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CODEBA
COMPANHIA DOCAS DA BAHIA

Técnico Portuário -
Apoio Administrativo

EDITAL DE CONCURSO PARA EM-


PREGO PÚBLICO Nº 001/2023

CÓD: SL-153JL-23
7908433239031
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de texto...................................................................................................................................... 7
2. Tipologia e gêneros textuais....................................................................................................................................................... 11
3. Figuras de linguagem.................................................................................................................................................................. 11
4. Significação de palavras e expressões. Relações de sinonímia e de antonímia.......................................................................... 13

5. Ortografia.................................................................................................................................................................................... 14
6. Acentuação gráfica...................................................................................................................................................................... 15
7. Uso da crase................................................................................................................................................................................ 16
8. Morfologia.................................................................................................................................................................................. 17
9. Locuções verbais......................................................................................................................................................................... 25
10. Elementos de comunicação e funções da linguagem................................................................................................................. 25
11. Domínio dos mecanismos de coesão e coerência textual.......................................................................................................... 27
12. Reescrita de frases e parágrafos do texto................................................................................................................................... 28
13. Sintaxe........................................................................................................................................................................................ 29
14. Concordância verbal e nominal.................................................................................................................................................. 32
15. Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................................... 33
16. Colocação pronominal................................................................................................................................................................ 36
17. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto........................................................................................................... 36
18. Função textual dos vocábulos..................................................................................................................................................... 38
19. Variação linguística..................................................................................................................................................................... 39

Raciocínio Lógico e Matemático


1. Resolução de problemas envolvendo frações............................................................................................................................. 47
2. Conjuntos.................................................................................................................................................................................... 48
3. Porcentagens.............................................................................................................................................................................. 49
4. sequências (com números, com figuras, de palavras)................................................................................................................ 50

5. Proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos....................................................................... 52

Noções de Informática
1. Conceitos e fundamentos básicos.............................................................................................................................................. 65
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de e-mails, repro-
dutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus)............................................................................................................. 67
3. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, memórias, processadores (CPU)........................................................................... 73
4. Periféricos de computadores...................................................................................................................................................... 75
5. Ambientes operacionais: utilização básica dos sistemas operacionais Windows 7 e Windows 10............................................ 75
6. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote Microsoft Office (Word, Excel e PowerPoint) – versões
2013 e 2016................................................................................................................................................................................ 92
7. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote LibreOffice (Writer, Calc e Impress) - versões 5 e 6.... 134
8. Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet, busca e pesquisa na Web. Navegadores de internet: Internet Explorer,
Mozilla Firefox, Google Chrome.................................................................................................................................................. 146

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ÍNDICE

9. Conceitos básicos de segurança na Internet e vírus de computadores...................................................................................... 149

Legislação específica
1. Lei Nº 13.303, de 30 de junho de 2016 - Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios...................................... 155
2. Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013 (Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portu-
árias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários)............................................................................... 174
3. Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013 (Regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais
disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias............................................. 186

Conhecimentos Específicos
Técnico Portuário - Apoio Administrativo
1. As comunicações oficiais: aspectos gerais da redação oficial; a redação dos atos normativos e comunicações; aplicação de
princípios da ortografia e de elementos da gramática à redação oficial.................................................................................... 201
2. Arquivologia: gestão, classificação e avaliação de documentos; organização, planejamento, sistemas e métodos de arquiva-
mento......................................................................................................................................................................................... 211
3. Arquivística e informática........................................................................................................................................................... 222
4. Legislação arquivística................................................................................................................................................................ 222

5. Comportamento organizacional................................................................................................................................................. 223


6. As pessoas, os grupos e a dinâmica organizacional.................................................................................................................... 223
7. Comunicação.............................................................................................................................................................................. 223
8. Liderança e poder....................................................................................................................................................................... 225
9. Conflito e negociação.................................................................................................................................................................. 226
10. Ética geral e profissional: conceitos e fundamentos................................................................................................................... 226
11. Relações de trabalho.................................................................................................................................................................. 227
12. A responsabilidade social das empresas..................................................................................................................................... 227
13. Assédio........................................................................................................................................................................................ 227
14. Atendimento ao público: excelência e atendimento de qualidade na recepção e ao telefone.................................................. 228
15. Introdução à Administração: conceito de administração; habilidades, competências e papéis do administrador e os proces-
sos administrativos..................................................................................................................................................................... 229
16. Administração de pessoas: conceito e processos....................................................................................................................... 243
17. Administração de recursos materiais, patrimoniais e logística: compras e estoques................................................................. 246
18. Componentes da logística........................................................................................................................................................... 266
19. Administração financeira: objetivos econômicos e financeiros; funções do gestor financeiro; a demonstração do resultado,
fluxo de caixa e o balanço patrimonial....................................................................................................................................... 267
20. Redação empresarial: tipos de correspondências; estruturas e formas de tratamento............................................................. 269
21. Regulamento de Licitações e Contratos da CODEBA................................................................................................................... 270
22. Regulamento da exploração dos Portos..................................................................................................................................... 305
23. Gestão e Fiscalização de Contratos Públicos............................................................................................................................... 305

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A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objeti-
vo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que nos
é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, a res-
posta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre
a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada em
nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a
do que está explícito no texto, ou seja, na identificação da men-
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
sagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
uso da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender.
menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensa-
gem transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, ao
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a men-
1988.
sagem transmitida por ela, assim como o seu propósito comunicati-
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
vo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento.
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
Interpretação de Textos
ou não.
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os re-
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in-
sultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias e,
cluídos socialmente.
em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
decodificar o sentido de um texto por indução.
A interpretação de textos compreende a habilidade de se che-
Comentário da questão:
gar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de texto,
Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo
seja ele escrito, oral ou visual.
as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na so-
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado
ciedade.
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado
Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva,
refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis.
podendo ser diferente entre leitores.
Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a
inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direi-
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
to à educação, além das que não apresentam essas condições.
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de toda or-
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em
dem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou tem-
um texto misto (verbal e visual):
porárias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos defi-
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cientes.
cial > 2015
Resposta: Letra B.
Português > Compreensão e interpretação de textos

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IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM


TEXTOS VARIADOS
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga Ironia
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferentes Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
significativo, que é o texto. A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o novo sentido, gerando um efeito de humor.
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre Exemplo:
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura
porque achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-
se atraído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É
muito comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes,
dependendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro,
sexualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados
com o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente
infinitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição
essencial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar
nossos estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa
amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o
possível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o
texto vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
ele falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
longo do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a
associação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães Ironia verbal
pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
As informações que se relacionam com o tema chamamos de nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, ou intenção são diferentes.
seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unidade Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à Ironia de situação
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
capaz de identificar o tema do texto! Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se- vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
cundarias/ personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-

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so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a GÊNERO EM QUE SE INSCREVE
morte.
Compreender um texto trata da análise e decodificação do
Ironia dramática (ou satírica) que de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes.
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que ao conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten- trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Interpretar um texto permite a compreensão de todo e
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado qualquer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- principal. Compreender relações semânticas é uma competência
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
da narrativa. se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- Busca de sentidos
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a apreensão do conteúdo exposto.
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
Humor citadas ou apresentando novos conceitos.
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- contidas nas entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que
rer algo fora do esperado numa situação. não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- texto, mas é fundamental que não sejam criadas suposições vagas
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; e inespecíficas.
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso. Importância da interpretação
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e
a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de
Exemplo: conteúdos específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se
faz suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre
releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos
surpreendentes que não foram observados previamente. Para
auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente
auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que
os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque
ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica
do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou
apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas
pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer
dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas
é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições
vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
leitores proficientes.

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Diferença entre compreensão e interpretação DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpretação Fato
imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
tira conclusões subjetivas do texto. do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode
é uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma
Gêneros Discursivos maneira, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de
personagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade Exemplo de fato:
ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e A mãe foi viajar.
uma novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo.
No romance nós temos uma história central e várias histórias Interpretação
secundárias. É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente causas, previmos suas consequências.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se
personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma apontamos uma causa ou consequência, é necessário que seja
única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas plausível. Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou
ações encaminham-se diretamente para um desfecho. diferenças sejam detectáveis.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado Exemplos de interpretação:


por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a história A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em
principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo outro país.
na novela é baseada no calendário. O tempo e local são definidos A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo do que com a filha.
mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.
Opinião
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não que fazemos do fato.
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerência
como horas ou mesmo minutos. que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação do
fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião pode
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
imagens. anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a outro país. Ela tomou uma decisão acertada.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é do que com a filha. Ela foi egoísta.
convencer o leitor a concordar com ele.
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequências
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já
de destaque sobre algum assunto de interesse. estamos expressando nosso julgamento.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as analisamos um texto dissertativo.
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo com o sofrimento da filha.
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa
liberdade para quem recebe a informação.

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TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS FIGURAS DE LINGUAGEM

Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências
estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua classi- comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-
ficação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são nando-o poético.
variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir As figuras de linguagem classificam-se em
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. – figuras de palavra;
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. – figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças Figuras de palavra
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos ti- pressivo na comunicação.
pos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto com
base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais são: Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. Resumin- nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente
do, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto as tipolo- vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
gias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe abaixo
os principais gêneros textuais inseridos e como eles se inserem em Exemplos
cada tipo textual: ...a vida é cigana
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresenta- É caravana
ção, desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracteri- É pedra de gelo ao sol.
zam pela apresentação das ações de personagens em um tempo e (Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
e fábulas. (Carlos Drummond de Andrade)
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de Comparação: aproxima dois elementos que se identificam,
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc. paração: parecer, assemelhar-se e outros.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmi-
tir ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, Exemplo
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos ex- você entrou em mim como um sol no quintal.
positivos. (Belchior)
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o obje-
tivo de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o
é, caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é qual não existe uma designação apropriada.
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os tex-
tos argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e Exemplos
abaixo-assinado. – folha de papel
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de – braço de poltrona
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor – céu da boca
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de – pé da montanha
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Perten-
cem a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, ma- Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
nuais de instruções, entre outros. tidos físicos.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, Exemplo
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de mecânica.
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos. (Carlos Drummond de Andrade)

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A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste- Exemplo


sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen- Vai o ouvido apurado
ça gelada”. na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, para compor o zanzineio surdo
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o. circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
Exemplos da noite em branco
O filósofo de Genebra (= Calvino). (Carlos Drummond de Andrade)
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.
a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
Figuras de sintaxe ou de construção
Exemplos Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras) termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte) Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné- repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural. inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
Exemplo concordância ideológica: silepse.
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período,
plural) frase ou verso.
(José Cândido de Carvalho)
Exemplo
Figuras Sonoras Dentro do tempo o universo
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral- [na imensidão.
mente em posição inicial da palavra. Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
Exemplo Dentro da vida uma vida me
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve- [conta uma estória que fala
ladas. [de mim.
(Cruz e Sousa) Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um (Toquinho/Mutinho)
verso ou poesia.
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam
Exemplo vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
Sou Ana, da cama, vírgulas.
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam. Exemplo
(Chico Buarque) Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou pouco, todas quatro, pegando-se,
na prosódia, mas diferentes no sentido. apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Exemplo
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-
[erro nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
quero que você ganhe que
[você me apanhe Exemplo
sou o seu bezerro gritando Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
[mamãe. tuge, nem muge.
(Caetano Veloso) (Rubem Braga)

Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro- Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
duzido por seres animados e inanimados. mo já expresso.
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Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres- (Manuel Bandeira)


são, dando ênfase à mensagem. Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos.
Exemplos (José Lins do Rego)
Não os venci. Venceram-me
eles a mim. Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
(Rui Barbosa) pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).

Morrerás morte vil na mão de um forte. Exemplo


(Gonçalves Dias) ...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia- ...em cada olho castanho um grito de ódio)
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
Silepse
Exemplos Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo
Ouvir com os ouvidos. ou pronome com a pessoa a que se refere.
Rolar escadas abaixo. Exemplos
Colaborar juntos. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
Hemorragia de sangue. (Rachel de Queiroz)
Repetir de novo.
V. Ex.a parece magoado...
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben- (Carlos Drummond de Andrade)
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
junções, preposições e verbos. Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com
o sujeito da oração.
Exemplos
Compareci ao Congresso. (eu) Exemplos
Espero venhas logo. (eu, que, tu) Os dois ora estais reunidos...
Ele dormiu duas horas. (durante) (Carlos Drummond de Andrade)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões) Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
mente. Silepse de número: Não há concordância do número verbal
com o sujeito da oração.
Exemplos
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes. Exemplo
(Camilo Castelo Branco) Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES. RELAÇÕES DE
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen- SINONÍMIA E DE ANTONÍMIA
tos na frase.

Exemplos Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo da


Passeiam, à tarde, as belas na avenida. semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das pala-
(Carlos Drummond de Andrade) vras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.

Denotação e conotação
Paciência tenho eu tido... Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das pa-
(Antônio Nobre) lavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das
palavras. Exemplos:
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a “O gato é um animal doméstico.”
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do “Meu vizinho é um gato.”
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
função sintática definida. No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadei-
ro sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase,
Exemplos a palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas. de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.
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Hiperonímia e hiponímia fia são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hi- os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e
pônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. decorrentes dessas funções, entre outros.  
Exemplos: Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre a qual
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia. recaem, para que palavras com grafia similar possam ter leituras
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho. diferentes, e, por conseguinte, tenham significados distintos.  Re-
sumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da vogal mais
Polissemia e monossemia aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz com que o
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresen- som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
tar uma multiplicidade de significados, de acordo com o contexto O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão estabele-
em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras cidos os sinais gráficos e os sons representados por cada um dos
apresentam apenas um significado. Exemplos: sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português bra-
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não sileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. As
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
Sinonímia e antonímia – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem se- (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
melhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus deri-
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras vados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova York.  
expressam proximidade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = ve- Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos
loz. do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais re-
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x gras:
atrasado.
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
Homonímia e paronímia – Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras apresen- abacaxi.  
tarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de sentido – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
(palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas distinção grá- – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
fica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças gráficas, mas – Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, mex-
distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). A paronímia erica.   
se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma pa-
recida, mas que apresentam significados diferentes. Veja os exem- s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
plos: – Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, ver-
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo minose.
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). – Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjeti-
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apre- vos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
çar (definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar – Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título
roxo). ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holan-
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); desa, burguês/burguesa.
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo – Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.
chorar) . Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e após-
trofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento (sau- Porque, Por que, Porquê ou Por quê?
dação). – Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja,
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto,
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de
ORTOGRAFIA que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu,
porque/pois nada está molhado.  
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado
— Definições para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração.
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do can-
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que celamento do show.  
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refe-
re às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortogra-
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– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, – As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis,
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome -éu, -ói. Ex: réis, véu, dói.
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento
do show.   Não recebem acento gráfico:
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao – As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis.
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. – As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas
Por quê?   quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo acor-
do ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles lêem
Parônimos e homônimos leem.
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”.
apreender (capturar). Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem →
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas Eles têm; Ele vem → Eles vêm.
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome Acentuação das palavras Oxítonas
demonstrativo). As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé,
ACENTUAÇÃO GRÁFICA vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”.
Ex.: caqui, urubu.

— Definição Acentuação das palavras Paroxítonas


A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas pala- São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima sílaba
vras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas regras é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as pala-
da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Isso quer vras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados abai-
dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba tônica de xo. Observe as exceções:
uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com as regras – Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis,
gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na língua hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.
portuguesa: – Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex,
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax.  
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro. – Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis,
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e grátis, júri, lápis, oásis, táxi.
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, ân- – Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus,
cora, avô. tônus.  
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com – Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba – Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns,
tônica! quórum, quóruns.  
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determina- – Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs,
da palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a sílaba tônica. órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.  
Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que indica que a
sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica Acentuação das palavras Proparoxítonas
que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo se- Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é
melhante é a palavra bênção.   tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore,
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro,
— Monossílabas Tônicas e Átonas tática, trânsito.
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer alte-
ração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe o
substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração da pre- Ditongos e Hiatos
posição “de” + artigo “o”).  Ao comparar esses termos, perceber- Acentuam-se:
mos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, temos – Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”,
uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Diante de “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói,
palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica (forte) ou mausoléu, sóis, véus.
fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como abaixo: – As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.” um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí
“Finalmente encontrei a chave do carro.” (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).

Recebem acento gráfico:   Não se acentuam:


– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); – A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: moi-
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. nho, rainha, bainha.
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– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: – O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assis-
juuna, xiita. xiita. tiu às aulas.”
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, – O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”
enjoo, magoo. – Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
“Retorne àquele mesmo local.”
O Novo Acordo Ortográfico – O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem quais devemos o maior respeito e consideração”.
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou
em vigor em 2009: Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. construção sintática.
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo;
vôo – voo; zôo – zoo. Técnicas para o emprego da crase
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe se-
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. melhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide palavra feminina.
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; euro- Exemplos:
péia – europeia. “Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. “Comprei o carro / a moto.”
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taois- “Irei ao evento / à festa.”
mo.
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir,
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que pos- chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,
suem -e tônico em hiato. ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo deve ser empregado.
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; Exemplos:
revêem. “Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua por- “Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
tuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; linguïça
– linguiça. 3 – Troque o termo regente da preposição a por um que es-
tabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não
6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo Exemplos:
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição “Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta
“para”. de estudar / Insiste em estudar.”
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: “Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / pre- / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
posição] “Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Gos-
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / pre- to de você / Penso em você.”
posição]
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que ex-
pressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada se
USO DA CRASE a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como nú-
cleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.
Exemplos:
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “Tudo às avessas.”
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, “Barcos à deriva.”
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (pre-
posição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pro- 5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:
nome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão
(pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das “moda de”, ficando somente o à explícito.
vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femi- Exemplos:
ninas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo “Arroz à (moda) grega.”
e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal ini- “Bife à (moda) parmegiana.”
cial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de
união representado pelo acento grave. Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso
A crase pode ser a contração da preposição a com: de horas especificadas e definidas: Exemplos:
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“À uma hora.”
“Às cinco e quinze”.

MORFOLOGIA

— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe
gramatical.

— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

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Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse proces-
so ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
artigos
definidos singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substan-
tivos se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado), conste-
lação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma quali-
dade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer que
seja nomeado.

Os tipos de adjetivos
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).  
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo
lamentável).
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).  

O gênero dos adjetivos


Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / “Ana
é uma amiga leal.”  
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina
travessa”.
O número dos adjetivos
Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, a sua
composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos formosos.
O grau dos adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo (compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades).
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quanto o anterior.”  
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do que Luciana.”
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento do que a equipe.”   
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, podendo ser:
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.”

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– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” Pronomes pessoais


Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pes-
Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: soas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto (de-
– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” sempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”   (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
um correspondente oblíquo.
Pronome adjetivo
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses CASO RETO CASO OBLÍQUO
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer con- Eu Me, mim, comigo.
cordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é a mais Tu Te, ti, contigo.
querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o substan-
tivo comum professora). Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Locução adjetiva
Vós Vos, convosco.
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente, Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos: Observe os exemplos:
– Criaturas da noite (criaturas noturnas). – Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabí-
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). vel é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Associação de comércios (associação comercial). – Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome
“o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.
— Verbo
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, fenô- Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los,
meno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em: las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto di-
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não reto.  
têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação), Pronomes possessivos
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a
o exemplo do verbo “nutrir”: pessoa do discurso.
– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
significado). PESSOA DO DISCURSO PRONOME
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singu- 1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
lar ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo 2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse no
presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações, 3 pessoa–
a
Seu, sua, seus, suas
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem. Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o
– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos objeto pertence à 1ª pessoa (nós).
regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma. Pronomes de tratamento
Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito do Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados
indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos; vós em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles
dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda con- têm a função de promover uma referência direta do locutor para
jugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar duas interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o
desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer fosse nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome
regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo seria: de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diá-
dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram. logo), à qual seria adequado o emprego do pronome na segunda
pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os
— Pronome verbos devem ser usados em 3a pessoa.
O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
relativos.
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PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1 pessoa
a
Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

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CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, deva-
gar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em
“Andou depressa por causa da chuva”
“-mente”, como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
nunca, cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o sufi-
“Decerto passaram por aqui”
xo “-mente” (certamente, realmente). Palavras
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO “Claro que irei!”
como claro e positivo, podem ser advérbio,
“Entendi, sim.”
dependendo do contexto.
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO nunca, jamais, entre outras, podem ser advér- “Sequer pensou para falar.”
bio de negação, conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras que expres- “Quiçá seremos recebidas.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA sem dúvida acrescidas do sufixo “-mente”, como “Provavelmente sairei mais cedo.”
possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa dire-
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. ta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE INTERROGA- Esse advérbio pode indicar circunstâncias de “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
ÇÃO modo, tempo, lugar e causa. É usado somente que indica tempo)
em frases interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

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— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso, esta-
belecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos conectados,
as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras palavras, as
conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão ao enuncia-
do.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.
Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva ou ne- “No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas
gativa). As principais conjunções coordenativas “Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas
aditivas são “e”, “nem” e “também”. chegar.”
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas são
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entre-
estava nervoso na prova.”
tanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”
Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são “por- emprego.” /
conclusivas
tanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos des-
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são “por- cansar aqui em casa.” /
explicativas
que”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, comple-
mento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

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CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, obje- “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
to indireto, predicativo, complemento nominal agendada.” e
ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que deno- Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais ta causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um
Conjunções subornativas Por mais que, por menos que, apesar de que, embo-
fato contrário à ação principal, mas incapaz de
concessivas ra, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem que.
impedí-la.
Introduzem uma oração, cujos acontecimen-
Conjunções subornativas tos são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os nu-
merais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (do-
bro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).

Os tipos de numerais
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.  
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,
mas os dois/ambos foram reprovados.

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Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segun- instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se
do, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos. valor estrutural (gramática).
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e femi-
nino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, Classificação das preposições
primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/ Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
trigésimos, trigésima/trigésimas.   apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto,
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exem- podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
plo: A carne de segunda está na promoção.   durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre
outras.
Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas re- Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do suspeito
duzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exem- apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, normal-
plos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos mente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ser in-
(¾), 1/12 avos.   serida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental, por
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.  
e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de
leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.    Locuções prepositivas
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e em-
Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre prego de uma preposição. As principais locuções prepositivas são
um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da pre-
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. posição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções pre-
Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.   positivas.
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando
atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número abaixo de de acordo junto a
e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios,
duplos sentidos. acerca de debaixo de junto de
acima de de modo a não obstante
Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem
quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 uni- a fim de dentro de para com
dades). à frente de diante de por debaixo de
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/
antes de embaixo de por cima de
unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.
— Preposição a respeito de em cima de por dentro de
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gra- atrás de em frente de por detrás de
maticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advér-
bios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações através de em razão de quanto a
entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições com respeito a fora de sem embargo de
não possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão
disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependen- — Interjeição
te, ou seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que
principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma
sentido, esteja presente, possui um valor menor. hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., por
parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades autô-
Classificação das preposições nomas, que usufruem de independência em relação aos demais
Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, an- também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do in-
tes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por terlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
(ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, sob, – Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras
sobre, trás. que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo – Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades lin- – Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»
guísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas confor-
me o contexto.

Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Fina-


lizei o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/

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Os tipos de interjeição Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e o


De acordo com as reações que expressam, as interjeições po- principal numa das formas nominais: no gerúndio, no infinitivo ou
dem ser de: no particípio.
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
Locução verbal com verbo principal no gerúndio
ALÍVIO “Ah!, “Ufa!” Ex.: Estou escrevendo
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!” verbo auxiliar flexionado: estou
verbo principal no gerúndio: escrevendo
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!” Locução verbal com verbo principal no infinitivo
Ex.: Quero sair
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!” verbo auxiliar flexionado: quero
verbo principal no infinitivo: sair
DESEJO “Tomara!”
DOR “Ai!”, “Ui!” Locução verbal com verbo principal no particípio
Ex.: Tinha decidido
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!” verbo auxiliar flexionado: tinha
ESPANTO “Eita!”, “Ué!” verbo principal no particípio: decidido
IMPACIÊNCIA (FRUSTRA- Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
“Puxa!”
ÇÃO) principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de tempo,
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!” modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais, os auxiliares
não teriam sentido algum.
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUA-
GEM
LOCUÇÕES VERBAIS

Dentro do processo de comunicação existem alguns fatores


Uma locução verbal1 é a combinação de um verbo auxiliar e um que são imprescindíveis de serem citados como elementos da co-
verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo juntos na oração, municação, que são:
transmitem apenas uma ação verbal, desempenhando o papel de
um único verbo. Exemplo: Emissor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de produzir e trans-
- estive pensando mitir uma mensagem.
- quero sair Receptor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de receber e inter-
- pode ocorrer pretar essa mensagem transmitida.
- tem investigado Codificar: é transformar, num código conhecido, a intenção da
- tinha decidido comunicação ou elaborar um sistema de signos, ou seja, é interpre-
tar a mensagem transmitida para a sua correta compreensão.
Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais Descodificar: Decifrar a mensagem, operação que depende do
Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o que repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa.
perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na conjuga- Mensagem: trata-se do conteúdo que será transmitido, as in-
ção de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o modo, o número, formações que serão transmitidas ao receptor, ou seja, é qualquer
a pessoa e o aspecto da ação verbal são indicados pelo verbo au- coisa que o emissor envie com a finalidade de passar informações.
xiliar. Código: é o modo como a mensagem é transmitida (escrita,
fala, gestos, etc.)
Canal: é a fonte de transmissão da mensagem, ou o meio de
comunicação utilizado (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)
Contexto: é a situação que estão envolvidos o emissor e re-
ceptor.
Ruído: são os elementos que interferem na compreensão da
Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”. Con- mensagem que está sendo transmitida, podem ser ocasionados
tudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares nas lo- pelo ambiente interno ou externo. Podem ser tanto os barulhos de
cuções verbais, como os verbos poder, dever, querer, começar a, uma maneira geral, uma palavra escrita incorretamente, uma dor
deixar de, voltar a, continuar a, entre outros. de cabeça por parte do emissor como do receptor, uma distração,
um problema pessoal, gírias, neologismos, estrangeirismos, etc.,
Função dos verbos principais nas locuções verbais podem interferir no perfeito entendimento da comunicação.

1 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/
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Linguagem verbal: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de senti-
do. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar
as palavras).
Linguagem não-verbal: as pessoas não se comunicam apenas por palavras, os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares,
e a entonação são também importantes (são os elementos não verbais da comunicação).
Retroalimentação ou Feedback: é o processo onde ocorre a confirmação do entendimento ou compreensão do que foi transmitido
na comunicação.

Macromodelo do Processo de Comunicação

Fonte: Kotler e Keller, 2012.

Em resumo, a comunicação é um processo pelo qual a informação é codificada e transmitida por um emissor a um receptor por meio
de um canal, ela é, portanto, um processo pelo qual nós atribuímos e transmitimos significado a uma tentativa de criar entendimento
compartilhado.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem transmitida,
em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre.
São seis as funções da linguagem, que se encontram diretamente relacionadas com os elementos da comunicação.

Funções da Linguagem Elementos da Comunicação


Função referencial ou denotativa contexto
Função emotiva ou expressiva emissor
Função apelativa ou conativa receptor
Função poética mensagem
Função fática canal
Função metalinguística código

Função Referencial
A função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da co-
municação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural, o que enfatiza sua impessoalidade.
Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio
de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de uma notícia:


O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedicada
ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o objetivo
de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo exercícios físicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentárias. Em 75%
das nações participantes, o nível de atividade física praticado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado para garantir um
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crescimento saudável e um envelhecimento de qualidade — com Função Fática


bom condicionamento físico, músculos e esqueletos fortes e funções A função fática tem como principal objetivo estabelecer um ca-
cognitivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria dos países tirou nota nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a
“D”. transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação.
A ênfase dada ao canal comunicativo.
Função Emotiva Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem-
Caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar. plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa- fone, etc.
gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento.
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que Exemplo:
empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro in- -- Calor, não é!?
conscientemente. -- Sim! Li na previsão que iria chover.
Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utili- -- Pois é...
zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
quele que fala. Função Metalinguística
Exemplo: Nós te amamos! É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua-
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um
Função Conativa código utilizando o próprio código.
A função conativa ou apelativa é caracterizada por uma lingua- Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem des-
gem persuasiva com a finalidade de convencer o leitor. Por isso, o taque são as gramáticas e os dicionários.
grande foco é no receptor da mensagem. Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do-
Trata-se de uma função muito utilizada nas propagandas, pu- cumentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema
blicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por são alguns exemplos.
meio da mensagem transmitida. Exemplo:
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter- Amizade s.f.: 1. sentimento de grande afeição, simpatia, apreço
ceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do entre pessoas ou entidades. “sentia-se feliz com a amizade do seu
vocativo. mestre”
Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com 2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada.
a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de ma- “é uma de suas amizades fiéis”
neira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios
publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA
certos produtos. TEXTUAL
Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta-
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza- — Definições e diferenciação
dos, que se deixam conduzir sem questionar. Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que
Exemplos: Só amanhã, não perca! um texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em
Vote em mim! comum entre os dois é o fato de constituírem mecanismos funda-
mentais para uma produção textual satisfatória. Resumidamente,
Função Poética a coesão textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na
Esta função é característica das obras literárias que possui articulação interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na
como marca a utilização do sentido conotativo das palavras. articulação externa da mensagem.
Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das — Coesão Textual
figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica- Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado das
tivo é a mensagem. palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e pará-
A função poética não pertence somente aos textos literários. grafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se realiza
Podemos encontrar a função poética também na publicidade ou por meio de palavras denominadas conectivos.
nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas). As técnicas de coesão
Exemplo: A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos princi-
“Basta-me um pequeno gesto, pais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à mensagem
feito de longe e de leve, expressa no texto, esses recursos classificam-se como endofóricas.
para que venhas comigo Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa,
e eu para sempre te leve...” contribuindo com a ligação e a harmonia textual.
(Cecília Meireles)
As regras de coesão
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as
regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
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Referência de coerência não consiste apenas na ignorância por parte dos inter-
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. locutores com relação a um determinado assunto, mas da emissão
Exemplo: de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais.
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de depar- Observe os exemplos:
tamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica (retoma “A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até o
termo já mencionado). momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um inaca-
bado.
– Comparativa: emprego de comparações com base em seme-
lhanças. “Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos
Exemplo: não consomem produtos de origem animal.
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência com-
parativa endofórica. Princípios Básicos da Coerência
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes demons- – Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
trativos. – Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes.
Exemplo:
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” Te- Fatores de Coerência
mos uma referência demonstrativa catafórica. – As inferências: se partimos do pressuposto que os interlo-
cutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências podem
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja simplificar as informações.
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. Exemplo:
Analise o exemplo: “Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” voltagem da lavadora é 220w”.

Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao que existe um local adequado para ligar determinado aparelho.
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar – O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem
quaisquer informações ao texto. de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nos-
sa memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – no- (roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo com
minal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de funcio-
Exemplo: namento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, sair
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc.
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica Exemplo:
ciente de que o locutor está procurando por Ana. “Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!”

– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as ora- O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na
ções. frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os cha-
Exemplo: mados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e nada
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente aconte- têm a ver com o Natal.
ceu.” Conjunção concessiva.

– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido apro-
ximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos,
entre outros. A reescrita é tão importante quanto a escrita, visto que, difi-
Exemplo: cilmente, sobretudo para os escritores mais cuidadosos, chegamos
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está ao resultado que julgamos ideal na primeira tentativa. Aquele que
dando conta da demanda populacional.” observa um resultado ruim na primeira versão que escreveu terá,
na reescrita, a possibilidade de alcançar um resultado satisfatório.
— Coerência Textual A reescrita é um processo mais trabalhoso do que a revisão, pois,
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto nesta, atemo-nos apenas aos pequenos detalhes, cuja ausência não
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente dos implicaria em uma dificuldade do leitor para compreender o texto.
saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto redun-
dante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não apresentam Quando reescrevemos, refazemos nosso texto, é um proces-
conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência prejudica a so bem mais complexo, que parte do pressuposto de que o autor
fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer que a falta tenha observado aquilo que está ruim para que, posteriormente,
possa melhorar seu texto até chegar a uma versão final, livre dos er-

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ros iniciais. Além de aprimorar a leitura, a reescrita auxilia a desen- – se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-
volver e melhorar a escrita, ajudando o aluno-escritor a esclarecer parado; quando não se pode, junto
melhor seus objetivos e razões para a produção de textos. – todo mundo – todos
– todo o mundo – o mundo inteiro
Nessa perspectiva, esse autor considera que reescrever seja – não pagamento = hífen somente quando o segundo termo
um processo de descoberta da escrita pelo próprio autor, que passa for substantivo
a enfocá-la como forma de trabalho, auxiliando o desenvolvimento – este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo
do processo de escrever do aluno. presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando)
– esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte
Operações linguísticas de reescrita: (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre-
A literatura sobre reescrita aponta para uma tipologia de ope- sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
rações linguísticas encontradas neste momento específico da cons-
trução do texto escrito. Expressões não recomendadas
- Adição, ou acréscimo: pode tratar-se do acréscimo de um ele-
mento gráfico, acento, sinal de pontuação, grafema (...) mas tam- – a partir de (a não ser com valor temporal).
bém do acréscimo de uma palavra, de um sintagma, de uma ou de Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de...
várias frases.
- Supressão: supressão sem substituição do segmento suprimi- – através de (para exprimir “meio” ou instrumento).
do. Ela pode ser aplicada sobre unidades diversas, acento, grafe- Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se-
mas, sílabas, palavras sintagmáticas, uma ou diversas frases. gundo...
- Substituição: supressão, seguida de substituição por um ter-
mo novo. Ela se aplica sobre um grafema, uma palavra, um sintag- – devido a.
ma, ou sobre conjuntos generalizados. Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de.
- Deslocamento: permutação de elementos, que acaba por mo-
dificar sua ordem no processo de encadeamento. – dito.
Opção: citado, mencionado.
Graus de Formalismo
São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais – enquanto.
como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o colo- Opção: ao passo que.
quial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por
construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases – inclusive (a não ser quando significa incluindo-se).
curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também.
de ortografia simplificada e construções simples ( geralmente usado
entre membros de uma mesma família ou entre amigos). – no sentido de, com vistas a.
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista.
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de for-
malismo existente na situação de comunicação; com o modo de – pois (no início da oração).
expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.
sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de
cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário espe- – principalmente.
cífico de algum campo científico, por exemplo). Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular.

Expressões que demandam atenção


– acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se SINTAXE
– aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar,
aceito
– acendido, aceso (formas similares) – idem Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao es-
– à custa de – e não às custas de tudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um
– à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con- discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem
forme entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que
– na medida em que – tendo em vista que, uma vez que ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo
– a meu ver – e não ao meu ver receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e ora-
– a ponto de – e não ao ponto de ções, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive.
– a posteriori, a priori – não tem valor temporal Para que se possa compreender a análise sintática, é importante
– em termos de – modismo; evitar retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período.
– enquanto que – o que é redundância Vejamos:
– entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
– implicar em – a regência é direta (sem em)
– ir de encontro a – chocar-se com
– ir ao encontro de – concordar com
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Frase — Análise Sintática


Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somen- estrutura de um período e das orações que compõem um período.
te uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe
a seguir as especificidades de cada tipo.
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada,
a disposição das palavras na frase também é fundamental para a 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a respectivos exemplos a seguir:
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,
ser compreendida pelo interlocutor. que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração
sobre o sujeito).
Oração Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um ver- podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após
bo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, des- o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos
de que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem respectivos casos:
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O “Fred fez um lindo discurso.”
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. “Um lindo discurso Fred fez.”
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. “Fez um lindo discurso, Fred.”
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não con-
tém verbo. – Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase concordância verbal.
como oração. – Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo liga-
do ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”.
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma oração – Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos.
é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, estabelecem Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.”
relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No exemplo supra-
citado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras “Eu” e “silêncio” – Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na
para que o receptor compreenda a mensagem. Dessa forma, cada oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no
palavra desta oração recebe o nome de termo ou unidade sintática, teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a
desempenhando, cada qual, uma função sintática diferente. concordância do verbo o destaca de forma indireta.
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração e,
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou diferente do caso anterior, não há concordância verbal para deter-
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as miná-lo.
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem Esse sujeito pode aparecer com:
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. – Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”.
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” – Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o no- padeiro.”».
ticiário”. – Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você es-
tiver lá.”
Período
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre – Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado,
com sentido completo. Assim como as orações, o período também e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. Essas
pode ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do nú- orações podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza,
mero de orações que apresenta: o período simples contém apenas ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos de fenôme-
uma oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é no meteorológico ou tempo. Observe os exemplos:
uma frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quan- “Choveu muito ontem”.
to à classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase. “Era uma hora e quinze”.
– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -
apresenta apenas um verbo. – Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e ver-
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou bo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, tam-
ficarei preocupada.” - contém dois verbos. bém recebem sua classificação, conforme abaixo:

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– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adian- – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
te para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o ver- “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento no-
bo que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa minal.
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser di- – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – “rapida-
reto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e mente” é advérbio de modo.
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.” substantivo.
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que prati-
cair, mergulhar, correr. cam a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva.
– Verbo de ligação: servem para expressar características de Assim, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), por. Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação passiva:
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro conti- – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”
nua esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). – “O cachorro foi alvo do meu medo.”
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome (subs- – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”
tantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. Ade-
mais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é 3 – Termos acessórios da oração
composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é inteligen- para complementar a informação, exprimindo circunstância, deter-
te.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, é sua minando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira abaixo
característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” quais são eles:
(é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica atual. – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido
Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, mas do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:
pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou pala- “Dormimos muito.”
vra substantivada.
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acresci- “Ele ficou pouco animado com a notícia.”
da de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo
da aula. Por isso, estavam contentes. O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado”
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” “Maria escreve bastante bem.”
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”.

2 – Termos integrantes da oração Os adjuntos adverbiais podem ser:


Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma – Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc.
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos – Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. – Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos tempo).
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não exi- – Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo,
gindo preposição. com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado por
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou prono-
isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido mes adjetivos. Analise o exemplo:
seja compreendido. “O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega
de escola.”
Quanto ao objeto direto, podemos ter: – Sujeito: “jovem apaixonado”
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” – Núcleo do predicado verbal: “presenteou”
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o aconte- – Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê”
cido.” – Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais:
– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam
os aparelhos.» o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo”
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração
– Complementos Nominais: esses termos completam o senti- da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os
do de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos, adjuntos adnominais de “colega”.
adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
os exemplos: – Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para carac-
terizá-lo, contribuindo para a complementação uma informação já
completa. Observe os exemplos:
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LÍNGUA PORTUGUESA

“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” espero por você.»
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que esti-
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem vesse cansado, concluiu a maratona.”
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa como se ainda vivesse no interior.”
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
apelo. Observe: – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” me exercito, mais tenho disposição.”
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que pas-
“Vista o casaco, filha!” sou no concurso, mudou-se para o interior.”
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve
— Estudo da relação entre as orações enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
Os períodos compostos são formados por várias orações. As
orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de su-
bordinação. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
– Período composto por coordenação: é formado por orações
independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgu-
las, as orações coordenadas podem ser entendidas individualmen- Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
te porque apresentam sentidos completos. Acompanhe a seguir a estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
classificação das orações coordenadas: – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao su-
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os jeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar em
doces.” número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexiona-
preparei os doces.” do para concordar com o sujeito.
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou pre- – Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero
paro os doces.” (flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos
logo, passou no exame.” e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame por- formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal con-
que estudou bastante.” cordância ocorre em gênero e pessoa

– Período composto por subordinação: são constituídos por Casos específicos de concordância verbal
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três si-
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de tuações em que o verbo no infinitivo é flexionado:
forma separada. As orações subordinadas são divididas em subs- I – Quando houver um sujeito definido;
tantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração fo-
que o suspeito era realmente o culpado.” rem distintos.
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não que-
ria que isso acontecesse.” Observe os exemplos:
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obriga- “Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
tório de que todos os estudantes sejam assíduos.” “Isto é para nós solicitarmos.”
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho
expectativa de que os planos serão melhores em breve!” Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
é que meus pais são saudáveis.” da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em
locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos impe-
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba dis- rativos.
to: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demo- Exemplos:
rar porque tenho hora marcada na psicóloga.” “Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão feli- “Foram proibidos de realizar o atendimento.”
zes que pulamos de alegria.”
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos,
para que nós chegássemos a casa em segurança.” verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular,
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu che- tendo em vista que não existe um sujeito.
guei, eles iniciaram o trabalho.” Observe os casos a seguir:

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– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois
nevar, amanhecer. ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular,
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o
substantivo deve estar no plural:
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas
professoras vigiando as crianças.” – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz xadrez.”
duas horas que estamos esperando.” – “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e
xadrez.”
Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância ver- Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas
bal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
singular ou no plural: houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singu-
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos lar:
do que ocorreria.” – “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É
proibido circulação de pessoas não identificadas.”
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada
faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou perma- de crianças acompanhadas.”
nece na 3a pessoa do singular: Concordância nominal com menos: a palavra menos perman-
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» ece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou
adjetivo:
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo con- – “Menos pessoas / menos pessoas”.
corda com o termo que antecede o pronome: – “Menos problema /menos problemas.”
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.» Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe,
barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do gênero e número com o substantivo quando exercem função de
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa adjetivo:
do singular sempre que a oração for constituída por verbos intran- – “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
sitivos ou por verbos transitivos indiretos: – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” – “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presente

Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo


concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”
Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
ser empregada: termos denominamos regência.
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos en-
traram.” — Regência Nominal
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das É a relação entre um nome o seu complemento por meio de
pessoas entenderam.” uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo
ou um advérbio e será o termo determinante.
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
mas também concordar com a forma no masculino plural: Observe os exemplos:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.” “A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” “Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo
concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”

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Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em

exato em incessante em lento em parco em versado em

firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

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Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  
REGE
VERBO No sentido de / pela transitividade EXEMPLO
PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.”
Proceder
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo transitivo direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
com e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega a algum lugar /
Chegar SIM “Quando chegar ao local, espere.”
verbo transitivo indireto
quem obedece a algo / alguém / tran-
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
sitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um comple-
verbo transitivo direito e indireto,
Informar mento sem e outro com “Informe o ocorrido ao gerente.”
portanto...
preposição
quem vai vai a algum lugar / verbo
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
transitivo indireto
Quem mora em algum lugar (verbo “Eles moram no interior.”
Morar SIM
transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
Preferir verbo bi transitivo (direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”
quem simpatiza simpatiza com algo/
Simpatizar SIM “Simpatizei-me com todos.”
alguém/ verbo transitivo indireto

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Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de


COLOCAÇÃO PRONOMINAL qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Colocação do pronome átono nas locuções verbais
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
após o verbo – ênclise. rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- Exemplos:
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Devo-lhe dizer a verdade.
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Devo dizer-lhe a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas do auxiliar ou depois do principal.
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- Exemplos:
dique a eufonia da frase. Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
cientemente. Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: auxiliar.
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada. Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa? do infinitivo.
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante- Exemplos:
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Hei de dizer-lhe a verdade.
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita! Tenho de dizer-lhe a verdade.
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
jam reduzidas: Percebia que o observavam. Observação
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
tudo dá. Devo-lhe dizer tudo.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in- Estava-lhe dizendo tudo.
tentos são para nos prejudicarem. Havia-lhe dito tudo.

Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO E SUA FUNÇÃO NO
TEXTO
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade! — Visão Geral
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre- O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráfi-
posição em: Saí, deixando-a aflita. cos que, em um período sintático, têm a função primordial de indi-
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com car um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasio-
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: nalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) em um
Apressei-me a convidá-los. discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e as
expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreen-
Mesóclise são da frase.
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no tipos textuais;
futuro do pretérito que iniciam a oração. – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
Dir-lhe-ei toda a verdade. – Demarcar das unidades de um texto;
Far-me-ias um favor? – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.

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— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um 2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéti-
enunciado cas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
Vírgula ajudasse.”
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, principal:
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes não “Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”
devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo tem-
po que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvi-
ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser empregada: das ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração prin-
cipal:
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: Por ser sempre assim, ninguém dá aten-
Reduzida
ção!
ENUMERAÇÃO
Porque é sempre assim, já ninguém dá
Desenvolvida
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate. atenção!
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
5 – Separar as sentenças intercaladas:
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu
REPETIÇÃO leito, até que você se recupere por completo.”
Os arranjos estão lindos, lindos!
• Antes da conjunção “e”
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada. 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valo-
res que não expressam adição, como consequência ou diversidade,
2 – Isolar o vocativo por exemplo.
“Crianças, venham almoçar!” “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”
“Quando será a prova, professora?”
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sem-
3 – Separar apostos pre que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de desta-
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” car alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
4 – Isolar expressões explicativas: e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi res- esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
ponsabilizado.”
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas
5 – Separar conjunções intercaladas apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”

6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
do setor.” e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: apositiva nem se apresente inversamente).
“Estas alegações, não as considero legítimas.”
Ponto
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 1 – Para indicar final de frase declarativa:
por conjunções) “O almoço está pronto e será servido.”
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”
2 – Abrevia palavras:
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: – “p.” (página)
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. – “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
– “Dr.” (Doutor)
10 – Marcar a omissão de um termo: 3 – Para separar períodos:
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fa- “O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
zer”).
• Entre as sentenças Ponto e Vírgula
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
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“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nos- 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
sa amiga, de praticar esportes.” “Infelizmente!”

2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 3 – Após vocativo


“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: “Ana, boa tarde!”
Mercúrio;
Vênus; 4 – Para fechar de frases imperativas:
Terra; “Entre já!”
Marte;
Júpiter; Parênteses
Saturno; a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases
Urano; intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou
Netuno.” a vírgula:
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sem-
Dois Pontos pre)
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumer- quem seria promovido.”
ações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias
anteriores. Travessão
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela “O rapaz perguntou ao padre:
grande ofensa.” — Amar demais é pecado?”

2 – Para introduzirem citação direta: 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente “— Vou partir em breve.
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transfor- — Vá com Deus!”
ma’.”
3 – Para iniciar fala de personagens: 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
“Ele gritava repetidamente: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
– Sou inocente!”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicati-
Reticências vas:
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintati- “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
camente:
“Quem sabe um dia...” Aspas
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, ar-
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar caísmos, palavrões, e neologismos.
ainda.” “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
“A reunião será feita ‘online’.”
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o
objetivo de prolongar o raciocínio: 2 – Para indicar uma citação direta:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar). Assis)

4 – Suprimem palavras em uma transcrição:


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - FUNÇÃO TEXTUAL DOS VOCÁBULOS
Raimundo Fagner).

Ponto de Interrogação Função textual dos vocábulos


1 – Para perguntas diretas:
“Quando você pode comparecer?” Toda vez que falamos ou escrevemos precisamos de palavras
para expressar elementos, ideias ou sentimentos. O fato de dar um
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para nome é precisamente o que significa etimologicamente um vocá-
destacar o enunciado: bulo, este que vem do latim vocare e quer dizer chamar ou dar um
“Não brinca, é sério?!” nome. Melhor dizendo, o vocábulo equivale a uma palavra.
Sua função é dar coerência ao texto.
Ponto de Exclamação Os vocábulos podem ser classificados em função da sua acen-
1 – Após interjeição: tuação. Assim, as oxítonas são aquelas que têm maior intensidade
“Nossa Que legal!” em sua pronúncia na última sílaba (por exemplo, caminhão, café,
cristal), as paroxítonas são as que a intensidade do som recai sobre
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a penúltima sílaba (lápis, fácil, cidade) e as proparoxítonas são pro- – Exemplos: “abóbora”, “jerimum” e “moranga” são três for-
nunciadas mais fortemente na antepenúltima sílaba (por exemplo, mas diferentes de se denominar um mesmo fruto, que dependem
líquido, árvore, ângulo). da região onde ele se encontra. Exemplo semelhante é o da “man-
dioca”, que recebe o nome de “macaxeira” ou mesmo de “aipim”.
– Variações situacionais (diafásicas): também chamadas de va-
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA riações estilísticas, referem-se ao contexto que requer a adaptação
da fala ou ao estilo dela. É o caso das questões de linguagem formal
e informal, adequação à norma-padrão ou descaso com seu uso. A
— Definição utilização de expressões aprimoradas e a obediência às normas-pa-
A língua é a expressão básica de um povo e, portanto, passa por drão da língua remetem à linguagem culta, oposta à linguagem
mudanças conforme diversos fatores, como o contexto, a época, a coloquial. Na fala, a tonalidade da voz também importante. Dessa
região, a cultura, as necessidades e as vivências do grupo e de cada forma, a maneira de se comunicar informalmente e a escolha vo-
indivíduo nele inserido. A essas mudanças na língua, damos o nome cabular não serão, naturalmente, semelhantes em ocasiões como
de variações ou variantes linguísticas. Elas consistem nas diversas uma entrevista de emprego. Essas variações observam o contexto
formas de expressão de um idioma de um país, tendo em vista que da interação social, considerando tanto o ambiente em que a comu-
a língua padrão de uma nação não é homogênea. A construção do nicação se dá quanto as expectativas dos envolvidos.
enunciado, a seleção das palavras e até mesmo a tonalidade da fala,
entre outras características, são considerados na análise de uma va-
riação linguística. QUESTÕES

Confira a seguir os quatro tipos de variantes linguísticas exis-


tentes. 1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA –
– Variações sociais (diastráticas): são as diferenças relacio- 2021
nadas ao grupo social da pessoa que fala. As gírias, por exemplo, Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de dife-
fazem parte da linguagem informal dos grupos mais jovens. Assim rentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados
como ocorre com os mais novos. nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o
– Os jargões de grupos sociais específicos: outras turmas têm código de cada tipologia.
seu vocabulário particular, como é o caso dos capoeiristas, por ( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro
exemplo, no meio dos quais a expressão “meia-lua” tem um signi- do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O
ficado bem diverso daquele que fará sentido para as pessoas que marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, Machado
não integram esse universo; o mesmo ocorre com a expressão “dar de Assis.Maria Cora.)
a caneta”, que, entre os futebolistas é compreendida como um tipo ( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa,
de driblar o adversário, bem diferente do que será assimilado pela entrou calado no quarto e dormiu.
população em geral. ( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a
– Os jargões profissionais: em razão dos tempos técnicos, as compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.
profissões também têm bastante influência nas variantes sociais. ( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como ca-
São termos cuja utilização é restrita a um círculo profissional. Os racterísticas físicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz fino.
contadores, por exemplo, usam os temos “ativo” e “passivo” para Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES, André,
expressar ideias bem diferentes daquelas empregadas pelas pes- Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)
soas em geral. ( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais
– Variações históricas (diacrônicas): essas variantes estão rela- negativos do que os traumas físicos.
cionadas ao desenvolvimento da história. Determinadas expressões ( 1 ) narrativa;
deixar de existir, enquanto outras surgem e outras se transformam ( 2 ) dialogal;
conforme o tempo foi passando. Exemplos: ( 3 ) argumentativa;
– Vocabulário: a palavra defluxo foi substituída, com o tempo, ( 4 ) injuntiva;
por resfriado; o uso da mesóclise era muito comum no século XIX, ( 5 ) descritiva.
hoje, não se usa mais. Está correta a alternativa:
– Grafia: as reformas ortográficas são bastante regulares, sen- (A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.
do que, na de 1911, uma das mudanças mais significativas foi a (B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.
substituição do ph por f (pharmácia – farmácia) e, na de 2016, a (C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.
queda do trema foi apenas uma delas (bilíngüe – bilingue). (D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.
– Variações geográficas (diatópicas): essa variante está relacio-
nada com à região em que é gerada, assim como ocorre o português
brasileiro e os usos que se fazem da língua portuguesa em Angola
ou em Portugal, denominadas regionalismo. No contexto nacional,
especialmente no Brasil, as variações léxicas, de fonemas são abun-
dantes. No interior de um estado elas também são recorrentes.

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2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblioteconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.
É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
O rio de minha terra é um deus estranho.
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.
E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.
Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” classifica-se como
(A) pronome.
(B) preposição.
(C) artigo.
(D) advérbio.
(E) conjunção.

3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.
Texto 01

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Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 set. 2022.


De acordo com o texto, “[...] sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma
(A) solução.
(B) alternativa.
(C) prevenção.
(D) consequência.
(E) precaução.

4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos,
às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é:
(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;
(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;
(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;
(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;
(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.

5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo
menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um
dicionário muito mais maravilhoso.”
Depreende-se desse pensamento que seu autor:
(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;
(B) deve tudo que conhece ao dicionário;
(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;
(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;
(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.

6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para
responder à questão que a ele se refere.

Texto 01

Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.

A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um
(A) vocativo.
(B) aposto explicativo.
(C) expressão adverbial.
(D) oração coordenada.
(E) predicativo.

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7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Mé- (D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro
dico Texto CG1A1 parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio-
Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram nada no plural.
consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem (E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul-
uma deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”.
visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com
transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Euro- 8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário -
pa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preo- Área Judiciária- A chama é bela
cupar com esse grupo. Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela la-
Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos reira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo,
surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhe- da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente
cido. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a
aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer
França, teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos
época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto como um programa televisivo.
Nacional de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-
inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz
1856, o Imperial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar
privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente
a mudança mais significativa se deu em 1957, quando foi denomi- amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de
nado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos
em funcionamento até hoje! Essa mudança refletia o princípio de obriga a imaginar coisas sem nome...
modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância
com suas discussões sobre educação de surdos. cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à cha-
Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram gran- ma branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a na-
de influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhan- tureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, con-
do espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos bra- tudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da
sileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é
defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo mé- também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade.
todo oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio (Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro:
de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modali- Record, 2021, p. 54-55)
dades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
de Milão, em 11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram (A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es-
pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean-
na efetividade desse método na educação das pessoas surdas. tes.
Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da (B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu-
Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó-
Libras continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. ricas.
Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de (C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida,
Sinais, e os surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la.
e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. (D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de
Porém, apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que re- insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo
conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de do fogo.
comunicação e expressão no país. (E) Disponíveis metáforas, parecem se desenvolver quando,
Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações) por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões
Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas ver- incendiárias.
bais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.
(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preser- 9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36
vadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas” horas - Assinale o item que contém erro de ortografia.
(primeiro período do quarto parágrafo) fosse eliminada. (A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem
(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro pa- inflinge as regras da lealdade.
rágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo (B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen-
aos sentidos e à correção gramatical do texto. tiu-se frustrado.
(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto (C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados
parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o durante a sessão de terapia.
artigo defi (D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e
nido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo à correção autoafirmação.
gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que estabeleceria
concordância com o termo “Libras”.

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10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi- 13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro -
nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal,
as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso. marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi-
( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente, nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
proparoxítona e oxítona. ( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na
( ) “Nós” é uma palavra oxítona. minha vida.
( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona. ( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada?
( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona. ( ) É proibido a entrada de animais na praia.
( ) “Café” é uma palavra paroxítona. (A) C - E - C.
A sequência correta de cima para baixo é: (B) C - E - E.
(A) F, V, V, F, V. (C) E - E - C.
(B) V, V, F, V, F. (D) E - C - E.
(C) V, F, V, F, V.
(D) V, V, V, F, F. 14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário
- Área Judiciária
11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I O meu ofício
A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espe-
de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa ro não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que
porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordi-
três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a nariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a im-
biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas pressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumen-
no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global tos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em
da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his- minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua
tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma- estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar
na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros
anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e
humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa- surda como uma náusea dentro de mim.
ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo
o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im-
alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre-
contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re- ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo
corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo
japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen-
de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula- sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo
ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente ou furtadas aqui e ali.
ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu
do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo. país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os
Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre
mais? os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que
Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova
adaptações). máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto,
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul- um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
gue o item seguinte. lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta,
A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au- atônita, estupefata.
mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen- (Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí-
tido original do texto. cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)
( )CERTO As normas de concordância verbal encontram-se plenamente
( )ERRADO observadas em:
(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam
12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu- por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se (B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca
mostra coerente. falta a espontaneidade dos bons escritos.
(A) Avise-me se você não receber esta carta. (C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa-
(B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina. cilidade que encontra ela em escrever seus textos.
(C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca (D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
ocorreram. tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros. (E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito. tora, do que os que a levaram a imaginar histórias.

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15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de
Nutrição Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à
acento grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi-
corretamente substituído em: ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa-
(A) inerentes à determinado momento mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir
(B) inerentes à regras de convivência à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos
(C) inerentes à regulamentos anteriores da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem
(D) inerentes à evidência de incorreções notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para
mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente
16. Assinale a frase com desvio de regência verbal. entre uma olhada e outra.
(A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas. No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por
(B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecno- uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar
logia. atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi-
(C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico. derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam
(D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber. o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.
(E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de
cientista. termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende
por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não
17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo
nº 007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas, são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à
assinale a alternativa com a sequência certa considerando a obser- nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in-
vância das normas da língua portuguesa: trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta
( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta. com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica,
( ) Visitei a cidade onde você nasceu. porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um
( ) É perigoso o local a que você se dirige. gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece
( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram os acidentes de trânsito.
milhões. Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do
(A) E – E – E – C texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes
(B) C – C – C – E centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam
(C) C – E – E – E sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro
(D) C – C – C – C passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria
vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-
18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi- rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não
nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba- tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no
tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua padrão esperado.
portuguesa, um desvio de: O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e
(A) Concordância nominal. nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-
(B) Concordância verbal. samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-
(C) Regência verbal. vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-
(D) Regência nominal táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é
simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria
19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria
Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)- ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de acidentes E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-
Luciano Melo do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.
O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de
carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará acidentes de carro.
e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr.
via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou- 2019. (texto adaptado)
tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a
veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de ocorrência do acento grave é justificada
dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave (A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-
colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo. bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um
Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi- nome.
mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se- (B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre verbo.
isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente (C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,
somem ou aparecem em uma cena. e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.

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(D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um


verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um GABARITO
nome.

20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital


nº 006 1 C
A importância dos debates 2 D
É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham
3 D
dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-
resse específico dos eleitores 4 E
O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite 5 D
(PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado
em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de- 6 A
mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das 7 D
vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela
Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de- 8 C
talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais 9 A
votados na primeira etapa.
10 D
Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao
Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá- 11 CERTO
dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões 12 B
importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as
principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen- 13 D
der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise 14 B
das finanças públicas.
Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir 15 D
no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos 16 B
candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro- 17 D
paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação
de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar- 18 C
gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar 19 D
os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As
respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im- 20 D
prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por
parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade.
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público ANOTAÇÕES
que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-
ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-
______________________________________________________
verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-
dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho ______________________________________________________
venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo
de interesse específico dos eleitores. ______________________________________________________
Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-
sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa- ______________________________________________________
ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e
menos passionalismo. ______________________________________________________
(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-
ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto ______________________________________________________
de 2022)
______________________________________________________
No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente
a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu- ______________________________________________________
nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos
eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há ______________________________________________________
ocorrência da crase.
Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a ______________________________________________________
alternativa em que há o emprego da crase indevidamente:
(A) cara a cara; às ocultas; à procura. ______________________________________________________
(B) face a face; às pressas; à deriva.
______________________________________________________
(C) à frente; à direita; às vezes.
(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA

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a solução para o seu concurso!
Raciocínio Lógico e Matemático

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO FRAÇÕES

Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-
a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fração mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa-
é uma divisão em partes iguais. Observe a figura: mos tanto na adição quanto na subtração.

O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi


dividida a unidade. O MMC entre os denominadores (3,2) = 6
O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni-
dade. • Multiplicação e Divisão
Lê-se: um quarto. Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores
dados. Ex.:
Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
• Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
mos etc.
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enun-
cia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da pa-
lavra “avos”.

Tipos de frações – Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da


– Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador. segunda fração. Ex.:
Ex.: 7/15
– Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi-
nador. Ex.: 7/6
– Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador.
As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
Ex.: 6/3
– Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e
outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da
forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos) fração resultante de forma a torna-la irredutível.
– Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2 Exemplo:
– Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi- (EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES)
nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ; O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 pesso-
as. Cada uma recebeu
Operações com frações (A)
• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores.
(B)

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

— Relação de Pertinência
(C) A relação de pertinência é um conceito muito importante na
“Teoria dos Conjuntos”.
Ela indica se o elemento pertence (e) ou não pertence (ɇ) ao
(D) determinado conjunto, por exemplo:
D = {w,x,y,z}
Logo:
(E) w e D (w pertence ao conjunto D);
j ɇ D (j não pertence ao conjunto D).
Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas, — Relação de Inclusão
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan- A relação de inclusão aponta se tal conjunto está contido (C),
tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos: não está contido (Ȼ) ou se um conjunto contém o outro (Ɔ), por
exemplo:
A = {a,e,i,o,u}
B = {a,e,i,o,u,m,n,o}
C = {p,q,r,s,t}

Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de Logo:


suco é de 3/5 de suco da garrafa. A C B (A está contido em B, ou seja, todos os elementos de A
estão em B);
Resposta: B C Ȼ B (C não está contido em B, na medida em que os elementos
do conjunto são diferentes);
B Ɔ A (B contém A, donde os elementos de A estão em B).
CONJUNTOS
— Conjunto Vazio
O conjunto vazio é o conjunto em que não há elementos; é
A teoria dos conjuntos é a teoria matemática capaz de agrupar representado por duas chaves { } ou pelo símbolo Ø. Note que o
elementos1. conjunto vazio está contido (C) em todos os conjuntos.
Dessa forma, os elementos (que podem ser qualquer coisa:
números, pessoas, frutas) são indicados por letra minúscula e — União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos
definidos como um dos componentes do conjunto. A união dos conjuntos, representada pela letra (U), corresponde
a união dos elementos de dois conjuntos, por exemplo:
Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x” A = {a,e,i,o,u}
B = {1,2,3,4}
Assim, enquanto os elementos do conjunto são indicados
pela letra minúscula, os conjuntos, são representados por letras Logo:
maiúsculas e, normalmente, dentro de chaves ({ }). AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}.
Além disso, os elementos são separados por vírgula ou ponto e
vírgula, por exemplo:
A = {a,e,i,o,u}

— Diagrama de Euler-Venn
No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os
conjuntos são representados graficamente:

A intersecção dos conjuntos, representada pelo símbolo (∩),


corresponde aos elementos em comum de dois conjuntos, por
exemplo:
C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d}

Logo:
CD = {b, c, d}

1 https://www.todamateria.com.br/teoria-dos-conjuntos/
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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de


porcentagem:
A diferença entre conjuntos corresponde ao conjunto de
elementos que estão no primeiro conjunto, e não aparecem no
segundo, por exemplo:
A = {a, b, c, d, e} – B = {b, c, d}
Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da
Logo: seguinte forma:
A-B = {a,e} 1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.

20 x 200 = 4.000

2º passo: dividir o resultado anterior por 100.

Calculando Porcentagem de Forma Rápida


Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
— Igualdade dos Conjuntos
Na igualdade dos conjuntos, os elementos de dois conjuntos
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%
são idênticos, por exemplo nos conjuntos A e B:
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente
A = {1,2,3,4,5}
utilizando o correspondente a 1% do valor.
B = {3,5,4,1,2}
Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para
Logo:
aprender essa técnica.
A = B (A igual a B).
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que
representa 1%.
PORCENTAGENS

A PORCENTAGEM REPRESENTA UMA RAZÃO CUJO DENOMI- 2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela
NADOR É 100, OU SEJA, . porcentagem que se quer descobrir.

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que 2 x 20 = 40


significa dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada
de razão centesimal ou percentual2. Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver
problemas matemáticos, principalmente na matemática financeira Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações
para calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante. equivalentes
As frações equivalentes representam a mesma porção do todo
— Calculando Porcentagem de um Valor e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão da fração pelo mesmo número natural.
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total.
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a VEJA COMO ENCONTRAR A FRAÇÃO EQUIVALENTE DE .
seguinte operação:

2 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Fator de multiplicação = 0,75.

SE A FRAÇÃO EQUIVALENTE DE É , ENTÃO PARA 3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
CALCULAR 20% DE UM VALOR BASTA DIVIDI-LO POR 5. VEJA
COMO FAZER: 100 x 0,75 = 75 reais.

SEQUÊNCIAS (COM NÚMEROS, COM FIGURAS, DE PALA-


VRAS)

— Calcular porcentagem de aumentos e descontos — Sequência Numérica


Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica
utilizando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo. corresponde a uma função dentro de um agrupamento de números.
Fator espaço de espaço multiplicação espaço igual a espaço De tal modo, os elementos agrupados numa sequência
1 espaço mais ou menos espaço ⅈ, onde i corresponde à taxa de numérica seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto3.
variação.
Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço — Classificação
de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes. As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas, por
exemplo:
Fator multiplicativo para aumento em um valor SF = (2, 4, 6, ..., 8).
Quando um produto recebe um aumento, o fator de SI = (2,4,6,8...).
multiplicação é dado por uma soma.
Fator de multiplicação = 1 + i. Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas
pelas reticências no final. Além disso, vale lembrar que os elementos
Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria da sequência são indicados pela letra a. Por exemplo:
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado 1° elemento: a1 = 2.
da seguinte forma: 4° elemento: a4 = 8.

1º passo: encontrar a taxa de variação. O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo
representado por an. Nesse caso, o an da sequência finita acima
seria o elemento 8.
Assim, podemos representá-la da seguinte maneira:
SF = (a1, a2, a3,...,an).
SI = (a1, a2, a3, an...).
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
— Lei de Formação
Fator de multiplicação = 1,25.
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular
qualquer termo de uma sequência, expressa pela expressão:
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
an = 2n² - 1
100 x 1,25 = 125 reais.
— Lei de Recorrência
A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma
Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria
sequência numérica a partir de elementos antecessores:
seja R$ 125.
an = an-1, an-2,...a1
Fator multiplicativo para desconto em um valor
— Progressão Aritmética (PA)
Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator
multiplicativo envolve uma subtração.
Uma progressão aritmética é uma sequência formada por
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
termos que se diferenciam um do outro por um valor constante,
que recebe o nome de razão, calculado por4:
Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria
r = a2 – a1
que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria?
1º passo: encontrar a taxa de variação.
Onde:
r é a razão da PA;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo. 3 https://www.todamateria.com.br/sequencia-numerica/


Fator de multiplicação = 1 - 0,25. 4 https://www.todamateria.com.br/pa-e-pg/
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50
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Sendo assim, os termos de uma progressão aritmética podem


ser escritos da seguinte forma:

Já o termo médio entre três números consecutivos de uma PA


Note que em uma PA de n termos a fórmula do termo geral (an) corresponde à média aritmética do antecessor e do sucessor.
da sequência é: Exemplo: Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) vamos determinar a
an = a1 + (n – 1) . r razão, o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PA
Alguns casos particulares são: uma PA de 3 termos é
representada por (x - r, x, x + r) e uma PA de 5 termos tem seus
componentes representados por (x - 2r, x - r, x, x + r, x + 2r).

Tipos de PA
De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são
classificadas em 3 tipos: 2. Termo médio

1. Constante: quando a razão for igual a zero e os termos da


PA são iguais.
Exemplo: PA = (2, 2, 2, 2, 2, ...), onde r = 0

2. Crescente: quando a razão for maior que zero e um termo a


partir do segundo é maior que o anterior;
Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2

3. Decrescente: quando a razão for menor que zero e um termo


a partir do segundo é menor que o anterior. 3. Soma dos termos
Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2

As progressões aritméticas ainda podem ser classificadas em


finitas, quando possuem um determinado número de termos, e
infinitas, ou seja, com infinitos termos.

Soma dos Termos de uma PA


A soma dos termos de uma progressão aritmética é calculada
pela fórmula: — Progressão Geométrica (PG)
Uma progressão geométrica é formada quando uma sequência
tem um fator multiplicador resultado da divisão de dois termos
consecutivos, chamada de razão comum, que é calculada por:

Onde, n é o número de termos da sequência, a1 é o primeiro


termo e an é o enésimo termo. A fórmula é útil para resolver
questões em que são dados o primeiro e o último termo.
Quando um problema apresentar o primeiro termo e a razão Onde,
da PA, você pode utilizar a fórmula: q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.

Uma progressão geométrica de n termos pode ser representada


da seguinte forma:
Essas duas fórmulas são utilizadas para somar os termos de
uma PA finita.

Termo médio da PA Sendo a1 o primeiro termo, o termo geral da PG é calculado


Para determinar o termo médio ou central de uma PA com por a1.q(n-1).
um número ímpar de termos calculamos a média aritmética com o
primeiro e último termo (a1 e an): Tipos de PG
De acordo com o valor da razão (q), podemos classificar as
Progressões Geométricas em 4 tipos:
Editora
51
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

1. Crescente: com a razão q > 1 e termos positivos ou, 0 < q < 1


e termos negativos;

Exemplos:
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3.
2. Termo médio
2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q
< 1 e os termos positivos;

Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3.
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3.

3. Oscilante: a razão é negativa (q < 0) e os termos são números


negativos e positivos;
Exemplo: PG: (3, -6, 12, -24, 48, -96, …), onde q = - 2.
3. Soma dos termos
4. Constante: a razão é sempre igual a 1 e os termos possuem
o mesmo valor.

Exemplo: PG: (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, ...), onde q = 1.

Soma dos Termos de uma PG


A soma dos termos de uma progressão geométrica é calculada
pela fórmula:

Sendo a1 o primeiro termo, q a razão comum e n o número de


termos.
Se a razão da PG for menor que 1, então utilizaremos a fórmula
a seguir para determinar a soma dos termos.
PROPOSIÇÕES, CONECTIVOS, EQUIVALÊNCIA E IMPLICA-
ÇÃO LÓGICA, ARGUMENTOS VÁLIDOS.

Essas fórmulas são utilizadas para uma PG finita. Caso a soma


pedida seja de uma PG infinita com 0 < q < 1, a fórmula utilizada é: Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca
hipóteses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter
conclusões e, por fim, chegar a um resultado final.
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas
estruturas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da
lógica, para poder justamente determinar um modo, para que
Termo Médio da PG o caminho traçado não seja o errado. Veremos que há diversas
Para determinar o termo médio ou central de uma PG com um estruturas para isso, que se organizam de maneira matemática.
número ímpar de termos calculamos a média geométrica com o A estrutura mais importante são as proposições.
primeiro e último termo (a1 e an):
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira
ou falsa.

Exemplo: Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) vamos determinar a razão, Ex.: Carlos é professor.
o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PG As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa.

Editora
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52
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Importante notar que a proposição deve afirmar algo, Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem
acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que
frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial
frase não é uma proposição. que tudo esteja extremamente estabelecido.
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode 1 – Princípio da Identidade
ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas p=p
informações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual
Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido (ou equivalente) a ela mesma.
ao seu caráter imperativo.
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos 2 – Princípio da Não contradição
permite deduzir diversas relações entre declarações, assim, p=qvp≠q
iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer
encadeamentos. às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja,
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao
(p.ex.: a, b, p, q, …) mesmo tempo.

Seja a proposição p: Carlos é professor 3 – Princípio do Terceiro excluído


Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real pv¬p
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo
proposição se classifica como verdadeira ou falsa. uma nova (como são duas, uma terceira) opção).

Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo lidamos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então,
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o escreva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois
Real”. tente traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.

Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou


mais proposições através de conectivos. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

Existem cinco conectivos fundamentais, são eles: Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos
nos referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de
^: e (aditivo) conjunção argumentos é possível convencer sobre a veracidade de certo
Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o assunto.
Real”, posso escrever p ^ q. No entanto, a construção desta argumentação não é
v: ou (um ou outro) ou disjunção necessariamente correta. Veremos alguns casos de argumentação,
p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real e como eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras
falsas.
: “OU” EXCLUSIVO (ESTE OU AQUELE, MAS NÃO AMBOS)
OU DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (REPARE O PONTO ACIMA DO Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)
CONECTIVO). Todo ser humano é mortal
p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas Sócrates é um ser humano
nunca ambos) Logo Sócrates é mortal

¬ ou ~: negação Inferências: Argumentar através da dedução


~p: Carlos não é professor Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso
->: implicação ou condicional (se… então…) contrário, então Carlos não é professor
p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real
Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte
⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional) específica
p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil Roraima fica no Brasil
é o Real A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real
Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas
estruturas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma
mais natural decifrar esta simbologia. parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Editora
53
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Então todo professor é médico

Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação resultar
num resultado falso, chamaremos tal argumentação de sofismo5.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a
resultados falsos. Por exemplo:

A água do mar é feita de água e sal


A bolacha de água e sal é feita de água e sal
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito de bolacha)
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa.
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo de sofismo:
Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo?

LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL)

A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não for
professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? Como
podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é através de tabelas-verdades.
A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte tabela verdade:

p ~p
V F
F V
A tabela verdade de uma conjunção (p ^ q) é a seguinte:

p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

Todas as tabelas verdades são as seguintes:

p q p^q pvq p -> q p ⇔q p v. q


V V V V V V F
V F F V F F V
F V F V V F V
F F F F V V F

5 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, sendo
considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensamento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura foge da
lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa.
Editora
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54
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:

p q r p v q -> r

Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:

p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V

Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logicamente
equivalentes (iguais).

Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq.

p q p^q pvq
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:

p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V

Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:

(p^q) ->
p q p^q pvp p->q
pvq
V V V V V V
V F F V F V
F V F V V V
F F F F V V

O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.
Editora
55
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas são as Leis de
Morgan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)

Vejamos o exemplo para decifrar o que dizem estas leis:


p: Carlos é professor
q: a moeda do Brasil é o Real

Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil
não é o Real.

Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para
resolver diversas questões.

TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA

Quando uma expressão sempre apresenta a coluna resultado na tabela verdade como verdadeira, ela é chamada de tautologia. Na
mesma linha de pensamento, podemos denominar uma expressão como uma contradição quando sua tabela verdade sempre resulta
em falso. Por fim, são denominadas como contingência, as expressões que não são nem tautologias nem contradições, ou seja, que
apresentam tanto resultados verdadeiros quanto falsos.
Vejamos a seguinte tabela verdade:

p q (p^q)->(p v q) ~(pvq) ^ (p^q) (pvq) -> (p^q)


V V V F V
V F V F F
F V V F F
F F V F V

Nesta tabela, temos que as proposições compostas:


(p^q)->(p v q) é uma tautologia, pois sua tabela verdade é toda verdadeira.
~(pvq)^(p^q) é uma contradição, pois sua tabela verdade é toda falsa.
(pvq)->(p^q) é uma contingência, pois sua tabela verdade não é toda verdadeira nem toda falsa.

LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM (OU LÓGICA DE PREDICADOS)

Uma certa evolução de uma lógica sentencial é a lógica de primeira ordem ou lógica de predicados, onde além dos conectivos, estão
presente os quantificadores (com expressões como qualquer e algum, por exemplo)6.
Esta forma de raciocinar segue os mesmos preceitos que a lógica com conectivos (e, ou, ou exclusivo, implicação, …), tendo também
novos símbolos, que são:

∀: qualquer, todo
∀x(A(x) -> B(x))
Para todo elemento, se pertence a A, pertence a B.

∃: existe, algum, pelo menos um


∃x(A(x)^B(X): existe elemento que pertence a A e a B

∄: Não existe, nenhum


Nenhum A é B = Todo A é não B

A negativa de tais estruturas não são tão diretas como às apresentadas nas Leis de Morgan. A negativa de ∃ (existe,) é ∄ (não existe),
mas a negativa de ∄ pode ser ∃ ou ∀ (para todo), assim como a negativa de ∀ pode ser tanto ∃ e ∄, por isso, cada caso deve ser analisado
atentamente.
6 Dizemos que a lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica sentencial.
Editora
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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Tendo elencado estas novas estruturas, basta construirmos Como iremos negar esta proposição? A ideia aqui é manter a
tabelas verdade com elas, para resolvermos questões. primeira proposição e negar a segunda, retirando os termos “se” e
Repare que agora estamos trabalhando não só com o aspecto “então”. Ficamos então com a negativa: João dirige e a capital do
verdadeiro/falso mas com a ideia de quantidade (existe um, todo, mundo não é Itapeva.
nenhum), então nosso estudo das afirmações devem levar em Neste exemplo, vemos que essa questão é menos intuitiva
consideração estas novas peculiaridades. comparada àquelas que são abordadas pelas Leis de Morgan, mas
novamente, sendo bem absorvidas, farão sentido e evitarão erros
RACIOCÍNIO VERBAL na resolução das questões.

O raciocínio verbal lida com problemas de lógica quase que RACIOCÍNIO ESPACIAL E TEMPORAL
totalmente escritos, abordando geralmente a negação de certas
frases que podem parecer óbvias mas que muitas vezes nos pregam Existem tipos de questões de lógica que envolvem situações
peças. específicas que necessitam de algo a mais para resolver do que
Podemos nos perguntar se a lógica, em geral, não é estabelecer somente as tabelas verdade. Um exemplo disso são questões
símbolos para traduzir estas frases. Sim! A diferença é que negar envolvendo espaço (posição, fila e tamanho e etc.) e tempo (horas,
certas frases podem fazer sentido verbalmente, mas devemos nos dias, calendário e etc.).
ater a lógica em si e buscar então absorver isso ao nosso raciocínio. Não há uma forma de elaborar estratégias específicas para a
resolução de questões deste tipo, então iremos fornecer alguns
Uma importante ferramenta neste momento são as Leis de exemplos para inspirar quais análises podem ser feitas.
Morgan:
Exemplos:
1ª lei de Morgan 1 – Em um determinado ano, o mês de setembro teve 5 sábados
¬(p ∧ q) = (¬p) ∨ (¬q) e 5 domingos. Rodrigo faz aniversário no dia 1º de setembro. Em
qual dia da semana foi o seu aniversário esse ano?
2ª lei de Morgan
¬(p ∨ q) = (¬p) ∧ (¬q) Aqui, temos um exercício lidando com tempo. Neste caso,
estamos lidando com calendário, envolvendo dias de um mês.
Exemplo: Numa primeira vista, esta questão pode parecer muito difícil de
p: João dirige resolver, pois, aparentemente, há informações faltando. Mas vamos
q: a capital do mundo é Itapeva. ver como proceder na análise:
1º) Vamos nos atentar que setembro possui 30 dias;
p ∧ q: João dirige e a capital do mundo é Itapeva. 2º) Dessa forma, dividindo este valor por 7, descobrimos
Vamos negar esta proposição. Num primeiro momento, quantas semanas há nesse mês: 30 : 7 = 4 (e sobra 2).
podemos estar inclinados a responder que a negativa seria João não 3º) Assim, esse mês terá 4 semanas e mais dois dias.
dirige e a capital do mundo não é Itapeva. Mas a 1ª Lei de Morgan 4º) Se o mês começasse numa quinta-feira, teríamos então:
nos sinaliza que está errado7. Devemos, negar as proposições 4 domingos
simples e trocar o nosso conectivo. Se estava e, agora precisa estar 4 segundas
ou. 4 terças
Assim, a negação da frase seria: João não dirige ou a capital do 4 quartas
mundo não é Itapeva. Diferença sutil, mas muito importante. 4 quintas
5 sextas
p ∨ q: João dirige ou a capital do mundo é Itapeva 5 sábados

Vamos novamente negar esta frase. Da mesma forma da 5º) No exemplo acima, para dar 5 sextas e 5 sábados, o mês
anterior, nosso senso pode nos levar a responder que a negação começou numa quinta. Assim, para termos 5 sábados e 5 domingos,
seria João não dirige ou a capital do mundo é Itapeva. Mais uma o mês deve começar numa sexta.
vez, pela 2ª Lei de Morgan, temos que a negação se trata de João 6º) Como o aniversário de Rodrigo é no dia 1º de setembro,
não dirige e a capital do mundo não é Itapeva. então seu aniversário será numa sexta-feira
Podemos então estabelecer que para negar logicamente uma ---
frase verbal, devemos não só negar suas partes, mas também
inverter seu conectivo. Se antes estava e, deve se tornar ou na 2 – Observando o calendário de 2021, temos que o dia 23 de
negação. Igualmente, se antes estava ou, deve se tornar e. outubro caiu em um sábado. Sabendo que o ano de 2020 foi o
Outra negativa importante, não abordada diretamente pelas último ano bissexto, o dia 23 de outubro de 2024 cairá em uma:
Leis de Morgan, é a negativa de “se…então…”.
Vamos operar de maneira semelhante à questão anterior:
Se João dirige, então a capital do mundo é Itapeva. 1º) Vamos dividir 365 (dias por ano) por 7 (dias por semana)
para vermos quantas semanas temos no ano
7 Repare que as Leis de Morgan se tratam de equivalências lógicas.
Caso se interesse em ver essas igualdades, veja o tópico equivalências 365 : 7 = 52 (sobra 1)
lógicas.
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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

2º) A divisão acima nos diz que a cada ano, avançamos um dia. Onde cada uma está sentada?
Ou seja, se o dia 1º de janeiro de 2023 foi num domingo, em 2024 Vamos proceder com a seguinte análise:
será numa segunda. 1º) Como Ana não está na frente a Bela, então elas estão uma
3º) Devemos analisar também o ano bissexto, pois nestes anos, do lado da outra.
há um dia a mais, então seria para dividirmos 366 por 7. 2º) Bela tem Carla a sua esquerda.
366 : 7 = 52 (sobra 2) Então ela tem a Ana a sua direita.
E por fim, Dora está a sua frente.
4º) O último ano bissexto foi em 2020, então o próximo será
em 2024. Nos anos bissextos, fevereiro ganha um dia a mais. 3º) Ana e Dora estão nas cadeiras pares
5º) Temos então que de 2021 para 2024: Se Ana estiver na cadeira 2, temos a configuração:

2021 2022: +1 DIA NA SEMANA 1 – Carla 2 – Ana 3 – Bela 4 – Dora


2022 2023: +1 DIA NA SEMANA
2023 2024: +2 DIAS NA SEMANA Se Ana estiver na cadeira na cadeira 4, temos a configuração
= +4 dias na semana
1 – Dora 2 – Bela 3 – Carla 4 – Ana
6º) Como o dia 23 de outubro de 2021 caiu num sábado, o
dia 23 de outubro de 2024 cairá 4 dias da semana depois, ou seja, Mas essa opção não é possível, pois Ana e Dora estão nas pares.
numa quarta. Logo, estão sentadas Carla na cadeira 1, Ana na cadeira 2, Bela
na cadeira 3 e Dora na cadeira 4.
– Lembrando: calendário e horas ---
Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28* dias Vemos que cabe ao candidato uma certa criatividade aliada ao
Março – 31 dias raciocínio para abordar as questões. Não há nada muito complexo,
Abril – 30 dias mas deve ser cuidadosamente vista para evitar deslizes e más
Maio – 31 dias interpretações.
Junho – 30 dias
Julho – 31 dias LÓGICA SEQUENCIAL
Agosto – 31 dias
Setembro – 30 dias A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de
Outubro – 31 dias objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa
Novembro – 30 dias sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
Dezembro – 31 dias Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos
*Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos (múltiplos de 4 aritméticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de
como 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, …) e nestes certas figuras).
anos fevereiro possui 29 dias. Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver
alguns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver
1 dia = 24 horas demais questões.
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos Exemplos:
1 – A sequência de números a seguir foi construída com um
3 – Ana, Bela, Carla e Dora estão sentadas em volta de uma padrão lógico e é uma sequência ilimitada:
mesa quadrada em cadeiras numeradas de 1 a 4, como mostra a
figura a seguir: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30,
31, 32, 33, 34, 35, 40, …

A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74


e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?

Vamos analisar esta sequência dada:


1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a
dezena seguinte
Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5
Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
Sabe-se que: 13º termo ao 18º termo: 20 a 25
– Ana não está em frente a Bela.
– Bela tem Carla a sua esquerda. 2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6
– Ana e Dora estão nas cadeiras pares. 6 x 1 = 6 (0 até 5)
6 x 2 = 12 (10 até 15)
6 x 3 = 18 (20 até 25)
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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade representa a dezena que estamos começando a contar:

6 X 1 1 - 1 = 0 (0 ATÉ 5)
6 X 2 2 - 1 = 1 (10 ATÉ 15)
6 X 3 3 - 1 = 2 (20 ATÉ 25)

4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus valores

74 : 6 = 12 (sobra 2)
95 : 6 = 15 (sobra 5)

5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12

6 X 12 12 - 1 = 11 (110 ATÉ 115)


Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
O 74º termo é o número 121

6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15

6 X 15 15 - 1 = 14 (140 ATÉ 145)


O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
O 95º termo é o número 154

7º) Somando 121 + 154 = 275

2. Analise a sequência a seguir:

4; 7; 13; 25; 49
Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo
termo será igual a?

1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.


2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando 48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 + 96 = 193

3 – Observe a sequência:

O padrão de formação dessa sequência permanece para as figuras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posição
na sequência é idêntica à qual figura?
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o padrão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equivalência.

131 : 7 = 18 (sobra 5)

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5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.


Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição

Resolução de problemas

Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando inúmeros recursos matemáticos, destacando, entre todos, os princípios algébri-
cos, os quais são divididos de acordo com o nível de dificuldade e abordagem dos conteúdos. A prática das questões é que faz com que se
ganhe maior habilidade para resolver problemas dessa natureza.

Exemplos:
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Em um condomínio,
a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água do que a caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de água da
caixa d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a transferência,
a diferença das reservas de água entre as caixas dos blocos A e B, em litros, vale
(A) 4 000.
(B) 4 500.
(C) 5 000.
(D) 5 500.
(E) 6 000.

Resolução:
A = B + 10000( I )
Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja,A = 2.B + 2000( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.B + 2000 = B + 10000
2.B – B = 10000 – 2000
B = 8000 litros (no início)
Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
Portanto, após a transferência, fica:
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros
Resposta: E.

02. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos) Uma linha de produção monta um equipamento em oito etapas bem definidas,
sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos em sua tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e trinta e cinco minutos depois do
início do funcionamento, que a linha parou de funcionar. Como a linha monta apenas um equipamento em cada processo de oito etapas,
podemos afirmar que o problema foi na etapa:
(A) 2
(B) 3
(C) 5
(D) 7

Resolução:
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
5h30 = 60.5 + 30 = 330 minutos
330min : 40min = 8 equipamentos + 20 minutos (resto)
20min : 5min = 4 etapas
Como as alternativas não apresentam a etapa 4, provavelmente, o problema ocorreu na etapa 3.
Resposta: B.

03. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Joana pretende dividir um determinado número de bombons entre seus 3
filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e menor que 29, e que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9
bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons ao todo Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28

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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Resolução:
Sabemos que 9 . 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 6. (CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer
+ 1 = 28. que a afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do
Resposta: E. ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é
verdadeira
04. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista (A) Todos os não psicólogos são professores.
Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Na biblioteca de (B) Nenhum professor é psicólogo.
um instituto de física, para cada 2 livros de matemática, existem 3 (C) Nenhum psicólogo é professor.
de física. Se o total de livros dessas duas disciplinas na biblioteca é (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
igual a 1 095, o número de livros de física excede o número de livros (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
de matemática em
(A) 219. Resolução:
(B) 405. Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a
(C) 622. negação de um quantificador universal categórico afirmativo se faz
(D) 812. através de um quantificador existencial negativo. Logo teremos:
(E) 1 015. Pelo menos um professor não é psicólogo.
Resposta: E
Resolução:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
𝑀 2 , OU SEJA, 3.M = 2.F( I ) lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
= a cinco”?
M + F = 1095 𝐹, ou seja,
3 M = 1095 – F( II )
Vamos substituir a equação ( II ) na equação ( I ): (A) Todo número natural é menor do que cinco.
3 . (1095 – F) = 2.F (B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
3285 – 3.F = 2.F (C) Todo número natural é diferente de cinco.
5.F = 3285 (D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
F = 3285 / 5 (E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
F = 657 (física)
Assim: M = 1095 - 657 = 438 (matemática) Resolução:
A diferença é: 657 – 438 = 219 Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
Resposta: A. se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
5. (DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto. ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da Todos e Nenhum, que também são universais.
afirmação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.

Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
alternativas A, B e C.
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
Descartamos a alternativa B.
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
Resposta: D
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

5. CRMV/AM - SERVIÇOS GERAIS – QUADRIX/2020


QUESTÕES

1. PREFEITURA DE GUZOLÂNDIA/SP - ESCRITURÁRIO -


OMNI/2021
Podemos definir um número primo, como um número natu-
ral, que é divisível por exatamente dois números naturais. Como os
números racionais são números escritos como a fração entre dois
números inteiros, assinale a opção CORRETA em relação aos núme-
ros primos e racionais.
(A) Os números primos não são racionais, já que não podemos
escrevê-los na forma de uma fração.
(B) O único número primo e racional é o número 1.
(C) Todos os números primos também são racionais.
(D) Não existe número primo que seja par.

2. PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP - CARGOS DE NÍVEL FUNDA- A partir dos números escritos no quadro acima, julgue o item.
MENTAL - FGV/2021 Os números 13 e 17 são primos.
Observe o exemplo seguinte. ( ) CERTO
O número 10 possui 4 divisores, pois os únicos números que ( ) ERRADO
dividem 10 exatamente são: 1, 2, 5 e 10.
O número de divisores de 48 é 6. CREF - 21ª REGIÃO (MA) - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - QUA-
(A) 6. DRIX/2021
(B) 7. O ser humano pode carregar, no máximo, 10% do seu peso,
(C) 8. sem prejudicar sua coluna. Em uma loja, um funcionário que pesa
(D) 9. 80 kg transportou 1.000 pacotes de folhas de papel de uma estante
(E) 10. A para uma estante B. Cada pacote contém 100 folhas de papel e
cada folha pesa 5 g.
3. PREFEITURA DE ITATIBA/SP - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ- Com base nessa situação hipotética e sabendo-se que o funcio-
SICA - AVANÇA SP/2020 nário não prejudicou sua coluna, é correto afirmar que o número
No que se refere aos Conjuntos Numéricos, julgue os itens a mínimo de vezes que ele se deslocou da estante A para a estante
seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: B é igual a:
I – Reúnem diversos conjuntos cujos elementos são quase to- (A) 61.
dos números. (B) 62.
II – São formados por números naturais, inteiros, racionais, ir- (C) 63.
racionais e reais. (D) 64.
III – O ramo da Matemática que estuda os conjuntos numéricos
é a Teoria dos Sistemas. 7. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMI-
(A) Apenas o item I é verdadeiro. NISTRATIVO - IBADE/2020
(B) Apenas o item II é verdadeiro. Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava
(C) Apenas o item III é verdadeiro. R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$
(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros. 25,00. O valor percentual de desconto foi de:
(E) Todos os itens são verdadeiros. (A) 5,57%
(B) 8,75%
4. PREFEITURA DE ARAPONGAS/PR - FISCAL AMBIENTAL - FA- (C) 12,15%
FIPA/2020 (D) 6,25%
O conjunto dos números reais (ℝ) é formado pela união de ou- (E) 6,05%
tros conjuntos numéricos: naturais (ℕ), inteiros (ℤ), racionais (ℚ) e
irracionais. Das alternativas a seguir, qual representa um conjunto 8. ALEPI - CONSULTOR LEGISLATIVO - COPESE - UFPI/2020
de múltiplos de um número real e, ao mesmo tempo, um subcon- Marina comprou 30% de uma torta de frango e 80% de um bolo
junto dos números naturais? em uma padaria. Após Marina deixar a padaria, Pedro comprou o
(A) {1, 5, 7, 9, 11, 13}. que sobrou da torta de frango por 14 reais e o que sobrou do bolo
(B) {−1, 5, −7, 9, −11, 13}. por 6 reais, o valor que Marina pagou em reais é:
(C) {1, −5, 7, −9, 11, −13}. (A) 28
(D) {⋯ , 27, 36, 45, 54, 63, 72, ⋯ }. (B) 30
(E) {1, 5, 7, −9, −11, −13}. (C) 32
(D) 34
(E) 36

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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

9. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020 (D) Oficinas e Minicursos.


Do número total de candidatos inscritos em um processo se- (E) Minicursos e Apresentações de trabalho.
letivo, apenas 30 não compareceram para a realização da prova.
Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88% 12. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS -
do total de inscritos, então o número de candidatos que realizaram VUNESP/2020
essa prova é No município de Linda Flor há cinco escolas de Ensino Funda-
(A) 320. mental. Veja na tabela a seguir a quantidade de alunos matricula-
(B) 300. dos em cada etapa do Ensino Fundamental nessas escolas.
(C) 250.
(D) 220.
(E) 200.

10. PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/SP - DENTISTA - VUNESP/2021


O gráfico representa a distribuição da quantidade de pessoas
que responderam “sim” a quatro perguntas apresentadas em uma
pesquisa.

De acordo com a tabela, a escola de Ensino Fundamental do


município de Linda Flor que possui a maior quantidade de alunos
matriculados é:
(A) Carlos Silva.
(B) Dulce da Costa.
(C) Mário Gomes.
(D) Nilce Modesto.
Sabendo que o ângulo central do setor que representa a per- (E) Osvaldo Bastos.
gunta 4 mede 135º, é correto afirmar que o número de pessoas que
respondeu a essa pergunta foi: 13. GASBRASILIANO - ECONOMISTA JÚNIOR - IESES
(A) 70. Assinale a alternativa INCORRETA sobre a Teoria dos Conjuntos
(B) 75. (A) O conjunto vazio pertence a todos os conjuntos.
(C) 80. (B) Um conjunto pode ser representado pelo Diagrama de
(D) 85. Venn.
(E) 90. (C) Uma amostra é um subconjunto da população.
(D) Chama-se intersecção ao conjunto formado pelos elemen-
11. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - tos comuns a dois conjuntos.
VUNESP/2020
Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico 14. CÂMARA DE CAETÉ/MG - CONTADOR - FUNEC
as inscrições que foram realizadas para cada modalidade oferecida Considere o conjunto A = {MG, SP, RJ} e, baseado na teoria dos
na Semana da Educação. conjuntos, marque a alternativa INCORRETA:
(A) {SP, RJ} pertence a P(A).
(B) P(A) = { {Ø}; {MG}, {SP}, {RJ}, {MG, SP}, {MG, RJ}, {SP, RJ},
{MG, SP, RJ} }.
(C) {MG} pertence a P(A).
(D) P(A) = { Ø; {MG}, {SP}, {RJ}, {MG, SP}, {MG, RJ}, {SP, RJ}, {MG,
SP, RJ} }.

15. CRA/SC - ADVOGADO - IESES


Leia as frases abaixo sobre a teoria dos conjuntos:
I. {0, 1, 2, 3, 5} pertencem ao conjunto dos Números Naturais.
II. A raiz quadrada de 2 é um Número Irracional.
III. Os Números Reais são formados pela intersecção dos Nú-
As modalidades que tiveram menos e mais inscrições, respec- meros Racionais e os Irracionais.
tivamente, foram IV. Todo número inteiro não positivo pertence ao conjunto dos
(A) Sarau e Palestra. Números Naturais.
(B) Sarau e Apresentações de trabalho.
(C) Oficinas e Palestra.

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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

A sequência correta é: ______________________________________________________


(A) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
(B) Apenas as assertivas II e III estão corretas. ______________________________________________________
(C) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
(D) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 B
______________________________________________________
4 D
5 CERTO ______________________________________________________
6 C ______________________________________________________
7 D
______________________________________________________
8 B
9 D ______________________________________________________
10 E ______________________________________________________
11 D
______________________________________________________
12 B
______________________________________________________
13 A
14 B ______________________________________________________
15 A ______________________________________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

______________________________________________________
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Processador ou CPU (Unidade de Processamento Central)


CONCEITOS E FUNDAMENTOS BÁSICOS É o cérebro de um computador. É a base sobre a qual é cons-
truída a estrutura de um computador. Uma CPU funciona, basica-
mente, como uma calculadora. Os programas enviam cálculos para
Hardware o CPU, que tem um sistema próprio de “fila” para fazer os cálculos
O hardware são as partes físicas de um computador. Isso inclui mais importantes primeiro, e separar também os cálculos entre os
a Unidade Central de Processamento (CPU), unidades de armazena- núcleos de um computador. O resultado desses cálculos é traduzido
mento, placas mãe, placas de vídeo, memória, etc.1. Outras partes em uma ação concreta, como por exemplo, aplicar uma edição em
extras chamados componentes ou dispositivos periféricos incluem uma imagem, escrever um texto e as letras aparecerem no monitor
o mouse, impressoras, modems, scanners, câmeras, etc. do PC, etc. A velocidade de um processador está relacionada à velo-
Para que todos esses componentes sejam usados apropriada- cidade com que a CPU é capaz de fazer os cálculos.
mente dentro de um computador, é necessário que a funcionalida-
de de cada um dos componentes seja traduzida para algo prático.
Surge então a função do sistema operacional, que faz o intermédio
desses componentes até sua função final, como, por exemplo, pro-
cessar os cálculos na CPU que resultam em uma imagem no moni-
tor, processar os sons de um arquivo MP3 e mandar para a placa de
som do seu computador, etc. Dentro do sistema operacional você
ainda terá os programas, que dão funcionalidades diferentes ao
computador.

Gabinete
O gabinete abriga os componentes internos de um computa-
dor, incluindo a placa mãe, processador, fonte, discos de armaze-
namento, leitores de discos, etc. Um gabinete pode ter diversos CPU.3
tamanhos e designs.
Coolers
Quando cada parte de um computador realiza uma tarefa, elas
usam eletricidade. Essa eletricidade usada tem como uma consequ-
ência a geração de calor, que deve ser dissipado para que o compu-
tador continue funcionando sem problemas e sem engasgos no de-
sempenho. Os coolers e ventoinhas são responsáveis por promover
uma circulação de ar dentro da case do CPU. Essa circulação de ar
provoca uma troca de temperatura entre o processador e o ar que
ali está passando. Essa troca de temperatura provoca o resfriamen-
to dos componentes do computador, mantendo seu funcionamento
intacto e prolongando a vida útil das peças.

Gabinete.2

1 https://www.palpitedigital.com/principais-componentes-inter-
nos-pc-perifericos-hardware-software/#:~:text=O%20hardware%20
s%C3%A3o%20as%20partes,%2C%20scanners%2C%20c%C3%A2me- Cooler.4
ras%2C%20etc. 3 https://www.showmetech.com.br/porque-o-processador-e-uma-pe-
2 https://www.chipart.com.br/gabinete/gabinete-gamer-gamemax- ca-importante
-shine-g517-mid-tower-com-1-fan-vidro-temperado-preto/2546 4 https://www.terabyteshop.com.br/produto/10546/cooler-deepcool-
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Placa-mãe Placas de vídeo


Se o CPU é o cérebro de um computador, a placa-mãe é o es- Permitem que os resultados numéricos dos cálculos de um pro-
queleto. A placa mãe é responsável por organizar a distribuição dos cessador sejam traduzidos em imagens e gráficos para aparecer em
cálculos para o CPU, conectando todos os outros componentes ex- um monitor.
ternos e internos ao processador. Ela também é responsável por
enviar os resultados dos cálculos para seus devidos destinos. Uma
placa mãe pode ser on-board, ou seja, com componentes como pla-
cas de som e placas de vídeo fazendo parte da própria placa mãe,
ou off-board, com todos os componentes sendo conectados a ela.

Placa de vídeo 7

Periféricos de entrada, saída e armazenamento


São placas ou aparelhos que recebem ou enviam informações
para o computador. São classificados em:
– Periféricos de entrada: são aqueles que enviam informações
para o computador. Ex.: teclado, mouse, scanner, microfone, etc.

Placa-mãe.5

Fonte
É responsável por fornecer energia às partes que compõe um
computador, de forma eficiente e protegendo as peças de surtos
de energia.

Periféricos de entrada.8

– Periféricos de saída: São aqueles que recebem informações


do computador. Ex.: monitor, impressora, caixas de som.

Fonte 6
-gammaxx-c40-dp-mch4-gmx-c40p-intelam4-ryzen
5 https://www.terabyteshop.com.br/produto/9640/placa-mae-biostar- 7https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/12/conheca-me-
-b360mhd-pro-ddr4-lga-1151 lhores-placas-de-video-lancadas-em-2012.html
6 https://www.magazineluiza.com.br/fonte-atx-alimentacao-pc-230w- 8https://mind42.com/public/970058ba-a8f4-451b-b121-3ba-
-01001-xway/p/dh97g572hc/in/ftpc 35c51e1e7
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Software
Software é um agrupamento de comandos escritos em uma lin-
guagem de programação12. Estes comandos, ou instruções, criam as
ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento.
Um software, ou programa, consiste em informações que po-
dem ser lidas pelo computador, assim como seu conteúdo audiovi-
sual, dados e componentes em geral. Para proteger os direitos do
criador do programa, foi criada a licença de uso. Todos estes com-
ponentes do programa fazem parte da licença.
A licença é o que garante o direito autoral do criador ou dis-
tribuidor do programa. A licença é um grupo de regras estipuladas
pelo criador/distribuidor do programa, definindo tudo que é ou não
é permitido no uso do software em questão.
Periféricos de saída.9 Os softwares podem ser classificados em:
– Software de Sistema: o software de sistema é constituído pe-
– Periféricos de entrada e saída: são aqueles que enviam e re- los sistemas operacionais (S.O). Estes S.O que auxiliam o usuário,
cebem informações para/do computador. Ex.: monitor touchscre- para passar os comandos para o computador. Ele interpreta nossas
en, drive de CD – DVD, HD externo, pen drive, impressora multifun- ações e transforma os dados em códigos binários, que podem ser
cional, etc. processados
– Software Aplicativo: este tipo de software é, basicamente,
os programas utilizados para aplicações dentro do S.O., que não es-
tejam ligados com o funcionamento do mesmo. Exemplos: Word,
Excel, Paint, Bloco de notas, Calculadora.
– Software de Programação: são softwares usados para criar
outros programas, a parir de uma linguagem de programação,
como Java, PHP, Pascal, C+, C++, entre outras.
– Software de Tutorial: são programas que auxiliam o usuário
de outro programa, ou ensine a fazer algo sobre determinado as-
sunto.
– Software de Jogos: são softwares usados para o lazer, com
Periféricos de entrada e saída.10 vários tipos de recursos.
– Software Aberto: é qualquer dos softwares acima, que tenha
– Periféricos de armazenamento: são aqueles que armazenam o código fonte disponível para qualquer pessoa.
informações. Ex.: pen drive, cartão de memória, HD externo, etc.
Todos estes tipos de software evoluem muito todos os dias.
Sempre estão sendo lançados novos sistemas operacionais, novos
games, e novos aplicativos para facilitar ou entreter a vida das pes-
soas que utilizam o computador.

CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS SOFTWA-


RES UTILITÁRIOS (COMPACTADORES DE ARQUIVOS, CHAT,
CLIENTES DE E-MAILS, REPRODUTORES DE VÍDEO, VISUA-
LIZADORES DE IMAGEM, ANTIVÍRUS)

Compactadores de Arquivos

São softwares especializados em gerar uma representação


mais eficiente de vários arquivos dentro de um único arquivo de
Periféricos de armazenamento.11 modo que ocupem menos espaço na mídia de armazenamento ou
o tempo de transferência deles sobre uma rede seja reduzido.
Os compactadores foram muito utilizados no passado quando
as mídias de armazenamento tinham preços elevados e era neces-
sário economizar espaço para armazenamento. Atualmente o uso
9 https://aprendafazer.net/o-que-sao-os-perifericos-de-saida-para- deles é mais voltado a transferência de arquivos pela internet para
-que-servem-e-que-tipos-existem reduzir a massa de dados a ser transferida pela rede.
10 https://almeida3.webnode.pt/trabalhos-de-tic/dispositivos-de-en-
trada-e-saida
11 https://www.slideshare.net/contatoharpa/perifricos-4041411 12 http://www.itvale.com.br
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os compactadores de arquivo utilizam algoritmos de compres- Como Funciona um Chat?


são de dados sem perdas para gerar a representação mais eficiente Cada chat tem o seu conjunto de regras particulares, as quais
combinando diversas técnicas conhecidas para um melhor desem- se espera que sejam respeitadas (por exemplo, não ser permitido
penho. Uma das técnicas usadas por estes algoritmos é reduzir a re- falar de música nos tópicos de ecologia). Para assegurar que tal
dundância de sequências de bits recorrentes contidas nos arquivos acontece, alguns chats têm a presença de um moderador, que é
gerando uma representação que utiliza menos bits para representar uma pessoa responsável pelas atividades/temas/utilizadores que se
estas sequências. Um exemplo de processo para reduzir a redun- encontram nesse local cibernético. Cabe ao moderador manter o
dância é a codificação de huffman. bom funcionamento da “sala de conversa”, podendo expulsar aque-
Alguns formatos de arquivo incluem esquemas de compressão les que considere estarem a agir de modo impróprio. É ao modera-
com perda de dados como os vídeos em dvd e as músicas armaze- dor que deve reportar alguma ocorrência que sinta ser incorreta.
nadas no formato mp3. Porém os esquemas utilizados nestes casos Um dado importante a reter é que, apesar de, nestes chats, as
são diferentes dos compactadores de arquivos pois possibilitam conversas serem públicas, há também a possibilidade de se conver-
perdas que se refletem na redução da qualidade da imagem ou do sar em privado (“private chats”) com terceiros. Estas conversas já
som. Esquemas com perdas não podem ser utilizados pelos com- não são moderadas e, consequentemente, podem apresentar al-
pactadores pois provocariam a corrupção dos dados. guns perigos, sobretudo para os cibernautas mais jovens (por exem-
plo, um menor pode, inadvertidamente, conversar com um pedó-
Formatos filo, ou com alguém que se queira apropriar da sua identidade ou
Cada esquema de compressão gera um formato próprio de ar- da dos seus familiares, ou até obter informações que lhe permitam
quivo compactado que só pode ser descompactado pelo mesmo planear um roubo).
compactador que o gerou ou por outro compactador que também
seja capaz de compreender o mesmo esquema. Atualmente existem Como Funciona um IM?
compactadores suportando uma grande variedade de esquemas de O sistema de mensagens instantâneas junta as funcionalidades
compressão disponíveis para todos os sistemas operacionais. do chat, dos telefones e do e-mail e permite a troca de informação
Exemplos de compactadores: ARJ, 7-zip, B1 Free Archiver, Gzip, e dados de forma quase imediata, a todos os utilizadores na lista de
Tar, WinRAR, WinZip. amigos desse utilizador que se encontrem online.
Para tal, basta que escrevamos a mensagem, cliquemos em
CHAT “enviar” e a mensagem é recebida quase instantaneamente pelo
destinatário, onde quer que se encontre. É possível trocar mensa-
Um chat (abreviatura de “chatroom”, ou “sala de conversação”, gens instantâneas por computador, smartphone ou por outro meio
em português) é um local online destinado a juntar várias pessoas que possua ligação à Internet. Um telemóvel pode receber uma
para conversarem. Este local pode ser de índole generalista, ou mensagem instantânea vinda de um computador e vice-versa.
pode destinar-se à discussão de um tema em particular (por exem- Há programas de IM que permitem ao cibernauta comunicar
plo, um chat sobre ecologia). além da forma escrita, recorrendo à voz, ao vídeo ou às imagens,
Os chatrooms permitem que várias pessoas troquem opiniões desde que possua as ferramentas necessárias (um microfone, ou
por escrito em simultâneo, em tempo real. Quando um utilizador uma webcam, por exemplo).
escreve algo no chatroom, as suas palavras ficam disponíveis no
painel para todos lerem, dando assim oportunidade aos restantes Software e Protocolos
elementos presentes de responder da mesma forma. - Internet Relay Chat (IRC)
- AOL Instant Messenger (AIM)
O que é um IM? - Chatroulette
Um IM (ou “Instant Messaging”, ou “mensagens instantâneas”, - Gadu-Gadu
em português) é uma forma fácil de manter contato com alguém - Google Talk
sem ter que esperar por um e-mail. Alguns exemplos de IMs são - Grunhido
o MSN Messenger, o Google Talk, o Yahoo! Messenger e o Skype, - ICQ (OSCAR)
sendo que este último privilegia a utilização da voz como meio de - Jabber (XMPP)
comunicação. - MUD
Os IMs são muito utilizados para manter contatos lúdicos e - Pichat
informais, sendo também uma plataforma comum para a troca de - SILC
informação por funcionários de empresas, enquanto ferramenta de - Skype
trabalho. Para tal, basta que as pessoas envolvidas se encontrem - TeamSpeak (TS)
online. - Wikia
Este método de conversação via Internet é cada vez mais uti- - Windows Live Messenger
lizada por jovens para conversar com os seus pares ou conhecer - Yahoo! Messenger
gente nova. Dadas as suas características (ser uma forma de contato - Terrachat (JAVA/FLASH)
que não decorre frente-a-frente), muitos jovens sentem-se prote- - xat (xat.com)
gidos e, confiando em desconhecidos, podem discutir assuntos ou - ChatPoint (www.chatpoint.tv)
partilhar informação com mais à-vontade do que se fosse “ao vivo”.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CLIENTES DE E-MAIL

Quando falamos em clientes de e-mail, logo o Outlook nos vem à cabeça, por se tratar do aplicativo mais famoso do gênero, já que é
o padrão em muitas versões do Windows. A função de aplicativos desta categoria é agrupar os e-mails do usuário, facilitando sua organi-
zação.
A integração é feita diretamente com suas contas de correio eletrônico, colocando tudo de forma organizada e em um mesmo local.
Para quem lida com diversos endereços simultaneamente, fazer uso de um cliente de e-mail é altamente recomendado.

eM Client

Esta é uma nova alternativa para você ter todas as possibilidades de um bom cliente de e-mail em seu computador, sem pagar um
centavo por isso. O programa é muito leve e funcional, além de inserir suas contas de uma forma muito automatizada, ideal para quem
não domina o uso de aplicativos deste tipo.
Além das funções de envio e recebimento de e-mails, ele também conta com um calendário completo, com a possibilidade de inclusão
de tarefas e eventos, além de um mensageiro instantâneo, como ocorre no e-mail do Google.
Sua versão gratuita suporta até duas contas e pode ser utilizada apenas para fins pessoais. O aplicativo oferece suporte a 18 idiomas,
incluindo o português do Brasil (inclusive no corretor ortográfico).
Ele pode também ser uma ótima alternativa ao Mozilla Thunderbird, por exemplo, principalmente porque conta com recursos que
este último não possui, pelo menos não nativamente (como calendário e tarefas, por exemplo). O eM Client também conta com suporte
ao Gmail e ao iCloud, além do Microsoft Exchange.
Um prático wizard no momento da instalação detecta rapidamente todas as configurações da conta de e-mail. Detalhes como por
exemplo servidores POP, SMTP e IMAP, além das portas, são descobertos automaticamente, bastando ao usuário inserir os dados de login
(o programa inclusive realiza testes para se certificar de que está tudo certinho).

Inseridos os dados iniciais a sincronização já é iniciada, incluindo sincronização com o Google Calendar, com o Google Tasks e com
Google Contacts. Contas IMAP são sincronizadas rapidamente, também, e para usuários de dispositivos da Apple, é possível até mesmo
trabalhar com o iCloud, sendo que também neste caso tudo é sincronizado perfeitamente.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Há uma sidebar bastante útil no eM Client, a qual tem sua função alterada e adequada de acordo com o que o usuário está fazendo
no momento (agenda, e-mail, contatos etc). É possível obter rapidamente detalhes a respeito dos contatos que estão ligados a um e-mail
recém aberto, por exemplo, e até mesmo consultar possíveis entradas na agenda que estejam relacionadas com a mensagem. Os compro-
missos mais urgentes e/ou os próximos também aparecem nesta útil barra lateral, a qual também oferece acesso a bate-papo (Facebook,
Google, etc).
Usuários de outros clientes de e-mail podem também ficar despreocupados. O eM Client é capaz de importar dados de programas
como, por exemplo, Mozilla Thunderbird, Outlook, Outlook Express, Windows Live Mail, e outros.
Também podemos definir alertas pop-up e sons diferentes para uma série de eventos, incluindo recebimento de e-mails, mensagens
de bate-papo, recebimento de e-mails com anexos, feriados, lembretes (tanto da agenda quanto da listagem de tarefas), etc.
O software também permite a criação de filtros, para o devido tratamento de cada mensagem recebida, caso o usuário deseje (por
exemplo, mensagem recebida do cliente “X” deve ser sempre encaminhada à pasta “Y” e marcada como lida).
Assinaturas personalizadas, inclusive com a utilização de imagens, podem ser criadas e já atribuídas às suas respectivas contas. Assim,
quando o usuário enviar uma mensagem à partir de seu e-mail profissional, digamos, a assinatura correta será automaticamente escolhida
e aplicada.

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70
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O eM Client é um software leve e extremamente amigável, além de tudo. Quem já trabalhou com algum cliente de e-mail se adaptará
a ele facilmente. Quem deixou de usar este tipo de aplicativo deve pelo menos dar uma olhadinha na solução da eM Client, INC, devido
principalmente a seus “extras”: calendário, contatos, tarefas e chat, lembrando mais uma vez que estes recursos todos podem trabalhar de
forma integrada ao envio e recebimento de e-mails. Trata-se também de uma maneira muito boa de organizarmos nossos compromissos.
E-mails recebidos podem ser facilmente transformados em compromissos na agenda (ou em simples tarefas), e eles também podem
ser transformados em uma nova entrada na lista de contatos (automaticamente ou não). E-mails, contatos e diversos tipos de dados no eM
Client também podem ser exportados, para diversos formatos: .eml, .vcf, .ics, .xml, etc. Também podem ser criadas listas de distribuição,
com a respectiva seleção de vários destinatários.
O software é bastante versátil, sendo também capaz de se adaptar aos mais diversos estilos e gostos. O usuário pode alterar diversos
elementos de seu layout, e também escolher várias opções de visualização para o calendário, por exemplo (modos “dia”, “semana”, “mês”).

Eventos recorrentes, percentual de conclusão, busca rápida e poderosa, compartilhamento de tarefas e calendários com outras pesso-
as e backup das informações inclusive com possibilidade de agendamento: estas são algumas outras características bastante interessantes
do eM Client.

Aplicativos para Criação

Os principais aplicativos para criação de conteúdo multimídia são o Microsoft PowerPoint, do pacote Microsoft Office e o Impress, do
pacote LibreOffice. Esse conteúdo, normalmente no formato de slides, pode conter texto, áudio e vídeo13.

13 HUNECKE, Márcio.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicativos para Execução Principais Extensões de Arquivos

Os principais aplicativos para execução de conteúdo multimídia Imagens/Fotos/Figuras: BMP, PNG, JPG, JPEG GIF.
são: Apresentações: PPT E PPTX (Microsoft PowerPoint) e ODP (Li-
breOffice Impress).
Windows Media Player Somente áudio: WMA (Windows Media Audio) e MP3 (MPEG
É um programa reprodutor de mídia digital, ou seja, áudio e layer 3).
vídeo em computadores pessoais. Produzido pela Microsoft, está Vídeo: WMV (Windows Media Video), MP4 (MPEG layer 4),
disponível gratuitamente para o Microsoft Windows, além de ou- AVI, MPEG, MOV (QuickTime).
tras plataformas, como o Mac OS. Animações Flash: SWF (Shockwave Flash).

Tipos de Mídias

Mídias Discretas (ou estáticas)


Os tipos de mídia estáticos, também chamados de discretos ou
espaciais, são constituídos por elementos de informação indepen-
dentes do tempo, que apenas variam na sua dimensão espacial14.
Por exemplo: texto e imagens, que não dependem do tempo,
Windows Media Center mas variam no espaço (mudam de dimensão e/ou localização). Isto
É um aplicativo feita pela Microsoft projetado para servir como significa que qualquer um destes elementos pode ser apresentado
um centro de entretenimento doméstico, incluído no Windows XP independentemente do tempo, sem perder o seu significado.
Media Center Edition, nas versões Home Premium e Ultimate do
Windows Vista, Home Premium, Professional e Ultimate do Win- Mídias Contínuas (ou dinâmicas)
dows 7. Os tipos de mídia dinâmicos, também designados de tempo-
rais ou contínuos, dependem do tempo. A sua apresentação exige
uma reprodução contínua, à medida que o tempo passa. Por outras
palavras, o tempo, ou mais exatamente as dependências temporais
entre os elementos que constituem a informação, faz parte do pró-
prio conteúdo.
Por exemplo, as animações, os vídeos e os sons. Estes tem de
ser vistos do início até o fim para não perder o seu significado.

RealPlayer Mídias Capturadas


É um tocador de mídia de código fechado desenvolvido pela Os áudios, vídeos e fotografias retirados diretamente do mun-
RealNetworks destinado à execução de vídeos, músicas e progra- do real.
mas de rádio via Internet. Ele reproduz uma série de formatos mul-
timídia, incluindo MP3, MPEG 4, QuickTime, Windows Media e vá- Mídias Sintetizadas
rias versões de codecs. São representações baseadas em informações do mundo real,
como textos, gráficos e animações.

Conceitos Importantes

Codec
São dispositivos de software ou hardware capazes de codificar
e/ou decodificar dados e sinais digitais. A sigla nada mais é do que
QuickTime a junção das palavras em inglês coder e decoder (codificador e de-
É uma estrutura de suporte (framework) multimídia, marca re- codificador). A sigla nada mais é do que a junção das palavras em
gistrada, desenvolvida pela Apple, capaz de executar formatos de inglês coder e decoder (codificador e decodificador). Estes disposi-
vídeo digital, mídia clips, som, texto, animação, música e vários ti- tivos são usados em programas que gravam e reproduzem vídeos,
pos de imagens panorâmicas interativas. sons e imagens. Imagine uma carta escrita em português. Para al-
guém entender esta carta em qualquer outro lugar do mundo, é
necessário que a pessoa entenda português. Quem não sabe ler
neste idioma, precisará encontrar uma pessoa que traduza o que
está escrito. É assim que os codecs funcionam, eles são os respon-
sáveis pela tradução do conteúdo.

14 http://multimediaolpat.blogspot.com
Editora
72
72
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Setraming HD Externo
É uma tecnologia que envia informações multimídia, através
da transferência de dados, utilizando redes de computadores,
especialmente a Internet, e foi criada para tornar as conexões mais
rápidas. Um grande exemplo de streaming é o site Youtube, que
utiliza essa tecnologia para transmitir vídeos em tempo real.

CONCEITOS BÁSICOS DE HARDWARE (PLACA MÃE, MEMÓ-


RIAS, PROCESSADORES (CPU)

HD (Hard Disk - Disco Rígido)15 Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capacida-
de de armazenamento, chegando facilmente à casa dos Terabytes.
Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada USB do
computador.
As grandes vantagens destes dispositivos são:
Alta capacidade de armazenamento;
Facilidade de instalação;
Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar sem
necessidade de abrir o computador.

SSD16

O HD é o item responsável pelo armazenamento de dados per-


manentes (os dados armazenados no HD não são perdidos quando
o computador é desligado, como é o caso da memória RAM). O HD
é o local onde é instalado e mantido o sistema operacional, todos
os outros programas que são instalados no computador e todos os
arquivos que do usuário.
O armazenamento do HD é contado normalmente em GB (Gi-
gabytes), porem atualmente já existe discos rígidos com capacidade
de TB (Tera Bytes - 1024 GB). Para se ter acesso aos dados do HD, é
necessário um Sistema operacional.
Atualmente os sistemas operacionais conseguem utilizar o HD
O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazena-
como uma extensão da memória, na chamada Gestão de memória
mento considerada a evolução do disco rígido (HD). Ele não possui
Virtual. Porém esta função é utilizada somente quando a memória
partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado
principal (memória RAM) está sobrecarregada.
semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferen-
Os HD’s Externos são uma grande evolução. Estes podem ser
temente dos sistemas magnéticos (como os HDs).
carregados em mochilas, pastas, no bolso ou mesmo na mão sem
Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em re-
problema algum.
lação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes me-
Os dados do HD são guardados em uma mídia magnética, pare-
cânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silen-
cida com um DVD. Esta é muito sensível, se receber muitas batidas
ciosos.
pode se deslocar e o HD perde a utilidade. Nestes casos é quase
Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash
impossível recuperar dados do HD.
presente nos SSDs em relação aos meios magnéticos e ópticos. O
Obs: Um GB Equivale a 1024 MB(Mega Bytes), e cada TB equi-
SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à ausên-
vale a 1024GB.
cia de partes mecânicas – um fator muito importante quando se
O número 1024 parece estranho, porém as unidades de arma-
trata de computadores portáteis.
zenamento utilizam códigos binários para gravar as informações
O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos,
(portanto, sempre múltiplo de 2).
mesmo os mais portáteis; possui um consumo reduzido de energia;
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, que
consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cer-
pode ser padrão IDE, SATA, SATA II ou SATA III.

15 Fonte: http://www.infoescola.com/informatica/disco-rigido/ 16 Fonte: https://www.tecmundo.com.br/memoria/202-o-que-e-ssd-.htm


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ca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD co-
rápida, com dispositivos apresentando 250 MB/s na gravação e 700 muns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitura é
MB/s na leitura. ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem maior
Mas nem tudo são flores para o SSD. Os pequenos velozes ain- de dados no disco.
da custam muito caro, com valores muito superiores que o dos HDs. O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico
A capacidade de armazenamento também é uma desvantagem, que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta
pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma, azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por fins
eles são vistos como a tecnologia do futuro, pois esses dois fatores jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre co-
negativos podem ser suprimidos com o tempo. mercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido no
Obviamente, é apenas uma questão de tempo para que as em- mercado no ano de 2006.
presas que estão investindo na tecnologia consigam baratear seus
custos e reduzir os preços. Diversas companhias como IBM, Toshiba Pen Drive
e OCZ trabalham para aprimorar a produção dos SSDs, e fica cada
vez mais evidente que os HDs comuns estão com seus dias conta-
dos.
CD, CD-R e CD-RW

O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e


é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digital-
mente.
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas:
- Uma camada de policarbonato (espécie de plástico), onde fi-
cam armazenados os dados.
- Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de refletir
o laser.
- Uma camada de acrílico, para proteger os dados.
- Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos.
É um dispositivo de armazenamento de dados em memória
Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem um flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele
relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits. combina diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo
Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos
hoje, no mercado, três tipos principais de CDs: microprocessadores. Funciona, basicamente, como um HD externo
1. CD Comercial: que já vem gravado com música ou dados. e quando conectado ao computador pode ser visualizado como um
2. CD-R: que vem vazio e pode ser gravado uma única vez. drive. O pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o
3. CD-RW: que pode ter seus dados apagados e regravados. tamanho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por
usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700 Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
MB ou 80 minutos de música. seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
capacidade maior, chegando a 256 GB.
DVD, DVD-R e DVD-RW
Cartão de Memória
O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje o
formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi in-
ventado no final dos anos 90, mas só se popularizou depois do ano
2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas, com a
diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informações é
menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que proporcio-
na maior capacidade de armazenamento.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de grava-
ção única e RW que possibilita a regravação de dados. A capacidade
dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB de dados, existindo
ainda um tipo de DVD chamado Dual Layer, que contém duas ca-
madas de gravação, cuja capacidade de armazenamento chega a
8,5 GB.

Blu-Ray
Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de
dispositivo de armazenamento de dados com memória flash, muito
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia entre 25 e
encontrado em máquinas fotográficas digitais e aparelhos celulares
50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas de gravação.
smartphones.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, endereços,
números de telefone etc.
O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente no dispositivo e é
bem mais compacto.
Os formatos mais conhecidos são:
- Memory Stick Duo.
- SD (Secure Digital Card).
- Mini SD.
- Micro SD.

Unidade de Disquete

As unidades de disquete armazenam informações em discos, também chamados discos flexíveis ou disquetes. Comparado a CDs e
DVDs, os disquetes podem armazenar apenas uma pequena quantidade de dados. Eles também recuperam informações de forma mais
lenta e são mais vulneráveis a danos. Por esses motivos, as unidades de disquete são cada vez menos usadas, embora ainda sejam incluídas
em alguns computadores.

Disquete.

Por que estes discos são chamados de “disquetes”? Apesar de a parte externa ser composta de plástico rígido, isso é apenas a capa. O
interior do disco é feito de um material de vinil fino e flexível.

PERIFÉRICOS DE COMPUTADORES

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.

AMBIENTES OPERACIONAIS: UTILIZAÇÃO BÁSICA DOS SISTEMAS OPERACIONAIS WINDOWS 7 E WINDOWS 10

WINDOWS 7

O Windows 7 é um dos sistemas operacionais mais populares desenvolvido pela Microsoft17.


Visualmente o Windows 7 é semelhante ao seu antecessor, o Windows Vista, porém a interface é muito mais rica e intuitiva.
É Sistema Operacional multitarefa e para múltiplos usuários. O novo sistema operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do
Windows 7, muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.
Algumas características não mudam, inclusive porque os elementos que constroem a interface são os mesmos.

Edições do Windows 7
– Windows 7 Starter;
– Windows 7 Home Premium;
– Windows 7 Professional;
– Windows 7 Ultimate.

17 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/AulaDemo-4147.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Área de Trabalho

Área de Trabalho do Windows 7.

Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2012/05/como-ocultar-lixeira-da-area-de-trabalho-do-windows.html

A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que ficam dispostos
alguns ícones. Uma das novidades do Windows 7 é a interface mais limpa, com menos
ícones e maior ênfase às imagens do plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de trabalho suave. A barra de tarefas
que fica na parte inferior também sofreu mudanças significativas.

Barra de tarefas
– Avisar quais são os aplicativos em uso, pois é mostrado um retângulo pequeno com a descrição do(s) aplicativo(s) que está(ão) ati-
vo(s) no momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas
ou entre programas.

Alternar entre janelas.


Fonte: https://pplware.sapo.pt/tutoriais/windows-7-flip-3d

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de ini-


cialização rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio.
– É organizada, consolidando os botões quando há muitos acu-
mulados, ou seja, são agrupados automaticamente em um único
botão.
– Outra característica muito interessante é a pré-visualização
das janelas ao passar a seta do mouse sobre os botões na barra de
tarefas.

Menu Iniciar.

Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2019/04/como-
-deixar-a-interface-do-windows-10-parecida-com-o-windows-7.ghtml

Pré-visualização de janela. Desligando o computador


O novo conjunto de comandos permite Desligar o computador,
Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noti- Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar, Sus-
cia/2010/12/como-aumentar-o-tamanho-das-miniaturas-da-taskbar- pender ou Hibernar.
-do-windows-7.html

Botão Iniciar

Botão Iniciar
Fonte: https://br.ign.com/tech/47262/news/suporte-oficial-
-ao-windows-vista-acaba-em-11-de-abril Ícones
Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele pode adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode ex-
dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus cluir. Alguns ícones são padrões do Windows: Computador, Painel
que, por sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser aciona- de Controle, Rede, Lixeira e a Pasta do usuário.
do, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções.
Windows Explorer
No computador, para que tudo fique organizado, existe o Win-
dows Explorer. Ele é um programa que já vem instalado com o Win-
dows e pode ser aberto através do Botão Iniciar ou do seu ícone na
barra de tarefas.
Este é um dos principais utilitários encontrados no Windows 7.
Permite ao usuário enxergar de forma interessante a divisão organi-
zada do disco (em pastas e arquivos), criar outras pastas, movê-las,
copiá-las e até mesmo apagá-las.
Com relação aos arquivos, permite protegê-los, copiá-los e mo-
vê-los entre pastas e/ou unidades de disco, inclusive apagá-los e
também renomeá-los. Em suma, é este o programa que disponi-
biliza ao usuário a possibilidade de gerenciar todos os seus dados
gravados.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fonte: https://www.softdownload.com.br/adicione-guias-windows-explorer-clover-2.html

Uma das novidades do Windows 7 são as Bibliotecas. Por padrão já consta uma na qual você pode armazenar todos os seus arquivos
e documentos pessoais/trabalho, bem como arquivos de músicas, imagens e vídeos. Também é possível criar outra biblioteca para que
você organize da forma como desejar.

Bibliotecas no Windows 7.

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/musica/3612-dicas-do-windows-7-aprenda-a-usar-o-recurso-bibliotecas.htm

Aplicativos de Windows 7
O Windows 7 inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferramentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramen-
tas para melhorar o desempenho do computador, calculadora e etc.
A pasta Acessórios é acessível dando-se um clique no botão Iniciar na Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no
submenu, que aparece, escolha Acessórios.

• Bloco de Notas
Aplicativo de edição de textos (não oferece nenhum recurso de formatação) usado para criar ou modificar arquivos de texto. Utilizado
normalmente para editar arquivos que podem ser usados pelo sistema da sua máquina.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Bloco de Notas serve para criar ou editar arquivos de texto que não exijam formatação e não ultrapassem 64KB. Ele cria arquivos
com extensões .INI, .SYS e .BAT, pois abre e salva texto somente no formato ASCII (somente texto).

Bloco de Notas.

• WordPad
Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, tabelas e outros objetos. A formatação é limitada se comparado
com o Word. A extensão padrão gerada pelo WordPad é a RTF. Por meio do programa WordPad podemos salvar um arquivo com a exten-
são DOC entre outras.

WordPad.

Fonte: https://www.nextofwindows.com/windows-7-gives-wordpad-a-new-life

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP. Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG
ou JPEG, GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.

Paint.
Fonte: https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2017/03/microsoft-paint-todas-versoes-do-famoso-editor-de-fotos-do-windows.html

• Calculadora
Pode ser exibida de quatro maneiras: padrão, científica, programador e estatística.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Painel de Controle
O Painel de controle fornece um conjunto de ferramentas administrativas com finalidades especiais que podem ser usadas para confi-
gurar o Windows, aplicativos e ambiente de serviços. O Painel de Controle inclui itens padrão que podem ser usados para tarefas comuns
(por exemplo, Vídeo, Sistemas, Teclado, Mouse e Adicionar hardware). Os aplicativos e os serviços instalados pelo usuário também podem
inserir ícones no Painel de controle.

Painel de Controle.

Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2016/06/como-mudar-o-idioma-do-windows-7.html

Novidades do Windows 7
Ajustar: o recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas
pré-definidas e o sistema a ajustará às grades.
Aero Peek: exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Peek permite que o usuário visualize as janelas que
ficam ocultadas pela janela principal.
Nova Barra de Tarefas: o usuário pode ter uma prévia do que está sendo rodado, apenas passando o mouse sobre o item minimizado.
Alternância de Tarefas: a barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora é interativa. Permite a fixação de
ícones em determinado local, a reorganização de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniaturas na própria barra.
Gadgets: diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra lateral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário
redimensione, arraste e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas.
Windows Media Center: o novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos de áudio e vídeo, além do suporte a
TVs on-line de várias qualidades, incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas bibliotecas locais, o TurboScroll.
Windows Backup: além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem também com o Windows Backup, que permite a
restauração de documentos e arquivos
pessoais, não somente os programas e configurações.
Windows Touch: uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a compatibilidade total com a tecnologia do toque na
tela, o que inclui o acesso a pastas,
redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos.
Windows Defender: livre-se de spywares e outras pragas virtuais com o Windows Defender do Windows 7, agora mais limpo e mais
simples de ser configurado e usado.
Windows Firewall: para proteção contra crackers e programas mal-intencionados, o Firewall do Windows. Agora com configuração de
perfis alternáveis, muito útil para uso da rede em ambientes variados, como shoppings com Wi-Fi pública ou conexões residências.
Flip 3D: Flip 3D é um feature padrão do Windows Vista que ficou muito funcional também no Windows 7. No Windows 7 ele ficou com
realismo para cada janela e melhorou no reconhecimento de screens atualizadas.

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WINDOWS 10

Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma única
plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console Xbox One e
produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de realidade aumentada HoloLens18.

Versões do Windows 10

– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e note-
book), tablets e os dispositivos “2 em 1”.
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home, os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas
empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os
alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte, e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente em tecnologias
desenvolvidas no campo da segurança digital e produtividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows 10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as necessidades
do meio escolar.
– Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen,
como smartphones e tablets
– Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise tem como
objetivo entregar a melhor experiência para os consumidores que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento para
o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
– Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja
Microsoft.
– Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para uso pro-
fissional mais avançado em máquinas poderosas com vários processadores e grande quantidade de RAM.

Área de Trabalho (pacote aero)


Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no Windows a partir da versão 7.

Área de Trabalho do Windows 10.19

18 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/SlideDemo-4147.pdf
19 https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/
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Aero Glass (Efeito Vidro)


Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes, parecendo um vidro.

Efeito Aero Glass.20

Aero Flip (Alt+Tab)


Permite a alternância das janelas na área de trabalho, organizando-as de acordo com a preferência de uso.

Efeito Aero Flip.

20 https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-glass-lancado-mod-windows-10.htm
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Aero Shake (Win+Home)


Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta sacudir
novamente e todas as janelas serão restauradas.

Efeito Aero Shake (Win+Home)

Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)


Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das janelas abertas.
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida de
modo a ocupar metade do monitor.

Efeito Aero Snap.


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Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar Tudo)


O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil quando
você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue ver o que
precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área de trabalho (parte
inferior direita do Desktop). Ao posicionar o mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto transparente. Ao clicar sobre
ele, as janelas serão minimizadas.

Efeito Aero Peek.

Menu Iniciar
Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar.
O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na direita,
temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP, Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita temos uma
versão compacta da Modern UI, lembrando muito os azulejos do Windows Phone 8.

Menu Iniciar no Windows 10.21


21 https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-dicas-usar-melhor-menu-iniciar
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Nova Central de Ações


A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões an-
teriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN.

Central de ações do Windows 10.22

Paint 3D
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas antigas
de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar o programa
mais versátil.
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas.

Paint 3D.

22 Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/windows-how-to-open-action-center
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cortana
Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10.
Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o caso
do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades nativas. O
assistente pessoal inteligente que entende quem você é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar quando for solicita-
do, por meio de informações-chave, sugestões e até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.
Para abrir a Cortana selecionando a opção na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o

tema que deseja.

Cortana no Windows 10.23

Microsot Edge
O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional da Mi-
crosoft. O programa tem como características a leveza, a rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção de suporte a
tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Helper Objects.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o serviço de armaze-
namento na nuvem OneDrive, além do suporte a ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos para mais tarde e lê-los no modo de leitura . Focalize guias abertas para
visualizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em outro dispositivo.
O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações.
Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge ou clique no ícone na barra de tarefas.

Microsoft Edge no Windows 10.


23 https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-novo-visual-windows-10-rumor.htm
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Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura do
que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth do
celular e senha com imagem.
Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecione Configurações > Contas > Opções de entrada. Ou procure por
Hello ou Configurações de entrada na barra de pesquisa.

Windows Hello.

Bibliotecas
As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local. Você pode
pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em pastas, unidades
ou em sistemas diferentes (quando as pastas são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache localmente com Arquivos
Offline).

Tela Bibliotecas no Windows 10.24


24 https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-remover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft OneDrive você pode
acessar seus arquivos em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que está
disponível para todos os dispositivos que você usar.

OneDivre.25

Manipulação de Arquivos
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo está
disponível para um ou mais programas de computador, sendo essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão
recebida no ato de sua criação ou alteração.
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns são
arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e
apresentações (monografia.pptx).

Pasta
As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organizar
tudo o que está dentro das unidades.
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos de
arquivos existentes.
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos.

Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Colar)


Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção com a letra da unidade e origem e destino).

25 Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-pasta-do-onedrive-no-windows-10
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Central de Segurança do Windows Defender


A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área de proteção contra vírus e ameaças.
Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, clique no botão , selecione Configurações > Atualização e segu-
rança > Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de pesquisa.

Windows Defender.26

Lixeira
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
- Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
- Arrasta-lo para a lixeira.
- Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
- Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.
26 Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de-
7c-4ee7-b90f-4bf76ad529b1
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Arquivos apagados permanentemente:


- Arquivos de unidades de rede.
- Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).
- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o tamanho do
HD (disco rígido) do computador).
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).

Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente na área de trabalho do Windows 10.

Outros Acessórios do Windows 10

Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:
– Alarmes e relógio.
– Assistência Rápida.
– Bloco de Notas.
– Calculadora.
– Calendário.
– Clima.
– E-mail.
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes físicos).
– Ferramenta de Captura.
– Gravador de passos.
– Internet Explorer.
– Mapas.
– Mapa de Caracteres.
– Paint.
– Windows Explorer.
– WordPad.
– Xbox.

Principais teclas de atalho


CTRL + F4: fechar o documento ativo.
CTRL + R ou F5: atualizar a janela.
CTRL + Y: refazer.
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar.
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas.
WIN + A: central de ações.
WIN + C: cortana.
WIN + E: explorador de arquivos.
WIN + H: compartilhar.
WIN + I: configurações.
WIN + L: bloquear/trocar conta.
WIN + M: minimizar as janelas.
WIN + R: executar.
WIN + S: pesquisar.
WIN + “,”: aero peek.
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas.
WIN + TAB: task view (visão de tarefas).
WIN + HOME: aero shake.
ALT + TAB: alternar entre janelas.
WIN + X: menu de acesso rápido.
F1: ajuda.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE TEXTO, PLANILHA E APRESENTAÇÃO DO PACOTE MICROSOFT OFFICE (WORD, EXCEL E
POWERPOINT) – VERSÕES 2013 E 2016

WORD 2013

Conhecido como o mais popular editor de textos do mercado, a versão 2013 do Microsoft Word traz tudo o que é necessário para
editar textos simples ou enriquecidos com imagens, links, gráficos e tabelas, entre outros elementos27.
A compatibilidade entre todos os componentes da família Office 2013 é outro dos pontos fortes do Microsoft Word 2013. É possível
exportar texto e importar outros elementos para o Excel, o PowerPoint ou qualquer outro dos programas incluídos no Office.
Outra das novidades do Microsoft Word 2013 é a possibilidade de guardar os documentos na nuvem usando o serviço SkyDrive. Dessa
forma, é possível acessar documentos do Office de qualquer computador e ainda compartilhá-los com outras pessoas.

Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções (Guias e Comandos) e pelo modo de exibição Backstage
(área de gerenciamento de arquivo)28.

27 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4685295/mod_resource/content/1/Apostila%20de%20Word.pdf
28 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/20/word-2013-estrutura-basica-dos-documentos/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Esta barra permite acesso rápido para alguns comandos que são executados com frequência: como iniciar um novo arquivo, salvar um
documento, desfazer e refazer uma ação, entre outros.

Na parte superior do Word 2013 você encontra uma faixa de opções, que também é organizada por guias. Cada guia tem várias faixas
de opções diferentes. Estas faixas de são formadas por grupos e estes grupos têm vários comandos. O comando é um botão, uma caixa
para inserir informações ou um menu.

Botão Arquivo
Ao clicar sobre ele será exibido opções como Informações, Novo, Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, etc. Portanto, clique sobre ele e
visualize essas opções.

Página inicial
Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e Edição.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir
Páginas, Tabelas, Ilustrações, Aplicativos, Links, comentários, Cabeçalho e Rodapé, Texto e Símbolos.

Design
Formatação do documento.

Layout da Página
Configurar Página, Parágrafo e Organizar.

Referências
Sumário, Notas de Rodapé, Citações e Bibliografia, Legendas e Índice.

Correspondências
Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.

Exibição
Modo de Exibição, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formatos de arquivos Word 2013


Formatos de arquivo suportados e suas extensões29:
.doc: documento do Word 97-2003
.docm: documento para macro do Word. Baseado em XML par macro do Word 2019, 2016, 2013 2010 e 2007
.docx: padrão Word 2019, 2016, 2013, 2010 e 2007 e Documento Strict de Open XML
.htm e .html: página da Web Página da Web, Filtrado
.mht e .mhtml: página da Web de Arquivo Único
.odt: texto do OpenDocument. Este é a extensão do LibreOffice, mas o Word dá suporte para que os arquivos salvos do Word 2019,
2016 e 2013 possam ser abertos no Writer do LibreOffice e arquivos do Writer possam ser abertos no Word 2019, 2016 e 2013, mas aten-
ção, a formatação do documento pode ser perdida.
.dot: modelo do Word 97-2003
.dotm: modelo habilitado para macro do Word
.dotx: modelo do Word
.pdf: arquivos que usam o formato de arquivo PDF podem ser visualizados, editados e salvos em .docx ou .pdf usando o Word 2019,
o Word 2016 e o Word 2013. Atenção: Os arquivos PDF podem não ter uma correspondência perfeita de página para paginação com o
original.
.rtf: formato Rich Text . Formato para ser multiplataforma. Os documentos criados em diferentes sistemas operacionais e aplicativos
de software podem ser utilizados entre eles.
.txt: texto simples. Quando o documento é salvo perde sua formatação. É o formato do bloco de notas e WordPad.
.xml: documento XML do Word 2003 e Word 2019, 2016, 2013 e 2007 (Open XML). É também chamado de MetaFile e arquivo de
MetaDados (arquivos com informações extras).
.xps: XML Paper Specification, um formato de arquivo que preserva a formatação do documento e habilita o compartilhamento de
arquivos.
.wps: documento Works 6-9. Este é o formato de arquivo padrão do Microsoft Works, versões 6.0 a 9.0.

Criando um documento
Ao criar um documento no Word 2013, é possível começar com um documento em branco ou deixar que um modelo faça a maior
parte do trabalho30.

Iniciando um documento
A maioria das pessoas costuma criar um documento a partir de uma página em branco, apesar de o Word ter vários modelos com
temas e estilos pré-definidos, assim só é preciso adicionar conteúdo.

29 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/17/word-2013-formatos-de-arquivos/
30 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/21/edicao-e-formatacao-de-textos-word-2013/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Abrir um documento
Ao iniciar o Word, aparece uma galeria de modelo separado por categorias. É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda
melhor seu objetivo.
Aparecerá do lado esquerdo (ver imagem anterior) uma lista com os documentos recentes que você usou.
É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda melhor seu objetivo.
Caso queira outro documento que não está nesta lista você verá bem abaixo desta coluna a opção abrir outros documentos.

Se já estiver trabalhando no Word e quiser abrir um arquivo é só ir na Barra de Opções e clicar em Arquivo > Abrir e navegar até o local
onde se encontra o arquivo.
Caso você esteja abrindo um documento criado em versões anteriores do Word, você verá Modo de Compatibilidade na barra de título
da janela do documento. Você pode trabalhar no modo de compatibilidade ou atualizar o documento e usar os recursos do Word 2013.
Ctrl + O: atalho para abrir um documento novo documento.
Ctrl + A: atalho para abrir um documento já existente.
Salvando e Fechando o Arquivo

Para salvar um documento digitado, clique na guia Arquivo.

Em seguida, clique na opção Salvar como.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Após o clique, a caixa de diálogo Salvar como será aberta, onde devemos informar o nome do arquivo e o local onde será salvo.
É possível também salvar na nuvem (on-line) clicando em OneDrive e assim podendo compartilhar o arquivo em vários dispositivos
como no celular ou outros computadores.
O Word já salva automaticamente o arquivo no formato .docx mas caso queira salvar em outro formato, logo abaixo do nome do ar-
quivo tem uma lista de tipos de arquivos suportados pelo Word 2013.

No Word tem uma barra de acesso rápido no topo do editor na qual o documento pode ir sendo salvo
conforme se vai trabalhando nele.
Ctrl + B: atalho para salvar documento.

Funções básicas em um editor de texto


Ctrl + C (Copiar): é quando copiar um texto para repetir no mesmo texto ou colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com direito
do mouse e clique em Copiar.
Ctrl + X (Recortar): recurso para tirar o texto selecionado e colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com botão direito do mouse
e selecione Recortar. Este arquivo copiado ou recortado irá para a área de transferência.
Área de transferência: área separada do sistema operacional para guardar uma pequena quantidade de dados.
Ctrl + V (Colar): recurso para colar o texto que foi copiado ou recortado. Selecione o local que quer colar e clique no botão direito do
mouse e selecione o tipo de colagem.

Cabeçalho e rodapé
Para colocar números das páginas, título ou data em todas as páginas de seu documento, você deve adicionar um cabeçalho ou ro-
dapé31.
Basta clicar na aba Inserir e em adicionar Cabeçalho ou rodapé.
Seleciona o formato clicando no modelo de seu interesse. Abrirá o cabeçalho para editar a parte interna dele.

Digite o Título e feche o cabeçalho.

31 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/28/cabecalho-e-rodape-word-2013/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Todas as páginas do documento terão o mesmo cabeçalho.

Parágrafos
No Word 2013 tem dois lugares em que encontramos funções para formatarmos parágrafos32.

Guia Página Inicial

Guia Layout de Páginas

A formatação propriamente dita é feita na página inicial.

Alinhamento de parágrafos

Alinhar à esquerda (Ctrl+Q): alinha todo parágrafo na margem esquerda do documento.


Centralizar (Ctrl+E): centraliza o texto no centro da página, dando ao documento uma aparência mais formal
Alinhar à direita (Ctrl+G): alinha o conteúdo à margem direita do documento.
Justificar (Ctrl+J): distribui o texto uniformemente entre as margens

32 https://centraldefavoritos.com.br/2019/10/28/paragrafos-word-2013/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Espaçamento de linhas e parágrafos

Escolhe o espaçamento entre linha ou parágrafos.


Clicando na seta de opções tem os valores de espaçamento.
Quanto maior o número maior o espaçamento.

Sombreamento de parágrafo

Para colocar a borda basta selecionar o texto ou parágrafo e


clica na borda desejada.
Classificar

Nesta opção, pode-se classificar itens selecionado em ordem


alfabética ou numérica.
Ex.: Lista de animais
Vaca
Elefante
Para realçar o texto, parágrafo ou célula de tabela selecionada. Porco
Ele simplesmente muda a cor atrás dando maior destaque. Girafa

Bordas
Além do sombreamento, você pode dar um destaque a um tex- Ao selecionar a lista e clica na opção ela fica em ordem
to colocando uma borda. E clicando na seta você poderá alterar o alfabética; Na janela que abrir, pode-se colocar a lista em ordem
estilo da borda. crescente ou decrescente.

Recuos

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A primeira opção o parágrafo vai para mais perto da margem Exemplo: Na figura abaixo, é possível notar a seleção de alguns
(DIMINUIR RECUO) quadradinhos e a indicação Tabela 3x2, o que significa que ao soltar
A segunda opção o parágrafo vai para mais longe da margem o botão do mouse, será inserida no documento uma tabela com 3
(AUMENTAR RECUO) colunas e 2 linhas.
É só selecionar o parágrafo e clicar na opção. Cada clicada ele
salta 1,25 cm.

Mostrar tudo (Ctrl+*)

Mostra as marcas de parágrafo e outros símbolos de formata-


ção ocultos. É útil para formatação de layouts avançados.

Guia Inserir (Grupo Tabelas)

Tabela: permite inserir e trabalhar com tabelas no


documento33. Ao clicar na setinha logo abaixo do botão Inserir Tabela: permite inserir
Tabela, abre-se um menu com opções. uma tabela na posição do cursor. Note
que a opção tem reticências no final,
o que significa que será aberta uma
janela de opções, para que sejam
feitas as configurações da tabela que
será inserida no documento.

Neste quadro é possível configurar o número de colunas e o


número de linhas da tabela, além de largura de coluna fixa, ajustada
automaticamente.
Selecionando-se uma sequência de quadradinhos, é possível
inserir uma tabela automaticamente, após soltar o mouse.

33 https://bit.ly/2BH2KiN
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WORD 2016 que em Compartilhar para gerar um link ou enviar um convite por
e-mail. Quando seus colegas abrem o documento e concordam em
Essa versão de edição de textos vem com novas ferramentas e compartilhar automaticamente as alterações, você vê o trabalho
novos recursos para que o usuário crie, edite e compartilhe docu- em tempo real.
mentos de maneira fácil e prática34.
O Word 2016 está com um visual moderno, mas ao mesmo
tempo simples e prático, possui muitas melhorias, modelos de do-
cumentos e estilos de formatações predefinidos para agilizar e dar
um toque de requinte aos trabalhos desenvolvidos. Trouxe pou-
quíssimas novidades, seguiu as tendências atuais da computação,
permitindo o compartilhamento de documentos e possuindo inte-
gração direta com vários outros serviços da web, como Facebook,
Flickr, Youtube, Onedrive, Twitter, entre outros.

Novidades no Word 2016

– Diga-me o que você deseja fazer: facilita a localização e a


realização das tarefas de forma intuitiva, essa nova versão possui
a caixa Diga-me o que deseja fazer, onde é possível digitar um ter-
mo ou palavra correspondente a ferramenta ou configurações que
procurar.

– Pesquisa inteligente: integra o Bing, serviço de buscas da


Microsoft, ao Word 2016. Ao clicar com o botão do mouse sobre
qualquer palavra do texto e no menu exibido, clique sobre a função
Pesquisa Inteligente, um painel é exibido ao lado esquerdo da tela
do programa e lista todas as entradas na internet relacionadas com
a palavra digitada.
– Equações à tinta: se utilizar um dispositivo com tela sensível
ao toque é possível desenhar equações matemáticas, utilizando o
dedo ou uma caneta de toque, e o programa será capaz de reconhe-
cer e incluir a fórmula ou equação ao documento.

– Trabalhando em grupo, em tempo real: permite que vários


usuários trabalhem no mesmo documento de forma simultânea.

– Histórico de versões melhorado: vá até Arquivo > Histórico


para conferir uma lista completa de alterações feitas a um docu-
mento e para acessar versões anteriores.
– Compartilhamento mais simples: clique em Compartilhar
para compartilhar seu documento com outras pessoas no Share-
Point, no OneDrive ou no OneDrive for Business ou para enviar um
PDF ou uma cópia como um anexo de e-mail diretamente do Word.

Ao armazenar um documento on-line no OneDrive ou no Sha-


rePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word 2016 ou
Word On-line, vocês podem ver as alterações uns dos outros no
documento durante a edição. Após salvar o documento on-line, cli-
34 http://www.popescolas.com.br/eb/info/word.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Formatação de formas mais rápida: quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de
preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.

– Guia Layout: o nome da Guia Layout da Página na versão 2010/2013 do Microsoft Word mudou para apenas Layout35.

Interface Gráfica

Navegação gráfica

Atalho de barra de status

35 CARVALHO, D. e COSTA, Renato. Livro Eletrônico.


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Faixas de opções e modo de exibição

Guia de Início Rápido.36

Ao clicar em Documento em branco surgirá a tela principal do Word 201637.

Área de trabalho do Word 2016.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos que podem ser personalizados de acordo
com a necessidade do usuário.

36 https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/5297/Guia_de_Inicio_Rapido___Word_2016_14952206861576.pdf
37 Melo, F. INFORMÁTICA. MS-Word 2016.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do Word, todas organizadas em grupos e distribuídas por meio de guias,
que permitem fácil localização e acesso. As faixas de Opções são separadas por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.

– Arquivos: possui diversas funcionalidades, dentre algumas:


– Novo: abrir um Novo documento ou um modelo (.dotx) pré-formatado.
– Abrir: opções para abrir documentos já salvos tanto no computador como no sistema de armazenamento em nuvem da Microsoft,
One Drive. Além de exibir um histórico dos últimos arquivos abertos.
– Salvar/Salvar como: a primeira vez que irá salvar o documento as duas opções levam ao mesmo lugar. Apenas a partir da segunda
vez em diante que o Salvar apenas atualiza o documento e o Salvar como exibe a janela abaixo. Contém os locais onde serão armazenados
os arquivos. Opções locais como na nuvem (OneDrive).
– Imprimir: opções de impressão do documento em edição. Desde a opção da impressora até as páginas desejadas. O usuário tanto
pode imprimir páginas sequenciais como páginas alternadas.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Página Inicial: possui ferramentas básicas para formatação de texto, como tamanho e cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento
de texto, entre outras.

Grupo Área de Transferência


Para acessá-la basta clicar no pequeno ícone de uma setinha para baixo no canto inferior direito, logo à frente de Área de Transferên-
cia.
Colar (CTRL + V): cola um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) copiado ou recortado.
Recortar (CTRL + X): recorta um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) armazenando-o temporariamente na Área de Transferên-
cia para em seguida ser colado no local desejado.
Copiar (CTRL+C): copia o item selecionado (cria uma cópia na Área de Transferência).
Pincel de Formatação (CTRL+SHIFT+C / CTRL+SHIFT+V): esse recurso (principalmente o ícone) cai em vários concursos. Ele permite
copiar a formatação de um item e aplicar em outro.

Grupo Fonte

Fonte: permite que selecionar uma fonte, ou seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada texto pode
haver mais de um tipo de fontes diferentes.

Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. Permite escolher entre diferentes tamanhos de fonte na lista ou
que digite um tamanho manualmente.

Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda
em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.

Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda
em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.

Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não está em
uma palavra, o novo texto inserido será sublinhado.

Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente estiver
sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada.

Subscrito: coloca a palavra abaixo das demais.

Sobrescrito: coloca a palavra acima das demais.

Cor do realce do texto: aplica um destaque colorido sobre a palavra, assim como uma caneta marca texto.

Cor da fonte: permite alterar a cor da fonte (letra).

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupo Parágrafo

Marcadores: permite criar uma lista com diferentes marcadores.

Numeração: permite criar uma lista numerada.

Lista de vários itens: permite criar uma lista numerada em níveis.

Diminuir Recuo: diminui o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Aumentar Recuo: aumenta o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Classificar: organiza a seleção atual em ordem alfabética ou numérica.

Mostrar tudo: mostra marcas de parágrafos e outros símbolos de formatação ocultos.

Alinhar a esquerda: alinha o conteúdo com a margem esquerda.

Centralizar: centraliza seu conteúdo na página.

Alinhar à direita: alinha o conteúdo à margem direita.

Justificar: distribui o texto uniformemente entre as margens esquerda e direita.

Espaçamento de linha e parágrafo: escolhe o espaçamento entre as linhas do texto ou entre parágrafos.

Sombreamento: aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o cursor está posicionado.

Bordas: permite aplicar ou retirar bordas no trecho selecionado.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupo Estilo
Possui vários estilos pré-definidos que permite salvar configurações relativas ao tamanho e cor da fonte, espaçamento entre linhas
do parágrafo.

Grupo Edição

CTRL+L: ao clicar nesse ícone é aberta a janela lateral, denominada navegação, onde é possível localizar um
uma palavra ou trecho dentro do texto.

CTRL+U: pesquisa no documento a palavra ou parte do texto que você quer mudar e o substitui por outro
de seu desejo.

Seleciona o texto ou objetos no documento.

Inserir: a guia inserir permite a inclusão de elementos ao texto, como: imagens, gráficos, formas, configurações de quebra de página,
equações, entre outras.

Adiciona uma folha inicial em seu documento, parecido como uma capa.

Adiciona uma página em branco em qualquer lugar de seu documento.

Uma seção divide um documento em partes determinadas pelo usuário para que sejam aplicados diferentes
estilos de formatação na mesma ou facilitar a numeração das páginas dentro dela.

Permite inserir uma tabela, uma planilha do Excel, desenhar uma tabela, tabelas rápidas ou converter o texto em tabela e
vice-versa.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Design: esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao layout do documento.

Layout: a guia layout define configurações características ao formato da página, como tamanho, orientação, recuo, entre outras.

Referências: é utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé, legendas entre outros itens relacionados a iden-
tificação de conteúdo.

Correspondências: possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes e etiquetas.

Revisão: agrupa ferramentas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto, como ortografia e gramática, dicionário de sinô-
nimos, entre outras.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibir: altera as configurações de exibição do documento.

Formatos de arquivos
Veja abaixo alguns formatos de arquivos suportados pelo Word 2016:
.docx: formato xml.
.doc: formato da versão 2003 e anteriores.
.docm: formato que contém macro (vba).
.dot: formato de modelo (carta, currículo...) de documento da versão 2003 e anteriores.
.dotx: formato de modelo (carta, currículo...) com o padrão xml.
.odt: formato de arquivo do Libre Office Writer.
.rtf: formato de arquivos do WordPad.
.xml: formato de arquivos para Web.
.html: formato de arquivos para Web.
.pdf: arquivos portáteis.

MICROSOFT EXCEL 2013

É o principal software de planilhas eletrônicas entre as empresas quando se trata de operações financeiras e contabilísticas38.
O Microsoft Excel 2013 tem um aspeto diferente das versões anteriores.

Tela inicial do Excel 2013.

38 http://www.prolinfo.com.br
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As cinco principais funções do Excel são: Guia de Planilhas


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e anali- Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos
sar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráfi-
gráfico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como cos, tabelas dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada
retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar for- item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
matos pré-definidos em tabelas. Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por pa-
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e adminis- drão encontramos apenas uma planilha.
trar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando
operações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual
seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramen-
tas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar Guia de Planilhas.
apresentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem – Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As co-
ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias lunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
macros. alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem
no total de 16.384 colunas em cada planilha.
Planilha Eletrônica – Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma linhas de uma planilha são representadas em números, formam um
de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos total de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical es-
de cálculos matemáticos, simples ou complexos. querda da planilha.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que cal-
culam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos,
imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a dei-
xar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de
impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido. Linhas e colunas.

– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na


figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um
endereço que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna
B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome
logo acima da planilha.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula poden-
do conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos Células.
melhor a sua utilidade.
Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)
Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções
está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anterio-
res ao MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma repre-
Barra de Fórmulas. senta tarefas principais executadas no Excel.
Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados
reunidos.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.


Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de prioridade de cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Editora
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

• Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas
aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde
que atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde: Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai contar a quantidade de homens e mulheres.
analisar o critério. Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter- (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.
valo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido MICROSOFT EXCEL 2016
é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter
texto neste intervalo. O Microsoft Excel 2016 é um software para criação e manuten-
ção de Planilhas Eletrônicas.
A grande mudança de interface do aplicativo ocorreu a partir do
Excel 2007 (e de todos os aplicativos do Office 2007 em relação as
versões anteriores). A interface do Excel, a partir da versão 2007, é
muito diferente em relação as versões anteriores (até o Excel 2003).
O Excel 2016 introduziu novas mudanças, para corrigir problemas e
inconsistências relatadas pelos usuários do Excel 2010 e 2013.
Na versão 2016, temos uma maior quantidade de linhas e colu-
nas, sendo um total de 1.048.576 linhas por 16.384 colunas.
O Excel 2016 manteve as funcionalidades e recursos que já es-
tamos acostumados, além de implementar alguns novos, como39:
- 6 tipos novos de gráficos: Cascata, Gráfico Estatístico, Histo-
grama, Pareto e Caixa e Caixa Estreita.
- Pesquise, encontra e reúna os dados necessários em um único
local utilizando “Obter e Transformar Dados” (nas versões anterio-
Exemplo: res era Power Query disponível como suplemento.
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gêne- - Utilize Mapas 3D (em versões anteriores com Power Map dis-
ro. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função ponível como suplemento) para mostrar histórias junto com seus
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores. dados.

Função CONT.SE Especificamente sobre o Excel 2016, seu diferencial é a criação


Esta função conta quantas células se atender ao critério solici- e edição de planilhas a partir de dispositivos móveis de forma mais
tado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado fácil e intuitivo, vendo que atualmente, os usuários ainda não utili-
e o critério para ser verificado. zam de forma intensa o Excel em dispositivos móveis.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai
analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter-
valo a ser analisado.

39 https://ninjadoexcel.com.br/microsoft-excel-2016/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tela Inicial do Excel 2016.

Ao abrir uma planilha em branco ou uma planilha, é exibida a área de trabalho do Excel 2016 com todas as ferramentas necessárias
para criar e editar planilhas40.

40 https://juliobattisti.com.br/downloads/livros/excel_2016_basint_degusta.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As cinco principais funções do Excel são41: Guia de Planilhas


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e anali- Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos
sar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráfi-
gráfico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como cos, tabelas dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada
retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar for- item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
matos pré-definidos em tabelas. Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por pa-
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e adminis- drão encontramos apenas uma planilha.
trar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando
operações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual
seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramen-
tas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar
apresentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem Guia de Planilhas.
ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros. – Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As co-
lunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
Planilha Eletrônica alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma no total de 16.384 colunas em cada planilha.
de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos – Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As
de cálculos matemáticos, simples ou complexos. linhas de uma planilha são representadas em números, formam um
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que cal- total de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical es-
culam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, querda da planilha.
imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a dei-
xar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de
impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Linhas e colunas.

Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figu-


ra abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um en-
dereço que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B,
então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome
logo acima da planilha.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula poden-
do conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Células.

Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções
Barra de Fórmulas. está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anterio-
res ao MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma repre-
senta tarefas principais executadas no Excel.
41 http://www.prolinfo.com.br
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.
Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.

POWERPOINT 2013

O PowerPoint 2013 é um do programa para produção de apresentações incluído no conjunto de programas do Microsoft Office 201342.
Munido de um vasto conjunto de ferramentas, o PowerPoint permite ao utilizador produzir apresentações dinâmicas e profissionais.

Tela inicial do PowerPoint 2013.

– Ideal para apresentar uma ideia, proposta, empresa, produto ou processo, com design profissional e slides de grande impacto;
– Os seus temas personalizados, estilos e opções de formatação dão ao utilizador uma grande variedade de combinações de cor, tipos
de letra e feitos;
– Permite enfatizar as marcas (bullet points), com imagens, formas e textos com estilos especiais;
– Inclui gráficos e tabelas com estilos semelhantes ao dos restantes programas do Microsoft Office (Word e Excel), tornando a apre-
sentação de informação numérica apelativa para o público.
– Com a funcionalidade SmartArt é possível criar diagramas sofisticados, ideais para representar projetos, hierarquias e esquemas
personalizados.
– Permite a criação de temas personalizados, ideal para utilizadores ou empresas que pretendam ter o seu próprio layout.
42 https://carlosdiniz.pt/manuais/Manual_PowerPoint2013.pdf
Editora
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pode ser utilizado como ferramenta colaborativa, onde os vários intervenientes (editores da apresentação) podem trocar informações
entre si através do documento, através de comentários.

1. Guia Arquivo: ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar,
Enviar, Publicar e Fechar.

2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido43 : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão
do Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É
possível adicionar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.

4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.

5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos44.

43 http://www.professorcarlosmuniz.com.br
44 LÊNIN, A; JUNIOR, M. Microsoft Office 2010. Livro Eletrônico.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.

8. Nível de Zoom: clicar para ajustar o nível de zoom.

Modos de Exibição do PowerPoint


O menu das versões anteriores, conhecido como menu Exibir, agora é a guia Exibição no Microsoft PowerPoint 2010. O PowerPoint
2010 disponibiliza aos usuários os seguintes modos de exibição:
– Normal,
– Classificação de Slides,
– Anotações,
– Modo de exibição de leitura,
– Slide Mestre,
– Folheto Mestre,
– Anotações Mestras.

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.

Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2013 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento exis-
tente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.

2. Clique no tema com as cores, as fontes e os efeitos desejados.


3. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na guia Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando
sobre ele.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Então basta começar a digitar.

Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.

Fonte: altera o tipo de fonte.


Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+S.
Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+G.
Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promoven-
do uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

Excluir slide
Selecione o slide com um clique e tecle Delete no teclado.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2013 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

POWERPOINT 2016

O aplicativo Power Point 2016 é um programa para apresentações eletrônicas de slides. Nele encontramos os mais diversos tipos de
formatações e configurações que podemos aplicar aos slides ou apresentação de vários deles. Através desse aplicativo, podemos ainda,
desenvolver slides para serem exibidos na web, imprimir em transparência para projeção e melhor: desenvolver apresentações para pa-
lestras, cursos, apresentações de projetos e produtos, utilizando recursos de áudio e vídeo.
O MS PowerPoint é um aplicativo de apresentação de slides, porém ele não apenas isso, mas também realiza as seguintes tarefas45:
– Edita imagens de forma bem simples;
– Insere e edita áudios mp3, mp4, midi, wav e wma no próprio slide;
– Insere vídeos on-line ou do próprio computador;
– Trabalha com gráficos do MS Excel;
– Grava Macros.

Tela inicial do PowerPoint 2016.

45 FRANCESCHINI, M. Ms PowerPoint 2016 – Apresentação de Slides.


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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Ideal para apresentar uma ideia, proposta, empresa, produto ou processo, com design profissional e slides de grande impacto;
– Os seus temas personalizados, estilos e opções de formatação dão ao utilizador uma grande variedade de combinações de cor, tipos
de letra e feitos;
– Permite enfatizar as marcas (bullet points), com imagens, formas e textos com estilos especiais;
– Inclui gráficos e tabelas com estilos semelhantes ao dos restantes programas do Microsoft Office (Word e Excel), tornando a apre-
sentação de informação numérica apelativa para o público.
– Com a funcionalidade SmartArt é possível criar diagramas sofisticados, ideais para representar projetos, hierarquias e esquemas
personalizados.
– Permite a criação de temas personalizados, ideal para utilizadores ou empresas que pretendam ter o seu próprio layout.
– Pode ser utilizado como ferramenta colaborativa, onde os vários intervenientes (editores da apresentação) podem trocar informa-
ções entre si através do documento, através de comentários.

Novos Recursos do MS PowerPoint


Na nova versão do PowerPoint, alguns recursos foram adicionados. Vejamos quais são eles.
• Diga-me: serve para encontrar instantaneamente os recursos do aplicativo.
• Gravação de Tela: novo recurso do MS PowerPoint, encontrado na guia Inserir. A Gravação de Tela grava um vídeo com áudio das
ações do usuário no computador, podendo acessar todas as janelas do micro e registrando os movimentos do mouse.

• Compartilhar: permite compartilhar as apresentações com outros usuários on-line para edição simultânea por meio do OneDrive.
• Anotações à Tinta: o usuário pode fazer traços de caneta à mão livre e marca-texto no documento. Esse recurso é acessado por
meio da guia Revisão.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Ideias de Design: essa nova funcionalidade da guia Design abre um painel lateral que oferece sugestões de remodelagem do slide
atual instantaneamente.

Guia Arquivo
Ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar, Publicar e
Fechar46.

46 popescolas.com.br/eb/info/power_point.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido47


Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de
comandos independentes da guia exibida no momento. É possível adicionar botões que representam comandos à barra e mover a barra
de um dos dois locais possíveis.

Barra de Título
Exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.

Botões de Comando da Janela

Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa PowerPoint.

Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organiza-
dos em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou disposição de uma página.
Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem
somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos48.

47 http://www.professorcarlosmuniz.com.br
48 LÊNIN, A; JUNIOR, M. Microsoft Office 2010. Livro Eletrônico.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Painel de Anotações Criar apresentações


Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2013 englo-
um slide. ba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo;
escolher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando
Barra de Status o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre e criar efeitos, como transições de slides animados.
elas: o número de slides; tema e idioma. Ao iniciarmos o aplicativo Power Point 2016, automaticamente
é exibida uma apresentação em branco, na qual você pode começar
a montar a apresentação. Repare que essa apresentação é montada
sem slides adicionais ou formatações, contendo apenas uma caixa
de texto com título e subtítulo, sem plano de fundo ou efeito de
preenchimento. Para dar continuidade ao seu trabalho e criar uma
outra apresentação em outro slide, basta clicar em Página Inicial e
em seguida Novo Slide.

Nível de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom.

Modos de Exibição do PowerPoint


O menu das versões anteriores, conhecido como menu Exibir,
agora é a guia Exibição no Microsoft PowerPoint 2010. O Power-
Point 2010 disponibiliza aos usuários os seguintes modos de exi-
bição:
– Normal,
– Classificação de Slides,
– Anotações,
– Modo de exibição de leitura, Layout
– Slide Mestre, O layout é o formato que o slide terá na apresentação como
– Folheto Mestre, títulos, imagens, tabelas, entre outros. Nesse caso, você pode esco-
– Anotações Mestras. lher entre os vários tipos de layout.
Para escolher qual layout você prefere, faça o seguinte proce-
dimento:
1. Clique em Página Inicial;
2. Após clique em Layout;
3. Em seguida, escolha a opção.

O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde


você escreve e projeta a sua apresentação.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Então basta começar a digitar.

Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.
Para formatar nossa caixa de texto temos os grupos da guia Página Inicial. O primeiro grupo é a Fonte, podemos através deste grupo
aplicar um tipo de letra, um tamanho, efeitos, cor, etc.
Fonte: altera o tipo de fonte.
Tamanho da fonte: altera o tamanho da fonte.
Negrito: aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
Itálico: aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
Sublinhado: sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+S.
Tachado: desenha uma linha no meio do texto selecionado.
Sombra de Texto: adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
Espaçamento entre Caracteres: ajusta o espaçamento entre caracteres.
Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/
minúsculas.
Cor da Fonte: altera a cor da fonte.
Alinhar Texto à Esquerda: alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+Q.
Centralizar: centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
Alinhar Texto à Direita: alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+G.

Justificar: alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promoven-
do uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
Colunas: divide o texto em duas ou mais colunas.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Excluir slide
Selecione o slide com um clique e tecle Delete no teclado.

Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.

Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2016 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.

Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE TEXTO, PLANILHA E APRESENTAÇÃO DO PACOTE LIBREOFFICE (WRITER, CALC E IMPRESS)
- VERSÕES 5 E 6

LibreOffice
O LibreOffice é uma suíte de escritório livre compatível com os principais pacotes de escritório do mercado. O pacote oferece todas as
funções esperadas de uma suíte profissional: editor de textos, planilha, apresentação, editor de desenhos e banco de dados49. Ele é uma
das mais populares suítes de escritório multiplataforma e de código aberto.

O LibreOffice é um pacote de escritório assim como o MS Office50. Embora seja um software livre, pode ser instalado em vários sis-
temas operacionais, como o MS Windows, Mac OS X, Linux e Unix. Ao longo dos anos, passou por várias modificações em seu projeto,
mudando até mesmo de nome, mas mantendo os mesmos aplicativos.

Aplicativos do LibreOffice
Writer: editor de textos.
Exatensão: .odt
Calc: planilhas eletrônicas.
Extensão: .ods
Impress: apresentação de slides.
Extensão: .odp
Draw: edição gráfica de imagens e figuras.
Extensão: .odg
Base: Banco de dados.
Extensão: .odb
Math: fórmulas matemáticas.
Extensão: .odf
49 https://www.edivaldobrito.com.br/libreoffice-6-0/
50 FRANCESCHINI, M. LibreOffice – Parte I.
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ODF (Open Document Format)


Os arquivos do LibreOffice são arquivos de formato aberto e, por isso, pertencem à família de documentos abertos ODF, ou seja, ODF
não é uma extensão, mas sim, uma família de documentos estruturada internamente pela linguagem XML.

LibreOffice Writer
Writer é o editor de textos do LibreOffice. Além dos recursos usuais de um processador de textos (verificação ortográfica, dicionário
de sinônimos, hifenização, autocorreção, localizar e substituir, geração automática de sumários e índices, mala direta e outros), o Writer
fornece importantes características:
- Modelos e estilos;
- Métodos de layout de página, incluindo quadros, colunas e tabelas;
- Incorporação ou vinculação de gráficos, planilhas e outros objetos;
- Ferramentas de desenho incluídas;
- Documentos mestre para agrupar uma coleção de documentos em um único documento;
- Controle de alterações durante as revisões;
- Integração de banco de dados, incluindo bancos de dados bibliográficos;
- Exportação para PDF, incluindo marcadores.

Principais Barras de Ferramentas

51

– Barra de Títulos: exibe o nome do documento. Se o usuário não fornecer nome algum, o Writer sugere o nome Sem título 1.
– Barra de Menu: dá acesso a todas as funcionalidades do Writer, categorizando por temas de funcionalidades.
– Barra de ferramentas padrão: está presente em todos os aplicativos do LibreOffice e é igual para todos eles, por isso tem esse nome
“padrão”.
– Barra de ferramentas de formatação: essa barra apresenta as principais funcionalidades de formatação de fonte e parágrafo.
– Barra de Status: oferece informações sobre o documento e atalhos convenientes para rapidamente alterar alguns recursos.

Principais Menus
Os menus organizam o acesso às funcionalidades do aplicativo. Eles são praticamente os mesmos em todos os aplicativos, mas suas
funcionalidades variam de um para outro.

Arquivo
Esse menu trabalha com as funcionalidades de arquivo, tais como:
– Novo: essa funcionalidade cria um novo arquivo do Writer ou de qualquer outro dos aplicativos do LibreOffice;
– Abrir: abre um arquivo do disco local ou removível ou da rede local existente do Writer;
– Abrir Arquivo Remoto: abre um arquivo existente da nuvem, sincronizando todas as alterações remotamente;
– Salvar: salva as alterações do arquivo local desde o último salvamento;
51 https://bit.ly/3jRIUme
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Salvar Arquivo Remoto: sincroniza as últimas alterações não salvas no arquivo lá na nuvem;
– Salvar como: cria uma cópia do arquivo atual com as alterações realizadas desde o último salvamento;

Para salvar um documento como um arquivo Microsoft Word52:


1. Primeiro salve o documento no formato de arquivo usado pelo LibreOffice (.odt).
Sem isso, qualquer mudança que se tenha feito desde a última vez em que se salvou o documento, somente aparecerá na versão
Microsoft Word do documento.
2. Então escolha Arquivo → Salvar como. No menu Salvar como.
3. No menu da lista suspensa Tipo de arquivo (ou Salvar como tipo), selecione o tipo de formato Word que se precisa. Clique em Salvar.

A partir deste ponto, todas as alterações realizadas se aplicarão somente ao documento Microsoft Word. Desde feito, a alterado o
nome do documento. Se desejar voltar a trabalhar com a versão LibreOffice do documento, deverá voltar a abri-lo.

Salvando um arquivo no formato Microsoft Word.

– Exportar como PDF: exporta o arquivo atual no formato PDF. Permite definir restrições de edição, inclusive com senha;
– Enviar: permite enviar o arquivo atual por e-mail no formato.odt,.docx,.pdf. Também permite compartilhar o arquivo por bluetooth;
– Imprimir: permite imprimir o documento em uma impressora local ou da rede;
– Assinaturas digitais: assina digitalmente o documento, garantindo sua integridade e autenticidade. Qualquer alteração no docu-
mento assinado viola a assinatura, sendo necessário assinar novamente.

Editar
Esse menu possui funcionalidades de edição de conteúdo, tais como:
– Desfazer: desfaz a(s) última(s) ação(ões);
– Refazer: refaz a última ação desfeita;
– Repetir: repete a última ação;
– Copiar: copia o item selecionado para a área de transferência;
– Recortar: recorta ou move o item selecionado para a área de transferência;
– Colar: cola o item da área de transferência;
– Colar Especial: cola o item da área de transferência permitindo escolher o formado de destino do conteúdo colado;
– Selecionar Tudo: seleciona todo o documento;
– Localizar: localiza um termo no documento;
– Localizar e Substituir: localiza e substitui um termo do documento por outro fornecido;
– Ir para a página: permite navegar para uma página do documento.

52 http://coral.ufsm.br/unitilince/images/Tutoriais/manual_libreoffice.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibir Formatar
Esse outro menu define as várias formas que o documento é Esse menu trabalha com a formatação de fonte, parágrafo, pá-
exibido na tela do computador. Principais funcionalidades: gina, formas e figuras;
– Normal: modo de exibição padrão como o documento será – Texto: formata a fonte do texto;
exibido em uma página; Pode-se aplicar vários formatos de caracteres usando os botões
– Web: exibe o documento como se fosse uma página web da barra de ferramentas Formatação.
num navegador;
– Marcas de Formatação: exibe os caracteres não imprimíveis,
como os de quebra de linha, de parágrafo, de seção, tabulação e es-
paço. Tais caracteres são exibidos apenas na tela, não são impressas
no papel (CTRL+F10);
– Navegador: permite navegar nos vários objetos existentes no
documento, como tabelas, links, notas de rodapé, imagens etc.

(F5);

– Galeria: exibe imagens e figuras que podem ser inseridas no Barra de Formatação, mostrando ícones para formatação de
documento; caracteres.
– Tela Inteira: suprime as barras de ferramenta e menus (CTR-
L+SHIFT+J). – Espaçamento: formata o espaçamento entre as linhas, entre
os parágrafos e também o recuo do parágrafo. A
Inserir – Alinhar: alinha o parágrafo uniformemente em relação às
Nesse menu, é possível inserir inúmeros objetos ao texto, tais margens.
como:
– Quebra de página: insere uma quebra de página e o cursor é Pode-se aplicar vários formatos para parágrafos usando os bo-
posicionado no início da próxima página a partir daquele ponto em tões na barra de ferramentas Formatação.
que a quebra foi inserida;
– Quebra manual: permite inserir uma quebra de linha, de co-
luna e de página;
– Figura: insere uma imagem de um arquivo;
– Multimídia: insere uma imagem da galeria LibreOffice, uma
imagem digitalizada de um scanner ou vídeo;
– Gráfico: cria um gráfico do Calc, com planilha de dados em-
butida no Writer;
– Objeto: insere vários tipos de arquivos, como do Impress e do
Calc dentre outros;
– Forma: cria uma forma geométrica, tipo círculo, retângulo,
Ícones para formatação de parágrafos.
losango etc.;
– Caixa de Texto: insere uma caixa de texto ao documento;
– Listas: transforma os parágrafos em estrutura de tópicos com
– Anotação: insere comentários em balões laterais;
marcadores ou numeração.
– Hiperlink: insere hiperlink ou link para um endereço da in-
– Clonar Formatação: essa ferramenta é chamada de “pincel
ternet ou um servidor FTP, para um endereço de e-mail, para um
de formatação” no MS Word e faz a mesma função, ou seja, clona
documento existente ou para um novo documento (CTRL+K);
a formatação de um item selecionado e a aplica a outro ;
– Indicador: insere um marcador ao documento para rápida
localização posteriormente;
– Limpar Formatação Direta: limpa a formatação do texto sele-
– Seção: insere uma quebra de seção, dividindo o documento
cionado, deixando a formatação original do modelo do documento;
em partes separadas com formatações independentes;
Nessa janela, é possível formatar o tipo de fonte, o estilo de for-
– Referências: insere referência a indicadores, capítulos, títu-
matação (negrito, itálico, regular), o efeito de formatação (tachado,
los, parágrafos numerados do documento atual;
sublinhado, sombra etc.), a posição do texto (sobrescrito, subscrito,
– Caractere Especial: insere aqueles caracteres que você não
rotação, espaçamento entre as letras do texto), inserir hiperlink,
encontra no teclado do computador, tais como ©, ≥, ∞;
aplicar realce (cor de fundo do texto) e bordas;
– Número de Página: insere numeração nas páginas na posição
atual do cursor;
– Caractere...: diferentemente do MS Word, o Write chama a
– Campo: insere campos de numeração de página, data, hora,
fonte de caractere.
título, autor, assunto;
– Cabeçalho e Rodapé: insere cabeçalho e rodapé ao docu-
mento;

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nessa janela, é possível formatar o tipo de fonte, o estilo de for- – Contagem de palavras: faz uma estatística do documento,
matação (negrito, itálico, regular), o efeito de formatação (tachado, contando a quantidade de caracteres, palavras, linhas, parágrafos
sublinhado, sombra etc.), a posição do texto (sobrescrito, subscrito, e páginas;
rotação, espaçamento entre as letras do texto), inserir hiperlink, – Autocorreção: substitui automaticamente uma palavra ou
aplicar realce (cor de fundo do texto) e bordas; termo do texto por outra. O usuário define quais termos serão subs-
tituídos;
– Parágrafo...: abre a caixa de diálogo de formatação de pará- – Autotexto: insere automaticamente um texto por meio de
grafo. atalhos, por exemplo, um tipo de saudação ou finalização do do-
– Marcadores e Numeração: abre a caixa de diálogo de forma- cumento;
tação de marcadores e de numeração numa mesma janela. Perceba
que a mesma função de formatação já foi vista por meio dos botões – Mala Direta: cria uma mala direta, que é uma correspondên-
de formatação. Essa mesma formatação é encontrada aqui na caixa cia endereçada a vários destinatários. É formada por uma corres-
de diálogo de marcadores e numeração; pondência (carta, mensagem de e-mail, envelope ou etiqueta) e
– Página...: abre a caixa de diálogo de formatação de páginas. por uma lista de destinatários (tabela, planilha, banco de dados ou
Aqui, encontramos a orientação do papel, que é se o papel é hori- catálogo de endereços contendo os dados dos destinatários).
zontal (paisagem) ou vertical (retrato);
– Figura: formata figuras inseridas ao texto; Principais teclas de atalho
– Caixa de Texto e Forma: formata caixas de texto e formas CTRL+A: selecionar todo o documento (all).
inseridas no documento; CTR+B: negritar (bold).
– Disposição do Texto: define a disposição que os objetos como CTRL+C: copiar.
imagens, formas e figuras ficarão em relação ao texto. CTRL+D: sublinhar.
– Estilos: esse menu trabalha com estilos do texto. Estilos são CTRL+E: centralizar alinhamento.
o conjunto de formatação de fonte, parágrafo, bordas, alinhamen- CTRL+F: localizar texto (find).
to, numeração e marcadores aplicados em conjunto. Existem esti- CTRL+G: sem ação.
los predefinidos, mas é possível também criar estilos e nomeá-los. CTRL+H: localizar e substituir.
Também é possível editar os estilos existentes. Os estilos são usados CTRL+I: itálico.
na criação dos sumários automáticos. CTRL+J: justificar.
CTRL+K: adicionar hiperlink.
Tabelas CTRL+L: alinhar à esquerda (left).
Esse menu trabalha com tabelas. As tabelas são inseridas por CTRL+M: limpar formatação.
aqui, no menu Tabelas. As seguintes funcionalidades são encontra- CTRL+N: novo documento (new).
das nesse menu: CTRL+ O: abrir documento existente (open).
– Inserir Tabela: insere uma tabela ao texto; CTRL+P: imprimir (print).
– Inserir: insere linha, coluna e célula à tabela existente; CTRL+Q: fechar o aplicativo Writer.
– Excluir: exclui linha, coluna e tabela; CTRL+R: alinhar à direita (right).
– Selecionar: seleciona célula, linha, coluna e tabela; CTRL+S: salvar o documento (save).
– Mesclar: mescla as células adjacentes de uma tabela, trans- CTRL+T: sem ação.
formando-as em uma única tabela. Atenção! O conteúdo de todas CTRL+U: sublinhar.
as células é preservado; CTRL+V: colar.
– Converter: converte texto em tabela ou tabela em texto; CTRL+X: recortar.
– Fórmulas: insere fórmulas matemáticas na célula da tabela, CTRL+W: fechar o arquivo.
tais como soma, multiplicação, média, contagem etc. CTRL+Y: refazer última ação.
CTRL+Z: desfazer última ação.
Ferramentas
Esse menu trabalha com diversas ferramentas, tais como:
– Ortografia e Gramática: essa ferramenta aciona o corretor LibreOffice Calc
ortográfico para fazer a verificação de ocorrências de erros em O Calc é o aplicativo de planilhas eletrônicas do LibreOffice. As-
todo o documento. Ela corrige por alguma sugestão do dicionário, sim como o MS Excel, ele trabalha com células e fórmulas.
permite inserir novos termos ao dicionário ou apenas ignora as Outras funcionalidades oferecidas pelo Calc incluem53:
ocorrências daquele erro (F7); – Funções, que podem ser utilizadas para criar fórmulas para
executar cálculos complexos;
– Verificação Ortográfica Automática: marca automaticamente – Funções de banco de dados, para organizar, armazenas e fil-
com um sublinhado ondulado vermelho as palavras que possuem trar dados;
erros ortográficos ou que não pertencem ao dicionário (SHIF- – Gráficos dinâmicos; um grande número de opções de gráficos
T+F7); em 2D e 3D;

– Dicionário de Sinônimos: apresenta sinônimos e antônimos


da palavra selecionada; 53 WEBER, J. H., SCHOFIELD, P., MICHEL, D., RUSSMAN, H., JR, R. F.,
– Idioma: define o idioma do corretor ortográfico; SAFFRON, M., SMITH, J. A. Introdução ao Calc. Planilhas de Cálculo no
LibreOffice
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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Macros, para a gravação e execução de tarefas repetitivas; as linguagens de script suportadas incluem LibreOffice Basic, Python,
BeanShell, e JavaScript;
– Capacidade de abrir, editar e salvar planilhas no formato Microsoft Excel;
– Importação e exportação de planilhas em vários formatos, incluindo HTML, CSV, PDF e PostScript.

Planilhas e células
O Calc trabalha como elementos chamados de planilhas. Um arquivo de planilha consiste em várias planilhas individuais, cada uma
delas contendo células em linhas e colunas. Uma célula particular é identificada pela letra da sua coluna e pelo número da sua linha.
As células guardam elementos individuais – texto, números, fórmulas, e assim por diante – que mascaram os dados que exibem e
manipulam.
Cada arquivo de planilha pode ter muitas planilhas, e cada uma delas pode conter muitas células individuais. No Calc, cada planilha
pode conter um máximo de 1.048.576 linhas e 1024 colunas.

Janela principal
Quando o Calc é aberto, a janela principal abre. As partes dessa janela estão descritas a seguir.

Janela principal do Calc e suas partes, sem a Barra lateral.

Principais Botões de Comandos

Assistente de Função: auxilia o usuário na criação de uma função. Organiza as funções por categoria.

Autossoma: insere a função soma automaticamente na célula.

Formatação de porcentagem: multiplica o número por 100 e coloca o sinal de porcentagem ao final dele.

Formatação de número: separa os milhares e acrescenta casas decimais (CTRL+SHIFT+1).

Formatação de data: formata a célula em formato de data (CTRL+SHIFT+3).

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adiciona casas decimais.

Diminui casas decimais.

Filtro: exibe apenas as linhas que satisfazem o critério do filtro da coluna.

Insere gráfico para ilustrar o comportamento dos dados tabulados.

Ordena as linhas em ordem crescente ou decrescente. Pode ser aplicada em várias colunas.

Mesclar e centralizar células: transforma duas ou mais células adjacentes em uma única célula.

Alinhar em cima: alinha o conteúdo da célula na parte superior dela.

Centralizar verticalmente: alinha o conteúdo da célula ao centro verticalmente.

Alinhar embaixo: alinha o conteúdo da célula na parte inferior dela.

Congelar linhas e colunas: fixa a exibição da primeira linha ou da primeira coluna ou ainda permite congelar as linhas
acima e as colunas à esquerda da célula selecionada. Não é proteção de células, pois o conteúdo das mesmas ainda pode ser
alterado.

Insere linha acima da linha atual.

Insere linha abaixo da linha atual.

Exclui linhas selecionadas.

Insere coluna à esquerda.

Insere coluna à direita.

Exclui colunas selecionadas.

Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém-criada, seu nome é Sem
título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome de sua escolha.

Barra de Menu
A Barra de menu é onde você seleciona um dos menus e aparecem vários submenus com mais opções.
– Arquivo: contém os comandos que se aplicam a todo o documento, como Abrir, Salvar, Assistentes, Exportar como PDF, Imprimir,
Assinaturas Digitais e assim por diante.
– Editar: contém os comandos para a edição do documento, tais como Desfazer, Copiar, Registrar alterações, Preencher, Plug-in e
assim por diante.
– Exibir: contém comandos para modificar a aparência da interface do usuário no Calc, por exemplo Barra de ferramentas, Cabeçalhos
de linhas e colunas, Tela Inteira, Zoom e assim por diante.
– Inserir: contém comandos para inserção de elementos em uma planilha; por exemplo, Células, Linhas, Colunas, Planilha, Figuras e
assim por diante.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir novas planilhas


Clique no ícone Adicionar planilha para inserir uma nova planilha após a última sem abrir a caixa de diálogo Inserir planilha. Os se-
guintes métodos abrem a caixa de diálogo Inserir planilha onde é possível posicionar a nova planilha, criar mais que uma planilha, definir
o nome da nova planilha, ou selecionar a planilha de um arquivo.
– Selecione a planilha onde deseja inserir uma nova e vá no menu Inserir > Planilha; ou
– Clique com o botão direito do mouse na aba da planilha onde você deseja inserir uma nova e selecione Inserir planilha no menu de
contexto; ou
– Clique no espaço vazio no final das abas das planilhas; ou
– Clique com o botão direito do mouse no espaço vazio no final das abas das planilhas e selecione Inserir planilha no menu de con-
texto.

Caixa de diálogo Inserir planilha.

– Formatar: contém comandos para modificar o leiaute de uma planilha; por exemplo,
Células, Página, Estilos e formatação, Alinhamento e assim por diante.
– Ferramentas: contém várias funções que auxiliam a verificar e personalizar a planilha, por exemplo, Ortografia, Compartilhar docu-
mento, Macros e assim por diante.
– Dados: contém comandos para manipulação de dados em sua planilha; por exemplo, Definir intervalo, Selecionar intervalo, Classi-
ficar, Consolidar e assim por diante.
– Janela: contém comandos para exibição da janela; por exemplo, Nova janela, Dividir e assim por diante.
– Ajuda: contém links para o sistema de ajuda incluído com o software e outras funções; por exemplo, Ajuda do LibreOffice, Informa-
ções da licença, Verificar por atualizações e assim por diante.

Barra de ferramentas
A configuração padrão, ao abrir o Calc, exibe as barras de ferramentas Padrão e Formatação encaixadas no topo do espaço de trabalho.
Barras de ferramentas do Calc também podem ser encaixadas e fixadas no lugar, ou flutuante, permitindo que você mova para a po-
sição mais conveniente em seu espaço de trabalho.

Barra de fórmulas
A Barra de fórmulas está localizada no topo da planilha no Calc. A Barra de fórmulas está encaixada permanentemente nesta posição
e não pode ser usada como uma barra flutuante. Se a Barra de fórmulas não estiver visível, vá para Exibir no Menu e selecione Barra de
fórmulas.

Barra de fórmulas.

Indo da esquerda para a direita, a Barra de Fórmulas consiste do seguinte:


– Caixa de Nome: mostra a célula ativa através de uma referência formada pela combinação de letras e números, por exemplo, A1. A
letra indica a coluna e o número indica a linha da célula selecionada.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Assistente de funções : abre uma caixa de diálogo, na qual você pode realizar uma busca através da lista de funções disponí-
veis. Isto pode ser muito útil porque também mostra como as funções são formadas.

– Soma : clicando no ícone Soma, totaliza os números nas células acima da célula e então coloca o total na célula selecionada.
Se não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita pelos valores das células à esquerda.

– Função : clicar no ícone Função insere um sinal de (=) na célula selecionada, de maneira que seja inserida uma fórmula na
Linha de entrada.

– Linha de entrada: exibe o conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função) e permite que você edite o conteúdo da
célula. Você pode editar o conteúdo da célula diretamente, clicando duas vezes nela. Quando você digita novos dados numa célula, os
ícones de Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e Aceitar .

Operadores aritméticos

Operadores aritméticos.

Operadores aritméticos.

Operadores comparativos

Operadores comparativos.

• Principais fórmulas
=HOJE(): insere a data atual do sistema operacional na célula. Essa data sempre será atualizada toda vez que o arquivo for aberto.
Existe uma tecla de atalho que também insere a data atual do sistema, mas não como função, apenas a data como se fosse digitada pelo
usuário. Essa tecla de atalho é CTRL+;.
=AGORA(): insere a data e a hora atuais do sistema operacional. Veja como é seu resultado após digitada na célula.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

=SOMA(): apenas soma os argumentos que estão dentro dos parênteses.


=POTÊNCIA(): essa função é uma potência, que eleva o primeiro argumento, que é a base, ao segundo argumento, que é o expoente.
=MÁXIMO(): essa função escolhe o maior valor do argumento.
=MÍNIMO(): essa função faz exatamente o contrário da anterior, ou seja, escolhe o menor valor do argumento.
=MÉDIA(): essa função calcula a média aritmética ou média simples do argumento, que é a soma dos valores dividida pela sua quan-
tidade.
Atenção! Essa função será sempre a média aritmética. Essa função considera apenas valores numéricos e não vazios.
=CONT.SE(): essa função é formada por dois argumentos: o primeiro é o intervalo de células que serão consideradas na operação; o
segundo é o critério.
=SE(): essa função testa valores, permitindo escolher um dentre dois valores possíveis. A sua estrutura é a seguinte:

A condição é uma expressão lógica e dá como resultado VERDADEIRO ou FALSO. O resultado1 é escolhido se a condição for verdadeira;
o resultado2 é escolhido se a condição for falsa. Os resultados podem ser: “texto” (entre aspas sempre), número, célula (não pode inter-
valo, apenas uma única célula), fórmula.
A melhor forma de ler essa função é a seguinte: substitua o primeiro “;” por “Então” e o segundo “;” por “Senão”. Fica assim: se a
condição for VERDADEIRA, ENTÃO escolha resultado1; SENÃO escolha resultado2.
=PROCV(): a função PROCV serve para procurar valores em um intervalo vertical de uma matriz e devolve para o usuário um valor de
outra coluna dessa mesma matriz, mas da mesma linha do valor encontrado.

Essa é a estrutura do PROCV, na qual “valor” é o valor usado na pesquisa; “matriz” é todo o conjunto de células envolvidas; “coluna_re-
sultado” é o número da coluna dessa matriz onde o resultado se encontra; “valor_aproximado” diz se a comparação do valor da pesquisa
será apenas aproximada ou terá que ser exatamente igual ao procurado. O valor usado na pesquisa tem que estar na primeira coluna da
matriz, sempre! Ou seja, ela procurará o valor pesquisado na primeira coluna da matriz.

Entendendo funções
Calc inclui mais de 350 funções para analisar e referenciar dados54. Muitas destas funções são para usar com números, mas muitos
outros são usados com datas e hora, ou até mesmo texto.
Uma função pode ser tão simples quanto adicionar dois números, ou encontrar a média de uma lista de números. Alternativamente,
pode ser tão complexo como o cálculo do desvio-padrão de uma amostra, ou a tangente hiperbólica de um número.
Algumas funções básicas são semelhantes aos operadores. Exemplos:
+ Este operador adiciona dois números juntos para um resultado. SOMA(), por outro lado adiciona grupos de intervalos contíguos de
números juntos.
* Este operador multiplica dois números juntos para um resultado. MULT() faz o mesmo para multiplicar que SOMA() faz para adicionar

Estrutura de funções
Todas as funções têm uma estrutura similar.
A estrutura de uma função para encontrar células que correspondam a entrada de critérios é:
=BDCONTAR(Base_de_dados;Campo_de_Base_de_dados;CritériosdeProcura)
Uma vez que uma função não pode existir por conta própria, deve sempre fazer parte de uma fórmula. Consequentemente, mesmo
que a função represente a fórmula inteira, deve haver um sinal = no começo da fórmula. Independentemente de onde na fórmula está a
função, a função começará com seu nome, como BDCONTAR no exemplo acima. Após o nome da função vem os seus argumentos. Todos
os argumentos são necessários, a menos que especificados como opcional. Argumentos são adicionados dentro de parênteses e são sepa-
rados por ponto e vírgula, sem espaço entre os argumentos e o ponto e vírgula.

54 Duprey, B.; Silva, R. P.; Parker, H.; Vigliazzi, D. Douglas. Guia do Calc, Capítulo 7. Usando Formulas e Funções.
Editora
143
a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LibreOffice Impress
O Impress é o aplicativo de apresentação de slides do LibreOffice. Com ele é possível criar slides que contenham vários elementos
diferentes, incluindo texto, listas com marcadores e numeração, tabelas, gráficos e uma vasta gama de objetos gráficos tais como clipart,
desenhos e fotografias55.
O Impress também é compatível com o MS PowerPoint, permitindo criar, abrir, editar e salvar arquivos no formato.PPTX.

Janela principal do Impress


A janela principal do Impress tem três partes: o Painel de slides, Área de trabalho, e Painel lateral. Além disso, várias barras de ferra-
mentas podem ser exibidas ou ocultas durante a criação de uma apresentação.

Área de trabalho
A Área de trabalho (normalmente no centro da janela principal) tem cinco abas: Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Folheto e Clas-
sificador de slides. Estas cinco abas são chamadas de botões de visualização A área de trabalho abaixo da visualização de botões muda
dependendo da visualização escolhida. Os pontos de vista de espaço de trabalho são descritos em “Visualização da Área de trabalho”’.

Janela principal do Impress; ovais indicam os marcadores Ocultar/Exibir.

Painel de slides
O Painel de slides contém imagens em miniaturas dos slides em sua apresentação, na ordem em que serão mostradas, a menos que
você altere a ordem de apresentação de slides. Clicando em um slide neste painel, este é selecionado e colocado na Área e trabalho. Quan-
do um slide está na Área de trabalho, você pode fazer alterações nele.
Várias operações adicionais podem ser realizadas em um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides:
– Adicionar novos slides para a apresentação.
– Marcar um slide como oculto para que ele não seja exibido como parte da apresentação.
– Excluir um slide da apresentação se ele não for mais necessário.
– Renomear um slide.
– Duplicar um slide (copiar e colar)

Também é possível realizar as seguintes operações, embora existam métodos mais eficientes do que usar o Painel de slides:
– Alterar a transição de slides seguindo o slide selecionado ou após cada slide em um grupo de slides.
– Alterar o design de slide.

Barra lateral
O Barra lateral tem cinco seções. Para expandir uma seção que você deseja usar, clique no ícone ou clique no pequeno triângulo na
parte superior dos ícones e selecione uma seção da lista suspensa. Somente uma seção de cada vez pode ser aberta.
55 SCHOFIELD, P.; WEBER, J. H.; RUSSMAN, H.; O’BRIEN, K.; JR, R. F. Introdução ao Impress. Apresentação no LibreOffice
Editora
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144
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PROPRIEDADES

Mostra os layouts incluídos no Impress. Você pode escolher o que você quer e usá-lo como ele é, ou modificá-lo para atender às suas
necessidades. No entanto, não é possível salvar layouts personalizados.

PÁGINAS MESTRE

Aqui você define o estilo de página (slide) para sua apresentação. O Impress inclui vários modelos de páginas mestras (slide mestre). Um
deles – Padrão – é branco, e o restante tem um plano de fundo e estilo de texto.

ANIMAÇÃO PERSONALIZADA

Uma variedade de animações podem ser usadas para realçar ou melhorar diferentes elementos de cada slide. A seção Animação
personalizada fornece uma maneira fácil para adicionar, alterar, ou remover animações.

TRANSIÇÃO DE SLIDES

Fornece acesso a um número de opções de transição de slides. O padrão é definido como Sem transição, em que o slide seguinte substitui
o existente. No entanto, muitas transições adicionais estão disponíveis. Você também pode especificar a velocidade de transição (Lenta,
Média, Rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher quanto tempo o slide selecionado será mostrado
(somente transição automática).

ESTILOS E FORMATAÇÃO

Aqui você pode editar e aplicar estilos gráficos e criar estilos novos, mas você só pode editar os estilos de apresentação existentes.
Quando você edita um estilo, as alterações são aplicadas automaticamente a todos os elementos formatados com este estilo em sua
apresentação. Se você quiser garantir que os estilos em um slide específico não sejam atualizados, crie uma nova página mestra para o
slide.

GALERIA

Abre a galeria Impress, onde você pode inserir um objeto em sua apresentação, quer seja como uma cópia ou como um link. Uma cópia
de um objeto é independente do objeto original. Alterações para o objeto original não têm efeito sobre a cópia. Uma ligação permanece
dependente do objeto original. Alterações no objeto original também são refletidas no link.

NAVEGADOR

Abre o navegador Impress, no qual você pode mover rapidamente para outro slide ou selecionar um objeto em um slide. Recomenda-
se dar nomes significativos aos slides e objetos em sua apresentação para que você possa identificá-los facilmente quando utilizar a
navegação.

• Principais Funcionalidades e Comandos

Inicia a apresentação do primeiro slide (F5).

Inicia a apresentação do slide atual (SHIFT+F5).

Insere áudio e vídeo ao slide.

Insere caixa de texto ao slide.

Insere novo slide, permitindo escolher o leiaute do slide que será inserido.

Exclui o slide selecionado.

Editora
145
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Altera o leiaute do slide atual.

Cria um slide mestre.

Oculta o slide no modo de apresentação.

Cronometra o tempo das animações e transições dos slides no modo de apresentação para posterior exibição automática usando
o tempo cronometrado.

Configura as transições dos slides, ou seja, o efeito de passagem de um para o outro.

Configura a animação dos conteúdos dos slides, colocando efeitos de entrada, ênfase, saída e trajetória.

CONCEITOS DE TECNOLOGIAS RELACIONADAS À INTERNET, BUSCA E PESQUISA NA WEB. NAVEGADORES DE INTERNET:


INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX, GOOGLE CHROME

Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc56. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se cha-
mava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a partici-
par da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras pessoas
que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.

Conectando-se à Internet
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de acesso
à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio de um con-
junto como modem, roteadores e redes de acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.).

World Wide Web


A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma linguagem
que serviria para interligar computadores do laboratório e outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de forma sim-
ples e fácil de acessar.
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interligados por
meio de palavras-chave, tornando a navegação simples e agradável.

Protocolo de comunicação
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de protocolos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma rede
possam trocar informações entre si é necessário que todos os computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebimento de
informações. Este conjunto de regras é conhecido como Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão definidas todas
as regras necessárias para que o computador de destino, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo computador de
origem.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na
Internet.
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem acesso
Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso externo.
TCP / IP
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet).
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece nas literaturas como sendo:
- O protocolo principal da Internet;
- O protocolo padrão da Internet;

56 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
ao funcionamento da Internet e seus serviços. servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon- gador e os servidores.
sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans-
porte dos pacotes). Funcionalidades de um Navegador de Internet
A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
Domínio usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en- códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada
você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela
– 74.125.234.180. do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer
É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos- site na internet.
sível associar um endereço de um site a um número IP na rede. O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
http://www.empresa.com.br, em que: pretado pelos navegadores.
www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende- Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
reço pertence à web. imagens e outros tipos de dados.
empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser- Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
viço. meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
com: indica que é comercial. parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
br: indica que o endereço é no Brasil. página.
URL
Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali- Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui- – Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza-
vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet, do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar
ou uma rede corporativa, uma intranet. a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer
Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca- página na web.
minho/recurso. – Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do
HTTP navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte.
É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res- – Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do
postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en-
web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite
Protocol, Protocolo de transferência hipertexto). de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais
recorrentes da sua rotina diária de tarefas.
Hipertexto – Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque-
São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para
eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web. mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache
Navegadores para mostrar as atualizações.
Um navegador de internet é um programa que mostra informa- – Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do
ções da internet na tela do computador do usuário. usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe-
Além de também serem conhecidos como browser ou web rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser
browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi- apagado, caso o usuário queira.
vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec- – Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo-
tados à internet. ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar
Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do
e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo navegador de internet.
internauta. – Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor. Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
página ou site na rede. outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis-
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas
no navegador.
Editora
147
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são – Disponível em desktop e mobile.
alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co-
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na- Google Chorme
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do
virtual da Internet. sistema operacional Windows e também no Linux e Mac.
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo.
Internet Explorer É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como convidativo à navegação simplificada.
segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
atualizadas no Edge.
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.

Principais recursos do Google Chrome:


– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur-
sos RAM suficientes.
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas
funcionalidades.
Principais recursos do Internet Explorer: – Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte-
– Transformar a página num aplicativo na área de trabalho, údos otimizados.
permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos – Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT-
instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas TPS).
manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente – Disponível em desktop e mobile.
através de ícones.
– Gerenciador de downloads integrado. Intranet
– Mais estabilidade e segurança. A intranet é uma rede de computadores privada que assenta
– Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa,
implementados nos sites mais modernos. que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
– Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega- internos57.
dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à
possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para
oferecem funcionalidades adicionais. tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação
– One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.
Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer. Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem
Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala- alguma informação que pode ser trocada com os demais setores,
vra-chave digitando-a na barra de endereços. podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor-
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição
de informações.
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos,
a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co-
Algumas características de destaque do Firefox são: nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este-
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre
– Não exige um hardware poderoso para rodar. a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur- significativo em termos de segurança.
sos.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri- 57 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
vacidade. -ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par-
te-2/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tipos de ataques
CONCEITOS BÁSICOS DE SEGURANÇA NA INTERNET E VÍ- Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles60:
RUS DE COMPUTADORES
– Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar
de forma passiva as atividades do computador. Por si só, o ataque
Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a ses-
de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para são pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adultera-
um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organi- ção, fraude, reprodução, bloqueio).
zação58. – Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados cole-
É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma corpo- tados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema,
ração, sendo também fundamentais para as atividades do negócio. infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da
Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ata- máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: intercep-
ques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém, tação, monitoramento, análise de pacotes).
qualquer tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para pro-
blemas. Política de Segurança da Informação
A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares59: Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança
– Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponí- da organização através de regras de alto nível que representam os
vel somente a pessoas autorizadas. princípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com
– Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível táti-
acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja, co) e procedimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter
de modo permanente a elas. a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão
– Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja, para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo:
sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e • Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos
nem em qual etapa, se no processamento ou no envio. recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra
– Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e auto- de formação e periodicidade de troca.
ria do conteúdo seja mesmo a anunciada. • Política de backup: define as regras sobre a realização de có-
pias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de reten-
Existem outros termos importantes com os quais um profissio- ção e frequência de execução.
nal da área trabalha no dia a dia. • Política de privacidade: define como são tratadas as infor-
Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do mações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários.
conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se re- • Política de confidencialidade: define como são tratadas as
fere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria, informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas
que permite examinar o histórico de um evento de segurança da a terceiros.
informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada
uma delas. Mecanismos de segurança
Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técni-
Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares ca, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar
– Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo pro- o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa.
tegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança Ele pode ser aplicado de duas formas:
da informação, ainda que sem intenção – Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e
– Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulne- qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à infor-
rabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio. mação ou infraestrutura que dá suporte a ela
– Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser – Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras
explorada por uma ameaça. eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um anti-
– Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o con- vírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar
teúdo protegido seja exposto de forma não autorizada. infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos
– Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto, de encriptação, que transformam as informações em códigos que
ajudando a determinar onde concentrar investimentos em seguran- terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a
ça da informação. certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente
no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica.

Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por


profissional habilitado conforme o plano de segurança da informa-
ção da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso.

58 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/ 60 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanismos-de-se-
59 https://bit.ly/2E5beRr guranca-da-informacao/
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149
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criptografia
É uma maneira de codificar uma informação para que somente o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de uma
chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a informação61.

Tem duas maneiras de criptografar informações:


• Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma sequ-
ência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensagem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto o emissor
quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a chave secreta para poder ler a mensagem.
• Criptografia assimétrica (chave pública): tem duas chaves relacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer pessoa
que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave privada é mantida em segredo, para que somente você saiba.
Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá ser descriptografada pela chave privada.
Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente.
A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem.
Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital.
• Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e permitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da infor-
mação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permite o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a ação. A
chave é integrada ao documento, com isso se houver alguma alteração de informação invalida o documento.
• Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pessoa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz.

Firewall
Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem
ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basicamente em
bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos bem-vindos.

Representação de um firewall.62

Formas de segurança e proteção


– Controles de acesso através de senhas para quem acessa, com autenticação, ou seja, é a comprovação de que uma pessoa que está
acessando o sistema é quem ela diz ser63.
– Se for empresa e os dados a serem protegidos são extremamente importantes, pode-se colocar uma identificação biométrica como
os olhos ou digital.
– Evitar colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa do seu carro.
– As senhas ideais devem conter letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais como @ # $ % & *.
– Instalação de antivírus com atualizações constantes.
– Todos os softwares do computador devem sempre estar atualizados, principalmente os softwares de segurança e sistema operacio-
nal. No Windows, a opção recomendada é instalar atualizações automaticamente.
– Dentre as opções disponíveis de configuração qual opção é a recomendada.
– Sempre estar com o firewall ativo.
– Anti-spam instalados.
– Manter um backup para caso de pane ou ataque.
– Evite sites duvidosos.
– Não abrir e-mails de desconhecidos e principalmente se tiver anexos (link).
– Evite ofertas tentadoras por e-mail ou em publicidades.
61 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/
62 Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20solu%C3%A7%-
C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas.
63 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja 5. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021)
necessário, fornecer somente em sites seguros. A respeito do Microsoft Office, julgue o item que se segue.
– Cuidado com informações em redes sociais. O Microsoft Excel para Office 365 possibilita que sejam gera-
– Instalar um anti-spyware. dos gráficos a partir de dados gravados em uma planilha, mas não
– Para se manter bem protegido, além dos procedimentos an- consegue remover valores duplicados em formatação condicional,
teriores, deve-se ter um antivírus instalado e sempre atualizado. sendo necessário para tanto utilizar recursos do Microsoft Access
ou outro software.
( ) CERTO
QUESTÕES ( ) ERRADO

6. (CEBRASPE (CESPE) - Enf Fisc (COREN SE)/COREN SE/2021)


1. (CEBRASPE (CESPE) - Per Of (PC PB)/PC PB/Criminal/Área Ge- No MS Excel, utilizando-se a fórmula =4*2+3, o resultado do
ral/2022) cálculo será
Ao se criar uma tabela no MS Word, ela pode ocupar diversas (A) 9.
páginas no documento. Para que a tabela mantenha a mesma linha (B) 20.
de títulos em todas as páginas, é necessário marcar opção encon- (C) 14.
trada na aba (D) 11.
(A) Página Inicial, no botão Estilo de Cabeçalho.
(B) Inserir, no botão Cabeçalho. 7. (CEBRASPE (CESPE) - AnDR (CODEVASF)/CODEVASF/Adminis-
(C) Layout, na caixa de diálogo Propriedades da Tabela. tração/2021)
(D) Layout, no botão Mesclar Células. A respeito de noções de informática, julgue o item a seguir.
(E) Layout, no botão Exibir Linhas de Grade. Embora as apresentações elaboradas no Microsoft PowerPoint
suportem animações e áudios, ainda não é possível exibir vídeos do
2. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Per (PC PB)/PC PB/Área Geral/2022) YouTube nessas apresentações, mesmo que o computador utilizado
Um documento criado no MS Word pode ser editado e salvo tenha acesso à Internet.
conforme novas alterações vão sendo realizadas, mantendo-se o ( ) CERTO
mesmo nome de arquivo e atualizando-se apenas a data da última ( ) ERRADO
edição. Para tanto, usa-se a opção
(A) Abrir. 8. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021)
(B) Novo. A respeito do Microsoft Office, julgue o item que se segue.
(C) Salvar cópia. Arquivos com extensões do tipo .pptx podem ser manipulados
(D) Salva pelo Microsoft Powerpoint para Office 365.
(E) Salvar como. ( ) CERTO
( ) ERRADO
3. (CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializa-
do em Formação e Capacitação/2021) 9. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Per (PC PB)/PC PB/Área Geral/2022)
Acerca do MS Word disponível no pacote Microsoft Office 365, A tecnologia da Internet utilizada pelas empresas para auxiliar
julgue o item que se seguem. na comunicação entre os seus colaboradores, utilizando, para tanto,
No MS Word, a criação de parágrafos ou recuos de texto pode os mesmos tipos de serviços, só que em um ambiente interno e
ser feita por meio da seleção da opção de espaçamento entre linhas restrito, é a
simples, duplo ou personalizado. (A) extranet.
( ) CERTO (B) web.
( ) ERRADO (C) rede Internet.
(D) Net.
4. (CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM TO)/CBM TO/2021) (E) intranet.
Utilizando uma planilha editada pelo Microsoft Excel, na sua
última versão, um usuário deseja que, após ter incluído uma lista 10. (CEBRASPE (CESPE) - APF/PF/2021)
de valores, uma célula da planilha avalie se os valores inseridos são A respeito de Internet e de intranet, julgue o item a seguir.
maiores que 10 e, em caso positivo, retorne como verdadeiro. Se, quando do acesso ao sítio https://www.gov.br/pf/pt-br na
Nessa situação hipotética, para alcançar o que deseja, o usuá- versão mais recente do Google Chrome, for visualizado o ícone de
rio deve utilizar a função ,
um cadeado cinza ao lado da URL, o símbolo em questão estará
(A) E.
sinalizando que esse ambiente refere-se à intranet da Polícia Fede-
(B) SE.
ral.
(C) SOMA.
( ) CERTO
(D) MÉDIA.
( ) ERRADO

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a solução para o seu concurso!
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

11. (CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM TO)/CBM TO/2021) 17. (CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/Técnico em In-
No navegador Mozilla Firefox, determinado recurso permite formática/2022)
acessar páginas na Internet sem que fique registro do histórico e A impressora que utiliza um processador interno para decodi-
dos cookies das páginas acessadas. Assinale a opção que indica o ficar sinais que são enviados para um cartucho de fotocondutor or-
nome desse recurso. gânico (OPC) é uma impressora
(A) Favoritos (A) de impacto.
(B) Extensões (B) laser.
(C) Navegação privativa (C) térmica fotográfica.
(D) Gerenciador de downloads (D) matricial.
(E) jato de tinta.
12. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021)
A respeito de programas de navegação, julgue o próximo item. 18. (CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Bibliotecono-
Para não memorizar o histórico de navegação pelo navegador mia/2021)
Firefox, deve-se utilizar, necessariamente, a navegação privativa, Acerca de dispositivos de memória, de entrada e de saída de
pois de outra forma além dessa o histórico será registrado. dados, julgue o item subsequente.
( ) CERTO Teclados e monitores operam em velocidade inferior à dos
( ) ERRADO processadores.
( ) CERTO
13. (CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban I (BANESE)/BANESE/2021) ( ) ERRADO
A respeito de programas de navegação, julgue o próximo item.
O navegador Chrome impede a instalação de qualquer exten- 19. CESPE / CEBRASPE - 2022 - DPE-RO - Técnico Administrati-
são, por questões de segurança e privacidade na navegação dos vo- A ROM (read-only memory)
usuários. (A) mantém seu conteúdo quando o computador é desligado; o
( ) CERTO usuário pode remover suas informações por meio do Windows
( ) ERRADO e necessita de alimentação elétrica.
(B) é uma memória cujo conteúdo é apagado quando o com-
14. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019) putador é desligado, ou seja, necessita de alimentação elétrica.
São exemplos de dois softwares e um hardware, respectivamente: (C) é uma memória volátil, já que perde seu conteúdo quan-
(A) Placa de vídeo, teclado e mouse. do há queda de energia; suas informações são regravadas pelo
(B) Microsoft Excel, Mozilla Firefox e CPU. computador toda vez que ele for ligado.
(C) Internet Explorer, placa-mãe e gravador de DVD. (D) é um tipo de memória não-volátil, pois mantém seu con-
(D) Webcam, editor de imagem e disco rígido. teúdo se houver queda de energia; o seu conteúdo pode ser
removido facilmente.
(E) mantém seu conteúdo, mesmo quando o computador é
15. (GHC-RS - CONTADOR - MS CONCURSOS/2018) Nas alter-
desligado; suas informações são gravadas pelo fabricante.
nativas, encontram-se alguns conceitos básicos de informática, ex-
ceto:
20. CESPE / CEBRASPE - 2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Ana-
(A) Hardware são os componentes físicos do computador, ou
seja, a máquina propriamente dita. lista de Infraestrutura de TIC- Por meio de determinada camada de
(B) Software é o conjunto de programas que permite o funcio- software localizada entre o hardware e o sistema operacional, di-
namento e utilização da máquina. versas máquinas virtuais podem ter acesso aos recursos de hardwa-
(C) Entre os principais sistemas operacionais, pode-se destacar re, como CPU, memória, rede, armazenamento, entre outros. Essa
o Windows, Linux e o BrOffice. camada de software é denominada
(D) O primeiro software necessário para o funcionamento de (A) hosted.
um computador é o Sistema Operacional. (B) hypervisor.
(E) No software livre, existe a liberdade de estudar o funciona- (C) processo virtualizado.
mento do programa e de adaptá-lo as suas necessidades. (D) abstração de interface.
(E) BIOS.
16. (cEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC PB)/PC PB/2022)
A memória do computador, também conhecida como me-
mória principal ou memória de sistema, responsável pelo arma-
zenamento temporário de dados e de instruções utilizadas pelos
dispositivos periféricos, é
(A) RAM (random access memory, ou memória de acesso ale-
atório).
(B) ROM (read only memory, ou memória somente de leitura).
(C) cache de memória.
(D) disco rígido (HD).
(E) unidade central de processamento (CPU).
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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GABARITO
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______________________________________________________
1 C
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2 D
3 ERRADO ______________________________________________________
4 B ______________________________________________________
5 ERRADO
______________________________________________________
6 D
______________________________________________________
7 ERRADO
8 CERTO ______________________________________________________
9 E ______________________________________________________
10 ERRADO
______________________________________________________
11 C
12 ERRADO ______________________________________________________
13 ERRADO ______________________________________________________
14 B
______________________________________________________
15 C
______________________________________________________
16 A
17 B ______________________________________________________
18 CERTO ______________________________________________________
19 E
______________________________________________________
20 B
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 4º A não edição dos atos de que trata o § 3º no prazo de


LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016 - DISPÕE SO- 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta Lei subme-
BRE O ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLICA, DA te as respectivas empresas públicas e sociedades de economia
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDI- mista às regras de governança previstas no Título I desta Lei.
ÁRIAS, NO ÂMBITO DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DIS- § 5º Submetem-se ao regime previsto nesta Lei a empresa
TRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS pública e a sociedade de economia mista que participem de con-
sórcio, conforme disposto no art. 279 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976 , na condição de operadora.
LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016. § 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, in-
clusive a de propósito específico, que seja controlada por empre-
Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sa pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput .
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito § 7º Na participação em sociedade empresarial em que a em-
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. presa pública, a sociedade de economia mista e suas subsidiárias
não detenham o controle acionário, essas deverão adotar, no de-
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de ver de fiscalizar, práticas de governança e controle proporcionais
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio- à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são
nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei: partícipes, considerando, para esse fim:
I - documentos e informações estratégicos do negócio e de-
TÍTULO I mais relatórios e informações produzidos por força de acordo de
DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS acionistas e de Lei considerados essenciais para a defesa de seus
E ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA interesses na sociedade empresarial investida;
II - relatório de execução do orçamento e de realização de
CAPÍTULO I investimentos programados pela sociedade, inclusive quanto ao
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES alinhamento dos custos orçados e dos realizados com os custos
de mercado;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empre- III - informe sobre execução da política de transações com
sa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiá- partes relacionadas;
rias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade IV - análise das condições de alavancagem financeira da so-
de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e ciedade;
dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou V - avaliação de inversões financeiras e de processos relevan-
comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que tes de alienação de bens móveis e imóveis da sociedade;
a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da VI - relatório de risco das contratações para execução de
União ou seja de prestação de serviços públicos. obras, fornecimento de bens e prestação de serviços relevantes
§ 1º O Título I desta Lei, exceto o disposto nos arts. 2º, 3º, para os interesses da investidora;
4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 11, 12 e 27, não se aplica à empresa pública VII - informe sobre execução de projetos relevantes para os
e à sociedade de economia mista que tiver, em conjunto com interesses da investidora;
suas respectivas subsidiárias, no exercício social anterior, receita VIII - relatório de cumprimento, nos negócios da sociedade,
operacional bruta inferior a R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de condicionantes socioambientais estabelecidas pelos órgãos
de reais). ambientais;
§ 2º O disposto nos Capítulos I e II do Título II desta Lei apli- IX - avaliação das necessidades de novos aportes na socieda-
ca-se inclusive à empresa pública dependente, definida nos ter- de e dos possíveis riscos de redução da rentabilidade esperada
mos do inciso III do art. 2º da Lei Complementar nº 101, de 4 de do negócio;
maio de 2000 , que explore atividade econômica, ainda que a X - qualquer outro relatório, documento ou informação pro-
atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da duzido pela sociedade empresarial investida considerado rele-
União ou seja de prestação de serviços públicos. vante para o cumprimento do comando constante do caput .
§ 3º Os Poderes Executivos poderão editar atos que estabele- Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado
çam regras de governança destinadas às suas respectivas empre- será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de eco-
sas públicas e sociedades de economia mista que se enquadrem nomia mista e de suas subsidiárias.
na hipótese do § 1º, observadas as diretrizes gerais desta Lei.

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as socieda-
economia mista dependerá de prévia autorização legal que indi- des de economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias
que, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as
de segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Cons- normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e
tituição Federal . elaboração de demonstrações financeiras, inclusive a obrigato-
§ 2º Depende de autorização legislativa a criação de subsi- riedade de auditoria independente por auditor registrado nesse
diárias de empresa pública e de sociedade de economia mista, órgão.
assim como a participação de qualquer delas em empresa priva- Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia
da, cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, mista deverão observar, no mínimo, os seguintes requisitos de
nos termos do inciso XX do art. 37 da Constituição Federal . transparência:
§ 3º A autorização para participação em empresa privada I - elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do
prevista no § 2º não se aplica a operações de tesouraria, adju- Conselho de Administração, com a explicitação dos compromis-
dicação de ações em garantia e participações autorizadas pelo sos de consecução de objetivos de políticas públicas pela empre-
Conselho de Administração em linha com o plano de negócios sa pública, pela sociedade de economia mista e por suas subsi-
da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas diárias, em atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo
respectivas subsidiárias. de segurança nacional que justificou a autorização para suas
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personali- respectivas criações, com definição clara dos recursos a serem
dade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei empregados para esse fim, bem como dos impactos econômi-
e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente co-financeiros da consecução desses objetivos, mensuráveis por
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos meio de indicadores objetivos;
Municípios. II - adequação de seu estatuto social à autorização legislativa
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante per- de sua criação;
maneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal III - divulgação tempestiva e atualizada de informações rele-
ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a vantes, em especial as relativas a atividades desenvolvidas, estru-
participação de outras pessoas jurídicas de direito público inter- tura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros,
no, bem como de entidades da administração indireta da União, comentários dos administradores sobre o desempenho, políticas
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. e práticas de governança corporativa e descrição da composição
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de e da remuneração da administração;
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada IV - elaboração e divulgação de política de divulgação de in-
por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com di- formações, em conformidade com a legislação em vigor e com as
reito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao melhores práticas;
Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração V - elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz
indireta. do interesse público que justificou a criação da empresa pública
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia ou da sociedade de economia mista;
mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista contro- VI - divulgação, em nota explicativa às demonstrações fi-
lador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , nanceiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades
e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de
respeitado o interesse público que justificou sua criação. segurança nacional;
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de VII - elaboração e divulgação da política de transações com
economia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários partes relacionadas, em conformidade com os requisitos de com-
sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de petitividade, conformidade, transparência, equidade e comutati-
1976 . vidade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprova-
da pelo Conselho de Administração;
CAPÍTULO II VIII - ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual
DO REGIME SOCIETÁRIO DA EMPRESA PÚBLICA de governança corporativa, que consolide em um único docu-
E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA mento escrito, em linguagem clara e direta, as informações de
que trata o inciso III;
SEÇÃO I IX - divulgação anual de relatório integrado ou de sustenta-
DAS NORMAS GERAIS bilidade.
§ 1º O interesse público da empresa pública e da sociedade
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a de economia mista, respeitadas as razões que motivaram a auto-
forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, rização legislativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre
estará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de de- seus objetivos e aqueles de políticas públicas, na forma explicita-
zembro de 1976 . da na carta anual a que se refere o inciso I do caput .
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de eco- § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empre-
nomia mista e de suas subsidiárias deverá observar regras de go- sa pública e a sociedade de economia mista que explorem ativi-
vernança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas dade econômica assumam em condições distintas às de qualquer
de gestão de riscos e de controle interno, composição da admi- outra empresa do setor privado em que atuam deverão:
nistração e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção,
todos constantes desta Lei.
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156
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

I - estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem mento do diretor-presidente em irregularidades ou quando este
como previstas em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o se furtar à obrigação de adotar medidas necessárias em relação
ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla à situação a ele relatada.
publicidade desses instrumentos; Art. 10. A empresa pública e a sociedade de economia mista
II - ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados deverão criar comitê estatutário para verificar a conformidade
de forma transparente, inclusive no plano contábil. do processo de indicação e de avaliação de membros para o Con-
§ 3º Além das obrigações contidas neste artigo, as socieda- selho de Administração e para o Conselho Fiscal, com compe-
des de economia mista com registro na Comissão de Valores Mo- tência para auxiliar o acionista controlador na indicação desses
biliários sujeitam-se ao regime informacional estabelecido por membros.
essa autarquia e devem divulgar as informações previstas neste Parágrafo único. Devem ser divulgadas as atas das reuniões
artigo na forma fixada em suas normas. do comitê estatutário referido no caput realizadas com o fim de
§ 4º Os documentos resultantes do cumprimento dos re- verificar o cumprimento, pelos membros indicados, dos requisi-
quisitos de transparência constantes dos incisos I a IX do caput tos definidos na política de indicação, devendo ser registradas as
deverão ser publicamente divulgados na internet de forma per- eventuais manifestações divergentes de conselheiros.
manente e cumulativa. Art. 11. A empresa pública não poderá:
Art. 9º A empresa pública e a sociedade de economia mista I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários,
adotarão regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e conversíveis em ações;
controle interno que abranjam: II - emitir partes beneficiárias.
I - ação dos administradores e empregados, por meio da im- Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista
plementação cotidiana de práticas de controle interno; deverão:
II - área responsável pela verificação de cumprimento de I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos ad-
obrigações e de gestão de riscos; ministradores;
III - auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário. II - adequar constantemente suas práticas ao Código de Con-
§ 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e duta e Integridade e a outras regras de boa prática de governança
Integridade, que disponha sobre: corporativa, na forma estabelecida na regulamentação desta Lei.
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da so- Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá so-
ciedade de economia mista, bem como orientações sobre a pre- lucionar, mediante arbitragem, as divergências entre acionistas e
venção de conflito de interesses e vedação de atos de corrupção a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas mino-
e fraude; ritários, nos termos previstos em seu estatuto social.
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e aplica- Art. 13. A lei que autorizar a criação da empresa pública e da
ção do Código de Conduta e Integridade; sociedade de economia mista deverá dispor sobre as diretrizes
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de de- e restrições a serem consideradas na elaboração do estatuto da
núncias internas e externas relativas ao descumprimento do Có- companhia, em especial sobre:
digo de Conduta e Integridade e das demais normas internas de I - constituição e funcionamento do Conselho de Administra-
ética e obrigacionais; ção, observados o número mínimo de 7 (sete) e o número máxi-
IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie mo de 11 (onze) membros;
de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias; II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor,
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Códi- observado o número mínimo de 3 (três) diretores;
go de Conduta e Integridade; III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de perio-
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, dicidade anual, dos administradores e dos membros de comitês,
sobre Código de Conduta e Integridade, a empregados e admi- observados os seguintes quesitos mínimos:
nistradores, e sobre a política de gestão de riscos, a administra- a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude
dores. e à eficácia da ação administrativa;
§ 2º A área responsável pela verificação de cumprimento de b) contribuição para o resultado do exercício;
obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao diretor- c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negó-
-presidente e liderada por diretor estatutário, devendo o esta- cios e atendimento à estratégia de longo prazo;
tuto social prever as atribuições da área, bem como estabelecer IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que
mecanismos que assegurem atuação independente. exercerá suas atribuições de modo permanente;
§ 3º A auditoria interna deverá: V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria Es-
I - ser vinculada ao Conselho de Administração, diretamente tatutário;
ou por meio do Comitê de Auditoria Estatutário; VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Adminis-
II - ser responsável por aferir a adequação do controle inter- tração e dos indicados para o cargo de diretor, que será unificado
no, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de e não superior a 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3
governança e a confiabilidade do processo de coleta, mensura- (três) reconduções consecutivas;
ção, classificação, acumulação, registro e divulgação de eventos VII – (VETADO);
e transações, visando ao preparo de demonstrações financeiras. VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não
§ 4º O estatuto social deverá prever, ainda, a possibilidade superior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções conse-
de que a área de compliance se reporte diretamente ao Conselho cutivas.
de Administração em situações em que se suspeite do envolvi-

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

SEÇÃO II 3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação


DO ACIONISTA CONTROLADOR da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal
Art. 14. O acionista controlador da empresa pública e da so- em atividade direta ou indiretamente vinculada à área de atua-
ciedade de economia mista deverá: ção da empresa pública ou sociedade de economia mista;
I - fazer constar do Código de Conduta e Integridade, aplicá- II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o
vel à alta administração, a vedação à divulgação, sem autoriza- qual foi indicado; e
ção do órgão competente da empresa pública ou da sociedade III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previs-
de economia mista, de informação que possa causar impacto na tas nas alíneas do inciso I do caput do art. 1º da Lei Complemen-
cotação dos títulos da empresa pública ou da sociedade de eco- tar nº 64, de 18 de maio de 1990 , com as alterações introduzidas
nomia mista e em suas relações com o mercado ou com consumi- pela Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.
dores e fornecedores; § 1º O estatuto da empresa pública, da sociedade de econo-
II - preservar a independência do Conselho de Administração mia mista e de suas subsidiárias poderá dispor sobre a contrata-
no exercício de suas funções; ção de seguro de responsabilidade civil pelos administradores.
III - observar a política de indicação na escolha dos adminis- § 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração
tradores e membros do Conselho Fiscal. e para a diretoria:
Art. 15. O acionista controlador da empresa pública e da I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa
sociedade de economia mista responderá pelos atos praticados pública ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Minis-
com abuso de poder, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de de- tro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal,
zembro de 1976 . de titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço públi-
§ 1º A ação de reparação poderá ser proposta pela socieda- co, de natureza especial ou de direção e assessoramento supe-
de, nos termos do art. 246 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro rior na administração pública, de dirigente estatutário de partido
de 1976 , pelo terceiro prejudicado ou pelos demais sócios, in- político e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer
dependentemente de autorização da assembleia-geral de acio- ente da federação, ainda que licenciados do cargo;
nistas. II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses,
§ 2º Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da prática como participante de estrutura decisória de partido político ou
do ato abusivo, a ação a que se refere o § 1º. em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização
de campanha eleitoral;
SEÇÃO III III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
DO ADMINISTRADOR IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como
fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de bens ou
Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administra-
de empresa pública e de sociedade de economia mista é subme- tiva controladora da empresa pública ou da sociedade de econo-
tido às normas previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de mia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período
1976 . inferior a 3 (três) anos antes da data de nomeação;
Parágrafo único. Consideram-se administradores da empre- V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de con-
sa pública e da sociedade de economia mista os membros do flito de interesse com a pessoa político-administrativa controla-
Conselho de Administração e da diretoria. dora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou
Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os in- com a própria empresa ou sociedade.
dicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor- § 3º A vedação prevista no inciso I do § 2º estende-se tam-
-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de bém aos parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau das
reputação ilibada e de notório conhecimento, devendo ser aten- pessoas nele mencionadas.
didos, alternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” § 4º Os administradores eleitos devem participar, na posse e
e “c” do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II anualmente, de treinamentos específicos sobre legislação socie-
e III: tária e de mercado de capitais, divulgação de informações, con-
I - ter experiência profissional de, no mínimo: trole interno, código de conduta, a Lei nº 12.846, de 1º de agosto
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de de 2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas relacionados às ati-
atuação da empresa pública ou da sociedade de economia mista vidades da empresa pública ou da sociedade de economia mista.
ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função § 5º Os requisitos previstos no inciso I do caput poderão ser
de direção superior; ou dispensados no caso de indicação de empregado da empresa pú-
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes blica ou da sociedade de economia mista para cargo de admi-
cargos: nistrador ou como membro de comitê, desde que atendidos os
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de seguintes quesitos mínimos:
porte ou objeto social semelhante ao da empresa pública ou da I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na
sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de sociedade de economia mista por meio de concurso público de
chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos provas ou de provas e títulos;
não estatutários mais altos da empresa; II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a efetivo na empresa pública ou na sociedade de economia mista;
DAS-4 ou superior, no setor público;

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior § 1º O conselheiro independente caracteriza-se por:
da empresa pública ou da sociedade de economia mista, com- I - não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou a so-
provando sua capacidade para assumir as responsabilidades dos ciedade de economia mista, exceto participação de capital;
cargos de que trata o caput . II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até
o terceiro grau ou por adoção, de chefe do Poder Executivo, de
SEÇÃO IV Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou Município ou de
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO administrador da empresa pública ou da sociedade de economia
mista;
Art. 18. Sem prejuízo das competências previstas no art. 142 III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo de
da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e das demais atri- qualquer natureza com a empresa pública, a sociedade de eco-
buições previstas nesta Lei, compete ao Conselho de Adminis- nomia mista ou seus controladores, que possa vir a comprometer
tração: sua independência;
I - discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo práti- IV - não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, em-
cas de governança corporativa, relacionamento com partes inte- pregado ou diretor da empresa pública, da sociedade de econo-
ressadas, política de gestão de pessoas e código de conduta dos mia mista ou de sociedade controlada, coligada ou subsidiária da
agentes; empresa pública ou da sociedade de economia mista, exceto se
II - implementar e supervisionar os sistemas de gestão de ris- o vínculo for exclusivamente com instituições públicas de ensino
cos e de controle interno estabelecidos para a prevenção e miti- ou pesquisa;
gação dos principais riscos a que está exposta a empresa pública V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de
ou a sociedade de economia mista, inclusive os riscos relaciona- serviços ou produtos da empresa pública ou da sociedade de eco-
dos à integridade das informações contábeis e financeiras e os nomia mista, de modo a implicar perda de independência;
relacionados à ocorrência de corrupção e fraude; VI - não ser funcionário ou administrador de sociedade ou
III - estabelecer política de porta-vozes visando a eliminar entidade que esteja oferecendo ou demandando serviços ou pro-
risco de contradição entre informações de diversas áreas e as dutos à empresa pública ou à sociedade de economia mista, de
dos executivos da empresa pública ou da sociedade de economia modo a implicar perda de independência;
mista; VII - não receber outra remuneração da empresa pública ou
IV - avaliar os diretores da empresa pública ou da sociedade da sociedade de economia mista além daquela relativa ao cargo
de economia mista, nos termos do inciso III do art. 13, podendo de conselheiro, à exceção de proventos em dinheiro oriundos de
contar com apoio metodológico e procedimental do comitê esta- participação no capital.
tutário referido no art. 10. § 2º Quando, em decorrência da observância do percentual
Art. 19. É garantida a participação, no Conselho de Adminis- mencionado no caput , resultar número fracionário de conselhei-
tração, de representante dos empregados e dos acionistas mino- ros, proceder-se-á ao arredondamento para o número inteiro:
ritários. I - imediatamente superior, quando a fração for igual ou su-
§ 1º As normas previstas na Lei nº 12.353, de 28 de dezembro perior a 0,5 (cinco décimos);
de 2010 , aplicam-se à participação de empregados no Conselho II - imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5
de Administração da empresa pública, da sociedade de economia (cinco décimos).
mista e de suas subsidiárias e controladas e das demais empresas § 3º Não serão consideradas, para o cômputo das vagas des-
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do tinadas a membros independentes, aquelas ocupadas pelos con-
capital social com direito a voto. selheiros eleitos por empregados, nos termos do § 1º do art. 19.
§ 2º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de § 4º Serão consideradas, para o cômputo das vagas desti-
eleger 1 (um) conselheiro, se maior número não lhes couber pelo nadas a membros independentes, aquelas ocupadas pelos con-
processo de voto múltiplo previsto na Lei nº 6.404, de 15 de de- selheiros eleitos por acionistas minoritários, nos termos do § 2º
zembro de 1976 . do art. 19.
Art. 20. É vedada a participação remunerada de membros § 5º (VETADO).
da administração pública, direta ou indireta, em mais de 2 (dois)
conselhos, de administração ou fiscal, de empresa pública, de so- SEÇÃO VI
ciedade de economia mista ou de suas subsidiárias. DA DIRETORIA
Art. 21. (VETADO).
Parágrafo único. (VETADO). Art. 23. É condição para investidura em cargo de diretoria da
empresa pública e da sociedade de economia mista a assunção
SEÇÃO V de compromisso com metas e resultados específicos a serem al-
DO MEMBRO INDEPENDENTE DO CONSELHO DE cançados, que deverá ser aprovado pelo Conselho de Administra-
ADMINISTRAÇÃO ção, a quem incumbe fiscalizar seu cumprimento.
§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput , a diretoria deverá
Art. 22. O Conselho de Administração deve ser composto, apresentar, até a última reunião ordinária do Conselho de Admi-
no mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de membros in- nistração do ano anterior, a quem compete sua aprovação:
dependentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo I - plano de negócios para o exercício anual seguinte;
exercício da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minori- II - estratégia de longo prazo atualizada com análise de riscos
tários, nos termos do art. 141 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro e oportunidades para, no mínimo, os próximos 5 (cinco) anos.
de 1976 .
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 2º Compete ao Conselho de Administração, sob pena de § 2º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios
seus integrantes responderem por omissão, promover anual- para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à
mente análise de atendimento das metas e resultados na execu- empresa pública ou à sociedade de economia mista, em matérias
ção do plano de negócios e da estratégia de longo prazo, devendo relacionadas ao escopo de suas atividades.
publicar suas conclusões e informá-las ao Congresso Nacional, às § 3º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir
Assembleias Legislativas, à Câmara Legislativa do Distrito Federal quando necessário, no mínimo bimestralmente, de modo que
ou às Câmaras Municipais e aos respectivos tribunais de contas, as informações contábeis sejam sempre apreciadas antes de sua
quando houver. divulgação.
§ 3º Excluem-se da obrigação de publicação a que se refere § 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista de-
o § 2º as informações de natureza estratégica cuja divulgação verão divulgar as atas das reuniões do Comitê de Auditoria Esta-
possa ser comprovadamente prejudicial ao interesse da empresa tutário.
pública ou da sociedade de economia mista. § 5º Caso o Conselho de Administração considere que a di-
vulgação da ata possa pôr em risco interesse legítimo da empresa
SEÇÃO VII pública ou da sociedade de economia mista, a empresa pública
DO COMITÊ DE AUDITORIA ESTATUTÁRIO ou a sociedade de economia mista divulgará apenas o extrato
das atas.
Art. 24. A empresa pública e a sociedade de economia mista § 6º A restrição prevista no § 5º não será oponível aos órgãos
deverão possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria de controle, que terão total e irrestrito acesso ao conteúdo das
Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de Administração, atas do Comitê de Auditoria Estatutário, observada a transferên-
ao qual se reportará diretamente. cia de sigilo.
§ 1º Competirá ao Comitê de Auditoria Estatutário, sem pre- § 7º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir au-
juízo de outras competências previstas no estatuto da empresa tonomia operacional e dotação orçamentária, anual ou por
pública ou da sociedade de economia mista: projeto, dentro de limites aprovados pelo Conselho de Adminis-
I - opinar sobre a contratação e destituição de auditor inde- tração, para conduzir ou determinar a realização de consultas,
pendente; avaliações e investigações dentro do escopo de suas atividades,
II - supervisionar as atividades dos auditores independentes, inclusive com a contratação e utilização de especialistas externos
avaliando sua independência, a qualidade dos serviços prestados independentes.
e a adequação de tais serviços às necessidades da empresa públi- Art. 25. O Comitê de Auditoria Estatutário será integrado
ca ou da sociedade de economia mista; por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, em
III - supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas de sua maioria independentes.
controle interno, de auditoria interna e de elaboração das de- § 1º São condições mínimas para integrar o Comitê de Audi-
monstrações financeiras da empresa pública ou da sociedade de toria Estatutário:
economia mista; I - não ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores à no-
IV - monitorar a qualidade e a integridade dos mecanismos meação para o Comitê:
de controle interno, das demonstrações financeiras e das infor- a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal da em-
mações e medições divulgadas pela empresa pública ou pela so- presa pública ou sociedade de economia mista ou de sua contro-
ciedade de economia mista; ladora, controlada, coligada ou sociedade em controle comum,
V - avaliar e monitorar exposições de risco da empresa públi- direta ou indireta;
ca ou da sociedade de economia mista, podendo requerer, entre b) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qual-
outras, informações detalhadas sobre políticas e procedimentos quer outro integrante com função de gerência de equipe envol-
referentes a: vida nos trabalhos de auditoria na empresa pública ou sociedade
a) remuneração da administração; de economia mista;
b) utilização de ativos da empresa pública ou da sociedade II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o
de economia mista; segundo grau ou por adoção, das pessoas referidas no inciso I;
c) gastos incorridos em nome da empresa pública ou da so- III - não receber qualquer outro tipo de remuneração da em-
ciedade de economia mista; presa pública ou sociedade de economia mista ou de sua contro-
VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a administração ladora, controlada, coligada ou sociedade em controle comum,
e a área de auditoria interna, a adequação das transações com direta ou indireta, que não seja aquela relativa à função de inte-
partes relacionadas; grante do Comitê de Auditoria Estatutário;
VII - elaborar relatório anual com informações sobre as ati- IV - não ser ou ter sido ocupante de cargo público efetivo,
vidades, os resultados, as conclusões e as recomendações do ainda que licenciado, ou de cargo em comissão da pessoa jurídica
Comitê de Auditoria Estatutário, registrando, se houver, as di- de direito público que exerça o controle acionário da empresa
vergências significativas entre administração, auditoria indepen- pública ou sociedade de economia mista, nos 12 (doze) meses
dente e Comitê de Auditoria Estatutário em relação às demons- anteriores à nomeação para o Comitê de Auditoria Estatutário.
trações financeiras; § 2º Ao menos 1 (um) dos membros do Comitê de Audito-
VIII - avaliar a razoabilidade dos parâmetros em que se fun- ria Estatutário deve ter reconhecida experiência em assuntos de
damentam os cálculos atuariais, bem como o resultado atuarial contabilidade societária.
dos planos de benefícios mantidos pelo fundo de pensão, quando
a empresa pública ou a sociedade de economia mista for patroci-
nadora de entidade fechada de previdência complementar.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 3º O atendimento às previsões deste artigo deve ser com- TÍTULO II


provado por meio de documentação mantida na sede da empre-
sa pública ou sociedade de economia mista pelo prazo mínimo Disposições aplicáveis às empresas públicas, às sociedades de
de 5 (cinco) anos, contado a partir do último dia de mandato do economia mista e às suas subsidiárias que explorem atividade eco-
membro do Comitê de Auditoria Estatutário. nômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime
SEÇÃO VIII de monopólio da união ou seja de prestação de serviços públicos.
DO CONSELHO FISCAL
CAPÍTULO I
Art. 26. Além das normas previstas nesta Lei, aplicam-se aos DAS LICITAÇÕES
membros do Conselho Fiscal da empresa pública e da sociedade
de economia mista as disposições previstas na Lei nº 6.404, de SEÇÃO I
15 de dezembro de 1976 , relativas a seus poderes, deveres e DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO E DOS CASOS
responsabilidades, a requisitos e impedimentos para investidura DE DISPENSA E DE INEXIGIBILIDADE
e a remuneração, além de outras disposições estabelecidas na
referida Lei. Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação
§ 1º Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas natu- de serviços às empresas públicas e às sociedades de economia
rais, residentes no País, com formação acadêmica compatível mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à
com o exercício da função e que tenham exercido, por prazo mí- locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do res-
nimo de 3 (três) anos, cargo de direção ou assessoramento na pectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas
administração pública ou cargo de conselheiro fiscal ou adminis- a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real so-
trador em empresa. bre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei,
§ 2º O Conselho Fiscal contará com pelo menos 1 (um) mem- ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30. (Vide Lei nº
bro indicado pelo ente controlador, que deverá ser servidor pú- 14.002, de 2020)
blico com vínculo permanente com a administração pública. § 1º Aplicam-se às licitações das empresas públicas e das so-
ciedades de economia mista as disposições constantes dos arts.
CAPÍTULO III 42 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006
DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIEDA- .
DE DE ECONOMIA MISTA § 2º O convênio ou contrato de patrocínio celebrado com
pessoas físicas ou jurídicas de que trata o § 3º do art. 27 obser-
Art. 27. A empresa pública e a sociedade de economia mista vará, no que couber, as normas de licitação e contratos desta Lei.
terão a função social de realização do interesse coletivo ou de § 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia
atendimento a imperativo da segurança nacional expressa no ins- mista dispensadas da observância dos dispositivos deste Capítulo
trumento de autorização legal para a sua criação. nas seguintes situações:
§ 1º A realização do interesse coletivo de que trata este arti- I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta,
go deverá ser orientada para o alcance do bem-estar econômico pelas empresas mencionadas no caput , de produtos, serviços ou
e para a alocação socialmente eficiente dos recursos geridos pela obras especificamente relacionados com seus respectivos obje-
empresa pública e pela sociedade de economia mista, bem como tos sociais;
para o seguinte: II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada
I - ampliação economicamente sustentada do acesso de con- a suas características particulares, vinculada a oportunidades de
sumidores aos produtos e serviços da empresa pública ou da so- negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de pro-
ciedade de economia mista; cedimento competitivo.
II - desenvolvimento ou emprego de tecnologia brasileira § 4º Consideram-se oportunidades de negócio a que se re-
para produção e oferta de produtos e serviços da empresa pú- fere o inciso II do § 3º a formação e a extinção de parcerias e
blica ou da sociedade de economia mista, sempre de maneira outras formas associativas, societárias ou contratuais, a aquisi-
economicamente justificada. ção e a alienação de participação em sociedades e outras formas
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista associativas, societárias ou contratuais e as operações realizadas
deverão, nos termos da lei, adotar práticas de sustentabilidade no âmbito do mercado de capitais, respeitada a regulação pelo
ambiental e de responsabilidade social corporativa compatíveis respectivo órgão competente.
com o mercado em que atuam. Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas
§ 3º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- públicas e sociedades de economia mista: (Vide Lei nº 14.002,
derão celebrar convênio ou contrato de patrocínio com pessoa de 2020)
física ou com pessoa jurídica para promoção de atividades cultu- I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$
rais, sociais, esportivas, educacionais e de inovação tecnológica, 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a parce-
desde que comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de las de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços
sua marca, observando-se, no que couber, as normas de licitação de mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
e contratos desta Lei. conjunta e concomitantemente;

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
(cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos nesta prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta comple-
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, xidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de co-
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de missão especialmente designada pelo dirigente máximo da em-
uma só vez; presa pública ou da sociedade de economia mista;
III - quando não acudirem interessados à licitação anterior e XIV - nas contratações visando ao cumprimento do disposto
essa, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de
a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como 2004 , observados os princípios gerais de contratação dela cons-
para suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condi- tantes;
ções preestabelecidas; XV - em situações de emergência, quando caracterizada ur-
IV - quando as propostas apresentadas consignarem preços gência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa-
ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competen- mentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para
tes; os bens necessários ao atendimento da situação emergencial e
V - para a compra ou locação de imóvel destinado ao aten- para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas
dimento de suas finalidades precípuas, quando as necessidades no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, ininterruptos, contado da ocorrência da emergência, vedada a
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, se- prorrogação dos respectivos contratos, observado o disposto no
gundo avaliação prévia; § 2º ;
VI - na contratação de remanescente de obra, de serviço ou XVI - na transferência de bens a órgãos e entidades da admi-
de fornecimento, em consequência de rescisão contratual, des- nistração pública, inclusive quando efetivada mediante permuta;
de que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de inte-
aceitas as mesmas condições do contrato encerrado por rescisão resse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência
ou distrato, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; socioeconômica relativamente à escolha de outra forma de alie-
VII - na contratação de instituição brasileira incumbida regi- nação;
mental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desen- XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédito e
volvimento institucional ou de instituição dedicada à recuperação de dívida e de bens que produzam ou comercializem. (Vide ADIN
social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável 5624) (Vide ADIN 5846) (Vide ADIN 5924) (Vide ADIN 6029)
reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos; § 1º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contra-
VIII - para a aquisição de componentes ou peças de origem tação nos termos do inciso VI do caput , a empresa pública e
nacional ou estrangeira necessários à manutenção de equipa- a sociedade de economia mista poderão convocar os licitantes
mentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornece- remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do
dor original desses equipamentos, quando tal condição de exclu- contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respec-
sividade for indispensável para a vigência da garantia; tivo valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para a
IX - na contratação de associação de pessoas com deficiência contratação, inclusive quanto aos preços atualizados nos termos
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a do instrumento convocatório.
prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde § 2º A contratação direta com base no inciso XV do caput não
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mer- dispensará a responsabilização de quem, por ação ou omissão,
cado; tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante ao
X - na contratação de concessionário, permissionário ou au- disposto na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 .
torizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou § 3º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput po-
gás natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo dem ser alterados, para refletir a variação de custos, por delibe-
as normas da legislação específica, desde que o objeto do contra- ração do Conselho de Administração da empresa pública ou so-
to tenha pertinência com o serviço público. ciedade de economia mista, admitindo-se valores diferenciados
XI - nas contratações entre empresas públicas ou sociedades para cada sociedade.
de economia mista e suas respectivas subsidiárias, para aquisição Art. 30. A contratação direta será feita quando houver invia-
ou alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde bilidade de competição, em especial na hipótese de: (Vide Lei nº
que os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado 14.002, de 2020)
e que o objeto do contrato tenha relação com a atividade da con- I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só
tratada prevista em seu estatuto social; possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante
XII - na contratação de coleta, processamento e comerciali- comercial exclusivo;
zação de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializa-
áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por as- dos, com profissionais ou empresas de notória especialização,
sociações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulga-
físicas de baixa renda que tenham como ocupação econômica a ção:
coleta de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos com- a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou
patíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública; executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financei-
ras ou tributárias;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem
serviços; recebimentos contratuais antecipados, distorção do cronograma
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrati- físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual
vas; com custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; economia mista ou reajuste irregular de preços.
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico. § 2º O orçamento de referência do custo global de obras e
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos uni-
ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, de- tários de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de
corrente de desempenho anterior, estudos, experiência, publi- seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos
cações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros e Índices da Construção Civil (Sinapi), no caso de construção civil
requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que em geral, ou no Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro),
o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à no caso de obras e serviços rodoviários, devendo ser observadas
plena satisfação do objeto do contrato. as peculiaridades geográficas.
§ 2º Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de dis- § 3º No caso de inviabilidade da definição dos custos con-
pensa, se comprovado, pelo órgão de controle externo, sobre- soante o disposto no § 2º, a estimativa de custo global poderá
preço ou superfaturamento, respondem solidariamente pelo ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela
dano causado quem houver decidido pela contratação direta e o de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da
fornecedor ou o prestador de serviços. administração pública federal, em publicações técnicas especia-
§ 3º O processo de contratação direta será instruído, no que lizadas, em banco de dados e sistema específico instituído para o
couber, com os seguintes elementos: setor ou em pesquisa de mercado.
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que § 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista po-
justifique a dispensa, quando for o caso; derão adotar procedimento de manifestação de interesse privado
II - razão da escolha do fornecedor ou do executante; para o recebimento de propostas e projetos de empreendimen-
III - justificativa do preço. tos com vistas a atender necessidades previamente identificadas,
cabendo a regulamento a definição de suas regras específicas.
SEÇÃO II § 5º Na hipótese a que se refere o § 4º, o autor ou financia-
DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERAL SOBRE LICITAÇÕES dor do projeto poderá participar da licitação para a execução do
E CONTRATOS empreendimento, podendo ser ressarcido pelos custos aprova-
dos pela empresa pública ou sociedade de economia mista caso
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por não vença o certame, desde que seja promovida a cessão de di-
empresas públicas e sociedades de economia mista destinam-se reitos de que trata o art. 80.
a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão
que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações observadas as seguintes diretrizes: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
em que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento, deven- I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos
do observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da convocatórios e das minutas de contratos, de acordo com nor-
igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade adminis- mas internas específicas;
trativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sus- II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa
tentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obten- pública ou sociedade de economia mista, considerando custos e
ção de competitividade e do julgamento objetivo. (Vide Lei nº benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou
14.002, de 2020) ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento
§ 1º Para os fins do disposto no caput , considera-se que há: de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a ou-
I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou tros fatores de igual relevância;
os preços contratados são expressivamente superiores aos pre- III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participa-
ços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário ção de licitantes, sem perda de economia de escala, e desde que
de um item, se a licitação ou a contratação for por preços unitá- não atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29,
rios de serviço, ou ao valor global do objeto, se a licitação ou a incisos I e II;
contratação for por preço global ou por empreitada; IV - adoção preferencial da modalidade de licitação denomi-
II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da nada pregão, instituída pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002
empresa pública ou da sociedade de economia mista caracteriza- , para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
do, por exemplo: aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
executadas ou fornecidas; usuais no mercado;
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de enge- V - observação da política de integridade nas transações com
nharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida útil ou partes interessadas.
da segurança; § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de devem respeitar, especialmente, as normas relativas à:
engenharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
contrato em favor do contratado; sólidos gerados pelas obras contratadas;

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas Art. 36. A empresa pública e a sociedade de economia mista
condicionantes e de compensação ambiental, que serão defini- poderão promover a pré-qualificação de seus fornecedores ou
das no procedimento de licenciamento ambiental; produtos, nos termos do art. 64. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista
comprovadamente, reduzam o consumo de energia e de recur- deverão informar os dados relativos às sanções por elas aplica-
sos naturais; das aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legis- a manter atualizado o cadastro de empresas inidôneas de que
lação urbanística; trata o art. 23 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 . (Vide
V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico Lei nº 14.002, de 2020)
e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto § 1º O fornecedor incluído no cadastro referido no caput não
ou indireto causado por investimentos realizados por empresas poderá disputar licitação ou participar, direta ou indiretamente,
públicas e sociedades de economia mista; da execução de contrato.
VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mo- § 2º Serão excluídos do cadastro referido no caput , a qual-
bilidade reduzida. quer tempo, fornecedores que demonstrarem a superação dos
§ 2º A contratação a ser celebrada por empresa pública ou motivos que deram causa à restrição contra eles promovida.
sociedade de economia mista da qual decorra impacto negativo Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser
sobre bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e ima- contratada pela empresa pública ou sociedade de economia mis-
terial tombados dependerá de autorização da esfera de governo ta a empresa: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
encarregada da proteção do respectivo patrimônio, devendo o I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco
impacto ser compensado por meio de medidas determinadas por cento) do capital social seja diretor ou empregado da empre-
pelo dirigente máximo da empresa pública ou sociedade de eco- sa pública ou sociedade de economia mista contratante;
nomia mista, na forma da legislação aplicável. II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de econo-
§ 3º As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrô- mia mista;
nica, deverão ser realizadas exclusivamente em portais de com- III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito
pras de acesso público na internet. Federal ou pela unidade federativa a que está vinculada a empre-
§ 4º Nas licitações com etapa de lances, a empresa pública sa pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdura-
ou sociedade de economia mista disponibilizará ferramentas ele- rem os efeitos da sanção;
trônicas para envio de lances pelos licitantes. IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa,
Art. 33. O objeto da licitação e do contrato dela decorrente impedida ou declarada inidônea;
será definido de forma sucinta e clara no instrumento convocató- V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, im-
rio. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) pedida ou declarada inidônea;
Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administra-
empresa pública ou pela sociedade de economia mista será sigi- dor de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no
loso, facultando-se à contratante, mediante justificação na fase período dos fatos que deram ensejo à sanção;
de preparação prevista no inciso I do art. 51 desta Lei, conferir VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de
publicidade ao valor estimado do objeto da licitação, sem pre- empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período
juízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das de- dos fatos que deram ensejo à sanção;
mais informações necessárias para a elaboração das propostas. VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que
(Vide Lei nº 14.002, de 2020) participou, em razão de vínculo de mesma natureza, de empresa
§ 1º Na hipótese em que for adotado o critério de julgamen- declarada inidônea.
to por maior desconto, a informação de que trata o caput deste Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput :
artigo constará do instrumento convocatório. I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, como
§ 2º No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do pessoa física, bem como à participação dele em procedimentos
prêmio ou da remuneração será incluído no instrumento convo- licitatórios, na condição de licitante;
catório. II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau
§ 3º A informação relativa ao valor estimado do objeto da civil, com:
licitação, ainda que tenha caráter sigiloso, será disponibilizada a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia
a órgãos de controle externo e interno, devendo a empresa pú- mista;
blica ou a sociedade de economia mista registrar em documento b) empregado de empresa pública ou sociedade de econo-
formal sua disponibilização aos órgãos de controle, sempre que mia mista cujas atribuições envolvam a atuação na área respon-
solicitado. sável pela licitação ou contratação;
§ 4º (VETADO). c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou
Art. 35. Observado o disposto no art. 34, o conteúdo da pro- sociedade de economia mista esteja vinculada.
posta, quando adotado o modo de disputa fechado e até sua III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha
abertura, os atos e os procedimentos praticados em decorrência terminado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com a
desta Lei submetem-se à legislação que regula o acesso dos ci- respectiva empresa pública ou sociedade de economia mista pro-
dadãos às informações detidas pela administração pública, parti- motora da licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
cularmente aos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os
2011 . (Vide Lei nº 14.002, de 2020) contratos disciplinados por esta Lei serão divulgados em portal
específico mantido pela empresa pública ou sociedade de econo-
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

mia mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos de testes, a pré-operação e as demais operações necessárias e
mínimos para apresentação de propostas ou lances, contados a suficientes para a entrega final do objeto, de acordo com o esta-
partir da divulgação do instrumento convocatório: (Vide Lei nº belecido nos §§ 1º e 3º deste artigo;
14.002, de 2020) VI - contratação integrada: contratação que envolve a ela-
I - para aquisição de bens: boração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo,
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de jul- a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a
gamento o menor preço ou o maior desconto; realização de testes, a pré-operação e as demais operações ne-
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses; cessárias e suficientes para a entrega final do objeto, de acordo
II - para contratação de obras e serviços: com o estabelecido nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo;
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os
julgamento o menor preço ou o maior desconto; elementos de contornos necessários e fundamentais à elabora-
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses; ção do projeto básico, devendo conter minimamente os seguin-
III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação tes elementos:
em que se adote como critério de julgamento a melhor técnica a) demonstração e justificativa do programa de necessida-
ou a melhor combinação de técnica e preço, bem como para lici- des, visão global dos investimentos e definições relacionadas ao
tação em que haja contratação semi-integrada ou integrada. nível de serviço desejado;
Parágrafo único. As modificações promovidas no instrumen- b) condições de solidez, segurança e durabilidade e prazo de
to convocatório serão objeto de divulgação nos mesmos termos entrega;
e prazos dos atos e procedimentos originais, exceto quando a c) estética do projeto arquitetônico;
alteração não afetar a preparação das propostas. d) parâmetros de adequação ao interesse público, à econo-
Art. 40. As empresas públicas e as sociedades de economia mia na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambien-
mista deverão publicar e manter atualizado regulamento interno tais e à acessibilidade;
de licitações e contratos, compatível com o disposto nesta Lei, e) concepção da obra ou do serviço de engenharia;
especialmente quanto a: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) f) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasa-
I - glossário de expressões técnicas; ram a concepção adotada;
II - cadastro de fornecedores; g) levantamento topográfico e cadastral;
III - minutas-padrão de editais e contratos; h) pareceres de sondagem;
IV - procedimentos de licitação e contratação direta; i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos com-
V - tramitação de recursos; ponentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a
VI - formalização de contratos; estabelecer padrões mínimos para a contratação;
VII - gestão e fiscalização de contratos; VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessários e
VIII - aplicação de penalidades; suficientes, com nível de precisão adequado, para, observado o
IX - recebimento do objeto do contrato. disposto no § 3º, caracterizar a obra ou o serviço, ou o complexo
Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta de obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base
Lei as normas de direito penal contidas nos arts. 89 a 99 da Lei nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure
nº 8.666, de 21 de junho de 1993 . (Vide Lei nº 14.002, de 2020) a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto am-
biental do empreendimento e que possibilite a avaliação do cus-
SEÇÃO III to da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA OBRAS E SERVIÇOS devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a forne-
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por cer visão global da obra e a identificar todos os seus elementos
empresas públicas e sociedades de economia mista, serão obser- constitutivos com clareza;
vadas as seguintes definições: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
I - empreitada por preço unitário: contratação por preço cer- detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação
to de unidades determinadas; ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto execu-
II - empreitada por preço global: contratação por preço certo tivo e de realização das obras e montagem;
e total; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de mate-
III - tarefa: contratação de mão de obra para pequenos tra- riais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas espe-
balhos por preço certo, com ou sem fornecimento de material; cificações, de modo a assegurar os melhores resultados para o
IV - empreitada integral: contratação de empreendimento empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
em sua integralidade, com todas as etapas de obras, serviços e execução;
instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contra- d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
tada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada métodos construtivos, instalações provisórias e condições orga-
em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua nizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para
utilização em condições de segurança estrutural e operacional e a sua execução;
com as características adequadas às finalidades para as quais foi e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão
contratada; da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de su-
V - contratação semi-integrada: contratação que envolve a primentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários
elaboração e o desenvolvimento do projeto executivo, a execu- em cada caso;
ção de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização f) (VETADO);
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

IX - projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e utilização de estimativas paramétricas e a avaliação aproximada
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as nor- baseada em outras obras similares ser realizadas somente nas
mas técnicas pertinentes; frações do empreendimento não suficientemente detalhadas no
X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e anteprojeto da licitação, exigindo-se das contratadas, no míni-
responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio mo, o mesmo nível de detalhamento em seus demonstrativos de
econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus fi- formação de preços;
nanceiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, II - quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica
contendo, no mínimo, as seguintes informações: para abalizar o valor do empreendimento ou de fração dele, con-
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura sideradas as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou mais téc-
do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-financeiro da nicas estimativas possíveis, deve ser utilizada nas estimativas de
avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de ter- preço-base a que viabilize a maior precisão orçamentária, exigin-
mo aditivo quando de sua ocorrência; do-se das licitantes, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento
b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que na motivação dos respectivos preços ofertados.
haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções me- § 3º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os
todológicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em riscos decorrentes de fatos supervenientes à contratação asso-
termos de modificação das soluções previamente delineadas no ciados à escolha da solução de projeto básico pela contratante
anteprojeto ou no projeto básico da licitação; deverão ser alocados como de sua responsabilidade na matriz
c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que de riscos.
não haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções § 4º No caso de licitação de obras e serviços de engenharia,
metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo as empresas públicas e as sociedades de economia mista abran-
haver obrigação de identidade entre a execução e a solução pré- gidas por esta Lei deverão utilizar a contratação semi-integrada,
-definida no anteprojeto ou no projeto básico da licitação. prevista no inciso V do caput , cabendo a elas a elaboração ou a
§ 1º As contratações semi-integradas e integradas referidas, contratação do projeto básico antes da licitação de que trata este
respectivamente, nos incisos V e VI do caput deste artigo res- parágrafo, podendo ser utilizadas outras modalidades previstas
tringir-se-ão a obras e serviços de engenharia e observarão os nos incisos do caput deste artigo, desde que essa opção seja de-
seguintes requisitos: vidamente justificada.
I - o instrumento convocatório deverá conter: § 5º Para fins do previsto na parte final do § 4º, não será
a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação inte- admitida, por parte da empresa pública ou da sociedade de eco-
grada, com elementos técnicos que permitam a caracterização nomia mista, como justificativa para a adoção da modalidade de
da obra ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma contratação integrada, a ausência de projeto básico.
isonômica, das propostas a serem ofertadas pelos particulares; Art. 43. Os contratos destinados à execução de obras e ser-
b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço unitá- viços de engenharia admitirão os seguintes regimes: (Vide Lei nº
rio, de empreitada por preço global, de empreitada integral e de 14.002, de 2020)
contratação semi-integrada, nos termos definidos neste artigo; I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os obje-
c) documento técnico, com definição precisa das frações do tos, por sua natureza, possuam imprecisão inerente de quantita-
empreendimento em que haverá liberdade de as contratadas tivos em seus itens orçamentários;
inovarem em soluções metodológicas ou tecnológicas, seja em II - empreitada por preço global, quando for possível definir
termos de modificação das soluções previamente delineadas no previamente no projeto básico, com boa margem de precisão, as
anteprojeto ou no projeto básico da licitação, seja em termos de quantidades dos serviços a serem posteriormente executados na
detalhamento dos sistemas e procedimentos construtivos previs- fase contratual;
tos nessas peças técnicas; III - contratação por tarefa, em contratações de profissionais
d) matriz de riscos; autônomos ou de pequenas empresas para realização de serviços
II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado técnicos comuns e de curta duração;
com base em valores de mercado, em valores pagos pela admi- IV - empreitada integral, nos casos em que o contratante ne-
nistração pública em serviços e obras similares ou em avaliação cessite receber o empreendimento, normalmente de alta com-
do custo global da obra, aferido mediante orçamento sintético plexidade, em condição de operação imediata;
ou metodologia expedita ou paramétrica; V - contratação semi-integrada, quando for possível definir
III - o critério de julgamento a ser adotado será o de menor previamente no projeto básico as quantidades dos serviços a se-
preço ou de melhor combinação de técnica e preço, pontuando- rem posteriormente executados na fase contratual, em obra ou
-se na avaliação técnica as vantagens e os benefícios que even- serviço de engenharia que possa ser executado com diferentes
tualmente forem oferecidos para cada produto ou solução; metodologias ou tecnologias;
IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico poderá VI - contratação integrada, quando a obra ou o serviço de
ser alterado, desde que demonstrada a superioridade das inova- engenharia for de natureza predominantemente intelectual e de
ções em termos de redução de custos, de aumento da qualidade, inovação tecnológica do objeto licitado ou puder ser executado
de redução do prazo de execução e de facilidade de manutenção com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito
ou operação. no mercado.
§ 2º No caso dos orçamentos das contratações integradas:
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus elemen-
tos mínimos, assim o permitir, as estimativas de preço devem se
basear em orçamento tão detalhado quanto possível, devendo a
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 1º Serão obrigatoriamente precedidas pela elaboração de SEÇÃO IV


projeto básico, disponível para exame de qualquer interessado, DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA AQUISIÇÃO DE BENS
as licitações para a contratação de obras e serviços, com exceção
daquelas em que for adotado o regime previsto no inciso VI do Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista,
caput deste artigo. na licitação para aquisição de bens, poderão: (Vide Lei nº 14.002,
§ 2º É vedada a execução, sem projeto executivo, de obras e de 2020)
serviços de engenharia. I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses:
Art. 44. É vedada a participação direta ou indireta nas licita- a) em decorrência da necessidade de padronização do ob-
ções para obras e serviços de engenharia de que trata esta Lei: jeto;
(Vide Lei nº 14.002, de 2020) b) quando determinada marca ou modelo comercializado
I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o ante- por mais de um fornecedor constituir o único capaz de atender o
projeto ou o projeto básico da licitação; objeto do contrato;
II - de pessoa jurídica que participar de consórcio responsável c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a
pela elaboração do anteprojeto ou do projeto básico da licitação; identificação de determinada marca ou modelo apto a servir
III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou do como referência, situação em que será obrigatório o acréscimo
projeto básico da licitação seja administrador, controlador, ge- da expressão “ou similar ou de melhor qualidade”;
rente, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualifica-
caso quando a participação superar 5% (cinco por cento) do ca- ção e na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde
pital votante. que justificada a necessidade de sua apresentação;
§ 1º A elaboração do projeto executivo constituirá encargo III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do
do contratado, consoante preço previamente fixado pela empre- processo de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por
sa pública ou pela sociedade de economia mista. instituição previamente credenciada.
§ 2º É permitida a participação das pessoas jurídicas e da Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de
pessoa física de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo aceitabilidade da proposta, a adequação às normas da Associa-
em licitação ou em execução de contrato, como consultor ou téc- ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da
nico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, qualidade do produto por instituição credenciada pelo Sistema
exclusivamente a serviço da empresa pública e da sociedade de Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
economia mista interessadas. (Sinmetro) .
§ 3º Para fins do disposto no caput , considera-se participa- Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima
ção indireta a existência de vínculos de natureza técnica, comer- semestral, em sítio eletrônico oficial na internet de acesso irres-
cial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do pro- trito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas
jeto básico, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável públicas e pelas sociedades de economia mista, compreendidas
pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os forneci- as seguintes informações: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
mentos de bens e serviços a estes necessários. I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da
§ 4º O disposto no § 3º deste artigo aplica-se a empregados quantidade adquirida;
incumbidos de levar a efeito atos e procedimentos realizados II - nome do fornecedor;
pela empresa pública e pela sociedade de economia mista no III - valor total de cada aquisição.
curso da licitação.
Art. 45. Na contratação de obras e serviços, inclusive de en- SEÇÃO V
genharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vincula- DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA ALIENAÇÃO DE BENS
da ao desempenho do contratado, com base em metas, padrões
de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por
entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato. sociedades de economia mista será precedida de: (Vide Lei nº
(Vide Lei nº 14.002, de 2020) 14.002, de 2020)
Parágrafo único. A utilização da remuneração variável res- I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hi-
peitará o limite orçamentário fixado pela empresa pública ou póteses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29;
pela sociedade de economia mista para a respectiva contratação. II - licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28.
Art. 46. Mediante justificativa expressa e desde que não im- Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens inte-
plique perda de economia de escala, poderá ser celebrado mais grantes do acervo patrimonial de empresas públicas e de socie-
de um contrato para executar serviço de mesma natureza quan- dades de economia mista as normas desta Lei aplicáveis à sua
do o objeto da contratação puder ser executado de forma con- alienação, inclusive em relação às hipóteses de dispensa e de ine-
corrente e simultânea por mais de um contratado. (Vide Lei nº xigibilidade de licitação. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
14.002, de 2020)
§ 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, será mantido SEÇÃO VI
controle individualizado da execução do objeto contratual relati- DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
vamente a cada um dos contratados.
§ 2º (VETADO). Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a se-
guinte sequência de fases: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
I - preparação;
II - divulgação;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

III - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo § 2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos inci-
de disputa adotado; sos III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das propos-
IV - julgamento; tas será efetivado mediante o emprego de parâmetros específi-
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas; cos, definidos no instrumento convocatório, destinados a limitar
VI - negociação; a subjetividade do julgamento.
VII - habilitação; § 3º Para efeito de julgamento, não serão consideradas van-
VIII - interposição de recursos; tagens não previstas no instrumento convocatório.
IX - adjudicação do objeto; § 4º O critério previsto no inciso II do caput :
X - homologação do resultado ou revogação do procedimen- I - terá como referência o preço global fixado no instrumento
to. convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propos-
§ 1º A fase de que trata o inciso VII do caput poderá, excep- tas ou lances vencedores a eventuais termos aditivos;
cionalmente, anteceder as referidas nos incisos III a VI do caput , II - no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto
desde que expressamente previsto no instrumento convocatório. incidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens constantes
§ 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enume- do orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o
radas no caput praticados por empresas públicas, por sociedades instrumento convocatório.
de economia mista e por licitantes serão efetivados preferen- § 5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III do
cialmente por meio eletrônico, nos termos definidos pelo ins- caput , a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará
trumento convocatório, devendo os avisos contendo os resumos o percentual de ponderação mais relevante, limitado a 70% (se-
dos editais das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser tenta por cento).
previamente publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou § 6º Quando for utilizado o critério referido no inciso VII do
do Município e na internet. caput , os lances ou propostas terão o objetivo de proporcionar
Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto economia à empresa pública ou à sociedade de economia mista,
ou fechado, ou, quando o objeto da licitação puder ser parcela- por meio da redução de suas despesas correntes, remunerando-
do, a combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do -se o licitante vencedor com base em percentual da economia de
art. 32 desta Lei. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) recursos gerada.
§ 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão § 7º Na implementação do critério previsto no inciso VIII do
lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, confor- caput deste artigo, será obrigatoriamente considerada, nos ter-
me o critério de julgamento adotado. mos do respectivo instrumento convocatório, a repercussão, no
§ 2º No modo de disputa fechado, as propostas apresenta- meio social, da finalidade para cujo atendimento o bem será uti-
das pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora designadas lizado pelo adquirente.
para que sejam divulgadas. § 8º O descumprimento da finalidade a que se refere o § 7º
Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, po- deste artigo resultará na imediata restituição do bem alcançado
derão ser admitidos: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) ao acervo patrimonial da empresa pública ou da sociedade de
I - a apresentação de lances intermediários; economia mista, vedado, nessa hipótese, o pagamento de inde-
II - o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor nização em favor do adquirente.
lance, para definição das demais colocações, quando existir dife- Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão
rença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e utilizados, na ordem em que se encontram enumerados, os se-
o subsequente. guintes critérios de desempate: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances: I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão
I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado apresentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao encerra-
o julgamento pelo critério da maior oferta; mento da etapa de julgamento;
II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adota- II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitan-
dos os demais critérios de julgamento. tes, desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído;
Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julga- III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de
mento: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) 23 de outubro de 1991 , e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de
I - menor preço; 21 de junho de 1993 ;
II - maior desconto; IV - sorteio.
III - melhor combinação de técnica e preço; Art. 56. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será
IV - melhor técnica; promovida a verificação de sua efetividade, promovendo-se a
V - melhor conteúdo artístico; desclassificação daqueles que: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
VI - maior oferta de preço; I - contenham vícios insanáveis;
VII - maior retorno econômico; II - descumpram especificações técnicas constantes do ins-
VIII - melhor destinação de bens alienados. trumento convocatório;
§ 1º Os critérios de julgamento serão expressamente identi- III - apresentem preços manifestamente inexequíveis;
ficados no instrumento convocatório e poderão ser combinados IV - se encontrem acima do orçamento estimado para a con-
na hipótese de parcelamento do objeto, observado o disposto no tratação de que trata o § 1º do art. 57, ressalvada a hipótese
inciso III do art. 32. prevista no caput do art. 34 desta Lei;
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando
exigido pela empresa pública ou pela sociedade de economia
mista;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

VI - apresentem desconformidade com outras exigências do § 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco)
instrumento convocatório, salvo se for possível a acomodação a dias úteis após a habilitação e contemplarão, além dos atos prati-
seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que se preju- cados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto
dique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes. nos incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
§ 1º A verificação da efetividade dos lances ou propostas po- § 2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no §
derá ser feita exclusivamente em relação aos lances e propostas 1º será aberto após a habilitação e após o encerramento da fase
mais bem classificados. prevista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o segundo
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- prazo também atos decorrentes da fase referida no inciso IV do
derão realizar diligências para aferir a exequibilidade das propos- caput do art. 51 desta Lei.
tas ou exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, na forma do Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição
inciso V do caput . de direito relativo à celebração do contrato em favor do licitante
§ 3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consi- vencedor. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
deram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferio- Art. 61. A empresa pública e a sociedade de economia mista
res a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: não poderão celebrar contrato com preterição da ordem de clas-
I - média aritmética dos valores das propostas superiores a sificação das propostas ou com terceiros estranhos à licitação.
50% (cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado pela (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
empresa pública ou sociedade de economia mista; ou Art. 62. Além das hipóteses previstas no § 3º do art. 57 desta
II - valor do orçamento estimado pela empresa pública ou Lei e no inciso II do § 2º do art. 75 desta Lei, quem dispuser de
sociedade de economia mista. competência para homologação do resultado poderá revogar a
§ 4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exe- licitação por razões de interesse público decorrentes de fato su-
quibilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos critérios perveniente que constitua óbice manifesto e incontornável, ou
de aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de tercei-
quantitativos e os preços unitários, assim definidos no instru- ros, salvo quando for viável a convalidação do ato ou do procedi-
mento convocatório. mento viciado. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que § 1º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não
obteve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que pas- gera obrigação de indenizar, observado o disposto no § 2º deste
se a ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de artigo.
outra que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e § 2º A nulidade da licitação induz à do contrato.
a sociedade de economia mista deverão negociar condições mais § 3º Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou
vantajosas com quem o apresentou. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) propostas, referida no inciso III do caput do art. 51 desta Lei, a
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, revogação ou a anulação da licitação somente será efetivada de-
segundo a ordem inicialmente estabelecida, quando o preço do pois de se conceder aos licitantes que manifestem interesse em
primeiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima contestar o respectivo ato prazo apto a lhes assegurar o exercício
do orçamento estimado. do direito ao contraditório e à ampla defesa.
§ 2º (VETADO). § 4º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo aplica-
§ 3º Se depois de adotada a providência referida no § 1º des- -se, no que couber, aos atos por meio dos quais se determine a
te artigo não for obtido valor igual ou inferior ao orçamento esti- contratação direta.
mado para a contratação, será revogada a licitação.
Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir SEÇÃO VII
dos seguintes parâmetros: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES
I - exigência da apresentação de documentos aptos a com-
provar a possibilidade da aquisição de direitos e da contração de Art. 63. São procedimentos auxiliares das licitações regidas
obrigações por parte do licitante; por esta Lei: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
II - qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técni- I - pré-qualificação permanente;
ca ou economicamente relevantes, de acordo com parâmetros II - cadastramento;
estabelecidos de forma expressa no instrumento convocatório; III - sistema de registro de preços;
III - capacidade econômica e financeira; IV - catálogo eletrônico de padronização.
IV - recolhimento de quantia a título de adiantamento, tra- Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput des-
tando-se de licitações em que se utilize como critério de julga- te artigo obedecerão a critérios claros e objetivos definidos em
mento a maior oferta de preço. regulamento.
§ 1º Quando o critério de julgamento utilizado for a maior Art. 64. Considera-se pré-qualificação permanente o proce-
oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de capaci- dimento anterior à licitação destinado a identificar: (Vide Lei nº
dade econômica e financeira poderão ser dispensados. 14.002, de 2020)
§ 2º Na hipótese do § 1º, reverterá a favor da empresa públi- I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exi-
ca ou da sociedade de economia mista o valor de quantia even- gidas para o fornecimento de bem ou a execução de serviço ou
tualmente exigida no instrumento convocatório a título de adian- obra nos prazos, locais e condições previamente estabelecidos;
tamento, caso o licitante não efetue o restante do pagamento II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade
devido no prazo para tanto estipulado. da administração pública.
Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento § 1º O procedimento de pré-qualificação será público e per-
licitatório terá fase recursal única. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) manentemente aberto à inscrição de qualquer interessado.
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§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser
derão restringir a participação em suas licitações a fornecedores utilizado em licitações cujo critério de julgamento seja o menor
ou produtos pré-qualificados, nas condições estabelecidas em preço ou o maior desconto e conterá toda a documentação e to-
regulamento. dos os procedimentos da fase interna da licitação, assim como
§ 3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou as especificações dos respectivos objetos, conforme disposto em
segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores. regulamento.
§ 4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo
alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessá- CAPÍTULO II
rios à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualda- DOS CONTRATOS
de de condições entre os concorrentes.
§ 5º A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no máxi- SEÇÃO I
mo, podendo ser atualizada a qualquer tempo. DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
§ 6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exi-
gida a comprovação de qualidade. Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas
§ 7º É obrigatória a divulgação dos produtos e dos interessa- suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos preceitos de direi-
dos que forem pré-qualificados. to privado. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
Art. 65. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados
efeito de habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios por esta Lei: (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
e serão válidos por 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualiza- I - o objeto e seus elementos característicos;
dos a qualquer tempo. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
§ 1º Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a da-
ficarão permanentemente abertos para a inscrição de interessa- ta-base e a periodicidade do reajustamento de preços e os crité-
dos. rios de atualização monetária entre a data do adimplemento das
§ 2º Os inscritos serão admitidos segundo requisitos previs- obrigações e a do efetivo pagamento;
tos em regulamento. IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de con-
§ 3º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações clusão, de entrega, de observação, quando for o caso, e de rece-
assumidas será anotada no respectivo registro cadastral. bimento;
§ 4º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou can- V - as garantias oferecidas para assegurar a plena execução
celado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigên- do objeto contratual, quando exigidas, observado o disposto no
cias estabelecidas para habilitação ou para admissão cadastral. art. 68;
Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente VI - os direitos e as responsabilidades das partes, as tipifi-
destinado às licitações de que trata esta Lei reger-se-á pelo dis- cações das infrações e as respectivas penalidades e valores das
posto em decreto do Poder Executivo e pelas seguintes disposi- multas;
ções: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) VII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para
§ 1º Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer ór- alteração de seus termos;
gão ou entidade responsável pela execução das atividades con- VIII - a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva
templadas no art. 1º desta Lei. licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, bem como
§ 2º O registro de preços observará, entre outras, as seguin- ao lance ou proposta do licitante vencedor;
tes condições: IX - a obrigação do contratado de manter, durante a execu-
I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado; ção do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em assumidas, as condições de habilitação e qualificação exigidas no
regulamento; curso do procedimento licitatório;
III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e X - matriz de riscos.
atualização periódicos dos preços registrados; § 1º (VETADO).
IV - definição da validade do registro; § 2º Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou
V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que serviços de engenharia em que tenha sido adotado o modo de
aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do lici- disputa aberto, o contratado deverá reelaborar e apresentar à
tante vencedor na sequência da classificação do certame, assim empresa pública ou à sociedade de economia mista e às suas
como dos licitantes que mantiverem suas propostas originais. respectivas subsidiárias, por meio eletrônico, as planilhas com
§ 3º A existência de preços registrados não obriga a admi- indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem como do
nistração pública a firmar os contratos que deles poderão advir, detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos
sendo facultada a realização de licitação específica, assegurada Encargos Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao
ao licitante registrado preferência em igualdade de condições. lance vencedor, para fins do disposto no inciso III do caput deste
Art. 67. O catálogo eletrônico de padronização de compras, artigo.
serviços e obras consiste em sistema informatizado, de geren- Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas con-
ciamento centralizado, destinado a permitir a padronização dos tratações de obras, serviços e compras. (Vide Lei nº 14.002, de
itens a serem adquiridos pela empresa pública ou sociedade de 2020)
economia mista que estarão disponíveis para a realização de lici- § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes mo-
tação. (Vide Lei nº 14.002, de 2020) dalidades de garantia:
I - caução em dinheiro;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

II - seguro-garantia; Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,


III - fiança bancária. reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte,
§ 2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou in-
(cinco por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado correções resultantes da execução ou de materiais empregados,
nas mesmas condições nele estabelecidas, ressalvado o previsto e responderá por danos causados diretamente a terceiros ou à
no § 3º deste artigo. empresa pública ou sociedade de economia mista, independen-
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto temente da comprovação de sua culpa ou dolo na execução do
envolvendo complexidade técnica e riscos financeiros elevados, contrato. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
o limite de garantia previsto no § 2º poderá ser elevado para até Art. 77. O contratado é responsável pelos encargos traba-
10% (dez por cento) do valor do contrato. lhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
restituída após a execução do contrato, devendo ser atualizada § 1º A inadimplência do contratado quanto aos encargos tra-
monetariamente na hipótese do inciso I do § 1º deste artigo. balhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa pública ou
Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não à sociedade de economia mista a responsabilidade por seu paga-
excederá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua celebração, mento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
exceto: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
I - para projetos contemplados no plano de negócios e in- Registro de Imóveis.
vestimentos da empresa pública ou da sociedade de economia § 2º (VETADO).
mista; Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo
II - nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cin- das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar
co) anos seja prática rotineira de mercado e a imposição desse partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido,
prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negó- em cada caso, pela empresa pública ou pela sociedade de econo-
cio. mia mista, conforme previsto no edital do certame. (Vide Lei nº
Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo indetermi- 14.002, de 2020)
nado. § 1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação
Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ao objeto da subcontratação, as exigências de qualificação técni-
ser alterados por acordo entre as partes, vedando-se ajuste que ca impostas ao licitante vencedor.
resulte em violação da obrigação de licitar. (Vide Lei nº 14.002, § 2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio
de 2020) que tenha participado:
Art. 73. A redução a termo do contrato poderá ser dispen- I - do procedimento licitatório do qual se originou a contra-
sada no caso de pequenas despesas de pronta entrega e paga- tação;
mento das quais não resultem obrigações futuras por parte da II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico
empresa pública ou da sociedade de economia mista. (Vide Lei ou executivo.
nº 14.002, de 2020) § 3º As empresas de prestação de serviços técnicos especia-
Parágrafo único. O disposto no caput não prejudicará o regis- lizados deverão garantir que os integrantes de seu corpo técnico
tro contábil exaustivo dos valores despendidos e a exigência de executem pessoal e diretamente as obrigações a eles imputadas,
recibo por parte dos respectivos destinatários. quando a respectiva relação for apresentada em procedimento
Art. 74. É permitido a qualquer interessado o conhecimento licitatório ou em contratação direta.
dos termos do contrato e a obtenção de cópia autenticada de Art. 79. Na hipótese do § 6º do art. 54, quando não for gera-
seu inteiro teor ou de qualquer de suas partes, admitida a exi- da a economia prevista no lance ou proposta, a diferença entre
gência de ressarcimento dos custos, nos termos previstos na Lei a economia contratada e a efetivamente obtida será descontada
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 . (Vide Lei nº 14.002, de da remuneração do contratado. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
2020) Parágrafo único. Se a diferença entre a economia contratada
Art. 75. A empresa pública e a sociedade de economia mista e a efetivamente obtida for superior à remuneração do contra-
convocarão o licitante vencedor ou o destinatário de contratação tado, será aplicada a sanção prevista no contrato, nos termos do
com dispensa ou inexigibilidade de licitação para assinar o termo inciso VI do caput do art. 69 desta Lei.
de contrato, observados o prazo e as condições estabelecidos, Art. 80. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou
sob pena de decadência do direito à contratação. (Vide Lei nº serviços técnicos especializados desenvolvidos por profissionais
14.002, de 2020) autônomos ou por empresas contratadas passam a ser proprie-
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) dade da empresa pública ou sociedade de economia mista que os
vez, por igual período. tenha contratado, sem prejuízo da preservação da identificação
§ 2º É facultado à empresa pública ou à sociedade de econo- dos respectivos autores e da responsabilidade técnica a eles atri-
mia mista, quando o convocado não assinar o termo de contrato buída. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
no prazo e nas condições estabelecidos:
I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de clas-
sificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições
propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços
atualizados em conformidade com o instrumento convocatório;
II - revogar a licitação.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

SEÇÃO II § 6º Em havendo alteração do contrato que aumente os en-


DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS cargos do contratado, a empresa pública ou a sociedade de eco-
nomia mista deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio
Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos econômico-financeiro inicial.
incisos I a V do art. 43 contarão com cláusula que estabeleça a § 7º A variação do valor contratual para fazer face ao rea-
possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos se- juste de preços previsto no próprio contrato e as atualizações,
guintes casos: (Vide Lei nº 14.002, de 2020) compensações ou penalizações financeiras decorrentes das con-
I - quando houver modificação do projeto ou das especifica- dições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor
II - quando necessária a modificação do valor contratual em corrigido, não caracterizam alteração do contrato e podem ser
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu ob- registrados por simples apostila, dispensada a celebração de adi-
jeto, nos limites permitidos por esta Lei; tamento.
III - quando conveniente a substituição da garantia de exe- § 8º É vedada a celebração de aditivos decorrentes de even-
cução; tos supervenientes alocados, na matriz de riscos, como de res-
IV - quando necessária a modificação do regime de execução ponsabilidade da contratada.
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos con- SEÇÃO III
tratuais originários; DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
V - quando necessária a modificação da forma de pagamen-
to, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções
valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, administrativas a serem aplicadas em decorrência de atraso in-
com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspon- justificado na execução do contrato, sujeitando o contratado a
dente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório
obra ou serviço; ou no contrato. (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram § 1º A multa a que alude este artigo não impede que a em-
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da presa pública ou a sociedade de economia mista rescinda o con-
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou for- trato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
necimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico- § 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo,
-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos será descontada da garantia do respectivo contratado.
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculá- § 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
veis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua
ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmen-
configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. te devidos pela empresa pública ou pela sociedade de economia
§ 1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições mista ou, ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a em-
obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) presa pública ou a sociedade de economia mista poderá, garan-
do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de tida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cin- (Vide Lei nº 14.002, de 2020)
quenta por cento) para os seus acréscimos. I - advertência;
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os li- II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou
mites estabelecidos no § 1º, salvo as supressões resultantes de no contrato;
acordo celebrado entre os contratantes. III - suspensão temporária de participação em licitação e im-
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços pedimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo
unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante não superior a 2 (dois) anos.
acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia
§ 1º. prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua
§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmen-
o contratado já houver adquirido os materiais e posto no local te devidos pela empresa pública ou pela sociedade de economia
dos trabalhos, esses materiais deverão ser pagos pela empresa mista ou cobrada judicialmente.
pública ou sociedade de economia mista pelos custos de aqui- § 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão
sição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, ser aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo a defesa
podendo caber indenização por outros danos eventualmente de- prévia do interessado, no respectivo processo, ser apresentada
correntes da supressão, desde que regularmente comprovados. no prazo de 10 (dez) dias úteis.
§ 5º A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tribu- Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão
tos ou encargos legais, bem como a superveniência de disposi- também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em
ções legais, quando ocorridas após a data da apresentação da razão dos contratos regidos por esta Lei: (Vide Lei nº 14.002, de
proposta, com comprovada repercussão nos preços contratados, 2020)
implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por
o caso. meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tri-
butos;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os obje- Art. 87. O controle das despesas decorrentes dos contratos e
tivos da licitação; demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelos órgãos
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com do sistema de controle interno e pelo tribunal de contas com-
a empresa pública ou a sociedade de economia mista em virtude petente, na forma da legislação pertinente, ficando as empresas
de atos ilícitos praticados. públicas e as sociedades de economia mista responsáveis pela
demonstração da legalidade e da regularidade da despesa e da
CAPÍTULO III execução, nos termos da Constituição.
DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE § 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital
de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo
Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada
esferas de governo fiscalizarão as empresas públicas e as socie- para a ocorrência do certame, devendo a entidade julgar e res-
dades de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas ponder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da
domiciliadas no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade faculdade prevista no § 2º.
e à eficácia da aplicação de seus recursos, sob o ponto de vista § 2º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídi-
contábil, financeiro, operacional e patrimonial. ca poderá representar ao tribunal de contas ou aos órgãos inte-
§ 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata grantes do sistema de controle interno contra irregularidades na
o caput , os órgãos de controle deverão ter acesso irrestrito aos aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.
documentos e às informações necessários à realização dos traba- § 3º Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do siste-
lhos, inclusive aqueles classificados como sigilosos pela empresa ma de controle interno poderão solicitar para exame, a qualquer
pública ou pela sociedade de economia mista, nos termos da Lei tempo, documentos de natureza contábil, financeira, orçamen-
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 . tária, patrimonial e operacional das empresas públicas, das so-
§ 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empre- ciedades de economia mista e de suas subsidiárias no Brasil e no
sas públicas e sociedades de economia mista no ato de entrega exterior, obrigando-se, os jurisdicionados, à adoção das medidas
dos documentos e informações solicitados, tornando-se o órgão corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem
de controle com o qual foi compartilhada a informação sigilosa determinadas.
corresponsável pela manutenção do seu sigilo. Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia
§ 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capí- mista deverão disponibilizar para conhecimento público, por
tulo aplicar-se-ão, também, às empresas públicas e às socieda- meio eletrônico, informação completa mensalmente atualizada
des de economia mista de caráter e constituição transnacional no sobre a execução de seus contratos e de seu orçamento, admi-
que se refere aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, tindo-se retardo de até 2 (dois) meses na divulgação das infor-
independentemente de estarem incluídos ou não em seus res- mações.
pectivos atos e acordos constitutivos. § 1º A disponibilização de informações contratuais referen-
Art. 86. As informações das empresas públicas e das socieda- tes a operações de perfil estratégico ou que tenham por objeto
des de economia mista relativas a licitações e contratos, inclusive segredo industrial receberá proteção mínima necessária para
aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de lhes garantir confidencialidade.
dados eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos § 2º O disposto no § 1º não será oponível à fiscalização dos
órgãos de controle competentes. órgãos de controle interno e do tribunal de contas, sem prejuízo
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pú- da responsabilização administrativa, civil e penal do servidor que
blica e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no der causa à eventual divulgação dessas informações.
sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa
em formato eletrônico editável. pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a que se
§ 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, or- vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autono-
dinárias ou extraordinárias, dos conselhos de administração ou mia conferida pela lei específica que autorizou a criação da en-
fiscal das empresas públicas e das sociedades de economia mista, tidade supervisionada ou da autonomia inerente a sua natureza,
inclusive gravações e filmagens, quando houver, deverão ser dis- nem autoriza a ingerência do supervisor em sua administração e
ponibilizados para os órgãos de controle sempre que solicitados, funcionamento, devendo a supervisão ser exercida nos limites da
no âmbito dos trabalhos de auditoria. legislação aplicável.
§ 3º O acesso dos órgãos de controle às informações referi- Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle
das no caput e no § 2º será restrito e individualizado. não podem implicar interferência na gestão das empresas públi-
§ 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário, cas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem
estratégico, comercial ou industrial serão assim identificadas, ingerência no exercício de suas competências ou na definição de
respondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos políticas públicas.
danos causados à empresa pública ou à sociedade de economia
mista e a seus acionistas em razão de eventual divulgação inde- TÍTULO III
vida. DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§ 5º Os critérios para a definição do que deve ser considera-
do sigilo estratégico, comercial ou industrial serão estabelecidos Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista
em regulamento. constituídas anteriormente à vigência desta Lei deverão, no pra-
zo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações neces-
sárias à adequação ao disposto nesta Lei.
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 1º A sociedade de economia mista que tiver capital fecha-


do na data de entrada em vigor desta Lei poderá, observado o LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013 (DISPÕE SOBRE A
prazo estabelecido no caput , ser transformada em empresa pú- EXPLORAÇÃO DIRETA E INDIRETA PELA UNIÃO DE PORTOS
blica, mediante resgate, pela empresa, da totalidade das ações E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E SOBRE AS ATIVIDADES DE-
de titularidade de acionistas privados, com base no valor de pa- SEMPENHADAS PELOS OPERADORES PORTUÁRIOS)
trimônio líquido constante do último balanço aprovado pela as-
sembleia-geral.
§ 2º (VETADO). LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013.
§ 3º Permanecem regidos pela legislação anterior procedi-
mentos licitatórios e contratos iniciados ou celebrados até o final Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de
do prazo previsto no caput . portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempe-
Art. 92. O Registro Público de Empresas Mercantis e Ativida- nhadas pelos operadores portuários; altera as Leis nºs 5.025,
des Afins manterá banco de dados público e gratuito, disponível de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683,
na internet, contendo a relação de todas as empresas públicas e de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e
as sociedades de economia mista. 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nºs 8.630, de 25
Parágrafo único. É a União proibida de realizar transferência de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e
voluntária de recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municí- dispositivos das Leis nºs 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518,
pios que não fornecerem ao Registro Público de Empresas Mer- de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências.
cantis e Atividades Afins as informações relativas às empresas
públicas e às sociedades de economia mista a eles vinculadas. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Art. 93. As despesas com publicidade e patrocínio da empre- Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
sa pública e da sociedade de economia mista não ultrapassarão,
em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos por cento) da CAPÍTULO I
receita operacional bruta do exercício anterior. DEFINIÇÕES E OBJETIVOS
§ 1º O limite disposto no caput poderá ser ampliado, até o
limite de 2% (dois por cento) da receita bruta do exercício ante- Art. 1º Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou in-
rior, por proposta da diretoria da empresa pública ou da socie- diretamente, dos portos e instalações portuárias e as atividades
dade de economia mista justificada com base em parâmetros de desempenhadas pelos operadores portuários.
mercado do setor específico de atuação da empresa ou da so- § 1º A exploração indireta do porto organizado e das instala-
ciedade e aprovada pelo respectivo Conselho de Administração. ções portuárias nele localizadas ocorrerá mediante concessão e
§ 2º É vedado à empresa pública e à sociedade de economia arrendamento de bem público.
mista realizar, em ano de eleição para cargos do ente federativo § 2º A exploração indireta das instalações portuárias localiza-
a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio das fora da área do porto organizado ocorrerá mediante autoriza-
que excedam a média dos gastos nos 3 (três) últimos anos que ção, nos termos desta Lei.
antecedem o pleito ou no último ano imediatamente anterior à § 3º As concessões, os arrendamentos e as autorizações de
eleição. que trata esta Lei serão outorgados a pessoa jurídica que de-
Art. 94. Aplicam-se à empresa pública, à sociedade de eco- monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
nomia mista e às suas subsidiárias as sanções previstas na Lei nº Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
12.846, de 1º de agosto de 2013 , salvo as previstas nos incisos II, I - porto organizado: bem público construído e aparelhado
III e IV do caput do art. 19 da referida Lei . para atender a necessidades de navegação, de movimentação de
Art. 95. A estratégia de longo prazo prevista no art. 23 de- passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercado-
verá ser aprovada em até 180 (cento e oitenta) dias da data de rias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição
publicação da presente Lei. de autoridade portuária;
Art. 96. Revogam-se: II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Po-
I - o § 2º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961 , der Executivo que compreende as instalações portuárias e a in-
com a redação dada pelo art. 19 da Lei nº 11.943, de 28 de maio fraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado;
de 2009; III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora
II - os arts. 67 e 68 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997 . da área do porto organizado e utilizada em movimentação de
Art. 97. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercado-
rias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
Brasília, 30 de junho de 2016; 195º da Independência e 128º IV - terminal de uso privado: instalação portuária explorada
da República. mediante autorização e localizada fora da área do porto organi-
zado;
V - estação de transbordo de cargas: instalação portuária ex-
plorada mediante autorização, localizada fora da área do porto
organizado e utilizada exclusivamente para operação de trans-
bordo de mercadorias em embarcações de navegação interior ou
cabotagem;

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

VI - instalação portuária pública de pequeno porte: instala- CAPÍTULO II


ção portuária explorada mediante autorização, localizada fora do DA CONCESSÃO DE PORTO ORGANIZADO, DO
porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou ARRENDAMENTO E DO USO TEMPORÁRIO DE
mercadorias em embarcações de navegação interior; INSTALAÇÃO PORTUÁRI
VII - instalação portuária de turismo: instalação portuária ex- (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 14.047, DE 2020)
plorada mediante arrendamento ou autorização e utilizada em
embarque, desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes e SEÇÃO I
bagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento de DA CONCESSÃO DE PORTO ORGANIZADO E DO
embarcações de turismo; ARRENDAMENTO DE INSTALAÇÃO PORTUÁRIA
VIII - (VETADO):
a) (VETADO); SUBSEÇÃO I
b) (VETADO); e DA CONCESSÃO DE PORTO ORGANIZADO
c) (VETADO); (INCLUÍDO PELA LEI Nº 14.047, DE 2020)
IX - concessão: cessão onerosa do porto organizado, com
vistas à administração e à exploração de sua infraestrutura por Art. 4º A concessão de bem público destinado à exploração
prazo determinado; do porto organizado será realizada mediante a celebração de
X - delegação: transferência, mediante convênio, da adminis- contrato, sempre precedida de licitação, em conformidade com o
tração e da exploração do porto organizado para Municípios ou disposto nesta Lei e no seu regulamento. (Redação dada pela
Estados, ou a consórcio público, nos termos da Lei nº 9.277, de Lei nº 14.047, de 2020)
10 de maio de 1996 ; Art. 5º São essenciais aos contratos de concessão as cláusu-
XI - arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura las relativas: (Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020)
públicas localizadas dentro do porto organizado, para exploração I - ao objeto, à área e ao prazo;
por prazo determinado; II - ao modo, forma e condições da exploração do porto orga-
XII - autorização: outorga de direito à exploração de instala- nizado ou instalação portuária;
ção portuária localizada fora da área do porto organizado e for- III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros defini-
malizada mediante contrato de adesão; e dores da qualidade da atividade prestada, assim como às metas e
XIII - operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada prazos para o alcance de determinados níveis de serviço;
para exercer as atividades de movimentação de passageiros ou IV - ao valor do contrato, às tarifas praticadas e aos critérios
movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou e procedimentos de revisão e reajuste;
provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto V - aos investimentos de responsabilidade do contratado;
organizado. VI - aos direitos e deveres dos usuários, com as obrigações
Art. 3º A exploração dos portos organizados e instalações correlatas do contratado e as sanções respectivas;
portuárias, com o objetivo de aumentar a competitividade e o VII - às responsabilidades das partes;
desenvolvimento do País, deve seguir as seguintes diretrizes: VIII - à reversão de bens;
I - expansão, modernização e otimização da infraestrutura e IX - aos direitos, garantias e obrigações do contratante e do
da superestrutura que integram os portos organizados e instala- contratado, inclusive os relacionados a necessidades futuras de
ções portuárias; suplementação, alteração e expansão da atividade e consequen-
II - garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e pre- te modernização, aperfeiçoamento e ampliação das instalações;
ços praticados no setor, da qualidade da atividade prestada e da X - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos
efetividade dos direitos dos usuários; e dos métodos e práticas de execução das atividades, bem como à
III - estímulo à modernização e ao aprimoramento da gestão indicação dos órgãos ou entidades competentes para exercê-las;
dos portos organizados e instalações portuárias, à valorização e XI - às garantias para adequada execução do contrato;
à qualificação da mão de obra portuária e à eficiência das ativi- XII - à responsabilidade do titular da instalação portuária
dades prestadas; pela inexecução ou deficiente execução das atividades;
IV - promoção da segurança da navegação na entrada e na XIII - às hipóteses de extinção do contrato;
saída das embarcações dos portos; (Redação dada pela Lei nº XIV - à obrigatoriedade da prestação de informações de in-
14.047, de 2020) teresse do poder concedente, da Agência Nacional de Transpor-
V - estímulo à concorrência, por meio do incentivo à partici- tes Aquaviários - ANTAQ e das demais autoridades que atuam
pação do setor privado e da garantia de amplo acesso aos portos no setor portuário, inclusive as de interesse específico da Defesa
organizados, às instalações e às atividades portuárias; e (Reda- Nacional, para efeitos de mobilização;
ção dada pela Lei nº 14.047, de 2020) XV - à adoção e ao cumprimento das medidas de fiscalização
VI - liberdade de preços nas operações portuárias, reprimi- aduaneira de mercadorias, veículos e pessoas;
dos qualquer prática prejudicial à competição e o abuso do poder XVI - ao acesso ao porto organizado ou à instalação portuária
econômico. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) pelo poder concedente, pela Antaq e pelas demais autoridades
que atuam no setor portuário;
XVII - às penalidades e sua forma de aplicação; e
XVIII - ao foro.
§ 1º (VETADO).

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 2º Findo o prazo dos contratos, os bens vinculados à con- SUBSEÇÃO III


cessão ou ao arrendamento reverterão ao patrimônio da União, DO USO TEMPORÁRIO E DAS LICITAÇÕES
na forma prevista no contrato. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 14.047, DE 2020)
Art. 5º-A. Os contratos celebrados entre a concessionária e
terceiros, inclusive os que tenham por objeto a exploração das Art. 5º-D. A administração do porto organizado poderá pac-
instalações portuárias, serão regidos pelas normas de direito pri- tuar com o interessado na movimentação de cargas com mercado
vado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os não consolidado o uso temporário de áreas e instalações portuá-
terceiros e o poder concedente, sem prejuízo das atividades re- rias localizadas na poligonal do porto organizado, dispensada a
gulatória e fiscalizatória da Antaq. (Incluído pela Lei nº 14.047, realização de licitação. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)
de 2020) § 1º O contrato de uso temporário terá o prazo improrro-
gável de até 48 (quarenta e oito) meses. (Incluído pela Lei nº
SUBSEÇÃO II 14.047, de 2020)
DO ARRENDAMENTO DE INSTALAÇÃO PORTUÁRIA § 2º Na hipótese de haver mais de um interessado na utili-
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 14.047, DE 2020) zação de áreas e instalações portuárias e inexistir disponibilidade
física para alocar todos os interessados concomitantemente, a
Art. 5º-B. O arrendamento de bem público destinado à ativi- administração do porto organizado promoverá processo seletivo
dade portuária será realizado mediante a celebração de contrato, simplificado para a escolha do projeto que melhor atenda ao in-
precedida de licitação, em conformidade com o disposto nesta teresse público e do porto, assegurados os princípios da isonomia
Lei e no seu regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) e da impessoalidade na realização do certame. (Incluído pela
Parágrafo único. Poderá ser dispensada a realização da lici- Lei nº 14.047, de 2020)
tação de área no porto organizado, nos termos do regulamento, § 3º Os investimentos vinculados ao contrato de uso tempo-
quando for comprovada a existência de um único interessado em rário ocorrerão exclusivamente a expensas do interessado, sem
sua exploração e estiverem presentes os seguintes requisitos: direito a indenização de qualquer natureza. (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) nº 14.047, de 2020)
I - realização de chamamento público pela autoridade por- § 4º Após 24 (vinte e quatro) meses de eficácia do uso tem-
tuária com vistas a identificar interessados na exploração econô- porário da área e da instalação portuária, ou, em prazo inferior,
mica da área; e (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) por solicitação do contratado, e verificada a viabilidade do uso da
II - conformidade com o plano de desenvolvimento e zonea- área e da instalação, a administração do porto organizado ado-
mento do porto (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) tará as medidas necessárias ao encaminhamento de proposta de
Art. 5º-C. São essenciais aos contratos de arrendamento as licitação da área e das instalações existentes. (Incluído pela
cláusulas relativas: (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) Lei nº 14.047, de 2020)
I - ao objeto, à área e ao prazo; (Incluído pela Lei nº 14.047, § 5º Decreto regulamentador disporá sobre os termos, os
de 2020) procedimentos e as condições para o uso temporário de áreas e
II - ao modo, à forma e às condições da exploração da instala- instalações portuárias localizadas na poligonal do porto organiza-
ção portuária; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) do. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)
III - ao valor do contrato e aos critérios e procedimentos de Art. 6º Nas licitações dos contratos de concessão e arrenda-
revisão e reajuste; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) mento, serão considerados como critérios para julgamento, de
IV - aos investimentos de responsabilidade do contratado; forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimenta-
(Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) ção, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentação de car-
V - às responsabilidades das partes; (Incluído pela Lei nº ga, e outros estabelecidos no edital, na forma do regulamento.
14.047, de 2020) § 1º As licitações de que trata este artigo poderão ser realiza-
VI - aos direitos, às garantias e às obrigações do contratante e das na modalidade leilão, conforme regulamento.
do contratado; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) § 2º Compete à Antaq, com base nas diretrizes do poder con-
VII - à responsabilidade do titular da instalação portuária cedente, realizar os procedimentos licitatórios de que trata este
pela inexecução ou deficiente execução das atividades; (Incluí- artigo.
do pela Lei nº 14.047, de 2020) § 3º Os editais das licitações de que trata este artigo serão
VIII - às hipóteses de extinção do contrato; (Incluído pela elaborados pela Antaq, observadas as diretrizes do poder con-
Lei nº 14.047, de 2020) cedente.
IX - à obrigatoriedade da prestação de informações de inte- § 4º (VETADO).
resse do poder concedente, da Antaq e das demais autoridades § 5º Sem prejuízo das diretrizes previstas no art. 3º , o poder
que atuam no setor portuário, inclusive as de interesse específico concedente poderá determinar a transferência das competências
da defesa nacional, para efeitos de mobilização; (Incluído pela de elaboração do edital e a realização dos procedimentos licitató-
Lei nº 14.047, de 2020) rios de que trata este artigo à Administração do Porto, delegado
X - ao acesso à instalação portuária pelo poder concedente, ou não.
pela Antaq e pelas demais autoridades que atuam no setor por- § 6º O poder concedente poderá autorizar, mediante reque-
tuário; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) rimento do arrendatário, na forma do regulamento, expansão da
XI - às penalidades e sua forma de aplicação; e (Incluído área arrendada para área contígua dentro da poligonal do porto
pela Lei nº 14.047, de 2020) organizado, sempre que a medida trouxer comprovadamente efi-
XII - ao foro. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) ciência na operação portuária.

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 7º A Antaq poderá disciplinar a utilização em caráter ex- Parágrafo único. O interessado em autorização de instalação
cepcional, por qualquer interessado, de instalações portuárias portuária deverá apresentar título de propriedade, inscrição de
arrendadas ou exploradas pela concessionária, assegurada a re- ocupação, certidão de aforamento, cessão de direito real ou ou-
muneração adequada ao titular do contrato. tro instrumento jurídico que assegure o direito de uso e fruição
do respectivo terreno, além de outros documentos previstos no
SEÇÃO II instrumento de abertura.
DA AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS Art. 12. Encerrado o processo de chamada ou anúncio públi-
co, o poder concedente deverá analisar a viabilidade locacional
Art. 8º Serão exploradas mediante autorização, precedida de das propostas e sua adequação às diretrizes do planejamento e
chamada ou anúncio públicos e, quando for o caso, processo se- das políticas do setor portuário.
letivo público, as instalações portuárias localizadas fora da área § 1º Observado o disposto no regulamento, poderão ser
do porto organizado, compreendendo as seguintes modalidades: expedidas diretamente as autorizações de instalação portuária
I - terminal de uso privado; quando:
II - estação de transbordo de carga; I - o processo de chamada ou anúncio público seja concluído
III - instalação portuária pública de pequeno porte; com a participação de um único interessado; ou
IV - instalação portuária de turismo; II - havendo mais de uma proposta, não haja impedimento
V - (VETADO). locacional à implantação de todas elas de maneira concomitante.
§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de § 2º Havendo mais de uma proposta e impedimento locacio-
adesão, que conterá as cláusulas essenciais previstas no caput nal que inviabilize sua implantação de maneira concomitante, a
do art. 5º-C desta Lei, com exceção da cláusula prevista em seu Antaq deverá promover processo seletivo público, observados os
inciso III. (Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020) princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida-
§ 2º A autorização de instalação portuária terá prazo de até de e eficiência.
25 (vinte e cinco) anos, prorrogável por períodos sucessivos, des- § 3º O processo seletivo público de que trata o § 2º atenderá
de que: ao disposto no regulamento e considerará como critério de julga-
I - a atividade portuária seja mantida; e mento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de
II - o autorizatário promova os investimentos necessários movimentação, a menor tarifa ou o menor tempo de movimenta-
para a expansão e modernização das instalações portuárias, na ção de carga, e outros estabelecidos no edital.
forma do regulamento. § 4º Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as
§ 3º A Antaq adotará as medidas para assegurar o cumpri- instalações portuárias compatíveis com as diretrizes do planeja-
mento dos cronogramas de investimento previstos nas autori- mento e das políticas do setor portuário, na forma do caput .
zações e poderá exigir garantias ou aplicar sanções, inclusive a Art. 13. A Antaq poderá disciplinar as condições de acesso,
cassação da autorização. por qualquer interessado, em caráter excepcional, às instalações
§ 4º (VETADO). portuárias autorizadas, assegurada remuneração adequada ao ti-
Art. 9º Os interessados em obter a autorização de instalação tular da autorização.
portuária poderão requerê-la à Antaq a qualquer tempo, na for-
ma do regulamento. SEÇÃO III
§ 1º Recebido o requerimento de autorização de instalação DOS REQUISITOS PARA A INSTALAÇÃO DOS PORTOS E
portuária, a Antaq deverá: INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
I - publicar o extrato do requerimento, inclusive na internet;
e Art. 14. A celebração do contrato de concessão ou arrenda-
II - promover a abertura de processo de anúncio público, com mento e a expedição de autorização serão precedidas de:
prazo de 30 (trinta) dias, para identificar a existência de outros I - consulta à autoridade aduaneira;
interessados na obtenção de autorização de instalação portuária II - consulta ao respectivo poder público municipal; e
na mesma região e com características semelhantes. III - emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência
§ 2º (VETADO). para os estudos ambientais com vistas ao licenciamento.
§ 3º (VETADO).
Art. 10. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a SEÇÃO IV
qualquer momento e em consonância com as diretrizes do pla- DA DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PORTO ORGANIZADO
nejamento e das políticas do setor portuário, a abertura de pro-
cesso de chamada pública para identificar a existência de inte- Art. 15. Ato do Presidente da República disporá sobre a de-
ressados na obtenção de autorização de instalação portuária, na finição da área dos portos organizados, a partir de proposta da
forma do regulamento e observado o prazo previsto no inciso II Secretaria de Portos da Presidência da República.
do § 1º do art. 9º . Parágrafo único. A delimitação da área deverá considerar a
Art. 11. O instrumento da abertura de chamada ou anúncio adequação dos acessos marítimos e terrestres, os ganhos de efi-
público indicará obrigatoriamente os seguintes parâmetros: ciência e competitividade decorrente da escala das operações e
I - a região geográfica na qual será implantada a instalação as instalações portuárias já existentes.
portuária;
II - o perfil das cargas a serem movimentadas; e
III - a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser
movimentado nas instalações portuárias.
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177
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

CAPÍTULO III IX - autorizar a movimentação de carga das embarcações,


DO PODER CONCEDENTE ressalvada a competência da autoridade marítima em situações
de assistência e salvamento de embarcação, ouvidas as demais
Art. 16. Ao poder concedente compete: autoridades do porto;
I - elaborar o planejamento setorial em conformidade com as X - suspender operações portuárias que prejudiquem o
políticas e diretrizes de logística integrada; funcionamento do porto, ressalvados os aspectos de interesse
II - definir as diretrizes para a realização dos procedimentos da autoridade marítima responsável pela segurança do tráfego
licitatórios, das chamadas públicas e dos processos seletivos de aquaviário;
que trata esta Lei, inclusive para os respectivos editais e instru- XI - reportar infrações e representar perante a Antaq, visando
mentos convocatórios; à instauração de processo administrativo e aplicação das penali-
III - celebrar os contratos de concessão e arrendamento e dades previstas em lei, em regulamento e nos contratos;
expedir as autorizações de instalação portuária, devendo a Antaq XII - adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades
fiscalizá-los em conformidade com o disposto na Lei nº 10.233, de no porto;
5 de junho de 2001; e XIII - prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de
IV - estabelecer as normas, os critérios e os procedimentos autoridade portuária e ao órgão de gestão de mão de obra;
para a pré-qualificação dos operadores portuários. XIV - estabelecer o horário de funcionamento do porto, ob-
§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, o poder concedente servadas as diretrizes da Secretaria de Portos da Presidência da
poderá celebrar convênios ou instrumentos congêneres de coo- República, e as jornadas de trabalho no cais de uso público; e
peração técnica e administrativa com órgãos e entidades da ad- XV - organizar a guarda portuária, em conformidade com a
ministração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos regulamentação expedida pelo poder concedente.
Municípios, inclusive com repasse de recursos. § 2º A autoridade portuária elaborará e submeterá à aprova-
§ 2º No exercício da competência prevista no inciso II do ção da Secretaria de Portos da Presidência da República o respec-
caput , o poder concedente deverá ouvir previamente a Agência tivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis sempre que § 3º O disposto nos incisos IX e X do § 1º não se aplica à em-
a licitação, a chamada pública ou o processo seletivo envolver barcação militar que não esteja praticando comércio.
instalações portuárias voltadas à movimentação de petróleo, gás § 4º A autoridade marítima responsável pela segurança do
natural, seus derivados e biocombustíveis. tráfego pode intervir para assegurar aos navios da Marinha do
Brasil a prioridade para atracação no porto.
CAPÍTULO IV § 5º (VETADO).
DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO ORGANIZADO Art. 18. Dentro dos limites da área do porto organizado, com-
pete à administração do porto:
SEÇÃO I I - sob coordenação da autoridade marítima:
DAS COMPETÊNCIAS a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de
acesso e da bacia de evolução do porto;
Art. 17. A administração do porto é exercida diretamente b) delimitar as áreas de fundeadouro, de fundeio para carga
pela União, pela delegatária ou pela entidade concessionária do e descarga, de inspeção sanitária e de polícia marítima;
porto organizado. c) delimitar as áreas destinadas a navios de guerra e subma-
§ 1º Compete à administração do porto organizado, denomi- rinos, plataformas e demais embarcações especiais, navios em
nada autoridade portuária: reparo ou aguardando atracação e navios com cargas inflamáveis
I - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os con- ou explosivas;
tratos de concessão; d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos
II - assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melho- navios, em função dos levantamentos batimétricos efetuados sob
ramento e aparelhamento do porto ao comércio e à navegação; sua responsabilidade; e
III - pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com e) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimen-
as normas estabelecidas pelo poder concedente; sões máximas dos navios que trafegarão, em função das limita-
IV - arrecadar os valores das tarifas relativas às suas ativida- ções e características físicas do cais do porto;
des; II - sob coordenação da autoridade aduaneira:
V - fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, a) delimitar a área de alfandegamento; e
ampliação, melhoramento e conservação das instalações portuá- b) organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veículos,
rias; unidades de cargas e de pessoas.
VI - fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização Art. 19. A administração do porto poderá, a critério do poder
das atividades com regularidade, eficiência, segurança e respeito concedente, explorar direta ou indiretamente áreas não afetas às
ao meio ambiente; operações portuárias, observado o disposto no respectivo Plano
VII - promover a remoção de embarcações ou cascos de em- de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.
barcações que possam prejudicar o acesso ao porto; Parágrafo único. O disposto no caput não afasta a aplicação
VIII - autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desa- das normas de licitação e contratação pública quando a adminis-
tracação, o fundeio e o tráfego de embarcação na área do porto, tração do porto for exercida por órgão ou entidade sob controle
ouvidas as demais autoridades do porto; estatal.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 20. Será instituído em cada porto organizado um conse- VII - autorizar a remoção de mercadorias da área portuária
lho de autoridade portuária, órgão consultivo da administração para outros locais, alfandegados ou não, nos casos e na forma
do porto. prevista na legislação aduaneira;
§ 1º O regulamento disporá sobre as atribuições, o funcio- VIII - administrar a aplicação de regimes suspensivos, exone-
namento e a composição dos conselhos de autoridade portuária, rativos ou devolutivos de tributos às mercadorias importadas ou
assegurada a participação de representantes da classe empresa- a exportar;
rial, dos trabalhadores portuários e do poder público. IX - assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou con-
§ 2º A representação da classe empresarial e dos trabalhado- venções internacionais no plano aduaneiro; e
res no conselho a que alude o caput será paritária. X - zelar pela observância da legislação aduaneira e pela de-
§ 3º A distribuição das vagas no conselho a que alude o caput fesa dos interesses fazendários nacionais.
observará a seguinte proporção: § 1º No exercício de suas atribuições, a autoridade aduanei-
I - 50% (cinquenta por cento) de representantes do poder ra terá livre acesso a quaisquer dependências do porto ou insta-
público; lação portuária, às embarcações atracadas ou não e aos locais
II - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele
empresarial; e destinadas.
III - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe § 2º No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira
trabalhadora. poderá, sempre que julgar necessário, requisitar documentos e
Art. 21. Fica assegurada a participação de um representante informações e o apoio de força pública federal, estadual ou mu-
da classe empresarial e outro da classe trabalhadora no conselho nicipal.
de administração ou órgão equivalente da administração do por-
to, quando se tratar de entidade sob controle estatal, na forma CAPÍTULO V
do regulamento. DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA
Parágrafo único. A indicação dos representantes das classes
empresarial e trabalhadora a que alude o caput será feita pelos Art. 25. A pré-qualificação do operador portuário será efe-
respectivos representantes no conselho de autoridade portuária. tuada perante a administração do porto, conforme normas esta-
Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidência da República belecidas pelo poder concedente.
coordenará a atuação integrada dos órgãos e entidades públicos § 1º As normas de pré-qualificação devem obedecer aos
nos portos organizados e instalações portuárias, com a finalidade princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida-
de garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos ter- de e eficiência.
mos do regulamento. § 2º A administração do porto terá prazo de 30 (trinta) dias,
contado do pedido do interessado, para decidir sobre a pré-qua-
SEÇÃO II lificação.
DA ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA NOS PORTOS § 3º Em caso de indeferimento do pedido mencionado no §
ORGANIZADOS E NAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS 2º , caberá recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, dirigido à Secre-
ALFANDEGADAS taria de Portos da Presidência da República, que deverá apreciá-
-lo no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do regulamento.
Art. 23. A entrada ou a saída de mercadorias procedentes § 4º Considera-se pré-qualificada como operador portuário a
do exterior ou a ele destinadas somente poderá efetuar-se em administração do porto.
portos ou instalações portuárias alfandegados. Art. 26. O operador portuário responderá perante:
Parágrafo único. O alfandegamento de portos organizados e I - a administração do porto pelos danos culposamente cau-
instalações portuárias destinados à movimentação e armazena- sados à infraestrutura, às instalações e ao equipamento de que a
gem de mercadorias importadas ou à exportação será efetuado administração do porto seja titular, que se encontre a seu serviço
após cumpridos os requisitos previstos na legislação específica. ou sob sua guarda;
Art. 24. Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio II - o proprietário ou consignatário da mercadoria pelas per-
das repartições aduaneiras: das e danos que ocorrerem durante as operações que realizar ou
I - cumprir e fazer cumprir a legislação que regula a entrada, em decorrência delas;
a permanência e a saída de quaisquer bens ou mercadorias do III - o armador pelas avarias ocorridas na embarcação ou na
País; mercadoria dada a transporte;
II - fiscalizar a entrada, a permanência, a movimentação e a IV - o trabalhador portuário pela remuneração dos serviços
saída de pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias, sem prestados e respectivos encargos;
prejuízo das atribuições das outras autoridades no porto; V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso
III - exercer a vigilância aduaneira e reprimir o contrabando pelas contribuições não recolhidas;
e o descaminho, sem prejuízo das atribuições de outros órgãos; VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos
IV - arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exte- incidentes sobre o trabalho portuário avulso; e
rior; VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a
V - proceder ao despacho aduaneiro na importação e na ex- controle aduaneiro, no período em que lhe estejam confiadas ou
portação; quando tenha controle ou uso exclusivo de área onde se encon-
VI - proceder à apreensão de mercadoria em situação irregu- trem depositadas ou devam transitar.
lar, nos termos da legislação fiscal;

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Parágrafo único. Compete à administração do porto respon- II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador
der pelas mercadorias a que se referem os incisos II e VII do caput portuário e o registro do trabalhador portuário avulso;
quando estiverem em área por ela controlada e após o seu rece- III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador por-
bimento, conforme definido pelo regulamento de exploração do tuário, inscrevendo-o no cadastro;
porto. IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;
Art. 27. As atividades do operador portuário estão sujeitas às V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade
normas estabelecidas pela Antaq. para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso;
§ 1º O operador portuário é titular e responsável pela coor- VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador
denação das operações portuárias que efetuar. portuário; e
§ 2º A atividade de movimentação de carga a bordo da em- VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos
barcação deve ser executada de acordo com a instrução de seu pelos operadores portuários relativos à remuneração do traba-
comandante ou de seus prepostos, responsáveis pela segurança lhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais,
da embarcação nas atividades de arrumação ou retirada da carga, sociais e previdenciários.
quanto à segurança da embarcação. Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou con-
Art. 28. É dispensável a intervenção de operadores portuá- venção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de
rios em operações: serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e
I - que, por seus métodos de manipulação, suas caracterís- dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho
ticas de automação ou mecanização, não requeiram a utilização no porto.
de mão de obra ou possam ser executadas exclusivamente pela Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do tra-
tripulação das embarcações; balho portuário avulso:
II - de embarcações empregadas: I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em
a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, lei, contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho, no caso
executadas direta ou indiretamente pelo poder público; de transgressão disciplinar, as seguintes penalidades:
b) no transporte de gêneros de pequena lavoura e da pesca, a) repreensão verbal ou por escrito;
para abastecer mercados de âmbito municipal; b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trin-
c) na navegação interior e auxiliar; ta) dias; ou
d) no transporte de mercadorias líquidas a granel; e c) cancelamento do registro;
e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a II - promover:
carga ou descarga for feita por aparelhos mecânicos automáticos, a) a formação profissional do trabalhador portuário e do
salvo quanto às atividades de rechego; trabalhador portuário avulso, adequando-a aos modernos pro-
III - relativas à movimentação de: cessos de movimentação de carga e de operação de aparelhos e
a) cargas em área sob controle militar, quando realizadas por equipamentos portuários;
pessoal militar ou vinculado a organização militar; b) o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e
b) materiais por estaleiros de construção e reparação naval; e do trabalhador portuário avulso; e
c) peças sobressalentes, material de bordo, mantimentos e c) a criação de programas de realocação e de cancelamento
abastecimento de embarcações; e do registro, sem ônus para o trabalhador;
IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustíveis e lu- III - arrecadar e repassar aos beneficiários contribuições des-
brificantes para a navegação. tinadas a incentivar o cancelamento do registro e a aposentado-
Parágrafo único. (VETADO). ria voluntária;
Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores portuá- IV - arrecadar as contribuições destinadas ao custeio do ór-
rios avulsos, registrados de acordo com esta Lei, poderão estabe- gão;
lecer-se como operadores portuários. V - zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no tra-
Art. 30. A operação portuária em instalações localizadas fora balho portuário avulso; e
da área do porto organizado será disciplinada pelo titular da res- VI - submeter à administração do porto propostas para apri-
pectiva autorização, observadas as normas estabelecidas pelas moramento da operação portuária e valorização econômica do
autoridades marítima, aduaneira, sanitária, de saúde e de polícia porto.
marítima. § 1º O órgão não responde por prejuízos causados pelos tra-
Art. 31. O disposto nesta Lei não prejudica a aplicação das balhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços
demais normas referentes ao transporte marítimo, inclusive as ou a terceiros.
decorrentes de convenções internacionais ratificadas, enquanto § 2º O órgão responde, solidariamente com os operadores
vincularem internacionalmente o País. portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário
avulso e pelas indenizações decorrentes de acidente de trabalho .
CAPÍTULO VI § 3º O órgão pode exigir dos operadores portuários garantia
DO TRABALHO PORTUÁRIO prévia dos respectivos pagamentos, para atender a requisição de
trabalhadores portuários avulsos.
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada § 4º As matérias constantes nas alíneas a e b do inciso II des-
porto organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho te artigo serão discutidas em fórum permanente, composto, em
portuário, destinado a: caráter paritário, por representantes do governo e da sociedade
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalha- civil.
dor portuário e do trabalhador portuário avulso;
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 5º A representação da sociedade civil no fórum previsto no conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem
§ 4º será paritária entre trabalhadores e empresários. como o carregamento e descarga de embarcações, quando efe-
Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e tuados por aparelhamento portuário;
33 pelo órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos
avulso não implica vínculo empregatício com trabalhador portuá- conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxilia-
rio avulso. res, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação,
Art. 35. O órgão de gestão de mão de obra pode ceder tra- bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com
balhador portuário avulso, em caráter permanente, ao operador equipamentos de bordo;
portuário. III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação
Art. 36. A gestão da mão de obra do trabalho portuário avul- de suas características, procedência ou destino, verificação do
so deve observar as normas do contrato, convenção ou acordo estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do
coletivo de trabalho. manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carre-
Art. 37. Deve ser constituída, no âmbito do órgão de gestão gamento e descarga de embarcações;
de mão de obra, comissão paritária para solucionar litígios decor- IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens
rentes da aplicação do disposto nos arts. 32, 33 e 35. de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de
§ 1º Em caso de impasse, as partes devem recorrer à arbitra- embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimba-
gem de ofertas finais. gem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior
§ 2º Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a recomposição;
desistência de qualquer das partes. V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da
§ 3º Os árbitros devem ser escolhidos de comum acordo en- entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas
tre as partes, e o laudo arbitral proferido para solução da pen- ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de merca-
dência constitui título executivo extrajudicial. dorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em
§ 4º As ações relativas aos créditos decorrentes da relação outros locais da embarcação; e
de trabalho avulso prescrevem em 5 (cinco) anos até o limite de VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarca-
2 (dois) anos após o cancelamento do registro ou do cadastro no ções mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferru-
órgão gestor de mão de obra. gem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.
Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá obrigatoria- § 2º A contratação de trabalhadores portuários de capatazia,
mente 1 (um) conselho de supervisão e 1 (uma) diretoria execu- bloco, estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância
tiva. de embarcações com vínculo empregatício por prazo indetermi-
§ 1º O conselho de supervisão será composto por 3 (três) nado será feita exclusivamente dentre trabalhadores portuários
membros titulares e seus suplentes, indicados na forma do regu- avulsos registrados.
lamento, e terá como competência: § 3º O operador portuário, nas atividades a que alude o
I - deliberar sobre a matéria contida no inciso V do caput do caput , não poderá locar ou tomar mão de obra sob o regime de
art. 32; trabalho temporário de que trata a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro
II - editar as normas a que se refere o art. 42; e de 1974.
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer § 4º As categorias previstas no caput constituem categorias
tempo, os livros e papéis do órgão e solicitar informações sobre profissionais diferenciadas.
quaisquer atos praticados pelos diretores ou seus prepostos. § 5º Desde que possuam a qualificação necessária, os tra-
§ 2º A diretoria executiva será composta por 1 (um) ou mais balhadores portuários avulsos registrados e cadastrados poderão
diretores, designados e destituíveis na forma do regulamento, desempenhar quaisquer das atividades de que trata o § 1º, veda-
cujo prazo de gestão será de 3 (três) anos, permitida a redesig- da a exigência de novo registro ou cadastro específico, indepen-
nação. dentemente de acordo ou convenção coletiva. (Incluído pela
§ 3º Até 1/3 (um terço) dos membros do conselho de super- Medida Provisória nº 945, de 2020).
visão poderá ser designado para cargos de diretores. § 5º Desde que possuam a qualificação necessária, os tra-
§ 4º No silêncio do estatuto ou contrato social, competirá a balhadores portuários avulsos registrados e cadastrados poderão
qualquer diretor a representação do órgão e a prática dos atos desempenhar quaisquer das atividades de que trata o § 1º deste
necessários ao seu funcionamento regular. artigo, vedada a exigência de novo registro ou cadastro específi-
Art. 39. O órgão de gestão de mão de obra é reputado de co, independentemente de acordo ou convenção coletiva. (In-
utilidade pública, sendo-lhe vedado ter fins lucrativos, prestar cluído pela Lei nº 14.047, de 2020)
serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não vinculada Art. 41. O órgão de gestão de mão de obra:
à gestão de mão de obra. I - organizará e manterá cadastro de trabalhadores portuá-
Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferên- rios habilitados ao desempenho das atividades referidas no § 1º
cia de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarca- do art. 40; e
ções, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores II - organizará e manterá o registro dos trabalhadores portuá-
portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e rios avulsos.
por trabalhadores portuários avulsos. § 1º A inscrição no cadastro do trabalhador portuário depen-
§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se: derá exclusivamente de prévia habilitação profissional do traba-
I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias lhador interessado, mediante treinamento realizado em entidade
nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimen- indicada pelo órgão de gestão de mão de obra.
to, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

§ 2º O ingresso no registro do trabalhador portuário avulso § 1º Serão reunidos em um único processo os diversos au-
depende de prévia seleção e inscrição no cadastro de que trata tos ou representações de infração continuada, para aplicação da
o inciso I do caput , obedecidas a disponibilidade de vagas e a pena.
ordem cronológica de inscrição no cadastro. § 2º Serão consideradas continuadas as infrações quando se
§ 3º A inscrição no cadastro e o registro do trabalhador por- tratar de repetição de falta ainda não apurada ou objeto do pro-
tuário extinguem-se por morte ou cancelamento. cesso, de cuja instauração o infrator não tenha conhecimento,
Art. 42. A seleção e o registro do trabalhador portuário avul- por meio de intimação.
so serão feitos pelo órgão de gestão de mão de obra avulsa, de Art. 49. Na falta de pagamento de multa no prazo de 30 (trin-
acordo com as normas estabelecidas em contrato, convenção ou ta) dias, contado da ciência pelo infrator da decisão final que im-
acordo coletivo de trabalho. puser a penalidade, será realizado processo de execução.
Art. 43. A remuneração, a definição das funções, a composi- Art. 50. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação
ção dos ternos, a multifuncionalidade e as demais condições do das multas previstas nesta Lei reverterão para a Antaq, na forma
trabalho avulso serão objeto de negociação entre as entidades do inciso V do caput do art. 77 da Lei nº 10.233, de 5 de junho
representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos ope- de 2001 .
radores portuários. Art. 51. O descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 e 42
Parágrafo único. A negociação prevista no caput contemplará desta Lei sujeitará o infrator à multa prevista no inciso I do art.
a garantia de renda mínima inserida no item 2 do Artigo 2 da Con- 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuízo das
venção nº 137 da Organização Internacional do Trabalho - OIT. demais sanções cabíveis.
Art. 44. É facultada aos titulares de instalações portuárias su- Art. 52. O descumprimento do disposto no caput e no § 3º
jeitas a regime de autorização a contratação de trabalhadores a do art. 40 desta Lei sujeitará o infrator à multa prevista no inciso
prazo indeterminado, observado o disposto no contrato, conven- III do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998 , sem
ção ou acordo coletivo de trabalho. prejuízo das demais sanções cabíveis.
Art. 45. (VETADO).
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO VII DO PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM PORTUÁRIA E
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES HIDROVIÁRIA II

Art. 46. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária Art. 53. Fica instituído o Programa Nacional de Dragagem
ou involuntária, que importe em: Portuária e Hidroviária II, a ser implantado pela Secretaria de
I - realização de operações portuárias com infringência ao Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Trans-
disposto nesta Lei ou com inobservância dos regulamentos do portes, nas respectivas áreas de atuação.
porto; § 1º O Programa de que trata o caput abrange, dentre outras
II - recusa injustificada, por parte do órgão de gestão de mão atividades:
de obra, da distribuição de trabalhadores a qualquer operador I - as obras e serviços de engenharia de dragagem para manu-
portuário; ou tenção ou ampliação de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive
III - utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio, e berços
portuárias, dentro ou fora do porto organizado, com desvio de de atracação, compreendendo a remoção do material submerso
finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos. e a escavação ou derrocamento do leito;
Parágrafo único. Responde pela infração, conjunta ou isola- II - o serviço de sinalização e balizamento, incluindo a aquisi-
damente, qualquer pessoa física ou jurídica que, intervindo na ção, instalação, reposição, manutenção e modernização de sinais
operação portuária, concorra para sua prática ou dela se bene- náuticos e equipamentos necessários às hidrovias e ao acesso
ficie. aos portos e terminais portuários;
Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, apli- III - o monitoramento ambiental; e
cáveis separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade IV - o gerenciamento da execução dos serviços e obras.
da falta: § 2º Para fins do Programa de que trata o caput , conside-
I - advertência; ram-se:
II - multa; I - dragagem: obra ou serviço de engenharia que consiste na
III - proibição de ingresso na área do porto por período de 30 limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de
(trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;
IV - suspensão da atividade de operador portuário, pelo pe- II - draga: equipamento especializado acoplado à embarca-
ríodo de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; ou ção ou à plataforma fixa, móvel ou flutuante, utilizado para exe-
V - cancelamento do credenciamento do operador portuário. cução de obras ou serviços de dragagem;
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, aplicam- III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito
-se subsidiariamente às infrações previstas no art. 46 as penali- dos corpos d’água decorrente da atividade de dragagem e trans-
dades estabelecidas na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 , se- ferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;
parada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta. IV - empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por ob-
Art. 48. Apurada, no mesmo processo, a prática de 2 (duas) jeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização
ou mais infrações pela mesma pessoa física ou jurídica, aplicam- ou não de embarcação; e
-se cumulativamente as penas a elas cominadas, se as infrações
não forem idênticas.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

V - sinalização e balizamento: sinais náuticos para o auxílio § 4º (VETADO).


à navegação e à transmissão de informações ao navegante, de § 5º O Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso Na-
forma a possibilitar posicionamento seguro de acesso e tráfego. cional, até o último dia útil do mês de março de cada ano, rela-
Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratação tório detalhado sobre a implementação das iniciativas tomadas
de obras de engenharia destinadas ao aprofundamento, alarga- com base nesta Lei, incluindo, pelo menos, as seguintes infor-
mento ou expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive mações:
canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio e berços I - relação dos contratos de arrendamento e concessão em
de atracação, bem como os serviços de sinalização, balizamento, vigor até 31 de dezembro do ano anterior, por porto organizado,
monitoramento ambiental e outros com o objetivo de manter as indicando data dos contratos, empresa detentora, objeto deta-
condições de profundidade e segurança estabelecidas no projeto lhado, área, prazo de vigência e situação de adimplemento com
implantado. relação às cláusulas contratuais;
§ 1º As obras ou serviços de dragagem por resultado pode- II - relação das instalações portuárias exploradas mediante
rão contemplar mais de um porto, num mesmo contrato, quando autorizações em vigor até 31 de dezembro do ano anterior, se-
essa medida for mais vantajosa para a administração pública. gundo a localização, se dentro ou fora do porto organizado, indi-
§ 2º Na contratação de dragagem por resultado, é obrigatória cando data da autorização, empresa detentora, objeto detalhado,
a prestação de garantia pelo contratado. área, prazo de vigência e situação de adimplemento com relação
§ 3º A duração dos contratos de que trata este artigo será de às cláusulas dos termos de adesão e autorização;
até 10 (dez) anos, improrrogável. III - relação dos contratos licitados no ano anterior com base
§ 4º As contratações das obras e serviços no âmbito do Pro- no disposto no art. 56 desta Lei, por porto organizado, indicando
grama Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II poderão data do contrato, modalidade da licitação, empresa detentora,
ser feitas por meio de licitações internacionais e utilizar o Regi- objeto, área, prazo de vigência e valor dos investimentos reali-
me Diferenciado de Contratações Públicas, de que trata a Lei nº zados e previstos nos contratos de concessão ou arrendamento;
12.462, de 4 de agosto de 2011 . IV - relação dos termos de autorização e os contratos de ade-
§ 5º A administração pública poderá contratar empresa para são adaptados no ano anterior, com base no disposto nos arts.
gerenciar e auditar os serviços e obras contratados na forma do 58 e 59 desta Lei, indicando data do contrato de autorização,
caput . empresa detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos
Art. 55. As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se investimentos realizados e previstos nos termos de adesão e au-
às normas específicas de segurança da navegação estabelecidas torização;
pela autoridade marítima e não se submetem ao disposto na Lei V - relação das instalações portuárias operadas no ano ante-
nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997. rior com base no previsto no art. 7º desta Lei, indicando empre-
sa concessionária, empresa que utiliza efetivamente a instalação
CAPÍTULO IX portuária, motivo e justificativa da utilização por interessado não
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS detentor do arrendamento ou concessão e prazo de utilização.
Art. 58. Os termos de autorização e os contratos de adesão
Art. 56. (VETADO). em vigor deverão ser adaptados ao disposto nesta Lei, em espe-
Parágrafo único. (VETADO). cial ao previsto nos §§ 1º a 4º do art. 8º , independentemente de
Art. 56-A. As infraestruturas ferroviárias no interior do pe- chamada pública ou processo seletivo.
rímetro dos portos e instalações portuárias não se constituem Parágrafo único. A Antaq deverá promover a adaptação de
em ferrovias autônomas e são administradas pela respectiva au- que trata o caput no prazo de 1 (um) ano, contado da data de
toridade portuária ou autorizatário, dispensada a realização de publicação desta Lei.
outorga específica para sua exploração. (Incluído pela Lei nº Art. 59. As instalações portuárias enumeradas nos incisos I
14.273, de 2021) Vigência a IV do caput do art. 8º , localizadas dentro da área do porto
Parágrafo único. As infraestruturas ferroviárias de que dis- organizado, terão assegurada a continuidade das suas atividades,
põe o caput deste artigo observarão as normas nacionais para a desde que realizada a adaptação nos termos do art. 58.
segurança do trânsito e do transporte ferroviários, e caberá ao Parágrafo único. Os pedidos de autorização para exploração
regulador ferroviário federal fiscalizar sua aplicação. (Incluído de instalações portuárias enumeradas nos incisos I a IV do art. 8º
pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência , localizadas dentro da área do porto organizado, protocolados
Art. 57. Os contratos de arrendamento em vigor firmados na Antaq até dezembro de 2012, poderão ser deferidos pelo po-
sob a Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, que possuam pre- der concedente, desde que tenha sido comprovado até a referida
visão expressa de prorrogação ainda não realizada, poderão ter data o domínio útil da área.
sua prorrogação antecipada, a critério do poder concedente. Art. 60. Os procedimentos licitatórios para contratação de
§ 1º A prorrogação antecipada de que trata o caput depende- dragagem homologados e os contratos de dragagem em vigor na
rá da aceitação expressa de obrigação de realizar investimentos, data da publicação desta Lei permanecem regidos pelo disposto
segundo plano elaborado pelo arrendatário e aprovado pelo po- na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007.
der concedente em até 60 (sessenta) dias. Art. 61. Até a publicação do regulamento previsto nesta Lei,
§ 2º (VETADO). ficam mantidas as regras para composição dos conselhos da auto-
§ 3º Caso, a critério do poder concedente, a antecipação das ridade portuária e dos conselhos de supervisão e diretorias exe-
prorrogações de que trata o caput não seja efetivada, tal decisão cutivas dos órgãos de gestão de mão de obra.
não implica obrigatoriamente na recusa da prorrogação contra-
tual prevista originalmente.
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Art. 62. O inadimplemento, pelas concessionárias, arrenda- ...................................................................................” (NR)


tárias, autorizatárias e operadoras portuárias no recolhimento de “ Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o
tarifas portuárias e outras obrigações financeiras perante a admi- disposto no art. 13 aplica-se conforme as seguintes diretrizes:
nistração do porto e a Antaq, assim declarado em decisão final, .............................................................................................
impossibilita a inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos III - depende de autorização:
de concessão e arrendamento, bem como obter novas autoriza- .............................................................................................
ções. c) a construção e a exploração das instalações portuárias de
§ 1º Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere que trata o art. 8º da Lei na qual foi convertida a Medida Provisó-
o caput , poderá ser utilizada a arbitragem, nos termos da Lei nº ria nº 595, de 6 de dezembro de 2012;
9.307, de 23 de setembro de 1996. (Regulamento) .............................................................................................
§ 2º O impedimento previsto no caput também se aplica às g) (revogada);
pessoas jurídicas, direta ou indiretamente, controladoras, contro- h) (revogada);
ladas, coligadas, ou de controlador comum com a inadimplente. ...................................................................................” (NR)
Art. 63. As Companhias Docas observarão regulamento sim- “Art. 20. ...........................................................
plificado para contratação de serviços e aquisição de bens, obser- I - implementar, nas respectivas esferas de atuação, as políti-
vados os princípios constitucionais da publicidade, impessoalida- cas formuladas pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas
de, moralidade, economicidade e eficiência. de Transporte, pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria
Art. 64. As Companhias Docas firmarão com a Secretaria de de Portos da Presidência da República, nas respectivas áreas de
Portos da Presidência da República compromissos de metas e competência, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos
desempenho empresarial que estabelecerão, nos termos do re- nesta Lei;
gulamento: ...................................................................................” (NR)
I - objetivos, metas e resultados a serem atingidos, e prazos “ Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transpor-
para sua consecução; tes Terrestres - ANTT e a Agência Nacional de Transportes Aqua-
II - indicadores e critérios de avaliação de desempenho; viários - ANTAQ, entidades integrantes da administração federal
III - retribuição adicional em virtude do seu cumprimento; e indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas,
IV - critérios para a profissionalização da gestão das Docas . respectivamente, ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de
Art. 65. Ficam transferidas à Secretaria de Portos da Presi- Portos da Presidência da República, nos termos desta Lei.
dência da República as competências atribuídas ao Ministério ...................................................................................” (NR)
dos Transportes e ao Departamento Nacional de Infraestrutura “ Art. 23. Constituem a esfera de atuação da Antaq:
de Transportes - DNIT em leis gerais e específicas relativas a por- .............................................................................................
tos fluviais e lacustres, exceto as competências relativas a instala- II - os portos organizados e as instalações portuárias neles
ções portuárias públicas de pequeno porte. localizadas;
Art. 66. Aplica-se subsidiariamente às licitações de concessão III - as instalações portuárias de que trata o art. 8º da Lei na
de porto organizado e de arrendamento de instalação portuária o qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro
disposto nas Leis nºs 12.462, de 4 de agosto de 2011 , 8.987, de de 2012;
13 de fevereiro de 1995, e 8.666, de 21 de junho de 1993. .............................................................................................
Art. 67. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto na § 1º A Antaq articular-se-á com órgãos e entidades da admi-
Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 , em especial no que se nistração, para resolução das interfaces do transporte aquaviário
refere às competências e atribuições da Antaq. com as outras modalidades de transporte, com a finalidade de
Art. 68. As poligonais de áreas de portos organizados que não promover a movimentação intermodal mais econômica e segura
atendam ao disposto no art. 15 deverão ser adaptadas no prazo de pessoas e bens.
de 1 (um) ano. ...................................................................................” (NR)
Art. 69. (VETADO). “Art. 27. ...........................................................
Art. 70. O art. 29 da Lei nº 5.025, de 10 de junho de 1966, I - promover estudos específicos de demanda de transporte
passa a vigorar com a seguinte redação: aquaviário e de atividades portuárias;
“Art. 29. Os serviços públicos necessários à importação e ex- .............................................................................................
portação deverão ser centralizados pela administração pública III - propor ao Ministério dos Transportes o plano geral de ou-
em todos os portos organizados. torgas de exploração da infraestrutura aquaviária e de prestação
§ 1º Os serviços de que trata o caput serão prestados em de serviços de transporte aquaviário;
horário corrido e coincidente com a operação de cada porto, em a) (revogada);
turnos, inclusive aos domingos e feriados. b) (revogada);
§ 2º O horário previsto no § 1º poderá ser reduzido por ato .............................................................................................
do Poder Executivo, desde que não haja prejuízo à segurança na- VII - promover as revisões e os reajustes das tarifas portuá-
cional e à operação portuária. rias, assegurada a comunicação prévia, com antecedência míni-
...................................................................................” (NR) ma de 15 (quinze) dias úteis, ao poder concedente e ao Ministé-
Art. 71. A Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 , passa a vigo- rio da Fazenda;
rar com as seguintes alterações: .............................................................................................
“ Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as
outorgas a que se refere o inciso I do caput do art. 12 serão rea-
lizadas sob a forma de:
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XIV - estabelecer normas e padrões a serem observados pe- “ Art. 44. A autorização, ressalvado o disposto em legislação
las administrações portuárias, concessionários, arrendatários, específica, será disciplinada em regulamento próprio e será ou-
autorizatários e operadores portuários, nos termos da Lei na qual torgada mediante termo que indicará:
foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de ...................................................................................” (NR)
2012; “ Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a competência de fiscaliza-
XV - elaborar editais e instrumentos de convocação e promo- ção das atividades desenvolvidas pelas administrações de portos
ver os procedimentos de licitação e seleção para concessão, ar- organizados, pelos operadores portuários e pelas arrendatárias
rendamento ou autorização da exploração de portos organizados ou autorizatárias de instalações portuárias, observado o disposto
ou instalações portuárias, de acordo com as diretrizes do poder na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
concedente, em obediência ao disposto na Lei na qual foi con- dezembro de 2012.
vertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012 ; § 1º Na atribuição citada no caput incluem-se as adminis-
XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos trações dos portos objeto de convênios de delegação celebrados
contratos de concessão de porto organizado ou dos contratos de nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996.
arrendamento de instalações portuárias quanto à manutenção e § 2º A Antaq prestará ao Ministério dos Transportes ou à Se-
reposição dos bens e equipamentos reversíveis à União de que cretaria de Portos da Presidência da República todo apoio neces-
trata o inciso VIII do caput do art. 5º da Lei na qual foi convertida sário à celebração dos convênios de delegação.” (NR)
a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012 ; “Art. 56. ...........................................................
............................................................................................. Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transpor-
XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das au- tes ou ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da
torizações de instalação portuária de que trata o art. 8º da Lei na Presidência da República, conforme o caso, instaurar o processo
qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro administrativo disciplinar, competindo ao Presidente da Repúbli-
de 2012 ; ca determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e
............................................................................................. proferir o julgamento.” (NR)
XXV - celebrar atos de outorga de concessão para a explora- “Art. 67. (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
ção da infraestrutura aquaviária, gerindo e fiscalizando os respec- Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
tivos contratos e demais instrumentos administrativos; “Art. 78. (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
XXVI - fiscalizar a execução dos contratos de concessão de ...................................................................................” (NR)
porto organizado e de arrendamento de instalação portuária, em “Art. 78-A. ...........................................................
conformidade com o disposto na Lei na qual foi convertida a Me- § 1º Na aplicação das sanções referidas no caput , a Antaq
dida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; observará o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Pro-
XXVII - (revogado). visória nº 595, de 6 de dezembro de 2012.
§ 1º ....................................................................... § 2º A aplicação da sanção prevista no inciso IV do caput ,
............................................................................................. quando se tratar de concessão de porto organizado ou arrenda-
II - participar de foros internacionais, sob a coordenação do mento e autorização de instalação portuária, caberá ao poder
Poder Executivo; e concedente, mediante proposta da Antaq.” (NR)
............................................................................................. “Art. 81. ...........................................................
§ 3º (Revogado). .............................................................................................
§ 4º (Revogado).” (NR) III - (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
“ Art. 33. Ressalvado o disposto em legislação específica, os IV - (revogado).” (NR)
atos de outorga de autorização, concessão ou permissão editados “Art. 82. ...........................................................
e celebrados pela ANTT e pela Antaq obedecerão ao disposto na .............................................................................................
Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nas Subseções II, III, IV e § 2º No exercício das atribuições previstas neste artigo e re-
V desta Seção e nas regulamentações complementares editadas lativas a vias navegáveis, o DNIT observará as prerrogativas espe-
pelas Agências.” (NR) cíficas da autoridade marítima.
“Art. 34-A. ........................................................... ...................................................................................” (NR)
............................................................................................. Art. 72. (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
§ 2º O edital de licitação indicará obrigatoriamente, ressalva- Art. 73. A Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, passa a
do o disposto em legislação específica: vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:
...................................................................................” (NR) “ Art. 10-A . É assegurado, na forma do regulamento, benefí-
“ Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente cio assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos traba-
as condições do edital e da proposta vencedora e terá como cláu- lhadores portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que
sulas essenciais, ressalvado o disposto em legislação específica, não cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades
as relativas a: de aposentadoria previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei nº
...................................................................................” (NR) 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não possuam meios para
“ Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação prover a sua subsistência.
específica, será outorgada segundo as diretrizes estabelecidas Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não
nos arts. 13 e 14 e apresenta as seguintes características: pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no
...................................................................................” (NR) âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da as-
sistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.”
Art. 74. (VETADO).
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Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. IV - aprovar a transferência de titularidade de contratos de
Art. 76. Ficam revogados: concessão, de arrendamento ou de autorização previamente
I - a Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993; analisados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários -
II - a Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007 ; Antaq; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - o art. 21 da Lei nº 11.314, de 3 de julho de 2006 ; V - aprovar a realização de investimentos não previstos nos
IV - o art. 14 da Lei nº 11.518, de 5 de setembro de 2007 ; contratos de concessão ou de arrendamento, na forma do art. 42;
V - os seguintes dispositivos da Lei nº 10.233, de 5 de junho (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
de 2001 : VI - conduzir e aprovar, sempre que necessários, os estudos
a) as alíneas g e h do inciso III do caput do art. 14; de viabilidade técnica, econômica e ambiental do objeto da
b) as alíneas a e b do inciso III do caput do art. 27 ; concessão ou do arrendamento; e
c) o inciso XXVII do caput do art. 27 ; VII - aprovar e encaminhar ao Congresso Nacional o relatório
d) os §§ 3º e 4º do art. 27 ; e de que trata o § 5º do art. 57 da Lei nº 12.815, de 2013.
e) o inciso IV do caput do art. 81; e Parágrafo único. O plano geral de outorgas do setor portuário
VI - o art. 11 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998. a que se refere o inciso I do caput terá caráter orientativo, com
a finalidade de subsidiar decisões relacionadas às outorgas
Brasília, 5 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º portuárias em todas as suas modalidades, e conterá: (Incluído
da República. pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - informações relativas aos portos e às instalações portuárias
brasileiros; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
DECRETO Nº 8.033, DE 27 DE JUNHO DE 2013 (REGULA- II - orientações quanto aos requisitos e aos procedimentos a
MENTA O DISPOSTO NA LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE serem adotados para novas outorgas, conforme as características
2013, E AS DEMAIS DISPOSIÇÕES LEGAIS QUE REGULAM A necessárias a cada modalidade. (Incluído pelo Decreto nº 9.048,
EXPLORAÇÃO DE PORTOS ORGANIZADOS E DE INSTALA- de 2017)
ÇÕES PORTUÁRIAS Art. 3º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na
legislação específica, compete à Antaq:
I - analisar a transferência de titularidade de contratos de
DECRETO Nº 8.033, DE 27 DE JUNHO DE 2013 concessão, de arrendamento ou de autorização; (Redação dada
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de II - analisar as propostas de realização de investimentos não
2013, e as demais disposições legais que regulam a exploração previstos nos contratos de concessão ou de arrendamento;
de portos organizados e de instalações portuárias. III - arbitrar, na esfera administrativa, os conflitos de interesses
e as controvérsias sobre os contratos não solucionados entre a
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe administração do porto e a arrendatária;
conferem os arts. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, e 21, caput, IV - arbitrar, em grau de recurso, os conflitos entre agentes
inciso XII, alínea “f”, da Constituição, e tendo em vista o disposto que atuem no porto organizado, ressalvadas as competências das
nas Leis nº 12.815, de 5 de junho de 2013, nº 10.233, de 5 de demais autoridades públicas;
junho de 2001, e nº 10.683, de 28 de maio de 2003, V - apurar, de ofício ou mediante provocação, práticas abusivas
ou tratamentos discriminatórios, ressalvadas as competências
DECRETA : previstas na Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011 ; (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
CAPÍTULO I VI - elaborar o relatório de que trata o § 5º do art. 57 da Lei nº
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 12.815, de 2013 , e encaminhá-lo ao poder concedente; (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, VII - analisar e aprovar a transferência de controle societário
de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam de contratos de concessão, de arrendamento e de autorização; e
a exploração de portos organizados e de instalações portuárias. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. O poder concedente será exercido pela VIII - arbitrar, na esfera administrativa, os conflitos de interesse
União por intermédio do Ministério dos Transportes, Portos e e as controvérsias não solucionados entre a administração do
Aviação Civil, ouvidas as respectivas Secretarias. (Redação dada porto e o autorizatário. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) Parágrafo único. A Antaq seguirá as orientações do plano
Art. 2º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na geral de outorgas para a realização: (Redação dada pelo Decreto
legislação específica, compete ao poder concedente: nº 9.048, de 2017)
I - elaborar o plano geral de outorgas do setor portuário; I - das licitações de concessão e de arrendamento; e (Incluído
II - disciplinar conteúdo, forma e periodicidade de atualização pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
dos planos de desenvolvimento e zoneamento dos portos; II - das chamadas públicas para autorização de instalações
III - definir diretrizes para a elaboração dos regulamentos de portuárias. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
exploração dos portos; Art. 4º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na
legislação específica, compete à administração do porto:
I - estabelecer o regulamento de exploração do porto,
observadas as diretrizes do poder concedente; e
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II - decidir sobre conflitos que envolvam agentes que atuam § 5º As modelagens dos estudos de viabilidade deverão
no porto organizado, ressalvadas as competências das demais observar a complexidade da atividade econômica dos diversos
autoridades públicas. modelos de terminais portuários, incluídos aqueles associados a
Parágrafo único. Nas concessões de porto organizado, o outros modelos de exploração econômica. (Incluído pelo Decreto
contrato disciplinará a extensão e a forma do exercício das nº 9.048, de 2017)
competências da administração do porto. Art. 7º Definido o objeto da licitação, a Antaq deverá adotar
as providências previstas no art. 14 da Lei nº 12.815, de 2013.
CAPÍTULO II Art. 7º-A. A dispensa de licitação de que dispõe o parágrafo
DA EXPLORAÇÃO DOS PORTOS E DAS INSTALAÇÕES único do art. 5º-B da Lei nº 12.815, de 2013, poderá ser realizada
PORTUÁRIAS LOCALIZADAS DENTRO DA ÁREA DO PORTO quando for comprovada a existência de um único interessado na
ORGANIZADO exploração de instalação portuária localizada no porto organizado.
(Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
SEÇÃO I § 1º A exploração da instalação portuária observará o plano
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A LICITAÇÃO DA de desenvolvimento e zoneamento do porto. (Incluído pelo
CONCESSÃO E DO ARRENDAMENTO Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 2º Para comprovar a existência de um único interessado na
Art. 5º A licitação para a concessão e para o arrendamento exploração da área, a autoridade portuária realizará chamamento
de bem público destinado à atividade portuária será regida pelo público. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
disposto na Lei nº 12.815, de 2013, na Lei nº 12.462, de 4 de Art. 7º-B. Para a dispensa de licitação, nos termos do
agosto de 2011, neste Decreto e, subsidiariamente, no Decreto nº disposto no art. 7º-A, o poder concedente solicitará à autoridade
7.581, de 11 de outubro de 2011. portuária, a qualquer tempo, a abertura de chamamento público
Parágrafo único. Na hipótese de transferência das por meio de divulgação de instrumento convocatório, observadas
competências para a elaboração do edital ou para a realização as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário.
dos procedimentos licitatórios de que trata o § 5º do art. 6º da (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
Lei nº 12.815, de 2013, a administração do porto deverá observar Parágrafo único. O instrumento convocatório de abertura
o disposto neste Decreto, sem prejuízo do acompanhamento dos do chamamento público estabelecerá prazo de trinta dias para
atos e procedimentos pela Antaq. identificar a existência de interessados na exploração da área e da
Art. 6º A realização dos estudos prévios de viabilidade instalação portuária, cujo extrato será publicado no Diário Oficial
técnica, econômica e ambiental do objeto do arrendamento ou da União e na página eletrônica da autoridade portuária, que
da concessão observará as diretrizes do planejamento do setor conterá minimamente as seguintes informações: (Incluído pelo
portuário, de forma a considerar o uso racional da infraestrutura Decreto nº 10.672, de 2021)
de acesso aquaviário e terrestre e as características de cada I - o objeto, a área e o prazo; (Incluído pelo Decreto nº
empreendimento. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) 10.672, de 2021)
§ 1º Os estudos de que trata o caput poderão ser realizados II - o modo, a forma e as condições da exploração da instalação
em versão simplificada, conforme disciplinado pela Antaq, sempre portuária; (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
que: III - a previsão de investimentos mínimos de responsabilidade
I - não haja alteração substancial da destinação da área objeto do contratado; (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
da concessão ou do arrendamento; IV - o perfil das cargas a serem movimentadas; (Incluído pelo
II - não haja alteração substancial das atividades Decreto nº 10.672, de 2021)
desempenhadas pela concessionária ou pela arrendatária; V - a capacidade de movimentação de passageiros ou cargas;
(Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
III - o objeto e as condições da concessão ou do arrendamento VI - o valor de garantia de proposta a ser oferecida; (Incluído
permitam, conforme estabelecido pelo poder concedente; ou pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
(Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) VII - o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental;
IV - o prazo de vigência do contrato seja, no máximo, de dez (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
anos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021) VIII - a minuta do contrato de arrendamento; e (Incluído pelo
§ 2º As administrações dos portos encaminharão ao poder Decreto nº 10.672, de 2021)
concedente e à Antaq todos os documentos e informações IX - o prazo máximo para a abertura de edital de certame
necessários ao desenvolvimento dos estudos previstos neste licitatório, caso haja mais de um interessado. (Incluído pelo
artigo. Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 3º O poder concedente poderá autorizar a elaboração, Art. 7º-C A pessoa jurídica que estiver interessada em atender
por qualquer interessado, dos estudos de que trata o caput e, ao chamamento público deverá manifestar formalmente seu
caso esses sejam utilizados para a licitação, deverá assegurar o interesse por meio de documento protocolado junto à autoridade
ressarcimento dos dispêndios correspondentes. portuária. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 4º O escopo e a profundidade dos estudos de que trata o caput § 1º A manifestação de interesse pressupõe o compromisso
considerarão os riscos de engenharia e ambientais associados à da pessoa jurídica a: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
complexidade das obras e ao local do empreendimento. (Incluído I - celebrar o contrato de arrendamento, quando for a única
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) interessada; e (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

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II - apresentar proposta válida em certame licitatório, em I - maior capacidade de movimentação; (Incluído pelo Decreto
caso de haver mais de um interessado. (Incluído pelo Decreto nº nº 8.464, de 2015)
10.672, de 2021) II - menor tarifa; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
§ 2º A manifestação deverá estar acompanhada de III - menor tempo de movimentação de carga; (Incluído pelo
comprovação da prestação de garantia de que trata o inciso VI do Decreto nº 8.464, de 2015)
parágrafo único do art. 7º-B. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, IV - maior valor de investimento; (Incluído pelo Decreto nº
de 2021) 8.464, de 2015)
Art. 7º-D. Recebida a manifestação de interesse, a autoridade V - menor contraprestação do poder concedente; (Incluído
portuária encaminhará os documentos relativos ao instrumento pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
convocatório ao poder concedente para a adoção das providências VI - melhor proposta técnica, conforme critérios objetivos
relativas a: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021) estabelecidos pelo poder concedente; ou (Incluído pelo Decreto
I - celebração do contrato de arrendamento, quando houver nº 8.464, de 2015)
um único interessado; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de VII - maior valor de outorga. (Incluído pelo Decreto nº 8.464,
2021) de 2015)
II - realização do certame licitatório, em caso de haver mais § 1º (Revogado pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
de um interessado. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021) § 2º (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º A garantia de proposta de que trata o inciso VI do § 3º (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
parágrafo único do art. 7º-B será integralmente restituída após a Art. 10. Na fase de habilitação das licitações previstas neste
celebração do contrato de arrendamento. (Incluído pelo Decreto Decreto, será aplicado, no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33
nº 10.672, de 2021) da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 2º Se houver mais de um interessado, a garantia apresentada Parágrafo único. Para a qualificação técnica nas licitações de
no chamamento público será restituída após a apresentação de arrendamento, o edital poderá estabelecer que o licitante assuma
garantia de proposta válida no âmbito do certame licitatório de o compromisso de:
que trata o inciso II do caput. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, I - obter sua pré-qualificação como operador portuário
de 2021) perante a administração do porto; ou
§ 3º Decorrido o prazo de que trata o inciso IX do caput do II - contratar um operador portuário pré-qualificado perante
art. 7º-B, as garantias apresentadas no chamamento público serão a administração do porto para o desempenho das operações
restituídas. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021) portuárias, sem prejuízo do integral cumprimento das metas de
qualidade e de outras obrigações estabelecidas no contrato.
SEÇÃO II Art. 11. O edital estabelecerá prazo mínimo para a
DO EDITAL DA LICITAÇÃO apresentação de propostas, contado da data de sua publicação,
observado o prazo mínimo legal. (Redação dada pelo Decreto nº
Art. 8º O edital definirá os critérios objetivos para o julgamento 10.672, de 2021)
da licitação e disporá sobre: § 1º Será conferida publicidade ao edital mediante:
I - o objeto, a área, o prazo e a possibilidade de prorrogação I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União; e
do contrato; II - divulgação no sítio eletrônico do Ministério dos Transportes,
II - os prazos, os locais, os horários e as formas de recebimento Portos e Aviação Civil e da Antaq. (Redação dada pelo Decreto nº
da documentação exigida para a habilitação e das propostas, do 9.048, de 2017)
julgamento da licitação e da assinatura dos contratos; § 2º As eventuais modificações no edital serão divulgadas no
III - os prazos, os locais e os horários em que serão fornecidos mesmo prazo dos atos e procedimentos originais, exceto quando
aos interessados os dados, estudos e projetos necessários à a alteração não comprometer a formulação das propostas.
elaboração dos orçamentos e à apresentação das propostas; § 3º Quando o valor do contrato superar o limite estabelecido
IV - os critérios e a relação dos documentos exigidos para em ato da Antaq, deverá ser convocada audiência pública com
aferição da capacidade técnica e econômico-financeira, da antecedência mínima de dez dias úteis de sua realização, a qual
regularidade jurídica e fiscal dos licitantes e da garantia da deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze dias úteis da
proposta e da execução do contrato; data prevista para a publicação do edital. (Redação dada pelo
V - a relação dos bens afetos ao arrendamento ou à concessão; Decreto nº 10.672, de 2021)
VI - as regras para pedido de esclarecimento, impugnação § 4º Nas hipóteses em que for necessária a realização de
administrativa e interposição de recursos; e estudos prévios de viabilidade técnica, econômica e ambiental,
VII - a minuta do contrato de arrendamento ou de concessão nos termos do § 1º do art. 6º , o prazo para apresentação de
e seus anexos. propostas será, no mínimo, de quarenta e cinco dias. (Incluído
Parágrafo único. O edital de licitação poderá impor ao pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
vencedor a obrigação de indenizar o antigo titular pela parcela
não amortizada dos investimentos realizados em bens afetos ao SEÇÃO III
arrendamento ou à concessão, desde que tenham sido aprovados DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
pelo poder concedente.
Art. 9º Nas licitações de concessão e de arrendamento, serão Art. 12. O procedimento licitatório observará as fases e a
utilizados, de forma combinada ou isolada, os seguintes critérios ordem previstas no art. 12 da Lei nº 12.462, de 2011.
para julgamento: (Redação dada pelo Decreto nº 8.464, de 2015) Parágrafo único. As licitações adotarão preferencialmente os
modos de disputa aberto ou combinado.
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Art. 13. Após o encerramento da fase de apresentação de na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas
propostas, a comissão de licitação classificará as propostas em condições por eles ofertadas, desde que a proposta apresente
ordem decrescente, observadas as particularidades dos critérios condições melhores que o mínimo estipulado no edital.
de julgamento adotados. Art. 18. Nos procedimentos licitatórios regidos por este
§1º A comissão de licitação poderá negociar condições mais Decreto, caberão:
vantajosas com os licitantes. I - pedidos de esclarecimento e impugnações ao edital, com
§2º A negociação de que trata o § 1º será promovida segundo antecedência mínima de cinco dias úteis da data de abertura das
a ordem de classificação das propostas, assegurada a publicidade propostas; e
sobre seus termos e condições. II - representações, no prazo de cinco dias úteis, contado da
§ 3º Encerrada a sessão de julgamento, será dada publicidade data da intimação, relativamente a atos de que não caiba recurso
à respectiva ata, com a ordem de classificação das propostas. hierárquico.
Art. 14 O procedimento licitatório terá fase recursal única, § 1º O prazo para apresentação de contrarrazões será o mesmo
que se seguirá à habilitação do vencedor, exceto na hipótese de do recurso e começará imediatamente após o encerramento do
inversão de fases. prazo recursal.
§ 1º Na fase recursal, serão analisados os recursos referentes § 2º É assegurado aos licitantes vista dos documentos
ao julgamento das propostas ou lances e à habilitação do vencedor. indispensáveis à defesa de seus interesses.
§ 2º Os licitantes que desejarem recorrer em face dos atos
do julgamento da proposta ou da habilitação deverão manifestar, SEÇÃO IV
imediatamente após o término de cada sessão, sua intenção de DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO E DE ARRENDAMENTO
recorrer, sob pena de preclusão.
Art. 15. O recurso será dirigido à Diretoria da Antaq, Art. 19. Os contratos de concessão e de arrendamento terão
por intermédio da comissão de licitação, que apreciará sua prazo determinado, prorrogável por sucessivas vezes, a critério do
admissibilidade. poder concedente, observados os seguintes limites: (Redação
§ 1º A comissão de licitação poderá, de ofício ou mediante dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
provocação, reconsiderar sua decisão em até cinco dias úteis ou, I - no caso de concessão de porto organizado, os contratos
nesse mesmo prazo, encaminhar o recurso à Antaq devidamente terão prazo de vigência de até setenta anos, incluídos o prazo
instruído. de vigência original e todas as prorrogações; e (Incluído pelo
§ 2º A Antaq deverá proferir sua decisão no prazo de cinco Decreto nº 10.672, de 2021)
dias úteis, contado da data de seu recebimento. II - no caso de arrendamento de instalação portuária, os
Art. 16. Exauridos os recursos administrativos, o procedimento contratos terão prazo de vigência de até trinta e cinco anos, e
licitatório será encerrado e encaminhado ao poder concedente, poderão ser prorrogados até o máximo de setenta anos, incluídos
que poderá: o prazo de vigência original e todas as prorrogações. (Incluído
I - determinar o retorno dos autos para saneamento de pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
irregularidades que forem supríveis; § 1º Nas hipóteses em que for possível a prorrogação dos
II - anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício contratos, caberá ao órgão ou à entidade competente fundamentar
insanável; a vantagem das prorrogações em relação à realização de nova
III - revogar o procedimento por motivo de conveniência e licitação de contrato de concessão ou de arrendamento. (Incluído
oportunidade; ou pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - adjudicar o objeto. § 2º Os prazos de que trata o caput serão fixados de modo
§ 1º As normas referentes à anulação e à revogação de a permitir a amortização e a remuneração adequada dos
licitações previstas no art. 49 da Lei no 8.666, de 1993, aplicam-se investimentos previstos no contrato, quando houver, conforme
às contratações regidas por este Decreto. indicado no estudo de viabilidade a que se refere o art. 6º .
§ 2º Caberá recurso da anulação ou da revogação da licitação (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
no prazo de cinco dias úteis, contado da data da decisão. § 3º São requisitos para a prorrogação de contratos de
Art. 17. Convocado para assinar o contrato, o interessado concessão ou de arrendamento portuário, sem prejuízo de outros
deverá observar os prazos e as condições estabelecidos no edital, previstos em lei ou regulamento: (Redação dada pelo Decreto nº
sob pena de decadência do direito à contratação, sem prejuízo 9.048, de 2017)
das sanções previstas na Lei nº 12.462, de 2011, e na Lei nº 8.666, I - a manutenção das condições de: (Incluído pelo Decreto nº
de 1993. 9.048, de 2017)
§ 1º É facultado ao poder concedente, quando o convocado a) habilitação jurídica; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de
não assinar o contrato no prazo e nas condições estabelecidos: 2017)
I - determinar à Antaq que revogue a licitação, sem prejuízo b) qualificação técnica; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de
da aplicação das cominações previstas na Lei nº 8.666, de 1993 ; 2017)
ou c) qualificação econômico-financeira; (Incluída pelo Decreto
II - determinar à Antaq que convoque os licitantes nº 9.048, de 2017)
remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do d) regularidade fiscal e trabalhista; e (Incluída pelo Decreto
contrato nas condições ofertadas pelo licitante vencedor. nº 9.048, de 2017)
§ 2º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação e) cumprimento do disposto no inciso XXXIII do caput do art.
nos termos do inciso II do § 1º , o poder concedente poderá 7º da Constituição ; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
determinar à Antaq que convoque os licitantes remanescentes,
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II - a adimplência junto à administração do porto e à Antaq, Art. 21. Os contratos celebrados entre a concessionária e
na forma do art. 62 da Lei nº 12.815, de 2013 ; e (Incluído pelo terceiros serão regidos pelas normas de direito privado, não se
Decreto nº 9.048, de 2017) estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o
III - a compatibilidade com as diretrizes e o planejamento poder concedente, sem prejuízo das atividades regulatória e
de uso e ocupação da área, conforme estabelecido no plano de fiscalizatória da Antaq.
desenvolvimento e zoneamento do porto. (Incluído pelo Decreto § 1º A execução das atividades contratadas com terceiros
nº 9.048, de 2017) pressupõe o cumprimento:
§ 4º Ressalvadas as exceções estabelecidas em ato do poder I - do plano de desenvolvimento e zoneamento do porto;
concedente, o interessado deverá manifestar formalmente II - das normas aplicáveis aos serviços concedidos e
interesse na prorrogação do contrato ao poder concedente, contratados; e
observados os seguintes prazos mínimos de antecedência: III - das condições estabelecidas no edital de licitação e no
(Redação dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021) contrato de concessão, inclusive quanto às tarifas e aos preços
I - noventa meses, no caso de contrato de concessão de porto praticados.
organizado; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021) § 2º Os contratos celebrados entre concessionária e
II - sessenta meses, no caso de contrato de arrendamento de terceiros terão sua vigência máxima limitada ao prazo previsto
instalação portuária. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021) para a concessão, ressalvados os casos em que houver expressa
Art. 19-A. Os contratos de arrendamento portuário em vigor autorização do poder concedente para a celebração de contrato
firmados sob a Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, que cujo prazo de vigência ultrapasse o período de concessão.
possuam previsão expressa de prorrogação ainda não realizada (Redação dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
poderão ter sua prorrogação antecipada, a critério do poder Art. 22. Os contratos de arrendamento e demais instrumentos
concedente. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) voltados à exploração de áreas nos portos organizados vigentes
§ 1º Considera-se prorrogação antecipada aquela que ocorrer no momento da celebração do contrato de concessão poderão ter
previamente ao último quinquênio de vigência do contrato. sua titularidade transferida à concessionária, conforme previsto
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) no edital de licitação.
§ 2º Além dos requisitos necessários à prorrogação ordinária, § 1º A concessionária deverá respeitar os termos contratuais
a prorrogação antecipada exige a aceitação pelo arrendatário originalmente pactuados.
da obrigação de realizar investimentos novos e imediatos, não § 2º A transferência da titularidade afasta a aplicação das
amortizáveis durante a vigência original do contrato, conforme normas de direito público sobre os contratos.
plano de investimento aprovado pelo poder concedente. (Incluído Art. 23. Os contratos de concessão e arrendamento deverão
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) resguardar o direito de passagem de infraestrutura de terceiros
§ 3º O plano de investimento a ser apresentado pelo na área objeto dos contratos, conforme disciplinado pela Antaq e
arrendatário para fins de prorrogação antecipada deverá ser mediante justa indenização.
analisado pelo poder concedente no prazo de sessenta dias. Art. 24. O poder concedente poderá autorizar, mediante
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) requerimento do arrendatário, a expansão da área arrendada para
§ 4º Os investimentos que o arrendatário tenha se obrigado a área contígua dentro da poligonal do porto organizado, quando:
realizar poderão ser escalonados ao longo da vigência do contrato, (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
conforme o cronograma físico-financeiro previsto no estudo de I - a medida trouxer comprovadamente ganhos de eficiência à
viabilidade a que se refere o art. 6º , sem prejuízo do atendimento operação portuária; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
ao disposto no § 2º . (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) II - quando comprovada a inviabilidade técnica, operacional
§ 5º A rejeição da prorrogação antecipada não impede que ou econômica de realização de licitação de novo arrendamento
posteriormente seja aprovado novo pedido de prorrogação portuário. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
antecipada com base em outras justificativas ou que seja realizada § 1º A comprovação dos ganhos de eficiência à operação
a prorrogação ordinária do contrato. (Incluído pelo Decreto nº portuária ocorrerá por meio da comparação dos resultados
9.048, de 2017) advindos da exploração da área total expandida com os resultados
§ 6º Sem prejuízo da obrigatoriedade de atendimento ao que seriam obtidos com a exploração das áreas isoladamente,
disposto no § 2º , aplica-se ao cronograma de investimentos, para observados os aspectos concorrenciais e as diretrizes de
fins de prorrogação antecipada, o disposto no art. 24-B. (Incluído planejamento setorial. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) § 2º A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro
Art. 20. O objeto do contrato de concessão poderá abranger: do contrato poderá ser excepcionalmente dispensada quando
I - o desempenho das funções da administração do porto e a a expansão do arrendamento para área contígua não alterar
exploração direta e indireta das instalações portuárias; substancialmente os resultados da exploração da instalação
II - o desempenho das funções da administração do porto portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
e a exploração indireta das instalações portuárias, vedada a sua Art. 24-A. A área dos arrendamentos portuários poderá
exploração direta; ou ser substituída, no todo ou em parte, por área não arrendada
III - o desempenho, total ou parcial, das funções de dentro do mesmo porto organizado, conforme o plano de
administração do porto, vedada a exploração das instalações desenvolvimento e zoneamento do porto, ouvida previamente
portuárias. a autoridade portuária, e desde que: (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)

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I - a medida comprovadamente traga ganhos operacionais à SEÇÃO VI


atividade portuária ou, no caso de empecilho superveniente, ao (INCLUÍDO PELO DECRETO Nº 10.672, DE 2021)
uso da área original; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) DO USO TEMPORÁRIO E DAS LICITAÇÕES
II - seja recomposto o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) Art. 25-A. A administração do porto organizado poderá
§ 1º O poder concedente e o arrendatário são partes pactuar com o interessado na movimentação de cargas com
competentes para iniciar o processo de substituição de área mercado não consolidado o uso temporário de áreas e instalações
previsto no caput. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) portuárias localizadas na poligonal do porto organizado,
§ 2º Caso não esteja de acordo com a decisão do poder dispensada a realização de licitação. (Incluído pelo Decreto nº
concedente, o arrendatário poderá: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
9.048, de 2017) § 1º Considera-se carga com mercado não consolidado a
I - solicitar a rescisão do contrato, quando a iniciativa do mercadoria não movimentada regularmente no porto organizado
processo for do poder concedente; ou (Incluído pelo Decreto nº nos últimos cinco anos e que tenha demandado, em média,
9.048, de 2017) menos de uma atracação mensal no mesmo período. (Incluído
II - desistir do pedido de substituição de área, quando a pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
iniciativa do processo for do próprio arrendatário. (Incluído pelo § 2º A utilização da área objeto de contrato de uso temporário
Decreto nº 9.048, de 2017) deverá estar compatível com o plano de desenvolvimento e
§ 3º Na hipótese prevista no inciso I do § 2º , o arrendatário zoneamento aprovado pelo poder concedente. (Incluído pelo
não se sujeitará à penalidade por rescisão antecipada do contrato. Decreto nº 10.672, de 2021)
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) § 3º O contrato de uso temporário terá o prazo improrrogável
§ 4º A substituição das áreas de que trata o caput deverá ser de até quarenta e oito meses. (Incluído pelo Decreto nº 10.672,
precedida de: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) de 2021)
I - consulta à autoridade aduaneira; (Incluído pelo Decreto nº § 4º Na hipótese de haver mais de um interessado na utilização
9.048, de 2017) de áreas e instalações portuárias e inexistir disponibilidade
II - consulta ao respectivo poder público municipal; (Incluído física para alocar todos os interessados concomitantemente, a
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) administração do porto organizado promoverá processo seletivo
III - consulta pública; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) simplificado para a escolha do projeto que melhor atender ao
IV - emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência interesse público e do porto organizado, assegurados os princípios
para os estudos ambientais com vistas ao licenciamento; e da isonomia e da impessoalidade na realização do certame.
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
V - manifestação sobre os possíveis impactos concorrenciais § 5º Os investimentos vinculados ao contrato de uso
do remanejamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) temporário ocorrerão exclusivamente às expensas do interessado,
Art. 24-B. O cronograma de investimentos previsto em sem direito a indenização de qualquer natureza. (Incluído pelo
contrato de concessão ou de arrendamento poderá ser revisto Decreto nº 10.672, de 2021)
para melhor adequação ao interesse público em razão de evento § 6º Decorridos vinte e quatro meses do início do contrato
superveniente, assegurada a preservação da equação econômico- de uso temporário da área e da instalação portuária, ou, prazo
financeira original. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) inferior, por solicitação do contratado, e verificada a viabilidade do
uso da área e da instalação, a administração do porto organizado
SEÇÃO V adotará as medidas necessárias ao encaminhamento de proposta
DA EXPLORAÇÃO DIRETA OU INDIRETA DE ÁREAS NÃO de licitação da área e das instalações existentes. (Incluído pelo
AFETAS ÀS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 7º A utilização da área implicará o pagamento das tarifas
Art. 25. As áreas não afetas às operações portuárias e suas portuárias pertinentes, as quais poderão ser acrescidas de parcela
destinações serão previstas no plano de desenvolvimento e remuneratória variável estabelecida pela autoridade portuária
zoneamento do porto. competente. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 1º Para a exploração indireta das áreas referidas no caput, § 8º O alfandegamento das áreas e das instalações portuárias
a administração do porto submeterá à aprovação do poder afetadas ao uso temporário deverá estar sob a responsabilidade
concedente a proposta de uso da área. (Incluído pelo Decreto nº do titular da instalação portuária. (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017) 10.672, de 2021)
§ 2º Para fins deste Decreto, considera-se não afeta às § 9º É permitida a transferência da titularidade do contrato de
operações portuárias a área localizada dentro da poligonal do uso temporário, nos termos, nos prazos e nas condições previstas
porto organizado que, de acordo com o plano de desenvolvimento na legislação. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
e zoneamento do porto, não seja diretamente destinada ao § 10 Ato da Antaq disporá sobre o processo seletivo
exercício das atividades de movimentação de passageiros, simplificado e sobre as regras de contratação de uso temporário
movimentação ou armazenagem de mercadorias, destinados ou de que trata este artigo. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de
provenientes de transporte aquaviário. (Incluído pelo Decreto nº 2021)
9.048, de 2017)

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CAPÍTULO III V - documentação comprobatória de sua regularidade


DA AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS perante as Fazendas federal, estadual e municipal da sede da
pessoa jurídica e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
Art. 26. Serão exploradas mediante autorização, formalizada e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
por meio da celebração de contrato de adesão, as instalações VI - parecer favorável da autoridade marítima, que deverá
portuárias localizadas fora da área do porto organizado, responder à consulta em prazo não superior a quinze dias.
compreendendo as seguintes modalidades: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - terminal de uso privado; § 1º Recebido o requerimento de autorização, a Antaq deverá:
II - estação de transbordo de carga; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - instalação portuária pública de pequeno porte; e I - publicar em seu sítio eletrônico, em até cinco dias, a íntegra
IV - instalação portuária de turismo. do conteúdo do requerimento e seus anexos; e (Incluído pelo
§ 1º O início da operação da instalação portuária deverá Decreto nº 9.048, de 2017)
ocorrer no prazo de até cinco anos, contado da data da celebração II - desde que a documentação esteja em conformidade com
do contrato de adesão, prorrogável a critério do poder concedente. o disposto no caput, promover, em até dez dias, a abertura de
(Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) processo de anúncio público, com prazo de trinta dias, a fim de
§ 2º O pedido de prorrogação do prazo para o início da identificar a existência de outros interessados em autorização
operação deverá ser justificado e acompanhado de documentação de instalação portuária na mesma região e com características
que comprove a exequibilidade do novo cronograma. semelhantes. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 27. Os interessados em obter a autorização de instalação § 2º Em relação às áreas da União necessárias à implantação
portuária poderão requerê-la à Antaq, a qualquer tempo, da instalação portuária, a Antaq poderá admitir, para os fins
mediante a apresentação dos seguintes documentos, entre outros do disposto no inciso III do caput, a apresentação de certidão
que poderão ser exigidos pela Antaq: emitida pela Secretaria do Patrimônio da União do Ministério
I - declaração de adequação do empreendimento às diretrizes do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão que ateste que a
do planejamento e das políticas do setor portuário, emitida pelo área requerida se encontra disponível para futura destinação ao
poder concedente; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de empreendedor autorizado pelo poder concedente. (Incluído pelo
2017) Decreto nº 9.048, de 2017)
II - memorial descritivo das instalações, com as especificações § 3º Na hipótese de ser admitido o processamento do pedido
estabelecidas pela Antaq, que conterá, no mínimo: (Redação dada de autorização com base na certidão de que trata o § 2º , o
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) contrato de adesão poderá ser celebrado pelo poder concedente
a) descrição da poligonal das áreas por meio de coordenadas com condição suspensiva de sua eficácia à apresentação, pelo
georreferenciadas, discriminando separadamente a área interessado e em prazo a ser estabelecido no contrato, da
pretendida em terra, a área pretendida para instalação de documentação que lhe assegure o direito de uso e fruição da área.
estrutura física sobre a água, a área pretendida para berços de (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
atracação e a área necessária para a bacia de evolução e para o § 4º A seleção do empreendedor portuário pelo poder
canal de acesso; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) concedente, mediante a assinatura do contrato de adesão,
b) descrição dos acessos terrestres e aquaviários existentes autoriza a Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do
e aqueles a serem construídos; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a destinar diretamente
de 2017) ao interessado a área correspondente, tanto a parte terrestre
c) descrição do terminal, inclusive quanto às instalações de quanto a aquática, independentemente de contiguidade, desde
acostagem e armazenagem, os seus berços de atracação e as suas que observado o disposto no parágrafo único do art. 42 da Lei nº
finalidades; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) 9.636, de 15 de maio de 1998, quando se tratar de cessão de uso.
d) especificação da embarcação-tipo por berço; (Incluída pelo (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Decreto nº 9.048, de 2017) § 5º A apresentação de documentação em desconformidade
e) descrição dos principais equipamentos de carga e descarga com o disposto neste Decreto ou com as normas da Antaq
das embarcações e de movimentação das cargas nas instalações de ensejará a desclassificação da proposta e a convocação dos
armazenagem, informando a quantidade existente, a capacidade demais interessados na ordem de classificação no processo
e a utilização; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) seletivo público. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
f) cronograma físico e financeiro para a implantação da Art. 28. O poder concedente poderá determinar à Antaq,
instalação portuária; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) a qualquer momento e em consonância com as diretrizes do
g) estimativa da movimentação de cargas ou de passageiros; planejamento e das políticas do setor portuário, a abertura de
e (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) processo de chamada pública para identificar a existência de
h) valor global do investimento; (Incluída pelo Decreto nº interessados na obtenção de autorização de instalação portuária.
9.048, de 2017) Art. 29. O instrumento da abertura de chamada ou de
III - título de propriedade, inscrição de ocupação, certidão de anúncio públicos, cujos extratos serão publicados no Diário Oficial
aforamento ou contrato de cessão sob regime de direito real, ou da União e no sítio eletrônico da Antaq, indicará obrigatoriamente
outro instrumento jurídico que assegure o direito de uso e fruição os seguintes parâmetros:
do terreno; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) I - a região geográfica na qual será implantada a instalação
IV - comprovação do atendimento ao disposto no art. 14 da portuária;
Lei nº 12.815, de 2013 ; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) II - o perfil das cargas a serem movimentadas; e

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

III - a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser Art. 35. Fica dispensada a celebração de novo contrato de
movimentado nas instalações portuárias. adesão ou a realização de novo anúncio público nas seguintes
§ 1º O perfil de cargas a serem movimentadas será classificado hipóteses, que dependerão somente da aprovação do poder
conforme uma ou mais das seguintes modalidades: concedente: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - granel sólido; I - a transferência de titularidade da autorização, desde que
II - granel líquido e gasoso; preservadas as condições estabelecidas no contrato de adesão
III - carga geral; ou original; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - carga conteinerizada. II - a ampliação da área da instalação portuária, desde que
§ 2º Todas as propostas apresentadas durante o prazo haja viabilidade locacional; ou (Redação dada pelo Decreto nº
de chamada ou de anúncio públicos, que se encontrem na 9.048, de 2017)
mesma região geográfica, deverão ser reunidas em um mesmo III - as alterações efetuadas no cronograma físico e financeiro
procedimento e analisadas conjuntamente, independentemente ou no montante de investimentos previstos para a implantação
do tipo de carga. da instalação portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Para participar de chamada ou de anúncio públicos, os § 1º Nos casos de ampliação de área que envolva imóvel da
demais interessados deverão apresentar a documentação exigida União, será aplicado o disposto no § 2º do art. 27 e será autorizada
no caput do art. 27. a celebração de termo aditivo com condição suspensiva de sua
Art. 30. A análise de viabilidade locacional fica delegada à eficácia, nos termos do § 3º do art. 27. (Incluído pelo Decreto nº
Antaq. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se § 2º Poderá ser dispensada a aprovação do poder concedente
viabilidade locacional a possibilidade da implantação física de quando a ampliação de área não implicar a necessidade de novo
duas ou mais instalações portuárias na mesma região geográfica exame de viabilidade locacional, na forma a ser estabelecida em
que não gere impedimento operacional a qualquer uma delas. ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
Art. 31. Poderão ser expedidas diretamente, independente (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
da realização de processo seletivo público, as autorizações de § 3º Na hipótese de que trata o § 1º , o autorizatário
instalação portuária quando: comunicará previamente ao poder concedente a intenção de
I - o processo de chamada ou anúncio públicos for concluído ampliar a área de sua instalação portuária e apresentará o
com a participação de um único interessado; ou instrumento jurídico que assegure o direito de uso e fruição do
II - não existir impedimento locacional à implantação terreno e os demais documentos que venham a ser exigidos em
concomitante de todas as instalações portuárias solicitadas. ato do poder concedente. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
Parágrafo único. Em qualquer caso, somente poderão ser 2017)
autorizadas as instalações portuárias compatíveis com as diretrizes § 4º Apresentada a comunicação a que se refere o § 3º ,
do planejamento e das políticas do setor portuário. o poder concedente examinará a regularidade do pedido de
Art. 32. Nos casos de inviabilidade locacional à implantação ampliação de área e, se for o caso, assegurado ao autorizatário os
concomitante das instalações portuárias solicitadas, a Antaq princípios da ampla defesa e do contraditório, notificará os fatos
deverá: à Antaq para que esta adote as medidas cabíveis. (Incluído pelo
I - definir os critérios de julgamento a serem utilizados no Decreto nº 9.048, de 2017)
processo seletivo público; e § 5º Exceto quando vedado no contrato de adesão, o
II - conferir prazo de trinta dias para que os interessados aumento da capacidade de movimentação ou de armazenagem
reformulem suas propostas, adaptando-as à participação no sem ampliação de área dependerá de comunicação ao poder
processo seletivo público. concedente com antecedência de sessenta dias. (Incluído pelo
§ 1º Eliminado o impedimento locacional após a reformulação Decreto nº 9.048, de 2017)
prevista no inciso II do caput, as propostas deverão ser novamente § 6º O disposto no caput aplica-se aos demais pleitos de
submetidas à aprovação do poder concedente, que poderá aumento da capacidade de movimentação ou de armazenagem
autorizar as instalações portuárias na forma do art. 31. não abrangidos pelo disposto no § 5º . (Incluído pelo Decreto nº
§ 2º Mantido o impedimento locacional após a reformulação 9.048, de 2017)
prevista no inciso II do caput, caberá à Antaq promover processo § 7º Nos casos de transferência de titularidade, o autorizatário
seletivo público para seleção da melhor proposta. deverá comunicar o fato à Secretaria do Patrimônio da União do
§ 3º A Antaq disciplinará os procedimentos e prazos para Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. (Incluído
realização do processo seletivo público de que trata este artigo. pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Será exigida garantia de execução do autorizatário Art. 35-A O contrato de adesão conterá cláusulas que
apenas no caso de realização de processo seletivo público, na preservem: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
forma estabelecida pelas normas da Antaq. (Incluído pelo Decreto I - a liberdade de preços das atividades, nos termos do art. 45
nº 9.048, de 2017) da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 ; e (Incluído pelo Decreto
Art. 33. (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017) nº 9.048, de 2017)
Art. 34. Encerrados os procedimentos para autorização, II - a prerrogativa do autorizatário para disciplinar a operação
a Antaq enviará a documentação ao poder concedente para a portuária, nos termos do art. 30 da Lei nº 12.815, de 2013, sem
celebração do contrato de adesão. (Redação dada pelo Decreto prejuízo das competências da Antaq. (Incluído pelo Decreto nº
nº 9.048, de 2017) 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Celebrados os contratos de adesão, os
processos serão restituídos à Antaq para acompanhamento.
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CAPÍTULO IV § 5º As deliberações do conselho serão tomadas de acordo


DO CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA com as seguintes regras:
I - cada representante terá direito a um voto; e
Art. 36. Será instituído em cada porto organizado um conselho II - o presidente do conselho terá voto de qualidade.
de autoridade portuária, órgão consultivo da administração do § 6º Perderá o mandato o membro do conselho que
porto. faltar, injustificadamente, a três reuniões consecutivas ou seis
§ 1º Compete ao conselho de autoridade portuária sugerir: alternadas, assumindo a vaga o seu suplente até a efetivação de
I - alterações do regulamento de exploração do porto; nova indicação.
II - alterações no plano de desenvolvimento e zoneamento
do porto; CAPÍTULO V
III - ações para promover a racionalização e a otimização do DO ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA
uso das instalações portuárias;
IV - medidas para fomentar a ação industrial e comercial do Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá,
porto; obrigatoriamente, um conselho de supervisão e uma diretoria-
V - ações com objetivo de desenvolver mecanismos para executiva.
atração de cargas; § 1º O conselho de supervisão será composto por três
VI - medidas que visem estimular a competitividade; e membros titulares, e seus suplentes, cujo prazo de gestão será de
VII - outras medidas e ações de interesse do porto. três anos, admitida a redesignação, sendo: (Redação dada pelo
§ 2º Compete ao conselho de autoridade portuária aprovar o Decreto nº 9.048, de 2017)
seu regimento interno. I - um indicado pela entidade de classe local, responsável
Art. 37. Cada conselho de autoridade portuária será pela indicação do representante dos operadores portuários no
constituído pelos membros titulares e seus suplentes: Conselho de Autoridade Portuária; (Redação dada pelo Decreto
I - do Poder Público, sendo: nº 9.048, de 2017)
a) quatro representantes da União, dentre os quais será II - um indicado pela entidade de classe local, responsável
escolhido o presidente do conselho; pela indicação do representante dos usuários no Conselho de
b) um representante da autoridade marítima; Autoridade Portuária; e (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de
c) um representante da administração do porto; 2017)
d) um representante do Estado onde se localiza o porto; e III - um indicado pela maioria das entidades de classe local,
e) um representante dos Municípios onde se localizam o responsável pelas indicações dos representantes do segmento
porto ou os portos organizados abrangidos pela concessão; laboral no Conselho de Autoridade Portuária. (Incluído pelo
II - da classe empresarial, sendo: Decreto nº 9.048, de 2017)
a) dois representantes dos titulares de arrendamentos de § 2º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e
instalações portuárias; Aviação Civil definirá os procedimentos a serem adotados para
b) um representante dos operadores portuários; e as indicações de que trata o § 1º e os critérios de desempate.
c) um representante dos usuários; e (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - da classe dos trabalhadores portuários, sendo: § 3º A Diretoria-Executiva será composta por um ou mais
a) dois representantes dos trabalhadores portuários avulsos; diretores, que serão designados e destituídos a qualquer tempo,
e pela entidade local, responsável pela indicação do representante
b) dois representante dos demais trabalhadores portuários. dos operadores portuários no Conselho de Autoridade Portuária,
§ 1º Para os efeitos do disposto neste artigo, os membros e cujo prazo de gestão será de três anos, permitida a redesignação.
seus suplentes do conselho serão indicados: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - pelo Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação § 4º Caso a Diretoria-Executiva seja composta por dois
Civil; pelo Comandante da Marinha; pela administração do membros ou mais, um deles poderá ser indicado pelas respectivas
porto; pelo Governador de Estado e pelo Prefeito do Município, entidades de classe das categorias profissionais relativas às
respectivamente, na hipótese prevista no inciso I do caput ; e atividades previstas no § 1º do art. 40 da Lei nº 12.815, de 2013,
(Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) conforme definido em convenção coletiva.
II - pelas entidades de classe local das respectivas categorias § 5º Até um terço dos membros do conselho de supervisão
profissionais e econômicas, nos casos dos incisos II e III do caput. poderá ser designado para exercício de cargos de diretores.
§ 2º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e
Aviação Civil definirá as entidades responsáveis pela indicação de CAPÍTULO VI
que trata o inciso II do § 1º e os procedimentos a serem adotados DO FÓRUM PERMANENTE PARA QUALIFICAÇÃO DO
para as indicações. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) TRABALHADOR PORTUÁRIO E DO SINE-PORTO
§ 3º Os membros do conselho serão designados por ato do
Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil para Art. 39. Fica instituído o Fórum Nacional Permanente para
mandato de dois anos, admitida uma recondução por igual Qualificação do Trabalhador Portuário, com a finalidade de discutir
período. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) as questões relacionadas a formação, qualificação e certificação
§ 4º A participação no conselho de autoridade portuária profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário
será considerada prestação de serviço público relevante, não avulso, em especial:
remunerada.

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I - sua adequação aos modernos processos de movimentação CAPÍTULO VII


de carga e de operação de aparelhos e equipamentos portuários; DISPOSIÇÕES FINAIS
e
II - o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e Art. 41. A participação de um representante da classe
do trabalhador portuário avulso. empresarial e outro da classe trabalhadora no conselho de
§1º Integrarão o Fórum Nacional Permanente para administração ou órgão equivalente da administração do porto,
Qualificação do Trabalhador Portuário: quando se tratar de entidade sob controle estatal, deverá estar
I - um representante de cada um dos seguintes órgãos e prevista nos estatutos sociais das empresas públicas e sociedades
entidades: de economia mista.
a) Ministério do Trabalho, que o coordenará; (Redação dada § 1º A indicação dos representantes das classes empresarial
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) e trabalhadora de que trata o caput será feita pelos respectivos
b) Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; (Redação representantes no conselho de autoridade portuária.
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) § 2º A indicação do representante da classe trabalhadora
c) Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e seu suplente recairá obrigatoriamente sobre empregado da
(Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017) entidade sob controle estatal.
d) Ministério da Educação; § 3º Os representantes da classe empresarial e da classe
e) Secretaria-Geral da Presidência da República; e trabalhadora estão sujeitos aos critérios e exigências para o cargo
f) Comando da Marinha; de conselheiro de administração previstos em lei e no estatuto da
II - três representantes de entidades empresariais, sendo: respectiva entidade.
a) um representante dos titulares de arrendamentos de § 4º Serão observadas, quanto aos requisitos e impedimentos
instalações portuárias; para a participação nos conselhos de que trata o art. 21 da Lei
b) um representante dos operadores portuários; e nº 12.815, de 2013, as disposições constantes da legislação sobre
c) um representante dos usuários; e conflitos de interesse no âmbito da administração pública federal
III - três representantes da classe trabalhadora, sendo: e, subsidiariamente, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
a) dois representantes dos trabalhadores portuários avulsos; Art. 42. A realização de investimentos não previstos nos
e contratos deverá ser precedida:
b) um representante dos demais trabalhadores portuários. I - de comunicação à Antaq, no caso das instalações portuárias
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos II e III do § 1º autorizadas; e
cumprirão mandatos de dois anos, permitida a recondução. II - de aprovação do poder concedente, precedida de análise
§ 3º Perderá o mandato o membro do Fórum de que tratam os da Antaq, no caso das concessões e dos arrendamentos. (Redação
incisos II e III do § 1º que faltar, injustificadamente, a três reuniões dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
consecutivas ou seis alternadas, assumindo a vaga o seu suplente § 1º O poder concedente poderá, mediante requerimento
até a efetivação de nova indicação. do interessado, autorizar a realização de investimentos imediatos
§ 4º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e e urgentes previamente à análise que compete à Antaq nas
Aviação Civil definirá as entidades responsáveis pela indicação de hipóteses de: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
que trata os incisos II e III do § 1º e os procedimentos a serem I - investimento necessário para o cumprimento de exigências
adotados para as indicações. (Redação dada pelo Decreto nº de órgãos ou entidades integrantes da administração pública com
9.048, de 2017) competência para intervir nas operações portuárias; (Incluído
§ 5º A participação no Fórum será considerada prestação de pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
serviço público relevante, não remunerada. II - investimento necessário para restaurar a operacionalidade
Art. 40. O Ministério do Trabalho e Emprego instituirá, no da instalação portuária em razão de fato superveniente que
âmbito do Sistema Nacional de Emprego - SINE, banco de dados impeça ou dificulte a oferta de serviços portuários; ou (Incluído
específico com o objetivo de organizar a identificação e a oferta de pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
mão de obra qualificada para o setor portuário, intitulado SINE- III - investimento para fins de aumento da eficiência
PORTO. (Redação dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013) operacional ou ampliação de capacidade da instalação portuária
§ 1º Constarão do SINE-PORTO, no mínimo, as seguintes quando a medida for comprovadamente urgente para o
informações: (Redação dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013) atendimento adequado aos usuários. (Incluído pelo Decreto nº
I - identificação do trabalhador; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
8.071, de 2013) § 2º Na hipótese de que trata o inciso III do § 1º , o
II - qualificação profissional obtida para o exercício das requerimento de autorização de investimento em caráter de
funções; e (Incluído pelo Decreto nº 8.071, de 2013) urgência deverá ser acompanhado por: (Incluído pelo Decreto nº
III - registro ou cadastramento em órgão de gestão de mão de 9.048, de 2017)
obra, quando couber. (Incluído pelo Decreto nº 8.071, de 2013) I - manifestação favorável da autoridade portuária quanto
§ 2º Os trabalhadores portuários avulsos inscritos no à urgência da realização imediata do investimento proposto; e
respectivo órgão de gestão de mão de obra, constantes no SINE- (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
PORTO, terão preferência no acesso a programas de formação II - plano de investimento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048,
ou qualificação profissional oferecidos no âmbito do SINE ou do de 2017)
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego -
Pronatec, de que trata a Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011
. (Redação dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
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§ 3º Nas hipóteses de que tratam os incisos I e II do § 1º , o Art. 42-B. A administração do porto organizado poderá
interessado deverá apresentar o plano de investimento no prazo negociar a antecipação de receitas de tarifas junto aos
a ser estabelecido pelo poder concedente. (Incluído pelo Decreto usuários para fins de realização de investimentos imediatos na
nº 9.048, de 2017) infraestrutura custeada pela tarifa, respeitado o equilíbrio das
§ 4º Previamente à autorização para realizar investimento em contas da administração portuária. (Incluído pelo Decreto nº
caráter de urgência, o poder concedente deverá: (Incluído pelo 9.048, de 2017)
Decreto nº 9.048, de 2017) § 1º A antecipação de receitas de que trata o caput somente
I - avaliar se o pedido está enquadrado em uma das hipóteses será admitida quando: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
previstas no § 1º ; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) I - houver sido comunicada à Antaq com antecedência mínima
II - aprovar, se for o caso, o plano de investimento apresentado de trinta dias; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
pelo interessado. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) II - a entidade encarregada da administração do porto for
§ 5º O interessado poderá, a seu critério, requerer que o seu constituída sob a forma de sociedade empresária e não estiver
plano de investimento só seja apreciado pelo poder concedente enquadrada como empresa estatal dependente; (Incluído pelo
após a autorização de investimento em caráter de urgência, Decreto nº 9.048, de 2017)
hipótese em que fica dispensada a exigência do inciso II do § 4º . III - as receitas e as despesas relativas à administração do
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) porto estiverem contabilizadas de forma segregada de qualquer
§ 6º Previamente à autorização para realizar investimento outro empreendimento; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
em caráter de urgência, o interessado firmará termo de risco de 2017)
investimentos, no qual assumirá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, IV - não abranger receitas relativas a período superveniente
de 2017) ao encerramento da delegação, quando for o caso. (Incluído pelo
I - o risco de rejeição do seu plano de investimento pelo poder Decreto nº 9.048, de 2017)
concedente por incompatibilidade com a política pública, caso § 2º A Antaq poderá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
não tenha sido previamente apreciado; (Incluído pelo Decreto nº 2017)
9.048, de 2017) I - no prazo de até vinte dias após a comunicação de que
II - o risco de ser determinada a revisão do seu plano de trata o § 1º , suspender a realização da operação, caso considere
investimentos; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) necessários mais esclarecimentos pela administração do porto
III - o risco de rejeição do seu estudo de viabilidade técnica, ou se houver algum indício de que a operação deva ser proibida;
econômica e ambiental pela Antaq; e (Incluído pelo Decreto nº (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
9.048, de 2017) II - proibir a realização da operação, fundamentadamente,
IV - outros riscos discriminados no instrumento de termo de quando houver sido tempestivamente determinada a sua
risco de investimentos. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) suspensão e: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 7º Após a autorização para realizar investimento em caráter a) não estiver presente algum dos requisitos indicados no
de urgência, se for o caso, serão adotadas as demais medidas caput ou no § 1º ; ou (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
necessárias à preservação do equilíbrio econômico-financeiro do b) a medida for considerada incompatível com as políticas
contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) definidas para o setor portuário pelo poder concedente. (Incluída
§ 8º O disposto nos § 1º ao § 7º somente se aplica à hipótese pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
de que trata o inciso II do caput. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, § 3º O valor antecipado pelos usuários na forma do caput
de 2017) poderá ser pago, conforme definido previamente pelas partes:
§ 9º O arrendatário de instalação portuária e o concessionário (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
de porto organizado poderão realizar investimentos não previstos I - à administração do porto; ou (Incluído pelo Decreto nº
no contrato, dispensadas a aprovação do poder concedente 9.048, de 2017)
e a análise prévia da Antaq, desde que exclusivamente às suas II - diretamente à empresa encarregada pela execução das
expensas e sem que haja recomposição do equilíbrio econômico- obras de infraestrutura, na forma estabelecida no contrato, após
financeiro do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de a autorização da administração do porto específica para cada
2021) pagamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 10. Na hipótese prevista no § 9º, quando se tratar de § 4º Na hipótese prevista neste artigo, a contratação será
investimento realizado por arrendatário de instalação portuária, realizada pela administração do porto. (Incluído pelo Decreto nº
serão necessárias a autorização prévia da administração do porto 9.048, de 2017)
e a comunicação ao poder concedente e à Antaq. (Incluído pelo § 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos titulares
Decreto nº 10.672, de 2021) de instalações portuárias arrendadas, autorizadas e aos demais
Art. 42-A. Nos casos de arrendamento portuário, o poder usuários que recolham as tarifas para posterior repasse à
concedente poderá autorizar investimentos, fora da área administração do porto. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
arrendada, na infraestrutura comum do porto organizado, desde Art. 42-C. A administração do porto poderá negociar a
que haja anuência da administração do porto. (Incluído pelo antecipação de receitas a título de valor de arrendamento para fins
Decreto nº 9.048, de 2017) de realização de investimentos imediatos na infraestrutura comum
Parágrafo único. Os investimentos novos de que trata o caput do porto, respeitado o equilíbrio das contas da administração
ensejarão recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
contrato do proponente. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) § 1º A antecipação de receitas de que trata o caput somente
será admitida quando: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

I - houver sido comunicada à Antaq com antecedência mínima Art. 45. Ato conjunto dos Ministros de Estado dos
de trinta dias; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) Transportes, Portos e Aviação Civil, da Fazenda, do Planejamento,
II - a entidade encarregada da administração do porto for Desenvolvimento e Gestão e do Desenvolvimento Social e Agrário
constituída sob a forma de sociedade empresária e não estiver disporá sobre a concessão do benefício assistencial de que trata
enquadrada como empresa estatal dependente; (Incluído pelo o art. 10-A da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998 , e
Decreto nº 9.048, de 2017) disciplinará: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - as receitas e as despesas relativas à administração do I - o valor do benefício;
porto estiverem contabilizadas de forma segregada de qualquer II - os critérios para a comprovação pelo trabalhador portuário
outro empreendimento; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de avulso da insuficiência de meios para prover a sua subsistência;
2017) III - os procedimentos para o requerimento e a concessão do
IV - não abranger receitas relativas a período superveniente benefício; e
ao encerramento da delegação, quando for o caso. (Incluído pelo IV - as hipóteses de perda ou cassação do benefício.
Decreto nº 9.048, de 2017) Parágrafo único. Para fins de habilitação ao benefício será
§ 2º A Antaq poderá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de exigida, cumulativamente, a comprovação de:
2017) I - no mínimo quinze anos de registro ou cadastro como
I - no prazo de até vinte dias após a comunicação de que trabalhador portuário avulso;
trata o § 1º , suspender a realização da operação, caso considere II - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento das
necessários mais esclarecimentos pela administração do porto chamadas realizadas pelo respectivo órgão de gestão de mão de
ou se houver algum indício de que a operação deva ser proibida; obra; e
(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) III - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento dos
II - proibir a realização da operação, fundamentadamente, turnos de trabalho para os quais tenha sido escalado no período.
quando houver sido tempestivamente determinada a sua Art. 46. Ato conjunto dos Ministros de Estado dos Transportes,
suspensão e: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) Portos e Aviação Civil e do Planejamento, Desenvolvimento e
a) não estiver presente algum dos requisitos indicados no Gestão estabelecerá os procedimentos para cessão de áreas
caput ou no § 1º ; ou (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017) públicas da União, com vistas à implantação de instalações
b) a medida for considerada incompatível com as políticas portuárias. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
definidas para o setor portuário pelo poder concedente. (Incluída Art. 47. Deverão ser publicados em até cento e oitenta dias,
pelo Decreto nº 9.048, de 2017) contados da data de publicação deste Decreto, os atos a que se
§ 3º O valor antecipado pelos arrendatários na forma do referem os seguintes dispositivos:
caput poderá ser pago, conforme definido previamente pelas I - § 2º do art. 37;
partes: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) II - § 2º do art. 38;
I - à administração do porto; ou (Incluído pelo Decreto nº III - § 4º do art. 39;
9.048, de 2017) IV - art. 44;
II - diretamente à empresa encarregada pela execução das V - art. 45; e
obras de infraestrutura, na forma estabelecida no contrato, após VI - art. 46.
a autorização da administração do porto específica para cada Art. 47-A. Caberá à Antaq a regulamentação de outras formas
pagamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017) de ocupação e exploração de áreas e instalações portuárias não
§ 4º Na hipótese prevista neste artigo, a contratação será previstas neste Decreto e na legislação específica. (Incluído pelo
realizada pela administração do porto. (Incluído pelo Decreto nº Decreto nº 9.048, de 2017)
9.048, de 2017) Art. 48. Ficam revogados:
Art. 43. Os requerimentos de autorização de instalação I - o Decreto nº 4.391, de 26 de setembro de 2002 ; e
portuária apresentados à Antaq até a data de publicação deste II - o Decreto nº 6.620, de 29 de outubro de 2008.
Decreto e que atendam ao disposto na Lei nº 12.815, de 2013, Art. 49. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
poderão ensejar a abertura imediata de processo de anúncio Brasília, 27 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º
público. da República.
Parágrafo único. Na hipótese de os requerimentos de que
trata o caput não atenderem integralmente ao disposto no inciso
I do caput do art. 27, os interessados poderão apresentar à Antaq QUESTÕES
a documentação faltante durante o prazo de trinta dias, a que se
refere o inciso II do parágrafo único do art. 27.
Art. 44. A Antaq poderá disciplinar, após consulta pública, 1. De acordo com a Lei nº 13.303/2016 (Lei das Estatais), que
as condições de acesso por qualquer interessado, em caráter
dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
excepcional, às instalações portuárias arrendadas, autorizadas
de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos
ou exploradas pela concessionária, assegurada a remuneração
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em tema de formali-
adequada a seu titular. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de
zação dos contratos, é correto afirmar que
2017)
(A) é permitido contrato por prazo indeterminado diante do
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a operação portuária
peculiar regime jurídico das estatais.
será realizada pelo titular do contrato ou por terceiro por ele
(B) a duração dos contratos regidos por tal lei, em regra, não
indicado. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
excederá a 15 (quinze) anos, contados a partir de sua celebra-
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ção. 4. Na empresa pública federal ABC, a maioria do capital votante


(C) os contratos regidos por tal lei somente poderão ser altera- pertence à União Federal. Nesse caso, conforme preceitua a Lei n]
dos por acordo entre as partes, vedando-se ajuste que resulte 13.303/2016,
em violação da obrigação de licitar. (A) é possível a participação de uma autarquia no capital da
(D) é permitido a qualquer interessado o conhecimento dos empresa pública, porque a maioria do capital votante perma-
termos do contrato e a obtenção de cópia autenticada de seu nece em propriedade da União.
inteiro teor ou de qualquer de suas partes, vedada a exigência (B) não será possível a participação no capital da empresa pú-
de ressarcimento dos custos. blica de outros entes da Administração Pública, de qualquer
(E) a redução a termo do contrato não poderá ser dispensada espécie.
no caso de pequenas despesas de pronta entrega e pagamento (C) há a possibilidade de participação no capital de empresas
das quais não resultem obrigações futuras por parte da empre- públicas federais apenas das seguintes pessoas jurídicas de di-
sa pública ou da sociedade de economia mista. reito público interno: União, Estados, Distrito Federal e Muni-
cípios.
2. Com base na Lei no 13.303/2016, assinale a alternativa cor- (D) é possível que empresa pública federal participe no capital
reta a respeito do regime jurídico das empresas estatais. da empresa ABC, isto é, de entidade detentora da mesma natu-
(A) As empresas estatais integram a Administração Pública reza jurídica; fora essa hipótese, a lei não admite participação.
Indireta e, portanto, poderão gozar de privilégios fiscais não (E) a lei prevê a possibilidade de participação, no capital da em-
extensivos às empresas privadas, quando exerçam atividade presa pública, de todas as entidades da administração indireta,
econômica sujeita à competição. independentemente de a maioria do capital votante permane-
(B) As empresas estatais elaborarão anualmente carta, subs- cer em propriedade da União.
crita pelos membros do Conselho de Administração, com a
explicitação dos compromissos de consecução de objetivos de 5. De acordo com o disposto na Lei n.º 13.303/2016, compete
políticas públicas pela empresa. ao comitê de auditoria estatutário das empresas estatais
(C) As empresas públicas poderão lançar debêntures e outros (A) discutir, aprovar e monitorar decisões que envolvam práti-
títulos ou valores mobiliários, conversíveis em ações. cas de governança corporativa, relacionamento com partes in-
(D) As empresas estatais estão dispensadas de divulgar a forma teressadas, política de gestão de pessoas e código de conduta
de remuneração de seus administradores. dos agentes.
(E) As empresas estatais não poderão solucionar, mediante ar- (B) preservar a independência do conselho de administração
bitragem, as divergências entre acionistas e a sociedade em- no exercício de suas funções.
presária, ou entre acionistas controladores e acionistas mino- (C) opinar sobre a contratação e destituição de auditor inde-
ritários. pendente.
(D) implementar e supervisionar os sistemas de gestão de ris-
3. A Lei das Estatais (Lei n.º 13.303 de 2016) determina a indi- cos e de controle interno estabelecidos para a prevenção e
cação de pessoas para o Conselho de Administração e Diretoria das mitigação dos principais riscos a que está exposta a empresa
empresas públicas e sociedades de economia mista com alguns re- pública ou a sociedade de economia mista.
quisitos para assumir tais cargos. Nesse sentido, após analisar se os (E) estabelecer política de porta-vozes com vistas a eliminar o
requisitos condizem com a referida norma - determinando se esses risco de contradição entre informações de diversas áreas e as
são V (Verdadeiros) ou F (Falsos) - assinale a alternativa CORRETA. dos executivos da empresa pública ou da sociedade de econo-
(__) Um dos modos de comprovar a experiência profissional mia mista.
é do membro indicado possuir, no mínimo, 4 (quatro) anos como
profissional liberal em atividade direta ou indiretamente vinculada 6. Assinale a opção correta com base na Lei Federal n.º
à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia 13.303/2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas
mista. públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias.
(__) Os membros não precisam ter formação acadêmica com- (A) A referida lei aplica-se apenas às empresas públicas e so-
patível com o cargo para o qual foi indicado. ciedades de economia mista da administração pública federal.
(__) Os membros precisam exercer cargo em organização sin- (B) A lei em questão não se aplica à prestação de serviço públi-
dical. co, mas apenas à exploração de atividade econômica por em-
(__) Parentes consanguíneos ou afins de Ministro de Estado até presas estatais.
(C) A lei em apreço prevê situação em que um diretor ou em-
o terceiro grau, não podem ser indicados para tais cargos.
pregado de empresa pública ou sociedade de economia mista
(A) V – F – V – F.
possa ser sócio de outra empresa e que essa empresa, por sua
(B) V – F – F – V.
vez, seja validamente contratada por uma daquelas sociedades
(C) F – V – V – V.
estatais.
(D) F – V – F – F. (D) Sociedades de economia mista devem ter a forma de socie-
dades anônimas, as quais são regidas integralmente pela lei em
apreço, sem a incidência da lei geral das sociedades anônimas,
a Lei n.º 6.404/1976.

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

7. A Lei nº 12.815/2013, chamada de Lei dos Portos, regula a 11. De acordo com a Lei no 12.815/2013, assinale a alternativa
exploração pela União dos portos e instalações portuárias e as ati- correta em relação à exploração dos portos e instalações portuá-
vidades desempenhadas pelos operadores portuários. Tal lei prevê, rias.
por exemplo, que a exploração indireta do porto organizado ocor- (A) A exploração indireta do porto organizado e das instalações
rerá mediante portuárias nele localizadas ocorrerá mediante autorização, nos
(A) concessão e cessão de serviço público. termos da lei.
(B) concessão e arrendamento de bem público. (B) A exploração indireta das instalações portuárias nele locali-
(C) arrendamento público e servidão pública. zadas ocorrerá mediante permissão, nos termos da lei.
(D) servidão de serviço público e arrendamento público. (C) A exploração indireta do porto organizado e das instalações
(E) permissão de bem público e arrendamento de serviço pú- portuárias nele localizadas ocorrerá mediante concessão e ar-
blico. rendamento de bem público.
(D) A exploração indireta das instalações portuárias localizadas
8. Analise as afirmativas a seguir sobre os conceitos estabeleci- fora da área do porto organizado ocorrerá mediante concessão
dos na Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013): e arrendamento de bem público.
I. Terminal de uso privado: instalação portuária explorada me- (E) A exploração indireta das instalações portuárias localizadas
diante autorização e localizada fora da área do porto organizado. fora da área do porto organizado ocorrerá mediante permis-
II. Área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder são, nos termos da lei.
Executivo que compreende as instalações portuárias e a infraestru-
tura de proteção e de acesso ao porto organizado. 12. Compreendidas as noções de Direito Portuário, sobretudo
III. Estação de transbordo de cargas: instalação portuária explo- o estabelecido na Lei no 12.815/2013, é correto afirmar que
rada mediante autorização, localizada fora da área do porto orga- (A) o órgão de gestão de mão de obra pode ceder, em caráter
nizado e utilizada exclusivamente para operação de transbordo de temporário, trabalhador avulso ao operador portuário, desde
mercadorias em embarcações de navegação interior ou cabotagem. que respeitado o limite máximo de 25 meses.
(B) é dispensável a intervenção de operadores portuários em
Assinale
operações que não requeiram a utilização de mão de obra ou
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta.
que possam ser executadas exclusivamente pela tripulação das
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
embarcações.
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) não há previsão legal de hipótese em que a intervenção de
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. operadores portuários seja dispensável.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. (D) após o término do contrato de concessão ou arrendamen-
to, os bens seguirão no patrimônio de quem explorou direta-
9. Autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatraca- mente o porto organizado e as instalações portuárias.
ção, o fundeio e o tráfego de embarcação na área do porto é uma (E) a reversão dos bens ao patrimônio da União está prevista
competência na legislação de modo que não se afigura como cláusula dita
(A) da autoridade portuária. essencial para os contratos de concessão de bem público desti-
(B) da polícia marítima-portuária. nados à exploração do porto organizado.
(C) da secretaria de portos.
(D) da autoridade de alfandegamento.
(E) do órgão gestor de mão de obra.

10. A respeito da administração e exploração dos portos e suas


instalações, considerando a Lei no 12.815/2013, está correto afir-
mar que a
(A) exploração dos portos por concessões, arrendamentos e
autorizações, pode ser realizada por pessoa física ou jurídica.
(B) administração do porto poderá, a seu critério, explorar indi-
retamente áreas não afeitas às operações portuárias.
(C) Lei no 12.815/2013 regula a exploração dos portos, caben-
do a exploração das instalações portuárias regulamentada em
portarias posteriores.
(D) administração do porto é exercida pelo Estado, sem inter-
ferência da União.
(E) administração do porto é responsável por arrecadar os valo-
res das tarifas relativas às suas atividades.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

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GABARITO
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1 C
2 B ______________________________________________________
3 B ______________________________________________________
4 A
______________________________________________________
5 C
______________________________________________________
6 C
7 B ______________________________________________________
8 E ______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
10 E
11 C ______________________________________________________

12 B ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Técnico Portuário - Apoio Administrativo

ind. Indicativo
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS: ASPECTOS GERAIS DA
REDAÇÃO OFICIAL; A REDAÇÃO DOS ATOS NORMATI- ICP - Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
VOS E COMUNICAÇÕES; APLICAÇÃO DE PRINCÍPIOS DA masc. Masculino
ORTOGRAFIA E DE ELEMENTOS DA GRAMÁTICA À RE- obj. dir. Objeto direto
DAÇÃO OFICIAL
obj. ind. Objeto indireto
p. Página
A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da Re- p. us. Pouco usado
pública foi lançado no final de 2018 e apresenta algumas mudanças
quanto ao formato anterior. Para contextualizar, o manual foi criado pess. Pessoa
em 1991 e surgiu de uma necessidade de padronizar os protocolos pl. Plural
à moderna administração pública. Assim, ele é referência quando
pref. Prefixo
se trata de Redação Oficial em todas as esferas administrativas.
O Decreto de nº 9.758 de 11 de abril de 2019 veio alterar regras pres. Presente
importantes, quanto aos substantivos de tratamento. Expressões usa- Res. Resolução do Congresso Nacional
das antes (como: Vossa Excelência ou Excelentíssimo, Vossa Senhoria,
Vossa Magnificência, doutor, ilustre ou ilustríssimo, digno ou digníssi- RICD Regimento Interno da Câmara dos Deputados
mo e respeitável) foram retiradas e substituídas apenas por: Senhor RISF Regimento Interno do Senado Federal
(a). Excepciona a nova regra quando o agente público entender que s. Substantivo
não foi atendido pelo decreto e exigir o tratamento diferenciado.
s.f. Substantivo feminino
A redação oficial é s.m. Substantivo masculino
A maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais
SEI! Sistema Eletrônico de Informações
e atos normativos e deve caracterizar-se pela: clareza e precisão, obje-
tividade, concisão, coesão e coerência, impessoalidade, formalidade e sing. Singular
padronização e uso da norma padrão da língua portuguesa. tb. Também
v. Ver ou verbo
SINAIS E ABREVIATURAS EMPREGADOS
v.g. verbi gratia
• Indica forma (em geral sintática) inaceitável ou
agramatical var. pop. Variante popular

§ Parágrafo A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela


adj. adv. Adjunto adverbial escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
a) alguém que comunique: o serviço público.
arc. Arcaico
b) algo a ser comunicado: assunto relativo às atribuições do
art.; arts. Artigo; artigos órgão que comunica.
cf. Confronte c) alguém que receba essa comunicação: o público, uma insti-
tuição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Execu-
CN Congresso Nacional tivo ou dos outros Poderes.
Cp. Compare
EM Exposição de Motivos Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a fina-
lidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação
f.v. Forma verbal comunicativa. Os atos oficiais (atos de caráter normativo) estabele-
fem. Feminino

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

cem regras para a conduta dos cidadãos, regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos. Para alcançar tais objetivos, em sua
elaboração, precisa ser empregada a linguagem adequada. O mesmo ocorre com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de
informar com clareza e objetividade.

Atributos da redação oficial:


• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização; e
• uso da norma padrão da língua portuguesa.

CLAREZA PRECISÃO
Para a obtenção de clareza, sugere-se: O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, sal- a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita
vo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se compreensão da ideia veiculada no texto;
utilizará nomenclatura própria da área; b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas pala-
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na or- vras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente
dem direta e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para estilístico; e
evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da oração; c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; ao texto.
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indis-
pensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso já con-
sagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.

Por sua vez, ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é
fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias. A objetividade conduz o leitor ao contato
mais direto com o assunto e com as informações, sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetivi-
dade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma en-
tendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo
em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elementos
de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos
estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros. Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são:
• Referência (termos que se relacionam a outros necessários à sua interpretação);
• Substituição (colocação de um item lexical no lugar de outro ou no lugar de uma oração);
• Elipse (omissão de um termo recuperável pelo contexto);
• Uso de conjunção (estabelecer ligação entre orações, períodos ou parágrafos).

A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos. Sendo
assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.

As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas regras de forma. Isso é válido tanto para as
comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os eventuais documentos impressos. Recomendações:
• A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;
• O uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo lite-
rário;
• A consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.

O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível
hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

Obs. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

São formas de tratamento vedadas:


I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo;
II - Vossa Senhoria;
III - Vossa Magnificência;
IV - doutor;
V - ilustre ou ilustríssimo;
VI - digno ou digníssimo; e
VII - respeitável.

Todavia, o agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento, mediante invocação de normas especiais referentes
ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo. Ademais, é vedado negar a realização de ato administrativo ou ad-
moestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.
O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de tratamento ou o nome do agente
público. Poderão constar o pronome de tratamento e o nome do destinatário nas hipóteses de:
I – A mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a identificação do destinatário; ou
II - A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma:
o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que
chamamos de padrão ofício.
Consistem em partes do documento no padrão ofício:

• Cabeçalho: O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada pela formatação.
No cabeçalho deve constar o Brasão de Armas da República no topo da página; nome do órgão principal; nomes dos órgãos secundários,
quando necessários, da maior para a menor hierarquia; espaçamento entrelinhas simples (1,0). Os dados do órgão, tais como endereço,
telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento,
centralizados.

• Identificação do expediente:
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a
maior hierarquia, separados por barra (/);
d) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Local e data:
a) composição: local e data do documento;
b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da unidade da
federação depois do nome da cidade;
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve
utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data;
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página.

• Endereçamento: O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente. Nele deverão constar :
a) vocativo;
b) nome: nome do destinatário do expediente;
c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira linha: informação de localidade/
logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor; segunda linha: CEP e cidade/unidade da federa-
ção, separados por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto ou pelo
travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/
unidade da federação;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Assunto: O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da seguinte maneira:
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-pontos;
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar
verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito;
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto;
e) alinhamento: à margem esquerda da página.

• Texto:

NOS CASOS EM QUE NÃO SEJA USADO PARA QUANDO FOREM USADOS PARA ENCAMINHAMENTO DE
ENCAMINHAMENTO DE DOCUMENTOS, O EXPEDIENTE DEVE DOCUMENTOS, A ESTRUTURA É MODIFICADA:
CONTER A SEGUINTE ESTRUTURA:
a) introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação. a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que
Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não
Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo
Informo, Solicito, Comunico; da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados
b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser signatário e assunto de que se trata) e a razão pela qual está
tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à sendo encaminhado;
exposição; e b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer
c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto. algum comentário a respeito do documento que encaminha,
poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso
contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em expediente
usado para encaminhamento de documentos.

Em qualquer uma das duas estruturas, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira:
a) alinhamento: justificado;
b) espaçamento entre linhas: simples;
c) parágrafos: espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem
esquerda; numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se
numeram o vocativo e o fecho;
d) fonte: Calibri ou Carlito; corpo do texto: tamanho 12 pontos; citações recuadas: tamanho 11 pontos; notas de Rodapé: tamanho
10 pontos.
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se utilizar as fontes Symbol e Wingdings.

• Fechos para comunicações: O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o
destinatário.
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente,

• Identificação do signatário: Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações ofi-
ciais devem informar o signatário segundo o padrão:
a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em letras maiúsculas, sem negrito. Não se usa linha acima do nome do signa-
tário;
b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem as
palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e
c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página. Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi-
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

• Numeração de páginas: A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda página da comunicação. Ela deve ser
centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:
a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da margem inferior; e
b) fonte: Calibri ou Carlito.

Quanto a formatação e apresentação, os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte forma:
a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm);
b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;
c) margem lateral direita: 1,5 cm;
d) margens superior e inferior: 2 cm;
e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem superior do papel;
f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e
direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho);
h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para grá-
ficos e ilustrações;
i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do
documento;
j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico;
k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos-
terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, preferencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e
editado pela maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como DOCX, ODT ou RTF.
l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
+ número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais


(Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração, a re-
dação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a ge-
rência das exposições de motivos com as propostas de atos a serem
encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do signatá-
rio são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o nome
do ministro que assinou a exposição de motivos e do consultor jurí-
dico que assinou o parecer jurídico da Pasta.
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar
sobre fato da administração pública; para expor o plano de gover-
no por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do
que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios
à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação
final. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso
Nacional têm as seguintes finalidades:
Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional,
algumas possíveis variações: de projeto de lei ordinária, de projeto de lei complementar e os
a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão en- que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or-
via o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na çamentos anuais e créditos adicionais.
epígrafe será apenas do órgão remetente. b) Encaminhamento de medida provisória.
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um c) Indicação de autoridades.
órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um único d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden-
órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epí- te da República se ausentarem do país por mais de 15 dias.
grafe. e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de
concessão de emissoras de rádio e TV.
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício ante-
mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para rior.
mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes cons- g) Mensagem de abertura da sessão legislativa.
tarão na epígrafe. h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
i) Comunicação de veto.
Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo, ex. Apreciação
órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas ou nomes dos de intervenção federal.
órgãos que receberão o expediente.
As mensagens contêm:
Exposição de motivos (EM) a) brasão: timbre em relevo branco;
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice- b) identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à
Presidente para: margem esquerda, no início do texto;
a) propor alguma medida; c) vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o
b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou pronome de tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo de
c) informa-lo de determinado assunto. parágrafo dado ao texto;
d) texto: iniciado a 2 cm do vocativo;
A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República e) local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinha-
por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado en- dos à margem direita. A mensagem, como os demais atos assinados
volva mais de um ministério, a exposição de motivos será assinada pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signa-
por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada tário.
de interministerial. Independentemente de ser uma EM com ape-
nas um autor ou uma EM interministerial, a sequência numérica A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática
das exposições de motivos é única. A numeração começa e termina comum, não só em âmbito privado, mas também na administração
dentro de um mesmo ano civil. pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunica- Dependendo do contexto, pode significar gênero textual, endere-
ção dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além disso, ço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.
pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacio- Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documen-
nal ou ao Poder Judiciário. to oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o uso de lin-
guagem incompatível com uma comunicação oficial. Como endere-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por exemplo. Como sistema
de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de envio e recebimento de
documentos na administração pública.
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que
possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os pa-
râmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil.
O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; contudo,
caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido
pela ICP-Brasil. Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação de documento eletrônico que não atenda os parâmetros
da ICP-Brasil.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da mensagem
comunicada. O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber
a mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio
eletrônico.
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para outras instituições, para receptores
desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”,
seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.

Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como “Att.”,
e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não devem
ser utilizados em e-mails profissionais.
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail deve
conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de documen-
to ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados, em formato que possa ser editado.
A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Muitas
vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondência particular
seria apenas um lapso na digitação pode ter repercussões indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial ou de um ato
normativo. Assim, toda revisão que se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em conta também a correção
ortográfica.

HÍFEN ASPAS ITÁLICO NEGRITO E SUBLINHADO


Emprega-se itálico em:
a) títulos de publicações
O hífen é um sinal usado para:
As aspas têm os seguintes (livros, revistas, jornais,
a) ligar os elementos de
empregos: periódicos etc.) ou títulos de
palavras compostas: vice-
a) antes e depois de uma congressos, conferências,
ministro;
citação textual direta, quando slogans, lemas sem o uso de Usa-se o negrito para realce
b) para unir pronomes átonos
esta tem até três linhas, sem aspas (com inicial maiúscula de palavras e trechos. Deve-se
a verbos: agradeceu-lhe; e
utilizar itálico; em todas as palavras, exceto evitar o uso de sublinhado para
c) para, no final de uma
b) quando necessário, para nas de ligação); realçar palavras e trechos em
linha, indicar a separação
diferenciar títulos, termos b) palavras e as expressões comunicações oficiais.
das sílabas de uma palavra
técnicos, expressões fixas, em latim ou em outras
em duas partes (a chamada
definições, exemplificações e línguas estrangeiras não
translineação): com-/parar,
assemelhados. incorporadas ao uso comum
gover-/no.
na língua portuguesa ou não
aportuguesadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PARÊNTESES E TRAVESSÃO USO DE SIGLAS E ACRÔNIMOS


Os parênteses são empregados para intercalar, em Para padronizar o uso de siglas e acrônimos nos atos normativos, serão
um texto, explicações, indicações, comentários, adotados os conceitos sugeridos pelo Manual de Elaboração de Textos da
observações, como por exemplo, indicar uma data, Consultoria Legislativa do Senado Federal (1999), em que:
uma referência bibliográfica, uma sigla. a) sigla: constitui-se do resultado das somas das iniciais de um título; e
O travessão, que é representado graficamente b) acrônimo: constitui-se do resultado da soma de algumas sílabas ou partes
por um hífen prolongado (–), substitui parênteses, dos vocábulos de um título.
vírgulas, dois-pontos.

Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras, que, com ela, se unem para exprimir o
pensamento. Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem uma oração:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL

O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação enunciada na oração. De acordo com a gramática normativa, o sujeito da
oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter complemento, mas não ser complemento.
Embora seja usada como recurso estilístico na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos textos oficiais, pois muitas
vezes dificulta a compreensão.
A omissão de certos termos, ao fazermos uma comparação, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na língua escrita, pois
compromete a clareza do texto: nem sempre é possível identificar, pelo contexto, o termo omitido. A ausência indevida de um termo pode
impossibilitar o entendimento do sentido que se quer dar a uma frase.
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial,
deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos de compreensão. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar-se a que palavra se refere um pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.

A concordância é o processo sintático segundo o qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às palavras de que dependem.
Essa acomodação formal se chama flexão e se dá quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou pronomes), números e pessoa (nos
verbos). Daí, a divisão: concordância nominal e concordância verbal.

CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL


O verbo concorda com seu Adjetivos (nomes ou pronomes),
sujeito em pessoa e número. artigos e numerais concordam
em gênero e número com os
substantivos de que dependem.

Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordinação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações de dependência
que as palavras mantêm na frase. Dizemos que um termo rege o outro que o complementa. Numa frase, os termos regentes ou subordi-
nantes (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposições) que lhes com-
pletam o sentido.
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as seguintes finalidades:
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura;
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, devem merecer destaque; e
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades.

A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na oração,
quer no período. O ponto e vírgula, em princípio, separa estruturas coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É também usado em
lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer.
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar um esclarecimento, um resumo
ou uma consequência do que se afirmou.
O ponto de interrogação, como se depreende de seu nome, é utilizado para marcar o final de uma frase interrogativa direta. O ponto
de exclamação é utilizado para indicar surpresa, espanto, admiração, súplica etc. Seu uso na redação oficial fica geralmente restrito aos
discursos e às peças de retórica.
O uso do pronome demonstrativo obedece às seguintes circunstâncias:
a) Emprega-se este(a)/isto quando o termo referente estiver próximo ao emissor, ou seja, de quem fala ou redige.
b) Emprega-se esse(a)/isso quando o termo referente estiver próximo ao receptor, ou seja, a quem se fala ou para quem se redige.
c) Emprega-se aquele(a)/aquilo quando o termo referente estiver distante tanto do emissor quanto do receptor da mensagem.
d) Emprega-se este(a) para referir-se ao tempo presente;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e) Emprega-se esse(a) para se referir ao tempo passado; • Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com
f) Emprega-se aquele(a)/aquilo em relação a um tempo passa- palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pro-
do mais longínquo, ou histórico. núncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (ato de
g) Usa-se este(a)/isto para introduzir referência que, no texto, descrever) e discrição (qualidade do que é discreto), retificar (corri-
ainda será mencionado; gir) e ratificar (confirmar).
h) Usa-se este(a)para se referir ao próprio texto;
i) Emprega-se esse(a)/isso quando a informação já foi mencio- No Estado de Direito, as normas jurídicas cumprem a tarefa
nada no texto. de concretizar a Constituição. Elas devem criar os fundamentos de
A Semântica estuda o sentido das palavras, expressões, frases justiça e de segurança que assegurem um desenvolvimento social
e unidades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe harmônico em um contexto de paz e de liberdade. Esses complexos
são atribuídos. Ao considerarmos o significado de determinada pa- objetivos da norma jurídica são expressos nas funções:
lavra, levamos em conta sua história, sua estrutura (radical, prefi- I) de integração: a lei cumpre função de integração ao com-
xos, sufixos que participam da sua forma) e, por fim, o contexto em pensar as diferenças jurídico-políticas no quadro de formação da
que se apresenta. vontade do Estado (desigualdades sociais, regionais);
Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto II) de planificação: a lei é o instrumento básico de organização,
oficial, deve-se atentar para a tradição no emprego de determina- de definição e de distribuição de competências;
da expressão com determinado sentido. O emprego de expressões III) de proteção: a lei cumpre função de proteção contra o arbí-
ditas de uso consagrado confere uniformidade e transparência ao trio ao vincular os próprios órgãos do Estado;
sentido do texto. Mas isso não quer dizer que os textos oficiais de- IV) de regulação: a lei cumpre função reguladora ao direcionar
vam limitar-se à repetição de chavões e de clichês. condutas por meio de modelos;
Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo V) de inovação: a lei cumpre função de inovação na ordem ju-
utilizadas. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias rídica e no plano social.
ou redundâncias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para
as palavras repetidas; mas se sua substituição for comprometer o Requisitos da elaboração normativa:
sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro, não hesite • Clareza e determinação da norma;
em deixar o texto como está. • Princípio da reserva legal;
É importante lembrar que o idioma está em constante muta- • Reserva legal qualificada (algumas providências sejam prece-
ção. A própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da didas de específica autorização legislativa, vinculada à determinada
política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de novas situação ou destinada a atingir determinado objetivo);
palavras e de formas de dizer. • Princípio da legalidade nos âmbitos penal, tributário e admi-
A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, nistrativo;
nem incorporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabula- • Princípio da proporcionalidade;
res, por um lado, elas devem sempre ser usadas com critério, evi- • Densidade da norma (a previsão legal contenha uma discipli-
tando-se aquelas que podem ser substituídas por vocábulos já de na suficientemente concreta);
uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer dar. • Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coi-
De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto pu- sa julgada;
rismo, a linguagem das comunicações oficiais fique imune às cria- • Remissões legislativas (se as remissões forem inevitáveis,
ções vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez sejam elas formuladas de tal modo que permitam ao intérprete
do desenvolvimento tecnológico, por exemplo, impõe a criação de apreender o seu sentido sem ter de compulsar o texto referido).
inúmeros novos conceitos e termos, ditando de certa forma a ve-
locidade com que a língua deve incorporá-los. O importante é usar Além do processo legislativo disciplinado na Constituição (pro-
o estrangeirismo de forma consciente, buscar o equivalente portu- cesso legislativo externo), a doutrina identifica o chamado processo
guês quando houver ou conformar a palavra estrangeira ao espírito legislativo interno, que se refere à forma de fazer adotada para a
da Língua Portuguesa. tomada da decisão legislativa.
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou emprega- Antes de decidir sobre as providências a serem tomadas, é es-
dos em contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo sencial identificar o problema a ser enfrentado. Realizada a iden-
desconhecimento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela in- tificação do problema em decorrência de impulsos externos (ma-
corporação acrítica do estrangeirismo. nifestações de órgãos de opinião pública, críticas de segmentos
• A homonímia é a designação geral para os casos em que pa- especializados) ou graças à atuação dos mecanismos próprios de
lavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos controle, o problema deve ser delimitado de forma precisa.
homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos). A análise da situação questionada deve contemplar as causas
• Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como ou o complexo de causas que eventualmente determinaram ou
nos exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta) contribuíram para o seu desenvolvimento. Essas causas podem ter
e manga (de camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo influências diversas, tais como condutas humanas, desenvolvimen-
(pedido) e apelo (com e aberto, 1ª pess. Do sing. Do pres. Do ind. tos sociais ou econômicos, influências da política nacional ou inter-
Do verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1ª pess. nacional, consequências de novos problemas técnicos, efeitos de
Do sing. Do pres. Do ind. Do verbo consolar), com pronúncia di- leis antigas, mudanças de concepção etc.
ferente. Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo Para verificar a adequação dos meios a serem utilizados, deve-
contexto em que são empregados. -se realizar uma análise dos objetivos que se esperam com a apro-
vação da proposta. A ação do legislador, nesse âmbito, não difere,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

fundamentalmente, da atuação do homem comum, que se caracte- O termo “republicação” é utilizado para designar apenas a hi-
riza mais por saber exatamente o que não quer, sem precisar o que pótese de o texto publicado não corresponder ao original assinado
efetivamente pretende. pela autoridade. Não se pode cogitar essa hipótese por motivo de
A avaliação emocional dos problemas, a crítica generalizada e, erro já constante do documento subscrito pela autoridade ou, mui-
às vezes, irrefletida sobre o estado de coisas dominante acabam to menos, por motivo de alteração na opinião da autoridade. Con-
por permitir que predominem as soluções negativistas, que têm siderando que os atos normativos somente produzem efeitos após
por escopo, fundamentalmente, suprimir a situação questionada a publicação no Diário Oficial da União, mesmo no caso de republi-
sem contemplar, de forma detida e racional, as alternativas possí- cação, não se poderá cogitar a existência de efeitos retroativos com
veis ou as causas determinantes desse estado de coisas negativo. a publicação do texto corrigido. Contudo, o texto publicado sem
Outras vezes, deixa-se orientar por sentimento inverso, buscando, correspondência com aquele subscrito pela autoridade poderá ser
pura e simplesmente, a preservação do status quo. considerado inválido com efeitos retroativos.
Essas duas posições podem levar, nos seus extremos, a uma Já a retificação se refere aos casos em que texto publicado
imprecisa definição dos objetivos. A definição da decisão legislativa corresponde ao texto subscrito pela autoridade, mas que continha
deve ser precedida de uma rigorosa avaliação das alternativas exis- lapso manifesto. A retificação requer nova assinatura pelas autori-
tentes, seus prós e contras. A existência de diversas alternativas dades envolvidas e, em muitos casos, é menos conveniente do que
para a solução do problema não só amplia a liberdade do legislador, a mera alteração da norma.
como também permite a melhoria da qualidade da decisão legisla- A correção de erro material que não afete a substância do ato
tiva. singular de caráter pessoal e as retificações ou alterações da de-
Antes de decidir sobre a alternativa a ser positivada, devem-se nominação de cargos, funções ou órgãos que tenham tido a deno-
avaliar e contrapor as alternativas existentes sob dois pontos de minação modificada em decorrência de lei ou de decreto superve-
vista: a) De uma perspectiva puramente objetiva: verificar se a aná- niente à expedição do ato pessoal a ser apostilado são realizadas
lise sobre os dados fáticos e prognósticos se mostra consistente; b) por meio de apostila. O apostilamento é de competência do setor
De uma perspectiva axiológica: aferir, com a utilização de critérios de recurso humanos do órgão, autarquia ou fundação, e dispensa
de probabilidade (prognósticos), se os meios a serem empregados nova assinatura da autoridade que subscreveu o ato originário.
mostram-se adequados a produzir as consequências desejadas. De- Atenção: Deve-se ter especial atenção quando do uso do apos-
vem-se contemplar, igualmente, as suas deficiências e os eventuais tilamento para os atos relativos à vacância ou ao provimento de-
efeitos colaterais negativos. corrente de alteração de estrutura de órgão, autarquia ou funda-
O processo de decisão normativa estará incompleto caso se ção pública. O apostilamento não se aplica aos casos nos quais a
entenda que a tarefa do legislador se encerre com a edição do ato essência do cargo em comissão ou da função de confiança tenham
normativo. Uma planificação mais rigorosa do processo de elabo- sido alterados, tais como nos casos de alteração do nível hierárqui-
ração normativa exige um cuidadoso controle das diversas conse- co, transformação de atribuição de assessoramento em atribuição
quências produzidas pelo novo ato normativo. de chefia (ou vice-versa) ou transferência de cargo para unidade
É recomendável que o legislador redija as leis dentro de um com outras competências. Também deve-se alertar para o fato que
espírito de sistema, tendo em vista não só a coerência e a harmonia a praxe atual tem sido exigir que o apostilamento decorrente de
interna de suas disposições, mas também a sua adequada inserção alteração em estrutura regimental seja realizado na mesma data da
no sistema jurídico como um todo. Essa sistematização expressa entrada em vigor de seu decreto.
uma característica da cientificidade do Direito e corresponde às A estrutura dos atos normativos é composta por dois elemen-
exigências mínimas de segurança jurídica, à medida que impedem tos básicos: a ordem legislativa e a matéria legislada. A ordem le-
uma ruptura arbitrária com a sistemática adotada na aplicação do gislativa compreende a parte preliminar e o fecho da lei ou do de-
Direito. Costuma-se distinguir a sistemática da lei em sistemática creto; a matéria legislada diz respeito ao texto ou ao corpo do ato.
interna (compatibilidade teleológica e ausência de contradição ló- A lei ordinária é ato normativo primário e contém, em regra,
gica) e sistemática externa (estrutura da lei). normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas, normal-
Regras básicas a serem observadas para a sistematização do mente, pela generalidade e pela abstração (lei material), estas con-
texto do ato normativo, com o objetivo de facilitar sua estrutura- têm, não raramente, normas singulares (lei formal ou ato normati-
ção: vo de efeitos concretos).
a) matérias que guardem afinidade objetiva devem ser trata- As leis complementares são um tipo de lei que não têm a ri-
das em um mesmo contexto ou agrupamento; gidez dos preceitos constitucionais, e tampouco comportam a re-
b) os procedimentos devem ser disciplinados segundo a ordem vogação por força de qualquer lei ordinária superveniente. Com a
cronológica, se possível; instituição de lei complementar, o constituinte buscou resguardar
c) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir determinadas matérias contra mudanças céleres ou apressadas,
que ela forneça resposta à questão jurídica a ser disciplinada; e sem deixá-las exageradamente rígidas, o que dificultaria sua modi-
d) institutos diversos devem ser tratados separadamente. ficação. A lei complementar deve ser aprovada pela maioria abso-
luta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
• O artigo de alteração da norma deve fazer menção expressa Lei delegada é o ato normativo elaborado e editado pelo Pre-
ao ato normativo que está sendo alterado. sidente da República em decorrência de autorização do Poder Le-
• Na hipótese de alteração parcial de artigo, os dispositivos gislativo, expedida por meio de resolução do Congresso Nacional
que não terão o seu texto alterado serão substituídos por linha e dentro dos limites nela traçados. Medida provisória é ato nor-
pontilhada, cujo uso é obrigatório para indicar a manutenção e a mativo com força de lei que pode ser editado pelo Presidente da
não alteração do trecho do artigo. República em caso de relevância e urgência. Decretos são atos ad-

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ministrativos de competência exclusiva do Chefe do Executivo, des- lei aprovado pelo Poder Legislativo. Verifica-se aqui a fusão da von-
tinados a prover as situações gerais ou individuais, abstratamente tade do Congresso Nacional com a do Presidente, da qual resulta a
previstas, de modo expresso ou implícito, na lei. formação da lei.
• Decretos singulares ou de efeitos concretos: Os decretos po- O veto é o ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega san-
dem conter regras singulares ou concretas (por exemplo, decretos ção ao projeto – ou a parte dele –, obstando à sua conversão em lei.
referentes à questão de pessoal, de abertura de crédito, de desa- Dois são os fundamentos para a recusa de sanção:
propriação, de cessão de uso de imóvel, de indulto, de perda de a) inconstitucionalidade; ou
nacionalidade, etc.). b) contrariedade ao interesse público.
• Decretos regulamentares: Os decretos regulamentares são O veto deve ser expresso e motivado, e oposto no prazo de 15
atos normativos subordinados ou secundários. dias úteis, contado da data do recebimento do projeto, e comuni-
• Decretos autônomos: Limita-se às hipóteses de organização cado ao Congresso Nacional nas 48 horas subsequentes à sua opo-
e funcionamento da administração pública federal, quando não im- sição. O veto não impede a conversão do projeto em lei, podendo
plicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos pú- ser superado por deliberação do Congresso Nacional.
blicos, e de extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. A promulgação e a publicação constituem fases essenciais da
eficácia da lei. A promulgação das leis compete ao Presidente da
Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autori- República. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas, decor-
dades expedem instruções sobre a organização e o funcionamento rido da sanção ou da superação do veto. Nesse último caso, se o
de serviço, sobre questões de pessoal e outros atos de sua compe- Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Pre-
tência. sidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas
para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do
O processo legislativo abrange não só a elaboração das leis Senado Federal, em prazo idêntico.
propriamente ditas (leis ordinárias, leis complementares, leis de- O período entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é
legadas), mas também a elaboração das emendas constitucionais, chamado de período de vacância ou vacatio legis. Na falta de dis-
das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das resoluções. posição especial, vigora o princípio que reconhece o decurso de um
A iniciativa é a proposta de edição de direito novo. A iniciati- lapso de tempo entre a data da publicação e o termo inicial da obri-
va comum ou concorrente compete ao Presidente da República, a gatoriedade (45 dias).
qualquer Deputado ou Senador, a qualquer comissão de qualquer Podem-se distinguir seis tipos de procedimento legislativo:
das Casas do Congresso, e aos cidadãos – iniciativa popular. A Cons- a) procedimento legislativo normal: Trata da elaboração das
tituição confere a iniciativa da legislação sobre certas matérias, leis ordinárias (excluídas as leis financeiras e os códigos) e comple-
privativamente, a determinados órgãos, denominada de iniciativa mentares.
reservada. A Constituição prevê, ainda, sistema de iniciativa vincu- b) procedimento legislativo abreviado: Este procedimento
lada, na qual a apresentação do projeto é obrigatória. Nesse caso, o dispensa a competência do Plenário, ocorrendo, por isso, a deli-
Chefe do Executivo Federal deve encaminhar ao Congresso Nacio- beração terminativa sobre o projeto de lei nas próprias Comissões
nal os projetos referentes às leis orçamentárias (plano plurianual, Permanentes.
lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual). c) procedimento legislativo sumário: Entre as prerrogativas
regimentais das Casas do Congresso Nacional existe a de conferir
A disciplina sobre a discussão e a instrução do projeto de lei é urgência a certas proposições.
confiada, fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legislati- d) procedimento legislativo sumaríssimo: Existe nas duas Ca-
vas. sas do Congresso Nacional mecanismo que assegura deliberação
Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra instantânea sobre matérias submetidas à sua apreciação.
proposição. Nem todo titular de iniciativa tem poder de emenda. e) procedimento legislativo concentrado: O procedimento le-
Essa faculdade é reservada aos parlamentares. Se, entretanto, for gislativo concentrado tipifica-se, basicamente, pela apresentação
de iniciativa do Poder Executivo ou do Poder Judiciário, o seu titular das matérias em reuniões conjuntas de deputados e senadores. Ex.
também pode apresentar modificações, acréscimos, o que fará por para leis financeiras e delegadas.
meio de mensagem aditiva, dirigida ao Presidente da Câmara dos f) procedimento legislativo especial: Nesse procedimento,
Deputados, que justifique a necessidade do acréscimo. A apresen- englobam-se dois ritos distintos com características próprias, um
tação de emendas a qualquer projeto de lei oriundo de iniciativa re- destinado à elaboração de emendas à Constituição; outro, à de có-
servada é autorizada, desde que não implique aumento de despesa digos.
e que tenha estrita pertinência temática.
A Constituição não impede a apresentação de emendas ao pro-
jeto de lei orçamentária. Elas devem ser, todavia, compatíveis com ARQUIVOLOGIA: GESTÃO, CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e devem DE DOCUMENTOS; ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO, SIS-
indicar os recursos necessários, sendo admitidos apenas aqueles TEMAS E MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
provenientes de anulação de despesa. A Constituição veda a propo-
situra de emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias que A arquivística é uma ciência que estuda as funções do arquivo,
não guardem compatibilidade com o plano plurianual. e também os princípios e técnicas a serem observados durante a
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das Casas atuação de um arquivista sobre os arquivos e, tem por objetivo,
do Congresso. Realiza-se, normalmente, após a instrução do proje- gerenciar todas as informações que possam ser registradas em do-
to nas comissões e dos debates no plenário. A sanção é o ato pelo cumentos de arquivos.
qual o Chefe do Executivo manifesta a sua anuência ao projeto de
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A Lei nº 8.159/91 (dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e entidades privadas e dá outras providências) nos dá sobre
arquivo:
“Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições
de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.”

Á título de conhecimento segue algumas outras definições de arquivo.


“Designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores, para fins de prova ou
informação”, CONARQ.
“É o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas ativi-
dades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”, Solon Buck (Souza, 1950) (citado por PAES, Marilena Leite,
1986).
“É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua ativi-
dade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro.” (PAES, Marilena Leite,
1986).

De acordo com uma das acepções existentes para arquivos, esse também pode designar local físico designado para conservar o acer-
vo.
A arquivística está embasada em princípios que a diferencia de outras ciências documentais existentes.

Vejamos:

O princípio de proveniência nos remete a um conceito muito importante aos arquivistas: o Fundo de Arquivo, que se caracteriza
como um conjunto de documentos de qualquer natureza – isto é, independentemente da sua idade, suporte, modo de produção, utiliza-
ção e conteúdo– reunidos automática e organicamente –ou seja, acumulados por um processo natural que decorre da própria atividade
da instituição–, criados e/ou acumulados e utilizados por uma pessoa física, jurídica ou poruma família no exercício das suas atividades
ou das suas funções.

Esse Fundo de Arquivo possui duas classificações a se destacar.


Fundo Fechado – quando a instituição foi extinta e não produz mais documentos estamos.
Fundo Aberto - quando a instituição continua a produzir documentos que se vão reunindo no seu arquivo.

Temos ainda outros aspectos relevantes ao arquivo, que por alguns autores, podem ser classificados como princípios e por outros,
como qualidades ou aspectos simplesmente, mas que, independente da classificação conceitual adotada, são relevantes no estudo da
arquivologia. São eles:
- Territorialidade: arquivos devem ser conservados o mais próximo possível do local que o gerou ou que influenciou sua produção.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Imparcialidade: Os documentos administrativos são meios de ação e relativos a determinadas funções. Sua imparcialidade explica-se
pelo fato de que são relativos a determinadas funções; caso contrário, os procedimentos aos quais os documentos se referem não funcio-
narão, não terão validade. Os documentos arquivísticos retratam com fidelidade os fatos e atos que atestam.
- Autenticidade: Um documento autêntico é aquele que se mantém da mesma forma como foi produzido e, portanto, apresenta o
mesmo grau de confiabilidade que tinha no momento de sua produção.

Por finalidade a arquivística visa servir de fonte de consulta, tornando possível a circulação de informação registrada, guardada e
preservada sob cuidados da Administração, garantida sua veracidade.

Costumeiramente ocorre uma confusão entre Arquivo e outros dois conceitos relacionados à Ciência da Informação, que são a Bi-
blioteca e o Museu, talvez pelo fato desses também manterem ali conteúdo guardados e conservados, porém, frisa-se que trata-se de
conceitos distintos.
O quadro abaixo demonstra bem essas distinções:

Arquivos Públicos
Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II:
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos
de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias”.
Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz:
“§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades
privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à institui-
ção arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.»
Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de caráter público – mediante
delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da esfera de governo.

Arquivos Privados
De acordo com a mesma Lei citada acima:
“Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decor-
rência de suas atividades.”
Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido artigo, a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz respeito à pessoa
jurídica de direito privado, não se confundindo, portanto, com pessoa jurídica de direito público, pois os órgãos que compõe a adminis-
tração indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são também pessoas jurídicas, destituídas de poder político e dotadas de
personalidade jurídica própria, porém, de direito público.
Exemplos:
• Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc.
• Pessoais: fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc.
• Comercial: companhias, empresas, etc.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A arquivística é desenvolvida pelo arquivista, profissional com A Gestão de Documentos no âmbito da administração pública
formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado. atua na elaboração dos planos de classificação dos documentos,
Ele pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de TTD (Tabela Temporalidade Documental) e comissão permanente
documentação, arquivos privados ou públicos, instituições cultu- de avaliação. Desta forma é assegurado o acesso rápido à informa-
rais etc. ção e preservação dos documentos.
Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e
Ao arquivista compete gerenciar a informação, cuidar da ges- expedição de documentos.
tão documental, conservação, preservação e disseminação da in- Esse processo acima descrito de gestão de informação e do-
formação contida nos documentos, assim como pela preservação cumentos segue um tramite para que possa ser aplicado de forma
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídica), institu- eficaz, é o que chamamos de protocolo.
ção e, em última instância, da sociedade como um todo. O protocolo é desenvolvido pelos encarregados das funções
Também é função do arquivista recuperar informações ou ela- pertinentes aos documentos, como, recebimento, registro, distri-
borar instrumentos de pesquisas arquivisticas.1 buição e movimentação dos documentos em curso.
A finalidade principal do protocolo é permitir que as informa-
GESTÃO DE DOCUMENTOS ções e documentos sejam administradas e coordenadas de forma
Um documento (do latim documentum, derivado de docere concisa, otimizada, evitando acúmulo de dados desnecessários, de
“ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gráfico, que forma que mesmo havendo um aumento de produção de docu-
comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de uma mentos sua gestão seja feita com agilidade, rapidez e organização.
afirmação etc. No meio jurídico, documentos são frequentemente Para atender essa finalidade, as organizações adotam um sis-
sinônimos de atos, cartas ou escritos que carregam um valor pro- tema de base de dados, onde os documentos são registrados assim
batório. que chegam à organização.
Documento arquivístico: Informação registrada, independen- A partir do momento que a informação ou documento chega
te da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da é adotado uma rotina lógica, evitando o descontrole ou problemas
atividade de uma instituição ou pessoa e que possui conteúdo, con- decorrentes por falta de zelo com esses, como podemos perceber:
texto e estrutura suficientes para servir de prova dessa atividade.
Administrar, organizar e gerenciar a informação é uma tarefa Recebimento:
de considerável importância para as organizações atuais, sejam es- Como o próprio nome diz, é onde se recebe os documentos e
sas privadas ou públicas, tarefa essa que encontra suporte na Tec- onde se separa o que é oficial e o que é pessoal.
nologia da Gestão de Documentos, importante ferramenta que Os pessoais são encaminhados aos seus destinatários.
auxilia na gestão e no processo decisório. Já os oficiais podem sem ostensivos e sigilosos. Os ostensivos
A gestão de documentos representa um conjunto de proce- são abertos e analisados, anexando mais informações e assim enca-
dimentos e operações técnicas referentes à sua produção, trami- minhados aos seus destinos e os sigilosos são enviados diretos para
tação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e interme- seus destinatários.
diária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda
permanente. Registro:
Todos os documentos recebidos devem ser registrados ele-
Através da Gestão Documental é possível definir qual a politi- tronicamentecom seu número, nome do remetente, data, assunto
ca arquivistica adotada, através da qual, se constitui o patrimônio dentre outras informações.
arquivistico. Outro aspecto importante da gestão documental é de- Depois do registro o documento é numerado (autuado) em or-
finir os responsáveis pelo processo arquivistico. dem de chegada.
A Gestão de Documentos é ainda responsável pela implanta- Depois de analisado o documento ele é classificado em uma
ção do programa de gestão, que envolve ações como as de acesso, categoria de assuntopara que possam ser achados. Neste momento
preservação, conservação de arquivo, entre outras atividades. pode-se ate dar um código a ele.
Por assegurar que a informação produzida terá gestão ade-
quada, sua confidencialidade garantida e com possibilidade de ser Distribuição:
rastreada, a Gestão de Documentos favorece o processo de Acre- Também conhecido como movimentação, é a entrega para
ditação e Certificação ISO, processos esses que para determinadas seus destinatários internos da empresa. Caso fosse para fora da
organizações são de extrema importância ser adquirido. empresa seria feita pela expedição.
Outras vantagens de se adotar a gestão de documentos é a
racionalização de espaço para guarda de documentos e o controle Tramitação:
deste a produção até arquivamento final dessas informações. A tramitação são procedimentos formais definidas pela empre-
A implantação da Gestão de Documentos associada ao uso sa.É o caminho que o documento percorre desde sua entrada na
adequado da microfilmagem e das tecnologias do Gerenciamento empresa até chegar ao seu destinatário (cumprir sua função).Todas
Eletrônico de Documentos deve ser efetiva visando à garantia no as etapas devem ser seguidas sem erro para que o protocolo consi-
processo de atualização da documentação, interrupção no proces- ga localizar o documento. Quando os dados são colocados correta-
so de deterioração dos documentos e na eliminação do risco de mente, como datas e setores em que o documento caminhou por
perda do acervo, através de backup ou pela utilização de sistemas exemplo, ajudará aagilizar a sua localização.
que permitam acesso à informação pela internet e intranet.

1Adaptado de George Melo Rodrigues


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Expedição de documentos:
A expedição é por onde sai o documento. Deve-se verificar se faltam folhas ou anexos. Também deve numerar e datar a correspon-
dência no original e nas cópias, pois as cópias são o acompanhamento da tramitação do documento na empresa e serão encaminhadas ao
arquivo. As originais são expedidas para seus destinatários.

Sistemas de classificação
O conceito de classificação e o respectivo sistema classificativo a ser adotado, são de uma importância decisiva na elaboração de um
plano de classificação que permita um bom funcionamento do arquivo.
Um bom plano de classificação deve possuir as seguintes características:
- Satisfazer as necessidades práticas do serviço, adotando critérios que potenciem a resolução dos problemas. Quanto mais simples
forem as regras de classificação adotadas, tanto melhor se efetuará a ordenação da documentação;
- A sua construção deve estar de acordo com as atribuições do organismo (divisão de competências) ou em última análise, focando a
estrutura das entidades de onde provém a correspondência;
- Deverá ter em conta a evolução futura das atribuições do serviço deixando espaço livre para novas inclusões;
- Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização sempre que se enten-
der conveniente.
A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar sua
recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacionadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência, recolhimento e acesso a
esses documentos, uma vez que o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo do documento, o qual reflete a atividade que
o gerou e determina o uso da informação nele contida. A classificação define, portanto, a organização física dos documentos arquivados,
constituindo-se em referencial básico para sua recuperação.
Na classificação, as funções, atividades, espécies e tipos documentais distribuídos de acordo com as funções e atividades desempe-
nhadas pelo órgão.
A classificação deve ser realizada de acordo com as seguintes características:

De acordo com a entidade criadora


- PÚBLICO – arquivo de instituições públicas de âmbito federal ou estadual ou municipal.
- INSTITUCIONAL – arquivos pertencentes ou relacionados à instituições educacionais, igrejas, corporações não-lucrativas, sociedades
e associações.
- COMERCIAL- arquivo de empresas, corporações e companhias.
- FAMILIAR ou PESSOAL - arquivo organizado por grupos familiares ou pessoas individualmente.
.
De acordo com o estágio de evolução (considera-se o tempo de vida de um arquivo)
- ARQUIVO DE PRIMEIRA IDADE OU CORRENTE - guarda a documentação mais atual e frequentemente consultada. Pode ser mantido
em local de fácil acesso para facilitar a consulta.
- ARQUIVO DE SEGUNDA IDADE OU INTERMEDIÁRIO - inclui documentos que vieram do arquivo corrente, porque deixaram de ser
usados com frequência. Mas eles ainda podem ser consultados pelos órgãos que os produziram e os receberam, se surgir uma situação
idêntica àquela que os gerou.
- ARQUIVO DE TERCEIRA IDADE OU PERMANENTE - nele se encontram os documentos que perderam o valor administrativo e cujo uso
deixou de ser frequente, é esporádico. Eles são conservados somente por causa de seu valor histórico, informativo para comprovar algo
para fins de pesquisa em geral, permitindo que se conheça como os fatos evoluíram.

De acordo com a extensão da atenção


Os arquivos se dividem em:
- ARQUIVO SETORIAL - localizado junto aos órgãos operacionais, cumprindo as funções de um arquivo corrente.
- ARQUIVO CENTRAL OU GERAL - destina-se a receber os documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram a
estrutura de uma instituição.

De acordo com a natureza de seus documentos


- ARQUIVO ESPECIAL - guarda documentos de variadas formas físicas como discos, fitas, disquetes, fotografias, microformas (fichas
microfilmadas), slides, filmes, entre outros. Eles merecem tratamento adequado não apenas quanto ao armazenamento das peças, mas
também quanto ao registro, acondicionamento, controle e conservação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- ARQUIVO ESPECIALIZADO – também conhecido como arquivo 5. Arquivar as pastas na sequência dos códigos atribuídos –
técnico, é responsável pela guarda os documentos de um determi- usar uma pasta para cada código, evitando a classificação “diver-
nado assunto ou setor/departamento específico. sos”;
6. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes de
De acordo com a natureza do assunto acordo com a ordem estabelecida – cronológica, alfabética, geográ-
- OSTENSIVO: aqueles que ao serem divulgados não prejudi- fica, verificando a existência de cópias e eliminando-as. Caso não
cam a administração; exista o original manter uma única cópia;
- SIGILOSO: em decorrência do assunto, o acesso é limitado, 7. Arquivar o anexo do documento, quando volumoso, em cai-
com divulgação restrita. xa ou pasta apropriada, identificando externamente o seu conteúdo
e registrando a sua localização no documento que o encaminhou.
De acordo com a espécie 8. Endereçamento - o endereço aponta para o local onde os
- ADMINISTRATIVO: Referente às atividades puramente admi- documentos/processos estão armazenados.
nistrativas;
- JUDICIAL: Referente às ações judiciais e extrajudiciais; Devemos considerar duas formas de arquivamento: A horizon-
- CONSULTIVO: Referente ao assessoramento e orientação jurí- tal e a vertical.
dica. Busca dirimir dúvidas entre pareceres, busca alternativas para - Arquivamento Horizontal: os documentos são dispostos uns
evitar a esfera judicial. sobre os outros, ―deitados, dentro do mobiliário. É indicado para
arquivos permanentes e para documentos de grandes dimensões,
De acordo com o grau de sigilo pois evitam marcas e dobras nos mesmos.
- RESERVADO: Dados ou informações cuja revelação não-au- - Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos uns
torizada possa comprometer planos, operações ou objetivos neles atrás dos outros dentro do mobiliário. É indicado para arquivos
previstos; correntes, pois facilita a busca pela mobilidade na disposição dos
- SECRETO: Dados ou informações referentes a sistemas, ins- documentos.
talações, projetos, planos ou operações de interesse nacional, a
assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, pro- Para o arquivamento e ordenação dos documentos no arqui-
gramas ou instalações estratégicos, cujo conhecimento não auto- vo, devemos considerar tantos os métodos quanto os sistemas. Os
rizado possa acarretar dano grave à segurança da sociedade e do Sistemas de Arquivamento nada mais são do que a possibilidade
Estado; ou não de recuperação da informação sem o uso de instrumentos.
- ULTRASSECRETO: Dados ou informações referentes à sobe- Tudo o que isso quer dizer é apenas se precisa ou não de uma
rania e à integridade territorial nacional, a plano ou operações mi- ferramenta (índice, tabela ou qualquer outro semelhante) para lo-
litares, às relações internacionais do País, a projetos de pesquisa calizar um documento em um arquivo.
e desenvolvimento científico e tecnológico de interesse da defesa Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema
nacional e a programas econômicos, cujo conhecimento não auto- direto de busca e/ou recuperação, como por exemplo, os métodos
rizado possa acarretar dano excepcionalmente grave à segurança alfabético e geográfico.
da sociedade e do Estado. Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema indi-
reto de busca e/ou recuperação, como são os métodos numéricos.
Arquivamento e ordenação de documentos
O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedimentos que A ORDENAÇÃO é a reunião dos documentos que foram classifi-
visa ao acondicionamento e armazenamento dos documentos no cados dentre de um mesmo assunto.
arquivo. Sua finalidade é agilizar o arquivamento, de forma organizada
Uma vez registrado, classificado e tramitado nas unidades e categorizada previamente para posterior arquivamento.
competentes, o documento deverá ser encaminhado ao seu desti- Para definir a forma da ordenação é considerada a natureza
no para arquivamento, após receber despacho final. dos documentos, podendo ser:2
O arquivamento é a guarda dos documentos no local estabele-
cido, de acordo com a classificação dada. Nesta etapa toda a aten- 1. Arquivamento por assunto
ção é necessária, pois um documento arquivado erroneamente po- Uma das técnicas mais utilizadas para a gestão de documentos
derá ficar perdido quando solicitado posteriormente. é o arquivamento por assunto. Como o próprio nome já adianta,
O documento ficará arquivado na unidade até que cumpra o essa técnica consiste em realizar o arquivamento dos documentos
prazo para transferência ao Arquivo Central ou sua eliminação. de acordo com o assunto tratado neles.
Isso permite agrupar documentos que tratem de assuntos cor-
As operações para arquivamento são: relatos e permite encontrar informações completas sobre deter-
1. Verificar se o documento destina-se ao arquivamento; minada matéria de forma simples e direta, sendo especialmente
2. Checar a classificação do documento, caso não haja, atribuir interessante para empresas que lidam com um grande volume de
um código conforme o assunto; documentos de um mesmo tema.
3. Ordenar os documentos na ordem sequencial; 2. Método alfabético
4. Ao arquivar o documento na pasta, verificar a existência de Uma das mais conhecidas técnicas de arquivamento de docu-
antecedentes na mesma pasta e agrupar aqueles que tratam do mentos é o método alfabético, que consiste em organizar os do-
mesmo assunto, por consequência, o mesmo código; cumentos arquivados de acordo com a ordem alfabética desses,
permitindo uma consulta mais intuitiva e eficiente.
2Adaptado de www.agu.gov.br
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Como a própria denominação já indica, nesse esquema o ele- 5. Método geográfico


mento principal considerado é o nome. Estamos falando sobre um Esse método é aquele usado quando os documentos apresen-
método muito usado nas empresas por apresentar a vantagem de tam a sua organização por meio do local, isto é, quando a empresa
ser rápido e simples. escolhe classificar os documentos a partir de seu local de origem.
No entanto, quando se armazena um número muito grande de No entanto, de acordo com a literatura arquivística, duas nor-
informações, é comum que existam alguns erros. Isso acontece de- mas precisam ser empregadas para que o método geográfico seja
vido à grande variedade de grafia dos nomes e também ao cansaço utilizado de forma adequada. Confira!
visual do funcionário.
- Norma do método geográfico 1
Para que a localização e o armazenamento dos documentos Quando os documentos são organizados por país ou por es-
se tornem mais rápidos, é possível combinar esse método com a tado, eles precisam ser ordenados alfabeticamente. Dessa forma,
escolha de cores. Dessa forma, fica mais simples encontrar a letra fica mais fácil localizá-los depois. Isso vale também para as cidades
procurada. de um mesmo país ou estado: sempre postas em ordem alfabética.
Esse método é conhecido como Variadex e utiliza as cores Nesse caso, as capitais precisam aparecer no início da lista, uma vez
como elementos auxiliares, com o objetivo de facilitar a localização que elas são, normalmente, as mais procuradas, tendo uma quanti-
e a recuperação dos documentos. Vale lembrar que essa é somen- dade maior de documentos.
te uma variação do método alfabético. É possível, ainda, combinar
esse método ao de arquivamento por assunto, usando a ordem al- - Norma do método geográfico 2
fabética para subdividir a organização. Ao realizar um arquivamento por cidades, quando não existe
separação por estado, não há a exigência de que as capitais fiquem
3. Método numérico no início. A ordem vai ser simplesmente alfabética. Entretanto, ao
O método numérico é outra opção de arquivamento e uma óti- final de cada cidade, o estado a que ela corresponde precisa apare-
ma escolha para empresas que lidam com um grande volume de cer na identificação.
documentos. Ele consiste em determinar um número sequencial
para cada documento, permitindo sua consulta de acordo com um 6. Método temático
índice numérico previamente determinado. Esse é um método que propõe a organização dos documentos
Como o próprio nome indica, esse método é aquele usado por assunto. Assim, a classificação é elaborada pelos assuntos e te-
quando os documentos são ordenados por números. É possível es- mas básicos, que podem admitir diversas composições.
colher três formas distintas de utilizá-lo: numérico simples, crono-
lógico ou dígito-terminal. 7. Índice onomástico (opcional)
Índice de nomes próprios que aparecem no texto. Deve ser uti-
- Método numérico simples lizado quando o Coordenador da coleção assim o decidir. Deve ser
Esse método é usado quando o modo de organizar é feito pelo organizado da mesma maneira que o índice remissivo.
número da pasta ou do documento em que ele foi arquivado. É
muito utilizado na organização de prontuários médicos, filmes, pro- Tabela de temporalidade
cessos e pastas de funcionários. Instrumento de destinação, que determina prazos e condições
de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte
- Método numérico cronológico de documentos, com a finalidade de garantir o acesso à informação
Um método usado para fazer a organização dos documentos a quantos dela necessitem.
por data. É extremamente utilizado para organizar documentos É um instrumento resultante da atividade de avaliação de do-
financeiros, fotos e outros arquivos em que a data é o elemento cumentos, que consiste em identificar seus valores (primário/ad-
essencial para buscar a informação. ministrativo ou secundário/histórico) e definir prazos de guarda,
registrando dessa forma, o registra o ciclo de vida dos documen-
- Método numérico dígito-terminal tos.
A partir do momento em que se faz uso de números maiores, Para que a tabela tenha validade precisa ser aprovada por
com diversos dígitos, o método simples não é eficiente. Isso ocorre autoridade competente e divulgada entre os funcionários na ins-
porque ele acaba se tornando trabalhoso e lento. Por isso, nesse tituição.
caso, o mais indicado é utilizar o método dígito-terminal. Sua estrutura básica deve necessariamente contemplar os con-
Nesse método, a ordenação é realizada com base nos dois últi- juntos documentais produzidos e recebidos por uma instituição no
mos dígitos. Quando esses são idênticos, a ordenação é dada a par- exercício de suas atividades, os prazos de guarda nas fases corrente
tir dos dois dígitos anteriores. Isso acaba tornando o arquivamento e intermediária, a destinação final – eliminação ou guarda perma-
mais ágil e eficiente. nente, além de um campo para observações necessárias à sua com-
preensão e aplicação.
4. Método eletrônico Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utilização do
O método eletrônico consiste em arquivar os documentos de instrumento:
forma eletrônica, realizando sua digitalização — o que permite não
só organizá-los de diversas formas distintas e de acordo com o mé- 1. Assunto: Apresenta-se aqui os conjuntos documentais pro-
todo que mais se encaixa na organização e nas necessidades da em- duzidos e recebidos, hierarquicamente distribuídos de acordo com
presa, mas fazer sua gestão online e até mesmo remota. as funções e atividades desempenhadas pela instituição.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeticamente para agi-
lizar a sua localização na tabela.

2. Prazos de guarda: Trata-se do tempo necessário para arquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária, visando
atender exclusivamente às necessidades da administração que os gerou.
Deve ser objetivo e direto na definição da ação – exemplos: até aprovação das contas; até homologação daaposentadoria; e até
quitação da dívida.
- Os prazos são preferencialmente em ANOS
- Os prazos são determinados pelas: - Normas
- Precaução
- Informações recaptulativas
- Frequência de uso

3. Destinação final: Registra-se a destinação estabelecida que pode ser:

4. Observações: Neste campo são registradas informações complementares e justificativas, necessárias à correta aplicação da tabela.
Incluem-se, ainda, orientações quanto à alteração do suporte da informação e aspectos elucidativos quanto à destinação dos documen-
tos, segundo a particularidade dos conjuntos documentais avaliados.
A definição dos prazos de guarda devem ser definidos com base na legislação vigente e nas necessidades administrativas.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO


Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, deverão ser observados procedimentos específicos,
de acordo com os diferentes gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de guarda estabelecido na
tabela de temporalidade e destinação.

Não podemos nos esquecer dos documentos eletrônicos, que hoje em dia está cada vez mais presente. As alternativas são diversas,
como dispositivos externos de gravação,porém, o mais indicado hoje, é armazenar os dados em nuvem, que oferece além da segurança,
a facilidade de acesso.

Armazenamento
Áreas de armazenamento
Áreas Externas
A localização de um depósito de arquivo deve prever facilidades de acesso e de segurança contra perigos iminentes, evitando-se, por
exemplo:
- áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de inundações, como margens de rios e subsolos;
- áreas de risco de incêndios, próximas a postos de combustíveis, depósitos e distribuidoras de gases, e construções irregulares;
- áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices de poluição atmosférica, como refinarias de petróleo;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- áreas próximas a instalações estratégicas, como indústrias e - armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios magnéticos
depósitos de munições, de material bélico e aeroportos. e ópticos em condições climáticas especiais, de baixa temperatura
e umidade relativa, obtidas por meio de equipamentos mecânicos
Áreas Internas bem dimensionados, sobretudo para a manutenção da estabilidade
As áreas de trabalho e de circulação de público deverão aten- dessas condições, a saber: fotografias em preto e branco T 12ºC ±
der às necessidades de funcionalidade e conforto, enquanto as de 1ºC e UR 35% ± 5% fotografias em cor T 5ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%
armazenamento de documentos devem ser totalmente indepen- filmes e registros magnéticos T 18ºC ± 1ºC e UR 40% ± 5%.
dentes das demais.
Acondicionamento
Condições Ambientais Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e in-
Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de tra- vólucros apropriados, que assegurem sua preservação.
balho devem receber tratamento diferenciado das áreas dos depó- A escolha deverá ser feita observando-se as características fí-
sitos, as quais, por sua vez, também devem se diferenciar entre si, sicas e a natureza de cada suporte. A confecção e a disposição do
considerando-se as necessidades específicas de preservação para mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre qualidade e
cada tipo de suporte. resistência e sobre segurança no trabalho.
A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao lon- O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, promove
go do tempo, ocorre por reações químicas, que são aceleradas por a proteção contra danos físicos, químicos e mecânicos. Os docu-
flutuações e extremos de temperatura e umidade relativa do ar e mentos devem ser guardados em arquivos, estantes, armários ou
pela exposição aos poluentes atmosféricos e às radiações lumino- prateleiras, apropriados a cada suporte e formato.
sas, especialmente dos raios ultravioleta.
A adoção dos parâmetros recomendados por diferentes auto- Os documentos de valor permanente que apresentam grandes
res (de temperatura entre 15° e 22° C e de umidade relativa en- formatos, como mapas, plantas e cartazes, devem ser armazenados
tre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e úmidos, o emprego de horizontalmente, em mapotecas adequadas às suas medidas, ou
meios mecânicos sofisticados, resultando em altos custos de inves- enrolados sobre tubos confeccionados em cartão alcalino e acon-
timento em equipamentos, manutenção e energia. dicionados em armários ou gavetas. Nenhum documento deve ser
Os índices muito elevados de temperatura e umidade relati- armazenado diretamente sobre o chão.
va do ar, as variações bruscas e a falta de ventilação promovem a As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de compu-
ocorrência de infestações de insetos e o desenvolvimento de mi- tador, devem ser armazenadas longe de campos magnéticos que
croorganismos, que aumentam as proporções dos danos. possam causar a distorção ou a perda de dados. O armazenamento
Com base nessas constatações, recomenda-se: será preferencialmente em mobiliário de aço tratado com pintura
- armazenar todos os documentos em condições ambientais sintética, de efeito antiestático.
que assegurem sua preservação, pelo prazo de guarda estabeleci- As embalagens protegem os documentos contra a poeira e da-
do, isto é, em temperatura e umidade relativa do ar adequadas a nos acidentais, minimizam as variações externas de temperatura e
cada suporte documental; umidade relativa e reduzem os riscos de danos por água e fogo em
- monitorar as condições de temperatura e umidade relativa casos de desastre.
do ar, utilizando pessoal treinado, a partir de metodologia previa- As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manuseio, ao
mente definida; peso dos documentos e à pressão, caso tenham de ser empilhadas.
- utilizar preferencialmente soluções de baixo custo direciona- Precisam ser mantidas em boas condições de conservação e limpe-
das à obtenção de níveis de temperatura e umidade relativa estabi- za, de forma a proteger os documentos.
lizados na média, evitando variações súbitas; As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem respeitar
- reavaliar a utilidade de condicionadores mecânicos quando formatos padronizados, e devem ser sempre iguais às dos docu-
os equipamentos de climatização não puderem ser mantidos em mentos que irão abrigar, ou, caso haja espaço, esses devem ser
funcionamento sem interrupção; preenchidos para proteger o documento.
- proteger os documentos e suas embalagens da incidência di- Todos os materiais usados para o armazenamento de docu-
reta de luz solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas; mentos permanentes devem manter-se quimicamente estáveis ao
- monitorar os níveis de luminosidade, em especial das radia- longo do tempo, não podendo provocar quaisquer reações que afe-
ções ultravioleta; tem a preservação dos documentos.
- reduzir ao máximo a radiação UV emitida por lâmpadas fluo- Os papéis e cartões empregados na produção de caixas e invó-
rescentes, aplicando filtros bloqueadores aos tubos ou às luminá- lucros devem ser alcalinos e corresponder às expectativas de pre-
rias; servação dos documentos.
- promover regularmente a limpeza e o controle de insetos ras- No caso de caixas não confeccionados em cartão alcalino, re-
teiros nas áreas de armazenamento; comenda-se o uso de invólucros internos de papel alcalino, para
- manter um programa integrado de higienização do acervo e evitar o contato direto de documentos com materiais instáveis.3
de prevenção de insetos;
- monitorar as condições do ar quanto à presença de poeira e PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DE AR-
poluentes, procurando reduzir ao máximo os contaminantes, uti- QUIVO
lizando cortinas, filtros, bem como realizando o fechamento e a A manutenção dos documentos pelo prazo determinado na ta-
abertura controlada de janelas; bela de temporalidade dependem de três aspectos:
3Adaptado de CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos/ www.ebox-
digital.com.br
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fatores de deterioração em acervos de arquivos indispensável para o metabolismo dos nutrientes e para sua proli-
Conhecendo-se a natureza dos materiais componentes dos feração. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos mate-
acervos e seu comportamento diante dos fatores aos quais estão riais atacados e na própria colônia de fungos. Além da umidade e
expostos, torna-se bastante fácil detectar elementos nocivos e tra- nutrientes, outras condições contribuem para o crescimento das
çar políticas de conservação para minimizá-los. colônias: temperatura elevada, falta de circulação de ar e falta de
A grande maioria dos arquivos é constituída de documentos higiene.
impressos, e o papel é basicamente composto por fibras de celulo- As medidas para proteger o acervo de infestação de fungos
se, portanto, identificar os principais agentes nocivos da celulose e são:
descobrir soluções para evita-los é um grande passo na preserva- - estabelecer política de controle ambiental, principalmente
ção e na conservação documental. temperatura, umidade relativa e ar circulante
Essa degradação à qual os acervos estão sujeitos não se limita - praticar a higienização tanto do local quanto dos documen-
a um único fator, pelo contrário, são várias as formas dessa degra- tos, com metodologia e técnicas adequadas;
dação ocorrer, como veremos a seguir: - instruir o usuário e os funcionários com relação ao manuseio
dos documentos e regras de higiene do local;
1. Fatores ambientais - manter vigilância constante dos documentos contra aciden-
São os agentes encontrados no ambiente físico do acervo, tes com água, secando-os imediatamente caso ocorram.
como por exemplo, Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Radia-
ção da Luz, Qualidade do Ar. - Roedores
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e arquivos
- Temperatura e umidade relativa ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Tentar obstruir as
O calor e a umidade contribuem significativamente para a des- possíveis entradas para os ambientes dos acervos é um começo. As
truição dos documentos, principalmente quando em suporte-pa- iscas são válidas, mas para que surtam efeito devem ser definidas
pel. O desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O calor por especialistas em zoonose. O produto deve ser eficiente, desde
acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações químicas, é que não provoque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia
dobrada a cada aumento de 10°C. A alteração da umidade relativa se faz nos mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade
proporciona as condições necessárias para desencadear intensas relativa controladas, além de higiene periódica.
reações químicas nos materiais.
A circulação do ar ambiente representa um fator bastante im- - Ataques de insetos
portante para amenizar os efeitos da temperatura e umidade rela- Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto revestimen-
tiva elevada. tos, provocam perdas de superfície e manchas de excrementos. As
baratas se reproduzem no próprio local e se tornam infestação mui-
- Radiação da luz to rapidamente, caso não sejam combatidas.
Toda fonte de luz, emite radiação nociva aos materiais de acer- Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos imensos
vos, provocando consideráveis danos através da oxidação. em acervos, principalmente em livros. A fase de ataque ao acervo
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção dos acer- é a de larva. Esse inseto se reproduz por acasalamento, que ocorre
vos: no próprio acervo. Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus
- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas derivados, como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e
que bloqueiem totalmente o sol; todos os materiais à base de celulose.
- Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle O ataque causa perda de suporte. A larva digere os materiais
da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto em lâmpadas para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala e põe ovos. Os
fluorescentes. ovos eclodem e o ciclo se repete.
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só para as
- Qualidades do ar coleções como para o prédio em si. Os cupins percorrem áreas in-
O controle da qualidade é muito importante porque os gases e ternas de alvenaria, tubulações, conduítes de instalações elétricas,
as partículas sólidas contribuem muito para a deterioração de ma- rodapés, batentes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do
teriais de bibliotecas e arquivos, destacando que esses poluentes alcance dos nossos olhos.
podem tanto vir do ambiente externo como podem ser gerando no Chegam aos acervos em ataques massivos, através de estantes
próprio ambiente. coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, assoalhos etc.

2. Agentes biológicos 3. Intervenções inadequadas nos acervos


Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, entre Trata-se de procedimentos de conservação que realizamos em
outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedores e os fun- um conjunto de documentos com o objetivo de interromper ou me-
gos, cuja presença depende quase que exclusivamente das condi- lhorar seu estado de degradação e que as vezes, resultam em danos
ções ambientais reinantes nas dependências onde se encontram os ainda maiores.
documentos. Por isso, qualquer tratamento que se queira aplicar exige um
conhecimento das características individuais dos documentos e dos
- Fungos materiais a serem empregados no processo de conservação.
Como qualquer outro ser vivo, necessitam de alimento e umi-
dade para sobreviver e proliferar. O alimento provém dos papéis,
amidos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

4. Problemas no manuseio de livros e documentos - Processos de higienização


O manuseio inadequado dos documentos é um fator de degra- - Limpeza de superfície - o processo de limpeza de acervos de
dação muito frequente em qualquer tipo de acervo. bibliotecas e arquivos se restringe à limpeza de superfície e, portan-
O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento, to, é mecânica, feita a seco, com o objetivo de reduzir poeira, partí-
sejam elas durante a higienização pelos funcionários da instituição, culas sólidas, incrustações, resíduos de excrementos de insetos ou
na remoção das estantes ou arquivos para uso do pesquisador, nas outros depósitos de superfície.
foto-reproduções, na pesquisa pelo usuário etc. - Avaliação do objeto a ser limpo - cada objeto deve ser avalia-
do individualmente para determinar se a higienização é necessária
5. Fatores de deterioração e se pode ser realizada com segurança. No caso de termos as condi-
Como podemos ver, os danos são intensos e muitos são irre- ções abaixo, provavelmente o tratamento não será possível:
versíveis. Apesar de toda a problemática dos custos de uma política • Fragilidade física do suporte
de conservação, existem medidas que podemos tomar sem des- • Papéis de textura muito porosa
pender grandes somas de dinheiro, minimizando drasticamente os - Materiais usados para limpeza de superfície - a remoção da
efeitos desses agentes. Alguns investimentos de baixo custo devem sujidade superficial (que está solta sobre o documento) é feita
ser feitos, a começar por: através de pincéis, flanela macia, aspirador e inúmeras outras fer-
- treinamento dos profissionais na área da conservação e pre- ramentas que se adaptam à técnica, como bisturi, pinça, espátula,
servação; agulha, cotonete;
- atualização desses profissionais (a conservação é uma ciência
em desenvolvimento constante e a cada dia novas técnicas, mate- - Limpeza de livros
riais e equipamentos surgem para facilitar e melhorar a conserva- - Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, pincel ma-
ção dos documentos); cio, aspirador, flanela macia, conforme o estado da encadernação;
- monitoração do ambiente – temperatura e umidade relativa - Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela lombada,
em níveis aceitáveis; apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, limpar os cortes,
- uso de filtros e protetores contra a luz direta nos documen- começando pela cabeça do livro, que é a área que está mais ex-
tos; posta à sujidade. Quando a sujeira está muito incrustada e intensa,
- adoção de política de higienização do ambiente e dos acervos; utilizar, primeiramente, aspirador de pó de baixa potência ou ainda
- contato com profissionais experientes que possam assessorar um pedaço de carpete sem uso;
em caso de necessidade. - O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, numa primei-
ra higienização;
6. Características gerais dos materiais empregados em con- - Oxigenar as folhas várias vezes.
servação
Nos projetos de conservação/preservação de acervos de bi- - Higienização de documentos de arquivo - materiais arquivís-
bliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas o uso de ma- ticos têm os seus suportes geralmente quebradiços, frágeis, distor-
teriais de qualidade arquivística, isto é, daqueles materiais livres de cidos ou fragmentados. Isso se deve principalmente ao alto índice
quaisquer impurezas, quimicamente estáveis, resistentes, duráveis. de acidez resultante do uso de papéis de baixa qualidade. As más
Suas características, em relação aos documentos onde são aplica- condições de armazenamento e o excesso de manuseio também
dos, distinguem-se pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade contribuem para a degradação dos materiais. Tais documentos têm
e inércia.Dentro das especificações positivas, encontramos vários que ser higienizados com muito critério e cuidado.
materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres inertes, os - Documentos manuscritos - os mesmos cuidados para com os
adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orientais, borrachas plás- livros devem ser tomados em relação aos manuscritos. O exame
ticas etc., usados tanto para pequenas intervenções sobre os docu- dos documentos, testes de estabilidade de seus componentes para
mentos como para acondicionamento. o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de intervenção
devem ser cuidadosamente realizados.
7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais para a
conservação de acervos - Documentos em grande formato
Como já enfatizamos anteriormente, é muito importante ter - Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura (no ge-
conhecimentos básicos sobre os materiais que integram nossos ral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de borracha, após
acervos para que não corramos o risco de lhes causar mais danos. testes. Pode-se também usar um cotonete - bem enxuto e embebi-
Vários são os procedimentos que, apesar de simples, são de do em álcool. Muito sensíveis à água, esses papéis podem ter dis-
grande importância para a estabilização dos documentos. torções causadas pela umidade que são irreversíveis ou de difícil
remoção.
8. Higienização - Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são muito
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os docu- frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. Todo cuidado é
mentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada a condições pouco, até mesmo na escolha de seu acondicionamento.
ambientais inadequadas, provoca reações de destruição de todos - Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma atenção
os suportes num acervo. Portanto, a higienização das coleções deve especial na limpeza. Em mapas impressos, desde que em boas
ser um hábito de rotina na manutenção de bibliotecas ou arquivos, condições, o pó de borracha pode ser aplicado para tratar grandes
razão por que é considerada a conservação preventiva por exce- áreas.
lência.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

9. Pequenos reparos documentos eletrônicos em servidores, controlar o acesso aos docu-


Os pequenos reparos são diminutas intervenções que pode- mentos por meio de senhas e perfis de usuários, além de permitir a
mos executar visando interromper um processo de deterioração pesquisa e recuperação de informações de forma rápida e eficiente.
em andamento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a
critérios rigorosos de ética e técnica e têm a função de melhorar o A implementação de sistemas de GED em organizações requer
estado de conservação dos documentos. Caso esses critérios não o conhecimento técnico e operacional da Arquivística e da Infor-
sejam obedecidos, o risco de aumentar os danos é muito grande e mática. É necessário que os profissionais que atuam na gestão de
muitas vezes de caráter irreversível. documentos tenham conhecimento sobre as normas e padrões es-
Os livros raros e os documentos de arquivo mais antigos de- tabelecidos pela Arquivística para a produção, organização e pre-
vem ser tratados por especialistas da área. Os demais documentos servação de documentos. Além disso, é importante que esses pro-
permitem algumas intervenções, de simples a moderadas. Os ma- fissionais tenham conhecimento sobre as tecnologias e sistemas de
teriais utilizados para esse fim devem ser de qualidade arquivística informação que serão utilizados na gestão de documentos.
e de caráter reversível. Da mesma forma, toda a intervenção deve
obedecer a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa que, A Arquivística e a Informática são áreas complementares na
caso seja necessário reverter o processo, não pode existir nenhum gestão de documentos e informações. A integração dessas áreas
obstáculo na técnica e nos materiais utilizados. permite a implementação de sistemas de gestão de documentos
mais eficientes, seguros e confiáveis, garantindo o acesso à infor-
Toda e qualquer procedimento acima citada obrigatoriamente mação de forma rápida e eficiente, além de preservar a memória
deve ser feito com o uso dos EPIs – Equipamentos de Proteção Indi- institucional das organizações. Por isso, é importante que as orga-
vidual – tais como avental, luva, máscara, toucas, óculos de prote- nizações invistam em profissionais capacitados e em tecnologias de
ção e pró-pé/bota, a fim de evitar diversas manifestações alérgicas, informação para a gestão de documentos e informações.
como rinite, irritação ocular, problemas respiratórios, protegendo
assim a saúde do profissional.4
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA

ARQUIVÍSTICA E INFORMÁTICA
A Legislação Arquivística é um conjunto de normas, leis e re-
gulamentos que regem a gestão documental em organizações
A Arquivística e a Informática são duas áreas que possuem uma públicas e privadas. Ela tem como objetivo garantir a eficiência e
relação íntima na gestão de documentos e informações. A Arquivís- transparência na administração dos documentos, promovendo a
tica é a ciência que estuda a produção, organização, guarda, con- preservação da memória institucional e o acesso às informações de
servação e uso de documentos em diversos suportes e formatos, interesse público.
enquanto a Informática é responsável pelo desenvolvimento de
tecnologias e sistemas para a manipulação e armazenamento de No Brasil, a legislação arquivística é composta por diversas leis
dados. Juntas, essas áreas se complementam na administração de e normas, dentre as quais se destacam a Lei nº 8.159, de 8 de janei-
documentos e informações em organizações públicas e privadas. ro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públi-
cos e privados, e o Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que
A gestão de documentos é uma atividade essencial em qual- regulamenta a Lei nº 8.159/1991.
quer organização, independentemente do seu tamanho ou área de
atuação. Uma gestão de documentos adequada garante o acesso A Lei nº 8.159/1991 estabelece que os arquivos públicos são os
à informação de forma rápida, segura e confiável, além de permi- conjuntos de documentos produzidos e recebidos pelo poder públi-
tir a preservação da memória institucional. A Arquivística é a área co, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e
responsável por garantir que os documentos sejam produzidos, or- judiciárias. Já os arquivos privados são os conjuntos de documentos
ganizados e preservados de acordo com as normas e padrões esta- produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em de-
belecidos para a gestão documental. corrência de suas atividades, independentemente da natureza dos
suportes da informação ou da natureza dos documentos.
Com o avanço da tecnologia, a Informática trouxe novas fer-
ramentas e sistemas para a gestão de documentos e informações. Além disso, a Lei nº 8.159/1991 prevê a obrigatoriedade de
As tecnologias de informação e comunicação permitem a criação criação de um órgão de arquivo, responsável pela gestão e preser-
de ambientes virtuais de trabalho, o compartilhamento de infor- vação dos documentos produzidos e recebidos pela organização.
mações em tempo real e o armazenamento de grandes volumes Esse órgão deve ser responsável pela avaliação, seleção, preserva-
de dados em servidores e bancos de dados. Os sistemas de geren- ção, acesso e descarte dos documentos, de acordo com critérios
ciamento eletrônico de documentos (GED) são exemplos de ferra- estabelecidos pela legislação arquivística.
mentas que integram a Arquivística e a Informática na gestão de Já o Decreto nº 4.073/2002 regulamenta a Lei nº 8.159/1991,
documentos e informações. estabelecendo as diretrizes para a gestão documental nos órgãos e
entidades públicas federais. Entre as principais disposições do de-
O GED é um conjunto de tecnologias e técnicas que permitem a creto, destacam-se a obrigatoriedade de elaboração de plano de
captura, armazenamento, gerenciamento, preservação e distribuição classificação e tabela de temporalidade de documentos, a criação
de documentos em formato digital. Com o GED, é possível armazenar de comissões permanentes de avaliação de documentos e a defini-
4Adaptado de Norma Cianflone Cassares ção de critérios para a eliminação de documentos.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A Legislação Arquivística é fundamental para garantir a trans-


parência e eficiência na administração dos documentos, além de AS PESSOAS, OS GRUPOS E A DINÂMICA ORGANIZA-
assegurar o acesso à informação de interesse público e a preserva- CIONAL
ção da memória institucional. Por isso, é importante que as orga-
nizações públicas e privadas estejam cientes das normas e leis que
regem a gestão documental e as cumpram de forma adequada. O comportamento humano é uma das principais variáveis que
influenciam o desempenho e o sucesso de uma organização. Por
essa razão, é essencial que os gestores tenham uma compreensão
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL sólida das pessoas, grupos e dinâmicas organizacionais.

As pessoas são o recurso mais importante de uma organização.


Comportamento organizacional é o estudo do comportamento Elas são responsáveis por realizar as tarefas e atividades que permi-
humano no contexto das organizações. Ele se preocupa em enten- tem que a organização alcance seus objetivos. Além disso, as pes-
der como as pessoas interagem entre si e com o ambiente organi- soas são as responsáveis por criar a cultura organizacional e moldar
zacional, como tomam decisões, como se comunicam e como se o ambiente de trabalho. É fundamental que as pessoas sejam valo-
comportam em grupo. É um tema de grande importância para a rizadas e tratadas com respeito e dignidade, pois isso contribui para
administração, pois o sucesso de uma organização depende em sua motivação e engajamento.
grande parte da forma como seus membros se comportam e tra-
balham juntos. Os grupos também desempenham um papel importante na
dinâmica organizacional. Um grupo pode ser definido como duas
Um dos aspectos mais estudados no comportamento organi- ou mais pessoas que interagem entre si e que possuem objetivos
zacional é a motivação. A motivação é a força que impulsiona uma em comum. Os grupos podem ter diferentes objetivos, tais como
pessoa a agir de determinada maneira e a alcançar seus objetivos. compartilhar conhecimentos, solucionar problemas, promover mu-
As empresas procuram motivar seus funcionários para que estes se danças organizacionais, entre outros. É importante que os gestores
sintam mais engajados, produtivos e satisfeitos. Para isso, utilizam entendam como os grupos se formam, como se comunicam e como
diferentes estratégias, como remuneração adequada, reconheci- podem ser motivados a alcançar seus objetivos.
mento pelo trabalho realizado, oportunidades de crescimento na
empresa, entre outras. A dinâmica organizacional é o estudo das relações e interações
entre as pessoas e os grupos dentro de uma organização. A dinâ-
Outro aspecto importante do comportamento organizacional mica organizacional envolve questões como a tomada de decisão,
é a liderança. A liderança é a habilidade de influenciar pessoas para a comunicação, a liderança, o conflito, o poder e a cultura organi-
que elas ajam em direção aos objetivos da organização. Existem zacional. É importante que os gestores entendam como esses ele-
diferentes estilos de liderança, que variam de acordo com as ca- mentos interagem para criar a dinâmica organizacional e como eles
racterísticas do líder e da situação em que se encontram. Alguns podem ser gerenciados para promover o desempenho e o sucesso
estilos de liderança mais comuns são o autocrático, o democrático da organização.
e o laissez-faire.
Alguns dos desafios que os gestores enfrentam no gerencia-
O trabalho em equipe também é uma área de interesse no mento das pessoas, grupos e dinâmicas organizacionais incluem
comportamento organizacional. A capacidade de trabalhar bem a gestão da diversidade, a criação de um ambiente de trabalho
em equipe é fundamental para o sucesso de uma organização, pois saudável e produtivo, a motivação dos funcionários e a gestão do
muitas tarefas requerem a colaboração de diferentes pessoas. Para conflito. Para enfrentar esses desafios, é importante que os gesto-
que o trabalho em equipe seja eficaz, é importante que os membros res tenham habilidades de liderança, comunicação e resolução de
da equipe possuam habilidades de comunicação, sejam flexíveis e problemas.
saibam trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum.
Em resumo, as pessoas, os grupos e a dinâmica organizacional
Por fim, o comportamento ético é outro tema relevante no são elementos fundamentais do comportamento humano nas or-
contexto organizacional. As organizações são compostas por indi- ganizações. Compreender como eles interagem e como podem ser
víduos com diferentes valores, crenças e éticas. É importante que gerenciados é essencial para promover o desempenho e o sucesso
todos os membros da organização tenham um comportamento éti- da organização.
co, para que a empresa mantenha a sua reputação, a confiança do
público e evite problemas legais.
Em resumo, o comportamento organizacional é uma área fun- COMUNICAÇÃO
damental da administração, que se preocupa em entender como
as pessoas se comportam e interagem em uma organização. Ele
abrange temas como motivação, liderança, trabalho em equipe e Comunicação
ética, e é essencial para o sucesso de qualquer empresa. Diferente do que muitos acreditam, a comunicação não está
ligada apenas ao fato de saber dizer algo a outras pessoas. Ela con-
siste em fazer com que o outro lado – no caso, o receptor – entenda
aquilo que é dito, sem que haja qualquer tipo de má interpretação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• O que é comunicação eficaz? falha na comunicação – que impactará o andamento das atividades
Uma comunicação eficaz no cenário organizacional pode ser de toda uma equipe – poderá afetar negativamente o ambiente de
entendida como aquela que transforma a atitude das pessoas. Se a trabalho e trazer diversos outros prejuízos para os negócios.
comunicação apenas muda suas ideias, mas não provoca nenhuma Uma informação mal transmitida poderá impactar negativamen-
mudança de comportamentos, então ela não atingiu seu resultado. te o atendimento aos clientes e fornecedores, por exemplo, além de
Assim, quando falamos em comunicação eficaz, estamos falan- interferir nas relações interpessoais de colegas de trabalho.
do daquela que atinge com efetividade seu objetivo, que é transmi- Diante disso, é essencial que você, seja empreendedor, empre-
tir uma mensagem com clareza, utilizando os mais diversos tipos de sário ou colaborador de uma empresa, perceba como é importante
canais de comunicação para isso. Ou seja, basicamente é quando garantir que a comunicação dentro das organizações seja realmen-
o emissor passa uma informação ao seu receptor e este entende a te eficaz, pois ela contribui de maneira positiva com o equilíbrio
mensagem exatamente como ela foi transmitida, sem acrescentar organizacional.
nada a mais ou a menos à sua interpretação.
Veja que neste parágrafo eu falei sobre os elementos que com- • Assertividade nos processos
põem a comunicação eficaz, aos quais vou ressaltar mais uma vez, Todos sabemos que um dos maiores gaps existentes nos mais
para que fique claro o que é necessário para que se estabeleça um diversos ambientes corporativos é a falha na comunicação. Isso
processo comunicacional: acontece, pois, em grande parte dos casos, as pessoas que fazem
– Emissor: Responsável por transmitir a mensagem, com todas parte da empresa e dos negócios, de uma forma geral, não têm a
as informações necessárias para que haja o entendimento assertivo consciência de que é necessário transmitir informações com clare-
e efetivo desta; za e objetividade, para que assim, a execução dos processos orga-
– Receptor: Trata-se de quem recebe a mensagem e faz a sua nizacionais sejam o mais assertivos possíveis.
interpretação; Assim, criar esta consciência e este hábito em todos, indepen-
– Linguagem: Aqui estamos falando dos códigos de linguagem dentemente dos cargos ocupados, faz com que os processos te-
que são utilizados para que haja a transmissão correta das infor- nham um bom andamento e as demandas sejam executadas com
mações; muito mais facilidade, tornando, assim, muito mais fácil, também,
– Mensagem: Por fim, a mensagem é basicamente o conjunto o alcance dos objetivos e resultados extraordinários.
de informações que são transmitidas
• Engaja e motiva os colaboradores
A junção de todos estes elementos, faz com que a comunica- Quando existe uma comunicação eficaz nas empresas, os co-
ção aconteça, de forma verdadeiramente eficaz, nos mais diversos laboradores que dela fazem parte sentem-se altamente satisfeitos.
contextos, principalmente no empresarial. Isso acontece, pois eles enxergam que estão em um lugar onde
E por falar em mundo corporativo, é necessário lembrar que existe transparência, objetividade e espírito de cooperação na for-
a boa comunicação neste ambiente é bastante dinâmica. Ela não ma de se comunicar.
é realizada apenas por meio de conversas, formais e informais, te- A consequência disso é um ambiente em que as atividades são
lefonemas e reuniões. Ela está presente desde a pausa do café até realizadas com muito mais fluidez, o que traz resultados positivos
a emissão de documentos importantes. Além disso, há também a para todos. Além disso, quando observam que a comunicação é efi-
utilização de ferramentas de comunicação escrita – como e-mail, caz na empresa, ou seja, que o que cada um diz verdadeiramente
memorandos e circulares, por exemplo – que fazem parte do dia a importa e é levado em consideração, aumenta a sensação de per-
dia de qualquer organização atualmente. tencimento destes colaboradores, fazendo com haja um aumento
Por isso, saber escrever de forma clara e objetiva, assim como significativo de seu engajamento e motivação.
se comunicar de forma geral, utilizando todos os meios, é funda-
mental para o desenvolvimento das demandas. Neste sentido, • Diminuição de conflitos
investir em uma comunicação eficaz não é somente investir em A partir do momento que uma empresa investe em comunica-
comunicações verbais, uma vez que esta envolve também as comu- ção eficaz, ela evita a incidência de conflitos entre seus colaborado-
nicações não verbais. res. O motivo disso se dá pelo fato de que todos têm a grande pre-
Lembre-se sempre que um bom profissional deve saber plane- ocupação de transmitirem suas mensagens com o maior número
jar e esquematizar suas ideias para transmiti-las de forma eficiente de informações possíveis, que facilitem a interpretação do colega
e serem entendidas com assertividade por aqueles que receberem que irá recebê-la e que, por ventura, executará determinada tarefa.
estas mensagens. Com isso, ocorre uma diminuição considerável de discussões
desnecessárias, que surgem por simples falhas que acontecem na
• Porque é importante investir em uma comunicação eficaz? comunicação, seja por parte do emissor, ou por parte do receptor,
É importante que as empresas entendam o quão valioso é ter situações estas que, infelizmente, ainda são bastante corriqueiras
uma comunicação eficaz, que seja clara e direta entre todos aque- nos mais diversos ambientes organizacionais.
les que fazem parte dos negócios. É essa comunicação que garante Além disso, por tornar o ambiente organizacional o mais trans-
o bom andamento dos processos, a execução das atividades e o parente possível, caso ocorram conflitos, estes logo são resolvidos
alcance de resultados extraordinários. entre todos os envolvidos, uma vez que, através da comunicação
Pode soar como exagero, querida pessoa, mas não é. Quando eficaz, estes tornaram-se maduros o suficiente, para, em um con-
uma mensagem ou uma informação relevante para a equipe é mal versa amigável, sentarem-se e resolverem suas diferenças, sem que
transmitida ela, consequentemente, será mal compreendida. Essa ninguém saia ofendido ou prejudicado com isso.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Melhora o clima organizacional sitam de mais informações, entre outros pontos, assim como eles
Como um dos benefícios trazidos pelo investimento em uma também podem nos ajudar com sugestões, dizendo de que forma
comunicação assertiva e eficaz nas empresas é a transparência, o podemos melhorar estes processos dentro da empresa, para que
clima organizacional melhora de forma considerável com isso. se tornem verdadeiramente eficazes e contribuam com o trabalho
Isso acontece, pois os gestores, principalmente, fazem questão de todos.
de compartilhar todas as informações necessárias com seus cola- Dessa maneira, assegure-se do retorno da mensagem que foi
boradores, o que tem como resultado uma equipe mais motivada e transmitida, certifique-se se ela cumpriu com o objetivo e, de fato,
altamente valorizada, pois se sente parte dos processos, bem como gerou a atitude esperada. Caso isto não ocorra, o que você pode
a diminuição de fofocas e especulações, que geralmente são os mo- fazer é passar a informação novamente, porém, dessa vez, utilizan-
tivos mais recorrentes dentro de uma empresa, que fazem com que do mecanismos que a deixem mais clara, usando outros meios e
o seu clima seja prejudicado, assim como o trabalho de todos. palavras, por exemplo.
O ideal aqui, na implementação da cultura de feedback, é que
• Dicas para desenvolver a comunicação eficaz na sua orga- todos procurem entender quais são as dúvidas, a fim de esclarecê-
nização -las, e melhorar cada vez mais a comunicação existente entre cada
Agora que conseguimos entender o quão importante é ter um que faz parte da organização.
uma comunicação cada vez mais eficaz no ambiente corporativo,
vou compartilhar com você algumas dicas para que você consiga • Atente-se para o uso da Língua Portuguesa
desenvolver e acelerar este processo em seus negócios. Continue Umas das situações, que ainda observamos bastante nos mais
a leitura e confira: diversos tipos de empresas, é o uso incorreto da língua portuguesa,
seja de forma falada ou escrita. Por mais que tenhamos acesso à
• Avalie o cenário uma infinidade de informações, bem como facilidade para aprimo-
No dia a dia das organizações é muito importante que os co- rar nossos conhecimentos, muitos de nós ainda comete inúmeros
laboradores e a empresa estejam alinhados quanto aos objetivos pecados linguísticos, o que acaba por prejudicar consideravelmen-
a serem alcançados, para que assim, todos caminhem juntos em te a comunicação no ambiente organizacional.
direção aos resultados extraordinários. Sendo assim, é através da Sendo assim, é essencial que antes de falarmos algo ou, prin-
comunicação eficaz que a organização conseguirá criar uma cultura cipalmente, de escrevermos um e-mail ou ainda aquela mensagem
corporativa, onde cada membro da equipe entende quais são os no bate-papo do trabalho, independentemente das pessoas com as
valores, crenças e regras de conduta da empresa. quais estejamos conversando, nós façamos o exercício de nos certi-
Neste sentido, para iniciar o processo de desenvolvimento de ficamos se estamos nos comunicando corretamente, ou seja, se as
uma comunicação assertiva e transparente em seus negócios, é pri- palavras estão ortográfica e gramaticalmente certas, se cada uma
mordial que o seu primeiro passo a ser dado seja reunir os gestores delas está transmitido a mensagem com o sentido que queremos
e líderes da sua empresa, para avaliarem se a comunicação exis- transmitir, entre outros cuidados, que farão com que a comunica-
tente contribui positivamente com a cultura corporativa e também ção seja de fato eficaz e alcance o seu objetivo, que é passar infor-
com todos os processos que citei nos parágrafos anteriores des- mações, sem que haja erros de interpretação, tanto decorrentes de
te texto. Caso a resposta não seja satisfatória, vejam o que pode nossa parte, quanto do receptor.
ser feito, levando em consideração o cenário da organização em Cultive o hábito de, sempre que tiver em dúvida sobre como
si, buscando e pesquisando ferramentas que lhes ajude a reverter dizer ou escrever isso ou aquilo, pesquisar antes, seja na internet
esse quadro. ou em um dicionário, pois isso não é vergonha nenhuma e vai te
ajudar no aprimoramento de seus conhecimentos e em seu reper-
• Conheça o seu receptor tório com o passar do tempo.
Quando se diz que cada indivíduo é único não é algo dito alea-
toriamente. Cada pessoa tem a sua própria construção de significados,
que é pautada por toda uma carga cultural adquirida durante toda a LIDERANÇA E PODER
sua existência. Ou seja, as pessoas não agem igual, pois suas formas de
pensar são embasadas em questões culturais e particulares.
Com isso, a forma de se expressar, a escolha das palavras, o A liderança e o poder são temas importantes dentro da admi-
tom da voz ou o meio utilizado na comunicação influencia tanto na nistração, pois ambos estão diretamente relacionados à gestão de
maneira como o ouvinte interpretará a mensagem recebida quanto pessoas e de recursos em uma organização. A liderança se refere
na forma que esta mensagem será transmitida. à habilidade de influenciar outras pessoas a alcançarem objetivos
Devido a isso, é importante entender quem é o seu receptor, comuns, enquanto o poder está relacionado à capacidade de con-
para que assim você consiga se comunicar com ele, de uma manei- trolar recursos e decisões dentro da organização.
ra que seja mais fácil para que ele compreenda e também para que Existem diferentes teorias e abordagens sobre a liderança e o
a sua mensagem seja recebida exatamente da forma como você poder na administração. Uma das principais teorias sobre liderança
transmitiu, sem interpretações dúbias no futuro. é a Teoria dos Traços, que argumenta que certos traços de perso-
• Invista na cultura de feedbacks nalidade, como inteligência emocional e carisma, são fundamentais
O processo de comunicação deve estar em evolução contínua, para o sucesso como líder. Outra teoria importante é a Teoria Con-
sendo aperfeiçoado todos os dias. Para isso, o feedback é uma tingencial, que defende que a melhor abordagem de liderança varia
ferramenta de suma importância, pois ele dá a oportunidade de de acordo com a situação e as características da equipe.
conversarmos com nossos receptores, no sentido de entender se a
mensagem que transmitimos foi bem compreendida, se eles neces-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Já em relação ao poder, existem diversas abordagens, sendo Por fim, na fase de fechamento, os gestores devem formali-
uma das mais conhecidas a Teoria dos Tipos de Poder, que distin- zar o acordo alcançado, garantindo que todas as partes envolvidas
gue cinco tipos de poder: poder coercitivo, poder de recompensa, estejam cientes dos termos do acordo e comprometidas em cum-
poder legítimo, poder de referência e poder de especialista. O po- pri-los.
der coercitivo se refere à capacidade de punir ou ameaçar punição,
enquanto o poder de recompensa está relacionado à capacidade Em resumo, a negociação é uma ferramenta poderosa para a
de conceder recompensas. O poder legítimo está ligado à posição administração gerenciar conflitos de forma eficiente. Quando bem
hierárquica do indivíduo na organização, enquanto o poder de refe- conduzida, a negociação pode levar a soluções que satisfaçam am-
rência tem a ver com a influência pessoal que um indivíduo exerce bas as partes envolvidas e evitar impactos negativos na organiza-
sobre os outros. Já o poder de especialista está relacionado ao co- ção. É importante que os gestores estejam preparados para lidar
nhecimento técnico e à habilidade de solucionar problemas. com conflitos de forma profissional e assertiva, buscando sempre o
diálogo e o entendimento mútuo.
É importante destacar que a liderança e o poder podem ser
utilizados de diferentes formas dentro de uma organização, podendo ser
tanto positivos como negativos. Por exemplo, um líder que exerce uma ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL: CONCEITOS E FUNDA-
liderança autocrática, impondo suas ideias sem considerar as opiniões MENTOS
dos demais, pode gerar um clima de desmotivação e insatisfação
na equipe. Já o poder coercitivo pode ser eficiente em situações
emergenciais, mas pode gerar medo e ressentimento nos funcionários. A ética geral e profissional é um tema fundamental para o cam-
po da administração. É através dela que se estabelecem as normas
Por fim, é importante destacar que a liderança e o poder de- e princípios que norteiam as ações dos profissionais em suas ativi-
vem ser utilizados de forma ética e responsável, sempre visando o dades diárias. A ética pode ser definida como o conjunto de valo-
bem-estar da organização como um todo. Além disso, é importante res morais que orientam o comportamento humano, respeitando
que os líderes e gestores estejam abertos ao diálogo e à colabora- a dignidade e os direitos das pessoas, e promovendo o bem-estar
ção, buscando sempre a participação e o envolvimento da equipe social.
nas decisões e processos da organização.
No contexto da administração, a ética profissional é essencial
para garantir a integridade e a credibilidade do profissional. A ética
CONFLITO E NEGOCIAÇÃO profissional engloba todas as atividades desempenhadas por pro-
fissionais que possuem responsabilidade social, como médicos, ad-
vogados, engenheiros, contadores, administradores, entre outros.
O conflito é uma realidade presente em qualquer organização Esses profissionais precisam seguir um código de ética que oriente
e pode surgir por diversas razões, como diferenças de opiniões, suas ações no exercício de suas atividades, a fim de promover o
objetivos divergentes, falta de recursos, entre outras. Quando mal bem-estar social e o desenvolvimento sustentável.
gerenciado, pode causar impactos negativos na produtividade, na
motivação dos funcionários e na reputação da empresa. Por isso, Dessa forma, a ética profissional é um conjunto de princípios
é importante que a administração esteja preparada para lidar com e regras que visam estabelecer padrões de conduta ética para os
conflitos de forma eficiente. profissionais de uma determinada área. Esses padrões são estabe-
lecidos pelas instituições de classe, como os conselhos profissio-
Uma das formas de gerenciar conflitos é através da negocia- nais, que regulamentam o exercício da profissão e estabelecem as
ção. A negociação pode ser definida como um processo de comu- normas éticas que devem ser seguidas pelos profissionais.
nicação entre duas ou mais partes, com o objetivo de chegar a um
acordo que satisfaça os interesses de ambas as partes envolvidas. Os fundamentos da ética profissional incluem a integridade, a
É uma habilidade essencial para a administração, pois permite que honestidade, a justiça, a transparência, a responsabilidade e o res-
os gestores possam resolver conflitos de forma eficiente, evitando peito aos direitos humanos. A integridade é a base da ética profis-
desgastes e desentendimentos. sional, e se refere à honestidade e à coerência entre o que se pensa,
fala e faz. A honestidade é um valor essencial para a construção da
A negociação pode ser dividida em três fases: preparação, ne- confiança entre as pessoas e para a promoção de relações éticas. A
gociação propriamente dita e fechamento. Na fase de preparação, justiça se refere ao respeito às leis e às normas, além de garantir a
os gestores devem identificar as necessidades de cada parte envol- equidade nas relações entre as pessoas.
vida, seus interesses e objetivos. É importante que essa fase seja
feita com calma e atenção, para que os gestores estejam prepara- A transparência é outro valor fundamental para a ética profis-
dos para a próxima fase. sional, pois permite que as pessoas envolvidas em uma determina-
Na fase de negociação, os gestores devem conduzir a conversa da atividade tenham acesso a todas as informações relevantes para
de forma assertiva e clara, buscando entender os interesses de cada a tomada de decisões. A responsabilidade se refere à capacidade
parte e apresentando soluções que satisfaçam ambas as partes. É de responder pelos próprios atos, assumindo as consequências de
importante que os gestores mantenham a calma e evitem agir de suas ações. Por fim, o respeito aos direitos humanos é um valor es-
forma impulsiva ou agressiva, pois isso pode piorar o conflito. sencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária,
garantindo a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Portanto, a ética geral e profissional é um tema de extrema


importância para a administração, pois está relacionada à construção A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS
de uma sociedade mais justa e igualitária, além de garantir a integri-
dade e a credibilidade dos profissionais. A adoção de práticas éticas
na administração é fundamental para garantir a sustentabilidade e o A responsabilidade social das empresas é um tema cada vez
desenvolvimento das organizações e da sociedade como um todo. mais presente nas discussões do mundo corporativo. Trata-se da
preocupação que as organizações devem ter em relação aos impac-
tos que suas atividades causam na sociedade e no meio ambiente.
RELAÇÕES DE TRABALHO
As empresas têm uma responsabilidade além do seu objetivo
principal de gerar lucro para os acionistas. Elas devem contribuir
As relações de trabalho referem-se à interação entre emprega- para a melhoria da qualidade de vida da sociedade em geral e para
dores e empregados dentro de uma organização. É um tema central a preservação do meio ambiente. Isso não só contribui para a ima-
na gestão de recursos humanos e pode afetar significativamente gem positiva da empresa, mas também para a construção de uma
a eficácia e a eficiência da empresa. As relações de trabalho en- sociedade mais justa e sustentável.
volvem questões como salários, benefícios, horários de trabalho,
ambiente de trabalho, bem-estar dos funcionários, sindicalismo, A responsabilidade social pode ser implementada de diversas
entre outros. formas, como ações de voluntariado, doações para instituições de
caridade, programas de sustentabilidade, entre outras. O impor-
Uma boa gestão das relações de trabalho é fundamental para o tante é que as empresas sejam transparentes em relação às suas
sucesso de qualquer organização. Uma equipe motivada e compro- ações e resultados, para que a sociedade possa avaliar a sua contri-
metida é mais produtiva, reduzindo os custos e aumentando a efi- buição para o bem-estar social e ambiental.
ciência. A falta de gestão adequada das relações de trabalho pode
levar a conflitos e tensões que podem afetar negativamente o clima Além disso, é importante que as empresas tenham uma postu-
organizacional e a produtividade. ra ética e transparente em relação aos seus negócios, respeitando
as leis e regulamentações, e promovendo ações que contribuam
Um dos principais desafios na gestão das relações de trabalho para a melhoria da sociedade como um todo.
é equilibrar os interesses dos empregados e empregadores. As em-
presas precisam garantir que seus funcionários sejam tratados de A responsabilidade social das empresas é uma tendência que
forma justa e que sejam remunerados adequadamente. Ao mesmo está se consolidando cada vez mais, sendo considerada um critério
tempo, os empregadores precisam garantir que os custos de mão- importante na escolha de produtos e serviços pelos consumidores,
-de-obra sejam gerenciados de forma eficiente e que a empresa e também na avaliação de investidores e stakeholders. Dessa for-
seja capaz de competir no mercado. ma, as empresas que adotam práticas responsáveis têm maior po-
tencial para alcançar sucesso a longo prazo.
Outro desafio importante na gestão das relações de trabalho
é lidar com o sindicalismo. Os sindicatos representam os interesses Em resumo, a responsabilidade social das empresas é uma
dos trabalhadores e podem ter um impacto significativo nas condi- preocupação crescente e necessária na atualidade, que deve ser
ções de trabalho e nos custos da empresa. As empresas precisam implementada de forma consistente e transparente, contribuindo
aprender a lidar com os sindicatos de forma eficaz, garantindo que para a construção de uma sociedade mais justa, sustentável e ética.
seus funcionários sejam tratados de forma justa, mas sem compro-
meter a viabilidade da empresa.
ASSÉDIO
Por fim, a gestão das relações de trabalho envolve a criação de
um ambiente de trabalho positivo e saudável. As empresas preci-
sam garantir que seus funcionários sejam tratados com respeito e O assédio é um tema importante e sensível no ambiente de
que recebam o apoio necessário para desempenhar suas funções trabalho, que deve ser tratado com seriedade pelas empresas e
com eficácia. Também é importante que as empresas incentivem seus colaboradores. Ele pode ser definido como qualquer compor-
a comunicação aberta e honesta, permitindo que os funcionários tamento indesejado, incluindo palavras, gestos ou ações, que tenha
expressem suas opiniões e preocupações. como objetivo ou efeito prejudicar a dignidade ou criar um ambien-
te intimidador, hostil, degradante, humilhante ou ofensivo.
Em resumo, a gestão adequada das relações de trabalho é es-
sencial para o sucesso de uma organização. Envolve equilibrar os in- Existem diferentes tipos de assédio, que podem ser classifica-
teresses dos empregados e empregadores, lidar com sindicatos de dos de acordo com a forma como são praticados ou com os ob-
forma eficaz e criar um ambiente de trabalho positivo e saudável. jetivos pretendidos. O assédio moral, por exemplo, é caracteriza-
do por atitudes de desvalorização, humilhação, constrangimento
ou discriminação por parte de um ou mais colegas ou superiores
hierárquicos em relação a outro colaborador. Já o assédio sexual

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

envolve situações em que a intimidade da pessoa é invadida, com Mas, no final, há questões de atendimento ao cliente para as
comentários, gestos, insinuações ou propostas de teor sexual, que quais a interação humana é indispensável, criando uma vantagem
podem ser tanto verbais quanto não-verbais. competitiva.
A Amazon é um exemplo de empresa que está fazendo de tudo
As empresas têm a responsabilidade de criar um ambiente de para automatizar uma operação vasta e complexa. Já que entregou
trabalho seguro e respeitoso para todos os colaboradores, com 4,2 bilhões de pacotes nas portas de seus clientes em 2020.
políticas claras de combate ao assédio e canais de denúncia efeti- No entanto, a Amazon ainda oferece atendimento ao cliente
vos e confidenciais. É importante também que os gestores estejam 24 horas por dia, por telefone, além de serviços de e-mail e chat
preparados para lidar com situações de assédio, realizando treina- ao vivo.
mentos e capacitando-se para detectar sinais de comportamentos A maioria das empresas bem-sucedidas reconhece a
inadequados. importância de fornecer um excelente atendimento ao cliente. A
interação cortês e empática com um representante de atendimento
Além disso, é fundamental que a empresa tenha um código ao cliente treinado pode significar a diferença entre perder ou reter
de ética e conduta claro e acessível a todos os colaboradores, que um cliente.
preveja as consequências para quem pratica o assédio e o papel da
empresa em lidar com essas situações. É importante destacar que Principais componentes do bom atendimento ao cliente
a falta de ação por parte da empresa em relação a um comporta- Proprietários de pequenos negócios bem-sucedidos entendem
mento de assédio pode torná-la cúmplice da situação e responsável instintivamente a necessidade de um bom atendimento ao cliente.
por possíveis danos. Grandes empresas estudam o assunto em profundidade e têm
algumas conclusões básicas sobre os principais componentes:
Em resumo, o assédio é um problema sério que pode prejudi- – A atenção oportuna às questões levantadas pelos clientes
car a saúde mental e física dos colaboradores, além de afetar nega- é crítica. Exigir que um cliente espere na fila ou fique em espera
tivamente o ambiente de trabalho e a produtividade da empresa. prejudica uma interação antes de começar.
Por isso, é fundamental que todas as empresas adotem medidas – O atendimento ao cliente deve ser um processo de etapa
preventivas e repressivas contra o assédio, além de criar um am- única para o consumidor.
biente de trabalho respeitoso e seguro para todos os colaborado- – Se um cliente ligar para uma linha de apoio, o representante
res. deve, sempre que possível, acompanhar o problema até à sua
resolução.
– Se um cliente precisar ser transferido para outro
ATENDIMENTO AO PÚBLICO: EXCELÊNCIA E ATENDI- departamento, o representante original deve acompanhar o cliente
MENTO DE QUALIDADE NA RECEPÇÃO E AO TELEFONE para garantir que o problema foi resolvido.

— Atendimento interno
O atendimento ao cliente é a interação direta entre um O atendimento ao cliente interno envolve tudo o que uma
consumidor que faz uma compra e o representante da empresa que organização pode fazer para ajudar seus funcionários a cumprir suas
está vendendo. A maioria dos varejistas enxergam essa interação obrigações, atingir suas metas e desfrutar de seu trabalho. Abrange
direta como um fator crítico para garantir a satisfação do comprador como diferentes departamentos se comunicam uns com os outros
e incentivar a repetição de negócios. e como os indivíduos interagem com seus colegas, subordinados e
Ainda hoje, quando grande parte do atendimento ao cliente é superiores. É um aspecto vital dos negócios modernos, pois cria o
feito por sistemas automatizados de autoatendimento, a opção de ambiente no qual uma empresa tem mais chances de sucesso.
falar com um ser humano é vista como necessária para a maioria das
empresas. É um aspecto fundamental no atendimento humanizado. Por que o atendimento ao cliente interno é importante?
Nos bastidores da maioria das empresas estão pessoas que A importância do atendimento ao cliente interno não pode
nunca encontram ou cumprimentam as pessoas que compram ser exagerada, especialmente para um departamento como o de
seus produtos. Os representantes de atendimento ao cliente são recursos humanos, onde as interações internas são parte integrante
os que têm contato direto com os compradores. As percepções dos de suas tarefas diárias. Existem vários benefícios em cultivar um
compradores sobre a empresa e o produto são moldadas em parte bom atendimento ao cliente interno como uma de suas metas
por sua experiência em lidar com essa pessoa. de negócios, por isso é fácil entender por que é um aspecto tão
Por esse motivo, muitas empresas trabalham arduamente para valorizado dos negócios modernos.
aumentar os níveis de satisfação de seus clientes. Os benefícios incluem:
– Aumentar a produtividade da equipe.
O custo da satisfação do cliente – Aumentar a satisfação dos funcionários com sua experiência
Durante décadas, as empresas de muitos setores procuraram de trabalho.
reduzir os custos de pessoal automatizando seus processos o – Criação de canais de comunicação claros.
máximo possível. – Estimular a fidelidade dos funcionários.
No atendimento ao cliente, isso tem levado muitas empresas – Resolver problemas mais rapidamente.
a implementar sistemas online e por telefone que tiram o máximo – Melhorar o atendimento ao cliente externo.
de dúvidas ou resolvem o máximo de problemas sem a presença
humana.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Existem muitas dicas e práticas recomendadas de atendimento Receita e Rentabilidade


ao cliente que podem ser implementadas em uma empresa para A qualidade do atendimento ao cliente externo afeta o
desenvolver um excelente atendimento ao cliente interno. A comportamento do consumidor e os resultados de uma empresa
criação de um programa que consiste em todos ou na maioria em todos os setores industriais. A menos que um monopólio
desses elementos pode ter um grande impacto na produtividade e venda um produto muito necessário e tenha uma vantagem no
no moral da equipe. mercado, o atendimento ao cliente externo desempenha um papel
fundamental na lucratividade. Clientes satisfeitos que gostam e
— Atendimento externo confiam na empresa continuarão voltando e comprando.
Muito provavelmente, você pode se lembrar vividamente de De acordo com a Ameritas – uma seguradora de vida que se
experiências boas e ruins ao interagir com o atendimento ao cliente orgulha de seu excelente atendimento ao cliente – os benefícios
externo pessoalmente ou por telefone. Você interage com a equipe de um ótimo atendimento ao cliente externo são mensuráveis. Por
externa de atendimento ao cliente ao fazer reservas para jantar, exemplo, de acordo com Ameritas:
verificar um livro na biblioteca ou comprar um carro novo, para citar – 97% dos clientes satisfeitos compartilham suas experiências
apenas alguns exemplos encontrados na vida cotidiana. O trabalho de atendimento ao cliente.
de um representante externo de atendimento ao cliente é ajudá-lo – 70% dos compradores gastam mais dinheiro se obtiverem um
– o cliente – dentro dos parâmetros da política da empresa. bom atendimento ao cliente.
Atendimento ao cliente externo é o negócio de ajudar indivíduos – 59% mudarão para uma nova empresa para obter um melhor
e entidades fora da organização a obter bens, produtos, informações atendimento ao cliente.
e serviços. Os usuários finais podem ser compradores, patronos de
cinema, turistas, clientes empresariais ou empresas interessadas Lealdade do consumidor
em contratar serviços. O atendimento ao cliente externo avalia as As qualidades de atendimento ao cliente externo mais
necessidades do usuário final e estabelece processos e protocolos valorizadas pelos clientes são eficiência, cortesia, empatia e uma
para atender a essas expectativas. conexão pessoal. Fornecer um ótimo serviço cria uma base de
A pessoa média não distingue entre atendimento ao cliente clientes leais que oferece uma proteção contra concorrentes
externo e atendimento ao cliente em geral. No entanto, os termos famintos que entram no mercado. Mesmo que os preços em
são mais sutis nos negócios. As grandes organizações tendem a ser uma pequena empresa sejam um pouco mais altos do que os
muito claras sobre os papéis e suas funções de atendimento para encontrados em um grande varejista, os clientes podem pagar mais
com o cliente externo versus interno. Ambas as áreas são essenciais para obter assistência imediata, informações confiáveis, atenção
para o bom funcionamento e sucesso de uma organização. pessoal e uma garantia confiável.
Os clientes que são ignorados, maltratados ou frustrados
Atendimento ao Cliente Externo x Interno por suas interações com o atendimento ao cliente externo
O atendimento externo existe para prestar os mais diversos provavelmente comprarão na próxima vez que precisarem comprar
tipos de atendimento àqueles que estão fora da organização. um item idêntico ou semelhante. Com a crescente popularidade do
Por outro lado, o atendimento ao cliente interno refere-se ao merchandising online, os clientes têm infinitas opções quando se
atendimento, suporte e assistência estendidos aos funcionários e trata de gastar seu dinheiro. Uma equipe externa de atendimento
partes interessadas filiadas à organização. O help desk de TI e os ao cliente ineficaz, inacessível, mal treinada ou rude pode levar
recursos humanos, por exemplo, se esforçam para fornecer um uma empresa à falência com o tempo.
atendimento eficiente ao cliente interno. Departamentos e equipes
que dependem uns dos outros são provedores e receptores de
atendimento ao cliente interno. INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO: CONCEITO DE ADMI-
NISTRAÇÃO; HABILIDADES, COMPETÊNCIAS E PAPÉIS DO
Importância do Atendimento ao Cliente Externo ADMINISTRADOR E OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
O Advertising Specialty Institute, ou ASI, afirma que o
atendimento ao cliente externo trata de atender e exceder as
necessidades e desejos dos clientes. Exemplos de bom atendimento ADMINISTRAÇÃO GERAL
ao cliente externo incluem saudar calorosamente um hóspede do Dentre tantas definições já apresentadas sobre o conceito de
hotel, servir alegremente os clientes do restaurante, emitir um administração, podemos destacar que:
reembolso sem complicações e processar um pedido com eficiência.
Empresas que valorizam o relacionamento com o cliente vão além “Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utili-
para conhecer seus clientes e atender seus desejos e expectativas zação eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou
de qualidade. mais objetivos ou metas organizacionais.”
A ASI observa ainda que um bom atendimento ao cliente
interno e externo anda de mãos dadas. Clientes internos, como Ou seja, a Administração vai muito além de apenar “cuidar de
funcionários, parceiros de negócios e acionistas, têm maior uma empresa”, como muitos imaginam, mas compreende a capa-
probabilidade de serem bons embaixadores da empresa e prestar cidade de conseguir utilizar os recursos existentes (sejam eles: re-
atendimento ao cliente com um sorriso se estiverem genuinamente cursos humanos, materiais, financeiros,…) para atingir os objetivos
felizes e leais à empresa. da empresa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O conceito de administração representa uma governabilidade, Abordagem Científica – ORT (Organização Racional do Traba-
gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades lho)
sejam administradas com planejamento, organização, direção, e • Estudo dos tempos e movimentos;
controle. • Estudo da fadiga humana;
• Divisão do trabalho e especialização;
O ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de ou- • Desenho de cargo e tarefas;
tras pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem • Incentivos salariais e premiação de produção;
como de seus membros. • Homo Economicus;
Montana e Charnov • Condições ambientais de trabalho;
• Padronização;
Principais abordagens da administração (clássica até contin- • Supervisão funcional.
gencial)
É importante perceber que ao longo da história a Administra- Aspectos da conclusão da Abordagem Científica: A percep-
ção teve abordagens e ênfases distintas. Apesar de existir há pouco ção de que os coordenadores, gerentes e dirigentes deveriam se
mais de 100 (cem) anos, como todas as ciências, a Administração preocupar com o desenho da divisão das tarefas, e aos operários
evoluiu seus conceitos com o passar dos anos. cabia única e exclusivamente a execução do trabalho, sem questio-
De acordo com o Professor Idalberto Chiavenato (escritor, pro- namentos, apenas execução da mão de obra.
fessor e consultor administrativo), a Administração possui 7 (sete) — Comando e Controle: o gerente pensa e manda e os traba-
abordagens, onde cada uma terá seu aspecto principal e agrupa- lhadores obedecem de acordo com o plano.
mento de autores, com seu enfoque específico. Uma abordagem, — Uma única maneira correta (the best way).
poderá conter 2 (duas) ou mais teorias distintas. São elas: — Mão de obra e não recursos humanos.
1. Abordagem Clássica: que se desdobra em Administração — Segurança, não insegurança. As organizações davam a sen-
científica e Teoria Clássica da Administração. sação de estabilidade dominando o mercado.
2. Abordagem Humanística: que se desdobra principalmente
na Teoria das Relações Humanas. Teoria Clássica
3. Abordagem Neoclássica: que se desdobra na Teoria Neo- • Aumento da eficiência melhorando a disposição dos órgãos
clássica da Administração, dos conceitos iniciais, processos admi- componentes da empresa (departamentos);
nistrativos, como os tipos de organização, departamentalização e • Ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funciona-
administração por objetivos (APO). mento);
4. Abordagem Estruturalista: que se desdobra em Teoria Buro- • Abordagem do topo para a base (nível estratégico tático);
crática e Teoria Estruturalista da Administração. • Do todo para as partes.
5. Abordagem Comportamental: que é subdividida na Teo-
ria Comportamental e Teoria do Desenvolvimento Organizacional
(DO).
6. Abordagem Sistêmica: centrada no conceito cibernético
para a Administração, Teoria Matemática e a Teria de Sistemas da
Administração.
7. Abordagem Contingencial: que se desdobra na Teoria da
Contingência da Administração.

Diferente do processo neoclássico, na Teoria Clássica temos 5


(cinco) funções – POC3:
— Previsão ao invés de planejamento: Visualização do futuro e
traçar programa de ação.
— Organização: Constituir a empresa dos recursos materiais
e social.
— Comando: Dirigir e orientar pessoas.
— Coordenação: Ligação, união, harmonizar todos os esforços
Origem da Abordagem Clássica coletivamente.
1 — O crescimento acelerado e desorganizado das empresas:
• Ciência que substituísse o empirismo; Controle: Se certificar de que tudo está ocorrendo de acordo
• Planejamento de produção e redução do improviso. com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
2 — Necessidade de aumento da eficiência e a competência
das organizações: • Princípios da Teoria Clássica:
• Obtendo melhor rendimento em face da concorrência; — Dividir o trabalho;
• Evitando o desperdício de mão de obra. — Autoridade e responsabilidade;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

— Disciplina;
— Unidade de comando;
— Unidade de direção;
— Subordinação dos interesses individuais aos gerais;
— Remuneração do pessoal;
— Centralização;
— Cadeia escalar;
— Ordem;
— Equidade;
— Estabilidade do pessoal;
— Iniciativa;
— Espírito de equipe.

A Abordagem Clássica, junto da Burocrática, dentre todas as abordagens, chega a ser uma das mais importantes.

Abordagem Neoclássica
No início de 1950 nasce a Teoria Neoclássica, teoria mais contemporânea, remodelando a Teoria Clássica, colocando novo figurino
dentro das novas concepções trazidas pelas mudanças e pelas teorias anteriores. Funções essencialmente humanas começam a ser inse-
ridas, como: Motivação, Liderança e Comunicação. Preocupação com as pessoas passa a fazer parte da Administração.

• Fundamentos da Abordagem Neoclássica


— A Administração é um processo operacional composto por funções, como: planejamento, organização, direção e controle.
— Deverá se apoiar em princípios basilares, já que envolve diversas situações.
— Princípios universais.
— O universo físico e a cultura interferem no meio ambiente e afetam a Administração.
— Visão mais flexível, de ajustamento, de continuidade e interatividade com o meio.
— Ênfase nos princípios e nas práticas gerais da Administração.
— Reafirmando os postulados clássicos.
— Ênfase nos objetivos e resultados.
— Ecletismo (influência de teorias diversas) nos conceitos.

Teoria Burocrática
Tem como pai Max Weber, por esse motivo é muitas vezes chamada de Teoria Weberiana. Para a burocracia a organização alcançaria
a eficiência quando explicasse, em detalhes, como as coisas deveriam ser feitas.
Burocracia não é algo negativo, o excesso de funções sim. A Burocracia é a organização eficiente por excelência. O excesso da Buro-
cracia é que transforma ela em algo negativo, o que chamamos de disfunções.

• Características
— Caráter formal das normas e regulamentos.
— Caráter formal das comunicações.
— Caráter racional e divisão do trabalho.
— Impessoalidade nas relações.
— Hierarquia de autoridade.
— Rotinas e procedimentos padronizados.
— Competência técnica e meritocracia.
— Especialização da administração.
— Profissionalização dos participantes.
— Completa previsibilidade de comportamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Disfunções
— Internalização das regras e apego aos procedimentos.
— Excesso de formalismo e de papelório.
— Resistência às mudanças.
— Despersonalização do relacionamento.
— Categorização como base do processo decisório.
— “Superconformidade” às rotinas e aos procedimentos.
— Exibição de sinais de autoridade.
— Dificuldade no atendimento.

Abordagem Estruturalista
A partir da década de 40, tínhamos:
• Teoria Clássica: Mecanicismo – Organização.
• Teoria das Relações Humanas: Romantismo Ingênuo – Pessoas.
As duas correntes sofreram críticas que revelaram a falta de uma teoria sólida e abrangente, que servisse de orientação para o ad-
ministrador.
A Abordagem Estruturalista é composta pela Teoria Burocrática e a Teoria Estruturalista. Além da ênfase na estrutura, ela também se
preocupa com pessoas e ambiente, se aproxima muito da Teoria de Relações Humanas.
No início da Teoria Estruturalista, vive-se a mesma gênese da Teoria da Burocracia, esse movimento onde só se encontram críticas da
Teoria das Relações Humanas às outras Teorias e não se tem uma preposição de um novo método.
• Teoria Clássica: Mecanicismo – Organização.
• Teoria das Relações Humanas: Romantismo Ingênuo – Pessoas.
A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. Ainda que a Teo-
ria das Relações Humanas tenha avançado, ela critica as anteriores e não proporciona bases adequadas para uma nova teoria. Já na Teoria
Estruturalista da Organização percebemos que o TODO é maior que a soma das partes. Significa que ao se colocar todos os indivíduos
dentro de um mesmo grupo, essa sinergia e cooperação dos indivíduos gerará um valor a mais que a simples soma das individualidades.
É a ideia de equipe.

• Teoria Estruturalista - Sociedade de Organizações


— Sociedade = Conjunto de Organizações (escola, igreja, empresa, família).
— Organizações = Conjunto de Membros (papéis) – (aluno, professor, diretor, pai).

O mesmo indivíduo faz parte de diferentes organizações e tem diferentes papéis.

• Teoria Estruturalista – O Homem Organizacional:


— Homem social que participa simultaneamente de várias organizações.
— Características: Flexibilidade; Tolerância às frustrações; Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho, em
detrimento das suas preferências; Permanente desejo de realização.

• Teoria Estruturalista – Abordagem múltipla:


— Tanto a organização formal, quanto a informal importam;
— Tanto recompensas salariais e materiais, quanto sociais e simbólicas geram mudanças de comportamento;
— Todos os diferentes níveis hierárquicos são importantes em uma organização;
— Todas as diferentes organizações têm seu papel na sociedade;
— As análises intra organizacional e Inter organizacional são fundamentais.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Teoria Estruturalista – Conclusão:


— Tentativa de conciliação dos conceitos clássicos e humanísticos;
— Visão crítica ao modelo burocrático;
— Ampliação das abordagens de organização;
— Relações Inter organizacionais;
— Todas as heranças representam um avanço rumo à Abordagem Sistêmica e uma evolução no entendimento para a Teoria da Ad-
ministração.

Abordagem Humanística
É um desdobramento da Teoria das Relações Humanas. A Abordagem Humanística nasce no período de entendimento de que a pro-
dutividade era o elemento principal, e seu modelo era “homem-máquina”, em que o trabalhador era visto basicamente como operador
de máquinas, não havia a percepção com outro elemento que não fosse a produtividade.

• Suas preocupações:
— Nas tarefas (abordagem científica) e nas estruturas (teoria clássica) dão lugar para ênfase nas pessoas;
— Nasce com a Teoria das Relações Humanas (1930) e no desenvolvimento da Psicologia do Trabalho:
* Análise do trabalho e adaptação do trabalhador ao trabalho.
* Adaptação do trabalho ao trabalhador.
— A necessidade de humanizar e democratizar a Administração libertando dos regimes rígidos e mecanicistas;
— Desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, e sua influência no campo industrial;
— Trazendo ideias de John Dewey e Kurt Lewin para o humanismo na Administração e as conclusões da experiência em si.

• Principais aspectos:
— Psicologia do trabalho, que hoje chamamos de Comportamento Organizacional, demonstrando uma percepção diferenciada do
trabalhador, com viés de um homem mais social, com mais expectativas e desejos. Percebe-se então que o comportamento e a preocu-
pação com o ambiente de trabalho do indivíduo tornam-se parte responsável pela produtividade. Agregando a visão antagônica desse
homem econômico, trazendo o conceito de homem social.
— Experiência de Hawthorn desenvolvida por Elton Mayo, na qual a alteração de iluminação traz um resultado importante:

Essa experiência foi realizada no ano de 1927, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, em uma fábrica da Western
Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorn. Lá dois grupos foram selecionados e em um deles foi alterada a iluminação
no local de trabalho, observando assim, uma alteração no desempenho do comportamento e na produtividade do grupo em relação ao
outro. Não necessariamente ligada a alteração de iluminação, mas com a percepção dos indivíduos de estarem sendo vistos, começando
então a melhorarem seus padrões de trabalho. Sendo assim, chegou-se à conclusão de que:
1. A capacidade social do trabalhador determina principalmente a sua capacidade de executar movimentos, ou seja, é ela que de-
termina seu nível de competência. É a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua
capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo estabelecido.
2. Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos, equipe de trabalho.
3. As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento.
4. Grupos informais: alicerçada no conceito de homem social, ou seja, o trabalhador é um indivíduo dotado de vontade e desejos
de estruturas sociais mais complexas, e que esse indivíduo reconhece em outros indivíduos elementos afins aos seus e esses elementos
passam a influenciar na produtividade do indivíduo. Os níveis de produtividade são controlados pelas normas informais do grupo e não
pela organização formal.
5. A Organização Informal:
• Relação de coesão e antagonismo. Simpatia e antipatia;
• Status ou posição social;
• Colaboração espontânea;
• Possibilidade de oposição à organização formal;
• Padrões de relações e atitudes;
• Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais;
• A organização informal transcende a organização formal;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Padrões de desempenho nos grupos informais.

Abordagem Comportamental
A partir do ano de 1950 a Abordagem Comportamental (behavorista) marca a influência das ciências do comportamento. Tem como
participantes: Kurt Lewin, Barnard, Homans e o livro de Herbert Simon que podem ser entendidos como desdobramento da Teoria das
Relações Humanas. Seus aspectos são:
— Homem é um animal social, dotado de necessidades;
— Homem pode aprender;
— Homem pode cooperar e/ou competir;
— Homem é dotado de sistema psíquico;

Tendo a Teoria das Relações Humanas uma visão ingênua do indivíduo, em que se pensava que a Organização é que fazia do homem
um indivíduo ruim, na Teoria Comportamental a visão é diferente, pois observa-se que o indivíduo voluntariamente é que escolhe partici-
par ou não das decisões e/ou ações da organização. Aparecendo o processo de empatia e simpatia, em que o indivíduo abre mão, ou não
da participação, podendo ser ou não protagonista.
— Abandono das posições afirmativas e prescritivas (como deve ser) para uma lógica mais explicativa e descritiva;
— Mantem-se a ênfase nas pessoas, mas dentro de uma posição organizacional mais ampla
— Estudo sobre: Estilo de Administração – Processo decisório – Motivação – Liderança – Negociação

• Evolução do entendimento do indivíduo

Teoria Comportamental – Desdobramentos


• É possível a integração das necessidades individuais de auto expressão com os requisitos de uma organização;
• As organizações que apresentam alto grau de integração entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas;
• Ao invés de reprimir o desenvolvimento e o potencial do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua melhor aplicação.

• Comportamento Organizacional
É a área que estuda a previsão, explicação, modificação e entendimento do comportamento humano e os processos mentais dos indi-
víduos em relação ao seu trabalho dentro da organização. Tem grande relação com a Psicologia Organizacional e do trabalho, se tornando
uma fonte importante para a Administração e para a Gestão de Pessoas, pois passa-se a compreender melhor a relação entre o indivíduo,
o trabalho e as entidades organizacionais.
Baseia-se nas relações internas e externas, e que as forças psicológicas que atuam sobre o indivíduo nesse contexto, estão ligadas
também aos grupos e a própria organização.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Objetos de estudo:
1. Impacto do emprego na vida humana (o quanto que esse elemento interfere na sua satisfação, felicidade, convivência com a fa-
mília);
2. Relação entre as pessoas e grupos dentro de um contexto de trabalho (contexto diferente da vida particular de casa, família, es-
cola);
3. Percepções, crenças e atitudes do indivíduo com relação ao trabalho (como as pessoas enxergam a organização, o seu papel dentro
das relações que ela desenvolve e quanto essas questões se tornam significativas para vida do indivíduo);
4. Desempenho e produtividade (que fatores levam ao maior produtividade e desempenho, como pode-se influenciar nisso);
5. Saúde no trabalho (como as organizações afetam a saúde do indivíduo e como pode-se minimizar o impacto das suas atividades
nessa questão);
6. Ética nas relações de trabalho (o quanto as relações internas, de poder e de subordinação levam em consideração questões mo-
rais);
7. Diversidade da força de trabalho (questões de gênero, raça e credo);
8. Ações ou comportamentos do indivíduo dentro desse contexto (aprendizagem, cultura organizacional, poder, grupos e equipes,
liderança, motivação, comprometimento, bem como as causas e consequências dessas ações).

O comportamento organizacional é fundamental para os gestores e para a Gestão de Pessoas, propiciando todo o conjunto de ferra-
mentas para facilitar as decisões relacionadas a Gestão de Pessoas e Administração, bem como a vida diária dos gestores.

Abordagem Sistêmica
A partir do ano de 1950, muitas das teorias começaram a aparecer paralelamente, entre elas nasce a abordagem sistêmica. Ludwig
Von Bertalanffy, biólogo alemão, coordenava um estudo interdisciplinar a fim de transcender problemas existentes em cada ciência e
proporcionar princípios gerais. Princípios esses que darão a visão de uma organização como organismo, ensinando quatro princípios im-
portantes que devem ser pensados dentro das organizações. Nasce a Teoria Geral dos Sistemas
— Visão Totalizante;
— Visão Expansionista;
— Visão Sistêmica;
— Visão Integrada;

• Características da abordagem sistêmica


— Expansionismo: Tem a ideia totalmente contrária ao Reducionismo, significa dizer que o desempenho de um sistema menor, de-
pende de como ele interage com o todo maior que o envolve e do qual faz parte.
— Pensamento Sintético: É o fenômeno visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos do papel que desempenha
nesse sistema maior. Juntando as coisas e não as separando. Há uma coordenação com as demais variáveis, em que as trocas das partes
de um todo estão completamente ajustadas. Verificando-se assim, o comportamento de cada parte no todo.
— Teleologia: A lógica sistêmica procura entender a inter-relação entre as diversas variáveis de um campo de forças que atuam entre
si. O todo é diferente de cada uma das suas partes.

Exemplo: o indivíduo é o que é pelo meio onde nasceu, pela educação que recebeu, pela forma de relacionamentos e cultura que
conviveu. Existe grandes diferenças entre os indivíduos devido às influências que sofreram ao longo da vida e é isso que a Teoria Geral de
Sistemas vai procurar explicar, o indivíduo é produto do meio em que vive, não está sozinho e isolado, tudo está fortemente conectado.
• Os sistemas existem dentro de sistemas (uma pequena parte, faz parte de um todo maior);
• Os sistemas são abertos (intercambio com o todo);
• As funções de um sistema dependem de sua estrutura (pessoas, recursos, do meio onde está).

Teoria dos Sistemas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Sistema Aberto
— Está constantemente e de forma dual (entrega e recebimento) interagindo com o ambiente;
— É capacitado para o crescimento, mudanças, adaptações ao ambiente, podendo também ser autor reprodutor sob certas condi-
ções;
— É contingência do sistema aberto competir com outros sistemas.

Abordagem Contingencial
A Abordagem Contingencial traz para nós a ideia de que não se alcança eficácia organizacional seguindo um modelo exclusivo, ou
seja, não há uma fórmula única e exclusiva ou melhor de se alcançar os objetivos organizacionais. Ela abraça todas as Teorias e dá razão
para cada uma delas.

• Características
— Não há regra absoluta;
— Tudo é relativo;
— Tudo dependerá (de Ambiente, Mapeamento ambiental, Seleção ambiental, Percepção ambiental, Consonância e Dissonância,
Desdobramentos do ambiente, Tecnologia);

• Abordagem Contingencial – Conclusão


— A variável tecnologia passa a assumir um importante papel na sociedade e nas organizações;
— O foco em novos modelos organizacionais mais flexíveis, ajustáveis e orgânicos como: estrutura matricial, em redes e equipes;
— O modelo de homem complexo= social + econômico + organizacional.

Teoria Geral da Administração

TEORIAS ÊNFASE ENFOQUES PRINCIPAIS


Administração Científica Nas tarefas Racionalizar o trabalho no nível operacional
Taylor (1856-1915) - Gantt (1861-1919) - ORT
Gilbreth (1868-1924) - Ford (1863-1947) Padronização
Clássica e Neoclássica Na estrutura Organização formal
Fayol (1841-1925) – Mooney (1884-1957) Princípios Gerais da Administração
Urwick (1891-1979) – Gulik (1892-1993) e outros Funções de Administrador
Burocrática e Organização Formal Burocrática
Max Weber (1864-1920) Racionalidade organizacional
Chamada Teoria Weberiana.
Abordagem múltipla:
Estruturalista Organização Formal e Informal
Análise Intra e Inter organizacional
Relações Humanas - Humanística Nas pessoas Organização Informal
Experiência de Hawthorn (1927) Motivação, Liderança, Comunicação e Dinâ-
Desenvolvida por Elton Mayo mica em grupo
John Dewey e Kurt Lewin
Comportamento Organizacional Estilos de Administração
Abordagem Comportamental Teoria das decisões
Kurt Lewin, Barnard, Homans e Herbert Simon Integração dos objetivos organizacionais e
A partir de 1950 individuais

Desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada


Abordagem de sistema aberto
Sistêmica No ambiente Análise ambiental
Ludwig Von Bertalanffy, biólogo alemão (1950) Abordagem de sistema
Contingência No ambiente Administração da tecnologia
(tecnologia) (Imperativo tecnológico)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Funções de administração — Processo de planejamento

• Planejamento, organização, direção e controle • Planejamento estratégico ou institucional


Estratégia é o caminho escolhido para que a organização possa
• PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE chegar no destino desejado pela visão estratégica. É o nível mais
amplo de planejamento, focado a longo prazo. É desdobrado no
Planejamento Tático, e o Planejamento Tático é desdobrado no Pla-
nejamento Operacional.
— Global — Objetivos gerais e genéricos — Diretrizes estraté-
gicas — Longo prazo — Visão forte do ambiente externo.

Fases do Planejamento Estratégico:


— Definição do negócio, missão, visão e valores organizacio-
nais;
— Diagnóstico estratégico (análise interna e externa);
— Formulação da estratégia;
— Implantação;
— Planejamento — Controle.
Processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura • Planejamento tático ou intermediário
desejada. A organização estabelece num primeiro momento, atra- Complexidade menor que o nível estratégico e maior que o
vés de um processo de definição de situação atual, de oportunida- operacional, de média complexidade e compõe uma abrangência
des, ameaças, forças e fraquezas, que são os objetos do processo departamental, focada em médio prazo.
de planejamento. O planejamento não é uma tarefa isolada, é um — Observa as diretrizes do Planejamento Estratégico;
processo, uma sequência encadeada de atividades que trará um — Determina objetivos específicos de cada unidade ou depar-
plano. tamento;
• Ele é o passo inicial; — Médio prazo.
• É uma maneira de ampliar as chances de sucesso;
• Reduzir a incerteza, jamais eliminá-la; • Planejamento operacional ou chão de fábrica
• Lida com o futuro: Porém, não se trata de adivinhar o futuro; Baixa complexidade, uma vez que falamos de somente uma
• Reconhece como o presente pode influenciar o futuro, como única tarefa, focado no curto ou curtíssimo prazo. Planejamento
as ações presentes podem desenhar o futuro; mais diário, tarefa a tarefa de cada dia para o alcance dos objetivos.
• Organização ser PROATIVA e não REATIVA; Desdobramento minucioso do Planejamento Estratégico.
• Onde a Organização reconhecerá seus limites e suas compe- — Observa o Planejamento Estratégico e Tático;
tências; — Determina ações específicas necessárias para cada atividade
• O processo de Planejamento é muito mais importante do que ou tarefa importante;
seu produto final (assertiva); — Seus objetivos são bem detalhados e específicos.
Idalberto Chiavenato diz: “Planejamento é um processo de es- Com a ação de planejar, busca-se:
tabelecer objetivos e definir a maneira como alcança-los”. • Eficiência: medida do rendimento individual dos componen-
• Processo: Sequência de etapas que levam a um determinado tes do sistema. É fazer certo o que está sendo feito. Refere-se à
fim. O resultado final do processo de planejamento é o PLANO; otimização dos recursos utilizados para a obtenção dos resultados.
• Estabelecer objetivos: Processo de estabelecer um fim; • Eficácia: medida do rendimento global do sistema. É fazer
• Definir a maneira: um meio, maneira de como alcançar. o que é preciso ser feito. Refere-se à contribuição dos resultados
obtidos para alcance dos objetivos globais da empresa.
• Passos do Planejamento • Efetividade: refere-se à relação entre os resultados alcança-
— Definição dos objetivos: O que quer, onde quer chegar. dos e os objetivos propostos ao longo do tempo.
— Determinar a situação atual: Situar a Organização. No setor privado, os conceitos de eficiência, eficácia e efetivi-
— Desenvolver possibilidades sobre o futuro: Antecipar even- dade são assim resumidos por Oliveira (1999):
tos.
— Analisar e escolher entre as alternativas. Eficiência
— Implementar o plano e avaliar o resultado. - fazer as coisas de maneira adequada;
- resolver problemas;
• Vantagens do Planejamento - salvaguardar os recursos aplicados;
— Dar um “norte” – direcionamento; - cumprir o seu dever; e
— Ajudar a focar esforços; - reduzir os custos.
— Definir parâmetro de controle;
— Ajuda na motivação; Eficácia
— Auxilia no autoconhecimento da organização. - fazer as coisas certas;
- produzir alternativas criativas;
- maximizar a utilização de recursos;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- obter resultados; e
- aumentar o lucro.

Efetividade
- manter-se no ambiente; e
- apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente)

Eficiência – relação entre o custo e o benefício envolvido na execução de um procedimento ou na prestação de um serviço.

Eficácia – grau de atingimento de uma meta ou dos resultados institucionais da organização.

Efetividade – eliminar ou reduzir sensivelmente o problema que afeta a sociedade, alcançando a satisfação do cidadão.

• Negócio, Missão, Visão e Valores


Negócio, Visão, Missão e Valores fazem parte do Referencial estratégico: A definição da identidade a organização.
— Negócio = O que é a organização e qual o seu campo de atuação. Atividade efetiva. Aspecto mais objetivo.
— Missão = Razão de ser da organização. Função maior. A Missão contempla o Negócio, é através do Negócio que a organização
alcança a sua Missão. Aspecto mais subjetivo. Missão é a função do presente.
— Visão = Qual objetivo e a visão de futuro. Define o “grande plano”, onde a organização quer chegar e como se vê no futuro, no
destino desejado. Direção mais geral. Visão é a função do futuro.
— Valores = Crenças, Princípios da organização. Atitudes básicas que sem elas, não há negócio, não há convivência. Tutoriza a escolha
das estratégias da organização.

• Análise SWOT
Strenghs – Weaknesses – Opportunities – Threats.
Ou FFOA
Forças – Fraquezas – Oportunidades – Ameaças.

É a principal ferramenta para perceber qual estratégia a organização deve ter.


É a análise que prescreve um comportamento a partir do cruzamento de 4 variáveis, sendo 2 do ambiente interno e 2 do ambiente
externo. Tem por intenção perceber a posição da organização em relação às suas ameaças e oportunidades, perceber quais são as forças
e as fraquezas organizacionais, para que a partir disso, a organização possa estabelecer posicionamento no mercado, sendo elas: Posição
de Sobrevivência, de Manutenção, de Crescimento ou Desenvolvimento. Em que para cada uma das posições a organização terá uma
estratégia definida.
Ambiente Interno: É tudo o que influencia o negócio da organização e ela tem o poder de controle. Pontos Fortes: Elementos que
influenciam positivamente. Pontos Fracos: Elementos que influenciam negativamente.
Ambiente Externo: É tudo o que influencia o negócio da organização e ela NÃO tem o poder de controle. Oportunidades: Elementos
que influenciam positivamente. Ameaças: Elementos que influenciam negativamente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Matriz GUT
Gravidade + Urgência + Tendência
Gravidade: Pode afetar os resultados da Organização.
Urgência: Quando ocorrerá o problema.
Tendência: Irá se agravar com o passar do tempo.
Determinar essas 3 métricas plicando uma nota de 1-5, sendo 5 mais crítico, impactante e 1 menos crítico e com menos impacto.
Somando essas notas. Levando em consideração o problema que obtiver maior total.

PROBLEMA GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA TOTAL


X 1 3 3 7
Y 3 2 1 6

• Ferramenta 5W2H
Ferramenta que ajuda o gestor a construir um Plano de Ação. Facilitando a definição das tarefas e dos responsáveis por cada uma
delas. Funciona para todos os tipos de negócio, visando atingir objetivos e metas.
5W: What? – O que será feito? - Why? Porque será feito? - Where? Onde será feito? - When? Quando será feito? – Who? Quem fará?
2H: How? Como será feito? – How much? Quanto irá custar para fazer?
Não é uma ferramenta para buscar causa de problemas, mas sim elaborar o Plano de Ação.

WHAT WHY WHERE WHEN WHO HOW HOW MUCH


Padronização Otimizar Coordenação Agosto 2021 João Silva Contratação 2.500,00
de Rotinas tempo de Assessoria
externa
Sistema de Impedir Setor Compras 20/08/21 Paulo Compra de 4.000,00
Segurança entrada de Santos equipamentos e
Portaria pessoas não instalação
Central autorizadas

• Análise competitiva e estratégias genéricas


Gestão Estratégica: “É um processo que consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação competiti-
vamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que a organização alcance seus objetivos”.
Michael Porter, Economista e professor norte-americano, nascido em 1947, propõe o segundo grande essencial conceito para a com-
preensão da vantagem competitiva, o conceito das “estratégias competitivas genéricas”.
Porter apresenta a estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, onde devem acontecer ações ofensivas ou defensivas
com finalidade de criar uma posição que possibilite se defender no mercado, para conseguir lidar com as cinco forças competitivas e com
isso conseguir e expandir o retorno sobre o investimento.
Observa ainda, que há distintas maneiras de posicionar-se estrategicamente, diversificando de acordo com o setor de atuação, capa-
cidade e características da Organização. No entanto, Porter desenha que há três grandes pilares estratégicos que atuarão diretamente no
âmbito da criação da vantagem competitiva.
As 3 Estratégias genéricas de Porter são:
1. Estratégia de Diferenciação: Aumentar o valor – valor é a percepção que você tem em relação a determinado produto. Exemplo:
Existem determinadas marcas que se posicionam no mercado com este alto valor agregado.
2. Estratégia de Liderança em custos: Baixar o preço – preço é quanto custo, ser o produto mais barato no mercado. Quanto vai custar
na etiqueta.
3. Estratégia de Foco ou Enfoque: Significa perceber todo o mercado e selecionar uma fatia dele para atuar especificamente.

• As 5 forças Estratégicas
Chamada de as 5 Forças de Porter (Michael Porter) – é uma análise em relação a determinado mercado, levando em consideração 5
elementos, que vão descrever como aquele mercado funciona.
1. Grau de Rivalidade entre os concorrentes: com que intensidade eles competem pelos clientes e consumidores. Essa força tenciona
as demais forças.
2. Ameaça de Produtos substitutos: ameaça de que novas tecnologias venham a substituir o produto ou serviço que o mercado ofe-
rece.
3. Ameaça de novos entrantes: ameaças de que novas organizações, ou pessoas façam aquilo que já está sendo feito.
4. Poder de Barganha dos Fornecedores: Capacidade negocial das empresas que oferecem matéria-prima à organização, poder de
negociar preços e condições.
5. Poder de Barganha dos Clientes: Capacidade negocial dos clientes, poder de negociar preços e condições.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Redes e alianças — Organização


Formações que as demais organizações fazem para que te-
nham uma espécie de fortalecimento estratégico em conjunto. A • Estrutura organizacional
formação de redes e alianças estratégicas de modo a poder com- A estrutura organizacional na administração é classificada
partilhar recursos e competências, além de reduzir seus custos. como o conjunto de ordenações, ou conjunto de responsabilida-
Redes possibilitam um fortalecimento estratégico da organi- des, sejam elas de autoridade, das comunicações e das decisões de
zação diante de seus concorrentes, sem aumento significativo de uma organização ou empresa.
custos. Permite que a organização dê saltos maiores do que seriam É estabelecido através da estrutura organizacional o desenvol-
capazes sozinhas, ou que demorariam mais tempo para alcançar vimento das atividades da organização, adaptando toda e qualquer
individualmente. alteração ou mudança dentro da organização, porém essa estru-
Tipos: Joint ventures – Contratos de fornecimento de longo tura pode não ser estabelecida unicamente, deve-se estar pronta
prazo – Investimentos acionários minoritário – Contratos de forne- para qualquer transformação.
cimento de insumos/ serviços – Pesquisas e desenvolvimento em Essa estrutura é dividida em duas formas, estrutura informal
conjunto – Funções e aquisições. e estrutura formal, a estrutura informal é estável e está sujeita a
Vantagens: Ganho na posição de barganha (negociação) com controle, porém a estrutura formal é instável e não está sujeita a
seus fornecedores e Aumento do custo de entrada dos potenciais controle.
concorrentes em um mercado = barreira de entrada.
• Tipos de departamentalização
• Administração por objetivos É uma forma de sistematização da estrutura organizacional,
A Administração por objetivos (APO) foi criada por Peter Duc- visa agrupar atividades que possuem uma mesma linha de ação
ker que se trata do esforço administrativo que vem de baixo para com o objetivo de melhorar a eficiência operacional da empresa.
cima, para fazer com que as organizações possam ser geridas atra- Assim, a organização junta recursos, unidades e pessoas que te-
vés dos objetivos. nham esse ponto em comum.
Trata-se do envolvimento de todos os membros organizacio- Quando tratamos sobre organogramas, entramos em concei-
nais no processo de definição dos objetivos. Parte da premissa de tos de divisão do trabalho no sentido vertical, ou seja, ligado aos
que se os colaboradores absorverem a ideia e negociarem os obje- níveis de autoridade e hierarquia existentes. Quando falamos sobre
tivos, estarão mais dispostos e comprometidos com o atingimento departamentalização tratamos da especialização horizontal, que
dos mesmos. tem relação com a divisão e variedade de tarefas.
Fases: Especificação dos objetivos – Desenvolvimento de pla-
nos de ação – Monitoramento do processo – Avaliação dos resul- • Departamentalização funcional ou por funções: É a forma
tados. mais utilizada dentre as formas de departamentalização, se tratan-
do do agrupamento feito sob uma lógica de identidade de funções
• Balanced scorecard e semelhança de tarefas, sempre pensando na especialização, agru-
Percepção de Kaplan e Norton de que existem bens que são pando conforme as diferentes funções organizacionais, tais como
intangíveis e que também precisam ser medidos. É necessário apre- financeira, marketing, pessoal, dentre outras.
sentar mais do que dados financeiros, porém, o financeiro ainda faz Vantagens: especialização das pessoas na função, facilitando
parte do Balanced scorecard. a cooperação técnica; economia de escala e produtividade, mais
Ativos tangíveis são importantes, porém ativos intangíveis me- indicada para ambientes estáveis.
recem atenção e podem ser ponto de diferenciação de uma orga- Desvantagens: falta de sinergia entre os diferentes departa-
nização para a outra. mentos e uma visão limitada do ambiente organizacional como um
Por fim, é a criação de um modelo que complementa os dados todo, com cada departamento estando focado apenas nos seus
financeiros do passado com indicadores que buscam medir os fato- próprios objetivos e problemas.
res que levarão a organização a ter sucesso no futuro.
• Por clientes ou clientela: Este tipo de departamentalização
• Processo decisório ocorre em função dos diferentes tipos de clientes que a organiza-
É o processo de escolha do caminho mais adequado à organi- ção possui. Justificando-se assim, quando há necessidades hete-
zação em determinada circunstância. rogêneas entre os diversos públicos da organização. Por exemplo
Uma organização precisa estar capacitada a otimizar recursos e (loja de roupas): departamento masculino, departamento femini-
atividades, assim como criar um modelo competitivo que a possibi- no, departamento infantil.
lite superar os rivais. Julgando que o mercado é dinâmico e vive em Vantagem: facilitar a flexibilidade no atendimento às deman-
constante mudança, onde as ideias emergem devido às pressões. das específicas de cada nicho de clientes.
Para que um negócio ganhe a vantagem competitiva é neces- Desvantagens: dificuldade de coordenação com os objetivos
sário que ele alcance um desempenho superior. Para tanto, a or- globais da organização e multiplicação de funções semelhantes nos
ganização deve estabelecer uma estratégia adequada, tomando as diferentes departamentos, prejudicando a eficiência, além de poder
decisões certas. gerar uma disputa entre as chefias de cada departamento diferente,
por cada uma querer maiores benefícios ao seu tipo de cliente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Por processos: Resume-se em agregar as atividades da orga- • Forte – aqui, o responsável pelo projeto tem mais autorida-
nização nos processos mais importantes para a organização. Sendo de;
assim, busca ganhar eficiência e agilidade na produção de produ- • Fraca – aqui, o gerente funcional tem mais autoridade;
tos/serviços, evitando o desperdício de recursos na produção orga- • Equilibrada ou Balanceada – predomina o equilíbrio entre os
nizacional. É muito utilizada em linhas de produção. gerentes de projeto e funcional.
Vantagem: facilita o emprego de tecnologia, das máquinas e
equipamentos, do conhecimento e da mão-de-obra e possibilita Porém, não há consenso na literatura se a departamentaliza-
um melhor arranjo físico e disposição racional dos recursos, au- ção matricial de fato é um critério de departamentalização, ou um
mentando a eficiência e ganhos em produtividade. tipo de estrutura organizacional.

• Departamentalização por produtos: A organização se estru- Desvantagens: filiais, ou projetos, possuírem grande autono-
tura em torno de seus diferentes tipos de produtos ou serviços. mia para realizar seu trabalho, dificultando o processo administra-
Justificando-se quando a organização possui uma gama muito va- tivo geral da empresa. Além disso, a dupla subordinação a que os
riada de produtos que utilizem tecnologias bem diversas entre si, empregados são submetidos pode gerar ambiguidade de decisões
ou mesmo que tenham especificidades na forma de escoamento da e dificuldade de coordenação.
produção ou na prestação de cada serviço.
Vantagem: facilitar a coordenação entre os departamentos en- • Organização formal e informal
volvidos em um determinado nicho de produto ou serviço, possibi- Organização formal trata-se de uma organização onde duas ou
litando maior inovação na produção. mais pessoas se reúnem para atingir um objetivo comum com um
Desvantagem: a “pulverização” de especialistas ao longo da relacionamento legal e oficial. A organização é liderada pela alta ad-
organização, dificultando a coordenação entre eles. ministração e tem um conjunto de regras e regulamentos a seguir.
O principal objetivo da organização é atingir as metas estabeleci-
• Departamentalização geográfica: Ou departamentalização das. Como resultado, o trabalho é atribuído a cada indivíduo com
territorial, trata-se de critério de departamentalização em que a em- base em suas capacidades. Em outras palavras, existe uma cadeia
presa se estabelece em diferentes pontos do país ou do mundo, alo- de comando com uma hierarquia organizacional e as autoridades
cando recursos, esforços e produtos conforme a demanda da região. são delegadas para fazer o trabalho.
Aqui, pensando em uma organização Multinacional, pressu-
pondo-se que há uma filial em Israel e outra no Brasil. Obviamen- Além disso, a hierarquia organizacional determina a relação
te, os interesses, hábitos e costumes de cada povo justificarão que lógica de autoridade da organização formal e a cadeia de coman-
cada filial tenha suas especificidades, exatamente para atender a do determina quem segue as ordens. A comunicação entre os dois
cada povo. Assim, percebemos que, dentro de cada filial nacional, membros é apenas por meio de canais planejados.
poderão existir subdivisões, para atender às diferentes regiões de
cada país, com seus costumes e desejos. Como cada filial estará Tipos de estruturas de organização formal:
estabelecida em uma determinada região geográfica e as filiais es- — Organização de Linha
tarão focadas em atender ao público dessa região. Logo, provavel- — Organização de linha e equipe
mente haverá dificuldade em conciliar os interesses de cada filial — Organização funcional
geográfica com os objetivos gerais da empresa. — Organização de Gerenciamento de Projetos
— Organização Matricial
• Departamentalização por projetos: Os departamentos são
criados e os recursos alocados em cada projeto da organização. Organização informal refere-se a uma estrutura social interli-
Exemplo (construtora): pode dividir sua organização em torno das gada que rege como as pessoas trabalham juntas na vida real. É
construções “A”, “B” e “C”. Aqui, cada projeto tende a ter grande possível formar organizações informais dentro das organizações.
autonomia, o que viabiliza a melhor consecução dos objetivos de Além disso, esta organização consiste em compreensão mútua, aju-
cada projeto. da e amizade entre os membros devido ao relacionamento inter-
Vantagem: grande flexibilidade, facilita a execução do projeto pessoal que constroem entre si. Normas sociais, conexões e intera-
e proporciona melhores resultados. ções governam o relacionamento entre os membros, ao contrário
Desvantagem: as equipes perdem a visão da empresa como da organização formal.
um todo, focando apenas no seu projeto, duplicação de estruturas Embora os membros de uma organização informal tenham res-
(sugando mais recursos), e insegurança nos empregados sobre sua ponsabilidades oficiais, é mais provável que eles se relacionem com
continuidade ou não na empresa quando o projeto no qual estão seus próprios valores e interesses pessoais sem discriminação.
alocados se findar. A estrutura de uma organização informal é plana. Além disso,
as decisões são tomadas por todos os membros de forma coletiva.
• Departamentalização matricial A unidade é a melhor característica de uma organização informal,
Também é chamada de organização em grade, e é uma mistu- pois há confiança entre os membros. Além disso, não existem re-
ra da departamentalização funcional (mais verticalizada), com uma gras e regulamentos rígidos dentro das organizações informais;
outra mais horizontalizada, que geralmente é a por projetos. regras e regulamentos são responsivos e adaptáveis ​​às mudanças.
Nesse contexto, há sempre autoridade dupla ou dual, por res- Ambos os conceitos de organização estão inter-relacionados.
ponder ao comando da linha funcional e ao gerente da horizontal. Existem muitas organizações informais dentro de organizações for-
Assim, há a matricial forte, a fraca e a equilibrada ou balanceada: mais, portanto, eles são mutuamente exclusivos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Cultura organizacional — Poder: que não está relacionado ao cargo, pode ser por via
A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos, informal.
comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas in- — Situação: em determinadas situações a liderança pode apa-
ternas e externas da organização. recer.

— Direção Não confunda: Chefia (posição formal) – Autoridade (dada por


Direção essencialmente como uma função humana, apêndice algum aspecto) – Liderança – Poder.
de psicologia organizacional. Recrutar e ajustar os esforços para A influência acontece e gera a liderança, o poder é por onde
que os indivíduos consigam alcançar os resultados pretendidos pela essa influência acontece. Esse poder pode ser formal ou informal.
organização. Segundo Max Weber: “Poder é a capacidade de algo ou alguém
Direção = Rota – Intensidade = Grau – Persistência = Capacida- fazer com que um indivíduo ou algo, faça alguma coisa, mesmo que
de de sobrevivência (gatilhos da motivação) este ofereça resistência. ” – Exemplo: votação, alistamento militar
para homens.
• Motivação — Poderes formais são aqueles que estão relacionados ao car-
“Pode ser entendido como o conjunto de razões, causa e mo- go e ficam no cargo independente de quem o ocupe. Já poderes
tivos que são responsáveis pela direção, intensidade e persistência informais são aqueles que ficam com a pessoa, independente do
do comportamento humano em busca de resultados. ” É o que des- cargo que o indivíduo ocupe.
perta no ser a vontade de alcançar os objetivos pretendidos. Algo — Autoridade: Direito formal e legítimo, que algo ou alguém
acontece no indivíduo e ele reage. Estímulos: quanto mais atingível tem, para te dar ordens, alocar recursos, tomar decisões e de con-
parecer o resultado maior a motivação e vice-e-versa. duzir ações.
A (Razão, Causas, Motivos) pode ser: Intrínseca (Interna): do — Dilema chefia e liderança: Chefe é aquele que toma ações
próprio ser ou, Extrínseca (Externa): algo que vem do meio. baseadas em seu cargo, onde sofre a influência dos poderes for-
Porém a motivação é sempre um processo do indivíduo, sem- mais. E o líder é aquele que toma as decisões, recebe e consegue
pre uma resposta interna aos estímulos. liderar os indivíduos, através de seu poder informal, independente
do cargo que ocupe.
Conceito de Poder, segundo o Dilema chefia e liderança é o
que consegue agrupar os dois distintos tipos de poder, os poderes
formais e informais.

• Tipos de Liderança:
Transacional: Baseada na troca. Liderança tradicional, incenti-
vos materiais. Funciona bem em ambientes estáveis, pois líderes e
liderados precisam estar “satisfeitos” com o negócio em si.
Transformacional: Baseada na mudança. Liderança atual: Ins-
pira seus subordinados. Quando construída, gera resultados acima
da transacional, já que os subordinados alcançam uma posição de
agentes de mudança e inovação.

• Comunicação
É a ligação entre a liderança e a motivação. Para motivar é ne-
cessário comunicar-se bem. A comunicação é essencial para o todo
dentro da organização. A organização que possui uma boa comuni-
cação, tende a ser valorizada pelos indivíduos, consequentemente
gera melhores resultados.
A comunicação organizacional eficiente é fundamental para o
êxito na organização. Caso a comunicação seja deficiente, acarreta-
rá um grau de incompreensão no ambiente organizacional, dificul-
tando a organização de atingir seus objetivos.
Liderança Através da comunicação a organização, bem como sua lide-
Fenômeno social, depende da relação das pessoas. Aspecto rança, obtém maior engajamento de seus colaboradores de forma
ligado a relação dos indivíduos. Capacidade de exercer liderança mais efetiva.
– influência: fazer com que as pessoas façam aquilo que elas não A comunicação interna tem como objetivo manter os indiví-
fariam sem a presença do líder. Importante utilização do poder duos informados quanto as diretrizes, filosofia, cultura, valores e
para influenciar o comportamento de outras pessoas, ocorrendo resultados obtidos pela organização. Agregando valor e tornando a
em uma dada situação. organização competitiva no mercado.
— Liderança precisa de pessoas.
— Influência: capacidade de fazer com que o indivíduo mude
de comportamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Descentralização e delegação — Monitorar desempenho: acompanhar, coletar informação,


Centralização ocorre quando uma organização decide que a andar simultaneamente ao processo. Determinar o que medir,
maioria das decisões deve ser tomadas pelos ocupantes dos car- como medir e quando medir.
gos no topo somente. Descentralização ocorre quando o contrário — Comparação com o padrão: análise dos resultados reais em
acontece, ou seja, quando a autoridade para tomar as decisões está comparação com o objetivo previamente estabelecido.
dispersa pela empresa, na base, através dos diversos setores. — Medidas Corretivas: tomar as decisões que levem a orga-
Delegação é o processo usado para transferir autoridade e res- nização a atingir os resultados desejados. Caminhos: Não mudar
ponsabilidade para os membros organizacionais em níveis hierár- nada. Corrigir desempenho. Alterar padrões.
quicos inferiores.
Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de tra-
— Controle balho nas organizações do mundo contemporâneo. As evidências
Segundo Djalma de Oliveira: sugerem que as equipes são capazes de melhorar o desempenho
“Controle é uma função do processo administrativo que, me- dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas habilidades, julga-
diante a comparação com padrões previamente estabelecidos, pro- mentos e experiências. Quando as organizações se reestruturaram
cura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a para competir de modo mais eficiente e eficaz, escolheram as equi-
finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que pes como forma de utilizar melhor os talentos dos seus funcioná-
possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em fun- rios. As empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis e
ções do processo administrativo, para assegurar que os resultados reagem melhor às mudanças do que os departamentos tradicionais
satisfaçam aos desafios e aos objetivos estabelecidos. ” ou outras formas de agrupamentos permanentes. As equipes têm
Segundo Robbins e Coulter: capacidade para se estruturar, iniciar seu trabalho, redefinir seu
“O processo de monitorar as atividades de forma a assegurar foco e se dissolver rapidamente. Outras características importantes
que elas estejam sendo realizadas conforme o planejado e corrigir é que as equipes são uma forma eficaz de facilitar a participação
quaisquer desvios significativos. ” dos trabalhadores nos processos decisórios aumentar a motivação
Segundo Maximiano: dos funcionários.
“Consiste em fazer comparação e tomar a decisão de confir-
mar ou modificar os objetivos e os recursos empregados em sua
realização. ” ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS: CONCEITO E PROCESSOS

No processo administrativo o controle aparece como a etapa


final, porém, o controle acontece durante todas as fases do proces- É o método dentro da administração, que abrange um conjunto
so, é contínua. de técnicas dedicadas a extrair a máxima competência do indivíduo
dentro da organização.
• Objetivo: As tarefas dessa gestão são:
— Identificar os problemas, falhas, erros e desvios. • Desenvolvimento de líderes
— Fazer com que os resultados obtidos estejam próximos dos • Atração
resultados esperados. • Conservação
— Fazer com que a organização trabalhe de forma mais ade- • Administração
quada. • Reconhecimento
— Proporcionar informações gerenciais periódicas. • Orientação
— Redefinir e retroalimentar os objetivos (feedback).
Utilizando uma série de estratégias administrativas, a Gestão
• Características de Pessoas compreende e ocupa-se com os interesses do indivíduo
- Monitorar e avaliar ações. dentro da organização, dedicando-se principalmente pelo espírito
- Verificar desvios (positivos e negativos) de equipe, sua motivação e qualificação. É o conjunto integrado de
- Promover mudanças (correção e aprimoramento) processos dinâmicos e interativos, segundo a definição de Idalber-
to Chiavenato (escritor, professor e consultor administrativo, atua
• Tipos, vantagens e desvantagens. na área de administração de empresas e recursos humanos). Nela
— Preventivo (ex-ante): Controle proativo. Objetiva prevenir, encontramos ferramentas que desenvolvem habilidades, compor-
evitar e identificar possíveis problemas, antes que eles aconteçam. tamento (atitudes) e o conhecimento, que beneficiam a realização
— Simultâneo: Controle reativo. Acontece durante a execução do trabalho coletivo, produzindo valor econômico (Capital Huma-
das tarefas. Controle estatístico da produção, verificar as margens no).
de erro de produção. Avaliação, monitoramento. Dedica-se a inserir melhoradas práticas de gestão, garantindo
— Posterior (ex-post): Controle reativo. Inspeção no final do satisfação coletiva e produtividade otimizada que visa alcançar re-
processo produtivo se avalia o resultado dado. Acontece após. sultados favoráveis para o crescimento saudável da organização.

• Sistema de medição de desempenho organizacional Histórico


Faz parte das etapas do Processo de Controle os sistemas de O departamento pessoal foi iniciado no século XIX. Com a res-
medição de desempenho, onde pode-se: ponsabilidade apenas de medir os custos da empresa, produtivida-
— Estabelecer padrões: definição de objetivos, metas e de- de não era o foco. Os colaboradores eram apenas citados como Ati-
sempenho esperado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

vo Contábil na empresa. Não havia amplas relações de motivação, • Gerir pessoas desenvolvendo culturas dentro da organiza-
ou de entendimento de ambiente organizacional com o indivíduo ção: possibilitando o desenvolvimento de mudanças, facilitando
ou vice-e-versa. e agilizando a resposta da organização para com as exigências do
A teoria clássica (mecanicista), entendia que o homem teria mercado: Competência.
que ter uma organização racional no trabalho e seria estimulado • Gerir pessoas mantendo condutas com base na ética: Diretrizes.
através de recursos financeiros, falava-se mais na eficiência opera-
cional. O homem era entendido como homem econômico, que se- Conceitos da Gestão de Pessoas
ria recompensado e estimulado a partir da quantidade de recursos Administração de Recursos Humanos - entendimento mais an-
financeiros que fossem a ele fornecido. tigo (técnicas - tarefas):
Após isso, a Teoria das Relações Humanas começou a compre- • É a Provisão, o Treinamento, o Desenvolvimento, a Motiva-
ender que o homem teria outras demandas e que o ambiente or- ção e a Manutenção dos empregados.
ganizacional agora, também influenciava a sua produtividade, pas-
sou-se então, a entender o indivíduo a partir da teoria das relações Gestão de Pessoas (relação – elemento imaterial):
humanas. • É o elemento que constrói e é responsável pelo cuidado do
Iniciando a CLT, na década de 30 - 50, as leis trabalhistas de- capital humano.
veriam ser seguidas e isso deveria ser supervisionado de perto por
um responsável, foi aí que a estrutura do RH (Recursos Humanos) Principais diferenças
começou a ser formada. • Gestão de Pessoas não é nomeado normalmente como de-
Com a evolução do RH, a partir dos anos 70 o foco voltava-se partamento, como é o RH (Recursos Humanos);
então para pessoas e não para o burocrático e operacional apenas. • A competência da Gestão de Pessoas é responsabilidade dos gesto-
Tornando a estrutura mais humanizada inicia-se então, o conceito res, dos líderes, que operam em união com a área de Recursos Humanos;
do planejamento estratégico para conservar talentos e engajar a Assim, para que as atividades de Gestão de Pessoas possam acontecer da
equipe, motivando-a; mais tarde chamaríamos de Gestão de Pes- melhor forma, o RH disponibiliza as ferramentas e os mecanismos.
soas. • Sendo um processo que também foca no desenvolvimento
do indivíduo dentro da organização, a estratégia é mais voltada
Processo evolutivo para o lado humano das relações de trabalho. Portanto, a Gestão
de Pessoas não se restringe a apenas uma área da organização, mas
Contabilidade e processos rela- intercorre em todos os setores.
1º DEPARTAMENTO
cionados a contratação e demissão de
PESSOAL Desafios da Gestão de Pessoas
funcionários: burocracia
Uma vez que a Gestão de Pessoas tem como intuito atingir re-
Treinamento e desenvolvimento sultados favoráveis, se torna cada vez mais desafiador dentro do
2º GESTÃO do indivíduo e suas capacidades, cenário empreendedor formar líderes dentro das organizações, e
DE PESSOAS potencializando-as: comunicação, liderança é parte fundamental na Gestão de Pessoas. Desafios:
manutenção • A compreensão efetiva de adequar a necessidade da organi-
Definição dos níveis de uma orga- zação ao talento do indivíduo. Entender que dependendo do tipo
nização (pirâmide) de mão-de-obra que a organização necessita, ela terá um perfil es-
Topo: estratégico pecífico de trabalhador.
3º GESTÃO
Intermediário: tático • Alinhar os objetivos da Organização com os do Indivíduo.
ESTRATÉGICA
Base: operacional • Entender e balancear os aspectos internos e externos. Exem-
DE PESSOAS
Passam a fazer parte das decisões plo: A organização saberá o valor monetário do indivíduo mediante
da organização – planejamento. a pesquisa de mercado para aquela área específica, isso é aspecto
externo.
• Criar um ambiente de trabalho favorável ao indivíduo que
Objetivos da Gestão de Pessoas pode estar descontente com sua organização porque seu ambiente
Permitir que as metas da organização, em conjunto com os ob- de trabalho é ruim, isso é aspecto interno.
jetivos pessoais, sejam alcançadas. Visa:
• Gerir pessoas para que a organização atinja seus objetivos, missão Características da Gestão de Pessoas
e visão estratégica sejam atingidos com sucesso: Resultados satisfatórios. Gestão de Pessoas é Responsabilidade de Linha e Função de
• Gerir pessoas para que a manutenção dos talentos seja efeti- STAFF.
va e contínua: Manter as pessoas motivadas, desenvolvidas, treina- Exemplo:
das e principalmente atraí-las e retê-las à organização. Dentro do Organograma temos os conceitos funcionais da
• Gerir pessoas de maneira a ampliar a competitividade da or- organização: Áreas e responsáveis por elas; Se vamos trabalhar a
ganização: planos de carreira. motivação de um determinado indivíduo dentro da organização, o
• Gerir pessoas para aumentar a satisfação do cliente: melhora responsável diretamente (líder) é chamado de Responsável de Li-
a qualidade do produto/serviço. nha: seria seu supervisor ou gerente direto.
• Gerir pessoas melhorando a qualidade de vida: aumenta a A assessoria para esse trabalho de desenvolvimento e motiva-
produtividade e a satisfação do indivíduo. ção do indivíduo, fica por conta do RH (Recursos Humanos) que é a
Função de STAFF.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Principais Mecanismos da Gestão Estratégica de Pessoas Comportamento organizacional


• Planejamento de RH (Recursos Humanos): Que pessoas de- É o estudo da conduta das pessoas e suas implicações no am-
vemos contratar/demitir? Que áreas temos a melhorar, desenvol- biente de uma organização. Visa alcançar maior compreensão acer-
ver? Para que a organização seja mais forte, cresça e atinja seus ca do contexto empresarial para compor o desenvolvimento seguro
objetivos. e contínuo do trabalho. O indivíduo aqui tem um papel importante
• Gestão de Competências: A sinérgica relação do CHA com o na participação da organização, contudo, ele pode ser ou não o pro-
atingimento dos objetivos organizacionais: tagonista nos resultados.
(CHA - Conhecimento: saber teórico, formação - Habilidade: Aqui são abandonadas as posições prescritivas e afirmativas
saber prático - Atitude: vontade de executar. Ou seja, pessoas cer- (de como deve ser) para uma abordagem mais explicativa e descri-
tas nos cargos certos, gerando resultados favoráveis. tiva. A ênfase nas pessoas é mantida dentro de uma posição orga-
• Capacitação Contínua com base na Competência: Capacitar, nizacional de forma mais ampla.
desenvolver e treinar o indivíduo, ampliando suas habilidades para Os principais temas de estudos serão sobre: Estilos de admi-
o que a organização necessita, atingindo seus resultados. nistração, Processo decisório, Motivação, Liderança e Negociação.
• Avaliação de desempenho e competências (permanente). Evolução no entendimento do indivíduo:

Equilíbrio organizacional A análise do comportamento humano garante muitos bene-


É uma teoria que diz respeito a relação das Pessoas com a Or- fícios à organização no geral. Como por exemplo reter talentos e
ganização e vice-e-versa; ou seja, a Organização e seus colabora- promover engajamento e sinergia entre os públicos alvo.
dores, seus clientes, ou fornecedores = Pessoas. Em meio a essa Garantir benefícios e um ambiente de trabalho harmônico que
relação, a Organização entrega incentivos (produtos, serviços, sa- encoraje a motivação é responsabilidade da organização, assim
lários) e recebem contribuições (pagamentos, matérias-primas e como, a cocriação e o engajamento. Aplicando ações referente à
mão de obra) estabelecendo assim uma balança, pela necessidade essa área de conhecimento fica claro para os colaboradores que
de equilíbrio entre incentivos e contribuições, para a continuidade a organização visa desenvolver cada indivíduo da forma mais ade-
de operação da Organização. Ou seja, a relação entre Organização quada possível.
e Pessoas deve estar em equilíbrio para que ela continue a existir. Os agentes que influem no resultado satisfatório de um com-
O sucesso desse conceito transmite o resultado da Organiza- portamento organizacional são diversos:
ção quando na motivação e remuneração (não somente moneta-
riamente, mas também de fins não-materiais) dos colaboradores, Motivação
ferramenta da Gestão de Pessoas. É um fator dos principais que cooperam para atingir grandes
• Organização: Sistemas de Comportamentos Sociais, Sistema resultados e, assim, uma boa rentabilidade para a organização.
de relações de Contribuições e Incentivos. É o conjunto de recursos Uma equipe motivada se dedica mais e tem maior facilidade em
e pessoas que estão alinhados para o alcance de um resultado. entregar a demandas segundo a qualidade esperada ou até acima.
Os participantes recebem recompensas em troca das contri- Nesse ponto, para obter sucesso é indispensável que o RH (Re-
buições. cursos Humanos) e os líderes tenham sinergia. Atentando-se aos
pontos vulneráveis que podem ser corrigidos com métodos e capa-
citações. Já os pontos fortes podem ser desenvolvidos de modo a
se tornarem efetivamente crescentes.
Não se trata apenas de ações pontuais, as atividades precisam
ser bem planejadas. É importante ter em mente que a continuida-
de traz resultados a curto, médio e longo prazo. Se torna crucial
o comprometimento com a gestão correta para que se alcance o
desenvolvimento de pessoas.

Liderança
É responsável pelo desafiador papel de gerir e conduzir pesso-
as à resultados satisfatórios. Nesse papel, as organizações conside-
ram de extrema importância colocar um indivíduo de excelência,
pois cada área necessita de talentos adequados.
Administrar a equipe sinergicamente, alcançando metas, cum-
prindo prazos, motivando e inspirando cada indivíduo a entregar
cada vez melhor seu trabalho é função de um bom líder. Para tanto
o comprometimento, planejamento, empatia e inteligência emo-
Exemplo: Se o colaborador perceber, ao decorrer de sua traje- cional, geram e mantêm bons relacionamentos interpessoais.
tória na Organização que está fornecendo mais do que recebendo,
a relação aqui é rompida, e a partir daí a Organização entra em Desempenho
Desequilíbrio Organizacional. É o resultado de uma liderança efetiva e equipe motivada. O
Quanto mais a Organização se mantém em Equilíbrio organiza- RH (Recursos Humanos) junto aos líderes de cada área, se torna
cional, mais sucesso ela terá nos seus resultados de suas relações responsável por desenvolver, medir, avaliar regularmente esse de-
de recompensa e motivação de Pessoas. sempenho, estimulando a melhoria contínua. As ferramentas para
essa avaliação são: feedbacks periódicos, que promovem a auto
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

avaliação, análise crítica de cada área e da organização no geral. O Com a mecanização, racionalização e automação, o excedente
plano de carreira que considera evolução de cargos e salários tem de produção se torna cada vez menos necessário, e nesse caso a
esse processo como primeiro passo. Administração de Materiais é uma ferramenta fundamental para
manter o equilíbrio dos estoques, para que não falte a matéria-
Os Processos de Gestão de Pessoas prima, porém não haja excedentes.
A Gestão de Pessoas é um conjunto integrado de processos di- Essa evolução da Administração de Materiais ao longo dessas
nâmicos e interativos. Os seis processos básicos de Gestão de Pes- fases produtivas baseou-se principalmente, pela necessidade de
soas são os seguintes: produzir mais, com custos mais baixos. Atualmente a Administração
de Materiais tem como função principal o controle de produção e
1. Processos de agregar pessoas; estoque, como também a distribuição dos mesmos.
2. Processos de aplicar pessoas;
3. Processos de recompensar pessoas; As Três Fases da Administração de Recursos Materiais e
4. Processos de desenvolver pessoas; Patrimoniais
5. Processos de manter pessoas; 1 – Aumentar a produtividade. Busca pela eficiência.
6. Processos de monitorar pessoas. 2 – Aumentar a qualidade sem preocupação em prejudicar
outras áreas da Organização. Busca pela eficácia.
Todos esses processos estão bastante relacionados entre si, de 3 – Gerar a quantidade certa, no momento certo par atender
tal maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. bem o cliente, sem desperdício. Busca pela efetividade.
Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando
bem ou mal utilizado. Visão Operacional e Visão Estratégica
Além disso, todos esses processos são desenhados de acordo Na visão operacional busca-se a melhoria relacionada a
com as exigências das influências ambientais externas e das influên- atividades específicas. Melhorar algo que já existe.
cias organizacionais internas para obter a melhor compatibilização Na visão estratégica busca-se o diferencial. Fazer as coisas de
entre si. Ele deve funcionar como um sistema aberto e interativo. um modo novo. Aqui se preocupa em garantir a alta performance
de maneira sistêmica. Ou seja, envolvendo toda a organização de
maneira interrelacional.
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS, PATRIMO- Com relação à Fábula de La Fontaine, a preocupação do autor
NIAIS E LOGÍSTICA: COMPRAS E ESTOQUES era, conforme sua época, garantir a melhoria quantitativa das ações
dos empregados. Aqueles que mantêm uma padronização de são
recompensados pela Organização. Na moderna interpretação da
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Fábula a autora passa a idéia de que precisamos além de trabalhar
Recurso – Conceito = É aquele que gera, potencialmente ou de investir no nosso talento de maneira diferencial. Assim, poderemos
forma efetiva, riqueza. não só garantir a sustentabilidade da Organização para os diversos
invernos como, também, fazê-los em Paris.
Administração de Recursos - Conceitos - Atividade que planeja, Historicamente, a administração de recursos materiais e
executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o patrimoniais tem seu foco na eficiência de processos – visão
fluxo de material, partindo das especificações dos artigos e comprar operacional. Hoje em dia, a administração de materiais passa a
até a entrega do produto terminado para o cliente. ser chamada de área de logística dentro das Organizações devido
É um sistema integrado com a finalidade de prover à administração, à ênfase na melhor maneira de facilitar o fluxo de produtos entre
de forma contínua, recursos, equipamentos e informações essenciais produtores e consumidores, de forma a obter o melhor nível de
para a execução de todas as atividades da Organização. rentabilidade para a organização e maior satisfação dos clientes.
A Administração de Materiais possui hoje uma Visão
Evolução da Administração de Recursos Materiais e Patrimo- Estratégica. Ou seja, foco em ser a melhor por meio da INOVAÇÃO
niais e não baseado na melhor no que já existe. A partir da visão
A evolução da Administração de Materiais processou-se em estratégica a Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
várias fases: passa ser conhecida por LOGISTICA.
- A Atividade exercida diretamente pelo proprietário da
empresa, pois comprar era a essência do negócio; Sendo assim:
- Atividades de compras como apoio às atividades produtivas
se, portanto, integradas à área de produção; VISÃO OPERACIONAL VISÃO ESTRATÉGICA
- Condenação dos serviços envolvendo materiais, começando
com o planejamento das matérias-primas e a entrega de produtos EFICIENCIA EFETIVIDADE
acabados, em uma organização independente da área produtiva; ESPECIFICA SISTEMICA
- Agregação à área logística das atividades de suporte à área
de marketing. QUANTITATIVA E
QUANTITATIVA
QUALTAITIVA
MELHORAR O QUE JÁ EXISTE INOVAÇÃO
QUANTO QUANDO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Princípios da Administração de Recursos Materiais e Patrimo- - Controle de estoque;


niais - Compras;
- Qualidade do material; - Recepção;
- Quantidade necessária; - Inspeção das entradas;
- Prazo de entrega - Armazenamento;
- Preço; - Movimentação;
- Condições de pagamento. - Inspeção de saída
- Distribuição.
Qualidade do Material
O material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua Sem o estoque de certas quantidades de materiais que
aceitação dentro e fora da empresa (mercado). atendam regularmente às necessidades dos vários setores da
organização, não se pode garantir um bom funcionamento e um
Quantidade padrão de atendimento desejável. Estes materiais, necessários à
Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades manutenção, aos serviços administrativos e à produção de bens e
da produção e estoque, evitando a falta de material para o serviços, formam grupos ou classes que comumente constituem
abastecimento geral da empresa bem como o excesso em estoque. a classificação de materiais. Estes grupos recebem denominação
de acordo com o serviço a que se destinam (manutenção, limpeza,
Prazo de Entrega etc.), ou à natureza dos materiais que neles são relacionados
Deverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor (tintas, ferragens, etc.), ou do tipo de demanda, estocagem, etc.
atendimento aos consumidores e evitar falta do material.
Classificação de Materiais
Menor Preço Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua forma,
O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação não deve gerar
posição da concorrência no mercado, proporcionando à empresa confusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de
um lucro maior. modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante.
A classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero
Condições de pagamento de material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos
Deverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha químicos poderão estragar produtos alimentícios se estiverem
maior flexibilidade na transformação ou venda do produto. próximos entre si. Classificar material, em outras palavras, significa
ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com
Diferença Básica entre Administração de Materiais e Adminis- a semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no
tração Patrimonial espaço e alteração na qualidade.
A diferença básica entre Administração de Materiais e O objetivo da classificação de materiais é definir uma
Administração Patrimonial é que a primeira se tem por produto catalogação, simplificação, especificação, normalização,
final a distribuição ao consumidor externo e a área patrimonial é padronização e codificação de todos os materiais componentes do
responsável, apenas, pela parte interna da logística. Seu produto estoque da empresa.
final é a conservação e manutenção de bens. O sistema de classificação é primordial para qualquer
A Administração de Materiais é, portanto um conjunto de Departamento de Materiais, pois sem ele não poderia existir
atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma um controle eficiente dos estoques, armazenagem adequada e
centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, funcionamento correto do almoxarifado.
com os materiais necessários ao desempenho normal das
respectivas atribuições. Tais atividades abrangem desde o circuito O princípio da classificação de materiais está relacionado à:
de reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a
armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos Catalogação
órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de A Catalogação é a primeira fase do processo de classificação
estoques etc. de materiais e consiste em ordenar, de forma lógica, todo um
A Administração de Materiais destina-se a dotar a conjunto de dados relativos aos itens identificados, codificados e
administração dos meios necessários ao suprimento de materiais cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo da empresa.
oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande
pelo menor custo. diversidade de um item empregado para o mesmo fim. Assim, no
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de caso de haver duas peças para uma finalidade qualquer, aconselha-
materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do se a simplificação, ou seja, a opção pelo uso de uma delas. Ao
momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima simplificarmos um material, favorecemos sua normalização,
das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a reduzimos as despesas ou evitamos que elas oscilem. Por exemplo,
providência do suprimento após esse momento poderá levar cadernos com capa, número de folhas e formato idênticos
a falta do material necessário ao atendimento de determinada contribuem para que haja a normalização.
necessidade da administração. Ao requisitar uma quantidade desse material, o usuário
São tarefas da Administração de Materiais: irá fornecer todos os dados (tipo de capa, número de folhas e
- Controle da produção; formato), o que facilitará sobremaneira não somente sua aquisição,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

como também o desempenho daqueles que se servem do material, - Pericibilidade


pois a não simplificação (padronização) pode confundir o usuário - Quanto à periculosidade
do material, se este um dia apresentar uma forma e outro dia outra - Possibilidade de fazer ou comprar
forma de maneira totalmente diferente. - Tipos de estocagem
- Dificuldade de aquisição
Especificação - Mercado fornecedor.
Aliado a uma simplificação é necessária uma especificação do - Por tipo de demanda: A classificação por tipo de demanda
material, que é uma descrição minuciosa para possibilitar melhor se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque.
entendimento entre consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de Materiais não de estoque: são materiais de demanda imprevisível
material a ser requisitado. para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento.
Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência
Normalização de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais
A normalização se ocupa da maneira pela qual devem somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em
ser utilizados os materiais em suas diversas finalidades e da que isso se faça necessário. O usuário é que solicita sua aquisição
padronização e identificação do material, de modo que o usuário quando necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se
possa requisitar e o estoquista possa atender os itens utilizando a forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no
mesma terminologia. A normalização é aplicada também no caso estoque. A outra divisão são os Materiais de estoques: são materiais
de peso, medida e formato. que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que
não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento
Codificação automático. Deve existir no estoque, seu ressuprimento deve ser
É a apresentação de cada item através de um código, com automático, com base na demanda prevista e na importância para
as informações necessárias e suficientes, por meio de números a empresa.
e/ou letras. É utilizada para facilitar a localização de materiais
armazenados no estoque, quando a quantidade de itens é muito Os materiais de estoque se subdividem ainda;
grande. Em função de uma boa classificação do material, poderemos Quanto à aplicação eles podem ser: Materiais produtivos que
partir para a codificação do mesmo, ou seja, representar todas as compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao
informações necessárias, suficientes e desejadas por meios de processo produtivo. Matéria prima que são materiais básicos e
números e/ou letras. Os sistemas de codificação mais comumente insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo
usados são: o alfabético (procurando aprimorar o sistema de produtivo. Produtos em fabricação que são também conhecidos
codificação, passou-se a adotar de uma ou mais letras o código como materiais em processamento que estão sendo processados
numérico), alfanumérico e numérico, também chamado “decimal”. ao longo do processo produtivo. Não estão mais no estoque porque
A escolha do sistema utilizado deve estar voltada para obtenção já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque
de uma codificação clara e precisa, que não gere confusão e evite ainda não são produtos acabados. Produtos acabados: produtos
interpretações duvidosas a respeito do material. Este processo já prontos. Materiais de manutenção: materiais aplicados em
ficou conhecido como “código alfabético”. Entre as inúmeras manutenção com utilização repetitiva. Materiais improdutivos:
vantagens da codificação está a de afastar todos os elementos de materiais não incorporados ao produto no processo produtivo
confusão que porventura se apresentarem na pronta identificação da empresa. Materiais de consumo geral: materiais de consumo,
de um material. aplicados em diversos setores da empresa.
O sistema classificatório permite identificar e decidir prioridades
referentes a suprimentos na empresa. Uma eficiente gestão de Quanto ao valor de consumo: Para que se alcance a eficácia
estoques, em que os materiais necessários ao funcionamento na gestão de estoque é necessário que se separe de forma
da empresa não faltam, depende de uma boa classificação dos clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de
materiais. valor de consumo. Para fazer essa separação nós contamos com
Para Viana um bom método de classificação deve ter algumas uma ferramenta chamada de Curva ABC ou Curva de Pareto, ela
características: ser abrangente, flexível e prático. determina a importância dos materiais em função do valor expresso
- Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, pelo próprio consumo em determinado período. Curva ABC é um
em vez de reunir apenas materiais para serem classificados; importante instrumento para se examinar estoques, permitindo a
- Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento
tipos de classificação de modo que se obtenha ampla visão do adequados quanto à sua administração. Ela consiste na verificação,
gerenciamento do estoque; em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do
- Praticidade: a classificação deve ser simples e direta. consumo em valor monetário, ou quantidade dos itens do estoque,
paraque eles possam ser classificados em ordem decrescente de
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária importância.
uma divisão que norteie os vários tipos de classificação. Os materiais são classificados em:
Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de - Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser
materiais. trabalhados com uma atenção especial pela administração. Os
dados aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor
Para o autor Viana os principais tipos de classificação são: monetário total e no máximo 20% dos itens estudados (esses
- Por tipo de demanda valores são orientativos e não são regra).
- Materiais críticos
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Classe B: São os itens intermediários que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens de classe A; são os
segundos em importância. Os dados aqui classificados correspondem em média, a 15% do valor monetário total do estoque e no máximo
30% dos itens estudados (esses valores são orientadores e não são regra).

- Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, no entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem
custo de manter estoque. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens das classes A e B terem sido avaliados. Em geral, somente
5% do valor monetário total representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens formam sua estrutura (esses valores são orientadores
e não são regra).

Metodologia de cálculo da curva ABC


A Curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabelecimento de
prioridades, para a programação da produção.

Analisar em profundidade milhares de itens num estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na grande maioria das vezes,
desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes.
Assim, economiza-se tempo e recursos.
Para simplificar a construção de uma curva ABC, separamos o processo em 6 etapas a seguir:
1º) Definir a variável a ser analisada: A análise dos estoques pode ter vários objetivos e a variável deverá ser adequada para cada um
deles. No nosso caso, a variável a ser considerada é o custo do estoque médio, mas poderia ser: o giro de vendas, o mark-up, etc.
2º) Coleta de dados: Os dados necessários neste caso são: quantidade de cada item em estoque e o seu custo unitário. Com esses
dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a quantidade pelo custo unitário.
3º) Ordenar os dados: Calculado o custo total de cada item, é preciso organizá-los em ordem decrescente de valor.
4º) Calcular os percentuais: Na tabela a seguir, os dados foram organizados pela coluna “Ordem” e calcula-se o custo total acumulado
e os percentuais do custo total acumulado de cada item em relação ao total.
5º) Construir a curva ABC

Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são distribuídos os itens do estoque e no eixo “y”, os percentuais do custo total
acumulado.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

6º) Análise dos resultados


Os itens em estoque devem ser analisados segundo o critério ABC. Na verdade, esse critério é qualitativo, mas a tabela abaixo mostra
algumas indicações para sua elaboração:

Classe % itens Valor acumulado Importância


A 20 80% Grande
B 30 15% Intermediária
C 50 5% Pequena

Pelo nosso exemplo, chegamos à seguinte distribuição:

Classe Nº itens % itens Valor acumulado Itens em estoque


A 2 16,7% 80,1% Faca, Jarro
B 3 25,0% 15,6% Apontador, Esquadro, Dado
C 7 58,3% 4,3% Key, Livro, Herói, Caixa, Bola, Giz, Isqueiro.

A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quando, por exemplo, reduzimos 20% do valor em estoque dos itens A
(apenas 2 itens), representando uma redução de 16% no valor total, enquanto que uma redução de 50% no valor em estoque dos itens C
(sete itens), impactará no total em apenas 2,2%. Logo, reduzir os estoques do grupo A, desde que calculadamente, seria uma ação mais
rentável para a empresa do nosso exemplo.

Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para se obter
o material.
Os materiais são classificados em materiais:
- Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;
- Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar;
- Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta ocasiona paralisação da produção.

Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades essenciais e podem
colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo. Os materiais
classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entretanto podem ser facilmente substituídos em
curto prazo. Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas,
ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de serem encontrados.
Para a identificação dos itens críticos devem ser respondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindível à empresa? Pode ser
adquirido com facilidade? Existem similares? O material ou seu similar podem ser encontrados facilmente?

Ainda em relação aos tipos de materiais temos;


- Materiais Críticos: São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base
o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estando,
portanto, sujeitos ao controle de obsolescência.
A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser mínimo.
Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios: Críticos por problemas de obtenção de material importado,
único fornecedor, falta no mercado, estratégico e de difícil obtenção ou fabricação; Críticos por razões econômicas de materiais de valor
elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte; Críticos por problemas de armazenagem ou transporte de materiais perecíveis,
de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões; Críticos por problema de previsão, por ser difícil prever seu uso; Críticos por
razões de segurança de materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção.

- Perecibilidade: Os materiais também podem ser classificados de acordo com a possibilidade de extinção de suas propriedades físico-
químicas. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um
período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos
períodos. Ex. alimentos, remédios;

- Quanto à periculosidade: O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características físico-
químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex. líquidos inflamáveis.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Possibilidade de fazer ou comprar: Esta classificação visa 1a fase - Entrada de Materiais


determinar quais os materiais que poderão ser recondicionados, A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria
fabricados internamente ou comprados: da empresa representa o início do processo de Recebimento e tem
- Fazer internamente: fabricados na empresa; os seguintes objetivos:
- Comprar: adquiridos no mercado; - A recepção dos veículos transportadores;
- Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos; - A triagem da documentação suporte do recebimento;
- Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeitos a - Constatação se a compra, objeto da nota fiscal em análise,
análise de custos. está autorizada pela empresa;
- Constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega
- Tipos de estocagem: Os materiais podem ser classificados em contratual;
materiais de estocagem permanente e temporária. - Constatação se o número do documento de compra consta
- Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis na nota fiscal;
de estoque e que necessitam de ressuprimento constantes. - Cadastramento no sistema das informações referentes
- Temporária: materiais de utilização imediata e sem a compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de
ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque. recebimento;
- O encaminhamento desses veículos para a descarga;
- Dificuldade de aquisição: Os materiais podem ser
classificados por suas dificuldades de compra em materiais de difícil As compras não autorizadas ou em desacordo com a
aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldades podem programação de entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se
advir de: Fabricação especial: envolve encomendas especiais com os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve
cronograma de fabricação longo; Escassez no mercado: há pouca para as operações de análise de avarias e conferência de volumes
oferta no mercado e pode colocar em risco o processo produtivo; é o “Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga”, que é
Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.
períodos do ano; Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência As divergências e irregularidades insanáveis constatadas
de um único fornecedor; Logística sofisticada: material de transporte em relação às condições de contrato devem motivar a recusa do
especial, ou difícil acesso; Importações: os materiais sofrer entraves recebimento, anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal as
burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos. circunstâncias que motivaram a recusa, bem como nos documentos
do transportador. O exame para constatação das avarias é feito
- Mercado fornecedor: Esta classificação está intimamente através da análise da disposição das cargas, da observação
ligada à anterior e a complementa. Assim temos: Materiais do das embalagens, quanto a evidências de quebras, umidade e
mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; Materiais amassados.
do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem
Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão ser encaminhados ao Almoxarifado. Para efeito de descarga do
desenvolvendo fornecedores nacionais. material no Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência
de volumes, confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos
Recebimento e Armazenagem registros e controles de compra. Para a descarga do veículo
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de transportador é necessária a utilização de equipamentos especiais,
compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade quais sejam: paleteiras, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.
a conferência dos materiais destinados à empresa. O cadastramento dos dados necessários ao registro do
As atribuições básicas do Recebimento são: recebimento do material compreende a atualização dos seguintes
- Coordenar e controlar as atividades de recebimento e sistemas:
devolução de materiais; - Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques:
- Analisar a documentação recebida, verificando se a compra dados necessários à entrada dos materiais em estoque, visando ao
está autorizada; seu controle;
- Controlar os volumes declarados na nota fiscal e no manifesto - Sistema de Contas a pagar : dados referentes à liberação de
de transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; pendências com fornecedores, dados necessários à atualização da
- Proceder a conferência visual, verificando as condições de posição de fornecedores;
embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, - Sistema de Compras : dados necessários à atualização de
se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos saldos e baixa dos processos de compras;
documentos;
- Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos 2a fase - Conferência Quantitativa
materiais recebidos; É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo
- Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso; fornecedor na Nota Fiscal corresponde efetivamente à recebida.
- Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da A conferência por acusação também conhecida como “contagem
liberação de pagamento ao fornecedor; cega “ é aquela no qual o conferente aponta a quantidade
- Liberar o material desembaraçado para estoque no recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor.
almoxarifado; A confrontação do recebido versus faturado é efetuada a posteriori
por meio do Regularizador que analisa as distorções e providencia
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a recontagem.
a função em quatro fases:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes 4a fase - Regularização


podem ser contados utilizando os seguintes métodos: Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento,
- Manual: para o caso de pequenas quantidades; pela confirmação da conferência qualitativa e quantitativa,
- Por meio de cálculos: para o caso que envolve embalagens respectivamente por meio do laudo de inspeção técnica e pela
padronizadas com grandes quantidades; confrontação das quantidades conferidas versus faturadas.
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das
- Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que seguintes situações:
envolvem grande quantidade de pequenas peças como parafusos,
porcas, arruelas; 1. liberação de pagamento ao fornecedor (material recebido
- Pesagem: para materiais de maior peso ou volume, a pesagem sem ressalvas);
pode ser feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias; 2. liberação parcial de pagamento ao fornecedor;
- Medição: em geral as medições são feitas por meio de trenas; 3. devolução de material ao fornecedor;
4. reclamação de falta ao fornecedor;
3a fase - Conferência Qualitativa 5. entrada do material no estoque;
Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina.
A análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, por meio Documentos envolvidos na Regularização:
da confrontação das condições contratadas na Autorização de Os procedimentos de Regularização, visando à confrontação
Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, dos dados, objetivando recontagem e aceite ou não de quantidades
visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo remetidas em excesso pelo fornecedor, envolvem os seguintes
exame dos seguintes itens: documentos:
- Características dimensionais; 1. nota Fiscal;
- Características específicas; 2. conhecimento de transporte rodoviário de carga;
- Restrições de especificação; 3. documento de contagem efetuada;
4. relatório técnico da inspeção;
Modalidades de Inspeção De Materiais 5. especificação de compra;
São selecionadas a depender do tipo de material que se está 6. catálogos técnicos;
adquirindo, quais sejam: 7. desenhos;
1. Acompanhamento durante a fabricação: torna-se
conveniente acompanhar in loco todas as fases de produção, por Devolução ao Fornecedor
questão de segurança operacional; O material em excesso ou com defeito será devolvido ao
2. Inspeção do produto acabado no fornecedor: por interesse Fornecedor, dentro de um prazo de 10 dias a contar da data do
do comprador, a inspeção do P. A. será feita em cada fornecedor; recebimento, acompanhado da Nota Fiscal de Devolução, emitida
3. Inspeção por ocasião do fornecimento: a inspeção será feita pela empresa compradora.
pôr ocasião dos respectivos recebimentos.
ARMAZENAGEM
Documentos Utilizados no Processo De Inspeção: A armazenagem nada mais é do que um conjunto de funções
1. especificação de compra do material e alternativas que tem nele a recepção, descarga, carregamento, arrumação e
aprovadas; conservação de matérias – primas, produtos acabados ou semi –
2. desenhos e catálogos técnicos; acabados.
3. padrão de inspeção, instrumento que norteia os parâmetros Este processo envolve mercadorias, e apenas produz
que o inspetor deve seguir para auxiliá-lo a decidir pela recusa ou resultados quando é realizado uma operação com o objetivo de
aceitação do material. lhe acrescentar valor. A armazenagem pode ser definida como o
compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas.
Seleção do Tipo de Inspeção Na prática isso só é possível se tiver em conta todos os fatores que
A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância
amostragem, utilizando-se de conceitos estatísticos. relativa dos mesmos.
A análise visual tem por finalidade verificar o acabamento do A função de armazenamento de material é agir com maior
material, possíveis defeitos, danos à pintura, amassamentos. agilidade entre suprimento e as necessidades de produção.
A análise dimensional tem por objetivo verificar as dimensões O armazenamento incorpora diversos aspectos diferentes das
dos materiais, tais como largura, comprimento, altura, espessura, operações logísticas. Devido à interação, o armazenamento não
diâmetros. se enquadra nitidamente em esquemas de classificação utilizados
Os ensaios específicos para materiais mecânicos e quando se fala em gerenciamento de pedidos, inventário ou
elétricos comprovam a qualidade, a resistência mecânica, o transporte.
balanceamento e o desempenho de materiais e/ou equipamentos.
Testes não destrutivos de ultrassom, radiografia, líquido As atividades que compõem a armazenagem são:
penetrante, dureza, rugosidade, hidráulicos, pneumáticos também - Recebimento: é o conjunto de operações que envolvem a
podem ser realizados a depender do tipo de material. identificação do material recebido, analisar o documento fiscal com
o pedido, a inspeção do material e a sua aceitação formal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Estocagem: é o conjunto de operações relacionadas à guarda Armazenagem por frequência


do material. A classificação dos estoques constitui-se em: estoque O controle através da ficha técnica permite determinar o local onde
de produtos em processo, estoque de matéria – prima e materiais o material deverá ser colocado, consoante a frequência com que este
auxiliares ,estoque operacional, estoque de produtos acabados e é movimentado. A ficha técnica também consegue verificar o tamanho
estoques de materiais administrativos. das estantes, de modo a racionalizar o aproveitamento do espaço.
- Distribuição: está relacionada à expedição do material, que
envolve a acumulação do que foi recebido da parte de estocagem, Armazenagem com separação entre lote de reserva e lote
a embalagem que deve ser adequada e assim a entrega ao seu diário
destino final. Nessa atividade normalmente precisa-se de nota Esta armazenagem é constituída por um segundo armazém de
fiscal de saída para que haja controle do estoque. pequenos lotes o qual se destina a cobrir as necessidades do dia-
Tipos de armazenagem: a-dia. Este armazém de movimento possui uma variada gama de
A armanezagem temporária tem como função conseguir materiais.
uma forma de arrumação fácil de material, como por exemplo, a Armazenagem por setores de montagem
colocação de estrados para uma armazenagem direta entre outros. Neste tipo de armazenagem as peças de série são englobadas
Já a armazenagem permanente tem um local pré-definido para num só grupo, de forma a constituir uma base de uma produção
o depósito de materiais, assim o fluxo do material determina a por família de peças. Este critério conduz à organização das peças
disposição do armazém, onde os acessórios do armazém ficarão, por prioridades dentro de cada grupo.
assim, garantindo a organização do mesmo.
A mecanização dos processos de armazenagem fará com
Vantagens da armazenagem: que o critério do percurso mais breve e de menor frequência seja
A armazenagem quando efetuada de maneira correta pode trazer implementado na elaboração de novas técnicas de armazenagem
muitos benefícios, nos quais traz diretamente a redução de custos.
- Redução dos custos de movimentação bem como das Tipos de Armazenagem
existências;
- Facilidade na fiscalização do processo; Armazenagem temporária
- Redução de perdas e inutilidades. Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a
- Aproxima a empresa de seus clientes e fornecedores; conseguir uma arrumação fácil do material, colocação de estrados
- Agiliza o processo de entrega; para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força
- Compensa defasagens de produção da gravidade joga a favor.
- Melhor aproveitamento do espaço;
Armazenagem permanente
Desvantagens da armazenagem: É um processo predefinido num local destinado ao depósito
Algumas desvantagens segundo: de matérias.
- Imobilização de capital; O fluxo de material determina:
- A armazenagem requer serviços administrativos de controles - A disposição do armazém - critério de armazenagem;
e gerenciamento; - A técnica de armazenagem - espaço físico no armazém;
- A mercadoria tem prazo de validade nos quais devem ser - Os acessórios do armazém;
respeitados; - A organização da armazenagem.
- Um armazém de grande porte requer máquinas com
tecnologia. Armazenagem interior/exterior
A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem
Armazenagem em função das prioridades a nível econômico, sendo esta muito utilizada para material de
Não existe nenhuma norma que regule o modo como os ferragens e essencialmente material pesado.
materiais devem estar dispostos no armazém, porém essa decisão
depende de vários fatores. Senão veja-se: Armazenagem em função dos materiais
Armazenagem por agrupamento: A armazenagem deve ter em conta a natureza dos materiais
Esta espécie de armazenagem facilita a arrumação e busca de modo a obter-se uma disposição racional do armazém, sendo
de materiais, podendo prejudicar o aprovisionamento do espaço. importante classificá-los.
É o caso dos moldes, peças, lotes de aprovisionamento aos quais - Armazém de commodities: Madeira, algodão, tabaco e
se atribui um número que por sua vez pertence a um grupo, cereais;
identificando-os com a divisão da estante respectiva . - Armazém para granel: A armazenagem deste material deve
ocorrer nas imediações do local de utilização, pois o transporte
Armazenagem por tamanho, peso e característica do material. deste tipo de material é dispendioso. Para grandes quantidades
Neste critério o talão de saída deve conter a informação deste material a armazenagem faz-se em silos ou reservatórios de
relativa ao setor do armazém onde o material se encontra. Este grandes dimensões. Para quantidades menores utilizam-se bidões,
critério permite um melhor aprovisionamento do espaço, mas latas e caixas. Armazena-se grãos, produtos líquidos, etc;
exige um controlo rigoroso de todas as movimentações. - Armazéns frigorificados: Produtos perecíveis, frutas, comida
congelada, etc;
- Armazéns para utilidades domésticas e mobiliário: Produtos
domésticos e mobiliário;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- Armazéns de mercadorias em geral: Produtos diversos. O Estudo do layout


principal objetivo é agregar o material em unidades de transporte e Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do
armazenagem tão grandes quanto possíveis, de modo a preencher layout de um almoxarifado, de forma que se possa obter as
o veiculo por completo. seguintes condições:
- Gases - Os gases obedecem a medidas especiais de 1. Máxima utilização do espaço;
precaução, uma vez que tornam-se perigosos ao estarem sujeitos 2. Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão de obra e
a altas pressões e serem inflamáveis. Por sua vez a armazenagem equipamentos);
de garrafas de gás está sujeita a regras específicas e as unidades de 3. Pronto acesso a todos os itens;
transporte são por norma de grandes dimensões. 4. Máxima proteção aos itens estocados;
5. Boa organização;
Critérios de Armazenagem 6. Satisfação das necessidades dos clientes.
Dependendo das características do material, a armazenagem
pode dar-se em função dos seguintes parâmetros:
- Fragilidade; No projeto de um almoxarifado devem ser verificados os
- Combustibilidade; seguintes aspectos:
- Volatilização; 1. Itens a serem estocados (itens de grande circulação, grande
- Oxidação; peso e volume);
- Explosividade; 2. Corredores (facilidades de acesso);
- Intoxicação; 3. Portas de acesso (altura, largura);
- Radiação; 4. Prateleiras e estruturas (altura x peso);
- Corrosão; 5. Piso (resistência).
- Inflamabilidade;
- Volume; Distribuição De Materiais
- Peso;
- Forma. O processo de distribuição: conceitos e estratégias
Ter um bom produto (bem ou serviço) não basta! Há a
Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem regras necessidade que esse produto chegue até o cliente da melhor
taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser forma possível, seja esse um produto de consumo ou industrial.
dispostos no Almoxarifado. Por essa razão, deve-se analisar, em Nesse sentido, é necessário identificar adequadamente os meios
conjunto, os parâmetros citados anteriormente, para depois para distribuir o produto, para que esse chegue ao cliente certo, na
decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando a quantidade certa e no momento certo.
alternativa que melhor atenda ao fluxo de materiais: Um bom produto pode não ter aceite do mercado, caso esse
a) armazenagem por tamanho: esse critério permite bom não esteja disponível nos lugares certos para o consumo. Portanto,
aproveitamento do espaço; o sucesso ou fracasso de um produto no mercado depende de sua
b) armazenamento por frequência: esse critério implica disponibilidade para consumo, no tempo e quantidade certa. O
armazenar próximo da saída do almoxarifado os materiais que cliente ao procurar uma determinada marca, não encontrando-a,
tenham maior frequência de movimento; esse tenderá comprar uma outra marca qualquer. Dessa forma, um
c) armazenagem especial, onde destacam-se: dos instrumentos da Logística que busca solucionar esse problema
d) os ambientes climatizados; e o desenvolvimento e utilização de um correto Processo de
e) os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas Distribuição.
normas de segurança;
f) os produtos perecíveis (método FIFO) Dimensões do processo de distribuição: canal de distribuição
1. Armazenagem em área externa: devido à sua natureza, e distribuição física
muitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, o - Canal de distribuição está relacionado ao conjunto de
que diminui os custos e amplia o espaço interno para materiais que organizações interdependentes envolvidas na disponibilização de
necessitam de proteção em área coberta. Podem ser colocados um produto (bem e/ou serviço) para uso e/ou consumo. Dessa
nos pátios externos os materiais a granel, tambores e “containers”, forma, entende-se canal de distribuição como sendo, o conjunto de
peças fundidas e chapas metálicas. organizações que executam as funções necessárias para deslocar
2. Coberturas alternativas: não sendo possível a expansão do os produtos da produção até o consumo. Nesse contexto surgem os
almoxarifado, a solução é a utilização de galpões plásticos, que intermediários que são as organizações que constituem o canal de
dispensam fundações, permitindo a armazenagem a um menor distribuição, ou seja, são empresas comerciais que operam entre os
custo. produtores e os clientes finais.
- Distribuição Física: refere-se à movimentação de produtos
Independentemente do critério ou método de armazenamento para o local adequado, nas quantidades e tempos (prazos) corretos,
adotado é oportuno observar as indicações contidas nas embalagens de maneira eficiente e eficaz em termos de custo, ou seja, refere-se
em geral. ao uso correto das estratégias de logística relacionadas ao processo
de distribuição, tais como, armazenagem/estocagem, embalagem,
transporte, movimentação interna de materiais, bem como dos
sistemas e equipamentos necessários para essas funções.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

INTERMEDIÁRIOS - Determinar as características dos clientes (segmentação), em


Relacionam-se abaixo, alguns exemplos dos principais termos de números de clientes, dispersão geográfica, frequência
intermediários atuantes em um canal de distribuição: de compra, etc.
- Varejista: tipo de intermediário cujo principal objetivo é re- - Determinar as características dos produtos quanto à perecibi-
alizar a venda de bens e/ou serviços diretamente ao cliente final. lidade, dimensões, grau de padronização e necessidades dos clien-
Ex.: Supermercado, papelaria, farmácia, bazar, loja de calçados, etc. tes.
- Atacadista: intermediário que compra e revende - Determinar as características dos intermediários, quanto
mercadorias para os varejistas e a outros comerciantes e/ ao tipo de transporte, sistema de equipamentos e armazenagem
ou para estabelecimentos industriais, institucionais e usuários utilizado, sistemas de TI, etc.
comerciantes, mas que não vende em pequenas quantidades para - Diagnosticar as características ambientais quanto às condições
clientes finais. Ex.: Martins, Atacadão locais, legislação, etc.
- Avaliar as características das empresas envolvidas quanto
- Distribuidor: geralmente, esse termo é confundido com o solidez financeira, composto de produtos (bens e serviços), nível de
Atacadista. Porém, para bens industriais, o mesmo agrega, além serviço, estratégias de marketing, etc.
da venda, armazenagem e assistência técnica dentro de uma área
geográfica delimitada de atuação, ou seja, busca atender demandas TIPOLOGIAS DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
mais regionalizadas. Ex.: Distribuidor de tratores e implementos FabricanteCliente Final/Cliente Empresarial (NÍVEL ZERO) - é o
agrícolas em uma determinada região. canal de distribuição mais simples e direto do fabricante até o usu-
- Agentes (relações de longo prazo) e Corretores (relações de ário final, sendo também o mais comum no cenário empresarial.
curto prazo): pessoas jurídicas comissionadas que vendem uma Quando essse canal de distribuição é usado em mercados de con-
linha de produtos de uma empresa sob relação contratual. Podem sumo, pode assumir duas formas. A primeira é a Venda Direta que
trabalhar com exclusividade apenas os produtos de uma única envolve contatos de vendas pessoais entre o comprador e o ven-
empresa (agentes exclusivos) ou trabalham com produtos similares dedor, como aqueles que ocorrem com os produtos agrícolas (feiras),
de empresas diferentes (agentes não exclusivos). processo Avon, Yakult, etc. Já a segunda forma é o Marketing Direto, o
qual abrange uma comunicação direta entre o comprador e o vendedor,
IMPORTÂNCIA DOS INTERMÉDIARIOS conforme ocorre nas vendas por meio de catálogos ou mala direta. Po-
Pode-se identificar diversos aspectos que justificam a impor- de-se considerar que os canais diretos são mais importantes no mercado
tância dos intermediários no canal de distribuição, dentre esses empresarial (B2B), onde a maior parte dos equipamentos, peças e maté-
destacam-se: ria-prima são vendidas por meio de contatos diretos entre vendedores e
- Aumento da eficiência do processo de distribuição, pois não compradores. Esse canal é requisitado quando o fabricante prefere não
seria eficiente para um fabricante ou produtor buscar atender utilizar os intermediários disponíveis no mercado, optando pela força de
clientes individualmente; venda própria e providenciando a movimentação física dos produtos até
- Transformação das transações em processos repetitivos o cliente final. O mesmo oferece às empresas a vantagem de maior con-
e rotineiros, simplificando atividades e os processos de pedido, trole das funções de Marketing a serem desempenhadas, sem a neces-
pagamento, etc. sidade de motivar intermediários e depender de resultados de terceiros.
- Facilitação do processo de busca de produtos, ampliando o Uma das desvantagens é a exigência de maiores investimentos, uma vez
acesso dos clientes a uma gama maior de produtos. que as funções mercadológicas são assumidas.

FUNÇÕES DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO Fabricante Varejista Cliente Final (NÍVEL UM) - é um dos canais
As funções objetivam tornar o canal de distribuição mais mais utilizados pelos fabricantes de produtos de escolha, como
efetivo (eficiente e eficaz), podendo ser dividida em três categorias: alimentação, vestuário, livros, eletrodomésticos. Nesse caso, o
Transacionais: compreendem a compra, a venda dos produtos, fabricante transfere ao intermediário grande parte das funções
bem como assumir os riscos comerciais envolvidos no processo; mercadológicas (venda, transporte, crédito, embalagens). Ex.: Lojas
Facilitação: relacionam-se com o financiamento de crédito, Bahia, Supermercado Extra, etc.
o controle de produtos (inspecionar e classificar produtos), bem
como a coleta de informações de marketing, tornando mais fáceis Fabricante Atacadista Varejista Cliente Final (NÍVEL DOIS) - esse
os processos de compra e venda. Produtores e intermediários tipo de canal é utilizado no mercado de bens de consumo, quando
podem trabalhar juntos para criar valor para seus clientes por meio a distribuição visa atingir um número muito grande e disperso de
de previsões de vendas, análises competitivas e relatórios sobre as clientes (ampliar capilaridade).
condições do mercado, focando atingir as reais necessidades dos Uma empresa que visa cobrir um mercado de forma intensiva
clientes; pode utilizar esse canal que, além das vendas, oferece financiamento,
Logísticas: envolvem a movimentação e a combinação de transportes, promoções, etc. É um dos sistemas mais tradicionais para
produtos em quantidades que os tornem fáceis de comprar. alguns tipos de produtos como bebidas, limpeza, etc.

DECISÕES DE PROJETO DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Fabricante Agente(Atacadista) Varejista Cliente Final (NÍVEL
Para se projetar um canal de distribuição é necessário avaliar TRES): Nesse sistema, o agente (broker) desempenha a função de
alguns atributos: reunir o comprador e o vendedor. O agente é na verdade, um inter-
Avaliar claramente os mercados (reais e potenciais) a serem mediário que não compra produtos, apenas representa o fabricante
trabalhados.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ou o atacadista (aqueles que realmente compram os bens) na busca De uma forma mais geral, conceito de Poder está associado à
de mercados à produção dos fabricantes ou na localização de fontes capacidade de um membro particular do canal de controlar ou
de suprimento para esses fabricantes. influenciar o comportamento de outro(s) membro(s) do canal.

Prestador de Serviço Usuário Final: A distribuição de serviços Fontes de Poder no canal


para usuários finais ou empresariais é mais simples e direta do Em geral, existem cinco tipos de fontes de poder que são
que a distribuição de bens tangíveis, em função das características exercidos no canal:
dos serviços. O profissional de Marketing de Serviços está menos - Recompensa: é a capacidade de um agente recompensar um
preocupado com a armazenagem, transporte e controle do estoque outro quando esse último conforma-se à influência do primeiro. A
e, normalmente usa canais mais curtos. Outra consideração é a recompensa, normalmente está associada com fontes econômicas.
contínua necessidade de manutenção de relacionamentos pessoais - Coerção: é o oposto do Poder de recompensa, onde o
entre produtores e usuários de serviços. exercício do Poder está associado à expectativa de um dos agentes
Prestador de Serviço Agente Usuário Final: Na prestação de em relação à capacidade de retaliação do outro, caso esse não se
serviços também há a possibilidade da utilização de agentes, os submeta às tentativas de influência do primeiro.
quais nesse caso são denominados de corretores. Os exemplos - Legítimo: deriva de normas internalizadas em um membro
mais comuns incluem os corretores de seguro, corretores de fundo (contrato) e que estabelecem que outro membro tem o direito de
de investimentos, agentes de viagem, etc. influenciá-lo, existindo a obrigação de aceitar essa influência.

GESTÃO DAS RELAÇÕES NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO - Informacional: origina-se pela posse de um membro de
informações valorizadas por outros membros do canal.
Conflitos no Canal - Experiência: deriva do conhecimento (know-how) que um
Conflito é um fenômeno que resulta da natureza social dos membro detem em relação a outro membro.
relacionamentos. Especificamente, no caso dos canais de distribui-
ção, o conflito surge quando um membro do canal crê que outro Liderança do canal
membro esteja impedindo a realização de seus objetivos especí- Quando os conflitos se reduzem e há um aumento de cooperação
ficos. Diversos fatores podem favorecer o surgimento de conflito entre os membros do canal, essas características podem resultar no
entre os membros do canal: surgimento de membros que, devido a fatores como, alto poder de
- Incongruência de papéis entre os membros; barganha, poder legítimo, poder de informação, tornam-se líderes
- Escassez de recursos e discordância na sua alocação; do canal.Por ouro lado, alguns autores identificaram um padrão
- Diferenças de percepção e interpretação dos estímulos consistente de condições que determinam o surgimento de uma
ambientais; liderança no canal: o líder do canal tende emergir quando o canal
- Diferenças de expectativas em relação ao comportamento de distribuição enfrenta ambientes ameaçadores, aqueles onde
esperado dos outros membros; a demanda é declinante, a concorrência aumenta e a incerteza é
- Discordância no domínio da decisão; elevada.
- Incompatibilidade de metas específicas dos membros;
- Dificuldades de comunicação. Construindo a confiança no canal
Muitos canais estão rumando para a construção da confiança
Há três principais tipos de conflitos que podem ocorrer nos mútua como base para o sucesso das relações entre os membros
canal de distribuição: do canal. Geralmente essa confiança requer que esses membros
- O conflito Vertical – tipo de conflito que ocorre entre reconheçam sua interdependência e saibam compartilhar processos
membros de diferentes níveis no canal. Ex.: Fabricantes versus e informações.
Atacadistas ou Varejistas. Quando um fabricante vende seus
produtos diretamente aos clientes via internet, poderá gerar algum ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO
tipo de conflito vertical entre esse e seus varejistas. Em termos gerais, existem três tipos de estratégias de
- O conflito Horizontal, conflito que envolve divergências distribuição:
entre membros do mesmo nível no canal, como Atacadistas versus - Distribuição intensiva – essa estratégia torna um certo produto
Atacadistas ou franqueados (lojas) pertencentes a uma certa disponível no maior número de estabelecimentos de uma região,
franquia competindo em uma mesma região. Esses conflitos podem visando obter maior exposição e ampliar a oportunidade de venda.
ocorrer, devido as diferenças quanto aos limites de território ou em Produtos com baixo valor unitário e alta frequência de compra são
termos dos preços praticados. vendidos intensivamente, de modo que os clientes considerem
- Conflito Multicanal – é o conflito que surge quando um conveniente comprá-los. Assim, por meio da distribuição intensiva,
fabricante utiliza dois ou mais canais simultâneos que vendem os clientes podem encontrar os produtos no maior número de
para o mesmo mercado. Ex. loja virtual versus loja física ou uso de locais possíveis.
representantes. - Distribuição seletiva – estratégia que consiste no fato
do fabricante vender produtos por meio de mais de um dos
Poder no canal intermediários disponíveis em uma região, mas não em todos.
Poder é a capacidade que um dos membros do canal tem de Sendo assim, os intermediários escolhidos são considerados
influenciar as variáveis do mix mercadológico de um outro membro. osmelhores para vender os produtos com base em sua localização,
Nesse sentido, o membro que exerce Poder está interferindo ou reputação, clientela e outros pontos fortes. A distribuição seletiva
até modificando os objetivos mercadológicos do outro membro. é empregada quando osclientes buscam produtos de compra
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

comparada. Cabe ainda destacar que, nesse caso, havendo menos - Se o número, o tamanho e a localização das unidades fabris
“parceiros” de canal, torna-se possível desenvolver relacionamentos atendem às necessidades de mercado,
mais estreitos com cada um desses, permitindo que o fabricante - Se a localização geográfica dos mercados e os seus respectivos
obtenha boa cobertura do mercado com mais controle e menos custos de abastecimento são compatíveis,
custos, comparado com a distribuição intensiva. - Se a frequência de compras dos clientes, o número e o
- Distribuição exclusiva - ocorre quando o fabricante vende tamanho dos pedidos justificam o esforço distributivo,
seus produtos por meio de um único intermediário em uma - Se o custo do pedido e o custo de distribuição estão em bases
determinada região, onde esserecebe o direito exclusivo de compatíveis com o mercado,
distribuir tais produtos. Esse tipo de estratégia é utilizada quando - Se os métodos de armazenagem e os seus custos são
um determinado produto requer um esforço especializado de justificáveis com os resultados operacionais gerados,
venda ou investimentos em estoques e instalações específicas. - Se os métodos de transporte adotados são adequados,
A distribuição exclusiva é oposta à distribuição intensiva, sendo
mais adequada à medida em que se deseja operar apenas com Em conformidade com o potencial do mercado, é importante
“parceiros” exclusivos de canal que possam apoiar ou servir o analisar a demanda de cada mercado atendido pela empresa e se o
produto de forma adequada, ou seja, enfatizando uma determinada tipo de sistema de distribuição adotado é adequado.
imagem que possa caraterizar luxo ou exclusividade.
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
A definição mais detalhada dos objetivos dos canais de A distribuição física de produtos ou distribuição física são os
distribuição depende essencialmente de cada organização, da processos operacionais e decontrole que permitem transferir
forma com que ela compete no mercado e da estrutura geral da os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a
cadeia de suprimentos. Porém, é possível identificar alguns fatores mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. (NOVAES, 1994).
gerais, comum na maioria deles: Pode-se dizer que seu objetivo geral é levar os produtos certos,
- Assegurar a rápida disponibilidade do produto no mercado para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço
identificado como prioritários, ou seja, o produto precisa estar desejado, pelo menor custo possível.
disponível para a venda nos estabelecimentos varejistas do tipo A distribuição física tem, como foco principal, todos os
correto; produtos que a companhia oferece para vender, ou seja, desde o
- Intensificar ao máximo o potencial de vendas do produto sob instante em que a produção é terminada até o momento em que o
enfoque, isto é buscar parcerias entre fabricante e varejista que cliente recebe a mercadoria (produto).
possibilitem a exposição mais adequada da mercadoria nas lojas; Toda produção visa a um ponto final, que é chegar às mãos do
- Promover cooperação entre os participantes da cadeia consumidor.
de suprimentos, principalmente relacionada aos fatores mais “Nadar e morrer na praia” não é objetivo de nenhuma
significativos associados à distribuição física, ou seja, buscar lotes instituição que vise ao lucro. Nem entidades sem fins lucrativos
mínimos dos pedidos, uso ou não de paletização ou de tipos desejam que seus feitos não alcancem os objetivos, mesmo que
especiais de acondicionamentos em embalagens, condições de estes não sejam financeiros.
descarga, restrições de tempo de espera, etc. Uma boa distribuição, associada a um produto de boa
- Assegurar nível de serviço estabelecido previamente pelos qualidade, a uma propaganda eficaz e a um preço justo, faz com
parceiros da cadeia de suprimentos; que os produtos sejam disponibilizados a seus consumidores, de
- Garantir rápido e preciso fluxo de informações entre os modo que estes possam fazer a opção pela compra. Estando nas
parceiros; e prateleiras, o produto passa a fazer parte de uma gama de produtos
- Procurar redução de custos, de maneira integrada, atuando concorrentes que podem ser comprados ou não.
em conjunto com os parceiros, analisando a cadeia de suprimentos O primeiro passo para ele poder fazer parte dessa opção de
na sua totalidade. compra é estar disponível nas prateleiras.
Outros fatores como propaganda, preço e qualidade do
Os canais de distribuição podem desempenhar quatro funções produto, podem variar entre produtos concorrentes, mas a
básicas, segundo as modernas concepções trazidas pelo supply distribuição é uma condição obrigatória para todas as empresas
chain management: que querem vender seus produtos.
- Indução da demanda – as empresas da cadeia de suprimentos Se o produto não está disponível na prateleira, independente
necessitam gerar ou induzir a demanda de seus serviços ou de todos os outros fatores que influenciam a compra, este não
mercadorias; poderá ser comprado.
- Satisfação da demanda – é necessário comercializar os Imagine um produto com uma qualidade maravilhosa, com
serviços ou mercadorias para satisfazer a demanda; uma estratégia de propaganda primorosa, com um preço imbatível,
- Serviço de pós-venda – uma vez comercializados os serviços mas não disponível no mercado.
ou mercadorias, precisa-se oferecer os serviços de pós-venda; e A distribuição física acontece em vários níveis dentro de uma
- Troca de informações – o canal viabiliza a troca de informações instituição. Isso ocorre em razão de que a posição hierárquica
ao longo de toda a cadeia de suprimentos, acrescendo-se também interfere no processo. Uma decisão tomada pela alta administração
os consumidores que disponibilizam um retorno importante tanto de uma empresa é chamada de decisão estratégica e deve ser
para os fabricantes quanto para os varejistas. seguida pelos demais níveis hierárquicos.
A decisão tática é tomada e imposta pela média gerência e a
Entre fatores estratégicos importantes no sistema distributivo operacional diz respeito à supervisão que se encarregará de fazer
podem ser levantadas as seguintes questões: com que os projetos sejam cumpridos e executados.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Para um melhor entendimento, seguem os níveis da - Sucessivos: quando a mercadoria, para alcançar o destino
administração da distribuição física. final, necessita ser transbordada para prosseguimento em veículo
• Estratégico; da mesma modalidade de transporte (regido por um único
• Tático; contrato).
• Operacional.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS TIPOS DE TRANSPORTE
a. Nível Estratégico
Neste nível, a alta administração da empresa decide o modo Transporte Rodoviário
que deve ter a configuração do sistema de distribuição. Podem ser É aquele que se realiza em estradas, com utilização de
relacionadas às seguintes preocupações: caminhões e carretas. Trata-se do transporte mais utilizado no
• Localização dos armazéns; Brasil, apesar do custo operacional e do alto consumo de óleo
• Seleção dos modais de transportes; diesel.
• Sistema de processamento de pedidos etc.
Vantagens Desvantagens
b. Nível Tático
É o nível em que a média gerência da empresa estará envolvida •Capacidade
em utilizar seus recursos da melhor e maior forma possível. Suas de tráfego por qualquer •Menor capacidade de
preocupações são: rodovia (flexibilidade cargas entre todos os modais;
• Ociosidade do equipamento de transmissão de pedidos ser operacional)
a mínima; •Usado em •Alto custo de
• Ocupação otimizada da área de armazéns; qualquer tipo de carga. operação
• Otimização dos meios de transportes, sempre em níveis
máximos possíveis à carga etc.
•Agilidade no •Alto risco de roubo/
transporte e no acesso às
Frota antiga- acidentes
c. Nível Operacional cargas
É o nível em que a supervisão garante a execução das tarefas •Não necessita de •Vias com gargalos
diárias para assegurar que os produtos se movimentem pelo canal gerando gastos extras e maior
de distribuição até o último cliente. Podem ser citadas: entrepostos especializados
tempo para entrega.
• Carregar caminhões;
• Embalar produtos;
•Amplamente •Alto grau de poluição
disponível
• Manter registros dos níveis de inventário etc.
•Fácil contratação e •Alto valor de
MODALIDADES DE TRANSPORTE gerenciamento. transporte.
O transporte de mercadorias é parte fundamental do •Adequado para •Menos competitivo à
comércio. Como o produto é entregue e a qualidade com que chega curtas e médias distâncias longa distância;
até o cliente final é o que define a satisfação do comprador e a
possibilidade de um cliente fiel. Sendo assim, deve-se usar o modal Quando usar o Transporte Rodoviário - Mercadorias perecíveis,
– meio de transporte – que atenda às expectativas do comprador. mercadorias de alto valor agregado, pequenas distâncias (até 400
Dados mostram que o transporte representa 60% dos custos Km), trajetos exclusivos onde não há vias para outros modais,
logísticos, 3,5% do faturamento e tem papel preponderante na quando o tempo de trânsito for valor agregado.
qualidade dos serviços logísticos, impactando diretamente no
tempo de entrega, confiabilidade e segurança dos produtos. Transporte Ferroviário
Transporte ferroviário é aquele realizado sobre linhas
Qual o melhor modal? férreas, para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias
São basicamente cinco os modais: rodoviário, ferroviário, transportadas neste modal são de baixo valor agregado e
aquaviário, aéreo e dutoviário. em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas,
Para o transporte de mercadorias, cada modal possui suas fertilizantes, carvão, derivados de petróleo, etc.
vantagens e desvantagens. Para cada rota há possibilidade de
escolha e esta deve ser feita mediante análise profunda dos custos
e características do serviço. Vantagens Desvantagens
•Grande •Alto custo de
O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior capacidade de cargas implantação
classifica o Sistema de Transporte, quanto à forma, em:
- Modal: envolve apenas uma modalidade (ex.: Rodoviário);
•Baixo custo de •Transporte lento devido
- Intermodal: envolve mais de uma modalidade (ex.: Rodoviário transporte (Inexistência de às suas operações de carga e
e Ferroviário); pedágios) descarga
- Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porém, regido •Adequado para •Pouca flexibilidade de
por um único contrato; longas distâncias equipamentos.
- Segmentados: envolve diversos contratos para diversos
modais;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

•Baixíssimo nível •Malha ferroviária Navios Multipropósito:


de acidentes. insuficiente. Transportam cargas de navios de cargas gerais e especializados
ao mesmo tempo.
•Alta eficiência •Malha ferroviária Granel sólido + líquido
energética. sucateada Minério + óleo
•Melhores Ro-ro + container
condições de segurança da •Necessita de
carga. entrepostos especializados. Navios porta-container:
Transportam exclusivamente cargas em container.
•Menor flexibilidade no Sólido, líquido, gasoso
•Menor poluição trajeto (nem sempre chega ao Desde que seja em container
do meio ambiente destino final, dependendo de Tem apenas 01 (um) deck (o principal)
outros modais.)
Transporte Aéreo
Quando usar o Transporte Ferroviário - Grandes volumes O transporte aéreo é aquele realizado através de aeronaves e
de cargas / Grandes distâncias a transportar (800 km) / Trajetos pode ser dividido em Nacional e Internacional.
exclusivos (não há vias para outros modais)

Transporte Aquaviário Vantagens Desvantagens


Realizado por meio de barcos, navios ou balsas. Engloba tanto o
•É o transporte mais •Menor capacidade
transporte marítimo, utilizando como via de comunicação os mares de carga (Limite de volume
abertos, como o transporte fluvial, por lagos e rios. É o transporte rápido
e peso|)
mais utilizado no comércio internacional. •Não necessita •Valor do frete mais
embalagem mais reforçada elevado em relação aos
Vantagens Desvantagens (manuseio mais cuidadoso); outros modais
• Maior capacidade de • Necessidade de •Os aeroportos
carga transbordo nos portos normalmente estão localizados •Depende de
• Menor custo de • mais próximos aos centros de terminais de acesso
Longas distâncias produção.
transporte (Frete de custo
relativamente baixo)
dos centros de produção
•Transporte de grandes
• • Menor distâncias.
Apesar de limitado às
zonas costeiras, registra grande
flexibilidade nos serviços •Seguro de transporte é
aliado a frequentes muito baixo.
competitividade para longas
congestionamentos nos
distâncias
portos Quando usar o Transporte Ferroviário - Pequenos volumes de
• É de cargas / Mercadorias com curto prazo de validade e/ou frágeis /
• Mercadoria de baixo gerenciamento complexo, Grandes distâncias a transportar / Trajetos exclusivos (não há via
valor agregado. exigindo muitos para outros modais) / Tempo de trânsito é muito importante.
documentos.
Tipos de Aeronaves:
Quando usar o Transporte Aquaviário- Grandes volumes de Full pax = somente de passageiros.
carga / Grandes distâncias a transportar / Trajetos exclusivos (não Full cargo = somente de cargas.
há vias para outros modais) / Tempo de trânsito não é importante / Combi = misto de carga e passageiros
Encontra-se uma redução de custo de frete.
Transporte Dutoviário
Tipos de navios: Esta modalidade de transporte não apresenta nenhuma
Navios para cargas gerais ou convencionais: flexibilidade, visto que há uma limitação no número de produtos
Navios dotados de porões (holds) e pisos (decks), utilizados que podem utilizar este modal. O transporte é feito através de
para carga seca ou refrigerada, embaladas ou não. dutos cilíndricos. Pode ser utilizado para transporte de petróleo,
produtos derivados do minério, gases e grãos.
Navios especializados:
Graneleiros (bulk vessels): carga a granél (líquido, gasoso e
sólido), sem decks.
Ro-ro (roll-on roll-off): cargas rolantes, veículos entram por
rampa, vários decks de diversas alturas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Vantagens Desvantagens Na verdade, estoques servem para uma série de finalidades,


ou seja:
• Muitas dutovias são • - Melhoram o nível de serviço.
Pode ocasionar
subterrâneas e/ou submarinas, - Incentivam economias na produção.
um grande acidente
considerado uma vantagem, - Permitem economias de escala nas compras e no transporte.
ambiental caso suas
pois minimizam os riscos - Agem como proteção contra aumentos de preços.
tubulações se rompam
causados por outros veículos; - Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo
• O dutoviário transporta • Possui uma de ressuprimento.
de forma segura e para longas capacidade de serviço - Servem como segurança contra contingências.
distancias muito limitada
Abrangência da Administração de Estoques
• Proporciona um menor • Custos fixos são A administração de estoques é de importância significativa na
índice de perdas e roubos mais elevados maioria das empresas, tanto em função do próprio valor dos itens
• Baixo consumo de • Investimento mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da
energia. inicial elevado. empresa. Da mesma forma como as contas a receber, os níveis de

• • Requer mais
estoques também dependem em grande parte do nível de vendas,
Alta confiabilidade. com uma diferença: enquanto os valores a receber surgem após a
licenças ambientais.
realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes
• Simplificação de carga das realizações das vendas.
e descarga
• Transporte de volumes Essa é uma diferença crítica e a necessidade de prever as vendas
granéis muito elevados. antes de se estabelecer os níveis desejados de estoques, torna sua
administração uma tarefa difícil. Deve se observar também que
Tipos de dutos os erros na fixação dos níveis de estoque podem levar à perda
- Subterrâneos das vendas (caso tenham sido subdimensionados) ou a custos de
- Aparentes estocagem excessivos (caso tenham sido superdimensionados),
- Submarinos residindo, portanto, na correta determinação dos níveis de
estoques, a importância da sua administração. Seu objetivo é
Oleodutos = gasolina, álcool, nafta, glp, diesel. garantir que os estoques necessários estejam disponíveis quando
Minerodutos = sal-gema, ferro, concentr.fosfático. necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo
Gasodutos = gás natural. tempo em que os custos de encomenda e manutenção de estoques
sejam minimizados.
Observa-se que os meios de transportes estão cada vez mais
inter-relacionados buscando compartilhar e gerar economia em Os estoques podem ser classificados como:
escala, capacidade no movimento de cargas e diferencial na oferta - Matéria-prima
de serviços logísticos. Porém, o crescimento dessa integração - Produtos em processo
multimodal muitas vezes é dificultado pela infraestrutura ofertada - Materiais de embalagem
pelos setores privados e públicos. - Produtos acabados
- Suprimentos
Estoques
“Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas A razão para manutenção de estoques depende fundamental-
nunca podemos ser pego com algum estoque”. É uma frase que mente da natureza desses materiais.
descreve bem o dilema da descrição de estoques. O controle de Para manutenção dos estoques de matérias primas, são
estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem utilizadas justificativas como a facilidade para o planejamento do
absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção processo produtivo, a manutenção do melhor preço deste produto,
substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta a prevenção quanto à falta de materiais e, eventualmente, a
compreensão do seu papel na logística e de como devem ser obtenção de descontos por aquisição de grandes quantidades.
gerenciados”. Essas razões são contra-argumentadas de várias formas.
Atualmente, as modernas técnicas de administração de estoques,
Razões para manter estoque o conceito do “Supply Chain Management” que ajuda a reduzir
A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige custos, representam alternativas eficientes para evitar-se falta de
investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita materiais. Adicionalmente, a realização de contratos futuros pode
sincronização entre a oferta e a demanda, de maneira a tornar representar um instrumento eficiente para proteger a empresa de
a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é eventual oscilação de preços de seus insumos básicos.
impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem Para manutenção de estoques de materiais em processos,
sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, justifica-se a maior flexibilidade do processo produtivo, caso
deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de ocorra interrupção em alguma das linhas de produção da empresa.
mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. Obviamente, essa questão deve ser substituída pela adoção de
processos de produção mais confiáveis, para evitar a ocorrências
destas interrupções.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A manutenção de estoques de produtos acabados é justificada 2. MRP-Material Requirement Planing


por duas razões: garantir atendimentos efetuados para as vendas O MRP é um sistema completo para emitir ordens de fabri-
realizadas e diminuir os custos de mudança na linha de produção. cação, de compras, controlar estoques e administrar a carteira de
pedidos dos clientes. Opera em base semanal, impondo com isso
Técnicas de Administração de estoques uma previsão de vendas no mesmo prazo, de modo a permitir a ge-
ração de novas ordens de produção para a fábrica. O sistema pode
CURVA ABC operar com diversas fórmulas para cálculo dos lotes de compras,
Segrega os estoques em três grupos, demonstrando grafica- fabricação e montagem, operando ainda com diversos estoques de
mente com eixos de valores e quantidades, que considera os mate- material em processo, como estoque de matérias primas, partes,
riais divididos em três grandes grupos, de acordo com seus valores submontagens e produtos acabados.A maior vantagem do MRP
de preço/custo e quantidades, sendo assim materiais “classe A” re- consiste em utilizar programas de computadores complexos, levan-
presentam a minoria da quantidade total e a maioria do valor total, do em consideração todos os fatores relevantes para conseguir o
“classe C” a maioria da quantidade total e a minoria do valor total, melhor cumprimento de prazos de entrega, com estoques baixos,
“classe B” valores e quantidades intermediárias. mesmo que a fábrica tenha muitos produtos em quantidade, de
O controle da “classe A” é mais intenso e o controle da “classe uma semana para outra.
B e C” menos sofisticados. Um ponto fundamental para o correto funcionamento do sis-
tema é a rigorosa disciplina a ser observada pelos funcionários que
MODELO DE LOTE ECONÔMICO interagem com o sistema MRP, em relação à informação de dados
Permite determinar a quantidade ótima que minimiza os para computador. Sem essadisciplina, a memória do MRP vai acu-
custos totais de estocagem de pedido para um item do estoque. mulando erros nos saldos em estoques e nas quantidades neces-
Considerando os custo de pedir e os custos de manter os materiais. sárias.
Sendo os custos de pedir, os fixos, administrativos ao se efetuar e
receber um pedido e o custo de manter são os variáveis por unidade 3. Sistema Periódico
da manutenção de um item de estoque por umdeterminado A característica básica deste sistema é a divisão da fábrica
período (custo de armazenagem) segundo, “oportunidade” de em vários setores de processamento sucessivo de vários produtos
outros investimentos. similares. Cada setor recebe um conjunto de ordens de fabricação
para serem iniciados e terminados no período. Com isso, no fim de
Custo total = custo de pedir + custo de manter cada período, se todos os setores cumprirem sua carga de trabalho,
não haverá qualquer material em aberto. Isso facilita o controle de
PONTO DE PEDIDO cada setor da fábrica, atribuindo responsabilidades bem definidas.
Determina em que ponto os estoques serão pedidos levando Esse sistema com período fixo é antigo, mas devido às suas
em consideração o tempo de entrega dos principais itens. características, não se tornou obsoleto face aos sistemas modernos,
nos quais é possível à adoção de períodos curtos, menores que uma
Ponto de pedido = tempo de reposição em dias x demanda semana.
diária
4. OPT-Optimezed Production Technology
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUES O sistema OPT foi desenvolvido com uma abordagem diferente
Os Sistemas básicos utilizados na administração de estoques dos sistemas anteriores, enfatizando a racionalidade do fluxo de
são: materiais pelos diversos postos de trabalho de uma fábrica. Os
pressupostos básicos do OPT foram originados por formulações
1. FMS (Flexible Manufacturing System) matemáticas. Nesse sistema, as ordens de fabricação são vistas
Nesse sistema, os computadores comandam as operações como tendo de passar por filas de espera de atendimento nos
das máquinas de produção e, inclusive, comandam a troca de diversos postos de trabalho na fábrica. O conjunto de postos de
ferramentas das operações de manuseio de materiais, ferramentas, trabalho forma então uma rede de filas de espera.
acessórios e estoques. Pode-se incluir no software módulos de O sistema OPT usa um conjunto de coeficientes gerenciais
monitoração do controle estatístico da qualidade. Normalmente, é para ajudar a determinar o Lote ótimo para cada componente ou
aplicado em fábricas com grande diversidade de peças de produtos submontagem a ser processado em cada posto de trabalho. Muita
finais montados em lotes. Podemos destacar entre as vantagens do ênfase é dedicada aos pontos de gargalo da produção.
FMS, as seguintes:
• Permite maior produtividade das máquinas, que passam a 5. Sistema KANBAN-JIT
ter utilização de 80% a 90% do tempo disponível. O sistema Kanban foi desenvolvido para ser utilizado onde os
• Possibilita maior atenção aos consumidores em função da empregados possuem motivação e mobilização, com grande liber-
flexibilidade proporcionada. dade de ação. Nessas fábricas, na certeza de que os empregados
• Diminui os tempos de fabricação. trabalham com dedicação e responsabilidade, é legítimo um traba-
• Em função do aumento da flexibilidade, permite aumentar lhador parar a linha de montagem ou produção porque achou algo
a variedade dos produtos ofertados. errado, os empregados mantém-se ocupados todo o tempo, aju-
dando-se mutuamente ou trocando de tarefas conforme as neces-
sidades. O sistema Kanban-JIT é um sistema que “puxa” a produção
da fábrica, inclusive até o nível de compras, pelas necessidades ge-
radas na montagem final. As peças ou submontagens são colocadas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

em caixa feitas especialmente para cada uma dessas partes, que, ao É utilizada nas indústrias de tipo contínuo ou semicontínuo que
serem esvaziadas na montagem, são remetidas ao posto de traba- estabelece, com antecedência de vários meses, os níveis de produ-
lho que faz a última operação a essa remessa, que funciona como ção. A programação (para vários períodos, semanas e meses) elabo-
uma ordem de produção. rada pelo P.C.P. deverá ser coerente para todos os segmentos, des-
de o recebimento do material até o embarque do produto acabado.
6. Sistema Just in Time
É preciso que haja um sistema integrado de planejamento de Vantagens:
distribuição. É assim que surge o Just in Time, que é derivado do * Estoques menores, sem riscos de se esgotarem, objetiva-
sistema Kanban. De acordo com Henrique Corrêa e Irineu Gianesi, a mente controlados por se conhecer a demanda futura.
responsável pela implantação do Just in Time foi a Toyota, criando * Melhores condições de compra de materiais, pois pode-se
esse sistema em 1970 e impondo-o para quem quisesse trabalhar aceitarcontratos de grandes volumes para entregas parceladas. Aa-
em parceria. Com isso, diminuiu muito seu estoque, passando a tividade de compra fica reduzida, sem a necessidade de emitirpedi-
responsabilidade e o comprometimento de não parar sua produção dos de fornecimento para cada lote de material.
para seus terceirizados.
O Just in Time visa o “estoque zero”. O objetivo principal é b) Estocagem para atender especificamente a uma ordem de
suprir produtos para a linha de produção e clientes da empresa, produção ou a uma requisição: É o método empregado nas produ-
somente quando for necessário. Ao longo da cadeia logística, as ções do tipo intermitente, onde a indústria fabrica sob encomenda,
relações entre as empresas - inclusive com o emprego de recursos sendo justificável no caso de materiais especiais ou necessários es-
de comunicação e tecnologias de informação, devem ser garantidas poradicamente. Os pedidos de material neste sistema são baseadas
de tal forma que os resultados, e, portanto, os serviços prestados principalmente na lista material (“ROW MATERIAL”) e na programa-
pela logística obedeçam exatamente às necessidades de serviços ção geral (AP = “ANNUAL PLANNING”). Existem casos em que o pe-
expressas pelos clientes. É muito importante, portanto que haja dido para compra precisa ser feito mesmo antes do projeto do pro-
uma cooperação, um bom relacionamento entre a empresa e seus duto estar detalhado, ou seja, antes da listagem do material estar
fornecedores externos e internos. Um ponto muito favorável no pronta, pois os itens necessários podem ter um ciclo de fabricação
Just in Time é que ele diminui a probabilidade de que ocorram excessivamente longo. Ex.: grandes motores, turbinas e navios.
perdas de produtos.
Enfim, o controle de estoques exerce influência muito grande
Outros sistemas de estoques na rentabilidade da empresa. Eles absorvem capital que poderia
Sistema de Duas Gavetas - Consiste na separação física em estar sendo investido de outras maneiras. Portanto, aumentar a
duas partes. Uma parte será utilizada totalmente até a data da rotatividade do estoque auxilia a liberar ativos e economiza o custo
encomenda de um novo lote e a outra será utilizada entre a data de manutenção e controle que podem absorver de 25 a 40% dos
da encomenda e a data do recebimento do novo lote. A grande custos totais, conforme mencionado anteriormente.
vantagem deste sistema está na substancial redução do processo
burocrático de reposição de material (bujão de gás). A denominação Gestão patrimonial
“DUAS GAVETAS” decorre da ideia de guardar um mesmo lote em O patrimônio é o objeto administrado que serve para propi-
duas gavetas distintas. ciar às entidades a obtenção de seus fins. Para que um patrimônio
seja considerado como tal, este deve atender a dois requisitos: o
Sistema de Estoque Mínimo - É usado principalmente quando elemento ser componente de um conjunto que possua conteúdo
a separação entre as duas partes do estoque não é feita fisicamen- econômico avaliável em moeda; e exista interdependência dos ele-
te, mas apenas registrada na ficha de controle de estoque, com o mentos componentes do patrimônio e vinculação do conjunto a
ponto de separação entre as partes. Enquanto o estoque mínimo uma entidade que vise alcançar determinados fins.
estiver sendo utilizado, o Departamento de Compras terá prazo su- Do ponto de vista econômico, o patrimônio é considerado
ficiente para adquirir e repor o material no estoque. uma riqueza ou um bem suscetível de cumprir uma necessidade
coletiva, sendo este observado sob o aspecto qualitativo, enquanto
Sistema de Renovação Periódica - Consiste em fazer pedidos que sob o enfoque contábil observa-se o aspecto quantitativo
para reposição dos estoques em intervalos de tempo pré-estabe- (Ativo =Passivo + Situação Líquida). Exceção a alguns casos, quando
lecidos para cada item. Estes intervalos, para minimizar o custo de se utiliza o termo “substância patrimonial” é que a contabilidade
estoque, devem variar de item para item. A quantidade a ser com- visualiza o patrimônio de forma qualitativa.
prada em cada encomenda é tal que, somada com a quantidade A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – conhecida
existente em estoque, seja suficiente para atender a demanda até como Lei de Responsabilidade Fiscal – apresentam em seus artigos
o recebimento da encomenda seguinte. Logicamente, este siste- 44, 45 e 46, medidas destinadas à preservação do patrimônio
ma obriga a manutenção de um estoque reserva. Deve-se adotar público. Uma delas estabelece que o resultado da venda de bens
períodos iguais para um grande número de itens em estoque pois, móveis e imóveis e de direitos que integram o patrimônio público
procedendo a compra simultânea de diversos itens, pode-se obter não poderá mais ser aplicado em despesas correntes, exceto se
condições vantajosas na transação (compra e transporte). a lei autorizativa destiná-la aos financiamentos dos regimes de
previdência social, geral e própria dos servidores.
Sistema de Estocagem para um Fim Específico - Apresenta duas
subdivisões: Dessa forma, os recursos decorrentes da desincorporação de
a) Estocagem para atender a um programa de produção pré- ativos por venda, que é receita de capital, deverão ser aplicados em
determinado: despesa de capital, provocando a desincorporação de dívidas (pas-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sivo), por meio da despesa de amortização da dívida ou o incremen- em paredes, nos quais as plaquetas serão fixadas em parte de fácil
to de outro ativo, com a realização de despesas de investimento, de visualização; c) motores: a plaqueta deve ser fixada na parte fixa
forma a manter preservado o valor do patrimônio público. inferior do motor; d) máquinas e bens semelhantes: a plaqueta
deve ser fixada no lado externo direito, em relação a quem opera a
TOMBAMENTO DE BENS máquina; e) cadeiras, poltronas e bens semelhantes: neste caso a
O tombamento dos bens públicos inicia-se com recebimento plaqueta nunca deve ser colocada em partes revestidas por courvin,
dos bens móveis pelos órgãos, como visto anteriormente, pela couro ou tecido, pois estes revestimentos não oferecem segurança.
conferência física dos bens pelo Almoxarifado. Após registro de A plaqueta deverá ser fixada na base, nos pés ou na parte mais sólida;
entrada do bem no sistema de gerenciamento de material no f) aparelhos de ar condicionado e bens semelhantes: em aparelhos
estoque, o responsável por este encaminhará uma comunicação ao de ar condicionado, o local indicado é sempre na parte mais fixa e
Setor de Patrimônio (com cópia da nota de empenho, documentos permanente do aparelho, nunca no painel removível ou na carcaça;
fiscais e outros que se fizerem necessários), informando o destino g) automóveis e bens semelhantes: a plaqueta deve ser fixada na
(centros de responsabilidades) dos bens. Se eles permanecerem em parte lateral direita do painel de direção, em relação ao motorista,
estoque, o Setor de Patrimônio deverá aguardar comunicação de na parte mais sólida e nãoremovível, nunca em acessórios; h)
saída deste, através de uma Guia de Baixa de Materiais emitida pelo quadros e obras de arte: a colocação da plaqueta, neste caso, deve
Almoxarifado. Caso o bem seja entregue diretamente ao destino ser feita de tal forma que não lhes tire a estética, nem diminua seu
final, o Almoxarifado encaminhará a Guia de Saída ao Patrimônio, valor comercial; i) esculturas: nas esculturas a plaqueta deve ser
juntamente com os demais documentos do processo de empenho. fixada na base. Nos quadros ela deve ser colocada na parte de trás,
na lateral direita; j) quadros magnéticos: nos quadros magnéticos a
O tombamento consiste na formalização da inclusão física plaqueta deverá ser colocada na parte frontal inferior direita, caso
de um bem patrimonial no acervo do órgão, com a atribuição de não seja possível a colagem neste local, colar nesta mesma posição
um único número por registro patrimonial, ou agrupando-se uma na parte posterior do quadro; e k) fixação de plaquetas em outros
sequência de registros patrimoniais quando for por lote, que é bens: entende-se como outros bens aqueles materiais que não
denominado “número de tombamento”. Pelo tombamento aplica- podem ser classificados claramente como aparelhos, máquinas,
se uma conta patrimonial do Plano de Contas do órgão a cada motores, etc. Em tais bens, a plaqueta deve ser fixada na base, na
material, de acordo com a finalidade para a qual foi adquirido. O parte onde são manuseados.
valor do bem a ser registrado é o valor constante do respectivo A seguir são elencados, como sugestões, dados necessários
documento de incorporação (valor de aquisição). ao registro dos bens no sistema de patrimônio: número do tomba-
A marcação física caracteriza-se pela aplicação, no bem, de mento; data do tombo; descrição padronizada do bem (descrição
plaqueta de identificação, por colagem ou rebitamento, a qual básica pré-definida em um sistema de patrimônio); marca/modelo/
conterá o número de registro patrimonial. série (também pré-definidos em um sistema de patrimônio); carac-
Na colocação da plaqueta deverão ser observados os seguintes terísticas (descrição detalhada); valor unitário de aquisição (valor
aspectos: local de fácil visualização para efeito de identificação por histórico); agregação (acessório ou componente); forma de ingres-
meio de leitor óptico, preferencialmente na parte frontal do bem; so (compra, fabricação própria, doação, permuta, cessão, outras);
evitar áreas que possam curvar ou dobrar a plaqueta ou que possam classificação contábil/patrimonial; número do empenho e data
acarretar sua deterioração; evitar fixar a plaqueta em partes que de emissão; fonte de recurso; número do processo de aquisição e
não ofereçam boa aderência, por apenas uma das extremidades ou ano; tipo/número do documento de aquisição (nota fiscal/fatura,
sobre alguma indicação importante do bem. comercial invoice, Guia de Produção Interna, Termo de Doação, Ter-
Os bens patrimoniais recebidos sofrerão marcação física antes mo de Cessão, Termo de Cessão em Comodato, outros); nome do
de serem distribuídos aos diversos centros de responsabilidade fornecedor (código); garantia (data limite da garantia e empresa de
do órgão. Os bens patrimoniais cujas características físicas ou manutenção); localização (identificação do centro de responsabili-
a sua própria natureza impossibilitem a aplicação de plaqueta dade); situação do bem (registrado, alocado, cedido em comodato,
também terão número de tombamento, mas serão marcados e em manutenção, em depósito para manutenção, em depósito para
controlados em separado. Caso o local padrão para a colagem da triagem, em depósito para redistribuição, em depósito para aliena-
plaqueta seja de difícil acesso, como, por exemplo, nos arquivos ou ção, em sindicância, desaparecido, baixado, outros); estado de con-
estantes encostadas na parede, que não possam ser movimentados servação (bom, regular, precário, inservível, recuperável); histórico
devido ao peso excessivo, a plaqueta deverá ser colada no lugar do bem vinculado a um sistema de manutenção, quando existir. Tal
mais próximo ao local padrão. Em caso de perda, descolagem ou informação permitirá o acompanhamento da manutenção dos bens
deterioração da plaqueta, o responsável pelo setor onde o bem e identificação de todos os problemas ocorridos nestes números
está localizado deverá comunicar, impreterivelmente, o fato ao do Termo de Responsabilidade; e plaquetável ou não plaquetável.
Setor de Patrimônio. O registro dos bens imóveis no órgão inicia-se com o
A seguir, são apresentadas algumas sugestões para fixação recebimento da documentação hábil, pelo Setor de Patrimônio, que
de plaquetas (ou adesivos): a) estantes, armários, arquivos e bens procederá ao tombamento e cadastramento em sistema específico,
semelhantes: a plaqueta deve ser fixada na parte frontal superior utilizando diversos dados, tais como: número do registro; tipo
direita, no caso de arquivos de aço, e na parte lateral superior de imóvel; denominação do imóvel; características (descrição
direita, no caso de armários, estantes e bens semelhantes, sempre detalhada do bem); valor de aquisição (valor histórico); forma
com relação a quem olha o móvel; b) mesas e bens semelhantes: a de ingresso (compra, doação, permuta, comodato, construção,
plaqueta deve ser fixada na parte frontal central, contrária à posição usucapião, desapropriação, cessão, outras); classificação contábil/
de quem usa o bem, com exceção das estações de trabalho e/ou patrimonial; número do empenho e data de emissão; fonte de
àqueles móveis que foram projetados para ficarem encostados recurso; número do processo de aquisição e ano; tipo/número do
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

documento de aquisição (nota fiscal/fatura, comercial invoice, Guia ponsabilidade, o Setor de Patrimônio remeterá o mesmo ao agente
de Produção Interna, Termo de Doação, Termo de Cessão, Termo patrimonial, para que este colha assinaturas do cedente e do rece-
de Cessão em Comodato, outros); nome do fornecedor (código); bedor.
localização (identificação do centro de responsabilidade); situação Para que ocorra a transferência de responsabilidade entre dois
do bem (registrado, alocado, cedido em comodato, em manutenção, setores pertencentes órgãos diferentes, deverão ser observados
em depósito para manutenção, em depósito para triagem, em os seguintes parâmetros: solicitação, por escrito, do interessado
depósito para redistribuição, em depósito para alienação, em em receber o bem, dirigida ao possível cedente; “de acordo” do
sindicância, desaparecido, baixado, outros); estado de conservação setor cedente com a autorização de transferência e anuência das
(bom, regular, precário, inservível); data da incorporação; unidade unidades de controle do patrimônio e do titular do órgão; solici-
da federação; tipo de logradouro; número; complemento;bairro/ tação do agente patrimonial ao Setor de Patrimônio para emissão
distrito; município; cartório de registro; matrícula; livro; folhas; do Termo de Transferência de Responsabilidade; após a emissão do
data do registro; data da reavaliação; moeda da reavaliação; valor Termo de Responsabilidade, o Setor de Patrimônio o remeterá ao
do aluguel; valor do arrendamento; valor de utilização; valor de agente patrimonial, para que este colha assinaturas do cedente e
atualização; moeda de atualização; data da atualização; reavaliador; do recebedor. Quando a transferência de responsabilidade do bem
e CPF/CNPJ do reavaliador. ocorrer sem a movimentação deste, isto é, quando ocorrer a mu-
dança da responsabilidade patrimonial de um servidor para outro,
CONTROLE DE BENS desde que não pressuponha mudança de local do bem, deverão ser
Caracteriza-se como movimentação de bens patrimoniais o observados os seguintes procedimentos: o Setor de Recursos Hu-
conjunto de procedimentos relativos à distribuição, transferência, manos (ou equivalente) deverá encaminhar ao Setor de Patrimônio
saída provisória, empréstimo e arrendamento a que estão sujeitos cópia da portaria que substitui o servidor responsável; de posse das
no período decorrido entre sua incorporação e desincorporação. informações contidas na portaria, o Setor de Patrimônio emite o
Compete ao Setor de Patrimônio a primeira distribuição de respectivo Termo de Transferência de Responsabilidade; emitido o
material permanente recém adquirido, de acordo com a destinação Termo, este será encaminhado ao agente patrimonial da unidade,
dada no processo administrativo de aquisição correspondente. que providenciará a conferência dos bens e assinatura do Termo;
A movimentação de qualquer bem móvel será feita mediante uma vez assinado o Termo, o agente providenciará para que uma
o preenchimento do Termo de Responsabilidade, que deverá das vias seja arquivada no setor onde os bens se encontram e outra
conter no mínimo, as seguintes informações: número do encaminhada ao Setor de Patrimônio.
Termo de Responsabilidade; nome do local de lotação do bem Saída provisória: A saída provisória caracteriza-se pela movi-
(incluindo também o nome do sublocal de lotação); declaração de mentação de bens patrimoniais para fora da instalação ou depen-
responsabilidade; número do tombamento; descrição; quantidade; dência onde estão localizados, em decorrência da necessidade de
indicação se é plaquetável; valor unitário; valor total; total de bens conserto, manutenção ou da sua utilização temporária por outro
arrolados no Termo de Responsabilidade; data do Termo; nome centro de responsabilidade ou outro órgão, quando devidamente
e assinatura do responsável patrimonial; e data de assinatura do autorizado. Qualquer que seja o motivo da saída provisória, esta
Termo. deverá ser autorizada pelo dirigente do órgão gestor ou por outro
A transferência é a operação de movimentação de bens, com a servidor que recebeu delegação para autorizar tal ato. Toda a ma-
consequente alteração da carga patrimonial. A autoridade transfe- nutenção de bem incorporado ao patrimônio de um órgão deverá
ridora solicita ao setor competente do órgão a oficialização do ato, ser solicitada pelos agentes patrimoniais ou responsáveis e resulta-
por meio das providências preliminares. É importante destacar que rá na emissão de uma Ordem de Serviço pelo Setor de Manutenção,
a transferência de responsabilidade com movimentação de bens que tomará todas as providências para proceder à assistência de
somente será efetivada pelo Setor de Patrimônio mediante solicita- bem em garantia ou utilizando-se de seus recursos próprios.
ção do responsável pela carga cedente com anuência do recebedor. Empréstimo: O empréstimo é a operação de remanejamento
A devolução ao Setor de Patrimônio de bens avariados, obsoletos de bens entre órgãos por um período determinado de tempo, sem
ou sem utilização também se caracteriza como transferência. Neste envolvimento de transação financeira. O empréstimo deve ser evi-
caso, a autoridade da unidade onde o bem está localizado devolve- tado. Porém, se não houver alternativa, os órgãos envolvidos devem
-o com a observância das normas regulamentares, a fim de que a o manter um rigoroso controle, de modo a assegurar a devolução do
Setor Patrimonial possa manter rigoroso controle sobre a situação bem na mesma condição em que estava na ocasião do empréstimo.
do bem. Os bens que foram restituídos ao Setor de Patrimônio do Já o empréstimo a terceiros de bens pertencentes ao poder público
órgão também ficam sob a guarda dos servidores deste setor (fiéis é vedado, salvo exceções previstas em leis.
depositários), e serão objetos de análise para a determinação da Arrendamento a terceiros: O arrendamento a terceiros
baixa ou transferência a outros setores. É importante colocar que também deve ser evitado, por não encontrar, a princípio, nenhum
uma cópia do Termo de Responsabilidade de cada setor deverá ser respaldo legal.
fixada em local visível a todos, dentro de seu recinto de trabalho,
visando facilitar o controle dos bens (sugestão: atrás da porta de INVENTÁRIO
acesso ao setor). Para que ocorra a transferência de responsabili- O Inventário determina a contagem física dos itens de estoque
dade entre dois setores pertencentes a um mesmo órgão, deverão e em processos, para comparar a quantidade física com os dados
ser observados os seguintes parâmetros:solicitação, por escrito, do contabilizados em seus registros, a fim de eliminar as discrepâncias
interessado em receber o bem, dirigida ao possível cedente; “de que possam existir entre os valores contábeis, dos livros, e o que
acordo” do setor cedente com a autorização de transferência ; soli- realmente existe em estoque.
citação do agente patrimonial ao Setor de Patrimônio para emissão O inventário pode ser geral ou rotativo: O inventário geral é
do Termo de Responsabilidade; após a emissão do Termo de Res- elaborado no fim de cada exercício fiscal de cada empresa, com a
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

contagem física de todos os itens de uma só vez. O inventário ro- endereços individuais abrangidos pelos trabalhos, exceto mediante
tativo é feito no decorrer do ano fiscal da empresa, sem qualquer autorização específica das unidades de controle patrimonial, ou do
tipo de parada no processo operacional, concentrando-se em cada dirigente do órgão, com subsequente comunicação formal a Comis-
grupo de itens em determinados períodos. são de Inventário de Bens.
Inventário na administração pública: Inventário são a Nas fases do inventário dois pontos devem ser destacados
discriminação organizada e analítica de todos os bens (permanentes sobre as fases do inventário: o levantamento pode ser físico e/ou
ou de consumo) e valores de um patrimônio, num determinado contábil: Levantamento físico, material ou de fato é o levantamento
momento, visando atender uma finalidade específica. É um efetuado diretamente pela identificação e contagem ou medida dos
instrumento de controle para verificação dos saldos de estoques componentes patrimoniais.
nos almoxarifados e depósitos, e da existência física dos bens em Levantamento contábil é o levantamento pelo apanhado de
uso no órgão ou entidade, informando seu estado de conservação, elementos registrados nos livros e fichas de escrituração. O simples
e mantendo atualizados e conciliados os registros do sistema de arrolamento não interessa para a contabilidade se não for comple-
administração patrimonial e os contábeis, constantes do sistema tado pela avaliação. Sem a expressão econômica, o arrolamento
financeiro. Além disso, o inventário também pode ser utilizado serve apenas para controle da existência dos componentes patri-
para subsidiar as tomadas de contas indicando saldos existentes, moniais.
detectar irregularidades e providenciar as medidas cabíveis. O inventário é dividido em três fases: Levantamento: compre-
Através do inventário pode-se confirmar a localização e atribui- ende a coleta de dados sobre todos os elementos ativos e passivos
ção da carga de cada material permanente, permitindo a atualiza- do patrimônio e é subdividido nas seguintes partes: identificação,
ção dos registros dos bens permanentes bem como o levantamento agrupamento e mensuração. Arrolamento: é o registro das carac-
da situação dos equipamentos e materiais em uso, apurando a ocor- terísticas e quantidades obtidas no levantamento. O arrolamento
rência de dano, extravio ou qualquer outra irregularidade. Podem- pode apresentar os componentes patrimoniais deforma resumida
-se verificar também no inventário as necessidades de manutenção e recebe a denominação “sintética”. Quando tais componentes são
e reparo e constatação de possíveis ociosidades de bens móveis, relacionados individualmente, o arrolamento é analítico; Avaliação:
possibilitando maior racionalização e minimização de custos, bem é nesta fase que é atribuída uma unidade de valor ao elemento pa-
como a correta fixação da plaqueta de identificação. Na Adminis- trimonial. Os critérios de avaliação dos componentes patrimoniais
tração Pública, o inventário é entendido como o arrolamento dos devem ter sempre por base o custo. A atribuição do valor aos com-
direitos e comprometimentos da Fazenda Pública, feito periodica- ponentes patrimoniais obedece a critérios que se ajustam a sua na-
mente, com o objetivo de se conhecer a exatidão dos valores que tureza, função na massa patrimonial e a sua finalidade.
são registrados na contabilidade e que formam o Ativo e o Passivo
ou, ainda, com o objetivo de apurar a responsabilidade dos agen- ALIENAÇÃO DE BENS
tes sob cuja guarda se encontram determinados bens. Os diversos De acordo com o direito administrativo brasileiro, entende-se
tipos de inventários são realizados por determinação de autorida- como alienação a transferência de propriedade, remunerada ou
de competente, por iniciativa própria do Setor de Patrimônio e das gratuita, sob a forma de venda, permuta, doação, dação em paga-
unidades de controle patrimonial ou de qualquer detentor de car- mento, investidura, legitimação de posse ou concessão de domínio.
ga dos diversos centros de responsabilidade, periodicamente ou a Qualquer dessas formas de alienação pode ser usada pela
qualquer tempo. Os inventários na Administração Pública devem Administração, desde que satisfaça as exigências administrativas.
ser levantados não apenas por uma questão de rotina ou de dispo- Muito embora as Constituições Estaduais possam determinar que
sição legal, mas também como medida de controle, tendo em vis- a autorização de doação de bens móveis seja submetida à Assem-
ta que os bens nele arrolados não pertencem a uma pessoa física, bleia Legislativa, a Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993, que
mas ao Estado, e precisam estar resguardados quanto a quaisquer institui normas para licitações e contratos da Administração Pública
danos. Na Administração Pública o inventário é obrigatório, pois a 37 e dá outras providências, faculta a obrigação de licitação especí-
legislação estabelece que o levantamento geral de bens móveis e fica para doação de bens para fins sociais e dispõe sobre a alienação
imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade gestora por leilão.
e os elementos da escrituração sintética da contabilidade (art. 96 da Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subor-
Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964). dinada à existência de interesse público devidamente justificado.
A fim de manter atualizados os registros dos bens patrimoniais, A alienação de bens está sujeita à existência de interesse públi-
bem como a responsabilidade dos setores onde se localizam tais co e à autorização da Assembleia Legislativa (para os casos previs-
bens, a Administração Pública deve proceder ao inventário median- tos em lei), e dependerá de avaliação prévia, que será efetuada por
te verificações físicas pelo menos uma vez por ano. Para fins de atu- comissão de licitação de leilão ou outra modalidade prevista para a
alização física e monetária e de controle, a época da inventariação Administração Pública.
será: anual para todos os bens móveis e imóveis sob-responsabi- A seguir, são sugeridos alguns procedimentos voltados à alie-
lidade da unidade gestora em 31 de dezembro (confirmação dos nação dos bens: o requerimento de baixa deverá ser remetido ao
dados apresentados no Balanço Geral); e no início e término da ges- Setor de Patrimônio, o qual instaurará o procedimento respectivo;
tão, isto é, na substituição dos respectivos responsáveis, no caso de sempre que possível, os bens serão agrupados em lotes para que
bens móveis. seja procedida a sua baixa; os bens objeto de baixa serão vistoria-
Os bens serão inventariados pelos respectivos valores históri- dos in loco por uma Comissão Interna de Avaliação de Bens, no pró-
cos ou de aquisição, quando conhecidos, ou pelos valores constan- prio órgão, os quais, observando o estado de conservação, a vida
tes de inventários já existentes, com indicação da data de aquisição. útil, o valor de mercado e o valor contábil, formalizando laudo de
Durante a realização de qualquer tipo de inventário, fica ve- avaliação dos bens, classificando-os em: a) bens móveis permanen-
dada toda e qualquer movimentação física de bens localizados nos tes inservíveis: quando for constatado serem os bens danificados,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

obsoletos, fora do padrão ou em desuso devido ao seu estado pre- seja efetuado levantamento de bens suscetíveis de alienação ou
cário de conservação; e b) bens móveis permanentes excedentes desfazimento.5
ou ociosos: quando for constatado estarem os bens em perfeitas “Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas
condições de uso e operação, porém sem utilização. nunca podemos ser pego com algum estoque”. É uma frase que
Os bens móveis permanentes considerados excedentes ou descreve bem o dilema da descrição de estoques. O controle de
ociosos serão recolhidos para o Almoxarifado Central, ficando estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem ab-
proibida a retirada de peças e dos periféricos a ele relacionados, sorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção
exceto nos casos autorizados pelo chefe da unidade gestora. substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta
compreensão do seu papel na logística e de como devem ser ge-
ALTERAÇÕES E BAIXA DE BENS renciados”.
O desfazimento é a operação de baixa de um bem pertencente
ao acervo patrimonial do órgão e consequente retirada do seu valor
do ativo imobilizado. Considera-se baixa patrimonial, a retirada de COMPONENTES DA LOGÍSTICA
bem da carga patrimonial do órgão, mediante registro da transfe-
rência deste para o controle de bens baixados, feita exclusivamente
pelo Setor de Patrimônio, devidamente autorizado pelo gestor. O A administração de recursos materiais, patrimoniais e logística
número de patrimônio de um bem baixado não deverá ser utilizado é um dos pilares fundamentais da gestão empresarial moderna. A
em outro bem. logística é um conceito amplo que se refere à gestão dos fluxos de
A baixa patrimonial pode ocorrer por quaisquer das formas a materiais e informações em uma empresa, visando a maximização
seguir: alienação; permuta; perda total; extravio; destruição; como- da eficiência, redução de custos e aumento da satisfação dos clien-
dato; transferência; sinistro; e exclusão de bens no cadastro. Em tes.
qualquer uma das situações expostas, deve-se proceder à baixa
definitiva dos bens considerados inservíveis por obsoletismo, por Os componentes da logística incluem o planejamento e contro-
seu estado irrecuperável e inaproveitável em instituições do serviço le de produção, gestão de estoques, transporte, armazenamento e
público. As orientações administrativas devem ser obedecidas, em distribuição dos produtos. Cada um desses componentes desem-
cada caso, para não ocorrer prejuízo à harmonia do sistema de ges- penha um papel importante na eficácia geral da logística de uma
tão patrimonial, que, além da Contabilidade, é parte interessada. empresa.
Sendo o bem considerado obsoleto ou não havendo interesse em
utilizá-lo no órgão onde se encontra, mas estando em condições O planejamento e controle de produção envolve a determi-
de uso (em estado regular de conservação), o dirigente do órgão nação das quantidades de produtos a serem produzidos e quando
deverá, primeiramente, colocá-lo em disponibilidade. Para tanto, devem ser produzidos, a fim de atender às demandas do mercado.
o detentor da carga deverá preencher formulário próprio criado A gestão de estoques é responsável pelo gerenciamento dos níveis
pelo órgão normatizador e encaminhar ao órgão competente que de estoque, garantindo que os produtos estejam disponíveis quan-
poderá verificar, antecipadamente, junto às entidades filantrópicas do necessário, sem excesso de estoque que possa levar a custos
reconhecidas como de interesse público, delegacias, escolas ou bi- desnecessários.
bliotecas municipais e estaduais, no âmbito de sua jurisdição, se
existe interesse pelos bens. O transporte envolve a movimentação dos produtos da fábrica
Se houver interesse, a autoridade competente deverá efetuar para o depósito ou para os clientes, garantindo que sejam entre-
o Termo de Doação. Enquanto isso, o bem a ser baixado permane- gues com eficiência e no prazo. O armazenamento é responsável
cerá guardado em local apropriado, sob a responsabilidade de um pelo gerenciamento dos locais de armazenamento de produtos,
servidor público, até a aprovação de baixa, ficando expressamente garantindo que os produtos estejam em condições adequadas e
proibido o uso do bem desde o início da tramitação do processo de seguras.
baixa até sua destinação final.
O registro no sistema patrimonial será efetivado com base no A distribuição envolve a entrega dos produtos aos clientes fi-
Termo de Baixa de Bens, onde deverão constar os seguintes dados: nais, incluindo a gestão dos processos de embalagem, etiquetagem
número do tombamento; descrição; quantidade baixada (quando e rastreamento dos produtos. Todos esses componentes da logís-
se tratar de lote de bens não plaquetados); forma de baixa; motivo tica devem ser gerenciados de maneira integrada e eficiente para
de baixa; data de baixa; número da Portaria ou Termo de Baixa. Vi- que a empresa possa atingir seus objetivos de negócios.
sando o correto processo de baixa de bens do sistema patrimonial,
faz-se necessário a adoção dos procedimentos a seguir: o Setor de Em resumo, a administração de recursos materiais, patrimo-
Patrimônio, ao receber o processo que autoriza a baixa, emitirá por niais e logística é uma parte essencial da gestão empresarial moder-
processamento o Termo de Baixa dos Bens; o Setor de Patrimônio na. Os componentes da logística são fundamentais para a eficácia
verificará junto ao Setor Financeiro quanto à existência do compro- da empresa, garantindo que os produtos sejam produzidos e entre-
vante de pagamento, em caso de licitação e, em seguida, procede- gues com eficiência, reduzindo custos e aumentando a satisfação
rá à entrega do mesmo mediante recibo próprio; emitido o Termo, do cliente.
o Setor de Patrimônio providenciará o documento de quitação de 5Fonte: BRASIL Revista TECHOJE/Ttransportes, administração de
responsabilidade patrimonial e entregará uma via a quem detinha a materiais e distribuição física. Trad. Hugo T. Y. Yoshizaki/ FOINA, Paulo
responsabilidade do bem. Rogério. Tecnologia de informação: planejamento e gestão/www.
Compete às unidades de controle dos bens patrimoniais e ao administradores.com.br /www.itsmnapratica.com.br/www.purainfo.
dirigente do órgão, periodicamente, provocar expedientes para que com.br – por DiegoDuarte/ por Rogerio Araujo)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

de capital. Para isso, é necessário considerar a estrutura de capital


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: OBJETIVOS ECONÔMI- atual da empresa e avaliar as alternativas de financiamento dispo-
COS E FINANCEIROS; FUNÇÕES DO GESTOR FINANCEI- níveis no mercado.
RO; A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO, FLUXO DE CAI- Além disso, a administração financeira deve se preocupar com
XA E O BALANÇO PATRIMONIAL a distribuição de lucros aos acionistas. Isso pode ser feito através do
pagamento de dividendos ou recompra de ações. A decisão sobre
a distribuição de lucros deve ser tomada considerando os objetivos
Administração financeira é o conjunto de atividades e estraté- econômicos e financeiros da empresa, bem como a necessidade de
gias que visam a gestão eficiente e eficaz dos recursos financeiros manter recursos disponíveis para investimentos futuros.
de uma organização. Ela envolve a análise, planejamento, controle
e tomada de decisões sobre investimentos, financiamentos, orça- Em resumo, a administração financeira tem como objetivo
mentos, fluxo de caixa, entre outros aspectos financeiros. O objeti- garantir que a empresa utilize seus recursos financeiros de forma
vo da administração financeira é maximizar a rentabilidade e mini- eficiente e rentável, ao mesmo tempo em que busca a maximiza-
mizar os riscos financeiros da organização, de forma a garantir sua ção do valor da empresa para seus proprietários. Os objetivos eco-
sustentabilidade e crescimento a longo prazo. nômicos e financeiros são fundamentais para orientar as decisões
nesse sentido, e devem ser avaliados constantemente para garantir
Algumas das principais áreas de atuação da administração fi- a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
nanceira incluem:
Análise financeira: análise e interpretação de demonstrativos — FUNÇÕES DO GESTOR FINANCEIRO;
financeiros para avaliar a saúde financeira da organização e identi- O gestor financeiro é responsável por gerenciar os recursos fi-
ficar oportunidades de melhoria. nanceiros da empresa de forma estratégica, garantindo a eficiência
Planejamento financeiro: elaboração de planos financeiros de e eficácia das operações financeiras.
curto, médio e longo prazo, incluindo orçamentos e projeções de
fluxo de caixa. Dentre as principais funções do gestor financeiro, podemos
Gestão de ativos e passivos: administração do portfólio de in- destacar:
vestimentos e das fontes de financiamento da organização. Planejamento financeiro: O gestor financeiro é responsá-
Controle financeiro: acompanhamento e monitoramento dos vel por elaborar o planejamento financeiro da empresa, que tem
resultados financeiros e implementação de medidas corretivas como objetivo estabelecer metas e objetivos financeiros a serem
quando necessário. alcançados. Para isso, ele deve analisar o histórico financeiro da or-
Gestão de riscos financeiros: identificação, avaliação e mitiga- ganização, bem como os cenários econômicos e as tendências do
ção dos riscos financeiros da organização. mercado.
Gestão do fluxo de caixa: O gestor financeiro deve gerir o fluxo
A administração financeira é essencial para o sucesso de qual- de caixa da empresa, garantindo que haja recursos disponíveis para
quer organização, independentemente do seu porte ou setor de o pagamento de despesas e investimentos. Ele deve monitorar o
atuação. Uma gestão financeira eficiente e estratégica pode trazer caixa diariamente, identificando as entradas e saídas de recursos e
diversos benefícios, como a redução de custos, aumento da renta- tomando decisões estratégicas para manter a saúde financeira da
bilidade, melhoria do fluxo de caixa e maior capacidade de investi- organização.
mento em projetos de crescimento e expansão. Análise de investimentos: O gestor financeiro deve avaliar as
oportunidades de investimento disponíveis para a empresa, iden-
— OBJETIVOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS; tificando as alternativas mais rentáveis e adequadas ao perfil da
A administração financeira é uma área essencial para a gestão organização. Ele deve realizar análises de viabilidade financeira,
de empresas, pois é responsável pela gestão dos recursos financei- considerando o retorno sobre o investimento, o risco envolvido e
ros disponíveis para garantir a sustentabilidade do negócio a longo outros fatores relevantes.
prazo. Nesse sentido, os objetivos econômicos e financeiros são Controle financeiro: O gestor financeiro deve manter um con-
fundamentais para orientar as decisões de investimento, financia- trole rigoroso sobre as finanças da empresa, monitorando as des-
mento e distribuição de lucros. pesas e receitas e mantendo registros contábeis precisos. Ele deve
identificar possíveis problemas financeiros e tomar ações corretivas
Os objetivos econômicos dizem respeito à maximização da ri- para minimizar impactos negativos.
queza dos proprietários da empresa, ou seja, o objetivo é aumentar Gestão de riscos financeiros: O gestor financeiro deve avaliar
o valor da empresa ao longo do tempo. Isso é alcançado através de e gerenciar os riscos financeiros da empresa, tais como a variação
investimentos rentáveis e uso eficiente dos recursos disponíveis. cambial, flutuações de juros e oscilações de preços de commodi-
Para isso, a administração financeira deve avaliar constantemente ties. Ele deve implementar estratégias de gestão de riscos, como a
as oportunidades de investimento em ativos que possam gerar re- contratação de seguros e a diversificação de investimentos.
tornos positivos para a empresa.
Em resumo, as funções do gestor financeiro são cruciais para
Já os objetivos financeiros são aqueles relacionados à estru- o sucesso financeiro da empresa. Ele deve ser capaz de tomar de-
tura de capital da empresa, ou seja, à maneira como a empresa é cisões estratégicas, gerenciar o fluxo de caixa, analisar oportuni-
financiada. O objetivo é obter a combinação ideal de dívida e capi- dades de investimento, manter um controle financeiro rigoroso e
tal próprio para maximizar o valor da empresa e minimizar o custo gerenciar riscos financeiros.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

— A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO; tivos para a variação do saldo, avaliar a capacidade de pagamento


A demonstração do resultado é uma das principais ferramen- de dívidas e a necessidade de financiamento, além de possibilitar o
tas utilizadas pelos gestores financeiros para avaliar o desempenho planejamento financeiro e orçamentário.
financeiro de uma empresa em um determinado período de tempo.
Ela apresenta informações sobre as receitas e despesas da empresa A elaboração de um fluxo de caixa é relativamente simples,
e permite que sejam feitas análises de lucratividade, rentabilidade mas requer atenção aos detalhes. As principais etapas para a elabo-
e capacidade de geração de caixa. ração do fluxo de caixa são: identificar todas as receitas e despesas
de um período, classificá-las em categorias e subcategorias, definir
A demonstração do resultado é composta por receitas, custos um período de análise e registrar todas as movimentações financei-
e despesas. As receitas correspondem aos valores gerados pela em- ras que ocorrerem nesse período.
presa em suas atividades principais, enquanto os custos e despesas
correspondem aos gastos necessários para a produção e venda dos Além disso, existem dois tipos de fluxo de caixa: o fluxo de cai-
produtos ou serviços da empresa. A diferença entre as receitas e xa operacional e o fluxo de caixa livre. O fluxo de caixa operacional
os custos e despesas é o lucro líquido, que representa o resultado refere-se às movimentações financeiras relacionadas às atividades
final da empresa. operacionais da empresa, como vendas e compras. Já o fluxo de
caixa livre refere-se às movimentações financeiras relacionadas às
Para entender melhor a demonstração do resultado, é impor- atividades de investimento e financiamento, como investimentos
tante compreender as principais categorias de receitas, custos e em equipamentos, empréstimos e pagamentos de dívidas.
despesas. As receitas são classificadas em receitas operacionais e
não operacionais. As receitas operacionais são aquelas geradas pe- A gestão do fluxo de caixa é uma das principais funções do ges-
las atividades principais da empresa, como a venda de produtos ou tor financeiro. Ele deve monitorar constantemente as movimen-
serviços. Já as receitas não operacionais são geradas por atividades tações financeiras da empresa, identificar as principais fontes de
secundárias, como a venda de ativos. receita e as maiores despesas, avaliar a necessidade de ajustes na
política de crédito e cobrança, bem como planejar o uso dos recur-
Os custos e despesas também são divididos em duas catego- sos disponíveis. Além disso, o gestor financeiro deve estar atento às
rias: custos e despesas operacionais e não operacionais. Os custos mudanças do mercado e às oportunidades de investimento, visan-
operacionais são aqueles relacionados diretamente à produção e do sempre a maximização dos resultados financeiros da empresa.
venda dos produtos ou serviços da empresa, como a matéria-prima
e a mão de obra. As despesas operacionais são os gastos necessá- Em resumo, o fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental
rios para manter a empresa em funcionamento, como os salários para a gestão financeira de uma empresa, permitindo o controle
dos funcionários e as contas de luz e água. Já os custos e despesas das movimentações financeiras e a tomada de decisões baseada
não operacionais são aqueles relacionados a atividades secundá- em informações precisas. A função do gestor financeiro é garantir
rias, como gastos com juros e perdas de investimentos. o equilíbrio entre as receitas e despesas, monitorando constante-
mente as movimentações financeiras e planejando o uso dos recur-
Além de permitir a análise da lucratividade e rentabilidade da sos disponíveis.
empresa, a demonstração do resultado também é útil para identi-
ficar possíveis problemas financeiros, como altos custos e despesas — BALANÇO PATRIMONIAL;
em relação às receitas. Com base nas informações apresentadas, o O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações
gestor financeiro pode tomar decisões estratégicas para otimizar os financeiras que uma empresa deve produzir. Ele é um relatório
resultados financeiros da empresa. contábil que reflete a posição financeira de uma empresa em um
determinado período, geralmente anual, e apresenta o patrimônio
Em resumo, a demonstração do resultado é uma ferramenta líquido, ativos e passivos da empresa.
fundamental para a gestão financeira de uma empresa. Ela apre-
senta informações sobre as receitas, custos e despesas, permitin- O patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos
do a análise da lucratividade e rentabilidade da empresa, além de após a dedução de todos os passivos, ou seja, é a parcela que per-
identificar possíveis problemas financeiros e auxiliar na tomada de tence aos proprietários da empresa. Os ativos são bens e direitos
decisões estratégicas. que a empresa possui, como dinheiro em caixa, contas a receber,
estoques, máquinas e equipamentos, entre outros. Já os passivos
— FLUXO DE CAIXA; são obrigações que a empresa tem com terceiros, como fornecedo-
O fluxo de caixa é uma ferramenta essencial da gestão finan- res, funcionários, impostos a pagar, empréstimos e financiamentos.
ceira, que permite controlar as movimentações financeiras de uma
empresa em um determinado período. Trata-se de uma análise das O balanço patrimonial é importante para a gestão financeira de
entradas e saídas de recursos financeiros de uma empresa, permi- uma empresa, pois permite uma visão geral da sua situação finan-
tindo o acompanhamento do saldo disponível e a tomada de deci- ceira e patrimonial. Através dele, é possível avaliar a capacidade de
sões com base nesses dados. pagamento da empresa, sua saúde financeira, seus pontos fortes e
fracos, além de auxiliar na tomada de decisões.
O fluxo de caixa é importante porque fornece informações pre-
cisas sobre as movimentações financeiras de uma empresa, permi- Para elaborar o balanço patrimonial, o gestor financeiro preci-
tindo a identificação de receitas e despesas em um determinado sa seguir algumas etapas, como a identificação de todos os ativos
período. Com essa análise, é possível identificar os principais mo- e passivos da empresa, a classificação deles em ordem de liquidez,
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ou seja, daqueles que podem ser convertidos em dinheiro mais ra- • Relatório: é um tipo de correspondência utilizado para
pidamente para os que levam mais tempo, e por fim, a elaboração apresentar informações detalhadas sobre determinado assunto
do balanço em si, que mostra a relação entre ativos, passivos e pa- ou atividade. Geralmente é utilizado para apresentar resultados fi-
trimônio líquido. nanceiros, desempenho de equipes, projetos em andamento, entre
Além disso, o gestor financeiro deve estar atento às normas outros.
contábeis que regem a elaboração do balanço patrimonial, como É importante destacar que cada tipo de correspondência
as definições dos critérios de avaliação dos ativos e passivos e as empresarial possui suas particularidades em relação à forma, ao
regras para registro de receitas e despesas. conteúdo e à linguagem utilizada. Por isso, é fundamental que os
profissionais que atuam no mundo corporativo dominem essas
Em resumo, o balanço patrimonial é uma ferramenta funda- técnicas de redação, a fim de garantir uma comunicação eficiente
mental para a gestão financeira de uma empresa, pois permite uma e profissional.
visão clara da sua posição financeira e patrimonial, auxiliando na
tomada de decisões e no planejamento estratégico. Em resumo, os tipos de correspondências empresariais mais
comuns são: carta comercial, e-mail, memorando, ofício e relatório.
Cada um deles tem uma finalidade específica e requer uma abor-
REDAÇÃO EMPRESARIAL: TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS; dagem adequada em relação à forma, ao conteúdo e à linguagem
ESTRUTURAS E FORMAS DE TRATAMENTO utilizada. Conhecer essas técnicas de redação é fundamental para
garantir uma comunicação eficiente e profissional no ambiente em-
presarial.
A redação empresarial é uma forma de comunicação escrita
utilizada no âmbito empresarial, com o objetivo de transmitir in- — ESTRUTURAS E FORMAS DE TRATAMENTO;
formações de forma clara, objetiva e eficiente. É uma ferramenta A redação empresarial é uma ferramenta importante para a
essencial para estabelecer um bom relacionamento com clientes, comunicação eficaz entre empresas e seus diversos públicos, sejam
fornecedores, colaboradores e outros públicos envolvidos com a eles internos ou externos. Uma das questões que deve ser consi-
empresa. derada na elaboração de uma redação empresarial é a escolha da
estrutura e forma de tratamento adequadas, uma vez que elas po-
A redação empresarial deve seguir algumas regras básicas dem influenciar no tom e na credibilidade da mensagem.
para que seja eficiente. Em primeiro lugar, é preciso ter clareza e
objetividade, evitando termos técnicos e linguagem rebuscada. É A estrutura da correspondência empresarial pode variar de
importante também manter uma linguagem formal, sem excessos acordo com o objetivo da mensagem e o destinatário. Por exemplo,
de gírias e expressões coloquiais. Além disso, a redação deve ser a carta comercial é uma das estruturas mais utilizadas e consiste
coerente e coesa, ou seja, as informações devem estar organizadas em um texto formal, com abertura, desenvolvimento e fechamen-
de forma lógica e bem estruturada. to. Já o memorando é uma estrutura mais simples, utilizada para
comunicações internas entre departamentos ou funcionários de
— TIPOS E CORRESPONDÊNCIAS; uma mesma empresa.
• Carta comercial: é um tipo de correspondência formal e
padronizada que tem como objetivo estabelecer uma comunicação Quanto às formas de tratamento, é importante considerar o
oficial entre duas empresas ou entre uma empresa e um cliente. nível de formalidade da correspondência e o grau de intimidade
A carta comercial deve seguir normas específicas de formatação, do remetente com o destinatário. A forma mais comum de trata-
como a identificação das partes envolvidas, a data de emissão, o mento formal é o uso do pronome de tratamento “Vossa Senhoria”
assunto e a saudação inicial. É comum que seja utilizada para for- seguido do sobrenome do destinatário. Em casos mais formais, po-
malizar acordos comerciais, fazer solicitações, enviar informações, de-se utilizar o pronome “Excelentíssimo(a) Senhor(a)” ou “Ilustrís-
entre outros. simo(a) Senhor(a)” seguido do nome e cargo do destinatário.
• E-mail: com o avanço das tecnologias, o e-mail se tornou
uma das formas mais utilizadas de correspondência empresarial. Já em casos mais informais, como na comunicação interna da
Ele é rápido, prático e econômico, permitindo que as empresas se empresa, pode-se utilizar os pronomes de tratamento “Caro(a)”
comuniquem de forma instantânea e eficiente. Assim como na car- ou “Prezado(a)”, seguido do nome do destinatário. Em casos ainda
ta comercial, é importante que o e-mail seja bem estruturado e que mais informais, pode-se utilizar apenas o nome do destinatário ou
contenha informações claras e objetivas. uma saudação mais casual, como “Olá” ou “Oi”.
• Memorando: é um tipo de correspondência interna, uti-
lizada para transmitir informações e orientações dentro da própria Além disso, é importante considerar também a utilização ade-
empresa. Geralmente é utilizado para tratar de assuntos mais ope- quada da linguagem e a revisão cuidadosa do texto antes do envio
racionais e rotineiros, como mudanças de horários, orientações so- da correspondência. Uma linguagem clara, objetiva e sem erros
bre procedimentos, entre outros. gramaticais pode garantir uma boa compreensão da mensagem e
• Ofício: é um tipo de correspondência utilizada para comu- contribuir para a imagem positiva da empresa.
nicar algo oficialmente. É comum que seja utilizado em processos
administrativos, licitações, convênios, contratos, entre outros. O Em resumo, a escolha da estrutura e forma de tratamento
ofício deve conter informações claras e objetivas, além de seguir adequadas para cada tipo de correspondência empresarial é funda-
uma estrutura padronizada. mental para garantir a eficácia da comunicação e a credibilidade da
empresa. É importante considerar o nível de formalidade da men-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sagem e o grau de intimidade do remetente com o destinatário, VII. adoção de procedimento para apresentação de projetos,
além de utilizar uma linguagem clara e revisar cuidadosamente o estudos, levantamentos ou investigações, relativos a assuntos defi-
texto antes do envio. nidos como prioritários.
Artigo 5º. Obrigam-se as Gerências e Assessorias vinculadas às
Diretorias a elaborar e divulgar à Comissão de Licitação, o plane-
REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA CO- jamento anual das contratações públicas que pretendem realizar,
DEBA identificando estimativa de valor e data das contratações.
Parágrafo único. As contratações planejadas poderão sofrer
ajustes técnicos, inclusive em seu cronograma, a fim de melhor
APRESENTAÇÃO atender as demandas da Administração, de modo que, determina-
O Conselho de Administração, em face da deliberação favorá- dos processos, comprovada a oportunidade e conveniência admi-
vel e expressa em sua 582ª reunião realizada em 31 de março de nistrativa, poderão ser agrupados, bem como suprimidos ou incor-
2022, na forma do art. 54, inciso XXVII, do Estatuto Social, aprova o porados a estrutura do plano para cumprir os objetivos estratégicos
Regulamento de Licitações e Contratos da CODEBA, revisão 1, nos do planejamento de contratações.
termos do art. 40 da Lei nº 13.303 de 30 de junho de 2016. Artigo 6º. As contratações disciplinadas devem respeitar as
O presente documento regulamenta as licitações e contratos normas relativas à:
para aquisição de bens e serviços pela CODEBA e dá outras provi- I. disposição final ambientalmente adequada dos resíduos só-
dências. lidos gerados;
II. mitigação dos danos ambientais por meio de medidas con-
TÍTULO I dicionantes e de compensação ambiental, que serão definidas no
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS procedimento de licenciamento ambiental;
III. utilização de produtos, equipamentos e serviços que redu-
Artigo 1º. Este Regulamento disciplina os procedimentos de zam o consumo de energia e de recursos naturais;
contratações no âmbito da CODEBA. IV. avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
Artigo 2º. Os contratos com terceiros destinados à prestação urbanística;
de serviços, à aquisição, locação e alienação de bens e ativos do V. proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e
patrimônio, à execução de obras, bem como à implementação de imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indi-
ônus real sobre bens do patrimônio, serão precedidos de licitação, reto causado por investimentos realizados pela CODEBA;
ressalvadas as exceções previstas em lei e neste Regulamento. VI. acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobi-
Artigo 3º. As contratações destinam-se a assegurar a seleção lidade reduzida;
da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de VII. possibilidade de adoção de mecanismos de solução pacífica
vida do objeto e a evitar operações que se caracterizem como sobre de conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, em espe-
preço ou superfaturamento. cial arbitragem.
Artigo 4º. As contratações observarão os princípios da im- Parágrafo Único – A contratação a ser celebrada pela CODEBA,
pessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da da qual decorra impacto negativo sobre bens do patrimônio cul-
eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do de- tural, histórico, arqueológico e imaterial tombados, deverá prever
senvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento compensação determinada pela Administração Superior, na forma
convocatório, da busca de competitividade e do julgamento objeti- da legislação aplicável.
vo, além das finalidades consignadas no Estatuto Social da CODEBA, Artigo 7º. As minutas de editais de licitação, bem como os ins-
e as seguintes diretrizes: trumentos contratuais, serão previamente examinadas e aprovadas
I. padronização do objeto da contratação, dos instrumentos pela Gerência Jurídica da CODEBA.
convocatórios e das minutas de contratos, previamente aprovadas Parágrafo Único – Fica dispensada nova análise jurídica em caso
pela Gerência Jurídica; de utilização de minuta padrão previamente aprovada pela Gerên-
II. busca da maior vantagem competitiva para a CODEBA, con- cia Jurídica e pelo Conselho de Administração da CODEBA, desde
siderando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza eco- que não haja alteração, inclusão ou exclusão de cláusulas gerais dos
nômica, social e ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao modelos aprovados.
desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação econô- Artigo 8º. As licitações serão processadas e julgadas por comis-
mica e a outros fatores de igual relevância; são permanente ou especial ou por Pregoeiro, auxiliado por equipe
III. ampliação da participação de licitantes; de apoio, no caso de licitação pelo rito procedimental da modalida-
IV. adoção preferencial do rito procedimental da modalidade de Pregão.
de licitação denominada Pregão, na forma eletrônica, para a aquisi- Artigo 9°. Os papéis de Pregoeiro, Equipe de Apoio, Comissão
ção de bens e serviços comuns, inclusive os de engenharia; de Licitação serão desempenhados por técnicos do quadro de pes-
V. observância da Política de Compras Sustentáveis e Relacio- soal permanente, nomeados em Ato de Designação do Diretor-Pre-
namento com Fornecedores e do Programa de Integridade da CO- sidente.
DEBA; § 1° As comissões de que trata o caput serão compostas por, no
VI. condições de aquisição e de pagamento compatíveis com as mínimo, 3 (três) membros titulares e 1 (um) suplente.
do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração § 2° O mandato da comissão permanente de licitação será de
variável; 1 (um) ano, podendo, a critério da autoridade competente, haver a
recondução para períodos subsequentes.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3° A critério da autoridade competente e mediante justifica- V. executar atividades relativas à instauração de processo e jul-
tiva prévia, a qualquer tempo poderá ser constituída uma comissão gamento das licitações de interesse do órgão, com observância da
especial de licitação para processar e julgar um certame específico, legislação e normativos internos;
ficando, automaticamente extinta com o atingimento desta finali- VI. instruir esclarecimentos/impugnações apresentados por
dade. interessados quanto aos termos do edital, recorrendo às equipes
§ 4° Atendidos os requisitos regimentais da CODEBA, aos mem- técnicas setoriais, quando necessário;
bros das Comissões permanentes e especiais de licitação e aos Pre- VII. tornar público o resultado dos processos licitatórios;
goeiros poderá ser concedida gratificação especial pelo desempe- VIII. instruir recursos e submetê-los à autoridade superior para
nho de atividades inerentes a essas funções. decisão;
§ 5° Os membros das comissões permanentes e especiais de IX. resolver sobre qualquer incidente durante o processo licita-
licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados, tório, recorrendo às equipes técnicas setoriais, quando necessário;
salvo se for consignado posição individual divergente, devidamente X. examinar se as propostas estão em conformidade com as es-
fundamentada e registrada na ata em que adotada a decisão. pecificações estabelecidas no edital;
§ 6º Em observância ao princípio da segregação de funções, XI. proceder à escolha do vencedor de acordo com os critérios
os técnicos da Comissão de Licitação não deverão integrar Equipes de julgamento previstos no edital, recorrendo às equipes técnicas
Técnicas ou de Planejamento de Contratações. Não devendo, ainda, setoriais, quando necessário;
serem designados como fiscais de contratos, bem como para outras XII. propor instauração de processo com vista à apuração de
funções que se mostrem incompatíveis com tal princípio. infrações cometidas no curso da licitação e do contrato, para pro-
§ 7º A Comissão de Licitação somente deliberará com a pre- moção da responsabilidade administrativa e aplicação da sanção
sença de 3 (três) membros, sendo um deles, necessariamente, o cabível, sem prejuízo de sua iniciativa de apuração;
Presidente e, na sua ausência, o seu substituto designado. XIII. executar outras atividades, nos termos da legislação perti-
Artigo 10. Caberá ao Pregoeiro, sem prejuízo de outras funções: nente, compatíveis com a finalidade da Comissão de Licitação.
I. coordenar o processo licitatório; Artigo 14. É facultado à Comissão de Licitação e ao Pregoeiro,
II. receber, examinar e decidir as impugnações e consultas ao em qualquer fase do certame, promover as diligências que enten-
edital, apoiado pelos setores responsáveis pela sua elaboração e der necessárias, adotando medidas de saneamento destinadas a
pela Gerência Jurídica; esclarecer informações, corrigir impropriedades meramente for-
III. conduzir a sessão pública na internet; mais na proposta, documentação de habilitação ou complementar
IV. verificar a conformidade da proposta com os requisitos esta- a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento
belecidos no instrumento convocatório; ou informações que deveria constar originalmente da proposta.
V. dirigir a etapa de lances;
VI. verificar e julgar as condições de habilitação; TÍTULO II
VII. receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando à DOS MECANISMOS DE POSICIONAMENTO CONCORRENCIAL
autoridade competente quando mantiver sua decisão;
VIII. indicar o vencedor do certame; CAPÍTULO I
IX. adjudicar o objeto, quando não houver recurso; DO PATROCÍNIO
X. conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e
XI. encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade Artigo 15. Para realização de patrocínio, a CODEBA poderá
superior e propor a homologação. celebrar convênio ou contrato com pessoa física ou jurídica para
Artigo 11. Todos os profissionais envolvidos nos procedimentos promoção de atividades culturais, institucionais, mercadológicas,
disciplinados por este Regulamento deverão, nos limites das res- sociais, esportivas, educacionais e de inovação tecnológica, desde
pectivas atribuições, prestar, por escrito, informações no âmbito que comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca.
de ações judiciais, representações junto ao Tribunal de Contas da Artigo 16. O patrocínio de inovação tecnológica tem por ob-
União, inquéritos administrativos, notificações, petições, solicita- jetivo a procura, a descoberta, as experimentações, os desenvol-
ções de auditoria e de procedimentos análogos, atuando de modo vimentos, a imitação ou a adoção de novos produtos, processos,
cooperativo e responsável. formas de organização, metodologias, entre outros, cujo objetivo
Artigo 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, final pode agregar valor à CODEBA.
auxiliar o Pregoeiro e a Comissão de Licitação em todas as fases do
processo licitatório. CAPÍTULO II
Artigo 13. Competirá à Comissão de Licitação: DA ATIVIDADE FINALÍSTICA E OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS
I. receber requisições pertinentes à instauração de processos
licitatórios relativos a compra, locação, alienação e serviços, já devi- Artigo 17. Não se aplicam os dispositivos referentes às contra-
damente instruídos com projeto básico/termo de referência; tações e aos procedimentos de licitação às seguintes situações:
II. formar e acompanhar o processo administrativo licitatório, I. exercício direto de atividade finalística;
observando todos os requisitos legais necessários; II. escolha de parceiro vinculada à oportunidade de negócios,
III. elaborar editais e, quando necessário, encaminhar para pa- decorrente da atuação concorrencial.
recer jurídico; Artigo 18. O exercício de atividade finalística caracteriza-se
IV. fazer a divulgação da licitação por meio do instrumento pró- pela comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pela
prio; CODEBA, de produtos, serviços ou obras no cumprimento do seu
objeto social.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 19. A oportunidade de negócios consiste na implemen- II. licitação CODEBA, preferencialmente na forma eletrônica,
tação de ações de diferencial competitivo com vistas ao estabeleci- para aquisição de bens e serviços não considerados comuns, caben-
mento de parcerias com terceiros destinadas ao desenvolvimento do definir, em cada situação concreta, se haverá inversão de fases,
da atuação concorrencial da CODEBA, considerando-se pelo menos o modo de disputa e o critério de julgamento.
um dos seguintes critérios, dentre outros: § 1º – Licitação CODEBA é o procedimento licitatório que pos-
I. retorno em receitas financeiras; sibilita a combinação de diferentes modos de disputa e critérios
II. acesso a soluções melhores e inovadoras; de julgamento a ser determinado de acordo com as necessida-
III. ganho operacional e de eficiência; des desta Companhia, pela área demandante, nos termos da Lei
IV. promoção de empreendedorismo visando adoção de novos 13.303/2016.
modelos/procedimentos de mercado; § 2º – O valor estimado da contratação poderá ser sigiloso, fa-
V. melhoria de performance na execução de suas atividades fi- cultando-se à CODEBA, mediante justificativa na fase preparatória,
nalísticas. conferir publicidade ao valor estimado do objeto da licitação, sem
§ 1º – Na hipótese referida no caput deste artigo, devem ser prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das de-
observados, de forma cumulativa, os seguintes elementos mais informações necessárias para a elaboração das propostas.
I. as características específicas que definem a escolha do par- § 3º – Na modalidade Pregão o valor estimado para a contrata-
ceiro; ção poderá constar do Instrumento Convocatório, facultando-se à
II. a definição e especificação da oportunidade de negócio; CODEBA optar pelo sigilo, quando justificado.
III. a inviabilidade de procedimento competitivo. § 4º – Nas hipóteses em que forem adotados os critérios de
§ 2º – A oportunidade de negócio será materializada por uma julgamento por maior desconto ou por melhor técnica a estimativa
das seguintes formas: de preço deverá constar do instrumento convocatório.
I. estabelecimento de parceria negocial, cuja fundamentação § 5º– As licitações serão processadas e julgadas por Pregoeiro
vise atuação concorrencial; ou comissão de licitação, conforme definido em normativo interno
II. aquisição e alienação de participação em sociedades e ou- que estabelecerá os parâmetros para essa designação, levando em
tras formas associativas, societárias ou contratuais; conta o rito procedimental da licitação.
III. operações realizadas no âmbito do mercado de capitais, res- Artigo 21.Os contratos destinados à prestação de serviços ad-
peitada a regulação pelo respectivo órgão competente; mitirão os seguintes regimes de execução:
IV. formação e extinção de parcerias e outras formas associati- I. contratação por preço unitário, nos casos em que não for
vas, societárias ou contratuais. possível definir previamente as quantidades dos serviços a serem
§ 3º – Nas contratações de que trata este artigo serão observa- posteriormente executados;
dos, sempre que possível, os seguintes parâmetros: II. contratação por preço global, quando for possível definir
I. adoção de padrões de ajustes, contratos, instrumentos e me- previamente, com boa margem de precisão, as quantidades dos
canismos próprios da concorrência, atendidos os princípios deste serviços a serem posteriormente executados;
Regulamento; III. contratação por tarefa, em contratações de profissionais
II. políticas de atuação da CODEBA, em especial aquelas rela- autônomos ou de pequenas empresas para realização de serviços
cionadas à governança corporativa, compliance, gerenciamento de técnicos comuns e de curta duração;
riscos e controles internos da CODEBA, prevenção à lavagem de di- IV. contratação por empreitada integral, nos casos em que o
nheiro e ao financiamento do terrorismo e anticorrupção; contratante necessite receber o objeto, normalmente de alta com-
III. política de compras sustentáveis e relacionamento com for- plexidade, em condição de operação imediata.
necedores; Artigo 22.Na contratação de obras e serviços de engenharia,
IV. adoção, sempre que possível, de critérios de sustentabilida- poderá ser estabelecida remuneração variável, vinculada ao desem-
de na especificação técnica do objeto, na execução dos serviços ou penho do contratado, com base em metas, padrões de qualidade,
nas obrigações da contratada, com vistas a contribuir para a promo- critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de entrega defini-
ção do desenvolvimento nacional sustentável. dos pela CODEBA no instrumento convocatório ou no contrato, ob-
servado o conteúdo do projeto básico, do projeto executivo ou do
TÍTULO III termo de referência.
DOS PROCEDIMENTOS DE LICITAÇÃO Parágrafo Único – A remuneração variável está condicionada
à demonstração de eficiência e vantajosidade e respeitará o limite
CAPÍTULO I orçamentário fixado pela CODEBA para a respectiva contratação,
DAS NORMAS GERAIS contemplando:
I. os parâmetros escolhidos para aferir o desempenho do con-
Artigo 20. Os procedimentos licitatórios realizados no âmbito tratado; e
da CODEBA terão acesso público, podendo ser processadas com II. as faixas de remuneração.
base nos seguintes procedimentos: Artigo 23.Mediante justificativa expressa, desde que não impli-
I. licitação pelo rito da modalidade Pregão, obrigatoriamente que perda de economia de escala, e desde que não atinja valores
na forma eletrônica, instituída pela Lei nº 10.520/02, para a aquisi- inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e II da lei
ção de bens e serviços comuns, assim considerados aqueles cujos 13.303/2016, poderá ser celebrado mais de um contrato para exe-
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente de- cutar serviço de mesma natureza, quando o objeto da contratação
finidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado; puder ser executado de forma simultânea por mais de um contra-
tado.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1º – Na hipótese prevista no caput deste artigo, será mantido II. à quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil,
controle individualizado da execução do objeto contratual relativa- com dirigente da CODEBA, empregado da CODEBA cujas atribuições
mente a cada um dos contratados. envolvam a atuação na área responsável pela licitação ou contrata-
§ 2º – O instrumento convocatório deverá disciplinar os parâ- ção, autoridade do ente público a que a CODEBA esteja vinculada;
metros objetivos para a alocação das atividades a serem executadas III. cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha termi-
por cada contratado. nado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com a CODEBA há
Artigo 24.É vedada a participação direta ou indireta nos proce- menos de 6 (seis) meses.
dimentos licitatórios: Artigo 25.Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regula-
I. de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o anteproje- mento, exclui se o dia do início e inclui-se o do vencimento.
to ou o projeto básico da licitação; Parágrafo Único – Os prazos se iniciam e expiram exclusivamen-
II. da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável te em dia útil.
pela elaboração do anteprojeto ou projeto básico da licitação;
III. de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou do CAPÍTULO II
projeto básico da licitação seja administrador, controlador, geren- DO PLANEJAMENTO DA LICITAÇÃO
te, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último caso
quando a participação superar 5% (cinco por cento) do capital vo- Artigo 26.Identificada a necessidade de determinado objeto e
tante; listados os resultados esperados e os requisitos necessários e sufi-
IV. cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco cientes ao seu atendimento, a Gerência Demandante deverá:
por cento) do capital social seja diretor ou empregado da empresa I. avaliar as alternativas internas para atendimento da deman-
pública ou sociedade de economia mista contratante; da, quantificando, valorando e avaliando os riscos de cada uma de-
V. pessoa física ou jurídica suspensas de contratar com a CO- las;
DEBA; II. não havendo ou não sendo conveniente a adoção de alter-
VI. pessoa física ou jurídica declarada inidônea pela unidade nativa interna, estudar as soluções existentes no mercado (inclusive
federativa a que está vinculada a CODEBA, enquanto perdurarem com consultas a outros entes públicos), quantificando, valorando e
os efeitos da sanção; avaliando os riscos de cada uma delas; e
VII. constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, im- III. ponderar as soluções existentes, optando, justificadamente,
pedida ou declarada inidônea; pela mais vantajosa.
VIII. cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impe- Artigo 27.Definida a solução que melhor atenderá à necessi-
dida ou declarada inidônea; dade, e não sendo configurada hipótese de contratação direta, a
IX. constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador Gerência Demandante elaborará o Termo de Referência ou Projeto
de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período Básico/Anteprojeto, conforme o caso, observados, dentre outros,
dos fatos que deram ensejo à sanção; os seguintes cuidados:
X. cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de em- I. deverá realizar detalhamento das condições de execução da
presa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período dos demanda, de modo a permitir ao interessado a exata compreensão
fatos que deram ensejo à sanção ou; do objeto e dos direitos e obrigações a serem assumidos em caso
XI. que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que parti- de contratação;
cipou, em razão de vínculo de mesma natureza, de empresa decla- II. deverá parcelar o objeto em tantas parcelas quantas forem
rada inidônea. necessárias ao aproveitamento das peculiaridades de mercado,
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos I, II e III, do caput, no visando à ampla competição e à economicidade da contratação,
que se refere a projeto básico, no caso das contratações integradas. ressalvados os casos de indivisibilidade do objeto, de prejuízo ao
§ 2º É permitida a participação das pessoas físicas ou jurídicas conjunto, ou de perda de economia de escala;
de que tratam os incisos II e III, do caput, em procedimento licitató- III. não poderá prever requisitos ou condições que venham a
rio ou na execução do contrato, como consultor ou técnico, nas fun- restringir injustificadamente a competição ou a direcionar a licita-
ções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente ção; e
a serviço da CODEBA. IV. deverá levar em consideração as práticas e os critérios de
§ 3º Para fins do disposto neste artigo, considera-se participa- sustentabilidade socioambiental, nos termos da Política de Com-
ção indireta a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, pras Sustentáveis da CODEBA, bem como as políticas de desenvolvi-
comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do mento nacional previstas na legislação sobre o tema.
projeto básico, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável Artigo 28.Os procedimentos licitatórios deverão observar as
pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimen- seguintes diretrizes:
tos de bens e serviços a estes necessários. I. padronização dos instrumentos convocatórios e das minutas
§ 4º O disposto no § 3° aplica-se aos membros da comissão de de contratos, previamente aprovados pela Gerência Jurídica;
licitação. II. condições de aquisição e de pagamento compatíveis com as
§ 5° Aplica-se a vedação prevista no caput: do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração
I. à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pes- variável;
soa física, bem como à participação dele em procedimentos licita- III. busca da maior vantagem, considerando custos e benefícios
tórios, na condição de licitante; diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, in-
clusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e re-
síduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de
igual relevância;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV. adoção de procedimento para apresentação de projetos, Artigo 34.As contratações semi-integradas e integradas restrin-
estudos, levantamentos ou investigações, relativos a assuntos de- gem-se a obras e serviços de engenharia e devem observar os se-
finidos como prioritários; guintes requisitos:
V. observância da Política de Transações com Partes Relacio- I. no caso de contratação integrada, o instrumento convocató-
nadas. rio deve conter anteprojeto de engenharia que contemple os docu-
Artigo 29.Obrigam-se as Gerências e Assessorias vinculadas às mentos técnicos destinados a possibilitar a caracterização da obra
Diretorias a elaborar e divulgar à Comissão de Licitações, o plane- ou serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica, das
jamento anual das contratações públicas que pretendem realizar, propostas a serem ofertadas pelos particulares, incluindo:
identificando estimativa de valor e data das contratações. a) a demonstração e a justificativa do programa de necessida-
Parágrafo único. As contratações planejadas poderão sofrer des, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível
reajustes técnicos, inclusive em seu cronograma, a fim de melhor de serviço desejado;
atender as demandas da Administração, de modo que, determi- b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de
nados processos, comprovada a oportunidade e conveniência ad- entrega;
ministrativa, poderão ser agrupados, bem como suprimidos ou c) a estética do projeto arquitetônico;
incorporados a estrutura do plano a fim de cumprir os objetivos d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à econo-
estratégicos do planejamento de contratações públicas. mia na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais
e à acessibilidade;
CAPÍTULO III e) a concepção da obra ou do serviço de engenharia;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS f) os projetos anteriores ou estudos preliminares que embasa-
ram a concepção adotada;
SEÇÃO I g) o levantamento topográfico e cadastral;
DAS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA h) os pareceres de sondagem; e
i) o memorial descritivo dos elementos da edificação, dos com-
Artigo 30.O critério de julgamento pode ser o de menor pre- ponentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a
ço ou de melhor combinação de técnica e preço, pontuando-se na estabelecer padrões mínimos para a contratação.
avaliação técnica as vantagens e os benefícios que eventualmente II. nos demais regimes, o instrumento convocatório deverá con-
forem oferecidos para cada produto ou solução; ter projeto básico, nos termos do art. 42 da Lei n° 13.303, de 2016;
Artigo 31.Os serviços comuns de engenharia deverão ser licita- III. o instrumento convocatório deverá conter matriz de risco
dos na modalidade pregão. para obras e serviços de engenharia, podendo ser estendida aos
Artigo 32.Nas licitações de obras e serviços de engenharia, demais objetos, quando compatível com suas características;
além dos regimes de execução dispostos no artigo 21 poderão ser IV. o valor estimado da contratação deverá ser calculado com
utilizadas as seguintes formas: base nos valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela
I. contratação semi-integrada, quando for possível definir pre- Administração Pública em serviços e obras similares ou na avaliação
viamente no projeto básico as quantidades dos serviços a serem do custo global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou
posteriormente executados na fase contratual, em obra ou serviço metodologia expedita ou paramétrica;
de engenharia que possa ser executado com diferentes metodolo- V. no caso de contratação integrada, sempre que o anteprojeto
gias ou tecnologias; ou da licitação, por seus elementos mínimos, assim o permitir, as esti-
II. contratação integrada, quando a obra ou o serviço de en- mativas de preço deverão se basear em orçamento tão detalhado
genharia for de natureza predominantemente intelectual e de ino- quanto possível, devendo a utilização de estimativas paramétricas
vação tecnológica do objeto licitado ou puder ser executado com e a avaliação aproximada baseada em outras obras similares serem
diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mer- realizadas somente nas frações do empreendimento não suficien-
cado. temente detalhadas no anteprojeto da licitação, exigindo-se das
§ 1º – Na contratação integrada a CODEBA fica responsável contratadas, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento em seus
pela elaboração do anteprojeto, ficando sob responsabilidade da demonstrativos de formação de preços.
contratada a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e § 1° Na elaboração do orçamento estimado na forma prevista
executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a monta- no inciso IV, pode ser considerada taxa de risco compatível com o
gem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais ope- objeto da licitação e as contingências atribuídas à contratada, de-
rações necessárias e suficientes para entrega final do objeto. vendo a referida taxa ser motivada de acordo com metodologia de-
§ 2º – Na contratação semi-integrada a elaboração do Projeto finida pela CODEBA.
Básico é de responsabilidade da CODEBA. § 2° A taxa de risco a que se refere o § 1° não deverá integrar a
§ 3° – A elaboração do projeto executivo constitui encargo do parcela de benefícios e despesas indiretas (BDI) do orçamento es-
contratado, consoante preço previamente fixado pela CODEBA. timado, devendo ser considerada apenas para efeito de análise de
Artigo 33.A CODEBA deverá utilizar, preferencialmente, a con- aceitabilidade das propostas ofertadas no processo licitatório.
tratação semi integrada, podendo ser utilizados outros regimes de § 3° Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apre-
execução, desde que justificado. sentação de projetos com metodologias diferenciadas de execução,
Parágrafo Único – Para fins do previsto na parte final do caput, o instrumento convocatório deverá estabelecer critérios objetivos
não será admitida, por parte da CODEBA como justificativa para a para avaliação e julgamento das propostas.
adoção da modalidade de contratação integrada, a ausência de pro-
jeto básico.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4° Nas contratações integradas ou semi-integradas, os riscos c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a iden-
decorrentes de fatos supervenientes à contratação associados à tificação de determinada marca ou modelo apto a servir como refe-
escolha da solução de projeto básico pela contratada deverão ser rência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão
alocados como de sua responsabilidade na matriz de riscos. “ou similar ou de melhor qualidade”.
§ 5º Na adoção da contratação integrada, é vedada a celebra- II. exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualificação
ção de termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos seguintes ou na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde que
casos: justificada a necessidade de sua apresentação;
I. para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de- III. solicitar a certificação da qualidade do produto ou do pro-
corrente de caso fortuito ou força maior; e cesso de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por institui-
II. por necessidade de alteração do projeto ou das especifica- ção previamente credenciada ou oficial competente;
ções para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, IV. Solicitar, excepcional e motivadamente, atestando a essen-
a pedido da CODEBA, desde que não decorrentes de erros ou omis- cialidade da medida para a execução contratual, carta de solidarie-
sões por parte do contratado, observados os limites estabelecidos dade emitida pelo fabricante que assegure a execução do contrato,
no art. 66, inciso II. no caso de licitante revendedor ou distribuidor.
Artigo 35.Na contratação semi-integrada o projeto básico po- §1° O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da
derá ser alterado pelo contratado quando da elaboração do projeto proposta, a adequação às normas da Associação Brasileira de Nor-
executivo, desde que demonstrada a superioridade das inovações mas Técnicas (ABNT) ou a certificação da qualidade do produto por
em termos de redução de custos, de aumento da qualidade, de instituição credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Nor-
redução do prazo, de execução e de facilidade de manutenção ou malização e Qualidade Industrial (Sinmetro).
operação. §2° É facultada à CODEBA a exclusão de marcas ou de produtos
§ 1° Caberá à área demandante elaborar o documento téc- quando:
nico contendo definição precisa das frações do empreendimento I. decorrente de pré-qualificação de objeto;
em que haverá liberdade de as contratadas inovarem em soluções II. indispensável para melhor atendimento do interesse da CO-
metodológicas ou tecnológicas, seja em termos de modificação das DEBA, comprovado mediante justificativa técnica, operacional ou
soluções previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto bá- jurídica;
sico da licitação, seja em termos de detalhamento dos sistemas e III. mediante processo administrativo restar comprovado que
procedimentos construtivos previstos nessas peças técnicas; os produtos adquiridos e utilizados anteriormente não apresenta-
§ 2° Nas hipóteses de alteração previstas no caput deste artigo, ram o padrão de qualidade mínimo necessário ao atendimento das
a apresentação do projeto executivo deverá vir acompanhado de necessidades da CODEBA.
nova planilha de preços compatível com as alterações promovidas, Artigo 38.O custo global das compras deve ser obtido a par-
sem qualquer modificação nos demais serviços, BDI e Encargos So- tir de custos unitários, mediante apuração por meio da utilização
ciais, bem como o não acréscimo no valor global da proposta. de sistema zue contenha tabela referencial de preços, de sistema
§ 3° Consonante com a adequação do orçamento de que trata especifico instituído para o setor ou de pesquisa de mercado, nos
o § 2°, caberá ao contratado revisar as composições de preços uni- termos deste Regulamento.
tários, na proposição das novas soluções metodológicas ou tecno- Artigo 39.A relação das aquisições de bens efetivadas deve ser
lógicas para a execução dos serviços. publicada, semestralmente, em sítio eletrônico oficial na internet
§ 4° A proposta de alteração do projeto, bem como a sua res- de acesso irrestrito.
pectiva revisão orçamentária, será analisada pela área técnica fisca-
lizadora e submetida à respectiva Diretoria para aprovação. SEÇÃO III
Artigo 36.A CODEBA, na contratação de serviços de engenharia DAS CONTRATAÇÕES INTERNACIONAIS
de natureza intelectual ou estratégicos, deve estabelecer a obriga-
ção de a contratada promover a transição contratual com transfe- Artigo 40.Para participação de empresas estrangeiras nos pro-
rência de tecnologia e técnicas empregadas, sem perda de infor- cedimentos licitatórios e contratações em que a execução do objeto
mações, podendo exigir, inclusive, a capacitação de seus técnicos. se dê em território nacional, o edital deverá observar as seguintes
disposições:
SEÇÃO II I. diretrizes de política monetária e comércio exterior dos ór-
DAS NORMAS ESPECÍFICAS DA AQUISIÇÃO DE BENS gãos competentes, quando cabíveis;
II. exigências de habilitação mediante apresentação de docu-
Artigo 37.A CODEBA, na licitação para aquisição de bens, po- mentos equivalentes àqueles exigidos da empresa nacional;
derá: III. necessidade de representação legal no Brasil, prevendo po-
I. indicar marca ou modelo, desde que elaborado estudo técni- deres expressos para receber citação e responder administrativa ou
co formal, nas seguintes hipóteses: judicialmente.
a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto; Artigo 41.Para a realização de obras, prestação de serviços ou
b) quando determinada marca ou modelo comercializado por aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou
mais de um fornecedor, em razão de circunstância técnica, jurídi- doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira, ban-
ca ou operacional, constituir o único capaz de atender o objeto do co estrangeiro de fomento, organismo financeiro multilateral ou de-
contrato; mais entidades públicas ou privadas de natureza de direito interna-
cional, deverão ser admitidas as condições decorrentes de acordos,
protocolos, convenções, tratados e contratos internacionais.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1º – Na situação prevista no caput também serão admitidas Artigo 45.As despesas com publicidade e propaganda da CODE-
as normas e procedimentos operacionais daquelas entidades, in- BA não ultrapassarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco dé-
clusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa, o cimos por cento) da receita operacional bruta do exercício anterior.
qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, Artigo 46.O limite disposto acima poderá ser ampliado, até o
desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou limite de 2% (dois por cento) da receita bruta do exercício anterior,
da doação. por proposta da Diretoria Executiva justificada com base em parâ-
§ 2º – As normas e procedimentos operacionais citados no metros de mercado do setor específico de atuação da CODEBA e
parágrafo primeiro deste artigo serão adotados em detrimento da aprovada pelo respectivo Conselho de Administração.
legislação nacional aplicável, observados os princípios deste Regu- Artigo 47.É vedado realizar, em ano de eleição para cargos do
lamento quando compatível. ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade
SEÇÃO IV e patrocínio que excedam a média dos gastos nos 3 (três) últimos
DA ALIENAÇÃO anos que antecedem o pleito ou no último ano imediatamente an-
terior à eleição.
Artigo 42.A alienação de bens pela CODEBA será precedida de:
I. avaliação formal do bem contemplado; SEÇÃO VI
II. licitação, ressalvado o previsto nos artigos 150 e 151. DA PARTICIPAÇÃO EM CONSÓRCIO
§ 1º – A avaliação formal será feita observando-se as normas
regulamentares aplicáveis, admitindo-se a aplicação de redutores Artigo 48.Quando permitida na licitação a participação de em-
sobre o valor de avaliação apurado ou apreciação como bem sem presas em consórcio, deverão ser observadas as seguintes normas:
valor econômico, nos casos em que custos diretos e indiretos, de I. comprovação do compromisso público ou particular de cons-
natureza econômica, social, ambiental e operacional, bem como ris- tituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;
cos físicos, sociais e institucionais os autorizem, tais como: II. indicação da empresa responsável pelo consórcio que deve-
III. incidência de despesas que não justifiquem a sua manuten- rá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no
ção no acervo patrimonial da CODEBA; instrumento convocatório;
IV. classificação do bem como antieconômico, ou seja, de ma- III. apresentação dos documentos exigidos no Art. 96 e seguin-
nutenção onerosa ou que produza rendimento precário, em virtude tes por parte de cada consorciada, admitindo-se, para efeito de
de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada uma e,
V. classificação do bem como irrecuperável, ou seja, aquele que para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos
não pode ser utilizado para o fim a que se destina ou quando a re- valores na proporção de sua respectiva participação, podendo a
cuperação ultrapassar cinquenta por cento de seu valor de mercado CODEBA estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30%
orçado no âmbito de seu gestor; (trinta por cento) dos valores exigidos para o licitante individual,
VI. classificação do bem como ocioso, ou seja, aquele que apre- inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua to-
senta condições de uso, mas não está sendo aproveitado, ou aque- talidade, por microempresas e empresas de pequeno porte assim
le que, devido a seu tempo de utilização ou custo de transporte definidas em lei;
não justifique o remanejamento para outra unidade ou, por último, IV. impedimento de participação de empresa consorciada, na
aquele para o qual não há mais interesse; mesma licitação, por meio de mais de um consórcio ou isoladamen-
VII. custo de carregamento no estoque; te;
VIII. tempo de permanência do bem em estoque; V. responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos prati-
IX. depreciação econômica gerada por decadência estrutural/ cados em consórcio.
física, desvirtuação irreversível como ocupações irregulares perpe- Parágrafo único - O licitante vencedor ficará obrigado a promo-
tuadas pelo tempo, bem como depreciação gerada por alterações ver, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do
ambientais no local em que o bem se localiza, como erosões, conta- consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso “I” deste
minações, calamidades, entre outros; artigo.
X. custo de oportunidade do capital;
XI. outros fatores ou redutores de igual relevância. CAPÍTULO IV
§ 2º – O desfazimento, o reaproveitamento, a movimentação e DOS PROCEDIMENTOS DE LICITAÇÃO
a alienação de materiais inservíveis serão regulados em normativo
e poderão ocorrer mediante os seguintes procedimentos: Artigo 49.As licitações observação as seguintes sequências de
I. alienação gratuita ou onerosa; fases:
II. cessão ou Comodato. I. preparação: etapa de caracterização do objeto a ser contrata-
Artigo 43.As normas deste Regulamento aplicam-se também à do e definição dos parâmetros do certame;
alienação de imóveis integrantes do acervo patrimonial da CODEBA. II. divulgação: etapa de publicidade da licitação, observado o
disposto nos artigos 65 e 66 deste Regulamento;
SEÇÃO V III. apresentação de propostas ou lances, conforme o modo de
DAS CONTRATAÇÕES DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA disputa adotado: etapa de ofertas realizadas pelos licitantes para
disputar a contratação;
Artigo 44.A licitação e a contratação de serviços de publicidade IV. julgamento: etapa de classificação em ordem de vantajosi-
observam as diretrizes e os procedimentos deste Regulamento. dade conforme o critério de julgamento;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

V. verificação de efetividade dos lances ou propostas: aferição X. exigência de amostra;


da efetividade dos lances ou propostas para certificar de que a pro- XI. exigência de certificação de qualidade do produto ou do
posta classificada em primeiro lugar é exequível e atende aos requi- processo de fabricação;
sitos de qualidade previsto no instrumento convocatório ou que o XII. exigência de carta de solidariedade emitida pelo fabricante;
preço ofertado não é excessivo e pode ser aceito. XIII. antecipação de pagamento, quando for o caso;
VI. negociação: etapa em que, confirmada a efetividade do XIV. principais variáveis que interferem no custo do ciclo de
lance ou proposta que obteve a primeira colocação na etapa de vida do ativo;
julgamento, ou que passe a ocupar essa posição em decorrência XV. custo de aquisição;
da desclassificação de outra que tenha obtido colocação superior, XVI. custo de manutenção;
ocorre a negociação das condições mais vantajosas com quem as XVII. custo de operação; e
apresentou; XVIII. custo de descarte.
VII. habilitação: etapa na qual se verifica o atendimento dos XIX. indicação da fonte de recursos suficientes para a contra-
requisitos qualificatórios dos licitantes exigidos pelo instrumento tação;
convocatório para a execução do objeto; XX. termo de referência que contenha conjunto de elementos
VIII. interposição de recurso: etapa para os licitantes recorre- necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para ca-
rem das decisões da Comissão de Licitação ou do Pregoeiro; racterizar o objeto da contratação;
IX. adjudicação do objeto: ato pelo qual se atribui ao vencedor XXI. projeto básico para a contratação de obras e serviços de
o objeto da licitação para subsequente efetivação do contrato; engenharia, salvo no caso de contratação integrada;
X. homologação do resultado ou revogação do procedimento: XXII. justificativa da vantagem da disposição do objeto da licita-
o primeiro é o ato administrativo por meio do qual a autoridade ção em lotes ou parcelas para aproveitar as peculiaridades do mer-
competente verifica a legalidade dos atos praticados no processo cado e ampliar a competitividade, desde que a medida seja viável
licitatório e avalia a conveniência da contratação; o segundo é o técnica e economicamente e não haja perda de economia de escala;
ato de desfazimento do processo licitatório por oportunidade ou XXIII. minuta do instrumento convocatório;
conveniência do interesse público, em razão de fato superveniente, XXIV. minuta do contrato ou ata de registro de preço, quando
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal houver; e
conduta. XXV. ato de designação de Pregoeiro ou Comissão de Licitação.
Parágrafo único – A fase de que trata o inciso VII do caput deste Parágrafo Único: É de responsabilidade da Gerência Deman-
artigo poderá, mediante ato motivado, anteceder as referidas nos dante o atendimento aos incisos I a XI. É de responsabilidade da
incisos III e VI do caput deste artigo, desde que expressamente pre- Comissão de Licitação o atendimento aos incisos XII a XIV.
visto no instrumento convocatório. Artigo 52.O instrumento convocatório deve estabelecer as re-
gras a serem observadas no procedimento licitatório, indicando o
SEÇÃO I seguinte:
DA PREPARAÇÃO I. o objeto da licitação;
II. a forma de realização do procedimento licitatório, eletrônica
Artigo 50.As contratações e os procedimentos de licitações no ou presencial;
âmbito da CODEBA serão antecedidos por planejamento prévio III. o modo de disputa, aberto, fechado ou com combinação, os
e detalhado, com a finalidade de otimizar o desempenho da em- critérios de classificação para cada etapa da disputa e as regras para
presa, proteger o interesse público envolvido, com transparência apresentação de propostas e de lances;
e equidade, com vistas a maximizar seus resultados econômicos e IV. os requisitos de conformidade das propostas;
finalidades estatutárias. V. os critérios de julgamento e os critérios de desempate;
Artigo 51.Na fase de preparação do procedimento licitatório VI. a exigência, quando for o caso:
deverão ser observadas as orientações do Capítulo II, bem como VII. de marca ou modelo;
serem elaborados os atos, expedidos os documentos necessários VIII. de amostra;
para caracterização do objeto a ser contratado e definido os parâ- IX. de certificação de qualidade do produto ou do processo de
metros do certame, tais como: fabricação; e
I. justificativa da contratação; X. de carta de solidariedade emitida pelo fabricante;
II. objeto da contratação; XI. o prazo de validade da proposta;
III. orçamento e preço de referência, remuneração ou prêmio, XII. os prazos e meios para apresentação de pedidos de esclare-
conforme critério de julgamento adotado; cimentos, impugnações e recursos;
IV. requisitos de conformidade das propostas; XIII. os prazos e condições para a entrega do objeto;
V. cláusulas essenciais que deverão constar do contrato, a cri- XIV. as formas, condições e prazos de pagamento, bem como o
tério da Gerência Demandante, inclusive os referentes a sanções e, critério de reajuste, quando for o caso;
quando for o caso, a prazos de fornecimento; XV. a exigência de garantias e seguros, quando for o caso;
VI. procedimento de contratação, com a definição do critério XVI. os critérios objetivos de avaliação do desempenho da con-
de julgamento e do regime de execução a serem adotados; tratada, bem como os requisitos da remuneração variável, quando
VII. justificativa para: for o caso;
VIII. fixação dos fatores de ponderação na avaliação das pro- XVII. as sanções;
postas técnicas e de preço, quando escolhido o critério de julga- XVIII. os prazos para apresentação das propostas;
mento por técnica e preço; XIX. outras indicações especificas do procedimento licitatório.
IX. indicação de marca ou modelo; § 1º Integram o instrumento convocatório, como anexos:
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I. o termo de referência, o anteprojeto, o projeto básico ou exe- SUBSEÇÃO I


cutivo, conforme o caso; DA PESQUISA DE PREÇO
II. orçamento, se não for sigiloso;
III. a minuta do contrato ou ata de registro de preço, quando Artigo 54.Definida a especificação do objeto, e não se enqua-
houver; drando como serviços de engenharia, a Gerência Demandante, nos
IV. o Acordo de Nível de Serviço (ANS), quando for o caso; moldes deste Regulamento, realizará pesquisa de preços, a fim de
V. as especificações complementares e as normas de execução; obter o valor estimado da licitação.
e Artigo 55.A estimativa de preços relativamente à mão de obra
VI. a matriz de riscos. para prestação de serviços terceirizados será elaborada com base
§ 2° No caso de obras ou serviços de engenharia, o instrumento em planilha analítica de composição de custos da mão de obra e
convocatório deverá conter ainda: dos insumos, e observará os seguintes critérios:
I. o cronograma de execução, com as etapas necessárias à me- I. os salários dos empregados terceirizados serão fixados com
dição, ao monitoramento e ao controle das obras e o de desem- base em acordo ou convenção coletiva de trabalho da categoria
bolso; profissional pertinente;
II. a exigência de que os licitantes apresentem em suas propos- II. havendo mais de uma categoria em uma mesma contrata-
tas a composição analítica do percentual dos Benefícios e Despesas ção, os salários serão fixados com base no acordo ou na convenção
Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), discriminando todas as coletiva de cada categoria profissional;
parcelas que o compõem, exceto para contratação integrada; e III. não havendo acordo ou convenção coletiva de trabalho, os
III. as condições para a antecipação de pagamento, se for o salários serão fixados com base em preços médios obtidos em pes-
caso, mediante apresentação de garantias. quisa de mercado, em fontes especializadas, em empresas privadas
§ 3º No caso de contratação de ativos, a definição de critério do ramo pertinente ao objeto licitado, ou em órgãos públicos;
de julgamento deve levar em consideração o preço de aquisição, IV. os encargos sociais e tributos deverão ser fixados de acordo
acrescido do custo do ciclo de vida inclusive os relativos à manuten- com as leis específicas; e
ção, operação e ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de V. os valores dos insumos serão apurados com base em pesqui-
depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância. sa de preços, na forma dos artigos 56 a 60 deste Regulamento, ou
§ 4° O instrumento convocatório pode restringir a participação em preços fixados nos instrumentos legais pertinentes.
no certame aos licitantes pré-qualificados, observado o disposto no Parágrafo Único – Deverá constar dos editais de licitação que:
capítulo Da Pré-Qualificação. I. as propostas de preço consignarão expressamente os custos
§ 5° A minuta do instrumento convocatório deverá ser previa- de vale alimentação e de vale-transporte.
mente examinada e aprovada pela Gerência Jurídica, admitida a II. o pagamento de vale-alimentação e de vale-transporte será
adoção de minutas-padrão. obrigatório, ainda que não esteja previsto em acordo ou convenção
§ 6° A Gerência Jurídica pode aprovar minutas de instrumen- coletiva de trabalho.
tos convocatórios e de contratos relativos a objetos de contratação III. o valor da remuneração dos empregados terceirizados não
rotineira, com vistas a utilização nas hipóteses em que se faça ne- poderá ser inferior ao previsto em acordo ou convenção coletiva de
cessário tão somente o preenchimento de informações referentes trabalho, ou ainda, se for caso, ao fixado pela Administração.
à quantidade de bens e serviços, às dependências favorecidas, ao Artigo 56.A estimativa de preço de materiais, de equipamen-
local de entrega dos bens ou prestação do serviço, à dimensão da tos, de insumos, e de serviços contratados para fornecimento de
área concedida etc., vedada a alteração de quaisquer de suas cláu- bens ou utilidades, será realizada mediante a utilização de um dos
sulas. seguintes parâmetros:
§ 7° O disposto no § 6° não impede a formalização de adita- I. portal de compras governamentais - www.comprasgoverna-
mentos, nas situações previstas neste Regulamento. mentais.gov.br;
Artigo 53.É vedado constar do instrumento convocatório, ex- II. pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos
cetuando as possibilidades previstas neste Regulamento e que de- especializados ou de domínio amplo, desde que contenha a data e
mandam de prévia motivação, as seguintes disposições: hora de acesso;
I. cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou III. contratações similares de outros entes públicos, em execu-
frustrem o caráter competitivo e estabeleçam preferências ou dis- ção ou concluídos nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data
tinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitan- da pesquisa de preços; ou
tes, sem prévia motivação; IV. pesquisa com os fornecedores.
II. qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante § 1º No âmbito de cada parâmetro, o resultado da pesquisa de
para o específico objeto do contrato; preços será a média ou o menor dos preços obtidos.
III. exigência de comprovação de atividades ou de aptidão, com § 2º No caso do inciso I será admitida a pesquisa de um único
limitações de tempo, época, locais específicos que inibam indevida- preço.
mente a participação na licitação; § 3º A utilização de outro método para a obtenção do resultado
IV. utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, da pesquisa de preços, que não o disposto no § 1º, deverá ser devi-
secreto, subjetivo ou reservado que possa, ainda que indiretamen- damente justificada pela área demandante.
te, elidir o princípio da igualdade entre os licitantes. § 4º No caso do inciso IV, somente serão admitidos os preços
cujas datas não se diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta)
dias.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 5º Excepcionalmente, mediante justificativa da área deman- Artigo 61.Constatada a inviabilidade da obtenção de preços nas
dante, será admitida a pesquisa com menos de três preços ou for- formas previstas nos artigos 56 a 60 deste Regulamento, justificada-
necedores. mente, poderão ser adotadas outras soluções a fim de não frustrar
§ 6º Para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, não a compra ou a contratação pretendida, devendo a área demandan-
poderão ser considerados os preços inexequíveis ou os excessiva- te justificar o modo adotado.
mente elevados, conforme critérios fundamentados e descritos no Artigo 62.Caso se verifique, após a realização da pesquisa de
processo administrativo. preços, a necessidade de se alterar o Termo de Referência/Projeto
§ 7º Para fins deste Regulamento, os preços praticados em ór- Básico/AP, a área demandante deverá formular novo levantamento
gãos ou em entidades da Administração Pública se provam, dentre de preços, ressalvada as hipóteses em que a mudança processada
outras formas, por meio de resultados de recentes processos lici- não afetar a valoração do objeto.
tatórios, de aquisições e contratações recentemente empenhadas, Artigo 63.O disposto nos artigos acima não se aplica a obras e
de preços registrados em atas de registro de preços vigentes, ou de serviços de engenharia, de que trata o Decreto nº 7.983, de 8 de
preços praticados em contratos em execução. abril de 2013.
Artigo 57.Quando a pesquisa de preços for realizada com os Artigo 64. A estimativa de preço de serviços de obras e servi-
fornecedores, estes deverão receber solicitação formal para apre- ços de engenharia deverão ser elaboradas, preferencialmente e no
sentação de cotação. que couber, com base em preços obtidos em Tabelas de Preços de
Parágrafo único. Deverá ser conferido aos fornecedores prazo Consultoria, no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
de resposta compatível com a complexidade do objeto a ser licita- da Construção Civil (Sinapi) ou na tabela do Sistema de Custos de
do, o qual não será inferior a cinco dias úteis. Obras Rodoviárias (SICRO).
Artigo 58.Não serão admitidas estimativas de preços obtidas
em sítios de leilão ou de intermediação de vendas. SEÇÃO II
Artigo 59.As pesquisas de preços no mercado poderão ser rea- DA PUBLICIDADE
lizadas na internet, via e-mail ou correspondência, em publicações
especializadas, observadas as seguintes orientações: Artigo 65.O aviso com o resumo do edital da licitação, o extrato
I. no caso de pesquisa de preços realizada em lojas na internet, do contrato e aditivos dele decorrentes deverão ser publicados no
deverá ser juntada aos autos a cópia da página pesquisada em que Diário Oficial da União e no sítio eletrônico da CODEBA.
conste o preço, a descrição do bem, e a data da pesquisa; § 1º – Demais atos e procedimentos do processo, serão divul-
II. no caso de pesquisa de preços realizada por e-mail ou cor- gados exclusivamente por meio eletrônico, nos termos definidos no
respondência, deverão ser juntados aos autos o pedido e a resposta instrumento convocatório.
do fornecedor; § 2° – O aviso da licitação conterá a definição resumida do obje-
III. no caso de pesquisa de preços em publicações especializa- to, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser consul-
das, deverá ser juntada aos autos a cópia da capa e da página pes- tada ou obtida a íntegra do instrumento convocatório, bem como o
quisada ou, alternativamente, indicado o número da publicação e endereço, data e hora da sessão pública, devendo ser priorizada a
da página pesquisada. disponibilização gratuita e integral no sítio eletrônico da CODEBA.
Artigo 60.Para as pesquisas de preços no mercado via e-mail § 3º – À conveniência e oportunidade poderá a Comissão de
ou por correspondência deverão ser adotados os seguintes proce- Licitação solicitar a publicação do edital resumido da licitação em
dimentos: jornais de grande circulação, culminando com a constatação da es-
I. após 5 (cinco) dias úteis, contados da emissão do e-mail ou da sencialidade da transparência administrativa.
correspondência, não havendo resposta, o responsável pela pesqui- § 4º – Serão mantidas no sítio eletrônico da CODEBA todas as
sa de preços deverá reiterar o pedido; informações concernentes a processos licitatórios, os respectivos
II. decorrido o prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da emissão instrumentos convocatórios, resultados dos certames, bem como
do primeiro e-mail ou da primeira correspondência, os procedimen- todos os contratos e aditivos celebrados, de maneira a assegurar a
tos relacionados à estimativa de preços poderão ser continuados identificação dos contratados, objetos dos contratos, prazo de vi-
com base nas propostas já obtidas, ainda que em número inferior gência e o valor das contratações.
a 3 (três), desde que comprovado que os procedimentos previstos Artigo 66.Serão observados os seguintes prazos mínimos para a
neste artigo foram adotados. apresentação de propostas ou lances, contados a partir da divulga-
§ 1º Nas hipóteses em que forem recebidas cotações discre- ção do instrumento convocatório:
pantes entre si, o(s) responsável(is) pela realização da pesquisa I. para aquisição e alienação de bens:
deverá(ão) se certificar da correta compreensão, pelas sociedades a) 8 (oito) dias úteis, quando adotado como critério de julga-
consultadas, do objeto a ser licitado, podendo disponibilizar novo mento o menor preço ou o maior desconto;
prazo para que estas possam sanear seus orçamentos. b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
§ 2º Se as discrepâncias referidas no parágrafo anterior ainda II. para contratação de obras e serviços:
assim permanecerem deverá ser fixado os critérios para a seleção a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de jul-
dos orçamentos formadores do valor estimado da licitação, sendo gamento o menor preço ou o maior desconto;
justificado na instrução do processo licitatório eventuais exclusões b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
ou ajustes dos valores orçados. III. 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se
adote como critério de julgamento a melhor técnica ou a melhor
combinação de técnica e preço, bem como para licitação em que
haja contratação semi-integrada ou integrada.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 1° – O termo inicial para a contagem dos prazos mínimos fi- to das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos So-
xados por este artigo será a data da última veiculação do aviso da ciais (ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor,
licitação. com exceção da contratação integrada.
§ 2° – As modificações promovidas no instrumento convoca-
tório serão objeto de divulgação nos mesmos termos e prazos dos SEÇÃO IV
atos e procedimentos originais, exceto quando a alteração não afe- DOS CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
tar a preparação das propostas.
Artigo 75.Poderão ser utilizados os seguintes critérios de jul-
SEÇÃO III gamento:
DA APRESENTAÇÃO DE LANCES OU PROPOSTAS E DO MODO I. menor preço;
DE DISPUTA II. maior desconto;
III. melhor combinação de técnica e preço;
Artigo 67.Após a publicidade do instrumento convocatório ini- IV. melhor técnica;
cia-se a fase de apresentação de propostas ou lances. V. melhor conteúdo artístico;
Artigo 68.Poderão ser adotados os modos de disputa aberto, VI. maior oferta de preço;
fechado ou a combinação de ambos quando o objeto da licitação VII. maior retorno econômico;
puder ser parcelado. VIII. melhor destinação de bens alienados.
Artigo 69.No modo de disputa aberto os licitantes apresenta- § 1º – Os critérios de julgamento serão expressamente identi-
rão lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, con- ficados no instrumento convocatório e poderão ser combinados na
forme o critério de julgamento adotado, iniciando pelo licitante que hipótese de parcelamento do objeto.
apresentou a proposta menos vantajosa. § 2º – Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos
Parágrafo Único – Quando for adotado o modo de disputa III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das propostas será
aberto o instrumento convocatório poderá admitir as seguintes efetivado mediante o emprego de parâmetros específicos, defini-
possibilidades: dos no instrumento convocatório destinados a limitar a subjetivida-
I. a apresentação de lances intermediários, quais sejam: de do julgamento.
a) iguais ou inferiores ao maior já ofertado, mas superiores ao § 3º – Para efeito de julgamento não serão consideradas vanta-
último lance dado pelo próprio licitante, quando adotado o julga- gens não previstas no instrumento convocatório.
mento pelo critério da maior oferta de preço; ou § 4º – O procedimento listado nesta seção constitui procedi-
b) iguais ou superiores ao menor já ofertado, mas inferiores mento padrão para todos os critérios de julgamento. As variações
ao último lance dado pelo próprio licitante, quando adotados os que eventualmente possam existir em cada critério serão previstas
demais critérios de julgamento. no respectivo edital.
II. o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lan-
ce, para definição das demais colocações, quando existir diferença SUBSEÇÃO I
de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o sub- DO MENOR PREÇO OU MAIOR DESCONTO
sequente.
Artigo 70.No modo de disputa fechado, as propostas apresen- Artigo 76.O critério de julgamento pelo menor preço ou maior
tadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora designadas desconto considerará o menor dispêndio para a CODEBA, atendi-
para que sejam divulgadas e não haverá a fase de lances. dos os parâmetros mínimos de qualidade definidos no instrumento
Parágrafo Único – No caso de licitações presenciais a aber- convocatório.
tura dos envelopes contendo as propostas e a documentação de Parágrafo Único – Os custos indiretos, relacionados às despesas
habilitação será realizada sempre em sessão pública, previamente de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto am-
designada, da qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos biental, entre outros fatores, poderão ser considerados para a de-
membros da comissão de licitação ou pelo Pregoeiro, facultada a finição do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensurá-
assinatura aos licitantes presentes, ficando as propostas classifica- veis, conforme parâmetros definidos no instrumento convocatório.
das conforme critério de vantajosidade. Artigo 77.O critério de julgamento por maior desconto:
Artigo 71.No caso de parcelamento do objeto, cada item ou I. terá como referência o preço global fixado no instrumento
lote licitado poderá adotar um modo de disputa diverso, aberto ou convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propostas
fechado. ou lances vencedores a eventuais termos aditivos;
Artigo 72.O instrumento convocatório poderá estabelecer per- II. no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto in-
centual de diferença sobre o valor da proposta mais vantajosa para cidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens constantes do
ser respeitado como intervalo mínimo entre os lances. orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o ins-
Artigo 73.Nas licitações de obras ou serviços de engenharia a trumento convocatório.
proposta deverá estar acompanhada de planilhas com indicação Parágrafo Único – A adoção do critério de julgamento baseado
dos quantitativos e dos custos unitários, cronograma, bem como no maior desconto para as contratações de obras e serviços de en-
do detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos genharia deverá ser precedida de justificativa de sua vantajosidade
Encargos Sociais (ES), em meio físico e eletrônico. sobre o critério de julgamento baseado na indicação do menor va-
Artigo 74.Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, lor nominal, que deverá ser anexada aos autos do processo admi-
após o julgamento das propostas, o licitante vencedor deverá reela- nistrativo de contratação.
borar e apresentar, por meio eletrônico, as planilhas com indicação
dos quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamen-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SUBSEÇÃO II Artigo 82.Nas licitações que adotem o critério de julgamento


DA MELHOR COMBINAÇÃO DE TÉCNICA E PREÇO OU pelo melhor conteúdo artístico a comissão de licitação será auxilia-
MELHOR TÉCNICA da por Comissão Especial integrada por, no mínimo, três pessoas de
reputação ilibada e notório conhecimento da matéria em exame,
Artigo 78.Os critérios de julgamento pela melhor combinação empregados ou não.
de técnica e preço ou de melhor técnica serão utilizados, em espe- Parágrafo único. Os membros da Comissão Especial a que se
cial, nas licitações destinadas a contratar objeto: refere o caput responderão por todos os atos praticados, salvo se
I. de natureza predominantemente intelectual e de inovação for consignado posição individual divergente estiver registrada na
tecnológica ou técnica; ou ata da reunião em que adotada a decisão.
II. que possa ser executado com diferentes metodologias ou
tecnologias de domínio restrito no mercado, pontuando-se as van- SUBSEÇÃO IV
tagens e qualidades oferecidas para cada produto ou solução. DA MAIOR OFERTA DE PREÇO
§ 1° Será escolhido um dos critérios de julgamento a que se
refere o caput quando a necessidade técnica demandar qualidade Artigo 83.O critério de julgamento pela maior oferta de preço
que não possa ser obtida apenas pela fixação de requisitos mínimos será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para a
estabelecidos no instrumento convocatório e quando o fator preço CODEBA, como de alienações, locações, permissões ou concessões
não seja preponderante para a escolha da melhor proposta. de uso de bens.
§ 2° Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am- § 1º – Se adotado o critério de julgamento referido no caput,
biental para a pontuação das propostas técnicas. poderá ser dispensado o cumprimento dos requisitos de qualifica-
Artigo 79.No julgamento pelo critério de melhor combinação ção técnica e econômico financeiro.
de técnica e preço, deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas § 2º – Poderá ser requisito de habilitação a comprovação do
técnicas e de preço apresentadas pelos licitantes, segundo fatores recolhimento de quantia como garantia, limitada a cinco por cento
de ponderação objetivos previstos no instrumento convocatório. do valor mínimo de arrematação.
§ 1° O fator de ponderação técnico poderá ser fixado em até § 3º – Na hipótese do § 2º, o licitante vencedor perderá a quan-
70% (setenta por cento). tia em favor da CODEBA caso não efetue o pagamento devido no
§ 2° O instrumento convocatório estabelecerá pontuação mí- prazo estipulado.
nima para as propostas técnicas e valor máximo para aceitação do § 4º – Os bens e direitos a serem licitados pelo critério de maior
preço, cujo não atendimento em ambos os casos implicará desclas- oferta serão previamente avaliados para fixação do valor mínimo de
sificação da proposta. arrematação.
Artigo 80.No critério de julgamento de melhor combinação de Artigo 84.Os bens e direitos arrematados serão pagos e entre-
técnica e preço ou de melhor técnica, o instrumento convocatório gues ao arrematante nos termos e condições previamente fixadas
deverá definir com clareza e objetividade, entre outros, os seguin- no instrumento convocatório.
tes critérios de pontuação:
I. capacitação e a experiência do proponente; SUBSEÇÃO V
II. qualidade técnica da proposta; DO MAIOR RETORNO ECONÔMICO
III. compreensão da metodologia;
IV. organização; Artigo 85.No critério de julgamento pelo maior retorno econô-
V. sustentabilidade ambiental; mico as propostas serão consideradas de forma a selecionar a que
VI. tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos tra- proporcionar a maior economia para a CODEBA decorrente da exe-
balhos; e cução do contrato.
VII. qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para § 1° O critério de julgamento pelo maior retorno econômico
a sua execução. será utilizado exclusivamente para a celebração de contrato de efi-
Parágrafo único - No caso de julgamento por melhor técnica, o ciência.
valor do prêmio ou da remuneração será previsto no instrumento § 2° O contrato de eficiência terá por objeto a prestação de
convocatório. serviços, que poderá incluir a realização de obras e o fornecimento
de bens, com o objetivo de proporcionar economia à CODEBA, na
SUBSEÇÃO III forma de redução de despesas correntes.
DO MELHOR CONTEÚDO ARTÍSTICO § 3° O instrumento convocatório deverá prever parâmetros
objetivos de mensuração da economia gerada com a execução do
Artigo 81.O critério de julgamento pelo melhor conteúdo artís- contrato, que servirá de base de cálculo da remuneração devida ao
tico poderá ser utilizado para a contratação de projetos e trabalhos contratado.
de natureza artística. § 4° Para efeito de julgamento da proposta, o retorno econômi-
Parágrafo único. O instrumento convocatório definirá o prê- co é o resultado da economia que se estima gerar com a execução
mio ou a remuneração que será atribuída ao vencedor, devendo da proposta de trabalho, deduzida a proposta de preço.
estabelecer parâmetros mínimos aceitáveis para o objeto posto em § 5º – Quando não for gerada a economia prevista no lance ou
competição. propostas, a diferença entre a economia contratada e a efetivamen-
te obtida será descontada da remuneração do contratado.
§ 6º – Se a diferença entre a economia contratada e a efetiva-
mente obtida for superior à remuneração da contratada, será apli-
cada sanção prevista no contrato.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 86.Nas licitações que adotem o critério de julgamento SEÇÃO VI


pelo maior retorno econômico, os licitantes apresentarão: DA VERIFICAÇÃO DE EFETIVIDADE DOS LANCES
I. proposta de trabalho, que deverá contemplar: OU PROPOSTAS
II. as obras, serviços ou bens, com respectivos prazos de reali-
zação ou fornecimento; Artigo 90.Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será
III. a economia que se estima gerar, expressa em unidade de verificada a sua efetividade, promovendo-se a desclassificação da-
medida associada à obra, bem ou serviço e expressa em unidade queles que:
monetária. I. contenham vícios insanáveis;
IV. proposta de preço, que corresponderá a um percentual so- II. descumpram especificações técnicas constantes do instru-
bre a economia que se estima gerar durante determinado período, mento convocatório;
expressa em unidade monetária. III. apresentem preços manifestamente inexequíveis ou não
tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela CO-
SUBSEÇÃO VI DEBA;
MELHOR DESTINAÇÃO DE BENS ALIENADOS IV. se encontrem acima do orçamento estimado para a contra-
tação;
Artigo 87.Na implementação do critério melhor destinação de V. apresentem desconformidade com outras exigências do ins-
bens alienados, será obrigatoriamente considerada, nos termos do trumento convocatório, salvo se for possível a acomodação a seus
respectivo instrumento convocatório, a repercussão, no meio so- termos antes da adjudicação do objeto e sem que se prejudique a
cial, da finalidade para cujo atendimento o bem será utilizado pelo atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
adquirente. § 1º – A verificação da efetividade dos lances ou propostas
§ 1° - O instrumento convocatório conterá os parâmetros obje- poderá ser feita exclusivamente em relação aos lances e propostas
tivos para aferição da repercussão no meio social da destinação a mais bem classificados.
ser dada pelo bem alienado. § 2º – A CODEBA poderá realizar diligências para aferir a exe-
§ 2° - A destinação do bem alienado deverá estar alinhada com quibilidade das propostas ou exigir dos licitantes que ela seja de-
os objetivos de políticas públicas previstos na carta anual de que monstrada.
trata o Art. 8° inciso I, da Lei n° 13.303/16, com o plano de negó- § 3º – Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consi-
cios ou com a estratégia de longo prazo da CODEBA, ou com valores deram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a
constitucionais e legais que cumpre à empresa realizar. 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
§ 3° - O descumprimento da finalidade a que se refere o caput I. média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
deste artigo resultará na imediata restituição do bem alcançado ao (cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado pela CODE-
acervo patrimonial da CODEBA, vedado, nessa hipótese, o paga- BA; ou
mento de indenização em favor do adquirente. II. valor do orçamento estimado pela CODEBA.
§ 4° O disposto no § 3° não afasta o dever de restituir o valor § 4º – Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exe-
recebido a título de pagamento. quibilidade ou de sobre preço, deverão ser estabelecidos critérios
§ 5° Será reputada vencedora a proposta que, nos termos do de aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os
disposto no instrumento convocatório, oferte o preço estimado quantitativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento
pela CODEBA e represente a utilização que produza a melhor reper- convocatório.
cussão no meio social. § 5° Consideram-se preços manifestamente inexequíveis, aque-
§ 6° A decisão será objetiva e suficientemente motivada. les que não venham a ter demonstrada sua viabilidade por meio de
documentos que comprovem que os custos dos insumos são coe-
SUBSEÇÃO VII rentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade
DA PREFERÊNCIA E DO DESEMPATE são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições
estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licita-
Artigo 88.Aplicam-se às licitações as disposições sobre direito ção.
de preferência constantes dos artigos 42 a 49 da Lei Complementar § 6° Para efeito de demonstração da exequibilidade dos preços
nº 123/2006. na forma do
I. nas licitações em que após o exercício do direito de prefe- §5°, não se admitirá proposta que apresente preços global ou
rência de que trata o artigo anterior esteja configurado empate em unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com
primeiro lugar, serão utilizados na ordem em que se encontram os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos res-
enumerados, os seguintes critérios de desempate: pectivos encargos, de forma a demonstrar a adequação do preço
II. disputa final, em que os licitantes empatados poderão apre- proposto em face dos custos que incidirão sobre a execução do
sentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao encerramento contrato, exceto quando se referirem a materiais e instalações de
da etapa de julgamento; propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a par-
III. os critérios estabelecidos no artigo 3º da Lei nº 8.248, de 23 cela ou à totalidade da remuneração, desde que a renúncia esteja
de outubro de 1991, e no § 2º do artigo 3º da Lei nº 8.666, de 21 expressa na proposta.
de junho de 1993; § 7° Se houver indícios de inexequibilidade do preço ofertado,
IV. sorteio. ou em caso da necessidade de esclarecimentos complementares,
poderá ser efetuada diligência, para fins de comprovação de sua
viabilidade econômica, podendo-se adotar, dentre outros, os se-
guintes procedimentos:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I. intimação do licitante para a apresentação de justificativas e Artigo 92.A negociação será conduzida pela Comissão de Licita-
comprovações em relação aos custos com indícios de inexequibili- ção ou pelo Pregoeiro, na busca de condições mais vantajosas para
dade; a CODEBA, que podem abranger os diversos aspectos da proposta,
II. verificação de acordos coletivos, convenções coletivas ou desde preço, prazos de pagamento e de entrega.
sentenças normativas em dissídios coletivos de trabalho; § 1º No caso de a licitante apresentar condição de preço mais
III. levantamento de informações junto ao Ministério do Traba- vantajosa para a CODEBA, a Comissão de Licitação dará o prazo de
lho e Emprego e Ministério da Previdência Social; 48 horas para que o licitante apresente proposta final adequada ao
IV. consultas a entidades ou conselhos de classe, sindicatos ou valor negociado.
similares; § 2º Quando envolver aspectos técnicos, a negociação deverá
V. pesquisas em órgãos públicos ou empresas privadas; ser acompanhada por representante da área demandante.
VI. verificação de outros contratos que o licitante mantenha Artigo 93.Nas licitações eletrônicas, os atos de negociação
com a CODEBA, com entidades públicas ou privadas; serão praticados em ambiente público, de modo que as trocas de
VII. pesquisa de preço com fornecedores dos insumos utiliza- mensagens entre a CODEBA e o licitante detentor da melhor pro-
dos, tais como: atacadistas, lojas de suprimentos, supermercados posta fiquem disponíveis para todos os participantes.
e fabricantes; Artigo 94.Nas licitações presenciais, os atos de negociação se-
VIII. verificação de notas fiscais dos produtos adquiridos pelo rão praticados na sessão pública e seus termos serão registrados na
licitante; respectiva ata.
IX. levantamento de indicadores salariais ou trabalhistas publi- Artigo 95.Após a fase de negociação, a Comissão de Licitação
cados por órgãos de pesquisa; ou Pregoeiro classificará o licitante e iniciará a análise da documen-
X. estudos setoriais; tação de habilitação, segundo os critérios de julgamento fixados no
XI. consultas às Secretarias de Fazenda Federal, distrital, esta- instrumento convocatório.
dual ou Municipal;
XII. análise de soluções técnicas escolhidas e/ou condições ex- SEÇÃO VIII
cepcionalmente favoráveis que o licitante disponha para a presta- DA HABILITAÇÃO
ção dos serviços; e
XIII. demais verificações que porventura se fizerem necessárias. Artigo 96.Na habilitação a CODEBA deverá exigir a documenta-
§ 8° Quando todos os licitantes forem desclassificados ou inabi- ção de acordo com os parâmetros a seguir, a partir da necessidade
litados, a CODEBA poderá fixar prazo de até 8 (oito) dias úteis para do objeto:
a apresentação de novas propostas ou documentação escoimadas I. habilitação jurídica da empresa;
das causas que culminaram nas respectivas desclassificações ou II. prova de regularidade fiscal;
inabilitações. III. qualificação econômico-financeira;
§ 9° Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresen- IV. qualificação técnica;
tadas por licitantes estrangeiros deverão ser submetidas à equaliza- V. recolhimento de quantia a título de adiantamento, no caso
ção dos preços visando acrescer a elas o valor correspondente aos de licitação cujo critério de julgamento for o de maior oferta.
gravames decorrentes dos tributos, encargos sociais, trabalhistas e § 1º – Quando o critério de julgamento utilizado for a maior
previdenciários a que estão submetidos os licitantes brasileiros. oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de capacida-
de econômica e financeira poderão ser dispensados.
SEÇÃO VII § 2º – Reverterá a favor da CODEBA o valor de quantia even-
DA NEGOCIAÇÃO tualmente exigida no instrumento convocatório a título de adian-
tamento, previsto no inciso V do caput, caso o licitante não efetue
Artigo 91.Confirmada a efetividade do lance ou proposta que o restante do pagamento devido no prazo para tanto estipulado.
obteve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que passe Artigo 97.Os documentos necessários à habilitação poderão
a ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra ser apresentados em original ou mediante cópia autenticada por
que tenha obtido colocação superior, a CODEBA deverá negociar cartório competente ou por empregado da CODEBA, membro da
condições mais vantajosas com quem o apresentou. comissão de licitação ou Pregoeiro, por publicação em órgão da im-
§ 1º – Ainda que a proposta do primeiro classificado esteja aci- prensa oficial ou obtidos pela internet em sítios oficiais do órgão
ma do orçamento estimado, poderá haver negociação com o licitan- emissor.
te para obtenção de condições mais vantajosas. § 1° Os documentos de habilitação poderão ser substituídos,
§ 2º – Caso a licitante não apresente contraproposta na nego- total ou parcialmente, pela consulta ao Sistema de Cadastramento
ciação, prevalecerá a proposta apresentada na etapa de lances. Unificado de Fornecedores – SICAF, e emissão da respectiva decla-
§ 3º – A negociação de que trata o parágrafo primeiro poderá ração.
ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem de classificação, § 2° As empresas estrangeiras atenderão, nas licitações inter-
quando o primeiro colocado, após a negociação, for desclassificado nacionais, às exigências de habilitação mediante documentos equi-
por sua proposta permanecer superior ao orçamento estimado. valentes, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos
§ 4º – Se depois de adotada a providência referida no § 3º des- por tradutor juramentado.
te artigo não for obtido valor igual ou inferior ao orçamento esti- § 3° As certidões expedidas pelos órgãos da administração fis-
mado para a contratação, a licitação será revogada ou declarada cal e tributária, desde que assim instituídas pelo órgão emissor, po-
fracassada. derão ser emitidas pela internet (rede mundial de computadores),
sendo válidas independentemente de assinatura ou chancela de
servidor dos órgãos emissores.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4° os documentos de habilitação serão exigidos apenas do § 4° O valor do patrimônio líquido a que se refere o § 3° não
licitante vencedor, exceto no caso de inversão de fases. poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da con-
tratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da
SUBSEÇÃO I apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização
DA HABILITAÇÃO JURÍDICA por índices oficiais.

Artigo 98.A documentação relativa à habilitação jurídica, con- SUBSEÇÃO IV


forme o caso, consistirá em: DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
I. cédula de identidade, no caso de pessoa física;
II. registro comercial, no caso de empresa individual; Artigo 101. A documentação relativa à qualificação técnica li-
III. ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devi- mitar-se-á:
damente registrado, em se tratando de sociedades comerciais sen- I. ao registro ou à inscrição na entidade profissional competen-
do que, no caso de sociedades por ações, deverá se fazer acompa- te;
nhar da ata de eleição de seus administradores; II. capacidade técnico operacional e profissional;
IV. inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, III. à prova de atendimento de requisitos previstos em lei espe-
acompanhada de ato formal de designação de diretoria em exer- cial, quando for o caso;
cício; IV. prova de requisitos de sustentabilidade ambiental, quando
V. decreto de autorização ou equivalente, em se tratando de couber.
empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato V. poderá ser exigida apresentação de outros documentos es-
de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo ór- pecíficos em complementação aos acima referidos, se a natureza da
gão competente quando a atividade assim o exigir. contratação ou lei especial assim o exigir.
§ 1° Para comprovação da capacidade mencionada no inciso
SUBSEÇÃO II II do caput de que a licitante possui aptidão para desempenhar as
DA REGULARIDADE FISCAL parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, deve a
CODEBA verificar:
Artigo 99.A documentação relativa à regularidade fiscal consis- I. a capacidade técnico-operacional da empresa licitante me-
tirá em: diante apresentação de atestados fornecidos por pessoas jurídicas
I. prova de inscrição no CNPJ ou CPF, conforme o caso; de direito público ou privado suficientes para comprovar a aptidão
II. prova de regularidade com o INSS, mediante a apresentação do licitante;
da Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e a II. a capacidade técnico-profissional, no caso de obras e ser-
Dívida Ativa da União; viços de engenharia, do profissional indicado pelo licitante como
III. prova de regularidade relativa ao Fundo de Garantia por seu Responsável Técnico, mediante apresentação de Certidões de
Tempo de Serviço (FGTS), mediante a apresentação do Certificado Acervo Técnico – CAT, expedidos pelo CREA, acompanhados de seus
de Regularidade do FGTS (CRF); respectivos atestados, registrados neste Conselho.
IV. prova da regularidade com a Fazenda Pública Federal, me- § 2° As parcelas de maior relevância técnica e de valor signi-
diante a apresentação da Certidão Negativa de Débitos Tributários. ficativo mencionadas no § 1° serão definidas no instrumento con-
vocatório podendo, conforme o caso, ser exigida uma experiência
SUBSEÇÃO III correspondente a até 50% (cinquenta por cento) de tais parcelas,
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICA-FINANCEIRA podendo ser admitida a somatória de atestados, conforme instru-
mento convocatório.
Artigo 100. A documentação relativa à qualificação econômi- § 3° As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros,
co-financeira limitar-se-á apresentação de balanço patrimonial do máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, conside-
último exercício social já exigível na forma da lei. rados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão
§ 1° A comprovação da boa situação financeira da empresa será atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da decla-
feita de forma objetiva, por meio de cálculo de índices contábeis ração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedadas
previstos no instrumento convocatório e devidamente justificados as exigências de propriedade e de localização prévia.
no processo administrativo da licitação, vedada a exigência de índi- § 4° Os profissionais indicados pelo licitante para fins de com-
ces e valores não usualmente adotados. provação da capacitação técnica deverão participar da execução do
§ 2° A exigência constante no § 1° limitar-se-á à demonstração contrato, admitindo-se a substituição por profissionais de experiên-
da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos cia equivalente ou superior, desde que aprovada previamente pela
que terá que assumir, vedada a fixação de valores mínimos de fatu- CODEBA.
ramento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.
§ 3° A CODEBA, nas compras para entrega futura e na execução SEÇÃO IX
de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocató- DOS RECURSOS
rio, a exigência de patrimônio líquido mínimo, como dado objetivo
de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitan- Artigo 102. Decorrida a fase de habilitação, haverá fase recursal
tes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser única, salvo no caso de inversão de fases.
ulteriormente celebrado. Parágrafo Único - Na hipótese de inversão de fases prevista no
caput, o prazo recursal será aberto:
I. após a habilitação;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II. após o encerramento da verificação de efetividade dos lan- Parágrafo único. Os prazos se iniciam e vencem exclusivamente
ces ou propostas, abrangendo os atos decorrentes do julgamento. em dias úteis de expediente, desconsiderando-se os feriados e re-
Artigo 103. Aceita a documentação de habilitação, o Licitante cessos praticados pela CODEBA, no âmbito de sua Sede, localizada
habilitado será declarado vencedor, sendo encerrada a sessão pú- em Salvador- BA.
blica pela Comissão de Licitação, abrindo-se prazo para a interposi- Artigo 107. Após a habilitação, exauridos eventuais recursos
ção de recurso na forma estabelecida no edital. administrativos, o objeto será adjudicado ao licitante vencedor.
§ 1º Será concedido ao licitante, o prazo de 05 (cinco) dias úteis
para apresentação das razões, contados a partir da data da publici- SEÇÃO X
dade do ato em meio eletrônico ou da lavratura da ata da sessão se DO ENCERRAMENTO
presente todos os licitantes.
§ 2º Os demais licitantes ficam, desde logo, intimados a apre- Artigo 108. O procedimento licitatório será encerrado pela Au-
sentar as contrarrazões em mesmo prazo, a contar do dia útil se- toridade Competente, que poderá:
guinte ao término do prazo que se refere o § 1º. I. determinar o retorno dos autos para possível saneamento de
§ 3º É assegurado aos licitantes o direito de obter vistas dos irregularidades;
elementos nos autos do processo indispensáveis à defesa de seus II. anular o procedimento, no todo ou em parte, por ilegalidade
interesses. de ofício ou por provocações de terceiros, salvo quando for viável a
§ 4º As razões e as contrarrazões recursais eventualmente re- convalidação do ato ou do procedimento viciado;
cebidas poderão ser encaminhadas à área técnica, quando necessá- III. revogar o procedimento por motivo de interesse público de-
rio, para que possa analisá-las, emitindo a respectiva manifestação corrente de fatos supervenientes que constituam óbice manifesto
por escrito ou assinando, juntamente com o Presidente ou Comis- incontornável à continuidade do processo, devidamente justificado;
são de Licitação, a respectiva ata de julgamento. ou
§ 5º O recurso será dirigido à autoridade que praticou o ato IV. homologar o procedimento e autorizar a celebração do con-
recorrido, a qual apreciará sua admissibilidade, cabendo a esta re- trato.
considerar ou não sua decisão no prazo de 05 (cinco) dias úteis, ela- § 1º – A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não
borar relatório de julgamento, e fazê-lo subir à Diretoria Executiva, gera obrigação de indenizar.
a Autoridade Competente, que poderá ratificar ou não a decisão da § 2º – A nulidade da licitação induz à do contrato.
Comissão de Licitação ou Pregoeiro. § 3º – Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou
§ 6º Caso não ratifique a decisão do Pregoeiro ou Comissão de propostas, a revogação ou a anulação da licitação somente será
Licitação, a Autoridade Competente determinará as medidas que efetivada, quando assegurado o direito ao contraditório e à ampla
julgar cabíveis no caso. defesa a ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 7º Se após decisão final da Autoridade Competente, forem § 4º – A revogação ou anulação, além do disposto nos §§ 1° e 2º
acolhidas as razões recursais, deverá a Comissão de Licitação re- deste artigo aplicam-se, no que couber, aos atos por meio dos quais
tomar a fase de habilitação dando prosseguimento à licitação, se determine a contratação direta.
garantindo, depois de nova declaração de vencedor, o direito à in- Artigo 109. Na hipótese de nenhum interessado ter acudido ao
terposição de recurso, inclusive por parte do licitante que teve sua chamamento ou de todos os licitantes terem sido desclassificados
proposta desclassificada ou que foi inabilitado. e ou inabilitados, o processo será declarado deserto ou fracassado,
§ 8º A decisão definitiva a que se refere o § 7º deverá ser publi- respectivamente.
cada no sítio eletrônico da CODEBA. § 1º – Aprovado o encerramento da licitação fundamentado na
§ 9º A Comissão de Licitação poderá habilitar empresa que já deserção ou no fracasso, o procedimento licitatório será submetido
tenha sido inabilitada, desde que apresente razão recursal que jus- à Comissão de Licitação para providências de publicação, no sítio
tifique a revisão na decisão da Comissão de Licitação ou Pregoeiro, eletrônico da CODEBA, do aviso de deserção ou fracasso.
devendo submetê-la à Autoridade Competente para decisão final. § 2º – A Comissão de Licitação comunicará à área técnica de-
§ 10 O acolhimento de recurso implicará invalidação apenas mandante a divulgação do aviso de deserção ou fracasso, a fim de
dos atos insuscetíveis de aproveitamento. que essa unidade possa avaliar a oportunidade e conveniência de
§ 11 Mesmo que todos os licitantes sejam inabilitados e não repetir procedimento licitatório, após análise das possíveis razões
haja declaração de vencedor na licitação, será assegurado a fase que levaram ao insucesso da licitação.
recursal. Artigo 110. Verificada a necessidade de revogar a licitação, a
Artigo 104. Os recursos têm efeito suspensivo, isto é, até que área técnica demandante e respectivo Diretor encaminhará à Co-
sejam decididos o processo licitatório não terá seguimento. missão de Licitação as razões para tanto.
Artigo 105. O agente de licitação pode não conhecer o recurso § 1º – Recebido, antes da sessão pública da licitação, as razões
já nesta fase em situação excepcional e restrita, caso a manifestação mencionadas no caput deste artigo, a Comissão de Licitação propo-
seja apresentada fora do prazo ou por pessoa que não represente o rá à Autoridade Competente a revogação do certame.
licitante. É vedado ao agente de licitação rejeitar de plano o recurso § 2º - A anulação ou revogação do processo licitatório depois
em razão de discordância de mérito com os motivos apresentados de iniciada a fase de lances ou propostas será precedida de aviso de
pelo licitante. intenção do ato a ser publicado no Diário Oficial da União e no sítio
Artigo 106. Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regu- eletrônico da CODEBA para que sejam asseguradas as garantias do
lamento, exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. contraditório e da ampla defesa no prazo 5 (cinco) dias úteis, salvo
no caso de manifestação expressa e prévia de todos os licitantes
renunciando o direito de contestar o ato respectivo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 3º – As manifestações eventualmente recebidas serão en- Artigo 116. Encerrada a fase competitiva, o sistema ordenará
caminhadas à área técnica demandante e respectivo Diretor para os lances e verificará a incidência de eventual direito de preferência
análise e emissão de manifestação por escrito acerca do prossegui- a ser concedido a licitante enquadrada na condição de microempre-
mento ou não do procedimento de revogação. sa ou empresa de pequeno porte, conforme legislação.
§ 4º – Na hipótese de a manifestação mencionada no parágrafo Artigo 117. Após o encerramento da etapa de lances da sessão
anterior ser contrária ao procedimento de revogação, caberá à Co- pública, o Pregoeiro convocará o Licitante ofertante do melhor lan-
missão de Licitação dar prosseguimento ao certame. ce, a apresentar contraproposta para que sejam obtidas melhores
§ 5º – Na hipótese de a manifestação ser favorável ao prosse- condições. Esta negociação será realizada por meio do sistema, pos-
guimento do procedimento de revogação, a Comissão de Licitação sibilitando acompanhamento pelos demais licitantes.
proporá à Autoridade Competente a revogação do certame. Artigo 118. Ao término da sessão pública no sistema, o licitante
Artigo 111. A homologação do resultado implica a constituição deverá encaminhar:
de direito relativo à celebração do contrato em favor do licitante I. proposta de preços adequada ao valor final, por meio eletrô-
vencedor. nico, no prazo de até 04 (quatro) horas após convocação, podendo
Artigo 112. A CODEBA não poderá celebrar contrato com pre- ser prorrogado por mesmo prazo, por solicitação do licitante e a
terição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros critério do Pregoeiro;
estranhos à licitação. II. documentação de habilitação original / autenticada e propos-
ta de preços acompanhada das suas respectivas planilhas adequa-
SEÇÃO XI das ao lance, originais, para o endereço informado no instrumento
DO RITO DA MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO convocatório, em até 03 (três) dias úteis, podendo ser prorrogado
pelo mesmo prazo, a critério do Pregoeiro.
Artigo 113. Nas licitações promovidas sob o rito da modalida- Parágrafo único. Serão aceitas cópias não autenticadas da do-
de Pregão Eletrônico caberá ao Pregoeiro conduzir a sessão pública cumentação exigida no edital, desde que sejam exibidos os originais
por meio do sistema do Portal Eletrônico ou outro sistema que lhe para conferência pelo Pregoeiro e/ou Equipe de Apoio.
venha a substituir. Artigo 119. Caberá ao Pregoeiro decidir sobre a aceitação da
Artigo 114. Na data designada para a abertura da sessão públi- proposta, levando em consideração manifestação por escrito pela
ca, o Pregoeiro analisará, juntamente com as Equipes Técnica e/ou Equipe Técnica, se houver, na qual conste a análise da proposta e da
de Apoio, as propostas enviadas pelos interessados, desclassifican- documentação relativa à qualificação técnica segundo os critérios
do aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos de julgamento fixados no instrumento convocatório.
estabelecidos no edital. § 1º Além da manifestação emitida pela Equipe Técnica, o Pre-
Parágrafo Único - A desclassificação de proposta será sempre goeiro poderá solicitar à área demandante a análise e a emissão de
fundamentada e registrada no sistema, com acompanhamento em manifestação por escrito sobre a(s) planilha(s) de preços apresenta-
tempo real por todos os participantes. da(s) pelo Licitante, especialmente nas licitações para contratação
Artigo 115. Ultrapassada a análise preliminar das propostas, de serviços com risco trabalhista atrelado.
será iniciada a fase de lances, pela qual os Licitantes competem § 2º Na análise da proposta, o Pregoeiro poderá remediar ví-
entre si, ofertando lances, segundo as regras do instrumento con- cios sanáveis, desclassificando, motivadamente, aquela em descon-
vocatório, iniciando pelo licitante ofertante da proposta menos van- formidade com os requisitos e especificações previstos no instru-
tajosa. mento convocatório.
§ 1º A cada lance ofertado o licitante será imediatamente infor- § 3º Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não aten-
mado de seu recebimento e respectivo horário de registro e valor. der às exigências de habilitação, o Pregoeiro desclassificará o lici-
§ 2º Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observa- tante e examinará a proposta subsequente e, assim sucessivamen-
dos o horário fixado para abertura da sessão e as regras estabele- te, na ordem de classificação, até a apuração de uma proposta que
cidas no edital. atenda ao edital.
§ 3º O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao últi- Artigo 120. Nas licitações em que for exigida amostra ou a rea-
mo por ele ofertado e registrado pelo sistema. lização de testes como condição de aceitação da proposta, após
§ 4º Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo análise da proposta e documentação de habilitação, o licitante será
aquele que for recebido e registrado primeiro. intimado a apresentar amostra do produto, em prazo estabelecido
§ 5º Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, no instrumento convocatório.
em tempo real, do valor do menor lance registrado, bem como da § 1º Os procedimentos de amostra ou de testes deverão ser
ordem de classificação, vedada a identificação do licitante. regulados no Termo de Referência, ou em anexo, aprovados no pro-
§ 6º A etapa de lances da sessão pública será encerrada por cesso de contratação, onde deverá conter todas as especificações a
decisão do Pregoeiro, em prazo nunca inferior a 5 (cinco) minutos, serem avaliadas/testadas.
com exceção aos Pregões em que tenha sido classificada apenas § 2º Após a análise, a Equipe Técnica emitirá manifestação fun-
uma proposta, que poderá ser encerrado em prazo inferior. damentada, por escrito, sobre a aceitação ou rejeição da amostra
§ 7º A partir do encerramento da etapa de lances pelo Pre- ou dos testes, observados os critérios de julgamento fixados no ins-
goeiro, dar-se-á início a etapa de lances por tempo randômico, atra- trumento convocatório.
vés de sistema eletrônico que encaminhará aviso de fechamento Artigo 121. Atendidas às exigências fixadas no edital, o Licitan-
iminente dos lances, que durará até 30 (trinta) minutos, aleatoria- te habilitado será declarado vencedor, sendo aberto, pelo sistema,
mente, findo o qual será automaticamente encerrada a recepção prazo de 5 (cinco) dias úteis para que qualquer licitante apresen-
de lances. te as razões de recurso, ficando os demais, desde logo, intimados
para apresentarem contrarrazões em igual prazo, que começará a
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada II. nas licitações cujo modo de disputa for fechado, ordenar as
vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus in- propostas classificadas, em ordem crescente conforme critério de
teresses. julgamento, realizando eventuais desempates ou preferências pre-
Parágrafo Único - No instrumento convocatório poderá constar vistas na legislação.
prazo de 1 (uma) hora para manifestação de intenção de recurso § 1º Na situação mencionada no inciso I do caput deste artigo,
por parte dos licitantes contado a partir da declaração de vencedor. a disputa por lances poderá ser retomada, após a identificação do
A falta de manifestação imediata e motivada dos licitantes importa- melhor lance, para definição das demais colocações, quando existir
rá a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance
licitação pelo Pregoeiro ao vencedor. e o subsequente.
Artigo 122. Decididos os recursos e constatada a regularidade § 2º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, poderá ser
dos atos praticados, a Autoridade Competente na forma deste Re- solicitado ao Licitante ofertante do melhor lance que apresente
gulamento adjudicará o objeto e homologará o procedimento lici- proposta adequada ao último lance por ele ofertado, observadas
tatório. as regras do edital.
Artigo 123. É facultado ao Pregoeiro, em qualquer fase do cer- § 3º O Presidente ou Comissão de Licitação poderá analisar a
tame, promover as diligências que entender necessárias, adotando efetividade da proposta de todos os Licitantes quando for adotado
medidas de saneamento destinadas a esclarecer informações, cor- um dos critérios de julgamento previstos nos incisos III, IV, V ou VIII
rigir impropriedades meramente formais na proposta, documenta- do artigo 75 deste Regulamento, observadas as regras do edital.
ção de habilitação ou complementar a instrução do processo. § 4º Quando o critério de julgamento adotado demandar a
§ 1º A diligência poderá ser realizada in loco, por carta ou combinação de Técnica e Preço, o Presidente ou Comissão de Licita-
e-mail, por contato telefônico, através de consultas à Internet ou ção deverá pontuar as propostas, efetuar a ponderação, e ordenar
ao mercado específico, bem como através de qualquer outro meio os Licitantes, para que se possa iniciar a análise da documentação
idôneo apto a esclarecer a dúvida suscitada. de habilitação, do melhor colocado ou de todos os Licitantes, a seu
§ 2º As diligências realizadas deverão ser documentadas, indi- critério.
cando a data da realização, o motivo ensejador, as providências to- Artigo 128. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propos-
madas, as respostas e resultados obtidos, entre outras informações tas, deverão ser utilizados os seguintes critérios de desempate, nes-
pertinentes, e registradas no Processo Administrativo. ta ordem:
I. disputa final, em que os licitantes empatados podem apre-
SEÇÃO XII sentar nova proposta fechada, em prazo estabelecido na sessão
DA LICITAÇÃO CODEBA pela Comissão de Licitação, ato contínuo ao encerramento da etapa
de julgamento;
Artigo 124. Na Licitação CODEBA, caberá ao Presidente ou Co- II. avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes,
missão de Licitação conduzir a sessão pública, que poderá ser reali- conforme critério objetivo de avaliação instituído no cadastro da
zada pelos modos de disputa aberto ou fechado, registrando todos CODEBA;
os atos em ata assinada por seus membros. III. critérios estabelecidos no art. 3° da Lei n° 8.248, de 23 de
Artigo 125. Nos procedimentos de Licitação presencial, no dia, outubro de 1991, e no § 2° do art. 3° da Lei n°8.666, de 21 de junho
hora e local designados para a abertura da sessão pública, o Presi- de 1993; e
dente ou Comissão de Licitação, juntamente com as Equipes Técni- IV. sorteio.
ca e/ou de Apoio, realizará o credenciamento dos participantes e § 1° As regras previstas no caput não prejudicam a aplicação do
receberá a documentação exigida no edital. disposto no § 1° do art. 44 e no art. 45 da Lei Complementar nº 123,
Parágrafo Único - Recebidos os envelopes contendo a docu- de 14 de dezembro de 2006.
mentação de habilitação e proposta de preço, a Comissão de Lici- § 2° Nos procedimentos licitatórios realizados na forma eletrô-
tação procederá à imediata abertura do envelope das propostas, nica, em que haja apresentação de propostas ou lances de valores
verificando sua conformidade com os requisitos estabelecidos no idênticos, deverá prevalecer aquela que for recebida e registrada
instrumento convocatório. primeiro.
Artigo 126. Nos procedimentos de Licitação eletrônica, na data Artigo 129. Rejeitada a proposta, o Presidente ou Comissão de
designada para abertura da sessão pública por meio do sistema do Licitação desclassificará o Licitante e iniciará a análise da proposta
portal eletrônico, o agente de licitação observará os mesmos pro- do próximo colocado, na ordem de classificação, observadas as re-
cedimentos do rito da modalidade Pregão Eletrônico, conforme os gras do edital.
artigos 113 a 123 deste Regulamento. Artigo 130. Aceita a proposta, o Presidente ou Comissão de Li-
Artigo 127. Nas licitações presenciais ou eletrônicas, o Presi- citação classificará o Licitante e iniciará a análise da documentação
dente ou Comissão de Licitação deverá: de habilitação, segundo os critérios de julgamento fixados no ins-
I. nas licitações cujo modo de disputa for aberto, ordenar as trumento convocatório.
propostas classificadas, em ordem decrescente conforme critério Parágrafo único. A critério do Presidente ou Comissão de Lici-
de julgamento, a fim de dar início à fase de lances convocando os tação, a documentação de qualificação técnica será analisada pela
licitantes de acordo com a ordem de classificação estabelecida, área demandante segundo os critérios de julgamento fixados no
sendo que, encerrada a fase competitiva, ordenados os lances e instrumento convocatório. Neste caso, a sessão será suspensa, os
realizados eventuais desempates ou preferências previstos na le- julgamentos serão realizados em reunião interna e seu resultado
gislação, competirá ao Presidente ou Comissão de Licitação analisar será publicado no sítio eletrônico da Codeba, bem como sua fun-
a efetividade da proposta do Licitante ofertante do melhor lance; damentação. A critério do Presidente ou Comissão de Licitação, os
julgamentos poderão ser realizados em reunião interna.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 131. Rejeitada a documentação de habilitação, o Presi- Artigo 137. A pré-qualificação deverá observar os seguintes
dente ou Comissão de Licitação inabilitará o Licitante e iniciará a procedimentos:
análise da proposta do próximo colocado, na ordem de classifica- I. a área demandante deverá elaborar termo de referência con-
ção, observadas as regras do edital. tendo o objeto, especificações técnicas, projeto básico, memoriais
Artigo 132. Aceita a documentação de habilitação, o Licitante descritivo e de cálculo, além das condições de habilitação conside-
habilitado será declarado vencedor, sendo encerrada a sessão pú- rados pertinentes;
blica pelo Presidente ou Comissão de Licitação, abrindo-se prazo II. o processo de pré-qualificação deverá ser submetido à apro-
para a interposição de recurso no prazo e na forma estabelecida vação da Diretoria Executiva;
no edital. III. competirá a Comissão de Licitação elaborar a minuta do edi-
Artigo 133. A qualquer tempo, procedimento de diligência des- tal de pré qualificação permanente, em acordo com as disposições
tinado a esclarecer ou a complementar a instrução do processo po- do termo de referência, e submetê-la a Gerência Jurídica para pa-
derá ser instaurado por iniciativa da Comissão Especial de Licitação recer técnico;
ou da Equipe Técnica, nos termos do artigo 123 deste Regulamento. IV. a Comissão de Licitação deverá publicar o edital de pré-qua-
lificação no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico da CODEBA;
CAPÍTULO V V. após a publicação do aviso de pré-qualificação os interessa-
DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES dos poderão obter vista dos autos do procedimento e, eventual-
mente, apresentar questionamentos e/ou impugnações ao instru-
Artigo 134. São procedimentos auxiliares das licitações: mento convocatório.
I. pré-qualificação permanente; VI. as respostas a questionamentos e a impugnações serão ela-
II. cadastramento; boradas pela Comissão de Licitação, que poderá solicitar manifesta-
III. sistema de registro de preços; ção por escrito à área demandante a fim de fundamentar a resposta
IV. catálogo eletrônico de padronização à impugnação ou ao questionamento recebido.
§ 1° Os atos preparatórios deverão obedecer a critérios claros VII. durante todo o prazo de validade da pré-qualificação os
e objetivos, definidos em instrumento convocatório, garantindo-se interessados poderão apresentar a documentação exigida no res-
tratamento isonômico aos interessados e eficiência nas contrata- pectivo edital.
ções da empresa. VIII. os fundamentos para a aceitação ou para a rejeição do pe-
§ 2° Pode participar do procedimento licitatório o interessa- dido de pré qualificação constarão de ata de julgamento elaborada
do que solicitar a pré-qualificação e encaminhar a documentação pela Comissão de Licitação, a quem será facultada solicitar manifes-
exigida até 48 (quarenta e oito) horas antes do início da sessão de tação por escrito à Equipe Técnica a fim de fundamentar sua deci-
abertura do certame, hipótese em que não há reabertura do prazo são.
para apresentação de proposta. IX. a Comissão de Licitação deverá publicar, no sítio eletrônico
§ 3° Os procedimentos mencionados no caput, quando utiliza- da CODEBA, e manter atualizada lista com a indicação dos fornece-
dos, antecedem as licitações, configurando instrumentos prepara- dores e/ou bens pré qualificados.
tórios das mesmas. X. será fornecido certificado de pré-qualificação do fornecedor
e do bem, com validade de até 1 (um) ano, renovável sempre que o
SEÇÃO I registro for atualizado.
DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO PERMANENTE Artigo 138. Caberá recurso no prazo de 5 (cinco) dias úteis con-
tados a partir da data da divulgação do julgamento da pré-qualifi-
Artigo 135. A Codeba poderá promover a pré-qualificação per- cação na forma e requisitos previstos no instrumento convocatório.
manente de seus fornecedores ou produtos destinados a identifi- Artigo 139. As aquisições de produtos deverão ocorrer median-
car: te prévio cadastro no Catálogo de Materiais da CODEBA, sob res-
I. fornecedores que reúnam condições de habilitação e de qua- ponsabilidade da Gerência Administrativa.
lificação técnica exigidas para o fornecimento de bem ou a execu- § 1º– Os produtos deverão ser categorizados, codificados e as
ção de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente especificações deverão constar eletronicamente no sistema, deven-
estabelecidos; do ser disponibilizados para consulta no sitio eletrônico da CODEBA,
II. bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade es- acompanhados das respectivas especificações e marcas já pré-qua-
tabelecidas pela CODEBA lificadas.
§ 1º – A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo § 2º– A pré-qualificação ficará permanentemente aberta para
alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários a inscrição dos eventuais interessados devendo a CODEBA promo-
à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de ver a publicidade deste procedimento por meio de aviso em sítio
condições entre os concorrentes. eletrônico.
§ 2º – O procedimento de pré-qualificação será público e per- § 3º– Do aviso de convocação deverá constar o local para ob-
manentemente aberto à inscrição de qualquer interessado. tenção dos procedimentos e exigências para pré-qualificação.
§ 3º – A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou § 4º– Os editais de licitação para aquisição de produtos ou
segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores equipamentos deverão mencionar a necessidade de pré-qualifica-
Artigo 136. Sempre que a Codeba entender conveniente imple- ção para serem aceitos no momento da análise de aceitabilidade
mentar procedimento de pré-qualificação de fornecedores ou bens, das propostas.
deverá convocar os interessados para que demonstrem o cumpri-
mento das exigências de qualificação técnica ou de aceitação de
bens, conforme o caso.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 5º– Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exi- II. quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de
gida a comprovação de qualidade, por meio do fornecimento de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por
amostras ou outro critério estabelecido no instrumento convoca- unidade de medida ou em regime de tarefa;
tório. III. quando for conveniente a aquisição de bens ou a contrata-
§ 6º – É obrigatória a divulgação dos produtos e dos interessa- ção de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade
dos que forem pré-qualificados. da Administração Pública, ou a programas de governo;
Artigo 140. A Comissão de Licitação, por recomendação da área IV. quando, pela natureza do objeto, não for possível definir
demandante, pode considerar, de ofício, pré-qualificado fornecedor previamente o quantitativo a ser demandado pela CODEBA.
que participou anteriormente de processo de licitação e foi habili- Parágrafo Único - O registro de preços não deverá ser utilizado
tado ou bem que foi adquirido pela CODEBA anteriormente e de- quando houver definição precisa e exata das contratações vindou-
monstrou que atende às condições estabelecidas no edital de pré- ras.
-qualificação. Nesse caso, deverá comunicar ao fornecedor, licitante Artigo 145. O Sistema de Registro de Preços observará, entre
ou fabricante do bem, e incluí-lo na lista a que faz referência o inciso outras, as seguintes condições:
IX do Art. 137 deste Regulamento. I. realização prévia de ampla pesquisa de mercado;
Artigo 141. A CODEBA poderá restringir a participação de for- II. seleção de acordo com os procedimentos previstos no ins-
necedores ou produtos pré-qualificados em suas licitações. trumento convocatório;
§ 1º– Deverá constar no processo administrativo justificati- III. controle e atualização periódicos dos preços registrados;
va demonstrando a conveniência e oportunidade de se restringir IV. definição da validade do registro;
a participação na licitação apenas dos fornecedores ou produtos V. inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que
pré-qualificados, especialmente em face da preservação da compe- aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitan-
titividade mínima. te vencedor na sequência da classificação do certame, assim como
§ 2º– Na hipótese de restrição de que trata o caput, somente dos licitantes que mantiverem suas propostas originais.
poderão participar da futura licitação os fornecedores ou produtos § 1º – Desde que haja previsão no instrumento convocatório,
cujos pedidos de pré-qualificação tenham sido homologados ou poderá aderir à Ata de Registro de Preços da CODEBA qualquer Es-
que deram entrada no pedido de pré-qualificação até a data assi- tatal regida pela Lei nº 13.303/2016, e vice-versa, observadas as
nalada em aviso prévio a ser publicado antes da realização da res- condições estabelecidas em decreto do Poder Executivo.
pectiva licitação. § 2º - A existência de preços registrados não obriga a CODEBA
§ 3º– Constará na convocação para a pré-qualificação a infor- a firmar os contratos que deles poderão advir, sendo facultada a
mação de que as futuras licitações de mesmo objeto poderão ser realização de licitação específica, assegurada ao licitante registrado
restritas aos pré-qualificados. preferência em igualdade de condições.
Artigo 146. A adesão à ata de registro de preços de terceiros ou
SEÇÃO II das empresas entre si deverá observar os seguintes procedimentos:
DO CADASTRAMENTO I. a unidade de gestão técnica deverá produzir termo de refe-
rência simplificado, com, no mínimo, três informações:
Artigo 142. A CODEBA poderá adotar registros cadastrais para a a) necessidade da empresa, com as especificações técnicas do
habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios e para ano- produto ou dos serviços que ela pretende contratar;
tações da atuação do licitante no cumprimento de obrigações as- b) definição da quantidade pretendida;
sumidas, mediante regulamento específico aprovado pela Diretoria c) indicação do preço considerado adequado, precedido por
Executiva da CODEBA. pesquisa de preço realizada no mercado;
§ 1º – A CODEBA poderá utilizar Sistema de Cadastramento II. a unidade de gestão técnica deverá realizar pesquisa prelimi-
Unificado de fornecedores – SICAF - para a realização do registro nar sobre atas de registro de preços disponíveis para adesão, com
cadastral de fornecedores. a indicação expressa, formal e justificada da que melhor atende às
§ 2º– A CODEBA não atua como unidade cadastradora do SI- necessidades da empresa em face dos elementos constantes do ter-
CAF, apenas como consultora, não cabendo à Companhia solucio- mo de referência;
nar eventuais problemas a ele relacionados. III. a unidade de gestão técnica deverá dirigir ofício à entida-
de detentora da ata de registro de preços solicitando informações,
SEÇÃO III requerendo a adesão e indicando a quantidade que pretende con-
DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS tratar;
IV. a entidade detentora da ata de registro de preços deverá
Artigo 143. O registro de preços, na forma do que determina o consultar o signatário dela requerendo a sua concordância;
Artigo 66 da Lei n. 13.303/2016, rege-se pelo disposto no Decreto V. o signatário da ata de registro de preços deverá dirigir ofício
Federal n. 7.892/2013. Deve se aplicar, adicionalmente, as normas ou outro documento à entidade detentora da ata de registro de pre-
deste Regulamento, podendo ser realizado na modalidade Pregão ços concordando ou não com a adesão;
ou pelo procedimento próprio da Lei n. 13.303/2016. VI. o órgão ou a entidade detentora da ata de registro de preços
Artigo 144. O Sistema de Registro de Preços, regulamentado deverá dirigir ofício à empresa, concordando ou não com a adesão,
por decreto do Poder Executivo, poderá ser adotado nas seguintes com cópia do ofício ou documento do signatário da ata de registro
hipóteses: de preços;
I. quando, pelas características do bem ou serviço, houver ne- VII. a unidade de licitações deverá abrir processo administrati-
cessidade de contratações frequentes; vo, analisando sua regularidade;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VIII. o processo de adesão à ata de registro de preços deverá V. para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendi-
ser objeto de parecer jurídico; mento das finalidades precípuas da CODEBA, quando as necessida-
IX. a unidade de licitações deverá emitir ato de adesão à ata de des de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel,
registro de preços, que deverá ser publicado no sítio eletrônico da desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segun-
empresa. do avaliação prévia;
Artigo 147. Contratos poderão ser firmados com fundamento VI. na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de
na ata de registro de preços desde que ela seja vigente e que os fornecimento, em consequência de rescisão contratual, ainda que a
quantitativos previstos para o órgão gerenciador e participantes execução do contrato não tenha sido iniciada, desde que atendida
não tenham sido totalmente contratados. a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas
condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive
SEÇÃO IV quanto ao preço, devidamente corrigido;
DO CATÁLOGO ELETRÔNICO DE PADRONIZAÇÃO VII. na contratação de instituição brasileira incumbida regimen-
tal ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvi-
Artigo 148. O Catálogo Eletrônico de Padronização de compras, mento institucional ou de instituição dedicada à recuperação social
serviços e obras consiste em sistema informatizado, de gerencia- do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputa-
mento centralizado, destinado a permitir a padronização dos itens ção ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
a serem adquiridos pela CODEBA que estarão disponíveis para a VIII. para a aquisição de componentes ou peças de origem na-
realização de licitação. cional ou estrangeira necessários à manutenção de equipamentos
§ 1º – O catálogo referido no caput poderá ser utilizado em durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original
licitações cujo critério de julgamento seja o menor preço ou o maior desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for in-
desconto e conterá: dispensável para a vigência da garantia;
I. a especificação de bens, serviços ou obras; IX. na contratação de associação de pessoas com deficiência
II. descrição de requisitos de habilitação de licitantes, conforme física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a pres-
o objeto da licitação; tação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o
III. documentos considerados necessários ao procedimento de preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
licitação que possam ser padronizados. X. na contratação de concessionário, permissionário ou auto-
§ 2º - O Catálogo Eletrônico de Padronização é de administra- rizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou gás
ção da CODEBA e qualquer interessado poderá acessá-lo através do natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as nor-
seu sítio eletrônico, onde estarão disponíveis todas as informações mas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha
necessárias sobre os serviços e bens lá cadastrados. pertinência com o serviço público;
XI. nas contratações entre empresas públicas ou sociedades de
CAPÍTULO VI economia mista e suas respectivas subsidiárias, para aquisição ou
DOS CASOS DE DISPENSA E DE INEXIGIBILIDADE DO PROCE- alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde que
DIMENTO DE LICITAÇÃO os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que
o objeto do contrato tenha relação com a atividade da contratada
Artigo 149. A CODEBA adotará os procedimentos para contrata- prevista em seu estatuto social;
ção direta por dispensa e inexigibilidade de licitação mediante regu- XII. na contratação de coleta, processamento e comercialização
lamento específico aprovado pela Diretoria Executiva da CODEBA. de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas
Artigo 150. É dispensável a realização de licitação nas seguintes com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou
situações: cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa
I. para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 renda que tenham como ocupação econômica a coleta de materiais
(cem mil reais), desde que não se refiram a parcelas de uma mesma recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas
obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza e no técnicas, ambientais e de saúde pública;
mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitante- XIII. para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
mente, dentro do mesmo exercício orçamentário; prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexi-
II. para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 dade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
(cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos neste especialmente designada pelo dirigente máximo da empresa públi-
Regulamento, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo ca ou da sociedade de economia mista;
serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado XIV. nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos
de uma só vez e dentro do mesmo exercício orçamentário; artigos 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973/2004, que dispõe sobre in-
III. na hipótese de contratação decorrente de licitação que centivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambien-
resultou deserta ou fracassada e, justificadamente, não puder ser te produtivo, observados os princípios gerais de contratação dela
repetida sem prejuízo para a CODEBA, desde que mantidas as con- constantes;
dições preestabelecidas; XV. em situações de emergência, quando caracterizada ur-
IV. quando as propostas apresentadas consignarem preços ma- gência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
nifestamente superiores aos praticados no mercado nacional ou in- ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa-
compatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes; mentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
bens necessários ao atendimento da situação emergencial e para
as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

contado da ocorrência da emergência, vedada a prorrogação dos II. razão da escolha do fornecedor ou do executante;
respectivos contratos, observado o disposto no parágrafo segundo III. justificativa do preço.
deste artigo; Parágrafo Único – Nas hipóteses em que restar comprovado
XVI. na transferência de bens a órgãos e entidades da Adminis- sobre preço ou superfaturamento, respondem solidariamente pelo
tração Pública, inclusive quando efetivada mediante permuta; dano causado quem houver decidido pela contratação direta e o
XVII. na doação de bens móveis para fins e usos de interesse fornecedor ou o prestador de serviços.
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioe-
conômica relativamente à escolha de outra forma de alienação; CAPÍTULO VII
XVIII. na compra e venda de ações, títulos de crédito e de dívi- DA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE PRIVADO
da, bens e serviços prestados pela CODEBA.
§ 1º – Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contra- Artigo 153. A CODEBA poderá adotar Procedimento de Mani-
tação nos termos do inciso V do caput, a CODEBA poderá convocar festação de Interesse Privado - PMIP, para o recebimento de pro-
os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a cele- postas e projetos de empreendimentos com vistas a atender neces-
bração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o sidades previamente identificadas.
respectivo valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para § 1º – Destina-se à apresentação de projetos levantamentos,
a contratação, inclusive quanto aos preços atualizados nos termos investigações ou estudos por pessoa física ou jurídica de direito pri-
do instrumento convocatório. vado, espontaneamente ou a pedido da CODEBA.
§ 2º – A contratação direta com base no inciso XII do caput § 2º – O Procedimento de Manifestação de Interesse Privado
não dispensará a responsabilização de quem, por ação ou omissão, objetiva ampliar a eficiência administrativa e obter interessados no
tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante ao mercado específico a solução técnica que melhor atenda a necessi-
disposto na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. dade da CODEBA.
§ 3º – Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput po- § 3º – A avaliação e a seleção de projetos, levantamentos, in-
dem ser alterados, para refletir a variação de custos, por delibera- vestigações e estudos apresentados serão efetuadas por comissão
ção do Conselho de Administração da CODEBA. designada pela CODEBA.
Artigo 151. Será inexigível a licitação quando houver inviabili- Artigo 154. O autor ou financiador do projeto poderá participar
dade de competição, em especial na hipótese de: da licitação para a execução do objeto, podendo ser ressarcido pe-
I. aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só pos- los custos aprovados pela CODEBA caso não vença o certame, des-
sam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comer- de que seja promovida a cessão de direitos à CODEBA, que poderá
cial exclusivo; utilizá-los incondicionalmente.
II. contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, Artigo 155. A CODEBA não está obrigada a utilizar, licitar ou
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a contratar objeto decorrente de projeto oriundo de Manifestação de
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: Interesse Privado.
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou exe- Artigo 156. O edital de chamamento público conterá as regras
cutivos; específicas para cada situação concreta e será elaborado pela Co-
b) pareceres, perícias e avaliações em geral; missão de Licitação, com base nas informações apresentadas pela
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras área técnica demandante.
ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou ser- CAPÍTULO VIII
viços; DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE APURAÇÃO DE RESPON-
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; SABILIDADE – PAAR
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, incluindo a con-
tratação de professores, conferencistas ou instrutores, bem como Artigo 157. O processo administrativo de apuração de respon-
a inscrição de servidores para participação de cursos abertos a ter- sabilidade será iniciado pela Comissão de Licitação, no qual deverá
ceiros; constar a descrição detalhada dos fatos ocorridos e a identificação
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico. do descumprimento do dispositivo editalício ou legal que tiver sido
§ 1º – A comprovação de exclusividade será feita por meio de violado e de eventuais prejuízos causados à CODEBA.
documento fornecido por órgão ou entidade responsável, quando Parágrafo único. No PAAR deverão ser anexados todos os docu-
houver, ou por outro emissor competente ou, ainda, por outro do- mentos necessários à comprovação das alegações nela formuladas.
cumento que comprove a condição de exclusividade. Artigo 158. A CODEBA notificará o Licitante, por escrito, conce-
§ 2º – Considera-se de notória especialização o profissional ou dendo prazo de até 5 (cinco) dias úteis, por notificação escrita ou
a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorren- pelo Diário Oficial da União, para o exercício do contraditório e da
te de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações, or- ampla defesa.
ganização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos re- § 1º Ao Licitante caberá, no âmbito da defesa prévia, alegar
lacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho todos os fatos e fundamentos jurídicos que lhe aproveitem, bem
é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação como provar as alegações formuladas.
do objeto do contrato. § 2º Poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada,
Artigo 152. O processo de contratação direta será instruído, no as provas apresentadas pelo Licitante quando forem intempestivas,
que couber, com os seguintes elementos: ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
I. caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
justifique a dispensa, quando for o caso;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 159. Após o transcurso do prazo referido no artigo an- Artigo 166. O instrumento de contrato é obrigatório, podendo
terior, apresentada ou não a defesa prévia, a Comissão de Licitação ser dispensado para contratos cujos valores não ultrapassarem os
elaborará Nota Técnica contendo, minimamente: limites previstos nos incisos I e II do artigo 29 da Lei nº 13.303/2016
I. os argumentos eventualmente apresentados pelo Licitante; e para contratos cujos objetos sejam o fornecimento de bens para
II. a indicação da disposição do edital inobservada e a gravi- pronta entrega, devendo ser formalizado por Pedido de Compra ou
dade da conduta do Licitante e eventuais transtornos, prejuízos e Pedido de Serviço ou outro documento equivalente.
riscos causados a CODEBA ou que possam vir a ocorrer; Artigo 167. Os contratos serão emitidos em 02 (duas) vias,
III. circunstâncias agravantes ou atenuantes presentes no caso sendo uma para o Contratado e outra para a CODEBA. Esta última
e; deverá ser juntada aos autos do Processo Interno correspondente.
IV. a sanção aplicável nos termos do edital. Artigo 168. São cláusulas necessárias nos contratos:
Artigo 160. O processo será remetido ao Diretor-Presidente I. o objeto e seus elementos característicos;
para avaliação e julgamento. II. o regime de execução ou a forma de fornecimento;
Parágrafo único. Caberá à Comissão de Licitação notificar o Lici- III. o preço, as condições de pagamento e os critérios, a data-
tante, por escrito, da decisão, a qual será publicada no Diário Oficial -base e a periodicidade do reajustamento de preços e os critérios
da União. de atualização monetária entre a data do adimplemento das obri-
Artigo 161. Da decisão que resulte a aplicação de sanção, cabe- gações e a do efetivo pagamento;
rá recurso administrativo, dirigido à Autoridade que proferiu a de- IV. o cronograma com os prazos de início de cada etapa de exe-
cisão, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis a contar do recebimento cução, de conclusão, de entrega, de observação, quando for o caso,
da notificação. e de recebimento;
Artigo 162. Apresentado recurso pelo Licitante, a Comissão de V. a indicação dos recursos orçamentários que assegurem o pa-
Licitação elaborará Nota Técnica de análise das alegações recursais, gamento das obrigações, quando cabível;
a qual será encaminhada a Diretoria Executiva - DEX para manuten- VI. as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do
ção ou reconsideração de seu julgamento. objeto contratual, quando exigidas;
Parágrafo único - Concluído o julgamento do recurso, caberá VII. os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações
a Comissão de Licitação providenciar a notificação por escrito do das infrações e as respectivas penalidades e valores das multas;
Licitante e sua publicação no Diário Oficial da União. VIII. os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para
Artigo 163. Não apresentado recurso pelo Licitante, caberá a alteração de seus termos;
Comissão de Licitação providenciar a notificação do Licitante, sem IX. a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva lici-
embargo de outros meios de divulgação previstos na legislação vi- tação ou ao termo que instruiu a contratação direta, bem como ao
gente. lance ou proposta do licitante vencedor ou do proponente;
Artigo 164. Caso o descumprimento verificado esteja enqua- X. a obrigação de o contratado manter, durante a execução do
drado nas disposições da Lei nº 12.846/2013, serão aplicadas as di- contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas,
retrizes fixadas em regulamentação interna da CODEBA. as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do pro-
cedimento licitatório;
TÍTULO IV XI. matriz de riscos;
DOS CONTRATOS E CONVÊNIOS XII. foro da sede da CODEBA para dirimir questões deles de-
correntes, sejam elas com pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas
CAPÍTULO I ou não no Brasil, salvo em situações devidamente justificadas pela
DOS CONTRATOS autoridade competente pela contratação.
§ 1º – Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou ser-
SEÇÃO I viços de engenharia em que tenha sido adotado o modo de dispu-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ta aberto, o contratado deverá reelaborar e apresentar à CODEBA,
por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos quantitativos
Artigo 165. Os contratos firmados pela CODEBA regulam-se pe- e dos custos unitários, bem como do detalhamento das Bonifica-
las suas cláusulas, pela Lei 13.303/2016, por este regulamento e ções e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os
pelos preceitos de direito privado. respectivos valores adequados ao lance vencedor, que integrarão
§ 1º - Desde que seja prática usual de mercado e presentes as o contrato
cláusulas necessárias, a CODEBA poderá firmar contratos-padrão/ § 2º - Os contratos poderão admitir a adoção de mecanismos
por adesão. de solução pacífica de conflitos relativos a direitos patrimoniais dis-
§ 2º - Se alguma cláusula de contrato-padrão/por adesão con- poníveis, observando-se as disposições da Lei nº 13.129/2015.
flitar com os interesses da CODEBA ou com disposições legais, o § 3º - Qualquer sugestão de alteração na minuta do contrato
Jurídico ou área técnica registrará as ressalvas que se fizerem neces- deverá ser submetida ao Jurídico para análise, salvo quando se tra-
sárias em documento a ser anexado ao contrato, o qual vinculará as tar de erro formal ou de digitação.
partes como parte integrante do ajuste. § 4º - toda e qualquer comunicação referente ao contrato e
§ 3º - O contrato firmado deve ser fielmente executado pelas sua execução, a ser realizada entre a CODEBA e o contratado, inclu-
partes, de acordo com as cláusulas avençadas, as disposições pre- sive para manifestar-se, oferecer defesa ou receber ciência de de-
vistas na Lei nº 13.303/2016 e neste Regulamento, respondendo cisão sancionatória ou sobre rescisão contratual, deve ocorrer por
cada uma das partes pelas consequências de sua inexecução total escrito, preferencialmente por e-mail.
ou parcial.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 5º - As partes contratantes deverão indicar no instrumento Artigo 172. Assinado o instrumento de contrato, a sua execu-
de contrato ou documento equivalente preposto com poderes para ção e a de suas etapas podem ser submetidas à condição suspensi-
responder pelo contrato e os seus e-mails, por meio dos quais re- va, como a apresentação de garantia, liberação de área ou de recur-
ceberão as comunicações referidas no parágrafo anterior, devendo so orçamentário e obtenção de licenças ambientais e urbanísticas.
comunicar eventuais alterações. Parágrafo único – Em casos de obras e serviços, pode-se con-
§ 6º - Todos os documentos pertinentes ao contrato, inclusive dicionar a execução do contrato e de suas etapas à expedição de
o próprio instrumento de contrato e aditivos, poderão ser assina- ordens de serviços.
dos digitalmente, com autenticidade reconhecida pelo certificado Artigo 173. É facultado à CODEBA, quando o convocado não as-
digital ICP-Brasil, e enviados, entre as partes, por meio eletrônico. sinar o termo de contrato no prazo e nas condições estabelecidos:
Artigo 169. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou I. convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifica-
serviços técnicos especializados desenvolvidos por profissionais au- ção, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas
tônomos ou por empresas contratadas passam a ser propriedade pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados
da CODEBA, sem prejuízo da preservação da identificação dos res- em conformidade com o instrumento convocatório;
pectivos autores e da responsabilidade técnica a eles atribuída. II. revogar a licitação.
Artigo 170. No caso de contratos que envolvem mão de obra Artigo 174. É permitida a alteração da composição do consórcio
dedicada à CODEBA poderá ser adotado o aprovisionamento de va- sob as seguintes condições:
lores para pagamento de encargos trabalhistas. I. o edital e o instrumento de contrato ou documento equiva-
lente não vedem expressamente;
SEÇÃO II II. o consórcio, com a alteração, permanece atendendo a todos
DA FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO os quesitos de habilitação;
III. sejam mantidas todas as condições contratuais originais,
Artigo 171. Encerrado o procedimento licitatório ou o proce- sem prejuízo para a empresa;
dimento interno de contratação direta, o futuro Contratado será IV. autorização expressa da autoridade competente.
convocado para, no prazo de até 05 (cinco) dias úteis, contados do Parágrafo único - As disposições contidas neste artigo se apli-
recebimento da convocação, assinar o contrato, sob pena de deca- cam para a extinção de consórcio, quando este for formado por dois
dência do direito à contratação, podendo o referido prazo ser pror- agentes econômicos e um deles se retira do consórcio, bem como
rogado 1 (uma) vez, por igual período. para a formação do consórcio no curso do contrato, quando o con-
§ 1º – Caso o futuro Contratado não compareça para assinar o trato é firmado por uma pessoa e durante a execução uma ou mais
respectivo termo de contrato após sua convocação pela CODEBA, pessoas passam a figurar como contratada juntamente com o origi-
no prazo e condições previamente pactuados, decairá do direito de nal, formando-se consórcio entre os mesmos, desde que ele tenha
contratar, nos termos do art. 75 da Lei 13.303/2016. sido permitido no edital.
§ 2º - A convocação a que se refere o caput deverá ocorrer por Artigo 175. A ausência de formalização contratual não exonera
meio de fax, carta postal ou e-mail, a ser juntado nos autos do pro- a CODEBA do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
cesso administrativo. executado, apurando-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
§ 3º - Na hipótese em que os vencedores da licitação forem em- Artigo 176. A redução a termo do contrato poderá ser dispen-
presas constituídas em consórcio, o prazo previsto no caput deve sada no caso de pequenas despesas de pronta entrega e pagamen-
ser ampliado, de modo a viabilizar a constituição definitiva do con- to das quais não resultem obrigações futuras por parte da CODEBA.
sórcio ou formação de sociedade de propósito específico. Parágrafo Único – O disposto no caput não prejudicará o re-
§ 4º - Assinarão os contratos representando a CODEBA o Dire- gistro contábil dos valores despendidos e a exigência de recibo por
tor-Presidente e o Diretor da área demandante e, na hipótese de parte dos respectivos destinatários.
impedimento, outro Diretor.
§ 5º - Em regra, o contrato será assinado primeiramente pelos SEÇÃO III
representantes da Contratada e após, pelos representantes da CO- DA GARANTIA CONTRATUAL
DEBA e em casos excepcionais, devidamente justificados pela área
técnica demandante, esta ordem poderá ser alterada. Artigo 177. Poderá ser exigida prestação de garantia nas con-
§ 6º - Após a assinatura do contrato, deverá ser providenciada a tratações de obras, serviços e compras.
publicação do seu extrato no Diário Oficial da União em até 30 (trin- § 1º – Caberá ao contratado optar por uma das seguintes mo-
ta) dias contados da sua assinatura e na página oficial da CODEBA. dalidades de garantia:
§ 7º - Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no I. caução em dinheiro;
edital sem convocação para a contratação, ficam os licitantes libera- II. seguro-garantia;
dos dos compromissos assumidos. III. fiança bancária.
§ 8º - A recusa injustificada do adjudicatário em celebrar o § 2º – Ressalvado o previsto no parágrafo terceiro deste artigo,
contrato no prazo estabelecido pela CODEBA caracteriza o descum- a garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cinco por
primento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas
estabelecidas legalmente e no edital da licitação. condições nele estabelecidas.
§ 9º - A assinatura de aditivos e de qualquer outro documento § 3º – Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto
pertinente ao contrato observará as mesmas regras para a sua for- envolvendo complexidade técnica e riscos financeiros elevados, o
malização. limite de garantia previsto no parágrafo segundo poderá ser eleva-
do para até 10% (dez por cento) do valor do contrato.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 4º – A garantia deverá ser prestada pelo contratado no prazo II. nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco)
de 10 (dez) dias úteis, contados da assinatura do contrato e prorro- anos seja prática rotineira de mercado e a imposição desse prazo
gável uma vez por igual período e será liberada ou restituída após inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio;
a elaboração do termo de encerramento do contrato, devendo ser III. em contratos em que a CODEBA for usuária de serviço pú-
atualizada monetariamente pela TR (Taxa Referencial) na hipótese blico.
do inciso I do parágrafo primeiro deste artigo. § 1º - Caberá à área técnica demandante, quando da elabo-
§ 5º – A validade da garantia deverá corresponder ao prazo de ração do Termo de Referência, Caderno de Encargos ou Projeto
vigência contratual acrescido de três meses, devendo ser renovada Básico, a indicação do prazo do futuro contrato, de acordo com as
a cada prorrogação ou renovação contratual e complementada em especificidades do objeto e com o planejamento realizado.
casos de aditivos e apostilamentos para reajustes e repactuações. § 2º - A área técnica demandante do edital deverá distinguir:
§ 6º - Nos casos de contratos que importem na entrega de bens I. prazo de execução: prazo que o contratado dispõe para exe-
pela CODEBA, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da cutar a sua obrigação;
garantia poderá ser acrescido o valor desses bens. II. prazo de vigência: prazo do contrato, contado do momento
§ 7º - Quando exigida a prestação de garantia, à área técnica em que ele é considerado apto a produzir efeitos até que todos os
demandante competirá exigi-la do fornecedor, no prazo e na forma seus efeitos sejam consumidos, inclusive recebimento e pagamento
previstos no edital ou no contrato. por parte da empresa, excetuando-se o prazo de garantia técnica.
Artigo 178. A garantia, qualquer que seja a modalidade escolhi- § 3º - É vedado o contrato por prazo indeterminado.
da, deverá assegurar o pagamento de: Artigo 183. O contrato terá sua duração definida de acordo com
I. prejuízos advindos do não cumprimento do objeto do con- as seguintes formas de contratação:
trato; I. contratação continuada ou prestação de serviços contínuos,
II. prejuízos diretos causados à CODEBA decorrentes de culpa nas situações em que a necessidade permanente ou prolongada do
ou dolo durante a execução do contrato; objeto impõe à parte contratada o dever de realizar uma conduta
III. multas moratórias e compensatórias aplicadas pela CODEBA que se renova ou se mantém no decurso do tempo durante a vigên-
ao contratado; e cia contratual, pelo prazo máximo previsto no caput do art. 182;
IV. obrigações trabalhistas e previdenciárias de qualquer natu- II. contratação de escopo, nas situações em que o fim contra-
reza, não adimplidas pelo contratado, quando couber. tual almejado consiste na entrega de objeto certo e determinado,
Artigo 179. A inobservância do prazo fixado para apresentação extinguindo-se a relação jurídica com o alcance do resultado con-
da garantia acarretará a aplicação de multa a ser definida em edital tratado, pelo prazo estritamente necessário à execução do objeto
e/ou contrato; a contratar.
Artigo 180. O atraso superior a 30 (trinta) dias autoriza a CO- SEÇÃO V
DEBA a promover a rescisão do contrato por descumprimento ou DA PRORROGAÇÃO DO CONTRATO
cumprimento irregular de suas obrigações, aplicando, se for o caso,
a hipótese de dispensa de licitação prevista no inciso VI do Artigo Artigo 184. O contrato poderá ser prorrogado por acordo entre
29 da Lei n. 13.303/2016; ou a reter o valor da garantia dos paga- as partes, desde que a medida seja vantajosa para a CODEBA.
mentos eventualmente devidos ao contratado até que a garantia Artigo 185. Em até 45 (quarenta e cinco) dias antes do venci-
seja apresentada. mento do contrato, a área técnica demandante, através do gestor,
Artigo 181. A garantia será considerada extinta com a devolu- proporá sua prorrogação por meio de documento que contenha, no
ção da apólice, carta-fiança ou autorização para o levantamento de mínimo, as seguintes informações:
importâncias depositadas em dinheiro a título de garantia, acompa- I. justificativas técnica, econômica e financeira para a prorro-
nhada de declaração da Fiscalização do Contrato de que o contrata- gação;
do cumpriu todas as cláusulas do contrato. II. indicação do prazo a ser acrescido ao prazo de vigência do
Parágrafo único - Nos casos de contratos de terceirização de contrato, respeitado o limite no art. 71 da Lei 13.303/2016;
serviços com dedicação exclusiva de mão de obra ou em que haja a III. demonstração da permanência da necessidade de presta-
possibilidade de responsabilização da CODEBA pelo inadimplemen- ção do serviço para as atividades da CODEBA;
to por parte do contratado de encargos trabalhistas ou previdenciá- IV. avaliação dos serviços prestados ao longo do último período
rios, deverá haver previsão expressa no contrato de que a garantia de vigência contratual, com o registro dos fatos julgados relevantes
somente será liberada com a comprovação de que a contratada pa- ocorridos no âmbito da execução do contrato;
gou todas as verbas rescisórias trabalhistas decorrentes da contra- V. demonstração de que a prorrogação do prazo de vigência do
tação, e que, caso esse pagamento não ocorra até o fim do segundo contrato é a medida mais vantajosa para a CODEBA, observando-
mês após o encerramento da vigência contratual, a garantia pode -se que, em regra, deverá ser realizada consulta de preços visando
ser utilizada para o pagamento dessas verbas trabalhistas. comparar os valores praticados no mercado com a proposta de pre-
ço para a prorrogação do contrato;
SEÇÃO IV VI. demonstração, nos contratos celebrados por dispensa ou
DA DURAÇÃO DO CONTRATO inexigibilidade de licitação, de que estão mantidas as condições que
autorizaram a contratação direta;
Artigo 182. Independente da natureza contratual, a duração VII. demonstração, nos contratos celebrados por dispensa de
dos contratos regidos por este Regulamento não excederá a 5 (cin- licitação fundamentada no art. 29, I ou II da Lei 13.303/2016, de
co) anos, contados a partir de sua assinatura, exceto: que o valor máximo permitido não será ultrapassado, nos termos
I. para projetos contemplados no plano de negócios e investi- do art. 150 deste Regulamento;
mentos da CODEBA;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VIII. demonstração de que a Contratada mantém as condições SEÇÃO VI


de habilitação verificadas na ocasião da contratação, bem como de DA ALTERAÇÃO DO CONTRATO
que não está impossibilitada de contratar com a Administração Pú-
blica; Artigo 191. Os contratos regidos por este Regulamento somen-
IX. indicação da disponibilidade de recursos para o novo perío- te poderão ser alterados por acordo entre as partes, vedando-se
do de vigência contratual; as alterações que extrapolem o objeto inicialmente contratado ou
X. manifestação favorável e expressa da Contratada quanto à resulte em violação da obrigação de licitar.
prorrogação do prazo de vigência do contrato; §1º - A alteração incidente sobre o objeto do contrato poderá
XI. autorização expressa da Autoridade Administrativa. ser:
§ 1º - Poderá ser dispensada a pesquisa de preços mencio- I. quantitativa, quando importa acréscimo ou diminuição quan-
nada no inciso V, justificadamente, nos contratos de prestação de titativa do objeto do contrato;
serviços com mão de obra exclusiva, cujo reajuste de preços seja II. qualitativa, quando a alteração diz respeito a características
feito por meio de repactuação, em que os custos preponderantes e especificações técnicas do objeto do contrato.
sejam corrigidos com base em acordo, convenção coletiva, decisão §2º- A alteração da planilha para substituir ou readequar itens
normativa, ou em decorrência de lei, bem como nos contratos cujo não é suficiente para caracterizar a alteração como quantitativa.
preço se mantiver inalterado ou sofrer apenas o reajuste contra- Artigo 192. A alteração quantitativa deverá observar o seguin-
tualmente previsto. te:
§ 2º - Não sendo constatada a vantajosidade do preço do con- I. a aplicação dos limites deverá ser realizada separadamente
trato em comparação com o patamar apurado no mercado, para para os acréscimos e para as supressões, sem que haja compensa-
não causar prejuízos à CODEBA, uma vez preenchidos os demais re- ção entre os mesmos;
quisitos estabelecidos na presente Seção, será admitida a prorroga- II. a manutenção da diferença, em percentual, entre o valor
ção do prazo de vigência apenas pelo prazo necessário à realização global do contrato e o valor orçado pela empresa, salvo se o fiscal
de uma nova contratação. técnico do contrato apontar justificativa técnica ou econômica, que
Artigo 186. Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação deverá ser ratificada pelo gestor da unidade técnica;
do contrato, o prazo ou cronograma de execução poderá ser prorro- III. em contratos cujos valores são estimados, os limites deve-
gado por período necessário a execução total do objeto. rão ser calculados sobre os valores estimados;
Artigo 187. Nas hipóteses em que o atraso no cumprimento do IV. os limites deverão ser calculados pelo preço unitário dos
cronograma decorrer de culpa do Contratado, os prazos de início de itens se o julgamento da licitação ocorrer pelo preço unitário e de-
etapas de execução, de conclusão, de entrega e de vigência contra- verão ser calculados pelo preço global do contrato se o julgamento
tual serão prorrogados, a critério da CODEBA, e: ocorrer pelo preço global;
I. o contratado deverá ser constituído em mora, devendo ser V. em contratos sujeitos à renovação, os limites deverão ser cal-
aplicada, se prevista no instrumento de contrato ou documento culados por cada período de renovação em separado.
equivalente, multa de mora e demais sanções previstas no contrato; Artigo 193. A alteração qualitativa deverá observar o seguinte:
II. o contratado, no período de mora, não faz jus ao reajuste, à I. os encargos decorrentes da continuidade do contrato deve-
repactuação ou à revisão contratual; rão ser inferiores aos da rescisão contratual e aos da realização de
III. a CODEBA poderá optar pela rescisão do contrato, respei- um novo procedimento licitatório;
tando os termos e parâmetros eventualmente estabelecidos no ins- II. as consequências da rescisão contratual, seguida de nova li-
trumento de contrato ou documento equivalente. citação e contratação, deverão importar prejuízo relevante ao inte-
Artigo 188. O exaurimento do prazo de vigência não impede resse coletivo a ser atendido pela obra ou pelo serviço;
nem prejudica o processamento do pagamento das parcelas ou dos III. as mudanças deverão ser necessárias ao alcance do objetivo
objetos devidamente executados. original do contrato, à otimização do cronograma de execução e à
Artigo 189. A não prorrogação do contrato por ausência de antecipação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes;
qualquer informação ou documento exigido, ou pela inobservân- IV. a capacidade técnica e econômico-financeira do contrata-
cia do prazo fixado no artigo anterior, será de responsabilidade do do deverá ser compatível com a qualidade e a dimensão do objeto
fiscal do contrato, que deverá tomar as providências necessárias à contratual aditado;
regularização da situação. V. a motivação da mudança contratual deverá ter decorrido de
Artigo 190. Não havendo interesse na prorrogação do contrato, fatores supervenientes não previstos e que não configurem burla
ou quando tal medida mostrar-se desvantajosa para a CODEBA, o ao processo licitatório;
fiscal do contrato deverá: VI. a alteração não deve ocasionar a transfiguração do objeto
I. realizar a avaliação de desempenho do fornecedor; originalmente contratado em outro de natureza ou propósito diver-
II. promover o recebimento do objeto contratado, com as res- so.
salvas devidas; e Artigo 194. Os contratos celebrados nos regimes “empreitada
III. tomar as providências necessárias, em tempo hábil, para a por preço unitário”, “empreitada por preço global”, “contratação
realização de licitação, ou, nas hipóteses legais, de contratação dire- por tarefa”, “empreitada integral” e “contratação semi-integrada”
ta, nos casos em que os serviços se fizerem necessários. somente poderão ser alterados nos casos e na forma admitida nos
artigos 42, §1°, IV e 81 da Lei nº 13.303/2016.
Artigo 195. Os contratos cujo regime de execução seja a “con-
tratação integrada” não são passíveis de alteração.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 196. Os limites previstos nos parágrafos 1° a 8° do art. 81 V. as alterações na legislação tributária que produza efeitos nos
da Lei 13.303/2016 deverão ser observados pela CODEBA em todos valores contratados; e
os seus contratos. VI. renovações contratuais, sejam por extensão do prazo de
Artigo 197. O gestor do contrato deverá expor a necessidade execução ou prorrogação do prazo de vigência.
de alterar o contrato em documento que contenha, no mínimo, as § 2 º - Eventuais alterações relacionadas à modificação dos da-
seguintes informações: dos de qualificação das partes ou à alteração do fiscal ou seu su-
I. apresentação do histórico da contratação, com a avaliação plente dispensam as providências do art. 197 e a análise jurídica,
das atividades realizadas ao longo do período de vigência e o regis- devendo a emissão do termo aditivo e a publicação de seu extrato
tro dos eventos julgados relevantes, ocorridos no âmbito da execu- serem providenciados diretamente pelo fiscal do contrato, acostan-
ção contratual; do a documentação comprobatória ao processo administrativo.
II. indicação dos fatos que levaram à necessidade de alteração Artigo 199. Os valores contratados poderão ser alterados para
do contrato, apresentando os motivos de ordem técnica que justi- restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre
fiquem a mudança das bases inicialmente pactuadas, observado o os encargos do contratado e a retribuição da CODEBA, para a jus-
disposto neste regulamento; ta remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
III. em se tratado de alteração no Projeto Básico nas contrata- manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato,
ções “semi-integradas”, demonstração da superioridade das inova- diante dos seguintes motivos:
ções em termos de redução de custos, de aumento da qualidade, I. quando necessário assegurar a equivalência entre o objeto
de redução do prazo de execução e de facilidade de manutenção contratual e a remuneração do contratado, através do restabeleci-
ou operação; mento do equilíbrio contratual, desde que objetivamente demons-
IV. demonstração da compatibilidade da alteração proposta trado, mediante acordo entre as partes;
com o objeto inicialmente contratado pela CODEBA, não podendo II. para compensar os efeitos das flutuações decorrentes da
a pretendida modificação desvirtuar as condições originais em que majoração dos custos para execução do objeto, será aplicado índice
se deu a disputa, especialmente nas hipóteses de contratação por geral ou setorial previsto no contrato com vigência superior a 01
licitação; (um) ano, contados da data de assinatura do contrato;
V. indicação dos novos valores contratuais, inclusive em seus III. na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsí-
preços unitários, respeitados os limites dos parágrafos 2° e 3° do veis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impe-
art. 81 da Lei 13.303/2016, e demonstração da vantajosidade da ditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior,
alteração para a CODEBA; caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica ex-
VI. indicação do prazo a ser acrescido ao prazo de vigência do traordinária e extracontratual.
contrato, se for o caso; Artigo 200. O contratado poderá aceitar, nas mesmas condi-
VII. demonstração, nos contratos celebrados por dispensa de ções contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem ne-
licitação fundamentada no art. 29, I ou II da Lei 13.303/2016, de cessários nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
que o valor máximo permitido não será ultrapassado, nos termos cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular
deste Regulamento; de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cin-
VIII. indicação de que o Contratado mantém as condições de quenta por cento) para os seus acréscimos.
habilitação verificadas na ocasião da contratação; § 1º – Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os li-
IX. indicação da disponibilidade de recursos para os novos va- mites estabelecidos no caput, salvo as supressões resultantes de
lores contratuais; acordo celebrado entre as partes.
X. manifestação favorável e expressa do Contratado quanto à § 2º – Se no contrato não houverem sido contemplados preços
alteração pretendida; e unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acor-
XI. autorização expressa da Diretoria Executiva ou do Conselho do entre as partes, observados os mesmos parâmetros utilizados
de Administração, conforme regra de alçada. para a formação do preço balizador utilizado no processo de contra-
Parágrafo único - O pedido de alteração contratual deve ser tação e respeitados os limites estabelecidos no caput.
condizente com as reais necessidades da CODEBA, sendo indevida § 3º – No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
a formalização de alteração no interesse exclusivo do Contratado. contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos
Artigo 198. O pedido de alteração contratual, instruído com as trabalhos, esses materiais deverão ser ressarcidos pela CODEBA
informações contidas no artigo anterior, deverá ser encaminhado pelos custos de aquisição regularmente comprovados e moneta-
para análise jurídica. riamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos
§ 1 º - Não caracterizam alteração do contrato e poderão ser eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente
registrados por simples apostila, dispensando a celebração de ter- comprovados.
mo aditivo: § 4º – A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tribu-
I. a variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de tos ou encargos legais, bem como a superveniência de disposições
preços e repactuação previstos no próprio contrato; legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta,
II. as atualizações, as compensações ou as penalizações finan- com comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a
ceiras decorrentes das condições de pagamento previstas no con- revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
trato; § 5º – Em havendo alteração do contrato que aumente ou re-
III. a correção de erro material havido no instrumento de con- duza os encargos do contratado, a CODEBA deverá restabelecer, por
trato ou documento equivalente; aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.
IV. as alterações na razão ou na denominação social da contra-
tada;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§ 6º – É vedada a celebração de aditivos decorrentes de even- SEÇÃO VIII


tos supervenientes alocados na Matriz de Riscos como de respon- DA GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
sabilidade da contratada.
Artigo 201. Admite-se a modificação da duração inicial do con- Artigo 206. A fiscalização da execução do contrato consiste na
trato quando existirem situações peculiares, decorrentes de cir- verificação do cumprimento das obrigações contratuais por parte
cunstâncias regionais, de mercado, ou específicas do bem ou servi- do contratado, com a alocação dos recursos, pessoal qualificado,
ço a ser alocado ou decorrentes de demandas judiciais, observado técnicas e materiais necessários. A fiscalização deverá ser adminis-
o disposto neste Regulamento. trativa e técnica.
Artigo 202. Os contratos poderão ter a sua duração prorrogada Artigo 207. A gestão do contrato abrange o encaminhamento
por sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condi- de providências, devidamente instruídas e motivadas, identificadas
ções mais vantajosas para a CODEBA, na forma do neste Regula- em razão da fiscalização da execução do contrato, suas alterações,
mento. aplicação de sanções, rescisão contratual e outras medidas que im-
Artigo 203. Os aditivos contratuais ou apostilamentos deverão portem disposição sobre o contrato.
ser firmados dentro da vigência do respectivo contrato. Se o encer- Artigo 208. A fiscalização técnica será atribuída a empregado
ramento da vigência do contrato ocorrer em dia não útil ou sem ou a grupo de empregados que integram a gerência técnica deman-
expediente, os aditivos ou apostilamentos poderão ser firmados no dante, podendo a fiscalização administrativa ser atribuída a um em-
dia útil subsequente. pregado da área administrativa ou financeira.
Artigo 204. Desde que previsto expressamente no instrumento Artigo 209. Os agentes de fiscalização técnica deverão ser in-
de contrato ou documento equivalente, as repactuações e revisões dicados pelo gestor da gerência técnica e designados por ato do
que não forem solicitadas durante a vigência do contrato deverão Diretor-Presidente.
ser objeto de preclusão com a assinatura da prorrogação ou reno- Artigo 210. Os agentes de fiscalização administrativa deverão
vação ou com o encerramento do contrato. ser designados pela autoridade competente.
Artigo 211. O empregado designado para atuar como agente
SEÇÃO VII de fiscalização não poderá recusar a designação, porém poderá pe-
DA SUBCONTRATAÇÃO dir, motivadamente, a sua revisão à autoridade competente.
Artigo 212. A gestão administrativa de contratos deverá ter
Artigo 205. O contratado, na execução do contrato, sem prejuí- processo administrativo próprio.
zo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar Artigo 213. O agente de fiscalização técnica, sem prejuízo de
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em relatórios ou informativos com periodicidade previamente estabe-
cada caso, pela CODEBA, conforme previsto no edital do certame. lecida, deverá comunicar imediatamente ao gerente as ocorrências
§ 1º – O limite e a identificação de quais parcelas poderão ser que possam ensejar, na sua avaliação, alterações, aplicação de san-
subcontratadas serão definidos pela área técnica quando da ela- ções, rescisão contratual e outras medidas que importem disposi-
boração do Termo de Referência, Caderno de Encargos ou Projeto ção sobre o contrato.
Básico. Artigo 214. Recomenda-se que o gestor de contratos, após a
§ 2º – A empresa subcontratada deverá atender, em relação assinatura do contrato e antes do início da sua execução, promova
ao objeto da subcontratação, as exigências de qualificação técnica reunião inicial e, posteriormente, reuniões de acompanhamento
impostas ao licitante vencedor. obrigatoriamente registradas em ata, com o esclarecimento das
§ 3º – É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que obrigações contratuais, em que estejam preferencialmente pre-
tenha participado: sentes os técnicos responsáveis pela elaboração do termo de re-
I.do procedimento licitatório do qual se originou a contratação; ferência ou projeto básico ou caderno de encargos, os agentes de
II.direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico ou fiscalização técnica e administrativo do contrato e o preposto da
executivo. contratada.
§ 4º – As empresas de prestação de serviços técnicos especia- Artigo 215. A CODEBA poderá contratar, excepcionalmente,
lizados deverão garantir que os integrantes de seu corpo técnico agente econômico para atuar junto à fiscalização técnica ou admi-
executem pessoal e diretamente as obrigações a eles imputadas, nistrativa, assessorando os agentes de fiscalização dos contratos e
quando a respectiva relação for apresentada em procedimento lici- as autoridades da unidade de gestão técnica, hipótese em que o ato
tatório ou em contratação direta. de designação dos fiscais deverá indicar:
§ 5º - O Contratado é responsável, para todos os fins, pela exe- I. quais as responsabilidades atribuídas ao agente econômico;
cução e fiscalização da parcela do objeto contratual executado pelo II. como os fiscais deverão proceder em relação às informações
subcontratado. e relatórios provenientes da empresa terceirizada
§ 6º - A subcontratação não exonera a contratada de todas as III. como os fiscais deverão acompanhar os trabalhos e interagir
suas obrigações, atinentes à integralidade do contrato. com a empresa terceirizada;
§ 7º - O instrumento de contrato ou documento equivalente IV. ressalva de que os fiscais não deverão ser responsabilizados
poderá prever que o pagamento seja realizado diretamente pela pelas informações recebidas do agente econômico.
CODEBA à subcontratada. Artigo 216. O contratado deverá manter preposto aceito pela
§ 8º - A CODEBA poderá exigir a subcontratação de microem- empresa no local da obra ou do serviço para representá-lo na exe-
presas e empresas de pequeno porte, de acordo com os termos cução do contrato.
previstos no inciso II do Artigo 48 da Lei Complementar n. 123/2006
e no Artigo 7º do Decreto Federal n. 8.538/2015.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SEÇÃO IX I. não produzir os resultados, deixar de executar, ou não execu-


DO RECEBIMENTO DO OBJETO tar com a qualidade mínima exigida as atividades contratadas;
II. deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para
Artigo 217. O recebimento poderá ser: a execução do serviço, ou utilizá-los com qualidade ou quantidade
I. provisório: no caso de aquisição de equipamentos e outros inferior à demandada;
objetos em que seja necessário, para sua avaliação, que a posse dos III. deixar de manter as condições de habilitação apresentadas
mesmos seja transferida à CODEBA, sem representar qualquer tipo na licitação; ou
de aceite ou consideração sobre o adimplemento das obrigações IV. não arcar com as obrigações trabalhistas e previdenciárias
pelo contratado; dos seus empregados, quando dedicados exclusivamente à execu-
II. parcial: relativo a etapas ou parcelas do objeto, definidas no ção do contrato.
contrato ou nos documentos que lhe integram, representando acei- Artigo 228. O contratado faz jus ao pagamento pelos préstimos
tação da execução da etapa ou parcela; executados e recebidos, ainda que o contrato ou aditivo seja nulo.
III. definitivo: relativo à integralidade do contrato, representan- Artigo 229. Os pagamentos devidos ao contratado, quando
do aceitação da integralidade do contrato e liberação do contratado couber e de acordo com a legislação tributária, estão sujeitos à re-
tocante a vícios aparentes. tenção na fonte.
Artigo 218. Se o instrumento de contrato não dispuser de for- Artigo 230. O contrato poderá prever o pagamento em conta
ma diferente, os recebimentos deverão ocorrer, a contar da comu- vinculada.
nicação por parte do contratado direcionada ao agente de fiscaliza- Artigo 231. Havendo controvérsia sobre a execução do objeto,
ção técnica do contrato, nos seguintes prazos: quanto à dimensão, à qualidade e à quantidade, o montante corres-
I. até 15 (quinze) dias úteis para o recebimento provisório; pondente à parcela incontroversa deverá ser pago no prazo previsto
II. até 15 (quinze) dias úteis para o recebimento parcial; e o relativo à parcela controvertida depositado em conta vinculada
III. até 30 (trinta) dias úteis para o recebimento definitivo. ou na forma estipulada em contrato.
Artigo 219. O agente de fiscalização técnica do contrato é res- Artigo 232. Não é permitido pagamento antecipado, parcial ou
ponsável pelos recebimentos, respeitando-se os prazos previstos total, relativo a parcelas contratuais vinculadas ao fornecimento de
no artigo anterior. bens, à execução de obras ou à prestação de serviços, salvo nas
Artigo 220. Os recebimentos de materiais de estoque deve- hipóteses previstas em contrato e devidamente justificadas pela
rão ser realizados pelo almoxarifado e deverão ser ratificados pelo unidade de gestão técnica, em que o pagamento antecipado pro-
agente de fiscalização técnica do contrato, quando couber. piciar sensível economia de recursos ou representar condição in-
Artigo 221. Acaso o agente de fiscalização técnica ou admi- dispensável para a obtenção do bem ou para assegurar a prestação
nistrativa verifique o descumprimento de obrigações por parte do do serviço.
contratado, deverá comunicar ao preposto deste, indicando, ex- Artigo 233. É permitido descontar dos créditos do contratado
pressamente, o que deverá ser corrigido e o prazo máximo para a qualquer valor relativo à multa, ressarcimentos e indenizações,
correção. sempre observado o contraditório e a ampla defesa.
Artigo 222. O tempo para a correção referido no artigo anterior
deverá ser computado no prazo de execução de etapa, parcela ou SEÇÃO XI
do contrato, para efeito de configuração da mora e suas comina- DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
ções.
Artigo 223. Realizada a correção pelo contratado, abrem-se no- Artigo 234. A remuneração variável poderá ocorrer por meio da
vamente os prazos para os recebimentos estabelecidos neste regu- adoção de Acordo de Níveis de Serviços, prevista no edital e deta-
lamento ou os pactuados em contrato, conforme dispõe o mesmo lhada no termo de referência, caderno de encargos, anteprojeto ou
item, que poderão, no entanto, ser reduzidos pela metade. projeto básico, que deverá ser elaborado com base nas seguintes
diretrizes:
SEÇÃO X I. Deverão ser definidos os objetos e os resultados esperados,
DO PAGAMENTO diferenciando se as atividades consideradas críticas das secundá-
rias;
Artigo 224. O pagamento é condicionado ao recebimento par- II. os indicadores e metas deverão ser realistas, construídos
cial ou definitivo, conforme previsto no instrumento de contrato ou com base nos objetos e resultados esperados, de forma sistemática,
documento equivalente, e deverá ser efetuado mediante a apre- de modo que possam contribuir cumulativamente para o resultado
sentação de Nota Fiscal, da Fatura ou documento equivalente pelo global e não interfiram negativamente uns nos outros;
contratado, que deve conter o detalhamento do objeto executado. III. os indicadores deverão refletir fatores que estarão sob con-
Artigo 225. O prazo para pagamento da Nota Fiscal/Fatura ou trole do contratado;
documento equivalente deverá ser indicado expressamente no ins- IV. os indicadores deverão ser objetivamente mensuráveis, de
trumento de contrato ou documento equivalente, recomendando- preferência facilmente coletáveis, relevantes e adequados à nature-
-se que seja em, no máximo, 30 (trinta) dias úteis. za e características do objeto do contrato e compreensíveis;
Artigo 226. Quando da ocorrência de eventuais atrasos de pa- V. deverá ser evitado indicadores complexos ou sobrepostos;
gamento provocados exclusivamente pela CODEBA, o valor devido VI. os pagamentos devem ser proporcionais ao atendimento
deverá ser acrescido de atualização financeira, que deverá ser defi- das metas estabelecidas no Acordo de Níveis de Serviço, observan-
nida em contrato. do-se o seguinte:
Artigo 227. A retenção ou glosa no pagamento, sem prejuízo
das sanções cabíveis, só deverá ocorrer quando o contratado:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) as adequações nos pagamentos deverão ser limitadas a uma I. a repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto
faixa específica de tolerância, abaixo da qual o contratado deverá forem necessárias, podendo ser realizada em momentos distintos
sujeitar-se às sanções legais; para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade resul-
b) na determinação da faixa de tolerância de que trata o item tante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da
anterior, deverá ser considerada a relevância da atividade, com me- mão de obra, quando deverá ser considerada a data do acordo, con-
nor ou nenhuma margem de tolerância para as atividades conside- venção ou dissídio coletivo, e os custos decorrentes dos insumos
radas críticas; necessários à execução do serviço, quando deverá ser considerada
c) não atendimento das metas, por ínfima ou pequena diferen- a data da apresentação da proposta;
ça, em indicadores não críticos, poderá ser objeto apenas de noti- II. quando a contratação envolver mais de uma categoria pro-
ficação nas primeiras ocorrências, de modo a não comprometer a fissional, com datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser
continuidade da contratação. dividida em tantas quanto forem os acordos, dissídios ou conven-
Artigo 235. O recebimento deverá ser realizado com base no ções coletivas das categorias envolvidas na contratação;
Acordo de Níveis de Serviço. III. a repactuação em razão de novo acordo, dissídio ou conven-
Artigo 236. O contratado poderá apresentar justificativa para ção coletiva deverá repassar integralmente o aumento de custos da
a prestação do serviço com menor nível de conformidade, que po- mão de obra decorrente desses instrumentos, inclusive novos be-
derá ser aceita pelo agente de fiscalização técnica do contrato, des- nefícios não previstos na proposta original que tenham se tornado
de que comprovada a excepcionalidade da ocorrência, resultante obrigatórios por força deles;
exclusivamente de fatores imprevisíveis e alheios ao controle do IV. a repactuação deverá ser precedida de solicitação do con-
contratado. tratado, acompanhada de demonstração analítica da alteração dos
Artigo 237. O agente de fiscalização técnica deverá monitorar custos, por meio de apresentação da planilha de custos e formação
constantemente o nível de qualidade da execução do objeto para de preços e do novo acordo, convenção ou dissídio coletivo que fun-
evitar a sua degeneração, devendo intervir para que sejam feitas damenta a repactuação, conforme for a variação de custos objeto
correções, notificando sempre o agente de fiscalização administra- da repactuação; e
tivo do contrato para fins de aplicação de sanções quando verificar V. o contratado, para fazer jus à repactuação, deverá compro-
desconformidade reiterada. var:
VI. os preços praticados no mercado ou em outros contratos
SEÇÃO XII das empresas, de estatais ou da Administração Pública;
DA ALTERAÇÃO PARA MANTER O EQUILÍBRIO ECONÔMICO- VII. as particularidades do contrato em vigência;
-FINANCEIRO DO CONTRATO VIII. a nova planilha com variação dos custos apresentada; e
IX. indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais
Artigo 238. O equilíbrio econômico-financeiro do contrato de- de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes.
verá ocorrer por meio de: Parágrafo Único - A repactuação do contrato deverá ser plei-
I. reajuste: instrumento para manter o equilíbrio econômico- teada pela Contratada até a data da prorrogação contratual subse-
-financeiro do contrato diante de variação de preços e custos que quente, sob pena de ocorrer preclusão do exercício do direito.
sejam normais e previsíveis, relacionadas com o fluxo normal da Artigo 241. A revisão deverá ser precedida de solicitação do
economia e com o processo inflacionário, devido ao completar 1 contratado, acompanhada de comprovação:
(um) ano a contar da data da proposta; I. dos fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém com consequên-
II. repactuação: espécie de reajuste destinado aos contratos de cias incalculáveis;
terceirização de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra, II. da alteração de preços ou custos, por meio de notas fiscais,
em que os custos de mão de obra são calculados ao completar 1 faturas, tabela de preços, orçamentos, notícias divulgadas pela im-
(um) ano a contar da data do orçamento a que se refere a proposta, prensa e por publicações especializadas e outros documentos per-
ou seja, da data base da categoria ou de quando produzirem efeitos tinentes, preferencialmente com referência à época da elaboração
acordo, convenção ou dissídio coletivo; da proposta e do pedido de revisão;
III. revisão: instrumento para manter o equilíbrio econômico- III. de demonstração analítica, por meio de planilha de custos
-financeiro do contrato diante de variação de preços e custos de- e formação de preços, sobre os impactos da alteração de preços ou
correntes de fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém com conse- custos no total do contrato.
quências incalculáveis, e desde que se configure álea econômica Artigo 242. Quando houver, a matriz de riscos define o equilí-
extraordinária e extracontratual, sem a necessidade de periodici- brio econômico financeiro do contrato e é vinculante para pedidos
dade mínima. de repactuação e revisão.
Artigo 239. O reajuste deverá observar: Artigo 243. O contrato poderá sofrer reajuste, repactuação ou
I. a CODEBA deverá estabelecer no instrumento de contrato revisão diante de fatos ocorridos depois da publicação do edital ou
ou documento equivalente índice ou combinação de índice para o do oferecimento das propostas e antes da assinatura do próprio
reajuste; contrato, nas seguintes condições:
II. o reajuste não deverá ser concedido de ofício, haja vista a I. o reajuste deverá ser concedido se entre a data da apresen-
necessidade de garantir a manifestação de concordância da contra- tação da proposta e a assinatura do contrato transcorreram mais de
tada com todos os termos do reajuste, devendo ser precedido de 12 (doze) meses;
solicitação do Contratado acompanhada de memória de cálculo. II. a repactuação deverá ser concedida se entre a data da pu-
Artigo 240. A repactuação deve observar: blicação do edital e a assinatura do contrato sobrevier novo acordo,
convenção ou dissídio coletivo;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

III. a revisão deverá ser concedida se entre a data da apresenta- das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fundiárias, até que a
ção da proposta e a assinatura do contrato ocorrer fato imprevisível situação seja regularizada, devendo a Fiscalização do contrato noti-
ou previsível, porém com consequências incalculáveis, que configu- ficar o Contratado para regularizar a situação.
ra álea econômica e extracontratual. §2º - Se não houver demonstração de quitação das obrigações
Artigo 244. Nas hipóteses previstas no artigo anterior, o próprio trabalhistas, previdenciárias e fundiárias no prazo de 15 (quinze)
instrumento contratual deverá ser firmado com os valores reajusta- dias contados da notificação, a CODEBA poderá efetuar o pagamen-
dos, repactuados ou revistos, que deverá ser antecedido de parecer to das obrigações diretamente aos empregados do Contratado que
jurídico e de autorização do gestor da unidade de licitações, cum- tenham participado da execução dos serviços objeto do contrato.
pridos os demais requisitos prescritos neste Artigo, tudo juntado § 3º- O sindicato da categoria deverá ser notificado para acom-
aos autos do processo do contrato. panhar o pagamento das verbas a que se refere os parágrafos an-
Artigo 245. O reajuste, a repactuação e a revisão deverão ser teriores.
formalizadas dentro do prazo de vigência do contrato.
SEÇÃO XV
SEÇÃO XIII DA RESPONSABILIDADE DAS PARTES
DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO
Artigo 252. O contratado é responsável pelos danos causados
Artigo 246. A suspensão da execução do contrato poderá ser direta ou indiretamente à CODEBA ou a terceiros em razão da exe-
determinada pelo Diretor da área demandante em casos excepcio- cução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabili-
nais e motivados tecnicamente pelo fiscal técnico do contrato, de- dade a fiscalização ou o acompanhamento pela empresa, devendo
vendo o fiscal administrativo comunicar a suspensão da execução prevalecer, quando houver, o disposto em matriz de risco.
do contrato ao preposto do contratado, indicando: Artigo 253. O instrumento de contrato ou documento equiva-
I. o prazo da suspensão, que poderá ser prorrogado, se as ra- lente poderá prever cláusula com limitação de responsabilidade
zões que a motivarem não estiverem sujeitas ao controle ou à von- para as partes, prevendo teto de indenização.
tade da gerência técnica;
II. se deverá ou não haver desmobilização, total ou parcial, e SEÇÃO XVI
quais as atividades deverão ser mantidas pelo contratado; DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
III. o montante que deverá ser pago ao contratado a título de
indenização em relação a eventuais danos já identificados e o pro- Artigo 254. A Contratada deverá cumprir fielmente as dispo-
cedimento e metodologia para apurar valor; sições previstas na legislação vigente, no contrato celebrado e no
IV. de indenização de novos danos que poderão ser gerados ao edital da licitação, do termo de referência ou no procedimento de
contratado. contratação direta que o originou, atuando em consonância com os
Artigo 247. Constatada qualquer irregularidade na licitação ou princípios da probidade e da boa-fé, cabendo-lhe, especialmente:
na execução contratual, os fiscais do contrato deverão, se possível, I. manter os requisitos e condições de habilitação fixados no
saná-la, evitando-se a suspensão da execução do contrato ou outra processo de licitação ou contratação direta;
medida como decretação de nulidade ou rescisão contratual. II. comunicar a imposição de penalidade que acarrete o impe-
dimento de contratar com a CODEBA, bem como a eventual perda
SEÇÃO XIV dos pressupostos para a participação de licitação;
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE EMPREGADOS III. cumprir, dentro dos prazos assinalados, as obrigações con-
TERCEIRIZADOS tratadas;
IV. reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
Artigo 248. – As disposições do contrato de serviços a serem expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se
prestados por meio da disponibilização de empregados terceiriza- verificarem vícios, defeitos ou incorreções decorrentes da execução
dos, na forma de postos de trabalho, com ou sem fornecimento do ou de materiais empregados;
material e/ou equipamentos necessários à perfeita prestação dos V. responder pela correção e qualidade dos serviços/bens nos
serviços, serão objeto de normativos internos da CODEBA. termos da proposta apresentada, observadas as normas éticas e
Artigo 249. Os valores referentes ao pagamento das férias, dé- técnicas aplicáveis;
cimo terceiro salário, ausências legais e verbas rescisórias aos tra- VI. reparar todos os danos e prejuízos causados diretamente
balhadores serão efetuados pela CODEBA ao Contratado somente à CODEBA ou a terceiros, não restando excluída ou reduzida esta
na ocorrência do fato gerador. responsabilidade pela presença de fiscalização ou pelo acompanha-
Artigo 250. Os valores referentes ao pagamento das férias, dé- mento da execução por parte do fiscal do contrato;
cimo terceiro salário e verbas rescisórias aos trabalhadores do Con- VII. alocar os recursos materiais e humanos necessários à exe-
tratado serão depositados pela Administração em conta vinculada cução do objeto contratual, assumindo integral e exclusiva respon-
específica, aberta em nome do contratado, com movimentação so- sabilidade sobre todos e quaisquer ônus trabalhistas e previdenciá-
mente por ordem da CODEBA. rios, bem como os atinentes a seguro com acidentes de trabalho
Artigo 251. O Contratado deverá apresentar mensalmente do- de seus empregados, zelando pela fiel observância da legislação
cumentação comprobatória do cumprimento das obrigações traba- incidente;
lhistas, previdenciárias e para com o FGTS.
§1º – Na hipótese do Contratado deixar de pagar ou apresentar
a documentação a que se refere este artigo, a CODEBA reterá do pa-
gamento da fatura mensal o valor proporcional ao inadimplemento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VIII. pagar, como responsável único, todos os encargos traba- IX. praticar atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da lici-
lhistas, fiscais e comerciais, que incidam ou venham a incidir, direta tação.
ou indiretamente, sobre o objeto do contrato, podendo a CODEBA, Artigo 256. Materializada qualquer das condutas descritas no
a qualquer momento, exigir do Contratado a comprovação de sua artigo anterior, a CODEBA poderá, garantida a ampla defesa e o con-
regularidade; traditório, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
IX. permitir vistorias e acompanhamento da execução do obje- I. advertência;
to pelo gestor e/ou fiscal do contrato; II. multa;
X. obedecer as instruções e aos procedimentos estabelecidos III. suspensão temporária de participação em licitação e contra-
pela CODEBA para a adequada execução do contrato, apresentan- tação com a CODEBA, por prazo não superior a 2 (dois) anos.
do as informações solicitadas e os documentos comprobatórios do § 1º – As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão
adequado cumprimento das obrigações contratuais, tenham elas ser aplicadas juntamente com a do inciso II.
natureza principal ou acessória; § 2º – Caberá apresentação de defesa prévia, a ser apresentada
XI. não infringir quaisquer direitos autorais, patentes ou regis- no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da aplicação de qualquer
tros, inclusive marcas, know-how ou trade-secrets, durante a exe- sanção.
cução do contrato, sendo responsável pelos prejuízos, inclusive ho- § 3º – As sanções dos incisos II e III somente poderão ser apli-
norários de advogado, custas e despesas decorrentes de qualquer cadas após regular processo administrativo.
medida ou processo judicial ou administrativo iniciado em face da Artigo 257. A multa será obrigatoriamente estabelecida no ins-
CODEBA, por acusação da espécie; e trumento de contrato ou em documento equivalente e deverá ob-
XII. designar 1 (um) preposto como responsável pelo Contrato servar as seguintes condições:
firmado com a CODEBA, para participar de eventuais reuniões e ser I. poderá referir-se à inexecução completa ou parcial de obriga-
o interlocutor do Contratado, zelando pelo fiel cumprimento das ção, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora;
obrigações previstas no Instrumento. II. não poderá ser superior a 30% (trinta por cento) do valor
§1º - A inadimplência do Contratado quanto aos encargos tra- total do contrato licitado ou celebrado com contratação direta;
balhistas, fiscais e comerciais não transfere à CODEBA a responsabi- III. a multa moratória deverá ser apurada por dia de atraso;
lidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato IV. se a multa moratória alcançar o seu limite e a mora não se
ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusi- cessar, o contrato poderá ser rescindido, salvo decisão em contrá-
ve perante o registro de imóveis. rio, devidamente motivada, da autoridade da unidade de gestão de
§2º - No âmbito dos deveres de conduta decorrentes do prin- contratos;
cípio da boa-fé objetiva, o Contratado deverá colaborar com a CO- V. se a multa for aplicada em decorrência de inadimplemento
DEBA no âmbito do processo de demonstração da vantajosidade da parcial, o percentual deverá ser apurado em razão do valor da obri-
contratação, mediante a cobrança de valores razoáveis e condizen- gação inadimplida;
tes com os praticados no mercado e apresentação de informações VI. o instrumento de contrato ou documento equivalente deve-
detalhadas sobre seus custos unitários e sobre os preços cobrados rá prever que, acaso a multa não cubra os prejuízos causados pelo
perante outros clientes. contratado, que a empresa poderá exigir indenização suplementar,
valendo a multa como mínimo de indenização, na forma do precei-
CAPÍTULO III tuado no parágrafo único do Artigo 416 do Código Civil; e
DAS SANÇÕES E DA RESCISÃO DO CONTRATO VII. a multa poderá ser descontada da garantia, dos pagamen-
tos devidos à contratada em razão do contrato em que houver a
SEÇÃO I aplicação da multa ou de eventual outro contrato havido entre a
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS empresa e a contratada, aplicando-se a compensação prevista nos
Artigos 368 e seguintes do Código Civil.
Artigo 255. As sanções administrativas deverão ser aplicadas § 1º – A aplicação de multa estará condicionada à tipificação
diante dos seguintes comportamentos dos licitantes e contratados: da conduta e previsão da alíquota e base de cálculo no instrumento
I. dar causa à inexecução parcial ou total do contrato contratual.
II. deixar de entregar a documentação exigida para o certame, § 2º - A multa, aplicada após regular processo administrativo,
salvo na hipótese de inversão de fases prevista; será descontada da garantia do respectivo contratado.
III. não manter a proposta, salvo se em decorrência de fato su- § 3º - Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia
perveniente, devidamente justificado; prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua
IV. não celebrar o contrato ou não entregue a documentação diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente de-
exigida para a contratação, quando convocado dentro do prazo de vidos pela CODEBA ou cobrada judicialmente.
validade de sua proposta; Artigo 258. A sanção de suspensão temporária de participação
V. ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto em licitação e contratação com a CODEBA poderá também ser apli-
da licitação sem motivo justificado; cada à empresa ou ao profissional que:
VI. apresentar documentação falsa exigida para o certame ou I. tenha sofrido condenação definitiva por praticar, por meios
prestar declaração falsa durante a licitação ou a execução do con- dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;
trato; II. tenha praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos
VII. fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução da licitação;
do contrato; III. demonstre não possuir idoneidade para contratar com a CO-
VIII. comportar-se com má-fé ou cometer fraude fiscal; DEBA em virtude de atos ilícitos praticados;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV. convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, III. o desatendimento das determinações regulares do fiscal do
não celebrar o contrato; contrato;
V. apresentar documentação falsa exigida para o certame; IV. o cometimento reiterado de faltas na sua execução anota-
VI. ensejar o retardamento da execução do objeto da licitação; das pela fiscalização do contrato;
VII. não mantiver a proposta; V. a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
VIII. falhar ou fraudar na execução do contrato; VI. a fusão, cisão, incorporação, ou associação da Contratada
IX. comportar-se de modo inidôneo, inclusive com a prática de com outrem, não admitidas no instrumento convocatório e no con-
atos lesivos à Administração Pública previstos na Lei 12.846/2013. trato e sem prévia autorização da CODEBA;
Artigo 259. A sanção de suspensão, referida no inciso III do Ar- VII. a dissolução da sociedade ou o falecimento da Contratada;
tigo 83 da Lei n. 13.303/2016, deverá observar os seguintes parâ- VIII. razões de interesse da CODEBA, de alta relevância e amplo
metros: conhecimento, justificadas e exaradas no processo interno;
I. se não se caracterizar má-fé, a pena base deverá ser de 6 IX. o descumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º
(seis) meses; da Constituição Federal, que proíbe o trabalho noturno, perigoso
II. caracterizada a má-fé ou intenção desonesta, a pena base ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores
deverá ser de 1 (um) ano. de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos;
Artigo 260. A pena de sanção será majorada nos seguintes ca- X. a prática de atos lesivos à Administração Pública previstos na
sos: Lei 12.846/2013;
I. em 1/2 (um meio), se o apenado for reincidente; XI. inobservância da vedação ao nepotismo;
II. em 1/2 (um meio), se a falta do apenado tiver produzido XII. prática de atos que prejudiquem ou comprometam à ima-
prejuízos relevantes para a empresa gem ou reputação da CODEBA, direta ou indiretamente;
Artigo 261. A pena de suspensão poderá ser atenuada nos se- XIII. a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associa-
guintes casos: ção do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou
I. em 1/4 (um quarto), se o apenado não for reincidente; parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no
II. em 1/4 (um quarto), se a falta do apenado não tiver produzi- edital e no contrato;
do prejuízos relevantes para a empresa; XIV. a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regular-
III. em 1/4 (um quarto), se o apenado tiver reconhecido a falta mente comprovada, impeditiva da execução do contrato;
e se dispuser a tomar medidas para corrigi-la; e XV. o não pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas,
IV. em 1/4 (um quarto), se o apenado comprovar a existência e bem como pelo não recolhimento das contribuições sociais, previ-
a eficácia de procedimentos internos de integridade, de acordo com denciárias e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
os requisitos do Artigo 42 do Decreto n. 8.420/2015. § 1º – Os casos de rescisão contratual serão formalmente moti-
Artigo 262. A CODEBA deverá informar os dados relativos às vados pelo gestor do contrato nos autos do Processo Interno, asse-
sanções por ela aplicada aos contratados de forma a manter atuali- gurado para a Contratada o contraditório e a ampla defesa, decidi-
zado o CEIS - Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas dos pela autoridade de alçada.
de que trata a Lei nº 12.846/13. § 2º - Os efeitos da rescisão do contrato serão operados a partir
da comunicação escrita sobre o seu julgamento, ou, na impossibili-
SEÇÃO II dade de notificação do interessado, por meio de publicação oficial.
DOS CASOS DE EXTINÇÃO E RESCISÃO DO CONTRATO
SEÇÃO III
Artigo 263. A extinção dos contratos firmados pela CODEBA se DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA A RESCISÃO E/OU
dará: APLICAÇÃO DE SANÇÃO
I. pela completa execução do seu objeto ou pelo advento de
termo ou condição nele prevista; Artigo 265. O processo administrativo para a rescisão e/ou apli-
II. pelo término do seu prazo de vigência; cação de sanção observará o seguinte:
III. por acordo entre as partes, desde que a medida não acarre- I. o processo administrativo deverá ser instaurado por decisão
te prejuízos para a CODEBA; dos fiscais do contrato, conforme o caso, por meio de documento
IV. por ato unilateral da parte interessada, mediante aviso por intitulado “ato de instauração de processo administrativo”, que de-
escrito à outra parte com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) verá:
dias, desde que a medida não acarrete prejuízos para a CODEBA e II. descrever os fatos e as faltas imputadas ao licitante ou con-
esteja autorizado no contrato, na legislação em vigor ou neste re- tratado;
gulamento; III. indicar as penas a que ele estará sujeito e, se for o caso, a
V. pela via judicial ou arbitral; e rescisão contratual e demais cominações legais;
VI. em razão de rescisão contratual pela ocorrência de qualquer IV. notificação do licitante ou contratado para apresentar defe-
dos motivos elencados no artigo seguinte. sa, no prazo de até 10 (dez) dias úteis.
Artigo 264. Constituem motivo para a rescisão dos contratos Artigo 266. A intimação deve ser realizada na forma eletrônica,
firmados pela CODEBA: por correspondência com aviso de recebimento ou por qualquer
I. o descumprimento ou o cumprimento irregular ou incomple- outro meio, desde que haja a confirmação de recibo por parte do
to de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; licitante ou contratado.
II. o atraso injustificado no início da obra, serviço ou forneci- Artigo 267. A defesa poderá ser apresentada eletronicamente,
mento; por meio de email, ou fisicamente ao setor de protocolo da CODE-
BA.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 268. Os fiscais do contrato deverão analisar eventual § 1º – Deverão ser observados os seguintes parâmetros cumu-
pedido de produção de prova realizado pelo licitante ou contrata- lativos:
do, podendo, mediante decisão fundamentada, recusar as provas I. a convergência de interesses entre as partes;
quando ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. II. a execução em regime de mútua cooperação;
Artigo 269. O licitante ou contratado terá o direito de acom- III. o alinhamento com a função social de realização do interes-
panhar e participar da produção da prova, sendo comunicado de se coletivo;
quaisquer diligências, vistorias, avaliações ou oitivas de testemu- IV. a análise prévia da conformidade do convênio com a política
nhas com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, que deverão de transações com partes relacionadas;
ser levadas a termo, reduzidas em ata e, se possível, filmadas. V. a análise prévia do histórico de envolvimento com corrupção
Artigo 270. Produzida a prova, o licitante ou contratado dispõe ou fraude, por parte da instituição beneficiada, e da existência de
de 10 (dez) dias úteis para a apresentação de alegações finais. controles e políticas de integridade na instituição e;
Artigo 271. O processo, devidamente instruído, deverá ser VI. a vedação de celebrar convênio com dirigente de partido
enviado à autoridade que firmou o contrato ou outra definida em político, titular de mandato eletivo, empregado ou administrador
regra de alçada da empresa, para que tome a decisão final, devi- da empresa estatal, ou com seus parentes consanguíneos ou afins
damente motivada, podendo-se utilizar como motivação o parecer até o terceiro grau, e também com pessoa jurídica, cujo proprietá-
jurídico. rio ou administrador seja, uma dessas pessoas.
Artigo 272. A decisão deverá ser publicada no sítio eletrônico § 2º - A formalização do instrumento contemplará documento
da CODEBA, informada ao Cadastro Nacional de Empresas Inidô- anexo contendo detalhamento dos objetivos, das metas, resultados
neas e Suspensas (CEIS), mantido pelo Executivo Federal, e outros a serem atingidos, cronograma de execução, critérios de avaliação
sistemas de cadastro que sejam pertinentes, e comunicada direta- de desempenho, indicadores de resultados e a previsão de even-
mente à licitante ou ao contratado. tuais receitas e despesas, sendo partes integrantes do objeto.
Artigo 273. O licitante ou contratado poderá interpor recurso, § 3º – O prazo do instrumento deverá ser estipulado de acordo
em até 10 (dez) dias, sem efeito suspensivo, salvo se concedido ex- com a natureza e complexidade do objeto, metas estabelecidas e
cepcionalmente pela autoridade competente. prazo de execução previsto no plano de trabalho.
Artigo 274. O recurso deverá ser objeto de decisão motivada, § 4º – Aos convênios de patrocínio aplicar-se-ão regras próprias
que deverá ser publicada nos mesmos meios previstos para a publi- conforme artigo 15 e 16 deste Regulamento.
cação da decisão.
Artigo 275. Nos casos em que a falta imputada ao licitante TITULO V
ou contratado seja qualificada como atos lesivos à administração DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
pública, nacional ou estrangeira, conforme o Artigo 5º da Lei n.
12.846/2013, o processo administrativo deverá seguir as regras da Artigo 279. Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
Lei n. 12.846/2013 e do Decreto n. 8.420/2015. edital de licitação por irregularidade na aplicação deste Regulamen-
to e da legislação aplicável, devendo protocolar o pedido até 5 (cin-
SEÇÃO IV co) dias úteis antes da data fixada para a ocorrência do certame.
DOS RECURSOS Parágrafo Único - A CODEBA deverá julgar e responder à impug-
nação em até 3 (três) dias úteis;
Artigo 276. Caberá recurso, no prazo de 10 (dez) dias a contar Artigo 280. Aplicam-se as regras deste Regulamento aos pro-
da data da comunicação do ato, nos casos de: cedimentos licitatórios e contratações iniciados após sua vigência.
I. aplicação das penas de multa, suspensão temporária de par- Artigo 280-A. O contrato de antecipação de receitas consiste
ticipação em licitação e impedimento de contratar com a CODEBA, em um contrato de direito privado, firmado individualmente pela
impedimento de licitar e contratar com a União; autoridade portuária com o usuário interessado em antecipar re-
II. rescisão do contrato; ceitas, sejam tarifárias ou de arrendamento, observados os requi-
§ 1º – Os recursos referidos no caput não têm efeito suspen- sitos fixados na Lei 12.815/2013, nos arts. 42-A e 42-B do Decreto
sivo. 8.033/2013 e na Resolução ANTAQ nº 48/2021.
§ 2º – A comunicação do ato para fins de contagem do prazo Artigo 281. Permanecem regidos pela legislação anterior pro-
recursal será feita, preferencialmente, na forma eletrônica. cedimentos licitatórios e contratações iniciados ou celebrados an-
tes da vigência deste Regulamento até sua completa finalização,
SEÇÃO IV inclusive eventuais prorrogações.
DOS CRIMES E DAS PENAS Artigo 282. Os níveis de alçada decisória e tomada de decisão
para aplicação dos procedimentos deste Regulamento serão esta-
Artigo 277. Aplicam-se às licitações e contratos as normas de belecidos em normativo interno da CODEBA, com observância das
direito penal contidas nos artigos 89 a 99 da Lei nº 8.666, de 21 de seguintes premissas:
junho de 1993. I. as competências serão estabelecidas, preferencialmente, de
CAPÍTULO IV forma colegiada;
DOS CONVÊNIOS II. os níveis de alçada serão definidos considerando-se os valo-
res envolvidos e a modalidade da contratação, com regras diferen-
Artigo 278. Convênio é o instrumento destinado a formalizar ciadas para as licitações, as contratações diretas e as situações de
a comunhão de esforços entre a CODEBA e entidades privadas ou oportunidade de negócios, conforme seja a necessidade de contro-
públicas para viabilizar o fomento ou a execução de atividades na le identificada pela Governança.
promoção de objetivos comuns.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 283. Fica revogada a Norma de Contratação A.04.01, XIV. contratação semi-integrada – Regime de execução em que
revisão 06, de 21 de janeiro de 2016. a contratação envolve a elaboração e o desenvolvimento do projeto
Artigo 284. A atualização desse Regulamento entrará em vigor executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a monta-
em 31 de março de 2022. gem, a realização de testes, a pré-operação e as demais operações
necessárias e suficientes para a entrega final do objeto;
GLOSSÁRIO DE EXPRESSÕES TÉCNICAS XV. contrato – Todo e qualquer ajuste firmado em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de
Para os fins deste Regulamento, considera-se: obrigações recíprocas e contrapostas, seja qual for a denominação
I. adjudicação - reconhecimento formal da validade e conve- utilizada;
niência da proposta do licitante vencedor; XVI. dirigente máximo da Codeba – Autoridade com maior po-
II. administração pública – Administração Direta e Indireta da der de decisão, conforme competências definidas no Estatuto da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abran- CODEBA;
gendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito XVII. licitação – É o procedimento formal em que se convoca,
privado sob controle do poder público e das fundações por ele ins- mediante condições estabelecidas em ato próprio, empresas in-
tituídas ou mantidas, sendo a CODEBA integrante da Administração teressadas na apresentação de propostas para o oferecimento de
Pública Indireta; bens e serviços;
III. alienação - operação de transferência do direito de proprie- XVIII. licitação deserta – Situação na qual não acudiram interes-
dade do material, mediante venda, permuta ou doação; sados ao certame;
IV. anteprojeto de engenharia – Peça técnica com todos os ele- XIX. licitação fracassada – Situação na qual todos os interes-
mentos de contornos necessários e fundamentais à elaboração do sados restaram inabilitados ou tiveram suas propostas desclassifi-
projeto básico; cadas;
V. bonificações e despesas indiretas – É um percentual que se XX. licitador – Empregado CODEBA responsável pela condução
adiciona aos custos diretos de uma obra ou serviço de engenharia, da Licitação CODEBA, na forma eletrônica ou presencial;
constituído por todas as despesas indiretas (exemplos: aluguel, sa- XXI. matriz de riscos – Cláusula contratual definidora de riscos
lários, benefícios de pessoal, pró-labore, despesas com materiais e responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio
de escritório e de limpeza, consumos de energia, telefone e água, econômicofinanceiro inicial do contrato, em termos de ônus finan-
tributos e lucro); ceiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, conten-
VI. Codeba – Companhia das Docas do Estado da Bahia, Au- do, no mínimo, as seguintes informações:
toridade Portuária responsável pela administração dos portos de a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura
Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus; do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-financeiro da
VII. cessão - modalidade de movimentação de material do avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de termo
acervo, com transferência gratuita da posse e integral assunção das aditivo quando de sua ocorrência;
responsabilidades inerentes ao bem por parte de quem o receber; b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que ha-
VIII. comodato – operação que resulta no empréstimo gratuito verá liberdade das contratadas para inovar em soluções metodoló-
de coisas não fungíveis; gicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de
IX. contratação integrada – Regime de execução em que a con- modificação das soluções previamente delineadas no anteprojeto
tratação envolve a elaboração e o desenvolvimento dos projetos ou no projeto básico da licitação;
básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que não
a montagem, a realização de testes, a pré-operação e as demais haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções meto-
operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto; dológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo haver
X. contratação por empreitada integral – Regime de execução obrigação de identidade entre a execução e a solução pré-definida
em que há a contratação de empreendimento em sua integralida- no anteprojeto ou no projeto básico da licitação.
de, com todas as etapas de obras, serviços e instalações necessá- XXII. material - designação genérica de equipamentos, com-
rias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ponentes, sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias-
ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos -primas e outros itens empregados ou passíveis de aproveitamento
os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de econômico;
segurança estrutural e operacional e com as características adequa- XXIII. modelos padronizados – Modelos de editais e contratos
das às finalidades para as quais foi contratada; elaborados pela área de contratações da CODEBA contendo as cláu-
XI. contratação por preço global – Regime de execução em que sulas básicas que são adotadas nas licitações e contratações;
a contratação se formaliza por preço certo e total; XXIV. obra – Toda construção, reforma, fabricação, recuperação
XII. contratação por preço unitário – Regime de execução em ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
que a contratação se formaliza por preço certo de unidades deter- XXV. política de compras sustentáveis e de relacionamento com
minadas; Fornecedores– Política instituída pela CODEBA, com o objetivo de
XIII. contratação por tarefa – Regime de execução em que há estabelecer o conjunto de princípios e diretrizes relacionado à sus-
contratação de mão de obra para pequenos trabalhos por preço tentabilidade a ser considerado em todas as atividades da CODEBA
certo, com ou sem fornecimento de material; na aquisição de bens, serviços e obras e no relacionamento com
fornecedores;
XXVI. programa de integridade CODEBA – Documento elabora-
do em cumprimento ao Decreto nº 8.420 de 18/03/2015 que regu-
lamentou a Lei 12.846 de 01/08/2013 (Lei Anticorrupção
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XXVII. projeto básico – É o documento que contém o conjunto Visto a importância das leis indicadas, lá você acompanha me-
de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão ade- lhor quaisquer atualizações que surgirem depois da publicação da
quado, para caracterizar o objeto da contratação, elaborado com apostila.
base nos estudos técnicos preliminares e que possibilita à empresa
proponente a avaliação do custo, dos métodos e do prazo para a Se preferir, indicamos também acesso direto ao
execução do objeto, utilizado em qualquer contratação;
XXVIII. projeto executivo – Conjunto dos elementos necessários https://www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Codeba/atos_nor-
e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as nor- mativos/2022/18986.pdf
mas técnicas pertinentes; Bons estudos!
XXIX. sobre preço – Quando os preços orçados para a licitação
ou os preços contratados são expressivamente superiores aos pre-
ços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS PÚBLICOS
de um item, se a licitação ou a contratação for por preço unitário de
serviço, ou ao valor global do objeto, se a licitação ou a contratação
for por preço global; Introdução
XXX. superfaturamento – Faturamento por preço que gera
dano ao patrimônio da CODEBA caracterizado, por exemplo: Os contratos administrativos necessitam de um acompanha-
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente mento diário e, diante disso, é preciso que os gestores públicos/
executadas ou fornecidas; ordenadores de despesas atentem para a necessidade de nomea-
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de enge- rem fiscais e gestores de contratos devidamente qualificados para a
nharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida útil ou da missão, além de propiciarem reais condições para uma fiscalização
segurança; e acompanhamento eficientes ao longo da realização de cada con-
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de enge- trato em particular.
nharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contra- Somente assim procedendo o gestor público/ordenador de des-
to em favor do contratado; pesas estará resguardando o interesse público e a si próprio.
d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem É importante esclarecer, entretanto, que o gestor público/or-
recebimentos contratuais antecipados, distorção do cronograma denador de despesas precisa estar atento aos requisitos na escolha
físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com de seus prepostos, pois uma incorreta indicação pode gerar respon-
custos adicionais para a CODEBA ou reajuste irregular de preços; sabilidade. É a figura da culpa in elegendo, ou seja, a culpa pela má
XXXI. Subsidiária - Empresa estatal cuja maioria das ações com eleição dos funcionários.
direito a voto pertença direta ou indiretamente a empresa pública
ou a sociedade de economia mista; Gestão de contratos
XXXII. Sustentabilidade – Proposta de desenvolvimento que
visa atender as necessidades presentes, sem comprometer a capa- É o acompanhamento e a fiscalização, pela Administração, da
cidade das gerações futuras, contemplando aspectos econômicos, execução de todos seus contratos e deve ser promovida por todos
sociais, culturais e ambientais; os órgãos públicos.
XXXIII. Termo de Referência – É o documento que contém o A gestão do contrato é realizada por um representante da Admi-
conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de pre- nistração, conforme exigência do artigo 67 da Lei nº8.666/93. Este
cisão adequado, para caracterizar o objeto da licitação, elaborado representante é denominado gestor do contrato.
com base nos estudos técnicos preliminares e que possibilita à em-
presa proponente a avaliação do custo, dos métodos e do prazo Artigo 67 – A execução do contrato deverá ser acompanhada
para a execução do objeto. e fiscalizada por um responsável da Administração especialmente
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
REGULAMENTO DA EXPLORAÇÃO DOS PORTOS
Competência da Gestão

Prezado(a), A gestão de contratos abrange uma série de condutas e proce-


dimentos a serem aplicados pelo agente público e por seus repre-
A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico sentantes desde o planejamento da contratação, a seleção do for-
será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re- necedor, e a fiscalização da execução contratual, que contribuem
servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila, para o bom uso do dinheiro público, e, para que as necessidades
sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona- da Administração e da população sejam atendidas da melhor forma
dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não possível.
cabem na estrutura de nossas apostilas.
Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são Finalidade da gestão de contratos
organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- A gestão de contratos deve garantir que os contratados pela Ad-
dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste ministração forneçam os bens ou prestem os serviços pactuados, e
material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. que tais bens e serviços sejam da melhor qualidade possível. Deve

Editora
305
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

atuar na tentativa de aliar a busca pelo bem ou serviço de menor Muitas vezes, há requisição de compra de determinado produ-
preço e o atendimento ao princípio constitucional da eficiência, evi- to/serviço, sem que se descreva com nitidez as características, as
tando desperdícios e oferecendo bens e serviços públicos de quali- peculiaridades daquilo que se precisa. Na etapa seguinte o Serviço
dade à população. de Compras acaba por fazer uma descrição do objeto que não aten-
Outra finalidade da gestão de contratos é a de evitar prejuízos de rigorosamente ao interesse de quem o solicitou.
aos cofres públicos ocasionados pela necessidade de novas contra- Todas as informações sobre os serviços e obras devem ser
tações para substituir ou concluir obras e serviços não prestados reunidas e organizadas em um Memorial Descritivo (Projeto Bási-
ou insatisfatórios, e pela condenação da Administração, nas esferas co). Este memorial serve, portanto, para descrever a necessidade
trabalhista e previdenciária, ao pagamento de encargos devidos aos da Administração que justifica a contratação de uma empresa ou
empregados e fornecedores inadimplentes. profissional da iniciativa privada. Ao mesmo tempo, ele contém as
A gestão dos contratos abrange duas esferas de trabalho a se- informações sobre o objeto a ser contratado, que são utilizadas pe-
rem desenvolvidas, sendo uma de perfil administrativo, cujo foco é los setores responsáveis pela elaboração do edital e da minuta do
a relação jurídica com a contratada, efetuada pelo Gestor de Con- contrato.
tratos; e outra, de perfil técnico, que tem como foco o próprio obje- Além disso, as informações do Memorial Descritivo são essen-
to, sua execução, que é a fiscalização. O Fiscal de Contratos neces- ciais para que as empresas e profissionais conheçam as caracterís-
sita ter conhecimento técnico e domínio do objeto para que possa ticas do serviço ou da obra e possam decidir se têm condições téc-
avaliá-lo. nicas para executá-las, optando por participar da licitação ou não.
Por isso é importante que a Administração elabore um Memorial
Diferença entre Gestão e Fiscalização Descritivo claro e detalhado, que descreva com precisão a ne-
cessidade pública que deve ser atendida e o padrão de qualidade
Não podemos, entretanto, confundir gestão com fiscalização. A exigido, ou ainda, a descrição do objeto no Memorial Descritivo
Gestão é o serviço geral de gerenciamento dos contratos; a fiscali- deve ter como foco o resultado pretendido pela Administração.
zação é pontual. O artigo 6º, inciso IX, da Lei de Licitações, define o Memorial
É necessário diferenciarmos estas duas funções, tão comumente Descritivo (Projeto Básico) e lista os elementos que ele deve conter
confundidas, visto que possuem atribuições semelhantes, não es- (alíneas “a” a “f”). Em linhas gerais, o Memorial Descritivo deve:
quecendo que os responsáveis pelas mesmas, ou seja, gestor de descrever a solução escolhida para a necessidade a ser atendida;
contrato e fiscal, devem atuar em perfeita sintonia, pois objetivam, especificar as técnicas que podem ou devem ser utilizadas; enume-
cada um a seu tempo e modo, a perfeita execução do contrato. rar os serviços principais e assessórios a serem executados e tipos
Na gestão do contrato cuida-se, por exemplo, do equilíbrio eco- de materiais necessários; descrever as condições de execução do
nômico-financeiro, de incidentes relativos a pagamentos, de ques- serviço ou da obra (organização, periodicidade, horários, etc.); fixar
tões ligadas à documentação, ao controle dos prazos de vencimen- obrigações das partes, prazos, garantias contratuais, forma e condi-
to, de prorrogações, etc. É um serviço administrativo propriamente ções de pagamento; conter orçamento detalhado do custo global
dito, que pode ser exercido por uma pessoa ou um setor. da obra ou serviço, e outras informações relevantes para a descri-
Já a fiscalização, exercida necessariamente por um representan- ção do objeto, conforme o caso.
te da Administração, especialmente designado, como preceitua a É muito importante, também, que conste no Memorial Descri-
lei, cuida pontualmente de cada contrato. tivo e no Termo Contratual o procedimento de fiscalização das obri-
Cada órgão deve organizar e regulamentar a gestão dos con- gações trabalhistas e previdenciárias da Contratada, e que o gestor
tratos de acordo com o pessoal disponível, o número de contratos do contrato execute este procedimento e arquive toda a respectiva
existentes e a complexidade dos objetos contratados. A lei exige documentação.
que pelo menos um servidor seja responsável pelo acompanha- Como medida de resguardo de incidentes, a recomendação é
mento da execução, exercendo a função de gestor do contrato. Ele de que a descrição do objeto seja feita pelo funcionário que o re-
pode ser auxiliado por outros servidores ou por terceiros contra- quisita; ou seja, que este busque o assessoramento técnico para fa-
tados, mediante processo licitatório dispensa ou inexigibilidade de zê-lo. Sem isso, corremos o risco de termos um contrato impróprio,
licitação, conforme o caso, quando tecnicamente justificável, para com dinheiro público desperdiçado, ou com remendos na execução,
auxiliá-lo. Em sendo estas tarefas exercidas por apenas um servidor, transferindo ao contratado encargos de trocas ou ajustes e caracte-
é recomendável que ele tenha formação ou conhecimento na área rizando ineficiência da Administração.
do objeto a ser fiscalizado.
Do Termo Contratual
Da contratação dos serviços
O contrato deve conter cláusulas referentes ao gestor e à fisca-
A contratação de particulares pela Administração Pública é ne- lização, estabelecendo que a execução do objeto seja acompanha-
cessária para atender uma necessidade do próprio órgão ou da po- da e fiscalizada por um representante da Administração (gestor do
pulação. Em todos os casos, a necessidade a ser atendida deve ser contrato), além de conter cláusulas que definam como a prestação
identificada e bem conhecida pelos setores responsáveis. do serviço, obra ou fornecimento de bem que será avaliada por este
É importante que se estabeleça uma perfeita comunicação representante. O nome do servidor especialmente designado para
entre o setor que necessita o objeto (Requisitante) e o setor encar- acompanhar a execução pode constar em cláusula do contrato, sen-
regado do expediente licitatório (Serviço de Compras). do este aditado para alteração desta cláusula caso seja necessário
substituir o gestor do contrato. É possível também fazer constar no

Editora
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306
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

contrato que o gestor será nomeado através de portaria, pela auto- No parágrafo 2º do artigo 67 da Lei de Licitações temos que as
ridade competente. Além disso, é importante fazer constar expres- decisões e providências que ultrapassarem a competência do re-
samente as prerrogativas e atribuições do gestor do contrato. presentante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo
hábil para a adoção de medidas convenientes. As decisões e pro-
Gestor de Contratos vidências de que trata este parágrafo são, por exemplo, alterações
contratuais necessárias, prorrogação de prazos e aplicações de pe-
É o servidor especialmente designado pela Administração, atra- nalidades à Contratada, ou até mesmo a rescisão do contrato.
vés de Portaria, para cumprir as atribuições legais definidas no arti- A partir das cláusulas contratuais, o gestor pode elaborar um
go 67 da Lei de Licitações. roteiro, um plano de trabalho e/ou um check list (modelo anexo)
Ele é o responsável por tomar as medidas necessárias ao fiel com os prazos, etapas e especificações a serem conferidos durante
cumprimento da avença administrativa, cabendo-lhe as estratégias a execução do objeto, para facilitar seu trabalho, podendo inclusive
de gestão, tais como as questões relacionadas a: verificação da exe- apresentar este roteiro à autoridade que o designou, para que veri-
cução do objeto, serviço, obra ou fornecimento de bem contrata- fique a compatibilidade com o que foi estipulado contratualmente.
do, constatação da adequação do objeto contratado às especifica- O gestor deve optar pelo formato do registro de ocorrências da
ções constantes nas cláusulas contratuais que descrevem a forma execução contratual que entender apropriado ao tipo de contrato
de execução, observando o desempenho do serviço prestado ou a e às atividades que lhe foram atribuídas na Portaria de Designa-
qualidade da obra ou do bem fornecido e as eventuais irregularida- ção e cláusulas contratuais. Este registro pode ser, por exemplo, em
des ou imperfeições; equilíbrio econômico financeiro do contrato; forma de processo, no qual são anexadas todas as manifestações,
responsável pela conferência dos valores faturados, assinando de relatórios e documentos, em formato de livro ou de relatório (em
modo que a nova empresa Contratada comece a atuar logo após o todos os casos, as folhas devem ser numeradas). A título de ilustra-
término do contrato anterior. ção, inserimos nos anexos uma adaptação dos termos de abertura
Caso constate a necessidade de alterações em cláusulas contra- e encerramento do registro de ocorrências.
tuais, para melhor execução do objeto, atendimento do objetivo da Quando o gestor for o único servidor designado para exercer
contratação ou gestão do contrato, o gestor deve solicitar a altera- a função de gestão e fiscalização, é recomendável que o mesmo
ção à autoridade competente, apresentando as justificativas do seu tenha formação ou conhecimento técnico na área do objeto a ser
pedido. Nos casos de complexidade técnica do objeto, é importante fiscalizado.
que ele encaminhe também pareceres ou relatórios elaborados por O Manual do Gestor de Contratos do Superior Tribunal de Justi-
servidores da área ou por profissionais contratados para auxiliá-lo, ça recomenda ainda que o gestor de contrato atenda aos seguintes
que contenham as informações técnicas necessárias. requisitos:
Se a Contratada tem interesse que alguma cláusula do contrato • Gozar de boa reputação ético-profissional;
seja alterada ou que o prazo seja prorrogado, esta pode apresen- • Não estar, preferencialmente, respondendo a processo de sin-
tar justificativas e comprovações necessárias à Administração, que dicância ou processo administrativo disciplinar;
deve analisar a legalidade e conveniência da alteração contratual, • Não possuir em seus registros, punições em decorrência da
observando o disposto no artigo 65 da Lei de Licitações. prática de atos lesivos ao patrimônio público em qualquer esfera
O gestor deve assinar o termo de recebimento definitivo do ser- do governo;
viço, para que seja efetivado o pagamento do Contratado. • Não ter sido responsabilizado por irregularidades junto ao Tri-
A situação ideal é que o servidor que vai atuar como gestor bunal de Contas da União ou junto a Tribunais de Contas de Estado,
acompanhe todas as fases da contratação, desde o planejamento e do Distrito Federal ou de Municípios;
elaboração do Memorial Descritivo (Projeto Básico), para conhecer • Não ter sido condenado em processo criminal por crimes con-
todos os detalhes do objeto a ser fiscalizado. Caso não tenha parti- tra a Administração Pública.
cipado das fases de Planejamento e Licitação, é imprescindível que
o gestor leia atentamente o Memorial Descritivo, o Projeto Executi- Responsabilidades do Gestor
vo (quando for o caso) e o Contrato, prestando especial atenção às
cláusulas que descrevem as especificações do objeto, as condições A Administração e a Contratada respondem pelos danos que
de execução, os procedimentos de fiscalização e as penalidades seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Porém ambas
aplicáveis à Contratada. podem processar administrativamente ou judicialmente, conforme
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 67 da Lei de Licitações, o caso, o responsável pelos danos, se este agiu com dolo ou culpa.
este representante da Administração deverá anotar em registro Segundo Meirelles, Azevedo, Aleixo e Burle Filho, “a culpa verifica-
próprio todas as ocorrências relacionadas à execução do contrato, -se na ação ou omissão lesiva, resultante de imprudência, negligên-
ou seja, registrar por escrito tanto o cumprimento de etapas, es- cia ou imperícia do agente; o dolo ocorre quando o agente deseja a
pecificações e condições de execução do objeto, quanto falhas e ação ou omissão lesiva ou assume o risco de produzi-la”.
imperfeições verificadas, comunicações à Administração e à Contra- Desta forma, a Administração pode abrir processo administrati-
tada e respostas obtidas, fatores externos que causaram atrasos ou vo, ingressar com ação civil ou penal, conforme o caso, para apurar
alterações nas especificações ou cronograma, determinando o que a responsabilidade do servidor por danos causados ao erário ou a
for necessário à regularização das ocorrências das faltas ou defeitos terceiros no exercício de suas funções.
observados. Esta determinação deverá ser feita na forma escrita e Tanto na esfera administrativa quanto na civil e penal, a conduta
mencionada ou anexada ao registro de ocorrências, pois é fato rela- do servidor será examinada para apuração da culpa ou dolo.
cionado à execução do contrato. Caso haja um Fiscal nomeado para O gestor do contrato é responsável por sua conduta, ou seja,
apoiar o trabalho do Gestor, estes registros de acompanhamento pelo desempenho das atividades que lhe foram atribuídas na por-
diário ficam à cargo do mesmo. taria de designação e no contrato, respondendo se não tomar as
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

providências que estiverem ao seu alcance e forem de sua compe- Na verdade, o legislador estabeleceu a obrigação de as duas
tência para garantir o fiel cumprimento das cláusulas contratuais partes terem um representante. Assim, o contratado elege um pre-
e atingimento do objetivo da contratação, ou para interromper a posto, que deverá ser a pessoa de contato, a quem a Administra-
execução em desconformidade com o pactuado e evitar prejuízos ção irá se reportar sempre que necessário. E a Administração fará
à Administração. o mesmo: terá um fiscal que será a referência nos contatos do con-
Assim sendo, ressaltamos a importância da formalização de to- tratado, mas principalmente será o responsável pela verificação da
dos os atos do gestor de contrato. Ele deve comunicar-se sempre regularidade na fase executória.
por escrito com o ordenador de despesas, com os servidores que A lei ordena, ainda que, executado o contrato, seja nomeado
auxiliam na fiscalização e, principalmente, com os representantes um funcionário para oficialmente declarar o recebimento do obje-
da Contratada. Além de registrar por escrito todas as ocorrências to. A ordem vem no artigo 73 da Lei 8666/93.
relacionadas com a execução do objeto, sobretudo nos casos de fa- O sentido dessa norma é garantir a qualidade do contrato. Ou
lhas e defeitos, ele deve fotografar tanto o cumprimento quanto o seja, assegurar que aquilo que foi pactuado é exatamente o que
descumprimento de etapas, condições e especificações contratuais. está sendo recebido pela contratante.
Se tudo estiver documentado, será possível comprovar qual foi
a conduta do gestor em cada situação, bem como as condutas dos Fiscal de contrato
demais servidores envolvidos, do ordenador de despesas (autorida-
de que assinou o contrato) e da Contratada. Como vimos, os contratos administrativos necessitam de um
Essa comprovação será necessária nos casos de falhas na execu- acompanhamento diário e, diante disso, é preciso que o gestor pú-
ção do contrato, danos causados a terceiros e/ou inadimplemento blico/ordenador de despesas atente para a necessidade de nomear
das obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas a funcionários fiscais devidamente qualificados para a missão, ou seja, com conhe-
terceirizados, quando a conduta de cada um dos envolvidos na exe- cimento técnico sobre o objeto que estará sendo executado, para
cução contratual irá determinar o responsável pela falha, dano ou fiscalizar e acompanhar, passo a passo, cada contrato em particular,
inadimplemento, conforme o caso. ao longo de toda sua realização, de modo a apoiar o gestor de con-
Finalmente, não podemos deixar de lembrar sobre a Respon- tratos e mantendo sempre seu trabalho e comunicação com este de
sabilidade Fiscal. É sabido que a impropriamente chamada Lei de modo harmonioso.
Responsabilidade Fiscal trouxe um novo elenco de atribuições ao Caberá ao servidor nomeado para esta função acompanhar a
gestor. Em seu primeiro artigo, a lei indica o ponto de cautela: ela execução dos serviços ou do fornecimento de bens e informar as
não é a lei de responsabilidade, mas é a lei de responsabilidade do irregularidades verificadas mensalmente, por escrito, ao gestor do
gestor na gerência fiscal. contrato, que considerará regular e satisfatória a execução do ob-
jeto se não houver nenhuma manifestação contrária do referido
Capacitação do Gestor/Fiscal do contrato servidor.
É imprescindível para a fiscalização do contrato a existência
Dadas as responsabilidades que envolvem o acompanhamen- de cláusulas que definam o que a Administração considera serviço
to da execução contratual, é necessário que a Administração/Or- bem prestado, obra ou bem de qualidade satisfatória, uma vez que
denador de Despesas tome medidas para informar e capacitar os a figura do fiscal do contrato fica encarregada da parte operacional
servidores que designa, bem como estes servidores devem adotar do acordo administrativo, ou seja, do acompanhamento cotidiano
condutas e tomar precauções necessárias ao bom e seguro desem- da execução do contrato, cabendo-lhe verificar o cumprimento dos
penho da gestão contratual, a fim de que tenham condições de prazos e de outras condições estabelecidas pelas obrigações assu-
acompanhar e fiscalizar os contratos firmados, evitando que a no- midas entre contratante e contratado, para que a Administração se
meação destes gestores se limite ao cumprimento de formalidades certifique que está sendo executado o que efetivamente fora pac-
e trazendo benefícios reais para a Administração. tuado.
Nesse sentido, sempre que possível, o ordenador de despesas Considerando que o Fiscal não tenha participado do processo
pode custear a participação de seus servidores em cursos de capa- de seleção da contratada, é imprescindível que o mesmo leia aten-
citação em gestão de contratos oferecidos por órgãos públicos e tamente o Contrato, o Memorial Descritivo, o Projeto Executivo
empresas privadas. A qualificação dos servidores contribui para que (quando for o caso) e o Contrato, prestando especial atenção às
desempenhem melhor suas funções. cláusulas que descrevem as especificações do objeto, as condições
Caso o servidor designado não tenha conhecimentos técnicos de execução, os procedimentos de fiscalização e as penalidades
sobre o objeto, deve informar este fato, por escrito, à autoridade aplicáveis à Contratada.
que o designou, solicitando inclusive a designação de servidores da De acordo com o parágrafo 1º do artigo 67 da Lei de Licitações,
área para auxiliá-lo ou a contratação de profissionais, conforme o este representante da Administração deverá anotar em registro
caso. próprio todas as ocorrências relacionadas à execução do contrato,
ou seja, registrar por escrito tanto o cumprimento de etapas, es-
Fiscalização pecificações e condições de execução do objeto, quanto falhas e
imperfeições verificadas, comunicações à Administração e à Contra-
Feita a licitação, virá a execução do contrato. Neste momento tada e respostas obtidas, fatores externos que causaram atrasos ou
a Lei nº 8666/93, em seu artigo 67, determina que se nomeie um alterações nas especificações ou cronograma, determinando o que
Fiscal para o acompanhamento passo a passo da execução desse for necessário à regularização das ocorrências das faltas ou defeitos
contrato. Não o fazendo, o gestor público/ordenador de despesas observados. Esta determinação deverá ser feita na forma escrita e
estará atraindo para si mesmo a responsabilidade pelos prejuízos mencionada ou anexada ao registro de ocorrências, pois é fato rela-
que decorrem da má execução. cionado à execução do contrato.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O fiscal deverá informar a seu gestor e/ou tomar providências → Havendo quaisquer imperfeições ou atrasos nos serviços
junto à contratada para que faltas ou defeitos ocorridos na execu- prestados por quaisquer funcionários, fazer as devidas reclamações
ção do contrato, sejam reparados e exigir a solução dos problemas diretamente ao preposto da Con-
Cabe ao fiscal do contrato realizar a medição e verificar a rea- tratada, e apenas a ele;
lização de obras e serviços, bom como conferir a entrega de bens → Quaisquer comportamentos inadequados de funcionários da
adquiridos, solicitando o auxílio caso tenha dúvidas quanto às es- Contratada, que comprometam a qualidade do trabalho realizado
pecificações e informações técnicas, antes de assinar a medição. ou o bem-estar de terceiros no local da prestação dos serviços, de-
Verificando alguma falha na execução do serviço, materiais empre- vem ser relatados diretamente ao preposto da contratada, e apenas
gados obras ou bens fornecidos, o fiscal deve recusar-se a atestar a a ele;
medição e comunicar imediatamente ao gestor e a Contratada para → Quaisquer orientações sobre a execução dos serviços que
a adoção de medidas cabíveis. precisem ser comunicadas ou alteradas devem ser feitas direta-
mente ao preposto, para que este oriente os empregados da Con-
- Fiscalização de contrato fornecimento de bens: Nele, a prin- tratada;
cipal função é verificar se foram atendidas todas as especificações → Toda e qualquer notificação ou solicitação deverá ser feita
e quantidades do objeto previstas no contrato, sendo preciso para por escrito.
isso que estas especificações estejam bastante claras no contrato e
seu anexo (Memorial Descritivo), para que haja condições de confe- Quanto à aferição da quantidade e qualidade dos serviços, é
rência no recebimento. necessário que o contrato e seus anexos contenham critérios ob-
É necessário também fiscalizar o cumprimento de prazos e jetivos de medição, que não podem basear-se em horas ou dias
horários de entrega, formas de transporte, embalagem e desem- trabalhados.
balagem, quando for o caso, e instalação (quando exigida em con- O fiscal deve assinar o termo de recebimento provisório do ser-
trato). viço, submetendo-o ao gestor para assinar o termo definitivo, bem
Deve ainda conferir se as quantidades e valores unitários na como auxiliá-lo com seus conhecimentos técnicos para que o mes-
nota fiscal correspondem aos ajustados, antes de atestar o rece- mo consiga avaliar todos os aspectos do objeto.
bimento.
Verificar o prazo de garantia técnica quando o equipamento/ Responsabilidade do fiscal
bem apresentar falhas e comunicar imediatamente para que a Con-
tratada efetue os reparos necessários. Considerando o conhecimento técnico e específico necessário e
as responsabilidades inerentes a esta função, é preciso que o fun-
- Fiscalização de obras e serviços de engenharia: Nestes contra- cionário designado esteja preparado para a tarefa de fiscal.
tos dispõe-se de vários documentos para conhecer os detalhes do A omissão do funcionário encarregado para o ofício – ou o in-
objeto: planilha de custos unitários, cronograma físico-financeiro, correto cumprimento da tarefe – pode gerar danos ao erário. Neste
Memorial Descritivo, Projeto Executivo, plantas e o próprio contra- caso, além da responsabilidade no plano disciplinar, por exemplo,
to. ele sofrerá as consequências civis, atraindo para si o dever de repa-
Com relação aos operários da obra, é necessária a verificação do rar o prejuízo, sendo necessário por isso, que o fiscal ao ser nomea-
cumprimento de seus direitos trabalhistas e previdenciários, e das do tenha conhecimento de suas responsabilidades.
normas de segurança no trabalho, pela Contratada De acordo com a Lei das Licitações, o fiscal pode e deve:
Durante a execução do serviço ou obra, deve ser verificado ain- a) Solicitar o assessoramento técnico, quando necessário;
da, o cumprimento das etapas e dos prazos pactuados e ser os ma- b) O fiscal deve anotar em expediente próprio as irregularidades
teriais empregados têm as especificações corretas. Deve ainda ser encontradas, as providências que determinou, os incidentes verifi-
analisado o cumprimento das normas técnicas da ABNT. cados e o resultado dessas medidas.
Em caso de falhas, o ordenador de despesas deve ser comuni-
cado, sendo que esta comunicação deve estar instruída de fotos, A falta dessas anotações pode ter graves consequências. O
quando houver. A Contratada deve ser notificada para resolver os artigo 78 da Lei, por exemplo, no inciso VIII, faculta à Administra-
problemas, sob pena de aplicação das sanções cabíveis. O mesmo ção promover, em processo próprio, a rescisão do contrato por
procedimento deve ser adotado se o problema for constatado após cometimento reiterado de faltas. Mas não é só. O mesmo inciso
o término do contrato, porém, durante a vigência do prazo de ga- condiciona que essas faltas estejam anotadas pelo fiscal, na forma
rantia técnica. que prevê o artigo 67, parágrafo 1º. A falta dessas anotações – ou
anotações sem as formalidades do citado dispositivo – impede a
- Fiscalização de prestação de serviços: Este tipo de contrato rescisão, ainda que se trata de um contrato faltoso. Isso ocorrendo,
merece atenção especial por duas razões: os cuidados que devem o fiscal omisso – que não fez as anotações na forma devida – atraiu
ser tomados para que não se estabeleça pessoalidade ou subordi- a responsabilidade para si.
nação na relação entre a Administração e os empregados da Con- Ao ser designado para as tarefas de fiscalização e recebimento
tratada; e a dificuldade em fiscalizar quantitativamente qualitativa- do objeto do contrato, o servidor passa a ter grande responsabili-
mente os serviços prestados. dade, inclusive de ordem pecuniária, na medida em que pode ser
Quanto à pessoalidade e à subordinação, tratam-se de caracte- responsabilizado, juntamente com o gestor do contrato, por danos
rísticas da relação empregatícia, que não pode haver entre a Admi- ao erário, respondendo a processos disciplinar e civil.
nistração e quaisquer pessoas físicas senão através de concurso pú- Diante disto é natural que o servidor questione a legitimidade
blico. Para evitá-las, na execução do contrato, devem ser tomadas do encargo.
as seguintes medidas:
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Entretanto, esta questão já está resolvida legalmente há déca- Para a validade da aplicação das penalidades, é indispensável
das, ficando firmado que se trata de obrigação adicional, mas que que sejam assegurados ao Contratado o direito de ampla defesa e
se integra ao elenco dos compromissos dos agentes públicos. Então do contraditório, no prazo de cinco dias úteis, e que as penalidades
não há, nesse prisma, possibilidade de recusa. sejam motivadas em processo administrativo.
A recusa dos funcionários, entendemos, somente poderá ocor- Ao verificar a inexecução total ou parcial do objeto contratado,
rer nas seguintes hipóteses: o fiscal/gestor deve tomar as seguintes providências:
For impedido (parente, cônjuge, companheiro) ou suspeito 1. Registrar em formulários próprios todas as ocorrências ob-
(amigo íntimo, inimigo, recebeu presentes, tem relação de débito servadas;
com a empresa ou qualquer tipo de interesse, direto ou indireto, 2. Notificar a empresa contratada acerca das falhas apontadas,
junto ao contratado); concedendo prazo para manifestação da mesma;
Não detém conhecimento específico. Neste caso deve dirigir-se 3. Analisar as justificativas da empresa, e caso não aceitas, en-
por escrito à autoridade, dizendo da situação e solicitando a subs- caminhar a documentação (registro das ocorrências, comunicação à
tituição. Se mantido, cumprirá o encargo. Mas, pelo menos, estará Contratada e as justificativas desta, fotografias e demais documen-
resguardado de eventual erro. tos referentes à falha observada) com as devidas observações para
Quanto a outros interesses do serviço, cumpre à autoridade a autoridade competente visando, se for o caso, a abertura de pro-
competente apreciá-los previamente, não cabendo ao funcionário cesso administrativo para aplicação da penalidade;
designado fazer a invocação dos mesmos, para exonerar-se do en- 4. Acatando as justificativas da empresa, e conforme o caso, ad-
cargo. vertir a Contratada que novas ocorrências poderão acarretar aplica-
ção de penalidade.
Penalidades aplicáveis à contratada
Rescisão de contrato
As penalidades aplicáveis à Contratada pela inexecução total
ou parcial do objeto estão previstas nos artigos 86 e 87 da Lei de As hipóteses de rescisão do contrato administrativo estão rela-
Licitações. O artigo 86 dispõe sobre a multa de mora, nos seguintes cionadas no Artigo 78, incisos I a XVIII, da Lei de Licitações. Entre
termos: elas destacamos as causas previstas nos incisos I a VIII, que se refe-
rem ao descumprimento das cláusulas, prazos e especificações que
Artigo 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujei- compromete o atendimento da necessidade que motivou a contra-
tará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumen- tação:
to convocatório ou no contrato. I. O não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,
§ 1º - A multa a que alude este artigo não impede que a Admi- projeto ou prazo;
nistração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras II. O cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especifica-
sanções previstas nesta Lei. ções, projetos e prazos;
§ 2º - A multa, aplicada após regular processo administrativo, III. A lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a
será descontada da garantia do respectivo contratado. comprovar a impossibilidade de conclusão da obra, do serviço ou
§ 3º - Se a multa for de valor superior ao valor da garantia pres- do fornecimento, nos prazos estipulados;
tada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua di- IV. O atraso injustificado no início da obra, serviço ou forneci-
ferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente mento;
devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada V. A paralização da obra, do serviço ou do fornecimento, sem
judicialmente. justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI. A subcontratação parcial ou total do seu objeto, a associa-
Conforme o artigo citado, as condições de aplicação de multa ção do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou
de mora devem estar previstas no edital e no contrato, e só passa parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no
a ser exigível após o processo administrativo na qual seja dada à edital e no contrato;
Contratada oportunidade de apresentar justificativa para o atraso VII. O desatendimento das determinações regulares da autori-
na obra, fornecimento de bens ou serviços. dade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim
O valor da multa deve ser descontado da garantia quando esta como as de seus superiores;
for prestada em dinheiro. Segundo Marçal Justen Filho, quando ti- VIII. O cometimento reiterado de faltas na sua execução, anota-
ver sido prestada em caução real, fiança bancária ou títulos de dívi- das na forma do parágrafo 1º do artigo 67 desta Lei.
da pública, a garantia só poderá ser executada através de processo Cabe mencionar que os incisos VII e VIII referem-se especifi-
judicial. Em qualquer caso, havendo valores devidos à Contratada camente à atuação do gestor do contrato. Ele deve registrar por
em virtude da execução do contrato, o valor da multa poderá ser escrito as determinações feitas à Contratada (para correção de pro-
descontado destes, nos termos do inciso IV do artigo 80 da Lei de blemas na execução do objeto) e não atendidas, bem como as faltas
Licitações. cometidas por esta durante a vigência do contrato. Esta formalida-
A advertência deve ser aplicada à Contratada nos casos de ine- de é necessária para que a ocorrência da hipótese prevista no inciso
xecução parcial de obrigações de diminuta monta. Assim como a VII ou VIII possa ser comprovada em processo administrativo para
multa de mora (por atraso na execução do objeto), a multa por ine- rescisão contratual e/ou penalização da Contratada.
xecução parcial ou total do objeto deve ser prevista no edital e no A Administração tem o dever de zelar pelo interesse público
contrato. e, por consequência, tem o dever de rescindir contratos com for-
necedores que não atendem a necessidade pública que motivou a
contratação. A simples legalidade do procedimento licitatório e do
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

contrato não justifica a manutenção de pagamentos a um forne-


cedor que presta serviços com atraso, não atende aos padrões de QUESTÕES
qualidade pactuados ou entrega obras inacabadas ou defeituosas.
Em casos assim, previstos nos incisos I a XII e XVIII do artigo
78 da Lei de Licitações, o contrato pode ser rescindido unilateral- 1. As principais funções administrativas (planejamento, orga-
mente mediante autorização escrita e fundamentada da autoridade nização, direção e controle) apesar de serem distintas, operam de
competente. A garantia contratual pode ser executada para ressar- forma articulada e complementar. A função planejamento implica
cimento da Administração e dos valores de multas e indenizações a fazer com que o administrador responda a algumas questões, tais
ela devidos; e podem ser retidos os valores devidos à Contratada, como: O que fazer? Para que fazer? Como fazer? Com que recursos
decorrentes do contrato, até o limite dos prejuízos causados à Ad-
fazer? Quando fazer? Com quem fazer? De que forma a resposta a
ministração, entre outras medidas.
essas questões pode orientar a função controle?
A aplicação de penalidades e rescisão do contrato são importan-
(A) Oferecer um feedback sobre o desempenho organizacional.
tes para evitar prejuízos aos cofres públicos, garantir um serviço ou
(B) Estabelecer a forma adequada de comando a ser desem-
obra pública de qualidade, evidenciar a intenção da Administração
penhada.
de zelar pelo cumprimento integral de seus ajustes, o que acaba por
(C) Determinar o que deve ser feito na dinâmica organizacional.
coibir a participação de maus fornecedores em futuras licitações
(D) Instituir indicadores de adequação da ação ao que foi pro-
daquele órgão.
posto.
(E) Definir as ações a serem executadas.
A fiscalização do Tribunal de Contas
2. No nível operacional, a função administrativa de organização
Conforme o artigo 113 da Lei de Licitações, o controle das des-
pesas decorrentes dos contratos administrativos deve ser feito pelo se manifesta por meio da promoção de
Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, (A) desenho departamental.
ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela (B) desenho organizacional.
demonstração da legalidade e regularidade da despesa e execução. (C) planejamento estratégico.
Ou seja, a legalidade e regularidade do procedimento licitatório (D) modelagem de trabalho.
e da execução contratual não são presumidas, devem ser compro- (E) planejamento de cargos e salários.
vadas ao Tribunal de Contas pelo órgão responsável pela contrata-
ção. Daí a importância da formalização tanto da licitação quanto da 3. O conhecimento e a correta utilização, na prática, das fun-
execução contratual: o processo licitatório deve ser devidamente ções administrativas e seus instrumentos no ambiente empresarial
autuado, contendo todos os documentos obrigatórios, e todas as podem ser considerados alguns dos principais meios para garantir a
ocorrências da execução contratual devem ser registradas por es- estabilidade e a longevidade de uma organização.
crito, conforme preceitua a Lei de Licitações. Tendo isso em consideração, assinale a opção que apresenta
Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de uma definição adequada para a função administrativa “organiza-
controle interno do órgão responsável pela contratação poderão ção”.
solicitar para exame, antes da abertura das propostas, cópia de edi- (A) Dividir o trabalho e atribuir responsabilidades para sua re-
tal de licitação já publicado, obrigando-se o órgão ou entidade da alização.
Administração interessada à adoção das medidas corretivas que, (B) Estabelecer objetivos e definir meios para alcançá-los.
em função desse exame, lhes forem determinadas (parágrafo 2º do (C) Monitorar e corrigir atividades operacionais.
artigo 13 da Lei de Licitações). (D) Orientar e motivar os colaboradores.
Além do controle externo exercido pelo Tribunal de Contas e do (E) Liderar e coordenar os processos de um grupo.
controle interno do respectivo órgão da Administração Direta ou
Indireta, qualquer licitante contratado ou pessoa física ou jurídica 4. As quatro funções administrativas são: planejamento, orga-
poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes nização, direção e controle. Assinale a alternativa correta:
do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação (A) O planejamento é o momento de definir os objetivos e os
da Lei de Licitações (parágrafo 1º do artigo 113 da Lei de Licitações). meios para alcançá-los, com a intenção de reduzir as certezas e
Mais importante que controle externo, o controle interno e o orientar tomadas de decisões nos processos jurídicos.
controle exercido pela sociedade, sem dúvida, é o controle exerci- (B) Na organização a empresa deve olhar para os seus recursos
do pelo representante do órgão contratante, o gestor de contrato. e definir a estrutura administrativa e a divisão de trabalho que
Este controle não deve restringir-se à legalidade dos procedimentos irão gerenciá-los.
adotados, mas sim eliminar os danos e prejuízos antes que ocor- (C) Direção é indispensavelmente voltada para as relações pes-
ram e, principalmente, garantir a que a necessidade pública seja soais.
atendida. (D) Controle é essencial para mostrar os caminhos aos colabo-
radores e motivá-los em seu trabalho.

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5. Os trabalhadores são para as organizações o capital humano Assinale a sequência correta.


e seu talento é valioso como valor agregado e competências. De (A) V V F F
acordo com Chiavenato talento significa que um profissional conse- (B) F F V V
gue reunir quatro componentes básicos: (C) V F V V
1. Conhecimento (D) F V F F
2. Habilidades
3. Julgamento 8. No processo de arquivamento, se enquadram como Tipolo-
4. Atitude gias documentais e suportes físicos, EXCETO:
Habilidades, de acordo com a Composição do capital humano (A)Microfilmagens.
definido por Chiavenato, significa: (B) Preservação e conservação documental.
(A) aprender a utilizar o conhecimento de maneira concreta e (C) Restauração de documentos.
proveitosa. Em outras palavras, saber aplicar o conhecimento (D) Protocolos e avaliação de documentos.
na solução dos problemas, na inovação e na contribuição ao
sucesso da organização. 9. O princípio da arquivologia segundo o qual os arquivos refle-
(B) preparação contínua para receber novos conhecimentos. tem a estrutura, as funções e as atividades da entidade produtora,
Isso implica em aprender a aprender, aprender a aprender em suas relações internas e externas é denominado como:
mais rapidamente e melhor, aprender continuamente para que (A) Indivisibilidade.
sejam fornecedoras de conhecimento e não simplesmente for- (B).Unicidade
necedoras de mão de obra. (C) Organicidade
(C) aprender a analisar e discernir as situações para tomar de- (D) Cumulatividade.
cisões a respeito de como aplicar suas habilidades, definir ne- (E) Proveniência.
cessidades e prioridades a serem satisfeitas.
(D) empreender, sair da zona de conforto e assumir respon-
10. Na implementação de programas de gestão de documentos
sabilidades e iniciativa no sentido de trabalhar como parceiro
é muito importante a utilização de método de ordenação. Em uma
da organização e não simplesmente passivo e dependente de
situação cuja necessidade é um eixo de plano prévio de distribuição
tarefas.
(E) aprender a utilizar o conhecimento de maneira concreta e dos documentos em dez grandes classes, cada uma podendo ser
proveitosa. Em outras palavras, saber aplicar o conhecimento subdividida em dez subclasses e assim por diante. Assinale a opção
na solução dos problemas, na inovação e na contribuição ao que indica esse método de ordenação.
sucesso pessoal. (A)Decimal.
(B)Dígito-terminal.
6. A base para as relações humanas são os vínculos que desen- (C)Duplex.
volvemos com as pessoas, seja na vida pessoal ou no ambiente de (D)Geográfico.
trabalho e o entendimento de que, embora iguais: (E)Soundex.
(A) Cada um age de maneira diferente e têm necessidades di-
ferentes. 11. Preservação de documentos é o conjunto de medidas ado-
(B) Todos agem de forma diferente, muitas vezes não agregan- tadas visando proteger, conservar ou restaurar os documentos
do nenhum valor ao grupo. armazenados em um arquivo. Na conservação dos documentos,
(C) Todos devem se comportar da mesma maneira e ter as mes- vários elementos devem ser evitados, pois tendem a danificar ou
mas necessidades. acelerar sua degradação. Sobre medidas e cuidados com a preser-
(D) Estamos sempre pensando a partir dos pensamentos e de- vação dos documentos, considere os seguintes itens.
sejos do outro. I. Deve-se evitar a entrada de água, fogo ou luz no ambiente de
arquivo, pois esses elementos tendem a danificar os documentos.
7. De acordo com a abordagem da gestão de recursos huma- II. A limpeza do ambiente, sempre que possiv́ el, deve ser feita
nos, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadei- a seco (aspirador de pó) ou com a utilização de panos úmidos nas
ras e com F as falsas. estantes e no chão.
( ) A rotatividade de pessoal é definida pelo número de pes- III. Deve-se evitar a utilização de saliva ou umedecedor de de-
soas que saem de seus departamentos de origem na empresa para dos ao passar as páginas dos documentos.
outros departamentos da mesma empresa. IV. Ao fazer anotações nos documentos, como o código de clas-
( ) A rotatividade de pessoal não é uma causa, mas o efeito ou sificação, por exemplo, deve-se utilizar lápis.
consequência de fenômenos internos da organização. V. Os objetos metálicos, como clipes, grampos e colchetes, de-
( ) Política salarial, política de benefícios, tipo de supervisão vem ser evitados por provocar a oxidação do papel. Quando neces-
exercido sobre os funcionários e programas de treinamento são sária a juntada de folhas para formar um processo ou documento, é
exemplos de fenômenos internos da organização. indicada a utilização de clipes ou colchetes plásticos.
( ) Criar, manter e desenvolver uma força de trabalho com VI. Colas e fitas adesivas também devem ser evitadas, por pro-
habilidades e competências, motivação e satisfação para o alcance vocar manchas irreversiv́ eis no documento, produto de sua alta aci-
dos objetivos da instituição é um objetivo primário da gestão de dez. Na restauração de documentos, existem colas e fitas adesivas
recursos humanos. com qualidade arquiviś tica (sem acidez) adequadas a essa tarefa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Quantos dos itens apresentados estão corretos? 15. Além dos equipamentos de movimentação dos materiais
(A)Todos. das cargas no armazém, é possível destacar os paletes como estra-
(B)Cinco, somente. dos que viabilizam o seu empilhamento.
(C)Quatro, somente. Entre as DESVANTAGENS da paletização, cita-se
(D)Três, somente. (A) maior densidade de carga no armazenamento
(E)Dois, somente. (B) maior rapidez nas operações de carga e descarga
(C) maior custo operacional em face da vida útil dos paletes
12. Atualmente, o termo Gerenciamento da Cadeia de Supri- (D) melhoria na utilização dos espaços verticais
mentos (Supply Chain Management) é usado para descrever o com- (E) redução nos custos de manuseio e movimentação
plexo fluxo de materiais e informações que passa por essa cadeia.
Para alcançar a eficiência na gestão da cadeia de suprimentos, uma 16. A classificação de materiais é o processo de aglutinação por
empresa deve características semelhantes, e determina grande parte do sucesso
(A) colaborar com fornecedores e clientes, compartilhando in- no gerenciamento de estoques. São critérios de classificação de re-
formações sobre demanda e estoques de seus produtos, com- cursos materiais, EXCETO a(o)
ponentes e matérias-primas. (A) periculosidade.
(B) integrar verticalmente a produção, evitando a dependência (B) perecibilidade.
de muitos fornecedores ao longo da cadeia. (C) importância operacional.
(C) implementar uma estratégia de especialização em suas (D) possibilidade de fazer ou comprar.
principais competências, deixando a produção de componen- (E) preço unitário.
tes e subprodutos não essenciais para outros fornecedores.
(D) melhorar, isoladamente, cada ponto da cadeia de supri- 17. (Banrisul - Analista de Tecnologia da Informação - 2015)
mentos, de forma a maximizar a eficiência de cada operação, Qual é a principal contribuição da Arquivística para a gestão de
garantindo a eficiência global da cadeia de suprimentos. documentos eletrônicos?
(E) estabelecer programas de lotes econômicos de compra e (A) Definição de padrões para a codificação de documentos
produção, para equilibrar os custos de transporte e armazena- eletrônicos.
gem, responsáveis pelos principais custos que incidem na ca- (B) Desenvolvimento de sistemas para a captura de documen-
deia de suprimentos. tos eletrônicos.
(C) Estabelecimento de critérios para a classificação e organiza-
13. Uma vez autorizada a compra, a área de compras deve or- ção de documentos eletrônicos.
ganizar dois cadastros: um referente às transações efetuadas, e ou- (D) Criação de procedimentos para a autenticação e validação
tro referente aos dados dos fornecedores. de documentos eletrônicos.
Quanto ao último cadastro, é correto o registro da seguinte in-
formação: 18. Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - Analista de
(A) número do pedido de compra Controle Externo - 2013)
(B) endereço do fornecedor O que é um sistema de gerenciamento eletrônico de documen-
(C) data do fornecimento tos (GED)?
(D) material fornecido (A) Um software para a produção de documentos eletrônicos.
(E) número da fatura (B) Uma tecnologia para a transmissão de documentos ele-
trônicos.
14. As mudanças exercem pressões e ameaças que precisam (C) Um conjunto de técnicas para a preservação de documen-
ser identificadas e equacionadas no suprimento dos materiais e ser- tos em papel.
viços bem como nas articulações com fornecedores. (D) Um conjunto de tecnologias para a gestão de documentos
Relacione as ameaças abaixo com suas respectivas característi- eletrônicos.
cas apresentadas ao lado.
I - Ameaças naturais II - Ameaças dos mercados III - Ameaças 19. (Tribunal Regional do Trabalho - 3ª Região - Analista Judici-
tecnológicas ário - Arquivologia - 2017)
P - Possibilidade de esgotar a matéria-prima disponível na na- Qual é o objetivo principal da legislação arquivística?
tureza. Q - Políticas de preços e internacionalização dos mercados. (A) Preservar a memória institucional.
R - Modificações relacionadas à automação e à modernização (B) Otimizar o espaço físico para armazenamento de documen-
dos parques industriais. tos.
S - Intervenção do estado na economia e no sistema jurídico (C) Facilitar a exclusão de documentos sem valor histórico.
dos países. (D) Garantir o sigilo das informações contidas nos documentos.
As associações corretas são:
(A) I - P , II - Q , III - R
(B) I - P , II - R , III - S
(C) I - Q , II - S , III - P
(D) I - R , II - S , III - P
(E) I - S , II - P , III - R
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

20. (Ministério Público do Estado de São Paulo - Analista Técni- 26. O poder legítimo na Teoria dos Tipos de Poder está relacio-
co Científico - Arquivologia - 2015) nado com:
De acordo com a Lei nº 8.159/1991, o que é um arquivo pú- (A) A capacidade de punir ou ameaçar punição
blico? (B) A influência pessoal que um indivíduo exerce sobre os ou-
(A) Conjunto de documentos produzidos e recebidos pelo po- tros
der público. (C) A capacidade de conceder recompensas
(B) Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por pes- (D) A posição hierárquica do indivíduo na organização
soas físicas ou jurídicas.
(C) Conjunto de documentos em qualquer suporte que apre- 27. (FGV/MPE-AP/Analista Jurídico/2019)
sente valor histórico. Qual o objetivo da fase de preparação da negociação?
(D) Conjunto de documentos em poder de empresas prestado- (A) Identificar as necessidades de uma das partes envolvidas
ras de serviços ao Estado. (B) Identificar as necessidades de ambas as partes envolvidas
(C) Apresentar soluções que satisfaçam uma das partes envol-
21. (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - Técnico Judi- vidas
ciário - 2017) (D) Formalizar o acordo alcançado
Qual é a definição de motivação no contexto organizacional?
(A) É a força que impulsiona uma pessoa a agir de determinada 28. Qual a definição de ética profissional?
maneira e a alcançar seus objetivos. (A) A ética profissional é o conjunto de valores e princípios que
(B) É a habilidade de influenciar pessoas para que elas ajam em orientam o comportamento dos profissionais no exercício de
direção aos objetivos da organização. suas funções.
(C) É a capacidade de trabalhar bem em equipe. (B) A ética profissional é um código de conduta que obriga os
(D) É o conjunto de regras e normas que orientam o comporta- profissionais a seguir determinadas regras em suas atividades.
mento dos membros da organização. (C) A ética profissional é uma ferramenta utilizada pelas em-
presas para controlar o comportamento dos seus funcionários.
22. (Prefeitura de Nova Lima/MG - Analista de Recursos Huma- (D) A ética profissional é um conjunto de leis que regulam o
nos - 2020) exercício de determinadas profissões.
Qual é o papel da liderança no comportamento organizacional?
(A) Estimular a comunicação entre os membros da equipe. 29. Qual a diferença entre ética e moral?
(B) Gerenciar conflitos entre os membros da equipe. (A) Não há diferença entre ética e moral, pois ambos os termos
(C) Influenciar pessoas para que elas ajam em direção aos ob- se referem a um conjunto de valores e princípios que norteiam
jetivos da organização. o comportamento humano.
(D) Definir as metas e objetivos da equipe. (B) A ética se refere aos valores e princípios que norteiam o
comportamento dos indivíduos em sociedade, enquanto a mo-
23. Qual é a definição de grupo na dinâmica organizacional? ral se refere às regras de conduta estabelecidas por uma deter-
(A) Um conjunto de indivíduos que compartilham o mesmo car- minada cultura ou grupo.
go na organização. (C) A moral se refere aos valores e princípios universais que de-
(B) Duas ou mais pessoas que interagem entre si e possuem vem ser seguidos por todos os indivíduos, enquanto a ética se
objetivos em comum. refere às regras de conduta estabelecidas por uma determina-
(C) Uma equipe de funcionários que trabalham em projetos di- da profissão ou organização.
ferentes dentro da organização. (D) A ética se refere aos valores e princípios universais que de-
(D) Um grupo de funcionários que compartilham um mesmo vem ser seguidos por todos os indivíduos, enquanto a moral se
espaço físico na organização. refere às regras de conduta estabelecidas por uma determina-
da profissão ou organização.
24. Quais são os principais desafios que os gestores enfrentam
no gerenciamento de pessoas e grupos na dinâmica organizacional? 30. O que é o código de ética profissional?
(A) A gestão da diversidade, a criação de um ambiente de tra- (A) O código de ética profissional é um conjunto de leis que
balho saudável e produtivo e a motivação dos funcionários. regulam o exercício de determinadas profissões.
(B) A tomada de decisão, a liderança e a comunicação. (B) O código de ética profissional é um documento elaborado
(C) A cultura organizacional, o poder e o conflito. por uma determinada profissão que estabelece os princípios
(D) A implementação de tecnologias digitais, a redução de cus- éticos que devem ser seguidos pelos profissionais daquela
tos e o aumento da produtividade. área.
(C) O código de ética profissional é um conjunto de regras de
25. De acordo com a Teoria dos Traços, quais são alguns dos conduta estabelecidas pelas empresas para controlar o com-
traços de personalidade considerados importantes para um líder? portamento de seus funcionários.
(A) Empatia e assertividade (D) O código de ética profissional é um conjunto de valores e
(B) Carisma e inteligência emocional princípios universais que devem ser seguidos por todos os pro-
fissionais em suas atividades.
(C) Autoridade e controle emocional
(D) Experiência e conhecimento técnico

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31. Qual a importância da gestão adequada das relações de tra- (D) A gestão de pessoas tradicional é voltada para a produtivi-
balho para o sucesso de uma organização? dade e o lucro, enquanto a gestão de pessoas contemporânea
(A) A gestão adequada das relações de trabalho não afeta o é voltada para o bem-estar e a qualidade de vida dos colabo-
sucesso de uma organização. radores.
(B) Uma equipe motivada e comprometida é mais produtiva,
reduzindo os custos e aumentando a eficiência. 38. Quais são os principais desafios enfrentados pela gestão de
(C) A gestão adequada das relações de trabalho pode afetar pessoas contemporânea?
negativamente o clima organizacional e a produtividade. (A) A gestão de pessoas contemporânea enfrenta desafios re-
(D) A gestão adequada das relações de trabalho afeta apenas a lacionados à diversidade, à valorização dos colaboradores e à
motivação dos funcionários. adaptação às mudanças tecnológicas e sociais.
(B) A gestão de pessoas contemporânea enfrenta desafios re-
32.Qual a importância da gestão das relações de trabalho nas lacionados à rigidez das regras e normas, à centralização das
empresas? decisões e à falta de flexibilidade.
(A) Garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. (C) A gestão de pessoas contemporânea enfrenta desafios re-
(B) Evitar prejuízos financeiros e de imagem. lacionados à falta de liderança efetiva, à ausência de valores
(C) Promover um clima organizacional positivo e produtivo. compartilhados e à baixa produtividade dos colaboradores.
(D) Todas as alternativas estão corretas. (D) A gestão de pessoas contemporânea não enfrenta desafios
significativos, já que é um modelo eficiente e moderno.
33. Qual é a importância da responsabilidade social das empre-
sas na sociedade atual? 39. Qual é a importância da gestão de estoques na logística de
(A) Apenas para a imagem positiva da empresa. uma empresa?
(B) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da socieda- (A) Garantir que os produtos estejam disponíveis quando ne-
de e para a preservação do meio ambiente. cessário, sem excesso de estoque que possa levar a custos des-
(C) Apenas para alcançar sucesso a longo prazo. necessários.
(B) Garantir que os produtos sejam entregues aos clientes fi-
nais com eficiência e no prazo.
34. Quais são as principais formas de implementar a responsa- (C) Garantir que os processos de embalagem, etiquetagem e
bilidade social nas empresas? rastreamento dos produtos sejam gerenciados adequadamen-
(A) Redução dos custos de produção. te.
(B) Ações de voluntariado, doações para instituições de carida- (D) Garantir que os locais de armazenamento de produtos es-
de e programas de sustentabilidade. tejam em condições adequadas e seguras.
(C) Aumento dos preços dos produtos.
40. Quais são os componentes da logística de uma empresa?
35. O que é considerado assédio no ambiente de trabalho? (A) Planejamento e controle de produção, transporte e distri-
(A) Qualquer comportamento indesejado que tenha como ob- buição.
jetivo prejudicar a dignidade ou criar um ambiente intimidador. (B) Armazenamento, embalagem e rastreamento de produtos.
(B) Apenas comportamentos de natureza sexual. (C) Gestão de estoques, transporte, armazenamento e distri-
(C) Apenas comportamentos de natureza verbal. buição.
(D) Planejamento e controle de produção, armazenamento e
36. Qual é a responsabilidade das empresas em relação ao as- distribuição.
sédio?
(A) Criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para to- 41. Qual o objetivo principal da administração financeira?
dos os colaboradores, com políticas claras de combate ao assé- (A) Maximizar o lucro da empresa.
dio e canais de denúncia efetivos e confidenciais. (B) Minimizar os custos da empresa.
(B) Ignorar comportamentos de assédio para evitar conflitos. (C) Maximizar a riqueza dos acionistas.
(C) Culpar os colaboradores que sofrem assédio. (D) Maximizar a participação de mercado da empresa.

37. Qual é a principal diferença entre a gestão de pessoas tradi- 42. Qual é a finalidade do fluxo de caixa?
cional e a gestão de pessoas contemporânea? (A) Demonstrar as obrigações financeiras da empresa.
(A) A gestão de pessoas tradicional foca no controle das ativi- (B) Demonstrar a capacidade de produção da empresa.
dades dos colaboradores, enquanto a gestão de pessoas con- (C) Controlar a entrada e saída de recursos financeiros da em-
temporânea foca no desenvolvimento e valorização dos cola- presa.
boradores. (D) Controlar o nível de estoque da empresa.
(B) A gestão de pessoas tradicional valoriza a hierarquia e a bu-
rocracia, enquanto a gestão de pessoas contemporânea valori-
za a horizontalidade e a flexibilidade.
(C) A gestão de pessoas tradicional é baseada em regras e nor-
mas rígidas, enquanto a gestão de pessoas contemporânea é
baseada em princípios e valores compartilhados.
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43. (FUB - Assistente em Administração - 2019) Sobre a estru- 10 A


tura da redação empresarial, analise as afirmativas abaixo:
I - O ofício é um documento formal e utilizado para a comunica- 11 B
ção externa das empresas com outras empresas ou pessoas físicas. 12 A
II - O memorando é um documento utilizado para a comuni-
13 B
cação interna das empresas e tem como objetivo a circulação de
informações e decisões. 14 A
III - A ata é o documento utilizado para registrar as decisões 15 C
das reuniões, especificando data, local, horário, participantes e as-
suntos tratados. 16 E
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas cor- 17 C
retas: 18 D
(A) Apenas a afirmativa I está correta.
(B) Apenas a afirmativa II está correta. 19 A
(C) Apenas a afirmativa III está correta. 20 A
(D) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
21 A
(E) Todas as afirmativas estão corretas.
22 C
44. (Banrisul - Escriturário - 2019) Ao produzir textos em am- 23 B
biente profissional, o cuidado com a formalidade é fundamental.
Sendo assim, é correto afirmar que: 24 A
(A) a utilização de abreviações e siglas deve ser evitada, uma 25 B
vez que prejudica a clareza e a compreensão do texto. 26 D
(B) a informalidade na escrita de e-mails e mensagens instantâ-
neas não prejudica a imagem da empresa. 27 B
(C) o uso de gírias e expressões coloquiais é recomendado, pois 28 A
torna o texto mais descontraído.
(D) o uso excessivo de jargões e termos técnicos é indicado, 29 B
pois demonstra conhecimento e credibilidade do emissor. 30 B
31 B
45. (Banco do Brasil - Escriturário - 2021) Ao escrever um e-mail 32 D
corporativo, é importante que o colaborador: 33 B
(A) utilize abreviações e gírias para se comunicar de maneira
mais informal. 34 B
(B) respeite o tom de voz da empresa e o público que irá rece- 35 A
ber a mensagem.
36 A
(C) utilize emoticons e emojis para tornar a mensagem mais
agradável. 37 B
(D) ignore a gramática e a ortografia, uma vez que a rapidez na 38 A
comunicação é mais importante.
39 A
40 C
GABARITO
41 C
42 C
1 D 43 E
2 D 44 A
3 A 45 B
4 B
5 A
6 A
7 B
8 D
9 C
Editora
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