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a solução para o seu concurso!

SÃO CAETANO DO SUL- SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE
SÃO CAETANO DO SUL - SÃO PAULO

Agente Administrativo

EDITAL Nº 01/2023, DE 25 DE AGOSTO DE 2023

CÓD: SL-138ST-23
7908433242192
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e compreensão de textos, informações de pequenos textos. Estabelecer relações entre sequência de fatos ilustra-
dos;............................................................................................................................................................................................. 7
2. Conhecimento da língua: ortografia, Uso de maiúscula e minúscula; consoantes e vogais;...................................................... 10
3. Acentuação gráfica...................................................................................................................................................................... 15
4. Masculino e feminino................................................................................................................................................................. 16
5. Antônimo e sinônimo................................................................................................................................................................. 16
6. Diminutivo e aumentativo.......................................................................................................................................................... 17
7. Sinais de pontuação;................................................................................................................................................................... 17
8. Divisão silábica de palavras e respectiva classificação quanto ao número de sílabas;............................................................... 19
9. Singular e plural; substantivo próprio e comum;........................................................................................................................ 20
10. Artigos......................................................................................................................................................................................... 22
11. Adjetivos..................................................................................................................................................................................... 23
12. Grafia.......................................................................................................................................................................................... 23

Raciocínio Lógico
1. Raciocínio lógico. Estruturas lógicas........................................................................................................................................... 31
2. Lógica de argumentação............................................................................................................................................................. 36
3. Diagramas lógicos....................................................................................................................................................................... 36
4. Resolução de situações-problema.............................................................................................................................................. 38
5. Reconhecimento de sequências e padrões................................................................................................................................. 40
6. Avaliação de argumentos por diagramas de conjuntos.............................................................................................................. 42

Conhecimentos Específicos
Agente Administrativo
1. Controle de estoque de almoxarifado........................................................................................................................................ 49
2. controle de protocolo, de portaria e de recepção...................................................................................................................... 56
3. Atendimento ao público............................................................................................................................................................ 57
4. Noções sobre registros de expedientes; seletividade de documentações e pautas de reuniões;.............................................. 62
5. Técnicas de arquivos e conservação de documentos;................................................................................................................ 62
6. Elaboração de ofícios; correspondências; técnicas de agendamento; formas de tratamentos; abreviações de tratamentos de
personalidades;........................................................................................................................................................................... 73
7. Noções de técnicas de secretariar.............................................................................................................................................. 85
8. uso de internet........................................................................................................................................................................... 86
9. Regras de comportamento no ambiente de trabalho;................................................................................................................ 94
10. regras de hierarquias no serviço público; .................................................................................................................................. 95

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ÍNDICE

11. regras básicas de comportamento profissional para o trato diário com o público interno e externo e colegas de trabalho; ... 96
12. Zelo pelo patrimônio público; normas patrimoniais e seu gerenciamento (tombamento, controle, termos de responsabilida-
des, baixas, transferências e alienação)...................................................................................................................................... 96
13. Noções de prevenção de acidentes de trabalho e incêndio....................................................................................................... 101

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A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS, INFORMAÇÕES DE
PEQUENOS TEXTOS. ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE SE-
QUÊNCIA DE FATOS ILUSTRADOS;

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem.
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso
menos severas.”
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender.
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo,
1988.
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito
severas.
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
evento.
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
Interpretação de Textos
incluídos socialmente.
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
Comentário da questão:
é decodificar o sentido de um texto por indução.
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
A interpretação de textos compreende a habilidade de se
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de
afirmativa correta.
texto, seja ele escrito, oral ou visual.
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva,
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
podendo ser diferente entre leitores.
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de
afirmativa correta.
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
um texto misto (verbal e visual):
afirmativa correta.
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Esco-
lar Especial > 2015
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
Português > Compreensão e interpretação de textos
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.

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IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM


O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia TEXTOS VARIADOS
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- Ironia
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
significativo, que é o texto. com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre novo sentido, gerando um efeito de humor.
o assunto que será tratado no texto. Exemplo:
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso- dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. Ironia verbal
As informações que se relacionam com o tema chamamos de Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- intenção são diferentes.
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Ironia de situação
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
capaz de identificar o tema do texto! resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-i- uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
deias-secundarias/ vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-

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so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
morte. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Ironia dramática (ou satírica) Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Busca de sentidos
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- apreensão do conteúdo exposto.
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
da narrativa. relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o citadas ou apresentando novos conceitos.
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Humor Importância da interpretação


Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- específicos, aprimora a escrita.
rer algo fora do esperado numa situação. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
acessadas como forma de gerar o riso. pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Exemplo: são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ- leitor tira conclusões subjetivas do texto.
NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que Gêneros Discursivos
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
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novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Exemplo de fato:


romance nós temos uma história central e várias histórias secun- A mãe foi viajar.
dárias.
Interpretação
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única sas, previmos suas consequências.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
encaminham-se diretamente para um desfecho. tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- ças sejam detectáveis.
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O Exemplos de interpretação:
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um tro país.
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
curto. do que com a filha.

Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Opinião
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos que fazemos do fato.
como horas ou mesmo minutos. Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
imagens. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
anteriores:
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
vencer o leitor a concordar com ele. do que com a filha. Ela foi egoísta.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
de destaque sobre algum assunto de interesse. positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
mos expressando nosso julgamento.
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando analisamos um texto dissertativo.
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
Exemplo:
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li- com o sofrimento da filha.
berdade para quem recebe a informação.

DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO CONHECIMENTO DA LÍNGUA: ORTOGRAFIA, USO DE MAI-
ÚSCULA E MINÚSCULA; CONSOANTES E VOGAIS;
Fato
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
A ortografia oficial prescreve a maneira correta de escrever as
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
palavras, baseada nos padrões cultos do idioma. Procure sempre
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
usar um bom dicionário e ler muito para melhorar sua escrita.
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.

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Alfabeto Escreve-se com a letra E:


- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: con-
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras: A – B – C – D – E tinue, habitue, pontue, etc.
–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–T–U–V–W– - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar:
X – Y – Z.. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes abençoe, magoe, perdoe, etc.
do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de me- - As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior):
dida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.
geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. - Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemi-
tério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar, Disenteria,
Vogais: a, e, i, o, u, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico,
Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, z. Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Serie-
Alfabeto: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, ma, Seringa, Umedecer.
x, y, z.
Emprega-se a letra I:
Observações: - Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer
A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela é /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
classificada como vogal. - Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo,
A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas pala- Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
vras, assim, é considerada consoante. Exemplo: Kuait / Kiwi. - Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, arti-
Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, de- manha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, criador,
pendendo da palavra em questão, veja os exemplos: criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino,
No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro,
classificado como consoante. lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito,
Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando- Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio.
-se, portanto, como vogal.
Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, bole-
Emprego da letra H tim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, en-
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; golir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa,
conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo.
tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra
vem do latim hodie. Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chu-
viscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti,
Emprega-se o H: jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, toni-
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, he- truante, trégua, urtiga.
sitar, haurir, etc.
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boli- Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam
che, telha, flecha, companhia, etc. pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, significado dos seguintes:
etc.
- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, área = superfície
hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, hífen, ária = melodia, cantiga
hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, arrear = pôr arreios, enfeitar
húmus; arriar = abaixar, pôr no chão, cair
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baia- comprido = longo
nada, etc. cumprido = particípio de cumprir
comprimento = extensão
Não se usa H: cumprimento = saudação, ato de cumprir
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológi- costear = navegar ou passar junto à costa
co, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua custear = pagar as custas, financiar
por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respec- deferir = conceder, atender
tivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eru- diferir = ser diferente, divergir
ditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, delatar = denunciar
hibernal, hibernar, etc. dilatar = distender, aumentar
descrição = ato de descrever
Emprego das letras E, I, O e U discrição = qualidade de quem é discreto
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ emergir = vir à tona
e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem imergir = mergulhar
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, má- emigrar = sair do país
goa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. imigrar = entrar num país estranho
emigrante = que ou quem emigra
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imigrante = que ou quem imigra Representação do fonema /S/


eminente = elevado, ilustre O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
iminente = que ameaça acontecer
recrear = divertir - C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento,
recriar = criar novamente dança, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, maço, ma-
soar = emitir som, ecoar, repercutir ciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça,
suar = expelir suor pelos poros, transpirar vicissitude.
sortir = abastecer - S: ansioso, cansar, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia,
surtir = produzir (efeito ou resultado) pretensão, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio.
sortido = abastecido, bem provido, variado - SS: acesso, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, conces-
surtido = produzido, causado são, discussão, escassez, essencial, expressão, fracasso, impressão,
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêsse-
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio go, procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, submis-
são, sucessivo.
Emprego das letras G e J Grafa-se com SS a correlação CED - CESS: cessão, intercessão,
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Gra- acessível, concessão.
fa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo - SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, cres-
com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito cer, cresço, descer, desço, disciplina, discípulo, discente, discernir,
(do latim jactu) e jipe (do inglês jeep). fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressusci-
tar, seiscentos, suscetível, víscera.
Escrevem-se com G: - X: aproximar, auxiliar, máximo, próximo, trouxe.
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: gara- - XC: exceção, excedente, excelência, excelso, excêntrico, ex-
gem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. cepcional, excesso, exceto, excitar.
Exceção: pajem
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: Homônimos
contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio. São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagis- grafia, mas significação diferente.
ta (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de fer-
rugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de acento = inflexão da voz, sinal gráfico
selvagem), etc. assento = lugar para sentar-se
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, es- acético = referente ao ácido acético (vinagre)
trangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, ascético = referente ao ascetismo, místico
herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela. cesta = utensílio de vime ou outro material
sexta = ordinal referente a seis
Escrevem-se com J: círio = grande vela de cera
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (la- sírio = natural da Síria
ranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja cismo = pensão
(gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja sismo = terremoto
(cerejeira). empoçar = formar poça
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em empossar = dar posse a
–jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gor- incipiente = principiante
jeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo). insipiente = ignorante
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje intercessão = ato de interceder
(lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
sujeito, trajeto, trejeito). ruço = pardacento
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) russo = natural da Rússia
ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jiboia,
jiló, jirau, pajé, etc. Emprego de S com valor de Z
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, - Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracio-
cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, so, graciosa, teimoso, teimosa.
jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, - Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portu-
pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista. guesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa.
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa:
Atenção: Moji, palavra de origem indígena, deve ser escrita burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, campone-
com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia ses, freguês, freguesa, fregueses.
com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. - Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: ana-
lisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar (de
êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso).
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pu-
semos, compôs, impuser, quis, quiseram.
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- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, viso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar
Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Re- (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia +
sende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês. izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar
ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia, defe- (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar),
sa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase, deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).
freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês,
mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames, Emprego do X
pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa, - Esta letra representa os seguintes fonemas:
requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesouro, três, Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.
usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita. CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.
Z – exame, exílio, êxodo, etc.
Emprego da letra Z SS – auxílio, máximo, próximo, etc.
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita.
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro - Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder,
(de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio). excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc.
- Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: - Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar,
fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização. expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc.
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e de- - Escreve-se x e não ch:
notando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo,
limpo), frieza (de frio). ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados
- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, cauchal, recauchutar e recauchutagem.
aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, en-
prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez. xamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar,
enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: en-
Sufixo –ÊS e –EZ charcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preen-
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substan- cher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se
tivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch.
cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavan-
francês (de França), chinês (de China). te, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc.
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos deriva- Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, la-
dos de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de rá- gartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame,
pido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
palidez (de pálido) lucidez (de lúcido).
Emprego do dígrafo CH
Sufixo –ESA e –EZA Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha,
Usa-se –esa (com s): charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, fi-
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados cha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despen-
der), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpre- Consoantes dobradas
ender), etc. - Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R,
- Nos substantivos femininos designativos de títulos: baronesa, S.
dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc. - Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: bur- distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, fac-
guesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de campo- ção, sucção, etc.
nês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos,
- Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente:
mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando um elemento de compo-
sição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra
Usa-se –eza (com z): começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bisse-
- Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e manal, girassol, minissaia, etc.
denotando qualidade, estado, condição: beleza (de belo), franqueza
(de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc. CÊ - cedilha1
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR /SS/. O Ç só é usado antes de A, O, U.
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes corres-
pondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se
–izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a +
liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (impro- 1 https://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/ortografia-quando-usar-c.htm.
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O Ç é utilizado em palavras derivadas de vocábulos terminados EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
em -TO, -TOR e -TIVO:
- Canto = canção Maiúsculas
- Ereto = ereção
- Setor = seção - A primeira palavra de período ou citação.
- Condutor = condução - Nos versos, a primeira letra é obrigatoriamente escrita em
- Ativo = ação maiúscula. Mas, nos versos que não abrem período é facultativo o
- Intuitivo = intuição uso da letra maiúscula.
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Também se utiliza Ç em substantivos que terminam em -TEN- não é motivo para não querê-las...
ÇÃO, que por sua vez derivam de verbos terminados em -TER: que tristes os caminhos, se não fora
- Conter = contenção a presença distante das estrelas!
- Reter = retenção Mario Quintana
- Deter = detenção
- Substantivos próprios: José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Cam-
Em verbos terminados em -ÇAR, mas somente quando seu pinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte,
substantivo equivalente terminar em -CE ou -ÇO: Cruzeiro do Sul, etc.
- Lance = lançar - Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
- Alcance = alcançar religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
- Abraço = abraçar do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
- Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da Re-
Em substantivos que terminam em -ÇÃO desde que sejam deri- pública, etc.
vados de verbos onde a letra R é retirada: - Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
- Abreviar = abreviação Estado, Pátria, União, República, etc.
- Exportar = exportação - Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremia-
- Enrolar = enrolação ções, órgãos públicos, etc: Rua do Ouvidor, Praça da Paz, Academia
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio San-
Emprego do M antes de P e B tista, etc.
Antes das letras P e/ou B, sempre será utilizado a letra M. - Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literá-
Ex: rias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura,
- Pombo, também, tempo, campo. Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
Quando se tratar das demais consoantes, utiliza-se a letra N. Manhã, Manchete, etc.
Ex: - Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Ex-
- Canto, tanto, manto, ente, quente. celentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
- Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os po-
R ou RR? vos do Oriente, o falar do Norte. Exceção: Corri o país de norte a sul.
A consoante R pode ser pronunciada com uma vibração mais O Sol nasce a leste.
forte e prolongada ou mais fraca e curta. - Nomes comuns, quando personificados ou especificados: o
No início das palavras, a pronúncia é sempre forte (rato, remo, Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
rosa), e também quando se encontra duplicada entre duas vogais
(correção, serrote, derramar). Minúsculas
Quando a consoante R se encontra sozinha entre duas vogais,
no meio das palavras, assumirá uma pronúncia fraca (caro, loiro, - Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gen-
dourado). tílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
Ou seja, a utilização de R ou RR está relacionada à estrutura ingleses, ave-maria, um havana, etc.
fonética da palavra, à maneira como é pronunciada. - Os nomes a que se referem (altos cargos e dignidades e concei-
Dica: tos religiosos ou políticos) quando empregados em sentido geral: São
Palavras como genro, enredo e enrolar, por exemplo, a pro- Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
núncia do r é forte e com vibração prolongada, porém se utiliza r, - Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
pois a letra se encontra entre uma consoante e uma vogal, e não Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
entre duas vogais. - Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação di-
Nunca se utiliza RR no inicia das palavras! reta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”; “Chegam os magos do
Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”.
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de,
em, sem, grafam-se com inicial minúscula.

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Acentuação das palavras Oxítonas


ACENTUAÇÃO GRÁFICA As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé,
— Definição vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”.
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas Ex.: caqui, urubu.
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Acentuação das palavras Paroxítonas
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados
língua portuguesa: abaixo. Observe as exceções:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som – Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis,
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro. hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e – Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex,
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax.  
âncora, avô. – Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis,
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com grátis, júri, lápis, oásis, táxi.
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba – Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus,
tônica! tônus.  
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de – Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.
determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a – Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns,
sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que quórum, quóruns.  
indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til – Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs,
(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.  
exemplo semelhante é a palavra bênção.  
Acentuação das palavras Proparoxítonas
— Monossílabas Tônicas e Átonas Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore,
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro,
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração tática, trânsito.
da preposição “de” + artigo “o”).   Ao comparar esses termos,
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, Ditongos e Hiatos
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Acentuam-se:
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica – Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”,
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói,
abaixo: mausoléu, sóis, véus.
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.” – As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de
“Finalmente encontrei a chave do carro.” um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).
Recebem acento gráfico:  
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); Não se acentuam:
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. – A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.:
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, moinho, rainha, bainha.
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. – As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.:
juuna, xiita. xiita.
Não recebem acento gráfico: – Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem,
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. enjoo, magoo.
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo O Novo Acordo Ortográfico
acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem
lêem leem. acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou
em vigor em 2009:
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas.
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo;
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. vôo – voo; zôo – zoo.

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2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se troca
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide o gênero:
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar);
européia – europeia. o capital (dinheiro) - a capital (cidade);
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo);
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo –
taoismo. São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o champa-
nha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, o Hosana,
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-per-
possuem -e tônico em hiato. fume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo sósia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma.
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem;
revêem. São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a aná-
lise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), a cata-
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua plasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, a senti-
portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; nela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, a Xerox, a
linguïça – linguiça. aguardente.

6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma


grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo ANTÔNIMO E SINÔNIMO
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição
“para”. Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.
preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / Denotação e conotação
preposição] Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das
palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das
palavras. Exemplos:
MASCULINO E FEMININO “O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.”

Gênero (masculino/feminino) No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. A sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a
regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma
da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.

Formação do Feminino Hiperonímia e hiponímia


O feminino se realiza de três modos: Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo,
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / mestre, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um
mestra / leão, leoa; hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um sufixo Exemplos:
feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa / cantor, – Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
cantora / reitor, reitora. – Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai,
mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha / cavalo, égua. Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra
Substantivos Uniformes apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas
se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra palavras apresentam apenas um significado. Exemplos:
macho ou fêmea. – “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam indi- ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida.
víduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do – A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não
sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérpre- tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica.
te / o, a colega / o, a médium / o, a pianista.
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para
homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha
(homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
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Sinonímia e antonímia - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em síla-


A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem bas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo zinho(a):
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão (sílaba nasal) =
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú (hiato) = bauzinho;
expressam proximidade e contrariedade. café (voga tônica) = cafezinho.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas consoan-
veloz. tes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = paisinho; rapaz
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = belezinha.
atrasado. - Há ainda aumentativos e diminutivos formados por prefixa-
ção: minissaia, maxissaia, supermercado, minicalculadora.
Homonímia e paronímia
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de SINAIS DE PONTUAÇÃO;
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
os exemplos: e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar compreensão da frase.
(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
roxo). – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); tipos textuais;
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
chorar) . – Demarcar das unidades de um texto;
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento
(saudação). — Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um
enunciado

DIMINUTIVO E AUMENTATIVO. Vírgula


De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem
Grau (aumentativo/diminutivo) da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas,
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir in- se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes
tensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é que da- não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
mos o nome de grau do substantivo. Os graus aumentativos e dimi- tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em
nutivos são formados por dois processos: outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser
empregada:
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou dimi-
nutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou isinho. • No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, enor-
me, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / carro grande ENUMERAÇÃO
/ prédio gigantesco); e formado com as palavras de diminuição (di-
minuto, pequeno, minúscula, casa pequena, peça minúscula, saia Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
diminuta). Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.

- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos


exprimem também desprezo, crítica, indiferença em relação a cer- REPETIÇÃO
tas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, narigão, gentinha, Os arranjos estão lindos, lindos!
coisinha, povinho, livreco.
- Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, Toni- Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
nho, mãezinha.
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns substanti- 2 – Isolar o vocativo
vos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram um significado “Crianças, venham almoçar!”
novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha (calendário). “Quando será a prova, professora?”

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3 – Separar apostos 2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre


“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
alguma ideia, por exemplo:
4 – Isolar expressões explicativas: “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
responsabilizado.” esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)

5 – Separar conjunções intercaladas 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas


“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado:
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
funcionários do setor.” e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
“Estas alegações, não as considero legítimas.” apositiva nem se apresente inversamente).

8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas Ponto


por conjunções) 1 – Para indicar final de frase declarativa:
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” “O almoço está pronto e será servido.”

9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 2 – Abrevia palavras:


“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. – “p.” (página)
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
10 – Marcar a omissão de um termo: – “Dr.” (Doutor)
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo
“fazer”). 3 – Para separar períodos:
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas Ponto e Vírgula
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e “Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: nossa amiga, de praticar esportes.”
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
ajudasse.” 2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são:
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a Mercúrio;
principal: Vênus;
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” Terra;
Marte;
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas Júpiter;
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: Saturno;
Urano;
Por ser sempre assim, ninguém dá Netuno.”
Reduzida
atenção!
Dois Pontos
Porque é sempre assim, já ninguém dá 1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas,
Desenvolvida
atenção! enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores.
5 – Separar as sentenças intercaladas: “Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu “Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela
leito, até que você se recupere por completo.” grande ofensa.”

• Antes da conjunção “e” 2 – Para introduzirem citação direta:


1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire “Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente
valores que não expressam adição, como consequência ou muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se
diversidade, por exemplo. transforma’.”
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”

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3 – Para iniciar fala de personagens: 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
“Ele gritava repetidamente: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
– Sou inocente!”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
Reticências “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta
sintaticamente: Aspas
“Quem sabe um dia...” 1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: arcaísmos, palavrões, e neologismos.
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
ainda.” “A reunião será feita ‘online’.”

3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 2 – Para indicar uma citação direta:
objetivo de prolongar o raciocínio: “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas Assis)
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).

4 – Suprimem palavras em uma transcrição: DIVISÃO SILÁBICA DE PALAVRAS E RESPECTIVA CLASSIFI-


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - CAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS;
Raimundo Fagner).
Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emi-
Ponto de Interrogação
tido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal.
1 – Para perguntas diretas:
A sílabas são classificadas de dois modos:
“Quando você pode comparecer?”
Classificação quanto ao número de sílabas:
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para
As palavras podem ser:
destacar o enunciado:
– Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi,
“Não brinca, é sério?!”
luz, é...)
– Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí,
Ponto de Exclamação
bota, água...)
1 – Após interjeição:
– Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde,
“Nossa Que legal!”
circuito, boneca...)
– Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento,
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...)
“Infelizmente!”
Classificação quanto à tonicidade
3 – Após vocativo
As palavras podem ser:
“Ana, boa tarde!”
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
4 – Para fechar de frases imperativas:
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
“Entre já!”
sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
Parênteses
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou
Lembre-se que:
a vírgula:
Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fo-
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como
nética.
sempre)
Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia
quem seria promovido.”
fonética.
Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são
Travessão
mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun-
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
ciada com mais força.
“O rapaz perguntou ao padre:
— Amar demais é pecado?”
Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos
entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras.
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
“— Vou partir em breve.
— Vá com Deus!”

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Divisão silábica
A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja, pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar uma
sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste processo:
Não se separa:
• Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...)
• Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...)
• Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na palavra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co-lhei-ta,
fro-nha, pe-guei...)
• Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo-go, pa-trão...)

Deve-se separar:
• Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas (sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...)
• Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce-ção...)
• Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia, rit-mo...)

SINGULAR E PLURAL; SUBSTANTIVO PRÓPRIO E COMUM;

Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mito-
lógica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, criança.

Classificação
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, alma, Deus,
vento, saci.
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende sempre de um ser para existir. Designam qualidades, sentimentos, ações,
estados dos seres: dor, doença, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza
manifestar-se.

Formação
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda.
- Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia.
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, Pedro, mês,
queijo.
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão.
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie. Ex.:

Álbum de fotografias Colmeia de abelhas


Alcateia de lobos Concílio de bispos em assembleia
Antologia de textos escolhidos Conclave de cardeais
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas

Reflexão do Substantivo
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau (aumenta-
tivo/diminutivo).

hortelã, a fama, a Xerox, a aguardente.

Número (plural/singular)
Acrescentam-se:
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo, povos / feira, feiras / série, séries.
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, abdômenes, hífenes.
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam sua
sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres / sênior, seniores.
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, males /
cônsul, cônsules / real, reais.
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.
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Trocam-se: - substantivo composto de três ou mais elementos não ligados


- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / o bem-te-vi
mamão, mamões. = os bem-te-vis / o fora-da-lei = os fora-da-lei / o ponto-e-vírgula =
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = os bumba meu bois.
/ cão, cães. - quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel:
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / pernil, grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer = bel-
pernis. -prazeres.
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis / projétil,
projéteis. Somente o primeiro elemento vai para o plural:
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / atum,
atuns. - substantivo + preposição + substantivo: água de colônia =
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, ba- águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / pão-
lões. 2º elimina-se o S + zinhos. -de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz.
Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos. - quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá ideia de
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos. tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / pombo-correio
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos. = pombos-correio / salário-família = salários-família / banana-maçã
= bananas-maçã / vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de,
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor fo- substantivo+especificador)
nético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix /
uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. Os dois elementos ficam invariáveis quando houver:

Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no - verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o cola-
plural: -tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora
aldeão, aldeões, aldeãos; - os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai = os
verão, verões, verãos; entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta = os vai-e-
anão, anões, anãos; -volta.
guardião, guardiões, guardiães;
corrimão, corrimãos, corrimões; Os dois elementos, vão para o plural:
ancião, anciões, anciães, anciãos;
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. - substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / abe-
lha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / tenente-coro-
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e nel = tenentes-coronéis / redator-chefe = redatores-chefes.
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), impostos (ó). - substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-perfeitos /
capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = carros-fortes / obra-
Substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: -prima = obras-primas / cachorro-quente = cachorros-quentes.
Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. (Patrimônio); - adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-metra-
Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram maravilhosas. (Des- gem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas /
canso). - numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-fei-
ras / quinta-feira = quintas-feiras.
Substantivos empregados somente no plural: Arredores, be-
las-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, férias, Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for
olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, viveres, idos, pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-florestal =
afazeres, algemas. guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / guarda-marinha =
guardas-marinha.
Plural dos Substantivos Compostos
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / os
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas.

- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol = gi- Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / DVDs /
rassóis / autopeça = autopeças. ONGs / PMs / Ufirs.
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu
= arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-
-roupas / guarda-sol = guarda-sóis.
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = sem-
pre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-nascido =
recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / autoescola = autoesco-
las.
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico =
os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres.

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ARTIGOS

É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

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Pronome adjetivo
ADJETIVOS Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é
o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade substantivo comum professora).
ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que
quer que seja nomeado. Locução adjetiva
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
Os tipos de adjetivos que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um Exemplos:
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo- – Criaturas da noite (criaturas noturnas).
limão).   – Paixão sem freio (paixão desenfreada).
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é – Associação de comércios (associação comercial).
primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.:
substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo GRAFIA.
lamentável).
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).   Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
na matéria de Raciocínio Lógico-Matemático
O gênero dos adjetivos
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino,
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” QUESTÕES
/ “Ana é uma amiga leal.”  
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina 1. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma
travessa”. forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
(A) vulcão, abaixo-assinado;
O número dos adjetivos (B) irmão, salário-família;
Por concordarem com o número do substantivo a que se (C) questão, manga-rosa;
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, (D) bênção, papel-moeda;
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa (E) razão, guarda-chuva.
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos
formosos. 2. Assinale a alternativa em que está correta a formação do
plural:
O grau dos adjetivos (A) cadáver – cadáveis;
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo (B) gavião – gaviães;
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). (C) fuzil – fuzíveis;
(D) mal – maus;
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom (E) atlas – os atlas.
quanto o anterior.”  
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do 3. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são mas-
que Luciana.” culinos:
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento (A) enigma – idioma – cal;
do que a equipe.”    (B) pianista – presidente – planta;
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, (C) champanha – dó(pena) – telefonema;
podendo ser: (D) estudante – cal – alface;
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” (E) edema – diabete – alface.
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”

Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:


– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.”
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”  

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4. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um 8. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área
significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a alterna- Administrativa- Atenção: Para responder à questão, leia a crônica
tiva em que há um substantivo que não corresponde ao seu signi- “Tatu”, de Carlos Drummond de Andrade.
ficado: O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que
(A) O capital = dinheiro; o pé do homem pisou e trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa
A capital = cidade principal; de outra maneira. Não que ele seja insensível aos amavios do ple-
(B) O grama = unidade de medida; nilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz
A grama = vegetação rasteira; a claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições
(C) O rádio = aparelho transmissor; de objetivo alimentar. Por que me caçam em noites de lua cheia,
A rádio = estação geradora; quando saio precisamente para caçar? Como prover a minha sub-
(D) O cabeça = o chefe; sistência, se de dia é aquela competição desvairada entre bichos,
A cabeça = parte do corpo; como entre homens, e de noite não me dão folga?
(E) A cura = o médico. Isso aí, suponho, é matutado pelo tatu, e se não escapa do in-
O cura = ato de curar. terior das placas de sua couraça, em termos de português, é porque
o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além
5. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão Con- de não acreditar em audiência civilizada para seus queixumes. A
tábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar frequentemente entre armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele, e não
uma construção de substantivo + locução adjetiva ou substantivo + há sensibilidade para a dor ou a problemática do tatu.
adjetivo (esportes da água = esportes aquáticos). Meu amigo andou pelas encostas do Corcovado, em noite de
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por prata lunal, e conseguiu, por artimanhas só dele sabidas, capturar
um adjetivo é: vivo um tatu distraído. É, distraído. Do contrário não o pegaria. Es-
(A) A indústria causou a poluição do rio; tava imóvel, estático, fruindo o banho de luz na folhagem, essa ou-
(B) As águas do rio ficaram poluídas; tra cor que as cores assumem debaixo da poeira argentina da Lua.
(C) As margens do rio estão cheias de lama; Esquecido das formigas, que lhe cumpria pesquisar e atacar, como
(D) Os turistas se encantam com a imagem do rio; quem diz, diante de um motivo de prazer: “Daqui a pouco eu vou
(E) Os peixes do rio são bem saborosos. trabalhar; só um minuto mais, alegria da vida”, quedou-se à mercê
de inimigos maiores. Sem pressentir que o mais temível deles anda-
6. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo - FGV) “O povo, va por perto, em horas impróprias à deambulação de um professor
ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e universitário.
pouco apreço dá às demonstrações científicas.” (Machado de Assis) − Mas que diabo você foi fazer naqueles matos, de madru-
No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados possuem, gada?
respectivamente, os valores de − Nada. Estava sem sono, e gosto de andar a esmo, quando
(A) qualidade e estado. todos roncam.
(B) estado e relação. Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de
(C) relação e característica. feitio manso, mas o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir
(D) característica e qualidade. qualquer coisa a certa distância, parecida com a forma de um bicho.
(E) qualidade e relação. Achou logo um cipó bem forte, pedindo para ser usado na caça;
e jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com
7. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão Contá- perícia de muitos milhares de anos (o que a universidade esconde,
bil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do artigo mostra nas profundas camadas do ser, e só permite que venha aflorar em
inadequação é: noite de lua cheia!).
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já foram Aproximou-se sutil, laçou de jeito o animal desprevenido. O
novas; coitado nem teve tempo de cravar as garras no laçador. Quando
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas novas; agiu, já este, num pulo, desviara o corpo. Outra volta no laço. E ou-
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no mundo, só tra. Era fácil para o tatu arrebentar o cipó com a força que a natu-
falta aplicá-los; reza depositou em suas extremidades. Mas esse devia ser um tatu
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; meio parvo, e se embaraçou em movimentos frustrados. Ou o sere-
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas sofrimento no narrador mentiu, sei lá. Talvez o tenha comprado numa dessas
de amor dura toda a vida. casas de suplício que há por aí, para negócio de animais. Talvez na
rua, a um vendedor de ocasião, quando tudo se vende, desde o
mico à alma, se o PM não ronda perto.
Não importa. O caso é que meu amigo tem em sua casa um
tatu que não se acomodou ao palmo de terra nos fundos da casa e
tratou de abrigar longa escavação que o conduziu a uma pedreira,
e lá faz greve de fome. De lá não sai, de lá ninguém o tira. A noite
perdeu para ele seu encanto luminoso. A ideia de levá-lo para o
zoológico, aventada pela mulher do caçador, não frutificou. Melhor
reconduzi-lo a seu hábitat, mas o tatu se revela profundamente
contrário a qualquer negociação com o bicho humano, que pensa
em apelar para os bombeiros a fim de demolir o metrô tão rapi-
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damente feito, ao contrário do nosso, urbano, e salvar o infeliz. O 10. VUNESP - AG (PREF JAGUARIÚNA)/PREF JAGUARIÚNA/
tatu tem razões de sobra para não confiar no homem e no luar do MOBILIDADE/2023
Corcovado. Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antôni-
Não é fábula. Eu compreendo o tatu. mos
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Os dias lindos. Texto
São Paulo: Companhia das Letras, 2013) Éramos quatro escritoras em volta de uma mesa, num restau-
No desfecho da crônica, o cronista revela, em relação ao tatu, rante. A conversa não podia estar mais divertida. Até que um sujei-
um sentimento de to passou por nós, nos reconheceu, cumprimentou e disse: “Posso
(A) empatia. imaginar o papo cabeça que está rolando aí”. E saiu de perto com
(B) desconfiança. uma cara de “Deus me livre”.
(C) superioridade. O simpático cidadão ficaria corado se escutasse um pedacinho
(D) soberba. do nosso “papo cabeça”. Logo nos perguntamos: será mesmo que
(E) desdém. as pessoas pensam que a gente se reúne para falar sobre filósofos
e que tentamos desvendar o significado de cada verso dos Lusíadas
9. FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área enquanto dividimos uma pizza marguerita?
Administrativa- Não abro mão de conversas inteligentes, mas, para longas dis-
Melancolia e criatividade sertações, existe hora e lugar. Eu mesma, podendo, corro para o ou-
Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má tro lado quando alguém começa uma conferência didática-enciclo-
fama. O melancólico é costumeiramente tomado como um ser pédica em mesa de bar. Numa sala de universidade, é estimulante.
desanimado, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que Em meio a uma palestra num auditório, empolga. Escutar um sábio
convém evitar. Mas é uma fama injusta: há grandes melancó- falar durante um jantar, na casa de alguém, salva a noite. Mas num
licos que fazem grande arte com sua melancolia, e assim pre- boteco barulhento, em meio a bolinhos de bacalhau, copos de cho-
enchem a vida da gente, como uma espécie de contrabando da pe e cercado por amigos da adolescência, quem vai querer escutar
tristeza que a arte transforma em beleza. “Pra fazer um samba sobre a profundidade poética de um brilhante cineasta polonês?
com beleza é preciso um bocado de tristeza”, já defendeu o po- E se for um primeiro jantar a dois, romântico, aí o papo cabeça
eta Vinícius de Moraes, na letra de um conhecido samba seu. funciona mais ou menos como um ex que entrou no recinto para
Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre quebrar o clima. Dá aquela vontade súbita de pedir a conta.
anima a literatura, a música, a pintura, o cinema, as artes todas. Em nosso último encontro, minhas amigas e eu conversamos
Anima, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um sobre as vantagens triunfais da maturidade, sobre a diferença da
bom filme melancólico, revisitar um belo poema desesperan- nossa geração para a de nossos filhos, sobre a viagem que uma de
çado, ouvir uma vez mais um inspirado noturno para piano. Ou nós fez aos Lençóis Maranhenses, sobre a Anitta, sobre uma fofoca
seja: os artistas melancólicos fazem de sua melancolia a maté- que aconteceu na cidade, sobre uma exposição que ainda está em
ria-prima de uma obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria cartaz em São Paulo, sobre paixões infernais, sobre amores inventa-
melancolia, que é assim resgatada do escuro do inferno para a dos e mais outras coisas porque os assuntos são sempre múltiplos e
nitidez da forma artística bem iluminada. vêm acompanhados de muitas gargalhadas. Somos criaturas trági-
Confira: seria possível haver uma história da arte que cas, mas isso a gente deixa para debater na consulta com o analista.
deixasse de falar das grandes obras melancólicas? Por certo Fora do horário do expediente, nosso papo cabeça desce a linha do
se perderia a parte melhor do nosso humanismo criativo, que pescoço, ronda o coração e onde mais a alma alcança — enquanto
sabe fazer de uma dor um objeto aberto ao nosso reconheci- isso, o cérebro descansa.
mento prazeroso. Charles Chaplin, ao conceber Carlitos, dotou (Martha Medeiros. Papo cabeça. https://oglobo.globo.com,
essa figura humana inesquecível da complexa composição de 24.09.2022. Adaptado)
fracasso, melancolia, riso, esperteza e esperança. O vagabundo No trecho “Dá aquela vontade súbita de pedir a conta” (4o pa-
sem destino, que vive a apanhar da vida, ganhou de seu cria- rágrafo), o vocábulo destacado pode ser substituído, sem prejuízo
dor o condão de emocionar o mundo não com feitos gloriosos, do sentido, por:
mas com a resistente poesia que o faz enfrentar a vida munido (A) repentina.
da força interior de um melancólico disposto a trilhar com de- (B) intensa.
terminação seu caminho, ainda que no rumo a um horizonte (C) duradoura.
incerto. (D) inexplicável.
(Humberto Couto Villares, a publicar) (E) estúpida.
No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para
(A) dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fra-
casso humano.
(B) testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar
seus altos objetivos.
(C) indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor
em franca alegria.
(D) personificar a complexa conjunção entre força poética e
marginalidade social.
(E) promover a felicidade que pode desfrutar quem não está
comprometido com nada.
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11. VUNESP - ASS (ARAÇATUBA)/PREF MARÍLIA/2023 12. VUNESP - AG ADM (CAMPREV)/CAMPREV/2023


Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antôni- Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antôni-
mos mos
Texto Leia o texto, para responder à questão.
Repetir histórias Enganos
Se você convive com alguém há algum tempo, sabe que ouvi- Difícil quem nunca passou por algum engano nesta vida. Dos
rá, pelo menos algumas vezes, narrativas repetidas. Casar ou ter pequenos, bizarros, aos mais cruéis – ciladas; enganos da avalia-
amigos de anos implica a consequência necessária da duplicidade. ção errada, distorcida, conduzida pela ingenuidade ou pela miopia,
Aceite que dói menos. quando faltam sagacidade, apuração, conhecimento. E dá na tal his-
Ninguém leva uma vida sendo sempre original. Não existe hu- tória: “pensei que era joia rara, era bijuteria”.
morista profissional que consiga, todas as noites no palco, contar E vai da melancia que alguém disse ser doce, ao profissional
coisas engraçadas 100% novas. que se consultou, passando por amizades, relacionamentos amo-
Viajou, houve um perrengue que visto a distância ficou diverti- rosos, negócios em sociedade e uma fieira infinita de eteceteras.
do? Perfeito: fará parte do seu repertório. Um conservador senhor Algum dia você é enganado!
de meia-idade que foi comigo ao Japão em um grupo contou-me Melhor do que enganar, sabia? Por piores que sejam os danos,
que, ao abrir sua mala em busca de blazers escuros e calças tradi- as perdas, os males, melhor, bem melhor será o resgate daquele
cionais com meias pretas, encontrou farto sortimento de calcinhas que foi enganado do que o fim do usurpador. Mesmo com uma jus-
de renda delicada. Ele abriu a mala (não deu detalhes de como isso tiça tão injusta, humana e falha, mesmo assim, melhor é não estar
ocorreu com uma que não lhe pertencia) e, estupefato, viu emergir no balcão dos malfeitores.
aquele festival de intimidades de uma mulher (ou de outro homem) Baltasar Gracián y Morales, importante prosador do séc. XVII,
... A mala trocada foi trazida no dia seguinte. O ocorrido foi contado escreveu: “ninguém mais fácil de enganar que um homem honesto,
ao grupo no café da manhã e a sisudez do nosso companheiro tra- muito confia quem nunca engana”. E é assim mesmo. Quem tem a
dicionalista tornava tudo muito mais saboroso. Mais de uma alma honestidade como primícia enxerga o outro da mesma forma, com
zombeteira deve ter imaginado se ele teria tocado o conteúdo, qui- as lentes do seu bom coração, da ética, de valores corretos e ver-
çá inclusive experimentado algo... Bem, deixemos a picardia* de dades.
lado. O fato é que enganos são astúcias de um inimigo muito bem
Histórias de viagens são boas. Claro, não são novas sempre... preparado. O sacerdote inglês Charles Caleb Colton deixou a se-
Pode ser que, em alguma festa, o público seja novo e o fato cômi- guinte pérola: “há enganos tão bem elaborados que seria estupidez
co seja recebido com receptividade alegre. O provável, também, é não ser enganado por eles”.
que sua esposa olhe para cima resignada diante da sua tentativa de Encerro com o filósofo Ralph Waldo Emerson. Numa carta de
stand-up*. Sim, foi dito o sim ao amor “na saúde e na doença, na 1854, para a filha Ellen, ele escreveu linda e bondosamente: “Termi-
riqueza e na pobreza” no altar; ninguém falou “na repetição inces- ne cada dia e esteja contente com ele. Você fez o que pôde. Alguns
sante e tediosa de tudo”. enganos e tolices se infiltraram indubitavelmente; esqueça-os tão
Darei uma pista boa de psicanálise. Alguém que ouve um pa- logo você consiga. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serena-
ciente nunca deve dizer: “Você já contou esta”. Se uma pessoa in- mente com um espírito elevado demais para ser incomodado pelas
siste na mesma narrativa, provavelmente, tem algum motivo para tolices do passado.”
isso. Mais importante: a cada nova recitação um detalhe muda e se Então, houve enganos? Perdoe-os e perdoe-se e siga em fren-
torna, em si, uma pista do que está ocorrendo naquele momento. te!
Ouvir de novo deveria aguçar seu ouvido para sutilezas e fornecer (Elma E. Bassan Mendes, Diário da Região, 21.01.2023. Adap-
novas inspirações para conhecer alguém. Lute, com esperança, pelo tado)
seu casamento. Amar também é ouvir. Nos contextos em que se encontram, as palavras “enganos” e
(Leandro Karnal. O Estado de S. Paulo, 11 de maio de 2022. “bizarros” têm sinônimos adequados, respectivamente, em:
Adaptado) (A) minúcias e extravagantes.
picardia: ato próprio de quem faz caçoada, zombaria. (B) seduções e gentis.
stand-up: ficar de pé, tentativa de fazer graça, obter sucesso (C) ardis e repetidos.
com o fato cômico contado. (D) expedientes e ofensivos.
Leia os trechos do 3o parágrafo: (E) engodos e esquisitos.
– Ele abriu a mala (...) e, estupefato, viu emergir aquele festival
de intimidades de uma mulher...
– O ocorrido foi contado ao grupo no café da manhã e a sisudez
do nosso companheiro ...
A alternativa em que as palavras em destaque, no contexto em
que se inserem, apresentam, correta e respectivamente, os sinô-
nimos é:
(A) convencido; aparecer; entusiasmo.
(B) perplexo; surgir; austeridade.
(C) abismado; desvanecer; euforia.
(D) admirado; mergulhar; prudência.
(E) determinado; esvair; paciência.

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13. VUNESP - GM (PREF PALMAS)/PREF PALMAS/2023 14. VUNESP - AG (PIRACICABA)/PREF PIRACICABA/ZOONO-


Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antôni- SE/2023
mos Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antôni-
A rota dos falsários mos
O primeiro derrame de dinheiro falso no Brasil, em grande es- Finalmente minhas férias estavam chegando e eu mal podia
cala, teve como ponto central de distribuição o Rio Grande do Sul. esperar: passagens compradas, hotel reservado e as malas prontas
Isso aconteceu em meados do século XIX. No dia 10 de agosto de para fazer uma das coisas que mais amo na vida – viajar sozinha.
1843, o Ministro da Fazenda Joaquim Francisco Viana determinou, Inicialmente, eu planejava fazer uma viagem com meu pai –
em ofício reservado, ao presidente do Rio Grande do Sul, Barão de com quem eu não viajava há décadas, desde a minha adolescência,
Caxias, que estabelecesse séria vigilância sobre as cargas e os pas- salvo engano. Mas, as agendas não se encontraram, decidi ir sozi-
sageiros dos navios procedentes de Portugal. nha mesmo e meu pai se planejou para fazer o mesmo em março do
Segundo informações seguras, lá estavam fabricando dinheiro ano seguinte. Paciência, nossas férias juntos teriam que aguardar
falso brasileiro em volumes assustadores. E esse dinheiro estava uma vez mais.
sendo trazido para o Brasil pelos navios que atracavam no porto Faltava apenas uma semana para a tão aguardada viagem e a
de Rio Grande, evitando assim os rigores da alfândega do Rio de diretoria da instituição onde eu trabalhava me disse que um novo
Janeiro. diretor iria chegar e queriam que eu postergasse minhas férias para
Diante da delicada situação, as autoridades rio-grandenses tra- dali a um ou dois meses, pois gostariam que eu o apoiasse em sua
taram de montar um rigoroso esquema de vigilância. Apesar dos adaptação. Fiquei inconformada, mal-humorada. Afinal, eu nem me
esforços e da dedicação dos agentes fiscais, nada se descobria nas reportava à Diretoria Administrativa Financeira.
cargas nem nos passageiros. Por ordem oficial, os volumes eram Disseram-me que eu não era obrigada, mas seria muito impor-
abertos a bordo dos navios, antes mesmo de serem descarregados. tante se eu pudesse fazer isso. Eu fiquei bastante tentada a res-
E os passageiros, por sua vez, eram também revistados a bordo, ponder que não – minhas férias eram inegociáveis. O fato é que as
minuciosamente. cancelei, mas não sem antes negociar para que eu pudesse, então,
Enquanto isso, o dinheiro falso continuava chegando ao Rio gozar de meus dias de descanso imediatamente após o Carnaval. E
Grande do Sul e daí se espalhando para o resto do Brasil. assim aconteceu. Desfiz as malas, cancelei tudo e voltei a trabalhar.
Até então os fiscais concentravam as revistas somente nas Quando finalmente fevereiro trouxe o Carnaval para me ani-
cargas sólidas, mas quando resolveram revistar também as cargas mar, o que aconteceu foi exatamente o contrário. Minha prima, mé-
líquidas tiveram uma tremenda surpresa. O dinheiro falso estava dica, que estava acompanhando meu pai em consultas e exames,
chegando ao porto de Rio Grande dentro de barris de vinho, acon- me chamou para um café e me contou (a contragosto dele) que
dicionado em latas vedadas com resina e bem fixadas no fundo dos o caso era grave e delicado e tudo indicava que se tratava de um
barris, para evitar que fossem percebidas quando os barris eram tumor, tido como um dos mais agressivos.
sacudidos. No meu primeiro dia de férias, eu prontamente o levei para seu
Apesar de ter sido descoberta a trapaça, os nomes dos trapa- último exame. A confirmação do diagnóstico veio rápido e, com ela,
ceiros foram mantidos em sigilo, possivelmente para preservar a a corrida contra o tempo para agendar uma cirurgia e tentar retirar
imagem de alguns figurões da época. Aliás, um procedimento ainda o tumor o mais rápido possível.
em voga nos dias de hoje. Nos dez dias de espera que antecederam sua internação, pude-
(Eloy Terra, 550 anos: crônicas pitorescas da história do Brasil. mos lembrar o passado, ver fotos, conversar sobre assuntos sérios,
Adaptado) polêmicos, engraçados e amenos. Fiz massagem nos seus pés, fize-
As palavras destacadas nas frases – “ofício reservado” e “infor- mos planos para as próximas férias e ficamos em silêncio apenas,
mações seguras” – têm antônimos adequados ao contexto, respec- aproveitando o prazer de simplesmente estarmos juntos.
tivamente, em: Nem que eu quisesse eu conseguiria ter planejado melhor es-
(A) indiscreto e imprecisas. sas férias – as últimas que pude passar junto ao meu pai, viajando
(B) público e duvidosas. para dentro do coração, do afeto e da gratidão.
(C) guardado e fracas. (Natalia Moriyama. Um adiamento de férias me permitiu pas-
(D) expresso e soltas. sar os últimos dias do meu pai ao seu lado. www1.folha.uol.
com.br, 02.10.2021. Adaptado)
No trecho “… conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, en-
graçados e amenos”, os vocábulos destacados apresentam como
antônimo e sinônimo, respectivamente, no contexto em que se
encontram:
(A) fúteis e suaves.
(B) risonhos e mornos.
(C) difíceis e capciosos.
(D) compenetrados e suaves.
(E) banais e interessantes.

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15. CONSULPAM - TEC ENF (S PIRAPORA)/PREF S DE PIRA- (B) Em decorrencia, acabaram sendo definidas as classes so-
PORA/2019 ciais privilegiadas, e as necessidades e os objetivos específicos
Assunto: Português (Língua Portuguesa) - Ortografia - Casos das pessoas e dos segmentos sociais inferiores foram sendo
Gerais e Emprego das Letras postos em plano secundário.
Texto (C) Chegou-se ao extremo de seu desprezo e sua denegassão
Com a premissa de que todo o poder emana do povo previs- quando isso fosse considerado necessário ou conveniente para
ta na Constituição Federal de 1988, a nação brasileira enquadra-se os segmentos superiores.
na categoria de Estado Democrático de Direito. Suas principais ca- (D) Com o passar do tempo e a afirmação de lideranças sociais,
racterísticas são soberania popular; da democracia representativa foi ocorrendo uma degradação dos princípios fundamentais
e participativa; um Estado Constitucional, ou seja, que possui uma que levaram à organização da convivência, e os que assumiram
constituição que emanou da vontade do povo; e um sistema de ga- o governo da sociedade foram colocando seus interesses como
rantia dos direitos humanos. prioritários.
Como o nome sugere, a principal ideia da categoria é a demo-
cracia. Esse conceito está explícito e explicado no primeiro artigo da 16. CONSULPAM - ASEB (PREF VIANA ES)/PREF VIANA
Constituição Federal de 1988. Está na Carta Magna: “Todo o poder (ES)/2019
emana do povo (isso significa que vivemos em uma República), que Assunto: Português (Língua Portuguesa) - Ortografia - Casos
o exerce por meio de representantes eleitos (esses são os termos Gerais e Emprego das Letras
de uma democracia indireta, por meio das eleições de vereadores, Assinale a alternativa em que todas as palavras estão CORRE-
prefeitos, governadores, deputados, senadores e presidentes) ou TAMENTE grafadas, conforme o sentido que a palavra desempenha
diretamente, nos termos desta Constituição (este trecho estabele- na sentença.
ce que, no Brasil, também funciona a democracia direta, em que o (A) A próstata é uma glândula que só o homem possue e que se
povo é o responsável direto pela tomada de decisões)”. localiza na parte baixa do abdômen.
Conceitos (B) A taxa de incidência de câncer de próstata é maior nos paí-
Para entender o conceito, é necessário compreender o que ses desenvolvidos em comparação com os de mais.
significa “democrático”, segundo o professor e mestre em direito (C) Mas do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer
constitucional Edgard Leite. Ele explica que essa palavra por si só da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no
concentra todo o significado da expressão. É justamente por isso mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
que um Estado de Direito é totalmente diferente do Estado Demo- (D) Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, es-
crático de Direito. palhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte.
“Resumidamente, no Estado Democrático de Direito, as leis são
criadas pelo povo e para o povo, respeitando-se a dignidade da pes-
soa humana”, afirmou Leite. 17. CONSULPAM - CVU (PREF QUADRA)/PREF QUADRA/2019
Já o Estado de Direito é pautado por leis criadas e cumpridas Assunto: Português (Língua Portuguesa) - Ortografia - Casos
pelo próprio Estado. Um exemplo, segundo o professor, é o Código Gerais e Emprego das Letras
Penal Brasileiro, um decreto-lei de 1940. Em relação a ortografia, marque o item onde a palavra está es-
“Isso ocorre em uma ditadura militar, por exemplo, quando o crita de forma CORRETA:
governante dispõe de instrumentos como o decreto-lei, por meio (A) Pesonhento.
do qual ele governa ainda que sem a aprovação do Congresso Na- (B) Pessonhento.
cional.” (C) Peçoniento.
Origem do conceito (D) Peçonhento.
A ideia de democracia surgiu na Grécia antiga junto ao conceito
de cidadão ativo. “Foi quando surgiu a democracia direta. O cidadão 18. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE/SC/2019)
ativo ateniense era aquele que poderia exercer poderes políticos. Excerto 6
Naquela época, eram apenas homens livres com posses, que se “[...] O jurídico aparece sempre na forma de linguagem textual,
reuniam em praça pública e decidiam os rumos da cidade-estado”, mais precisamente, na maneira verbal escrita, o que outorga maior
explicou o especialista. estabilidade às relações deônticas entre os sujeitos das relações.
(Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/mandatomi- Como tal, as Ciências da Linguagem, particularmente a Semiótica,
cheltemer/acompanhe-planalto/noticias/2018/10/entenda-o- desempenham papel decisivo para a investigação do objeto Direito.
-que-e-o-estadodemocratico-de-direito> Acessado em: 13 de E, se pensarmos também na afirmação de Flusser, segundo a qual a
mar. de 2019 - com língua é constitutiva da realidade, ficaremos autorizados a dizer que
adaptações) a linguagem (língua) do Direito cria, forma e propaga a realidade
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão CORRE- jurídica. [...]”
TAMENTE grafadas. CARVALHO, Paulo Barros. O legislador como poeta: alguns
(A) No correr de milênios, as formas de convivência humana apontamentos sobre a teoria flusseriana aplicados ao Direito. IN:
foram sendo modificadas, em decorrência de mútiplos fatores, PINTO, Rosalice; CABRAL, Ana Lúcia Tinoco;
entre os quais a percepção da necessidade de um governo do RODRIGUES, Maria das Graças Soares (Orgs.). Linguagem e
grupo social que definisse e implantasse formas de organização direito: perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Contexto, 2019.
que fossem benéficas para todos os componentes do grupo. p. 25. [fragmento]

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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA

As palavras Semiótica e Direito estão grafadas com letra inicial Em “nas ruas dos Jardins1” (4º§), a palavra em destaque foi
maiúscula, pois se referem a domínios do saber. De acordo com a escrita com letra maiúscula por se tratar de:
norma ortográfica vigente, também poderiam ser grafadas com le- (A) um erro de grafia.
tra inicial minúscula. (B) um destaque do autor
( ) CERTO (C) um substantivo próprio.
( ) ERRADO (D) um substantivo coletivo.

19. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental Completo 20. (IF/PB - Assistente em Administração - IDECAN/2019)
- IBFC/2017) ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela
Estranhas Gentilezas Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça, informa o
(Ivan Angelo) Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS). País enfrenta
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas onda de protestos pró e contra Maduro.
nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza. Não é por ruin- Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noti-
dade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, cia/2019/05/02/ong-relata-morte-de-mais-uma-pessoa-durante-
nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familia- -protestos-na-venezuela.ghtml
res, e depois economizam com a gente. No texto, no que concerne à grafia, as iniciais maiúsculas em
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias “Observatório Venezuelano de Conflito Social” são gramaticalmen-
para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já captava aqui e te
ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de borboleta, qua- (A) inadequadas, pois se trata de um substantivo comum, em
se nada. A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo razão de formação por sigla.
mesmo foi na semana passada. Um vizinho que já fora meu ami- (B) inadequadas, pois se trata de um adjetivo ligado à Vene-
go telefonou-me desfazendo o engano que nos afastava, intriga de zuela.
pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. (C) inadequadas, pois, no gênero textual notícia, deve haver a
Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali. ausência de iniciais maiúsculas.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas (D) adequadas, pois se trata de um substantivo próprio.
amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em meu espírito a (E) adequadas, pois o gênero notícia exige este tipo de grafia
hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas distantes. E para convencer ao leitor.
as próximas?
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem moti-
vo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que estaria GABARITO
embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um número
inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de ca-
beça. Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos
1 C
Jardins1. Num restaurante caro, o maître2, com uma piscadela, fura
a demorada fila de executivos à espera e me arruma rapidinho uma 2 E
mesa para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à mi- 3 C
nha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga
4 E
sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jor-
nal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite. 5 A
[...] 6 E
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? 7 D
Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. 8 E
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, des- 9 B
ço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em cima, o
10 E
segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar na
porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques 11 B
para pagar contas em nome de minha mulher, saio mal-humorado 12 A
do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre bólidos3 , 13 B
um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador continua
preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao 14 C
computador e ponho-me de novo a sonhar com gentilezas. 15 D
Vocabulário: 16 D
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo 17 D
18 CERTO
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas 19 C
nos restaurantes
20 D
3 carros muito velozes
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA

ANOTAÇÕES

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RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO LÓGICO. ESTRUTURAS LÓGICAS

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.


– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclu-
v p ou q
siva

Disjunção Exclu-
v Ou p ou q
siva

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...
• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo: As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou


5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é
rico, ou Maria é pobre” é: verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa.
(A) Se João é rico, então Maria é pobre. Importante notar que a proposição deve afirmar algo,
(B) João não é rico, e Maria não é pobre. acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa
(C) João é rico, e Maria não é pobre. frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre. frase não é uma proposição.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre. Há também o caso de certas frases que podem ser ou não
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode
Resolução: ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção informações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado.
de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. ao seu caráter imperativo.
Vejam como fica: O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos
permite deduzir diversas relações entre declarações, assim,
iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes
encadeamentos.
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas
(p.ex.: a, b, p, q, …)

Seja a proposição p: Carlos é professor


Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real

É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a


proposição se classifica como verdadeira ou falsa.
Resposta: B.
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si.
Leis de Morgan Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo
Com elas: uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo Real”.
verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verda- Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou
deira equivalendo a afirmar que ambas são falsas. mais proposições através de conectivos.

ATENÇÃO Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:

As Leis de Morgan CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO ^: e (aditivo) conjunção


exprimem que NEGAÇÃO Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
Real”, posso escrever p ^ q.

Estruturas lógicas v: ou (um ou outro) ou disjunção


Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real
hipóteses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter
conclusões e, por fim, chegar a um resultado final. : “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas disjunção exclusiva (repare o ponto acima do conectivo).
estruturas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas
lógica, para poder justamente determinar um modo, para que nunca ambos)
o caminho traçado não seja o errado. Veremos que há diversas
estruturas para isso, que se organizam de maneira matemática. ¬ ou ~: negação
A estrutura mais importante são as proposições. ~p: Carlos não é professor

Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira ->: implicação ou condicional (se… então…)
ou falsa. p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real

Ex.: Carlos é professor. ⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)


p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil
é o Real

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma
estruturas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna parte específica e chegando ao todo
mais natural decifrar esta simbologia. Todo professor usa jaleco
Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem Todo médico usa jaleco
parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que Então todo professor é médico
estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial
que tudo esteja extremamente estabelecido. Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades
universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem
1 – Princípio da Identidade minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma
p=p argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação
Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual resultar num resultado falso, chamaremos tal argumentação de
(ou equivalente) a ela mesma. sofismo1.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse
2 – Princípio da Não contradição encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a
p=qvp≠q resultados falsos. Por exemplo:
Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer
às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja, A água do mar é feita de água e sal
não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao A bolacha de água e sal é feita de água e sal
mesmo tempo. Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito
de bolacha)
3 – Princípio do Terceiro excluído Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada
pv¬p de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa.
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo
ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo de sofismo:
uma nova (como são duas, uma terceira) opção). Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como Quanto mais buraco, menos queijo
lidamos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então, Então quanto mais queijo, menos queijo?
escreva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois
tente traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.
DIAGRAMAS LÓGICOS

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
nos referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de dem ser formadas por proposições categóricas.
argumentos é possível convencer sobre a veracidade de certo
assunto. ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
No entanto, a construção desta argumentação não é conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
necessariamente correta. Veremos alguns casos de argumentação,
e como eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
falsas.
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS
Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)
Todo ser humano é mortal
Sócrates é um ser humano
Logo Sócrates é mortal
TODO
A
Inferências: Argumentar através da dedução AéB
Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso Se um elemento pertence ao conjunto A,
contrário, então Carlos não é professor então pertence também a B.

Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte


específica 1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos
Roraima fica no Brasil movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC,
A moeda do Brasil é o Real sendo considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensa-
Logo, a moeda de Roraima é o Real mento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura
foge da lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa.
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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

NENHUM
E
AéB

Existe pelo menos um elemento que


pertence a A, então não pertence a B, e
vice-versa.

ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


Existe pelo menos um elemento co- ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
mum aos conjuntos A e B. não são B (enquanto que, no “Algum A é
Podemos ainda representar das seguin- B”, a atenção estava sobre os que eram B,
tes formas: ou seja, na intercessão).
ALGUM Temos também no segundo caso, a dife-
I rença entre conjuntos, que forma o con-
AéB
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

- Existem teatros que não são cinemas (D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.

(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também
não é cinema.

- Algum teatro é casa de cultura

Resposta: E

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA

A resolução de problemas é um processo que envolve a apli-


cação de conceitos matemáticos para solucionar questões ou situ-
Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC ações que requerem raciocínio lógico e análise quantitativa. É um
Segundo as afirmativas temos: processo criativo que requer habilidades de pensamento crítico e
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último estratégias específicas para chegar a uma solução.Aqui estão algu-
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe pelo mas etapas comuns que podem ajudar a resolver problemas mate-
menos um dos cinemas é considerado teatro. máticos:

Compreensão do problema: Leia cuidadosamente o enunciado


do problema e certifique-se de entendê-lo completamente. Identi-
fique os dados fornecidos, as incógnitas a serem encontradas e as
restrições dadas.
Planejamento: Desenvolva um plano ou estratégia para resol-
ver o problema. Isso pode envolver a identificação de fórmulas ou
conceitos matemáticos relevantes, a criação de diagramas ou repre-
sentações visuais, a divisão do problema em etapas menores ou a
consideração de casos específicos.
Execução: Implemente o plano que você desenvolveu, realizan-
do os cálculos e aplicando as estratégias escolhidas. Organize suas
informações e seja cuidadoso com os cálculos para evitar erros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes- Verificação: Após chegar a uma solução, verifique se ela faz
mo princípio acima. sentido e está de acordo com as restrições do problema. Faça uma
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado, revisão dos cálculos e verifique se a resposta obtida é razoável.
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama nos Comunicação: Expresse sua solução de forma clara e coerente,
afirma isso utilizando termos matemáticos apropriados e explicando o raciocí-
nio utilizado. Se necessário, apresente sua solução em um formato
compreensível para outras pessoas.
Dentro deste prisma vamos elencar a técnica abaixo:

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Técnica para interpretar problemas de Matemática – A turma A e a turma B possuem a mesma quantidade de alu-
nos;
A linguagem matemática para algebrizar problemas: – A turma C possui o dobro de alunos da turma A.
Estas informações permitem concluir que a turma C possui a
Linguagem da questão Linguagem Matemática seguinte quantidade de alunos:
A) 48
Preposição da, de, do Multiplicação B) 42
Preposição por divisão C) 28
D) 24
Verbos Equivale, será, tem,
igualdade
e, etc.
Solução:
Pronomes interrogativos A + B + C = 96
x?
qual, quanto A=x
Um número x B=x
C = 2x
O dobro de um número 2x C=?
O triplo de um número 3x
A metade de um número x/2 Continuando...
A + B + C = 96
A terça parte de um núme- x + x + 2x = 96
x/3
ro 4x = 96
Dois números consecutivos x, x + 1 x=
x = 24
Três números consecutivos x, x + 1, x + 2
Um número Par 2x Continuando
Um número Ímpar 2x - 1 C = 2x
C= 2 . 24
Dois números pares conse- C=48
2x, 2x + 2
cutivos
Dois números ímpares con- Resposta: Alternativa A
2x -1, 2x -1 + 2 (2x + 1)
secutivos
O oposto de X ( na adição ) -x 3 – Uma urna contém bolas azuis, vermelhas e brancas. Ao
todo são 108 bolas. O número de bolas azuis é o dobro do de ver-
O inverso de X ( na multi- melhas, e o número de bolas brancas é o triplo do de azuis. Então,
1/x
plicação) o número de bolas vermelhas é:
Aumentar, maior que, (A)10
Soma (B) 12
mais, ganhar, adicionar
(C) 20
menos, menor que, dife-
Subtração (D) 24
rença, diminuir, perder, tirar
(E) 36
Divisão Razão
Solução:
A + V + B = 108
Exemplos de aplicação da técnica para a resolução de proble- A = 2x
mas: V=x
1 – O dobro de um número somado ao triplo do mesmo núme- B = 3 . 2x = 6x
ro é igual a 7. Qual é esse número? V=?
Vamos verificar a tabela para algebrizar este problema:
Continuando...
Solução: A + V + B = 108
2x + 3x = 7 2x + x + 6x = 108
5x =7 9x = 108
x= x=
x = 1,4 x = 12
V = x = 12
Resposta: x = 1,4
Resposta: Alternativa B
2 – Um relatório contém as seguintes informações sobre as tur-
mas A, B e C:
– As três turmas possuem, juntas, 96 alunos;
Editora
39
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

4 – Um fazendeiro dividirá seu terreno de modo a plantar soja,


trigo e hortaliças. A parte correspondente à soja terá o dobro da RECONHECIMENTO DE SEQUÊNCIAS E PADRÕES
área da parte em que será plantado trigo que, por sua vez, terá o
dobro da área da parte correspondente às hortaliças. Sabe-se que
a área total desse terreno é de 42 ha, assim a área em que se irá A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de
plantar trigo é de: objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa
(A) 6 ha sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
(B) 12 ha Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos arit-
(C) 14 ha méticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de cer-
(D) 18 ha tas figuras).
(E) 24 ha Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver al-
guns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver de-
Solução: mais questões.
S+T+H=42
S = 2 . 2x = 4x Exemplos:
T = 2x 1 – A sequência de números a seguir foi construída com um
H=x padrão lógico e é uma sequência ilimitada:
T=?
0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30,
Continuando... 31, 32, 33, 34, 35, 40, …
S + T + H = 42
4x + 2x + x = 42 A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74
7x = 42 e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?
x=
x=6 Vamos analisar esta sequência dada:
1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a
Continuando… dezena seguinte
T = 2x
T = 2,6 Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5
T = 12 Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
13º termo ao 18º termo: 20 a 25
Resposta: Alternativa B
2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6
5 – Maria e Ana se encontram de três em três dias, Maria e
Joana se encontram de cinco em cinco dias e Maria e Carla se en- 6 x 1 = 6 (0 até 5)
contram de dez em dez dias. Hoje as quatro amigas se encontra- 6 x 2 = 12 (10 até 15)
ram. A próxima vez que todas irão se encontrar novamente será 6 x 3 = 18 (20 até 25)
daqui a:
(A) 15 dias 3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade
(B) 18 dias representa a dezena que estamos começando a contar:
(C) 28 dias
(D) 30 dias 6x1 1 - 1 = 0 (0 até 5)
(E) 50 dias 6x2 2 - 1 = 1 (10 até 15)
6x3 3 - 1 = 2 (20 até 25)
Conforme mencionado a resolução de problemas é a aplica-
ção de vários conceitos de matemática. Aqui uma questão onde 4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus va-
envolve o MMC. lores

Solução: 74 : 6 = 12 (sobra 2)
Calculando o MMC de 3 – 5 - 10 : 95 : 6 = 15 (sobra 5)
3 – 5 – 10 | 2
3–5–5 |3
1–5–5 |5
1 – 1 – 1 | 30 dias.

Resposta: Alternativa D

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RACIOCÍNIO LÓGICO

5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12

6 x 12 12 - 1 = 11 (110 até 115)


Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
O 74º termo é o número 121

6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15

6 x 15 15 - 1 = 14 (140 até 145)


O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
O 95º termo é o número 154

7º) Somando 121 + 154 = 275

2. Analise a sequência a seguir:

4; 7; 13; 25; 49

Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo
termo será igual a?

1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.


2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando 48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 + 96 = 193

3 – Observe a sequência:

O padrão de formação dessa sequência permanece para as figuras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posição
na sequência é idêntica à qual figura?
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o padrão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equivalência.

131 : 7 = 18 (sobra 5)

5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.


Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

AVALIAÇÃO DE ARGUMENTOS POR DIAGRAMAS DE CONJUNTOS

É uma técnica lógica e visual usada para analisar a validade de argumentos, especialmente quando envolvem conjuntos de elementos.
Essa abordagem é frequentemente aplicada em lógica formal e matemática, mas também pode ser útil em contextos onde a representa-
ção visual de conjuntos e relações entre eles é relevante, como em problemas de tomada de decisão, resolução de problemas e análise
de dados.

Lógica de primeira ordem


Diversos tipos de argumentos incorporam proposições contendo quantificadores. Em uma proposição categórica, é fundamental
que haja coerência na relação entre o sujeito e o predicado, assegurando que a proposição seja significativa, independentemente de ser
verdadeira ou falsa.
Aqui estão algumas formas típicas:
– Afirmações de que “Todo A é B”.
– Declarações de que “Nenhum A é B”.
– Indicações de que “Algum A é B”.
– Afirmativas de que “Algum A não é B”.
Nesse contexto, A e B representam os termos ou características dessas proposições categóricas.

Classificação de uma proposição categórica com base no tipo e na relação


As proposições categóricas podem ser categorizadas usando dois critérios essenciais:
Qualidade: o critério de qualidade divide uma proposição categórica em afirmativa ou negativa.
Extensão: o critério de extensão (ou quantidade) classifica uma proposição categórica como universal ou particular. A classificação
depende do quantificador utilizado na proposição.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas letras
A, E, I e O.

Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”


Teremos duas possibilidades.

Essas proposições afirmam que o conjunto “A” está incluído no conjunto “B”, ou seja, que cada elemento de “A” é também um ele-
mento de “B”. É importante notar que “Toda A é B” é diferente de “Todo B é A”.

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”.


Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
mo que dizer “nenhum B é A”.
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia-
grama (A ∩ B = ø):

Proposições na forma “Algum A não é B” indicam que o con-


Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B” junto “A” possui pelo menos um elemento que não faz parte do
Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro- conjunto “B”. Importante ressaltar que “Algum A não é B” não tem
posição: o mesmo significado que “Algum B não é A”.

Negação das Proposições Categóricas


Quando negamos uma proposição categórica, devemos seguir
as seguintes convenções de equivalência:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal, produzi-
mos uma proposição categórica particular.
– Pela recíproca da negação, ao negarmos uma proposição ca-
tegórica particular, produzimos uma proposição categórica univer-
sal.
– A negação de uma proposição afirmativa resulta sempre em
uma proposição negativa, e vice-versa, a negação de uma proposi-
ção negativa resulta sempre em uma proposição afirmativa.
Em síntese:

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A”


tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con-
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.

Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B”


Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três
representações possíveis:

Exemplo: (DESENVOLVE/SP - Contador - VUNESP) Alguns gatos


não são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
mação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é pardo.

Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção, em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descartamos
a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo A é
não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não são pardos NÃO miam alto.

Resposta: C.

Equivalência entre as proposições


É possível economizar considerável tempo na resolução de questões ao utilizar o triângulo a seguir.

Exemplo: (PC/PI - Escrivão de Polícia Civil - UESPI) Qual a negação lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
a cinco”?
(A) Todo número natural é menor do que cinco.
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco.
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco.

Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe ao
menos um etc. Não se nega um quantificador universal com Todos e Nenhum, que também são universais.

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alternativas

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RACIOCÍNIO LÓGICO

A, B e C. 6. PC – BA
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a “O acidente foi investigado e o autor foi encontrado”. De acor-
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”. do com a lógica proposicional, a negação da frase é descrita como:
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser (A) “o acidente não foi investigado e o autor não foi encontra-
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2, ...). do”
(B) “o acidente não foi investigado ou o autor não foi encon-
Resposta: D. trado”
(C) “o acidente não foi investigado e o autor foi encontrado”
(D) “o acidente foi investigado e o autor não foi encontrado”
(E) “o acidente não foi investigado ou o autor foi encontrado”
QUESTÕES
7. CRF – GO 2022
1. A negação da proposição “Se o candidato estuda, então pas- Julgue o item:
sa no concurso” é A frase “Dois mil mais vinte mais dois” não é uma proposição.
Alternativas ( ) CERTO
(A) o candidato não estuda e passa no concurso. ( ) ERRADO
(B) o candidato estuda e não passa no concurso.
(C) se o candidato estuda, então não passa no concurso. 8. IBGE – 2022
(D) se o candidato não estuda, então passa no concurso. De acordo com a proposição lógica a frase “Se o coordenador
(E) se o candidato não estuda, então não passa no concurso. realizou a previsão orçamentária, então o trabalho foi realizado
com sucesso” é equivalente a frase:
2. A proposição que melhor expressa a negação de “Se não (A) Se o coordenador não realizou a previsão orçamentária, en-
chove no Amazonas, então neva no Tocantins” é tão o trabalho não foi realizado com sucesso.
Alternativas (B) O coordenador realizou a previsão orçamentária e o traba-
(A) Se chove no Amazonas, então não neva no Tocantins. lho foi realizado com sucesso.
(B) Se não chove no Amazonas, então não neva no Tocantins. (C) O coordenador realizou a previsão orçamentária ou o traba-
(C) Não chove no Amazonas e não neva no Tocantins. lho foi realizado com sucesso.
(D) Chove no Amazonas e neva no Tocantins. (D) Se o trabalho não foi realizado com sucesso, então o coor-
(E) Chove no Amazonas e não neva no Tocantins. denador não realizou a previsão orçamentária.
(E) Se o trabalho foi realizado com sucesso, então o coordena-
3. A negação da proposição “Ninguém aqui é argentino” é a dor realizou a previsão orçamentária.
proposição:
Alternativas 9. MPU – 1996
(A) Nenhum aqui é argentino. Se Ana não é advogada, então Sandra é secretária. Se Ana é
(B) Estes aqui são argentinos. advogada, então Paula não é professora. Ora, Paula é professora.
(C) Alguém aqui é argentino. Portanto:
(D) Todos aqui são argentinos. (A) Ana é advogada
(E) Nenhuma das opções anteriores. (B) Sandra é secretária
(C) Ana é advogada, ou Paula não é professora
4. A alternativa que apresenta uma proposição composta de (D) Ana é advogada, e Paula é professora
valor-lógico falso com conjunção e negação é: (E) Ana não é advogada e Sandra não é secretária
Alternativas
(A)Dois e quatro não são números ímpares. 10. Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou Rui vai a
(B) Dois é número par, mas cinco não é número ímpar. Roma. Se Ana vai à África, então Luís compra um livro. Se Luís com-
(C) Quatro é número par, entretanto cinco não é par. pra um livro, então Rui vai a Roma. Ora, Rui não vai a Roma, logo:
(D) Quatro é número par, contudo quatro não é número primo. (A) Celso compra um carro e Ana não vai à África
(E) Quinze não é número par e não é número primo. (B) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro
(C) Ana não vai à África e Luís compra um livro
5. IBGE – 2022 (D) Ana vai à África ou Luís compra um livro
Sabendo que o valor lógico da proposição simples p: “Carlos (E) Ana vai à África e Rui não vai a Roma
acompanhou o trabalho da equipe” é verdadeira e que o valor lógi-
co da proposição simples q: “O recenseador visitou todos os locais” 11. Ou A = B, ou B = C, mas não ambos. Se B = D, então A = D.
é falso, então é correto afirmar que o valor lógico da proposição Ora, B = D. Logo:
composta: (A) B v C
(A) p disjunção q é falso (B) B v A
(B) p conjunção q é falso (C) C = A
(C) p condicional q é verdade (D) C = D
(D) p bicondicional q é verdade (E) D v A
(E) p disjunção exclusiva q é falso

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RACIOCÍNIO LÓGICO

12. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para 15. Uma área em uma universidade dispõe de 100 professores.
a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrência de D. Sa- Os professores são mestres ou doutores, contratados em regime de
be-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e sufi- dedicação exclusiva ou parcial. Atualmente existem 35 professores
ciente para a ocorrência de A Assim quando C ocorre, com dedicação exclusiva, 40 doutores em regime parcial e 45 mes-
(A) D ocorre e B não ocorre tres. Quantos são os doutores com dedicação exclusiva?
(B) D não ocorre ou A não ocorre Alternativas
(C) B e A ocorrem (A) 55
(D) Nem B nem D ocorrem (B) 65
(E) B não ocorre ou A não ocorre (C) 60
(D) 15
13. Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. (E) 40
Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina. Ora, Luís
estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo, segue-se necessa-
riamente que: 16. Em uma pesquisa sobre transporte, uma empresa verificou
(A) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina que seus 140 funcionários (80 homens e 60 mulheres) são proprie-
(B) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina tários de 160 carros. De acordo com esses dados, é necessariamen-
(C) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medi- te correto que
cina Alternativas
(D) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática (A) ao menos uma funcionária mulher é proprietária de carro.
(E) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia (B) ao menos um funcionário da empresa possui mais do que
um carro.
14. O diagrama abaixo representa no universo dos adolescen- (C) ao menos 20 funcionários da empresa possuem mais do
tes os indivíduos que possuem carteira nacional de habilitação, en- que um carro.
sino médio completo e passaporte. (D) cada funcionário homem possui, no máximo, dois carros.
(E) há algum funcionário que não possui carro.

17. Uma doceria vendeu 153 doces dos tipos casadinho e bri-
gadeiro. Se a razão entre brigadeiros e casadinhos foi de 217, de-
termine o número de casadinhos vendidos.
(A) 139
(B) 119
(C) 94
(D) 34

18. Na venda de um automóvel, a comissão referente a essa


venda foi dividida entre dois corretores, A e B, em partes direta-
mente proporcionais a 3 e 5, respectivamente. Se B recebeu R$
500,00 a mais que A, então o valor total recebido por A foi:
(A) R$ 550,00.
(B) R$ 650,00.
A alternativa que representa os indivíduos correspondentes às (C) R$ 750,00.
regiões sombreadas é: (D) R$ 850,00.
Alternativas
(A) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita-
ção, ensino médio completo e passaporte. 19. Uma pessoa possui o triplo da idade de uma outra. Daqui
(B) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita- a 11 anos terá o dobro. Qual é a soma das idades atuais dessas
ção, ensino médio completo ou passaporte. pessoas?
(C) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita- (A) 22
ção e ensino médio completo, mas não possuem passaporte. (B) 33
(D) Os adolescentes que possuem somente carteira nacional (C) 44
de habilitação ou somente ensino médio completo ou somente (D) 55
passaporte. (E) 66
(E) Os adolescentes que possuem somente carteira nacional de
habilitação ou somente ensino médio completo, mas não pos-
suem passaporte.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

20. Observe esta sequência de figuras formadas por triângulos (C) Breno e Carolina são ambos advogados.
brancos e pretos: (D) Danilo é mais velho do que Carolina.
(E) Danilo é mais novo do que Breno.

24. AVANÇA SP - 2023


Se é verdade que alguns vendedores ganham o salário maior
do que o do gerente e que nenhum estudante ganha o salário maior
do que o do gerente, então é necessariamente verdade que:
(A) Todo vendedor é também estudante.
(B) Nenhum gerente ganha mais que os vendedores.
(C) Todo gerente ganha mais que os vendedores.
(D) Há vendedores que não são estudantes.
(E) Não há vendedores que são estudantes.
Seguindo-se esse mesmo padrão, a 4ª figura terá:
(A) 12 triângulos pretos 25. COPEVE-UFAL - 2023
(B) 12 triângulos brancos Considerando-se que os símbolos ∧ e → representam conjun-
(C) 18 triângulos pretos ção e implicação, respectivamente, dadas as fórmulas sobre quais-
(D) 18 triângulos brancos quer três conjuntos A, B e C,
(E) 27 triângulos pretos I. (A ⊆ B) → (A ∩ B ≠ ∅ )
II. ((A ⊆ B) ∧ (B ⊆ A)) → (A = B)
21. Rafaela recebeu uma planilha Excel em que havia uma se- III. (A ∩ B ∩ C = B ∩ C) → (B ∩ C ⊆ A)
quência de cálculos utilizando as informações contidas nas células. IV. (A ∪ B = B ∪ C) → ((A - C = ∅) ∧ (C - A = ∅))
Observe, a seguir, os três primeiros termos dessa sequência: verifica-se que são verdadeiras
(A) I e II, apenas.
1º termo: A1 (B) I e IV, apenas.
2º termo: A1 + C4 (C) II e III, apenas.
3º termo: A1 + C4 + E7 (D) III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
Admitindo-se que o padrão apresentado até o 3º termo se
mantém, o 5º termo será: 26. VUNESP - 2023
(A) A1 + C4 + E7 + G10 Considere a afirmação:
(B) A1 + C4 + E7 + H10 Se todas as bancas estão no lugar correto, então não há motivo
(C) A1 + C4 + E7 + G10 + I13 para reclamação.
(D) A1 + C4 + E7 + H10 + J12 Uma alternativa logicamente equivalente a essa afirmação está
(E) A1 + C4 + E7 + G10 + J12 contida em:
(A) Pelo menos uma banca não está no lugar correto ou não há
22. Observe a sequência de nomes a seguir: ARLETE; ERICA, motivo para reclamação.
ILMA, OLIVIA, … (B) Se não há motivo para reclamação, então todas as bancas
Qual dos nomes a seguir completa esta sequência? estão no lugar correto.
(A) Humberto (C) Se há motivo para reclamação, então não há banca no lugar
(B) Elvira correto.
(C) Katiane (D) Ou todas as bancas estão no lugar correto ou não há motivo
(D) Úrsula para reclamação.
(E) Amanda (E) Não há motivo para reclamação e todas as bancas estão no
lugar correto.
23. UFES - 2023
Adriana, Breno, Carolina e Danilo são funcionários de uma em-
presa, sendo que dois deles são médicos e os outros dois são ad- 27. QUADRIX - 2023
vogados. Cada uma das idades dos advogados é maior do que cada Admitindo‑se a veracidade das proposições “Todo advogado é
uma das idades dos médicos. Considere as quatro afirmações: doutor”, “Paula é advogada” e “Felipe é doutor”, julgue o item.
I. Breno e Carolina são ambos médicos ou um deles é advogado A proposição “Paula é doutora ou Felipe é advogado” é neces-
e o outro é médico. sariamente verdadeira.
II. Danilo é mais velho do que Breno. ( ) CERTO
III. Adriana é mais nova do que Danilo. ( ) ERRADO
IV. Adriana é mais velha do que Carolina.
Sabendo que duas das afirmações acima são verdadeiras e as
outras duas são falsas, conclui-se, com certeza, que
(A) Breno e Carolina são um deles médico e o outro advogado.
(B) Breno e Carolina são ambos médicos.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

28. IBADE - 2023


Considere a seguinte frase:
ANOTAÇÕES
“Alguns vegetais não estão frescos.”
Essa frase é considerada uma: ______________________________________________________
(A) proposição particular afirmativa.
(B) proposição particular negativa. ______________________________________________________
(C) proposição universal afirmativa.
(D) proposição universal negativa. ______________________________________________________
(E) proposição universal particular.
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 B
______________________________________________________
2 C
______________________________________________________
3 C
4 B ______________________________________________________
5 B ______________________________________________________
6 B
______________________________________________________
7 CERTO
8 D _____________________________________________________

9 B _____________________________________________________
10 A
______________________________________________________
11 A
______________________________________________________
12 C
13 A ______________________________________________________
14 D ______________________________________________________
15 D
______________________________________________________
16 B
17 B ______________________________________________________

18 C ______________________________________________________
19 C ______________________________________________________
20 E
______________________________________________________
21 C
22 D ______________________________________________________
23 A ______________________________________________________
24 D
______________________________________________________
25 C
______________________________________________________
26 A
27 CERTO ______________________________________________________
28 B ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Agente Administrativo

de armazenagem e processos mais sofisticados, acarretando no au-


CONTROLE DE ESTOQUE DE ALMOXARIFADO mento da produtividade, segurança nas operações de agilidade na
obtenção das informações.
As tarefas de recebimento compreendem desde a recepção do
Funções Do Almoxarifado material pelo fornecedor na entrega, até a entrada nos estoques. A
Esse termo é derivado de um vocábulo árabe que significa “de- tarefa de recebimento dos materiais é módula de um sistema global
positar”. integrado, com as áreas de contabilidade, compras e transportes, e
Como um dos mais importantes setores de uma organização, o é definida em sinergia com o atendimento do pedido pelo fornece-
almoxarifado consiste em um lugar destinado ao armazenamento dor e os estoques físico e contábil.
adequado para cada produto de uso interno. No campo da adminis- O recebimento dispõe de quatro etapas:
tração se tornou também, uma das principais matérias de estudo.
Carlos Henrique Klipel em seu artigo publicado em 2014 desta- 1ª Entrada de materiais;
ca que é o setor responsável pela gestão física dos estoques e tem a 2ª Conferência quantitativa;
função de guardar, preservar, receber e expedir materiais. 3ª Conferência qualitativa;
4ª Regularização.
Suas funções: Ao armazenar materiais no almoxarifado, são necessários al-
• Garantir que o material adequado esteja, em sua quantidade guns cuidados especiais, eles devem ser definidos dentro do siste-
devida, no local correto, quando se fizer necessário; ma de instalação e no layout adotado pela organização. Deve pro-
• Evitar que haja divergência de inventário e/ou perda, desvios porcionar condições físicas adequadas que resguardem a qualidade
de qualquer natureza; dos materiais, visando a ocupação plena e a ordenação da arruma-
• Resguardar a qualidade e as quantidades exatas de cada ma- ção.
terial;
• Obter as devidas instalações, de forma adequadas, bem
como recursos de movimentação e distribuição suficientes para um Etapas
atendimento rápido e eficiente. Verificação das condições de recebimento do mate-

rial
Função Dos Estoques
O estoque é todo o material ou produtos disponíveis para o uso 2ª Identificação do material
da empresa no processo de fabricação ou comercialização direta ao
3ª Depositar na localização destinada
consumidor final.
Informação da localização física de armazenagem
Funções: 4ª
ao controle
• Receber para armazenagem e proteção os materiais adquiri-
dos pela empresa; Verificar periodicamente as condições de proteção
• Entrega dos materiais mediante requisições autorizadas aos 5ª
e armazenamento
setores da organização;
• Assegurar que os registros necessários estejam sempre atu- 6ª Separação para distribuição
alizados;
• Controle: que deve fazer parte do conjunto de atribuições de Controle De Entradas E Saídas
cada setor envolvido, qual seja recebimento, armazenagem e dis- O controle de entrada e saída de produtos/matérias de esto-
tribuição. que pode ser realizado de forma manual (para organizações não
informatizadas), por meio de planilhas, memorandos, fichas de
Critérios Para Armazenamento No Almoxarifado controle, formulários criados pela própria organização, ou ainda por
O almoxarifado constituía-se em um depósito, em sua maioria softwares de controle de estoque, que são programas elaborados
o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais fica- de forma a viabilizar toda a rotina administrativa do setor.
vam acumulados de qualquer maneira, não havia mão de obra qua-
lificada para tal função. Com o passar do tempo surgiram sistemas
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

As etapas do processo de controle de entrada e saídas, bem Através de treinamentos e aperfeiçoamento da equipe voltada
como seus critérios e definições, são elaboradas pela gestão da or- para o setor, o controle de almoxarifado pode minimizar o tempo
ganização e o responsável pelo almoxarifado, em sinergia com os nas tarefas (como entrada, verificação e saída de produtos/mate-
demais setores, de maneira a abranger e sanar a necessidade da riais), mão-de-obra (conferência), bem como desperdícios em ter-
organização. mos de compra de produtos/materiais.

Tipos De Armazenamento Um software de controle de almoxarifado pode realizar:


O setor de almoxarifado exige o controle do estoque, como
quantidade, reposição, armazenamento, validade, controle do uso, • Um melhor controle de compras juntamente com alertas de
etc. estoque mínimo e máximo.
Para as mercadorias e produtos (de limpeza, de escritório, ser- • Agilizar solicitações de produtos e patrimônios pelos próprios
viços, etc.), usuários.
Materiais de aquisição (levantamento de preços, pesquisa de • Facilitar a consulta rápida de produtos.
fornecedores, registro das compras feitas e a fazer, arquivamento • Realizar Entrada e Saída de produtos, de forma rápida e sim-
de notas) e outras tarefas ligadas ao almoxarife ou estoquista. Estas ples.
funções necessitam observar critérios de racionalização, acondicio- • Controlar os itens consignados.
namento, localização, precisão, padronização, indicadores e docu- • Organizar mediante criação de grupos e subgrupos de pro-
mentação. dutos.
Na organização do almoxarifado, deve-se observar o cálculo • Empréstimos e Devoluções de Patrimônios.
das quantidades de produtos que deverá possuir em estoque. No • Emissões de etiquetas para identificação fácil dos produtos
acondicionamento deve-se almejar a otimização das distâncias en- ou patrimônios.
tre o local de estocagem e o local a ser utilizado, a adequação do • Controlar pedidos e recebimentos de materiais.
espaço de armazenagem com o melhor uso de sua capacidade em • Gerenciar usuários e níveis de acesso.
volume. • Criar eventos e definir produtos e patrimônios que serão uti-
Quanto a localização deve-se observar a facilidade em encon- lizados.
trar o que está sendo procurado, por meio de etiquetagem, ordem • Transferência de produtos/ materiais entre estoques.
alfabética, ou utilização setorial, por exemplo, a fim de se evitar a • Relatórios de controle detalhados.
entrega errônea de materiais, acarretando em problemas de con-
trole e em tempo desperdiçado. De Equipamento, Ventilação, Limpeza, Identificação, Formu-
Precisão de operação: exatidão nas informações de controle lários, Itens Diversos
com a realidade dos itens armazenados. A inexatidão dos dados Os equipamentos utilizados nos locais de armazenamento ba-
acarreta falhas de contabilidade, fornecimento, e etc. sicamente são:
Os itens do almoxarifado devem ser padronizados, com a finali- Empilhadeiras: que são as protagonistas de um sistema de
dade de melhoria no controle das compras (fornecimento), e evitar logística para a movimentação de mercadorias. Paleteiras, entre
falhas como a duplicidade de itens registrados. outros, como: Guindastes, Comboio, Esteira transportadora, Mono-
O setor deve apresentar relatórios de eficiência, com os devi- vias, Transportador de roletes, Transelevadores.
dos indicadores das atividades, proporcionando otimização do ge-
renciamento, controle do histórico dos itens, etc. Além disso, o almoxarife deve sempre preservar:

Recomendações Gerais Para Almoxarifado: Treinamento, Fer- — As áreas de circulação localizadas entre as áreas de estoca-
ramentas, Manutenção gem e/ou áreas livres, destinadas à movimentação do material e ao
A eficácia de um almoxarifado tange fundamentalmente: trânsito de pessoas e equipamentos.
• Reduzir as distâncias internas percorridas pela carga e con- — Os espaços decorrentes da divisão de uma área de estoca-
sequentemente o aumento do número das viagens de ida e volta gem, destinados a definir a localização do material nas unidades de
(desperdício de tempo); estocagem e/ou áreas livres, podem ser:
• Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas; ABERTOS: para materiais de alta rotatividade ou que não re-
• Da melhor utilização de sua capacidade em volume. queira condições especiais de segurança e/ou preservação) e
FECHADOS: delimitados por paredes e teto, destinados à se-
O caminho tomado pelas organizações no mercado que rea- gurança e/ou preservação de materiais, tais como: eletrodos, pro-
lizam esse controle e sanam este impasse de minimizar erros no dutos perecíveis, ferramentas, instrumentos de precisão, material
controle de estoque, devido a forma manual (ou não informatizada) radioativo, produtos químicos, hospitalares, cirúrgicos, farmacêu-
de se realizar a manutenção periódica, visa através de ferramen- ticos, etc.).
tas como softwares de controle de almoxarifado, conseguir obter o
acompanhamento da gestão do estoque, empréstimos de patrimô- São procedimentos promovidos sistematicamente pelos cola-
nios e relatórios gerenciais para compra, por exemplo. boradores do almoxarifado, da segurança e da limpeza, que englo-
bam medidas para prevenir incêndios, furtos, roubos e acidentes
pessoais, bem como medidas que assegurem o patrimônio.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os critérios básicos para identificar o material são a descrição de seu pedido, permitindo que a empresa aproveite a oportunidade
e a codificação. de ampliar suas vendas e lucros. Diante dessa variação relevante,
A descrição do material para identificação, pode ser feita com pode ser realizado também o reforço do estoque.
base nas características físicas do material recebido e aceito. Isto Destaca-se que esse modelo também é utilizado quando o ges-
porque a descrição do item na nota de empenho pode não coincidir tor percebe o risco de sofrer alguma interrupção ou que poderá
com a descrição que o almoxarifado utilize. O material aceito deve enfrentar problemas com o fornecimento de algum item devido a
ser catalogado de acordo com uma descrição que possibilite fácil alguma situação inesperada — como um estoque de contingência.
identificação visual por parte dos usuários externos também. Assim, para evitar prejuízos ao atendimento dos pedidos, é realiza-
da uma compra antecipada e em maior volume.
Carga Unitária: Conceito, Tipos, Vantagens
Carga unitária: Materiais acondicionados em volume único. ▪ Estoque consignado
Conceito - Toda a carga constituída de embalagens de transpor- É mantido por terceiros, que podem ser distribuidores ou
te que condicionam uma certa quantidade de material para possi- clientes.
bilitar o seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse Nesse caso, a guarda dos produtos é transferida, mas a proprie-
uma unidade. dade continua sendo da empresa.
Tipo - A formação de carga unitária se dá através de pallets. Esse modelo tem se mostrado interessante principalmente
Vantagem - Isto é feito para facilitar o transporte e a armaze- quando o negócio não dispõe de muito espaço livre, precisa agilizar
nagem do produto. o processo de distribuição ou deseja ampliar seus canais de vendas.
Na prática, o estoque é abastecido por fornecedores que, em geral,
Pallet: Conceito, Tipos, Vantagem são fabricantes,
O palete (do inglês pallet, ou francês pallette) é uma plataforma distribuidores ou importadores. Os itens ficam armazenados
ou estrado, que geralmente é feito em madeira, plástico ou metal, nesse local e, conforme a demanda do cliente final, são distribuí-
utilizado para empilhamento ou transporte de materiais por meio dos. Podendo ser realizado em dois modelos:
de empilhadeiras. Geralmente é fabricado com medidas pré-deter- O estoque em poder próprio: o fornecedor mantém a estrutura
minadas, para poder ser carregado pelas máquinas existentes no para a venda em consignação pelo revendedor; O estoque do forne-
mercado e otimizar os espaços por onde as mercadorias transitam. cedor em posse de terceiros: o fornecedor transfere provisoriamen-
A paletização é um sistema consolidado no meio logístico e muito te a guarda dos produtos a um terceiro.
utilizado por empresas de varejo, para armazenagem e transporte
de cargas. ▪ Estoque inativo
A principal função dos paletes é otimizar e facilitar o transporte Destinado a verificação e separação de itens em estoque que
e armazenamento de mercadorias, com um tamanho padrão, em não tiveram um bom desempenho nas saídas e, por isso, estão pa-
porta-paletes e com o uso de paleteiras e/ou empilhadeiras, etc. rados há algum tempo, se tornando obsoletos.
Vantagens dos pallets: Otimizar a tarefa de expedição de pedi- Essa situação, apesar de não ser produtiva para a empresa, é
dos. Com a utilização de pallets é possível tornar o fluxo de entrada relativamente comum e configura o chamado estoque inativo.
e saída de mercadorias cada vez mais ágil. Organização sistemática: Essa questão está intimamente relacionada ao giro de estoque,
Diminuindo o prazo de entrega e aumentando a qualidade do aten- que mostra o nível de atividade de cada produto: fast mover (alto
dimento prestado. Redução de custos: Reduzir custos com estoque giro), low mover (baixo giro) e no mover (sem giro). Ou seja, quanto
e aumentar a produtividade. maior é a rotatividade das mercadorias no estoque, menor o núme-
ro de produtos inativos.
Equipamentos Gerais De Um Almoxarifado Para determinar que o produto se tornou obsoleto, diversas
Os equipamentos utilizados em um almoxarifado, em sua questões precisam ser analisadas. Em geral, o tipo de mercadoria e
maioria são: Empilhadeiras, Paleteiras, Guindastes, Comboio, Estei- o prazo de validade devem ser levados em consideração para que o
ra transportadora, Monovias, Transportador de roletes e Transele- negócio não sofra prejuízos.
vadores.
▪ Estoque máximo
Tipos De Estoques É preciso compreender que ele trabalha com a perspectiva
▪ Estoque de antecipação ou sazonal da quantidade máxima de produtos que deve existir no estoque
Que se refere a mercadorias com época específica de utilização em um determinado período. Por exemplo: uma empresa pode
(entrada/saída). É muito útil em datas comemorativas, por exem- definir que um certo tipo de material tenha o estoque máximo
plo. Ao longo do ano, podemos identificar épocas em que há picos do produto de 100 unidades em um mês, ao atingir esse número,
de compras, dos quais vale a pena mencionar: Dia das Mães; Natal; portanto, as compras devem ser suspensas. A entrada desse pro-
e etc. duto no estoque fica interrompida (exceto por razões sazonais ou
De modo a atender a toda essa demanda, a empresa deve se inesperadas), pois isso evita que os itens se tornem obsoletos e se
preparar com antecedência e tomar todas as medidas necessárias transformem em um estoque inativo.
para estar preparada para a demanda. Nesse momento o estoque Destaca-se que diversos fatores influenciam na determina-
sazonal se torna essencial. Essa estratégia costuma ser adotada ção desse estoque máximo, como o espaço físico disponível para
quando o gestor identifica um aumento na expectativa de vendas, armazenamento e a própria disponibilidade orçamentária — além
onde a produção ou aquisição dos produtos é intensificada com o de cálculos realizados por algoritmos de reposição de estoque, em
objetivo de tentar assegurar ao consumidor o pronto atendimento soluções tecnológicas de
ressuprimento, baseados nas vendas ao consumidor final.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

▪ Estoque mínimo É imprescindível que exista uma comunicação efetiva entre


Conhecido também como ponto de ressuprimento, consiste na todas as filiais. O sistema precisa ser integrado, já que o gestor
menor quantidade possível de um produto armazenado. Esse nú- deve ter acesso às informações e agir antes que o desabasteci-
mero é definido com antecedência pelo gestor e leva em conside- mento ocorra — isto é, ele precisa reequilibrar o estoque com an-
ração a demanda por aquele item. Sua intenção é evitar que o item tecedência.
acabe antes do ressuprimento.
Na prática, uma empresa pode definir, por exemplo, que o es- ▪ Estoque de ciclo
toque mínimo de um produto específico seja de 50 peças. Com isso, Por meio dele, a produção e o planejamento de estoque serão
mesmo que ela faça uma compra de 100 unidades — que pode ser organizados em períodos determinados. A ideia é suprir totalmente
o seu estoque máximo —, quando a quantidade dessa mercadoria a demanda e manter o desempenho econômico do negócio. Esse
atingir o ponto de ressuprimento, é importante negociar uma nova modelo é muito utilizado em indústrias devido às suas caracterís-
compra. ticas permitirem que os itens em estoque circulem internamente.
Em uma fabricante de carros, por exemplo, há várias linhas de pro-
▪ Estoque de proteção ou estoque isolador dução, e cada uma se responsabiliza por um componente — como
Apesar de evitarem o mesmo risco, o estoque de proteção e o a parte elétrica, a mecânica e os assentos. Com isso, cada grupo
estoque mínimo, tratam-se de conceitos distintos. fabrica e estoca o item de acordo com um ciclo produtivo que visa
Esse é um dos modelos de estoque mais utilizados por setores assegurar que o produto (o carro) seja finalizado em tempo hábil.
robustos, como o alimentício e o automobilístico. Seu objetivo é
proteger as vendas e garantir a disponibilidade dos produtos mes- ▪ Estoque em trânsito
mo em situações pouco favoráveis, como: alta nos preços; greve Faz parte da rotina de toda empresa. Ele se refere aos produ-
de fornecedores; greve no setor de transportes; súbita elevação na tos que estão em rota de deslocamento pelas transportadoras. Por
demanda do mercado. exemplo: o gestor terá em mãos a informação precisa de quanto
Caso algum desses problemas surja, o estoque de proteção é tempo as suas mercadorias permanecem nos veículos de transpor-
utilizado até que o abastecimento retorne ao normal e as novas te.
mercadorias sejam cadastradas. Para isso, alguns itens adicionais Além disso, é possível ter uma visão mais exata sobre o esto-
são mantidos no estoque. que global, isto é, a quantidade exata de todos os produtos que a
empresa possui armazenado — os que estão na empresa e os que
▪ Estoque de segurança ainda estão sendo transportados. Portanto, o estoque em trânsito é
É importante para grande parte das empresas. Os varejistas um modelo intermediário de estoque, responsável por controlar o
precisam manter em estoque todos os produtos que o cliente de- trânsito das mercadorias entre a origem
seja, e a indústria deve ter um estoque de matérias-primas para (o fornecedor) e o destino (o varejista). Vale lembrar que esse
assegurar o ritmo de produção. controle de estoque é tão necessário quanto os demais.
Como o nome sugere, esse tipo de estoque visa reduzir o ris-
co de o negócio perder vendas ou atrasar entregas em razão de ▪ Dropshipping
problemas inesperados, como um imprevisto durante a negociação O dropshipping é um tipo de estoque voltado para e-commerce
com o fornecedor. Com uma gestão eficiente do estoque de segu- pequenos marketplaces. Nesse modelo, após a conclusão da venda
rança, é possível desfrutar de benefícios importantes e que fazem a ao consumidor é aberta uma ordem de serviço que é encaminhada
diferença para o crescimento empresarial, como: cumprimento de ao fornecedor.
prazos; aumento da satisfação dos clientes; manutenção do fluxo Esse fornecedor é que será o responsável por enviar a merca-
de produção; redução de gastos com armazenagem; diminuição do doria ao cliente. Ou seja, a mercadoria sai do centro de distribuição
acúmulo de produtos sazonais e perecíveis; liberação de recursos do fornecedor direto para a residência do consumidor final, mesmo
para investir em setores estratégicos. tendo sido vendido no site de um distribuidor ou revendedor.
Nessa metodologia, o desafio do gestor é encontrar a quanti- Perceba que o e-commerce funciona aqui como um interme-
dade exata de estoque de segurança. Isso significa definir quantos diário entre o cliente e o fornecedor. Ele não precisa investir em
produtos armazenar, de modo que exista um equilíbrio entre inves- sistemas de armazenagem, tampouco reservar capitar para gestão
timento e lucros — por isso o apoio da tecnologia é tão importante. de estoque.

▪ Estoque regulador Estoque de materiais ou matérias-primas


É uma excelente opção para manter equilíbrio. Ele é mantido • Estoques de Insumos: os insumos correspondem a todo tipo
por uma das filias com o objetivo de suprir uma eventual neces- de matéria-prima, ou demais materiais que se encontram armaze-
sidade dos demais pontos de vendas. Em geral, a filial que possui nados ou estocados na empresa, aguardando o processo de pro-
melhor espaço físico para armazenamento de mercadorias man- dução, ou outro tipo de processo, ou momento, para ser utilizado.
tém um estoque maior. Assim, caso a demanda aumente em ou-
tra unidade, ela consegue transferir mercadorias sem afetar a sua Estoque de material em processo
própria segurança. Esse modelo já é bem aplicado pelos varejistas, • Estoque de Produtos em Processamento: Durante o processo
mas vale ressaltar que a gestão dos itens precisa ser executada de produção também é possível manter-se estoques dos produtos
com o auxílio de um software. e dos componentes que estão sendo produzidos, ou serão produzi-
dos no processo completo de produção. Isso é possível em virtude

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de que cada processo de fabricação é composto por fases, e depen- • Elaboração de estatísticas de consumo por materiais e cen-
dendo do produto final, as fases são complexas e contínuas, além tros de custos para previsão das compras;
de serem numerosas. Por isso a importância desse tipo de estoque. • Elaboração de balancetes dos materiais existentes e demais
relatórios solicitados por outros setores;
Critérios de classificação de materiais • Preservação da qualidade e as quantidades dos materiais es-
Os critérios de classificação de materiais e os parâmetros a se- tocados;
guir podem ser utilizados para diferenciar o material permanente, • Viabilização do inventário anual ou periódico (de acordo com
do material de consumo. Um material é considerado de consumo a organização) dos materiais estocados;
caso atenda a um dos critérios a seguir: • Garantir que as instalações estejam adequadas para a devida
movimentação e retiradas dos materiais, visando um atendimento
• Durabilidade: em uso normal perde ou tem reduzidas as suas eficiente com agilidade;
condições de funcionamento, no prazo máximo estabelecido; • Organizar de forma atualizada o registro de estoque do ma-
terial existente;
• Fragilidade: sua estrutura poderá ser danificada, ou se for • Proporcionar políticas e diretrizes relativas a estoques e pro-
quebradiça, deformável, caracterizando sua perda ou não podendo gramação de aquisição, bem como o fornecimento de material de
ser recuperada sua identidade ou funcionalidade; expediente;
• Estabelecer normas de armazenamento dos materiais esto-
• Perecibilidade: está sujeito a modificações (físicas ou quími- cados;
cas), se há como deteriorar-se, ou perde sua característica pelo uso • Estabelecer as necessidades de aquisição dos materiais de
normal; consumo para fins de reposição de estoque, e assim solicitar sua
aquisição.
• Incorporabilidade: destina-se a incorporação a outro bem e
não podendo ser retirado sem prejuízo das características físicas Recebimento De Mercadorias
e funcionais do principal. Pode ser utilizado para constituir novos O recebimento de produtos/materiais pode ser classificado em
bens, adições ou melhorias complementares de bens em utilização dois tipos:

• Transformabilidade: caso tenha sido adquirido com a finalida- • Recebimento provisório:


de de transformação. Que se refere ao ato da entrega de um bem ao órgão no lo-
cal previamente designado pela organização, para fins de posterior
Objetivos Da Codificação conferência e verificação de conformidade do material com a espe-
Consiste em metodizar o processo, sendo utilizada interna- cificação, não configurando sua aceitação definitiva.
mente pelo setor de almoxarifado. A codificação de cada material
poderá ser do tipo alfanumérico, em que a letra inicial do item • Recebimento definitivo:
será acrescida de três números que serão gerados numa sequên- Os produtos/materiais serão recebidos somente após verifica-
cia numérica crescente. Exemplo: açúcar cristal marca Coité, código ção da qualidade e quantidade e consequente validação de recebi-
A-001. O próximo item que o nome na descrição começa com a le- mento e aceitação da mercadoria.
tra “A” terá o código A-002, e assim por diante.
A lista com os códigos de cada material deve ser atualizada • Recebimento e aceitação:
sempre que um novo material estiver disponível para o forneci- As etapas de recebimento e aceitação compreendem desde
mento. a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada
da mercadoria nos estoques. A etapa de recebimento e aceitação
Fluxo Contábil E Administrativo Dos Materiais de materiais abrange um sistema global integrado com as áreas de
Existem etapas em que o almoxarife (responsável pelo almo- contabilidade e compras, e é caracterizada como uma conexão en-
xarifado), deve responsabilizar-se para o bom desenvolvimento do tre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico
fluxo administrativo e contábil do setor, como: e contábil.O recebimento e aceitação compõe as seguintes etapas:

• Garantir que os produtos/materiais estejam armazenados em


local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
• Reparar as divergências de inventário e perdas de qualquer
natureza;
• Garantir a qualidade e as quantidades corretas e observar a
adequação das instalações e se os recursos de movimentação e dis-
Compreende no ato pelo qual os produtos/materiais adquiri-
tribuição são suficientes para um atendimento rápido e eficiente.
dos são entregues no local designado previamente (almoxarifado).
• Recebimento e conferência dos materiais adquiridos ou cedi-
Independentemente do local físico que os produtos/ materiais fo-
dos de acordo com o documento de compra (Nota de Empenho e
rem recebidos, todo o registro de entrada e distribuição de material
Nota Fiscal) ou equivalentes;
deverá ser de responsabilidade do Almoxarifado. O recebimento
• Registrar em sistema próprio manual ou software de controle
dispõe de duas etapas:
de estoque, as notas fiscais dos materiais recebidos;
• Encaminhamento ao Departamento de Contabilidade e Fi-
nanças as notas fiscais para o devido pagamento;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Ficha de controle de estoque


As documentações do setor, resultam na confecção do manual
técnico de almoxarifado, definido um modo preciso às normas de
identificação dos materiais, inventário, inclusão de novos itens, en-
tre outros.
Utiliza-se os seguintes documentos para atendimento das di-
versas rotinas de trabalho no Almoxarifado:
Ordem de compra • Ficha de controle de estoque (para organizações ainda não
É o documento pelo qual os usuários requisitam os materiais informatizadas): documento que visa controlar manualmente o es-
no Almoxarifado. A requisição de materiais é um pedido oficial, por- toque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas,
menorizado, do setor que vai consumir o material. Ao receber uma destinado ao reabastecimento;
requisição, o almoxarife terá que preliminarmente efetuar as devi- • Ficha de Localização (para organizações ainda não informati-
das conferências, como por exemplo:verificar se o setor emitiu a zadas): documento destinado a indicar as localizações (onde o ma-
requisição dentro dos padrões previamente definidos, constatar se terial está guardado), através de códigos,
as quantidades pedidas estão normais e dentro das possibilidades • Comunicação de Irregularidades: documento destinado a es-
do estoque. Toda solicitação tem que ser objetiva, oferecendo ao clarecer ao fornecedor os motivos da devolução, quanto os aspec-
usuário, Almoxarifado e a Contabilidade todos os dados necessários tos qualitativo e quantitativo;
para um perfeito controle dos materiais e dos gastos. • Relatório técnico de inspeção: documento destinado a defi-
Quando o almoxarife receber a requisição de materiais, deve nir, qualitativamente o aceite ou a recusa do material adquirido do
fornecer no máximo a quantidade solicitada pelo requisitante. As fornecedor;
requisições de materiais devem ser arquivadas pelo setor de Al- • Requisição de material: documento destinado a retirada de
moxarifado de forma a estar disponível para posteriores consultas, materiais do almoxarifado;
caso necessário. • Devolução de material: documento destinado a devolver ao
estoque do almoxarifado, as quantidades de material, outrora, re-
Notas fiscais quisitadas além do necessário.
Recebimentos de bens com nota fiscal dependerão da impres-
são da sua autenticidade, que pode ser obtida através do site Portal Armazenamento centralizado x descentralizado
da Nota Fiscal. Um estoque centralizado mantém as mercadorias em Centros
de Distribuição (CD).
Divergências e irregularidades que são insanáveis, geralmente Um estoque descentralizado faz com que todas as mercadorias
constatadas em relação às condições de contrato (compras não au- sigam diretamente para seus (PVs) pontos de vendas.
torizadas, entrega fora do prazo, autenticidade não autorizada da
nota fiscal etc.) devem nortear a recusa do recebimento. Anota-se • Centralizado: materiais são armazenados em um único local
então, no canhoto da Nota Fiscal recebida, os motivos da recusa, – CD.
assim também, nos documentos do transportador, comunicando • Descentralizado: não há um ponto central e os materiais são
imediatamente ao setor responsável ela compra e/ou ao fornece- armazenados em vários lugares conectados entre si que podem es-
dor, como a gestão definir ser melhor ao fluxo interno. Sugere-se tar em um mesmo local físico ou dispersos - PVs
também que seja tirado uma cópia do documento no qual foi ano-
tado o motivo da recusa de recebimento e que seja solicitado ao Técnicas para armazenagem de materiais
entregador um visto de ciência. As técnicas de armazenagem variam conforme o segmento de
atuação da empresa.
São considerados documentos aptos para o recebimento de Por exemplo: se as atividades envolvem produtos químicos, é
produtos/materiais: necessário adotar alguns procedimentos exclusivos, que cumpram
as regras de regulamentação para transporte e armazenagem.
• Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura; Para ser mais eficiente, a empresa também deve implantar sis-
• Termo de Cessão, Doação; temas para o endereçamento de estoque e implantação de códigos
• Declaração exarada no processo relativo à permuta; de barras, que facilitam o encaminhamento, localização e uso dos
• Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; itens armazenados.
• Guia de Produção. A definição de um método de controle de estoque (FIFO e LIFO,
por exemplo) é outro item necessário.
A opção deve ser feita a partir do vencimento da validade do
item armazenado.

Exemplos de Técnicas de armazenagem:

▪ Armazenamento de produtos químicos


Nesse caso, a logística e o transporte desse tipo de produto é
mais complexa e, por isso, há várias regras que precisam ser segui-
das. Algumas diretrizes são:

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NBR 7502, que determina como deve ser feito o transporte de tação ou críticos os processos da empresa. Menor interrupção – A
cargas perigosas; contagem cíclica como parte dos processos contínuos da logística
Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas; diminuem a interrupção das operações de armazém.
Decreto 2.657, que aborda o uso de produtos químicos no tra-
balho. Método de classificação ABC
O ideal é que você analise o tipo de produto químico que utiliza Esse método dispõe de vários nomes como: Curva ABC, Princí-
e verifique as normas impostas pela legislação. pio de Pareto, Análise de Pareto ou até mesmo Regra 80/20. Sendo
essa uma ferramenta (geralmente em forma gráfica de colunas),
▪ Uso de planos metálicos que tem como objetivo o agrupamento e ordenamento de diversas
Nesse caso as opções são bastante variadas. Estantes porta-pa- ocorrências para identificar problemas nas empresas. O entendi-
letes é uma delas, já que exclui a necessidade de paletização. mento é simples: 80% das consequências originam-se de 20% das
Além disso, o equipamento é transformado em uma gôndola causas.
rapidamente, o que traz mais flexibilidade para o transporte e o ar-
mazenamento. É uma ferramenta muito usada na gestão de estoques, pois ela
permite determinar quais itens são mais importantes para a empre-
▪ Sistemas de gestão de estoque sa e, portanto, merecem maior atenção no acompanhamento de
Nesse caso o uso de suporte tecnológico é uma necessidade, níveis de estoque ou na realização de inventários.
especialmente se o estoque da empresa for grande. Pode-se usar
um software ERP, que reúne várias informações em um só local e Classe A – a maior importância, valor ou quantidade da análise,
garante a atualização dos dados automática. o que corresponde a 20% do total;
Classe B – importância, valor ou quantidade intermediária, o
▪ Endereçamento de estoque que corresponder a 30% do total;
Essa técnica facilita muito na hora de encontrar algum item Classe C – de menor importância, valor ou quantidade, o que
estocado. O objetivo é denominar as áreas e alocar os materiais corresponde a 50% do total.
conforme os critérios estabelecidos. Duas opções são:
RPA: rua, posição e altura; e ARMNV: área, rua, módulo, nível Neste sentido, a curva ABC existe para dar tempo e disciplina
e vão. fundamentais para lidar com a demanda e entender a relação de
Em ambos os casos são utilizados apenas números, que facili- casualidade dentro das empresas. Serve para tornar o trabalho no
tam a nomeação dos elementos. dia a dia mais estratégicos, direcionado àquilo que realmente faz a
▪ Paletização diferença para gerar melhores resultados.
Esse sistema de unitização abrange uma quantidade de produ-
tos grande em apenas um palete. Depois disso, os itens podem ser Inventário físico: benefícios, periodicidade, etapas e reco-
colocados em porta-paletes, como já indicado, ou agrupados por mendações
meio de pirâmides ou torres, geralmente se utiliza os mesmos pro- O inventário físico de estoque é o processo de contagem físi-
dutos com as mesmas datas, o que simplifica a movimentação e o ca de todas as mercadorias que a empresa possui para que então,
controle. após essa contagem, seja feita uma comparação entre a quantidade
dos produtos existentes na empresa e a quantidade que está cadas-
▪ FEFO, ou PVPS trada no sistema de controle de estoque utilizado.
Esse método de controle de estoque indica que o primeiro
produto que vence é o primeiro que sai. É uma técnica bastante Benefícios
indicada para bens perecíveis, que possuem prazos de vencimento Redução das perdas - Um bom inventário de estoque é capaz
curto ou médio, como é o caso dos iogurtes, leites, carnes não con- de diminuir os gastos e evitar desperdícios. Caso a relação de itens
geladas, entre outros alimentos. do inventário físico estiver em desarmonia com a área contábil, será
Outra indicação é quando você recebe o mesmo produto a mais fácil saber se ocorreu extravios e furtos, por exemplo.
partir de fábricas distintas ou quando negocia com os fornecedores
para ter acesso a itens com prazos menores de venda. Melhoria do atendimento ao cliente - Ao entender quais mer-
cadorias estão disponíveis no estoque, é possível melhorar suas saí-
▪ FIFO, ou PEPS das e também ampliar a credibilidade com os clientes. Quando não
Nesse caso, a ideia é que o primeiro que entra é o primeiro que existe controle de estoque, a possibilidade de erros é bem maior:
sai. Esse sistema de armazenamento não considera a data de ven- vender um produto indisponível e comprometer a entrega.
cimento, mas sim a de entrada. Por isso, é indicada para produtos
que não têm prazo de validade ou ele é muito longo, como é o caso Cumprimento da legislação -Incoerências entre o inventário
dos eletrônicos. físico e o contábil podem fazer com que a empresa entre na mira
do Fisco. Se o fiscal constatar que há divergências entre o estoque
Contagem cíclica declarado de mercadorias e o real, pode ocorrer penalização com
Contagem cíclica ou inventário cíclico, rotativo refere-se à con- aplicação de multas, ameaçando, dessa forma, a saúde financeira
tagem do estoque que é realizada periodicamente, em intervalos da sua empresa.
regulares ao longo do ano, sejam eles diários, mensais, bimestrais,
semestrais, etc. Possibilita a precisão dos processos e pode ser uti-
lizada para focar em itens de maior valor, maior taxa de movimen-
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55
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Periodicidade O inventário de estoque é uma tarefa trabalhosa e driblar os


Definir a periodicidade do inventário de estoque é muito im- entraves deste processo só é possível por meio de planejamento,
portante, quando se realiza um inventário de estoque, nada mais é para tanto se faz necessário um olhar pontual para esse tema, as-
feito do que a contagem de tudo que está armazenado. Essa conta- sim, destaca-se algumas recomendações importantes, como:
gem, portanto, deve ser referenciada de alguma forma. Definir o melhor momento para realizar o inventário, categori-
O objetivo de um inventário é muito simples: É o procedimento zar os produtos, organizar os espaços físicos, desenvolver um méto-
que vai garantir o controle, de modo que possíveis problemas sejam do de contagem e padronizar os registros.
identificados e corrigidos. Como todo estoque apresenta rotativida-
de, definir inventários periódicos se torna obrigatório.
Destaca-se que a prestação de contas junto ao Fisco envolve a CONTROLE DE PROTOCOLO, DE PORTARIA E DE RECEPÇÃO
declaração de bens em estoque.
Se sua empresa não sabe o quanto tem estocado de tempos
em tempos, vai se arriscar a passar informações erradas. O controle de protocolo, de portaria e de recepção são ele-
A consequência disso é aplicação de multas que vão desfalcar mentos fundamentais para a organização, segurança e eficiência
as suas reservas e, consequentemente, trazer prejuízos e perdas. de qualquer instituição, seja ela pública ou privada. Esses controles
são responsáveis por gerenciar o fluxo de pessoas, informações e
Etapas recursos, garantindo que tudo ocorra de forma ordenada e segura.
Antes da contagem dos produtos estocados, é fundamental sa-
ber onde eles permanecerão, evitando o retrabalho de retirar item — Controle de Protocolo
por item para acessar aquele produto mal posicionado na pratelei- Definição
ra. Tudo isso se relaciona diretamente com a necessária elaboração O controle de protocolo refere-se ao conjunto de procedimen-
de uma estratégia de reposição de estoque. tos e regras para o recebimento, registro e encaminhamento de do-
Fazer a contagens e recontagens dos itens para consolidar o cumentos e informações.
inventário e conferir se está de acordo com a real quantidade.
Importância
É imprescindível que todos os itens sejam identificados com Esse controle é crucial para garantir a rastreabilidade e a in-
códigos, que são usados também para a checagem e conferência tegridade das informações. É especialmente importante em insti-
na hora do recebimento dos produtos dos fornecedores. Uma al- tuições governamentais, onde a transparência e a responsabilidade
ternativa tecnologicamente mais avançada são as etiquetas RFID. são exigidas.
A contagem dos produtos em estoque pode ser feita por equi-
pes. Se o estoque não conta com pessoal suficiente, podem ser des- Procedimentos
tacados funcionários para a tarefa, desde que eles tenham perfil Geralmente, envolve a catalogação de documentos recebidos,
compatível com a responsabilidade envolvida, que exige muita con- a digitalização para armazenamento eletrônico e o encaminhamen-
centração e atenção aos detalhes. to aos departamentos ou indivíduos relevantes.

Recomendações — Controle de Portaria


Toda empresa busca atender as demandas do cliente na hora Definição
certa e na quantidade ideal. Porém, isso só é alcançado por meio O controle de portaria é o processo de monitorar e gerenciar o
de uma distribuição rápida e precisa das mercadorias. Nesse con- acesso de pessoas e veículos a um determinado local.
texto, a gestão de estoque exerce um papel crucial para qualquer
empreendimento, pois ajuda a alcançar o estoque ideal, sem faltas Importância
e excessos e de acordo com a demanda do consumidor. Em outras Esse controle é vital para a segurança do local, evitando a en-
palavras, para que se consiga manter a disponibilidade de produtos trada de pessoas não autorizadas e possíveis ameaças.
nas prateleiras, é indispensável que a empresa conte com um esto-
que organizado e completo, de acordo com a demanda da empresa. Procedimentos
Uma boa gestão de estoque permite que o negócio tenha cla- Envolve a identificação de visitantes, o registro de entrada e
reza sobre os fatores que prejudicam suas vendas, os produtos com saída e, em alguns casos, a inspeção de veículos e bagagens.
menor saída e as situações que geram aumento dos custos logísti-
cos. E o sell-out é a chave para manter o nível de estoque ideal e — Controle de Recepção
toda cadeia de suprimentos em sincronia. Definição
Destaca-se que sua utilização leva em consideração inúme- O controle de recepção é o primeiro ponto de contato entre a
ros fatores, como o tipo de produto e a própria infraestrutura da instituição e visitantes ou clientes.
empresa. Mas que, independentemente do modelo, é importante
sempre orientar os processos pelas vendas ao consumidor final. Importância
Sem dúvida, o primeiro passo para se alcançar resultados positivos Além de ser crucial para a segurança, também tem um impacto
com a gestão de estoque é conhecer a realidade do negócio e as significativo na percepção de profissionalismo e eficiência da orga-
opções à sua disposição. nização.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Procedimentos O comprometimento e profissionalismo são importantes para


Envolve o acolhimento de visitantes, o fornecimento de cra- um bom atendimento, atualmente, mais importante do que se ter
chás ou passes de acesso, e o direcionamento aos departamentos um cliente, é o relacionamento que se cria com ele, no qual é alcan-
ou pessoas apropriadas. çado por meio do atendimento.
Todo cliente possui expectativas ao procurar um atendimento,
O controle de protocolo, de portaria e de recepção são aspec- e neste sentido o ideal para se construir um relacionamento sólido
tos fundamentais para o funcionamento eficaz e seguro de qual- e duradouro, não é apenas atender as suas expectativas, mas sim,
quer organização. Eles não apenas ajudam a manter a ordem e a se- superá-las, pois aqueles clientes que têm suas expectativas supera-
gurança, mas também contribuem para a criação de um ambiente das acabam se tornando fiéis a organização.
profissional e acolhedor. A implementação eficaz desses controles O início do processo de atendimento que busca a satisfação dos
requer treinamento adequado do pessoal, bem como o uso de tec- clientes ocorre com o mapeamento das necessidades do cliente e
nologias que facilitem o monitoramento e o registro de atividades. isso é possível por meio de uma comunicação clara e objetiva. A
comunicação deve dirigir-se para o oferecimento de soluções e res-
postas na qual o cliente busca e isso não significa falar muito, mas
ATENDIMENTO AO PÚBLICO sim ser um excelente ouvinte e estar atento aquilo que o cliente
fala.
Em razão disso um relacionamento entre uma organização e
As organizações buscam, constantemente, adequar suas ativi- um cliente é construído por meio de bons atendimentos. Analisar
dades para chegar o mais próximo possível de seus objetivos e da o comportamento e os interesses do cliente pode ajudar na estra-
satisfação de seus clientes. Conduto, para se alcançar a satisfação tégia de retê-lo, criando relacionamentos consistentes, com quali-
de um cliente também se faz necessário, um bom atendimento, no dade e fidelização, a atenção, a cortesia e o interesse também são
qual exige dela a capacidade de conhecer seu perfil, definir seus de- os três pontos iniciais para se atentar na preparação de um bom
sejos e necessidades, e definir como os recursos da empresa serão atendimento.
empregados para que se alcance tais perspectivas.
Posto isso, com a evolução da gestão tradicional para gestão da Ninguém procura uma empresa que oferece produtos ou ser-
qualidade, o atendimento ao cliente passou a fazer parte do plane- viços, sem ter uma necessidade por alguma coisa, em vista disso
jamento estratégico das organizações, que passaram a integrar em toda a atenção deve ser concentrada em ouvir e atender pronta-
suas atividades um canal de relacionamento para a efetiva comuni- mente o cliente sem desviar-se para outras atividades naquele
cação com seus clientes. Canal que tem como objetivo promover a momento, pois o cliente pode interpretar esta ação como uma
interação entre a organização e o consumidor, o auxiliando assim na falta de profissionalismo.
resolução de seus interesses diante dos produtos ou serviços que
utilizam. Lembre-se de utilizar uma linguagem clara e compreensível,
Atualmente, pode-se dizer, que o atendimento ao cliente é vis- nem sempre os clientes compreendem termos muito técnicos e
to como um dos principais serviços de uma organização que busca científicos que para uma organização pode soar normal ou comum.
pela satisfação, criação de valor e fidelização de seus clientes. Esteja atento aquilo que irá perguntar para que não repita a mesma
pergunta demonstrando falta de interesse ou atenção, seja educa-
Atender as Expectativas dos Clientes do e cortês, mas isso não significa que se possa invadir a privacida-
de/intimidade do cliente, evite perguntas ou situações que possam
Podemos considerar que atender significa: causar qualquer tipo de constrangimento ou inconveniência.
- Receber; Utilize um tom de voz agradável ao dirigir-se a um cliente, te-
- Ouvir atentamente; nha percepção sobre suas limitações, fique atento a sua faixa etária
- Acolher com atenção; e adeque a forma de tratamento a senhores(as).
- Tomar em consideração, deferir; Com a grande competitividade entre as empresas, a velocidade
- Atentar, ter a atenção despertada para; em que se atende as necessidades de um cliente, pode ser um fator
determinante para que estes retornem a empresa, entretanto não é
Sendo assim, o atender está associado a acolher, receber, ouvir um ponto positivo ter que refazer uma atividade/ação para corrigir
o cliente, de forma com que seus desejos sejam resolvidos, assim algo que foi feito de forma rápida e com pouca qualidade.
o atendimento é dispor de todos os recursos que se fizerem ne- Um ambiente de trabalho organizado também pode contribuir
cessários, para atender ao desejo e necessidade do cliente. Esses para um atendimento mais rápido, ágil e eficiente.
clientes podem ser internos ou externos, e se caracterizam por ser A empresa deve ser leal ao cumprimento dos prazos, sendo as-
o público-alvo em questão. sim, não prometa prazos que não seja capaz de cumprir. Envolva ou-
tros setores ao processo de atendimento para que possa responder
Clientes Internos: os clientes internos são aqueles de dentro mais prontamente as questões que possam surgir.
da organização, ou seja, são os colegas de trabalho, os executivos. Nas reações e percepções do cliente é possível identificar sua
São as pessoas que atuam internamente na empresa. aprovação ou reprovação em relação as negociações ou atendimen-
to, busque oportunidades para agir.
Clientes Externos: já os clientes externos, são as pessoas de Seja sempre objetivo ao realizar um atendimento, busque rapi-
fora que adquirem produtos ou serviços da empresa. damente soluções para as necessidades do cliente que se encontra
em atendimento.

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57
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os colaboradores de uma organização devem buscar conheci- 2. O serviço ou produto deve atender a uma real necessidade
mento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma e da do usuário: um serviço ou produto deve ser exatamente como o
situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma comu- usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.
nicação entre empresários e funcionários acaba gerando desmoti-
vação, falta de comprometimento e dificuldades para se argumentar 3. Manutenção da qualidade: o padrão de qualidade mantido
e demonstrar confiança aos clientes no momento do atendimento. ao longo do tempo é que leva à conquista da confiabilidade.
Assim torna-se fundamental comunicar a missão da empre-
sa, seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois quanto A atuação com base nesses princípios deve ser orientada por
maior for seu envolvimento com a organização, maior será o seu algumas ações que imprimem a qualidade ao atendimento, tais
comprometimento. como:
- Atenuar a burocracia;
A Importância da Comunicação Interna para o Atendimento - Fazer uso da empatia;
- Analisar as reclamações;
A Comunicação Interna compreende os procedimentos co- - Acatar as boas sugestões.
municacionais que ocorrem na organização e que segundo Scro- - Cumprir prazos e horários;
ferneker1 “Visa proporcionar meios de promover maior integração - Evitar informações conflitantes;
dentro da organização mediante o diálogo, troca de informações, - Divulgar os diferenciais da organização;
experiências e a participação de todos os níveis”. - Identificar as necessidades dos usuários;
Com isso, observamos, que a mesma forma que um bom aten- - Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
dimento pode cativar, conquistar, e reter um cliente, um mal aten- - Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
dimento pode facilmente trazer prejuízos e colocar uma empresa - Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade.
em uma situação difícil.
A satisfação do cliente deve ser uma das grandes prioridades de Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser
uma empresa que busca competitividade e permanência no merca- percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários, entre eles:
do. E por isso toda empresa deve estabelecer princípios, normas e competência, presteza, cortesia, paciência, respeito.
a maneira adequada de transmitir essas informações aos seus co- Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, des-
laboradores, que devem estar sujeitos a constantes treinamentos. respeito, imposição de normas ou exibição de poder tornam o aten-
A comunicação interna, em um nível adequado, oferece um dente intolerável, na percepção dos usuários.
atendimento eficiente, rápido e objetivo, com isso podemos perce- Atender o cliente significa identificar as suas necessidades e
ber que a empresa adota estratégias que satisfaçam o consumidor, solucioná-las, ao passo de não deixar o telefone tocar por muito
tendo em vista que há uma preocupação em qualificar as pessoas tempo para atendê-lo e assim que receber a ligação já transferi-la
de modo a obterem conhecimentos, habilidades, atitudes específi- para o setor correspondente.
cas de acordo com o ramo de atividade da empresa e domínio sobre Afinal o profissional de qualquer área ou formação tem capaci-
os produtos que serão promovidos. dade de atender o telefone, visto que é um procedimento técnico,
O treinamento pode ensinar, corrigir, melhorar, adequar o enquanto que para atender o cliente são necessárias capacidades
comportamento das pessoas em relação as mudanças ou mesmo humanas e analíticas, é necessário entender o comportamento das
exigências de um mercado extremamente disputado e concorrido. pessoas, ou seja, entender de gente, além de ter visão sistêmica do
O atendente deve sempre responder ao cliente com entusias- negócio e dos seus processos.
mo e com uma saudação positiva, e mesmo que o cliente perca a Muitos profissionais chegam a ter pânico do telefone porque
paciência, o profissional, deve se manter calmo de acordo com a ele não para de tocar e porque ele atrapalha a realização de outras
conduta esperada pela empresa. atividades, que erroneamente são consideradas mais importantes.
E lembre-se que um atendimento de sucesso ocorrerá se o
atendente priorizar e estiver preparado para: Mas será que existe algo mais importante do que o cliente
1. Fazer uma boa recepção; que se encontra do outro lado da linha, aguardando pelo aten-
2. Ouvir as necessidades do cliente; dimento? É claro que não existe, ocorre que nem sempre se tem a
3. Fazer perguntas de esclarecimento; consciência de que é o cliente que será atendido e não o telefone.
4. Orientar o cliente; Não se tem a consciência que cada ligação recebida significa uma
5. Demonstrar interesse e empatia; oportunidade de negociar, de vender, de divulgar a empresa, de
6. Dar uma solução ao atendimento; manter laços amistosos com o cliente.
7. Fazer o fechamento;
8. Resolver pendências quando houver. O cliente sempre espera um tratamento individualizado, consi-
derando que cada situação de atendimento é única, e deve levar em
Princípios para o Bom Atendimento conta as pessoas envolvidas e suas necessidades, além do contexto
da situação. Como as pessoas são diferentes, agem de maneira dife-
1. Foco no Cliente: as organizações buscam reduzir os custos renciada, a condução do atendimento também necessita ser perso-
dos produtos, aumentar os lucros, mas não podem perder de vista nalizada, apropriada para cada perfil de cliente e situação.
a qualidade e satisfação dos clientes.

1 SCROFERNEKER, C. M. A. Trajetórias teórico conceituais da Comunicação


Organizacional, 2006.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Assim, o cliente poderá se apresentar: bem-humorado, tímido, Apresentação


apressado, paciente, inseguro, nervoso, entre outras característi- O responsável pelo primeiro atendimento representa a pri-
cas. O mais importante é identificar no início da interação como o meira impressão da organização, que o cliente irá formar, como a
cliente se encontra, pois assim o atendimento ocorrerá de maneira imagem dela como um todo. E por isso, a apresentação inicial de
assertiva. quem faz o atendimento deve transmitir confiabilidade, segurança,
técnica e ter uma apresentação ímpar.
A chave para o sucesso do bom atendimento depende muito É fundamental que a roupa esteja limpa e adequada ao am-
da boa comunicação, isto é, de como é realizada a transmissão e biente de trabalho.
recepção de informação. Se a organização adotar uniforme, é indispensável que o use
sempre, e que o apresente sempre de forma impecável. Unhas e ca-
Atender às necessidades dos clientes é a parte essencial da ex- belos limpos e hálito agradável também compreendem os elemen-
celência do atendimento ao cliente, certamente tudo gira em torno tos que constituem a imagem que o cliente irá fazer da empresa,
desse fator: somente irá existir interação se estiver fornecendo algo por meio do atendente.
de que o cliente precise. A expressão corporal e a disposição na apresentação se tor-
nam fatores que irão compor o julgamento do cliente e a satisfação
Exemplificando: O cliente vai ao banco porque precisa receber do atendimento começa a ser formado na apresentação, assim a
e/ou pagar contas; toma o trem porque precisa ir do ponto A ao B; saudação inicial deve ser firme, profissional, clara e de forma que
procura o médico porque precisa ficar com boa saúde. Entretanto, transmita compromisso, interesse e prontidão. O tom de voz deve
será tudo tão simples? O que diferencia as interações que o cliente ser sempre agradável.
descreveria como excelentes ou satisfatórias ou péssimas? Quais
são suas necessidades básicas ou mínimas e o que mais pode ser Lembre-se!! O que prejudica o relacionamento das empresas
importante para ele? com os clientes, é a forma de tratamento na apresentação, pois
é fundamental que no ato da apresentação, o atendente mostre
É difícil saber se o comportamento humano é intencional ou ao cliente que ele é bem-vindo e que sua presença na empresa é
não, mesmo que, segundo a psicanálise, existem as intenções in- importante.
conscientes. Por isso é preciso classificar tudo o que o homem faz
em sociedade. Até mesmo o silêncio, é comunicação, ele pode sig- Há várias regras a serem seguidas para a apresentação inicial
nificar concordância, indiferença, desprezo, etc. para um bom atendimento. Com por exemplo: O que dizer antes
Assim, a comunicação, tanto interna quanto externa das orga- de iniciar o atendimento? O nome do atendente; O nome da em-
nizações, é uma ferramenta de extrema importância para qualquer presa; Bom dia; Boa tarde; Boa noite; Pois não, em que posso aju-
organização e determinante no que se refere ao sucesso, indepen- dá-lo?; entre outros.
dente do porte e da área de atuação.
É uma ferramenta estratégica, pois muitos erros podem ser A sequência não importa, o que deve ser pensado na hora, é
atribuídos às falhas de comunicação. Portanto, um sistema de co- que essas frases realmente devem ser ditas de forma positiva de
municação eficaz é fundamental para as organizações que buscam acordo com seu contexto. E o atendente também deve se lembrar
o crescimento e cultura organizacional. que os clientes não aguentam mais ser atendimentos com apresen-
Na era da informação, a rapidez e o valor das informações faz tações mecânicas, pois o que eles esperam é uma apresentação
com que as organizações se vejam no imperativo de reestruturarem receptiva.
sua comunicação (seja ela interna ou social) adotando um padrão
moderno aproximando suas ações e o discurso empresarial. Por isso, saudar com “bom dia, boa tarde, ou, boa noite” é
Diante disso, emergem os problemas de comunicação. Os pro- ótimo! Mas, diga isso, com sinceridade, assim o cliente perceberá a
blemas de comunicação surgem por uma situação de fala distorcida veracidade em suas palavras.
em que os participantes do ato comunicativo encontram-se em po-
sições desiguais de poder e conhecimento de informações. Dizer o nome da empresa se o atendimento for por meio do
O principal problema da comunicação organizacional a sobre- telefone também faz parte, porém, faça de forma clara e devagar.
carga de input de informação, podendo este estar relacionado a má Não dê margem, ou fale de forma que ele tenha que perguntar de
seleção de informações por parte do indivíduo ou a uma cultura onde é logo após o atendente ter falado. Dizer o nome, também é
organizacional valorizadora de grande quantidade de informações. importante. Mas, isso pode ser dito de uma forma melhor como,
perguntar o nome do cliente primeiro, e depois o atendente diz o
Dimensões de um Atendimento de Qualidade seu. Exemplo: Qual seu nome, por favor? Oi Maria, eu sou a Mada-
lena, hoje posso ajuda-la em quê?
Comunicabilidade O cliente com certeza já irá se sentir com prestígio, e também,
É a qualidade do ato comunicativo, no qual a mensagem é irá perceber que essa empresa trabalha pautada na qualidade do
transmitida de maneira integral, correta, rápida e economicamente. atendimento.
A transmissão integral supõe que não há ruídos supressivos, defor- Segundo a sabedoria popular, leva-se de 5 a 10 segundos para
mantes ou concorrentes. A transmissão correta implica em iden- formarmos a primeira impressão de algo. Por isso, o atendente deve
tidade entre a mensagem mentada pelo emissor e pelo receptor. trabalhar nesses segundos iniciais como fatores essenciais para o
atendimento, fazendo com que o cliente tenha uma boa imagem
da organização.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O profissionalismo na apresentação se tornou fator chave para Assim, ao realizar um atendimento, seja pessoalmente ou por
o atendimento, ou seja, o excesso de intimidade na apresentação é telefone, quem o faz, está oferecendo a sua imagem (vendendo sua
repudiável, o cliente não está procurando amigos de infância, mas imagem) e a da organização que representa. Pois todas as ações
sim, soluções aos seus problemas. representam o que a empresa pretende.
Assim, os nomes que caracterizam intimidade devem ser abo- É importante lembrar que não se deve ficar pensando na res-
lidos do atendimento. Tampouco, os nomes e adjetivos no diminu- posta na hora em que o interlocutor estiver falando. Concentre-se
tivo. em ouvir. Outro item que deve ser levado em conta no atendimento
Outro fator que decepciona e enfurece os clientes, é a demora é não interromper o interlocutor, pois, quando duas pessoas falam
no atendimento, principalmente quando ele observa que o aten- ao mesmo tempo, nenhuma ouve corretamente o que a outra está
dente está conversando com outros seus assuntos particulares em dizendo. E assim, não há a comunicação.
paralelo, ou, fazendo ações que são particulares e não condizem O atendente também não deve se sentir como se estivesse
com seu trabalho. sendo atacado, pois alguns clientes dão um tom mais agressivo à
A instantaneidade na apresentação do atendimento configura sua fala, porém, isso deve ser combatido por meio da atitude do
seriedade e transmite confiança ao cliente, portanto, o atendente atendente, que deve responder de forma calma, tranquila e sensa-
deve tratar a apresentação no atendimento como ponto inicial, de ta, sem elevar o tom da voz, ou seja, sem se alterar.
sucesso, para um bom relacionamento com o cliente.
Presteza, Eficiência e Tolerância
Atenção, Cortesia e Interesse Ter presteza no atendimento faz com que o cliente sinta que a
O atendimento é mais importante que preço, produto ou ser- instituição tem um foco totalmente nele e que esta prima por solu-
viço para o cliente, quando ele procura a organização é porquê tem cionar as dúvidas, problemas e necessidades dos clientes, ser ágil,
necessidade de algo. O atendente deve desprender toda a atenção sim, mas, a qualidade não pode ser deixada de lado.
para ele, por isso deve interromper tudo o que está fazendo, e pres- De nada adianta fazer rápido, se terá que ser feito novamente,
tar atenção única e exclusivamente no cliente. a presteza deve ser acompanhada de qualidade, para isso, é impor-
Assuntos particulares e distrações são encarados pelos clientes tante que o ambiente de trabalho esteja organizado, para que tudo
como falta de profissionalismo, por isso, atentar-se ao que ele diz, seja encontrado facilmente.
questiona ou traduz em forma de gestos e movimentos, devem ser Estar bem informado sobre os produtos e serviços da organiza-
compreendidos e transformados em conhecimento ao atendente. ção, também tornam o atendimento mais ágil. Em um mundo em
Perguntar mais de uma vez a mesma coisa, ou, indagar algo que que o tempo está relacionado ao dinheiro, o cliente não se sente
já foi dito antes, são decodificados pelo cliente como desprezo. É bem em lugares que tenha que perder muito tempo para solucionar
importante ter atenção a tudo o que o cliente faz e diz, para que o algum problema.
atendimento seja personalizado e os interesses e necessidades dele Instantaneidade é a palavra de ordem, por mais que o proces-
sejam trabalhados e atendidos. so de atendimento demore, o que o cliente precisa detectar, é que
É indispensável que se use do formalismo e da cortesia, pois está sendo feito na velocidade máxima permitida.
o excesso de intimidade pode constranger o cliente, ser educado e A demora também pode afetar no processo do próximo aten-
cortês é fundamental, porém, o excesso de amabilidade, se torna dimento, porém, é importante atender completamente um cliente
tão inconveniente quanto a falta de educação. para depois começar a atender o próximo.
Por isso, é necessário que o cliente se sinta importante, envolto Ser ágil não está ligado a fazer as coisas com rapidez, mas sim,
por um ambiente agradável e favorável para que seus desejos e ne- fazer de maneira otimizada. Neste sentido o comportamento do
cessidades sejam atendidos. O atendente deve estar voltado com- atendente deve ser eficiente para cumprir com o prometido, e solu-
pletamente para a interação com o cliente, estando sempre atento cionar o problema do cliente, assim ser eficiente é realizar tarefas,
para perceber constantemente as suas necessidades. Logo, deve-se resolvendo os problemas inerentes a ela, para que se atinja a meta
demonstrar interesse em relação às necessidades dos clientes e estabelecida.
atendê-las prontamente e da melhor forma possível. Posto isso, o atendimento eficiente é aquele que não se perde
Gentileza é o ponto inicial para a construção do relacionamen- tempo com coisas que são irrelevantes, e sim, agiliza o processo
to com o cliente, a educação deve permear em todo processo de para que o desejado pelo cliente seja cumprido em menor tempo.
atendimento. Desde a apresentação até a despedida. Saudar o Eficiência está ligada a rendimento. Por isso, atendimento eficiente
cliente, utilizar de: obrigado, por favor, desculpas por imprevistos, é aquele que rende o suficiente para ser útil.
são fundamentais em todo o processo. O atendente precisa compreender que o cliente está ali para
Caracteriza-se também, como cortesia no atendimento, o tom ser atendido, e por isso, não deve perder tempo com assuntos ou
de voz e a forma com que se dirige ao cliente, o tom de voz deve ser ações que desviem do pretendido.
agradável, mas, precisa ser audível, ou seja, que dê para compreen-
der. É vale ressaltar que apenas o cliente deve escutar, e não todo Há alguns pontos que levam a um atendimento eficiente,
mundo que se encontra no estabelecimento. como:
- Todos fazem parte do atendimento.
Com idosos, a atenção deve ser redobrada. Algumas palavras - Saber o que todos os colaboradores da organização exercem
e tratamentos podem ser ofensivos a eles, portanto, deve-se utilizar evita que o cliente tenha que repetir mais de uma vez o que deseja
sempre como formas de tratamento: Senhor e Senhora. e que fique esperando mais tempo que o necessário.
- Cativar o cliente, sem se prolongar muito, mostra eficiência e
profissionalismo.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Respeitar o tempo e espaço das pessoas é fundamental ao Ser elegante em um ambiente de trabalho e não expor o visi-
cliente, se ele precisa de um tempo a mais para elaborar e proces- tante/usuário, sendo bem-educado, não significa bajular o atendido
sar o que está sendo feito, dê esse tempo auxiliando-o com infor- e sim ser cortês, simpático e sociável. Isto certamente facilitará a
mações e questões que o auxilie no processo de compreensão. comunicação e tornará o convívio mais agradável e saudável.
- Ser positivo e otimista e ao mesmo tempo ágil fará com que o
cliente tenha a mesma conduta. Conduta e Objetividade
- Saber identificar os gestos e as reações das pessoas, de forma A conduta do atendente deve ser proativa, passando confiança
a não se tornar desagradável ou inconveniente, facilita no atendi- e credibilidade, sendo ao mesmo tempo profissional e possuindo
mento. simpatia, ser comprometido e ter bom senso, atendendo de forma
- Ter capacidade de ouvir o que falam, procurando interpretar gentil e educada, sorrindo e tendo iniciativa.
o que dizem e o que deixaram de dizer, exercitando o “ouvir com a O sigilo é importante, e por isso, o atendimento deve ser ex-
inteligência e não só com o ouvido”. clusivo e impessoal, ou seja, o assunto que está sendo tratado no
- Interpretar cada cliente, procurando identificar a real impor- momento, deve ser dirigido apenas ao cliente, como já dito antes,
tância de cada “fala” e os valores do que foi dito. as demais pessoas que estão no local não podem e nem devem es-
- Saber falar a linguagem de cada cliente procurando identificar cutar o que está sendo tratado no momento.
o que é especial, importante e ou essencial em cada solicitação, A conduta de impessoalidade e personalização transformam o
procurando ajudá-lo a conseguir o que deseja, otimiza o processo. atendimento, e dão um tom formal à situação, por outro lado a ob-
- O atendente deve saber que fazer um atendimento eficiente é jetividade está ligada à eficiência e presteza, e por isso, tem como
ser breve sem tornar-se desagradável. foco, como já vimos, eliminar desperdiçadores de tempo, que são
- Ter ética em todos os níveis de atendimento faz com que o aquelas atitudes que destoam do foco.
cliente não tenha dúvida sobre a organização e, sendo assim, não Possui objetividade é pensar fundamentalmente apenas no
desperdice tempo fazendo questionamentos sobre a conduta da que o cliente precisa, e para que ele está ali, ou seja, solucionar o
empresa. seu problema e atender às suas necessidades devem ser tratados
- O atendente deve saber que sempre há uma solução para como prioridade, pois na maioria das vezes os clientes têm pressa e
tudo e para todos, buscando sempre os entendimentos e os acor- necessita de uma solução rapidamente.
dos em todas as situações, por mais difíceis que elas se apresentem. Afirmamos que o atendimento com qualidade deve ser pauta-
- O atendente deve saber utilizar a comunicação e as informa- do na brevidade, porém, isso não exclui outros fatores tão impor-
ções. tantes quanto, como: clareza, presteza, atenção, interesse e comu-
- O todo é composto de partes, e para os clientes “as ações nicabilidade.
sempre falaram mais que as palavras”.
Princípios Fundamentais do Atendimento de Qualidade
Outro aspecto que deve ser observado é que em todos os ní-
veis de atendimento será inevitável deparar-se com clientes ofensi- Reforçando as afirmações anteriores, temos ainda, alguns prin-
vos e agressivos, para tanto, o atendente deve ter tolerância para cípios fundamentais para imprimir mais qualidade ao atendimento,
acalmar o cliente e mostrar que ele está ali para auxiliá-lo e resolver sendo estes:
o problema.
Não deixar dúvidas ao cliente de que a receptividade na em- 1. Princípio da Competência: o cliente espera que cada pessoa
presa é a palavra de ordem, o acalma e tranquiliza, por isso, a tole- que o atenda detenha informações detalhadas sobre o funciona-
rância é importante para que não se perca a linha e comprometa a mento da organização e do setor que ele procurou. Ele tem a ex-
imagem da empresa e a qualidade no atendimento. pectativa de encontrar pessoas capacitadas a fornecer informações
Por mais que não seja o responsável pela situação, o atendente detalhadas sobre o assunto do seu interesse, por isso identifique as
deve demonstrar interesse, presteza e tolerância, para que o cliente necessidades do cliente, ouça atentamente a descrição do serviço
insista em construir uma situação de discussão, o atendente deve- solicitado.
-se manter firme, tolerante e profissional. Portanto, a presteza, efi-
ciência e a tolerância, formam uma tríplice que sustentam os aten- 2. Princípio da Legitimidade: o cliente deve ser atendido com
dimentos pautados na qualidade, tendo em vista que a agilidade e ética, respeito, imparcialidade, sem discriminações, com justiça e
profissionalismo permeiam os relacionamentos. colaboração:
- Preferencialmente, trate-o pelo nome;
Discrição - Não escreva ou faça qualquer outra atividade enquanto esti-
Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente e da re- ver falando com ele;
lação com o interlocutor. No trabalho, a pessoa deve ter acima de - Esteja atento à condição física do usuário (ofereça ajuda aos
tudo discrição em seus atos, pois certas brincadeiras ou comentá- idosos e as pessoas com necessidades especiais).
rios podem ofender as pessoas que estão sendo atendidas e gerar
situações constrangedoras. Nestes casos, a melhor maneira de con- 3. Princípio da Disponibilidade: o atendente representa, para
tornar a situação é pedir desculpas e cuidar para que não ocorram o cliente, a imagem da organização, devido a isso deve haver em-
novamente. penho para que o cliente não se sinta abandonado, desamparado,
Todas as atitudes que incomodam as pessoas são consideradas sem assistência. Ele deve receber assistência personalizada desde o
falta de respeito e por isso deve haver uma série de cuidados, como momento de sua chegada até à despedida:
por exemplo: não bater o telefone, não falar alto, importunar seu - Demonstre estar disponível para realizar sua tarefa de aten-
colega com conversas e perguntas o tempo todo, entre outros. dente;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Se houver demora no atendimento, peça desculpas; • Digitalização: Sempre que possível, opte por manter registros
- Mantenha a atenção à necessidade do usuário até sua parti- em formato digital para economizar espaço e facilitar o acesso.
da. • Segurança: Implemente medidas de segurança para proteger
os registros contra acesso não autorizado e perda de dados.
4. Princípio da Flexibilidade: o atendente deve procurar iden-
tificar claramente as necessidades do usuário e esforçar-se para — Seletividade de Documentações
ajuda-lo, orienta-lo, ou conduzi-lo a quem possa ajuda-lo adequa- Não todas as documentações geradas ou recebidas por uma
damente: organização têm o mesmo nível de importância ou utilidade. A sele-
- Preste atenção à comunicação não verbal; tividade na manutenção de documentos permite que a organização
- Não deixe nenhuma indagação sem resposta; se concentre nos registros mais relevantes, economizando tempo
- Demonstre que sabe lidar com situações não previstas. e recursos.

Existem também as estratégias verbais, não verbais e ambien- Melhores Práticas


tais: • Classificação: Classifique os documentos com base em crité-
rios como urgência, relevância e necessidade legal de retenção.
Estratégias Verbais • Descarte Responsável: Documentos que não são mais neces-
- Reconheça, o mais breve possível, a presença das pessoas; sários devem ser descartados de forma segura e em conformidade
- Se houver demora no atendimento, peça desculpas; com as leis de retenção de registros.
- Se possível, trate o usuário pelo nome; • Revisão Periódica: Faça uma revisão regular dos documentos
- Demonstre que quer identificar e entender as necessidades armazenados para garantir que apenas os mais relevantes sejam
do usuário; mantidos.
- Escute atentamente, analise bem a informação, apresente
questões; — Pautas de Reuniões
A pauta de uma reunião é um roteiro que define os tópicos
Estratégias Não Verbais a serem discutidos, os participantes e o tempo alocado para cada
- Olhe para a pessoa diretamente e demonstre atenção; item. Uma pauta bem elaborada é fundamental para garantir que a
- Prenda a atenção do receptor; reunião seja produtiva e alcance seus objetivos.
- Preste atenção à comunicação não-verbal;
Melhores Práticas
Estratégias Ambientais • Preparação Antecipada: Distribua a pauta antes da reunião
- Mantenha o ambiente de trabalho organizado e limpo; para que os participantes possam se preparar.
- Assegure acomodações adequadas para o usuário; • Priorização: Coloque os itens mais importantes ou urgentes
- Evite deixar pilhas de papel, processos e documentos desor- no topo da pauta para garantir que recebam atenção adequada.
ganizados sobre a mesa; • Tempo: Aloque tempo suficiente para cada item, mas seja fle-
- Solicite, se for possível, uma decoração de bom gosto. xível para permitir discussões não planejadas quando necessário.

A gestão eficaz de registros de expedientes, a seletividade na


NOÇÕES SOBRE REGISTROS DE EXPEDIENTES; SELETIVIDA- manutenção de documentações e a elaboração de pautas de reu-
DE DE DOCUMENTAÇÕES E PAUTAS DE REUNIÕES; niões são práticas administrativas que, quando bem executadas,
contribuem significativamente para o sucesso organizacional. A
implementação de melhores práticas em cada uma dessas áreas
A administração eficaz de uma organização não se limita ape- não apenas otimiza as operações, mas também facilita a tomada
nas à gestão de pessoas e recursos, mas também à gestão da infor- de decisões e garante a conformidade com as normas legais e re-
mação. Neste contexto, o manejo adequado de registros de expe- gulatórias.
dientes, a seletividade na documentação e a elaboração de pautas
de reuniões são elementos cruciais. Este texto visa fornecer uma
visão abrangente desses aspectos, destacando sua importância e TÉCNICAS DE ARQUIVOS E CONSERVAÇÃO DE DOCUMEN-
fornecendo diretrizes práticas para sua implementação. TOS;
— Registros de Expedientes
Registros de expedientes são documentos ou arquivos que con- A arquivística é uma ciência que estuda as funções do ar-
têm informações sobre as atividades diárias de uma organização. quivo, e também os princípios e técnicas a serem observados
Eles podem incluir correspondências, memorandos, relatórios e ou- durante a atuação de um arquivista sobre os arquivos e, tem por
tros tipos de documentação. A manutenção precisa desses registros objetivo, gerenciar todas as informações que possam ser regis-
é vital para a eficiência operacional, a tomada de decisões informa- tradas em documentos de arquivos.
das e a conformidade com regulamentações legais.
A Lei nº 8.159/91 (dispõe sobre a política nacional de arqui-
Melhores Práticas vos públicos e entidades privadas e dá outras providências) nos
• Padronização: Utilize um formato padrão para todos os regis- dá sobre arquivo:
tros para facilitar a recuperação de informações.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

“Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, insti-
tuições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.”

Á título de conhecimento segue algumas outras definições de arquivo.


“Designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou pri-
vada, caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores, para fins de
prova ou informação”, CONARQ.
“É o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas
atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”, Solon Buck (Souza, 1950) (citado por PAES, Ma-
rilena Leite, 1986).
“É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua
atividade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro.” (PAES, Marilena
Leite, 1986).

De acordo com uma das acepções existentes para arquivos, esse também pode designar local físico designado para conservar
o acervo.
A arquivística está embasada em princípios que a diferencia de outras ciências documentais existentes.
Vejamos:

O princípio de proveniência nos remete a um conceito muito importante aos arquivistas: o Fundo de Arquivo, que se caracteri-
za como um conjunto de documentos de qualquer natureza – isto é, independentemente da sua idade, suporte, modo de produção,
utilização e conteúdo– reunidos automática e organicamente –ou seja, acumulados por um processo natural que decorre da própria
atividade da instituição–, criados e/ou acumulados e utilizados por uma pessoa física, jurídica ou poruma família no exercício das
suas atividades ou das suas funções.
Esse Fundo de Arquivo possui duas classificações a se destacar.
Fundo Fechado – quando a instituição foi extinta e não produz mais documentos estamos.
Fundo Aberto - quando a instituição continua a produzir documentos que se vão reunindo no seu arquivo.

Temos ainda outros aspectos relevantes ao arquivo, que por alguns autores, podem ser classificados como princípios e por
outros, como qualidades ou aspectos simplesmente, mas que, independente da classificação conceitual adotada, são relevantes
no estudo da arquivologia. São eles:
- Territorialidade: arquivos devem ser conservados o mais próximo possível do local que o gerou ou que influenciou sua pro-
dução.
- Imparcialidade: Os documentos administrativos são meios de ação e relativos a determinadas funções. Sua imparcialidade
explica-se pelo fato de que são relativos a determinadas funções; caso contrário, os procedimentos aos quais os documentos se
referem não funcionarão, não terão validade. Os documentos arquivísticos retratam com fidelidade os fatos e atos que atestam.
- Autenticidade: Um documento autêntico é aquele que se mantém da mesma forma como foi produzido e, portanto, apresenta
o mesmo grau de confiabilidade que tinha no momento de sua produção.

Por finalidade a arquivística visa servir de fonte de consulta, tornando possível a circulação de informação registrada, guardada
e preservada sob cuidados da Administração, garantida sua veracidade.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Costumeiramente ocorre uma confusão entre Arquivo e outros dois conceitos relacionados à Ciência da Informação, que são a
Biblioteca e o Museu, talvez pelo fato desses também manterem ali conteúdo guardados e conservados, porém, frisa-se que trata-
-se de conceitos distintos.
O quadro abaixo demonstra bem essas distinções:

Arquivos Públicos
Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II:
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos
públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas
e judiciárias”.
Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz:
“§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entida-
des privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à
instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.»
Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de caráter público –
mediante delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da esfera de governo.

Arquivos Privados
De acordo com a mesma Lei citada acima:
“Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
decorrência de suas atividades.”
Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido artigo, a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz respeito à pes-
soa jurídica de direito privado, não se confundindo, portanto, com pessoa jurídica de direito público, pois os órgãos que compõe a
administração indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são também pessoas jurídicas, destituídas de poder político
e dotadas de personalidade jurídica própria, porém, de direito público.

Exemplos:
• Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc.
• Pessoais: fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc.
• Comercial: companhias, empresas, etc.
A arquivística é desenvolvida pelo arquivista, profissional com formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Esta-
do. Ele pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de documentação, arquivos privados ou públicos, instituições
culturais etc.
Ao arquivista compete gerenciar a informação, cuidar da gestão documental, conservação, preservação e disseminação da
informação contida nos documentos, assim como pela preservação do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídica),
institução e, em última instância, da sociedade como um todo.
Também é função do arquivista recuperar informações ou elaborar instrumentos de pesquisas arquivisticas. 2

GESTÃO DE DOCUMENTOS
Um documento (do latim documentum, derivado de docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gráfico, que
comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, documentos são frequentemen-
te sinônimos de atos, cartas ou escritos que carregam um valor probatório.
2Adaptado de George Melo Rodrigues
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documento arquivístico: Informação registrada, indepen- sários, de forma que mesmo havendo um aumento de produção
dente da forma ou do suporte, produzida ou recebida no de- de documentos sua gestão seja feita com agilidade, rapidez e
correr da atividade de uma instituição ou pessoa e que possui organização.
conteúdo, contexto e estrutura suficientes para servir de prova Para atender essa finalidade, as organizações adotam um
dessa atividade. sistema de base de dados, onde os documentos são registrados
Administrar, organizar e gerenciar a informação é uma ta- assim que chegam à organização.
refa de considerável importância para as organizações atuais, A partir do momento que a informação ou documento che-
sejam essas privadas ou públicas, tarefa essa que encontra su- ga é adotado uma rotina lógica, evitando o descontrole ou pro-
porte na Tecnologia da Gestão de Documentos, importante fer- blemas decorrentes por falta de zelo com esses, como podemos
ramenta que auxilia na gestão e no processo decisório. perceber:
A gestão de documentos representa umconjunto de pro-
cedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, Recebimento:
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e Como o próprio nome diz, é onde se recebe os documentos
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a e onde se separa o que é oficial e o que é pessoal.
guarda permanente. Os pessoais são encaminhados aos seus destinatários.
Já os oficiais podem sem ostensivos e sigilosos. Os ostensi-
Através da Gestão Documental é possível definir qual a po- vos são abertos e analisados, anexando mais informações e as-
litica arquivistica adotada, através da qual, se constitui o patri- sim encaminhados aos seus destinos e os sigilosos são enviados
mônio arquivistico. Outro aspecto importante da gestão docu- diretos para seus destinatários.
mental é definir os responsáveis pelo processo arquivistico.
A Gestão de Documentos é ainda responsável pela implan- Registro:
tação do programa de gestão, que envolve ações como as de Todos os documentos recebidos devem ser registrados ele-
acesso, preservação, conservação de arquivo, entre outras ati- tronicamentecom seu número, nome do remetente, data, as-
vidades. sunto dentre outras informações.
Por assegurar que a informação produzida terá gestão ade- Depois do registro o documento é numerado (autuado) em
quada, sua confidencialidade garantida e com possibilidade de ordem de chegada.
ser rastreada, a Gestão de Documentos favorece o processo de Depois de analisado o documento ele é classificado em uma
Acreditação e Certificação ISO, processos esses que para deter- categoria de assuntopara que possam ser achados. Neste mo-
minadas organizações são de extrema importância ser adquiri- mento pode-se ate dar um código a ele.
do.
Outras vantagens de se adotar a gestão de documentos é a Distribuição:
racionalização de espaço para guarda de documentos e o con- Também conhecido como movimentação, é a entrega para
trole deste a produção até arquivamento final dessas informa- seus destinatários internos da empresa. Caso fosse para fora da
ções. empresa seria feita pela expedição.
A implantação da Gestão de Documentos associada ao uso
adequado da microfilmagem e das tecnologias do Gerenciamen- Tramitação:
to Eletrônico de Documentos deve ser efetiva visando à garantia A tramitação são procedimentos formais definidas pela em-
no processo de atualização da documentação, interrupção no presa.É o caminho que o documento percorre desde sua entrada
processo de deterioração dos documentos e na eliminação do na empresa até chegar ao seu destinatário (cumprir sua função).
risco de perda do acervo, através de backup ou pela utilização Todas as etapas devem ser seguidas sem erro para que o proto-
de sistemas que permitam acesso à informação pela internet e colo consiga localizar o documento. Quando os dados são colo-
intranet. cados corretamente, como datas e setores em que o documento
A Gestão de Documentos no âmbito da administração pú- caminhou por exemplo, ajudará aagilizar a sua localização.
blica atua na elaboração dos planos de classificação dos docu-
mentos, TTD (Tabela Temporalidade Documental) e comissão Expedição de documentos:
permanente de avaliação. Desta forma é assegurado o acesso A expedição é por onde sai o documento. Deve-se verificar
rápido à informação e preservação dos documentos. se faltam folhas ou anexos. Também deve numerar e datar a
Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e correspondência no original e nas cópias, pois as cópias são o
expedição de documentos. acompanhamento da tramitação do documento na empresa e
Esse processo acima descrito de gestão de informação e serão encaminhadas ao arquivo. As originais são expedidas para
documentos segue um tramite para que possa ser aplicado de seus destinatários.
forma eficaz, é o que chamamos de protocolo.
O protocolo é desenvolvido pelos encarregados das funções
pertinentes aos documentos, como, recebimento, registro, dis-
tribuição e movimentação dos documentos em curso.
A finalidade principal do protocolo é permitir que as infor-
mações e documentos sejam administradas e coordenadas de
forma concisa, otimizada, evitando acúmulo de dados desneces-

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou

Sistemas de classificação
O conceito de classificação e o respectivo sistema classificativo a ser adotado, são de uma importância decisiva na elaboração
de um plano de classificação que permita um bom funcionamento do arquivo.
Um bom plano de classificação deve possuir as seguintes características:
- Satisfazer as necessidades práticas do serviço, adotando critérios que potenciem a resolução dos problemas. Quanto mais
simples forem as regras de classificação adotadas, tanto melhor se efetuará a ordenação da documentação;
- A sua construção deve estar de acordo com as atribuições do organismo (divisão de competências) ou em última análise, fo-
cando a estrutura das entidades de onde provém a correspondência;
- Deverá ter em conta a evolução futura das atribuições do serviço deixando espaço livre para novas inclusões;
- Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização sempre que se
entender conveniente.

A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar
sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacionadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência, recolhimento
e acesso a esses documentos, uma vez que o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo do documento, o qual reflete
a atividade que o gerou e determina o uso da informação nele contida. A classificação define, portanto, a organização física dos
documentos arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua recuperação.
Na classificação, as funções, atividades, espécies e tipos documentais distribuídos de acordo com as funções e atividades de-
sempenhadas pelo órgão.
A classificação deve ser realizada de acordo com as seguintes características:

De acordo com a entidade criadora


- PÚBLICO – arquivo de instituições públicas de âmbito federal ou estadual ou municipal.
- INSTITUCIONAL – arquivos pertencentes ou relacionados à instituições educacionais, igrejas, corporações não-lucrativas, so-
ciedades e associações.
- COMERCIAL- arquivo de empresas, corporações e companhias.
- FAMILIAR ou PESSOAL - arquivo organizado por grupos familiares ou pessoas individualmente.
.
De acordo com o estágio de evolução (considera-se o tempo de vida de um arquivo)
- ARQUIVO DE PRIMEIRA IDADE OU CORRENTE - guarda a documentação mais atual e frequentemente consultada. Pode ser
mantido em local de fácil acesso para facilitar a consulta.
- ARQUIVO DE SEGUNDA IDADE OU INTERMEDIÁRIO - inclui documentos que vieram do arquivo corrente, porque deixaram de
ser usados com frequência. Mas eles ainda podem ser consultados pelos órgãos que os produziram e os receberam, se surgir uma
situação idêntica àquela que os gerou.
- ARQUIVO DE TERCEIRA IDADE OU PERMANENTE - nele se encontram os documentos que perderam o valor administrativo e
cujo uso deixou de ser frequente, é esporádico. Eles são conservados somente por causa de seu valor histórico, informativo para
comprovar algo para fins de pesquisa em geral, permitindo que se conheça como os fatos evoluíram.

De acordo com a extensão da atenção


Os arquivos se dividem em:
- ARQUIVO SETORIAL - localizado junto aos órgãos operacionais, cumprindo as funções de um arquivo corrente.
- ARQUIVO CENTRAL OU GERAL - destina-se a receber os documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram
a estrutura de uma instituição.

De acordo com a natureza de seus documentos


- ARQUIVO ESPECIAL - guarda documentos de variadas formas físicas como discos, fitas, disquetes, fotografias, microformas
(fichas microfilmadas), slides, filmes, entre outros. Eles merecem tratamento adequado não apenas quanto ao armazenamento das
peças, mas também quanto ao registro, acondicionamento, controle e conservação.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- ARQUIVO ESPECIALIZADO – também conhecido como ar- 6. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes
quivo técnico, é responsável pela guarda os documentos de um de acordo com a ordem estabelecida – cronológica, alfabética,
determinado assunto ou setor/departamento específico. geográfica, verificando a existência de cópias e eliminando-as.
De acordo com a natureza do assunto Caso não exista o original manter uma única cópia;
- OSTENSIVO: aqueles que ao serem divulgados não prejudi- 7. Arquivar o anexo do documento, quando volumoso, em
cam a administração; caixa ou pasta apropriada, identificando externamente o seu
- SIGILOSO: em decorrência do assunto, o acesso é limitado, conteúdo e registrando a sua localização no documento que o
com divulgação restrita. encaminhou.
8. Endereçamento - o endereço aponta para o local onde os
De acordo com a espécie documentos/processos estão armazenados.
- ADMINISTRATIVO: Referente às atividades puramente ad-
ministrativas; Devemos considerar duas formas de arquivamento: A hori-
- JUDICIAL: Referente às ações judiciais e extrajudiciais; zontal e a vertical.
- CONSULTIVO: Referente ao assessoramento e orientação - Arquivamento Horizontal: os documentos são dispostos
jurídica. Busca dirimir dúvidas entre pareceres, busca alternati- uns sobre os outros, ―deitados, dentro do mobiliário. É indica-
vas para evitar a esfera judicial. do para arquivos permanentes e para documentos de grandes
dimensões, pois evitam marcas e dobras nos mesmos.
De acordo com o grau de sigilo - Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos uns
- RESERVADO: Dados ou informações cuja revelação não- atrás dos outros dentro do mobiliário. É indicado para arquivos
-autorizada possa comprometer planos, operações ou objetivos correntes, pois facilita a busca pela mobilidade na disposição
neles previstos; dos documentos.
- SECRETO: Dados ou informações referentes a sistemas, instala-
ções, projetos, planos ou operações de interesse nacional, a assuntos Para o arquivamento e ordenação dos documentos no arqui-
diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, programas ou vo, devemos considerar tantos os métodos quanto os sistemas.
instalações estratégicos, cujo conhecimento não autorizado possa Os Sistemas de Arquivamento nada mais são do que a pos-
acarretar dano grave à segurança da sociedade e do Estado; sibilidade ou não de recuperação da informação sem o uso de
- ULTRASSECRETO: Dados ou informações referentes à sobe- instrumentos.
rania e à integridade territorial nacional, a plano ou operações Tudo o que isso quer dizer é apenas se precisa ou não de
militares, às relações internacionais do País, a projetos de pes- uma ferramenta (índice, tabela ou qualquer outro semelhante)
quisa e desenvolvimento científico e tecnológico de interesse da para localizar um documento em um arquivo.
defesa nacional e a programas econômicos, cujo conhecimento Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sis-
não autorizado possa acarretar dano excepcionalmente grave à tema direto de busca e/ou recuperação, como por exemplo, os
segurança da sociedade e do Estado. métodos alfabético e geográfico.
Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema
Arquivamento e ordenação de documentos indireto de busca e/ou recuperação, como são os métodos nu-
O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedimentos méricos.
que visa ao acondicionamento e armazenamento dos documen-
tos no arquivo. A ORDENAÇÃO é a reunião dos documentos que foram clas-
Uma vez registrado, classificado e tramitado nas unidades sificados dentre de um mesmo assunto.
competentes, o documento deverá ser encaminhado ao seu des- Sua finalidade é agilizar o arquivamento, de forma organi-
tino para arquivamento, após receber despacho final. zada e categorizada previamente para posterior arquivamento.
O arquivamento é a guarda dos documentos no local esta- Para definir a forma da ordenação é considerada a natureza
belecido, de acordo com a classificação dada. Nesta etapa toda dos documentos, podendo ser:3
a atenção é necessária, pois um documento arquivado erronea-
mente poderá ficar perdido quando solicitado posteriormente. 1. Arquivamento por assunto
O documento ficará arquivado na unidade até que cumpra o Uma das técnicas mais utilizadas para a gestão de docu-
prazo para transferência ao Arquivo Central ou sua eliminação. mentos é o arquivamento por assunto. Como o próprio nome já
adianta, essa técnica consiste em realizar o arquivamento dos
As operações para arquivamento são: documentos de acordo com o assunto tratado neles.
1. Verificar se o documento destina-se ao arquivamento; Isso permite agrupar documentos que tratem de assuntos
2. Checar a classificação do documento, caso não haja, atri- correlatos e permite encontrar informações completas sobre
buir um código conforme o assunto; determinada matéria de forma simples e direta, sendo especial-
3. Ordenar os documentos na ordem sequencial; mente interessante para empresas que lidam com um grande
4. Ao arquivar o documento na pasta, verificar a existência volume de documentos de um mesmo tema.
de antecedentes na mesma pasta e agrupar aqueles que tratam
do mesmo assunto, por consequência, o mesmo código;
5. Arquivar as pastas na sequência dos códigos atribuídos
– usar uma pasta para cada código, evitando a classificação “di-
versos”;
3Adaptado de www.agu.gov.br
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67
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2. Método alfabético 4. Método eletrônico


Uma das mais conhecidas técnicas de arquivamento de do- O método eletrônico consiste em arquivar os documentos
cumentos é o método alfabético, que consiste em organizar os de forma eletrônica, realizando sua digitalização — o que permi-
documentos arquivados de acordo com a ordem alfabética des- te não só organizá-los de diversas formas distintas e de acordo
ses, permitindo uma consulta mais intuitiva e eficiente. com o método que mais se encaixa na organização e nas neces-
Como a própria denominação já indica, nesse esquema o sidades da empresa, mas fazer sua gestão online e até mesmo
elemento principal considerado é o nome. Estamos falando so- remota.
bre um método muito usado nas empresas por apresentar a van- 5. Método geográfico
tagem de ser rápido e simples. Esse método é aquele usado quando os documentos apre-
No entanto, quando se armazena um número muito grande sentam a sua organização por meio do local, isto é, quando a
de informações, é comum que existam alguns erros. Isso acon- empresa escolhe classificar os documentos a partir de seu local
tece devido à grande variedade de grafia dos nomes e também de origem.
ao cansaço visual do funcionário. No entanto, de acordo com a literatura arquivística, duas
Para que a localização e o armazenamento dos documentos normas precisam ser empregadas para que o método geográfico
se tornem mais rápidos, é possível combinar esse método com seja utilizado de forma adequada. Confira!
a escolha de cores. Dessa forma, fica mais simples encontrar a
letra procurada. - Norma do método geográfico 1
Esse método é conhecido como Variadex e utiliza as cores Quando os documentos são organizados por país ou por es-
como elementos auxiliares, com o objetivo de facilitar a locali- tado, eles precisam ser ordenados alfabeticamente. Dessa for-
zação e a recuperação dos documentos. Vale lembrar que essa é ma, fica mais fácil localizá-los depois. Isso vale também para as
somente uma variação do método alfabético. É possível, ainda, cidades de um mesmo país ou estado: sempre postas em ordem
combinar esse método ao de arquivamento por assunto, usando alfabética. Nesse caso, as capitais precisam aparecer no início da
a ordem alfabética para subdividir a organização. lista, uma vez que elas são, normalmente, as mais procuradas,
tendo uma quantidade maior de documentos.
3. Método numérico
O método numérico é outra opção de arquivamento e uma - Norma do método geográfico 2
ótima escolha para empresas que lidam com um grande volu- Ao realizar um arquivamento por cidades, quando não exis-
me de documentos. Ele consiste em determinar um número te separação por estado, não há a exigência de que as capitais
sequencial para cada documento, permitindo sua consulta de fiquem no início. A ordem vai ser simplesmente alfabética. En-
acordo com um índice numérico previamente determinado. tretanto, ao final de cada cidade, o estado a que ela corresponde
Como o próprio nome indica, esse método é aquele usado precisa aparecer na identificação.
quando os documentos são ordenados por números. É possível
escolher três formas distintas de utilizá-lo: numérico simples, 6. Método temático
cronológico ou dígito-terminal. Esse é um método que propõe a organização dos documen-
tos por assunto. Assim, a classificação é elaborada pelos assun-
- Método numérico simples tos e temas básicos, que podem admitir diversas composições.
Esse método é usado quando o modo de organizar é feito
pelo número da pasta ou do documento em que ele foi arqui- 7. Índice onomástico (opcional)
vado. É muito utilizado na organização de prontuários médicos, Índice de nomes próprios que aparecem no texto. Deve ser
filmes, processos e pastas de funcionários. utilizado quando o Coordenador da coleção assim o decidir.
Deve ser organizado da mesma maneira que o índice remissivo.
- Método numérico cronológico
Um método usado para fazer a organização dos documentos Tabela de temporalidade
por data. É extremamente utilizado para organizar documentos Instrumento de destinação, que determina prazos e condi-
financeiros, fotos e outros arquivos em que a data é o elemento ções de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento,
essencial para buscar a informação. descarte de documentos, com a finalidade de garantir o acesso
à informação a quantos dela necessitem.
- Método numérico dígito-terminal É um instrumento resultante da atividade de avaliação de docu-
A partir do momento em que se faz uso de números maio- mentos, que consiste em identificar seus valores (primário/adminis-
res, com diversos dígitos, o método simples não é eficiente. Isso trativo ou secundário/histórico) e definir prazos de guarda, registran-
ocorre porque ele acaba se tornando trabalhoso e lento. Por do dessa forma, o registra o ciclo de vida dos documentos.
isso, nesse caso, o mais indicado é utilizar o método dígito-ter- Para que a tabela tenha validade precisa ser aprovada por
minal. autoridade competente e divulgada entre os funcionários na ins-
Nesse método, a ordenação é realizada com base nos dois tituição.
últimos dígitos. Quando esses são idênticos, a ordenação é dada Sua estrutura básica deve necessariamente contemplar os
a partir dos dois dígitos anteriores. Isso acaba tornando o arqui- conjuntos documentais produzidos e recebidos por uma insti-
vamento mais ágil e eficiente. tuição no exercício de suas atividades, os prazos de guarda nas
fases corrente e intermediária, a destinação final – eliminação
ou guarda permanente, além de um campo para observações
necessárias à sua compreensão e aplicação.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utilização do instrumento:


1. Assunto: Apresenta-se aqui os conjuntos documentais produzidos e recebidos, hierarquicamente distribuídos de acordo com
as funções e atividades desempenhadas pela instituição.
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeticamente para
agilizar a sua localização na tabela.

2. Prazos de guarda: Trata-se do tempo necessário para arquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária,
visando atender exclusivamente às necessidades da administração que os gerou.
Deve ser objetivo e direto na definição da ação – exemplos: até aprovação das contas; até homologação daaposentadoria; e
até quitação da dívida.
- Os prazos são preferencialmente em ANOS
- Os prazos são determinados pelas: - Normas
- Precaução
- Informações recaptulativas
- Frequência de uso

3. Destinação final: Registra-se a destinação estabelecida que pode ser:

4. Observações: Neste campo são registradas informações complementares e justificativas, necessárias à correta aplicação da
tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto à alteração do suporte da informação e aspectos elucidativos quanto à destinação
dos documentos, segundo a particularidade dos conjuntos documentais avaliados.

A definição dos prazos de guarda devem ser definidos com base na legislação vigente e nas necessidades administrativas.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO.


Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, deverão ser observados procedimentos es-
pecíficos, de acordo com os diferentes gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de guarda
estabelecido na tabela de temporalidade e destinação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Não podemos nos esquecer dos documentos eletrônicos, - utilizar preferencialmente soluções de baixo custo direcio-
que hoje em dia está cada vez mais presente. As alternativas são nadas à obtenção de níveis de temperatura e umidade relativa
diversas, como dispositivos externos de gravação,porém, o mais estabilizados na média, evitando variações súbitas;
indicado hoje, é armazenar os dados em nuvem, que oferece - reavaliar a utilidade de condicionadores mecânicos quan-
além da segurança, a facilidade de acesso. do os equipamentos de climatização não puderem ser mantidos
em funcionamento sem interrupção;
Armazenamento - proteger os documentos e suas embalagens da incidência
direta de luz solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas;
Áreas de armazenamento - monitorar os níveis de luminosidade, em especial das ra-
diações ultravioleta;
Áreas Externas - reduzir ao máximo a radiação UV emitida por lâmpadas
A localização de um depósito de arquivo deve prever facili- fluorescentes, aplicando filtros bloqueadores aos tubos ou às
dades de acesso e de segurança contra perigos iminentes, evi- luminárias;
tando-se, por exemplo: - promover regularmente a limpeza e o controle de insetos
- áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de rasteiros nas áreas de armazenamento;
inundações, como margens de rios e subsolos; - manter um programa integrado de higienização do acervo
- áreas de risco de incêndios, próximas a postos de combus- e de prevenção de insetos;
tíveis, depósitos e distribuidoras de gases, e construções irre- - monitorar as condições do ar quanto à presença de poeira
gulares; e poluentes, procurando reduzir ao máximo os contaminantes,
- áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices de utilizando cortinas, filtros, bem como realizando o fechamento
poluição atmosférica, como refinarias de petróleo; e a abertura controlada de janelas;
- áreas próximas a instalações estratégicas, como indústrias - armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios magné-
e depósitos de munições, de material bélico e aeroportos. ticos e ópticos em condições climáticas especiais, de baixa tem-
peratura e umidade relativa, obtidas por meio de equipamentos
Áreas Internas mecânicos bem dimensionados, sobretudo para a manutenção
As áreas de trabalho e de circulação de público deverão da estabilidade dessas condições, a saber: fotografias em preto
atender às necessidades de funcionalidade e conforto, enquan- e branco T 12ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5% fotografias em cor T 5ºC ±
to as de armazenamento de documentos devem ser totalmente 1ºC e UR 35% ± 5% filmes e registros magnéticos T 18ºC ± 1ºC e
independentes das demais. UR 40% ± 5%.

Condições Ambientais Acondicionamento


Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e
trabalho devem receber tratamento diferenciado das áreas dos invólucros apropriados, que assegurem sua preservação.
depósitos, as quais, por sua vez, também devem se diferenciar A escolha deverá ser feita observando-se as características
entre si, considerando-se as necessidades específicas de preser- físicas e a natureza de cada suporte. A confecção e a disposição
vação para cada tipo de suporte. do mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre quali-
dade e resistência e sobre segurança no trabalho.
A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, pro-
longo do tempo, ocorre por reações químicas, que são acele- move a proteção contra danos físicos, químicos e mecânicos. Os
radas por flutuações e extremos de temperatura e umidade re- documentos devem ser guardados em arquivos, estantes, armá-
lativa do ar e pela exposição aos poluentes atmosféricos e às rios ou prateleiras, apropriados a cada suporte e formato.
radiações luminosas, especialmente dos raios ultravioleta. Os documentos de valor permanente que apresentam gran-
A adoção dos parâmetros recomendados por diferentes au- des formatos, como mapas, plantas e cartazes, devem ser ar-
tores (de temperatura entre 15° e 22° C e de umidade relativa mazenados horizontalmente, em mapotecas adequadas às suas
entre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e úmidos, o empre- medidas, ou enrolados sobre tubos confeccionados em cartão
go de meios mecânicos sofisticados, resultando em altos custos alcalino e acondicionados em armários ou gavetas. Nenhum do-
de investimento em equipamentos, manutenção e energia. cumento deve ser armazenado diretamente sobre o chão.
Os índices muito elevados de temperatura e umidade relati- As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de com-
va do ar, as variações bruscas e a falta de ventilação promovem putador, devem ser armazenadas longe de campos magnéticos
a ocorrência de infestações de insetos e o desenvolvimento de que possam causar a distorção ou a perda de dados. O armaze-
microorganismos, que aumentam as proporções dos danos. namento será preferencialmente em mobiliário de aço tratado
com pintura sintética, de efeito antiestático.
Com base nessas constatações, recomenda-se: As embalagens protegem os documentos contra a poeira e
- armazenar todos os documentos em condições ambientais danos acidentais, minimizam as variações externas de tempera-
que assegurem sua preservação, pelo prazo de guarda estabele- tura e umidade relativa e reduzem os riscos de danos por água e
cido, isto é, em temperatura e umidade relativa do ar adequadas fogo em casos de desastre.
a cada suporte documental; As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manuseio, ao
- monitorar as condições de temperatura e umidade relativa peso dos documentos e à pressão, caso tenham de ser empilha-
do ar, utilizando pessoal treinado, a partir de metodologia pre- das. Precisam ser mantidas em boas condições de conservação e
viamente definida; limpeza, de forma a proteger os documentos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem respeitar - As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas
formatos padronizados, e devem ser sempre iguais às dos docu- que bloqueiem totalmente o sol;
mentos que irão abrigar, ou, caso haja espaço, esses devem ser - Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no con-
preenchidos para proteger o documento. trole da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto em lâm-
Todos os materiais usados para o armazenamento de docu- padas fluorescentes.
mentos permanentes devem manter-se quimicamente estáveis
ao longo do tempo, não podendo provocar quaisquer reações - Qualidades do ar
que afetem a preservação dos documentos. O controle da qualidade é muito importante porque os ga-
Os papéis e cartões empregados na produção de caixas e ses e as partículas sólidas contribuem muito para a deterioração
invólucros devem ser alcalinos e corresponder às expectativas de materiais de bibliotecas e arquivos, destacando que esses po-
de preservação dos documentos. luentes podem tanto vir do ambiente externo como podem ser
No caso de caixas não confeccionados em cartão alcalino, gerando no próprio ambiente.
recomenda-se o uso de invólucros internos de papel alcalino,
para evitar o contato direto de documentos com materiais ins- 2. Agentes biológicos
táveis.4 Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, en-
tre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedores e os
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DE AR- fungos, cuja presença depende quase que exclusivamente das
QUIVO condições ambientais reinantes nas dependências onde se en-
A manutenção dos documentos pelo prazo determinado na contram os documentos.
tabela de temporalidade dependem de três aspectos:
- Fungos
Fatores de deterioração em acervos de arquivos Como qualquer outro ser vivo, necessitam de alimento e
Conhecendo-se a natureza dos materiais componentes dos umidade para sobreviver e proliferar. O alimento provém dos
acervos e seu comportamento diante dos fatores aos quais es- papéis, amidos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umi-
tão expostos, torna-se bastante fácil detectar elementos noci- dade é fator indispensável para o metabolismo dos nutrientes e
vos e traçar políticas de conservação para minimizá-los. para sua proliferação. Essa umidade é encontrada na atmosfe-
A grande maioria dos arquivos é constituída de documen- ra local, nos materiais atacados e na própria colônia de fungos.
tos impressos, e o papel é basicamente composto por fibras de Além da umidade e nutrientes, outras condições contribuem para o
celulose, portanto, identificar os principais agentes nocivos da crescimento das colônias: temperatura elevada, falta de circulação
celulose e descobrir soluções para evita-los é um grande passo de ar e falta de higiene.
na preservação e na conservação documental.
Essa degradação à qual os acervos estão sujeitos não se li- As medidas para proteger o acervo de infestação de fungos são:
mita a um único fator, pelo contrário, são várias as formas dessa - estabelecer política de controle ambiental, principalmente
degradação ocorrer, como veremos a seguir: temperatura, umidade relativa e ar circulante
- praticar a higienização tanto do local quanto dos docu-
1. Fatores ambientais mentos, com metodologia e técnicas adequadas;
São os agentes encontrados no ambiente físico do acervo, - instruir o usuário e os funcionários com relação ao manu-
como por exemplo, Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Ra- seio dos documentos e regras de higiene do local;
diação da Luz, Qualidade do Ar. - manter vigilância constante dos documentos contra aci-
dentes com água, secando-os imediatamente caso ocorram.
- Temperatura e umidade relativa
O calor e a umidade contribuem significativamente para a - Roedores
destruição dos documentos, principalmente quando em supor- A presença de roedores em recintos de bibliotecas e arqui-
te-papel. O desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. vos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Tentar obstruir
O calor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações as possíveis entradas para os ambientes dos acervos é um co-
químicas, é dobrada a cada aumento de 10°C. A alteração da meço. As iscas são válidas, mas para que surtam efeito devem
umidade relativa proporciona as condições necessárias para de- ser definidas por especialistas em zoonose. O produto deve ser
sencadear intensas reações químicas nos materiais. eficiente, desde que não provoque a morte dos roedores no
A circulação do ar ambiente representa um fator bastante recinto. A profilaxia se faz nos mesmos moldes citados acima:
importante para amenizar os efeitos da temperatura e umidade temperatura e umidade relativa controladas, além de higiene
relativa elevada. periódica.

- Radiação da luz - Ataques de insetos


Toda fonte de luz, emite radiação nociva aos materiais de Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto reves-
acervos, provocando consideráveis danos através da oxidação. timentos, provocam perdas de superfície e manchas de excre-
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção dos mentos. As baratas se reproduzem no próprio local e se tornam
acervos: infestação muito rapidamente, caso não sejam combatidas.
Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos imen-
4Adaptado de CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos/ www.ebox- sos em acervos, principalmente em livros. A fase de ataque ao
digital.com.br acervo é a de larva. Esse inseto se reproduz por acasalamento,
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

que ocorre no próprio acervo. Uma vez instalado, ataca não só o 6. Características gerais dos materiais empregados em
papel e seus derivados, como também a madeira do mobiliário, conservação
portas, pisos e todos os materiais à base de celulose. Nos projetos de conservação/preservação de acervos de bi-
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os mate- bliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas o uso de
riais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala e põe materiais de qualidade arquivística, isto é, daqueles materiais
ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete. livres de quaisquer impurezas, quimicamente estáveis, resisten-
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só para tes, duráveis. Suas características, em relação aos documentos
as coleções como para o prédio em si. Os cupins percorrem áre- onde são aplicados, distinguem-se pela estabilidade, neutralida-
as internas de alvenaria, tubulações, conduítes de instalações de, reversibilidade e inércia.Dentro das especificações positivas,
elétricas, rodapés, batentes de portas e janelas etc., muitas ve- encontramos vários materiais: os papéis e cartões alcalinos, os
zes fora do alcance dos nossos olhos. poliésteres inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de estantes orientais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas
coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, assoalhos etc. intervenções sobre os documentos como para acondicionamento.

3. Intervenções inadequadas nos acervos 7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais para
Trata-se de procedimentos de conservação que realizamos a conservação de acervos
em um conjunto de documentos com o objetivo de interromper Como já enfatizamos anteriormente, é muito importante ter
ou melhorar seu estado de degradação e que as vezes, resultam conhecimentos básicos sobre os materiais que integram nossos
em danos ainda maiores. acervos para que não corramos o risco de lhes causar mais danos.
Por isso, qualquer tratamento que se queira aplicar exige um Vários são os procedimentos que, apesar de simples, são de
conhecimento das características individuais dos documentos e grande importância para a estabilização dos documentos.
dos materiais a serem empregados no processo de conservação.
8. Higienização
4. Problemas no manuseio de livros e documentos A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os do-
O manuseio inadequado dos documentos é um fator de de- cumentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada a con-
gradação muito frequente em qualquer tipo de acervo. dições ambientais inadequadas, provoca reações de destruição
O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento, de todos os suportes num acervo. Portanto, a higienização das
sejam elas durante a higienização pelos funcionários da institui- coleções deve ser um hábito de rotina na manutenção de biblio-
ção, na remoção das estantes ou arquivos para uso do pesquisa- tecas ou arquivos, razão por que é considerada a conservação
dor, nas foto-reproduções, na pesquisa pelo usuário etc. preventiva por excelência.
- Processos de higienização
5. Fatores de deterioração - Limpeza de superfície - o processo de limpeza de acervos
Como podemos ver, os danos são intensos e muitos são ir- de bibliotecas e arquivos se restringe à limpeza de superfície e,
reversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos de uma portanto, é mecânica, feita a seco, com o objetivo de reduzir po-
política de conservação, existem medidas que podemos tomar eira, partículas sólidas, incrustações, resíduos de excrementos
sem despender grandes somas de dinheiro, minimizando dras- de insetos ou outros depósitos de superfície.
ticamente os efeitos desses agentes. Alguns investimentos de - Avaliação do objeto a ser limpo - cada objeto deve ser
baixo custo devem ser feitos, a começar por: avaliado individualmente para determinar se a higienização é
- treinamento dos profissionais na área da conservação e necessária e se pode ser realizada com segurança. No caso de
preservação; termos as condições abaixo, provavelmente o tratamento não
- atualização desses profissionais (a conservação é uma ci- será possível:
ência em desenvolvimento constante e a cada dia novas técni- • Fragilidade física do suporte
cas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e melhorar • Papéis de textura muito porosa
a conservação dos documentos); - Materiais usados para limpeza de superfície - a remoção da
- monitoração do ambiente – temperatura e umidade relati- sujidade superficial (que está solta sobre o documento) é feita
va em níveis aceitáveis; através de pincéis, flanela macia, aspirador e inúmeras outras
- uso de filtros e protetores contra a luz direta nos docu- ferramentas que se adaptam à técnica, como bisturi, pinça, es-
mentos; pátula, agulha, cotonete;
- adoção de política de higienização do ambiente e dos acer- - Limpeza de livros
vos; - Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, pincel
- contato com profissionais experientes que possam asses- macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado da encader-
sorar em caso de necessidade. nação;
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela lom-
bada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, limpar os
cortes, começando pela cabeça do livro, que é a área que está
mais exposta à sujidade. Quando a sujeira está muito incrustada
e intensa, utilizar, primeiramente, aspirador de pó de baixa po-
tência ou ainda um pedaço de carpete sem uso;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, numa primeira higienização;
- Oxigenar as folhas várias vezes.

- Higienização de documentos de arquivo - materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmente quebradiços, frágeis, distor-
cidos ou fragmentados. Isso se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante do uso de papéis de baixa qualidade. As más
condições de armazenamento e o excesso de manuseio também contribuem para a degradação dos materiais. Tais documentos têm
que ser higienizados com muito critério e cuidado.

- Documentos manuscritos - os mesmos cuidados para com os livros devem ser tomados em relação aos manuscritos. O exame
dos documentos, testes de estabilidade de seus componentes para o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de interven-
ção devem ser cuidadosamente realizados.

- Documentos em grande formato


- Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura (no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de borracha, após
testes. Pode-se também usar um cotonete - bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis à água, esses papéis podem ter
distorções causadas pela umidade que são irreversíveis ou de difícil remoção.
- Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. Todo cuidado
é pouco, até mesmo na escolha de seu acondicionamento.
- Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde que em boas
condições, o pó de borracha pode ser aplicado para tratar grandes áreas.

9. Pequenos reparos
Os pequenos reparos são diminutas intervenções que podemos executar visando interromper um processo de deterioração em
andamento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e têm a função de melhorar o
estado de conservação dos documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o risco de aumentar os danos é muito grande
e muitas vezes de caráter irreversível.
Os livros raros e os documentos de arquivo mais antigos devem ser tratados por especialistas da área. Os demais documentos
permitem algumas intervenções, de simples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim devem ser de qualidade arquivística
e de caráter reversível. Da mesma forma, toda a intervenção deve obedecer a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa
que, caso seja necessário reverter o processo, não pode existir nenhum obstáculo na técnica e nos materiais utilizados.
Toda e qualquer procedimento acima citada obrigatoriamente deve ser feito com o uso dos EPIs – Equipamentos de Proteção
Individual – tais como avental, luva, máscara, toucas, óculos de proteção e pró-pé/bota, a fim de evitar diversas manifestações
alérgicas, como rinite, irritação ocular, problemas respiratórios, protegendo assim a saúde do profissional. 5

ELABORAÇÃO DE OFÍCIOS; CORRESPONDÊNCIAS; TÉCNICAS DE AGENDAMENTO; FORMAS DE TRATAMENTOS; ABREVIA-


ÇÕES DE TRATAMENTOS DE PERSONALIDADES;

A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da República foi lançado no final de 2018 e apresenta algumas mudanças
quanto ao formato anterior. Para contextualizar, o manual foi criado em 1991 e surgiu de uma necessidade de padronizar os protocolos à
moderna administração pública. Assim, ele é referência quando se trata de Redação Oficial em todas as esferas administrativas.
O Decreto de nº 9.758 de 11 de abril de 2019 veio alterar regras importantes, quanto aos substantivos de tratamento. Expressões
usadas antes (como: Vossa Excelência ou Excelentíssimo, Vossa Senhoria, Vossa Magnificência, doutor, ilustre ou ilustríssimo, digno ou
digníssimo e respeitável) foram retiradas e substituídas apenas por: Senhor (a). Excepciona a nova regra quando o agente público entender
que não foi atendido pelo decreto e exigir o tratamento diferenciado.

5Adaptado de Norma Cianflone Cassares


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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A redação oficial é
A maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos e deve caracterizar-se pela: clareza e precisão,
objetividade, concisão, coesão e coerência, impessoalidade, formalidade e padronização e uso da norma padrão da língua portuguesa.

SINAIS E ABREVIATURAS EMPREGADOS


• Indica forma (em geral sintática) inaceitável ou agramatical
§ Parágrafo
adj. adv. Adjunto adverbial
arc. Arcaico
art.; arts. Artigo; artigos
cf. Confronte
CN Congresso Nacional
Cp. Compare
EM Exposição de Motivos
f.v. Forma verbal
fem. Feminino
ind. Indicativo
ICP - Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
masc. Masculino
obj. dir. Objeto direto
obj. ind. Objeto indireto
p. Página
p. us. Pouco usado
pess. Pessoa
pl. Plural
pref. Prefixo
pres. Presente
Res. Resolução do Congresso Nacional
RICD Regimento Interno da Câmara dos Deputados
RISF Regimento Interno do Senado Federal
s. Substantivo
s.f. Substantivo feminino
s.m. Substantivo masculino
SEI! Sistema Eletrônico de Informações
sing. Singular
tb. Também
v. Ver ou verbo
v.g. verbi gratia
var. pop. Variante popular

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
a) alguém que comunique: o serviço público.
b) algo a ser comunicado: assunto relativo às atribuições do órgão que comunica.
c) alguém que receba essa comunicação: o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo
ou dos outros Poderes.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a fina- terfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que
lidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto
comunicativa. Os atos oficiais (atos de caráter normativo) estabele- rude e grosseiro.
cem regras para a conduta dos cidadãos, regulam o funcionamento Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de infor-
dos órgãos e entidades públicos. Para alcançar tais objetivos, em mações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma
sua elaboração, precisa ser empregada a linguagem adequada. O entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve
mesmo ocorre com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de
é a de informar com clareza e objetividade. reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras
inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já
Atributos da redação oficial: foi dito.
• clareza e precisão; É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atri-
• objetividade; butos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elemen-
• concisão; tos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência
• coesão e coerência; quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os
• impessoalidade; parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.
• formalidade e padronização; e Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um
• uso da norma padrão da língua portuguesa. texto são:
CLAREZA PRECISÃO • Referência (termos que se relacionam a outros necessários à
sua interpretação);
Para a obtenção de clareza, O atributo da precisão • Substituição (colocação de um item lexical no lugar de outro
sugere-se: complementa a clareza e carac- ou no lugar de uma oração);
a) utilizar palavras e ex- teriza-se por: • Elipse (omissão de um termo recuperável pelo contexto);
pressões simples, em seu senti- a) articulação da lingua- • Uso de conjunção (estabelecer ligação entre orações, perío-
do comum, salvo quando o tex- gem comum ou técnica para a dos ou parágrafos).
to versar sobre assunto técnico, perfeita compreensão da ideia A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço pú-
hipótese em que se utilizará veiculada no texto; blico e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos.
nomenclatura própria da área; b) manifestação do pen- Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não de-
b) usar frases curtas, bem samento ou da ideia com as vem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.
estruturadas; apresentar as mesmas palavras, evitando o As comunicações administrativas devem ser sempre formais,
orações na ordem direta e evi- emprego de sinonímia com isto é, obedecer a certas regras de forma. Isso é válido tanto para as
tar intercalações excessivas. Em propósito meramente estilísti- comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os eventuais
certas ocasiões, para evitar am- co; e documentos impressos. Recomendações:
biguidade, sugere-se a adoção c) escolha de expressão ou • A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra
da ordem inversa da oração; palavra que não confira duplo a sua simplicidade;
c) buscar a uniformidade sentido ao texto. • O uso do padrão culto não significa empregar a língua de
do tempo verbal em todo o modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo
texto; literário;
d) não utilizar regionalis- • A consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na reda-
mos e neologismos; ção de um bom texto.
e) pontuar adequadamen-
te o texto;
f) explicitar o significado O único pronome de tratamento utilizado na comunicação
da sigla na primeira referência com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente
a ela; e do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da
g) utilizar palavras e ex- ocasião.
pressões em outro idioma ape- Obs. O pronome de tratamento é flexionado para o femini-
nas quando indispensáveis, em no e para o plural.
razão de serem designações ou
expressões de uso já consagra- São formas de tratamento vedadas:
do ou de não terem exata tra- I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo;
dução. Nesse caso, grafe-as em II - Vossa Senhoria;
itálico. III - Vossa Magnificência;
IV - doutor;
Por sua vez, ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se V - ilustre ou ilustríssimo;
deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, VI - digno ou digníssimo; e
é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia prin- VII - respeitável.
cipal e quais são as secundárias. A objetividade conduz o leitor ao
contato mais direto com o assunto e com as informações, sem sub-

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Todavia, o agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento, mediante invocação de normas especiais referentes
ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo. Ademais, é vedado negar a realização de ato administrativo ou admo-
estar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.
O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de tratamento ou o nome do agente
público. Poderão constar o pronome de tratamento e o nome do destinatário nas hipóteses de:
I – A mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a identificação do destinatário; ou
II - A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.
Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma:
o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que
chamamos de padrão ofício.
Consistem em partes do documento no padrão ofício:
• Cabeçalho: O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada pela formatação.
No cabeçalho deve constar o Brasão de Armas da República no topo da página; nome do órgão principal; nomes dos órgãos secundários,
quando necessários, da maior para a menor hierarquia; espaçamento entrelinhas simples (1,0). Os dados do órgão, tais como endereço,
telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento,
centralizados.
• Identificação do expediente:
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a
maior hierarquia, separados por barra (/);
d) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Local e data:
a) composição: local e data do documento;
b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da unidade da
federação depois do nome da cidade;
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve
utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data;
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página.

• Endereçamento: O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente. Nele deverão constar :
a) vocativo;
b) nome: nome do destinatário do expediente;
c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira linha: informação de localidade/lo-
gradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor; segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação,
separados por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto ou pelo traves-
são. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da
federação;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Assunto: O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da seguinte maneira:
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-pontos;
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar
verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito;
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Texto:

NOS CASOS EM QUE NÃO SEJA USADO PARA ENCAMINHA- QUANDO FOREM USADOS PARA ENCAMINHAMENTO DE
MENTO DE DOCUMENTOS, O EXPEDIENTE DEVE CONTER A DOCUMENTOS, A ESTRUTURA É MODIFICADA:
SEGUINTE ESTRUTURA:
a) introdução: em que é apresentado o objetivo da comunica- a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que
ção. Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver
Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: Infor- sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comu-
mo, Solicito, Comunico; nicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos
b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e as-
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser trata- sunto de que se trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado;
das em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposi- b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer
ção; e algum comentário a respeito do documento que encaminha, po-
c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto. derá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso contrário,
não há parágrafos de desenvolvimento em expediente usado para
encaminhamento de documentos.

Em qualquer uma das duas estruturas, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira:
a) alinhamento: justificado;
b) espaçamento entre linhas: simples;
c) parágrafos: espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem
esquerda; numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se
numeram o vocativo e o fecho;
d) fonte: Calibri ou Carlito; corpo do texto: tamanho 12 pontos; citações recuadas: tamanho 11 pontos; notas de Rodapé: tamanho
10 pontos.
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se utilizar as fontes Symbol e Wingdings.

• Fechos para comunicações: O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o
destinatário.
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente,

• Identificação do signatário: Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações ofi-
ciais devem informar o signatário segundo o padrão:
a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em letras maiúsculas, sem negrito. Não se usa linha acima do nome do signa-
tário;
b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem as
palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e
c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página. Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi-
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

• Numeração de páginas: A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda página da comunicação. Ela deve ser
centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:
a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da margem inferior; e
b) fonte: Calibri ou Carlito.

Quanto a formatação e apresentação, os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte forma:
a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm);
b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;
c) margem lateral direita: 1,5 cm;
d) margens superior e inferior: 2 cm;
e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem superior do papel;
f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento;
g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e
direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho);
h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para gráfi-
cos e ilustrações;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do do-
cumento;
j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico;
k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos-
terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, preferencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e
editado pela maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como DOCX, ODT ou RTF.
l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
+ número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com algumas possíveis variações:
a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão envia o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na
epígrafe será apenas do órgão remetente.
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um único órgão
receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para mais
de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.

Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o


órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas ou nomes dos
órgãos que receberão o expediente.

Exposição de motivos (EM)


É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao VicePresidente para:
a) propor alguma medida;
b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou
c) informa-lo de determinado assunto.

A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva
mais de um ministério, a exposição de motivos será assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de inter-
ministerial. Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma EM interministerial, a sequência numérica das exposições
de motivos é única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além disso,
pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário.
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração, a redação,
a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a gerência das exposições de motivos com as propostas de atos a serem encami-
nhadas pelos Ministérios à Presidência da República.

Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do sig-


natário são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o
nome do ministro que assinou a exposição de motivos e do con-
sultor jurídico que assinou o parecer jurídico da Pasta.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; con-
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar tudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do
sobre fato da administração pública; para expor o plano de gover- ato por meio documento físico assinado ou por meio eletrônico re-
no por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter conhecido pela ICP-Brasil. Salvo lei específica, não é dado ao ente
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de público impor a aceitação de documento eletrônico que não atenda
suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do que os parâmetros da ICP-Brasil.
seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação. Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da mensa-
à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação fi- gem comunicada. O assunto deve ser o mais claro e específico pos-
nal. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso sível, relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem
Nacional têm as seguintes finalidades: irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata;
a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional, quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na cai-
de projeto de lei ordinária, de projeto de lei complementar e os xa do correio eletrônico.
que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or- O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma sau-
çamentos anuais e créditos adicionais. dação. Quando endereçado para outras instituições, para recepto-
b) Encaminhamento de medida provisória. res desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo
c) Indicação de autoridades. conforme os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Se-
d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden- nhora”, seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada
te da República se ausentarem do país por mais de 15 dias. Senhora”.
e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais.
concessão de emissoras de rádio e TV. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como
f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior. “Att.”, e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, ape-
g) Mensagem de abertura da sessão legislativa. sar de amplamente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não
h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos). devem ser utilizados em e-mails profissionais.
i) Comunicação de veto. Sugere-se que todas as instituições da administração pública
j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo, ex. Apreciação adotem um padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail
de intervenção federal. deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o tele-
As mensagens contêm: fone do remetente.
a) brasão: timbre em relevo branco; A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de
b) identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à diversos formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que
margem esquerda, no início do texto; encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o
c) vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o conteúdo do anexo.
pronome de tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo de Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que
parágrafo dado ao texto; apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de docu-
d) texto: iniciado a 2 cm do vocativo; mento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente,
e) local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinha- ser enviados, em formato que possa ser editado.
dos à margem direita. A mensagem, como os demais atos assinados A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer tex-
pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signa- to, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Mui-
tário. tas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido
A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondência par-
comum, não só em âmbito privado, mas também na administra- ticular seria apenas um lapso na digitação pode ter repercussões
ção pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos. indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial
Dependendo do contexto, pode significar gênero textual, endere- ou de um ato normativo. Assim, toda revisão que se faça em de-
ço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica. terminado documento ou expediente deve sempre levar em conta
Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documen- também a correção ortográfica.
to oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Como en-
dereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-mail deve
ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por exemplo. Como
sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo
custo e celeridade, transformou-se na principal forma de envio e
recebimento de documentos na administração pública.
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto
de 2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para
que possa ser aceito como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo
os parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

HÍFEN ASPAS ITÁLICO NEGRITO E SUBLINHADO


Emprega-se itálico em:
O hífen é um sinal usado a) títulos de publicações
As aspas têm os seguintes
para: (livros, revistas, jornais, perió-
empregos:
a) ligar os elementos de dicos etc.) ou títulos de con-
a) antes e depois de uma
palavras compostas: vice-mi- gressos, conferências, slogans,
citação textual direta, quando Usa-se o negrito para realce de
nistro; lemas sem o uso de aspas (com
esta tem até três linhas, sem palavras e trechos. Deve-se evitar o
b) para unir pronomes áto- inicial maiúscula em todas as
utilizar itálico; uso de sublinhado para realçar pa-
nos a verbos: agradeceu-lhe; e palavras, exceto nas de liga-
b) quando necessário, lavras e trechos em comunicações
c) para, no final de uma li- ção);
para diferenciar títulos, termos oficiais.
nha, indicar a separação das sí- b) palavras e as expressões
técnicos, expressões fixas, defi-
labas de uma palavra em duas em latim ou em outras línguas
nições, exemplificações e asse-
partes (a chamada translinea- estrangeiras não incorporadas
melhados.
ção): com-/parar, gover-/no. ao uso comum na língua portu-
guesa ou não aportuguesadas.

PARÊNTESES E TRAVESSÃO USO DE SIGLAS E ACRÔNIMOS


Os parênteses são empregados para intercalar, em um tex- Para padronizar o uso de siglas e acrônimos nos atos normativos,
to, explicações, indicações, comentários, observações, como por serão adotados os conceitos sugeridos pelo Manual de Elaboração de
exemplo, indicar uma data, uma referência bibliográfica, uma Textos da Consultoria Legislativa do Senado Federal (1999), em que:
sigla. a) sigla: constitui-se do resultado das somas das iniciais de um
O travessão, que é representado graficamente por um hífen título; e
prolongado (–), substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos. b) acrônimo: constitui-se do resultado da soma de algumas síla-
bas ou partes dos vocábulos de um título.

Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras, que, com ela, se unem para exprimir o
pensamento. Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem uma oração:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL

O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação enunciada na oração. De acordo com a gramática normativa, o sujeito da
oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter complemento, mas não ser complemento.

Embora seja usada como recurso estilístico na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos textos oficiais, pois muitas
vezes dificulta a compreensão.

A omissão de certos termos, ao fazermos uma comparação, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na língua escrita, pois
compromete a clareza do texto: nem sempre é possível identificar, pelo contexto, o termo omitido. A ausência indevida de um termo pode
impossibilitar o entendimento do sentido que se quer dar a uma frase.
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial,
deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos de compreensão. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar-se a que palavra se refere um pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.
A concordância é o processo sintático segundo o qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às palavras de que dependem.
Essa acomodação formal se chama flexão e se dá quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou pronomes), números e pessoa (nos
verbos). Daí, a divisão: concordância nominal e concordância verbal.

CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL


O verbo concorda com seu sujeito em pessoa e número. Adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concor-
dam em gênero e número com os substantivos de que dependem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordi- as palavras repetidas; mas se sua substituição for comprometer o
nação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações de depen- sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro, não hesite
dência que as palavras mantêm na frase. Dizemos que um termo em deixar o texto como está.
rege o outro que o complementa. Numa frase, os termos regentes É importante lembrar que o idioma está em constante muta-
ou subordinantes (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos ção. A própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da
regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposições) que política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de novas
lhes completam o sentido. palavras e de formas de dizer.
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as se- A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações,
guintes finalidades: nem incorporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabula-
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na lei- res, por um lado, elas devem sempre ser usadas com critério, evi-
tura; tando-se aquelas que podem ser substituídas por vocábulos já de
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o au- uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer dar.
tor, devem merecer destaque; e De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto pu-
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades. rismo, a linguagem das comunicações oficiais fique imune às cria-
A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido ções vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez
entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na ora- do desenvolvimento tecnológico, por exemplo, impõe a criação de
ção, quer no período. O ponto e vírgula, em princípio, separa es- inúmeros novos conceitos e termos, ditando de certa forma a ve-
truturas coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É também locidade com que a língua deve incorporá-los. O importante é usar
usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer. o estrangeirismo de forma consciente, buscar o equivalente portu-
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, guês quando houver ou conformar a palavra estrangeira ao espírito
marcar enunciados de diálogo e indicar um esclarecimento, um re- da Língua Portuguesa.
sumo ou uma consequência do que se afirmou. O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou emprega-
O ponto de interrogação, como se depreende de seu nome, dos em contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo
é utilizado para marcar o final de uma frase interrogativa direta. desconhecimento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela in-
O ponto de exclamação é utilizado para indicar surpresa, espanto, corporação acrítica do estrangeirismo.
admiração, súplica etc. Seu uso na redação oficial fica geralmente • A homonímia é a designação geral para os casos em que pa-
restrito aos discursos e às peças de retórica. lavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos
O uso do pronome demonstrativo obedece às seguintes cir- homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos).
cunstâncias: • Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como
a) Emprega-se este(a)/isto quando o termo referente estiver nos exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta)
próximo ao emissor, ou seja, de quem fala ou redige. e manga (de camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo
b) Emprega-se esse(a)/isso quando o termo referente estiver (pedido) e apelo (com e aberto, 1ª pess. Do sing. Do pres. Do ind. Do
próximo ao receptor, ou seja, a quem se fala ou para quem se re- verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1ª pess. Do
dige. sing. Do pres. Do ind. Do verbo consolar), com pronúncia diferente.
c) Emprega-se aquele(a)/aquilo quando o termo referente es- Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto
tiver distante tanto do emissor quanto do receptor da mensagem. em que são empregados.
d) Emprega-se este(a) para referir-se ao tempo presente; • Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com
e) Emprega-se esse(a) para se referir ao tempo passado; palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pro-
f) Emprega-se aquele(a)/aquilo em relação a um tempo passa- núncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (ato de
do mais longínquo, ou histórico. descrever) e discrição (qualidade do que é discreto), retificar (corri-
g) Usa-se este(a)/isto para introduzir referência que, no texto, gir) e ratificar (confirmar).
ainda será mencionado; No Estado de Direito, as normas jurídicas cumprem a tarefa
h) Usa-se este(a)para se referir ao próprio texto; de concretizar a Constituição. Elas devem criar os fundamentos de
i) Emprega-se esse(a)/isso quando a informação já foi mencio- justiça e de segurança que assegurem um desenvolvimento social
nada no texto. harmônico em um contexto de paz e de liberdade. Esses complexos
A Semântica estuda o sentido das palavras, expressões, frases objetivos da norma jurídica são expressos nas funções:
e unidades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe I) de integração: a lei cumpre função de integração ao com-
são atribuídos. Ao considerarmos o significado de determinada pa- pensar as diferenças jurídico-políticas no quadro de formação da
lavra, levamos em conta sua história, sua estrutura (radical, prefi- vontade do Estado (desigualdades sociais, regionais);
xos, sufixos que participam da sua forma) e, por fim, o contexto em II) de planificação: a lei é o instrumento básico de organização,
que se apresenta. de definição e de distribuição de competências;
Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto III) de proteção: a lei cumpre função de proteção contra o arbí-
oficial, deve-se atentar para a tradição no emprego de determina- trio ao vincular os próprios órgãos do Estado;
da expressão com determinado sentido. O emprego de expressões IV) de regulação: a lei cumpre função reguladora ao direcionar
ditas de uso consagrado confere uniformidade e transparência ao condutas por meio de modelos;
sentido do texto. Mas isso não quer dizer que os textos oficiais de- V) de inovação: a lei cumpre função de inovação na ordem ju-
vam limitar-se à repetição de chavões e de clichês. rídica e no plano social.
Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo
utilizadas. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias
ou redundâncias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Requisitos da elaboração normativa: de probabilidade (prognósticos), se os meios a serem empregados


• Clareza e determinação da norma; mostram-se adequados a produzir as consequências desejadas. De-
• Princípio da reserva legal; vem-se contemplar, igualmente, as suas deficiências e os eventuais
• Reserva legal qualificada (algumas providências sejam prece- efeitos colaterais negativos.
didas de específica autorização legislativa, vinculada à determinada O processo de decisão normativa estará incompleto caso se en-
situação ou destinada a atingir determinado objetivo); tenda que a tarefa do legislador se encerre com a edição do ato nor-
• Princípio da legalidade nos âmbitos penal, tributário e admi- mativo. Uma planificação mais rigorosa do processo de elaboração
nistrativo; normativa exige um cuidadoso controle das diversas consequências
• Princípio da proporcionalidade; produzidas pelo novo ato normativo.
• Densidade da norma (a previsão legal contenha uma discipli- É recomendável que o legislador redija as leis dentro de um
na suficientemente concreta); espírito de sistema, tendo em vista não só a coerência e a harmonia
• Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coi- interna de suas disposições, mas também a sua adequada inserção
sa julgada; no sistema jurídico como um todo. Essa sistematização expressa
• Remissões legislativas (se as remissões forem inevitáveis, se- uma característica da cientificidade do Direito e corresponde às
jam elas formuladas de tal modo que permitam ao intérprete apre- exigências mínimas de segurança jurídica, à medida que impedem
ender o seu sentido sem ter de compulsar o texto referido). uma ruptura arbitrária com a sistemática adotada na aplicação do
Direito. Costuma-se distinguir a sistemática da lei em sistemática
Além do processo legislativo disciplinado na Constituição (pro- interna (compatibilidade teleológica e ausência de contradição ló-
cesso legislativo externo), a doutrina identifica o chamado processo gica) e sistemática externa (estrutura da lei).
legislativo interno, que se refere à forma de fazer adotada para a Regras básicas a serem observadas para a sistematização do
tomada da decisão legislativa. texto do ato normativo, com o objetivo de facilitar sua estruturação:
Antes de decidir sobre as providências a serem tomadas, é es- a) matérias que guardem afinidade objetiva devem ser tratadas
sencial identificar o problema a ser enfrentado. Realizada a iden- em um mesmo contexto ou agrupamento;
tificação do problema em decorrência de impulsos externos (ma- b) os procedimentos devem ser disciplinados segundo a ordem
nifestações de órgãos de opinião pública, críticas de segmentos cronológica, se possível;
especializados) ou graças à atuação dos mecanismos próprios de c) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir
controle, o problema deve ser delimitado de forma precisa. que ela forneça resposta à questão jurídica a ser disciplinada; e
A análise da situação questionada deve contemplar as causas d) institutos diversos devem ser tratados separadamente.
ou o complexo de causas que eventualmente determinaram ou • O artigo de alteração da norma deve fazer menção expressa
contribuíram para o seu desenvolvimento. Essas causas podem ter ao ato normativo que está sendo alterado.
influências diversas, tais como condutas humanas, desenvolvimen- • Na hipótese de alteração parcial de artigo, os dispositivos que
tos sociais ou econômicos, influências da política nacional ou inter- não terão o seu texto alterado serão substituídos por linha ponti-
nacional, consequências de novos problemas técnicos, efeitos de lhada, cujo uso é obrigatório para indicar a manutenção e a não
leis antigas, mudanças de concepção etc. alteração do trecho do artigo.
Para verificar a adequação dos meios a serem utilizados, deve- O termo “republicação” é utilizado para designar apenas a hi-
-se realizar uma análise dos objetivos que se esperam com a apro- pótese de o texto publicado não corresponder ao original assina-
vação da proposta. A ação do legislador, nesse âmbito, não difere, do pela autoridade. Não se pode cogitar essa hipótese por motivo
fundamentalmente, da atuação do homem comum, que se caracte- de erro já constante do documento subscrito pela autoridade ou,
riza mais por saber exatamente o que não quer, sem precisar o que muito menos, por motivo de alteração na opinião da autoridade.
efetivamente pretende. Considerando que os atos normativos somente produzem efeitos
A avaliação emocional dos problemas, a crítica generalizada após a publicação no Diário Oficial da União, mesmo no caso de re-
e, às vezes, irrefletida sobre o estado de coisas dominante acabam publicação, não se poderá cogitar a existência de efeitos retroativos
por permitir que predominem as soluções negativistas, que têm por com a publicação do texto corrigido. Contudo, o texto publicado
escopo, fundamentalmente, suprimir a situação questionada sem sem correspondência com aquele subscrito pela autoridade poderá
contemplar, de forma detida e racional, as alternativas possíveis ou ser considerado inválido com efeitos retroativos.
as causas determinantes desse estado de coisas negativo. Outras Já a retificação se refere aos casos em que texto publicado
vezes, deixa-se orientar por sentimento inverso, buscando, pura e corresponde ao texto subscrito pela autoridade, mas que continha
simplesmente, a preservação do status quo. lapso manifesto. A retificação requer nova assinatura pelas autori-
Essas duas posições podem levar, nos seus extremos, a uma dades envolvidas e, em muitos casos, é menos conveniente do que
imprecisa definição dos objetivos. A definição da decisão legislati- a mera alteração da norma.
va deve ser precedida de uma rigorosa avaliação das alternativas A correção de erro material que não afete a substância do ato
existentes, seus prós e contras. A existência de diversas alternativas singular de caráter pessoal e as retificações ou alterações da de-
para a solução do problema não só amplia a liberdade do legislador, nominação de cargos, funções ou órgãos que tenham tido a deno-
como também permite a melhoria da qualidade da decisão legis- minação modificada em decorrência de lei ou de decreto superve-
lativa. niente à expedição do ato pessoal a ser apostilado são realizadas
Antes de decidir sobre a alternativa a ser positivada, devem- por meio de apostila. O apostilamento é de competência do setor
-se avaliar e contrapor as alternativas existentes sob dois pontos de de recurso humanos do órgão, autarquia ou fundação, e dispensa
vista: a) De uma perspectiva puramente objetiva: verificar se a aná- nova assinatura da autoridade que subscreveu o ato originário.
lise sobre os dados fáticos e prognósticos se mostra consistente; b)
De uma perspectiva axiológica: aferir, com a utilização de critérios
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Atenção: Deve-se ter especial atenção quando do uso do apos- A iniciativa é a proposta de edição de direito novo. A iniciati-
tilamento para os atos relativos à vacância ou ao provimento de- va comum ou concorrente compete ao Presidente da República, a
corrente de alteração de estrutura de órgão, autarquia ou funda- qualquer Deputado ou Senador, a qualquer comissão de qualquer
ção pública. O apostilamento não se aplica aos casos nos quais a das Casas do Congresso, e aos cidadãos – iniciativa popular. A Cons-
essência do cargo em comissão ou da função de confiança tenham tituição confere a iniciativa da legislação sobre certas matérias,
sido alterados, tais como nos casos de alteração do nível hierárqui- privativamente, a determinados órgãos, denominada de iniciativa
co, transformação de atribuição de assessoramento em atribuição reservada. A Constituição prevê, ainda, sistema de iniciativa vincu-
de chefia (ou vice-versa) ou transferência de cargo para unidade lada, na qual a apresentação do projeto é obrigatória. Nesse caso, o
com outras competências. Também deve-se alertar para o fato que Chefe do Executivo Federal deve encaminhar ao Congresso Nacio-
a praxe atual tem sido exigir que o apostilamento decorrente de nal os projetos referentes às leis orçamentárias (plano plurianual,
alteração em estrutura regimental seja realizado na mesma data da lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual).
entrada em vigor de seu decreto.
A estrutura dos atos normativos é composta por dois elemen- A disciplina sobre a discussão e a instrução do projeto de lei
tos básicos: a ordem legislativa e a matéria legislada. A ordem legis- é confiada, fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legis-
lativa compreende a parte preliminar e o fecho da lei ou do decreto; lativas.
a matéria legislada diz respeito ao texto ou ao corpo do ato.
A lei ordinária é ato normativo primário e contém, em regra,
Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra
normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas, normal-
proposição. Nem todo titular de iniciativa tem poder de emenda.
mente, pela generalidade e pela abstração (lei material), estas con-
Essa faculdade é reservada aos parlamentares. Se, entretanto, for
têm, não raramente, normas singulares (lei formal ou ato normati-
de iniciativa do Poder Executivo ou do Poder Judiciário, o seu titular
vo de efeitos concretos).
também pode apresentar modificações, acréscimos, o que fará por
As leis complementares são um tipo de lei que não têm a ri-
meio de mensagem aditiva, dirigida ao Presidente da Câmara dos
gidez dos preceitos constitucionais, e tampouco comportam a re-
Deputados, que justifique a necessidade do acréscimo. A apresen-
vogação por força de qualquer lei ordinária superveniente. Com a
tação de emendas a qualquer projeto de lei oriundo de iniciativa re-
instituição de lei complementar, o constituinte buscou resguardar
servada é autorizada, desde que não implique aumento de despesa
determinadas matérias contra mudanças céleres ou apressadas,
e que tenha estrita pertinência temática.
sem deixá-las exageradamente rígidas, o que dificultaria sua modifi-
A Constituição não impede a apresentação de emendas ao pro-
cação. A lei complementar deve ser aprovada pela maioria absoluta
jeto de lei orçamentária. Elas devem ser, todavia, compatíveis com
de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e devem
Lei delegada é o ato normativo elaborado e editado pelo Pre-
indicar os recursos necessários, sendo admitidos apenas aqueles
sidente da República em decorrência de autorização do Poder Le-
provenientes de anulação de despesa. A Constituição veda a propo-
gislativo, expedida por meio de resolução do Congresso Nacional e
situra de emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias que
dentro dos limites nela traçados. Medida provisória é ato normativo
não guardem compatibilidade com o plano plurianual.
com força de lei que pode ser editado pelo Presidente da República
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das Casas
em caso de relevância e urgência. Decretos são atos administrativos
do Congresso. Realiza-se, normalmente, após a instrução do proje-
de competência exclusiva do Chefe do Executivo, destinados a pro-
to nas comissões e dos debates no plenário. A sanção é o ato pelo
ver as situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de
qual o Chefe do Executivo manifesta a sua anuência ao projeto de
modo expresso ou implícito, na lei.
lei aprovado pelo Poder Legislativo. Verifica-se aqui a fusão da von-
• Decretos singulares ou de efeitos concretos: Os decretos po-
tade do Congresso Nacional com a do Presidente, da qual resulta a
dem conter regras singulares ou concretas (por exemplo, decretos
formação da lei.
referentes à questão de pessoal, de abertura de crédito, de desa-
O veto é o ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega san-
propriação, de cessão de uso de imóvel, de indulto, de perda de
ção ao projeto – ou a parte dele –, obstando à sua conversão em lei.
nacionalidade, etc.).
Dois são os fundamentos para a recusa de sanção: a) inconstitucio-
• Decretos regulamentares: Os decretos regulamentares são
nalidade; ou b) contrariedade ao interesse público.
atos normativos subordinados ou secundários.
O veto deve ser expresso e motivado, e oposto no prazo de 15
• Decretos autônomos: Limita-se às hipóteses de organização
dias úteis, contado da data do recebimento do projeto, e comunica-
e funcionamento da administração pública federal, quando não im-
do ao Congresso Nacional nas 48 horas subsequentes à sua oposi-
plicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos pú-
ção. O veto não impede a conversão do projeto em lei, podendo ser
blicos, e de extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
superado por deliberação do Congresso Nacional.
Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autori-
A promulgação e a publicação constituem fases essenciais da
dades expedem instruções sobre a organização e o funcionamento
eficácia da lei. A promulgação das leis compete ao Presidente da
de serviço, sobre questões de pessoal e outros atos de sua compe-
República. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas, decor-
tência.
rido da sanção ou da superação do veto. Nesse último caso, se o
Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Pre-
O processo legislativo abrange não só a elaboração das leis
sidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas
propriamente ditas (leis ordinárias, leis complementares, leis de-
para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do
legadas), mas também a elaboração das emendas constitucionais,
Senado Federal, em prazo idêntico.
das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das resoluções.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O período entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é chamado de período de vacância ou vacatio legis. Na falta de disposição
especial, vigora o princípio que reconhece o decurso de um lapso de tempo entre a data da publicação e o termo inicial da obrigatoriedade
(45 dias).
Podem-se distinguir seis tipos de procedimento legislativo:
a) procedimento legislativo normal: Trata da elaboração das leis ordinárias (excluídas as leis financeiras e os códigos) e complemen-
tares.
b) procedimento legislativo abreviado: Este procedimento dispensa a competência do Plenário, ocorrendo, por isso, a deliberação
terminativa sobre o projeto de lei nas próprias Comissões Permanentes.
c) procedimento legislativo sumário: Entre as prerrogativas regimentais das Casas do Congresso Nacional existe a de conferir urgência
a certas proposições.
d) procedimento legislativo sumaríssimo: Existe nas duas Casas do Congresso Nacional mecanismo que assegura deliberação instan-
tânea sobre matérias submetidas à sua apreciação.
e) procedimento legislativo concentrado: O procedimento legislativo concentrado tipifica-se, basicamente, pela apresentação das
matérias em reuniões conjuntas de deputados e senadores. Ex. para leis financeiras e delegadas.
f) procedimento legislativo especial: Nesse procedimento, englobam-se dois ritos distintos com características próprias, um destina-
do à elaboração de emendas à Constituição; outro, à de códigos.

NOÇÕES DE TÉCNICAS DE SECRETARIAR

O papel do secretário ou da secretária vai muito além de atender telefonemas e organizar agendas. Trata-se de uma função que exige
uma ampla gama de habilidades, desde a gestão eficaz do tempo até a comunicação interpessoal de alto nível. O profissional dessa área
é frequentemente o elo entre a administração e os demais membros da organização, desempenhando um papel crucial na eficiência ope-
racional. Neste texto, abordaremos algumas das técnicas fundamentais de secretariar que são indispensáveis para o sucesso na profissão.

Gestão de Tempo e Prioridades


A gestão de tempo é uma das habilidades mais críticas em qualquer função administrativa. O segredo aqui é saber priorizar tarefas
de acordo com sua urgência e importância. Isso não significa apenas organizar a própria agenda, mas também a dos executivos e outros
membros da equipe com quem se trabalha. Uma técnica eficaz é começar o dia revisando todas as tarefas pendentes e classificá-las. Isso
permite que você aloque tempo suficiente para cada atividade e evite o acúmulo de trabalho.

Comunicação Eficaz
A habilidade de se comunicar de forma clara e eficaz é vital. Isso inclui não apenas a comunicação verbal, mas também a escrita. O
profissional deve ser capaz de redigir e-mails e outros tipos de correspondência de forma clara e concisa, além de ser hábil em escutar e
transmitir mensagens entre diferentes partes. A empatia também é um elemento chave aqui; entender as necessidades e preocupações
dos outros pode ajudar a antecipar problemas e encontrar soluções de forma proativa.

Conhecimento Técnico
Embora as habilidades interpessoais sejam fundamentais, o conhecimento técnico também é crucial. Isso inclui o domínio de ferra-
mentas de software usadas na organização, desde processadores de texto até sistemas de gerenciamento de banco de dados. Além disso,
é importante estar atualizado com as melhores práticas da indústria e regulamentações relevantes. Isso não apenas aumenta a eficiência,
mas também ajuda a manter a conformidade com as normas legais e éticas.

Confidencialidade e Ética
Manter a confidencialidade é uma parte intrínseca do trabalho de secretariar. O profissional frequentemente terá acesso a informa-
ções sensíveis, seja sobre a empresa, os funcionários ou os clientes. Portanto, é imperativo manter um alto padrão ético para garantir que
tais informações sejam tratadas com o devido cuidado e discrição.

O trabalho de secretariar é complexo e multifacetado, exigindo uma combinação de habilidades técnicas e interpessoais. Desde a
gestão eficaz do tempo até a manutenção da confidencialidade, cada aspecto desse papel contribui para o funcionamento suave de uma
organização. Portanto, investir no desenvolvimento dessas habilidades não é apenas benéfico para o profissional, mas também para a
organização como um todo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

USO DE INTERNET

Navegação na Internet

A Internet é uma rede de computadores dispersos por todo o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um protocolo comum,
unindo usuários particulares, entidades de pesquisa, órgãos culturais, institutos militares, bibliotecas e empresas.
Acessamos as páginas da web utilizando um dispositivo que possua uma conexão com a internet. Hoje é possível acessar sites através
do computador, de celulares, tablets, tvs ...
Com um dispositivo com a acesso à rede mundial de computadores ainda é necessário um navegador para acessar as páginas de
internet.

Os mais utilizados são:

Navegadores de Internet
Nome Observações

Desenvolvido pela Microsoft, e disponível em todos os sistemas operacionais Windows a partir do


98.
Internet
Explorer

O Chrome é desenvolvido pela empresa Google, é gratuito e possui código aberto, também pode
ser instalado em qualquer sistema operacional (Linux, Windows, Mac, Celulares).
Chrome

Desenvolvido pela empresa Mozilla Foundation, também é gratuito e possui código aberto, tam-
bém pode ser instalado em qualquer sistema operacional (Linux, Windows, Mac, Celulares).
Mozilla
Firefox

Criado pela Apple para Mac Os, mas atualmente foi expandido para Windows, também é gratuito
e vêm ganhando espaço por ser rápido e seguro.
Safari
Opera é um navegador web mundialmente conhecido desenvolvido pela empresa Opera Softwa-
re ASA, porém não tão utilizado quanto seus principais concorrentes, o Google Chrome e o Mozilla
Firefox.
Opera

A característica fundamental da internet é o modo como os computadores se ligam um ao outro por meio da identificação de seu IP
(internet protocol), ou seja, um número de protocolo de internet que é único para cada computador a ela conectado. Pelo IP é possível
rastrear todas as páginas visitadas pelo usuário, todos os momentos e a frequência de visitas, atividades, downloads e todas as movi-
mentações de alguém que está conectado. O que significa que a internet é a forma de interatividade que mais exige o fornecimento de
informações do usuário dentre os meios de comunicação desenvolvidos até hoje.

URL
URL (Uniform Resouce Location – Localizador Padrão de Recursos) é um endereço de recursos disponíveis em redes de computadores,
como arquivos, impressoras, sites, etc. Nas redes TCP/IP e são aplicáveis tanto para internet como para intranet. O URL segue a seguinte
estrutura:

Protocolo://maquina caminho/recurso
Abaixo seguem alguns exemplos de URL:
http://www. http://www.cespe.unb.br/vestibular/
Protocolo: http:// maquina: www.cespe.unb.br.com.br recurso: vestibular
http://www.vunesp.com.br/TJSP1501/TJSP1501_306_022869.pdf
Protocolo: http:// maquina: www.vunesp.com.br caminho: TJSP1501 recurso: cursos
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Link Dropbox – Voltado ao armazenamento e gerenciamento de ar-


São hiperligações (correspondente das palavras inglesas hyper- quivos e/ou aplicativos nas nuvens (funciona como um HD ou Pen-
link e link) ou simplesmente ligações referenciais de um documento Drive virtual), está disponível para todos os sistemas operacionais
a outro. Através dos links podemos criar documentos interconecta- (computadores, celulares e tablets) com interface gráfica e internet,
dos a outros documentos, imagens e palavras. como por exemplo, Windows, Mac, Linux, Chrome, Android, Win-
dows Phone, Blackberry e iOs.
Buscadores GDrive – (Google Drive) além de possuir todas as características
Os buscadores são fundamentais para realização de pesquisas do Dropbox, o GDrive possui em sua plataforma ferramentas para
na internet, sua função é efetuar uma varredura completa pela rede escritório como processadores e editores de texto, planilha eletrô-
mundial de computadores (WWW) e filtrar as palavras chave conti- nica, slide, etc.
da nesses sites, ao realizar uma consulta o buscado compara a pa-
lavra digita as palavras existentes em seu banco de dados e retorna Algumas características importantes sobre a computação nas
os sites referentes ao conteúdo pesquisado. nuvens:
Sem dúvida o maior, mais conhecido e mais acessado busca-
dor é o Google, mas existem outros como o Yahoo, Bing, Ask, entre - Vários computadores são interligados e funcionam em modo
outros. colaborativo, inclusive os que possuem sistemas operacionais dife-
Abaixo seguem algumas dicas pra melhorar as pesquisas em rentes.
buscadores: - As aplicações executadas diretamente na nuvem, não interfe-
Conteúdo entre aspas: o comando “entre aspas” efetua a busca rem em aplicação instalada em um computador.
pela ocorrência exata de tudo que está entre as aspas, agrupado da
mesma forma. Site (Sitio na Internet)
Sinal de subtração: este comando procura todas as ocorrências Website ou simplesmente site (tradução de sítio eletrônico da
que você procurar, exceto as que estejam após o sinal de subtração. internet) é um conjunto de páginas de hipertextos acessíveis nor-
É chamado de filtro (ex: concursos -superior) malmente através do protocolo HTTP. O conjunto de todos os sites
OR (ou): OR serve para fazer uma pesquisa alternativa. No caso públicos existentes compõe a World Wide Web (WWW).
de “Carro (vermelho OR verde)” (sem as aspas), Google irá procurar
Carro vermelho e Carro verde. É necessário usar os parênteses e OR Tipos de Sites
em letra maiúscula. - Estáticos
Asterisco coringa: utilizar o asterisco entre aspas o torna um - Dinâmicos
coringa. (ex: concurso * estadual, o Google buscará ocorrências de
concurso + qualquer palavra + estadual. Exemplo:
Palavra-chave + site: procura certa palavra dentro de um site - Redes Sociais
específico (download site:www.baixaki.com.br). - Sites de Vendas
Link: procura links externos para o site especificado (ex: - Portais
link:www.blogaki.com.br). - Sites institucionais
Filetype: serve para procurar ocorrências algum formato de ar-
quivo específico (ex: “arvore azul:pdf”). Digitando Utilizando O Editor De Textos Word6

Protocolos Quando abrir o Word pela primeira vez


Protocolo de Internet ou simplesmente IP (Internet Protocol)
é um protocolo de comunicação de dados utilizado entre duas ou
mais máquinas, para a comunicação de internet o principal proto-
colo é o HTTP (Hipertext Transfer Protocol) ou protocolo de trans-
ferência de hipertexto e HTTPS, que é uma implementação do pro-
tocolo HTTP sobre uma camada adicional de segurança que utiliza
o protocolo SSL/TLS. Essa camada adicional permite que os dados
sejam transmitidos por meio de uma conexão criptografada e que
se verifique a autenticidade do servidor e do cliente por meio de
certificados digitais.
Cloud (Computação em Nuvens)
É a possibilidade que o usuário tem de acessar arquivos e exe-
cutar tarefas sem que estes estejam gravadas no computador, para
isso, são utilizados serviços on-line que armazenam esses arquivos
e/ou serviços. Para que o usuário tenha acesso a utilização das tec-
nologias Cloud Computing é necessário ter acesso a internet.
Citamos como exemplo de serviços para sincronização, geren-
ciamento e compartilhamento de arquivos e até mesmo para utili-
zação de aplicativos on-line o Dropbox e o GDrive.

6 Fonte: https://support.office.com/pt-br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Quando abrir o Word, você verá dois itens ou elementos principais:


A faixa de opções, que fica acima do documento e inclui um conjunto de botões e comandos que você usa para executar ações no
documento e com ele (como imprimi-lo). Falaremos mais sobre a faixa de opções posteriormente e você a usará na prática no fim da lição.
Um documento em branco, que se parece com uma folha de papel em branco e ocupa quase a janela inteira.

Crie seu primeiro documento I - Comece a digitar

No documento, procure o cursor, uma linha vertical intermitente no canto superior esquerdo da página, que indica onde o conteúdo
a ser digitado aparecerá na página. O Word espera você começar a digitar.
Se quiser começar a digitar mais embaixo, e não logo no começo na página, pressione a tecla ENTER no teclado até que o cursor esteja
no local que você deseja digitar.
Quando você começar a digitar, o texto digitado empurrará o cursor para a direita. Se você atingir o fim de uma linha, continue digi-
tando. O texto e o ponto de inserção serão movidos para a próxima linha para você.
Ao concluir a digitação do primeiro parágrafo, pressione a tecla ENTER para ir para o próximo parágrafo. Se quiser que o espaço entre
os dois primeiros parágrafos seja maior (ou quaisquer outros parágrafos), pressione ENTER novamente e comece a compor o segundo
parágrafo.
Se cometer um erro na digitação, basta pressionar a tecla BACKSPACE para “apagar” as palavras ou os caracteres incorretos.

Corrigir erros de ortografia e gramática

Enquanto você digita, o Word avisa se cometeu um erro de ortografia ou gramática inserindo um sublinhado ondulado vermelho,
verde ou azul sob o texto que ele considera errado, conforme se segue:
Sublinhado vermelho    indica um possível erro de ortografia ou uma palavra que o Word não reconhece, como um nome próprio ou
um local.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Sublinhado verde    o Word acredita que a gramática deve ser revisada.


Sublinhado azul    uma palavra está escrita corretamente mas não parece estar colocada corretamente na frase. Por exemplo, você
digitou “mais”, quando deveria ser “mas”.
O que fazer com os sublinhados? Clique com o botão direito do mouse em uma palavra sublinhada para ver as revisões sugeridas (às
vezes, o Word não tem uma ortografia alternativa). Clique em uma revisão para substituir a palavra no documento e eliminar os sublinha-
dos. Observe que, se você imprimir um documento com esses sublinhados, eles não aparecerão nas páginas impressas.
Uma advertência sobre os sublinhados verde e azul: O Word é realmente muito bom de ortografia, que é bastante simples na maioria
dos casos. No entanto, a gramática e o uso correto das palavras requerem bom senso. Se achar que você está correto e o Word está errado,
ignore as revisões sugeridas e elimine os sublinhados.

Formatar texto

As informações à imprensa que você está digitando anunciam a receita líquida e o preço por ação da Contoso Pharmaceuticals. Você
pode chamar a atenção para essa importante informação adicionando ênfase com a formatação de negrito, itálico ou sublinhado.
Vamos colocar o texto em negrito. Agora, você se lembra da faixa de opções que mencionamos no início da lição? Agora você verá
como usá-la.
Como você pode ver na imagem, há várias guias na parte superior. Cada uma representa uma área de atividade. A segunda guia, Pá-
gina Inicial, deve estar selecionada (se não estiver, clique nela para selecioná-la).
Cada guia tem vários grupos de comandos que mostram os itens relacionados. Na guia Página Inicial, procure o grupo Fonte. Nesse

grupo, você verá vários botões e comandos que executam uma ação específica no documento. Por exemplo, o botão Negrito coloca
o texto em negrito. Também é possível alterar a cor da fonte e o tamanho do texto com o botão Cor da Fonte e o botão Tamanho
da Fonte
Adicionar um estilo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Você pode fazer a maior parte das alterações no texto com o grupo Fonte, mas esse recurso de formatação de texto é mais prático
quando se deseja alterar o formato ou apenas alguns caracteres ou palavras. No entanto, existe uma maneira de fazer todas essas altera-
ções que acabamos de fazer com um único comando, usando estilos.
Os estilos estão localizados na guia Página Inicial, no grupo Estilos. Basta escolher o estilo desejado e o tamanho do texto, a fonte, os
atributos e a formatação de parágrafo serão alterados automaticamente.
Você também usará os Estilos Rápidos na sessão prática para adicionar formatação ao título e ao subtítulo das informações à imprensa
e obter os resultados exibidos na imagem.

Alterar margens

As margens da página são os espaços em branco em volta das bordas da página. Existe uma margem da página de 2,54 cm na parte
superior, inferior, esquerda e direita da página. Essa é a largura de margem mais comum, que você pode usar na maioria dos documentos.
Mas se você quiser margens diferentes, deve saber como alterá-las, o que pode fazer a qualquer momento. Quando digitar uma carta
bem curta, por exemplo, ou uma receita, um convite ou um poema, talvez queira margens diferentes.
A Faixa de Opções também é usada para alterar as margens, a menos que você trabalhe com a guia Layout de Página. Primeiro, clique
nela para selecioná-la e, depois, no grupo Configurar Página, clique em Margens. Você verá diferentes tamanhos de margem, mostrados
em pequenas imagens (ícones), com as medidas de cada margem.
A primeira margem na lista é Normal, a margem atual. Para obter margens mais estreitas, você deve clicar emEstreita. Se quiser que
as margens esquerda e direita sejam mais largas, clique em Largo. Quando clicar no tipo de margem desejado, o documento inteiro será
alterado automaticamente com o tipo de margem que você selecionou.
Ao escolher uma margem, o ícone da margem que você escolheu fica com uma cor de plano de fundo diferente. Se você clicar no
botão Margens novamente, essa cor de plano de fundo indicará qual tamanho de margem foi definido para o documento.

Salvar, imprimir e fechar o documento

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Em um dado momento, você terá uma boa sentença ou vários - Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-la?
parágrafos de ideias, fatos ou números que não gostaria de perder - Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens futuras,
se seu gato pulasse sobre o teclado ou se uma queda de energia clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos, clique em Cco.
desligasse o computador. - Depois de redigir a mensagem, clique em Enviar.
Para manter seu trabalho, você deve salvá-lo, e quanto antes
o fizer, melhor. Encaminhar ou responder a uma mensagem de e-mail
Na Faixa de Opções, clique na primeira guia, a guia Arquivo. No Painel de Leitura ou na faixa de opções, clique em Respon-
Isso abre uma janela grande chamada Backstage, um lugar em der, Responder a Todos ou em Encaminhar.
que você executa várias ações, como salvar o documento e impri-
mi-lo.
Na coluna esquerda, clique em Salvar. Uma janela menor, cha-
mada de caixa de diálogo, é aberta. Use essa caixa para informar
ao Word o local em que você deseja armazenar o documento no
computador e como irá chamá-lo. Você verá cada uma das etapas
na sessão prática.
Depois de salvar o documento e continuar a digitar, você deve- Para remover um nome das linhas Para e Cc, clique no nome
rá salvar o trabalho periodicamente. e pressione Delete. Para adicionar um destinatário, clique na cai-
Precisa imprimir? xa Para, Cc ou Cco e insira o destinatário.
Quando estiver pronto para imprimir, clique novamente na
guia Arquivo (a primeira guia). Na coluna esquerda, clique no co- Responder ou encaminhar uma mensagem de e-mail
mando Imprimir. Uma janela grande é aberta, e você clica no bo- Ao receber uma mensagem, você pode enviar uma resposta
tão Imprimir. Obviamente, é necessário ter uma impressora conec- apenas para o remetente ou, se houver vários destinatários, incluí-
tada ao computador. -los também. Além disso, você poderá encaminhar a mensagem
Feche o documento. para outras pessoas.
Depois de concluir o documento e salvar o trabalho, feche o ar- No Painel de Leitura, clique em Responder, Responder a To-
quivo. Clique na guia Arquivo e, na coluna esquerda, clique em Fe- dos ou Encaminhar.
char.

Criar uma nova mensagem de e-mail utilizando o MS Outlook

No Mail, clique em Novo E-mail. Se o Painel de Leitura está desativado ou se você abriu a men-
sagem em sua própria janela, na guia Página Inicial ou Mensagem,
clique em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar.

Atalho do teclado - Para criar uma mensagem de email, pres- Escreva sua mensagem.
sione Ctrl+Shift+M.
Quando terminar, clique em Enviar. OBSERVAÇÃO: Se você deseja abrir sua resposta em uma
nova janela (para executar ações como alterar a fonte), clique no
Criar uma mensagem de e-mail botão Pop-out.
- Clique em Página Inicial.
- No grupo Novo, clique em Novo E-mail.
- Atalho de teclado    Para criar uma mensagem de e-mail, pres-
sione Ctrl+Shift+M.
- Se várias contas de e-mail estiverem configuradas no Micro-
soft Outlook 2013, o botão De será exibido e a conta que enviará a
mensagem será mostrada. Para alterar a conta, clique em De.
- Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem.
- Insira os endereços de e-mail ou os nomes dos destinatários
na caixa caixas Para, Cc e Cco. Separe vários destinatários com pon-
to-e-vírgula.
- Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lista no É possível adicionar ou remover destinatários nas caixas caixas
Catálogo de Endereços, clique em Para, Ccou Cco e clique nos no- Para, Cc e Cco.
mes desejados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Adicionar um destinatário    Clique em Para, Cc ou Cco e se-


lecione um destinatário. Você também pode digitar o nome ou o
endereço de email do destinatário na caixa.
Remover um destinatário    Clique no nome e pressione Delete.
Clique em Enviar.
DICA    Se quiser que todas as respostas sejam abertas auto-
maticamente em uma nova janela, no menuArquivo, clique em Op-
ções > Email. Em Respostas e encaminhamentos, marque a cai-
xa Abrir respostas e encaminhamentos em uma nova janela.
Quando você responde a uma mensagem de email, o reme-
tente da mensagem é automaticamente adicionado à caixa Para.
De modo semelhante, quando você usa Responder a Todos, a cai-
xa Para inclui automaticamente o remetente e todas as outras pes-
soas que receberam a mensagem original.
Antes de clicar em Responder a Todos, considere se todos pre-
cisam ver a sua resposta, principalmente quando a mensagem tiver
sido enviada para muitas pessoas ou listas de distribuição. Em ge-
ral, é preferível clicar emResponder e, depois, adicionar somente
as pessoas que você realmente deseja incluir. Se você decidir clicar
em Responder a Todos, remova as pessoas que não precisam ver a
sua mensagem.
Quando você encaminha uma mensagem, as cai-
xas Para, Cc e Cco estão vazias. Insira pelo menos um destinatário Para desativar o Painel de Leitura, clique em Exibir > Painel de
na caixa Para. Leitura > Desativar.
DICA   Se quiser encaminhar duas ou mais mensagens para os
mesmos destinatários em uma mensagem, na lista de mensagens,
pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL e clique em cada
mensagem. Em seguida, clique em Página Inicial > Encaminhar.
Cada mensagem será encaminhada como anexos em uma nova
mensagem.
Anexos
Quando você encaminha uma mensagem, ela inclui todos os
anexos incluídos na mensagem original.
Quando você responde a uma mensagem, os anexos não são
incluídos. Isso ocorre, pois, nesse caso, você enviaria o mesmo ane-
xo que recebeu do remetente.
Isto fecha o Painel de Leitura apenas para a pasta em que você
Ativar e desativar o Painel de Leitura está. Para alterar outras pastas de correio, no Painel de Pastas, cli-
Quando você clica nas mensagens na lista de mensagens, uma que na pasta e depois repita as etapas anteriores.
visualização da mensagem e alguns anexos de arquivos, como docu- Se posteriormente você quiser ativar o Painel de Leitura, clique
mentos do Microsoft Office aparecem no Painel de Leitura. em Exibir > Painel de Leitura e depois em Direita ou Parte Inferior.

Adicionar um anexo a uma mensagem de e-mail


Para compartilhar um arquivo, você pode anexá-lo a sua men-
sagem. Também é possível anexar outros itens do Outlook, como
mensagens, contatos ou tarefas.
Crie uma mensagem ou, para uma mensagem existente, clique
em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar.
Na janela da mensagem, clique em Mensagem > Anexar Arqui-
vo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Anexar um arquivo, mensagem, contato ou tarefa a uma - Clique em Item do Outlook. Navegue em sua lista de pastas
mensagem de e-mail para localizar a pasta que contém o item a ser anexado. Em Itens,
Arquivos podem ser anexados a uma mensagem de e-mail. clique no item e depois em OK.
Além disso, outros itens do Outlook, como mensagens, contatos ou
tarefas, podem ser incluídos com as mensagens enviadas.

OBSERVAÇÃO: Embora o Outlook não tenha um limite prede-


finido, muitos ISP restringem o tamanho das mensagens que você
pode enviar, além do tamanho da sua caixa de email.

Anexar um arquivo a uma mensagem

1. Crie uma mensagem ou, para uma mensagem existente, cli-


que em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar.
2. Na janela de mensagem, clique em Mensagem. DICA: Ao compor uma mensagem, você também pode anexar
3. No grupo Incluir, clique em Anexar Arquivo. arquivos usando os comandos da guia Inserir no grupo Incluir ou
arrastar arquivos de pastas no seu computador e soltá-los na jane-
la da mensagem.

Abrir ou salvar um anexo de mensagem de e-mail


Você pode abrir um anexo no Painel de Leitura ou em uma
mensagem aberta. Depois de abrir e exibir um anexo, você pode
salvá-lo. Se a mensagem tem mais de um anexo, é possível salvá-los
como um grupo ou um de cada vez.
4. Navegue até o arquivo que você deseja anexar, clique nele
e em Inserir. Abrir um anexo
Clique duas vezes no anexo.
DICA    Ao compor uma mensagem, você também pode anexar
arquivos usando os comandos da guia Inserir no grupo Incluir ou
Salvar um anexo
arrastar arquivos de pastas no seu computador e soltá-los na janela 1. Clique no anexo no Painel de Leitura ou na mensagem
da mensagem.
aberta.
2. Na guia Anexos, no grupo Ações, clique em Salvar como.
Anexar um item do Outlook a uma mensagem
Você também pode clicar com o botão direito do mouse no anexo e
Você pode anexar item do Outlook, como outras mensagens de
clicar em Salvar como.
email, tarefas, contatos ou itens de calendário, a uma mensagem.
Essa é a maneira mais fácil de encaminhar vários itens ou mensa-
gens.
1. Crie uma mensagem ou, para uma mensagem existente,
clique em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar.
2. Na janela de mensagem, clique em Mensagem.
3. No grupo Incluir, clique em Anexar Item.

Recomendações Relevantes Para O Envio De E-Mails Profis-


sionais

Vale lembrar que e-mail é um documento. Quando se trata de


um e-mail direcionado a alguém da mesma empresa que se tra-
balha deve ser mais formal, lembrando-se que estamos tratando
4. Siga um destes procedimentos: de um “ambiente” corporativo, ou seja, profissional. Quando é um
e-mail para algum parente ou alguém muito próximo, obviamente,
- Aponte para Cartão de Visita e clique em Outros Cartões de podemos ser mais informais e próximos.
Visita. Clique em um contato e depois em OK. Para selecionar vários Atenção a algumas dicas para o desenvolvimento do e-mail
contatos, mantenha a tecla Ctrl pressionada enquanto você clica profissional:
em cada contato. 1- Independente do tipo de e-mail enviado seja sempre edu-
- Clique em Calendário. Selecione o calendário, intervalo de cado e cordial. A apresentação inicial de seu e-mail colaborará pela
datas e detalhes a serem incluídos. Para as opções de Avançado, existência de interesse por parte do destinatário, bem como pela
clique em Mostrar. Clique em OK para adicionar o calendário à sua dedicação de retorno do mesmo.
mensagem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2- Os e-mails corporativos devem sempre ser mais formais e Aperte o botão enviar quando ouvir o sinal de fax, que é um bip
muitas vezes são considerados documentos. Nada impede que você longo e alto. Você pode colocar o fone no gancho quando a trans-
seja mais informal com quem tenha afinidades, porém dentro dos missão começar. Depois que o documento for enviado, o fax vai dar
limites profissionais. um sinal sonoro. Você tem opção de imprimir um registro de trans-
3- Ainda sobre e-mails corporativos é importante evitar a lin- missão como prova de que você enviou o documento com êxito.
guagem utilizada na internet, de abreviaturas e símbolos que de-
monstram falta de profissionalismo. Aqui estão as etapas para receber um documento através do
4- Mantenha-se atualizado através de livros, revistas e jornais fax:
pois os mesmos possuem meios de comunicação distintos e você Ao receber uma transmissão de fax, você ouvirá um sinal de
passará a ter maior facilidade de interpretação e desenvolvimento fax, e então você pode apertar o botão de enviar / receber e colocar
de seus textos. o fone no gancho quando a transmissão começar.
5- Atente-se ao conteúdo que você irá desenvolver. Na maioria Se estiver usando um fone/fax, o ligante vai pedir pelo sinal de
das vezes, o texto do e-mail deve ser claro e objetivo. No entanto, fax. Para dar um sinal de fax, você precisa pressionar o botão enviar
em algumas eventualidades, você poderá vir a ser mais abrangente, / receber, e colocar o fone no gancho quando ouvir o sinal.
detalhando as informações para que fiquem mais claras ao destina- Você também pode imprimir um registro de transmissão dos
tário. Tudo dependerá do assunto a ser tratado e da facilidade de documentos recebidos pela máquina de fax.
entendimento do destinatário.
6- Evite escrever com todas as letras em caixa alta (maiúscula). Aqui estão os passos para se fazer cópias de documentos utili-
Elas representam que você está sendo indelicado e/ou gritando. zando a máquina de fax:
7- Demonstre no campo “assunto” a informação que conterá Coloque o documento a ser copiado na máquina de fax, da
no e-mail de forma clara e objetiva. Jamais deixe o título do assunto mesma maneira como quando se envia um documento.
em branco. Pressione o botão copiar, ou em alguns casos é preciso selecio-
8- Sempre avise no corpo do e-mail quando estiver enviando nar uma função no menu da máquina de fax para copiar um docu-
documentos anexados. mento.
9- Ao final de seus e-mail utilize termos formais como atencio- A máquina de fax então irá iniciar a digitalização do documento
samente”, “cordialmente”, etc. e a impressora produzirá uma cópia. Se você usar papel térmico, a
10- Não se esqueça de “assinar” seu e-mail com seu nome, car- cópia vai acabar desaparecendo, por isso é aconselhável usar a má-
go, empresa e telefone se julgar adequado. quina de fax como copiadora apenas para fins urgentes.

IMPORTANTE:7 O Fax já não é muito usado, mediante as novas


tecnologias disponíveis no mercado, mas em algumas repartições REGRAS DE COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABA-
ou empresas ainda encontramos muitos modelos em pleno funcio- LHO;
namento. Com isso em vista, elaboramos abaixo o material, refe-
rente ao uso do Fax.
Etiqueta Empresarial trata-se de um conjunto de comporta-
Uma máquina de fax tem vários usos além do envio e recebi- mentos e ações utilizadas no relacionamento entre pessoas e em-
mento de documentos através da rede telefónica em tempo real. presas, guiadas por uma conduta íntegra, por boa educação, com-
Ela é geralmente usada em escritórios e pode funcionar como uma portamento adequado, regras sociais, ética pessoal e profissionais,
máquina de copiar, mas não para cópias em massa. Ela também além de outras regras de conduta específicas de acordo com cada
pode rastrear a transmissão de documentos do dia anterior. E com empresa. O propósito de agir de acordo com a etiqueta empresarial
o desenvolvimento da tecnologia, as máquinas de fax podem enviar é diminuir conflitos, desavenças, atitudes e pensamentos precon-
para computadores. O material utilizado é geralmente papel tér- ceituosos, dificuldades de relacionamento e mal-entendidos entre
mico, mas também existem máquinas de fax que usam tinta para colaboradores, entre a chefia e os funcionários e até mesmo entre
impressora. público e empresa, visando proporcionar confiabilidade, compre-
Aqui estão passos simples para se usar uma máquina de fax no ensão e cooperação mútua, que pode desenvolver parceria entre
envio de um documento: as partes envolvidas. Confira alguns exemplos em que a etiqueta
Preencha o formulário para transmissão de fax, que servirá profissional pode ser aplicada para garantir o sucesso:
como página de rosto ao documento, e que contém o nome da pes-
soa a quem o fax se destina, o assunto do documento, o nome do Comportamento
remetente e o número de contato. Nem sempre os indivíduos com maior conhecimento técnico
de uma área são os que conquistam posições elevadas ou perma-
Insira o formulário de transmissão na máquina de fax, disque necem por muito tempo dentro de uma empresa, pois para que
o número e espere pelo sinal de fax. Se alguém atender, peça pelo um colaborador seja bem-sucedido no ambiente de trabalho. Um
sinal de fax. colaborador que exerce sua função de forma excelente, mas tem
problemas de relacionamento com os colegas, não age com etique-
ta profissional e, ao se comportar desta maneira, coloca em risco
seu próprio emprego. Pessoas com dificuldade de criar vínculos
e desenvolver bons relacionamentos com os demais, ainda que
possuam expertise na área costumam ser demitidas com mais fre-
7 http://www.comofazertudo.com.br/eletr%C3%B4nicos/como-usar-uma-m%-
quência do que aquelas que, em contrapartida, não possuem um
C3%A1quina-de-fax
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

elevado nível de conhecimento, mas são éticas e gentis no trato dos advogados para um cliente leigo na área, é necessário adaptar
com os demais, promovendo um clima organizacional tranquilo e as palavras e expressões, para que a comunicação flua e seja efetiva
homogêneo. em seus propósitos.
O convívio social é inevitável e manter a harmonia de um am-
biente não surge repentinamente, é uma construção conjunta de
cada colaborador que, por sua vez, deve compreender que é res- REGRAS DE HIERARQUIAS NO SERVIÇO PÚBLICO;
ponsável pelo desenvolvimento de boas relações dentro e fora da
empresa, estendendo-se à todos os envolvidos no processo em-
presarial, desde o nível hierárquico mais abaixo ou mais acima, A estrutura hierárquica no serviço público é um elemento fun-
clientes, sócios e até aqueles que prestam serviços para a empresa, damental para o funcionamento eficaz da administração pública.
como funcionários terceirizados. Ela estabelece uma ordem de autoridade e responsabilidade que
facilita a coordenação e a execução de tarefas. Este texto abordará
Aparência as regras e princípios que regem a hierarquia no setor público, des-
A aparência chega antes do nome próprio, do aperto de mão tacando sua importância para a gestão eficiente e a prestação de
e do cargo que um indivíduo exerce em um ambiente, ao adentrar- serviços à população.
mos um local, as vestimentas, o cabelo, a higiene pessoal e a forma
como o indivíduo se apresenta falam primeiro e, portanto, devem A Importância da Hierarquia
ser levados muito à sério. Dependendo da maneira como o cola- A hierarquia no serviço público não é apenas uma formalidade,
borador se veste, um cliente ou parceiro em potencial é capaz de mas uma necessidade operacional. Ela permite a distribuição clara
identificar seu compromisso, sua credibilidade e responsabilidade, de funções e responsabilidades, o que é crucial para a tomada de
sua seriedade, entre outras características cruciais para passar uma decisões e a implementação de políticas públicas. Além disso, a hie-
boa imagem. rarquia ajuda a manter a ordem e a disciplina, elementos indispen-
Cada empresa possui seu código de vestimenta, em agências sáveis para o funcionamento de qualquer organização complexa.
de publicidade os colaboradores se vestem de maneira mais infor-
mal, fazem o uso de jeans, tênis e camisetas, em outras corporações Estrutura Hierárquica
mais tradicionais, o uso de vestimentas mais formais, como roupa A estrutura hierárquica no serviço público geralmente é bem
social, ternos e salto-alto, são imprescindíveis. De toda forma, al- definida e documentada, muitas vezes estabelecida por leis ou re-
gumas regras se aplicam de modo geral para agir de forma ética e gulamentos. Ela pode variar de acordo com o órgão ou a instituição,
comprometida no trabalho, como usar roupas discretas, sem de- mas geralmente inclui níveis como secretários, diretores, coorde-
cotes, curtas ou muito apertadas, sem cores muito berrantes ou nadores, chefes de departamento e servidores de base. Cada nível
chamativas, perfumes muito fortes ou maquiagens muito carrega- tem suas próprias responsabilidades, autoridades e limitações, que
das também devem ser evitadas, camisas e calças desamassadas são delineadas de forma clara para evitar ambiguidades.
e limpas, unhas e barbas feitas, sapatos adequados ao restante da
vestimenta, entre outros aspectos da higiene pessoal, devem todos Princípios de Subordinação e Delegação
ser levados em consideração. Um dos princípios fundamentais da hierarquia no serviço pú-
Cuidados no atendimento pessoal e telefônico blico é o da subordinação, que estabelece que os níveis inferiores
Seja na relação face a face ou através de outros meios, como devem obedecer às ordens dos níveis superiores. No entanto, isso
em telefonemas e videoconferências, o atendimento ao cliente não significa uma obediência cega; as ordens devem estar em con-
deve sempre ser realizado de maneira cordial, prestativa, objetiva formidade com a lei e os princípios éticos.
e concisa. O tom de voz, a postura, a dicção, a clareza das infor- Outro princípio importante é o da delegação de autoridade. Os
mações e a gentileza são parte de um comportamento adequado líderes nos níveis mais altos podem delegar tarefas e responsabili-
para conversar com outras pessoas. Nem sempre é tarefa simples dades aos níveis inferiores, mas a responsabilidade final ainda recai
realizar um atendimento, o que exige muita paciência e tolerância. sobre o delegante. A delegação eficaz é crucial para a eficiência,
Além disso, ser um bom ouvinte também faz parte do processo pois permite que os líderes se concentrem em tarefas mais estraté-
comunicativo. Diferentemente da comunicação pessoal, o contato gicas, enquanto as operacionais são cuidadas pelos subordinados.
telefônico pode apresentar suas barreiras, como má qualidade do
som, mudança na sonoridade da voz, chiados e ruídos. Deste modo, Desafios e Considerações Éticas
é necessário prestar atenção e tomar certos cuidados, como buscar A hierarquia, embora necessária, também pode apresentar de-
pronunciar as palavras mais devagar e com mais ênfase em casa safios, como o risco de abuso de poder ou a ineficiência decorrente
sílaba, bem como perguntar ao indivíduo do outro lado da linha de uma estrutura excessivamente burocrática. Portanto, é crucial
se ele compreende a mensagem, e até pedir para que ele a repita, que os servidores públicos atuem com integridade e transparên-
como outra maneira de garantir a efetividade da comunicação. cia, respeitando os princípios éticos e legais que regem o serviço
Para que a comunicação seja bem-feita, ambas as partes de- público.
vem ser ativas e se compreenderem de forma clara. Nem sempre
esta é a realidade, tendo em vista a dificuldade que algumas pes- A hierarquia no serviço público é um instrumento essencial
soas tem ao se expressarem, por falta de conhecimento técnico ou para a organização e a eficácia administrativa. Ela estabelece uma
do padrão da norma-culta de uma língua, ou pela dificuldade na in- estrutura que facilita a coordenação, a comunicação e a tomada de
terpretação das informações. Sendo assim, o emissor, o atendente, decisões, contribuindo para a prestação eficiente de serviços à so-
deve saber adequar a linguagem à diferentes tipos de pessoas, para
cada situação específica. De nada adianta usar a linguagem técnica
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ciedade. No entanto, é fundamental que essa estrutura seja gerida O comportamento profissional adequado não é apenas uma
com ética e responsabilidade, para garantir que ela funcione como questão de seguir regras, mas sim uma manifestação das quali-
um facilitador da boa governança, e não como um obstáculo. dades que fazem um bom profissional. O respeito, a comunicação
eficaz, o profissionalismo, o trabalho em equipe e a adaptabilida-
de são elementos que contribuem para um ambiente de trabalho
REGRAS BÁSICAS DE COMPORTAMENTO PROFISSIONAL saudável e produtivo. Eles são essenciais para construir e manter
PARA O TRATO DIÁRIO COM O PÚBLICO INTERNO E EX- relações de qualidade tanto com o público interno e externo quanto
TERNO E COLEGAS DE TRABALHO; com os colegas de trabalho, impactando positivamente o sucesso
individual e organizacional.
O comportamento profissional é um pilar fundamental para o
sucesso em qualquer ambiente de trabalho, e isso é especialmente ZELO PELO PATRIMÔNIO PÚBLICO; NORMAS PATRIMO-
verdadeiro quando se trata de interações com o público interno e NIAIS E SEU GERENCIAMENTO (TOMBAMENTO, CONTRO-
externo, bem como com colegas de trabalho. Este texto abordará as LE, TERMOS DE RESPONSABILIDADES, BAIXAS, TRANSFE-
regras básicas que devem nortear essas interações, visando promo- RÊNCIAS E ALIENAÇÃO);
ver um ambiente de trabalho mais harmonioso e eficaz.

Respeito e Cortesia
Conjunto de procedimentos internos de ordens física e contá-
A base de qualquer interação profissional bem-sucedida é o
bil aplicados a um bem, desde sua aquisição e entrada, suas movi-
respeito mútuo. Isso significa tratar todas as pessoas, independen-
mentações internas até sua remoção do quadro patrimonial de uma
temente de seu cargo ou função, com dignidade e cortesia. A lin-
instituição. O controle patrimonial, aspecto fundamental da gestão
guagem deve ser sempre apropriada e respeitosa, evitando gírias,
patrimonial, compreende todos os recursos e bens que constituem
palavrões ou comentários que possam ser interpretados como dis-
o patrimônio que uma organização possui para cumprir suas ativi-
criminatórios ou ofensivos.
dades. Desse modo, a gestão patrimonial pode ser definida como a
identificação de cada pertence de uma entidade, assim como cons-
Comunicação Clara e Eficaz
tatar seu estado de conservação e sua totalidade agregada.
A habilidade de se comunicar de forma clara e eficaz é crucial
em qualquer ambiente profissional. Isso é particularmente impor-
Objetivo
tante quando se trata de interagir com o público, seja ele interno
Efetuar rigoroso monitoramento de cada bem e recurso, sejam
ou externo. A comunicação deve ser direta, mas também empática,
itens referentes ao escritório, à produção, à manutenção e tudo que
levando em consideração as necessidades e preocupações da outra
envolva o andamento contínuo e o cotidiano da organização. Na
parte.
gestão pública, inclui-se ao objetivo o adequado usufruto e a oti-
mização dos recursos e a garantia do bem estar e das necessidades
Profissionalismo e Ética
da coletividade.
Manter um alto padrão de profissionalismo é essencial. Isso
inclui, mas não se limita a, ser pontual, vestir-se de forma apropria-
Principais ações da Gestão Patrimonial: registro, controle,
da e manter a confidencialidade quando necessário. Além disso, a
guarda, movimentação, tombamento, atividades de tombamento,
ética profissional deve ser mantida em todas as interações. Isso sig-
preservação, baixa e inventário e incorporação de bens móveis pro-
nifica agir com integridade, honestidade e em conformidade com as
cedentes de doações ou aquisições comerciais internas ou externas
regras e regulamentos da organização e da profissão.
dos bens móveis que integram o patrimônio de uma repartição ad-
ministrativa, além da nomeação de servidores com encarregados
Trabalho em Equipe e Cooperação
para as funções.
O trabalho em equipe é muitas vezes a chave para o sucesso
organizacional. Portanto, é vital que haja uma cooperação eficaz en-
Lei Complementar no 101/2000 - RESPONSABILIDADE FISCAL:
tre os colegas de trabalho. Isso envolve não apenas a habilidade de
os artigos do 44 ao 46 estabelecem ações designadas à conservação
trabalhar bem em grupo, mas também a disposição para ajudar os
do patrimônio público. Entre elas, está a medida que determina a
colegas quando necessário. A competição desmedida ou a falta de
receita capital, ou seja, recursos resultantes da desincorporação de
colaboração podem ser prejudiciais para o ambiente de trabalho e,
ativos por venda (bens móveis e imóveis e direitos que compõem
por extensão, para a organização como um todo.
o patrimônio público) devem ser investidos em despesa capital, de
forma a promover a manutenção do valor do patrimônio público.
Adaptabilidade e Flexibilidade
O mundo corporativo está em constante mudança, e a adap-
Gestão patrimonial de bens móveis
tabilidade é uma qualidade valorizada. Isso é especialmente verda-
deiro quando se trata de lidar com o público, que pode ter uma am-
Objetivos:
pla variedade de necessidades e expectativas. Ser flexível e capaz
1. Monitorar e conservar apropriadamente o acervo de bens
de se adaptar a diferentes situações é crucial para manter um alto
patrimoniais
nível de serviço e satisfação.
2. Determinar responsabilidades pela utilização, guarda e mo-
vimentação
3. Padronizar o controle e o registro (processamento eletrôni-
co)
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96
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Definição de bem móvel ção de bens públicos é a cessão de a terceiros, sempre que houver
Item material que pode ser transferido de lugar e que pode ser benefício público nesse processo e desde que sejam respeitadas as
monitorado por meio de classificação como material de consumo Leis concernentes.
ou material permanente. Em termos legais, bens móveis constituem
direitos concretos sobre móveis, objetos, direitos de obrigação e di- Formas de alienação: venda, permuta, investidura, dação, doa-
reitos autorais, além de outras ações correspondentes. Assim, são ção, concessão de domínio ou legitimação de posse.
tidos como bens móveis quaisquer utensílios e equipamentos des-
tinados ao serviço público, assim como o numerário, os valores, os Condições para alienação de bens:
títulos e os efeitos constantes em cofres ou bancos estatais. • interesse público
• no âmbito municipal, por meio da aprovação da Câmara Mu-
Classificação do bem móvel quanto à situação patrimonial nicipal
Novo: bem recém adquirido (menos de 1 ano de uso); • no âmbito estadual, por meio da aprovação pela Assembleia
Bom: bem em uso normal e em condições de conservação per- Legislativa
feitas; • avaliação prévia (normalmente, realizada pela comissão de
Ocioso: bem fora de utilização, apesar de se encontrar em per- licitação de leilão, leva em conta o valor de mercado, e, caso a ob-
feitas condições; tenção deste seja inviável, deve-se recorrer ao valor designado
Recuperável: bem que não se encontra em perfeitas condi- • Lei no 8.666/93 (Lei das Licitações), que dispõe a respeito da
ções, porém, sua recuperação é viável e — o orçamento para tal alienação por leilão
não ultrapassa 50% do seu valor de mercado;
Antieconômico: bem cuja manutenção é demasiada dispen- Alienação por leilão (venda): nesse caso, devem ser observa-
diosa; bem cuja produtividade é insatisfatória, devido ao seu longo dos os seguintes aspectos:
período de uso, deterioração precoce, ou em virtude de uso prolon- • o grau de avaria que torne economicamente inviável a sua
gado, obsoletismo ou desgaste; recuperação;
Irrecuperável / insersível: bem cuja perda de características • obsolescência que implique na impossibilidade de aproveita-
impede seu uso para o fim destinado ou cuja recuperação é inviável mento do bem por nenhum setor do sistema estatal
ou não compensa economicamente. • sempre que o nem se tornar antieconômico, ou seja, sua
• manutenção é favorável
Formas de incorporação e alienação e seus fatos geradores • demais fatores que justifiquem alienação do bem, contanto
1. Formas de incorporação: que seja viável ou exista interesse na cessão ou permuta
• Compra: incorporação de bem adquirido pela instituição pú-
blica conforme o regulamento estabelecido pela Lei orienta o as- Movimentação
sunto Designa todo o conjunto de ações relacionadas às mudanças
Doação: incorporação de bem concedido em caráter definitivo de localização de bens (transferência, distribuição, empréstimo, ar-
por terceiro ao órgão público, sem de transação comercial. rendamento e saída temporária) a que os bens estão passíveis no
• Comodato: incorporação temporária, com a finalidade de in- ciclo que vai desde a sua incorporação até sua desincorporação. Na
cluir no cadastro geral da instituição, de bens de propriedade de movimentação, não existe a troca de responsabilidade pela guarda
terceiros, cedidos como empréstimo a este por prazo determinado do bem.
e de forma gratuita
• Permuta: incorporação de bem de propriedade de outra ins- Modalidades de controle físico
tituição como item de troca por outro bem de propriedade do mes- 1. Controle de localização: sondagem sistematizada do local
mo organismo estatal. específico onde se situa o bem, assim como da sua unidade gestora
• Transferência: incorporação de bens movimentados entre ór- detentora, visando à definição fidedigna dos dados constantes no
gãos em caráter permanente. registro dessa localização específica.
• Locação: incorporação provisória, com finalidade de inclusão 2. Controle do estado de conservação: acompanhamento re-
no cadastro geral da instituição, de bens de propriedades de tercei- gular e ordenado das condições de preservação dos bens patrimo-
ros que estejam arrendados ou locados, os quais permanecerão em niais, visando à manutenção da integridade física e à observação
caráter especial até que ocorra devolução ao fim do contrato dos agentes naturais que possam danificar o bem (causando oxida-
• Fabricação própria ou produção interna: incorporação de ção, deterioração, corrosão) e todos os demais fatores que ocasio-
bem patrimonial produzido ou construído pelo Estado, efetuada nem potencial diminuição de sua vida útil.
com base na identificação exata de seu valor, a partir da apropria- 3. Controle de utilização: análise e identificação das condições
ção de seu custo de fabricação ou produção de uso dos bens patrimoniais, a partir dos seguintes parâmetros:
• Leasing: incorporação de bens ao patrimônio da instituição 1) ciência da situação de utilização do bem, em função das tarefas
pelo processo de arrendamento mercantil. realizadas na unidade; 2) cumprimento das normas técnicas do fa-
bricante, em relação à manipulação e à capacidade operacional; 3)
2. Alienação conformidade entre características e objetivos do bem em relação
De forma geral, alienação é a transferência de propriedade, de ao caráter de tarefas atribuído ao item
um bem a outra pessoa, com transação financeira ou não. Na ad- 4. Controle de manutenção e garantia: supervisão do venci-
ministração pública, de acordo com os artigos no 98 a 100, aliena- mento dos limites dos contratos de manutenção e de expiração da
garantia

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

5. Controle de seguro: supervisão dos prazos de expiração de Depreciação


apólices de seguro Em termos legais, significa a redução do valor de bens tangíveis
ou intangíveis, provocada por perda de serventia devido à frequên-
Avaliação e reavaliação cia de utilização, desgaste, ou mesmo por obsolescência ou ações
1. Avaliação dos bens patrimoniais: trata-se de supervisão de naturais. Em geral, os componentes do ativo permanente possuem
valores ativos e bens (direitos) e passivos (obrigações) da unidade um ciclo de vida útil reduzido (exceto terrenos, por exemplo). Des-
gestora, além de estudo do histórico de movimentação desse patri- se modo, a obsolescência e o desgaste desses itens devem ser in-
mônio. Nessa etapa, determina-se uma unidade de valor ao compo- cluídos em conta própria de retificadora de depreciação, para fins
nente patrimonial, pois o custo é a base da avaliação. de apresentação do real valor dos ativos fixos nos demonstrativos
A Lei no 4.320/1964, artigo 106, estabelece que a avaliação de: contábeis.
• débitos, créditos e títulos de rendimento deve ser efetuada
por seu valor nominal, convertendo-se, se for moeda estrangeira, à Análise:
taxa de câmbio corrente na ocasião • a base de cálculo para depreciação é a divisão do valor con-
• bens móveis e imóveis, deve ser realizada conforme seu valor tábil do bem ativo pelo seu tempo de vida útil. Além disso, deve-se
de compra ou pelo custo de construção ou produção incluir ao valor contábil, como também no valor da conta de depre-
• bens de almoxarifado, deve ser realizada conforme valor pre- ciação, valores derivados das reavaliações (Lei n° 4.320/1964).
ço médio calculado das compras • o valor da depreciação devidamente corrigida monetaria-
• valores em espécie, incluindo débitos e créditos em moeda mente (depreciação acumulada) não poderá superar o valor do cus-
estrangeira, deverão ser notabilizados paralelamente às importân- to do bem, nem a sua correção monetária.
cias em moeda nacional equivalentes • a depreciação do material permanente incide sobre seu valor
• investimentos relevantes deve ser feita pela equivalência pa- reavaliado, podendo ser calculada pelas taxas de porcentagem ins-
trimonial. critas da Tabela de Duração Média dos Bens Patrimoniais

2. Reavaliação Obrigatoriedade: a Lei determina que as previsões para depre-


De bens ativos: processo que atualiza o valor dos bens tangíveis ciação sejam calculadas, para posterior auditoria do saldo líquido
de uma unidade gestora, para adequação do valor contábil do bem das entidades de direito público. Porém, não menciona explicita-
ao que está sendo praticado no mercado. A reavaliação é exigida mente a respeito da obrigatoriedade o cálculo da depreciação e sua
quando o valor justo de um bem apresenta divergência material do computação no balanço econômico das instituições estatais.
seu valos contábil assinalado.
Periodicidade: a depreciação deve ser realizada com frequên-
VALOR VALOR DE cia anual, sendo atualizados os valores de cada bem patrimonial e
REAVALIAÇÃO VALOR ATUAL registrando-o no inventário anual.
ORIGINAL MERCADO
800,00 1.200,00 400,00 1.700,00 Normativa SRF n° 162/1998: deve ser consultada para proce-
dimento de depreciação de cada tipo de material permanente ou
Justificativa: direitos e bens (ativos) de um organização estão de equipamento.
sujeitos a alteração nos seus valores. Do mesmo modo que os ati-
vos depreciam-se ao longo do tempo, há também a probabilidade, Inventários e auditoria
embora rara, de ocorrer uma valorização.
Lei n° 4.320/1964: dispõe sobre o ativo permanente, permitin- 1. Inventário: sistema de controle para apuração da existência
do a realização da reavaliação dos bens móveis e imóveis, processo física dos bens em uso na unidade gestora e dos saldos de arma-
que, se exercido corretamente atribui valor mais real ao acervo pa- zenamento nos depósitos e almoxarifados. Objetiva informar as
trimonial da instituição. condições de preservação dos bens, mantendo os registros admi-
Periodicidade das reavaliações: o procedimento deve ser ado- nistrativos e contábeis sempre conciliados e atualizados. Em outras
tado sempre que o valor justo de um bem ativo ou o valor de mar- palavras, é a discriminação analítica e ordenada dos valores e bens
cado divergirem do seu valor contábil registrado, assim, a as reava- (de consumo ou permanentes) de um acervo patrimonial, em um
liações devem ser retomadas está sujeita às mudanças dos valores momento específico, tendo em vista atender a um propósito de-
comerciais dos bens ativos em vista. Assim: terminado.
• os bens que passarem por alterações expressivas no seu valor
de mercado ou justo requerem frequência de reavaliações é de 1 Objetivos do inventário na Administração Pública
ano Nesse âmbito, o inventário é compreendido o inventário como
• para os bens ativos cujas alterações no valor de mercado ou o arrolamento de direitos e obrigações da Fazenda Pública, realiza-
justo, a periodicidade é de 4 anos. do regularmente, para:
• conjecturar a precisão dos valores contabilizados e que cons-
Obrigatoriedade: a citada Lei Federal faculta a prática de reava- tituem o Ativo ou Passivo
liações, porém a para a NBC (Normas Brasileiras de Contabilidade) o • apuração da responsabilidade dos encarregados pela guarda
procedimento é obrigatório (NBC T 16.10). dos bens determinados
• auxiliar as tomadas de contas, demonstrando os saldos efe-
tivos
• identificar irregularidades e prover as medidas apropriadas
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• identificar as necessidades de manutenção e conserto, além Inventário de transformação ou de extinção: efetuado na oca-
de bens móveis em desuso, promovendo a minimização e racionali- sião de extinção de uma unidade ou na sua transformação em ou-
zação das despesas, e, especialmente, a fixação correta da plaqueta tra.
de identificação do móvel ou equipamento
2. Auditoria de bens patrimoniais: visa à uma análise integral
Princípios do inventário: dos controles contábeis e administrativo, assim como a localização
Oportunidade: determina que o prazo de realização da ativida- e a apuração física dos bens patrimoniais. Especificamente, a audi-
de seja o menor cabível. A precisão dos dados está profundamente toria objetiva:
relacionada à proximidade da execução do trabalho • a verificação se na incorporação estão sendo obedecidos o
Homogeneidade: define um denominador comum para apre- período provável de durabilidade e o valor limite dos bens, em acor-
sentar uma noção de valor de cada referência, geralmente, moeda do com a respectiva jurisprudência
corrente • a verificação se cada bem móvel foi adequadamente incor-
Uniformidade: prescreve a estipulação dos mesmos critérios, porado ao acervo patrimonial, por meio da confrontação entre os
normal e estruturação comuns para a composição dos inventários, registros ad contabilidade e o controle analítico da área
para que sejam possíveis realizar comparações entre cada inventá- • a verificação se cada bem transferido para utilização é incor-
rio, com o passar dos anos porado ao controle de patrimônio, auferindo número de identifi-
Instantaneidade: estabelece dia e hora para efetuar o levan- cação, sendo contabilizado e constante rigorosamente da carda de
tamento patrimônio do agente encarregado
Especificação: determina a forma de classificação dos elemen- • a verificação a respeito da classificação do patrimônio e con-
tos, agrupados ou individualmente, entre dentro da mesma espécie tábil dos bens, para constatar se sua incorporação aconteceu de
Integridade: estabelece que, após determinados os limites do forma coincidente
inventário, cada elemento patrimonial abrangido constituirá objeto • a verificação acerca do setor patrimonial, para fins de consta-
do levantamento tação se este é o responsável direto pelo processo de aquisição de
bens, fazendo seu acompanhamento da solicitação de compra até a
Fases do inventário entrega ao destinatário final
1a.: Levantamento: abrange a coleta de dados sobre cada com- • a verificação sobre a se as incorporações estão sendo realiza-
ponente ativo e passivo do patrimônio, e fraccionado em três par- das conforme documentação específica
tes: identificação23, agrupamento e mensuração. O levantamento • a verificação em torno da frota de veículos, para constatar se
pode ser físico e/ou contábil. cada item é incorporado por meio de inclusão nos registros contá-
2a.: Arrolamento: registro das quantidades e das especificações beis e no controle patrimonial
adquiridas na primeira fase (levantamento). Arrolamento sintético:
apresenta de forma resumida os elementos patrimoniais. Arrola- Conceitos sobre recebimento
mento analítico: relaciona cada componente de forma individual.
3a.: Avaliação: atribui-se unidade de valor ao bem patrimonial, Definição
obedecendo a critérios ajustáveis à sua finalidade e natureza. Recebimento é o processo de recepção do material na locali-
zação definida previamente; nesse momento, é efetuada apenas a
Tipos de inventário: conferência preliminar associada à data da entrega, instituindo-se,
Inventário Inicial ou de criação: ao criar-se uma nova quando ainda, a transferência da responsabilidade pela guarda e preserva-
criada uma nova unidade gestora, com a finalidade de elencar os ção do material, do fornecedor para a unidade receptora. O pro-
bens cuja guarda ficará sob a responsabilidade de seus gestores cesso de recebimento é realizado via o departamento Central de
Inventário de transferência: efetuado sempre que ocorrer al- Almoxarifado e deve seguir os critérios estabelecidos em regimento
teração permanente do detentor dos bens patrimoniais ou do titu- próprio.
lar do órgão.
Inventário de verificação: efetuado em qualquer momento, Canhoto da nota fiscal: documento cuja assinatura serve como
para verificação de quaisquer bens ou grupo de bens, conforme prova legal do recebimento.
solicitação dos titulares ou responsáveis pela carga patrimonial,
ou mesmo com o propósito de apuração de ocorrências de dano Aceite: feitas a constatação quantitativa e qualitativa dos itens
à instituição, consequências da má utilização ou fruto de negligên- e aprovadas as características exigidas, o agente recebedor atesta o
cia. Também pode ser realizado com o intuito de apurar indícios de devido aceite do bem.
prejuízos ao órgão, decorrentes de desaparecimentos, mau uso, ou Recebimento de equipamentos técnicos: para itens que re-
outros fatos danosos, como, por exemplo, os causados por negli- querem conhecimento especializado, o agente recebedor faz a so-
gência etc. licitação de providências necessárias à área competente, que, por
Inventário anual: efetuado pela comissão de servidores ao sua vez, designará uma Comissão Técnica para emissão de parecer
término de cada exercício financeiro / ano civil, com o objetivo de seguro, a fim de atestar que as especificações da nota de empenho
constatar a veracidade dos registros de controle do patrimônio doa correspondem às estabelecidas no contrato de compra.
instituição, fazendo as demonstrações do conjunto de cada deten-
tor de carga, do valor integral do ano precedente e das variações Nota de Empenho: documento que deve ser preenchido antes
sucedidas ao patrimônio no exercício, produzido conforme o Plano de se dar início ao processo de recebimento do bem, ou seja, antes
de Contas da Administração Pública Estadual. de encaminhá-lo para conferência no almoxarifado.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Recebimento de bens de valor relevante: deverá ser realizado • se o ponto padrão para a aplicação da plaqueta for de difícil
pela Comissão de Recebimento sob conferência rigorosa previa- visualização (armários ou arquivos apoiados à parede, cujo tama-
mente ao ato de atestar a nota fiscal do respectivo item, sob pena nho e peso em excesso impeçam a movimentação), fixação da pla-
de responsabilidade administrativa. Neste caso, o aceite é atestado queta deverá ser feita na maior proximidade possível à localização
com carimbo no verso da nota fiscal, com informação da data do padrão.
aceite e nome, cargo e matrícula do recebedor. • se houver descolagem, perda ou deterioração da plaqueta, a
divisão de patrimônio deverá ser comunicada imediatamente pelo
Registro dos bens móveis patrimoniais: concluído o aceite no encarregado pelo setor onde o item se encontra alocado.
setor almoxarifado, os bens deverão ser registrados em sistema es-
pecífico de controle de materiais, e os principais dados são: 2. Carga patrimonial: trata-se da responsabilidade pela guarda,
• número do tombamento e data utilização e preservação do bem patrimonial, declarada no Termo
• descrição geral padronizada do item de Responsabilidade.
• modelo, marca e série
• descrição das características específicas Principais incumbências
• valor unitário de aquisição (valor histórico) O detentor da carga patrimonial precisa ser um servidor provi-
• agregação (se houver componente ou acessório) do de cargo de gerência/chefia/direção, cuja competência específi-
• ingresso (fabricação própria, compra, cessão, doação, permu- ca é a responsabilidade pelo gerenciamento patrimonial dos bens
ta, etc.) submetidos à sua disposição. Suas principais competências, nesse
• classificação patrimonial (contábil) sentido, são:
• número do empenho e data de emissão do número e espécie • acatar a responsabilidade sobre os itens direcionados à sua
do documento de aquisição (fatura comercial ou nota fiscal) utilização, bem como ao seu setor subordinado
• Termo de doação, Guia de Produção Interna, Termo de Ces- • informar ao setor de patrimônio quaisquer movimentações
são, Termo de Cessão em Comodato, Termo de doação, Invoice, etc. dos bens sob a sua guarda
• nome (código) do fornecedor • para períodos de afastamento, férias, licenças, informar ao
• garantia setor de patrimônio o nome de seu substituto, que ficará com a
• localização (identificação do setor encarregado) responsabilidade provisória dos bens
• situação do bem (registrado, em manutenção, cedido em co-
modato, alocado, em depósito, desaparecido, em sindicância, de- 3. Tombamento: “tombamento” é um termo que tem origem
saparecido, baixado, etc.) condição de conservação (bom, regular, na língua portuguesa e designa o registro do bem patrimonial em
precário, inservível, recuperável) livros específicos num órgão de Estado específico para essa função.
• histórico do bem submetido à manutenção, se houver Em outras palavras, a designação tombamento é empregada para
• número do Termo de Responsabilidade registrar algo de valor para uma comunidade, protegendo esse bem
• indicação se o bem é plaquetável ou não por meio de Leis específicas.

Identificação, carga e tombamento Tombamento de bens públicos


1. Identificação: processo padronizado de instalação de pla- Ato de oficializar a inclusão física de um bem ao patrimônio
quetas de patrimônio em cada item, para que se possa identificar da instituição, com a concessão de um número único por registro
item por item, mesmo que haja realocações diversas. A identifica- patrimonial, ou, quando se tratar de lote, via agrupamento de uma
ção realizada metódica e adequadamente assegura precisão e efici- série de registros patrimoniais. A este número exclusivo denomina-
ência na localização física e no cadastramento no sistema. -se número de tombamento. Por meio do tombamento, emprega-
-se uma conta patrimonial do Plano de Contas da unidade item por
Aplicação de plaquetas de identificação item, conforme o fim que motivou sua aquisição. O valor item a ser
Para esse processo, deve-se observar alguns aspectos, como: registrado é o seu valor de aquisição, obrigatoriamente declarado
1. selecionar ponto de visualização evidente e fácil acesso (pre- no seu documento de incorporação.
ferencialmente na divisão frontal do item) para fins de reconheci-
mento via leitor óptico) Termo de responsabilidade
2. evitar pontos que não proporcionem aderência adequada A primeira distribuição do bem móvel (material permanente)
ou, por sobre qualquer informação relevante do item deve ocorrer mediante o preenchimento desse documento, que
3. evitar pontos de possíveis deterioração e encurvamento da deve ser adotado também para qualquer movimentação interna do
plaqueta item. Os principais dados que devem constar, além dos dados de
padronização e arquivos, são:
Fatores importantes na identificação de bens patrimoniais: • número do documento
• bens recebidos serão marcados fisicamente antes de sua dis- • localização de destino do bem
tribuição dos aos diversos centros de responsabilidade da unidade • declaração de responsabilidade
• bens cujas especificações físicas ou a sua natureza obstruam • número de tombamento
a fixação de plaqueta não deixarão de ter número de tombamento • descrição
e serão controlados e marcados separadamente • quantidade
• indicação se o item é plaquetável
• valor unitário
• valor total da carga
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• total de bens arrolados no documento A prevenção de acidentes de trabalho e incêndios é uma res-
• data do documento ponsabilidade compartilhada que requer a participação ativa de
• nome e assinatura do responsável patrimonial todos na organização. Através da identificação de riscos, do uso
• data de assinatura do documento adequado de equipamentos de segurança, do treinamento e da
conscientização, é possível criar um ambiente de trabalho signifi-
cativamente mais seguro. A implementação dessas medidas não só
NOÇÕES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO E protege a integridade física dos funcionários, mas também contri-
INCÊNDIO. bui para uma cultura organizacional mais forte e coesa.

A segurança no ambiente de trabalho é uma preocupação que QUESTÕES


deve ser compartilhada por todos, desde a alta administração até
os funcionários de base. Prevenir acidentes de trabalho e incêndios
não é apenas uma questão legal, mas também uma responsabili-
1. As tarefas de recebimento compreendem desde a recepção
dade ética e moral. Este texto abordará as noções básicas para a
do material pelo fornecedor na entrega, até a entrada nos estoques.
prevenção desses tipos de ocorrências, com o objetivo de criar um
Suas etapas são: 1ª Entrada de materiais; 2ª Conferência quantitati-
ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
va; 3ª Conferência qualitativa; 4ª Regularização.
( ) CERTO
Identificação de Riscos
( ) ERRADO
O primeiro passo na prevenção de acidentes e incêndios é a
identificação de riscos. Isso pode incluir a avaliação de equipamen-
2. A paletização é um sistema consolidado no meio logístico e
tos, a disposição do ambiente de trabalho e até mesmo o compor-
muito utilizado por empresas de varejo, para armazenagem e trans-
tamento dos funcionários. Uma vez identificados os riscos, medidas
porte de cargas. A principal função dos paletes é otimizar e facilitar
preventivas podem ser implementadas para mitigá-los.
o transporte e armazenamento de mercadorias, com um tamanho
padrão, em porta-paletes e com o uso de paleteiras e/ou empilha-
Equipamentos de Segurança
deiras.
O uso adequado de equipamentos de segurança é crucial para
( ) CERTO
prevenir acidentes. Isso pode variar desde o uso de capacetes e lu-
( ) ERRADO
vas em ambientes industriais até a instalação de extintores de in-
cêndio e sistemas de sprinklers em escritórios. É fundamental que
3. Um estoque centralizado mantém as mercadorias em Cen-
todos os funcionários sejam treinados no uso correto desses equi-
tros de Distribuição (CD).
pamentos e que os mesmos sejam regularmente inspecionados e
Um estoque descentralizado faz com que todas as mercadorias
mantidos.
sigam diretamente para seus (PVs) pontos de vendas.
( ) CERTO
Treinamento e Conscientização
( ) ERRADO
O treinamento é uma das ferramentas mais eficazes na preven-
ção de acidentes e incêndios. Isso deve incluir não apenas instru-
4. FAUEL - 2023 - Prefeitura de Tamboara - PR - Agente Admi-
ções sobre como usar equipamentos de segurança, mas também
nistrativo- Pesquisas recentes na área organizacional demonstram
sobre como agir em caso de emergência. Além disso, a conscienti-
que a boa condução das relações humanas dentro do ambiente de
zação sobre a importância da segurança no trabalho deve ser uma
trabalho depende de práticas de gestão que melhoram tanto o am-
constante, podendo ser reforçada através de campanhas internas e
biente interno da mesma quanto o atendimento ao público. Assina-
atualizações regulares.
le a alternativa que traz um comportamento negativo em termos de
relações humanas e atendimento ao público.
Procedimentos de Emergência
(A) Promoção de um padrão ético de comportamento.
Ter um plano de emergência bem elaborado e amplamente di-
(B) Foco no individualismo e minimização do trabalho em equi-
vulgado é vital. Todos os funcionários devem conhecer os procedi-
pe.
mentos a serem seguidos em caso de acidente ou incêndio, incluin-
(C) Valorização do comprometimento e responsabilidade na
do rotas de evacuação e pontos de encontro. Simulações periódicas
condução do trabalho.
podem ajudar a garantir que o plano seja eficaz e que todos saibam
(D) Cumprimento de protocolos de segurança e qualidade de
como agir em uma situação real.
vida no trabalho.
(E) Realização de atividades e práticas de integração profissio-
Manutenção e Inspeção
nal
A manutenção regular de máquinas e equipamentos é outra
medida preventiva importante. Defeitos ou desgastes podem ser
identificados antes que causem acidentes. Além disso, inspeções
regulares do ambiente de trabalho por profissionais qualificados
podem ajudar a identificar riscos que talvez não sejam imediata-
mente óbvios para os funcionários.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

5. FAUEL - 2023 - Prefeitura de Tamboara - PR - Agente Admi- 9. CETREDE - 2019 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante
nistrativo- Em termos de desenvolvimento organizacional, relações - CE - Agente Administrativo- Marque a opção que indica um com-
humanas e atendimento ao público, analise as seguintes afirmati- portamento apropriado no ambiente de trabalho.
vas, em seguida assinale a alternativa que traz, de forma CORRETA (A) Não usar a linguagem coloquial, mas sempre usar gírias
os fatores internos que auxiliam na promoção de um bom ambiente para facilitar a comunicação do trabalho.
de trabalho e atendimento ao público. (B) Evitar fazer perguntas aos colegas, pois ficam impacientes
I – Otimização dos canais de comunicação interna. ao lhes fazerem questionamentos.
II – Aumento do grau de satisfação com o trabalho. (C) As críticas devem ser realizadas em ambientes em que es-
III – Promoção de segurança física e emocional no ambiente de tejam vários colegas do trabalho para evitar conflitos pessoais.
trabalho. (D) Tratar as pessoas como se fossem irmãos, filhos ou esposa,
IV – Ações que estimulem o aumento no grau de rotatividade ou seja, com intimidade.
organizacional. (E) Mostrar-se solícito.
V – Existência de políticas que potencializem o conflito organi-
zacional. 10. Quadrix - 2022 - CRF-GO - Agente Administrativo- A conser-
(A) Apenas as afirmativas I, II e V estão corretas. vação e a preservação dos documentos arquivísticos em qualquer
(B) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. suporte requerem a adoção de procedimentos relativos à produ-
(C) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. ção, à tramitação, ao acondicionamento e ao armazenamento do-
(D) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. cumental.
(E) Apenas as afirmativas I, II, III e V estão corretas. ( ) CERTO
( ) ERRADO
6. Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Administrativo- Acerca
de tipos de arquivo, acessórios do arquivo, fases, técnicas, sistemas 11. IBADE - 2020 - Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO - Agen-
e métodos de arquivamento, julgue o item. te Administrativo- Geralmente os almoxarifados públicos possuem
O sistema de arquivamento direto é aquele em que é necessá- quatro atividades básicas.
rio se utilizar um índice remissivo para se acessar o arquivo. I - Recebimento.
( ) CERTO II - Estocagem.
( ) ERRADO III - Controle.
IV - Distribuição.
7. Quadrix - 2021 - CRMV - AP - Agente Administrativo- Acerca As atividades de DISTRIBUIÇÃO no Almoxarifado são:
de tipos de arquivo, acessórios do arquivo, fases, técnicas, sistemas (A) um conjunto de ações integradas que registram e garantam
e métodos de arquivamento, julgue o item. a eficiência da movimentação do estoque, bem como de ações
Os arquivos de primeira idade guardam os documentos que relacionadas a sua gestão, manutenção e segurança, sempre
são consultados com frequência, devido a seu uso funcional, pos- baseadas em técnicas específicas e documentadas.
suindo valor primário. (B) inspeções e conferência do material e suas condições de
( ) CERTO aquisição, com respectivo aceite ou rejeição pelo Almoxarifado.
( ) ERRADO (C) fornecimento e entrega dos materiais aos setores, de acor-
do com a solicitação, observando as quantidades e prazos de
8. AMEOSC - 2023 - Prefeitura de São José do Cedro - SC - Agen- entrega.
te Administrativo- A redação de comunicações, na gestão pública, (D) armazenamento com segurança, do material adquirido,
é utilizada para registrar, analisar, avaliar, controlar e dinamizar di- utilizando técnicas adequadas para suprir as necessidades da
ferentes processos e procedimentos da Administração Pública, um organização.
documento com valor jurídico dedicado à comunicação oficial en- (E) emissão do pedido de compras e solicitação de renovação
tre órgãos públicos, empresas ou mesmo autoridades com função do estoque.
de solicitar, requerer etc. O documento que apresenta a seguinte
estrutura: cabeçalho, identificação do expediente, local e data do 12. IBADE - 2020 - Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO - Agen-
documento, endereçamento, assunto, texto do documento, fechos te Administrativo- Grandes estoques são difíceis de controlar, uma
para comunicações, identificação do signatário, numeração das vez que estarão sujeitos às decisões de várias pessoas. Um instru-
páginas é conhecido como, de acordo com Manual de Redação da mento de controle para a verificação e comprovação dos saldos de
Presidência da República? estoques e dos materiais permanentes em uso no órgão ou entida-
(A) Ata. de é o/a:
(B) Ofício. (A) relatório.
(C) Cartas. (B) investigação.
(D) Declaração. (C) cronograma.
(D) inventário.
(E) orçamento.

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102
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13. IBADE - 2020 - Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO - Agen- 12 D


te Administrativo- Ao atender o público, deve-se ter boa vontade,
profissionalismo e, acima de tudo, respeito, tendo como foco ouvir 13 E
o que as pessoas têm a dizer. Um atendimento eficiente acontece 14 C
quando:
(A) não anotamos todos os recados e deixamos de encaminhar 15 D
à pessoa que precisa recebê-los.
(B) não temos paciência ao ouvir a pessoa, e a interrompemos
bruscamente. ANOTAÇÕES
(C) tratamos a todos com desigualdade e impaciência.
(D) falamos alto ou gritando e não transmitimos às informações
______________________________________________________
de maneira rápida e correta.
(E) se não tiver resposta para a questão, procura a solução e ______________________________________________________
dá um retorno à pessoa atendida. Nunca deixe o atendimento
sem reposta. ______________________________________________________

14. GUALIMP - 2020 - Câmara de Divino - MG - Auxiliar Admi- ______________________________________________________


nistrativo- Tendo em mente algumas regras básicas de comporta-
mento profissional para o trato diário com o público interno e exter- ______________________________________________________
no e colegas de trabalho, escolha a alternativa correta:
Diante de erros e problemas: ______________________________________________________
(A) Não peça desculpas.
______________________________________________________
(B) É desnecessário explicar o que ocorreu, apenas justifique.
(C) Procure corrigir o erro imediatamente ou dizer quando e ______________________________________________________
como o erro será corrigido.
(D) Após a correção e/ou solução de algum problema, evite o ______________________________________________________
contato com a pessoa interessada para certificarse da satisfa-
ção dela. ______________________________________________________

15. : FEPESE - 2022 - FCEE-SC - Técnico em Atividades Admi- ______________________________________________________


nistrativas- Assinale a alternativa que indica corretamente uma ca-
______________________________________________________
racterística importante para comportamento profissional no trato
diário com o público interno e externo e colegas de trabalho. ______________________________________________________
(A) Bestialidade
(B) Descortesia ______________________________________________________
(C) Impolidez
(D) Civilidade ______________________________________________________
(E) Agressividade
______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________

1 CERTO ______________________________________________________
2 CERTO ______________________________________________________
3 CERTO
______________________________________________________
4 B
______________________________________________________
5 C
6 ERRADO ______________________________________________________
7 CERTO _____________________________________________________
8 B
_____________________________________________________
9 E
10 CERTO ______________________________________________________

11 C ______________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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