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a solução para o seu concurso!

PM-SP
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO
DE SÃO PAULO

Soldado PM de 2ª
Classe do Quadro de
Praças de Polícia Militar
(QPPM)
EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO
Nº DP-3/321/22

CÓD:SL-017NV-22
7908433228936
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) ......................................................................... 7
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras .............................................................................................. 21
3. Pontuação.................................................................................................................................................................................... 22
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido
que imprimem às relações que estabelecem ............................................................................................................................. 23
5. Concordância verbal e nominal ................................................................................................................................................... 28
6. Regência verbal e nominal .......................................................................................................................................................... 28
7. Colocação pronominal ................................................................................................................................................................. 29
8. Crase ........................................................................................................................................................................................... 29

Matemática
1. Números inteiros: operações e propriedades. Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e
propriedades. ............................................................................................................................................................................. 33
2. Mínimo múltiplo comum. .......................................................................................................................................................... 37
3. Razão e proporção...................................................................................................................................................................... 38
4. Porcentagem............................................................................................................................................................................... 40
5. Regra de três simples.................................................................................................................................................................. 41
6. Média aritmética simples............................................................................................................................................................. 41
7. Equação do 1º grau. Sistema de equações do 1º grau. .............................................................................................................. 43
8. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade. ........................................................................ 48
9. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. .............................................................................................................................. 51
10. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras. ........................................................................ 52
11. Raciocínio lógico. ........................................................................................................................................................................ 64
12. Resolução de situações-problema............................................................................................................................................... 87

História Geral
1. Primeira Guerra Mundial ............................................................................................................................................................. 93
2. O Nazifascismo E A Segunda Guerra Mundial ............................................................................................................................. 93
3. A Guerra Fria ............................................................................................................................................................................... 95
4. Globalização E As Políticas Neoliberais......................................................................................................................................... 95

História do Brasil
1. A revolução de 1930 e a era vargas. ............................................................................................................................................. 99
2. As constituições republicanas...................................................................................................................................................... 99
3. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar. ................................................................................................. 101
4. A abertura política e a redemocratização do brasil. ..................................................................................................................... 101

Geografia Geral
1. A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização.................................................................................................. 105
2. Os principais problemas ambientais........................................................................................................................................... 106
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Geografia do Brasil
1. A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação).................................................................................................... 111
2. A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos............................................................................................... 116
3. As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária.................................................. 118
4. Os impactos ambientais............................................................................................................................................................. 121

Atualidades (Digital)
1. Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir de 6
(seis) meses anteriores à publicação deste Edital, divulgados na mídia local e/ou nacional ........................................................ 125

Noções Básicas de Informática


1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos....................................... 127
2. MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos,
fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas,
legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto............................................................................ 139
3. MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas
e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados............................................................................. 142
4. MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e
rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação,
animação e transição entre slides................................................................................................................................................ 148
5. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos....................................... 153
6. Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas.................................................. 155

Noções de Administração Pública


1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos; Capítulo IV – Dos Direitos Políticos. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo VII – Da Administração Pública:
Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Título V – Da Defesa
do Estado e das Instituições Democráticas: Capítulo III – Da Segurança Pública......................................................................... 165
2. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Título II – Da Organização e Poderes: Capítulo III – Do Poder Executivo; Capítulo
IV – Do Poder Judiciário: Seção V – Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de Justiça Militar. Título III – Da Organi-
zação do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Capítulo II – Dos Servidores Públicos
do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis; Seção II – Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança
Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia Militar............................................................................................. 183
3. LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação............................................................................................................ 190
4. DECRETO nº 58.052/12 – Regulamenta a Lei nº 12.527/11, que regula o acesso a informações, e dá providências correlatas... 196
LÍNGUA PORTUGUESA

• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens,


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEX- fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra.
TOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS)

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto • Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
ou que faça com que você realize inferências. lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. com a não-verbal.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz.
Percebeu a diferença?

Tipos de Linguagem
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que
facilite a interpretação de textos.
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela
pode ser escrita ou oral.

Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-


tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
este processo é intertextualidade.

Interpretação de Texto
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.
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Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti- O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia
ca e, por fim, uma leitura interpretativa. principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
É muito importante que você: tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja,
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta- você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo
do, país e mundo; significativo, que é o texto.
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões); texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto- título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
gráficas, gramaticais e interpretativas; o assunto que será tratado no texto.
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po- Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
lêmicos; que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas. comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
Dicas para interpretar um texto: pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
– Leia lentamente o texto todo. Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo. o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
– Releia o texto quantas vezes forem necessárias. finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa- cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto. estudos?
– Sublinhe as ideias mais importantes. Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
principal e das ideias secundárias do texto. reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
– Separe fatos de opiniões.
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo CACHORROS
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu-
tável). Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
– Retorne ao texto sempre que necessário. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
enunciados das questões. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
– Reescreva o conteúdo lido. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
picos ou esquemas. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa- casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- outro e a parceria deu certo.
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma
distração, mas também um aprendizado. Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela As informações que se relacionam com o tema chamamos de
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
do texto. ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
prova. capaz de identificar o tema do texto!
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi-
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can- Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum cundarias/
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca
extrapole a visão dele.

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IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM Ironia dramática (ou satírica)
TEXTOS VARIADOS A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que
Ironia tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
Ironia  é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé-
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex- dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo
novo sentido, gerando um efeito de humor. da narrativa.
Exemplo: Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos.

Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
NERO EM QUE SE INSCREVE
Ironia de situação Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- principal. Compreender relações semânticas é uma competência
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
morte. -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

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Busca de sentidos tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
apreensão do conteúdo exposto. curto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que
citadas ou apresentando novos conceitos. nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici- mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas como horas ou mesmo minutos.
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
Importância da interpretação imagens.
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter- Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
específicos, aprimora a escrita. que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- vencer o leitor a concordar com ele.
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de de destaque sobre algum assunto de interesse.
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen- Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es- za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató- crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para berdade para quem recebe a informação.
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Fato
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
Diferença entre compreensão e interpretação ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do Exemplo de fato:
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- A mãe foi viajar.
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Interpretação
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Gêneros Discursivos quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- sas, previmos suas consequências.
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- ças sejam detectáveis.
dárias.
Exemplos de interpretação:
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- tro país.
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações do que com a filha.
encaminham-se diretamente para um desfecho.
Opinião
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O que fazemos do fato.
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Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên- Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais. ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-
odo, e o tópico que o antecede.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto
anteriores: ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- para a clareza do texto.
tro país. Ela tomou uma decisão acertada. Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
do que com a filha. Ela foi egoísta. vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. sem coerência.
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên- Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
mos expressando nosso julgamento. trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, mais direto.
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
analisamos um texto dissertativo. NÍVEIS DE LINGUAGEM

Exemplo: Definição de linguagem


A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
com o sofrimento da filha. ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
e o do leitor. social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
e caem em desuso.
Parágrafo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é Língua escrita e língua falada
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
sentada na introdução. mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. Linguagem popular e linguagem culta
Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
prova. o diálogo é usado para representar a língua falada.

Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e Linguagem Popular ou Coloquial


ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con- irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. expressão dos esta dos emocionais etc.

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A Linguagem Culta ou Padrão Exemplo:
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que Era uma casa muito engraçada
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins- Não tinha teto, não tinha nada
truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên- Ninguém podia entrar nela, não
cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem Porque na casa não tinha chão
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, Ninguém podia dormir na rede
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, Porque na casa não tinha parede
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi- Ninguém podia fazer pipi
cas, noticiários de TV, programas culturais etc. Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Gíria Na rua dos bobos, número zero
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como (Vinícius de Moraes)
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa- TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos. A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os comportamentos, nas leis jurídicas.
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário Características principais:
de pequenos grupos ou cair em desuso. • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
“mina”, “tipo assim”. do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
Linguagem vulgar pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar Exemplo:
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
comida”. ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
Linguagem regional nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, perior para formação de oficiais.
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Tipo textual expositivo
Tipos e genêros textuais A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e pode ser expositiva ou argumentativa.
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns
exemplos e as principais características de cada um deles. Características principais:
• Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
Tipo textual descritivo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo mar.
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
um movimento etc. de ponto de vista.
Características principais: • Apresenta linguagem clara e imparcial.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje-
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função Exemplo:
caracterizadora. O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
meração. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• A noção temporal é normalmente estática. terminado tema.
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
ção. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.

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Tipo textual dissertativo-argumentativo GÊNEROS TEXTUAIS
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur- Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in- dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
(leitor ou ouvinte). síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
Características principais: apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento ais que neles predominam.
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- Descritivo Diário
gestão/solução). Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações Biografia e autobiografia
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente Notícia
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e Currículo
um caráter de verdade ao que está sendo dito. Lista de compras
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Cardápio
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou Anúncios de classificados
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Injuntivo Receita culinária
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Bula de remédio
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Manual de instruções
Regulamento
Exemplo: Textos prescritivos
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Expositivo Seminários
administração política (tese), porque a força governamental certa- Palestras
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Conferências
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Entrevistas
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Trabalhos acadêmicos
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Enciclopédia
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Verbetes de dicionários
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato- Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Carta de opinião
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Resenha
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Artigo
cobrança efetiva (conclusão). Ensaio
Monografia, dissertação de
Tipo textual narrativo mestrado e tese de doutorado
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta
Narrativo Romance
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
Novela
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo,
Crônica
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo).
Contos de Fada
Fábula
Características principais:
Lendas
• O tempo verbal predominante é o passado.
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his-
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
onisciente). ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em nitos e mudam de acordo com a demanda social.
prosa, não em verso.
INTERTEXTUALIDADE
Exemplo: A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou
Solidão seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- ambos: forma e conteúdo.
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Nelson S. Oliveira forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri-
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurreais/4835684
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ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
provérbios, charges, dentre outros. que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
Tipos de Intertextualidade O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen- um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego enunciador está propondo.
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se- Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
ticos. missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), mento de premissas e conclusões.
significa a “repetição de uma sentença”. Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- A é igual a B.
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha A é igual a C.
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- Então: C é igual a B.
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
e “graphé” (escrita). Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção que C é igual a A.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa Outro exemplo:
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Todo ruminante é um mamífero.
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- A vaca é um ruminante.
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Logo, a vaca é um mamífero.
“citação” (citare) significa convocar.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois também será verdadeira.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar). No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem. mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
ARGUMENTAÇÃO confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- Tipos de Argumento
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- mento. Exemplo:
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
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Argumento de Autoridade cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur- tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver- aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
dadeira. Exemplo: correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe- indevidas.
cimento. Nunca o inverso.
Alex José Periscinoto. Argumento do Atributo
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor- raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, que é mais grosseiro, etc.
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
acreditar que é verdade. alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
Argumento de Quantidade de.
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
largo uso do argumento de quantidade. em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
dizer dá confiabilidade ao que se diz.
Argumento do Consenso Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as por bem determinar o internamento do governador pelo período
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases tal por três dias.
carentes de qualquer base científica.
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
Argumento de Existência tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- texto tem sempre uma orientação argumentativa.
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
do que dois voando”. traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser outras, etc. Veja:
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- vam abraços afetuosos.”
vios, etc., ganhava credibilidade. O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
Argumento quase lógico fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
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- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am- Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá- mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.
usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
injustiça, corrupção). zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir ver as seguintes habilidades:
o argumento. - argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con- ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total-
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e mente contrária;
atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta-
que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, ria contra a argumentação proposta;
uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir - refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
outros à sua dependência política e econômica”. ta.

A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa- A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
o assunto, etc). não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
dades não se prometem, manifestam-se na ação. verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu da verdade:
comportamento. - evidência;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - divisão ou análise;
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- - ordem ou dedução;
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio - enumeração.
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
mica e até o choro. encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse caracteriza a universalidade.
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de

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verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
o efeito. Exemplo: que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
pesquisa.
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
Fulano é homem (premissa menor = particular) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
Logo, Fulano é mortal (conclusão) todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia- síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém,
se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par- reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu
te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci- o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo: todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina-
O calor dilata o ferro (particular) das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então,
O calor dilata o bronze (particular) o relógio estaria reconstruído.
O calor dilata o cobre (particular) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
O ferro, o bronze, o cobre são metais meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, relacionadas:
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de lha dos elementos que farão parte do texto.
sofisma no seguinte diálogo: Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
- Lógico, concordo. racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
- Claro que não! por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Exemplos de sofismas: lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Dedução confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Todo professor tem um diploma (geral, universal) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Fulano tem um diploma (particular) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- sabiá, torradeira.
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
dos nos sentimentos não ditados pela razão.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
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o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é - deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) +
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as
do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou diferenças).
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de
(Garcia, 1973, p. 302304.) paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in- consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala-
trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres- vra e seus significados.
sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio- A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam. pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
de vista sobre ele. mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- mentação coerente e adequada.
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
- o termo a ser definido; elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
- o gênero ou espécie; cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
- a diferença específica. raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
ma espécie. Exemplo: argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
Elemento especiediferença apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
a ser definidoespecífica causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, virtude de, em vista de, por motivo de.
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta assim, desse ponto de vista.
ou instalação”; Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
dida;d ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma

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forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta- Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao
que, melhor que, pior que. desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se: elaboração de um Plano de Redação.
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi- tecnológica
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- ta, justificar, criando um argumento básico;
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
caráter confirmatório que comprobatório. que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli- (rever tipos de argumentação);
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
caso, incluem-se dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse-
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, quência);
mortal, aspira à imortalidade); - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- argumento básico;
dos e axiomas); - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se mento básico;
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
parece absurdo). quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de menos a seguinte:
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
cretos, estatísticos ou documentais. Introdução
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se - função social da ciência e da tecnologia;
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau- - definições de ciência e tecnologia;
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência. - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi- Desenvolvimento
niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova- - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que vimento tecnológico;
expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade condições de vida no mundo atual;
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
gumentação: desenvolvidos;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; sado; apontar semelhanças e diferenças;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- quências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen- Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con- criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
é que gera o controle demográfico”.
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tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela o aspecto global do texto;
é inserida. - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
não se restringindo única e exclusivamente a textos literários. Coesão
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
textos caracterizada por um citar o outro. tem-se a coesão lexical.
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou nentes do texto.
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
mencionar um provérbio conhecido. advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com A coesão:
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou- - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi- - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
zá-lo ou ao compará-lo com outros. componentes do texto;
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- PONTO DE VISTA
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con- sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi- vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a compre- servador e o narrador-personagem.
ensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de mobili-
zar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coerente, além Primeira pessoa
de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada. Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
Coerência o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se- leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com só descobrimos ao decorrer da história.
outra”).
Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se Segunda pessoa
estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen- O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá-
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta
das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos quase como outro personagem que participa da história.
elementos formativos de um texto.
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito Terceira pessoa
aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser-
elementos textuais. vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al-
de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo- guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse.
sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística, Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi-
tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada
imediato a coerência de um discurso. por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para
outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a
A coerência: leitura não fique confuso.
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
tual;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

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Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam-
Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, bém uma linda decoração e bebidas caras.
por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato,
não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta. Travessão ( — )
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta-
palavra, frase ou textos inteiros. -men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
PONTUAÇÃO um diálogo, com ou sem aspas.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão.

Pontuação Parênteses e colchetes ( ) – [ ]


Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico
de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados
funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BE- aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza-
CHARA, 2009, p. 514) dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a rem uma nova inserção.
importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon- vernador)
to e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reti-
cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos Aspas ( “ ” )
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]). especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
Ponto ( . ) da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pau- Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo
de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as Vírgula
reticências. São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
Estaremos presentes na festa. ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à
Ponto de interrogação ( ? ) vírgula:
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogati- 1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
va ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica. mos” o momento certo de fazer uso dela.
Você vai à festa? 2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
Ponto de exclamação ( ! ) leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
tiva. 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
Ex: Que bela festa! tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
menos importante e que pode ser colocada depois.
Reticências ( ... ) Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor Maria foi à padaria ontem.
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Sujeito Verbo Objeto Adjunto
Ex: Essa festa... não sei não, viu.
Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Dois-pontos ( : ) re por alguns motivos:
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. verbo e o adjunto.
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
Ponto e vírgula ( ; ) comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o é necessária:
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, Ontem, Maria foi à padaria.
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Maria, ontem, foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. À padaria, Maria foi ontem.
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Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces- SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
sário: são os que dão origem a mundo/
• Separa termos de mesma função sintática, numa enumera- outras palavras, ou seja, ela é população
ção. a primeira. /formiga
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
serem observadas na redação oficial. SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
• Separa aposto. são formados por outros populacional/formigueiro
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica. radicais da língua.
• Separa vocativo. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
Brasileiros, é chegada a hora de votar. designa determinado ser /Brasil
• Separa termos repetidos. entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
Aquele aluno era esforçado, esforçado. espécie. São sempre iniciados Liberdade
por letra maiúscula.
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com referem-se qualquer ser de cachorro/prima
efeito, digo. uma mesma espécie.
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
ou seja, de fácil compreensão. nomeiam seres com existência /estrelas/fadas
própria. Esses seres podem /lobisomem
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen- ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
tos). reais ou imaginários.
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
nomeiam ações, estados, bondade/
qualidades e sentimentos que confiança/
• Separa orações coordenadas assindéticas.
não tem existência própria, ou lembrança/
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
seja, só existem em função de amor/
ideias na cabeça...
um ser. alegria
• Isola o nome do lugar nas datas. SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006. referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/
de seres da mesma espécie, buquê (de flores)
• Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa mesmo quando empregado
forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões no singular e constituem um
conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor- substantivo comum.
mações comprovam, etc. NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame- QUE NÃO ESTÃO AQUI!
nizar o problema.
Flexão dos Substantivos
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUME- no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
RAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CON- uniformes
JUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELA- – Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
ÇÕES QUE ESTABELECEM uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única
CLASSES DE PALAVRAS forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
Substantivo a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá-
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi- veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira
nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen- macho/palmeira fêmea.
timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.  b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
Classificação dos substantivos testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/ para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/ o/a estudante, o/a colega.
sua estrutura. macaco/sabão
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
são formados por mais de um porta-voz/
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
radical em sua estrutura. pé-de-moleque
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
diminutivo.
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– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 

Adjetivo
É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão composta
por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe de
mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vespertino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria japo-
nesa, aluno chorão/ aluna chorona. 

• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namoradores,
japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
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2º pessoa do plural Vós Vos, convosco


3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco,
pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vá-
Variáveis
ria, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

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• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição.  Eles também podem ser
variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

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Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).

• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversativas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
Conclusivas assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portanto...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conformativas Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante, etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Comparativas Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor, etc.
Consecutivas Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que, etc.
Integrantes Que, se.

Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações das
pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a fun-
ção de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da Sintaxe.

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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Concordância Nominal • Regência Nominal 


Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
referem. -lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto- mento é estabelecida por uma preposição.
sa.
• Regência Verbal
Casos Especiais de Concordância Nominal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio: verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). 
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam Isto pertence a todos.
alerta.
Regência de algumas palavras
• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
ção de palavras compostas: Esta palavra combina com Esta preposição
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.
Acessível a
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de Apto a, para
acordo com o substantivo a que se referem:
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas. Atencioso com, para com
Coerente com
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando
Conforme a, com
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
do advérbios: Dúvida acerca de, de, em, sobre
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou Empenho de, em, por
meia dúzia de ovos.
Fácil a, de, para,
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Junto a, de
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.
Pendente de
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Preferível a
substantivo estiver determinado por artigo:
Próximo a, de
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Respeito a, com, de, para com, por
Concordância Verbal Situado a, em, entre
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor- Ajudar (a fazer algo) a
mes. Aludir (referir-se) a
Aspirar (desejar, pretender) a
Concordância ideológica ou silepse
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Assistir (dar assistência) Não usa preposição
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no Deparar (encontrar) com
contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas. Implicar (consequência) Não usa preposição
Blumenau estava repleta de turistas. Lembrar Não usa preposição
• Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con- Pagar (pagar a alguém) a
texto. Precisar (necessitar) de
O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
Proceder (realizar) a
sos.
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes- Responder a
soa gramatical que está subentendida no contexto. Visar ( ter como objetivo a
O povo temos memória curta em relação às promessas dos po- pretender)
líticos.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
QUE NÃO ESTÃO AQUI!

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Colocação do pronome átono nas locuções verbais
COLOCAÇÃO PRONOMINAL Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da Exemplos:
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Devo-lhe dizer a verdade.
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Devo dizer-lhe a verdade.
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
após o verbo – ênclise. Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- do auxiliar ou depois do principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Não lhe devo dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Não devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- o pronome átono ficará depois do auxiliar.
dique a eufonia da frase. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.

Próclise Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do


Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa- Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
cientemente. do infinitivo.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Exemplos:
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. Hei de dizer-lhe a verdade.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Tenho de dizer-lhe a verdade.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa? Observação
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante- Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Devo-lhe dizer tudo.
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita! Estava-lhe dizendo tudo.
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se- Havia-lhe dito tudo.
jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
tudo dá. CRASE
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
tentos são para nos prejudicarem.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a
Ênclise é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. demonstrativo.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s)
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores. • Devemos usar crase:
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade! – Antes palavras femininas:
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre- Iremos à festa amanhã
posição em: Saí, deixando-a aflita. Mediante à situação.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com O Governo visa à resolução do problema.
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los. – Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de”
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas
Mesóclise locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a:
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Os frangos eram feitos à moda da casa imperial.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti-
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase.
futuro do pretérito que iniciam a oração. Mas... há crase, sim!
Dir-lhe-ei toda a verdade. Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir-
Far-me-ias um favor? -me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante.

Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de – Expressões fixas


qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de
Eu lhe direi toda a verdade. crase:
Tu me farias um favor?

Editora
29
a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem ris-
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às cos de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Se-
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à gundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- 16 barragens de mineração em todo o País apresentam condições
didas, à medida que, à proporção que. de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar
• NUNCA devemos usar crase: órgãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
– Antes de substantivos masculinos: Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015,
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
pé. tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo marco
regulatório da mineração, por sua vez, também concede priorida-
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou de à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos ju-
plural) usado em sentido generalizador: diciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho- o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
mem. FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+-
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
– Antes de artigo indefinido “uma”
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. 2. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um
– Antes de pronomes fato.
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao
gênero textual editorial.
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
A quem vocês se reportaram no Plenário? que se trata de uma reportagem.
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico. IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
se trata de um editorial.
– Antes de verbos no infinitivo
A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar. Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
(B) Somente a II é incorreta.
QUESTÕES (C) Somente a III é correta
(D) A III e IV são corretas.

1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é 3. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que ain-
a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO da suja o Brasil”:
se fundamenta em intertextualidade é: I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido no desenvolvimento do assunto.
há muito tempo.” II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro-
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se blemas no uso de conjunções e preposições.
mete onde não é chamada.” III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente de palavras e da ordem sintática.
mesmo!” IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, temática e bom uso dos recursos coesivos.
tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão. (B) Somente a II é incorreta.
A lama que ainda suja o Brasil (C) Somente a III é correta.
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br) (D) Somente a IV é correta.

A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica- da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
se tornou uma bomba relógio na região.”
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. 4. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique
outros. a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os
— Mas você é orgulhosa. elementos dos textos:
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto… (A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02)
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06)
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre e mando...” (L.14-15)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
isto uma cor poética. E dizia a agulha: Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo;
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é abaixo e acima.” (L.25-26)
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
e acima… e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe Onde me espetam, fico.” (L.40-41)
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era 5. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli- 2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a o seguinte par de palavras:
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até (A) estrondo – ruído;
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. (B) pescador – trabalhador;
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que (C) pista – aeroporto;
a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para (D) piloto – comissário;
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da (E) aeronave – jatinho.
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, 6. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser
perguntou-lhe: retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa-
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da drão na seguinte sentença:
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que (A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para (B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? (C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
Vamos, diga lá. (D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca- (E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.
beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é 7. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba-
como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
fico. nhados classificam-se, respectivamente, em
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- (A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a (B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
muita linha ordinária! (C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

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a solução para o seu concurso!
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8. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberdades ______________________________________________________
...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a nossa
Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase aci- ______________________________________________________
ma, na ordem dada, as expressões:
(A) a que – de que; ______________________________________________________
(B) de que – com que;
______________________________________________________
(C) a cujas – de cujos;
(D) à que – em que; ______________________________________________________
(E) em que – aos quais.
______________________________________________________
9. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011)
Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta. ______________________________________________________
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros. ______________________________________________________
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que
______________________________________________________
35% deles fosse despejado em aterros.
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo. ______________________________________________________
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
de lixo. ______________________________________________________

10. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL ______________________________________________________


– 2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamen-
te por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. ______________________________________________________
(A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta. ______________________________________________________
(C) Pretendo viajar a Paraíba.
______________________________________________________
(D) Ele gosta de bife à cavalo.
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 E
2 C ______________________________________________________

3 D ______________________________________________________
4 E
______________________________________________________
5 E
______________________________________________________
6 B
7 B ______________________________________________________
8 A ______________________________________________________
9 E
______________________________________________________
10 A
______________________________________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
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MATEMÁTICA

Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. NÚ- 40 – 9 x 4 + 23
MEROS RACIONAIS, REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA E DE- 40 – 36 + 23
CIMAL: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES 4 + 23
27

Números Naturais Exemplo 3


Os números naturais são o modelo matemático necessário 25-(50-30)+4x5
para efetuar uma contagem. 25-20+20=25
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade,
obtemos o conjunto infinito dos números naturais Números Inteiros
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
Este conjunto pode ser representado por:

- Todo número natural dado tem um sucessor


a) O sucessor de 0 é 1.
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20. Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
{...-2, -1, 1, 2, ...}

{1,2,3,4,5,6... . } 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces- {0, 1, 2, ...}
sor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero. 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1. {...-3, -2, -1}
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9. Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
Expressões Numéricas presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul- São exemplos de números racionais:
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- -12/51
zamos alguns procedimentos: -3

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, -(-3)


devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na -2,333...
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
resolvidos primeiro. portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7 Representação Decimal das Frações
22 – 6 + 7 Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
16 + 7
23 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.
Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .

Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas X=111/99
lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio-
nal Números Irracionais
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se Identificação de números irracionais
não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que – Todas as dízimas periódicas são números racionais.
trataremos mais a frente. – Todos os números inteiros são racionais.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.


Representação Fracionária dos Números Decimais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o – O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
denominador seguido de zeros. ro racional.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na-


tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por


10.
10x=3,333...
Fonte: www.estudokids.com.br
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

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34
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Representação na reta Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x ϵ R|x<b}

Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores


ou iguais a A.

Intervalos limitados Intervalo:[a,+ ∞[


Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a Conjunto:{x ϵ R|x≥a}
e menores do que b ou iguais a b.
Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores
que a.

Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}

Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que Intervalo:]a,+ ∞[


b. Conjunto:{x ϵ R|x>a}

Potenciação
Multiplicação de fatores iguais

Intervalo:]a,b[ 2³=2.2.2=8
Conjunto:{xϵR|a<x<b}
Casos
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
iguais a A e menores do que B.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.


Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e


menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em
um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}

Intervalos Ilimitados 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta


Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me- em um número negativo.
nores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b] 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal


Conjunto:{x ϵ R|x≤b} para positivo e inverter o número que está na base.

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


nores que b.

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35
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do Técnica de Cálculo
expoente, o resultado será igual a zero. A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
Veja:

64 2
Propriedades 32 2
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma 16 2
base, repete-se a base e soma os expoentes.
8 2
Exemplos: 4 2
24 . 23 = 24+3= 27 2 2
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
1

64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um


2) (a : a = a ). Em uma divisão de potência de mesma base.
m n m-n e multiplica.
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
Observe:

1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se
os expoentes.
De modo geral, se
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56 a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,

Então:

n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente.
(4.3)²=4².3² O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos cando.
elevar separados.
Raiz quadrada de frações ordinárias

1 1
2 2 22 2
2
Observe: =  = 1 =
Radiciação
3 3 3
32
Radiciação é a operação inversa a potenciação
a na
* *
=
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.

Raiz quadrada números decimais

Editora
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36
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Operações

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Operações
Múltiplos
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o pri-
Multiplicação meiro pelo segundo, o resto é zero.

Exemplo Exemplo

Divisão

O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é in-


Exemplo finito e podemos consegui-lo multiplicando-se o número dado por
todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Adição e subtração Divisores


Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
8 2 20 2
4 2 10 2 Observações:
2 2 5 5 – Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
1 1 – Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múlti-
plos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.

Máximo Divisor Comum


Caso tenha: O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir
as etapas:
Racionalização de Denominadores • Decompor o número em fatores primos
Normalmente não se apresentam números irracionais com • Tomar o fatores comuns com o menor expoente
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos • Multiplicar os fatores entre si.
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador.
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela Exemplo:

15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
15 = 3.5 24 = 23.3

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.


m.d.c
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de (15,24) = 3
quadrados no denominador:

Editora
37
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Mínimo Múltiplo Comum Exemplo
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é (MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero-
o menor número, diferente de zero. porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da
Para calcular devemos seguir as etapas: companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi-
• Decompor os números em fatores primos nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com-
• Multiplicar os fatores entre si panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse
mesmo dia, às:
Exemplo: (A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
15,24 2 (C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
15,12 2 (E) 18 horas.
15,6 2
Resposta: E.
15,3 3
5,1 5
20,30,44 2
1
10,15,22 2
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. 5,15,11 3
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão 5,5,11 5
com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí-
veis ao mesmo tempo. 1,1,11 11
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua 1,1,1
aparecendo.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
1h---60minutos
Exemplo x-----660
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será x=660/60=11
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros,
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os Então será depois de 11horas que se encontrarão
ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão 7+11=18h
possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
RAZÃO E PROPORÇÃO
(A) mais de 30 cm.
(B) menos de 15 cm.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm. Razão
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm. Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b
Resposta: A. ≠ 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/b
ou a : b.
352 2 416 2
Exemplo:
176 2 208 2 Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças.
88 2 104 2 Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
(lembrando que razão é divisão)
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1
Proporção
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
E são os fatores que temos iguais:25=32 Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre
A/B e C/D é a igualdade:

Editora
38
38
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Propriedade fundamental das proporções Ou
Numa proporção:

Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú- Ou


meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios
é igual ao produto dos extremos, isto é:

AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois: Ou

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja


em proporção com 4/6. Grandezas Diretamente Proporcionais

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma: Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro-
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a
razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira
mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

Exemplo
Segunda propriedade das proporções Distância percorrida e combustível gasto
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois
primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo, DISTÂNCIA (KM) COMBUSTÍVEL (LITROS)
assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está
para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos: 13 1
26 2
39 3
52 4

Ou Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Ou Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente pro-


porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual
ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
Ou Velocidade x Tempo a tabela abaixo:

VELOCIDADE (M/S) TEMPO (S)


5 200
8 125
Terceira propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos an- 10 100
tecedentes está para a soma ou a diferença dos consequentes, as- 16 62,5
sim como cada antecedente está para o seu respectivo consequen-
te. Temos então: 20 50

Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??


Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade.

Editora
39
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Diretamente Proporcionais Acréscimo
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta- Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse
com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for
p1+p2+...+pn=P. de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela
abaixo:

ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO


10% 1,10
A solução segue das propriedades das proporções: 15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
Exemplo
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:
entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio
de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado 10 x 1,10 = R$ 11,00
entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro-
porcional? Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja a tabela abaixo:

DESCONTO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO


10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00. 90% 0,10

Inversamente Proporcionais Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:


Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver-
samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número 10 X 0,90 = R$ 9,00
M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2,
..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
Lucro=preço de venda -preço de custo

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas


formas:

cuja solução segue das propriedades das proporções:

Exemplo
PORCENTAGEM (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula
com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x%
das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím- para x é igual a
bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos (A) 8.
nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal- (B) 15.
cular, etc. (C) 10.
(D) 6.
Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda (E) 12.
muito na resolução do exercício.
Editora
40
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MATEMÁTICA
Resolução Regra de três composta
45------100% Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de
X-------60% duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
X=27
Exemplos:
O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to- 1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão. 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as


grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
pécies diferentes que se correspondem:
Resposta: C.
HORAS CAMINHÕES VOLUME
REGRA DE TRÊS SIMPLES 8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↑
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↑

Regra de três simples A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde
Regra de três simples é um processo prático para resolver pro- está o x.
blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três
deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já Observe que:
conhecidos. Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi-
nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente
Passos utilizados numa regra de três simples: proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número
espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta
espécies diferentes em correspondência. para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen- termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido
te proporcionais. das setas.
3º) Montar a proporção e resolver a equação. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h,
faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria
HORAS CAMINHÕES VOLUME
esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↓
Solução: montando a tabela: 5↑ ----- X↓ ----- 125 ↓

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h) Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:

400 ----- 3 HORAS CAMINHÕES VOLUME


480 ----- X 8 ----- 20 ----- 160

2) Identificação do tipo de relação: 5 ----- X ----- 125

VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↑
480 ↓ ----- X↑
Logo, serão necessários 25 caminhões
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú-
meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES
ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na
segunda coluna vai para cima
Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se
VELOCIDADE Tempo obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos
400 ↓ ----- 3↓ do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
480 ↓ ----- X↓ A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti-
480x=1200 ca para variáveis quantitativas.
X=25

Editora
41
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen- Observação:
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe- A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos Exemplo 1:
jogadores é: O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
isto é, Mo=8.
1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07
+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0 Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte-
remos a média aritmética das alturas: Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
central semelhantes podem apresentar características diversas.
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.
Média Ponderada
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi- Variância
ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama- Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um
da média aritmética ponderada. conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é
chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
por , o número:

Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn

Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-


ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de Isto é:
termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn)
em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ- E para amostra
ência (xn) em rol.

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23} Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
Solução: guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10,
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12 JOGO NÚMERO DE PONTOS
Resposta: Md=12.
1 22
Exemplo 2: 2 18
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. 3 13
4 24
Solução:
5 26
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética 6 20
entre os dois termos centrais do rol. 7 19
Logo: 8 18

Resposta: Md=15 a) Qual a média de pontos por jogo?


b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Moda (Mo)
Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda
aquele valor que ocorre com maior frequência.
Editora
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42
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Solução:

a) A média de pontos por jogo é:

EQUAÇÃO DO 1º GRAU. SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º


GRAU

Equação 1º grau
b) A variância é: Equação é toda sentença matemática aberta representada por
uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que representam
números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível
à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi-
cientes, com a≠0.

Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x


Desvio médio que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º
Definição membro.
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se-
quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada Nada mais é que pensarmos em uma balança.
elemento da amostra e seu valor médio.

Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé-
dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se
por , o número: A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação
também.
No exemplo temos:
3x+300
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio?
Isto é: 3x+300=x+1500

Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal


3x-x=1500-300
2x=1200
X=600

Exemplo: Exemplo
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A idade
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular: de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades de
a) A estatura média desses jogadores. seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do que
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade
que Pedro tem hoje.
Solução: A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
(A) 72;
Sendo a estatura média, temos: (B) 69;
(C) 66;
(D) 63;
(E) 60.

Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin-
Sendo o desvio padrão, tem-se: guagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3

“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade


que Pedro tem hoje.”
Editora
43
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das


idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Se ∆ < 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada real de


Pa+3+10=2Pa+3 um número negativo.
Pa=10
Pi=Pa+3 Se ∆ = 0, há duas soluções iguais:
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Se ∆ > 0, há soluções reais diferentes:
Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral:

ax2+bx+c=0 Relações entre Coeficientes e Raízes

Onde a, b e c são números reais, a≠0. Dada as duas raízes:

Discussão das Raízes

Soma das Raízes

Se for negativo, não há solução no conjunto dos números


reais. Produto das Raízes

Se for positivo, a equação tem duas soluções:

Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes

Podemos escrever a equação da seguinte maneira:


Exemplo
x²-Sx+P=0

Exemplo
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.

Solução
S=x1+x2=-2+7=5
, portanto não há solução real. P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0

Editora
44
44
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Exemplo Inequação - Produto
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das Quando se trata de inequações - produto, teremos uma desi-
idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua- gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portanto,
drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem: surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada
(A) 24 anos função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto
(B) 26 anos resposta das funções.
(C) 31 anos
(D) 33 anos Exemplo

Resolução a)(-x+2)(2x-3)<0
A+J=44
A²+J²=1000
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0

Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Inequação -Quociente
Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções
fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo
a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função
que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero.
Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve-
rá ser diferente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à resolução de
Substituindo em A uma inequação - produto, de modo que devemos analisar o sinal
A=44-26=18 das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções.
Ou A=44-18=26
Resposta: B. Exemplo
Resolva a inequação a seguir:
Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma
ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal
de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de x-2≠0
desigualdade: x≠2
>: maior
<: menor
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual

O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da equa-


ção, onde temos que organizar os termos semelhantes em cada
membro, realizando as operações indicadas. No caso das inequa-
ções, ao realizarmos uma multiplicação de seus elementos por
–1com o intuito de deixar a parte da incógnita positiva, invertemos
o sinal representativo da desigualdade.

Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2 Sistema de Inequação do 1º Grau
4x – 2x > – 2 – 12 Um sistema de inequação do 1º grau é formado por duas ou
2x > – 14 mais inequações, cada uma delas tem apenas uma variável sendo
x > –14/2 que essa deve ser a mesma em todas as outras inequações envol-
x>–7 vidas.
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau:

Editora
45
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Vamos achar a solução de cada inequação.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x≤-4:4
x≤-1

S1 = {x ϵ R | x ≤ - 1}

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:


x+1≤0
x≤-1

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual.

S2 = { x ϵ R | x ≤ - 1}

Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequação


Temos: S = {x ϵ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2

Sistema do 1º grau
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for-
mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
tes em cada equação. Veja um exemplo:

Portanto:

S = { x ϵ R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1] • Resolução de sistemas


Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que pode ser • Método da substituição
escrita numa das seguintes formas: Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das
ax²+bx+c>0 incógnitas e substituir na outra equação, veja como:
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0 Dado o sistema , enumeramos as equações.
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0

Exemplo
Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e


Resolver uma inequação significa determinar os valores reais isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na equação 2.
de x que satisfazem a inequação dada. 3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Re-
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que solvendo:
tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa. 60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x =
20 – y. Logo:
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)

Editora
46
46
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas
equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a
soma de uma das incógnitas seja zero. Substituindo a II e a III equação na I:

Dado o sistema

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das in-


cógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por
– 3. Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

Resposta: E

Teremos: (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em


um campeonato de futebol, as equipes recebem, em cada jogo, três
pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes
desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e acumulado 58
pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas
30 partidas, é igual a
(A) 12
Adicionando as duas equações: (B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15

Resolução:
Vitórias: x
Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas Empate: y
equações e substituir o valor de y encontrado: Derrotas: 2
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8 Pelo método da adição temos:
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).

Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equi-
pes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arrecada-
dos 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen-
tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330 Resposta: E
(D) 350
(E) 370 Sistema do 2º grau
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de
Resolução: 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que teremos
Amarela: x como solução um sistema de pares ordenados.
Vermelha: y
Branca: z Sequência prática
x = y + 50 – Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema
y = z - 30 para a linguagem matemática;
z = y + 30 – Resolver o sistema de equações;
– Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatí-
veis com os dados do problema.

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500. Miguel é 5 anos
mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

Resolução:
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
∆ = b² - 4.a.c
∆ = 5² - 4.1.(-500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025
x = (-b ± √∆)/2a
x’ = (-5 + 45) / 2.1 → x’ = 40/2 → x’ = 20
x’’ = (-5 - 45) / 2.1 → x’’ = -50/2 → x’’ = -25 (não serve)

Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45
Resposta: E

(TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

Resolução:

Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2


Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60
Resposta: D

SISTEMA MÉTRICO: MEDIDAS DE TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E CAPACIDADE

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

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48
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MATEMÁTICA
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

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MATEMÁTICA
Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?

11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------

Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma forma que conta de subtração.
1hora=60 minutos

15h 66 minutos 25 segundos


15h 35 minutos
--------------------------------------------------
0h 31 minutos 25 segundos

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MATEMÁTICA
Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?

2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos OU
5h 20 minutos

Divisão
5h 20 minutos : 2

5h 20 minutos 2

1h 20 minutos 2h 40 minutos
80 minutos
0

1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minutos

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Barra horizontal Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito comum na
representação de tendências e relacionamentos de variáveis

Histogramas

São gráfico de barra que mostram a frequência de uma variável Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais fácil a
específica e um detalhe importante que são faixas de valores em x. compreensão de todos sobre um tema.

Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visualização de


dados e muitas vezes é através dela que vamos fazer os tipos de
gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:

Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?

APARELHO QUANTIDADE
Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e queremos
demonstrar cada parte, separando cada pedaço como numa pizza. Televisão 3
Celular 4
Geladeira 1

NOÇÕES DE GEOMETRIA: FORMA, PERÍMETRO, ÁREA, VO-


LUME, TEOREMA DE PITÁGORAS

Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como períme-
tro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geome-
tria plana é o estudo em duas dimensões.

Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser represen-
tado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria
que aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta
observamos a imagem:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56  4x = 200+56  4x = 256  x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura cabem
12 quadrados iguais ao que está acima.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras planas,
pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Poliedros Exemplo:
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais for- (PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
madas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Cha- três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
mamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos te poliedro são, respectivamente:
planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois so- (A) 30 e 40
mente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos: (B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
o pentágono 5 lados. Temos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos


polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a ne- Resposta: E
nhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não
possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo. Não Poliedros

Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o
número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes rela-
ções de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
A = n.F/2 Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-
suem suas superfícies curvas.
Poliedros de Platão Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por
Eles satisfazem as seguintes condições: curvas fechadas em superfície lateral curva.
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas; Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de ares- uma superfície lateral curva.
tas; Esfera: é formada por uma única superfície curva.
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos
os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AAAAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/
s1600/revis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.jpg
Sólidos geométricos
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura:

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma forma que o volume de um prisma reto.

Área e Volume dos sólidos geométricos

PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

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56
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é um
polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n. Cálculo do volume:
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.

Resolução:
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
perior.
Portanto, n + 2
Resposta: B

PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um


vértice superior.
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
paralelas e circulares.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.
vértice superior.

Exemplo: TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli-
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, dos geométricos. São eles:
em cm, é:

(A)

(B)

(C)

(D)

(E) 8

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2 Exemplo:
162 = h2 + 82 (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
256 = h2 + 64 CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
256 – 64 = h2 tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
h2 = 192 iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

Resolução:

Resposta: D

AB=144 dm²
Ab=36 dm²

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta x
é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas propriedades.

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos linhas perpendiculares aos eixos x e y.


• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas que serão uteis ao cálculo.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Distância entre dois pontos de um plano Condição de alinhamento de três pontos
Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos lo- Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
calizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).
isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado
é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se:

Ponto médio de um segmento


Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices
de um triângulo cuja área é:

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo, pois


a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Já a declividade é dada por: m = tgα

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60
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Cálculo do coeficiente angular Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos
Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o co- dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4),
eficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da m = -3 e Q(x, y)
reta, como podemos verificar na imagem. y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x +
y - 4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

Equação reduzida da reta


A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação da
reta y - b = mx

Reta

Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:
– Equação segmentária da reta
1) Um ponto e o coeficiente angular É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in-
Exemplo: terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.
Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:

2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2)


Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa-
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta:

Editora
61
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Equação geral da reta B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o
Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma: eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares
ax + by + c = 0 são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces-
sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes
onde a, b e c são números reais constantes com a e b não si-
multaneamente nulos.

Posições relativas de duas retas


Em relação a sua posição elas podem ser:
A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus
ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
cia, seus coeficientes angulares são diferentes.

C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas cor-


tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus coe-
ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também serão
iguais.

Editora
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62
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Intersecção de retas y=x–3+5
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção y=x+2
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações Resposta: C
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta
resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas. Circunferência

Condição de perpendicularismo É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto


Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte fixo O, denominado centro da circunferência.
relação deverá ser verdadeira. A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao
centro O é sempre constante e é denominada raio.

Equação reduzida da circunferência


Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r.

onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,


respectivamente.

Distância entre um ponto e uma reta


A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
para obtermos esta distância.

Equação Geral da circunferência


A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
senvolvimento da equação reduzida.

onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r . Exemplo:


(VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
Exemplo: C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a (A) x2 + (y – 3)2 = 0
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta. (B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor (C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido (D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este (E) x2 + (y – 3)2 = 8
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1 Resolução:
(B) y = - 3x + 14 Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
(C) y = x + 2 enunciado.
(D) y = - x + 8 (x – a)2 + (y – b)2 = r2
(E) y = 3x – 4 (x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
Resolução: (0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação (- 2)2 + 22 = r2
reduzida, então: 4 + 4 = r2
y – yo = m(x – xo) r2 = 8
y – 5 = 1.(x – 3) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
y–5=x–3 Resposta: C
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Elipse
RACIOCÍNIO LÓGICO
É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver proble-
mas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife-
rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura
de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte
consiste nos seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé-
tricos e matriciais.
- Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO


Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de
Argumentação.

Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida. O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem
figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação
temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envol-
vam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar
conclusões lógicas.
Equações da elipse Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de ha-
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal. bilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma
vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteli-
gência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do
conhecimento por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um
trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirma-
ções, selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das in-
formações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as in-
formações ou opiniões contidas no trecho)
b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical. C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é
verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições.
Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos
atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos.
Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

Conectivo “ou” (v)


Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

• Mais sobre o Conectivo “ou”


– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)
Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer sol,
então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

Conectivo “Se e somente se” (↔)


Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é con-
dição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.

Ordem de precedência dos conectivos:


O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Resolução: Exemplo:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o
conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa-
da pelo símbolo (→).
Resposta: B

CONTRADIÇÕES Observe:
São proposições compostas formadas por duas ou mais propo- - Toda proposição implica uma Tautologia:
sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua
tabela-verdade:

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.
Propriedades
Resolução: • Reflexiva:
Montando a tabela teremos que: – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
P ~p ~p ^p
• Transitiva:
V F F – Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
V F F Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
F V F
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
F V F
Regras de Inferência
Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante • Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de uma CONTRADIÇÃO. de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
Resposta: C tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,-
q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira. Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições. • Silogismo Disjuntivo

Editora
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74
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
• Modus Ponens Princípio da inconsistência
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica
p ^ ~p ⇒ q
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo-
sição q.

A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a


condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
• Modus Tollens ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa.

Vejamos algumas formas:


- Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas


proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
Tautologias e Implicação Lógica damentais: qualidade e extensão ou quantidade.
– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
• Teorema categórica em afirmativa ou negativa.
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...) – Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.
Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das • Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q. Teremos duas possibilidades.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências

• Regra do Silogismo Hipotético

Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
“Todo B é A”.

Editora
75
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
• Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B” – Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos
Tais proposições afirmam que não há elementos em comum uma proposição categórica particular.
entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes- – Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição
mo que dizer “nenhum B é A”. categórica particular geramos uma proposição categórica universal.
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia- – Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos,
grama (A ∩ B = ø): sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa.

Em síntese:

• Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
posição:

Exemplos:
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
mação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” (C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con- não miam alto.
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo (D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”. (E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B”
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três Resolução:
representações possíveis: Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.

O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo


o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
que Algum B não é A. vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
(A) Todos os não psicólogos são professores.
• Negação das Proposições Categóricas (B) Nenhum professor é psicólogo.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as (C) Nenhum psicólogo é professor.
seguintes convenções de equivalência: (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
(E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Resolução: Diagramas lógicos
Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega- Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra- mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
menos um professor não é psicólogo. dem ser formadas por proposições categóricas.
Resposta: E
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
• Equivalência entre as proposições conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
resolução de questões. Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A,


então pertence também a B.

Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
a cinco”? NENHUM
(A) Todo número natural é menor do que cinco. E
AéB
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco.
Existe pelo menos um elemento que
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
pertence a A, então não pertence a B, e
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
vice-versa.
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
ALGUM tes formas:
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
- Existem teatros que não são cinemas

ALGUM
O
A NÃO é B - Algum teatro é casa de cultura

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
não são B (enquanto que, no “Algum A é
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de Segundo as afirmativas temos:
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
(A) existem cinemas que não são teatros. pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
nos afirma isso

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi- ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTE-
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior. ÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor- independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura • Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-
também não é cinema. do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar
essa frase da seguinte maneira:

Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-


mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é
de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
Argumentos Válidos “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem comum.
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató- Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
ria do seu conjunto de premissas. vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:

Exemplo:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um


argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:


NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência necessá-
ria das premissas? Claro que sim! Observemos que o conjunto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do conjunto dos
animais. Resultado: este é um argumento válido!

Argumentos Inválidos
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade das
premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.

Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam de
chocolate.
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo artifício,
que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.

Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Patrícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este argumen-
to é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Pode
ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o
argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a veracidade da conclusão!

Métodos para validação de um argumento


Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, AL-
GUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocorre quan-
do nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se na construção
da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a desvantagem de ser mais
trabalhoso, principalmente quando envolve várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e considerando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibilidade
do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobriremos o
valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da con-
clusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais complicadas.

Em síntese:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.

- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?


A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos seguir
adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta também
é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma con-
junção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou ambas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores lógicos de
p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o argumento é ou
NÃO VÁLIDO.

Resolução pelo 4º Método


Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Teremos:
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verdadeiro!
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas verdadeiras! Teremos:
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são verdadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é ver-
dadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: r é verdadeiro.
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi!

Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência simul-
tânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido!

Exemplos:
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.

Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.


Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo
( ) Errado

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Resolução:
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:


O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove tem
que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria vai
ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio sai
de casa tem que ser F.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode ser
V ou F.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V

Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado

(PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, en-
tão Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão o
valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA
Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Editora
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84
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).

Editora
85
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está − Luiz não viajou para Fortaleza.
resolvido:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS Luiz N N N
Carlos Engenheiro Patrícia Arnaldo N N
Luís Médico Maria Mariana N N S N
Paulo Advogado Lúcia Paulo N N
Exemplo: Agora, completando o restante:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS- Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En-
TRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
todos para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curi-
tiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram,
sabe-se que: Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; Luiz N S N N
− Mariana viajou para Curitiba;
Arnaldo S N N N
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza. Mariana N N S N
Paulo N N N S
É correto concluir que, em janeiro,
(A) Paulo viajou para Fortaleza. Resposta: B
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia. Quantificador
(D) Mariana viajou para Salvador. É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
(E) Luiz viajou para Curitiba. tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.
Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

Tipos de quantificadores
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N • Quantificador universal (∀)
Arnaldo N O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:

Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Exemplo:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Todo homem é mortal.
Luiz N N A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
Arnaldo N N mortal.
Na representação do diagrama lógico, seria:
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho-
Mariana N N S N mem.
Paulo N N A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
2ª) Se José é homem, então José é mortal.

A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.


A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
(x) (A (x) → B).
Editora
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86
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão Resolução:
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional. A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu-
Aplicando temos: sões:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for- – Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x – Se é cavalo, então é um animal.
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira? Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador, de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul- de conclusão).
gar, logo, é uma proposição lógica. Resposta: B

• Quantificador existencial (∃) (CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi-
O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas: ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V.

Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R)
tal que x + y = x.
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos
Exemplo: os valores de x devem satisfazer a propriedade.
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne-
é: cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos
x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co- x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor-
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃ reto.
(x)) (A (x) ∧ B). Resposta: CERTO

Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈ RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença
será verdadeira? Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando inúmeros
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador, recursos matemáticos, destacando, entre todos, os princípios algé-
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos bricos, os quais são divididos de acordo com o nível de dificuldade
julgar, logo, é uma proposição lógica. e abordagem dos conteúdos. A prática das questões é que faz com
que se ganhe maior habilidade para resolver problemas dessa na-
ATENÇÃO: tureza.
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”. Exemplos:
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é 01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”. Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Em um condomí-
nio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água
Forma simbólica dos quantificadores do que a caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de
Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B). água da caixa d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B). A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B). transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas dos
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B). blocos A e B, em litros, vale
(A) 4 000.
Exemplos: (B) 4 500.
Todo cavalo é um animal. Logo, (C) 5 000.
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. (D) 5 500.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. (E) 6 000.
(C) Todo animal é cavalo.
(D) Nenhum animal é cavalo.

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MATEMÁTICA
Resolução: Resolução:
A = B + 10000( I )
Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja,A = 2.B + 2000( II ) 𝑀 2 , ou seja, 3.M = 2.F( I )
=
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos: 𝐹 3
2.B + 2000 = B + 10000 M + F = 1095 , ou seja, M = 1095 – F( II )
2.B – B = 10000 – 2000 Vamos substituir a equação ( II ) na equação ( I ):
B = 8000 litros (no início) 3 . (1095 – F) = 2.F
Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início) 3285 – 3.F = 2.F
Portanto, após a transferência, fica: 5.F = 3285
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros F = 3285 / 5
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros F = 657 (física)
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros Assim: M = 1095 - 657 = 438 (matemática)
Resposta: E. A diferença é: 657 – 438 = 219
Resposta: A.
02. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos) Uma linha
de produção monta um equipamento em oito etapas bem defini- 05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Caio
das, sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos em sua é 15 cm mais alto do que Pedro. Pedro é 6 cm mais baixo que João.
tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e trinta e cinco minutos João é 7 cm mais alto do que Felipe. Qual é, em cm, a diferença
depois do início do funcionamento, que a linha parou de funcionar. entre as alturas de Caio e de Felipe?
Como a linha monta apenas um equipamento em cada processo de (A) 1
oito etapas, podemos afirmar que o problema foi na etapa: (B) 2
(A) 2 (C) 9
(B) 3 (D) 14
(C) 5 (E) 16
(D) 7
Resolução:
Resolução: Caio = Pedro + 15cm
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado. Pedro = João – 6cm
5h30 = 60.5 + 30 = 330 minutos João = Felipe + 7cm, ou seja:Felipe = João – 7
330min : 40min = 8 equipamentos + 20 minutos (resto) Caio – Felipe = ?
20min : 5min = 4 etapas Pedro + 15 – (João – 7) =
Como as alternativas não apresentam a etapa 4, provavelmen- João – 6 + 15 – João + 7 = 16
te, o problema ocorreu na etapa 3. Resposta: E.
Resposta: B.

03. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Jo- QUESTÕES


ana pretende dividir um determinado número de bombons entre
seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e
menor que 29, e que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos re- 1. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL SU-
ceberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons ao todo PERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 candida-
Joana possui? tos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio.
(A) 24. Sabe-se que:
(B) 25. • dentre os candidatos, 82 são homens;
(C) 26. • o número de candidatos homens de nível superior é igual ao
(D) 27. de mulheres de nível médio;
(E) 28 • dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres.

Resolução: O número de candidatos homens de nível médio é


Sabemos que 9 . 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 (A) 42.
+ 1 = 28. (B) 45.
Resposta: E. (C) 48.
(D) 50.
04. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista (E) 52.
Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Na biblioteca de
um instituto de física, para cada 2 livros de matemática, existem 3 2. (EMBASA – AGENTE ADMINISTRATIVO – IBFC/2017) Con-
de física. Se o total de livros dessas duas disciplinas na biblioteca é siderando A o MDC (maior divisor comum) entre os números 24 e
igual a 1 095, o número de livros de física excede o número de livros 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre os números 12 e 20,
de matemática em então o valor de 2A + 3B é igual a:
(A) 219. (A) 72
(B) 405. (B) 156
(C) 622. (C) 144
(D) 812. (D) 204
(E) 1 015.

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MATEMÁTICA
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) 6. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
Para uma pesquisa, foram realizadas entrevistas nos estados da Re- GO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x + 3 = 0
gião Sudeste do Brasil. A amostra foi composta da seguinte maneira: tenha duas raízes reais iguais é
– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo; (A) 3
– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados da Região (B) 2
Sudeste. (C) −1
Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o número de (D) −6
entrevistas realizadas em São Paulo e o número total de entrevistas
realizadas nos quatro estados é de 7. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
(A) 8 para 5. FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horário de
(B) 5 para 8. trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso,
(C) 5 para 7. Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h
(D) 3 para 5. maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
(E) 3 para 8. A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
4. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017 ) (B) 40;
Um restaurante “por quilo” apresenta seus preços de acordo com (C) 48;
a tabela: (D) 50;
(E) 60.

8. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016)


Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total
de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia
é:
Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-feira. Se (A) 1840
a quantidade de alimentos que consumiu nesse almoço custou R$ (B) 1620
21,00, então está correto afirmar que essa quantidade é, em gra- (C) 1780
mas, igual a (D) 2120
(A) 375.
(B) 380. 9. (ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2016)
(C) 420. Um caminhão-tanque chega a um posto de abastecimento com
(D) 425. 36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte dessa gasolina
(E) 450. é transferida para dois tanques de armazenamento, enchendo-os
completamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – UFES/2017) m3, e estavam, inicialmente, vazios.
Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A me- Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no
diana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual caminhão-tanque?
à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova (A) 35.722,00
composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. (B) 8.200,00
A tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos na prova (C) 3.577,20
com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos. (D) 357,72
(E) 332,20
NÚMERO DE ACERTOS NÚMERO DE ALUNOS
10. (DPE/RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC/2015) Rai-
0 4 mundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele
1 5 precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de com-
primento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm
2 4 de comprimento e assim conseguiu obter
3 3 (A) 6 pedaços.
(B) 8 pedaços.
4 5
(C) 9 pedaços.
5 3 (D) 5 pedaços.
(E) 7 pedaços.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5
alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova. A mediana
dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5

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MATEMÁTICA
11. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁ- 14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura
RIOS- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40 m de abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H são pontos
largura por 60 m de comprimento, foi dividido em três lotes, con- médios dos lados do quadrado ABCD e são os centros de quatro
forme mostra a figura. círculos tangentes entre si.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é 864 m², o


perímetro do lote 2 é A área da região sombreada, da figura acima apresentada, é
(A) 100 m. (A)100 - 5π .
(B) 108 m. (B) 100 - 10π .
(C) 112 m. (C) 100 - 15π .
(D) 116 m. (D)100 - 20π .
(E) 120 m. (E)100 - 25π .

12. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Considere 15. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) No cubo
um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e 5m. Um segundo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se representado um plano
triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da passando pelos vértices B e C e pelos pontos P e Q, pontos médios,
área do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros: respectivamente, das arestas EF e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D)5 e 6.
(E) 6 e 10.

13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura


abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada passando em
torno de três discos de mesmo diâmetro e tangentes entre si.

A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é


(A) 25√5.
(B) 50√2.
(C) 50√5.
(D)100√2 .
(E) 100√5.

GABARITO
Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o comprimen-
to da cinta acima representada é
(A) 8/3 π + 8 . 1. Resposta: B.
(B) 8/3 π + 24. 150-82=68 mulheres
(C) 8π + 8 . Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de
(D) 8π + 24. nível médio.
(E) 16π + 24. Portanto, há 37 homens de nível superior.
82-37=45 homens de nível médio.

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MATEMÁTICA
2. Resposta: E. 60x=2400
X=40km
24 2 60 2
8 Resposta: B.
12 2 30 2 12:45 até 13:12 são 27 minutos
6 2 15 3 27x60=1620 segundos
3 3 5 5
9. Resposta: B.
1 1 1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns: 36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
MDC(24,60)=2².3=12
10.Resposta: E.
12,20 2 1,7m=170cm
1,45m=145 cm
6,10 2 170/40=4 resta 10
3,5 3 145/40=3 resta 25
1,5 5 4+3=7

1,1 11. Resposta: D

Mmc(12,20)=2².3.5=60
2A+3B=24+180=204

3. Resposta: B
2500+1500=4000 entrevistas

4. Resposta: C
12,50------250
21----------x
X=5250/12,5=420 gramas

5.Resposta: B
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda regra:

6. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 96h=1728
36-24m+12=0 H=18
-24m=-48
M=2 Como I é um triângulo:
60-36=24
7. Resposta: B. X²=24²+18²
V------80min X²=576+324
V+20----48 X²=900
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente) X=30
Como h=18 e AD é 40, EG=22

Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116


80v=48V+960
32V=960 12. Resposta: B
V=30km/h
30km----60 min
x-----------80

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MATEMÁTICA
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5

ANOTAÇÕES

______________________________________________________
Lado=3√2
Outro lado =5√2 ______________________________________________________

13. Resposta: D ______________________________________________________


Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a mesma
medida da parte reta da cinta. ______________________________________________________

______________________________________________________
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado esticado
tem 8x3=24 m ______________________________________________________
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, como são
três partes, é a mesma medida de um círculo. ______________________________________________________
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24 ______________________________________________________

14. Resposta: E ______________________________________________________


Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.
______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

O lado AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o ponto Médio ______________________________________________________


X²=5²+5²
X²=25+25 ______________________________________________________
X²=50
X=5√2 ______________________________________________________
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, temos ______________________________________________________
2 círculos inteiros.
______________________________________________________
A área de um círculo é
______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
A sombreada=100-25π ______________________________________________________
15. Resposta: C ______________________________________________________
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5² ______________________________________________________
CQ²=100+25
CQ²=125 ______________________________________________________

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HISTÓRIA GERAL
LÍNGUA PORTUGUESA

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


Definição: a Primeira Guerra Mundial foi o primeiro combate Nazismo e fascismo: a Primeira Guerra Mundial deixou no
em estado de guerra total, o que quer dizer que as nações envolvi- mundo um cenário crítico e desestruturado, levando, entre outras,
das mobilizaram todos os seus recursos para ensejar o conflito; foi à criação de partidos ultranacionalistas. O objetivo era pregar um
resultado das intensas transformações que ocorriam no continente Estado totalitário e forte, capaz de solucionar as crises provocadas
europeu e que acabaram levando as diversas nações ao enfrenta- ante à toda destruição e incertezas do pós-guerra. Essas duas dou-
mento. trinas se fundamentavam no entusiasmo por revanche da Primeira
Duração: o conflito teve início em 28 de julho de 1914 e se es- Guerra Mundial para estabelecer em seu território um clima osten-
tendeu por quatro anos, mais especificamente até 11 de novembro toso de adversidade e se investiram de tal clima para conquistar o
de 1918. poder, exercendo seu governo autoritariamente. Tais governanças
impuseram tamanha tensão entre as nações europeias, que resul-
Países envolvidos: as nações envolvidas se dispuseram em taram, fatalmente, na Segunda Guerra Mundial.
duas alianças oponentes:
• Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otoma- Fascismo: o nome Fascismo designa uma forma de governo au-
no e Itália eram as principais forças, além Bulgária e outros Estados toritário e extremamente nacionalista.
e povos. - Origem: Itália. O italiano Benito Mussolini era ligado ao Par-
• Tríplice Entente: também conhecida por “os aliados”, suas tido Nacional Fascista e, em 1922, foi declarado primeiro ministro.
principais forças eram França, Grã-Bretanha e Rússia. Com a reorga- Em 1924, se beneficiou das estratégias políticas para se tornar o
nização dessas alianças, a Itália, que participava da Tríplice Aliança, único comando no país, instituindo uma forma e ditadura anuída.
acabou aderindo à Tríplice Entende, um ano após o início da guerra. Apesar da teoria socialista predominante em sua política, ele con-
Canadá, Estados Unidos, Grécia e Japão também faziam parte desse seguiu apoio popular suficiente para promover uma intensa perse-
acordo. guição ao socialismo no país.
- Principais características do fascismo: com seus ideais mais
Causas inclinados para a direita, o fascismo era marcado pela extrema hos-
Políticas imperialistas: no segundo período do século XIX, a tilidade e quaisquer governos de esquerdas, além do militarismo,
Alemanha havia sofrido um processo de unificação, o que a levou etnocentrismo, nacionalismo exacerbado, totalitarismo, anticomu-
à busca de colônias para sua nação. Essa ascendência alemã gerou nismo, unipartidarismo, antiliberalismo e corporativismo.
receio em países como França, Grã-Bretanha e Rússia, que enxer-
gavam no fortalecimento alemão o comprometimento de seus in- Nazismo: vertente do fascismo.
teresses.
- Origem: Adolph Hitler, de nacionalidade austríaca, teve par-
Nacionalismos: esse âmbito abrangeu diversos países, sendo
ticipação na Primeira Guerra Mundial, no final da qual recebeu
a Alemanha chefe do pangermanismo, movimento nacionalista de
reconhecimento militar por sua bravura. Com o encerramento do
suporte às ideologias imperialistas alemãs e suas investidas de ex-
conflito, Hitler se filiou ao Partido dos Trabalhadores Alemães, que,
pansão territorial no início do século XX. Havia também o chamado
mais tarde, se tornaria Partido Nacional Socialista Alemão (ou Par-
revanchismo francês, um movimento ocorrido na França em 1870,
tido Nazista). No ano de 1921, Hitler alçou o posto de chefe do par-
que consistiu na concessão da região da Alsácia-Lorena ao recente-
tido, sendo, posteriormente, nomeado chanceler, o que o permitiu
mente unificado Império alemão, por meio do Tratado de Frankfurt.
perseguir e extinguir todo e qualquer movimento oponente. Em
Formação de alianças militares: as diversas alianças que foram
estabelecidas no decorrer de décadas precedentes levaram às gran- 1934, Hitler se encontrava no comando de toda a Alemanha nazista,
des potências ao combate em questão de semanas. Por meio das conservando a liderança do Partido Nacional Socialista, que, apesar
colônias, a guerra acabou se disseminando por todas as regiões do de populista, era extremamente racista, pois pregava os arianos era
planeta. superiores às demais raças.
O assassinato do herdeiro do trono da Áustria-Hungria, o ar- - Principais características do nazismo: nacionalismo, totalita-
quiduque Francisco Fernando da Áustria, em 28 de junho de 1914 rismo, antiliberalismo, anticomunismo, militarismo, unipartidaris-
foi o estopim instantâneo do conflito. Primeiramente, levou à crise mo, racismo e arianismo.
política chamada de Crise de Julho, para a qual não houve solução
diplomática. Assim, guerras após guerras foram declaradas em sé- Segunda Guerra Mundial: ocorreu de 1939 a 1945, sendo o
rie. Essa cadeia de conflitos culminou, inevitavelmente, na Primeira confronto mais mortal da história da Humanidade. O nazifascismo,
Guerra Mundial. com suas políticas militarista e expansionista, levou a um novo com-
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HISTÓRIA GERAL
bate em âmbito global. Por seis anos, Eixo e Aliados concorreram ríodo favorável ao grupo Eixo.
para a vitória. O Brasil teve participação oficial com as guarnições - ainda em 1941, os estados Unidos entram na guerra, após
aliadas. Depois da Segunda Guerra Mundial, o mundo sofreu trans- terem sua base aérea, Pearl Harbor, no Oceano Pacífico, atacada
formações intensas e não foi mais o mesmo. por kamikazes japoneses.

Causas da Segunda Guerra Mundial Segunda fase da Segunda Guerra Mundial (1943 a 1945):
- Crise de 1929: singularmente de cunho capitalista, essa crise - com a entrada da União Soviética e dos Estados Unidos na
prejudicou a crença na economia liberal e desestruturou a Europa. guerra, França e Inglaterra passaram a contar com importantes au-
- Fortalecimento e evidência do socialismo na Rússia. xílios para reagir às investidas dos nazifascistas.
- Questões que a Primeira Guerra Mundial deixou mal resolvi- - as tropas aliadas contra-atacaram, conseguindo pôr a perder
das no território europeu. todo o avanço que o Eixo havia alcançado na primeira fase do confli-
- Revanchismo alemão contra a repressão do Tratado de Versa- to. Na parte ocidental das tropas aliadas, estavam França, Inglaterra
lhes: tal revanchismo possibilitou que a superioridade de determi- e Estados Unidos; ao Oriente, estavam as tropas soviéticas.
nados povos, pregada pelos governos ditadores, fosse consentida - encurralado pelas tropas aliadas, rapidamente o Eixo foi se
em seus territórios correspondentes. enfraquecendo e perdendo espaço no território europeu. A primei-
- Esse cenário de crise econômica, social e política favoreceu o ra derrota foi de Mussolini.
surgimento de grupos radicais que asseguravam o resgate da gran- - a data de 6 de junho de 1944 foi a mais marcante para as tro-
deza do Império da Alemanha: Hitler e seu partido nazista conquis- pas aliadas. Conhecido como o Dia D, a chegada dos aliados à região
tavam confiança e espaço na política alemã. norte do território francês, mais especificamente, à Normandia, foi
- Ascensão de Hitler: em 1933, ao ser nomeado chanceler, definitiva para o derradeiro encaminhamento do Eixo à derrota,
Hitler conseguiu aumentar o domínio da Alemanha sobre todo o pois deu início à liberdade da França do poder nazista.
território europeu, pleiteando terras que outrora fizeram parte do em 1943, a Itália foi responsável pela primeira rendição nazista
Império Alemão. e, em 1945, vendo que a derrota do Eixo era certa, HItler se escon-
- Ausência de representatividade italiana na Primeira Guerra deu em um bunker na capital alemã
Mundial. A Itália, assim como a Alemanha, teve prejuízos no fim da - em 8 de maio de 1945, as tropas alemãs renderam-se ao ini-
Primeira Guerra Mundial, enfrentando desemprego e crise econô- migo. Essa data é considerada o Dia da Vitória.
mica por toda a década de 1920. O líder do Partido Fascista, Musso- - enquanto na Europa a Segunda Guerra já tinha se encerrado,
lini, alcançou o poder em 1922. os combates prosseguiram, porque o Japão se recusou a assinar a
- Tamanhas semelhanças aproximaram os ditadores italiano e rendição em benefício das tropas norte-americanas.
alemão, que estabeleceram alianças de cunho militar e político. O - bombas atômicas: em virtude da retaliação ao ataque a Pearl
Japão também foi anexado ao Eixo, que enfrentaria o conflito conta Harbor - e diante da negação japonesa de rendição - as tropas nor-
os Aliados. te-americanas lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades de
Hiroshima e Nagasaki.
Nações que combateram na Segunda Guerra Mundial
- Aliados: Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética Principais resultados pós Segunda Guerra Mundial
- Eixo: Alemanha, Itália e Japão Surgimento de superpotências: Estados Unidos, capitalista, e
União Soviética, comunista.
Participação do Brasil: na Primeira Guerra Mundial, o Brasil Enfraquecimento da Europa: as potências europeias, mesmo as
esteve neutro, porém, em 1942, as circunstâncias se modificaram que saíram vitoriosas no conflito, não tinham mais capacidade de
quando o então presidente norte americano, Franklin Roosevelt, preservar suas colônias nos continentes asiático e africano, dando
visitou o país. Na ocasião, o acordo estabelecido foi de que o Brasil margem ao processo de descolonização e independência
concederia a base aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, e, em Desnazificação da Alemanha: o território alemão, incluindo sua
contrapartida, os Estados Unidos ofereceriam empréstimos para capital, Berlim, sofreu divisão nas regiões de domínio das nações
que Getúlio Vargas pudesse dar continuidade à sua política de in- triunfantes, e houve a destruição de símbolos relacionados a Hitler
vestimento na indústria de base. Dessa forma, o Brasil, apesar de e ao nazismo. Os adeptos à doutrina foram julgados e condenados
simpatizante do nazifascismo, declarou guerra ao Eixo, pondo fim à pena capital, no Tribunal de Nuremberg.
às suas relações diplomáticas com os alemães. Além disso, o Brasil Criação da Organização das Nações Unidas: a despeito do in-
enviou guerrilhas para o conflito na Europa, criando, inclusive, em sucesso da Liga das Nações (instituição mundial constituída assim
1944, a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que foi mandada para que a Primeira Guerra Mundial se encerrou) em assegurar a paz
combate contra as guarnições italianas nazistas. mundial e prevenir um novo conflito de iguais proporções, conser-
vou-se a esperança de um órgão internacional que tivesse o mes-
Primeira fase da Segunda Guerra Mundial (de 1939 a 1942): mo propósito. Assim, em 1945 foi criada a Organização das Nações
- no primeiro ano da guerra, as tropas nazistas embrenharam- Unidas, cujos objetivos eram prevenir a ocorrência de uma nova
-se pelo território europeu, sendo que no ano seguinte, as guarni- guerra mundial e garantir o cumprimento e a defesa dos Direitos
ções nazistas já tinham invadido a maior parte da França. Humanos.
- a rendição francesa fazia parte do revanchismo alemão, sendo Início da Guerra Fria: antes mesmo do fim da Segunda Guerra
que Hitler exigiu que fosse assinada no mesmo local (um vagão de Mundial, União Soviética e Estados Unidos já delineavam suas di-
trem) que tinha acontecido a rendição dos alemães, no fim da Pri- vergências a respeito do cenário global a se formar no pós-guerra.
meira Guerra Mundial. Assim, americanos e soviéticos entraram em um conflito ideológico,
- aviões alemães atacaram a Inglaterra. ou seja, iniciava-se, em 1947, a Guerra Fria. Os armamentos nucle-
- a reação inglesa teve início somente em 1940, quando Wins- ares passaram a ser disputados diplomaticamente e em forma de
ton Churchill foi nomeado primeiro-ministro. intimidação.
- em 1941, após invasão liderada por Hitler, as tropas nazistas Deposição do governo brasileiro: em terras brasileiras, o re-
foram derrotadas no território da União Soviética, dando fim ao pe- torno dos militares da Força Expedicionária Brasileira revelou uma
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HISTÓRIA GERAL
grande contradição. Da mesma forma que soldados brasileiros ha- à elaboração da OTAN e do Pacto de Varsóvia, cuja finalidade era
viam combatido contra a ditadura nazifascista, o país era conduzido proteção bilateral entre os membros.
por um governo autoritário. Ao retornarem do continente europeu, - Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN: foi ins-
os oficiais gozavam de alta popularidade e entusiasmados por parti- tituída em 1949 e, na ocasião, era integrada por Bélgica, Canadá,
cipação na vida política. Assim, em novembro de 1945, os militares Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Itália, Luxemburgo,
encerraram a ditadura do Estado Novo, destituindo o presidente Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido. Posteriormente,
Getúlio Vargas. ingressaram Alemanha Ocidental Grécia e Turquia, completando a
oposição da Europa Ocidental ao regime soviético.
- Pacto de Varsóvia: criado pela União Soviética como retalia-
A GUERRA FRIA ção à OTAN, tinha o objetivo de obstruir o avanço do capitalismo na
área que estava sob seus domínios. No ano de sua fundação, 1955,
tinha como afiliadas as nações da Albânia, Alemanha Oriental, Bul-
A GUERRA FRIA gária, Hungria, Polônia, Romênia e Tchecoslováquia
O conflito geopolítico travado por Estados Unidos e União So-
viética foi motivado pela disputa pela supremacia internacional en- Disputas na Guerra Fria
tre essas duas superpotências que emergiram no final da Segunda • Levantamento do muro de Berlim (1961): o muro dividiu a
Guerra Mundial. De 1947 a 1991, essas duas nações e seus aliados capital alemã em duas áreas, sendo Berlim Oriental e Berlim Oci-
(Bloco Ocidental e Bloco Oriental, respectivamente) enfrentaram dental. O propósito dessa construção era impedir que cidadãos da
um período de tensão político-militar, que, por pouco, não resultou parte socialista migrassem para a Alemanha Ocidental, à procura de
em combate direto. melhores condições de vida.
• Crise dos Mísseis (1962): a iniciativa soviética de instalar
Início da Guerra Fria bases e lançar mísseis em território cubano consistiu uma séria
- Discurso do presidente americano: o primeiro fato que levou e constante ameaça para o governo norte-americano. Porém, tal
ao conflito ocorreu dois anos após o fim da Segunda guerra Mun- pretensão não se concretizou, pois os Estados Unidos responderam
dial, quando Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, procla- imediatamente, bloqueando as operações navais sobre o alvo, que,
mou um discurso contra a influência soviética e o comunismo, e a propósito, era a única nação localizada na América que havia ado-
declarou intervenção americana nos países não democráticos e em tado o socialismo. Tal ocasião significou uma real oportunidade de
defesa dos países livres que se posicionassem com resistência às ocorrer uma terceira guerra mundial. No entanto, apesar das tensas
investidas de domínio externo, negociações, a União Soviética renunciou em seu propósito, e, em
- Plano Marshall: ainda em 1947, George Marshall, secretário contrapartida, o governo norte-americano agiu da mesma forma,
de Estado norte americano, lançou um plano de proposta de auxílio desistindo de suas bases no país da Turquia.
econômico às nações do ocidente europeu, tendo em vista que o • Corrida Espacial (1957-1969): iniciada no final dos anos 1950,
crescimento dos partidos políticos esquerdistas era intensamente a corrida espacial demandou muito estudo, tempo e capital por
impulsionado pela crise disseminada e pelo alto índice de desem- parte das duas superpotências conflitantes. O objetivo de cada uma
prego, e os Estados Unidos receavam a perda de seus aliados (Boco era dominar o espaço e a órbita terrestre. O desenvolvimento de
Ocidental) para a União Soviética. armas de longo alcance, como escudos espaciais e mísseis intercon-
- Kominform: organismo criado pela União Soviética em respos- tinentais também faziam parte do propósito. A União Soviética saiu
ta ao plano norte americano, cujo objetivo era obter a associação na frente com o lançamento dos satélites Sputnik, em 1957; porém,
dos mais importantes partidos comunistas da Europa e, ademais, os americanos venceram essa “corrida” em 1969, conseguindo fa-
manter os países que estavam sob seu domínio longe da superiori-
zer o homem pisar na lua pela primeira vez.
dade estadunidense, originando o Bloco Cortina de Ferro.
- Criação do Comecon: surgido em 1949, era um tipo de Plano
Fim da Guerra Fria: a queda do Muro de Berlim, em 1989, e a
Marshall, só que socialista.
desintegração da União Soviética, em 1991, marcaram o fim do con-
flito ideológico. Enquanto o primeiro constituiu uma evidência do fim
A expressão Guerra Fria: o período ficou conhecido por esses
dos regimes socialistas no Leste da Europa, a desestruturação soviéti-
termos porque nenhuma das nações envolvidas jamais investiu
ca instaurou uma nova era na História da humanidade, iniciando um
contra a outra em um ataque bélico.
processo de introdução do capitalismo em todos os países do mundo.
Expansão da Guerra Fria: terminadas as negociações entre as A vitória desse conflito foi dos norte-americanos, que contavam com
nações que saíram vitoriosas da Segunda Guerra Mundial, o ter- condições econômicas muito superiores aos soviéticos.
ritório europeu encontrou-se dividido em dois domínios que cor-
respondiam à fronteira conquistada pelas guerrilhas americana e
soviética no decorrer do conflito. GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS

Parte oriental: ocupada pelas tropas soviéticas, tornou-se re-


gião de domínio da União Soviética. Os partidos políticos comunis- GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
tas estabeleceram suas denominadas “democracias populares” na Relação entre Globalização e políticas neoliberais: o termo
Checoslováquia, Albânia, Bulgária, Romênia, Polônia e Hungria. A globalização imediatamente remete à ideia de um sistema capita-
Iugoslávia, embora de regime socialista, era independente da União lista, profundamente baseado no comunismo e na exploração do
Soviética. proletariado. Recorrendo às teorias de marxista, é possível com-
Parte Ocidental: dominada especialmente pelos norte-ameri- preender a origem da globalização e como as políticas neoliberais
canos e ingleses, essa região permaneceu sob dominação dos Esta- concorreram para que, atualmente, seja possível a livre iniciativa
dos Unidos. Nessa área, estabeleceram-se as chamas “democracias de comércio. Os discursos neoliberalistas estabeleceram as estru-
liberais”, sendo Portugal e Espanha as únicas exceções. turas políticas para alcance do nível de globalização que se exerce
Formação de Alianças político-militares: a Guerra Fria levou atualmente. Os propósitos desse neoliberalismo eram a redução do
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HISTÓRIA GERAL
protecionismo e a abertura dos mercados. Assim, sendo a globa- (E) Positivismo, teocentrismo, valorização do passado greco-ro-
lização compreendida como uma expansão mercadológica, as po- mano.
líticas neoliberalistas combatem o protecionismo, favorecendo o
livre mercado, a diminuição de obstáculos e de tarifas, contribuindo 5. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2) A
intensamente para uma significativa expansão no processo de glo- Revolução Industrial teve início no século XVIII e transformou eco-
balização. Resumindo, a globalização que experimentamos hoje é nômica e socialmente boa parte do Ocidente ao longo de suas fa-
o fruto do discurso político econômico pautado no neoliberalismo. ses. Tendo essa informação como referência inicial, julgue (C ou E)
Neoliberalismo: modelo político-econômico surgido na Segun- o item a seguir, que dizem respeito ao referido período e aos seus
da Guerra Mundial busca o resgate das perspectivas de sociedade desdobramentos.
livre e de mercado aberto, bem como recuperar os propósitos e Ao mesmo tempo em que serviu como fator de aproximação
estimativas do Liberalismo econômico, preconizado nos séculos XVI entre países distintos, a Revolução Industrial ampliou as desigual-
e XVII, por John Locke e Adam Smith. dades econômicas, sociais e políticas.
( ) CERTO
Ausência total do Estado: a principal característica do neolibe- ( ) ERRADO
ralismo está fundamentada na defesa de que a intervenção estatal
rompe com a liberdade das transações econômicas, especialmente 6. (CESPE - 2010 - Instituto Rio Branco - Diplomata - 2ª Etapa
na livre iniciativa privada. C) A Revolução Industrial começou na Inglaterra na segunda
metade do século XVIII. A respeito desse assunto, assinale a
opção correta.
QUESTÕES (A) Como a Inglaterra foi pouco beneficiada pela Revolução Co-
mercial, a Revolução Industrial veio a oferecer-lhe oportunida-
de para recuperar seu relativo atraso econômico.
1. (AGIRH - 2019 - Prefeitura de Lavrinhas - SP - Professor PEB (B) À época, a população inglesa era equivalente, em número,
II - História) Ocorrida de 1914 a 1918, a primeira guerra mundial à da França, embora a Inglaterra tivesse dimensões bem me-
teve como fatores: nores.
(A) Conflitos imperialistas devido ao desejo de exploração do (C) O carvão, o ferro - as duas grandes riquezas da Inglaterra - já
continente americano; eram fartamente exploradas no início da Revolução.
(B) Aplicação de ideias neoliberalistas na Europa através da im- (D) O fato de ter um sistema financeiro ainda precário não im-
posição militar; pediu que a Inglaterra levasse adiante seu processo de indus-
(C) Conflitos pela expansão territorial e pelo monopólio capi- trialização.
talista; (E) A Inglaterra não dispunha de recursos agrícolas e florestais
(D) Disputas imperialistas que levaram a exploração de rique- suficientes para as suas necessidades.
zas e opressão dos povos dos continentes africano e asiático;
7. (IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - História) Segundo Um-
2. (CESPE / CEBRASPE - 2006 - Instituto Rio Branco - Diplomata berto Eco (1989): É verdade, a Revolução Francesa foi antecipada
- 2ª Etapa DELTA) Na Segunda Guerra Mundial, o Japão aliou-se à por outros fenômenos como o habeas corpus inglês. Mas os ingle-
Alemanha, tal como já fizera na Primeira Guerra. ses, isso é sabido, permanecem em sua própria casa e, se conquista-
( ) CERTO ram o habeas corpus, ficaram satisfeitos em conservá-lo para eles.
( ) ERRADO A Revolução Francesa, ao contrario, exportou suas idéias de liber-
dade, igualdade e fraternidade. (...) A própria idéia das indepen-
3. (CESPE - 2018 - SEDUC-AL - Professor - História) A respeito dências nacionais, nasce e se difunde com a Revolução Francesa. E
das transformações da sociedade europeia entre os séculos XV e portanto, nós somos, votamos, escrevemos cartas aos jornais, or-
XVIII, julgue o próximo item. ganizamos manifestações, pressionamos o nosso deputado, porque
O fenômeno cultural do Renascimento ocorreu predominante- houve a Revolução Francesa”
mente no leste europeu. Considerado a citação exposta acima, indique qual influência
que a Revolução Francesa teve em outros contextos:
( ) CERTO I. A revolução Inglesa foi urbana e industrial, a Revolução Fran-
( ) ERRADO cesa realizou-se no campo, por isso não atentou às questões relati-
vas ao habeas corpus.
4. (UPENET/IAUPE - 2017 - Prefeitura de Pombos - PE - Profes- II. A Revolução Francesa entusiasmou o continente Europeu,
sor História) O Renascimento, movimento cultural, que se desen- influenciou movimentos emancipacionistas como a Revolução Hai-
volveu no século XIV, se expandiu da Itália para várias partes do tiana e a Conjuração Baiana;
continente Europeu. Nesse ambiente de efervescência de ideais,
III. A Revolução Inglesa do século XVII não influenciou imedia-
desenvolveu-se o humanismo, e sua divulgação foi permitida, em
tamente nenhuma mudança no mundo Ocidental, diferentemente
grande parte, pelo aperfeiçoamento da imprensa, que teve Johan-
do contexto francês;
nes Gutenberg (1400-1468) como um dos maiores responsáveis.
IV. Os efeitos da Revolução Francesa, iniciada em 1789, encon-
São características do Renascimento:
(A) Valorização do passado feudal, teocentrismo, individualis- traram um mundo mais receptivo às mudanças sociais.
mo. Estão corretos os itens:
(B) Nova visão de tempo, racionalismo, valorização da cultura (A) I e II
mesopotâmica. (B) I, III, IV
(C) Antropocentrismo, valorização do passado greco-romano, (C) I, II e III
individualismo. (D) II, III e IV
(D) Racionalismo, marxismo, positivismo. 8. (Cepros - 2016 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicio-

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a solução para o seu concurso!
HISTÓRIA GERAL
nal-2017.1- AGRESTE) A Revolução Francesa contribuiu para o for- (B) Voltaire.
talecimento da burguesia e a construção de uma sociedade com (C) Jean-Jacques Rousseau.
mais liberdade. A Revolução Francesa trouxe: (D) Barão de Montesquieu.
(A) a diminuição dos poderes da nobreza e a afirmação da de-
mocracia.
GABARITO
(B) o debate mais profundo e prático sobre as ideias iluminis-
tas.
(C) o estabelecimento de uma república popular governada por
Danton. 1 D
(D) o fortalecimento do nacionalismo com a manutenção da
2 ERRADO
monarquia.
(E) o fim do sistema feudal e a decretação de direitos iguais 3 ERRADO
para homens e mulheres. 4 C

9. (CESPE - 2004 - Instituto Rio Branco - Diplomata) 5 CERTO


Texto Associado 6 E
A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de tríptico 7 D
ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se estendeu
de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial, seguiram-se cerca 8 B
de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento econômico e de 9 CERTO
transformação social, anos que provavelmente mudaram de manei-
10 D
ra mais profunda a sociedade humana que qualquer out ro período
de brevidade comparável.
Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma es-
pécie de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente
depois que acabou, no início da década de 70. A última parte do
ANOTAÇÕES
século foi uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com ______________________________________________________
efeito, para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as
partes anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida ______________________________________________________
que a década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que
refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente ______________________________________________________
melancolia f in-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da dé-
cada de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de ouro, ______________________________________________________
entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e proble-
______________________________________________________
mático, mas não necessariamente apocalíptico.
Eric Hobsbawm. Era dos extremos - O breve século XX (1914- ______________________________________________________
1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15-6 (com adapta- ______________________________________________________
ções).
Em face das info rmações apresentadas no texto acima e con- ______________________________________________________
siderando aspectos históricos marcantes do sécu l o XX, contingen-
ciadores da política internacional praticada no período, julgue os ______________________________________________________
itens seguintes.
______________________________________________________
No pós-Segunda Guer ra e ao longo dos anos 50 do século XX, ______________________________________________________
coincidindo com a “ era de ouro” mencionada no texto, o sistema
de Bretton Woods funcionou sem mai o res atropelos. Contudo, na ______________________________________________________
d écada de 60, ele começou a ser fortemente pressionado em fun-
ção, sobretudo, do déficit em conta-corrente que o s E UA passaram ______________________________________________________
a registrar, processo acelerado em larga medida pelas d espesas
com a guerra no Vietnã. ______________________________________________________
( ) CERTO
( ) ERRADO ______________________________________________________

______________________________________________________
10. (AMEOSC - 2021 - Prefeitura de Bandeirante - SC - Professor
de História) Um dos grandes autores do iluminismo foi o autor da ______________________________________________________
obra O espírito das leis, publicada em 1748. Sua discussão central
é que há necessidade de separar os poderes políticos para que não ______________________________________________________
haja abuso de poder. Além disso, as leis não podem ser justas ou
injustas, apenas inadequadas a um povo, tempo ou lugar. O autor ______________________________________________________
da conhecida obra, referencia do iluminismo europeu é:
______________________________________________________
(A) François Bouchot.
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HISTÓRIA GERAL
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HISTÓRIA DO BRASIL

Aliança Liberal (AL): quando Washington Luís indicou Júlio


A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS. Prestes, também paulista, para seu sucessor, o então presidente
contrariou a articulação política que alternava o poder entre Mi-
nas e São Paulo. Esse conflito entre os dois estados foi seguido pela
A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS Aliança Liberal, constituída por autoridades políticas de Pernambu-
co, Paraíba, cujo intuito era promover concorrentes à presidência
Resumo: que proporcionassem uma alternativa à política do café com leite.
A Revolução de 1930: movimento organizado pelos estados Assim, lançou-se a chapa formada por Getúlio Vargas para presi-
Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, que sucedeu no golpe dente e João Pessoa para vice.
de Estado que destituiu Washington Luís do cargo de Presidente Eleições de 1930: a chapa “Vargas Pessoa” não foi suficiente
da República, além de impossibilitar a posse do novo eleito para o para concorrer à altura com a máquina eleitoreira comandada por
cargo, Júlio Prestes. Washington Luís, que admitia, apoio de políticos de outros estados,
Motivação: a principal justificativa para a revolta foi a fraude compra de votos, coerções e fraudes nas urnas.
eleitoral. Além disso, duas outras causas favoreceram o movimen-
to: o homicídio de João Pessoa, governador da Paraíba, e a insatisfa- Cenário favorável ao golpe:
ção provocada na população pela a crise econômica de 1929. • Aliados importantes: após a incontestável fraude eleitoral, a
Liderança: o líder articulador do movimento, Getúlio Dorneles AL conseguiu reforço de ninguém menos que os militares. O exérci-
Vargas, governador do Rio Grande do Sul (ou “presidente”, confor- to, inclusive (mais propriamente a sua baixa patente, os tenentes),
me se denominava o cargo naquela época), ficou encarregado do já possuía antecedentes de iniciativas no combate ao sistema polí-
novo comando político do país, com a missão de dissolver o sistema tico desde o princípio da chamada Velha República, com destaque
oligárquico que dominava a política brasileira. para a Revolta do Forte de Copacabana e a Revolta Paulista, em
A Era Vargas como a principal consequência: a liderança de 1922 e 1924, respectivamente.
Vargas, que, inicialmente, era de natureza temporária, prolongou- • Assassinato de João Pessoa: em 26 de julho de 1930, portan-
-se por 15 anos, e o período ficou conhecido como a Era Vargas. De to, meses antes do golpe, que ocorreu em 24 de outubro, o então
1930 a 1945, o Brasil viveu o período caracterizado como “a ditadu- governador da Paraíba foi morto por um adversário político, João
ra de Vargas” ou Estado Novo, cujo aspecto principal foi a proximi- Duarte Dantas. Apesar da alegação dos revolucionários, a motiva-
dade com as massas populacionais. ção desse crime não foi de natureza política, e, sim, por desavenças
Importância histórica da Revolução de 1930: pôs fim às alian- pessoais, segundo o próprio algoz.
ças políticas entre as autoridades das diversas regiões do país, que
favoreciam conveniências pessoais em detrimento do benefício do Características da Era Vargas:
Estado. Portanto, extinguiu a denominada República Velha, sendo Centralização do poder: Vargas atuou para fortalecer os pode-
considerada o grande acontecimento do período republicano da res do Executivo e tornar o Legislativo cada vez mais fraco.
história do Brasil. Negociação política: desde a Revolução de 1930, o potencial de
Vargas na conciliação de grupos contrário foi construído e aprimo-
Cenário político rado durante sua atuação política.
Política do café com leite: as oligarquias de São Paulo e Mi- Política Trabalhista: a criação do Ministério do Trabalho, bem
nas Gerais conduziam a política nacional, e, por meio de eleições como das leis trabalhistas, é resultado dessa política focada nas ca-
fraudulentas, submetiam todo o país a uma economia agroexpor- madas operárias.
tadora. Nesse sistema político, também chamado de “política dos Uso de propaganda política: Vargas criou o Departamento de
governadores”, as elites dos dois estados revezavam-se no cargo de Imprensa e Propaganda (DIP), para promover os atributos e inicia-
presidente da República, sempre nomeando candidatos que favore- tivas do seu governo.
ceriam seus interesses. Populismo: Vargas promoveu intensamente a relação direta e não
Queda da Bolsa de Nova York: a crise, também conhecida por institucionalizada entre líder e massas, o enfraquecimento do sis-
Grande Depressão Americana, afetou diretamente a exportação do tema partidário, a defesa da união das massas e a liderança alicer-
café paulista, principal fluxo da economia brasileira na época. Hou- çada no carisma.
ve problemas financeiros e muito desemprego. A mesma oligarquia
que chefiava esse setor econômico também controlava o poder
político, e sua estratégia de recuperação econômica era integral- AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS.
mente centrada na sucessão à presidência da República. A recessão
da economia provocou insatisfação da população com relação ao
governo de Washington Luís. AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS

1ª Constituição - 1824 - Império


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a solução para o seu concurso!
HISTÓRIA DO BRASIL
Decretada por: D. Pedro I, com o apoio do Partido Português, 5ª Constituição - 1946 - República
formado pelo alto escalão do funcionalismo público e por comer- Decretada por: Congresso
ciantes portugueses. Forma de promulgação: Assembleia Nacional Constituinte
Forma de promulgação: imposição. A Assembleia Constituinte
de 1823 foi dissolvida pelo imperador, que, em seguida, impôs seu Principais diligências:
próprio projeto. • retomada da linha democrática de 1934
• restabelecimento dos direitos individuais
Principais diligências: • fim da censura e da pena de morte
• criação do Poder Moderador, para reforçar o poder do impe- • retorno da a independência ao Executivo, Legislativo e Judi-
rador, ao qual se subordinavam os Poderes Executivo, Legislativo e ciário
Judiciário • restabelecimento o equilíbrio entre esses poderes
• o direito ao voto era atribuído apenas aos homens livres e • autonomia de estados e municípios
donos de propriedades, com renda fixa anual de cem mil réis • instituição de eleições diretas para presidente da República,
com mandato de cinco anos
2ª Constituição (1891) - Brasil República • incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de
Decretada por: Marechal Deodoro da Fonseca Rui Barbosa Recursos ao Poder Judiciário
Forma de promulgação: Assembleia Constituinte • pluralidade partidária
• direito de greve e livre associação sindical
Principais diligências: • condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social,
• instauração do governo republicano e da forma federativa de possibilitando a desapropriação por interesse social
Estado
• redução das restrições ao sufrágio, mantendo, ainda, a proi- 6ª Constituição - 1967 - Regime Militar
bição do voto aos analfabetos e indigentes Decretada por: militares
• regulamentação da independência dos Poderes Executivo, Forma de promulgação: imposição. A proposta foi encaminha-
Legislativo e Judiciário da para aprovação do parlamento, porém, o regime militar, embora
• estabelecimento do habeas corpus tivesse preservado o Congresso Nacional, exercia total controle e
• desvinculação de Igreja e Estado, destituindo a Igreja Católica domínio sobre o Poder Legislativo.
da categoria de religião oficial
Principais diligências:
3ª Constituição - 1934 - Segunda República • preservação da Federação, com expansão da União
Decretada por: Getúlio Vargas • adoção da eleição indireta para presidente da República, por
Forma de promulgação: Assembleia Constituinte meio de Colégio Eleitoral do Congresso e delegados nomeados pe-
las Assembleias Legislativas
Principais diligências: • suspensão das prerrogativas dos magistrados
• maior poder ao governo federal • sofreu emendas por sucessivas expedições de Atos Institucio-
• voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos nais (AIs), dispositivos de legitimação e legalização das ações políti-
• direito de voto às mulheres, porém, ainda proibido a analfa- cas dos militares, concedendo-lhes poderes extraconstitucionais. O
betos e mendigos principal desses mecanismos foi o AI-5 (1968), que deu ao regime
• criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho poderes absolutos e fechou Congresso Nacional por cerca de um
• criação de leis trabalhistas (jornada de trabalho de 8 horas ano, além de instaurar o recesso dos mandatos de senadores, de-
diárias, além do direito ao repouso semanal e a férias remuneradas) putados e vereadores.
• ação popular e mandado de segurança • também se destacam as seguintes medidas: censura aos
• fortalecimento da segurança do Estado e das funções do Po- meios de comunicação, suspensão de qualquer reunião de nature-
der Executivo, como forma de coibir “movimento subversivo das za suspensão do habeas corpus para crimes políticos; autorização e
instituições políticas e sociais” (por meio de emenda, em 1935) permissão para intervenção em estados e municípios e promulga-
ção do estado de sítio.
4ª Constituição - 1937 - Estado Novo
Decretada por: Getúlio Vargas 7ª Constituição (Constituição Cidadã) 1988 - Nova República
Forma de promulgação: imposição. A partir da publicação da Decretada por: José Sarney
Carta Constitucional do Estado Novo, fundamentada em princípios Forma de promulgação: Assembleia Nacional Constituinte
fascistas, os partidos políticos foram suprimidos e o poder foi con-
centrado nas mãos do líder supremo do poder Executivo. Principais diligências:
• ampliação das liberdades civis e os direitos e garantias indi-
Principais diligências: viduais
• supressão das liberdades de imprensa e partidária • alteração das relações econômicas, políticas e sociais
• extinção das independências dos Poderes Legislativo e Judi- • instauração do direito ao voto aos analfabetos e aos cidadãos
ciário a partir dos 16 anos
• autorização para suspensão da imunidade parlamentar • estabelecimento de novos direitos trabalhistas (redução da
• limitação das garantias do Congresso Nacional jornada semanal de 48 para 44 horas, seguro-desemprego e férias
• eleição indireta para presidente da República e mandato de remuneradas acrescidas de um terço do salário)
seis anos • instituição de dois turnos para eleições majoritárias
• exílio e prisão de opositores do governo • liberdade sindical e direito à greve
• instauração da pena de morte • ampliação da licença-maternidade de três para quatro meses
• direito a licença-paternidade de cinco dias
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HISTÓRIA DO BRASIL
• instalação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), substituindo • Movimento estudantil: Impulsionados pela Reforma Univer-
o Tribunal Federal de Recursos sitária de 1968 e pelo Decreto no 477, que suspendeu quaisquer
• criação dos mandados de injunção, de segurança coletivo manifestações estudantis, e, ainda pelo Ato Institucional no 5 (AI5),
• restabelecimento do habeas corpus de 1969, os estudantes se encarregaram da principal atuação no en-
• criação do habeas data (instrumento que garante o direito frentamento à ditadura. Muitos membros do movimento fizeram,
de informações relativas à pessoa do interessado, conservadas em inclusive, “opção” pela luta armada, quando se viram diante do es-
registros de entidades governamentais ou banco de dados privados gotamento das ações institucionais. A União dos Estudantes (UNE)
de cunho público) teve papel fundamental nesse movimento.
• reforma no sistema tributário
• criação de leis de proteção ao meio ambiente
• fim da censura dos meios de comunicação A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO
• alterações nas leis de assistência e seguridade social BRASIL.

A ESTRUTURA POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRA-


PERÍODO MILITAR. SIL
Definição: Abertura Política é a denominação de uma sequên-
cia de atividades cuja finalidade era promover uma lenta, gradual e
A ESTRUTURA POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO segura transição do regime militar que para o regime democracia
PERÍODO MILITAR nos últimos dois mandatos da ditadura.

Estrutura “Lenta, gradual e segura”: o lema que definiu o início da aber-


• Controle da nação por meio dos Atos Institucionais, dispositi- tura política foi criado no governo do general Ernesto Geisel, indi-
vos contrários à Constituição Federal cava o modo como o líder pretendia conduzir o processo de restau-
• Política fundamentada na profunda centralização de poder e ração da democracia.
no autoritarismo - Lenta, devido a não haver conformidade nas Forças Armadas
• Intervenção estatal na economia, com desenvolvimento eco- com relação à abertura política. Enquanto uns não concordavam
nômico nos padrões capitalista e tecnoburocrático, com dependên- com a adoção de medidas mais radicais e extremistas, outros de-
cia monetária internacional fendiam (e empreendiam) tentados terroristas contra instituições.
• Princípios da Escola Monetarista (Industrialização Excluden- - Gradual: conforme o Pacote de Abril (nome atribuído pela
te) a um conjunto de medidas impostas por Ernesto Geisel, abril de
• Modernização da infraestrutura (transporte, comunicação, 1977), ainda não era o momento ideal para que os militantes abris-
energia e saneamento) sem mão das eleições majoritárias indiretas.
• Ampliação da linha de crédito para classes média e média-
-alta
QUESTÕES
Movimentos sociais
• Movimento Sindical: ressurgiu a partir de 1974, confrontando
a ditadura de forma mais direta e caracterizando o fim dos anos 1. (UFMT- IF/MT) Durante o período imperial brasileiro, o libe-
1970 como uma intensa onda de greves, que sofreram fortes re- ralismo foi uma das correntes políticas influentes na composição do
pressões. nascente Estado independente, tendo, em diferentes momentos,
• Vanguarda Popular Revolucionária (VPR): movimento de pautado seus rumos. Há que se observar, no entanto, que, diferen-
guerrilha criado em 1966, contrário à postura do Partido Comunista temente do modelo europeu, o liberalismo encontrado no Brasil
Brasileiro (PCB) e à sua inoperância diante ao Golpe de 1964. Seus tinha suas idiossincrasias. A partir do exposto, marque V para as
membros militares, sendo alguns cassados no início do regime mili- afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
tar e outros que largaram o quartel da 4ª Infantaria de Osasco, por- ( ) Os limites do liberalismo brasileiro estiveram marcados pela
tando armas e munição. Carlos Lamarca estava entre esses últimos. manutenção da escravidão e da estrutura arcaica de produção.
• Movimentos das comunidades eclesiais de base: articulados ( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes médias ur-
pela Igreja Católica, especialmente pelos adeptos à Teologia da Li- banas, agentes públicos e manumitidos ou libertos.
bertação, esses grupos denunciavam episódios de prisões políticas ( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante a ela-
e torturas, reivindicando direitos humanos mínimos. boração da Constituição de 1824.
• Associações de moradores: esses grupos se multiplicavam no ( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no Brasil
período do regime militar, com o objetivo de lutar por melhores ajudou a estruturar o pensamento liberal no primeiro reinado.
condições de vida, principalmente em relação à saúde, educação e
saneamento. Assinale a sequência correta.
• Movimento sanitarista: naquele sistema, a saúde pública es- (A) F, V, F, V
tava limitada a poucos e respaldada no Instituto Nacional de Assis- (B) V, V, F, F
tência Médica da Previdência Social (INAMPS), fundado em 1974, (C) V, F, V, F
para dar assistência apenas aos trabalhadores das zonas urbanas e (D) F, F, V, V
que possuíam registro em carteira, ou seja, previdenciários. Aque-
les que não contribuíam com a previdência recorriam à assistência
privada, ou, se não pudessem pagar, contavam com o atendimento
de instituições filantrópicas (as chamadas Santas Casas de Miseri-
córdia).
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2. (IFB/2017 – IFB) “A principal característica política da inde- (C) O período que vai de 1930 a 1945, a partir da derrubada
pendência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa do presidente Washington Luís em 1930, até a volta do país à
portuguesa e a Inglaterra, tendo como figura mediadora o príncipe democracia em 1945, é chamado de Era Vargas, em razão do
D. Pedro” forte controle na pessoa do caudilho Getúlio Domeles Vargas,
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo cami- que assumiu o controle do país, no período. Neste período está
nho. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26). compreendido o chamado Estado Novo (1937-1945).
Leia as afirmativas com relação ao processo de emancipação (D) Em 1967, o nome do país foi alterado para República Fede-
política do Brasil. rativa do Brasil.
I) As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uni- (E) Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição di-
ram os luso-americanos em torno da ideia de perpetuar os laços reta para Presidente da República desde 1964. Seu governo
políticos que uniam, entre si, os lados europeu e americano do Im- perdurou até 1992, quando foi afastado pelo Senado Federal
pério Português. devido a processo de “impugnação” movido contra ele.
II) A escolha da monarquia em vez da república, como alternati-
va política para o Brasil independente, derivou da convicção da elite 5. (MPE/GO– MPE/GO) A volta democrática de Getúlio Vargas
brasileira de que só um monarca poderia manter a ordem social e ao poder, após ser eleito no ano de 1950, ficou caracterizada pelo
a união territorial. presidente:
III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a (A) ter se aproximado dos antigos líderes militares do Estado
elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução política que Novo e ter dado um golpe de Estado em 1952.
implicasse a separação entre Brasil e Portugal. (B) ter exercido um governo de tendência populista e ter se
IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a tran- suicidado em 1954.
sição do Brasil de colônia para emancipado politicamente. (C)) ter exercido um governo de tendência autoritária, com o
V) A independência do Brasil trouxe grandes limitações dos di- apoio de Carlos Lacerda.
reitos civis, uma vez que manteve a escravidão. (D) ter exercido um governo de tendência populista que foi a
base para sua reeleição em 1955.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas (E) não ter levado o governo adiante por motivos de saúde,
CORRETAS. sendo substituído por seu vice, Café Filho, em 1951.
(A) I, V
(B) II, IV 6. (NC-UFPR – UFPR) Sobre a redemocratização no Brasil pós -
(C) II, V ditadura, assinale a alternativa correta.
(D) I, IV (A) Uma das ações que marcou o processo de redemocratiza-
(E) III, IV ção foi a campanha pelas eleições diretas para a presidência da
República, que ficou conhecida como “Diretas já”.
3. (CESPE - Instituto Rio Branco) Durante o Primeiro Reinado (B) O bipartidarismo foi uma das marcas do período pós-dita-
consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabouço dura, motivo pelo qual a ARENA e o MDB foram os únicos par-
institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações di- tidos políticos autorizados a funcionar no período
plomáticas com diversos países. Acerca desse período da história (C) O presidente Tancredo Neves foi o primeiro presidente elei-
do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente. to pelo voto popular após a ditadura militar.
Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo das (D) Devido às graves denúncias que ocorreram, o presidente
relações simétricas entre os Estados envolvidos, a Guerra da Cis- José Sarney foi afastado da presidência da República. Esse pro-
platina encerrou-se com a interferência de uma potência externa cesso ficou conhecido como impeachment
ao conflito. (E) Fernando Collor de Mello foi um dos presidentes eleitos
( ) CERTO após a ditadura militar e ficou famoso pela criação do Progra-
( ) ERRADO ma Bolsa-Família.

4. (MPE/GO– MPE/GO) Acerca da história do Brasil, é incorreto 7. (Prefeitura de Betim/MG - Prefeitura de Betim/MG) É alter-
afirmar: nativa verdadeira, correspondente às principais características do
(A) Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da Feudalismo.
República pelo Marechal Deodoro da Fonseca e teve início a (A) Economia e sociedade agrárias e cultura predominante-
República Velha, que só veio terminar em 1930 com a chegada mente laica.
de Getúlio Vargas ao poder. A partir daí, têm destaque na his- (B) Trabalho assalariado, cultura teocêntrica e poder político
tória brasileira a industrialização do país; sua participação na centralizado nas mãos do rei.
Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos; e o Golpe (C) As relações entre a nobreza feudal baseavam-se nos laços
Militar de 1964, quando o general Castelo Branco assumiu a de suserania e vassalagem: tornava-se suserano o nobre que
Presidência. doava um feudo a outro; e vassalo, o nobre que recebia o feu-
(B) A ditadura militar, a pretexto de combater a subversão e a do.
corrupção, suprimiu direitos constitucionais, perseguiu e cen- (D) Trabalho regulado pelas obrigações servis e sociedade com
surou os meios de comunicação, extinguiu os partidos políti- grande mobilidade.
cos e criou o bipartidarismo. Após o fim do regime militar, os
deputados federais e senadores se reuniram no ano de 1988 8. (CESPE/ – DEPEN) Na década de 90 do século passado, pela
em Assembléia Nacional Constituinte e promulgaram a nova primeira vez em dois séculos, faltava inteiramente ao mundo, qual-
Constituição, que amplia os direitos individuais. O país se rede- quer sistema ou estrutura internacional. O único Estado restante
mocratiza, avança economicamente e cada vez mais se insere que teria sido reconhecido como grande potência, eram os Estados
no cenário internacional. Unidos da América. O que isso significava na prática era bastante
obscuro. A Rússia fora reduzida ao tamanho que tinha no século
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HISTÓRIA DO BRASIL
XII. A Grã-Bretanha e a França gozavam apenas de um status pura- ______________________________________________________
mente regional. A Alemanha e o Japão eram sem dúvida “grandes
potências” econômicas, mas nenhum dos dois sentira a necessida- ______________________________________________________
de de apoiar seus enormes recursos econômicos com força militar.
Eric Hobsbawm. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São ______________________________________________________
Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 538 (com adaptações).
______________________________________________________
A partir das ideias apresentadas no texto, julgue o próximo ______________________________________________________
item, referentes à política internacional no século XX e à ordem
mundial instaurada após o fim da Guerra Fria. ______________________________________________________
A despeito da derrocada da antiga União Soviética em 1991, o
contexto imediatamente posterior à Guerra Fria não foi marcado ______________________________________________________
pelo estabelecimento de um sistema internacional organizado para
reduzir conflitos e garantir o equilíbrio entre os estados. ______________________________________________________
( ) CERTO
______________________________________________________
( ) ERRADO
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GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 C
______________________________________________________
3 CERTO
4 E ______________________________________________________
5 B ______________________________________________________
6 A
______________________________________________________
7 C
______________________________________________________
8 CERTO
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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GEOGRAFIA GERAL

nova imagem, como: “nave Terra”, “aldeia global”, “sociedade


A NOVA ORDEM MUNDIAL, O ESPAÇO GEOPOLÍTICO E A global” etc. Portanto, há muito tempo o mundo vem se interna-
GLOBALIZAÇÃO cionalizando, mas só recentemente tornou-se globalizado.

Principais características da globalização são:


Todos esses fatos estão diretamente relacionados com o - Domínio crescente das empresas multinacionais (transna-
mundo pós Guerra Fria, onde nasce uma nova ordem mundial, cionais) sobre a economia mundial.
com novas discussões sobre o espaço geopolítico, onde se de- - Reorganização do sistema financeiro internacional, de acor-
senvolve a globalização. Vejamos: do com as exigências dos grandes complexos empresariais e
Em todos os setores da vida social, ouve-se falar de uma nova dos países desenvolvidos, bem como o rápido descolamento de
ordem mundial. A conjunção de uma crescente internacionaliza- imensas somas de dinheiro e a interdependência de praticamen-
ção e interdependência dos mercados com a formação de áreas te todas as bolsas de valores.
de livre comércio e a chamada Terceira Revolução Tecnológica - Avanços da microeletrônica, uma verdadeira revolução na
caracterizam atualmente a globalização da economia. A globali- informática, que influencia os mais diversos setores da vida so-
zação tem aparecido como uma nova diretriz para a organização cial, acelerando os transportes, os fluxos de informação, encur-
da economia dos mais diferentes países do mundo, atingindo tando o tempo e o espaço.
todos os setores da organização social. As metáforas da globa- - Expansão mundial do neoliberalismo, contrário à interfe-
lização estão por aí (Ianni, 1997): fim do Estado, fim da Geogra- rência dos governos na economia, que deve ser regida pela lei da
fia, fim da História, mundialização, aldeia global, mercado único oferta e a procura (“a mão invisível”, dos economistas clássicos
etc. No entanto é preciso lembrar que o capitalismo sempre foi liberais, como Adam Smith).
internacional. - Consequentemente, ocorre o enfraquecimento dos Esta-
O movimento de expansão é uma tendência inerente ao ca- dos, pois os governos estão perdendo seu controle da economia.
pitalismo. Já em 1848 Marx e Engels, no Manifesto do Partido - Uso do inglês como língua universal, facilitando as trocas de
Comunista, entre outros escritos, apontavam a tendência à ex- informação entre diferentes pessoas, grupos e povos.
pansão do capitalismo como uma característica deste modo de - Transformação dos espaços nacionais em espaços da eco-
organização da produção: “...Impelida pela necessidade de mer- nomia internacional, o que provoca a perda da ideia de frontei-
cados sempre novos, a burguesia invade todo o globo. Necessita ras nacionais diante dos fluxos econômicos e financeiros globais.
estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte, criar vín- - Aceleração de todas as formas de circulação e comunicação
culos em toda parte.” (Marx & Engels, 1968, p.26-7). de pessoas, mercadorias e ideias.
Em resumo, a Nova Ordem Mundial é um conceito políti- - Desenvolvimento de uma consciência ecológica planetária,
co e econômico que se refere ao contexto histórico do mundo a partir da identificação de problemas ambientais globais, como
pós-Guerra Fria. Estabeleceu-se no fim da década de 80, com a efeito estufa, chuva ácida, buraco na camada de ozônio etc, que
queda do muro de Berlim (1989), no quadro das transformações afetam a todos, não obedecendo a fronteiras políticas.
ocorridas no Leste Europeu com a desintegração do bloco sovi-
ético. O termo Nova Ordem Mundial é aplicado de forma abran- A Geopolítica é a ciência que se concentra na utilização de
gente. Em um contexto atual, pode se referir também à impor- poder político sob determinado território. Em uma visão mais
tância das novas tecnologias em um mundo progressivamente prática, a geopolítica compreende as análises de geografia, his-
globalizado e às novas formas de controle tecnológico sobre as tória e ciências sociais mescladas com teoria política em vários
pessoas. A Nova Ordem Mundial busca garantir o desenvolvi- níveis, desde o Estado até o internacional-mundial.
mento do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarqui- O conceito de geopolítica começou a ser desenvolvido a par-
zação de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento tir da segunda metade do século XIX, por conta da redefinição de
do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias,
países, de acordo com seu nível de desenvolvimento e de espe- o que ficou conhecido como imperialismo ou ainda neocolonia-
cialização econômica. lismo.
O uso de palavras como mundialização, internacionalização, O espaço geográfico não deveria ser o único objetivo de uma
planetarização, como sinônimo de globalização. Porem nem nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico, as ações
sempre são sinônimos entre si. Certamente, são muito próximos, humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançan-
mas têm também algumas diferenças, por vezes muito claras, do as bases para uma geografia regional. Assim, a soberania so-
outras vezes muito sutis. Globalização é o nível mais elevado da bre um território estaria vinculada ao conhecimento regional,
internacionalização. Com a globalização, o mundo torna-se cada como a compreensão das formas de relevo, aspectos climáticos,
vez menor. Novos termos foram criados para identificar essa economia, população, etc.

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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA GERAL
O período conhecido como Guerra Fria expressou muitos Sobre a posição das potências na nova ordem mundial, analise
dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa as afirmativas a seguir.
ideológica e territorial entre duas potências, a União Soviética I. Os Estados Unidos pretendem manter uma posição hegemô-
e os Estados Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no nica na nova ordem pós- bipolar, assumindo a defesa e difusão dos
que tange às decisões estratégicas e na definição de valores e valores democráticos por meio de uma diplomacia multilateral sin-
padrões sociais. tetizada no slogan “América em primeiro lugar”.
Com o fim da Guerra Fria, as maiores discussões geopolíticas II. A China mantém um modelo pragmático de desenvolvimen-
se voltam ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às rede- to para fortalecer sua soberania e ampliar suas áreas de influência
finições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e no sistema internacional, com iniciativas como a Belt and Road, que
até mesmo aos problemas socioambientais. amplia sua presença na Ásia, na África e na Europa.
III. O potencial da China e as ambições de liderança regional da
Rússia e da Índia mostram que a ordem mundial do século XXI pode
OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS ser marcada pelo retorno da disputa de poder, e que a hegemonia
norte-americana estaria ameaçada nessa ordem multipolar.

Os Principais problemas ambientais1 Está correto o que se afirma em


- Poluição do ar por gases poluentes, gerados principalmente (A) I, somente.
pela queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, gasolina e (B) I e II, somente.
diesel) e indústrias; (C) I e III, somente.
- Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocados por (D) II e III, somente.
despejos de esgotos e lixo, acidentes ambientais (vazamento de (E) I, II e III.
petróleo), etc;
- Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, 2. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
fertilizantes e produtos químicos) e descarte incorreto de lixo; Trata-se de uma rede mundial de 20 a 25 metrópoles, de Bom-
- Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar baim a Sidney, de Toronto a São Paulo, de Tóquio a Londres, passan-
áreas para pasto ou agricultura; do por New York, Paris ou Frankfurt.
- Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comer-
cialização de madeira; Sassen (2000).
- Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultu- Sobre o conceito de cidade- global, assinale a afirmativa correta.
ra), provocado por seu uso incorreto; (A) É adotado para indicar as regiões metropolitanas que repre-
- Diminuição e extinção de espécies animais, provocados sentam pontos nodais da economia mundial, ao funcionarem
pela caça predatória e destruição de ecossistemas; como laboratórios de inovação tecnológica e sediarem os prin-
- Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso cipais mercados de capitais.
irracional (desperdício), contaminação e poluição dos recursos (B) É aplicado às cidades que constituem corredores de ativida-
hídricos; des secundárias com elevados índices de empregabilidade, ao
- Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por atraírem os investimentos nacionais e atuarem como centros
centenas de anos. Podemos citar como exemplos os acidentes nervosos da economia global.
nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima (C) É usado para indicar a intensificação de fluxos materiais e
no Japão (2011); imateriais dentro de um vasto e único sistema urbano, em fun-
- Aquecimento global, causado pela grande quantidade de ção do elevado crescimento demográfico, em relação ao qual
emissão de gases do efeito estufa; elas são mais complementares do que concorrentes.
- Diminuição da camada de ozônio, provocada pela emissão (D) É referido às cidades que apresentam os maiores indicado-
de determinados gases (CFC, por exemplo) no meio ambiente. res de desenvolvimento humano (IDH), em função da sua co-
nectividade e de uma economia de serviços especializados que
sustenta e facilita o trabalho das empresas.
QUESTÕES (E) É atribuído às cidades que apresentam a capacidade de re-
gulamentar a circulação do capital transnacional ao exigirem o
registro dos fluxos financeiros nas bolsas de valores, definindo
1. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021) as distâncias e alargando o tempo das transações.
O poder mudou. Se antes se impunha pela simples força das
armas, exigindo e obtendo, consequentemente, o respeito do ini- 3. (FGV - 2021 - PREFEITURA DE PAULÍNIA - SP - ASSISTENTE
migo, atualmente este tem-se tornado, cada vez mais, um contes- SOCIAL)
tatário face ao poder. No passado, o poder era um elemento de Nunca antes, durante toda a longa presença da vida na Terra,
equilíbrio da cena internacional, regulando as alianças e organizan- estimada em 3,6 bilhões de anos, uma espécie conseguiu alterar o
do as proteções. Atualmente, com o fim da bipolaridade, novos ato- ambiente globalmente numa escala de séculos. São esses aspectos
res reivindicam um lugar na arena política mundial. Estes procuram que estão levando muitos geólogos a propor que já entramos em
agora impor os seus próprios pontos de vista, mais do que aceitar uma nova era geológica – nomeado como antropoceno pelo profes-
o status quo. sor Paul Crutzen –, em que sinais das transformações já se materia-
lizaram nos sedimentos geológicos.
DUARTE, Paulo. Soft China: the changing nature of China’s charm
strategy. Contexto Internacional: Rio de Janeiro, 2012. Adaptado de Carlos Nobre, Revista Época, 2015.

1 “Problemas ambientais” em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informa-


ção, 2007-2020.
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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA GERAL
A respeito da proposta de formular uma “nova era geológica”, 5. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-
analise as afirmativas a seguir. SOR - GEOGRAFIA)
I. O uso da periodização proposta favorece o reconhecimento Observe o mapa a seguir, que representa os principais fluxos re-
dos impactos planetários da ação humana na Terra. gionais na América do Sul em 2007.
II. O termo antropoceno direciona o debate sobre ecologia e
desenvolvimento sustentável para uma escala supranacional.
III. O novo conceito explora a conscientização dos efeitos da
planetarização da ação humana.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

4. (FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - ANALISTA ADMINISTRATI-


VO - ADMINISTRAÇÃO)
O conceito de justiça climática é fundamental para entender-
mos o atual debate internacional sobre as mudanças climáticas.
Ele é um desdobramento de justiça ambiental e mostra o paradoxo
causado pelo atual modelo de desenvolvimento: as sociedades que
mais sofrem as consequências do aquecimento global são as que
menos contribuíram para esse fenômeno. Sobre o conceito de justi-
ça climática analise as afirmativas a seguir.
I. É utilizado, segundo uma dimensão ética e política, para de-
nunciar as disparidades e as responsabilidades quanto aos efeitos e
às causas das mudanças do clima.
II. Considera todos os seres humanos igualmente responsáveis
pelos recursos e pela destruição da natureza, cujos impactos atin-
gem indistintamente a humanidade. O processo de integração regional na América do Sul tem passa-
III. Argumenta que grupos sociais distintos têm responsabilida- do por mudanças substantivas nas últimas décadas, dentre as quais
de diferenciada sobre o consumo dos recursos naturais e que, na podem ser destacados os seguintes elementos:
análise dos riscos ambientais, deve ser considerada. Está correto o I. Os projetos de integração física da região estruturados e im-
que se afirma em plementados pelo IIRSA (Iniciativa para a Integração Regional Sul-a-
mericana)
(A) I, somente. II. Os investimentos produtivos de governos locais em operações
(B) II, somente. regionais e internacionais.
(C) I e III, somente. III. Os empreendimentos de integração energética sob o impulso
(D) II e III, somente. da iniciativa de governos e empresas.
(E) I, II e III.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

6. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-


SOR - GEOGRAFIA)
Leia o fragmento a seguir.
“Segundo as Nações Unidas, em 2017, pelo menos 1,8 milhão
de sírios foram forçados a fugir de onde viviam, muitas vezes por
causa de conflitos.
Esse processo de deslocamento pode ser explicado a partir do
conceito de __________, ou seja, um desenraizamento no sentido
de uma destruição tanto no sentido físico e político quanto em um
sentido econômico e __________.
Um dos exemplos mais contundentes é o dos __________, es-
ses “novos nômades” cada vez mais numerosos, onde efetivamente
só resta como alento, em meio à total insegurança e fragilidade, a
luta pela sobrevivência física cotidiana.”

Editora
107
a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA GERAL
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as la-
cunas do fragmento acima.
(A) diáspora – geográfico – povos isolados
(B) globalização – cultural – acampamentos de refugiados
(C) desterritorialização – social – povos isolados
(D) desterritorialização – cultural – acampamentos de refugia-
dos
(E) diáspora – cultural – grupos separatistas

7. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-


SOR - GEOGRAFIA)
Leia o fragmento do texto a seguir.
“Graças à evolução contemporânea da economia e da socieda-
de, e como resultado do recente movimento de urbanização e de
expansão capitalista no campo, podemos admitir, de modo geral,
que o território brasileiro se encontra, hoje repartido em dois gran-
des subtipos, espaços agrícolas e espaços urbanos. Utilizando, com
um novo sentido, a expressão região, diremos que o espaço total
brasileiro é atualmente preenchido por regiões agrícolas e regiões
urbanas. Simplesmente, não mais se trataria de ‘regiões rurais’ e de As figuras expressam a rápida expansão da agropecuária mo-
‘cidades’. Hoje, as regiões rurais contêm cidades; as regiões urbanas derna na região do cerrado baiano e o avanço de uma lógica técni-
contêm atividades rurais.” SANTOS, Milton. A Urbanização Brasilei- co-científica sobre o território. Em relação ao meio técnico-científi-
ra. 1993. co, assinale a afirmativa correta.
(A) É caracterizado por uma lógica global que impõe a todos os
As opções a seguir apresentam afirmativas corretas sobre as territórios uma unicidade técnica.
relações campo-cidade no mundo contemporâneo, à exceção de (B) Há independência funcional entre lugares e regiões e pouca
uma. Assinale-a. circulação de informação.
(A) As regiões agrícolas possuem relativa autonomia frente às (C) As motivações de uso dos sistemas técnicos são crescente-
regiões urbanas. mente orientadas pelas lógicas locais.
(B) Nas regiões urbanas as atividades secundárias e terciárias (D) A razão do comércio preside a instalação de sistemas técni-
comandam a vida econômica. cos de forma independente dos avanços científicos.
(C) As cidades nas regiões agrícolas abrigam atividades direta- (E) Há diversificação produtiva associada a uma maior comple-
mente ligadas às atividades secundárias. xidade técnica.
(D) Nas cidades em regiões urbanas há terrenos vazios que são
utilizados para a produção agrícola. 9. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-
(E) Nas regiões agrícolas é o campo que comanda a vida econô- SOR - GEOGRAFIA)
mica e social do sistema urbano. Com relação às características do processo de produção indus-
trial no período da acumulação flexível, analise as afirmativas a se-
8. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES- guir.
SOR - GEOGRAFIA) I. Promove a produção em massa de bens homogêneos.
Observe as figuras a seguir, que representam as transforma- II. Demanda a manutenção de grandes estoques e inventários.
ções no uso do solo no oeste da Bahia entre 1985 e 2000. III. Requer a produção voltada para a demanda. Está correto o
que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

10. (FGV - 2019 - PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFES-


SOR - GEOGRAFIA)
Em seus estudos populacionais, a Organização das Nações Uni-
das (ONU) emprega uma divisão do mundo em grandes regiões,
a saber, Ásia, África, Europa, América Latina e Caribe, América do
Norte e Oceania.
Sobre as migrações internacionais na atualidade, segundo as
grandes regiões da ONU, assinale a afirmativa correta.
(A) A Ásia é a região de nascimento do maior número de mi-
grantes internacionais.
(B) A África é a região de nascimento do maior número de mi-
grantes internacionais.
(C) A América do Norte é a principal região de destino dos mi-
grantes internacionais.
Editora
108
108
a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA GERAL
(D) A maioria dos migrantes internacionais nascidos na Europa ______________________________________________________
vive em países situados fora dessa região.
(E) A maioria dos migrantes internacionais nascidos na América ______________________________________________________
Latina e Caribe vive em países situados nessa região.
______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

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1 D ______________________________________________________

2 A ______________________________________________________
3 E
______________________________________________________
4 D
______________________________________________________
5 C
6 D ______________________________________________________

7 C ______________________________________________________
8 A ______________________________________________________
9 C ______________________________________________________
10 A
______________________________________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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GEOGRAFIA GERAL
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GEOGRAFIA DO BRASIL

A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO, HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO)

Relevo
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos se-
guintes professores:
Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para
determinar o que é um planalto ou uma planície.
Aziz Nacib Ab’Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou
seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste,
enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.
Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e
1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os
processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões

Sendo que:
- Planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão.
- Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos.
- Depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por pro-
cesso de erosão.

O território brasileiro é constituído, basicamente, por grandes maciços cristalinos (36%) e grandes bacias sedimentares (64%). Apro-
ximadamente 93% do território brasileiro apresenta altitudes inferiores a 900 m. Em grande parte as estruturas geológicas são muito
antigas, datando da Era Paleozóica à Mesozóica, no caso das bacias sedimentares, e da Era Pré-Cambriana, caso dos maciços cristalinos.
As bacias sedimentares formam-se pelo acúmulo de sedimentos em depressão. É um terreno rico em combustíveis fósseis, como car-
vão, petróleo, gás natural e xisto betuminoso. Os maciços são mais antigos e rígidos e se caracterizam pela presença de rochas cristalinas,
como granitos e gnaisses, e são ricos em riquezas minerais metálicas, como ferro e manganês.
O relevo brasileiro não sofre mais a ação de vulcões e terremotos, agentes internos, porém, os agentes externos, como chuvas, ventos,
rios, marés, calor e frio, continuam sua obra de esculpir as formas do relevo. Eventualmente, em determinados pontos do território brasi-
leiro podem-se sentir os reflexos dos tremores de terra ocorridos em alguns pontos distantes, como no Chile e Peru.

As unidades do relevo brasileiro são:


a) Planaltos: das Guianas e Brasileiro (formado pelo Planalto Central, Atlântico e Meridional).

Planalto das Guianas


Ocupando a porção extremo setentrional do país, tem sua maior parte fora do território brasileiro, em terras da Venezuela, Guiana,
Suriname e Guiana Francesa. Constituído por rochas cristalinas pré-cambrianas, pode ser dividido em duas porções:
- Planalto Norte-Amazônico: também chamado de Baixo Platô, apresenta pequenas elevações levemente onduladas, formando uma
espécie de continuação das terras baixas da Planície Amazônica.
- Região Serrana: situada na porção Norte do Planalto, acompanha de perto as fronteiras do Brasil com as Guianas e com a Venezuela.
Dominada por dois arcos de escarpas (o Maciço Oriental e o Maciço Ocidental), separados por uma área deprimida e aplainada no noro-
este de Roraima. O Maciço Oriental é caracterizado por pequenas altitudes que raramente superam os 600 m, onde se encontram serras
como as de Tumucumaque e Açari, enquanto no Maciço Ocidental encontram-se as maiores altitudes absolutas do Brasil, destacando-se
na serra do Imeri ou Tapirapecó o pico da Neblina, com 3.014 m de altitude (ponto culminante do país); na fronteira do estado do Amazo-
nas com a Venezuela, o pico 31 de Março, com 2.992 m; e na serra de Pacaraima o monte Roraima, com 2.727 m.

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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA DO BRASIL

Planalto das Guianas (Fonte: www.sogeografia.com.br)

Planalto Brasileiro
Uma das mais vastas regiões planálticas do mundo, estendendo- se do sul da Amazônia ao Rio Grande do Sul e de Roraima ao litoral
Atlântico. É dominado por terrenos cristalinos amplamente recobertos por sedimentos. Por motivos didáticos e pelas diferenças morfoló-
gicas que apresenta, pode-se dividi-lo em três subunidades:

- Planalto Central: Abrange uma extensa região do Brasil Central, englobando partes do Norte, Nordeste, Sudeste e principalmente
do Centro-Oeste. Apresenta terrenos cristalinos antigos fortemente erodidos e amplamente recobertos por sedimentos paleozóicos e
mesozóicos. Além de planaltos cristalinos, destacam-se as chapadas recobertas por sedimentos, como dos Parecis, entre Roraima e Mato
Grosso.

- Planalto Atlântico ou Planalto Oriental: Estende-se do Nordeste, onde é bastante largo, ao nordeste do Rio Grande do Sul. Pode-se
também o dividir em duas subunidades distintas:
i) Região das Chapadas no Nordeste
ii) Região Serrana

- Planalto Meridional ou Arenito Basáltico: Abrange grande parte das terras da região Sul, o centro-oeste de São Paulo, o sul de Minas
Gerais e o Triângulo Mineiro, o sul de Goiás e parte leste do Mato Grosso do Sul, correspondendo às terras drenadas pela bacia do rio
Paraná. Predominam terrenos sedimentares, assentados sobre o embasamento cristalino, sendo os terrenos mesozóicos associados a
rochas vulcânicas, provenientes do derrame de lavas ocorrido nessa era. Essas rochas vulcânicas, em especial o basalto e o diabásio, com
o passar do tempo sofreram desagregação pela ação dos agentes erosivos, dando origem a um dos solos mais férteis do Brasil, a chamada
“terra roxa”. As áreas onde predominam sedimentos paleozoicos e mesozóicos (arenitos), associados às rochas vulcânicas, constituem uma
subunidade do planalto Meridional. Outra subunidade é a Depressão Periférica, uma estreita faixa de terrenos relativamente baixos que
predominam arenitos, que se estende de São Paulo a Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. É no planalto Meridional que aparece
com destaque o relevo de “Cuestas”, costas (escarpas) sucessivas de leste para oeste.

b) Planícies: Amazônica, do Pantanal, Costeira e Gaúcha.

Planície Amazônica
Vasta área de terras baixas e planas que corresponde à Bacia Sedimentar Amazônica, onde se distinguem alongadas faixas de sedi-
mentos paleozóicos que afloram na sua porção centro-oriental, além de predominar arenitos, argilitos e areias terciárias e quaternárias.
Localizada entre o planalto das Guianas ao norte e o Brasileiro ao sul, a planície é estreita a leste, próximo ao litoral do Pará, e alarga-se
bastante para o interior na Amazônia Ocidental.

Planície do Pantanal
Ocupando quase toda metade oeste do Mato Grosso do Sul e o sudeste do Mato Grosso, a planície do Pantanal se estende para além
do território brasileiro, em áreas do Paraguai, Bolívia e extremo norte da Argentina, recebendo nesses países a denominação de “Chaco”.
Com terras muito planas e baixas (altitude média de 100 m), o Pantanal se constitui numa grande depressão interior do continente que
se inunda largamente no verão. Os pontos mais elevados da planície, que ficam a salvo das cheias, levam o nome de “cordilheiras”, e as
partes mais baixas, “baías” ou “lagos”.

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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA DO BRASIL
Planície Costeira
Estendendo-se por quase todo o litoral brasileiro, do Pará ao Rio Grande do Sul, é uma área de sedimentos recentes: terciários e qua-
ternários. Em alguns trechos, principalmente no Sul e Sudeste, a planície é interrompida pela proximidade do planalto Atlântico, dando
origem às falésias; em alguns pontos surgem as baixadas litorâneas, destacando-se a baixada Capixaba no Espírito Santo, a baixada Flu-
minense no Rio de Janeiro, as baixadas Santista e de Iguape em São Paulo, a de Paranaguá no Paraná e a de Laguna em Santa Catarina.

Planície Gaúcha ou dos Pampas


Ocupa, esquematicamente, a metade sul do Rio Grande do Sul, constituída por sedimentos recentes; apresenta-se plana e suavemente
ondulada, recebendo a denominação de Coxilhas.

Pontos mais altos


Os relevos brasileiros caracterizam-se por baixas altitudes. Os maiores picos brasileiros, assim como sua localização e altitude, são:

Fonte: www.sogeografia.com.br

Hidrografia
O Brasil é um país rico em rios e pobre em formações lacustres. Os rios brasileiros são predominantemente de planaltos, o que deter-
mina um grande potencial hidrelétrico.
Nossas bacias apresentam como principais dispersores de água: Cordilheira dos Andes, Planalto Guiano e Planalto Brasileiro. Os rios
brasileiros são, direta ou indiretamente, afluentes do Atlântico, em consequência da presença da Cadeia Andina, que impossibilita a pas-
sagem dos rios em direção ao Pacífico.
Quanto à foz, há uma predominância de estuários, exceto no caso do rio Parnaíba (foz em delta) e do Amazonas (mista = delta + estu-
ário). Predomina o regime pluvial tropical (cheias de verão e vazantes de inverno).

Principais características da hidrografia brasileira


- Grande riqueza fluvial, tanto na quantidade quanto na extensão e no volume de água;
- Pobreza de lagos;
- Predomínio do regime pluvial;
- Predomínio dos rios perenes e de bacias exorreicas (que deságua no mar);
- Predomínio de foz do tipo estuário (que desemboca no mar em forma de um único canal).
- Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da eletricidade brasileira provém
dos rios. Seu potencial hidráulico vem de quedas d’água e corredeiras, dificultando a navegabilidade desses mesmos rios. Na construção
da maioria das usinas hidrelétricas, não foi levado em conta a possibilidade futura de navegação, dificultando o transporte hidroviário.

O Brasil apresenta fundamentalmente nove bacias hidrográficas: Amazônia, Paraná, Tocantins, São Francisco, Paraguai, Uruguai, Nor-
deste, Leste e Sudeste.
Em termos de tamanho e volume de água, as principais bacias hidrográficas brasileiras são:
- Bacia Amazônica: é a maior bacia fluvial do mundo. Cobre 46,93% do território brasileiro e ainda penetra na Bolívia, Peru, Colômbia
e Venezuela. É formada pelo rio principal, o Amazonas, e por seus vários afluentes.
- Bacia do Paraná: cobre 10% do país e faz parte da Bacia Platina. É formada pelo rio principal, o Paraná, e destaca-se pelo seu potencial
hidrelétrico, em virtude da sua localização favorável: na região Sudeste do país (maior mercado consumidor de energia do país).
- Bacia do Tocantins-Araguaia: com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica
inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia
nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio.
- Bacia do São Francisco: abrange cerca de 7,5% do território brasileiro. Nasce ao sul de Minas Gerais (Serra da Canastra) e é formada
pelo rio principal, o São Francisco, e seus inúmeros afluentes. É a maior bacia hidrográfica genuinamente brasileira. Seu principal trecho
navegável está entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). E entre esses pontos, acham-se as eclusas da usina de Sobradinho.
- Bacia do Paraguai: destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga. Assim, torna-se importan-
te para a integração dos países do Mercosul. Suas águas banham terras brasileiras, paraguaias e argentinas.
- Bacia do Uruguai: é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território bra-
sileiro. O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas e serve de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faz
ainda a fronteira entre Brasil e Argentina e entre Argentina e Uruguai. Deságua no oceano após percorrer 1.400 km. A região hidrográfica
do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo.

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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA DO BRASIL
- Bacia do Nordeste: abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capi-
baribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Mara-
nhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte
dos produtos agrícolas da região.
- Bacia do Leste: assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande porte e importância regional. Entre eles,
temos os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O rio Paraíba do Sul, por
exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos aproveita-
mentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional.
- Bacia do Sudeste-Sul: é composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem
importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d’água e geração de energia elétrica.

Clima
Uma das primeiras realidades que se evidenciam, quando se examina a colocação no Brasil no planisfério terrestre, é sua localização
na faixa intertropical.

Cortado ao norte pela linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil é um país quase inteiramente tropical. Cerca de
92% do seu território se localiza na zona intertropical. Sua localização na área de maior aquecimento solar da superfície terrestre é respon-
sável, juntamente com outros fatores, pela predominância dos climas quentes, mas que apresenta variações e dá origem a vários subtipos
climáticos, em função da altitude, da continentalidade (maior ou menor distância em relação à costa) e da maritimidade que favorece a
visita constante das massas de ar, de origem tanto tropical como polar.
Do ponto de vista físico, dois fatores são responsáveis por ser o clima brasileiro predominantemente tropical:
- Sua posição geográfica na faixa intertropical.
- A modéstia de seu relevo, na sua quase totalidade, com altitudes inferiores a 1.300 m, com muita pouca influência na caracterização
climática geral do país.

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GEOGRAFIA DO BRASIL
Apenas a região Sul foge à regra, não chegando, porém, nem a se caracterizar seu clima como tipicamente temperado, sendo muito
mais de transição (subtropical), nem a influir decisivamente no quadro geral dos climas brasileiros, já que essa região abrange pouco mais
de 10% do nosso território.
Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros: Subtropical, Semiárido, Equatorial úmido, Equatorial semiúmido, Tropical e
Tropical de altitude.
- Clima subtropical: As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação de temperatura entre verão e inverno, não
possuem uma estação seca e as chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das áreas geográficas a sul do Trópico
de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, com temperaturas médias anuais nunca superiores a 20ºC. A temperatura mínima do mês
mais frio nunca é menor que 0ºC.
- Clima semiárido: O clima semiárido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta longos períodos secos e chuvas ocasionais
concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A vegetação típica desse tipo
de clima é a caatinga.
- Clima equatorial úmido: Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias pluviométricas são altas, sendo as
chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da evapotranspiração, garante-se a
umidade constante na região. É o clima predominante no complexo regional amazônico.
- Clima equatorial semiúmido: Uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial semiúmido, que também é quente,
mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar que levam as mas-
sas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a novembro. Este tipo de clima diferencia-se do equatorial úmido por essa média
pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a chuvosa, com maior duração, e a seca.
- Clima tropical: Presente na maior parte do território brasileiro, este tipo de clima caracteriza-se pelas temperaturas altas. As tempe-
raturas médias de 18 °C ou superiores são registradas em todos os meses do ano. O clima tropical apresenta uma clara distinção entre a
temporada seca (inverno) e a chuvosa (verão). O índice pluviométrico é mais elevado nas áreas litorâneas.
- Clima tropical de altitude: Apresenta médias de temperaturas mais baixas que o clima tropical, ficando entre 15º e 22º C. Este clima
é predominante nas partes altas do Planalto Atlântico do Sudeste, estendendo-se pelo centro de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e
pelas regiões serranas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As chuvas se concentram no verão, sendo o índice de pluviosidade influenciado
pela proximidade do oceano.

Vegetação
O Brasil apresenta uma grande variedade de paisagens vegetais, por sua grande extensão territorial e pela influência de vários fatores:
clima, solo, relevo, fauna e ação humana.

Fonte: www.sogeografia.com.br

O fator mais importante é o clima, que exerce grande influência na distribuição dos vegetais, através da temperatura, umidade, pressão
atmosférica e insolação.
Higrófitos: vegetais adaptados aos ambientes de elevada quantidade de água (comuns nas regiões de clima tropical super úmido ou
equatorial).
Xerófitos: vegetais adaptados aos ambientes com pouca água (comuns nas áreas do semiárido nordestino).
Normalmente, as formações vegetais são divididas de acordo com o porte dos vegetais que as compõem. Assim, podemos ter:
- Formações arbóreas ou florestais (grande porte);
- Formações arbustivas (médio porte);
- Formações herbáceas (pequeno porte).
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115
a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA DO BRASIL
Formações florestais - Trabalho feminino extradomiciliar;
Originalmente eram as predominantes em nosso território, ten- - Acesso a tratamento médico;
do sofrido ao longo dos tempos intensa devastação, o que levou - Saneamento básico.
largas áreas, principalmente próximas ao litoral, a perder quase to-
talmente sua cobertura original. É o caso do estado de São Paulo, Para conhecer a população de um país, devemos, primeiramen-
que hoje não chega a ter 3% do seu território ocupado por vegeta- te, definir dois conceitos demográficos básicos:
ção florestal nativa. As principais formações vegetais do território - População absoluta: corresponde ao número total de pessoas
brasileiro são: de uma área. No Brasil, por exemplo, a população absoluta era de
- Floresta Latifoliada Equatorial (pluvial): Trata-se da Floresta 190.755.799 pessoas, pelo censo de 2010.
Amazônica, batizada de Hiléia por Humboldt. É a maior floresta - População relativa: é também chamada de densidade demo-
úmida do mundo em variedade e quantidade de espécies vegetais. gráfica e é dada pelo número de habitantes por quilômetro quadra-
Cobre uma área superior a 6 milhões de km2, dos quais cerca de 4 do de uma determinada região.
milhões em território brasileiro. Sua vegetação predominante é do O declínio da mortalidade deve-se, em grande parte, à dimi-
tipo higrófila, heterogênea, densa e latifoliada (vegetais com folhas nuição da mortalidade infantil, isto é, dos óbitos de crianças com
largas). menos de um ano de idade. Em 1970, a taxa era de cem mortes em
- Floresta Latifoliada Tropical: Originalmente ocupava toda área cada mil nascimentos vivos; em 1980, caiu para setenta por mil; em
do litoral brasileiro. Era estreita no Nordeste, alargava-se no Sudes- 1991, para 45 por mil; e no ano de 2000, para 35 por mil.
te, e no Sul voltava a se estreitar. Composta por inúmeras espécies, Em relação aos países desenvolvidos, este índice ainda é ele-
de vegetação bastante densa (menos que a Floresta Latifoliada vado. Por isso, programas de combate à mortalidade vêm sendo
Equatorial), foi intensamente devastada pela lógica de ocupação do implementados tanto pelo governo quanto por entidades privadas
espaço adotada ao longo da história econômica do país. A taxa de mortalidade infantil no Brasil está baixando, confor-
- Floresta Subtropical (araucária): Também conhecida como me indicadores. A queda da mortalidade infantil indica aumento no
Mata dos Pinhais, é mais aberta e homogênea que as duas forma- percentual de adultos e melhorias na expectativa de vida, que em
ções mencionadas anteriormente. É formada principalmente pela 1950 era de mais ou menos 46 anos e, em 2018, chegou a 76 anos
Araucária Angustifolia, espécie de pinheiro, e por algumas espécies (IBGE).
associadas, incluindo as do tipo latifoliada, como a Imbuia, Canela,
Cedro etc. Originalmente ocupava os planaltos de clima tropical de Migrações populacionais
altitude em São Paulo e Paraná, até as áreas de clima subtropical do As migrações populacionais remontam aos tempos pré-histó-
Rio Grande do Sul. Sua intensa exploração levou a ser considerada ricos. O homem parece estar constantemente à procura de novos
extinta pelo IBDF (Instituto Brasileiro de Defesa Florestal) em 1985. horizontes. As razões que justificam as migrações são inúmeras
(político-ideológicas, étnico-raciais, profissionais, econômicas, ca-
Formações herbáceas tástrofes naturais, entre outras), ainda que as razões econômicas
Como principais exemplos deste tipo de formação vegetal te- sejam predominantes.
mos: A grande maioria das pessoas migra em busca de melhores con-
- Campos ou Pradarias: Predominam espécies rasteiras do tipo dições de vida. Todo ato migratório apresenta causas repulsivas (o
gramínea, caracterizada por pequenos arbustos espalhados pelo indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas (o indivíduo é atraído
terreno. Quando grandes áreas do terreno são cobertas pelo tipo por determinado lugar ou país).
de vegetação predominantemente de espécies gramíneas, tem-se Considera-se emigração como a saída de uma área para ou-
a formação de campos limpos; quando aparecem arbustos, trata-se tra; imigração é a entrada de pessoas em uma área. As migrações
de campos sujos. podem ser internas, quando ocorrem dentro do país, e externas,
- Cerrado: Trata-se de vegetação predominantemente arbusti- quando ocorrem de um país para outro. Ainda podem ser perma-
va, encontrada em quase todo Brasil Central, cobrindo particular- nentes ou temporárias.
mente o Planalto Central. Seus arbustos de galhos retorcidos po-
dem aparecer espalhados ou em formações compactas. Movimentos migratórios no Brasil
- Caatinga: Vegetação típica do semiárido nordestino, formada
por espécies xerófitas, representada pelas espécies de cactáceas e Externos
bromeliáceas. Até 1934, foi liberada a entrada de estrangeiros no Brasil. A
- Formação Litorânea: formada pelo mangue, é uma paisagem partir dessa data, ficou estabelecido que só poderiam imigrar 2%
vegetal típica de litorais tropicais como o nosso. Ocorre em terrenos de cada nacionalidade dos estrangeiros que haviam migrado entre
baixos que sofrem a ação das marés ou da água salobra. Suas espé- 1884 e 1934.
cies vegetais são geralmente arbustivas, adaptadas a ambientes de Os fatores que mais favoreceram a entrada de imigrantes no
grande umidade (higrófilos) e grande acidez (halófilo). Brasil foram:
- A dificuldade de encontrar escravos após a extinção do tráfico,
depois de 1850;
A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ESTRUTU- - O ciclo do café, que exigia mão de obra numerosa;
RA E MOVIMENTOS - Abundância de terras.

Para a maior parte dos imigrantes, a adaptação foi muito difí-


O crescimento da população brasileira, nas últimas décadas, cil, pois além das diferenças climáticas, da língua e dos costumes,
está ligado principalmente ao crescimento vegetativo (ou natural). não havia no país uma política firme que assegurasse garantias as
A queda nesse crescimento apresenta outras justificativas que me- pessoas que aqui chegavam. As regiões sul e sudeste foram as que
recem atenção. receberam maior contingente de imigrantes, principalmente por
- Maior custo para criar filhos; causa do ciclo do café e povoamento da região sul.
- Acesso a métodos anticoncepcionais;
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Internos
Em nossa história, os principais movimentos migratórios foram:
- Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e XVII (gado);
- Migração de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVII (ouro);
- Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café);
- Migração de nordestinos para a Amazônia, devido ao ciclo da borracha;
- Migração de nordestinos para Goiás, na década de 1950 (construção de Brasília);
- Migrações de paulistas para Rondônia e Mato Grosso, na década de 1970.

Fonte: www.sogeografia.com.br

Os movimentos migratórios mais intensos nas décadas de 1980 e 1990 foram nas regiões:
- Centro-oeste: Brasília e arredores; áreas do interior do MT, MS e GO, onde ocorre a expansão da pecuária e da agricultura comercial.
- Norte: zonas de extrativismo mineral em RO, AP e PA; zonas madeireiras no PA e AM; áreas agrícolas em RO e AC.
- Sudeste: migrações das capitais para o interior dos estados de SP, RJ e MG.
- Sul: até o final da década de 1980, os movimentos emigratórios para o centro-Oeste e norte foram muito significativos. Na década de
1990, houve forte migração intraestadual, principalmente das metrópoles para o interior.
- Nordeste: tradicionalmente, o Nordeste era uma área de evasão populacional, principalmente do sertão para a Zona da Mata ou
outras regiões do país, como sudeste e centro-oeste. Atualmente, há uma atração devido os incentivos fiscais dos estados às empresas
de fora, mão de obra barata e turismo.

Estrutura etária da população brasileira


Avalia-se a estrutura da população através da sua distribuição etária, condição socioeconômica e sua posição no IDH (Índice de Desen-
volvimento Humano). Em relação aos critérios de avaliação dos países, desde 1950 até o final da década de 1980, a classificação comum
era aquela que enquadrava os países da seguinte forma:

1º mundo: países capitalistas desenvolvidos;


2º mundo: países socialistas de economia planificada;
3º mundo: países subdesenvolvidos.
Acontecimentos na geopolítica internacional, como a queda do Muro de Berlim, fim da Guerra Fria, ressurgimento da Europa como
potência econômica e o fim da experiência socialista soviética, marcam uma nova disposição da ordem mundial, em que se menciona o
mundo multipolar e a globalização da economia.

A partir daí, tornou-se necessário um novo entendimento para classificar os países. A ONU passou a utilizar o IDH (Índice de Desenvol-
vimento Humano), que tem por objetivo avaliar a qualidade de vida através de alguns critérios:
- Expectativa de vida;
- Renda per capita;
- Grau de instrução.
O IDH avalia e aplica uma nota que varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do 1, melhor o IDH de uma país, ou de uma região. Veremos
mais informações sobre o IDH nos próximos tópicos.
Essa organização é apresentada em gráficos cartesianos, em que na abscissa (horizontal) são colocadas as populações por milhões,
divididas em homens e mulheres, cada qual ficando de um lado da ordenada (vertical), onde é colocada uma tabela de idades, dividida em
faixas de 5 em 5 ou de 10 em 10 anos. Esses gráficos cartesianos são chamados de pirâmides etárias. Normalmente, as faixas resultantes
são divididas em três partes ou faixas etárias:
- População jovem: 0 a 19 anos.
- População adulta: de 20 a 59 anos.
- População idosa: acima de 60 anos.

A pirâmide etária do Brasil tem sua base larga e vai estreitando-se até atingir o topo. Isso significa que o número de idosos é relativa-
mente pequeno. O gráfico do Brasil demonstra que, mesmo com todo o crescimento, continuamos a ser um país jovem, pois no caso dos
países mais desenvolvidos, a base da pirâmide costuma ser menos larga e o topo mais amplo.
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Fonte: IBGE

Fonte: IBGE

PEA (População Economicamente Ativa)


É a população que exerce atividade remunerada nas formas da lei. Nos países desenvolvidos, os ativos são predominantemente a po-
pulação adulta, enquanto nos subdesenvolvidos tanto os jovens quanto os idosos trabalham juntamente com os adultos.

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO, FONTES DE ENERGIA E AGROPECUÁRIA

O processo industrial brasileiro, sobretudo após a II Grande Guerra, beneficiou consideravelmente o Sudeste, cujas condições naturais
e históricas impulsionaram seu desenvolvimento. Destacam-se a existência de uma maior concentração populacional e, por conseguinte,
de uma maior oferta de mão-de-obra, principalmente no eixo Rio-São Paulo, e também a melhoria nas condições infraestruturas (estradas
de ferro, rodovias, portos, rede bancária). Essa concentração vai acentuar-se ainda mais, fazendo convergir para a região Sudeste a polari-
zação da economia nacional. Como indústria atrai indústria e como era a indústria que passava a comandar a vida econômica brasileira, de-

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pois de 1940 o Sudeste ampliou ainda mais a sua influência a partir da civilização e da tecnologia. Nesse processo, o espaço rural trans-
de dois núcleos: São Paulo, mais importante centro econômico do forma-se em espaço urbano e ocorre a migração populacional do
país, e Rio de Janeiro, capital federal. Essa área, a mais dinâmica do tipo campo-cidade.
país pela diversificação das atividades industriais, constitui-se num A urbanização é estudada por ciências diversas, como a socio-
autêntico polo de desenvolvimento. logia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abor-
Como decorrência do processo, ampliaram-se as diferenças dagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades. As
regionais, cujos problemas procurou-se diminuir por meio de ór- disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os
gãos governamentais, com destaque para a criação da Sudene (Su- processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento urba-
perintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), da Sudam no, o planejamento da paisagem, o desenho urbano, a geografia,
(Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) e da Zona entre outras.
Franca de Manaus. A urbanização no Brasil teve seu início na década de 1950, a
Outra característica importante da industrialização brasileira é partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos
sua distribuição. As indústrias concentram-se principalmente na re- fatores fundamentais para o deslocamento da população da área
gião Sudeste. Contudo, dentro dessa região, destaca-se o estado de rural (êxodo rural) em direção à área urbana. Este processo aconte-
São Paulo, pois concentra quase a metade da população operária ceu de maneira rápida e desordenada ao longo do século XX, com
do país e produz mais de 55% do valor da produção total. Na região a grande migração da população, em busca das oportunidades ofe-
Sudeste, destacam-se como áreas industriais: recidas pelas cidades.
- a Grande São Paulo (a cidade de São Paulo e mais 36 municí- O crescimento e o desenvolvimento do Brasil impulsionaram o
pios); surgimento de diversas cidades, sobretudo com a implementação
- a Baixada Santista, principalmente o município de Cubatão; de várias indústrias, que permitiram novos empregos, atraindo a
- a região de Campinas e Jundiaí; população que vivia no campo para as cidades. No entanto, esse
- Sorocaba (denominada a Manchester Paulista), com a indús- processo não aconteceu da mesma forma em todo o país. Algumas
tria têxtil; regiões brasileiras urbanizaram-se mais do que outras em razão das
- Americana; políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e outras
- Mogi das Cruzes, centro poli industrial, destacando-se a indús- não). As regiões sul e sudeste destacam-se porque possuem uma
tria metalúrgica; concentração maior de áreas urbanas.
- a cidade do Rio de Janeiro, que tem, nas regiões próximas a A região sudeste, por exemplo, por concentrar a maior parte
ela, áreas poli industriais; Petrópolis e Nova Friburgo (cidade mo- das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios
noindustrial têxtil); Volta Redonda, a cidade do aço, situada a meio vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Na região
caminho entre os grandes centros consumidores (São Paulo e Rio centro-oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a
de Janeiro); construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhado-
- no estado de Minas Gerais, a “Zona Metalúrgica”. Trata-se de res, a maior parte deles vindos das regiões norte e nordeste. Desde
uma área que se desenvolveu basicamente em função de seus re- o final da década de 1960 e início da década de 1970, o centro-oes-
cursos naturais (ferro e manganês). Compreende os municípios de te tornou-se a segunda região mais urbanizada do país.
Sabará, Monlevade, Ipatinga, Itabira, Coronel Fabriciano, entre ou- A urbanização na região sul foi lenta até a década de 1970, em
tros. razão de suas características econômicas de predomínio da proprie-
- A cidade de Belo Horizonte, que possui características de uma dade familiar e da policultura, pois um número reduzido de traba-
capital industrializada. No seu subúrbio, instalou-se o Distrito In- lhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
dustrial de Contagem. A situação da indústria em outras regiões Na A região nordeste é a que apresenta a menor taxa de urbaniza-
região Sul do país destaca-se como áreas industriais: Rio Grande ção no Brasil. Essa fraca urbanização está sustentada no fato de que
do Sul dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante
- Porto Alegre se destaca na poli indústria, tendo Canoas e Es- do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das
teio como centros periféricos; cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população
- Caxias do Sul, São Leopoldo, Garibaldi, Bento Gonçalves desta- rural.
cam-se com indústrias vinícolas; Até a década de 60, a região norte era a segunda mais urbaniza-
- Novo Hamburgo concentra indústrias de vestuário e couro; da do país. Porém, a concentração da economia do país no Sudeste
- Pelotas destaca-se com a monoindústria alimentar. Santa Ca- e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o
tarina crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
- Joinville e as cidades do vale do Itajaí, onde se destaca Blume- O êxodo rural foi muito intenso nas décadas passadas e a mi-
nau, são áreas poli industriais, mas nota-se a predominância de in- gração dessas pessoas gerou um inchaço urbano em determinadas
dústrias de vestuário, alimentos, maquinário, porcelanas e cristais. regiões.
- Curitiba destaca-se com diversificação industrial, Guarapuava A falta de planejamento urbano, junto com o crescimento de-
com a indústria de madeira e São José dos Pinhais, com a indústria sordenado, acarretaram em algumas consequências para esses
automobilística. centros urbanos, tais como: problemas de saneamento básico
(como tratamento de distribuição de água e esgoto), congestiona-
Urbanização1 mentos no trânsito (em razão da falta de espaço nas ruas), falta de
A urbanização é um processo de transformação das característi- moradias, poluição ambiental, falta de áreas verdes (como praças
cas rurais de uma localidade ou região para características urbanas. e bosques), indústrias e residências na mesma área (ocasionando
Normalmente, a urbanização está relacionada ao desenvolvimento problemas ambientais e de saúde), barulho, violência e diversos
outros transtornos que resultam em má qualidade de vida para a
sociedade.
1 “Regiões metropolitanas” em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informa-
ção, 2007-2020.Disponivel em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/
GeografiaHumana/Urbanizacao/urbanizacao3.php
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Também ocorreu no Brasil o planejamento urbano para a criação de algumas cidades, entre elas a capital federal, Brasília. O plane-
jamento urbano tem como objetivo evitar os problemas que ocorrem com as cidades que se desenvolvem velozmente e não têm um
acompanhamento adequado.

Fontes de energia
Em nosso planeta, encontramos vários tipos de fontes de energia. Essas fontes podem ser renováveis ou esgotáveis. A energia solar e
a eólica (obtida através dos ventos), por exemplo, fazem parte das fontes de energia inesgotáveis.
Em contrapartida, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso
planeta, podendo acabar caso não exista um consumo racional. As fontes tradicionais de energia são esgotáveis (a maior parte delas).
Disso, resulta a necessidade de se encontrar modelos alternativos que contribuam com a produção mundial.
- Energia hidrelétrica: no Brasil, a grande disponibilidade de rios de planaltos e a carência de petróleo, carvão mineral e gás natural
levaram o poder público a optar pela hidreletricidade como principal matriz energética.
- Petróleo: Desde a perfuração do primeiro poço de petróleo na cidade de Lobato no estado da Bahia, a produção de petróleo no Brasil
vem crescendo continuamente. Possuindo em seu território treze refinarias, onze delas pertencentes à União, o Brasil é praticamente au-
tossuficiente no setor, necessitando importar menos de 20% do produto para atender às suas necessidades de consumo.
- Carvão: O carvão encontrado no território brasileiro não é coqueificável. Isso significa que ele se encontra numa fase geológica pre-
matura, não atingiu o estado de hulha, em que pode ser transformado em coque, uma massa porosa rica em carbono, resultante da desti-
lação do carvão para produção de derivados plásticos, inseticidas, e ser utilizado como combustível nos altos-fornos das usinas siderúrgicas
para a produção de ferro e aço. Portanto, o país tem de importar a maior parte do carvão mineral utilizado no país.
- Energia eólica: Gerada a partir do vento, grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que os movimentos delas geram
energia elétrica. É uma fonte limpa e inesgotável, e em expansão no Brasil. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões
nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. O desenvolvimen-
to da energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as
emissões de gases de efeito estufa e criar empregos.

Atividades econômicas do Brasil


A ampla extensão territorial do Brasil permite inúmeras possibilidades no que diz respeito às atividades econômicas.
O Brasil desenvolve em seu território atividades dos setores primário, secundário e terciário. Esse último é o destaque do país, sendo
responsável por mais da metade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela geração de 75% de seus empregos.

Fonte: www.sogeografia.com.br

O setor terciário é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presen-
ça de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o setor terciário foi o setor da economia que
mais se desenvolveu no mundo.
O Brasil é um país que apresenta uma economia sólida, é exportador de uma grande variedade de produtos, fato que fortalece a econo-
mia. As atividades de agropecuária, indústria e serviços são bem atuantes e contribuem para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Contribuem para o crescimento econômico do país

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- Principais produtos agrícolas produzidos no Brasil: café, laran- - Desmatamento: O modelo de exploração econômica implan-
ja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, mi- tado no Brasil desde a época colonial tem interferido de maneira
lho, mate. direta na relação entre a população e o meio ambiente, com graves
- Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de fran- reflexos na atualidade. A expansão das fronteiras agrícolas, a pecu-
go, carne suína. ária não sustentável, a atividade mineradora e a ação das madeirei-
- Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, ras continuam a causar grandes impactos ambientais.
magnesita e estanho. - Queimadas: É uma das mais antigas técnicas para limpeza e
- Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte preparo do solo para plantio e pastagem. A queimada é ainda lar-
rodoviário, técnico-profissionais prestados as empresas, transporte gamente praticada em nosso país, apesar das tentativas legais para
de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aé- proibi-la e o trabalho de conscientização. É uma forma muito barata
reos e alimentação. de “limpar uma área”, mas certamente a mais nociva, pois ela em-
- Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos pobrece o solo e consome seus nutrientes. A fumaça liberada causa
químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, danos à saúde, polui o meio ambiente e contribui para o aqueci-
máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrô- mento do planeta.
nicos e produtos de papel e celulose. - Desertificação: A ação humana, por meio do desmatamento e
de atividades agropecuárias e mineradoras predatórias, tem provo-
A atividade agrícola no Brasil cado o surgimento do fenômeno de desertificação de grandes áreas
Desempenhou sempre papel de suma importância na economia em algumas regiões brasileiras. A desertificação provoca a perda
brasileira e, ainda hoje, destaca-se a participação desse setor de gradual de fertilidade biológica do solo e é resultado sobretudo do
atividade na produção econômica nacional. Pode-se dizer que, em cultivo inadequado da terra, associado a variações climáticas locais
termos reais, a agricultura é uma das bases mais importantes da e a características do solo (pedregoso ou impermeável, com evapo-
economia brasileira, pois oferece trabalho para aproximadamente ração elevada por causa das altas temperaturas do clima semiárido,
1/3 dos trabalhadores brasileiros, produz 10% do PIB, matérias-pri- típico do interior nordestino).
mas para a crescente indústria nacional, alimentos; e, ainda, seus - Poluição: Rios e lagos formam os ecossistemas de água doce
produtos representam parcela significativa das exportações. e são considerados o meio de vida natural mais ameaçado do pla-
Observado as últimas décadas, ficou notório a acelerada mo- neta. Cerca de 80% dos esgotos do país não recebem nenhum tipo
dernização da agricultura, representada, essencialmente, pelo de tratamento e são despejados diretamente em rios, mares, lagos
emprego maciço de maquinaria no processo produtivo e pela uti- e mananciais.
lização, cada vez mais difundida, de insumos químicos. A articula- - Poluição do ar: A quantidade de resíduos tóxicos lançados pelo
ção crescente da agricultura com o setor industrial dominante da tráfego excessivo de veículos e, em menor escala, pela atividade
economia, evidenciada nas características do processo produtivo industrial afeta cada vez mais a qualidade do ar, prejudicando as
ou na subordinação frequente às indústrias de processamento da condições de saúde da população, especialmente a dos centros ur-
produção, configurando a existência de um Complexo Agroindus- banos. Se inalados diariamente e com frequência, os gases poluen-
trial (CAI), redefiniu o contexto produtivo na agricultura e acentuou tes afetam diretamente o sistema respiratório, causando doenças
as diferenciações existentes entre áreas do país, produtores e seg- como rinite, bronquite, pneumonia e asma. Quando inalado em
mentos produtivos da economia agrária. níveis muito altos, o CO provoca náuseas e dor de cabeça, além de
A agricultura brasileira não tem representado um papel mais agravar problemas cardíacos.
relevante devido aos inúmeros problemas que a afetam, tais como: - Poluição do solo: As principais causas da poluição do solo são
- Utilização de técnicas de cultivo ultrapassadas e danosas ao o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e me-
solo (queimadas desenfreadas, plantações em declives – que acen- tal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbici-
tua a erosão – etc.). das. A melhor forma de amenizar o problema é investir nos proces-
- Baixo poder aquisitivo do agricultor. sos de reciclagem e também no uso de materiais biodegradáveis ou
- Criação de imensas pastagens – que concentram a proprieda- não descartáveis.
de de terra e, também, aceleram o processo de erosão do solo.
- Subaproveitamento do espaço agrícola – dos 8,5 milhões de Referências Bibliográficas:
quilômetros do país, apenas 3 milhões são utilizados por estabele- Geografia Geral prática / Carlos Alberto Schneeberger, Luiz Antonio
cimentos rurais. Farago. — 1. ed. — São Paulo: Rideel
- Conflitos sociais: o processo de formação da propriedade de Minimanual compacto de geografia do Brasil: teoria e prática / Carlos
terra no Brasil foi marcado pela violência, pela imprecisão dos li- Alberto Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo:
mites dos lotes e, consequentemente, pela falta de garantias legais Rideel, 2003.
para o direito de propriedade, dando margens à utilização da força https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/nova-ordem-mun-
como solução. dial-o-fim-da-geopolitica-bipolar.htm
https://www.sogeografia.com.br
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-neolibera-
OS IMPACTOS AMBIENTAIS lismo.htm
https://www.proenem.com.br/enem

Os impactos ambientais
Meio ambiente é o conjunto dos elementos físicos, químicos e
biológicos necessários à sobrevivência de cada espécie, vegetal e
mineral. O Brasil não é exceção nesse quadro trágico. A ação huma-
na tem provocado sérios danos à diversidade biológica em nosso
país. Atualmente, os principais problemas têm origem nas ativida-
des agropecuárias predatórias e na extração madeireira.
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(D) A expansão territorial dos complexos agroindustriais impli-
QUESTÕES cou o manejo eficiente dos recursos disponíveis e o atendimen-
to da crescente demanda do mercado interno por produtos
certificados por seu baixo impacto ambiental.
1. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021) (E) O uso de máquinas e equipamentos reduziu o emprego de
No período 1970/2020, a economia brasileira alternou perío- mão de obra nas atividades agrícolas, que passaram a depen-
dos de crescimento econômico com fortes desacelerações, muitas der de trabalhadores mais qualificados, capazes de realizar os
vezes abruptas, comportamento sintetizado na expressão stopand- procedimentos rurais tecnificados.
go. A performance da economia brasileira, nesse período, refletiu
tanto os problemas da coordenação da política econômica quanto 3. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
os problemas relacionados a choques exógenos.
PAULA, Luiz F. de e PIRES, M. Crise e perspectivas para a eco-
nomia brasileira. USP. Estudos Avançados. V. 31. São Paulo, 2017.
On-line version. Adaptado.
Sobre a performance da economia brasileira no período
1970/2020, assinale a afirmativa incorreta.
(A) Anos 1970: ao crescimento acelerado do chamado “milagre
brasileiro” seguiu-se um período de desajuste, devido ao im-
pacto do aumento dos preços internacionais do petróleo pro-
movido pela OPEP.
(B) Anos 1980: o não pagamento da dívida externa e a fuga Marginal Tietê, 19/08/2019, às 16 horas.
de capitais, tanto nacionais quanto estrangeiros, provocaram
grave estagnação econômica em meio a um incontrolável pro- Um fenômeno inusitado surpreendeu os paulistanos, na tarde
cesso inflacionário. de 19 de agosto de 2019. Mesmo com os relógios marcando 16 ho-
(C) Anos 1990: a derrubada da inflação, graças ao plano real, e ras, o céu da capital paulista estava encoberto por nuvens e o “dia
a adoção de medidas liberalizantes, como a abertura comercial virou noite”.
e a privatização de empresas estatais, criaram um ambiente fa- Folha de São Paulo. 20/08/2019.
vorável aos investimentos externos diretos.
(D) Anos 2000: o boom das commodities no mercado inter- Assinale a afirmativa que identifica corretamente as causas
nacional, puxado pelo crescimento econômico da China, esti- desse fenômeno.
mulou os investimentos na infraestrutura viária, eliminando o (A) A combinação atípica de fumaça proveniente das queima-
chamado “custo Brasil”. das na Amazônia e o aumento da umidade trazida por uma
(E) Anos 2010: o aumento dos gastos públicos e o acirrado am- frente fria.
biente político contaminaram as expectativas dos investidores, (B) A presença ocasional do ar frio e seco da massa polar e o
o que provocou uma grave recessão econômica, com acentua- aumento das micropartículas lançadas na atmosfera pelo setor
da queda do PIB. industrial.
(C) A articulação frequente entre os “rios voadores” provenien-
2. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021) tes da Amazônia e o ar tropical quente e seco proveniente do
A agricultura brasileira, a partir de meados do século XX, pas- Atlântico.
sou por um acelerado processo de modernização. As alterações nos (D) A passagem do ar tropical frio e seco, que se origina no
mecanismos produtivos, que levaram à formação dos complexos interior do continente, e a umidade trazida pelos ventos de su-
agroindustriais (CAI), acarretaram não só mudanças na organização deste.
da agricultura nacional, mas também na distribuição territorial da (E) O efeito sazonal da corrente El Niño e a formação de uma
produção e na inserção do país no comércio internacional. densa camada de nuvens que impede a passagem da luz solar.
Sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos provo-
cados pelos complexos agroindustriais (CAI), assinale a afirmativa 4. (FGV - ALUNO-OFICIAL (PM SP)/2021)
incorreta. Analise o mapa e leia o texto a seguir.
(A) O desenvolvimento tecnológico e o investimento de capital
permitiram a inserção da agricultura em uma cadeia produtiva
que engloba indústrias e serviços à montante e à jusante da
produção agrícola.
(B) O uso de insumos e fertilizantes pelos complexos agroin-
dustriais possibilitou a superação das condições pedológicas,
como a baixa produtividade dos latossolos, o que viabilizou sua
expansão territorial.
(C) A pesquisa agrícola criou novas tecnologias para o processo
produtivo, o que aumentou o rendimento por hectare e a pro-
dutividade homem/dia, e desenvolveu cultivares mais toleran-
tes às pragas do mundo tropical.

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Os conceitos de intensidade e extensividade, quantidade e (D) aos projetos hidrelétricos.
qualidade, espaço, tempo e território devem ser articulados para (E) ao manejo florestal comunitário.
a correta interpretação da localização dos estabelecimentos indus-
triais no Estado de São Paulo. 7. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
SPOSITO, E. S. Rede urbana e eixos de desenvolvimento. São Paulo: Ed. A Hidrelétrica de Balbina foi construída no rio Uatumã, no esta-
UNESP, 2015. do do Amazonas, para fornecer energia para a cidade de Manaus, e
foi inaugurada no final da década de 1980.
Sobre a localização dos estabelecimentos industriais no Estado Sobre a produção energética e os impactos ambientais associa-
de São Paulo, analise as afirmativas a seguir. dos à Hidrelétrica Balbina, assinale V para a afirmativa verdadeira e
I. A infraestrutura física, principalmente rodovias, mas também F para a falsa.
infovias e outras formas de transporte, como hidrovias e ferrovias, ( ) A capacidade instalada de geração de energia de Balbina é a
estabeleceu os eixos de desenvolvimento, ao longo dos quais se maior entre as hidrelétricas da região amazônica.
concentraram os estabelecimentos industriais. ( ) O enchimento do reservatório afogou florestas e formou
II. A distribuição espacial das indústrias deu origem a uma con- uma paisagem fragmentada de ilhas isoladas.
formação ramificada a partir da capital do estado, graças à cons- ( ) O aumento na acidez da água da represa, causado pela de-
tituição, ao longo dos eixos viários, de áreas preferenciais para a composição da vegetação, pode causar a corrosão das turbinas.
instalação de estabelecimentos industriais.
III. A separação entre o centro de decisão (a cidade de São Pau- As afirmativas são, respectivamente,
lo) e os locais da produção (as cidades do interior paulista) decorre (A) F – V – F.
das mudanças no modo de produção fordista e das facilidades de (B) F – V – V.
fluidez do território. (C) V – F – F.
(D) V – V – F
Está correto o que se afirma em (E) F – F – V.
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas. 8. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
(C) I e III, apenas. Entre as zonas de garimpo de ouro que se encontram em terri-
(D) II e III, apenas. tório amazônico, aquela que está situada na divisa entre os estados
(E) I, II e III. de Rondônia e Amazonas, na qual o ouro se encontra depositado
em forma de sedimentos no canal fluvial, nos bancos de areia ou
5. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL) nas margens dos rios e onde a extração se desenvolve sobretudo
De acordo com o boletim “Amazônia em Chamas”, publicado por meio de balsas e dragas é conhecida como região aurífera
pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), entre (A) do Rio Madeira.
2019 e 2021, a perda de floresta na região ultrapassou os 10 mil (B) de Serra Pelada.
km² ao ano. (C) de Alta Floresta.
Com relação ao desmatamento na Amazônia entre 2019 e (D) do Alto Rio Negro.
2021, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. (E) de Porto e Lacerda.
( ) As terras públicas apresentaram um aumento da área des-
matada em relação ao triênio anterior. 9. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
( ) No conjunto da região observou-se uma queda do desmata- A exploração de produtos florestais não madeireiros é realizada
mento em relação ao triênio anterior. na Amazônia desde os primórdios da ocupação humana e caracteri-
( ) Entre as terras públicas, as Terras Indígenas apresentaram os zou os ciclos econômicos na região até a década de 1970.
maiores percentuais de desmatamento no triênio. Na atualidade, o principal produto extrativo do estado do Ama-
zonas, em termos de valor da produção, é
As afirmativas são, respectivamente, (A) a Carnaúba.
(A) F – V – F. (B) a Erva-Mate.
(B) F – V – V. (C) o Açaí (fruto).
(C) V – F – F. (D) a Borracha natural.
(D) V – V – F. (E) a Castanha-do-Pará.
(E) F – F – V.
10. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL)
6. (FGV - 2022 - SSP-AM - ASSISTENTE OPERACIONAL) Sobre a relação entre o boom da borracha (1850-1912) e o po-
Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), na Amazônia Legal voamento da Amazônia, analise as afirmativas a seguir.
vivem 173 povos em 405 Terras Indígenas, que somam 1.085.890 I. Durante o período houve um aumento da população total da
quilômetros quadrados, ou 21,7% da região. Ainda de acordo com o região amazônica.
ISA, as Terras Indígenas amazônicas sofrem pressões socioambien- II. As frentes de exploração da borracha foram se deslocando
tais resultantes de diversas atividades econômicas. para os altos vales dos afluentes do Amazonas.
Ao longo do ano de 2020, aproximadamente 500 hectares de III. No período do boom da borracha houve um importante flu-
floresta foram devastados na Terra Indígena Yanomami, segundo xo migratório de trabalhadores da Região Sul do país em direção à
o relatório produzido pela Hutukara Associação Yanomami e pela Amazônia.
Associação Wanasseduume Ye’kwana. Esta supressão florestal se
deve, majoritariamente, Está correto o que se afirma em
(A) ao garimpo ilegal. (A) I, apenas.
(B) à pecuária extensiva. (B) II, apenas.
(C) à exploração de petróleo. (C) III, apenas.
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a solução para o seu concurso!
GEOGRAFIA DO BRASIL
(D) I e II, apenas. ______________________________________________________
(E) I, II e III.
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GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________

1 D ______________________________________________________
2 D ______________________________________________________
3 A
______________________________________________________
4 E
5 C ______________________________________________________

6 A ______________________________________________________
7 B ______________________________________________________
8 A
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9 C
10 D ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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ATUALIDADES (DIGITAL)

O mundo da informação está cada vez mais virtual e tecnoló-


QUESTÕES RELACIONADAS A FATOS POLÍTICOS, ECONÔ- gico, as sociedades se informam pela internet e as compartilham
MICOS, SOCIAIS E CULTURAIS, NACIONAIS E INTERNA- em velocidades incalculáveis. Pensando nisso, a editora prepara
CIONAIS, OCORRIDOS A PARTIR DE 6 (SEIS) MESES ANTE- mensalmente o material de atualidades de mais diversos campos
RIORES À PUBLICAÇÃO DESTE EDITAL, DIVULGADOS NA do conhecimento (tecnologia, Brasil, política, ética, meio ambiente,
MÍDIA LOCAL E/OU NACIONAL jurisdição etc.) na “Área do Cliente”.
Lá, o concurseiro encontrará um material completo de aula pre-
parado com muito carinho para seu melhor aproveitamento. Com
A importância do estudo de atualidades o material disponibilizado online, você poderá conferir e checar os
Dentre todas as disciplinas com as quais concurseiros e estu- fatos e fontes de imediato através dos veículos de comunicação vir-
dantes de todo o país se preocupam, a de atualidades tem se tor- tuais, tornando a ponte entre o estudo desta disciplina tão fluida e
nado cada vez mais relevante. Quando pensamos em matemática, a veracidade das informações um caminho certeiro.
língua portuguesa, biologia, entre outras disciplinas, inevitavelmen-
te as colocamos em um patamar mais elevado que outras que nos
parecem menos importantes, pois de algum modo nos é ensinado a ANOTAÇÕES
hierarquizar a relevância de certos conhecimentos desde os tempos
de escola.
No, entanto, atualidades é o único tema que insere o indivíduo ______________________________________________________
no estudo do momento presente, seus acontecimentos, eventos ______________________________________________________
e transformações. O conhecimento do mundo em que se vive de
modo algum deve ser visto como irrelevante no estudo para concur- ______________________________________________________
sos, pois permite que o indivíduo vá além do conhecimento técnico
e explore novas perspectivas quanto à conhecimento de mundo. ______________________________________________________
Em sua grande maioria, as questões de atualidades em con-
cursos são sobre fatos e acontecimentos de interesse público, mas ______________________________________________________
podem também apresentar conhecimentos específicos do meio po-
lítico, social ou econômico, sejam eles sobre música, arte, política, ______________________________________________________
economia, figuras públicas, leis etc. Seja qual for a área, as questões
______________________________________________________
de atualidades auxiliam as bancas a peneirarem os candidatos e se-
lecionarem os melhores preparados não apenas de modo técnico. ______________________________________________________
Sendo assim, estudar atualidades é o ato de se manter cons-
tantemente informado. Os temas de atualidades em concursos são ______________________________________________________
sempre relevantes. É certo que nem todas as notícias que você vê
na televisão ou ouve no rádio aparecem nas questões, manter-se ______________________________________________________
informado, porém, sobre as principais notícias de relevância nacio-
nal e internacional em pauta é o caminho, pois são debates de ex- ______________________________________________________
trema recorrência na mídia.
O grande desafio, nos tempos atuais, é separar o joio do trigo. ______________________________________________________
Com o grande fluxo de informações que recebemos diariamente, é ______________________________________________________
preciso filtrar com sabedoria o que de fato se está consumindo. Por
diversas vezes, os meios de comunicação (TV, internet, rádio etc.) ______________________________________________________
adaptam o formato jornalístico ou informacional para transmitirem
outros tipos de informação, como fofocas, vidas de celebridades, ______________________________________________________
futebol, acontecimentos de novelas, que não devem de modo al-
gum serem inseridos como parte do estudo de atualidades. Os in- ______________________________________________________
teresses pessoais em assuntos deste cunho não são condenáveis de
modo algum, mas são triviais quanto ao estudo. ______________________________________________________
Ainda assim, mesmo que tentemos nos manter atualizados
______________________________________________________
através de revistas e telejornais, o fluxo interminável e ininterrupto
de informações veiculados impede que saibamos de fato como es- ______________________________________________________
tudar. Apostilas e livros de concursos impressos também se tornam
rapidamente desatualizados e obsoletos, pois atualidades é uma ______________________________________________________
disciplina que se renova a cada instante.
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ATUALIDADES (DIGITAL)
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NOÇÕES
LÍNGUA BÁSICAS
PORTUGUESA
DE INFORMÁTICA

MS-WINDOWS 10: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊN-
CIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERAÇÃO COM O CONJUN-
TO DE APLICATIVOS

Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma única
plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console Xbox One e
produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de realidade aumentada HoloLens1.

Versões do Windows 10
– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e note-
book), tablets e os dispositivos “2 em 1”.
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home, os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas
empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os
alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em tecnologias
desenvolvidas no campo da segurança digital e produtividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessidades
do meio escolar.
– Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen,
como smartphones e tablets
– Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem como
objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento para
o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
– Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja
Microsoft.
– Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso pro-
fissional mais avançado em máquinas poderosas com vários processadores e grande quantidade de RAM.

Área de Trabalho (pacote aero)


Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no Windows a partir da versão 7.

Área de Trabalho do Windows 10.2


1 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/SlideDemo-4147.pdf
2 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/
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aa solução
solução para
para oo seu
seu concurso!
concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Aero Glass (Efeito Vidro)
Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, parecendo um vidro.

Efeito Aero Glass.3

Aero Flip (Alt+Tab)


Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso.

Efeito Aero Flip.

3 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glass-lancado-mod-windows-10.htm
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Aero Shake (Win+Home)
Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir
novamente e todas as janelas serão restauradas.

Efeito Aero Shake (Win+Home)

Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)


Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas.
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de
modo a ocupar metade do monitor.

Efeito Aero Snap.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo)
O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando
você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que
precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte
inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre
ele, as janelas serão minimizadas.

Efeito Aero Peek.

Menu Iniciar
Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar.
O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita,
temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma
versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Windows Phone 8.

Menu Iniciar no Windows 10.4


4 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciar
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Nova Central de Ações
A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões an-
teriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN.

Central de ações do Windows 10.5

Paint 3D
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas
de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa
mais versátil.
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas.

Paint 3D.

Cortana
Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10.
Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso do
Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. O as-
sistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for solicitado,
por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.
Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o
tema que deseja.

5 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Cortana no Windows 10.6

Microsot Edge
O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Mi-
crosoft. O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a
tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de armaze-
namento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para visu-
alizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.
O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações.
Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas.

Microsoft Edge no Windows 10.

Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do
que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do
celular e senha com imagem.
Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por
Hello ou Configurações de entrada na barra de pesquisa.

6 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Windows Hello.

Bibliotecas
As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode
pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades
ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos
Offline).

Tela Bibliotecas no Windows 10.7

One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode
acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.
7 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está
disponível para todos os dispositivos que você usar.

OneDivre.8

Manipulação de Arquivos
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está
disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão
recebida no ato de sua criação ou alteração.
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são
arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e
apresentações (monografia.pptx).

Pasta
As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar
tudo o que está dentro das unidades.
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de
arquivos existentes.
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos.

Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar)


Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino).

8 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Central de Segurança do Windows Defender
A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças.
Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e seguran-
ça > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa.

Windows Defender.9

Lixeira
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
- Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
- Arrasta-lo para a lixeira.
- Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
- Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.

Arquivos apagados permanentemente:


- Arquivos de unidades de rede.
- Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).
- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o tamanho do
HD (disco rígido) do computador).
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).

Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na área de trabalho do Windows 10.

Outros Acessórios do Windows 10

Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:
– Alarmes e relógio.
– Assistência Rápida.
– Bloco de Notas.
– Calculadora.
– Calendário.
– Clima.
– E-mail.
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes físicos).
– Ferramenta de Captura.
– Gravador de passos.
– Internet Explorer.
– Mapas.
9 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de-
7c-4ee7-b90f-4bf76ad529b1
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
– Mapa de Caracteres.
– Paint.
– Windows Explorer.
– WordPad.
– Xbox.

Principais teclas de atalho


CTRL + F4: fechar o documento ativo.
CTRL + R ou F5: atualizar a janela.
CTRL + Y: refazer.
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar.
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas.
WIN + A: central de ações.
WIN + C: cortana.
WIN + E: explorador de arquivos.
WIN + H: compartilhar.
WIN + I: configurações.
WIN + L: bloquear/trocar conta.
WIN + M: minimizar as janelas.
WIN + R: executar.
WIN + S: pesquisar.
WIN + “,”: aero peek.
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas.
WIN + TAB: task view (visão de tarefas).
WIN + HOME: aero shake.
ALT + TAB: alternar entre janelas.
WIN + X: menu de acesso rápido.
F1: ajuda.

Pasta
São estruturas que dividem o disco em várias partes de tamanhos variados as quais podem pode armazenar arquivos e outras pastas
(subpastas)10.

Arquivo
É a representação de dados/informações no computador os quais ficam dentro das pastas e possuem uma extensão que identifica o
tipo de dado que ele representa.

Extensões de arquivos

EXTENSÃO TIPO
.jpg, .jpeg, .png, .bpm, .gif, ... Imagem
.xls, .xlsx, .xlsm, ... Planilha
.doc, .docx, .docm, ... Texto formatado
.txt Texto sem formatação
.mp3, .wma, .aac, .wav, ... Áudio
.mp4, .avi, rmvb, .mov, ... Vídeo
.zip, .rar, .7z, ... Compactadores

10 https://docente.ifrn.edu.br/elieziosoares/disciplinas/informatica/aula-05-manipulacao-de-arquivos-e-pastas
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

.ppt, .pptx, .pptm, ... Apresentação


.exe Executável
.msl, ... Instalador

Existem vários tipos de arquivos como arquivos de textos, arquivos de som, imagem, planilhas, etc. Alguns arquivos são universais
podendo ser aberto em qualquer sistema. Mas temos outros que dependem de um programa específico como os arquivos do Corel Draw
que necessita o programa para visualizar. Nós identificamos um arquivo através de sua extensão. A extensão são aquelas letras que ficam
no final do nome do arquivo.
Exemplos:
.txt: arquivo de texto sem formatação.
.html: texto da internet.
.rtf: arquivo do WordPad.
.doc e .docx: arquivo do editor de texto Word com formatação.

É possível alterar vários tipos de arquivos, como um documento do Word (.docx) para o PDF (.pdf) como para o editor de texto do
LibreOffice (.odt). Mas atenção, tem algumas extensões que não são possíveis e caso você tente poderá deixar o arquivo inutilizável.

Nomenclatura dos arquivos e pastas


Os arquivos e pastas devem ter um nome o qual é dado no momento da criação. Os nomes podem conter até 255 caracteres (letras,
números, espaço em branco, símbolos), com exceção de / \ | > < * : “ que são reservados pelo sistema operacional.
Bibliotecas
Criadas para facilitar o gerenciamento de arquivos e pastas, são um local virtual que agregam conteúdo de múltiplos locais em um só.
Estão divididas inicialmente em 4 categorias:
– Documentos;
– Imagens;
– Músicas;
– Vídeos.

Windows Explorer
O Windows Explorer é um gerenciador de informações, arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da Microsoft11.
Todo e qualquer arquivo que esteja gravado no seu computador e toda pasta que exista nele pode ser vista pelo Windows Explorer.
Possui uma interface fácil e intuitiva.
Na versão em português ele é chamado de Gerenciador de arquivo ou Explorador de arquivos.
O seu arquivo é chamado de Explorer.exe
Normalmente você o encontra na barra de tarefas ou no botão Iniciar > Programas > Acessórios.

11 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/05/conceitos-de-organizacao-e-de-gerenciamento-de-informacoes-arquivos-pastas-e-programas/
Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Na parte de cima do Windows Explorer você terá acesso a muitas funções de gerenciamento como criar pastas, excluir, renomear, ex-
cluir históricos, ter acesso ao prompt de comando entre outras funcionalidades que aparecem sempre que você selecionar algum arquivo.
A coluna do lado esquerdo te dá acesso direto para tudo que você quer encontrar no computador. As pastas mais utilizadas são as de
Download, documentos e imagens.

Operações básicas com arquivos do Windows Explorer


• Criar pasta: clicar no local que quer criar a pasta e clicar com o botão direito do mouse e ir em novo > criar pasta e nomear ela. Você
pode criar uma pasta dentro de outra pasta para organizar melhor seus arquivos. Caso você queira salvar dentro de uma mesma pasta um
arquivo com o mesmo nome, só será possível se tiver extensão diferente. Ex.: maravilha.png e maravilha.doc
Independente de uma pasta estar vazia ou não, ela permanecerá no sistema mesmo que o computador seja reiniciado
• Copiar: selecione o arquivo com o mouse e clique Ctrl + C e vá para a pasta que quer colar a cópia e clique Ctrl +V. Pode também
clicar com o botão direito do mouse selecionar copiar e ir para o local que quer copiar e clicar novamente como o botão direito do mouse
e selecionar colar.
• Excluir: pode selecionar o arquivo e apertar a tecla delete ou clicar no botão direito do mouse e selecionar excluir
• Organizar: você pode organizar do jeito que quiser como, por exemplo, ícones grandes, ícones pequenos, listas, conteúdos, lista com
detalhes. Estas funções estão na barra de cima em exibir ou na mesma barra do lado direito.
• Movimentar: você pode movimentar arquivos e pastas clicando Ctrl + X no arquivo ou pasta e ir para onde você quer colar o arquivo
e Clicar Ctrl + V ou clicar com o botão direito do mouse e selecionar recortar e ir para o local de destino e clicar novamente no botão direito
do mouse e selecionar colar.

Localizando Arquivos e Pastas


No Windows Explorer tem duas:
Tem uma barra de pesquisa acima na qual você digita o arquivo ou pasta que procura ou na mesma barra tem uma opção de Pesquisar.
Clicando nesta opção terão mais opções para você refinar a sua busca.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Arquivos ocultos
São arquivos que normalmente são relacionados ao sistema. Eles ficam ocultos (invisíveis) por que se o usuário fizer alguma alteração,
poderá danificar o Sistema Operacional.
Apesar de estarem ocultos e não serem exibido pelo Windows Explorer na sua configuração padrão, eles ocupam espaço no disco.

MS-OFFICE 2010. MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS, CABEÇA-
LHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE
QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE
TEXTO

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte que domina o
mercado de suítes de escritório.
Word é um processador de textos versátil com recursos avançados de editoração eletrônica capaz de criar textos, elementos gráficos,
cartas, relatórios, páginas da Internet e e-mail12.
A versão 2010 trouxe muitos novos recursos úteis para o programa, junto com alterações importantes na interface do usuário que foi
projetada para aprimorar o acesso a toda a ampla variedade de recursos do Word.
A interface do Word 2010 é bem diferente da versão 2003 e bem parecida com o Word 2007. Dentre as vantagens oferecidas pelo
aplicativo, podemos destacar: efeitos de formatação como preenchimentos de gradiente e reflexos, diretamente no texto do documento,
aplicar ao texto e às formas, muitos dos mesmos efeitos que talvez já use para imagens, gráficos e elementos gráficos SmartArt, uso do
Painel de Navegação que facilita a pesquisa e até a reorganização do conteúdo do documento em poucos cliques, além de ferramentas
para trabalhos em rede.

Interface do Word 2010.

1. Barra de título: exibe o nome de arquivo do documento que está sendo editado e o nome do software que você está usando13. Ele
também inclui a minimizar padrão, restauração, botões e fechar.
2. Ferramentas de acesso rápido: comandos que costumam ser usados, como Salvar, Desfazer, e Refazer estão localizados aqui. No
final da barra de ferramentas de acesso rápido é um menu suspenso onde você pode adicionar outros comumente usados ou necessários
comumente comandos.
3. Guia de arquivo: clique neste botão para localizar comandos que atuam no documento, em vez do conteúdo do documento, como
o Novo, Abrir, Salvar como, Imprimir e Fechar.

12 Monteiro, E. Microsoft Word 2007.


13 https://support.microsoft.com/pt-br/office/word-para-novos-usu%C3%A1rios-cace0fd8-eed9-4aa2-b3c6-07d39895886c#ID0EAABAAA=Office_2010
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
4. A faixa de opções: comandos necessários para o seu trabalho estão localizados aqui. A aparência da faixa de opções será alterada
dependendo do tamanho do seu monitor. O Word irá compactar a faixa de opções alterando a organização dos controles para acomodar
monitores menores.
5. Janela de editar: mostra o conteúdo do documento que você está editando.
6. Barra de rolagem: permite a você alterar a posição de exibição do documento que você está editando.
7. Barra de status: exibe informações sobre o documento que você está editando.
8. Botões de exibição: permite a você alterar o modo de exibição do documento que você está editando para atender às suas neces-
sidades.
9. Controle de slide de zoom: permite que você alterar as configurações de zoom do documento que você está editando.

Salvar a abrir um documento


No Word, você deve salvar seu documento para que você pode sair do programa sem perder seu trabalho. Quando você salva o
documento, ele é armazenado como um arquivo em seu computador. Posteriormente, você pode abrir o arquivo, alterá-lo e imprimi-lo.
Para salvar um documento, faça o seguinte:
1. Clique no botão Salvar na barra de ferramentas de acesso rápido.
2. Especifique o local onde deseja salvar o documento na caixa Salvar em. Na primeira vez em que você salvar o documento, a primeira
linha de texto no documento é previamente preenchida como nome do arquivo na caixa nome do arquivo. Para alterar o nome do arquivo,
digite um novo nome de arquivo.
3. Clique em Salvar.
4. O documento é salvo como um arquivo. O nome do arquivo na barra de título é alterado para refletir o nome de arquivo salvo.

É possível abrir um documento do Word para continuar seu trabalho. Para abrir um documento, faça o seguinte:
1. Clique no botão Iniciar e, em seguida, clique em documentos.
2. Navegue até o local onde você armazenou o arquivo e clique duas vezes no arquivo. Aparece a tela de inicialização do Word e, em
seguida, o documento é exibido.
É possível também abrir um documento a partir do Word clicando na guia arquivo e, em seguida, clicando em Abrir. Para abrir um
documento que salvo recentemente, clique em recentes.

Criando documentos no Word


O texto padrão criado no Word é chamado de documento, quando salvos no computador, este documento recebe o nome definido
pelo usuário e a extensão .DOCX (ponto DOCX).
Ao salvar um documento do Word, você também poderá criar seus próprios modelos no Word. Bastando para isso informar que o
arquivo será salvo no formato Modelo de documento, na janela do comando Arquivo/Salvar como...
Neste caso, a extensão adotada pelo arquivo será .DOTX e serão gravados em uma pasta específica, ao invés da extensão para docu-
mentos comuns .DOCX. Também é possível usar o comando Arquivo/Salvar como para salvar seu documento em diferentes formatos como
.HTM, .PDF, .ODT e .DOC utilizado pelas versões mais antigas do Word.

Editar e formatar texto


Antes de editar ou formatar texto, primeiro selecione o texto. Siga as etapas abaixo para selecionar o texto.
1. Coloque o cursor no início do texto que você gostaria de editar ou formatar e, em seguida, pressione o botão esquerdo do mouse.
2. Ao manter pressionado o botão esquerdo do mouse, movê-la para a direita (chamada de “arrastar”) para selecionar o texto. Uma
cor de plano de fundo é adicionada no local do texto selecionado para indicar que o intervalo de seleção.
A maioria das ferramentas de formatação de texto são encontrados clicando na guia página inicial e, em seguida, escolhendo no grupo
fonte.

1. Esta é a guia página inicial.


2. Este é o grupo fonte na guia página inicial.
3. Este é o botão negrito. Consulte a tabela abaixo para os nomes e funções de todos os botões no grupo fonte.
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Ícones e teclas de atalho
F1: Ajuda do Word
Novo (Ctrl + O): exibe um novo docu-
mento em branco. Alterar Estilos: exibe o painel de for-
matação de estilo.
Ctrl + A (Abrir): abre documentos
anteriormente salvos. Ctrl+Shift+F (Fonte): apresenta uma
lista de opções para modificar a tipografia
da fonte (letra).
Ctrl + B (Salvar): grava o arquivo.
Ctrl+Shift+P (Tamanho da Fonte):
apresenta uma lista de opções para modi-
Ctrl + P (Imprimir): imprime o docu- ficar o tamanho da fonte.
mento.
Ctrl+> ou Ctrl+]: aumentar fonte.
Visualizar a impressão.

Ctrl+< ou Ctrl+[: diminuir fonte.


Verificar Ortografia e Gramática F7

Ctrl+U (Substituir): permite substituir Limpar Formatação.


um texto no documento.
Ctrl + X (Copiar): copia dados para a Ctrl+N: negrito.
Área de Transferência sem deixar de exibir
a imagem na tela.
Ctrl+I: itálico.
Ctrl + C (Copiar): copia dados para a
Área de Transferência sem deixar de exibir
a imagem na tela. Ctrl+S: sublinhado.
Ctrl + V (Colar): recupera dados envia-
dos para a Área de Transferência. Tachado.
Ctrl+Shift+C e Ctrl+Shift+V (Pincel):
copia e cola formatações de texto. Texto Subscrito.
Ctrl + Z (Desfazer): desfazer a última
ação. Ctrl+Shift++: texto sobrescrito.
Ctrl + R (Refazer): retorno ao estado
antes de ter acionado o Desfazer. Shift+F3: alternar entre maiúsculas e
minúsculas.
F4 (Repetir): repete a última ação. Funciona como uma caneta marca-
-texto.
Ctrl + K (Inserir Hiperlink): insere links
de parágrafos, arquivos ou Web. Cor-da-fonte.
Desenhar Tabela: permite ao usuário
inserir uma tabela, desenhando linhas. Marcadores: aplica marcadores aos
parágrafos selecionados.
Colunas: formata o texto em colunas. Numeração: formata como lista nu-
merada os parágrafos selecionados.
Desenho: exibe ou oculta a Barra de
Ferramentas Desenho. Tab (para descer um nível) e Shift+-
Tab (para subir um nível): numeração de
Ctrl + *: exibe ou oculta caracteres Vários Níveis: formata os parágrafos com
não imprimíveis. lista numerada em vários níveis.

Efeito de Texto: atribui um efeito vi- Diminuir recuo: avança o texto em


sual (brilho, sombra ou reflexo) ao texto direção à margem esquerda.
selecionado.
Aumentar recuo: distancia o texto da
Shift + F3 (Maiúsculas e Minúsculas): margem esquerda.
alterna a capitalização do texto.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Classificar: coloca em ordem alfa-


bética parágrafos iniciados por textos ou
números.
Ctrl+Shift+* (Mostrar Tudo): exibe/
Oculta caracteres não imprimíveis

Ctrl+Q: alinhar à esquerda.

Ctrl+E: centralizar.

Alinhar à Direita.

Ctrl+J: justificar

Ctrl+1 (Espaçamento Simples), Ctrl+2


(Espaçamento Duplo) e Ctrl+5 (1,5 linhas):
espaçamento entrelinhas
Sombreamento: preenche com cor o
plano de fundo.

Bordas: opções de bordas para o texto


selecionado.

MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS,
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS,
CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSI-
FICAÇÃO DE DADOS

O Microsoft Excel 2010 é um programa de planilha eletrônica de cálculos, em que as informações são digitadas em pequenos quadra-
dos chamadas de células.
É um programa voltado para construção de tabelas simples até as mais complexas. Ao abrir o aplicativo, o que se visualiza é uma folha
composta de colunas e linhas formando células.

Tela inicial do Excel 2010.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Nessa versão temos uma maior quantidade de linhas e colunas, sendo especificamente, 1.048.576 linhas e 16.384 colunas.

As cinco principais funções do Excel são14:


– Planilhas: você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.
14 http://www.prolinfo.com.br
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

Guia de Planilhas.

– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical.


– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal.
– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 2 e a coluna B, então a célula será chamada B2, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


A “faixa de opções introduzida pela primeira vez no Excel 2007, foi aprimorada na versão 2010 e possui algumas diferenças que estão
listadas:

A volta do “Arquivo”: o botão “Arquivo”, que ficou amplamente divulgado nas versões anteriores à versão 2007 retorna na versão
2010. Na versão 2007 este botão havia sido substituído pelo “Botão do Office”, mas na versão 2010, ele voltou a ser chamado de “Arquivo”,
que ao receber o clique, ingressará no “modo de exibição do Microsoft Office Backstage”.
A faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao MS Excel 2007 a faixa de opções era co-
nhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Copiar Fórmula para células adjacentes


Copiar uma fórmula para células vizinhas representa ganho de tempo ao trabalhar com planilhas.
Para isso, podemos usar a alça de preenchimento. Sua manipulação permite copiar rapidamente conteúdo de uma célula para outra,
inclusive fórmulas.

Alça de Preenchimento.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Função MÁXIMO e MÍNIMO
Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.
Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.

MS-POWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS,
CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO
DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES

O PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico, integrante do pacote Office, usado principalmente para criar apresentações. Com
ele, você pode criar visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas,
vídeos e muito mais.
Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Ele permite um acesso prático, fácil e criativo para todas as necessidades
de apresentações, além de dispor de diversos recursos novos e aprimorados que as tornarão dinâmicas e atraentes, como as novas capa-
cidades para os gráficos, temas do PowerPoint e ferramentas de formatação aprimoradas para tipografia15.
É importante ressaltar que a página do Office 2010 não é muito diferente do PowerPoint 2007. O que muda na verdade são algumas
teclas de comando e a distribuição dos recursos.

Tela inicial do PowerPoint 2010.

15 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-5.pdf
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
1. Guia Arquivo: ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar,
Enviar, Publicar e Fechar.

2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Micro-
soft Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É possível
adicionar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.
4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.

5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos16.

6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.

8. Nível de Zoom: clicar para ajustar o nível de zoom.

Modos de Exibição do PowerPoint


O menu das versões anteriores, conhecido como menu Exibir, agora é a guia Exibição no Microsoft PowerPoint 2010. O PowerPoint
2010 disponibiliza aos usuários os seguintes modos de exibição:
– Normal,
– Classificação de Slides,
– Anotações,
– Modo de exibição de leitura,
– Slide Mestre,
– Folheto Mestre,
– Anotações Mestras.
16 LÊNIN, A; JUNIOR, M. Microsoft Office 2010. Livro Eletrônico.
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.

Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2010 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento
existente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.

2. Clique no tema com as cores, as fontes e os efeitos desejados.


3. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na guia Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando
sobre ele.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Então basta começar a digitar.

Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.

Fonte: altera o tipo de fonte.


Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+S.
Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+G.
Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promoven-
do uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

Excluir slide
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão , localizado na guia Início.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

CORREIO ELETRÔNICO: USO DE CORREIO ELETRÔNICO, PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS

E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem mensagem atualmente17. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode man-
dar uma mensagem para outra pessoa que também tenha e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estrutura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido do
usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. O resultado é algo como:

maria@apostilassolucao.com.br

Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto de
regras para o uso desses serviços.

Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio e recebimento de mensagens18. Estas mensagens são armazenadas no
que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos e
extração de cópias das mensagens.

Funcionamento básico de correio eletrônico


Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois programas funcionando em uma máquina servidora:
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de transferência de correio simples, responsável pelo envio de mensa-
gens.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de cor-
reio internet), ambos protocolos para recebimento de mensagens.

Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails
conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem
de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@
dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o pro-
grama SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @)
17 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
18 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-webmail-e-mozilla-thunderbird/
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS,
obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o
nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena
a mensagem na caixa de e-mail do destinatário.

Ações no correio eletrônico


Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira.
Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens de-
finitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar
definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de
destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da
mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele
será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em
geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Al-
guns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail,
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e
padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.

19

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.

19 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

20

Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET, CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E IMPRESSÃO DE PÁGINAS

Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc21. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se cha-
mava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a partici-
par da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras pessoas
que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.

20 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email
21 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Conectando-se à Internet empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma viço.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de com: indica que é comercial.
acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computa- br: indica que o endereço é no Brasil.
dor à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio
de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha URL
telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
World Wide Web vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu ou uma rede corporativa, uma intranet.
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin- Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e minho/recurso.
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de
forma simples e fácil de acessar. HTTP
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli- postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
e agradável. Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).

Protocolo de comunicação Hipertexto


Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto- São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- Navegadores
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como Um navegador de internet é um programa que mostra informa-
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de- ções da internet na tela do computador do usuário.
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti- Além de também serem conhecidos como browser ou web
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi-
computador de origem. vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec-
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das tados à internet.
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
Internet. e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive internauta.
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
externo. Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
página ou site na rede.
TCP / IP Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro- servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
nas literaturas como sendo: gador e os servidores.
- O protocolo principal da Internet;
- O protocolo padrão da Internet; Funcionalidades de um Navegador de Internet
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
ao funcionamento da Internet e seus serviços. usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon- Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada
sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans- através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela
porte dos pacotes). do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer
site na internet.
Domínio O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en- pretado pelos navegadores.
dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP imagens e outros tipos de dados.
– 74.125.234.180. Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos- meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
sível associar um endereço de um site a um número IP na rede. parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como página.
http://www.empresa.com.br, em que: Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende-
reço pertence à web.
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza- – Mais estabilidade e segurança.
do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
página na web. implementados nos sites mais modernos.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do oferecem funcionalidades adicionais.
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
recorrentes da sua rotina diária de tarefas. vra-chave digitando-a na barra de endereços.
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque-
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para Microsoft Edge
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer22.
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
para mostrar as atualizações. aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe- vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.
rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser
apagado, caso o usuário queira.
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo-
ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar
por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do
navegador de internet.
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre Outras características do Edge são:
outros. – Experiência de navegação com alto desempenho.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual-
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis- quer lugar conectado à internet.
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas – Funciona com a assistente de navegação Cortana.
no navegador. – Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
– Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são
alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co- Firefox
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na- Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
virtual da Internet. Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita-
Internet Explorer mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja,
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins-
substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como talado no PC, ele poderá ser instalado.
segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
atualizadas no Edge.
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.

Algumas características de destaque do Firefox são:


– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente.
– Não exige um hardware poderoso para rodar.
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur-
Principais recursos do Internet Explorer: sos.
– Transformar a página num aplicativo na área de trabalho, – Interface simplificada facilita o entendimento do usuário.
permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos – Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri-
instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas vacidade.
manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente – Disponível em desktop e mobile.
através de ícones.
– Gerenciador de downloads integrado.
22 https://bit.ly/2WITu4N
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Google Chorme
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac.
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo.
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
convidativo à navegação simplificada.

O Safari também se destaca em:


– Sincronização de dados e informações em qualquer disposi-
tivo Apple (iOS).
– Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcio-
namento de anúncios com base no comportamento do usuário.
– Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas
Principais recursos do Google Chrome: visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de cam-
– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur- pos de informação.
sos RAM suficientes. – Compatível também com sistemas operacionais que não seja
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas da Apple (Windows e Linux).
funcionalidades. – Disponível em desktops e mobile.
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte-
údos otimizados. Intranet
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT- A intranet é uma rede de computadores privada que assenta
TPS). sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
– Disponível em desktop e mobile. um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa,
que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
Opera internos23.
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evo- Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à
luindo como um dos melhores navegadores de internet. intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para
Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar. tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação
Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualida- situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.
de da experiência do usuário. Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores,
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor-
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição
de informações.
Outros pontos de destaques do Opera são: Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos,
– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de ener- a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co-
gia. nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este-
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre
velocidade de conexões de baixo desempenho. a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis significativo em termos de segurança.
(3G ou 4G).
– Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
páginas bancárias e de vendas on-line. QUESTÕES
– Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
– Disponível em desktop e mobile. 1. (PREFEITURA DE SENTINELA DO SUL/RS - FISCAL - OBJETI-
VA/2020) Considerando-se o Internet Explorer 11, marcar C para as
Safari afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa
O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela que apresenta a sequência CORRETA:
sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele (---) No Windows 10, é necessário instalar o aplicativo do Inter-
é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e net Explorer.
confiáveis para usar. (---) É possível fixar o aplicativo do Internet Explorer na barra de
tarefas do Windows 10.
23 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par-
te-2/
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
(A) C - C. IV. Possui recursos de segurança integrados, incluindo firewall
(B) C - E. e proteção de internet para ajudar a proteger contra vírus, malware
(C) E - E. e ransomware.
(D) E – C
Estão CORRETOS:
2. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE SOCIAL (A) Somente os itens I, II e III.
- COTEC/2020) Um usuário de computador realiza comumente um (B) Somente os itens I, III e IV.
conjunto de atividades como copiar, recortar e colar arquivos uti- (C) Somente os itens II, III e IV
lizando o Windows Explorer. Dessa forma, existe um conjunto de (D) Todos os itens.
ações de usuários, como realizar cliques com o mouse e utilizar-se
de atalhos de teclado, que deve ser seguido com o fim de realizar 5. (PREFEITURA DE PORTO XAVIER/RS - TÉCNICO EM ENFERMA-
o trabalho desejado. Assim, para mover um arquivo entre partições GEM - FUNDATEC/2018) A tecla de atalho Ctrl+A, no sistema opera-
diferentes do sistema operacional Windows 10, é possível adotar o cional Microsoft Windows 10, possui a função de:
seguinte conjunto de ações: (A) Selecionar tudo.
(A) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- (B) Imprimir.
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- (C) Renomear uma pasta.
tino e escolher a ação de colar. (D) Finalizar o programa.
(B) Clicar sobre o arquivo com o botão esquerdo do mouse, (E) Colocar em negrito.
mantendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de
destino. Por fim soltar o botão do mouse. 6. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - TÉCNICO EM INFOR-
(C) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- MÁTICA - COTEC/2020) Os softwares antivírus são comumente utili-
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- zados para proteger os sistemas de ameaças e potenciais softwares
tino. Por fim soltar o botão do mouse. malintencionados (conhecidos por malwares). Alguns usuários de
(D) Clicar uma vez sobre o arquivo com o botão direito do mou- computadores chegam a instalar mais de um antivírus na mesma
se e mover o arquivo para a partição de destino. máquina para sua proteção. Verifique o que pode ocorrer no caso
(E) Clicar sobre o arquivo com o botão direito do mouse, man- da instalação de mais de um antivírus:
tendo-o pressionado e mover o arquivo para a partição de des- I - Um antivírus pode identificar o outro antivírus como sendo
tino e escolher a ação de mover. uma possível ameaça.
II - Vai ocasionar um uso excessivo de processamento na CPU
3. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO do computador.
AMBIENTAL - COTEC/2020) Sobre organização e gerenciamento de III - Apesar de alguns inconvenientes, há um acréscimo do nível
informações, arquivos, pastas e programas, analise as seguintes de segurança.
afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. IV - Instabilidades e incompatibilidades podem fazer com que
( ) - Arquivos ocultos são arquivos que normalmente são re- vulnerabilidades se apresentem.
lacionados ao sistema. Eles ficam ocultos, pois alterações podem Estão CORRETAS as afirmativas:
danificar o Sistema Operacional. (A) I, II e IV, apenas.
( ) - Existem vários tipos de arquivos, como arquivos de textos, (B) I, III e IV, apenas.
arquivos de som, imagem, planilhas, sendo que o arquivo .rtf só é (C) II e III, apenas.
aberto com o WordPad. (D) II e IV, apenas.
( ) - Nas versões Vista, 7, 8 e 10 do Windows, é possível usar (E) II, III e IV, apenas.
criptografia para proteger todos os arquivos que estejam armazena-
dos na unidade em que o Windows esteja instalado. 7. (PREFEITURA DE TOLEDO/PR - ASSISTENTE EM ADMINISTRA-
( ) - O Windows Explorer é um gerenciador de informações, ÇÃO - PREFEITURA DE TOLEDO/PR/2020) Programas antivírus tem
arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da uma importância um tanto quanto fundamental para os usuários.
Microsoft. As principais funções dessa ferramenta são, EXCETO:
( ) - São bibliotecas padrão do Windows: Programas, Documen- (A) Atuar para identificação e eliminação da maior quantidade
tos, Imagens, Músicas, Vídeos. de vírus possível.
(B) Verificar continuamente os discos rígidos, HDs externos e
A sequência CORRETA das afirmações é: mídias removíveis.
(A) F, V, V, F, F. (C) Trabalhar sincronizado com outro antivírus para aumentar
(B) V, F, V, V, F. o nível de segurança.
(C) V, F, F, V, V. (D) Ao encontrar um problema o software em questão avisa o
(D) F, V, F, F, V. usuário.
(E) V, V, F, V, F. (E) A utilização de uma versão paga oferece ao usuário mais
segurança.
4. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - ASSISTENTE SOCIAL - OBJETI-
VA/2019) Em relação ao sistema operacional Windows 10, analisar 8. (CÂMARA DE CABIXI/RO - CONTADOR - MS CONCUR-
os itens abaixo: SOS/2018) Um vírus de computador é um software malicioso que
I. Possibilita o gerenciamento do tempo de tela. é desenvolvido por programadores geralmente inescrupulosos. Tal
II. Disponibiliza somente uma atualização de segurança por como um vírus biológico, o programa infecta o sistema, faz cópias
ano. de si e tenta se espalhar para outros computadores e dispositivos
III. Possibilita a conexão de contas da Microsoft entre usuários. de informática.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
As alternativas a seguir apresentam exemplos de vírus de com- 13. (PREFEITURA DE RIO DAS ANTAS/SC - AUXILIAR EDUCACIO-
putador, exceto o que se apresenta na alternativa: NAL - FEPESE/2018) Sobre o MS PowerPoint para Office 365 em por-
(A) Vírus de boot. tuguês, considere as seguintes afirmativas.
(B) Crackers. 1. Uma apresentação pode conter somente um único slide
(C) Cavalo de troia. mestre, que pode ser personalizado de modo individual para cada
(D) Time Bomb. slide da apresentação.
2. Para padronizar as fontes e imagens de fundo, por exemplo,
9. (RIOPRETOPREV - ANALISTA PREVIDENCIÁRIO - FCC/2019) O de modo que os slides da apresentação contenham a mesma for-
computador de um usuário foi infectado por um ransomware, um matação, pode-se editar o slide mestre da apresentação.
tipo de malware que: 3. O PowerPoint permite alternar entre slides em formato Pai-
(A) torna inacessíveis os dados armazenados no computador, sagem e Retrato de forma nativa, em uma mesma apresentação.
geralmente usando criptografia, e exige pagamento de resgate Basta configurar a página de cada slide individualmente.
(via bitcoins) para restabelecer o acesso ao usuário.
(B) após identificar potenciais computadores alvos, efetua có- Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
pias de si mesmo e tenta enviá-las para estes computadores, (A) É correta apenas a afirmativa 2.
por e-mail, chat etc. (B) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
(C) monitora e captura informações referentes à navegação ou (C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
digitação do usuário, e envia estas informações ao atacante. (D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
(D) assegura o acesso futuro do atacante ao computador com- (E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
prometido, permitindo que ele seja acessado remotamente
por meio do protocolo Telnet. 14. (CIS - AMOSC/SC - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - FEPE-
(E) torna o computador um zumbi, sendo controlado remota- SE/2018) Alguns projetores são considerados wide-screen, ou for-
mente e desferindo automaticamente ataques de negação de mato 16:9.
serviço a redes e servidores determinados pelo atacante. Assinale a alternativa que permite ao usuário alterar o tama-
nho do slide para widescreen utilizando o MS PowerPoint para Of-
10. (COREN/AC - AGENTE FISCAL - QUADRIX/2019) No que diz fice 365 em português.
respeito ao sítio de busca Google, às noções de vírus, worms e pra- (A) Através da guia Design, selecionar o Tamanho do Slide, e
gas virtuais e aos procedimentos de backup, julgue o item. clicar em Widescreen (16:9).
Diferentemente dos vírus, os spywares não conseguem captu- (B) Através da guia Inserir, selecionar a opção Inserir Slide Wi-
rar as teclas do computador quando pressionadas. descreen (16:9).
( ) CERTO (C) Através da guia Transições, selecionar a opção de alterar o
( ) ERRADO formato do slide para Widescreen (16:9).
(D) Através da guia Apresentação de Slides, selecionar a opção
Apresentar em Formato Widescreen (16:9).
11. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2019) O PowerPoint permite, ao (E) Através da guia Exibir, selecionar o tamanho do slide e clicar
preparar uma apresentação, inserir efeitos de transições entre os em Exibir no formato Widescreen (16:9).
slides. Analise os passos para adicionar a transição de slides.
( ) Selecionar Opções de Efeito para escolher a direção e a na- 15. (UFPB - ADMINISTRADOR DE EDIFÍCIOS - INSTITUTO
tureza da transição AOCP/2019) No Ambiente Operacional Windows e Microsoft
( ) Selecionar a guia Transições e escolher uma transição; sele- Office, todo tipo de arquivo tem sua extensão, o que possibili-
cionar uma transição para ver uma visualização. ta a diferenciação entre os milhões de arquivos existentes em
( ) Escolher o slide no qual se deseja adicionar uma transição. cada máquina. Relacione as colunas associando cada extensão
( ) Selecionar a Visualização para ver como a transição é exi- ao seu respectivo aplicativo do Microsoft Office e assinale a al-
bida. ternativa com a sequência correta.
1. .xlsx
A sequência está correta em 2. .docx
(A) 3, 2, 1, 4. 3. .pptx
(B) 1, 2, 3 ,4.
(C) 3, 4, 1, 2. ( ) Word.
(D) 1, 4, 2, 3. ( ) Excel.
( ) Power Point
12. (PREFEITURA DE VILA VELHA/ES - PSICÓLOGO - IBADE/2020)
O programa utilizado para criação/edição e exibição de slides é: (A) 1 – 2 – 3.
(A) Excel. (B) 3 – 2 – 1.
(B) Word. (C) 2 – 1 – 3.
(C) Photoshop. (D) 3 – 1 – 2.
(D) Power Point. (E) 1 – 3 – 2.
(E) Media Player.
16. (PREFEITURA DE SÃO JOAQUIM DO/PE - AUDITOR DE CON-
TROLE INTERNO - ADM&TEC/2018) Leia as afirmativas a seguir:
I. As funções “OU” e “SE”, no Microsoft Excel, são funções ló-
gicas.
II. A dinâmica de transmissão de informação na internet não
permite que as ações se sucedam concomitantemente.
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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Marque a alternativa CORRETA:
(A) As duas afirmativas são verdadeiras.
(B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
(C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
(D) As duas afirmativas são falsas.

17. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2019) Toda função do Excel deverá ser iniciada com o seguinte sinal:
(A) Igual.
(B) Soma.
(C) Média.
(D) Menor.

18. (GHC/RS - CONTADOR -: MS CONCURSOS/2018) O Excel possui a utilização de macros. Dentre as alternativas, assinale a que corre-
tamente explica o que vem a ser “macro”.
(A) Uma sequência de comandos utilizados em linguagem de máquina que corrigem as células.
(B) Uma programação cuja função é gerenciar os recursos do sistema Excel, fornecendo uma interface entre o computador e o usuário.
(C) Um programa do Excel que tem por objetivo ajudar o seu usuário a desempenhar uma tarefa específica, em geral ligada à edito-
ração dos dados.
(D) Um programa que executa o cruzamento de uma linha com uma coluna e nela são inseridas as informações necessárias do seu
documento.
(E) Uma sequência de comandos, que podem ser cliques, toques no teclado ou até mesmo pequenas linhas de códigos com funções
mais avançadas. Essas sequências são gravadas em um módulo VBA e são executadas sempre que forem necessárias.

19. (CÂMARA DE MONTES CLAROS/MG - AGENTE DO LEGISLATIVO - COTEC/2020) Dado o recorte de tabela a seguir, as fórmulas
necessárias para se obter a quantidade de alunos aprovados, conforme exposto na célula B16 e a média de notas da Prova 1, disposta na
célula B13, estão na alternativa:

(A) B16=CONT.APROVADO (F2:F11) e B13=MÉDIA (B2:B11).


(B) B16=SOMA (APROVADO) e B13=MÉDIA (B2:B11).
(C) B16=CONT.APROVADO (F2:F11) e B13=MED (B13).
(D) B16=CONT.SE (F2:F11;”APROVADO”) e B13=MÉDIA (B2:B11).
(E) B16=SOMA (F2:F11) –(F4+F5+F6+F7) e B13=MED(B13).

20. (TJ/RN - TÉCNICO DE SUPORTE SÊNIOR - COMPERVE/2020) Um técnico de suporte recebeu uma planilha elaborada no Microsoft
Excel, com os quantitativos de equipamentos em 3 setores diferentes e o valor unitário em reais de cada equipamento, conforme imagem
abaixo.

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
Para que uma célula mostre o valor em reais do somatório dos 24. (FITO - TÉCNICO EM GESTÃO - VUNESP/2020) Um usuário,
valores de todos os equipamentos do departamento de informáti- ao preparar um e-mail e não enviá-lo imediatamente, pode, para
ca, seria necessário utilizar a fórmula: não perder o trabalho feito, salvar o e-mail para envio posterior-
(A) =SOMA(B3:B8 + C3:C8) mente.
(B) =SOMA(B3:B8 * C3:C8) O recurso que permite salvar um e-mail ainda não enviado é
(C) =SOMA(B3:B8 * D3:D8) (A) Favorito.
(D) =SOMA(B3:B8 + D3:D8) (B) Lembrete.
(C) Acompanhamento.
21. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP - MÉDICO - INSTITUTO EX- (D) Rascunho.
CELÊNCIA/2018) Tendo por base o programa Microsoft Excel na sua (E) Marcas.
configuração padrão e versão mais recente, responda: Qual opera-
dor aritmético é utilizado quando for preciso inserir uma potencia- 25. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2018) Podem ser consideradas al-
ção? gumas atividades do correio eletrônico:
(A) ! I - Solicitar informações.
(B) $ II - Fazer download de arquivos.
(C) * III - Mandar mensagens.
(D) @ Estão CORRETOS:
(E) ^ (A) Somente os itens I e II.
(B) Somente os itens I e III.
22. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI- (C) Somente os itens II e III.
NISTRATIVO - COTEC/2020) Em observação aos conceitos e compo- (D) Todos os itens.
nentes de e-mail, faça a relação da denominação de item, presente
na 1.ª coluna, com a sua definição, na 2.ª coluna. 26. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRU-
Item TURA - UECE-CEV/2018) Angélica enviou um e-mail para três cola-
1- Spam boradoras, Luíza, Rafaela e Tatiana, tendo preenchido os campos do
2- IMAP destinatário da seguinte forma:
3- Cabeçalho Para: luiza@email.com.br
4- Gmail Cc: rafaela@email.com.br
Cco: tatiana@email.com.br
Definição Assunto: reunião importante
( ) Protocolo de gerenciamento de correio eletrônico. Todas as três colaboradoras receberam o e-mail de Angélica e
( ) Um serviço gratuito de webmail. o responderam através do comando “Responder a todos”. Conside-
( ) Mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa rando a situação ilustrada, é correto afirmar que:
para múltiplas pessoas. (A) somente Angélica recebeu todas as respostas.
( ) Uma das duas seções principais das mensagens de e-mail. (B) Tatiana não recebeu nenhuma das respostas.
(C) somente Luíza e Rafaela receberam todas as respostas.
A alternativa CORRETA para a correspondência entre colunas é: (D) todas receberam as respostas umas das outras.
(A) 1, 2, 3, 4.
(B) 3, 1, 2, 4. 27. (PREFEITURA DE AREAL - RJ - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -
(C) 2, 1, 4, 3. GUALIMP/2020) São características exclusivas da Intranet:
(D) 2, 4, 1, 3. (A) Acesso restrito e Rede Local (LAN).
(E) 1, 3, 4, 2. (B) Rede Local (LAN) e Compartilhamento de impressoras.
(C) Comunicação externa e Compartilhamento de Dados.
23. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO (D) Compartilhamento de impressoras e Acesso restrito.
AMBIENTAL - COTEC/2020) LEIA as afirmações a seguir:
I - É registrada a data e a hora de envio da mensagem. 28. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-
II - As mensagens devem ser lidas periodicamente para não NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web
acumular. (WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem
III - Não indicado para assuntos confidenciais. corrente, e não são porque
IV - Utilizada para comunicações internacionais e regionais, (A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági-
economizando despesas com telefone e evitando problemas com nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de
fuso horário. acesso a um computador.
V - As mensagens podem ser arquivadas e armazenadas, per- (B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co-
mitindo-se fazer consultas posteriores. nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço
São vantagens do correio eletrônico aquelas dispostas em ape- especial de acesso ao Google.
nas: (C) a internet é uma rede mundial de computadores especial,
(A) I, IV e V. enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun-
(B) I, III e IV. cionam dentro da internet.
(C) II, III e V. (D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu-
(D) II, IV e V. tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico.
(E) III, IV e V. (E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan-
to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso
especial ao Google.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
29. (PREFEITURA DE PINTO BANDEIRA/RS - AUXILIAR DE SERVI-
23 A
ÇOS GERAIS - OBJETIVA/2019) Sobre a navegação na internet, ana-
lisar a sentença abaixo: 24 D
Os acessos a sites de pesquisa e de notícias são geralmente re- 25 D
alizados pelo protocolo HTTP, onde as informações trafegam com
o uso de criptografia (1ª parte). O protocolo HTTP não garante que 26 B
os dados não possam ser interceptados (2ª parte). A sentença está: 27 B
(A) Totalmente correta.
28 C
(B) Correta somente em sua 1ª parte.
(C) Correta somente em sua 2ª parte. 29 C
(D) Totalmente incorreta. 30 A
30. (CRN - 3ª REGIÃO (SP E MS) - OPERADOR DE CALL CENTER -
IADES/2019) A navegação na internet e intranet ocorre de diversas
formas, e uma delas é por meio de navegadores. Quanto às funções
dos navegadores, assinale a alternativa correta.
ANOTAÇÕES
(A) Na internet, a navegação privada ou anônima do navegador ______________________________________________________
Firefox se assemelha funcionalmente à do Chrome.
(B) O acesso à internet com a rede off-line é uma das vantagens ______________________________________________________
do navegador Firefox.
(C) A função Atualizar recupera as informações perdidas quan- ______________________________________________________
do uma página é fechada incorretamente.
(D) A navegação privada do navegador Chrome só funciona na ______________________________________________________
intranet.
______________________________________________________
(E) Os cookies, em regra, não são salvos pelos navegadores
quando estão em uma rede da internet. ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 D ______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 B
______________________________________________________
4 B
5 A ______________________________________________________
6 A ______________________________________________________
7 C
______________________________________________________
8 B
9 A ______________________________________________________
10 ERRADO ______________________________________________________
11 A
______________________________________________________
12 D
______________________________________________________
13 A
14 A ______________________________________________________
15 C ______________________________________________________
16 B
______________________________________________________
17 A
18 E ______________________________________________________

19 D ______________________________________________________
20 B
______________________________________________________
21 E
______________________________________________________
22 D

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Direitos Metaindividuais
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TÍTULO II – DOS DIREITOS E
GARANTIAS FUNDAMENTAIS: CAPÍTULO I – DOS DIREI- Natureza Destinatários
TOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS; CAPÍTULO Difusos Indivisível Indeterminados
IV – DOS DIREITOS POLÍTICOS. TÍTULO III – DA ORGANI-
ZAÇÃO DO ESTADO: CAPÍTULO VII – DA ADMINISTRA- Determináveis
ÇÃO PÚBLICA: SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS; SEÇÃO Coletivos Indivisível ligados por uma
III – DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDE- relação jurídica
RAL E DOS TERRITÓRIOS. TÍTULO V – DA DEFESA DO Determinados
Individuais
ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS: CA- Divisível ligados por uma
Homogêneos
PÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA situação fática

Os Direitos Fundamentais de Terceira Geração possuem as se-


Distinção entre Direitos e Garantias Fundamentais guintes características:
Pode-se dizer que os direitos fundamentais são os bens jurídi- a) surgiram no século XX;
cos em si mesmos considerados, de cunho declaratório, narrados b) estão ligados ao ideal de fraternidade (ou solidariedade),
no texto constitucional. Por sua vez, as garantias fundamentais são que deve nortear o convívio dos diferentes povos, em defesa dos
estabelecidas na mesma Constituição Federal como instrumento de bens da coletividade;
proteção dos direitos fundamentais e, como tais, de cunho assecu- c) são direitos positivos, a exigir do Estado e dos diferentes
ratório. povos uma firme atuação no tocante à preservação dos bens de
interesse coletivo;
Evolução dos Direitos e Garantias Fundamentais d) correspondem ao direito de preservação do meio ambiente,
de autodeterminação dos povos, da paz, do progresso da humani-
• Direitos Fundamentais de Primeira Geração dade, do patrimônio histórico e cultural, etc.
Possuem as seguintes características:
a) surgiram no final do século XVIII, no contexto da Revolução • Direitos Fundamentais de Quarta Geração
Francesa, fase inaugural do constitucionalismo moderno, e domina- Segundo Paulo Bonavides, a globalização política é o fator his-
ram todo o século XIX; tórico que deu origem aos direitos fundamentais de quarta gera-
b) ganharam relevo no contexto do Estado Liberal, em oposição ção. Eles estão ligados à democracia, à informação e ao pluralismo.
ao Estado Absoluto; Também são transindividuais.
c) estão ligados ao ideal de liberdade;
d) são direitos negativos, que exigem uma abstenção do Estado Direitos Fundamentais de Quinta Geração
em favor das liberdades públicas; Paulo Bonavides defende, ainda, que o direito à paz represen-
e) possuíam como destinatários os súditos como forma de pro- taria o direito fundamental de quinta geração.
teção em face da ação opressora do Estado;
f) são os direitos civis e políticos. Características dos Direitos e Garantias Fundamentais
São características dos Direitos e Garantias Fundamentais:
• Direitos Fundamentais de Segunda Geração a) Historicidade: não nasceram de uma só vez, revelando sua
Possuem as seguintes características: índole evolutiva;
a) surgiram no início do século XX; b) Universalidade: destinam-se a todos os indivíduos, indepen-
b) apareceram no contexto do Estado Social, em oposição ao dentemente de características pessoais;
Estado Liberal; c) Relatividade: não são absolutos, mas sim relativos;
c) estão ligados ao ideal de igualdade; d) Irrenunciabilidade: não podem ser objeto de renúncia;
d) são direitos positivos, que passaram a exigir uma atuação e) Inalienabilidade: são indisponíveis e inalienáveis por não
positiva do Estado; possuírem conteúdo econômico-patrimonial;
e) correspondem aos direitos sociais, culturais e econômicos. f) Imprescritibilidade: são sempre exercíveis, não desparecen-
do pelo decurso do tempo.
• Direitos Fundamentais de Terceira Geração
Em um próximo momento histórico, foi despertada a preocu- Destinatários dos Direitos e Garantias Fundamentais
pação com os bens jurídicos da coletividade, com os denominados Todas as pessoas físicas, sem exceção, jurídicas e estatais, são
interesses metaindividuais (difusos, coletivos e individuais homogê- destinatárias dos direitos e garantias fundamentais, desde que
neos), nascendo os direitos fundamentais de terceira geração. compatíveis com a sua natureza.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Eficácia Horizontal dos Direitos e Garantias Fundamentais Direito à Igualdade
Muito embora criados para regular as relações verticais, de su- A igualdade, princípio fundamental proclamado pela Constitui-
bordinação, entre o Estado e seus súditos, passam a ser emprega- ção Federal e base do princípio republicano e da democracia, deve
dos nas relações provadas, horizontais, de coordenação, envolven- ser encarada sob duas óticas, a igualdade material e a igualdade
do pessoas físicas e jurídicas de Direito Privado. formal.
A igualdade formal é a identidade de direitos e deveres conce-
Natureza Relativa dos Direitos e Garantias Fundamentais didos aos membros da coletividade por meio da norma.
Encontram limites nos demais direitos constitucionalmente Por sua vez, a igualdade material tem por finalidade a busca
consagrados, bem como são limitados pela intervenção legislativa da equiparação dos cidadãos sob todos os aspectos, inclusive o
ordinária, nos casos expressamente autorizados pela própria Cons- jurídico. É a consagração da máxima de Aristóteles, para quem o
tituição (princípio da reserva legal). princípio da igualdade consistia em tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam.
Colisão entre os Direitos e Garantias Fundamentais Sob o pálio da igualdade material, caberia ao Estado promover
O princípio da proporcionalidade sob o seu triplo aspecto (ade- a igualdade de oportunidades por meio de políticas públicas e leis
quação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito) é a que, atentos às características dos grupos menos favorecidos, com-
ferramenta apta a resolver choques entre os princípios esculpidos pensassem as desigualdades decorrentes do processo histórico da
na Carta Política, sopesando a incidência de cada um no caso con- formação social.
creto, preservando ao máximo os direitos e garantias fundamentais
constitucionalmente consagrados. Direito à Privacidade
Para o estudo do Direito Constitucional, a privacidade é gênero,
Os quatro status de Jellinek do qual são espécies a intimidade, a honra, a vida privada e a ima-
a) status passivo ou subjectionis: quando o indivíduo se encon- gem. De maneira que, os mesmos são invioláveis e a eles assegura-
tra em posição de subordinação aos poderes públicos, caracterizan- -se o direito à indenização pelo dano moral ou material decorrente
do-se como detentor de deveres para com o Estado; de sua violação.
b) status negativo: caracterizado por um espaço de liberdade
de atuação dos indivíduos sem ingerências dos poderes públicos; Direito à Honra
c) status positivo ou status civitatis: posição que coloca o indi- O direito à honra almeja tutelar o conjunto de atributos perti-
víduo em situação de exigir do Estado que atue positivamente em nentes à reputação do cidadão sujeito de direitos, exatamente por
seu favor; tal motivo, são previstos no Código Penal.
d) status ativo: situação em que o indivíduo pode influir na for-
mação da vontade estatal, correspondendo ao exercício dos direi- Direito de Propriedade
tos políticos, manifestados principalmente por meio do voto. É assegurado o direito de propriedade, contudo, com
restrições, como por exemplo, de que se atenda à função social da
Referências Bibliográficas: propriedade. Também se enquadram como espécies de restrição do
DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con- direito de propriedade, a requisição, a desapropriação, o confisco
cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier. e o usucapião.
Do mesmo modo, é no direito de propriedade que se assegu-
Os direitos individuais estão elencados no caput do Artigo 5º ram a inviolabilidade do domicílio, os direitos autorais (propriedade
da CF. São eles: intelectual) e os direitos reativos à herança.
Destes direitos, emanam todos os incisos do Art. 5º, da CF/88,
Direito à Vida conforme veremos abaixo:
O direito à vida deve ser observado por dois prismas: o direito
de permanecer vivo e o direito de uma vida digna. TÍTULO II
O direito de permanecer vivo pode ser observado, por exem- DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
plo, na vedação à pena de morte (salvo em caso de guerra decla-
rada). CAPÍTULO I
Já o direito à uma vida digna, garante as necessidades vitais DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
básicas, proibindo qualquer tratamento desumano como a tortura,
penas de caráter perpétuo, trabalhos forçados, cruéis, etc. Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
Direito à Liberdade residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
O direito à liberdade consiste na afirmação de que ninguém igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em vir- I- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
tude de lei. Tal dispositivo representa a consagração da autonomia termos desta Constituição;
privada. II- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
Trata-se a liberdade, de direito amplo, já que compreende, coisa senão em virtude de lei;
dentre outros, as liberdades: de opinião, de pensamento, de loco- III- ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desu-
moção, de consciência, de crença, de reunião, de associação e de mano ou degradante;
expressão. IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o ano-
nimato;
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo XXVIII- são assegurados, nos termos da lei:
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na for- a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência desportivas;
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das
VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença reli- obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér-
giosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para pretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir XXIX- a lei assegurará aos autores de inventos industriais privi-
prestação alternativa, fixada em lei; légio temporário para sua utilização, bem como às criações indus-
IX - é livre a expressão de atividade intelectual, artística, cientí- triais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros
fica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvi-
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima- mento tecnológico e econômico do País;
gem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano ma- XXX- é garantido o direito de herança;
terial ou moral decorrente de sua violação; XXXI- a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagran- brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal
te delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por do de cujus;
determinação judicial; XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do con-
XII- é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações sumidor;
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no úl- XXXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informa-
timo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução proces- que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
sual penal; ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
XIII- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, sociedade e do Estado;
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XXXIV- são a todos assegurados, independentemente do paga-
XIV- é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado mento de taxas:
o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direi-
XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, tos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permane- b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa
cer ou dele sair com seus bens; de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em lo- XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
cais abertos ao público, independentemente de autorização, desde ou ameaça a direito;
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o XXXVI- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com- perfeito e a coisa julgada;
petente; XXXVII- não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XVII- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada XXXVIII- é reconhecida a instituição do júri, com a organização
a de caráter paramilitar; que lhe der a lei, assegurados:
XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de coope- a) a plenitude da defesa;
rativas independem de autorização, sendo vedada a interferência b) o sigilo das votações;
estatal em seu funcionamento; c) a soberania dos veredictos;
XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvi- d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
das ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo- a vida;
-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XXXIX- não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
XX- ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a perma- sem prévia cominação legal;
necer associado; XL- a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XXI- as entidades associativas, quando expressamente autori- XLI- a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos
zadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou e liberdades fundamentais;
extrajudicialmente; XLII- a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres-
XXII- é garantido o direito de propriedade; critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social; XLIII- a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecen-
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, me- tes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion-
diante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
previstos nesta Constituição; podendo evitá-los, se omitirem;
XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade compe- XLIV- constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de gru-
tente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao pro- pos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
prietário indenização ulterior, se houver dano; Estado Democrático;
XXVI- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, des- XLV- nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo
de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dis- bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
pondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, XLVI- a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei- outras, as seguintes:
ros pelo tempo que a lei fixar; a) privação ou restrição de liberdade;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
b) perda de bens; LXIX- conceder-se-á mandado de segurança para proteger di-
c) multa; reito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
d) prestação social alternativa; data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
e) suspensão ou interdição de direitos; autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atri-
XLVII- não haverá penas: buições de Poder Público;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
artigo 84, XIX; a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) de caráter perpétuo; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-
c) de trabalhos forçados; mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
d) de banimento; defesa dos interesses de seus membros ou associados;
e) cruéis; LXXI- conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
XLVIII- a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à naciona-
XLIX- é assegurado aos presos o respeito à integridade física e lidade, à soberania e à cidadania;
moral; LXXII- conceder-se-á habeas data:
L- às presidiárias serão asseguradas condições para que pos- a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
sam permanecer com seus filhos durante o período de amamenta- pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
ção; de entidades governamentais ou de caráter público;
LI- nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e dro- LXXIII- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
gas afins, na forma da lei; popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
LII- não será concedida extradição de estrangeiro por crime po- entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
lítico ou de opinião; ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
LIII- ninguém será processado nem sentenciado senão por au- autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
toridade competente; da sucumbência;
LIV- ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o LXXIV- o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
devido processo legal; aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LV- aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos LXXV- o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, as-
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, sim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
com os meios e recursos a ela inerentes; LXXVI- são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na for-
LVI- são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ma da lei:
ilícitos; a) o registro civil de nascimento;
LVII- ninguém será considerado culpado até o trânsito em julga- b) a certidão de óbito.
do da sentença penal condenatória; LXXVII- são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data
LVIII- o civilmente identificado não será submetido à identifica- e, na forma da lei, os atos necessário ao exercício da cidadania;
ção criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LXXVIII- a todos, no âmbito judicial e administrativo, são asse-
LIX- será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se gurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
esta não for intentada no prazo legal; celeridade de sua tramitação.
LX- a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda
LXI- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or- Constitucional nº 115, de 2022)
dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, §1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi- têm aplicação imediata.
litar, definidos em lei; §2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
LXII- a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
ou à pessoa por ele indicada; Federativa do Brasil seja parte.
LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre os quais o §3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí- humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
lia e de advogado; Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
LXIV- o preso tem direito a identificação dos responsáveis por §4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
sua prisão ou por seu interrogatório policial; Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
LXV- a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori-
dade judiciária; O tratado foi equiparado no ordenamento jurídico brasileiro às
LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a leis ordinárias. Em que pese tenha adquirido este caráter, o men-
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; cionado tratado diz respeito a direitos humanos, porém não possui
LXVII- não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável característica de emenda constitucional, pois entrou em vigor em
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimen- nosso ordenamento jurídico antes da edição da Emenda Constitu-
tícia e a do depositário infiel; cional nº 45/04. Para que tal tratado seja equiparado às emendas
LXVIII- conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer constitucionais deverá passar pelo mesmo rito de aprovação destas.
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberda-
de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Referências Bibliográficas: Basicamente, pode-se dizer que o mandado de injunção é ajui-
DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con- zado em face das normas de eficácia limitada, que são aquelas que
cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier. possuem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida (não direta,
não imediata e não integral), pois exigem norma infraconstitucio-
Remédios e Garantias Constitucionais nal, que, até hoje, não existe.
As ações constitucionais dispostas no Artigo 5º da CF também É regulado pela Lei 13.300/2016.
são conhecidas como remédios constitucionais, porque servem
para “curar a doença” do descumprimento de direitos fundamen- • Ação Popular
tais. A ação popular é o remédio constitucional ajuizado por qual-
Em outras palavras, são instrumentos colocados à disposição quer cidadão, que tenha por objetivo anular ato lesivo ao patrimô-
dos indivíduos para garantir o cumprimento dos direitos fundamen- nio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralida-
tais. de administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
• Habeas Corpus judiciais e do ônus da sucumbência.
O habeas corpus é a ação constitucional que tutela o direito A ação popular será regulamentada infraconstitucionalmente
fundamental à liberdade ambulatorial, ou seja, o direito de ir, vir e pela Lei 4.717/65.
estar/permanecer em algum lugar.
De acordo com o texto constitucional, o habeas corpus pode Direitos Constitucionais-Penais e Garantias Constitucionais do
ser: Processo
→ Preventivo: “sempre que alguém se achar ameaçado de so-
frer”; • Direitos Constitucionais Penais
→ Repressivo: “sempre que alguém sofrer”. A Constituição Federal de 1988, no capítulo referente aos direi-
tos e deveres individuai e coletivos, definiu vários princípios consti-
Ambos em relação a violência ou coação em sua liberdade de tucionais penais, garantidores de garantias aos cidadãos quando o
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Estado é obrigado a colocar em prática o jus puniendi, para que não
existam arbitrariedades e nem regimes de exceção1. São eles:
• Habeas Data Dignidade da pessoa humana, Igualdade ou isonomia, Legali-
O habeas data é a ação constitucional impetrada por pessoa dade e anterioridade, Irretroatividade da lei penal, Personalidade
física ou jurídica, que tenha por objetivo assegurar o conhecimento da pena, Individualização da pena, Humanidade, Intervenção míni-
de informações sobre si, constantes de registros ou banco de dados ma, Alteridade, Culpabilidade, Proporcionalidade, Ofensividade ou
de entidades governamentais ou de caráter público, ou para retifi- lesividade, Insignificância e Adequação social.
cação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, Tais princípios são norteadores da atuação Estatal no campo
judicial ou administrativo. penal, para a garantia de um processo imparcial e justo, afastando
Esse remédio constitucional está regulamentado pela Lei qualquer punição exacerbada e desmedida quando da aplicação da
9.507/97, que disciplina o direito de acesso a informações e o rito pena e garantidor do devido processo legal, amparado no contradi-
processual do habeas data. tório e na ampla defesa. Fundamentos de um Estado Democrático
de Direito.
• Mandado de Segurança Assim, a observância dos princípios constitucionais penais é de
O mandado de segurança individual é a ação constitucional im- suma importância para a garantia dos direitos fundamentais e para
petrada por pessoa física ou jurídica, ou ente despersonalizado, que a aplicação da lei penal, sendo, pois, repetido no Código Penal e nas
busca a tutela de direito líquido e certo, não amparado por habeas demais leis, como forma de concretização da Justiça.
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica • Garantias Constitucionais do Processo
no exercício de atribuições do Poder Público. No art. 5º da Constituição da República, entre os direitos fun-
Observa-se, portanto, que o mandado de segurança tem cabi- damentais, estão estabelecidos os princípios constitucionais básicos
mento subsidiário. É disciplinado pela Lei 12.016/09. do processo justo, quais sejam: a garantia de pleno acesso à justiça,
a garantia do juiz natural (não haverá juízo ou Tribunal de exceção),
• Mandado de Segurança Coletivo ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
O mandado de segurança coletivo é a ação constitucional im- competente, a garantia do devido processo legal, do contraditório e
petrada por partido político com representação no Congresso Na- da ampla defesa, a vedação das provas ilícitas, a garantia de publici-
cional, organização sindical, entidade de classe ou associação legal- dade dos atos processuais (exigência de fundamentação de todas as
mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (em decisões judiciais), o dever de assistência jurídica integral e gratuita
defesa dos interesses de seus membros ou associados), que busca a todos que comprovarem insuficiência de recursos, a garantia de
a tutela de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus duração razoável do processo e da adoção de meios para assegurar
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso a celeridade de sua tramitação2.
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no Possível, ainda, apontar-se outros princípios constitucionais do
exercício de atribuições do Poder Público. processo justo, como o direito à representação técnica e à paridade
de armas.
• Mandado de Injunção
1 http://iccs.com.br/dos-principios-constitucionais-penais-rodrigo-otavio-dos-
O mandado de injunção é a ação constitucional impetrada por
-reis-chediak/
pessoa física ou jurídica, ou ente despersonalizado, que objetive sa-
2 COSTA, Miguel do Nascimento. Das garantias constitucionais e o devido
nar a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício
processo no Estado liberal aos direitos fundamentais e o processo justo no
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas ineren-
Estado Democrático de Direito. Revista da AJURIS – Porto Alegre, v. 42, n. 139,
tes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
dezembro, 2015.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O modelo mínimo de processo, no Estado Democrático de Di- XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re-
reito, portanto, somente pode ser buscado na Constituição. A fiel muneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empre-
observância do direito ao processo justo é condição indispensável sa, conforme definido em lei;
para produzir decisões justas, ou seja, trata-se de elemento neces- XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalha-
sário, embora não único e suficiente, para se assegurar justiça ao dor de baixa renda nos termos da lei;
caso concreto. XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
O direito ao processo justo, portanto, constitui direito à orga- diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de
nização de um processo justo, tarefa do legislador infraconstitucio- horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
nal, do administrador da justiça e do órgão jurisdicional. Assim, a coletiva de trabalho;
consecução do direito ao processo justo depende de sua própria XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
viabilização pelo Estado Democrático de Direito, mediante a edição ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
de normas, a administração da estrutura judicante e pela própria XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos do-
atuação jurisdicional. mingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no míni-
Referências Bibliográficas: mo, em cinquenta por cento à do normal;
BORTOLETO, Leandro; e LÉPORE, Paulo. Noções de Direito Constitu- XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
cional e de Direito Administrativo. Coleção Tribunais e MPU. Salvador: terço a mais do que o salário normal;
Editora JusPODIVM. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias;
Os direitos sociais são prestações positivas proporcionadas XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas cons- XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante in-
titucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais centivos específicos, nos termos da lei;
fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações so- XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
ciais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
igualdade. Estão previstos na CF nos artigos 6 a 11. Vejamos: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de nor-
mas de saúde, higiene e segurança;
CAPÍTULO II XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
DOS DIREITOS SOCIAIS insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nas-
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previ- cimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
dência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada trabalho;
pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilida- XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empre-
de social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo gador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
poder público em programa permanente de transferência de renda, incorrer em dolo ou culpa;
cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, ob- XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
servada a legislação fiscal e orçamentária. (Incluído pela Emenda trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha-
Constitucional nº 114, de 2021) dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de contrato de trabalho;
outros que visem à melhoria de sua condição social: a) (Revogada).
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária b) (Revogada).
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e
indenização compensatória, dentre outros direitos; de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário
III - fundo de garantia do tempo de serviço; e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa- intelectual ou entre os profissionais respectivos;
mília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
para qualquer fim; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do empregatício permanente e o trabalhador avulso.
trabalho; Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhado-
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção res domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII,
ou acordo coletivo; XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplifi-
percebem remuneração variável; cação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e aces-
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral sórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os
ou no valor da aposentadoria; previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; integração à previdência social.
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado
retenção dolosa; o seguinte:
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a funda- Os direitos sociais são divididos em:
ção de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, veda-
das ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização Direitos relativos aos trabalhadores
sindical; Direitos relativos ao salário, às condições de trabalho, à liber-
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, dade de instituição sindical, o direito de greve, entre outros (CF, ar-
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou eco- tigos 7º a 11).
nômica, na mesma base territorial, que será definida pelos traba-
lhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à Direitos relativos ao homem consumidor
área de um Município; Direito à saúde, à educação, à segurança social, ao desenvolvi-
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coleti- mento intelectual, o igual acesso das crianças e adultos à instrução,
vos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou à cultura e garantia ao desenvolvimento da família, que estariam no
administrativas; título da ordem social.
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratan-
do de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio Referências Bibliográficas:
do sistema confederativo da representação sindical respectiva, in- DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con-
dependentemente da contribuição prevista em lei; cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
sindicato; Os direitos referentes à nacionalidade estão previstos dos Arti-
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações gos 12 a 13 da CF. Vejamos:
coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas CAPÍTULO III
organizações sindicais; DA NACIONALIDADE
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a par-
tir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação Art. 12. São brasileiros:
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do I - natos:
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à orga- pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
nização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasilei-
as condições que a lei estabelecer. ra, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federa-
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos traba- tiva do Brasil;
lhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os inte- c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-
resses que devam por meio dele defender. sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com-
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas nacionalidade brasileira;
da lei. II - naturalizados:
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e em- a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
pregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus inte- exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas resi-
resses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e dência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
deliberação. b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é as- República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterrup-
segurada a eleição de um representante destes com a finalidade tos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empre- brasileira.
gadores. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
Os direitos sociais regem-se pelos princípios abaixo: os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
• Princípio da proibição do retrocesso: qualifica-se pela impos- Constituição.
sibilidade de redução do grau de concretização dos direitos sociais § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
já implementados pelo Estado. Ou seja, uma vez alcançado deter- natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
minado grau de concretização de um direito social, fica o legislador § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
proibido de suprimir ou reduzir essa concretização sem que haja I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
a criação de mecanismos equivalentes chamados de medias com- II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
pensatórias. III - de Presidente do Senado Federal;
• Princípio da reserva do possível: a implementação dos di- IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
reitos e garantias fundamentais de segunda geração esbarram no V - da carreira diplomática;
óbice do financeiramente possível. VI - de oficial das Forças Armadas.
• Princípio do mínimo existencial: é um conjunto de bens e VII - de Ministro de Estado da Defesa.
direitos vitais básicos indispensáveis a uma vida humana digna, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
intrinsecamente ligado ao fundamento da dignidade da pessoa que:
humana previsto no Artigo 1º, III, CF. A efetivação do mínimo I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
existencial não se sujeita à reserva do possível, pois tais direitos se virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
encontram na estrutura dos serviços púbicos essenciais. II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-
trangeira;
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao Portugueses Equiparados
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. Igual os Direitos Se houver 1) Residência
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Fe- dos Brasileiros permanente no
derativa do Brasil. Naturalizados Brasil;
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, 2) Reciprocidade
o hino, as armas e o selo nacionais. aos brasileiros em
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter Portugal.
símbolos próprios.
Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados
A Nacionalidade é o vínculo jurídico-político de Direito Público A CF/88 em seu Artigo 12, §2º, prevê que a lei não poderá fa-
interno, que faz da pessoa um dos elementos componentes da di- zer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, com exceção às
mensão pessoal do Estado (o seu povo). seguintes hipóteses:
Cargos privativos de brasileiros natos → Artigo 12, §3º, CF;
Considera-se povo o conjunto de nacionais, ou seja, os brasilei- Função no Conselho da República → Artigo 89, VII, CF;
ros natos e naturalizados. Extradição → Artigo 5º, LI, CF; e
Direito de propriedade → Artigo 222, CF.
Espécies de Nacionalidade
São duas as espécies de nacionalidade: Perda da Nacionalidade
a) Nacionalidade primária, originária, de 1º grau, involuntá- O Artigo 12, §4º da CF refere-se à perda da nacionalidade, que
ria ou nata: é aquela resultante de um fato natural, o nascimento. apenas poderá ocorrer nas duas hipóteses taxativamente elencadas
Trata-se de aquisição involuntária de nacionalidade, decorrente do na CF, sob pena de manifesta inconstitucionalidade.
simples nascimento ligado a um critério estabelecido pelo Estado
na sua Constituição Federal. Descrita no Artigo 12, I, CF/88. Dupla Nacionalidade
b) Nacionalidade secundária, adquirida, por aquisição, de 2º O Artigo 12, §4º, II da CF traz duas hipóteses em que a opção
grau, voluntária ou naturalização: é a que se adquire por ato voliti- por outra nacionalidade não ocasiona a perda da brasileira, passan-
vo, depois do nascimento, somado ao cumprimento dos requisitos do o nacional a possuir dupla nacionalidade (polipátrida).
constitucionais. Descrita no Artigo 12, II, CF/88.
Polipátrida → aquele que possui mais de uma nacionalidade.
O quadro abaixo auxilia na memorização das diferenças entre
as duas: Heimatlos ou Apátrida → aquele que não possui nenhuma na-
cionalidade.
Nacionalidade
Idioma Oficial e Símbolos Nacionais
Primária Secundária Por fim, o Artigo 13 da CF elenca o Idioma Oficial e os Símbolos
Nascimento + Requisitos Ato de vontade + Requisitos Nacionais do Brasil.
constitucionais constitucionais
Referências Bibliográficas:
Brasileiro Nato Brasileiros Naturalizado DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con-
cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier.
• Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária
O Estado pode adotar dois critérios para a concessão da nacio- Os Direitos Políticos têm previsão legal na CF/88, em seus Arti-
nalidade originária: o de origem sanguínea (ius sanguinis) e o de gos 14 a 16. Seguem abaixo:
origem territorial (ius solis).
O critério ius sanguinis tem por base questões de hereditarie- CAPÍTULO IV
dade, um vínculo sanguíneo com os ascendentes. DOS DIREITOS POLÍTICOS
O critério ius solis concede a nacionalidade originária aos nas-
cidos no território de um determinado Estado, sendo irrelevante a Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio univer-
nacionalidade dos genitores. sal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos
A CF/88 adotou o critério ius solis como regra geral, possibili- termos da lei, mediante:
tando em alguns casos, a atribuição de nacionalidade primária pau- I - plebiscito;
tada no ius sanguinis. II - referendo;
III - iniciativa popular.
Portugueses Residentes no Brasil § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
O §1º do Artigo 12 da CF confere tratamento diferenciado aos I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
portugueses residentes no Brasil. Não se trata de hipótese de natu- II - facultativos para:
ralização, mas tão somente forma de atribuição de direitos. a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
III - o alistamento eleitoral; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; rarem seus efeitos;
V - a filiação partidária; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
VI - a idade mínima de: alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Re- V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
pública e Senador; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra
do Distrito Federal; até um ano da data de sua vigência.
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; De acordo com José Afonso da Silva, os direitos políticos, rela-
d) dezoito anos para Vereador. cionados à primeira geração dos direitos e garantias fundamentais,
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. consistem no conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado de participação no processo político e nos órgãos governamentais.
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou São instrumentos previstos na Constituição e em normas infra-
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um constitucionais que permitem o exercício concreto da participação
único período subsequente. do povo nos negócios políticos do Estado.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Capacidade Eleitoral Ativa
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses Segundo o Artigo 14, §1º da CF, a capacidade eleitoral ativa é o
antes do pleito. direito de votar nas eleições, nos plebiscitos ou nos referendos, cuja
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o aquisição se dá com o alistamento eleitoral, que atribui ao nacional
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau a condição de cidadão (aptidão para o exercício de direitos políticos).
ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os Alistamento Eleitoral e Voto
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Obrigatório Facultativo Inalistável – Artigo 14, §2º
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes Maiores de 18 e Maiores de 16 Estrangeiros (com
condições: menores de 70 e menores de exceção aos portugueses
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se anos 18 anos equiparados, constantes no
da atividade; Maiores de 70 Artigo 12, §1º da CF)
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela anos Conscritos (aqueles
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato Analfabetos convocados para o serviço
da diplomação, para a inatividade. militar obrigatório)
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a • Características do Voto
probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato O voto no Brasil é direito (como regra), secreto, universal, com
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e valor igual para todos, periódico, personalíssimo, obrigatório e livre.
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico Capacidade Eleitoral Passiva
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adminis- Também chamada de Elegibilidade, a capacidade eleitoral pas-
tração direta ou indireta. siva diz respeito ao direito de ser votado, ou seja, de eleger-se para
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça cargos políticos. Tem previsão legal no Artigo 14, §3º da CF.
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída O quadro abaixo facilita a memorização da diferença entre as
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou duas espécies de capacidade eleitoral. Vejamos:
fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de Capacidade Eleitoral Ativa Capacidade Eleitoral Passiva
manifesta má-fé. Alistabilidade Elegibilidade
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições
municipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas Direito de votar Direito de ser votado
pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites Inelegibilidades
operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emen- A inelegibilidade afasta a capacidade eleitoral passiva (direito
da Constitucional nº 111, de 2021) de ser votado), constituindo-se impedimento à candidatura a man-
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões datos eletivos nos Poderes Executivo e Legislativo.
submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão
durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda • Inelegibilidade Absoluta
gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucio- Com previsão legal no Artigo 14, §4º da CF, a inelegibilidade ab-
nal nº 111, de 2021) soluta impede que o cidadão concorra a qualquer mandato eletivo
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou e, em virtude de natureza excepcional, somente pode ser estabele-
suspensão só se dará nos casos de: cida na Constituição Federal.
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em Refere-se aos Inalistáveis e aos Analfabetos.
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Inelegibilidade Relativa Conjugando os dois sentidos, pode-se conceituar a Administra-
Consiste em restrições que recaem à candidatura a determi- ção Pública como sendo o conjunto de pessoas e órgãos que de-
nados cargos eletivos, em virtude de situações próprias em que se sempenham uma função de atendimento ao interesse público, ou
encontra o cidadão no momento do pleito eleitoral. São elas: seja, que estão a serviço da coletividade.
→ Vedação ao terceiro mandato sucessivo para os Chefes do
Poder Executivo (Artigo 14, §5º, CF); Princípios da Administração Pública
→ Desincompatibilização para concorrer a outros cargos, apli- Nos termos do caput do Artigo 37 da CF, a administração públi-
cada apenas aos Chefes do Poder Executivo (Artigo 14, §6º, CF); ca direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
→ Inelegibilidade reflexa, ou seja, inelegibilidade relativa por mo- do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
tivos de casamento, parentesco ou afinidade, uma vez que não incide legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
sobre o mandatário, mas sim perante terceiros (Artigo 14, §7º, CF). As provas de Direito Constitucional exigem com frequência a
memorização de tais princípios. Assim, para facilitar essa memori-
Condição de Militar zação, já é de praxe valer-se da clássica expressão mnemônica “LIM-
O militar alistável é elegível, desde que atenda as exigências PE”. Observe o quadro abaixo:
previstas no §8º do Artigo 14, da CF, a saber:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se Princípios da Administração Pública
da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela L Legalidade
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato I Impessoalidade
da diplomação, para a inatividade.
M Moralidade
Observa-se que a norma restringe a elegibilidade aos militares P Publicidade
alistáveis, logo, os conscritos, que são inalistáveis, são inelegíveis. O
E Eficiência
quadro abaixo serve como exemplo:
LIMPE
Militares – Exceto os Conscritos
Passemos ao conceito de cada um deles:
Menos de 10 anos Registro da candidatura →
Inatividade • Princípio da Legalidade
Mais de 10 anos Registro da candidatura → De acordo com este princípio, o administrador não pode agir
Agregado ou deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada.
Na diplomação → Inatividade O quadro abaixo demonstra suas divisões.

Privação dos Direitos Políticos Princípio da Legalidade


De acordo com o Artigo 15 da CF, o cidadão pode ser privado
A Administração Pública
dos seus direitos políticos por prazo indeterminado (perda), sendo
Em relação à Administração somente pode fazer o que a
que, neste caso, o restabelecimento dos direitos políticos depende-
Pública lei permite → Princípio da
rá do exercício de ato de vontade do indivíduo, de um novo alista-
Estrita Legalidade
mento eleitoral.
Da mesma forma, a privação dos direitos políticos pode se dar O Particular pode fazer tudo
Em relação ao Particular
por prazo determinado (suspensão), em que o restabelecimento se que a lei não proíbe
dará automaticamente, ou seja, independentemente de manifesta-
ção do suspenso, desde que ultrapassado as razões da suspensão. • Princípio da Impessoalidade
Vejamos: Em decorrência deste princípio, a Administração Pública deve
servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidá-
Privação dos Direitos Políticos rias, não podendo atuar com vistas a beneficiar ou prejudicar de-
terminadas pessoas, uma vez que o fundamento para o exercício de
Perda Suspensão sua função é sempre o interesse público.
Privação por prazo Privação por prazo
indeterminado determinado • Princípio da Moralidade
Tal princípio caracteriza-se por exigir do administrador público
Restabelecimento dos direitos Restabelecimento dos um comportamento ético de conduta, ligando-se aos conceitos de
políticos depende de um novo direitos políticos se dá probidade, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé.
alistamento eleitoral automaticamente A moralidade se extrai do senso geral da coletividade represen-
tada e não se confunde com a moralidade íntima do administrador
Referências Bibliográficas: (moral comum) e sim com a profissional (ética profissional).
DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con- O Artigo 37, § 4º da CF elenca as consequências possíveis, devi-
cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier. do a atos de improbidade administrativa:

Disposições gerais e servidores públicos


A expressão Administração Pública em sentido objetivo traduz
a ideia de atividade, tarefa, ação ou função de atendimento ao inte-
resse coletivo. Já em sentido subjetivo, indica o universo dos órgãos
e pessoas que desempenham função pública.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sanções ao cometimento de atos de improbidade CAPÍTULO VII


administrativa DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Suspensão dos direitos políticos (responsabilidade política) SEÇÃO I


Perda da função pública (responsabilidade disciplinar) DISPOSIÇÕES GERAIS
Indisponibilidade dos bens (responsabilidade patrimonial) Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
Ressarcimento ao erário (responsabilidade patrimonial) dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
• Princípio da Publicidade lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
O princípio da publicidade determina que a Administração Pú- I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
blica tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica, brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
salvo a hipótese de sigilo necessário. como aos estrangeiros, na forma da lei;
A publicidade é a condição de eficácia do ato administrativo e II - a investidura em cargo ou emprego público depende de apro-
tem por finalidade propiciar seu conhecimento pelo cidadão e pos- vação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
sibilitar o controle por todos os interessados. de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
• Princípio da Eficiência comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Segundo o princípio da eficiência, a atividade administrativa III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, anos, prorrogável uma vez, por igual período;
evitando atuações amadorísticas. IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convo-
Este princípio impõe à Administração Pública o dever de agir cação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro-
com eficiência real e concreta, aplicando, em cada caso concreto, a vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursa-
medida, dentre as previstas e autorizadas em lei, que mais satisfaça dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;
o interesse público com o menor ônus possível (dever jurídico de V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servi-
boa administração). dores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
Em decorrência disso, a administração pública está obrigada a preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e per-
desenvolver mecanismos capazes de propiciar os melhores resul- centuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribui-
tados possíveis para os administrados. Portanto, a Administração ções de direção, chefia e assessoramento;
Pública será considerada eficiente sempre que o melhor resultado VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre asso-
for atingido. ciação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
Disposições Gerais na Administração Pública definidos em lei específica;
O esquema abaixo sintetiza a definição de Administração Pú- VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
blica: para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
Administração Pública
terminado para atender a necessidade temporária de excepcional
Direta Indireta interesse público;
Autarquias (podem ser X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
qualificadas como agências trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
reguladoras) lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-
Federal gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
Fundações (autarquias
Estadual de índices;
e fundações podem ser
Distrital XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-
qualificadas como agências
Municipal ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
executivas)
Sociedades de economia mista fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Empresas públicas Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pen-
Entes Cooperados sões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
Não integram a Administração Pública, mas prestam serviços de ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra na-
interesse público. Exemplos: SESI, SENAC, SENAI, ONG’s tureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
As disposições gerais sobre a Administração Pública estão elen- Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal,
cadas nos Artigos 37 e 38 da CF. Vejamos: o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Le-
gislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, li-
mitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do sub-
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Execu-
tivo;
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es- § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão
pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
serviço público; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
não serão computados nem acumulados para fins de concessão de § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para
acréscimos ulteriores; ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e em- causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
pregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI ressarcimento.
e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
qualquer caso o disposto no inciso XI: direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
a) a de dois cargos de professor; § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; de cargo ou emprego da administração direta e indireta que
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de possibilite o acesso a informações privilegiadas.
saúde, com profissões regulamentadas; § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação
ou indiretamente, pelo poder público; de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais te- dispor sobre:
rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência I - o prazo de duração do contrato;
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi-
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de econo- III - a remuneração do pessoal.”
mia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às
caso, definir as áreas de sua atuação; sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria- recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a
serviços, compras e alienações serão contratados mediante pro- remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
cesso de licitação pública que assegure igualdade de condições a cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eleti-
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações vos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos ter- e exoneração.
mos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as
obrigações. parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo,
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funciona- fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito,
mento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
de autoridades ou servidores públicos. responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o
da lei. nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda
administração pública direta e indireta, regulando especialmente: Constitucional nº 103, de 2019)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública,
ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o
dos serviços; rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de
e XXXIII; servidores públicos e de pensões por morte a seus dependentes que
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência
social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
nº 109, de 2021) Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer
e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as se- caso, o disposto no art. 37, XI.
guintes disposições: § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; empregos públicos.
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remunera- Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
ção; provenientes da economia com despesas correntes em cada
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili- órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício produtividade.
de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previ- § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter
dência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de
de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela
2019) Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores
Servidores Públicos titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário,
Os servidores públicos são pessoas físicas que prestam serviços mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
à administração pública direta, às autarquias ou fundações públi- ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
cas, gerando entre as partes um vínculo empregatício ou estatutá- preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela
rio. Esses serviços são prestados à União, aos Estados-membros, ao Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Distrito Federal ou aos Municípios. § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência
As disposições sobre os Servidores Públicos estão elencadas social será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional
dos Artigos 39 a 41 da CF. Vejamos: nº 103, de 2019)
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em
SEÇÃO II que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese
DOS SERVIDORES PÚBLICOS em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a conces-
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
planos de carreira para os servidores da administração pública dire- II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo
ta, das autarquias e das fundações públicas. de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
instituirão conselho de política de administração e remuneração de III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade,
pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Po- se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,
deres. e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Cons-
componentes do sistema remuneratório observará: tituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo
cargos componentes de cada carreira; ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
II - os requisitos para a investidura; de 2019)
III - as peculiaridades dos cargos. § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores
de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência
públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
convênios ou contratos entre os entes federados. § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. (Redação
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados
admissão quando a natureza do cargo o exigir. para concessão de benefícios em regime próprio de previdência
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente,
do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo,
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019) § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime
do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição de previdência complementar para servidores públicos ocupantes
diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias
que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do e das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado
art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Constitucional nº 103, de 2019) 103, de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14
do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou
e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, de entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado
reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem correspondente regime de previdência complementar.
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados,
complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela na forma da lei.
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime
de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do
Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo
Constitucional nº 103, de 2019) que tenha completado as exigências para a aposentadoria
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer
tratar da única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao
benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a para aposentadoria compulsória. (Redação dada pela Emenda
hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente Constitucional nº 103, de 2019)
de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação § 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, ór-
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme gãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsá-
critérios estabelecidos em lei. veis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o
municipal será contado para fins de aposentadoria, observado § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço § 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional
correspondente será contado para fins de disponibilidade. (Redação nº 103, de 2019)
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os
de tempo de contribuição fictício. que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de 2019)
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o
previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda Consti-
de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma tucional nº 103, de 2019)
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos re-
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. cursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído
regime próprio de previdência social, no que couber, os requisitos pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
V - condições para instituição do fundo com finalidade previ- Estabilidade do Servidor
denciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recur-
sos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de Requisitos para aquisição de Cargo de provimento efetivo/
qualquer natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de Estabilidade ocupado em razão de concurso
2019) público
VI - mecanismos de equacionamento do déficit atuarial; (Incluí- 3 anos de efetivo exercício
do pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Avaliação de desempenho por
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, ob- comissão instituída para esta
servados os princípios relacionados com governança, controle inter- finalidade
no e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, Hipóteses em que o servidor Em virtude de sentença judicial
de 2019) estável pode perder o cargo transitada em julgado
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles Mediante processo
que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamen- administrativo em que lhe seja
te, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional assegurada ampla defesa
nº 103, de 2019) Mediante procedimento
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela de avaliação periódica de
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) desempenho, na forma de lei
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição complementar, assegurada
de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído ampla defesa
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Em razão de excesso de
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os ser- despesa
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público. Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: A CF/88 impôs aos Militares, regime especial e diferenciado do
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; servidor civil. Os direitos e deveres dos militares e dos civis não se
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu- misturam a não ser por expressa determinação constitucional.
rada ampla defesa; Não pode o legislador infraconstitucional cercear direitos ou
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desem- impor deveres que a Constituição Federal não trouxe de forma taxa-
penho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. tiva, tampouco não se pode inserir deveres dos servidores civis aos
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor militares de forma reflexa.
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se A Emenda Constitucional nº 101/19, promulgada pelo Congres-
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, so Nacional, permite acúmulo de cargos públicos nas áreas de saú-
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com de e educação por militares. Através da referida Emenda, os Milita-
remuneração proporcional ao tempo de serviço. res poderão exercer funções de professor ou profissional da saúde
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o desde que haja compatibilidade de horário. Ou seja, aplicou-se a
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração tais profissionais o disposto no art. 37, inciso XVI, da CF/88.
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento Desde a promulgação da CF/88, o exercício simultâneo de
em outro cargo. cargos era permitido apenas para servidores públicos civis e para
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é militares das Forças Armadas que atuam na área de saúde. A acu-
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão mulação passou a ser possível, desde que haja compatibilidade de
instituída para essa finalidade. horários.
Vejamos as disposições do Art. 42 da CF/88:
• Estabilidade
A estabilidade é a garantia que o servidor público possui de SEÇÃO III
permanecer no cargo ou emprego público depois de ter sido apro- DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E
vado em estágio probatório. DOS TERRITÓRIOS
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, a estabilidade
poder ser definida como a garantia constitucional de permanência Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bom-
no serviço público, do servidor público civil nomeado, em razão de beiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e
concurso público, para titularizar cargo de provimento efetivo, após disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Ter-
o transcurso de estágio probatório. ritórios.
A estabilidade é assegurada ao servidor após três anos de efe- § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e
tivo exercício, em virtude de nomeação em concurso público. Esse dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições
é o estágio probatório citado pela lei. do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo
Passada a fase do estágio, sendo o servidor público efetivado, a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º,
ele perderá o cargo somente nas hipóteses elencadas no Artigo 41, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
§ 1º da CF. governadores.
Haja vista o tema ser muito cobrado nas provas dos mais varia- § 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito
dos concursos públicos, segue a tabela explicativa: Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica
do respectivo ente estatal.
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência
da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101,
de 2019)
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Das Regiões Estado de Defesa
De acordo com a CF/88 as políticas da União podem se dar de Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária, por
forma regionalizada e a disposição legal do Art. 43 visa reduzir as tempo certo, em locais restritos e determinados, mediante decreto
desigualdades regionais. Este tema será regulado por Lei Comple- do Presidente da República, ouvidos o Conselho da República e o
mentar. Conselho de Defesa Nacional, para preservar a ordem pública ou
Diz o Art. 43 da CF/88: a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institu-
cional ou atingidas por calamidades de grandes proporções da na-
SEÇÃO IV tureza.
DAS REGIÕES Vejamos o dispositivo constitucional que o representa:

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular TÍTULO V


sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre: CAPÍTULO I
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimen- DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
to;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na SEÇÃO I
forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais DO ESTADO DE DEFESA
de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com
estes. Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de
na forma da lei: defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais res-
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos tritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas
e preços de responsabilidade do Poder Público; por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por ca-
II - juros favorecidos para financiamento de atividades priori- lamidades de grandes proporções na natureza.
tárias; § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas
federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos vigorarem, dentre as seguintes:
rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de I - restrições aos direitos de:
baixa renda, sujeitas a secas periódicas. a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará b) sigilo de correspondência;
a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
glebas, de fontes de água e de pequena irrigação. hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos
e custos decorrentes.
Referências Bibliográficas: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior
BORTOLETO, Leandro; e LÉPORE, Paulo. Noções de Direito Constitu- a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se
cional e de Direito Administrativo. Coleção Tribunais e MPU. Salvador: persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
Editora JusPODIVM. § 3º Na vigência do estado de defesa:
NADAL, Fábio; e SANTOS, Vauledir Ribeiro. Administrativo – Série Resu- I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo exe-
mo. 3ª edição. São Paulo: Editora Método. cutor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso re-
O Título V da Carta Constitucional consagra as normas per- querer exame de corpo de delito à autoridade policial;
tinentes à defesa do Estado e das instituições democráticas, pre- II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela au-
vendo medidas excepcionais para manter ou restabelecer a ordem toridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua
constitucional em momentos de anormalidade da vida política do autuação;
Estado, é o chamado sistema constitucional das crises, composto III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser
pelo estado de defesa (Artigo 136, da CF) e pelo estado de sítio (Ar- superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
tigos 137 a 139, da CF). IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
Ademais, prevê o Texto Maior o perfil constitucional das insti- § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
tuições responsáveis pela defesa do Estado, quais sejam, as Forças Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá
Armadas (Artigos 142 e 143, da CF) e os órgãos de segurança públi- o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que
ca (Artigo 144, da CF). decidirá por maioria absoluta.
Com efeito, os estados de defesa e de sítio são momentos de § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
crise constitucional de legalidade extraordinária, em que são per- convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
mitidas a suspensão ou a diminuição do alcance de certos direitos § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez
fundamentais, mitigando a proteção dos cidadãos em face da ação dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando
opressora do Estado. enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de
Sistema Constitucional das Crises defesa.

Estado de Defesa Estado de Sítio

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estado de Sítio SEÇÃO III
Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária, por DISPOSIÇÕES GERAIS
tempo determinado (que poderá ser no território nacional inteiro),
objetivando preservar ou restaurar a normalidade constitucional, Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes par-
perturbada por motivo de comoção grave de repercussão nacional tidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros
ou por situação de beligerância com Estado estrangeiro (Artigo 49, para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao
II c/c Artigo 84, XIX, da CF). estado de defesa e ao estado de sítio.
É mais grave que o estado de defesa, no sentido em que Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, ces-
as medidas tomadas contra os direitos individuais serão mais sarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos
restritivas, conforme faz ver o Artigo 139, da CF. ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Vejamos os dispositivos constitucionais correspondentes: Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado
de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo
SEÇÃO II Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional,
DO ESTADO DE SÍTIO com especificação e justificação das providências adotadas, com
relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho
da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congres- Forças Armadas e Segurança Pública
so Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos
de: • Forças Armadas
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de Constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o es- são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
tado de defesa; com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão ar- do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à ga-
mada estrangeira. rantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer des-
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autori- tes, da lei e da ordem.
zação para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará
os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacio- • Segurança Pública
nal decidir por maioria absoluta Dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exer-
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, cida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucio- pessoas e do patrimônio.
nais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da Os órgãos de segurança pública são: polícia federal, polícia ro-
República designará o executor das medidas específicas e as áreas doviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias
abrangidas. militares e corpos de bombeiros militares e polícias penais federal,
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser estaduais e distrital.
decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, Segue abaixo os Artigos da CF, correspondentes aos referidos
por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo temas:
o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio CAPÍTULO II
durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, DAS FORÇAS ARMADAS
de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes
até o término das medidas coercitivas. e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com funda- a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se
mento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
seguintes medidas: iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
I - obrigação de permanência em localidade determinada; § 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condena- adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças
dos por crimes comuns; Armadas.
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade disciplinares militares.
de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados
IV - suspensão da liberdade de reunião; militares, aplicando-se lhes, além das que vierem a ser fixadas em
V - busca e apreensão em domicílio; lei, as seguintes disposições:
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas ine-
VII - requisição de bens. rentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difu- em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sen-
são de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Ca- do-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os
sas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou em-
prego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no
art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será transferido para a reserva, nos
termos da lei;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ain- afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazen-
da que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no dária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de compe-
art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará agregado ao respectivo quadro tência;
e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser pro- III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
movido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço ape- fronteiras;
nas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido da União.
para a reserva, nos termos da lei; § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
a partidos políticos; § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado in- e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na
digno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal es- § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
pecial, em tempo de guerra; carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena pri- de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
vativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em militares.
julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares,
XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. atividades de defesa civil.
37, inciso XVI, alínea “c”; § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador
IX - (Revogado) do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do mi- Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
litar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, considera- forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente
das as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpri- com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos
das por força de compromissos internacionais e de guerra. Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o a eficiência de suas atividades.
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço dispuser a lei.
militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
encargos que a lei lhes atribuir. órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
art. 39.
CAPÍTULO III § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
DA SEGURANÇA PÚBLICA pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e res- I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trân-
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem sito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
seguintes órgãos: II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
I - polícia federal; Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus
II - polícia rodoviária federal; agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis; Referências Bibliográficas:
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Série Provas e Con-
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada cursos. 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier.
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras in-
frações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacio-
nal e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Artigo 42 - Perderá o mandato o Governador que assumir
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. TÍTULO II – DA outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ORGANIZAÇÃO E PODERES: CAPÍTULO III – DO PODER EXE- ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
CUTIVO; CAPÍTULO IV – DO PODER JUDICIÁRIO: SEÇÃO V disposto no artigo 38, I, IV e V, da Constituição Federal.
– DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR E DOS CONSELHOS Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador tomarão posse
DE JUSTIÇA MILITAR. TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO perante a Assembleia Legislativa, prestando compromisso de
ESTADO: CAPÍTULO I – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SE- cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de
ÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS; CAPÍTULO II – DOS SERVI- observar as leis.
DORES PÚBLICOS DO ESTADO: SEÇÃO I – DOS SERVIDORES Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a
PÚBLICOS CIVIS; SEÇÃO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força
MILITARES; CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA: maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS; SEÇÃO III – DA PO- Artigo 44 - O Governador e o Vice-Governador não poderão,
LÍCIA MILITAR sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado por
período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Parágrafo único - O pedido de licença, amplamente motivado,
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 05 DE OUTUBRO DE 1989 indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão
de gastos.
PREÂMBULO Artigo 45 - O Governador deverá residir na Capital do Estado.
O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado Artigo 46 - O Governador e o Vice-Governador deverão, no
nos princípios constitucionais da República e no ideal de a todos ato da posse e no término do mandato, fazer declaração pública
assegurar justiça e bem-estar, decreta e promulga, por seus de bens.
representantes, a CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
SEÇÃO II
TÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Artigo 47 - Compete privativamente ao Governador, além de
CAPÍTULO III outras atribuições previstas nesta Constituição:
DO PODER EXECUTIVO I - representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e
administrativas;
SEÇÃO I II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção
DO GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR DO ESTADO superior da administração estadual;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como,
Artigo 37 - O Poder Executivo é exercido pelo Governador no prazo nelas estabelecido, não inferior a trinta nem superior a
do Estado, eleito para um mandato de quatro anos, podendo ser cento e oitenta dias, expedir decretos e regulamentos para sua
reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida fiel execução, ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver
na Constituição Federal. (NR) interposição de ação direta de inconstitucionalidade contra a lei
- Artigo 37 com redação dada pela Emenda Constitucional nº publicada; (NR)
21, de 14/02/2006. - Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24,
Artigo 38 - Substituirá o Governador, no caso de impedimento, de 23/01/2008.
e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Governador. - Inciso III ver STF - ADI nº 4052.
Parágrafo único - O Vice-Governador, além de outras atribuições IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o V - prover os cargos públicos do Estado, com as restrições da
Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais. Constituição Federal e desta Constituição, na forma pela qual a lei
Artigo 39 - A eleição do Governador e do Vice-Governador estabelecer;
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, VI - nomear e exonerar livremente os Secretários de Estado;
e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, VII - nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, observadas
do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, as condições estabelecidas nesta Constituição;
e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, VIII - decretar e fazer executar intervenção nos Municípios, na
observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da Constituição forma da Constituição Federal e desta Constituição;
Federal. (NR) IX - prestar contas da administração do Estado à Assembleia
- Artigo 39 com redação dada pela Emenda Constitucional nº Legislativa, na forma desta Constituição;
21, de 14/02/2006. X - apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão inaugural,
Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do mensagem sobre a situação do Estado, solicitando medidas de
Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão interesse do Governo;
sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos
da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça. nesta Constituição;
Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos e
far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. vantagens do pessoal das fundações instituídas ou mantidas pelo
§1º - Ocorrendo a vacância no último ano do período Estado, nos termos da lei;
governamental, aplica-se o disposto no artigo anterior. XIII - indicar diretores de sociedade de economia mista e
§2º - Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar empresas públicas;
o período de governo restante. XIV - praticar os demais atos de administração, nos limites da
competência do Executivo;

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, - §§ 5º e 6º foram declarados inconstitucionais, em controle
desde que haja recursos hábeis, de sociedade de economia mista concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº
ou de empresa pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo 1021, julgada em 19/10/1995.
ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, Artigo 50 - Declarado inconstitucional, em controle
realizado ou aumentado, mediante autorização da Assembleia concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
Legislativa; - Artigo 50 foi declarado inconstitucional, em controle
XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, funções concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº
administrativas que não sejam de sua exclusiva competência; 2220, julgada em 16/11/2011.
XVII - enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao
plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, dívida SEÇÃO IV
pública e operações de crédito; DOS SECRETÁRIOS DE ESTADO
XVIII - enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre o
regime de concessão ou permissão de serviços públicos; Artigo 51 - Os Secretários de Estado serão escolhidos entre
XIX - dispor, mediante decreto, sobre: (NR) brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos
a) organização e funcionamento da administração estadual, políticos.
quando não implicar aumento de despesa, nem criação ou extinção Artigo 52 - Os Secretários de Estado, auxiliares diretos e da
de órgãos públicos; (NR) confiança do Governador, serão responsáveis pelos atos que
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. (NR) praticarem ou referendarem no exercício do cargo, bem como por
- Inciso XIX acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. (NR)
14/02/2006. - Artigo 52 com redação dada pela Emenda Constitucional nº
Parágrafo único - A representação a que se refere o inciso I 24, de 23/01/2008.
poderá ser delegada por lei, de iniciativa do Governador, a outra §1º - Os Secretários de Estado responderão, no prazo
autoridade. estabelecido pelo inciso XVI do artigo 20, os requerimentos de
informação formulados por Deputados e encaminhados pelo
SEÇÃO III Presidente da Assembleia após apreciação da Mesa, reputando-
DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR se não praticado o ato de seu ofício sempre que a resposta for
elaborada em desrespeito ao parlamentar ou ao Poder Legislativo,
Artigo 48 - Declarado inconstitucional, em controle ou que deixar de referir-se especificamente a cada questionamento
concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal. feito. (NR)
Parágrafo único - Declarado inconstitucional, em controle §2º - Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, os
concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal. Secretários de Estado respondem pelos atos dos dirigentes,
- Artigo 48 e seu parágrafo único foram declarados diretores e superintendentes de órgãos da administração pública
inconstitucionais, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal direta, indireta e fundacional a eles diretamente subordinados ou
Federal nos autos da ADI nº 2220, julgada em 16/11/2011. vinculados. (NR)
Artigo 49 - Admitida a acusação contra o Governador, por dois §3º - Aos diretores de Agência Reguladora aplica-se o disposto
terços da Assembleia Legislativa, será ele submetido a julgamento no § 1º deste artigo. (NR)
perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações penais comuns. - §§ 1º ao 3º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 24,
(NR) de 23/01/2008.
- A expressão “ou, nos crimes de responsabilidade, perante - Artigo 52, “caput”, e parágrafos ver STF - ADI nº 4052.
Tribunal Especial”, que encerrava o dispositivo, foi declarada Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado,
inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal semestralmente, comparecer perante a Comissão Permanente da
Federal nos autos da ADI nº 2220, julgada em 16/11/2011. Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua
§1º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, Pasta, para prestação de contas do andamento da gestão, bem
pelo Supremo Tribunal Federal. como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas
§2º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, e metas da Secretaria correspondente. (NR)
pelo Supremo Tribunal Federal. §1º - Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos Diretores
- §§ 1º e 2º foram declarados inconstitucionais, em controle de Agências Reguladoras. (NR)
concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº §2º - Aplicam-se aos procedimentos previstos neste artigo,
2220, julgada em 16/11/2011. no que couber, aqueles já disciplinados em Regimento Interno do
§3º - O Governador ficará suspenso de suas funções: Poder Legislativo. (NR)
1 - nas infrações penais comuns, recebida a denúncia ou - Artigo 52-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 27,
queixa-crime pelo Superior Tribunal de Justiça; de 15/06/2009.
2 - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo §3º - O comparecimento do Secretário de Estado, com a
Supremo Tribunal Federal. finalidade de apresentar, quadrimestralmente, perante Comissão
- Item 2 do § 3º foi declarado inconstitucional, em controle Permanente do Poder Legislativo, a demonstração e a avaliação
concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº do cumprimento das metas fiscais por parte do Poder Executivo
2220, julgada em 16/11/2011. suprirá a obrigatoriedade constante do “caput” deste artigo. (NR)
§4º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento - § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de
não estiver concluído, cessará o afastamento do Governador, sem 21/10/2009.
prejuízo do prosseguimento do processo. §4º - No caso das Universidades Públicas Estaduais e da
§5º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, incumbe,
pelo Supremo Tribunal Federal. respectivamente, aos próprios Reitores e ao Presidente, efetivar,
§6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, anualmente e no que couber, o disposto no “caput” deste artigo.
pelo Supremo Tribunal Federal. (NR)
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 37, de Parágrafo único - Os juízes de Direito do juízo militar serão
05/12/2012. promovidos ao Tribunal de Justiça Militar nas vagas de juízes civis,
Artigo 53 - Os Secretários farão declaração pública de bens, no observado o disposto nos artigos 93, III e 94 da Constituição Federal.
ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos (NR)
impedimentos estabelecidos nesta Constituição para os Deputados, - Artigo 82 com redação dada pela Emenda Constitucional nº
enquanto permanecerem em suas funções. 21, de 14/02/2006.

CAPÍTULO IV TÍTULO III


DO PODER JUDICIÁRIO DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

SEÇÃO V CAPÍTULO I
DA JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO (NR) DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- Seção V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, SEÇÃO I


de 14/02/2006. DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 79-A - A Justiça Militar do Estado será constituída, em
primeiro grau, pelos juízes de Direito e pelos Conselhos de Justiça e, Artigo 111 - A administração pública direta, indireta ou
em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça Militar. (NR) fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, obedecerá aos
- Artigo 79-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
de 14/02/2006. razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência.
Artigo 79-B - Compete à Justiça Militar estadual processar e (NR)
julgar os militares do Estado, nos crimes militares definidos em lei - Artigo 111 com redação dada pela Emenda Constitucional nº
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 21, de 14/02/2006.
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ainda decidir Artigo 111-A - É vedada a nomeação de pessoas que se
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das enquadram nas condições de inelegibilidade nos termos da
praças. (NR) legislação federal para os cargos de Secretário de Estado,
- Artigo 79-B acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, Secretário-Adjunto, Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Geral
de 14/02/2006. do Estado, Defensor Público-Geral, Superintendentes e Diretores de
Artigo 80 - O Tribunal de Justiça Militar do Estado, com órgãos da administração pública indireta, fundacional, de agências
jurisdição em todo o território estadual e com sede na Capital, reguladoras e autarquias, Delegado-Geral de Polícia, Reitores das
compor-se-á de sete juízes, divididos em duas câmaras, nomeados universidades públicas estaduais e ainda para todos os cargos de
em conformidade com as normas da Seção I deste Capítulo, exceto livre provimento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do
o disposto no artigo 60, e respeitado o artigo 94 da Constituição Estado. (NR)
Federal, sendo quatro militares Coronéis da ativa da Polícia Militar - Artigo 111-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 34,
do Estado e três civis. de 21/03/2012.
Artigo 81 - Compete ao Tribunal de Justiça Militar processar e Artigo 112 - As leis e atos administrativos externos deverão ser
julgar: publicados no órgão oficial do Estado, para que produzam os seus
I - originariamente, o Chefe da Casa Militar, o Comandante- efeitos regulares. A publicação dos atos não normativos poderá ser
Geral da Polícia Militar, nos crimes militares definidos em lei, os resumida.
mandados de segurança e os “habeas corpus”, nos processos cujos Artigo 113 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos
recursos forem de sua competência ou quando o coator ou coagido administrativos e estabelecer recursos adequados à sua revisão,
estiverem diretamente sujeitos a sua jurisdição e às revisões indicando seus efeitos e forma de processamento.
criminais de seus julgados e das Auditorias Militares; Artigo 114 - A administração é obrigada a fornecer a qualquer
II - em grau de recurso, os policiais militares, nos crimes cidadão, para a defesa de seus direitos e esclarecimentos de
militares definidos em lei, observado o disposto no artigo 79-B. (NR) situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo de dez dias
- Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob
de 14/02/2006. pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar
§1º - Compete ainda ao Tribunal exercer a correição geral sobre ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverá atender
as atividades de Polícia Judiciária Militar, bem como decidir sobre a às requisições judiciais, se outro não for fixado pela autoridade
perda do posto e da patente dos Oficiais e da graduação das praças. judiciária.
§2º - Compete aos juízes de Direito do juízo militar processar Artigo 115 - Para a organização da administração pública
e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis direta e indireta, inclusive as fundações instituídas ou mantidas por
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das
Conselho de Justiça, sob a presidência do juiz de Direito, processar seguintes normas:
e julgar os demais crimes militares. (NR) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
§3º - Os serviços de correição permanente sobre as atividades brasileiros que preenchem os requisitos estabelecidos em lei, assim
de Polícia Judiciária Militar e do Presídio Militar serão realizados como aos estrangeiros, na forma da lei; (NR)
pelo juiz de Direito do juízo militar designado pelo Tribunal. (NR) - Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21,
- §§ 2º e 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº de 14/02/2006.
21, de 14/02/2006. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
Artigo 82 - Os juízes do Tribunal de Justiça Militar e os juízes aprovação prévia, em concurso público de provas ou de provas
de Direito do juízo militar gozam dos mesmos direitos, vantagens e e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão,
subsídios e sujeitam-se às mesmas proibições dos Desembargadores declarado em lei, de livre nomeação e exoneração;
do Tribunal de Justiça e dos juízes de Direito, respectivamente. (NR)
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois de serviço, previstas no artigo 129 desta Constituição. Atingido
anos, prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do o referido limite, a redução se aplicará independentemente da
candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação; natureza das vantagens auferidas pelo servidor;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
convocação, o aprovado em concurso público de provas ou de Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos Executivo;
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serviço público, observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições - Inciso XV com redação dada pela Emenda Constitucional nº
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 21, de 14/02/2006.
atribuições de direção, chefia e assessoramento; (NR) XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público
- Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, não serão computados nem acumulados para fins de concessão de
de 14/02/2006. acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
sindical, obedecido o disposto no artigo 8º da Constituição Federal; e empregos públicos são irredutíveis, observado o disposto na
VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade Constituição Federal; (NR)
no cargo ou emprego desde o registro de sua candidatura para o - Inciso XVII com redação dada pela Emenda Constitucional nº
exercício de cargo de representação sindical ou no caso previsto no 21, de 14/02/2006.
inciso XXIII deste artigo, até um ano após o término do mandato, se XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
eleito, salvo se cometer falta grave definida em lei; exceto quando houver compatibilidade de horários:
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites a) de dois cargos de professor;
definidos em lei específica; (NR) b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
- Inciso VIII com redação dada pela Emenda Constitucional nº c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
21, de 14/02/2006. saúde, com profissões regulamentadas; (NR)
IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos - Alínea “c” com redação dada pela Emenda Constitucional nº
para os portadores de deficiências, garantindo as adaptações 21, de 14/02/2006.
necessárias para a sua participação nos concursos públicos e XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções
definirá os critérios de sua admissão; e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
determinado, para atender a necessidade temporária de ou indiretamente, pelo Poder Público; (NR)
excepcional interesse público; - Inciso XIX com redação dada pela Emenda Constitucional nº
XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores 21, de 14/02/2006.
públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de
e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei específica, rendas, aos quais compete exercer, privativamente, a fiscalização
observada a iniciativa privativa em cada caso; (NR) de tributos estaduais, terão, dentro de suas áreas de competência
- Inciso XI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos,
de 14/02/2006. na forma da lei;
XII - em conformidade com o artigo 37, XI, da Constituição XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao
Federal, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funcionamento do Estado, exercida por servidores de carreiras
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e específicas, terá recursos prioritários para a realização de suas
fundacional, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, atividades e atuará de forma integrada com as administrações
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens tributárias da União, de outros Estados, do Distrito Federal e dos
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o informações fiscais, na forma da lei ou convênio; (NR)
subsídio dos Deputados Estaduais no âmbito do Poder Legislativo - Inciso XX-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21,
e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado de 14/02/2006.
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação,
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, privatização ou extinção das sociedades de economia mista,
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia
do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; aprovação da Assembleia Legislativa;
(NR) XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
- Inciso XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
21, de 14/02/2006. anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
- Emenda Constitucional n° 46, de 08/06/2018, que dera nova privada;
redação ao dispositivo, foi declarada inconstitucional pelo Tribunal XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor
de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da ADI 2116917- Representante e de um Conselho de Representantes, eleitos pelos
44.2018.8.26.0000, com efeito ex tunc, julgada em 31 de outubro servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de
de 2018. economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, Público, cabendo à lei definir os limites de sua competência e
é vedada a redução de salários que implique a supressão das atuação;
vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de tempo

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse §7º - Não serão computadas, para efeito dos limites
e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, remuneratórios de que trata o inciso XII do “caput” deste artigo, as
sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (NR)
mantida pelo Poder Público; §8º - Para os fins do disposto no inciso XII deste artigo e no
XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal, poderá ser fixado no
obrigados a constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes âmbito do Estado, mediante emenda à presente Constituição, como
- CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal
Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
e das condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei; por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença do dos Deputados Estaduais. (NR)
trabalho será garantida a transferência para locais ou atividades - §§ 6º ao 8º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21,
compatíveis com sua situação; de 14/02/2006.
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso § 9º - O servidor público titular de cargo efetivo poderá
por concurso público na administração direta, empresa pública, ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
sociedade de economia mista, autarquia e fundações instituídas responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite tenha sofrido em sua capacidade física ou mental enquanto
constitucional para aposentadoria compulsória; permanecer nessa condição, desde que possua a habilitação e o
XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a
dos servidores públicos, bem como a contrapartida do Estado, remuneração do cargo de origem. (NR)
destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão § 10 - A aposentadoria concedida com a utilização de tempo
ser postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública,
responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser; inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o
XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
públicas e as entidades de pesquisa técnica e científica oficiais ou (NR)
subvencionadas pelo Estado prestarão ao Ministério Público o - §§ 9º e 10 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 49,
apoio especializado ao desempenho das funções da Curadoria de de 06/03/2020.
Proteção de Acidentes do Trabalho, da Curadoria de Defesa do Artigo 116 - Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela
Meio Ambiente e de outros interesses coletivos e difusos. remuneratória, pagos com atraso, deverão ser corrigidos
§1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à
campanhas da administração pública direta, indireta, fundações espécie.
e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter
educacional, informativo e de orientação social, dela não podendo CAPÍTULO II
constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§2º - É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a SEÇÃO I
publicidade de qualquer natureza fora do território do Estado, DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
para fins de propaganda governamental, exceto às empresas que
enfrentam concorrência de mercado e divulgação destinada a Artigo 124 - Os servidores da administração pública direta,
promover o turismo estadual. (NR) das autarquias e das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de Público terão regime jurídico único e planos de carreira.
21/10/2009. §1º - A lei assegurará aos servidores da administração direta
§3º - A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV deste isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou
artigo implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes
responsável, nos termos da lei. Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de
§4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos §2º - No caso do parágrafo anterior, não haverá alteração nos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, vencimentos dos demais cargos da carreira a que pertence aquele
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de cujos vencimentos foram alterados por força da isonomia.
dolo ou culpa. §3º - Aplica-se aos servidores a que se refere o “caput” deste
§5º - As entidades da administração direta e indireta, inclusive artigo e disposto no artigo 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, o Ministério XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.
Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário, publicarão, §4º - Lei estadual poderá estabelecer a relação entre a maior
até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior. qualquer caso, o disposto no artigo 37, XI, da Constituição Federal e
§6º - É vedada a percepção simultânea de proventos de no artigo 115, XII, desta Constituição. (NR)
aposentadoria decorrentes dos artigos 40, 42 e 142 da Constituição - § 4º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de
Federal e dos artigos 126 e 138 desta Constituição com a 14/02/2006.
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os § 5º - É vedada a incorporação de vantagens de caráter
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou
e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (NR)
exoneração. (NR) - § 5º acrescentado pela Emenda Constitucional nº 49, de
06/03/2020.

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Artigo 125 - O exercício do mandato eletivo por servidor público § 6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado,
far-se-á com observância do artigo 38 da Constituição Federal. pelo Supremo Tribunal Federal.
§1º - Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar - § 6º declarado inconstitucional, em controle concentrado,
cargo em sindicato de categoria, o direito de afastar-se de suas pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 755, julgada em
funções, durante o tempo em que durar o mandato, recebendo 01/07/1996.
seus vencimentos e vantagens, nos termos da lei. § 6º-A - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos
§2º - O tempo de mandato eletivo será computado para fins de cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal, é vedada
aposentadoria especial. a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de Regime
Artigo 126 - O Regime Próprio de Previdência Social dos Próprio de Previdência Social, aplicando-se outras vedações, regras
servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e condições para a acumulação de benefícios previdenciários
e solidário, mediante contribuição do Estado de São Paulo, de estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. (NR)
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados § 6º-A com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49,
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (NR) de 06/06/2020.
- Artigo 126, “caput”, com redação dada pela Emenda § 7º - A pensão por morte dos servidores de que trata o item
Constitucional nº 49, de 06/03/2020. 2 do § 4º, será concedida de forma diferenciada, nos termos da lei.
§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de (NR)
que trata este artigo serão aposentados: (NR) - § 7º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
- § 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 06/03/2020.
14/02/2006. § 8º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado,
1 - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em pelo Supremo Tribunal Federal.
que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese - § 8º declarado inconstitucional, em controle concentrado,
em que será obrigatório realizar avaliações periódicas para verificar pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI nº 582, julgada em
a continuidade das condições que ensejaram a concessão da 17/06/1999.
aposentadoria, na forma da lei; (NR) § 8º-A - É assegurado o reajustamento dos benefícios para
2 - compulsoriamente, nos termos do artigo 40, § 1º, inciso II, preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
da Constituição Federal; (NR) critérios estabelecidos em lei. (NR)
3 - voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, - § 8º-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de
se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, 14/02/2006.
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou
estabelecidos em lei complementar. (NR) municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o
- Itens 1,2 e 3 com redação dada pela Emenda Constitucional disposto nos §§ 9º e 9º-A do artigo 201 da Constituição Federal,
nº 49, de 06/03/2020. e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de
§ 2º - Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores disponibilidade. (NR)
ao valor mínimo a que se refere o § 2º do artigo 201 da Constituição - § 9º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
Federal ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime 06/03/2020.
Geral de Previdência Social, quanto aos servidores abrangidos pelos § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem
§§ 14, 15 e 16. (NR) de tempo de contribuição fictício. (NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de - § 10 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de
06/03/2020. 14/02/2006.
§ 3º - As regras para cálculo de proventos de aposentadoria § 11 - Aplica-se o limite fixado no artigo 115, XII, desta
serão disciplinadas por lei. (NR) Constituição e do artigo 37, XI, da Constituição Federal à soma
- § 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes
06/03/2020. da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de
para concessão de benefícios no regime próprio previsto no “caput”, previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos
ressalvados, nos termos definidos em lei complementar, os casos de de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
aposentadoria de servidores: (NR) desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre
1 - com deficiência; (NR) nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (NR)
2 - integrantes das carreiras de Policial Civil, Polícia Técnico - § 11 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de
Científica, Agente de Segurança Penitenciária e Agente de Escolta e 14/02/2006.
Vigilância Penitenciária; (NR) § 12 - Além do disposto neste artigo, serão observados no
3 - que exerçam atividades com efetiva exposição a agentes Regime Próprio de Previdência Social, no que couber, os requisitos e
nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou à os critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (NR)
associação desses agentes, não se permitindo a caracterização por - § 12 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
categoria profissional ou ocupação. (NR) 06/03/2020.
- § 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de § 13 - Ao agente público ocupante exclusivamente de cargo
06/03/2020. em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração,
§ 5º - Os ocupantes do cargo de professor terão a idade mínima de outro cargo temporário - inclusive aos detentores de mandato
reduzida em 5 (cinco) anos em relação àquelas previstas no item eletivo - ou de emprego público, aplica-se o Regime Geral de
3 do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das Previdência Social. (NR)
funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental - § 13 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
ou no médio, nos termos fixados em lei complementar. (NR) 06/03/2020.
- § 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de
06/03/2020.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 14 - O Estado, desde que institua regime de previdência Artigo 127 - Aplica-se aos servidores públicos estaduais, para
complementar para os seus respectivos servidores titulares de efeito de estabilidade, o disposto no artigo 41 da Constituição
cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e Federal.
pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, Artigo 128 - As vantagens de qualquer natureza só poderão
o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de ser instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao interesse
previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal. público e às exigências do serviço.
(NR) Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o
- § 14 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no
14/02/2006. mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a
§ 15 - O Regime de Previdência Complementar de que trata sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos
o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para
contribuição definida, observará o disposto no artigo 202 da todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta
Constituição Federal e será efetivado por intermédio de entidade Constituição.
fechada de previdência complementar. (NR) Parágrafo único - O disposto no “caput” não se aplica aos
- § 15 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de servidores remunerados por subsídio, na forma da lei. (NR)
06/03/2020. - Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto 49, de 06/03/2020.
nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de remoção
no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do para igual cargo ou função, no lugar de residência do cônjuge, se
correspondente regime de previdência complementar. (NR) este também for servidor e houver vaga, nos termos da lei.
- § 16 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também
14/02/2006. ao servidor cônjuge de titular de mandato eletivo estadual ou
§ 17 - Todos os valores de remuneração considerados para o municipal.
cálculo do benefício previsto no §3° serão devidamente atualizados, Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servidores
na forma da lei. (NR) por alcance e outros danos causados à administração, ou por
- § 17 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais,
14/02/2006. sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens, nos termos da
§ 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de lei.
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este Artigo 132 - Os servidores titulares de cargos efetivos do
artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios Estado, incluídas suas autarquias e fundações, desde que tenham
do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da completado cinco anos de efetivo exercício, terão computado, para
Constituição Federal, com percentual igual ao estabelecido para os efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de contribuição
servidores titulares de cargos efetivos. (NR) ao regime geral de previdência social decorrente de atividade de
- § 18 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de natureza privada, rural ou urbana, hipótese em que os diversos
14/02/2006. sistemas de previdência social se compensarão financeiramente,
§ 19 - Observados os critérios a serem estabelecidos em lei, o segundo os critérios estabelecidos em lei. (NR)
servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências - Artigo 132 com redação dada pela Emenda Constitucional nº
para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em 21, de 14/02/2006.
atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, Artigo 133 - Revogado.
no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até - Artigo 133 revogado pela Emenda Constitucional nº 49, de
completar a idade para aposentadoria compulsória. (NR) 06/03/2020, assegurada a concessão das incorporações que, na data
- § 19 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de da promulgação da Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019,
06/03/2020. tenham cumprido os requisitos temporais e normativos previstos
§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um Regime Próprio na legislação então vigente.
de Previdência Social para os servidores titulares de cargos Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do mandato de
efetivos e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime, vereador, será inamovível.
abrangidos todos os Poderes, os órgãos e as entidades autárquicas Artigo 135 - Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado
e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, será contado, como efetivo exercício, para efeito de aposentadoria
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica e disponibilidade, o tempo de contribuição decorrente de serviço
definidos em lei complementar federal. (NR) prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida
- § 20 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de pela Corregedoria-Geral da Justiça. (NR)
06/03/2020. - Artigo 135 com redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 21 - O rol de benefícios do Regime Próprio de Previdência 21, de 14/02/2006.
Social fica limitado às aposentadorias e à pensão por morte. (NR) Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato
- § 21 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato
06/03/2020. que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com
§ 22 - O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação todos os direitos adquiridos.
do pedido de aposentadoria voluntária, instruído com prova de ter Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mudança de
cumprido os requisitos necessários à obtenção do direito, poderá função, nos casos em que for recomendado, sem prejuízo de seus
cessar o exercício da função pública, independentemente de vencimentos ou salários e demais vantagens do cargo ou função-
qualquer formalidade. (NR) atividade.
- § 22 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de
14/02/2006.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO II Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil,
tendo seu quadro próprio e funcionamento definidos na legislação
Artigo 138 - São servidores públicos militares estaduais os prevista no §2º do artigo anterior.
integrantes da Polícia Militar do Estado.
§1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere
este artigo, o disposto no artigo 42 da Constituição Federal. LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – LEI DE ACESSO À INFORMA-
§2º - Naquilo que não colidir com a legislação específica, aplica- ÇÃO
se aos servidores mencionados neste artigo o disposto na seção
anterior.
§3º - O servidor público militar demitido por ato administrativo, LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011
se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa
à demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitos Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
restabelecidos. art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
§4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a patente Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
se for julgado indigno do Oficialato ou com ele incompatível, por 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos
decisão do Tribunal de Justiça Militar do Estado. da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências
§5º - O oficial condenado na Justiça comum ou militar à pena
privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
em julgado, será submetido ao julgamento previsto no parágrafo cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
anterior.
§6º - O direito do servidor militar de ser transferido para a CAPÍTULO I
reserva ou ser reformado será assegurado, ainda que respondendo DISPOSIÇÕES GERAIS
a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, nos casos previstos
em lei específica. Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem obser-
vados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim
CAPÍTULO III de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art.
DA SEGURANÇA PÚBLICA 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constitui-
ção Federal.
SEÇÃO I Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Ju-
Artigo 139 - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e diciário e do Ministério Público;
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio. as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
§1º - O Estado manterá a Segurança Pública por meio de sua direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Mu-
polícia, subordinada ao Governador do Estado. nicípios.
§2º - A polícia do Estado será integrada pela Polícia Civil, Polícia Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às
Militar e Corpo de Bombeiros. entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realiza-
§3º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de Bombeiros é ção de ações de interesse público, recursos públicos diretamente
força auxiliar, reserva do Exército. do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão,
termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumen-
SEÇÃO III tos congêneres.
DA POLÍCIA MILITAR Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as en-
tidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos
Artigo 141 - À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de con-
das atribuições definidas em lei, a polícia ostensiva e a preservação tas a que estejam legalmente obrigadas.
da ordem pública. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a as-
§1º - O Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado pelo segurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser
Governador do Estado dentre oficiais da ativa, ocupantes do último executados em conformidade com os princípios básicos da admi-
posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, conforme dispuser a nistração pública e com as seguintes diretrizes:
lei, devendo fazer declaração pública de bens no ato da posse e de I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo
sua exoneração. como exceção;
§2º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o II - divulgação de informações de interesse público, indepen-
funcionamento, direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho dentemente de solicitações;
da Polícia Militar e de seus integrantes, servidores militares III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tec-
estaduais, respeitadas as leis federais concernentes. nologia da informação;
§3º - A criação e manutenção da Casa Militar e Assessorias IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência
Militares somente poderão ser efetivadas nos termos em que a lei na administração pública;
estabelecer. V - desenvolvimento do controle social da administração pú-
§4º - O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Governador blica.
do Estado entre oficiais da ativa, ocupantes do último posto do Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
Quadro de Oficiais Policiais Militares.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utili- b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
zados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo,
qualquer meio, suporte ou formato; incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer VIII – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.345, de 2022)
que seja o suporte ou formato; § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimen-
à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade to científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segu-
para a segurança da sociedade e do Estado; rança da sociedade e do Estado.
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural § 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação
identificada ou identificável; por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, parte sob sigilo.
transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazena- § 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações
mento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informa- neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão
ção; e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato deci-
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser co- sório respectivo.
nhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas au- § 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido for-
torizados; mulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1º , quando não
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado in- termos do art. 32 desta Lei.
divíduo, equipamento ou sistema; § 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, in- o interessado requerer à autoridade competente a imediata aber-
clusive quanto à origem, trânsito e destino; tura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, documentação.
com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. § 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o res-
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à infor- ponsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo
mação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que com-
ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil com- provem sua alegação.
preensão. Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, in-
dependentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil
CAPÍTULO II acesso, no âmbito de suas competências, de informações de inte-
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO resse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput,
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observa- deverão constar, no mínimo:
das as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: I - registro das competências e estrutura organizacional, en-
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo dereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendi-
acesso a ela e sua divulgação; mento ao público;
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recur-
autenticidade e integridade; e sos financeiros;
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, III - registros das despesas;
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e even- IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios,
tual restrição de acesso. inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreen- contratos celebrados;
de, entre outros, os direitos de obter: V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações,
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de projetos e obras de órgãos e entidades; e
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
obtida a informação almejada; § 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e enti-
II - informação contida em registros ou documentos, produzi- dades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legí-
dos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou timos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios
não a arquivos públicos; oficiais da rede mundial de computadores (internet).
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regula-
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos mento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:
ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e enti- linguagem de fácil compreensão;
dades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
VI - informação pertinente à administração do patrimônio pú- eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como plani-
blico, utilização de recursos públicos, licitação, contratos adminis- lhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;
trativos; e III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos
VII - informação relativa: em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos pro- IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estrutu-
gramas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem ração da informação;
como metas e indicadores propostos; V - garantir a autenticidade e a integridade das informações
disponíveis para acesso;
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VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado co- 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientifi-
municar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou enti- cado o requerente.
dade detentora do sítio; e § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibili- e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade po-
dade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. derá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar
17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da a informação de que necessitar.
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprova- § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de in-
da pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008. formação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) ha- informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
bitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autorida-
que se refere o § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em de competente para sua apreciação.
tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e § 5º A informação armazenada em formato digital será forneci-
financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Com- da nesse formato, caso haja anuência do requerente.
plementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade § 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público
Fiscal). em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado me- acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o
diante: lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão
entidades do poder público, em local com condições apropriadas ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo
para: se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informa- mesmo tais procedimentos.
ções; Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de informação
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas res- é gratuito. (Redação dada pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência)
pectivas unidades; § 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclusivamente o
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a in- valor necessário ao ressarcimento dos custos dos serviços e dos ma-
formações; e teriais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento da
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à informação exigir reprodução de documentos pelo órgão ou pela
participação popular ou a outras formas de divulgação. entidade pública consultada. (Incluído pela Lei nº 14.129, de 2021)
(Vigência)
CAPÍTULO III § 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos no § 1º deste
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO artigo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem
prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da
SEÇÃO I Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. (Incluído pela Lei nº 14.129,
DO PEDIDO DE ACESSO de 2021) (Vigência)
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, de-
acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º verá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta
desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a confere com o original.
identificação do requerente e a especificação da informação reque- Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o
rida. interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identi- de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não
ficação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem ponha em risco a conservação do documento original.
a solicitação. Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de
seus sítios oficiais na internet. SEÇÃO II
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos DOS RECURSOS
determinantes da solicitação de informações de interesse público.
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou con- Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou
ceder o acesso imediato à informação disponível. às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor re-
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma curso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua
disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deve- ciência.
rá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierar-
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, quicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deve-
efetuar a reprodução ou obter a certidão; rá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou enti-
parcial, do acesso pretendido; ou dades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco)
seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, dias se:
remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for ne-
interessado da remessa de seu pedido de informação. gado;

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II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou par- Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses
cialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classi- legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo
ficadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômi-
pedido de acesso ou desclassificação; ca pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa qualquer vínculo com o poder público.
estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedi- SEÇÃO II
mentos previstos nesta Lei. DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- AO GRAU E PRAZOS DE SIGILO
gido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apre-
ciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da socie-
àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo dade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as infor-
de 5 (cinco) dias. mações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Contro- I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integrida-
ladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que ado- de do território nacional;
te as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
nesta Lei. relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Rea- III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
valiação de Informações, a que se refere o art. 35. IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassifica- ou monetária do País;
ção de informação protocolado em órgão da administração públi- V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégi-
ca federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da cos das Forças Armadas;
área, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reava- VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desen-
liação de Informações, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. volvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
gido às autoridades mencionadas depois de submetido à aprecia- VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autori-
ção de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à dades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
autoridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
Armadas, ao respectivo Comando. investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
§ 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como prevenção ou repressão de infrações.
objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públi-
caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações cas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à
prevista no art. 35. segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias ultrassecreta, secreta ou reservada.
proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classifica- § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação,
ção de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação pró- conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data
pria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em de sua produção e são os seguintes:
seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. II - secreta: 15 (quinze) anos; e
Art. 19. (VETADO). III - reservada: 5 (cinco) anos.
§ 1º (VETADO). § 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público in- do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônju-
formarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional ges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob si-
do Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau gilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato,
de recurso, negarem acesso a informações de interesse público. em caso de reeleição.
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº § 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º , poderá ser
9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência
Capítulo. de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso
do prazo máximo de classificação.
CAPÍTULO IV § 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, au-
tomaticamente, de acesso público.
SEÇÃO I § 5º Para a classificação da informação em determinado grau
DISPOSIÇÕES GERAIS de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e
utilizado o critério menos restritivo possível, considerados:
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do
à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Estado; e
Parágrafo único. As informações ou documentos que versem II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que
sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos pra- defina seu termo final.
ticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas
não poderão ser objeto de restrição de acesso.

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SEÇÃO III Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de si-
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS gilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os
seguintes elementos:
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação I - assunto sobre o qual versa a informação;
de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, II - fundamento da classificação, observados os critérios esta-
assegurando a sua proteção. (Regulamento) belecidos no art. 24;
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação clas- III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou
sificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham ne- dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites
cessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na previstos no art. 24; e
forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes IV - identificação da autoridade que a classificou.
públicos autorizados por lei. Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no
§ 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a mesmo grau de sigilo da informação classificada.
obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela
§ 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente
a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos
modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, trans- previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à
missão e divulgação não autorizados. redução do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. (Re-
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências ne- gulamento)
cessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar
conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segu- as peculiaridades das informações produzidas no exterior por auto-
rança para tratamento de informações sigilosas. ridades ou agentes públicos.
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser exa-
razão de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades minadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de
de tratamento de informações sigilosas adotará as providências ne- danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação.
cessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo
observem as medidas e procedimentos de segurança das informa- prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção.
ções resultantes da aplicação desta Lei. Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publi-
cará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à
SEÇÃO IV veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de
DOS PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO regulamento:
RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos
últimos 12 (doze) meses;
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com
administração pública federal é de competência: (Regulamento) identificação para referência futura;
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de
a) Presidente da República; informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informa-
b) Vice-Presidente da República; ções genéricas sobre os solicitantes.
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerro- § 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publi-
gativas; cação prevista no caput para consulta pública em suas sedes.
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo
no exterior; e dos fundamentos da classificação.
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos
titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e socieda- SEÇÃO V
des de economia mista; e DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos
I e II e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito
nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada,
Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regula- honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias
mentação específica de cada órgão ou entidade, observado o dis- individuais.
posto nesta Lei. § 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, rela-
§ 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere tivas à intimidade, vida privada, honra e imagem:
à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada I - terão seu acesso restrito, independentemente de classifica-
pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão ção de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da
no exterior, vedada a subdelegação. sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e
§ 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecre- à pessoa a que elas se referirem; e
to pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I de- II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por tercei-
verá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo ros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa
previsto em regulamento. a que elas se referirem.
§ 3º A autoridade ou outro agente público que classificar in- § 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata
formação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a § 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será
que se refere o art. 35, no prazo previsto em regulamento. exigido quando as informações forem necessárias:

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I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver III - rescisão do vínculo com o poder público;
física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusiva- IV - suspensão temporária de participar em licitação e impe-
mente para o tratamento médico; dimento de contratar com a administração pública por prazo não
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evi- superior a 2 (dois) anos; e
dente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
identificação da pessoa a que as informações se referirem; administração pública, até que seja promovida a reabilitação pe-
III - ao cumprimento de ordem judicial; rante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
IV - à defesa de direitos humanos; ou § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser apli-
V - à proteção do interesse público e geral preponderante. cadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa
§ 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias.
honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somen-
de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o te quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou enti-
titular das informações estiver envolvido, bem como em ações vol- dade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
tadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. aplicada com base no inciso IV.
§ 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para trata- § 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competên-
mento de informação pessoal. cia exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública,
facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo
CAPÍTULO V de 10 (dez) dias da abertura de vista.
DAS RESPONSABILIDADES Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente
pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabili- ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pes-
dade do agente público ou militar: soais, cabendo a apuração de responsabilidade funcional nos casos
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos des- de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso.
ta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa físi-
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; ca ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer na-
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inu- tureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa
tilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, infor- ou pessoal e a submeta a tratamento indevido.
mação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, em- CAPÍTULO VI
prego ou função pública; DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de aces-
so à informação; Art. 35. (VETADO).
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir § 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informa-
acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; ções, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, so-
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de bre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá
terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou competência para:
por outrem; I - requisitar da autoridade que classificar informação como
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente in- ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou in-
formação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo tegral da informação;
de terceiros; e II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou se-
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos con- cretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada,
cernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de observado o disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei; e
agentes do Estado. III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu
e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania
consideradas: nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Arma- relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º
das, transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios do art. 24.
neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime § 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única reno-
ou contravenção penal; ou vação.
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro § 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º deve-
de 1990, e suas alterações, infrações administrativas, que deverão rá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação
ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos
estabelecidos. ou secretos.
§ 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou § 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de
agente público responder, também, por improbidade administrati- Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º implicará
va, conforme o disposto nas Leis nºs 1.079, de 10 de abril de 1950, a desclassificação automática das informações.
e 8.429, de 2 de junho de 1992. § 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização e
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver infor- funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
mações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e de-
público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às mais disposições desta Lei. (Regulamento)
seguintes sanções: Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tra-
I - advertência; tados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e reco-
II - multa; mendações constantes desses instrumentos.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Insti- Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei
tucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e Cre- no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua pu-
denciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento) blicação.
I - promover e propor a regulamentação do credenciamento Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezem-
de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para bro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
tratamento de informações sigilosas; e “Art. 116. ...................................................................
II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive ............................................................................................
aquelas provenientes de países ou organizações internacionais com VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
os quais a República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuízo suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-
das atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos demais dade competente para apuração;
órgãos competentes. .................................................................................” (NR)
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição, or- Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990,
ganização e funcionamento do NSC. passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:
Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de no- “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado ci-
vembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurí- vil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade su-
dica, constante de registro ou banco de dados de entidades gover- perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
namentais ou de caráter público. autoridade competente para apuração de informação concernente
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à rea- à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento,
valiação das informações classificadas como ultrassecretas e secre- ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou fun-
tas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de ção pública.”
vigência desta Lei. Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
§ 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavalia- em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas
ção prevista no caput, deverá observar os prazos e condições pre- nesta Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao dis-
vistos nesta Lei. posto no art. 9º e na Seção II do Capítulo III.
§ 2º No âmbito da administração pública federal, a reavaliação Art. 46. Revogam-se:
prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comis- I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e
são Mista de Reavaliação de Informações, observados os termos II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
desta Lei. Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto a data de sua publicação.
no caput, será mantida a classificação da informação nos termos da
legislação precedente.
§ 4º As informações classificadas como secretas e ultrassecre- DECRETO Nº 58.052/12 – REGULAMENTA A LEI Nº
tas não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas, 12.527/11, QUE REGULA O ACESSO A INFORMAÇÕES, E DÁ
automaticamente, de acesso público. PROVIDÊNCIAS CORRELATAS
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência
desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da admi-
nistração pública federal direta e indireta designará autoridade que DECRETO Nº 58.052, DE 16 DE MAIO DE 2012
lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito do respectivo
órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições: Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de novembro
I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a de 2011, que regula o acesso a informações, e dá providências
informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; correlatas
II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apre-
sentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no
III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação uso de suas atribuições legais,
e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao Considerando que é dever do Poder Público promover a gestão
correto cumprimento do disposto nesta Lei; e dos documentos públicos para assegurar o acesso às informações
IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cum- neles contidas, de acordo com o § 2º do artigo 216 da Constituição
primento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. Federal e com o artigo 1º da Lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro
Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da adminis- de 1991;
tração pública federal responsável: Considerando que cabe ao Estado definir, em legislação própria,
I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fo- regras específicas para o cumprimento das determinações previstas
mento à cultura da transparência na administração pública e cons- na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o
cientização do direito fundamental de acesso à informação; acesso a informações;
II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao Considerando as disposições das Leis estaduais nº 10.177, de
desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na admi- 30 de dezembro de 1998, que regula o processo administrativo e
nistração pública; nº 10.294, de 20 de abril de 1999, que dispõe sobre proteção e
III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da admi- defesa do usuário de serviços públicos, e dos Decretos estaduais
nistração pública federal, concentrando e consolidando a publica- nº 22.789, de 19 de outubro de 1984, que institui o Sistema de
ção de informações estatísticas relacionadas no art. 30; Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP, nº 44.074, de 1º de
IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório julho de 1999, que regulamenta a composição e estabelece a
anual com informações atinentes à implementação desta Lei. competência das Ouvidorias, nº 54.276, de 27 de abril de 2009,
que reorganiza a Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa
Civil, nº 55.479, de 25 de fevereiro de 2010, que institui na Casa
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Civil o Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado de Gestão IX - documentos de arquivo: todos os registros de informação,
Arquivística de Documentos e Informações - SPdoc, alterado pelo em qualquer suporte, inclusive o magnético ou óptico, produzidos,
de nº 56.260, de 6 de outubro de 2010, nº 55.559, de 12 de março recebidos ou acumulados por órgãos e entidades da Administração
de 2010, que institui o Portal do Governo Aberto SP e nº 57.500, Pública Estadual, no exercício de suas funções e atividades;
de 8 de novembro de 2011, que reorganiza a Corregedoria Geral X - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser
da Administração e institui o Sistema Estadual de Controladoria; e conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas
Considerando, finalmente, a proposta apresentada pelo Grupo autorizados;
Técnico instituído pela Resolução CC-3, de 9 de janeiro de 2012, XI - documento: unidade de registro de informações, qualquer
junto ao Comitê de Qualidade da Gestão Pública, que seja o suporte ou formato;
Decreta: XII - gestão de documentos: conjunto de procedimentos
operações técnicas referentes à sua produção, classificação,
CAPÍTULO I avaliação, tramitação, uso, arquivamento e reprodução, que
DISPOSIÇÕES GERAIS assegura a racionalização e a eficiência dos arquivos;
XIII - informação: dados, processados ou não, que podem ser
Artigo 1º - Este decreto define procedimentos a serem utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos
observados pelos órgãos e entidades da Administração Pública em qualquer meio, suporte ou formato;
Estadual, e pelas entidades privadas sem fins lucrativos que XIV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural
recebam recursos públicos estaduais para a realização de atividades identificada ou identificável;
de interesse público, à vista das normas gerais estabelecidas na Lei XV - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente
federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade
Artigo 2º - O direito fundamental de acesso a documentos, para a segurança da sociedade e do Estado;
dados e informações será assegurado mediante: XVI - integridade: qualidade da informação não modificada,
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
como exceção; XVII - marcação: aposição de marca assinalando o grau de sigilo
II - implementação da política estadual de arquivos e gestão de de documentos, dados ou informações, ou sua condição de acesso
documentos; irrestrito, após sua desclassificação;
III - divulgação de informações de interesse público, XVIII - metadados: são informações estruturadas e codificadas
independentemente de solicitações; que descrevem e permitem gerenciar, compreender, preservar e
IV - utilização de meios de comunicação viabilizados pela acessar os documentos digitais ao longo do tempo e referem-se a:
tecnologia da informação; a) identificação e contexto documental (identificador único,
V - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência instituição produtora, nomes, assunto, datas, local, código de
na administração pública; classificação, tipologia documental, temporalidade, destinação,
VI - desenvolvimento do controle social da administração versão, documentos relacionados, idioma e indexação);
pública. b) segurança (grau de sigilo, informações sobre criptografia,
Artigo 3º - Para os efeitos deste decreto, consideram-se as assinatura digital e outras marcas digitais);
seguintes definições: c) contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho de
I - arquivos públicos: conjuntos de documentos produzidos, arquivo, dependências de hardware e software, tipos de mídias,
recebidos e acumulados por órgãos públicos, autarquias, fundações algoritmos de compressão) e localização física do documento;
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, empresas públicas, XIX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte,
sociedades de economia mista, entidades privadas encarregadas da com o máximo de detalhamento possível, sem modificações;
gestão de serviços públicos e organizações sociais, no exercício de XX - reclassificação: alteração, pela autoridade competente, da
suas funções e atividades; classificação de sigilo de documentos, dados e informações;
II - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido XXI - rol de documentos, dados e informações sigilosas e
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado pessoais: relação anual, a ser publicada pelas autoridades máximas
indivíduo, equipamento ou sistema; de órgãos e entidades, de documentos, dados e informações
III - classificação de sigilo: atribuição, pela autoridade classificadas, no período, como sigilosas ou pessoais, com
competente, de grau de sigilo a documentos, dados e informações; identificação para referência futura;
IV - credencial de segurança: autorização por escrito concedida XXII - serviço ou atendimento presencial: aquele prestado a
por autoridade competente, que habilita o agente público estadual presença física do cidadão, principal beneficiário ou interessado no
no efetivo exercício de cargo, função, emprego ou atividade pública serviço;
a ter acesso a documentos, dados e informações sigilosas; XXIII - serviço ou atendimento eletrônico: aquele prestado
V - criptografia: processo de escrita à base de métodos lógicos remotamente ou à distância, utilizando meios eletrônicos de
e controlados por chaves, cifras ou códigos, de forma que somente comunicação;
os usuários autorizados possam reestabelecer sua forma original; XXIV - tabela de documentos, dados e informações sigilosas e
VI - custódia: responsabilidade pela guarda de documentos, pessoais: relação exaustiva de documentos, dados e informações
dados e informações; com quaisquer restrição de acesso, com a indicação do grau de sigilo,
VII - dado público: sequência de símbolos ou valores, decorrente de estudos e pesquisas promovidos pelas Comissões
representado em algum meio, produzido ou sob a guarda de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, e publicada pelas
governamental, em decorrência de um processo natural ou artificial, autoridades máximas dos órgãos e entidades;
que não tenha seu acesso restrito por legislação específica; XXV - tratamento da informação: conjunto de ações
VIII - desclassificação: supressão da classificação de sigilo por referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
ato da autoridade competente ou decurso de prazo, tornando reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento,
irrestrito o acesso a documentos, dados e informações sigilosas; armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO II II - protocolar documentos e requerimentos de acesso a
DO ACESSO A DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES informações, bem como encaminhar os pedidos de informação
aos setores produtores ou detentores de documentos, dados e
SEÇÃO I informações;
DISPOSIÇÕES GERAIS III - controlar o cumprimento de prazos por parte dos setores
produtores ou detentores de documentos, dados e informações,
Artigo 4º - É dever dos órgãos e entidades da Administração previstos no artigo 15 deste decreto;
Pública Estadual: IV - realizar o serviço de busca e fornecimento de documentos,
I - promover a gestão transparente de documentos, dados e dados e informações sob custódia do respectivo órgão ou entidade,
informações, assegurando sua disponibilidade, autenticidade e ou fornecer ao requerente orientação sobre o local onde encontrá-
integridade, para garantir o pleno direito de acesso; los.
II - divulgar documentos, dados e informações de interesse § 1º - As autoridades máximas dos órgãos e entidades da
coletivo ou geral, sob sua custódia, independentemente de Administração Pública Estadual deverão designar, no prazo de 30
solicitações; (trinta) dias, os responsáveis pelos Serviços de Informações ao
III - proteger os documentos, dados e informações sigilosas Cidadão - SIC.
e pessoais, por meio de critérios técnicos e objetivos, o menos § 2º - Para o pleno desempenho de suas atribuições, os Serviços
restritivo possível. de Informações ao Cidadão - SIC deverão:
1. manter intercâmbio permanente com os serviços de
SEÇÃO II protocolo e arquivo;
DA GESTÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES 2. buscar informações junto aos gestores de sistemas
informatizados e bases de dados, inclusive de portais e sítios
Artigo 5º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, na institucionais;
condição de órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de São 3. atuar de forma integrada com as Ouvidorias, instituídas pela
Paulo - SAESP, é a responsável pela formulação e implementação Lei estadual nº 10.294, de 20 de abril de 1999, e organizadas pelo
da política estadual de arquivos e gestão de documentos, a que se Decreto nº 44.074, de 1º de julho de 1999.
refere o artigo 2º, inciso II deste decreto, e deverá propor normas, § 3º - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC,
procedimentos e requisitos técnicos complementares, visando o independentemente do meio utilizado, deverão ser identificados
tratamento da informação. com ampla visibilidade.
Parágrafo único - Integram a política estadual de arquivos e Artigo 8º - A Casa Civil deverá providenciar a contratação
gestão de documentos: de serviços para o desenvolvimento de “Sistema Integrado de
1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos e entidades; Informações ao Cidadão”, capaz de interoperar com o SPdoc, a
2. as Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, ser utilizado por todos os órgãos e entidades nos seus respectivos
a que se refere o artigo 11 deste decreto; Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.
3. o Sistema Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de Artigo 9º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa
Documentos e Informações - SPdoc; Civil, deverá adotar as providências necessárias para a organização
4. os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC. dos serviços da Central de Atendimento ao Cidadão - CAC, instituída
Artigo 6º - Para garantir efetividade à política de arquivos e pelo Decreto nº 54.276, de 27 de abril de 2009, com a finalidade de:
gestão de documentos, os órgãos e entidades da Administração I - coordenar a integração sistêmica dos Serviços de Informações
Pública Estadual deverão: ao Cidadão - SIC, instituídos nos órgãos e entidades;
I - providenciar a elaboração de planos de classificação e II - realizar a consolidação e sistematização de dados a que
tabelas de temporalidade de documentos de suas atividadesfim, a se refere o artigo 26 deste decreto, bem como a elaboração de
que se referem, respectivamente, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, do estatísticas sobre as demandas de consulta e os perfis de usuários,
Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004; visando o aprimoramento dos serviços.
II - cadastrar todos os seus documentos no Sistema Parágrafo único - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC
Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de Documentos e deverão fornecer, periodicamente, à Central de Atendimento ao
Informações - SPdoc. Cidadão - CAC, dados atualizados dos atendimentos prestados.
Parágrafo único - As propostas de planos de classificação e de Artigo 10 - O acesso aos documentos, dados e informações
tabelas de temporalidade de documentos deverão ser apreciadas compreende, entre outros, os direitos de obter:
pelos órgãos jurídicos dos órgãos e entidades e encaminhadas à I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de
Unidade do Arquivo Público do Estado para aprovação, antes de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrado ou
sua oficialização. obtido o documento, dado ou informação almejada;
Artigo 7º - Ficam criados, em todos os órgãos e entidades II - dado ou informação contida em registros ou documentos,
da Administração Pública Estadual, os Serviços de Informações produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos
ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo 5º, inciso IV, deste ou não a arquivos públicos;
decreto, diretamente subordinados aos seus titulares, em local III - documento, dado ou informação produzida ou custodiada
com condições apropriadas, infraestrutura tecnológica e equipe por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer
capacitada para: vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já
I - realizar atendimento presencial e/ou eletrônico na sede tenha cessado;
e nas unidades subordinadas, prestando orientação ao público IV - dado ou informação primária, íntegra, autêntica e
sobre os direitos do requerente, o funcionamento do Serviço de atualizada;
Informações ao Cidadão - SIC, a tramitação de documentos, bem V - documento, dado ou informação sobre atividades exercidas
como sobre os serviços prestados pelas respectivas unidades do pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política,
órgão ou entidade; organização e serviços;

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VI - documento, dado ou informação pertinente à administração I - orientar a gestão transparente dos documentos, dados
o patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, e informações do órgão ou entidade, visando assegurar o amplo
contratos administrativos; acesso e divulgação;
VII - documento, dado ou informação relativa: II - realizar estudos, sob a orientação técnica da Unidade do
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos Arquivo Público do Estado, órgão central do Sistema de Arquivos do
programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem Estado de São Paulo - SAESP, visando à identificação e elaboração
como metas e indicadores propostos; de tabela de documentos, dados e informações sigilosas e pessoais,
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de seu órgão ou entidade;
de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, III - encaminhar à autoridade máxima do órgão ou entidade a
incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. tabela mencionada no inciso II deste artigo, bem como as normas
§ 1º - O acesso aos documentos, dados e informações e procedimentos visando à proteção de documentos, dados e
previsto no “caput” deste artigo não compreende as informações informações sigilosas e pessoais, para oitiva do órgão jurídico e
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos posterior publicação;
ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da IV - orientar o órgão ou entidade sobre a correta aplicação
sociedade e do Estado. dos critérios de restrição de acesso constantes das tabelas de
§ 2º - Quando não for autorizado acesso integral ao documento, documentos, dados e informações sigilosas e pessoais;
dado ou informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado V - comunicar à Unidade do Arquivo Público do Estado a
o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia publicação de tabela de documentos, dados e informações sigilosas
com ocultação da parte sob sigilo. e pessoais, e suas eventuais alterações, para consolidação de dados,
§ 3º - O direito de acesso aos documentos, aos dados ou às padronização de critérios e realização de estudos técnicos na área;
informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada VI - propor à autoridade máxima do órgão ou entidade a
de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do renovação, alteração de prazos, reclassificação ou desclassificação
ato decisório respectivo. de documentos, dados e informações sigilosas;
§ 4º - A negativa de acesso aos documentos, dados e VII - manifestar-se sobre os prazos mínimos de restrição de
informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades acesso aos documentos, dados ou informações pessoais;
referidas no artigo 1º deste decreto, quando não fundamentada, VIII - atuar como instância consultiva da autoridade máxima
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do do órgão ou entidade, sempre que provocada, sobre os recursos
artigo 32 da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. interpostos relativos às solicitações de acesso a documentos,
§ 5º - Informado do extravio da informação solicitada, dados e informações não atendidas ou indeferidas, nos termos do
poderá o interessado requerer à autoridade competente a parágrafo único do artigo 19 deste decreto;
imediata instauração de apuração preliminar para investigar o IX - informar à autoridade máxima do órgão ou entidade a
desaparecimento da respectiva documentação. previsão de necessidades orçamentárias, bem como encaminhar
§ 6º - Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o relatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos.
responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no Parágrafo único - Para o perfeito cumprimento de suas
prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que atribuições as Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso -
comprovem sua alegação. CADA poderão convocar servidores que possam contribuir com seus
conhecimentos e experiências, bem como constituir subcomissões
SEÇÃO III e grupos de trabalho.
DAS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS E ACESSO Artigo 13 - À Unidade do Arquivo Público do Estado, órgão
central do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP,
Artigo 11 - As Comissões de Avaliação de Documentos de responsável por propor a política de acesso aos documentos
Arquivo, a que se referem os Decretos nº 29.838, de 18 de abril públicos, nos termos do artigo 6º, inciso XII, do Decreto nº 22.789,
de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004, instituídas nos de 19 de outubro de 1984, caberá o reexame, a qualquer tempo, das
órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, passarão a tabelas de documentos, dados e informações sigilosas e pessoais
ser denominadas Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual.
- CADA.
§ 1º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - SEÇÃO IV
CADA deverão ser vinculadas ao Gabinete da autoridade máxima DO PEDIDO
do órgão ou entidade.
§ 2º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA Artigo 14 - O pedido de informações deverá ser apresentado ao
serão integradas por servidores de nível superior das áreas jurídica, Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade, por
de administração geral, de administração financeira, de arquivo e qualquer meio legítimo que contenha a identificação do interessado
protocolo, de tecnologia da informação e por representantes das (nome, número de documento e endereço) e a especificação da
áreas específicas da documentação a ser analisada. informação requerida.
§ 3º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão
CADA serão compostas por 5 (cinco), 7 (sete) ou 9 (nove) membros, ou entidade responsável pelas informações solicitadas deverá
designados pela autoridade máxima do órgão ou entidade. conceder o acesso imediato àquelas disponíveis.
Artigo 12 - São atribuições das Comissões de Avaliação de § 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso imediato, o
Documentos e Acesso - CADA, além daquelas previstas para as Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade, em
Comissões de Avaliação de Documentos de Arquivo nos Decretos prazo não superior a 20 (vinte) dias, deverá:
nº 29.838, de 18 de abril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 1. comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
2004: efetuar a reprodução ou obter a certidão;
2. indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
parcial, do acesso pretendido;
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3. comunicar que não possui a informação, indicar, se for do Artigo 20 - Negado o acesso ao documento, dado e informação
seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, pelos órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, o
remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado poderá recorrer à Corregedoria Geral da Administração,
interessado da remessa de seu pedido de informação. que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:
§ 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo poderá ser I - o acesso ao documento, dado ou informação não classificada
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, como sigilosa for negado;
da qual será cientificado o interessado. II - a decisão de negativa de acesso ao documento, dado ou
§ 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações informação, total ou parcialmente classificada como sigilosa, não
e do cumprimento da legislação aplicável, o Serviço de Informações indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior
ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade poderá oferecer meios para a quem possa ser dirigido o pedido de acesso ou desclassificação;
que o próprio interessado possa pesquisar a informação de que III - os procedimentos de classificação de sigilo estabelecidos
necessitar. na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, não tiverem
§ 4º - Quando não for autorizado o acesso por se tratar de sido observados;
informação total ou parcialmente sigilosa, o interessado deverá ser IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros
informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para procedimentos revistos na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro
sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade de 2011.
competente para sua apreciação. § 1º - O recurso previsto neste artigo somente poderá ser
§ 5º - A informação armazenada em formato digital será dirigido à Corregedoria Geral da Administração depois de submetido
fornecida nesse formato, caso haja anuência do interessado. à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente
§ 6º - Caso a informação solicitada esteja disponível ao público superior àquela que exarou a decisão impugnada, nos termos do
em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de parágrafo único do artigo 19 deste decreto.
acesso universal, serão informados ao interessado, por escrito, o § 2º - Verificada a procedência das razões do recurso, a
lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir Corregedoria Geral da Administração determinará ao órgão
a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade que adote as providências necessárias para dar
ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo cumprimento ao disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 de
se o interessado declarar não dispor de meios para realizar por si novembro de 2011, e neste decreto.
mesmo tais procedimentos. Artigo 21 - Negado o acesso ao documento, dado ou informação
Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da informação pela Corregedoria Geral da Administração, o requerente poderá, no
é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência, interpor recurso à
órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser Comissão Estadual de Acesso à Informação, de que trata o artigo
cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do 76 deste decreto.
custo dos serviços e dos materiais utilizados, a ser fixado em ato Artigo 22 - Aplica-se, no que couber, a Lei estadual nº 10.177,
normativo pelo Chefe do Executivo. de 30 de dezembro de 1998, ao procedimento de que trata este
Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os custos previstos Capítulo.
no “caput” deste artigo todo aquele cuja situação econômica não
lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, CAPÍTULO III
declarada nos termos da Lei federal nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. DA DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES
Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação contida
em documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, Artigo 23 - É dever dos órgãos e entidades da Administração
deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que Pública Estadual promover, independentemente de requerimentos,
esta confere com o original. a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas
Parágrafo único - Na impossibilidade de obtenção de cópias, competências, de documentos, dados e informações de interesse
o interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob Grupo coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
Técnico supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por § 1º - Na divulgação das informações a que se refere o “caput”
outro meio que não ponha em risco a conservação do documento deste artigo, deverão constar, no mínimo:
original. 1. registro das competências e estrutura organizacional,
Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor de endereços e telefones das respectivas unidades e horários de
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. atendimento ao público;
2. registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos
SEÇÃO V financeiros;
DOS RECURSOS 3. registros de receitas e despesas;
4. informações concernentes a procedimentos licitatórios,
Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos documentos, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os
dados e informações ou às razões da negativa do acesso, bem contratos celebrados;
como o não atendimento do pedido, poderá o interessado interpor 5. relatórios, estudos e pesquisas;
recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar de sua 6. dados gerais para o acompanhamento da execução
ciência. orçamentária, de programas, ações, projetos e obras de órgãos e
Parágrafo único - O recurso será dirigido à apreciação de pelo entidades;
menos uma autoridade hierarquicamente superior à que exarou 7. respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
a decisão impugnada, que deverá se manifestar, após eventual § 2º - Para o cumprimento do disposto no “caput” deste artigo,
consulta à Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, os órgãos e entidades estaduais deverão utilizar todos os meios
a que se referem os artigos 11 e 12 deste decreto, e ao órgão e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória
jurídico, no prazo de 5 (cinco) dias. a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores
(internet).
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§ 3º - Os sítios de que trata o § 2º deste artigo deverão atender, § 2º - O desenvolvimento do “Catálogo de Sistemas e Bases de
entre outros, aos seguintes requisitos: Dados da Administração Pública do Estado de São Paulo - CSBD”,
1. conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o coleta de informações, manutenção e atualização permanente
acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em ficará a cargo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
linguagem de fácil compreensão; - SEADE.
2. possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos § 3º - O “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Administração
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como Pública do Estado de São Paulo - CSBD”, bem como as bases de dados
planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; da Administração Pública Estadual deverão estar disponíveis no
3. possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em Portal do Governo Aberto e no Portal da Transparência, nos termos
formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; dos Decretos nº 57.500, de 8 de novembro de 2011, e nº 55.559,
4. divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação de 12 de março de 2010, com todos os elementos necessários para
da informação; permitir sua utilização por terceiros, como a arquitetura da base e
5. garantir a autenticidade e a integridade das informações o dicionário de dados.
disponíveis para acesso;
6. manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; CAPÍTULO IV
7. indicar local e instruções que permitam ao interessado DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO A DOCUMENTOS, DADOS E IN-
comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou FORMAÇÕES
entidade detentora do sítio;
8. adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade SEÇÃO I
de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do artigo 17 DISPOSIÇÕES GERAIS
da Lei federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, artigo 9° da
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada Artigo 27 - São consideradas passíveis de restrição de acesso,
pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, e da Lei no âmbito da Administração Pública Estadual, duas categorias de
estadual n° 12.907, de 15 de abril de 2008. documentos, dados e informações:
Artigo 24 - Os documentos que contenham informações que I - Sigilosos: aqueles submetidos temporariamente à restrição
se enquadrem nos casos referidos no artigo anterior deverão de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a
estar cadastrados no Sistema Informatizado Unificado de Gestão segurança da sociedade e do Estado;
Arquivística de Documentos e Informações - SPdoc. II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa natural identificada
Artigo 25 - A autoridade máxima de cada órgão ou entidade ou identificável, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem
estadual publicará, anualmente, em sítio próprio, bem como no das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
Portal da Transparência e do Governo Aberto: Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades da Administração
I - rol de documentos, dados e informações que tenham sido Pública Estadual, por meio de suas respectivas Comissões de
desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses; Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, a que se referem os
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com artigos 11 e 12 deste decreto, promover os estudos necessários à
identificação para referência futura; elaboração de tabela com a identificação de documentos, dados e
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos informações sigilosas e pessoais, visando assegurar a sua proteção.
de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informação
informações genéricas sobre os solicitantes. necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos
Parágrafo único - Os órgãos e entidades da Administração fundamentais.
Pública Estadual deverão manter exemplar da publicação prevista Parágrafo único - Os documentos, dados e informações que
no “caput” deste artigo para consulta pública em suas sedes, bem versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos
como o extrato com o rol de documentos, dados e informações humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
fundamentos da classificação. Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as demais
Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração Pública hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses
Estadual deverão prestar no prazo de 60 (sessenta) dias, para de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
compor o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Administração econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada
Pública do Estado de São Paulo - CSBD”, as seguintes informações: que tenha qualquer vínculo com o poder público.
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases de dados;
II - metadados; SEÇÃO II
III - dicionário de dados com detalhamento de conteúdo; DA CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO
IV - arquitetura da base de dados; DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES SIGILOSAS
V - periodicidade de atualização;
VI - software da base de dados; Artigo 30 - São considerados imprescindíveis à segurança da
VII - existência ou não de sistema de consulta à base de dados sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação de
e sua linguagem de programação; sigilo, os documentos, dados e informações cuja divulgação ou
VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à base de dados. acesso irrestrito possam:
§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade
deverão indicar o setor responsável pelo fornecimento e atualização do território nacional;
permanente de dados e informações que compõem o “Catálogo de II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
Sistemas e Bases de Dados da Administração Pública do Estado de relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas
São Paulo - CSBD”. em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

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IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica b) fundamento da classificação, reclassificação ou
ou monetária do País; desclassificação de sigilo, observados os critérios estabelecidos
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos no artigo 31 deste decreto, bem como da restrição de acesso à
das Forças Armadas; informação pessoal;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; previstos no artigo 31 deste decreto, bem como a indicação do
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas prazo mínimo de restrição de acesso à informação pessoal;
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; d) identificação da autoridade que a classificou, reclassificou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de ou desclassificou.
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso contarse-á da
prevenção ou repressão de infrações. data da produção do documento, dado ou informação.
Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigilosas em Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos, dados e
poder de órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, informações no âmbito da Administração Pública Estadual, a que
observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à se refere o inciso II do artigo 32 deste decreto, é de competência:
segurança da sociedade ou do Estado, poderão ser classificados nos I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:
seguintes graus: a) Governador do Estado;
I - ultrassecreto; b) Vice-Governador do Estado;
II - secreto; c) Secretários de Estado e Procurador Geral do Estado;
III - reservado. d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Geral da olícia
§ 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso aos documentos, Militar;
dados e informações, conforme a classificação prevista no “caput” II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I
e incisos deste artigo, vigoram a partir da data de sua produção e deste artigo, das autoridades máximas de autarquias, fundações ou
são os seguintes: empresas públicas e sociedades de economia mista;
1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos; III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos
2. secreto: até 15 (quinze) anos; incisos I e II deste artigo e das que exerçam funções de direção,
3. reservado: até 5 (cinco) anos. comando ou chefia, ou de hierarquia equivalente, de acordo com
§ 2º - Os documentos, dados e informações que puderem regulamentação específica de cada órgão ou entidade, observado o
colocar em risco a segurança do Governador e Vice-Governador disposto neste decreto.
do Estado e respectivos cônjuges e filhos (as) serão classificados § 1º - A competência prevista nos incisos I e II deste artigo, no
como reservados e ficarão sob sigilo até o término do mandato em que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá
exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. ser delegada pela autoridade responsável a agente público, vedada
§ 3º - Alternativamente aos prazos previstos no § 1º deste a subdelegação.
artigo, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de § 2º - A classificação de documentos, dados e informações no
acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas na alínea
antes do transcurso do prazo máximo de classificação. “d” do inciso I deste artigo deverá ser ratificada pelo Secretário da
§ 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou consumado Segurança Pública, no prazo de 10 (dez) dias.
o evento que defina o seu termo final, o documento, dado ou § 3º - A autoridade ou outro agente público que classificar
informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público. documento, dado e informação como ultrassecreto deverá
§ 5º - Para a classificação do documento, dado ou informação encaminhar a decisão de que trata o inciso II do artigo 32 deste
em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse decreto, à Comissão Estadual de Acesso à Informação, a que
público da informação, e utilizado o critério menos restritivo se refere o artigo 76 deste diploma legal, no prazo previsto em
possível, considerados: regulamento.
1. a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Artigo 34 - A classificação de documentos, dados e informações
Estado; será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade
2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício,
defina seu termo final. nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas à sua
Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos, dados e desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado o
informações no âmbito da Administração Pública Estadual deverá disposto no artigo 31 deste decreto.
ser realizada mediante: § 1º - O regulamento a que se refere o “caput” deste artigo
I - publicação oficial, pela autoridade máxima do órgão ou deverá considerar as peculiaridades das informações produzidas no
entidade, de tabela de documentos, dados e informações sigilosas exterior por autoridades ou agentes públicos.
e pessoais, que em razão de seu teor e de sua imprescindibilidade § 2º - Na reavaliação a que se refere o “caput” deste artigo
à segurança da sociedade e do Estado ou à proteção da intimidade, deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a
da vida privada, da honra e imagem das pessoas, sejam passíveis de possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da
restrição de acesso, a partir do momento de sua produção, informação.
II - análise do caso concreto pela autoridade responsável § 3º - Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação,
ou agente público competente, e formalização da decisão de o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua
classificação, reclassificação ou desclassificação de sigilo, bem produção.
como de restrição de acesso à informação pessoal, que conterá, no
mínimo, os seguintes elementos:
a) assunto sobre o qual versa a informação;

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SEÇÃO III Artigo 37 - As autoridades públicas adotarão as providências
DA PROTEÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E INFORMAÇÕES necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente
PESSOAIS conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de
segurança para tratamento de documentos, dados e informações
Artigo 35 - O tratamento de documentos, dados e informações sigilosos e pessoais.
pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à Parágrafo único - A pessoa física ou entidade privada que, em
intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como razão de qualquer vínculo com o poder público executar atividades
às liberdades e garantias individuais. de tratamento de documentos, dados e informações sigilosos
§ 1º - Os documentos, dados e informações pessoais, a que e pessoais adotará as providências necessárias para que seus
se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e empregados, prepostos ou representantes observem as medidas
imagem: e procedimentos de segurança das informações resultantes da
1. terão seu acesso restrito, independentemente de classificação aplicação deste decreto.
de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informações
data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à sigilosos, originários de outros órgãos ou instituições privadas,
pessoa a que elas se referirem; custodiados para fins de instrução de procedimento, processo
2. poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por administrativo ou judicial, somente poderá ser realizado para outra
terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da finalidade se autorizado pelo agente credenciado do respectivo
pessoa a que elas se referirem. órgão, entidade ou instituição de origem.
§ 2º - Aquele que obtiver acesso às informações de que trata
este artigo será responsabilizado por seu uso indevido. SUBSEÇÃO I
§ 3º - O consentimento referido no item 2 do § 1º deste artigo DA PRODUÇÃO, DO REGISTRO, EXPEDIÇÃO, TRAMITAÇÃO E
não será exigido quando as informações forem necessárias: GUARDA
1. à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver
física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente Artigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmissão,
para o tratamento médico; manutenção e guarda de documentos, dados e informações
2. à realização de estatísticas e pesquisas científicas de sigilosos observarão medidas especiais de segurança.
evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição e
a identificação da pessoa a que as informações se referirem; tramitação obedecerão às seguintes prescrições:
3. ao cumprimento de ordem judicial; I - deverão ser registrados no momento de sua produção,
4. à defesa de direitos humanos; prioritariamente em sistema informatizado de gestão arquivística
5. à proteção do interesse público e geral preponderante. de documentos;
§ 4º - A restrição de acesso aos documentos, dados e II - serão acondicionados em envelopes duplos;
informações relativos à vida privada, honra e imagem de pessoa III - no envelope externo não constará qualquer indicação do
não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo grau de sigilo ou do teor do documento;
de apuração de irregularidades em que o titular das informações IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expedido
estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação mediante relação de remessa, que indicará, necessariamente,
de fatos históricos de maior relevância. remetente, destinatário, número de registro e o grau de sigilo do
§ 5º - Os documentos, dados e informações identificados como documento;
pessoais somente poderão ser fornecidos pessoalmente, com a V - para os documentos sigilosos digitais deverão ser observadas
identificação do interessado. as prescrições referentes à criptografia.
Artigo 41 - A expedição, tramitação e entrega de documento
SEÇÃO IV ultrassecreto e secreto, deverá ser efetuadas pessoalmente, por
DA PROTEÇÃO E DO CONTROLE DE DOCUMENTOS, DADOS E agente público credenciado, sendo vedada a sua postagem.
INFORMAÇÕES SIGILOSOS Parágrafo único - A comunicação de informação de natureza
ultrassecreta e secreta, de outra forma que não a prescrita no
Artigo 36 - É dever da Administração Pública Estadual controlar “caput” deste artigo, só será permitida excepcionalmente e em
o acesso e a divulgação de documentos, dados e informações casos extremos, que requeiram tramitação e solução imediatas,
sigilosos sob a custódia de seus órgãos e entidades, assegurando a em atendimento ao princípio da oportunidade e considerados os
sua proteção contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão interesses da segurança da sociedade e do Estado, utilizando-se o
e divulgação não autorizados. adequado meio de criptografia.
§ 1º - O acesso, a divulgação e o tratamento de documentos, Artigo 42 - A expedição de documento reservado poderá ser
dados e informações classificados como sigilosos ficarão restritos feita mediante serviço postal, com opção de registro, mensageiro
a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam oficialmente designado, sistema de encomendas ou, quando for o
devidamente credenciadas na forma dos artigos 62 a 65 deste caso, mala diplomática.
decreto, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos Parágrafo único - A comunicação dos documentos de que trata
autorizados por lei. este artigo poderá ser feita por outros meios, desde que sejam
§ 2º - O acesso aos documentos, dados e informações usados recursos de criptografia compatíveis com o grau de sigilo do
classificados como sigilosos ou identificados como pessoais, cria documento, conforme previsto nos artigos 51 a 56 deste decreto.
a obrigação para aquele que as obteve de resguardar restrição de Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados responsáveis
acesso. pelo recebimento de documentos sigilosos:
I - verificar a integridade na correspondência recebida e
registrar indícios de violação ou de qualquer irregularidade, dando
ciência do fato ao seu superior hierárquico e ao destinatário, o qual
informará imediatamente ao remetente;
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II - proceder ao registro do documento e ao controle de sua SUBSEÇÃO III
tramitação. DA CRIPTOGRAFIA
Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo destinatário,
seu representante autorizado ou autoridade competente Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou sistema
hierarquicamente superior, observados os requisitos do artigo 62 de criptografia no âmbito da Administração Pública Estadual
deste decreto. e das instituições de caráter público para assegurar o sigilo de
Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso comunicará documentos, dados e informações.
imediatamente ao remetente qualquer indício de violação ou Artigo 52 - Para circularem fora de área ou instalação sigilosa,
adulteração do documento. os documentos, dados e informações sigilosos, produzidos em
Artigo 46 - Os documentos, dados e informações sigilosos suporte magnético ou óptico, deverão necessariamente estar
serão mantidos em condições especiais de segurança, na forma do criptografados.
regulamento interno de cada órgão ou entidade. Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de criptografia no
Parágrafo único - Para a guarda de documentos secretos e âmbito da Administração Pública Estadual sujeitar-se-ão às normas
ultrassecretos deverá ser utilizado cofre forte ou estrutura que gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.
ofereça segurança equivalente ou superior. Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sistemas e
Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela guarda ou equipamentos de criptografia são considerados sigilosos e deverão,
custódia de documentos sigilosos os transmitirão a seus substitutos, antecipadamente, ser submetidos à certificação de conformidade.
devidamente conferidos, quando da passagem ou transferência de Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, sistemas
responsabilidade. e equipamentos de criptografia todas as medidas de segurança
previstas neste decreto para os documentos, dados e informações
SUBSEÇÃO II sigilosos e também os seguintes procedimentos:
DA MARCAÇÃO I - realização de vistorias periódicas, com a finalidade de
assegurar uma perfeita execução das operações criptográficas;
Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas as páginas II - elaboração de inventários completos e atualizados do
do documento, nas capas e nas cópias, se houver, pelo produtor material de criptografia existente;
do documento, dado ou informação, após classificação, ou pelo III - escolha de sistemas criptográficos adequados a cada
agente classificador que juntar a ele documento ou informação com destinatário, quando necessário;
alguma restrição de acesso. IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autoridade
§ 1º - Os documentos, dados ou informações cujas partes competente, de qualquer anormalidade relativa ao sigilo, à
contenham diferentes níveis de restrição de acesso devem receber inviolabilidade, à integridade, à autenticidade, à legitimidade e à
diferentes marcações, mas no seu todo, será tratado nos termos de disponibilidade de documentos, dados e informações sigilosos
seu grau de sigilo mais elevado. criptografados;
§ 2º - A marcação será feita em local que não comprometa a V - identificação e registro de indícios de violação ou
leitura e compreensão do conteúdo do documento e em local que interceptação ou de irregularidades na transmissão ou recebimento
possibilite sua reprodução em eventuais cópias. de documentos, dados e informações criptografados.
§ 3º - As páginas serão numeradas seguidamente, devendo § 1º - A autoridade máxima do órgão ou entidade da
a juntada ser precedida de termo próprio consignando o número Administração Pública Estadual responsável pela custódia de
total de folhas acrescidas ao documento. documentos, dados e informações sigilosos e detentor de material
§ 4º - A marcação deverá ser necessariamente datada. criptográfico designará um agente público responsável pela
Artigo 49 - A marcação em extratos de documentos, esboços, segurança criptográfica, devidamente credenciado, que deverá
desenhos, fotografias, imagens digitais, multimídia, negativos, observar os procedimentos previstos no “caput” deste artigo.
diapositivos, mapas, cartas e fotocartas obedecerá ao prescrito no § 2º - O agente público referido no § 1º deste artigo deverá
artigo 48 deste decreto. providenciar as condições de segurança necessárias ao resguardo do
§ 1º - Em fotografias e reproduções de negativos sem legenda, sigilo de documentos, dados e informações durante sua produção,
a indicação do grau de sigilo será no verso e nas respectivas tramitação e guarda, em suporte magnético ou óptico, bem como a
embalagens. segurança dos equipamentos e sistemas utilizados.
§ 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em rolos contínuos § 3º - As cópias de segurança de documentos, dados e
e microfilmes, a categoria e o grau de sigilo serão indicados informações sigilosos deverão ser criptografados, observadas as
nas imagens de abertura e de encerramento de cada rolo, cuja disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.
embalagem será tecnicamente segura e exibirá a classificação do Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados para a
conteúdo. produção e guarda de documentos, dados e informações sigilosos
§ 3º - Os esboços, desenhos, fotografias, imagens digitais, poderão estar ligados a redes de comunicação de dados desde que
multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas e fotocartas possuam sistemas de proteção e segurança adequados, nos termos
de que trata esta seção, que não apresentem condições para a das normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão
indicação do grau de sigilo, serão guardados em embalagens que Pública - CQGP.
exibam a classificação correspondente à classificação do conteúdo. Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia de
Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da desclassificação documentos, dados e informações sigilosos providenciar a sua
de documentos, dados ou informações sigilosos obedecerá às descriptação após a sua desclassificação.
mesmas regras da marcação da classificação.
Parágrafo único - Havendo mais de uma marcação, prevalecerá
a mais recente.

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SUBSEÇÃO IV Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança compete
DA PRESERVAÇÃO E ELIMINAÇÃO às autoridades máximas de órgãos e entidades da Administração
Pública Estadual, podendo ser objeto de delegação.
Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e informações § 1º - A credencial de segurança será concedida mediante
sigilosos os prazos de guarda estabelecidos na Tabela de termo de compromisso de preservação de sigilo, pelo qual os
Temporalidade de Documentos das Atividades-Meio, oficializada agentes públicos responsabilizam-se por não revelarem ou
pelo Decreto nº 48.898, de 27 de agosto de 2004, e nas Tabelas divulgarem documentos, dados ou informações sigilosos dos quais
de Temporalidade de Documentos das Atividades-Fim, oficializadas tiverem conhecimento direta ou indiretamente no exercício de
pelos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, cargo, função ou emprego público.
ressalvado o disposto no artigo 59 deste decreto. § 2º - Para a concessão de credencial de segurança serão
Artigo 58 - Os documentos, dados e informações sigilosos avaliados, por meio de investigação, os requisitos profissionais,
considerados de guarda permanente, nos termos dos Decretos funcionais e pessoais dos propostos.
nº 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 de agosto de 2004, somente § 3º - A validade da credencial de segurança poderá ser limitada
poderão ser recolhidos à Unidade do Arquivo Público do Estado no tempo e no espaço.
após a sua desclassificação. § 4º - O compromisso referido no “caput” deste artigo persistirá
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput” enquanto durar o sigilo dos documentos a que tiveram acesso.
deste artigo, os documentos de guarda permanente de órgãos
ou entidades extintos ou que cessaram suas atividades, em SUBSEÇÃO VII
conformidade com o artigo 7, § 2º, da Lei federal nº 8.159, de 8 de DA REPRODUÇÃO E AUTENTICAÇÃO
janeiro de 1991, e com o artigo 1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de
27 de agosto de 2004. Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC dos
Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas órgãos e entidades da Administração Pública Estadual fornecerão,
de temporalidade de documentos, os documentos, dados e desde que haja autorização expressa das autoridades classificadoras
informações sigilosos de guarda temporária somente poderão ser ou das autoridades hierarquicamente superiores, reprodução total
eliminados após 1 (um) ano, a contar da data de sua desclassificação, ou parcial de documentos, dados e informações sigilosos.
a fim de garantir o pleno acesso às informações neles contidas. § 1º - A reprodução do todo ou de parte de documentos,
Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou informações dados e informações sigilosos terá o mesmo grau de sigilo dos
sigilosos em suporte magnético ou ótico que não possuam valor documentos, dados e informações originais.
permanente deve ser feita, por método que sobrescreva as § 2º - A reprodução e autenticação de cópias de documentos,
informações armazenadas, após sua desclassificação. dados e informações sigilosos serão realizadas por agentes públicos
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do órgão a eliminação credenciados.
que se refere o “caput” deste artigo, deverá ser providenciada a § 3º - Serão fornecidas certidões de documentos sigilosos
destruição física dos dispositivos de armazenamento. que não puderem ser reproduzidos integralmente, em razão das
restrições legais ou do seu estado de conservação.
SUBSEÇÃO V § 4º - A reprodução de documentos, dados e informações
DA PUBLICIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS pessoais que possam comprometer a intimidade, a vida privada,
a honra ou a imagem de terceiros poderá ocorrer desde que haja
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos referentes a autorização nos termos item 2 do § 1º do artigo 35 deste decreto.
documentos, dados e informações sigilosos poderá ser efetuada Artigo 67 - O responsável pela preparação ou reprodução de
mediante extratos, com autorização da autoridade classificadora documentos sigilosos deverá providenciar a eliminação de provas
ou hierarquicamente superior. ou qualquer outro recurso, que possam dar origem à cópia não
§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste artigo limitar-se- autorizada do todo ou parte.
ão ao seu respectivo número, ao ano de edição e à sua ementa, Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou, se for o
redigidos por agente público credenciado, de modo a não caso, reprodução de documentos, dados e informações sigilosos
comprometer o sigilo. forem efetuadas em tipografias, impressoras, oficinas gráficas,
§ 2º - A publicação de atos administrativos que trate de ou similares, essa operação deverá ser acompanhada por agente
documentos, dados e informações sigilosos para sua divulgação ou público credenciado, que será responsável pela garantia do sigilo
execução dependerá de autorização da autoridade classificadora ou durante a confecção do documento.
autoridade competente hierarquicamente superior.
SUBSEÇÃO VIII
SUBSEÇÃO VI DA GESTÃO DE CONTRATOS
DA CREDENCIAL DE SEGURANÇA
Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acesso por
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de conhecer parte da contratada a documentos, dados ou informações sigilosos,
são condições indispensáveis para que o agente público estadual obedecerá aos seguintes requisitos:
no efetivo exercício de cargo, função, emprego ou atividade tenha I - assinatura de termo de compromisso de manutenção de
acesso a documentos, dados e informações sigilosos equivalentes sigilo;
ou inferiores ao de sua credencial de segurança. II - o contrato conterá cláusulas prevendo:
Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos graus de a) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao objeto
sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, serão classificadas nos contratado, bem como à sua execução;
graus de sigilo ultrassecreta, secreta ou reservada. b) obrigação de o contratado adotar as medidas de segurança
Artigo 64 - A credencial de segurança referente à informação adequadas, no âmbito de suas atividades, para a manutenção do
pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto, será identificada como sigilo de documentos, dados e informações aos quais teve acesso;
personalíssima.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
c) identificação, para fins de concessão de credencial de V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
segurança, das pessoas que, em nome da contratada, terão acesso com a Administração Pública Estadual, até que seja promovida a
a documentos, dados e informações sigilosos. reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração Pública § 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo
Estadual fiscalizarão o cumprimento das medidas necessárias poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o
à proteção dos documentos, dados e informações de natureza direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo
sigilosa transferidos aos contratados ou decorrentes da execução de 10 (dez) dias.
do contrato. § 2º - A reabilitação referida no inciso V deste artigo será
autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento
CAPÍTULO V ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e decorrido o prazo
DAS RESPONSABILIDADES da sanção aplicada com base no inciso IV.
§ 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V deste artigo
Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou
responsabilidade do agente público: entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo
I - recusar-se a fornecer documentos, dados e informações processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista.
requeridas nos termos deste decreto, retardar deliberadamente Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respondem
o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação
incorreta, incompleta ou imprecisa; não autorizada ou utilização indevida de documentos, dados
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, e informações sigilosos ou pessoais, cabendo a apuração de
inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado
documento, dado ou informação que se encontre sob sua guarda o respectivo direito de regresso.
ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à pessoa
atribuições de cargo, emprego ou função pública; física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso natureza com órgãos ou entidades estaduais, tenha acesso a
a documento, dado e informação; documento, dado ou informação sigilosos ou pessoal e a submeta a
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir tratamento indevido.
acesso indevido ao documento, dado e informação sigilosos ou
pessoal; CAPÍTULO VI
V - impor sigilo a documento, dado e informação para obter DISPOSIÇÕES FINAIS
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato
ilegal cometido por si ou por outrem; Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou informação
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente sigilosos resultante de tratados, acordos ou atos internacionais
documento, dado ou informação sigilosos para beneficiar a si ou a atenderá às normas e recomendações constantes desses
outrem, ou em prejuízo de terceiros; instrumentos.
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº 9.507, de
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte 12 de novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física
de agentes do Estado. ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de entidades
§ 1º - Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa governamentais ou de caráter público.
e do devido processo legal, as condutas descritas no “caput” deste Artigo 78 - Cabe à Secretaria de Gestão Pública:
artigo serão apuradas e punidas na forma da legislação em vigor. I - realizar campanha de abrangência estadual de fomento
§ 2º - Pelas condutas descritas no “caput” deste artigo, à cultura da transparência na Administração Pública Estadual e
poderá o agente público responder, também, por improbidade conscientização do direito fundamental de acesso à informação;
administrativa, conforme o disposto na Lei federal nº 8.429, de 2 II - promover treinamento de agentes públicos no que se refere
de junho de 1992. ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na
Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a documentos, Administração Pública Estadual;
dados ou informações sigilosos, nos termos deste decreto, é III - formular e implementar política de segurança da
responsável pela preservação de seu sigilo, ficando sujeito às informação, em consonância com as diretrizes da política estadual
sanções administrativas, civis e penais previstas na legislação, em de arquivos e gestão de documentos;
caso de eventual divulgação não autorizada. IV - propor e promover a regulamentação do credenciamento
Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia de documentos de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades da
e informações sigilosos sujeitam-se às normas referentes ao sigilo Administração Pública Estadual para tratamento de informações
profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética específico, sigilosas e pessoais.
sem prejuízo das sanções legais. Artigo 79 - A Corregedoria Geral da Administração será
Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que detiver responsável pela fiscalização da aplicação da Lei federal nº
documentos, dados e informações em virtude de vínculo de 12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste decreto no âmbito
qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o da Administração Pública Estadual, sem prejuízo da atuação dos
disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e órgãos de controle interno.
neste decreto estará sujeita às seguintes sanções: Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias entram
I - advertência; em vigor na data de sua publicação.
II - multa;
III - rescisão do vínculo com o poder público;
IV - suspensão temporária de participar em licitação e
impedimento de contratar com a Administração Pública Estadual
por prazo não superior a 2 (dois) anos;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Comitê de QUESTÕES
Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando a promover os estudos
necessários à criação, composição, organização e funcionamento
da Comissão Estadual de Acesso à Informação. 1. (CÂMARA DE ITAMBÉ DO MATO DENTRO/MG – ASSISTENTE
Parágrafo único - O Presidente do Comitê de Qualidade da LEGISLATIVO – FUNDEP/2019) São princípios constitucionais da Ad-
Gestão Pública designará, no prazo de 30 (trinta) dias, os membros ministração Pública:
integrantes do Grupo Técnico. (A) Eficiência, Impessoalidade, Moralidade, Legalidade e Publi-
Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração Pública cidade.
Estadual deverão proceder à reavaliação dos documentos, dados e (B) Anterioridade, Não confisco, Legalidade, Isonomia e Capa-
informações classificados como ultrassecretos e secretos no prazo cidade Contributiva.
máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência da Lei (C) Legalidade, Autonomia Privada, Publicidade, Eficiência e
federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Devido Processo Legal.
§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados e informações, (D) Responsabilidade, Equidade, Normatização, Moralidade e
em razão da reavaliação prevista no “caput” deste artigo, deverá Pessoalidade.
observar os prazos e condições previstos na Lei federal nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011. 2. (CRF/PR – ANALISTA DE RH – QUADRIX/2019) Com relação
§ 2º - No âmbito da administração pública estadual, a às disposições gerais da Administração Pública conforme previsão
reavaliação prevista no “caput” deste artigo poderá ser revista, a constante do texto da Constituição Federal de 1988, assinale a al-
qualquer tempo, pela Comissão Estadual de Acesso à Informação, ternativa correta.
observados os termos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro (A) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
de 2011, e deste decreto. para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação de sua admissão.
previsto no “caput” deste artigo, será mantida a classificação (B) Não é admitida contratação por tempo determinado para
dos documentos, dados e informações nos termos da legislação atender necessidade temporária de excepcional interesse pú-
precedente. blico.
§ 4º - Os documentos, dados e informações classificados (C) Será reservado por lei percentual de cargos públicos para
como secretos e ultrassecretos não reavaliados no prazo previsto pessoas portadoras de deficiência, mas essa regra não se aplica
no “caput” deste artigo serão considerados, automaticamente, de a empregos públicos.
acesso público. (D) É permitida a vinculação ou a equiparação de quaisquer es-
Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da vigência pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pesso-
deste decreto, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade al do serviço público.
da Administração Pública Estadual designará subordinado para, (E) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor públi-
no âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as seguintes co serão computados e acumulados para fins de concessão de
atribuições: acréscimos ulteriores.
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, os recursos
organizacionais, materiais e humanos, bem como as demais 3. (UEPA – AGENTE ADMINISTRATIVO – FADESP/2019) Ao tratar
providências necessárias à instalação e funcionamento dos Serviços dos direitos e garantias fundamentais, a Constituição Federal Brasi-
de Informações ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo 7º deste leira de 1988 estabelece que
decreto; (A) todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
II - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a natureza.
documentos, dados ou informações, de forma eficiente e adequada (B) é livre a manifestação do pensamento, sendo violável o ano-
aos objetivos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, nimato.
e deste decreto; (C) são violáveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima-
III - orientar e monitorar a implementação do disposto na Lei gem das pessoas.
federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste decreto, e (D) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; coisa senão por vontade própria.

IV - recomendar as medidas indispensáveis à implementação 4. (TRE/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO – IBFC/2020) A Constituição


e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao Federal (CF/88) traz algumas condições de elegibilidade. Assinale a
correto cumprimento do disposto neste decreto; alternativa que não apresenta uma das condições de elegibilidade
V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a atualização estabelecidas pela CF:
de pessoal que desempenhe atividades inerentes à salvaguarda de (A) Nacionalidade brasileira
documentos, dados e informações sigilosos e pessoais. (B) Alistamento eleitoral
Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso (C) Pleno exercício dos direitos políticos
- CADA deverão apresentar à autoridade máxima do órgão ou (D) A idade mínima de dezoito anos para deputado estadual
entidade, plano e cronograma de trabalho, no prazo de 30 (trinta)
dias, para o cumprimento das atribuições previstas no artigo 5. (PREFEITURA DE MAURITI/CE – ADVOGADO – CEV-UR-
6º, incisos I e II, e artigo 32, inciso I, deste decreto. Palácio dos CA/2019) Em relação aos direitos políticos, o analfabeto:
Bandeirantes, 16 de maio de 2012 (A) Vota facultativamente, mas é inelegível.
(B) Vota obrigatoriamente e é elegível para cargos municipais.
(C) Vota facultativamente e é elegível para cargos municipais.
(D) Vota obrigatoriamente, mas é inelegível.
(E) Vota facultativamente e é elegível para quaisquer cargos.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
6. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabili- 10. Previsto no inciso XXXIII do artigo 50 , no inciso II do §30 do
dade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da artigo 37 e no §20 do artigo 216 da Constituição Federal, o direito
incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes ao acesso a informações públicas foi regulado pela Lei n. 12.527, de
órgãos: 18 de novembro de 2011. Quanto ao procedimento de pedido de
(A) Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Po- acesso, é incorreto afirmar que:
lícia Técnica. (A) qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
(B) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviá- informações aos órgãos e entidades referidos na Lei, por qual-
ria Federal e Polícia Civil. quer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
(C) Polícia Técnica Científica, Polícia Civil e Polícia Federal requerente e a especificação da informação requerida.
(D) Polícia Técnico-Científica. (B) os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar al-
(E) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviá- ternativa de encaminhamento de pedidos de acesso a informa-
ria Federal, Polícias Civis e Polícias Militares e Corpo de Bom- ções por meio de seus sítios oficiais na internet.
beiros Militares. (C) sob pena de indeferimento do pedido, os motivos deter-
minantes da solicitação de acesso às informações de interesse
7. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 144, caput, diz público devem ser apresentados pelo cidadão requerente.
expressamente que a segurança pública é direito e responsabilida- (D) quando não for autorizado o acesso por se tratar de infor-
de de todos. Baseado nisso, marque a assertiva INCORRETA: mação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser
(A) O cidadão na medida de sua capacidade deve colaborar informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
como puder com a segurança pública. para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a auto-
(B) A congregação de toda a comunidade em prol da segurança ridade competente para sua apreciação.
pública deve fazer parte do trabalho da Polícia. (E) o serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito,
(C) Ao cidadão não recai responsabilidade alguma com a segu- salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão
rança pública, uma vez que os Órgãos Policiais possuem esta ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser
função. cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento
(D) O policiamento comunitário visa a participação social. do custo dos serviços e materiais utilizados.
(E) Toda a sociedade deve estar envolvida no projeto de segu-
rança pública.
GABARITO
8. A Lei no 12.527 de 2011, que regula o direito à informação
produzida em órgãos públicos integrantes da administração direta
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, afirma que o cida-
dão tem o direito fundamental de acesso à informação, definida 1 A
como dados, processados ou não, que podem ser utilizados para 2 A
produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer
meio, suporte ou formato. O sigilo, ou seja, a restrição temporária 3 A
de acesso público, é garantido à informação cuja preservação do 4 D
conhecimento geral é imprescindível à segurança da sociedade e do
5 A
Estado. Fora nessa exceção, as demais informações de interesse pú-
blico e sem classificação sigilosa têm a publicidade como preceito 6 E
geral. Elas, portanto, devem ser divulgadas 7 C
(A) pelos departamentos de comunicação dos órgãos públicos.
(B) mediante solicitação de pessoa física ou jurídica interessa- 8 C
da. 9 B
(C) por iniciativa do órgão público e independentemente de
solicitações. 10 C
(D) quando há disponibilidade de tecnologias da informação.
(E) nos órgãos em que já existe controle social da administra- ANOTAÇÕES
ção.
______________________________________________________
9. O acesso à informação de que trata a Lei n. 12.527, de 18
de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação no Brasil), com- ______________________________________________________
preende, entre outros, os direitos abaixo, exceto:
______________________________________________________
(A) informação pertinente à administração do patrimônio pú-
blico, utilização de recursos públicos, licitação, contratos admi- ______________________________________________________
nistrativos.
(B) informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e enti- ______________________________________________________
dades, inclusive as relativas à sua política, organização e servi-
ços, mesmo que sigilosa ou parcialmente sigilosa. ______________________________________________________
(C) informação primária, íntegra, autêntica e atualizada.
(D) orientação sobre os procedimentos para a consecução de ______________________________________________________
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada
______________________________________________________
ou obtida a informação almejada.
(E) informação produzida ou custodiada por pessoa física ou ______________________________________________________
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus ór-
gãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado. ______________________________________________________
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