:
vo, sendo que dessa colaboração resulte: I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem
I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração,
couber; e ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II - a obtenção célere de informações e documentos que com- II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
provem o ilícito sob apuração. III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser cele- IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções,
brado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de ins-
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu tituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público,
interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento § 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determi-
na infração investigada a partir da data de propositura do acordo; nada quando comprovado:
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coo- I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual
pere plena e permanentemente com as investigações e o processo para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou
administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que so- II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses
licitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento. ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados.
2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídi- § 2º (VETADO).
ca das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. § 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou
19 e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável. cumulativa.
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obri- § 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de
gação de reparar integralmente o dano causado. representação judicial, ou equivalente, do ente público poderá re-
§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias querer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários
para assegurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do
processo. dano causado, conforme previsto no art. 7º , ressalvado o direito
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes- do terceiro de boa-fé.
soas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão
de direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as ser aplicadas as sanções previstas no art. 6º , sem prejuízo daque-
condições nele estabelecidas. las previstas neste Capítulo, desde que constatada a omissão das
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pú- autoridades competentes para promover a responsabilização ad-
blica após a efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das ministrativa.
investigações e do processo administrativo. Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito rito previsto na Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
investigado a proposta de acordo de leniência rejeitada. Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de re-
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a parar, integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo valor será
pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da
de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pú- sentença.
blica do referido descumprimento.
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo CAPÍTULO VII
prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei. DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão compe-
tente para celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Ca-
Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados dastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará
contra a administração pública estrangeira. publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acor- Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de
do de leniência com a pessoa jurídica responsável pela prática de governo com base nesta Lei.
ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas § 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão infor-
à isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas mar e manter atualizados, no Cnep, os dados relativos às sanções
em seus arts. 86 a 88. por eles aplicadas.
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações
acerca das sanções aplicadas:
I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou en-
tidade no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
II - tipo de sanção; e

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III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limita-
dor ou impeditivo da sanção, quando for o caso. DECRETO Nº 11.129, DE 11/07/2022
§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos
de leniência previstos nesta Lei, também deverão prestar e man-
ter atualizadas no Cnep, após a efetivação do respectivo acordo, as
informações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se esse DECRETO Nº 11.129, DE 11 DE JULHO DE 2022
procedimento vier a causar prejuízo às investigações e ao processo Regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que
administrativo. dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pesso-
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo as jurídicas pela prática de atos contra a administração pública,
de leniência, além das informações previstas no § 3º , deverá ser nacional ou estrangeira.
incluída no Cnep referência ao respectivo descumprimento. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão ex- confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista
cluídos depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no o disposto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
ato sancionador ou do cumprimento integral do acordo de leniên- DECRETA:
cia e da reparação do eventual dano causado, mediante solicitação CAPÍTULO I
do órgão ou entidade sancionadora. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legisla-
Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização objetiva
tivo e Judiciário de todas as esferas de governo deverão informar e
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra
manter atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro Nacional
a administração pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei
de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, ins-
nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
tituído no âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às
§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesivos prati-
sanções por eles aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88
cados:
da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública
Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores
estrangeira, ainda que cometidos no exterior;
aplicados com fundamento nesta Lei serão destinados preferencial-
II - no todo ou em parte no território nacional ou que nele pro-
mente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.
duzam ou possam produzir efeitos; ou
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas
III - no exterior, quando praticados contra a administração pú-
nesta Lei, contados da data da ciência da infração ou, no caso de
blica nacional.
infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
§ 2º São passíveis de responsabilização nos termos do disposto
Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a pres-
na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas jurídicas que tenham sede,
crição será interrompida com a instauração de processo que tenha
filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato
por objeto a apuração da infração.
ou de direito.
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo admi-
Art. 2º A apuração da responsabilidade administrativa de pes-
nistrativo na forma do seu estatuto ou contrato social.
soa jurídica, decorrente do exercício do poder sancionador da ad-
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão represen-
ministração pública, será efetuada por meio de Processo Adminis-
tadas pela pessoa a quem couber a administração de seus bens.
trativo de Responsabilização - PAR ou de acordo de leniência.
§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo ge-
rente, representante ou administrador de sua filial, agência ou su- CAPÍTULO II
cursal aberta ou instalada no Brasil. DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento SEÇÃO I
das infrações previstas nesta Lei, não adotar providências para a DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e administrati- Art. 3º O titular da corregedoria da entidade ou da unidade
vamente nos termos da legislação específica aplicável. competente, ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo à
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa administração pública federal, em sede de juízo de admissibilidade
jurídica brasileira contra a administração pública estrangeira, ainda e mediante despacho fundamentado, decidirá:
que cometidos no exterior. I - pela abertura de investigação preliminar;
Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do II - pela recomendação de instauração de PAR; ou
Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Ministério da III - pela recomendação de arquivamento da matéria.
Justiça e do Ministério da Fazenda para processar e julgar fato que § 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá cará-
constitua infração à ordem econômica. ter sigiloso e não punitivo e será destinada à apuração de indícios
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública
os processos de responsabilização e aplicação de penalidades de- federal.
correntes de: § 2º A investigação preliminar será conduzida diretamente
I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº pela corregedoria da entidade ou unidade competente, na forma
8.429, de 2 de junho de 1992 ; e estabelecida em regulamento, ou por comissão composta por dois
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de ou mais membros, designados entre servidores efetivos ou empre-
1993, ou outras normas de licitações e contratos da administração gados públicos.
pública, inclusive no tocante ao Regime Diferenciado de Contrata- § 3º Na investigação preliminar, serão praticados os atos ne-
ções Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de cessários à elucidação dos fatos sob apuração, compreendidas to-
2011. das as diligências admitidas em lei, notadamente:
Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após I - proposição à autoridade instauradora da suspensão cautelar
a data de sua publicação. dos efeitos do ato ou do processo objeto da investigação;

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II - solicitação de atuação de especialistas com conhecimentos II - solicitará a apresentação de informações e documentos,
técnicos ou operacionais, de órgãos e entidades públicos ou de ou- nos termos estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, que
tras organizações, para auxiliar na análise da matéria sob exame; permitam a análise do programa de integridade da pessoa jurídica.
III - solicitação de informações bancárias sobre movimentação § 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo:
de recursos públicos, ainda que sigilosas, nesta hipótese, em sede I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputado à pessoa
de compartilhamento do sigilo com órgãos de controle; jurídica, com a descrição das circunstâncias relevantes;
IV - requisição, por meio da autoridade competente, do com- II - o apontamento das provas que sustentam o entendimento
partilhamento de informações tributárias da pessoa jurídica inves- da comissão pela ocorrência do ato lesivo imputado; e
tigada, conforme previsto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado à pessoa
5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional; jurídica processada.
V - solicitação, ao órgão de representação judicial ou equiva- § 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será
lente dos órgãos ou das entidades lesadas, das medidas judiciais feita nova intimação por meio de edital publicado na imprensa ofi-
necessárias para a investigação e para o processamento dos atos cial e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública respon-
lesivos, inclusive de busca e apreensão, no Brasil ou no exterior; ou sável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para apre-
VI - solicitação de documentos ou informações a pessoas físicas sentação de defesa escrita será contado a partir da última data de
ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais ou estrangei- publicação do edital.
ras, ou a organizações públicas internacionais. § 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua de-
§ 4º O prazo para a conclusão da investigação preliminar não fesa escrita no prazo estabelecido no caput, contra ela correrão os
excederá cento e oitenta dias, admitida a prorrogação, mediante demais prazos, independentemente de notificação ou intimação,
ato da autoridade a que se refere o caput. podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à repe-
§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão enviadas à auto- tição de qualquer ato processual já praticado.
ridade competente as peças de informação obtidas, acompanhadas Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou
de relatório conclusivo acerca da existência de indícios de autoria e eletrônico que assegure a certeza de ciência da pessoa jurídica pro-
materialidade de atos lesivos à administração pública federal, para cessada.
decisão sobre a instauração do PAR. § 1º Os prazos começam a correr a partir da data da cientifica-
SEÇÃO II ção oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZA- -se o dia do vencimento, observado o disposto no Capítulo XVI da
ÇÃO Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispensam-se as
Art. 4º A competência para a instauração e para o julgamento
demais intimações processuais, até que a pessoa jurídica interessa-
do PAR é da autoridade máxima da entidade em face da qual foi
da se manifeste nos autos.
praticado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração públi-
§ 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notificada e in-
ca federal direta, do respectivo Ministro de Estado.
timada de todos os atos processuais, independentemente de pro-
Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exer-
curação ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do
cida de ofício ou mediante provocação e poderá ser delegada, ve-
gerente, representante ou administrador de sua filial, agência, su-
dada a subdelegação.
cursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará
Art. 8º Recebida a defesa escrita, a comissão avaliará a perti-
comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis.
nência de produzir as provas eventualmente requeridas pela pes-
§ 1º Em entidades da administração pública federal cujos qua-
soa jurídica processada, podendo indeferir de forma motivada os
dros funcionais não sejam formados por servidores estatutários, a
pedidos de produção de provas que sejam ilícitas, impertinentes,
comissão a que se refere o caput será composta por dois ou mais
desnecessárias, protelatórias ou intempestivas.
empregados permanentes, preferencialmente com, no mínimo,
§ 1º Caso sejam produzidas provas após a nota de indiciação,
três anos de tempo de serviço na entidade.
a comissão poderá:
§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá suas ativida-
I - intimar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez
des com imparcialidade e observará a legislação, os regulamentos e
dias, sobre as novas provas juntadas aos autos, caso tais provas não
as orientações técnicas vigentes.
justifiquem a alteração da nota de indiciação; ou
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário
II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as
à elucidação do fato ou quando exigido pelo interesse da adminis-
novas provas juntadas aos autos justifiquem alterações na nota de
tração pública, garantido à pessoa jurídica processada o direito à
indiciação inicial, devendo ser observado o disposto no caput do
ampla defesa e ao contraditório.
art. 6º.
§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de
§ 2º Caso a pessoa jurídica apresente em sua defesa informa-
PAR não excederá cento e oitenta dias, admitida a prorrogação, me-
ções e documentos referentes à existência e ao funcionamento de
diante solicitação justificada do presidente da comissão à autorida-
programa de integridade, a comissão processante deverá examiná-
de instauradora, que decidirá de maneira fundamentada.
-lo segundo os parâmetros indicados no Capítulo V, para a dosime-
Art. 6º Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e as cir-
tria das sanções a serem aplicadas.
cunstâncias conhecidas e indiciará e intimará a pessoa jurídica pro-
Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio
cessada para, no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e
de seus representantes legais ou procuradores, sendo-lhes assegu-
especificar eventuais provas que pretenda produzir.
rado amplo acesso aos autos.
§ 1º A intimação prevista no caput:
I - facultará expressamente à pessoa jurídica a possibilidade de Parágrafo único. É vedada a retirada de autos físicos da repar-
apresentar informações e provas que subsidiem a análise da comis- tição pública, sendo autorizada a obtenção de cópias, preferencial-
são de PAR no que se refere aos elementos que atenuam o valor da mente em meio digital, mediante requerimento.
multa, previstos no art. 23; e

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Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas § 1º Concluída a apuração de que trata o caput e havendo au-
funções, poderá praticar os atos necessários à elucidação dos fatos toridades distintas competentes para o julgamento, o processo será
sob apuração, compreendidos todos os meios probatórios admiti- encaminhado primeiramente àquela de nível mais elevado, para
dos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º. que julgue no âmbito de sua competência, tendo precedência o jul-
Art. 11. Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a co- gamento pelo Ministro de Estado competente.
missão elaborará relatório a respeito dos fatos apurados e da even- § 2º Para fins do disposto no caput, o chefe da unidade res-
tual responsabilidade administrativa da pessoa jurídica, no qual su- ponsável no órgão ou na entidade pela gestão de licitações e con-
gerirá, de forma motivada: tratos deve comunicar à autoridade a que se refere o caput do art.
I - as sanções a serem aplicadas, com a respectiva indicação da 3º eventuais fatos que configurem atos lesivos previstos no art. 5º
dosimetria, ou o arquivamento do processo; da Lei nº 12.846, de 2013.
II - o encaminhamento do relatório final à autoridade compe- Art. 17. A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito do
tente para instrução de processo administrativo específico para Poder Executivo federal, competência:
reparação de danos, quando houver indícios de que do ato lesivo I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e
tenha resultado dano ao erário; II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame
III - o encaminhamento do relatório final à Advocacia-Geral da de sua regularidade ou para lhes corrigir o andamento, inclusive
União, para ajuizamento da ação de que trata o art. 19 da Lei nº promovendo a aplicação da penalidade administrativa cabível.
12.846, de 2013, com sugestão, de acordo com o caso concreto, § 1º A Controladoria-Geral da União poderá exercer, a qual-
da aplicação das sanções previstas naquele artigo, como retribuição quer tempo, a competência prevista no caput, se presentes quais-
complementar às do PAR ou para a prevenção de novos ilícitos; quer das seguintes circunstâncias:
IV - o encaminhamento do processo ao Ministério Público, nos I - caracterização de omissão da autoridade originariamente
termos do disposto no art. 15 da Lei nº 12.846, de 2013; e competente;
V - as condições necessárias para a concessão da reabilitação, II - inexistência de condições objetivas para sua realização no
quando cabível. órgão ou na entidade de origem;
Art. 12. Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata de III - complexidade, repercussão e relevância da matéria;
encerramento dos seus trabalhos, que formalizará sua desconsti- IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o
tuição, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora, que deter- órgão ou com a entidade atingida; ou
minará a intimação da pessoa jurídica processada do relatório final V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de
para, querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez dias. um órgão ou entidade da administração pública federal.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo previsto no caput, a au- § 2º Ficam os órgãos e as entidades da administração pública
toridade instauradora determinará à corregedoria da entidade ou à obrigados a encaminhar à Controladoria-Geral da União todos os
unidade competente que analise a regularidade e o mérito do PAR. documentos e informações que lhes forem solicitados, incluídos os
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será autos originais dos processos que eventualmente estejam em cur-
encaminhado à autoridade competente para julgamento, o qual so.
será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo órgão de Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar,
assistência jurídica competente. apurar e julgar PAR pela prática de atos lesivos a administração pú-
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório blica estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito procedimen-
da comissão, esta deverá ser fundamentada com base nas provas tal previsto neste Capítulo.
produzidas no PAR. Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração
Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade jul- pública federal direta e indireta deverão comunicar à Controlado-
gadora ao final do PAR será publicada no Diário Oficial da União e no ria-Geral da União os indícios da ocorrência de atos lesivos a ad-
sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública responsável pelo ministração pública estrangeira, identificados no exercício de suas
julgamento do PAR. atribuições, juntando à comunicação os documentos já disponíveis
Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido e necessários à apuração ou à comprovação dos fatos, sem prejuízo
de reconsideração com efeito suspensivo, no prazo de dez dias, con- do envio de documentação complementar, na hipótese de novas
tado da data de publicação da decisão. provas ou informações relevantes, sob pena de responsabilização. 
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no CAPÍTULO III
PAR e que não apresentar pedido de reconsideração deverá cumpri- DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DOS ENCAMINHA-
-las no prazo de trinta dias, contado do fim do prazo para interposi- MENTOS JUDICIAIS
ção do pedido de reconsideração.
SEÇÃO I
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para
decidir sobre a matéria alegada no pedido de reconsideração e pu- DISPOSIÇÕES GERAIS
blicar nova decisão. Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes san-
§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionadora, será con- ções administrativas, nos termos do disposto no art. 6º da Lei nº
cedido à pessoa jurídica novo prazo de trinta dias para o cumpri- 12.846, de 2013:
mento das sanções que lhe foram impostas, contado da data de I - multa; e
publicação da nova decisão. II - publicação extraordinária da decisão administrativa sancio-
Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei nadora.
nº 14.133, de 1º de abril de 2021, ou a outras normas de licitações Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infra-
e contratos da administração pública que também sejam tipifica- ções administrativas à Lei nº 14.133, de 2021, ou a outras normas
dos como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados de licitações e contratos da administração pública e tenha ocorrido
e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito a apuração conjunta prevista no art. 16, a pessoa jurídica também
procedimental previsto neste Capítulo. estará sujeita a sanções administrativas que tenham como efeito a
restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar con-
tratos com a administração pública, a serem aplicadas no PAR.
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SEÇÃO II c) três por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to-
DA MULTA talizar valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
Art. 20. A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei d) quatro por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
nº 12.846, de 2013, terá como base de cálculo o faturamento bruto totalizar valor superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
da pessoa jurídica no último exercício anterior ao da instauração do reais); ou
PAR, excluídos os tributos. e) cinco por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
§ 1º Os valores que constituirão a base de cálculo de que trata totalizar valor superior a R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta
o caput poderão ser apurados, entre outras formas, por meio de: milhões de reais).
I - compartilhamento de informações tributárias, na forma do Parágrafo único. No caso de acordo de leniência, o prazo cons-
disposto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 1966 - tante do inciso V do caput será contado a partir da data de celebra-
Código Tributário Nacional; ção até cinco anos após a declaração de seu cumprimento.
II - registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa Art. 23. Do resultado da soma dos fatores previstos no art. 22
jurídica acusada, no Brasil ou no exterior; serão subtraídos os valores correspondentes aos seguintes percen-
III - estimativa, levando em consideração quaisquer informa- tuais da base de cálculo:
ções sobre a sua situação econômica ou o estado de seus negócios, I - até meio por cento no caso de não consumação da infração;
tais como patrimônio, capital social, número de empregados, con- II - até um por cento no caso de:
tratos, entre outras; e a) comprovação da devolução espontânea pela pessoa jurídica
IV - identificação do montante total de recursos recebidos pela da vantagem auferida e do ressarcimento dos danos resultantes do
pessoa jurídica sem fins lucrativos no ano anterior ao da instaura- ato lesivo; ou
ção do PAR, excluídos os tributos incidentes sobre vendas. b) inexistência ou falta de comprovação de vantagem auferida
§ 2º Os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deste Decreto se- e de danos resultantes do ato lesivo;
rão avaliados em conjunto para os atos lesivos apurados no mesmo III - até um e meio por cento para o grau de colaboração da
PAR, devendo-se considerar, para o cálculo da multa, a consolidação pessoa jurídica com a investigação ou a apuração do ato lesivo, in-
dos faturamentos brutos de todas as pessoas jurídicas pertencentes dependentemente do acordo de leniência;
de fato ou de direito ao mesmo grupo econômico que tenham pra- IV - até dois por cento no caso de admissão voluntária pela pes-
ticado os ilícitos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, ou soa jurídica da responsabilidade objetiva pelo ato lesivo; e
concorrido para a sua prática. V - até cinco por cento no caso de comprovação de a pessoa
Art. 21. Caso a pessoa jurídica comprovadamente não tenha jurídica possuir e aplicar um programa de integridade, conforme os
tido faturamento no último exercício anterior ao da instauração do parâmetros estabelecidos no Capítulo V.
PAR, deve-se considerar como base de cálculo da multa o valor do Parágrafo único. Somente poderão ser atribuídos os percentu-
último faturamento bruto apurado pela pessoa jurídica, excluídos ais máximos, quando observadas as seguintes condições:
os tributos incidentes sobre vendas, que terá seu valor atualizado I - na hipótese prevista na alínea “a” do inciso II do caput, quan-
até o último dia do exercício anterior ao da instauração do PAR. do ocorrer a devolução integral dos valores ali referidos;
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o valor da mul- II - na hipótese prevista no inciso IV do caput, quando a admis-
ta será estipulado observando-se o intervalo de R$ 6.000,00 (seis são ocorrer antes da instauração do PAR; e
mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) e o limite III - na hipótese prevista no inciso V do caput, quando o plano
mínimo da vantagem auferida, quando for possível sua estimação. de integridade for anterior à prática do ato lesivo.
Art. 22. O cálculo da multa se inicia com a soma dos valores Art. 24. A existência e quantificação dos fatores previstos nos
correspondentes aos seguintes percentuais da base de cálculo: art. 22 e art. 23 deverá ser apurada no PAR e evidenciada no relató-
I - até quatro por cento, havendo concurso dos atos lesivos; rio final da comissão, o qual também conterá a estimativa, sempre
II - até três por cento para tolerância ou ciência de pessoas do que possível, dos valores da vantagem auferida e da pretendida.
corpo diretivo ou gerencial da pessoa jurídica; Art. 25. Em qualquer hipótese, o valor final da multa terá como
III - até quatro por cento no caso de interrupção no forneci- limite:
mento de serviço público, na execução de obra contratada ou na I - mínimo, o maior valor entre o da vantagem auferida, quando
entrega de bens ou serviços essenciais à prestação de serviços pú- for possível sua estimativa, e:
blicos ou no caso de descumprimento de requisitos regulatórios; a) um décimo por cento da base de cálculo; ou
IV - um por cento para a situação econômica do infrator que b) R$ 6.000,00 (seis mil reais), na hipótese prevista no art. 21; e
apresente índices de solvência geral e de liquidez geral superiores II - máximo, o menor valor entre:
a um e lucro líquido no último exercício anterior ao da instauração a) três vezes o valor da vantagem pretendida ou auferida, o que
do PAR; for maior entre os dois valores;
V - três por cento no caso de reincidência, assim definida a b) vinte por cento do faturamento bruto do último exercício
ocorrência de nova infração, idêntica ou não à anterior, tipificada anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos incidentes
como ato lesivo pelo art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, em menos sobre vendas; ou
de cinco anos, contados da publicação do julgamento da infração c) R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), na hipótese
anterior; e prevista no art. 21, desde que não seja possível estimar o valor da
VI - no caso de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros vantagem auferida.
instrumentos congêneres mantidos ou pretendidos com o órgão ou § 1º O limite máximo não será observado, caso o valor resul-
com as entidades lesadas, nos anos da prática do ato lesivo, serão tante do cálculo desse parâmetro seja inferior ao resultado calcula-
considerados os seguintes percentuais: do para o limite mínimo.
a) um por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to- § 2º Na ausência de todos os fatores previstos nos art. 22 e art.
talizar valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); 23 ou quando o resultado das operações de soma e subtração for
b) dois por cento, no caso de o somatório dos instrumentos igual ou menor que zero, o valor da multa corresponderá ao limite
totalizar valor superior a R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mínimo estabelecido no caput.
mil reais);
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Art. 26. O valor da vantagem auferida ou pretendida corres- § 2º Decorrido o prazo previsto no caput sem que a multa te-
ponde ao equivalente monetário do produto do ilícito, assim enten- nha sido recolhida ou não tendo ocorrido a comprovação de seu pa-
dido como os ganhos ou os proveitos obtidos ou pretendidos pela gamento integral, o órgão ou a entidade que a aplicou encaminhará
pessoa jurídica em decorrência direta ou indireta da prática do ato o débito para inscrição em Dívida Ativa da União ou das autarquias
lesivo. e fundações públicas federais.
§ 1º O valor da vantagem auferida ou pretendida poderá ser § 3º Caso a entidade que aplicou a multa não possua Dívida
estimado mediante a aplicação, conforme o caso, das seguintes me- Ativa, o valor será cobrado independentemente de prévia inscrição.
todologias: § 4º A multa aplicada pela Controladoria-Geral da União em
I - pelo valor total da receita auferida em contrato administrati- acordos de leniência ou nas hipóteses previstas nos art.17 e art. 18
vo e seus aditivos, deduzidos os custos lícitos que a pessoa jurídica será destinada à União e recolhida à conta única do Tesouro Nacio-
comprove serem efetivamente atribuíveis ao objeto contratado, na nal.
hipótese de atos lesivos praticados para fins de obtenção e execu- § 5º Os acordos de leniência poderão pactuar prazo distinto do
ção dos respectivos contratos; previsto no caput para recolhimento da multa aplicada ou de qual-
II - pelo valor total de despesas ou custos evitados, inclusive quer outra obrigação financeira imputada à pessoa jurídica.
os de natureza tributária ou regulatória, e que seriam imputáveis à SEÇÃO V
pessoa jurídica caso não houvesse sido praticado o ato lesivo pela DOS ENCAMINHAMENTOS JUDICIAIS
pessoa jurídica infratora; ou
Art. 30. As medidas judiciais, no Brasil ou no exterior, como a
III - pelo valor do lucro adicional auferido pela pessoa jurídica
cobrança da multa administrativa aplicada no PAR, a promoção da
decorrente de ação ou omissão na prática de ato do Poder Público
publicação extraordinária, a persecução das sanções previstas no
que não ocorreria sem a prática do ato lesivo pela pessoa jurídica
caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013 , a reparação integral dos
infratora.
danos e prejuízos, além de eventual atuação judicial para a finali-
§ 2º Os valores correspondentes às vantagens indevidas pro-
dade de instrução ou garantia do processo judicial ou preservação
metidas ou pagas a agente público ou a terceiros a ele relacionados
do acordo de leniência, serão solicitadas ao órgão de representação
não poderão ser deduzidos do cálculo estimativo de que trata o §
judicial ou equivalente dos órgãos ou das entidades lesadas.
1º.
Art. 31. No âmbito da administração pública federal direta, in-
Art. 27. Com a assinatura do acordo de leniência, a multa apli-
clusive nas hipóteses de que tratam os art. 17 e art. 18, a atuação
cável será reduzida conforme a fração nele pactuada, observado o
judicial será exercida pela Procuradoria-Geral da União, observadas
limite previsto no § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013.
as atribuições da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para ins-
§ 1º O valor da multa prevista no caput poderá ser inferior ao
crição e cobrança de créditos da União inscritos em Dívida Ativa.
limite mínimo previsto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013.
Parágrafo único. No âmbito das autarquias e das fundações
§ 2º No caso de a autoridade signatária declarar o descumpri-
públicas federais, a atuação judicial será exercida pela Procurado-
mento do acordo de leniência por falta imputável à pessoa jurídica
ria-Geral Federal, inclusive no que se refere à cobrança da multa
colaboradora, o valor integral encontrado antes da redução de que
administrativa aplicada no PAR, respeitadas as competências da
trata o caput será cobrado na forma do disposto na Seção IV, des-
Procuradoria-Geral do Banco Central.
contando-se as frações da multa eventualmente já pagas.
CAPÍTULO IV
SEÇÃO III
DO ACORDO DE LENIÊNCIA
DA PUBLICAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA DECISÃO ADMI-
NISTRATIVA SANCIONADORA Art. 32. O acordo de leniência é ato administrativo negocial
decorrente do exercício do poder sancionador do Estado, que visa
Art. 28. A pessoa jurídica sancionada administrativamente pela
à responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos
prática de atos lesivos contra a administração pública, nos termos
contra a administração pública nacional ou estrangeira.
da Lei nº 12.846, de 2013, publicará a decisão administrativa san-
Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, nos termos
cionadora na forma de extrato de sentença, cumulativamente:
da lei:
I - em meio de comunicação de grande circulação, física ou ele-
I - o incremento da capacidade investigativa da administração
trônica, na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídi-
pública;
ca ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional;
II - a potencialização da capacidade estatal de recuperação de
II - em edital afixado no próprio estabelecimento ou no local
ativos; e
de exercício da atividade, em localidade que permita a visibilidade
III - o fomento da cultura de integridade no setor privado.
pelo público, pelo prazo mínimo de trinta dias; e
Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas
III - em seu sítio eletrônico, pelo prazo mínimo de trinta dias e
jurídicas responsáveis pela prática dos atos lesivos previstos na Lei
em destaque na página principal do referido sítio.
nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos administrativos previstos na Lei nº
Parágrafo único. A publicação a que se refere o caput será feita
14.133, de 2021, e em outras normas de licitações e contratos, com
a expensas da pessoa jurídica sancionada.
vistas à isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que
SEÇÃO IV colaborem efetivamente com as investigações e o PAR, devendo re-
DA COBRANÇA DA MULTA APLICADA sultar dessa colaboração:
Art. 29. A multa aplicada será integralmente recolhida pela I - a identificação dos demais envolvidos nos ilícitos, quando
pessoa jurídica sancionada no prazo de trinta dias, observado o dis- couber; e
posto no art. 15. II - a obtenção célere de informações e documentos que com-
§ 1º Feito o recolhimento, a pessoa jurídica sancionada apre- provem a infração sob apuração.
sentará ao órgão ou à entidade que aplicou a sanção documento Art. 34. Compete à Controladoria-Geral da União celebrar
que ateste o pagamento integral do valor da multa imposta. acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal e nos
casos de atos lesivos contra a administração pública estrangeira.
Art. 35. Ato conjunto do Ministro de Estado da Controladoria-
-Geral da União e do Advogado-Geral da União:
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I - disciplinará a participação de membros da Advocacia-Geral § 2º A proposta poderá ser feita até a conclusão do relatório a
da União nos processos de negociação e de acompanhamento do ser elaborado no PAR.
cumprimento dos acordos de leniência; e § 3º A proposta apresentada receberá tratamento sigiloso e o
II - disporá sobre a celebração de acordos de leniência pelo Mi- acesso ao seu conteúdo será restrito no âmbito da Controladoria-
nistro de Estado da Controladoria-Geral da União conjuntamente -Geral da União.
com o Advogado-Geral da União. § 4º A proponente poderá divulgar ou compartilhar a existên-
Parágrafo único. A participação da Advocacia-Geral da União cia da proposta ou de seu conteúdo, desde que haja prévia anuên-
nos acordos de leniência, consideradas as condições neles estabe- cia da Controladoria-Geral da União.
lecidas e observados os termos da Lei Complementar nº 73, de 10 § 5º A análise da proposta de acordo de leniência será instru-
de fevereiro de 1993, e da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, ída em processo administrativo específico, que conterá o registro
poderá ensejar a resolução consensual das penalidades previstas dos atos praticados na negociação.
no art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013. Art. 39. A proposta de celebração de acordo de leniência será
Art. 36. A Controladoria-Geral da União poderá aceitar delega- submetida à análise de juízo de admissibilidade, para verificação da
ção para negociar, celebrar e monitorar o cumprimento de acordos existência dos elementos mínimos que justifiquem o início da ne-
de leniência relativos a atos lesivos contra outros Poderes e entes gociação.
federativos. § 1º Admitida a proposta, será firmado memorando de enten-
Art. 37. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de le- dimentos com a pessoa jurídica proponente, definindo os parâme-
niência deverá: tros da negociação do acordo de leniência.
I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a § 2º O memorando de entendimentos poderá ser resilido a
apuração de ato lesivo específico, quando tal circunstância for re- qualquer momento, a pedido da pessoa jurídica proponente ou a
levante; critério da administração pública federal.
II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo § 3º A assinatura do memorando de entendimentos:
a partir da data da propositura do acordo; I - interrompe a prescrição; e
III - admitir sua responsabilidade objetiva quanto aos atos le- II - suspende a prescrição pelo prazo da negociação, limitado,
sivos; em qualquer hipótese, a trezentos e sessenta dias.
IV - cooperar plena e permanentemente com as investigações e Art. 40. A critério da Controladoria-Geral da União, o PAR ins-
o processo administrativo e comparecer, sob suas expensas e sem- taurado em face de pessoa jurídica que esteja negociando a cele-
pre que solicitada, aos atos processuais, até o seu encerramento; bração de acordo de leniência poderá ser suspenso.
V - fornecer informações, documentos e elementos que com- Parágrafo único. A suspensão ocorrerá sem prejuízo:
provem o ato ilícito; I - da continuidade de medidas investigativas necessárias para
VI - reparar integralmente a parcela incontroversa do dano cau- o esclarecimento dos fatos; e
sado; e II - da adoção de medidas processuais cautelares e assecurató-
VII - perder, em favor do ente lesado ou da União, conforme o rias indispensáveis para se evitar perecimento de direito ou garantir
caso, os valores correspondentes ao acréscimo patrimonial indevi- a instrução processual.
do ou ao enriquecimento ilícito direta ou indiretamente obtido da Art. 41. A Controladoria-Geral da União poderá avocar os autos
infração, nos termos e nos montantes definidos na negociação. de processos administrativos em curso em outros órgãos ou enti-
§ 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV do caput se- dades da administração pública federal relacionados com os fatos
rão avaliados em face da boa-fé da pessoa jurídica proponente em objeto do acordo em negociação.
reportar à administração a descrição e a comprovação da integrali- Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leni-
dade dos atos ilícitos de que tenha ou venha a ter ciência, desde o ência deverá ser concluída no prazo de cento e oitenta dias, conta-
momento da propositura do acordo até o seu total cumprimento. do da data da assinatura do memorando de entendimentos.
§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata o inciso VI Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser pror-
do caput corresponde aos valores dos danos admitidos pela pessoa rogado, caso presentes circunstâncias que o exijam.
jurídica ou àqueles decorrentes de decisão definitiva no âmbito do Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a
devido processo administrativo ou judicial. sua rejeição não importará em reconhecimento da prática do ato
§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilícito decor- lesivo.
ra, simultaneamente, dano ao ente lesado e acréscimo patrimonial § 1º Não se fará divulgação da desistência ou da rejeição da
indevido à pessoa jurídica responsável pela prática do ato, e haja proposta do acordo de leniência, ressalvado o disposto no § 4º do
identidade entre ambos, os valores a eles correspondentes serão: art. 38.
I - computados uma única vez para fins de quantificação do va- § 2º Na hipótese prevista no caput, a administração pública
lor a ser adimplido a partir do acordo de leniência; e federal não poderá utilizar os documentos recebidos durante o pro-
II - classificados como ressarcimento de danos para fins contá- cesso de negociação de acordo de leniência.
beis, orçamentários e de sua destinação para o ente lesado. § 3º O disposto no § 2º não impedirá a apuração dos fatos re-
Art. 38. A proposta de celebração de acordo de leniência deve- lacionados com a proposta de acordo de leniência, quando decorrer
rá ser feita de forma escrita, oportunidade em que a pessoa jurídica de indícios ou provas autônomas que sejam obtidos ou levados ao
proponente declarará expressamente que foi orientada a respeito conhecimento da autoridade por qualquer outro meio.
de seus direitos, garantias e deveres legais e de que o não atendi- Art. 44. O acordo de leniência estipulará as condições para as-
mento às determinações e às solicitações durante a etapa de nego- segurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do processo
ciação importará a desistência da proposta. e conterá as cláusulas e obrigações que, diante das circunstâncias
§ 1º A proposta deverá ser apresentada pelos representantes do caso concreto, reputem-se necessárias.
da pessoa jurídica, na forma de seu estatuto ou contrato social, ou Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposi-
por meio de procurador com poderes específicos para tal ato, ob- ções, cláusulas que versem sobre:
servado o disposto no art. 26 da Lei nº 12.846, de 2013. I - o compromisso de cumprimento dos requisitos previstos nos
incisos II a VII do caput do art. 37;
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II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de descumpri- § 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução
mento do acordo; de ações judiciais que tenham por objeto os fatos que componham
III - a natureza de título executivo extrajudicial do instrumento o escopo do acordo.
do acordo, nos termos do disposto no inciso II do caput do art. 784 § 2º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes-
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil; soas jurídicas que integrarem o mesmo grupo econômico, de fato
IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de programa ou de direito, desde que tenham firmado o acordo em conjunto,
de integridade, conforme os parâmetros estabelecidos no Capítulo respeitadas as condições nele estabelecidas.
V, bem como o prazo e as condições de monitoramento; Art. 51. O monitoramento das obrigações de adoção, imple-
V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela a que se mentação e aperfeiçoamento do programa de integridade de que
refere o inciso VI do caput do art. 37; e trata o inciso IV do caput do art. 45 será realizado, direta ou indire-
VI - a possibilidade de utilização da parcela a que se refere o tamente, pela Controladoria-Geral da União, podendo ser dispen-
inciso VI do caput do art. 37 para compensação com outros valo- sado, a depender das características do ato lesivo, das medidas de
res porventura apurados em outros processos sancionatórios ou de remediação adotadas pela pessoa jurídica e do interesse público.
prestação de contas, quando relativos aos mesmos fatos que com- § 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado,
põem o escopo do acordo. dentre outras formas, pela análise de relatórios, documentos e in-
Art. 46. A Controladoria-Geral da União poderá conduzir e jul- formações fornecidos pela pessoa jurídica, obtidos de forma inde-
gar os processos administrativos que apurem infrações administra- pendente ou por meio de reuniões, entrevistas, testes de sistemas
tivas previstas na Lei nº 12.846, de 2013, na Lei nº 14.133, de 2021, e de conformidade com as políticas e visitas técnicas.
e em outras normas de licitações e contratos, cujos fatos tenham § 2º As informações relativas às etapas do processo de monito-
sido noticiados por meio do acordo de leniência. ramento serão publicadas em transparência ativa no sítio eletrônico
Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o
de que trata o § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013, levará em interesse das investigações.
consideração os seguintes critérios: Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica
I - a tempestividade da autodenúncia e o ineditismo dos atos colaboradora, a autoridade competente declarará:
lesivos; I - o cumprimento das obrigações nele constantes;
II - a efetividade da colaboração da pessoa jurídica; e II - a isenção das sanções previstas no inciso II do caput do art.
III - o compromisso de assumir condições relevantes para o 6º e no inciso IV do caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013, bem
cumprimento do acordo. como das demais sanções aplicáveis ao caso;
Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto III - o cumprimento da sanção prevista no inciso I do caput do
de ato normativo a ser editado pelo Ministro de Estado da Contro- art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013; e
ladoria-Geral da União. IV - o atendimento dos compromissos assumidos de que tra-
Art. 48. O acesso aos documentos e às informações comercial- tam os incisos II a VII do caput do art. 37 deste Decreto.
mente sensíveis da pessoa jurídica será mantido restrito durante a Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela au-
negociação e após a celebração do acordo de leniência. toridade competente, decorrente do seu injustificado descumpri-
§ 1º Até a celebração do acordo de leniência, a identidade da mento:
pessoa jurídica signatária do acordo não será divulgada ao público, I - a pessoa jurídica perderá os benefícios pactuados e ficará
ressalvado o disposto no § 4º do art. 38. impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três anos, contado
§ 2º As informações e os documentos obtidos em decorrência da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa que
da celebração de acordos de leniência poderão ser compartilhados julgar rescindido o acordo;
com outras autoridades, mediante compromisso de sua não utiliza- II - haverá o vencimento antecipado das parcelas não pagas e
ção para sancionar a própria pessoa jurídica em relação aos mes- serão executados:
mos fatos objeto do acordo de leniência, ou com concordância da a) o valor integral da multa, descontando-se as frações eventu-
própria pessoa jurídica. almente já pagas; e
Art. 49. A celebração do acordo de leniência interrompe o pra- b) os valores integrais referentes aos danos, ao enriquecimento
zo prescricional da pretensão punitiva em relação aos atos ilícitos indevido e a outros valores porventura pactuados no acordo, des-
objeto do acordo, nos termos do disposto no § 9º do art. 16 da Lei contando-se as frações eventualmente já pagas; e
nº 12.846, de 2013, que permanecerá suspenso até o cumprimento III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências pre-
dos compromissos firmados no acordo ou até a sua rescisão, nos vistas nos termos dos acordos de leniência e na legislação aplicável.
termos do disposto no art. 34 da Lei nº 13.140, de 2015. Parágrafo único. O descumprimento do acordo de leniência
Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão con- será registrado pela Controladoria-Geral da União, pelo prazo de
cedidos em favor da pessoa jurídica signatária, nos termos previa- três anos, no Cadastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP.
mente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes efeitos: Art. 54. Excepcionalmente, as autoridades signatárias poderão
I - isenção da publicação extraordinária da decisão administra- deferir pedido de alteração ou de substituição de obrigações pac-
tiva sancionadora; tuadas no acordo de leniência, desde que presentes os seguintes
II - isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, sub- requisitos:
venções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicos I - manutenção dos resultados e requisitos originais que funda-
e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo Poder Pú- mentaram o acordo de leniência, nos termos do disposto no art. 16
blico; da Lei nº 12.846, de 2013;
III - redução do valor final da multa aplicável, observado o dis- II - maior vantagem para a administração, de maneira que se-
posto no art. 27; ou jam alcançadas melhores consequências para o interesse público
IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previs- do que a declaração de descumprimento e a rescisão do acordo;
tas no art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021, ou em outras normas de III - imprevisão da circunstância que dá causa ao pedido de
licitações e contratos. modificação ou à impossibilidade de cumprimento das condições
originalmente pactuadas;
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IV - boa-fé da pessoa jurídica colaboradora em comunicar a X - canais de denúncia de irregularidades, abertos e amplamen-
impossibilidade do cumprimento de uma obrigação antes do ven- te divulgados a funcionários e terceiros, e mecanismos destinados
cimento do prazo para seu adimplemento; e ao tratamento das denúncias e à proteção de denunciantes de bo-
V - higidez das garantias apresentadas no acordo. a-fé;
Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput con- XI - medidas disciplinares em caso de violação do programa de
siderará o grau de adimplência da pessoa jurídica com as demais integridade;
condições pactuadas, inclusive as de adoção ou de aperfeiçoamen- XII - procedimentos que assegurem a pronta interrupção de ir-
to do programa de integridade. regularidades ou infrações detectadas e a tempestiva remediação
Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados dos danos gerados;
em transparência ativa no sítio eletrônico da Controladoria-Geral da XIII - diligências apropriadas, baseadas em risco, para:
União, respeitados os sigilos legais e o interesse das investigações. a) contratação e, conforme o caso, supervisão de terceiros, tais
como fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediá-
CAPÍTULO V rios, despachantes, consultores, representantes comerciais e asso-
DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE ciados;
b) contratação e, conforme o caso, supervisão de pessoas ex-
Art. 56. Para fins do disposto neste Decreto, programa de in-
postas politicamente, bem como de seus familiares, estreitos cola-
tegridade consiste, no âmbito de uma pessoa jurídica, no conjunto
boradores e pessoas jurídicas de que participem; e
de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria
c) realização e supervisão de patrocínios e doações;
e incentivo à denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de
XIV - verificação, durante os processos de fusões, aquisições e
códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes, com objetivo
reestruturações societárias, do cometimento de irregularidades ou
de:
ilícitos ou da existência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas
I - prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e
envolvidas; e
atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou
XV - monitoramento contínuo do programa de integridade
estrangeira; e
visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, na detecção e no
II - fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente
combate à ocorrência dos atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº
organizacional.
12.846, de 2013.
Parágrafo único. O programa de integridade deve ser estrutu-
§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata o caput, serão
rado, aplicado e atualizado de acordo com as características e os
considerados o porte e as especificidades da pessoa jurídica, por
riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual, por sua
meio de aspectos como:
vez, deve garantir o constante aprimoramento e a adaptação do re-
I - a quantidade de funcionários, empregados e colaboradores;
ferido programa, visando garantir sua efetividade.
II - o faturamento, levando ainda em consideração o fato de
Art. 57. Para fins do disposto no inciso VIII do caput do art. 7º
ser qualificada como microempresa ou empresa de pequeno porte;
da Lei nº 12.846, de 2013, o programa de integridade será avaliado,
III - a estrutura de governança corporativa e a complexidade de
quanto a sua existência e aplicação, de acordo com os seguintes
unidades internas, tais como departamentos, diretorias ou setores,
parâmetros:
ou da estruturação de grupo econômico;
I - comprometimento da alta direção da pessoa jurídica, inclu-
IV - a utilização de agentes intermediários, como consultores
ídos os conselhos, evidenciado pelo apoio visível e inequívoco ao
ou representantes comerciais;
programa, bem como pela destinação de recursos adequados;
V - o setor do mercado em que atua;
II - padrões de conduta, código de ética, políticas e procedi-
VI - os países em que atua, direta ou indiretamente;
mentos de integridade, aplicáveis a todos os empregados e admi-
VII - o grau de interação com o setor público e a importância
nistradores, independentemente do cargo ou da função exercida;
de contratações, investimentos e subsídios públicos, autorizações,
III - padrões de conduta, código de ética e políticas de integri-
licenças e permissões governamentais em suas operações; e
dade estendidas, quando necessário, a terceiros, tais como fornece-
VIII - a quantidade e a localização das pessoas jurídicas que in-
dores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados;
tegram o grupo econômico.
IV - treinamentos e ações de comunicação periódicos sobre o
§ 2º A efetividade do programa de integridade em relação ao
programa de integridade;
ato lesivo objeto de apuração será considerada para fins da avalia-
V - gestão adequada de riscos, incluindo sua análise e reavalia-
ção de que trata o caput.
ção periódica, para a realização de adaptações necessárias ao pro-
grama de integridade e a alocação eficiente de recursos; CAPÍTULO VI
VI - registros contábeis que reflitam de forma completa e preci-
DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS INIDÔNEAS E
sa as transações da pessoa jurídica;
SUSPENSAS E DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS PUNI-
VII - controles internos que assegurem a pronta elaboração e a
DAS
confiabilidade de relatórios e demonstrações financeiras da pessoa
jurídica; Art. 58. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspen-
VIII - procedimentos específicos para prevenir fraudes e ilícitos sas - CEIS conterá informações referentes às sanções administrati-
no âmbito de processos licitatórios, na execução de contratos admi- vas impostas a pessoas físicas ou jurídicas que impliquem restrição
nistrativos ou em qualquer interação com o setor público, ainda que ao direito de participar de licitações ou de celebrar contratos com a
intermediada por terceiros, como pagamento de tributos, sujeição administração pública de qualquer esfera federativa, entre as quais:
a fiscalizações ou obtenção de autorizações, licenças, permissões e I - suspensão temporária de participação em licitação e impedi-
certidões; mento de contratar com a administração pública, conforme dispos-
IX - independência, estrutura e autoridade da instância interna to no inciso III do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
responsável pela aplicação do programa de integridade e pela fisca- de 1993;
lização de seu cumprimento;

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II - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Art. 62. A exclusão dos dados e das informações constantes do
administração pública, conforme disposto no inciso IV do caput do CEIS ou do CNEP se dará:
art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156 I - com o fim do prazo do efeito limitador ou impeditivo da san-
da Lei nº 14.133, de 2021; ção ou depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no
III - impedimento de licitar e contratar com a União, os Estados, ato sancionador; ou
o Distrito Federal ou os Municípios, conforme disposto no art. 7º da II - mediante requerimento da pessoa jurídica interessada,
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462, após cumpridos os seguintes requisitos, quando aplicáveis:
de 4 de agosto de 2011, e no inciso III do caput do art. 156 da Lei nº a) publicação da decisão de reabilitação da pessoa jurídica san-
14.133, de 2021; cionada;
IV - suspensão temporária de participação em licitação e im- b) cumprimento integral do acordo de leniência;
pedimento de contratar com a administração pública, conforme c) reparação do dano causado;
disposto no inciso IV do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de d) quitação da multa aplicada; e
novembro de 2011; e) cumprimento da pena de publicação extraordinária da deci-
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a são administrativa sancionadora.
administração pública, conforme disposto no inciso V do caput do Art. 63. O fornecimento dos dados e das informações de que
art. 33 da Lei nº 12.527, de 2011; trata este Capítulo pelos órgãos e pelas entidades dos Poderes Exe-
VI - declaração de inidoneidade para participar de licitação com cutivo, Legislativo e Judiciário de cada uma das esferas de governo
a administração pública federal, conforme disposto no art. 46 da Lei será disciplinado pela Controladoria-Geral da União.
nº 8.443, de 16 de julho de 1992; Parágrafo único. O registro e a exclusão dos registros no CEIS
VII - proibição de contratar com o Poder Público, conforme dis- e no CNEP são de competência e responsabilidade do órgão ou da
posto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992; entidade sancionadora.
VIII - proibição de contratar e participar de licitações com o Po-
der Público, conforme disposto no art. 10 da Lei nº 9.605, de 12 de CAPÍTULO VII
fevereiro de 1998; e DISPOSIÇÕES FINAIS
IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto no inciso V
do caput do art. 78-A combinado com o art. 78-I da Lei nº 10.233, Art. 64. As informações referentes ao PAR instaurado no âm-
de 5 de junho de 2001. bito dos órgãos e das entidades do Poder Executivo federal serão
Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras san- registradas no sistema de gerenciamento eletrônico de processos
ções que impliquem restrição ao direito de participar em licitações administrativos sancionadores mantido pela Controladoria-Geral
ou de celebrar contratos com a administração pública, ainda que da União, conforme ato do Ministro de Estado da Controladoria-
não sejam de natureza administrativa. -Geral da União.
Art. 59. O CNEP conterá informações referentes: Art. 65. Os órgãos e as entidades da administração pública, no
I - às sanções impostas com fundamento na Lei nº 12.846, de exercício de suas competências regulatórias, disporão sobre os efei-
2013; e tos da Lei nº 12.846, de 2013, no âmbito das atividades reguladas,
II - ao descumprimento de acordo de leniência celebrado com inclusive no caso de proposta e celebração de acordo de leniência.
fundamento na Lei nº 12.846, de 2013. Art. 66. O processamento do PAR ou a negociação de acordo
Parágrafo único. As informações sobre os acordos de leniên- de leniência não interfere no seguimento regular dos processos ad-
cia celebrados com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013, serão ministrativos específicos para apuração da ocorrência de danos e
registradas em relação específica no CNEP, após a celebração do prejuízos à administração pública federal resultantes de ato lesivo
acordo, exceto se sua divulgação causar prejuízos às investigações cometido por pessoa jurídica, com ou sem a participação de agente
ou ao processo administrativo. público.
Art. 60. Constarão do CEIS e do CNEP, sem prejuízo de outros Art. 67. Compete ao Ministro de Estado da Controladoria-Ge-
a serem estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, dados e ral da União editar orientações, normas e procedimentos comple-
informações referentes a: mentares para a execução deste Decreto, notadamente no que diz
I - nome ou razão social da pessoa física ou jurídica sancionada; respeito a:
II - número de inscrição da pessoa jurídica no Cadastro Nacio- I - fixação da metodologia para a apuração do faturamento bru-
nal da Pessoa Jurídica - CNPJ ou da pessoa física no Cadastro de to e dos tributos a serem excluídos para fins de cálculo da multa a
Pessoas Físicas - CPF; que se refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013;
III - tipo de sanção; II - forma e regras para o cumprimento da publicação extraordi-
IV - fundamentação legal da sanção; nária da decisão administrativa sancionadora;
V - número do processo no qual foi fundamentada a sanção; III - avaliação do programa de integridade, inclusive sobre a for-
VI - data de início de vigência do efeito limitador ou impeditivo ma de avaliação simplificada no caso de microempresas e empresas
da sanção ou data de aplicação da sanção; de pequeno porte; e
VII - data final do efeito limitador ou impeditivo da sanção, IV - gestão e registro dos procedimentos e sanções aplicadas
quando couber; em face de pessoas jurídicas e entes privados.
VIII - nome do órgão ou da entidade sancionadora; Art. 68. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Advoca-
IX - valor da multa, quando couber; e cia-Geral da União e a Controladoria-Geral da União:
X - escopo de abrangência da sanção, quando couber. I - estabelecerão canais de comunicação institucional:
Art. 61. Os registros no CEIS e no CNEP deverão ser realizados a) para o encaminhamento de informações referentes à prática
imediatamente após o transcurso do prazo para apresentação do de atos lesivos contra a administração pública nacional ou estran-
pedido de reconsideração ou recurso cabível ou da publicação de geira ou derivadas de acordos de colaboração premiada e acordos
sua decisão final, quando lhe for atribuído efeito suspensivo pela de leniência; e
autoridade competente. b) para a cooperação jurídica internacional e recuperação de
ativos; e

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II - poderão, por meio de acordos de colaboração técnica, ar- I - conglomerado prudencial; e
ticular medidas para o enfrentamento da corrupção e de delitos II - sistema cooperativo de crédito.
conexos. § 3º As instituições que não constituírem política de seguran-
Art. 69. As disposições deste Decreto se aplicam imediatamen- ça cibernética própria em decorrência do disposto no § 2º devem
te aos processos em curso, resguardados os atos praticados antes formalizar a opção por essa faculdade em reunião do conselho de
de sua vigência. administração ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição.
Art. 70. Fica revogado o Decreto nº 8.420, de 18 de março de Art. 3º A política de segurança cibernética deve contemplar, no
2015. mínimo:
Art. 71. Este Decreto entra em vigor em 18 de julho de 2022. I - os objetivos de segurança cibernética da instituição;
Brasília, 11 de julho de 2022; 201º da Independência e 134º da II - os procedimentos e os controles adotados para reduzir a
República. vulnerabilidade da instituição a incidentes e atender aos demais ob-
jetivos de segurança cibernética;
III - os controles específicos, incluindo os voltados para a ras-
SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE
treabilidade da informação, que busquem garantir a segurança das
26/02/2021
informações sensíveis;
IV - o registro, a análise da causa e do impacto, bem como o
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021 controle dos efeitos de incidentes relevantes para as atividades da
instituição;
Dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os
V - as diretrizes para:
requisitos para a contratação de serviços de processamento e
a) a elaboração de cenários de incidentes considerados nos tes-
armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem
tes de continuidade de negócios;
observados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
b) a definição de procedimentos e de controles voltados à pre-
Central do Brasil.
venção e ao tratamento dos incidentes a serem adotados por em-
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, presas prestadoras de serviços a terceiros que manuseiem dados ou
de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetá- informações sensíveis ou que sejam relevantes para a condução das
rio Nacional, em sessão realizada em 25 de fevereiro de 2021, com atividades operacionais da instituição;
base nos arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 9º da Lei nº 4.728, de c) a classificação dos dados e das informações quanto à rele-
14 de julho de 1965, 7º e 23, alínea “a”, da Lei nº 6.099, de 12 de vância; e
setembro de 1974, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro d) a definição dos parâmetros a serem utilizados na avaliação
de 2001, e 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de da relevância dos incidentes;
2009, resolve: VI - os mecanismos para disseminação da cultura de segurança
CAPÍTULO I cibernética na instituição, incluindo:
a) a implementação de programas de capacitação e de avalia-
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
ção periódica de pessoal;
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a política de segurança ci- b) a prestação de informações a clientes e usuários sobre pre-
bernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de cauções na utilização de produtos e serviços financeiros; e
processamento e armazenamento de dados e de computação em c) o comprometimento da alta administração com a melhoria
nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcio- contínua dos procedimentos relacionados com a segurança ciber-
nar pelo Banco Central do Brasil. nética; e
Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não se aplica às VII - as iniciativas para compartilhamento de informações sobre
instituições de pagamento, que devem observar a regulamentação os incidentes relevantes, mencionados no inciso IV, com as demais
emanada do Banco Central do Brasil, no exercício de suas atribui- instituições referidas no art. 1º.
ções legais. § 1º Na definição dos objetivos de segurança cibernética re-
feridos no inciso I do caput, deve ser contemplada a capacidade
CAPÍTULO II da instituição para prevenir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a
DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA incidentes relacionados com o ambiente cibernético.
SEÇÃO I § 2º Os procedimentos e os controles de que trata o inciso II do
caput devem abranger, no mínimo, a autenticação, a criptografia, a
DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CI- prevenção e a detecção de intrusão, a prevenção de vazamento de
BERNÉTICA informações, a realização periódica de testes e varreduras para de-
Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem implementar tecção de vulnerabilidades, a proteção contra softwares maliciosos,
e manter política de segurança cibernética formulada com base em o estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade, os controles
princípios e diretrizes que busquem assegurar a confidencialidade, de acesso e de segmentação da rede de computadores e a manu-
a integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de infor- tenção de cópias de segurança dos dados e das informações.
mação utilizados. § 3º Os procedimentos e os controles citados no inciso II do
§ 1º A política mencionada no caput deve ser compatível com: caput devem ser aplicados, inclusive, no desenvolvimento de siste-
I - o porte, o perfil de risco e o modelo de negócio da institui- mas de informação seguros e na adoção de novas tecnologias em-
ção; pregadas nas atividades da instituição.
II - a natureza das operações e a complexidade dos produtos, § 4º O registro, a análise da causa e do impacto, bem como o
serviços, atividades e processos da instituição; e controle dos efeitos de incidentes, citados no inciso IV do caput,
III - a sensibilidade dos dados e das informações sob responsa- devem abranger inclusive informações recebidas de empresas pres-
bilidade da instituição. tadoras de serviços a terceiros.
§ 2º Admite-se a adoção de política de segurança cibernética
única por:
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§ 5º As diretrizes de que trata o inciso V, alínea “b”, do caput, Art. 10. A política de segurança cibernética e o plano de ação e
devem contemplar procedimentos e controles em níveis de com- de resposta a incidentes devem ser documentados e revisados, no
plexidade, abrangência e precisão compatíveis com os utilizados mínimo, anualmente.
pela própria instituição.
CAPÍTULO III
SEÇÃO II
DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO E
DA DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CIBERNÉ- ARMAZENAMENTO DE DADOS E DE COMPUTAÇÃO EM NU-
TICA VEM
Art. 4º A política de segurança cibernética deve ser divulgada
aos funcionários da instituição e às empresas prestadoras de servi- Art. 11. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar
ços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de que suas políticas, estratégias e estruturas para gerenciamento de
detalhamento compatível com as funções desempenhadas e com a riscos previstas na regulamentação em vigor, especificamente no
sensibilidade das informações. tocante aos critérios de decisão quanto à terceirização de serviços,
Art. 5º As instituições devem divulgar ao público resumo con- contemplem a contratação de serviços relevantes de processamen-
tendo as linhas gerais da política de segurança cibernética. to e armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País
ou no exterior.
SEÇÃO III Art. 12. As instituições mencionadas no art. 1º, previamente à
contratação de serviços relevantes de processamento e armazena-
DO PLANO DE AÇÃO E DE RESPOSTA A INCIDENTES mento de dados e de computação em nuvem, devem adotar proce-
dimentos que contemplem:
Art. 6º As instituições referidas no art. 1º devem estabelecer I - a adoção de práticas de governança corporativa e de gestão
plano de ação e de resposta a incidentes visando à implementação proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a
da política de segurança cibernética. que estejam expostas; e
Parágrafo único. O plano mencionado no caput deve abranger, II - a verificação da capacidade do potencial prestador de ser-
no mínimo: viço de assegurar:
I - as ações a serem desenvolvidas pela instituição para ade- a) o cumprimento da legislação e da regulamentação em vigor;
quar suas estruturas organizacional e operacional aos princípios e b) o acesso da instituição aos dados e às informações a serem
às diretrizes da política de segurança cibernética; processados ou armazenados pelo prestador de serviço;
II - as rotinas, os procedimentos, os controles e as tecnologias a c) a confidencialidade, a integridade, a disponibilidade e a recu-
serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes, em con- peração dos dados e das informações processados ou armazenados
formidade com as diretrizes da política de segurança cibernética; e pelo prestador de serviço;
III - a área responsável pelo registro e controle dos efeitos de d) a sua aderência a certificações exigidas pela instituição para
incidentes relevantes. a prestação do serviço a ser contratado;
Art. 7º As instituições referidas no art. 1º devem designar dire- e) o acesso da instituição contratante aos relatórios elaborados
tor responsável pela política de segurança cibernética e pela execu- por empresa de auditoria especializada independente contratada
ção do plano de ação e de resposta a incidentes. pelo prestador de serviço, relativos aos procedimentos e aos con-
Parágrafo único. O diretor mencionado no caput pode desem- troles utilizados na prestação dos serviços a serem contratados;
penhar outras funções na instituição, desde que não haja conflito f) o provimento de informações e de recursos de gestão ade-
de interesses. quados ao monitoramento dos serviços a serem prestados;
Art. 8º As instituições referidas no art. 1º devem elaborar rela- g) a identificação e a segregação dos dados dos clientes da ins-
tório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta tituição por meio de controles físicos ou lógicos; e
a incidentes, mencionado no art. 6º, com data-base de 31 de de- h) a qualidade dos controles de acesso voltados à proteção dos
zembro. dados e das informações dos clientes da instituição.
§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, no mínimo: § 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser contratado,
I - a efetividade da implementação das ações descritas no art. mencionada no inciso I do caput, a instituição contratante deve
6º, parágrafo único, inciso I; considerar a criticidade do serviço e a sensibilidade dos dados e
II - o resumo dos resultados obtidos na implementação das ro- das informações a serem processados, armazenados e gerenciados
tinas, dos procedimentos, dos controles e das tecnologias a serem pelo contratado, levando em conta, inclusive, a classificação realiza-
utilizados na prevenção e na resposta a incidentes descritos no art. da nos termos do art. 3º, inciso V, alínea “c”.
6º, parágrafo único, inciso II; § 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusive as infor-
III - os incidentes relevantes relacionados com o ambiente ci- mações relativas à verificação mencionada no inciso II, devem ser
bernético ocorridos no período; e documentados.
IV - os resultados dos testes de continuidade de negócios, con- § 3º No caso da execução de aplicativos por meio da internet,
siderando cenários de indisponibilidade ocasionada por incidentes. referidos no inciso III do art. 13, a instituição deve assegurar que o
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser: potencial prestador dos serviços adote controles que mitiguem os
I - submetido ao comitê de risco, quando existente; e efeitos de eventuais vulnerabilidades na liberação de novas versões
II - apresentado ao conselho de administração ou, na sua ine- do aplicativo.
xistência, à diretoria da instituição até 31 de março do ano seguinte § 4º A instituição deve possuir recursos e competências neces-
ao da data-base. sários para a adequada gestão dos serviços a serem contratados,
Art. 9º A política de segurança cibernética referida no art. 2º e inclusive para análise de informações e uso de recursos providos
o plano de ação e de resposta a incidentes mencionado no art. 6º nos termos da alínea “f” do inciso II do caput.
devem ser aprovados pelo conselho de administração ou, na sua
inexistência, pela diretoria da instituição.

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Art. 13. Para os fins do disposto nesta Resolução, os serviços § 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, as instituições
de computação em nuvem abrangem a disponibilidade à instituição deverão assegurar que a legislação e a regulamentação nos países
contratante, sob demanda e de maneira virtual, de ao menos um e nas regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados
dos seguintes serviços: não restringem nem impedem o acesso das instituições contratan-
I - processamento de dados, armazenamento de dados, infra- tes e do Banco Central do Brasil aos dados e às informações.
estrutura de redes e outros recursos computacionais que permitam § 3º A comprovação do atendimento aos requisitos de que tra-
à instituição contratante implantar ou executar softwares, que po- tam os incisos I a IV do caput e o cumprimento da exigência de que
dem incluir sistemas operacionais e aplicativos desenvolvidos pela trata o § 2º devem ser documentados.
instituição ou por ela adquiridos; Art. 17. Os contratos para prestação de serviços relevantes de
II - implantação ou execução de aplicativos desenvolvidos pela processamento, armazenamento de dados e computação em nu-
instituição contratante, ou por ela adquiridos, utilizando recursos vem devem prever:
computacionais do prestador de serviços; ou I - a indicação dos países e da região em cada país onde os ser-
III - execução, por meio da internet, de aplicativos implantados viços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados,
ou desenvolvidos pelo prestador de serviço, com a utilização de re- processados e gerenciados;
cursos computacionais do próprio prestador de serviços. II - a adoção de medidas de segurança para a transmissão e
Art. 14. A instituição contratante dos serviços mencionados no armazenamento dos dados citados no inciso I do caput;
art. 12 é responsável pela confiabilidade, pela integridade, pela dis- III - a manutenção, enquanto o contrato estiver vigente, da se-
ponibilidade, pela segurança e pelo sigilo em relação aos serviços gregação dos dados e dos controles de acesso para proteção das
contratados, bem como pelo cumprimento da legislação e da regu- informações dos clientes;
lamentação em vigor. IV - a obrigatoriedade, em caso de extinção do contrato, de:
Art. 15. A contratação de serviços relevantes de processamen- a) transferência dos dados citados no inciso I do caput ao novo
to, armazenamento de dados e de computação em nuvem deve ser prestador de serviços ou à instituição contratante; e
comunicada pelas instituições referidas no art. 1º ao Banco Central b) exclusão dos dados citados no inciso I do caput pela empresa
do Brasil. contratada substituída, após a transferência dos dados prevista na
§ 1º A comunicação mencionada no caput deve conter as se- alínea “a” e a confirmação da integridade e da disponibilidade dos
guintes informações: dados recebidos;
I - a denominação da empresa contratada; V - o acesso da instituição contratante a:
II - os serviços relevantes contratados; e a) informações fornecidas pela empresa contratada, visando a
III - a indicação dos países e das regiões em cada país onde os verificar o cumprimento do disposto nos incisos I a III do caput;
serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazena- b) informações relativas às certificações e aos relatórios de au-
dos, processados e gerenciados, definida nos termos do inciso III do ditoria especializada, citados no art. 12, inciso II, alíneas “d” e “e”; e
art. 16, no caso de contratação no exterior. c) informações e recursos de gestão adequados ao monitora-
§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até mento dos serviços a serem prestados, citados no art. 12, inciso II,
dez dias após a contratação dos serviços. alínea “f”;
§ 3º As alterações contratuais que impliquem modificação das VI - a obrigação de a empresa contratada notificar a instituição
informações de que trata o § 1º devem ser comunicadas ao Banco contratante sobre a subcontratação de serviços relevantes para a
Central do Brasil até dez dias após a alteração contratual. instituição;
Art. 16. A contratação de serviços relevantes de processamen- VII - a permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos con-
to, armazenamento de dados e de computação em nuvem presta- tratos e aos acordos firmados para a prestação de serviços, à docu-
dos no exterior deve observar os seguintes requisitos: mentação e às informações referentes aos serviços prestados, aos
I - a existência de convênio para troca de informações entre o dados armazenados e às informações sobre seus processamentos,
Banco Central do Brasil e as autoridades supervisoras dos países às cópias de segurança dos dados e das informações, bem como aos
onde os serviços poderão ser prestados; códigos de acesso aos dados e às informações;
II - a instituição contratante deve assegurar que a prestação dos VIII - a adoção de medidas pela instituição contratante, em de-
serviços referidos no caput não cause prejuízos ao seu regular fun- corrência de determinação do Banco Central do Brasil; e
cionamento nem embaraço à atuação do Banco Central do Brasil; IX - a obrigação de a empresa contratada manter a instituição
III - a instituição contratante deve definir, previamente à con- contratante permanentemente informada sobre eventuais limita-
tratação, os países e as regiões em cada país onde os serviços po- ções que possam afetar a prestação dos serviços ou o cumprimento
derão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, proces- da legislação e da regulamentação em vigor.
sados e gerenciados; e Parágrafo único. Os contratos mencionados no caput devem
IV - a instituição contratante deve prever alternativas para a prever, para o caso da decretação de regime de resolução da insti-
continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manu- tuição contratante pelo Banco Central do Brasil:
tenção ou extinção do contrato de prestação de serviços. I - a obrigação de a empresa contratada conceder pleno e ir-
§ 1º No caso de inexistência de convênio nos termos do inciso restrito acesso do responsável pelo regime de resolução aos con-
I do caput, a instituição contratante deverá solicitar autorização do tratos, aos acordos, à documentação e às informações referentes
Banco Central do Brasil para: aos serviços prestados, aos dados armazenados e às informações
I - a contratação do serviço, no prazo mínimo de sessenta dias sobre seus processamentos, às cópias de segurança dos dados e das
antes da contratação, observado o disposto no art. 15, § 1º, desta informações, bem como aos códigos de acesso citados no inciso VII
Resolução; e do caput que estejam em poder da empresa contratada; e
II - as alterações contratuais que impliquem modificação das in- II - a obrigação de notificação prévia do responsável pelo re-
formações de que trata o art. 15, § 1º, observando o prazo mínimo gime de resolução sobre a intenção de a empresa contratada in-
de sessenta dias antes da alteração contratual. terromper a prestação de serviços, com pelo menos trinta dias de
antecedência da data prevista para a interrupção, observado que:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
a) a empresa contratada obriga-se a aceitar eventual pedido § 1º O compartilhamento de que trata o caput deve abranger
de prazo adicional de trinta dias para a interrupção do serviço, feito informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas
pelo responsável pelo regime de resolução; e prestadoras de serviços a terceiros.
b) a notificação prévia deverá ocorrer também na situação em § 2º As informações compartilhadas devem estar disponíveis
que a interrupção for motivada por inadimplência da contratante. ao Banco Central do Brasil.
Art. 18. O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação
de sistemas operados por câmaras, por prestadores de serviços de CAPÍTULO V
compensação e de liquidação ou por entidades que exerçam ativi- DISPOSIÇÕES FINAIS
dades de registro ou de depósito centralizado.
Art. 23. Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil
CAPÍTULO IV pelo prazo de cinco anos:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - o documento relativo à política de segurança cibernética, de
que trata o art. 2º;
Art. 19. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
suas políticas para gerenciamento de riscos previstas na regulamen- inexistência, da diretoria da instituição, no caso de ser formalizada
tação em vigor disponham, no tocante à continuidade de negócios, a opção de que trata o art. 2º, § 2º;
sobre: III - o documento relativo ao plano de ação e de resposta a inci-
I - o tratamento dos incidentes relevantes relacionados com o dentes, de que trata o art. 6º;
ambiente cibernético de que trata o art. 3º, inciso IV; IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;
II - os procedimentos a serem seguidos no caso da interrupção V - a documentação sobre os procedimentos de que trata o art.
de serviços relevantes de processamento e armazenamento de da- 12, § 2º;
dos e de computação em nuvem contratados, abrangendo cenários VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de
que considerem a substituição da empresa contratada e o reestabe- serviços prestados no exterior;
lecimento da operação normal da instituição; e VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referi-
III - os cenários de incidentes considerados nos testes de conti- do no caput a partir da extinção do contrato;
nuidade de negócios de que trata o art. 3º, inciso V, alínea “a”. VIII - os dados, os registros e as informações relativas aos me-
Art. 20. Os procedimentos adotados pelas instituições para ge- canismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. 21,
renciamento de riscos previstos na regulamentação em vigor de- contado o prazo referido no caput a partir da implementação dos
vem contemplar, no tocante à continuidade de negócios: citados mecanismos; e
I - o tratamento previsto para mitigar os efeitos dos incidentes IX - a documentação com os critérios que configurem uma situ-
relevantes de que trata o inciso IV do art. 3º e da interrupção dos ação de crise de que trata o art. 20, Parágrafo único.
serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e Art. 24. O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas
de computação em nuvem contratados; necessárias para cumprimento do disposto nesta Resolução, bem
II - o prazo estipulado para reinício ou normalização das suas como estabelecer:
atividades ou dos serviços relevantes interrompidos, citados no in- I - os requisitos e os procedimentos para o compartilhamento
ciso I do caput; e de informações, nos termos do art. 22;
III - a comunicação tempestiva ao Banco Central do Brasil das II - a exigência de certificações e outros requisitos técnicos a
ocorrências de incidentes relevantes e das interrupções dos ser- serem requeridos das empresas contratadas, pela instituição finan-
viços relevantes citados no inciso I do caput que configurem uma ceira contratante, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
situação de crise pela instituição financeira, bem como das provi- III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para rei-
dências para o reinício das suas atividades. nício ou normalização das atividades ou dos serviços relevantes in-
Parágrafo único. As instituições devem estabelecer e documen- terrompidos; e
tar os critérios que configurem uma situação de crise de que trata IV - os requisitos técnicos e procedimentos operacionais a se-
o inciso III do caput. rem observados pelas instituições para o cumprimento desta Re-
Art. 21. As instituições de que trata o art. 1º devem instituir solução.
mecanismos de acompanhamento e de controle com vistas a as- Art. 25. As instituições referidas no art. 1º que, em 26 de abril
segurar a implementação e a efetividade da política de segurança de 2018, já tinham contratado a prestação de serviços relevantes
cibernética, do plano de ação e de resposta a incidentes e dos re- de processamento, armazenamento de dados e de computação em
quisitos para contratação de serviços de processamento e armaze- nuvem devem adequar o contrato para a prestação de tais serviços:
namento de dados e de computação em nuvem, incluindo: I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º,
I - a definição de processos, testes e trilhas de auditoria; no caso de serviços prestados no exterior; e
II - a definição de métricas e indicadores adequados; e II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
III - a identificação e a correção de eventuais deficiências. Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto
§ 1º As notificações recebidas sobre a subcontratação de servi- no caput não pode ultrapassar 31 de dezembro 2021.
ços relevantes descritas no art. 17, inciso VI, devem ser considera- Art. 26. O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restri-
das na definição dos mecanismos de que trata o caput. ções para a contratação de serviços de processamento e armazena-
§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser subme- mento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a
tidos a testes periódicos pela auditoria interna, quando aplicável, qualquer tempo, a inobservância do disposto nesta Resolução, bem
compatíveis com os controles internos da instituição. como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecen-
Art. 22. Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, do prazo para a adequação dos referidos serviços.
as instituições mencionadas no art. 1º devem desenvolver iniciati- Art. 27. Ficam revogadas:
vas para o compartilhamento de informações sobre os incidentes I - a Resolução nº 4.658, de 26 de abril de 2018; e
relevantes de que trata o art. 3º, inciso IV. II - a Resolução nº 4.752, de 26 de setembro de 2019.
Art. 28. Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2021.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
No mundo corporativo não é diferente. Embora a convivên-
cia seja, por vezes, insuportável, deparamo-nos com profissionais
ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES
que atropelam os princípios, como se isso fosse algo natural, um
meio de sobrevivência, e adotam valores que nada tem a ver com
duas grandes necessidades corporativas: a convivência pacífica e
Princípios, Valores e Virtudes o espírito de equipe. Nesse caso, virtude é uma palavra que não
Princípios são preceitos, leis ou pressupostos considerados faz parte do seu vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, leva
universais que definem as regras pela qual uma sociedade civiliza- tempo para destituí-los do poder.
da deve se orientar. Valores e virtudes baseados em princípios universais são ine-
Em qualquer lugar do mundo, princípios são incontestáveis, gociáveis e, assim como a ética e a lealdade, ou você tem, ou não
pois, quando adotados não oferecem resistência alguma. Enten- tem. Entretanto, conceitos como liberdade, felicidade ou riqueza
de-se que a adoção desses princípios está em consonância com o não podem ser definidos com exatidão. Cada pessoa tem recorda-
pensamento da sociedade e vale tanto para a elaboração da cons- ções, experiências, imagens internas e sentimentos que dão um
tituição de um país quanto para acordos políticos entre as nações sentido especial e particular a esses conceitos.
ou estatutos de condomínio. O importante é que você não perca de vista esses conceitos
O princípios se aplicam em todas as esferas, pessoa, profissio- e tenha em mente que a sua contribuição, no universo pessoal
nal e social, eis alguns exemplos: amor, felicidade, liberdade, paz e profissional, depende da aplicação mais próxima possível do
e plenitude são exemplos de princípios considerados universais. senso de justiça. E a justiça é uma virtude tão difícil, e tão ne-
Como cidadãos – pessoas e profissionais -, esses princípios gligenciada, que a própria justiça sente dificuldades em aplicá-la,
fazem parte da nossa existência e durante uma vida estaremos portanto, lute pelos princípios que os valores e as virtudes fluirão
lutando para torná-los inabaláveis. Temos direito a todos eles, naturalmente.
contudo, por razões diversas, eles não surgem de graça. A base
dos nossos princípios é construída no seio da família e, em muitos NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL.
casos, eles se perdem no meio do caminho.
De maneira geral, os princípios regem a nossa existência e
são comuns a todos os povos, culturas, eras e religiões, queiramos
CONCEITO DE ÉTICA EMPRESARIAL
ou não. Quem age diferente ou em desacordo com os princípios
universais acaba sendo punido pela sociedade e sofre todas as A ética empresarial envolve os valores de uma empresa e
consequências. seus princípios morais dentro da sociedade. Esse conceito é fun-
Valores são normas ou padrões sociais geralmente aceitos ou damental para uma organização que pretende construir uma boa
mantidos por determinado indivíduo, classe ou sociedade, por- imagem perante seus clientes internos e externos, parceiros e
tanto, em geral, dependem basicamente da cultura relacionada concorrentes. Nesse sentido, uma empresa ética é aquela que
com o ambiente onde estamos inseridos. É comum existir certa pratica os preceitos coletivos e se preocupa com as demandas da
confusão entre valores e princípios, todavia, os conceitos e as população, tendo sua conduta orientada pela responsabilidade
aplicações são diferentes. social e ambiental.
Diferente dos princípios, os valores são pessoais, subjetivos Prezar pela ética empresarial é importante para qualquer em-
e, acima de tudo, contestáveis. O que vale para você não vale ne- presa, independentemente do seu porte, se é do setor público ou
cessariamente para os demais colegas de trabalho. Sua aplicação privado. Ao demonstrar que é uma organização transparente, a
pode ou não ser ética e depende muito do caráter ou da persona- organização será reconhecida por todos pela sua credibilidade e
lidade da pessoa que os adota. responsabilidade. Essa postura ajudará a companhia a ser apon-
Na prática, é muito mais simples ater-se aos valores do que tada como referência no mercado, atraindo clientes, investidores
aos princípios, pois este último exige muito de nós. Os valores e bons profissionais.
completamente equivocados da nossa sociedade – dinheiro, su- A ética empresarial deve estar presente nas atividades inter-
cesso, luxo e riqueza – estão na ordem do dia, infelizmente. Todos nas e externas de uma organização. As empresas devem prezar
os dias somos convidados a negligenciar os princípios e adotar os pela boa conduta de todos os seus funcionários. Quando o rela-
valores ditados pela sociedade. cionamento interpessoal é baseado em atitudes e valores positi-
Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constantes do vos, há a construção de um ambiente de trabalho agradável para
espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam à prática todos. Os funcionários passam a respeitar as regras e normas da
do bem. Aristóteles afirmava que há duas espécies de virtudes: organização e ficam mais abertos a cooperar uns com os outros.
a intelectual e a moral. A primeira deve, em grande parte, sua Todos esses fatores influenciam no aumento da produtividade.
geração e crescimento ao ensino, e por isso requer experiência e Mas, em nenhum outro campo a ética empresarial está tão
tempo; ao passo que a virtude moral é adquirida com o resultado envolvida quanto na obtenção do lucro. Ter uma boa rentabili-
do hábito. dade é objetivo de praticamente todas as organizações, mas os
Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais surge em ganhos devem ser baseados em um trabalho honesto e que satis-
nós por natureza, visto que nada que existe por natureza pode ser faça as necessidades dos clientes, sem prejudicar as pessoas ou o
alterado pela força do hábito, portanto, virtudes nada mais são do meio ambiente.
que hábitos profundamente arraigados que se originam do meio Além das atitudes morais que devem nortear todas as suas
onde somos criados e condicionados através de exemplos e com- atividades, a empresa pode demonstrar que é ética à sociedade
portamentos semelhantes. por meio de ações que promovam o bem-estar da comunidade
Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler, por em que está inserida ou que ajudem a preservar o meio ambiente.
exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ignorá-los e adotar Esse senso de responsabilidade social e ambiental revela que a
valores como a supremacia da raça ariana, a aniquilação da oposi- companhia não está alienada aos problemas que a rodeiam e se
ção e a dominação pela força.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
interessam em contribuir para combatê-los. Programas que be- Este, inclusive, é um dos principais motivos para a cobrança
neficiam a população em geral e de sustentabilidade são alguns do conhecimento em relação a este tema em concursos, pois co-
exemplos disso. nhecendo a ética da empresa, você já entra preparado para seguir
DEFINIÇÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL o que dita o código de ética da mesma.
A definição de ética profissional, por sua vez, está associada Para você compreender ainda melhor o assunto, gostaria de
a um conjunto de preceitos éticos e morais que guiam as atitudes citar a seguir alguns dos principais alicerces da ética:
e ações de colaboradores e determinam os princípios em que de- – Credibilidade;
vem pautar sua conduta durante o exercício da profissão. – Humildade;
Ter uma postura ética como profissional é cumprir as suas – Transparência e coragem;
obrigações de acordo com os princípios determinados pelo seu – O exemplo sempre deve vir de cima;
grupo de trabalho. Cada categoria profissional tem seu próprio – O seu direito acaba quando começa o do outro;
Código de Ética, um conjunto de normas elaboradas pelos Con- – Nada de jeitinho brasileiro;
selhos que representam e fiscalizam cada área de atuação. Para – Trate ao próximo assim como você gostaria de ser tratado
obter o diploma, o recém-formado precisa fazer um juramento de
que seguirá todas essas normas durante a sua carreira. Gestão ética nas empresas públicas
Apesar disso, muitos elementos se repetem em Códigos de
Ética de variadas profissões. Em sua maioria, são princípios uni- Quando falamos em empresas públicas, estamos falando de
versais, que buscam valorizar as pessoas com as quais o profis- empresas que utilizam nosso dinheiro de alguma forma em suas
sional se relacionará ao desempenhar suas atividades. Entre eles atividades. Tudo que vale para as empresas privadas, também
estão: honestidade, responsabilidade, competência, respeito, en- vale para as públicas, porém nestas, pelo motivo já citado, a ges-
tre outros. tão ética é incrementada por alguns princípios que procuram evi-
Em tempos em que os valores humanos estão cada vez mais tar o uso indevido dos valores.
sendo colocados de lado em nome de maiores lucros, a ética no Políticos eleitos são funcionários do povo ( regra da democra-
ambiente corporativo tem se tornado, infelizmente, um diferen- cia ) em nosso País para defender nossos interesses, dirigentes in-
cial. As empresas referências de boa conduta no mercado conse- dicados para as estatais são funcionários do povo, eles devem sim
guem agregar valor à sua marca e imagem e usufruem de maior em suas ações preocuparem-se em oferecer o melhor que podem
credibilidade. Já os profissionais que têm uma conduta ética des- para atender as necessidades da população.
tacam-se por ajudarem a construir bom relacionamento interpes- Ética pública significa responsabilidade em dobro aos respon-
soal em seu ambiente de trabalho. Eles sabem assumir seus erros sáveis pela condução da mesma, inclusive existem várias leis que
e têm uma postura flexível, tolerante e humilde com seus colegas, regulamenta as ações éticas do servidor público ( lembram da his-
por isso, são muito procurados no mercado e fazem um bom net- tória da gestão pública só poder agir se existir uma lei para tal
working. finalidade? eis um bom exemplo ). Aqui temos duas leis para você
Antes de tudo, é sempre bom compreender a ética empre- ter uma ideia:
sarial e profissional como formas de manter a consciência limpa Lei nº 8.027/1990 que dispõe sobre normas de conduta dos
ao exercer suas atividades sem prejudicar os outros. Esse fator é servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Funda-
indispensável para o nosso desenvolvimento como pessoas. ções Públicas.
Decreto nº 1.171/1994 que aprova o Código de Ética Profis-
A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVA- sional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
DAS. Diante disto, gostaria de transcrever a seguir os principais
princípios do serviço público e que norteiam a gestão de ética pú-
blica de uma forma geral:
A gestão pública só toma ações se estiver previsto em lei e • Os servidores públicos devem ser leais as suas Constitui-
a gestão privada pode tomar todas as ações que achar necessá- ções, leis e princípios éticos acima dos interesses privados;
rias para a empresa. As empresas que querem ter um programa • Os servidores não poderão ter interesses financeiros que
de ética tem que ter comprometimento, clareza e transparência causem conflitos ao desempenho de sua atividade;
e todos devem participar, principalmente a alta direção para que • Os servidores deverão usar de sigilo, não utilizando infor-
seja um sucesso. mações governamentais para seu próprio interesse. Além disso,
Mas porque as empresas criam um programa de ética: não poderão fazer promessas não autorizadas que comprometam
– Sobrevivência; o governo;
– Aumentar os lucros; • Os servidores deverão ser honestos no cumprimento de
– Credibilidade; suas funções;
– Manutenção ( ou melhoria ) de uma boa imagem; •Os servidores não poderão aceitar presente ou item de valor
– Competitividade; de qualquer pessoa ou instituição em busca de benefícios, nem
– Melhoria do ambiente de trabalho; fazer negócios ou atividades reguladas pelo órgão do servidor ex-
– Aumento da produtividade; ceto se permitido pelo responsável do órgão;
– Concorrência • Os servidores não poderão usar seu cargo para ganhos pri-
– Consumidores; etc vados;
• Os servidores devem agir com imparcialidade e não devem
A gestão deve ser baseada em recompensas e punições,
dar tratamento diferenciado a nenhuma organização individual ou
evitando moralismo, sendo coerente, confiando e apoiando as
privada;
pessoas, orientando em casos de dúvidas, permitindo condições
• Os servidores deverão proteger e conservar o patrimônio
favoráveis, inclusive incentivando ações que promovam as práti-
do Estado, não os utilizando para fins não autorizados;
cas éticas e, principalmente, envolver o máximo de pessoas no
• Os servidores deverão confessar fraudes, corrupção, des-
programa de ética.
perdícios e abusos as autoridades responsáveis.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
• Os servidores deverão de boa fé satisfazer suas obrigações Para que tenhamos êxito, o documento corporativo deve ser
de cidadãos, incluindo obrigações financeiras; norteador de sua conduta. Pautar suas atividades e comportamen-
• Os servidores deverão apoiar todos os regulamentos e leis tos pelos princípios éticos é fundamental.
que asseguram oportunidades iguais para todos;
• Os servidores deverão evitar toda a ação que crie a aparên- Portanto, a leitura e o registro de ciência do Código de Ética não
cia de que estão violando as leis ou normas éticas. é apenas um procedimento administrativo. Conhecer a ética corpo-
• O Código de Ética dos Servidores Públicos Civil do Poder rativa e aplicá-la no dia a dia são ações que agregam valor à organi-
Executivo Federal foi aprovado pelo decreto n° 1.171 de 22 de zação, à sua imagem e impacto na sociedade. O agir ético fortalece
junho de 1994 destinado aos servidores públicos federais. o BB enquanto empresa íntegra e confiável. Aos funcionários sugiro
que, em caso de dúvida, não hesitem em conversar com o seu ges-
tor ou consultar o Comitê de Ética do seu Estado. Todos somos res-
CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO BRASIL (DISPONÍVEL NO ponsáveis pelo BB e somos protagonistas na sua perenidade.
SÍTIO DO BB NA INTERNET). “A CONFIANÇA, TÃO VALIOSA NA ATIVIDADE BANCÁRIA, É O
RESULTADO DA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE ÉTICA NA EM-
PRESA, E O COMPROMISSO ÉTICO DO CORPO FUNCIONAL ENVOL-
O Código de Ética do Banco do Brasil é o instrumento de forma-
VE TANTO PEQUENAS ATITUDES NO DIA A DIA QUANTO DECISÕES
lização da visão, dos valores, do propósito e dos princípios da Or-
COMPLEXAS.”
ganização, o qual apresenta os compromissos e diretrizes do Banco
em relação ao seu público de relacionamento (clientes e usuários; Fausto de Andrade Ribeiro
alta administração, funcionários e colaboradores; fornecedores; Presidente
acionistas, investidores e credores; parceiros; concorrentes; gover- PROPÓSITO, VISÃO E VALORES
no; comunidades e órgãos reguladores). Propósito: “Cuidar do que é valioso para as pessoas”.
Rege, também, os deveres e indica os comportamentos con- Visão: “Ser a empresa que proporciona a melhor experiência
siderados desejáveis no ambiente de trabalho. O documento con- para a vida das pessoas e promove o desenvolvimento da sociedade
templa diretrizes específicas relacionadas a conflito de interesses; de forma inovadora, eficiente e sustentável.”
presentes e favores; ambiente de trabalho; boas práticas de rela- Valores: Foco no Cliente: Estamos sempre atentos àquilo que é
cionamento; bens e recursos do Banco do Brasil; segurança e trata- valioso para nossos clientes. Inovação: Somos movidos pela inova-
mento da informação; envolvimento com a comunidade e susten- ção e agentes da transformação.
tabilidade; uso responsável das mídias digitais; tomada de decisão;
Ética: Adotamos a ética como fundamento de nossa prática
responsabilidade do segmento gerencial e responsabilidade da alta
empresarial.
administração.
A principal função destes direcionadores é promover os prin- Senso de Dono: Assumimos a responsabilidade por empreen-
cípios éticos e orientar as ações da alta administração, dos funcio- der soluções de excelência e atuamos com protagonismo.
nários (no Brasil e no exterior), dos colaboradores, e daqueles que Confiabilidade: Somos comprometidos com a transparência e
estejam atuando ou prestando serviços em nome ou para o Banco a solidez de nossas ações.
do Brasil cabendo-lhes conhecer e zelar pelos preceitos contidos Eficiência: Otimizamos os recursos disponíveis para criar valor
nos documentos. Tratam-se, portanto de referenciais que, obriga- aos nossos públicos de relacionamento.
toriamente, devem ser cumpridos por todos. Espírito Público: Consideramos o interesse coletivo na tomada
de nossas decisões.
O Código de Ética é revisado periodicamente para que forneça
PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE ÉTICA
as diretrizes sobre como a Empresa deve agir perante os desafios da
atualidade. Além disso, integra o conteúdo programático das sele- • HONESTIDADE
ções externas, e os procedimentos pré-admissionais. O documento • RESPONSABILIDADE
possui versões em inglês, espanhol, alemão, japonês e mandarim. • TRANSPARÊNCIA
Todos os funcionários no Brasil e no exterior, estagiários e aprendi-
zes são incentivados a realizar sua leitura anualmente. • RESPEITO
MENSAGEM DO PRESIDENTE SÃO OS PRINCÍPIOS QUE DITAM A DIREÇÃO QUE DEVEMOS
TOMAR, PRINCIPALMENTE QUANDO VIVENCIAMOS DILEMAS ÉTI-
Olá, COS E PRECISAMOS TOMAR DECISÕES ADERENTES ÀS EXPECTATI-
Você está diante da nova versão do Código de Ética do Banco VAS DO BANCO, AINDA QUE NÃO TENHAM SIDO PREVISTAS EM
do Brasil. NORMAS ESPECÍFICAS.
A solidez e a perenidade do BB no mercado só são possíveis
PÚBLICO ALVO
com o comprometimento de seus colaboradores no cumprimento
dos padrões de conduta e princípios contidos nas suas Políticas, no O CÓDIGO DE ÉTICA É APLICADO :
Código de Governança Corporativa, no Programa de Compliance e À ALTA ADMINISTRAÇÃO
nos normativos e regulamentos internos. – Conselheiros, Presidente, VicePresidentes e Diretores, inclu-
O compromisso e o engajamento de cada um contribuem para sive de empresas controladas
o alcance do Propósito e Visão do Banco do Brasil, bem como dos AOS FUNCIONÁRIOS
pilares que constituem sua Estratégia. – lotados no Brasil e no exterior
O Código de Ética é um documento que consolida o que o BB
espera do seu corpo funcional. AOS COLABORADORES
Suas revisões periódicas visam torná-lo mais representativo, – estagiários, aprendizes, dirigentes e empregados de empre-
reforçando conceitos e orientações para o relacionamento com co- sas contratadas
laboradores, clientes e fornecedores dentre outros públicos com os DEMAIS
quais o BB se relaciona.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
– Àqueles que estejam atuando ou prestando serviços em Exemplo Ilustrativo - Desrespeito no ambiente de trabalho:
nome do Banco do Brasil ou para o Banco do Brasil.
Um colega, no ambiente de trabalho, rotineiramente, faz pia-
PRINCÍPIOS do Código de Ética das inconvenientes diante dos colegas. Embora tenham conversa-
Cada um de nós tem o desafio de transformar princípios éticos do sobre isso, ele não cessa esse tipo de comportamento, gerando
em parte essencial de nossas responsabilidades. uma sensação de desconforto e constrangimento nos demais.
São princípios que ditam a direção que devemos tomar, prin-
Posicionamento do BB
cipalmente quando vivenciamos dilemas éticos e precisamos to-
mar decisões aderentes às expectativas do Banco, ainda que não O Banco do Brasil não tolera atos de desrespeito ou discrimina-
tenham sido previstas em normas específicas. ção. Se isso ocorrer, procure seu gestor e setores competentes para
manifestar seu desconforto.
Honestidade: O Banco espera que a conduta de seus funcio- ”PARA MIM, ÉTICA É A SEMENTE; RESPEITO À DIVERSIDADE É
nários tenha como padrão a honestidade. Devemos fazer somente O NOSSO FRUTO.”
aquilo que é correto, devemos agir de boa-fé, com integridade e
sinceridade nos assuntos que afetam deveres e interesses do Ban- Raysa Gonzaga - funcionária
co.
1.4 Devemos pautar nossas relações pelo respeito às diferen-
Responsabilidade: Cada membro do Banco é responsável por
ças, sendo elas físicas, raciais, culturais, religiosas, de orientação
suas ações e decisões. Devemos, independentemente da posição
sexual, sociais, linguísticoregionais, etárias, de ideias, de origem, de
que ocupamos, ser responsáveis pela criação de um ambiente
capacidade, de aparência, de classe, de estado civil ou de identida-
transparente, respeitoso e seguro, a fim de que os negócios sejam
de de gênero.
éticos e sustentáveis. Também é nossa responsabilidade zelar para
1.5 Devemos respeitar as normas sociais e culturais da comu-
que atos irregulares não ocorram no Banco.
nidade em que atuamos, apresentando-nos e nos comportando de
Transparência: O Banco zela pela transparência de suas ações. maneira adequada e alinhada à posição exercida.
As informações devem ser completas, precisas e claras. A confiança 1.6 Devemos prevenir constrangimentos e prejuízos à imagem
de nossos parceiros está ligada ao livre acesso que o Banco dá às do Banco e de seus funcionários.
informações de seus relatórios, prestações de contas e tomadas de
decisão. O sigilo e a confidencialidade das informações permeiam e 1.7 Desautorizamos que se inicie ou divulgue, em qualquer
são exigidos em nossas ações no Banco. Entretanto, ações executa- meio - interno ou externo - críticas ofensivas à honra ou calúnias
das deliberadamente às escondidas não são éticas. que exponham a imagem do BB ou de quaisquer de nossas áreas
Respeito: O Banco do Brasil não tolera desrespeito à dignidade, ou funcionários.
à igualdade, à diversidade e à privacidade das pessoas. O ambiente
de trabalho deve ser um local de profissionalismo, em que se res- CAPÍTULO 2
peitam as diferentes culturas e compreensões de mundo e onde o
BOAS PRÁTICAS DE RELACIONAMENTO
respeito às leis e aos regulamentos internos do BB são prioridade.
O que esses princípios significam na prática?
Ambiente de Trabalho Presencial, Remoto ou Contingencial
• Respeito é um dever, é bom e todo mundo gosta.
• Faça o que é certo. 2.1 Primamos pela confiança, honestidade e ética em nossas
• Você é responsável pelas consequências de suas atitudes. práticas comerciais, atuando de forma transparente, imparcial e
• Cuide do Banco! O que afeta ele, afeta você. íntegra.
• Se você precisa esconder a sua ação, ela não é ética. 2.2 Devemos oferecer produtos e serviços, bem como, prestar
• Não basta ser ético; é necessário também parecer ético. atendimento com honestidade, diligência e ética.
2.3 Devemos nos comprometer com o bom clima de trabalho,
• Na dúvida sobre como agir, pare e procure ajuda pautando nossas condutas pelo respeito e tolerância.
2.4 Devemos manter a comunicação respeitosa e profissional
Quais são os ganhos e os benefícios de manter-se uma pos-
com nossos pares, gestores, subordinados, clientes internos e ex-
tura ética?
ternos
A postura ética de cada um colabora decisivamente para o de- 2.5 Desautorizamos a emissão ou reprodução de comentários
senvolvimento de uma cultura organizacional saudável. O ambiente que possam prejudicar a convivência harmoniosa no ambiente de
de trabalho se torna seguro e as pessoas se sentem engajadas. Com trabalho.
a postura ética de seus funcionários, a Empresa ganha respeito nos 2.6 Devemos desenvolver atividades com responsabilidade,
seus negócios e aprovação da comunidade. autonomia e comprometimento.
2.7 Devemos realizar as atividades que nos são confiadas, assu-
CAPÍTULO 1 mindo a responsabilidade pela tarefa.
RESPEITO AO INDIVÍDUO 2.8 Devemos desenvolver nosso trabalho diário observando as
orientações de segurança.
1.1. Respeitamos a diversidade das pessoas que formam o am-
2.9 Consideramos a segurança e a saúde no trabalho pilares
biente de trabalho e que mantêm relacionamento com o Banco do
institucionais.
Brasil.
2.10 Devemos cumprir as normas de segurança e saúde do tra-
1.2. Encorajamos a cultura de respeito e repudiamos a violên-
balho.
cia.
2.11 Proibimos que se trabalhe embriagado e/ou sob efeito de
1.3 Devemos zelar pelo estabelecimento de um ambiente de drogas ilícitas.
trabalho digno e saudável, pautando as relações pelo respeito e cor- 2.12 Devemos contribuir, nas nossas atividades diárias, para a
dialidade, independentemente da posição exercida na organização. manutenção do caráter laico e apartidário da Empresa.

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257
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
2.13 Repudiamos condutas que possam caracterizar assédio de 2.20 Exigimos que os nossos líderes sejam éticos, referência
qualquer natureza de postura adequada e incentivadores do trabalho em equipe
“O trabalho remoto é, ao mesmo tempo, um privilégio e um como prática de colaboração e de compartilhamento de conhe-
desafio, pois o sucesso nessa modalidade de trabalho requer cimentos e experiências.
adaptar rotinas do funcionário e das pessoas que coabitam” LÍDERES
Céssia Freitas de Figueiredo - funcionária 2.21 Determinamos que a comunicação dos nossos líderes
TODA CONDUTA INADEQUADA QUE GERE DESENTENDIMEN- esteja alinhada à estratégia do Banco, buscando o equilíbrio en-
TO PODE SER CONSIDERADA ASSÉDIO MORAL? tre pessoas, processos e resultados, demonstrando cuidado com
Entende-se por assédio moral toda conduta abusiva, a exem- clientes, funcionários, sociedade e acionistas.
plo de gestos, palavras e atitudes que se repitam de forma siste- 2.22 Esperamos dos nossos líderes coragem para ousar e
mática, atingindo a dignidade ou integridade psíquica ou física do que desenvolvam adaptabilidade, resiliência e sabedoria frente
trabalhador. a circunstâncias desafiadoras, fazendo constantemente a gestão
dos riscos.
Fonte: Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral - Pare e Repare 2.23 Recomendamos que os nossos líderes tenham empatia,
– Por um Ambiente de Trabalho mais Positivo - Secretaria de Comu- controle emocional e respeito à individualidade dos liderados.
nicação Social do TST. 2.24 Esperamos que nossos líderes sejam promotores do di-
álogo com respeito, boa educação e assertividade, colocando em
O assédio moral é uma forma de violência grave e que tem prática a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
como objetivo desestabilizar emocional e profissionalmente a 2.25 Esperamos que os nossos líderes contribuam para o de-
pessoa de forma direta – acusações, insultos, ofensas, hostili- senvolvimento dos liderados, incentivando a autonomia, a ino-
dade, gritos, humilhações públicas – ou indireta – propagação vação e a transformação cultural.
de boatos, isolamento, recusa na comunicação, exclusão social. 2.26 Desejamos que os nossos líderes valorizem vitórias e
O sofrimento gerado impacta a autoestima, gera desmotivação, conquistas da equipe como incentivo à continuidade dos bons
podendo evoluir para a incapacidade laboral e/ou quadros de resultados.
adoecimento. 2.27 Esperamos dos nossos líderes conhecimento de pro-
Condutas pontuais ou isoladas não caracterizam assédio cessos mais eficazes e eficientes, antecipando e adotando inicia-
moral. tivas inovadoras no desenvolvimento de soluções digitais para
obter resultados consistentes.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ASSÉDIO SEXUAL?
2.14 Repudiamos condutas que possam caracterizar discri- 2.28 Esperamos dos nossos líderes, além da conduta ética, a
minação ou sua indução; coação, perseguição ou constrangi- disseminação dos valores da organização e preceitos do Código
mento; desrespeito às atribuições funcionais; desqualificação de Ética, contribuindo para a aplicação deste documento.
pública, ofensa ou ameaça. LIDERADOS
2.15 Orientamos que funcionários mantenham situação
2.29 Exigimos que os nossos liderados respeitem o Código
econômicofinanceira compatível com a ocupação e a renda com-
de Ética e a Política de Relacionamento com Clientes e Usuários.
provadas.
2.30 Esperamos que os nossos liderados tenham respeito,
2.16 Devemos supervisionar e adotar medidas inibidoras de tolerância, controle emocional e maturidade, colocando em prá-
irregularidades. tica a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
2.31 Esperamos que os nossos liderados sejam protagonis-
O assédio sexual no trabalho caracteriza-se, em regra, pela
tas da sua carreira e promovam seu autodesenvolvimento, de-
conduta que viola a liberdade sexual de alguém
monstrando iniciativa e comprometimento, além de capacidade
A definição está descrita no art. de adaptação a mudanças de cenário.
216-A do Código Penal: 2.32 Esperamos dos nossos liderados a parceria com a ges-
“Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou tão, com foco nas boas práticas de relacionamento e na condu-
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição ção dos processos.
de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função”. Também são considerados como as- 2.33 Esperamos que os nossos liderados desenvolvam o
sédio sexual: atos, insinuações, contatos físicos forçados, convi- pensamento estratégico, a destreza digital, a leitura de cenário,
tes impertinentes como condição clara para manter o emprego; a criatividade e inovação.
influir nas promoções da carreira do assediado ou prejudicar o MEU GESTOR ME MANDOU FAZER ALGO QUE FERE O CÓDI-
rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima GO DE ÉTICA. O QUE EU FAÇO?
2.17 Esperamos que nossos líderes promovam o desenvol- Converse com seu gestor e verifique se não houve proble-
vimento e inspirem suas equipes, estimulando o engajamento e ma de comunicação. Se você perceber algo que fere o Código
buscando formar sucessores para desafios atuais e futuros. de Ética, busque ajuda na Ouvidoria Interna ou em outro canal
2.18 Esperamos que os nossos líderes construam uma relação do Banco. Você não pode ser conivente com atos que violam o
sólida com os clientes, fornecendo soluções adequadas para eles. Código de Ética.
2.19 Esperamos que nossos líderes atuem com visão e pro-
pósito, apresentando a estratégia do BB de uma perspectiva as- PARCEIROS
sertiva para obter o apoio e o comprometimento dos liderados. 2.34 Orientamos parcerias com agentes que assegurem va-
lores como: integridade, ética, idoneidade e respeito à comuni-
dade e ao meio ambiente.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
2.35 Exigimos que os impactos socioambientais sejam medi- 2.46 ADOTAMOS PROCEDIMENTOS E CONTROLES INTERNOS
dos e considerados na realização de parcerias, convênios, proto- PARA ASSEGURAR O DETALHAMENTO, A VERACIDADE E A TRANS-
colos de intenções e de cooperação técnicofinanceira com enti- PARÊNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO BB.
dades externas privadas ou públicas. CONCORRENTES
2.36 Orientamos que contatos e negócios com clientes se-
jam pautados pelo respeito, idoneidade e profissionalismo e que 2.47 Definimos que a ética, a integridade e a civilidade devem
os produtos e serviços oferecidos sejam adequados ao perfil dos ser princípios norteadores das nossas relações com a concorrência.
clientes e de acordo com a legislação. Trocas de informações só podem ocorrer de maneira lícita, trans-
2.37 Orientamos que entidades ligadas ao Banco do Brasil parente e fidedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e
pautem seus direcionamentos estratégicos e de negócios por os interesses da Empresa.
princípios éticos. 2.48 Desaprovamos a emissão de juízo de valor sobre a concor-
rência ou a depreciação de seus produtos e serviços.
2.38 Respeitamos a liberdade de associação sindical e bus-
camos conciliar, de forma transparente, interesses da empresa 2.49 Proibimos práticas inadequadas na oferta de produtos e
com interesses de funcionários e de nossas entidades represen- serviços, inclusive a imposição na efetivação de negócios.
tativas tendo a negociação como prática permanente. GOVERNOS
FORNECEDORES 2.50 Somos parceiros do poder público na implementação de
SE VOCÊ PERCEBER IRREGULARIDADE OU INCONSISTÊNCIA políticas, projetos e programas socioeconômicos voltados para o
POR PARTE DE FORNECEDORES, DEVE COMUNICAR O FATO A SEU desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países em que atua-
SUPERIOR E À UNIDADE RESPONSÁVEL PELA ADMINISTRAÇÃO mos.
DE CONTRATOS PELO E-MAIL CESUP.ADCON@BB.COM.BR OU, SE 2.51 Articulamos interesses e necessidades da Administração
PREFERIR, REGISTRAR DEMANDA NA OUVIDORIA INTERNA. Pública com segmentos econômicos das sociedades com as quais
2.39 Devemos conduzir processos de licitação, contratação e nos relacionamos.
formalização de acordos, convênios e parcerias com lisura, ética, 2.52 Devemos atuar nas relações com o poder público em
integridade e imparcialidade. conformidade com diretrizes internacionais no que diz respeito
2.40 Devemos adotar ações e procedimentos para prevenir prevenção e combate à evasão fiscal, à corrupção, à lavagem de
fraudes e ilícitos nos processos licitatórios, na execução e acom- dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
panhamento de contratos administrativos ou em interação com 2.53 Repudiamos atos de corrupção praticados contra gover-
o setor público. nos e a administração pública brasileira ou estrangeira, como, por
2.41 Orientamos que critérios de seleção, contratação e ava- exemplo:
liação devem ser determinados de forma imparcial e transparen- • garantir, prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente,
te, permitindo pluralidade e concorrência entre fornecedores. qualquer vantagem indevida a agente público ou a terceiro a ele
2.42 Devemos exigir de fornecedores: relacionado;
•cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e • financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subven-
fiscal; cionar prática de ato ilícito;
• cumprimento da legislação e das regulamentações relati- • induzir a realizar ou deixar de realizar ação em violação às
vas à prevenção e ao combate à corrupção; obrigações legais;
• não utilização de trabalho infantil ou escravo; • obter, manter ou direcionar negócios de maneira indevida;
• adoção de boas práticas de preservação ambiental; • praticar sonegação de impostos, evasão de divisas e demais
crimes fiscais;
• não adoção de atos de corrupção contra governos e a ad- • afetar ou influenciar ato ou decisão;
ministração pública brasileira ou estrangeira. • utilizar intermediário - pessoa física ou jurídica - para ocul-
Exemplo ilustrativo tar ou dissimular interesse ou identidade de beneficiários de atos
praticados;
Relação com fornecedores
• frustrar, fraudar, obter vantagem ou benefício indevido, im-
No cafezinho, a copeira revela a um funcionário que não rece- pedir, perturbar ou manipular caráter competitivo de procedimen-
beu seu salário. to licitatório;

Posicionamento do BB • dificultar atividade de investigação ou fiscalização ou intervir


O Banco do Brasil deve zelar para que seus fornecedores cum- em nossa atuação.
pram a legislação, pois, além da questão ética, o Banco poderá res- 2.54 Devemos estabelecer independentemente de convicções
ponder pelo descumprimento. ideológicas individuais, relacionamento cortês com o poder público
2.43 Orientamos os fornecedores a seguir as diretrizes deste brasileiro e com o dos países em que atuamos.
Código de Ética. 2.55 Proibimos o financiamento de partidos políticos ou can-
ACIONISTAS, INVESTIDORES E CREDORES didatos a cargos públicos no Brasil e nos países em que atuamos.

2.44 Somos transparentes e ágeis no fornecimento de informa- 2.56 Proibimos dar, oferecer, prometer ou autorizar que se
ções, observando regras de sigilo e confidencialidade. dê qualquer coisa de valor a funcionário do governo brasileiro ou
2.45 Elaboramos demonstrações financeiras em conformidade estrangeiro, diretamente ou por meio de intermediário, a fim de
com a lei, princípios e normas de contabilidade para representar influenciar ação para obter vantagem indevida.
adequadamente o resultado das operações, os fluxos de caixa e a
posição patrimonial e financeira da Empresa.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO 3 3.10 Devemos assegurar informação legítima, objetiva, atual e
clara em divulgações públicas, relatórios e documentos disponibili-
NECESSIDADE DA OBEDIÊNCIA AO QUE É LEGAL zados aos órgãos reguladores de países onde atuamos.
3.1 Pautamos nossa atuação pelos princípios da legalidade, im- 3.11 Orientamos os funcionários e os membros da alta admi-
pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. nistração a realizarem anualmente capacitação sobre ética disse-
minando os preceitos contidos neste Código e na Trilha da Ética e
3.2 Repudiamos práticas ilícitas, principalmente fraude, subor- sobre as Políticas associadas à gestão de riscos.
no, extorsão, corrupção, propina, agiotagem, lavagem de dinheiro,
evasão de divisas e financiamento do terrorismo. 3.12 Orientamos os funcionários, estagiários e aprendizes a re-
gistrar ciência do Código de Ética do BB a cada campanha de leitura.
EXEMPLO ILUSTRATIVO
ALTA ADMINISTRAÇÃO
CORRUPÇÃO
Um diretor do Banco recebeu uma proposta para assumir de
Uma funcionária que trabalhava com agricultores familiares e imediato o cargo de CEO de uma fintech de pagamentos digitais .
pequenos pecuaristas visitou a assistência técnica de um cliente,
Posicionamento BB
que lhe pediu que direcionasse as demandas por projetos rurais
para a empresa dele. A funcionária passou, então, a indicar a em- Nesse caso, o diretor deverá cumprir a quarentena que con-
presa do cliente e, em troca do “favor”, recebia depósitos em sua siste no período de interdição de quatro meses, a partir da data de
conta-corrente originados da empresa da assistência técnica. exoneração.
3.13 Orientamos a Alta Administração a observar normas jurí-
Posicionamento BB dicas que lhe são aplicáveis no exercício da função, inclusive as de
Nunca se deve direcionar negócios nem receber valor/presen- direito público.
te/ brinde/hospitalidade de terceiro como pagamento de “comis- 3.14 Orientamos os Estatutários a seguir, além deste Código de
são” pelos serviços prestados pelo Banco. Ética, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que dis-
CONFORMIDADE põe, entre outros assuntos, sobre:
• conflito de interesses;
3.3 Ratificamos a necessidade de todos os funcionários e os • sigilo e comunicação de informações relevantes obtidas em
membros da alta administração possuírem conhecimentos sobre as razão da função ocupada;
Políticas do Banco, a legislação e a regulamentação em vigor ineren-
tes às suas atividades. • quarentena estatutária
3.4 Devemos atuar em conformidade com os normativos in- QUEM DEVE DECIDIR SOBRE O CUMPRIMENTO OU NÃO DA
ternos, as leis e normas de ordenamento jurídico brasileiro e dos QUARENTENA? COMO SE DEVE PROCEDER?
países onde atuamos. “Compete à Comissão de Ética Pública – CEP avaliar cada situ-
ATENÇÃO ação. O estatutário deverá consultar previamente a CEP sobre as
3.5 Vedamos o relacionamento negocial com pessoas e organi- atividades e serviços que pretenda exercer ou prestar durante o pe-
zações envolvidas em atividades ilícitas. ríodo de quarentena.”
ATENÇÃO Fonte: Código de Conduta da Alta Administração Federal
3.6 Desautorizamos a prática de ato que possa acarretar ação
cível ou trabalhista ou que cause prejuízo ao Banco. CAPÍTULO 4
3.7 Proibimos a formalização de decisões relativas a operações CONFLITO DE INTERESSES
sem prévia e formal autorização do cliente.
3.8 Proibimos a comercialização e o consumo de drogas ilícitas 4.1 Compreendemos que há conflito quando um funcionário
no ambiente de trabalho. tem interesses privados que influenciam no desempenho de seus
deveres e responsabilidades no Banco.
3.9 Devemos atender às solicitações de órgãos externos de re- 4.2 Entendemos que a forma correta de evitar o conflito de
gulamentação e fiscalização e de auditorias externa e interna nos interesses é buscando a imparcialidade. Agir de forma imparcial
prazos estabelecidos. significa, por vezes, declarar-se impedido de realizar determinadas
TUDO QUE NÃO ESTÁ ESCRITO NOS NORMATIVOS É PERMI- atividades.
TIDO? 4.3 Devemos exercer nossa atividade de forma isenta, eximin-
do-nos de usar a condição de funcionário para obter vantagens para
Os normativos do Banco são bons condutores de nossas ações. nós ou para terceiros. É dever de cada um evitar a ocorrência de
Se você, porém, estiver diante de situação em que não encontra conflito de interesses
nos normativos explicação clara de como deve agir, peça ajuda ao 4.4 Devemos comunicar, de forma imediata, casos de conflito
seu gestor e pelos canais de atendimento. Se determinada situação de interesses ou presunção de sua existência ao superior hierárqui-
não está prevista nos normativos, não significa que é permitida. co ou à Ouvidoria Interna.
“É IMPORTANTE ZELAR PELA ÉTICA E DENUNCIAR ATOS IN- 4.5 Devemos apoiar e participar de estratégias de prevenção
CORRETOS, MESMO QUANDO NOS SENTIMOS PRESSIONADOS A organizadas pelo BB que busquem alertar a ocorrência de conflito
FAZER O CONTRÁRIO.” de interesses.
Duílio Benício e Silva - funcionário
ATENÇÃO

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
EXEMPLO ILUSTRATIVO CONFLITO DE INTERESSES Em função das atividades desenvolvidas no BB, um funcioná-
rio obtém informações de determinada empresa listada em bolsa
Um funcionário do Banco monitora os leilões de imóveis reali-
de valores. Ciente da valorização de seus papéis, adquire elevada
zados pelo Banco e indica a compra desses imóveis para seus clien-
quantidade, a fim de lucrar com o movimento.
tes, recebendo uma “comissão” pela indicação, atuando como um
“corretor de imóveis”. Posicionamento BB
Posicionamento BB Funcionários devem se abster de realizar negócios a partir de
informações obtidas em função das atividades desenvolvidas no
Não podemos utilizar informação interna para realizar negócios
Banco ainda não divulgadas ao mercado, além de mantê-las sob
pessoais com terceiros, como clientes, fornecedores, prestadores
sigilo até que sejam de conhecimento público.
de serviços, parceiros de negócios, correspondentes, etc.
Somente a alta administração tem acesso a informações pri-
4.6 Advertimos que as ações exemplificadas a seguir configu- vilegiadas?
ram conflito de interesses:
•Deliberar sobre assuntos de interesse conflitante com o do NÃO. Informação privilegiada envolve conhecimentos e dados
Banco. que todos nós possuímos dentro do Banco em decorrência das
•Celebrar contrato administrativo ou celebrar contrato em atividades que desempenhamos - em maior ou menor grau. São
nome do Banco, excetuada contratação de operações bancárias, informações estratégicas ou que podem gerar algum impacto nos
desde que observados os limites dispostos nos termos da legisla- negócios e processos internos.
ção, regulamentações aplicáveis bem como nas Políticas Especificas Por exemplo:
de Transações com Partes Relacionadas (TPR) e Políticas de Credito -orientar alguém a aguardar para fazer um investimento por
do Banco, com pessoa que tenha relação de parentesco até o ter- saber que o Banco lançará um novo produto no mercado (ainda
ceiro grau com: não divulgado);
a) dirigente do BB; -desobedecer a quarentena estatutária e passar a atuar em
b) empregado do BB cujas atribuições envolvam atuação na empresa com atividade concorrente ao Banco, utilizando-se de in-
área responsável pela licitação ou contratação; formações que detinha no BB;
c) autoridade de ente público a que o BB está vinculado. -usar acessos em ambientes corporativos - físicos ou virtuais -
para obtenção de informações para uso particular;
• Manter sob subordinação hierárquica direta cônjuge, compa- -compartilhar com terceiros informações, ainda não públicas,
nheiro(a) ou parente em linha reta ou colateral, por consanguinida- de clientes, as quais obteve em função da prestação de consultoria;
de ou afinidade, até o 3º grau. -divulgar informação sigilosa a respeito de estudos sobre even-
Exemplo Ilustrativo I tual parceria estratégica ou operação societária de participações do
Banco a terceiros.
A empresa promotora de eventos, que tem como sócia a es- • Utilizar informação interna para realizar negócios pessoais
posa do diretor BB, demonstra interesse em fechar contrato com o com terceiros, como clientes, fornecedores, prestadores de servi-
Banco para a promoção dos eventos institucionais. ços, parceiros de negócios, correspondentes, etc.
• Utilizar o nome do Banco do Brasil no exercício de seus direi-
Posicionamento BB tos políticos.
Essa situação configura conflito de interesses, porque é vedado • Conduzir carreira no Banco recorrendo à intermediação de
celebrar contrato administrativo com parente ate o terceiro grau terceiros.
de dirigente do BB. • Usar de sua posição e poder para nomear, contratar ou favo-
Exemplo Ilustrativo II recer um ou mais parentes em detrimento de pessoas e empresas
com perfil e competências mais adequados, configurando prática
A empresa promotora de eventos, que tem como sócia a es-
de nepotismo.
posa do diretor BB, pretende solicitar um financiamento junto ao
Banco, para renovar a frota de automóveis da empresa. • Desempenhar atividades externas que possam constituir pre-
juízo ou concorrência para o Banco.
Posicionamento BB
A celebração de contrato de operações com parente de diri- EXEMPLO ILUSTRATIVO INTERFERÊNCIA NO TAO
gente do BB, não configura conflito de interesses, desde que ob- Funcionário tem uma trajetória exemplar no Banco, desempe-
servados os limites dispostos nos termos da legislação, regulamen- nho satisfatório e é considerado apto para assumir novas funções
tações aplicáveis, bem como na Políticas Especificas de Transações na empresa.
com Partes Relacionadas (TPR) e Políticas de Crédito do Banco. Entretanto, nas concorrências no TAO não figura entre os clas-
• Conduzir assuntos ou negócios com agente público com po- sificados.
der decisório no âmbito dos órgãos e entidades do governo com o Esse funcionário pode contatar os demais inscritos e solicitar-
qual tenha relação de parentesco, em linha reta ou colateral, por -lhes que retirem suas concorrências para que ele melhore sua clas-
consanguinidade ou afinidade, até 3º grau. sificação?
• Permitir que atividades internas extrapolem o ambiente res- Posicionamento BB
trito, afetando interesses do Banco.
Não! O funcionário deve pesquisar os parâmetros das oportu-
• Utilizar a condição de funcionário para obter empréstimo pe-
nidades em que está inscrito (Pessoal 43-05) e envidar esforços na
cuniário de cliente, fornecedor ou prestador de serviços.
melhoria de sua pontuação, por exemplo, fazendo os cursos UniBB
• Utilizar informação privilegiada sobre ato ou fato relevante e certificações indicados. Fazer contato com colega melhor pontua-
ainda não divulgado no mercado a que tenha tido acesso em razão do é antiético, fragiliza o processo e pode ser analisado sob aspecto
de cargo ou função. disciplinar.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Funcionário deseja abrir empresa de consultoria financeira. Posicionamento BB
Nunca se deve aceitar presentes que configurem troca de fa-
Posicionamento BB vores, independentemente do valor. O Banco não autoriza ato que
Neste caso, configura-se Conflito de Interesses, porque a ativi- possa ser entendido como suborno, propina ou vantagem indevida.
dade de consultoria financeira concorre com a atividade bancária.
“PARECER ÉTICO É TÃO IMPORTANTE QUANTO SER ÉTICO!”
4.7 Vedamos a realização de Transações com Partes Relaciona-
das (TPR) em condições diversas às de mercado. SYLVIA REJANE - FUNCIONÁRIA
ATENÇÃO
6.5 Autorizamos aceitar presente ou brinde avaliado em até
Casos de conflito de interesses envolvendo os integrantes da 100 reais, desde que não caracterize manipulação de processos de-
Diretoria Executiva (Presidente, Vice-presidentes e Diretores) deve- cisórios ou obtenção de vantagens indevidas.
rão ser encaminhados à análise da Comissão de Ética Pública da 6.6 Orientamos a doação à Fundação Banco do Brasil ou à ins-
Presidência da República. tituição beneficente sem fins lucrativos presentes recebidos em
desacordo com este Código cuja devolução não seja possível. A do-
CAPÍTULO 5 ação deve ser comunicada no Portal Pessoas (dipes.bb.com.br) >
TOMADA DE DECISÃO Crachá > Você > Atuação > Presentes/Brindes > Incluir Novo Item.

6.7Orientamos que, para oferecer brindes e presentes em


nome do BB para agente público, sejam observados os limites es-
tabelecidos na legislação local, na legislação que trata de suborno
transnacional e nas regras e políticas da instituição daquele que re-
ceberá a cortesia.
Se você ainda estiver em dúvida se deve ou não receber pre-
sentes, consulte o seu gestor.
CAPÍTULO 7

BENS E RECURSOS DO BANCO DO BRASIL


7.1 Proibimos o uso de recursos físicos, tecnológicos, bens e
serviços exclusivos ao desempenho de nossas atribuições, para fins
A ética atrapalha o lucro? particulares.
A ética não atrapalha o lucro, ela traz confiança. A confiabili- 7.2Devemos nos limitar a instalar, usar ou permitir o uso de
dade é um dos maiores bens do mercado. Empresa transparente programa de computador (software) licenciados ou autorizados.
e ética atrai investidores e clientes. A ética cria senso de pertenci- 7.3 Devemos preservar a identidade institucional, evitando
mento nos funcionários. Investir em ética é investir no maior bem usar o nome da Empresa, marcas e símbolos privativos sem auto-
da empresa: a confiança no seu nome. rização.
7.4 Devemos observar a competência restrita dos porta-vozes
“NUMA DECISÃO DE TRABALHO, SEMPRE QUE VOCÊ DER PRE- para atender demanda de informações pela mídia, conforme dire-
FERÊNCIA A UM INTERESSE PESSOAL, REPENSE, POIS PODE HAVER trizes do discurso institucional.
UM CONFLITO DE INTERESSES.” 7.5 Proibimos o uso de instalações, equipamentos, materiais
MÁRCIA DOSI - FUNCIONÁRIA de trabalho e rede eletrônica de comunicações para assuntos polí-
ticopartidários, religiosos ou de interesse comercial próprio ou Fon
CAPÍTULO 6 de terceiros.
PRESENTES,BRINDES, HOSPITALIDADE E FAVORES
7.6 Devemos zelar pelo patrimônio e imagem do BB e dissemi-
nar este cuidado
6.1 As regras a seguir referem-se ao relacionamento do Banco São porta-vozes do BB os gerentes gerais, superintendentes,
do Brasil com terceiros, como cliente, fornecedor, prestador de ser- gerentes executivos, diretores e integrantes do Conselho Diretor
viço, parceiro de negócios, correspondente, etc Um funcionário usou a logo do Banco como foto de seu perfil
6.2 Vedamos o recebimento pelo funcionário do BB de qual- em rede social.
quer valor em espécie como benefício próprio. Frequentemente, ele se manifesta sobre questões político-par-
6.3 Proibimos o recebimento e solicitação de benefício ou re- tidárias atuais. Isso é correto?
muneração em retorno por serviço prestado na realização de nos-
sas atividades na qualidade de funcionários do BB A utilização da logo do Banco exige, previamente, avaliação
criteriosa da área gestora da marca. Além disso, a vinculação da
6.4 Desaprovamos o recebimento ou a oferta de presentes ou marca a manifestações político-partidárias é vedada pelo Banco.
brindes que comprometam a percepção de profissionalismo e de
imparcialidade da empresa, independentemente do valor
CAPÍTULO 8
EXEMPLO ILUSTRATIVO -PRESENTES E BRINDES
PROPRIEDADE INTELECTUAL E PROPRIEDADE DA INFOR-
Um cliente de uma agência trouxe uma garrafa de vinho de MAÇÃO
presente para seu gerente. Durante o atendimento, foi identificado
8.1 Preservamos a segurança da informação, pois a informação
que ele gostaria de ter benefícios anteriormente negados, como,
corporativa é um ativo e possui valor para a organização.
por exemplo, o aumento de seu limite de crédito.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
8.2 Devemos estar cientes da responsabilidade no tratamento CAPÍTULO 9
das informações corporativas durante todo o seu ciclo de vida. ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE E SUSTENTABILI-
8.3 Devemos observar normas da propriedade intelectual de DADE
livros, textos, imagens e outros produtos protegidos por direito au-
toral. 9.1 Adotamos a responsabilidade socioambiental na definição
8.4 Devemos observar diretrizes e políticas de segurança da in- de políticas, normas e procedimentos de prevenção e combate à
formação do BB, atentando-nos para a criticidade das informações. corrupção, bem como à lavagem de dinheiro e ao financiamento
8.5 Proibimos que funcionários tratem de assuntos sigilosos e do terrorismo.
de uso interno em salas de conversação, redes sociais e aplicativos 9.2 Estimulamos ações empreendedoras com parceiros que
com acesso pela internet não autorizados pelo Banco. abordam proativamente impactos ambientais.
8.6 DEVEMOS PROTEGER INFORMAÇÕES DE PROPRIEDADE
9.3 Repudiamos o trabalho degradante: infantil, forçado e es-
DO BANCO DO BRASIL COMO FORMA DE GARANTIR INTEGRIDADE,
cravo.
CONFIDENCIALIDADE E DISPONIBILIDADE. NÃO PODERÃO SER DI-
VULGADOS SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO ESTUDOS, METODOLOGIAS, Sustentabilidade é uma questão de atitude e espírito público.
TÉCNICAS, MATERIAIS OU MODELOS DESENVOLVIDOS PARA O BAN- 9.4 Valorizamos vínculos estabelecidos com as comunidades
CO. nas quais atuamos e respeitamos seus valores culturais pois reco-
8.7 Devemos consultar o cadastro e as informações de produ- nhecemos a necessidade de retribuir à comunidade parcela do va-
tos e serviços de funcionários e correntistas apenas por necessida- lor agregado aos negócios.
de do serviço, preservando o sigilo cadastral, bancário, empresarial
e profissional. 9.5 Apoiamos iniciativas de desenvolvimento sustentável e par-
ticipamos de empreendimentos voltados à melhoria das condições
8.8 Devemos resguardar o sigilo de informação do Banco do sociais da população.
Brasil, relativas a ato ou fato relevante às quais tenham acesso pri-
Por que a sustentabilidade ética é uma responsabilidade do
vilegiado em razão da posição ou função que ocupamos.
Banco?
ÉTICA A sustentabilidade é pautada por três aspectos indissociáveis:
8.9 Devemos prestar esclarecimentos fidedignos e tempestivos ambiental, social e econômico. Esse tripé determina que os negó-
quando solicitados pelo Banco, mesmo quando estivermos em situ- cios do Banco causem o menor impacto ao meio ambiente e agre-
ação de disponibilidade para outra empresa ou cedido para órgão guem valor à sociedade.
externo. CAPÍTULO 10
8.10 Devemos assegurar que registros contábeis e demonstra- USO RESPONSÁVEL DAS MÍDIAS DIGITAIS
ções financeiras sejam verdadeiros, completos, precisos, claros e
estejam em conformidade com a legislação, os princípios e as nor- 10.1 Entendemos que a comunicação interna deve contribuir
mas de contabilidade e controles internos para o fortalecimento
Uso Ético dos Dados da relação entre a Empresa e os funcionários.
10.2 Primamos pela comunicação inclusiva e que cria condi-
8.11 Tratamos de maneira responsável e ética os dados inter- ções favoráveis à ação negocial e à realização do trabalho, com foco
nos e externos coletados, de acordo com a legislação, durante todo na transparência, clareza e objetividade.
o ciclo de vida da informação.
8.12 Utilizamos mecanismos de segurança para proteção de 10.3 Devemos usar de forma responsável as mídias digitais e
dados e informações de clientes, fornecedores, parceiros e demais aplicar boas práticas de comunicação alinhadas aos princípios de
intervenientes. integridade, transparência e respeito.
EXEMPLO ILUSTRATIVO - MÍDIAS DIGITAIS
8.13 Devemos realizar nossas atividades respeitando a privaci-
dade do cliente e a legislação relativa ao assunto, inclusive no uso e Um colega faz comentários depreciativos sobre um setor do
tratamento de bases de dados analíticas. Banco e colegas que lá trabalham. Mesmo que o tenha feito em
Exemplo ilustrativo - Propriedade da Informação grupo fechado, suas mensagens podem gerar prejuízos pessoais e
profissionais.
Um funcionário contou em uma reunião de família que o Banco
está desenvolvendo uma nova estratégia de captação de clientes. Posicionamento BB
Falou, inclusive, da metodologia a ser utilizada para impactar o mer- Em grupos fechados, mensagens são públicas. Elas se espa-
cado. lham rapidamente e de maneira fácil. O descontrole e a impossibi-
Somente mais tarde se deu conta de que um de seus parentes lidade de remoção das mensagens podem gerar danos irreparáveis
que estava presente tem amigos em banco concorrente. às pessoas e à instituição.
PROTAGONISMO E DEBATE COLABORATIVO
Posicionamento BB
Cada um de nós é responsável pelo sigilo e uso adequado das 10.4 Valorizamos manifestações no ambiente digital que res-
informações do Banco. Às vezes, o dano pode ser irreparável para peitem a diversidade de ideias e o posicionamento da Empresa.
a Instituição. 10.5 Proibimos a vinculação do Banco do Brasil a comentários
e postagens de informações ou imagens ofensivos e/ou que violem
a privacidade de funcionários e terceiros em mídias digitais e redes
sociais.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
10.6 Proibimos a emissão ou compartilhamento de informa- Deficientes Auditivos: 0800 729 0088
ções de caráter discriminatório ou ofensivo que exponha a imagem COMO FAZER UMA DENÚNCIA ÀOUVIDORIA INTERNA?
do Banco, de seus funcionários e do Conglomerado. Toda denúncia deve ser formalizada. No registro, procure res-
#cuidardoqueévaliosoparaaspessoas ponder às seguintes perguntas: Quem está sendo denunciado? O
Antes de escrever nas redes sociais, lembre-se de que todo que ele fez? (se possível, identifique qual item do Código foi des-
conteúdo é público. Pense no impacto na sua vida profissional, na cumprido) Como aconteceu? Quando ocorreu o fato? Há testemu-
sua privacidade e na dos outros nhas ou provas? (indique-as)
Minhas ações na esfera privada podem gerar consequências 11.4 Orientamos comunicar à Diretoria de Controles Interno-
no Banco? -Dicoi/DF indício de corrupção, por meio do Canal de Denúncia de
Sempre que você, na vida privada, envolve o nome do Ban- Ilícitos, disponível no Portal BB, inclusive de maneira anônima.
co em ações ilegais e/ou não éticas, gera consequências danosas 11.5 Recomendamos que, em caso de dúvida quanto ao exer-
para o Banco e para si. Ações que suscitem repulsa ou reprovação, cício de atividade laboral remunerada ou não, paralela ao Banco,
ainda que não vinculadas diretamente ao nome do BB, podem ser o funcionário encaminhe consulta por meio do Sistema Eletrônico
tratadas administrativamente – inclusive sob aspecto ético e/ou de Prevenção de Conflito de Interesses (SeCI), disponível no site da
disciplinar. Controladoria-Geral da União - CGU.
CAPÍTULO 11
11.6 Sugerimos que, em caso de dúvida quanto à aplicação do
DÚVIDAS E DENÚNCIAS
Código de Ética, converse com seu gestor ou consulte o Comitê Es-
11.1 Valorizamos sua manifestação. Se perceber algo que fira o tadual de Ética, por meio de registro no Portal da Ouvidoria Interna,
Código de Ética do Banco do Brasil, é seu dever denunciar na intranet.
Qual é a finalidade e a importância do Comitê de Ética?
11.2 Repudiamos qualquer tipo de retaliação ao autor de de-
núncias O Comitê de Ética atua principalmente na prevenção de pro-
blemas éticos e investe em ações de educação; responde a con-
Denúncias devem ser encaminhadas para a Ouvidoria Inter- sultas e dúvidas de funcionários sobre como se deve agir; busca
na, mesmo de forma anônima. O sigilo da fonte e a confidenciali- minimizar conflitos e também age quando há descumprimento do
dade são premissas da Ouvidoria Interna. Código de Ética. O Comitê de Ética é um parceiro do funcionário no
Casos desta natureza serão avaliados sob aspecto ético e po- seu dia a dia.
dem ser encaminhados para tratamento disciplinar.
CARTA DE ENCERRAMENTO
11.3 Entendemos que o descumprimento das diretrizes deste
Código de Ética representa grave manifestação contra a ética e con- Este Código de Ética foi elaborado pela Diretoria Gestão da Cul-
tra princípios administrativos do Banco do Brasil. Quem descumprir tura e de Pessoas com a participação de vários colegas, validado
o Código de Ética está sujeito às penalidades das instruções norma- por todas as Unidades Estratégicas do BB, pelo Comitê Executivo
tivas e poderá ser responsabilizado na Fon esfera judicial Pessoas e Cultura Organizacional, Conselho Diretor e Conselho de
Administração do BB. Essa construção colaborativa retrata que a
Fazer uma denúncia é ser “dedo-duro”?
ética faz parte da cultura do Banco do Brasil.
NÃO. O documento deve ser revisado a cada três anos ou, extraordi-
Fazer uma denúncia é cumprir com seu dever ético e repre- nariamente, a qualquer tempo.
senta cuidado com a nossa empresa. Deixar de denunciar com- A Diretoria Gestão da Cultura e de Pessoas é a área responsá-
portamento inadequado é ser conivente com o erro. A denúncia vel pela estruturação, atualização, disseminação e implementação
representa respeito aos princípios e condutas defendidas pelo Ban- deste Código.
co. Permanecer em silêncio pode ser considerado ato de honra em Para facilitar seu entendimento, utilizou-se linguagem simples
determinadas culturas, porém jamais poderá ser considerado ato e clara. Exemplos, perguntas e respostas foram construídos com
ético. Nem a honra está acima dos princípios éticos. É considerado o objetivo de ilustrar a aplicação da ética no dia a dia de trabalho.
conflito de interesses defender, proteger ou acobertar pessoas ou Além de ser um instrumento que orienta os funcionários na to-
grupos em detrimento dos interesses do Banco. Lembre-se de que mada de decisões, o Código de Ética apresenta condutas esperadas
o sentimento de culpa não deve ser do denunciante, mas daquele pelo BB e as que são expressamente vedadas, indicando, de forma
que praticou a ação incorreta. objetiva e prática, as responsabilidades dos colaboradores, inclu-
As denúncias são conduzidas por instâncias autônomas e es- sive da Alta Administração, a fim de contribuir para credibilidade,
pecializadas. idoneidade e perenidade de nossa Organização.
A OUVIDORIA INTERNA pode ser contatada pelos seguintes
canais: Os pressupostos e orientações constantes no Código de Ética
do Banco do Brasil devem ser observados com atenção, cuidado
E-mail: ouvidoriainterna@bb.com.br e visão de protagonismo, pois a responsabilidade pela aplicação e
Telefone: (61) 3108-7488 disseminação é de todos nós.
AFINAL, SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS POR CUIDAR DO QUE
Intranet: aba “ouvidoria interna” Carta e Atendimento presen-
É VALIOSO PARA AS PESSOAS.
cial: SAUN Quadra 5, Bloco B, Torre Central, 5º andar, Asa Norte
- CEP: 70.040-912 Brasília-DF CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO DIRETOR
A OUVIDORIA EXTERNA pode ser contatada pelos seguintes Membros CA
canais: Presidente: Iêda Aparecida de Moura Cagni
SAC: 0800 729 0722 Vice-Presidente: Walter Eustáquio Ribeiro
Ouvidoria Externa: 0800 729 5678 Membro: Fausto de Andrade Ribeiro
Membro: Rachel de Oliveira Maia

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Membro: Débora Cristina Fonseca
Membro: Waldery Rodrigues Júnior
Membro: Paulo Roberto Evangelista de Lima

Membro: Aramis Sá de Andrade


Membros CD
Presidente: Fausto de Andrade Ribeiro
Vifin: José Ricardo Fagonde Forni
Vivar: Carlos Motta dos Santos
Vicri: Ana Paula Teixeira
Vitec: Gustavo de Souza Fosse
Vigov: João Pinto Rabelo Júnior
Vicor: Ênio Mathias Ferreira

Vipat: João Carlos de Nobrega Pecego


GLOSSÁRIO
Ética: Palavra de origem grega. Significa costume ou hábito. É uma parte da filosofia que se dedica a responder como deveríamos agir.
Moral: Tradução latina da palavra ética, do grego. Com o passar do tempo, a literatura especializada optou por definir como moral
todo sistema público de regras próprio de diferentes grupos sociais.
Código de Ética do Banco do Brasil: Conjunto de princípios e regras que orientam como devemos agir no ambiente de trabalho. É
ferramenta de educação para a Ética.
Cultura da Ética: Se caracteriza pela busca diária dos funcionários pelo desenvolvimento de bons hábitos de comportamento ético,
pensando sempre no outro e na instituição, antes de agir, colaborando pelo desenvolvimento de boas práticas. Constitui-se cultura por
tratar-se de preocupação comum, de algo que se torna valor de todos.
Compromisso com a Ética: Cada um tem uma parte de responsabilidade pela efetivação da ética que é só sua. Compromisso é a res-
ponsabilidade individual que nos vincula com a necessidade de colocarmos os princípios da ética como parte integrante da vida pessoal e
da vida institucional.
Educação para a Ética: É a formação de bons hábitos sob orientação de regras e princípios éticos, que oferece fundamentação neces-
sária para escolha correta de nossa conduta social.
Prevenção de Problemas Éticos: Prevenir é a melhor estratégia de desenvolvimento de ambientes saudáveis. É o ato de sermos guar-
diões de nossas próprias ações, de zelarmos por todos e pela instituição.
Conflito de Interesses: O conflito de interesses surge quando uma pessoa se encontra envolvida em processo decisório em que ela
tenha o poder de influenciar o resultado final, assegurando ganho para si, algum familiar, ou terceiro com o qual esteja envolvido, ou ainda
que possa interferir na capacidade de julgamento, sem isenção. Há conflito de interesses quando alguém não é independente em relação
à matéria em discussão, e pode influenciar ou tomar decisões motivadas por interesses distintos daqueles da organização.
Quarentena estatutária: É o período de interdição, contados a partir da data de exoneração, no qual o estatutário fica impedido de
realizar atividade incompatível com o cargo anteriormente exercido.
Subordinação Hierárquica Direta: Caracteriza-se pela vinculação direta entre o funcionário e o seu superior hierárquico e materiali-
za-se pela sujeição do funcionário e ordens diretas, à avaliação de desempenho - GDP - validação de ponto eletrônico, despacho de férias,
autorizações e deferimentos diversos, entre outras situações.
O QUE MUDOU NO CÓDIGO DE ÉTICA?
Numeração das páginas do Código de Ética.
Alteração da numeração dos itens de acordo com o capítulo.
Atualização da mensagem do Presidente.
Alteração da imagem da contra-capa.
Alteração da imagem do verso da página da carta do Presidente.
Alteração da imagem (pág. 8).
Inclusão do item 2.4 (pág. 11).
Inclusão dos itens 2.6; 2.7 e 2.8 (pág. 11).
Inclusão dos itens 2.18, 2.19, 2.22 e 2.23 (pág 14).
Inclusão dos itens 2.25, 2.26, 2.27, 2.29, 2.30, 2.31, 2.32 e 2.33 (pág. 15).
Inclusão de exemplos (págs. 24 e 26).
Migração do item 2.38 do subtítulo “Governos” para “Parceiros” (pág. 37).
Inclusão do item 3.3 (pág. 23).
Inclusão no item 4.6 de exemplo do conflito de interesse (págs. 26 e 27)
Exclusão no texto do trecho: “Mais exemplos de conflito de interesses:”
Alteração das imagens das págs: 7, 8, 9, 11, 14, 17, 19, 20, 24, 25 e 37.
Alteração da citação da pág. 11.
Inclusão do subtítulo “Liderado” (pág. 15).

Inclusão no glossário o item “Subordinação Hierárquica Direta” (pág. 44).

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POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DO BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA INTERNET)

Política de Responsabilidade Socioambiental *


Abrangência: Esta política orienta o comportamento do Banco do Brasil, que pautado pelos princípios da relevância, proporcionali-
dade e da eficiência, se compromete a envidar esforços para colaborar com as empresas controladas, coligadas e simples participações,
a fim de que definam seus direcionamentos a partir destas orientações, considerando as necessidades específicas e os aspectos legais e
regulamentares a que estão sujeitas.
Regulamentação: Resolução do Conselho Monetário Nacional 4.327, de 25/04/2014 e Normativo SARB nº 14, de 28/08/2014 (Autor-
regulação FEBRABAN)
Introdução: Esta política orienta o comportamento do Banco do Brasil em relação à responsabilidade socioambiental e seus princípios
também se encontram inseridos em políticas específicas.
1. Pautamos a atuação em responsabilidade socioambiental pelas nossas definições estratégicas, alinhadas às leis e normas que dis-
ciplinam o assunto.
2. Adotamos e difundimos princípios de atuação em bases social e ambientalmente responsáveis, considerando:
a) a ética, a promoção dos direitos humanos, dos direitos fundamentais do trabalho, meio ambiente e o desenvolvimento sustentável
e a contribuição para a universalização dos direitos sociais e da cidadania;
b) o respeito e a valorização da diversidade e da equidade nas relações;
c) a contribuição para que o potencial dos funcionários e demais colaboradores possa ser aproveitado pela sociedade;
d) o estímulo, a difusão e a implementação de práticas de desenvolvimento sustentável;
e) a melhoria contínua de nosso desempenho socioambiental;

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f) o desenvolvimento de ações voltadas para a ecoeficiência e das Nações Unidas, Kofi Annan, aos 50 maiores CEOs globais de ins-
para a prevenção da poluição e das emissões de carbono em produ- tituições financeiras, sobre como integrar, no mercado de capitais,
tos, serviços e processos, bem como o zelo pela adequada destina- os fatores de governança, sociais e ambientais.
ção dos resíduos gerados.
g) o apoio a iniciativas que visem à redução da emissão ou à es- Em português, a sigla ASG norteia ações mais responsáveis
tabilização da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. entre as organizações. As relações são cada vez mais pautadas por
3. Adotamos estrutura de governança da responsabilidade so- sustentabilidade, responsabilidade social e transparência nas suas
cioambiental e gestão de riscos socioambientais compatíveis com o políticas corporativas.
nosso porte, a natureza do negócio, a complexidade dos produtos Relevância no mercado
e serviços, e as relações estabelecidas com os diversos públicos de
Apesar de terem sido criadas há quase duas décadas, as práti-
interesse.
cas ESG vêm se tornando cada vez mais relevantes. Tanto a socie-
4. Engajamos e capacitamos a alta administração e o nosso pú-
dade vem demandando cada vez mais atenção ao tema, quanto as
blico interno, em todos os seus níveis, para o cumprimento desta
empresas têm se adaptado e, com isso, obtendo ganhos e melho-
Política.
rias nas suas atividades.
5. Estimulamos a participação dos nossos públicos de interesse
A sustentabilidade da empresa não importa mais apenas para
no desenvolvimento desta Política.
cumprir leis e novas regras ambientais. Hoje ela dita a imagem pe-
6. Atuamos em conjunto com empresas, governos e sociedade
rante o público, o valor diante de acionistas e até a capacidade de
na definição de iniciativas voltadas à redução de riscos e ao aprovei-
se manter e prosperar no futuro.
tamento de oportunidades relacionadas às questões socioambien-
tais, inclusive às mudanças climáticas. No Brasil, uma pesquisa de 2019 da Union Webster mostrou
7. Buscamos, por meio da nossa atuação negocial, favorecer a que 87% das pessoas preferem comprar de negócios sustentáveis.
inclusão e a educação financeira, a geração de emprego e renda e a Como você verá a seguir, essa preferência só foi aumentando.
melhoria contínua das condições de vida para clientes e sociedade.
8. Buscamos o alinhamento entre o investimento social privado Impactos da pandemia
e a nossa atuação negocial, considerando práticas ambientalmente Se essa já era uma demanda crescente de mercado, a pande-
corretas. mia acelerou ainda mais o interesse sobre o tema. Por conta da cri-
9. Adotamos estrutura de gerenciamento de riscos que tem por se sanitária e principalmente dos seus reflexos sobre a economia,
objetivo identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar aumentaram as cobranças em relação à postura socioambiental dos
o risco socioambiental. negócios.
As pesquisas da população pelo termo, em inglês, ESG na inter-
10. Avaliamos, atualizamos e publicamos sistematicamente net quase triplicaram nos 12 meses anteriores a fevereiro de 2022.
nossos desafios e ações em sustentabilidade, bem como o reporte Em relação ao tema ASG como um todo, as buscas aumentaram
dos resultados alcançados, de acordo com padrões reconhecidos 150% no Brasil, segundo uma pesquisa do Google Trends.
pelo mercado.
Perspectivas de crescimento
Um estudo da McKinsey aponta como o mercado responde ra-
ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA): ECONOMIA pidamente ao aumento da demanda por empresas ESG. De acordo
SUSTENTÁVEL; FINANCIAMENTOS; MERCADO PJ com a consultoria, 83% dos executivos e investidores esperam que
a adoção dessas práticas esteja diretamente relacionada ao aumen-
Já ouviu falar em práticas ASG ou ESG? A sigla em português, to de valor das organizações nos próximos cinco anos.
que significa Ambiental, Social e Governança Corporativa (ASG), Essa conscientização maior e os consequentes ganhos da socie-
Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), em inglês, dade com a adoção, por parte das empresas, dessas práticas, tor-
ganhou um peso importante na estratégia de diversas empresas, de naram-nas fundamentais para os negócios. A adaptação é a melhor
todos os portes, ao redor do mundo. forma de prosperar.
Os consumidores passaram a cobrar condutas mais responsá-
veis e igualitárias das marcas e empresas. A sociedade agora de- Tendências de ASG para 2022
manda uma consciência maior dos empreendedores em relação
aos impactos no meio ambiente. A necessidade de maior demo- A fim de aderir às novas demandas do mundo dos negócios
cratização de acesso, além da inserção da diversidade de gênero no e fazer parte desse movimento de transformação, é fundamental
mundo corporativo ser pauta fundamental. conhecer as suas tendências. Para 2022, alguns temas devem atrair
Com o mercado mais engajado nesses aspectos, as instituições os interesses dos investidores que valorizam práticas sustentáveis.
e os investidores passaram a incorporar as práticas ASG nos seus Segundo estudo realizado pela consultoria Deloitte, dentre
planejamentos de negócio. eles: redução dos gases do efeito estufa, regulamentação dos mer-
cados de crédito de carbono, diversidade e inclusão. O mesmo do-
Se você também preza pela sustentabilidade como consumidor cumento indica que 74% das organizações com ações na bolsa pla-
ou quer adotar uma governança corporativa mais responsável na nejam ampliar o seu orçamento direcionado à ASG ainda neste ano.
sua empresa, é bom conhecer o tema. E ainda descobrir as tendên-
cias e principais transformações. O ASG é uma mudança de modelo no capitalismo
PRÁTICAS ASG: COMO ESTÃO TRANSFORMANDO O MUN- Quando se trata do tema de ASG no Brasil, o nome de Sônia
DO CORPORATIVO? Consiglio tende a ser imediatamente lembrado. Jornalista e espe-
Em 2004, a nomenclatura em inglês Environmental, Social and cialista em desenvolvimento sustentável, Sônia tem, na sua carrei-
Corporate Governance (ESG) foi usada pela primeira vez em um re- ra, passagem pelas diretorias de comunicação e sustentabilidade de
latório do Pacto Global da ONU. O documento, em parceria com o instituições financeiras de peso, como o BankBoston, o Itaú Uniban-
Banco Mundial, surgiu de uma demanda do então secretário geral co e a Bolsa de Valores B3.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Em 2016, foi eleita SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU, por Originação de Títulos Sustentáveis
ter trabalhado para o desenvolvimento de um mercado de ações
mais transparente e sustentável na B3. A honraria é destinada Por meio da Originação de Títulos Sustentáveis, o Banco do
àqueles líderes empresariais que tiveram reconhecida atuação em Brasil atua na criação de investimentos com impactos positivos em
prol do desenvolvimento sustentável. diferentes âmbitos sociais e ambientais.
O grande objetivo é disponibilizar o equivalente a R$ 30 bilhões
Os dez compromissos do Banco do Brasil para um mundo mais
em recursos sustentáveis negociados no mercado de capitais. Dessa
sustentável
maneira, procura-se fazer com que os próprios investidores reco-
Um dos maiores bancos brasileiros não poderia ficar de fora nheçam a sustentabilidade como um excelente negócio.
dessa, né? Tendo em vista esse aumento da demanda por uma nova Aumento do cuidado ambiental
economia mais sustentável, voltada para o meio ambiente e social,
sempre pensando na melhora da governança, o Banco do Brasil es- O banco amplia constantemente o seu foco nos princípios de
tabeleceu dez compromissos no tema ASG. preservação do meio ambiente, guiando-se por medidas específi-
Quer conhecer? Veja a seguir. cas. Elas incluem a aquisição de energia renovável além da redução
e compensação de emissões de gases do efeito estufa.
Fomento à Energia Renovável
Desde 2021, 100% das emissões indiretas desses gases são
O banco tem o compromisso de fomentar soluções que ajudem compensadas, e a meta é reduzir, até 2030, um total de 30% das
a melhorar a eficiência das fontes energéticas. Assim, ele contribui emissões diretas.
para reduzir o consumo de fontes não renováveis e agressivas ao Já para 2024, a meta é que 90% das fontes de energia da insti-
meio ambiente. tuição sejam renováveis.
Isso é feito por meio do incentivo de soluções financeiras vol- Valorização da diversidade
tadas à aquisição de sistemas, como painéis solares, equipamentos
mais eficientes, entre outros. Tanto em casas e empresas quanto O Banco do Brasil realiza ações em prol da inclusão, principal-
no campo. mente voltadas à equidade de gênero e de raça em cargos de lide-
rança.
Incentivo à Agricultura Sustentável
Nesse quesito, os investimentos mais significativos atualmente
O Banco do Brasil presta apoio à agricultura familiar e preza por são na formação de futuros líderes. Até 2025, haverá ao menos um
incentivos para melhores práticas agrícolas. terço de mulheres e 23% de pessoas pretas e pardas liderando a
As metas nesta área são ambiciosas. Até 2025, a instituição instituição.
pretende destinar R$ 125 bilhões para créditos contratados nesse Ampliação da maturidade digital
segmento. O foco são ações mais eficientes de plantio e colheita
e uma produção mais alinhada às demandas de desenvolvimento Quanto mais digitais são os serviços prestados, menores são os
do país. impactos para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, isso permite,
aos clientes, ganhos em comodidade, tempo e satisfação.
Fomento ao Empreendedorismo
Sabendo disso, o banco pretende ter 17 milhões de clientes
O apoio ao desenvolvimento dos brasileiros também possui mais conectados até 2025. O foco é atender às demandas de pratici-
impactos diretos em termos socioambientais. Por isso, a instituição dade e inovação da sociedade, sem abrir mão da solidez financeira.
auxilia empreendedores com crédito e conteúdos sobre educação
Contribuição à sociedade
financeira.
Até 2025, o Banco do Brasil deseja ter 1 milhão de clientes em- Constantemente, a instituição promove projetos de educação,
preendedores. E assim, tornar-se fundamental com crédito para tecnologias sociais e sustentabilidade. Eles são criados e viabiliza-
geração de mais empregos e promoção de crescimento econômico. dos graças aos investimentos na Fundação Banco do Brasil.
Ampliação da Eficiência Estadual e Municipal Até 2030, a meta é investir mais de R$ 1 bilhão em projetos
educativos, ações de inclusão socioprodutiva. Esta parte abrange
Estados e municípios também receberão ajuda em melhorias cuidados com o meio ambiente, incentivo ao voluntariado e desen-
administrativas, educativas, de eficiência energética, entre outras. volvimento de novas tecnologias sociais.
Já há metas para até 2025 nesta área. Gostou de saber mais sobre esse assunto tão importante para
O principal objetivo é desembolsar R$ 20 bilhões em apoio ao a economia no futuro? Então entenda mais sobre ASG no Blog BB e
programa Eficiência Estadual e Municipal. Ele engloba desde me- conheça as oportunidades de investir em fundos com essas carac-
lhorias administrativas até nas áreas de educação, meio ambiente, terísticas.
mobilidade, entre outras.
Fonte: Disponível em: https://blog.bb.com.br/entenda-o-que-sao-as-
Ampliação dos Investimentos ASG -praticas-asg/ Acesso em: 23.dez.2022

A instituição direciona cada vez mais recursos a investimentos


ESG. Com isso, desempenha um papel relevante para motivar ações
voltadas à adoção de práticas com viés ambiental, social e de gover-
nança corporativa.
Há uma meta de chegar a 2025 com R$ 20 bilhões aplicados em
empresas alinhadas a essas causas. O banco também realizará uma
avaliação, até o final de 2022, sobre os critérios ESG de 100% dos
ativos aplicáveis sob gestão da BB DTVM.
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6. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018)
QUESTÕES Sobre o Plano Plurianual - PPA de que trata o art. 165 da Constitui-
ção Federal marque a alternativa incorreta:
(A) A duração atual é de quatro anos.
1. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – MÉ- (B) Estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos
DIO – FGV – 2018) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é dividido e metas da Administração Pública para as despesas de capital.
em segmentos especializados e um dos ramos de maior importân- (C) A elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do gover-
cia é o Mercado de Crédito, responsável por: nante.
(A) fornecer recursos para o consumo das pessoas em geral e (D) Estabelece um conjunto de metas de política governamen-
para o funcionamento das empresas; tal que envolve programas de duração prolongada.
(B) fornecer à economia papel-moeda e moeda escritural, (E) O Plano Plurianual é a lei que define as prioridades do exe-
aquela depositada em conta-corrente; cutivo para o ano seguinte ao de sua aprovação, e que devem
(C) permitir às empresas em geral captar recursos de terceiros ser observadas na elaboração da lei Orçamentária Anual.
e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos; 7. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018) So-
(D) facilitar a compra e a venda de moeda estrangeira; bre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (CF/1988 e Lei nº 4.320/1964),
(E) permitir operações em mercados futuros. analise as assertivas:
2. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FGV – 2018) O I - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remu-
mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mo- neração, pelos órgãos e entidades da administração direta ou in-
biliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão de direta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder pú-
empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído blico, só poderão ser feitas se houver prévia dotação orçamentária
pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autoriza- suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
das, e seus produtos principais incluem: acréscimos dela decorrentes e, ressalvadas as empresas públicas e
(A) certificados de depósitos bancários e letras financeiras; as sociedades de economia mista, autorização específica presente.
(B) títulos emitidos pelo Tesouro Nacional; II- A proibição de aquisição de veículos de representação, cons-
(C) cartas de fiança e garantias; tante na lei de diretrizes orçamentárias vigente, em face da auto-
(D) empréstimos-ponte e financiamentos de projetos; nomia administrativa e financeira dos Poderes da República, não
(E) ações e debêntures. vincula o Poder Judiciário.
III- De acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei
3. (TRANSPETRO – PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO/JORNA- de Diretrizes Orçamentárias a função de dispor sobre alterações na
LISMO – SUPERIOR – CESGRANRIO – 2018) No contexto recente legislação tributária.
da economia brasileira a valorização cambial vem sendo utilizada Assinale a alternativa correta:
como instrumento no combate à inflação. Mas a conservação des- (A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
ta política, contudo, tende a expor setores econômicos mais volta- (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
dos ao mercado interno a um grau de concorrência crescente com (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
empresas internacionais, o que pode vir a acarretar em queda do (D) se apenas a afirmativa II estiver correta.
emprego e da renda internos. Um contexto de valorização cambial, (E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
no Brasil:
(A) Reduzirá a dívida externa em dólar. 8. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018)
(B) Trará importações mais baratas. Marque a alternativa correta. Todas as receitas e despesas consta-
(C) Valorizará os termos de troca. rão pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Esta afirmação
(D) Propicia o acesso de capitais internacionais. refere-se à:
(A) LRF- Lei de Responsabilidade Fiscal.
4. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – MÉ- (B) LOA- Lei Orçamentária Anual.
DIO – FGV – 2018) É competência do Comitê de Política Monetária (C) LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias.
– Copom a fixação: (D) LTF- Lei de Transparência Fiscal.
(A) da taxa do CDI; (E) PPA- Plano Plurianual
(B) da taxa Selic diária;
(C) da meta para a taxa Selic; 9. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO –
(D) da Taxa de Juros de Longo Prazo; MÉDIO – FGV – 2018) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) possui
(E) do superávit primário. órgãos normativos, supervisores e executores, com papéis bem de-
finidos. A supervisão do mercado de capitais é responsabilidade:
5. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FGV – 2018) Em (A) do Conselho Monetário Nacional (CMN);
referência aos papéis exercidos pelo Copom e pela mesa de opera- (B) do Banco Central do Brasil;
ções do mercado aberto do Banco Central do Brasil, com relação à (C) da Bolsa de Valores;
taxa Selic, é estabelecido que: (D) do Ministério da Fazenda;
(A) a mesa de operações determina a meta para a Selic e o Co- (E) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
pom é responsável por manter a taxa diária próxima da meta;
(B) o Copom determina a meta para a Selic e é também respon- 10. (CRO/AC – ANALISTA FINANCEIRO – SUPERIOR – QUADRIX –
sável por manter a taxa diária próxima da meta; 2019) Julgue os itens, relativos à gestão financeira das empre
(C) o Copom determina a meta para a Selic e a mesa de opera- sas. O mercado de capitais compreende todos os mercados de
ções é responsável por manter a taxa diária próxima da meta; recursos financeiros edeintermediaçãodeoperações de crédito do
(D) a mesa de operações determina a meta para a Selic e é tam- sistema econômico
bém responsável por manter a taxa diária próxima da meta; ( ) CERTO
(E) o Copom persegue uma meta estabelecida pelo Conselho ( ) ERRADO
Monetário Nacional (CMN).
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270
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
11. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FADESP – (C) A taxa de câmbio nominal é o instrumento usado nas transa-
2018) O Mercado Secundário é onde ocorre a negociação contínua ções internacionais de troca de bens e serviços de uma nação por
dos papéis (ações) emitidos no passado. Sendo assim, um investi- bens e serviços de outra nação.
dor que queira operar nesse mercado deve (D) No regime puro de flutuação das taxas de câmbio o Banco
(A) pedir autorização para Comissão de Valores Mobiliários Central não executa operações de compra e venda de moedas es-
(CVM). trangeiras.
(B) dirigir-se a uma sociedade corretora membro de uma bolsa
15. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO CIENTÍFICO – SUPERIOR –
de valores, na qual receberá orientações e esclarecimentos na
CESGRANRIO – 2021) De acordo com os dados do Banco Central do
seleção dos investimentos.
Brasil, entre dezembro de 2019 e outubro de 2020, a taxa de câmbio
(C) procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de
aumentou, em média, de R$4,11/US$ para R$5,63/US$, representan-
valores mobiliários, que participem do lançamento das ações
do uma depreciação de 37% da moeda brasileira, em termos nominais,
pretendidas.
e de 35%, em termos reais. Considerando os fatores que determinam
(D) solicitar autorização no Banco Central do Brasil, o qual é
as alterações na taxa de câmbio ao longo do tempo, a depreciação ob-
o responsável pela gestão financeira do mercado de capitais
servada no período assinalado refletiu a(o)
brasileiro.
(A) entrada líquida expressiva de dólares no Brasil.
(E) entrar em contato direto com a empresa da qual tenha inte-
(B) venda de reservas internacionais por parte do Banco Central
resse em adquirir ações.
do Brasil.
12. (AL/APA – ECONOMISTA – SUPERIOR – FCC – 2020) O com- (C) fuga de capitais, diante da incerteza com respeito aos impactos
portamento do balanço de pagamentos é sensível ao regime cam- da crise pandêmica.
bial adotado pelo país. Assim, em um regime de (D) aumento do diferencial entre as taxas de juros internas e ex-
(A) taxa de câmbio flutuante, a política monetária é eficaz em ternas.
determinar a taxa de câmbio real, muito embora não tenha (E) aumento das posições compradas da moeda brasileira nos
controle sobre a taxa nominal de câmbio. (B) flutuação suja ou mercados futuros de câmbio
controlada, a taxa de câmbio nominal é mantida fixa de sorte a
atrair capitais estrangeiros interessados em carry trade. 16. (CRQ/4ª. REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MÉDIO –
(C) câmbio fixo, o crescimento sustentado da economia basea- QUADRIX – 2018) Julgue os itens, relativos à aplicação da matemática
do em déficits em transações correntes torna o equilíbrio das financeira e ao financiamento do sistema bancário. Os juros reais são
contas externas diretamente dependente da liquidez no mer- os juros resultantes, após a subtração da taxa de crescimento da eco-
cado financeiro internacional. nomia, dos juros nominais.
(D) câmbio fixo, aumenta a eficácia da política monetária ao ( ) CERTO
isolar a economia de variações nos preços internacionais dos ( ) ERRADO
bens importados.
17.(BRB – ESCRITURÁRIO – MÉDIO – IADES – 2019) As entidades
(E) câmbio fixo, é maior o espaço de decisão à política mone-
representativas das instituições financeiras, a exemplo da Federação
tária doméstica, razão pela qual é preferível ao regime de flu-
Brasileira de Bancos (Febraban), têm envidado esforços para a criação
tuação.
e o aprimoramento contínuo de sistemas de autorregulação destina-
13. (GASBRASILIANO – ECONOMISTA JR. – SUPERIOR – IESES dos a reforçar publicamente o compromisso do setor financeiro com
– 2017) Quando a taxa de câmbio nominal é predominantemente a observância dos princípios da integridade, equidade, transparência,
determinada pela lei da oferta e da procura de mercado, estamos sustentabilidade e confiança, orientando, no relacionamento com o
diante de um regime cambial de taxas ___________. consumidor, o atendimento das necessidades e dos interesses deste
(A) Sujas. de forma justa, digna e cortês, a fim de garantir a respectiva liberdade
(B) Fixas. de escolha e a tomada de decisões conscientes, sem prejuízo da ado-
(C) Flutuantes. ção de políticas e medidas voltadas à responsabilidade socioambien-
(D) Mistas. tal, prevenção de situações de conflitos de interesse e de fraude, além
da prevenção e do combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao
14. (PREFEITURA DE VIANA/ES – AUDITOR FISCAL DE TRIBU-
financiamento do terrorismo. No que se refere aos sistemas de Autor-
TOS/ECONOMIA – SUPERIOR – CONSULPLAN – 2019) O regime
regulação mencionados, assinale a alternativa correta.
cambial de uma economia é a estrutura na qual a taxa de câmbio é
gerada. Dentro de um modelo simplificado podemos dizer que um (A) Podem ser revogados por ato do Banco Central do Brasil.
regime cambial pode ser fixo ou flutuante. No primeiro caso, o Ban- (B) São aplicáveis a todas as instituições financeiras e demais
co Central estipula um valor fixo para a taxa de câmbio, vide início instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Bra-
do Plano Real no Brasil, já no segundo, regime flutuante, a taxa de sil, independentemente de vínculo associativo ou adesão vo-
câmbio variará de acordo com as conjunturas de mercado. Saindo luntária.
do modelo simplificado, dentro desses dois regimes, existem ainda (C) Decorrem de lei.
tipos específicos. Sobre o comportamento dos regimes cambiais, (D) Constituem-se de recomendações sem força obrigatória,
NÃO podemos afirmar que: não havendo previsão de aplicação de sanções em caso de des-
(A) O regime flutuante de moeda que apresenta mediações es- cumprimento.
porádicas por parte do Banco Central com a intenção de atenu- (E) A criação, a organização e o funcionamento desses sistemas
ar as oscilações especulativas da taxa de câmbio é conhecido não dependem de autorização do Banco Central do Brasil.
por flutuação suja.
(B) O maior benefício do regime fixo de câmbio é o de ele sim- 18. Lei Complementar n.º 105/2001
plificar a tomada de decisão por parte dos agentes econômicos. Art. 6.º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios somente poderão
examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras,
inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financei-
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271
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
ras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedi- (D) No que se refere à Lei 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), alte-
mento fiscal em curso e tais exames forem considerados indispen- rada pela Lei 12.683/12, é correto afirmar que atualmente não
sáveis pela autoridade administrativa competente. é possível a prática de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos
Conforme o entendimento do STF, o dispositivo anteriormente e valores na modalidade tentada.
transcrito (E) É crime praticado por funcionário público contra a admi-
nistração em geral, dar às verbas ou rendas públicas aplicação
(A) fere o direito à privacidade e à intimidade. diversa da estabelecida em lei.
(B) é inconstitucional, pois o acesso a dados bancários pelo fis-
co depende de autorização judicial. 22. A lei que dispõe sobre o crime de lavagem ou ocultação de
(C) não ofende o direito ao sigilo bancário. bens, direitos e valores
(D) trata especificamente da quebra de sigilo bancário. (A) adotou o modelo legislativo de segunda geração de comba-
(E) baseia-se no princípio da transparência dos tributos. te ao crime de lavagem de dinheiro, visto prever rol taxativo de
crimes antecedentes.
19. Acerca da Lei Complementar nº 105/2001, que dispõe (B) permite ao Juiz reduzir ou deixar de aplicar a pena ao autor
quanto ao sigilo das operações de instituições financeiras, assinale que colaborar espontaneamente, prestando esclarecimentos
a alternativa correta. que conduzam à identificação de autores, coautores e partíci-
(A) O dever de sigilo não é aplicável à BRB Distribuidora de Tí- pes, a qualquer tempo.
tulos e Valores Mobiliários, tendo em vista que ela não é consi- (C) permite à Autoridade Policial e ao Ministério Público o aces-
derada instituição financeira. so direto a documentos relativos a movimentações bancárias
(B) O Fisco não pode requisitar diretamente ao BRB informa- de investigados por crime de lavagem de dinheiro.
ções a respeito da movimentação bancária dos respectivos (D) estabelece ser de competência da Justiça Federal a apura-
clientes, independentemente de autorização judicial. ção e julgamento do crime de lavagem de dinheiro.
(C) Mediante a decisão fundamentada do respectivo presiden- (E) prevê a modalidade da lavagem de dinheiro culposa.
te, uma CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal pode re-
quisitar ao BRB informações a respeito da movimentação ban- 23. A Lei Geral de Proteção de Dados considera como dados
cária de clientes da instituição financeira. pessoais sensíveis os dados sobre
(D) As operações financeiras que envolvam recursos públicos (A) contas bancárias.
não estão abrangidas pelo sigilo de que trata a referida lei com- (B) viagens realizadas.
plementar de acordo com jurisprudência do STJ. (C) formação acadêmica.
(E) O dever de sigilo não é aplicável às empresas de fomento (D) origem racial ou étnica.
mercantil (factoring), tendo em vista que elas não são conside- (E) numeração de documentos.
radas instituições financeiras. 24. Nos termos da Lei Brasileira que trata da Proteção de Da-
20. De acordo com a Lei Complementar n.º 105/2001, as ins- dos, Lei nº 13.709/2018, a respeito da Autoridade Nacional de Pro-
tituições financeiras devem conservar o sigilo de suas operações, teção de Dados (ANPD), assinale a alternativa correta.
sendo uma violação desse dever (A) A natureza jurídica da ANPD é permanente, podendo ser
(A) a revelação de informações sigilosas, ainda que com o con- transformada pelo Poder Executivo em entidade da adminis-
sentimento expresso do interessado. tração pública federal indireta, submetida a regime autárquico
(B) a comunicação, às autoridades competentes, da prática de especial e vinculada à Presidência da República.
ilícitos penais ou administrativos, sem ordem judicial. (B) Ato do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
(C) a troca de informações entre instituições financeiras, para nicações disporá sobre a estrutura regimental da ANPD.
fins cadastrais, ainda que observadas as normas do Banco Cen- (C) Não é da competência da ANDP apreciar petições de titular
tral e do Conselho Monetário Nacional. contra controlador após comprovada pelo titular a apresenta-
(D) o fornecimento, a gestores de bancos de dados, de informa- ção de reclamação ao controlador não solucionada no prazo
ções financeiras relativas a operações de crédito adimplidas, estabelecido em regulamentação.
para formação de histórico de crédito. (D) Os valores apurados na venda ou no aluguel de bens mó-
(E) a transferência, à autoridade tributária, de informações re- veis e imóveis de sua propriedade não constituem receitas da
lativas a operações com cartão de crédito que permitam iden- ANDP.
tificar a natureza dos gastos efetuados. (E) Os cargos em comissão e as funções de confiança da ANPD
serão remanejados de outros órgãos e entidades do Poder Exe-
21. Considerando os crimes praticados contra a Administração cutivo federal.
Pública e a Lei 9.613/96, marque a alternativa CORRETA.
(A) Aquele que solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para 25. Em relação à responsabilização objetiva, administrativa e
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Administração
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da Pública, de acordo com a Lei nº 12.846/13, assinale a afirmativa
função, pratica o crime de exploração de prestígio. correta.
(B) Aquele que solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra (A) A responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabili-
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Minis- dade individual de seus dirigentes e administradores.
tério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete (B) Quando há cisão, as sucessoras serão responsabilizadas
ou testemunha, pratica o crime de tráfico de influência. somente pelo pagamento da muita devida, na proporção do
(C) Aquele que patrocinar, direta ou indiretamente, interesse patrimônio líquido.
privado perante a administração pública, valendo-se da qua- (C) As pessoas jurídicas serão responsabilizadas pelos atos con-
lidade de funcionário, pratica o crime de tráfico de influência. tra a Administração Pública apenas quando estes foram prati-
cados exclusivamente em seu benefício.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
(D) Quando há fusão e incorporação, a sucessora será respon- (B) Caso ocorra a responsabilização da empresa na esfera ad-
sabilizada e sobre ela serão aplicadas as sanções previstas em ministrativa, com a imposição de multa em percentual do fatu-
Lei e o pagamento da multa devida, quando aplicável. ramento, estará a empresa automaticamente desobrigada com
(E) As sociedades controladoras, controladas e coligadas se- relação à reparação integral do dano causado.
rão solidariamente responsáveis pela prática dos atos contra (C) A responsabilização da empresa na esfera administrativa
a Administração Pública, restringindo-se tal responsabilidade à afasta a possibilidade de responsabilização individual dos diri-
obrigação de pagamento de multa e à reparação integral do gentes ou administradores partícipes dos atos ilícitos.
dano causado. (D) A lei prevê a possibilidade de celebração de acordo de le-
niência, com identificação dos envolvidos e obtenção de infor-
26. Assinale a alternativa correta de acordo com a Lei Anticor-
mações, o que implica na isenção das sanções e exime a pessoa
rupção no 12.846, de 1o de agosto de 2013, que dispõe sobre a res-
jurídica da obrigação de reparação dos danos causados.
ponsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela práti-
(E) É possível a propositura de ação judicial com vistas à apli-
ca de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
cação, dentre outras, das sanções de suspensão ou interdição
(A) Não será levada em consideração na aplicação das sanções
parcial das atividades e dissolução compulsória da pessoa ju-
a consumação ou não da infração, nem a cooperação da pessoa
rídica.
jurídica para a apuração das infrações.
(B) As pessoas jurídicas somente serão responsabilizadas por 30. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
atos ilícitos na medida da sua culpabilidade, enquanto os di- Assunto: Banco do Brasil
rigentes ou administradores serão responsabilizados objetiva- O Banco do Brasil (BB) oferece diversas linhas de crédito des-
mente. tinadas a custear os dispêndios realizados pelos produtores rurais.
(C) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obri- A modalidade de crédito rural, oferecida pelo BB, destinada ao
gação de reparar integralmente o dano causado. beneficiamento, custeio e industrialização da produção é denomi-
(D) Na esfera administrativa, será aplicada multa à pessoa jurí- nada
dica considerada responsável pelas práticas ilícitas, no valor de (A) Funcafé Custeio
1 a 50% do faturamento bruto. (B) Custeio Agropecuário
(E) A responsabilidade da pessoa jurídica na esfera administra- (C) Pronamp Custeio
tiva afasta a possibilidade de sua responsabilização na esfera (D) Pronaf Agroindústria
judicial. (E) Crédito Rural Pronaf Custeio
27. De acordo com o Decreto nº 8.420/2015, consiste, no âm- 31. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
bito de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e proce- Assunto: Banco do Brasil
dimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia Um jovem atua em uma organização social com inúmeros pro-
de irregularidades e na aplicação efetiva de códigos de ética e de jetos em comunidades carentes situada em região metropolitana
conduta, políticas e diretrizes com objetivo de detectar e sanar des- de uma grande capital brasileira. A organização possui vários em-
vios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a ad- pregados, recrutados diretamente nas comunidades, e conta com
ministração pública, nacional ou estrangeira. A que termo se refere financiamento de pessoas físicas e jurídicas. Com o intuito de am-
a descrição acima? pliar sua base de colaboradores, agenda diversos compromissos
(A) Sistema de Controles Internos. com empreendedores que tenham interesse na região.
(B) Sistema de Combate a Atos Ilícitos Contra a Administração Nos termos da Política de Responsabilidade Socioambiental do
Pública. Banco do Brasil, seria adequado que houvesse
(C) Programa de Integridade. (A) percentual de funcionários que exercesse atividade remu-
(D) Política de Governança Corporativa. nerada decorrente de atuação nas organizações sociais.
(E) Processo Administrativo de Responsabilização. (B) incentivo aos funcionários do banco para que desempe-
nhassem atividades voluntárias no projeto.
28. De acordo com o Decreto no 8.420/2015, a apuração da
(C) colaboração não consistente em financiamento a progra-
responsabilidade administrativa de pessoa jurídica que possa resul-
mas e projetos sociais.
tar na aplicação das sanções previstas no art. 6o da Lei no 12.846,
(D) integração de outras instituições financeiras como requisito
de 2013, será efetuada por meio de Processo Administrativo de
de participação.
(A) Especialização
(E) neutralidade na intervenção em projetos sociais em comu-
(B) Fixação
nidades carentes por ausência de recursos para todos.
(C) Contribuição
(D) Responsabilização 32. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(E) Proporcionalização Assunto: Banco do Brasil
Com o intuito de incentivar o desenvolvimento de novos negó-
29. Certa pessoa jurídica privada é acusada de praticar ato
cios voltados às futuras gerações, determinada instituição financei-
lesivo a autarquia municipal de Boituva consistente em fraudar o
ra estabeleceu convênio com duas renomadas instituições nacio-
caráter competitivo de procedimento licitatório público e oferecer
nais de ensino e pesquisa, possuidoras de organismos internos que
vantagem indevida a agente público. Levando em conta o caso hi-
incentivam empreendimentos inovadores. Ao final de cada ano, os
potético e considerado o disposto na Lei n° 12.846/2013, assinale a
projetos escolhidos devem receber aporte de recursos para desen-
alternativa correta:
volvimento dos seus produtos.
(A) É possível a responsabilização, na esfera administrativa, da
Nos termos da Política de Responsabilidade Socioambiental do
empresa em questão, o que afasta a possibilidade de responsa-
Banco do Brasil, o critério que deve ser preponderante na escolha
bilização na esfera judicial.
dos vencedores consiste em analisar o mais bem apresentado
(A) custo
(B) rendimento

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273
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
(C) benefício ambiental
23 D
(D) influxo geracional
(E) lucro 24 E
33. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021 25 E
Assunto: Banco do Brasil 26 C
Sr. Z resolve empreender na área agrícola, estabelecendo sua
sede no interior do Brasil onde seus estudos identificaram uma 27 C
maior necessidade de empregos. Após realizar as contratações de 28 D
praxe, inicia suas atividades, gerando um forte crescimento na re-
29 E
gião onde atua. Não desejando aumentar o número de emprega-
dos, diante dos custos fixos da mão de obra, resolve ampliar sua 30 D
produção, negociando com pequenos empreendimentos locais. 31 B
Necessitando de aporte financeiro, ele apresenta pedido de em-
préstimo ao Banco Y, que encaminha equipe de auditoria à sede do 32 C
pretendente. Para surpresa de todos, a auditoria constata em vários 33 B
pequenos empreendimentos, trabalho infantil não autorizado pela
legislação e, por força disso, propõe que o empréstimo seja negado. ANOTAÇÕES
Nos termos da Política de Responsabilidade Socioambiental do
Banco do Brasil, constatado idêntico ilícito por parte de fornecedor,
______________________________________________________
ocorreria a
(A) manutenção do vínculo contratual, por ser relação exterior. ______________________________________________________
(B) suspensão do vínculo até regularização dos atos.
(C) majoração dos juros do empréstimo, pelo risco aumentado. ______________________________________________________
(D) análise da relação temporal com o Banco e o valor dos in-
vestimentos. ______________________________________________________
(E) decisão de realizar o empréstimo, para bater as metas ge-
renciais. ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 A
2 E ______________________________________________________

3 B ______________________________________________________
4 C ______________________________________________________
5 C
______________________________________________________
6 E
7 E ______________________________________________________
8 B ______________________________________________________
9 E
______________________________________________________
10 E
______________________________________________________
11 B
12 C ______________________________________________________
13 C ______________________________________________________
14 C
_____________________________________________________
15 C
16 E ______________________________________________________
17 E ______________________________________________________
18 C
______________________________________________________
19 D
______________________________________________________
20 E
21 E ______________________________________________________
22 B ______________________________________________________

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274
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE
INFORMÁTICA

NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS - WINDOWS 10 (32-64 BITS) E AMBIENTE LINUX (SUSE SLES 15 SP2)

WINDOWS 101

O Windows 10 está repleto de novos recursos e melhorias. Multiplataforma, ele pode ser instalado em PCs e dispositivos móveis como
smartphones e tablets. Unindo a interface clássica do Windows 7 com o design diferente do Windows 8, a versão liberada para computa-
dores cria um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e mouse.

As Maiores Mudanças no Windows 10

O Windows 10 criou dois mundos separados: a tela iniciar sensível ao toque, e a área de trabalho movida pelo mouse. O Windows 8.1
tentou ligar esses dois mundos uniformemente, mas o Windows 10 vai além2. Estas são algumas grandes mudanças e aprimoramentos no
Windows 10:
- O Windows 10 traz de volta a área de trabalho e o botão iniciar. Em vez de esconder a área de trabalho, o Windows o coloca à frente
e centralizado. um clique no botão iniciar traz o menu iniciar com seus tradicionais menus. (Se você preferir os aplicativos, o menu iniciar
contém uma coluna com atalhos customizáveis.)
- O Windows 10 se adapta ao seu aparelho. Ao ser executado em um computador de mesa, o Windows 10 mostra a tradicional área de
trabalho, barra de tarefas e o botão iniciar. Entretanto, em um tablet, ele apresenta o menu iniciar em tela cheia. Chamado de continuum,
esse recurso permite que o Windows troque do modo área de trabalho para o modo tablet automaticamente, dependendo de ele perceber
a existência de mouse, teclado, ou docking station. (Um toque em um botão permite que você troque manualmente também)
- Ajuda: apesar das mudanças drásticas no Windows 8, a Microsoft não inclui um modo prático para os usuários ajustarem suas mu-
danças. O Windows 10 inclui guias embutidas e o aplicativo introdução, o qual apresenta algumas das grandes mudanças do Windows 10.
- OneDrive: a Microsoft continua a empurrar o OneDrive, seu espaço armazenamento online, como um simples modo de transferir
arquivos entre computadores, tablets e telefones.
Agora, o Windows 10 adiciona o OneDrive como uma pasta em todas as pastas do painel de navegação, que fica na margem esquerda
de cada pasta. Arquivos e pastas armazenados na pasta OneDrive aparecem automaticamente no seu computador, Macs, e até mesmo em
smartphones e tablets Android e Apple.
- Barra Charms: os Windows 8 e 8.1 possuíam a barra charms, uma faixa de menu invisível que escorregava a partir da margem direita
de qualquer tela. O Windows 10 não utiliza mais a barra charms, movendo seus menus de volta à vista.

1 http://windows.microsoft.com/pt-br

2 RATHBONE, Andy. Windows 10 para Leigos. Alta Books, Rio de Janeiro, 2016.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Área de Trabalho

É a tela principal do sistema, sobre a qual ficam todos os outros elementos gráficos, como janelas, ícones, atalhos e barras3. A área de
trabalho abrange toda a área útil do monitor de vídeo. A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que ficam dispostos
alguns ícones. Uma das novidades do Windows 10 é múltiplas áreas de trabalho que podem ser criadas ou gerenciadas através do botão
(Visão de Tarefas) ao clica neste item no conto inferior direito é possível clicar no ícone e adicionar mais área de trabalhos virtuais.
(Atalho: +Ctrl+D).

Barra de Tarefas

A Barra de Tarefas fica na parte inferior da Área de Trabalho e pode ser configurada e personalizada4. Uma das personalizações possí-
veis é a mudança de sua posição, que pode ser afixada nas laterais ou na parte superior da tela.

Importante: não confundir Barras de Tarefas com Barra de Ferramentas. Essa é uma barra onde estão os aplicativos (todos os aplica-
tivos têm barra de ferramentas).
Aquela é única, é a Barra de Tarefas do Windows, barra principal que fica na parte inferior da área de trabalho.

A Barra de Tarefas contém cinco partes:

3 Cleiton, Alisson. Sistema Operacional Windows 10.

4 https://bit.ly/2X44Bmr
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276
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Menu Iniciar

O menu Iniciar está de volta. E ele está mais pessoal, mais organizado e mais divertido do que nunca.

Selecione o botão Iniciar na barra de tarefas. Você encontrará seus aplicativos mais usados no lado esquerdo, uma lista de todos os
aplicativos e atalhos para outros locais no computador, como Explorador de Arquivos e Configurações. É praticamente uma mistura do for-
mato encontrado nas versões 7 e 8 do sistema. De um lado ele possui uma lista de locais, aplicativos instalados e documentos, e do outro
lado, ficam os blocos dinâmicos (live tiles), onde são exibidos ícones de programas, informações de clima, notícias e dados de softwares.
Há também atalhos para contatos e websites prediletos.

O menu do sistema pode ser personalizado: os blocos podem ser rearranjados e redimensionados, e tudo pode ser fixado e desafixado
do Menu Iniciar, permitindo que o mesmo fique cheio de informações, de acordo com as necessidades do usuário. O Menu Iniciar também
pode ser expandido de forma que fique como uma janela maximizada.

Editora
277
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Seus Aplicativos e Programas ao Alcance de seus Dedos


Acesse Explorador de Arquivos, Configurações e outros aplicativos usados com frequência do lado esquerdo do menu Iniciar. Para ver
todos os seus aplicativos e programas, selecione Todos os aplicativos.

Está vendo uma seta à direita de um aplicativo? Selecione-a para ver as tarefas ou itens específicos do aplicativo.

Bloqueie o computador ou saia dele, mude para outra conta ou altere a imagem da conta selecionando seu nome na parte superior
do menu Iniciar.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Se você quiser sair de perto do computador por um instante, o botão de energia fica na parte inferior do menu Iniciar para que
você possa colocar o computador no modo de suspensão, reiniciá-lo ou desligá-lo totalmente.
Se você quiser fazer outras alterações na aparência do menu Iniciar, acesse Configurações. Selecione o botão Iniciar e selecione
para alterar quais aplicativos e pastas aparecem no menu Iniciar.

Fixar Aplicativos
Fixe aplicativos no menu Iniciar para ver atualizações dinâmicas do que está acontecendo ao seu redor, como novos e-mails, seu pró-
ximo compromisso ou a previsão do tempo no fim de semana. Quando você fixa um aplicativo, ele é adicionado ao menu Iniciar como um
novo bloco.

Fixar Aplicativos em Iniciar

Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Todos os aplicativos .


Pressione e segure o aplicativo (ou clique nele com botão direito) que você deseja fixar.
Selecione Fixar em Iniciar.

Depois que você fixar um novo aplicativo, redimensione-o. Pressione e segure (ou clique com botão direito) no bloco do aplicativo,
selecione Redimensionar e escolha o tamanho de bloco desejado.

Dica: arraste e solte aplicativos da lista Mais usados ou de Todos os aplicativos para fixá-los no menu Iniciar como blocos.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Agrupar Aplicativos
Depois de fixar um aplicativo, mova-o para um grupo.
Para criar um novo grupo de blocos, mova o bloco de um aplicativo para cima ou para baixo até aparecer um divisor de grupo e solte
o bloco. Mova aplicativos para dentro ou para fora do grupo da maneira que quiser.

Para nomear seu novo grupo, selecione o espaço aberto acima do novo grupo e digite um nome.

Ver o Menu Iniciar em Tela Inteira


Para exibir o menu Iniciar em tela inteira e ver tudo em uma única exibição, selecione o botão Iniciar

e ative Usar Iniciar em tela inteira.

Selecione o Menu no canto superior esquerdo da tela para obter a imagem de sua conta, as listas Todos os aplicativos e Mais usados
e o botão de energia.

Se você deseja apenas redimensionar um pouco o menu Iniciar para torná-lo mais alto ou mais largo, selecione a borda superior ou
lateral e arraste-a.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Encontrar Todos os seus Aplicativos e Programas


O menu Iniciar é o lugar certo para encontrar uma lista completa de todos eles. Selecione o botão Iniciar ícone Iniciar e, em seguida,
selecione Todos os aplicativos no canto inferior esquerdo.
Para manter a rolagem no mínimo, vá para uma parte específica da lista. Selecione um dos divisores de seção e escolha a letra com a
qual o nome do aplicativo começa.

Se ainda não conseguir encontrar o que está procurando, use a pesquisa! Use a caixa de pesquisa na barra de tarefas ou pressione a
tecla do logotipo do Windows em seu teclado e comece a digitar.

Bibliotecas

As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local5. Você
pode pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unida-
des ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos
Offline).

Atenção: uma pasta é simplesmente um contêiner para armazenar arquivos. Uma Biblioteca não contém arquivos. Na verdade, uma
Biblioteca fornece uma única exibição agregada de várias pastas e de seu conteúdo.

5 MELO, Fabrício. Informática Teoria e Exercícios Comentados.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Baixar Aplicativos, Músicas e Muito Mais

A Loja é uma loja centralizada para músicas, vídeos, jogos e aplicativos.


Experimente um aplicativo antes de comprá-lo ou escolha um gratuito. Seus aplicativos Windows 10 funcionarão em todos os seus
dispositivos Windows 10.

Microsoft Edge

O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para visua-
lizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Onde Você Pode Digitar, Também Pode Escrever


O Microsoft Edge não é o único aplicativo em que você pode escrever. Use sua caneta eletrônica, o dedo ou o mouse para escrever em
todos os lugares onde antes você digitava. Ou simplesmente rabisque no OneNote.

Use a Caneta para escrever com sua tela touch ou mouse, Realce , ou Digite uma anotação e Compartilhe-a .

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

1. Caneta 2. Marca-texto 3. Borracha 4. Adicione uma nota digitada 5. Clipe.

Leve sua Leitura com Você


A lista de leitura no Microsoft Edge oferece um local para salvar artigos ou outro conteúdo que você queira ler mais tarde - no ônibus,
no final de semana, sempre que desejar. Você verá sua lista de leitura em todos os seus dispositivos Windows 10 quando entrar com uma
conta da Microsoft.
No Microsoft Edge, basta selecionar Adicionar aos favoritos ou à lista de leitura > Lista de leitura > Adicionar. Quando você estiver
pronto para ler, selecione .

Leia com Menos Distrações


Para um layout limpo e simples, selecione Modo de leitura na barra de endereços para trazer tudo o que você está lendo para
frente e para o centro. Você pode até mesmo alterar o estilo do modo de leitura e o tamanho da fonte conforme seu humor. Selecione
Mais > Configurações.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Hub: Todas as suas Coisas em um Só Local


Pense no Hub como o local onde o Microsoft Edge mantém os itens que você coleta na Web. Selecione Hub para exibir seus favo-
ritos, a lista de leitura, o histórico de navegação e os downloads atuais.

Procurando seus favoritos? No Hub, escolha Favoritos e selecione Importar Favoritos.

Pesquise Mais Rápido na Barra de Endereços


Você não precisa acessar um site para procurar imagens de pinguins fofos. Economize tempo e energia digitando sua pesquisa na
prática e conveniente barra de endereços. No mesmo instante, você receberá sugestões de pesquisa, resultados da Internet e seu histórico
de navegação.

Cortana

É a assistente inteligente do Windows 10.


Novidade trazida pelo Windows 10, é a ajuda ao usuário. É possível se comunicar com ela via oral ou escrita. A Cortana não foi dis-
ponibilizada em todos os idiomas do Windows 10, caso do português. É um sistema de inteligência artificial que responde a perguntas
relacionadas ao Windows.

Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o
tema que deseja.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Modo Tablet – Continuum

O Continuum é uma funcionalidade que permite conectar disposivos portáteis a um monitor e trabalhar nele como se estivesse em
um computador. Fazendo com que a área de trabalho do Windows se adapte automaticamente. Quando ativado, a área de trabalho asse-
melha-se a do Windows 8.

Para ativar o Modo Tablet clique no botão Central de Ações .

Entrar com o Windows Hello

Se estiver disponível em seu dispositivo, o Windows Hello mudará o modo de entrar no sistema - ele usa seu rosto ou impressão digital
em vez de uma senha. Vá até Configurações > Contas > Opções de entrada para configurá-lo.

Todas as suas Fotos em um Só Lugar

O aplicativo Fotos reúne todas as suas fotos e vídeos em um único local. De seu telefone, computador e OneDrive. Em seguida, ele
organiza suas memórias em álbuns para você aproveitar e compartilhar.

Aplicativo Fotos Aprimorado e Muito Mais

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Crie seus próprios álbuns de fotos ou curta belos álbuns que o aplicativo Fotos avançado cria para você com suas melhores fotos.
Também é mais fácil encontrar essas fotos, com formas melhores de navegar pelas pastas de fotos e suas subpastas — do seu disco rígido,
de uma unidade externa ou do OneDrive. E, se você tiver imagens em ação em seu telefone Windows, compartilhe-as por e-mail e nas
mídias sociais.

Melhor Multitarefa para Fazer o Trabalho

Deslize a borda compartilhada de aplicativos da área de trabalho ajustados para onde quiser, redimensionando com facilidade ambos
os aplicativos com um movimento, assim como no modo tablet.

Procurar por Qualquer Coisa, em Qualquer Lugar

Use a barra de tarefas para pesquisar em seu computador e na Web para encontrar ajuda, aplicativos, arquivos, configurações, o que
você quiser.
Use a caixa de pesquisa.
Digite o que você está procurando na caixa de pesquisa da barra de tarefas. Você receberá sugestões e respostas para suas dúvidas e
resultados de pesquisa de seu computador e da Internet.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Encontrar Rápido

Se você não sabe onde encontrar uma configuração ou um re-


curso, há uma grande chance de que uma única palavra mostrará
o caminho para você. Por exemplo, digite suspensão e você será
direcionado para a página de configurações, onde poderá alterar as
configurações de suspensão do computador. Ou digite desinstalar
para encontrar a página de configurações, onde você pode exibir ou
desinstalar aplicativos.

Observação: os resultados da pesquisa na Web não estão dis-


poníveis na caixa de pesquisa em todos os países/regiões, mas es-
tão disponíveis por meio do Bing no seu navegador da Web.

Respostas Rápidas

Para algumas das perguntas mais frequentes sobre o Windows,


há uma resposta pronta. Basta digitar uma pergunta, por exemplo:
Como faço para excluir meu histórico de navegação ou Como usar
várias áreas de trabalho no Windows 10. Experimente.
Pesquisar meu Conteúdo Não consegue encontrar uma resposta em seu computador?
Selecione um resultado da Web para encontrar uma resposta do
Depois de digitar um termo de pesquisa, selecione Meu conte- Bing, ou receba mais ajuda online em windows.microsoft.com/su-
údo para encontrar resultados para arquivos, aplicativos, configu- pport.
rações, fotos, vídeos e músicas em seu computador e no OneDrive.
Entrar com uma Conta da Microsoft
Procurar Ajuda
Você já usou o Outlook.com, o Hotmail, o Office 365, OneDrive,
Precisa de ajuda com o Windows 10? Marque a caixa de sele- o Skype, o Xbox ou o Windows? O endereço de e-mail e a senha
ção e digite uma palavra-chave ou uma pergunta, e você encontrará que você usa para qualquer um desses serviços é sua conta da Mi-
ajuda da Microsoft. crosoft. Se não usou, é fácil criar uma conta de e-mail gratuita em
Outlook.com e torná-la sua nova conta da Microsoft.
Sua conta da Microsoft oferece acesso a aplicativos e jogos da
Windows Store e permite que você veja suas configurações e outras
coisas em vários dispositivos Windows 10.

Como Entrar
Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Configu-
rações  > Contas > Sua conta.
Selecione Entrar com uma conta da Microsoft.
Siga as instruções para mudar para uma conta da Microsoft.
Talvez seja necessário verificar sua identidade inserindo um código
de confirmação.
Sua conta local será alterada para sua conta da Microsoft. Na
próxima vez que você entrar no Windows, use o nome e a senha da
sua conta da Microsoft. Os aplicativos e arquivos não serão afeta-
dos.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

O recurso Família também ajuda com que os adultos mante-


nham as crianças mais seguras online. Os adultos da família podem
ver relatórios das atividades online das crianças, limitar o tempo de
utilização de seus dispositivos Windows 10, definir limites inteligen-
tes nos gastos das crianças e assegurar que elas não vejam sites,
aplicativos ou jogos inadequados. Se você usou a Proteção para a
Família em uma versão anterior do Windows, precisará adicionar
membros de sua família novamente para que as configurações das
crianças sejam aplicadas aos dispositivos Windows 10.
Os adultos na família podem gerenciar as configurações da fa-
mília online em account.microsoft.com/family, e as alterações se-
rão aplicadas a qualquer dispositivo Windows 10 no qual a criança
entrar.
Para configurar um computador para as pessoas que já estão
em sua família Microsoft, selecione o botão Iniciar e, em segui-
Configurar Contas da, selecione Configurações > Contas > Família e outros
usuários. Selecione as contas para adicioná-las ao computador. Na
Se você pretende compartilhar seu computador com outras primeira vez que eles entrarem, será necessário inserir a senha da
pessoas, considere adicionar contas para elas. Sempre é bom com- conta da Microsoft.
partilhar e assim seus amigos terão um espaço pessoal, com ar-
quivos separados, Favoritos do navegador e uma área de trabalho Adicionar uma Pessoa à sua Família
própria. 1. Em seu computador Windows 10, selecione o botão Iniciar
e, em seguida, selecione Configurações > Contas > Fa-
Adicionar uma Conta mília e outros usuários. (É preciso estar conectado ao Windows com
Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Configu- uma conta da Microsoft).
rações  > Contas  > Sua conta. 2. Selecione Adicionar um membro da família.
Selecione Família e outros usuários (ou Other users, se você 3. Selecione Adicionar uma criança ou Adicionar um adulto.
estiver usando o Windows 10 Enterprise). 4. Digite o endereço de e-mail da pessoa para enviar um convi-
Em Other users, selecione Adicionar outra pessoa a este PC. te para participar. Se ela não tiver um endereço de e-mail, selecione
A pessoa que desejo convidar não tem um endereço de e-mail e
siga as instruções para configurar uma nova conta.
5. Depois que ela aceitar o convite por e-mail, peça para que
ela entre no Windows 10 usando o mesmo endereço de e-mail para
o qual você enviou o convite.

Se a pessoa que você estiver adicionando tiver uma conta da


Microsoft, digite o endereço de e-mail, selecione Avançar e Con-
cluir. Depois que a pessoa entrar, os e-mails, as fotos, os arquivos e
as configurações online estarão aguardando por ela.
Se a pessoa que você estiver adicionando não tiver uma conta Gerenciar Configurações da Família
da Microsoft, selecione Entrar sem uma conta da Microsoft (tudo Depois que você adiciona uma criança à sua família no Win-
bem se estiver escrito “não recomendado”) e Conta local. Defina o dows, veja aqui como gerenciar suas atividades.
nome de usuário, a senha temporária e a dica da senha, e selecione 1. Acesse account.microsoft.com/family e entre com sua conta
Avançar > Concluir. da Microsoft.
2. Selecione a criança cujas configurações você deseja geren-
Configurar sua Família ciar a partir da lista de filhos em sua família. Se seus filhos tam-
bém usam a Proteção para a Família em versões mais antigas do
O recurso Família permite adicionar com rapidez membros da Windows ou a Família em telefones Windows antigos, você os verá
família a cada computador Windows 10 que você entrar com sua listados por dispositivo.
conta da Microsoft.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

3. Escolha o que ativar ou mudar na conta do filho: Se você tiver mais dúvidas sobre como usar os aplicativos,
- Atividade recente permite ver quais sites elas estão visitando, incluindo informações de solução de problemas se estiver tendo
quais aplicativos e jogos estão usando e quanto tempo estão pas- problemas ao adicionar uma conta, encontre respostas acessando
sando nos dispositivos. Configurações > Ajuda > Abrir Ajuda.
- Navegação na Web permite que você escolha os sites que a
criança pode e não pode ver. Onde Estão Meus Contatos?
- Aplicativos e jogos permite que você limite os aplicativos e jo- Quando você adicionar uma conta, por meio dos aplicativos
gos que a criança pode baixar da Windows Store. Também permite E-mail e Calendário ou outros aplicativos de mídia social, os conta-
desbloquear qualquer aplicativo ou jogo bloqueado anteriormente. tos associados a essas contas aparecerão no aplicativo Pessoas. En-
- Tempo de tela permite definir o período máximo que as crian- contre o aplicativo Pessoas digitando Pessoas na caixa de pesquisa
ças podem passar nos dispositivos. na barra de tarefas.

Configurar o E-Mail e o Calendário Mudar a Imagem da sua Conta

O Windows 10 tem aplicativos E-mail e Calendário nativos. En- Selecione o botão Iniciar , selecione a imagem da conta e
contre-os selecionando o botão Iniciar ou digite e-mail ou calen- selecione Alterar configurações de conta.
dário na caixa de pesquisa na barra de tarefas.

Estrela do E-mail e do Agendamento


Você encontrou os aplicativos, agora torne-os úteis adicionan-
do suas contas. Se esta for a primeira vez que você abre um dos apli-
cativos, você verá a página inicial. Siga as instruções para configurar Na tela Configurações, em Sua foto, selecione Procurar.
sua conta. Caso contrário:
- No aplicativo E-mail ou Calendário, selecione Configurações
na parte inferior esquerda.
- Vá para Contas > Adicionar conta, escolha o tipo da sua conta
e siga as instruções.

O e-mail e o calendário começam a ser sincronizados assim que


a conta é configurada.
Algumas outras coisas úteis que você pode querer saber:
- Depois que passar a empolgação de adicionar uma conta,
você pode voltar às Configurações para adicionar mais.
- Não é necessário adicionar a mesma conta duas vezes. Quan-
do você adiciona uma conta a um aplicativo, o outro aplicativo se
conecta automaticamente a ela. Alterne entre os dois selecionando
os ícones E-mail e Calendário no lado inferior esquerdo da janela.

Exclua uma conta a qualquer momento acessando Configura-


ções > Contas e, em seguida, escolhendo a conta que deseja excluir.
Selecione Excluir uma conta. (Se você tiver entrado no computador Localize a imagem que você deseja usar, selecione-a e, em se-
com uma conta da Microsoft, essa conta será adicionada automa- guida, selecione Escolher imagem.
ticamente aos aplicativos E-mail e Calendário e não poderá ser ex- O Windows memoriza as três últimas imagens usadas, portan-
cluída. Mas você pode remover quaisquer outras adicionadas por to você pode facilmente alternar para uma favorita recente.
conta própria.) Se você preferir uma nova imagem para a conta, selecione Câ-
mera e libere o artista que existe em você.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Proteger seu Computador

O Windows 10 está mais seguro e protegido graças ao Windows Defender e ao Firewall do Windows.
Quando você inicia o Windows 10 pela primeira vez, o Windows Defender está ativado e trabalhando para proteger seu computador
procurando por software mal-intencionado. Ele será desativado automaticamente se você instalar outro aplicativo de antivírus.
O Windows Defender usa proteção em tempo real para examinar tudo que você baixa ou executa em seu computador. Você pode de-
sativar a proteção em tempo real temporariamente se for necessário. Selecione o botão Iniciar e escolha Configurações > Atualização
e segurança > Windows Defender.

Para examinar arquivos ou pastas específicos, selecione-os e clique com botão direito (ou pressione e segure) e escolha Examinar com
o Windows Defender. Se o Windows Defender encontrar algum item mal-intencionado, ele irá fornecer uma notificação no aplicativo e
recomendar o que você deve fazer em seguida para manter seu computador seguro.
O Firewall do Windows filtra informações que chegam ao seu computador da Internet e bloqueia programas potencialmente prejudi-
ciais. Para desativá-lo, vá para a caixa de pesquisa e digite firewall. Em seguida, selecione Windows Firewall > Ativar ou desativar o Firewall
do Windows.

Ficar Online

Para se conectar a uma rede Wi-Fi, selecione o ícone de Rede ( ou ) na barra de tarefas.
Selecione a rede WiFi à qual deseja se > Conectar, digite a senha e siga as instruções. Pronto, você está conectado! Este ícone
aparecerá na barra de tarefas.

Depois que estiver conectado, você estará pronto para configurar e-mail, navegar na web e fazer muito mais online.
Se o Wi-Fi não estiver disponível, ou se você quiser a garantia de uma conexão com fio, o cabo Ethernet está aí para isso. Basta conec-
tar seu computador ao roteador ou modem e prossiga com suas tarefas.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Por que não Consigo me Conectar?


Está tendo problemas para se conectar? Veja alguns aspectos para tentar se conectar.

Usar a Solução de Problemas de Rede


Deixe o Windows tentar ajudar você a corrigir o problema. Na caixa de pesquisa da barra de tarefas, digite Solução de problemas de
rede e selecione Identificar e reparar problemas de rede.
Se isso não funcionar e você estiver usando uma conexão com fio, certifique-se de que as duas pontas do cabo Ethernet estejam co-
nectadas firmemente ao computador e ao roteador ou modem.
Se você estiver tendo problemas para se conectar à rede Wi-Fi
Algumas opções para tentar:
- Verifique se o Wi-Fi está ativado. Selecione o botão Iniciar e selecione Configurações > Rede e Internet > Wi-Fi para verificar. Se
uma rede que você espera ver aparecer na lista, selecione a rede > Conectar.
- Verifique se o comutador Wi-Fi físico em seu notebook está ativado. (Uma luz indicadora geralmente acende quando ele está ligado.)
- Selecione o botão Iniciar , selecione Configurações > Rede e Internet > Modo avião e desative o modo avião se ele estiver ativado.
- Aproxime-se do roteador ou do ponto de acesso.
- Se nenhuma dessas alternativas funcionar, reinicie o roteador Wi-Fi. Essa deve ser uma das últimas alternativas que você deve tentar.

Você pode se conectar a uma rede celular. Selecione o botão Iniciar , selecione Configurações > Rede e Internet e veja se Celular
aparece na lista de configurações.

Não está vendo o nome da rede Wi-Fi em casa?


Verifique se o roteador está configurado para transmitir o nome da rede:
- Conecte o PC ao roteador usando um cabo Ethernet.
- Abra seu navegador da Web e digite o endereço IP do roteador sem fio. (Por exemplo, 192.168.1.1 ou 172.16.0.0 — consulte a docu-
mentação do roteador para localizar o endereço IP padrão.)
- Entre com seu nome de usuário e senha e, em seguida, verifique se uma opção chamada Habilitar transmissão de SSID, Transmissão
de SSID sem fio, ou algo semelhante, está ativada.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Conectar-se a uma Impressora O dispositivo Bluetooth e o computador serão conectados au-


tomaticamente sempre que os dois estiverem dentro da área de
Para conectar-se a uma impressora a uma rede, selecione o bo- alcance um do outro e com Bluetooth ativado.
tão Iniciar e, em seguida, selecione Configurações >Dispositivos
> Adicionar uma impressora ou scanner. Escolha a opção desejada e Como Conectar um Teclado, Mouse ou outro Dispositivo Blue-
selecione Adicionar dispositivo. tooth
- Ligue o dispositivo Bluetooth e torne-o detectável.
- Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Configu-
rações > Dispositivos > Bluetooth.
- Ative o Bluetooth > selecione o dispositivo > Emparelhar.
- Siga as demais instruções que aparecerem.

Enviar uma Mensagem

Tem algo a dizer? Envie uma mensagem instantânea do Skype


do aplicativo Mensagens.
- Em Iniciar , selecione Mensagens e depois Nova
- Insira um contato do Skype, digite sua mensagem e selecione
Enviar .

Fazer uma Chamada de Vídeo do Skype


Se a impressora for conectada ao computador por um cabo, O Windows 10 tem chamada com vídeo do Skype integrada,
basta conectá-la. Sua impressora se conectará automaticamente e o que significa que você pode fazer chamadas com vídeo do Skype
seu computador baixará os drivers corretos. Em seguida, inicie a gratuitas* para familiares e amigos sem instalar outro aplicativo. É
impressão. um jeito fácil de ver o rosto sorridente de um amigo e de manter
contato.
Conectar-se a Dispositivos Bluetooth *Taxas de conexão com a Internet podem ser aplicáveis.
- Selecione o botão Iniciar > Todos os aplicativos > Vídeo
Graças ao Bluetooth, você pode usar todos os tipos de dispo- do Skype.
sitivos sem fio com seu computador: fones de ouvido, alto-falan- - Selecione alguém em seu histórico de chamadas ou selecione
tes, telefones, monitores de atividades físicas Bluetooth — só para Catálogo Telefônico > escolher um contato > Vídeo do Skype.
mencionar alguns. Inicie o emparelhamento do dispositivo Bluetoo- - Aproveite o encontro.
th com seu computador. A maneira como você faz isso depende do - Quando terminar de falar, selecione Encerrar chamada
tipo de dispositivo Bluetooth que estiver usando. para desligar.
Para conectar um fone de ouvido, alto-falante ou outro dispo-
sitivo de áudio Bluetooth:
- Ligue o dispositivo de áudio Bluetooth e torne-o detectável.
- A maneira de torná-lo detectável depende do dispositivo. Ve-
rifique o dispositivo ou visite o site do fabricante para saber como.
- Ative o Bluetooth em seu computador, se ainda não o fez.
Para fazer isso, na barra de tarefas, selecione Central de Ações
> Bluetooth.
- Na Central de Ações, selecione Conectar > o nome do dispo-
sitivo.

- Siga as demais instruções que possam aparecer. Caso contrá-


rio, você está conectado.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

- Para atender a uma chamada de vídeo do Skype, selecione Agora, você pode usar aplicativos para compartilhar arquivos
Vídeo . Se você quiser conversar sem vídeo, selecione Áudio . e fotos diretamente de Explorador de Arquivos. Selecione os arqui-
vos que deseja compartilhar, acesse a guia Compartilhar, selecione
Explorador de Arquivos o botão Compartilhar e, em seguida, escolha um aplicativo. Para
saber mais sobre as opções de compartilhamento, confira Compar-
Como muitas das coisas mais refinadas da vida, o Explorador de tilhar arquivos no Explorador de Arquivos.
Arquivos está ficando melhor com idade. Para conferir seus novos Se você está migrando do Windows 7, veja algumas diferenças
benefícios, abra-o a partir da barra de tarefas ou do menu Iniciar, ou mais:
pressionando a tecla do logotipo do Windows - Meu computador agora é chamado This PC e ele não aparece-
rá na área de trabalho por padrão.
- Da mesma forma, bibliotecas não aparecerão no Explorador
de Arquivos, a menos que você quiser. Para adicioná-las ao painel
esquerdo, selecione a guia Exibição > Painel de navegação > Mos-
trar bibliotecas.

Veja algumas mudanças importantes:


- O OneDrive agora faz parte do Explorador de Arquivos. Para
ver uma rápida cartilha sobre como ele funciona no Windows 10,
confira OneDrive em seu computador. OneDrive no seu Computador
- Quando o Explorador de Arquivos for aberto, você entrará no
Acesso rápido. As pastas usadas com frequência e os arquivos usa- OneDrive é o armazenamento online gratuito que vem com sua
dos recentemente ficam listados ali, assim você não precisa procu- conta da Microsoft. Salve seus arquivos lá e você poderá acessá-los
rar por eles uma série de pastas para encontrá-los. Você também de seu computador, tablet ou telefone.
pode fixar suas pastas favoritas ao Acesso rápido para mantê-las à
mão. As Noções Básicas
Para salvar um documento com o qual você está trabalhando
no OneDrive, selecione uma pasta do OneDrive na lista de locais de
salvamento. Para mover arquivos para o OneDrive, abra o Explora-
dor de Arquivos e arraste-os para uma pasta do OneDrive.

Sem Internet? Não tem Problema


Os arquivos que você salva no OneDrive estão disponíveis on-
line em OneDrive.com e offline em seu computador. Isso significa
que você pode usá-los a qualquer momento, mesmo quando não
estiver conectado à Internet. Quando você se reconectar, o One-
Drive atualizará as versões online com as alterações feitas offline.
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294
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Os arquivos offline são práticos quando você está sem uma rede Wi-Fi, mas eles também ocupam espaço no seu computador. Se você
estiver com pouco espaço de armazenamento, veja aqui como manter menos arquivos do OneDrive offline:

Permaneça Sincronizado
Ícones do Explorador de Arquivos mostram o status da sincronização de seus arquivos e pastas offline.

Está sincronizado com a versão online.

Está entrando em sincronia.

A versão em seu computador está fora de sincronia. Para descobrir o motivo, vá para o lado direito da barra de tarefas, clique com
o botão direito do mouse (ou pressione e segure) no ícone OneDrive e selecione Exibir problemas de sincronização.

Fazer Backup de seus Arquivos e Restaurá-los

Sempre é bom ter um backup. Mantenha cópias dos seus arquivos em outra unidade no caso de algo acontecer com os originais.

Configurar seu Backup


Selecione o botão Iniciar , selecione Configurações > Atualização e segurança > Backup > Adicionar uma unidade e escolha um local
de rede ou uma unidade externa para seus backups.

Pronto. A cada hora, faremos backup de tudo em sua pasta do usuário (C:\Users\nome de usuário). Para alterar os arquivos para ba-
ckup ou a frequência do backup, vá para Mais opções.

Restaurar seus Arquivos


Se você sentir falta de uma pasta ou um arquivo importante, aqui está como recuperá-los:
- Procure Restaurar arquivos na barra de tarefas e selecione Restaurar arquivos com Histórico de Arquivos.
- Procure o arquivo de que você precisa e use as setas para ver todas as suas versões.
- Quando encontrar a versão desejada, selecione o botão Restaurar para salvá-la em seu local original. Para salvá-la em um local dife-
rente, clique com botão direito (ou pressione e segure) no botão Restaurar, selecione Restaurar em e escolha um novo local

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Uma Nova Aparência para as Configurações

As Configurações sofreram uma transformação — e tiraram o “PC” do nome.

Acesse Configurações selecionando o botão Iniciar e depois selecionando Configurações . A partir daí, navegue pelas catego-
rias ou use a pesquisa para encontrar o que você está procurando, incluindo opções avançadas no Painel de Controle.
A maioria dos aplicativos tem suas próprias configurações — procure por este ícone no aplicativo.

Personalizar sua Tela de Bloqueio


Para ajustar sua tela de bloqueio de acordo com sua preferência, selecione o botão Iniciar ícone Iniciar e Configurações > Personaliza-
ção > Tela de bloqueio. Experimente mudar a tela de fundo para uma foto favorita ou apresentação de slides, ou escolha qualquer com-
binação de notificações de status detalhadas e rápidas para mostrar a você eventos futuros do calendário, atualizações de redes sociais e
outras notificações de aplicativo e do sistema.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Aprender a Usar Temas


Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Configurações > Personalização > Temas > Configurações de tema. Em seguida,
escolha um tema padrão ou selecione Obter mais temas online para baixar temas novos que apresentam criaturas bonitas, recordações
de férias e outras opções alegres.

Mudar as Cores e a Tela de Fundo da Área de Trabalho

Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Configurações > Personalização para escolher uma imagem digna de enfeitar a
tela de fundo da sua área de trabalho e para alterar a cor de destaque de Iniciar, da barra de tarefas e de outros itens. A janela de visuali-
zação oferece uma prévia das suas mudanças conforme elas acontecem.
Em Tela de fundo, selecione uma imagem, uma cor sólida ou crie uma apresentação de slides de imagens.

Em Cores, deixe o Windows puxar uma cor de destaque da sua tela de fundo, ou aventure-se nas cores por conta própria.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Economizar Tempo com Atalhos de Teclado Windows 10 vem com ótimos aplicativos nativos, incluindo o
Skype, OneDrive, Bloco de Notas, WordPad, Paint, Internet Explo-
Gestos para telas touch oferecem novas possibilidades, mas rer, Edge, Windows Explorer, mas isso é apenas o começo. A Loja
os atalhos de teclado ainda não desapareceram. Na verdade, adi- tem milhares de outros para ajudar você a manter contato e fazer
cionamos alguns novos para ajudar você a aproveitar ao máximo o que for necessário, além de mais jogos e entretenimento do que
o Windows. nunca, muitos deles grátis!

Novos Atalhos de Teclado para Aplicativos e Áreas de Traba- Loja


lho A Loja no Windows 10 tem milhares de aplicativos e jogos gra-
- Adicionar uma Área de Trabalho: tecla do logotipo do Win- tuitos de todos os tipos, para que você baixe e jogue imediatamen-
dows + Ctrl + D. te.
- Mover um Aplicativo para um Monitor à Direita: tecla do lo- Selecione Loja na barra de tarefas ou selecione Iniciar e na lista
gotipo do Windows + Shift + Seta para a direita de aplicativos, selecione Loja.
- Mover um Aplicativo para um Monitor à Esquerda: tecla do Na Loja, selecione Aplicativos ou Jogos.
logotipo do Windows + Shift + Seta para a esquerda Na página de aplicativos ou jogos, encontre Aplicativos Popula-
- Mostrar Todos os Aplicativos Abertos e Exibir Áreas de Tra- res Gratuitos ou Jogos Populares Gratuitos e selecione Mostrar tudo
balho Adicionais que Você Criou: tecla do logotipo do Windows + na outra extremidade da linha.
Tab
- Alternar entre Áreas de Trabalho que Você Criou à Direita: Acessando os Acessórios do Windows
tecla do logotipo do Windows + Ctrl + Seta para a direita No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você localizará na
- Alternar entre Áreas de Trabalho que Você Criou à Esquerda: ordem alfabética.
tecla do logotipo do Windows + Ctrl + Seta para a esquerda
- Fechar a Área de Trabalho em Uso: tecla do logotipo do Win-
dows + Ctrl + F4

Alterar a Resolução da Tela

Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens


são exibidos na tela. Em resoluções mais altas, como 1600 x 1200
pixels, os itens parecem mais nítidos. Também parecem menores,
para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais bai-
xas, como 800 x 600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles
parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que
seu monitor oferece suporte. Os monitores CRT normalmente têm
resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam bem em Bloco de Notas
resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de moni- O Bloco de Notas consiste em um editor de textos simples,
tores de tela plana) e telas de laptop geralmente oferecem suporte onde não podemos realizar formatações em nosso texto, como ne-
a resoluções mais altas e funcionam melhor em uma resolução es- gritar um trecho ou adicionar alguma imagem.
pecífica. É útil para tomar notas ou salvar conversas em chats.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a Também funciona para editar programas de computador, como
que ele oferece suporte. Poder ou não aumentar a resolução da códigos em HTML, ASP, PHP, etc.
tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo de
placa de vídeo instalada.

Acessórios do Sistema Operacional (Edição de Texto e de Ima-


gens, Calculadora, Ferramentas de Acessibilidade, Outros Aplica-
tivos)

Produtividade
O Windows 10 possui alguns dos programas padrões do Win-
dows que estão presentes desde o Windows 3.1, como a Calculado-
ra e o Paint. Ele também inclui um novo e melhorado WordPad, o
programa processador de texto padrão do Windows, agora comple-
to com corretor ortográfico e opções de formatação de sinônimos.

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Como Usar o Aplicativo Alarmes e Relógio


Com ele você pode:
- Comparar horários ao redor do mundo no Relógio Internacional;
- Fixar um relógio, timer ou cronômetro a Iniciar para agilizar o acesso;
- Registrar voltas e parciais com o cronômetro;
- Usar o aplicativo em uma janela menor na área de trabalho;
- Usar alarmes, mesmo quando a tela estiver bloqueada ou o som estiver com a opção mudo ativada, e escolher sons diferentes para
cada alarme.

Você receberá uma notificação quando um alarme ou timer for acionado em seu computador, mesmo se o aplicativo estiver fechado
ou o computador estiver bloqueado. Certifique-se de manter o volume do alto o suficiente para ouvir o alarme ou timer.
Se o computador entrar em suspensão, talvez os alarmes e timers não funcionem. Somente os notebooks e tablets mais recente com
um recurso chamado InstantGo podem despertar do modo de suspensão para soar um alarme ou timer. E até mesmo com o InstantGo, o
dispositivo poderá não despertar se não estiver ligado na tomada.

Calculadora no Windows 10
O aplicativo Calculadora para Windows 10 é uma versão touch da calculadora da área de trabalho nas versões anteriores do Windows
e funciona em dispositivos móveis e de desktop.
Você pode abrir várias calculadoras ao mesmo tempo em janelas redimensionáveis na área de trabalho e alternar entre os modos
Padrão, Científica, Programador, Cálculo de data e Conversor.
Para começar, selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Calculadora na lista de aplicativos.

Use o modo Padrão para cálculos básicos, Científica para cálculos avançados, Programador para código binário, Cálculo de data para
trabalhar com datas e Conversor para conversão de unidades de medida.
Para alternar entre os modos, selecione o botão Menu . Quando você alterna, o cálculo atual é apagado, mas Histórico e Me-
mória são salvos.

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Filmes e TV Em Fontes, selecione Adicionar uma pasta.


Filmes e programas de TV Microsoft traz os filmes e os progra- Navegue até uma pasta no computador, em uma unidade ex-
mas de TV em HD mais recentes para o seu dispositivo Windows 10. terna ou em uma unidade de rede conectada ao computador e se-
Alugue e compre novos sucessos de bilheteria e clássicos favoritos lecione Adicionar esta pasta à biblioteca Imagens. As subpastas das
ou acompanhe os episódios de ontem à noite de programas de TV. pastas adicionadas também serão incluídas.
Filmes e programas de TV também oferece HD instantâneo e acesso
rápido à sua coleção de vídeos. Editar um Álbum ou Criar um
Você não precisa fazer nada para aproveitar seus novos álbuns,
Fotos mas pode editá-los para adicionar alguns toques de acabamento ou
O aplicativo Fotos no Windows 10 usa a mágica do OneDrive criar seus próprios álbuns.
para colocar toda a sua coleção de fotos ao seu alcance — não ape- Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Fotos.
nas fotos e vídeos do computador, mas também de seu telefone e Selecione Álbuns, escolha o álbum que você quer e selecio-
outros dispositivos. ne Editar . Ou, para começar a criar um novo álbum, selecione
Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Fotos Novo álbum , escolha as fotos que você deseja incluir e selecione
para ver o modo de exibição Coleção. Concluído

Siga um destes procedimentos:


- Digite para inserir um novo título.
- Selecione Adicionar ou remover fotos, escolha aquelas que
você quer e selecione Concluído.
- Para alterar a foto exibida como capa, selecione Alterar capa,
escolha uma foto e selecione Concluído.
- Reveja o álbum e selecione Salvar .

O modo de exibição Coleção é organizado por data, com suas


fotos mais recentes no início. Para ver suas fotos e vídeos organiza-
dos em álbuns ou em pastas, selecione Álbuns ou Pastas na barra
de navegação superior.

Importar Imagens Compartilhar sua História


Se você tem imagens em uma câmera com um cartão SD, ou Depois que você salvou o álbum, role até a parte inferior de
salvas em uma unidade USB ou um disco rígido externo, a maneira uma variedade de opções de compartilhamento.
mais simples de acessá-las no computador pode ser importá-las. Para compartilhar um link em uma mensagem ou aplicativo
Use um cabo USB para conectar o dispositivo onde suas novas sem enviar um anexo enorme, selecione Compartilhar este álbum.
fotos estão localizadas no computador. Se ele já não estiver salvo no OneDrive, o sistema solicitará que
Selecione o botão Iniciar e, em seguida, selecione Fotos. você o carregue primeiro. O aplicativo o avisará quando ele estiver
Selecione Importar e siga as instruções. O aplicativo automati- pronto e, em seguida, você poderá escolher um aplicativo com o
camente seleciona os itens que você não importou antes, ou você qual compartilhar ou copiar um link em uma mensagem.
pode escolher o que importar. Para transformar seu álbum em uma história interessante e
interativa em minutos, selecione Contar sua história com Sway. De-
Ajude o Aplicativo a Encontrar mais Fotos pois que o álbum é carregado para o Sway, você pode brincar com
O aplicativo Fotos encontra automaticamente a maioria das fo- o layout, adicionar palavras, animação e outros efeitos divertidos e
tos e dos vídeos no computador e no OneDrive. Às vezes, porém, compartilhar seu Sway online.
você talvez precise informar a ele onde procurar. Para ver e editar o álbum de seus outros dispositivos sem com-
No aplicativo fotos, selecione Entrar (ou sua foto de perfil) e partilhá-lo, selecione Carregar. Ele estará pronto para ir para o One-
depois Configurações. Drive se você optar por compartilhá-lo mais tarde.

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Ferramenta de Captura Agilize seu Trabalho no Wordpad


Uma maneira rápida de facilitar o acesso aos comandos mais
usados do WordPad é coloca-los na Barra de Ferramentas de Acesso
Rápido, acima da faixa de opções.
Para adicionar um comando do WordPad à Barra de Ferramen-
tas de Acesso Rápido, clique com o botão direito do mouse em um
botão ou um comando e clique em Adicionar à Barra de Ferramen-
tas de Acesso Rápido.
Depois de obter uma captura, ela é automaticamente copiada
para a Área de Transferência e para a janela de marcação. Na janela Formatar Documentos
de marcação, é possível anotar, salvar ou compartilhar a captura. Formatação refere-se à aparência do texto no documento e à
Os procedimentos a seguir explicam como usar a Ferramenta de forma como ele está organizado. Você pode usar a faixa de opções,
Captura. localizada logo abaixo da barra de título para alterar facilmente a
formatação do documento. Por exemplo, você pode escolher entre
Para Obter uma Captura muitas fontes e tamanhos de fonte diferentes, assim como pode
Clique na seta ao lado do botão Novo. aplicar praticamente qualquer cor que queira ao seu texto. Também
é fácil alterar o alinhamento do documento.
WordPad Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar . Na caixa de
WordPad é um programa de edição de texto que pode ser usa- pesquisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em Wor-
do para criar e editar documentos. Diferente do Bloco de Notas, dPad.
os documentos do WordPad podem incluir formatação complexa Use os seguintes comandos para alterar a formatação do do-
e elementos gráficos e é possível vincular ou incorporar objetos, cumento:
como imagens ou outros documentos. - Alterar a Aparência do Texto no Documento: selecione o tex-
to a ser alterado e use os botões na guia Início do grupo Fonte. Para
obter informações sobre a função de cada botão, passe o mouse
sobre o botão para obter uma descrição.
- Alterar o Alinhamento do Texto no Documento: selecione o
texto a ser alterado e use os botões na guia Início do grupo Parágra-
fo. Para obter informações sobre a função de cada botão, passe o
mouse sobre o botão para obter uma descrição.

Inserir Datas e Imagens em Documentos


Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar . Na caixa de
pesquisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em Wor-
dPad.

Use os seguintes comandos para inserir a data atual ou uma


Criar, Abrir e Salvar Documentos imagem:
Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar. Na caixa de pes- Inserir a Data Atual: na guia Início, no grupo Inserir, clique em
quisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em WordPad. Data e hora.
Use os seguintes comandos para criar, abrir ou salvar docu- Clique no formato desejado e em OK.
mentos: Inserir uma Imagem: na guia Início, no grupo Inserir, clique em
- Criar um Novo Documento: clique no botão do menu Wor- Imagem.
dPad e em Novo. Localize a imagem que deseja inserir e clique em Abrir.
Inserir um Desenho: na guia Início, no grupo Inserir, clique em
- Abrir um Documento: clique no botão do menu WordPad e Desenho do Paint.
clique em Abrir. Crie o desenho que deseja inserir e escolha Paint.
- Salvar um Documento: clique no botão do menu WordPad e
clique em Salvar. Exibir Documentos
- Salvar um Documento com um Nome ou um Formato Novo: Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar . Na caixa de
clique no botão do menu WordPad, aponte para Salvar como e cli- pesquisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em Wor-
que no formato em que o documento será salvo. dPad.
Para ampliar e reduzir um documento, você também pode
Observação: o WordPad pode ser usado para abrir e salvar do- clicar nos botões Ampliar ou Reduzir no controle deslizante
cumentos de texto (.txt), arquivos rich text (.rtf), documentos do Zoom, no canto inferior direito da janela, para aumentar ou dimi-
Word (.docx) e documentos OpenDocument Text (.odt). Documen- nuir o nível de zoom.
tos em outros formatos são abertos como documentos com texto
não criptografado e podem não ser exibidos conforme o esperado.

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Controle deslizante de zoom. A janela do Paint.

Alterar Margens da Página Trabalhando com Ferramentas


Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar . Na caixa de A faixa de opções do Paint inclui diversas ferramentas de de-
pesquisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em Wor- senho úteis. Você pode usá-las para criar desenhos à mão livre e
dPad. adicionar várias formas às imagens.
Clique no botão do menu WordPad , em Configurar pá-
gina e selecione as opções desejadas. Desenhar uma Linha
Algumas ferramentas e formas, como o Lápis, o Pincel, a Linha
Imprimir Documentos e a Curva, permitem criar variadas linhas retas, curvas e sinuosas. O
Para abrir o WordPad, clique no botão Iniciar . Na caixa de que você desenha é determinado pela maneira como você move o
pesquisa, digite WordPad e, na lista de resultados, clique em Wor- mouse ao desenhar. É possível usar a ferramenta Linha para dese-
dPad. nhar uma linha reta, por exemplo.
Clique no botão do menu WordPad , em Imprimir e se- 1. Na guia Início, no grupo Formas, clique na Linha .
lecione as opções desejadas. 2. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois na cor a ser usada.
3. Para desenhar, arraste o ponteiro pela área de desenho.
Observação: você pode usar Visualizar impressão para ver a
aparência do documento antes de imprimi-lo. Para usar Visualizar Desenhar uma Linha Sinuosa
impressão, clique no botão do menu WordPad , aponte Seus desenhos não precisam ser compostos apenas de linhas
para Imprimir e clique em Visualizar impressão. Depois de visualizar retas. O Lápis e os Pincéis podem ser usados para criar formas livres
o documento, clique em Fechar visualização de impressão. completamente aleatórias.
1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na ferramenta
Guia de Introdução ao Paint Lápis .
O Paint é um recurso do Windows que pode ser usado para 2. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois na cor a ser usada.
desenhar, colorir ou editar imagens. Você pode usar o Paint como 3. Para desenhar, arraste o ponteiro pela área de desenho e
um bloco de desenho digital para criar imagens simples, projetos faça uma linha sinuosa.
criativos ou adicionar texto e designs a outras imagens, como aque-
las obtidas com sua câmera digital. Observação: se quiser criar uma linha com aparência diferente,
use um dos Pincéis.
As Partes do Paint
Para abrir o Paint, clique no botão Iniciar , em Todos os Pro- Desenhar uma Forma
gramas, em Acessórios e em Paint. O Paint permite desenhar diversas formas diferentes. Por
Ao iniciar o Paint, você verá uma janela vazia. As ferramentas exemplo, você pode desenhar formas já definidas, como retângu-
de desenho e pintura estão localizadas na faixa de opções na parte los, círculos, quadrados, triângulos e setas. Mas também é possível
superior da janela. A ilustração a seguir mostra as diferentes partes criar formas personalizadas usando a ferramenta Polígono para
da janela do Paint: desenhar um polígono, que é uma forma que pode ter um número
infinito de lados.
1. Na guia Início, no grupo Formas, clique em uma forma pron-
ta, como no Retângulo .
2. Para adicionar uma forma pronta, arraste o ponteiro pela
área de desenho para criar a forma.
2. Para alterar o estilo do contorno, no grupo Formas, clique em
Contorno e clique em um dos estilos de contorno.
Caso não queira que sua forma tenha um contorno, clique em
Sem contorno.
4. No grupo Cores, clique em Cor 1 e em uma cor a ser usada
no contorno.
5. No grupo Cores, clique em Cor 2 e depois na cor a ser usada
no preenchimento da forma.
6. Para alterar o estilo do preenchimento, no grupo Formas,
clique em Preenchimento e em um dos estilos de preenchimento.
Caso não queira que sua forma tenha um preenchimento, cli-
que em Sem preenchimento.

Adicionar Texto
Você pode adicionar texto à sua imagem. A ferramenta Texto
permite que você adicione uma mensagem ou um título simples.
1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na ferramenta
Texto .

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2. Arraste o ponteiro na área de desenho onde você deseja adicionar texto.


3. Em Ferramentas de Texto, na guia Texto, clique no tipo, tamanho e estilo de fonte no grupo Fonte.

O grupo Fonte.

4. No grupo Cores, clique em Cor 1 e depois em uma cor. Essa será a cor do texto.
5. Digite o texto a ser adicionado.

Apagar Parte da Imagem


Se você cometer um erro ou simplesmente precisar alterar parte de uma imagem, use a borracha. Por padrão, a borracha altera para
branco qualquer área que você apagar, mas é possível alterar a cor dela. Por exemplo, se você definir a cor do segundo plano como ama-
relo, qualquer item apagado se tornará amarelo.
1. Na guia Início, no grupo Ferramentas, clique na ferramenta Borracha .
2. No grupo Cores, clique em Cor 2 e depois na cor a ser usada para apagar. Para apagar com branco, não é preciso selecionar uma cor.
3. Arraste o ponteiro sobre a área que deseja apagar.

Salvando uma Imagem


Salve a imagem com frequência para evitar que você perca acidentalmente seu trabalho. Para salvar, clique no botão Paint e
depois em Salvar. Serão salvas todas as alterações feitas na imagem desde a última vez em que ela foi salva.
Ao salvar uma nova imagem pela primeira vez, você precisará dar um nome de arquivo a ela. Siga estas etapas:
1. Clique no botão Paint e depois em Salvar.
2. Na caixa Salvar como tipo, selecione o formato de arquivo desejado.
3. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome do arquivo e clique em Salvar.

Atalhos de Teclado

Pressione esta tecla Ação

false+ Tab Abrir a Visão de tarefas.

false+ Ctrl+D Adicionar uma área de trabalho virtual.

false+ Ctrl+Seta para a direita Alternar áreas de trabalho virtuais criadas à direita.

false+ Ctrl+Seta para a esquerda Alternar áreas de trabalho virtuais criadas à esquerda.

false+ Ctrl+F4 Fechar a área de trabalho virtual que você está usando.

false+ A Abrir a Central de ações.

false+B Definir o foco na área de notificação.


Abrir a Cortana no modo de escuta.
Observação: a Cortana só está disponível em determinados países/
regiões, e alguns recursos da Cortana podem não estar disponíveis em
todos os lugares. Se a Cortana não estiver disponível ou estiver desativa-
false+C da, ainda assim você poderá usar a pesquisa.

false+D Exibir e ocultar a área de trabalho.

false+E Abrir o Explorador de Arquivos.


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false+G Abrir Barra de jogo quando um jogo é aberto.

false+H Abrir o botão Compartilhar.

false+I Abrir Configurações.

false+K Abrir a ação rápida Conectar.

false+L Bloquear seu computador ou mudar de conta.

false+M Minimizar todas as janelas.

false+O Bloquear a orientação do dispositivo.

false+P Escolher um modo de exibição da apresentação.

false+R Abrir a caixa de diálogo Executar.

false+S Abrir pesquisa.

false+T Percorrer aplicativos na barra de tarefas.

false+U Abrir a Central de Facilidade de Acesso.

false+V Percorrer notificações.

false+Shift+V Percorrer notificações na ordem inversa.

false+X Abrir o menu Link Rápido.


Mostrar os comandos disponíveis em um aplicativo no modo de tela
false+Z inteira.

false+vírgula (,) Espiar temporariamente a área de trabalho.

false+Pause Exibir a caixa de diálogo Propriedades do Sistema.

false+Ctrl+F Procurar PCs (se você estiver em uma rede).

false+Shift+M Restaurar janelas minimizadas na área de trabalho.


Abrir a área de trabalho e iniciar o aplicativo fixado na barra de tare-
fas, na posição indicada pelo número. Se o aplicativo já estiver em execu-
false+número ção, mudar para esse aplicativo.
Abrir a área de trabalho e iniciar uma nova instância do aplicativo
false+Shift+número fixado na barra de tarefas, na posição indicada pelo número.
Abrir a área de trabalho e mudar para a última janela ativa do aplica-
false+Ctrl+número tivo fixado na barra de tarefas, na posição indicada pelo número.
Abrir a área de trabalho e abrir a Lista de Atalhos do aplicativo fixado
false+Alt+número na barra de tarefas, na posição indicada pelo número.
Abrir a área de trabalho e abrir, como administrador, uma nova ins-
tância do aplicativo localizado na posição especificada da barra de tare-
false+Ctrl+Shift+número fas.

false+Tab Abrir a Visão de tarefas.

false+Seta para cima Maximizar a janela.


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Remover o aplicativo atual da tela ou minimizar a janela da área de


false+Seta para baixo trabalho.
Maximizar a janela do aplicativo ou da área de trabalho, no lado es-
false+Seta para a esquerda querdo da tela.
Maximizar a janela do aplicativo ou da área de trabalho, no lado di-
false+Seta para a direita reito da tela.
Minimizar todas as janelas da área de trabalho, menos a ativa (res-
false+Home taura todas as janelas com um segundo pressionamento).
Alongar a janela da área de trabalho até as partes superior e inferior
false+Shift+Seta para cima da tela.
Restaurar/minimizar janelas ativas da área de trabalho verticalmente,
false+Shift+Seta para baixo mantendo a largura.
Mover um aplicativo ou uma janela na área de trabalho, de um moni-
false+Seta para baixo tor para outro.

false+Shift+Seta para a esquerda Mover um aplicativo ou uma janela na área de trabalho, de um moni-
ou seta para a direita tor para outro.

false+Barra de espaços Mudar o idioma de entrada e o layout do teclado.

false+Ctrl+Barra de espaços Alterar para uma entrada selecionada anteriormente.

false+Enter Abrir o Narrador.

false+barra (/) Iniciar reconversão do IME.

false+adição (+) ou subtração (-) Ampliar ou reduzir usando a Lupa.


Shift+clique em um botão da barra Abrir um aplicativo ou abrir rapidamente outra instância de um apli-
de tarefas cativo.
Ctrl+Shift+clique em um botão da
barra de tarefas Abrir um aplicativo como um administrador.
Shift+clique com o botão direito do
mouse em um botão da barra de tarefas Mostrar o menu da janela do aplicativo.
Shift+clique com o botão direito do
mouse em um botão da barra de tarefas
agrupado. Mostrar o menu da janela do grupo.
Ctrl+clique em um botão da barra de
tarefas agrupado. Alternar as janelas do grupo.
Alt+D Selecionar a barra de endereços.
Ctrl+E Selecionar a caixa de pesquisa.
Ctrl+F Selecionar a caixa de pesquisa.
Ctrl+N Abrir uma nova janela.
Ctrl+W Fechar a janela atual.
Ctrl+roda de rolagem do mouse Alterar o tamanho e a aparência dos ícones de arquivo e pasta.
Ctrl+Shift+E Exibir todas as pastas acima da pasta selecionada.
Ctrl+Shift+N Criar uma nova pasta.

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Num Lock+asterisco (*) Exibir todas as subpastas da pasta selecionada.


Num Lock+adição (+) Exibir o conteúdo da pasta selecionada.
Num Lock+subtração (-) Recolher a pasta selecionada.
Alt+P Exibir o painel de visualização.
Alt+Enter Abrir a caixa de diálogo Propriedades do item selecionado.
Alt+Seta para a direita Exibir a próxima pasta.
Alt+Seta para cima Exibir a pasta na qual a pasta estava.
Alt+Seta para a esquerda Exibir a pasta anterior.
Alt+Esc Alterna diretamente para a janela anterior na barra de tarefas.
Alt+Tab Alterna entre janelas.
Backspace Exibir a pasta anterior.
Exibir a seleção atual (se estiver recolhida) ou selecionar a primeira
Seta para a direita subpasta.
Recolher a seleção atual (se estiver expandida) ou selecionar a pasta
Seta para a esquerda na qual a pasta atual estava.
End Exibir a parte inferior da janela ativa.
Home Exibir a parte superior da janela ativa.
F11 Maximizar ou minimizar a janela ativa.
Backspace Fechar a janela atual.
Seta para a direita Alterar o tamanho e a aparência dos ícones de arquivo e pasta.
Seta para a esquerda Exibir todas as pastas acima da pasta selecionada.
End Criar uma nova pasta.
Home Exibir todas as subpastas da pasta selecionada.
F11 Exibir o conteúdo da pasta selecionada.
F3 Procurar a próxima ocorrência do texto na caixa de diálogo Localizar.
F10 Exibir dicas de Tecla.
F12 Salvar o documento como um arquivo novo.
Ctrl+1 Definir espaçamento de linha simples.
Ctrl+2 Definir espaçamento de linha duplo.
Ctrl+5 Definir espaçamento de linha como 1,5.
Ctrl+A Selecionar o documento inteiro.
Ctrl+B Aplicar negrito ao texto selecionado.
Ctrl+C Copiar uma seleção para a Área de Transferência.

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Ctrl+D Inserir um desenho do Microsoft Paint.


Ctrl+E Centralizar texto.
Ctrl+F Pesquisar texto em um document.
Ctrl+H Substituir texto em um document.
Ctrl+I Aplicar itálico ao texto selecionado.
Ctrl+J Justificar texto.
Ctrl+L Alinhar texto à esquerda.
Ctrl+N Criar um novo document.
Ctrl+O Abrir um documento existente.
Ctrl+P Imprimir um document.
Ctrl+R Alinhar texto à direita.
Ctrl+S Salvar alterações em um document.
Ctrl+U Sublinhar texto selecionado.
Ctrl+V Colar uma seleção da Área de Transferência.
Ctrl+X Recortar uma seleção.
Ctrl+Y Refazer uma alteraçã.
Ctrl+Z Desfazer uma alteração.
Ctrl+igualdade (=) Aplicar subscrito ao texto selecionado.
Ctrl+Shift+igualdade (=) Aplicar sobrescrito ao texto selecionado.
Ctrl+Shift+maior que (>) Aumentar o tamanho da fonte.
Ctrl+Shift+menor que (<) Diminuir o tamanho da fonte.
Ctrl+Shift+A Alterar caracteres para todas as letras maiúsculas.
Ctrl+Shift+L Alterar o estilo do marcador.
Ctrl+Shift+Esc Abre diretamente o gerenciador de tarefas.
Ctrl+Seta para a esquerda Mover o cursor uma palavra para a esquerda.
Ctrl+Seta para a direita Mover o cursor uma palavra para a direita.
Ctrl+Seta para cima Mover o cursor para a linha anterior.
Ctrl+Seta para baixo Mover o cursor para a próxima linha.
Ctrl+Home Mover para o início do document.
Ctrl+End Mover para o final do document.
Ctrl+Page Up Mover uma página acima.
Ctrl+Page Down Mover uma página abaixo.
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Ctrl+Delete Excluir a próxima palavra.


Alt+F4 Fechar o WordPad.
Shift+F10 Mostrar o menu de atalho atual.
Shift+Del Exclui o arquivo permanentemente.

LINUX6

Um Pouco de História

No início da década de 70, fruto de necessidade original dos Laboratórios Bell, surgiu um sistema operacional chamado UNIX. Em
1973, após o surgimento da linguagem de programação “C”, o UNIX foi reescrito nessa linguagem. Logo, embora sem tanta empolgação no
campo acadêmico, ganhou força no mundo dos negócios.
Já o Linux foi escrito por Linus Torvalds, e muitas são as pessoas que vêm colaborando com o seu desenvolvimento desde então. Está
sob a licença de uso da GNU General Public License (GPL). Esta é uma licença escrita pela Free Software Foundation (FSF). Falando em ter-
mos simples, você tem o direito de cobrar o quanto quiser por sua cópia, mas não pode impedir a outra pessoa de distribuir gratuitamente.
A licença também diz que qualquer um que modificar o programa também deve lançar esta sua versão sob a mesma licença.
Graças à legião de colaboradores ao redor do mundo, os bugs que porventura surgem no Linux são rapidamente eliminados. Pessoas
de todas as áreas colaboram, algumas com larga experiência em programação e hardware.
Saiba que há softwares comerciais para Linux. Em grande parte, são programas que já existem para o ambiente Windows migrando
para o Linux.

Dando Início

Logo após ligar o computador e todo o início se der normalmente, basta você digitar seu “login” (sua identificação no sistema) e senha.
Haverá um diretório com “seu nome”. Este diretório conterá seus arquivos pessoais, que fica em /home/usuário, onde “usuário” é o seu
“login”.
Na verdade, este início será apenas um pouco diferente dependendo da distribuição que você estiver usando. Mas no geral, é como
dito acima: login + senha, e pronto!

O Terminal

Vamos falar sobre como usar algumas coisas no terminal. Ao acessamos o sistema, veremos algo parecido com isso:
/home/fulano$
Isto é o que chamamos de “prompt”. Em inglês, “prompt” é a “deixa” para fazer algo, como em teatro quando um ator recebe uma
“deixa”. É realmente assim aqui, pois você está recebendo a “deixa” para digitar um comando para o sistema realizar algo.
Todo comando no Linux é uma sequência de letras, números e caracteres. Alguns comandos válidos são “mail”, “cat”, “ls”. Além disso
o Linux tem a característica conhecida como “case-sensitive”, i.e., ele difere letras minúsculas de maiúsculas. Portanto, os comandos Cat,
CAT, cat e CaT são comandos diferentes. Na prática, é difícil encontrar comandos como estes, usando tal característica.
Vamos começar a usar os comandos?
Digite “ct”. Você provavelmente verá algo parecido com a seguinte mensagem:
/home/fulano$ ct
ct: comando não encontrado.
/home/fulano$
Você foi informado que não há programa com o nome “ct”. Agora digite “cat”. Surgirá uma linha em branco. Digite algo, e tecle enter.
O que acontece? A linha é repetida logo abaixo. Simples, não? Você usou seu primeiro comando. Para finalizar o “cat”, tecle “Ctrl + D” e
volte para o prompt.

Páginas de Manual

Quer aprender melhor sobre o comando “cat” (ou qualquer outro comando)? Digite “man cat”. Você verá algo que começa mais ou
menos assim:
CAT(1) User Commands CAT(1)

6 http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Guia-Introdutorio-do-Linux/
Editora
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308
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

NAME - As Datas Relacionadas com os Arquivos: cada arquivo possui


cat - concatenate files and print on the standard output três datas associadas a ele. São: a data de criação (quando o arquivo
foi criado), a última modificação (quando o arquivo foi modificado
SYNOPSIS pela última vez), e o último acesso (quando o arquivo foi lido pela
cat [OPTION] [FILE]... última vez).
- O Proprietário: todo arquivo tem um ‘dono’, ou proprietário.
DESCRIPTION - O Grupo: todo arquivo tem um grupo de usuários associado
Concatenate FILE(s), or standard input, to standard output. a ele. O grupo mais comum é chamado ‘users’, que normalmente é
compartilhado por todos os usuários do sistema.
(...) - As Permissões: todo arquivo possui permissões (também cha-
madas ‘privilégios’) associadas a ele. Essas permissões dizem quem
Você entrou na página de manual do comando cat. É uma pá- pode acessar o arquivo, modificá-lo ou, no caso de programas, exe-
gina completa sobre como usar este comando. É claro, não espere cutá-lo. Cada uma dessas permissões pode ser imposta separada-
entender tudo. Esta página assume que você possui algum conhe- mente ao dono, ao grupo, ou a todos os usuários.
cimento sobre o Linux. Mas tudo bem! Quanto mais ler, mais você Veja o exemplo abaixo:
aprende. touch arquivo1 arquivo2 ... arquivoN
Tente usar este comando, o “man”, com os outros que você
aprenderá com o tempo. Certamente será muito útil no decorrer do O comando touch irá ‘atualizar’ as datas relacionadas com os
seu aprendizado. arquivos listados para a data atual. Se o arquivo não existir, ele será
Antes de continuar, digite o comando “clear”. Este comando
criado. Também é possível colocar uma data específica, basta usar
“limpará” o terminal. Estamos apenas limpando a bagunça :). Apro-
a opção -t. Você pode alterar apenas a data de acesso (use a opção
veite este comando e veja como o “man” pode ser útil. Digamos que
-a), ou apenas a data de modificação (use a opção -m). Para usar a
você esteja aprendendo sobre um comando, o clear por exemplo.
opção -t, faça como segue:
Se você digitar “man -k clear” você verá uma lista de todos os co-
mandos onde a palavra “clear” aparece em sua descrição ou nome. [[CC]YY]MMDDhhmm[.SS]
Isto é muito útil, principalmente quando você está procurando por
algo, mas não lembra exatamente seu nome. Você deve ter notado Na linha acima, se CC não for utilizado, o touch entenderá que
o “-k” na frente do comando man. É isto mesmo: alguns comandos o ano CCYY está no intervalo 1969-2068. SE SS não for indicado,
permitem que você tenha opções de como ele trabalhará. Isto é, de será considerado como 0.
fato, muito comum. O comando chmod altera as permissões de um arquivo. Segue
a forma abaixo:
Organizando as Coisas chmod [-Rv] mode arquivo1 arquivo2 ... arquivoN

Como tudo em nossa vida, nossos arquivos no computador de- Antes de estudar como usá-lo, vejamos quais são as permissões
vem ser organizados. E organizamos isso em diretórios. Como ver o que existem no Linux. Cada arquivo tem um grupo de permissões
que há neles? Com o comando “ls”. associado a ele. Estas permissões dizem ao Linux se um arquivo
O comando “ls” é um dos mais importantes. Ele lista os arqui- pode ou não ser lido, modificado ou executado como um programa.
vos e diretórios. Digite “ls” no terminal e veja o que ocorre. Agora Isso é bom, pois previne que indivíduos maliciosos façam o que não
digite “ls -F”. A opção “-F” faz você ver quais itens são diretórios se deve, e indivíduos desavisados façam bobagens.
(terão uma barra invertida no final), quais são arquivos, quais são Portanto o Linux reconhece três tipos de pessoas: primeiro,
arquivos especiais, etc. o dono ou proprietário do arquivo. O segundo é o ‘grupo’, que na
Do terminal você também pode criar diretórios. Basta usar o maioria dos casos será ‘users’, que são os usuários normais do sis-
comando “mkdir”. Como exemplo, digite “ls -F” e veja o conteúdo tema (para ver o grupo de um arquivo, use ‘ls -l arquivo’). E depois,
do diretório atual. Agora digite: há todos os outros além do proprietário e dos membros do grupo.
$ mkdir diretorio-teste Um arquivo pode ter permissões de leitura ou modificação
Digite novamente “ls -F”. O que aconteceu? Apareceu um novo para o dono, leitura para o grupo, e nenhuma permissão para os
diretório chamado “diretorio-teste”. Simples assim. outros. Ou, por alguma razão, um arquivo pode ter permissões de
Para remover um diretório, use um comando similar ao mkdir: leitura/modificação para o grupo e para os outros, mas não ter per-
o rmdir. Faça similar ao mkdir: “rmdir diretorio-teste” removerá o
missões para o dono!
diretório anteriormente criado. Para usá-lo desta forma, só um lem-
Vamos usar o chmod para aprender algo sobre permissões.
brete: o diretório deve estar vazio.
Crie um arquivo qualquer para teste. Por padrão, você tem permis-
são para ler e modificar este arquivo (as permissões dadas a outros
Lidando com Arquivos
dependem de como o sistema - e também sua conta - está configu-
Veja o caso de comandos básicos como cd, mv e rm. Há ou- rada). Teste sua permissão, abrindo o arquivo usando cat. Agora, va-
tros comandos que agem sobre os arquivos, mas não agem sobre mos tirar sua permissão de ler o arquivo! Digite: chmod u-r arquivo
os dados nesses arquivos. Aqui estão incluídos os comandos touch, O parâmetro u-r diz ‘usuário menos leitura’. Agora, se você ten-
chmod, du e df. Todos esses comandos não alteram os arquivos, tar ler o arquivo, receberá a mensagem ‘Permission denied error!’.
mas mudam coisas que o Linux ‘lembra’ sobre os arquivos. Algumas Adicione a permissão de leitura, simplesmente fazendo chmod u+r
dessas coisas são: arquivo.
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309
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Permissões para diretórios seguem as mesmas ideias: ler, es- Tipos de arquivos
crever e executar, mas de forma um pouco diferente. A permissão
de leitura permite ao usuário (ou o grupo ou todos) ler o diretório, O Linux reúne tudo em quatro tipos básicos de arquivos:
ou seja, listar os arquivos, vendo seus nomes. A permissão de escri- Comuns: aqueles manipulados na parte do tempo, contendo
ta permite adicionar ou remover arquivos. A permissão de execu- texto, código fonte em C, scripts shell, arquivos binários, etc.
ção permite acessar os arquivos no diretório ou subdiretórios. Diretórios: arquivos que contêm os nomes dos arquivos e sub-
Para usar o comando chmod, troque ‘mode’ pelo alvo da mu- diretórios, assim como os ponteiros para aqueles arquivos e subdi-
dança: o usuário, o grupo, etc., e o que fazer com ele. Trocando em retórios.
miúdos, faça similar ao lidar com arquivos: use o símbolo ‘+’ para Links: não são realmente arquivos; na verdade, são entradas de
adicionar um privilégio, e o símbolo ‘ - ‘ para tirá-lo. diretório que apontam para o mesmo inode.
A opção R mudará a permissão do diretório, e de todos os ar- Especiais: todos os dispositivos físicos associados ao sistema
quivos e diretórios dentro dele, e assim sucessivamente (o ‘R’ vem Linux são representados no sistema de arquivos, e, na maioria das
de recursivo). Usando ‘v’, você faz o chmod relatar o que está acon- vezes, estão localizados no diretório /dev. Um arquivo especial de
tecendo. dispositivo – o bit bucket, ou /dev/null – é muito útil. Tudo o que
você envia para /dev/null é ignorado, o que é útil quando você não
Nomes de Arquivos e de Caminhos quer ver a saída de um comando.

Cada entidade física e lógica no Linux é representada como um Comandos de Arquivos


arquivo no sistema de arquivos do Linux7. Aqui iremos comentar so-
bre o sistema de arquivos lógicos, que incluem diretórios e arquivos Alguns comandos de manipulação são extremamente impor-
comuns. No Linux você precisa distinguir entre um nome de arquivo tantes para as operações do dia a dia. Vamos conhecer os coman-
e um nome de caminho. Um nome de arquivo consiste de uma série dos principais do Linux.
de letras contínuas, números e alguns sinais de pontuação. Existem
algumas restrições para os nomes dos arquivos: O comando ls
Não podem conter espaços e quaisquer caracteres que repre- Para manipular arquivos, é interessante saber o que eles são.
sentam um separador de campo; Esta é a função do comando ls. O comando mostra os nomes dos
Não pode conter quaisquer caracteres que têm significados es- arquivos em um diretório.
peciais para o shell. Os caracteres “proibidos” são ! @ # $ % ^ & * ( Exemplo: ls -t (ordena arquivos pelo horário de modificação)
)[]{}‘“/|;<> e ls -v (ordena pela ordem natural dos números de versão dentro
No Linux, os arquivos não existem em um vácuo; eles existem do texto).
em um diretório. O diretório de nível mais alto é o root e é simbo-
lizado pelo caractere ( / ). Se um arquivo chamado musica existe Comando ln
no diretório root, o seu nome de caminho absoluto é /musica. Ao Cria links, simbólicos ou absolutos. Uma das opções, -d, per-
acrescentar um usuário ao sistema usando o comando adduser, ele mite ao root do sistema a criação de um link absoluto para um di-
recebe um diretório home. Por padrão, esse diretório home é ge- retório.
ralmente encontrado no root, em um diretório apropriadamente Exemplo: ln -s/teste /home/leandro/teste
chamado de home. O nome de caminho absoluto especifica exa- Este comando criará o link /home/leandro/teste.
tamente onde um determinado arquivo é armazenado no sistema
de arquivos. O comando cp
Já o nome de caminho relativo, de maneira não-ambígua, O comando cp copia um arquivo.
aponta para o local de um arquivo em relação ao diretório atual. Exemplo: cp /Bin/* . (Copia todos os arquivos do diretório /Bin
Se o musica está no seu diretório home, por exemplo, o nome de para o diretório em que nos encontramos no momento) e cp kiss.txt
arquivo musica.arq é também um nome relativo, ou seja, relativo /tmp (copia o arquivo kiss.txt para dentro do diretório /tmp.
ao seu diretório atual. É interessante notar que você poderá definir
um arquivo em qualquer lugar no sistema de arquivos do Linux com O comando mv
nomes de caminho relativos usando dois pseudônimos encontrados O comando mv (mover) é geralmente usado tanto para mover
em todos os diretórios. O ponto simples (.) se refere ao diretório quanto para renomear os arquivos e diretórios.
atual e o ponto duplo (..) se refere ao diretório pai. O tamanho dos Exemplo: mv kiss.txt teste1.txt (muda o nome do arquivo Kiss.
nomes dos arquivos depende do sistema de arquivo em uso. No txt para teste1.txt) e mv teste.txt /tmp (move o arquivo teste.txt
ext2fs, ext3fs, ext4fs, ReiserFS, XFS e outros o limite é de 255 ca- para /tmp).
racteres.
O sistema de arquivos no Linux trata os mesmos de forma case- O comando rm
-sensitive, ou seja, EU.txt e eu.txt são diferentes. Para deletar um arquivo, utilize o comando rm (remover).
Exemplo: rm text.txt (apaga o arquivo teste.txt no diretório atu-
al) e rm –rf /tmp/teste (Apaga todos os arquivos e subdiretórios do
diretório /tmp/teste, inclusive /tmp/teste).

O comando touch
7 https://www.oficinadanet.com.br/artigo/linux/lista_de_comandos_em_
O comando touch muda a data e a hora do último acesso/mo-
arquivos_e_diretorios_no_linux dificação de um arquivo.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Exemplo: touch -t 201002182233.10 -m Kiss.txt (os arquivos Comando pwd


kiss.txt terá sua data e hora de modificação alteradas para 18/ O comando pwd mostra o diretório corrente em que você se
Fev/2010 às 22:33:10) e touch -t 199501010129.10 -a Kiss.txt (se o encontra. Como este comando não possui parâmetros, basta digi-
arquivo Kiss.txt não existir no diretório atual ele será criado). tá-lo.

Comando grep Comando mkdir


Realiza a busca pela ocorrência de uma string no arquivo es- O comando mkdir (make directory) cria um diretório.
pecificado. Exemplo: mkdir html/curso.
Exemplo: grep - dialeto index.txt
Comando rmdir
Comando chmod O comando rmdir (remove directory) é o contrário do mkdir;
Modifica a permissão dos arquivos e diretórios. ele destrói um diretório e subdiretórios especificados.
Exemplo: chmod a+rx Kiss (permissão de leitura e execução Exemplo: rmdir html/curso
para todas as classes de usuários).
Estatísticas do Sistema
Observação: o r e o x presentes no comando significam, res-
pectivamente, leitura e execução. Agora, veremos comandos que mostram estatísticas sobre o
sistema operacional, ou sobre partes do sistema.
A Utilidade cpio
A utilidade cpio possuem três modos de operação: du [-abs] [path1 path2 ...pathN]
Copy-out mode: este modo, ativado pelo uso do -o ou --create, ‘du’ vem de ‘disk usage’, uso do disco. Determina quanto do
cria um arquivo e copia arquivos neles. espaço em disco é usado por um diretório. Ele mostra o espaço usa-
Copy-in mode: ativado pelo uso do -i ou --extract, este modo do por cada subdiretório e, no final, o total - a soma de todos eles.
extrai dados de um arquivo existente. O ‘a’ no início fará surgir os arquivos, além dos diretórios. A op-
Copy-pass mode: ativado pelo uso do -p ou --pass-through. ção ‘b’ mostrará o espaço em bytes, em vez de kilobytes. Um byte é
Combina os modos copy-out e copy-in, permitindo-lhe copiar uma o equivalente a uma letra em um documento de texto. A opção ‘s’
árvore de diretório de um local para outro. mostrará apenas os diretórios, sem os subdiretórios.
Além destas opções usadas para a seleção do modo, o cpio acei- uptime
ta muitas outras opções, tais como: -a (reseta o tempo de acesso O comando uptime faz exatamente o que ele mesmo diz: exibe
após ler um arquivo; logo, não aparece ter sido lido) e -u (substitui
o tempo decorrido desde que o sistema foi ‘ligado’, o tempo desde
todos os arquivos sem primeiramente perguntar sobre verificação).
o último boot. Surpreendentemente, uptime é um dos poucos co-
mandos que não possuem opções.
Comando cat
O comando cat (concatenate) concatena arquivos e imprime na
who
saída default. Em arquivos, utilizamos o cat para listar o seu conte-
O comando who exibe os usuários atuais do sistema, e quando
údo na tela.
eles logaram. Se for dado o parâmetro ‘am i’, mostra o usuário atual.
Exemplo: cat contas_a_pagar – este comando irá listar todo o
conteúdo do meu arquivo contas_a_pagar.
w [username]
Observação: o comando tac realiza o mesmo que o cat, com Este comando mostra os usuários atuais e o que eles estão fa-
a exceção de exibir pela ordem invertida, começando pela última zendo. O ‘cabeçalho’ do comando w é exatamente o mesmo do co-
linha e finalizando com a primeira. mando uptime, e cada linha mostra um usuário, quando ele logou,
e o que está fazendo.
Comando find O que há no arquivo?
Caso você não consiga encontrar um arquivo procurando-o Vejamos mais dois comandos importantes.
com o comando ls, poderá usar o comando find.
Exemplo: find / -name “hotter than hell” cat [-nA] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
Ao executar o comando acima, será retornado o caminho da O comando ‘cat’ não é um comando muito amigável. Ele não
pasta, o que nos permitirá encontrá-la facilmente. espera por você para ler o arquivo, e é normalmente usado em con-
junto com pipes (‘ | ‘). No entanto, cat tem algumas opções úteis.
Comandos de Diretórios Por exemplo, ‘n’ contará todas as linhas de um arquivo, ‘A’ mostrará
os caracteres de controle como caracteres normais - e isso meio
A maioria dos comandos aplicados aos arquivos também são que afastará coisas estranhas de sua tela. Claro, use ‘man cat’ para
aplicáveis em diretórios. No entanto, existem outros comandos saber muito mais.
aplicáveis em diretórios muito interessantes.
more [-l] [+numero_da_linha] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
O comando more é muito útil, e é o comando que usamos
quando queremos ver arquivos de texto em em ASCII. A única op-
ção interessante é ‘ l ‘.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Usando ‘+5’, por exemplo, ele começará da linha 5. Usando talk: falar com outros utilizadores que estejam logados no mo-
‘+num’, ele começará da linha ‘num’. mento.
Como more é um comando interativo, veja as situações mais write: escrever para outros utilizadores que estejam logados
frequentes: no momento.
- Ctrl + L: move para a próxima tela (de texto)
- Barra de Espaço: sai do ambiente de comando ‘more’ Comandos de ajuda e documentação
- /: pesquisa pela próxima ocorrência de uma expressão. apropos: localiza comandos por pesquisa de palavra-chave.
find: localizar arquivos, como por exemplo: find . -name *.txt
O próximo comando é ‘head’ -print, para pesquisa de arquivos de texto do diretório atual.
head [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] info: abre o explorador de informações.
‘head’ mostra a primeira linha dos arquivos listados. Qualquer man: manual muito completo, pesquisa informação acerca de
opção numérica mostrará essa quantidade de linhas. Por exemplo: todos os comandos que necessitemos de saber, como por exemplo,
head -10 arquivo. man find.
Mostrará as 10 primeiras linhas de ‘arquivo’. whatis: descreve o que um determinado comando é/faz.
Da mesma forma que head, ‘tail’ mostra uma parte do arquivo whereis: localizar a página de ajuda (man page), código fonte,
- a parte final. Use similarmente a ‘head’: ou arquivos binários, de um determinado programa.

tail [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] Comandos de edição de texto


O comando ‘file’ tenta identificar o formato de um arquivo. Já emacs: editor de texto screen-oriented.
que nem todos os arquivos possuem extensões, ‘file’ faz uma che- pico: editor de texto screen-oriented, também chamado de
cagem rudimentar para saber qual é o formato. nano.
file [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] sed: editor de texto stream-oriented.
vi: editor de texto full-screen.
Lista de Comandos Mais Usados no Linux vim: editor de texto full-screen melhorado (vi improved).
Em uma manutenção de rotina, usa-se os comandos em mo- Comandos de gestão de arquivos e directorias
mentos de monitoração e (ou) urgência8: cd: mudar de diretório atual, como por exemplo cd diretório,
ls: lista todos os arquivos do diretório. cd .., cd /.
df: mostra a quantidade de espaço usada no disco rígido. chmod: mudar a proteção de um arquivo ou diretório, como
free: mostra o consumo de memória RAM e os detalhes sobre por exemplo chmod 777, parecido com o attrib do MS-DOS.
o uso de memória virtual SWAP. chown: mudar o dono ou grupo de um arquivo ou diretório,
top: mostra o uso da memória. vem de change owner.
cd: acessa uma determinada pasta (diretório).
chgrp: mudar o grupo de um arquivo ou diretório.
mkdir: cria um diretório.
cmp: compara dois arquivos.
rm: remove um arquivo/diretório.
comm: seleciona ou rejeita linhas comuns a dois arquivos se-
cat: abre um arquivo.
lecionados.
vi: abre o editor vi (lê-se viai) para editar/criar arquivos.
cp: copia arquivos, como o copy do MS-DOS.
crypt: encripta ou descripta arquivos (apenas CCWF).
Comandos de controle e acesso
diff: compara o conteúdo de dois arquivos ASCII.
exit: Terminar a sessão, ou seja, a shell (mais ajuda digitando
file: determina o tipo de arquivo.
man sh ou man csh).
logout: deslogar, ou seja, terminar a sessão atual, mas apenas grep: procura um arquivo por um padrão, sendo um filtro mui-
na C shell e na bash shell. to útil e usado, por exemplo um cat a.txt. | grep ola irá mostrar-nos
passwd: mudar a password do nosso utilizador (usuário loga- apenas as linhas do arquivo a.txt que contenham a palavra “ola”.
do). gzip: comprime ou expande arquivo.
rlogin: logar de forma segura em outro sistema Unix/Linux. ln: cria um link a um arquivo.
ssh: sessão segura, vem de secure shell, e permite-nos logar ls: lista o conteúdo de uma diretório, semelhante ao comando
num servidor remoto através do protocolo ssh. dir no MS-DOS.
slogin: versão segura do rlogin. lsof: lista os arquivos abertos, vem de list open files.
yppasswd: mudar a password do nosso utilizador nas páginas mkdir: cria uma diretório, vem de make directory”.
amarelas (yellow pages). mv: move ou renomeia arquivos ou diretórios.
pwd: mostra-nos o caminho por inteiro da diretório em que
Comandos de comunicações nos encontramos em dado momento, ou seja, um pathname.
mail: enviar e receber e-mails. quota: mostra-nos o uso do disco e os limites.
mesg: permitir ou negar mensagens de terminal e pedidos de rm: apaga arquivos, vem de remove, e é semelhante ao coman-
conversação (talk requests). do del no MS-DOS, é preciso ter cuidado com o comando rm * pois
pine: outra forma de enviar e receber e-mails, uma ferramenta apaga tudo sem confirmação por defeito.
rápida e prática. rmdir: apaga diretório, vem de remove directory.
stat: mostra o estado de um arquivo, útil para saber por exem-
8 https://www.devmedia.com.br/comandos-importantes-linux/23893 plo a hora e data do último acesso ao mesmo.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

sync: faz um flush aos buffers do sistema de arquivos, sincro- ifconfig: visualizar os ips da nossa máquina, entre outras fun-
niza os dados no disco com a memória, ou seja, escreve todos os ções relacionadas com ips.
dados presentes nos buffers da memória para o disco. ping: pingar um determinado host, ou seja, enviar pacotes
sort: ordena, une ou compara texto, podendo ser usado para icmp para um determinado host e medir tempos de resposta, entre
extrair informações dos arquivos de texto ou mesmo para ordenar outras coisas.
dados de outros comandos como por exemplo listar arquivos orde-
nados pelo nome. Comandos de controlo de processos
tar: cria ou extrai arquivos, muito usado como programa de ba- kill: mata um processo, como por exemplo kill -kill 100 ou kill
ckup ou compressão de arquivos. -9 100 ou kill -9 %1.
tee: copia o input para um standard output e outros arquivos. bg: coloca um processo suspenso em background.
tr: traduz caracteres. fg: ao contrário do comando bg, o fg traz de volta um processo
umask: muda as proteções de arquivos. ao foreground.
uncompress: restaura um arquivo comprimido. jobs: permite-nos visualizar jobs em execução, quando corre-
uniq: reporta ou apaga linhas repetidas num arquivo. mos uma aplicação em background, poderemos ver esse job com
wc: conta linhas, palavras e mesmo caracteres num arquivo. este comando, e termina-lo com um comando kill -9 %1, se for o job
número 1, por exemplo.
Exibição ou Impressão de arquivos top: lista os processos que mais CPU usam, útil para verificar
cat: mostra o conteúdo de um arquivo, como o comando type que processos estão a provocar um uso excessivo de memória, e
do MD-DOS, e é muito usado também para concatenar arquivos, quanta percentagem de CPU cada um usa em dado momento.
como por exemplo fazendo cat a.txt b.txt > c.txt” para juntar o ar- ^y: suspende o processo no próximo pedido de input.
quivo a.txtb.txt num único de nome c.txt. ^z: suspende o processo atual.
fold: encurta, ou seja, faz um fold das linhas longas para cabe-
rem no dispositivo de output. Comandos de informação de estado
head: mostra as primeiras linhas de um arquivo, como por clock: define a hora do processador.
exemplo com head -10 a.txt, ou usado como filtro para mostrar date: exibe a data e hora.
apenas os primeiros x resultados de outro comando. df: exibe um resumo do espaço livre em disco.
lpq: examina a spooling queue da impressora. du: exibe um resumo do uso do espaço em disco.
lpr: imprime um arquivo. env: exibe as variáveis de ambiente.
lprm: remove jobs da spooling queue da impressora. finger: pesquisa informações de utilizadores.
more: mostra o conteúdo de um arquivo, mas apenas um ecrã history: lista os últimos comandos usados, muito útil para lem-
de cada vez, ou mesmo output de outros comandos, como por brar também de que comandos foram usados para fazer determina-
exemplo ls | more. da ação no passado ou o que foi feito em dada altura.
less: funciona como o more, mas com menos features, menos last: indica o último login de utilizadores.
características e potenciais usos. lpq: examina a spool queue.
page: funciona de forma parecida com o comando more, mas manpath: mostra a path de procura para as páginas do coman-
exibe os ecrãs de forma invertida ao comando more. do man.
pr: página um arquivo para posterior impressão. printenv: imprime as variáveis de ambiente.
tail: funciona de forma inversa ao comando head, mostra-nos ps: lista a lista de processos em execução, útil para saber o pid
as últimas linhas de um arquivo ou mesmo do output de outro co- de um processo para o mandar abaixo com o comando kill, entre
mando, quando usado como filtro. outras coisas.
zcat: mostra-nos um arquivo comprimido. pwd: mostra-nos o caminho por inteiro do diretório em que
xv: serve para exibir, imprimir ou mesmo manipular imagens. nos encontramos em dado momento, ou seja um pathname.
gv: exibe arquivos ps e pdf. set: define variáveis da sessão, ou seja, da shell, na C shell, na
xpdf: exibe arquivos pdf, usa o gv. bash ou na ksh.
spend: lista os custos ACITS UNIX até à data.
Comandos de transferência de arquivos time mede o tempo de execução de programas.
ftp: vem de file transfer protocol, e permite-nos, usando o pro- uptime: diz-nos há quanto tempo o sistema está funcional,
tocolo de transferência de arquivos ftp, transferir arquivos entre quando foi ligado e o seu uptime.
vários hosts de uma rede, como a um servidor de ftp para enviar w: mostra-nos quem está no sistema ou que comando cada job
ou puxar arquivos. está a executar.
rsync: sincroniza de forma rápida e flexível dados entre dois who: mostra-nos quem está logado no sistema.
computadores. whois: serviço de diretório de domínios da Internet, permite-
scp: versão segura do rcp. -nos saber informações sobre determinados domínios na Internet,
quando um domínio foi registado, quando expira, etc.
Comandos de notícias ou rede whoami: diz-nos quem é o dono da shell.
netstat: mostra o estado da rede.
rsh: um shell em outros sistemas UNIX. Comandos de processamento de texto
ssh: versão segura do rsh. abiword: processador de texto Open Source.
nmap: poderoso port-scan, para visualizarmos portas abertas addbib: cria ou modifica bases de dados bibliográficas.
num dado host. col: reverte o filtro a line feeds.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

diction: identifica sentenças com palavras. Instalar o Linux para um usuário comum é agora (quase) tão fá-
diffmk: marca diferenças entre arquivos. cil como qualquer outro sistema operacional. A maioria das distros
dvips: converte arquivos TeX DVI em arquivos PostScript. já oferecem conjuntos de softwares totalmente funcionais, como
explain: explica frases encontradas pelo programa diction. processadores de textos, e-mail, navegador da internet, transferên-
grap: pré-processador pic para desenhar gráficos, usado em ta- cia de arquivos, suporte à impressão, apresentações, e quase todos
refas elementares de análises de dados. os tipos de programas oferecidos por sistemas concorrentes. Linux
hyphen: encontra palavras com hifens. e usuário comum: cada vez mais próximos.
ispell: verifica a ortografia de forma interativa.
latex: formata texto em LaTeX, que é baseado no TeX. Processador de Texto e Planilhas
pdfelatex: para documentos LaTeX em formato pdf.
latex2html: converter LaTeX para html. Um PC com um sistema da Microsoft pode usar o Microsoft
lookbib: encontra referências bibliográficas. Word como processador de texto, enquanto um sistema Linux pode
macref: cria uma referência cruzada listando arquivos de ma- usar o LibreOffice - ou uma grande quantidade de outros programas
cros nroff/troff. equivalentes. Usando Linux em vez de Windows, alguns problemas
ndx: cria uma página de indexação para um documento. podem surgir quando usar o processador de texto e precisar trans-
neqn: formata matemáticas com nroff. ferir de uma máquina para outra com Windows, tendo em vista a
nroff: formata texto para exibição simples. incompatibilidade de tais softwares. Mas os incansáveis trabalha-
pic: produz simples imagens para troff input. dores open source tem vencido essa barreira, gerando programas
psdit: filtra um output troff para a Apple Laser Writer. cada vez mais compatíveis, à revelia dos sistemas concorrentes.
ptx: cria uma indexação permutada mas não em CCWF. Em algumas empresas, as planilhas têm papel central no am-
refer: insere referências de bases de dados bibliográficas. biente de trabalho. Com o Linux, os usuários podem criar planilhas
roffbib: faz o run off de uma base de dados bibliográfica. profissionais de alta qualidade, com programas como LibreOffice
sortbib: ordena uma base de dados bibliográfica. Calc, Kspread, ou tantos outros disponíveis. Com tais programas,
spell: encontra erros de ortografia. o Linux é capaz de prover a compatibilidade necessária com outros
style: analisa as características superficiais de um documento. programas usados em outros sistemas. Mais uma vez, o Linux tem
tbl: formata tabelas para nroff/troff. vantagens no uso empresarial.
tex: formata texto.
tpic: converte arquivos pic source em comandos TeX. Web e E-mail
wget: permite-nos fazer o download completo de páginas web,
com todos os arquivos, de forma fácil e não interativa, sem exigir Usuários Linux podem navegar na net tão facilmente como ‘na-
por isso presença do utilizador, respeitando também o arquivoro- vegam’ por seus arquivos pessoais em suas próprias máquinas. Mas
bots.txt. alguns problemas podem surgir, tendo em vista que alguns sites são
projetados tirando proveito de características específicas de deter-
Web minado navegador.
html2ps: conversor de html para os. Se um determinado browser não compreende uma determina-
latex2html: conversor de LaTeX para html. da informação, ele provavelmente não exibirá a página de maneira
lynx: navegador web baseado em modo de texto, ou seja, é correta, pelo menos em parte. Mas com a popularidade do Linux
um web browser que nos permite abrir todo o tipo de páginas vi- em crescimento, é esperado que os desenvolvedores para a web
sualizando apenas os textos e links, não vendo assim as imagens, e projetem os sites cada vez mais ‘universais’, afastando-se de especi-
sendo por isso bastante rápido, mas requere prática para ser ma- ficações para determinado navegador.
nuseado. Muitos programas gerenciadores de e-mail estão disponíveis,
netscape: navegador web da Netscape. como o Kmail. Embora eles funcionem bem para a maioria dos usu-
sitecopy: aplicação que nos permite manter fácil e remotamen- ários, talvez ocorram os mesmos problemas relacionados com os
te web sites. navegadores web. No entanto, os programas disponíveis em Linux
weblint: verificador de sintaxes e de estilos html. já são robustos o suficiente para lidarem com a grande maioria das
operações, tornando relativamente suave as atividades na área.
Linux, e Agora?
Nos Servidores
A grande vantagem do Linux frente a outros sistemas está no
fato de poder usá-lo desde os desktops até o servidor em todo o DNS e servidores
ambiente de trabalho. E como isso é possível? Linux suporta quase O Linux é tipicamente usado como servidor no ambiente em-
todos os serviços que um usuário necessita. Por exemplo, um admi- presarial, em vista de sua grande estabilidade e inteireza como sis-
nistrador pode instalar Linux em um PC e usar para processar tex- tema operacional. Como o Linux é um sistema ‘derivado’ do UNIX,
tos, navegar na internet, trocar arquivos e jogar games off e on-line. pode realizar quase todas as atividades de um servidor UNIX. E
Isto é possível por meio de pacotes incluídos na distribuição ou em como o MS Windows provê muitos serviços similares, pode-se usar
pacotes baixados da net. Isto além do fato de estar disponível em o Linux para realizar tais tarefas em vez de sistemas Microsoft.
diversas arquiteturas.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Além disso, como o Linux é bastante estável, é bastante útil administração dos recursos da rede mais fácil, porque apenas os
para clusters de companhias maiores e de serviços críticos. É es- arquivos NIS devem ser atualizados, e não todo o cliente. É natural
pecialmente usado para aplicações da net serviços tais como DNS, esperar que o Linux ofereça serviços para outros clientes Linux ou
firewall, e-mail, proxy, FTP, servidor de impressão, dentre muitos UNIX, mas e o que dizer de clientes Windows?
outros. A Microsoft criou o protocolo Server Message Block (SMB), que
Quando você instala um servidor Linux, o DNS (Domain Name oferece a condição de trocar arquivos e recursos. SMB foi criado
System) é uma das muitas opções disponíveis. DNS ‘resolve’ nomes para ser usado em uma pequena rede local (LAN), não oferecendo
de sistemas para endereços IP. Isso é um serviço importante, por- sustentação para grandes redes. Em vista disso, a Microsoft criou o
que permite que usuários conectem máquinas usando nomes em Common Internet File System (CIFS), baseado em SMB e também
vez de um estranho código IP, que pode facilmente ser esquecido. em Network Basic Input Output System (NetBIOS).
Este serviço consiste em dados DNS, servidores DNS, e proto- Para que o Linux trabalhe junto a clientes Microsoft, é preci-
colos de internet para retornar dados dos servidores. Arquivos fon- so ou que um software ‘tradutor’ esteja rodando em cada clien-
tes são disponibilizados para cada host pelo diretório DNS, usando te ou que o software Linux para rede compreenda os protocolos
arquivos-texto especiais, organizados em zonas. Zonas são manti- Microsoft. Surge então o Samba, um programa criado por Andrew
das em servidores autorizados que distribuem por toda a net, que Tridgell, que permite a clientes Linux se comunicar com recursos
respondem às solicitações de acordo com protocolos de rede DNS. Microsoft usando o protocolo SMB. Samba é open source, e pode
A maioria dos servidores possui autoridade para algumas zo- ser encontrado em www.samba.org.
nas, e a maioria dos servidores apenas para algumas poucas zonas.
Mas grandes servidores têm autoridade para dezenas de milhares Firewall
de zonas. Por quebrar o DNS em zonas menores e então em domí-
nios, o ‘peso’ sobre as máquinas é diminuído. Isto também facilita Um firewall protege os recursos de uma rede privada de um
a organização da internet, pois não há necessidade de concentrar
acesso não-autorizado de uma rede externa. Um firewall típico é
toda informação em um único servidor.
geralmente criado em um roteador, ou um computador colocado
Tendo em vista a configuração hierárquica, uma organização
especialmente para isso, que age como uma porta de entrada-saída
pode estabelecer um servidor DNS para controlar o acesso à rede
para separar a rede externa da rede interna.
organizacional, o que pode ser feito com um servidor Linux.
Isto cria um caminho seguro, onde apenas requisições autori-
zadas são permitidas para a entrada na rede interna. Uma máquina
Linux Web Server
barata usando Linux com uma conexão com uma rede externa e
Enquanto DNS resolve um nome para um endereço IP, permi-
outra com a rede interna pode ser usada como um firewall.
tindo que usuários se conectem à net, um servidor web provê a pá-
O Linux oferece muitos recursos para criar firewall, com ip-
gina web. O software mais popular que usuários Linux para oferecer
as páginas web é o Apache Web Server. Apache existe para prover chains, Netfilter. Firewalls são muito importantes, e devem ser
um software de nível comercial capaz de prover HTTP, um padrão constantemente atualizados e testados. Claro, a qualidade do ser-
para criação de documentos serem visto na net. viço de um firewall é tão boa quanto a habilidade de quem o admi-
nistra.
Linux servidor de e-mail
E-mail é um dos serviços mais importantes para o usuário final. Linux x Outros
Existem vários softwares para auxiliar nesta tarefa, como o Send-
mail. O Linux também suporta produtos comerciais. Como já sabemos, o Linux é um sistema multiusuário real e
possui capacidade de multiprocessamento. Portanto, sai-se bem
Servidor de arquivos quando comparado com outros sistemas. A prova maior é seu uso
O Linux é uma plataforma excelente para prover acesso a sis- crescente ao redor do mundo, como visto nos casos abaixo.
temas de arquivos, podendo ser locais ou remotos. Servidores de Uso na Web: O Google é um ótimo exemplo da habilidade do
arquivos são uma necessidade nos nossos dias para ambientes em- Linux de competir com outros sistemas. O Google é um sistema de
presariais, tendo em vista a facilidade dos usuários comuns aces- busca que ‘domina’ a net, e roda sob um cluster Linux. Cerca de 60
sarem com segurança seus dados em um ambiente centralizado. por cento dos servidores web rodam Apache, que é completamente
Este servidor de arquivos pode ser solicitado por outro Linux, UNIX, suportado por Linux, oferecendo toda a eficiência e confiabilidade
Microsoft, Apples, etc. de um servidor UNIX. Suas habilidades são tantas, que é usado tan-
A possibilidade de usar o Linux como um servidor de arquivos to como servidor como desktop.
em rede é comparável ao UNIX. UNIX usa o Network File System Instalação: A instalação de um sistema Linux é comparável a
(NFS) para montar um sistema de arquivos remoto e tratá-los como outros sistemas Mac, Windows, etc. Todos esses sistemas ofere-
se tais arquivos ou diretórios fossem locais. O Linux usa um pacote cem uma interface amigável, que permite a instalação do sistema
de softwares NFS, que inclui comandos e daemons (programas auxi- operacional com muita pouca intervenção do usuário. O fato da
liares) para NFS, Network Information Service (NIS), e vários outros Microsoft incluir um número relativamente grande de drivers para
serviços. suporte inicial já na instalação torna o Windows mais atrativo para
Trabalhar com NFS normalmente exige que cada sistema seja usuários não-especialistas, dando uma certa vantagem nesta área.
configurado para acessar cada recurso com um arquivo de confi- Porém a distância não é lá tão grande, e aqueles já iniciados podem
guração. A inclusão de NIS no Linux permite que o servidor man- inclusive realizar pela linha de comando, recebendo uma variedade
tenha os arquivos de configuração para a rede inteira. Isto torna a de opções deveras interessante.
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Estabilidade: Após a configuração, a estabilidade do sistema Por exemplo, o usuário talvez pense em usar um desktop simples,
operacional é uma questão claramente relevante. Como o Linux mas deseja compartilhar documentos em uma intranet ou internet.
é ‘tipo-UNIX’, recebe muitos benefícios advindos de tal sistema. O Nesse caso, um servidor web talvez seja uma boa opção. Ou seja, é
UNIX sempre foi considerado um dos mais estáveis sistemas ope- necessário analisar cada caso, mesmo de maneira básica e simples.
racionais, e o Linux é evidentemente do mesmo nível esperado. Os
sistemas Microsoft são normalmente considerados menos estáveis; Verificação
mas vem avançando em busca de conquistar confiabilidade. É evi- Se você verificar os serviços que o usuário deseja para sua má-
dente, porém, que UNIX e Linux são considerados a melhor escolha quina antes da instalação, certamente existe a alta possibilidade de
para serviços que exijam estabilidade. reconfigurar o sistema mais tarde. A maioria das opções usadas na
Novas tecnologias: Como o Linux é suportado por uma gigan- instalação podem ser verificadas seguindo uma lista de verificação.
tesca comunidade de voluntários, novos drivers e novas tecnologias A lista abaixo é apenas uma sugestão e foi adaptada do livro “Linux-
têm sido rapidamente absorvidos, embora nem sempre esta regra Bible”.
seja seguida. Por exemplo, em alguns dispositivos ‘made for Win-
Serviços de Desktop -> *Solução escolhida
dows’, problemas podem realmente surgir. No entanto, a comuni-
- Processador de texto;
dade sempre corre por fora, buscando o melhor suporte possível.
- Planilha;
E enquanto outros sistemas frequentemente abandonam o suporte
- Banco de dados;
para hardware antigo, o Linux continua a prover aplicações úteis
- Tratamento de imagem;
para tais. - Cliente de e-mail;
Custo: Finalmente, e talvez o caso mais importante, o custo - Navegador web;
de ‘todos’ os sistemas operacionais é um ponto vital. O Linux é li- - Linguagens de programação;
vremente distribuído, e pode ser instalado em muitos desktops ou - Ferramentas de desenvolvimento;
servidores da forma que o usuário desejar. A Microsoft de forma - Players de mídia;
perene tem usado uma licença unitária para licenciar seus sistemas, - Jogos;
cujos usuários são ‘forçados’ rotineiramente a re-licenciar para ad- - Emuladores;
quirir novas versões. Claramente, o Linux é o forte vencedor neste - Aplicações comerciais.
ponto, pois mesmo com distribuições suportadas por profissionais
remunerados, o custo é absurdamente menor quando comparado Serviços de servidor -> *Solução escolhida
com outros sistemas. - Servidor web;
É claro que o custo da licença não é o único: há o suporte, trei- - Servidor de arquivos;
namento, etc., mas, a longo prazo, todos os sistemas são mais ou - Servidor de banco de dados;
menos ‘dispendiosos’, enquanto o Linux leva a uma economia inte- - Servidor de e-mail;
ressante. Quando somado ao seu desempenho, Linux é o primeirís- - Servidor de aplicações;
simo lugar. - Servidor DNS;
- Servidor DHCP;
Distribuições e Pacotes - Servidor de notícias;
- Servidor FTP;
Nem todo serviço ou aplicação estão disponíveis em todas as - Firewall;
distribuições. Se o programa não está disponível em uma, é normal- - Aplicações comerciais.
mente oferecido na internet. Os pacotes de softwares são necessá-
rios e úteis para todo usuário. Abaixo segue uma lista com alguns Esta tabela, adaptada do livro Linux-Bible, pode ser considera-
sites que oferecem tais pacotes. da como uma lista parcial de opções disponíveis. Cada caso deve
ser visto individualmente, afim de tornar o processo de instalação
http://www.apache.org
o mais suave possível. Assim a lista ajudará você a determinar se o
http://www.abiword.org
usuário precisa de uma instalação como servidor ou apenas como
http://www.konqueror.org
estação de trabalho.
http://www.linux.org
No entanto, de maneira geral, os usuários nem sempre sabem
http://www.linuxdoc.org quais os serviços que eles mesmos precisam. Nestes casos você
http://koffice.kde.org deve questionar o uso da máquina por parte dos usuários, como
http://www.opera.com por exemplo se eles desejam ofertar serviços e quais são. Algumas
http://www.sourceforge.net perguntas podem ser as seguintes:
Você irá compartilhar arquivos com outras pessoas por meio de
Preparação para Instalação intranet ou internet?
O que você acha mais importante: compartilhar arquivos e re-
Preparação cursos, evitar o acesso externo para a rede enquanto sua máquina
Temos algumas coisas a fazer antes de começar a instalação. está ‘ligada’, ou controlar o acesso à (às) máquina (s)?
Uma das mais importantes é saber que tipo de instalação você de- Você deseja usar programas do tipo utilitários (para o usuário
seja usar. O usuário deseja ter apenas uma máquina básica, tipo es- final) ou usará serviços como a Web e FTP?
tação de trabalho? Ou um servidor uma escolha melhor? Isto é im- Por meio dessas e de outras perguntas você poderá enquadrar
portantíssimo, pois os serviços podem ser radicalmente diferentes. a instalação do sistema em um dos seguintes quatro tipos:
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Instalação de estação de trabalho: geralmente usado apenas pelo ‘dono’ da máquina.


Instalação de servidor: fornece serviços para usuários em qualquer lugar da intranet ou internet.
Serviço direcionado: usado apenas para prover serviços de rede especiais, como roteamento, proxy, firewall. Frequentemente pos-
suem configuração mínima de hardware, fortemente direcionado para o serviço alvo.
Servidor ‘singular’: uma máquina especialmente direcionada para fornecer um único serviço. Pode ser configurada facilmente e nor-
malmente é voltada para oferecer o melhor serviço possível em uma determinada tarefa.

Pacotes e Hardware

Seleção de pacotes
Não importa qual o tipo de instalação você fará, ainda precisa configurá-la com os programas necessários para as tarefas desejadas.
Obviamente um dos seus objetivos ao realizar uma instalação é torná-la a mais fácil possível. É interessante, portanto, fazer outra lista com
os pacotes necessários para a instalação. Abaixo, mais um exemplo.

Serviço Pacote
Servidor Web Apache
Servidor de Arquivos: Samba, NFS
Servidor de Banco de dados MySQL, Oracle
Servidor de E-mail Sendmail, Exim

É claro que você deve aumentar, e bastante, a lista acima. Ela fica apenas como exemplo do que você mesmo deve fazer. Uma lista
como essa tem objetivo duplo: organiza seu trabalho e oferece alternativas ao seu cliente.
Pense: talvez algum cliente use outro sistema para oferecer serviços de rede, e não sabem, portanto, que o Linux oferece o mesmo
serviço, possivelmente com maior qualidade e liberdade. Informá-los sobre isso pode ser uma ótima forma de convencê-los a mudar de
seu sistema fraquinho :> para um Linux.

Verificação do hardware
Mais um item na preparação para a instalação: verificar a compatibilidade do hardware disponível.

Particionamento

Planejando o particionamento
Um último item em nosso planejamento: planejar o particionamento da nossa instalação. Novamente, uma lista pode ser de ajuda.
Nas distros atuais é comum a opção de auto-particionamento ou você pode optar também por ter apenas duas partições: uma root e uma
swap. Mas você certamente será muito beneficiado por fazer mais que o mínimo. Veja um exemplo:

Partição Tipos Motivo para Tal Partição


/ReiserFS ext3 Outro diretório raiz (root)
/binReiserFS ext3 Outro executáveis
/bootReiserFS ext3 Outro arquivos para o boot do sistema
Outro arquivos de configuração do siste-
/etcReiserFS ext3
ma
/homeReiserFS ext3 Outro arquivos dos usuários
Outro executáveis para superusuário
/sbinReiserFS ext3
(root)
/usrReiserFS ext3 Outro arquivos do sistema

Swap: Área de troca de espaço para memória swap


A tabela acima é geral, com alguns tipos de partição que você pode usar. Obviamente existem outras, mas você deve seguir certas
regras gerais para o particionamento:
A partição swap deveria ter o mesmo tamanho da memória instalada para máquinas com pouca memória.
Alguns preferem aumentar bastante a partição swap, mas isso não é necessário, principalmente para máquinas mais atuais, com
grande quantidade de memória.
A partição / (ou root) é a única partição absolutamente necessária para a inicialização do sistema.

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As outras partições, como /home e /bin, são usadas para or- Liberdade!
ganizar os arquivos do sistema e criar pontos de montagem padrão É quase lugar comum. Você tem a liberdade de escolher a
que são pré-configurados quando o sistema é instalado. Lembre-se: distribuição Linux que mais lhe convier, instalar e remover os pro-
quanto mais organizado o sistema, mais fácil será para administrá- gramas que você quiser. Linux roda praticamente em tudo, desde
-lo, fazer atualizações e reparar eventuais danos. Por planejar bem celulares até supercomputadores. Muitos países já descobriram as
o software, hardware e as partições, a instalação do sistema ocor- vantagens de usufruir a liberdade oferecida pelo Linux. Isto ocorre
rerá sem grandes surpresas e ocorrerá de forma bem organizada. inclusive em alguns estados do Brasil.
Alguns aspectos podem tornar o Linux um pouco difícil para
Linux: Por que tão Fantástico? novos usuários. Geralmente ele é configurado com alguns pontos
de segurança que os iniciantes não estão habituados, e é necessário
Seguindo a sequência de artigos introdutórios, já ‘instalamos’ fazer algumas mudanças se você desejar fazer alterações que afe-
o sistema em nosso computador, após uma preparação minuciosa, tem aspectos mais relevantes do sistema. Embora pareça incômodo
levando ao uso racional da máquina-sistema. Com o uso do Linux no início, isto garante a segurança e a estabilidade do sistema. Você
você notará alguns aspectos interessantes, que tornam o Linux um pode, inclusive, configurar logins para cada usuário de sua máqui-
sistema fantástico. Veja alguns deles. na, e cada um pode adaptar seu ambiente de trabalho da forma que
desejar, sem afetar os outros usuários.
Sem reboot
Vale lembrar que o Linux, sendo um UNIX-like (expressão que Importantes Questões
mais ou menos significa ‘baseado em UNIX’), é ‘idealmente’ um sis-
tema para trabalhar como servidor. Assim, espera-se que permane- Veja algumas questões que você deve lembrar durante o uso
ça funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por do Linux.
ano!! Após a instalação, você poderá instalar ou desinstalar progra-
mas sem ter que reiniciar o computador. Posso esquecer os vírus?
Você pode, e deve sempre estar preocupado com a questão
Começar/Interromper serviços da segurança enquanto estiver conectado à internet. Porém, muito
Você pode iniciar ou interromper serviços, como e-mail, sem provavelmente você está menos vulnerável de ter intrusos enquan-
reiniciar o sistema ou até mesmo interromper a atividade de outros to usa Linux do que quando usa Windows. Lembre como é comum
usuários e serviços da máquina. A péssima obrigação de reiniciar os alertas sobre vulnerabilidades no MS Internet Explorer.
vindo ‘daquele’ sistema... você estará livre aqui.
Você está por sua conta e risco se usar o Linux?
Portabilidade de software Se você usa Linux apenas recentemente e está interessado
Você pode mudar para outra distribuição Linux, como Debian, em suporte, muitas empresas oferecem tal suporte para versões
SuSE, Fedora, etc., e continuar usando o mesmo software! Uma do Linux. Por exemplo, Red Hat Enterprise Linux, Ubuntu Linux e
várias outras distribuições menores. Além do mais, a comunidade
boa parte dos projetos de software open source são criados para
de usuários é gigantesca, e você sempre encontra ‘suporte’ entre
rodar em qualquer sistema UNIX-like, e muitos também funcionam
seus membros.
no Windows. E mesmo que não esteja disponível, é possível que
você mesmo consiga portar o programa para rodar onde você quer,
Linux é só para os “iniciados”?
ou descobrir alguém que faça isso (afinal, o espírito cooperador na
Se você desejar explorar o máximo que o Linux oferece, real-
comunidade é intenso). Lembrando que ‹portar› significa modificar
mente é preciso estudar, ler e ir mais a fundo. No entanto, se você
uma aplicação, ou driver, para funcionar em um sistema ou arqui-
deseja apenas usá-lo como já vinha usando o Windows, como uma
tetura diferente.
máquina para realizar seus trabalhos de escritório, assistir vídeos e
ouvir músicas, não há a mínima necessidade de ser um expert. O
Download disponível fantástico aqui é justamente isso: você pode usar o Linux para suas
Se o programa que você deseja não estiver disponível na distri- atividades do dia-a-dia, sem a preocupação de aprofundamento;
buição que está usando, não há problema: use ferramentas como mas se você desejar, a oportunidade está aqui.
apt, yum, e outros para realizar o download.
Quão diferentes são as distribuições entre si?
Sem “esconde-esconde” Embora as distros acrescentem imagens diferentes, escolham
Acabou a ‘brincadeira’ de esconde-esconde: a partir do mo- softwares específicos para incluir, e usem diferentes meios para
mento que você começa a aprender a usar o Linux, verá que nada instalação, não há grandes dificuldades para um usuário migrar de
está proibido. Tudo que quiser personalizar para as suas necessida- uma distro para outra.
des está aberto. Até o código fonte está disponível. Não é incrível?! Muitas distros incluem os mesmos projetos open source (os
mesmos programas abertos). Assim, por exemplo, os comandos
Desktop maduro básicos, os arquivos de configuração, e outros, para um servidor
As interfaces gráficas KDE e GNOME rivalizam fortemente com Apache, Samba, etc., serão os mesmos se você usar Fedora, Debian,
os sistemas Windows. Além de serem altamente personalizáveis. e uma boa parte das distros. E embora alterem as cores ou alguns
Você certamente ficará impressionado com a beleza de tais inter- elementos do desktop, a maioria usa o GNOME ou KDE da mesma
faces. forma.

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Rodando comandos Em nosso exemplo acima, o diretório atual é ‘/etc’. Para saber
Você não terá dificuldade com o uso básico do Linux. Usando o seu diretório home, tecle o comando echo, seguido da variável
o GNOME ou KDE, terá as mesmas facilidades que encontra, por $HOME:
exemplo, no Windows. ‘Mexa’ nos programas, olhe os menus e use $ echo $HOME
as ferramentas disponíveis. Não nos alongaremos sobre tal ponto, /home/bart
pois se você está migrando para Linux, provavelmente será fácil.
Vamos falar sobre algo mais importante. Antes de surgirem os A saída indica que o diretório home é /home/bart. Se você qui-
ícones e as janelas nos monitores de nossos computadores, era pre- ser mudar do diretório atual para outro, use o comando cd. Para
ciso digitar comandos para fazer qualquer coisa. Em sistemas UNIX, mudar do diretório atual para um subdiretório ‘outro’ (ou seja, um
de onde vem o Linux, os programas usados para interpretar e ge- diretório dentro do diretório atual), digite
renciar os comandos eram conhecidos como a ‘shell’. $ cd /outro
Não importa qual distro Linux você usa, sempre terá disponível
a shell. A shell oferece uma forma de rodar programas, trabalhar Para mudar do diretório atual para o diretório home, basta di-
com arquivos, compilar programas, operar o sistema e gerenciar gitar o comando cd sem nenhuma outra opção:
a máquina. Embora a shell seja menos intuitiva que uma interface $ cd
gráfica (GUI), a maioria dos usuários experientes em Linux consi-
dera a shell como mais poderosa que GUI. Existem diferentes tipos Pronto! Não interessa o diretório atual, você será levado ao seu
de shell. A que trabalharemos aqui é chamada bash shell, muito diretório home.
comum no mundo Linux. E para saber o que há no diretório atual? Use o comando “ls”.
Há muitas formas de usar a shell. As três mais comuns são o Ele lista os arquivos, e você ainda pode usar algumas opções úteis.
prompt, a janela do terminal e o terminal virtual. A opção -l inclui um conjunto detalhado de informações de cada ar-
Se o seu Linux não tiver interface gráfica ou se ela não estiver quivo, a opção -s inclui o tamanho do arquivo - mas é melhor acres-
funcionando no momento, você verá o prompt após o login. Se você centar a opção h para tornar o tamanho compreensível:
já usou o DOS, parece com isso. E teclar comandos no prompt é a $ ls -sh
forma de interagir com a máquina.
O prompt padrão para um usuário ‘normal’ é um símbolo de No exemplo acima os arquivos serão listados e será dado o ta-
moeda: manho de cada arquivo no formato normal: Kbytes e Mbytes.
Algo importante a lembrar sobre Linux é que além de ser um
$
sistema multiusuário ele também é multitarefa. Quando falamos
‘multitarefa’ significa que vários programas podem estar rodando
O prompt padrão para um superusuário (root, aquele com per-
ao mesmo tempo. Cada exemplar de um programa que está rodan-
missão para ‘tudo’ no sistema) é uma cerquilha (jogo da velha):
do é chamado de ‘processo’. Você pode listar os processos que es-
#
tão rodando, assim monitorando o sistema e parando processos, se
necessário.
Na maioria dos sistemas Linux os símbolos $ e # são antecedi-
Para saber quais processos estão rodando, os recursos utiliza-
dos pelo username do usuário, o nome da máquina e o diretório
dos e qual o usuário ‘dono’ do processo, use o comando ps:
onde você se encontra. Pode-se mudar o prompt para mostrar o $ ps -ax
que você quiser.
Há uma infinidade de coisas a fazer no prompt, mas começare- Para sair da shell, simplesmente digite exit e tecle ENTER:
mos com apenas alguns comandos simples. $ exit
Usando uma janela de terminal Lembre-se também que a grande maioria dos comandos pos-
A maioria das distros incluem um painel no botão que inicia suem opções, as quais alteram o comportamento do comando (por
um terminal virtual, onde você pode usar a shell. Terminal virtual é exemplo, temos o caso visto acima do comando ‘ls’). Você encontra-
uma forma de ter shells fora do ambiente gráfico. Você tem a ‘sen- rá muitos comandos no diretório ‘/bin’. Use o comando ls para ver
sação’ que está usando uma outra máquina, sem ambiente gráfico. uma lista de tais comandos:
E a maioria das distros disponibiliza tais terminais virtuais. $ ls /bin
Pressione Ctrl+Alt+F1 e você estará no primeiro terminal virtu-
al. Pressione Ctrl+Alt+F2 e estará no segundo terminal virtual e as- Depois disso, use o comando ‘man’ para ver o que cada coman-
sim por diante até Ctrl+Alt+F6. Para voltar para o ambiente gráfico, do realiza. O comando man mostra a página de manual do comando
pressione Ctrl+Alt+F7. desejado:
Quando você ‘entrar’ no sistema, estará no seu diretório / $ man comando
home, ou seja, /home/usuário. Se pedir para abrir algum arquivo
ou salvá-lo, a shell usará o diretório atual como referência. Qual- No exemplo acima, você seria levado para a página manual do
quer opção diferente disto, deve ser explicitamente indicada. comando ‘comando’.
Para ver em qual o diretório você está trabalhando atualmente, É claro que aqui falamos apenas de alguns comandos muito
tecle o comando pwd: simples que você pode usar. Existem centenas de comandos dispo-
$ pwd níveis, alguns mais úteis ou comuns, outros nem tão conhecidos.
/etc Aqui, apenas buscamos familiarizá-lo com o uso dos comandos.

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Usando o shell no Linux - Veja o PATH:


Existem algumas coisas que podem ser ‘acrescentadas’ aos co- Digite ‘echo $PATH’. Você verá uma lista dos diretórios conten-
mandos para alterar sua funcionalidade. Na shell, além dos coman- do comandos que estão acessíveis a você. Listando os comandos
dos você pode utilizar: nesses diretórios (usando o comando ls, por exemplo), veremos os
comandos mais comuns no Linux.
Opções
Muitos comandos possuem (geralmente várias) opções dispo- - Use o comando ‘help’:
níveis. Tais opções normalmente são indicadas por letras. Podemos Alguns comandos estão ‘dentro’ da Shell, assim você não o verá
inclusive combinar diversas opções ao usar um comando. Já vimos nos diretórios quando fizer como acima. O comando “help” lista es-
isso no artigo anterior desta série, quando usamos o comando ls: ses comandos e mostra opções disponíveis para cada um deles. Di-
$ ls -sh gite ‘help | less’ para ver com mais calma.

O comando acima exibirá o conteúdo do diretório atual junta- - Use - help:


mente com o tamanho em forma ‘humanamente compreensível’ Muitos comandos incluem a opção ‘--help’ para disponibilizar
(daí a opção ‘h’, que indica ‘human’). informação sobre o uso do comando. Por exemplo, digite ‘cp --help
Quando a opção é indicada por uma palavra e não uma letra, | less’, e verá informações sobre o comando ‘cp’.
é comum ser precedida por dois ‘traços’ em vez de um. Por exem-
plo, a opção “help” disponível em muitos comandos deve ser usada - Use o comando ‘man’:
assim: Para aprender sobre um comando específico, digite:
$ comando --help $ man comando

Argumentos No acima, substitua ‘comando’ pelo comando que deseja obter


Muitos comandos também aceitam argumentos. Um argumen- informações.
to é uma informação extra, como o nome de um arquivo a ser usado
pelo comando, por exemplo, se você usar: - Use o comando ‘info’:
$ cat /home/fulano/agenda O comando ‘info’ é outra forma para obter informação sobre
comandos da shell. Este comando mode ‘mover-se’ entre uma hie-
Verá na tela o conteúdo arquivo ‘agenda’, que está no diretório rarquia de nós para encontrar informação sobre comandos e outros
/home/fulano. Neste exemplo, ‘/home/fulano/agenda’ é o argu- itens. Só um lembrete: nem todos os comandos possuem informa-
mento. ção sob o comando ‘info’.
Se você logar como usuário root, outros comandos estarão dis-
Variáveis locais poníveis. Portanto, se usar ‘echo $PATH’, mais alguns outros diretó-
A shell pode guardar informações a fim de serem usadas pelo rios surgirão como resultado.
usuário naquela sessão. Chamamos a tais de ‘variáveis de ambien- Para saber ‘onde’ se encontra um comando, faça:
te’. Mais à frente falaremos com mais profundidade sobre este $ type comando
tema.
O comando ‘type’ mostrará a localização do comando ‘coman-
Metacarateres do’.
Estes são caracteres com significado especial para a shell. Eles Veja um exemplo simples, mas interessante, do uso daquilo
podem ser usados para direcionar a saída de um comando para um que já aprendemos até agora.
arquivo (>), enviar a saída de um comando para outro comando (|), Digite na shell conforme abaixo (e tecle ENTER no fim):
e rodar um comando no background (&), entre outros. $ ls /home/usuário/musicas | sort -f | less
Outra característica interessante da shell é a capacidade de
guardar um ‘histórico’ dos últimos comandos listados. Isto facilita A linha de comando acima lista o conteúdo do diretório /home/
o nosso trabalho, pois comandos que usamos frequentemente não usuário/musicas (ls), ordena em ordem alfabética (sort -f), e envia
precisam ser digitados. tal saída para o comando ‘less’. O comando ‘less’ mostra a primeira
página da saída, e depois você pode ver o restante linha por linha
Rodando comandos (pressionando ENTER) ou uma página por vez (pressionando a BAR-
Quando você usa a shell pela primeira vez, talvez fique um pou- RA DE ESPAÇO).
co intimidado se havia o hábito 100% com o ambiente gráfico do Mas e se você agora quiser ver o conteúdo do diretório /home/
Windows. Afinal, tudo que vemos é o prompt. Como saber quais usuário? Não é preciso digitar tudo novamente. A shell possui o re-
os comandos disponíveis e úteis? E como usá-los? Na verdade, a curso de histórico dos comandos usados. O que você precisa fazer
situação é melhor do que parece. é:
Há muita ajuda disponível e abaixo seguem alguns ‘locais’ onde Usar as teclas de direção (para cima ou para baixo) para ver as
procurar adicionais ao que veremos aqui. linhas digitadas e que estão na lista de histórico da shell. Quando
chegar na linha desejada, use novamente as teclas de direção (di-
reita e esquerda) até alcançar a posição da terceira ‘/’. Então é só
deletar a expressão ‘musicas’. Tecle ENTER, e verá uma nova saída,
porém agora mostrando o conteúdo do diretório ‘/home/usuário’.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Edição e conexão de comandos Este comando lista o conteúdo do arquivo ‘/home/usuário/li-


Para acelerar o uso, a shell possui uma característica muito útil: vros’ e conecta/envia sua saída para o comando ‘sort’. O comando
ela completa expressões parcialmente digitadas. Para usar tal recur- sort toma a lista de livros deste arquivo e analisa cada linha, pas-
so, digite as primeiras letras e então pressione Tab. Alguns termos sando a organizar alfabeticamente pelo início de cada linha. Então
que a shell completa para você são: tal saída é conectada/enviada para o comando ‘less’ (como já vimos
- Variáveis de ambiente: se um texto que você digitou começa em artigos anteriores, permite lermos o resultado uma página por
com o símbolo $, a shell completa o texto com a variável de ambien- vez).
te da shell atual.
- Username: se o texto digitado começa com um ~, a shell com- Comandos em sequência
pleta com um username (nome de usuário). Algumas vezes você vai desejar que uma sequência de coman-
- Comando ou função: se o texto começa com caracteres regu- dos seja executada, um por vez, numa determinada ordem. Pode-se
lares, a shell tenta completar o texto com um nome de comando, fazer isso por digitar os diversos comandos na mesma linha e sepa-
alias ou função (falaremos sobre alias mais à frente). rando-os por ponto e vírgula (;). Veja um exemplo:
- Host name: se o texto que você digitou inicia com @, a shell $ date ; ls -sh | less
completa o texto com um host name vindo do arquivo /etc/host.
No exemplo acima, primeiro é impresso na tela a data (date),
É claro que haverá ocasiões que várias opções estão disponíveis depois é listado o conteúdo do diretório atual, juntamente com o
para completar o texto parcial. Se você quiser ver as opções antes tamanho de cada item (-sh), e a saída de tal listagem é enviada para
de tentar expandi-lo, use a combinação ESC+? (ou seja, a tecla ESC o comando ‘less’, para ser vista uma página por vez.
e a tecla ? ao mesmo tempo). Tente o seguinte e veja o resultado:
$ echo $P (tecle ESC+? agora) Comandos no background
Alguns comandos podem demorar para realizar a tarefa que
você pediu. Nestes casos você possivelmente não vai querer ficar
Usando o histórico da shell
sentado em frente ao computador, esperando. Então podemos ter
Já vimos o recurso de histórico da shell. Vamos aprender um
nossos comandos rodando no ‘background’, rodando ‘por trás’, sem
pouco mais sobre ele agora.
vermos seus efeitos diretamente na tela. Fazemos isso por usar o
Depois de digitar uma linha com comandos, toda essa linha é
símbolo ‘&’.
salva no histórico de sua shell. A lista é guardada em um arquivo de Comandos para formatar texto são exemplos comuns dos ca-
histórico, de onde qualquer comando pode ser chamado novamen- sos onde você vai querer rodar em background. Também é possível
te para o uso. Depois que é chamado novamente, a linha pode ser criar scripts, algo como miniprogramas para rodar em background
modificada à vontade. e checar continuamente certos eventos, como se o HD está lotado,
Para ver a lista de histórico, use o comando ‘history’. Digite este ou se um usuário em particular está logado.
comando sem opções, ou pode também ser seguido por um núme- Eis um exemplo de execução de uma linha de comando em ba-
ro - isto determina quantas linhas mais recentes serão listadas. ckground:
Existem várias formas de trabalhar com tal histórico. Uma delas $ latex principal.tex &
é usar o comando ‘fc’. Digite fc seguido pela linha do histórico visto
quando se efetua a ação descrita acima - 164 por exemplo. Então, Explicando a linha acima: latex é uma linguagem poderosa para
a linha de comando é aberta em um editor de texto. Faça as mu- editoração; ‘principal.tex’ é o arquivo usado no exemplo para gerar
danças que achar necessário, e quando fechar o editor de texto, o um longo livro de centenas e centenas de páginas, tomando certo
comando rodará. tempo, dependendo da configuração da máquina. No fim da sen-
Você também pode usar um intervalo de linhas com o coman- tença, ‘&’ é usado para indicar que a linha de comando deve ser
do ‘fc’. Por exemplo, ‘fc 251 260’. Fazendo isso, todas as linhas apa- executada em background. Pronto! Após clicar ENTER, o prompt
recerão no editor, e após as alterações, feche o editor e veja todas já estará disponível para você novamente, enquanto a linha de co-
as linhas serão executadas uma a uma. mando está sendo executado no background.

Conectando comandos Usando expressões aritméticas


Uma característica poderosa da shell é a capacidade de redire- Pode acontecer de você desejar passar resultados de expres-
cionar a saída e entrada de dados de um comando para outros co- sões numéricas para um comando. Há duas formas para isso:
mandos ou arquivos. Para permitir que comandos sejam ‘enviados’ $ [expressão]
para outros comandos, a shell usa os metacaracteres. ou então:
Como dito anteriormente, um metacaracter é um caracter digi- $(expressão)
tado normalmente, mas que possui significado especial para a shell.
Como exemplo, veja:
O metacaracter pipe (|) conecta a saída de um comando para a
$ echo “O Brasil foi descoberto há $[2007-1500] anos.”
entrada de outro. Isto permite que você tenha um comando traba-
lhando com dados e então tenha outro comando trabalhando com
O Brasil foi descoberto há 507 anos.
os resultados desta atividade. Veja um exemplo de uma linha de Note que a shell inicialmente calcula a expressão e após passa
comando usando pipe: o resultado para o comando ‘echo’.
$ cat /home/usuário/livros | sort | less Veja outro exemplo:
$ echo “Nessa escola há (ls | wc -w) alunos”
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Nesse exemplo, o conteúdo do diretório é listado, conta-se quantos termos surgem e o resultado é enviado para o comando ‘echo’.

Expandindo variáveis de ambiente


Variáveis de ambiente que guardam informação na shell podem ser expandidas usando o metacaracter ‘$’. Quando expandimos uma
variável de ambiente em uma linha de comando, é usado o conteúdo da variável e não o nome da variável em si. Por exemplo:
$ ls -l $PATH

Por usar $PATH como argumento, a saída do comando usa o conteúdo da variável PATH.

Alterando seu shell


Podemos alterar a shell de modo que trabalhe para nós mais eficientemente. O prompt, por exemplo, pode dar informações impor-
tantes cada vez que teclamos ENTER. Para as alterações funcionarem todas as vezes que iniciamos a shell, vamos adicionar as informações
para os arquivos de configuração da shell.
Muitos arquivos se referem ao comportamento da shell. Alguns destes são executados por todos os usuários e por todas as shells,
enquanto outros são criados especificamente para determinado usuário.
Veja a seguir alguns itens para adicionar aos seus arquivos de configuração. Em vários casos iremos adicionar certos valores ao arquivo
‘.bashrc’ em nosso diretório home. No entanto, se você é o administrador do sistema, pode querer alterar certos comportamentos para
todos os usuários Linux.

Alterando o prompt
O prompt é um conjunto de caracteres que aparece todas as vezes que a shell está disponível para aceitar uma linha de comando. A
variável de ambiente PS1 determina o que contém o prompt. Se a sua shell requerer entradas adicionais, usará os valores PS2, PS3 e PS4.
Podemos usar vários caracteres especiais para incluir diferentes informações no prompt. Veja alguns exemplos (se você estiver usando
a shell bash, veja ‘man bash’).
\! Mostra o número do comando no histórico da shell.
\$ Mostra o prompt de usuário ($) ou o prompt de root(#), dependendo do usuário atual.
\w Mostra o caminho completo do diretório de trabalho atual.
\W Mostra APENAS o diretório de trabalho atual. Por exemplo, se você estiver no diretório /home/pedro/musicas, mostrará apenas
‘musicas’.
\d Mostra o dia da semana, o mês e o dia do mês. Por exemplo: Mon Fev 8.
\t Mostra a hora no formato ‘hora:minuto:segundo’.
\u Mostra o username do usuário atual.

Para tornar as mudanças permanentes devemos adicionar o valor da variável PS1 ao arquivo ‘.bashrc’ no nosso diretório home. Note
que haverá um valor já estabelecido para a variável PS1, e você deve alterá-lo. Muitas outras alterações podem ser feitas.

Criar variáveis
Podemos criar variáveis de ambiente para diminuir nosso trabalho. Escolha qualquer nome que não seja usado ainda como variável.
Por exemplo, se você usa muito os arquivos no diretório /graduacao/exatas/arquivos/info/bio, poderia fazer:
$ B=/graduacao/exatas/arquivos/info/bio ; export B

Agora, para ir para o diretório mencionado, basta digitar ‘cd $B’. Para rodar um programa chamado ‘resumo’ neste diretório, basta
digitar $B/resumo.

Ambiente Gráfico

Algo que pode a princípio incomodar algumas pessoas, mas, com o passar do tempo, a tendência é se acostumar. Do que estou
falando? Simples: falo de opções. É isso aí. No Linux, não existe um só ambiente gráfico. Existem dezenas. É certo que, na maioria das
distribuições reinam soberanos o KDE e o GNOME. Mas há outras opções, mais leves, e igualmente eficientes. Neste curso, estudaremos o
ambiente KDE, uma vez que é a interface que mais se desenvolveu durante todos os anos de vida do Linux.

KDE
Significa basicamente, K Desktop Enviroment. O K não tem função especial, a não ser por ser a letra que vem imediatamente antes de
L, de Linux. Tem amplo suporte a temas, além de diversos aplicativos escritos especialmente para ele. Ele é mais ou menos assim:

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O tema, como se pode observar, é retratando o ambiente do Windows XP.

Muitos preferem utilizar este tema, com o intuito de não ser traumática a migração do Windows para o Linux. Para quem já tem
familiaridade com o sistema Linux, pode parecer uma aberração, ou mesmo uma afronta. Mas, no intuito de facilitar a vida dos usuários
Windows, tal concepção se faz presente no Desktop de vários usuários.
Como se pode perceber, assim como no Windows, o KDE possui uma barra onde ficam alojadas o menu (iniciar no Windows), e que
pode variar de diversas maneiras no KDE:

Note que o primeiro ícone à esquerda, representa o menu, de onde se podem acessar diversas aplicações:

A partir deste menu, pode-se acessar diversos submenus que nos remete a outras aplicações, todas inseridas dentro de um mesmo
contexto. Por exemplo, o submenu multimídia nos possibilita encontrar diversos programas de áudio e de vídeo. O submenu internet nos
possibilita encontrar programas para acesso à internet, como discador, browser, bate-papo, etc.

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Notem-se, também, na barra inferior do lado direito, diversos ícones junto ao relógio. Vários aplicativos se utilizam destes pequenos
ícones para executar diversas tarefas, assim que forem clicados. Com certeza, quem já se utiliza do Windows tem costume com tais ícones.
Assim como no Windows, a barra inferior não é fixa, podendo variar de tamanho e posição.
A flexibilidade é tamanha, que, dependendo da configuração, teremos um desktop semelhante ao Windows ou mesmo ao Macintosh.
Veja um exemplo:

Conforme a vontade do dono é possível transformar radicalmente o visual. No próximo item, iremos conhecer o responsável por tanta
mudança. É o Centro de Controle do KDE.

Centro de controle do KDE


Não é tão semelhante quanto ao já manjado Painel de Controle do Windows, mas é também tão intuitivo quanto. O motivo, é que o
Centro de Controle do KDE possui muitas, mas muitas opções mesmo. Tantas, que trataremos aqui somente das mais relevantes.

- Visão geral
O Centro de Controle do KDE, ao ser iniciado pela primeira vez, tem seguinte aparência:

Vale lembrar que, esta imagem foi conseguida levando-se em considerações os temas que foram aplicados no ambiente. Os ícones,
por exemplo, são do Mac OS X, e não os que vem por padrão no Conectiva. Porém, a descrição dos atalhos permanece a mesma. Portanto,
vejamos: o primeiro item nos remete à administração do sistema. Ao clicar nesse item, abrir-se-á nova coluna de ícones, assim:

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Estes caminhos informam ao sistema onde estão localizados, respectivamente: A área de trabalho, a lixeira, o diretório onde estarão
os atalhos para os programas que deverão iniciar automaticamente e, é claro, o caminho que o KDE irá procurar os documentos salvos
(arquivos de texto, planilhas, desenhos, etc.). Este último servirá, a priori, para os programas que forem gerados por softwares que o KDE
reconheça, ou seja, extensões que, como no Windows, possam ser abertas diretamente pelo navegador de arquivos.

O segundo item é algo bem particular, que não está presente em todas as distribuições do Linux; trata-se de configuração do laptop
Sony Vaio, aliás, uma das empresas que reconhecem a importância do Linux como alternativa para desktop.

Logo após, vem o item que permite ao usuário fazer duas alterações: mudar o nome real com o qual foi cadastrado e a senha de acesso
ao sistema.

O item data e hora, geralmente são utilizados para se fazer a alteração da hora do computador.
Só poderá ser feito pelo root (usuário administrador).

Mas não é necessário se fazer o logon como root para isto. Basta selecionar o botão “modo administrador”, conforme ilustração
abaixo:

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Só faça isso se souber a senha do root, pois senão o acesso será negado.
O gerenciador de inicialização, como grande parte dos recursos dessa seção, também só é acessada pelo root. Serve para se definir
a inicialização padrão do sistema. O Lilo é o gerenciador padrão de boot da grande maioria das distros, porém, no caso do Conectiva, por
exemplo, o padrão é o Grub, outro gerenciador de inicialização bastante popular.

O gerenciador de login, é o utilitário do KDE para o XDM, responsável por prover o login de diferentes usuários ao sistema gráfico. É
bastante flexível, podendo ser facilmente alterado.
Como os demais, a sua configuração é feita pelo root.

O item “instalador de fontes” serve para adicionar novas fontes ao sistema. Assim, é possível utilizar as fontes do Windows, caso o
tenha instalado em sua máquina, ou mesmo novas fontes. Lembre-se que também as fontes têm direitos autorais, e não podem ser adi-
cionadas indiscriminadamente. Procure saber a origem das fontes que você instala em seu micro, caso não queira ser alvo de um processo
por uso indevido de imagem.

Para usuários avançados, que entendem de programação e sabem exatamente como a sua máquina se comporta, é possível fazer
recompilar o Kernel (núcleo do sistema operacional), para evitar um processamento desnecessário, uma vez que o Kernel não precisará
carregar módulos desnecessários para a memória, tornando o sistema mais ágil.

Quanto à última opção... Bom, digamos que a finalidade é proporcionar uma busca mais detalhada do que se está procurando. Por
exemplo, você pode procurar por uma determinada imagem, informando uma imagem similar como exemplo. O KDE irá procurar uma
imagem similar, ou seja, a procura é feita pelo conteúdo, e não só pelo título da imagem.

NAUTILUS

Gerenciador de arquivos
Um gerenciador de arquivos é um programa de computador usado para criar e organizar arquivos e diretórios (ou pastas) em um
sistema operacional.
Ou seja, é utilizado para a cópia, exclusão e movimentação de arquivos, no disco rígido, em CDs, DVDs, pen drives, cartões magnéticos
e, também, em outros computadores na rede local, podendo também ser utilizado para a instalação de programas. 

Funções
Existem muitos desses softwares gerenciadores. No Ubuntu, com a interface GNOME, encontra-se o Nautilus, que é um programa
simples e de código aberto.
Ele é iniciado sempre que se abre alguma localidade no computador (Diretórios, Discos etc.) e assim, para abrir o Nautilus deve-se
clicar no painel superior em “Locais” - “Pasta Pessoal” (Home)
Para facilitar, o programa é executado automaticamente pelo sistema, quando algum periférico de armazenamento é conectado, tal
como como pen drives, HDs externos, câmera digital, ou quando se coloca um CD ou DVD no drive de leitura.
O Nautilus possibilita organizar arquivos em pastas e executar tarefas, como:
Criar e exibir pastas e documentos. Organizar arquivos em pastas e salvá-los, copiar e mover pastas e arquivos, executar programas,
abrir arquivos, por meio dos programas associados a tipos de arquivos, pesquisar e gerenciar arquivos, abrir locais especiais no computa-
dor: Acessar a rede local e salvar os arquivos, gravar dados para CDs ou DVDs. 

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Aparência
Após clicar em “Locais” - “Pasta Pessoal” (Home), surge o Nautilus:

Nota-se que a janela está dividida em três partes, cuja exibição ou não, pode ser controlada em:
Clicar em “Ver” - “Barra...” ou “Painel...”A parte superior, onde se encontram:
- Menu;
- Painel de ícones de navegação: voltar, avançar, cima, início etc.

A parte esquerda, o painel lateral, onde aparecem as unidades de disco (“drives”) existentes, disco rígido, CD/DVD, pen drive, lixeira,
e também, vários diretórios.
A parte centro-direita, onde aparecem os arquivos, pastas e subpastas.

Usando o Nautilus
Para chegar às funções do programa, acessa-se vários submenus, por meio de:
Mouse: colocar a seta do mouse sobre o item desejado e clicar uma vez com o botão esquerdo. Aparecerá um submenu, com a lista-
gem das opções existentes ou
Teclado: pressionar e segurar a tecla [Alt] em conjunto com a letra que estiver sublinhada no menu desejado:
A para Arquivo, E para Editar, V para Ver etc... 

Visualizando arquivos e diretórios


A exibição de arquivos pode ser mais ou menos detalhada, por meio de listas ou ícones. Opções do programa permitem escolher quais
informações serão exibidas na listagem de arquivos, como nome, tamanho, tipo, data de modificação, etc.
Ao clicar no menu Ver, nota-se que os arquivos podem ser exibidos de diversas maneiras:
Ícones - aparecem figuras relativamente grandes e os nomes de cada pasta e/ou arquivo existente;
Compacta - surgem figuras menores e, também, os nomes de cada pasta e/ou arquivo;
Lista - lista o nome, tamanho, tipo e última data em que o arquivo foi modificado. É a opção que mostra mais informações sobre os
arquivos.
É importante notar que quando se clica sobre um drive ou pasta, se houver conteúdo interno, ou seja, arquivos ou subpastas, apare-
cerá imediatamente sob o local clicado.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Colocando ordem na bagunça: como ordenar os arquivos


Após termos um grande número de arquivos no computador pode tornar-se necessária algum tipo de ordenação para podermos
encontrar da informação desejada.

Se a opção Lista estiver em uso pode-se ordenar os arquivos, usando outro procedimento.


Clicar diretamente sobre cada palavra: Nome, Tamanho, Tipo ou data de modificação, na parte superior do lado direito.

Notar que um clique causa a ordenação dos arquivos, em ordem ascendente. Após uma pequena pausa, um segundo clique os ordena
de forma descendente. Assim pode-se escolher como se deseja ver.

Algumas configurações do Nautilus


É possível configurar as preferências para visualizar os arquivos.
Clicar no Menu “Ver” - “Colunas visíveis” e escolher as colunas que devem aparecer. Depois, clicando nos botões “Subir” e “Descer”
determinar a ordem em que elas aparecerão.

- Manipulação de arquivos
- Como selecionar
- Lembre-se: Quando se lê: um “clique”, usa-se sempre o botão esquerdo do mouse, que deverá ser apertado e imediatamente solto.

- Um arquivo 
- Clique-o.

- Vários arquivos em ordem sequencial 


- Clique o primeiro, mantendo a tecla “shift” pressionada. 
- Clique o último arquivo desejado.
- Também pode-se selecionar vários arquivos de uma vez se for clicando neles com a tecla Crtl apertada.

- Arquivos alternados 
- Clique o primeiro, mantendo a tecla [Ctrl] - control pressionada.
- Clique os demais arquivos. (Um depois do outro, sem arrastar o mouse).

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- Como Copiar/Mover/Desfazer/Refazer

Um modo muito rápido de realizar algumas funções é dado por teclas de atalho do teclado. Assim, pode-se usar o teclado para realizar
estas tarefas (recortar, copiar, colar, etc.).
- Copiar = [Ctrl] C
- Colar = [Ctrl] V
- Recortar = [Ctrl] X
- Selecionar Tudo = [Ctrl] A

Outras maneiras de Copiar/Mover


Podem ser abertas duas janelas do Nautilus. Ajuste-as para que sejam visualizadas ao mesmo tempo, uma na metade superior da tela,
e outra, na metade inferior da tela, focalizando a pasta de destino.
Para copiar / mover um objeto entre as janelas pode-se, também, arrastar o objeto, ou seja, selecioná-lo e manter o botão direito do
mouse pressionado. Note que quando se chega ao lugar onde se quer copiar ou mover, o botão deve ser solto.
Quando se solta o botão, aparece um menu de opções que permite escolher entre mover ou apenas copiar e, eventualmente, criar
atalhos. Usa-se o botão direito também para criar novas pastas. 

Manipulação de diretórios (pastas)


São usadas para organizar os arquivos, possibilitando dar ordem no drive. 

- Pastas: como criar


- Abrir o Nautilus.
- Acessar o menu “Arquivos” - “Criar Pasta” .

- Pastas: como excluir


- Selecione a(s) pasta(s) desejada(s).
- Pressione a tecla “delete”.

- Espaço ocupado em Discos/Pastas


Permite saber qual é o espaço ocupado por um drive, diretório ou arquivo:
- Clicar com o botão direito do mouse não local desejado (drive, diretório, arquivo) .
- Clicar em Propriedades.
- Aparecem as informações: quantos itens existentes, qual o espaço ocupado e o espaço livre.

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Abaixo está o conteúdo da aba “Básico” sobre uma pequena


pasta.
EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AM-
BIENTES MICROSOFT OFFICE - WORD, EXCEL E POWER-
POINT - VERSÃO O365)

Microsoft Office

A figura seguinte, também mostra o conteúdo da aba “Básico”


sobre um arquivo.

O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para


uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos –
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações –
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum:

Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.

• Área de trabalho do Word


Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo
com a necessidade.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

• Iniciando um novo documento


Aumenta / diminui tamanho

Recursos automáticos de caixa-altas


e baixas

Limpa a formatação

• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma:

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do


Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas. Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar
diferentes tipos de marcadores automáticos:
• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA TECLA DE • Outros Recursos interessantes:


ALINHAMENTO
INICIAL ATALHO
Justificar (arruma a direito GUIA ÍCONE FUNÇÃO
e a esquerda de acordo Ctrl + J - Mudar Forma
com a margem - Mudar cor de
Página inicial Fundo
Alinhamento à direita Ctrl + G
- Mudar cor do
texto
Centralizar o texto Ctrl + E

Alinhamento à esquerda Ctrl + Q - Inserir Tabelas


Inserir
- Inserir Imagens
• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos
de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
Verificação e cor-
se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto- Revisão
reção ortográfica
máticos.

Arquivo Salvar

GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO Excel


O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
Tipo de letra culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
a dia do uso pessoal e empresarial.
Tamanho São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
– Planilha de custos.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au- • Formatação células
tomaticamente.

• Mas como é uma planilha de cálculo?


– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são
calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es-
pecíficas do aplicativo.
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )

• Fórmulas básicas

ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
– Podemos também ter o intervalo A1..B3 SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)

• Fórmulas de comum interesse

MÉDIA (em um intervalo de


=MEDIA(célula X:célulaY)
células)
MÁXIMA (em um intervalo
=MAX(célula X:célulaY)
de células)
MÍNIMA (em um intervalo
=MIN(célula X:célulaY)
de células)
– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé-
lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de PowerPoint
uma planilha. O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta-
ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série
de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui
veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre- Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários
ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe-
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho.
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor. apresentado anteriormente.

Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo


tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint,
o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro
no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópi- slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se
co referente ao Word, itens de formatação básica de texto como: fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de
alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e uma posição para outra utilizando o mouse.
recursos gerais.
Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados
a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas
trabalho com o programa. para passagem entre elementos das apresentações.

Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre-


sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito.

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Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade – É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes-
vando a experiência dos usuários a outro nível. quisa inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de to-
Office 2013 que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar a digitação de equações.
a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível
nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque • Atualizações no Excel
(TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen- – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
tos com telas simples funciona normalmente. riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó-
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po- questão do compartilhamento dos arquivos.
dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smar-
tfones diversos. • Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
• Atualizações no Word riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis,
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques-
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen); tão do compartilhamento dos arquivos;
– As imagens podem ser editadas dentro do documento; – O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos 3D na apresentação.
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente; Office 2019
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou-
editar PDF(s). ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em
3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí-
• Atualizações no Excel veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário • Atualizações no Word
melhores formas de apresentar dados. – Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft. desenvolvimento de documentos;

• Atualizações no PowerPoint
– O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi-
ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação
de apresentações profissionais;
– O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;

– Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o


destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa
de apresentações.

Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta-
mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que
permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um
mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer-
ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em – Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”.
smartfones de forma geral. Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos,
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os
documentos em tablets e smartfones;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.

• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de
algum mapa que deseja construir.

Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura
semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário
sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o
Word, Excel e PowerPoint.

Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me-
lhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res-
ponsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atu-
alizados.

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS, CONCEI-


TOS E MECANISMOS DE SEGURANÇA

— Confidencialidade, integridade, disponibilidade, autentici-


dade e não repúdio

1. Confidencialidade
A confidencialidade é o primeiro pilar da segurança da informa-
ção, pois garante que os dados estejam acessíveis a determinados
usuários e protegidos contra pessoas não autorizadas. É um com-
ponente essencial da privacidade, que se aplica especialmente a
dados pessoais, sensíveis, financeiros, psicográficos e outras infor-
mações sigilosas.

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Para garantir esse pilar nas suas políticas de segurança de TI, Por exemplo, seus objetivos provavelmente serão muito di-
você deve incluir medidas de proteção como controle de acesso, ferentes dos que são definidos por um vendedor de produto. Os
criptografia, senhas fortes, entre outras estratégias. Inclusive, a vendedores procuram deixar a configuração e a operação de seus
confidencialidade dos dados pessoais de usuários é um dos requisi- produtos o mais simplificado possível, o que implica que as confi-
tos centrais de conformidade com a GPDR (General Data Protection gurações default normalmente serão bastante tão abertas (e por
Regulation) e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). conseguinte inseguras) quanto possível. Se por um lado isto torna
o processo de instalação de novos produtos mais simples, também
2. Integridade deixa acessos abertos, para qualquer usuário.
A integridade na segurança da informação diz respeito à pre- Seus objetivos devem ser determinados a partir das seguintes
servação, precisão, consistência e confiabilidade dos dados durante determinantes:
todo o seu ciclo de vida.
Para erguer esse pilar em uma empresa, é preciso implementar 1. Serviços oferecidos versus Segurança fornecida - Cada ser-
mecanismos de controle para evitar que as informações sejam alte- viço oferecido para os usuários carrega seus próprios riscos de se-
radas ou deletadas por pessoas não autorizadas. Frequentemente, gurança. Para alguns serviços, o risco é superior que o benefício
a integridade dos dados é afetada por erros humanos, políticas de do mesmo, e o administrador deve optar por eliminar o serviço ao
segurança inadequadas, processos falhos e ciberataques. invés de tentar torná-lo menos inseguro.
2. Facilidade de uso versus Segurança - O sistema mais fácil
3. Disponibilidade de usar deveria permitir acesso a qualquer usuário e não exigir se-
Para que um sistema de informação seja útil, é fundamental nha, isto é, não haveria segurança. Solicitar senhas torna o sistema
que seus dados estejam disponíveis sempre que necessário. Logo, um pouco menos conveniente, mas mais seguro. Requerer senhas
a disponibilidade é mais um pilar da segurança da informação, que “one-time” geradas por dispositivos, torna o sistema ainda mais di-
garante o acesso em tempo integral (24/7) pelos usuários finais. fícil de utilizar, mas bastante mais seguro.
Para cumprir esse requisito, você precisa garantir a estabilida- 3. Custo da segurança versus o Risco da perda - Há muitos cus-
de e acesso permanente às informações dos sistemas, por meio de tos diferentes para segurança: monetário (o custo da aquisição de
processos de manutenção rápidos, eliminação de falhas de softwa- hardware e software como firewalls, e geradores de senha “one-
re, atualizações constantes e planos para administração de crises. -time”), performance (tempo cifragem e decifragem), e facilidade
Vale lembrar que os sistemas são vulneráveis a desastres natu- de uso. Há também muitos níveis de risco: perda de privacidade (a
rais, ataques de negação de serviço, blecautes, incêndios e diversas leitura de uma informação por indivíduos não autorizados), perda
de dados (corrupção ou deleção de informações), e a perda de ser-
outras ameaças que prejudicam sua disponibilidade.
viços (ocupar todo o espaço disponível em disco, impossibilidade
de acesso à rede). Cada tipo de custo deve ser contrabalançado ao
4. Autenticidade
tipo de perda.
A autenticidade é o pilar que valida a autorização do usuário
para acessar, transmitir e receber determinadas informações. Seus
Seus objetivos devem ser comunicados a todos os usuários,
mecanismos básicos são logins e senhas, mas também podem ser
pessoal operacional, e gerentes através de um conjunto de regras
utilizados recursos como a autenticação biométrica, por exemplo.
de segurança, chamado de “política de segurança”. Nós utilizamos
Esse pilar confirma a identidade dos usuários antes de liberar o
este termo ao invés de “política de segurança computacional”, uma
acesso aos sistemas e recursos, garantindo que não se passem por vez que o escopo inclui todos os tipos de tecnologias de informação
terceiros. e informações armazenadas e manipuladas pela tecnologia.
5. Irretratabilidade Definição de uma política de segurança
Também chamado de “não repúdio”, do inglês non-repudia- Uma política de segurança é a expressão formal das regras pe-
tion, esse pilar é inspirado no princípio jurídico da irretratabilidade. las quais é fornecido acesso aos recursos tecnológicos da empresa.
Esse pilar garante que uma pessoa ou entidade não possa negar a
autoria da informação fornecida, como no caso do uso de certifi- Propósitos de uma política de segurança
cados digitais para transações online e assinatura de documentos O principal propósito de uma política de segurança é informar
eletrônicos. Na gestão da segurança da informação, isso significa aos usuários, equipe e gerentes, as suas obrigações para a proteção
ser capaz de provar o que foi feito, quem fez e quando fez em um da tecnologia e do acesso à informação. A política deve especificar
sistema, impossibilitando a negação das ações dos usuários. os mecanismos através dos quais estes requisitos podem ser alcan-
çados. Outro propósito é oferecer um ponto de referência a partir
— Políticas de segurança do qual se possa adquirir, configurar e auditar sistemas computacio-
As decisões que você como administrador toma ou deixa de nais e redes, para que sejam adequados aos requisitos propostos.
tomar, relacionadas à segurança, irão determinar quão segura ou Portanto, uma tentativa de utilizar um conjunto de ferramentas de
insegura é a sua rede, quantas funcionalidades ela irá oferecer, e segurança na ausência de pelo menos uma política de segurança
qual será a facilidade de utilizá-la. No entanto, você não consegue implícita não faz sentido.
tomar boas decisões sobre segurança, sem antes determinar quais
são as suas metas de segurança. Até que você determine quais se-
jam elas, você não poderá fazer uso efetivo de qualquer coleção
de ferramentas de segurança pois você simplesmente não saberá o
que checar e quais restrições impor.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Uma política de uso apropriado (Appropriate - ou Acceptable 3. Uma política de acesso que define os direitos e os privilégios
- Use Policy - AUP) pode também ser parte de uma política de segu- para proteger a organização de danos, através da especificação de
rança. Ela deveria expressar o que os usuários devem e não devem linhas de conduta dos usuários, pessoal e gerentes. Ela deve ofe-
fazer em relação aos diversos componentes do sistema, incluindo recer linhas de condutas para conexões externas, comunicação de
o tipo de tráfego permitido nas redes. A AUP deve ser tão explícita dados, conexão de dispositivos a uma rede, adição de novos sof-
quanto possível para evitar ambiguidades ou maus entendimentos. twares, etc. Também deve especificar quaisquer mensagens de no-
Por exemplo, uma AUP pode lista newsgroups USENET proibidos. tificação requeridas (por exemplo, mensagens de conexão devem
oferecer aviso sobre o uso autorizado, e monitoração de linha, e
Quem deve ser envolvido na formulação da política? não simplesmente “welcome”.
Para que uma política de segurança se torne apropriada e efe- 4. Uma política de contabilidade que defina as responsabilida-
tiva, ela deve ter a aceitação e o suporte de todos os níveis de em- des dos usuários. Deve especificar a capacidade de auditoria, e ofe-
pregados dentro da organização. É especialmente importante que recer a conduta no caso de incidentes (por exemplo, o que fazer e a
a gerência corporativa suporte de forma completa o processo da quem contactar se for detectada uma possível intromissão.
política de segurança, caso contrário haverá pouca chance que ela 5. Uma política de autenticação que estabeleça confiança atra-
tenha o impacto desejado. A seguinte lista de indivíduos deveria vés de uma política de senhas efetiva, e através da linha de conduta
estar envolvida na criação e revisão dos documentos da política de para autenticação de acessos remotos e o uso de dispositivos de
segurança: autenticação.
– O administrador de segurança do site 6. Um documento de disponibilidade que define as expectativas
– O pessoal técnico de tecnologia da informação dos usuários para a disponibilidade de recursos. Ele deve endereçar
– Os Administradores de grandes grupos de usuários dentro da aspectos como redundância e recuperação, bem como especificar
organização horários de operação e de manutenção. Ele também deve incluir
– A equipe de reação a incidentes de segurança informações para contato para relatar falhas de sistema e de rede.
– Os Representantes de grupos de usuários afetados pela polí- 7. Um sistema de tecnologia de informação e política de manu-
tica de segurança tenção de rede que descreva como tanto o pessoal de manutenção
– O Conselho Legal interno como externo devem manipular e acessar a tecnologia. Um
tópico importante a ser tratado aqui é como a manutenção remota
A lista acima é representativa para muitas organizações que é permitida e como tal acesso é controlado. Outra área para consi-
tem controle acionário, mas não necessariamente para todas. A derar aqui é a terceirização e como ele é gerenciada.
ideia é trazer representações dos membros, gerentes com autori- 8. Uma política de relatório de violações que indique quais
dade sobre o orçamento e política, pessoal técnico que saiba o que os tipos de violações devem ser relatados e a quem estes relatos
pode e o que não pode ser suportado, e o conselho legal que co- devem ser feitos. Uma atmosfera de não ameaça e a possibilidade
nheça as decorrências legais das várias políticas. Em algumas orga- de denúncias anônimas irá resultar uma grande probabilidade que
nizações, pode ser apropriado incluir pessoal de auditoria. Envolver uma violação seja relatada.
este grupo é importante se as políticas resultantes deverão alcançar 9. Suporte a informação que ofereça aos usuários informações
a maior aceitabilidade possível. Também é importante mencionar para contato para cada tipo de violação; linha de conduta sobre
que o papel do conselho legal irá variar de país para país. como gerenciar consultas externas sobre um incidente de seguran-
ça, ou informação que seja considerada confidencial ou proprietá-
O que faz uma boa política de segurança? ria; referências cruzadas para procedimentos de segurança e infor-
As características de uma boa política de segurança são: mações relacionadas, tais como as políticas da companhia e leis e
1. Ela deve ser implementável através de procedimentos de regulamentações governamentais.
administração, publicação das regras de uso aceitáveis, ou outros
métodos apropriados. Pode haver requisitos regulatórios que afetem alguns aspectos
2. Ela deve ser exigida com ferramentas de segurança, onde de sua política de segurança (como a monitoração). Os criadores da
apropriado, e com sanções onde a prevenção efetiva não seja tec- política de segurança devem considerar a busca de assistência legal
nicamente possível. na criação da mesma. No mínimo, a política deve ser revisada por
3. Ela deve definir claramente as áreas de responsabilidade um conselho legal.
para os usuários, administradores e gerentes. Uma vez que a política tenha sido estabelecida ela deve ser
claramente comunicada aos usuários, pessoal e gerentes. Deve-se
Os componentes de uma boa política de segurança incluem: criar um documento que os usuários assinem, dizendo que leram,
1. Guias para a compra de tecnologia computacional que es- entenderam e concordaram com a política estabelecida. Esta é uma
pecifiquem os requisitos ou características que os produtos devem parte importante do processo. Finalmente sua política deve ser re-
possuir. visada regularmente para verificar se ela está suportando com su-
2. Uma política de privacidade que defina expectativas razoá- cesso suas necessidades de segurança.
veis de privacidade relacionadas a aspectos como a monitoração
de correio eletrônico, logs de atividades, e acesso aos arquivos dos Mantendo a política flexível
usuários. No intuito de tornar a política viável a longo prazo, é necessário
bastante flexibilidade baseada no conceito de segurança arquitetu-
ral. Uma política deve ser largamente independente de hardware e
softwares específicos. Os mecanismos para a atualização da política
devem estar claros. Isto inclui o processo e as pessoas envolvidas.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Também é importante reconhecer que há expectativas para cada regra. Sempre que possível a política deve expressar quais expecta-
tivas foram determinadas para a sua existência. Por exemplo, sob que condições um administrador de sistema tem direito a pesquisar nos
arquivos do usuário. Também pode haver casos em que múltiplos usuários terão acesso à mesma userid. Por exemplo, em sistemas com
um usuário root, múltiplos administradores de sistema talvez conheçam a senha e utilizem a conta.
Outra consideração é chamada a “Síndrome do Caminhão de Lixo”. Isto se refere ao que pode acontecer a um site se uma pessoa chave
repentinamente não esteja mais disponível para sua função (ficou doente ou deixou a companhia). Enquanto a grande segurança reside na
mínima disseminação de informação, o risco de perder informação crítica cresce quando a informação não é compartilhada. É importante
determinar qual o peso ideal desta medida em seu site.

— Políticas de classificação da informação


Toda classificação deve ser realizada no momento que a informação for gerada ou sempre que necessário em momento posterior. É
importante destacar que toda informação classificada em grau de sigilo é sigilosa, mas nem toda informação sigilosa é classificada em grau
de sigilo.
Se utilizando do SEI - Sistema Eletrônico de Informação, principal meio de tramitação de documentos no GDF, o nivelamento da clas-
sificação se apresenta da seguinte maneira:
• Público - todo o conteúdo de todos os documentos de um determinado processo são visualizados por qualquer pessoa, sendo ser-
vidor do Iprev/DF ou não.
• Restrito - o acesso ao conteúdo dos documentos em um processo é restrito às unidades, de menor hierarquia a qual a pessoa per-
tence, pelas quais esse processo tramitar, e, obviamente, à todas as pessoas que estiverem vinculadas àquelas unidades.
• Sigiloso - o acesso aos documentos e ao processo é exclusivo às pessoas a quem for atribuída permissão específica.

Vale ressaltar que, no sistema SEI, o grau de sigilo do menor elemento se sobrepõe ao maior, ou seja, mesmo se o processo for clas-
sificado como público se houver algum documento classificado como restrito ou sigiloso, todo o processo passa a ter essa classificação.
Para a realização da classificação devem ser considerados quatro aspectos importantes, os quais devem servir como norteadora. São
eles:
• Integridade – informação atualizada, completa e mantida por pessoal autorizado.
• Disponibilidade – disponibilidade constante e sempre que necessário para pessoal autorizado.
• Valor – a informação deve ter um valor agregado para a instituição.
• Confidencialidade – acesso exclusivo por pessoal autorizado.

No que tange a confidencialidade, procurando um entendimento melhor desse conceito, foi traçado um paralelo entre esse aspecto,
o grau de sigilo e o impacto causado por sua quebra, consolidado na tabela a seguir:

— Sistemas de gestão de segurança da informação


É um sistema de gestão corporativo (não necessariamente um sistema automatizado) voltado para a #Segurança da Informação, que
inclui toda a abordagem organizacional usada para proteger a informação empresarial e seus critérios de Confidencialidade, Integridade
e Disponibilidade.
O SGSI inclui estratégias, planos, políticas, medidas, controles, e diversos instrumentos usados para estabelecer, implementar, operar,
monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar a segurança da informação. 

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Escopo de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação – Definir como medir a eficácia dos controles ou grupos de
(SGSI) controles selecionados, e especificar como estas medidas devem
A norma ISO 27001 adota o modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act) ser usadas para avaliar a eficácia dos controles de modo a produzir
para descrever a estrutura de um SGSI. A imagem a seguir, junto resultados comparáveis e reproduzíveis.
com descrição de cada uma das etapas provavelmente irá ajudá-lo – Implementar programas de conscientização e treinamento.
a ganhar um pouco mais de intimidade com o conceito.   – Gerenciar as operações do SGSI.
– Gerenciar os recursos para o SGSI.
– Implementar procedimentos e outros controles capazes de
permitir a pronta detecção de eventos de segurança da informação
e resposta a incidentes de segurança da informação.
– Monitorar e analisar criticamente o SGSI
– Reúne as práticas necessárias para avaliar a eficiência e eficá-
cia do sistema de gestão e  apresentar os resultados para a análise
crítica pela direção. A política de segurança é usada para comparar
e desempenho alcançado com as diretrizes definidas. 

Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa:


– Executar procedimentos de monitoração e análise crítica
– Realizar análises críticas regulares da eficácia do SGSI (incluin-
do o atendimento da política e dos objetivos do SGSI, e a análise
crítica de controles de segurança), levando em consideração os re-
sultados de auditorias de segurança da informação, incidentes de
segurança da informação, resultados da eficácia das medições, su-
gestões e realimentação de todas as partes interessadas.
– Medir a eficácia dos controles para verificar que os requisitos
de segurança da informação foram atendidos.
Estabelecer o SGSI – Analisar criticamente as análises/avaliações de riscos a inter-
É a etapa que da vida ao SGSI. Suas atividades devem estabele- valos planejados e analisar criticamente os riscos residuais e os ní-
cer políticas, objetivos, processos e procedimentos para a gestão de veis de riscos aceitáveis identificados.
segurança da informação. São os instrumentos estratégicos funda- – Conduzir auditorias internas do SGSI a intervalos planejados.
mentais para que a organização possa integrar suas à segurança da – Realizar uma análise crítica do SGSI pela direção em bases
informação às políticas e objetivos globais da organização. regulares para assegurar que o escopo permanece adequado e que
são identificadas melhorias nos processos do SGSI.
Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa: – Atualizar os planos de segurança da informação para levar
– Definição do escopo do SGSI (a quais processos organizacio- em consideração os resultados das atividades de monitoramento e
nais, departamentos e partes interessadas se aplica). análise crítica.
– A Política do SGSI (que inclui objetivo, diretrizes, alinhamento – Registrar ações e eventos que possam ter um impacto na efi-
ao negócio, critérios de avaliação de riscos, dentre outros aspectos). cácia ou no desempenho do SGSI.
– Abordagem de gestão (a metodologia da organização utili- – Manter e melhorar continuamente o SGSI
zada para identificação, análise, avaliação e tratamento de riscos). – Executar as ações corretivas e preventivas, com base nos re-
– Objetivos de controle e controles selecionados (a empresa sultados da auditoria interna do SGSI e da análise crítica pela di-
deve declarar quais medidas foram selecionadas para tratar a segu- reção ou outra informação pertinente, para alcançar a melhoria
rança da informação). contínua do SGSI.
– Declaração de aplicabilidade (com os objetivos de controle
selecionados). Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa:
– Implementar o SGSI – Implementar as melhorias identificadas no SGSI.    
– Consiste em implementar e operar a política de segurança, – Executar as ações preventivas e corretivas apropriadas.
os controles / medidas de segurança, processos e procedimentos.  – Aplicar as lições aprendidas de experiências de segurança da
informação de outras organizações e aquelas da própria organiza-
Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa: ção.
– Formular um plano de tratamento de riscos que identifique a – Comunicar as ações e melhorias a todas as partes interes-
ação de gestão apropriada, recursos, responsabilidades e priorida- sadas com um nível de detalhe apropriado às circunstâncias e, se
des para a #Gestão de Riscos.     relevante, obter a concordância sobre como proceder.
– Implementar o plano de tratamento de riscos para alcançar – Assegurar -se de que as melhorias atinjam os objetivos pre-
os objetivos de controle identificados, que inclua considerações de tendidos. 
financiamentos e atribuição de papéis e responsabilidades.
– Implementar os controles selecionados.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

— Tratamento de incidentes de segurança da informação – Política de gestão de incidentes de segurança da informação,


Segundo CERT.br, um incidente de segurança pode ser definido sem esquecer do bom e velho comprometimento da alta direção
como qualquer evento adverso, confirmado ou sob suspeita, rela- – Políticas de #Gestão de Riscos atualizadas, sobretudo para
cionado a segurança de sistemas de computação ou de #Redes de aqueles que envolvem tecnologia (lembrando que este artigo está
Computadores. focando no processo de gestão de incidentes de SI dentro do esco-
Em geral, qualquer situação em que um ou mais ativos da infor- po de TI)
mação está(ão) sob risco, é considerado um incidente de segurança. – Fluxo de incidentes de segurança da informação
– Estabelecimento da equipe de resposta a incidentes
Objetivos do processo – Planejamento e capacitação da equipe de suporte técnico
Quem conhece a gestão de incidentes da ITIL, vai provavelmen- especializada
te familiarizar-se com os objetivos descritos a seguir. Vale observar, – Conscientização da equipe em relação a sensibilidade envol-
entretanto, que o foco em incidentes de segurança torna o proces- vida com o gerenciamento de incidentes de segurança da informa-
so mais específico e elaborado. Característica que fica ainda mais ção
clara no item 4 deste artigo (atividades do processo). – Ferramentas de #Testes e monitoramento
Outro diferenciador em comparação à gestão de incidentes – Ferramenta de registro dos incidentes e eventos
tradicional é o fato deste processo incorporar parte das atividades – Entre outros
que seriam de responsabilidade da gestão de eventos em gerencia-
mento de serviços de TI, uma vez que o próprio conceito (conforme Atividade 02- Detecção e comunicação
apresentado no item 1) define como incidente “ qualquer evento Envolve a detecção (normalmente com a ajuda de ferramentas
adverso, confirmado ou sob suspeita.” de automação), coleta de informações associadas e relatórios sobre
ocorrências de segurança da informação, vulnerabilidades de segu-
São objetivos da gestão de incidentes de SI: rança que não foram antes exploradas, assim como os incidentes
a) Garantir a detecção de eventos e tratamento adequado, so- propriamente ditos, sejam eles provocados de forma intencional ou
bretudo na categorização destes como incidentes de segurança da não intencional.
informação ou não.
b) Garantir que incidentes de segurança da informação são Atividade 03 - Avaliação e decisão
identificados, avaliados e respondidos de maneira mais adequada O principal objetivo aqui é avaliar os eventos de segurança da
possível. informação e decisão sobre se é incidente de segurança da infor-
c) Minimizar os efeitos adversos de incidentes de segurança da mação.
informação (tratando-os o mais brevemente possível). É preciso realizar uma avaliação das informações relevantes as-
d) Reportar as vulnerabilidades de segurança da informação, sociadas com a ocorrência de eventos de segurança da informação
além de tratá-las adequadamente. e classificar o evento como um incidente ou não.
e) Ajudar a prevenir futuras ocorrências, através da manuten- Perceba como a política de gestão de incidentes de seguran-
ção de uma base de lições aprendidas (algo parecido com a base ça (citada na atividade 01) é importante para prover referências na
dados de erros conhecidos). condução das sub atividades listadas a seguir, da mesma forma que
será relevante para as atividades 04 e 05.
3) Equipe de Resposta a Incidentes
Equipe de membros devidamente qualificados que lida com in- Sub atividades:
cidentes durante o seu ciclo de vida (ver item 4 deste artigo sobre o – decidir sobre a classificação (como evento ou incidente);
conceito de ciclo de vida). – utilizar bases de dados e procedimentos para investigação,
assim como manter estas bases e procedimentos atualizadas;
Pode ser abordado como um subgrupo de gestão de incidentes – avaliar a situação com base nas classificações de eventos /
com expertise em segurança da informação. Pessoas podem assu- incidentes de segurança;
mir funções em tempo integral ou parcial para o tratamento de inci- – identificação de serviços afetados;
dentes de segurança. São denominadas CSIRTs (Computer Security – mensuração dos impactos nos ativos da informação conside-
Incident Response Teams). rando os critérios da informação: confidencialidade, integridade e
disponibilidade;
4) Ciclo de vida do incidente de segurança - atividades do pro- – classificar e priorizar o incidente / evento;
cesso – realizar o escalonamento adequado;
– reportar o evento / incidente a partes interessadas;
Atividade 01 - Planejamento do Processo – atribuir as responsabilidades adequadas para o tratamento
Cuidar de incidentes “cotidianos” tais como problemas em do incidente / evento;
desktops e erros de aplicação já não é tarefa simples. Tratando-se – fornecer os procedimentos adequados a cada responsável;
de incidentes de segurança da informação, então, a primeira coisa – Outras atividades mais específicas podem ser necessárias
que imaginamos é que devem existir tarefas mais complexas que para armazenar de forma adequada evidências / provas sobre a
tratarão casos que não ocorrem a todo momento. causa do incidente (sobretudo em caso de ataques).
Instrumentos básicos que são necessários para que incidentes
se segurança sejam sanados rapidamente:

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Atividade 04 - Responder ao incidente de segurança Pouco importa se você irá trabalhar com um único processo ou
A partir deste ponto, as atividades descritas já partem do pres- com processos separados, mas recomendo que separe bem as res-
suposto de que a ocorrência foi classificada como incidente de se- ponsabilidades de quem está cuidando da recuperação do serviço
gurança e, portanto, este deve ser tratado no contexto do processo. e quem é responsável pelas atividades proativas (sobretudo citadas
nesta atividade 05). Atribuir atividades reativas e proativas a uma
Sub atividades: mesma pessoa pode não ser uma boa ideia, sobretudo em casos
– conduzir ações conforme acordado na atividade de avaliação como tratamento de incidentes.
e decisão (atividade 03 deste artigo);
– respostas a incidentes de segurança da informação, incluindo
a análise forense; PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO: CONTROLE DE
– instigar a resposta requerida, independe do responsável por DISPOSTIVOS USB, HARDENING, ANTIMALWARE E FI-
tratá-la; REWALL PESSOAL
– escalonamento para responsáveis por gestão da continuida-
de, quando o impacto da situação for percebido como desastroso;
– pode envolver posterior análise forense, se necessário; Códigos maliciosos (Malware)
– atualizar todos as partes envolvidas sobre o andamento do Códigos maliciosos (malware) são programas especificamente
tratamento do incidente; desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas
– dar continuidade a sub atividade - citada no item anterior - de em um computador9. Algumas das diversas formas como os códigos
recolhimento de provas eletrônicas e armazenada seguro destas, maliciosos podem infectar ou comprometer um computador são:
caso seja necessário para a perseguição legal ou disciplinar do au- – Pela exploração de vulnerabilidades existentes nos progra-
tor; mas instalados;
– resposta para conter e eliminar o incidente de segurança da – Pela autoexecução de mídias removíveis infectadas, como
informação; pen-drives;
– recuperar serviços impactados. – Pelo acesso a páginas Web maliciosas, utilizando navegado-
res vulneráveis;
Atividade 05 - Atualizar lições aprendidas – Pela ação direta de atacantes que, após invadirem o compu-
Ao ler as sub atividades da fase 05, espero que perceba o quan- tador, incluem arquivos contendo códigos maliciosos;
to este processo é importante para a manutenção da Gestão da SI – Pela execução de arquivos previamente infectados, obtidos
de forma adequada em sua organização. em anexos de mensagens eletrônicas, via mídias removíveis, em
páginas Web ou diretamente de outros computadores (através do
Sub atividades: compartilhamento de recursos).
– identificação das lições aprendidas;
– identificação de melhorias para a segurança da informação ; Uma vez instalados, os códigos maliciosos passam a ter acesso
– identificação de melhorias para a avaliação de riscos de segu- aos dados armazenados no computador e podem executar ações
rança da informação e os resultados das análises; em nome dos usuários, de acordo com as permissões de cada usu-
– identificação e realização de melhorias para a gestão de infor- ário.
mações de incidentes de segurança; Os principais motivos que levam um atacante a desenvolver
– identificação novos procedimentos e conhecimentos a serem e a propagar códigos maliciosos são a obtenção de vantagens fi-
adicionados às bases utilizadas pela equipe de resposta a inciden- nanceiras, a coleta de informações confidenciais, o desejo de au-
tes; topromoção e o vandalismo. Além disto, os códigos maliciosos são
– identificação de melhorias para processos, procedimentos, muitas vezes usados como intermediários e possibilitam a prática
normas e controles de maneria geral utilizados para a proteção da de golpes, a realização de ataques e a disseminação de spam (mais
informação; detalhes nos Capítulos Golpes na Internet, Ataques na Internet e
– identificação e estudo de tendências, assim como propostas Spam, respectivamente).
de eliminação das mesmas; A seguir, serão apresentados os principais tipos de códigos ma-
– comunicação a todas as partes interessadas sobre as necessi- liciosos existentes.
dades de melhorias identificadas;
– garantia de que todas as melhorias identificadas são aplica- Vírus
das. Vírus é um programa ou parte de um programa de computador,
normalmente malicioso, que se propaga inserindo cópias de si mes-
Se você está comparando esta atividade com práticas sugeridas mo e se tornando parte de outros programas e arquivos.
pelo processo de gestão de problemas da ITIL você está interpre- Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo
tando corretamente. As boas práticas em gestão de incidentes de de infecção, o vírus depende da execução do programa ou arquivo
S.I. sobrepõem-se aos processos de gerenciamento de incidentes e hospedeiro, ou seja, para que o seu computador seja infectado é
problemas da ITIL. preciso que um programa já infectado seja executado.

9 https://cartilha.cert.br/malware/
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

O principal meio de propagação de vírus costumava ser os Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de com-
disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em desuso e putadores zumbis e que permite potencializar as ações danosas
começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail. Atu- executadas pelos bots.
almente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o principal Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela
meio de propagação, não mais por disquetes, mas, principalmente, será. O atacante que a controlar, além de usá-la para seus próprios
pelo uso de pen-drives. ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou grupos que
Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer ocul- desejem que uma ação maliciosa específica seja executada.
tos, infectando arquivos do disco e executando uma série de ativi- Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas
dades sem o conhecimento do usuário. Há outros que permanecem por intermédio de botnets são: ataques de negação de serviço,
inativos durante certos períodos, entrando em atividade apenas em propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot), coleta
datas específicas. Alguns dos tipos de vírus mais comuns são: de informações de um grande número de computadores, envio de
– Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo ane- spam e camuflagem da identidade do atacante (com o uso de pro-
xo a um e-mail cujo conteúdo tenta induzir o usuário a clicar sobre xies instalados nos zumbis).
este arquivo, fazendo com que seja executado.
– Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBS- Spyware
cript e JavaScript, e recebido ao acessar uma página Web ou por Spyware é um programa projetado para monitorar as ativida-
e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail des de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros.
escrito em formato HTML. Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa, de-
– Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em pendendo de como é instalado, das ações realizadas, do tipo de
linguagem de macro, que tenta infectar arquivos manipulados por informação monitorada e do uso que é feito por quem recebe as
aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo, os que informações coletadas. Pode ser considerado de uso:
compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre ou- – Legítimo: quando instalado em um computador pessoal, pelo
tros). próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de veri-
– Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular para ficar se outras pessoas o estão utilizando de modo abusivo ou não
celular por meio da tecnologia bluetooth ou de mensagens MMS autorizado.
(Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando um usu- – Malicioso: quando executa ações que podem comprometer
ário permite o recebimento de um arquivo infectado e o executa. a privacidade do usuário e a segurança do computador, como mo-
nitorar e capturar informações referentes à navegação do usuário
Worm ou inseridas em outros programas (por exemplo, conta de usuário
Worm é um programa capaz de se propagar automaticamen- e senha).
te pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para Alguns tipos específicos de programas spyware são:
computador. – Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas
pelo usuário no teclado do computador.
Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da inclu-
– Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a po-
são de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, mas
sição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em
sim pela execução direta de suas cópias ou pela exploração auto-
que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde o
mática de vulnerabilidades existentes em programas instalados em
mouse é clicado.
computadores.
– Adware: projetado especificamente para apresentar propa-
Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos
gandas.
recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que
costumam propagar e, como consequência, podem afetar o desem-
Backdoor
penho de redes e a utilização de computadores.
Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor
a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços
Bot e botnet criados ou modificados para este fim.
Bot é um programa que dispõe de mecanismos de comunicação Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que
com o invasor que permitem que ele seja controlado remotamente. tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes,
Possui processo de infecção e propagação similar ao do worm, ou que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados
seja, é capaz de se propagar automaticamente, explorando vulne- no computador para invadi-lo.
rabilidades existentes em programas instalados em computadores. Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso fu-
A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo turo ao computador comprometido, permitindo que ele seja aces-
bot pode ocorrer via canais de IRC, servidores Web e redes do tipo sado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer nova-
P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode enviar mente aos métodos utilizados na realização da invasão ou infecção
instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como des- e, na maioria dos casos, sem que seja notado.
ferir ataques, furtar dados do computador infectado e enviar spam.
Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de Cavalo de troia (Trojan)
zumbi (zombie computer), pois pode ser controlado remotamente, Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que,
sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser chamado de além de executar as funções para as quais foi aparentemente proje-
spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor tado, também executa outras funções, normalmente maliciosas, e
de e-mails e o utiliza para o envio de spam. sem o conhecimento do usuário.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Exemplos de trojans são programas que você recebe ou obtém Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de armaze-
de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões virtuais ani- namentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes casos de-
mados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, entre outros. vem acionar o antivírus para fazer uma verificação antes.
Estes programas, geralmente, consistem de um único arquivo e ne- Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto pa-
cessitam ser explicitamente executados para que sejam instalados gas. Entre as principais estão:
no computador. – Avast;
Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após – AVG;
invadirem um computador, alteram programas já existentes para – Norton;
que, além de continuarem a desempenhar as funções originais, – Avira;
também executem ações maliciosas. – Kaspersky;
– McAffe.
Rootkit
Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite Filtro anti-spam
esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não solici-
malicioso em um computador comprometido. tados, que geralmente são enviados para um grande número de
Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após in- pessoas.
vadirem um computador, os instalavam para manter o acesso pri- Spam zombies são computadores de usuários finais que foram
vilegiado, sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms,
na invasão, e para esconder suas atividades do responsável e/ou bots, vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez ins-
dos usuários do computador. Apesar de ainda serem bastante usa- talados, permitem que spammers utilizem a máquina para o envio
dos por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também utili- de spam, sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam má-
quinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam a
zados e incorporados por outros códigos maliciosos para ficarem
identificação da origem do spam e dos autores também. Os spam
ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por mecanis-
zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o
mos de proteção.
anonimato que tanto os protege.
Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens indese-
Ransomware jadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail.
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessí- Anti-malwares
veis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usan- Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram detectar
do criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) para e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um computa-
restabelecer o acesso ao usuário10. dor. Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são exemplos
de ferramentas deste tipo.
O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins.
Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns
sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE
induzam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS
em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de
segurança.
Pasta
Antivírus São estruturas que dividem o disco em várias partes de tama-
O antivírus é um software de proteção do computador que eli- nhos variados as quais podem pode armazenar arquivos e outras
mina programas maliciosos que foram desenvolvidos para prejudi- pastas (subpastas)11.
car o computador.
O vírus infecta o computador através da multiplicação dele (có-
pias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar dados.
O antivírus analisa os arquivos do computador buscando pa-
drões de comportamento e códigos que não seriam comuns em
algum tipo de arquivo e compara com seu banco de dados. Com
isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar pro-
vidência.
O banco de dados do antivírus é muito importante neste pro-
cesso, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois todos
os dias são criados vírus novos.
Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do
usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail
ou download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou
mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma
contaminação. 11 https://docente.ifrn.edu.br/elieziosoares/disciplinas/informatica/aula-
10 https://cartilha.cert.br/ransomware/ -05-manipulacao-de-arquivos-e-pastas
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Arquivo
É a representação de dados/informações no computador os quais ficam dentro das pastas e possuem uma extensão que identifica o
tipo de dado que ele representa.

Extensões de arquivos

EXTENSÃO TIPO
.jpg, .jpeg, .png, .bpm, .gif, ... Imagem
.xls, .xlsx, .xlsm, ... Planilha
.doc, .docx, .docm, ... Texto formatado
.txt Texto sem formatação
.mp3, .wma, .aac, .wav, ... Áudio
.mp4, .avi, rmvb, .mov, ... Vídeo
.zip, .rar, .7z, ... Compactadores
.ppt, .pptx, .pptm, ... Apresentação
.exe Executável
.msl, ... Instalador

Existem vários tipos de arquivos como arquivos de textos, arquivos de som, imagem, planilhas, etc. Alguns arquivos são universais
podendo ser aberto em qualquer sistema. Mas temos outros que dependem de um programa específico como os arquivos do Corel Draw
que necessita o programa para visualizar. Nós identificamos um arquivo através de sua extensão. A extensão são aquelas letras que ficam
no final do nome do arquivo.
Exemplos:
.txt: arquivo de texto sem formatação.
.html: texto da internet.
.rtf: arquivo do WordPad.
.doc e .docx: arquivo do editor de texto Word com formatação.

É possível alterar vários tipos de arquivos, como um documento do Word (.docx) para o PDF (.pdf) como para o editor de texto do
LibreOffice (.odt). Mas atenção, tem algumas extensões que não são possíveis e caso você tente poderá deixar o arquivo inutilizável.

Nomenclatura dos arquivos e pastas


Os arquivos e pastas devem ter um nome o qual é dado no momento da criação. Os nomes podem conter até 255 caracteres (letras,
números, espaço em branco, símbolos), com exceção de / \ | > < * : “ que são reservados pelo sistema operacional.

Bibliotecas
Criadas para facilitar o gerenciamento de arquivos e pastas, são um local virtual que agregam conteúdo de múltiplos locais em um só.
Estão divididas inicialmente em 4 categorias:
– Documentos;
– Imagens;
– Músicas;
– Vídeos.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Windows Explorer
O Windows Explorer é um gerenciador de informações, arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da Microsoft12.
Todo e qualquer arquivo que esteja gravado no seu computador e toda pasta que exista nele pode ser vista pelo Windows Explorer.
Possui uma interface fácil e intuitiva.
Na versão em português ele é chamado de Gerenciador de arquivo ou Explorador de arquivos.
O seu arquivo é chamado de Explorer.exe
Normalmente você o encontra na barra de tarefas ou no botão Iniciar > Programas > Acessórios.

Na parte de cima do Windows Explorer você terá acesso a muitas funções de gerenciamento como criar pastas, excluir, renomear, ex-
cluir históricos, ter acesso ao prompt de comando entre outras funcionalidades que aparecem sempre que você selecionar algum arquivo.
A coluna do lado esquerdo te dá acesso direto para tudo que você quer encontrar no computador. As pastas mais utilizadas são as de
Download, documentos e imagens.

Operações básicas com arquivos do Windows Explorer


• Criar pasta: clicar no local que quer criar a pasta e clicar com o botão direito do mouse e ir em novo > criar pasta e nomear ela. Você
pode criar uma pasta dentro de outra pasta para organizar melhor seus arquivos. Caso você queira salvar dentro de uma mesma pasta um
arquivo com o mesmo nome, só será possível se tiver extensão diferente. Ex.: maravilha.png e maravilha.doc

12 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/05/conceitos-de-organizacao-e-de-gerenciamento-de-informacoes-arquivos-pastas-e-programas/
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Independente de uma pasta estar vazia ou não, ela permanecerá no sistema mesmo que o computador seja reiniciado
• Copiar: selecione o arquivo com o mouse e clique Ctrl + C e vá para a pasta que quer colar a cópia e clique Ctrl +V. Pode também
clicar com o botão direito do mouse selecionar copiar e ir para o local que quer copiar e clicar novamente como o botão direito do mouse
e selecionar colar.
• Excluir: pode selecionar o arquivo e apertar a tecla delete ou clicar no botão direito do mouse e selecionar excluir
• Organizar: você pode organizar do jeito que quiser como, por exemplo, ícones grandes, ícones pequenos, listas, conteúdos, lista com
detalhes. Estas funções estão na barra de cima em exibir ou na mesma barra do lado direito.
• Movimentar: você pode movimentar arquivos e pastas clicando Ctrl + X no arquivo ou pasta e ir para onde você quer colar o arquivo
e Clicar Ctrl + V ou clicar com o botão direito do mouse e selecionar recortar e ir para o local de destino e clicar novamente no botão direito
do mouse e selecionar colar.

Localizando Arquivos e Pastas


No Windows Explorer tem duas:
Tem uma barra de pesquisa acima na qual você digita o arquivo ou pasta que procura ou na mesma barra tem uma opção de Pesquisar.
Clicando nesta opção terão mais opções para você refinar a sua busca.

Arquivos ocultos
São arquivos que normalmente são relacionados ao sistema. Eles ficam ocultos (invisíveis) por que se o usuário fizer alguma alteração,
poderá danificar o Sistema Operacional.
Apesar de estarem ocultos e não serem exibido pelo Windows Explorer na sua configuração padrão, eles ocupam espaço no disco.

REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E


INTRANET

Uma rede de computadores é formada por um conjunto de módulos processadores capazes de trocar informações e compartilhar
recursos, interligados por um sistema de comunicação (meios de transmissão e protocolos)13.

13 NASCIMENTO, E. J. Rede de Computadores. Universidade Federal do Vale do São Francisco.


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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

As redes de computadores possuem diversas aplicações co- Em alguns tipos, a transmissão já é feita enviando os próprios
merciais e domésticas. sinais digitais, não precisando usar os modens, porém, quando se
transmite sinais através da linha telefônica é necessário o uso dos
As aplicações comerciais proporcionam: modems.
– Compartilhamento de recursos: impressoras, licenças de sof- – Placa de rede: possui a mesma tarefa dos modens, porém,
tware, etc. somente com sinais digitais, ou seja, é o hardware que permite os
– Maior confiabilidade por meio de replicação de fontes de da- computadores se comunicarem através da rede. A função da placa
dos é controlar todo o recebimento e envio dos dados através da rede.
– Economia de dinheiro: telefonia IP (VoIP), vídeo conferência, – Hub: atuam como concentradores de sinais, retransmitindo
etc. os dados enviados às máquinas ligadas a ele, ou seja, o hub tem a
– Meio de comunicação eficiente entre os empregados da em- função de interligar os computadores de uma rede local, recebendo
presa: e-mail, redes sociais, etc. dados de um computador e transmitindo à todos os computadores
– Comércio eletrônico. da rede local.
– Switch: semelhante ao hub – também chamado de hub in-
As aplicações domésticas proporcionam: teligente - verifica os cabeçalhos das mensagens e a retransmite
– Acesso a informações remotas: jornais, bibliotecas digitais, somente para a máquina correspondente, criando um canal de co-
etc. municação exclusiva entre origem e destino.
– Comunicação entre as pessoas: Twitter, Facebook, Instagram, – Roteador: ao invés de ser conectado às máquinas, está co-
etc. nectado às redes. Além de possuir as mesmas funções do switch,
– Entretenimento interativo: distribuição de músicas, filmes, possui a capacidade de escolher a melhor rota que um determinado
etc. pacote de dados deve seguir para chegar a seu destino. Podemos
– Comércio eletrônico. citar como exemplo uma cidade grande e o roteador escolhe o ca-
– Jogos. minho mais curto e menos congestionado.
– Access Point (Ponto de acesso – AP): similar ao hub, oferece
Modelo Cliente-Servidor sinais de rede em formas de rádio, ou seja, o AP é conectado a uma
Uma configuração muito comum em redes de computadores rede cabeada e serve de ponto de acesso a rede sem fio.
emprega o modelo cliente-servidor O cliente solicita o recurso ao
servidor: Meios de transmissão
Existem várias formas de transmitir bits de uma máquina para
outra através de meios de transmissão, com diferenças em termos
de largura de banda, atraso, custo e facilidade de instalação e ma-
nutenção. Existem dois tipos de meios de transmissão: guiados e
não guiados:
– Meios de transmissão guiados: os cabos de par trançado,
cabo coaxial e fibra ótica;
– Meios de transmissão não guiados: as redes terrestres sem
fios, satélites e raios laser transmitidos pelo ar.

No modelo cliente-servidor, um processo cliente em uma má-


quina se comunica com um processo servidor na outra máquina.
O termo processo se refere a um programa em execução.
Uma máquina pode rodar vários processos clientes e servido-
res simultaneamente.

Equipamentos de redes
Existem diversos equipamentos que podem ser utilizados nas
redes de computadores14. Alguns são:
– Modem (Modulador/Demodulador): é um dispositivo de
hardware físico que funciona para receber dados de um provedor
de serviços de internet através de um meio de conexão como cabos,
fios ou fibra óptica. .Cconverte/modula o sinal digital em sinal ana-
lógico e transmite por fios, do outro lado, deve ter outro modem
para receber o sinal analógico e demodular, ou seja, converter em
sinal digital, para que o computador possa trabalhar com os dados.

14 http://www.inf.ufpr.br/albini/apostila/Apostila_Redes1_Beta.pdf
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Cabos de pares trançado – Menor tamanho e menor peso: são muito finas e por isso,
Os pares trançados são o meio de transmissão mais antigo pesam pouco, desta forma, reduz os requisitos de suporte estru-
e ainda mais comum em virtude do custo e desempenho obtido. tural;
Consiste em dois fios de cobre encapados e entrelaçados. Este en- – Menor atenuação: possui menor atenuação comparando
trelaçado cancela as ondas de diferentes partes dos fios diminuin- com os cabos de par trançado e coaxial, por isso, é constante em
do a interferência. Os pares trançados são comuns em sistemas um intervalo de frequência maior;
telefônicos, que é usado tanto para chamadas telefônicas quanto – Isolamento eletromagnético: as fibras óticas não sofrem in-
para o acesso à internet por ADSL, estes pares podem se estender terferências externas, à ruído de impulso ou à linha cruzada, e estas
por diversos quilômetros, porém, quando a distância for muito lon- fibras também não irradiam energia.
ga, existe a necessidade de repetidores. E quando há muitos pa-
res trançados em paralelo percorrendo uma distância grande, são Esse sistema das fibras óticas funciona somente por um princí-
envoltos por uma capa protetora. Existem dois tipos básico deste pio da física: quando um raio de luz passa de um meio para outro, o
cabo, que são: raio é refratado no limite sílica/ar. A quantidade de refração depen-
– UTP (Unshielded Twisted Pair – Par trançado sem blinda- de das propriedades das duas mídias (índices de refração). Para ân-
gem): utilizado em redes de baixo custo, possui fácil manuseio e gulos de incidência acima de um certo valor crítico ou acima é inter-
instalação e podem atingir até 100 Mbps na taxa de transmissão ceptado dentro da fibra e pode se propagar por muitos quilômetros
(utilizando as especificações 5 e 5e). praticamente sem perdas. Podemos classificar as fibras óticas em:
– Monomodo: se o diâmetro da fibra for reduzido a alguns
– STP (Shielded Twisted Pair – Par trançado com blindagem): comprimentos de onda, a luz só poderá se propagar em linha reta,
possui uma utilização restrita devido ao seu custo alto, por isso, é sem ricochetear, produzindo assim, uma fibra de modo único (fibra
utilizado somente em ambientes com alto nível de interferência ele- monomodo). Estas fibras são mais caras, porém amplamente utili-
tromagnética. Existem dois tipos de STP: zadas em distâncias mais longas podendo transmitir dados a 100
1- Blindagem simples: todos os pares são protegidos por uma Gbps por 100 quilômetros sem amplificação.
camada de blindagem. – Multimodo: se o raio de luz incidente na fronteira acima do
2- Blindagem par a par: cada par de fios é protegido por uma ângulo critico for refletido internamente, muitos raios distintos es-
camada de blindagem. tarão ricocheteando em diferentes ângulos. Dizemos que cada raio
tem um modo específico, desta forma, na fibra multimodo, os raios
Cabo coaxial são ricocheteados em diferentes ângulos
O cabo coaxial consiste em um fio condutor interno envolto por
anéis isolantes regularmente espaçados e cercado por um condutor Tipos de Redes
cilíndrico coberto por uma malha. O cabo coaxial é mais resistente à
interferência e linha cruzada do que os cabos de par trançado, além Redes Locais
de poder ser usado em distâncias maiores e com mais estações. As redes locais (LAN - Local Area Networks) são normalmen-
Assim, o cabo coaxial oferece mais capacidade, porém, é mais caro te redes privativas que permitem a interconexão de equipamentos
do que o cabo de par trançado blindado. presentes em uma pequena região (um prédio ou uma universidade
Os cabos coaxiais eram usados no sistema telefônico para lon- ou que tenha poucos quilômetros de extensão).
gas distância, porém, foram substituídos por fibras óticas. Estes ca- As LANs podem ser cabeadas, sem fio ou mistas.
bos estão sendo usados pelas redes de televisão a cabo e em redes Atualmente as LANs cabeadas mais usadas usam o padrão IEEE
metropolitanas. 802.3
Para melhorar a eficiência, cada computador é ligado por um
Fibras óticas cabo a uma porta de um comutador (switch).
A fibra ótica é formada pelo núcleo, vestimenta e jaqueta, o
centro é chamado de núcleo e a próxima camada é a vestimenta,
tanto o núcleo quanto a vestimenta consistem em fibras de vidro
com diferentes índices de refração cobertas por uma jaqueta pro-
tetora que absorve a luz. A fibra de vidro possui forma cilíndrica,
flexível e capaz de conduzir um raio ótico. Estas fibras óticas são
agrupadas em um cabo ótico, e podem ser colocadas várias fibras
no mesmo cabo.
Nas fibras óticas, um pulso de luz indica um bit e a ausência de
luz indica zero bit. Para conseguir transmitir informações através da
fibra ótica, é necessário conectar uma fonte de luz em uma ponta
da fibra ótica e um detector na outra ponta, assim, a ponta que vai
transmitir converte o sinal elétrico e o transmite por pulsos de luz, a
ponta que vai receber deve converter a saída para um sinal elétrico.
As fibras óticas possuem quatro características que a diferem
dos cabos de par traçado e coaxial, que são:
– Maior capacidade: possui largura de banda imensa com ve-
locidade de dados de centenas de Gbps por distâncias de dezenas Exemplo de rede LAN.15
de quilômetros; 15 Fonte: http://www.bosontreinamentos.com.br/redes-computadores/qual-a-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Dependendo do cabeamento e tecnologia usados, essas redes Nos enlaces de longa distância em redes WAN são usadas tec-
atingem velocidades de 100Mbps, 1Gbps ou até 10Gbps. nologias que permitem o tráfego de grandes volumes de dados:
Com a preferência do consumidor por notebooks, as LANs sem SONET, SDH, etc.
fio ficaram bastante populares. O padrão mais utilizado é o IEEE Quando não há cabos, satélites podem ser utilizados em parte
802.11 conhecido como Wi-Fi. A versão mais recente, o 802.11n, dos enlaces.
permite alcançar velocidades da ordem de 300Mbps. A sub-rede é em geral operada por uma grande empresa de
LANs sem fio são geralmente interligadas à rede cabeada atra- telecomunicações conhecida como provedor de serviço de Internet
vés de um ponto de acesso. (ISP - Internet Service Provider).

• Redes Metropolitanas Topologia de redes


Uma rede metropolitana (MAN - Metropolitan Area Network) A topologia de rede é o padrão no qual o meio de rede está
é basicamente uma grande versão de uma LAN onde a distância conectado aos computadores e outros componentes de rede18. Es-
entre os equipamentos ligados à rede começa a atingir distâncias sencialmente, é a estrutura topológica da rede, e pode ser descrito
metropolitanas (uma cidade). fisicamente ou logicamente.

Exemplos de MANs são as redes de TV a cabo e as redes IEEE Há várias formas nas quais se pode organizar a interligação en-
802.16 (WiMAX). tre cada um dos nós (computadores) da rede. A topologia física é
a verdadeira aparência ou layout da rede, enquanto que a lógica
descreve o fluxo dos dados através da rede.
Existem duas categorias básicas de topologias de rede:
– Topologia física: representa como as redes estão conectadas
(layout físico) e o meio de conexão dos dispositivos de redes (nós
ou nodos). A forma com que os cabos são conectados, e que gene-
ricamente chamamos de topologia da rede (física), influencia em
diversos pontos considerados críticos, como a flexibilidade, veloci-
dade e segurança.
– Topologia lógica: refere-se à maneira como os sinais agem so-
bre os meios de rede, ou a maneira como os dados são transmitidos
através da rede a partir de um dispositivo para o outro sem ter em
conta a interligação física dos dispositivos. Topologias lógicas são
capazes de serem reconfiguradas dinamicamente por tipos espe-
ciais de equipamentos como roteadores e switches.

Exemplo de rede WAN.16 Topologia Barramento


Todos os computadores são ligados em um mesmo barramento
• Redes a Longas Distâncias físico de dados. Apesar de os dados não passarem por dentro de
Uma rede a longas distâncias (WAN - Wide Area Network) é cada um dos nós, apenas uma máquina pode “escrever” no barra-
uma rede que cobre uma área geográfica grande, usualmente um mento num dado momento. Todas as outras “escutam” e recolhem
país ou continente. Os hospedeiros da rede são conectados por uma para si os dados destinados a elas. Quando um computador estiver
sub-rede de comunicação. A sub-rede é composta de dois elemen- a transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e se outro computa-
tos: linhas de transmissão e elementos de comutação (roteadores). dor tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão
e é preciso reiniciar a transmissão.

Vantagens:
– Uso de cabo é econômico;
– Mídia é barata, fácil de trabalhar e instalar;
– Simples e relativamente confiável;
Exemplo de rede WAN.17 – Fácil expansão.
-diferenca-entre-lan-man-e-wan-em-redes-de-dados
16 Fonte: https://informaticaeadministracao.wordpress.com/2014/04/22/lan-
-man-e-wan 18 https://www.oficinadanet.com.br/artigo/2254/topologia_de_redes_vanta-
17 Fonte: https://10infrcpaulo.wordpress.com/2012/12/11/wan gens_e_desvantagens
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Desvantagens: Topologia Malha


– Rede pode ficar extremamente lenta em situações de tráfego Esta topologia é muito utilizada em várias configurações, pois
pesado; facilita a instalação e configuração de dispositivos em redes mais
– Problemas são difíceis de isolar; simples. Todos os nós estão atados a todos os outros nós, como se
– Falha no cabo paralisa a rede inteira. estivessem entrelaçados. Já que são vários os caminhos possíveis
por onde a informação pode fluir da origem até o destino.
Topologia Estrela
A mais comum atualmente, a topologia em estrela utiliza cabos
de par trançado e um concentrador como ponto central da rede.
O concentrador se encarrega de retransmitir todos os dados para
todas as estações, mas com a vantagem de tornar mais fácil a loca-
lização dos problemas, já que se um dos cabos, uma das portas do
concentrador ou uma das placas de rede estiver com problemas,
apenas o nó ligado ao componente defeituoso ficará fora da rede.

Vantagens:
– Maior redundância e confiabilidade;
– Facilidade de diagnóstico.

Desvantagem:
– Instalação dispendiosa.

Vantagens: Modelos de Referência


– A codificação e adição de novos computadores é simples; Dois modelos de referência para arquiteturas de redes mere-
– Gerenciamento centralizado; cem destaque: OSI e TCP/IP.
– Falha de um computador não afeta o restante da rede.
Modelo de referência ISO OSI (Open Systems Interconnection)
Desvantagem: Modelo destinado à interconexão de sistemas abertos. Possui
– Uma falha no dispositivo central paralisa a rede inteira. 7 camadas: física, enlace de dados, rede, transporte, sessão, apre-
sentação e aplicação.
Topologia Anel
Na topologia em anel os dispositivos são conectados em sé-
rie, formando um circuito fechado (anel). Os dados são transmiti-
dos unidirecionalmente de nó em nó até atingir o seu destino. Uma
mensagem enviada por uma estação passa por outras estações,
através das retransmissões, até ser retirada pela estação destino ou
pela estação fonte.

Modelo OSI.
Vantagens:
– Todos os computadores acessam a rede igualmente; O modelo OSI não é uma arquitetura de rede, pois não especifi-
– Performance não é impactada com o aumento de usuários. ca os serviços e protocolos que devem ser usados em cada camada.
O modelo OSI informa apenas o que cada camada deve fazer:
Desvantagens:
– Falha de um computador pode afetar o restante da rede;
– Problemas são difíceis de isolar.

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350
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

1. Camada física
A sua função é assegurar o transporte de bits através de um
meio de transmissão. Dessa forma, as questões de projeto dessa
camada estão ligadas a níveis de tensão, tempo de bit, interfaces
elétricas e mecânicas, quantidade de pinos, sentidos da comunica-
ção, etc.

2. Camada de enlace de dados


A sua principal função é transmitir quadros entre duas máqui-
nas ligadas diretamente, transformando o canal em um enlace de
dados confiável.
- Divide os dados em quadros e os envia sequencialmente.
- Regula o tráfego
- Detecta a ocorrência de erros ocorridos na camada física
- Em redes de difusão, uma subcamada de controle de acesso
ao meio é inserida para controlar o acesso ao canal compartilhado Modelo TCP/IP.

3. Camada de rede 1. Camada de enlace


A sua função é encaminhar pacotes entre a máquina de origem Não é uma camada propriamente dita, mas uma interface en-
e a máquina de destino. tre os hospedeiros e os enlaces de transmissão
- O roteamento pode ser estático ou dinâmico.
- Realiza o controle de congestionamento. 2. Camada internet (camada de rede)
- Responsável pela qualidade de serviço. Integra toda a arquitetura, mantendo-a unida. Faz a interliga-
- Tem que permitir que redes heterogêneas se comuniquem, ção de redes não orientadas a conexão.
sendo assim, deve lidar com questões como endereçamento, tama- Tem o objetivo de rotear as mensagens entre hospedeiros,
nho dos pacotes e protocolos heterogêneos. ocultando os problemas inerentes aos protocolos utilizados e aos
tamanhos dos pacotes. Tem a mesma função da camada de rede
4. Camada de transporte do modelo OSI.
A sua função básica é efetuar a comunicação fim-a-fim entre O protocolo principal dessa camada é o IP.
processos, normalmente adicionando novas funcionalidades ao
serviço já oferecido pela camada de rede. Pode oferecer um canal 3. Camada de transporte
ponto a ponto livre de erros com entrega de mensagens na ordem Permite que entidades pares (processos) mantenham uma co-
correta. municação.
Foram definidos dois protocolos para essa camada: TCP (Trans-
5. Camada de sessão mission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol).
A sua função é controlar quem fala e quando, entre a origem O TCP é um protocolo orientado a conexões confiável que per-
e o destino (analogia com operações críticas em bancos de dados). mite a entrega sem erros de um fluxo de bytes.
O UDP é um protocolo não orientado a conexões, não confiável
6. Camada de apresentação e bem mais simples que o TCP.
A sua função básica é transformar a sintaxe dos dados (forma
de representação) sem afetar a semântica. Gerencia estruturas de
dados abstratas.

7. Camada de aplicação
Contém uma série de protocolos necessários para os usuários.
É nessa camada que o usuário interage.

Modelo TCP/IP
Arquitetura voltada para a interconexão de redes heterogêneas
(ARPANET)
Posteriormente, essa arquitetura ficou conhecida como mode-
lo TCP/IP graças aos seus principais protocolos.
O modelo TCP/IP é composto por quatro camadas: enlace, in-
ternet, transporte e aplicação.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

4. Camada de aplicação
Contém todos os protocolos de nível mais alto.

Modelo TCP/IP e seus protocolos.

Modelo OSI versus TCP/IP.

NAVEGADOR WEB (MICROSOFT EDGE VERSÃO 91 E MOZILLA FIREFOX VERSÃO 78 ESR), BUSCA E PESQUISA NA WEB

Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc19. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se cha-
mava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a partici-
par da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras pessoas
que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.

Conectando-se à Internet
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de acesso
à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio de um con-
junto como modem, roteadores e redes de acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.).

19 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

World Wide Web URL


A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin- zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de ou uma rede corporativa, uma intranet.
forma simples e fácil de acessar. Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da minho/recurso.
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli-
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples HTTP
e agradável. É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
Protocolo de comunicação web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto- Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os Hipertexto
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de-
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti- Navegadores
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo Um navegador de internet é um programa que mostra informa-
computador de origem. ções da internet na tela do computador do usuário.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das Além de também serem conhecidos como browser ou web
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi-
Internet. vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec-
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive tados à internet.
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
externo. internauta.
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
TCP / IP jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro- Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). página ou site na rede.
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
nas literaturas como sendo: servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
- O protocolo principal da Internet; tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
- O protocolo padrão da Internet; transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte gador e os servidores.
ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Funcionalidades de um Navegador de Internet
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon- usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans- Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
porte dos pacotes). códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada
Domínio através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en- site na internet.
dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
– 74.125.234.180. pretado pelos navegadores.
É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos- Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
sível associar um endereço de um site a um número IP na rede. imagens e outros tipos de dados.
O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
http://www.empresa.com.br, em que: meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende- parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
reço pertence à web. página.
empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
viço.
com: indica que é comercial.
br: indica que o endereço é no Brasil.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet: Principais recursos do Internet Explorer:
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza- – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho,
do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos
a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas
página na web. manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos através de ícones.
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do – Gerenciador de downloads integrado.
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. – Mais estabilidade e segurança.
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite implementados nos sites mais modernos.
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
recorrentes da sua rotina diária de tarefas. dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque- possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para oferecem funcionalidades adicionais.
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
para mostrar as atualizações. Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do vra-chave digitando-a na barra de endereços.
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe-
rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser Microsoft Edge
apagado, caso o usuário queira. Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer20.
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo- O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
navegador de internet. vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis-
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas
no navegador.
Outras características do Edge são:
Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são – Experiência de navegação com alto desempenho.
alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co- – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual-
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na- quer lugar conectado à internet.
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo – Funciona com a assistente de navegação Cortana.
virtual da Internet. – Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
Internet Explorer – Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo
substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como Firefox
segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é
algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
atualizadas no Edge. Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita-
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per- mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja,
deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox. mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins-
talado no PC, ele poderá ser instalado.

20 https://bit.ly/2WITu4N
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Algumas características de destaque do Firefox são: – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. páginas bancárias e de vendas on-line.
– Não exige um hardware poderoso para rodar. – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur- funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
sos. – Disponível em desktop e mobile.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri- Intranet
vacidade. A intranet é uma rede de computadores privada que assenta
– Disponível em desktop e mobile. sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa,
Google Chorme que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do internos21.
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac. Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo. intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.
convidativo à navegação simplificada.
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores,
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor-
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição
Principais recursos do Google Chrome: de informações.
– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur- Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos,
sos RAM suficientes. a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co-
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este-
funcionalidades. jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte- a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho
údos otimizados. significativo em termos de segurança.
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT-
TPS).
– Disponível em desktop e mobile.
CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS
Opera E WIKIS
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evo-
luindo como um dos melhores navegadores de internet.
Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar. CORREIO ELETRÔNICO
Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualida-
de da experiência do usuário. E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem men-
sagem atualmente22. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode
mandar uma mensagem para outra pessoa que também tenha
e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estru-
tura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido
do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso.
O resultado é algo como:

Outros pontos de destaques do Opera são:


– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de ener-
gia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a 21 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-ferramen-
velocidade de conexões de baixo desempenho. tas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-parte-2/
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis 22 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20
(3G ou 4G). Avan%E7ado.pdf
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

maria@apostilassolucao.com.br

Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto de
regras para o uso desses serviços.

Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio e recebimento de mensagens23. Estas mensagens são armazenadas no
que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos e
extração de cópias das mensagens.

Funcionamento básico de correio eletrônico


Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois programas funcionando em uma máquina servidora:
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de transferência de correio simples, responsável pelo envio de mensa-
gens.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de cor-
reio internet), ambos protocolos para recebimento de mensagens.

Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails
conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem
de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@
dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o pro-
grama SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @)
e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS,
obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o
nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena
a mensagem na caixa de e-mail do destinatário.
Ações no correio eletrônico
Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira.
Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens de-
finitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar
definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de
destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da
mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele
será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em
geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Al-
guns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail,
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e
padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.

23 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-webmail-e-mozilla-thunderbird/
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

24

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

24 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b
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Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

GRUPOS DE DISCUSSÃO
Grupos de Discussão são agrupamentos de pessoas que querem compartilhar um mesmo assunto, baseados em acontecimentos,
experiências e informações de diversas naturezas. Atualmente temos os grupos de WhatsApp cujo conceito é o mesmo.
Temos sites gratuitos como o Google Groups e Grupos.com.br, sendo que o líder de mercado é o Google Groups, que vamos ver abaixo:

Passos para usar o Groups


• Possuir uma conta Google, isto é, um e-mail do Google, como por exemplo: ( usuario@gmail.com )
• Fazer o login com a sua conta no google.
• Acessar o site do Google Groups ( Groups.google.com )
• A partir deste momento já podemos usar o site de grupos do Google para a discussão de assuntos.

Confira o aplicativo no passo a passo a seguir:

1.

25 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

2. Configurar as opções se necessário

5.

Após digitarmos o nome do grupo será criado automaticamen-


te um e-mail como o nome do grupo, no nosso caso o informati-
ca998@googlegroups.com.
Qualquer mensagem direcionada a este e-mail será visualizada
por todos os integrantes do grupo.
3.
Moderador
O criador do grupo é o Moderador, isto é, a pessoa que admi-
nistra o grupo, ela pode incluir, excluir participantes, excluir mensa-
gens indevidas e modificar configurações.
O Moderador também pode incluir tópicos para conversas (Fó-
rum de discussão) bem como excluir se necessário.

WIKIS E FÓRUNS
O termo Wiki diz respeito à websites que funcionam de modo
colaborativo, cujo conteúdo pode ser escrito, reescrito, editado por
ferramentas ao alcance dos usuários. As páginas de um site wiki
possuem artigos e informações sobre os mais variados assuntos,
além disso, elas não são estáticas, pois seus textos sofrem constan-
tes modificações. Quanto maior o número de autores de uma pá-
4. gina, mais aprofundado e completo será o texto disponível no site.
Em páginas de websites wiki, por vezes, há erros de escrita,
erros gramaticais ou mesmo erros ligados à veracidade ou atuali-
dade das informações nos artigos. Quando os usuários e leitores
do website, que possuem conhecimento no assunto, deparam-se
com estes erros, eles podem tomar a liberdade de realizar edições e
revisões do conteúdo buscado, contribuindo assim para a qualidade
do material ofertado pela plataforma.
Páginas wiki podem se tornar verdadeiras enciclopédias cola-
borativas, organizando um grande repertório em repositórios de
informações. Estes websites podem auxiliar indivíduos em pesqui-
sas, organizar grupos de trabalho, manter portfolios de estudantes
e profissionais, bem como servir de fonte de informação sobre os
mais variados assuntos.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Uma página wiki disponibiliza, além da edição, outras ferra- “O termo redes sociais vem da teoria dos “Seis graus de sepa-
mentas úteis para leitores e usuários, tais como o armazenamento ração”. Dois pesquisadores norte-americanos, nos anos 50, Ithiel de
de versões anteriores das páginas, sendo possível recuperar infor- Sola Pool (MIT) e Manfred Kotchen da IBM (com seu livro “Contacts
mações perdidas ou erroneamente apagadas, bem como verificar and Influence”), pretendiam demonstrar a relação matemática de
as alterações feitas; identificação dos autores da página, a fim de probabilidade de “ser conhecido entre um conjunto de pessoas”;
identificar qualquer tipo de spam ou usuários mal-intencionados e enunciaram: “dado um conjunto de N pessoas, qual é a proba-
que pretendem prejudicar as edições das páginas, este recurso bilidade de que cada membro esteja conectado a outro membro
permite não apenas a visualização dos editores e autores, mas fer- por ki, k2, k3, ……, kN ligações?”. A verdade é que estiveram muito
ramentas de bloqueio que impedem os usuários de editarem qual- fechados nesta teoria. Uma década depois, essa teoria matemática
quer conteúdo; e, por fim, páginas ou fóruns de discussão, em que foi se infiltrando em outros ramos do conhecimento como a socio-
os usuários, autores e leitores podem postar mensagens sobre o logia. Stanley Milgran a reformulou com enfoque nas Ciências So-
assunto pertinente à página wiki, indicando alterações a serem fei- ciais e a denominou “o problema do mundo pequeno”. Selecionou,
tas, modificações de datas, nomes, informações, etc. ao acaso, várias pessoas do meio oeste americano que enviaram
Os fóruns, por sua vez, são ferramentas em websites que per- embrulhos a um lugar desconhecido, situado a várias milhas de
mitem o compartilhamento de ideias e fomentam debates por distância em Massachusetts. Os remetentes conheciam o nome do
meio de mensagens que abordam questões específicas, agindo não destinatário final, sua ocupação e localização aproximada. Foi indi-
apenas como um auxiliar de postagem de conteúdo, mas como um cado a quem deveria ser repassado o pacote: uma pessoa conheci-
meio de se promover diálogos e conversas sobre temas relevantes da por eles mas, que dentre os seus amigos, era o que tinha maior
à determinadas comunidades ou grupos sociais. Este tipo de ferra- probabilidade de conhecer diretamente o destinatário. Esta pessoa
menta está presente nos mais diversos tipos de websites: em wikis, deveria fazer o mesmo e assim sucessivamente até que o pacote
em sites de universidades, em blogs, em sites de notícias, entre ou- fosse entregue diretamente ao destinatário final. Os participantes
tros. esperavam que a cadeia incluiria centenas de intermediários, mas
Em alguns casos, os fóruns abertos permitem comentários anô- a entrega de cada pacote levou, em média, apenas cinco ou sete
nimos, em outros, há o pré-requisito de ser um usuário da plata- intermediários. As descobertas de Milgram foram publicadas no
forma em questão. Em fóruns de ambientes virtuais controlados, “Psychology Today” e inspiraram a frase seis graus de separação.”
há sempre um moderador que auxilia no debate e verifica a auten- Na Internet as redes sociais estão cada vez mais comuns, exis-
ticidade das informações postadas, bem como combate e impede tem centenas de sites na web que potencializam os contatos entre
comentários mal-intencionados e maldosos nas redes. as pessoas (Orkut, Friendster, Tribe, Rize, Linkedln, etc.).
Estes recursos digitais configuram novos modos de diálogos Na esfera educacional dispomos de alguns desses ambientes
sendo implantados socialmente, formas de discussão que rompem sociais para se ter contato com alunos ou antigos alunos ou para
barreiras nacionais e internacionais, fazendo com que pessoas de colocá-los em contato uns com os outros. Um dos exemplos é o Fa-
diversos contextos e pensamentos diferentes possam interagir e co- cebook (em inglês), outro é o Ning que também pretende integrar
municarem-se sobre assuntos em comum. Este tipo de tecnologia o mundo acadêmico numa ferramenta metasocial. É uma marca de
configura uma das formas de avanço da globalização mundial. atuação teórica, mais que uma posição metodológica. As teorias so-
bre isso são amplas e nos servem como eixo teórico.
Na educação, as redes sociais podem ser utilizadas para:
- Criar uma comunidade de aprendizagem para a escola, classe
REDES SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK, LINKEDIN, WHAT-
ou disciplina;
SAPP, YOUTUBE, INSTAGRAM E TELEGRAM)
- Compartilhar informações e ideias com outros profissionais e
especialistas, nos temas que estão estudados pelos alunos em sala
REDES SOCIAIS de aula;
- Aprender sobre redes sociais;
Se pensarmos no nosso cotidiano, com o foco nas relações que - Criar um canal de comunicação entre estudantes de diferen-
sustentam nossas rotinas, veremos emergir conjuntos de redes. São tes escolas e com interesses em comum.
redes espontâneas, que derivam da sociabilidade humana. Estão aí
o tempo inteiro, apenas não costumamos focar nosso olhar sobre A utilização das redes socias na educação ainda causam muita
elas, vendo-as como um sistema vivo e dinâmico, mas são elas que polêmica, visto que algumas escolas proíbem o acesso dos estudan-
dão sustentação às novas vidas e a produzem diariamente. tes com o intuito de protegê-los de eventuais problemas, sem levar
O que diferencia as redes sociais das redes espontâneas é a em conta, que todos precisam aprender a utilizar esses recursos de
intencionalidade nos relacionamentos, os objetivos comuns cons- forma adequada, responsável, reconhecendo quais são os compor-
cientes, explicitados, compartilhados. E que os fluxos e ciclos das tamentos aceitáveis devem fazer parte dos objetivos daqueles que
redes sociais estão permeados e são canais de circulação de infor- se propõe a utilizar as TIC.
mação, conhecimento e valores (sistemas simbólicos).
González (2005) em seu artigo “Ferramentas da WEB para a
Aprendizagem Colaborativa: Webblogs, Redes Sociais, Wikis, Web
2.0” nos conta a origem das redes sociais:

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Twitter

Twitter (www.twitter.com) é um microblog. Um site onde é possível fazer um cadastro, seguir os cadastros de outras pessoas, e ser
seguido por outros usuários.
No Twitter, os usuário escrevem “tweets”, que são pequenas mensagens de texto com até 140 caracteres. Os “seguidores” dos usuá-
rios recebem os tweets daqueles que eles seguem em seus feeds.
Ou seja, tudo o que você escreve é lido por quem o segue!
Como usa em sua maioria texto (apesar de permitir, hoje, fotos e vídeos), o Twitter se espalhou rapidamente. As pessoas passaram a
tweetar (ou “tuitar”) em qualquer canto (de celulares, tablets, computadores e TVs).

Exemplo de tela do Twitter.

Facebook

Rede social criada por Mark Zuckerberg, em meados de 2002, e que hoje praticamente “domina” a Internet.
No Facebook, é possível criar grupos de diversos assuntos, estabelecer amizade com várias pessoas (até 5.000 amigos, no máximo, em
um perfil), compartilhar fotos, escrever o que quiser, curtir, comentar e compartilhar aquilo que seus amigos postam etc.

Página Inicial no Facebook.

Perfil: é o cadastro pessoal que você faz no Facebook. Ou seja, para entrar no Facebook, você precisará fazer um perfil (cadastrar-se
no site). Cada perfil permite “apenas” 5.000 (5 mil) amigos.
Linha do Tempo: é o nome dado à página inicial de cada perfil. Na Figura 9.20, vemos a minha Linha do Tempo (página inicial do meu
perfil).
Fanpage: página especial, usada por pessoas públicas e entidades (empresas). Não é um perfil, é uma página – é uma publicação. Não
pode ter amigos, mas pode ter pessoas que “curtam” a página.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Todas as publicações feitas na página são avisadas nos feeds Com o rápido crescimento da ferramenta, o WhatsApp vem
das pessoas que curtiram aquela página. Normalmente, pessoas investindo nos últimos anos em melhorias e na adição de novos re-
que chegaram ao limite de seus perfis (5.000 amigos) preferem cursos. Hoje, o aplicativo é gratuito e oferece aos usuários serviços
transformá-los em fanpages. de mensagens de texto e áudio criptografadas, chamadas de voz e
Feed de Notícias: é a área que nos é apresentada quando en- vídeo, envio e recebimento de diversos tipos de arquivos, além do
tramos no Facebook (quando acessamos o site). Ela contém as mais compartilhamento de localização entre os usuários.
recentes “atualizações” do que nossos amigos fizeram e do que foi Focado em sua missão de “possibilitar que as pessoas se comu-
publicado nas páginas que nós curtimos. niquem sem barreiras em qualquer lugar do mundo”, o WhatsApp
Ou seja, não é necessário ficar “garimpando” nas páginas e li- tem, atualmente, mais de 1 bilhão de usuários e está presente em
nhas do tempo dos nossos amigos para ver o que eles fizeram: isso mais de 180 países. Ainda de acordo com a companhia, todos os
é automaticamente colocado em nosso Feed de Notícias (alimenta- dias são enviadas 55 bilhões de mensagens, 4,5 bilhões de fotos e 1
dor de notícias). bilhão de vídeos através do app.

LinkedIn

O LinkedIn (www.linkedin.com) não é uma rede social “com


vida social”. É uma rede social profissional, que permite ligar as
pessoas por meio de relações profissionais, não pessoais! É quase
como um grande banco de currículos de pessoas (empregadas ou
não), que se relacionam por alguma ligação de trabalho.
No LinkedIn, só para lembrar, você não tem amigos, você tem
conexões. É possível recomendar suas conexões a outros, é possí-
vel escrever resenhas e recomendações profissionais nos perfis das Youtube
pessoas conectadas a você.
O YouTube foi uma startup criada em 2005 por três fundadores.
Uma das versões mais populares sobre o início do YouTube é de que
eles tiveram a ideia depois da dificuldade de compartilhar o vídeo
de uma festa. O primeiro vídeo foi postado em abril daquele ano[
http://br.mozdev.org/firefox/youtube].
Em novembro de 2005 o site foi lançado oficialmente. O You-
Tube cresceu rapidamente. Em abril de 2006 eram postados 65.000
novos vídeos por dia e 100 milhões de vídeos visualizados diaria-
mente. Em maio de 2010 já eram 14 bilhões. Ou seja, 140 vezes
mais em 4 anos.
Com um investimento de 11 milhões de dólares, em 2006 o
YouTube foi comprado pelo Google por 1,65 bilhão de dólares.
O nome YouTube pode ser entendido de várias formas. Pode
ser traduzido como “você filma” ou “você na tela”. Quem posta no
site é chamado de youtuber.

Instagram

O Instagram[ https://www.marketingnasredessociais.com.br/
como-funciona-o-instagram/] surgiu em 2010, inicialmente como
um aplicativo de compartilhamento de fotos. Com o passar dos
anos e a eventual compra pelo Facebook, tornou-se uma das princi-
pais redes sociais da atualidade. Hoje, suporta diversos formatos de
conteúdo e possui uma robusta plataforma de anúncios que ofere-
Tela de perfil do LinkedIn. ce possibilidades bem estratégicas às marcas.
Como ferramenta de marketing, o Instagram é muito eficaz.
WhatsApp Possibilita um contato próximo entre marca e público, além de
permitir mostrar um lado mais descontraído da sua empresa com
O WhatsApp foi fundado em 2009, nos Estados Unidos, por os seus vários formatos de conteúdo. Recentemente, lançou o Ins-
Brian Acton e Jan Koum. Nascido como uma alternativa para as tagram Stories, recurso que desbancou a preferência das pessoas
mensagens via SMS, o aplicativo se consagrou em todo o mundo pelo Snapchat e popularizou ainda mais a plataforma.
como uma das plataformas de comunicação mais populares entre
os usuários. Em fevereiro de 2014, o WhatsApp foi comprado pelo
Facebook, mas continua operando como um app independente.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Telegram

Telegram é um aplicativo para troca de mensagens, considerado um dos principais concorrentes do WhatsApp[ https://canaltech.
com.br/apps/o-que-e-telegram/]. Ele apresenta funções semelhantes às dos demais nomes do gênero, permitindo envio e recebimento
de conteúdos em texto, vídeo, áudio e imagem por meio de um pacote de dados ou de uma conexão Wi-Fi.
Além disso, o Telegram conta com alguns recursos mais específicos que envolvem a segurança e a privacidade das mensagens. Um
deles é a possibilidade de iniciar conversas secretas com qualquer usuário em sua lista de contatos - neste caso, as mensagens de áudio,
vídeo, foto ou texto são automaticamente excluídas após um tempo determinado por quem criou o chat.

Foco na Segurança
Ainda na questão da segurança, o Telegram traz uma opção nativa que bloqueia o acesso ao aplicativo por meio de uma senha criada
por você. Com isso, não é preciso se preocupar se alguém vai visualizar uma mensagem em seu celular de forma indevida, pois será preciso
informar o código para abrir o app.
Existe ainda uma função de autodestruição da conta. Nela, seu perfil e todos os seus dados serão apagados automaticamente caso
você fique sem acessar o aplicativo durante um determinado período. Lembrando que você determina esse intervalo de tempo para que
aconteça a autodestruição.
O Telegram apresenta ainda suporte para GIFs animados, integra motores de busca para pesquisa de imagens (animadas ou estáticas)
diretamente no aplicativo e apresenta um sistema de citação de outros usuários durante uma conversa, ideal para ser utilizada em um
grupo. O app também vai além dos simples emojis e traz uma série de adesivos que você pode usar para ilustrar uma conversa. E você pode
acessar tudo isso diretamente da web, em qualquer navegador ou sistema operacional.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

A gestão eletrônica de documentos é um caminho sem volta,


VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO E pois a sociedade atual está avançando neste sentido. Por isso é im-
INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIO portante à observação de aspectos relevantes sobre o tema.

Portal Coorporativo
Portal coorporativo é uma aplicação via internet cuja função é
Business Intelligence é um conjunto de processos de coleta, informar, organizar e compartilhar informações de interesse para
análise e organização, tudo isso voltado para a gestão e suporte a funcionários em único local.
negócios. O portal coorporativo é um sistema onde os funcionários tem
O conceito de Business Intelligence atua em todas as camadas acesso à configurações variadas, portanto seu acesso é limitado a
de dados, visualização de informações, geração de relatórios, fun- funcionários e o perfil é configurado para a segurança das informa-
ções analíticas e integrações, Datamining, etc. É um guarda-chuva ções de acordo com nível hierárquico do funcionário.
que envolve toda a manipulação de dados voltada a inteligência de
negócios. ▪ Vantagens do uso de portais colaborativos
• Notícias (comunicações internas);
▪ Abrangência do BI: • Interatividade (demonstrativos de processos);
• Transparência (admissões, transferências, desligamentos,
promoções, etc...);
• Melhor ambiente organizacional (aniversariantes, etc...);
• É considerado um Portal Intranet onde estão disponibilizados
link diversos para outros portais, aplicações, etc.

Portal Colaborativo
O portal colaborativo é um ambiente virtual onde os indivídu-
os podem produzir, compartilhar e interagir conteúdos, tais como:
textos, arquivos, notícias, links, atividades, etc. Através de um por-
tal colaborativo os usuários podem interagir entre si e participar de
grupos categorizados por temas conforme a necessidade.

▪ Benefícios do uso de um portal colaborativo


A gestão eletrônica de documentos (GED) é um conjunto de • Comunicação integrada;
técnicas e procedimentos que envolvem a criação, recebimento, • Ferramentas de colaboração;
manuseio, tramitação, guarda e descarte bem como sua racionali- • Compartilhamento de conteúdo;
zação e eficiência em meios digitais. • Compartilhamento de atividades;
• Criação de grupos;
▪ Vantagens da GED • Postagens de conteúdo.
• Redução do volume de papel;
• Localização mais rápida;
• Transporte mais fácil;
• Maior controle de aceso; FUNDAMENTOS SOBRE ANÁLISE DE DADOS
• Maior rastreabilidade;
• Redução de risco de perda;
• Redução de deterioração; Banco de dados é uma organização de dados dentro de um
• Ganho em todo o processo. contexto. Por exemplo, em um banco de dados de uma instituição
de ensino temos variadas tabelas, views, controles de acessos, per-
▪ Requisitos para a GED missões, limites, etc.
• Garantir a integridade (escolha da mídia); Gerenciador de banco de dados é um sistema que gerencia
• Garantir a legibilidade ao longo do tempo (escolha da mídia); banco de dados, isto é, administra o armazenamento, a segurança,
• Garantir a segurança da informação. a auditoria, enfim, é um sistema que controla todos os aspectos
relacionados.
▪ Pontos jurídicos sobre a GED Segue um exemplo de modelagem de banco de dados forneci-
• Todo o arcabouço legal já está construído para o GED; do pela Microsoft para estudo.
• Já existe a premissa que podemos fazer o translado do físico
para o eletrônico;
• Já temos como valida a contratação eletrônica;
• Já temos a equiparação da assinatura digital com a assinatura
com firma reconhecida.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Modelagem de dados
No tocante a modelagem de dados, o diagrama MER (Modelo de entidade e relacionamento) representa a relação entre as tabelas.
Vejamos a representação abaixo:

Na figura acima temos que N produtos podem pertencer a um tipo. Segundo a figura do modelo “MER” acima temos o exemplo:

PRODUTO TIPO
Violão Instrumento musical
Teclado Instrumento musical

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Entidades
Entidade é uma representação de um conjunto de informações sobre um determinado objeto. Por exemplo, na figura abaixo temos
várias tabelas, que são entidades de banco de dados.

Atributos
Atributos são os campos de uma determinada tabela, se fizermos uma analogia com EXCEL, os atributos são as colunas da planilha.

Vejamos a tabela de produtos do banco de dados NORTWIND:

Relacionamentos
São ligações entre entidades. Por exemplo:

Na figura acima temos um relacionamento entre categorias e produtos, neste caso, ao cadastrar um produto podemos classificá-lo
pertencente a uma categoria

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Cardinalidade
Cardinalidade de uma entidade em um relacionamento, é o número de ocorrências da entidade associada com uma ocorrência da
entidade origem.

▪ Tipos de cardinalidades em relacionamentos

1:1 Um para Um Exemplo: Pessoa   CPF

1:N Um para muitos

N:1 Muitos para um Idem ao anterior, apenas invertendo os lados da figura direito para esquerdo.
Autor   Livro
N:N Muito para Muitos Um autor escreve vários livros
Um livro pode ser escrito por vários autores

Exemplos :

Relacionamento: Exemplo:
Nome: José da Silva tem o CPF: 11111.2
1:1 (um para um)
Neste caso temos: Uma pessoa tem um CPF associado, e um CPF é associado somente a uma pessoa.

1:N

Neste caso temos que o departamento técnico tem os funcionários João, José e Maria
E cada funcionário pertence somente a um departamento.
Livros e Autores:
Existem casos em que um mesmo livro tem diversos autores e existem casos que um mesmo autor escreve
vários livros.

Exemplo:

N:N

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Noções e característica – Complexidade da consulta: é importante definir a complexi-


Data Mining (Mineração de dados) é o processo de examinar dade de cada consulta. Afinal, quanto maior o número de consul-
grandes quantidades de dados para encontrar padrões consisten- tas, mais poderoso deve ser o sistema usado.
tes.
Uma vez encontrados, esses padrões precisam passar por um
processo de validação para serem considerados informação útil.
Claramente, devido à quantidade quase infinita de dados a se-
rem avaliados, a mineração não pode ser feita de forma eficiente
apenas com a ação humana.
Portanto, esse é um dos fatores que tornam a transformação
digital tão importante para o desenvolvimento das empresas.
Com o uso automatizado de algoritmos de aprendizagem, em
um tempo razoável, o Data Mining consegue evidenciar tendências
de consumo e interação apresentadas por potenciais clientes da
empresa.
Então, como veremos ao longo do texto, ele acaba sendo um
excelente aliado para a equipe de marketing.
Assim, o Data Mining nada mais é do que um conjunto de téc-
nicas que permite filtrar do Big Data as informações consideradas
relevantes para o propósito almejado.
Etapas
O processo do Data Mining é composto por uma série de eta-
pas que precisam interagir entre si:
• Primeira etapa: é a definição do problema, ou seja, é preciso
traçar as metas a serem atingidas e a expectativa geral em relação
aos resultados do processo.
• Segunda etapa: busca reduzir a incidência de dados dupli-
cados ou redundantes. Para isso, é realizada uma integração entre Passos do Data Mining.
todos os dados coletados, independentemente de sua origem. As Principais técnicas no Data Mining
fontes de informação, por sua vez, são analisadas separadamente, O Data Mining (DM) descende fundamentalmente de 3 linha-
integrando aquelas que são consideradas mais pertinentes. gens26:
• Terceira etapa: é um esforço para excluir pontos que sejam – Estatística clássica: sem a estatística não seria possível ter-
irrelevantes aos objetivos estabelecidos na primeira etapa. mos o DM, visto que a mesma é a base da maioria das tecnologias
• Quarta etapa: é a limpeza de dados. Tem como propósito a partir das quais o DM é construído.
fazer uma avaliação nos dados selecionados no terceiro passo e – Inteligência Artificial (IA): essa disciplina, que é construída a
limpar aqueles que apresentarem algum tipo de problema. partir dos fundamentos da heurística, em oposto à estatística, tenta
Assim, a limpeza dá atenção às seguintes situações: imitar a maneira como o homem pensa na resolução dos proble-
– Dados inseridos erroneamente; mas estatísticos.
– Dados com nomes duplicados; – Machine Learning (Aprendizado de Máquina): pode ser me-
– Informações conflituosas. lhor descrita como o casamento entre a estatística e a Inteligência
Artificial.
Após a limpeza, ainda é preciso um cuidado: garantir que as
informações sejam, de fato, mineráveis. Para isso, diversas técnicas Enquanto a Inteligência Artificial não se transformava em su-
podem ser utilizadas. cesso comercial, suas técnicas foram sendo largamente cooptadas
Com as informações já selecionadas, filtradas e tratadas, utili- pela machine learning, que foi capaz de se valer das sempre cres-
zamos uma série de técnicas — que abordaremos logo mais — para centes taxas de preço/performance oferecidas pelos computado-
identificar os padrões, relacionamentos e correlações dentro da res nos anos 80 e 90, conseguindo mais e mais aplicações devido às
base de dados. suas combinações entre heurística e análise estatística.
Depois, essas relações são avaliadas de acordo com os obje- Machine learning é uma disciplina científica que se preocupa
tivos definidos na primeira etapa. É aqui que são identificados os com o design e desenvolvimento de algoritmos que permitem que
padrões que realmente podem ser utilizados de forma útil pela em- os computadores aprendam com base em dados, como a partir de
presa ou organização. dados do sensor ou bancos de dados. Um dos principais focos da
A partir daqui, paramos de lidar com dados para, oficialmente, Machine Learnig é automatizar o aprendizado para reconhecer pa-
contar com informações sólidas que podem ser apresentadas para drões complexos e tomar decisões inteligentes baseadas em dados.
as partes interessadas.
Para minerar dados é preciso contar com uma certa infraestru-
tura tecnológica:
– Tamanho do banco de dados: para criar um sistema mais
poderoso, mais dados são necessários para serem processados ​​e 26 https://www.devmedia.com.br/conceitos-e-tecnicas-sobre-data-mi-
mantidos. ning/19342
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

O Data Mining é um campo que compreende atualmente mui- Além disso, explora a construção de algoritmos que podem
tas ramificações importantes. Cada tipo de tecnologia tem suas aprender com seus erros e fazer previsões sobre dados a partir de
próprias vantagens e desvantagens, do mesmo modo que nenhu- duas abordagens de aprendizagem: supervisionada, não supervi-
ma ferramenta consegue atender todas as necessidades em todas sionada e por reforço. Isso permite produzir decisões e resultados
as aplicações. confiáveis e repetíveis.
Existem inúmeras ramificações de Data Mining, sendo algumas Tais algoritmos podem fazer previsões a partir de amostras ou
delas: tomar decisões guiadas unicamente por dados, sem qualquer tipo
– Redes neurais: são sistemas computacionais baseados numa de programação. Embora semelhante, em certos aspectos, da esta-
aproximação à computação baseada em ligações. Nós simples (ou tística computacional, que faz previsões com o uso dos computado-
«neurões”, “neurônios”, “processadores” ou “unidades”) são inter- res, o aprendizado de máquina é usado em tarefas computacionais
ligados para formar uma rede de nós - daí o termo “rede neural”. A onde criação e programação de algoritmos explícitos é impraticá-
inspiração original para esta técnica advém do exame das estrutu- vel.
ras do cérebro, em particular do exame de neurônios. Exemplos de Entre os exemplos de aplicações temos:
ferramentas: SPSS Neural Connection, IBM Neural Network Utility, – Processamento de linguagem natural;
NeuralWare NeuralWork Predict. – Filtragem de SPAM;
– Indução de regras: a Indução de Regras, ou Rule Induction, – Reconhecimento de fala e de escrita;
refere-se à detecção de tendências dentro de grupos de dados, ou – Visão computacional;
de “regras” sobre o dado. As regras são, então, apresentadas aos – Diagnóstico médico;
usuários como uma lista “não encomendada”. Exemplos de ferra- – Sistemas de busca.
mentas: IDIS da Information Discovey e Knowledge Seeker da An-
goss Software.
– Árvores de decisão: baseiam-se numa análise que trabalha CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
testando automaticamente todos os valores do dado para identi-
ficar aqueles que são fortemente associados com os itens de saída
selecionados para exame. Os valores que são encontrados com for-
te associação são os prognósticos chaves ou fatores explicativos, — Educação a distância (EAD)27
usualmente chamados de regras sobre o dado. Exemplos de ferra- Está cada vez mais difícil prender a atenção dos alunos em sa-
mentas: Alice d’Isoft, Business Objects BusinessMiner, DataMind. las de aula convencionais, tendo em vista que recebem um mundo
– Análise de séries temporais: a estatística é a mais antiga tec- de informações fora da escola, por meio das mais diversas mídias,
nologia em DM, e é parte da fundação básica de todas as outras portanto, há uma necessidade de remodelar os métodos de ensi-
tecnologias. Ela incorpora um envolvimento muito forte do usuário, no, facilitando o processo de ensino-aprendizagem, motivando os
exigindo engenheiros experientes, para construir modelos que des- alunos. Assim, podemos considerar a educação a distância como
crevem o comportamento do dado através dos métodos clássicos uma nova ponte para esta mudança. Mas qual a característica da
de matemática. Interpretar os resultados dos modelos requer “ex- educação a distância?
pertise” especializada. O uso de técnicas de estatística também re- A característica básica da educação a distância é o estabeleci-
quer um trabalho muito forte de máquinas/engenheiros. A análise mento de uma comunicação de dupla via, na medida em que profes-
de séries temporais é um exemplo disso, apesar de frequentemen- sor e aluno não se encontram juntos na mesma sala, requisitando,
te ser confundida como um gênero mais simples de DM chamado assim, meios que possibilitem a comunicação entre ambos, como
“forecasting” (previsão). Exemplos de ferramentas: S+, SAS, SPSS. correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou
– Visualização: mapeia o dado sendo minerado de acordo com rádio, modem, vídeo controlado por computador, televisão apoiada
dimensões especificadas. Nenhuma análise é executada pelo pro- em meios abertos de dupla comunicação etc. Afirmam, também,
grama de DM além de manipulação estatística básica. O usuário, que há muitas denominações utilizadas correntemente para des-
então, interpreta o dado enquanto olha para o monitor. O analista crever a educação a distância, como: estudo aberto, educação não
pode pesquisar a ferramenta depois para obter diferentes visões tradicional, estudo externo, extensão, estudo por contrato, estudo
ou outras dimensões. Exemplos de ferramentas: IBM Parallel Visual experimental.
Explorer, SAS System, Advenced Visual Systems (AVS) Express - Vi- Na educação a distância a aprendizagem se dá por parte do
sualization Edition. aluno, ele deve construir seu conhecimento através das condições
oferecidas. Ele deve ser autodidata e não mais esperar apenas pelo
Noções de aprendizado de máquina conhecimento do professor em sala de aula.
Machine Learning, ou o aprendizado automático, como tam- A aprendizagem se dá através da busca de informações. O alu-
bém é conhecido, é um subcampo da ciência da computação. Evo- no decide o caminho e ao professor cabe a orientação, esclarecen-
luiu do estudo de reconhecimento de padrões e da teoria do apren- do dúvidas, identificando dificuldades, sugerindo atividades, super-
dizado computacional em inteligência artificial. visionando o processo de aprendizagem.
De acordo com Arthur Samuel (1959), o aprendizado de máqui- A educação a distância poderá ser usada dentro de um progra-
na é o “campo de estudo que dá aos computadores a habilidade de ma amplo de prestação de um serviço que a nacionalidade está a
aprender sem serem explicitamente programados”. exigir, como:
– democratização do saber;
– formação e capacitação profissional;
27 Badalott i; Greisse Moser. Educação e tecnologias / Greisse Moser Badalott
i: UNIASSELVI, 2017.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

– educação aberta e continuada; Segunda geração


– educação para a cidadania. Quando surgia, no século XX, uma nova tecnologia chamada
Rádio, muitos educadores ficaram otimistas e entusiasmados. A
A educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre autorização para uma emissora educacional foi concedida, pelo
normalmente em um lugar diferente do local de ensino, exigindo governo, em 1921 para a University of salt Lake City. Porém, essa
técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação tecnologia não obteve muito sucesso, pois poucos docentes mos-
por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e ad- travam interesse e emissoras queriam utilizar essa tecnologia para
ministrativas especiais. Trata-se de uma modalidade de educação, conseguir anúncios.
planejada por docentes ou instituições, em que professores e alu- Mais tarde nascia a televisão educativa. Essa tecnologia teve
nos estão separados espacialmente e diversas tecnologias de comu- mais sucesso que a rádio por causa das contribuições da Fundação
nicação são utilizadas. Ford. Esta instituição doou muito dinheiro para a transmissão edu-
Portanto, educação a distância é uma nova forma de ensino, na cativa.
qual acontece em local diferente de ensino e deve ser estruturada e Em 1961 surgia o Serviço Fixo de Televisão Educativa. Este ser-
mediada por tecnologias. Os níveis de educação a distância podem viço era um sistema de distribuição, com custo menor, que trans-
variar, tudo irá depender da estrutura organizacional. Os níveis mais mitia imagens para até quatro canais em qualquer área geográfica.
comuns de educação a distância são: Assim, escolas e outras instituições de ensino, poderiam rece-
– Instituições com finalidades únicas: neste nível, a instituição ber transmissões usando uma antena especial. Com essa transmis-
dedica-se exclusivamente ao ensino a distância. são era possível efetuar cursos de formação continuada para docen-
– Instituições com finalidade dupla: esta instituição dedica-se tes e compartilhar conhecimentos de outros professores.
ao ensino a distância e também ao ensino presencial. Em 1952 surgia a primeira televisão a cabo e em 1972 Federal
– Professores individuais: neste nível, a instituição permite que Communications Commission exigia que as operadoras desse ser-
professores criem e ensinem seus próprios cursos. Geralmente en- viço tivessem um canal educativo, assim nascendo os telecursos
contramos como cursos de capacitação. elaborados por escolas e universidades. Mais de mil instituições de
educação pós-secundária inscreveram-se a cada ano para os cursos
— História da educação a distância distribuídos pelo Serviço de Aprendizado Adulto da CPB, matricu-
Talvez você deve estar pensando que a educação a distância lando mais de 600 mil alunos.
nasceu juntamente com a internet, porém, ela surgiu muito antes Iniciando em 1981, a Annenberg apoiou a CBP em um projeto
disso. Vamos classificar sua evolução através de gerações, cada qual que normalmente proporcionava fundos na faixa de 2 a 3 milhões
com suas características. de dólares para telecursos de nível universitário. Os cursos integra-
vam programas de televisão com livros didáticos, guias de estudo e
Primeira geração guias para o corpo docente e para a administração.
Esta geração caracteriza-se pelo estudo por correspondência,
também chamado de estudo em casa, estudo independente. Ini- Terceira geração
ciou-se por volta de 1880, as pessoas podiam estudar em casa ou Esta geração foi marcada pela abordagem sistêmica na qual
no trabalho com instrução de um professor a distância. Isso poderia sua finalidade era articular mídias, ou seja, agrupar várias tecno-
acontecer por causa de uma tecnologia barata e confiável, os ser- logias de comunicação, para oferecer um ensino de alta qualidade
viços postais. e custo reduzido. Esta abordagem incluía guias de estudos impres-
Em 1878, o bispo John H. Vincent, criou o círculo literário Cien- sos, orientações por correspondência, transmissão por rádio e te-
tífico Chautauqua, no qual oferecia curso por correspondência com levisão, audioteipes gravados, conferências por telefone, kits para
duração de quatro anos, mais adiante foi utilizado para ofertar experiência em casa e biblioteca local.
cursos de educação superior e em 1883 autorizado pelo estado de Além disso, era oferecido ao aluno suporte e orientação, dis-
Nova York a conceder diplomas e graus de bacharel por correspon- cussões em grupos de estudos locais e utilização de laboratórios
dência. das universidades durante o período de férias. A ideia deste projeto
Próximo a este período, outra escola na Pensilvânia começou a era fortalecer o ensino, baseado em pesquisas que alunos apren-
oferecer curso por correspondência sobre segurança nas minas. O dem de formas diferentes.
curso teve tamanha repercussão que a escola começou a oferecer Esta geração foi marcada também pelo nascimento Universida-
outros cursos. de Aberta (UA) do Reino Unido. Nesse momento surgia a primeira
universidade nacional de educação a distância, com objetivo inicial
O uso do correio para entrega de materiais de ensino ocorreu de economia de escala obtendo mais alunos de qualquer outra uni-
em diversos países. O principal motivo por nascer os educadores versidade mais completa de tecnologia de comunicação.
por correspondência era a visão de usar a tecnologia para chegar Devido ao sucesso, a abordagem sistêmica obteve um alcance
até aqueles que de outro modo não poderiam se beneficiar dela. E global surgindo Universidades abertas em diversos outros países.
o sucesso dessa modalidade era evidenciado no número de matri-
culados que crescia a cada ano. Quarta geração
Esta geração foi caracterizada pela teleconferência. Teve seu
início em 1980 pela utilização na educação a distância dos Estados
Unidos, onde esta tecnologia era utilizada para atividades em gru-
po.

Editora
370
370
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Muitos educadores sentiram-se atraídos por esta tecnologia, Foi estimulado pelo código brasileiro de telecomunicações, em
pois se aproximava mais da visão tradicional de educação do que 1960, a produção de programas com conteúdos de educação para
dos modelos por correspondências, universidades abertas ou es- ouvintes e telespectadores, assim, promovendo as televisões edu-
tudo em casa. cativas. Infelizmente, em 1970 a educação a distância no Brasil res-
A primeira tecnologia usada nesse âmbito foi a teleconferência, tringia-se apenas a cursos profissionalizantes, porém, neste mesmo
pois obtinha interação bidirecional entre aluno e professor. O alu- período, ela começava a ganhar relevância no estudo formal, princi-
no podia interagir com professores e outros alunos em tempo real. palmente para suprir as necessidades de quem não havia frequen-
Essa interação poderia ser conduzida com alunos em suas casas ou tado, ou havia abandonado, o ensino regular. Assim constituiu-se a
escritórios utilizando telefones comuns. Lei Federal 5692/71, que abordava o ensino Supletivo.
Esta geração também foi marcada pela era do satélite de co- Em 1974 foi criado o Projeto Saci, que utilizava o formato de
municação. Assim que surgira essa nova tecnologia universidades telenovelas para distribuir conteúdo educacional em aulas pré-gra-
norte-americanas iniciaram experiências com transmissão de pro- vadas, em 1978 apareceu a iniciativa mais popular nesse sentido. O
gramas educacionais. Geralmente, esses programas eram transmi- telecurso 2º grau, criado pela TV Cultura e pela Fundação Roberto
tidos em estações receptoras, depois retransmitindo localmente. Marinho, tornou-se uma das mais abrangentes ações de Educação
Ainda nesta geração, alavanca-se a educação a distância fora a Distância da TV.
da educação superior. Treinamentos para corporações e educação Mesmo em aceleração, a educação a distância continuava res-
continuada para profissionais liberais. Para esse novo meio de edu- trita ao ensino técnico, para alunos que não possuíam possibilidade
cação a distância utilizava-se a televisão comercial, vídeos e áudios de frequentar o presencial. Além disso, essa modalidade ainda não
interativos transmitidos por satélites. fazia parte do ensino superior.
Em 1987, com uma lei aprovada para as escolas americanas, Muitas foram as dificuldades até a educação a distância chegar
surgia um programa para o uso de telecomunicações para instrução ao ensino superior e ser legalizada. Você deve estar se perguntan-
em matemática, ciências e idiomas, assim proporcionando cursos do: qual a importância de conhecer a história da educação a distân-
de nível médio em 19 estados. cia no mundo e no Brasil? A educação nas escolas ainda está em
processo de transformação, tendo o conhecimento dessa trajetória
Quinta geração podemos refletir e pensar novas formas de ensinar ou mediar nos-
Esta geração é marcada pelas aulas virtuais baseadas no com- sos alunos.
putador e na internet. Quando surgiram os primeiros computado-
res, que ocupavam salas inteiras, ficava inviável o uso dessa tecno-
logia para educação.
Com o surgimento dos computadores pessoais estimava-se CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS MULTIMÍ-
que em torno de 15% das residências norte-americanas possuíam DIA, DE REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO
um computador pessoal e quase todas as crianças tinha acesso a
um em casa ou na escola. Os softwares educacionais também foram
uma nova forma de domínios dos conhecimentos. Acesso à distância (acesso remoto)
Com o surgimento da internet, obtemos uma nova evolução Acesso à distância ou acesso remoto é uma tecnologia que
na forma de educação, pois podia-se conectar grupos de estudos permite que um computador consiga acessar um servidor privado
pelo mundo todo. Como as tecnologias das gerações anteriores, a – normalmente de uma empresa – por meio de um outro computa-
tecnologia da internet estimulava novas ideias de como organizar o dor que não está fisicamente conectado à rede28. A conexão à dis-
ensino a distância. tância é feita com segurança de dados em ambos os lados e pode
trazer diversos benefícios para manutenção, por exemplo.
— História da educação a distância no Brasil Na prática, essa tecnologia é o que permite acessar e-mails e
No Brasil, o marco inicial da educação a distância foi em 1900. arquivos corporativos fora do local de trabalho, assim como com-
Pesquisadores encontraram recortes de jornais do Rio de Janeiro partilhar a tela do seu computador em aulas ou palestras à distân-
em que se ofereciam cursos de datilografia por correspondência. cia, de modo a fazer com que o receptor visualize exatamente o que
Quatro anos mais tarde, chegava ao Brasil uma filial norte-ame- é reproduzido no computador principal e, por vezes, faça edições e
ricana de escolas internacionais que capacitava alunos para conhe- alterações mediante permissão no PC.
cimentos comerciais. Em 1912 era possível fazer diversos cursos de Acesso remoto conecta servidores de empresas e permite con-
diversas áreas por correspondência. trolar máquinas.
A tecnologia do Rádio foi utilizada no Brasil em 1923 com a O acesso remoto também pode ocorrer via Internet, e contro-
criação da Rádio Sociedade: Foi um projeto de um grupo de inte- lar computadores de terceiros. Seu uso mais frequente é para su-
lectuais da academia brasileira de ciências (ABC), que pretendia di- porte técnico de softwares, já que o técnico pode ver e até pedir
vulgar a ciência no país. Além de música (clássica e popular), eram permissões para manipular a máquina completamente sem estar
transmitidos informativos e uma série de cursos, como os de inglês, diante do computador.
francês, história do Brasil, literatura portuguesa, literatura francesa, Utilizando as ferramentas adequadas, é possível acessar com-
radiotelefonia e telegrafia, além de palestras de divulgação cienti- putadores com qualquer sistema operacional, em qualquer rede, a
fica. partir de desktop, smartphone ou tablet conectado.

28 https://bit.ly/3gmqZ4w
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

A maneira mais comum de usar o acesso remoto é por meio de Download


uma VPN (Rede Privada Virtual, e português), que consegue estabe- Está relacionado com a obtenção de conteúdo da Internet, o
lecer uma ligação direta entre o computador e o servidor de destino popular “baixar”, onde um servidor remoto hospeda dados que são
– criando uma espécie de “túnel protegido” na Internet. Isto signi- acessados pelos clientes através de aplicativos específicos que se
fica que o usuário pode acessar tranquilamente seus documentos, comunicam com o servidor através de protocolos, como é o caso do
e-mails corporativos e sistemas na nuvem, via VPN, sem preocupa- navegador web que acessa os dados de um servidor web normal-
ção de ser interceptado por administradores de outras redes. mente utilizando o protocolo HTTP.
Para criar uma VPN existem duas maneiras: por meio do proto-
colo SSL ou softwares. Na primeira, a conexão pode ser feita usando Upload
somente um navegador e um serviço em nuvem. No entanto, sem O termo upload faz referência a operação inversa a do downlo-
o mesmo nível de segurança e velocidade dos programas desktop. ad, isto é, ao envio de conteúdo à Internet.
Já na segunda e mais comum forma de acesso remoto, é necessário
um software que utiliza protocolo IPseg para fazer a ligação direta
entre dois computadores ou entre um computador e um servidor. FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E TRABALHO A DIS-
Nesse caso, a conexão tende a ser mais rápida e a segurança otimi- TÂNCIA (MICROSOFT TEAMS, CISCO WEBEX, GOOGLE
zada. HANGOUT, GOOGLE DRIVE E SKYPE)

Definição
Vídeoconferência é uma tecnologia que permite o contato
sonoro e visual entre os participantes. Estes participantes estão
distantes entre si, mas estabelecem uma interação através de ima-
gens, áudio, textos, arquivos, etc.
Atualmente existem vários programas que podemos instalar
para realizarmos uma videoconferência, sendo assim podemos rea-
29
lizar reuniões e estabelecer interações de qualquer lugar do mundo.
Vamos a seguir detalhar alguns dos principais aplicativos :
Transferência de informação e arquivos, bem como aplicati- • Microsoft Teams
vos de áudio, vídeo e multimídia • Zoom Cloud Meetings
Um meio recente e também uma ótima forma de exemplo para • Blue Jeans Video Conferencing
explicar a transferência remota são os aplicativos e sites de “Nu- • Skype
vem” isso é, Cloud. Google Drive e Dropbox são exemplos conhe- • Cisco Webex Meetings
cidos desses aplicativos, mas como isso funciona? A internet serve
nesse caso como conexão entre o usuário e o servidor onde os ar- A forma mais simples de participar de uma reunião é através
quivos estão guardados, um usuário cadastrado pode acessar esses de um link enviado pelo organizador para o nosso e-mail. Clicando
arquivos de qualquer lugar do mundo, pode baixá-los (download) nesse link a sala da reunião já é aberta para a participação.
ou até mesmo carregá-los (upload) na internet. Todos as tecnologias também existem na versão mobile, para
O processo não funciona diferente de movimentar pastas em sua utilização deveremos instalar os respectivos apps da Play Store
seu computador ou smartphone, porém essas pastas estão locali- ou App Store para Iphones. Vamos aos aplicativos.
zadas em um computador ou servidor na maioria das vezes muitos
quilômetros longe do usuário. Microsoft Teams

Upload e Download
São termos utilizados para definir a transmissão de dados de
um dispositivo para outro através de um canal de comunicação pre-
viamente estabelecido30.

Inicialmente precisamos entrar no Microsoft Teams. Podemos


utilizar a versão WEB (Direto pela internet), podemos baixar o Te-
ams para o nosso computador, ou podemos baixar o aplicativo para
o nosso celular se for necessário.

31

29 https://www.kickidler.com/br/remote-access.html
30 Hunecke, M. Acesso à Distância a Computadores, Transferência de Informa-
ção e Arquivos.
31 https://www.cursosdeinformaticabasica.com.br/qual-a-diferenca-entre- -download-e-upload/
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Para dar continuidade e para fins didáticos vamos utilizar a ver-


são WEB (Diretamente da Internet) conforme figura abaixo.

A tela abaixo é aberta, nos dando a possibilidade de participar


de uma vídeoconferência.

Vamos precisar de uma conta Microsoft para entrar no Team.


Se forem utilizados algum desses serviços, você já possui uma con-
ta Microsoft: Outlook, Office 365, Skype, OneDrive, Hotmail, Xbox
Live, MSN ou outros serviços da microsoft. Sua conta Microsoft per-
mite um gerenciamento único.
Caso o usuário não possua uma conta Microsoft será solicitada
a sua criação para, a partir daí, criarmos uma conta no Microsoft
teams.

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373
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Na imagem aproximada a seguir, podemos verificar a barra de Como participar de uma reunião do Microsoft TeamsPodemos
ferramentas básicas do aplicativo. simplesmente ir até o calendário e selecionar o agendamento da
reunião, ou ainda clicar no link enviado via e-mail. Ao clicar nesse
link o usuário é direcionado diretamente para a sala da reunião.

Dentro da sala de reunião

1 – Ativar/Desativar a sua câmera;


2 – Ativar/Desativar mudo;
3 – Compartilhar: É possível compartilhar a tela do computa-
dor, e ainda arquivos de diferentes naturezas, seja uma apresen-
tação em PowerPoint, planilha Excel, gráficos, tabelas, Word, PDF,
imagens, vídeos, entre outros;
4 – Mais opções de configuração de reunião;
5 – Mostrar conversa. A qualquer momento da aula os partici-
pantes podem escrever mensagens no chat;
6 – Ocultar participante;
7 – Desligar;
8 – Copiar informações de ingresso. (copiar link para convidar
participante ou digitar endereço do participante).

Como agendar uma reunião no Microsoft Teams. Zoom Meetings


Uma reunião pode ser feita imediatamente ou é possível agen-
da-la, as opções abaixo poderão ser escolhidas de acordo com o
objetivo.

Como participar de uma reunião no zoom.


1 - Clique no link da reunião enviado. Exemplo: https://
us04web.zoom.us/j/3453003829?pwd=bGZ5VGJUN2dnUHRzcDV-
NK0dU
Ou acesse o site join.zoom.us (Site da Zoom);

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

2 - Clique em Entrar. Passo 1 - Site

Inicialmente precisamos entrar na sala de Reunião. Podemos Passo 2 – Copiar Link


acessar pela WEB (Direto pela internet), podemos acessar direta-
mente o link enviado, podemos entrar no site mencionado acima
ou podemos baixar o aplicativo para o nosso celular se for neces-
sário.
Vamos precisar de uma conta de e-mail. Esta conta de e-mail
deverá estar com o organizador que ira agendar esta reunião e nos
enviará o convite.

Para dar continuidade e para fins didáticos vamos utilizar a ver-


são WEB (Diretamente da Internet), conforme figura acima.
A tela abaixo é aberta logo ao entrarmos, nos dando a possibi-
lidade de participar da vídeo conferência.

Dentro da sala de reunião

BlueJeans Video Conferencing

Como participar de uma reunião.


O site para acesso do Blue é https://www.bluejeans.com e
acessa-lo é o primeiro passo de tudo. Lá criamos nossa conta e en-
tão fazemos login.
1 – Ativar/Desativar mudo;
2 – Ativar/Desativar a sua câmera;
3 – Segurança (Concede permissões para ações na sala);
4 – Mostra os participantes da sala;
5 – Abre uma caixa de texto, onde podemos enviar mensagens
de texto;
6 – Permite compartilhar nossa tela;
7 – Permite a inserção de ícones animados;
8 – Mais opções de configuração da sala, além do compartilha-
mento do link da chamada.

• Como agendar uma reunião no zoom.


Uma reunião pode ser agendada por você, a partir daí é possí-
vel enviar o link da reunião para os convidados.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Neste cadastro temos a opção de cadastrar um Meeting ID, é Vamos precisar do Meeting ID e do PassCode de acordo com
este o código que iremos usar para acessar as reuniões. as figuras acima. Com estes números iremos acessar as reuniões.
Informações relevantes da conta cadastrada Ao clicar em <Enter Meeting> , será feito o download abaixo:
A seguir você confere o acesso a diversas informações impor-
tantes na utilização do BlueJeans.
1.

2.

Devemos instalar o arquivo baixado para enfim termos acesso


à plataforma:

3.

A seguinte tela irá abrir e deve ser selecionada de acordo com


seu uso pessoal:

4.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Na sequência então, utilizamos outra vez nosso Meeting ID 2 – Clique para Schedule Meeting e siga as instruções da pla-
para termos acesso à sala de reunião, como ilustram as imagens a taforma
seguir:

1.

É importante salientar que conhecimentos em Língua Ingle-


sa podem melhorar a sua experiência na utilização da plataforma
2. oficial do BlueJeans.

Skype

A forma mais simples de participar de uma reunião é através


de um link enviado pelo organizador para o nosso e-mail. Clicando
Ao entrar na sala de reunião temos funções similares a outras neste link a sala da reunião já é aberta para a participação.
tecnologias do gênero: Desligar e Ligar Câmeras e áudio, comparti- Mas vamos explicar utilizando a plataforma, para o nosso en-
lhar telas, encerrar, além de menus de chat e caixas de opções para tendimento.
melhorar a experiência com configurações. O procedimento poder ser feito pelo Skype Web ou pelo aplica-
tivo instalado. Aqui vamos utilizar o aplicativo instalado no compu-
Como criar uma reunião no BlueJeans Video Conferencing tador. No caso do celular deveremos baixar o SKYPE pela Play Store
1 – Clique em My BlueJeans ou App Store, no caso de Iphone.
As ferramentas de uso são bastante parecidas com qualquer
aplicativo de vídeochamada, com botões como Desligar e Ligar Câ-
meras e áudio, compartilhar telas, encerrar, além de menus de chat
e caixas de opções para melhorar a experiência com configurações.
É possível ainda estabelecer chats sem vídeo ou algo, utilizando o
aplicativo como uma ferramenta de conversa por texto.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

A seguir, verificamos como iniciar chamadas no aplicativo: 2.

Ao clicarmos em reunião temos duas opções: Organizar ou In-


gressar numa reunião. Ao clicarmos em “organizar” a tela abaixo
será exibida, se clicarmos em ingressar em uma reunião iremos di-
reto para a sala de reunião, como mostra a imagem 2.

1.

Cisco Webex Meetings


Como participar de uma reunião no Cisco Webex Meetings
A forma mais simples é através de um link enviado pelo orga-
nizador para o nosso e-mail. Clicando neste link a sala da reunião já
é aberta para a participação. Agora, utilizando a plataforma temos
o seguinte:
Após feito o cadastro criamos um link que usaremos para par-
ticipar e agendar reuniões.

Na plataforma:

Podemos participar também clicando em iniciar a reunião con-


forme o botão verde na imagem acima, mas para fins didáticos va-
mos utilizar o navegador (Neste caso o chome).

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

No navegador:

Neste caso é aberta uma tela onde o organizador vai digitar a


sua senha e pode cadastrar a hora desejada e os e-mails dos con-
vidados.

Google Drive
Apesar de não disponibilizar gratuitamente o aumento da ca-
pacidade de armazenamento, o Google Drive fornece para os usuá-
rios mais espaço do que os concorrentes ao lado do OneDrive. São
15 GB de espaço para fazer upload de arquivos, documentos, ima-
gens, etc.

Uma funcionalidade interessante do Google Drive é o seu ser-


viço de pesquisa e busca de arquivos que promete até mesmo re-
conhecer objetos dentro de imagens e textos escaneados. Mesmo
que o arquivo seja um bloco de notas ou um texto e você queira
encontrar algo que esteja dentro dele, é possível utilizar a busca
para procurar palavras e expressões.
Além disso, o serviço do Google disponibiliza que sejam feitas
A sala de reunião é mostrada de acordo com a imagem acima, edições de documentos diretamente do browser, sem precisar fazer
as funções disponíveis são semelhantes outros aplicativos. Botões o download do documento e abri-lo em outro aplicativo.
como Desligar e Ligar Câmeras e áudio, compartilhar telas, encerrar,
além de menus de chat e caixas de opções para melhorar a experi- Tipos de implantação de nuvem
ência com configurações. Primeiramente, é preciso determinar o tipo de implantação de
nuvem, ou a arquitetura de computação em nuvem, na qual os ser-
Como criar uma reunião no Cisco Webex Meetings viços cloud contratados serão implementados pela sua gestão de
Como indica a imagem a seguir, na tela básica do aplicativo cli- TI32.
que em Agendar Há três diferentes maneiras de implantar serviços de nuvem:
– Nuvem pública: pertence a um provedor de serviços cloud
terceirizado pelo qual é administrada. Esse provedor fornece recur-
sos de computação em nuvem, como servidores e armazenamento
via web, ou seja, todo o hardware, software e infraestruturas de su-
porte utilizados são de propriedade e gerenciamento do provedor
de nuvem contratado pela organização.
– Nuvem privada: se refere aos recursos de computação em
nuvem usados exclusivamente por uma única empresa, podendo
estar localizada fisicamente no datacenter local da empresa, ou
seja, uma nuvem privada é aquela em que os serviços e a infra-
estrutura de computação em nuvem utilizados pela empresa são
mantidos em uma rede privada.

32 https://ecoit.com.br/computacao-em-nuvem/
Editora
379
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

– Nuvem híbrida: trata-se da combinação entre a nuvem públi- Com o software como serviço, os usuários da sua equipe po-
ca e a privada, que estão ligadas por uma tecnologia que permite o dem conectar o aplicativo pela Internet, normalmente com um na-
compartilhamento de dados e aplicativos entre elas. O uso de nu- vegador da web em seu telefone, tablet ou PC.
vens híbridas na computação em nuvem ajuda também a otimizar
a infraestrutura, segurança e conformidade existentes dentro da Prezado candidato, o tema “Google Hangout”, teve seu fim de-
empresa. cretado e passou a chamar-se “Google Meet”

Tipos de serviços de nuvem GOOGLE MEET


A maioria dos serviços de computação em nuvem se enquadra
em quatro categorias amplas: Até a liberação para qualquer pessoa como uma conta do Goo-
– IaaS (infraestrutura como serviço); gle, o Meet tinha foco exclusivo no mercado corporativo. A com-
– PaaS (plataforma como serviço); panhia tem uma ferramenta não corporativa para comunicação,
– Sem servidor; incluindo vídeo, chamada Hangouts, que não será descontinuada
– SaaS (software como serviço). apesar da liberação temporária do Meet.

Esses serviços podem ser chamados algumas vezes de pilha Como funciona o Google Meet
da computação em nuvem por um se basear teoricamente sobre As reuniões gratuitas do Google Meet podem ter até 100 parti-
o outro. cipantes e duração máxima de 60 minutos. Se o limite de tempo for
alcançado, será necessário criar uma nova reunião para continuar a
IaaS (infraestrutura como serviço) usar o serviço.
A IaaS é a categoria mais básica de computação em nuvem. Assim como as principais ferramentas de videoconferência,
Com ela, você aluga a infraestrutura de TI de um provedor de servi- o Google Meet conta com recursos de compartilhamento de tela.
ços cloud, pagando somente pelo seu uso. Entre seus diferenciais, estão legendas em tempo real (disponíveis
A contratação dos serviços de computação em nuvem IaaS apenas em inglês) e uma ferramenta de inteligência artificial que
(infraestrutura como serviço) envolve a aquisição de servidores e adapta a luz do ambiente.
máquinas virtuais, armazenamento (VMs), redes e sistemas opera-
cionais. Como usar o Google Meet
O Google Meet pode ser acessado diretamente no navegador
PaaS (plataforma como serviço) da web, por meio do endereço meet.google.com, ou pelos aplicati-
PaaS refere-se aos serviços de computação em nuvem que for- vos para Android e iOS (iPhone e iPad).
necem um ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste, Para realizar uma reunião via Google Meet, é preciso que o
fornecimento e gerenciamento de aplicativos de software. usuário faça login com suas respectivas credenciais de contas do
A plataforma como serviço foi criada para facilitar aos desen- Google.
volvedores a criação de aplicativos móveis ou web, tornando-a mui-
to mais rápida. Como realizar videoconferências com o Google Meet[ https://
Além de acabar com a preocupação quanto à configuração ou apps.google.com/intl/pt-BR/meet/how-it-works/]
ao gerenciamento de infraestrutura subjacente de servidores, ar-
mazenamento, rede e bancos de dados necessários para desenvol- Com o Google Meet, é fácil iniciar uma videochamada segura.
vimento. Basta usar qualquer navegador da Web moderno ou fazer o down-
load do app.
Computação sem servidor
A computação sem servidor, assim como a PaaS, concentra-se O que é o Google Meet
na criação de aplicativos, sem perder tempo com o gerenciamento O Google está disponibilizando videoconferência de nível em-
contínuo dos servidores e da infraestrutura necessários para isso. presarial para todos. Agora qualquer pessoa com uma Conta do
O provedor em nuvem cuida de toda a configuração, planeja- Google pode criar uma reunião on-line com até 100 participantes e
mento de capacidade e gerenciamento de servidores para você e duração de até 60 minutos.
sua equipe. Empresas, escolas e outras organizações podem aproveitar os
As arquiteturas sem servidor são altamente escalonáveis e recursos avançados, como reuniões com até 250 participantes in-
controladas por eventos: utilizando recursos apenas quando ocorre ternos ou externos e transmissão ao vivo para até 100 mil especta-
uma função ou um evento que desencadeia tal necessidade. dores em um domínio.

SaaS (software como serviço) PRIMEIROS PASSOS


O SaaS é um método para a distribuição de aplicativos de sof-
tware pela Internet sob demanda e, normalmente, baseado em as- Como se inscrever no Google Meet
sinaturas.
Com o SaaS, os provedores de computação em nuvem hospe- Para uso pessoal
dam e gerenciam o aplicativo de software e a infraestrutura subja- Se você já estiver usando o Gmail, o Google Fotos, o YouTu-
cente. be ou outro produto do Google, basta fazer login na sua Conta do
Além de realizarem manutenções, como atualizações de sof- Google.
tware e aplicação de patch de segurança.
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

Para uso empresarial Legendas instantâneas durante reuniões


Se você já estiver usando o Google Workspace, basta fazer lo- Acompanhe em tempo real com as legendas instantâneas auto-
gin na sua conta. máticas que usam a tecnologia de reconhecimento de fala do Goo-
gle. Para ativar as closed captions, clique nos três pontos na tela do
Para administradores do Google Workspace Meet para ver a opção (disponível somente em inglês).
O Google Meet já está incluído no Google Workspace e no G
Suite for Education. Compatível com vários dispositivos
Para começar a usar o Meet como parte do Google Workspace, O Google Meet funciona em qualquer dispositivo. Participe de
ative as videochamadas para a organização. reuniões diretamente no seu computador/laptop, Android ou iPho-
ne/iPad.
Como acessar o Google Meet Para as organizações que precisam de suporte de sala de confe-
rência, o hardware do Google Meet tem opções acessíveis e de alta
NO COMPUTADOR qualidade para compra. Ou saiba mais sobre a interoperabilidade
Use qualquer navegador da Web moderno sem precisar de do Google Meet com sistemas que não são do Google.
downloads
Você pode iniciar uma reunião ou participar de uma reunião Tela de visualização de vídeo e áudio
com qualquer navegador moderno no seu computador ou laptop. Após clicar no link ou no código da reunião, você pode ajustar
Não é preciso instalar outros softwares. a câmera e o microfone e ver como você está antes de entrar. Você
também pode ver quem já entrou na reunião.
NO SMARTPHONE OU TABLET
Faça o download do app Google Meet para dispositivos móveis Configurações de tela e layouts ajustáveis
Participe de reuniões, inicie reuniões ou compartilhe sua tela O Meet alterna automaticamente o layout de uma videocha-
com o app Google Meet para dispositivos móveis. Faça o download mada para mostrar o conteúdo e os participantes mais ativos.
no Google Play ou na Apple Store. Para alternar o layout, clique nos três pontos no canto inferior
da tela do Meet.
NOÇÕES BÁSICAS DE REUNIÃO
Controles para os organizadores da reunião
Como iniciar uma videochamada Qualquer pessoa pode desativar o som, fixar ou remover par-
ticipantes. Por questões de privacidade, você não tem permissão
Criar uma nova reunião para ativar o som de outra pessoa. Peça que ela mesma faça isso.
Para criar uma nova videochamada, faça login na sua Conta do
Google ou inscreva-se gratuitamente. Nas contas de instituições educacionais, só quem criou a reu-
nião pode desativar o som ou remover participantes. Saiba como
Convide outras pessoas para sua reunião on-line configurar o Meet para o ensino a distância.
Envie um link ou um código para as pessoas que você quer con-
vidar. Na versão gratuita do Google Meet, os convidados precisarão Compartilhamento de tela com os participantes
criar ou fazer login em uma Conta do Google para participar. Apresente sua tela ou a janela de um aplicativo para comparti-
lhar apresentações ou colaborar em documentos.
Participar de uma reunião
Toque no link da reunião no convite, digite o código que você Mensagens com os participantes
recebeu do organizador ou ligue para a reunião usando o número Torne as reuniões mais envolventes com as mensagens em
de acesso e o PIN do convite. tempo real durante as chamadas. Para compartilhar arquivos, links
e outras mensagens com os participantes, clique no ícone de chat.
RECURSOS GRATUITOS As mensagens ficam disponíveis somente durante a reunião.

Como usar os recursos gratuitos do Google Meet Integração com os apps do Google e Microsoft Office
Aproveite videoconferências gratuitas com até cem partici- Participe das reuniões diretamente no Gmail ou no Agenda.
pantes. O Google Meet também tem medidas antiabuso como, por Os usuários do Microsoft Office podem ser adicionados a um
exemplo, contra invasores para proteger seus dados e privacidade. convite e ver as reuniões no calendário do Microsoft® Outlook®.

Número ilimitado de reuniões


Converse quantas vezes quiser com qualquer pessoa, como
clientes ou colegas do trabalho ou escola.
Convide até cem participantes para uma reunião. Se você es-
tiver usando uma versão gratuita do Google Meet, qualquer pes-
soa convidada precisará fazer login com uma Conta do Google para
maior segurança.

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

5. (INSS - Técnico do Seguro Social - CESPE) Com relação a infor-


QUESTÕES mática, julgue o item que se segue.
A ferramenta OneDrive do Windows 10 é destinada à navega-
ção em páginas web por meio de um browser interativo.
1. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário (Interior) - VU- ( ) CERTO
NESP/2018) O Windows 10, em sua configuração padrão, permite ( ) ERRADO
que o usuário configure o Menu Iniciar, por exemplo, para:
(A) mostrar os aplicativos mais usados. 6. (Prefeitura de Goiânia/GO - Assistente Administrativo Educa-
(B) bloquear os aplicativos que possam estar infectados por cional - CS - UFG) Qual é o item que deve ser acessado no Painel de
vírus. Controle do Sistema Operacional Windows 10 para desinstalar ou
(C) indicar os aplicativos que não foram certificados para o alterar um programa?
Windows 10. (A) Ferramentas Administrativas.
(D) ativar automaticamente a Ajuda do Windows a cada erro (B) Gerenciador de Dispositivos.
do usuário. (C) Programas e Recursos.
(E) restaurar programas apagados acidentalmente. (D) Segurança e Manutenção.

2. (CODEMIG - Auditor - FUNDEP (Gestão de Concursos)/2018) 7. (INSS - Analista do Seguro Social - CESPE) Acerca de aplica-
O Windows 10 é um sistema operacional que oferece diversos re- tivos para edição de textos e planilhas e do Windows 10, julgue o
cursos conhecidos como “Ferramentas Administrativas” com o ob- próximo item.
jetivo de facilitar a utilização do usuário. No explorador de arquivos do Windows 10, é possível fixar as
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a ferramen- pastas favoritas na funcionalidade acesso rápido, que lista, além
ta relacionada a segurança. das pastas fixadas, as usadas com frequência e também os arquivos
(A) Monitor de recursos usados recentemente.
(B) Limpeza de disco ( ) CERTO
(C) Ferramenta de captura ( ) ERRADO
(D) Firewall do Windows
8. (Prefeitura de Lages/SC - Agente Administrativo - FEPESE) O
3. (UFC - Técnico em Eletrotécnica - CCV - UFC) O recurso Win- navegador de internet padrão do Windows 10 é o:
dows Hello do Windows 10 é: (A) Windows OneDrive.
(A) um assistente digital que permite realizar tarefas e definir (B) Windows Explorer.
lembretes. (C) Mozilla Firefox.
(B) um navegador que possibilita uma experiência de web pes- (D) Microsoft Edge.
soal e responsiva. (E) Microsoft Opera.
(C) uma proteção abrangente, incluindo antivírus, firewall e
Windows Defender. 9. (Prefeitura de Torres/RS - Arquiteto e Urbanista - FUNDA-
(D) uma forma de acessar rapidamente o espaço de trabalho e TEC) Qual a finalidade do programa Windows Defender, utilizado
usar o esboço da tela. no Windows 10?
(E) uma credencial de acesso sem senha que oferece um modo (A) Controle de acesso para os filhos.
mais rápido e seguro de desbloquear seus dispositivos Win- (B) Navegação anônima na internet.
dows. (C) Ajuda a manter o computador seguro e proteger de ata-
ques.
4. (MPE/RS - Agente Administrativo - MPE/RS) Assinale a alter- (D) Restaurar o Windows.
nativa correta relativa ao Windows Defender presente no Sistema (E) Realizar backups dos arquivos do Windows.
Operacional Windows 10.
(A) O Windows Defender somente verifica a presença de 10. (IFN-MG - Assistente Administração - FUNDEP (Gestão de
malwares quando a proteção em tempo real está ativada. Concursos)) São programas acessórios do MS Windows 10, EXCETO:
(B) O Windows Defender é um aplicativo para definição das re- (A) Bloco de notas
gras de firewall de conexões de rede. (B) MS Word
(C) As definições de spyware aplicadas ao Windows Defender (C) Paint
são atualizadas apenas de forma manual. (D) WordPad
(D) O Windows Defender verifica as senhas de usuários, emitin-
do avisos relativos a senhas fracas.
(E) O Windows Defender é desativado se for instalado um apli-
cativo antivírus.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

11.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2015/1 12.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2015/1


A Figura a seguir exibe o conteúdo de uma pasta que reside Uma pessoa criou um arquivo com o MS Word e o salvou em
em um computador no qual está instalada uma versão padrão do uma pasta do sistema de arquivos de uma instalação padrão do
Microsoft Windows 7 em português. Microsoft Windows 7 em português. Posteriormente, essa pessoa
posicionou o mouse sobre esse arquivo, fez um clique com o botão
direito e selecionou a opção propriedades, fazendo com que uma
janela contendo as propriedades desse arquivo fosse aberta, como
mostra a Figura a seguir.

Suponha que o usuário tenha selecionado o diálogo Opções de


Pasta e marcado a opção Ocultar arquivos protegidos do sistema
operacional, como mostra a Figura a seguir.

Após a janela ter sido aberta, o usuário marcou a opção So-


mente leitura. A escolha dessa opção
(A) fará com que o arquivo só possa ser aberto mediante o for-
necimento de uma senha.
(B) fará com que o arquivo só possa ser alterado mediante o
fornecimento de uma senha.
(C) não impedirá que o arquivo seja enviado para a lixeira (de-
letado).
(D) não permitirá que o arquivo seja anexado a um e-mail.
(E) impedirá que o arquivo seja movido para outra pasta do
Qual dos arquivos da pasta c:\Arquivos NÃO será mais exibido sistema de arquivos.
após o usuário confirmar a sua escolha?
(A) ~$rriculo.docx 13.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2015/2
(B) Curriculo.docx Um gerente de um banco precisa pesquisar os arquivos do
(C) FaceProv.log disco de uma máquina com MS Windows 7, em português, para
(D) IRPF.bat achar o arquivo que contém o cadastro de contas dos clientes VIP
(E) System32 - Atalho da agência. Para isso, ele precisa acessar a ferramenta de pesquisa
através do teclado, pois o mouse está com problemas.

Nesse caso, ele deve clicar as teclas de atalho


(A) Shift + Insert
(B) Winkey + H
(C) Alt + Tab
(D) Alt + Barra de espaço
(E) Winkey + F

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

14.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comercial/2013/2 18.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-


O sistema operacional Windows 7 utiliza e permite criar links cial/2021/”Prova C”
para acessar, em dispositivos como o disco rígido (HD), arquivos, Estações de trabalho que utilizam o sistema operacional Win-
programas e pastas que são acessados com muita frequência. dows 7, 8.1 ou 10 instalado contam com o Windows Media Player.
Esse programa é capaz de reproduzir
Como se chamam esses links? (A) arquivos de áudio e CDs, mas não é capaz de reproduzir
(A) Áreas de transferência arquivos de vídeo.
(B) Endereços lógicos (B) arquivos de vídeo e DVDs, mas não é capaz de reproduzir
(C) Pastas arquivos de áudio.
(D) Atalhos (C) CDs e DVDs, mas não é capaz de reproduzir arquivos de áu-
(E) Plug & Play dio e de vídeo.
(D) arquivos de áudio e de vídeo, mas não é capaz de gravar
15.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- DVDs de vídeo.
cial/2021/”Prova A” (E) arquivos de áudio e de vídeo, mas não é capaz de gravar
Muitos códigos maliciosos aproveitam-se de um recurso do CDs de áudio.
Windows 10 que possibilita a execução de um programa presente
em um dispositivo de armazenamento USB imediatamente após a 19.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
sua conexão ao computador. cial/2021/”Prova C”
Esse recurso, que pode ser desativado, é conhecido como
Ao visitar uma agência, um funcionário de TI de um banco
(A) inicialização automática
percebeu, durante sua conversa com um bancário, que a cada 15
(B) execução automática
minutos, um alarme tocava no celular do empregado, e que, nesse
(C) reprodução automática
momento, ele executava um programa no computador servidor do
(D) atualização automática
(E) configuração automática banco, que rodava o Linux SUSE. Descobriu, depois, que o mesmo
se repetia em todas as agências. Percebendo isso como um sinal
16.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- de que havia uma demanda interna de executar esse programa de
cial/2021/”Prova A” tempos em tempos, o funcionário de TI resolveu mudar o processo,
No código de práticas de segurança da informação, recomen- fazendo esse programa ser executado automaticamente de forma
da- se que o acesso ao ambiente operacional (área de trabalho) do periódica.
computador seja bloqueado quando o usuário do sistema se ausen- Para alcançar esse objetivo, esse funcionário utilizou a funcio-
tar do seu posto de trabalho. nalidade do comando
O atalho do teclado no Windows 10 para fazer esse bloqueio (A) cron
requer o pressionamento combinado das teclas (B) curl
(A) Ctrl e C (C) jobs
(B) Ctrl e Z (D) timedatectl
(C) Alt e F4 (E) touch
(D) logotipo do Windows e D
(E) logotipo de Windows e L 20. (PREFEITURA DE SENTINELA DO SUL/RS - FISCAL - OBJETI-
VA/2020) Considerando-se o Internet Explorer 11, marcar C para as
17.CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa
cial/2021/”Prova B” que apresenta a sequência CORRETA:
Um usuário precisa utilizar o Explorador de Arquivos do Win- (---) No Windows 10, é necessário instalar o aplicativo do Inter-
dows 10 para listar, pelo menos, os atributos de nome e data e hora net Explorer.
de modificação dos arquivos e das subpastas, contidos em uma pas- (---) É possível fixar o aplicativo do Internet Explorer na barra de
ta. tarefas do Windows 10.
Para apresentar esses atributos, depois de selecionar a pasta (A) C - C.
desejada no Explorador de Arquivos, o usuário deve selecionar a (B) C - E.
opção de exibição
(C) E - E.
(A) ícones grandes
(D) E – C
(B) ícones médios
(C) ícones pequenos
21. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE SOCIAL
(D) detalhes
(E) lista - COTEC/2020) Um usuário de computador realiza comumente um
conjunto de atividades como copiar, recortar e colar arquivos uti-
lizando o Windows Explorer. Dessa forma, existe um conjunto de
ações de usuários, como realizar cliques com o mouse e utilizar-se
de atalhos de teclado, que deve ser seguido com o fim de realizar
o trabalho desejado. Assim, para mover um arquivo entre partições
diferentes do sistema operacional Windows 10, é possível adotar o
seguinte conjunto de ações:
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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

(A) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- 24. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
tino e escolher a ação de colar. na Inicial” do Word 2010.
(B) Clicar sobre o arquivo com o botão esquerdo do mouse, (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
mantendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
destino. Por fim soltar o botão do mouse. do documento.
(C) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- (C) Definir o alinhamento do texto.
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- (D) Inserir uma tabela no texto
tino. Por fim soltar o botão do mouse.
(D) Clicar uma vez sobre o arquivo com o botão direito do mou- 25. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
se e mover o arquivo para a partição de destino. 2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
(E) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- cativo.
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
tino e escolher a ação de mover.

22. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO


AMBIENTAL - COTEC/2020) Sobre organização e gerenciamento de
informações, arquivos, pastas e programas, analise as seguintes
afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) - Arquivos ocultos são arquivos que normalmente são re-
lacionados ao sistema. Eles ficam ocultos, pois alterações podem
danificar o Sistema Operacional.
( ) - Existem vários tipos de arquivos, como arquivos de textos, ( ) CERTO
arquivos de som, imagem, planilhas, sendo que o arquivo .rtf só é ( ) ERRADO
aberto com o WordPad.
( ) - Nas versões Vista, 7, 8 e 10 do Windows, é possível usar 26. (IF/GO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - CS-UFG/2018)
criptografia para proteger todos os arquivos que estejam armazena- Dentre as principais suítes de aplicativos para escritório estão o Li-
dos na unidade em que o Windows esteja instalado. breOffice, o Microsoft Office, o iWork e o Google Docs. O LibreO-
( ) - O Windows Explorer é um gerenciador de informações, ffice 6.1 nomeia, respectivamente, o seu programa de planilhas e
arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da a sua ferramenta para criação de apresentações multimídias como
Microsoft. (A) Spreadsheet, Presentation.
( ) - São bibliotecas padrão do Windows: Programas, Documen- (B) Excel e Power Point.
tos, Imagens, Músicas, Vídeos. (C) Numbers e Keynote.
(D) Calc e Impress.
A sequência CORRETA das afirmações é:
(A) F, V, V, F, F. 27. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019)
(B) V, F, V, V, F. Para que a segurança da informação seja efetiva, é necessário que
(C) V, F, F, V, V. os serviços disponibilizados e as comunicações realizadas garantam
(D) F, V, F, F, V. alguns requisitos básicos de segurança. Sobre esses requisitos, assi-
(E) V, V, F, V, F. nalar a alternativa CORRETA:
(A) Repúdio de ações realizadas, integridade, monitoramento
23. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo e irretratabilidade.
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô- (B) Protocolos abertos, publicidade de informação, incidentes
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção e segurança física.
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- (C) Confidencialidade, integridade, disponibilidade e autentica-
meros e letras. ção.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração (D) Indisponibilidade, acessibilidade, repúdio de ações realiza-
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. das e planejamento.
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos 28. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - TÉCNICO EM IN-
que o Excel. FORMÁTICA - COTEC/2020) Os softwares antivírus são comumente
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa- utilizados para proteger os sistemas de ameaças e potenciais sof-
gens de correio eletrônico. twares malintencionados (conhecidos por malwares). Alguns usu-
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio ários de computadores chegam a instalar mais de um antivírus na
e recebimento de páginas web. mesma máquina para sua proteção. Verifique o que pode ocorrer
no caso da instalação de mais de um antivírus:
I - Um antivírus pode identificar o outro antivírus como sendo
uma possível ameaça.
II - Vai ocasionar um uso excessivo de processamento na CPU
do computador.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

III - Apesar de alguns inconvenientes, há um acréscimo do nível 15 C


de segurança.
IV - Instabilidades e incompatibilidades podem fazer com que 16 E
vulnerabilidades se apresentem. 17 D

Estão CORRETAS as afirmativas: 18 D


(A) I, II e IV, apenas. 19 A
(B) I, III e IV, apenas.
(C) II e III, apenas. 20 D
(D) II e IV, apenas. 21 E
(E) II, III e IV, apenas.
22 B
23 A
29. (PREFEITURA DE VINHEDO/SP - GUARDA MUNICIPAL - 24 D
IBFC/2020) Leia atentamente a frase abaixo referente às Redes de
Computadores: 25 CERTO
“_____ significa _____ e é um conjunto de _____ que pertence 26 D
a uma mesma organização, conectados entre eles por uma rede, 27 C
numa _____ área geográfica”.
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente 28 A
as lacunas. 29 A
(A) LAN / Local Area Network / computadores / pequena
30 B
(B) MAN / Much Area Network / computadores / grande
(C) MAN / Much Area Network / roteadores / pequena
(D) LAN / Local Area Network / roteadores / grande
ANOTAÇÕES
30. (PREFEITURA DE AREAL - RJ - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -
GUALIMP/2020) São características exclusivas da Intranet: ______________________________________________________
(A) Acesso restrito e Rede Local (LAN).
(B) Rede Local (LAN) e Compartilhamento de impressoras. ______________________________________________________
(C) Comunicação externa e Compartilhamento de Dados.
(D) Compartilhamento de impressoras e Acesso restrito. ______________________________________________________

______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
1 A
______________________________________________________
2 D
3 E ______________________________________________________
4 E ______________________________________________________
5 ERRADO
______________________________________________________
6 C
7 CERTO ______________________________________________________
8 D ______________________________________________________
9 C
______________________________________________________
10 B
11 A ______________________________________________________

12 C ______________________________________________________
13 E
______________________________________________________
14 D
______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
VENDAS E
NEGOCIAÇÃO

→ Análise da Concorrência
NOÇÕES DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: ANÁLISE DE MER- A concorrência deve ser avaliada em relação a produtos/servi-
CADO, FORÇAS COMPETITIVAS, IMAGEM INSTITUCIONAL, ços e à organização (nesse caso, sua análise já ocorreu na etapa de
IDENTIDADE E POSICIONAMENTO planejamento estratégico).

— Forças competitivas
— Análise de mercado Na luta por participação de mercado, a competição não se ma-
A análise de mercado é um dos componentes do plano de ne- nifesta apenas através dos demais concorrentes. Pelo contrário, a
gócios que está relacionado ao marketing da organização. Ela apre- competição de um setor industrial tem suas raízes em sua respecti-
senta o entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus va economia subjacente e existem forças competitivas que vão bem
concorrentes e quanto a empresa conhece, em dados e informa- além do que esteja representado unicamente pelos concorrentes
ções, o mercado onde atua1. estabelecidos nesse setor em particular2.
A análise do mercado permite ainda se conhecer de perto o Os clientes, os fornecedores, os novos entrantes em potencial
ambiente onde o produto/serviço se encontra. O mercado está e os produtos substitutos são todos competidores que podem ser
composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam, mais ou menos proeminentes ou ativos, dependendo do setor in-
pela concorrência e pelo perfil do consumidor. dustrial.
A definição do mercado leva em conta: O estado de competição em um segmento industrial depende
de cinco forças básicas, que estão esquematizadas na figura abaixo.
→ Análise da Indústria/Setor O vigor coletivo destas forças determina o lucro potencial máximo
A análise da indústria deve apresentar as informações a respei- de um setor industrial, variando de intenso e suave.
to do tamanho, crescimento e estrutura da indústria/setor em que
sua organização está inserida. Inicia-se com a coleta de informação
do setor ao qual pertence o produto/serviço.
Essa informação é geralmente discriminada em termos dos ob-
jetivos e pode estar relacionada com a estrutura da indústria e do
setor em termos estatísticos, práticas de marketing e o composto
de marketing. Também pode ser usada para monitorar mudanças
no setor e aproveitar as oportunidades decorrentes dessas mudan-
ças em nichos específicos.

→ Descrição do Segmento de Mercado


O segmento de mercado é definido a partir das características
do produto, estilo de vida do consumidor (idade, sexo, renda, pro-
fissão, família, personalidade, etc.) e outros fatores que afetam de
uma maneira direta o consumo do produto, como localização geo-
gráfica por exemplo.
Geralmente, para segmentar um mercado é necessário ter um
conhecimento mais abrangente, não somente qualitativo, mas tam-
bém quantitativo do mesmo.
Um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem
necessidades e desejos em comum. Ao agrupar clientes semelhan-
tes, pode-se satisfazer suas necessidades específicas de forma mais FORÇAS QUE GOVERNAM A COMPETIÇÃO EM UM SETOR
eficaz. INDUSTRIAL

→ Análise SWOT do Produto/Serviço


Os pontos fortes e fracos dos principais concorrentes em rela-
ção ao produto/serviço devem ser avaliados, de maneira a se tentar O conhecimento dessas fontes básicas de pressão competiti-
eliminar as ameaças dos concorrentes e os riscos envolvidos. va propicia o trabalho preliminar para uma agenda estratégica de
ação. Elas acentuam os esforços críticos e os pontos fracos da em-
presa, dão vida ao posicionamento da empresa no setor, tornam
claras as áreas onde as mudanças estratégias possam oferecer
1 https://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/Gestaoetecno- 2 MONTGOMERY, Cynthia; PORTER, Michael (org.). Estratégia: a busca da vanta-
logia/analise-de-mercado.pdf gem competitiva. 7ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
maiores vantagens e acentuam os lugares onde as tendências do — Identidade e posicionamento
setor prometem ser da maior importância, seja como oportunida-
de, seja como ameaça. Identidade
Entender essas fontes passa a ser também uma forma de aju- A Identidade Corporativa, diferentemente da imagem ou da
da quando forem consideradas áreas para diversificação. As forças reputação, representa o conjunto de produtos, significados, valo-
mais competitivas determinam a lucratividade de um setor e, por- res, marcas e princípios de uma organização e que contribui para
tanto, são da maior importância na formulação estratégica. distingui-la do mercado, inclusive dos seus concorrentes.
A identidade incorpora a sua missão e visão, sua forma de ges-
— Imagem institucional tão, o seu capital intelectual, e também a sua identidade visual.
A Imagem Institucional é formada pelo conjunto de ações que Identidade corporativa é quem de fato ela é, ou seja, crenças, va-
formam a reputação da empresa. Acredita-se que a imagem institu- lores, cultura.
cional de uma empresa é positiva quando a comunicação bilateral
tem eficiência. Ou seja, o cliente consegue obter respostas que sa- Posicionamento
tisfaçam as dúvidas. O marketing direcionado também abrange o posicionamento
A imagem se refere ao conjunto de representações mentais de mercado pretendido pela empresa em relação ao mercado alvo
atribuídas a uma organização, construídas por um indivíduo ou gru- e à concorrência. O posicionamento permite evidenciar a empresa
po a partir de percepções e experiências concretas, informações e no cenário competitivo, pela oferta de um produto destacado pe-
influências recebidas por terceiros ou da mídia. Todas as práticas rante o consumidor, que se baseia na satisfação mais plena de sua
da organização são importantes e influenciam como a sua imagem necessidade para decidir a sua preferência.
é percebida pelos stakeholders (agentes interessados e envolvidos A doutrina majoritária define duas conceituações para posicio-
direta e indiretamente com a organização). namento de mercado, quais sejam:
Define-se como Imagem Corporativa, o conjunto das percep- 1) Valoriza-se a análise da concorrência para se definir o posi-
ções em relação a uma empresa, tanto junto a seus consumidores cionamento, pois é a imagem que os clientes têm de um produto,
como a outros grupos de pessoas e ao mercado como um todo. Es- especialmente em relação aos concorrentes3;
sas percepções são a visão externa em relação a diversos aspectos
da empresa. 2) Entende-se a importância do registro de uma marca específi-
Ou seja, a imagem corporativa pode ser percebida de várias ca na mente dos consumidores, ao destacar que o posicionamento,
formas de acordo com a subjetividade de cada público em particu- é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de manei-
lar. Imagem corporativa é como a empresa é vista, percebida pelos ra que ocupem uma posição competitiva distinta e significativa nas
públicos de interesse. mentes dos consumidores-alvos4.

Comunicação Empresarial Agrupando-se ambas as definições, tem-se um entendimento


Durante muitos anos a comunicação empresarial clássica se generalizado de qualquer tipo de planejamento, a saber: onde esta-
segmentou em três conjuntos de esforços: mos, para onde queremos ir, como chegarmos e, no caso específico
1) Comunicação de Marketing: para cuidar da marca, dos pro- do posicionamento de mercado, qual a posição do produto frente à
dutos e serviços, voltada para clientes e consumidores; concorrência. A partir do momento que a empresa tenha definido
2) Comunicação Institucional: refere-se à empresa e é voltada seu mercado-alvo, é necessário posicionar o produto nesse merca-
para formadores de opinião e à opinião da sociedade em geral; do.
3) Comunicação Interna: voltada para funcionários e seus fa- O Posicionamento de Produto significa conseguir que um pro-
miliares. duto ocupe um lugar claro, distinto e desejável, em relação aos pro-
dutos concorrentes na mente dos consumidores-alvo. A estratégia
Esse tipo de trabalho é ainda muito encontrado no mercado e de posicionamento do produto é fundamental para desenvolver o
faz com que a empresa tenha processos internos diferentes para composto de marketing adequado.
cada segmento acima citado. Na maioria das vezes, os departamen- O Posicionamento da Oferta é composto por um complexo
tos estão isolados e possuem estratégias individuais e diferentes. grupo de percepções, impressões e sentimentos. Os profissionais
Para o melhor desempenho de comunicação de uma organi- de Marketing devem planejar a posição da oferta de forma que dê
zação, é fundamental que se aplique o Processo Único de Comuni- o maior lucro possível.
cação Empresarial (PUC). Este integra todas as funções e departa-
mentos voltados à comunicação, como marketing, vendas, recursos Estratégias de Posicionamento
humanos, relações públicas, advogados, serviço de atendimento ao Por mais comoditizado5 que seja o produto para o cliente, as
cliente, telemarketing, agências de publicidade, entre outros, e faz empresas devem converter um produto indiferenciado em uma
com que todos trabalhem sob o mesmo processo de comunicação. oferta diferenciada. Os profissionais podem posicionar a oferta de
Nada impede que as funções tenham suas estratégias próprias, várias maneiras, seguindo as principais estratégias de posiciona-
mas, no momento da comunicação empresarial, as ações devem mento elencadas abaixo:
ser coordenadas. Outro aspecto relevante a se abordar, é que a au- - Atributos específicos do produto (desempenho);
ditoria de imagem compreende o estudo, a pesquisa e a análise da - Benefícios do produto;
imagem e/ou reputação de uma organização junto aos seus públi- - Ocasiões de uso dos produtos;
cos de interesse (stakeholders). 3 SIMPSON, P. M. Segmentação de Mercado e Mercados-alvo. Porto Alegre:
Em outras palavras, é uma atividade que tem como objetivo ve- Bookman: 2001.
rificar de que forma os veículos e os públicos avaliam uma empresa, 4 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 7. ed. São Paulo: Pearson
entidade ou pessoa. Prentice Hall,1998.
5 A palavra comoditização vem da palavra inglesa “commodity”. Em uma defi-
nição clara, significa dizer, que aos olhos de um cliente não há diferença entre o
produto A, B ou C. Se não existe diferença para o cliente, o mesmo certamente
irá escolher aquele que lhe ofereça o menor preço ou a melhor oferta.
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
- Classes de usuários; target, que serão objeto de estudos, planos e ações de marketing,
- Contra os concorrentes (comparação de uma empresa com envolvendo o posicionamento da oferta na mente do consumidor
outra direta ou indiretamente); em relação aos concorrentes.
- Em contraste aos concorrentes, (na contramão dos concor-
rentes); Níveis de Segmentação de Mercado
- Classes de produtos; A segmentação é um esforço para o aumento de precisão de
- Preço/qualidade (enfatiza o valor derivado do produto seja alvo de uma empresa, podendo as organizações adotarem cinco ní-
em termos de qualidade ou de preço); veis, quais sejam8:
- Símbolo (as empresas utilizam um símbolo ou ícone para po- 1) Marketing de Massa: a organização se preocupa em produ-
sicionar o seu produto nas mentes dos consumidores, assim, ao ção, distribuição e promoção de massa de um produto para todos
longo do tempo, o símbolo torna-se um sinônimo da empresa ou os compradores. A vantagem desse nível de marketing é que com
do produto). ele, pode-se criar um maior potencial de mercado, custos menores
e automaticamente margens maiores;
2) Marketing de Segmento: o segmento de mercado é formado
por um grande grupo de compradores identificáveis em um merca-
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO do. As pessoas diferem em seus desejos, poder de compra, localiza-
ções geográficas, atitudes e hábitos de compra;
3) Marketing de Nicho: é o processo de se direcionar para um
A Segmentação de Mercado significa escolher um grupo de segmento de mercado relativamente pequeno com um composto
consumidores, com necessidades homogêneas, para o qual a or- de marketing especializado. Nicho é um grupo mais restrito de com-
ganização poderá fazer uma oferta mercadológica. O processo de pradores, as organizações identificam nichos dividindo um segmen-
segmentação requer que sejam identificados os fatores que afetam to em vários subsegmentos;
as decisões de compras dos consumidores6. 4) Marketing Local: entende-se como marketing local, o volta-
O seguimento deve ser: do para as características regionais e locais dos consumidores, com
- Identificável; programas e produtos preparados sob medidas conforme a neces-
- Mensurável; sidade e desejos de grupos de comunidades locais;
- Acessível; 5) Marketing Individual: é o direcionamento à consumidores
- Rentável; individuais, ou seja, esse tipo visa individualizar e personalizar os
- Estável. esforços para cada um deles. Este é o segmento mais subdividido
que se possa existir.
Segmentação de mercado refere-se à divisão de um mercado
em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes O marketing individual engloba o auto marketing, onde o con-
necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos sumidor assume mais responsabilidade para determinar que pro-
de compra. Os mercados se diferem de várias formas, quanto aos dutos e marcas comprar, como por exemplo a compra pela internet.
desejos, recursos, localidades, atitudes e práticas de compra, ou
A segmentação de mercado é realizada das seguintes formas:
seja, eles podem ser segmentados de várias maneiras7.
→ Segmentação Geográfica: trata-se de uma divisão do mer-
Quando uma organização segmenta o mercado, torna-se mais
cado em diferentes unidades geográficas, como países, estados,
fácil satisfazer suas necessidades e desejos, pois o composto de
regiões, cidades ou bairros. Essa segmentação divide um mercado
marketing será desenvolvido atendendo às necessidades específi-
global em grupos homogêneos, e as organizações podem optar por
cas daquele segmento. Desenvolver um composto dirigido a gran-
atuar em um ou mais mercados geográficos;
des mercados, formado por consumidores com diferentes necessi-
→ Segmentação Demográfica: são as bases mais populares e
dades, se torna mais trabalhoso e bem mais difícil, por esta razão fáceis de serem avaliadas, para segmentação dos grupos de con-
que a segmentação do mercado facilita à organização, desenvolver sumo, uma vez que as necessidades e desejos variam conforme as
e comercializar produtos que se aproximem cada vez mais à satisfa- mudanças demográficas. A maioria das empresas segmenta o mer-
ção das necessidades de seus consumidores. cado combinando duas ou mais variáveis demográficas, por exem-
Com a segmentação, a organização poderá obter muitas van- plo, sexo e idade;
tagens, como realizar melhor trabalhos frente a concorrência, de- → Segmentação Psicográfica ou Socioeconômica: são seg-
dicando-se às fatias de mercado que tenha melhores condições mentos que levam em consideração o estilo de vida dos diferentes
de atender. Para tanto, é necessário estimar o tamanho atual do consumidores, ou seja, ele segmenta os grupos na classe social, na
mercado, identificar os concorrentes e respectivas participações, e personalidade, nas atitudes e na percepção. Esse tipo de segmen-
o potencial de crescimento deste mercado. tação produz uma descrição muito mais rica de um mercado-alvo
Logo após, é necessário separar os consumidores em grupos, potencial do que seria possível de outro modo;
de tal modo que a necessidade genérica a ser atendida tenha ma- → Segmentação Comportamental: é o melhor ponto de parti-
tizes específicas, que são semelhantes para os que pertencem ao da para segmentar o mercado. São segmentos tomando como pon-
mesmo grupo e diferentes dos demais grupos. Essa divisão pode to de partida seu conhecimento, atitude, uso ou resposta para um
ocorrer segundo critérios geográficos, demográficos, psicográficos determinado produto;
ou comportamentais. → Segmentação por Multiatributos: é o segmento que parte
Os segmentos resultantes desta divisão devem ser avaliados do princípio de conglomerados geográficos que proporcionam in-
segundo o tamanho, potencial de crescimento e atratividade, em formações mais ricas sobre os consumidores;
relação aos objetivos e recursos da empresa. Por fim, se escolhe → Segmentação baseada em Comportamento de Compra: os
um ou mais segmentos a serem atendidos, que é o mercado alvo ou profissionais de marketing podem segmentar o mercado de acordo
com o comportamento de compra do consumidor. A segmentação
6 https://pt.surveymonkey.com/mp/market-segmentation/
7 CHURCHILL, G. A. e PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. 8 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 7. ed. São Paulo: Pearson
São Paulo: Saraiva, 2000. Prentice Hall,1998.
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389
a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
baseada no comportamento dos consumidores geralmente centra- Deste modo, fica evidente que as empresas, de maneira geral,
-se em alguma combinação de frequência de uso, situação de leal- deveriam ter como foco atingir a máxima satisfação dos clientes.
dade e situação de usuário; Pois um cliente satisfeito mantém com a empresa um relaciona-
→ Segmentação de Mercados Industriais: os mercados in- mento saudável e de longa duração (eles ficam retidos), e ambos,
dustriais podem ser segmentados utilizando muitas das formas de de alguma maneira, são mutuamente beneficiados.
segmentação de consumidores, como Segmentação Demográfica, No que se refere ao perfil do cliente altamente satisfeito, atri-
Segmentação por Variáveis Operacionais, Segmentação por Abor- buem-se os seguintes aspectos:
dagens de Compra, Segmentação por fatores Situacionais, Segmen- a) Permanece fiel por mais tempo;
tação por Características Pessoais; b) Compra mais à medida que a empresa lança novos produtos
→ Segmentação dos Mercados Internacionais: podem ser seg- ou aperfeiçoa produtos existentes;
mentados através de uma única variável ou de uma combinação c) Fala favoravelmente da empresa e de seus produtos;
delas; d) Presta menos atenção a marcas e propagandas concorrentes
→ Segmentação Inter mercado: são consumidores com hábi- e é menos sensível a preço;
tos semelhantes, mas em regiões diferentes. e) Oferece ideias sobre produtos ou serviços à empresa;
f) Custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma
Por fim, a avaliação dos diversos segmentos de mercado envol- vez que as transações são roteirizadas.
ve dois critérios básicos. Vejamos:
Atratividade do Segmento: tamanho, taxa de crescimento, A partir dessa ótica, as empresas, necessariamente, devem
lucratividade, economias de escala, risco, etc. A organização deve buscar a capacitação que lhes garantirá conquistar preferência de
estar voltada para segmentos que valham a pena, e devem ser ava- seus clientes.
liados os vários fatores estruturais importantes que afetam a lucra-
tividade; Retenção de Clientes
O objetivo da empresa não é apenas conseguir novos clientes,
Objetivos da empresa e recursos disponíveis: compatibilida- mas também o que é ainda mais importante: retê-los, a fim de que
de entre o investimento necessário para atingir o segmento, e as seja possível manter a sobrevivência do negócio, aumentar os lu-
competências, recursos e objetivos (curto, médio e longo prazos) cros e garantir o seu crescimento.
organizacionais. Estão ligados os objetivos da empresa quanto ao
A retenção de clientes é a consequência de atitudes estraté-
mercado, se atrativo, mas, se contrário aos objetivos da empresa,
gicas que devem estar nas bases do modelo de negócio de cada
este segmento está descartado.
empresa, com a função de manter os clientes satisfeitos. Para que
haja retenção de clientes é preciso, sobretudo, respeitar e seguir
uma premissa básica, ao qual se relaciona a manter os clientes sa-
AÇÕES PARA AUMENTAR O VALOR PERCEBIDO PELO tisfeitos.
CLIENTE O marketing de relacionamento é a chave para isso, o que en-
volve o fornecimento de benefícios financeiros e sociais, bem como
recursos estruturais que auxiliem os clientes.
Além disso, para manter os clientes satisfeitos, é recomendável
A satisfação dos clientes é cada vez mais exigida nas organi- utilizar três atividades internas que se complementam:
zações, pois se torna um diferencial importante para as empresas 1. Análise contínua do comportamento de consumo e do perfil
que trabalham tanto com produtos como com serviços. A tendência dos clientes;
atual é que as organizações busquem atender às necessidades de 2. Análise da adequação do produto consumido versus perfil
seus clientes, para obter sucesso e até mesmo garantir a sobrevi- do cliente;
vência e continuidade do negócio no longo prazo. 3. Atuação ativa e transparente no intuito de aprimorar essa
Para suprir as expectativas dos clientes, não é só a qualidade do adequação do produto.
produto que interessa, mas também a qualidade dos serviços pres-
tados pela organização, o bom atendimento e uma boa informação. As empresas devem decidir quanto devem investir em mar-
Se buscar a maior satisfação dos clientes é algo muito importante, keting de relacionamento nos diferentes segmentos de mercado e
pois os consumidores se deparam com um vasto universo de produ- clientes individuais, partindo do marketing básico, reativo, respon-
tos, marcas, preços e fornecedores pelos quais optar9. sável, proativo, até o de parceria. São tipos de marketing que in-
A satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamen- fluenciam na retenção de clientes:
to resultante da comparação do desempenho (ou resultado) per-
cebido de um produto em relação às expectativas do comprador10. → Básico: o vendedor da empresa vende o produto, mas não
As expectativas se baseiam nas experiências de compras ante- oferece acompanhamento de forma alguma;
riores do cliente, na opinião de amigos e parceiros, e também nas → Reativo: o vendedor vende o produto e pede ao cliente que
informações e promessas de profissionais de marketing com quem o chame se chegar a ter alguma dúvida ou problema;
tenham tido contato. → Responsável: o vendedor chama o cliente, pouco depois da
Considerando que a finalidade da empresa é gerar e manter venda, para saber se o produto está atendendo às suas expectati-
clientes, a partir do momento em que ela consegue satisfazê-los to- vas. Além disso, pede sugestões ao cliente para melhorar o produto;
talmente em seus desejos, necessidades e expectativas, tem a seu → Proativo: o vendedor ou alguma outra pessoa da empresa
favor todas as condições fundamentais para mantê-los ativos em chama o cliente, de tempos em tempos, para lhe falar dos usos
seus negócios. Isso precisa ser percebido com clareza por emprega- aperfeiçoados do produto ou de produtos novos que poderiam ser
dos, gerentes e corpo diretivo da empresa. úteis;
9 CESTARI, T.; GIMENEZ, E. L. L. A importância da satisfação dos clientes: um → Societário (Partnership): a empresa trabalha de forma sus-
estudo de caso na envelopex artes gráficas, 2013. tentada com aquele cliente e também com demais, para encontrar
10 KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. SP: a forma de proporcionar-lhes mais valor (qualidade).
Prentice Hall, 2000.
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Avaliação da Satisfação para a Retenção de Clientes 2 – Administração de recursos humanos;
Os níveis de satisfação dos clientes podem ser avaliados de inú- 3 – Desenvolvimento de tecnologia;
meras maneiras, como: 4 – Compras.

Sistemas de reclamações e sugestões (SAC, 0800); Essas quatro primeiras atividades são chamadas de Atividades
Pesquisas de satisfação de clientes; de apoio (ou atividades-meio). As cinco abaixo são as chamadas
Compras simuladas (ou comprador oculto/disfarçado); Atividades principais (ou atividades fins), que interferirão direta-
Análise de clientes perdidos (por que pararam de comprar?). mente no índice de satisfação dos clientes:
Número de indicação de novos clientes por clientes atuais 5 – Logística de entrada;
(Para isso é válido saber dos novos clientes como eles chegaram até 6 – Operações;
a empresa, se houve indicação de algum cliente ou não.) 7 – Logística de saída;
8 – Marketing e vendas;
Fidelização dos Clientes 9 – Serviços de pós-vendas.
Entende-se que o cliente fiel é aquele que está satisfeito com
o atendimento e que se torna parceiro comercial da empresa, de-
vido ao grau de satisfação com as atividades executadas. Em outras
palavras, pode-se definir fidelização como sendo um compromisso GESTÃO DA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
profundo de comprar ou recomendar repetidamente certo produto
ou serviço.
A fidelização constitui realmente uma estratégia cuja finalida- A Gestão da Experiência do Cliente ou Gestão do Conheci-
de é prolongar mais e mais o relacionamento entre a empresa e mento Empresarial refere-se à coleta de dados e informações, que,
o cliente, não o satisfazendo apenas em dado momento, mas ob- quando processados ao longo do tempo, geram conhecimento, en-
tendo sua satisfação permanente com a loja, com seus serviços e globando expertise (qualidades próprias, ou Know-how adquirido)
produtos. Trata-se de conquistar a fidelidade do consumidor ao seu e insight (discernimento da situação, capacidade de solução) ofe-
negócio, fazendo dele efetivamente um cliente. recidos pelos indivíduos. Este ato de conhecer, oferecido pelo indi-
Para que haja fidelização, é preciso que se conheça bem o víduo, quando segregado e alinhado aos objetivos organizacionais,
cliente, identificando suas características, desejos e necessidades geram o conhecimento corporativo, refletindo nos produtos e servi-
e utilizando essas informações para estreitar ainda mais o relacio- ços explorados pelas empresas, que visam atender às necessidades
namento com ele, estabelecendo um elo de confiança, facilitando a específicas dos clientes11.
sua vida e reduzindo as possibilidades de que ele venha a trocar sua Assim, surgindo o conhecimento da condensação de dados e
loja por outra (favorecendo a retenção), já que a concorrente teria informações, faz-se necessário o entendimento destes três termos:
que começar o relacionamento do zero.
Pesquisas apontam que clientes atuais (já clientes), são de cin- Dados
co a sete vezes mais rentáveis do que os novos, e que é bem mais Dados referem-se ao registro estruturado de transações, po-
dendo ser definido como um conjunto de fatos distintos e objetivos,
econômico manter clientes antigos do que conquistar pessoas que
relativos a eventos.
ainda não conhecem a empresa.
É informação bruta, descrição exata de algo ou de algum even-
O quadro abaixo demonstra as principais diferenças entre re-
to. Os dados em si não são dotados de relevância, propósito e sig-
tenção e fidelização de clientes:
nificado, mas são importantes porque compõem a matéria-prima
essencial para a criação da informação;
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE RETENÇÃO E FIDELIZAÇÃO DE
CLIENTES Informações
Retenção Fidelização As informações são dados interpretados, dotados de relevância
e propósito. Referem-se ao fluxo de mensagens, capazes e necessá-
Trata-se de um ponto de par- Engloba um programa de rio para se gerar conhecimento12;
tida e, ao mesmo tempo, um estratégias;
resultado a ser obtido; Conhecimento
Pode envolver um momento; Envolve longo prazo; O conhecimento é uma mistura de elementos, fluido, formalmente
estruturado e intuitivo, portanto, difícil de ser colocado em palavras ou
Implica em ações para evitar Trata da valorização do cliente, de ser plenamente entendido em termos lógicos. Os valores e as crenças
a saída do cliente (começa no prolongando o relacionamen- integram o conhecimento, pois determinam, em grande parte, o que o
primeiro contato com o cliente to com ele e incrementando conhecedor vê, absorve e conclui a partir das suas observações.
e permanece, destacando-se as possibilidades de retorno
sempre em momentos especí- financeiro. Como visto acima, o conhecimento deriva da informação, e,
ficos, durante todo o relacio- por seu turno a informação deriva dos dados.
namento). O conhecimento divide-se em duas espécies, quais sejam:
→ Conhecimento Tácito: É aquele difícil de ser articulado na
Cadeia de Valor e a Satisfação do Cliente linguagem formal. Refere-se ao conhecimento pessoal incorporado
Visando criar a satisfação dos clientes, as empresas devem ge- à experiência individual e envolve fatores intangíveis como crenças
renciar sua cadeia de valor, bem como seu sistema de entrega de pessoais, perspectivas, sistema de valor, insights, intuições, emo-
valor, com o foco no cliente. A Cadeia de Valor é usada como uma ções, habilidades;
ferramenta para identificar maneiras para criar mais valor.
Na Cadeia de Valor existem 9 atividades criadoras de valor. Ve- 11 STEWART, Thomas A. Capital Intelectual: A nova vantagem competitiva. RJ:
jamos: Campus, 1998.
1 – Infraestrutura da empresa; 12 DRUCKER, Peter. Desafios Gerenciais para o Século XXI. São Paulo: Pioneira,
1999.
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
→ Conhecimento Explícito: É aquele que pode ser articulado
na linguagem formal, inclusive em afirmações gramaticais, expres- APRENDIZAGEM E SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
sões matemáticas, especificações, manuais, etc., sendo facilmente
transmitido, sistematizado e comunicado.
Aprendizagem Organizacional
O Conhecimento é utilizado como Recurso Estratégico, para
A Aprendizagem não consiste em separar as atividades que
isso, a visão da empresa baseada em conhecimento considera como
ocorrem antes ou mesmo durante as atividades diárias no trabalho
hipóteses gerais as premissas abaixo:
e expô-las em aulas eventuais. Nem é uma atividade reservada ao
→ O conhecimento é um recurso gerador de diferencial com-
grupo gerencial.
petitivo;
Os comportamentos que definem a aprendizagem são aqueles
→ As características dos diferentes tipos de conhecimentos de-
que definem a produtividade. Assim, a aprendizagem é o coração
vem ser consideradas para a sua transferência;
da atividade produtiva, ou seja, a nova forma de trabalho14.
→ Os indivíduos são os principais agentes de conhecimento.
As organizações tendem a evoluir por meio de aprendizagem,
e por isso, assemelham-se muito a um ser vivo. A partir da análise
Gestão de Capital Intelectual
da cultura organizacional, verifica-se que esta, interfere muito no
Denomina-se como capital intelectual, o conjunto de ativos
aprendizado das empresas, fazendo com que elas aprendam com
intangíveis composto por diversos fatores, tais como: qualidade e
maior rapidez ou lentidão e, consequentemente, pode ser que se
coerência do relacionamento entre empresa (clientes e fornecedo-
destaquem ou não no mercado competitivo.
res) talentos, ideias e insights apresentados por todos os envolvi-
A interação, tanto intrínseca quanto extrínseca, possibilita à
dos no contexto organizacional, entre outros. Esses fatores, quando
empresa desenvolver o conhecimento organizacional, permitindo-
combinados e trabalhados em um sistema gerencial eficiente ali-
-lhe, utilizá-lo para adequar-se ao cenário cada vez mais vulnerá-
nhado aos objetivos organizacionais, geram conhecimentos, capa-
vel no qual está inserida. O comprometimento e a capacidade de
zes de promover a inovação e reestruturação contínua dos proces-
compartilhamento, apresentados pelas pessoas envolvidas nos pro-
sos, gerando resultados eficazes13.
cessos organizacionais, permitem a rotatividade do conhecimento,
O Capital Intelectual é integrado composto por: Capital Huma-
viabilizam a aprendizagem em equipe, e consequentemente, o co-
no, Capital Estrutural e Capital de Clientes.
nhecimento organizacional, transformando-se em uma importante
ferramenta de diferenciação.
Capital de Clientes
O macroambiente, em que as empresas estão inseridas, sofre
O Capital de Clientes fundamenta-se em um processo que con-
continuamente modificações em função das alterações no esti-
siste em:
lo de vida social, o que reflete de modo significativo no ambiente
a) Selecionar clientes, identificando os segmentos mais atraen-
interno das organizações; que deverão desenvolver estratégias, a
tes para a empresa, procurando avaliar o valor que estes clientes
fim de adequar-se às tendências do mercado. Fatores como avanço
atribuem à mesma, e inovando os processos utilizados de forma a
tecnológico, conservação ambiental, responsabilidade social, entre
criar uma imagem forte que atraia e mantenha os clientes;
outros, impulsionam e manipulam as necessidades do público alvo,
b) Conquistar cliente através da comunicação de uma imagem
que expressa a cada dia, uma necessidade maior de agilidade para
positiva dos negócios da empresa;
o atendimento de suas necessidades.
c) Reter clientes através da garantia da qualidade e correção
Diante do exposto, a competitividade corporativa está inti-
dos problemas, inovando os processos objetivando minimizar pro-
mamente relacionada à capacidade da organização em desenvol-
blemas, assegurando a satisfação dos mesmos;
ver o conhecimento e inovar os processos; através de estratégias
d) Aplicar o conhecimento em marketing, vendas e pós-vendas,
inteligentes para a adaptação a esse meio, para que melhore seu
de modo a assegurar a qualidade nos processos e garantir a satisfa-
desempenho, mantendo a superioridade diante dos concorrentes.
ção real dos clientes;
Pode-se dizer, segundo o entendimento de alguns autores, que as
e) Cultivar e manter o bom relacionamento, por meio da rela-
inovações surgem do conflito entre o ambiente externo e interno
ção interpessoal com os clientes, o que contribui para o aumento da
da organização.
participação da empresa nas atividades de compra do público alvo.
A percepção precoce das modificações nas variáveis exógenas,
mudanças econômicas, tecnológicas, ambientais, perfil de deman-
Toda empresa possui capital de clientes e este é o mais valioso
da, clientes, produtos, entre outros, permitem às empresas criar e
para a organização, pelo fato de que provém deles o capital finan-
acumular o conhecimento organizacional, desenvolvendo a inova-
ceiro que financia as atividades organizacionais. O estudo de capi-
ção continuada em seus processos e produtos, assegurando, desse
tal de clientes deve estar voltado para o conhecimento destes, sua
modo, a excelência competitiva.
lealdade, a disposição de comprar, a valorização do produto, dentre
A aprendizagem organizacional pode ser vista como o alcance
outros, de tal forma que a organização consiga direcionar o desejo
de novos, múltiplos e contínuos conhecimentos sobre as dinâmicas
dos clientes através das atividades desenvolvidas para se atingir os
e demandas corporativas, seja de maneira direta e/ou indireta, den-
objetivos organizacionais.
tro e fora da empresa. É um conceito intimamente relacionado ao
conhecimento empresarial15.
A aprendizagem organizacional é uma junção de conhecimen-
tos formais e informais, que permite à organização criar seus pró-
prios modelos de gestão, coerentes com as suas necessidades e
pautados no que ela precisa para alcançar os resultados, vejamos:

14 MARQUARDT, M. J. Building The Learning Organization. McGraw-Hill, New


York, 1996.
13 STEWART, Thomas A. A riqueza do conhecimento: O capital intelectual e a 15 MARQUES, J. R. O Que é Aprendizagem Organizacional. Instituto Brasileiro
nova organização. RJ: Campus, 2002. de Coaching. 2006.
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
→ Experiências do Profissional: a partir das experiências po- O conceito de desenvolvimento sustentável tem suas origens
sitivas e negativas, o profissional pode compreender seus erros e na Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Am-
acertos, delimitar melhor suas próximas ações e criar estratégias biente, realizada em Estocolmo em 1972. Entretanto, mesmo após
para impedir que estes erros continuem no futuro; a elaboração do Relatório de Brundtland, em 1987, o tema teve re-
→ Aprendizagem Cultural: é aprendida através da cultura orga- percussão mundial somente com a Comissão Mundial sobre Meio
nizacional, da missão e dos valores adotados pela empresa; Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992,
→ Aprendizagem com o Líder: é realizada através das lideran- palco de elaboração da Agenda 21, uma detalhada orientação para
ças, de seus exemplos e conhecimentos compartilhados com os resolver o paradoxo da coexistência entre progresso tecnológico e
seus liderados; aumento da miséria.
→ Aprendizagem Prática/Ativa: refere-se à aquisição de co- O relatório Nosso Futuro Comum, também reforçado no even-
nhecimentos através da prática efetiva das tarefas e do seu desen- to de 1992, introduziu a definição de desenvolvimento sustentável
volvimento contínuo; como aquele que permite à geração atual suprir as suas necessida-
→ Aprendizagem Sistêmica: refere-se ao entendimento am- des, sem comprometer as condições de subsistência das gerações
pliado de toda empresa e seus processos para oferecer soluções futuras. Mediante esta definição, argumenta-se que não basta ape-
não apenas para o departamento envolvido, mas para a organiza- nas haver crescimento econômico, avanços tecnológicos e institui-
ção como um todo; ções, mas também uma revolução tecnológica e institucional que
→ Compartilhamento de Informações: quanto melhor forem procure conciliar em seus processos decisórios interesses econômi-
distribuídas as informações, maiores serão os conhecimentos sobre cos, preservação ambiental e justiça social.
os processos internos da empresa o que tornará mais assertiva as A aceitação dos lucros empresariais por esferas comunitárias
ações; cada vez mais amplas passa a ser condição necessária a fim de que
→ Benchmarking: consiste na observação de outras empresas tais atores sociais não questionem e não promovam desordens no
e na busca de boas práticas aplicadas para aplicar em sua organi- sistema econômico imperante. Por razões como esta, os adminis-
zação. tradores mostram-se cada vez mais preocupados com a reavalia-
ção das rotinas organizacionais, a fim de que a sustentabilidade de
No contexto da aprendizagem, é importante destacar a neces- ações e decisões proferidas pelas organizações seja assumida como
sidade de compartilhar insights, conhecimentos, crenças e metas condição prioritária.
para que o coletivo prevaleça e a organização aprenda, isto é, para Uma empresa é sustentável, quando gera lucro para os acio-
que a empresa construa sua própria realidade e memória que ser- nistas, protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas com
virão de base para aprendizados futuros. Nesse momento, a apren- as quais mantém interações. Ações organizacionais sustentáveis
dizagem individual é transformada em coletiva, o conhecimento são aquelas responsáveis por causar o menor impacto ambiental
individual é incorporado às práticas organizacionais. possível por meio de atividades operacionais, simultaneamente
Portanto, organizações de aprendizagem (as quais realizam a preocupadas em promover desenvolvimento socioeconômico que
aprendizagem organizacional) são organizações que tem capaci- propicie a sobrevivência de gerações presentes e futuras, e total-
dade sistemática de: aprender, renovar e inovar continuamente. E mente dependentes das pessoas inseridas em ambientes sociais e
seu principal conteúdo invoca a imagem de pessoas e grupos traba- organizacionais, já que por elas são estabelecidas as decisões finais
lhando para melhorar: a inteligência, a criatividade e a capacidade e validadoras de todas essas proposições.
organizacional. Ao reconhecer que, para exercer suas atividades, as empresas
Uma organização de aprendizagem é aquela que tem a habili- consomem não só recursos financeiros, mas também ambientais
dade de criar, adquirir e transferir conhecimento e de modificar seu e sociais, desenvolveu-se a “teoria dos três pilares” (triple bottom
comportamento para refletir sobre novos conhecimentos e ideias. line – TBL). Esta visão tripartite sugere que desenvolvimento econô-
Nas organizações de aprendizagem as pessoas não são treinadas mico, justiça ambiental e inserção social são igualmente relevantes
para exercer suas funções, mas sim: educadas a desempenhar com para a compreensão da sustentabilidade.
satisfação suas atividades, desenvolvendo o espírito de equipe e a O pilar econômico da sustentabilidade organizacional repre-
criatividade. senta a geração de riqueza pela e para a sociedade, por meio do
A organização que aprende é um tipo ideal ao qual muitas or-
fornecimento de bens e serviços; o pilar ambiental refere-se à con-
ganizações aspiram, mas não há um modelo a ser seguido. Cada
servação e ao manejo dos recursos naturais e o pilar social diz res-
empresa deve buscar à sua maneira a melhor forma de enfrentar o
peito ao alcance da igualdade e a participação de todos os grupos
ambiente em que está inserida.
sociais na construção e manutenção do equilíbrio do sistema pelo
Esta transformação não está restrita à organização e sim aos
compartilhamento de direitos e responsabilidades. Assim, uma vi-
indivíduos. A aprendizagem individual não garante a aprendizagem
são equilibrada a respeito de como fazer uso dos recursos disponi-
organizacional, entretanto, sem ela, a aprendizagem organizacional
bilizados pela natureza é essencial para se garantir às gerações futu-
não ocorreria.
ras prosperidade, equidade, manutenção do patrimônio ambiental
Sustentabilidade Organizacional e melhor qualidade de vida.
Sabe-se que proposições relacionadas à sustentabilidade ad-
quiriram destaque pela incorporação da promessa de evolução da
sociedade rumo a um mundo mais harmonioso, no qual o meio
natural e as conquistas culturais procuram ser preservados para as
gerações futuras. A confrontação entre crescimento econômico e
igualdade social vem sendo discutida por anos, logo, a adição deste
desafio na capacidade global de desenvolver sustentavelmente os
sistemas naturais atenua gradativamente a representatividade de
cada um dos agentes sociais inseridos nesta ambiência, que busca
uma sustentabilidade sistêmica16.
REBRAE. Revista Brasileira de Estratégia, Curitiba, v. 1, n. 3, p. 285-295, set./
16 MUNCK, L.; DIAS, B. G.; SOUZA, R. B. de. Sustentabilidade organizacional. dez. 2008.
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
A Figura abaixo ilustra melhor inter-relacionamentos propostos pelo triple bottom line. Vejamos:

Elementos da sustentabilidade

Conforme a Figura supracitada, os três pilares da sustentabilidade organizacional (social, ambiental e econômico) devem relacionar-se
de forma integrada para o alcance do desenvolvimento sustentável. A partir da integração entre desenvolvimento social e econômico,
promove-se a inserção social, entendida como o engajar da população (ou organização) em favor do coletivo, de modo que todos possam
ter acesso à informação, alimentação, saúde, educação, habitação, trabalho, renda e dignidade.
À medida que a inter-relação entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental acontece, emerge o conceito de ecoefi-
ciência. Já a justiça socioambiental ocorre quando a organização consegue integrar de maneira simultânea o desenvolvimento social ao
capital natural, e passa a tratar da equalização da distribuição dos benefícios e dos constrangimentos impostos pela legislação ambiental,
ou mesmo pelos problemas ambientais, entre diferentes grupos sociais.
A estrutura do TBL capta a essência da sustentabilidade organizacional, ao medir o impacto das atividades operacionais das empresas.
Quando o resultado apresenta-se positivo, reflete aumento no valor da empresa, em termos de lucratividade e de contribuição para a
riqueza dos acionistas, bem como no aspecto de seu capital social, humano e ambiental.
Vale ressaltar que a sustentabilidade organizacional não significa meramente boa cidadania empresarial, isto é, ser reconhecida por
reduzir as emissões de gases tóxicos ou por subsidiar benefícios de assistência médica aos funcionários, e muito menos se trata de apenas
uma questão ética de negócios, ou filantropia. A sustentabilidade é hoje, princípio fundamental da gestão inteligente, algo muito fácil de
ignorar ou assumir como inevitável, num mundo em que o resultado financeiro geralmente é visto como a única medida de sucesso.
Enfim, sistemas políticos, instituições, tratados ou modelos de gestão que vislumbrem o tratamento de problemáticas ambientais e
sociais pela abordagem sustentável devem ser capazes de transpor as barreiras físicas das organizações no intuito de obter maior eficácia
na resolução de calamidades. Logo, torna-se cada vez mais necessária uma resposta institucional que objetive, em seu agir, uma raciona-
lidade que contemple a união estável entre os desenvolvimentos econômico, social e ambiental.

CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS: INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE, VARIABILIDADE E PERECIBILIDADE

Na área da administrativa um serviço é o conjunto de atividades realizadas por uma organização para responder às expectativas e ne-
cessidades dos clientes, posto isso, o serviço é definido como sendo um bem não material. Esse conceito também permite fazer referência
aos serviços públicos que são pagos pelos contribuintes através de taxas ou impostos, e ao fornecimento de serviços prestados com vista
a satisfazer alguma necessidade desde que não consistam na produção de bens materiais.
Serviços são atividades, benefícios ou satisfações que são colocadas à venda ou proporcionados em conexão com a venda de bens. Em
outras palavras, o serviço pode ser entendido como as transações de negócios que acontecem entre um provedor (prestador de serviço)
e um receptor (cliente) a fim de produzir um resultado que satisfaça o cliente17.
Já os serviços de qualidade são aqueles que atendem perfeitamente, de forma confiável, acessível, segura e no tempo certo às neces-
sidades dos clientes. Dessa forma a organização deve possuir um esforço de compromisso com a qualidade do serviço que é ofertado18.

Características dos Serviços


Os serviços possuem algumas características específicas que os diferenciam dos bens manufaturados e que devem ser consideradas
para uma gestão de serviços eficaz, tais características são elencadas abaixo19:

→ Intangibilidade
Os serviços são intangíveis por natureza, ou seja, eles não podem ser tocados ou possuídos pelo cliente como os bens manufatura-
dos. Logo, o cliente vivencia o serviço que lhe é prestado, o que torna mais difícil a avaliação do serviço pelo cliente, pois esta assume um
caráter subjetivo.
Cabe observar que em relação às características intrínsecas ao serviço, no que se refere à intangibilidade, embora um serviço não seja
palpável, ele possui diversos elementos tangíveis, perceptíveis. Por exemplo, em uma escola, o ambiente físico, as instalações, os materiais
utilizados em sala, livros e pessoas, são elementos tangíveis.

17 https://www.ama.org
18 CAMPOS, V. F.; Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços LTDA, 2004.
19 http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/1013809_2012_cap_2.pdf
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Mais ainda, todas as comunicações da escola são elementos qualidade ocorrer durante o processo, uma vez que não é possível
visíveis do serviço que, no mínimo, comunicam sobre ele. Os ele- serem feitas inspeções como na indústria de manufatura. Eventuais
mentos tangíveis funcionam como evidências do serviço. erros que venham a ocorrer durante o processo são imediatamente
São sugestões de como ele deve ser. Assim, voltando ao exem- percebidos pelo cliente.
plo da escola, se vê-se uma sala de aula moderna, bem iluminada, Pela perecividade, os serviços são perecíveis, isto é, não podem
com amplos recursos tecnológicos, apoiada em modernos concei- ser estocados, assim, são temporais, prestados num tempo e local
tos pedagógicos, naturalmente, infere-se modernidade. precisos. Neste sentido, há uma necessidade de se encontrar um
Na verdade, os elementos tangíveis do serviço, que podem ser ponto ótimo entre a oferta e a demanda do serviço, ou seja, um
pessoas que nele trabalham, cumprem o papel de reduzir o nível entrave é como administrar a demanda de um serviço.
de dúvida sobre a qualidade do serviço, como dito popularmente, Por exemplo, num transporte aéreo com 100 lugares, se houver
“todo serviço é a compra de uma promessa”, isto é somente o con- 1 ou 100 passageiros, o custo do voo é praticamente o mesmo, po-
sumidor saberá se o serviço prometido foi cumprido após a expe- rém caso existam lugares vazios quando o voo começar, então a em-
riência obtida no decorrer do serviço. Neste sentido, os tangíveis presa que oferece esse serviço não conseguirá a receita esperada,
são sinalizadores para verificar se pode-se confiar ou não na pro- ficando incapaz de recuperá-la. Ora, haverá momentos de altíssima
messa do serviço. demanda e outros de pequena, em todos eles, contudo, persistirá
Citando um exemplo simples, muitas vezes julga-se a qualidade um alto custo fixo, fazendo com que a empresa e se esforce em
do serviço de um supermercado pela aparência de seus ambien- vender pelo menos ao nível do seu ponto de equilíbrio operacional.
tes; um ambiente sujo, comunica má qualidade. Assim, os tangíveis Assim, encontrar o ponto ótimo entre oferta e demanda é cru-
acabam funcionando como uma “embalagem” do serviço, e, como cial em serviços para não ocorrer um problema comum, que tanto não
para os produtos, traduzem muitas vezes a qualidade do que é ofer- pode conseguir atender o excesso de demanda (e perder clientes em
tado, o que será verificado apenas com a prestação do serviço; função disso) quanto ter que suportar pesados custos operacionais
sem uma receita satisfatória, conseguida por uma demanda mínima.
→ Inseparabilidade
Pela característica da Inseparabilidade ou Produção e Consu-
mo Simultâneos, o cliente participa do processo de produção, po-
GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS
dendo não somente participar passivamente, mas também como
coautor do serviço. Nos serviços, o cliente é quem inicia o processo
de produção, pois o serviço só é produzido após sua solicitação/
contratação. Diante de um cenário de grande proliferação da concorrência,
Assim, o grau de contato entre cliente e empresa é maior que as empresas têm percebido a necessidade de dar mais atenção à
na produção de bens. A inseparabilidade aponta para a seguinte qualidade dos produtos ou serviços que oferecem, a fim de obter
questão: todo serviço tem um momento em que sua produção e vantagem competitiva no mercado. A implantação da gestão de
consumo são simultâneos, inseparáveis. qualidade é capaz de promover identificação precisa dos fatores de-
Como exemplo prático pode-se citar uma aula, ao mesmo tem- ficientes que precisam de mudanças e melhoria contínua, por meio
po em que um professor produz sua aula, esta é consumida pelos de análises nos processos de produção e consumo, estabelecendo
alunos. Ao mesmo tempo em que o médico produz sua consulta, o um panorama focado no produto e em sua relação com o cliente e
paciente a consome, como cliente do serviço. em sua experiência a fim de o fidelizar.
Nesses exemplos, produção e consumo são simultâneos, dife- De modo que esta otimização geral seja factível é imprescindí-
rentemente de uma empresa de produtos, em que claramente exis- vel conhecer as ferramentas disponibilizadas pela gestão de qua-
te um momento de produção e um momento de consumo; lidade, ideais para não apenas entender processos referentes ao
serviço ou produto em questão, mas também para fomentar so-
→ Variabilidade luções para os problemas analisados através de ações preventivas
Os serviços são variáveis, isto é, os serviços variam e podem que irão evitar que o mesmo problema se repita prejudicando a
variar conforme o prestador do serviço e o cliente. Esta também é performance da empresa diante do mercado. São sete ferramentas
uma característica do serviço, a variabilidade, podendo ser vista sob úteis e aplicáveis dentro de qualquer organização aptas para bene-
um prisma positivo quanto negativo. ficiar equipes inteiras. Observe a seguir:
Deste modo, uma organização tem pouco ou nenhum controle
sobre as ações e atitudes que o cliente assume ao participar da pro- Fluxograma
dução do serviço, somado a isto, os funcionários e os outros recur- O fluxograma, também conhecido como gráfico de procedi-
sos que interagem com o cliente podem variar significativamente mentos ou fluxograma de processos, tem a função de demonstrar
em diferentes ocasiões para diferentes ocasiões. o percurso existente durante a produção de determinado serviço/
Por isto, muitos autores apontam a variabilidade como mais produto de modo real, ou seja, da forma como atualmente ocorre,
uma característica específica dos serviços. O prisma positivo da va- e de modo ideal, como deveria ocorrer, podendo haver diversas va-
riabilidade é que ela permite a customização, a personalização, o riáveis e correlações entre atividades e processos.
atendimento diferenciado às expectativas de grupos de clientes.
Como exemplos, um palestrante pode adaptar a sua palestra
a seu público, assim como um médico pode adaptar o seu serviço
ao tipo de paciente que está atendendo. O lado negativo da varia-
bilidade é que ela torna difícil o estabelecimento de um padrão de
serviço, de um desempenho padronizado, imune a erros;

→ Perecibilidade
Nos serviços, a produção ocorre ao mesmo tempo em que o
consumo. Daí decorrem outras implicações, como o fato de os ser-
viços não poderem ser estocados e da necessidade do controle de
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Esta ferramenta possibilita visualizar o início e o fim de um processo, as atividades pertinentes a ele, os pontos decisivos e o fluxo das
atividades. Através dele é possível identificar deficiências ou desvios no processo de produção. Sua representação se dá através de qua-
dros e formas geométricas que ilustram etapa a etapa o processo, além disso ele conta com elementos em símbolos, cuja representação
facilmente identificável permite a equipe uma visualização clara do passo a passo do processo produtivo de modo que possam identificar
a melhor rota para o produto ou serviço a que se refere, eliminando ou incluindo novas etapas que possam auxiliar a equipe a alcançar
melhores resultados.

Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa, conhecido como Espinha de Peixe devido sua aparência, é um modo de representação gráfica documental
criado por Kaoku Ishikawa útil para indicar o que possivelmente seriam as causas de certos problemas na gestão e suas respectivas reper-
cussões, ele explora com profundidade as possíveis variáveis que influenciam negativamente o processo de produção de um produto ou
serviço, capazes de interferir em sua qualidade.

A fim de aplicar o diagrama corretamente, estabelecem-se categorias em nível macro para levantar as possíveis causas de um proble-
ma, ou seja, o seu local de origem. Estes tópicos podem ser divididos em:
1) Mão-de-obra: pode ser a origem de algum problema quando se refere à ação de um funcionário ou colaborador da empresa.
2) Materiais: trata-se de quando o material usado não está adequado e pode se tornar o causador de problemas no trabalho.
3) Máquinas: quando há defeitos no maquinário da empresa.
4) Medidas: trata-se de quando uma medida tomada foi o causador do problema.
5) Métodos: refere-se ao uso de uma metodologia que não está adequada ao e possivelmente causará problemas.
6) Meio ambiente: trata-se de quando problemas no meio ambiente (como, poluição, aquecimento global, mudanças climáticas) são
causadoras de problemas.

A partir da identificação de um ou mais destes itens, é possível tomar medidas para atingir o resultado esperado a partir deste pa-
norama das possíveis causas e consequências que os problemas analisados podem sofrer caso não se tome ação, sendo assim uma útil
ferramenta para se visualizar relações de causa e efeito.

Folhas de verificação
Uma outra ferramenta aplicada em gestão de qualidade são as folhas de verificação, documentos comuns, como planilhas e tabelas,
feitos de modo simples, intuitivo e prático para agilizar a coleta de dados e a confirmação de informações pertinentes ao produto ou ser-
viço. As folhas de verificação servem para facilitar a compreensão da realidade do produto ou serviço, economizando tempo da equipe e
otimizando o entendimento dos processos produtivos no trabalho em prol da resolução de problemas e implementação de ideias e solu-
ções úteis para a otimização do produto.
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As informações contidas nos documentos devem ser anteriormente estabelecidas para que nas folhas sejam registrados dados que
serão ticados, como em uma lista, sobre o andamento do processo de produção da empresa. Considere que os pontos mais relevantes a
se analisar quanto a determinado produto sejam seu funcionamento e sua aparência, sendo assim seleciona-se alguns tópicos (eficiência,
agilidade, tempo de uso, ergonomia, facilidade de manejar, entre outros) que poderão auxiliar na melhor visualização de seus pontos
positivos e negativos.

Diagrama de Pareto

Este diagrama em forma de gráfico é capaz de identificar a concentração de uma variável, indicando as causas essenciais de um pro-
cesso. Por meio deste diagrama, o é possível compreender melhor e combater a raiz das causas de certos problemas de modo prioritário
a fim de assegurar alto índice de produção e produtividade.
O diagrama de Pareto baseia-se no princípio de Pareto que explica que 80% das consequências ou efeitos de uma ação tem relação
direta com 20% das causas. O gráfico numérico, então, computa dados precisos que, além de oferecer melhor visualização das relações en-
tre variáveis, facilita a visualização de pontos que precisam de melhoria para aumentar o desempenho da empresa quando aos processos
produtivos, pois redireciona o olhar para campos que de fato precisam de intervenção de modo prioritário.
Os dados do gráfico são específicos para cada empresa ou produto, de modo que não se pode aplicar exatamente os mesmos pontos
do diagrama de um produto a outro, pois cada qual possui suas próprias particularidades e especificidades. Por exemplo, a análise de um
serviço requer a presença de tópicos mais subjetivos como o tempo de permanência do cliente no espaço (caso seja um local), a satisfação
do cliente pós-serviço, relacionamento cliente e fornecedor, entre outros, enquanto um produto precisa incluir uma análise de seus aspec-
tos não apenas financeiros e ligados à experiência, mas a aspectos físicos e cognitivos em relação ao cliente.

Histograma

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O histograma é também uma forma de representação gráfica cuja função é representar a distribuição de frequências de alguns dados
em determinado período de tempo, por meio de barras. Este recurso auxilia a compreensão da quantidade ou volume de produtos ina-
dequados, problemas ou conflitos quanto a medidas, entre outros itens como peso, largura, comprimento, tempo, temperatura, volume,
preço, etc.
De modo claro, um histograma possibilita permite que a empresa saiba o número de vezes que algum dos itens ocorreu ao longo do
processo. Seu propósito está em facilitar a resolução de conflitos através da visualização de uma análise real do processo evolutivo e gra-
dativo de determinado produto ou serviço, identificando suas tendências.

Diagrama de dispersão
O Diagrama de Dispersão ou gráfico de correlação, trata-se de uma ferramenta de representação gráfica dos valores de duas variáveis
relacionadas a um mesmo processo simultaneamente, o que possibilita eliminar interferências e interpretações erradas quanto demais
variáveis ou causas de um problema.

Este diagrama se baseia em variáveis independentes, ou seja, quando ações e situações não tem relação, e variáveis dependentes,
quando uma ação está diretamente ligada a outra; estas variáveis são identificadas e investigadas através de correlações que se estabele-
cem entre elas, podendo ser positivas (quando duas variáveis aumentam na mesma direção no gráfico), negativa (quando diminuem na
mesma direção ou nula (quando não há cruzamento de dados, eles ficam dispersos e, portanto não há correlação).

Cartas de controle
Cartas de controle são ferramentas utilizadas para identificar as estatísticas e tendências de certos desvios e mudanças de comporta-
mento quanto a alguns pontos de observação dentro de determinado tempo e espaço. Esta ferramenta é muito utilizada a fim de observar
se o processo está ocorrendo de maneira controlada e ordenada, sem alterações consideráveis que possam prejudicar o andamento do
processo produtivo.

Os desvios ou alterações podem ser observados em linhas que divergem em pontos específicos e permitem um acompanhamento
geral da equipe quanto aos processos produtivos a fim de identificar pontos que podem ser preocupantes, e que por vezes passariam
despercebidos, e devem ser melhor trabalhados.
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Considerando o meio de atuação
TÉCNICAS DE VENDAS: DA PRÉ-ABORDAGEM AO PÓS-VEN- A aplicação de marketing é ainda mais complexa do que conhe-
DAS cer o consumidor e, a partir dele, estabelecer um composto mer-
cadológico mais adequado. O ambiente em que as decisões devem
ser tomadas é bastante complexo.
De modo geral, as empresas, a partir de sua formação, geram
custos constituídos por aluguéis de escritórios, instalações, salários Considerando o impacto que essas relações causam no bem-
de funcionários, manutenção e várias outras despesas que formam -estar da sociedade
os custos fixos e passam a existir quer a empresa tenha faturamento As práticas mercadológicas de algumas empresas às vezes afe-
ou não. É no mercado, através da utilização das ferramentas mer- tam o meio ambiente, como a poluição do ar e da água dos rios. Os
cadológicas, que a empresa busca não só obter recursos para fazer homens de marketing, entusiasmados com o sucesso de seus em-
frente a todas essas despesas, como também alcançar objetivos fi- preendimentos, deixam muitas vezes de pensar nos prejuízos que
nanceiros20. podem causar à sociedade.
Para compreensão das atividades mercadológicas possíveis a É responsabilidade dos profissionais da área desenvolver estra-
uma empresa, define-se marketing como a área do conhecimento tégias sem causar prejuízo ao meio ambiente, ou ao bem-estar da
que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, população.
orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consu-
midores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando Venda Pessoal
sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações cau- Percebe-se que dentro dos esforços de comunicação que uma
sam no bem-estar da sociedade. empresa pode estabelecer, a literatura de marketing (básica), ge-
A atividade de vendas exerce papel de extrema importância ralmente, classifica vendas pessoais como uma das ferramentas de
para o faturamento das empresas. Note-se que a venda não é uma comunicação disponíveis, como uma das formas da empresa levar
atividade isolada; ela depende de uma estratégia de marketing bem sua mensagem aos grupos de consumidores almejados por ela. A
elaborada, que inclui produtos, preços, sistemas de distribuição e venda pessoal é definida como um processo de comunicação pes-
outras atividades promocionais. Portanto, qualquer estudo de ven- soal em que um vendedor identifica e satisfaz às necessidades de
das exige compreensão das demais atividades mercadológicas e de um comprador para o benefício de longo prazo de ambas as partes.
seus relacionamentos: O processo de comunicação está na essência de uma venda, no
entanto o seu papel como “distribuidor” de produtos em diversos
Marketing engloba todas as atividades concernentes às rela- momentos não pode ser ignorado. Salienta-se, dessa forma, a ques-
ções de troca tão em relação a vendas pessoais como sendo um formato de canal
Em marketing, as trocas são realizadas para trazer satisfação de distribuição, ou seja, eles são agentes responsáveis por levar os
para ambas as partes, sendo a empresa uma das partes e os con- produtos dos fabricantes aos clientes, tornando-os disponíveis.
sumidores outra. Assim, a relação deve ser benéfica para todos en- Venda pessoal é o lado acentuado do marketing, porque ocorre
volvidos. quando os representantes da empresa ficam frente a frente com os
Enquanto de uma parte, espera-se o poder aquisitivo e auto- compradores em potencial. A força de vendas funciona como um
ridade para comprar, da outra espera-se produtos e serviços que elo entre a empresa e os clientes, sendo que a verdadeira diferença
atenda suas necessidades. Além disso, é importante saber que cada está relacionada com o papel que a força de vendas pode ter em
parte é livre para aceitar ou rejeitar a oferta. uma empresa; ela pode ser um canal de comunicação ou distribui-
O sentido proposto nessa definição é bastante amplo: nele está ção ou ambos, como ocorre na maioria das vezes.
incluído não somente o conceito de troca de mercadorias, mas tam- Deve-se destacar a seguinte informação em relação aos tipos
bém de qualquer outra coisa em que haja objeto para permuta. de clientes (mercados-alvo): mercados industriais compostos por
outras empresas ou instituições são caracterizados por número me-
Relação de troca orientada para a satisfação dos desejos e ne- nor de compradores e, geralmente, estão concentrados geografi-
cessidades dos consumidores camente se comparados a empresas que vendem a consumidores
O que caracteriza a comercialização moderna é a aplicação do finais (vendedores de produtos de consumo como alimentos e ele-
conceito de marketing, o qual determina que as empresas devem trodomésticos). Isso torna mais viável e eficaz o uso de vendedo-
procurar satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores. res para a realização de vendas ao invés de vendas por telefone ou
Através da aplicação deste conceito, as empresas poderão contar mesmo pela internet.
com lucros a longo prazo pela formação de clientes satisfeitos. Por Em marketing industrial, vendas pessoais recebem uma impor-
isso, todas as atividades concernentes às realizações de troca de- tância muito grande, tornando-se muito mais do que simplesmente
vem visar a esses objetivos. uma ferramenta importante de comunicação ou um formato impor-
tante de canal de distribuição. A necessidade de aumentar a fideli-
Visando alcançar os objetivos da empresa zação de clientes valiosos tem feito com que estratégias de vendas
Além da orientação ao consumidor, a empresa terá outros ob- pessoais sejam utilizadas em conjunto com programas de relaciona-
jetivos. Eles poderão ser quantitativos, como obter lucros ou de- mentos com clientes e automação de vendas, como os programas
terminada fatia de mercado, ou qualitativos, como projetar uma de Customer Relationship Management (CRM).
imagem de competência.
O programa mercadológico deverá sempre ser adaptado a es- Pré-abordagem
ses objetivos preestabelecidos. A Pré-abordagem faz parte das Etapas do processo de vendas.
O processo de vendas é uma sequência de etapas por meio da qual
os vendedores realizam a venda, conforme demonstrado a seguir21:

20 http://estacio.webaula.com.br/BiBlioTECA/Acervo/Complementar/Comple- 21 http://estacio.webaula.com.br/BiBlioTECA/Acervo/Complementar/Comple-
mentar_27148.pdf mentar_27148.pdf
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1. Prospecção e qualificação 4. Apresentação e demonstração
O processo de vendas se inicia com a identificação dos clientes O vendedor, nesta fase, deve apresentar o produto ao compra-
potenciais. Os vendedores podem qualificar os clientes potenciais dor de forma que atraia sua atenção e desperte o desejo de efetuar
por meio do exame de sua situação financeira, volume de negócios, a compra. Na apresentação, o vendedor deve realçar os benefícios
exigências especiais e em termos de sua probabilidade de continui- do produto e mostrar suas principais características que sejam evi-
dade no mercado, tendo de ser capazes de desenvolver suas pró- dentes para a obtenção desses benefícios.
prias indicações para reconhecimento dos clientes potenciais. Três estilos diferentes de apresentação são os mais utilizados
Os clientes devem ser classificados para se priorizar o atendi- pelos vendedores: o primeiro e mais antigo é do tipo abordagem
mento; enlatada, na qual o vendedor já tem em mente toda a sua expo-
sição que se resume aos pontos básicos do produto, baseia-se no
2. Pré - abordagem princípio estímulo-resposta no qual o comprador é o agente passivo
Os clientes devem ser estudados o máximo possível (quais as que pode ser induzido a comprar pelo uso de palavras de estímulo,
suas necessidades, quem está envolvido na decisão da compra) imagens, termos e ações. Esse tipo de abordagem é utilizado princi-
para se decidir a melhor abordagem a ser empregada. palmente na venda porta a porta e por telefone.
Deve-se também considerar o melhor momento para a aborda- A segunda abordagem planejada também é baseada no prin-
gem, pois muitos clientes estão ocupados em certas ocasiões; cípio estímulo-resposta, porém o vendedor identifica antecipada-
mente as necessidades e o estilo de compra do cliente para depois
3. Abordagem abordá-lo com uma apresentação planejada.
Inicialmente, o vendedor deve saber como saudar o comprador A terceira é a abordagem de satisfação de necessidades que
para obter um bom começo de relacionamento. Deve-se mostrar busca as necessidades reais do cliente. Essa abordagem requer do
cortesia e evitar distração, como, não os interromper e olhar direta- vendedor muita habilidade para ouvir e solucionar problemas.
mente em seus olhos. A apresentação ao cliente deve ser agradável Ele exerce o papel de um experiente consultor de negócios, es-
e positiva. perando ajudar o cliente a economizar ou a ganhar mais dinheiro.
Os tipos de abordagem de vendas classificam-se em: estímu- De maneira geral, as apresentações podem ser melhoradas com o
los-resposta, estado mental, satisfação de necessidades e solução auxílio de folhetos, catálogos, slides, DVDs, amostras de produtos e
de problemas; simulações baseadas em computador;

A venda estímulo-resposta 5. Superação de objeções


A venda por meio deste tipo de abordagem estímulo-resposta Os clientes, quase sempre, colocam objeções durante a apre-
sentação de vendas ou quando solicitados a assinar o pedido. A
é uma das mais simples. O vendedor provoca estímulos no cliente
resistência pode ser psicológica ou lógica. A resistência psicológica
através de um repertório de palavras e ações destinadas a produzir
pode incluir a preferência por outras marcas, apatia, associações
a resposta desejada, que é a compra.
desagradáveis ao vendedor, ideias predeterminadas e aversão a to-
Esse é um tipo de abordagem muito utilizada na “venda enlata-
mar decisões.
da” em que o vendedor tem um texto decorado acompanhado de
A resistência lógica relaciona-se com a resistência ao preço
uma série de dramatizações ensaiadas, visando comover o cliente.
ou não concordância com o prazo de entrega. É necessário que o
Esse tipo de venda nem sempre é bem aceita pelo compra-
vendedor treine exaustivamente suas técnicas de negociação para
dor que prefere estabelecer diálogo com o vendedor. No entanto, superar essas objeções.
qualquer interrupção na representação de venda reduz o impacto Para lidar melhor com as objeções deve-se atentar para os se-
emocional. guintes aspectos:
• Identificar o melhor produto ou serviço da empresa para
A venda estado mental atender a necessidade do cliente;
A venda com base no estado mental é também conhecida com • Preparar o roteiro de Apresentação da Solução enfatizando as
AIDA, ou seja, venda que busca despertar no comprador atenção, informações colhidas no cliente;
interesse, desejo e ação de compra. Nesse caso, a mensagem de • Preparar a argumentação dos benefícios decorrentes da so-
vendas deve prover a transição de um estado mental para outro e lução apresentada;
esse é exatamente a maior dificuldade do método. • Preparar-se para as objeções do cliente.

A venda de satisfação de necessidades Os principais tipos de objeção são referidos a seguir:


O pressuposto básico desse método é de que o cliente compra • Em relação ao vendedor – alguns clientes têm dificuldade em
produtos ou serviços para satisfazer a uma necessidade específica se relacionar com determinados vendedores. Não vem ao caso que
ou a um elenco de necessidades. Nesse caso, a tarefa do vendedor está com a razão, cabe ao vendedor remover as objeções decorren-
é identificar necessidades a serem satisfeitas. tes do seu estilo de venda ou da sua postura frente ao cliente;
Para tanto, o vendedor deve utilizar as técnicas de questiona- • Em relação ao produto/serviço – os clientes podem levantar
mento para descobrir necessidades para, em seguida, oferecer ma- objeções por terem dúvidas se determinado produto/serviço real-
neiras de satisfazê-las. mente atenderá as suas necessidades. Cabe ao vendedor identificar
Nesta técnica é preciso que o vendedor crie um clima amistoso, os benefícios que maior relevância terão para a decisão do cliente;
num ambiente de baixa pressão para obter a confiança do cliente. • Em relação ao preço – esta não é necessariamente uma ob-
Essa técnica é também chamada de “venda não manipulada”. jeção, mas um dos fatores da negociação. O vendedor deve retar-
dar ao máximo a discussão sobre o preço evitando falar em valores
A venda de solução de problemas antes de expor as vantagens e benefícios do produto/serviço ao
Esta técnica inicia-se com a identificação dos problemas do cliente;
cliente, em seguida, deve ser feito um estudo para encontrar a me- • Em relação a mudar de fornecedor – a troca de fornecedor
lhor solução e assim atender às expectativas do cliente. sempre representa um risco para o comprador e os decisores da
compra. As mudanças internas decorrentes podem afetar o desem-
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
penho da empresa e exigir um período de adaptação ao novo forne- Por fim, atração de leads é resultado do interesse do usuário,
cedor. Para contornar esta objeção o vendedor precisa de credibili- pois não se invadiu o espaço dele, ou o abordou de maneira intrusi-
dade e cuidar pessoalmente para que as primeiras entregas estejam va, o que tem incomodado muitos consumidores atuais. Por isso, a
de acordo com o que foi vendido ao cliente; relação passa a ser de empatia, e não de intolerância.

6. Fechamento Formas de geração de leads


Neste estágio, o vendedor tenta fechar a venda, porém, alguns O processo de geração de leads se baseia em um intenso cuida-
não chegam ou não obtêm êxito nesse estágio. Por vezes, se sen- do com o conteúdo. Para isso, é preciso investir em uma estratégia
tem sem confiança ou até desconfortáveis em pedir ao cliente que que cative a atenção dos potenciais clientes. Se for produzido con-
assine o pedido. teúdo de qualidade e que também seja relevante para a persona, as
Os agentes de vendas precisam saber como identificar ações pessoas vão demonstrar um interesse genuíno no respectivo negó-
físicas, declarações ou comentários e perguntas dos compradores cio, desenvolvendo uma relação direta com a empresa.
que sinalizem a hora do fechamento. Existem várias técnicas de Assim, obter informações que possam facilitar a qualificação,
fechamento, pode-se solicitar o pedido, recapitular os pontos do contato com os leads e fechar a compra será muito mais simples.
entendimento, perguntar se o comprador tem preferência por A ou São formas de geração de leads:
B, ou até mesmo oferecer incentivos específicos ao comprador para
fecha a venda, como preço especial, quantidade extra sem cobrar → Blog
ou um brinde. Hoje em dia, ter uma boa presença online já deixou de ser uma
opção para empresas, tornou-se uma obrigação. Um bom começo
para aumentar a visibilidade de uma marca é ter um site.
NOÇÕES DE MARKETING DIGITAL: GERAÇÃO DE LEADS; No entanto, isso não é suficiente para gerar leads. Ter um blog
TÉCNICA DE COPYWRITING; GATILHOS MENTAIS; INBOU- corporativo é essencial para interagir com uma audiência que traba-
ND MARKETING lha, compra, vende e se relaciona online.
Com ele, se poderá criar conexões relevantes com os usuários
da Internet e gerar interesse nos produtos ou serviços.

— Geração de leads Como gerar leads através de um blog


Lead é uma pessoa que demonstrou interesse por algum con- O principal responsável por atrair os leitores a um blog e fazer
teúdo que uma empresa ofereceu. E, em troca, ela se dispôs a ceder com que eles voltem é, com certeza, o conteúdo. Por meio das pos-
informações pessoais (como nome, e-mail, telefone, etc.), em troca tagens, os leads podem ser incentivados a assinar newsletters, co-
desse conteúdo22. mentar, apresentar os interesses, curtir as páginas nas redes sociais
Se antes qualquer contato era visto como um potencial cliente, e compartilhar as publicações.
com a geração de leads esse conceito mudou. A partir dos interes- Além disso, elas podem ser direcionadas para landing pages,
ses desse contato e das informações fornecidas, é possível focar os com ofertas de materiais ricos, onde um visitante do blog poderá
esforços e recursos da equipe de vendas em pessoas que realmente virar um lead. Uma boa prática para gerar leads com os artigos do
podem se tornar clientes, ou seja, gerar leads é o mesmo que gerar seu blog é adicionar CTAs (Callto Action, ou Chamada Para a Ação,
contatos interessados, que serão classificados de acordo com o po- em português) ao final de cada post.
tencial que eles têm de se tornarem consumidores. Eles irão instigar o leitor a realizar uma ação, como fazer do-
Diversos canais digitais podem ser utilizados para gerar leads, wnload de um ebook ou conferir uma promoção que se está rea-
desde redes sociais até softwares mais complexos de automação lizando.
de marketing. Em qualquer um, a geração de leads tem como base
a utilização de informações disponíveis sobre o comportamento e → Site corporativo
perfil demográfico dos usuários. Já estando educado o lead, precisa-se apenas de algumas in-
formações necessárias para fazer a decisão de compra. O site é o
Importância da geração de leads lugar ideal para divulgar informações que precisam ser facilmente
O processo de compra tem se transformado, e os profissionais encontradas.
de marketing precisam achar novos caminhos para estabelecer uma
comunicação com o público em meio a tantas informações. Ao in- Como gerar leads com um site corporativo
vés de se ir de encontro aos consumidores somente com publicida- Um site e um blog são como cartões de visita. Por isso, é muito
de de massa, veiculadas em mídias como o rádio, TV e banners em importante assegurar que a experiência do usuário será a melhor
grandes sites, gerar leads faz o processo inverso, ou seja, faz com possível e que todas as informações relevantes são de fácil acesso.
que as pessoas se sintam atraídas pela marca específica. Algumas informações indispensáveis que deve se ter em um
Assim, empresa e consumidor aprendem a construir, continua- site são:
mente, um relacionamento. Essa relação faz com que cada marca se Contato;
estabeleça não como mais uma no mercado, mas como uma autori- Redes sociais;
dade e, consequentemente, um referencial. Informações institucionais;
Outra vantagem da geração de leads é a previsibilidade, pois Descrição de serviços e produtos;
leads não surgem do nada. Canais como redes sociais e softwares Promoções ou ofertas.
de automação de marketing, utilizados para geração de leads, per-
mitem que os resultados da estratégia sejam mensurados, e que o → Redes sociais
retorno dos investimentos seja avaliado, para ser aplicado da me- As redes sociais podem não ser o principal meio onde ocorre
lhor maneira possível. a geração de leads, mas muitas oportunidades de negócios podem
ser geradas dentro delas. Elas também podem ser a origem de uma
longa relação entre consumidor e empresa.
22 https://www.academia.edu/38646426
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Ideais para promover o negócio e conectá-lo aos consumidores Como gerar leads utilizando co-marketing
de uma forma mais personalizada, as mídias sociais se tornaram O co-marketing é uma maneira de fazer marketing de forma
muito mais do que plataformas para pessoas que desejam se en- compartilhada. Isto ocorre quando duas empresas têm semelhan-
contrar e comunicar. A abundância de informações, a habilidade de tes personas e alinham seus interesses e esforços para impactar o
alcançar o máximo de pessoas e a facilidade de gerar engajamento potencial cliente de uma maneira a gerar benefícios para as duas
em torno de produtos e serviços são apenas alguns dos fatores que empresas envolvidas.
tornam as mídias sociais um terreno tão fértil para a geração de Esta estratégia faz sentido quando as empresas desejam cons-
leads. truir autoridade, gerar tráfego orgânico e atingir mais pessoas. Isto
porque, em estratégias de co-marketing, se acessam novos poten-
Como gerar leads através das redes sociais ciais clientes, que não tinham contato com a marca.
Para se potencializar a geração de leads deve-se aprender a A parceria pode acontecer a através de um conteúdo rico
aproveitar o melhor dessas ferramentas elencadas abaixo: (ebook, por exemplo) elaborado e divulgado pelas duas partes, ou
Definir a persona; mesmo um artigo de blog escrito por uma empresa e publicado no
Descobrir as redes sociais ideais para a persona; blog da empresa parceira. Através do co-marketing, se poderá atin-
Explorar o potencial de cada rede social; gir a base de contatos do parceiro e gerar novas leads a partir desse
Gerar conteúdo rico para as personas; contato.
Divulgar os conteúdos do blog nas redes sociais. A melhor maneira para gerar leads com essa estratégia é por
meio da criação e divulgação de um material rico em conjunto, pois
→ Mídias pagas já se receberá os dados de contatos do parceiro, que podem se tor-
Muitas redes sociais possuem ferramentas de anúncios direcio- nar potenciais clientes. No entanto, a troca de artigos de blog tam-
nados. Em sites como o Facebook, por exemplo, o anunciante pode bém pode ser um ótimo começo para se tornar conhecido por essa
criar um post patrocinado e segmentado. nova audiência, levar novos visitantes para o site, encantá-los com
o conteúdo e consequentemente gerar leads.
Com isso, as campanhas de geração de leads podem ter um im- Formas alternativas de geração de leads
pacto maior nos resultados. Se houver interesse em se investir em
mídias pagas para aumentar o alcance, também pode se considerar → Gamificação
o AdSense. Pensando em como seria divertido gerar leads através de
Nesse caso, o anúncio é divulgado em vários sites de acordo conteúdos interativos e divertidos, profissionais de diversas áreas
com o histórico na web de cada usuário. buscaram na indústria dos jogos uma inspiração para envolver os
públicos em suas ações. A gamificação é uma estratégia de intera-
Como investir em mídias pagas pode aumentar a geração de ção entre empresas e pessoas que se baseia no oferecimento de
leads incentivos capazes de estimular o engajamento do público com as
Deve-se investir em mídia paga quando se deseja impactar os marcas de uma forma lúdica.
canais e lugares onde o público está. A disputa por atenção orgânica
é muito alta, e uma boa forma de se destacar nessa situação é atra- → Pesquisas
vés de anúncios pagos. Além de ser uma forma inovadora para a geração de leads,
Na hora de escolher em que investir, a melhor opção será sem- pesquisas de mercado também trazem autoridade para uma marca.
pre aquela que gera melhores resultados com menores custos. E Isto porque se está ajudando todo o mercado a entender as tendên-
os melhores resultados dependem tanto dos objetivos quanto da cias e projeções da área.
persona a ser alcançada.
O uso de AdSense, por exemplo, pode ter o alcance limitado → Ferramentas
caso a empresa lide com pessoas com maior conhecimento técnico, Criar uma ferramenta não é um processo fácil, pois geralmente
uma vez que esse tipo de persona costuma investir em bloqueado- envolve processos técnicos e trabalhosos. Porém, ela é uma exce-
res de anúncios na web. No entanto, os investimentos do Google na lente forma de geração de leads.
plataforma de anúncios fizeram dela uma das ferramentas de maior Deve-se oferecer algo que seja prático para o público através
sucesso para quem pretende divulgar campanhas e ofertas em um do levantamento de problemas e questões enfrentados por ele.
grande número de páginas simultaneamente.
Sites como o Twitter e o Facebook possuem modelos de anún- → Programas de indicação
cios mais direcionados e que podem ter um engajamento direto Clientes felizes são um recurso poderoso para a reputação de
com os consumidores. Ao patrocinar um post, a empresa poderá uma empresa. Deve-se criar programas de incentivo às indicações,
definir a sua segmentação por meio de fatores como faixa etária e oferecendo descontos, produtos exclusivos e bônus.
renda média. Providenciar links de referência para que os consumidores pos-
Assim, o crescimento da empresa em meios digitais será am- sam engajar mais pessoas através das redes sociais.
pliado com a divulgação mais precisa de conteúdos e campanhas
voltadas para a web. Quanto mais alcance esses conteúdos possuí- → Promoções
rem, maior a visibilidade da respectiva empresa e, consequente- Para conquistar leads, é importante enviar conteúdos apropria-
mente, as oportunidades de geração de leads. dos para as demandas que elas têm. Afinal, o objetivo é ser útil para
os futuros clientes.
→ Co-marketing Deve-se usar títulos bem criativos, indo além das soluções tra-
Criar parcerias com segmentos complementares ao negócio e dicionais. Promoções, por exemplo, são eficientes para atrair mais
incentivar uma rede de divulgadores de links pode ser um passo pessoas.
eficiente para o Link Building, ou seja, o conjunto de técnicas de SEO Enquanto novos clientes usufruem de códigos de desconto ou
que buscam conseguir links de outros sites. Estas ações aumentam sorteios, clientes fiéis podem ganhar algumas regalias, como acesso
a autoridade da marca, melhoram o posicionamento nas pesquisas exclusivo a lançamentos, brindes, amostras de produtos e acesso a
e direcionam maior tráfego para os artigos do blog. eventos promocionais.

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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
— Técnica de copywriting → Estrutura
A forma como se escreve um texto pode influenciar o leitor, es- Com a estrutura correta e utilizando as melhores palavras no
timulando a compra de um produto. Isso é possível de acordo com texto, as chances de conversão serão altíssimas.
uma técnica chamada “Copywriting”23.
As técnicas de copywriting consistem em criar conteúdos em O Modelo AIDA
formas de “textos persuasivos” que podem fazer diferença na estra- O modelo AIDA é considerado um dos maiores fundamentos de
tégia de marketing e convencer os leitores a adquirirem um produto propaganda e marketing, que descreve as etapas para se conseguir
ou serviço. A escrita é uma arte milenar e sempre foi usada para atrair o cliente e convertê-lo para a venda. Essas etapas são:
diversos fins, e um desses fins é a publicidade. Atenção: é onde o cliente vai conhecer a marca e saber que
O termo copywriting surgiu como redação publicitária, mas ela existe. Isso é feito geralmente por meio de publicidade, onde o
veio se atualizando e, atualmente, com o advento da internet e do objetivo é conquistar o interesse desse cliente;
marketing digital, tornou-se essencial com o objetivo de oferecer Interesse: o cliente passa a se interessar pela marca e conhecer
um conteúdo para o cliente e conversar com ele, com o intuito de mais sobre ela, entendendo seus benefícios e como ela pode resol-
convidá-lo para a ação, conduzindo-o para uma tomada de deci- ver seus problemas;
são. Ao se elaborar um texto bem estruturado poderá se conseguir Desejo: conhecendo os detalhes da sua marca, o consumidor
atrair clientes para comprar produtos. passa a desejar o produto, ou seja, se conseguiu provocar a curiosi-
Porém, antes de se começar a escrever o texto, existem algu- dade do cliente e instigá-lo a comprar o produto;
mas premissas que irão fornecer o embasamento e as informações Ação: chegado à etapa final, é neste ponto que o cliente toma
necessárias para dar o pontapé inicial no argumento de vendas. Ve- a decisão e realiza a compra do produto.
jamos:
→ Contexto Além das premissas e a estrutura do texto, faz-se necessário
Sempre ao se escrever um texto, é preciso que se entenda o entender alguns elementos que o formam, como título e call-to-ac-
contexto no qual o assunto se insere, qual público irá se interessar tion. Vejamos:
por isso, as necessidades, preferências e qual produto pode ajudá- → Título
-los a resolver esse problema. O título, ou headline, é a primeira conexão que se terá com os
Assim, o texto será redigido, levando em consideração todas as leitores, por isso, causar uma boa impressão é essencial. Para que
características desse contexto, tornando mais fácil a identificação se faça um excelente título, utiliza-se a fórmula dos 4 U’s:
do leitor com o assunto tratado.
Urgente
→ Solução Um título urgente mostra para os leitores que existem questões
O objetivo do copywriting é guiar o leitor rumo a uma tomada reais a serem observadas e que demandam urgência na resolução;
de decisão e escolher a solução para o problema abordado.
Único
→ Gancho Quando um cliente tem a sensação de que está vendo algo to-
No copywriting se tem um curto espaço para convencer o talmente novo e que não existe em outros lugares ele com certeza
consumidor a ler o texto completo, ou seja, é preciso que haja um se sentirá interessado pelo produto;
gancho bem elaborado por meio de um título ou subtítulo que vai
capturar as pessoas, e fazer com que elas fiquem querendo saber a Útil
resposta para o este gancho. Antes de ser único ou urgente, o título precisa ser útil. Afinal,
se o título não for útil, ele não vai agregar para o leitor, assim, se
→ Promessa deve atrair o leitor mostrando que aquilo que ele lerá realmente
Tendo o leitor já sido “fisgado”, a tarefa agora é de mantê-lo, terá algum impacto na vida dele;
por isso a promessa é tão importante. A promessa é um compro-
misso que se vai estabelecer com o leitor. Ultra específico
Em outras palavras, é preciso que se mostre para o consumidor Quanto mais específico é um conteúdo, mais útil ele é. E quan-
que o texto vai oferecer alguma resposta para ele, que está atrela- to mais útil, mais atraente ele se torna.
da ao questionamento feito no gancho. Ao fazer essa promessa, se Pode-se ser mais específico fornecendo mais detalhes para os
demonstra segurança de que a pergunta será respondida e cabe ao leitores, por exemplo, mostrando números que trarão dados reais,
escritor entregar, no decorrer do texto, o que foi prometido. detalhados e específicos sobre determinado assunto.

→ Persona → Call-to-action ou Chamada para Ação


Para um texto eficaz, é crucial saber quem é o leitor, ou seja, sa- Um convite ao leitor, uma chamada para ação ou, como é nor-
ber quem é o cliente, quais suas necessidades e principais caracte- malmente chamado, call-to-action (CTA), tem como principal obje-
rísticas. A persona é a representação do cliente e ajuda a identificar tivo, fazer o leitor tomar uma decisão. Um call-to-action poderoso é
o perfil das pessoas que interagem com o negócio. formado pelos seguintes tópicos:
Contexto: o CTA deve estar incluído no contexto do copywri-
→ Emoção ting;
Um copywriting sem emoção tem grandes chances de falhar. Especificidade: ser específico pode ajudar a despertar o inte-
Deve-se utilizar algumas emoções que podemos sentir e que po- resse do leitor;
dem ser usadas para tornar o texto ainda melhor, por exemplo, rai- Verbos: utilizar verbos no imperativo (exemplo: clique no link)
va, admiração, excitação, simpatia, triunfo, nostalgia, entre outras. ou no infinitivo (exemplo: clicar no link), para induzir e estimular o
leitor a realizar a ação;
Escassez: a escassez pode ser um bom recurso a ser utilizado
para dar senso de urgência ao cliente e fazê-lo realizar a ação.
23 https://pocketbook4you.com/pt/read/copywriting
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Existem ainda algumas Técnicas Simples e Eficazes ou Overview, — Inbound marketing
utilizadas no texto, que apesar de aparentarem serem simples, são O termo Inbound Marketing significa marketing de atração, e
táticas que trazem grande retorno. Vejamos: consiste em um conjunto de estratégias que visa atrair voluntaria-
mente os consumidores para o site de uma empresa. Ao contrário
O Uso do “Você” do marketing tradicional, baseia-se no relacionamento com o con-
No contexto do copywriting, conexão é essencial. E na língua sumidor em vez de propagandas e interrupções25.
portuguesa, uma das melhores formas de fazer isso é através de um A principal diferença entre o marketing tradicional, também
pronome pessoal de tratamento: “você”. chamado de Outbound Marketing, e o Inbound é que, no segundo,
Quando se utiliza esse termo, se consegue criar essa conexão quem procura a empresa é o cliente e não o contrário. Assim, são
com o leitor e fazer com que a mensagem seja melhor entendida realizadas ações com o objetivo de atrair o potencial cliente para
por ele. um blog ou site e, a partir dessa atração, é feito todo um trabalho
de relacionamento com essa pessoa.
Storytelling Esse relacionamento é desempenhado por meio de conteúdo
Storytelling é uma forma de arte muito antiga e uma valiosa personalizado e autoral. Esse conteúdo é uma forma de educar a
forma de expressão humana usada de diversas maneiras, que signi- audiência e potenciais clientes sobre o segmento de sua empresa,
fica contar histórias. Pessoas são movidas e conquistadas por histó- transformar a empresa em referência em determinado assunto re-
rias bem contadas, principalmente aquelas que despertam gatilhos lacionado a seu mercado e influenciar na decisão de compra de fu-
mentais nas pessoas. turos clientes.
Grandes marcas fazem uso desse artifício, como a Coca-Cola, Muitas pessoas acreditam que Inbound Marketing e Marke-
por exemplo. ting Digital são sinônimos, mas isso não é verdade, pois também é
possível fazer Outbound Marketing nos meios digitais. Contudo, o
— Gatilhos mentais Inbound Marketing utiliza-se das ferramentas de Marketing Digital
Gatilhos mentais são os estímulos que o cérebro humano re- (site, blog, mídias sociais, mecanismos de busca etc.) para colocar
cebe para a tomada de decisão. Quando se trabalha com vendas, é em prática as estratégias, e por isso os dois conceitos estão intima-
essencial ter consciência desses gatilhos e entender quais e de que mente relacionados.
forma podem ser usados nos momentos-chave da negociação24. Uma vez que o processo de compra está mudando cada vez
Tomar decisões exige muito esforço, mesmo que não se perce- mais, o Inbound Marketing é uma estratégia cada vez mais impor-
ba. Por causa disso, a mente adota “atalhos” na hora de fazer algu- tante para atrair, converter e fidelizar clientes, sendo que reverte
mas escolhas. Esses atalhos são chamados heurísticas, e envolvem a lógica de as empresas irem atrás dos clientes, e faz com que os
o focar em apenas um aspecto de um problema complexo, ignoran- clientes procurem as empresas.
do todos os outros. Em um contexto de Marketing Digital, onde as pessoas têm o
As heurísticas interferem diretamente na tomada de decisão. poder de buscar e encontrar as informações que precisam, o In-
Os gatilhos mentais são implicações que ativam as heurísticas. É bound Marketing está cada vez mais presente no Marketing Digital.
como se, em determinado momento de uma negociação, se ativas- Afinal, não basta reproduzir o modelo de marketing tradicional nos
se o pensamento rápido no interlocutor ao implicar algo. meios online; é preciso repensar a maneira como o cliente consome
Abaixo seguem alguns exemplos de gatilhos mentais: na internet.
Sendo o principal objetivo do Inbound Marketing, a atração
Escassez e Urgência e fidelização de possíveis clientes para a empresa, é necessário se
Gatilho utilizado quando houver necessidade de acelerar uma utilizar uma metodologia que é o diferencial do Inbound. A seguir,
negociação e gerar urgência. Exemplos: “Eu tenho disponível o meu serão explicados os passos desta metodologia:
melhor consultor técnico para uma reunião amanhã; depois, só daqui
a duas semanas”; “Eu tenho apenas duas máquinas desse modelo no → Atrair
meu estoque, e tenho pelo menos 3 empresas interessadas”; O pilar inicial do Inbound Marketing é a atração, afinal, um site
sem visitas não gera Leads. Sem os Leads não há vendas e, por conse-
Autoridade quência, perde-se toda a razão para se trabalhar com essa estratégia.
Gatilho utilizado no início de uma abordagem ou da jornada do Assim, em vez de procurar pessoas que poderiam ter interesse
cliente. Exemplos: “Nós promovemos um aumento de 3x no fatura- em determinado negócio/mercado, a empresa foca na construção
mento da empresa X com nosso método”; “Você está familiarizado de algo digno de legítima atenção, e assim atrai pessoas que por es-
com o conceito de growth hacking? Na empresa Y nós somos auto- pontânea vontade se interessaram pelo assunto. O resultado disso
ridade nesse assunto. Temos 10 publicações tratando do assunto; é um público muito mais engajado e propenso a realmente consu-
mir o produto.
Prova Social Existem muitas formas de fazer isso, como por exemplo: produ-
Gatilho utilizado no início de uma abordagem ou da jornada zir conteúdo em blogs, otimizar esse conteúdo para os mecanismos
do cliente. Exemplos: “Hoje contamos com 189 clientes do seu seg- de busca (o chamado SEO ou Search Engine Optimization), fazer
mento, todos colhendo ótimos resultados”; “Temos 1.950 usuários anúncios pagos desse conteúdo (links patrocinados) e divulgar esse
ativos na nossa base atualmente”; conteúdo em redes sociais.
Ancoragem e Ajustamento
→ Converter
Gatilho utilizado em negociações e apresentações de proposta.
Em seguida, na etapa da conversão, os visitantes precisam vi-
Exemplos: “Eu tenho 3 opções de contratação para esse serviço.
rar Leads para poderem avançar no processo de compra. Quando
Uma no valor de R$ 2.500, e outras duas nos valores de R$ 2.000 e
se fala em conversão, refere-se à ação do usuário de passar suas
R$ 1.000”; “Estamos com uma promoção com 50% de desconto. O
informações em troca de uma recompensa ou benefício, como uma
valor passa de 2.000 para apenas 1.000”.
oferta de um material.
24 https://www.exactsales.com.br/academia-exact-blog/gatilhos-mentais-nas- 25 https://s3.amazonaws.com/rd-marketing-objects/ebook_guia-definitivo-
-vendas -marketing-digital/guia-definitivo-marketing-digital.pdf
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
É por isso que não se deve apenas atrair visitantes para um As métricas devem ser “descascadas” como uma cebola, do
site, mas criar oportunidades de convertê-lo em Leads. Uma das mais geral (e estratégico) até a contribuição mais específica de cada
principais formas é oferecer conteúdos em Landing Pages, ou seja, detalhe (operacional). É possível monitorar cada ação que ocorre
páginas que são voltadas para a conversão. nas interações do público com os sites, posts e campanhas, o que
Geralmente, essas páginas não possuem muito mais do que torna o trabalho mais inteligente.
uma explicação do que é o material ofertado e as vantagens de ob- Além disso, todo o processo pode ser otimizado detectando-se
tê-lo, e o formulário que o visitante deve preencher para se tornar as taxas que estão abaixo do esperado para direcionar os esforços
um Lead. Entre as ofertas que se pode gerar para obter Leads, estão do time de marketing. Felizmente, toda essa capacidade analítica
as ofertas diretas (aquelas que estão mais diretamente voltadas à do marketing é amplamente suportada por algumas ferramentas
compra, como pedidos de orçamento, demonstração de software, disponíveis no mercado, como Web Analytics (sendo a mais conhe-
teste gratuito, entre outras); e as indiretas (geralmente focadas em cida e utilizada o Google Analytics) e softwares de gestão, relaciona-
estágios menos avançados da jornada de compra, ou seja, possuem mento e monitoramento de Leads, como o RD Station.
o objetivo de educar e resolver problemas específicos dos Leads.
Alguns formatos comuns de ofertas são eBooks, webinars, fer-
ramentas, etc.). ÉTICA E CONDUTA PROFISSIONAL EM VENDAS
→ Relacionar
Pesquisas demonstram que nem todos os Leads gerados já es-
tão prontos para comprar. Por isso, é preciso continuar educando o Ética
Lead até que ele esteja pronto para a compra. Ética é uma palavra de origem grega “ethos”, que significa ca-
É aí que entra a etapa de relacionamento no Inbound Marke- ráter. A ética é a ciência que busca estudar a melhor forma de con-
ting: através de algumas estratégias, identificam-se os estágios em vívio humano. No convívio social se faz necessário a obediência de
que se encontram os Leads e se faz com que eles avancem na jorna- certas normas que visam impedir conflitos e promover a paz social,
da, ou seja, será acelerado o processo de compra. essas são as normas éticas.
Uma das principais formas de se relacionar com os Leads é o Toda sociedade possui preceitos éticos e esses baseiam-se nos
E-mail Marketing. É por meio dele que se continua oferecendo con- valores e princípios dessa mesma sociedade e influenciam a forma-
teúdo cada vez mais avançado para o Lead, até que perceba que ele ção do caráter individual do ser humano que nessa convive.
está maduro o suficiente para a compra. Tem-se como valores éticos aqueles sobre os quais o homem
Mas para fazer com que o relacionamento ocorra de forma di- exerceu atividade intelectual. Ao estabelecer juízo de valores sobre
nâmica e não “esfrie”, é necessário automatizar o processo. Dessa determinadas situações ou coisas o homem está atribuindo a esses
forma, se vai nutrindo os Leads com conteúdo de forma automáti- conceitos morais.
ca, sem precisar enviar e-mails de forma manual.
Isso faz com que o processo ocorra mais rapidamente, aumen- Ética Profissional
tando as vendas, melhorando a retenção de clientes e diminuindo A Ética profissional nada mais é do que proceder bem, correto,
os custos de aquisição. justo, agir direito, sem prejudicar os outros, é estar tranquilo com a
consciência pessoal dentro do ambiente de trabalho. É também agir
→ Vender de acordo com os valores morais de uma determinada sociedade.
No final das contas, todo o trabalho de geração e relaciona- A maioria das profissões possuem seu próprio Código de Éti-
mento com os Leads tem como objetivo gerar oportunidades de ne- ca. Todos os códigos de ética profissionais, trazem em seu texto a
gócio para a uma empresa. Em alguns casos, o processo de vendas maioria dos seguintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade
acontece dentro do próprio website. na empresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidade huma-
Em outros, é necessário o contato entre um vendedor e o po- na, segredo profissional, observação das normas administrativas da
tencial cliente. De maneira geral, quanto mais complexo o produto empresa e muitos outros.
(maior o seu ticket), mais o processo de vendas tem de ser algo Agir corretamente hoje não é só uma questão de consciência.
consultivo, concluindo o papel da nutrição de Leads de concretizar É um dos quesitos fundamentais para quem quer ter uma carreira
a venda. longa e respeitada.
Essa mudança de paradigmas, em que o Lead agora percorre Em escolhas aparentemente simples, muitas carreiras brilhan-
parte da jornada de compra antes de entrar em contato com o ven- tes podem ser jogadas fora. Atualmente, mais do que nunca, a ati-
dedor, traz diversas implicações que estão transformando o mundo tude dos profissionais em relação às questões éticas pode ser a di-
das vendas. Entre elas, pode-se citar: Lead Scoring (pontuação au- ferença entre o seu sucesso e o seu fracasso.
tomática de Leads com base em perfis e interesses); Inbound Sales Ter um comportamento ético profissional é uma característica
(vendas realizadas de dentro da própria empresa, uma vez que os fundamental, valorize a ética na sua vida e no ambiente de trabalho.
vendedores utilizam tecnologias que dispensam o trabalho in loco,
o que reduz custos e dinamiza o processo); e CRM (em inglês, Cus- Ética e Conduta Profissional em Vendas
tomer Relationship Manager, ou seja, softwares que são capazes Frequentemente dilemas éticos se apresentam no cotidiano da
de organizar, metrificar e guardar histórico de todas as negociações tomada de decisões. Quando se trata da prestação de serviços, é
feitas pelo vendedor, auxiliando no processo de venda). bom lembrar que os recursos humanos são fundamentais, pois do
comprometimento das pessoas depende o sucesso do negócio26.
→ Analisar As próprias características dos serviços: a intangibilidade, a he-
Por fim, entra-se na etapa de análise, que é extremamente im- terogeneidade e a inseparabilidade, abrem espaço para que opor-
portante para o Inbound Marketing, já que permite avaliar quais tunidades antiéticas se manifestem colocando em prova o discerni-
estratégias estão funcionando e quais não estão e comprovar ou mento dos profissionais deste setor. A intangibilidade diz respeito
não o retorno dos investimentos, tudo sendo confirmado com base ao fato de o consumidor não poder ver nem tocar o serviço.
em dados.
26 http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/etica_rel_interp.pdf
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Isso dificulta sua avaliação sobre a qualidade do serviço entre- Inicialmente, acredita-se que se beneficiará, pois pagará me-
gue, pois não consegue vê-lo, senti-lo, nem tocá-lo, portanto fica nos. Porém, quando o técnico chega à sua casa, ele encontra outros
difícil comparar o prometido com o entregue. A heterogeneidade problemas no computador, sugere troca de novas peças e novas
acontece porque diferentes pessoas estão envolvidas no atendi- configurações.
mento aos consumidores e, portanto, oferecendo serviços de ma- Em pouco tempo, a pessoa precisa chamá-lo novamente. Em
neiras diferentes apesar do treinamento e do controle de qualidade. geral, as empresas prestadoras de serviço têm um acordo ético com
Assim, cada uma destas pessoas vai oferecer o serviço de acor- seus funcionários para que isto não ocorra;
do com sua percepção sobre ele, considerando seus hábitos, sua
cultura, a educação que trouxe da família, muito embora a empresa • Variabilidade do desempenho
ofereça treinamento buscando a padronização. A inseparabilidade A participação das pessoas que prestam serviços bem como do
é a característica que indica a conexão entre o consumidor e o ser- próprio consumidor, fazem com que seja difícil sua a padronização
viço cuja prestação ele presencia. e o controle de qualidade. Por exemplo, em uma mesma oficina
Observe que isso não ocorre com um produto, pois não se as- mecânica encontram-se profissionais com a mesma formação, ex-
siste à fabricação do produto que consome, mas se vê a prestação periência e treinamento, mas que executam o mesmo serviço de
do serviço que adquiriu: o conserto do carro, a manutenção do diferentes maneiras e com disposição diferente;
computador, o corte de cabelo, etc.
Condutas antiéticas em serviços • Recompensas oferecidas aos funcionários com base no re-
As características de serviços criam oportunidades para a con- sultado e não na qualidade
duta antiética das pessoas que trabalham neste setor. Abaixo se- Como exemplo, uma empresa de TV a cabo oferece bônus aos
guem algumas fontes que originam esta conduta antiética: funcionários que atenderem maior número de chamados corre
o risco de perder a qualidade do serviço prestado, pois os profis-
• Reduzido número de atributos para que o consumidor ana- sionais vão preferir atender rapidamente um consumidor para ter
lise tempo de visitar outra residência. O nível de qualidade cai e, conse-
Num primeiro momento, os consumidores tomam a decisão de quentemente a satisfação do cliente também.
compra com base nas opiniões de pessoas de sua confiança ou nas
informações do vendedor. Quando se trata da ética na venda pessoal, • Necessidade da participação do consumidor no serviço prestado
aborda-se exatamente este tema, já que o vendedor é a pessoa em Imagine que uma pessoa está indo comprar um computador.
quem o consumidor deseja confiar para decidir pela compra; Para escolher o melhor equipamento, ela depende das orientações
do vendedor.
• Especialização dos serviços Além disso, é preciso que ele a ensine a utilizar os benefícios
Quando se procura um advogado, médico, dentista ou outros que este equipamento oferece. A pessoa vai para casa, mas tem
prestadores de serviços liberais, se acredita naquilo que eles pro- dúvidas e telefona.
fissionais dizem. Assim, antes de fazer a escolha por este ou aque- De maneira nenhuma o vendedor pode acreditar que uma vez
le profissional, buscam-se informações com pessoas de confiança entregue o computador, a venda está concluída, pois ele depende
para se certificar da idoneidade e credibilidade além da competên- das boas referências do cliente atendido para que efetue outras
cia profissional; vendas. Por outro lado, como o vendedor pode controlar a habilida-
de do consumidor em lidar com um computador?
• Tempo decorrido entre o serviço prestado e a avaliação do Algumas pessoas têm mais facilidade, aprendem mais rápido.
consumidor Outras, precisam de mais dedicação e, neste caso, há mais proba-
Imagine a seguinte situação: uma pessoa vai até a sua agência bilidades de haver descontentamento se o vendedor não for muito
bancária e pede para seu gerente uma orientação sobre um inves- paciente.
timento mensal que complemente sua aposentadoria. Ela só vai sa-
ber se o conselho do respectivo gerente foi bom quando utilizar o
rendimento do investimento e não antes disso;
PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO AOS CLIEN-
• Falta de padronização no desempenho da prestação de ser- TES
viços
Imagine esta situação: uma mulher vai ao salão de beleza e
a pessoa com quem habitualmente corta seu cabelo não trabalha
mais lá. Contudo, um outro profissional é muito bem recomenda- Quando se trabalha com pessoas, é preciso ter em mente al-
do e ela decide arriscar, tendo como resultado, um corte de cabelo guns comportamentos e requisitos importantes não apenas para
desastroso. comunicar uma mensagem ao seu público, mas também para me-
O que ela faz: corta mais ainda o cabelo? Usa um chapéu? Veja diar, facilitar, agilizar e impactar positivamente a forma como este
que um profissional oferece o mesmo serviço de maneira diferente
recebe a mensagem através de seu emissor.
de outro.
Muitos fatores impactam a vida de pessoas no atendimento ao
A falta de padrão implica um risco, portanto, a busca de infor-
ciente, as experiências ruins podem perpetuar a má reputação de uma
mações é imprescindível antes escolha do profissional;
corporação, mas um bom atendimento atrai e encanta, facilitando rela-
cionamentos e auxiliando todo e qualquer empreendimento.
• Prestação do serviço fora do ambiente físico com o qual
Todo tipo de interação deve ser pensada e devidamente estu-
profissionais mantêm vínculo
dada, antes mesmo de iniciar um primeiro contato com o público,
Utilizaremos a seguinte situação como exemplo: Alguém leva
seu computador para consertar em uma empresa especializada, pois pequenos detalhes fazem a diferença, desde a forma como o
onde o técnico que fez o orçamento do equipamento se oferece colaborador se porta, sua aparência física, sua dicção e comunica-
para fazer o serviço após o expediente, em sua residência, cobran- ção não-verbal até a sua atenção e cortesia, a objetividade de sua
do menos do que se fizesse pela empresa. mensagem e a empatia para com o outro.

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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Comunicabilidade a importar-se com o outro a ponto de ser sua melhor versão e es-
Comunicamos mensagens todos os dias, a todo momento aos tar em seu melhor estado. Um outro fator de extrema importância
que estão ao redor. Seja através das expressões faciais, dos gestos, é a pontualidade, ao chegar com antecedência, você se apresenta
de palavras ou de sons. Estas mensagens podem ser emitidas e como um indivíduo comprometido e sério que se importa com o
transmitidas de maneira intencional ou não-intencional, pois é algo tempo disponibilizado pelo outro para ouvi-lo.
que realizamos naturalmente todos os dias. Pense da seguinte for-
ma: se alguém está de testa franzida e sobrancelhas arqueadas, de Atenção
expressão séria e áspera, a mensagem que o indivíduo transmite, Ser atento está ligado a ter olhos para os detalhes e ter ouvidos
ainda que de forma não verbal, assemelha-se às emoções as quais abertos para o outro. Prestar atenção no que o outro diz, oferecer
correlacionamos àquela expressão facial, raiva, tristeza, preocupa- ajuda, observar a forma como o público se comunica ou reage dian-
ção, entre outras do mesmo gênero. Por outro lado, estamos o tem- te do que você propõe é primordial para estabelecer relação e até
po todo expressando e comunicando mensagens verbais àqueles relacionamento com ele. Um atendente sempre fica em evidencia e
com quem convivemos de forma natural e cotidiana. os olhos ou ouvidos se voltam para ele quase que completamente
durante seu trabalho. Sendo assim, olhar nos olhos e demonstrar
A comunicabilidade, porém, diz respeito a uma qualidade co- interesse no público, colocando-se em seu lugar e fazendo com que
municável, à facilidade de se expressar e transmitir uma mensagem ele perceba que ele está sendo compreendido, são técnicas que
clara, a fim de que o receptor dela a compreenda. Pode ser entendi- ajudam o próprio colaborador ou atendente a identificar o que seu
do como uma otimização do ato de comunicar em que a mensagem público espera, deseja, sente e se ele está ou não aberto ao que se
em questão é realizada de maneira eficaz, correta e rápida. está comunicando.
A forma como as palavras são dispostas em uma frase, a ento- Uma boa comunicação é feita quando emissor e receptor da
nação usada, a dicção, a pronúncia das palavras e até o pouco co- mensagem invertem papéis em diversos momentos, tomando um
nhecimento de um idioma podem prejudicar a formulação de uma o lugar do outro diante da prática comunicativa. No entanto, duran-
mensagem, que dirá a compreensão desta uma vez que é comuni- te o atendimento ao público, é possível que uma parte seja muito
cada ao público. Um claro exemplo disto é a comunicação entre um mais ativa que a outra neste processo. É, porém dever do atendente
falante básico ou intermediário de espanhol ou inglês em relação à mediar esta situação e tomar posição de falante ativo, quando ne-
um falante nativo; é provável que o primeiro vá encontrar dificulda- cessário, mas recuando para ser um bom ouvinte das necessidades
de de se comunicar com o segundo não apenas por não dominar a do cliente, em outros momentos, a fim de ser um bom solucionador
língua, mas por não saber como transmitir a mensagem adequada- de problemas. Estar atento ao andamento da conversa é de suma
mente. O mesmo acontece com o próprio português quando não importância.
usado de maneira adequada.
Seja na comunicação oral (fala), na comunicação escrita (tex- Cortesia
tos, e-mails, chats) ou em termos de comunicação acessível (comu- A cortesia é um atributo de todo homem ou mulher civiliza-
nicação adequada para surdos, mudos, deficientes etc), a efetiva do. E quanto ao termo civilizado, este não se propõe aqui como
comunicabilidade de uma mensagem estabelece laços com o públi- um contraponto ao selvagem, pois até mesmo animais selvagens
co, o qual se importa com transparência e veracidade das informa- sabem agir de forma cortês, mas sim à ideia da educação não es-
ções, bem como a clareza e concisão do que recebe. colar, ligada aos bons modos e à forma de se portar. A polidez no
trato, nas palavras e na maneira de pronunciar palavras e opiniões,
Apresentação a amabilidade e a compreensão são adjetivos que qualificam um
Antes mesmo de apresentar-se diante do público, o indivíduo excelente profissional.
deve se preparar. Uma presença marcante pode ter impactos ex- Atender o público não é fácil; ouvem-se mil e uma histórias de
tremamente positivos na comunicação com possíveis clientes e clientes rudes, grosseiros e hostis que fazem funcionários saírem
colaboradores. A postura física, um corpo ereto, diz muito sobre chorando diante de tamanha grosseria ou até chorando por conta
sua própria autoestima e confiança, o que influencia diretamente da pressão que pode existir neste trabalho. Deve-se, porém, ter em
na imagem da empresa a qual você representa. Uma boa aparên- mente que ainda que o outro lado, o lado do público, não se porte
cia, um bom vestuário, adequado ao tipo de público e à empresa de uma maneira adequada, o colaborador reflete a imagem da em-
em que se trabalha, bem como boa higiene pessoal (cuidados com presa e é responsável por parte de sua credibilidade. Ao ser cortês,
cabelos, barba, maquiagem, unhas, hálito etc) são imprescindíveis prestativo, educado e gentil, o indivíduo se coloca em uma posição
para causar uma boa primeira impressão. sublime que transpassa confiança capaz de rebater e constranger
O nome próprio, as credenciais e demais informações passadas emissores de grosserias e rudezas. Gentiliza gera gentileza.
pelo público são importantes, mas não passam de meras formalida-
des se não acompanhadas de cortesia, empatia e interesse mútuo. Interesse
Aprender o nome do outro, sorrir, ser simpático e cordial durante Atrelado à atenção, o interesse é expresso durante a comuni-
uma apresentação entusiasmada é valoroso e pode conquistar o cação com o público. Um dos elementos cruciais a se atentar em
público antes mesmo da mensagem principal ser veiculada, o que questão de interesse são as expressões faciais, elas demonstram
diz muito sobre a percepção humana sobre o outro. Tratar as pes- nossas emoções internas de modo involuntário e podem denunciar
soas com respeito é básico, mas pode se fazer necessário adequar uma atitude falsa ou errônea. Enquanto suas palavras dizem “claro,
à sua linguagem para não confundir ou gerar mal entendidos que você está certo, isto é super importante”, uma expressão facial ou
possam ser confundidos com ofensas ou depreciações; dependen- postura que claramente indicam descaso e desinteresse podem de-
do do ambiente, gírias e expressões mais informais não cabem, em nunciá-lo e colocar em jogo a confiabilidade da empresa, deixando
outros, porém, um linguajar mais informal aproxima o indivíduo de o cliente inseguro diante de suas necessidades, fazendo inclusive
seu público. com que ele se questione sobre a importância do que fala ou so-
De todo modo, apresentar-se tem a ver com mais do que ape- bre o interesse da empresa diante de seu problema, contestação ou
nas o “olá” inicial. Vai além do aperto de mão, que deve ser firme e descontentamento.
confiante. Vai além do sorriso e de uma boa aparência. Diz respeito
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
O interesse demonstrado pelo cliente não deve vir apenas sigilosos, restritos aos funcionários e aos colaboradores. Do lado
quando a empresa ou os colaboradores são cobertos de elogios, do público, por sua vez, também existem informações e dados dos
mas em momentos de críticas também. As críticas e reclamações clientes que devem ser sigilados ou resguardados, estabelecendo
são importantes para a evolução da empresa como um todo. De- uma relação de confiança entre empresa e cliente, sendo o aten-
monstrar verdadeiro interesse e de fato atentar-se ao público é um dente o mediador desta relação.
desafio que vale a pena. Não basta conhecer um produto ou um
serviço para realizar um bom atendimento, mas demonstrar inte- Conduta
resse no que seu público precisa e deseja. Conduta se refere ao modo de agir, ao comportamento de um
indivíduo. A maneira como o ser humano se porta, vive e age no tra-
Presteza balho deve ser adequada às normas, valores e ideias da empresa.
Ser proativo e prestativo ao realizar um serviço, ainda mais Se uma empresa espera que seus funcionários sejam pontuais e o
quando se trata de seres humanos, é uma qualidade louvável. Tem- funcionário se atrasa para o trabalho todos os dias, sua conduta não
pos de espera muito longos em salas de bate-papo, chats, telefone- está adequada ao que a empresa espera dele.
mas ou mesmo pessoalmente podem cansar o cliente e passar uma A conduta de um colaborador, de um atendente, age como o
má impressão de descaso. Servir café, chá, água, indicar e oferecer espelho da própria empresa, pois ele carrega a imagem física real
comodidades dos espaços disponíveis, como banheiros, lavadou- de uma marca, um nome ou um serviço, estes não possuem um
ros, cantinas, entre outros, podem fazer com que o cliente se sinta à rosto, nem emoções, nem comportamentos, mas o funcionário sim
vontade e veja a forma ativa como o atendente se preta à atende-lo. e por isso ele representa a instituição em que trabalha. O cliente
pode não fazer distinção entre uma má postura de um único funcio-
Eficiência nário e de toda a empresa, o que pode manchar a sua reputação e
Trabalhar com eficiência significa ser capaz, competente, pro- fazer com que ela perca clientes diante da sua falta de credibilidade,
dutivo e conseguir bons resultados ou rendimentos de acordo com tudo isso pois seu colaborador não se portou adequadamente, não
o esperado, possivelmente ultrapassando as expectativas. Para ex- agiu de maneira correta, com boas intenções, com ética e de forma
ceder no atendimento ao público é necessário ser eficiente, ser prá- respeitosa.
tico na hora de comunicar e transmitir as informações, mas paciente
o suficiente a ponto de deixar o público confortável e tranquilo, sa- Objetividade
bendo que está em boas mãos e pode se expressar honestamente. Para a comunicação entre duas partes ser feita de forma efetiva
A capacidade de atender e satisfazer muitos clientes é também é preciso que ela seja clara e objetiva. Objetividade diz respeito a
uma qualidade de quem trabalha com eficiência. Realizar uma ta- comunicar de tal modo que se atinja um alvo, sem rodeios. Esta é
refa com o menor número de recursos possíveis no menor inter- uma característica que deve estar presente durante o atendimento
valo de tempo, com o menor índice de investimento ou dinheiro é ao cliente pois guia a comunicação em direção a um objetivo.
eficiência ao máximo. Nem sempre é possível ticar todas as caixas Pense em um cliente que tem alguma insatisfação em relação
e ser cem por cento eficiente, isso por causa da inexperiência do à um produto vendido por uma empresa. Este cliente, ao ligar para
profissional ou porque cada caso é único e complexo e o público um SAC (serviço de atendimento ao cliente), por exemplo, deseja
vai se modificando, entretanto, quando se combina, conhecimento, expressar a sua insatisfação à empresa não para desabafar seu des-
preparo e experiências as chances de se realizar um atendimento contentamento de forma gratuita, mas a fim de a empresa possa
eficiente e ágil são muito maiores. intervir, compreendendo sua função como solucionadora de pro-
blemas, tendo em mente a necessidade de manter laços entre a
Tolerância empresa e o consumidor em prol de suas vendas, de sua reputação
A capacidade de tolerância de um atendente irá dizer muito a e seu sucesso.
respeito de sua profissionalidade e sua aptidão em exercer a função Neste exemplo, o atendente, por sua vez, deve ter objetividade
a que foi designado. Nem sempre é fácil lidar com outras pessoas, enquanto comunica ao público as opções existentes e a disposição
opiniões diferentes, insatisfações, problemas pessoais, tempera- da empresa a qual representa em solucionar a questão, de modo
mento, entre outros aspectos perfeitamente naturais e humanos que não restem dúvidas por parte do cliente, sem deixar nenhuma
do cotidiano podem interferir na forma como as pessoas se comuni- mensagem ambígua, o que pode gerar um grande mal-entendido,
cam e expressam suas necessidades. Ter em mente que as diferen- prejudicial para todas as partes. Quantas vezes não ouvimos falar
ças não são impedimentos para realizar uma comunicação efetiva é de informações erradas ou mal expressadas por parte de atenden-
o primeiro passo para se tornar um ser humano e um profissional tes que prejudicaram empresas inteiras? Este tipo de ocorrência
tolerante e respeitoso. não deve acontecer de forma alguma, pois coloca em risco todo um
Ainda que seja difícil se controlar diante de uma afirmação grupo de profissionais.
equivocada por parte do cliente, deve-se ter em mente que para
ele esta pode ser a verdade e que não se deve perder a paciên-
cia, muito menos agir de forma grosseira ao corrigi-lo ou indicar
UTILIZAÇÃO DE CANAIS REMOTOS PARA VENDAS
outras opções e alternativas, mas aceitar a realidade. Em muitas
empresas, adota-se o lema “eu entendo” entre os atendentes como
um exercício de empatia no atendimento, pois muitas vezes não é
possível compreender muito bem o cliente, mas é possível agir com Embora a Pandemia do COVID-19 ainda esteja ocasionando
tolerância e aceitar o que o outro diz em prol da paz, evitando con- uma grande reviravolta nos mercados, algumas novidades que ela
flitos desnecessários onde eles se veem iminentes. trouxe foram desafiadoras, porém, se mostram como oportunida-
des a serem aproveitadas. A comercialização, por exemplo, se mos-
Discrição trou ainda mais dinâmica por conta da forma de vender e entregar
Diante das informações trocadas ali entre cliente e atendente, produtos e serviços de forma remota27.
deve haver respeito. Por vezes, não se deve expor todos os proce-
dimentos da empresa ao cliente, pois existem processos que são 27 https://sebraeseunegocio.com.br/wp-content/uploads/ebook_canais_de_
vendas_v1.pdf?utm_campaign=Inbound+Mkt+2021&utm_content=E-book+-
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Canais de Vendas são meios que os negócios utilizam para co-
mercializar e entregar seus produtos e serviços aos clientes. São COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUA RELAÇÃO
muitas as possibilidades, mas algumas das mais conhecidas são: COM VENDAS E NEGOCIAÇÃO
loja física e virtual, quiosque em centro comercial, telefone, correio,
distribuidores, franquias, marketplaces, aplicativos, entre outros.
De forma geral, os canais remotos (à distância) foram os prin- Observa-se a tamanha importância do comportamento do con-
cipais protagonistas, que se destacaram com a Pandemia do CO- sumidor ao se concluir que é o mesmo que determina a decisão de
VID-19. De fato, contar com a facilidade, flexibilidade e segurança compra de um cliente. E para que se atenda alguma necessidade
foi essencial para os consumidores experimentarem e adotarem específica dos clientes, é necessário que se entenda corretamente
alguns deles. qual é essa necessidade.
Em especial, destacaram-se: Faz-se necessário se conhecer a fundo o que quer o público,
quais são suas aspirações, seus desejos, seus valores; em suma,
→ Marketplaces precisa se ter uma ideia bem precisa do comportamento do con-
Os Marketplaces podem ser considerados grandes shoppings sumidor. Porém, sabe-se que essa é uma tarefa que, nos tempos
virtuais pois reúnem diversos fornecedores e os conectam direta- atuais, de mudanças sociais, econômicas, culturais e tecnológicas
mente com seus clientes. De formal geral, um marketplace reúne que ocorrem numa velocidade vertiginosa, vira um grande desafio,
diferentes tipos de produtos e serviços com o objetivo de atingir o visto que aquilo que funcionava ontem talvez já não seja efetivo
maior número de clientes possíveis. hoje.
Alguns dos mais conhecidos no Brasil são: Magazine Luiza, Mas felizmente também existem vários recursos que podem
Mercado Livre, Americanas, Netshoes, entre outros. Porém, exis- auxiliar a acompanhar de perto o comportamento do consumidor.
tem também marketplaces especializados em determinados seg- Na atualidade é de extrema relevância conhecer, estudar e moni-
mentos, por exemplo: Elo 7 (produtos artesanais), Helpie e Get Nin- torar constantemente o comportamento dos consumidores, pois,
jas (serviços gerais); com essa preocupação, os profissionais de marketing e gestores
empresariais podem detectar oportunidades e ameaças aos seus
→ Whatsapp negócios com a possível insatisfação ou recusa de seus clientes28.
Não se pode negar que esse aplicativo tornou a comunicação Na análise detalhada dos diversos comportamentos dos con-
entre pessoas muito mais fácil, veloz e versátil. Se antes mesmo da sumidores, é possível visar as melhores estratégias de lançamento
Pandemia, o aplicativo de mensagens já era massivamente utiliza- de um produto ou a melhor forma de atacar na divulgação de um
do, por conta do distanciamento social e medidas de restrição ao serviço, para que com isso, aconteça a relação que dar sentido ao
atendimento presencial, estimularam ainda mais seu uso. trabalho dos profissionais da área de marketing, que dispõe da tro-
Além das próprias mensagens, o aplicativo oferece recursos ca entre empresa e cliente, de forma a satisfazer as necessidades
como chamada de voz, vídeo (individualmente ou em grupo), ver- de ambos. O intuito principal é ter clientes envolvidos com o que
são para negócios, envio de arquivos, mensagens automáticas, se oferta.
catálogo de produtos, entre tantas outras, inovando ainda mais, Clientes envolvidos são menos sensíveis as variações dos pre-
recentemente, com a possiblidade de realização de pagamentos ços, pois são consumidores que já conhecem o produto ou serviço
através dele; da empresa, sendo assim, de forma hipotética, se a organização au-
mentar o preço do produto que eles compram, por já conhecerem
→ Lojas Virtuais esses produtos, estes consumidores envolvidos terão mais chances
Muitas desenvolvedoras de plataformas criaram opções dire- de aceitar esse novo preço ofertado. Diferentemente de clientes
cionadas para pequenos negócios, com os principais serviços (cadas- que estão em contato pela primeira vez com o mesmo produto que
tro de produtos, preços, transação financeira, entre outros), porém por não conhecer, será mais sensível a essa variação de preço.
com preços mais acessíveis. Ter uma loja virtual própria se tornou A análise do comportamento do consumidor é a investigação
ainda mais possível para empreendedores de pequenas empresas; detalhada do processo vivido pelos consumidores no momento em
que decidem empregar ou não recursos disponíveis na aquisição de
→ Redes Sociais itens. É o estudo das motivações que levam as pessoas a consumir
Estar presente nelas é quase uma obrigação, mas adotá-las um produto ou um serviço.
como canais de vendas foi novidade para muitos empreendedores Em teoria, a análise leva em conta elementos da psicologia, da
em 2020. A maior parte delas passou a oferecer recursos de exposi- sociologia, da economia e da antropologia social para tentar enten-
ção, relacionamento e até mesmo para concretizar vendas. der o processo de tomada de decisão do comprador, seja individual-
As principais ainda continuam sendo Facebook, Instagram, mente, seja em grupo. Esta análise costuma ser realizada por meio
Youtube e Whatsapp. Mas uma nova rede vem ganhando cada vez da observação de três questões mais centrais, vejamos:
mais espaço, especialmente, entre os mais jovens, que o Tik Tok.
Essa talvez seja a melhor combinação: estar presente em todos → Fator Cultural
os momentos do consumidor. Foi possível notar que a integração Considera-se a cultura como a acumulação de significados,
entre canais físicos e digitais chamaram muito atenção e aprimora- rituais, normas e tradições compartilhadas entre os membros de
ram a experiência de consumo. uma organização; é a lente através das quais as pessoas enxergam
Alguns exemplos interessantes foram: drive thru (comprar e os produtos. O convívio cultural é visto como a personalidade de
retirar sem sair do próprio carro), delivery (compra por aplicativo uma sociedade evidenciando e assimilando aprendizados, valores
ou telefone com recebimento no endereço informado) e o clique percepções e preferências de uma organização ou sociedade.
e retire (compra através de loja virtual ou aplicativo e retirada em
algum ponto físico).

Canais+de+Venda+2020+%281%29&utm_medium=email&utm_source=Email- 28 Carmen Beatriz Miranda Portela. O Marketing e o Comportamento do Con-


Marketing&utm_term=Inbound+Mkt+2021_MEI_Os+Canais+de+Vendas+que+- sumidor. PUC/SP – MBA EM MARKETING. Comportamento do consumidor: en-
se+Consagraram+em+2020 tendê-lo bem significa entregar melhor, 2015.
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Nela inclui-se grupos com seus próprios modos de compor- algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de forma par-
tamento, e classe social, que são pessoas com valores, interesses ticular, erra-se em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois
e comportamentos similares. Assim, um entendimento das várias ninguém é capaz de fazê-lo.
culturas, de uma sociedade, ajuda os profissionais de marketing a Existem pessoas que pregam a automotivação, mas tal termo é
prever a aceitação dos seus produtos/serviços pelo consumidor. erroneamente empregado, já que a motivação é uma força intrínse-
Os valores culturais são intensos, portanto, através de uma ca, ou seja, interior. O homem se motiva quando suas necessidades
compreensão cultural pode-se melhorar a eficácia das vendas e a são todas supridas de forma hierárquica.
ascensão de produtos ao mercado. Assim sendo, os profissionais As necessidades básicas devem ser saciadas primeiro, no alicer-
de marketing têm maior probabilidade de sucesso quando agradam ce das necessidades antes de subir ao nível mais alto como a autor-
aos valores culturais de grupos. realização. Segundo a Pirâmide de Maslow, as pessoas necessitam
preencher um degrau de cada vez, porém, cada indivíduo pode sen-
→ Fator Social tir necessidades acima das que está executando ou abaixo, o que
Determinados fatores como os grupos de referência, família, quer dizer que o processo não é engessado, e sim flexível.
amigos, papéis sociais e status exercem alto grau de influência sobre Maslow entendia a motivação humana como uma pirâmide
as pessoas. Do ponto de vista de marketing os grupos de referência hierárquica de cinco necessidades:
servem como marco para atitudes ou comportamentos específicos 1. Necessidades básicas: na base da pirâmide se encontram as
para indivíduos nas compras ou decisões de compra, permitindo necessidades fundamentais, aquelas que são necessárias para a so-
que pessoas ou grupos sirvam como ponto de comparação. brevivência, como comer, dormir ou respirar;
Uma das principais variáveis dos fatores sociais são os grupos 2. Necessidades de segurança: no 2° degrau estão as neces-
de referência e os mesmos se dividem em primários (família, ami- sidades de estabilidade. Como por exemplo, se almejar uma vida
gos, vizinhos e colegas de trabalho), secundários (grupos religiosos estável, um emprego, uma casa segura, um plano de saúde, etc.;
e profissionais de classe), aspiração (grupos onde a pessoa espera 3. Necessidades afetivas: no próximo degrau da pirâmide está
pertencer) e dissociação (grupos com valores ou comportamentos a necessidade de aceitação. Deseja-se ser amado e acolhido, an-
que a pessoa rejeita). Dentre os grupos de referência, salienta-se seia-se por fazer parte de um grupo ou equipe, de ter amigos ou
que talvez o grupo familiar seja o mais importante determinante de alguém especial ao lado.
comportamento do consumidor, devido à estreita e contínua inte- 4. Necessidade de autoestima: no 4° degrau está a necessida-
ração entre os seus membros. de de reconhecimento pelo que se faz;
Uma pessoa participa de muitos grupos e a posição dessa pes- 5. Necessidades de autorrealização: no topo da pirâmide se
soa em cada grupo pode ser definida em termos de papéis e status. encontra aquilo que se busca ter ou realizar.
Dependendo da atividade que uma pessoa possui ou desenvolva
ela possui mais status que outras, sendo assim as pessoas escolhem Tomando a motivação para o âmbito da influência no ato da
produtos que comunicam seus papéis e status na sociedade. compra, vê-se que, para que o processo de compra aconteça com
melhor precisão é preciso que o consumidor esteja motivado a
→ Fator Pessoal comprar ou que a compra lhe traga essa motivação.
As necessidades dos consumidores e a capacidade de satisfazer
essas necessidades mudam de acordo com as influências, mas a pe- Influência na Compra
sar de suas limitações, o ciclo de vida pessoal é um ponto de partida Uma pessoa motivada está pronta para agir. A maneira como
útil para identificar de que maneira as necessidades mudam, para uma pessoa motivada realmente age é influenciada pela percepção
assim, utilizar disso como boas influências no processo de compra. que ela tem da situação.
Cada consumidor reage de forma distinta sob estímulos idênticos. Percepção é o processo por meio do qual alguém seleciona,
A estrutura do conhecimento opinião ou crença, acerca do am- organiza e interpreta as informações recebidas para criar uma ima-
biente e de si próprios, leva os consumidores a agir cada um de gem significativa do mundo. A percepção depende não apenas de
maneira desigual. Pessoas originárias da mesma subcultura, classe estímulos físicos, mas também da relação desses estímulos com o
social e ocupação podem ter diferentes estilos de vida, portanto, ti- ambiente e das condições internas da pessoa.
pos de consumos diferentes. Ao profissional de marketing, exige-se, No Marketing, as percepções são mais importantes do que a
está atento as características de seus clientes para assertividade no realidade, visto que é a percepção que de fato influencia o compor-
ataque dos mesmos. tamento de compra do consumidor. As pessoas podem ter diferen-
tes percepções do mesmo objeto devido a três processos: atenção
→ Fator Psicológico seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva.
O entendimento do comportamento humano se faz através Estima-se que uma pessoa é exposta em média a mais de 1.500
do diagnóstico de suas necessidades, visto que todo o processo de anúncios ou comunicações de marca por dia, como não é possível
tomada de decisão baseia-se na percepção das necessidades satis- prestar atenção em todos, a maioria dos estímulos é filtrada, que
feitas. As necessidades psicológicas surgem de estados de tensão é o processo chamado atenção seletiva. Mesmo os estímulos que
psicológicos, como necessidades de reconhecimento, valor ou in- chamam a atenção nem sempre atuam da forma como os emisso-
tegração. res da mensagem esperam.
Uma necessidade passa a ser um motivo quando alcança um A distorção seletiva é a tendência que se tem de transformar a
determinado nível de intensidade. Um motivo é uma necessidade informação em significados pessoais e interpretá-la de modo que
que é suficientemente importante para levar a pessoa a agir, a ma- se adapte aos prejulgamentos. As pessoas esquecem muito do que
neira como ela age é influenciada pela percepção que ela tem da veem, mas tendem a reter informações que confirmam suas cren-
situação. ças e atitudes.
Por causa da retenção seletiva, todos são propensos a lembrar
→ Motivação os pontos positivos mencionados a respeito de um produto de que
A motivação é uma força interior que se modifica a cada mo- gosta e a esquecer os pontos positivos expostos a respeito de pro-
mento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos dutos concorrentes.
de um indivíduo. Dessa forma, quando se diz que a motivação é
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
O Processo de Decisão de Compra
Esse processo psicológico básico é de grande ajuda para en- POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: RESO-
tender como os consumidores tomam suas decisões de compra. LUÇÃO Nº 4.949, DE 30 DE SETEMBRO DE 2021
Estudiosos do marketing desenvolvem um modelo de etapas para
o processo de decisão de compra, onde o consumidor passa pelas
cinco etapas elencadas abaixo: RESOLUÇÃO CMN Nº 4.949, DE 30 DE SETEMBRO DE 2021
• Reconhecimento do Problema: o processo de compra come-
ça quando o comprador reconhece um problema ou uma necessi- Dispõe sobre princípios e procedimentos a serem adotados
dade. A necessidade pode ser provocada por estímulos internos ou no relacionamento com clientes e usuários de produtos e de ser-
externos; viços.
• Busca de Informações: o consumidor interessado tende a
buscar mais informações. Podendo distinguir entre dois níveis de O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595,
interesse, o de busca moderada ou de grande interesse; de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetá-
• Avaliação de Alternativas: com base nas informações coleta- rio Nacional, em sessão realizada em 30 de setembro de 2021, com
das, os consumidores identificam e avaliam maneiras de satisfazer base nos arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 7º e 23, alínea “a”, da
suas necessidades e desejos; Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974, e 1º, § 1º, da Lei Comple-
• Decisão de Compra: depois de considerar as opções possí- mentar nº 130, de 17 de abril de 2009, resolveu:
veis, os consumidores podem fazer uma compra. Essa etapa de de-
cisão de compra inclui decidir fazer ou não a compra e, no primeiro CAPÍTULO I
caso, o que, onde, quando comprar e como pagar; DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
• Comportamento Pós-Compra: depois de adquirir o produto,
os consumidores avaliam formal e informalmente o resultado da Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre princípios e procedimentos
compra. Em particular, eles consideram se ficaram satisfeitos com a serem adotados no relacionamento com clientes e usuários de
a experiência de compra e com o bem ou serviço que adquiriram. produtos e de serviços pelas instituições financeiras e demais insti-
tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
A tentativa de entender o comportamento de compra recebe § 1º O disposto nesta Resolução não se aplica às administrado-
vários nomes: mapeamento do sistema de consumo, do ciclo de ras de consórcio e às instituições de pagamento, que devem seguir
atividade do cliente ou do cenário do cliente. Entender o comporta- as normas editadas pelo Banco Central do Brasil no exercício de sua
mento do comprador em cada etapa, assim como as influências que competência legal.
ele recebe é a obrigação do profissional de marketing. § 2º Para efeito desta Resolução, o relacionamento com clien-
Ver as atitudes dos outros, os fatores situacionais imprevistos tes e usuários abrange as fases de pré-contratação, de contratação
e o risco percebido podem afetar a decisão de compra, bem como e de pós-contratação de produtos e de serviços.
os níveis de satisfação pós-compra e as ações pós compra por parte
da empresa. CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS
Comportamento do consumidor e a comunicação do Marke-
ting Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º, no relacionamento
O profissional de marketing deve compreender os elementos com clientes e usuários de produtos e de serviços, devem conduzir
fundamentais da comunicação eficaz. O processo de comunica- suas atividades com observância de princípios de ética, responsabi-
ção compõe-se de nove elementos: emissor, receptor, mensagem, lidade, transparência e diligência, propiciando a convergência de in-
meio, codificação, decodificação, feedback e ruído. teresses e a consolidação de imagem institucional de credibilidade,
Para transmitir mensagens, os profissionais de marketing pre- segurança e competência.
cisam codificar suas mensagens levando em consideração o modo Art. 3º A observância do disposto no art. 2º requer, entre ou-
como o público-alvo as decodifica. Precisam também as transmitir tras, as seguintes ações:
por meio de veículos de comunicação eficazes que alcancem o pú- I - promover cultura organizacional que incentive relaciona-
blico-alvo e desenvolver canais de feedback para monitorar a res- mento cooperativo e equilibrado com clientes e usuários; e
posta. II - dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuá-
A resposta do consumidor a uma comunicação pode quase rios, considerando seus perfis de relacionamento e vulnerabilida-
sempre ser configurada seguindo uma hierarquia de respostas e a des associadas.
sequência: aprender, sentir e agir.
Os modelos do processo de comunicação servem para dinami- CAPÍTULO III
zar os fatores de comunicação de forma eficaz, fazendo com que as DOS PROCEDIMENTOS
empresas consigam identificar a melhor forma de compreender as
necessidades do consumidor. A ampla gama de ferramentas de co- SEÇÃO I
municação, mensagens e públicos torna obrigatório que as empre- DA CONTRATAÇÃO E DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
sas se encaminhem para uma comunicação integrada de marketing.
É preciso adotar a visão do consumidor para compreender Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º, na contratação de
plenamente todas as diferentes formas pelas quais a comunicação operações e na prestação de serviços, devem assegurar:
pode influenciar seu comportamento cotidiano, e consequente- I - adequação dos produtos e serviços ofertados ou recomen-
mente obter o resultado planejado desde o início do processo de dados às necessidades, aos interesses e aos objetivos dos clientes
divulgação do produto e/ou serviço. e usuários;
II - integridade, conformidade, confiabilidade, segurança e sigi-
lo das transações realizadas, bem como legitimidade das operações
contratadas e dos serviços prestados;
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a solução para o seu concurso!
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
III - prestação, de forma clara e precisa, das informações neces- § 3º As instituições de que trata o art. 1º devem divulgar em
sárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de clientes suas dependências e nas dependências dos correspondentes no
e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres, responsabili- País, em local visível e em formato legível, as situações de que tra-
dades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na tam os incisos II, III e V do § 1º.
execução de operações e na prestação de serviços; § 4º O disposto neste artigo deve ser observado indistintamen-
IV - utilização de redação clara, objetiva e adequada à natureza te em relação a clientes e a não clientes, exceto pelas cooperativas
e à complexidade da operação ou do serviço, em contratos, recibos, de crédito, que devem observar o disposto no § 5º.
extratos, comprovantes e documentos destinados ao público, de § 5º As cooperativas de crédito devem informar em suas de-
forma a permitir o entendimento do conteúdo e a identificação de pendências, em local visível e em formato legível, se realizam aten-
prazos, valores, encargos, multas, datas, locais e demais condições; dimento a não associados e quais os serviços disponibilizados, asse-
V - identificação dos usuários finais beneficiários de pagamento gurando nesse caso as condições previstas neste artigo.
ou transferência em demonstrativos e extratos de contas de depó-
sitos e contas de pagamento pré-paga, inclusive nas situações em CAPÍTULO IV
que o serviço de pagamento envolver instituições participantes de DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE RELACIONAMENTO COM
diferentes arranjos de pagamento; CLIENTES E USUÁRIOS
VI - encaminhamento de instrumento de pagamento ao domi-
cílio do cliente ou usuário ou a sua habilitação somente em decor- SEÇÃO I
rência de sua expressa solicitação ou autorização; e DA MANUTENÇÃO DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE
VII - tempestividade e inexistência de barreiras, critérios ou RELACIONAMENTO COM CLIENTES E USUÁRIOS
procedimentos desarrazoados para:
a) o atendimento a demandas de clientes e usuários, incluindo Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter po-
o fornecimento de contratos, recibos, extratos, comprovantes e ou- lítica institucional de relacionamento com clientes e usuários que
tros documentos e informações relativos a operações e a serviços; consolide diretrizes, objetivos estratégicos e valores organizacio-
b) a extinção da relação contratual relativa a produtos e servi- nais, de forma a nortear a condução de suas atividades em confor-
ços, incluindo o cancelamento de contratos; e midade com o disposto no art. 2º.
c) a transferência de relacionamento para outra instituição, se § 1º A política de que trata o caput deve:
aplicável. I - ser aprovada pelo conselho de administração ou, caso inexis-
tente, pela diretoria da instituição;
SEÇÃO II II - ser objeto de avaliação periódica;
DO ATENDIMENTO PRESENCIAL A CLIENTES OU USUÁRIOS III - definir papéis e responsabilidades no âmbito da instituição;
IV - ser compatível com a natureza da instituição e com o perfil
Art. 5º É vedado às instituições referidas no art. 1º impedir o de clientes e usuários, bem como com as demais políticas instituí-
acesso, recusar, dificultar ou impor restrição ao atendimento pre- das;
sencial em suas dependências, inclusive em guichês de caixa, a V - prever programa de treinamento de empregados e presta-
clientes ou usuários de produtos e de serviços, mesmo quando dis- dores de serviços que desempenhem atividades afetas ao relacio-
ponível o atendimento em outros canais. namento com clientes e usuários;
§ 1º O disposto no caput não se aplica: VI - prever a disseminação interna de suas disposições; e
I - aos serviços de arrecadação ou de cobrança prestados a ter- VII - ser formalizada em documento específico.
ceiros, quando: § 2º Admite-se que a política de que trata o caput seja unifica-
a) não houver contrato ou convênio para a sua prestação cele- da por:
brado entre a instituição financeira e o ente beneficiário; ou I - conglomerado; ou
b) o respectivo contrato ou convênio celebrado não contemple II - sistema cooperativo de crédito.
o recebimento em guichê de caixa das dependências da instituição; § 3º As instituições que não constituírem política própria em
II - ao recebimento de boletos de pagamento padronizado pela decorrência da faculdade prevista no § 2º devem formalizar a deci-
regulamentação do Banco Central do Brasil emitidos fora do padrão, são em reunião do conselho de administração ou da diretoria.
das especificações ou dos requisitos vigentes para o instrumento; § 4º O documento de que trata o inciso VII do § 1º deve ser
III - ao recebimento de documentos mediante pagamento por mantido à disposição do Banco Central do Brasil.
meio de cheque;
IV - às instituições que não possuam dependências ou às de- SEÇÃO II
pendências de instituições sem guichês de caixa; DO GERENCIAMENTO DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE
V - aos postos de atendimento instalados em recinto de órgão RELACIONAMENTO COM CLIENTES E USUÁRIOS
ou de entidade da Administração Pública ou de empresa privada
com guichês de caixa, nos quais sejam prestados serviços do exclu- Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem assegurar a
sivo interesse do respectivo órgão ou entidade e de seus servidores consistência de rotinas e de procedimentos operacionais afetos ao
ou da respectiva empresa e de seus empregados e administradores, relacionamento com clientes e usuários, bem como sua adequação
conforme a regulamentação específica sobre dependências; e à política institucional de relacionamento de que trata o art. 6º, in-
VI - às situações excepcionais previstas na legislação ou na re- clusive quanto aos seguintes aspectos:
gulamentação específica. I - identificação e qualificação de clientes e de usuários para
§ 2º Para fins do disposto no caput, é vedada a imposição de fins de início e manutenção de relacionamento;
restrições quanto à quantidade de documentos, de transações ou II - concepção de produtos e de serviços;
de operações por pessoa, bem como em relação a montante máxi- III - oferta, recomendação, contratação ou distribuição de pro-
mo ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quanto à faculdade dutos ou serviços;
de o cliente ou o usuário optar por pagamentos em espécie, salvo as IV - requisitos de segurança afetos a produtos e a serviços;
exceções previstas na legislação ou na regulamentação específica.
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V - cobrança de tarifas em decorrência da prestação de servi-
ços; RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, DE 23 DE OUTUBRO DE 2020
VI - divulgação e publicidade de produtos e de serviços; QUE DISPÕE SOBRE A CONSTITUIÇÃO E O FUNCIONAMEN-
VII - coleta, tratamento e manutenção de informações dos TO DE COMPONENTE ORGANIZACIONAL DE OUVIDORIA
clientes em bases de dados; PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS INSTITUI-
VIII - gestão do atendimento prestado a clientes e usuários, in- ÇÕES AUTORIZADAS A FUNCIONAR PELO BANCO CEN-
clusive o registro e o tratamento de demandas; TRAL DO BRASIL
IX - mediação de conflitos;
X - sistemática de cobrança em caso de inadimplemento de
obrigações contratadas;
XI - extinção da relação contratual relativa a produtos e servi- RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, DE 23 DE OUTUBRO DE 2020
ços;
XII - liquidação antecipada de dívidas ou de obrigações; e Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de compo-
XIII - transferência de relacionamento para outra instituição. nente organizacional de ouvidoria pelas instituições autorizadas a
§ 1º Com relação ao disposto nos incisos II e III do caput, e em funcionar pelo Banco Central do Brasil.
observância ao art. 4º, inciso I, as instituições devem estabelecer o
perfil dos clientes que compõem o público-alvo para os produtos e O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595,
serviços disponibilizados, considerando suas características e com- de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetá-
plexidade. rio Nacional, em sessão realizada em 22 de outubro de 2020, com
§ 2º O perfil referido no § 1º deve incluir informações relevan- base no art. 4º, inciso VIII, da referida Lei, resolveu:
tes para cada produto ou serviço.
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem: CAPÍTULO I
I - promover o equilíbrio das metas de resultados e de incenti- DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
vos associadas ao desempenho de funcionários e de corresponden-
tes no País com as diretrizes e os valores organizacionais previstos Art. 1º Esta Resolução disciplina a constituição e o funciona-
na política institucional de que trata o art. 6º; e mento de componente organizacional de ouvidoria pelas institui-
II - tratar adequadamente eventuais desvios relacionados ao ções que especifica.
contido no inciso I. Art. 2º O componente organizacional de ouvidoria deve ser
Art. 9º Em relação à política institucional de relacionamento constituído pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
com clientes e usuários, as instituições de que trata o art. 1º devem Central do Brasil que tenham clientes pessoas naturais, inclusive
instituir mecanismos de acompanhamento, de controle e de mitiga- empresários individuais, ou pessoas jurídicas classificadas como
ção de riscos com vistas a assegurar: microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei
I - a implementação das suas disposições; Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
II - o monitoramento do seu cumprimento, inclusive por meio Parágrafo único. Ficam dispensados de constituir ouvidoria os
de métricas e indicadores adequados; bancos comerciais sob controle societário de bolsas de valores, de
III - a avaliação da sua efetividade; e bolsas de mercadorias e futuros ou de bolsas de valores e de mer-
IV - a identificação e a correção de eventuais deficiências. cadorias e futuros que desempenhem exclusivamente funções de
§ 1º Os mecanismos de que trata o caput devem ser submeti- liquidante e custodiante central, prestando serviços às bolsas e aos
dos a testes periódicos pela auditoria interna, consistentes com os agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas cursadas.
controles internos da instituição.
§ 2º Os dados, os registros e as informações relativas aos meca- CAPÍTULO II
nismos de controle, processos, testes e trilhas de auditoria devem DA FINALIDADE
ser mantidos à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mí-
nimo de cinco anos. Art. 3º A ouvidoria tem por finalidade:
I - atender em última instância as demandas dos clientes e
CAPÍTULO V usuários de produtos e serviços que não tiverem sido solucionadas
DISPOSIÇÕES FINAIS nos canais de atendimento primário da instituição; e
II - atuar como canal de comunicação entre a instituição e os
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao clientes e usuários de produtos e serviços, inclusive na mediação
Banco Central do Brasil diretor responsável pelo cumprimento das de conflitos.
obrigações previstas nesta Resolução. Parágrafo único. Para efeitos desta Resolução, considera-se pri-
Art. 11. O Banco Central do Brasil poderá adotar medidas com- mário o atendimento habitual realizado em quaisquer pontos ou
plementares necessárias à execução do disposto nesta Resolução. canais de atendimento, incluídos os
Art. 12. Ficam revogados: correspondentes no País e o Serviço de Atendimento ao Con-
I - o art. 12 da Resolução nº 4.753, de 26 de setembro de 2019; sumidor (SAC) de que trata o Decreto nº 6.523, de 31 de julho de
II - a Resolução nº 3.694, de 26 de março de 2009; 2008.
III - a Resolução nº 4.283, de 4 de novembro de 2013;
IV - a Resolução nº 4.479, de 25 de abril de 2016; CAPÍTULO III
V - a Resolução nº 4.539, de 24 de novembro de 2016; e DA ORGANIZAÇÃO
VI - a Resolução nº 4.746, de 29 de agosto de 2019.
Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em 1º de março de 2022. Art. 4º A estrutura da ouvidoria deve ser compatível com a na-
tureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, proces-
sos e sistemas de cada instituição.Parágrafo único. A ouvidoria não
pode estar vinculada a componente organizacional da instituição

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que configure conflito de interesses ou de atribuições, a exemplo II - deve ser gravado, quando realizado por telefone, e, quando
das unidades responsáveis por negociação de produtos e serviços, realizado por meio de documento escrito ou por meio eletrônico,
gestão de riscos, auditoria interna e conformidade (compliance). arquivada a respectiva documentação; e
Art. 5º É admitido o compartilhamento de ouvidoria pelas insti- III - pode abranger:
tuições, observadas as seguintes situações e regras: a) excepcionalmente, as demandas não recepcionadas inicial-
I - a instituição integrante de conglomerado composto por pelo mente pelos canais de atendimento primário; e
menos duas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central b) as demandas encaminhadas pelo Banco Central do Brasil,
do Brasil pode compartilhar a ouvidoria constituída em qualquer por órgãos públicos ou por outras entidades públicas ou privadas.
das instituições autorizadas a funcionar; § 2º O prazo de resposta para as demandas não pode ultrapas-
II - a instituição não enquadrada no disposto no inciso I do sar dez dias úteis, podendo ser prorrogado, excepcionalmente e de
caput pode compartilhar a ouvidoria constituída: forma justificada, uma única vez, por igual período, limitado o nú-
a) em empresa ligada, conforme definição de que trata o § 1º; mero de prorrogações a 10% (dez por cento) do total de demandas
ou no mês, devendo o demandante ser informado sobre os motivos da
b) na associação de classe a que seja filiada ou na bolsa de va- prorrogação.
lores ou bolsa de mercadorias e futuros ou bolsa de valores e de Art. 7º As instituições referidas no art. 2º devem:
mercadorias e futuros nas quais realize operações; I - manter sistema de informações e de controle das demandas
III - a cooperativa singular de crédito filiada a cooperativa cen- recebidas pela ouvidoria, de forma a:
tral pode compartilhar a ouvidoria constituída na respectiva coope- a) registrar o histórico de atendimentos, as informações utiliza-
rativa central, confederação de cooperativas de crédito ou banco do das na análise e as providências adotadas; e
sistema cooperativo; e b) controlar o prazo de resposta;
IV - a cooperativa singular de crédito não filiada a cooperativa II - dar ampla divulgação sobre a existência da ouvidoria, sua
central pode compartilhar a ouvidoria constituída em cooperativa finalidade, suas atribuições e formas de acesso, inclusive nos canais
central, federação de cooperativas de crédito, confederação de coo- de comunicação utilizados para difundir os produtos e serviços;
perativas de crédito ou associação de classe da categoria. III - garantir o acesso gratuito dos clientes e dos usuários ao
§ 1º Para efeito do disposto no inciso II, alínea “a”, do caput, atendimento da ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes, in-
consideram-se ligadas entre si as instituições autorizadas a funcio- clusive por telefone, cujo número deve ser:
nar pelo Banco Central do Brasil e as empresas não autorizadas a a) divulgado e mantido atualizado em local visível ao público
funcionar pelo Banco Central do Brasil: no recinto das suas dependências e nas dependências dos corres-
I - as quais uma participe com 10% (dez por cento) ou mais do pondentes no País, bem como nos respectivos sítios eletrônicos na
capital da outra, direta ou indiretamente; e internet, acessível pela sua página inicial;
II - as quais acionistas com 10% (dez por cento) ou mais do ca- b) informado nos extratos, comprovantes, inclusive eletrôni-
pital de uma participem com 10% (dez por cento) ou mais do capital cos, contratos, materiais de propaganda e de publicidade e demais
da outra, direta ou indiretamente. documentos que se destinem aos clientes e usuários; e
§ 2º O disposto no inciso II, alínea “b”, do caput, não se aplica c) inserido e mantido permanentemente atualizado em siste-
a bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas, socieda- ma de registro de informações do Banco Central do Brasil.
des de crédito, financiamento e investimento, associações de pou- Parágrafo único. As informações relativas às demandas recebi-
pança e empréstimo e sociedades de arrendamento mercantil que das pela ouvidoria devem permanecer registradas no sistema men-
realizem operações de arrendamento mercantil financeiro. cionado no inciso I pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da
§ 3º O disposto nos incisos II, alínea “b”, e IV, do caput, somente data da protocolização da ocorrência.
se aplica a associação de classe ou bolsa que possuir código de ética
ou de autorregulação efetivamente implantado, ao qual a institui- CAPÍTULO V
ção tenha aderido. DAS EXIGÊNCIAS FORMAIS

CAPÍTULO IV Art. 8º O estatuto ou o contrato social, conforme a natureza


DO FUNCIONAMENTO jurídica da sociedade, deve dispor, de forma expressa, sobre os se-
guintes aspectos:
Art. 6º As atribuições da ouvidoria abrangem as seguintes ati- I - a finalidade, as atribuições e as atividades da ouvidoria;
vidades: II - os critérios de designação e de destituição do ouvidor;
I - atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal III - o tempo de duração do mandato do ouvidor, fixado em
e adequado às demandas dos clientes e usuários de produtos e ser- meses; e
viços; IV - o compromisso formal no sentido de:
II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca do anda- a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvido-
mento das demandas, informando o prazo previsto para resposta; ria, bem como para que sua atuação seja pautada pela transparên-
III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda no prazo cia, independência, imparcialidade e isenção; e
previsto; e b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias
IV - manter o conselho de administração, ou, na sua ausência, para a elaboração de resposta adequada às demandas recebidas,
a diretoria da instituição, informado sobre os problemas e defi- com total apoio administrativo, podendo requisitar informações e
ciências detectados no cumprimento de suas atribuições e sobre documentos para o exercício de suas atividades no cumprimento
o resultado das medidas adotadas pelos administradores para so- de suas atribuições.
lucioná-los. § 1º Os aspectos mencionados no caput devem ser incluídos
§ 1º O atendimento prestado pela ouvidoria: no estatuto ou no contrato social na primeira alteração que ocorrer
I - deve ser identificado por meio de número de protocolo, o após a constituição da ouvidoria.
qual deve ser fornecido ao demandante;

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§ 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigidas por esta CAPÍTULO VII
Resolução relativas às instituições que optarem pela faculdade pre- DA CERTIFICAÇÃO
vista no art. 5º, incisos I e III, podem ser promovidas somente pela
instituição que constituir a ouvidoria. Art. 15. As instituições referidas no art. 2º devem adotar provi-
§ 3º As instituições que não constituírem ouvidoria própria em dências para que os integrantes da ouvidoria que realizem as ativi-
decorrência da faculdade prevista no art. 5º, incisos II e IV, devem dades mencionadas no art. 6º sejam considerados aptos em exame
ratificar a decisão na primeira assembleia geral ou na primeira reu- de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade
nião de diretoria realizada após tal decisão. técnica.
Art. 9º As instituições referidas no art. 2º devem designar pe- § 1º O exame de certificação deve abranger, no mínimo, temas
rante o Banco Central do Brasil os nomes do ouvidor e do diretor relativos à ética, aos direitos do consumidor e à mediação de con-
responsável pela ouvidoria. flitos.
§ 1º O diretor responsável pela ouvidoria pode desempenhar § 2º A designação de integrantes da ouvidoria referidos no
outras funções na instituição, inclusive a de ouvidor, exceto a de caput fica condicionada à comprovação de aptidão no exame de
diretor de administração de recursos de terceiros. certificação, além do atendimento às demais exigências desta Re-
§ 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos, cai- solução.
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investi- § 3º As instituições referidas no caput devem assegurar a ca-
mento, associações de poupança e empréstimo e sociedades de pacitação permanente dos integrantes da ouvidoria em relação aos
arrendamento mercantil que realizem operações de arrendamen- temas mencionados no § 1º.
to mercantil financeiro, que estejam sujeitos à obrigatoriedade de § 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se à formali-
constituição de comitê de auditoria, na forma da regulamentação, o dade prevista no caput, caso exerça a função de ouvidor.
ouvidor não poderá desempenhar outra função, exceto a de diretor § 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e IV, aplica-se o
responsável pela ouvidoria. disposto neste artigo aos integrantes da ouvidoria da associação de
§ 3º Nas situações em que o ouvidor desempenhe outra ativi- classe, entidade ou empresa que realize as atividades mencionadas
dade na instituição, essa atividade não pode configurar conflito de no art. 6º.
interesses ou de atribuições.
Art. 10. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I, III e IV, o CAPÍTULO VIII
ouvidor deve: DA AVALIAÇÃO DIRETA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO
PRESTADO
I - responder por todas as instituições que compartilharem a
ouvidoria; e
Art. 16. As instituições referidas no art. 2º devem implementar
II - integrar os quadros da instituição que constituir a ouvidoria.
instrumento de avaliação direta da qualidade do atendimento pres-
Art. 11. Para cumprimento do disposto no caput do art. 9º, nas
tado pela ouvidoria a clientes e usuários.
hipóteses previstas no art. 5º, inciso II, as instituições referidas no
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente aos
art. 2º devem:
bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, cai-
I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas o nome
xas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investi-
do respectivo diretor responsável pela ouvidoria; e mento.
II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do ouvidor da Art. 17. A avaliação direta da qualidade do atendimento de que
associação de classe, da bolsa de valores, da bolsa de mercadorias trata o art. 16 deve ser:
e futuros ou da bolsa de valores e de mercadorias e futuros, ou da I - estruturada de forma a obter notas entre 1 e 5, sendo 1 o
entidade ou empresa que constituir a ouvidoria. nível de satisfação mais baixo e 5 o nível de satisfação mais alto;
II - disponibilizada ao cliente ou usuário em até um dia útil após
CAPÍTULO VI o encaminhamento da resposta conclusiva de que trata o art. 6º,
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES inciso III, e § 2º; e
III - concluída em até cinco dias úteis após o prazo de que trata
Art. 12. O diretor responsável pela ouvidoria deve elaborar re- o inciso II.
latório semestral quantitativo e qualitativo referente às atividades Art. 18. Os dados relativos à avaliação mencionada no art. 16
desenvolvidas pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de junho e 31 devem ser:
de dezembro. I - armazenados de forma eletrônica, em ordem cronológica,
Parágrafo único. O relatório de que trata o caput deve ser en- permanecendo à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo
caminhado à auditoria interna, ao comitê de auditoria, quando de cinco anos, contados da data da avaliação realizada pelo cliente
constituído, e ao conselho de administração ou, na sua ausência, à ou usuário; e
diretoria da instituição. II - remetidos ao Banco Central do Brasil, na forma por ele de-
Art. 13. As instituições referidas no art. 2º devem divulgar se- finida.
mestralmente, nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as
informações relativas às atividades desenvolvidas pela ouvidoria, CAPÍTULO IX
inclusive os dados relativos à avaliação direta da qualidade do aten- DISPOSIÇÕES FINAIS
dimento de que trata o art. 16.
Art. 14. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer o conteú- Art. 19. O relatório e a documentação relativos aos atendimen-
do, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa de dados e de tos realizados, de que tratam os arts. 6º, § 1º, 7º e 12, bem como
informações relativos às atividades da ouvidoria. a gravação telefônica do atendimento, devem permanecer à dispo-
sição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos.
Art. 20. O número do telefone para acesso gratuito à ouvidoria
e os dados relativos ao diretor responsável pela ouvidoria e ao ouvi-
dor devem ser inseridos e mantidos permanentemente atualizados
em sistema de registro de informações do Banco Central do Brasil.
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Parágrafo único. O disposto no caput deve ser observado, inclu- Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
sive, pela instituição que não constituir componente de ouvidoria I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para uti-
próprio em decorrência da faculdade prevista no art. 5º. lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi-
Art. 21. O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas pamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comuni-
necessárias à execução do disposto nesta Resolução. cação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros
Art. 22. Ficam revogadas: serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou priva-
I - a Resolução nº 4.433, de 23 de julho de 2015; e dos de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
II - a Resolução nº 4.629, de 25 de janeiro de 2018. com deficiência ou com mobilidade reduzida;
Art. 23. Esta Resolução entra em vigor em 1º de dezembro de II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, pro-
2020. gramas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem neces-
sidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos
de tecnologia assistiva;
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipa-
mentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICI- e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à
ÊNCIA (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA): LEI Nº atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobili-
13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015 dade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade
de vida e inclusão social;
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor-
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 tamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem
como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilida-
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência de, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança,
entre outros, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos
e privados;
LIVRO I
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios
PARTE GERAL
de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer
TÍTULO I
entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de
informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tec-
CAPÍTULO I
nologia da informação;
DISPOSIÇÕES GERAIS
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que im-
peçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com defici-
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a as- ência em igualdade de condições e oportunidades com as demais
segurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos pessoas;
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o aces-
visando à sua inclusão social e cidadania. so da pessoa com deficiência às tecnologias;
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abran-
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ge, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de
ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sina-
nº 186, de 9 de julho de 2008 , em conformidade com o procedi- lização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispo-
mento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Fe- sitivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral,
derativa do Brasil , em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos,
desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, in-
de 25 de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano cluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
interno. VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os di-
de condições com as demais pessoas. reitos e liberdades fundamentais;
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsi- VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de
cossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, sa-
considerará: (Vigência) (Vide Decreto nº 11.063, de 2022) neamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elé-
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; trica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abaste-
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; cimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam
III - a limitação no desempenho de atividades; e as indicações do planejamento urbanístico;
IV - a restrição de participação. VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elemen-
deficiência. (Vide Lei nº 13.846, de 2019) (Vide Lei nº 14.126, de tos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modifica-
2021) ção ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses
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elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização
terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes compulsória;
de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comu-
outros de natureza análoga; nitária; e
IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção,
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com
temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilida- as demais pessoas.
de, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, ges- Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente
tante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa
X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Aco- com deficiência.
lhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) localizadas Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os
em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as viola-
que possam contar com apoio psicossocial para o atendimento das ções previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público
necessidades da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos para as providências cabíveis.
com deficiência, em situação de dependência, que não dispõem de Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar
condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragi- à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos
lizados ou rompidos; referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à materni-
XI - moradia para a vida independente da pessoa com defici- dade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização,
ência: moradia com estruturas adequadas capazes de proporcionar ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao
serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e am- transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao
pliem o grau de autonomia de jovens e adultos com deficiência; lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecno-
XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, lógicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar
que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da
e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas ativida- Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Pro-
tocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu
des diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados
bem-estar pessoal, social e econômico.
com profissões legalmente estabelecidas;
XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce ativida-
SEÇÃO ÚNICA
des de alimentação, higiene e locomoção do estudante com defi-
DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
ciência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer
necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em insti-
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendi-
tuições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimen-
mento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
tos identificados com profissões legalmente estabelecidas; I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com de- II - atendimento em todas as instituições e serviços de atendi-
ficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente mento ao público;
pessoal. III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tec-
nológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições
CAPÍTULO II com as demais pessoas;
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO IV - disponibilização de pontos de parada, estações e terminais
acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segu-
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de rança no embarque e no desembarque;
oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma es- V - acesso a informações e disponibilização de recursos de co-
pécie de discriminação. municação acessíveis;
§ 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda VI - recebimento de restituição de imposto de renda;
forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administra-
tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o tivos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.
reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades funda- § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acom-
mentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adapta- panhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal,
ções razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo.
§ 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a priori-
benefícios decorrentes de ação afirmativa. dade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de aten-
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma dimento médico.
de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, cruel-
dade, opressão e tratamento desumano ou degradante. TÍTULO II
Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança,
o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. CAPÍTULO I
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pes- DO DIREITO À VIDA
soa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável; Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pes-
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; soa com deficiência ao longo de toda a vida.
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou estado
ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planeja- de calamidade pública, a pessoa com deficiência será considerada
mento familiar; vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua pro-
teção e segurança.
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Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste artigo
se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a podem fornecer informações e orientações nas áreas de saúde, de
institucionalização forçada. educação, de cultura, de esporte, de lazer, de transporte, de previ-
Parágrafo único. O consentimento da pessoa com deficiência dência social, de assistência social, de habitação, de trabalho, de
em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei. empreendedorismo, de acesso ao crédito, de promoção, proteção
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa e defesa de direitos e nas demais áreas que possibilitem à pessoa
com deficiência é indispensável para a realização de tratamento, com deficiência exercer sua cidadania.
procedimento, hospitalização e pesquisa científica.
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de cura- CAPÍTULO III
tela, deve ser assegurada sua participação, no maior grau possível, DO DIREITO À SAÚDE
para a obtenção de consentimento.
§ 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com
em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em cará- deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do
ter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto SUS, garantido acesso universal e igualitário.
para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e § 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência na
desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável elaboração das políticas de saúde a ela destinadas.
com participantes não tutelados ou curatelados. § 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e téc-
Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem nicas, que regulamentarão a atuação dos profissionais de saúde e
seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de risco de contemplarão aspectos relacionados aos direitos e às especificida-
morte e de emergência em saúde, resguardado seu superior inte- des da pessoa com deficiência, incluindo temas como sua dignidade
resse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis. e autonomia.
§ 3º Aos profissionais que prestam assistência à pessoa com
CAPÍTULO II deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de reabilita-
DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO ção, deve ser garantida capacitação inicial e continuada.
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pes-
Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um direito soa com deficiência devem assegurar:
da pessoa com deficiência. I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe
Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação multidisciplinar;
tem por objetivo o desenvolvimento de potencialidades, talentos, II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que neces-
habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, sários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manuten-
atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a conquis- ção da melhor condição de saúde e qualidade de vida;
ta da autonomia da pessoa com deficiência e de sua participação III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambu-
social em igualdade de condições e oportunidades com as demais latorial e internação;
pessoas. IV - campanhas de vacinação;
Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-se V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e
em avaliação multidisciplinar das necessidades, habilidades e po- atendentes pessoais;
tencialidades de cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes: VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orien-
I - diagnóstico e intervenção precoces; tação sexual da pessoa com deficiência;
II - adoção de medidas para compensar perda ou limitação fun- VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertili-
cional, buscando o desenvolvimento de aptidões; zação assistida;
III - atuação permanente, integrada e articulada de políticas VIII - informação adequada e acessível à pessoa com deficiência
públicas que possibilitem a plena participação social da pessoa com e a seus familiares sobre sua condição de saúde;
deficiência; IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desen-
IV - oferta de rede de serviços articulados, com atuação inter- volvimento de deficiências e agravos adicionais;
setorial, nos diferentes níveis de complexidade, para atender às ne- X - promoção de estratégias de capacitação permanente das
cessidades específicas da pessoa com deficiência; equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no aten-
V - prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa com dimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus
deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a organização das atendentes pessoais;
Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção,
do Sistema Único de Saúde (SUS).
medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as nor-
Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de reabilita-
mas vigentes do Ministério da Saúde.
ção para a pessoa com deficiência, são garantidos:
§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às institui-
I - organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para
ções privadas que participem de forma complementar do SUS ou
atender às características de cada pessoa com deficiência;
que recebam recursos públicos para sua manutenção.
II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços;
Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à pre-
III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação, materiais e
venção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por meio de:
equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de acordo
com as especificidades de cada pessoa com deficiência; I - acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, com
IV - capacitação continuada de todos os profissionais que parti- garantia de parto humanizado e seguro;
cipem dos programas e serviços. II - promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis,
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão promover ações vigilância alimentar e nutricional, prevenção e cuidado integral
articuladas para garantir à pessoa com deficiência e sua família a dos agravos relacionados à alimentação e nutrição da mulher e da
aquisição de informações, orientações e formas de acesso às polí- criança;
ticas públicas disponíveis, com a finalidade de propiciar sua plena III - aprimoramento e expansão dos programas de imunização
participação social. e de triagem neonatal;

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IV - identificação e controle da gestante de alto risco. II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a ga-
Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde rantir condições de acesso, permanência, participação e aprendiza-
são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no mínimo, todos gem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade
os serviços e produtos ofertados aos demais clientes. que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento
pessoa com deficiência no local de residência, será prestado atendi- educacional especializado, assim como os demais serviços e adap-
mento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de tratamento, tações razoáveis, para atender às características dos estudantes
garantidos o transporte e a acomodação da pessoa com deficiência com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em con-
e de seu acompanhante. dições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua
Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em observação autonomia;
é assegurado o direito a acompanhante ou a atendente pessoal, de- IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira lín-
vendo o órgão ou a instituição de saúde proporcionar condições gua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda
adequadas para sua permanência em tempo integral. língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
§ 1º Na impossibilidade de permanência do acompanhante V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambien-
ou do atendente pessoal junto à pessoa com deficiência, cabe ao tes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos es-
profissional de saúde responsável pelo tratamento justificá-la por tudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a
escrito. participação e a aprendizagem em instituições de ensino;
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no § 1º deste ar- VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos méto-
tigo, o órgão ou a instituição de saúde deve adotar as providências dos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamen-
cabíveis para suprir a ausência do acompanhante ou do atendente tos e de recursos de tecnologia assistiva;
pessoal. VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano
Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação contra a de atendimento educacional especializado, de organização de re-
pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores cursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilida-
diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de de pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
sua condição. VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas fa-
Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o acesso aos mílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
serviços de saúde, tanto públicos como privados, e às informações IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvi-
prestadas e recebidas, por meio de recursos de tecnologia assistiva mento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissio-
e de todas as formas de comunicação previstas no inciso V do art. nais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e
3º desta Lei. os interesses do estudante com deficiência;
Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, tanto públicos quan- X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas
to privados, devem assegurar o acesso da pessoa com deficiência, de formação inicial e continuada de professores e oferta de forma-
em conformidade com a legislação em vigor, mediante a remoção ção continuada para o atendimento educacional especializado;
de barreiras, por meio de projetos arquitetônico, de ambientação XI - formação e disponibilização de professores para o atendi-
de interior e de comunicação que atendam às especificidades das mento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da
pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual e mental. Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de violência XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de
praticada contra a pessoa com deficiência serão objeto de notifi- recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades
cação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e partici-
autoridade policial e ao Ministério Público, além dos Conselhos dos pação;
Direitos da Pessoa com Deficiência. XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se violên- tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as de-
cia contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou omissão, pra- mais pessoas;
ticada em local público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível
sofrimento físico ou psicológico. superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas
relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de
CAPÍTULO IV conhecimento;
DO DIREITO À EDUCAÇÃO XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de con-
dições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiên- sistema escolar;
cia, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da
e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máxi- educação e demais integrantes da comunidade escolar às edifica-
mo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, ções, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as moda-
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, inte- lidades, etapas e níveis de ensino;
resses e necessidades de aprendizagem. XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas
escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa públicas.
com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, § 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade
negligência e discriminação. de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III,
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalida- natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumpri-
des, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; mento dessas determinações.

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§ 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras V - elaboração de especificações técnicas no projeto que per-
a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar mitam a instalação de elevadores.
o seguinte: § 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste artigo, será
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária apenas uma vez.
básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certifi- § 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de fi-
cado de proficiência na Libras; (Vigência) nanciamento devem ser compatíveis com os rendimentos da pes-
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados soa com deficiência ou de sua família.
à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e § 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas uni-
pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prio- dades habitacionais reservadas por força do disposto no inciso I do
ritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras. (Vigência) caput deste artigo, as unidades não utilizadas serão disponibilizadas
Art. 29. (VETADO). às demais pessoas.
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência Art. 33. Ao poder público compete:
nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de I - adotar as providências necessárias para o cumprimento do
educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e
adotadas as seguintes medidas: II - divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a polí-
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas de- tica habitacional prevista nas legislações federal, estaduais, distrital
pendências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços; e municipais, com ênfase nos dispositivos sobre acessibilidade.
II - disponibilização de formulário de inscrição de exames com
campos específicos para que o candidato com deficiência informe CAPÍTULO VI
os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários DO DIREITO AO TRABALHO
para sua participação;
III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para SEÇÃO I
atendimento às necessidades específicas do candidato com defici- DISPOSIÇÕES GERAIS
ência;
IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnolo- Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de
gia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em
candidato com deficiência; igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo § 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qual-
candidato com deficiência, tanto na realização de exame para sele- quer natureza são obrigadas a garantir ambientes de trabalho aces-
ção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia solicitação síveis e inclusivos.
e comprovação da necessidade; § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, dis- oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e favorá-
cursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística veis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de igual
da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da valor.
língua portuguesa; § 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Li- e qualquer discriminação em razão de sua condição, inclusive nas
bras. etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames
admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão pro-
CAPÍTULO V fissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão
DO DIREITO À MORADIA plena.
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao
Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna,
acesso a cursos, treinamentos, educação continuada, planos de car-
no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge ou com-
reira, promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos
panheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida indepen-
pelo empregador, em igualdade de oportunidades com os demais
dente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.
empregados.
§ 1º O poder público adotará programas e ações estratégicas
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilida-
para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida inde-
de em cursos de formação e de capacitação.
pendente da pessoa com deficiência.
§ 2º A proteção integral na modalidade de residência inclusi- Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de traba-
va será prestada no âmbito do Suas à pessoa com deficiência em lho e emprego promover e garantir condições de acesso e de per-
situação de dependência que não disponha de condições de autos- manência da pessoa com deficiência no campo de trabalho.
sustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. Parágrafo único. Os programas de estímulo ao empreendedo-
Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados rismo e ao trabalho autônomo, incluídos o cooperativismo e o asso-
com recursos públicos, a pessoa com deficiência ou o seu responsá- ciativismo, devem prever a participação da pessoa com deficiência
vel goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias.
observado o seguinte:
I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades SEÇÃO II
habitacionais para pessoa com deficiência; DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E REABILITAÇÃO PROFIS-
II - (VETADO); SIONAL
III - em caso de edificação multifamiliar, garantia de acessibili-
dade nas áreas de uso comum e nas unidades habitacionais no piso Art. 36. O poder público deve implementar serviços e progra-
térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável nos demais pi- mas completos de habilitação profissional e de reabilitação profis-
sos; sional para que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar
IV - disponibilização de equipamentos urbanos comunitários ou retornar ao campo do trabalho, respeitados sua livre escolha,
acessíveis; sua vocação e seu interesse.
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§ 1º Equipe multidisciplinar indicará, com base em critérios CAPÍTULO VII
previstos no § 1º do art. 2º desta Lei, programa de habilitação ou de DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL
reabilitação que possibilite à pessoa com deficiência restaurar sua
capacidade e habilidade profissional ou adquirir novas capacidades Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os benefícios
e habilidades de trabalho. no âmbito da política pública de assistência social à pessoa com de-
§ 2º A habilitação profissional corresponde ao processo des- ficiência e sua família têm como objetivo a garantia da segurança
tinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de conheci- de renda, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do desen-
mentos, habilidades e aptidões para exercício de profissão ou de volvimento da autonomia e da convivência familiar e comunitária,
ocupação, permitindo nível suficiente de desenvolvimento profis- para a promoção do acesso a direitos e da plena participação social.
sional para ingresso no campo de trabalho. § 1º A assistência social à pessoa com deficiência, nos termos
§ 3º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação pro- do caput deste artigo, deve envolver conjunto articulado de serviços
fissional e de educação profissional devem ser dotados de recursos do âmbito da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial,
necessários para atender a toda pessoa com deficiência, indepen- ofertados pelo Suas, para a garantia de seguranças fundamentais
dentemente de sua característica específica, a fim de que ela possa no enfrentamento de situações de vulnerabilidade e de risco, por
ser capacitada para trabalho que lhe seja adequado e ter perspecti- fragilização de vínculos e ameaça ou violação de direitos.
vas de obtê-lo, de conservá-lo e de nele progredir. § 2º Os serviços socioassistenciais destinados à pessoa com
§ 4º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação pro- deficiência em situação de dependência deverão contar com cui-
fissional e de educação profissional deverão ser oferecidos em am- dadores sociais para prestar-lhe cuidados básicos e instrumentais.
bientes acessíveis e inclusivos. Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não possua
§ 5º A habilitação profissional e a reabilitação profissional de- meios para prover sua subsistência nem de tê-la provida por sua
vem ocorrer articuladas com as redes públicas e privadas, espe- família o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da
cialmente de saúde, de ensino e de assistência social, em todos os Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 .
níveis e modalidades, em entidades de formação profissional ou
diretamente com o empregador. CAPÍTULO VIII
§ 6º A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
meio de prévia formalização do contrato de emprego da pessoa
com deficiência, que será considerada para o cumprimento da re- Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de
serva de vagas prevista em lei, desde que por tempo determinado e Previdência Social (RGPS) tem direito à aposentadoria nos termos
concomitante com a inclusão profissional na empresa, observado o da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013 .
disposto em regulamento.
§ 7º A habilitação profissional e a reabilitação profissional aten- CAPÍTULO IX
derão à pessoa com deficiência.
DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E AO
LAZER
SEÇÃO III
DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRABA-
Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao es-
LHO
porte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência
I - a bens culturais em formato acessível;
no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportunida-
des com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhista II - a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades
e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de aces- culturais e desportivas em formato acessível; e
sibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a III - a monumentos e locais de importância cultural e a espaços
adaptação razoável no ambiente de trabalho. que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com defi- § 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em for-
ciência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, observadas mato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento,
as seguintes diretrizes: inclusive sob a alegação de proteção dos direitos de propriedade
I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com intelectual.
maior dificuldade de inserção no campo de trabalho; § 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à elimi-
II - provisão de suportes individualizados que atendam a neces- nação, à redução ou à superação de barreiras para a promoção do
sidades específicas da pessoa com deficiência, inclusive a disponi- acesso a todo patrimônio cultural, observadas as normas de acessi-
bilização de recursos de tecnologia assistiva, de agente facilitador e bilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e artís-
de apoio no ambiente de trabalho; tico nacional.
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com Art. 43. O poder público deve promover a participação da pes-
deficiência apoiada; soa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais,
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:
com vistas à definição de estratégias de inclusão e de superação de I - incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de re-
barreiras, inclusive atitudinais; cursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais
V - realização de avaliações periódicas; pessoas;
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços
VII - possibilidade de participação de organizações da socieda- prestados por pessoa ou entidade envolvida na organização das ati-
de civil. vidades de que trata este artigo; e
Art. 38. A entidade contratada para a realização de processo III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em jo-
seletivo público ou privado para cargo, função ou emprego está gos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísti-
obrigada à observância do disposto nesta Lei e em outras normas cas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as
de acessibilidade vigentes. demais pessoas.
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Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem
esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, des-
reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência, de que devidamente identificados.
de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o § 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo devem equi-
disposto em regulamento. valer a 2% (dois por cento) do total, garantida, no mínimo, 1 (uma)
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem vaga devidamente sinalizada e com as especificações de desenho
ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes de acessibi-
em todos os setores, próximos aos corredores, devidamente sina- lidade.
lizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das § 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas devem exi-
saídas, em conformidade com as normas de acessibilidade. bir, em local de ampla visibilidade, a credencial de beneficiário, a
§ 2º No caso de não haver comprovada procura pelos assen- ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de trânsito, que discipli-
tos reservados, esses podem, excepcionalmente, ser ocupados por narão suas características e condições de uso.
pessoas sem deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida, § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo
observado o disposto em regulamento. sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art. 181 da
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasi-
situar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 leiro) . (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
(um) acompanhante da pessoa com deficiência ou com mobilidade § 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é vinculada
reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a à pessoa com deficiência que possui comprometimento de mobili-
grupo familiar e comunitário. dade e é válida em todo o território nacional.
§ 4º Nos locais referidos no caput deste artigo, deve haver, Art. 48. Os veículos de transporte coletivo terrestre, aquaviário
obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, e aéreo, as instalações, as estações, os portos e os terminais em
conforme padrões das normas de acessibilidade, a fim de permitir a operação no País devem ser acessíveis, de forma a garantir o seu
saída segura da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi- uso por todas as pessoas.
da, em caso de emergência. § 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput deste arti-
§ 5º Todos os espaços das edificações previstas no caput deste go devem dispor de sistema de comunicação acessível que disponi-
artigo devem atender às normas de acessibilidade em vigor. bilize informações sobre todos os pontos do itinerário.
§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, § 2º São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e se-
recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência. (Vi- gurança nos procedimentos de embarque e de desembarque nos
gência) veículos de transporte coletivo, de acordo com as normas técnicas.
§ 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá § 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
ser superior ao valor cobrado das demais pessoas. veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser construídos dem da certificação de acessibilidade emitida pelo gestor público
observando-se os princípios do desenho universal, além de adotar responsável pela prestação do serviço.
todos os meios de acessibilidade, conforme legislação em vigor. Art. 49. As empresas de transporte de fretamento e de turismo,
(Vigência) (Reglamento) na renovação de suas frotas, são obrigadas ao cumprimento do dis-
§ 1º Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar, posto nos arts. 46 e 48 desta Lei. (Vigência)
pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessíveis, Art. 50. O poder público incentivará a fabricação de veículos
garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível. acessíveis e a sua utilização como táxis e vans , de forma a garantir
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo deverão o seu uso por todas as pessoas.
ser localizados em rotas acessíveis. Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reservar 10% (dez
por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com deficiência.
CAPÍTULO X (Vide Decreto nº 9.762, de 2019) (Vigência)
DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE § 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de valores
adicionais pelo serviço de táxi prestado à pessoa com deficiência.
Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com § 2º O poder público é autorizado a instituir incentivos fiscais
deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igual- com vistas a possibilitar a acessibilidade dos veículos a que se refere
dade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de iden- o caput deste artigo.
tificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1
acesso. (um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a cada
§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte cole- conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota. (Vide Decreto nº
tivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas as jurisdições, conside- 9.762, de 2019) (Vigência)
ram-se como integrantes desses serviços os veículos, os terminais, Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no mínimo,
as estações, os pontos de parada, o sistema viário e a prestação do
câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos
serviço.
manuais de freio e de embreagem.
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei,
sempre que houver interação com a matéria nela regulada, a ou-
TÍTULO III
torga, a concessão, a permissão, a autorização, a renovação ou a
DA ACESSIBILIDADE
habilitação de linhas e de serviços de transporte coletivo.
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-
CAPÍTULO I
dem da certificação de acessibilidade emitida pelo gestor público DISPOSIÇÕES GERAIS
responsável pela prestação do serviço.
Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao pú- Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com de-
blico, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias públicas, ficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente
devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.

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Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei § 2º É vedada a cobrança de valores adicionais para a aquisição
e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver de unidades internamente acessíveis a que se refere o § 1º deste
interação com a matéria nela regulada: artigo.
I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços públi-
comunicação e informação, a fabricação de veículos de transporte cos, o poder público e as empresas concessionárias responsáveis
coletivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qual- pela execução das obras e dos serviços devem garantir, de forma
quer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; segura, a fluidez do trânsito e a livre circulação e acessibilidade das
II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão, autori- pessoas, durante e após sua execução.
zação ou habilitação de qualquer natureza; Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas regras de acessibi-
III - a aprovação de financiamento de projeto com utilização lidade previstas em legislação e em normas técnicas, observado o
de recursos públicos, por meio de renúncia ou de incentivo fiscal, disposto na Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , nº 10.257,
contrato, convênio ou instrumento congênere; e de 10 de julho de 2001 , e nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 :
IV - a concessão de aval da União para obtenção de empréstimo I - os planos diretores municipais, os planos diretores de trans-
e de financiamento internacionais por entes públicos ou privados. porte e trânsito, os planos de mobilidade urbana e os planos de
Art. 55. A concepção e a implantação de projetos que tratem preservação de sítios históricos elaborados ou atualizados a partir
do meio físico, de transporte, de informação e comunicação, inclu- da publicação desta Lei;
sive de sistemas e tecnologias da informação e comunicação, e de II - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis de uso e
outros serviços, equipamentos e instalações abertos ao público, de ocupação do solo e as leis do sistema viário;
uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
na rural, devem atender aos princípios do desenho universal, tendo IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções; e
como referência as normas de acessibilidade. V - a legislação referente à prevenção contra incêndio e pânico.
§ 1º O desenho universal será sempre tomado como regra de § 1º A concessão e a renovação de alvará de funcionamento
caráter geral. para qualquer atividade são condicionadas à observação e à certifi-
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho uni- cação das regras de acessibilidade.
versal não possa ser empreendido, deve ser adotada adaptação ra- § 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilitação equiva-
zoável. lente e sua renovação, quando esta tiver sido emitida anteriormen-
§ 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de conteú- te às exigências de acessibilidade, é condicionada à observação e à
dos temáticos referentes ao desenho universal nas diretrizes curri- certificação das regras de acessibilidade.
culares da educação profissional e tecnológica e do ensino superior Art. 61. A formulação, a implementação e a manutenção das
e na formação das carreiras de Estado. ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas:
§ 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a serem I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva
desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio à pes- de recursos para implementação das ações; e
quisa e de agências de fomento deverão incluir temas voltados para II - planejamento contínuo e articulado entre os setores envol-
o desenho universal. vidos.
§ 5º Desde a etapa de concepção, as políticas públicas deverão Art. 62. É assegurado à pessoa com deficiência, mediante solici-
considerar a adoção do desenho universal. tação, o recebimento de contas, boletos, recibos, extratos e cobran-
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de
ças de tributos em formato acessível.
uso de edificações abertas ao público, de uso público ou privadas
de uso coletivo deverão ser executadas de modo a serem acessíveis.
CAPÍTULO II
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das atividades de
DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO
Engenharia, de Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsabi-
lidade técnica de projetos, devem exigir a responsabilidade profis-
Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet
sional declarada de atendimento às regras de acessibilidade previs-
mantidos por empresas com sede ou representação comercial no
tas em legislação e em normas técnicas pertinentes.
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de certi- País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiên-
ficado de projeto executivo arquitetônico, urbanístico e de instala- cia, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as
ções e equipamentos temporários ou permanentes e para o licen- melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas interna-
ciamento ou a emissão de certificado de conclusão de obra ou de cionalmente.
serviço, deve ser atestado o atendimento às regras de acessibilida- § 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em des-
de. taque.
§ 3º O poder público, após certificar a acessibilidade de edifi- § 2º Telecentros comunitários que receberem recursos públi-
cação ou de serviço, determinará a colocação, em espaços ou em cos federais para seu custeio ou sua instalação e lan houses devem
locais de ampla visibilidade, do símbolo internacional de acesso, na possuir equipamentos e instalações acessíveis.
forma prevista em legislação e em normas técnicas correlatas. § 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º des-
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já te artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de seus
existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência computadores com recursos de acessibilidade para pessoa com de-
em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência ficiência visual, sendo assegurado pelo menos 1 (um) equipamento,
as normas de acessibilidade vigentes. quando o resultado percentual for inferior a 1 (um).
Art. 58. O projeto e a construção de edificação de uso privado Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o
multifamiliar devem atender aos preceitos de acessibilidade, na for- art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do financiamen-
ma regulamentar. (Regulamento) to de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei.
§ 1º As construtoras e incorporadoras responsáveis pelo proje- Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de telecomunica-
to e pela construção das edificações a que se refere o caput deste ções deverão garantir pleno acesso à pessoa com deficiência, con-
artigo devem assegurar percentual mínimo de suas unidades inter- forme regulamentação específica.
namente acessíveis, na forma regulamentar.
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Art. 66. Cabe ao poder público incentivar a oferta de apare- CAPÍTULO III
lhos de telefonia fixa e móvel celular com acessibilidade que, entre DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
outras tecnologias assistivas, possuam possibilidade de indicação e
de ampliação sonoras de todas as operações e funções disponíveis. Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a produ-
Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem tos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços
permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros: de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade
I - subtitulação por meio de legenda oculta; pessoal e qualidade de vida.
II - janela com intérprete da Libras; Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de me-
III - audiodescrição. didas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos, com a
Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de incentivo finalidade de: (Regulamento)
à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à comercialização I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta
de livros em formatos acessíveis, inclusive em publicações da admi- de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tec-
nistração pública ou financiadas com recursos públicos, com vistas nologia assistiva;
a garantir à pessoa com deficiência o direito de acesso à leitura, à II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de importação
informação e à comunicação. de tecnologia assistiva, especialmente as questões atinentes a pro-
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclusive para o abasteci- cedimentos alfandegários e sanitários;
mento ou a atualização de acervos de bibliotecas em todos os níveis III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção na-
e modalidades de educação e de bibliotecas públicas, o poder público cional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de concessão de
deverá adotar cláusulas de impedimento à participação de editoras linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de pes-
que não ofertem sua produção também em formatos acessíveis. quisa oficiais;
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos digitais IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e de
que possam ser reconhecidos e acessados por softwares leitores importação de tecnologia assistiva;
de telas ou outras tecnologias assistivas que vierem a substituí-los, V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos recursos
permitindo leitura com voz sintetizada, ampliação de caracteres, di- de tecnologia assistiva no rol de produtos distribuídos no âmbito do
ferentes contrastes e impressão em Braille. SUS e por outros órgãos governamentais.
§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e a Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste artigo, os
produção de artigos científicos em formato acessível, inclusive em procedimentos constantes do plano específico de medidas deverão
Libras. ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) anos.
Art. 69. O poder público deve assegurar a disponibilidade de
informações corretas e claras sobre os diferentes produtos e servi- CAPÍTULO IV
ços ofertados, por quaisquer meios de comunicação empregados, DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTI-
inclusive em ambiente virtual, contendo a especificação correta de CA
quantidade, qualidade, características, composição e preço, bem
como sobre os eventuais riscos à saúde e à segurança do consumi- Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência
dor com deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, no que todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igual-
couber, os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 . dade de condições com as demais pessoas.
§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anúncios publi- § 1º À pessoa com deficiência será assegurado o direito de vo-
citários veiculados na imprensa escrita, na internet, no rádio, na tar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações:
televisão e nos demais veículos de comunicação abertos ou por I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os mate-
assinatura devem disponibilizar, conforme a compatibilidade do
riais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis
meio, os recursos de acessibilidade de que trata o art. 67 desta Lei,
a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a
a expensas do fornecedor do produto ou do serviço, sem prejuízo
instalação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com defici-
da observância do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº 8.078, de 11
ência;
de setembro de 1990 .
II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a de-
§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, mediante solicita-
sempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de go-
ção, exemplares de bulas, prospectos, textos ou qualquer outro tipo
verno, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas,
de material de divulgação em formato acessível.
Art. 70. As instituições promotoras de congressos, seminários, quando apropriado;
oficinas e demais eventos de natureza científico-cultural devem III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda
oferecer à pessoa com deficiência, no mínimo, os recursos de tec- eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de
nologia assistiva previstos no art. 67 desta Lei. televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67
Art. 71. Os congressos, os seminários, as oficinas e os demais desta Lei;
eventos de natureza científico-cultural promovidos ou financiados IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tan-
pelo poder público devem garantir as condições de acessibilidade e to, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a
os recursos de tecnologia assistiva. pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua
Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os projetos a escolha.
serem desenvolvidos com o apoio de agências de financiamento § 2º O poder público promoverá a participação da pessoa com
e de órgãos e entidades integrantes da administração pública que deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das
atuem no auxílio à pesquisa devem contemplar temas voltados à questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportuni-
tecnologia assistiva. dades, observado o seguinte:
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria I - participação em organizações não governamentais relacio-
com organizações da sociedade civil, promover a capacitação de nadas à vida pública e à política do País e em atividades e adminis-
tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profis- tração de partidos políticos;
sionais habilitados em Braille, audiodescrição, estenotipia e legen- II - formação de organizações para representar a pessoa com
dagem. deficiência em todos os níveis;

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III - participação da pessoa com deficiência em organizações Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de tecnologia
que a representem. assistiva disponíveis para que a pessoa com deficiência tenha garan-
tido o acesso à justiça, sempre que figure em um dos polos da ação
TÍTULO IV ou atue como testemunha, partícipe da lide posta em juízo, advoga-
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA do, defensor público, magistrado ou membro do Ministério Público.
Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem garantido o
Art. 77. O poder público deve fomentar o desenvolvimento acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu interesse,
científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação tecnológicas, vol- inclusive no exercício da advocacia.
tados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da pessoa com Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência serão garantidos
deficiência e sua inclusão social. por ocasião da aplicação de sanções penais.
§ 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração de Art. 82. (VETADO).
conhecimentos e técnicas que visem à prevenção e ao tratamento Art. 83. Os serviços notariais e de registro não podem negar ou
de deficiências e ao desenvolvimento de tecnologias assistiva e so- criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de seus servi-
cial. ços em razão de deficiência do solicitante, devendo reconhecer sua
§ 2º A acessibilidade e as tecnologias assistiva e social devem capacidade legal plena, garantida a acessibilidade.
ser fomentadas mediante a criação de cursos de pós-graduação, a Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput des-
formação de recursos humanos e a inclusão do tema nas diretrizes te artigo constitui discriminação em razão de deficiência.
de áreas do conhecimento.
§ 3º Deve ser fomentada a capacitação tecnológica de institui- CAPÍTULO II
ções públicas e privadas para o desenvolvimento de tecnologias as- DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI
sistiva e social que sejam voltadas para melhoria da funcionalidade
e da participação social da pessoa com deficiência. Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao
§ 4º As medidas previstas neste artigo devem ser reavaliadas exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com
periodicamente pelo poder público, com vistas ao seu aperfeiçoa- as demais pessoas.
mento. § 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será subme-
Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o desenvolvimen- tida à curatela, conforme a lei.
to, a inovação e a difusão de tecnologias voltadas para ampliar o § 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo
acesso da pessoa com deficiência às tecnologias da informação e de tomada de decisão apoiada.
comunicação e às tecnologias sociais. § 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui
Parágrafo único. Serão estimulados, em especial: medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às
I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas
como instrumento de superação de limitações funcionais e de bar-
de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo
reiras à comunicação, à informação, à educação e ao entretenimen-
ano.
to da pessoa com deficiência;
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados
II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a am-
aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
pliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à computação e aos
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio
sítios da internet, em especial aos serviços de governo eletrônico.
corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à
saúde, ao trabalho e ao voto.
LIVRO II § 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo cons-
PARTE ESPECIAL tar da sentença as razões e motivações de sua definição, preserva-
dos os interesses do curatelado.
TÍTULO I § 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao
DO ACESSO À JUSTIÇA nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vín-
culo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.
CAPÍTULO I Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será exigida
DISPOSIÇÕES GERAIS a situação de curatela da pessoa com deficiência.
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger
Art. 79. O poder público deve assegurar o acesso da pessoa os interesses da pessoa com deficiência em situação de curatela,
com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades com as será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a reque-
demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e rimento do interessado, nomear, desde logo, curador provisório,
recursos de tecnologia assistiva. o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em Processo Civil .
todo o processo judicial, o poder público deve capacitar os mem-
bros e os servidores que atuam no Poder Judiciário, no Ministério TÍTULO II
Público, na Defensoria Pública, nos órgãos de segurança pública e DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
no sistema penitenciário quanto aos direitos da pessoa com defici-
ência. Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em
§ 2º Devem ser assegurados à pessoa com deficiência subme- razão de sua deficiência:
tida a medida restritiva de liberdade todos os direitos e garantias a Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
que fazem jus os apenados sem deficiência, garantida a acessibili- § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encon-
dade. trar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.
§ 3º A Defensoria Pública e o Ministério Público tomarão as § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é
medidas necessárias à garantia dos direitos previstos nesta Lei. cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de
publicação de qualquer natureza:
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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. I - formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, públicas para a pessoa com deficiência e para identificar as barrei-
ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do in- ras que impedem a realização de seus direitos;
quérito policial, sob pena de desobediência: II - realização de estudos e pesquisas.
I - recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do ma- § 6º As informações a que se refere este artigo devem ser dis-
terial discriminatório; seminadas em formatos acessíveis.
II - interdição das respectivas mensagens ou páginas de infor- Art. 93. Na realização de inspeções e de auditorias pelos órgãos
mação na internet. de controle interno e externo, deve ser observado o cumprimen-
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da con- to da legislação relativa à pessoa com deficiência e das normas de
denação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do acessibilidade vigentes.
material apreendido. Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a pes-
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, soa com deficiência moderada ou grave que:
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa I - receba o benefício de prestação continuada previsto no art.
com deficiência: 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 , e que passe a exer-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. cer atividade remunerada que a enquadre como segurado obriga-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o tório do RGPS;
crime é cometido: II - tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de
I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testa- prestação continuada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de
menteiro ou depositário judicial; ou dezembro de 1993 , e que exerça atividade remunerada que a en-
II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de pro- quadre como segurado obrigatório do RGPS.
fissão. Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com de-
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas ficiência perante os órgãos públicos quando seu deslocamento, em
de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres: razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade,
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, hipótese na qual se-
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as rão observados os seguintes procedimentos:
necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado I - quando for de interesse do poder público, o agente promo-
por lei ou mandado. verá o contato necessário com a pessoa com deficiência em sua re-
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio ele- sidência;
trônico ou documento de pessoa com deficiência destinados ao re- II - quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela apre-
cebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou à sentará solicitação de atendimento domiciliar ou fará representar-
realização de operações financeiras, com o fim de obter vantagem -se por procurador constituído para essa finalidade.
indevida para si ou para outrem: Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência aten-
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. dimento domiciliar pela perícia médica e social do Instituto Nacio-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o nal do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou pelo
crime é cometido por tutor ou curador. serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o
SUS e pelas entidades da rede socioassistencial integrantes do Suas,
TÍTULO III quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS de condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional
e indevido.
Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Art. 96. O § 6º -A do art. 135 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico com a fi- 1965 (Código Eleitoral) , passa a vigorar com a seguinte redação:
nalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar informa- “Art. 135. .................................................................
ções georreferenciadas que permitam a identificação e a caracte- ........................................................................................
rização socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como das § 6º -A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada elei-
barreiras que impedem a realização de seus direitos. ção, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-los na es-
§ 1º O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder Executi- colha dos locais de votação, de maneira a garantir acessibilidade
vo federal e constituído por base de dados, instrumentos, procedi- para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusi-
mentos e sistemas eletrônicos.
ve em seu entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.
§ 2º Os dados constituintes do Cadastro-Inclusão serão obti-
....................................................................................” (NR)
dos pela integração dos sistemas de informação e da base de dados
Art. 97. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
de todas as políticas públicas relacionadas aos direitos da pessoa
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 , passa a vigorar
com deficiência, bem como por informações coletadas, inclusive
com as seguintes alterações:
em censos nacionais e nas demais pesquisas realizadas no País, de
“Art. 428. ..................................................................
acordo com os parâmetros estabelecidos pela Convenção sobre os
...........................................................................................
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
§ 3º Para coleta, transmissão e sistematização de dados, é fa- § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprova-
cultada a celebração de convênios, acordos, termos de parceria ou ção da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar,
contratos com instituições públicas e privadas, observados os requi- sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a pro-
sitos e procedimentos previstos em legislação específica. fissionalização.
§ 4º Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as li- ...........................................................................................
berdades fundamentais da pessoa com deficiência e os princípios § 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou
éticos que regem a utilização de informações, devem ser observa- mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação
das as salvaguardas estabelecidas em lei. na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem
§ 5º Os dados do Cadastro-Inclusão somente poderão ser utili- desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação
zados para as seguintes finalidades: técnico-profissional metódica.” (NR)

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“Art. 433. .................................................................. “Art. 43. ......................................................................
........................................................................................... ............................................................................................
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo § 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo
para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a
acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor.” (NR)
desempenho de suas atividades; Art. 101. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 , passa a vigorar
..................................................................................” (NR) com as seguintes alterações:
Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 , passa a vigo- “Art. 16. ......................................................................
rar com as seguintes alterações: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
“Art. 3º As medidas judiciais destinadas à proteção de interes- emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indis- ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou defi-
poníveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Mi- ciência grave;
nistério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, ............................................................................................
pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectu-
empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista al ou mental ou deficiência grave;
que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos in- .................................................................................” (NR)
teresses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. “Art. 77. .....................................................................
.................................................................................” (NR) ............................................................................................
“Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 § 2º ..............................................................................
(cinco) anos e multa: ............................................................................................
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de am-
cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em estabelecimento de bos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um)
ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual
sua deficiência; ou mental ou deficiência grave;
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém ...................................................................................
a qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua deficiência; § 4º (VETADO).
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa ...................................................................................” (NR)
em razão de sua deficiência; “Art. 93. (VETADO):
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de pres- I - (VETADO);
tar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa com de- II - (VETADO);
ficiência; III - (VETADO);
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem IV - (VETADO);
judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; V - (VETADO).
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário
à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando requi- reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo de-
sitados. terminado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após
menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço). a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário
§ 2º A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para reabilitado da Previdência Social.
indeferimento de inscrição, de aprovação e de cumprimento de § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer
estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsa- a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas
bilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos danos sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas
causados. com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência So-
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o in- cial, fornecendo-os, quando solicitados, aos sindicatos, às entida-
gresso de pessoa com deficiência em planos privados de assistência des representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados.
à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a con-
§ 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência e tratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com
emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço).” (NR) deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 , passa aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
a vigorar acrescido do seguinte inciso XVIII: § 4º (VETADO).” (NR)
“Art. 20. ...................................................................... “Art. 110-A. No ato de requerimento de benefícios operacio-
.............................................................................................. nalizados pelo INSS, não será exigida apresentação de termo de
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados
necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibili- os procedimentos a serem estabelecidos em regulamento.”
dade e de inclusão social. Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991
..................................................................................” (NR) , passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º :
Art. 100. A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código “Art. 2º .........................................................................
de Defesa do Consumidor) , passa a vigorar com as seguintes alte- .............................................................................................
rações: § 3º Os incentivos criados por esta Lei somente serão conce-
“Art. 6º ....................................................................... didos a projetos culturais que forem disponibilizados, sempre que
............................................................................................ tecnicamente possível, também em formato acessível à pessoa com
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deficiência, observado o disposto em regulamento.” (NR)
deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado
o disposto em regulamento.” (NR)
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Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 , passa “Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º desta Lei e nos dis-
a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: positivos legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito
“Art. 11. ..................................................................... de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao disposto nesta Lei
............................................................................................ são passíveis das seguintes cominações:
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilida- ..................................................................................” (NR)
de previstos na legislação.” (NR) “Art. 4º ........................................................................
Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 , passa a vigo- I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período
rar com as seguintes alterações: de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas,
“Art. 3º ..................................................................... corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais;
.......................................................................................... ....................................................................................” (NR)
§ 2º ........................................................................... Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995
.......................................................................................... , passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º :
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem “Art. 35. ......................................................................
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com .............................................................................................
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam § 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX do parágrafo único
às regras de acessibilidade previstas na legislação. do art. 3º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 , a pessoa com
........................................................................................... deficiência, ou o contribuinte que tenha dependente nessa condi-
§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida mar- ção, tem preferência na restituição referida no inciso III do art. 4º e
gem de preferência para: na alínea “c” do inciso II do art. 8º .” (NR)
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que aten- Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código
dam a normas técnicas brasileiras; e de Trânsito Brasileiro) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que “Art. 2º ...........................................................
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias inter-
que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. nas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades au-
...................................................................................” (NR) tônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos
“Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e no privados de uso coletivo.” (NR)
inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir, durante todo “Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de que
o período de execução do contrato, a reserva de cargos prevista em trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com
lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência as respectivas placas indicativas de destinação e com placas infor-
Social, bem como as regras de acessibilidade previstas na legislação. mando os dados sobre a infração por estacionamento indevido.”
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o cumprimen- “Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é assegura-
to dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos ambientes de da acessibilidade de comunicação, mediante emprego de tecnolo-
trabalho.” gias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do processo
Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 , de habilitação.
passa a vigorar com as seguintes alterações: § 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas
“Art. 20. ...................................................................... dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147 desta Lei
............................................................................................. deve ser acessível, por meio de subtitulação com legenda oculta
§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação conti- associada à tradução simultânea em Libras.
nuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impe- § 2º É assegurado também ao candidato com deficiência audi-
dimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou tiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de intérprete da
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode Libras, para acompanhamento em aulas práticas e teóricas.”
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade “Art. 154. (VETADO).”
de condições com as demais pessoas. “Art. 181. ...................................................................
............................................................................................ ..........................................................................................
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e XVII - .........................................................................
de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da Infração - grave;
renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo. .................................................................................” (NR)
............................................................................................. Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615, de 24 de
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste março de 1998 , passam a vigorar com a seguinte redação:
artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da con- “Art. 56. ....................................................................
dição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnera- ...........................................................................................
bilidade, conforme regulamento.” (NR) VI - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) da arrecada-
Art. 106. (VETADO). ção bruta dos concursos de prognósticos e loterias federais e simila-
Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995 , passa a vigorar res cuja realização estiver sujeita a autorização federal, deduzindo-
com as seguintes alterações: -se esse valor do montante destinado aos prêmios;
“Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminató- .............................................................................................
ria e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de § 1º Do total de recursos financeiros resultantes do percentual
sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, de que trata o inciso VI do caput , 62,96% (sessenta e dois inteiros
situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre e noventa e seis centésimos por cento) serão destinados ao Comitê
outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança Olímpico Brasileiro (COB) e 37,04% (trinta e sete inteiros e quatro
e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição centésimos por cento) ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), de-
Federal. ” (NR) vendo ser observado, em ambos os casos, o conjunto de normas
aplicáveis à celebração de convênios pela União.
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..................................................................................” (NR) atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobili-
Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000 dade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade
, passa a vigorar com a seguinte redação: de vida e inclusão social;
“Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual IX - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abran-
ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pes- ge, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de
soas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritá- Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sina-
rio, nos termos desta Lei.” (NR) lização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispo-
Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , passa a sitivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral,
vigorar com as seguintes alterações: os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos,
“Art. 2º ....................................................................... meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, in-
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para uti- cluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi- X - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, pro-
pamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comuni- gramas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem neces-
cação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros sidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou priva- de tecnologia assistiva.” (NR)
dos de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa “Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos
com deficiência ou com mobilidade reduzida; parques e dos demais espaços de uso público deverão ser conce-
II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor- bidos e executados de forma a torná-los acessíveis para todas as
tamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade
como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilida- reduzida.
de, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao Parágrafo único. O passeio público, elemento obrigatório de
acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, urbanização e parte da via pública, normalmente segregado e em
entre outros, classificadas em: nível diferente, destina-se somente à circulação de pedestres e,
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços quando possível, à implantação de mobiliário urbano e de vegeta-
públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; ção.” (NR)
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos “Art. 9º ........................................................................
e privados; Parágrafo único. Os semáforos para pedestres instalados em
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos servi-
de transportes; ços de reabilitação, devem obrigatoriamente estar equipados com
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do pe-
entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou destre.” (NR)
impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de “Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em área
informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tec- de circulação comum para pedestre que ofereça risco de acidente
nologia da informação; à pessoa com deficiência deverá ser indicada mediante sinalização
III - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de tátil de alerta no piso, de acordo com as normas técnicas pertinen-
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o tes.”
qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua “Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabelecimentos congê-
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condi- neres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou
ções com as demais pessoas; não, para o atendimento da pessoa com deficiência ou com mobi-
IV - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por lidade reduzida.”
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou Art. 113. A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da
temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilida- Cidade) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
de, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, ges- “Art. 3º ......................................................................
tante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; ............................................................................................
V - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com de- III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Esta-
ficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente dos, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de
pessoal; moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento
VI - elemento de urbanização: quaisquer componentes de básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e
obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, sa- dos demais espaços de uso público;
neamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elé- IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive
trica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abaste- habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana,
cimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público;
as indicações do planejamento urbanístico; .................................................................................” (NR)
VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias “Art. 41. ....................................................................
e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elemen- ...........................................................................................
tos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modifica- § 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem ela-
ção ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses borar plano de rotas acessíveis, compatível com o plano diretor no
elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, qual está inserido, que disponha sobre os passeios públicos a serem
terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a ga-
de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer rantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade
outros de natureza análoga; reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concen-
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipa- trem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como
mentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas os órgãos públicos e os locais de prestação de serviços públicos e
e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura,
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correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de “Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da cura-
maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de pas- tela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar, en-
sageiros.” (NR) trevistará pessoalmente o interditando.” (NR)
Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código “Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as potencialidades da
Civil) , passa a vigorar com as seguintes alterações: pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente do art. 1.782, e indicará curador.
os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em
I - (Revogado); conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência de
II - (Revogado); conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade
III - (Revogado).” (NR) e a adequação às circunstâncias da pessoa.” (NR)
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à manei- “Art. 1.775-A . Na nomeação de curador para a pessoa com de-
ra de os exercer: ficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais
..................................................................................... de uma pessoa.”
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; “Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 rece-
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu- berão todo o apoio necessário para ter preservado o direito à convi-
derem exprimir sua vontade; vência familiar e comunitária, sendo evitado o seu recolhimento em
............................................................................................. estabelecimento que os afaste desse convívio.” (NR)
Parágrafo único . A capacidade dos indígenas será regulada por Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº
legislação especial.” (NR) 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a vigorar com
“Art. 228. ..................................................................... a seguinte redação:
.............................................................................................
II - (Revogado); “TÍTULO IV
III - (Revogado); DA TUTELA, DA CURATELA E DA TOMADA DE DECISÃO
............................................................................................. APOIADA”
§ 1º ..............................................................................
§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igual- Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº
dade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a vigorar
todos os recursos de tecnologia assistiva.” (NR) acrescido do seguinte Capítulo III:
“Art. 1.518 . Até a celebração do casamento podem os pais ou
tutores revogar a autorização.” (NR) “CAPÍTULO III
“Art. 1.548. ................................................................... DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA
I - (Revogado);
....................................................................................” (NR) Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo
“Art. 1.550. .................................................................. qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas
............................................................................................. idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua con-
§ 1º .............................................................................. fiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários
núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade direta- para que possa exercer sua capacidade.
mente ou por meio de seu responsável ou curador.” (NR) § 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a
“Art. 1.557. ................................................................ pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo
............................................................................................ em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compro-
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico ir- missos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e
remediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que
transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a devem apoiar.
saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; § 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido
pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas ap-
IV - (Revogado).” (NR)
tas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.
“Art. 1.767. ..................................................................
§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de deci-
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu-
são apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva
derem exprimir sua vontade;
do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pes-
II - (Revogado);
soas que lhe prestarão apoio.
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efei-
IV - (Revogado);
tos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos
....................................................................................” (NR)
limites do apoio acordado.
“Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve § 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação
ser promovido: negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contra-
............................................................................................. to ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao
IV - pela própria pessoa.” (NR) apoiado.
“Art. 1.769 . O Ministério Público somente promoverá o proces- § 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou pre-
so que define os termos da curatela: juízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa
I - nos casos de deficiência mental ou intelectual; apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério
............................................................................................ Público, decidir sobre a questão.
III - se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas men-
cionadas no inciso II.” (NR)
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§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão in- Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa
devida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa com deficiência.
apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Pú- Art. 122. Regulamento disporá sobre a adequação do disposto
blico ou ao juiz. nesta Lei ao tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a
§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e ser dispensado às microempresas e às empresas de pequeno porte,
nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra previsto no § 3º do art. 1º da Lei Complementar nº 123, de 14 de
pessoa para prestação de apoio. dezembro de 2006 .
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o tér- Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos: (Vigência)
mino de acordo firmado em processo de tomada de decisão apoia- I - o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei nº 9.008, de 21 de março
da. de 1995 ;
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua par- II - os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº 10.406, de 10 de janei-
ticipação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu ro de 2002 (Código Civil);
desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria. III - os incisos II e III do art. 228 da Lei nº 10.406, de 10 de janei-
§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, ro de 2002 (Código Civil);
as disposições referentes à prestação de contas na curatela.” IV - o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005 , 2002 (Código Civil);
passa a vigorar com a seguinte redação: V - o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
“Art. 1º É assegurado à pessoa com deficiência visual acompa- de 2002 (Código Civil);
nhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o VI - os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº 10.406, de 10 de
animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos janeiro de 2002 (Código Civil);
abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo, desde VII - os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
que observadas as condições impostas por esta Lei. 2002 (Código Civil).
............................................................................................. Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá entrar em vigor em
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as mo- até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.
dalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo de passa- Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir discrimina-
geiros, inclusive em esfera internacional com origem no território dos, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos
brasileiro.” (NR) seguintes dispositivos:
Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei nº 11.904, de 14 de janeiro I - incisos I e II do § 2º do art. 28 , 48 (quarenta e oito) meses;
de 2009 , passa a vigorar acrescido da seguinte alínea “k”: II - § 6º do art. 44, 84 (oitenta e quatro) meses; (Redação
“Art. 46. ...................................................................... dada pela Lei nº 14.159, de 2021)
........................................................................................... III - art. 45 , 24 (vinte e quatro) meses;
IV - .............................................................................. IV - art. 49 , 48 (quarenta e oito) meses.
........................................................................................... Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de 2021 a vigência da
k) de acessibilidade a todas as pessoas. Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995 .
.................................................................................” (NR) Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e
Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a vigo- oitenta) dias de sua publicação oficial .
rar acrescida do seguinte art. 12-B:
“Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi, reser-
var-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para condutores com de-
ficiência. CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR: LEI Nº
§ 1º Para concorrer às vagas reservadas na forma do caput des- 8.078/1990 (VERSÃO ATUALIZADA)
te artigo, o condutor com deficiência deverá observar os seguintes
requisitos quanto ao veículo utilizado:
I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
II - estar adaptado às suas necessidades, nos termos da legis-
lação vigente. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providên-
§ 2º No caso de não preenchimento das vagas na forma esta- cias.
belecida no caput deste artigo, as remanescentes devem ser dispo-
nibilizadas para os demais concorrentes.” O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na-
Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em cada esfera de go- cional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
verno, a elaboração de relatórios circunstanciados sobre o cumpri-
mento dos prazos estabelecidos por força das Leis nº 10.048, de 8 TÍTULO I
de novembro de 2000 , e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR
bem como o seu encaminhamento ao Ministério Público e aos ór-
gãos de regulação para adoção das providências cabíveis. CAPÍTULO I
Parágrafo único. Os relatórios a que se refere o caput deste ar- DISPOSIÇÕES GERAIS
tigo deverão ser apresentados no prazo de 1 (um) ano a contar da
entrada em vigor desta Lei. Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e
Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações previstos nesta defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos ter-
Lei não excluem os já estabelecidos em outras legislações, inclusive mos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal
em pactos, tratados, convenções e declarações internacionais apro- e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
vados e promulgados pelo Congresso Nacional, e devem ser apli- Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
cados em conformidade com as demais normas internas e acordos ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
internacionais vinculantes sobre a matéria.
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Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consu-
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas rela- midor, no âmbito do Ministério Público;
ções de consumo. III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendi-
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou mento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersona- IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas
lizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, cria- Especializadas para a solução de litígios de consumo;
ção, construção, transformação, importação, exportação, distribui- V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das
ção ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Associações de Defesa do Consumidor.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou VI - instituição de mecanismos de prevenção e tratamento ex-
imaterial. trajudicial e judicial do superendividamento e de proteção do con-
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de sumidor pessoa natural; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancá- VII - instituição de núcleos de conciliação e mediação de confli-
ria, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das re- tos oriundos de superendividamento. (Incluído pela Lei nº 14.181,
lações de caráter trabalhista. de 2021)
§ 1° (Vetado).
CAPÍTULO II § 2º (Vetado).
DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO
CAPÍTULO III
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o res-
peito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus inte- Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
resses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos pro-
a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os vocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços consi-
seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) derados perigosos ou nocivos;
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mer- II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos
cado de consumo; produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igual-
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente dade nas contratações;
o consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes pro-
a) por iniciativa direta;
dutos e serviços, com especificação correta de quantidade, carac-
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações
terísticas, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem
representativas;
como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
12.741, de 2012) Vigência
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequa-
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, mé-
dos de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
todos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas
III - harmonização dos interesses dos participantes das rela-
e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
ções de consumo e compatibilização da proteção do consumidor
com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, serviços;
de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem eco- V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
nômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos su-
boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; pervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mer- morais, individuais, coletivos e difusos;
cado de consumo; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais,
de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, as- individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, ad-
sim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de ministrativa e técnica aos necessitados;
consumo; VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos prati- inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
cados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossu-
utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e ficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos IX - (Vetado);
aos consumidores; X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; geral.
VIII - estudo constante das modificações do mercado de con- XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de educação
sumo. financeira e de prevenção e tratamento de situações de superendi-
IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e am- vidamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da regu-
biental dos consumidores; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) lamentação, por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre
X - prevenção e tratamento do superendividamento como for- outras medidas; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
ma de evitar a exclusão social do consumidor. (Incluído pela Lei XII - a preservação do mínimo existencial, nos termos da regu-
nº 14.181, de 2021) lamentação, na repactuação de dívidas e na concessão de crédito;
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade
entre outros: de medida, tal como por quilo, por litro, por metro ou por outra
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para unidade, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
o consumidor carente;
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Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput dores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção,
deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondiciona-
o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) mento de seus produtos, bem como por informações insuficientes
(Vigência) ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança
decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as
Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamen- circunstâncias relevantes, entre as quais:
tos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem I - sua apresentação;
como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
costumes e eqüidade. III - a época em que foi colocado em circulação.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos res- § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de ou-
ponderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas tro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
normas de consumo. § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só
não será responsabilizado quando provar:
CAPÍTULO IV I - que não colocou o produto no mercado;
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA PREVENÇÃO E II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defei-
DA REPARAÇÃO DOS DANOS to inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
SEÇÃO I Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos
DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consu- puderem ser identificados;
mo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabri-
exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de cante, produtor, construtor ou importador;
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu res- Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudi-
peito. cado poderá exercer o direito de regresso contra os demais respon-
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe sáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
prestar as informações a que se refere este artigo, através de im- Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independente-
pressos apropriados que devam acompanhar o produto. (Redação mente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
dada pela Lei nº 13.486, de 2017) aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensí- bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
lios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, ou coloca- fruição e riscos.
dos à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança
e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação. (In- que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração
cluído pela Lei nº 13.486, de 2017) as circunstâncias relevantes, entre as quais:
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente I - o modo de seu fornecimento;
nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de ma- II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
neira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou peri- III - a época em que foi fornecido.
culosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de
cada caso concreto. novas técnicas.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de con-
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
sumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto
quando provar:
grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediata-
apurada mediante a verificação de culpa.
mente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante
Art. 15. (Vetado).
anúncios publicitários.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo ante- Art. 16. (Vetado).
rior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consu-
fornecedor do produto ou serviço. midores todas as vítimas do evento.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a SEÇÃO III
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão infor- DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SER-
má-los a respeito. VIÇO
Art. 11. (Vetado).
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
SEÇÃO II não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SER- ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao con-
VIÇO sumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou es- do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
trangeiro, e o importador respondem, independentemente da exis- respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
tência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumi- consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

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§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados
pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aque-
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em les que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
perfeitas condições de uso; Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por obje-
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente tivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição
III - o abatimento proporcional do preço. originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização
do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a em contrário do consumidor.
sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessio-
a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por nárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreen-
meio de manifestação expressa do consumidor. dimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes,
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou par-
a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade cial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas
ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma
produto essencial. prevista neste código.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de quali-
do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, dade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de res-
poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo ponsabilidade.
diversos, mediante complementação ou restituição de eventual di- Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço
ferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do
1° deste artigo. fornecedor.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que im-
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto possibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista
quando identificado claramente seu produtor. nesta e nas seções anteriores.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano,
todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
nas seções anteriores.
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avaria-
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorpo-
dos, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saú-
rada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabri-
de, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas re-
cante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.
gulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inade-
SEÇÃO IV
quados ao fim a que se destinam.
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos ví-
cios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as varia- Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
ções decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior constatação caduca em:
às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de pro-
ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alter- dutos não duráveis;
nativamente e à sua escolha: II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
I - o abatimento proporcional do preço; produtos duráveis.
II - complementação do peso ou medida; § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da en-
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, trega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
marca ou modelo, sem os aludidos vícios; § 2° Obstam a decadência:
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consu-
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. midor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma ine-
quívoca;
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a II - (Vetado).
pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
segundo os padrões oficiais. § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qua- no momento em que ficar evidenciado o defeito.
lidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos
valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção
indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, poden- II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do co-
do o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: nhecimento do dano e de sua autoria.
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando Parágrafo único. (Vetado).
cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente SEÇÃO V
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou
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violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração tam- III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia
bém será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má e danos.
administração.
§ 1° (Vetado). SEÇÃO III
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as DA PUBLICIDADE
sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas
obrigações decorrentes deste código. Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsá- consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
veis pelas obrigações decorrentes deste código. Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produ-
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. tos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legí-
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica timos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão
sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao sustentação à mensagem.
ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou co-
CAPÍTULO V municação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou,
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir
em erro o consumidor a respeito da natureza, características, quali-
SEÇÃO I dade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a su-
aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas perstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência
às práticas nele previstas. da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de in-
duzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa
SEÇÃO II à sua saúde ou segurança.
DA OFERTA § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa
por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente pre- produto ou serviço.
cisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com § 4° (Vetado).
relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informa-
fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contra- ção ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina.
to que vier a ser celebrado.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços de- SEÇÃO IV
vem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quan-
tidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, den-
entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à tre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de
saúde e segurança dos consumidores. 11.6.1994)
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa
forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009) causa, a limites quantitativos;
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de con-
a fabricação ou importação do produto. formidade com os usos e costumes;
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia,
deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social,
postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embala- para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
gem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
comercial. VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de
por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a práticas anteriores entre as partes;
origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). VII - repassar informação depreciativa, referente a ato pratica-
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente do pelo consumidor no exercício de seus direitos;
responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autô- VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
nomos. serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos ofi-
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cum- ciais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela
primento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor po- Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade cre-
derá, alternativamente e à sua livre escolha: denciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da Qualidade Industrial (Conmetro);
oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;

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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, di- SEÇÃO VI
retamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pa- DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES
gamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis
especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86,
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, regis-
(Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) tros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, como sobre as suas respectivas fontes.
transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos,
de 23.11.1999 claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obri- conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.
gação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo crité- § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais
rio. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor,
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal quando não solicitada por ele.
ou contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus
23.11.1999) dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos
de serviços de um número maior de consumidores que o fixado eventuais destinatários das informações incorretas.
pela autoridade administrativa como máximo. (Incluído pela Lei nº § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores,
13.425, de 2017) os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos reme- entidades de caráter público.
tidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos
III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pa- do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de
gamento. Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-o- § 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo
devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para
bra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as con-
a pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor. (In-
dições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
cluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
serviços.
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor mante-
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá va-
rão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra
lidade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo
fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e
consumidor.
anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga
não pelo fornecedor.
os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre nego- § 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para
ciação das partes. orientação e consulta por qualquer interessado.
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acrés- § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enun-
cimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não pre- ciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código.
vistos no orçamento prévio. Art. 45. (Vetado).
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços
sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os CAPÍTULO VI
fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob pena de não DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em
excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir SEÇÃO I
à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras DISPOSIÇÕES GERAIS
sanções cabíveis.
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não
SEÇÃO V obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de
DA COBRANÇA DE DÍVIDAS tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente de seu sentido e alcance.
não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de manei-
constrangimento ou ameaça. ra mais favorável ao consumidor.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos par-
tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que ticulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica,
salvo hipótese de engano justificável. nos termos do art. 84 e parágrafos.
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo
apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do
e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, es-
produto ou serviço correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, pecialmente por telefone ou a domicílio.
de 2009) Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arre-
pendimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos,
a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de
imediato, monetariamente atualizados.
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, con-
conferida mediante termo escrito. siderando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invali-
mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode da o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços
ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do for- § 3° (Vetado).
necimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o re-
uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. presente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente
ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que con-
SEÇÃO II trarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor,
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade adequadamente sobre:
do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e ser- I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
viços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;
de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a III - acréscimos legalmente previstos;
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; IV - número e periodicidade das prestações;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
já paga, nos casos previstos neste código; § 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de
III - transfiram responsabilidades a terceiros; obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, cento do valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº 9.298, de
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam 1º.8.1996)
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do
V - (Vetado); débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do juros e demais acréscimos.
consumidor; § 3º (Vetado).
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imó-
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro veis mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações
negócio jurídico pelo consumidor; fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contra- cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em
to, embora obrigando o consumidor; benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação resolução do contrato e a retomada do produto alienado.
do preço de maneira unilateral; § 1° (Vetado).
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateral- § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos du-
mente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor; ráveis, a compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica
de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadim-
fornecedor; plente causar ao grupo.
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o § 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão ex-
pressos em moeda corrente nacional.
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
SEÇÃO III
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao con-
DOS CONTRATOS DE ADESÃO
sumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por ben-
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham
feitorias necessárias.
sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas uni-
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso aos
lateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o
órgãos do Poder Judiciário; (Incluído pela Lei nº 14.181, de consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu con-
2021) teúdo.
XVIII - estabeleçam prazos de carência em caso de impontua- § 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natu-
lidade das prestações mensais ou impeçam o restabelecimento in- reza de adesão do contrato.
tegral dos direitos do consumidor e de seus meios de pagamento a § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória,
partir da purgação da mora ou do acordo com os credores; (In- desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressal-
cluído pela Lei nº 14.181, de 2021) vando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
XIX - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) § 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em ter-
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem mos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da
que: fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua com-
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que preensão pelo consumidor. (Redação dada pela nº 11.785, de 2008)
pertence; § 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consu-
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à midor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imedia-
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilí- ta e fácil compreensão.
brio contratual; § 5° (Vetado)
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
CAPÍTULO VI-A III - ocultar ou dificultar a compreensão sobre os ônus e os ris-
DA PREVENÇÃO E DO TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDA- cos da contratação do crédito ou da venda a prazo; (Incluído pela
MENTO Lei nº 14.181, de 2021)
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 14.181, DE 2021) IV - assediar ou pressionar o consumidor para contratar o for-
necimento de produto, serviço ou crédito, principalmente se se
Art. 54-A. Este Capítulo dispõe sobre a prevenção do superen- tratar de consumidor idoso, analfabeto, doente ou em estado de
dividamento da pessoa natural, sobre o crédito responsável e sobre vulnerabilidade agravada ou se a contratação envolver prêmio;
a educação financeira do consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
de 2021) V - condicionar o atendimento de pretensões do consumidor
§ 1º Entende-se por superendividamento a impossibilidade ou o início de tratativas à renúncia ou à desistência de demandas
manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a tota- judiciais, ao pagamento de honorários advocatícios ou a depósitos
lidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem com- judiciais. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
prometer seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação. Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.181, de
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 2021)
§ 2º As dívidas referidas no § 1º deste artigo englobam quais- Art. 54-D. Na oferta de crédito, previamente à contratação,
quer compromissos financeiros assumidos decorrentes de relação o fornecedor ou o intermediário deverá, entre outras condutas:
de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e ser- (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
viços de prestação continuada. (Incluído pela Lei nº 14.181, de I - informar e esclarecer adequadamente o consumidor, consi-
2021) derada sua idade, sobre a natureza e a modalidade do crédito ofe-
§ 3º O disposto neste Capítulo não se aplica ao consumidor recido, sobre todos os custos incidentes, observado o disposto nos
cujas dívidas tenham sido contraídas mediante fraude ou má-fé, arts. 52 e 54-B deste Código, e sobre as consequências genéricas e
sejam oriundas de contratos celebrados dolosamente com o propó- específicas do inadimplemento; (Incluído pela Lei nº 14.181, de
sito de não realizar o pagamento ou decorram da aquisição ou con- 2021)
tratação de produtos e serviços de luxo de alto valor. (Incluído II - avaliar, de forma responsável, as condições de crédito do
pela Lei nº 14.181, de 2021) consumidor, mediante análise das informações disponíveis em ban-
Art. 54-B. No fornecimento de crédito e na venda a prazo, além cos de dados de proteção ao crédito, observado o disposto neste
das informações obrigatórias previstas no art. 52 deste Código e na Código e na legislação sobre proteção de dados; (Incluído pela
legislação aplicável à matéria, o fornecedor ou o intermediário de- Lei nº 14.181, de 2021)
verá informar o consumidor, prévia e adequadamente, no momen- III - informar a identidade do agente financiador e entregar ao
to da oferta, sobre: (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) consumidor, ao garante e a outros coobrigados cópia do contrato de
I - o custo efetivo total e a descrição dos elementos que o com- crédito. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
põem; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) Parágrafo único. O descumprimento de qualquer dos deveres
II - a taxa efetiva mensal de juros, bem como a taxa dos juros previstos no caput deste artigo e nos arts. 52 e 54-C deste Código
de mora e o total de encargos, de qualquer natureza, previstos para poderá acarretar judicialmente a redução dos juros, dos encargos
o atraso no pagamento; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) ou de qualquer acréscimo ao principal e a dilação do prazo de pa-
III - o montante das prestações e o prazo de validade da oferta, gamento previsto no contrato original, conforme a gravidade da
que deve ser, no mínimo, de 2 (dois) dias; (Incluído pela Lei nº conduta do fornecedor e as possibilidades financeiras do consumi-
14.181, de 2021) dor, sem prejuízo de outras sanções e de indenização por perdas e
IV - o nome e o endereço, inclusive o eletrônico, do fornecedor; danos, patrimoniais e morais, ao consumidor. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 14.181, de 2021)
V - o direito do consumidor à liquidação antecipada e não one- Art. 54-E. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
rosa do débito, nos termos do § 2º do art. 52 deste Código e da Art. 54-F. São conexos, coligados ou interdependentes, entre
regulamentação em vigor. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) outros, o contrato principal de fornecimento de produto ou serviço
§ 1º As informações referidas no art. 52 deste Código e no e os contratos acessórios de crédito que lhe garantam o financia-
caput deste artigo devem constar de forma clara e resumida do pró- mento quando o fornecedor de crédito: (Incluído pela Lei nº
prio contrato, da fatura ou de instrumento apartado, de fácil acesso 14.181, de 2021)
ao consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) I - recorrer aos serviços do fornecedor de produto ou serviço
§ 2º Para efeitos deste Código, o custo efetivo total da opera- para a preparação ou a conclusão do contrato de crédito; (Incluí-
ção de crédito ao consumidor consistirá em taxa percentual anual e do pela Lei nº 14.181, de 2021)
compreenderá todos os valores cobrados do consumidor, sem pre- II - oferecer o crédito no local da atividade empresarial do for-
juízo do cálculo padronizado pela autoridade reguladora do sistema necedor de produto ou serviço financiado ou onde o contrato prin-
financeiro. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) cipal for celebrado. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
§ 3º Sem prejuízo do disposto no art. 37 deste Código, a oferta § 1º O exercício do direito de arrependimento nas hipóteses
de crédito ao consumidor e a oferta de venda a prazo, ou a fatura previstas neste Código, no contrato principal ou no contrato de cré-
mensal, conforme o caso, devem indicar, no mínimo, o custo efetivo dito, implica a resolução de pleno direito do contrato que lhe seja
total, o agente financiador e a soma total a pagar, com e sem finan- conexo. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
ciamento. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) § 2º Nos casos dos incisos I e II do caput deste artigo, se houver
Art. 54-C. É vedado, expressa ou implicitamente, na oferta de inexecução de qualquer das obrigações e deveres do fornecedor de
crédito ao consumidor, publicitária ou não: (Incluído pela Lei nº produto ou serviço, o consumidor poderá requerer a rescisão do
14.181, de 2021) contrato não cumprido contra o fornecedor do crédito. (Incluído
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) pela Lei nº 14.181, de 2021)
II - indicar que a operação de crédito poderá ser concluída sem § 3º O direito previsto no § 2º deste artigo caberá igualmente
consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem avaliação da si- ao consumidor: (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
tuação financeira do consumidor; (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021)
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
I - contra o portador de cheque pós-datado emitido para aqui- § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
sição de produto ou serviço a prazo; (Incluído pela Lei nº 14.181, fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição,
de 2021) a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no
II - contra o administrador ou o emitente de cartão de crédito interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da infor-
ou similar quando o cartão de crédito ou similar e o produto ou mação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se
serviço forem fornecidos pelo mesmo fornecedor ou por entidades fizerem necessárias.
pertencentes a um mesmo grupo econômico. (Incluído pela Lei § 2° (Vetado).
nº 14.181, de 2021) § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e muni-
§ 4º A invalidade ou a ineficácia do contrato principal implicará, cipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de con-
de pleno direito, a do contrato de crédito que lhe seja conexo, nos sumo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e
termos do caput deste artigo, ressalvado ao fornecedor do crédito atualização das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a parti-
o direito de obter do fornecedor do produto ou serviço a devolução cipação dos consumidores e fornecedores.
dos valores entregues, inclusive relativamente a tributos. (Incluí- § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos for-
do pela Lei nº 14.181, de 2021) necedores para que, sob pena de desobediência, prestem informa-
Art. 54-G. Sem prejuízo do disposto no art. 39 deste Código e ções sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o
na legislação aplicável à matéria, é vedado ao fornecedor de produ- segredo industrial.
to ou serviço que envolva crédito, entre outras condutas: (Incluí- Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor fi-
do pela Lei nº 14.181, de 2021) cam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrati-
I - realizar ou proceder à cobrança ou ao débito em conta de vas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em
qualquer quantia que houver sido contestada pelo consumidor em normas específicas:
compra realizada com cartão de crédito ou similar, enquanto não I - multa;
for adequadamente solucionada a controvérsia, desde que o consu- II - apreensão do produto;
midor haja notificado a administradora do cartão com antecedência III - inutilização do produto;
de pelo menos 10 (dez) dias contados da data de vencimento da fa- IV - cassação do registro do produto junto ao órgão compe-
tura, vedada a manutenção do valor na fatura seguinte e assegura- tente;
do ao consumidor o direito de deduzir do total da fatura o valor em V - proibição de fabricação do produto;
disputa e efetuar o pagamento da parte não contestada, podendo VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;
o emissor lançar como crédito em confiança o valor idêntico ao da VII - suspensão temporária de atividade;
transação contestada que tenha sido cobrada, enquanto não en- VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
cerrada a apuração da contestação; (Incluído pela Lei nº 14.181, IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
de 2021) X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou
II - recusar ou não entregar ao consumidor, ao garante e aos ou- de atividade;
tros coobrigados cópia da minuta do contrato principal de consumo XI - intervenção administrativa;
ou do contrato de crédito, em papel ou outro suporte duradouro, XII - imposição de contrapropaganda.
disponível e acessível, e, após a conclusão, cópia do contrato; (In- Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão apli-
cluído pela Lei nº 14.181, de 2021) cadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição,
III - impedir ou dificultar, em caso de utilização fraudulenta do podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cau-
cartão de crédito ou similar, que o consumidor peça e obtenha, telar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
quando aplicável, a anulação ou o imediato bloqueio do pagamen- Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade
to, ou ainda a restituição dos valores indevidamente recebidos. da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do forne-
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) cedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, rever-
§ 1º Sem prejuízo do dever de informação e esclarecimento do tendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de
consumidor e de entrega da minuta do contrato, no empréstimo 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou
cuja liquidação seja feita mediante consignação em folha de paga- municipais de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação
mento, a formalização e a entrega da cópia do contrato ou do ins- dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)
trumento de contratação ocorrerão após o fornecedor do crédito Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a du-
obter da fonte pagadora a indicação sobre a existência de margem zentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade
consignável. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente que venha a subs-
§ 2º Nos contratos de adesão, o fornecedor deve prestar ao tituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993)
consumidor, previamente, as informações de que tratam o art. 52 e Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos,
o caput do art. 54-B deste Código, além de outras porventura deter- de proibição de fabricação de produtos, de suspensão do forneci-
minadas na legislação em vigor, e fica obrigado a entregar ao con- mento de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e
sumidor cópia do contrato, após a sua conclusão (Incluído pela revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela
Lei nº 14.181, de 2021) administração, mediante procedimento administrativo, assegurada
ampla defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou
CAPÍTULO VII de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou ser-
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS viço.
(VIDE LEI Nº 8.656, DE 1993) Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de inter-
dição e de suspensão temporária da atividade, bem como a de in-
Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter tervenção administrativa, serão aplicadas mediante procedimento
concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor re-
baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição incidir na prática das infrações de maior gravidade previstas neste
e consumo de produtos e serviços. código e na legislação de consumo.

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§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à conces- Parágrafo único. (Vetado).
sionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou con- Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria
tratual. saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
§ 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sem- prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:
pre que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa:
licença, a interdição ou suspensão da atividade. Parágrafo único. (Vetado).
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos
penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito que dão base à publicidade:
em julgado da sentença. Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou compo-
quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa nentes de reposição usados, sem autorização do consumidor:
ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às ex- Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
pensas do infrator. Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou
mesma forma, frequência e dimensão e, preferencialmente no enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o con-
mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer sumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu traba-
o malefício da publicidade enganosa ou abusiva. lho, descanso ou lazer:
§ 2° (Vetado) Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 3° (Vetado). Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às in-
formações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados,
TÍTULO II fichas e registros:
DAS INFRAÇÕES PENAIS Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo pre- consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou regis-
vistas neste código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e leis tros que sabe ou deveria saber ser inexata:
especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes. Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 62. (Vetado). Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garan-
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade tia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu
ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, re- conteúdo;
cipientes ou publicidade: Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, me- referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na me-
diante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade dida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou
do serviço a ser prestado. gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer
§ 2° Se o crime é culposo: modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manu-
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. tenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos nas condições por ele proibidas.
consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo co- Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados
nhecimento seja posterior à sua colocação no mercado: neste código:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de ocasião de calamidade;
retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela au- II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
toridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
deste artigo. IV - quando cometidos:
Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, con- a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômi-
trariando determinação de autoridade competente: co-social seja manifestamente superior à da vítima;
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das cor- ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência
respondentes à lesão corporal e à morte. (Redação dada pela Lei nº mental interditadas ou não;
13.425, de 2017) V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais
também caracteriza o crime previsto no caput deste artigo. (Incluí- .
do pela Lei nº 13.425, de 2017) Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada em
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informa- dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de du-
ção relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quanti- ração da pena privativa da liberdade cominada ao crime. Na indivi-
dade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de dualização desta multa, o juiz observará o disposto no art. 60, §1°
produtos ou serviços: do Código Penal.
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa,
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o
§ 2º Se o crime é culposo; disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. I - a interdição temporária de direitos;
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circu-
saber ser enganosa ou abusiva: lação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. fatos e a condenação;
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III - a prestação de serviços à comunidade. § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este có- será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela
digo, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inqué- específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
rito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro § 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da
Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha a substituí-lo. multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
do indiciado ou réu, a fiança poderá ser: justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo; conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. o réu.
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor
código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for
relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Minis- suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável
tério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos para o cumprimento do preceito.
quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a de- § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado
núncia não for oferecida no prazo legal. prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessá-
rias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas,
TÍTULO III desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO requisição de força policial.
Art. 85. (Vetado).
CAPÍTULO I Art. 86. (Vetado).
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não ha-
verá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora,
e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e
título coletivo. despesas processuais.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tra- Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação
tar de: autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efei- solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao dé-
tos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que cuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias danos.
de fato; Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código,
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efei- a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, fa-
tos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que cultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada
seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou a denunciação da lide.
com a parte contrária por uma relação jurídica base; Art. 89. (Vetado)
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim en- Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas
tendidos os decorrentes de origem comum. do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não
concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) contrariar suas disposições.
I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; CAPÍTULO II
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DE INTERESSES INDI-
indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente VIDUAIS HOMOGÊNEOS
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este
código; Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor,
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores,
ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos inte- ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente
resses e direitos protegidos por este código, dispensada a autoriza- sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. (Redação
ção assemblear. dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sem-
juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja ma- pre como fiscal da lei.
nifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica Parágrafo único. (Vetado).
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é compe-
§ 2° (Vetado). tente para a causa a justiça local:
§ 3° (Vetado). I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quan-
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por do de âmbito local;
este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para
propiciar sua adequada e efetiva tutela. os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do
Parágrafo único. (Vetado). Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obri- Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial,
gação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da a fim de que os interessados possam intervir no processo como li-
obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado tisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de co-
prático equivalente ao do adimplemento. municação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

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Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será CAPÍTULO IV
genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados. DA COISA JULGADA
Art. 96. (Vetado).
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sen-
promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legiti- tença fará coisa julgada:
mados de que trata o art. 82. I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente
Parágrafo único. (Vetado). por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pe- poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se
los legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou
sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (Redação dada classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das do parágrafo único do art. 81;
sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido,
não do trânsito em julgado. para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do
§ 2° É competente para a execução o juízo: inciso III do parágrafo único do art. 81.
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não
de execução individual; prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da co-
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. letividade, do grupo, categoria ou classe.
Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de con- § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improce-
denação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de inde- dência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no
nizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização
danoso, estas terão preferência no pagamento. a título individual.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a desti- § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, com-
nação da importância recolhida ao fundo criado pela Lei n°7.347 de binado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não
24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto pendentes de decisão prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente so-
de segundo grau as ações de indenização pelos danos individuais, fridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste có-
salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente digo, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus
suficiente para responder pela integralidade das dívidas. sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de in- termos dos arts. 96 a 99.
teressados em número compatível com a gravidade do dano, pode- § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença pe-
rão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução da nal condenatória.
indenização devida. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do pa-
Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá rágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações
para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985. individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra
partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não bene-
CAPÍTULO III ficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do
PRODUTOS E SERVIÇOS ajuizamento da ação coletiva.

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de CAPÍTULO V


produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II DA CONCILIAÇÃO NO SUPERENDIVIDAMENTO
deste título, serão observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade Art. 104-A. A requerimento do consumidor superendividado
poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração do pessoa natural, o juiz poderá instaurar processo de repactuação de
contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, dívidas, com vistas à realização de audiência conciliatória, presidida
a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos por ele ou por conciliador credenciado no juízo, com a presença de
termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido todos os credores de dívidas previstas no art. 54-A deste Código, na
declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de qual o consumidor apresentará proposta de plano de pagamento
seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o com prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo exis-
ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segura- tencial, nos termos da regulamentação, e as garantias e as formas
dor, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do de pagamento originalmente pactuadas. (Incluído pela Lei nº
Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este. 14.181, de 2021)
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código pode- § 1º Excluem-se do processo de repactuação as dívidas, ainda
rão propor ação visando compelir o Poder Público competente a que decorrentes de relações de consumo, oriundas de contratos ce-
proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação dis- lebrados dolosamente sem o propósito de realizar pagamento, bem
tribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, como as dívidas provenientes de contratos de crédito com garantia
estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou real, de financiamentos imobiliários e de crédito rural. (Incluído
consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à pela Lei nº 14.181, de 2021)
incolumidade pessoal. § 2º O não comparecimento injustificado de qualquer credor,
§ 1° (Vetado). ou de seu procurador com poderes especiais e plenos para transigir,
§ 2° (Vetado) à audiência de conciliação de que trata o caput deste artigo acar-
retará a suspensão da exigibilidade do débito e a interrupção dos
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encargos da mora, bem como a sujeição compulsória ao plano de § 1º Em caso de conciliação administrativa para prevenir o
pagamento da dívida se o montante devido ao credor ausente for superendividamento do consumidor pessoa natural, os órgãos pú-
certo e conhecido pelo consumidor, devendo o pagamento a esse blicos poderão promover, nas reclamações individuais, audiência
credor ser estipulado para ocorrer apenas após o pagamento aos global de conciliação com todos os credores e, em todos os casos,
credores presentes à audiência conciliatória. (Incluído pela Lei facilitar a elaboração de plano de pagamento, preservado o mínimo
nº 14.181, de 2021) existencial, nos termos da regulamentação, sob a supervisão desses
§ 3º No caso de conciliação, com qualquer credor, a sentença órgãos, sem prejuízo das demais atividades de reeducação financei-
judicial que homologar o acordo descreverá o plano de pagamento ra cabíveis. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
da dívida e terá eficácia de título executivo e força de coisa julgada. § 2º O acordo firmado perante os órgãos públicos de defesa
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) do consumidor, em caso de superendividamento do consumidor
§ 4º Constarão do plano de pagamento referido no § 3º deste pessoa natural, incluirá a data a partir da qual será providenciada
artigo: (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) a exclusão do consumidor de bancos de dados e de cadastros de
I - medidas de dilação dos prazos de pagamento e de redução inadimplentes, bem como o condicionamento de seus efeitos à
dos encargos da dívida ou da remuneração do fornecedor, entre ou- abstenção, pelo consumidor, de condutas que importem no agra-
tras destinadas a facilitar o pagamento da dívida; (Incluído pela vamento de sua situação de superendividamento, especialmente a
Lei nº 14.181, de 2021) de contrair novas dívidas. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
II - referência à suspensão ou à extinção das ações judiciais em
curso; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) TÍTULO IV
III - data a partir da qual será providenciada a exclusão do DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR
consumidor de bancos de dados e de cadastros de inadimplentes;
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consu-
IV - condicionamento de seus efeitos à abstenção, pelo consu- midor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e
midor, de condutas que importem no agravamento de sua situação municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.
de superendividamento. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor,
§ 5º O pedido do consumidor a que se refere o caput deste ar- da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal
tigo não importará em declaração de insolvência civil e poderá ser que venha substituí-lo, é organismo de coordenação da política do
repetido somente após decorrido o prazo de 2 (dois) anos, contado Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:
da liquidação das obrigações previstas no plano de pagamento ho- I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política
mologado, sem prejuízo de eventual repactuação. (Incluído pela nacional de proteção ao consumidor;
Lei nº 14.181, de 2021) II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias
Art. 104-B. Se não houver êxito na conciliação em relação a ou sugestões apresentadas por entidades representativas ou pes-
quaisquer credores, o juiz, a pedido do consumidor, instaurará soas jurídicas de direito público ou privado;
processo por superendividamento para revisão e integração dos III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre
contratos e repactuação das dívidas remanescentes mediante pla- seus direitos e garantias;
no judicial compulsório e procederá à citação de todos os credores IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos
cujos créditos não tenham integrado o acordo porventura celebra- diferentes meios de comunicação;
do. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito poli-
§ 1º Serão considerados no processo por superendividamento, cial para a apreciação de delito contra os consumidores, nos termos
se for o caso, os documentos e as informações prestadas em au- da legislação vigente;
diência. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) VI - representar ao Ministério Público competente para fins
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, os credores citados juntarão de adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições;
documentos e as razões da negativa de aceder ao plano voluntário VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infra-
ou de renegociar. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) ções de ordem administrativa que violarem os interesses difusos,
§ 3º O juiz poderá nomear administrador, desde que isso não coletivos, ou individuais dos consumidores;
onere as partes, o qual, no prazo de até 30 (trinta) dias, após cum- VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Es-
pridas as diligências eventualmente necessárias, apresentará pla- tados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a fisca-
no de pagamento que contemple medidas de temporização ou de lização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de bens
atenuação dos encargos. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) e serviços;
§ 4º O plano judicial compulsório assegurará aos credores, no IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros pro-
mínimo, o valor do principal devido, corrigido monetariamente por gramas especiais, a formação de entidades de defesa do consumi-
índices oficiais de preço, e preverá a liquidação total da dívida, após dor pela população e pelos órgãos públicos estaduais e municipais;
a quitação do plano de pagamento consensual previsto no art. 104- X - (Vetado).
A deste Código, em, no máximo, 5 (cinco) anos, sendo que a primei- XI - (Vetado).
ra parcela será devida no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) XII - (Vetado)
dias, contado de sua homologação judicial, e o restante do saldo XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas fi-
será devido em parcelas mensais iguais e sucessivas. (Incluído nalidades.
pela Lei nº 14.181, de 2021) Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o De-
Art. 104-C. Compete concorrente e facultativamente aos ór- partamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o
gãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consu- concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-
midor a fase conciliatória e preventiva do processo de repactuação -científica.
de dívidas, nos moldes do art. 104-A deste Código, no que couber,
com possibilidade de o processo ser regulado por convênios especí-
ficos celebrados entre os referidos órgãos e as instituições credoras
ou suas associações. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO
TÍTULO V “Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento
DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras des-
pesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-
Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações -fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais”.
de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem re- Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
gular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à “Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos,
quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título
como à reclamação e composição do conflito de consumo. III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor”.
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento e oiten-
instrumento no cartório de títulos e documentos. ta dias a contar de sua publicação.
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.
signatárias.
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se
desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento.
Art. 108. (Vetado). QUESTÕES

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS 1. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
cial/2021/”Prova A”
Art. 109. (Vetado). Atualmente, os sistemas de informação fornecem dados por-
Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei n° menorizados a respeito dos clientes em potencial, o que permite o
7.347, de 24 de julho de 1985: planejamento de ações customizadas de vendas, tais como
“IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”. (A) apuração dos valores de divulgação em canais de rádio e
Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de tevê.
1985, passa a ter a seguinte redação: (B) aumento do custo de aquisição pelos produtos adquiridos.
“II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao (C) divulgação de ferramentas digitais como QR code e hot sites.
meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, (D) propostas de descontos em série para o público em geral.
histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse di- (E) postagens nas mídias sociais segundo os temas de interesse
fuso ou coletivo”. dos usuários
Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
1985, passa a ter a seguinte redação: 2. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
“§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação cial/2021/”Prova A”
por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado Poucos clientes conhecem suficientemente o mercado finan-
assumirá a titularidade ativa”. ceiro, de modo a avaliar se o seu analista de investimentos conse-
Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º. da guiu os melhores retornos para os seus fundos investidos.
Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985: Sendo assim, verifica-se que este serviço é rico em atributos de
“§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado (A) procura e resiliência
pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela (B) tangibilidade e variabilidade
dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem ju- (C) confiança e experiência
rídico a ser protegido. (D) risco sensorial e psicológico
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministé- (E) risco social e temporal
rios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa
dos interesses e direitos de que cuida esta lei. 3. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interes- cial/2021/”Prova A”
sados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências Das cinco dimensões da qualidade do serviço - confiabilidade,
legais, mediante combinações, que terá eficácia de título executivo tangibilidade, sensibilidade, segurança e empatia -, a confiabilidade
extrajudicial”. tem constantemente se mostrado como o fator mais importante na
Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, avaliação da qualidade do serviço pelos clientes de um banco.
passa a ter a seguinte redação: Isso ocorre porque a confiabilidade é uma medida de
“Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da (A) favorecimento da discrepância entre o desempenho de um
sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a fornecedor e as expectativas do cliente, já que evidencia a situ-
execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual inicia- ação do momento.
tiva aos demais legitimados”. (B) resultado, já que os clientes a avaliam depois da experiên-
Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, de 24 cia de serviço, diferentemente das outras dimensões, que são
de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o caput, medidas de processo.
com a seguinte redação: (C) controle, que traça as mudanças quantitativas no desempe-
“Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação nho do serviço em uma variável específica relativa a um padrão
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão predefinido.
solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao dé- (D) causa-efeito, que relaciona problemas específicos do servi-
cuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e ço a diferentes categorias de causas subjacentes.
danos”. (E) excedente do consumidor, que identifica a diferença entre
Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° 7.347, o preço real pago e a percepção do cliente sobre o valor do
de 24 de julho de 1985: produto.
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4. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (D) copywriting
cial/2021/”Prova A” (E) cooperating
Em 26 de março de 2021, o Banco do Brasil informou a seus
clientes que, a partir dessa data, suas agências passariam a operar 8. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
das 10h às 14h, seguindo determinação da Febraban, para proteger cial/2021/”Prova A”
seus funcionários, clientes e a sociedade, diante do avanço da pan- Um motorista estava preocupado com os pneus de seu carro.
demia do novo coronavírus. O Banco do Brasil informou também, Como muitas pessoas costumam fazer, ele decidiu realizar uma
que, em algumas praças, o atendimento começaria mais cedo, às busca na internet e, para isso, usou o termo “pneus velhos”. Como
9h, exclusivamente para idosos, gestantes, pessoas com deficiência resultado da pesquisa, o buscador trouxe várias opções de sites e
e para pagamento de benefícios do INSS. vídeos. Ele escolheu o vídeo intitulado “Qual a hora de trocar os
Essa decisão de atender mais cedo alguns clientes está emba- pneus de seu carro?” Esse vídeo mostrava um técnico das lojas XYZ,
sada na noção de falando a respeito das características de pneus em condições ideais
(A) cenário de serviço de segurança, tratando das medidas de conservação dos pneus e
(B) recuperação do serviço indicando a hora de trocá-los. O motorista utilizou as informações
(C) promoção de vendas do vídeo e percebeu que deveria trocar os pneus dianteiros de seu
(D) segmentação de mercado automóvel. Inevitavelmente, ele pensou em procurar uma loja XYZ.
(E) mapa de percepções Nesse caso, a ação da XYZ é um exemplo de
(A) Inbound Marketing
5. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (B) Outbound Marketing
cial/2021/”Prova A” (C) Promoção de Vendas
Sr. X precisava planejar a comercialização de um serviço para (D) Programa de Fidelidade
um cliente exigente, que demanda a personalização e o serviço de (E) Marketing de Criatividade
alto contato.
Para isso, ele planejou em sua estratégia comercial 9. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
(A) reduzir a variação nas operações e na entrega do serviço. cial/2021/”Prova A”
(B) garantir a intangibilidade do processo do serviço. As empresas, cada vez mais, procuram gerir seus negócios e
(C) encorajar o cliente a realizar operações por internet ou cai- suas atividades de forma que sua posição seja neutra ou positiva
xa automático. no atendimento ao Tripé da Sustentabilidade. Como a empresa YYZ
(D) introduzir sofisticada rede de canais de distribuição eletrô- não pensa de modo diferente, contratou consultores para levanta-
nicos. rem os impactos gerados pelas atividades por ela desenvolvidas em
(E) interagir pessoalmente com o cliente ao longo da prestação sua prestação de serviços. Os consultores constataram os seguintes
do serviço. pontos: a política de capacitação da empresa ampliou a formação
de 45% dos funcionários, a instalação de painéis fotovoltaicos fez
com que toda a energia consumida pela empresa, naquele ano,
6. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
fosse gerada a partir de fonte renovável, a taxa de reciclagem de
cial/2021/”Prova A”
resíduos cresceu 50% e, além disso, a empresa obteve lucro acima
Um dos princípios básicos de um bom atendimento é que ele
da média histórica e distribuiu bônus aos funcionários e fornecedo-
seja considerado parte integrante de um processo mais amplo e
res alinhados à preservação ambiental. Com base nesses dados, o
que gere a satisfação do cliente. Preocupada com os baixos índices
diagnóstico dos consultores foi de que a empresa exerce impacto
de satisfação manifestados por seus clientes, a diretoria de um ban-
líquido positivo sobre o Tripé da Sustentabilidade.
co contratou uma consultoria para avaliar a qualidade dos serviços Dessa forma, em relação ao Tripé da Sustentabilidade, a YYZ é
prestados nas agências. O relatório apresentado pelos consultores classificada como um negócio
apontou problemas relacionados às instalações e aos equipamen- (A) neutro
tos das agências. (B) reparador
Considerando as cinco dimensões da qualidade de serviços, es- (C) sustentável
ses problemas apontados estão relacionados à dimensão (D) fundamental
(A) Empatia (E) insustentável
(B) Segurança
(C) Tangibilidade 10. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
(D) Confiabilidade cial/2021/”Prova A”
(E) Responsividade O cliente da empresa W, procurando um produto no site des-
sa empresa, ficou em dúvida a respeito das suas especificações
7. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- técnicas, entrou no chat online para conhecer mais a respeito do
cial/2021/”Prova A” equipamento e teve suas dúvidas sanadas. Naquele momento, não
O Instagram é uma rede social baseada em imagens, e o Twitter efetuou a compra, mas uma semana depois baixou o aplicativo W
limita a escrita a 280 caracteres. Talvez por isso, o marketing digital e, mesmo sem voltar ao site da empresa, passou a receber informa-
seja comumente associado ao uso de imagens e vídeos. No entanto, ções a respeito das mudanças de preço do produto que tinha pro-
o uso de texto é muito importante e decisivo na atração de consu- curado anteriormente. No final do mês, com o recebimento de seu
midores em plataformas como websites, blogs e e-mail. salário, decidiu novamente acionar o aplicativo e realizar a compra.
O uso de conteúdo textual informativo e atraente, otimizado Como queria economizar no frete, decidiu pela retirada do produto
para persuadir consumidores a comprarem os produtos de uma na loja física próxima de sua casa. Alguns dias depois, recebeu uma
empresa é denominado mensagem em seu smartphone indicando que já poderia ir à loja
(A) recall recolher sua encomenda. Na semana seguinte, o cliente recebeu
(B) ebooking uma mensagem com o pedido de avaliação de sua compra e res-
(C) copyright pondeu dando nota 9 ao atendimento feito pela empresa.
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Nesse caso, identifica-se que a empresa W utiliza um modelo 15. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
de negócios denominado cial/2021/”Prova B”
(A) Rede Um banco brasileiro de investimentos decidiu tornar-se ban-
(B) Multinível co múltiplo, oferecendo conta-corrente apenas no formato digital,
(C) Multicanal com taxa zero aos seus clientes. Sustentou sua decisão por reco-
(D) Horizontal nhecer a perecibilidade dos serviços de outros bancos tradicionais,
(E) Omnichannel já que algumas agências ficavam vazias na maior parte do dia, en-
quanto enormes filas se formavam em horários de pico, sendo me-
11. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- nos custoso o atendimento virtual.
cial/2021/”Prova B” Nesse caso, a decisão tomada deveu-se à seguinte caracterís-
Um grupo empresarial, atuando em transportes terrestres, re- tica dos serviços:
cebeu autorização da ANAC para operar voos comerciais no territó- (A) existência de variação na consistência de entrega e dificul-
rio nacional e decidiu lançar ações no mercado, visando a encomen- dade de padronização.
da de aeronaves. A estratégia do novo entrante é vista com cautela (B) existência de cocriação com participação física e direta de
por analistas de mercado, uma vez que essa indústria demanda funcionário e cliente.
volumes elevados de investimento e apresentou baixas margens (C) dificuldade de explicar os benefícios de algo que não pode
nos últimos anos. Adicionalmente, o grupo encontra-se em proces- ser tocado.
so de recuperação judicial, e sua entrada no mercado de aviação (D) impossibilidade de ser guardado, estocado ou armazenado.
comercial acontece em crise do setor aéreo, diante dos efeitos da (E) facilidade de ser copiado por seus processos não serem pa-
pandemia. tenteáveis.
Sendo assim, o analista teve cautela ao interpretar as informa-
ções sobre a barreira de entrada relacionada a 16. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
(A) diferenciação de serviços cial/2021/”Prova B”
(B) identidade da marca No marketing de relacionamento de uma empresa, foi utilizada
(C) política governamental uma venda consultiva.
(D) retaliação esperada Isso significa que tal venda foi focada
(E) requisitos de capital (A) no recebimento dos pedidos de compra, buscando a mini-
mização do preço para garantir a venda e a gestão de todas as
12. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- contas.
cial/2021/”Prova B” (B) no canal de vendas (atração), fluxo e conversão, sem levar
Um cliente migrou para um banco digital e está avaliando a em conta os processos internos de atendimento e a divulgação
qualidade do serviço contrastando a expectativa que possui com do serviço.
o serviço que recebe de fato. Ele tem considerado a qualidade bas- (C) nos clientes interessados nos serviços de valor agregado,
tante satisfatória, a despeito de algumas dificuldades tecnológicas envolvendo os profissionais que têm conhecimento profundo
que tem enfrentado. da empresa.
Nesse caso, a avaliação de qualidade que o cliente faz é expli- (D) nos clientes que não estão interessados, ou que são incapa-
cada pelo conceito de zes de ter recursos para os serviços de valor agregado ofereci-
(A) comunicação boca a boca dos pela empresa de venda.
(B) experiência passada (E) nas técnicas de coaching, onde o vendedor não fala para
(C) promessas de serviços explícitas o cliente qual é a solução para o seu problema, conduzindo-o
(D) promessas de serviços implícitas para insights através de perguntas.
(E) zona de tolerância
17. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
13. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- cial/2021/”Prova B”
cial/2021/”Prova A” Um atendente comercial de um banco privilegia dois tipos de
A partir da análise do banco de dados da agência, o atendente habilidades para a realização de seu trabalho: a observação refle-
bancário pode realizar vendas sugestivas, identificando as informa- tida e a conceitualização abstrata. Assim sendo, ele gosta de criar
ções sobre o cliente para modelos teóricos, raciocina por indução, se interessa pelas ideias e
(A) diminuir os juros cobrados dos correntistas. conceitos abstratos, gosta que suas teorias sejam bem fundamen-
(B) informar sobre a carga tributária dos investimentos. tadas e verídicas e procura diversas explicações para um evento que
(C) propor o acesso a novos produtos do banco. observa.
(D) retirar os dados do mailing da companhia. Com base nessas características, verifica-se que o atendente do
(E) sugerir mudanças no horário das visitas à agência. banco privilegia um estilo de aprendizagem de
(A) acomodação
14. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (B) assimilação
cial/2021/”Prova A” (C) divergência
O profissionalismo em vendas e atendimento implica uma série (D) convergência
de procedimentos por parte do bancário, entre os quais a (E) racionalização
(A) aprendizagem e a qualificação constantes
(B) cobrança por privilégios no trabalho
(C) exigência de maior remuneração
(D) potencialidade do seu ego
(E) prioridade a seus interesses pessoais

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18. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
10 E
cial/2021/”Prova B”
O crescimento dos canais eletrônicos está criando uma mu- 11 E
dança fundamental na natureza do marketing, conforme notado no 12 E
setor dos bancos.
Muitas organizações estão substituindo um local físico onde 13 C
fornecedores e clientes se encontram para fazer negócios, por um 14 A
local virtual identificado como
15 D
(A) lugar de mercado
(B) espaço de mercado 16 C
(C) display de varejo 17 B
(D) cenário de serviço
(E) momento da verdade 18 B
19 D
19. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
cial/2021/”Prova B” 20 C
Para contribuir com as ações de marketing de relacionamento
dos bancos, os escriturários devem, durante o atendimento,
(A) medir e mapear todos os serviços prestados por sua agên-
cia. ANOTAÇÕES
(B) divulgar a lucratividade da empresa expressa em seu ba-
lanço.
(C) esclarecer e divulgar as taxas cobradas por cada serviço ______________________________________________________
bancário.
______________________________________________________
(D) pesquisar e mensurar a satisfação dos clientes.
(E) propor prêmios substanciosos para cada cliente conquista- ______________________________________________________
do.
______________________________________________________
20. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
cial/2021/”Prova B” ______________________________________________________
A ampliação das fronteiras do marketing digital fez com que os
canais remotos de vendas passassem a ter importância muito gran- ______________________________________________________
de nos negócios. Como forma de monitorar os resultados das ativi-
______________________________________________________
dades de marketing desenvolvidas no site oficial de uma empresa,
o gerente constatou que, ao longo de uma semana, 420 compras ______________________________________________________
foram iniciadas no site, mas apenas 357 foram finalizadas e geraram
receitas para a empresa. ______________________________________________________
Nesse caso, a taxa de abandono foi de
(A) 3,5% ______________________________________________________
(B) 7,5%
(C) 15,0% ______________________________________________________
(D) 58,0%
(E) 63,0% ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 E ______________________________________________________
2 C
______________________________________________________
3 B
4 D ______________________________________________________

5 E ______________________________________________________
6 C
______________________________________________________
7 D
______________________________________________________
8 A
9 B ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES

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