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a solução para o seu concurso!

SEE-SP
SEE-SP - SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
DE SÃO PAULO

Professor de Ensino Fundamental e


Médio - LÍNGUA PORTUGUESA

EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES Nº 01/2023

CÓD: SL-111MA-23
7908433236306
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Conhecimentos
1. Do fenômeno linguístico e literário nas dimensões discursiva, semântica, gramatical, textual e pragmática............................. 7
2. Dos vários níveis dos textos escritos e falados, em que se manifestam as marcas de variação linguística, relativas aos fatores
geográficos, históricos, sociológicos e técnicos, às diferenças entre a linguagem oral e a escrita, à seleção de registro em
situação interlocutiva (formal, informal)..................................................................................................................................... 8
3. Das múltiplas possibilidades de construção de sentidos, em situações de produção e recepção textuais. ............................... 10
4. Da construção de intertextualidades pela análise do tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em
diferentes linguagens, tais como: obra literária, pintura, escultura, fotografia e textos do universo digital............................... 10
5. Do uso de recursos linguísticos expressivos em textos, relacionando esses recursos às intenções do enunciador.................... 11
6. Da articulação de conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferên-
cias (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões
e valores implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor............................................................................................. 12
7. De diferentes discursos, em língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura, sua organização e seu significado
relacionado às condições de produção e recepção..................................................................................................................... 12
8. Da literatura associada à teoria e à crítica literária. . .................................................................................................................. 13
9. De textos literários e intertextualidade (gêneros, temas e representações) nas obras da literatura em língua portuguesa...... 13
10. Dos pressupostos teóricos que embasam os conceitos fundantes da disciplina de Língua Portuguesa na práxis didática dos
processos de ensino e de aprendizagem..................................................................................................................................... 15
11. Da prática docente, articulando dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias adequa-
das e os procedimentos de avaliação.......................................................................................................................................... 16
12. Dos pressupostos teóricos de Língua e Literatura para a Educação Básica................................................................................. 16
13. Da expressão literária popular e os modos de representação linguística do imaginário coletivo e da cultura........................... 17
14. Dos multiletramentos em sua prática social................................................................................................................................ 18
15. Das diferentes experiências didáticas para solucionar problemas de ensino e de aprendizagem de produção de texto escrito
na escola, justificando os elementos relevantes e as estratégias utilizadas................................................................................ 19
16. Das diferentes teorias e métodos de leitura, em análise de casos, para resolução de problemas relacionados ao ensino e à
aprendizagem de leitura na escola.............................................................................................................................................. 19
17. Das tecnologias diversas (materiais físicos e digitais), para aplicação em diferentes experiências de ensino e de aprendiza-
gem de Língua e Literatura, reconhecendo os elementos relevantes e as estratégias adequadas. . .......................................... 20
18. Das situações didáticas, envolvendo a Língua, a Literatura e todos os tipos de linguagem, que favoreçam a autonomia, a
liberdade e a sensibilidade do estudante. .................................................................................................................................. 21
19. Das variações linguísticas dissociadas de atitudes preconceituosas e discriminatórias.............................................................. 21

Bibliografia Livros
1. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola, 2015......................................................................................... 29
2. BAKTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011................................................................ 29
3. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 50. ed. São Paulo: Cultrix, 2015............................................................ 30
4. BRUGIONI, Elena. Literaturas africanas comparadas: paradigmas críticos e representações em contraponto. Campinas: UNI-
CAMP, 2019................................................................................................................................................................................. 30
5. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 13. ed. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2014............................................................. 31
6. CATANI, Afrânio Mendes; GILIOLI, Renato de Souza. Culturas Juvenis: Múltiplos olhares. São Paulo: Editora Unesp, 2009..... 31
7. DORRICO, Julie; DANNER, Leno Francisco; CORREIA, Heloisa Helena Siqueira; DANNER, Fernando (Orgs.). Literatura indígena
brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. Cap. 2, 3, 7, 14,
15................................................................................................................................................................................................ 32

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ÍNDICE

8. ELIAS, Vanda Maria; PAULIUKONIS, Aparecida Lino; MARQUESI, Sueli Cristina. Linguística textual e ensino. São Paulo: Contex-
to, 2017....................................................................................................................................................................................... 32
9. KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria & prática. 15. ed. Campinas: Pontes, 2017........................................................... 33
10. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2015............................................... 33
11. Ingedore Grunfeld Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever estratégia de produção textual. São Paulo: Contexto, 2017.... 33
12. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2010................... 34
13. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa através de texto. 37. ed. São Paulo: Cultrix, 2009.................................................. 34
14. NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? norma e uso na língua portuguesa. São Paulo: Contexto,
2003............................................................................................................................................................................................ 35
15. ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola,
2015............................................................................................................................................................................................ 35
16. ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola, 2019............................................... 35
17. Roxane; MOURA, Eduardo (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012......................................... 36

Publicações Institucionais
1. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. p. 07-21,
57-191......................................................................................................................................................................................... 43
2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino funda-
mental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.................................................................................................................. 103
3. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista. São Paulo: SEDUC, 2019. p. 95-110, 123-127, 166-200....... 120
4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista/ Ensino Médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 23- 110, 196-208,
249-256, 271-277........................................................................................................................................................................ 149

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CONHECIMENTOS

crenças e os valores a serem compartilhados. Isso passa a constituir


DO FENÔMENO LINGUÍSTICO E LITERÁRIO NAS DIMEN- uma realidade quando o enunciador estabelece um diálogo com
SÕES DISCURSIVA, SEMÂNTICA, GRAMATICAL, TEXTUAL E o enunciatário e este não constitui apenas um decodificador de
PRAGMÁTICA mensagem, mas um agente ativo na construção de sentido. É nesse
sentido, o discurso é mais do que uma criação, é uma representação. 
– Gêneros do discurso: textos formais, informais, verbais, não-
— Conhecimentos Pragmáticos verbais, visuais, didáticos, literário, poético e científicos. 
A pragmática é a especialidade da linguística que se dedica ao
estudo do uso real da linguagem sob a perspectiva dos usuários – Conhecimentos Textuais
de uma língua em seus diversos contextos. A pragmática foca sua O conhecimento textual se forma pelos diversos tipos de textos
análise nas escolhas lexicais, nas restrições que se apresentam como: narração, descrição, injunção, exposição, etc. e pela maneira
no emprego da linguagem em dadas interações sociais e, que se estabelece suas estruturas linguísticas.  
especialmente nos impactos que da utilização da linguagem sobre Juntamente com os conhecimentos linguístico e de mundo,
os outros participantes durante a comunicação. Isto é, os estudos os conhecimentos relativos ao texto contribui para o chamado
pragmáticos investigam a semântica e a sintaxe nos seus sentidos conhecimento prévio importante para a compreensão durante
partir da observação dos atos de fala e seus encadeamentos sociais a leitura. Assim, quanto mais conhecimento textual o leitor
e culturais. Posto isso, pode-se afirmar que:  possuir, quanto maior a sua exposição a todo tipo de texto,
– A pragmática é a zona de confluência entre o emprego mais fácil será sua compreensão, visto que o conhecimento das
linguístico e o emprego comunicativo, constatando o vínculo estruturas textuais e dos tipos de discurso designará, em grande
inerente entre a linguagem e o contexto comunicativo em que ela proporção, suas expectativas em relação aos textos, expectativas
está sendo exercida.   tais que desempenham papel significativo na compreensão.
– Segundo a pragmática, o que importa é o uso e os impactos Os conhecimentos textual, linguístico e de mundo são ativados
gerados pelos atos de fala, ou seja, a comunicação e o exercício da no decorrer da leitura para poder se chegar ao momento da
linguagem entre os falantes de uma língua, focando nos professos compreensão, momento esse que passa desapercebido, em que as
de inferência pelos quais se compreende o que está implícito.  partes discretas se unem para construir um sentido.
– Para a pragmática, a situação na qual a comunicação está No que diz respeito ao conhecimento textual, em especial, é
sendo exercida é fundamental para o entendimento do enunciado importante afirmar que o leitor não se dirige despreparado para
proferido, sendo que, a capacidade do falante de entender os uma leitura. Conforme o tipo de texto que vai ser lido, ele ativa seu
discursos implícitos será maior conforme o seu nível de domínio conhecimento de tipologia textual. 
da linguagem.   
– Conhecimentos Gramaticais
— Conhecimentos Discursivos O ensino relativo aos conhecimentos gramaticais vem sendo
O PCN trouxe grande avanço ao ensino de Língua Portuguesa considerado, cada vez mais, com reflexões sobre a sua abordagem
ao propor o ensino de língua materna com base no viés enuncia- nas aulas de Língua Portuguesa. Para Antunes (2007)1, o ensino de
tivo-discursivo. É importante saber que toda ação discursiva se gramática abrange “todas as regras do uso da língua”, sendo que,
realiza por meio de textos, e a produção de um texto constitui o neste ensino, faz-se crucial que o aluno conheça sobre o seu uso para
resultado da prática comunicativa, que se estabelece conforme os atuar com maior eficácia nos diversos contextos sociais. Além disso,
princípios discursivos.   Antunes define gramática como “normas que especificam os usos
– Língua e linguagem: no âmbito da ação discursiva, língua da língua, que ditam como deve ser a constituição de suas várias
e linguagem, ao mesmo tempo que são termos com sentidos unidades em seus diferentes estratos”. Sobre os conhecimentos
distintos, constituem elementos fundamentais da prática gramaticais no âmbito da educação básica, pode-se afirmar que: 
comunicativa. Assim, o vocábulo linguagem está relacionado à – Objetivo do ensino gramatical: esse tema é apenas uma
capacidade de interação verbal que apenas os seres humanos das condições para que o aluno domine a língua. Com isso, é
possuem, recurso que possibilita o processo de comunicação entre preciso propor e trabalhar atividades discursivas, que ofereçam
os sujeitos discursivos. Quanto à língua, esta pode ser entendida ao educando oportunidades de argumentação, influenciando o
como um sistema de signos, um grupo de sinais empregados para desenvolvimento do exercício do discurso como um todo.  
a efetivação da comunicação social. Diante sido, a interatividade – PCN: os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
verbal torna-se um fato elementar da língua.   Médio concorrem com a fundamentação dos objetivos ao afirmar
– Representação: língua e linguagem se apresentam na prática que “compreender a língua é saber avaliar e interpretar o ato
da comunicação interacional e do diálogo, envolvendo locutor
e interlocutor, que, por sua vez, nessa interação, sustentam as 1 ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino sem
pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
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CONHECIMENTOS

interlocutivo, julgar, tomar uma posição consciente e responsável APARTE e À PARTE 


pelo que se fala/escreve.” (BRASIL, 2000). O que quer dizer que “Se iniciarem uma briga, aparte!” = modo imperativo do verbo
saber utilizar das regras não é suficiente em si, mais que isso, apartar, significa separar.  
é necessário que também conduzir os alunos para um domínio “Esses documentos devem ser arquivados à parte.” = locução
reflexivo e crítico da língua, para que sua capacidade discursiva seja adverbial, significa colocar de lado.
ampliada.  
– Necessidade de contextualização: de acordo com o PCN “o
processo de ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa deve DOS VÁRIOS NÍVEIS DOS TEXTOS ESCRITOS E FALADOS, EM
basear-se em propostas interativas de língua/linguagem [...]” QUE SE MANIFESTAM AS MARCAS DE VARIAÇÃO LINGUÍS-
(BRASIL, 2000). Isso quer dizer que atualmente o professor não TICA, RELATIVAS AOS FATORES GEOGRÁFICOS, HISTÓRI-
deve dar prioridade ao estudo gramatical fora de contexto, em COS, SOCIOLÓGICOS E TÉCNICOS, ÀS DIFERENÇAS ENTRE A
razão necessidade de o aluno compreender as expressões utilizadas LINGUAGEM ORAL E A ESCRITA, À SELEÇÃO DE REGISTRO
nas diversas situações comunicativas. Mas o que se tem observado EM SITUAÇÃO INTERLOCUTIVA (FORMAL, INFORMAL).
na prática é exatamente o contrário: em sala de aula, a assimilação
da nomenclatura gramatical tem sido o eixo central da abordagem
dos estudos gramaticais na escola, pois muitos docentes ainda não
adaptaram suas aulas para essa nova perspectiva de ensino. A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em
– Três novas instâncias da gramática em sala de aula: de acordo todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá, independen-
com a nova perspectiva que vem sendo construída nesse sentido, temente de qualquer ação normativa. Assim, quando se fala em
o ensino gramatical nas escolas deve abranger: 1) articulação da Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se cons-
leitura; 2) articulação da produção textual; 3) análise linguística. titui de muitas variedades. Embora no Brasil haja relativa unidade
Fica a cargo dos docentes, durante as aulas de língua portuguesa, lingüística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de
não elegerem um texto somente para lecionar conhecimentos pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções
gramaticais, mas tendo em vista sempre algo que sirva como sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de comu-
complementação para esse ensino, o que assegura também nidades linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multipli-
garantindo também o êxito no desenvolvimento das práticas cam em uma mesma comunidade de fala. Não existem, portanto,
discursivas.  variedades fixas: em um mesmo espaço social convivem mescladas
diferentes variedades lingüística, geralmente associadas a diferen-
 — Conhecimentos Notacionais tes valores sociais. Mais ainda, em uma sociedade como a brasilei-
Definição: os conhecimentos notacionais estão relacionados à ra, marcada por intensa movimentação de pessoas e intercâmbio
natureza alfabética do sistema de escrita da língua portuguesa, mais cultural constante, o que se identifica é um intenso fenômeno de
especificamente, ao que diz respeito à ortografia e a determinados mescla lingüística, isto é, em um mesmo espaço social convivem
vocábulos e expressões. Em razão disso, esses conhecimentos são mescladas diferentes variedades lingüísticas, geralmente associa-
comumente associados a problemas como dúvidas relacionadas à das a diferentes valores sociais.
ortografia e à semântica — no que tange aos termos parônimos e O uso de uma ou outra forma de expressão depende, sobretu-
homônimos.    do, de fatores geográficos, socioeconômicos, de faixa etária, de gê-
Importância: a assimilação dos conhecimentos notacionais nero (sexo), da relação estabelecida entre os falantes e do contexto
tem como objetivo orientar melhor a priorização de determinados de fala. A imagem de uma língua única, mais próxima da modalida-
aspectos nas atividades de ensino, pois conhecer bem a escrita das de escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da
palavras impacta positivamente na construção do discurso.   gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão
O Sistema de escrita Alfabética (SEA):  podemos afirmar da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever,
que o SEA é um sistema notacional, pois ele nada mais é do não se sustenta na análise empírica dos usos da língua.
que um sistema de representação, ou seja, a escrita alfabética é E isso por duas razões básicas.
reconhecida como um objeto do saber que propicia aos alunos uma Em primeiro lugar, está o fato de que ninguém escreve como
reflexão mais consciente sobre as palavras. Em outras palavras, o fala, ainda que em certas circunstâncias se possa falar um texto
SEA auxilia a criança na percepção da escrita como um objeto de previamente escrito (é o que ocorre, por exemplo, no caso de uma
conhecimento, que será fundamental para garantir a compreensão, conferência, de um discurso formal, dos telejornais) ou mesmo fa-
a reflexão consciente da palavra e, por conseguinte, a apropriação lar tendo por referência padrões próprios da escrita, como em uma
do SEA.   exposição de um tema para auditório desconhecido, em uma entre
ista, em uma solicitação de serviço junto a pessoas estranhas. Há
— Exemplos: casos ainda em que a fala ganha contornos ritualizados, como nas
DE MAIS e DEMAIS  cerimônias religiosas, comunicados formais, casamentos, velórios
“Tomamos vinho de mais” = locução adjetiva, significa muito, etc. No dia-a-dia, contudo, a organização da fala, incluindo a esco-
oposto de menos.  lha de palavras e a organização sintática do discurso, segue padrões
“Percebemos o erro tarde demais. “= advérbio de intensidade, significativamente diferentes daqueles que se usam na produção de
o mesmo que excessivamente.  textos escritos.
“Demais, ele ainda conseguiu fugir.” = palavra continuativa, Em segundo lugar, está o fato de que, nas sociedades letradas
significa além disso.  (aquelas que usam intensamente a escrita), há a tendência de to-
“Ele saiu da reunião sem se despedir dos demais.” = pronome marem-se as regras estabelecidas para o sistema de escrita como
indefinido, significa os outros.   padrões de correção de todas as formas lingüísticas. Esse fenôme-
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CONHECIMENTOS

no, que tem na gramática tradicional sua maior expressão, muitas racterísticas e condições do contexto de produção, ou seja, é saber
vezes faz com que se confunda falar apropriadamente à situação adequar os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo
com falar segundo as regras de bem dizer e escrever, o que, por sua às diferentes situações comunicativas: saber coordenar satisfatoria-
vez, faz com que se aceite a idéia despropositada de que ninguém mente o que fala ou escreve e como fazê-lo; saber que modo de ex-
fala corretamente no Brasil e que se insista em ensinar padrões gra- pressão é pertinente em função de sua intenção enunciativa dado
maticais anacrônicos e artificiais. o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige. A questão
Assim, por exemplo, professores e gramáticos puristas continu- não é de erro, mas de adequação às circunstâncias de uso, de utili-
am a exigir que se escreva (e até que se fale no Brasil!): zação adequada da linguagem.
O livro de que eu gosto não estava na biblioteca,
Vocês vão assistir a um filme maravilhoso, A SELEÇÃO DE TEXTOS
O garoto cujo pai conheci ontem é meu aluno, Os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em
Eles se vão lavar / vão lavar-se naquela pia, função da época (epopéia, cartoon), das culturas (haikai, cordel)
quando já se fixou na fala e já se estendeu à escrita, indepen- das finalidades sociais (entreter, informar), de modo que, mesmo
dentemente de classe social que a escola se impusesse a tarefa de tratar de todos, isso não se-
ou grau de formalidade da situação discursiva, o emprego de: ria possível. Portanto, é preciso priorizar os gêneros que merecerão
abordagem mais aprofundada.
O livro que eu gosto não estava na biblioteca, Sem negar a importância dos textos que respondem a exigên-
Vocês vão assistir um filme maravilhoso, cias das situações privadas de interlocução, em função dos com-
O garoto que eu conheci ontem o pai é meu aluno, promissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, é
Eles vão se lavar na pia. preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa
priorizem os textos que caracterizam os usos públicos da lingua-
Tomar a língua escrita e o que se tem chamado de língua pa- gem2 . Os textos a serem selecionados são aqueles que, por suas ca-
drão como objetos privilegiados de ensino-aprendizagem na escola racterísticas e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício
se justifica, na medida em que não faz sentido propor aos alunos de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como
que aprendam o que já sabem. Afinal, a aula deve ser o espaço pri- a fruição estética dos usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais
vilegiado de desenvolvimento de capacidade intelectual e lingüís- vitais para a plena participação numa sociedade letrada.
tica dos alunos, oferecendo-lhes condições de desenvolvimento
de sua competência discursiva. Isso significa aprender a manipular Textos orais
textos escritos variados e adequar o registro oral às situações in- Ao ingressarem na escola, os alunos já dispõem de compe-
terlocutivas, o que, em certas circunstâncias, implica usar padrões tência discursiva e lingustica para comunicar-se em interações que
mais próximos da escrita. envolvem relações sociais de seu dia-a-dia, inclusive as que se esta-
Contudo, não se pode mais insistir na idéia de que o modelo de belecem em sua vida escolar. Acreditando que a aprendizagem da
correção estabelecido pela gramática tradicional seja o nível padrão língua oral, por se dar no espaço doméstico, não é tarefa da escola,
de língua ou que corresponda à variedade linguística de prestígio. as situações de ensino vêm utilizando a modalidade oral da lingua-
Há, isso sim, muito preconceito decorrente do valor atribuído às va- gem unicamente como instrumento para permitir o tratamento dos
riedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, diversos conteúdos.
consideradas inferiores ou erradas pela gramática. Essas diferenças Uma rica interação dialogal na sala de aula, dos alunos entre
não são imediatamente reconhecidas e, quando são, não são obje- si e entre o professor e os alunos, é uma excelente estratégia de
to de avaliação negativa. construção do conhecimento, pois permite a troca de informações,
Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua pa- o confronto de opiniões, a negociação dos sentidos, a avaliação dos
drão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma processos pedagógicos em que estão envolvidos. Mas, se o que se
forma correta de falar, o de que a fala de uma região é melhor da busca é que o aluno seja um usuário competente da linguagem no
que a de outras, o de que a fala correta é a que se aproxima da exercício da cidadania, crer que essa interação dialogal que ocorre
língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que durante as aulas dê conta das múltiplas exigências que os gêneros
o português é uma língua difícil, o de que é preciso consertar a fala do oral colocam, principalmente em instâncias públicas, é um enga-
do aluno para evitar que ele escreva errado. no. Ainda que o espaço da sala de aula não seja um espaço privado,
Essas crenças insustentáveis produziram uma prática de muti- é um espaço público diferenciado: não implica, necessariamente, a
lação cultural que, além de desvalorizar a fala que identifica o aluno interação com interlocutores que possam não compartilhar as mes-
a sua comunidade, como se esta fosse formada de incapazes, de- mas referências (valores, conhecimento de mundo).
nota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corres- No entanto, nas inúmeras situações sociais do exercício da ci-
ponde a nenhuma de suas variedades, por mais prestígio que uma dadania que se colocam fora dos muros da escola a busca de ser-
delas possa ter. Ainda se ignora um princípio elementar relativo ao viços, as tarefas profissionais, os encontros institucionalizados, a
desenvolvimento da linguagem: o domínio de outras modalidades defesa de seus direitos e opiniões os alunos serão avaliados (em
de fala e dos padrões de escrita (e mesmo de outras línguas) não se 2 Por usos públicos da linguagem entendem-se aqueles que implicam
faz por substituição, mas por extensão da competência lingüística e interlocutores desconhecidos que nem sempre compartilham sistemas
pela construção ativa de subsistemas gramaticais sobre o sistema de referência, em que as interações normalmente ocorrem à distância
já adquirido. (no tempo e no espaço), e em que há o privilégio da modalidade escri-
No ensino-aprendizagem de diferentes padrões de fala e es- ta da linguagem. Dessa forma, exigem, por parte do enunciador, um
crita, o que se almeja não é levar os alunos a falar certo, mas per- maior controle para dominar as convenções que regulam e definem
mitir-lhes a escolha da forma de fala a utilizar, considerando as ca- seu sentido institucional.
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CONHECIMENTOS

outros termos, aceitos ou discriminados) à medida que forem ca- Uma das principais características da construção de sentidos
pazes de responder a diferentes exigências de fala e de adequação em situações de produção e recepção textuais é a sua natureza di-
às características próprias de diferentes gêneros do oral. Reduzir o nâmica e interativa. Ou seja, a forma como um texto é produzido
tratamento da modalidade oral da linguagem a uma abordagem ou interpretado é influenciada não apenas pelas características in-
instrumental é insuficiente, pois, para capacitar os alunos a domi- trínsecas do próprio texto, mas também pelas interações sociais e
narem a fala pública demandada por tais situações. culturais que ocorrem durante o processo. Nesse sentido, a cons-
Dessa forma, cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a lingua- trução de sentidos em situações de produção e recepção textuais é
gem oral no planejamento e realização de apresentações públicas: uma atividade socialmente construída, que envolve negociações e
realização de entrevistas, debates, seminários, apresentações tea- acordos entre os interlocutores envolvidos.
trais etc. Trata-se de propor situações didáticas nas quais essas ati- Uma das principais teorias que aborda a construção de sen-
vidades façam sentido de fato, pois é descabido treinar um nível tidos em situações de produção e recepção textuais é a Teoria da
mais formal da fala, tomado como mais apropriado para todas as Relevância, proposta por Sperber e Wilson (1986). De acordo com
situações. A aprendizagem de procedimentos apropriados de fala e essa teoria, a construção de sentidos ocorre por meio do processa-
de escuta, em contextos públicos, dificilmente ocorrerá se a escola mento cognitivo de informações que são relevantes para os interlo-
não tomar para si a tarefa de promovê-la. cutores envolvidos na interação. Em outras palavras, os indivíduos
produzem e interpretam textos levando em consideração as infor-
Textos escritos mações que são mais pertinentes para a situação em questão.
Analisando os textos escritos que costumam ser considerados Além disso, a construção de sentidos em situações de produ-
adequados para os leitores iniciantes, verifica-se que, na grande ção e recepção textuais pode ser influenciada por uma série de
maioria, são curtos, às vezes apenas fragmentos de um texto maior outros fatores linguísticos, tais como a escolha do vocabulário, a
sem unidade semântica e/ou estrutural , simplificados, em alguns estruturação da frase, a organização do discurso, entre outros. Por
casos, até o limite da indigência. Confunde-se capacidade de inter- exemplo, a escolha de palavras específicas pode influenciar a forma
pretar e produzir discurso com capacidade de ler e escrever sozi- como um texto é interpretado pelos seus receptores, já que deter-
nho. minadas palavras podem evocar associações e emoções diferentes
A visão do que seja um texto adequado ao leitor iniciante trans- em indivíduos diferentes.
bordou os limites da escola e influiu até na produção editorial. A Outro fator importante a ser considerado na construção de
possibilidade de se divertir com alguns dos textos da chamada lite- sentidos em situações de produção e recepção textuais é o con-
ratura infantil ou infanto-juvenil, de se comover com eles, de fruílos texto sociocultural em que o texto é produzido ou recebido. O con-
esteticamente é limitada. Por trás da boa intenção de promover a texto sociocultural pode influenciar a forma como os indivíduos
aproximação entre alunos e textos, há um equívoco de origem: ten- interpretam um texto, já que determinadas palavras, expressões
ta-se aproximar os textos simplificandoos aos alunos, no lugar de e referências podem ser mais ou menos familiares para indivíduos
aproximar os alunos a textos de qualidade. de diferentes origens culturais. Além disso, o contexto sociocultu-
Para boa parte das crianças e dos jovens brasileiros, a escola é ral também pode influenciar a forma como os indivíduos avaliam
o único espaço que pode proporcionar acesso a textos escritos, tex- a adequação e a eficácia de um texto, levando em consideração as
tos estes que se converterão, inevitavelmente, em modelos para a expectativas e normas culturais que regem a comunicação em dife-
produção. Se é de esperar que o escritor iniciante redija seus textos rentes contextos.
usando como referência estratégias de organização típicas da orali-
dade, a possibilidade de que venha a construir uma representação
do que seja a escrita só estará colocada se as atividades escolares DA CONSTRUÇÃO DE INTERTEXTUALIDADES PELA ANÁLI-
lhe oferecerem uma rica convivência com a diversidade de textos SE DO TEMA, DA ESTRUTURA COMPOSICIONAL E DO ESTI-
que caracterizam as práticas sociais. É mínima a possibilidade de LO DE OBJETOS CULTURAIS EM DIFERENTES LINGUAGENS,
que o aluno venha a compreender as especificidades que a modali- TAIS COMO: OBRA LITERÁRIA, PINTURA, ESCULTURA, FO-
dade escrita assume nos diversos gêneros, a partir de textos banali- TOGRAFIA E TEXTOS DO UNIVERSO DIGITAL
zados, que falseiem sua complexidade.

A construção de intertextualidades por meio da análise do


DAS MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO DE tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais
SENTIDOS, EM SITUAÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO em diferentes linguagens, tais como obra literária, pintura, escultu-
TEXTUAIS. ra, fotografia e textos do universo digital, é um processo que permi-
te ao leitor/observador estabelecer relações entre diferentes textos
e compreender melhor o seu significado.
A construção de sentidos em situações de produção e recepção A intertextualidade é uma das principais características da pro-
textuais é um processo complexo e multifacetado, que envolve uma dução cultural contemporânea, que se caracteriza pela multiplici-
série de fatores linguísticos, culturais e sociais. A forma como os in- dade de discursos e pela hibridização de linguagens. Dessa forma,
divíduos produzem e interpretam textos pode variar amplamente, é fundamental que o leitor/observador esteja apto a identificar e
dependendo de uma série de variáveis, tais como a sua experiência interpretar as referências intertextuais presentes nos objetos cultu-
de vida, o contexto em que o texto é produzido ou recebido, as suas rais, a fim de compreender melhor o seu sentido e contexto.
crenças e valores, entre outros.

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CONHECIMENTOS

A análise do tema é um dos primeiros passos para a constru-


ção de intertextualidades. O tema é o assunto central do texto, que DO USO DE RECURSOS LINGUÍSTICOS EXPRESSIVOS EM
pode ser explícito ou implícito. Ao identificar o tema de uma obra, TEXTOS, RELACIONANDO ESSES RECURSOS ÀS INTENÇÕES
é possível estabelecer conexões com outros textos que abordem o DO ENUNCIADOR.
mesmo assunto ou que possuam uma temática semelhante.
Além do tema, a estrutura composicional é outro elemento
importante para a construção de intertextualidades. A estrutura A língua é um sistema complexo de signos que permite a co-
composicional se refere à organização dos elementos do texto, tais municação entre os indivíduos de uma comunidade linguística.
como a sequência de eventos, a construção dos personagens e o Além de cumprir sua função comunicativa básica, a língua pode ser
uso de recursos estilísticos. Ao analisar a estrutura composicional utilizada de maneira expressiva, isto é, como um recurso estético
de um texto, é possível estabelecer relações com outros textos que que permite ao enunciador transmitir sua visão de mundo e suas
possuam uma estrutura semelhante ou que sejam construídos de emoções de maneira mais eficaz. Nesse sentido, o uso de recursos
forma diferente. linguísticos expressivos em textos é fundamental para que o enun-
O estilo é outro elemento fundamental para a construção de ciador consiga transmitir suas intenções de forma clara e eficaz.
intertextualidades. O estilo se refere às características formais e es- Entre os recursos linguísticos expressivos mais comuns, pode-
téticas do texto, tais como a escolha do vocabulário, o uso de figu- mos destacar o uso de figuras de linguagem, tais como metáfora,
ras de linguagem, a construção das frases e a escolha dos recursos metonímia, sinestesia, hipérbole, eufemismo, entre outras. Essas
visuais. Ao analisar o estilo de um texto, é possível estabelecer rela- figuras permitem que o enunciador apresente sua visão de mundo
ções com outros textos que possuam um estilo semelhante ou que de maneira mais criativa e poética, criando associações inusitadas
sejam construídos de forma diferente. entre diferentes elementos e despertando emoções no leitor.
No caso das obras literárias, a construção de intertextualidades Outro recurso linguístico expressivo muito utilizado em textos é
por meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo a repetição, que pode ser utilizada de diversas maneiras para trans-
pode se dar por meio da comparação entre diferentes textos de um mitir diferentes emoções. Por exemplo, a repetição de uma palavra
mesmo autor ou de autores diferentes, bem como por meio da rela- ou frase pode transmitir um sentimento de insistência ou de ênfase,
ção entre obras literárias e outros objetos culturais, como pinturas, enquanto a repetição de uma estrutura sintática pode criar um efei-
esculturas, filmes e músicas. to de cadência ou de ritmo.
No caso da pintura e da escultura, a construção de intertextu- O uso de recursos linguísticos expressivos também está relacio-
alidades pode se dar por meio da análise do tema e do estilo, bem nado às intenções do enunciador. Por exemplo, em textos persua-
como da comparação entre diferentes obras de um mesmo artista sivos, o enunciador pode utilizar figuras de linguagem e repetições
ou de artistas diferentes. Além disso, é possível estabelecer rela- de maneira estratégica para convencer o leitor de suas ideias. Em
ções entre pinturas e esculturas e outros objetos culturais, como textos literários, o enunciador pode utilizar recursos linguísticos
obras literárias e músicas. expressivos para criar um efeito estético e poético, enquanto em
Na fotografia, a construção de intertextualidades pode se dar textos humorísticos, o enunciador pode utilizar o jogo de palavras e
por meio da análise do tema e da composição visual, bem como da a ironia para provocar riso no leitor.
relação entre diferentes fotografias de um mesmo fotógrafo ou de Esse uso deve ser feito de maneira consciente e estratégica. O
fotógrafos diferentes. Além disso, é possível estabelecer relações excesso de figuras de linguagem e repetições pode tornar o texto
entre fotografias e outros objetos culturais, como obras literárias confuso e dificultar a compreensão das ideias do enunciador. Por
e músicas. isso, é fundamental que o enunciador tenha clareza sobre suas in-
No caso dos textos do universo digital, como websites, blogs e tenções ao utilizar esses recursos e que os utilize de maneira equili-
redes sociais, a construção de intertextualidades pode se dar por brada e coerente com o gênero textual em questão.
meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo dos O uso de recursos linguísticos expressivos também está relacio-
textos, bem como da relação entre diferentes textos de um mesmo nado à variação linguística e cultural. O que é considerado expres-
autor ou de autores diferentes. Além disso, é possível estabelecer sivo em uma determinada cultura pode não ser percebido como tal
relações entre os textos do universo digital e outros objetos cultu- em outra, e vice-versa. Por isso, é fundamental que o enunciador
rais, como obras literárias, filmes e músicas. esteja atento às características do público-alvo e do contexto em
A construção de intertextualidades por meio da análise do que o texto será produzido e recebido.
tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais O estudo desse tema fundamental para uma compreensão
em diferentes linguagens é um processo complexo e fundamental mais profunda do funcionamento da língua e da comunicação hu-
para a compreensão e apreciação da produção cultural contempo- mana. Bem como a análise desses recursos também é fundamen-
rânea. Através da identificação e interpretação das referências in- tal para a formação de leitores críticos e competentes, capazes de
tertextuais presentes nos textos, é possível ampliar a compreensão identificar as intenções e estratégias do enunciador em diferentes
e o significado dos objetos culturais, bem como estabelecer cone- contextos comunicativos.
xões entre diferentes linguagens e formas de expressão. Utilizar-se de recursos linguísticos expressivos em textos é uma
prática essencial para a transmissão clara e eficaz das intenções
do enunciador. Figuras de linguagem, repetições e outros recursos
permitem que o enunciador crie efeitos estéticos e emocionais no
leitor, além de estabelecer um diálogo criativo e envolvente com o
interlocutor. Por isso, é fundamental que o enunciador tenha clare-
za sobre suas intenções ao utilizar esses recursos e que os utilize de
maneira equilibrada e coerente com o gênero textual em questão.
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CONHECIMENTOS

DA ARTICULAÇÃO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS E INFOR- DE DIFERENTES DISCURSOS, EM LÍNGUA FALADA E EM LÍN-


MAÇÕES TEXTUAIS, INCLUSIVE AS QUE DEPENDEM DE GUA ESCRITA, OBSERVANDO SUA ESTRUTURA, SUA ORGA-
PRESSUPOSIÇÕES E INFERÊNCIAS (SEMÂNTICAS E PRAG- NIZAÇÃO E SEU SIGNIFICADO RELACIONADO ÀS CONDI-
MÁTICAS) AUTORIZADAS PELO TEXTO, PARA EXPLICAR ÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO
AMBIGUIDADES, IRONIAS E EXPRESSÕES FIGURADAS,
OPINIÕES E VALORES IMPLÍCITOS, BEM COMO AS IN-
TENÇÕES DO ENUNCIADOR/AUTOR. Os discursos em língua falada e em língua escrita são diferentes
em sua forma, estrutura e organização, bem como em seus signifi-
cados e funções. A língua falada é caracterizada pela espontanei-
A leitura de um texto envolve muito mais do que a decodifi- dade, pelo uso de recursos como entonação, ritmo e gestos e pelo
cação de palavras e frases. Para compreendermos plenamente o contato imediato com o interlocutor, enquanto a língua escrita é
significado de um texto, é preciso articular nossos conhecimentos mais formal, planejada e elaborada, exigindo uma maior atenção ao
prévios com as informações que o texto apresenta, incluindo pres- uso da gramática e da ortografia.
suposições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo Na língua falada, a estrutura do discurso é mais flexível e me-
próprio texto. Além disso, para entendermos ambiguidades, ironias, nos linear do que na língua escrita, permitindo ao falante explorar
expressões figuradas, opiniões e valores implícitos, é fundamental diferentes recursos, como pausas, repetições, alterações de ento-
considerar as intenções do enunciador ou autor. nação e uso de expressões coloquiais, para expressar suas ideias. A
Quando lemos um texto, nosso conhecimento prévio influencia organização do discurso falado também pode ser influenciada por
a compreensão e interpretação dele. Isso ocorre porque utilizamos fatores como o contexto social e cultural, o grau de intimidade com
nossas experiências anteriores, crenças, valores, cultura e contexto o interlocutor e a finalidade do discurso.
para dar sentido ao que estamos lendo. Dessa forma, um mesmo Já na língua escrita, a estrutura do discurso é mais formal e or-
texto pode ser interpretado de maneiras diferentes por pessoas ganizada, seguindo geralmente uma estrutura linear e progressiva,
com vivências e bagagens culturais distintas. com introdução, desenvolvimento e conclusão. A organização do
Além disso, as pressuposições e inferências semânticas e prag- discurso escrito também é influenciada por fatores como o gênero
máticas autorizadas pelo texto são essenciais para a compreensão textual, a finalidade do texto e o público-alvo.
completa do significado das palavras e frases utilizadas. As pressu- Outra diferença significativa entre os discursos em língua fala-
posições são aquelas informações que o texto assume que o leitor da e em língua escrita está relacionada ao seu significado e função.
já sabe e, por isso, não precisa explicar. Já as inferências são dedu- O discurso falado é utilizado principalmente para comunicar ideias
ções que o leitor faz a partir das informações explícitas e implícitas e sentimentos de forma imediata, muitas vezes em situações infor-
do texto. Essas pressuposições e inferências podem ser fundamen- mais e cotidianas. Já o discurso escrito é utilizado para transmitir
tais para a compreensão de ambiguidades, ironias e expressões fi- informações de forma mais precisa e detalhada, muitas vezes em
guradas utilizadas no texto. contextos mais formais, como em documentos legais, relatórios e
As ambiguidades, por sua vez, são palavras ou frases que po- artigos científicos.
dem ter mais de um significado. A compreensão da ambiguidade As condições de produção e recepção também exercem uma
depende da leitura de todo o contexto, bem como das pressupo- influência significativa sobre a estrutura, organização e significado
sições e inferências do leitor. As ironias e expressões figuradas são dos discursos em língua falada e em língua escrita. Na língua falada,
recursos utilizados pelo enunciador ou autor para transmitir uma o contexto social e cultural em que o discurso é produzido pode
mensagem de maneira sutil, muitas vezes com conotação negativa. afetar o uso de expressões e recursos linguísticos, bem como o tipo
Esses recursos podem ser facilmente mal interpretados caso o leitor de conteúdo abordado. Além disso, a interação com o interlocutor
não tenha o conhecimento necessário para identificá-los. e a resposta imediata a suas reações podem alterar o rumo do dis-
Por fim, é preciso levar em consideração as intenções do enun- curso.
ciador ou autor. As opiniões e valores implícitos presentes no texto Na língua escrita, a influência do contexto também é significati-
podem ser revelados pela forma como as informações são apre- va, uma vez que o gênero textual e a finalidade do texto podem de-
sentadas e organizadas, bem como pelos recursos linguísticos ex- terminar a estrutura, a organização e o tipo de linguagem utilizada.
pressivos utilizados. A análise das intenções do autor pode ajudar a Além disso, o público-alvo do texto e sua capacidade de compreen-
compreender o objetivo do texto e a identificar possíveis viéses ou são também podem afetar a forma como o discurso é elaborado e
ideologias subjacentes. apresentado.
A compreensão plena de um texto depende da articulação de Além disso, a forma de escrita e a estruturação do discurso es-
conhecimentos prévios e informações textuais, incluindo pressu- crito podem variar muito de acordo com a situação comunicativa.
posições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo Um texto literário, por exemplo, pode apresentar uma estrutura
próprio texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões fi- mais complexa e repleta de figuras de linguagem, enquanto um tex-
guradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do to científico pode seguir uma estrutura mais objetiva e padronizada.
enunciador ou autor. Já no discurso falado, a estrutura pode ser mais livre e dinâmi-
ca, permitindo a inserção de pausas, repetições e elementos não
verbais, como gestos e expressões faciais, que ajudam a transmitir
a mensagem e estabelecer uma conexão com o interlocutor.
Outro aspecto importante a ser considerado é a questão do re-
gistro de língua. Enquanto a língua escrita tende a seguir normas
mais formais e padronizadas, a língua falada pode apresentar va-
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CONHECIMENTOS

riações de acordo com o contexto social e cultural, como o registro concentra na análise da forma e da estrutura da obra literária, e a
coloquial, popular ou formal. Diante disso, é fundamental que o abordagem histórico-social, que se concentra no contexto histórico
falante ou escritor tenha consciência das diferentes condições de e social em que a obra foi criada.
produção e recepção, a fim de adequar sua linguagem e seu discur- A literatura associada à teoria e à crítica literária é uma área de
so ao público-alvo e à situação comunicativa em questão. estudo extremamente importante, pois nos permite compreender
A análise dos diferentes discursos, tanto na língua falada quan- a natureza da literatura, a forma como ela é criada e como é rece-
to na língua escrita, é essencial para compreender as diversas for- bida pela sociedade. Além disso, a literatura é uma das formas mais
mas de comunicação presentes na sociedade. É por meio dessa significativas de arte e cultura, e, portanto, merece ser estudada e
análise que podemos perceber como a linguagem é utilizada de apreciada em toda a sua complexidade e riqueza.
forma estratégica para atingir determinados objetivos, seja em uma
conversa informal entre amigos, em um discurso político ou em um
texto científico. Compreender as características e particularidades DE TEXTOS LITERÁRIOS E INTERTEXTUALIDADE (GÊNEROS,
desses discursos é fundamental para uma comunicação mais efi- TEMAS E REPRESENTAÇÕES) NAS OBRAS DA LITERATURA
ciente e assertiva, bem como para uma compreensão mais aprofun- EM LÍNGUA PORTUGUESA.
dada da sociedade em que vivemos.

O texto literário constitui uma forma peculiar de representa-


DA LITERATURA ASSOCIADA À TEORIA E À CRÍTICA LITE- ção e estilo em que predominam a força criativa da imaginação e
RÁRIA. a intenção estética. Não é mera fantasia que nada tem a ver com o
que se entende por realidade, nem é puro exercício lúdico sobre as
formas e sentidos da linguagem e da língua.
A literatura está intrinsecamente ligada à teoria e à crítica li- Como representação um modo particular de dar forma às ex-
terária. A teoria literária é o estudo sistemático dos princípios que periências humanas , o texto literário não está limitado a critérios
regem a criação literária, enquanto a crítica literária é a análise e de observação fatual (ao que ocorre e ao que se testemunha), nem
avaliação crítica de obras literárias. Ambas as disciplinas trabalham às categorias e relações que constituem os padrões dos modos de
juntas para entender e interpretar o papel da literatura na socieda- ver a realidade e, menos ainda, às famílias de noções/conceitos
de, a natureza da criatividade literária e a relação entre a literatura com que se pretende descrever e explicar diferentes planos da re-
e a cultura. alidade (o discurso científico). Ele os ultrapassa e transgride para
A literatura associada à teoria e à crítica literária é uma área constituir outra mediação de sentidos entre o sujeito e o mundo,
de estudo que examina a relação entre a teoria e a prática da es- entre a imagem e o objeto, mediação que autoriza a ficção e a rein-
crita literária, bem como a influência da teoria na crítica literária e terpretação do mundo atual e dos mundos possíveis.
na apreciação da literatura. Essa área de estudo aborda questões Pensar sobre a literatura a partir dessa relativa autonomia ante
como o significado da obra literária, o papel do autor e do leitor na outros modos de apreensão e interpretação do real corresponde a
interpretação literária, a estrutura narrativa e a representação de dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo, regido por
personagens. jogos de aproximação e afastamento, em que as invenções da lin-
Uma das teorias mais conhecidas e influentes na literatura é o guagem, a instauração de pontos de vista particulares, a expressão
estruturalismo, que propõe a análise da estrutura e dos elementos da subjetividade podem estar misturadas a citações do cotidiano,
constituintes de uma obra literária. O estruturalismo procura des- a referências indiciais e, mesmo, a procedimentos racionalizantes.
cobrir as relações entre elementos formais da obra literária, como a Nesse sentido, enraizando-se na imaginação e construindo novas
sintaxe, a linguagem e os temas, com o objetivo de revelar significa- hipóteses e metáforas explicativas, o texto literário é outra forma/
dos mais profundos e ocultos. fonte de produção/apreensão de conhecimento.
Outra teoria importante é a teoria feminista, que se concentra Do ponto de vista lingüístico, o texto literário também apresen-
na análise do papel das mulheres na literatura e na cultura. A teoria ta características diferenciadas. Embora, em muitos casos, os aspec-
feminista examina como as mulheres são representadas na litera- tos formais do texto se conformem aos padrões da escrita, sempre
tura, como as obras literárias refletem a posição das mulheres na a composição verbal e a seleção dos recursos lingüísticos obedecem
sociedade e como as mulheres podem usar a literatura como uma à sensibilidade e a preocupações estéticas. Nesse processo constru-
forma de resistência e empoderamento. tivo original, o texto literário está livre para romper os limites fono-
Além dessas teorias, há várias outras que ajudam a entender lógicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta
e interpretar a literatura, como a teoria psicanalítica, a teoria mar- se torna matéria-prima (mais que instrumento de comunicação e
xista, a teoria pós-modernista, entre outras. A crítica literária é um expressão) de outro plano semiótico na exploração da sonoridade
campo de estudo que se concentra na análise e avaliação das obras e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção
literárias. A crítica literária busca entender como as obras literárias e descoberta de estruturas sintáticas singulares, na abertura inten-
são criadas e como elas funcionam, bem como avaliar o valor esté- cional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela indeterminação e
tico, político, social e cultural dessas obras. pelo jogo de imagens e figuras. Tudo pode tornar-se fonte virtual de
Um dos principais objetivos da crítica literária é a interpretação sentidos, mesmo o espaço gráfico e signos não-verbais, como em
das obras literárias, que pode ser feita de várias maneiras, depen- algumas manifestações da poesia contemporânea.
dendo da teoria ou abordagem utilizada. Algumas das principais O tratamento do texto literário oral ou escrito envolve o exercí-
abordagens na crítica literária são a abordagem formalista, que se cio de reconhecimento de singularidades e propriedades que mati-
zam um tipo particular de uso da linguagem. É possível afastar uma
série de equívocos que costumam estar presentes na escola em
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CONHECIMENTOS

relação aos textos literários, ou seja, tomá-los como pretexto para — Tipos de Intertextualidade
o tratamento de questões outras (valores morais, tópicos gramati- 1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da
cais) que não aquelas que contribuem para a formação de leitores crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original
capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a
a extensão e a profundidade das construções literárias. estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no
cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira
INTERTEXTUALIDADE estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel
Bandeira:
— Definições gerais
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação TEXTO ORIGINAL
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de “Vou-me embora para Pasárgada
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência Lá sou amigo do rei
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto Lá tenho a mulher que eu quero
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos Na cama que escolherei?”
não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e
envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, “Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pa-
desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.). sárgada
Sou inimigo do Rei
— Intertextualidade Explícita x Implícita Não tenho nada que eu quero
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral Não tenho e nunca terei”
da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas
palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a 2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto
obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com
existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem
evidente. escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são
As características da intertextualidade explícita são: preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos:
– Conexão direta com o texto anterior; observe as frases originais e suas respectivas paráfrases:
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem
necessidade de esforço ou deduções; “Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar muito estuda.
do conteúdo; “To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente is the question.
transcritos e referenciados.
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores,
acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja
explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste o exemplo a seguir:
justamente na contribuição de novas informações aos saberes já
produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode “Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os troia-
ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou nos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a Guerra
indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem de Troia.
transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor.
– Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos 4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é,
que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro.
produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como
integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma
outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo
De qualquer forma, para que se compreenda o significado da judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção
relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de entre aspas. Exemplo:
reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos,
ter lido e compreendido o primeiro material. As características da “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte;
o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento (Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773).
prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor;
os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova 5 – Crossover: com denominação em inglês que significa
estrutura. “cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de para a prática didática. Com base nessa concepção, o ensino deve
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & incentivar a reflexão crítica sobre a língua e sua relação com a socie-
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema. dade, bem como a valorização da diversidade linguística e cultural.
Exemplo: Além disso, a prática didática da Língua Portuguesa deve se
basear em uma concepção de linguagem como uma atividade in-
terativa, que envolve não apenas a produção e a compreensão de
mensagens, mas também a interação social entre os falantes. Nesse
sentido, o ensino deve estimular o desenvolvimento das habilida-
des comunicativas do aluno, visando à sua participação ativa e crí-
tica na sociedade.
Outro pressuposto teórico que embasa a prática didática é a
concepção de que a língua não é um sistema isolado, mas está in-
trinsecamente ligado às práticas sociais, culturais e discursivas. Com
base nessa concepção, o ensino deve ser pautado pela abordagem
sociointeracionista, que busca integrar o ensino da língua às práti-
cas sociais e discursivas, valorizando as diferentes formas de uso da
língua em diferentes contextos.
Ademais, a prática didática deve considerar a importância da
interdisciplinaridade, buscando articular o ensino da Língua Por-
tuguesa com outras áreas do conhecimento, como a literatura, a
história, a filosofia, entre outras. Essa integração permite uma visão
mais ampla e significativa da língua, além de enriquecer o processo
de ensino e aprendizagem.
Um pressuposto teórico igualmente relevante é a concepção
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br de que a aprendizagem da língua é um processo contínuo e dinâ-
mico, que ocorre ao longo da vida e é influenciado por diferentes
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto fatores individuais e sociais. Com base nessa concepção, o ensino
de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está deve ser pautado pela abordagem sociocultural, que busca compre-
localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo ender a relação entre os processos cognitivos e culturais envolvidos
uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre na aprendizagem da língua.
relacionado ao teor do novo texto. A teoria sociocultural de Vygotsky também é um pressuposto
Exemplo:  teórico importante para a didática da língua portuguesa. Vygotsky
propõe que o conhecimento é construído por meio da interação so-
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, cial, e que a linguagem é a ferramenta primordial para a mediação
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre dessa interação. Dessa forma, o professor deve criar situações de
aquilo que todo mundo vê.” aprendizagem que promovam a interação entre os alunos, por meio
da linguagem, para que o conhecimento seja construído coletiva-
Arthur Schopenhauser mente. Além disso, a teoria de Vygotsky enfatiza a importância do
DOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS QUE EMBASAM OS CON- papel do professor como mediador entre o aluno e o conhecimen-
CEITOS FUNDANTES DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTU- to, pois é ele quem deve criar as condições necessárias para que a
GUESA NA PRÁXIS DIDÁTICA DOS PROCESSOS DE ENSINO aprendizagem ocorra de forma significativa.
E DE APRENDIZAGEM. Outro pressuposto teórico importante na didática da língua
portuguesa é a teoria da enunciação de Bakhtin. Segundo Bakhtin, a
linguagem é um fenômeno social, e todo ato de fala é uma enuncia-
A disciplina de Língua Portuguesa tem como objetivo o ensino ção, ou seja, uma interação entre o enunciador (aquele que fala) e
e a aprendizagem da língua materna, abarcando desde a gramática o enunciatário (aquele que escuta). A teoria da enunciação enfatiza
normativa até a produção de textos e a interpretação de diferentes a importância do contexto na produção e na compreensão de um
gêneros textuais. A prática didática, por sua vez, deve se embasar texto, pois é a partir do contexto que o sentido é construído. Dessa
em pressupostos teóricos que sustentem os conceitos fundantes da forma, o professor deve levar em consideração o contexto em que
disciplina e que permitam um ensino eficaz e uma aprendizagem os alunos estão inseridos para trabalhar a produção e a compreen-
significativa. são de textos em sala de aula.
Um dos pressupostos teóricos que embasam a prática didática Por fim, a teoria da recepção de Jauss também é um pressupos-
da Língua Portuguesa é a concepção de língua como um sistema to teórico relevante para a didática da língua portuguesa. Essa teo-
de signos que possui uma estrutura complexa e articulada. A partir ria propõe que a recepção de um texto é um processo ativo, em que
dessa concepção, o ensino deve buscar desenvolver as habilidades o leitor traz consigo suas experiências e seus conhecimentos pré-
linguísticas do aluno, a fim de que ele possa compreender e produ- vios para a leitura. Assim, o sentido de um texto não está somente
zir textos com clareza, coerência e coesão. na intenção do autor, mas também na interpretação do leitor. Essa
A concepção de que a língua é um fenômeno social, que está teoria enfatiza a importância da diversidade de leituras e interpre-
em constante transformação e é influenciado por fatores históricos, tações de um mesmo texto, e sugere que o professor trabalhe com
culturais e ideológicos, é mais um pressuposto teórico relevante
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

uma variedade de gêneros textuais e de leituras críticas em sala de O professor deve estar em constante processo de formação e
aula, de forma a ampliar o repertório dos alunos e a promover a atualização, aprimorando seus conhecimentos e habilidades para o
reflexão sobre a linguagem. desenvolvimento de uma prática docente cada vez mais eficaz. Essa
Os pressupostos teóricos que embasam os conceitos funda- atualização pode ser obtida por meio de cursos de formação conti-
mentais da disciplina de língua portuguesa na praxis didática dos nuada, participação em congressos e seminários, além da troca de
processos de ensino e de aprendizagem são diversos e inter-rela- experiências com outros professores.
cionados. A linguística, a gramática normativa, a teoria sociocultu- A prática docente deve ser desenvolvida de forma colaborati-
ral, a teoria da enunciação e a teoria da recepção são alguns dos va, com a utilização de metodologias adequadas e materiais peda-
principais referenciais teóricos utilizados pelos professores para a gógicos eficazes, contemplando as necessidades e habilidades dos
elaboração de suas práticas pedagógicas. O desafio para o profes- alunos. É fundamental que os procedimentos de avaliação sejam
sor é integrar esses pressupostos teóricos em sua prática docente coerentes com os objetivos e as metodologias utilizadas, e que o
de forma a promover uma aprendizagem significativa e crítica por professor esteja em constante processo de formação e atualização.
parte dos alunos. Com esses cuidados, a prática docente pode se tornar mais eficaz
e promover uma aprendizagem significativa para os alunos, contri-
buindo para o desenvolvimento de suas competências e habilida-
DA PRÁTICA DOCENTE, ARTICULANDO DIALOGICAMENTE des e preparando-os para o exercício da cidadania e para o mer-
OS SUJEITOS ENVOLVIDOS, OS MATERIAIS PEDAGÓGICOS, cado de trabalho. Além disso, uma prática docente de qualidade
AS METODOLOGIAS ADEQUADAS E OS PROCEDIMENTOS pode incentivar a criatividade e o pensamento crítico dos alunos,
DE AVALIAÇÃO. estimulando-os a buscar conhecimentos de forma autônoma e a se
tornarem agentes ativos na construção de seu próprio processo de
aprendizagem.
A prática docente é uma área que requer conhecimentos teóri-
cos e práticos para que sejam desenvolvidas metodologias eficazes
para o ensino e aprendizagem dos estudantes. Para isso, é funda- DOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE LÍNGUA E LITERATURA
mental que o professor promova uma articulação dialógica entre PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.
os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias
adequadas e os procedimentos de avaliação.
O professor deve considerar o perfil dos alunos para poder Os pressupostos teóricos de língua e literatura para a educação
adequar a metodologia a ser utilizada em sala de aula. É importan- básica estão fundamentados em teorias que buscam compreender
te ressaltar que cada aluno tem uma forma diferente de aprender e explicar os processos de produção, circulação e recepção dos tex-
e que, por isso, é necessário que o professor tenha em mente o tos linguísticos e literários, bem como as relações entre linguagem,
desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos ao planejar as cultura e sociedade.
atividades a serem desenvolvidas em sala de aula. Nesse sentido, a abordagem sociointeracionista de Vygotsky
É necessário que o professor tenha um planejamento consis- destaca a importância da interação social para a construção do co-
tente e objetivo, que apresente os objetivos a serem alcançados, nhecimento, defendendo que a linguagem é uma ferramenta fun-
as metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação. Esse damental para o desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo.
planejamento deve ser desenvolvido de forma a contemplar as ne- Assim, na perspectiva desse autor, o ensino de língua e literatura
cessidades e habilidades dos alunos, além de levar em consideração deve privilegiar atividades que promovam a interação entre os su-
o tempo disponível para o desenvolvimento das atividades. jeitos, como as discussões em grupo, os debates, as dramatizações,
A prática docente deve ser desenvolvida de forma colaborativa, entre outras.
ou seja, envolvendo os alunos e demais sujeitos envolvidos no pro- Por sua vez, a teoria do letramento crítico propõe uma reflexão
cesso de ensino e aprendizagem. Essa colaboração pode ser desen- sobre as práticas sociais de leitura e escrita, considerando as rela-
volvida por meio de atividades que incentivem a participação dos ções de poder e as desigualdades presentes na sociedade. Segundo
alunos e promovam a interação entre eles, assim como a utilização essa abordagem, a leitura e a escrita não são neutras, mas carrega-
de materiais pedagógicos que sejam adequados e eficazes para a das de ideologias que podem reproduzir ou transformar as estru-
compreensão dos conteúdos. turas sociais. Assim, o ensino de língua e literatura deve estimular
Outro ponto importante na prática docente é a avaliação dos o desenvolvimento de um olhar crítico sobre as práticas letradas,
alunos. É fundamental que os procedimentos de avaliação sejam favorecendo a formação de cidadãos conscientes e participativos.
coerentes com os objetivos e as metodologias utilizadas, para que Além disso, os estudos da linguística aplicada têm contribuí-
possam medir de forma efetiva o desenvolvimento dos alunos. É do para a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem
importante ressaltar que a avaliação não deve ser apenas uma me- de línguas estrangeiras, defendendo a importância da contextua-
dida de desempenho dos alunos, mas sim um instrumento de refle- lização das atividades de ensino e da relação entre as habilidades
xão e aprimoramento da prática docente. linguísticas e as práticas sociais de comunicação. Nesse sentido, o
Além disso, é necessário que o professor esteja atento às no- ensino de língua estrangeira deve considerar a realidade sociocultu-
vas metodologias e tecnologias disponíveis, de forma a utilizá-las de ral dos alunos, buscando promover a interculturalidade e o respeito
forma apropriada em sala de aula. Essas tecnologias podem ser uti- às diferenças.
lizadas como instrumentos pedagógicos, promovendo a interação e No que se refere ao ensino de literatura, as teorias da recepção
o aprendizado dos alunos. propõem uma reflexão sobre o papel do leitor na construção do
sentido do texto literário. Segundo essa perspectiva, o sentido de
uma obra literária não está pré-dado, mas é construído na relação
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

entre o texto e o leitor, considerando suas experiências de vida, sua Com a utilização de materiais e recursos pedagógicos adequa-
formação cultural e sua posição social. Assim, o ensino de literatura dos, é possível despertar o interesse e a curiosidade dos alunos e
deve estimular a leitura atenta e crítica dos textos, favorecendo a estimular sua participação ativa nas aulas. O uso de tecnologias di-
construção de significados múltiplos e a ampliação do repertório gitais, por exemplo, pode ser uma ferramenta muito útil na explo-
cultural dos alunos. ração de textos literários e na produção de trabalhos escritos, além
Dando continuidade à discussão, é importante destacar que o de permitir uma maior interação entre os alunos e entre estes e o
ensino de língua e literatura na educação básica deve estar baseado professor.
em pressupostos teóricos que considerem a interdisciplinaridade e Sendo assim, a avaliação constante do processo de ensino e
a contextualização dos conteúdos. Nesse sentido, a abordagem co- aprendizagem em língua e literatura. A avaliação deve ser entendi-
municativa é uma das teorias que embasa o ensino de língua, pois da como um processo contínuo e sistemático, que permite ao pro-
considera que a língua é uma ferramenta de comunicação e que seu fessor identificar as dificuldades e os avanços dos alunos e, assim,
uso deve ser contextualizado e situado. ajustar sua prática pedagógica de forma adequada. Além disso, a
Já no que se refere ao ensino de literatura, é importante desta- avaliação deve ser diversificada e abranger diferentes habilidades
car a teoria da recepção, que propõe que o sentido da obra literária e competências, não se restringindo apenas à produção escrita de
é construído a partir da interação entre o texto e o leitor. Dessa for- textos.
ma, o ensino de literatura deve considerar não apenas o texto em si, Os pressupostos teóricos de língua e literatura para a educação
mas também as experiências e vivências dos alunos, para que estes básica são fundamentais para uma prática docente eficiente e com-
possam construir seus próprios sentidos a partir da obra. prometida com a formação integral dos alunos. O conhecimento
Além disso, é fundamental que o ensino de língua e literatura dessas teorias e a sua aplicação em sala de aula possibilitam uma
esteja articulado com a prática social e com o desenvolvimento das compreensão mais ampla e aprofundada dos processos de ensino e
habilidades e competências necessárias para a formação cidadã dos aprendizagem em língua e literatura, bem como uma atuação mais
alunos. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) crítica e reflexiva por parte dos professores.
traz competências gerais que devem ser desenvolvidas em todas as
áreas do conhecimento, inclusive em língua e literatura, como por
exemplo, a capacidade de compreender, utilizar e criar textos, bem DA EXPRESSÃO LITERÁRIA POPULAR E OS MODOS DE RE-
como de utilizar as tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva. PRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA DO IMAGINÁRIO COLETIVO E
Além disso, a BNCC traz ainda habilidades específicas para o DA CULTURA.
ensino de língua portuguesa e de literatura, como por exemplo, a
capacidade de compreender e utilizar os recursos linguísticos e li-
terários para construir sentidos e produzir textos coerentes e coe- A expressão literária popular é uma forma de manifestação cul-
sos, bem como de compreender a diversidade de formas e gêneros tural que se desenvolve de maneira espontânea em diversas comu-
textuais e de valorizar a diversidade cultural presente na literatura. nidades, principalmente aquelas de caráter rural e de menor acesso
Nesse sentido, é importante que o professor de língua e litera- aos meios de comunicação de massa. Essa literatura é marcada pela
tura tenha uma formação sólida que lhe permita compreender os utilização de uma linguagem simples e acessível, próxima da orali-
pressupostos teóricos que embasam a disciplina, bem como a capa- dade e das práticas cotidianas dos grupos sociais a que se dirige,
cidade de articular esses conhecimentos com a prática pedagógica compondo assim uma relação estreita entre linguagem e cultura.
em sala de aula. É fundamental que o professor seja capaz de criar Os modos de representação linguística do imaginário coletivo
um ambiente de aprendizagem que estimule a reflexão crítica e o e da cultura são fundamentais para a compreensão da literatura
diálogo entre os alunos, bem como que utilize materiais pedagógi- popular. Em muitos casos, essa literatura é constituída por narrati-
cos adequados e metodologias que favoreçam o desenvolvimento vas que expressam valores, crenças, saberes e práticas presentes na
das habilidades e competências previstas na BNCC. cultura de um determinado grupo social. Essas narrativas, muitas
Dessa forma, é possível afirmar que o ensino de língua e litera- vezes, estão ligadas a tradições orais e a mitos que perpassam gera-
tura na educação básica deve estar baseado em pressupostos teóri- ções e são transmitidos de forma não formalizada.
cos que considerem a interdisciplinaridade, a contextualização dos Na literatura popular, a representação do imaginário coletivo
conteúdos e a articulação com a prática social e com o desenvolvi- e da cultura é marcada pela utilização de personagens e situações
mento das habilidades e competências necessárias para a formação que remetem a universos simbólicos próprios de cada comunidade.
cidadã dos alunos. Cabe aos professores de língua e literatura o de- Esses personagens podem assumir formas variadas, como seres mí-
safio de compreender e articular esses pressupostos teóricos com a ticos, animais que falam ou mesmo pessoas comuns que enfrentam
prática pedagógica em sala de aula, criando um ambiente de apren- situações inusitadas. Através dessas figuras, a literatura popular ex-
dizagem que favoreça a reflexão crítica, o diálogo e a construção de pressa os valores e crenças da comunidade que a produz.
sentidos a partir das experiências e vivências dos seus alunos. A literatura popular é marcada por uma forte relação com a
A teoria sociointeracionista de Vygotsky também é essencial na oralidade e a tradição. Essa literatura muitas vezes é transmitida
compreensão do processo de aprendizagem em língua e literatura. oralmente de geração em geração, de forma que sua preservação
Segundo Vygotsky, a aprendizagem ocorre por meio da interação se dá através da memória coletiva. Por isso, é comum que essa li-
social e do diálogo com outras pessoas. Nesse sentido, o professor teratura se desenvolva em ambientes marcados pela presença de
tem um papel fundamental na mediação desse processo, fornecen- comunidades isoladas, de menor acesso às tecnologias de comuni-
do aos alunos desafios cognitivos adequados ao seu nível de desen- cação, como acontece, por exemplo, em regiões rurais.
volvimento e ajudando-os a avançar em suas zonas de desenvolvi- Ela tem sido objeto de estudo de diversos campos do conhe-
mento proximal. cimento, como a antropologia, a sociologia e a literatura. Na lite-
ratura, o estudo da literatura popular tem sido importante para o
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CONHECIMENTOS

entendimento da formação da literatura nacional e da literatura riedade de textos multimodais, devido à presença das tecnologias
universal. Além disso, a literatura popular tem sido vista como uma no cotidiano, e à variedade de culturas presente nas salas de aula
forma importante de expressão da diversidade cultural presente de um mundo globalizado e caracterizado, muitas vezes, pela in-
em diferentes regiões do país. tolerância na convivência. Para o grupo de pesquisadores, o não
Para a prática pedagógica, a literatura popular pode ser vista tratamento de questões relacionadas à diversidade cultural em sala
como uma importante ferramenta para a formação de leitores crí- de aula contribuía para o aumento da violência e a falta de perspec-
ticos e para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. tivas futuras para a juventude.
Através da leitura e análise de obras literárias populares, é possível Cabe ressaltar, no entanto, que o GNL trata das diversidades
trabalhar conceitos como oralidade, memória coletiva, imaginário culturais em um contexto de globalização, de línguas e idiomas nor-
e tradição. Além disso, a literatura popular pode ser utilizada como te-americanos, europeus, árabes, indianos, africanos, asiáticos etc.,
um recurso didático para o ensino de gramática, vocabulário e pro- todos convivendo em sala de aula. No contexto brasileiro, principal-
dução textual. Além disso, a literatura popular também está presen- mente no contexto em que realizamos a pesquisa, as diversidades
te nas manifestações culturais e festivas do país, como o cordel, a culturais são mais locais, visto que essas diferenças podem estar re-
literatura de cordel, a cantoria e o repente, a Folia de Reis, o Bumba lacionadas a etnia/raça (negros, brancos, mestiços, além de um ou
Meu Boi, entre outros. Essas manifestações são consideradas patri- outro indivíduo de origem estrangeira), gênero (orientação sexual),
mônio cultural do Brasil e apresentam uma rica expressão literária grupos socioeconômicos, comunidades (digitais, religiosas, locais,
popular que é transmitida oralmente de geração em geração. Essas regionais, rurais, urbanas) e diferenças de ordens físicas ou cogni-
formas de literatura popular também são um importante objeto de tivas. É importante ressaltar também que cultura é considerada re-
estudo para a antropologia cultural e para a sociolinguística, pois sultante da criação humana (costumes, ideias, crenças, leis, conhe-
revelam aspectos da cultura, tradições e formas de comunicação de cimentos etc.) e todas as pessoas possuem uma forma de pensar,
determinada região ou comunidade. agir, expressar, cada qual com sua própria cultura, resultando em
Dessa forma, é fundamental que o ensino de Língua Portugue- variedades culturais. Portanto, diferentes culturas nas diferentes
sa contemple a literatura popular como forma de representação esferas de atividade social ou de circulação dos discursos (escolar,
linguística do imaginário coletivo e da cultura. É necessário que os científica, artística, jornalística, política, publicitária e cotidiana, por
professores tenham conhecimento sobre essas formas de literatura exemplo) terão práticas e circularão textos em gêneros dessa esfera
e as incluam nas atividades de ensino, proporcionando aos alunos também diferenciados.
a oportunidade de conhecer e apreciar essa rica expressão cultural Segundo Cope e Kalantzis (2000), precursores, dentre outros,
do povo brasileiro. do grupo de Nova Londres, o termo multiletramentos enfatiza duas
Por fim, é importante destacar que a literatura popular não se mudanças importantes e correlacionadas. A primeira refere-se ao
limita apenas à expressão oral ou a manifestações culturais, mas crescimento da importância dada à diversidade cultural, isto é, em
também está presente na produção literária escrita contemporâ- um mundo globalizado, precisamos negociar diferenças todos os
nea. Autores como João Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Guima- dias. A segunda trata da influência da linguagem das tecnologias,
rães Peixoto, entre outros, utilizam elementos da literatura popular visto que o significado emerge de modos variados (multimodais),
em suas obras, como a oralidade, as expressões regionais e a va- seja a escrita verbal, a imagem, o movimento, o áudio etc. No Brasil,
lorização das tradições culturais do povo brasileiro. Nesse sentido, Roxane Rojo argumenta:
a literatura popular não é apenas um objeto de estudo, mas uma
importante fonte de inspiração para a literatura contemporânea. trabalhar com Multiletramentos pode ou não envolver (nor-
No entanto, a literatura popular também apresenta desafios malmente envolverá) o uso de novas tecnologias de comunicação
para a prática pedagógica. Em muitos casos, as obras literárias e informação (“novos letramentos”), mas caracteriza-se como um
populares estão ligadas a contextos culturais específicos e podem trabalho que parte das culturas de referência do alunado (popular,
apresentar dificuldades para leitores que não estão familiarizados local, de massa) e de gêneros, mídias e linguagens por eles conheci-
com esses contextos. dos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático
- que envolva agência - de textos/discursos que ampliem o reper-
tório cultural, na direção de outros letramentos, valorizados (...) ou
DOS MULTILETRAMENTOS EM SUA PRÁTICA SOCIAL desvalorizados (...). (ROJO e MOURA, 2012, p. 08)

No desenvolvimento dos argumentos a favor dos multiletra-


O termo multiletramentos ganhou destaque a partir de 1996 mentos, Rojo inicialmente localiza a origem histórica desse conceito
com a publicação de um manifesto intitulado “A Pedagogy of Mul- que procura cobrir dois “multi”: a multiculturalidade, referente à
tiliteracies: Designing Social Futures” - Uma pedagogia dos Multi- variedade cultural das populações presentes em nossas sociedades,
letramentos: desenhando futuros sociais”, na Harvard Educational principalmente urbanas, na contemporaneidade; e a multimodali-
Review, formado por dez pesquisadores6 dos letramentos, dentre dade, referente à variedade semiótica de constituição dos textos
os quais americanos, ingleses e australianos, denominado “The por meio dos quais a multiculturalidade se comunica e informa.
New London Group”, o Grupo de Nova Londres - GNL, cidade do No que se refere à variedade cultural, é preciso notar, como
estado de Connecticut - EUA. assinala García-Canclini (2008[1989], 302-309), que o que hoje ve-
O argumento usado pelo grupo naquela época era o de que mos à nossa volta são produções culturais letradas em efetiva cir-
a vida pessoal, pública e profissional dos indivíduos vem mudan- culação social, como um conjunto de textos híbridos de diferentes
do consideravelmente e que essas mudanças, consequentemente, letramentos, sejam vernaculares e dominantes; de diferentes cam-
transformam culturas e modos de comunicação. No manifesto, o pos, ditos “popular, de massa ou erudito”, desde sempre híbridos,
GNL afirmava a necessidade de a escola tomar a seu cargo a va- caracterizados por um processo de escolha pessoal e política e de
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

hibridização de produções de diferentes “coleções”, o que permite que os alunos se sentem mais motivados e engajados no processo
que cada pessoa possa fazer “sua própria coleção”, sobretudo a par- de aprendizagem, as chances de sucesso na produção textual são
tir das tecnologias digitais. maiores.
No que se refere à variedade semiótica, Lemke (2010[1994;
1998]) defende que o que realmente precisamos ensinar, e com- Outra estratégia didática que tem se mostrado eficaz é a utiliza-
preender antes que possamos ensinar, é como vários letramentos ção de exemplos de textos escritos de qualidade como modelo, que
e tradições culturais combinam modalidades semióticas diferen- podem ser obtidos em livros, jornais, revistas, entre outras fontes.
tes para construir significados que são mais do que a soma do que Além disso, é importante que o professor realize uma análise desses
cada parte poderia significar separadamente. O pesquisador tem modelos de textos com os alunos, explicando as características que
chamado isso de “significado multiplicador”, porque as opções de os tornam bons exemplos de produção textual.
significados de cada mídia multiplicam-se entre si em uma explosão Ainda sobre os modelos de textos, é importante que o profes-
combinatória. Em multimídia, as possibilidades de significação não sor utilize diferentes gêneros textuais, como notícias, artigos de
são meramente aditivas. opinião, contos, crônicas, entre outros, para que os alunos tenham
Rojo (2012) enfatiza que, ao considerar os dois “multi”: a multi- contato com a diversidade textual existente. Além disso, o professor
culturalidade e a multimodalidade, o conceito de multiletramentos deve incentivar a produção de textos em diferentes gêneros, para
avança em relação ao de letramento que, segundo ela, aponta para que os alunos possam desenvolver suas habilidades em cada um
a multiplicidade e variedade das práticas letradas. deles.
Uma estratégia didática que tem se mostrado eficaz é a utiliza-
Os multiletramentos funcionam, segundo Rojo, pautando-se ção de técnicas de revisão e edição de textos. Para isso, o professor
em algumas características importantes: a) são interativos (colabo- pode utilizar atividades em que os alunos devem revisar e editar os
rativos); b) fraturam e transgridem as relações de poder estabeleci- textos produzidos por seus colegas, identificando erros e sugerindo
das; e c) são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, melhorias. Essa prática não só ajuda a aprimorar a produção textual
mídias e culturas) (ROJO; MOURA, 2012, p. 23). Portanto, para os dos alunos, mas também desenvolve habilidades de leitura crítica
multiletramentos são necessárias novas ferramentas, além das da e análise de textos.
escrita manual (papel, pena, lápis, caneta, giz e lousa) e impressa É crucial que o professor dê feedbacks construtivos aos alunos,
(tipografia, imprensa). Ferramentas de áudio, vídeo, tratamento indicando pontos fortes e pontos a serem melhorados na produção
da imagem, edição e diagramação também são incorporadas. Por textual. Esse feedback pode ser dado tanto individualmente quanto
outro lado, são requeridas novas práticas de produção e de análi- em grupo, por meio de discussões em sala de aula.
se crítica do receptor (ROJO; MOURA, 2012, p. 21), como também A utilização de tecnologias digitais também pode ser uma gran-
uma ética e várias estéticas, nas quais a instituição escolar pode dis- de aliada nesse processo. Hoje em dia, existem diversos softwares
cutir os costumes locais e analisar criticamente as várias estéticas, e aplicativos que podem ajudar na produção textual, seja por meio
constituindo variados critérios críticos de apreciação dos produtos de correções ortográficas e gramaticais, seja por meio de sugestões
culturais locais e globais. de sinônimos e expressões adequadas ao texto. Além disso, a uti-
lização de plataformas digitais para compartilhamento de textos
Fonte: CORRÊA, H. T.; DIAS, D. R.. MULTILETRAMENTOS E USOS DAS entre os alunos pode ajudar a desenvolver habilidades de escrita
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM ALU- colaborativa.
NOS DE CURSOS TÉCNICOS. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 55, n.
2, p. 241–262, maio 2016.
DAS DIFERENTES TEORIAS E MÉTODOS DE LEITURA, EM
ANÁLISE DE CASOS, PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS RE-
DAS DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS PARA SOLU- LACIONADOS AO ENSINO E À APRENDIZAGEM DE LEITURA
CIONAR PROBLEMAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE NA ESCOLA.
PRODUÇÃO DE TEXTO ESCRITO NA ESCOLA, JUSTIFICAN-
DO OS ELEMENTOS RELEVANTES E AS ESTRATÉGIAS UTI-
LIZADAS A leitura é uma das habilidades mais importantes que os estu-
dantes aprendem na escola, e é crucial para o sucesso acadêmico e
pessoal. No entanto, muitos alunos enfrentam desafios na compre-
A produção de texto escrito é uma habilidade fundamental na ensão de textos e na interpretação de informações. Para resolver
educação, tanto para a vida acadêmica quanto para a profissional. esses problemas, os professores precisam estar familiarizados com
No entanto, muitos alunos têm dificuldades em produzir textos de diferentes teorias e métodos de leitura que podem ser aplicados
qualidade, seja por falta de conhecimento das regras gramaticais, em contextos educacionais.
seja por falta de prática na escrita. Diante desse cenário, é neces- Uma teoria de leitura muito influente é a teoria do processa-
sário que o professor desenvolva estratégias didáticas que possam mento da informação, que enfatiza o papel da memória e do co-
ajudar os alunos a superarem as dificuldades de produção textual. nhecimento prévio na compreensão de textos. De acordo com essa
Dentre as diferentes experiências didáticas para solucionar pro- teoria, os leitores armazenam informações sobre o mundo em sua
blemas de ensino e de aprendizagem de produção de texto escrito memória de longo prazo e usam esse conhecimento para compre-
na escola, destaca-se a utilização de atividades lúdicas e práticas ender novos textos. Os professores podem aplicar essa teoria in-
pedagógicas mais dinâmicas. Isso porque, a partir do momento em centivando os alunos a fazer conexões entre seus conhecimentos
prévios e o que estão lendo, o que ajuda a aumentar a compreen-
são e a retenção das informações.
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CONHECIMENTOS

Outra teoria importante é a teoria socioconstrutivista, que Existem diversas teorias e métodos de leitura que podem ser
destaca a importância do ambiente social e das interações entre os aplicados em sala de aula para solucionar problemas relacionados
alunos e o professor na construção do conhecimento. Essa teoria ao ensino e à aprendizagem de leitura. Cabe ao professor escolher
sugere que a leitura é uma atividade social e que a compreensão a teoria e o método mais adequados para as necessidades de seus
de um texto é influenciada pelas discussões em grupo e pela cola- alunos, levando em consideração as características individuais de
boração entre os alunos. Os professores podem aplicar essa teoria cada um e o contexto sociocultural em que estão inseridos. Com
fornecendo oportunidades para os alunos discutirem textos e tra- uma prática pedagógica efetiva e engajada, é possível desenvolver
balharem juntos em projetos de leitura. nos alunos habilidades de leitura e interpretação crítica de textos,
Além das teorias, existem também diferentes métodos de lei- contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes de
tura que podem ser aplicados em contextos educacionais. O méto- seu papel na sociedade.
do de leitura em voz alta é uma técnica clássica que pode ser usada
para incentivar a compreensão e a fluência na leitura. Os profes-
sores podem ler em voz alta para os alunos e pedir que os alunos DAS TECNOLOGIAS DIVERSAS (MATERIAIS FÍSICOS E DIGI-
leiam em voz alta também, para praticar a pronúncia e a entonação TAIS), PARA APLICAÇÃO EM DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DE
correta. ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E LITERATURA,
Outro método é a leitura guiada, que envolve o professor em RECONHECENDO OS ELEMENTOS RELEVANTES E AS ES-
orientar os alunos na leitura de um texto. Os alunos leem em voz TRATÉGIAS ADEQUADAS.
alta em conjunto e o professor ajuda a fornecer o contexto e a ex-
plicar as palavras difíceis. Essa abordagem é particularmente eficaz
para alunos que estão lutando com a leitura e precisam de mais As tecnologias têm se tornado cada vez mais presentes no coti-
apoio. diano das pessoas e, consequentemente, na educação. A utilização
O método de leitura crítica é uma abordagem que incentiva os de diferentes tecnologias, tanto materiais físicos quanto digitais,
alunos a avaliar o texto e a considerar diferentes perspectivas. Essa podem ser utilizadas como recursos pedagógicos para enriquecer
abordagem incentiva os alunos a fazer perguntas críticas e a anali- as experiências de ensino e de aprendizagem de língua e literatura
sar o texto de uma maneira mais profunda. Isso pode ajudá-los a na escola.
desenvolver habilidades de pensamento crítico e a compreender Um dos materiais físicos mais utilizados em sala de aula são os
melhor as informações. livros didáticos e paradidáticos. Além de conterem informações re-
No entanto, para escolher o método de leitura correto e re- levantes e serem fonte de conhecimento, podem ser utilizados para
solver problemas relacionados à leitura, é necessário entender as exercitar a leitura, compreensão e interpretação de textos literá-
necessidades específicas dos alunos. Cada aluno tem seu próprio rios. É importante, no entanto, que esses materiais sejam atualiza-
ritmo de aprendizagem e estilo de aprendizado, e é importante que dos, adequados ao nível de escolaridade dos alunos e que sejam es-
os professores adaptem sua abordagem de ensino para atender às colhidos de acordo com os objetivos do planejamento pedagógico.
necessidades individuais dos alunos. Outro material físico bastante utilizado é o quadro branco ou
Outra teoria de leitura muito conhecida é a teoria sociocultu- lousa. É por meio desses recursos que os professores podem expor
ral, desenvolvida por Vygotsky. Segundo ele, a leitura é uma ativi- conteúdos, fazer esquemas e mapas conceituais, exercitar a escrita,
dade socialmente mediada e, portanto, a aprendizagem da leitura entre outras atividades. É importante que os professores utilizem
é influenciada pelas interações sociais do indivíduo. Nessa teoria, a de maneira adequada esses recursos, a fim de tornar a aula mais
linguagem é vista como uma ferramenta de comunicação e intera- interativa e dinâmica.
ção social, e a leitura é vista como um processo de construção de No entanto, com o avanço das tecnologias digitais, novos recur-
significado a partir das interações entre o leitor, o texto e o contexto sos têm sido utilizados na educação. A internet, por exemplo, é uma
sociocultural em que está inserido. ferramenta poderosa para o ensino de língua e literatura. Além de
Para aplicar essa teoria em sala de aula, é importante que o ser uma fonte inesgotável de informações, pode ser utilizada para
professor estimule a interação social dos alunos durante a leitura, fazer pesquisas, trabalhar com diferentes gêneros textuais, exerci-
por meio de atividades de discussão e reflexão sobre os textos lidos, tar a escrita e leitura em diferentes contextos.
por exemplo. Além disso, é importante que o professor selecione Os aplicativos também são recursos digitais que podem ser uti-
textos que estejam inseridos no contexto sociocultural dos alunos, lizados em sala de aula. Existem diversos aplicativos voltados para o
de modo que eles possam se identificar e estabelecer conexões ensino de língua e literatura, que apresentam diferentes funcionali-
com o conteúdo lido. dades, como correção de gramática, verificação de ortografia, jogos
Por fim, temos a teoria crítica de leitura, que tem como princi- para exercitar a leitura e a escrita, entre outras possibilidades. É im-
pal objetivo desenvolver no aluno a capacidade de compreender e portante que os professores selecionem os aplicativos adequados
interpretar criticamente os textos lidos. Essa teoria tem como base ao nível de escolaridade dos alunos e que estejam de acordo com
a ideia de que a leitura é um ato político e que os textos podem ter os objetivos do planejamento pedagógico.
diferentes significados, dependendo do contexto em que são lidos. As plataformas de ensino a distância (EAD) também têm se
Para aplicar essa teoria em sala de aula, o professor deve esti- popularizado nos últimos anos. Por meio dessas plataformas, os
mular a reflexão crítica dos alunos sobre os textos lidos, incentivan- professores podem disponibilizar conteúdos para que os alunos
do-os a questionar o conteúdo apresentado e a buscar diferentes estudem de forma independente, além de poderem utilizar dife-
perspectivas sobre o tema abordado. Além disso, é importante que rentes recursos, como fóruns de discussão, chats, vídeo aulas, entre
o professor apresente aos alunos diferentes gêneros textuais, para outras possibilidades. É importante, no entanto, que os professores
que eles possam compreender como as diferentes estruturas textu- estejam atentos às necessidades dos alunos e que acompanhem o
ais podem influenciar o seu significado. processo de aprendizagem de cada um.
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CONHECIMENTOS

Outra tecnologia digital que tem ganhado espaço na educação a literatura de cordel permite que o estudante conheça melhor a
é a gamificação, que consiste em utilizar elementos de jogos para cultura popular brasileira, o que pode ser enriquecedor para sua
incentivar a participação e o engajamento dos alunos. Na língua formação como cidadão.
e literatura, isso pode ser aplicado de diversas formas, como por A liberdade também pode ser favorecida através de atividades
exemplo, por meio de jogos de palavras, charadas literárias, quizzes que estimulem a expressão corporal. A dança, por exemplo, é uma
sobre obras literárias, entre outros. Essa abordagem ajuda a tornar forma de linguagem que permite ao aluno expressar-se livremente,
o aprendizado mais lúdico e motivador para os estudantes. sem a necessidade de palavras. Essa atividade também pode ser
Além das tecnologias digitais, também há uma série de recur- uma forma de estimular a sensibilidade do estudante, uma vez que
sos materiais que podem ser utilizados para auxiliar no ensino e ele é desafiado a interpretar e expressar sentimentos e emoções
aprendizagem de língua e literatura. Dentre eles, destacam-se os li- por meio do movimento.
vros, que são a principal ferramenta de trabalho para os professores Além disso, a produção de vídeos, podcasts e outras formas
de literatura. É importante que o acervo bibliográfico das escolas de linguagem digital também podem ser ferramentas interessantes
esteja atualizado e contemple obras de diferentes épocas e gêneros para favorecer a autonomia, a liberdade e a sensibilidade do estu-
literários, de modo a possibilitar a formação de leitores críticos e dante. Ao produzir conteúdo digital, o aluno tem a oportunidade de
conscientes. expressar-se de forma livre, além de desenvolver habilidades rela-
Os recursos audiovisuais também são bastante úteis, especial- cionadas ao uso de ferramentas tecnológicas.
mente para o ensino de língua. Filmes, séries e documentários po- As situações didáticas que favorecem a autonomia, a liberda-
dem ser utilizados para trabalhar a compreensão oral e escrita, bem de e a sensibilidade do estudante devem estar alinhadas com os
como para discutir questões sociais e culturais relacionadas à lín- objetivos educacionais, respeitando as diretrizes curriculares e a re-
gua. Além disso, a utilização de áudio livros pode ser uma alternati- alidade dos estudantes. É preciso que os professores estejam capa-
va interessante para alunos com dificuldades de leitura, permitindo citados e dispostos a inovar em suas práticas pedagógicas, de modo
que eles tenham acesso às obras literárias por meio da audição. a tornar o processo de ensino-aprendizagem mais interessante e
Assim, independentemente do recurso tecnológico ou material significativo para os alunos. Somente assim será possível formar
utilizado, é essencial que o professor saiba aplicá-los de forma ade- estudantes autônomos, livres e sensíveis às diferentes formas de
quada e em sintonia com os objetivos pedagógicos de cada ativida- linguagem.
de. A tecnologia, por si só, não é capaz de resolver problemas de
aprendizagem, sendo fundamental o papel do educador na media-
ção do processo de ensino-aprendizagem e no estímulo ao desen- DAS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DISSOCIADAS DE ATITU-
volvimento de habilidades críticas e reflexivas nos alunos. DES PRECONCEITUOSAS E DISCRIMINATÓRIAS.

DAS SITUAÇÕES DIDÁTICAS, ENVOLVENDO A LÍNGUA, A LI- — Definição


TERATURA E TODOS OS TIPOS DE LINGUAGEM, QUE FAVO- A língua é a expressão básica de um povo e, portanto, passa por
REÇAM A AUTONOMIA, A LIBERDADE E A SENSIBILIDADE mudanças conforme diversos fatores, como o contexto, a época, a
DO ESTUDANTE. região, a cultura, as necessidades e as vivências do grupo e de cada
indivíduo nele inserido. A essas mudanças na língua, damos o nome
de variações ou variantes linguísticas. Elas consistem nas diversas
A aprendizagem em sala de aula não se resume apenas à assi- formas de expressão de um idioma de um país, tendo em vista que
milação de conteúdo, mas também ao desenvolvimento de habili- a língua padrão de uma nação não é homogênea. A construção do
dades e competências que permitem ao estudante ser autônomo, enunciado, a seleção das palavras e até mesmo a tonalidade da fala,
livre e sensível às diferentes linguagens. Para tanto, é fundamental entre outras características, são considerados na análise de uma
que o processo de ensino-aprendizagem contemple situações di- variação linguística.
dáticas que estimulem essas características, sobretudo no que diz
respeito à língua, à literatura e a outras formas de linguagem. Confira a seguir os quatro tipos de variantes linguísticas
Uma das situações didáticas que favorecem a autonomia, a li- existentes.
berdade e a sensibilidade do estudante é a leitura livre. Nessa ativi- – Variações sociais (diastráticas): são as diferenças relacionadas
dade, o aluno tem a liberdade de escolher o livro que deseja ler, o ao grupo social da pessoa que fala. As gírias, por exemplo, fazem
que desperta o seu interesse e engajamento. Além disso, a leitura parte da linguagem informal dos grupos mais jovens. Assim como
livre permite que o aluno desenvolva sua autonomia, pois ele passa ocorre com os mais novos.
a ter mais controle sobre o próprio processo de aprendizagem. – Os jargões de grupos sociais específicos: outras turmas
Outra situação didática que favorece a autonomia e a liberdade têm seu vocabulário particular, como é o caso dos capoeiristas,
do estudante é a produção de textos livres. Nesse caso, o aluno tem por exemplo, no meio dos quais a expressão “meia-lua” tem um
a oportunidade de expressar suas ideias e sentimentos de forma significado bem diverso daquele que fará sentido para as pessoas
livre, sem a imposição de um tema ou gênero específico. Dessa for- que não integram esse universo; o mesmo ocorre com a expressão
ma, o estudante se torna mais autônomo, pois é ele quem decide o “dar a caneta”, que, entre os futebolistas é compreendida como um
que e como escrever. tipo de driblar o adversário, bem diferente do que será assimilado
Ainda no que diz respeito à autonomia, a literatura de cordel pela população em geral.
também pode ser uma ferramenta interessante. Ao trabalhar com – Os jargões profissionais: em razão dos tempos técnicos, as
esse gênero literário, o aluno é estimulado a produzir seus próprios profissões também têm bastante influência nas variantes sociais.
cordéis, desenvolvendo sua criatividade e autonomia. Além disso, São termos cuja utilização é restrita a um círculo profissional. Os
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CONHECIMENTOS

contadores, por exemplo, usam os temos “ativo” e “passivo” 2. (2018 – IBFC – EBSERH - TÉCNICO EM ENFERMAGEM)
para expressar ideias bem diferentes daquelas empregadas pelas Em relação à construção de sentidos em situações de produção
pessoas em geral. e recepção textuais, é correto afirmar que:
– Variações históricas (diacrônicas): essas variantes estão A) é um processo puramente individual, que não sofre influên-
relacionadas ao desenvolvimento da história. Determinadas cia do contexto em que o texto é produzido ou recebido.
expressões deixar de existir, enquanto outras surgem e outras se B) é influenciado apenas por fatores linguísticos, como a esco-
transformam conforme o tempo foi passando. Exemplos: lha do vocabulário e a organização do discurso.
– Vocabulário: a palavra defluxo foi substituída, com o tempo, C) não é influenciado pelo contexto sociocultural em que o tex-
por resfriado; o uso da mesóclise era muito comum no século XIX, to é produzido ou recebido.
hoje, não se usa mais. D) é influenciado por fatores linguísticos, culturais e sociais, e
– Grafia: as reformas ortográficas são bastante regulares, ocorre por meio do processamento cognitivo de informações
sendo que, na de 1911, uma das mudanças mais significativas foi relevantes para os interlocutores.
a substituição do ph por f (pharmácia – farmácia) e, na de 2016, a
3. (2021 – FAETEC - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
queda do trema foi apenas uma delas (bilíngüe – bilingue).
De acordo com a Teoria da Relevância, a construção de senti-
– Variações geográficas (diatópicas): essa variante está
dos em situações de produção e recepção textuais ocorre:
relacionada com à região em que é gerada, assim como ocorre o �) por meio da análise isolada das informações contidas no tex-
português brasileiro e os usos que se fazem da língua portuguesa to.
em Angola ou em Portugal, denominadas regionalismo. No �) independentemente do contexto sociocultural em que o tex-
contexto nacional, especialmente no Brasil, as variações léxicas, de to é produzido ou recebido.
fonemas são abundantes. No interior de um estado elas também C) por meio do processamento cognitivo de informações rele-
são recorrentes. vantes para os interlocutores envolvidos na interação.
– Exemplos: “abóbora”, “jerimum” e “moranga” são três �) exclusivamente durante a produção de textos escritos.
formas diferentes de se denominar um mesmo fruto, que
dependem da região onde ele se encontra. Exemplo semelhante é 4. (2019 – CESPE - BANCO DO BRASIL - ESCRITURÁRIO)
o da “mandioca”, que recebe o nome de “macaxeira” ou mesmo A construção de intertextualidades pela análise do tema, da es-
de “aipim”. trutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes
– Variações situacionais (diafásicas): também chamadas de linguagens é um processo fundamental para a compreensão e apre-
variações estilísticas, referem-se ao contexto que requer a adaptação ciação da produção cultural contemporânea. Assinale a alternativa
da fala ou ao estilo dela. É o caso das questões de linguagem formal que apresenta corretamente o que pode ser identificado por meio
e informal, adequação à norma-padrão ou descaso com seu uso. da análise dos elementos intertextuais presentes nos textos:
A utilização de expressões aprimoradas e a obediência às normas- �) A relação entre diferentes linguagens e formas de expressão.
padrão da língua remetem à linguagem culta, oposta à linguagem �) O significado literal do texto.
coloquial. Na fala, a tonalidade da voz também importante. Dessa �) A ausência de conexões entre diferentes textos de um mes-
forma, a maneira de se comunicar informalmente e a escolha mo autor ou de autores diferentes.
vocabular não serão, naturalmente, semelhantes em ocasiões �) A falta de referências intertextuais nos textos.
como uma entrevista de emprego. Essas variações observam o
contexto da interação social, considerando tanto o ambiente em 5. (2020 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - TÉCNICO
que a comunicação se dá quanto as expectativas dos envolvidos. LEGISLATIVO)
A construção de intertextualidades pela análise do tema, da
estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em dife-
QUESTÕES rentes linguagens é um processo complexo e fundamental para a
compreensão e apreciação da produção cultural contemporânea.
Qual das alternativas abaixo apresenta corretamente um exemplo
de intertextualidade?
1. (2019 – IFMT - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) �) A utilização de um poema em uma campanha publicitária.
Sobre a construção de sentidos em situações de produção e �) A leitura de um romance em língua estrangeira.
recepção textuais, é correto afirmar que: �) A análise de um quadro abstrato.
A) é um processo estático e individual, que não sofre influência �) A escultura de uma figura geométrica.
do contexto sociocultural.
B) ocorre apenas durante a produção de textos escritos, e não 6. (2021 – FGV – EBSERH - ANALISTA ADMINISTRATIVO)
durante a interpretação de textos orais. A construção de intertextualidades pela análise do tema, da es-
C) é influenciado por fatores linguísticos, culturais e sociais, e trutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes
ocorre por meio do processamento cognitivo de informações linguagens é um processo fundamental para a compreensão e apre-
relevantes para os interlocutores. ciação da produção cultural contemporânea. Assinale a alternativa
D) não pode ser influenciado pela escolha do vocabulário ou que apresenta corretamente a relação entre diferentes textos de
pela organização do discurso, já que a mensagem é sempre in- um mesmo autor ou de autores diferentes:
terpretada de forma objetiva. A) A ausência de conexões entre os textos.
B) A falta de referências intertextuais nos textos.
C) A análise apenas do tema dos textos.
D) A identificação das referências intertextuais presentes nos
textos.
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CONHECIMENTOS

7. (2017 – FCC - TCE-SP - ANALISTA) 12. (2019 – CESPE - PC-PA - INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL -
O uso de recursos linguísticos expressivos em textos está rela- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS)
cionado às intenções do enunciador, pois esses recursos permitem A respeito da articulação de conhecimentos prévios e informa-
que ele crie efeitos estéticos e emocionais no leitor. Entre os recur- ções textuais para a compreensão de inferências semânticas e prag-
sos expressivos, podemos citar: máticas, julgue o item a seguir.
A) Apenas a alternativa 1 está correta. A) A linguagem figurada é uma estratégia do autor para dizer
B) As alternativas 1 e 2 estão corretas. o que quer sem expressar suas opiniões de forma clara e ob-
C) As alternativas 2 e 3 estão corretas. jetiva.
D) As alternativas 3 e 4 estão corretas. B) A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer
E) Todas as alternativas estão corretas. algo de forma direta e objetiva, sem rodeios.
C) A ambiguidade é uma característica presente somente nos
8. (2018 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - ANALIS- textos literários.
TA LEGISLATIVO - ESPECIALIDADE: LÍNGUA PORTUGUESA) D) As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de
A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos informações explícitas e implícitas do texto.
pode: E) A ironia é uma figura de linguagem que pode ser utilizada
A) interferir negativamente na clareza da mensagem. para expressar opiniões de forma indireta e sutil.
B) dificultar a compreensão por parte do leitor.
C) criar efeitos estéticos e emocionais no leitor. 13. (2019 – FCC - TCE-SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEI-
D) tornar o texto monótono e pouco interessante. RA - CIÊNCIAS CONTÁBEIS)
E) todas as alternativas estão incorretas. A respeito da articulação de conhecimentos prévios e informa-
ções textuais para a compreensão de inferências semânticas e prag-
9. (2016 – FCC - TCE-SC - AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EX- máticas, julgue o item a seguir.
TERNO) A) As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de
A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos: informações explícitas e implícitas do texto.
A) é sempre desnecessária e deve ser evitada. B) As pressuposições são informações implícitas que o autor
B) é um recurso que não tem relação com as intenções do deixa no texto e que o leitor deve assumir como verdadeiras
enunciador. para entender o que está sendo dito.
C) é um recurso que permite ao enunciador criar efeitos estéti- C) A ambiguidade é um recurso utilizado pelo autor para deixar
cos e emocionais no leitor. o texto mais simples e fácil de entender.
D) é um recurso que deve ser utilizado apenas em textos lite- D) A linguagem figurada é uma estratégia do autor para expres-
rários. sar suas opiniões de forma clara e objetiva.
E) todas as alternativas estão incorretas.
14. (2021 – FCC - TJ-RO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA: COMU-
10. (2021 – FGV – CVM - ANALISTA - ANÁLISE DE INFORMA- NICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO)
ÇÕES) Qual é a principal diferença entre a língua falada e a língua es-
A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos está crita?
relacionada: A) A língua falada é mais formal que a língua escrita.
A) apenas à gramática normativa da língua portuguesa. B) A língua falada é mais precisa do que a língua escrita.
B) à variação linguística e cultural. C) A língua escrita é mais objetiva do que a língua falada.
C) apenas ao gênero textual em questão. D) A língua escrita é mais elaborada do que a língua falada.
D) apenas à clareza e objetividade da mensagem.
E) todas as alternativas estão incorretas. 15. (2018 – FCC - Prefeitura de Fortaleza – CE - Analista de Co-
municação Social – Jornalismo)
11. (2018 – FCC - TRT 6ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA Sobre o discurso jornalístico, é correto afirmar:
JUDICIÁRIA) A) O discurso jornalístico é sempre produzido para um público
Considerando a articulação de conhecimentos prévios e infor- especializado.
mações textuais para a explicação de ambiguidades, opiniões e va- B) O discurso jornalístico é uma mistura de diversos tipos de
lores implícitos, assinale a alternativa correta. discursos, como o informativo, o opinativo e o interpretativo.
A) Em uma resenha, é possível identificar facilmente as inten- C) O discurso jornalístico é sempre objetivo e imparcial.
ções do autor, pois se trata de um gênero textual que não apre- B) O discurso jornalístico é estruturado de forma a criar uma
senta ambiguidades. relação afetiva com o leitor.
B) A ambiguidade é um recurso que o autor utiliza para confun-
dir o leitor e deixar o texto mais complexo. 16. (2017 – VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE GUARUJÁ – SP -
C) A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer o ASSESSOR DE IMPRENSA)
contrário do que se quer dizer, e pode ser utilizada pelo autor Qual é a principal característica da linguagem utilizada em um
para expressar uma opinião sem afirmá-la explicitamente. discurso político?
D) As pressuposições são informações que o autor não deixa A) Clareza e objetividade.
explícitas no texto, mas que o leitor deve assumir como verda- B) Uso de metáforas e expressões coloquiais.
deiras para entender o que está sendo dito. C) Imparcialidade e neutralidade.
D) Uso de persuasão e emotividade.
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17. (2019 – CESGRANRIO – PETROBRAS - TÉCNICO(A) DE ADMI- 21. (2019 – FGV - COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR DE LÍNGUA
NISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR) PORTUGUESA)
Sobre a literatura associada à teoria e à crítica literária, é cor- A prática didática dos processos de ensino e de aprendizagem
reto afirmar que: em Língua Portuguesa parte do pressuposto de que a leitura e a
A) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se escrita são processos interdependentes, ou seja, um interfere no
limitam ao estudo da literatura produzida nos dias atuais. outro. Assim, pode-se afirmar que:
B) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que visam, A) A leitura é um processo mecânico, que não interfere na es-
respectivamente, produzir e avaliar obras literárias. crita.
C) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se B) A escrita é um processo independente da leitura, que não
ocupam, respectivamente, do estudo dos elementos constitutivos influencia na compreensão de um texto.
da literatura e da análise dos textos literários. C) A escrita é influenciada pela leitura, que ajuda a desenvolver
D) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se a capacidade de expressão escrita do aluno.
confundem, tendo como objetivo a produção de obras literárias de D) A leitura é prejudicial à escrita, pois o aluno pode confundir
qualidade. as estruturas e normas gramaticais.

18. (2020 – FCC - TRE-RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDI- 22. (2020 – IBADE - PREFEITURA MUNICIPAL DE COLATINA -
CIÁRIA) PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
A literatura associada à teoria e à crítica literária é fundamental O conceito de gêneros textuais é um dos pressupostos teóricos
para a compreensão da produção literária em sua amplitude. Acer- que fundamentam a prática didática dos processos de ensino e de
ca desse tema, é correto afirmar: aprendizagem em Língua Portuguesa. Sobre esse conceito, pode-se
A) A crítica literária não interfere na interpretação do texto lite- afirmar que:
rário, pois se limita a julgar a qualidade da obra. A) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam so-
B) A teoria literária se preocupa apenas com as características mente na forma dos textos.
formais da obra, não se importando com o seu contexto de pro- B) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam so-
dução.
mente no conteúdo dos textos.
C) A crítica literária é um conjunto de normas que estabelecem
C) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam na for-
o que é bom e ruim em literatura.
ma e no conteúdo dos textos.
D) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas comple-
D) Os gêneros textuais não são relevantes para a prática didáti-
mentares, uma vez que a primeira estuda os elementos consti-
ca de Língua Portuguesa.
tutivos da literatura e a segunda se dedica à análise dos textos
literários.
23. (2017 – CONSULPLAN - PREFEITURA DE JAPERI – RJ - PRO-
19. (2018 – VUNESP - TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) FESSOR DE PORTUGUÊS)
A literatura associada à teoria e à crítica literária é um campo De acordo com Libâneo (1994), a prática pedagógica do profes-
do conhecimento que se dedica a estudar a produção literária de sor deve considerar que o processo educativo é uma ação que se
forma crítica e reflexiva. Nesse sentido, é correto afirmar que: desenvolve mediante a relação ensino-aprendizagem. Nesse senti-
A) A teoria literária se preocupa apenas com a análise dos ele- do, a prática pedagógica deve ser:
mentos formais das obras literárias. A) Dialógica, significativa e mediadora;
B) A crítica literária é uma atividade que se limita a julgar a qua- B) Tradicional, expositiva e autoritária;
lidade literária de uma obra. C) Mecânica, individual e padronizada;
C) A teoria literária e a crítica literária são áreas independentes D) Passiva, alienante e impositiva.
e sem conexão entre si.
D) A teoria literária se ocupa de estudar os elementos constitu- 24. (2017 – IBFC - PREFEITURA DE NOVA IGUAÇU – RJ - PROFES-
tivos da literatura e a crítica literária se dedica a avaliar a qualidade SOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
e o significado dos textos literários. A prática pedagógica deve ser uma ação que se desenvolve me-
diante a relação ensino-aprendizagem. Com base nesse pressupos-
20. (2019 – IADES - CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE to, é correto afirmar que:
- ANALISTA LEGISLATIVO - LÍNGUA PORTUGUESA) A) A prática pedagógica deve ser expositiva, para que o aluno
De acordo com os pressupostos teóricos que embasam a práti- tenha contato com o conhecimento científico;
ca didática dos processos de ensino e de aprendizagem em Língua B) O professor é o único responsável pela produção do conhe-
Portuguesa, o conceito de intertextualidade é fundamental. O que cimento, sendo o aluno mero receptor;
se entende por intertextualidade? C) A prática pedagógica deve ser dialógica, permitindo que o
A) A relação de um texto com outros textos, que pode ser de aluno participe ativamente do processo de aprendizagem;
citação, paródia, alusão, entre outras. D) A prática pedagógica deve ser baseada em métodos padro-
B) A capacidade de o autor escrever diferentes tipos de textos, nizados, para garantir a eficiência do processo educacional.
como poema, conto, romance, sem se prender a padrões esta-
belecidos.
C) A habilidade do leitor de interpretar um texto sem ter co-
nhecimento prévio de outros textos.
D) A utilização de palavras de outros idiomas em um texto, com
a finalidade de ampliar o vocabulário.
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25. (2018 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - TÉCNI- C) O ensino de língua materna e literatura deve ser orientado
CO LEGISLATIVO – TAQUIGRAFIA) para a produção de textos.
A prática docente deve ser estruturada com o objetivo de pro- D) A língua materna deve ser ensinada sem considerar a diver-
mover uma aprendizagem significativa para os alunos. Dessa forma, sidade linguística e cultural.
é correto afirmar que a prática pedagógica deve ser:
A) Dialógica, ou seja, pautada na interação entre professor e 30. (2019 – FCC – EBC - ANALISTA DE COMUNICAÇÃO – JOR-
alunos, considerando seus conhecimentos prévios; NALISMO)
B) Tradicional, com a exposição do conteúdo pelo professor, Qual a relação entre a expressão literária popular e a cultura de
seguida de exercícios; um determinado povo?
C) Padronizada, para garantir a homogeneização dos resultados A) A expressão literária popular é uma forma de manifestação
dos alunos; artística isolada da cultura de um povo.
D) Expositiva, com o professor expondo o conteúdo sem inte- B) A expressão literária popular é influenciada pela cultura de
ração com os alunos. um povo e, por sua vez, também influencia essa cultura.
C) A expressão literária popular é uma forma de manifestação
26. (2020 - INSTITUTO CONSULPLAN - PREFEITURA DE CAMPO cultural irrelevante para a compreensão da cultura de um povo.
GRANDE – MS - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) D) A expressão literária popular é uma forma de manifestação
Segundo Paulo Freire, a prática docente deve ser baseada no cultural que se opõe à cultura de um povo.
diálogo, na reflexão e na ação. Dessa forma, é correto afirmar que a
prática pedagógica deve ser: 31. (2019 – IBFC - PREFEITURA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA –
A) Dialógica, com o professor promovendo a interação entre os MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II - LÍNGUA PORTUGUESA)
alunos e estimulando a reflexão crítica sobre a realidade; Qual é a importância da expressão literária popular para a for-
B) Mecânica, com o professor transmitindo o conhecimento de mação cultural dos indivíduos?
forma padronizada; A) A expressão literária popular não tem relevância para a for-
C) Tradicional, com o professor exercendo o papel de transmis- mação cultural dos indivíduos.
sor de conhecimentos; B) A expressão literária popular é uma forma de entretenimen-
D) Expositiva, com o professor expondo o conteúdo sem inte- to sem impacto significativo na formação cultural dos indiví-
ração com os alunos. duos.
C) A expressão literária popular é uma forma de manifestação
27. (2018 – UFGD - PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E
cultural que ajuda a preservar a identidade e as tradições de
TECNOLÓGICO)
um povo, além de ampliar a visão de mundo dos indivíduos.
De acordo com os pressupostos teóricos de língua e literatura
D) A expressão literária popular é uma forma de manifestação
para a Educação Básica, qual das afirmações a seguir é correta?
cultural que gera conflitos e exclusão social.
A) A leitura de textos literários não tem valor formativo para
o aluno.
32. (2018 - INSTITUTO AOCP - PREFEITURA MUNICIPAL DE MA-
B) A gramática normativa deve ser a base do ensino da língua
materna. RINGÁ – PR - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUN-
C) O ensino de língua materna e literatura deve privilegiar a DAMENTAL I - LÍNGUA PORTUGUESA)
produção de textos pelos alunos. Quais são as características da linguagem presente na expres-
D) O ensino de língua materna e literatura deve ter como ob- são literária popular?
jetivo o domínio de técnicas e regras de composição literária. A) A linguagem da expressão literária popular é sempre erudita
e complexa, dificultando a compreensão do leitor.
28. (2019 – UNEMAT - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) B) A linguagem da expressão literária popular é simples e aces-
Sobre os pressupostos teóricos de língua e literatura para a sível, utilizando recursos linguísticos que valorizam o cotidiano
Educação Básica, assinale a alternativa correta: e as vivências do povo.
A) A literatura não deve ser trabalhada na Educação Básica, C) A linguagem da expressão literária popular é sempre rebus-
pois os alunos ainda não têm maturidade para compreendê-la. cada e formal, utilizando termos técnicos e jargões específicos.
B) O ensino de língua materna deve se restringir apenas à gra- D) A linguagem da expressão literária popular é estrangeirada,
mática normativa. valorizando termos e expressões de outras culturas.
C) O ensino de língua materna e literatura deve ter como obje-
tivo desenvolver a capacidade de produzir textos em diferentes 33. (2019 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ –
gêneros e modalidades. MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA PORTUGUESA)
D) O ensino de língua materna e literatura deve ser centrado na Qual é a prática pedagógica que busca o desenvolvimento de
memorização de conceitos e informações. competências relacionadas à produção de texto escrito na escola?
A) Leitura silenciosa em sala de aula.
29. (2018 – IFCE - PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E B) Cópia de textos para desenvolvimento da grafia.
TECNOLÓGICO) C) Correção individualizada dos textos produzidos pelos alunos.
De acordo com os pressupostos teóricos de língua e literatura D) Produção de texto como prática pedagógica.
para a Educação Básica, é correto afirmar que:
A) O ensino de língua materna deve ser voltado apenas para a
compreensão de regras gramaticais.
B) A literatura deve ser trabalhada apenas no Ensino Médio.
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34. (2018 - IF-SC - INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - 39. (2021 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE CARUA-
PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO - LETRAS RU – PE - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
PORTUGUÊS) Qual é a teoria de leitura que considera que a compreensão do
Sobre a produção de texto escrito na escola, é correto afirmar: texto é um processo que envolve a interação entre o leitor, o texto
A) A produção de texto só deve ser trabalhada nas disciplinas e o contexto sociocultural?
de Língua Portuguesa e Literatura. A) Teoria da Leitura como Decodificação.
B) Não há necessidade de desenvolver atividades de produção B) Teoria da Leitura como Habilidade.
textual, pois a maioria dos alunos já sabe escrever. C) Teoria da Leitura como Processo Interativo.
C) A produção de texto deve ser trabalhada em todas as disci- D) Teoria da Leitura como Decodificação e Compreensão.
plinas, pois é um processo transversal ao currículo. E) Teoria da Leitura como Inferência.
D) A produção de texto deve ser trabalhada apenas em discipli-
nas específicas, como Redação. 40. (2019 – UFPR - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
A utilização de tecnologias digitais no ensino de língua portu-
35. (2018 – UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - guesa pode contribuir para a construção do conhecimento linguísti-
PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) co, ampliando as possibilidades de experimentação e interação com
Qual é a abordagem metodológica mais adequada para o ensi- a língua. Nesse contexto, qual dos recursos abaixo pode ser con-
no de produção de texto escrito? siderado um elemento relevante para a utilização de tecnologias
A) Aulas expositivas e exercícios de gramática. digitais em sala de aula?
B) Leitura de textos prontos e correção de provas de redação. A) Um quadro branco interativo.
C) Desenvolvimento de atividades que explorem a criatividade B) Um livro didático tradicional.
e o pensamento crítico. C) Um gravador de áudio.
D) Cópia de textos para desenvolvimento da grafia. D) Um chat online para discussão.

36. (2016 – FCC - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO - 41. (2020 – VUNESP – IFSP - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTU-
ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) GUESA)
Assinale a opção que contém a prática docente mais adequada Considerando a utilização de tecnologias diversas no ensino de
para incentivar a produção de texto escrito pelos alunos: língua e literatura, é correto afirmar que:
A) Correção individualizada dos textos produzidos pelos alu- A) A utilização de recursos tecnológicos não deve se sobrepor
nos, com ênfase nos erros ortográficos. às práticas de leitura e escrita.
B) Ditado de textos para desenvolvimento da grafia. B) Apenas o uso de tecnologias digitais é suficiente para o de-
C) Estímulo à criatividade e ao pensamento crítico, por meio de senvolvimento de habilidades linguísticas.
atividades que envolvam a produção de texto. C) A utilização de tecnologias deve estar restrita ao uso de com-
D) Leitura em voz alta de textos prontos, com posterior debate putadores e tablets em sala de aula.
sobre o conteúdo. D) A utilização de tecnologias diversas pode ampliar as possi-
bilidades de experimentação e interação com a língua e com a
37. (2019 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ – literatura.
MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II - LÍNGUA PORTUGUESA)
Assinale a alternativa que apresenta uma teoria de leitura que 42. (2018 – CESPE – IFB - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA)
considera que a compreensão do texto depende de conhecimentos Acerca da utilização de tecnologias no ensino de língua portu-
prévios do leitor. guesa, é correto afirmar que:
A) Leitura como decodificação. A) A utilização de tecnologias digitais em sala de aula é dispen-
B) Leitura como habilidade. sável, já que o livro didático é suficiente para o desenvolvimen-
C) Leitura como processo interativo. to das habilidades linguísticas.
D) Leitura como decodificação e compreensão. B) O uso de tecnologias digitais é benéfico apenas para o ensi-
E) Leitura como inferência. no de língua estrangeira.
C) As tecnologias físicas não têm relevância no ensino de língua
38. (2019 – IBFC - PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI – RJ - portuguesa.
PROFESSOR DOCENTE II - LÍNGUA PORTUGUESA) D) A utilização de tecnologias diversas pode ampliar as possi-
De acordo com a teoria sociocultural da leitura, qual é o papel
bilidades de experimentação e interação com a língua e com a
do leitor no processo de compreensão do texto?
literatura.
A) O leitor é um receptor passivo das informações do texto.
B) O leitor é um decodificador das informações do texto.
43. (2018 – IFSULDEMINAS - PROFESSOR DE PORTUGUÊS - SI-
C) O leitor constrói o significado do texto a partir de suas expe-
TUAÇÕES DIDÁTICAS)
riências e conhecimentos prévios.
Sobre as situações didáticas que favorecem a autonomia do es-
D) O leitor utiliza as estratégias de decodificação para compre-
tudante, é correto afirmar que:
ender o texto.
A) Devem ser pautadas em uma postura autoritária do profes-
E) O leitor utiliza as estratégias de análise gramatical para com-
sor, de forma a garantir a disciplina em sala de aula.
preender o texto.
B) Devem ser centradas no professor, que deve ser o detentor
do conhecimento e repassá-lo aos alunos.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

C) Devem priorizar a memorização de conteúdos para garantir 16 D


o bom desempenho dos alunos em avaliações.
D) Devem ser pensadas de forma a incentivar a participação 17 C
ativa dos estudantes na construção do conhecimento. 18 D

44. (2017 – UFPEL - PROFESSOR DE LETRAS - AUTONOMIA E 19 D


LIBERDADE DO ESTUDANTE) 20 A
Assinale a alternativa que apresenta uma situação didática que
21 C
favorece a autonomia e a liberdade do estudante:
A) O professor ditando o que os alunos devem aprender e 22 C
como devem aprender. 23 A
B) O professor permitindo que os alunos façam o que quiserem
em sala de aula. 24 C
C) O professor cobrando dos alunos a memorização de conteú- 25 A
dos sem questionamento.
D) O professor propondo atividades que incentivem a reflexão 26 A
e a construção do conhecimento pelos alunos. 27 C
28 C
45. (2016 - PREFEITURA DE SUZANO – SP - PROFESSOR DE LÍN-
GUA PORTUGUESA - SITUAÇÕES DIDÁTICAS E SENSIBILIDADE DO 29 C
ESTUDANTE) 30 B
Sobre as situações didáticas que favorecem a sensibilidade do
estudante, é correto afirmar que: 31 C
A) Devem ser pautadas em atividades mecânicas, sem espaço 32 B
para a criatividade do aluno.
33 D
B) Devem ser pensadas de forma a estimular a participação
ativa do aluno, permitindo que ele expresse suas emoções e 34 C
opiniões. 35 C
C) Devem ser centradas no professor, que deve impor seu pon-
to de vista aos alunos. 36 C
D) Devem priorizar a memorização de conteúdos para garantir 37 E
o bom desempenho dos alunos em avaliações.
38 C
39 C
GABARITO 40 D
41 D
1 C 42 D
2 D 43 D
3 C 44 A
4 A 45 B
5 A
6 D ANOTAÇÕES
7 B
8 C ______________________________________________________
9 C
______________________________________________________
10 B
______________________________________________________
11 C
12 E ______________________________________________________
13 B ______________________________________________________
14 D
______________________________________________________
15 B
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

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BIBLIOGRAFIA LIVROS

A leitura completa do livro é fundamental para quem está se


BAGNO, MARCOS. PRECONCEITO LINGUÍSTICO. SÃO PAU- preparando para um concurso público, pois o conhecimento desses
LO: PARÁBOLA, 2015 temas é cada vez mais valorizado em concursos e vestibulares. Além
disso, a obra contribui para uma reflexão crítica sobre a diversidade
linguística e cultural do Brasil, possibilitando uma atuação profis-
O livro “Preconceito Linguístico”, do autor Marcos Bagno, publi- sional mais consciente e ética. Por isso, recomendamos que todos
cado em 2015 pela editora Parábola, é uma obra indispensável para os estudantes de língua portuguesa leiam o livro na íntegra e se
quem deseja entender as várias formas de discriminação linguística aprofundem nesses importantes temas.
que existem na sociedade brasileira.
Ao longo do livro, Bagno apresenta uma análise aprofundada
das diversas formas de preconceito linguístico que as pessoas sof- BAKTIN, MIKHAIL. ESTÉTICA DA CRIAÇÃO VERBAL. 6. ED.
rem no dia a dia, desde o uso de gírias e expressões populares até o SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 2011
sotaque de determinadas regiões do país. O autor explica como es-
sas formas de preconceito afetam a autoestima das pessoas e como
elas podem ser prejudicadas em suas relações sociais e profission- O livro “Estética da Criação Verbal”, de Mikhail Bakhtin, é uma
ais por causa da sua forma de falar. das obras mais importantes da teoria literária do século XX. Nesta
Dentre os temas principais abordados no livro, destacam-se: obra, Bakhtin defende a ideia de que a literatura é uma forma de
comunicação que permite a expressão da diversidade cultural e da
• História da Língua Portuguesa no Brasil: Bagno faz uma multiplicidade de vozes que existem na sociedade.
análise histórica da língua portuguesa no Brasil, desde a sua chega- Entre os temas principais abordados no livro, destacam-se:
da ao país até os dias atuais. Ele mostra como a língua portuguesa
sofreu influências de outras línguas, como as línguas indígenas e • Dialogismo: Bakhtin afirma que a literatura é uma forma de
africanas, e como isso se reflete na diversidade linguística brasileira. diálogo entre diferentes vozes, e que os textos literários são com-
postos por múltiplas vozes que se entrecruzam e se complemen-
• Variação Linguística: o autor explica que a língua é um fenôme- tam. O dialogismo é, portanto, uma das principais características
no dinâmico e que, por isso, ela está em constante evolução. Ele da literatura.
mostra como as variações linguísticas surgem e se desenvolvem, e
como elas são importantes para a comunicação em diferentes con- • Polifonia: A polifonia é uma forma de expressão que permite
textos sociais. a coexistência de múltiplas vozes em um mesmo texto. Bakhtin de-
fende que a literatura é uma forma privilegiada de expressão po-
• Preconceito Linguístico: Bagno apresenta uma análise apro- lifônica, já que permite a coexistência de diferentes pontos de vista
fundada das várias formas de preconceito linguístico que existem e perspectivas.
na sociedade brasileira. Ele mostra como as pessoas são discrimina-
das por causa da forma como falam, e como isso pode afetar a sua • Heteroglossia: A heteroglossia é a coexistência de diferentes
autoestima e suas oportunidades profissionais. formas de linguagem em um mesmo texto. Segundo Bakhtin, a lit-
eratura é uma forma de expressão heteroglóssica, já que incorpora
• Diferença entre Erros Gramaticais e Variações Linguísticas: o em seus textos diferentes formas de linguagem e discursos.
autor faz uma distinção clara entre erros gramaticais e variações
linguísticas, mostrando que nem todas as formas de falar que são A leitura do livro “Estética da Criação Verbal” é fundamental
consideradas “erradas” são realmente erros, mas sim variações para estudantes que desejam se aprofundar na teoria literária e
legítimas da língua. na análise de textos literários. Além disso, o livro também é impor-
tante para aqueles que desejam compreender melhor as relações
• Norma Culta da Língua Portuguesa: Bagno oferece uma entre linguagem, cultura e sociedade. É, portanto, uma leitura in-
análise crítica da norma culta da língua portuguesa e sua relação dispensável para aqueles que desejam se preparar para concursos
com a dominação social e cultural no Brasil. Ele mostra como a públicos que abordam esses temas.
norma culta é usada como uma forma de discriminação e exclusão
social, e como isso pode ser mudado por meio de uma educação
linguística mais inclusiva.

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BOSI, ALFREDO. HISTÓRIA CONCISA DA LITERATURA BRA- BRUGIONI, ELENA. LITERATURAS AFRICANAS COMPA-
SILEIRA. 50. ED. SÃO PAULO: CULTRIX, 2015 RADAS: PARADIGMAS CRÍTICOS E REPRESENTAÇÕES EM
CONTRAPONTO. CAMPINAS: UNICAMP, 2019
O livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, de Alfredo
Bosi, é uma referência fundamental para aqueles que desejam
conhecer e compreender a trajetória da literatura brasileira. Nesta O livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críticos
obra, Bosi realiza uma análise abrangente e aprofundada dos e Representações em Contraponto”, de Elena Brugioni, é uma obra
principais momentos, autores e correntes literárias que marcaram de referência para aqueles que desejam explorar e compreender a
a literatura brasileira ao longo dos séculos. diversidade e riqueza das literaturas africanas. Nessa obra, Brugioni
Alguns dos temas principais abordados no livro são: analisa e compara as diferentes expressões literárias dos países af-
ricanos, oferecendo uma visão crítica e abrangente sobre as temáti-
1. Períodos literários: O autor apresenta os diferentes perío- cas, os estilos e os contextos históricos e sociais presentes nessas
dos literários da história do Brasil, como o Barroco, o Arcadismo, o produções literárias.
Romantismo, o Realismo, o Modernismo, entre outros. Ele discute Alguns dos temas principais abordados no livro são:
as características estilísticas, temáticas e sociais de cada perío-
do, oferecendo uma visão panorâmica da evolução da literatura • Literaturas africanas: A autora apresenta uma ampla gama
brasileira. de literaturas africanas, abrangendo diversos países e regiões do
continente. Ela explora as particularidades de cada literatura, dis-
2. Autores e obras representativas: Bosi destaca os principais cutindo as influências culturais, históricas e sociais que moldaram
autores e obras que contribuíram para a formação e consolidação as narrativas africanas ao longo do tempo.
da literatura brasileira. Ele analisa obras clássicas e contem-
porâneas, explorando a relevância artística, social e histórica de • Paradigmas críticos: Brugioni discute os principais paradig-
cada uma delas. mas críticos utilizados na análise das literaturas africanas. Ela exam-
ina as abordagens teóricas e metodológicas que têm sido emprega-
3. Contexto histórico e social: O autor situa a literatura brasile- das para compreender e interpretar essas obras, oferecendo uma
ira em seu contexto histórico e social, destacando as influências visão panorâmica das diferentes perspectivas críticas.
políticas, sociais e culturais que moldaram a produção literária em
cada época. Ele enfatiza a relação intrínseca entre a literatura e a • Representações em contraponto: A autora também analisa
realidade brasileira, revelando como a literatura reflete e dialoga as representações presentes nas literaturas africanas, explorando
com as transformações do país. como essas obras refletem e questionam questões como identi-
dade, colonialismo, pós-colonialismo, gênero, memória e resistên-
A leitura de “História Concisa da Literatura Brasileira” é de ex- cia. Ela destaca as vozes múltiplas e diversas que emergem das
trema importância para estudantes que desejam aprofundar seu narrativas africanas, desafiando estereótipos e construindo novas
conhecimento sobre a literatura brasileira, seja para fins acadêmi- formas de representação.
cos ou para se preparar para concursos públicos que abordam essa
temática. Este livro proporciona uma visão ampla e sólida da lit- A leitura de “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas
eratura brasileira, permitindo uma compreensão mais completa e Críticos e Representações em Contraponto” é essencial para estu-
crítica do seu desenvolvimento ao longo dos séculos. dantes interessados em ampliar seus conhecimentos sobre a liter-
Ao estudar o livro completo, o estudante terá acesso a uma atura africana. A obra oferece uma abordagem crítica e contextual-
visão abrangente e embasada sobre a história da literatura brasilei- izada, permitindo uma compreensão mais profunda das literaturas
ra. O texto de Alfredo Bosi oferece uma análise criteriosa dos perío- africanas e sua contribuição para a diversidade cultural e literária
dos literários, dos autores mais relevantes e das obras representa- do continente.
tivas, permitindo compreender as nuances estéticas, as temáticas Ao ler o livro na íntegra, o estudante terá a oportunidade de ex-
recorrentes e os contextos históricos que permeiam a produção plorar em detalhes as diversas literaturas africanas, compreenden-
literária do Brasil. do as especificidades de cada país e região, assim como as influên-
Além disso, a leitura integral do livro proporciona uma com- cias culturais, históricas e sociais que moldaram essas narrativas.
preensão mais ampla e crítica da literatura brasileira, permitindo Além disso, a obra apresenta uma análise crítica dos paradigmas e
ao estudante desenvolver uma visão mais aprofundada sobre as abordagens utilizados no estudo das literaturas africanas, permitin-
influências, os movimentos literários e os debates que moldaram a do ao estudante uma visão ampla das perspectivas teóricas e met-
nossa literatura ao longo dos tempos. odológicas empregadas nesse campo de estudo.
Ao se aprofundar na bibliografia indicada, o estudante estará Ao se aprofundar na bibliografia indicada, o estudante terá a
melhor preparado para responder questões de concursos públicos oportunidade de explorar as representações em contraponto pre-
que envolvam a literatura brasileira. A leitura completa do livro sentes nas literaturas africanas, compreendendo como essas obras
permitirá ao candidato reconhecer com mais facilidade os perío- refletem questões de identidade, colonialismo, pós-colonialismo,
dos literários, os autores e suas respectivas obras, além de com- gênero, memória e resistência. A leitura integral do livro proporcio-
preender as características estilísticas, os contextos históricos e as nará uma compreensão mais abrangente e crítica dessas represen-
influências literárias presentes na produção brasileira. tações, contribuindo para a formação de uma visão mais completa
e contextualizada das literaturas africanas.

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BIBLIOGRAFIA LIVROS

Além disso, a leitura completa da bibliografia indicada permite


ao estudante aprimorar suas habilidades de análise, interpretação CATANI, AFRÂNIO MENDES; GILIOLI, RENATO DE SOUZA.
e argumentação. Através do estudo aprofundado da obra, o estu- CULTURAS JUVENIS: MÚLTIPLOS OLHARES. SÃO PAULO:
dante poderá desenvolver um pensamento crítico mais sólido e EDITORA UNESP, 2009
embasado, sendo capaz de reconhecer as diferentes perspectivas e
discutir de forma fundamentada os temas e desafios presentes nas
literaturas africanas. O livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, de Afrânio
Mendes Catani e Renato de Souza Gilioli, é uma obra essencial para
compreender as diferentes manifestações culturais e comporta-
CANDIDO, ANTONIO. LITERATURA E SOCIEDADE. 13. ED. mentais das juventudes contemporâneas. Nessa obra, os autores
SÃO PAULO: OURO SOBRE AZUL, 2014 exploram as diversas perspectivas e abordagens para compreender
as culturas juvenis, levando em consideração seus aspectos sociais,
culturais, políticos e históricos.
O livro “Literatura e Sociedade”, de Antonio Candido, é uma Alguns dos temas principais abordados no livro são:
obra fundamental para aqueles que desejam compreender a
relação entre a literatura e o contexto social em que ela é produz- • Juventude e sociedade: Catani e Gilioli discutem as relações
ida. Nessa obra, Candido explora os vínculos entre a literatura e a entre as culturas juvenis e a sociedade em que estão inseridas. Eles
sociedade, discutindo como a produção literária reflete e influencia examinam como as juventudes se constroem e se expressam por
os aspectos culturais, políticos, históricos e sociais de determinada meio de práticas culturais, subculturas e movimentos sociais, re-
época. fletindo suas posições e identidades no contexto social mais amplo.
Alguns dos temas principais abordados no livro são:
• Identidade e diversidade: Os autores exploram as diferentes
• Literatura e sociedade: Candido analisa as interações entre formas de construção de identidade das juventudes, considerando
a literatura e a sociedade, destacando como a produção literária fatores como classe social, gênero, etnia, orientação sexual, entre
reflete as transformações sociais, os conflitos e as contradições de outros. Eles destacam a importância de reconhecer e valorizar a
uma determinada época. Ele examina como os escritores e as obras diversidade presente nas culturas juvenis, buscando uma com-
literárias são influenciados pelo contexto social e como, por sua vez, preensão mais ampla e inclusiva das experiências juvenis.
podem exercer impacto na sociedade.

• Engajamento literário: O autor discute o engajamento • Consumo e mídia: Catani e Gilioli analisam o papel do con-
literário, ou seja, o papel social e político que a literatura pode sumo e da mídia na formação das culturas juvenis. Eles investigam
desempenhar. Ele analisa como os escritores utilizam a literatura como os jovens utilizam produtos culturais, como música, moda,
como uma forma de expressão e denúncia das desigualdades, in- cinema e redes sociais, para construir identidades, estabelecer con-
justiças e opressões presentes na sociedade. Candido enfatiza a im- exões sociais e expressar suas visões de mundo. Também discutem
portância da literatura como uma ferramenta de reflexão crítica e os impactos do consumo e da mídia nas práticas e nos valores das
transformação social. juventudes.

• Estudo dos clássicos: Candido também aborda a importância A leitura de “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares” é fundamen-
do estudo dos clássicos da literatura para compreender a sociedade tal para estudantes, pesquisadores, educadores e profissionais que
em diferentes épocas. Ele discute como os grandes escritores e suas desejam compreender as dinâmicas e os desafios enfrentados pelas
obras podem revelar aspectos profundos da cultura e dos valores juventudes contemporâneas. O livro oferece uma visão abrangente
de uma determinada sociedade, permitindo uma visão mais ampla e crítica das culturas juvenis, estimulando reflexões sobre as difer-
e significativa do mundo. entes manifestações culturais e a importância de reconhecer a di-
versidade e as vozes das juventudes.
A leitura de “Literatura e Sociedade” é essencial para estu- É imprescindível que o estudante busque o livro na íntegra para
dantes, pesquisadores e amantes da literatura que desejam apro- um estudo mais aprofundado e completo sobre as culturas juvenis.
fundar seus conhecimentos sobre a relação entre a produção A obra oferece uma gama de perspectivas, abordagens teóricas
literária e o contexto social. A obra oferece uma análise crítica e e exemplos concretos que enriquecerão a compreensão do leitor
reflexiva, convidando o leitor a refletir sobre o papel da literatura sobre esse tema complexo e em constante transformação. O acesso
na sociedade e a sua influência na construção do conhecimento e integral ao livro permitirá ao estudante explorar todos os nuances
da consciência coletiva. e detalhes presentes nas análises dos autores, contribuindo para
uma formação mais sólida e embasada em relação às culturas
juvenis contemporâneas.

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e se aprofundar nesse tema busque a leitura integral desses capítu-


DORRICO, JULIE; DANNER, LENO FRANCISCO; CORREIA, los, pois eles fornecerão uma base sólida para a compreensão e
HELOISA HELENA SIQUEIRA; DANNER, FERNANDO análise da produção literária indígena.
(ORGS.). LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA CONTEM-
PORÂNEA: CRIAÇÃO, CRÍTICA E RECEPÇÃO [RECURSO
ELETRÔNICO]. PORTO ALEGRE: EDITORA FI, 2018. ELIAS, VANDA MARIA; PAULIUKONIS, APARECIDA LINO;
CAP. 2, 3, 7, 14, 15 MARQUESI, SUELI CRISTINA. LINGUÍSTICA TEXTUAL E
ENSINO. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2017

A obra “Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: Criação,


Crítica e Recepção”, organizada por Dorrico, Julie; Danner, Leno O livro “Linguística Textual e Ensino”, de Elias, Vanda Maria;
Francisco; Correia, Heloisa Helena Siqueira; Danner, Fernando, Pauliukonis, Aparecida Lino; Marquesi, Sueli Cristina, é uma obra
é uma importante contribuição para o estudo e compreensão da que explora a relação entre a linguística textual e o ensino da língua
literatura indígena no contexto contemporâneo do Brasil. O livro portuguesa. Nessa obra, os autores abordam de forma abrangen-
aborda de forma abrangente e aprofundada a produção literária de te e didática os principais conceitos e teorias da linguística textual,
escritores indígenas, explorando temas como identidade cultural, além de apresentarem propostas e atividades que visam aplicar es-
memória, desafios enfrentados pelos autores e a relação entre a ses conhecimentos no contexto educacional.
literatura indígena e a sociedade. Ao longo do livro, são abordados diversos temas relevantes,
A importância dessa obra reside no fato de que ela dá voz e tais como:
destaque às vozes indígenas, promovendo a valorização e preser-
vação de suas culturas e identidades por meio da literatura. Ao • Princípios da linguística textual: Os autores apresentam os
abordar a literatura indígena contemporânea, o livro desafia as rep- fundamentos teóricos da linguística textual, explorando conceitos
resentações estereotipadas e hegemônicas, proporcionando uma como coesão, coerência, progressão temática, estrutura argumen-
perspectiva autêntica e plural, construída a partir das vivências e tativa, entre outros. Eles demonstram como esses elementos são
experiências dos próprios escritores indígenas. essenciais para a produção e compreensão de textos.
Além disso, a obra contribui para ampliar o diálogo intercultur-
al e estimula a reflexão sobre a diversidade cultural do Brasil. Ao • Gêneros textuais: A obra discute a importância dos gêneros
explorar temas como a crítica literária e a recepção da produção textuais no ensino da língua portuguesa. Os autores apresentam
indígena, o livro também estimula o debate acadêmico e promove o diferentes tipos de gêneros textuais, como narrativas, descritivos,
reconhecimento da literatura indígena como uma expressão artísti- argumentativos, instrucionais, entre outros, e propõem atividades
ca e intelectual relevante. que estimulam a produção e a análise desses gêneros pelos estu-
Entre os capítulos mencionados, destacam-se: dantes.

• Capítulo 2: Neste capítulo, os autores exploram a trajetória • Sequências didáticas: Os autores mostram como a linguística
histórica da literatura indígena no Brasil, desde suas primeiras textual pode ser aplicada no planejamento de sequências didáticas,
manifestações até as produções mais recentes. São discutidos os fornecendo orientações e exemplos práticos de como desenvolv-
desafios enfrentados pelos escritores indígenas e o impacto de sua er atividades que promovam a habilidade de produção textual e a
produção literária no cenário cultural do país. compreensão de diferentes gêneros.
• Capítulo 3: No terceiro capítulo, é abordada a relação entre
literatura indígena e identidade cultural. Os autores analisam como • Avaliação da produção textual: O livro também aborda es-
os escritores indígenas utilizam a literatura como meio de expressão tratégias de avaliação da produção textual, considerando os aspec-
de suas vivências, memórias e valores culturais, contribuindo para a tos linguísticos e discursivos. Os autores discutem formas de analis-
valorização e preservação de suas identidades. ar e avaliar a coesão, coerência, organização argumentativa e outros
• Capítulo 7: Neste capítulo, o foco é a crítica literária da pro- elementos presentes nos textos produzidos pelos estudantes.
dução indígena contemporânea. Os autores examinam as principais
abordagens críticas e os debates que envolvem a análise e interpre- A importância dessa obra reside na sua contribuição para a
tação das obras literárias indígenas, considerando questões estéti- prática pedagógica, fornecendo subsídios teóricos e atividades
cas, políticas e culturais. práticas que auxiliam os professores no ensino da linguística tex-
• Capítulos 14 e 15: Esses capítulos tratam da recepção da lit- tual. O livro destaca a relevância de abordar a língua portuguesa
eratura indígena brasileira contemporânea. São discutidos aspectos de forma contextualizada, considerando os aspectos discursivos e
relacionados à difusão das obras, ao alcance do público leitor, às textuais, e propõe estratégias que estimulam a reflexão, a criativ-
políticas de promoção e divulgação, bem como à recepção crítica e idade e a autonomia dos estudantes na produção e compreensão
ao impacto social dessa produção literária. de textos.
Cada um desses capítulos contribui para uma compreensão
mais ampla e aprofundada da literatura indígena brasileira contem-
porânea, explorando aspectos históricos, identitários, críticos e de
recepção. É fundamental que o estudante interessado em conhecer

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KLEIMAN, ANGELA. OFICINA DE LEITURA: TEORIA & • Estrutura textual: A autora discute a estrutura básica de um
PRÁTICA. 15. ED. CAMPINAS: PONTES, 2017 texto, incluindo elementos como introdução, desenvolvimento e
conclusão. Ela explora também a importância da coesão e coerên-
cia na construção de um texto coeso e compreensível.
O livro “Oficina de Leitura: Teoria & Prática”, de Angela Klei-
man, é uma obra amplamente reconhecida e utilizada na área da • Coesão textual: Koch analisa os mecanismos linguísticos
educação. Essa obra apresenta uma abordagem teórica e prática responsáveis pela coesão textual, como o uso de pronomes,
sobre o processo de leitura e oferece orientações para o desenvolvi- conectivos e referências anafóricas. Ela demonstra como esses
mento de atividades que estimulam a compreensão e interpretação recursos contribuem para a conexão entre as partes do texto e a
de textos. manutenção da sua unidade.
Ao longo do livro, a autora explora os seguintes temas:
• Coerência textual: A autora explora a coerência textual, que
• Teorias da leitura: Kleiman discute diferentes teorias da lei- se refere à lógica e à organização interna do texto. Ela discute os
tura, como a teoria cognitiva, a teoria sociocultural e a teoria inter- princípios da progressão temática, da inferência e da contextual-
acional. Ela explora os processos cognitivos envolvidos na leitura, ização, que são fundamentais para a compreensão e interpretação
bem como a influência dos aspectos socioculturais e interacionais adequada do texto.
no processo de compreensão textual.
• Gêneros textuais: Koch aborda os diferentes gêneros textu-
• Estratégias de leitura: A obra apresenta uma variedade de ais presentes na comunicação escrita, como narrativa, descritivo,
estratégias de leitura que podem ser aplicadas pelos leitores para argumentativo, entre outros. Ela explora as características de cada
facilitar a compreensão dos textos. Isso inclui a identificação de pa- gênero e como eles influenciam a estrutura e a organização do
lavras-chave, a realização de inferências, a construção de hipóteses texto.
e a conexão de informações.
A leitura completa do livro “Desvendando os Segredos do
• Leitura crítica: Kleiman aborda a importância da leitura crítica Texto” é de extrema importância para estudantes, profissionais
e reflexiva, incentivando os leitores a questionarem e analisarem os da área de linguística, redação e comunicação, bem como para
textos de forma mais profunda. Ela discute a relação entre leitura e aqueles que desejam aprimorar suas habilidades de escrita e
cidadania, destacando a necessidade de desenvolver uma postura interpretação textual. A obra oferece uma visão abrangente sobre
crítica diante das informações e discursos presentes na sociedade. os elementos-chave da produção textual, fornecendo ferramentas
teóricas e práticas para a análise e aprimoramento da escrita. É
• Práticas de leitura: A autora oferece orientações práticas para por meio do estudo completo desse livro que o estudante poderá
o planejamento e implementação de atividades de leitura em sala adquirir uma compreensão aprofundada das estruturas e estraté-
de aula. Ela apresenta sugestões de como selecionar textos ade- gias textuais, aprimorando sua capacidade de produzir textos
quados, elaborar questões de compreensão, conduzir discussões e claros, coesos e coerentes.
promover a interação entre os estudantes durante a leitura.

A importância dessa obra está na sua contribuição para a INGEDORE GRUNFELD VILLAÇA; ELIAS, VANDA MARIA.
formação de leitores competentes e críticos. “Oficina de Leitura: LER E ESCREVER ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO TEXTUAL.
Teoria & Prática” oferece embasamento teórico sólido aliado a SÃO PAULO: CONTEXTO, 2017
propostas de atividades práticas, proporcionando aos educadores
e estudantes ferramentas para aprimorar a leitura e a compreensão
textual. A leitura deste livro é fundamental para aqueles que dese- O livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual”, escrito
jam aprofundar seus conhecimentos sobre o processo de leitura e por Ingedore Grunfeld Villaça e Vanda Maria Elias, é uma obra que
enriquecer suas práticas pedagógicas no ensino da leitura. aborda de forma abrangente as estratégias envolvidas no processo
de produção textual. Com uma abordagem teórica consistente e
exemplos práticos, as autoras oferecem orientações e ferramentas
KOCH, INGEDORE GRUNFELD VILLAÇA. DESVENDANDO para aprimorar as habilidades de leitura e escrita dos leitores.
OS SEGREDOS DO TEXTO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2015 Ao longo do livro, Villaça e Elias exploram os seguintes tópicos:

• Compreensão e interpretação textual: As autoras apresentam


O livro “Desvendando os Segredos do Texto”, de Ingedore estratégias para uma leitura ativa e crítica, enfatizando a importân-
Grunfeld Villaça Koch, é uma obra referencial no campo da lin- cia da compreensão e interpretação adequadas do texto como base
guística e da análise textual. A autora explora de forma detalhada para a produção textual eficiente.
os elementos fundamentais que compõem um texto e oferece um
olhar aprofundado sobre as estratégias de produção, interpretação
e análise textual.
Ao longo do livro, Koch aborda diversos temas relacionados ao
estudo do texto:

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• Planejamento e organização textual: São discutidas técnicas • Gêneros textuais na retextualização: O autor analisa difer-
e estratégias para o planejamento e organização de um texto coeso entes gêneros textuais e discute suas características e peculiari-
e coerente. As autoras abordam a estrutura textual, a seleção de dades na retextualização. Ele explora como adaptar a estrutura e
ideias-chave, a organização das informações e a definição de um o estilo dos textos orais para atender aos requisitos dos gêneros
objetivo claro. escritos, oferecendo exemplos e exercícios relacionados.

• Processo de escrita: São apresentadas etapas e estratégias • Práticas de ensino: Marcuschi discute abordagens de ensino
para a produção escrita, incluindo a geração de ideias, a elaboração que promovem a habilidade de retextualização, destacando a im-
do texto, a revisão e a edição. As autoras destacam a importância portância de atividades práticas, como a transcrição de discursos, a
de revisar e aprimorar o texto para garantir sua qualidade final. reescrita de diálogos e a produção de textos escritos baseados em
textos orais.
• Gêneros textuais: Villaça e Elias exploram diversos gêneros
textuais, como narrativa, argumentativo, descritivo, entre outros. O livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização” é
Elas analisam as características de cada gênero, suas estruturas e uma leitura fundamental para estudantes, professores e profission-
propósitos, e oferecem orientações específicas para a produção ais que desejam aprimorar suas habilidades de retextualização. As
textual em cada um deles. orientações e atividades práticas oferecidas por Marcuschi auxiliam
no desenvolvimento da competência de transformar textos orais
O livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual” é uma em textos escritos, contribuindo para a produção de textos claros,
leitura fundamental para estudantes, professores e profissionais coesos e adequados ao contexto em que serão utilizados. A obra
que desejam aprimorar suas habilidades de leitura e escrita. As es- proporciona uma base teórica sólida aliada a exemplos concretos,
tratégias e técnicas apresentadas auxiliam no desenvolvimento de permitindo que o leitor compreenda os desafios da retextualização
uma escrita clara, coesa e eficiente, contribuindo para a comuni- e desenvolva as habilidades necessárias para enfrentá-los de forma
cação eficaz em diferentes contextos. A obra oferece um embasa- eficiente. É por meio da leitura completa desse livro que o estu-
mento teórico consistente e exemplos práticos, proporcionando ao dante poderá adquirir um conhecimento aprofundado sobre o pro-
leitor as ferramentas necessárias para se tornar um produtor textu- cesso de retextualização e aprimorar sua capacidade de transfor-
al habilidoso e competente. É por meio do estudo completo dessa mar textos orais em textos escritos de maneira adequada e eficaz.
obra que o estudante poderá adquirir uma compreensão aprofun-
dada das estratégias de produção textual e aprimorar suas habili-
dades de leitura e escrita de maneira significativa. MOISES, MASSAUD. A LITERATURA PORTUGUESA ATRA-
VÉS DE TEXTO. 37. ED. SÃO PAULO: CULTRIX, 2009

MARCUSCHI, LUIZ ANTÔNIO. DA FALA PARA A ESCRITA:


ATIVIDADES DE RETEXTUALIZAÇÃO. 10. ED. SÃO PAULO: O livro “A Literatura Portuguesa Através de Texto”, escrito por
CORTEZ, 2010 Massaud Moisés, é uma obra referencial no estudo da literatura
portuguesa. Com uma abordagem textual e contextual, o autor
apresenta aos leitores um panorama completo da literatura de Por-
O livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização”, tugal, desde as suas origens até a contemporaneidade.
escrito por Luiz Antônio Marcuschi, aborda de forma abrangente o Através de uma seleção criteriosa de textos representativos,
processo de retextualização, ou seja, a transformação de um texto Moisés conduz o leitor por diferentes períodos literários e movi-
oral em um texto escrito. O autor explora os desafios e estratégias mentos artísticos que marcaram a literatura portuguesa. Ele explora
envolvidos nesse processo, fornecendo orientações e atividades a riqueza e a diversidade das obras literárias, analisando sua estru-
práticas para auxiliar os leitores nessa transição. tura, estilo, temáticas e influências históricas, sociais e culturais.
Ao longo do livro, Marcuschi discute os seguintes tópicos: Além disso, o livro oferece um amplo embasamento teórico e
crítico, permitindo ao leitor compreender a evolução da literatura
• Diferenças entre a fala e a escrita: O autor explora as carac- portuguesa e sua relação com o contexto histórico-cultural. Moisés
terísticas distintas da fala e da escrita, destacando suas diferenças também aborda aspectos específicos da poesia, do teatro e da pro-
em relação à estrutura, vocabulário, gramática e estilo. Ele discute sa em Portugal, destacando autores e obras emblemáticas.
como essas diferenças podem impactar a retextualização e oferece Com uma linguagem acessível e didática, o autor conduz o
orientações para superar os desafios. leitor por uma verdadeira viagem literária, proporcionando um
mergulho nas obras e nos escritores que contribuíram para a con-
• Estratégias de retextualização: Marcuschi apresenta uma strução do cenário literário português. O livro não se limita a uma
variedade de estratégias e técnicas que podem ser utilizadas na simples apresentação de textos, mas também oferece análises e in-
transformação de textos orais em textos escritos. Ele discute a im- terpretações que enriquecem a compreensão das obras literárias e
portância de considerar o público-alvo, o contexto e o propósito da do seu contexto histórico.
retextualização, além de fornecer atividades práticas para o desen- Dessa forma, “A Literatura Portuguesa Através de Texto” é uma
volvimento dessas habilidades. obra indispensável para estudantes, pesquisadores, professores e
amantes da literatura portuguesa. Através dela, é possível aprofun-
dar o conhecimento sobre os principais escritores e obras desse im-
portante corpus literário, além de compreender as características

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estilísticas e temáticas que permeiam a literatura portuguesa ao formações socioculturais e tecnológicas que ocorreram nas últimas
longo dos séculos. A leitura completa do livro permite uma imersão décadas e exploram as implicações dessas mudanças no contexto
no universo literário português, proporcionando uma experiência dos multiletramentos e na produção e circulação de diferentes
enriquecedora e ampliando os horizontes de compreensão e apre- gêneros discursivos.
ciação da literatura como forma de expressão artística e cultural. Um dos temas principais abordados no livro é a noção de hip-
ermodernidade. As autoras discutem como a aceleração do tempo,
o desenvolvimento tecnológico e a globalização têm impactado as
NEVES, MARIA HELENA DE MOURA. QUE GRAMÁTICA práticas sociais e comunicativas. Elas analisam como essas transfor-
ESTUDAR NA ESCOLA? NORMA E USO NA LÍNGUA POR- mações têm gerado novas demandas e exigências no que diz res-
TUGUESA. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2003 peito aos conhecimentos e habilidades linguísticas necessários para
a participação plena na sociedade contemporânea.
Outro tema explorado no livro é o conceito de multiletramen-
O livro “Que Gramática Estudar na Escola? Norma e Uso na Lín- tos. Rojo e Barbosa argumentam que, na hipermodernidade, não
gua Portuguesa”, escrito por Maria Helena de Moura Neves, abor- basta ter habilidades de leitura e escrita tradicionais. Os multilet-
da de forma crítica e reflexiva a questão do ensino da gramática ramentos envolvem a capacidade de lidar com uma variedade de
na escola. A autora questiona os métodos tradicionais de ensino linguagens e mídias, além de compreender e produzir diferentes
gramatical que priorizam a norma padrão da língua portuguesa, gêneros discursivos. As autoras destacam a importância de uma
sem considerar a relação entre norma e uso. abordagem educacional que promova o desenvolvimento dessas
Um dos temas principais abordados no livro é a reflexão sobre habilidades, preparando os indivíduos para lidar com a diversidade
a importância de se estudar gramática na escola. Neves questiona o comunicativa do mundo contemporâneo.
ensino normativo que prioriza a correção gramatical, mas não leva Além disso, as autoras analisam os gêneros discursivos como
em consideração as práticas linguísticas reais dos falantes. Ela argu- ferramentas de comunicação e interação social. Elas exploram
menta que é necessário ir além da simples memorização de regras como os gêneros são construídos socialmente, variando de acor-
gramaticais e compreender a relação entre norma e uso, ou seja, do com o contexto, o propósito comunicativo e as características
entender como a língua é efetivamente utilizada pelos falantes em dos participantes. As autoras também discutem a relevância de se
diferentes contextos comunicativos. compreender os gêneros discursivos em diferentes esferas da vida
Outro tema explorado no livro é a análise crítica das prescrições social, como a escola, o trabalho, os meios de comunicação e as
gramaticais. Neves discute as regras estabelecidas pela gramática redes sociais.
normativa e questiona a rigidez dessas normas. Ela argumenta que No livro, Rojo e Barbosa apresentam exemplos práticos e re-
a língua é um sistema vivo e dinâmico, sujeito a variações e trans- flexões teóricas que evidenciam as complexidades dos multile-
formações, e que as regras gramaticais devem levar em consider- tramentos e dos gêneros discursivos na era hipermoderna. Elas
ação a diversidade linguística presente na sociedade. propõem uma visão ampla e crítica das práticas comunicativas
Além disso, a autora apresenta propostas de abordagens alter- contemporâneas, ressaltando a importância de desenvolver habili-
nativas para o ensino da gramática, que valorizam a reflexão sobre a dades linguísticas e discursivas que permitam a participação ativa e
língua a partir de situações reais de uso. Ela defende a importância significativa na sociedade atual.
de se trabalhar com textos autênticos, promovendo a análise lin- Assim, a leitura completa de “Hipermodernidade, Multile-
guística a partir de exemplos concretos, e de se incentivar a reflexão tramentos e Gêneros Discursivos” se mostra fundamental para
sobre as escolhas linguísticas dos falantes em diferentes contextos. estudantes, pesquisadores e profissionais interessados nas trans-
Dessa forma, o livro de Maria Helena de Moura Neves provo- formações socioculturais e comunicativas da atualidade. O livro
ca uma reflexão sobre a gramática escolar e o seu papel no ensino oferece subsídios teóricos e práticos para compreender e refletir
da língua portuguesa. Ao questionar a primazia da norma padrão sobre os desafios e as possibilidades dos multiletramentos e dos
e propor uma abordagem mais contextualizada e reflexiva, a obra gêneros discursivos na hipermodernidade.
contribui para uma visão mais ampla e crítica do estudo da gramáti-
ca, estimulando o diálogo sobre a relação entre norma e uso na
língua portuguesa. A leitura completa do livro é fundamental para ROJO, ROXANE; MOURA, EDUARDO. LETRAMENTOS,
estudantes, professores e demais interessados no tema, oferecen- MÍDIAS, LINGUAGENS. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2019
do subsídios para repensar e aprimorar as práticas de ensino da
gramática.
O livro “Letramentos, Mídias, Linguagens”, escrito por Roxane
Rojo e Eduardo Moura, aborda a relação entre os letramentos, as
ROJO, ROXANE; BARBOSA, JACQUELINE P. HIPERMO- mídias e as linguagens na sociedade contemporânea. Os autores
DERNIDADE, MULTILETRAMENTOS E GÊNEROS DISCUR- exploram como as práticas de leitura e escrita estão inseridas em
SIVOS. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2015 contextos mediados pelas tecnologias de informação e comuni-
cação, e como essas transformações afetam as formas de interação
e comunicação.
O livro “Hipermodernidade, Multiletramentos e Gêneros Dis- Um dos temas principais abordados no livro é o conceito de le-
cursivos”, escrito por Roxane Rojo e Jacqueline P. Barbosa, aborda a tramentos, que vai além da habilidade de ler e escrever. Os autores
relação entre a hipermodernidade, os multiletramentos e os gêner- discutem os diferentes modos de engajamento com a linguagem e
os discursivos na contemporaneidade. As autoras analisam as trans- os textos em ambientes multimodais, nos quais diferentes lingua-

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gens e mídias estão interconectadas. Eles analisam as práticas de le- É fundamental que os estudantes interessados em
tramento em diferentes contextos sociais, como a escola, a família, compreender as práticas de letramento na era contemporânea
os grupos de pares e os espaços virtuais. busquem a leitura completa do livro «Multiletramentos na Escola».
Outro tema explorado no livro é a relação entre mídias e letra- Através dessa obra, será possível adquirir conhecimentos teóricos
mentos. Rojo e Moura investigam como as tecnologias de comuni- e práticos sobre os multiletramentos, o que contribuirá para uma
cação e informação têm modificado as práticas de leitura e escrita, atuação mais efetiva no contexto educacional e na interação com
proporcionando novas formas de interação e produção de sentido. as diferentes linguagens presentes na sociedade atual.
Eles discutem como os meios de comunicação influenciam a pro- Lembrando que a leitura completa do livro proporcionará uma
dução e circulação de textos, bem como a forma como as pessoas compreensão mais aprofundada dos temas e conceitos apresenta-
se apropriam das mídias para se expressar e participar da cultura dos, enriquecendo o conhecimento do estudante e preparando-o
contemporânea. de forma mais sólida para lidar com as demandas da sociedade con-
Além disso, os autores analisam as diferentes linguagens pre- temporânea.
sentes nos ambientes mediados pelas tecnologias, como a lingua-
gem verbal, a visual, a sonora e a gestual. Eles discutem como es-
sas linguagens se entrelaçam e dialogam, gerando novas formas QUESTÕES
de comunicação e significação. Rojo e Moura também abordam a
importância do desenvolvimento de competências comunicativas
múltiplas, que permitam a compreensão e a produção de textos em 1. VUNESP - PREFEITURA DE SÃO PAULO - 2018
diferentes modalidades. De acordo com o livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Ba-
No livro, os autores apresentam estudos de caso e exemplos gno, é correto afirmar que:
práticos que ilustram as interações entre letramentos, mídias e lin- (A) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente na so-
guagens na contemporaneidade. Eles oferecem reflexões teóricas ciedade brasileira.
e metodológicas que visam compreender os desafios e as possibili- (B) A norma culta da língua é a única forma correta de falar, e as
dades dessas práticas em um mundo cada vez mais mediado pelas outras formas de falar são consideradas “erradas”.
tecnologias. (C) As variações linguísticas são legítimas e refletem a diversi-
Assim, a leitura completa de “Letramentos, Mídias, Linguagens” dade cultural e social do país.
se mostra relevante para estudantes, pesquisadores e profissionais (D) Todas as formas de falar devem ser consideradas corretas,
interessados na relação entre as práticas de letramento, as mídias independentemente do contexto em que são utilizadas.
e as linguagens. O livro contribui para uma compreensão mais am-
pla dos processos de leitura, escrita e produção de sentido na era 2. VUNESP - PREFEITURA DE SÃO PAULO - 2018
digital, oferecendo subsídios teóricos e práticos para refletir sobre O livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Bagno, aborda a
as transformações sociais e comunicativas da contemporaneidade. questão do preconceito linguístico no Brasil. Nesse contexto, é cor-
reto afirmar que:
(A) O preconceito linguístico é um fenômeno restrito a algumas
ROXANE; MOURA, EDUARDO (ORG.). MULTILETRA- regiões do país.
MENTOS NA ESCOLA. SÃO PAULO: PARÁBOLA EDITO- (B) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente no
RIAL, 2012 Brasil.
(C) O preconceito linguístico é um fenômeno generalizado e
afeta todas as regiões e classes sociais do país.
O livro “Multiletramentos na Escola”, organizado por Roxane (D) O preconceito linguístico é um fenômeno que afeta apenas
Rojo e Eduardo Moura, é uma obra fundamental para compreender os falantes de línguas estrangeiras.
as novas práticas de letramento na sociedade contemporânea.
Composto por diversos artigos de especialistas na área, o livro abor- 3. CESPE - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS
da o conceito de multiletramentos, que se refere à necessidade de - 2015
ampliar a compreensão sobre as diferentes formas de leitura e es- Segundo o autor Marcos Bagno, em seu livro “Preconceito Lin-
crita presentes na atualidade. guístico”, a língua não é neutra, mas sim um fenômeno histórico e
Os temas principais abordados na obra incluem a diversidade social que reflete as relações de poder em uma sociedade. Nesse
de linguagens, a cultura digital, as práticas de leitura e escrita em sentido, o autor defende que:
contextos multimodais e a importância da educação para os mul- (A) A norma culta da língua deve ser valorizada e ensinada
tiletramentos. Os autores exploram a ideia de que a escola precisa como a única forma correta de falar.
acompanhar as transformações sociais e tecnológicas, promovendo (B) Todas as formas de falar são igualmente corretas e não de-
um ensino que contemple as múltiplas linguagens e os diferentes vem ser julgadas.
modos de comunicação presentes na atualidade. (C) As variações linguísticas são legítimas e devem ser valoriza-
Além disso, o livro apresenta propostas de atividades e reflex- das, mas é preciso reconhecer que algumas formas de falar são
ões sobre como os professores podem trabalhar os multiletramen- mais valorizadas socialmente do que outras.
tos em sala de aula, estimulando a participação ativa dos estudantes (D) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente na so-
e a utilização de diferentes recursos e mídias para a construção de ciedade brasileira.
conhecimento.

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4. CEBRASPE - MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAU- 8. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE OSASCO - 2017
LO - 2019 Segundo Bakhtin, a palavra é um fenômeno social que permite
Em seu livro “Preconceito Linguístico”, o autor Marcos Bagno a interação entre os indivíduos e a construção de sentidos coletivos.
afirma que: Dentre as características da palavra, podemos destacar:
(A) O preconceito linguístico é uma invenção dos linguistas, que (A) A sua neutralidade e objetividade, que permitem a comuni-
querem impor suas teorias aos falantes da língua. cação clara e precisa entre os indivíduos.
(B) A norma culta da língua é a única forma correta de falar, e as (B) A sua univocidade e simplicidade, que permitem a comuni-
outras formas de falar são consideradas “erradas”. cação direta e sem ambiguidades entre os indivíduos.
(C) As variações linguísticas são legítimas e refletem a diversi- (C) A sua multifuncionalidade e ambivalência, que permitem a
dade cultural e social do país. construção de sentidos múltiplos e divergentes em um mesmo
(D) Todas as formas de falar devem ser consideradas corretas, texto.
independentemente do contexto em que são utilizadas. (D) A sua individualidade e subjetividade, que permitem a ex-
pressão da voz individual do escritor e a criação de um estilo
5. FCC - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO - 2018 próprio.
De acordo com o livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Ba- (E) A sua universalidade e atemporalidade, que permitem a
gno, as variações linguísticas são: comunicação entre indivíduos de diferentes culturas e épocas.
(A) Erros gramaticais que devem ser corrigidos.
(B) Expressões populares que devem ser evitadas na comuni- 9. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE CAMPINAS - 2020
cação formal. De acordo com Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da
(C) Legítimas e importantes para a comunicação em diferentes Literatura Brasileira”, a literatura brasileira é marcada por diversos
contextos sociais. períodos e correntes literárias. Sobre o período conhecido como
(D) Sinais de baixa escolaridade e falta de instrução. Romantismo, é correto afirmar que:
(A) O Romantismo brasileiro foi uma manifestação puramente
6. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE PRAIA GRANDE - nacionalista, sem influências externas.
2019 (B) Os autores românticos buscavam retratar a realidade de
Segundo Bakhtin, a literatura é uma forma de comunicação que forma objetiva, sem idealizações.
permite a expressão da diversidade cultural e da multiplicidade de (C) A poesia romântica brasileira é marcada por uma linguagem
vozes que existem na sociedade. Dentre os conceitos propostos por simples e despojada, distante do culto à forma.
Bakhtin, podemos destacar: (D) A prosa romântica brasileira é caracterizada pela valoriza-
(A) O dialogismo, que afirma que a literatura é uma forma de ção da vida urbana e dos costumes da burguesia.
diálogo entre diferentes vozes, e a polifonia, que é a coexistên- (E) O Indianismo é uma das principais características do Ro-
cia de múltiplas vozes em um mesmo texto. mantismo brasileiro, retratando a cultura indígena e exaltando
(B) O intertextualismo, que é a referência a outros textos literá- a natureza nacional.
rios em um mesmo texto, e a heterogeneidade, que é a coexis-
tência de diferentes formas de linguagem em um mesmo texto. 10. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS
(C) O polissêmico, que é a presença de múltiplos significados CAMPOS - 2019
em um mesmo texto, e o multilinguismo, que é a utilização de Segundo Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da Litera-
diferentes línguas em um mesmo texto. tura Brasileira”, o Modernismo foi um movimento de ruptura que
(D) O universalismo, que afirma que a literatura é uma forma marcou a literatura brasileira no século XX. Sobre o Modernismo, é
de expressão universal, e o individualismo, que é a expressão correto afirmar que:
da voz individual do escritor. (A) Foi um movimento que rejeitou completamente as influ-
(E) O subjetivismo, que afirma que a literatura é a expressão da ências estrangeiras, buscando uma literatura genuinamente
subjetividade do escritor, e o objetivismo, que é a expressão da brasileira.
objetividade do mundo. (B) O Modernismo brasileiro foi fortemente influenciado pelo
Surrealismo e pelo Dadaísmo, movimentos europeus de van-
7. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SOROCABA - 2018 guarda.
De acordo com Bakhtin, a linguagem é uma atividade social que (C) A Semana de Arte Moderna de 1922 foi o principal evento
está em constante transformação e renovação. Sobre essa visão, é que marcou o início do Modernismo brasileiro, reunindo artis-
correto afirmar que: tas de diferentes áreas.
(A) A linguagem é um conjunto de regras gramaticais que de- (D) O Modernismo brasileiro se caracterizou pela valorização
vem ser seguidas para garantir a sua correção. da tradição literária, buscando resgatar os padrões clássicos de
(B) A linguagem é um reflexo da realidade objetiva, ou seja, ela composição.
apenas representa a realidade. (E) O Modernismo brasileiro foi um movimento estético que se
(C) A linguagem é um meio de interação social que permite a limitou à produção literária, não influenciando outras formas
expressão das diversas vozes presentes na sociedade. de arte.
(D) A linguagem é um instrumento de poder utilizado pelas eli-
tes para impor sua visão de mundo.
(E) A linguagem é um fenômeno individual e subjetivo que não
está relacionado às condições sociais e históricas de sua pro-
dução.
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11. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE GUARULHOS - transformações vivenciadas pelos indivíduos e comunidades.
2018 (E) A literatura africana busca apenas reafirmar estereótipos e
De acordo com Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da preconceitos existentes sobre a identidade africana, sem ques-
Literatura Brasileira”, o Realismo foi um movimento literário que se tionar essas representações.
destacou no Brasil a partir do século XIX. Sobre o Realismo, é cor-
reto afirmar que: 14. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SÃO BERNARDO
(A) O Realismo brasileiro foi marcado por uma forte idealização DO CAMPO - 2019
da realidade, buscando retratar um mundo perfeito e utópico. Elena Brugioni, em seu livro “Literaturas Africanas Compara-
(B) A obra “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, é considerada um das: Paradigmas Críticos e Representações em Contraponto”, dis-
exemplo do Realismo brasileiro, retratando de forma crítica a cute a importância dos paradigmas críticos na análise das literatu-
realidade social. ras africanas. Sobre os paradigmas críticos, é correto afirmar que:
(C) O Realismo brasileiro foi um movimento literário influencia- (A) Os paradigmas críticos são formas fixas e imutáveis de aná-
do exclusivamente pelas correntes realistas europeias. lise literária, não permitindo abordagens inovadoras e contex-
(D) Os autores realistas brasileiros valorizavam principalmente tuais.
a narrativa fantástica e o uso de recursos poéticos. (B) Os paradigmas críticos são exclusivamente baseados em
(E) O Realismo brasileiro foi uma continuação direta do Roman- critérios ocidentais de avaliação estética, ignorando as especi-
tismo, mantendo suas características e temas. ficidades das literaturas africanas.
(C) Os paradigmas críticos oferecem ferramentas teóricas e
12. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SANTOS - 2021 metodológicas para a compreensão das literaturas africanas,
No livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críti- permitindo uma análise mais aprofundada e contextualizada.
cos e Representações em Contraponto”, Elena Brugioni aborda dif- (D) Os paradigmas críticos são apenas um exercício acadêmico
erentes aspectos das literaturas africanas, suas representações e os sem aplicação prática na interpretação das obras literárias.
paradigmas críticos utilizados para sua análise. Sobre a abordagem (E) Os paradigmas críticos são utilizados para impor uma visão
comparativa nas literaturas africanas, é correto afirmar que: única e hegemônica sobre as literaturas africanas, sem consi-
(A) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é desne- derar as diversas vozes e perspectivas presentes nessas produ-
cessária, uma vez que cada país possui uma produção literária ções.
única e independente.
(B) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma 15. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE GUARULHOS -
forma de reduzir a diversidade cultural e literária do continen- 2021
te. No livro “Literatura e Sociedade”, de Antonio Candido, o au-
(C) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma tor discute a relação entre a literatura e a sociedade. Sobre essa
ferramenta importante para entender as influências culturais relação, é correto afirmar que:
e as interconexões entre as diferentes produções literárias afri- (A) A literatura é um reflexo direto e fiel da sociedade, reprodu-
canas. zindo de forma objetiva os valores e as normas sociais de uma
(D) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é exclu- determinada época.
sivamente baseada em critérios linguísticos, buscando identi- (B) A literatura é um fenômeno puramente individual e sub-
ficar semelhanças e diferenças entre as línguas utilizadas nas jetivo, desvinculado de qualquer influência ou representação
obras literárias. social.
(E) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma (C) A literatura e a sociedade estão intrinsecamente interliga-
tentativa de impor padrões ocidentais de análise e avaliação às das, com a literatura sendo ao mesmo tempo influenciada e
produções literárias africanas. influenciadora do contexto social em que é produzida.
(D) A literatura é uma forma de escapismo e entretenimento,
13. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO não possuindo qualquer relação significativa com a sociedade.
- 2020
No livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críti- 16. ADAPTADO DE VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAU-
cos e Representações em Contraponto”, Elena Brugioni analisa as LO - 2020
diferentes representações presentes nas literaturas africanas. So- Antonio Candido, em seu livro “Literatura e Sociedade”, discute
bre as representações de identidade na literatura africana, é corre- o engajamento literário. Sobre o engajamento literário, é correto
to afirmar que: afirmar que:
(A) A literatura africana apresenta uma visão homogênea e (A) O engajamento literário é uma forma de alienação do escri-
unificada da identidade africana, sem levar em consideração as tor, afastando-o das questões sociais e políticas de seu tempo.
diferenças étnicas e culturais presentes no continente. (B) O engajamento literário é exclusivamente baseado em ideo-
(B) As representações de identidade na literatura africana são logias políticas, limitando a liberdade criativa do escritor.
exclusivamente baseadas em estereótipos, sem explorar a (C) O engajamento literário representa o compromisso do es-
complexidade e diversidade das experiências individuais. critor com a sociedade, utilizando a literatura como uma forma
(C) A literatura africana oferece múltiplas representações de de denúncia e reflexão sobre questões sociais e políticas.
identidade, explorando as dinâmicas sociais, políticas, culturais (D) O engajamento literário é uma prática ultrapassada, não
e históricas presentes no continente. tendo relevância no contexto atual da literatura.
(D) As representações de identidade na literatura africana são
unidimensionais e estáticas, não refletindo as mudanças e
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17. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE CAMPINAS - 2019 20. De acordo com o livro “Desvendando os Segredos do Tex-
No livro “Literatura e Sociedade”, Antonio Candido destaca a to”, de Ingedore Grunfeld Villaça Koch, qual é a diferença entre
importância do estudo dos clássicos da literatura. Sobre o estudo coesão e coerência textual?
dos clássicos, é correto afirmar que: (A) A coesão textual refere-se à lógica e à organização interna
(A) O estudo dos clássicos é irrelevante para compreender a do texto, enquanto a coerência textual diz respeito à conexão
sociedade, uma vez que essas obras não refletem a realidade entre as partes do texto.
contemporânea. (B) A coesão textual refere-se à conexão entre as partes do tex-
(B) O estudo dos clássicos é um exercício acadêmico sem apli- to, enquanto a coerência textual diz respeito à lógica e à orga-
cação prática na análise da sociedade. nização interna do texto.
(C) O estudo dos clássicos permite compreender a sociedade (C) A coesão textual refere-se à escolha adequada de palavras e
em diferentes épocas, explorando os valores, as ideias e as re- expressões, enquanto a coerência textual diz respeito à estru-
presentações presentes nessas obras. tura básica do texto.
(D) O estudo dos clássicos é exclusivamente voltado para a (D) A coesão textual refere-se à seleção dos gêneros textuais
preservação do patrimônio cultural, não tendo relação com a adequados, enquanto a coerência textual diz respeito à clareza
sociedade contemporânea. e objetividade do texto.

18. ADAPTADO DE VUNESP - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ES- 21. De acordo com Ingedore Grunfeld Villaça Koch em “Desven-
TADO DE SÃO PAULO - 2022 dando os Segredos do Texto”, o que são gêneros textuais?
No livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, os autores dis- (A) São os diferentes tipos de escrita encontrados na literatura.
cutem as relações entre as juventudes e a sociedade. Sobre essa (B) São os estilos de escrita utilizados em diferentes regiões do
relação, é correto afirmar que: país.
(A) As juventudes são meras espectadoras passivas da socie- (C) São as estruturas gramaticais utilizadas na construção de
dade, não exercendo qualquer influência ou participação ativa um texto.
nos processos sociais. (D) São os diversos tipos de texto que circulam na sociedade,
(B) As juventudes são uma categoria social homogênea, com como narrativas, argumentativos e descritivos.
comportamentos e interesses unificados, independentemente
do contexto sociocultural. 22. Segundo o livro “Desvendando os Segredos do Texto” de
(C) As juventudes são influenciadas pela sociedade, mas tam- Ingedore Grunfeld Villaça Koch, qual é a importância da coesão tex-
bém possuem agência e capacidade de transformação, expres- tual?
sando suas identidades e demandas por meio de práticas cul- (A) A coesão textual torna o texto mais interessante e atraente
turais e movimentos sociais. para o leitor.
(D) As juventudes são meros reflexos da sociedade, reproduzin- (B) A coesão textual facilita a compreensão do texto e a cone-
do de forma objetiva os valores e as normas sociais vigentes. xão entre as ideias apresentadas.
(C) A coesão textual é uma exigência estilística que deve ser
19. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO seguida em todos os tipos de texto.
- 2021 (D) A coesão textual é irrelevante, desde que as ideias estejam
No livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, os autores dis- bem organizadas no texto.
cutem a importância do reconhecimento da diversidade nas cul-
turas juvenis. Sobre a diversidade nas culturas juvenis, é correto 23. De acordo com o livro “Ler e Escrever: Estratégia de Pro-
afirmar que: dução Textual”, quais são os principais aspectos abordados na etapa
(A) As culturas juvenis são uniformes e não apresentam dife- de planejamento textual?
renças significativas em termos de identidade, expressão cultu- (A) Seleção de gêneros textuais adequados e revisão gramati-
ral e comportamento. cal.
(B) A diversidade nas culturas juvenis é irrelevante e não con- (B) Elaboração de um objetivo claro e organização das infor-
tribui para a compreensão das dinâmicas e das vivências dos mações.
jovens. (C) Uso adequado de recursos estilísticos e análise crítica do
(C) A diversidade nas culturas juvenis deve ser valorizada, reco- texto.
nhecendo as diferentes experiências e perspectivas dos jovens, (D) Edição e revisão ortográfica do texto final.
considerando fatores como classe social, gênero, etnia, orien-
tação sexual, entre outros. 24. Segundo as autoras Ingedore Grunfeld Villaça e Vanda Ma-
(D) A diversidade nas culturas juvenis é uma forma de exclusão ria Elias, qual é a importância da revisão textual?
e segregação, impedindo a formação de identidades coletivas (A) A revisão textual permite identificar a estrutura básica do
entre os jovens. texto.
(B) A revisão textual garante a originalidade e criatividade do
texto.
(C) A revisão textual possibilita corrigir erros gramaticais e or-
tográficos.
(D) A revisão textual é uma etapa dispensável no processo de
produção textual.

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25. No livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual”, as tuguesas.


autoras destacam a importância da compreensão e interpretação (D) Discutir a relação entre a literatura portuguesa e a história
textual. Por que essas habilidades são fundamentais para a pro- do Brasil.
dução textual?
(A) A compreensão e interpretação textual garantem a auten- 32. De acordo com o livro “Letramentos, Mídias, Linguagens”,
ticidade do texto. de Roxane Rojo e Eduardo Moura, qual é um dos temas principais
(B) A compreensão e interpretação textual facilitam a revisão abordados na obra?
e edição do texto. (A) A história da escrita e sua evolução tecnológica.
(C) A compreensão e interpretação textual são requisitos esti- (B) As práticas tradicionais de leitura e escrita na era digital.
lísticos para a escrita. (C) A relação entre mídias, letramentos e linguagens na socie-
(D) A compreensão e interpretação textual são a base para uma dade contemporânea.
produção textual coerente e coesa. A influência da internet na educação formal.

26. De acordo com o livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de 33. Segundo os autores de “Letramentos, Mídias, Linguagens”,
Retextualização”, qual é o objetivo da retextualização? qual é a importância de desenvolver competências comunicativas
(A) Transformar textos escritos em textos orais. múltiplas?
(B) Adaptar textos orais para o contexto escrito. (A) Para dominar apenas a linguagem verbal escrita.
(C) Criar textos escritos a partir do zero. (B) Para interagir exclusivamente em ambientes virtuais.
(D) Transcrever textos orais sem nenhuma modificação. (C) Para compreender apenas textos visuais e sonoros.
(D) Para lidar com as diferentes linguagens presentes nos am-
27. Segundo Luiz Antônio Marcuschi, quais são os desafios en- bientes mediados pelas tecnologias.
frentados na retextualização?
(A) Manter a estrutura original do texto oral. 34. De acordo com as reflexões apresentadas em “Letramentos,
(B) Adequar a gramática do texto escrito à oralidade. Mídias, Linguagens”, qual é a relação entre mídias e letramentos?
(C) Transformar o vocabulário oral em linguagem escrita. (A) As mídias são irrelevantes para as práticas de letramento.
(D) Adaptar o estilo do texto oral para o contexto escrito. (B) As mídias dificultam o desenvolvimento de habilidades de
leitura e escrita.
28. No livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextual- (C) As mídias transformam as práticas de letramento, propor-
ização”, quais são as estratégias mencionadas por Marcuschi para cionando novas formas de interação e produção de sentido.
auxiliar na retextualização? (Resposta correta)
(A) Transcrição literal e simplificação do texto oral. (D) As mídias substituem completamente as práticas tradicio-
(B) Utilização de gírias e expressões regionais no texto escrito. nais de leitura e escrita.
(C) Adição de informações irrelevantes ao texto escrito.
(D) Preservação da estrutura e estilo do texto oral.
GABARITO
29. Qual é o objetivo principal do livro “A Literatura Portuguesa
Através de Texto”?
(A) Apresentar uma antologia completa da literatura portugue-
1 C
sa.
(B) Analisar a influência da literatura portuguesa na literatura 2 C
mundial. 3 C
(C) Oferecer uma visão panorâmica da literatura portuguesa
através de textos selecionados. 4 C
(D) Discutir as obras e os autores mais relevantes da literatura 5 C
portuguesa contemporânea.
6 A
30. Além de apresentar textos literários, o livro também abor- 7 C
da:
8 C
(A) A história política de Portugal.
(B) A influência da literatura portuguesa na América Latina. 9 E
(C) Aspectos teóricos e críticos sobre a literatura portuguesa. 10 C
(D) A relação entre literatura e cinema em Portugal.
11 B
31. Qual é a importância do livro “A Literatura Portuguesa At- 12 C
ravés de Texto” para os estudantes de literatura?
(A) Proporcionar uma visão completa da literatura portuguesa 13 C
contemporânea. 14 C
(B) Apresentar uma antologia atualizada com os principais au-
15 C
tores da literatura portuguesa.
(C) Oferecer análises e interpretações das obras literárias por-
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21 D ______________________________________________________
22 B ______________________________________________________
23 B
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24 C
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25 D
26 B ______________________________________________________
27 C ______________________________________________________
28 A
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29 C
30 C ______________________________________________________
31 C ______________________________________________________
32 C
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33 D
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É imprescindível destacar que as competências gerais da Edu-


BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BASE NACIONAL cação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e desdo-
COMUM CURRICULAR (BNCC). BRASÍLIA: MEC/CON- bram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da
SED/UNDIME, 2017. P. 07-21, 57-191 Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desen-
volvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR termos da LDB.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento
de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressi- COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
vo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desen- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente cons-
volver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de truídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para enten-
modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e der e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem
exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Ar- própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análi-
tigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei se crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas,
nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
estéticos que visam à formação humana integral e à construção de soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado diferentes áreas.
nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN)2. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e cultu-
Referência nacional para a formulação dos currículos dos sis- rais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversi-
temas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos ficadas da produção artístico-cultural.
Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares, 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-moto-
a BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contri- ra, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
buir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito fe- como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cientí-
deral, estadual e municipal, referentes à formação de professores, fica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias
à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que le-
para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvi- vem ao entendimento mútuo.
mento da educação. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informa-
Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a frag- ção e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
mentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento do nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu-
regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja bali- nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
zadora da qualidade da educação. Assim, para além da garantia de resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pes-
acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e soal e coletiva.
escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental. apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais defi- entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer esco-
nidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o de- lhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
senvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade
âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações con-
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de co- fiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
nhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver de- a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
mandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidada- local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
nia e do mundo do trabalho. cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “edu- 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emo-
cação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para cional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo
a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, social- suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
mente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” lidar com elas.
(BRASIL, 2013)3, mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU)4.
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9.Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a to Federal e Municípios], diretrizes pedagógicas para a educação
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao ou- básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e ob-
tro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diver- jetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para
sidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, cada ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitadas as diversida-
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. des regional, estadual e local (BRASIL, 2014).
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabi- Nesse sentido, consoante aos marcos legais anteriores, o PNE
lidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões afirma a importância de uma base nacional comum curricular para
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentá- o Brasil, com o foco na aprendizagem como estratégia para fomen-
veis e solidários. tar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalida-
des (meta 7), referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e
OS MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM A BNCC desenvolvimento.
A Constituição Federal de 19885, em seu Artigo 205, reconhece Em 2017, com a alteração da LDB por força da Lei nº
a educação como direito fundamental compartilhado entre Estado, 13.415/2017, a legislação brasileira passa a utilizar, concomitante-
família e sociedade ao determinar que a educação, direito de todos mente, duas nomenclaturas para se referir às finalidades da edu-
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com cação:
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes
para o trabalho (BRASIL, 1988). do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhe-
Para atender a tais finalidades no âmbito da educação escolar, cimento [...]
a Carta Constitucional, no Artigo 210, já reconhece a necessidade Art. 36. § 1º A organização das áreas de que trata o caput e das
de que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamen- respectivas competências e habilidades será feita de acordo com
tal, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos critérios estabelecidos em cada sistema de ensino (BRASIL, 20178;
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). ênfases adicionadas).
Com base nesses marcos constitucionais, a LDB, no Inciso IV de Trata-se, portanto, de maneiras diferentes e intercambiáveis
seu Artigo 9º, afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração para designar algo comum, ou seja, aquilo que os estudantes de-
com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e vem aprender na Educação Básica, o que inclui tanto os saberes
diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino quanto a capacidade de mobilizá-los e aplicá-los.
Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de
modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996; ênfase OS FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA BNCC
adicionada).
Nesse artigo, a LDB deixa claros dois conceitos decisivos para FOCO NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
todo o desenvolvimento da questão curricular no Brasil. O primei- O conceito de competência, adotado pela BNCC, marca a dis-
ro, já antecipado pela Constituição, estabelece a relação entre o cussão pedagógica e social das últimas décadas e pode ser inferido
que é básico-comum e o que é diverso em matéria curricular: as no texto da LDB, especialmente quando se estabelecem as finali-
competências e diretrizes são comuns, os currículos são diversos. O dades gerais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Artigos
segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos 32 e 35).
curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, Além disso, desde as décadas finais do século XX e ao longo
a LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não ape- deste início do século XXI9, o foco no desenvolvimento de com-
nas dos conteúdos mínimos a ser ensinados. Essas são duas noções petências tem orientado a maioria dos Estados e Municípios bra-
fundantes da BNCC. sileiros e diferentes países na construção de seus currículos10. É
A relação entre o que é básico-comum e o que é diverso é reto-
esse também o enfoque adotado nas avaliações internacionais da
mada no Artigo 26 da LDB, que determina que os currículos da Edu-
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
cação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem
(OCDE), que coordena o Programa Internacional de Avaliação de
ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema
Alunos (Pisa, na sigla em inglês)11, e da Organização das Nações
de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diver-
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em
sificada, exigida pelas características regionais e locais da socieda-
inglês), que instituiu o Laboratório Latino-americano de Avaliação
de, da cultura, da economia e dos educandos (BRASIL, 1996; ênfase
da Qualidade da Educação para a América Latina (LLECE, na sigla
adicionada).
Essa orientação induziu à concepção do conhecimento curricu- em espanhol)12.
lar contextualizado pela realidade local, social e individual da escola Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões peda-
e do seu alunado, que foi o norte das diretrizes curriculares traça- gógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de compe-
das pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ao longo da década tências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “sa-
de 1990, bem como de sua revisão nos anos 2000. ber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades,
Em 2010, o CNE promulgou novas DCN, ampliando e organi- atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (consi-
zando o conceito de contextualização como “a inclusão, a valoriza- derando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes
ção das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
cultural resgatando e respeitando as várias manifestações de cada pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explici-
comunidade”, conforme destaca o Parecer CNE/CEB nº 7/20106. tação das competências oferece referências para o fortalecimento
Em 2014, a Lei nº 13.005/20147 promulgou o Plano Nacional de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na
de Educação (PNE), que reitera a necessidade de estabelecer e im- BNCC.
plantar, mediante pactuação interfederativa [União, Estados, Distri-
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O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades
A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e in- educacionais em relação ao acesso à escola, à permanência dos
clusivo a questões centrais do processo educativo: o que aprender, estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as
para que aprender, como ensinar, como promover redes de apren- enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos
dizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado. por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias.
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto his- Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-peda-
tórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, partici- gógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho
pativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e respon- anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidia-
sável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer no escolar devem levar em consideração a necessidade de supera-
o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, ção dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino
saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na
discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digi- equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos es-
tais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia tudantes são diferentes.
para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma De forma particular, um planejamento com foco na equidade
situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças também exige um claro compromisso de reverter a situação de
e as diversidades. exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos indíge-
Nesse contexto, a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu nas originários e as populações das comunidades remanescentes
compromisso com a educação integral13. Reconhece, assim, que de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não
a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento hu- puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria.
mano global, o que implica compreender a complexidade e a não Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência,
linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducio- reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e
nistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira
dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singu- de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)14.
lar e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto –
considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E CURRÍCULOS
educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvol- A BNCC e os currículos se identificam na comunhão de princí-
vimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, pios e valores que, como já mencionado, orientam a LDB e as DCN.
a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, Dessa maneira, reconhecem que a educação tem um compromisso
deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas di-
preconceito e respeito às diferenças e diversidades. mensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica.
Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito Além disso, BNCC e currículos têm papéis complementares
de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se re- para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada
fere à construção intencional de processos educativos que promo- etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se
vam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibili- materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o
dades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as propo-
da sociedade contemporânea. Isso supõe considerar as diferentes sições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos
infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como
de criar novas formas de existir. também o contexto e as características dos alunos. Essas decisões,
Assim, a BNCC propõe a superação da fragmentação radical- que resultam de um processo de envolvimento e participação das
mente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações, a:
vida real, a importância do contexto para dar sentido ao que se
- contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares,
aprende e o protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na
identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exempli-
construção de seu projeto de vida.
ficá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade
do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas;
O PACTO INTERFEDERATIVO E A IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
- decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos com-
ponentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: IGUALDADE, DIVER-
equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas
SIDADE E EQUIDADE
No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes fe- e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem;
derados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades - selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pe-
sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e dagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a
as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que conside- conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as
rem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudan- necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura
tes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais. de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.;
Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois - conceber e pôr em prática situações e procedimentos para
explicita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes de- motivar e engajar os alunos nas aprendizagens;
vem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional so- - construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de
bre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as
Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingres- condições de aprendizagem, tomando tais registros como referên-
so e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o cia para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos
direito de aprender não se concretiza. alunos;
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- selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tec- como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, edu-
nológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender; cação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversida-
- criar e disponibilizar materiais de orientação para os profes- de cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº
sores, bem como manter processos permanentes de formação do- 7/201023). Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habi-
cente que possibilitem contínuo aperfeiçoamento dos processos de lidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de
ensino e aprendizagem; ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las de
- manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão forma contextualizada.
pedagógica e curricular para os demais educadores, no âmbito das
escolas e sistemas de ensino. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E REGIME DE COLA-
BORAÇÃO
Essas decisões precisam, igualmente, ser consideradas na orga- Legitimada pelo pacto interfederativo, nos termos da Lei nº
nização de currículos e propostas adequados às diferentes modali- 13.005/ 2014, que promulgou o PNE, a BNCC depende do adequa-
dades de ensino (Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, do funcionamento do regime de colaboração para alcançar seus
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar objetivos. Sua formulação, sob coordenação do MEC, contou com
Quilombola, Educação a Distância), atendendo-se às orientações a participação dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios, de-
das Diretrizes Curriculares Nacionais. No caso da Educação Escolar pois de ampla consulta à comunidade educacional e à sociedade,
Indígena, por exemplo, isso significa assegurar competências es- conforme consta da apresentação do presente documento.
pecíficas com base nos princípios da coletividade, reciprocidade, Com a homologação da BNCC, as redes de ensino e escolas
integralidade, espiritualidade e alteridade indígena, a serem desen- particulares terão diante de si a tarefa de construir currículos, com
volvidas a partir de suas culturas tradicionais reconhecidas nos cur- base nas aprendizagens essenciais estabelecidas na BNCC, passan-
rículos dos sistemas de ensino e propostas pedagógicas das institui- do, assim, do plano normativo propositivo para o plano da ação e da
ções escolares. Significa também, em uma perspectiva intercultural, gestão curricular que envolve todo o conjunto de decisões e ações
considerar seus projetos educativos, suas cosmologias, suas lógicas, definidoras do currículo e de sua dinâmica.
seus valores e princípios pedagógicos próprios (em consonância Embora a implementação seja prerrogativa dos sistemas e das
com a Constituição Federal, com as Diretrizes Internacionais da OIT redes de ensino, a dimensão e a complexidade da tarefa vão exigir
– Convenção 169 e com documentos da ONU e Unesco sobre os di- que União, Estados, Distrito Federal e Municípios somem esforços.
reitos indígenas) e suas referências específicas, tais como: construir Nesse regime de colaboração, as responsabilidades dos entes fede-
currículos interculturais, diferenciados e bilíngues, seus sistemas rados serão diferentes e complementares, e a União continuará a
próprios de ensino e aprendizagem, tanto dos conteúdos universais exercer seu papel de coordenação do processo e de correção das
quanto dos conhecimentos indígenas, bem como o ensino da língua desigualdades.
indígena como primeira língua15. A primeira tarefa de responsabilidade direta da União será a
É também da alçada dos entes federados responsáveis pela revisão da formação inicial e continuada dos professores para ali-
implementação da BNCC o reconhecimento da experiência curricu- nhá-las à BNCC. A ação nacional será crucial nessa iniciativa, já que
lar existente em seu âmbito de atuação. Nas duas últimas décadas, se trata da esfera que responde pela regulação do ensino superior,
mais da metade dos Estados e muitos Municípios vêm elaborando nível no qual se prepara grande parte desses profissionais. Diante
currículos para seus respectivos sistemas de ensino, inclusive para das evidências sobre a relevância dos professores e demais mem-
atender às especificidades das diferentes modalidades. Muitas es- bros da equipe escolar para o sucesso dos alunos, essa é uma ação
colas públicas e particulares também acumularam experiências de fundamental para a implementação eficaz da BNCC.
desenvolvimento curricular e de criação de materiais de apoio ao Compete ainda à União, como anteriormente anunciado, pro-
currículo, assim como instituições de ensino superior construíram mover e coordenar ações e políticas em âmbito federal, estadual
experiências de consultoria e de apoio técnico ao desenvolvimento e municipal, referentes à avaliação, à elaboração de materiais pe-
curricular. Inventariar e avaliar toda essa experiência pode contri- dagógicos e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada
buir para aprender com acertos e erros e incorporar práticas que para o pleno desenvolvimento da educação.
propiciaram bons resultados. Por se constituir em uma política nacional, a implementação da
Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às BNCC requer, ainda, o monitoramento pelo MEC em colaboração
escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, com os organismos nacionais da área – CNE, Consed e Undime. Em
incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem um país com a dimensão e a desigualdade do Brasil, a permanên-
de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala cia e a sustentabilidade de um projeto como a BNCC dependem da
local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e criação e do fortalecimento de instâncias técnico-pedagógicas nas
integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e redes de ensino, priorizando aqueles com menores recursos, tanto
do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação para o trânsito (Lei técnicos quanto financeiros. Essa função deverá ser exercida pelo
nº 9.503/199717), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer MEC, em parceria com o Consed e a Undime, respeitada a autono-
CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/201218), educação mia dos entes federados.
alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/200919), processo de enve- A atuação do MEC, além do apoio técnico e financeiro, deve
lhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/200320), incluir também o fomento a inovações e a disseminação de casos
educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer de sucesso; o apoio a experiências curriculares inovadoras; a cria-
CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educação ção de oportunidades de acesso a conhecimentos e experiências
das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-bra- de outros países; e, ainda, o fomento de estudos e pesquisas sobre
sileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Pa- currículos e temas afins.
recer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/200422), bem
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O ENSINO FUNDAMENTAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁ- compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cogniti-
SICA vas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o
O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar.
mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação peda-
anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse pe- gógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas
ríodo, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escri-
físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como ta alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras ha-
já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fun- bilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas
damental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº
mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa 11/201029, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares
etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por
na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar
também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010).
e Anos Finais. Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão
A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens ante-
situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária arti- riores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência
culação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus inte-
articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização des- resses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender.
sas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de no- Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e
vas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com siste-
formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, mas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre
de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de co- si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias
nhecimentos. e com o ambiente.
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvol-
importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem vimento, na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas
em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos
Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do
nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração
espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos so- entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por mudanças pe-
ciais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo dagógicas na estrutura educacional, decorrentes principalmente da
letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para diferenciação dos componentes curriculares. Como bem destaca o
além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os alunos, ao mudarem do professor
qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem generalista dos anos iniciais para os professores especialistas dos
com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as diferentes componentes curriculares, costumam se ressentir diante
pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas po- das muitas exigências que têm de atender, feitas pelo grande núme-
tencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças. ro de docentes dos anos finais” (BRASIL, 2010). Realizar as necessá-
Ampliam-se também as experiências para o desenvolvimento rias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para
da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e repre- apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura
sentação, elementos importantes para a apropriação do sistema de no processo de aprendizagem, garantindo-lhes maiores condições
escrita alfabética e de outros sistemas de representação, como os de sucesso.
signos matemáticos, os registros artísticos, midiáticos e científicos Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes
e as formas de representação do tempo e do espaço. Os alunos se se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devi-
deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos do à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de orga-
e fazeres científicos, desenvolvendo observações, análises, argu- nização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista
mentações e potencializando descobertas. essa maior especialização, é importante, nos vários componentes
As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino
cultural, suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua in- Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, vi-
teração com as mais diversas tecnologias de informação e comu- sando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estu-
nicação são fontes que estimulam sua curiosidade e a formulação dantes.
de perguntas. O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia
por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fa- desses adolescentes, oferecendo-lhes condições e ferramentas
zer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos
com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de e fontes de informação.
informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua com- Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que
preensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por
seres humanos entre si e com a natureza. intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psi-
As características dessa faixa etária demandam um trabalho no cológicas, sociais e emocionais. Nesse período de vida, como bem
ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifes- aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, ampliam-se os vínculos so-
tos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com ciais e os laços afetivos, as possibilidades intelectuais e a capaci-
base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa dade de raciocínios mais abstratos. Os estudantes tornam-se mais
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capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exer- para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos educa-
cendo a capacidade de descentração, “importante na construção tivos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias
da autonomia e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do
2010). entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiáti-
As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a com- ca e digital, fortalece o potencial da escola como espaço formador e
preensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com orientador para a cidadania consciente, crítica e participativa.
singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que de- Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola
mandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estu-
suas necessidades e diferentes modos de inserção social. Conforme dantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os an-
reconhecem as DCN, é frequente, nessa etapa, observar forte ade- seios desses jovens em relação ao seu futuro, como também com a
são aos padrões de comportamento dos jovens da mesma idade, continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse processo de refle-
o que é evidenciado pela forma de se vestir e também pela lingua- xão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento
gem utilizada por eles. Isso requer dos educadores maior disposição de ações para construir esse futuro, pode representar mais uma
para entender e dialogar com as formas próprias de expressão das possibilidade de desenvolvimento pessoal e social.
culturas juvenis, cujos traços são mais visíveis, sobretudo, nas áreas
urbanas mais densamente povoadas (BRASIL, 2010). A ÁREA DE LINGUAGENS
Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovi- As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, media-
do mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. das por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como
Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamen-
informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior te, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo
disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais.
afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e va-
não somente como consumidores. Os jovens têm se engajado cada lores culturais, morais e éticos.
vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se dire- Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes
tamente em novas formas de interação multimidiática e multimo- componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física
dal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade
mais ágil. Por sua vez, essa cultura também apresenta forte apelo é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem di-
emocional e induz ao imediatismo de respostas e à efemeridade versificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressi-
das informações, privilegiando análises superficiais e o uso de ima- vas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como tam-
gens e formas de expressão mais sintéticas, diferentes dos modos bém seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade
de dizer e argumentar característicos da vida escolar. às experiências vividas na Educação Infantil.
Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios
seu papel em relação à formação das novas gerações. É importante de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que
que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem,
reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimen- sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do
to, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâ-
multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é micas, e que todos participam desse processo de constante trans-
imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas formação.
linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibi- No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os componentes cur-
lidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque riculares tematizam diversas práticas, considerando especialmente
para usos mais democráticos das tecnologias e para uma partici- aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas.
pação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial Nesse conjunto de práticas, nos dois primeiros anos desse segmen-
de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos to, o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica.
modos de promover a aprendizagem, a interação e o compartilha- Afinal, aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo
mento de significados entre professores e estudantes. novo e surpreendente: amplia suas possibilidades de construir co-
Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de nhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na cul-
propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos tura letrada, e de participar com maior autonomia e protagonismo
e princípios democráticos, é preciso considerar a necessidade de na vida social.
desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades con- Por sua vez, no Ensino Fundamental – Anos Finais, as apren-
temporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais que dizagens, nos componentes curriculares dessa área, ampliam as
impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e práticas de linguagem conquistadas no Ensino Fundamental – Anos
que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse seg-
na comunidade e na escola. mento, a diversificação dos contextos permite o aprofundamento
Em todas as etapas de escolarização, mas de modo especial de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que se
entre os estudantes dessa fase do Ensino Fundamental, esses fa- constituem e constituem a vida social.
tores frequentemente dificultam a convivência cotidiana e a apren- É importante considerar, também, o aprofundamento da refle-
dizagem, conduzindo ao desinteresse e à alienação e, não raro, à xão crítica sobre os conhecimentos dos componentes da área, dada
agressividade e ao fracasso escolar. Atenta a culturas distintas, não a maior capacidade de abstração dos estudantes. Essa dimensão
uniformes nem contínuas dos estudantes dessa etapa, é necessário analítica é proposta não como fim, mas como meio para a com-
que a escola dialogue com a diversidade de formação e vivências preensão dos modos de se expressar e de participar no mundo,
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constituindo práticas mais sistematizadas de formulação de ques- Ao mesmo tempo que se fundamenta em concepções e con-
tionamentos, seleção, organização, análise e apresentação de des- ceitos já disseminados em outros documentos e orientações cur-
cobertas e conclusões. riculares e em contextos variados de formação de professores, já
Considerando esses pressupostos, e em articulação com as relativamente conhecidos no ambiente escolar – tais como práticas
competências gerais da Educação Básica, a área de Linguagens deve de linguagem, discurso e gêneros discursivos/gêneros textuais, es-
garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específi- feras/campos de circulação dos discursos –, considera as práticas
cas. contemporâneas de linguagem, sem o que a participação nas esfe-
ras da vida pública, do trabalho e pessoal pode se dar de forma de-
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSI- sigual. Na esteira do que foi proposto nos Parâmetros Curriculares
NO FUNDAMENTAL Nacionais, o texto ganha centralidade na definição dos conteúdos,
1. Compreender as linguagens como construção humana, his- habilidades e objetivos, considerado a partir de seu pertencimento
tórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e a um gênero discursivo que circula em diferentes esferas/campos
valorizando-as como formas de significação da realidade e expres- sociais de atividade/comunicação/uso da linguagem. Os conheci-
são de subjetividades e identidades sociais e culturais. mentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artís- norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses) devem
ticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, de-
participação na vida social e colaborar para a construção de uma vem estar a serviço da ampliação das possibilidades de participação
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. em práticas de diferentes esferas/ campos de atividades humanas.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimen- letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e
tos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálo- crítica nas diversas práticas sociais permeadas/constituídas pela
go, à resolução de conflitos e à cooperação. oralidade, pela escrita e por outras linguagens.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista As práticas de linguagem contemporâneas não só envolvem
que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a cons- novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimi-
ciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, diáticos, como também novas formas de produzir, de configurar, de
regional e global, atuando criticamente frente a questões do mun- disponibilizar, de replicar e de interagir. As novas ferramentas de
do contemporâneo. edição de textos, áudios, fotos, vídeos tornam acessíveis a qualquer
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e res- um a produção e disponibilização de textos multissemióticos nas
peitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às redes sociais e outros ambientes da Web. Não só é possível acessar
mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da conteúdos variados em diferentes mídias, como também produzir e
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, indi- publicar fotos, vídeos diversos, podcasts, infográficos, enciclopédias
viduais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à colaborativas, revistas e livros digitais etc. Depois de ler um livro de
diversidade de saberes, identidades e culturas. literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em re-
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação des sociais específicas, seguir diretores, autores, escritores, acom-
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas panhar de perto seu trabalho; podemos produzir playlists, vlogs,
diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar vídeos-minuto, escrever fanfics, produzir e-zines, nos tornar um
por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimen- booktuber, dentre outras muitas possibilidades. Em tese, a Web é
tos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. democrática: todos podem acessá-la e alimentá-la continuamente.
Mas se esse espaço é livre e bastante familiar para crianças, ado-
LÍNGUA PORTUGUESA lescentes e jovens de hoje, por que a escola teria que, de alguma
O componente Língua Portuguesa da BNCC dialoga com docu- forma, considerá-lo?
mentos e orientações curriculares produzidos nas últimas décadas, Ser familiarizado e usar não significa necessariamente levar
buscando atualizá-los em relação às pesquisas recentes da área e às em conta as dimensões ética, estética e política desse uso, nem
transformações das práticas de linguagem ocorridas neste século, tampouco lidar de forma crítica com os conteúdos que circulam
devidas em grande parte ao desenvolvimento das tecnologias di- na Web. A contrapartida do fato de que todos podem postar qua-
gitais da informação e comunicação (TDIC). Assume-se aqui a pers- se tudo é que os critérios editoriais e seleção do que é adequado,
pectiva enunciativo-discursiva de linguagem, já assumida em outros bom, fidedigno não estão “garantidos” de início. Passamos a depen-
documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), der de curadores ou de uma curadoria própria, que supõe o desen-
para os quais a linguagem é “uma forma de ação interindividual volvimento de diferentes habilidades.
orientada para uma finalidade específica; um processo de interlo- A viralização de conteúdos/publicações fomenta fenômenos
cução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, como o da pós-verdade, em que as opiniões importam mais do que
nos distintos momentos de sua história” (BRASIL, 1998, p. 20). os fatos em si. Nesse contexto, torna-se menos importante checar/
Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de verificar se algo aconteceu do que simplesmente acreditar que
trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem, aconteceu (já que isso vai ao encontro da própria opinião ou pers-
de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de pro- pectiva). As fronteiras entre o público e o privado estão sendo reco-
dução e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da locadas. Não se trata de querer impor a tradição a qualquer custo,
linguagem em atividades de leitura, escuta e produção de textos em mas de refletir sobre as redefinições desses limites e de desenvol-
várias mídias e semioses. ver habilidades para esse trato, inclusive refletindo sobre questões
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envolvendo o excesso de exposição nas redes sociais. Em nome da Dessa forma, a BNCC procura contemplar a cultura digital, dife-
liberdade de expressão, não se pode dizer qualquer coisa em qual- rentes linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles basica-
quer situação. Se, potencialmente, a internet seria o lugar para a mente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles
divergência e o diferente circularem, na prática, a maioria das in- que envolvem a hipermídia.
terações se dá em diferentes bolhas, em que o outro é parecido Da mesma maneira, imbricada à questão dos multiletramen-
e pensa de forma semelhante. Assim, compete à escola garantir o tos, essa proposta considera, como uma de suas premissas, a diver-
trato, cada vez mais necessário, com a diversidade, com a diferença. sidade cultural. Sem aderir a um raciocínio classificatório reducio-
Eis, então, a demanda que se coloca para a escola: contemplar nista, que desconsidera as hibridizações, apropriações e mesclas, é
de forma crítica essas novas práticas de linguagem e produções, importante contemplar o cânone, o marginal, o culto, o popular, a
não só na perspectiva de atender às muitas demandas sociais que cultura de massa, a cultura das mídias, a cultura digital, as culturas
convergem para um uso qualificado e ético das TDIC – necessário infantis e juvenis, de forma a garantir uma ampliação de repertório
para o mundo do trabalho, para estudar, para a vida cotidiana etc. –, e uma interação e trato com o diferente.
mas de também fomentar o debate e outras demandas sociais que Ainda em relação à diversidade cultural, cabe dizer que se es-
cercam essas práticas e usos. É preciso saber reconhecer os discur- tima que mais de 250 línguas são faladas no país – indígenas, de
sos de ódio, refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e imigração, de sinais, crioulas e afro-brasileiras, além do português
ataque a direitos, aprender a debater ideias, considerando posições e de suas variedades. Esse patrimônio cultural e linguístico é desco-
e argumentos contrários. nhecido por grande parte da população brasileira.
Não se trata de deixar de privilegiar o escrito/impresso nem de No Brasil com a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, oficiali-
deixar de considerar gêneros e práticas consagrados pela escola30, zou-se também a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando pos-
tais como notícia, reportagem, entrevista, artigo de opinião, charge, sível, em âmbito nacional, realizar discussões relacionadas à neces-
tirinha, crônica, conto, verbete de enciclopédia, artigo de divulga- sidade do respeito às particularidades linguísticas da comunidade
ção científica etc., próprios do letramento da letra e do impresso, surda e do uso dessa língua nos ambientes escolares.
mas de contemplar também os novos letramentos, essencialmente Assim, é relevante no espaço escolar conhecer e valorizar as
digitais. realidades nacionais e internacionais da diversidade linguística e
Como resultado de um trabalho de pesquisa sobre produções analisar diferentes situações e atitudes humanas implicadas nos
culturais, é possível, por exemplo, supor a produção de um ensaio e
usos linguísticos, como o preconceito linguístico. Por outro lado,
de um vídeo-minuto. No primeiro caso, um maior aprofundamento
existem muitas línguas ameaçadas de extinção no país e no mundo,
teórico-conceitual sobre o objeto parece necessário, e certas habili-
o que nos chama a atenção para a correlação entre repertórios cul-
dades analíticas estariam mais em evidência. No segundo caso, ain-
turais e linguísticos, pois o desaparecimento de uma língua impacta
da que um nível de análise possa/tenha que existir, as habilidades
mobilizadas estariam mais ligadas à síntese e percepção das poten- significativamente a cultura.
cialidades e formas de construir sentido das diferentes linguagens. Muitos representantes de comunidades de falantes de diferen-
Ambas as habilidades são importantes. Compreender uma palestra tes línguas, especialistas e pesquisadores vêm demandando o reco-
é importante, assim como ser capaz de atribuir diferentes sentidos nhecimento de direitos linguísticos31. Por isso, já temos municípios
a um gif ou meme. Da mesma forma que fazer uma comunicação brasileiros que cooficializaram línguas indígenas – tukano, baniwa,
oral adequada e saber produzir gifs e memes significativos também nheengatu, akwe xerente, guarani, macuxi – e línguas de migração
podem sê-lo. – talian, pomerano, hunsrickisch -, existem publicações e outras
Uma parte considerável das crianças e jovens que estão na ações expressas nessas línguas (livros, jornais, filmes, peças de tea-
escola hoje vai exercer profissões que ainda nem existem e se de- tro, programas de radiodifusão) e programas de educação bilíngue.
parar com problemas de diferentes ordens e que podem requerer Considerando esse conjunto de princípios e pressupostos, os
diferentes habilidades, um repertório de experiências e práticas e eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa
o domínio de ferramentas que a vivência dessa diversificação pode são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área,
favorecer. O que pode parecer um gênero menor (no sentido de ser correspondentes às práticas de linguagem: oralidade, leitura/escu-
menos valorizado, relacionado a situações tidas como pouco sérias, ta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semió-
que envolvem paródias, chistes, remixes ou condensações e narra- tica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de
tivas paralelas), na verdade, pode favorecer o domínio de modos de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão –, textuais, discur-
significação nas diferentes linguagens, o que a análise ou produção sivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras
de uma foto convencional, por exemplo, pode não propiciar. semioses). Cabe ressaltar, reiterando o movimento metodológico
Essa consideração dos novos e multiletramentos; e das práticas de documentos curriculares anteriores, que estudos de natureza
da cultura digital no currículo não contribui somente para que uma teórica e metalinguística – sobre a língua, sobre a literatura, sobre
participação mais efetiva e crítica nas práticas contemporâneas de a norma padrão e outras variedades da língua – não devem nesse
linguagem por parte dos estudantes possa ter lugar, mas permite nível de ensino ser tomados como um fim em si mesmo, devendo
também que se possa ter em mente mais do que um “usuário da estar envolvidos em práticas de reflexão que permitam aos estu-
língua/das linguagens”, na direção do que alguns autores vão deno-
dantes ampliarem suas capacidades de uso da língua/linguagens
minar de designer: alguém que toma algo que já existe (inclusive
(em leitura e em produção) em práticas situadas de linguagem.
textos escritos), mescla, remixa, transforma, redistribui, produzindo
O Eixo Leitura compreende as práticas de linguagem que de-
novos sentidos, processo que alguns autores associam à criativida-
correm da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os
de. Parte do sentido de criatividade em circulação nos dias atuais
(“economias criativas”, “cidades criativas” etc.) tem algum tipo de textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação,
relação com esses fenômenos de reciclagem, mistura, apropriação sendo exemplos as leituras para: fruição estética de textos e obras
e redistribuição. literárias; pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e aca-
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dêmicos; realização de procedimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas sociais relevantes; sustentar a reivindicação de
algo no contexto de atuação da vida pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais, dentre outras
possibilidades.
Leitura no contexto da BNCC é tomada em um sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao texto escrito, mas também a
imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que
acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais.
O tratamento das práticas leitoras compreende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão, tais como as apresentadas
a seguir.

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Como já ressaltado, na perspectiva da BNCC, as habilidades não são desenvolvidas de forma genérica e descontextualizada, mas por
meio da leitura de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana. Daí que, em cada campo que
será apresentado adiante, serão destacadas as habilidades de leitura, oralidade e escrita, de forma contextualizada pelas práticas, gêneros
e diferentes objetos do conhecimento em questão. A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde
os anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Esta complexidade se expressa pela articulação:
• da diversidade dos gêneros textuais escolhidos e das práticas consideradas em cada campo;

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• da complexidade textual que se concretiza pela temática, estruturação sintática, vocabulário, recursos estilísticos utilizados, orques-
tração de vozes e linguagens presentes no texto;
• do uso de habilidades de leitura que exigem processos mentais necessários e progressivamente mais demandantes, passando de
processos de recuperação de informação (identificação, reconhecimento, organização) a processos de compreensão (comparação, dis-
tinção, estabelecimento de relações e inferência) e de reflexão sobre o texto (justificação, análise, articulação, apreciação e valorações
estéticas, éticas, políticas e ideológicas);
• da consideração da cultura digital e das TDIC;
• da consideração da diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão diversas, a literatura infantil e
juvenil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, as culturas juvenis etc., de forma a garantir ampliação de
repertório, além de interação e trato com o diferente.

A participação dos estudantes em atividades de leitura com demandas crescentes possibilita uma ampliação de repertório de ex-
periências, práticas, gêneros e conhecimentos que podem ser acessados diante de novos textos, configurando-se como conhecimentos
prévios em novas situações de leitura.
Por conta dessa natureza repertorial, é possível tratar de gêneros do discurso sugeridos em outros anos que não os indicados. Embora
preveja certa progressão, a indicação no ano visa antes garantir uma distribuição adequada em termos de diversidades. Assim, se fizer
mais sentido que um gênero mencionado e/ou habilidades a ele relacionadas no 9º ano sejam trabalhados no 8º, isso não configura um
problema, desde que ao final do nível a diversidade indicada tenha sido contemplada.
Mesmo em relação à progressão das habilidades, seu desenvolvimento não se dá em curto espaço de tempo, podendo supor diferen-
tes graus e ir se complexificando durante vários anos.
Durante a leitura, as habilidades operam de forma articulada. Dado o desenvolvimento de uma autonomia de leitura em termos de
fluência e progressão, é difícil discretizar um grau ou mesmo uma habilidade, não existindo muitos pré-requisitos (a não ser em termos
de conhecimentos prévios), pois os caminhos para a construção dos sentidos são diversos. O interesse por um tema pode ser tão grande
que mobiliza para leituras mais desafiadoras, que, por mais que possam não contar com uma compreensão mais fina do texto, podem,
em função de relações estabelecidas com conhecimentos ou leituras anteriores, possibilitar entendimentos parciais que respondam aos
interesses/objetivos em pauta. O grau de envolvimento com uma personagem ou um universo ficcional, em função da leitura de livros e
HQs anteriores, da vivência com filmes e games relacionados, da participação em comunidades de fãs etc., pode ser tamanho que encoraje
a leitura de trechos de maior extensão e complexidade lexical ou sintática dos que os em geral lidos.
O Eixo da Produção de Textos compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do
texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos como, por exemplo, construir um álbum de perso-
nagens famosas, de heróis/heroínas ou de vilões ou vilãs; produzir um almanaque que retrate as práticas culturais da comunidade; narrar
fatos cotidianos, de forma crítica, lírica ou bem-humorada em uma crônica; comentar e indicar diferentes produções culturais por meio
de resenhas ou de playlists comentadas; descrever, avaliar e recomendar (ou não) um game em uma resenha, gameplay ou vlog; escrever
verbetes de curiosidades científicas; sistematizar dados de um estudo em um relatório ou relato multimidiático de campo; divulgar conhe-
cimentos específicos por meio de um verbete de enciclopédia digital colaborativa; relatar fatos relevantes para a comunidade em notícias;
cobrir acontecimentos ou levantar dados relevantes para a comunidade em uma reportagem; expressar posição em uma carta de leitor
ou artigo de opinião; denunciar situações de desrespeito aos direitos por meio de fotorreportagem, fotodenúncia, poema, lambe-lambe,
microrroteiro, dentre outros.
O tratamento das práticas de produção de textos compreende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão, tais como:

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Da mesma forma que na leitura, não se deve conceber que as habilidades de produção sejam desenvolvidas de forma genérica e des-
contextualizadas, mas por meio de situações efetivas de produção de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de
atividade humana. Os mesmos princípios de organização e progressão curricular valem aqui, resguardadas a mudança de papel assumido
frente às práticas discursivas em questão, com crescente aumento da informatividade e sustentação argumentativa, do uso de recursos
estilísticos e coesivos e da autonomia para planejar, produzir e revisar/editar as produções realizadas.
Aqui, também, a escrita de um texto argumentativo no 7º ano, em função da mobilização frente ao tema ou de outras circunstâncias,
pode envolver análise e uso de diferentes tipos de argumentos e movimentos argumentativos, que podem estar previstos para o 9º ano.
Da mesma forma, o manuseio de uma ferramenta ou a produção de um tipo de vídeo proposto para uma apresentação oral no 9º ano
pode se dar no 6º ou 7º anos, em função de um interesse que possa ter mobilizado os alunos para tanto. Nesse sentido, o manuseio de
diferentes ferramentas – de edição de texto, de vídeo, áudio etc. – requerido pela situação e proposto ao longo dos diferentes anos pode
se dar a qualquer momento, mas é preciso garantir a diversidade sugerida ao longo dos anos.
O Eixo da Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face, como aula
dialogada, webconferência, mensagem gravada, spot de campanha, jingle, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação
de poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de cantigas e canções, playlist comentada de músicas, vlog de game,
contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre outras. Envolve também a oralização de textos em situações social-
mente significativas e interações e discussões envolvendo temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de
atuação. O tratamento das práticas orais compreende:

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Se uma face do aprendizado da Língua Portuguesa decorre da efetiva atuação do estudante em práticas de linguagem que envolvem a
leitura/escuta e a produção de textos orais, escritos e multissemióticos, situadas em campos de atuação específicos, a outra face provém
da reflexão/análise sobre/da própria experiência de realização dessas práticas. Temos aí, portanto, o eixo da análise linguística/semiótica,
que envolve o conhecimento sobre a língua, sobre a norma-padrão e sobre as outras semioses, que se desenvolve transversalmente aos
dois eixos – leitura/escuta e produção oral, escrita e multissemiótica – e que envolve análise textual, gramatical, lexical, fonológica e das
materialidades das outras semioses.
O Eixo da Análise Linguística/Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de análise e avaliação consciente,
durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialidades dos textos, responsáveis
por seus efeitos de sentido, seja no que se refere às formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e mul-
tissemióticos) e pela situação de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de sentido.
Assim, no que diz respeito à linguagem verbal oral e escrita, as formas de composição dos textos dizem respeito à coesão, coerência e
organização da progressão temática dos textos, influenciadas pela organização típica (forma de composição) do gênero em questão. No
caso de textos orais, essa análise envolverá também os elementos próprios da fala – como ritmo, altura, intensidade, clareza de articu-
lação, variedade linguística adotada, estilização etc. –, assim como os elementos paralinguísticos e cinésicos – postura, expressão facial,
gestualidade etc. No que tange ao estilo, serão levadas em conta as escolhas de léxico e de variedade linguística ou estilização e alguns
mecanismos sintáticos e morfológicos, de acordo com a situação de produção, a forma e o estilo de gênero
Já no que diz respeito aos textos multissemióticos, a análise levará em conta as formas de composição e estilo de cada uma das lin-
guagens que os integram, tais como plano/ângulo/lado, figura/fundo, profundidade e foco, cor e intensidade nas imagens visuais estáticas,
acrescendo, nas imagens dinâmicas e performances, as características de montagem, ritmo, tipo de movimento, duração, distribuição no
espaço, sincronização com outras linguagens, complementaridade e interferência etc. ou tais como ritmo, andamento, melodia, harmonia,
timbres, instrumentos, sampleamento, na música.
Os conhecimentos grafofônicos, ortográficos, lexicais, morfológicos, sintáticos, textuais, discursivos, sociolinguísticos e semióticos que
operam nas análises linguísticas e semióticas necessárias à compreensão e à produção de linguagens estarão, concomitantemente, sendo
construídos durante o Ensino Fundamental. Assim, as práticas de leitura/escuta e de produção de textos orais, escritos e multissemióticos
oportunizam situações de reflexão sobre a língua e as linguagens de uma forma geral, em que essas descrições, conceitos e regras operam
e nas quais serão concomitantemente construídos: comparação entre definições que permitam observar diferenças de recortes e ênfases
na formulação de conceitos e regras; comparação de diferentes formas de dizer “a mesma coisa” e análise dos efeitos de sentido que essas
formas podem trazer/ suscitar; exploração dos modos de significar dos diferentes sistemas semióticos etc.
Cabem também reflexões sobre os fenômenos da mudança linguística e da variação linguística, inerentes a qualquer sistema linguístico,
e que podem ser observados em quaisquer níveis de análise. Em especial, as variedades linguísticas devem ser objeto de reflexão e o valor
social atribuído às variedades de prestígio e às variedades estigmatizadas, que está relacionado a preconceitos sociais, deve ser tematizado.
Esses conhecimentos linguísticos operam em todos os campos/esferas de atuação. Em função do privilégio social e cultural dado à
escrita, tendemos a tratar as outras linguagens como tratamos o linguístico – buscando a narrativa/relato/exposição, a relação com o
verbal –, os elementos presentes, suas formas de combinação, sem muitas vezes prestarmos atenção em outras características das outras
semioses que produzem sentido, como variações de graus de tons, ritmos, intensidades, volumes, ocupação no espaço (presente também
no escrito, mas tradicionalmente pouco explorado) etc. Por essa razão, em cada campo é destacado o que pode/deve ser trabalhado em
termos de semioses/modalidades, de forma articulada com as práticas de leitura/ escuta e produção, já mencionadas nos quadros dessas
práticas, para que a análise não se limite aos elementos dos diferentes sistemas e suas relações, mas seja relacionada a situações de uso.
O que seria comum em todas essas manifestações de linguagem é que elas sempre expressam algum conteúdo ou emoção – narram,
descrevem, subvertem, (re)criam, argumentam, produzem sensações etc. –, veiculam uma apreciação valorativa, organizando diferentes
elementos e/ou graus/intensidades desses diferentes elementos, dentre outras possibilidades. A questão que se coloca é como articular
essas dimensões na leitura e produção de textos, no que uma organização do tipo aqui proposto poderá ajudar.
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A separação dessas práticas (de uso e de análise) se dá apenas para fins de organização curricular, já que em muitos casos (o que é
comum e desejável), essas práticas se interpenetram e se retroalimentam (quando se lê algo no processo de produção de um texto ou
quando alguém relê o próprio texto; quando, em uma apresentação oral, conta-se com apoio de slides que trazem imagens e texto escrito;
em um programa de rádio, que embora seja veiculado oralmente, parte-se de um roteiro escrito; quando roteirizamos um podcast; ou
quando, na leitura de um texto, pensa-se que a escolha daquele termo não foi gratuita; ou, ainda, na escrita de um texto, passa-se do uso
da 1ª pessoa do plural para a 3ª pessoa, após se pensar que isso poderá ajudar a conferir maior objetividade ao texto). Assim, para fins de
organização do quadro de habilidades do componente, foi considerada a prática principal (eixo), mas uma mesma habilidade incluída no
eixo Leitura pode também dizer respeito ao eixo Produção de textos e vice-versa.
O mesmo cabe às habilidades de análise linguística/semiótica, cuja maioria foi incluída de forma articulada às habilidades relativas às
práticas de uso – leitura/escuta e produção de textos. São apresentados em quadro referente a todos os campos os conhecimentos linguís-
ticos relacionados a ortografia, pontuação, conhecimentos gramaticais (morfológicos, sintáticos, semânticos), entre outros:

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Como já destacado, os eixos apresentados relacionam-se com práticas de linguagem situadas. Em função disso, outra categoria or-
ganizadora do currículo que se articula com as práticas são os campos de atuação em que essas práticas se realizam. Assim, na BNCC, a
organização das práticas de linguagem (leitura de textos, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica) por campos de
atuação aponta para a importância da contextualização do conhecimento escolar, para a ideia de que essas práticas derivam de situações
da vida social e, ao mesmo tempo, precisam ser situadas em contextos significativos para os estudantes.
São cinco os campos de atuação considerados: Campo da vida cotidiana (somente anos iniciais), Campo artístico-literário, Campo das
práticas de estudo e pesquisa, Campo jornalístico-midiático e Campo de atuação na vida pública, sendo que esses dois últimos aparecem
fundidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com a denominação Campo da vida pública:

A escolha por esses campos, de um conjunto maior, deu-se por se entender que eles contemplam dimensões formativas importantes
de uso da linguagem na escola e fora dela e criam condições para uma formação para a atuação em atividades do dia a dia, no espaço
familiar e escolar, uma formação que contempla a produção do conhecimento e a pesquisa; o exercício da cidadania, que envolve, por
exemplo, a condição de se inteirar dos fatos do mundo e opinar sobre eles, de poder propor pautas de discussão e soluções de problemas,
como forma de vislumbrar formas de atuação na vida pública; uma formação estética, vinculada à experiência de leitura e escrita do texto
literário e à compreensão e produção de textos artísticos multissemióticos.
Os campos de atuação considerados em cada segmento já contemplam um movimento de progressão que parte das práticas mais
cotidianas em que a circulação de gêneros orais e menos institucionalizados é maior (Campo da vida cotidiana), em direção a práticas e
gêneros mais institucionalizados, com predomínio da escrita e do oral público (demais campos). A seleção de gêneros, portadores e exem-
plares textuais propostos também organizam a progressão, como será detalhado mais adiante.
Os campos de atuação orientam a seleção de gêneros, práticas, atividades e procedimentos em cada um deles. Diferentes recortes
são possíveis quando se pensa em campos. As fronteiras entre eles são tênues, ou seja, reconhece-se que alguns gêneros incluídos em um
determinado campo estão também referenciados a outros, existindo trânsito entre esses campos. Práticas de leitura e produção escrita
ou oral do campo jornalístico-midiático se conectam com as de atuação na vida pública. Uma reportagem científica transita tanto pelo
campo jornalístico-midiático quanto pelo campo de divulgação científica; uma resenha crítica pode pertencer tanto ao campo jornalístico
quanto ao literário ou de investigação. Enfim, os exemplos são muitos. É preciso considerar, então, que os campos se interseccionam de
diferentes maneiras. Mas o mais importante a se ter em conta e que justifica sua presença como organizador do componente é que os
campos de atuação permitem considerar as práticas de linguagem – leitura e produção de textos orais e escritos – que neles têm lugar
em uma perspectiva situada, o que significa, nesse contexto, que o conhecimento metalinguístico e semiótico em jogo – conhecimento
sobre os gêneros, as configurações textuais e os demais níveis de análise linguística e semiótica – deve poder ser revertido para situações
significativas de uso e de análise para o uso.
Compreende-se, então, que a divisão por campos de atuação tem também, no componente Língua Portuguesa, uma função didática
de possibilitar a compreensão de que os textos circulam dinamicamente na prática escolar e na vida social, contribuindo para a necessária
organização dos saberes sobre a língua e as outras linguagens, nos tempos e espaços escolares.
A pesquisa, além de ser mais diretamente focada em um campo, perpassa todos os outros em ações de busca, seleção, validação, tra-
tamento e organização de informação envolvidas na curadoria de informação, podendo/devendo também estar presente no tratamento
metodológico dos conteúdos. A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo surgir ou modificando gêneros e práticas.
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Por essa razão, optou-se por um tratamento transversal da cul- 2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como
tura digital, bem como das TDIC, articulado a outras dimensões nas forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida so-
práticas em que aparecem. De igual forma, procurou-se contemplar cial e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da
formas de expressão das culturas juvenis, que estão mais eviden- cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e
tes nos campos artístico-literário e jornalístico-midiático, e menos de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
evidentes nos campos de atuação na vida pública e das práticas 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióti-
de estudo e pesquisa, ainda que possam, nesse campo, ser objeto cos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com
de pesquisa e ainda que seja possível pensar em um vídeo-minu- compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se ex-
to para apresentar resultados de pesquisa, slides de apresentação pressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos,
que simulem um game ou em formatos de apresentação dados por e continuar aprendendo.
um número mínimo de imagens que condensam muitas ideias e 4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demons-
relações, como acontece em muitas das formas de expressão das trando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejei-
culturas juvenis. tando preconceitos linguísticos.
Os direitos humanos também perpassam todos os campos de 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de
diferentes formas: seja no debate de ideias e organização de for- linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocu-
mas de defesa dos direitos humanos (campo jornalístico-midiático e tor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
campo de atuação na vida pública), seja no exercício desses direitos 6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados
– direito à literatura e à arte, direito à informação e aos conheci- em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-
mentos disponíveis. -se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios
Para cada campo de atuação, os objetos de conhecimento e que ferem direitos humanos e ambientais.
as habilidades estão organizados a partir das práticas de linguagem 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negocia-
e distribuídos pelos nove anos em dois segmentos (Ensino Funda- ção de sentidos, valores e ideologias.
mental – Anos Iniciais e Ensino Fundamental – Anos Finais), dadas 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com
as especificidades de cada segmento. objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal,
As habilidades são apresentadas segundo a necessária conti- entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
nuidade das aprendizagens ao longo dos anos, crescendo progres- 9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem
sivamente em complexidade. Acrescente-se que, embora as habili-
o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a li-
dades estejam agrupadas nas diferentes práticas, essas fronteiras
teratura e outras manifestações artístico-culturais como formas de
são tênues, pois, no ensino, e também na vida social, estão intima-
acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reco-
mente interligadas.
Assim, as habilidades devem ser consideradas sob as perspec- nhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência
tivas da continuidade das aprendizagens e da integração dos eixos com a literatura.
organizadores e objetos de conhecimento ao longo dos anos de es- 10.Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens,
colarização. mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir
Por esses motivos, optou-se por apresentar os quadros de ha- sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e
bilidades em seis blocos (1º ao 5º ano; 1º e 2º anos; 3º ao 5º ano; refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
6º ao 9º ano; 6º e 7º anos; e 8º e 9º anos), sem que isso represente
qualquer tipo de normatização de organização em ciclos. LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS
Cumpre destacar que os critérios de organização das habilida- INICIAIS: PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE CONHECIMENTO
des na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos E HABILIDADES
quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em práticas No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, aprofundam-se as ex-
de linguagem e campos de atuação) expressam um arranjo possível periências com a língua oral e escrita já iniciadas na família e na
(dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem Educação Infantil.
ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currí- Assim, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, no eixo Oralida-
culos. de, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, as ca-
Considerando esses pressupostos, e em articulação com as racterísticas de interações discursivas e as estratégias de fala e es-
competências gerais da Educação Básica e com as competências cuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica,
específicas da área de Linguagens, o componente curricular de Lín- sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos dois primeiros
gua Portuguesa deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de anos, e desenvolvem-se, ao longo dos três anos seguintes, a obser-
competências específicas. Vale ainda destacar que tais competên- vação das regularidades e a análise do funcionamento da língua e
cias perpassam todos os componentes curriculares do Ensino Fun- de outras linguagens e seus efeitos nos discursos; no eixo Leitura/
damental e são essenciais para a ampliação das possibilidades de Escuta, amplia-se o letramento, por meio da progressiva incorpo-
participação dos estudantes em práticas de diferentes campos de ração de estratégias de leitura em textos de nível de complexidade
atividades humanas e de pleno exercício da cidadania. crescente, assim como no eixo Produção de Textos, pela progressi-
va incorporação de estratégias de produção de textos de diferentes
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA
gêneros textuais.
O ENSINO FUNDAMENTAL
As diversas práticas letradas em que o aluno já se inseriu na sua
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, re- vida social mais ampla, assim como na Educação Infantil, tais como
conhecendo-a como meio de construção de identidades de seus cantar cantigas e recitar parlendas e quadrinhas, ouvir e recontar
usuários e da comunidade a que pertencem. contos, seguir regras de jogos e receitas, jogar games, relatar ex-
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periências e experimentos, serão progressivamente intensificadas sentação convencional de sons dessas palavras. No alfabeto ugarí-
e complexificadas, na direção de gêneros secundários com textos tico, por exemplo, as consoantes, mais salientes sonoramente e em
mais complexos. maior número, foram isoladas primeiro.
Preserva-se, nesses eventos de letramento, mesmo em situa- Pesquisas sobre a construção da língua escrita pela criança
ção escolar, sua inserção na vida, como práticas situadas em even- mostram que, nesse processo, é preciso:
tos motivados, embora se preserve também a análise de aspectos • diferenciar desenhos/grafismos (símbolos) de grafemas/le-
desses enunciados orais e escritos que viabilizam a consciência e o tras (signos);
aperfeiçoamento de práticas situadas. • desenvolver a capacidade de reconhecimento global de pa-
lavras (que chamamos de leitura “incidental”, como é o caso da lei-
O processo de alfabetização tura de logomarcas em rótulos), que será depois responsável pela
Embora, desde que nasce e na Educação Infantil, a criança es- fluência na leitura;
teja cercada e participe de diferentes práticas letradas, é nos anos • construir o conhecimento do alfabeto da língua em questão;
iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que se espera que ela • perceber quais sons se deve representar na escrita e como;
se alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da • construir a relação fonema-grafema: a percepção de que as
ação pedagógica. letras estão representando certos sons da fala em contextos preci-
Nesse processo, é preciso que os estudantes conheçam o alfa- sos;
beto e a mecânica da escrita/leitura – processos que visam a que • perceber a sílaba em sua variedade como contexto fonológi-
alguém (se) torne alfabetizado, ou seja, consiga “codificar e deco- co desta representação;
dificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico (grafemas • até, finalmente, compreender o modo de relação entre fone-
ou letras), o que envolve o desenvolvimento de uma consciência mas e grafemas, em uma língua específica.
fonológica (dos fonemas do português do Brasil e de sua organi-
zação em segmentos sonoros maiores como sílabas e palavras) e Esse processo básico (alfabetização) de construção do conheci-
o conhecimento do alfabeto do português do Brasil em seus vários mento das relações fonografêmicas em uma língua específica, que
formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além pode se dar em dois anos, é, no entanto, complementado por ou-
do estabelecimento de relações grafofônicas entre esses dois siste- tro, bem mais longo, que podemos chamar de ortografização, que
mas de materialização da língua. complementará o conhecimento da ortografia do português do Bra-
Dominar o sistema de escrita do português do Brasil não é uma sil. Na construção desses conhecimentos, há três relações que são
tarefa tão simples: trata-se de um processo de construção de habi- muito importantes:
lidades e capacidades de análise e de transcodificação linguística. a) as relações entre a variedade de língua oral falada e a língua
Um dos fatos que frequentemente se esquece é que estamos tra- escrita (perspectiva sociolinguística);
tando de uma nova forma ou modo (gráfico) de representar o por- b) os tipos de relações fono-ortográficas do português do Bra-
tuguês do Brasil, ou seja, estamos tratando de uma língua com suas sil; e
variedades de fala regionais, sociais, com seus alofones35, e não c) a estrutura da sílaba do português do Brasil (perspectiva fo-
de fonemas neutralizados e despidos de sua vida na língua falada nológica).
local. De certa maneira, é o alfabeto que neutraliza essas variações
na escrita. Mencionamos a primeira relação ao dizer que a criança está re-
Assim, alfabetizar é trabalhar com a apropriação pelo aluno da lacionando com as letras não propriamente os fonemas (entidades
ortografia do português do Brasil escrito, compreendendo como se abstratas da língua), mas fones e alofones de sua variedade linguís-
dá este processo (longo) de construção de um conjunto de conheci- tica (entidades concretas da fala).
mentos sobre o funcionamento fonológico da língua pelo estudan- O segundo tipo de relações – as relações fono-ortográficas do
te. Para isso, é preciso conhecer as relações fono-ortográficas, isto português do Brasil – é complexo, pois, diferente do finlandês e do
é, as relações entre sons (fonemas) do português oral do Brasil em alemão, por exemplo, há muito pouca regularidade de representa-
suas variedades e as letras (grafemas) do português brasileiro escri- ção entre fonemas e grafemas no português do Brasil. No portu-
to. Dito de outro modo, conhecer a “mecânica” ou o funcionamen- guês do Brasil, há uma letra para um som (regularidade biunívoca)
to da escrita alfabética para ler e escrever significa, principalmente, apenas em poucos casos. Há, isso sim, várias letras para um som –
perceber as relações bastante complexas que se estabelecem entre /s/ s, c, ç, x, ss, sc, z, xc; /j/ g, j; /z/ x, s, z e assim por diante –; vários
os sons da fala (fonemas) e as letras da escrita (grafemas), o que sons para uma letra: s - /s/ e /z/; z - /s/, /z/; x - /s/, /z/, /∫/, /ks/ e
envolve consciência fonológica da linguagem: perceber seus sons, assim por diante; e até nenhum som para uma letra – h, além de
como se separam e se juntam em novas palavras etc. Ocorre que vogais abertas, fechadas e nasalizadas (a/ã; e/é; o/ó/õ).
essas relações não são tão simples quanto as cartilhas ou livros de Dos 26 grafemas de nosso alfabeto, apenas sete – p, b, t, d36, f,
alfabetização fazem parecer. Não há uma regularidade nessas re- v, k – apresentam uma relação regular direta entre fonema e grafe-
lações e elas são construídas por convenção. Não há, como diria ma e essas são justamente as consoantes bilabiais, linguodentais e
Saussure, “motivação” nessas relações, ou seja, diferente dos dese- labiodentais surdas e sonoras. Essas são as regulares diretas.
nhos, as letras da escrita não representam propriedades concretas Há, ainda, outros tipos de regularidades de representação: as
desses sons. regulares contextuais e as regulares morfológico-gramaticais, para
A humanidade levou milênios para estabelecer a relação en- as quais o aluno, ao longo de seu aprendizado, pode ir construindo
tre um grafismo e um som. Durante esse período, a representação “regras”.
gráfica deixou de ser motivada pelos objetos e ocorreu um desloca- As regulares contextuais têm uma escrita regular (regrada) pelo
mento da representação do significado das palavras para a repre- contexto fonológico da palavra; é o caso de: R/RR; S/SS; G+A,O,U/
GU+E,I; C+A,O,U/QU+E,I; M+P,B/N+outras, por exemplo.
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As regulares morfológico-gramaticais, para serem construídas, dependem de que o aluno já tenha algum conhecimento de gramática,
pois as regras a serem construídas dependem desse conhecimento, isto é, são definidas por aspectos ligados à categoria gramatical da
palavra, envolvendo morfemas (derivação, composição), tais como: adjetivos de origem com S; substantivos derivados de adjetivos com
Z; coletivos em /au/ com L; substantivos terminados com o sufixo /ise/ com C (chatice, mesmice); formas verbais da 3ª pessoa do singular
do passado com U; formas verbais da 3ª pessoa do plural do futuro com ÃO e todas as outras com M; flexões do Imperfeito do Subjuntivo
com SS; Infinitivo com R; derivações mantêm a letra do radical, dentre outras. Algumas dessas regularidades são apresentadas por livros
didáticos nos 3º a 5º anos e depois.
Todo o restante das relações é irregular. São definidas por aspectos históricos da evolução da ortografia e nada, a não ser a memória,
assegura seu uso. Ou seja, dependem de memorização a cada nova palavra para serem construídas. É, pois, de se supor que o processo de
construção dessas relações irregulares leve longo tempo, se não a vida toda.
Por fim, temos a questão de como é muitas vezes erroneamente tratada a estrutura da sílaba do português do Brasil na alfabetização.
Normalmente, depois de apresentadas as vogais, as famílias silábicas são apresentadas sempre com sílabas simples consoante/vogal (CV).
Esse processo de apresentação dura cerca de um ano letivo e as sílabas não CV (somente V; CCV; CVC; CCVC; CVV) somente são apresen-
tadas ao final do ano.
As sílabas deveriam ser apresentadas como o que são, isto é, grupos de fonemas pronunciados em uma só emissão de voz, organiza-
dos em torno de um núcleo vocálico obrigatório, mas com diversos arranjos consonantais/vocálicos em torno da vogal núcleo. Em resumo,
podemos definir as capacidades/habilidades envolvidas na alfabetização/ como sendo capacidades de (de)codificação, que envolvem:
• Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação);
• Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e script);
• Conhecer o alfabeto;
• Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
• Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
• Saber decodificar palavras e textos escritos;
• Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras;
• Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras, desenvolvendo assim fluência e rapidez de leitura
(fatiamento).

É preciso também ter em mente que este processo de ortografização em sua completude pode tomar até mais do que os anos iniciais
do Ensino Fundamental.
Evidentemente, os processos de alfabetização e ortografização terão impacto nos textos em gêneros abordados nos anos iniciais.
Em que pese a leitura e a produção compartilhadas com o docente e os colegas, ainda assim, os gêneros propostos para leitura/escuta e
produção oral, escrita e multissemiótica, nos primeiros anos iniciais, serão mais simples, tais como listas (de chamada, de ingredientes, de
compras), bilhetes, convites, fotolegenda, manchetes e lides, listas de regras da turma etc., pois favorecem um foco maior na grafia, com-
plexificando-se conforme se avança nos anos iniciais. Nesse sentido, ganha destaque o campo da vida cotidiana, em que circulam gêneros
mais familiares aos alunos, como as cantigas de roda, as receitas, as regras de jogo etc. Do mesmo modo, os conhecimentos e a análise
linguística e multissemiótica avançarão em outros aspectos notacionais da escrita, como pontuação e acentuação e introdução das classes
morfológicas de palavras a partir do 3º ano.

LÍNGUA PORTUGUESA – 1º AO 5º ANO

PRÁTICAS DE OBJETOS DE HABILIDADES


LINGUAGEM CONHECIMENTO
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Leitura/escuta Reconstrução das (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da
(compartilhada e condições de produção e vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade,
autônoma) recepção de textos a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estratégia de leitura (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático,
bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da
própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das
hipóteses realizadas.(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

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Produção de textos Planejamento de texto (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido,
(escrita compartilhada e considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/
autônoma) para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a
circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do
texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando
em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as
fontes pesquisadas.
Revisão de textos (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e
a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Edição de textos (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas
e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte
adequado, manual ou digital.
Utilização de tecnologia (EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto,
digital para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos
multissemióticos disponíveis.
Oralidade Oralidade pública/ (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza,
Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra
conversacional em sala com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
de aula
Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando
perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.
Características da (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea
conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante
a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação
e a posição do interlocutor.
Aspectos não linguísticos (EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos)
(paralinguísticos) no ato observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da
da fala cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.
Relato oral/Registro (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos
formal e informal comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades
vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e
profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários,
receitas, regras de jogos e brincadeiras.
Leitura/escuta Leitura de imagens em (EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas,
(compartilhada e narrativas visuais relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de
autônoma) balões, de letras, onomatopeias).
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos
literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros
deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/
cartum, dentre outros.

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Leitura/escuta Formação do leitor (EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo
(compartilhada e literário do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento,
autônoma) valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da
humanidade.
Leitura colaborativa e (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
autônoma ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos
de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de
assombração etc.) e crônicas.
Apreciação estética/ (EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de
Estilo sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação
das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.
Formação do leitor (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
literário/Leitura
multissemiótica
Oralidade Contagem de histórias (EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos
literários lidos pelo professor.

LÍNGUA PORTUGUESA – 1º E 2º ANOS

PRÁTICAS DE OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES


LINGUAGEM
1º ANO 2º ANO
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Leitura/escuta Protocolos de leitura (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a
(compartilhada direita e de cima para baixo da página
e autônoma) Decodificação/Fluência de
leitura (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de
palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização
Formação de leitor (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura
compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo
com as necessidades e interesses
Escrita Correspondência fonema- (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de
(compartilhada grafema forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas.
e autônoma) Construção do sistema (EF01LP03) Observar escritas (EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto,
alfabético/Convenções da escrita convencionais, comparando- grafia correta de palavras conhecidas ou
as às suas produções escritas, com estruturas silábicas já dominadas,
percebendo semelhanças e letras maiúsculas em início de frases e
diferenças. em substantivos próprios, segmentação
entre as palavras, ponto final, ponto de
interrogação e ponto de exclamação.
Construção do sistema (EF12LP03) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para
alfabético/Estabelecimento o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento
de relações anafóricas na entre as palavras, escrita das palavras e pontuação
referenciação e construção da
coesão

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Análise Conhecimento do alfabeto do (EF01LP04) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos.
linguística/ português do Brasil
semiótica Construção do sistema alfabético (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos
(Alfabetização) sons da fala.
Construção do sistema alfabético (EF01LP06) Segmentar oralmente (EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas
e da ortografia palavras em sílabas. e remover e substituir sílabas iniciais,
mediais ou finais para criar novas palavras.
(EF01LP07) Identificar fonemas e (EF02LP03) Ler e escrever palavras com
sua representação por letras. correspondências regulares diretas
entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e
correspondências regulares contextuais (c
e q; e e o, em posição átona em final de
palavra).
(EF01LP08) Relacionar elementos (EF02LP04) Ler e escrever corretamente
sonoros (sílabas, fonemas, palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV,
partes de palavras) com sua identificando que existem vogais em todas
representação escrita. as sílabas.
(EF01LP09) Comparar palavras, (EF02LP05) Ler e escrever corretamente
identificando semelhanças e palavras com marcas de nasalidade (til, m,
diferenças entre sons de sílabas n).
iniciais.
Conhecimento do alfabeto do (EF01LP10) Nomear as letras do (EF02LP06) Perceber o princípio acrofônico
português do Brasil alfabeto e recitá-lo na ordem das que opera nos nomes das letras do
letras. alfabeto.
Conhecimento das diversas (EF01LP11) Conhecer, diferenciar (EF02LP07) Escrever palavras, frases, textos
grafias do alfabeto/Acentuação e relacionar letras em formato curtos nas formas imprensa e cursiva.
imprensa e cursiva, maiúsculas e
minúsculas.
Segmentação de palavras/ (EF01LP12) Reconhecer a (EF02LP08) Segmentar corretamente as
Classificação de palavras por separação das palavras, na palavras ao escrever frases e textos.
número de sílabas escrita, por espaços em branco.
Construção do sistema alfabético (EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre
sons de sílabas mediais e finais.
Pontuação (EF01LP14) Identificar outros (EF02LP09) Usar adequadamente ponto
sinais no texto além das final, ponto de interrogação e ponto de
letras, como pontos finais, de exclamação.
interrogação e exclamação e seus
efeitos na entonação.
Sinonímia e antonímia/ (EF01LP15) Agrupar palavras (EF02LP10) Identificar sinônimos de
Morfologia/Pontuação pelo critério de aproximação de palavras de texto lido, determinando a
significado (sinonímia) e separar diferença de sentido entre eles, e formar
palavras pelo critério de oposição antônimos de palavras encontradas em
de significado (antonímia). texto lido pelo acréscimo do prefixo de
negação in-/im-.
Morfologia (EF02LP11) Formar o aumentativo e o
diminutivo de palavras com os sufixos -ão e
-inho/-zinho.
CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas
cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns
gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e
brincadeiras.

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Leitura/escuta Compreensão em leitura (EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários,
e autônoma) avisos, convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos),
dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de
organização à sua finalidade.
(EF01LP16) Ler e compreender, (EF02LP12) Ler e compreender com certa
em colaboração com os colegas autonomia cantigas, letras de canção,
e com a ajuda do professor, dentre outros gêneros do campo da
quadras, quadrinhas, parlendas, vida cotidiana, considerando a situação
trava-línguas, dentre outros comunicativa e o tema/assunto do texto e
gêneros do campo da vida relacionando sua forma de organização à
cotidiana, considerando a sua finalidade.
situação comunicativa e o tema/
assunto do texto e relacionando
sua forma de organização à sua
finalidade.
Escrita Escrita autônoma e (EF01LP17) Planejar e produzir, (EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes
(compartilhada compartilhada em colaboração com os colegas e e cartas, em meio impresso e/ou digital,
e autônoma) com a ajuda do professor, listas, dentre outros gêneros do campo da
agendas, calendários, avisos, vida cotidiana, considerando a situação
convites, receitas, instruções comunicativa e o tema/assunto/finalidade
de montagem e legendas para do texto.
álbuns, fotos ou ilustrações
(digitais ou impressos), dentre
outros gêneros do campo da
vida cotidiana, considerando a
situação comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
(EF01LP18) Registrar, em (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos
colaboração com os colegas relatos de observação de processos, de
e com a ajuda do professor, fatos, de experiências pessoais, mantendo
cantigas, quadras, quadrinhas, as características do gênero, considerando
parlendas, trava-línguas, dentre a situação comunicativa e o tema/assunto
outros gêneros do campo da do texto.
vida cotidiana, considerando a
situação comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
Escrita compartilhada (EF12LP05) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados
(letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em
quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário, considerando a
situação comunicativa e a finalidade do texto.
Oralidade Produção de texto oral (EF12LP06) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, recados, avisos, convites, receitas, instruções de montagem,
dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto
(EF01LP19) Recitar parlendas, (EF02LP15) Cantar cantigas e canções,
quadras, quadrinhas, trava- obedecendo ao ritmo e à melodia.
línguas, com entonação
adequada e observando as rimas.

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Análise Forma de composição do texto (EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas,
linguística/ parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de
semiótica fala relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido
(Alfabetização) (EF01LP20) Identificar e (EF02LP16) Identificar e reproduzir, em
reproduzir, em listas, agendas, bilhetes, recados, avisos, cartas, e-mails,
calendários, regras, avisos, receitas (modo de fazer), relatos (digitais
convites, receitas, instruções ou impressos), a formatação e diagramação
de montagem e legendas para específica de cada um desses gêneros.
álbuns, fotos ou ilustrações
(digitais ou impressos), a
formatação e diagramação
específica de cada um desses
gêneros.
(EF02LP17) Identificar e reproduzir,
em relatos de experiências pessoais, a
sequência dos fatos, utilizando expressões
que marquem a passagem do tempo
(“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”,
“amanhã”, “outro dia”, “antigamente”,
“há muito tempo” etc.), e o nível de
informatividade necessário.
CAMPO DA VIDA PÚBLICA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura e escrita, especialmente de textos
das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício
de direitos. Alguns gêneros textuais deste campo: notas; álbuns noticiosos; notícias; reportagens; cartas do leitor (revista infantil);
comentários em sites para criança; textos de campanhas de conscientização; Estatuto da Criança e do Adolescente; abaixo-assinados;
cartas de reclamação, regras e regulamentos
Leitura/escuta Compreensão em leitura (EF12LP08) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda
(compartilhada do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias, álbum
e autônoma) de fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, dentre outros
gêneros do campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto
(EF12LP09) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de
conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo
publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto
(EF12LP10) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e regulamentos que organizam
a vida na comunidade escolar, dentre outros gêneros do campo da atuação
cidadã, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto

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Escrita Escrita compartilhada (EF12LP11) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
(compartilhada professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias, álbum
e autônoma) de fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, digitais ou
impressos, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto
(EF12LP12) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de
conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo
publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade
do texto
(EF01LP21) Escrever, em (EF02LP18) Planejar e produzir cartazes e
colaboração com os colegas e folhetos para divulgar eventos da escola
com a ajuda do professor, listas ou da comunidade, utilizando linguagem
de regras e regulamentos que persuasiva e elementos textuais e visuais
organizam a vida na comunidade (tamanho da letra, leiaute, imagens)
escolar, dentre outros gêneros adequados ao gênero, considerando a
do campo da atuação cidadã, situação comunicativa e o tema/assunto
considerando a situação do texto.
comunicativa e o tema/assunto do
texto.
Oralidade Produção de texto oral (EF02LP19) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, notícias curtas para público
infantil, para compor jornal falado que
possa ser repassado oralmente ou em
meio digital, em áudio ou vídeo, dentre
outros gêneros do campo jornalístico,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF12LP13) Planejar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
professor, slogans e peça de campanha de conscientização destinada ao público
infantil que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais,
em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/
finalidade do texto
Análise Forma de composição do texto (EF12LP14) Identificar e reproduzir, em fotolegendas de notícias, álbum de
linguística/ fotos digital noticioso, cartas de leitor (revista infantil), digitais ou impressos, a
semiótica formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em
(Alfabetização) suas versões orais.
(EF12LP15) Identificar a forma de composição de slogans publicitários.
(EF12LP16) Identificar e reproduzir, em anúncios publicitários e textos de
campanhas de conscientização destinados ao público infantil (orais e escritos,
digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive o uso de imagens
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura/escrita que
possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à
divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns gêneros deste campo em mídia impressa ou digital:
enunciados de tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos; tabelas; infográficos; diagramas; entrevistas; notas de
divulgação científica; verbetes de enciclopédia

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Leitura/escuta Compreensão em leitura (EF12LP17) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
(compartilhada ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, diagramas, curiosidades,
e autônoma) pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia
infantil, entre outros gêneros do campo investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto
Imagens analíticas em textos (EF02LP20) Reconhecer a função de textos
utilizados para apresentar informações
coletadas em atividades de pesquisa
(enquetes, pequenas entrevistas, registros
de experimentações).
Pesquisa (EF02LP21) Explorar, com a mediação
do professor, textos informativos de
diferentes ambientes digitais de pesquisa,
conhecendo suas possibilidades.
Escrita Produção de textos (EF01LP22) Planejar e produzir, em (EF02LP22) Planejar e produzir, em
(compartilhada colaboração com os colegas e com colaboração com os colegas e com a
e autônoma) a ajuda do professor, diagramas, ajuda do professor, pequenos relatos
entrevistas, curiosidades, dentre de experimentos, entrevistas, verbetes
outros gêneros do campo de enciclopédia infantil, dentre outros
investigativo, digitais ou impressos, gêneros do campo investigativo, digitais
considerando a situação ou impressos, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/ comunicativa e o tema/assunto/finalidade
finalidade do texto. do texto.
Escrita autônoma (EF02LP23) Planejar e produzir, com
certa autonomia, pequenos registros de
observação de resultados de pesquisa,
coerentes com um tema investigado.
Oralidade Planejamento de texto oral (EF01LP23) Planejar e produzir, (EF02LP24) Planejar e produzir, em
Exposição oral em colaboração com os colegas colaboração com os colegas e com a ajuda
e com a ajuda do professor, do professor, relatos de experimentos,
entrevistas, curiosidades, dentre registros de observação, entrevistas,
outros gêneros do campo dentre outros gêneros do campo
investigativo, que possam ser investigativo, que possam ser repassados
repassados oralmente por meio oralmente por meio de ferramentas
de ferramentas digitais, em áudio digitais, em áudio ou vídeo, considerando
ou vídeo, considerando a situação a situação comunicativa e o tema/
comunicativa e o tema/assunto/ assunto/finalidade do texto.
finalidade do texto.
Análise Forma de composição dos (EF01LP24) Identificar e reproduzir, (EF02LP25) Identificar e reproduzir, em
linguística/ textos/Adequação do texto às em enunciados de tarefas relatos de experimentos, entrevistas,
semiótica normas de escrita escolares, diagramas, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, digitais
(Alfabetização) curiosidades, digitais ou impressos, ou impressos, a formatação e diagramação
a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros,
específica de cada um desses inclusive em suas versões orais.
gêneros, inclusive em suas versões
orais.
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos
literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste
campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre
outros

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Leitura/escuta Formação do leitor literário (EF02LP26) Ler e compreender, com certa


(compartilhada autonomia, textos literários, de gêneros
e autônoma) variados, desenvolvendo o gosto pela
leitura.
Apreciação estética/Estilo (EF12LP18) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas,
sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo
imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição
Escrita Escrita autônoma e (EF01LP25) Produzir, tendo (EF02LP27) Reescrever textos narrativos
(compartilhada compartilhada o professor como escriba, literários lidos pelo professor.
e autônoma) recontagens de histórias lidas pelo
professor, histórias imaginadas
ou baseadas em livros de
imagens, observando a forma de
composição de textos narrativos
(personagens, enredo, tempo e
espaço).
Análise Formas de composição de (EF01LP26) Identificar elementos (EF02LP28) Reconhecer o conflito gerador
linguística/ narrativas de uma narrativa lida ou escutada, de uma narrativa ficcional e sua resolução,
semiótica incluindo personagens, enredo, além de palavras, expressões e frases que
(Alfabetização) tempo e espaço. caracterizam personagens e ambientes.
Formas de composição de textos (EF12LP19) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de
poéticos palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e
associações
Formas de composição de textos (EF02LP29) Observar, em poemas
poéticos visuais visuais, o formato do texto na página, as
ilustrações e outros efeitos visuais.

LÍNGUA PORTUGUESA – 3º AO 5º ANO

PRÁTICAS DE OBJETOS DE HABILIDADES


LINGUAGEM CONHECIMENTO
3º ANO 4º ANO 5º ANO
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Leitura/escuta Decodificação/ (EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com
(compartilhada e Fluência de leitura autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado
autônoma) Formação de leitor (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula
e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e
compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura
Compreensão (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global
Estratégia de leitura (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com
base no contexto da frase ou do texto
(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições
lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos –
pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Produção de Construção do (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais,


textos (escrita sistema alfabético/ tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação
compartilhada e Convenções da escrita (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e
autônoma) pontuação do discurso direto, quando for o caso
Construção do (EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição
sistema alfabético/ lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado
Estabelecimento de ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores
relações anafóricas de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível
na referenciação e suficiente de informatividade
construção da coesão
Planejamento de (EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo
texto/Progressão as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual
temática e
paragrafação
Oralidade Forma de composição (EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e
de gêneros orais contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais
(conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no
rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e
TV, aula, debate etc.)
Variação linguística (EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas,
identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas
variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos
regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos
Análise Construção do (EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras,
linguística/ sistema alfabético e especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema.
semiótica da ortografia (EF03LP01) Ler e (EF04LP01) (EF05LP01) Grafar palavras
(Ortografização) escrever palavras com Grafar palavras utilizando regras de
correspondências utilizando regras de correspondência fonema-
regulares contextuais correspondência grafema regulares, contextuais
entre grafemas e fonemas fonema-grafema e morfológicas e palavras de uso
– c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o regulares diretas e frequente com correspondências
(e não u) e e (e não i) em contextuais. irregulares.
sílaba átona em final de
palavra – e com marcas de
nasalidade (til, m, n).
(EF03LP02) Ler e escrever (EF04LP02)
corretamente palavras Ler e escrever,
com sílabas CV, V, corretamente, palavras
CVC, CCV, VC, VV, CVV, com sílabas VV e CVV
identificando que existem em casos nos quais
vogais em todas as sílabas. a combinação VV
(ditongo) é reduzida na
língua oral (ai, ei, ou).
(EF03LP03) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch.
(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações
fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema
Conhecimento do (EF04LP03) Localizar (EF05LP02) Identificar o caráter
alfabeto do português palavras no dicionário polissêmico das palavras (uma
do Brasil/Ordem para esclarecer mesma palavra com diferentes
alfabética/Polissemia significados, significados, de acordo com o
reconhecendo o contexto de uso), comparando o
significado mais significado de determinados termos
plausível para o utilizados nas áreas científicas com
contexto que deu esses mesmos termos utilizados na
origem à consulta. linguagem usual.
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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Análise Conhecimento das (EF03LP04) Usar (EF04LP04) Usar (EF05LP03) Acentuar corretamente
linguística/ diversas grafias do acento gráfico (agudo acento gráfico (agudo palavras oxítonas, paroxítonas e
semiótica alfabeto/Acentuação ou circunflexo) em ou circunflexo) proparoxítonas.
(Ortografização) monossílabos tônicos em paroxítonas
terminados em a, e, o terminadas em -i(s), -l,
e em palavras oxítonas -r, -ão(s).
terminadas em a, e, o,
seguidas ou não de s.
Segmentação de (EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas,
palavras/Classificação dissílabas, trissílabas e polissílabas.
de palavras por
número de sílabas
Construção do (EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas,
sistema alfabético paroxítonas e proparoxítonas.
Pontuação (EF03LP07) Identificar a (EF04LP05) Identificar (EF05LP04) Diferenciar, na leitura
função na leitura e usar na a função na leitura e de textos, vírgula, ponto e vírgula,
escrita ponto final, ponto usar, adequadamente, dois-pontos e reconhecer, na
de interrogação, ponto de na escrita ponto final, leitura de textos, o efeito de
exclamação e, em diálogos de interrogação, de sentido que decorre do uso de
(discurso direto), dois- exclamação, dois- reticências, aspas, parênteses.
pontos e travessão. pontos e travessão
em diálogos (discurso
direto), vírgula em
enumerações e em
separação de vocativo
e de aposto.
Morfologia/ (EF05LP05) Identificar a expressão
Morfossintaxe de presente, passado e futuro
em tempos verbais do modo
indicativo.
(EF03LP08) Identificar e (EF04LP06) Identificar (EF05LP06) Flexionar,
diferenciar, em textos, em textos e usar na adequadamente, na escrita
substantivos e verbos e produção textual a e na oralidade, os verbos em
suas funções na oração: concordância entre concordância com pronomes
agente, ação, objeto da substantivo ou pessoais/nomes sujeitos da
ação. pronome pessoal e oração.
verbo (concordância
verbal).
Morfossintaxe (EF03LP09) Identificar, (EF04LP07) Identificar em textos e usar na produção
em textos, adjetivos e textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo
sua função de atribuição (concordância no grupo nominal).
de propriedades aos
substantivos.

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Análise Morfologia (EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais,
linguística/ possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico
semiótica (EF05LP07) Identificar,
(Ortografização) em textos, o uso de
conjunções e a relação que
estabelecem entre partes
do texto: adição, oposição,
tempo, causa, condição,
finalidade.
(EF03LP10) Reconhecer (EF04LP08) Reconhecer (EF05LP08) Diferenciar
prefixos e sufixos produtivos e grafar, corretamente, palavras primitivas,
na formação de palavras palavras derivadas com derivadas e compostas, e
derivadas de substantivos, os sufixos -agem, -oso, derivadas por adição de
de adjetivos e de verbos, -eza, -izar/-isar (regulares prefixo e de sufixo.
utilizando-os para morfológicas).
compreender palavras e
para formar novas palavras.
CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas
cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns
gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e
brincadeiras.
Leitura/escuta Compreensão em (EF03LP11) Ler e (EF04LP09) Ler e (EF05LP09) Ler e
(compartilhada e leitura compreender, com compreender, com compreender, com
autônoma) autonomia, textos autonomia, boletos, faturas autonomia, textos
injuntivos instrucionais e carnês, dentre outros instrucional de regras
(receitas, instruções de gêneros do campo da de jogo, dentre outros
montagem etc.), com a vida cotidiana, de acordo gêneros do campo da vida
estrutura própria desses com as convenções do cotidiana, de acordo com
textos (verbos imperativos, gênero (campos, itens as convenções do gênero
indicação de passos a ser elencados, medidas de e considerando a situação
seguidos) e mesclando consumo, código de barras) comunicativa e a finalidade
palavras, imagens e recursos e considerando a situação do texto.
gráficovisuais, considerando comunicativa e a finalidade
a situação comunicativa e o do texto.
tema/assunto do texto
(EF03LP12) Ler e (EF04LP10) Ler e (EF05LP10) Ler e
compreender, com compreender, com compreender, com
autonomia, cartas autonomia, cartas pessoais autonomia, anedotas,
pessoais e diários, com de reclamação, dentre piadas e cartuns, dentre
expressão de sentimentos outros gêneros do campo outros gêneros do campo
e opiniões, dentre outros da vida cotidiana, de da vida cotidiana, de acordo
gêneros do campo da vida acordo com as convenções com as convenções do
cotidiana, de acordo com as do gênero carta e gênero e considerando a
convenções do gênero carta considerando a situação situação comunicativa e a
e considerando a situação comunicativa e o tema/ finalidade do texto.
comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do
assunto do texto. texto.

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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Produção de Escrita colaborativa (EF03LP13) Planejar e (EF04LP11) Planejar e (EF05LP11) Registrar, com
textos (escrita produzir cartas pessoais e produzir, com autonomia, autonomia, anedotas,
compartilhada e diários, com expressão de cartas pessoais de piadas e cartuns, dentre
autônoma) sentimentos e opiniões, reclamação, dentre outros outros gêneros do campo
dentre outros gêneros do gêneros do campo da vida da vida cotidiana, de acordo
campo da vida cotidiana, de cotidiana, de acordo com as com as convenções do
acordo com as convenções convenções do gênero carta gênero e considerando a
dos gêneros carta e diário e com a estrutura própria situação comunicativa e a
e considerando a situação desses textos (problema, finalidade do texto.
comunicativa e o tema/ opinião, argumentos),
assunto do texto. considerando a situação
comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do
texto.
Escrita Escrita colaborativa (EF03LP14) Planejar e (EF05LP12) Planejar e
(compartilhada e produzir textos injuntivos produzir, com autonomia,
autônoma) instrucionais, com a textos instrucionais de
estrutura própria desses regras de jogo, dentre
textos (verbos imperativos, outros gêneros do campo
indicação de passos a ser da vida cotidiana, de acordo
seguidos) e mesclando com as convenções do
palavras, imagens e recursos gênero e considerando a
gráfico-visuais, considerando situação comunicativa e a
a situação comunicativa e o finalidade do texto.
tema/assunto do texto
Oralidade Produção de texto (EF03LP15) Assistir, em (EF04LP12) Assistir, em (EF05LP13) Assistir, em
oral vídeo digital, a programa de vídeo digital, a programa vídeo digital, a postagem
culinária infantil e, a partir infantil com instruções de vlog infantil de críticas
dele, planejar e produzir de montagem, de jogos e de brinquedos e livros de
receitas em áudio ou vídeo. brincadeiras e, a partir dele, literatura infantil e, a partir
planejar e produzir tutoriais dele, planejar e produzir
em áudio ou vídeo. resenhas digitais em áudio
ou vídeo.
Análise Forma de composição (EF03LP16) Identificar (EF04LP13) Identificar (EF05LP14) Identificar
linguística/ do texto e reproduzir, em textos e reproduzir, em textos e reproduzir, em textos
semiótica injuntivos instrucionais injuntivos instrucionais de resenha crítica de
(Ortografização) (receitas, instruções de (instruções de jogos brinquedos ou livros
montagem, digitais ou digitais ou impressos), a de literatura infantil, a
impressos), a formatação formatação própria desses formatação própria desses
própria desses textos textos (verbos imperativos, textos (apresentação e
(verbos imperativos, indicação de passos a avaliação do produto).
indicação de passos a ser ser seguidos) e formato
seguidos) e a diagramação específico dos textos orais
específica dos textos ou escritos desses gêneros
desses gêneros (lista de (lista/ apresentação de
ingredientes ou materiais materiais e instruções/
e instruções de execução – passos de jogo).
“modo de fazer”)
(EF03LP17) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a formatação
própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão de vivências, emoções,
opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (data,
saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).
CAMPO DA VIDA PÚBLICA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura e escrita, especialmente de textos
das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício
de direitos. Alguns gêneros textuais deste campo: notas; álbuns noticiosos; notícias; reportagens; cartas do leitor (revista infantil);
comentários em sites para criança; textos de campanhas de conscientização; Estatuto da Criança e do Adolescente; abaixo-assinados;
cartas de reclamação, regras e regulamentos.
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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Leitura/escuta Compreensão em (EF03LP18) Ler e (EF04LP14) Identificar, (EF05LP15) Ler/assistir


(compartilhada e leitura compreender, com em notícias, fatos, e compreender, com
autônoma) autonomia, cartas dirigidas participantes, local e autonomia, notícias,
a veículos da mídia impressa momento/tempo da reportagens, vídeos em
ou digital (cartas de leitor ocorrência do fato vlogs argumentativos,
e de reclamação a jornais, noticiado. dentre outros gêneros do
revistas) e notícias, dentre campo político-cidadão, de
outros gêneros do campo acordo com as convenções
jornalístico, de acordo com dos gêneros e considerando
as convenções do gênero a situação comunicativa e o
carta e considerando a tema/assunto do texto.
situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF03LP19) Identificar e (EF04LP15) Distinguir fatos (EF05LP16) Comparar
discutir o propósito do uso de opiniões/sugestões informações sobre um
de recursos de persuasão em textos (informativos, mesmo fato veiculadas em
(cores, imagens, escolha jornalísticos, publicitários diferentes mídias e concluir
de palavras, jogo de etc.). sobre qual é mais confiável
palavras, tamanho de letras) e por quê.
em textos publicitários
e de propaganda,
como elementos de
convencimento.
Produção de Escrita colaborativa (EF03LP20) Produzir cartas (EF04LP16) Produzir (EF05LP17) Produzir
textos (escrita dirigidas a veículos da mídia notícias sobre fatos roteiro para edição de
compartilhada e impressa ou digital (cartas ocorridos no universo uma reportagem digital
autônoma) do leitor ou de reclamação escolar, digitais ou sobre temas de interesse
a jornais ou revistas), dentre impressas, para o jornal da da turma, a partir de
outros gêneros do campo escola, noticiando os fatos buscas de informações,
político-cidadão, com e seus atores e comentando imagens, áudios e vídeos
opiniões e críticas, de acordo decorrências, de acordo na internet, de acordo com
com as convenções do com as convenções as convenções do gênero
gênero carta e considerando do gênero notícia e e considerando a situação
a situação comunicativa e o considerando a situação comunicativa e o tema/
tema/assunto do texto. comunicativa e o tema/ assunto do texto.
assunto do texto.
(EF03LP21) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização
destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos
publicitários e de propaganda (cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo de
palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação).
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a
situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e
estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Oralidade Planejamento e (EF03LP22) Planejar e (EF04LP17) Produzir jornais (EF05LP18) Roteirizar,


produção de texto produzir, em colaboração radiofônicos ou televisivos produzir e editar vídeo
com os colegas, telejornal e entrevistas veiculadas para vlogs argumentativos
para público infantil com em rádio, TV e na internet, sobre produtos de mídia
algumas notícias e textos de orientando-se por roteiro para público infantil (filmes,
campanhas que possam ser ou texto e demonstrando desenhos animados, HQs,
repassados oralmente ou conhecimento dos gêneros games etc.), com base em
em meio digital, em áudio jornal falado/televisivo e conhecimentos sobre os
ou vídeo, considerando a entrevista. mesmos, de acordo com
situação comunicativa, a as convenções do gênero
organização específica da e considerando a situação
fala nesses gêneros e o comunicativa e o tema/
tema/assunto/finalidade dos assunto/finalidade do texto.
textos.
Produção de texto (EF05LP19) Argumentar
oralmente sobre
acontecimentos de
interesse social, com base
em conhecimentos sobre
fatos divulgados em TV,
rádio, mídia impressa e
digital, respeitando pontos
de vista diferentes.
Análise Forma de composição (EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias
linguística/ dos textos simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou
semiótica impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive
(Ortografização) em suas versões orais
(EF03LP23) Analisar o uso de (EF05LP20) Analisar
adjetivos em cartas dirigidas a validade e força
a veículos da mídia impressa de argumentos em
ou digital (cartas do leitor argumentações sobre
ou de reclamação a jornais produtos de mídia para
ou revistas), digitais ou público infantil (filmes,
impressas. desenhos animados, HQs,
games etc.), com base em
conhecimentos sobre os
mesmos.
(EF04LP18) Analisar o (EF05LP21) Analisar o
padrão entonacional e a padrão entonacional, a
expressão facial e corporal expressão facial e corporal
de âncoras de jornais e as escolhas de variedade
radiofônicos ou televisivos e registro linguísticos de
e de entrevistadores/ vloggers de vlogs opinativos
entrevistados. ou argumentativos.
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura/escrita que
possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à
divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns gêneros deste campo em mídia impressa ou digital:
enunciados de tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos; tabelas; infográficos; diagramas; entrevistas; notas de
divulgação científica; verbetes de enciclopédia

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Leitura/escuta Compreensão em (EF03LP24) Ler/ouvir (EF04LP19) Ler e (EF05LP22) Ler e


(compartilhada e leitura e compreender, com compreender textos compreender verbetes de
autônoma) autonomia, relatos de expositivos de divulgação dicionário, identificando a
observações e de pesquisas científica para crianças, estrutura, as informações
em fontes de informações, considerando a situação gramaticais (significado
considerando a situação comunicativa e o tema/ de abreviaturas) e as
comunicativa e o tema/ assunto do texto. informações semânticas.
assunto do texto.
Imagens analíticas em (EF04LP20) Reconhecer (EF05LP23) Comparar
textos a função de gráficos, informações apresentadas
diagramas e tabelas em em gráficos ou tabelas.
textos, como forma de
apresentação de dados e
informações.
Pesquisa (EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre
fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais
Produção de Produção de textos (EF03LP25) Planejar e (EF04LP21) Planejar e (EF05LP24) Planejar e
textos (escrita produzir textos para produzir textos sobre produzir texto sobre tema
compartilhada e apresentar resultados temas de interesse, com de interesse, organizando
autônoma) de observações e de base em resultados de resultados de pesquisa
pesquisas em fontes de observações e pesquisas em fontes de informação
informações, incluindo, em fontes de informações impressas ou digitais,
quando pertinente, impressas ou eletrônicas, incluindo imagens e gráficos
imagens, diagramas e incluindo, quando ou tabelas, considerando a
gráficos ou tabelas simples, pertinente, imagens e situação comunicativa e o
considerando a situação gráficos ou tabelas simples, tema/assunto do texto.
comunicativa e o tema/ considerando a situação
assunto do texto. comunicativa e o tema/
assunto do texto.
Escrita autônoma (EF04LP22) Planejar (EF05LP25) Planejar
e produzir, com certa e produzir, com certa
autonomia, verbetes autonomia, verbetes de
de enciclopédia infantil, dicionário, digitais ou
digitais ou impressos, impressos, considerando a
considerando a situação situação comunicativa e o
comunicativa e o tema/ tema/assunto/finalidade do
assunto/finalidade do texto.
texto.
Oralidade Escuta de textos orais (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas,
formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que
necessário
Compreensão de (EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições,
textos orais apresentações e palestras
Planejamento de (EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de
texto oral recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro
Exposição oral escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa

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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Análise Forma de composição (EF03LP26) Identificar e (EF05LP26) Utilizar,


linguística/ dos textos reproduzir, em relatórios de ao produzir o texto,
semiótica Adequação do texto observação e pesquisa, a conhecimentos linguísticos
(Ortografização) às normas de escrita formatação e diagramação e gramaticais: regras
específica desses gêneros sintáticas de concordância
(passos ou listas de itens, nominal e verbal,
tabelas, ilustrações, gráficos, convenções de escrita de
resumo dos resultados), citações, pontuação (ponto
inclusive em suas versões final, dois-pontos, vírgulas
orais. em enumerações) e regras
ortográficas.
Análise Forma de composição (EF04LP23) Identificar e (EF05LP27) Utilizar, ao
linguística/ dos textos reproduzir, em verbetes produzir o texto, recursos
semiótica Coesão e de enciclopédia infantil, de coesão pronominal
(Ortografização) articuladores digitais ou impressos, a (pronomes anafóricos)
formatação e diagramação e articuladores de
específica desse gênero relações de sentido
(título do verbete, (tempo, causa, oposição,
definição, detalhamento, conclusão, comparação),
curiosidades), considerando com nível adequado de
a situação comunicativa e informatividade.
o tema/assunto/finalidade
do texto.
Forma de composição (EF04LP24) Identificar
dos textos e reproduzir, em seu
Adequação do texto formato, tabelas,
às normas de escrita diagramas e gráficos em
relatórios de observação e
pesquisa, como forma de
apresentação de dados e
informações.
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos
literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste
campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre
outros.
Leitura/escuta Formação do leitor (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes
(compartilhada e literário gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por
autônoma) gêneros, temas, autores
Formação do leitor (EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de
literário/Leitura verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
multissemiótica
Apreciação estética/ (EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e
Estilo diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
Textos dramáticos (EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua
organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das
personagens e de cena

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Produção de Escrita autônoma e (EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes
textos (escrita compartilhada descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do
compartilhada e texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens
autônoma) (EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que
apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa:
enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e
discurso direto
Escrita autônoma (EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando
rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e
sonoros
Oralidade Declamação (EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas
Performances orais (EF03LP27) Recitar cordel (EF04LP25) Representar
e cantar repentes e cenas de textos dramáticos,
emboladas, observando reproduzindo as falas
as rimas e obedecendo ao das personagens, de
ritmo e à melodia acordo com as rubricas de
interpretação e movimento
indicadas pelo autor.
Análise Formas de (EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador,
linguística/ composição de resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando
semiótica narrativas narrativas em primeira e terceira pessoas
(Ortografização) Discurso direto e (EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de
indireto sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no
discurso direto, quando for o caso
Forma de composição (EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de
de textos poéticos recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
Forma de composição (EF04LP26) Observar, (EF05LP28) Observar, em
de textos poéticos em poemas concretos, o ciberpoemas e minicontos
visuais formato, a distribuição e a infantis em mídia digital, os
diagramação das letras do recursos multissemióticos
texto na página. presentes nesses textos
digitais.
Forma de composição (EF04LP25) Representar
de textos dramáticos cenas de textos dramáticos,
reproduzindo as falas
das personagens, de
acordo com as rubricas de
interpretação e movimento
indicadas pelo autor.

LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HA-
BILIDADES
Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o adolescente/jovem participa com maior criticidade de situações comunicativas diversifi-
cadas, interagindo com um número de interlocutores cada vez mais amplo, inclusive no contexto escolar, no qual se amplia o número de
professores responsáveis por cada um dos componentes curriculares. Essa mudança em relação aos anos iniciais favorece não só o apro-
fundamento de conhecimentos relativos às áreas, como também o surgimento do desafio de aproximar esses múltiplos conhecimentos.
A continuidade da formação para a autonomia se fortalece nessa etapa, na qual os jovens assumem maior protagonismo em práticas de
linguagem realizadas dentro e fora da escola.
No componente Língua Portuguesa, amplia-se o contato dos estudantes com gêneros textuais relacionados a vários campos de atua-
ção e a várias disciplinas, partindo-se de práticas de linguagem já vivenciadas pelos jovens para a ampliação dessas práticas, em direção a
novas experiências.
Como consequência do trabalho realizado em etapas anteriores de escolarização, os adolescentes e jovens já conhecem e fazem uso
de gêneros que circulam nos campos das práticas artístico-literárias, de estudo e pesquisa, jornalístico-midiático, de atuação na vida públi-
ca e campo da vida pessoal, cidadãs, investigativas.

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Aprofunda-se, nessa etapa, o tratamento dos gêneros que linguísticas e semióticas de textos vinculados a formas políticas não
circulam na esfera pública, nos campos jornalístico-midiático e de institucionalizadas, movimentos de várias naturezas, coletivos, pro-
atuação na vida pública. No primeiro campo, os gêneros jornalísti- duções artísticas, intervenções urbanas etc.
cos – informativos e opinativos – e os publicitários são privilegiados, No campo das práticas investigativas, há uma ênfase nos gê-
com foco em estratégias linguístico-discursivas e semióticas volta- neros didático-expositivos, impressos ou digitais, do 6º ao 9º ano,
das para a argumentação e persuasão. Para além dos gêneros, são sendo a progressão dos conhecimentos marcada pela indicação do
consideradas práticas contemporâneas de curtir, comentar, redis- que se operacionaliza na leitura, escrita, oralidade. Nesse processo,
tribuir, publicar notícias, curar etc. e tematizadas questões polêmi- procedimentos e gêneros de apoio à compreensão são propostos
cas envolvendo as dinâmicas das redes sociais e os interesses que em todos os anos. Esses textos servirão de base para a reelaboração
movem a esfera jornalística-midiática. A questão da confiabilidade de conhecimentos, a partir da elaboração de textos-síntese, como
da informação, da proliferação de fake news, da manipulação de quadro-sinópticos, esquemas, gráficos, infográficos, tabelas, resu-
fatos e opiniões tem destaque e muitas das habilidades se relacio- mos, entre outros, que permitem o processamento e a organização
nam com a comparação e análise de notícias em diferentes fontes de conhecimentos em práticas de estudo e de dados levantados em
e mídias, com análise de sites e serviços checadores de notícias e diferentes fontes de pesquisa. Será dada ênfase especial a procedi-
com o exercício da curadoria, estando previsto o uso de ferramen- mentos de busca, tratamento e análise de dados e informações e a
tas digitais de curadoria. A proliferação do discurso de ódio tam- formas variadas de registro e socialização de estudos e pesquisas,
bém é tematizada em todos os anos e habilidades relativas ao trato que envolvem não só os gêneros já consagrados, como apresenta-
e respeito com o diferente e com a participação ética e respeito- ção oral e ensaio escolar, como também outros gêneros da cultura
sa em discussões e debates de ideias são consideradas. Além das digital – relatos multimidiáticos, verbetes de enciclopédias colabo-
habilidades de leitura e produção de textos já consagradas para o rativas, vídeos-minuto etc. Trata-se de fomentar uma formação que
impresso são contempladas habilidades para o trato com o hiper- possibilite o trato crítico e criterioso das informações e dados.
texto e também com ferramentas de edição de textos, áudio e ví- No âmbito do Campo artístico-literário, trata-se de possibilitar
deo e produções que podem prever postagem de novos conteúdos o contato com as manifestações artísticas em geral, e, de forma par-
locais que possam ser significativos para a escola ou comunidade ticular e especial, com a arte literária e de oferecer as condições
ou apreciações e réplicas a publicações feitas por outros. Trata-se para que se possa reconhecer, valorizar e fruir essas manifestações.
de promover uma formação que faça frente a fenômenos como o Está em jogo a continuidade da formação do leitor literário, com es-
da pós-verdade, o efeito bolha e proliferação de discursos de ódio, pecial destaque para o desenvolvimento da fruição, de modo a evi-
que possa promover uma sensibilidade para com os fatos que afe- denciar a condição estética desse tipo de leitura e de escrita. Para
tam drasticamente a vida de pessoas e prever um trato ético com o que a função utilitária da literatura – e da arte em geral – possa
debate de ideias. dar lugar à sua dimensão humanizadora, transformadora e mobili-
Como já destacado, além dos gêneros jornalísticos, também zadora, é preciso supor – e, portanto, garantir a formação de – um
são considerados nesse campo os publicitários, estando previsto o leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de se implicar
tratamento de diferentes peças publicitárias, envolvidas em campa- na leitura dos textos, de “desvendar” suas múltiplas camadas de
nhas, para além do anúncio publicitário e a propaganda impressa, o sentido, de responder às suas demandas e de firmar pactos de lei-
que supõe habilidades para lidar com a multissemiose dos textos e tura. Para tanto, as habilidades, no que tange à formação literária,
com as várias mídias. Análise dos mecanismos e persuasão ganham envolvem conhecimentos de gêneros narrativos e poéticos que po-
destaque, o que também pode ajudar a promover um consumo dem ser desenvolvidos em função dessa apreciação e que dizem
consciente. respeito, no caso da narrativa literária, a seus elementos (espaço,
No campo de atuação da vida pública ganham destaque os tempo, personagens); às escolhas que constituem o estilo nos tex-
gêneros legais e normativos – abrindo-se espaço para aqueles que tos, na configuração do tempo e do espaço e na construção dos
regulam a convivência em sociedade, como regimentos (da escola, personagens; aos diferentes modos de se contar uma história (em
da sala de aula) e estatutos e códigos (Estatuto da Criança e do Ado- primeira ou terceira pessoa, por meio de um narrador personagem,
lescente e Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de com pleno ou parcial domínio dos acontecimentos); à polifonia pró-
Trânsito etc.), até os de ordem mais geral, como a Constituição e a pria das narrativas, que oferecem níveis de complexidade a serem
Declaração dos Direitos Humanos, sempre tomados a partir de seus explorados em cada ano da escolaridade; ao fôlego dos textos. No
contextos de produção, o que contextualiza e confere significado a caso da poesia, destacam-se, inicialmente, os efeitos de sentido
seus preceitos. Trata-se de promover uma consciência dos direitos, produzidos por recursos de diferentes naturezas, para depois se al-
uma valorização dos direitos humanos e a formação de uma ética cançar a dimensão imagética, constituída de processos metafóricos
da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto e metonímicos muito presentes na linguagem poética.
quanto eu tenho). Ressalta-se, ainda, a proposição de objetivos de aprendizagem
Ainda nesse campo, estão presentes gêneros reivindicatórios e desenvolvimento que concorrem para a capacidade dos estudan-
e propositivos e habilidades ligadas a seu trato. A exploração de tes de relacionarem textos, percebendo os efeitos de sentidos de-
canais de participação, inclusive digitais, também é prevista. Aqui correntes da intertextualidade temática e da polifonia resultante
também a discussão e o debate de ideias e propostas assume um da inserção – explícita ou não – de diferentes vozes nos textos. A
lugar de destaque. Assim, não se trata de promover o silenciamen- relação entre textos e vozes se expressa, também, nas práticas de
to de vozes dissonantes, mas antes de explicitá-las, de convocá-las compartilhamento que promovem a escuta e a produção de textos,
para o debate, analisá-las, confrontá- las, de forma a propiciar uma de diferentes gêneros e em diferentes mídias, que se prestam à ex-
pressão das preferências e das apreciações do que foi lido/ouvido/
autonomia de pensamento, pautada pela ética, como convém a Es-
assistido.
tados democráticos. Nesse sentido, também são propostas análises
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Por fim, destaque-se a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo, tendo em vista a potência da arte e da litera-
tura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos, o que contribui
para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo e, pelo reconhecimento do que é diverso, compreender a si
mesmo e desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente.
Outros gêneros, além daqueles cuja abordagem é sugerida na BNCC, podem e devem ser incorporados aos currículos das escolas e,
assim como já salientado, os gêneros podem ser contemplados em anos diferentes dos indicados.
Também, como já mencionado, nos Anos Finais do Ensino Fundamental, os conhecimentos sobre a língua, sobre as demais semioses
e sobre a norma-padrão se articulam aos demais eixos em que se organizam os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de Língua
Portuguesa. Dessa forma, as abordagens linguística, metalinguística e reflexiva ocorrem sempre a favor da prática de linguagem que está
em evidência nos eixos de leitura, escrita ou oralidade.
Os conhecimentos sobre a língua, as demais semioses e a norma-padrão não devem ser tomados como uma lista de conteúdos disso-
ciados das práticas de linguagem, mas como propiciadores de reflexão a respeito do funcionamento da língua no contexto dessas práticas.
A seleção de habilidades na BNCC está relacionada com aqueles conhecimentos fundamentais para que o estudante possa apropriar-se do
sistema linguístico que organiza o português brasileiro.
Alguns desses objetivos, sobretudo aqueles que dizem respeito à norma, são transversais a toda a base de Língua Portuguesa. O
conhecimento da ortografia, da pontuação, da acentuação, por exemplo, deve estar presente ao longo de toda escolaridade, abordados
conforme o ano da escolaridade. Assume-se, na BNCC de Língua Portuguesa, uma perspectiva de progressão de conhecimentos que vai das
regularidades às irregularidades e dos usos mais frequentes e simples aos menos habituais e mais complexos.

LÍNGUA PORTUGUESA – 6º AO 9º ANO

PRÁTICAS DE OBJETOS DE HABILIDADES


LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO – Vários são os gêneros possíveis de serem contemplados em atividades de leitura e produção
Trata-se, em relação a este Campo, de textos para além dos já trabalhados nos anos iniciais do ensino fundamental (notícia,
de ampliar e qualificar a participação álbum noticioso, carta de leitor, entrevista etc.): reportagem, reportagem multimidiática,
das crianças, adolescentes e jovens fotorreportagem, foto-denúncia, artigo de opinião, editorial, resenha crítica, crônica,
nas práticas relativas ao trato com a comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural, meme, charge, charge digital, political
informação e opinião, que estão no remix, anúncio publicitário, propaganda, jingle, spot, dentre outros. A referência geral é que,
centro da esfera jornalística/midiática. em cada ano, contemplem-se gêneros que lidem com informação, opinião e apreciação,
Para além de construir conhecimentos gêneros mais típicos dos letramentos da letra e do impresso e gêneros multissemióticos e
e desenvolver habilidades envolvidas hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis.
na escuta, leitura e produção de Diversos também são os processos, ações e atividades que podem ser contemplados em
textos que circulam no campo, o que atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar, compartilhar,
se pretende é propiciar experiências remixar etc. Ainda com relação a esse campo, trata-se também de compreender as formas
que permitam desenvolver nos de persuasão do discurso publicitário, o apelo ao consumo, as diferenças entre vender um
adolescentes e jovens a sensibilidade produto e “vender” uma ideia, entre anúncio publicitário e propaganda.
para que se interessem pelos fatos que
acontecem na sua comunidade, na sua
cidade e no mundo e afetam as vidas
das pessoas, incorporem em suas vidas
a prática de escuta, leitura e produção
de textos pertencentes a gêneros da
esfera jornalística em diferentes fontes,
veículos e mídias, e desenvolvam
autonomia e pensamento crítico para
se situar em relação a interesses e
posicionamentos diversos e possam
produzir textos noticiosos e opinativos
e participar de discussões e debates de
forma ética e respeitosa.

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Leitura Apreciação e réplica (EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se
Relação entre gêneros e contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia
mídias quando for o caso.
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos,
outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.),
de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das
várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do
anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em
questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de
textos pertencentes a esses gêneros.
Estratégia de leitura: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e
apreender os sentidos eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática
globais do texto retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas
abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em
tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
Efeitos de sentido (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos
publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos
linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de
linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc.
–, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens
ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
Produção de Relação do texto com o (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens,
textos contexto de produção reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor,
e experimentação de comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e
papéis sociais apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das
culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes,
anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias,
vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de
editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as
condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar
possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo
midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0,
que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de
consumidor e produtor.
Textualização (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto
produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a
circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade
linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada
às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração,
revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor
e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e
editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/
alterando efeitos, ordenamentos etc.
Revisão/edição de texto (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de
informativo e opinativo opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia
em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as
diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto,
áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta
Planejamento de textos (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas
de peças publicitárias de significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material
campanhas sociais sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido –
cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de
rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do
recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc

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Oralidade Produção de textos (EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de
*Considerar jornalísticos orais opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre
todas as outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e
habilidades dos textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de
eixos leitura e opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e
produção que se demonstrando domínio dos gêneros.
referem a textos (EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de
ou produções interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula,
orais, em áudio em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles.
ou vídeo Planejamento e (EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,
produção de textos reescrita/redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de
jornalísticos orais textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que
foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão
temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais
como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc.,
os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade
significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
Oralidade Participação em (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a
discussões orais de problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância
temas controversos de social.
interesse da turma e/ou (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos
de relevância social professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto
de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou
dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando
os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou
polêmicos.
Análise Construção (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos
linguística/ composicional da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos
semiótica noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com
imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais
como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de
argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do
tema, estrutura pergunta e resposta etc.
Estilo (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros
jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em
notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade
do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos,
reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos
nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de
presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros
publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como
a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a
ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo
com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras,
metáforas, imagens).
(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos linguísticos
que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e
operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição
de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão
temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/
terceiro lugar, finalmente, em conclusão” etc.)
Efeito de sentido (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de
sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o
ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc.

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CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA Trata-se também de possibilitar vivências significativas, na articulação com todas as áreas do
– Trata-se, neste Campo, de ampliar e currículo e com os interesses e escolhas pessoais dos adolescentes e jovens, que envolvam a
qualificar a participação dos jovens nas proposição, desenvolvimento e avaliação de ações e projetos culturais, de forma a fomentar
práticas relativas ao debate de ideias e à o protagonismo juvenil de forma contextualizada.
atuação política e social, por meio do(a): Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros já
- compreensão dos interesses que movem considerados em outras esferas – como discussão oral, debate, palestra, apresentação oral,
a esfera política em seus diferentes níveis e notícia, reportagem, artigo de opinião, cartaz, spot, propaganda (de campanhas variadas,
instâncias, das formas e canais de participação nesse campo inclusive de campanhas políticas) – e de outros, como estatuto, regimento,
institucionalizados, incluindo os digitais, e das projeto cultural, carta aberta, carta de solicitação, carta de reclamação, abaixo-assinado,
formas de participação não institucionalizadas, petição on-line, requerimento, turno de fala em assembleia, tomada de turno em reuniões,
incluindo aqui manifestações artísticas e edital, proposta, ata, parecer, enquete, relatório etc., os quais supõem o reconhecimento
intervenções urbanas; de sua função social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos
- reconhecimento da importância de linguísticos e das demais semioses envolvidos na tessitura de textos pertencentes a esses
se envolver com questões de interesse gêneros.
público e coletivo e compreensão do Em especial, vale destacar que o trabalho com discussão oral, debate, propaganda,
contexto de promulgação dos direitos campanha e apresentação oral podem/devem se relacionar também com questões,
humanos, das políticas afirmativas, e temáticas e práticas próprias do campo de atuação na vida pública. Assim, as mesmas
das leis de uma forma geral em um habilidades relativas a esses gêneros e práticas propostas para o Campo jornalístico-
estado democrático, como forma midiático e para o Campo das práticas de ensino e pesquisa devem ser aqui consideradas:
de propiciar a vivência democrática discussão, debate e apresentação oral de propostas políticas ou de solução para problemas
em várias instâncias e uma atuação que envolvem a escola ou a comunidade e propaganda política. Da mesma forma, as
pautada pela ética da responsabilidade habilidades relacionadas à argumentação e à distinção entre fato e opinião também devem
(o outro tem direito a uma vida digna ser consideradas nesse campo.
tanto quanto eu tenho);
- desenvolvimento de habilidades
e aprendizagem de procedimentos
envolvidos na leitura/escuta e
produção de textos pertencentes a
gêneros relacionados à discussão e
implementação de propostas, à defesa
de direitos e a projetos culturais e de
interesse público de diferentes naturezas.
Envolvem o domínio de gêneros
legais e o conhecimento dos canais
competentes para questionamentos,
reclamação de direitos e denúncias
de desrespeitos a legislações e
regulamentações e a direitos; de
discussão de propostas e programas
de interesse público no contexto de
agremiações, coletivos, movimentos e
outras instâncias e fóruns de discussão
da escola, da comunidade e da cidade.
Leitura Reconstrução das (EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização
condições de produção e dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e
circulação e adequação suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte,
do texto à construção livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final
composicional e ao (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados
estilo de gênero (Lei, pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que
código, estatuto, código, indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam
regimento etc.) generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter
imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação
Apreciação e réplica (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações
artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas
juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma
reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e
relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.

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Produção de Textualização, revisão e (EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse
textos edição tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações da sociedade
civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes de leitura,
associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários âmbitos da escola
– campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando em conta o contexto de
produção e as características dos gêneros em questão.
Oralidade Discussão oral (EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos)
desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de
Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade
com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de
maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de
textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter
interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.
(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão,
assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de
apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias
e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala
previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.
Registro (EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas,
reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no
momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada
dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados).
Análise Análise de textos legais/ (EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/
linguística/ normativos, propositivos jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos
semiótica e reivindicatórios (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas
etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas
em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas
justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar
a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de
textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido
Modalização (EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos,
as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/
permissibilidade) como, por exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em recintos
fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É
permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis”, e os
mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as
modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de valor (positivo ou
negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”, “Discordo das
escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.”

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CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros como
E PESQUISA – Trata-se de ampliar e apresentação oral, palestra, mesa-redonda, debate, artigo de divulgação científica, artigo
qualificar a participação dos jovens científico, artigo de opinião, ensaio, reportagem de divulgação científica, texto didático,
nas práticas relativas ao estudo e à infográfico, esquemas, relatório, relato (multimidiático) de campo, documentário, cartografia
pesquisa, por meio de: animada, podcasts e vídeos diversos de divulgação científica, que supõem o reconhecimento
- compreensão dos interesses, de sua função social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos
atividades e procedimentos que linguísticos das demais semioses (ou recursos e elementos multimodais) envolvidos na
movem as esferas científica, de tessitura de textos pertencentes a esses gêneros.
divulgação científica e escolar; Trata-se também de aprender, de forma significativa, na articulação com outras áreas e com
- reconhecimento da importância os projetos e escolhas pessoais dos jovens, procedimentos de investigação e pesquisa. Para
do domínio dessas práticas para além da leitura/escuta de textos/produções pertencentes aos gêneros já mencionados,
a compreensão do mundo físico cabe diversificar, em cada ano e ao longo dos anos, os gêneros/produções escolhidos para
e da realidade social, para o apresentar e socializar resultados de pesquisa, de forma a contemplar a apresentação oral,
prosseguimento dos estudos e para gêneros mais típicos dos letramentos da letra e do impresso, gêneros multissemióticos,
formação para o trabalho; e textos hipermidiáticos, que suponham colaboração, próprios da cultura digital e das culturas
- desenvolvimento de habilidades juvenis.
e aprendizagens de procedimentos
envolvidos na leitura/escuta e
produção de textos pertencentes a
gêneros relacionados ao estudo, à
pesquisa e à divulgação científica.
Leitura Reconstrução das (EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de
condições de produção divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem
e recepção dos textos de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema,
e adequação do infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts
texto à construção e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção
composicional e ao composicional e às marcas linguística características desses gêneros, de forma a
estilo de gênero ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a
esses gêneros.
Relação entre textos (EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações
de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências,
identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder
identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente
sobre os conteúdos e informações em questão.
Apreciação e réplica (EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro
lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para
compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.
Estratégias e (EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas,
procedimentos de digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar,
leitura esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-
Relação do verbal com las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.
outras semioses (EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc.
Procedimentos e na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do
gêneros de apoio à discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. –
compreensão e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações
etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão
desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em
questão.
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura,
produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em
itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto
lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo do que for
mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a
sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se
esse for o caso.

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Produção de Consideração das (EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema
textos condições de produção que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou
de textos de divulgação de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos
científica voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais
Estratégias de escrita como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete
de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório,
relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista
seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações
e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público
específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas,
experimentos científicos e estudos de campo realizados
Estratégias de escrita: (EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do
textualização, revisão e conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação
edição científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog
científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre
outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em
termos de suas construções composicionais e estilos
Estratégias de produção (EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos
(vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de
conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de
produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros
Oralidade Estratégias de (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de
produção: planejamento apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as
e produção de características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias
apresentações orais que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos
paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e
pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes
formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
Estratégias de produção (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações
sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar
entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir
da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar
adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
Análise Construção (EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de
linguística/ composicional palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de apresentação
semiótica Elementos – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de exposição,
paralinguísticos e desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas
cinésicos (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os elementos
Apresentações orais paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral,
devem ser minimizadas –, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.)
e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação,
sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações
orais no campo da divulgação do conhecimento.
Usar adequadamente (EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais,
ferramentas de apoio a escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização,
apresentações orais topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada
imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade
de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica
recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts
personalizados etc

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Análise Construção (EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros
linguística/ composicional e estilo relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão
semiótica Gêneros de divulgação do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados
científica complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras,
tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações,
enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de
rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou
temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações,
áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação
científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem
(ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como
em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal,
recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de
ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros
Marcas linguísticas (EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação
Intertextualidade literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no
texto a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De
minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as
regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências
bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a
intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – O que está A formação desse leitor-fruidor exige o desenvolvimento de habilidades, a vivência de
em jogo neste campo é possibilitar às crianças, experiências significativas e aprendizagens que, por um lado, permitam a compreensão
adolescentes e jovens dos Anos Finais do Ensino dos modos de produção, circulação e recepção das obras e produções culturais e o
Fundamental o contato com as manifestações desvelamento dos interesses e dos conflitos que permeiam suas condições de produção
artísticas e produções culturais em geral, e com a e, por outro lado, garantam a análise dos recursos linguísticos e semióticos necessária à
arte literária em especial, e oferecer as condições elaboração da experiência estética pretendida.
para que eles possam compreendê-las e frui-las Aqui também a diversidade deve orientar a organização/progressão curricular:
de maneira significativa e, gradativamente, diferentes gêneros, estilos, autores e autoras – contemporâneos, de outras épocas,
crítica. Trata-se, assim, de ampliar e diversificar regionais, nacionais, portugueses, africanos e de outros países – devem ser
as práticas relativas à leitura, à compreensão, à contemplados; o cânone, a literatura universal, a literatura juvenil, a tradição oral,
fruição e ao compartilhamento das manifestações o multissemiótico, a cultura digital e as culturas juvenis, dentre outras diversidades,
artístico-literárias, representativas da diversidade devem ser consideradas, ainda que deva haver um privilégio do letramento da letra.
cultural, linguística e semiótica, por meio: Compete ainda a este campo o desenvolvimento das práticas orais, tanto aquelas
- da compreensão das finalidades, das práticas e dos relacionadas à produção de textos em gêneros literários e artísticos diversos quanto as
interesses que movem a esfera artística e a esfera que se prestam à apreciação e ao compartilhamento e envolvam a seleção do que ler/
literária, bem como das linguagens e mídias que dão ouvir/assistir e o exercício da indicação, da crítica, da recriação e do diálogo, por meio
forma e sustentação às suas manifestações; de diferentes práticas e gêneros, que devem ser explorados ao longo dos anos.
- da experimentação da arte e da literatura
como expedientes que permitem (re)conhecer
diferentes maneiras de ser, pensar, (re)agir,
sentir e, pelo confronto com o que é diverso,
desenvolver uma atitude de valorização e de
respeito pela diversidade;
- do desenvolvimento de habilidades que
garantam a compreensão, a apreciação, a
produção e o compartilhamento de textos dos
diversos gêneros, em diferentes mídias, que
circulam nas esferas literária e artística.
Para que a experiência da literatura – e da
arte em geral – possa alcançar seu potencial
transformador e humanizador, é preciso
promover a formação de um leitor que não
apenas compreenda os sentidos dos textos, mas
também que seja capaz de frui-los. Um sujeito
que desenvolve critérios de escolha e preferências
(por autores, estilos, gêneros) e que compartilha
impressões e críticas com outros leitores-fruidores.

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Leitura Reconstrução das (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes
condições de produção, visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de
circulação e recepção estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e
Apreciação e réplica considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros
como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha
crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras
manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD’s, DVD’s etc.),
diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros
que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de
fazer escolhas, quando for o caso.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras
literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de
contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de
filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais
temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando
possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações,
escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando
formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais
(literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines,
fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras
possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
Reconstrução da (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição
textualidade e próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e
compreensão dos articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos
efeitos de sentidos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos
provocados pelos usos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso
de recursos linguísticos direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo
e multissemióticos como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes
do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico
e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de
personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras
e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-
gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos
expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de
linguagem, por exemplo), gráficoespacial (distribuição da mancha gráfica no papel),
imagens e sua relação com o texto verbal.
Adesão às práticas de (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura
leitura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com
seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas
possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas
linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações
dadas pelo professor
Produção de Relação entre textos (EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos,
textos narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas,
dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço,
do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos
seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de
narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e
retextualizando o tratamento da temática.
Consideração das (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização,
condições de produção revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais
Estratégias de produção: e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o
planejamento, leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e
textualização e revisão/ considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
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Oralidade Produção de textos orais (EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização
dos personagens, os aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom
de voz, pausas e hesitações, entonação e expressividade, variedades e registros
linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem
e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e
da exploração dos modos de interpretação.
Produção de textos orais (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor,
Oralização de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais
capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão,
como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil,
– contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos
de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto
da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por
meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as
hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos
gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa
leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de
audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com
ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre
quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os
recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos,
o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima
que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão.
Análise Recursos linguísticos e (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos
linguística/ semióticos que operam linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo,
semiótica nos textos pertencentes as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da
aos gêneros literários linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como
as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a
gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em
gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação,
metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de
sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam
como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos,
personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Análise Variação linguística (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e
linguística/ o de preconceito linguístico.
semiótica (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em
situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.

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LÍNGUA PORTUGUESA – 6º E 7º ANOS

PRÁTICAS DE OBJETOS DE HABILIDADES


LINGUAGEM CONHECIMENTO
6º ANO 7º ANO
CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO
Leitura Reconstrução do (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade (EF07LP01) Distinguir diferentes propostas
contexto de produção, de uma neutralidade absoluta no relato editoriais – sensacionalismo, jornalismo
circulação e recepção de de fatos e identificar diferentes graus de investigativo etc. –, de forma a identificar
textos parcialidade/ imparcialidade dados pelo os recursos utilizados para impactar/
recorte feito e pelos efeitos de sentido chocar o leitor que podem comprometer
Caracterização do advindos de escolhas feitas pelo autor, de uma análise crítica da notícia e do fato
campo jornalístico e forma a poder desenvolver uma atitude noticiado.
relação entre os gêneros crítica frente aos textos jornalísticos e
em circulação, mídias tornar-se consciente das escolhas feitas
e práticas da cultura enquanto produtor de textos.
digital
(EF06LP02) Estabelecer relação entre (EF07LP02) Comparar notícias e
os diferentes gêneros jornalísticos, reportagens sobre um mesmo fato
compreendendo a centralidade da divulgadas em diferentes mídias,
notícia. analisando as especificidades das mídias,
os processos de (re)elaboração dos textos
e a convergência das mídias em notícias
ou reportagens multissemióticas.
(EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos noticiosos
publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma escrita hipertextual.

Apreciação e réplica (EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e on-
line, sites noticiosos etc., destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges,
assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de maneira ética e respeitosa
frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar notícias, notas
jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor.
Relação entre textos (EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes
veículos e mídias, analisando e avaliando a confiabilidade.
Estratégia de leitura (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião
Distinção de fato e enunciada em relação a esse mesmo fato.
opinião
Estratégia de leitura: (EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e
identificação de teses e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião,
argumentos resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância.
Apreciação e réplica
Efeitos de sentido (EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, topicalização de
elementos e seleção e hierarquização de informações, uso de 3ª pessoa etc.
(EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a
elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de
fontes de informação) e perceber seus efeitos de sentido.
Efeitos de sentido (EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas,
Exploração da sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo,
multissemiose profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração,
complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-
denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais,
revistas, sites na internet etc.

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Produção de Estratégias de produção: (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou
textos planejamento de textos TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/
informativos espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser
noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de
dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou
com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos
etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a
produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de
publicação em sites ou blogs noticiosos).
Textualização, tendo (EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título
em vista suas condições ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão
de produção, as dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras
características do que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia
gênero em questão, para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os
o estabelecimento de recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e
coesão, adequação imagem.
à norma-padrão e
o uso adequado de
ferramentas de edição

Estratégias de produção: (EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e vídeos
planejamento de textos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades:
argumentativos e fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as
apreciativos condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de
circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar
– livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da
busca de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações
sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que
possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo
do game para posterior gravação dos vídeos
Textualização de textos (EF67LP12) Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e produções
argumentativos e e gêneros próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes,
apreciativos e-zines, gameplay, detonado etc.), que apresentem/descrevam e/ou avaliem produções
culturais (livro, filme, série, game, canção, disco, videoclipe etc.) ou evento (show,
sarau, slam etc.), tendo em vista o contexto de produção dado, as características do
gênero, os recursos das mídias envolvidas e a textualização adequada dos textos e/ou
produções.
Produção e edição de (EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta o contexto
textos publicitários de produção dado, explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos
verbais e visuais, utilizando adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ou
convencimento e criando título ou slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com
o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão

Oralidade Planejamento e (EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se


produção de entrevistas pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre
orais o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o roteiro de
perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com
o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado
e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso,
selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita do texto, adequando-o
a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a
relevância das informações mantidas e a continuidade temática.

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Leitura Estratégias e (EF67LP15) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as
procedimentos de circunstâncias de sua aplicação, em artigos relativos a normas, regimentos escolares,
leitura em textos legais e regimentos e estatutos da sociedade civil, regulamentações para o mercado
normativos publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito, ECA,
Constituição, dentre outros.

Contexto de produção, (EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de


circulação e recepção solicitações (tais como ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas
de textos e práticas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de textos pertencentes a
relacionadas à defesa de gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, solicitação
direitos e à participação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses
social textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade
ou algum de seus membros como forma de se engajar na busca de solução de
problemas pessoais, dos outros e coletivos.
Relação entre (EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização
contexto de produção das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação
e características contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de explicações,
composicionais e argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou menos
estilísticas dos gêneros cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas
(carta de solicitação, relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar
carta de reclamação, a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de
petição on-line, carta reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à
aberta, abaixo-assinado, comunidade ou a algum dos seus membros.
proposta etc.)
Apreciação e réplica
Estratégias, (EF67LP18) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua sustentação,
procedimentos de explicação ou justificativa, de forma a poder analisar a pertinência da solicitação ou
leitura em textos justificação.
reivindicatórios ou
propositivos
Produção de Estratégia de produção: (EF67LP19) Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia
textos planejamento de textos de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a
reivindicatórios ou comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas e legislações.
propositivos
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA
Leitura Curadoria de informação (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente,
usando fontes indicadas e abertas.
Produção de Estratégias de escrita: (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis,
textos textualização, revisão e artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
edição (EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso
adequado de paráfrases e citações

Oralidade Conversação espontânea (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em


discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas
coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação
oral, seminário etc.
Procedimentos de apoio (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV,
à compreensão vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar
Tomada de nota o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Análise Textualização (EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral para o
linguística/ Progressão temática específico, do específico para o geral etc.), as marcas linguísticas dessa organização
semiótica (marcadores de ordenação e enumeração, de explicação, definição e exemplificação,
por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar mais
adequadamente a coesão e a progressão temática de seus textos.
Textualização (EF67LP26) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação científica e
proceder à remissão a conceitos e relações por meio de notas de rodapés ou boxes.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura Relação entre textos (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações
artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências
explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos
literários e semióticos.
Estratégias de leitura (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos
Apreciação e réplica e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta
características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares,
contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras,
narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás,
poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais,
dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências
por gêneros, temas, autores.
Reconstrução da (EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações
textualidade cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista,
Efeitos de sentidos universos de referência.
provocados pelos usos
de recursos linguísticos e
multissemióticos
Produção de Construção da (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense,
textos textualidade mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre
Relação entre texto outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os
elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo,
personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à
narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se
iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e
sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos
e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e
texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais
e sonoros.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Análise Fono-ortografia (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da
linguística/ língua escrita.
semiótica

Elementos notacionais (EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.


da escrita
Léxico/morfologia (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido (EF07LP03) Formar, com base em palavras
entre palavras de uma série sinonímica. primitivas, palavras derivadas com os
prefixos e sufixos mais produtivos no
português.
(EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de
negação
(EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas

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Análise Morfossintaxe (EF06LP04) Analisar a função e as flexões (EF07LP04) Reconhecer, em textos, o


linguística/ de substantivos e adjetivos e de verbos verbo como o núcleo das orações.
semiótica nos modos Indicativo, Subjuntivo e
Imperativo: afirmativo e negativo.
(EF06LP05) Identificar os efeitos de (EF07LP05) Identificar, em orações de
sentido dos modos verbais, considerando textos lidos ou de produção própria,
o gênero textual e a intenção verbos de predicação completa e
comunicativa. incompleta: intransitivos e transitivos
(EF06LP06) Empregar, adequadamente, (EF07LP06) Empregar as regras básicas
as regras de concordância nominal de concordância nominal e verbal em
(relações entre os substantivos e situações comunicativas e na produção de
seus determinantes) e as regras de textos.
concordância verbal (relações entre o
verbo e o sujeito simples e composto).

(EF07LP07) Identificar, em textos lidos ou


de produção própria, a estrutura básica da
oração: sujeito, predicado, complemento
(objetos direto e indireto).
(EF07LP08) Identificar, em textos lidos
ou de produção própria, adjetivos que
ampliam o sentido do substantivo sujeito
ou complemento verbal.
(EF07LP09) Identificar, em textos lidos ou
de produção própria, advérbios e locuções
adverbiais que ampliam o sentido do
verbo núcleo da oração.
(EF06LP07) Identificar, em textos,
períodos compostos por orações
separadas por vírgula sem a utilização de
conectivos, nomeando-os como períodos
compostos por coordenação.

(EF06LP08) Identificar, em texto ou (EF07LP10) Utilizar, ao produzir texto,


sequência textual, orações como conhecimentos linguísticos e gramaticais:
unidades constituídas em torno de um modos e tempos verbais, concordância
núcleo verbal e períodos como conjunto nominal e verbal, pontuação etc.
de orações conectadas.

(EF06LP09) Classificar, em texto ou (EF07LP11) Identificar, em textos lidos ou


sequência textual, os períodos simples de produção própria, períodos compostos
compostos. nos quais duas orações são conectadas por
vírgula, ou por conjunções que expressem
soma de sentido (conjunção “e”) ou
oposição de sentidos (conjunções “mas”,
“porém”).

Sintaxe (EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da


oração.
Elementos notacionais (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos
da escrita/morfossintaxe verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.

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Análise Semântica (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, (EF07LP12) Reconhecer recursos de


linguística/ recursos de coesão referencial (nome coesão referencial: substituições lexicais
semiótica e pronomes), recursos semânticos de (de substantivos por sinônimos) ou
sinonímia, antonímia e homonímia pronominais (uso de pronomes anafóricos
e mecanismos de representação de – pessoais, possessivos, demonstrativos).
diferentes vozes (discurso direto e
indireto).

Coesão (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e


pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual

(EF07LP13) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando substituições


lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos –
pessoais, possessivos, demonstrativos), que contribuem para a continuidade do texto.
Sequências textuais (EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso
de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade, sequências descritivas e
expositivas e ordenação de eventos.
Modalização (EF07LP14) Identificar, em textos, os
efeitos de sentido do uso de estratégias de
modalização e argumentatividade.

Figuras de linguagem (EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como
comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.

LÍNGUA PORTUGUESA – 8º E 9º ANOS

PRÁTICAS DE OBJETOS DE HABILIDADES


LINGUAGEM CONHECIMENTO
8º ANO 9º ANO

CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO
Leitura Reconstrução do contexto (EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos
de produção, circulação e das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação uma
recepção de textos mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos
Caracterização do campo jornalísticos.
jornalístico e relação entre
os gêneros em circulação, (EF08LP01) Identificar e comparar as várias (EF09LP01) Analisar o fenômeno da
mídias e práticas da editorias de jornais impressos e digitais disseminação de notícias falsas nas
cultura digital e de sites noticiosos, de forma a refletir redes sociais e desenvolver estratégias
sobre os tipos de fato que são noticiados para reconhecê-las, a partir da
e comentados, as escolhas sobre o que verificação/avaliação do veículo, fonte,
noticiar e o que não noticiar e o destaque/ data e local da publicação, autoria,
enfoque dado e a fidedignidade da URL, da análise da formatação, da
informação. comparação de diferentes fontes,
da consulta a sites de curadoria que
atestam a fidedignidade do relato dos
fatos e denunciam boatos etc.
(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e
textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif, comentário,
charge digital etc.) envolvidos no trato com a informação e opinião, de forma a
possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
Estratégia de leitura: (EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de
apreender os sentidos leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e
globais do texto posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e
Apreciação e réplica opiniões relacionados a esses textos.

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Leitura Relação entre textos (EF08LP02) Justificar diferenças ou (EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura
semelhanças no tratamento dado a da imprensa sobre fatos de relevância social,
uma mesma informação veiculada em comparando diferentes enfoques por meio
textos diferentes, consultando sites e do uso de ferramentas de curadoria.
serviços de checadores de fatos.

Estratégia de leitura: (EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e


apreender os sentidos implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo
globais do texto (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se
Apreciação e réplica frente à questão controversa de forma sustentada.

Efeitos de sentido (EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso
a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou
indireto livre).
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos
diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a
explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido.
Efeitos de sentido (EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias
Exploração da mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à composição dos elementos
multissemiose nas imagens em movimento, à performance, à montagem feita (ritmo, duração e
sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências etc.) e ao
ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.
(EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos
diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas,
a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e perceber seus efeitos de
sentido.
Produção de Estratégia de produção: (EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo,
textos planejamento de textos sites), tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/
informativos espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a partir da escolha do fato a
ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema – que
pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes
diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. -, do registro dessas
informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc., da
produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a
publicação em sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de
boxes variados).
Estratégia de produção: (EF89LP09) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa),
textualização de textos organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão
informativos temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com as escolhas feitas e
reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as
características do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização
hipertextual e o manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e
imagem e adequação à norma-padrão.
Estratégia de produção: (EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção
planejamento de textos do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a
argumentativos e partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma,
apreciativos escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão,
de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o
que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise
de textos, organização esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de)
argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores.

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Produção de Textualização de textos (EF08LP03) Produzir artigos de (EF09LP03) Produzir artigos de opinião,
textos argumentativos e opinião, tendo em vista o contexto tendo em vista o contexto de produção
apreciativos de produção dado, a defesa de um dado, assumindo posição diante de tema
ponto de vista, utilizando argumentos polêmico, argumentando de acordo com
e contra-argumentos e articuladores a estrutura própria desse tipo de texto e
de coesão que marquem relações de utilizando diferentes tipos de argumentos –
oposição, contraste, exemplificação, de autoridade, comprovação, exemplificação
ênfase. princípio etc.
Estratégias de produção: (EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo
planejamento, o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner,
textualização, revisão indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda
e edição de textos de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a
publicitários escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão
produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas.
Oralidade Estratégias de produção: (EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema
planejamento e previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas e planejar,
participação em debates em grupo, participação em debate a partir do levantamento de informações e
regrados argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode
envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das
informações e dados obtidos etc.), tendo em vista as condições de produção do
debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate, motivações
para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes
etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de
debatedor, apresentador/mediador, espectador (com ou sem direito a perguntas),
e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento do debate, e
poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma
atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
Estratégias de produção: (EF89LP13) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato noticiado,
planejamento, realização e especialistas etc., como forma de obter dados e informações sobre os fatos cobertos
edição de entrevistas orais sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em estudo, levando em conta o
gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de informações
sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas,
garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática, realizar
entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo uma contextualização inicial e
uma fala de encerramento para publicação da entrevista isoladamente ou como parte
integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação
e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.

Análise Argumentação: (EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos


linguística/ movimentos argumentativos de sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos,
semiótica argumentativos, tipos avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados.
de argumento e força
argumentativa

Estilo (EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de
ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente,
do meu ponto de vista, na perspectiva aqui assumida etc.
Modalização (EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos,
por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas
gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções adverbiais,
orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de
maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições
implícitas ou assumidas.

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

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Leitura Reconstrução do contexto (EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância
de produção, circulação e universal, nacional ou local que envolvam direitos, em especial, de crianças,
recepção de textos legais e adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição
normativos Brasileira, o ECA -, e a regulamentação da organização escolar – por exemplo,
regimento escolar -, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando
possíveis motivações, finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos
históricos e sociais, como forma de ampliar a compreensão dos direitos e deveres,
de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da
responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).

Contexto de produção, (EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis


circulação e recepção na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na comunidade
de textos e práticas (associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio ou no país, incluindo formas
relacionadas à defesa de de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal
direitos e à participação e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de
social políticos e de tramitação de leis, canais de educação política, bem como de propostas
e proposições que circulam nesses canais, de forma a participar do debate de ideias e
propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para problemas ou
questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.
Relação entre contexto de (EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das
produção e características cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line (identificação dos signatários,
composicionais e explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou não de uma breve apresentação
estilísticas dos gêneros da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a
Apreciação e réplica proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para
problemas de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais digitais de
participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma de possibilitar a
escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa natureza e poder
se posicionar de forma crítica e fundamentada frente às propostas.
Estratégias e (EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando
procedimentos de leitura o que se pretende fazer/implementar, por que (motivações, justificativas), para que
em textos reivindicatórios (objetivos, benefícios e consequências esperados), como (ações e passos), quando
ou propositivos etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, contrastando dados e
informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades
e contradições, de forma a poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os
dados e informações usados em fundamentação de propostas e analisar a coerência
entre os elementos, de forma a tomar decisões fundamentadas.

Produção de Estratégia de produção: (EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades,
textos planejamento de textos problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou
reivindicatórios ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade, documentando-a de diferentes
propositivos maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for o
caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites,
impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam
servir de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a
proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção.
queiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações,
solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e
examinar normas e legislações.
Oralidade Escuta (EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo
Apreender o sentido geral em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos
dos textos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o caso,
Apreciação e réplica formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos
Produção/Proposta envolvendo a escola ou comunidade escolar.
Análise Movimentos (EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos,
linguística/ argumentativos e força dos os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação),
semiótica argumentos avaliando a força dos argumentos utilizados.

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CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura Curadoria de informação (EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes
abertas e confiáveis.
Produção de Estratégias de escrita: (EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais,
textos textualização, revisão e verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs
edição científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo
adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso,
também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases,
marcas do discurso reportado e citações.
Oralidade Conversação espontânea (EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em
momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
sações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular
perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas,
apresentação oral, seminário etc.
Procedimentos de apoio à (EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias,
compreensão vídeos de divulgação científica, documentários e afins, identificando, em função
Tomada de nota dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo e realizando, quando
necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos
centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões
pessoais, que podem conter dúvidas, questionamentos, considerações etc.
vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais,
tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou
outros objetivos em questão.
Análise Textualização (EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como
linguística/ Progressão temática retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos,
semiótica pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas (remetendo para
adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos
etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de
divulgação do conhecimento.
Textualização (EF89LP30) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de divulgação
científica que circulam na Web e proceder à remissão a conceitos e relações por meio
de links.
vulgação científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de notas de
rodapés ou boxes.

Modalização (EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma
avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma proposição,
tais como os asseverativos – quando se concorda com (“realmente, evidentemente,
naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou discorda
de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos,
que indicam que se considera o conteúdo como quase certo (“talvez, assim,
possivelmente, provavelmente, eventualmente”).
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura Relação entre textos (EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de
intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre
esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais
e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre
o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto,
vidding, dentre outros.

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Leitura Estratégias de leitura (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos
Apreciação e réplica e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta
características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos,
minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas,
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense,
poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre
outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por
gêneros, temas, autores.

Reconstrução da (EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro,


textualidade e televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos
compreensão dos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela,
efeitos de sentidos filme etc.
provocados pelos usos
de recursos linguísticos e
multissemióticos

Produção de Construção da (EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos,
textos textualidade narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias
ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos
expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em
grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras
e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências,
ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre
imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros
recursos visuais e sonoros.
Relação entre textos (EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como
poemas concretos, ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros
tipos de poemas), explorando o uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras
de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações entre imagem e texto
verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de
sentido.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Fono-ortografia (EF08LP04) Utilizar, ao produzir (EF09LP04) Escrever textos corretamente, de


linguística/ texto, conhecimentos linguísticos acordo com a norma-padrão, com estruturas
semiótica e gramaticais: ortografia, regências sintáticas complexas no nível da oração e do
e concordâncias nominal e verbal, período.
modos e tempos verbais, pontuação
etc.

Léxico/morfologia (EF08LP05) Analisar processos de formação de palavras por composição (aglutinação


e justaposição), apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em palavras
compostas.

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Análise Morfossintaxe (EF08LP06) Identificar, em textos lidos (EF09LP05) Identificar, em textos lidos
linguística/ ou de produção própria, os termos e em produções próprias, orações com
semiótica constitutivos da oração (sujeito e seus a estrutura sujeito-verbo de ligação-
modificadores, verbo e seus complementos predicativo.
e modificadores).
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos (EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos
ou de produção própria, complementos e em produções próprias, o efeito de
diretos e indiretos de verbos transitivos, sentido do uso dos verbos de ligação
apropriando-se da regência de verbos de “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e
uso frequente. “permanecer”.
(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou (EF09LP07) Comparar o uso de regência
de produção própria, verbos na voz ativa e verbal e regência nominal na norma-
na voz passiva, interpretando os efeitos de padrão com seu uso no português
sentido de sujeito ativo e passivo (agente brasileiro coloquial oral.
da passiva).

(EF08LP09) Interpretar efeitos de sentido


de modificadores (adjuntos adnominais –
artigos definido ou indefinido, adjetivos,
expressões adjetivas) em substantivos
com função de sujeito ou de complemento
verbal, usando-os para enriquecer seus
próprios textos.
(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou
de produção própria, efeitos de sentido
de modificadores do verbo (adjuntos
adverbiais – advérbios e expressões
adverbiais), usando-os para enriquecer
seus próprios textos.
(EF08LP11) Identificar, em textos lidos
ou de produção própria, agrupamento
de orações em períodos, diferenciando
coordenação de subordinação.
(EF08LP12) Identificar, em textos lidos, (EF09LP08) Identificar, em textos lidos
orações subordinadas com conjunções de e em produções próprias, a relação que
uso frequente, incorporando-as às suas conjunções (e locuções conjuntivas)
próprias produções. coordenativas e subordinativas
estabelecem entre as orações que
conectam.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido (EF07LP10) Utilizar, ao produzir
decorrentes do uso de recursos de coesão texto, conhecimentos linguísticos e
sequencial: conjunções e articuladores gramaticais: modos e tempos verbais,
textuais. concordância nominal e verbal,
pontuação etc.
Elementos notacionais da (EF09LP09) Identificar efeitos de sentido
escrita/morfossintaxe do uso de orações adjetivas restritivas e
explicativas em um período composto.
Semântica (EF08LP14) Utilizar, ao produzir
texto, recursos de coesão sequencial
(articuladores) e referencial (léxica e
pronominal), construções passivas e
impessoais, discurso direto e indireto e
outros recursos expressivos adequados ao
gênero textual.

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Análise Coesão (EF08LP15) Estabelecer relações (EF09LP10) Comparar as regras de colocação


linguística/ entre partes do texto, identificando o pronominal na norma-padrão com o seu uso
semiótica antecedente de um pronome relativo no português brasileiro coloquial.
ou o referente comum de uma cadeia
de substituições lexicais.
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido
decorrentes do uso de recursos de coesão
sequencial (conjunções e articuladores
textuais).

Modalização (EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido


do uso, em textos, de estratégias de
modalização e argumentatividade (sinais
de pontuação, adjetivos, substantivos,
expressões de grau, verbos e perífrases
verbais, advérbios etc.).
Figuras de linguagem (EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia,
eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras.

Variação linguística (EF09LP12) Identificar estrangeirismos,


caracterizando-os segundo a conservação,
ou não, de sua forma gráfica de origem,
avaliando a pertinência, ou não, de seu uso.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: TERCEIRO E QUARTO CI-
CLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA. BRASÍLIA: MEC/SEF, 1998

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA NO TERCEIRO E NO QUARTO CICLO

Ensino e aprendizagem
Pensar sobre o ensino de Língua Portuguesa no terceiro e no quarto ciclo requer a compreensão da adolescência como o período da
vida explicitamente marcado por transformações que ocorrem em várias dimensões: sociocultural, afetivo-emocional, cognitiva e corpo-
ral. Requer esforço de articulação dos aspectos envolvidos nesse processo, considerando as características do objeto de conhecimento em
questão as práticas sociais da linguagem , em situações didáticas que possam contribuir para a formação do sujeito.
Organizar o aprendizado de Língua Portuguesa nesses ciclos requer que se reconheçam e se considerem as características próprias
do aluno adolescente, a especificidade do espaço escolar, no que se refere à possibilidade de constituição de sentidos e referências nele
colocada, e a natureza e peculiaridades da linguagem e de suas práticas.

O ALUNO ADOLESCENTE E O TRABALHO COM A LINGUAGEM


Os alunos do terceiro e do quarto ciclo do ensino fundamental, idealmente, apresentam-se na idade entre 11 e 15 anos, ainda que,
infelizmente, muitas vezes, por causa das dificuldades que enfrentam na vida e na escola, os estudantes possam ser mais velhos. Pode-se
dizer, de modo geral, que esta fase da educação escolar compreende a adolescência e a juventude.
Trata-se de um período da vida em que o desenvolvimento do sujeito é marcado pelo processo de (re)constituição da identidade, para
o qual concorrem transformações corporais, afetivo-emocionais, cognitivas e socioculturais.
As transformações corporais, com pequena variação, provocam desajustes na locomoção e coordenação de movimentos, deman-
dando adaptações constantes; a sexualidade apresenta sensações, desejos e possibilidades até então não experimentados; há mudanças
significativas na forma do corpo, no timbre da voz e na postura. Esse processo impõe ao adolescente a necessidade de reformulação de sua
auto-imagem, dado que aquela que se havia constituído ao longo da infância está desajustada aos novos esquemas corporais e às novas
relações afetivas, sociais e culturais que passa a estabelecer.
As demais transformações, no entanto, variam de cultura para cultura, de grupo social para grupo social e de sujeito para sujeito.

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A dimensão afetivo-emocional do adolescente implica a busca explorada pela mídia, como, por exemplo, em propagandas volta-
de referências para constituição de valores próprios, as quais pos- das para jovens, em programas televisivos específicos, na fala de
sibilitam novas formas de compreensão das experiências por que disc-jóqueis, nos suplementos de jornais, revistas e nos textos para-
passa sobretudo daquelas relacionadas ao desenvolvimento da didáticos e de ficção para adolescentes.
sexualidade e trazem possibilidades mais assertivas de tomada de No caso do ensino de Língua Portuguesa, considerar a con-
decisão acerca de seus problemas. Isso se concretiza na busca tanto dição afetiva, cognitiva e social do adolescente implica colocar a
de ampliação da visão que tem acerca das relações afetivas e fa- possibilidade de um fazer reflexivo, em que não apenas se opera
miliares quanto do estabelecimento de novas e diferentes relações concretamente com a linguagem, mas também se busca construir
afetivas e sexuais. um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as
A busca de reinterpretação das experiências já vividas e das opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e es-
que passa a viver a partir da ampliação dos espaços de convivência critos. Tal possibilidade ganha particular importância na medida em
e socialização possibilita ao adolescente a ampliação de sua visão que o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões lin-
de mundo, na qual se incluem questões de gênero, etnia, origem e güísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistemas
possibilidades sociais e a rediscussão de valores que, reinterpreta- de referência mais distantes do senso comum e das atividades da
dos, passam a constituir sua nova identidade. Desse ponto de vista, vida diária, impõe a necessidade de percepção da diversidade do
a formação do adolescente implica maior autonomia nas tomadas fenômeno lingüístico e dos valores constituídos em torno das for-
de decisão e no desempenho de suas atividades. Implica, ainda a mas de expressão.
partir da nova percepção da realidade, dos direitos e deveres so- Considerando-se que, para o adolescente, a necessidade fun-
ciais e da responsabilidade crescente por seus atos , a constituição damental que se coloca é a da reconstituição de sua identidade na
ou reformulação de valores e novos desdobramentos para o exerc- direção da construção de sua autonomia e que, para tanto, é indis-
cio da cidadania. pensável o conhecimento de novas formas de enxergar e interpre-
Na cultura brasileira, a diferença entre criança e adulto tende tar os problemas que enfrenta, o trabalho de reflexão deve permi-
a ser profundamente acentuada e reforçada por instituições legais tir-lhe tanto o reconhecimento de sua linguagem e de seu lugar no
e sociais. Em geral, parece existir descontinuidade entre os papéis mundo quanto a percepção das outras formas de organização do
do adulto e da criança sobretudo no que se refere à conquista da discurso, particularmente daquelas manifestas nos textos escritos.
independência e autonomia. A passagem do universo infantil para Assim como seria um equívoco desconsiderar a condição de ado-
o adulto costuma gerar conflitos para o adolescente, que está, por lescente, suas expectativas e interesses, sua forma de expressão,
assim dizer, a meio caminho. enfim, seu universo imediato, seria igualmente um grave equívoco
enfocar exclusiva ou privilegiadamente essa condição. É fato que há
Deve-se advertir que tais conflitos, ainda que apresentem ca-
toda uma produção cultural, que vai de músicas à roupas, voltada
racterísticas gerais, se manifestam de formas diferentes em função
para o público jovem. O papel da escola, no entanto, diferentemen-
da condição social, uma vez que são diferentes as possibilidades e
te de outros agentes sociais, é o de permitir que o sujeito supere
exigências que se colocam para o sujeito adolescente. Para signifi-
sua condição imediata18 .
cativa parcela da sociedade brasileira, já na adolescência impõe-se
a necessidade de trabalhar, seja para assumir objetivamente com-
A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO TRABALHO COM A LINGUA-
promissos e responsabilidades do mundo adulto, seja para experi-
GEM
mentar a possibilidade de dispor de bens de consumo para os quais Nas situações de ensino de língua, a mediação do professor é
há grande apelo social, por meio da mídia e da divulgação do modus fundamental: cabe a ele mostrar ao aluno a importância que, no
vivendi da classe média. processo de interlocução, a consideração real da palavra do outro
As transformações citadas articulam-se com aquelas relativas assume, concorde-se com ela ou não. Por um lado, porque as opini-
ao desenvolvimento cognitivo. Sob esse aspecto, a adolescência im- ões do outro apresentam possibilidades de análise e reflexão sobre
plica a ampliação de formas de raciocínio, organização e represen- as suas próprias; por outro lado, porque, ao ter consideração pelo
tação de observações e opiniões, bem como o desenvolvimento da dizer do outro, o que o aluno demonstra é consideração pelo outro.
capacidade de investigação, levantamento de hipóteses, abstração, A escola deve assumir o compromisso de procurar garantir que
análise e síntese na direção de raciocínio cada vez mais formal, o a sala de aula seja um espaço onde cada sujeito tenha o direito à
que traz a possibilidade de constituição de conceitos mais próximos palavra reconhecido como legítimo, e essa palavra encontre resso-
dos científicos. nância no discurso do outro. Trata-se de instaurar um espaço de
Finalmente, é preciso considerar o fato de que os adolescentes reflexão em que seja possibilitado o contato efetivo de diferentes
desenvolvem um tipo de comportamento e um conjunto de valores opiniões, onde a divergência seja explicitada e o conflito possa
que atuam como forma de identidade, tanto no que diz respeito ao emergir; um espaço em que o diferente não seja nem melhor nem
lugar que ocupam na sociedade e nas relações que estabelecem pior, mas apenas diferente, e que, por isso mesmo, precise ser con-
com o mundo adulto quanto no que se refere a sua inclusão no siderado pelas possibilidades de reinterpretação do real que apre-
interior de grupos específicos de convivência. Esse processo, natu- senta; um espaço em que seja possível compreender a diferença
ralmente, tem repercussão no tipo de linguagem por eles usada, como constitutiva dos sujeitos.
com a incorporação e criação de modismos, vocabulário específico, A mediação do professor, nesse sentido, cumpre o papel fun-
formas de expressão etc. São exemplos típicos as falas das tribos damental de organizar ações que possibilitem aos alunos o contato
grupos de adolescentes formados em função de uma atividade (sur- crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos
fistas, skatistas, funkeiros etc.) das práticas de linguagem, inclusive sobre aspectos não percebidos
É possível, assim, falar em uma linguagem de adolescentes, se inicialmente pelo grupo intenções, valores, preconceitos que vei-
se entender por isso não uma língua diferente, mas sim um jargão, cula, explicitação de mecanismos de desqualificação de posições
um estilo, uma forma de expressão. Tal linguagem é apropriada e articulados ao conhecimento dos recursos discursivos e lingüísticos.
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Particularmente, a consideração das especificidades das situa- finalidade ou intenção do autor; tempo e lugar material da produ-
ções de comunicação os gêneros nos quais os discursos se organi- ção e do suporte) e selecionar, a partir disso, os gêneros adequados
zarão e as restrições e possibilidades disso decorrentes; as finalida- para a produção do texto, operando sobre as dimensões pragmáti-
des colocadas; os possíveis conhecimentos compartilhados e não ca, semântica e gramatical.
compartilhados pelos interlocutores coloca-se como aspecto fun- No processo de escuta de textos orais, espera-se que o aluno:
damental a ser tematizado, dado que a possibilidade de o sujeito • amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos dis-
ter seu discurso legitimado passa por sua habilidade de organizá-lo cursivos, semânticos e gramaticais envolvidos na construção dos
adequadamente. sentidos do texto;
Ao organizar o ensino, é fundamental que o professor tenha •reconheça a contribuição complementar dos elementos não-
instrumentos para descrever a competência discursiva de seus alu- verbais (gestos, expressões faciais, postura corporal);
nos, no que diz respeito à escuta, leitura e produção de textos, de • utilize a linguagem escrita, quando for necessário, como
tal forma que não planeje o trabalho em função de um aluno ideal apoio para registro, documentação e análise;
para o ciclo, muitas vezes padronizado pelos manuais didáticos, sob • amplie a capacidade de reconhecer as intenções do enun-
pena de ensinar o que os alunos já sabem ou apresentar situações ciador, sendo capaz de aderir a ou recusar as posições ideológicas
muito aquém de suas possibilidades e, dessa forma, não contribuir sustentadas em seu discurso.
para o avanço necessário. Nessa perspectiva, pode-se dizer que a
boa situação de aprendizagem é aquela que apresenta conteúdos No processo de leitura de textos escritos, espera-se que o alu-
novos ou possibilidades de aprofundamento de conteúdos já tema- no:
tizados, estando ancorada em conteúdos já constituídos. Organizá- • saiba selecionar textos segundo seu interesse e necessidade;
-la requer que o professor tenha clareza das finalidades colocadas • leia, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os
para o ensino e dos conhecimentos que precisam ser construídos quais tenha construído familiaridade:
para alcançá-las. • selecionando procedimentos de leitura adequados a diferen-
Nesse processo, ainda que a unidade de trabalho seja o texto, é tes objetivos e interesses, e a características do gênero e suporte;
necessário que se possa dispor tanto de uma descrição dos elemen- • desenvolvendo sua capacidade de construir um conjunto de
tos regulares e constitutivos do gênero quanto das particularidades expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma
do texto selecionado, dado que a intervenção precisa ser orientada e da função do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios
por esses aspectos discretizados. A discretização de conteúdos, ain- sobre gênero, suporte e universo temático, bem como sobre sali-
da que possa provocar maior distanciamento entre o aspecto tema- ências textuais recursos gráficos, imagens, dados da própria obra
tizado e a totalidade do texto, possibilita a ampliação e apropriação (índice, prefácio etc.);
dos recursos expressivos e dos procedimentos de compreensão, • confirmando antecipações e inferências realizadas antes e
interpretação e produção dos textos, bem como de instrumentos durante a leitura;
de análise lingüística. • articulando o maior número possível de índices textuais e
O desenvolvimento da capacidade do adolescente de análise e contextuais na construção do sentido do texto, de modo a:
investigação, bem como de sua possibilidade de tratar dados com a) utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expres-
abstração crescente, permitem ao professor abordar os conheci- sões que não pertençam a seu repertório lingüístico ou estejam
mentos lingüísticos de forma diferenciada. Se, nos ciclos anteriores, empregadas de forma não usual em sua linguagem;
priorizavam-se as atividades epilingüísticas, havendo desequilíbrio b) extrair informações não explicitadas, apoiando-se em dedu-
claro entre estas e as metalingüísticas, nesse momento já pode ha- ções;
ver maior equilíbrio: sem significar abandono das primeiras ou uso c) estabelecer a progressão temática;
exaustivo das segundas, os diversos aspectos do conhecimento lin- d) integrar e sintetizar informações, expressando-as em lingua-
güístico podem, principalmente no quarto ciclo, merecer tratamen- gem própria, oralmente ou por escrito;
to mais aprofundado na direção da construção de novas formas de e) interpretar recursos figurativos tais como: metáforas, meto-
organizá-lo e representá-lo que impliquem a construção de catego- nímias, eufemismos, hipérboles etc.;
rias, intuitivas ou não.
A forma de abordagem dos conteúdos não será a mesma para •delimitando um problema levantado durante a leitura e locali-
todos os aspectos: considerando o princípio de que a constituição zando as fontes de informação pertinentes para resolvêlo;
de conceitos acontece num movimento espiralado e progressivo, •seja receptivo a textos que rompam com seu universo de ex-
por meio do qual se pretende a aproximação crescente de concei- pectativas, por meio de leituras desafiadoras para sua condição atu-
tos mais complexos ou sofisticados, os aspectos do conhecimen- al, apoiando-se em marcas formais do próprio texto ou em orienta-
to receberão um tratamento que será tanto mais metalingüístico ções oferecidas pelo professor;
quando maior o nível de aprofundamento que exigir e suas caracte- • troque impressões com outros leitores a respeito dos textos
rísticas específicas permitirem. lidos, posicionando-se diante da crítica, tanto a partir do próprio
texto como de sua prática enquanto leitor;
Objetivos de ensino • compreenda a leitura em suas diferentes dimensões o dever
No trabalho com os conteúdos previstos nas diferentes práti- de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler;
cas, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que possi- • seja capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que
bilitem ao aluno desenvolver o domínio da expressão oral e escrita reconheça nos textos que lê.
em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situ-
ação de produção social e material do texto (lugar social do locutor
em relação ao(s) destinatário(s); destinatário(s) e seu lugar social;
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No processo de produção de textos orais, espera-se que o aluno:


• planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;
• considere os papéis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à variedade lingüística adequada;
• saiba utilizar e valorizar o repertório lingüístico de sua comunidade na produção de textos;
• monitore seu desempenho oral, levando em conta a intenção comunicativa e a reação dos interlocutores e reformulando o plane-
jamento prévio, quando necessário;
•considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não-verbais.
No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno:
•redija diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a garantir:
• a relevância das partes e dos tópicos em relação ao tema e propósitos do texto;
• a continuidade temática;
• a explicitação de informações contextuais ou de premissas indispensáveis à interpretação;
• a explicitação de relações entre expressões mediante recursos lingüísticos apropriados (retomadas, anáforas, conectivos), que pos-
sibilitem a recuperação da referência por parte do destinatário;
• realize escolhas de elementos lexicais, sintáticos, figurativos e ilustrativos, ajustando-as às circunstâncias, formalidade e propósitos
da interação;
• utilize com propriedade e desenvoltura os padrões da escrita em função das exigências do gênero e das condições de produção;
• analise e revise o próprio texto em função dos objetivos estabelecidos, da intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redi-
gindo tantas quantas forem as versões necessárias para considerar o texto produzido bem escrito.

No processo de análise lingüística, espera-se que o aluno:


• constitua um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema lingüístico relevantes para as
práticas de escuta, leitura e produção de textos;
•aproprie-se dos instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários para a análise e reflexão lingüística (delimitação
e identificação de unidades, compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e das funções discursivas associadas a elas no
contexto);
• seja capaz de verificar as regularidades das diferentes variedades do Português, reconhecendo os valores sociais nelas implicados e,
conseqüentemente, o preconceito contra as formas populares em oposição às formas dos grupos socialmente favorecidos.

Conteúdos
Os conteúdos que serão apresentados para o ensino fundamental no terceiro e no quarto ciclo são aqueles considerados como re-
levantes para a constituição da proficiência discursiva e lingüística do aluno em função tanto dos objetivos específicos colocados para os
ciclos em questão quanto dos objetivos gerais apresentados para o ensino fundamental, aos quais aqueles se articulam.
Em decorrência da compreensão que se tem acerca do processo de aprendizagem e constituição de conhecimento e, sobretudo, da
natureza do conhecimento lingüístico em questão aqueles com os quais se opera nas práticas de linguagem , os conteúdos serão apresen-
tados numa relação única. Dessa forma, sua seqüenciação, tanto internamente nos ciclos quanto entre estes, deverá orientar-se conside-
rando os critérios apresentados neste documento e o projeto educativo da escola19 .
Inicialmente serão apresentados os conteúdos conceituais e procedimentais referentes a cada uma das Práticas, todos considerados
de fundamental importância para a conquista dos objetivos propostos. Posteriormente, os conteúdos sobre o desenvolvimento de valores
e atitudes, que não devem ser tratados de maneira isolada por permearem todo o trabalho escolar.

CONCEITOS E PROCEDIMENTOS SUBJACENTES ÀS PRÁTICAS DE LINGUAGEM


Antes de apresentar os conteúdos a serem desenvolvidos nas Práticas de escuta de textos orais e de Leitura de textos escritos e Pro-
dução de textos orais e escritos, são sugeridos alguns gêneros como referência básica a partir da qual o trabalho com os textos unidade
básica de ensino precisará se organizar, projetando a seleção de conteúdos para a Prática de análise lingüística.
A grande diversidade de gêneros, praticamente ilimitada, impede que a escola trate todos eles como objeto de ensino; assim, uma
seleção é necessária. Neste documento, foram priorizados aqueles cujo domínio é fundamental à efetiva participação social, encontrando-
-se agrupados, em função de sua circulação social, em gêneros literários, de imprensa, publicitários, de divulgação científica, comumente
presentes no universo escolar.
No entanto, não se deve considerar a relação apresentada como exaustiva. Ao contrário, em função do projeto da escola, do trabalho
em desenvolvimento e das necessidades específicas do grupo de alunos, outras escolhas poderão ser feitas.
Ainda que se considere que, no espaço escolar, muitas vezes as atividades de produção de textos orais ou escritos destinam-se a
possibilitar que os alunos desenvolvam melhor competência para a recepção, a discrepância entre as indicações de gêneros apresentadas
para a prática de escuta e leitura e para a de produção procura levar em conta os usos sociais mais freqüentes dos textos, no que se refere
aos gêneros selecionados, pode-se dizer que as pessoas lêem muito mais do que escrevem, escutam muito mais do que falam.

Prática de escuta de textos orais e leitura de textos escritos


Antes dos conteúdos para as práticas de escuta e leitura de textos, será apresentada a tabela que organiza os gêneros privilegiados
para o trabalho, conforme critérios apresentados anteriormente.

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• Escuta de textos orais:


• compreensão dos gêneros do oral previstos para os ciclos articulando elementos lingüísticos a outros de natureza nãoverbal;
• identificação de marcas discursivas para o reconhecimento de intenções, valores, preconceitos veiculados no discurso;
• emprego de estratégias de registro e documentação escrita na compreensão de textos orais, quando necessário;
• identificação das formas particulares dos gêneros literários do oral que se distinguem do falar cotidiano.
• Leitura de textos escritos:
• explicitação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das características do gênero, do suporte, do autor
etc.;
• seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e interesses do sujeito (estudo, formação pessoal, entrete-
nimento, realização de tarefa) e das características do gênero e suporte:
• leitura integral: fazer a leitura seqüenciada e extensiva de um texto;
• leitura inspecional: utilizar expedientes de escolha de textos para leitura posterior;
• leitura tópica: identificar informações pontuais no texto, localizar verbetes em um dicionário ou enciclopédia;
• leitura de revisão: identificar e corrigir, num texto dado, determinadas inadequações em relação a um padrão estabelecido;
• leitura item a item: realizar uma tarefa seguindo comandos que pressupõem uma ordenação necessária;
• emprego de estratégias não-lineares durante o processamento de leitura:
• formular hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura;
• validar ou reformular as hipóteses levantadas a partir das novas informações obtidas durante o processo da leitura;
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• avançar ou retroceder durante a leitura em busca de informações esclarecedoras;


• construir sínteses parciais de partes do texto para poder prosseguir na leitura;
• inferir o sentido de palavras a partir do contexto;
• consultar outras fontes em busca de informações complementares (dicionários, enciclopédias, outro leitor);
• articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (se-
mânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implíci-
tos, bem como das intenções do autor;
• estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o texto e outros textos diretamente implicados
pelo primeiro, a partir de informações adicionais oferecidas pelo professor ou conseqüentes da história de leitura do sujeito;
• articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática, em função das características das seqüências predominantes
(narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa e conversacional) e de suas especificidades no interior do gênero;
• estabelecimento da progressão temática em função das marcas de segmentação textual, tais como: mudança de capítulo ou de
parágrafo, títulos e subtítulos, para textos em prosa; colocação em estrofes e versos, para textos em versos;
• estabelecimento das relações necessárias entre o texto e outros textos e recursos de natureza suplementar que o acompanham
(gráficos, tabelas, desenhos, fotos, boxes) no processo de compreensão e interpretação do texto;
• levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos presentes no texto para identificar as várias vozes do discurso
e o ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de:
• confrontá-lo com o de outros textos;
• confrontá-lo com outras opiniões;
• posicionar-se criticamente diante dele;
• reconhecimento dos diferentes recursos expressivos utilizados na produção de um texto e seu papel no estabelecimento do estilo
do próprio texto ou de seu autor.

Prática de produção de textos orais e escritos Antes dos conteúdos referentes à prática de produção de textos orais e escritos, será
apresentada a tabela que organiza os gêneros privilegiados para o trabalho, conforme critérios apresentados anteriormente.

• Produção de textos orais:


• planejamento prévio da fala em função da intencionalidade do locutor, das características do receptor, das exigências da situação e
dos objetivos estabelecidos;
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• seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, se- • levantamento das restrições que diferentes suportes e espa-
mânticos e gramaticais, prosódicos e gestuais; ços de circulação impõem à estruturação de textos;
• emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) • análise das seqüências discursivas predominantes (narrativa,
como apoio para a manutenção da continuidade da exposição; descritiva, expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recur-
• ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar sos expressivos recorrentes no interior de cada gênero;
em conta o ponto de vista do outro para acatá-lo, refutálo ou negociá-lo. •reconhecimento das marcas lingüísticas específicas (seleção
• Produção de textos escritos: de processos anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos
• redação de textos considerando suas condições de produção: e argumentativos, esquema dos tempos verbais, dêiticos etc.).
• finalidade; • Observação da língua em uso de maneira a dar conta da va-
• especificidade do gênero; riação intrínseca ao processo lingüístico, no que diz respeito:
• lugares preferenciais de circulação; • aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades ur-
• interlocutor eleito; banas e rurais), históricos (linguagem do passado e do presente),
• utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração sociológicos (gênero, gerações, classe social), técnicos (diferentes
do texto: domínios da ciência e da tecnologia);
• estabelecimento de tema; • às diferenças entre os padrões da linguagem oral e os pa-
• levantamento de idéias e dados; drões da linguagem escrita;
• planejamento; • à seleção de registros em função da situação interlocutiva
• rascunho; (formal, informal);
• revisão (com intervenção do professor); • aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a
• versão final; variação se manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico
• utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerên- (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variantes e redu-
cia e coesão textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, ções no sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação
desenvolvendo diferentes critérios: das sentenças e concordância).
• de manutenção da continuidade do tema e ordenação de • Comparação dos fenômenos lingüísticos observados na fala
suas partes; e na escrita nas diferentes variedades, privilegiando os seguintes
• de seleção apropriada do léxico em função do eixo temático; domínios:
• de manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico; • sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em fun-
• de suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informa- ção do gênero): preenchimento da posição de sujeito, extensão do
ções em relação ao tema e ao ponto de vista assumido; emprego dos pronomes tônicos na posição de objeto, desapareci-
• de avaliação da orientação e força dos argumentos; mento dos clíticos, emprego dos reflexivos etc.;
• de propriedade dos recursos lingüísticos (repetição, retoma- • sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no ver-
das, anáforas, conectivos) na expressão da relação entre constituin- náculo) e emprego dos tempos verbais (predominância das formas
tes do texto; compostas no futuro e no mais que perfeito, emprego do imperfei-
• utilização de marcas de segmentação em função do projeto to pelo condicional, predominância do modo indicativo etc.);
textual: • predominância de verbos de significação mais abrangente
• título e subtítulo; (ser, ter, estar, ficar, pôr, dar) em vez de verbos com significação
• paragrafação; mais específica; * emprego de elementos dêiticos e de elementos
• periodização; anafóricos sem relação explícita com situações ou expressões que
• pontuação (ponto, vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos, pon- permitam identificar a referência;
to-de-exclamação, ponto-de-interrogação, reticências); •casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recu-
• outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses); peração da referência e manutenção da coesão;
• utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação • predominância da parataxe e da coordenação sobre as estru-
do interlocutor, possíveis aos instrumentos empregados no registro turas de subordinação.
do texto (lápis, caneta, máquina de escrever, computador): • Realização de operações sintáticas que permitam analisar as
• fonte (tipo de letra, estilo negrito, itálico , tamanho da letra, implicações discursivas decorrentes de possíveis relações estabe-
sublinhado, caixa alta, cor); lecidas entre forma e sentido, de modo a ampliar os recursos ex-
• divisão em colunas; pressivos: * expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente
• caixa de texto; elementos dispersos no texto que predicam um mesmo núcleo ou
• marcadores de enumeração; o modificam20 ;
• utilização dos padrões da escrita em função do projeto textu- • integração à sentença mediante nominalizações da expressão
al e das condições de produção. de eventos, resultados de eventos, qualificações e relações * reor-
denação dos constituintes da sentença e do texto para expressar
Prática de análise lingüística
diferentes pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a infor-
• Reconhecimento das características dos diferentes gêneros
mação nova, a ênfase22 ;
de texto, quanto ao conteúdo temático, construção composicional
• expansão mediante coordenação e subordinação de relações
e ao estilo:
entre sentenças em parataxe (simplesmente colocadas lado a lado
• reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada
na seqüência discursiva)23 ;
texto e gêneros de texto se inserem, considerando as intenções do
•utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam
enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos, des-
critivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que privile- alterar a estrutura da sentença para expressar diferentes pontos de
giam, e a intertextualidade (explícita ou não); vista discursivos, como, por exemplo, uma diferente topicalidade ou
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o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico • Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibi-
se ou verbo na terceira pessoa do plural)24 , o efeito do emprego ou lidade para a ampliação do repertório a partir de experiências com
não de operadores argumentativos e de modalizadores; material diversificado e recomendações de terceiros.
•redução do texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como •Interesse pela leitura e escrita como fontes de informação,
marca de estilo, seja para diminuir redundâncias ou para evitar re- aprendizagem, lazer e arte.
corrências que não tenham caráter funcional ou não produzam de- •Interesse pela literatura, considerando-a forma de expressão
sejados efeitos de sentido. da cultura de um povo.
•Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de • Interesse por trocar impressões e informações com outro lei-
novas palavras, de modo a permitir: tores, posicionando-se a respeito dos textos lidos, fornecendo indi-
• escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais cações de leitura e considerando os novos dados recebidos.
apropriadas ao que se quer dizer ou em relação de sinonímia no • Interesse por freqüentar os espaços mediadores de leitura
contexto em que se inserem ou mais genéricas/mais específicas (hi- bibliotecas, livrarias, distribuidoras, editoras, bancas de revistas,
perônimos e hipônimos); lançamentos, exposições, palestras, debates, depoimentos de au-
• escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou tores , sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços
escrita ou no nível de formalidade e finalidade social do texto; e sendo capaz de localizar um texto desejado.
• organização das palavras em conjuntos estruturados em rela- •Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes en-
ção a um determinado tema, acontecimento, processo, fenômeno volvidos nas práticas sociais mediadas pela linguagem como ferra-
ou mesmo objeto, como possíveis elementos de um texto; menta para a continuidade de aprendizagem fora da escola.
•capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobre- • Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da lin-
tudo verbos), a estrutura complexa associada a seu sentido, bem guagem oral e escrita pode possibilitar a participação política e ci-
como os traços de sentido que atribuem aos elementos (sujeito, dadã do sujeito, bem como transformar as condições dessa partici-
complementos) que preencham essa estrutura; pação, conferindo-lhe melhor qualidade.
• emprego adequado de palavras limitadas a certas condições • Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e es-
histórico-sociais (regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neolo- crita pode oferecer ao sujeito melhores possibilidades de acesso ao
gismos, jargões, gíria); trabalho.
• elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, • Reconhecimento da necessidade e importância da língua es-
consulta ao dicionário. crita no processo de planejamento prévio de textos orais.
•Descrição de fenômenos lingüísticos com os quais os alunos •Preocupação com a qualidade das produções escritas pró-
tenham operado, por meio de agrupamento, aplicação de modelos, prias, tanto no que se refere aos aspectos formais discursivos, tex-
comparações e análise das formas lingüísticas, de modo a inventa- tuais, gramaticais, convencionais quanto à apresentação estética.
riar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir pa- •Valorização da linguagem escrita como instrumento que pos-
radigmas contrastivos em diferentes modalidades de fala e escrita, sibilita o distanciamento do sujeito em relação a idéias e conheci-
com base: mentos expressos, permitindo formas de reflexão mais aprofunda-
• em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; pro- das.
cessos derivacionais de prefixação e de sufixação);
• no papel funcional assumido pelos elementos na estrutura da Tratamento didático dos conteúdos
sentença ou nos sintagmas constituintes (sujeito, predicado, com- Há estreita relação entre o que e como ensinar: determinados
plemento, adjunto, determinante, quantificador); objetivos só podem ser conquistados se os conteúdos tiverem tra-
•no significado prototípico dessas classes. tamento didático específico. A questão não é apenas qual informa-
• Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, ção deve ser oferecida, mas, principalmente, que tipo de tratamen-
sentenças, sintagmas) como parte das estratégias de solução de to deve ser dado à informação que se oferece. A própria definição
problemas de pontuação. dos conteúdos já é, em si, uma questão didática que tem relação
• Utilização das regularidades observadas em paradigmas mor- direta com os objetivos colocados.
fológicos como parte das estratégias de solução de problemas de Os princípios organizadores dos conteúdos de Língua Portu-
ortografia e de acentuação gráfica. guesa (USO à REFLEXÃO à USO), além de orientarem a seleção dos
aspectos a serem abordados, definem, também, a linha geral de
VALORES E ATITUDES SUBJACENTES ÀS PRÁTICAS DE LINGUA- tratamento que tais conteúdos receberão, pois caracterizam um
GEM movimento metodológico de AÇÃO à REFLEXÃO à AÇÃO que incor-
•Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a co- pora a reflexão às atividades lingüísticas do aluno, de tal forma que
munidade dos falantes da Língua Portuguesa nas diferentes regiões ele venha a ampliar sua competência discursiva para as práticas de
do país. escuta, leitura e produção de textos.
•Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas Nesse sentido, o professor, ao planejar sua ação, precisa con-
nos textos orais ou escritos como possibilidades diferenciadas de siderar de que modo as capacidades pretendidas para os alunos ao
compreensão do mundo. final do ensino fundamental são traduzidas em objetivos no interior
• Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhe- do projeto educativo da escola. São essas finalidades que devem
cer a pertinência dos argumentos utilizados, posições ideológicas orientar a seleção dos conteúdos e o tratamento didático que estes
subjacentes e possíveis conteúdos discriminatórios neles veicula- receberão nas práticas educativas.
dos. Considerando que o tratamento didático não é mero coadju-
•Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos ade- vante no processo de aprendizagem, é preciso avaliar sistematica-
quados à condição atual do aluno. mente seus efeitos no processo de ensino, verificando se está contri-
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buindo para as aprendizagens que se espera alcançar. Por exemplo, Construir a organização do currículo de Língua Portuguesa na
o conteúdo selecionado pode ter recebido tratamento didático ina- escola, estabelecendo com clareza a tarefa que cabe a cada profes-
dequado e, desse modo os efeitos pretendidos podem não ter sido sor no interior da série em função das finalidades do ensino, não é
atingidos; a atividade realizada pode ter sido muito interessante, tarefa de um único educador. Daí a importância das condições que
mas não ter permitido a apropriação do conteúdo e, nesse caso, os a escola proporciona para o trabalho do professor e da construção
resultados podem não ser satisfatórios; os conteúdos selecionados coletiva do projeto educativo.
podem não corresponder às necessidades dos alunos ou porque se Muitas das sugestões oferecidas neste documento não preten-
referem a aspectos que já fazem parte de seu repertório, ou porque dem ser originais; traduzem o esforço de registrar o que foi possí-
pressupõem o domínio de procedimentos ou de outros conteúdos vel construir na reflexão didático-pedagógica sobre o trabalho no
que não tenham, ainda, se constituído para o aprendiz , de modo terceiro e no quarto ciclo. Entretanto, sabe-se que muitos de seus
que a realização das atividades pouco contribuirá para o desenvol- pressupostos, quer de natureza didática, quer de natureza lingüísti-
vimento das capacidades pretendidas. ca, não fizeram parte da formação inicial de muitos docentes.
No caso de Língua Portuguesa, além dos aspectos já aponta- A formação de professores se coloca, portanto, como necessá-
dos, são decisivas para a aprendizagem as imagens que os alunos ria para que a efetiva transformação do ensino se realize. Isso im-
constituem sobre a relação que o professor estabelece com a pró- plica revisão e atualização dos currículos oferecidos na formação
pria linguagem. Por ter experiência mais ampla com a linguagem, inicial do professor e a implementação de programas de formação
principalmente se for, de fato, usuário da escrita, tendo boa relação continuada que cumpram não apenas a função de suprir as defici-
com a leitura, gostando verdadeiramente de escrever, o professor ências da formação inicial, mas que se constituam em espaços pri-
pode se constituir em referência para o aluno. vilegiados de investigação didática, orientada para a produção de
Além de ser quem ensina os conteúdos, é quem ensina, pela novos materiais, para a análise e reflexão sobre a prática docente,
maneira como se relaciona com o texto e com o outro, o valor que para a transposição didática dos resultados de pesquisas realizadas
a linguagem e o outro têm para si. na lingüística e na educação em geral.
Para os alunos que provêm de comunidades com pouco ou A seguir serão apresentados alguns princípios e orientações
nenhum acesso a materiais de leitura, ou que oferecem poucas para o trabalho didático com os conteúdos.
possibilidades de participação em atos de leitura e escrita junto a
adultos experientes, a escola poderá ser a única referência para a Prática de escuta de textos orais e leitura de textos escritos
construção de um modelo de leitor e escritor. Isso só será possível
se o professor assumir sua condição de locutor privilegiado, que se Escuta de textos orais
coloca em disponibilidade para ensinar fazendo. Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar
Entretanto, há limites para a atuação do professor. acesso a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que
Muitas das metas colocadas para o ensino não são possíveis exijam controle mais consciente e voluntário da enunciação, tendo
de serem alcançadas em uma única série: não se forma um leitor e em vista a importância que o domínio da palavra pública tem no
um escritor em um ano escolar. Assim sendo, é necessário dar coe- exercício da cidadania.
rência à ação docente, organizando os conteúdos e seu tratamento Ensinar língua oral não significa trabalhar a capacidade de falar
didático ao longo do ensino fundamental, e articulando em torno em geral. Significa desenvolver o domínio dos gêneros que apoiam
dos objetivos colocados a ação dos diferentes professores que co- a aprendizagem escolar de Língua Portuguesa e de outras áreas (ex-
ordenarão o trabalho ao longo da escolaridade. posição, relatório de experiência, entrevista, debate etc.) e, tam-
Tal organização exige que a escola tenha claro o que pode espe- bém, os gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo
rar do aluno em cada momento e quais aspectos do conteúdo de- (debate, teatro, palestra, entrevista etc.).
vem ser privilegiados em cada etapa. Ensinar supõe, assim, discre- Já que os alunos têm menos acesso a esses gêneros nos usos
tizar conteúdos, organizando-os em atividades seqüenciadas para
espontâneos da linguagem oral, é fundamental desenvolver, na es-
trabalhar intensivamente sobre o aspecto selecionado, procurando
cola, uma série de atividades de escuta orientada, que possibilitem
assegurar sua aprendizagem. Em Língua Portuguesa, levando em
a eles construir, progressivamente, modelos apropriados ao uso do
conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o aluno sempre fren-
oral nas circunstâncias previstas.
te a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva
É condição fundamental para que o trabalho possa ser reali-
dos múltiplos aspectos envolvidos, é necessário reintroduzi-los nas
zado a constituição de um corpus de textos orais correspondentes
práticas de escuta, leitura e produção.
aos gêneros previstos, a partir dos quais as atividades de escuta (e
Além dos novos conteúdos a serem apresentados, a freqüenta-
ção a diferentes textos de diferentes gêneros é essencial para que também de produção de textos orais) sejam organizadas, de modo
o aluno construa os diversos conceitos e procedimentos envolvidos a possibilitar aos alunos a construção de referências modelizadoras.
na recepção e produção de cada um deles. Dessa forma, a reapre- Esse corpus pode ser organizado a partir de registros audiovisuais
sentação dos conteúdos é, mais do que inevitável, necessária, e a (cassete, videocassete) e da promoção de debates, entrevistas, pa-
ela devem corresponder sucessivos aprofundamentos, tanto no lestras, leituras dramáticas, saraus literários organizados pela es-
que diz respeito aos gêneros textuais privilegiados quanto aos con- cola ou por outra instituição, que envolvam aspectos temáticos de
teúdos referentes às dimensões discursiva e lingüística que serão projetos em andamento em Língua Portuguesa ou em outras áreas.
objeto de reflexão. Seguem algumas possibilidades de organização de situações
Essa reapresentação não pode, em hipótese alguma, ser sinô- didáticas de escuta de textos.
nimo de redundância. • Escuta orientada de textos em situações autênticas de inter-
Porém, esse é um sério risco que se corre quando o trabalho locução, simultaneamente ao processo de produção, com apoio de
da escola corresponde apenas à soma do trabalho isolado de cada roteiros orientadores para registro de informações enunciadas de
professor e não ao produto da ação coletiva dos educadores. modo a garantir melhor apreensão de aspectos determinados, re-
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lativos ao plano temático, aos usos da linguagem característicos do lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compre-
gênero e a suas regras de funcionamento. A presença nessas situa- ensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto supo-
ções permite, conforme o gênero, interessantes articulações com a sições feitas.
produção de textos orais, pois o aluno pode intervir com perguntas Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que cir-
e colocações. culam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessida-
• Escuta orientada, parcial ou integral, de textos gravados em des, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abor-
situações autênticas de interlocução, também com a finalidade de dar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas,
focalizar os aspectos mencionados no item anterior. A gravação, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos,
pela especificidade do suporte, permite, no processo de análise, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios
que se volte a trechos que tenham dado margem à ambigüidade, ou entre o texto e outros textos já lidos.
tenham apresentado problemas para a compreensão etc. Para me- O terceiro e quarto ciclos têm papel decisivo na formação de
lhorar a qualidade da intervenção do professor na discussão, sem- leitores, pois é no interior destes que muitos alunos ou desistem
pre que possível, é interessante dispor também de transcrições (in- de ler por não conseguirem responder às demandas de leitura co-
tegrais ou esquemáticas) dos textos gravados, o que permite a ele locadas pela escola, ou passam a utilizar os procedimentos cons-
ter clara a progressão temática do texto para resolver dúvidas, ante- truídos nos ciclos anteriores para lidar com os desafios postos pela
cipar passagens em que a expressão facial se contrapõe ao conteú- leitura, com autonomia cada vez maior. Assumir a tarefa de formar
do verbal, identificar trechos em que um interlocutor desqualifica o leitores impõe à escola a responsabilidade de organizarse em torno
outro, localizar enunciados que se caracterizam como contradições de um projeto educativo comprometido com a intermediação da
a argumentos sustentados anteriormente etc. passagem do leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis)
•Escuta orientada de diferentes textos gravados de um mesmo para o leitor de textos de complexidade real, tal como circulam so-
gênero, produzidos em circunstâncias diferentes (debate radiofôni- cialmente na literatura e nos jornais; do leitor de adaptações ou de
co, televisivo, realizado na escola) para comparação e levantamento fragmentos para o leitor de textos originais e integrais.
das especificidades que assumem em função dos canais, dos inter- De certa forma, é preciso agir como se o aluno já soubesse
locutores etc. aquilo que deve aprender. Entre a condição de destinatário de tex-
• Escuta orientada de textos produzidos pelos alunos de pre- tos escritos e a falta de habilidade temporária para ler autonoma-
ferência a partir da análise de gravações em vídeo ou cassete para mente é que reside a possibilidade de, com a ajuda do professor e
a avaliação das atividades desenvolvidas, buscando discutir tecnica- de outros leitores, desenvolver a competência leitora, pela prática
mente os recursos utilizados e os efeitos obtidos. de leitura. Nessas situações, o aluno deve pôr em jogo tudo o que
• Tomar o texto do aluno como objeto de escuta é fundamen- sabe para descobrir o que não sabe. Essa atividade só poderá ocor-
tal, pois permite a ele o controle cada vez maior de seu desempe- rer com a intervenção do professor, que deverá colocar-se na situa-
nho. ção de principal parceiro, favorecendo a circulação de informações.
•Preparação dos alunos para os aspectos temáticos que esta- Nessa condição, o professor deve preocupar-se com a diversidade
rão envolvidos na escuta de textos. O professor pode antecipar al- das práticas de recepção dos textos: não se lê uma notícia da mes-
gumas informações sobre o tema que será tratado de modo a cons- ma forma que se consulta um dicionário; não se lê um romance
tituir um repertório de conhecimentos que contribua para melhor da mesma forma que se estuda. Boa parte dos materiais didáticos
compreensão dos textos e oriente o processo de tomar notas. disponíveis no mercado, ainda que venham incluindo textos de di-
•Preparação dos alunos para a escuta ativa e crítica dos textos versos gêneros, ignoram a diversidade e submetem todos os textos
por meio do registro de dúvidas a respeito de passagens de uma a um tratamento uniforme.
exposição ou palestra, de divergências em relação a posições assu- Para considerar a diversidade dos gêneros, não ignorando a di-
midas pelo expositor etc. versidade de recepção que supõem, as atividades organizadas para
•Preparação dos alunos quanto a procedimentos de participa- a prática de leitura devem se diferenciar, sob pena de trabalharem
ção em função do caráter convencional do gênero: numa palestra, contra a formação de leitores. Produzir esquemas e resumos pode
considerar os acordos iniciais sobre o regulamento de controle de ajudar a apreensão dos tópicos mais importantes quando se trata
participação do auditório; saber escutar a fala do outro, compreen- de textos de divulgação científica; no entanto, aplicar tal procedi-
dendo o silêncio como parte da interação etc. mento a um texto literário é desastroso, pois apagaria o essencial o
•Organização de atividades de escuta de textos que permitam tratamento estilístico que o tema recebeu do autor. Também não se
ensinar a tomar notas durante uma aula, exposição ou palestra, formará um leitor de textos de imprensa, do qual se espera, senão
como recurso possível para a compreensão e interpretação do texto uma leitura diária, ao menos uma leitura regular dos jornais, lendo-
oral, especialmente nas situações que envolvam produção simultâ- -se notícias apenas no primeiro bimestre.
nea. Além disso, se os sentidos construídos são resultados da articula-
ção entre as informações do texto e os conhecimentos ativados pelo
Leitura de textos escritos leitor no processo de leitura, o texto não está pronto quando escrito:
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo o modo de ler é também um modo de produzir sentidos. Assim, a
de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objeti- tarefa da escola, nestes ciclos, é, além de expandir os procedimentos
vos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo básicos aprendidos nos ciclos anteriores, explorar, principalmente no
o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informa- que se refere ao texto literário, a funcionalidade dos elementos cons-
ção, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de titutivos da obra e sua relação com seu contexto de criação.
uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, in- Tomando como ponto de partida as obras apreciadas pelo alu-
ferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o no, a escola deve construir pontes entre textos de entretenimento
uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo e textos mais complexos, estabelecendo as conexões necessárias
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para ascender a outras formas culturais. Trata-se de uma educação •Leitura autônoma
literária, não com a finalidade de desenvolver uma historiografia, A leitura autônoma envolve a oportunidade de o aluno poder
mas de desenvolver propostas que relacionem a recepção e a cria- ler, de preferência silenciosamente, textos para os quais já tenha
ção literárias às formas culturais da sociedade. desenvolvido uma certa proficiência. Vivenciando situações de lei-
Para ampliar os modos de ler, o trabalho com a literatura deve tura com crescente independência da mediação do professor, o alu-
permitir que progressivamente ocorra a passagem gradual da leitu- no aumenta a confiança que tem em si como leitor, encorajando-se
ra esporádica de títulos de um determinado gênero, época, autor para aceitar desafios mais complexos.
para a leitura mais extensiva, de modo que o aluno possa estabe-
lecer vínculos cada vez mais estreitos entre o texto e outros textos, •Leitura colaborativa
construindo referências sobre o funcionamento da literatura e en- A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um
tre esta e o conjunto cultural; da leitura circunscrita à experiência texto com a classe e, durante a leitura, questiona os alunos sobre
possível ao aluno naquele momento, para a leitura mais histórica os índices lingüísticos que dão sustentação aos sentidos atribuídos.
por meio da incorporação de outros elementos, que o aluno venha É uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de
a descobrir ou perceber com a mediação do professor ou de outro leitores, principalmente para o tratamento dos textos que se distan-
leitor; da leitura mais ingênua que trate o texto como mera trans- ciem muito do nível de autonomia dos alunos. É particularmente
posição do mundo natural para a leitura mais cultural e estética, importante que os alunos envolvidos na atividade possam explicitar
que reconheça o caráter ficcional e a natureza cultural da literatura. os procedimentos que utilizam para atribuir sentido ao texto: como
Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só e por quais pistas lingüísticas lhes foi possível realizar tais ou quais
em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmen- inferências, antecipar determinados acontecimentos, validar ante-
te, em relação ao uso que se faz deles nas práticas de leitura. A cipações feitas etc. A possibilidade de interrogar o texto, a diferen-
seguir encontram-se apresentadas algumas dessas condições. ciação entre realidade e ficção, a identificação de elementos que
• A escola deve dispor de uma biblioteca em que sejam colo- veiculem preconceitos e de recursos persuasivos, a interpretação
cados à disposição dos alunos, inclusive para empréstimo, textos de sentido figurado, a inferência sobre a intenção do autor, são al-
de gêneros variados, materiais de consulta nas diversas áreas do guns dos aspectos dos conteúdos relacionados à compreensão de
conhecimento, almanaques, revistas, entre outros. textos, para os quais a leitura colaborativa tem muito a contribuir.
• É desejável que as salas de aula disponham de um acervo de A compreensão crítica depende em grande medida desses proce-
livros e de outros materiais de leitura. Mais do que a quantidade, dimentos.
nesse caso, o importante é a variedade que permitirá a diversifica-
ção de situações de leitura por parte dos alunos. • Leitura em voz alta pelo professor
•O professor deve organizar momentos de leitura livre em que Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e co-
também ele próprio leia, criando um circuito de leitura em que se ordenadas pelo professor, há as que podem ser realizadas basica-
fala sobre o que se leu, trocam-se sugestões, aprende-se com a ex- mente pelo professor. É o caso da leitura compartilhada de livros
periência do outro. em capítulos que possibilita ao aluno o acesso a textos longos (e às
• O professor deve planejar atividades regulares de leitura, as- vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encan-
segurando que tenham a mesma importância dada às demais. tá-lo, mas que, talvez, sozinho não o fizesse. A leitura em voz alta
feita pelo professor não é prática comum na escola. E, quanto mais
Ler por si só já é um trabalho, não é preciso que a cada texto avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acon-
lido se siga um conjunto de tarefas a serem realizadas. tecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam
•O professor deve permitir que também os alunos escolham de bons modelos de leitores.
suas leituras. Fora da escola, os leitores escolhem o que lêem.
• Leitura programada
É preciso trabalhar o componente livre da leitura, caso contrá- A leitura programada é uma situação didática adequada para
rio, ao sair da escola, os livros ficarão para trás. discutir coletivamente um título considerado difícil para a condição
• A escola deve organizar-se em torno de uma política de for- atual dos alunos, pois permite reduzir parte da complexidade da
mação de leitores, envolvendo toda a comunidade escolar. Mais do tarefa, compartilhando a responsabilidade. O professor segmenta
que a mobilização para aquisição e preservação do acervo, é funda- a obra em partes em função de algum critério, propondo a leitu-
mental um projeto coerente de todo o trabalho escolar em torno da ra seqüenciada de cada uma delas. Os alunos realizam a leitura do
leitura. Todo professor, não apenas o de trecho combinado, para discuti-lo posteriormente em classe com a
mediação do professor. Durante a discussão, além da compreensão
Língua Portuguesa, é também professor de leitura. e análise do trecho lido, que poderá facilitar a leitura dos trechos
Levando em conta o grau de independência do aluno para a seguintes, os alunos podem ser estimulados a antecipar eventuais
tarefa, o professor pode selecionar situações didáticas adequadas rumos que a narrativa possa tomar, criando expectativas para a lei-
que permitam ao aluno, ora exercitar-se na leitura de tipos de texto tura dos segmentos seguintes. Também durante a discussão, o pro-
para os quais já tenha construído uma competência, ora empenhar- fessor pode introduzir informações a respeito da obra, do contexto
-se no desenvolvimento de novas estratégias para poder ler textos em que foi produzida, da articulação que estabelece com outras,
menos familiares, o que demandará maior interferência do profes- dados que possam contribuir para a realização de uma leitura que
sor. Tais atividades podem ocorrer com maior ou menor freqüência, não se detenha apenas no plano do enunciado, mas que articule
em função dos objetivos de ensino-aprendizagem. elementos do plano expressivo e estético.
A seguir são apresentadas algumas sugestões didáticas orienta-
das especificamente para a formação de leitores.
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•Leitura de escolha pessoal • preparação prévia de leitura expressiva de textos dramáticos


São situações didáticas, propostas com regularidade, adequa- ou poéticos;
das para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes •memorização de textos dramáticos ou poéticos a serem apre-
e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da sentados publicamente sem apoio escrito.
prática de leitura: formação de critérios para selecionar o material
a ser lido, rastreamento da obra de escritores preferidos etc. Neste Ensinar o planejamento simultâneo da produção ou enuncia-
caso, o objetivo explícito é a leitura em si, é a criação de oportu- ção do texto oral supõe:
nidades para a constituição de padrões de gosto pessoal. Nessas a) a participação regular do aluno em situações de interlocução
atividades de leitura, pode-se, temporariamente, eleger um gênero que contemplem as especificidades dos diferentes gêneros previs-
específico, um determinado autor ou um tema de interesse. A partir tos, tais como:
daí, os alunos escolhem o que desejam ler, tomam emprestado o •discussão improvisada ou planejada sobre tema polêmico;
livro (do acervo de classe ou da biblioteca da escola) para ler em •entrevista com alguém em posição de poder ajudar a com-
casa e, no dia combinado, parte deles relata suas impressões, co- preender um tema, argumentar a favor ou contra determinada po-
menta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do sição;
mesmo autor, tema ou tipo. Dependendo do gênero selecionado, • debate em que se confrontam posições diferentes a respeito
alguns alunos podem preparar, com antecedência, a leitura em voz de tema polêmico;
alta dos textos escolhidos. •exposição, em público, de tema preparado previamente, con-
siderando o conhecimento prévio do interlocutor e, se em grupo,
PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS coordenando a própria fala com a dos colegas;
• representação de textos teatrais ou de adaptações de outros
Produção de textos orais gêneros, permitindo explorar, entre outros aspectos, o plano ex-
O texto oral, diferentemente do escrito, uma vez dito não pode pressivo da própria entoação: tom de voz, ritmo, aceleração, tim-
ser retomado ou reconstruído, a não ser em casos excepcionais de bre;
montagens para rádio ou TV. O planejamento de um texto oral, ain- •leitura expressiva ou recitação pública de poemas.
da que possa se apoiar em materiais escritos, se dá concomitante-
mente ao processo de produção: uma correção não pode ser apaga- b) a análise da atividade discursiva realizada pelos alunos, tan-
da, é sempre percebida pelo interlocutor. Assim, o controle do texto to a partir de gravações quanto de observações de terceiros. Tais
oral só pode ocorrer de duas maneiras: previamente, levando-se situações permitem ao professor e ao aluno avaliar as facilidades e
em conta os parâmetros da situação comunicativa (o espaço, o tem- dificuldades encontradas no processo enunciativo, a reação da au-
po, os interlocutores e seu lugar social, os objetivos, o gênero) e, diência em função dos efeitos pretendidos, entre outros, de modo a
simultaneamente, levando-se em conta as reações do interlocutor, instrumentalizar o aluno para melhorar seu desempenho.
ajustando a fala no próprio momento de produção.
Dessa forma, ensinar a produzir textos orais significa, sobre- Produção de textos escritos
tudo, organizar situações que possibilitem o desenvolvimento de Ao produzir um texto, o autor precisa coordenar uma série de
procedimentos de preparação prévia e monitoramento simultâneo aspectos: o que dizer, a quem dizer, como dizer. Ao escrever pro-
da fala que: fissionalmente, raras vezes o autor realiza tais tarefas sozinho. Tão
a) partam das capacidades comunicativas dos alunos antes do logo tenha colocado no papel o que tem a dizer a seus potenciais
ensino; leitores, verá seu texto, ainda em versão preliminar, ser submetido
b) ofereçam um corpus de textos organizados nos gêneros pre- a uma série de profissionais: a leitores críticos, que analisarão rele-
vistos como referência modelizadora; vância e adequação; a preparadores de originais, que promoverão
c) proponham atividades no interior de um projeto que deixe eventuais ajustes na redação; a revisores, que farão uma varredura
claro para o aluno os parâmetros da situação de comunicação; nos originais para localizar e corrigir possíveis deslizes no uso da
d) isolem os diferentes componentes do gênero a ser trabalha- norma; a coordenadores editoriais, que planejarão a composição
do e organizem o ensino dos conteúdos, estabelecendo progressão final que o texto terá ao ser impresso.
coerente; Bem desigual é a tarefa do aprendiz. Espera-se que o aluno co-
e) reintroduzam os componentes trabalhados isoladamente ordene sozinho todos esses aspectos. Pensar em atividades para
no interior de novas atividades de produção de textos orais, o que ensinar a escrever é, inicialmente, identificar os múltiplos aspectos
possibilita avaliar a apropriação dos conhecimentos pelo aluno e as envolvidos na produção de textos, para propor atividades seqüen-
estratégias de ensino. ciadas, que reduzam parte da complexidade da tarefa no que se
refere tanto ao processo de redação quanto ao de refacção.
Possibilitar ao aluno a preparação prévia da enunciação de tex- Atividades de transcrição exigem do aluno que as realiza aten-
tos orais significa ensinar procedimentos que possam ancorar a fala ção para garantir a fidelidade do registro e domínio das convenções
do locutor, orientando-a em função da situação de comunicação e gráficas da escrita. O que dizer e o como dizer já estão determina-
das especificidades do gênero, como, por exemplo: dos pelo texto original.
• elaboração de esquemas para planejar previamente a expo- Atividades que envolvam reproduções, paráfrases, resumos
sição; permitem que o aluno fique, em parte, liberado da tarefa de pensar
•preparação de cartazesou transparências para assegurar me- sobre o que escrever, pois o plano do conteúdo já está definido pelo
lhor controle da própria fala durante a exposição; texto modelo. A atividade oferece possibilidades de tratar de aspec-
• elaboração de roteiros para realização de entrevistas ou en- tos coesivos da língua, de aspectos do plano da expressão como
cenação de jogos dramáticos improvisados; dizer.
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As práticas de decalque funcionam quase como modelos lacu- • permite que o aluno se distancie de seu próprio texto, de
nados: as questões formais já estão em parte definidas pelo caráter maneira a poder atuar sobre ele criticamente;
altamente convencionalizado dos gêneros, como nos requerimen- •possibilita que o professor possa elaborar atividades e exercí-
tos ou cartas comerciais. Em suas aplicações mais criativas paródias cios que forneçam os instrumentos lingüísticos para o aluno poder
preservam boa parte da estrutura formal do texto modelo, permi- revisar o texto.
tindo que o aluno se concentre no que tem a dizer.
Nas atividades de produção que envolvem autoria ou criação, Nesta perspectiva, a refacção que se opera não é mera higieni-
a tarefa do sujeito torna-se mais complexa, porque precisa articu- zação, mas profunda reestruturação do texto, já que entre a primei-
lar ambos os planos: o do conteúdo o que dizer e o da expressão ra versão e a definitiva uma série de atividades foi realizada.
como dizer Os procedimentos de refacção começam de maneira externa,
pela mediação do professor que elabora os instrumentos e organiza
as atividades que permitem aos alunos sair do complexo (o texto),
ir ao simples (as questões lingüísticas e discursivas que estão sen-
do estudadas) e retornar ao complexo (o texto). Graças à mediação
do professor, os alunos aprendem não só um conjunto de instru-
mentos lingüístico-discursivos, como também técnicas de revisão
(rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas,
os alunos se apropriam, progressivamente, das habilidades neces-
sárias à autocorreção.

Prática de análise lingüística


Durante os últimos anos, a crítica ao ensino de Língua Portu-
guesa centrado em tópicos de gramática escolar e as alternativas
teóricas apresentadas pelos estudos lingüísticos, principalmente no
As categorias propostas para ensinar a produzir textos permi- que se refere à consciência dos fenômenos enunciativos e à análise
tem que, de diferentes maneiras, os alunos possam construir os tipológica dos textos, permitiram uma visão muito mais funcional
padrões da escrita, apropriando-se das estruturas composicionais, da língua, o que provocou alterações nas práticas escolares, repre-
do universo temático e estilístico dos autores que transcrevem, re- sentando, em alguns casos, o abandono do tratamento dos aspec-
produzem, imitam. É por meio da escrita do outro que, durante as tos gramaticais e da reflexão sistemática sobre os aspectos discur-
práticas de produção, cada aluno vai desenvolver seu estilo, suas sivos do funcionamento da linguagem. Para ampliar a competência
preferências, tornando suas as palavras do outro. discursiva dos alunos, no entanto, a criação de contextos efetivos
Não se trata de estabelecer uma progressão linear entre essas de uso da linguagem é condição necessária, porém não suficien-
categorias didáticas, privilegiando inicialmente a transcrição, de- te, sobretudo no que se refere ao domínio pleno da modalidade
pois a reprodução, o decalque e, finalmente, o texto de autoria. É escrita.
em função do que os alunos precisam aprender que se selecionam Além da escuta, leitura e produção de textos, parece ser neces-
as categorias didáticas mais adequadas. Para esta análise, o olhar sária a realização tanto de atividades epilingüísticas, que envolvam
do educador para o texto do aluno precisa deslocar-se da correção manifestações de um trabalho sobre a língua e suas propriedades,
para a interpretação; do levantamento das faltas cometidas para a como de atividades metalingüísticas, que envolvam o trabalho de
apreciação dos recursos que o aluno já consegue manobrar. observação, descrição e categorização, por meio do qual se constro-
Entretanto, começa-se e termina-se pela tarefa mais complexa, em explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das
o texto de autoria do aluno: para poder mapear o que sabe sobre práticas discursivas.
o gênero que está sendo estudado e o que precisa aprender, pro- Por outro lado, não se podem desprezar as possibilidades que
jetando as ações didáticas necessárias ou para avaliar os efeitos do a reflexão lingüística apresenta para o desenvolvimento dos proces-
trabalho realizado. sos mentais do sujeito, por meio da capacidade de formular expli-
cações para explicitar as regularidades dos dados que se observam
A refacção na produção de textos a partir do conhecimento gramatical implícito. Entretanto, prática
Na escola, a tarefa de corrigir, em geral, é do professor. É ele quem de análise lingüística não é uma nova denominação para ensino de
assinala os erros de norma e de estilo, anotando, às margens, comen- gramática.
tários nem sempre compreendidos pelos alunos. Mesmo quando se Quando se toma o texto como unidade de ensino, os aspectos
exige releitura, muitos alunos não identificam seus erros, ou, quando o a serem tematizados não se referem somente à dimensão grama-
fazem, se concentram em aspectos periféricos, como ortografia e acen- tical. Há conteúdos relacionados às dimensões pragmática e se-
tuação, reproduzindo, muitas vezes, a própria prática escolar. mântica da linguagem, que por serem inerentes à própria atividade
Entretanto, a refacção faz parte do processo de escrita: durante discursiva, precisam, na escola, ser tratados de maneira articulada
a elaboração de um texto, se relêem trechos para prosseguir a reda- e simultânea no desenvolvimento das práticas de produção e re-
ção, se reformulam passagens. Um texto pronto será quase sempre cepção de textos.
produto de sucessivas versões. Tais procedimentos devem ser ensi- Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se
nados e podem ser aprendidos. considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma cate-
• Separar, no tempo, o momento de produção do momento de gorização preestabelecida. Os textos submetemse às regularidades
refacção produz efeitos interessantes para o ensino e a aprendiza- lingüísticas dos gêneros em que se organizam e às especificidades
gem de um determinado gênero: de suas condições de produção: isto aponta para a necessidade de
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priorização de alguns conteúdos e não de outros. Os alunos, por sua • Apresentação do texto para leitura, transcrevendo-o na lou-
vez, ao se relacionarem com este ou aquele texto, sempre o farão sa, reproduzindo-o, usando papel, transparências ou a tela do com-
segundo suas possibilidades: isto aponta para a necessidade de tra- putador.
balhar com alguns desses conteúdos e não com todos. • Análise e discussão de problemas selecionados. Em função
Ao organizar atividades de análise lingüística para possibilitar da complexidade da tarefa, não é possível explorar todos os aspec-
aos alunos a aprendizagem dos conteúdos selecionados, alguns tos a cada vez. Para que o aluno possa aprender com a experiência,
procedimentos metodológicos são fundamentais para o planeja- é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem
mento do ensino: o trabalho. A revisão exaustiva deve ser reservada para situações
•isolamento, entre os diversos componentes da expressão oral em que a produção do texto esteja articulada a algum projeto que
ou escrita, do fato lingüístico a ser estudado, tomando como pon- implique sua circulação.
to de partida as capacidades já dominadas pelos alunos: o ensino • Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões
deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domí- propostas e discussão das diferentes possibilidades em função de
nio cada vez maior da linguagem; critérios de legitimidade e de eficácia comunicativa. Nesta etapa é
• construção de um corpus que leve em conta a relevância, a importante assegurar que os alunos possam ter acesso a materiais
simplicidade, bem como a quantidade dos dados, para que o aluno de consulta (dicionários, gramáticas e outros textos), para aprofun-
possa perceber o que é regular; damento dos temas tratados.
• análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a • Reelaboração do texto, incorporando as alterações propos-
partir dos critérios construídos para apontar as regularidades ob- tas.
servadas;
• organização e registro das conclusões a que os alunos tenham Nas atividades de refacção de textos, alguns cuidados são fun-
chegado; damentais:
• apresentação da metalinguagem, após diversas experiências • a atividade de discussão coletiva de textos produzidos pelos
de manipulação e exploração do aspecto selecionado, o que, além próprios alunos pressupõe que o professor tenha constituído vín-
de apresentar a possibilidade de tratamento mais econômico para culos de confiança com o grupo e um ambiente de acolhimento, de
os fatos da língua, valida socialmente o conhecimento produzido. maneira a não provocar estigmas e constrangimentos;
Para esta passagem, o professor precisa possibilitar ao aluno o aces- • se os objetivos da refacção não envolverem conteúdos liga-
so a diversos textos que abordem os conteúdos estudados; dos a aspectos ortográficos ou morfossintáticos, por exemplo, apre-
• exercitação sobre os conteúdos estudados, de modo a per- sentar, corrigida, a versão para o trabalho, para facilitar a concen-
mitir que o aluno se aproprie efetivamente das descobertas reali- tração dos alunos nos temas propostos;
zadas; • se os objetivos da refacção envolverem conteúdos com os
• reinvestimento dos diferentes conteúdos exercitados em ati- quais os alunos tenham pouca familiaridade, assinalar no texto
vidades mais complexas, na prática de escuta e de leitura ou na prá- escolhido as passagens problemáticas. Assim, os alunos, livres da
tica de produção de textos orais e escritos. tarefa de localizar as impropriedades, podem dedicar-se mais inten-
samente a pensar sobre alternativas para sua reformulação;
•A refacção de textos na análise lingüística • se a refacção pretende explorar aspectos morfossintáticos, o
O estudo dos tópicos da gramática escolar não garante que o professor pode, em lugar de apresentar um texto completo, selecio-
aluno possa se apropriar deles na produção de textos, ampliando, nar um conjunto de trechos de vários alunos para desenvolver com
efetivamente, os instrumentos expressivos de que dispõe para pro- mais profundidade o assunto;
duzir textos adequados às finalidades e às especificidades da situ- • quando os alunos já tiverem realizado bom número de práti-
ação interlocutiva. É importante reinvestir os conceitos estudados cas de refacção coletiva, o professor pode, gradativamente, ampliar
em atividades mais complexas. o grau de complexidade da tarefa, propondo sua realização em du-
Um dos aspectos fundamentais da prática de análise lingüística plas, em pequenos grupos, encaminhando-se para a autocorreção;
é a refacção dos textos produzidos pelos alunos. Tomando como • ao encaminhar as atividades de refacção, o professor pode
ponto de partida o texto produzido pelo aluno, o professor pode usar o trabalho em duplas ou em pequenos grupos, também como
trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estrutu- forma de organizar atividades em torno de dúvidas mais particu-
rais dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramati- lares: como em uma oficina, cada grupo trabalharia em torno de
cais que possam instrumentalizar o aluno no domínio da modalida- questões específicas.
de escrita da língua. •Orientações didáticas específicas para alguns conteúdos
Cabe ao professor desenvolver, na análise das redações, a sen-
sibilidade para os fatos lingüísticos, perguntando-se sempre: o que Variação lingüística
me leva a corrigir esta ou aquela forma? O que me leva a sugerir A Língua Portuguesa é uma unidade composta de muitas varie-
mudanças no texto? Como fazê-lo sem discriminar a linguagem dos dades. O aluno, ao entrar na escola, já sabe pelo menos uma dessas
alunos? Sobre que aspecto devo insistir inicialmente? Como levar variedades aquela que aprendeu pelo fato de estar inserido em
os alunos a saber avaliar a adequação do uso de uma forma ou de uma comunidade de falantes. Certamente, ele é capaz de perceber
outra? que as formas da língua apresentam variação e que determinadas
Os procedimentos a seguir sugerem encaminhamentos possí- expressões ou modos de dizer podem ser apropriados para certas
veis para a tarefa. circunstâncias, mas não para outras. Sabe, por exemplo, que exis-
• Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja tem formas mais ou menos delicadas de se dirigir a alguém, falas
representativo das dificuldades coletivas e apresente possibilidades mais cuidadas e refletidas, falas cerimoniosas. Pode ser que saiba,
para discussão dos aspectos priorizados e encaminhamento de so- inclusive, que certos falares são discriminados e, eventualmente,
luções. até ter vivido essa experiência.
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Frente aos fenômenos da variação, não basta somente uma • análise de fatos de variação presentes nos textos dos alunos;
mudança de atitudes; a escola precisa cuidar para que não se re- • análise e discussão de textos de publicidade ou de imprensa
produza em seu espaço a discriminação lingüística. que veiculem qualquer tipo de preconceito lingüístico;
Desse modo, não pode tratar as variedades lingüísticas que • análise comparativa entre registro da fala ou de escrita e os
mais se afastam dos padrões estabelecidos pela gramática tradicio- preceitos normativos estabelecidos pela gramática tradicional.
nal e das formas diferentes daquelas que se fixaram na escrita como
se fossem desvios ou incorreções. E não apenas por uma questão Léxico
metodológica: é enorme a gama de variação e, em função dos usos O trabalho com o léxico não se reduz a apresentar sinônimos
e das mesclas constantes, não é tarefa simples dizer qual é a forma de um conjunto de palavras desconhecidas pelo aluno. Isolando a
padrão (efetivamente, os padrões também são variados e depen- palavra e associando-a a outra apresentada como idêntica, acaba-
dem das situações de uso). Além disso, os padrões próprios da tra- -se por tratar a palavra como portadora de significado absoluto, e
dição escrita não são os mesmos que os padrões de uso oral, ainda não como índice para a construção do sentido, já que as proprieda-
que haja situações de fala orientadas pela escrita. des semânticas das palavras projetam restrições selecionais. Esse
A discriminação de algumas variedades lingüísticas, tratadas tratamento, que privilegia apenas os itens lexicais (substantivos, ad-
de modo preconceituoso e anticientífico, expressa os próprios con- jetivos, verbos e advérbios), acaba negligenciando todo um outro
flitos existentes no interior da sociedade. Por isso mesmo, o pre- grupo de palavras com função conectiva, que são responsáveis por
conceito lingüístico, como qualquer outro preconceito, resulta de estabelecer relações e articulações entre as proposições do texto,
avaliações subjetivas dos grupos sociais e deve ser combatido com o que contribui muito pouco para ajudar o aluno na construção dos
vigor e energia. É importante que o aluno, ao aprender novas for- sentidos.
mas lingüísticas, particularmente a escrita e o padrão de oralidade Considerando a densidade lexical dos universos especializados,
mais formal orientado pela tradição gramatical, entenda que todas em que a carga de sentidos novos supera a capacidade do recep-
as variedades lingüísticas são legítimas e próprias da história e da tor de processá-los, o domínio de amplo vocabulário cumpre papel
cultura humana. essencial entre as habilidades do leitor proficiente. A escola deve,
Para isso, o estudo da variação cumpre papel fundamental na portanto, organizar situações didáticas para que o aluno possa
formação da consciência lingüística e no desenvolvimento da com- aprender novas palavras e empregá-las com propriedade.
petência discursiva do aluno, devendo estar sistematicamente pre- Do que se veio afirmando, é possível depreender um princí-
sente nas atividades de Língua Portuguesa. pio orientador: não são apenas as palavras difíceis que precisam
A seguir relacionam-se algumas propostas de atividades que per- ser objeto de estudo; a formação de glossários é, apenas, uma das
mitem explorar mais intensamente questões de variação lingüística: tarefas. É preciso entender, por um lado, que, ainda que se trate a
• transcrição de textos orais,gravados em vídeo ou cassete, palavra como unidade, muitas vezes ela é um conjunto de unidades
para permitir identificação dos recursos lingüísticos próprios da menores (radicais, afixos, desinências) que concorrem para a cons-
fala; tituição do sentido. E, por outro, que, dificilmente, podemos dizer o
• edição de textos orais para apresentação, em gênero da mo- que uma palavra significa, tomando-a isoladamente: o sentido, em
dalidade escrita, para permitir que o aluno possa perceber algumas geral, decorre da articulação da palavra com outras na frase e, por
das diferenças entre a fala e a escrita; vezes, na relação com o exterior lingüístico, em função do contexto
• análise da força expressiva da linguagem popular na comu- situacional.
nicação cotidiana, na mídia e nas artes, analisando depoimentos, A seguir são indicadas atividades que podem orientar o aluno
filmes, peças de teatro, novelas televisivas, música popular, roman- na construção de relações lexicais, de modo a, progressivamente,
ces e poemas; construir um conjunto de estratégias de manipulação e processa-
• levantamento das marcas de variação lingüística ligadas a mento das palavras:
gênero, gerações, grupos profissionais, classe social e área de co- • explorar ativamente um corpus que apresente palavras que
nhecimento, por meio da comparação de textos que tratem de um tenham o mesmo afixo ou desinência, para determinar o significado
mesmo assunto para públicos com características diferentes: de unidades inferiores à palavra;
• elaboração de textos procurando incorporar na redação tra- •aplicar os mecanismos de derivação e construir famílias de
ços da linguagem de grupos específicos; palavras;
• estudo de textos em função da área de conhecimento, identi- • apresentar textos lacunados para, por meio das proprieda-
ficando jargões próprios da atividade em análise; des semânticas e das restrições selecionais, explicitar a natureza do
• comparação de textos sobre o mesmo tema veiculados em termo ausente;
diferentes publicações (por exemplo, uma matéria sobre meio am- •apresentar um conjunto de hipônimos e pedir ao aluno para
biente para uma revista de divulgação científica e outra para o su- apresentar o hiperônimo correspondente;
plemento infantil); • apresentar um conjunto de palavras em que uma não é hipô-
• comparação entre textos sobre o mesmo tema, produzidos nimo e pedir que o aluno a exclua, explicitando suas razões;
em épocas diferentes; • inventariar as palavras de determinado campo semântico,
• comparação de duas traduções de um mesmo texto original, presentes em determinado texto, e analisar os efeitos de sentido
analisando as escolhas estilísticas feitas pelos tradutores; obtidos com o emprego;
• comparação entre um texto original e uma versão adaptada •inventariar as palavras de determinada variedade ou registro,
do mesmo texto, analisando as mudanças produzidas; presentes em um texto, e analisar os efeitos obtidos com o emprego;
• comparação de textos de um mesmo autor, produzido em • identificar, em textos, palavras ou expressões que instalam
condições diferentes (um artigo para uma revista acadêmica e outro pressuposições e subentendidos e analisar as implicações discur-
para uma revista de vulgarização científica); sivas;
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• identificar e analisar a funcionalidade de empregos figurados • apoiar-se no conhecimento morfológico para resolver ques-
de palavras ou expressões; tões de natureza ortográfica;
• identificar os termos-chave de um texto, vinculando-os a re- • analisar as restrições impostas pelo contexto e, em caso de
des semânticas que permitam a produção de esquemas e de resu- dúvida entre as possibilidades de preenchimento, adotar procedi-
mos. mentos de consulta.

Todos esses procedimentos precisam ser incorporados à pro- Para descobrir tais regularidades, é preciso deslocar-se do tex-
dução textual. to, pois é muito difícil construir um inventário significativo de pala-
A elaboração de paráfrases e de resumos permite a criação de vras a partir do léxico de um texto em particular e, ainda que fosse
boas oportunidades para a discussão a respeito das escolhas lexi- possível, o objetivo da proposta não é o funcionamento do léxico
cais e de suas implicações semântico-discursivas. no texto, mas a própria composição gráfica ou morfossintática da
Indiscutivelmente, a prática de refacção mobiliza intenso traba- palavra.
lho com essas questões. É sabido que:
Não se trata de estimular o uso de palavras difíceis ou raras, a) a verbalização da regra não assegura o emprego correto de
mas de apreciar as escolhas em função da situação interlocutiva e palavras a ela relacionadas em textos produzidos;
dos efeitos de sentido que se quer produzir. b) o bom desempenho em exercícios especialmente elabora-
dos para tratar de questões ortográficas também não é garantia de
Ortografia emprego correto em textos produzidos.
Infelizmente, a ortografia ainda vem sendo tratada, na maio-
ria das escolas do ensino fundamental, por meio de atividades de Assim, a construção de regras ou as atividades preparadas para
identificação, correção de palavra errada, seguidas de cópia e de que o aluno possa se apropriar das regularidades descobertas não
enfadonhos exercícios de preenchimento de lacunas. têm um fim em si mesmas. Se o objetivo é que os alunos escrevam
Entretanto, é possível desenvolver um trabalho que permita com correção nos textos que produzem, é preciso reintroduzir as
ao aluno descobrir o funcionamento do sistema grafo-fonêmico da competências desenvolvidas no texto.
língua e as convenções ortográficas, analisando as relações entre
a fala e a escrita, as restrições que o contexto impõe ao emprego ORGANIZAÇÕES DIDÁTICAS ESPECIAIS
das letras, os aspectos morfossintáticos, tratando a ortografia como
porta de entrada para uma reflexão a respeito da língua, particular- Projetos
mente, da modalidade escrita. A característica básica de um projeto é que ele tem um objetivo
Para que tal reflexão possa ocorrer, as estratégias de ensino de- compartilhado por todos os envolvidos, que se expressa num pro-
vem se articular em torno de dois eixos: duto final em função do qual todos trabalham e que terá, necessa-
a) privilégio do que é regular, permitindo que, por meio da ma- riamente, destinação, divulgação e circulação social internamente
nipulação de um conjunto de palavras, o aluno possa, agrupando-as na escola ou fora dela. Além disso, os projetos permitem dispor do
e classificando-as, inferir as regularidades que caracterizam o em- tempo de forma flexível, pois o tempo tem o tamanho necessário
prego de determinada letra; para conquistar o objetivo: pode ser de alguns dias ou de alguns
b) preferência, no tratamento das ocorrências irregulares, dos meses. Quando são de longa duração, têm a vantagem adicional
casos de freqüência e maior relevância temática. de permitir que os alunos se envolvam no planejamento das ativi-
O aprendizado de novas palavras, inclusive de sua forma gráfi- dades, aprendendo a controlar o tempo, dividir e redimensionar as
ca, não se esgota nunca. tarefas, avaliar os resultados em função do plano inicial.
Assim, mais do que investir em ações intensivas e pontuais, é Os projetos favorecem, assim, o necessário compromisso do
preferível optar por um trabalho regular e freqüente, articulado à aluno com sua própria aprendizagem, pois contribuem muito mais
seleção lexical imposta pelo universo temático dos textos selecio- para o engajamento do aluno nas tarefas como um todo, do que
nados. quando essas são definidas apenas pelo professor.
Ainda que o trabalho com as formas regulares e irregulares São situações em que as atividades de escuta, leitura e produ-
precise ocorrer paralelamente, pois, nos textos lidos ou produzidos, ção de textos orais e escritos, bem como as de análise lingüística
são empregados tanto o que é regular como o que é irregular, é se inter-relacionam de forma contextualizada, pois quase sempre
importante dar ênfase à construção das regularidades. Afinal, não envolvem tarefas que articulam essas diferentes práticas, nas quais
se aprende a escrever as palavras uma a uma. faz sentido, por exemplo, ler para escrever, escrever para ler, deco-
Portanto, ao realizar atividades de análise e reflexão sobre a rar para representar ou recitar, escrever para não esquecer, ler em
língua, os alunos necessitam: voz alta, falar para analisar depois etc.
• identificar e analisar as interferências da fala na escrita, prin- Alguns exemplos de projetos: produção de fita cassete de con-
cipalmente em contextos de sílabas que fogem ao padrão consoan- tos ou poemas lidos para a biblioteca escolar ou para outras institui-
te/vogal; ções; produção de vídeos (ou fitas cassete) de curiosidades gerais
• explorar ativamente um corpus de palavras, para explicitar as sobre assuntos estudados ou de interesse; promoção de eventos de
regularidades ortográficas no que se refere às regras contextuais; leitura numa feira cultural ou exposição de trabalhos, coletânea de
• explorar ativamente um corpus de palavras, para descobrir textos de um mesmo gênero (poemas, contos), livro sobre um tema
as regularidades de natureza morfossintática, que, por serem re- pesquisado, revista sobre vários temas estudados, mural, jornal, fo-
correntes, apresentam alto grau de generalização. Ao invés de lheto informativo etc.
sobrecarregar o aluno com pesada metalinguagem (radical, vogal Além de oferecerem condições reais para a escuta, leitura e
temática, desinências, afixos), deve-se insistir no uso do paradigma produção de textos orais e escritos, os projetos carregam exigências
morfossintático para a construção de regularidades ortográficas; de grande valor pedagógico, pois:
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• criam a necessidade de ler e analisar grande variedade de A presença crescente dos meios de comunicação na vida co-
textos e suportes do tipo que se vai produzir: como se organizam, tidiana coloca, para a sociedade em geral e para a escola em par-
que características possuem ou quais têm mais qualidade. Trata-se ticular, a tarefa de educar crianças e jovens para a recepção dos
de uma atividade de reflexão sobre aspectos próprios do gênero meios. Para o desenvolvimento de uma ação mais efetiva, é preciso
que será produzido e de suas relações com o suporte; ultrapassar alguns estereótipos e considerar que:
• permitem que o aluno aprenda a produzir textos escritos • a relação dos receptores com os meios não é unilateral, mas
mais adequados às condições de produção, pelo exercício que o mediada pela inserção social do sujeito e por suas estruturas cog-
aluno-escritor realiza para ajustar o texto à imagem que faz do lei- nitivas;
tor fisicamente ausente; • a recepção é um processo, não é o ato de usar um meio. Ini-
• colocam de maneira mais acentuada a necessidade de refac- ciase antes dele, com as expectativas do sujeito, e segue-se a ele,
ção e de cuidado com o trabalho, pois, quando há leitores de fato pois incorpora os comentários e discussões a respeito do que foi
para a escrita dos alunos, a legibilidade passa a ser objetivo deles visto;
também, e não só do professor; • o significado de um meio não é único, é produzido pelos di-
• permitem interseção entre conteúdos de diferentes áreas e/ versos receptores.
ou entre estes e o tratamento dos temas transversais nessas áreas.
Não se trata, porém, de tomar os meios como eventuais re-
Módulos didáticos cursos didáticos para o trabalho pedagógico, mas de considerar as
Módulos didáticos são seqüências de atividades e exercícios,
práticas sociais nas quais estejam inseridos para:
organizados de maneira gradual para permitir que os alunos pos-
• conhecer a linguagem videotecnológica própria desse meio;
sam, progressivamente, apropriar-se das características discursivas
• analisar criticamente os conteúdos das mensagens, identifi-
e lingüísticas dos gêneros estudados, ao produzir seus próprios tex-
tos. cando valores e conotações que veiculam;
O planejamento dos módulos didáticos parte do diagnóstico • fortalecer a capacidade crítica dos receptores, avaliando as
das capacidades iniciais dos alunos, permitindo identificar quais mensagens;
instrumentos de ensino podem promover a aprendizagem e a su- • produzir mensagens próprias, interagindo com os meios
peração dos problemas apresentados. Assim, a organização de se-
qüências didáticas exige: O COMPUTADOR
• elaborar atividades sobre aspectos discursivos e lingüísticos
do gênero priorizado, em função das necessidades apresentadas O processador de textos
pelos alunos; Eliminar, alterar, deslocar palavras, expressões e trechos são
• programar as atividades em módulos que explorem cada um tarefas que marcam as sucessivas rescrituras a que um texto é sub-
dos aspectos do conteúdo a serem trabalhados, procurando reduzir metido até a versão final. Tais tarefas encontram maior flexibilidade
parte de sua complexidade a cada fase, considerando as possibilida- com o uso dos processadores de texto. Retirando de tais tarefas o
des de aprendizagem dos alunos; peso das sucessivas refacções, o usuário pode concentrar-se na pro-
• deixar claro para os alunos as finalidades das atividades pro- dução mais elaborada do texto de maneira a atender a seus objeti-
postas; vos, sem o ônus de copiar inúmeras vezes as passagens que deseja
•distribuir as atividades de ensino num tempo que possibilite manter. O uso do corretor ortográfico durante o processo de revi-
a aprendizagem; são não libera, como se poderia imaginar, o usuário das tarefas de
• planejar atividades em duplas ou em pequenos grupos, para
pensar acerca das questões ortográficas. Da simples identificação
permitir que a troca entre os alunos facilite a apropriação dos con-
de caracteres incorretos, à decisão de incluir termos não perten-
teúdos;
centes ao inventário disponível, cabe ao usuário realizar a escolha,
• interagir com os alunos para ajudá-los a superar dificuldades;
confrontando sua forma com a opção sugerida pelo equipamento.
• elaborar com os alunos instrumentos de registro e síntese
dos conteúdos aprendidos, que se constituirão em referências para É importante considerar ainda que há uma série de aspectos da
produções futuras; chamada revisão das convenções da escrita que escapam da iden-
• avaliar as transformações produzidas. tificação: problemas envolvendo a segmentação de palavras cujo
resultado produza outras palavras possíveis na língua, por exem-
Tecnologias da informação e Língua Portuguesa plo com seguiu (para conseguiu); aspectos relativos à concordância
A afirmação de que a imagem substituiria a escrita é quase lu- e regência, ao emprego da pontuação que não dispensam a ação
gar-comum. Desde a existência da televisão, afirma-se que o núme- atenta do sujeito.
ro de leitores diminui, à medida que aumenta o de espectadores. Além disso, tais aplicativos possibilitam a obtenção de um
Recentemente, o desenvolvimento tecnológico, que tornou possí- layout bastante próximo daquele usado nos textos impressos de
vel aproximar os lugares mais distantes com o simples apertar de circulação social, pois permitem a seleção da fonte, dos caracteres,
um botão, produziu a impressão de que a leitura e a escrita estavam a distribuição do texto em colunas, a inclusão de gráficos e tabelas,
com os dias contados. a inserção de figuras, moldura etc. Isso torna possível a publicação
A análise mais rigorosa da questão, na realidade atual, não de jornais, revistas, folhetos utilizando-se a editoração eletrônica.
coincide com tais previsões, pois a leitura e a escrita continuam Produtos mais bem acabados são, sem dúvida, fonte de satisfação
muito presentes na sociedade e, em particular, no âmbito do traba- para seus produtores.
lho. Porém, não há como negar que as novas tecnologias da infor- Um outro aspecto interessante é a possibilidade de, estando
mação cumprem cada vez mais o papel de mediar o que acontece conectado com alguma rede, poder destinar os textos produzidos
no mundo, editando a realidade. a leitores reais, ou interagir com outros colegas, também via rede,
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ampliando as possibilidades de interlocução por meio da escrita e O VÍDEO


permitindo acesso on line ao conhecimento enciclopédico acumu- Partindo do que toca os sentidos, a linguagem da TV e vídeo
lado pela humanidade. responde à sensibilidade dos jovens. Projetando outras realidades,
Há uma série de softwares disponíveis no mercado, produzi- outros tempos e espaços, no vídeo interagem superpostas diversas
dos com a finalidade de trabalhar aspectos específicos de Língua linguagens: a visual, a falada, a sonora e até a escrita, principalmen-
Portuguesa. Como qualquer recurso didático, devem ser analisados te na legenda de filmes e nas traduções de entrevistas.
com cuidado e selecionados em função das necessidades colocadas O vídeo possibilita desenvolver múltiplas atitudes receptivas,
pelas situações de ensino e de aprendizagem. CD-ROM, multimídia pois permite que se interrompa a projeção para fazer um comentá-
e hipertexto rio; que se volte a fita, após a projeção, para rever cenas importan-
Por combinarem diferentes linguagens e atividades multidisci- tes ou difíceis; que se passe quadro a quadro imagens significativas;
plinares, favorecem a construção de uma representação não-linear que se exiba a fita outras vezes para apreciar aspectos relacionados
do conhecimento, permitindo que cada um, segundo seu ritmo e à trilha sonora, efeitos visuais, diálogos etc.
interesse, possa dirigir sua aprendizagem: buscando informação Pode ser usado de muitas formas em sala de aula:
complementar, selecionando em um texto uma ligação com outro • como ponto de partida para a introdução de um tema;
documento, por uma palavra ou expressão ressaltada; buscando re- •como exemplo de aspectos relacionados ao assunto discutido
presentações em outras linguagens imagem, som, animação com em classe;
as quais pode interagir na construção de uma representação mais • para registro e documentação de projetos desenvolvidos;
realista. •para que os alunos realizem produções em vídeo: encena-
É importante, ainda, no trabalho escolar, analisar criticamente ções, programas informativos, entrevistas;
a sedução do meio. • como avaliação, permitindo o exame de exposições orais;
Uma das possibilidades é a produção de CD-ROMs pelos pró- • como suporte da televisão e do cinema:
prios alunos, que permite revelar e compreender a funcionalidade • gravando programas para utilização em classe;
de elementos presentes na dinâmica do suporte para a representa- • exibindo filmes de longa-metragem e documentários relacio-
ção do real: articulação entre a linearidade do texto verbal e a pos- nados a aspectos do trabalho desenvolvido;
sibilidade de abrir janelas, possibilidade de introduzir informações • exibindo filmes baseados em obras literárias lidas para com-
suplementares em outras linguagens (preparação de imagens, de paração das diferentes linguagens.
sons, de animação) etc.

O RÁDIO
O rádio, o mais abrangente veículo de comunicação presente SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. CURRÍ-
no cotidiano, abre diversas possibilidades para o trabalho com os CULO PAULISTA. SÃO PAULO: SEDUC, 2019. P. 95-110, 123-
sons e a palavra falada em Língua Portuguesa: 127, 166-200
• estudando a programação das emissoras (AM/FM) e as mar-
cas que caracterizam a fala dos diversos apresentadores e discjó-
queis, por meio de gravações e transcrições; CURRÍCULO PAULISTA
• analisando o radiojornalismo e confrontando-o com outras
mídias; ÁREA DE LINGUAGENS
• produzindo programas radiofônicos com os alunos a Rádio As Linguagens são aqui entendidas como práticas que pressu-
Recreio. põem a interação entre sujeitos socialmente situados, que atuam e
se inter-relacionam nos mais diversos campos da atividade huma-
A TELEVISÃO na. Essa interação entre sujeitos sociais se dá por meio das mais
Além das possibilidades de trabalho com a programação, as- diversas linguagens e traduz um dado momento histórico, social e
sociadas ao videocassete gravando ou reproduzindo um programa cultural, assim como valores estéticos, cognitivos, pragmáticos, mo-
específico, a TV pode introduzir ou complementar os conteúdos rais e éticos constitutivos do sujeito e da sociedade em que ele vive.
trabalhados por meio do substrato educativo-cultural da programa- Essa premissa permeia o Currículo Paulista e contempla dife-
ção, como também abrir espaço para discutir temas que o veículo rentes multissemioses e multimeios ligados à realização de práticas
projeta para a sociedade, desenvolvendo a construção de valores sociais de linguagem. Quando exploradas e disseminadas na Educa-
que permitam recepção mais crítica. ção Básica, concorrem para o desenvolvimento de habilidades que
Algumas propostas para discutir o veículo: permitam o uso consciente, pelos estudantes, dessas linguagens e
• análise das transformações sofridas por uma obra literária ao seus recursos.
ser adaptada para a TV; Nesse sentido, o Currículo Paulista, em consonância com a Base
• análise das transformações sofridas por um filme produzido Nacional Comum Curricular (BNCC) e com as Diretrizes Curricula-
para o cinema, ao ser transmitido na TV; res Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (conforme
• identificação de relações de imitação-interpretação-adultera- Resolução CNE/CEB nº 7/2010), organiza a área de Linguagens nos
ção da realidade; seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Edu-
• análise da recepção e efeitos produzidos no receptor. cação Física e Língua Inglesa.
Em cada componente, o trabalho com as linguagens deve con-
siderar que todo diálogo sempre envolve os sensos crítico, estético
e ético, em situações comunicativas ligadas às instâncias do verbal,
do corporal, do visual, da sonoridade e/ou do digital.
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As competências específicas da área de Linguagens, presentes a necessidade de articular todos esses eixos na promoção de uma
no Currículo Paulista e referenciadas pela BNCC, definem as apren- aprendizagem voltada à formação integral de sujeitos que domi-
dizagens essenciais que devem ser asseguradas a todos os estudan- nem a leitura e a escrita, saibam usar a língua em diferentes contex-
tes pelo conjunto de componentes curriculares que integram essa tos de interação, em diferentes campos de atividade humana, que
área. saibam argumentar e defender pontos de vista de maneira ética, e
que usem a reflexão linguística e semiótica a favor da produção de
Competências Específicas de sentido, de um uso consciente da língua e seus recursos. As práticas
sociais de leitura, de oralidade, de produção textual e de análise
Linguagens para o Ensino Fundamental linguística e semiótica delineiam o caminho básico que as escolas
1. Compreender as linguagens como construção humana, his- precisam priorizar.
tórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e Falar, escrever, ler e escutar são ações que se concretizam nos
valorizando-as como formas de significação da realidade e expres- variados campos da atividade humana, o que significa, por exem-
são de subjetividades e identidades sociais e culturais. plo, compreender e respeitar as variedades linguísticas enquanto
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artís- construções históricas, sociais e culturais. Essa perspectiva também
ticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade enfatiza o fato de que as linguagens são uma construção humana,
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de que se realizam em contextos históricos e culturais, e por isso são
participação na vida social e colaborar para a construção de uma portadoras e constitutivas de identidade, que fazem a interação
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. entre sujeitos que podem comunicar sentimentos, conhecimentos
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, científicos, culturais, cibernéticos, entre outros, por meio de dife-
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se rentes formas de linguagem: verbal (oral, escrita), corporal, visual,
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimen- sonora, digital. Essas definições iniciais também colocam o texto,
tos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálo- tomado sempre como gênero discursivo, no centro de todo o pro-
go, à resolução de conflitos e à cooperação. cesso de ensino e aprendizagem:
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista [...] o texto ganha centralidade na definição dos conteúdos, ha-
que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a cons- bilidades e objetivos, considerado a partir de seu pertencimento
ciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, a um gênero discursivo que circula em diferentes esferas/campos
regional e global, atuando criticamente frente a questões do mun- sociais de atividade/comunicação/uso da linguagem. Os conheci-
do contemporâneo. mentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e res- norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses) devem
peitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de
mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, de-
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, indi- vem estar a serviço da ampliação das possibilidades de participação
viduais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à em práticas de diferentes esferas/campos de atividades humanas
diversidade de saberes, identidades e culturas. (BRASIL, 2017, p.67).
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação A seleção dos gêneros de cada campo de atividade a serem tra-
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas balhados deve considerar os tradicionalmente abordados pela es-
diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar cola, mas também é fundamental contemplar aqueles resultantes
por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimen- de novas práticas de linguagem, potencializados pela tecnologia.
tos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. Conforme a BNCC, cabe à escola:
[...] contemplar de forma crítica essas novas práticas de lingua-
LÍNGUA PORTUGUESA gem e produções, não só na perspectiva de atender às muitas de-
mandas sociais que convergem para um uso qualificado e ético das
ÁREA DE LINGUAGENS TDIC – necessário para o mundo do trabalho, para estudar, para a
vida cotidiana etc. –, mas de também fomentar o debate e outras
LÍNGUA PORTUGUESA demandas sociais que cercam essas práticas e usos (BRASIL, 2017,
O Currículo Paulista, em consonância com a Base Nacional p.67).
Comum Curricular (BNCC), sustenta para o componente de Língua Dentre essas demandas, destaca-se a exposição às discordân-
Portuguesa a perspectiva enunciativo-discursiva e retoma os Parâ- cias, a convivência com o outro, com outra voz diversa da nossa,
metros Curriculares Nacionais para definir linguagem como: diante da qual é preciso saber também se colocar de forma ética,
[...] uma forma de ação interindividual orientada para uma fi- argumentar posições, defender valores e respeitar o diferente,
nalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas o divergente, repudiando os discursos de ódio diante do qual os
práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos momentos argumentos pouco valem. Destaca-se também a possibilidade de
de sua história. (BRASIL, 1998, p.20) Essas noções teóricas iniciais o estudante assumir-se como sujeito a quem a tecnologia dispo-
terão decisivo impacto em todo o trabalho proposto para Língua nibiliza meios de se tornar produtor, de expor e fazer circular mais
Portuguesa, pois, ao adotar essa perspectiva, toma a linguagem amplamente suas ideias, emoções, criações, formas de ver e sen-
como prática social, o que coloca como necessidade considerar, em tir o mundo, o que traz junto a necessidade de se pensar ética e
todos os eixos do componente – Leitura, Produção de textos, Ora- responsavelmente aquilo que torna público. Destaca-se, por fim, a
lidade, Análise linguística e semiótica –, as práticas de linguagem exposição à diversidade cultural, como “forma de garantir amplia-
que se dão em dado contexto entre os sujeitos sociais e historica- ção de repertório e uma interação e trato com o diferente” (BRASIL,
mente situados em uma interação sempre responsiva; coloca ainda 2017, p.70).
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As tecnologias, em especial o ambiente digital, introduzem mu- Em qualquer dos sentidos da palavra “multiletramentos” – no
danças que devem ser consideradas em todo âmbito educacional sentido da diversidade cultural de produção e circulação dos textos
para que se promovam formas diferenciadas de ensinar, voltadas a ou no sentido da diversidade de linguagens que os constituem —,
um currículo ajustado às necessidades da sociedade do século XXI. os estudos são unânimes em apontar algumas características im-
Ainda no que diz respeito às práticas de linguagem, o termo portantes: Eles são interativos; mais do que isso, colaborativos; Eles
“multiletramentos”, cunhado para representar dois “multi” — a fraturam e transgridem as relações de poder estabelecidas, em es-
multiplicidade social, cultural e linguística presente na sociedade pecial as relações de propriedade (das máquinas, das ferramentas,
globalizada, e a multiplicidade semiótica que constitui os textos que das ideias, dos textos [verbais ou não]); Eles são híbridos, frontei-
circulam dentro e fora da escola — foi criado pelo grupo conhecido riços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas). (ROJO,
como New London Group (GNL)3. 2012, p.22-23)
Esses pesquisadores iniciam o manifesto buscando definir a Para o funcionamento dos multiletramentos, a escola e seus
missão da educação: professores — o de Língua Portuguesa, especialmente — deverão
Se fosse possível definir a missão da educação, poderia se dizer estar abertos a mudanças. Precisarão compreender e valorizar o
que o seu objetivo fundamental é garantir que todos os alunos se trabalho colaborativo entre os estudantes, entre professores, entre
beneficiem da aprendizagem de maneira que seja possível partici- professores e estudantes, seja em sala de aula ou em outros espa-
par plenamente sua vida pública, em comunidade e poder parti- ços Os novos letramentos, portanto, são mais bem compreendidos
cipar da vida econômica. O letramento cumpre papel importante em relação a um período histórico de desenvolvimento social, inte-
nessa missão. A pedagogia é uma relação de ensino e aprendizagem lectual e tecnológico que vem acontecendo há várias décadas. Tais
com potencial para criação de condições de aprendizagem que le- mudanças afetam profundamente os valores e as rotinas de uma
vem à participação social plena e equitativa (NEW LODON GROUP, educação convencional. A aprendizagem e a educação contemporâ-
1996, p.1). neas devem compreender os novos letramentos em relação ao que
No manifesto, o GNL expande a concepção sobre a prática do se denomina “nova técnica” e “novo ethos”. Sobre “nova técnica”,
letramento na escola para dar conta de uma multiplicidade de dis- Lankshear e Knobel (2007, p.4) afirmam que, hoje, com computa-
cursos existentes na sociedade moderna, mudando o foco para a di- dores conectados à internet, alguém com conhecimentos básicos
versidade cultural e linguística de uma sociedade que se faz sempre pode criar uma grande variedade de artefatos com um número fi-
mais plural e globalizada, que tem acesso a uma gama cada vez maior nito de operações técnicas como “digitar, clicar, recortar, arrastar”.
de textos. O grupo argumenta que é necessário levar em conta novas Dessa maneira, é possível criar, por exemplo, um texto multimodal
práticas de letramento, uma vez que as tecnologias multimidiáticas e enviar para um grupo de pessoas, para uma comunidade ou rede,
possibilitam o acesso a um número cada vez maior de textos que cir- com quase nenhum custo.
culam no ambiente digital, em decorrência das novas possibilidades Desenvolvem-se, dessa forma, novas práticas de criação e de
de comunicação e da diversidade linguística e cultural. interpretação de textos, que deixam de implicar apenas texto ver-
Sendo assim, os multiletramentos podem acontecer com o bal, mas que agregam imagens, em movimento ou estáticas, sons
uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e várias outras possibilidades. Com relação ao “novo ethos”, Lank-
e mesmo independentemente delas, dado que a confluência de shear e Knobel (2007) explicam que as práticas sociais contemporâ-
linguagens (verbal — não verbal) ocorre também em materiais im- neas exigem novas formas de participação, que devem ser intensas
pressos, como fôlderes, peças de campanhas publicitárias, cartazes e propiciar a colaboração, pois têm uma natureza distributiva que
de reivindicações, outdoors. O uso do termo “confluência” deseja emerge de esferas formais e não-formais de atividades do cotidia-
significar que as imagens e outras linguagens não são apenas ilus- no digital, ou seja, as ações não acontecem apenas no plano físico,
trativas, mas sim que, juntamente com o texto verbal, compõem mas também no ciberespaço. As pessoas que operam nesse tipo
um todo significativo cujo sentido é preciso que a escola compreen- de mentalidade reconhecem os dois espaços — o “físico” e o “vir-
da para que os estudantes também o compreendam criticamente. tual”. Isso implica mudança de postura, isto é, um “novo ethos”, que
Os pesquisadores acreditam que os educadores devem se de- valoriza e leva à inclusão, à participação em massa e aos saberes
bruçar sobre a questão social dos resultados da aprendizagem da distribuídos.
linguagem, para repensar: A escola está se transformando e apresenta características dos
[...] premissas fundamentais para uma pedagogia voltada para dois tipos de mentalidade, mas é preciso que avance rapidamente,
o letramento, com a finalidade de influenciar as práticas que dão que se adapte e se aproprie de suas especificidades, compreenden-
aos alunos habilidades e conhecimentos necessários para que al- do que é necessário acompanhar as mudanças e atentar às novi-
cancem suas aspirações [...] (NEW LODON GROUP, 1996, p.3). dades.
Um conceito-chave na pedagogia dos multiletramentos é o de Com base nessas considerações e nesses pressupostos, o Currí-
designer: culo Paulista estabelece o alicerce do trabalho pedagógico: o desen-
Somos herdeiros de padrões e de significados já convenciona- volvimento de estratégias cognitivas e metacognitivas vistas como
dos, e ao mesmo tempo somos designers ativos de significados. E
elementos potenciais para o desenvolvimento dos multiletramen-
como designers de significados, somos designers de futuros sociais
tos.
– de locais de trabalho, de cidadania e da comunidade (NEW LO-
DON GROUP, 1996, p.4).
Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino
Essa perspectiva possibilita a professores e estudantes saírem
Fundamental
do papel de receptores e passarem a ser também produtores de
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico,
conhecimento significativo, não só dentro da escola, mas atingindo
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, re-
a comunidade como um todo. Cabe aqui refletir sobre como ocorre
o funcionamento dos multiletramentos, para atender a toda com- conhecendo-a como meio de construção de identidades de seus
plexidade que é o ambiente escolar. Rojo esclarece: usuários e da comunidade a que pertencem.
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2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como Anos Iniciais (1º, 2º, 3º, 4º, 5º) e Anos Finais (6º, 7º, 8º 9º)
forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida so-
cial e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da
CAMPOS DE PRÁTICAS DE ANO HABILIDADES
cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e
ATUAÇÃO LINGUAGEM*
de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióti- Todos os Leitura 1º ao 9º Progressão
cos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com campos de Escrita horizontal e
compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se ex- atuação Oralidade vertical
pressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, Campo da Análise
e continuar aprendendo. vida cotidiana linguística /
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demons- semiótica
trando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejei- Campo da Produção de
tando preconceitos linguísticos. vida pública texto
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de Campo das *As Práticas
linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocu- práticas de de linguagem
tor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual. estudo e possuem,
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados pesquisa conforme
em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando- o Ano,
Campo características
-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios
artístico- específicas
que ferem direitos humanos e ambientais.
literário
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negocia-
ção de sentidos, valores e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com Língua Portuguesa no Ensino Fundamental – Anos Finais
objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, O trabalho em Língua Portuguesa nessa etapa é, ao mesmo
entretenimento, pesquisa, trabalho etc.). tempo, uma continuidade do proposto para os Anos Iniciais e uma
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem ampliação e aprofundamento das práticas de linguagem, das habi-
o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a li- lidades e dos objetos de conhecimento a elas associados, que se
teratura e outras manifestações artístico-culturais como formas de tornam progressivamente mais complexas ao longo dos anos esco-
acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reco- lares.
nhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência Nessa etapa, as práticas de leitura dão continuidade ao pro-
com a literatura. cesso de letramento. Nos Anos Finais, “amplia-se o contato dos
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, estudantes com gêneros textuais relacionados a vários campos de
mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir atuação e a várias disciplinas” (BRASIL, 2017, p.136).
sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e Como consequência do trabalho realizado em etapas anterio-
refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. res de escolarização, os adolescentes e jovens já conhecem e fazem
Essas competências pretendem garantir ao sujeito o direito a uso de gêneros que circulam nos campos das práticas artístico-lite-
uma formação humana integral no contexto das experimentações rárias, de estudo e pesquisa, jornalístico-midiático, de atuação na
básicas de linguagens, ao aprimoramento constante de saberes vida pública e campo da vida pessoal, cidadãs, investigativas.(BRA-
apreendidos durante a vida. SIL, 2017, p.136) Nas práticas de leitura, ganham destaque os gêne-
São as linguagens que conferem sentido às práticas sociais e, ros que circulam na esfera pública, nos campos jornalístico-midiá-
no que diz respeito ao comprometimento pedagógico, é necessário tico e de atuação na vida pública, e os que se inserem nas práticas
considerar e entender a corresponsabilidade do ensino escolariza- contemporâneas de linguagem.
do à atuação desse sujeito como ser naturalmente social. Dentre as habilidades relacionadas à abordagem dos gêneros
A alfabetização, o letramento, o desenvolvimento de habilida- que circulam nessa esfera, merecem destaque aquelas voltadas ao
des voltadas aos (novos) multiletramentos constituem alguns exem- desenvolvimento da capacidade de argumentar e persuadir. Con-
plos da aprendizagem que a escola pode assegurar ao estudante. O forme a BNCC, “os gêneros jornalísticos – informativos e opinativos
domínio dessas habilidades é fundamental para o desenvolvimento – e os publicitários são privilegiados, com foco em estratégias lin-
da autonomia crítica, criativa e reflexiva e para a constituição de um guístico- -discursivas e semióticas voltadas para a argumentação e
sujeito integral, inclusivo e, sobretudo, ético. persuasão” (BRASIL, 2017, p.136). Também se destacam as voltadas
à comparação e análise em diversos gêneros de diferentes mídias
A ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO que permitem desenvolver no estudante uma postura crítica e res-
O Organizador Curricular está estruturado em Campos de Atua- ponsável com relação ao que circula na esfera jornalístico-midiática,
ção, Práticas de Linguagem, Ano (de escolaridade), Habilidades e sobretudo no ambiente web.
Objetos de Conhecimento. No campo da atuação na vida pública, a abordagem dos gê-
As Habilidades correspondem à indicação de processos cogni- neros voltados ao debate e à reivindicação quer “promover uma
tivos ligados aos Objetos de Conhecimento, que dialogam com as consciência dos direitos, uma valorização dos direitos humanos e a
Competências Gerais da Educação Básica e com as Competências formação de uma ética da responsabilidade” (BRASIL, 2017, p.137),
Específicas do componente. o que volta a colocar em destaque as habilidades que privilegiam a
O documento apresenta a seguinte organização: argumentação e a persuasão:

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[...] não se trata de promover o silenciamento de vozes dissonantes, mas antes de explicitá- -las, de convocá-las para o debate, ana-
lisá-las, confrontá-las, de forma a propiciar uma autonomia de pensamento, pautada pela ética, como convém a Estados democráticos.
(BRASIL, 2017, p.137)
A leitura e o estudo dos gêneros do campo da investigação e pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades
de pesquisa, ordenação e processamento do conhecimento. Gêneros desse campo ocupam lugar central na vida escolar e, por isso, em
conformidade com a BNCC, este Currículo entende essencial para o estudante um trabalho sistematizado com eles, privilegiando “proce-
dimentos de busca, tratamento e análise de dados e informações e a formas variadas de registro e socialização de estudos e pesquisas”
(BRASIL, 2017, p.138).
No campo artístico-literário, pelo seu potencial profundamente humanizador, o trabalho com a literatura tem importância capital no
currículo de Língua Portuguesa.
Em relação aos gêneros literários, afirma Antonio Candido: [...] podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das civilizações.
Portanto, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a litera-
tura. Deste modo, ela é ator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade [...]. Cada sociedade
cria as suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com os seus impulsos, as suas crenças, os seus sentimentos, as suas
normas, a fim de fortalecer em cada um a presença e atuação deles. (CANDIDO, 2004, p.175)
É o que também reconhece a BNCC ao destacar: [...] a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo, tendo em
vista a potência da arte e da literatura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças,
desejos e conflitos, o que contribui para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo e, pelo reconhecimento do
que é diverso, compreender a si mesmo e desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente. (BRASIL, 2017, p.139)
Assim, em conformidade com a BNCC, o Currículo Paulista destaca o trabalho com textos da literatura voltado à formação do leitor li-
terário. Entende-se aqui leitor literário como aquele capaz de fruir um texto, reconhecer suas camadas valorativas, colocar-se em relação a
ele, considerar sua recepção no contexto histórico original de produção e atualizar sentidos, observando as permanências e impermanên-
cias; é o leitor que constrói um repertório que lhe permite também observar que as produções literárias integram uma cadeia discursiva,
pertencendo a uma dada tradição que constrói seus próprios modos de fabulação e expressão. Assim, a formação desse leitor vai além do
reconhecimento dos elementos estruturais do texto — enredo, narrador, personagem, tempo, espaço, no caso das narrativas em prosa; e
os recursos expressivos da linguagem poética, no caso dos poemas. É o que justifica, conforme a BNCC, [...] a proposição de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que concorrem para a capacidade de relacionarem textos, percebendo os efeitos de sentidos decorren-
tes da intertextualidade temática e da polifonia resultante da inserção – explícita ou não – de diferentes vozes nos textos. A relação entre
textos e vozes se expressa, também, nas práticas de compartilhamento que promovem a escuta e a produção de textos, de diferentes
gêneros e em diferentes mídias, que se prestam à expressão das preferências e das apreciações do que foi lido/ouvido/assistido (BRASIL,
2017, p.139).
Ainda decorrente da opção teórica geral do documento, que considera a língua numa perspectiva enunciativo-discursiva, cabe uma
última palavra sobre a reflexão linguística-semiótica: além da continuidade do estudo da ortografia, pontuação e acentuação em suas
regularidades e irregularidades, são aprofundados, progressivamente, os estudos que regem a língua dentro da norma padrão. Mas é
importante ressaltar que esses devem estar articulados aos outros eixos de aprendizagem. Isso significa que o estudo da língua deve se
colocar a favor da construção do sentido, do reconhecimento das estratégias do dizer.
A seguir, o quadro organizador das habilidades a serem desenvolvidas em Língua Portuguesa no Ensino Fundamental.

CAMPOS DE PRÁTICAS DE ANO HABILIDADES OBJETOS DE


ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO
Leitura / escuta 5º (EF05LP23) Comparar informações Compreensão em
Campo das práticas (compartilhada e apresentadas em gráficos ou tabelas, leitura
de estudo e pesquisa autônoma) presentes em textos de diferentes gêneros
do campo das práticas de estudo e pesquisa,
como relatórios, textos didáticos, entre
outros.
Campo das práticas Leitura (autônoma) 5º (EF05LP22) Ler e compreender textos do Compreensão em
de estudo e pesquisa campo das práticas de estudo e pesquisa leitura
(resumos, mapas conceituais, textos de
divulgação científica, você sabia quê?),
sobre tema de interesse dos estudantes,
considerando a situação comunicativa, a
estrutura composicional e o estilo do gênero.

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Campo das práticas Escrita (autônoma) 5º (EF05LP24A) Planejar e produzir textos do Produção escrita
de estudo e pesquisa campo das práticas de estudo e pesquisa
(resumos, mapas conceituais, textos de
divulgação científica, você sabia quê?),
sobre tema de interesse dos estudantes,
para organizar resultados de pesquisa em
fontes de informação impressas ou digitais,
com a inclusão de imagens, gráficos, tabelas
ou infográficos, considerando a situação
comunicativa, a estrutura composicional e o
estilo do gênero.
(EF05LP24B) Revisar e editar resumos,
mapas conceituais, textos de divulgação
científica, você sabia quê?, entre outros textos
produzidos, cuidando da apresentação final do
gêneros.
Campo artístico Leitura/ Oralidade 5º (EF05LP25A) Ler e compreender diferentes Compreensão em
literário textos dramáticos. leitura
(EF05LP25B) Representar cenas de textos Dramatização de
dramáticos lidos, reproduzindo as falas das histórias
personagens de acordo com as rubricas de
interpretação e movimento indicadas pelo
autor
Campo de atuação Leitura 6º ao 9º (EF69LP01A) Diferenciar liberdade de Apreciação e réplica
na vida pública expressão de discursos de ódio. Relação entre
(EF69LP01B) Posicionar-se contrariamente a gêneros e mídias
discursos de ódio.
(EF69LP01C) Identificar possibilidades e
meios de denúncia.
Campo jornalístico / Leitura 6º ao 9º (EF69LP02A) Analisar peças publicitárias Apreciação e réplica
midiático variadas. Relação entre
(EF69LP02B) Comparar peças publicitárias gêneros e mídias
variadas.
(EF69LP02C) Perceber a articulação entre
peças publicitárias em campanhas.
Campo jornalístico / Leitura 6º ao 9º (EF69LP03A) Identificar, em notícias, o fato Estratégia de leitura:
midiático central, suas principais circunstâncias e apreender
eventuais decorrências. os sentidos globais
(EF69LP03B) Identificar, em reportagens e do texto
fotorreportagens, o fato retratado.
(EF69LP03C) Identificar, em entrevistas, os
principais temas/ subtemas abordados,
explicações dadas ou teses defendidas.
(EF69LP03D) Identificar crítica ou ironia/
humor presente em tirinhas, memes, charge,
por exemplo
Campo jornalístico / Leitura 6º ao 9º (EF69LP04A) Identificar os efeitos de sentido Efeitos de sentido
midiático que fortalecem a persuasão nos textos
publicitários.
(EF69LP04B) Analisar os efeitos de sentido
que fortalecem a persuasão nos textos
publicitários, considerando práticas de
consumo conscientes

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Campo jornalístico / Leitura 6º ao 9º (EF69LP05A) Inferir, em textos Efeitos de sentido


midiático multissemióticos, o efeito de sentido (humor,
ironia ou crítica) produzido pelo uso de
palavras, expressões, imagens, clichês,
recursos iconográficos, pontuação, entre
outros.
(EF69LP05B) Justificar, em textos
multissemióticos, o efeito de sentido (humor,
ironia ou crítica) produzido pelo uso de
palavras, expressões, imagens, clichês,
recursos iconográficos, pontuação, entre
outros.
Campo jornalístico / Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP06) Produzir notícias, fotodenúncias, Relação do texto
midiático fotorreportagens, reportagens, infográficos, com o contexto
podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de produção e
de leitor, comentários, artigos de opinião experimentação de
de interesse local ou global, textos de papéis sociais
apresentação e apreciação de produção
cultural (resenhas e outros gêneros textuais
próprios das formas de expressão das
culturas juvenis, em várias mídias).
Campo jornalístico / Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP07A) Utilizar estratégias de Textualização
midiático semiótica planejamento, elaboração, revisão, edição,
reescrita/redesign e avaliação de textos.
(EF69LP07B) Produzir textos em diferentes
gêneros, considerando sua adequação ao
contexto de produção e circulação.
Campo jornalístico / Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido, Revisão/edição de
midiático tendo em vista sua adequação ao contexto texto informativo e
de produção, a mídia em questão, opinativo
características do gênero, aspectos relativos
à textualidade, a relação entre as diferentes
semioses, a formatação e uso adequado das
ferramentas de edição (de texto, foto, áudio
e vídeo dependendo do caso) e adequação à
norma culta
Campo jornalístico / Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP09) Planejar uma campanha Planejamento de
midiático publicitária sobre questões/problemas, textos de peças
temas, causas significativas para a escola e/ publicitárias de
ou comunidade, a partir de um levantamento campanhas sociais
de material sobre o tema ou evento, da
definição do público-alvo, do texto ou peça
a ser produzido (cartaz, banner, folheto,
panfleto, anúncio impresso e para internet,
spot, propaganda de rádio, TV entre outros),
da ferramenta de edição de texto, áudio
ou vídeo que será utilizada, do recorte e
enfoque a ser dado, das estratégias de
persuasão que serão utilizadas etc
Campo jornalístico / Oralidade*Considerar 6º ao 9º (EF69LP10) Produzir notícias para rádios, Produção de textos
midiático todas as habilidades TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de jornalísticos orais
dos eixos leitura e opinião, entrevistas, comentários, vlogs,
produção que se jornais radiofônicos e televisivos, dentre
referem a textos ou outros possíveis, relativos a fato e temas de
produções orais, em interesse pessoal, local ou global e textos
áudio ou vídeo orais de apreciação e opinião, orientando-se
por roteiro e contexto de produção
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Campo jornalístico / Oralidade*Considerar 6º ao 9º (EF69LP11) Identificar e analisar Produção de textos


midiático todas as habilidades posicionamentos defendidos e refutados jornalísticos orais
dos eixos leitura e na escuta de interações polêmicas em
produção que se entrevistas, discussões e debates (televisivo,
referem a textos ou em sala de aula, em redes sociais etc.), entre
produções orais, em outros, e se posicionar frente a eles.
áudio ou vídeo
Campo jornalístico / Oralidade*Considerar 6º ao 9º (EF69LP12A) Desenvolver estratégias de Planejamento e
midiático todas as habilidades planejamento, elaboração, revisão, edição, produção de textos
dos eixos leitura e reescrita/ redesign (esses três últimos jornalísticos orais
produção que se quando não for situação ao vivo).
referem a textos ou (EF69LP12B) Analisar textos orais, áudio e/
produções orais, em ou vídeo, considerando sua adequação aos
áudio ou vídeo contextos em que foram produzidos
Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP13) Buscar conclusões comuns Participação em
na vida pública relativas a problemas, temas ou questões discussões orais de
polêmicas de interesse da turma e/ou de temas controversos
relevância social. de interesse da turma
e/ou de relevância
social
Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP14) Analisar tema/ questão polêmica, Participação em
na vida pública explicações e ou argumentos em textos de discussões orais de
relevância social. temas controversos de
interesse da turma e/
ou de relevância social
Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra- Participação em
na vida pública argumentos coerentes, respeitando os turnos discussões orais de
de fala, na participação em discussões sobre temas controversos
temas controversos e/ou polêmicos. de interesse da turma
e/ou de relevância
social
Campo jornalístico / Leitura 6º ao 9º (EF69LP16A) Analisar as formas de Construção
midiático composição dos gêneros textuais do campo composicional
jornalístico.
(EF69LP16B) Utilizar as formas de
composição dos gêneros textuais do campo
jornalístico.
Todos os campos de Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP17) Identificar recursos estilísticos e Estilo
atuação semiótica semióticos presentes em textos jornalísticos
e publicitários.
Todos os campos de Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP18A) Compreender a utilização de Estilo
atuação semiótica recursos linguísticos que marquem as relações de
sentido entre parágrafos e enunciados do texto
e operadores de conexão adequados aos tipos
de argumento e à forma composicional de textos
argumentativos.
(EF69LP18B) Fazer uso da coesão, da
coerência e da progressão temática, durante
a escrita/reescrita de textos argumentativos
Todos os campos de Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que Efeito de sentido
atuação semiótica envolvam argumentação, os efeitos de
sentido de elementos típicos da modalidade
falada, como a pausa, a entonação, o
ritmo, a gestualidade e expressão facial, as
hesitações etc

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Campo de atuação Leitura 6º ao 9º (EF69LP20) Identificar, tendo em vista o Reconstrução


na vida pública contexto de produção, a forma de organização das condições de
dos textos normativos e legais. produção e circulação
e adequação do
texto à construção
composicional e ao
estilo de gênero (lei,
código, estatuto,
regimento etc.)
Campo de atuação Leitura 6º ao 9º (EF69LP21) Posicionar-se a respeito de Apreciação e réplica
na vida pública conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social
(manifestações artísticas, produções culturais,
intervenções urbanas e práticas próprias das
culturas juvenis, por exemplo).
Campo de atuação Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP22A) Analisar pontos de vista, Textualização,revisão
na vida pública reivindicações, levando em conta seu e edição
contexto de produção e as características dos
textos reivindicatórios ou propositivos.
(EF69LP22B) Produzir textos reivindicatórios
ou propositivos sobre problemas que afetam
a vida escolar ou da comunidade.
(EF69LP22C) Revisar/editar textos
reivindicatórios ou propositivos sobre
problemas que afetam a vida escolar ou da
comunidade.
Campo de atuação Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos Produção Escrita
na vida pública normativos (regras e regulamentos nos vários
âmbitos da escola), levando em conta o
contexto de produção e as características dos
gêneros em questão.
Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP24A) Discutir casos, reais ou Discussão oral
na vida pública simulações, submetidos a juízo, que envolvam
(supostos) desrespeitos a artigos do ECA, do
Código de Defesa do Consumidor, do Código
Nacional de Trânsito, de regulamentações
do mercado publicitário entre outros, como
forma de criar familiaridade com a leitura e
análise de textos legais.
(EF69LP24B) Reconhecer o caráter
interpretativo das leis e as várias perspectivas
que podem estar em jogo
Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente Discussão oral
na vida pública e sustentada em uma discussão, assembleia,
reuniões de colegiados da escola, de
agremiações e outras situações de apresentação
de propostas e defesas de opiniões, respeitando
as opiniões contrárias e propostas alternativas
e fundamentando seus posicionamentos, no
tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e
propostas claras e justificadas.

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Campo de atuação Oralidade 6º ao 9º (EF69LP26A) Tomar nota em discussões, Registro


na vida pública debates, palestras, apresentações de
propostas, reuniões, como forma de
documentar o evento e apoiar a própria fala.
(EF69LP26B) Retomar, no momento ou
posteriormente, assuntos tratados em
discussões, debates, palestras, apresentação
de propostas e reuniões com base em
anotações pessoais desses próprios eventos.
Campo de atuação Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP27) Analisar a forma composicional de Análise de textos
na vida pública semiótica textos pertencentes a gêneros normativos/ legais/normativos,
jurídicos e a gêneros da esfera política, propositivos e
tais como propostas, programas políticos reivindicatórios
(posicionamento quanto a diferentes ações a
serem propostas, objetivos, ações previstas
etc.), propaganda política (propostas e sua
sustentação, posicionamento quanto a temas
em discussão) e textos reivindicatórios:
cartas de reclamação, petição (proposta, suas
justificativas e ações a serem adotadas) e suas
marcas linguísticas, de forma a incrementar a
compreensão de textos pertencentes a esses
gêneros e a possibilitar a produção de textos
mais adequados e/ou fundamentados quando
isso for requerido.
Campo de atuação Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP28) Observar os mecanismos de Modalização
na vida pública semiótica modalização adequados aos textos jurídicos,
as modalidades deônticas, que se referem
ao eixo da conduta (obrigatoriedade/
permissibilidade), e os mecanismos de
modalização adequados aos textos políticos
e propositivos, as modalidades apreciativas,
em que o locutor exprime um juízo de valor
(positivo ou negativo) acerca do que enuncia.
Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP29) Refletir sobre a relação entre Reconstrução
de estudo e pesquisa os contextos de produção dos gêneros das condições
de divulgação científica (reportagem de de produção e
divulgação científica, verbete de enciclopédia, recepção dos textos
esquema, infográfico, relatório, relato e adequação do
multimidiático de campo, entre outros) e os texto à construção
aspectos relativos à construção composicional composicional e ao
e às marcas linguística características estilo de gênero
desses gêneros, de forma a ampliar suas
possibilidades de compreensão (e produção)
de textos pertencentes a esses gêneros
Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP30) Comparar, com a ajuda do Relação entre textos
de estudo e pesquisa professor, conteúdos, dados e informações
de diferentes fontes, levando em
conta seus contextos de produção e
referências, identificando coincidências,
complementaridades e contradições, de
forma a poder identificar erros/imprecisões
conceituais, compreender e posicionar-
se criticamente sobre os conteúdos e
informações em questão

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Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas Coesão textual
de estudo e pesquisa para compreender a hierarquização das
proposições, sintetizando o conteúdo dos
textos.
Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP32) Selecionar informações e dados Estratégias e
de estudo e pesquisa relevantes de fontes diversas (impressas, procedimentos de
digitais, orais etc.), avaliando a qualidade leitura Relação do
e a utilidade dessas fontes, e organizar, verbal com outras
esquematicamente, com ajuda do professor, semioses
as informações necessárias Procedimentos e
(sem excedê-las) com ou sem apoio de gêneros de apoio à
ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou compreensão
gráficos
Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP33) Articular o verbal com os Estratégias e
de estudo e pesquisa esquemas, infográficos, imagens variadas etc. procedimentos de
na (re)construção dos sentidos dos textos leitura Relação do
de divulgação científica e retextualizar do verbal com outras
discursivo para o esquemático – infográfico, semioses
esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, Procedimentos e
ao contrário, transformar o conteúdo das gêneros de apoio à
tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações compreensão
etc. em texto discursivo, como forma de
ampliar as possibilidades de compreensão
desses textos e analisar as características das
multissemioses e dos gêneros em questão
Campo das práticas Leitura 6º ao 9º (EF69LP34) Grifar as partes essenciais do Estratégias e
de estudo e pesquisa texto, tendo em vista os objetivos de leitura, procedimentos de
como forma de possibilitar uma maior leitura Relação do
compreensão do texto, a sistematização de verbal com outras
conteúdos e informações. semioses
Procedimentos e
gêneros de apoio à
compreensão
Campo das práticas Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP35) Planejar textos de divulgação Consideração
de estudo e pesquisa científica, a partir da elaboração de das condições de
esquema que considere as pesquisas feitas produção de textos de
anteriormente, de notas e sínteses de leituras divulgação científica
ou de registros de experimentos ou de estudo Estratégias de escrita
de campo, produzir, revisar e editar textos
voltados para a divulgação do conhecimento e
de dados e resultados de pesquisas, tendo em
vista seus contextos de produção, que podem
envolver a disponibilização de informações e
conhecimentos em circulação em um formato
mais acessível para um público específico
ou a divulgação de conhecimentos advindos
de pesquisas bibliográficas, experimentos
científicos e estudos de campo realizados.

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Campo das práticas Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP36A) Produzir textos voltados para Estratégias de escrita:
de estudo e pesquisa a divulgação do conhecimento e de dados textualização, revisão
e resultados de pesquisas, considerando o e edição
contexto de produção e as regularidades
dos gêneros em termos de suas construções
composicionais e estilos.
(EF69LP36B) Revisar textos voltados para
a divulgação do conhecimento e de dados
e resultados de pesquisas, considerando o
contexto de produção e as regularidades
dos gêneros em termos de suas construções
composicionais e estilos.
(EF69LP36C) Editar textos voltados para a
divulgação do conhecimento e de dados e
resultados de pesquisas, considerando
Campo das práticas Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração Estratégias de
de estudo e pesquisa de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, produção
vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts)
para divulgação de conhecimentos científicos
e resultados de pesquisa, tendo em vista
seu contexto de produção, os elementos e a
construção composicional dos roteiros.
Campo das práticas Oralidade 6º ao 9º (EF69LP38) Organizar os dados e informações Estratégias
de estudo e pesquisa pesquisados em painéis ou slides de de produção:
apresentação, levando em conta o contexto planejamento
de produção, o tempo disponível, as e produção de
características do gênero apresentação oral, apresentações orais
a multissemiose, as mídias e tecnologias que
serão utilizadas.
Campo das práticas Oralidade 6º ao 9º (EF69LP39) Planejar o recorte temático Estratégias de
de estudo e pesquisa da entrevista a partir do levantamento de produção
informações sobre o entrevistado, elaboração
de roteiro de perguntas, realização da
entrevista, usando adequadamente as
informações obtidas, de acordo com os
objetivos estabelecidos
Campo das práticas Oralidade 6º ao 9º (EF69LP40) Analisar, em gravações de Construção
de estudo e pesquisa diferentes gêneros orais de apresentação a composicional
construção composicional – , os elementos Elementos
paralinguísticos e cinésicos, para melhor paralinguísticos e
performar apresentações orais no campo da cinésicos
divulgação do conhecimento Apresentações orais
Campo das práticas Oralidade 6º ao 9º (EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas Usar adequadamente
de estudo e pesquisa de apoio a apresentações orais, escolhendo ferramentas de apoio
e usando tipos e tamanhos de fontes que a apresentações orais
permitam boa visualização, topicalizando
e/ ou organizando o conteúdo em itens,
inserindo de forma adequada imagens,
gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos,
dimensionando a quantidade de texto (e
imagem) por slide, usando progressivamente
e de forma harmônica recursos mais
sofisticados como efeitos de transição, slides
mestres, layouts personalizados etc.

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Campo das práticas Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP42) Analisar a construção Construção


de estudo e pesquisa semiótica composicional dos textos pertencentes composicional e estilo
a gêneros relacionados à divulgação de Gêneros de
conhecimentos, e reconhecer traços da divulgação científica
linguagem dos textos de divulgação científica,
fazendo uso consciente das estratégias
de impessoalização da linguagem (ou de
pessoalização, se o tipo de publicação e
objetivos assim o demandarem, como em
alguns podcasts e vídeos de divulgação
científica), 3ª pessoa, presente atemporal,
recurso à citação, uso de vocabulário técnico/
especializado etc., como forma de ampliar
suas capacidades de compreensão e produção
de textos nesses gêneros
Campo das práticas Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP43A) Identificar os modos de Marcas linguísticas
de estudo e pesquisa semiótica introdução de outras vozes no texto as pistas Intertextualidade
linguísticas responsáveis por introduzir no
texto a posição do autor e dos outros autores
citados e os elementos de normatização (tais
como as regras de inclusão e formatação
de citações e paráfrases, de organização
de referências bibliográficas) em textos
científicos, desenvolvendo reflexão sobre
o modo como a intertextualidade e a
retextualização ocorrem nesses textos.
(EF69LP43B) Utilizar em apresentações
próprias os modos de introdução de
outras vozes no texto as pistas linguísticas
responsáveis por introduzir no texto a posição
do autor e dos outros autores citados e
os elementos de normatização em textos
científicos
Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP44) Inferir a presença de valores Reconstrução
literário sociais, culturais e humanos e de diferentes das condições de
visões de mundo, em textos literários, produção, circulação
reconhecendo nesses textos formas de e recepção
estabelecer múltiplos olhares sobre as Apreciação e réplica
identidades, sociedades e culturas e
considerando a autoria e o contexto social e
histórico de sua produção.
Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP45) Posicionar-se criticamente em Reconstrução
literário relação a textos pertencentes a gêneros das condições de
como quarta-capa, programa (de teatro, produção, circulação
dança, exposição etc.), sinopse, resenha e recepção
crítica, comentário em blog/vlog cultural Apreciação e réplica
etc., para selecionar obras literárias e outras
manifestações artísticas (cinema, teatro,
exposições, espetáculos, CD´s, DVD´s etc.),
diferenciando as sequências descritivas e
avaliativas e reconhecendo-os como gêneros
que apoiam a escolha do livro ou produção
cultural e consultando-os no momento de
fazer escolhas, quando for o caso.

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Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP46) Participar de práticas de Reconstrução


literário compartilhamento de leitura/recepção de das condições de
obras literárias/manifestações artísticas, produção, circulação
tecendo, quando possível, comentários de e recepção
ordem estética e afetiva. Apreciação e réplica
Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos Reconstrução da
literário ficcionais, as diferentes formas de composição textualidade e
próprias de cada gênero, os recursos coesivos compreensão dos
que constroem a passagem do tempo e efeitos de sentidos
articulam suas partes, a escolha lexical típica provocados pelos
de cada gênero para a caracterização dos usos de recursos
cenários e dos personagens e os efeitos de linguísticos e
sentido decorrentes dos tempos verbais, dos multissemióticos
tipos de discurso, dos verbos de enunciação
e das variedades linguísticas empregados.
expressões conotativas e processos figurativos
e do uso de recursos linguísticogramaticais
próprios a cada gênero narrativo
Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos Condições de
literário produzidos pelo uso de recursos expressivos produção e recepção
sonoros (estrofação, rimas, aliterações de textos
etc), semânticos (figuras de linguagem, por
exemplo), gráfico- espacial (distribuição da
mancha gráfica no papel), imagens e sua
relação com o texto verbal.
Campo artístico Leitura 6º ao 9º (EF69LP49) Mostrar-se interessado e Adesão às práticas de
literário envolvido pela leitura de livros de literatura leitura
e por outras produções culturais do campo
e receptivo a textos que rompam com seu
universo de expectativas, que representem
um desafio em relação às suas possibilidades
atuais e suas experiências anteriores de
leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas,
em seu conhecimento sobre os gêneros e
a temática e nas orientações dadas pelo
professor.
Campo artístico Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir Relação entre textos
literário da adaptação de romances, contos, mitos,
narrativas de enigma e de aventura,
novelas, biografias romanceadas, crônicas,
dentre outros, indicando as rubricas para
caracterização do cenário, do espaço,
do tempo; explicitando a caracterização
física e psicológica dos personagens e dos
seus modos de ação; reconfigurando a
inserção do discurso direto e dos tipos de
narrador; explicitando as marcas de variação
linguística (dialetos, registros e jargões) e
retextualizando o tratamento da temática.

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Campo artístico Produção de textos 6º ao 9º (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos Consideração


literário processos de planejamento, textualização, das condições de
revisão/ edição e reescrita, tendo em vista produção
as restrições temáticas, composicionais Estratégias
e estilísticas dos textos pretendidos e as de produção:
configurações da situação de produção – o planejamento,
leitor pretendido, o suporte, o contexto de textualização e
circulação do texto, as finalidades etc. – e revisão/edição
considerando a imaginação, a estesia e a
verossimilhança próprias ao texto literário.
Campo artístico Oralidade 6º ao 9º (EF69LP52) Representar cenas ou textos Produção de textos
literário dramáticos, considerando, na caracterização orais
dos personagens, os aspectos linguísticos
e paralinguísticos das falas (timbre e tom
de voz, pausas e hesitações, entonação
e expressividade, variedades e registros
linguísticos), os gestos e os deslocamentos
no espaço cênico, o figurino e a maquiagem
e elaborando as rubricas indicadas pelo autor
por meio do cenário, da trilha sonora e da
exploração dos modos de interpretação.
Campo artístico Oralidade 6º ao 9º (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários Produção de textos
literário diversos, bem como leituras orais capituladas orais
(compartilhadas ou não com o professor) Oralização
de livros, contar/recontar histórias tanto da
tradição oral, quanto da tradição literária escrita,
expressando a compreensão e interpretação do
texto por meio de uma leitura ou fala expressiva
e fluente, gravando essa leitura ou esse conto/
reconto, seja para análise posterior.
Campo artístico Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido Reconstrução das
literário semiótica decorrentes da interação entre os elementos condições de produção
linguísticos e os recursos paralinguísticos e e recepção dos textos
cinésicos, que funcionam como modificadores, e adequação do
percebendo sua função na caracterização texto à construção
dos espaços, tempos, personagens e ações composicional e ao
próprios de cada gênero narrativo. estilo de gênero
Todos os campos de Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP55) Reconhecer em textos de Variação linguística
atuação semiótica diferentes gêneros as variedades da língua
falada, o conceito de normapadrão e o de
preconceito linguístico
Todos os campos de Análise linguística / 6º ao 9º (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo da Variação linguística
atuação semiótica norma-padrão em situações de fala e escrita
em textos de diferentes gêneros, levando
em consideração o contexto, situação de
produção e as características do gênero.
Campo jornalístico / Leitura 6º, (EF67LP01A) Analisar a estrutura e Reconstrução
midiático 7º funcionamento dos hiperlinks em textos do contexto de
noticiosos publicados na Web. produção, circulação
(EF67LP01B) Produzir textos noticiosos e recepção de textos
possibilitando a escrita hipertextual. Caracterização do
campo jornalístico
e relação entre os
gêneros em circulação,
mídias e práticas da
cultura digital

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Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP02A) Analisar o espaço reservado ao Apreciação e réplica
midiático leitor nos jornais, revistas (impressos e on-
line) sites noticiosos etc.
(EF67LP02B) Colocar-se, de maneira ética
e respeitosa, frente a textos jornalísticos e
midiáticos e às opiniões a eles relacionadas.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP03) Comparar informações sobre Estratégia de leitura
midiático um mesmo fato divulgadas em diferentes
veículos e mídias, analisando e avaliando a
confiabilidade.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP04) Distinguir, em segmentos Estratégia de leitura
midiático descontínuos de textos, fato da opinião
enunciada em relação a esse mesmo fato.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP05A) Identificar teses/ opiniões/ Estratégia de leitura:
midiático posicionamentos explícitos e argumentos em identificação de teses
diferentes gêneros argumentativos. e argumentos
(EF67LP05B) Manifestar concordância Apreciação e réplica
ou discordância após a identificação de
teses/opiniões/posicionamentos explícitos
e argumentos em diferentes gêneros
argumentativos.
(EF67LP05C) Avaliar teses/opiniões/
posicionamentos explícitos e argumentos em
diferentes gêneros argumentativos.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido Efeitos de sentido
midiático provocados pela seleção lexical, topicalização
de elementos e seleção e hierarquização de
informações, uso de 3ª pessoa, em diferentes
gêneros.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP07A) Identificar o uso de recursos Efeitos de sentido
midiático persuasivos (título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, explicitação ou
ocultação de fontes de informação, entre
outros) em textos argumentativos.
(EF67LP07B) Analisar efeitos de sentido no
uso de recursos persuasivos (título, escolhas
lexicais, construções metafóricas, explicitação
ou ocultação de fontes de informação, entre
outros) em textos argumentativos.
Campo jornalístico / Leitura 6º, 7º (EF67LP08) Identificar os efeitos de Efeitos de sentido
midiático sentido devidos à escolha de imagens Exploração da
estáticas, sequenciação ou sobreposição de multissemiose
imagens, definição de figura/fundo, ângulo,
profundidade e foco, cores/tonalidades,
relação com o escrito (relações de reiteração,
complementação ou oposição), em gêneros
diversos.
Campo jornalístico / Produção de textos 6º, 7º (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para Estratégias
midiático circulação em outras mídias (rádio ou TV/ de produção:
vídeo), tendo em vista as condições de planejamento de
produção, do texto – objetivo, leitores/ textos informativos
espectadores, veículos e mídia de circulação
etc. –, a partir da escolha do fato a ser
noticiado, do levantamento de dados e
informações sobre o fato

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Campo jornalístico / Produção de textos 6º, 7º (EF67LP10A) Produzir notícia impressa e Textualização,
midiático para TV, rádio e internet tendo em vista tendo em vista
características do gênero, o estabelecimento suas condições
adequado de coesão, os recursos de mídias de produção, as
disponíveis. características do
(EF67LP10B) Utilizar recursos de captação e gênero em questão,
edição de áudio e imagem (câmera, filmadora, o estabelecimento de
celular, notebook, tablet, desktop), na coesão, adequação
produção de notícias. à norma-padrão e
o uso adequado de
ferramentas de edição
Campo jornalístico / Produção de textos 6º, (EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos Estratégias
midiático 7º e podcasts variados, textos e vídeos de de produção:
apresentação e apreciação próprios das planejamento de
culturas juvenis tendo em vista as condições textos argumentativos
de produção do texto – objetivo, leitores/ e apreciativos
espectadores, veículos e mídia de circulação,
entre outros
Campo jornalístico / Produção de textos 6º, 7º (EF67LP12) Produzir resenhas críticas, vlogs, Textualização de
midiático vídeos, podcasts variados e produções textos argumentativos
e gêneros próprios das culturas juvenis e apreciativos
(fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay,
detonado, entre outros) que apresentem/
descrevam e/ou avaliem produções culturais,
tendo em vista o contexto de produção dado,
as características do gênero, os recursos das
mídias envolvidas e a textualização adequada
dos textos e/ ou produções
Campo jornalístico / Produção de textos 6º, 7º (EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos Produção e edição de
midiático publicitários, levando em conta o contexto de textos publicitários
produção, por meio da exploração de recursos
multissemióticos, relacionando elementos
verbais e visuais, utilizando adequadamente
estratégias discursivas de persuasão e/ou
convencimento, criando título ou slogan que
façam o leitor motivar-se a interagir com
o texto produzido e se sinta atraído pelo
serviço, ideia ou produto em questão.
Campo jornalístico / Oralidade 6º, 7º (EF67LP14A) Definir o contexto de produção Planejamento
midiático da entrevista (objetivos, o que se pretende e produção de
conseguir, escolha do entrevistado etc.). entrevistas orais
(EF67LP14B) Levantar informações sobre o
entrevistado e sobre o acontecimento ou
tema em questão.
(EF67LP14C) Preparar o roteiro de perguntas
para a realização de entrevista oral com
envolvidos ou especialistas relacionados ao
fato noticiado ou ao tema em pauta.
(EF67LP14D) Editar a escrita do texto,
adequando-o a seu contexto de publicação,
à construção composicional do gênero e
garantindo a relevância das informações
mantidas e a continuidade temática.

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Campo de atuação Leitura 6º, 7º (EF67LP15) Identificar a proibição imposta Estratégias e


na vida pública ou o direito garantido, bem como as procedimentos de
circunstâncias de sua aplicação, em artigos leitura em textos
relativos a normas, regimentos escolares, legais e normativos
regimentos e estatutos da sociedade civil,
regulamentações para o mercado publicitário,
Código de Defesa do Consumidor, Código
Nacional de Trânsito, ECA, Constituição,
dentre outros.
Campo de atuação Leitura 6º, 7º (EF67LP16) Explorar e analisar espaços Contexto de
na vida pública de reclamação de direitos e de envio de produção, circulação e
solicitações (ouvidorias, SAC, canais ligados a recepção de textos e
órgãos públicos, plataformas do consumidor, práticas relacionadas
plataformas de reclamação), reconhecendo-os à defesa de direitos e
como espaços para fazer reivindicações e se à participação social
engajar na busca de soluções para problemas
pessoais, dos outros e coletivos.
Campo de atuação Leitura 6º, 7º (EF67LP17) Analisar, a partir do contexto Contexto de
na vida pública de produção, a forma de organização das produção, circulação e
cartas de solicitação e de reclamação (marcas recepção de textos e
linguísticas relacionadas à argumentação, práticas relacionadas
explicação ou relato de fatos). à defesa de direitos e
à participação social
Campo de atuação Leitura 6º, 7º (EF67LP18A) Identificar, na leitura de textos Estratégias,
na vida pública reivindicatórios ou propositivos, o objeto da procedimentos de
reclamação e/ou da solicitação, analisando leitura em textos
sua pertinência. reivindicatórios ou
(EF67LP18B) Identificar, na leitura de propositivos
textos reivindicatórios ou propositivos,
a sustentação, explicação ou justificativa
apresentada para a reclamação e/ou
solicitação, analisando sua pertinência em
relação ao objeto da reclamação e/ou da
solicitação.
Campo de atuação Produção de textos 6º, 7º (EF67LP19) Realizar levantamento de Estratégias,
na vida pública questões, problemas que requeiram procedimentos de
a denúncia de desrespeito a direitos, leitura em textos
reivindicações, reclamações, solicitações reivindicatórios ou
que contemplem a comunidade escolar ou propositivos
algum de seus membros e examinar normas e
legislações.
Campo das práticas Leitura 6º, 7º (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de Curadoria de
de estudo e pesquisa recortes e questões definidos previamente, informação
usando fontes indicadas e abertas
Campo das práticas Produção de textos 6º, 7º (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas Estratégias de escrita:
de estudo e pesquisa por meio de apresentações orais, painéis, textualização, revisão
artigos de divulgação científica, verbetes de e edição
enciclopédia, podcasts científicos etc.
Campo das práticas Produção de textos 6º, 7º (EF67LP22) Produzir resumos, a partir das Estratégias de escrita:
de estudo e pesquisa notas e/ou esquemas feitos, com o uso textualização, revisão
adequado de paráfrases e citações. e edição

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Campo das práticas Oralidade 6º, 7º (EF67LP23A) Respeitar os turnos de fala, Conversação
de estudo e pesquisa na participação em conversações e em espontânea
discussões ou atividades coletivas.
(EF67LP23B) Formular perguntas coerentes
e adequadas em momentos oportunos
em situações de aula, apresentação oral,
seminário etc.
Campo das práticas Oralidade 6º, 7º EF67LP24A) Tomar nota de aulas, Procedimentos de
de estudo e pesquisa apresentações orais, entrevistas (ao vivo, apoio à compreensão
áudio, TV, vídeo). Tomada de nota
(EF67LP24B) Identificar as informações
principais de apresentações orais, tendo em
vista o apoio ao estudo.
Todos os campos de Leitura / escuta 6º, 7º (EF67LP25A) Reconhecer o emprego da Textualização
atuação (compartilhada e coesão e da progressão temática nas Progressão temática
autônoma) produções textuais.
(EF67LP25B) Utilizar adequadamente a coesão
e a progressão temática nas produções
textuais.
Campo das práticas Análise linguística / 6º, (EF67LP26) Reconhecer a estrutura de Textualização
de estudo e pesquisa semiótica 7º hipertexto em textos de divulgação científica.
Campo artístico Leitura 6º, 7º (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários Relação entre textos
literário e entre estes e outras manifestações artísticas
(como cinema, teatro, música, artes visuais
e midiáticas), referências explícitas ou
implícitas a outros textos, quanto aos temas,
personagens e recursos literários e semióticos
Campo artístico Leitura 6º, 7º (EF67LP28) Ler e compreender – selecionando Estratégias de leitura
literário procedimentos e estratégias de leitura Apreciação e réplica
adequados a diferentes objetivos e levando
em conta características dos gêneros e
suportes –, romances infantojuvenis, contos
populares, contos de terror, lendas brasileiras,
indígenas e africanas, poemas, entre outros,
expressando avaliação sobre o texto lido e
estabelecendo preferências por gêneros,
temas, autores.
Campo artístico Leitura 6º, 7º (EF67LP29) Identificar, em texto dramático, Reconstrução da
literário personagem, ato, cena, fala, indicações textualidade
cênicas e a organização do texto (enredo, Efeitos de sentidos
conflitos, ideias principais, pontos de vista, provocados pelos
universos de referência). usos de recursos
linguísticos e
multissemióticos
Campo artístico Produção de textos 6º, 7º (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais (contos, Construção da
literário narrativas de enigma, crônicas, entre outros) textualidade
que utilizem cenários e personagens realistas Relação entre textos
ou de fantasia, observando os elementos
da estrutura narrativa próprios ao gênero
pretendido, tais como enredo, personagens,
tempo, espaço e narrador, utilizando tempos
verbais adequados à narração de fatos
passados, empregando conhecimentos sobre
diferentes modos de se iniciar uma história e
de inserir os discursos direto e indireto.

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Campo artístico Produção de textos 6º, 7º (EF67LP31A) Criar poemas compostos por Construção da
literário versos livres e de forma fixa (como quadras textualidade
e sonetos), utilizando recursos visuais, Relação entre textos
semânticos e sonoros, tais como cadências,
ritmos e rimas.
(EF67LP31B) Criar poemas visuais e vídeo-
poemas, explorando as relações entre
imagem e texto verbal, a distribuição da
mancha gráfica (poema visual) e outros
recursos visuais e sonoros
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP32) Escrever palavras com correção Ortografia
atuação semiótica ortográfica, obedecendo as convenções da
língua escrita.
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP33) Pontuar adequadamente Elementos
atuação semiótica textos de diferentes gêneros (ponto, ponto notacionais da escrita
de exclamação, ponto de interrogação,
reticências).
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo Léxico/morfologia
atuação semiótica de prefixos que expressam noção de negação.
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP35) Distinguir, em textos de diferentes Léxico/morfologia
atuação semiótica gêneros, os efeitos de sentido produzidos
pelo uso de palavras derivadas por acréscimo
de afixos e palavras compostas.
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos Coesão
atuação semiótica de coesão referencial (léxica e pronominal)
e sequencial e outros recursos expressivos
adequados ao gênero textual.
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, Sequências textuais
atuação semiótica os efeitos de sentido decorrentes do uso de
recursos linguístico-discursivos de prescrição,
causalidade, sequências descritivas e
expositivas e ordenação de eventos
Todos os campos de Análise linguística / 6º, 7º (EF67LP8) Analisar, em diferentes textos, os Figuras de linguagem
atuação semiótica efeitos de sentido decorrentes do uso de
figuras de linguagem.
Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP01A) Analisar os interesses, no campo Reconstrução
midiático jornalístico e midiático, as influências das do contexto de
novas tecnologias e as condições que fazem produção, circulação
da informação uma mercadoria. (EF89LP01B) e recepção de textos
Desenvolver estratégias de leitura crítica Caracterização do
frente aos textos jornalísticos, midiáticos campo jornalístico
entre outros. e relação entre
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital

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Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP02) Analisar, ética e criticamente, Reconstrução


midiático diferentes práticas sociais frente aos gêneros do contexto de
da cultura digital (meme, gif, comentário, produção, circulação
charge, curtida, post, blog, entre outros) e recepção de textos
envolvidos no trato com a informação e Caracterização do
opinião, de forma a possibilitar uma presença campo jornalístico
mais crítica e ética nas redes. e relação entre
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos Estratégia de leitura:
midiático de opinião, editoriais, cartas de leitores, apreender os sentidos
comentários, posts de blog e de redes sociais, globais do texto
charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se Apreciação e réplica
de forma crítica e fundamentada, ética
e respeitosa frente a fatos e opiniões
relacionados a esses textos.
Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP04A) Identificar argumentos e Estratégia de leitura:
midiático contra-argumentos explícitos em textos apreender os sentidos
argumentativos. globais do texto
(EF89LP04B) Analisar argumentos e Apreciação e réplica
contra-argumentos explícitos em textos
argumentativos.
Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP05) Analisar o efeito de Efeitos de sentido
midiático sentido provocados pelo uso, em textos, de
formas de apropriação textual (paráfrases,
citações, discurso direto, discurso indireto e
discurso indireto livre).
Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF89LP06A) Reconhecer o uso de Efeitos de sentido
midiático recursos persuasivos em diferentes textos
argumentativos.
(EF89LP06B) Analisar efeitos de sentido
referentes ao uso de recursos persuasivos em
textos argumentativos
Campo jornalístico / Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens Efeitos de sentido
midiático semiótica e peças publicitárias em várias mídias, os Exploração da
efeitos de sentido devidos ao tratamento e multissemiose
à composição dos elementos nas imagens
em movimento, à performance, à montagem
feita (ritmo, duração e sincronização entre
as linguagens – complementaridades,
interferências etc.) e ao ritmo, melodia,
instrumentos e sampleamentos das músicas e
efeitos sonoros.
Campo jornalístico / Produção de textos 8º, 9º (EF89LP08) Planejar reportagem impressa e Estratégia de
midiático em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), produção:
tendo em vista as condições de produção planejamento de
do texto, a partir da escolha do fato a ser textos informativos
aprofundado ou do tema a ser focado,
do levantamento de dados e informações
sobre o fato ou tema, do registro dessas
informações e dados, da escolha de fotos ou
imagens a produzir ou a utilizar, da produção
de infográficos, quando for o caso, e da
organização hipertextual.

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Campo jornalístico / Produção de textos 8º, 9º (EF89LP09A) Produzir reportagem impressa, Estratégia de
midiático com título, linha fina (optativa), organização produção:
composicional (expositiva, interpretativa e/ planejamento de
ou opinativa), progressão temática e uso textos informativos
de recursos linguísticos compatíveis com as
escolhas feitas.
(EF89LP09B) Produzir reportagens
multimidiáticas, com base nas condições
de produção: características do gênero,
recursos e mídias disponíveis, sua organização
hipertextual e o manejo adequado de
recursos de captação e edição de áudio e
imagem.
(EF89LP09C) Utilizar adequadamente a
norma-padrão na produção de reportagens
impressas e multimidiáticas.
Campo jornalístico / Produção de textos 8º, 9º (EF89LP10) Planejar artigos de opinião, Estratégia de
midiático tendo em vista as condições de produção do produção:
texto, a partir da escolha da questão a ser planejamento de
discutida, da relevância para a turma, escola textos argumentativos
ou comunidade, do levantamento de dados e e apreciativos
informações sobre a questão, de argumentos
relacionados a diferentes posicionamentos
em jogo, dos tipos de argumentos e
estratégias que pretende utilizar para
convencer os leitores.
Campo jornalístico / Produção de textos 8º, 9º (EF89LP11A) Produzir peças e campanhas Estratégias
midiático publicitárias (cartaz, banner, indoor, folheto, de produção:
panfleto, anúncio de jornal/revista, para planejamento,
internet, spot, propaganda de rádio, TV, por textualização, revisão
exemplo). e edição de textos
(EF89LP11B) Revisar peças e campanhas publicitários
publicitárias. (EF89LP11C) Editar peças e
campanhas publicitárias.
Campo jornalístico / Oralidade 8º, 9º (EF89LP12) Planejar coletivamente a Estratégias
midiático realização de um debate sobre tema de produção:
previamente definido, de interesse coletivo, planejamento e
com regras acordadas e planejar, em participação em
grupo, participação em debate a partir do debates regrados
levantamento de informações e argumentos
que possam sustentar o posicionamento a
ser defendido, tendo em vista as condições
de produção do debate, objetivos do debate,
motivações para sua realização, argumentos
e estratégias de convencimento mais eficazes
e participar de debates regrados, na condição
de membro de uma equipe de debatedor,
apresentador/mediador, espectador entre
outras possibilidades de participação, como
forma de compreender o funcionamento
do debate, e poder participar de forma
convincente, ética, respeitosa e crítica e
desenvolver uma atitude de respeito e diálogo
para com as ideias divergentes.

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Campo jornalístico / Oralidade 8º, (EF89LP13) Planejar (para pessoas locais: Estratégias
midiático 9º colegas, professores, pai, mãe, por exemplo) de produção:
entrevistas sobre fatos de relevância planejamento,
cotidiana. realização e edição de
(EF89LP13) Aplicar as entrevistas com vistas à entrevistas orais
compilação e à análise de respostas coletadas.
Campo jornalístico / Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP14A) Analisar, em textos orais e Argumentação:
midiático semiótica escritos, os movimentos de sustentação, movimentos
refutação e negociação de argumentos. argumentativos, tipos
(EF89LP14B) Analisar, em textos orais e de argumento e força
escritos, a força persuasiva dos argumentos argumentativa
utilizados
Campo jornalístico / Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores Estilo
midiático semiótica argumentativos que marcam a defesa de ideia
e de diálogo com a tese do outro.
Campo jornalístico / Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP16A) Analisar a linguística aplicada a Modalização
midiático semiótica textos noticiosos e argumentativos, por meio
das modalidades apreciativas, viabilizadas por
classes e estruturas gramaticais.
(EF89LP16B) Reconhecer, por meio da
identificação de classes e estruturas
gramaticais, a apreciação ideológica aplicada
a fatos noticiados, posições implícitas ou
assumidas.
Campo de atuação Leitura 8º, 9º (EF89LP17) Relacionar textos e documentos Reconstrução do
na vida pública legais e normativos de importância universal, contexto de produção,
nacional ou local (Declaração dos Direitos circulação e recepção
Humanos, Constituição Brasileira, ECA, de textos legais e
regulamentação da organização escolar, entre normativos
outros) que envolvam direitos, em especial,
de crianças, adolescentes e jovens
Campo de atuação Leitura 8º, 9º (EF89LP18A) Analisar instâncias e canais Contexto de
na vida pública de participação disponíveis na escola, na produção, circulação e
comunidade, no munícipio ou no país, recepção de textos e
incluindo formas de participação digital. práticas relacionadas
(EF89LP18B) Buscar soluções para problemas à defesa de direitos e
ou questões que envolvam acontecimentos à participação social
vivenciados na escola e na comunidade.
Campo de atuação Leitura 8º, 9º (EF89LP19A) Analisar, a partir do contexto Relação entre
na vida pública de produção, a forma de organização das contexto de produção
cartas abertas, abaixo-assinados, petições e características
on-line, entre outros gêneros que envolvam composicionais
conteúdos de contestação. e estilísticas dos
(EF89LP19B) Analisar a proposição, discussão gêneros
e aprovação de propostas políticas ou de Apreciação e réplica
soluções para problemas de interesse público.

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142
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Campo de atuação Leitura 8º, 9º (EF89LP20A) Comparar propostas políticas e Estratégias e


na vida pública de solução de problemas. procedimentos de
(EF89LP20B) Identificar por que (motivações, leitura em textos
justificativas), para que (objetivos, benefícios reivindicatórios ou
e consequências esperados), como (ações e propositivos
passos), quando as propostas políticas serão
necessárias e implementadas.
(EF89LP20C) Analisar a eficácia da proposta e
da solução para o problema.
(EF89LP20D) Comparar dados e informações
de diferentes fontes.
(EF89LP20E) Identificar coincidências,
complementaridades e contradições
referentes aos dados e informações usados
em fundamentação de propostas.
(EF89LP20F) Compreender a maneira
como os dados e informações usados em
fundamentação de propostas se comportar
em contexto social.
(EF89LP20G) Posicionar-se criticamente
sobre os dados e informações usados em
fundamentação de propostas políticas e de
solução de problemas.
(EF89LP20H) Analisar a coerência entre os
elementos, que favoreçam a tomada de
decisões fundamentadas
Campo de atuação Produção de textos 8º, 9º (EF89LP21A) Realizar enquetes e pesquisas Estratégias e
na vida pública de opinião, com vistas ao levantamento de procedimentos de
prioridades, de problemas a resolver ou de leitura em textos
propostas sugeridas. reivindicatórios ou
(EF89LP21B) Analisar a qualidade e a utilidade propositivos
de fontes de pesquisa.
Campo de atuação Oralidade 8º, 9º (EF89LP22A) Compreender as diferentes Escuta Apreender
na vida pública posições e interesses em jogo em uma o sentido geral dos
discussão ou apresentação de propostas. textos
(EF89LP22B) Analisar a validade, a força dos Apreciação e réplica
argumentos e as consequências do que está Produção/ Proposta
sendo proposto.
(EF89LP22C) Formular propostas de diferentes
naturezas relativas a interesses coletivos.
Campo de atuação Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP23A) Analisar, em textos Movimentos
na vida pública semiótica argumentativos, reivindicatórios e argumentativos e
propositivos, os movimentos argumentativos força dos argumentos
utilizados (sustentação, refutação e
negociação).
(EF89LP23B) Analisar a força dos argumentos
utilizados em textos argumentativos,
reivindicatórios e propositivos
Campo das práticas Leitura 8º, 9º (EF89LP24A) Elaborar questões para a Curadoria de
de estudo e pesquisa realização de pesquisas. informação
(EF89LP24B) Aplicar pesquisas para coleta de
informações. (EF89LP24C) Usar fontes abertas
e confiáveis na realização de pesquisas.

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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Campo das práticas Produção de textos 8º, 9º (EF89LP25) Apresentar o resultado de Estratégia de escrita:
de estudo e pesquisa pesquisas por meio de explanação oral, textualização, revisão
verbetes de enciclopédias colaborativas, e edição
reportagens de divulgação científica, vlogs
científicos, vídeos de diferentes tipos, entre
outros recursos
Campo das práticas Produção de textos 8º, 9º (EF89LP26) Produzir resenhas, a partir Estratégia de escrita:
de estudo e pesquisa das notas e/ou esquemas feitos, com o textualização, revisão
manejo adequado das vozes envolvidas (do e edição
resenhador, do autor da obra e, se for o
caso, também dos autores citados na obra
resenhada), por meio do uso de paráfrases,
marcas do discurso reportado e citações.
Campo de atuação Oralidade 8º, 9º (EF89LP27A) Formular problematizações Conversação
na vida pública pertinentes, em momentos oportunos espontânea
(situações de aulas, apresentação oral,
seminário, debates, entre outros).
(EF89LP27B) Tecer considerações relacionadas
às problematizações.
Campo das práticas Oralidade 8º, 9º (EF89LP28A) Tomar nota de videoaulas, aulas Procedimentos de
de estudo e pesquisa digitais, apresentações multimídias, vídeos de apoio à compreensão
divulgação científica, documentários e afins. Tomada de nota
(EF89LP28B) Identificar, em função dos
objetivos, informações principais para apoio
ao estudo.
(EF89LP28C) Realizar, quando necessário,
uma síntese final que priorize pontos ou
conceitos centrais e suas relações e que, em
alguns casos, seja acompanhada de reflexões
pessoais.
Campo das práticas Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP29A) Identificar mecanismos de Textualização
de estudo e pesquisa semiótica progressão temática, tais como retomadas Progressão temática
anafóricas , catáforas, uso de organizadores
textuais, de coesivos etc.
(EF89LP29B) Utilizar, em textos de diversos
gêneros, mecanismos de progressão temática.
(EF89LP29C) Analisar os mecanismos de
reformulação e paráfrase utilizados nos textos
de divulgação do conhecimento.
Campo das práticas Análise linguística / 8º, (EF89LP30A) Analisar a estrutura de Textualização
de estudo e pesquisa semiótica 9º hipertexto e hiperlinks em textos de
divulgação científica que circulam na Web.
(EF89LP30B) Proceder à remissão a conceitos
e relações por meio de links.
Campo de atuação Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP31A) Analisar, em textos, marcas Modalização
na vida pública semiótica asseverativas ou quaseasseverativas
relacionadas às ideias de concordância ou
discordância.
(EF89LP31B) Utilizar, em textos, as marcas
asseverativas e quaseasseverativas de forma
consciente.

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Campo artístico Leitura 8º, 9º (EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido Relação entre textos
literário decorrentes do uso de mecanismos de
intertextualidade (referências, alusões,
retomadas) entre os textos literários, entre
esses textos literários e outras manifestações
artísticas (cinema, teatro, artes visuais e
midiáticas, música), quanto aos temas,
personagens, estilos, autores etc., e entre
o texto original e paródias, paráfrases,
pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto,
vidding, entre outros.
Campo artístico Leitura 8º, 9º (EF89LP33A) Ler, de forma autônoma, textos Estratégias de leitura
literário de gêneros variados. Apreciação e réplica
(EF89LP33B) Compreender textos de gêneros
variados, selecionando estratégias de leitura
adequadas a diferentes objetivos.
(EF89LP33C) Analisar as características dos
gêneros textuais e suportes.
Campo artístico Leitura 8º, 9º (EF89LP34A) Analisar a organização de textos Reconstrução da
literário dramáticos. (EF89LP34B) Identificar em textualidade e
textos dramáticos os sentidos decorrentes compreensão dos
dos recursos linguísticos e semióticos que efeitos de sentidos
sustentam sua realização. provocados pelos
usos de recursos
linguísticos e
multissemióticos
Campo artístico Produção de textos 8º, 9º (EF89LP35) Criar contos ou crônicas, Construção da
literário minicontos, narrativas de aventura e de textualidade
ficção científica, entre outros, com temáticas
próprias ao gênero, usando os conhecimentos
sobre os constituintes estruturais e recursos
expressivos típicos dos gêneros narrativos
pretendidos, e, no caso de produção em
grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
Campo artístico Produção de textos 8º, 9º (EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da Relação entre textos
literário literatura e criar textos em versos (poemas
concretos, ciberpoemas, haicais, liras,
microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos
de poemas), explorando o uso de recursos
sonoros e semânticos (figuras de linguagem
e jogos de palavras) e visuais (relações
entre imagem e texto verbal e distribuição
da mancha gráfica), de forma a propiciar
diferentes efeitos de sentido
Todos os campos de Análise linguística / 8º, 9º (EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido Figuras de linguagem
atuação semiótica provocados pelo uso de figuras de linguagem
(ironia, eufemismo, antítese, aliteração,
assonância, por exemplo) em textos de
diferentes gêneros.

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Campo jornalístico / Leitura 8º, 9º (EF06LP01) Identificar diferentes graus de (im) Reconstrução
midiático parcialidade advindos de escolhas linguístico- do contexto de
discursiva feitas pelo autor. produção, circulação
(EF06LP01B) Desenvolver atitude crítica frente e recepção de textos
aos textos jornalísticos. Caracterização do
(EF06LP01C) Analisar de forma consciente as campo jornalístico
escolhas feitas enquanto produtor de textos. e relação entre os
gêneros em circulação,
mídias e práticas da
cultura digital
Campo jornalístico / Leitura 6º (EF06LP02) Conhecer as características dos Reconstrução
midiático diferentes gêneros jornalísticos (escritos, orais do contexto de
e multimodiais) e a relação com a situação produção, circulação
comunicativa, o estilo e a finalidade dos e recepção de textos
gêneros em uso. Caracterização do
campo jornalístico
e relação entre os
gêneros em circulação,
mídias e práticas da
cultura digital
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP03) Relacionar palavras e expressões, Estratégia de leitura
atuação semiótica em textos de diferentes gêneros (escritos,
orais e multimodiais), pelo critério de
aproximação de significado (sinonímia) e os
efeitos de sentido provocados no texto.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP04A) Analisar o uso de elementos Morfossintaxe
atuação semiótica gramaticais (substantivos, adjetivos e verbos
nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo
afirmativo e negativo) na produção (escrita/
oral), leitura de diferentes gêneros.
(EF06LP04B) Empregar elementos gramaticais
(substantivos, adjetivos e verbos nos modos
Indicativo, Subjuntivo e Imperativo afirmativo
e negativo) adequando-os aos usos da língua
(formal ou informal), em diferentes gêneros
(escritos, orais e multimodiais).
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP05A) Identificar os efeitos de sentido Morfossintaxe
atuação semiótica dos modos verbais.
(EF06LP05B) Utilizar diferentes gêneros textuais,
considerando a intenção comunicativa, o estilo e
a finalidade dos gêneros.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP06A) Empregar, adequadamente e em Morfossintaxe
atuação semiótica diferentes gêneros - orais e escritos, as regras
de concordância nominal (relações entre os
substantivos e seus determinantes).
(EF06LP06B) Empregar, adequadamente e em
diferentes gêneros, as regras de concordância
verbal (relações entre o verbo e o sujeito
simples e composto).
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP07A) Identificar, em diferentes Morfossintaxe
atuação semiótica gêneros, o uso de períodos compostos
por orações separadas por vírgula e sem a
utilização de conectivos.
(EF06LP07B) Nomear os períodos compostos
por coordenação dentro de uma situação
comunicativa.

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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP08) Identificar, em texto ou sequência Morfossintaxe


atuação semiótica textual, orações como unidades constituídas
em torno de um núcleo verbal e períodos
como conjunto de orações conectadas.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP09) Analisar, em texto ou sequência Morfossintaxe
atuação semiótica textual, o uso dos períodos simples e compostos.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP10) Identificar sintagmas nominais Sintaxe
atuação semiótica e verbais como constituintes imediatos de
orações presentes em diferentes gêneros.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP11) Utilizar, ao produzir textos Elementos
atuação semiótica em diferentes gêneros, conhecimentos notacionais da
linguísticos e gramaticais: tempos verbais, escrita/ morfossintaxe
concordância nominal e verbal, regras
ortográficas, pontuação etc.
Todos os campos de Análise linguística / 6º (EF06LP12) Utilizar, ao produzir textos em Semântica Coesão
atuação semiótica diferentes gêneros, recursos de coesão
referencial (nomes e pronomes), recursos
semânticos de sinonímia, antonímia e
homonímia e mecanismos de representação de
diferentes vozes (discurso direto e indireto).
Campo jornalístico / Leitura 7º (EF07LP01) Distinguir diferentes propostas Reconstrução
midiático editoriais de forma a identificar os recursos do contexto de
utilizados para impactar/chocar o leitor, que produção, circulação
podem comprometer uma análise crítica da e recepção de textos
notícia e do fato noticiado. Caracterização do
campo jornalístico
e relação entre os
gêneros em circulação,
mídias e práticas da
cultura digital
Campo jornalístico / Leitura 7º (EF07LP02) Comparar notícias e reportagens Reconstrução
midiático sobre um mesmo fato divulgadas do contexto de
em diferentes mídias, analisando as produção, circulação
especificidades das mídias, os processos de e recepção de textos
(re)elaboração dos textos e a convergência Caracterização do
das mídias em notícias ou reportagens campo jornalístico
multissemióticas. e relação entre os
gêneros em circulação,
mídias e práticas da
cultura digital
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP03) Utilizar, com base em palavras Léxico/morfologia
atuação semiótica primitivas, palavras derivadas com os prefixos
e sufixos mais produtivos no português
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo Morfossintaxe
atuação semiótica como o núcleo das orações
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP05A) Identificar, em orações de textos Morfossintaxe
atuação semiótica lidos ou de produção própria, verbos de
predicação incompleta (transitivos).
(EF07LP05B) Identificar, em orações de textos
lidos ou de produção própria, verbos de
predicação completa (intransitivos).
(EF07LP05C) Identificar, em orações de
textos lidos ou de produção própria, verbos
de predicação bitransitiva (transitivos e
intransitivos).

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Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP06A) Identificar o uso adequado de Morfossintaxe


atuação semiótica regras de concordância nominal em situações
comunicativas (escrita e oral).
(EF07LP06B) Identificar o uso adequado
de concordância verbal em situações
comunicativas (escrita e oral).
(EF07LP06C) Empregar adequadamente
regras de concordância verbal em situações
comunicativas (escrita e oral).
(EF07LP06D) Empregar adequadamente as
regras de concordância nominal em situações
comunicativas (escrita e oral).
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP07) Identificar, em textos de diferentes Morfossintaxe
atuação semiótica gêneros, a estrutura básica da oração: sujeito,
predicado, complemento (objetos direto e
indireto).
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP08) Identificar, em textos de diferentes Morfossintaxe
atuação semiótica gêneros, adjetivos que ampliam o sentido do
substantivo, sujeito ou complemento verbal.
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP09) Identificar, em textos de diferentes Morfossintaxe
atuação semiótica gêneros, advérbios e locuções adverbiais que
ampliam o sentido do verbo núcleo da oração
Campo jornalístico / Análise linguística / 7º (EF07LP10B) Utilizar, ao produzir diferentes Morfossintaxe
midiático semiótica gêneros, conhecimentos linguísticos e
gramaticais, já estudados
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP11A) Identificar, em diferentes Morfossintaxe
atuação semiótica gêneros, períodos compostos nos quais duas
orações são conectadas por vírgula, ou por
conjunções que expressem soma de sentido
(conjunção “e”). (EF07LP11B) Identificar,
em diferentes gêneros, períodos compostos
nos quais duas orações são conectadas por
conjunções que expressem oposição de
sentidos (conjunções “mas”, “porém”).
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP12) Reconhecer recursos de coesão Semântica Coesão
atuação semiótica referencial (lexical e pronominal) em textos de
diferentes gêneros.
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP13A) Identificar, entre partes de Coesão
atuação semiótica textos, substituições lexicais, que contribuem
para a continuidade do texto.
(EF07LP13B) Identificar, entre partes do texto,
substituições pronominais, que contribuem
para a continuidade do texto.
Todos os campos de Análise linguística / 7º (EF07LP14) Identificar, em textos de diferentes Modalização
atuação semiótica gêneros, os efeitos de sentido provocados
pelo uso de estratégias de modalização e
argumentatividade.

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6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. CUR- apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
RÍCULO PAULISTA/ ENSINO MÉDIO. SÃO PAULO: SEDUC, entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer esco-
2020. P. 23- 110, 196-208, 249-256, 271-277 lhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações con-
CURRÍCULO PAULISTA fiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
ETAPA ENSINO MÉDIO a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
OS FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DO CURRÍCULO PAULISTA
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emo-
cional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo
O compromisso com a Educação Integral
suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
O Currículo Paulista considera a Educação Integral como a base
lidar com elas.
da formação do estudante no Estado, independentemente da rede
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a
de ensino que frequenta e da jornada que cumpre. Dessa maneira,
cooperação, fazendose respeitar e promovendo o respeito ao outro
afirma o compromisso com o desenvolvimento do estudante em e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversi-
suas dimensões intelectual, física, socioemocional e cultural, elen- dade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
cando as competências e as habilidades essenciais para sua atuação culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
na sociedade contemporânea e seus cenários complexos, multifa- 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabi-
cetados e incertos. lidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
Viver, aprender e se relacionar nesse novo contexto tem exigi- com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentá-
do, cada vez mais, maior autonomia e mobilização de competên- veis e solidários. Fonte: Base Nacional Comum Curricular (BRASIL,
cias dos sujeitos para acessar, selecionar e construir pontos de vista 2018). Essas competências gerais contemplam integradamente
frente ao volume substancial de informações e conhecimentos dis- conceitos, procedimentos, atitudes e valores, enfatizando a neces-
poníveis, para buscar soluções criativas e fazer escolhas coerentes sidade de desenvolvimento de competências socioemocionais.
com seus projetos de vida e com o impacto dessas escolhas.
Assim, nas escolas que integram o Sistema Estadual de Ensi- Em tempos de tantas e rápidas mudanças, a escola vem se for-
no, as atividades desenvolvidas com o estudante, dentro e fora do talecendo como espaço privilegiado para a experiência do autoco-
espaço escolar, devem convergir, em todas as etapas de ensino da nhecimento, da construção identitária e de projetos de vida; para
Educação Básica, para que todos possam desenvolver as competên- a autoria, a crítica e a criatividade na produção de conhecimentos;
cias gerais explicitadas no quadro a seguir. e para práticas participativas, colaborativas e corresponsáveis com
o âmbito local e planetário. Dessa maneira, o desenvolvimento da
Quadro 1. Competências Gerais da Educação Básica, reitera- empatia, da colaboração e da responsabilidade supõe processos
das pelo Currículo Paulista. intencionais vivenciados nas interações em que essas habilidades
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente cons- são mobilizadas simultaneamente aos processos cognitivos. A esse
truídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para enten- respeito, esclarece Mahoney (2000):
der e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um des-
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. ses aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada,
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros.
própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análi- Sua separação se faz necessária apenas para a descrição do proces-
se crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas,
so. Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
atividade humana sempre interfere em todos eles. Qualquer ativi-
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
dade motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas; toda disposi-
diferentes áreas.
ção afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas; toda operação
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e cultu-
mental tem ressonâncias afetivas e motoras. E todas essas resso-
rais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversi-
nâncias têm um impacto no quarto conjunto: a pessoa. (MAHONEY,
ficadas da produção artístico - cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-mo- 2000, p.15)
tora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, É importante destacar que o desenvolvimento das competên-
bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cias socioemocionais não tem como escopo conformar subjetivida-
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, des, isto é, não deve haver nenhum tipo de determinismo sobre o
ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que estudante deve se tornar, uma vez que seu desenvolvimento
que levem ao entendimento mútuo. está relacionado ao ato de aprender a ser. Nesse sentido, quando
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informa- se atribui significado ao que é ser responsável, colaborativo etc.,
ção e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética ou seja, quando se aprende a ser, é possível fazer escolhas entre
nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu- querer ser, ou não, de uma determinada maneira, em uma dada
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, situação. Esse querer advém da singularidade construída a partir
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pes- das percepções gestadas no vivido, ainda que sob influência dos
soal e coletiva. códigos culturais.
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Além disso, é importante reforçar que, sendo as competências É necessário frisar que os espaços de aprendizagens não se li-
cognitivas e socioemocionais indissociáveis, sua mobilização tam- mitam àqueles situados no interior da escola: também os ambien-
bém ocorre simultaneamente, fato que deve ser intencionalmente tes não formais de aprendizagem, tais como os diferentes tipos
explorado a fim de garantir o perfil do estudante previsto nas com- de museus; os locais/monumentos de memória de determinados
petências gerais. Nesse sentido, empatia, por exemplo, não deve grupos sociais ou mesmo de eventos históricos; as praças públicas;
ser trabalhada sem a perspectiva do pensamento crítico orientado os parques estaduais e municipais; os institutos de artes e de cul-
pelo conhecimento, sob o risco de tornar-se submissão; a colabora- tura; as bibliotecas públicas; os teatros e cinemas; os institutos de
ção — que implica a construção de significado comum — deve ser pesquisas; entre tantos outros, constituem-se como relevantes no
aliada à capacidade de argumentação e assim sucessivamente, de processo de formação integral do estudante paulista.
acordo com os objetivos pretendidos. Quando o desafio é aprimorar a qualidade das aprendizagens,
Competências como a comunicação, autogestão, criatividade, é necessário que as orientações do Currículo Paulista sejam obser-
empatia, colaboração e autoconhecimento, entre outras, quando vadas por todos os envolvidos no processo educacional, refletindo-
trabalhadas intencionalmente nas práticas escolares de modo arti- -se nas práticas de docentes, estudantes, equipe gestora e funcio-
culado à construção do conhecimento, impactam de modo positivo nários, bem como nas relações que se estabelecem no interior da
a permanência e o sucesso do estudante na escola e têm relação escola e no seu entorno. Também devem se refletir nas estratégias
direta com a continuidade dos estudos, com a empregabilidade e para o acompanhamento das práticas e dos processos escolares,
com outras variáveis ligadas ao bem-estar da pessoa, como a saúde bem como dos resultados de desempenho do estudante.
e os relacionamentos interpessoais. Enfrentar os desafios do século XXI requer um deliberado es-
Não é demais reforçar que as práticas de ensino e de apren- forço para cultivar, desde sempre, no estudante, a compreensão da
dizagem que consideram o estudante em sua integralidade estão importância de cumprir com as suas responsabilidades pessoais e
longe de práticas que normatizam comportamentos, rotulam ou sociais, em diversos contextos: sua escola, sua cidade, a sociedade
buscam adequar o estudante a um modelo ideal de pessoa. A Edu- em maior ou menor escala, seja em curto, médio ou longo prazo.
cação Integral, como fundamento pedagógico, demonstra o interes- Formação para a vida refere-se à aquisição, ao fortalecimento e à
se do Currículo Paulista em atender às necessidades de ensino e de consolidação de valores e ideais, e à capacidade de fazer escolha de
aprendizagem pelo olhar sistêmico — por parte dos profissionais estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos.
da educação — para essas aprendizagens e o modo como elas se Especificamente sobre a educação para o mundo do trabalho,
apresentam em nossa sociedade. faz-se necessário combinar as demandas dos setores produtivos, os
Para que o conjunto das competências gerais possa ser efetiva- interesses dos indivíduos e os interesses coletivos, preparando, as-
mente garantido, é necessário enxergar o estudante de uma nova sim, o cidadão para o desempenho de “profissões”, cada vez mais
forma, reconhecendo todo o seu potencial de desenvolvimento. fluidas, intangíveis e mutantes. O trabalhador deve estar habituado
É necessário acreditar que todos podem aprender e, ainda, ter a e preparado para a adaptação contínua das relações profissionais,
necessária flexibilidade para a adoção de estratégias metodológi- dos objetivos da produção da gestão, e das tecnologias, inovações
cas que promovam o protagonismo e a autonomia do estudante. e integrações rupturas subjacentes, do posicionamento intelectual,
Segundo essa perspectiva, o Currículo Paulista, em alinhamento à político e filosófico dos atores sociais, incluindo concepções e vi-
BNCC, preconiza a adoção de práticas pedagógicas e de gestão que sões de mundo, comportamento, condutas e valores.
levem em consideração: O Currículo Paulista etapa Ensino Médio, em sua parte flexí-
● O compromisso com a formação e o desenvolvimento huma- vel, apresenta em um dos itinerários formativos a formação técnica
no em toda sua complexidade, integrando as dimensões intelectual
e profissional que direciona o planejamento, a sistematização e o
(cognitiva), física e afetiva.
desenvolvimento de perfis profissionais, atribuições, atividades,
● Uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescen-
competências, habilidades e bases tecnológicas, valores e conhe-
te, do jovem e do adulto, de suas ações e pensamentos, bem como
cimentos, organizados em componentes curriculares e por eixo
do professor, nos âmbitos pessoal e profissional.
tecnológico ou área do conhecimento. Tal formação visa o preparo
● O acolhimento das pessoas em suas singularidades e diver-
para o mundo do trabalho em cargos, funções ou de modo autôno-
sidades, o combate à discriminação e ao preconceito em todas as
mo, contribuindo para a inserção do cidadão na sociedade.
suas expressões, bem como a afirmação do respeito às diferenças
sociais, pessoais, históricas, linguísticas, culturais.
● A necessidade de construir uma escola como espaço de Temas Contemporâneos Transversais
aprendizagem, de cultura e de democracia, que responda ao desa- As orientações curriculares presentes na BNCC indicam a ne-
fio da formação do estudante para atuar em uma sociedade alta- cessidade de superar a fragmentação disciplinar do conhecimento;
mente marcada pela tecnologia e pela mudança. para tanto, é fundamental considerar o contexto em que a escola
está inserida com foco em promover sentido ao que se aprende e
Outro pressuposto da Educação Integral é o de que todo o es- favorecer o protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na
paço escolar é espaço de aprendizagem, aberto à ampliação dos construção de seu projeto de vida.
conhecimentos do estudante. Diante da enorme diversidade dos contextos escolares, cabe-
Nesse sentido, o pátio, a biblioteca, a sala de leitura, os espaços rá aos sistemas de ensino, apoiar cada escola no desenvolvimento
destinados à horta, a quadra poliesportiva, a própria sala de aula, de ações que promovam a equidade, o que pressupõe reconhecer
entre outros, são de fato espaços propícios à aprendizagem, em to- que as necessidades dos estudantes são diferentes. Para tanto, o
das as dimensões da pessoa, sendo por isso, considerados verda- Currículo Paulista apresenta possibilidades de fomentar a busca por
deiros polos de produção de conhecimentos, nos quais o estudante soluções metodológicas que superam a fragmentação do processo
poderá pesquisar diferentes assuntos e situações que contribuam pedagógico, promovendo formas nas quais os objetos de conheci-
para sua formação, por meio de metodologias colaborativas. mento se relacionam, integram e interagem nas áreas e entre as
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áreas do conhecimento. A fim de apoiar essa prática, os Temas Con- venções concretas e solidárias (aprender a fazer e a conviver) no
temporâneos Transversais (TCTs)3 podem ser uma estratégia eficaz processo da construção de sua identidade, aprimorando as capa-
para: cidades de situar-se e perceber-se na diversidade, de pensar e agir
[...] contribuir com a possibilidade de promover ligação entre no mundo de modo empático, respeitoso à diversidade, criativo e
os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem crítico (aprender a ser), bem como de desenvolver sua autonomia
como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estu- para gerenciar a própria aprendizagem e continuar aprendendo
dantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e con- (aprender a aprender).
temporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na BNCC. É necessário garantir que, ao final da Educação Básica, o estu-
(BRASIL, 2019, p. 5) dante paulista se constitua como cidadão autônomo, capaz de inte-
Para tanto, as práticas educativas devem promover o aprendi- ragir de maneira crítica e solidária, de atuar de maneira consciente
zado em torno da realidade vivenciada pelo estudante, por meio e eficaz nas ações que demandam análise criteriosa e na tomada
dos conhecimentos teoricamente sistematizados, de preferência de decisões que impactam o bem comum, de buscar e analisar cri-
sobre questões problematizadas a partir do cotidiano em que o jo- ticamente diferentes informações e ter plena consciência de que a
vem está inserido, mobilizando diferentes saberes. Nesse escopo, a aprendizagem é demanda para a vida toda.
aprendizagem passa a ter maior significado, sendo importante que
a escola se organize em torno de uma proposta didática que possi- Os princípios do Ensino Médio no contexto da prática
bilite a integração entre os componentes curriculares, para que os O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, além de
conhecimentos sejam desenvolvidos de forma integrada, e, assim ser direito público subjetivo de todo cidadão brasileiro. Conforme
tenham mais sentido para o jovem. Uma escola do século XXI deve previsto no art. 205 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº
estar comprometida com a formação de jovens para uma sociedade 9.394/1996, o Ensino Médio é: dever do Estado e da família e será
justa, solidária e democrática; para tanto, sua proposta pedagógica promovido e incentivado com a colaboração da sociedade, visando
deve prever o desenvolvimento de processos educacionais colabo- ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
rativos e dialógicos. Essas ações visam dar concretude e intenciona- da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB, 1996)
lidade ao aprendizado dos estudantes, que, além de se apropriarem Considerando os aspectos sociais e contemporâneos aportados
dos conhecimentos socialmente relevantes, devem ser capazes de pelas rápidas transformações decorrentes do desenvolvimento tec-
interagir no mundo de forma cidadã. Para isso, os fazeres pedagógi- nológico, fez-se necessário construir um novo tipo de escola para
cos devem se balizar em alguns princípios explícitos no parágrafo 2º atender às necessidades de formação geral desse novo perfil de es-
do artigo 7º das DCNEM: tudantes – indispensáveis ao exercício da cidadania e à inserção no
[...] o currículo deve contemplar tratamento metodológico que mundo do trabalho – e responder à diversidade de expectativas dos
evidencie a contextualização, a diversificação e a transdisciplinari- jovens quanto à sua formação. Para tanto, as orientações presentes
dade ou formas de interação e articulação entre diferentes campos nas DCNEM/2011 definem aspectos importantes a serem conside-
de saberes específicos, contemplando vivências práticas e vincu- rados:
lando a educação escolar ao mundo do trabalho e à prática social. Com a perspectiva de um imenso contingente de adolescentes,
(BRASIL, 2019) jovens e adultos que se diferenciam por condições de existência e
As DCNEM (2019) indicam que o protagonismo juvenil esteja perspectivas de futuro desiguais, é que o Ensino Médio deve traba-
ancorado na proposta pedagógica da escola como ação que promo- lhar. Está em jogo a recriação da escola que, embora não possa por
verá, em todo os fazeres escolares, jovens sujeitos de sua própria si só resolver as desigualdades sociais, pode ampliar as condições
aprendizagem e de seu processo de desenvolvimento. Assim todas de inclusão social, ao possibilitar o acesso à ciência, à tecnologia,
as situações de ensino e aprendizagem devem estar pautadas em à cultura e ao trabalho. (Parecer CNE/ CEB nº 5/201152; ênfases
oferecer experiências de ensinar e aprender para as diferentes mo- adicionadas)
dalidades da Educação Básica de Nível Médio. Nessa direção, o Estado de São Paulo almeja tornar o percurso
do Ensino Médio mais atraente para seus jovens estudantes pois,
O compromisso com o desenvolvimento das competências embora tenhamos apresentado avanços nos índices de aprendiza-
O Currículo Paulista sinaliza a necessidade de que as decisões gem, ainda temos taxas significativas de evasão e abandono. Di-
pedagógicas promovam o desenvolvimento de competências ne- versificar o Ensino Médio e atender às expectativas do projeto de
cessárias ao pleno desenvolvimento do estudante. Reiterando os vida do estudante – independentemente da sua escolha para a vida
termos da BNCC, o Currículo Paulista define competência como “a acadêmica ou para o mundo do trabalho – pode ser uma alternativa
mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habi- para reduzir a evasão escolar e possibilitar a construção de compe-
lidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores tências e habilidades para o século XXI (uso de tecnologia, mídias,
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno competências socioemocionais, entre outras).
exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p.8). O Estado de São Paulo, visando cumprir seus objetivos educa-
Assim, o Currículo indica claramente o que o estudante deve cionais propostos na legislação federal, pretende assegurar que o
“saber” (em termos de conhecimentos, habilidades, atitudes e va- estudante seja sujeito crítico, criativo, autônomo e responsável. As-
lores) e, sobretudo, o que deve “saber fazer”, considerando a mobi- sim, cabe às escolas de Ensino Médio, conforme descrito na BNCC,
lização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para [...] proporcionar experiências e processos que lhes garantam [aos
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício estudantes] as aprendizagens necessárias para a leitura da realida-
da cidadania e do mundo do trabalho. de, o enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade
Espera-se que essas indicações possam orientar as escolas para (sociais, econômicos e ambientais) e a tomada de decisões éticas
o fortalecimento de ações que assegurem ao estudante a transpo- e fundamentadas. O mundo deve lhes ser apresentado como cam-
sição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores em inter- po aberto para investigação e intervenção quanto a seus aspectos
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políticos, sociais, produtivos, ambientais e culturais, de modo que recer ao estudante paulista condições de se posicionar diante dos
se sintam estimulados a equacionar e resolver questões legadas pe- contextos e desafios, limites e possibilidades deste século. Uma
las gerações anteriores – e que se refletem nos contextos atuais –, condição imprescindível para esse posicionamento é que, ao final
abrindo-se criativamente para o novo. (BRASIL, 2018, p. 464) da jornada escolar, o estudante tenha formulado um projeto de
Para tanto, essa nova estrutura do Ensino Médio deve assegu- vida como sendo a expressão da visão que constrói de si em relação
rar em todas as modalidades de ensino os seguintes princípios es- ao seu futuro e defina os caminhos que perseguirá para realizá-la
pecíficos, conforme o artigo 5º da Resolução nº 03 de 2018: em curto, médio e longo prazo.
I - formação integral do estudante, expressa por valores, aspec- Para que a escola responda a essa grande tarefa, seu currículo,
tos físicos, cognitivos e socioemocionais; suas práticas e seus processos educativos devem assegurar ao es-
II - projeto de vida como estratégia de reflexão sobre trajetória tudante:
escolar na construção das dimensões pessoal, cidadã e profissional • A constituição e consolidação de uma forte base de conheci-
do estudante; mentos e valores advindos tanto dos processos formais de ensino e
III - pesquisa como prática pedagógica para inovação, criação e aprendizagem quanto da convivência e das experiências adquiridas
construção de novos conhecimentos; no contexto social.
IV - respeito aos direitos humanos como direito universal; • A capacidade de não ser indiferente em relação a si próprio e
V - compreensão da diversidade e realidade dos sujeitos, das ao outro, bem como aos problemas reais que estão no seu entorno,
formas de produção e de trabalho e das culturas; apresentando-se como parte da solução de maneira criativa, gene-
VI - sustentabilidade ambiental; rosa, colaborativa.
VII - diversificação da oferta de forma a possibilitar múltiplas • Um conjunto amplo de competências cognitivas e socioemo-
trajetórias por parte dos estudantes e a articulação dos saberes cionais, amparadas nas Competências Gerais da Educação Básica,
com o contexto histórico, econômico, social, científico, ambiental, que lhe permita seguir aprendendo continuamente nas várias di-
cultural local e do mundo do trabalho; mensões da sua vida, realizando a visão que projeta de si próprio
VIII - indissociabilidade entre educação e prática social, consi- para o futuro.
derando-se a historicidade dos conhecimentos e dos protagonistas
do processo educativo; Espera-se, assim, que a escola contribua para que o estudante
IX - indissociabilidade entre teoria e prática no processo de en- se posicione diante das distintas dimensões e circunstâncias da vida
sino-aprendizagem. por ser capaz de decidir com base nos seus conhecimentos, crenças
e valores; que o faça crer no aproveitamento do seu potencial e
Assim, para garantir esses princípios no Currículo Paulista, é ne- mantenha-o motivado para a realização do seu projeto de vida, que
cessário que os processos de ensino e aprendizagem tenham como confere perspectivas à sua vida acadêmica e ao seu futuro.
foco o desenvolvimento de ações que visem superar a fragmenta- Para tanto, é necessário alicerçar as ações pedagógicas em três
ção disciplinar do conhecimento, estimulando a sua contextualiza-
eixos formativos: formação para a vida, excelência acadêmica e
ção e aplicação na vida real, para dar sentido ao que se aprende.
desenvolvimento de competências socioemocionais, de modo que
Nesse sentido as mudanças curriculares devem ser pautadas por
o estudante amplie suas possibilidades de atuação na escola e na
abordagens pedagógicas mais práticas, interativas, inclusivas e di-
vida, desenvolvendo não só a excelência acadêmica, mas acreditan-
versificadas; deve-se enfatizar a importância de as escolas consi-
do que é capaz de elaborar e executar seu projeto de vida.
derarem as culturas juvenis, a diversidade e singularidade de cada
Um dos pressupostos para trabalhar o Projeto de Vida é que a
estudante e garantir que desenvolvam a autonomia, a responsabili-
escola conheça e acolha seus estudantes em sua multidimensionali-
dade, o protagonismo e o projeto de vida.
dade, considerando seus interesses e desafios. Nesse sentido, cabe
Como apresentado na BNCC, o protagonismo e a autoria es-
timulados no Ensino Fundamental traduzem-se, no Ensino Médio, um duplo olhar que atente para valores e características geracionais
em suporte para a construção e viabilização do projeto de vida do do estudante contemporâneo e se volte para as suas especificida-
estudante, eixo central em torno do qual a escola pode organizar des com que se convive no cotidiano da escola, em cada uma das
suas práticas. Para tanto, são fundamentais o estímulo e o apoio da turmas.
escola para o desenvolvimento do projeto de vida do estudante. A Para atender a esse pressuposto, dialogando com as expecta-
Competência Geral 6 da Educação Básica prevê a necessidade de o tivas do estudante, é necessário encará-lo como fonte de iniciativa
estudante: (capaz de agir, não sendo apenas um espectador do processo peda-
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apro- gógico), liberdade (capaz de fazer escolhas diante de cursos alter-
priar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem en- nativos como parte do seu processo de crescimento como pessoa
tender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas e cidadão) e compromisso (responder pelos seus atos, assumindo
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com a responsabilidade tanto pelo que faz quanto pelo que deixa de fa-
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. (BRA- zer).
SIL, 2018, p.9) Essa postura baseada em abertura, reciprocidade e compromis-
Assim, devem-se proporcionar condições, tempos e espaços so é desenvolvida por meio de atitudes participativas e afirmativas
para que o estudante, apoiado pelos professores e por toda a equi- que compõem o exercício da pedagogia da presença. Esse exercício
pe escolar, reflita sobre seus objetivos, aprenda a planejar, definir se materializa pelo estabelecimento de vínculos de consideração,
metas, se organizar para alcançá-las, mobilizando competências afeto, respeito e reciprocidade entre o estudante e o educador, os
cognitivas e socioemocionais com vistas ao seu desenvolvimento quais, por sua vez, pautam a forma pela qual o estudante se rela-
integral, para que o Projeto de Vida funcione como articulador do ciona consigo mesmo e com os outros no processo de Aprender a
projeto pedagógico da escola. Com o Projeto de Vida busca-se ofe- Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer,
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conforme determinam os Quatro Pilares da Educação propostos para as novas realidades que vão se configurando. O mais impor-
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e tante, no entanto, é que os profissionais da educação estejam sem-
a Cultura (UNESCO). pre atentos aos exemplos que dão.
Por isso, um dos princípios que devem orientar as relações en-
As juventudes e o Ensino Médio tre adultos e jovens na escola é o da horizontalidade. Isso acontece
Conforme estabelecido nas DCNEM/2011, não caracterizamos quando gestores e professores estabelecem acordos em conjunto
os estudantes dessa etapa da educação como um grupo homogê- com o estudante para orientar a convivência e a tomada de deci-
neo4 , e sim reconhecemos que a condição sócio-histórico-cultural sões no ambiente escolar. Acordos que levam em conta as opiniões
precisa ser considerada, pois traduz especificidades que, ao serem dos jovens e fortalecem os canais de diálogo entre eles e os profis-
compreendidas em sua singularidade, produzirão ações que fomen- sionais da educação, com vistas a uma formação democrática, que
tam e respeitam as múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes, reconhece a importância do jovem na escola e na sociedade.
reconhecendo os jovens “como participantes ativos das sociedades A fase da adolescência e juventude também traz muitas turbu-
nas quais estão inseridos, sociedades essas também tão dinâmicas lências emocionais que têm sido intensificadas pelas tecnologias e
e diversas” (BRASIL, 2018, p.463 ). Para formar esses jovens como por um mundo em constante mudança, o que pode gerar incertezas
sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às es- e ambiguidades. Adolescentes e jovens têm cada vez mais dificulda-
colas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que de para saber o que é certo e entender o que o futuro lhes reserva.
lhes garantam as aprendizagens necessárias para a leitura da reali- Quando os observamos de perto, descartando julgamentos e
dade, o enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade estereótipos, percebemos que a grande maioria deles anseia por
(sociais, econômicos e ambientais) e a tomada de decisões éticas e acolhimento, reconhecimento, desafio e propósito. É na adolescên-
fundamentadas. (BRASIL, 2018, p.463) cia e juventude que se intensifica o desenvolvimento de funções
Para tanto, é necessário que a escola acolha essa diversidade cerebrais ligadas às relações sociais. Por isso o desejo de ser apre-
e busque propiciar experiências que garantam ao estudante a ex- ciado, de pertencer, de fazer parte de um mundo mais amplo do
celência acadêmica e os fundamentos éticos necessários para que que o seu círculo familiar. Também por essa razão eles sofrem tanto
tenha embasamentos sólidos, que possibilitem enfrentar os novos com a rejeição, o preconceito e o bullying.
desafios da contemporaneidade. Uma vez que a quase totalidade Acolher, portanto, significa interessar-se por eles, percebê-los
dos estudantes dessa etapa da Educação Básica no século XXI apre- em sua inteireza, aceitá-los em suas diversidades, fazer com que se
senta características físicas, psicológicas e sociais bastante distintas sintam queridos e amparados. É o reconhecimento que faz com que
das gerações que a antecederam, é necessário que a escola con- os adolescentes e jovens tornemse mais produtivos e contributivos
sidere e se aproxime do universo das adolescências e juventudes em qualquer ambiente, especialmente na escola. Há potências a
contemporâneas. serem descobertas no interior de cada estudante, mesmo entre os
É importante entender a relação do estudante consigo mes- introvertidos. Quando esse potencial não é bem canalizado, os re-
mos, com a escola e com o mundo, como caminho para repensar sultados costumam ser desastrosos.
a organização dos espaços e das práticas escolares, a fim de que Nesse sentido, é preciso eximi-los dos rótulos, especialmente
dialoguem mais com o jeito de ser e de aprender dessa população. os das impossibilidades, e criar oportunidades para que cada um
Nesse sentido, é preciso identificar os interesses e as vulnerabili- possa expressar seus talentos, dar sua contribuição e ser reconhe-
dades que afetam a vida e a aprendizagem desses adolescentes e cido por isso. O desânimo dos adolescentes e jovens também tem
jovens e o modo como as escolas podem lidar com essas questões. explicação: além de não verem sentido em muitas das coisas que
Também é importante valorizar o potencial dessa nova geração e oferecemos nas escolas, eles estão passando por uma fase de mu-
promover ações que estimulem o próprio estudante a participar dança de humor, dispersão da atenção e busca de novos estímulos.
Assim, as atividades escolares não gerarão o engajamento esperado
mais do cotidiano, da melhoria da escola e dos seus processos de
se a escola não considerar essas especificidades e não os ajudar
ensino e aprendizagem, permitindo que o protagonismo crie vida
a se conhecerem e se apreciarem, a terem sonhos e aspirações, a
no espaço escolar.
expandirem seus horizontes e possibilidades, inclusive percebendo
O período da adolescência e juventude é uma fase muito pecu-
a relevância da própria trajetória escolar para a realização do seu
liar do desenvolvimento humano. Trata-se de uma época de muita
projeto de vida.
plasticidade, porque as estruturas cerebrais estão se reorganizan-
A escola e a vida terão mais sentido para eles se souberem aon-
do, ou seja, é uma fase muito propícia a mudanças de padrões e
de querem chegar, se planejarem o que precisam fazer para alcan-
comportamentos. Isso quer dizer que os adolescentes e jovens es-
çar o que desejam e se acreditarem que são capazes de conquistar
tão muito abertos a aprender com o ambiente. Para a formação seus objetivos. Para tanto, é importante que a escola os apoie a ter
de sujeitos acolhedores, solidários, democráticos e éticos, é funda- um propósito que inclua planos para a sua realização como pessoa,
mental que o clima escolar expresse esses mesmos valores. profissional e cidadão e que os ajude a desenvolver a autonomia e
Adolescentes e jovens aprendem pelo exemplo e conseguem per- a responsabilidade de que precisam para tomar boas decisões em
ceber, com alguma clareza, quando discurso e prática entram em con- sua vida presente e futura.
tradição. Como são muito questionadores, sempre testam os adultos e Os jovens da atualidade, também identificados como nativos
a realidade à sua volta para saber se as situações precisam mesmo ser digitais, têm uma peculiaridade própria e inusitada, por fazerem
do jeito como as encontraram ou se podem ser diferentes. parte da primeira geração que sabe muito mais que as gerações
Nesse sentido, a convivência com eles também pode ajudar a anteriores sobre algo tão determinante para a sociedade, no caso, a
escola a identificar as mudanças necessárias e reorganizar o que tecnologia. Isso traz um empoderamento ímpar para as juventudes,
não faz mais sentido para o estudante, para o próprio educador e que muitas vezes, ainda não têm consciência, criticidade, ou desen-

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volvimento emocional para lidar com essa realidade. Nesse sentido, Tal população é composta de uma diversidade étnica e cultural
é muito importante que a escola aprofunde seu olhar e suas dis- que inclui comunidades indígenas, comunidades quilombolas, au-
cussões sobre as características dessa geração e as transformações todeclarados negros e pardos, populações prisionais, adolescentes
profundas e rápidas que estão vivendo, com especial atenção para a em cumprimento de medidas socioeducativas, comunidades do
sua relação com as inovações tecnológicas, em particular a internet. campo (acampados, assentados e comunidades tradicionais), estu-
Para os jovens de hoje, a internet não é apenas uma ferramen- dantes migrantes internacionais, estudantes itinerantes, etc.
ta, um instrumento, mas uma forma de estar no mundo, de cons- Diante da perspectiva atual a inclusão escolar desses estudan-
truir suas próprias culturas, opiniões e valores. A interface intensa e tes nas classes comuns da Educação Básica em igualdade de con-
constante com o universo virtual também flexibiliza a maneira com dições com as demais pessoas na comunidade em que vivem, é
que se relacionam com o tempo e provoca mudanças constantes de preciso levar em consideração as demandas específicas de cada um
opinião e de estilo, especialmente por expandir seu horizonte de deles no contexto escolar.
possibilidades. Para que tal objetivo seja alcançado, é preciso criar possibilida-
Diante dessas novas realidades e estímulos, é importante que des para que esses educandos desenvolvam suas habilidades. Des-
a escola tenha estratégias e objetivos claros e intencionais que pos- sa forma, os conteúdos curriculares devem ser adaptados, consi-
sibilitem aos jovens aprofundar a compreensão sobre si mesmos derando as especificidades de cada estudante, respeitando, assim,
e sobre o mundo à sua volta, para que possam se desenvolver em as potencialidades e dificuldades individuais – ritmos diferentes de
seus aspectos intelectual, físico, social, emocional e cultural, a fim aprendizagem – por meio de estratégias diversificadas de ensino.
de se preparar de forma plena para a inserção na vida adulta. É Para promover uma educação integral com equidade, o Cur-
necessário um desenvolvimento integral capaz de apoiá-los a con- rículo Paulista considera que as temáticas, os atendimentos e as
tinuar estudando, identificar a sua vocação para o mundo do tra- modalidades de ensino permeiam os diversos componentes cur-
balho, fazer boas escolhas em relação à sua vida pessoal e atuar riculares de todas as etapas da vida escolar. Nesse sentido, deve-
como cidadãos na sociedade. A escola tem o importante papel de -se possibilitar o desenvolvimento de competências e habilidades
trabalhar essas dimensões, discutir essas questões e fazer com que ancoradas num atendimento educacional inclusivo e no reconhe-
o jovem reflita sobre os possíveis caminhos a serem tomados no cimento de demandas e contextos socioculturais inerentes aos di-
futuro, os quais precisam ser preparados no presente. versos segmentos da população paulista.

A inclusão educacional: atendimento, modalidades e temáti- Educação de Jovens e Adultos – EJA


cas A EJA é uma modalidade da Educação Básica nas etapas do
A Educação Especial, de acordo com o disposto em legislações Ensino Fundamental e Médio garantida pela Constituição Federal e
específicas, em especial a Política Nacional de Educação Especial na pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96). Com base
Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008), a Resolução CNE/ em suas características próprias com relação ao tempo e ao perfil
CEB nº 04/2009, o Decreto Federal nº 7.611/2011, a Deliberação do estudante, sua oferta deve ser efetivada visando atender suas
CEE nº 149/2016, a Lei Federal nº 13.146/2015 e a Resolução SE funções e objetivos específicos, sem, entretanto, deixar de assegu-
nº 68/2017, deve ser ofertada de modo transversal a todos os ní- rar formação integral a todos os estudantes, seguindo os princípios
veis, etapas e modalidades de ensino. Portanto, é fundamental que apontados pela UNESCO para a educação ao longo da vida.
a proposta pedagógica da unidade escolar, em harmonia com a O processo formativo do estudante desta modalidade não deve
meta 4 do Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei Federal ser um recorte do Ensino Médio regular, mas sim contemplar, de
nº 13.005, de 25 de junho de 2014), a meta 4 do Plano Estadual de fato, as necessidades de um público heterogêneo, que apresenta
Educação, (aprovado pela Lei nº 16.279, de 8 de julho de 2016) e o diversidade de idade e origem, ritmos diferentes de aprendizagem,
4º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definido pela além da pluralidade de crenças e valores. São jovens e adultos, que
Organização das Nações Unidas (ONU), explicite os recursos e estra- em geral, já experimentam diversos papéis sociais no cotidiano,
tégias que serão utilizados para garantir a todos as aprendizagens com experiências e responsabilidades no âmbito do trabalho, na
definidas no Currículo Paulista. esfera familiar e em grupos sociais. Esses estudantes trazem vivên-
O Currículo Paulista, em observação à acentuada diversida- cias importantes e já construíram outros conhecimentos que preci-
de cultural e ao compromisso com a redução das desigualdades
sam ser fortemente considerados no processo educacional. Assim
educacionais no Estado, leva em consideração as necessidades, as
faz-se necessário oferecer um modelo pedagógico próprio a partir
possibilidades e os interesses do estudante, assim como suas iden-
dos princípios da andragogia, entendida como a ciência de orientar
tidades linguísticas, étnicas e culturais, de modo a assegurar suas
o adulto a aprender, propondo práticas educacionais apropriadas
aprendizagens essenciais integralmente. Um dos pontos focais de
com abordagens metodológicas ativas contextualizadas, cuidadosa-
sua elaboração consiste na equidade e no reconhecimento de que
mente pensadas e preparadas para este público.
as necessidades dos estudantes são diferentes. Conforme estabele-
Metodologias de ensino adequadas, como as ativas e aplicá-
ce o artigo 13 da Resolução nº 3/2018: “Nos currículos da Educação
Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola e de comunidades veis, animam, estimulam, encorajam o estudante e ajudam na dimi-
tradicionais podem ser considerados outros saberes relevantes às nuição da evasão escolar.
realidades dessas comunidades.” (BRASIL, 2018). Atividades criativas que conectem disciplinas, ultrapassando
A implementação do Currículo nas redes de ensino do Estado a visão fragmentada do conhecimento, e assegurem intervenções
de São Paulo (estadual, municipal e privada) pressupõe um claro interdisciplinares permitem fomentar um ambiente de aprendizado
compromisso em garantir Educação Básica a segmentos da popula- permanente e de qualidade para todos.
ção paulista que, devido às distintas características socioculturais e/ Procedimentos como trabalho sistematizado e interdisciplinar
ou às diversas situações de vulnerabilidades, requerem atendimen- com leituras diversas; envolvimento do estudante na escolha das
to educacional inclusivo para efetivar seu direito à educação. atividades; valorização da cultura e do contexto local referenciados
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na cultura global, e consideração dos interesses, da realidade e dos No Ensino Fundamental os componentes curriculares são agru-
projetos pessoais e sociais do estudante são outras possibilidades pados em áreas do conhecimento que contam com as competên-
que enriquecem a aprendizagem. cias específicas por área.
Finalmente, é necessário considerar que muitos estudantes Nessa etapa os professores poderão explorar a interdiscipli-
dessa modalidade são trabalhadores portanto, as atividades devem naridade dentro da área valendo-se do desenvolvimento dessas
fazer conexão com o eixo “mundo do trabalho5 ”, possibilitando ao competências específicas, mas também do trabalho com os TCT.
indivíduo “reconstruir” a sua aprendizagem, partindo de sua vivên- No entanto, é no Ensino Médio que o trabalho nas áreas será in-
cia cotidiana para construir e sistematizar os conhecimentos cien- tensificado, evidenciando a articulação inter/transdisciplinar dos
tíficos. conhecimentos escolares que contribuirão para a contextualização
do mundo.
A transição da etapa do Ensino Fundamental para a etapa do As aprendizagens essenciais definidas no Currículo Paulista do
Ensino Médio Ensino Médio estão organizadas pelas seguintes áreas do conheci-
Apesar de ser também uma etapa da Educação Básica, a tran- mento: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnolo-
sição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio é muitas ve- gias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e
zes sentida pelo estudante como marcante em relação às demais Sociais Aplicadas.
transições escolares. Os desafios desse período compreendem as A área de Linguagens, no Ensino Fundamental, está centrada
transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais, além no conhecimento, na compreensão, na exploração, na análise e na
daquelas relacionadas à escola, que envolvem também o exercício utilização das diferentes linguagens (visuais, sonoras, verbais, cor-
de autonomia do estudante, em relação à possibilidade de sua op- porais, digitais), visando estabelecer um repertório diversificado
ção pelos itinerários formativos, por exemplo, pois há expectativas sobre as práticas de linguagem, o senso crítico e ético, além de de-
em relação ao final da Educação Básica e às responsabilidades e senvolver o senso estético e a comunicação com o uso das tecnolo-
escolhas para a vida adulta. gias digitais. No Ensino Médio, o foco da área de Linguagens e suas
Com o Currículo Paulista e com o compromisso do desenvol- Tecnologias está na ampliação da autonomia, do protagonismo e da
vimento dos direitos de aprendizagem do estudante do Estado de autoria nas práticas de diferentes linguagens; na identificação e na
São Paulo, é esperado que essa transição ocorra de forma natural. crítica aos diferentes usos das linguagens, explicitando seu poder
Isso porque o Currículo Paulista apresenta as competências gerais, no estabelecimento de relações; na argumentação; na apreciação
incluindo as socioemocionais, o estímulo ao protagonismo e o de- e na participação em diversas manifestações artísticas e culturais; e
senvolvimento do projeto de vida do estudante, com as aprendiza- no uso criativo das diversas mídias.
gens voltadas para a formação integral, desde a Educação Infantil. A área de Matemática, no Ensino Fundamental, centra-se na
No Ensino Fundamental, a progressão das habilidades e objetos de aplicação prática do conhecimento matemático, na investigação
conhecimento dos componentes curriculares estimula, por meio da e nas especulações teóricas que integram o universo de objetos
investigação, o protagonismo discente. O estudante vai adquirindo específicos da Matemática, que também podem contribuir para a
autonomia no seu processo de aprendizagem, obtendo as bases compreensão das relações cotidianas, e na resolução e formulação
necessárias para que ao ingressar no Ensino Médio possa realizar de problemas em contextos diversos. No Ensino Médio, na área
escolhas, desde os itinerários formativos que irá percorrer até os de Matemática e suas Tecnologias, o estudante deve consolidar os
desafios que terá de enfrentar ao final da Educação Básica. conhecimentos desenvolvidos na etapa anterior e agregar novos,
Para isso, é importante reconhecer e respeitar a trajetória e o ampliando o leque de recursos para resolver problemas mais com-
ritmo de aprendizagem de cada estudante, compreendendo a ar-
plexos, que exijam maior reflexão e abstração. Também deve cons-
ticulação entre etapas e a progressão das habilidades, consolidan-
truir uma visão mais integrada da Matemática, com outras áreas do
do e aprofundando as aprendizagens do Ensino Fundamental, tais
conhecimento e da sua aplicação à realidade.
como: investigação e pesquisa; análise crítica e capacidade argu-
A área de Ciências da Natureza, no Ensino Fundamental, propõe
mentativa; abstração; reflexão; interpretação; criatividade; resolu-
ao estudante a investigação científica, que permite problematizar
ção de problemas; curiosidade intelectual; empatia; diálogo; e res-
os fenômenos e processos relativos ao mundo natural e tecnológi-
ponsabilidade social.
co, explorar e compreender alguns de seus conceitos fundamentais
Será necessário que a escola crie estratégias diversificadas de
ensino, as quais priorizem o trabalho colaborativo e propositivo, e suas estruturas explicativas, além de valorizar e promover os cui-
além de considerar as escolhas dos jovens, respeitando as poten- dados pessoais e com o outro, o compromisso com a sustentabili-
cialidades e dificuldades individuais, estimulando o desenvolvi- dade e o exercício da cidadania. A investigação e problematização
mento do protagonismo e promovendo ambiente propício para a do mundo natural permite compreender as interferências do ser
formação integral de um jovem que proponha soluções alicerçadas humano na natureza, o que possibilita uma atuação responsável do
no conhecimento, inovação, respeito e ética para os desafios con- estudante enquanto cidadão, obtendo as bases necessárias para
temporâneos pessoais e comunitários. Será preciso também respei- criar proposituras na etapa seguinte. No Ensino Médio, a área de
tar as culturas plurais e as diversidades locais, visando quebrar as Ciências da Natureza e suas Tecnologias oportuniza o aprofunda-
barreiras que impeçam a potencialização da aprendizagem e, por mento e a ampliação dos conhecimentos explorados na etapa an-
consequência, favoreçam a fragmentação do ensino. terior, tratando a investigação como forma de engajamento do es-
O Currículo Paulista etapa do Ensino Médio define o conjunto tudante na aprendizagem, o que lhe permite analisar fenômenos e
das competências específicas e habilidades das áreas do conheci- processos, utilizando modelos e fazendo previsões.
mento, articuladas às aprendizagens essenciais estabelecidas para Dessa maneira, possibilita ampliar a compreensão sobre a vida,
o Ensino Fundamental. Essas competências e habilidades concor- o nosso planeta e o universo, bem como a capacidade de refletir,
rem para o desenvolvimento das competências gerais da Educação argumentar, propor soluções e enfrentar desafios pessoais e coleti-
Básica, que são as mesmas desde a Educação Infantil. vos, locais e globais.
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A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, no Ensino Fundamental, define aprendizagens centradas no desenvolvimento das
competências de identificação, análise, comparação e interpretação de ideias, pensamentos, fenômenos e processos históricos, geográfi-
cos, sociais, econômicos, políticos e culturais, o que permite ao estudante compreender as relações entre o tempo, o espaço, a sociedade
e a natureza, de forma contextualizada. Suas habilidades estimulam, sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental, a investigação
histórica e geográfica, ampliando o protagonismo e o repertório do estudante, que estará apto às aprendizagens da área na próxima etapa.
No Ensino Médio, além dos componentes de História e Geografia há a incorporação da Filosofia e da Sociologia, que potencializam a base
conceitual e os modos de construção da argumentação e sistematização do raciocínio do estudante, o que permitirá uma interpretação
fundamentada sobre o contexto social e, a partir disso, a elaboração de hipóteses, a construção de argumentos e a atuação no mundo.
As aprendizagens adquiridas nas áreas, tanto no currículo comum como nos itinerários formativos, possibilitarão o estudante conso-
lidar e realizar o seu projeto de vida. É fundamental compreender que o projeto de vida do estudante é um objetivo que percorre toda a
Educação Básica e, portanto, se apresenta ao longo de todo o Currículo Paulista. É imprescindível que nas etapas anteriores se valorize a
escolha do estudante e se estimule o protagonismo e a sua reflexão sobre os desafios pessoais e coletivos, mas é na etapa do Ensino Médio
que a possibilidade de consolidar as bases da viabilização desse projeto se apresenta. Dessa forma, a escola deve também concentrar seus
esforços em apoiar e orientar o estudante na sua escolha, auxiliando-o a compreender sua potencialidade e a acreditar que pode concre-
tizar o seu projeto de vida, além de compreender os deveres e responsabilidades sociais que esse projeto envolve.
Portanto, o Currículo Paulista considera que todos os estudantes são capazes de aprender, independentemente de suas característi-
cas pessoais, seus percursos e suas histórias. Respeitando essa trajetória, e as especificidades individuais, estabelecendo estratégias de
acolhimento, inclusive da família, estimulando a autonomia e trabalhando com os direitos de aprendizagem presentes neste documento,
em todas as etapas, será possível dar continuidade ao percurso educativo no Ensino Médio, construindo aprendizagens sintonizadas aos
interesses dos jovens e aos desafios da sociedade contemporânea, garantindo a educação integral do estudante e a sua formação cidadã,
preparando-o para a vida adulta em sociedade e para a realização do seu projeto de vida

A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR NO ENSINO MÉDIO


A principal característica da etapa final da Educação Básica é a flexibilização curricular, tendo como objetivo consolidar, aprofundar e
ampliar a formação integral do estudante. A finalidade é desenvolver o conjunto de competências e habilidades, propiciando protagonis-
mo ao jovem e maior autonomia e assertividade nas suas escolhas, por meio do desenvolvimento do projeto de vida em consonância com
os princípios da justiça da ética e da cidadania. A Lei Federal nº 13.415/2017 substitui o modelo único de currículo para etapa do Ensino
Médio por um modelo diversificado e flexível. Assim, esta etapa será composta pela formação geral básica (comum a todos os estudantes),
com carga horária máxima de 1.800 horas, e por itinerários formativos (parte diversificada e flexível), com carga mínima de 1.200 horas.

Formação Geral Básica


A formação geral básica deverá garantir a todos os estudantes desta etapa de escolarização as aprendizagens essenciais definidas pela
BNCC, organizadas por áreas do conhecimento, conforme estabelecido no artigo 35-A da LDB. Para cada área são definidas competências
específicas, articuladas às competências das áreas da etapa do Ensino Fundamental com adequações às especificidades do Ensino Médio.

Áreas do Conhecimento
Procurando atender à juventude atual e futura e a todas as demandas de formação na etapa do Ensino Médio, existe a necessidade
de reorganizar o currículo vigente para essa etapa da Educação Básica. A nova estrutura do Ensino Médio organiza os componentes curri-
culares por áreas do conhecimento, sem desconsiderar, mas também sem fazer referência direta a todos eles.
Como consta no Parecer CNE/CP nº 11/2009, essa organização não exclui os componentes e suas especificidades e saberes próprios, e
sim fortalece as relações, a contextualização, a apreensão e a intervenção na realidade por meio do trabalho em conjunto dos professores,
que planejam e executam os planos de ensino.
Segundo esses termos, as áreas do conhecimento têm por finalidade integrar os componentes curriculares, com o objetivo de contri-
buir para a compreensão da complexa realidade e para que o estudante possa atuar sobre ela, com a garantia dos conhecimentos básicos
desses mesmos componentes.
As áreas do conhecimento e seus respectivos componentes curriculares são os seguintes:
- Área de Linguagens e suas Tecnologias: Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa.
- Área de Matemática e suas Tecnologias: Matemática.
- Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia, Física e Química.
- Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: Filosofia, Geografia, História e Sociologia.

O Currículo Paulista define competências específicas para cada área do conhecimento, conforme a BNCC apresenta em seu documen-
to normativo, atendendo às especificidades de formação do estudante desta etapa da Educação Básica. Relacionadas as competências
específicas de cada área do conhecimento, são descritas as respectivas habilidades a serem desenvolvidas ao longo dos três anos, além das
habilidades específicas de Língua Portuguesa e Matemática – componentes obrigatórios nos três anos do Ensino Médio (LDB, Art.35-A, §
3º). Tais competências e habilidades procuram garantir as aprendizagens essenciais que constituem a formação geral básica.
É importante destacar que, por ser um referencial para todas as redes e escolas do território do Estado de São Paulo, o Currículo
Paulista apresenta seus organizadores curriculares estruturados por área do conhecimento, contemplando suas competências específicas,
habilidades, campos de atuação/unidade temática/categoria, bem como os objetos de conhecimento que, entre outros, deverão ser tra-
balhados ao longo dos três anos da etapa do Ensino Médio. Cada habilidade é identificada por um código alfanumérico, (imagem 1), cuja
composição é a seguinte:
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Imagem 1: Composição do código alfanumérico para as habilidades da formação geral básica.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 34).

Segundo esse critério, o código EM13LGG103, por exemplo, refere-se à terceira habilidade proposta na área de Linguagens e suas
Tecnologias relacionada à competência específica 1, que pode ser desenvolvida em qualquer série do Ensino Médio, conforme defini-
ções curriculares. Para as habilidades que foram desmembradas inclui-se uma letra no final do código, por exemplo, EM13LGG103A e
EM13LGG103B, o que significa que a habilidade 3, da competência 1, foi desmembrada em duas habilidades (A e B).
A organização das habilidades vinculadas às competências específicas da área tem como objetivo definir claramente as aprendizagens
essenciais a serem garantidas a todos os estudantes.

Área de Linguagens e suas Tecnologias


O Currículo Paulista para o Ensino Médio da área de Linguagens e suas Tecnologias segue as diretrizes propostas pela BNCC. As apren-
dizagens previstas para o Ensino Fundamental devem ser consolidadas e ampliadas nesta etapa. Os componentes para a área – Língua
Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa – devem observar a garantia do trabalho organizado nas competências e habilidades
que sugerem a integração entre elas.
A proposição da efetiva articulação entre os componentes embasará o desenvolvimento das práticas pedagógicas para a área, a partir
de habilidades que são desenvolvidas por todos os componentes da área, de forma integrada, apresentando um olhar múltiplo para a
construção do conhecimento.
A interface com o Ensino Fundamental acontece na medida em que ocorre o aprofundamento dos objetos de conhecimento vistos nas
séries anteriores, considerando o universo de possibilidades específicas relacionadas às escolhas feitas pelo estudante em sua trajetória
acadêmica.
Para tanto, é previsto que o estudante desenvolva competências e habilidades que lhe possibilitem mobilizar e articular conheci-
mentos desses componentes, em situações de aprendizagem que sejam significativas e relevantes para sua formação integral, de forma
simultânea ao desenvolvimento socioemocional.

A transição da etapa do Ensino Fundamental para a etapa do Ensino Médio


As dez competências gerais observadas para a Educação Básica garantem a efetividade de uma interface entre o Ensino Fundamental
e o Ensino Médio. A articulação do Ensino Médio com o Ensino Fundamental está ancorada no desenvolvimento de competências e ha-
bilidades, a partir da aprendizagem contextualizada, integrada e articulada de conteúdos, conceitos e processos. O encaminhamento das
práticas pedagógicas envolvidas no contexto escolar depende da efetiva compreensão desse percurso.
A definição de competências engloba a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas com-
plexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
As habilidades mencionadas nesta descrição dizem respeito às aprendizagens essenciais para cada disciplina e série. Iniciam-se sem-
pre por um verbo que explicita o processo cognitivo envolvido que se deseja construir ou consolidar.
Os objetos de conhecimento referem-se aos conteúdos, conceitos e processos abordados nas habilidades e podem ser identificados
como complemento do verbo relacionado ao processo cognitivo em questão. Essa sistematização fica clara no quadro organizador curri-
cular da área.

A articulação entre os componentes


O trabalho de forma articulada desenvolvido pelas disciplinas da área, cujas habilidades pressupõem o desenvolvimento integral do
estudante a partir da articulação entre componentes, dialoga com o perfil juvenil na contemporaneidade.
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Os jovens, inseridos em culturas digitais, devem ampliar esse emoções. Possibilita ao estudante, portanto, reconhecer, valorizar,
conhecimento relacionado às multissemioses. fruir e produzir tais manifestações, com base em critérios estéticos
Essa articulação e organização, previstas na BNCC, respondem e no exercício da sensibilidade.
a um conjunto de documentos e orientações oficiais (como as DC- A consideração desses campos para a organização da área vai
NEM e a Lei nº 13.415/2017) e dialogam com as contribuições da além de possibilitar vivências situadas nas práticas de linguagens e
pesquisa acadêmica e da construção de currículos em âmbito na- envolvendo conhecimentos e habilidades mais contextualizados e
cional. Nessa direção, consideram os fundamentos básicos de en- complexos, o que também permite romper barreiras disciplinares
sino e aprendizagem das Linguagens, que têm se comprometido e vislumbrar outras formas de organização curricular (como labo-
com uma formação voltada a possibilitar a participação plena dos ratórios de comunicação e de mídias, clubes de leitura e de teatro,
jovens nas diferentes práticas socioculturais que envolvem o uso núcleos de criação artística e literária, oficinas culturais e desporti-
das linguagens. vas etc.).
Considerando esses aspectos, o Currículo Paulista para o Ensino Tais formas diversificadas de organização dos espaços e tempos
Médio prioriza cinco campos de atuação social para a proposta de escolares possibilitam uma flexibilização curricular tanto no que
práticas de linguagem, seguindo o documento orientador do MEC: concerne às aprendizagens definidas no Currículo, já que escolhas
O campo da vida pessoal organiza-se de modo a possibilitar são possíveis desde que contemplem os diferentes campos, como
uma reflexão sobre as condições que cercam a vida contemporânea às articulações do Currículo com os itinerários formativos.
e a condição juvenil no Brasil e no mundo e sobre temas e questões Com relação aos temas transversais, os componentes curricu-
que afetam os jovens. As experiências, análises críticas e aprendi- lares da área de Linguagens podem planejar e desenvolver ações
zagens propostas neste campo podem se constituir como suporte relacionadas à ética, à pluralidade cultural, ao meio ambiente e à
para os processos de construção de identidade e de projetos de saúde, entre outros. Tais temas dialogam entre si na medida em
vida, por meio do mapeamento e do resgate de trajetórias, interes- que refletem sobre a conduta humana, com respeito à compreen-
ses, afinidades, antipatias, angústias, temores etc., que possibilitam são dos diferentes grupos e culturas que constituem uma socieda-
uma ampliação de referências e experiências culturais diversas e do de plural, considerando a ética e a pluralidade cultural. Da mesma
conhecimento sobre si. forma, ao levar em conta as relações sociais, econômicas e culturais
No escopo aqui considerado, a construção de projetos de vida e os modos de comunicação com a natureza e com os outros, bem
envolve reflexões/definições não só em termos de vida afetiva, fa- como a capacidade de avaliar, discernir e participar de decisões re-
mília, estudo e trabalho, mas também de saúde, bem-estar, relação lacionadas à saúde individual e coletiva, o crescimento do repertó-
com o meio ambiente, espaços e tempos para práticas corporais, rio cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental podem ser
culturais, estéticas, participação social, atuação em âmbito local e desenvolvidos dentro da área.
global etc. Considerar esse amplo conjunto de aspectos possibili-
ta fomentar no estudante escolhas de estilos de vida saudáveis e Componentes curriculares da área de Linguagens e suas Tec-
sustentáveis, que contemplem um engajamento consciente, crítico nologias
e ético em relação às questões coletivas, além de abertura para ex- Os componentes curriculares da área desenvolvem uma articu-
periências estéticas significativas. Nesse sentido, este campo arti- lação de trabalho, seguindo os pressupostos a seguir relacionados.
cula e integra as aprendizagens promovidas em todos os campos O componente Arte no Ensino Médio, de acordo com a BNCC,
de atuação. contribui para o desenvolvimento da autonomia criativa e expres-
O campo das práticas de estudo e pesquisa abrange a pesquisa, siva do estudante, por meio da conexão entre racionalidade, sensi-
recepção, apreciação, análise, aplicação e produção de discursos/ bilidade, intuição e ludicidade. É, também, propulsor da ampliação
textos expositivos, analíticos e argumentativos, que circulam tanto do conhecimento do sujeito relacionado a si, ao outro e ao mundo.
na esfera escolar como na acadêmica e de pesquisa, assim como É na aprendizagem, na pesquisa e no fazer artístico que as
no jornalismo de divulgação científica. O domínio desse campo é percepções e compreensões do mundo se ampliam no âmbito da
fundamental para ampliar a reflexão sobre as linguagens, contribuir sensibilidade e se interconectam, em uma perspectiva poética em
para a construção do conhecimento científico e para aprender a relação à vida, que permite aos sujeitos a abertura às percepções e
aprender. experiências, mediante a capacidade de imaginar e ressignificar os
O campo jornalístico-midiático refere-se aos discursos/textos cotidianos e rotinas.
da mídia informativa (impressa, televisiva, radiofônica e digital) e ao A pesquisa e o desenvolvimento de processos de criação de
discurso publicitário. Sua exploração permite construir uma cons- materialidades híbridas – entendidas como formas construídas nas
ciência crítica e seletiva em relação à produção e circulação de in- fronteiras entre as linguagens artísticas, que contemplam aspectos
corporais, gestuais, teatrais, visuais, espaciais e sonoros – oferecem
formações, posicionamentos e induções ao consumo.
ao estudante a possibilidade de explorar, de maneira dialógica e in-
O campo de atuação na vida pública contempla os discursos/
terconectada, as especificidades das artes visuais, do audiovisual,
textos normativos, legais e jurídicos que regulam a convivência em
da dança, da música e do teatro.
sociedade, assim como discursos/textos propositivos e reivindica-
Esses processos criativos devem permitir a incorporação de es-
tórios (petições, manifestos etc.). Sua exploração permite ao estu-
tudo, pesquisa e referências estéticas, poéticas, sociais, culturais e
dante refletir e participar na vida pública, pautando-se pela ética.
políticas, para criar relações entre sujeitos e seus modos de olhar
O campo artístico-literário abrange o espaço de circulação das
para si e para o mundo. Eles são, portanto, capazes de gerar trans-
manifestações artísticas em geral, contribuindo para a construção
formação, crescimento e reelaboração de poéticas individuais e co-
da apreciação estética, significativa para a constituição de identi- letivas. No decorrer desses processos, o estudante pode também
dades, a vivência de processos criativos, o reconhecimento da di- relacionar, de forma crítica e problematizadora, os modos como as
versidade e da multiculturalidade e a expressão de sentimentos e
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manifestações culturais se apresentam na contemporaneidade, es- tísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibilidade dos sujei-
tabelecendo relações entre arte, mídia, mercado e consumo. Pode, tos para a relação continuada com produções artísticas e culturais
assim, aprimorar sua capacidade de elaboração de análises sobre as oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.
produções estéticas que observa/vivencia e cria. Segundo a BNCC: Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e pon-
O trabalho com a Arte no Ensino Médio deve promover o cru- derações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos,
zamento de culturas e saberes, possibilitando aos estudantes o artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar
acesso e a interação com as distintas culturais populares presentes as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como
na sua comunidade. O mesmo deve ocorrer com outras manifesta- leitor.
ções presentes nos centros culturais, museus e outros espaços, de Os objetos de conhecimento, presentes no componente Arte
modo a garantir o exercício da crítica, da apreciação e da fruição de do Currículo Paulista etapa Ensino Médio, foram definidos a par-
exposições, concertos, apresentações musicais e de dança, filmes, tir das interações entre as linguagens da arte, o perfil de saída do
peças de teatro, poemas e obras literárias, entre outros [...] (BRA- estudante, as aprendizagens promovidas no Ensino Fundamental
SIL, 2018, p. 474). e as especificidades e demandas desta etapa da escolarização. Se-
gundo a BNCC, Para garantir o desenvolvimento das competências
Dimensões do ensino de Arte: específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto de
O componente curricular Arte propõe, no Currículo Paulista habilidades.
etapa Ensino Médio, o aprofundamento dos conhecimentos utili- Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de
zando as Dimensões do Ensino de Arte, dispostas no Currículo Pau- conhecimento – aqui entendidos como conteúdos, conceitos e pro-
lista do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais, que apresenta cessos (BRASIL, 2018, p. 28).
em seu contexto a articulação das seis dimensões do conhecimento São eles:
(criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão) na aborda- Elementos da linguagem: informações, códigos, símbolos e
gem das linguagens artísticas, na medida em que essas dimensões signos artísticos utilizados individualmente e/ou em conjunto nos
se relacionam intrinsecamente aos conhecimentos das artes vi- processos técnicos, formais, temáticos e poéticos da construção in-
suais, da dança, da música e do teatro. ventiva e criativa das linguagens da Arte (artes visuais, música, tea-
As vivências e experiências artísticas articuladas às seis dimen- tro, dança) e no seu hibridismo. O estudo das produções artísticas
sões estão vinculadas a cada contexto social e cultural das apren- coloca-nos em contato com a singularidade do modo de produção
dizagens do estudante e serão aprofundadas no Ensino Médio por da linguagem da arte, seja para a compreensão da passagem de um
meio do desenvolvimento das situações de aprendizagem. É impor- período artístico para outro, seja para perceber e compreender as
tante observar que essas dimensões, para serem trabalhadas, não singularidades de cada linguagem.
precisam seguir uma ordem dentro do contexto pedagógico. São Materialidades: a prática artística consiste em combinações,
elas: experimentação e descobertas de materiais que transformam seus
Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, significados quando se tornam obras. Matéria, procedimentos com
produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e inves- a matéria, suportes, ferramentas, técnicas manuais e uso de tecno-
tigativa, que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, logia estão envolvidas intrinsecamente no processo de criação ar-
desejos e representações em processos, acontecimentos e pro- tística, possibilitando ao artista vivenciar a criação e transformação
duções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata de de diferentes conceitos e procedimentos que são aplicados entre as
apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo diversas linguagens (artes visuais, teatro, dança, música e tecnolo-
gias digitais).
permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos,
Mediação cultural: museus, galerias, instituições culturais, sa-
negociações e inquietações.
las de espetáculo e concerto abrigam práticas artísticas e acolhem
Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujei-
apreciadores de arte. Curadores, museólogos, encenadores, maes-
tos em direção a novas compreensões do espaço em que vivem,
tros, cenógrafos, programas de ação educativa e todos os segmen-
com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e
tos e agentes envolvidos trabalham para ativar culturalmente a
da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísti-
produção artística, viabilizando o acesso a ela. Na escola professo-
cas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e
res e estudantes passam a assumir o papel de protagonistas como
pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos,
mediadores, apreciadores, artistas, criadores e curadores, de modo
históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. consciente, ético, crítico e autônomo, quando privilegiam certas
Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação obras e artistas em detrimento de outros, exibem reproduções de
ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo obras, planejam visitas a uma exposição, sala de espetáculos ou
e aos diferentes materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e concertos, coordenam e participam da produção e apresentação de
a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro trabalhos artísticos no ambiente escolar.
e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, Patrimônio cultural: obras de arte que habitam os museus, a
intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. rua, as coleções particulares e familiares; obras de arte efêmeras
Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e mani- que são registradas em diferentes mídias; manifestações artísticas
festar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, do povo que são mantidas de geração em geração são bens cultu-
tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge rais, materiais e imateriais. Trata-se do patrimônio de cada um de
da experiência artística com os elementos constitutivos de cada lin- nós, memória do coletivo, bens culturais que apresentam a história
guagem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialida- humana pelo pensamento estético-artístico, testemunhando a pre-
des. Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento, à sença do ser humano, seu fazer estético, suas crenças, sua organi-
abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas ar-
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zação, sua cultura. O estudo da História da Arte tendo como viés a As diversas linguagens no Ensino Médio se unificam, exploran-
ideia de patrimônio cultural e a necessidade de preservação opor- do diferentes possibilidades expressivas de forma teórico reflexiva,
tuniza a ampliação do olhar sobre a cultura e as heranças culturais as quais potencializam a reflexão, a criação e a compreensão dos
que marcam e dão referência sobre quem somos modos de se expressar e participar no mundo, tendo como inten-
Processo de criação: muitos são os mitos que cercam a criação cionalidade instigar maior autonomia ao estudante. A BNCC apon-
artística, ancorados principalmente na ideia de genialidade e valo- ta que “neste sentido, é importante fortalecer a autonomia desses
rização de habilidades manuais e específicas. O estudo da criação adolescentes, oferecendo-lhes condições e ferramentas para aces-
e da invenção artísticas (aqui entendidas como processos) oferece sar, interagir e intervir criticamente com diferentes conhecimentos
a oportunidade de compreensão do percurso criador específico do e fontes de informação.” (BRASIL, 2018 p.60)
fazer artístico. Percurso esse que envolve projetos, esboços, estu- O Currículo Paulista etapa Ensino Fundamental procura garan-
dos, protótipos, diálogos com a matéria, tempo de devaneio, de vi- tir ao estudante oportunidades de compreensão, apreciação e pro-
gília criativa, do fazer sem parar, de ficar em silêncio e distante, de dução das práticas corporais, organizadas em unidades temáticas:
viver o caos criador. Brincadeiras e Jogos; Danças; Ginásticas; Esportes; Lutas; Práticas
Diferentemente do que se pensa, a criação artística envolve Corporais de Aventura e Corpo; Movimento e Saúde.
aprendizagem. Todo fazedor de arte forma-se trabalhando em pro- No Ensino Médio, essas unidades temáticas são aprofundadas
cessos de criação, com as informações, deformações e formações e o estudante deve ser desafiado a refletir sobre tais práticas, am-
que os atos de criação propõem durante a procura incansável de pliando seus conhecimentos sobre as potencialidades e os limites
uma poética pessoal, de maneira que, enquanto a obra se faz, in- do corpo, a importância em assumir um estilo de vida ativo e as pos-
venta-se o seu próprio modo de fazer. sibilidades do movimento corporal para a manutenção da saúde.
Saberes estéticos e culturais: para conhecer arte e cultura, é As aulas, nesse contexto, aprofundam os conceitos e as inter-
preciso buscar conhecimentos e informações no estudo dos cam- -relações entre as representações e os saberes vinculados às prá-
pos de saberes estéticos e culturais, embasando nosso pensamento ticas corporais. Nesse sentido, é imprescindível considerar que os
sobre seu sistema simbólico ou social, oferecendo outras referên- jovens dispõem de capacidades ampliadas de ler o mundo, de pos-
cias para nossa atuação como intérpretes da cultura. Entrar em con- sibilidades de dimensionar os problemas que afetam os grupos mais
tato com o discurso da História da Arte, da Filosofia, da Psicologia próximos e mais distantes e de habilidade para ajudar a vislumbrar
da Arte, da Sociologia da Arte, e da Antropologia amplia o olhar ou alternativas à solução de problemas de diferentes naturezas. Por
o pensamento sobre artistas e obras de determinado período; leva meio da interação-reflexão-ação o protagonismo pode ser exercido
a experiências estéticas e estésicas, à percepção e à imaginação es- e mudanças reais podem acontecer melhorando as possibilidades
tética, à investigação do papel do artista na sociedade, a procurar,
de utilização dos espaços públicos e privados, além de intervenções
por exemplo, os sentidos da arte indígena para seu povo, o sentido
na comunidade para que as práticas corporais se tornem frequen-
dos signos africanos em suas manifestações artísticas ou a própria
tes. Segundo a BNCC, Esse conjunto de experiências, para além de
multiculturalidade do Brasil tão presente nas estéticas do cotidiano.
desenvolver o autoconhecimento e o autocuidado com o corpo e a
O componente curricular Arte propõe, no Currículo Paulista
saúde, a socialização e o entretenimento, favorece o diálogo com
etapa Ensino Médio, o desenvolvimento das competências específicas
as demais áreas do conhecimento, ampliando a compreensão do
da área de linguagens, de forma articulada com os diferentes compo-
estudante a respeito dos fenômenos da gestualidade e das dinâmi-
nentes curriculares da área, por meio de um conjunto de habilidades
gerais que se distribui em diversos campos de atuação. Essas habili- cas sociais associadas às práticas corporais (BRASIL, 2018, p. 484).
dades se relacionam com as dimensões da arte, e com os objetos de Do ponto de vista da organização das aprendizagens no com-
conhecimento, ampliando as possibilidades de integração, para além ponente, optouse também, para a etapa Ensino Médio, por estabe-
do desenvolvimento das competências gerais da área. Elas levam em lecer a relação entre as habilidades e os objetos de conhecimento
conta o perfil de saída do estudante e as especificidades e demandas com as dimensões do conhecimento. Essas dimensões não devem
desta etapa da escolarização, perpassando pelas linguagens das artes ser tomadas como eixos temáticos ou categorias, mas como linhas
visuais, da dança, da música, do teatro, e por seu hibridismo. maleáveis que se interpenetram, constituindo a especificidade da
O componente curricular EDUCAÇÃO FÍSICA está inserido na construção do conhecimento em Educação Física escolar, conforme
área de Linguagens e suas Tecnologias, objetivando uma mudança consta no Currículo Paulista etapa do Ensino Fundamental.
de intencionalidade nas práticas corporais com o foco na apropria- No Currículo Paulista, optou-se por agrupar essas dimensões
ção crítica do movimento humano em seus sentidos, significados, em três categorias:
símbolos e códigos. Segundo a BNCC, A Educação Física é o compo-
nente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas Aprender sobre - compreende as dimensões:
formas de codificação e significação social, entendidas como ma- Reflexão sobre ação: refere-se aos conhecimentos originados
nifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas na observação e na análise das próprias vivências corporais e da-
por diversos grupos sociais no decorrer da história. quelas realizadas por outros. Vai além da reflexão espontânea, ge-
Nessa concepção, o movimento humano está sempre inserido rada em toda experiência corporal.
no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço- Trata-se de um ato intencional, orientado a formular e empre-
-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo. (BRASIL, gar estratégias de observação e análise para:
2017, p. 213) (a) resolver desafios peculiares à prática realizada;
A Educação Física dialoga com os fundamentos pedagógicos (b) apreender novas modalidades; e
definidos pelo Currículo Paulista e pela BNCC enfocando as compe- (c) adequar as práticas aos interesses e às possibilidades pró-
tências e habilidades que garantem o desenvolvimento dos aspec- prios e aos das pessoas com quem compartilha a sua realização.
tos físicos, cognitivos e socioemocionais do estudante, cumprindo
assim, o compromisso com a educação integral.
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Análise: está associada aos conceitos necessários para enten- Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e co-
der as características e o funcionamento das práticas corporais nhecimentos necessários para os estudantes participarem de forma
(saber sobre). Essa dimensão reúne conhecimentos como a clas- confiante e autoral em decisões e ações orientadas a democratizar
sificação dos esportes, os sistemas táticos de uma modalidade, o o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como referên-
efeito de determinado exercício físico no desenvolvimento de uma cia valores favoráveis à convivência social.
capacidade física, entre outros. Contempla a reflexão sobre as possibilidades que eles e a co-
Compreensão: está também associada ao conhecimento con- munidade têm (ou não) de acessar determinada prática no lugar
ceitual, mas, diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao em que moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para
esclarecimento do processo de inserção das práticas corporais no tal, os agentes envolvidos nessa configuração, entre outros fatores,
contexto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam com- bem como as iniciativas que se dirigem para ambientes além da sala
preender o lugar das práticas corporais no mundo. Em linhas gerais, de aula, orientadas a interferir no contexto em busca da materiali-
esta dimensão está relacionada a temas que permitem ao estudan- zação dos direitos sociais vinculados a esse universo, como consta
te interpretar as manifestações da cultura corporal de movimento no Currículo Paulista etapa do Ensino Fundamental.
em relação às dimensões éticas e estéticas, à época e à sociedade Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) a ava-
que as gerou e modificou, às razões da sua produção e transforma- liação deve ir além dos aspectos biofisiológicos, portanto deve ser
ção e à vinculação local, nacional e global. coerente com as habilidades e objetos de conhecimento propostos,
deve ser processual e servir de tomada de decisão para professores
Aprender a fazer - compreende as dimensões: e estudantes, bem como servir de reajuste no percurso de apren-
Experimentação: dimensão do conhecimento que se origina da dizagem proposto para a autoavaliação, como consta no Currículo
vivência das práticas corporais e do envolvimento corporal em sua Paulista etapa do Ensino Fundamental.
realização. São conhecimentos que não podem ser acessados sem Dessa maneira, o professor deve planejar a avaliação em todos
a vivência corporal, isto é, sem que sejam efetivamente experimen- os aspectos do desenvolvimento do estudante e ser coerente com
tados. Trata-se da possibilidade única de apreender as manifesta- a proposta pedagógica. As práticas pedagógicas desenvolvidas, no
ções culturais tematizadas pela Educação Física e de o estudante que se refere ao impacto sobre o estudante, poderão consolidar
se perceber como sujeito “de carne e osso”. Faz parte dessa dimen- não somente a autonomia para a prática, mas também a tomada
são, além do imprescindível acesso à experiência, cuidar para que de posicionamentos críticos diante dos discursos sobre o corpo e
as sensações geradas no momento da realização de determinada a cultura corporal que circulam em diferentes campos da atividade
vivência sejam positivas ou, pelo menos, não sejam desagradáveis a humana. As unidades temáticas previstas para o componente no
ponto de gerar rejeição à prática em si. Uso e apropriação: refere-se Ensino Médio estão em consonância com o Currículo Paulista etapa
ao conhecimento que possibilita ao estudante realizar de forma au- Ensino Fundamental, são elas: Brincadeiras e Jogos; Esporte; Dança;
tônoma determinada prática corporal. Trata-se do mesmo tipo de Ginástica; Lutas; Práticas Corporais de Aventura e Corpo, Movimen-
conhecimento gerado pela experimentação (saber fazer), mas dela to e Saúde.
se diferencia por oferecer ao estudante a competência necessária A unidade temática Brincadeiras e Jogos tem como objetivo a
para potencializar o seu envolvimento com práticas corporais no la- compreensão da brincadeira e do jogo como fenômeno sociocul-
zer ou para a saúde. Diz respeito ao rol de conhecimentos que via- tural e suas relações com os espaços de lazer disponíveis na comu-
biliza a prática efetiva das manifestações da cultura corporal de mo- nidade, mapeando e criando, por meio de práticas de linguagem,
vimento não só durante as aulas, como também para além delas. possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para
Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensí- enfrentar desafios contemporâneos, discutindo assim, ações que
veis geradas pelas vivências corporais, bem como das diferentes permitam o resgate de brincadeiras e jogos. O estudante poderá
práticas corporais oriundas das mais diversas épocas, lugares e retomar suas vivências de anos anteriores com brincadeiras e jogos
grupos. Essa dimensão está vinculada com a apropriação de um do Brasil e do mundo incluindo os de matrizes indígena e africana e
conjunto de conhecimentos que permita ao estudante desfrutar da os jogos eletrônicos, ou ampliar seus conhecimentos tendo conta-
realização de determinada prática corporal e/ou apreciar essa e ou- to com outras possibilidades, como jogos cooperativos e RPG (Role
tras tantas quando realizadas por outros. Playing Game).
Na unidade temática Esporte, o estudante irá retomar as clas-
Aprender a ser e conviver - compreende as dimensões: sificações esportivas, buscando modalidades alternativas ainda não
Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos origina- vivenciadas, como o tchoukball, ampliando a discussão de temas
dos em discussões e vivências no contexto da tematização das prá- como: espaços públicos e privados disponíveis na comunidade para
ticas corporais, que possibilitam a aprendizagem de valores e nor- a prática desses esportes; diferentes leituras sobre a influência da
mas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma sociedade mídia; violência e diferentes tipos de preconceito. Essa ampliação
democrática. A produção e a partilha de atitudes, normas e valores deverá ter como foco a discussão sobre a importância dos siste-
(positivos e negativos) são inerentes a qualquer processo de socia-
mas de jogo e táticas no desempenho esportivo e na apreciação
lização. No entanto, essa dimensão está diretamente associada ao
do esporte como espetáculo, analisando visões de mundo, confli-
ato intencional de ensino e aprendizagem e, portanto, demanda
tos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos
intervenção pedagógica orientada para tal fim. Por esse motivo, a
veiculados nas diferentes mídias, expandindo suas possibilidades
BNCC se concentra mais especificamente na construção de valores
de explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
relativos ao respeito às diferenças e no combate aos preconceitos
A unidade temática Dança, tem o objetivo de reconhecer a dan-
de qualquer natureza. Ainda assim, não se pretende propor o trata-
ça como um fenômeno sociocultural, resgatando as danças com as
mento apenas desses valores, ou fazê-lo somente em determinadas
etapas do componente, mas assegurar a superação de estereótipos quais o estudante teve contato em momentos anteriores, como as
e preconceitos expressos nas práticas corporais. urbanas e de salão, e trazendo danças que fazem parte da cultura
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juvenil como parte do contexto do estudante. O objetivo é fruir e relação a seus diferentes usos e intencionalidades; na apreciação
apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, e participação dessas produções, midiáticas e mediatizadas, sejam
das locais às mundiais, assim como delas participar, aguçando conti- elas artísticas e\ou culturais; e no seu uso crítico (BRASIL, 2018).
nuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade. Aprender a língua inglesa pode propiciar a criação de novas
Na unidade temática Ginástica, será abordada a ginástica de formas de engajamento e participação do estudante em um mun-
condicionamento físico, com foco na manutenção da saúde (trei- do social cada vez mais globalizado e plural, cujas fronteiras entre
namento funcional, musculação etc.), analisando significados/sen- países, interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacio-
tidos do discurso das mídias sobre a ginástica e o exercício físico. A nais estão cada vez mais líquidas (BRASIL, 2018).
discussão perpassa pelos benefícios e malefícios da utilização dos Assim, na área, o componente “contribui para ampliar as
diferentes recursos tecnológicos presentes na atualidade (aulas por condições de inclusão social do estudante, favorecendo o acesso
aplicativos ou pela TV, entre outros), apropriando-se criticamente à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho” (Parecer CNE/CEB
de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de ferra- nº 5/2011, p.25), possibilitando “a ampliação de conhecimentos
mentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhe- linguísticos para promover a interação, a mobilidade, e a abertura
cimento na cultura de rede, considerando como são apresentados para novos percursos de construção de conhecimentos e de conti-
nos meios científicos e midiáticos. nuidade de estudos” (BRASIL, 2018).
Na unidade temática Luta, retomam-se algumas lutas do Brasil Entendida na perspectiva de língua franca, desterritorializada,
e do mundo, tendo como foco a ampliação e o aprofundamento e de caráter global, “a Língua Inglesa possibilita o acolhimento da
de discussões como: esportivização das lutas; a influência da mí- multiplicidade e variedade de usos, usuários, territórios e funções,
dia; análise dos aspectos táticos, técnicos e filosóficos; análise das do mundo todo, com seus diferentes repertórios linguísticos e cul-
formas de organização das diferentes competições de luta; e pro- turais” (BRASIL, 2018, p.476). Contribui também para possibilitar a
posição de ações para combater o preconceito e os estereótipos no reflexão acerca de singularidades interculturais e sobre como são
contexto das lutas. O objetivo é analisar criticamente preconceitos, produzidas nas diversas práticas sociais.
estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, Para o Ensino Médio, de forma semelhante aos demais com-
adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de in- ponentes da área de Linguagens e suas Tecnologias, o componente
justiça e desrespeito aos direitos humanos e valores democráticos. Língua Inglesa colabora para o desenvolvimento das competências
Na unidade temática Práticas Corporais de Aventura, retomam- gerais da Educação Básica. Nesse sentido, busca consolidar, apro-
fundar e ampliar as aprendizagens essenciais estabelecidas para
-se algumas dessas práticas vivenciadas anteriormente, ampliando
o Ensino Fundamental, concentradas no conhecimento, na com-
e aprofundando a discussão em torno da preservação do patrimô-
preensão, na exploração, na análise e na utilização das diferentes
nio público, cultural e natural. O objetivo é a proposição de ações na
linguagens (BRASIL, 2018)
comunidade para a preservação desses patrimônios, dialogando e
O estudante do Ensino Médio tem oportunidade de desenvol-
produzindo entendimento mútuo, com vistas ao interesse comum,
ver maior autonomia e capacidade de atuação na vida pública e na
pautado em princípios e valores de equidade assentados na demo-
produção cultural, especialmente nas culturas juvenis manifestadas
cracia e nos direitos humanos.
em músicas, danças e na internet (por influência das tecnologias
Na unidade temática Corpo, Movimento e Saúde, o foco é a digitais da informação e da comunicação), onde os jovens exercem
relação da prática de exercícios físicos com a qualidade de vida, autoria em diversas formas de produção cultural. Não se trata ape-
discutindo temas como: padrões e estereótipos de beleza corporal; nas da integração entre as diferentes linguagens, mas também de
indicadores que levam à construção de representações sobre corpo uma nova forma de funcionamento, em que novas ações e papéis
e beleza; efeitos do treinamento físico: fisiológicos, morfológicos e ganham espaço.
psicossociais; repercussões na conservação e promoção da saúde Assim, a área incorpora também a visão de multiletramentos6 ,
nas várias faixas etárias; fatores de risco à saúde: sedentarismo, ali- abraçando práticas sociais contemporâneas que contemplam novas
mentação, dietas e suplementos alimentares, cigarro, álcool, dro- possibilidades de participação e de circulação, articulando diferen-
gas, doping e anabolizantes, estresse e repouso; doenças hipociné- tes semioses e linguagens. Esse propósito requer que o estudante
ticas e relação com a atividade física e o exercício físico: obesidade, tenha condições tanto para alcançar um nível maior de teorização
hipertensão, atividade física/exercício físico e prática esportiva em e análise crítica, quanto para o exercício contínuo de práticas dis-
níveis e condições adequados; e estratégias de intervenção para cursivas utilizando diferentes linguagens. Requer ainda oportuni-
promoção da atividade física e do exercício físico na comunidade dades para vivências cada vez mais articuladas às práticas da vida
escolar, tendo como objetivo a aquisição de hábitos saudáveis re- acadêmica, profissional, pública, cultural e pessoal, bem como para
lacionados à prática de atividade física. Debatendo questões po- articulação de conhecimentos, planejamento de ações, auto-orga-
lêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e nização e negociação em relação a metas, com oportunidades para
opiniões, deve-se formular, negociar e sustentar posições frente à a criação e para lidar com imprevisibilidades.
análise de perspectivas distintas. Já quanto ao organizador curricular de Língua Inglesa, no Ensi-
O componente LÍNGUA INGLESA, na etapa do Ensino Médio, no Médio, de forma semelhante aos demais componentes da área,
está em conformidade com as orientações e aprendizagens essen- está estruturado nas competências e habilidades específicas da área
ciais definidas na BNCC desta etapa. de Linguagens e suas Tecnologias, e nos cinco campos de atuação
A língua inglesa integra o conjunto de componentes da área social, materializados nas práticas de linguagem e seus respectivos
de Linguagens e suas Tecnologias e é estudo obrigatório no Ensi- objetos de conhecimento que contribuem para o desenvolvimento
no Médio, conforme a LDB nº 9394/1996, Art. 35-A, § 4º, alterada dessas habilidades.
pela Lei 13415/2017. O componente está centrado na ampliação da A configuração curricular de Língua Inglesa, estruturada nos
autonomia, do protagonismo e da autoria nas práticas de lingua- cinco campos de atuação, permite o envolvimento de conhecimen-
gem multissemióticas; na reflexão e no posicionamento crítico em tos e habilidades mais contextualizados e complexos, consentindo
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romper barreiras disciplinares e favorecendo o desenvolvimento de Práticas de linguagem com os gêneros textuais de acordo com
propostas transdisciplinares e interdisciplinares, até mesmo entre os diferentes campos de atuação ou esferas sociais em que o estu-
diferentes áreas do conhecimento. Essa forma de organização favo- dante está incluído, bem como o trabalho centrado na contextuali-
rece também a flexibilização curricular tanto em relação às apren- zação de forma articulada quanto ao uso da língua em seu sentido
dizagens propostas na BNCC, já que escolhas são possíveis à medida social, devem ser priorizadas.
que contemplem os diferentes campos de atuação social, quanto Seguindo os avanços da contemporaneidade e a popularização
em relação às articulações da BNCC com os itinerários formativos. das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs), esta-
Tais campos de atuação estão inter-relacionados; dessa forma, as mos vivenciando novas propostas de ensino e aprendizagem e no-
práticas de estudos têm maior impacto na vida pessoal. vos conceitos de letramento. Com isso, o componente tem enfoque
A contextualização das práticas de linguagem nos diversos na presença de textos multimodais e em sua variedade de lingua-
campos de atuação permite explorar a multiplicidade de usos da gens e discursos, considerando, segundo Rojo, “que os letramentos
língua inglesa na cultura digital, nas culturas juvenis e em estudos e múltiplos, ou multiletramentos, abrangem leitura crítica, análise
pesquisas, além de promover a ampliação das perspectivas do es- e produção de textos multissemióticos em enfoque multicultural”
tudante em relação à sua vida pessoal e profissional, favorecendo a (ROJO, 2013, p. 8).
aproximação e integração com grupos multilíngues e multiculturais É nessa concepção de trabalhar a interação entre áreas e com-
no mundo (BRASIL, 2018). ponentes que o vasto conjunto de linguagens e textos contempo-
Com a contextualização das práticas de linguagem em diferen- râneos dimensiona os conceitos de letramento, multiplica-se em
tes campos de atuação, há a expansão de repertórios linguísticos, benefício das semioses visuais, verbais e sonoras e redefine novos
multissemióticos e culturais do estudante, além do desenvolvimen- gêneros midiatizados. Essas concepções apontam peculiaridades
to de consciência e reflexão crítica do uso da língua inglesa na socie- significativas atribuídas ao multiletramento, conforme discutido
dade contemporânea e globalizada. por Rojo (2013):
Nas diferentes situações de aprendizagem, o estudante, utili- A adição do prefixo ‘multi’ ao termo letramento não é uma
zando a língua, pode posicionar-se, lidar com conflitos de opinião, questão restrita à multiplicidade de práticas de leitura e escrita que
reconhecer o caráter fluido da língua, perceber marcas identitárias marcam a contemporaneidade: as práticas de letramento contem-
de seus usuários, ampliar suas vivências com novas formas de per- porâneas envolvem, por um lado, a multiplicidade de linguagens,
ceber o mundo, além de semioses e mídias envolvidas na criação de significação para os
[...] aprofundar a compreensão, explorar novas perspectivas de textos multimodais contemporâneos e, por outro, a pluralidade e
pesquisa e de obtenção de informações, potencializar sua capaci- diversidade cultural trazida pelos autores/leitores contemporâneos
dade discursiva e reflexiva em diferentes áreas do conhecimento a essa criação e significação.(ROJO, 2013, p. 14)
(BRASIL, 2018, p. 485). As Práticas de Leitura e Escrita permitem a ampliação do reper-
A forma de organização por campos de atuação social permi- tório do estudante, garantindo o acesso à leitura e produção dos
te, ainda, explorar a presença da multiplicidade de usos da língua chamados textos multissemióticos, ou seja, textos que extrapolam
inglesa em diferentes culturas artísticas, digitais e impressas, nas a ideia da escrita, incorporando elementos de diversas mídias e lin-
culturas juvenis e nos estudos, contribuindo para a inserção do es- guagens e que estão presentes em todos os componentes, não se
tudante no mundo, conforme concorda Santaella (2013), ao pon- limitando ao trabalho exclusivo em Língua Portuguesa e/ou Língua
tuar que Inglesa.
Ser cidadão nessa sociedade hipercomplexa, que potencializa As Práticas de Oralidade enquadram-se na concepção de tex-
a hipersociabilidade, significa tornar-se capaz de distinguir entre tos multissemióticos, considerando a variada gama de construções
diferentes linguagens e mídias, suas naturezas comunicativas espe- possíveis, desde podcasts, textos teatrais, debates, jogos argumen-
cíficas, suas injunções político-sociais e, a partir disso, ter condições tativos, vídeos e produções nos quais a voz do aluno seja respeita-
para desenvolver a capacidade de levantar perguntas acerca de da, de forma protagonista e reflexiva.
tudo que lemos, vemos e escutamos (SANTAELLA, 2013, p.7). A aprendizagem e o desenvolvimento devem acontecer em
Vê-se, portanto, que o processo de ensino-aprendizagem da esferas sociais a partir de situações públicas formais comunicati-
língua inglesa, por meio de habilidades e competências, propor- vas, nas quais a língua pode ser utilizada tanto na escrita quanto
ciona condições para o estudante desenvolver a capacidade de se na oralidade, ou seja, o estudante deve ser competente na fluência
relacionar, compreender e influenciar contextos variados por meio das duas práticas (escrita e oral). (MARCUSCHI, 2001). Koch (1997)
da língua, seja ela falada ou escrita. observa que [...] existem textos escritos que se situam, no contínuo,
O componente curricular LÍNGUA PORTUGUESA deve ser mais próximos da fala conversacional (bilhete, carta familiar, textos
oferecido nos três anos do Ensino Médio, de acordo com a Lei nº de humor), ao passo que existem textos falados que mais se apro-
13.415/2017. As habilidades desse componente são apresentadas ximam do polo da escrita formal (conferências, entrevistas profis-
juntamente com as da área, dentro do quadro organizador cur- sionais para altos cargos administrativos, dentre outros), existindo,
ricular proposto a seguir. Não há indicação de seriação, pois isso ainda, tipos mistos, além de muitos outros intermediários.(KOCH,
permite orientar possíveis progressões na definição das propostas 1997, p. 32)
pedagógicas a serem desenvolvidas. As práticas de oralidade, dessa forma, fornecem ao estudante
As habilidades específicas para o componente Língua Portuguesa ferramentas para que conheça e domine a sua língua dentro ou fora
oferecem possibilidade de diálogo com as demais disciplinas, permitin- da escola em situações diversas, de forma consciente e por meio de
do uma integração efetiva com os demais componentes da área. um trabalho consistente e gradual.
Algumas práticas de linguagem, desenvolvidas em Língua Por- As Práticas de Análise Linguística trazem algumas especificida-
tuguesa dialogam diretamente com todos os componentes, am- des, como distinguir traços distintivos e significativos dos textos e,
pliando a construção dessa integração. embora mais específicos para Língua Portuguesa, ampliam-se para
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os demais componentes quando se trabalha o funcionamento do idioma. Língua Inglesa, Arte e Educação Física propõem a compreensão
dos usos da língua em suas especificidades dentro dos objetos de conhecimento específicos para as habilidades da área. Segundo a BNCC:
Considerando que uma semiose é um sistema de signos em sua organização própria, é importante que os jovens, ao explorarem as
possibilidades expressivas das diversas linguagens, possam realizar reflexões que envolvam o exercício de análise de elementos discur-
sivos, composicionais e formais de enunciados nas diferentes semioses visuais (imagens estáticas e em movimento), sonoras (música,
ruídos, sonoridades), verbais (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita) e corporais (gestuais, cênicas, dança). Afinal, muito por efeito
das novas tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDIC), os textos e discursos atuais organizam-se de maneira híbrida e
multissemiótica, incorporando diferentes sistemas de signos em sua constituição. (BRASIL, 2019, p.486)
Para orientar uma abordagem integrada dessas linguagens, propõe-se que o estudante possa vivenciar experiências significativas
relacionadas à área em diferentes mídias (impressa, digital, analógica), situadas em campos de atuação social diversos, vinculados com o
enriquecimento cultural próprio, as práticas cidadãs, o trabalho e a continuidade dos estudos.
Do ponto de vista das práticas contemporâneas de linguagem, ganham mais destaque, no Ensino Médio, a cultura digital, as culturas
juvenis, os novos letramentos e os multiletramentos, os processos colaborativos, as interações e atividades que têm lugar nas mídias e
redes sociais, os processos de circulação de informações e a hibridização dos papéis nesse contexto (de leitor/autor e produtor/consumi-
dor), já exploradas no Ensino Fundamental. Fenômenos como a pós-verdade e o efeito bolha, em função do impacto que produzem na
fidedignidade do conteúdo disponibilizado nas redes, nas interações sociais e no trato com a diversidade, também são ressaltados.
Para além de continuar a promover o desenvolvimento de habilidades relativas ao trato com a informação e a opinião, no que diz
respeito à veracidade e confiabilidade de informações, à adequação, validade e força dos argumentos, à articulação entre as semioses para
a produção de sentidos etc., é preciso intensificar o desenvolvimento de habilidades que possibilitem o trato com o diverso e o debate de
ideias. Tal desenvolvimento deve ser pautado pelo respeito, pela ética e pela rejeição aos discursos de ódio.
Trata-se de ampliar as possibilidades de participação dos jovens nas práticas relativas ao trato com a informação e opinião, as quais
estão no centro da esfera jornalística/midiática. Para além de consolidar habilidades envolvidas na escuta, leitura e escrita de textos que
circulam no campo, o que se pretende é propiciar experiências que mantenham os jovens interessados pelos fatos que acontecem na sua
comunidade, na sua cidade e no mundo e que afetam as vidas das pessoas no cotidiano. Pretende-se que os jovens incorporem em suas
vidas a prática de escuta, leitura e produção de textos pertencentes a gêneros da esfera jornalística em diferentes fontes, veículos e mídias,
e desenvolvam autonomia e pensamento crítico para se situar em relação a interesses e posicionamentos diversos. Também estão em
jogo a produção de textos noticiosos e opinativos e a participação em discussões e debates de forma ética e respeitosa. Esse movimento
repercutirá em todos os campos de atuação de forma ampla.
Em relação à literatura, a leitura do texto literário, que ocupa o centro do trabalho no Ensino Fundamental, deve permanecer nuclear
também no Ensino Médio. É preciso evitar simplificações didáticas, como biografias de autores, características de épocas, resumos e ou-
tros gêneros artísticos substitutivos, como o cinema e as histórias em quadrinhos, que relegam o texto literário a um plano secundário do
ensino. Assim, é importante não só (re)colocá-lo como ponto de partida para o trabalho com a literatura, como intensificar seu convívio
com o estudante.
No Ensino Médio, devem ser introduzidas para fruição e conhecimento, ao lado da literatura africana, afro-brasileira, indígena e da
literatura contemporânea, obras da tradição literária brasileira e de língua portuguesa, de um modo mais sistematizado, em que sejam
aprofundadas as relações com os períodos históricos, artísticos e culturais. Essa tradição, em geral, é constituída por textos clássicos, que
se perfilaram como canônicos – obras que, em sua trajetória até a recepção contemporânea, mantiveram-se reiteradamente legitimadas
como elemento expressivo de suas épocas.
Nesse sentido, a tradição literária tem importância não só por sua condição de patrimônio, mas também por possibilitar a apreensão
do imaginário e das formas de sensibilidade de uma determinada época, de suas formas poéticas e das formas de organização social e
cultural do Brasil, sendo ainda hoje capaz de tocar os leitores nas emoções e nos valores.
Além disso, tais obras proporcionam o contato com uma linguagem que amplia o repertório linguístico dos jovens e oportuniza novas
potencialidades e experimentações de uso da língua, no contato com as ambiguidades da linguagem e seus múltiplos arranjos.
O contato com literaturas não canônicas também deve ser privilegiado, assegurando ao aluno a possibilidade do desenvolvimento de
um olhar crítico sobre as obras produzidas, seus contextos de produção e de circulação, valorizando as diversas possibilidades de olhar/
refletir sobre o mundo.
O organizador curricular a seguir, traz as competências específicas da área de Linguagens e suas Tecnologias, com suas respectivas ha-
bilidades, campos de atuação social e objetos de conhecimento (para cada componente), a serem desenvolvidos nesta etapa da Educação
Básica. Junto às habilidades da área (identificadas com as letras LGG) estão as habilidades específicas do componente Língua Portuguesa
(identificadas com as letras LP), nos códigos alfanuméricos que as identificam.

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Organizador curricular da área de Linguagens e suas Tecnologias

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CAMPOS DE ATUAÇÃO OBJETOS DE CONHECIMENTO


SOCIAL
1. Compreender o (EM13LGG101) Compreender e analisar TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
funcionamento das processos de produção e circulação de ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
diferentes linguagens discursos, nas diferentes linguagens, para Patrimônio Cultural. Processos
e práticas culturais fazer escolhas fundamentadas em função de Criação. Saberes Estéticos e
(artísticas, corporais de interesses pessoais e coletivos. Culturais. Educação Física Ginástica
e verbais) e mobilizar (ginástica de condicionamento
esses conhecimentos e conscientização corporal).
na recepção e Esporte (técnico-combinatório,
produção de discursos marca e precisão, invasão,
nos diferentes campos combate, campo e taco, rede/
de atuação social e parede, paralímpico). Práticas
nas diversas mídias, Corporais de Aventura; Danças; e
para ampliar as Lutas. Língua Portuguesa/ Língua
formas de participação Inglesa Apreciação (avaliação
social, o entendimento de aspectos éticos, estéticos e
e as possibilidades políticos em textos e produções
de explicação e artísticas e culturais etc.). Réplica
interpretação (posicionamento responsável em
crítica da realidade relação a temas, visões de mundo
e para continuar e ideologias veiculados por textos e
aprendendo. atos de linguagem). Planejamento,
produção e edição de textos orais,
escritos e multissemióticos.
(EM13LGG102) Analisar visões de mundo, TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
conflitos de interesse, preconceitos ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
e ideologias presentes nos discursos Patrimônio Cultural. Processos
veiculados nas diferentes mídias, de Criação. Saberes Estéticos e
ampliando suas possibilidades de Culturais. Educação Física Corpo
explicação, interpretação e intervenção Movimento e Saúde. Esporte
crítica da/na realidade. (técnico-combinatório, marca e
precisão, invasão, combate, campo
e taco, rede/parede, paralímpico).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Análise e compreensão dos
discursos produzidos por sujeitos e
instituições em diferentes gêneros
e campos de atuação. Apreciação
(avaliação de aspectos éticos,
estéticos e políticos em textos e
produções artísticas e culturais
etc.). Réplica (posicionamento
responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos
de linguagem. Planejamento,
produção e edição de textos orais,
escritos e multissemióticos.

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(EM13LGG103) Analisar o funcionamento TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.


das linguagens, para interpretar e ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
produzir criticamente discursos em textos Patrimônio Cultural. Processos
de diversas semioses (visuais, verbais, de Criação. Saberes Estéticos
sonoras, gestuais). e Culturais. Educação Física
Esporte (técnico-combinatório);
Danças (danças urbanas); Corpo,
Movimento e Saúde (capacidade
física e padrões de beleza). Língua
Portuguesa/ Língua Inglesa Análise
e produção de discursos nas
diversas linguagens e contextos.
(EM13LGG104) Utilizar as diferentes TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
linguagens, levando em conta seus ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
funcionamentos, para a compreensão e Patrimônio Cultural. Processos
produção de textos e discursos em diversos de Criação. Saberes Estéticos e
campos de atuação social. Culturais. Educação Física Práticas
Corporais de Aventura; Ginástica;
Esporte; Brincadeiras e Jogos
(eletrônicos e cooperativos).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG105) Analisar e experimentar TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
diversos processos de remidiação de ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação
produções multissemióticas, multimídia Cultural. Patrimônio Cultural.
e transmídia, desenvolvendo diferentes Processos de Criação. Saberes
modos de participação e intervenção Estéticos e Culturais. Educação
social. Física Brincadeiras e Jogos (jogos
eletrônicos). Língua Portuguesa/
Língua Inglesa Planejamento,
produção e edição de textos
orais, escritos e multissemióticos.
Aspectos do gênero e do contexto
de produção e circulação de textos.
(EM13LP02A) Estabelecer relações entre TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Planejamento,
as partes do texto, tanto na produção ATUAÇÃO SOCIAL produção e edição de textos
como na leitura/escuta, considerando orais, escritos e multissemióticos.
a construção composicional e o estilo Relações entre as partes do
do gênero. (EM13LP02B) Reconhecer texto. Estilística. Produção de
adequadamente elementos e recursos textos multissemióticos. Coesão
coesivos diversos que contribuam. para e coerência. Operadores lógico
a coerência, a continuidade do texto e discursivos.
sua progressão temática, organizando
informações, tendo em vista as condições
de produção. (EM13LP02C) Reconhecer
em um texto as relações lógico-discursivas
envolvidas (causa/efeito ou consequência;
tese/argumentos; problema/solução;
definição/exemplos etc.).

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(EM13LP03) Analisar relações de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Reconstrução


intertextualidade e interdiscursividade ATUAÇÃO SOCIAL das condições de produção,
que permitam a explicitação de circulação e recepção de textos.
relações dialógicas, a identificação de Dialogia e relações entre
posicionamentos ou de perspectivas, a textos: intertextualidade e
compreensão de paráfrases, paródias e interdiscursividade. Procedimentos
estilizações, entre outras possibilidades. de produção de paráfrase, paródia
e estilizações.
(EM13LP04) Estabelecer relações de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Reconstrução
interdiscursividade e intertextualidade para ATUAÇÃO SOCIAL das condições de produção,
explicitar, sustentar e conferir consistência circulação e recepção de textos.
a posicionamentos e para construir e Dialogia e relações entre
corroborar explicações e relatos, fazendo textos: intertextualidade e
uso de citações e paráfrases devidamente interdiscursividade. Procedimentos
marcadas. de produção de citações e
paráfrases.
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Contexto de
decorrentes de usos expressivos da ATUAÇÃO SOCIAL produção, circulação e recepção
linguagem, da escolha de determinadas de textos. Emprego de recursos
palavras ou expressões e da ordenação, linguísticos e multissemióticos.
combinação e contraposição de Efeitos de sentido.
palavras, dentre outros, para ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e
de uso crítico da língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Contexto de
diferentes gêneros, marcas que expressam ATUAÇÃO SOCIAL produção, circulação e recepção
a posição do enunciador frente àquilo de textos. Modalização. Efeitos
que é dito: uso de diferentes modalidades de sentido. Apreciação (avaliação
(epistêmica, deôntica e apreciativa) e de aspectos éticos, estéticos e
de diferentes recursos gramaticais que políticos em textos e produções
operam como modalizadores (verbos artísticas e culturais etc.). Réplica
modais, tempos e modos verbais, (posicionamento responsável em
expressões modais, adjetivos, locuções ou relação a temas, visões de mundo
orações adjetivas, advérbios, locuções ou e ideologias veiculados por textos
orações adverbiais, entonação etc.), uso e atos de linguagem). Marcas
de estratégias de impessoalização (uso linguísticas que expressam posição
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), de enunciação considerando o
com vistas ao incremento da compreensão contexto de produção.
e da criticidade e ao manejo adequado
desses elementos nos textos produzidos,
considerando os contextos de produção.
(EM13LP08) Analisar elementos e TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Contexto de
aspectos da sintaxe do português, como ATUAÇÃO SOCIAL produção, circulação e recepção de
a ordem dos constituintes da sentença textos. Estilo. Morfossintaxe. Efeitos
(e os efeitos que causam sua inversão), de sentido.
a estrutura dos sintagmas, as categorias
sintáticas, os processos de coordenação e
subordinação (e os efeitos de seus usos) e
a sintaxe de concordância e de regência,
de modo a potencializar os processos de
compreensão e produção de textos e a
possibilitar escolhas adequadas à situação
comunicativa.

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(EM13LP12) Selecionar informações, TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Curadoria de


dados e argumentos em fontes confiáveis, ATUAÇÃO SOCIAL informação. Seleção de informação,
impressas e digitais, e utilizá-los de dados e argumentação em fontes
forma referenciada, para que o texto confiáveis impressas e digitais para
a ser produzido tenha um nível de produção textual fundamentada
aprofundamento adequado (para além do para além do senso comum.
senso comum) e contemple a sustentação Procedimentos de estudo (grifar,
das posições defendidas. anotar, resumir). Gêneros de
apoio à compreensão (sínteses,
resumos, esquemas). Textualização
e retextualização.
(EM13LP13) Analisar, a partir de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Efeitos de
referências contextuais, estéticas e ATUAÇÃO SOCIAL sentido a partir de análise
culturais, efeitos de sentido decorrentes de semiótica. Reconstrução das
escolhas de elementos sonoros (volume, condições de produção, circulação
timbre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos e recepção de textos. Efeitos de
sonoros, sincronização etc.) e de suas sentido provocados pelo uso de
relações com o verbal, levando-os em recursos sonoros (volume, timbre,
conta na produção de áudios, para ampliar intensidade, pausas, ritmo, efeitos
as possibilidades de construção de sentidos sonoros, sincronização etc.). Efeitos
e de apreciação. de sentido provocados pelo uso de
recursos sonoros em combinação
com recursos linguísticos e/ou
multissemióticos
(EM13LP14) Analisar, a partir de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Análise do
referências contextuais, estéticas e ATUAÇÃO SOCIAL contexto de produção, circulação
culturais, efeitos de sentido decorrentes e recepção de textos e de atos de
de escolhas e composição das imagens linguagem diversos, em especial, da
(enquadramento, ângulo/vetor, foco/ cultura audiovisual. Uso de recursos
profundidade de campo, iluminação, cor, linguísticos e multissemióticos e
linhas, formas etc.) e de sua sequenciação efeitos de sentido.
(disposição e transição, movimentos
de câmera, remix, entre outros), das
performances (movimentos do corpo,
gestos, ocupação do espaço cênico), dos
elementos sonoros (entonação, trilha
sonora, sampleamento etc.) e das relações
desses elementos com o verbal, levando
em conta esses efeitos nas produções
de imagens e vídeos, para ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e
de apreciação

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(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Consideração do


editar, reescrever e avaliar textos escritos ATUAÇÃO SOCIAL contexto de produção, circulação
e multissemióticos, considerando sua e recepção de textos escritos e
adequação às condições de produção do multissemióticos. Planejamento
texto, no que diz respeito ao lugar social a e produção de textos escritos e
ser assumido e à imagem que se pretende multissemióticos. Uso de recursos
passar a respeito de si mesmo, ao leitor linguísticos e multissemióticos
pretendido, ao veículo e mídia em que o com efeitos de sentido. Variedades
texto ou produção cultural vai circular, ao linguísticas. Morfossintaxe.
contexto imediato e sócio-histórico mais
geral, ao gênero textual em questão e
suas regularidades, à variedade linguística
apropriada a esse contexto e ao uso do
conhecimento dos aspectos notacionais
(ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e
verbal, regência verbal etc.), sempre que o
contexto o exigir.
(EM13LP16) Produzir e analisar textos TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Reconstrução
orais, considerando sua adequação ATUAÇÃO SOCIAL e consideração do contexto de
aos contextos de produção, à forma produção, circulação e recepção
composicional e ao estilo do gênero em de textos orais e multissemióticos.
questão, à clareza, à progressão temática Planejamento e produção de textos
e à variedade linguística empregada, como orais e multissemióticos. Usos
também aos elementos relacionados à expressivos de recursos linguísticos,
fala (modulação de voz, entonação, ritmo, paralinguísticos e cinésicos. Usos
altura e intensidade, respiração etc.) e à de variedades linguísticas
cinestesia (postura corporal, movimentos e
gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia etc.).
(EM13LP21) Produzir, de forma CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Consideração do
colaborativa, e socializar playlists PESSOAL contexto de produção, circulação e
comentadas de preferências culturais e recepção de playlists. Planejamento
de entretenimento, revistas culturais, e produção de playlists. Usos
fanzines, e-zines ou publicações afins expressivos de recursos linguísticos
que divulguem, comentem e avaliem e paralinguísticos. Uso de softwares
músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, de edição de som.
livros, peças, exposições, espetáculos
de dança etc., de forma a compartilhar
gostos, identificar afinidades, fomentar
comunidades etc
(EM13LP23) Analisar criticamente CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Reconstrução
o histórico e o discurso político de VIDA PÚBLICA das condições de produção,
candidatos, propagandas políticas, políticas circulação e recepção de textos do
públicas, programas e propostas de campo da vida pública. Apreciação
governo, de forma a participar do debate (avaliação de aspectos éticos,
político e tomar decisões conscientes e estéticos e políticos em textos e
fundamentadas. produções artísticas e culturais
etc.). Réplica (posicionamento
responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem). Relação entre textos e
discursos da esfera política. Debate.

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(EM13LP24) Analisar formas não CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Reconstrução


institucionalizadas de participação VIDA PÚBLICA das condições de produção,
social, sobretudo as vinculadas a circulação e recepção de textos e
manifestações artísticas, produções atos de linguagem, em práticas de
culturais, intervenções urbanas e formas participação social e das culturas
de expressão típica das culturas juvenis juvenis. Apreciação (avaliação
que pretendam expor uma problemática de aspectos éticos, estéticos e
ou promover uma reflexão/ação, políticos em textos e produções
posicionando-se em relação a essas artísticas e culturais etc.). Réplica
produções e manifestações. (posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos
e atos de linguagem). Usos de
recursos expressivos de diferentes
linguagens.
(EM13LP25) Participar de reuniões na CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Discussão de
escola (conselho de escola e de classe, VIDA PÚBLICA temas controversos de interesse
grêmio livre etc.), agremiações, coletivos e/ou relevância social. Práticas
ou movimentos, entre outros, em debates, de oralidade: escuta atenta,
assembleias, fóruns de discussão etc., turno e tempo de fala. Tomada
exercitando a escuta atenta, respeitando de nota. Réplica (posicionamento
seu turno e tempo de fala, posicionando- responsável em relação a temas,
se de forma fundamentada, respeitosa e visões de mundo e ideologias
ética diante da apresentação de propostas veiculados por textos e atos de
e defesas de opiniões, usando estratégias linguagem). Participação em
linguísticas típicas de negociação e de debates, assembleias e fóruns
apoio e/ou de consideração do discurso de discussão. Seleção e uso
do outro (como solicitar esclarecimento, de argumentos para defesa de
detalhamento, fazer referência direta ou opiniões.
retomar a fala do outro, parafraseando-a
para endossá-la, enfatizá-la, complementá-
la ou enfraquecê-la), considerando
propostas alternativas e reformulando seu
posicionamento, quando for o caso, com
vistas ao entendimento e ao bem comum
(EM13LP26A) Relacionar textos e CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Contexto de
documentos legais e normativos de VIDA PÚBLICA produção, circulação e recepção
âmbito universal, nacional, local ou escolar de textos legais e normativos.
que envolvam a definição de direitos Regularidades de gêneros de
e deveres – em especial, os voltados a textos legais e normativos. Réplica
adolescentes e jovens – aos seus contextos (posicionamento responsável em
de produção. (EM13LP26B) Identificar relação a temas, visões de mundo
possíveis motivações e finalidades, como e ideologias veiculados por textos
forma de ampliar a compreensão de e atos de linguagem). Identificação
direitos e deveres em textos e documentos e inferência de motivações e/
legais e normativos que envolvam as ou finalidades para ampliação da
definições de direitos e deveres – em compreensão de textos normativos
especial, os voltados a adolescentes e e documentos legais.
jovens. (EM13LP26C) Inferir motivações
e finalidades, como forma de ampliar a
compreensão de direitos e deveres em
textos e documentos legais e normativos
que envolvam as definições de direitos
e deveres – em especial, os voltados a
adolescentes e jovens.

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(EM13LP31) Compreender criticamente CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Contexto de


textos de divulgação científica orais, DE ESTUDO E PESQUISA produção, circulação e recepção
escritos e multissemióticos de diferentes de textos de divulgação científica.
áreas do conhecimento, identificando sua Regularidades dos gêneros da
organização tópica e a hierarquização das divulgação científica. Organização
informações, identificando e descartando tópico-discursiva. Curadoria.
fontes não confiáveis e problematizando Estratégias e procedimentos de
enfoques tendenciosos ou superficiais leitura de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LP38) Analisar os diferentes graus CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de
de parcialidade/imparcialidade (no limite, MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
a não neutralidade) em textos noticiosos, de textos do campo jornalístico-
comparando relatos de diferentes fontes e midiático. Curadoria. Parcialidade
analisando o recorte feito de fatos/dados e imparcialidade em textos
e os efeitos de sentido provocados pelas noticiosos. Comparação de textos
escolhas realizadas pelo autor do texto, noticiosos sobre um mesmo fato,
de forma a manter uma atitude crítica em diferentes fontes. Apreciação
diante dos textos jornalísticos e tornar- (avaliação de aspectos éticos,
se consciente das escolhas feitas como estéticos e políticos em textos e
produtor. produções artísticas e culturais
etc.). Réplica (posicionamento
responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem). Recursos linguísticos
e multissemióticos e efeitos
de sentido. Relação entre
textos e discursos do campo
jornalísticomidiático
(EM13LP44A) Analisar formas CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de
contemporâneas de publicidade em MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
contexto digital (advergame, anúncios de textos publicitários. Análise
em vídeos, social advertising, unboxing, de textos de gêneros discursivos
narrativa mercadológica, entre outras), contemporâneos de campanhas
e peças de campanhas publicitárias e publicitárias e políticas. Apreciação
políticas (cartazes, folhetos, anúncios, (avaliação de aspectos éticos,
propagandas em diferentes mídias, spots, estéticos e políticos em textos e
jingles etc.). (EM13LP44B) Identificar produções artísticas e culturais
valores e representações de situações, etc.). Réplica (posicionamento
grupos e configurações sociais veiculadas, responsável em relação a temas,
desconstruindo estereótipos, destacando visões de mundo e ideologias
estratégias de engajamento e viralização. veiculados por textos e atos de
(EM13LP44C) Explicar os mecanismos linguagem). Recursos linguísticos
de persuasão utilizados e os efeitos de e multissemióticos e efeitos de
sentido provocados pelas escolhas feitas sentido. Mecanismos de persuasão
em termos de elementos e recursos e argumentação.
linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros,
gestuais e espaciais, entre outros.

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(EM13LP45) Analisar, discutir, produzir CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Consideração do


e socializar, tendo em vista temas e MIDIÁTICO contexto de produção, circulação
acontecimentos de interesse local e recepção de textos do campo
ou global, notícias, fotodenúncias, jornalístico-midiático. Relação
fotorreportagens, reportagens entre os gêneros em circulação
multimidiáticas, documentários, no campo jornalísticomidiático,
infográficos, podcasts noticiosos, artigos de mídias e práticas da cultura digital.
opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, Usos de recursos linguísticos e
textos de apresentação e apreciação de multissemióticos e seus efeitos
produções culturais (resenhas, ensaios de sentido. Produção de textos
etc.) e outros gêneros próprios das formas do campo jornalístico-midiático:
de expressão das culturas juvenis (vlogs processo. Uso de diferentes
e podcasts culturais, gameplay etc.), mídias. Relação com o contexto
em várias mídias, vivenciando de forma de produção e experimentação de
significativa o papel de repórter, analista, papéis sociais.
crítico, editorialista ou articulista, leitor,
vlogueiro e booktuber, entre outros.
(EM13LP48) Identificar assimilações, CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Reconstrução
rupturas e permanências no processo LITERÁRIO das condições de produção,
de constituição da literatura brasileira e circulação e recepção de textos
ao longo de sua trajetória, por meio da da literatura brasileira e ocidental.
leitura e análise de obras fundamentais do Reconstrução da textualidade
cânone ocidental, em especial da literatura e compreensão dos efeitos de
portuguesa, para perceber a historicidade sentido provocados por recursos
de matrizes e procedimentos estéticos. literários. Relações entre
textos literários, com foco em
assimilações e rupturas quanto a
temas e procedimentos estéticos.
Compreensão em leitura e análise
das obras fundamentais do cânone
ocidental. Literatura portuguesa.
(EM13LP49) Perceber as peculiaridades CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Repertórios
estruturais e estilísticas de diferentes LITERÁRIO de leitura: textos artístico-
gêneros literários (a apreensão pessoal literários de diferentes gêneros.
do cotidiano nas crônicas, a manifestação Gêneros artístico-literários:
livre e subjetiva do eu lírico diante do regularidades. Reconstrução das
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva condições de produção, circulação
da vida humana e social dos romances, e recepção de textos artístico-
a dimensão política e social de textos da literários. Apreciação (avaliação
literatura marginal e da periferia etc.) para de aspectos éticos, estéticos e
experimentar os diferentes ângulos de políticos em textos e produções
apreensão do indivíduo e do mundo pela artísticas e culturais etc.). Réplica
literatura. (posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Reconstrução
da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentido provocados
pelo uso de recursos linguísticos e
multissemióticos.

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(EM13LP52) Analisar obras significativas CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Repertórios


das literaturas brasileiras e de outros LITERÁRIO de leitura: literatura brasileira,
países e povos, em especial a portuguesa, portuguesa, indígena, africana e
a indígena, a africana e a latino-americana, latino-americana. Reconstrução das
com base em ferramentas da crítica condições de produção, circulação
literária (estrutura da composição, estilo, e recepção de textos artístico-
aspectos discursivos) ou outros critérios literários. Apreciação (avaliação
relacionados a diferentes matrizes de aspectos éticos, estéticos e
culturais, considerando o contexto de políticos em textos e produções
produção (visões de mundo, diálogos com artísticas e culturais etc.). Réplica
outros textos, inserções em movimentos (posicionamento responsável em
estéticos e culturais etc.) e o modo como relação a temas, visões de mundo
dialogam com o presente e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Reconstrução
da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentido provocados
pelo uso de recursos linguísticos e
multissemióticos. Relações entre
textos e discursos.
(EM13LP53) Produzir apresentações e CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Repertórios
comentários apreciativos e críticos sobre LITERÁRIO de leitura e de apreciação.
livros, filmes, discos, canções, espetáculos Reconstrução das condições
de teatro e dança, exposições etc. de produção, circulação e
(resenhas, vlogs e podcasts literários e recepção. Apreciação (avaliação
artísticos, playlists comentadas, fanzines, de aspectos éticos, estéticos e
e-zines etc.). políticos em textos e produções
artísticas e culturais etc.). Réplica
(posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Reconstrução
da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentido provocados
pelo uso de recursos linguísticos e
multissemióticos. Relações entre
textos e discursos. Produção de
textos em gêneros próprios para
a apreciação, especialmente
para circulação na cultura digital
(resenhas, vlogs e podcasts
literários e artísticos, playlists
comentadas, fanzines, e-zines etc.).
(EM13LP54) Criar obras autorais, em CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Apreciação
diferentes gêneros e mídias – mediante LITERÁRIO (avaliação de aspectos éticos,
seleção e apropriação de recursos estéticos e políticos em textos e
textuais e expressivos do repertório produções artísticas e culturais
artístico –, e/ou produções derivadas etc.). Réplica (posicionamento
(paródias, estilizações, fanfics, fanclipes responsável em relação a temas,
etc.), como forma de dialogar crítica e/ou visões de mundo e ideologias
subjetivamente com o texto literário. veiculados por textos e atos de
linguagem). Produção de textos em
gêneros próprios para a apreciação,
especialmente para circulação
na cultura digital (paródias,
estilizações, fanfics, fanclipes etc.).

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2. Compreender os (EM13LGG201) Utilizar as diversas TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.


processos identitários, linguagens (artísticas, corporais e verbais) ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
conflitos e relações de em diferentes contextos, valorizando-as Patrimônio Cultural. Processos
poder que permeiam como fenômeno social, cultural, histórico, de Criação. Saberes Estéticos e
as práticas sociais variável, heterogêneo e sensível aos Culturais. Educação Física Danças;
de linguagem, contextos de uso. Esporte (técnico combinatório).
respeitando as Língua Portuguesa/Língua Inglesa
diversidades e a Planejamento, produção e
pluralidade de ideias edição de textos orais, escritos e
e posições, e atuar multissemióticos.
socialmente com
base em princípios e
valores assentados
na democracia, na
igualdade e nos
Direitos Humanos,
exercitando o
autoconhecimento, a
empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos
e a cooperação,
e combatendo
preconceitos de
qualquer natureza.
(EM13LGG202) Analisar interesses, TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
relações de poder e perspectivas de ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
mundo nos discursos das diversas práticas Patrimônio Cultural. Processos
de linguagem (artísticas, corporais e de Criação. Saberes Estéticos
verbais), compreendendo criticamente o e Culturais. Educação Física
modo como circulam, constituem-se e (re) Práticas Corporais de Aventura.
produzem significação e ideologias. Esporte (invasão, combate).
Lutas Língua Portuguesa/Língua
Inglesa Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
processos de disputa por legitimidade nas ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação
práticas de linguagem e em suas produções Cultural. Patrimônio Cultural.
(artísticas, corporais e verbais). Processos de Criação. Saberes
Estéticos e Culturais. Educação
Física Danças; Lutas; Esporte
(técnico combinatório, combate).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG204) Dialogar e produzir TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
entendimento mútuo, nas diversas ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
linguagens (artísticas, corporais e verbais), Patrimônio Cultural. Processos
com vistas ao interesse comum pautado de Criação. Saberes Estéticos e
em princípios e valores de equidade Culturais. Educação Física Lutas,
assentados na democracia e nos Direitos Danças Língua Portuguesa/Língua
Humanos. Inglesa Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.

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(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Práticas de


produção como na leitura/escuta, com ATUAÇÃO SOCIAL oralidade: escuta atenta, turno
suas condições de produção e seu contexto e tempo de fala. Tomada de
sócio-histórico de circulação (leitor/ nota. Apreciação (avaliação
audiência previstos, objetivos, pontos de de aspectos éticos, estéticos e
vista e perspectivas, papel social do autor, políticos em textos e produções
época, gênero do discurso etc.), de forma artísticas e culturais etc.). Réplica
a ampliar as possibilidades de construção (posicionamento responsável em
de sentidos e de análise crítica e produzir relação a temas, visões de mundo
textos adequados a diferentes situações. e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Planejamento,
produção e edição de textos
orais, escritos e multissemióticos.
Relação do texto com o contexto
de produção e experimentação dos
papéis sociais. Efeitos de sentido.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Práticas de
interesses, práticas culturais, temas/ PESSOAL oralidade: escuta atenta, turno
problemas/questões que despertam maior e tempo de fala. Tomada de
interesse ou preocupação, respeitando nota. Apreciação (avaliação
e valorizando diferenças, como forma de de aspectos éticos, estéticos e
identificar afinidades e interesses comuns, políticos em textos e produções
como também de organizar e/ou participar artísticas e culturais etc.). Réplica
de grupos, clubes, oficinas e afins. (posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Planejamento,
produção e edição de textos
orais, escritos e multissemióticos.
Relação do texto com o contexto
de produção e experimentação dos
papéis sociais. Efeitos de sentido.
(EM13LP25) Participar de reuniões na CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Discussão de
escola (conselho de escola e de classe, PESSOAL temas controversos de interesse
grêmio livre etc.), agremiações, coletivos e/ou relevância social. Práticas
ou movimentos, entre outros, em debates, de oralidade: escuta atenta,
assembleias, fóruns de discussão etc., turno e tempo de fala. Tomada
exercitando a escuta atenta, respeitando de nota. Réplica (posicionamento
seu turno e tempo de fala, posicionando- responsável em relação a temas,
se de forma fundamentada, respeitosa e visões de mundo e ideologias
ética diante da apresentação de propostas veiculados por textos e atos de
e defesas de opiniões, usando estratégias linguagem). Participação em
linguísticas típicas de negociação e de debates, assembleias e fóruns
apoio e/ou de consideração do discurso de discussão. Seleção e uso
do outro (como solicitar esclarecimento, de argumentos para defesa de
detalhamento, fazer referência direta ou opiniões.
retomar a fala do outro, parafraseando-a
para endossá-la, enfatizá-la, complementá-
la ou enfraquecê-la), considerando
propostas alternativas e reformulando seu
posicionamento, quando for caso, com
vistas ao entendimento e ao bem comum.

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(EM13LP29) Resumir e resenhar textos, CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Contexto de
por meio do uso de paráfrases, de marcas DE ESTUDO E PESQUISA produção, circulação e recepção
do discurso reportado e de citações, para de textos de divulgação científica.
uso em textos de divulgação de estudos e Regularidades dos gêneros da
pesquisas. divulgação científica. Organização
tópico-discursiva. Estratégias
e procedimentos de escrita de
paráfrases e citações.
(EM13LP36) Analisar os interesses CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de
que movem o campo jornalístico, os MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
impactos das novas tecnologias digitais de textos do campo jornalístico-
de informação e comunicação e da Web midiático. Curadoria de informação
2.0 no campo e as condições que fazem em fontes confiáveis. Réplica
da informação uma mercadoria e da (posicionamento responsável em
checagem de informação uma prática (e relação a temas, visões de mundo
um serviço) essencial, adotando atitude e ideologias veiculados por textos e
analítica e crítica diante dos textos atos de linguagem).
jornalísticos.
(EM13LP37A) Conhecer e analisar CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de
diferentes projetos editoriais – MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
institucionais, privados, públicos, de textos do campo jornalístico-
financiados, independentes etc. –, de midiático. Curadoria de informação
forma a ampliar o repertório de escolhas em fontes confiáveis. Réplica
possíveis de fontes de informação e (posicionamento responsável em
opinião. (EM13LP37B) Reconhecer o relação a temas, visões de mundo
papel da mídia plural para a consolidação e ideologias veiculados por textos e
da democracia em projetos editoriais atos de linguagem). Reconstrução
– institucionais, privados, públicos, do contexto de produção,
financiados, independentes etc. circulação e recepção de textos,
mídias e práticas da cultura digital.
(EM13LP38) Analisar os diferentes graus CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de
de parcialidade/imparcialidade (no limite, MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
a não neutralidade) em textos noticiosos, de textos do campo jornalístico-
comparando relatos de diferentes fontes e midiático. Curadoria. Parcialidade
analisando o recorte feito de fatos/dados e imparcialidade em textos
e os efeitos de sentido provocados pelas noticiosos. Comparação de textos
escolhas realizadas pelo autor do texto, noticiosos sobre um mesmo fato,
de forma a manter uma atitude crítica em diferentes fontes. Apreciação
diante dos textos jornalísticos e tornar- (avaliação de aspectos éticos,
se consciente das escolhas feitas como estéticos e políticos em textos e
produtor. produções artísticas e culturais
etc.).
(EM13LP40) Analisar o fenômeno da CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto
pós-verdade – discutindo as condições MIDIÁTICO de produção, circulação e
e os mecanismos de disseminação de recepção de textos do campo
fake news e também exemplos, causas jornalístico-midiático. Parcialidade
e consequências desse fenômeno e da e imparcialidade em textos
prevalência de crenças e opiniões sobre noticiosos. Comparação de textos
fatos –, de forma a adotar atitude crítica noticiosos sobre um mesmo fato,
em relação ao fenômeno e desenvolver em diferentes fontes. Curadoria
uma postura flexível que permita rever em fontes confiáveis. Combate à
crenças e opiniões quando fatos apurados disseminação de fake news. Réplica
as contradisserem. (posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem).

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(EM13LP42) Acompanhar, analisar e CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Contexto de


discutir a cobertura da mídia diante de MIDIÁTICO produção, circulação e recepção
acontecimentos e questões de relevância de textos do campo jornalístico-
social, local e global, comparando midiático. Curadoria de informação.
diferentes enfoques e perspectivas, por Caracterização do campo
meio do uso de ferramentas de curadoria jornalístico e relação entre os
(como agregadores de conteúdo) e da gêneros em circulação, mídias e
consulta a serviços e fontes de checagem práticas da cultura digital. Réplica
e curadoria de informação, de forma a (posicionamento responsável em
aprofundar o entendimento sobre um relação a temas, visões de mundo
determinado fato ou questão, identificar o e ideologias veiculados por textos e
enfoque preponderante da mídia e manter- atos de linguagem). Comparação de
se implicado, de forma crítica, com os fatos textos noticiosos sobre um mesmo
e as questões que afetam a coletividade. fato, em diferentes fontes.
(EM13LP52) Analisar obras significativas CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Repertórios
das literaturas brasileiras e de outros LITERÁRIO de leitura: literatura brasileira,
países e povos, em especial a portuguesa, portuguesa, indígena, africana e
a indígena, a africana e a latino-americana, latino-americana. Reconstrução das
com base em ferramentas da crítica condições de produção, circulação
literária (estrutura da composição, estilo, e recepção de textos artístico-
aspectos discursivos) ou outros critérios literários. Apreciação (avaliação
relacionados a diferentes matrizes de aspectos éticos, estéticos e
culturais, considerando o contexto de políticos em textos e produções
produção (visões de mundo, diálogos com artísticas e culturais etc.). Réplica
outros textos, inserções em movimentos (posicionamento responsável em
estéticos e culturais etc.) e o modo como relação a temas, visões de mundo
dialogam com o presente e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Reconstrução
da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentido provocados
pelo uso de recursos linguísticos e
multissemióticos. Relações entre
textos e discursos.
3. Utilizar diferentes (EM13LGG301) Participar de processos TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
linguagens (artísticas, de produção individual e colaborativa em ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação
corporais e verbais) diferentes linguagens (artísticas, corporais Cultural. Patrimônio Cultural.
para exercer, e verbais), levando em conta suas formas Processos de Criação. Saberes
com autonomia e seus funcionamentos, para produzir Estéticos e Culturais. Educação
e colaboração, sentidos em diferentes contextos. Física Danças. Ginástica (ginástica
protagonismo e laboral). Língua Portuguesa/Língua
autoria na vida Inglesa Planejamento, produção e
pessoal e coletiva, de edição de textos orais, escritos e
forma crítica, criativa, multissemióticos.
ética e solidária,
defendendo pontos de
vista que respeitem
o outro e promovam
os Direitos Humanos,
a consciência
socioambiental e o
consumo responsável,
em âmbito local,
regional e global.

Editora
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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

(EM13LGG302) Posicionar-se criticamente TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.


diante de diversas visões de mundo ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
presentes nos discursos em diferentes Patrimônio Cultural. Processos
linguagens, levando em conta seus de Criação. Saberes Estéticos
contextos de produção e de circulação e Culturais. Educação Física
Esporte (invasão e combate);
Corpo, Movimento e Saúde;
Lutas. Língua Portuguesa/Língua
Inglesa Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG303) Debater questões TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
polêmicas de relevância social, analisando ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
diferentes argumentos e opiniões, para Patrimônio Cultural. Processos
formular, negociar e sustentar posições, de Criação. Saberes Estéticos e
frente à análise de perspectivas distintas. Culturais. Educação Física Corpo,
Movimento e Saúde (exercício
físico e substâncias proibidas).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG304) Formular propostas, TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
intervir e tomar decisões que levem ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
em conta o bem comum e os Direitos Patrimônio Cultural. Processos
Humanos, a consciência socioambiental e de Criação. Saberes Estéticos e
o consumo responsável em âmbito local, Culturais. Educação Física Práticas
regional e global. Corporais de Aventura, Brincadeiras
e Jogos (cooperativos); Tchoukball.
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LGG305) Mapear e criar, por meio TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
de práticas de linguagem, possibilidades de ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
atuação social, política, artística e cultural Patrimônio Cultural. Processos
para enfrentar desafios contemporâneos, de Criação. Saberes Estéticos
discutindo princípios e objetivos dessa e Culturais. Educação Física
atuação de maneira crítica, criativa, Brincadeiras e Jogos (espaços
solidária e ética. de lazer); Práticas Corporais de
Aventura; Esporte (paralímpico).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento, produção e
edição de textos orais, escritos e
multissemióticos
(EM13LP05) Analisar, em textos TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Estratégias
argumentativos, os posicionamentos ATUAÇÃO SOCIAL de leitura. Movimentos
assumidos, os movimentos argumentativos: tese e
argumentativos (sustentação, refutação/ argumentação; fato e opinião.
contraargumentação e negociação) e os Contexto de produção,
argumentos utilizados para sustentálos, circulação e recepção de
para avaliar sua força e eficácia, e textos. Emprego de recursos
posicionar-se criticamente diante da linguísticos e multissemióticos.
questão discutida e/ou dos argumentos Planejamento e produção de textos
utilizados, recorrendo aos mecanismos argumentativos.
linguísticos necessários.

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178
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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Consideração do


editar, reescrever e avaliar textos escritos ATUAÇÃO SOCIAL contexto de produção, circulação
e multissemióticos, considerando sua e recepção de textos escritos e
adequação às condições de produção do multissemióticos. Planejamento
texto, no que diz respeito ao lugar social a e produção de textos escritos e
ser assumido e à imagem que se pretende multissemióticos. Uso de recursos
passar a respeito de si mesmo, ao leitor linguísticos e multissemióticos
pretendido, ao veículo e mídia em que o com efeitos de sentido. Variedades
texto ou produção cultural vai circular, ao linguísticas. Morfossintaxe.
contexto imediato e sócio-histórico mais
geral, ao gênero textual em questão e
suas regularidades, à variedade linguística
apropriada a esse contexto e ao uso do
conhecimento dos aspectos notacionais
(ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e
verbal, regência verbal etc.), sempre que o
contexto o exigir.
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Consideração do
produção de vídeos variados (vlog, ATUAÇÃO SOCIAL contexto de produção, circulação
videoclipe, videominuto, documentário e recepção de textos escritos e
etc.), apresentações teatrais, narrativas multissemióticos. Planejamento
multimídia e transmídia, podcasts, e produção de textos escritos e
playlists comentadas etc., para ampliar as multissemióticos. Uso de recursos
possibilidades de produção de sentidos e linguísticos e multissemióticos com
engajar-se em práticas autorais e coletivas. efeitos de sentido.
(EM13LP19) Apresentar-se por meio CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Réplica
de textos multimodais diversos (perfis PESSOAL (posicionamento responsável em
variados, gifs biográficos, biodata, currículo relação a temas, visões de mundo
web, videocurrículo etc.) e de ferramentas e ideologias veiculados por textos e
digitais (ferramenta de gif, wiki, site etc.), atos de linguagem). Planejamento
para falar de si mesmo de formas variadas, e produção de textos escritos e
considerando diferentes situações e multissemióticos.
objetivos.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Apreciação
interesses, práticas culturais, temas/ PESSOAL (avaliação de aspectos éticos,
problemas/questões que despertam maior estéticos e políticos em textos e
interesse ou preocupação, respeitando produções artísticas e culturais
e valorizando diferenças, como forma de etc.). Réplica (posicionamento
identificar afinidades e interesses comuns, responsável em relação a temas,
como também de organizar e/ou participar visões de mundo e ideologias
de grupos, clubes, oficinas e afins veiculados por textos e atos
de linguagem). Planejamento,
produção e edição de textos
orais, escritos e multissemióticos.
Relação do texto com o contexto
de produção e experimentação
dos papéis sociais. Participação em
grupos, clubes, oficinas e afins.

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(EM13LP22) Construir e/ou atualizar, de CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa Apreciação


forma colaborativa, registros dinâmicos PESSOAL (avaliação de aspectos éticos,
(mapas, wiki etc.) de profissões e estéticos e políticos em textos e
ocupações de seu interesse (áreas de produções artísticas e culturais
atuação, dados sobre formação, fazeres, etc.). Réplica (posicionamento
produções, depoimentos de profissionais responsável em relação a temas,
etc.) que possibilitem vislumbrar trajetórias visões de mundo e ideologias
pessoais e profissionais. veiculados por textos e atos
de linguagem). Planejamento,
produção e edição de textos
orais, escritos e multissemióticos.
Comparação de textos noticiosos
sobre um mesmo fato, em
diferentes fontes. Curadoria em
fontes confiáveis
(EM13LP25) Participar de reuniões na CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Discussão de
escola (conselho de escola e de classe, VIDA PÚBLICA temas controversos de interesse
grêmio livre etc.), agremiações, coletivos e/ou de relevância social. Práticas
ou movimentos, entre outros, em debates, de oralidade: escuta atenta,
assembleias, fóruns de discussão etc., turno e tempo de fala. Tomada
exercitando a escuta atenta, respeitando de nota. Réplica (posicionamento
seu turno e tempo de fala, posicionando- responsável em relação a temas,
se de forma fundamentada, respeitosa e visões de mundo e ideologias
ética diante da apresentação de propostas veiculados por textos e atos de
e defesas de opiniões, usando estratégias linguagem). Participação em
linguísticas típicas de negociação e de debates, assembleias e fóruns
apoio e/ou de consideração do discurso de discussão. Seleção e uso
do outro (como solicitar esclarecimento, de argumentos para defesa de
detalhamento, fazer referência direta ou opiniões.
retomar a fala do outro, parafraseando-a
para endossá-la, enfatizá-la, complementá-
la ou enfraquecê-la), considerando
propostas alternativas e reformulando seu
posicionamento, quando for o caso, com
vistas ao entendimento e ao bem comum.
(EM13LP27) Engajar-se na busca de CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa Apreciação
solução para problemas que envolvam a VIDA PÚBLICA (avaliação de aspectos éticos,
coletividade, denunciando o desrespeito estéticos e políticos em textos e
a direitos, organizando e/ou participando produções artísticas e culturais
de discussões, campanhas e debates, etc.). Réplica (posicionamento
produzindo textos reivindicatórios, responsável em relação a temas,
normativos, entre outras possibilidades, visões de mundo e ideologias
como forma de fomentar os princípios veiculados por textos e atos
democráticos e uma atuação pautada de linguagem). Planejamento,
pela ética da responsabilidade, pelo produção e edição de textos
consumo consciente e pela consciência orais, escritos e multissemióticos.
socioambiental Participação em discussões orais de
temas controversos de interesse da
turma e/ou de relevância social.
(EM13LP28) Organizar situações de estudo CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Curadoria da
e utilizar procedimentos e estratégias DE ESTUDO E PESQUISA informação. Tomada de notas.
de leitura adequados aos objetivos e à Organização de estudos. Estratégias
natureza do conhecimento em questão. de leitura

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(EM13LP29) Resumir e resenhar textos, CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Contexto de
por meio do uso de paráfrases, de marcas DE ESTUDO E PESQUISA produção, circulação e recepção
do discurso reportado e de citações, para de textos de divulgação científica.
uso em textos de divulgação de estudos e Regularidades dos gêneros da
pesquisas. divulgação científica. Organização
tópico-discursiva. Estratégias
e procedimentos de escrita de
paráfrases e citações.
(EM13LP33) Selecionar, elaborar e CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Curadoria de
utilizar instrumentos de coleta de dados DE ESTUDO E PESQUISA informação: seleção, utilização e
e informações (questionários, enquetes, elaboração de instrumentos de
mapeamentos, opinários) e de tratamento coleta de dados e informações.
e análise dos conteúdos obtidos, que Análise dos dados coletados.
atendam adequadamente a diferentes Planejamento, produção e
objetivos de pesquisa. edição de textos orais, escritos e
multissemióticos a partir dos dados
coletados.
(EM13LP34) Produzir textos para a CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa Contexto de
divulgação do conhecimento e de DE ESTUDO E PESQUISA produção, circulação e recepção
resultados de levantamentos e pesquisas de textos da divulgação científica.
– texto monográfico, ensaio, artigo Regularidades dos gêneros da
de divulgação científica, verbete de divulgação científica. Organização
enciclopédia (colaborativa ou não), tópico-discursiva. Curadoria.
infográfico (estático ou animado), relato Curadoria de informação.
de experimento, relatório, relatório Planejamento, produção e
multimidiático de campo, reportagem edição de textos orais, escritos e
científica, podcast ou vlog científico, multissemióticos. Participação em
apresentações orais, seminários, apresentações orais, seminários,
comunicações em mesas redondas, mapas comunicações em mesas redondas,
dinâmicos etc. –, considerando o contexto mapas dinâmicos etc.
de produção e utilizando os conhecimentos
sobre os gêneros de divulgação científica,
de forma a engajar-se em processos
significativos de socialização e divulgação
do conhecimento.
(EM13LP45) Analisar, discutir, produzir CAMPO JORNALÍSTICO- Língua Portuguesa Consideração do
e socializar, tendo em vista temas e MIDIÁTICO contexto de produção, circulação
acontecimentos de interesse local e recepção de textos do campo
ou global, notícias, foto denúncias, jornalístico-midiático. Relação
fotorreportagens, reportagens entre os gêneros em circulação
multimidiáticas, documentários, no campo jornalísticomidiático,
infográficos, podcasts noticiosos, artigos de mídias e práticas da cultura digital.
opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, Usos de recursos linguísticos e
textos de apresentação e apreciação de multissemióticos e seus efeitos
produções culturais (resenhas, ensaios de sentido. Produção de textos
etc.) e outros gêneros próprios das formas do campo jornalístico-midiático:
de expressão das culturas juvenis (vlogs processo. Uso de diferentes
e podcasts culturais, gameplay etc.), mídias. Relação com o contexto
em várias mídias, vivenciando de forma de produção e experimentação de
significativa o papel de repórter, analista, papéis sociais.
crítico, editorialista ou articulista, leitor,
vlogueiro e booktuber, entre outros

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181
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(EM13LP47) Participar de eventos (saraus, CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Apreciação


competições orais, audições, mostras, LITERÁRIO (avaliação de aspectos éticos,
festivais, feiras culturais e literárias, rodas estéticos e políticos em textos e
e clubes de leitura, cooperativas culturais, produções artísticas e culturais
jograis, repentes, slams etc.), inclusive etc.). Réplica (posicionamento
para socializar obras da própria autoria responsável em relação a temas,
(poemas, contos e suas variedades, visões de mundo e ideologias
roteiros e microrroteiros, videominutos, veiculados por textos e atos
playlists comentadas de música etc.) e/ou de linguagem). Planejamento,
interpretar obras de outros, inserindo-se produção e edição de textos
nas diferentes práticas culturais de seu orais, escritos e multissemióticos.
tempo Organização e participação em
eventos culturais
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Apreciação
artísticoliterário contemporâneo à LITERÁRIO (avaliação de aspectos éticos,
disposição segundo suas predileções, de estéticos e políticos em textos e
modo a constituir um acervo pessoal e dele produções artísticas e culturais
se apropriar para se inserir e intervir com etc.). Réplica (posicionamento
autonomia e criticidade no meio cultural. responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos
de linguagem). Curadoria de
repertório artístico-literário.
(EM13LP53) Produzir apresentações e CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Repertórios
comentários apreciativos e críticos sobre LITERÁRIO de leitura e de apreciação.
livros, filmes, discos, canções, espetáculos Reconstrução das condições
de teatro e dança, exposições etc. de produção, circulação e
(resenhas, vlogs e podcasts literários e recepção. Apreciação (avaliação
artísticos, playlists comentadas, fanzines, de aspectos éticos, estéticos e
e-zines etc.). políticos em textos e produções
artísticas e culturais etc.). Réplica
(posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Reconstrução
da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentidos provocados
pelos usos de recursos linguísticos
e multissemióticos. Relações entre
textos e discursos.
(EM13LP54) Criar obras autorais, em CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa Apreciação
diferentes gêneros e mídias – mediante LITERÁRIO (avaliação de aspectos éticos,
seleção e apropriação de recursos estéticos e políticos em textos e
textuais e expressivos do repertório produções artísticas e culturais
artístico –, e/ou produções derivadas etc.). Réplica (posicionamento
(paródias, estilizações, fanfics, fanclipes responsável em relação a temas,
etc.), como forma de dialogar crítica e/ou visões de mundo e ideologias
subjetivamente com o texto literário. veiculados por textos e atos de
linguagem). Produção de textos em
gêneros próprios para a apreciação,
especialmente para circulação
na cultura digital (paródias,
estilizações, fanfics, fanclipes etc.).

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4. Compreender (EM13LGG401) Analisar criticamente TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.


as línguas como textos de modo a compreender e ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
fenômeno (geo) caracterizar as línguas como fenômeno Patrimônio Cultural. Processos
político, histórico, (geo)político, histórico, social, cultural, de Criação. Saberes Estéticos e
cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos Culturais. Língua Portuguesa/
variável, heterogêneo e contextos de uso. Língua Inglesa Compreensão geral e
sensível aos contextos específica de textos (orais, escritos,
de uso, reconhecendo multissemióticos); relação entre
suas variedades e textos e contextos de produção.
vivenciando-as como
formas de expressões
identitárias, pessoais
e coletivas, bem
como agindo no
enfrentamento de
preconceitos de
qualquer natureza.
(EM13LGG402) Empregar, nas interações TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
sociais, a variedade e o estilo de língua ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
adequados à situação comunicativa, ao(s) Patrimônio Cultural. Processos
interlocutor(es) e ao gênero do discurso, de Criação. Saberes Estéticos e
respeitando os usos das línguas por Culturais. Língua Portuguesa/
esse(s)interlocutor(es) e sem preconceito Língua Inglesa Variação linguística;
linguístico preconceito linguístico.
(EM13LGG403) Fazer uso do inglês como TODOS OS CAMPOS DE Arte Elementos da Linguagem.
língua de comunicação global, levando em ATUAÇÃO SOCIAL Materialidades. Mediação Cultural.
conta a multiplicidade e variedade de usos, Patrimônio Cultural. Processos
usuários e funções dessa língua no mundo de Criação. Saberes Estéticos e
contemporâneo. Culturais. Educação Física Esportes
e lutas no mundo. Linguagens dos
sinais na arbitragem (universal).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Leitura e compreensão de textos
escritos e multissemióticos;
produção de textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LP09) Comparar o tratamento TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Estratégias de
dado pela gramática tradicional e pelas ATUAÇÃO SOCIAL leitura. Abordagens da variação
gramáticas de uso contemporâneas em linguística e análise dos usos da
relação a diferentes tópicos gramaticais, norma padrão.
de forma a perceber as diferenças de
abordagem e o fenômeno da variação
linguística e analisar motivações que levam
ao predomínio do ensino da norma-padrão
na escola.

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183
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(EM13LP10) Analisar o fenômeno da TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Análise dos


variação linguística, em seus diferentes ATUAÇÃO SOCIAL diferentes níveis e dimensões
níveis (variações fonético-fonológica, lexical, da variação linguística. Combate
sintática, semântica e estilísticopragmática) ao preconceito linguístico.
e em suas diferentes dimensões (regional, Morfossintaxe. Usos da norma-
histórica, social, situacional, ocupacional, padrão.
etária etc.), de forma a ampliar a
compreensão sobre a natureza viva e
dinâmica da língua e sobre o fenômeno da
constituição de variedades linguísticas de
prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar
o respeito às variedades linguísticas e o
combate a preconceitos linguísticos
(EM13LP16) Produzir e analisar textos TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa Reconstrução
orais, considerando sua adequação ATUAÇÃO SOCIAL e consideração do contexto de
aos contextos de produção, à forma produção, circulação e recepção
composicional e ao estilo do gênero em de textos orais e multissemióticos.
questão, à clareza, à progressão temática Planejamento e produção de textos
e à variedade linguística empregada, como orais e multissemióticos. Usos
também aos elementos relacionados à expressivos de recursos linguísticos,
fala (modulação de voz, entonação, ritmo, paralinguísticos e cinésicos. Usos de
altura e intensidade, respiração etc.) e à variedades linguísticas.
cinestesia (postura corporal, movimentos e
gestualidade significativa, expressão facial,
contato de olho com plateia etc.).
5. Compreender (EM13LGG501) Selecionar e utilizar TODOS OS CAMPOS DE Arte
os processos de movimentos corporais de forma consciente ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
produção e negociação e intencional para interagir socialmente em Materialidades.
de sentidos nas práticas corporais, de modo a estabelecer Mediação Cultural.
práticas corporais, relações construtivas, empáticas, éticas e Patrimônio Cultural.
reconhecendo-as de respeito às diferenças. Processos de Criação.
e vivenciando-as Saberes Estéticos e Culturais.
como formas de
expressão de valores Educação Física
e identidades, em Corpo, Movimento e Saúde
uma perspectiva (atividade física ou exercício físico
democrática e de X qualidade de vida); Esporte;
respeito à diversidade. Danças; Lutas; Ginástica.

Língua Portuguesa/Língua Inglesa


Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos.
(EM13LGG502) Analisar criticamente TODOS OS CAMPOS DE Arte
preconceitos, estereótipos e relações de ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
poder presentes nas práticas corporais, Materialidades.
adotando posicionamento contrário a Mediação Cultural.
qualquer manifestação de injustiça e Patrimônio Cultural.
desrespeito a direitos humanos e valores Processos de Criação.
democráticos. Saberes Estéticos e Culturais.

Educação Física
Corpo, Movimento e Saúde
(estereótipos e padrões de beleza);
Esporte; Danças; Lutas; Ginástica.

Língua Portuguesa/Língua Inglesa


Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos.
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6. Apreciar (EM13LGG601) Apropriar-se do patrimônio TODOS OS CAMPOS DE Arte


esteticamente as mais artístico de diferentes tempos e lugares, ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
diversas produções compreendendo a sua diversidade, bem Materialidades.
artísticas e culturais, como os processos de legitimação das Mediação Cultural.
considerando suas manifestações artísticas na sociedade, Patrimônio Cultural.
características locais, desenvolvendo visão crítica e histórica. Processos de Criação.
regionais e globais, Saberes Estéticos e Culturais.
e mobilizar seus
conhecimentos Educação Física
sobre as linguagens Esporte; Dança e Lutas (práticas do
artísticas para dar Brasil e do mundo).
significado e (re)
construir produções Língua Portuguesa/Língua Inglesa
autorais individuais e Apreciação (avaliação de aspectos
coletivas, exercendo éticos, estéticos e políticos em
protagonismo de textos e produções artísticas e
maneira crítica e culturais etc.).
criativa, com respeito à Réplica (posicionamento
diversidade de saberes, responsável em relação a temas,
dentidades e culturas visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem).
Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos.
(EM13LGG602) Fruir e apreciar TODOS OS CAMPOS DE Arte
esteticamente diversas manifestações ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
artísticas e culturais, das locais às mundiais, Materialidades.
assim como delas participar, de modo a Mediação Cultural.
aguçar continuamente a sensibilidade, a Patrimônio Cultural.
imaginação e a criatividade. Processos de Criação.
Saberes Estéticos e Culturais.

Educação Física
Esporte; Dança e Lutas (práticas do
Brasil e do mundo).

Língua Portuguesa/Língua Inglesa


Apreciação (avaliação de aspectos
éticos, estéticos e políticos em
textos e produções artísticas e
culturais etc.).
Réplica (posicionamento
responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem).

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a solução para o seu concurso!
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(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em TODOS OS CAMPOS DE Arte


processos de criação autorais individuais ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
e coletivos nas diferentes linguagens Materialidades.
artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, Mediação Cultural.
música e teatro) e nas intersecções entre Patrimônio Cultural.
elas, recorrendo a referências estéticas Processos de Criação.
e culturais, conhecimentos de naturezas Saberes Estéticos e Culturais.
diversas (artísticos, históricos, sociais e Educação Física
políticos) e experiências individuais e Dança.
coletivas. Esporte (técnico-combinatório).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos.
(EM13LGG604) Relacionar as práticas TODOS OS CAMPOS DE Arte
artísticas às diferentes dimensões da ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
vida social, cultural, política e econômica Materialidades.
e identificar o processo de construção Mediação Cultural.
histórica dessas práticas Patrimônio Cultural.
Processos de Criação.
Saberes Estéticos e Culturais.
Educação Física
Ginástica; Esporte (técnico-
combinatório, marca e precisão,
invasão, combate, campo e taco,
rede/parede, paralímpico).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Estratégias de leitura, produção de
textos orais, escritos e
multissemióticos.
(EM13LP21) Produzir, de forma CAMPO DA VIDA Língua Portuguesa
colaborativa, e socializar playlists PESSOAL Consideração do contexto de
comentadas de preferências culturais e produção, circulação e recepção de
de entretenimento, revistas culturais, playlists.
fanzines, e-zines ou publicações afins Planejamento e produção de
que divulguem, comentem e avaliem playlists.
músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, Usos expressivos de recursos
livros, peças, exposições, espetáculos linguísticos e paralinguísticos.
de dança etc., de forma a compartilhar Uso de softwares de edição de som.
gostos, identificar afinidades, fomentar
comunidades etc.
(EM13LP46) Compartilhar sentidos CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa
construídos na leitura/escuta de textos LITERÁRIO Apreciação (avaliação de aspectos
literários, percebendo diferenças e éticos, estéticos e políticos em
eventuais tensões entre as formas pessoais textos e produções artísticas e
e as coletivas de apreensão desses textos, culturais etc.).
para exercitar o diálogo cultural e aguçar a Réplica (posicionamento
perspectiva crítica. responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem).
Efeitos de sentido apreendidos em
textos literários.
Desenvolvimento da perspectiva
crítica

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186
a solução para o seu concurso!
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(EM13LP47) Participar de eventos (saraus, CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa


competições orais, audições, mostras, LITERÁRIO Apreciação (avaliação de
festivais, feiras culturais e literárias, rodas aspectos éticos, estéticos e
e clubes de leitura, cooperativas culturais, políticos em textos e produções
jograis, repentes, slams etc.), inclusive artísticas e culturais etc.). Réplica
para socializar obras da própria autoria (posicionamento responsável em
(poemas, contos e suas variedades, relação a temas, visões de mundo
roteiros e microrroteiros, videominutos, e ideologias veiculados por textos e
playlists comentadas de música etc.) e/ou atos de linguagem). Planejamento,
interpretar obras de outros, inserindo-se produção e edição de textos
nas diferentes práticas culturais de seu orais, escritos e multissemióticos.
tempo. Organização e participação em
eventos culturais.
(EM13LP48) Identificar assimilações, CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa
rupturas e permanências no processo LITERÁRIO Reconstrução das condições de
de constituição da literatura brasileira e produção, circulação e recepção
ao longo de sua trajetória, por meio da de textos da literatura brasileira
leitura e análise de obras fundamentais do e ocidental. Reconstrução da
cânone ocidental, em especial da literatura textualidade e compreensão dos
portuguesa, para perceber a historicidade efeitos de sentido provocados por
de matrizes e procedimentos estéticos. recursos literários. Relações entre
textos literários, com foco em
assimilações e rupturas quanto a
temas e procedimentos estéticos.
Compreensão em leitura e análise
das obras fundamentais do cânone
ocidental. Literatura portuguesa.
(EM13LP49) Perceber as peculiaridades CAMPO ARTÍSTICO- Língua Portuguesa
estruturais e estilísticas de diferentes LITERÁRIO Repertórios de leitura: textos
gêneros literários (a apreensão pessoal artístico-literários de diferentes
do cotidiano nas crônicas, a manifestação gêneros. Gêneros artístico-
livre e subjetiva do eu lírico diante do literários: regularidades.
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva Reconstrução das condições de
da vida humana e social dos romances, produção, circulação e recepção
a dimensão política e social de textos da de textos artístico-literários.
literatura marginal e da periferia etc.) para Apreciação (avaliação de aspectos
experimentar os diferentes ângulos de éticos, estéticos e políticos em
apreensão do indivíduo e do mundo pela textos e produções artísticas e
literatura culturais etc.)
(EM13LP50) Analisar relações intertextuais TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa
e interdiscursivas entre obras de diferentes ATUAÇÃO SOCIAL Apreciação (avaliação de aspectos
autores e gêneros literários de um mesmo éticos, estéticos e políticos em
momento histórico e de momentos textos e produções artísticas e
históricos diversos, explorando os modos culturais etc.).
como a literatura e as artes em geral se Réplica (posicionamento
constituem, dialogam e se retroalimentam. responsável em relação a temas,
visões de mundo e ideologias
veiculados por textos e atos de
linguagem).
Reconstrução das condições de
produção, circulação e recepção de
textos.
Dialogia e relações entre textos:
intertextualidade e
interdiscursividade.

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7. Mobilizar práticas de (EM13LGG701) Explorar tecnologias TODOS OS CAMPOS DE Arte


linguagem no universo digitais da informação e comunicação ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
digital, considerando (TDIC), compreendendo seus princípios Materialidades.
as dimensões técnicas, e funcionalidades, e utilizá-las de modo Mediação Cultural.
críticas, criativas, ético, criativo, responsável e adequado Patrimônio Cultural.
éticas e estéticas, para a práticas de linguagem em diferentes Processos de Criação.
expandir as formas de contextos. Saberes Estéticos e Culturais.
produzir sentidos, de
engajar-se em práticas Educação Física
autorais e coletivas, Brincadeiras e Jogos (jogos
e de aprender a eletrônicos).
aprender nos campos
da ciência, cultura, Língua Portuguesa/Língua Inglesa
trabalho, informação e Produção de textos
vida pessoal e coletiva. multissemióticos.
(EM13LGG702) Avaliar o impacto das TODOS OS CAMPOS DE Arte
tecnologias digitais da informação e ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
comunicação (TDIC) na formação do sujeito Materialidades.
e em suas práticas sociais, para fazer uso Mediação Cultural.
crítico dessa mídia em práticas de seleção, Patrimônio Cultural.
compreensão e produção de discursos em Processos de Criação.
ambiente digital. Saberes Estéticos e Culturais.
Educação Física
Ginástica (ginástica de
condicionamento e exercício físico);
Esporte (técnico-combinatório).
Língua Portuguesa/Língua Inglesa
Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes TODOS OS CAMPOS DE Arte
linguagens, mídias e ferramentas digitais ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
em processos de produção coletiva, Materialidades.
colaborativa e projetos autorais em Mediação Cultural.
ambientes digitais. Patrimônio Cultural.
Processos de Criação.
Saberes Estéticos e Culturais.

Educação Física
Dança, Esporte (técnico-
combinatório, marca precisão e
invasão, combate, campo e taco,
rede/parede, paralímpico).

Língua Portuguesa/Língua Inglesa


Planejamento e produção de textos
escritos e multissemióticos

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(EM13LGG704) Apropriar-se criticamente TODOS OS CAMPOS DE Arte


de processos de pesquisa e busca de ATUAÇÃO SOCIAL Elementos da Linguagem.
informação, por meio de ferramentas e dos Materialidades.
novos formatos de produção e distribuição Mediação Cultural.
do conhecimento na cultura de rede. Patrimônio Cultural.
Processos de Criação.
Saberes Estéticos e Culturais.

Educação Física
Corpo, Movimento e Saúde
(investigação científica).

Língua Portuguesa/Língua Inglesa


Curadoria de informação.
(EM13LP11) Fazer curadoria de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa
informação, tendo em vista diferentes ATUAÇÃO SOCIAL Curadoria de informação.
propósitos e projetos discursivos. Procedimentos de estudo (grifar,
anotar, resumir).
Gêneros de apoio à compreensão
(sínteses, resumos, esquemas)
(EM13LP12) Selecionar informações, TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa
dados e argumentos em fontes confiáveis, ATUAÇÃO SOCIAL Curadoria de informação.
impressas e digitais, e utilizá-los de Seleção de informação, dados e
forma referenciada, para que o texto argumentação em fontes confiáveis
a ser produzido tenha um nível de impressas e digitais para produção
aprofundamento adequado (para além do textual fundamentada para além do
senso comum) e contemple a sustentação senso comum.
das posições defendidas Procedimentos de estudo (grifar,
anotar, resumir).
Gêneros de apoio à compreensão
(sínteses, resumos, esquemas).
Textualização e retextualização.
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa
produção de vídeos variados (vlog, ATUAÇÃO SOCIAL Consideração do contexto de
videoclipe, videominuto, documentário produção, circulação e recepção de
etc.), apresentações teatrais, narrativas textos escritos e multissemióticos.
multimídia e transmídia, podcasts, Planejamento e produção de textos
playlists comentadas etc., para ampliar as escritos e multissemióticos.
possibilidades de produção de sentidos e Uso de recursos linguísticos e
engajar-se em práticas autorais e coletivas. multissemióticos com efeitos de
sentido.
(EM13LP18) Utilizar softwares de TODOS OS CAMPOS DE Língua Portuguesa
edição de textos, fotos, vídeos e áudio, ATUAÇÃO SOCIAL Produção oral e escrita, pelo uso
além de ferramentas e ambientes de recursos multissemióticos, de
colaborativos para criar textos e produções forma individual e coletiva.
multissemióticas com finalidades Desenvolvimento de projetos.
diversas, explorando os recursos e Uso de softwares de edição.
efeitos disponíveis e apropriando-se
de práticas colaborativas de escrita, de
construção coletiva do conhecimento e de
desenvolvimento de projetos.

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(EM13LP23) Analisar criticamente CAMPO DE ATUAÇÃO NA Língua Portuguesa


o histórico e o discurso político de VIDA PÚBLICA Reconstrução das condições de
candidatos, propagandas políticas, políticas produção, circulação e recepção
públicas, programas e propostas de de textos do campo da vida
governo, de forma a participar do debate pública. Apreciação (avaliação
político e tomar decisões conscientes e de aspectos éticos, estéticos e
fundamentadas. políticos em textos e produções
artísticas e culturais etc.). Réplica
(posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem). Relação entre
textos e discursos da esfera política.
Debate.
(EM13LP28) Organizar situações de estudo CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa
e utilizar procedimentos e estratégias DE ESTUDO E PESQUISA Curadoria da informação.
de leitura adequados aos objetivos e à Tomada de notas.
natureza do conhecimento em questão. Organização de estudos.
Estratégias de leitura.

(EM13LP30) Realizar pesquisas de CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa


diferentes tipos (bibliográfica, de campo, DE ESTUDO E PESQUISA Curadoria de informação em fontes
experimento científico, levantamento confiáveis.
de dados etc.), usando fontes abertas Compreensão dos processos
e confiáveis, registrando o processo e de produção do conhecimento
comunicando os resultados, tendo em científico.
vista os objetivos pretendidos e demais
elementos do contexto de produção,
como forma de compreender como o
conhecimento científico é produzido e
apropriar-se dos procedimentos e dos
gêneros textuais envolvidos na realização
de pesquisas.
(EM13LP32A) Selecionar informações e CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa
dados necessários para uma dada pesquisa DE ESTUDO E PESQUISA Apreciação (avaliação de
(sem excedê-los) em diferentes fontes aspectos éticos, estéticos e
(orais, impressas, digitais etc.) políticos em textos e produções
(EM13LP32B) Comparar autonomamente artísticas e culturais etc.). Réplica
informações e dados pesquisados, levando (posicionamento responsável em
em conta seus contextos de produção, relação a temas, visões de mundo
referências e índices de confiabilidade, e ideologias veiculados por textos
e percebendo coincidências, e atos de linguagem). Curadoria de
complementaridades, contradições, erros informação com posicionamento
ou imprecisões conceituais e de dados, crítico.
(EM13LP32C) Posicionar-se criticamente
sobre informações e dados pesquisados
e comparados e estabelecer recortes
precisos.

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(EM13LP35) Utilizar adequadamente CAMPO DAS PRÁTICAS Língua Portuguesa


ferramentas de apoio a apresentações DE ESTUDO E PESQUISA Uso adequado de ferramentas de
orais, escolhendo e usando tipos e apoio a apresentações orais.
tamanhos de fontes que permitam Planejamento, produção e edição
boa visualização, topicalizando e/ de textos orais.
ou organizando o conteúdo em itens,
inserindo de forma adequada imagens,
gráficos, tabelas, formas e elementos
gráficos, dimensionando a quantidade
de texto e imagem por slide e usando,
de forma harmônica, recursos (efeitos
de transição, slides mestres, layouts
personalizados, gravação de áudios em
slides etc.).
(EM13LP39) Usar procedimentos de CAMPO Língua Portuguesa
checagem de fatos noticiados e fotos JORNALÍSTICO- Curadoria de informação em fontes
publicadas (verificar/avaliar veículo, fonte, MIDIÁTICO confiáveis. Apreciação (avaliação
data e local da publicação, autoria, URL, de aspectos éticos, estéticos e
formatação; comparar diferentes fontes; políticos em textos e produções
consultar ferramentas e sites checadores artísticas e culturais etc.). Réplica
etc.), de forma a combater a proliferação (posicionamento responsável em
de notícias falsas (fake news). relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos
e atos de linguagem). Combate à
disseminação de fake news. Réplica
(posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo
e ideologias veiculados por textos e
atos de linguagem).
(EM13LP40) Analisar o fenômeno da CAMPO Língua Portuguesa
pós-verdade – discutindo as condições JORNALÍSTICO- Contexto de produção, circulação e
e os mecanismos de disseminação de MIDIÁTICO recepção de textos do
fake news e também exemplos, causas campo jornalístico-midiático.
e consequências desse fenômeno e da Parcialidade e imparcialidade em
prevalência de crenças e opiniões sobre textos noticiosos.
fatos –, de forma a adotar atitude crítica Comparação de textos noticiosos
em relação ao fenômeno e desenvolver sobre um mesmo fato, em
uma postura flexível que permita rever diferentes fontes.
crenças e opiniões quando fatos apurados Curadoria em fontes confiáveis.
as contradisserem. Combate à disseminação de fake
news.
(EM13LP41A) Analisar os processos CAMPO Língua Portuguesa
humanos e automáticos de curadoria JORNALÍSTICO- Análise dos processos de curadoria
que operam nas redes sociais e outros MIDIÁTICO de informação em ambiente digital.
domínios da internet. Contexto de produção, circulação
(EM13LP41B) Comparar os feeds de e recepção de textos no campo
diferentes páginas de redes sociais e discutir jornalístico midiático.
os efeitos desses modelos de curadoria, de
forma a ampliar as possibilidades de trato
com o diferente e minimizar o efeito bolha e
a manipulação de terceiros
(EM13LP43) Atuar de forma CAMPO Língua Portuguesa
fundamentada, ética e crítica na produção JORNALÍSTICO- Planejamento, produção e
e no compartilhamento de comentários, MIDIÁTICO edição de textos orais, escritos e
textos noticiosos e de opinião, memes, gifs, multissemióticos.
remixes variados etc. em redes sociais ou
outros ambientes digitais

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(EM13LP44A) Analisar formas CAMPO Língua Portuguesa


contemporâneas de publicidade em JORNALÍSTICO- Contexto de produção, circulação
contexto digital (advergame, anúncios MIDIÁTICO e recepção de textos publicitários.
em vídeos, social advertising, unboxing, Análise de textos de gêneros
narrativa mercadológica, entre outras), discursivos contemporâneos
e peças de campanhas publicitárias e de campanhas publicitárias e
políticas (cartazes, folhetos, anúncios, políticas. Apreciação (avaliação
propagandas em diferentes mídias, spots, de aspectos éticos, estéticos e
jingles etc.). políticos em textos e produções
(EM13LP44B) Identificar valores e artísticas e culturais etc.). Réplica
representações de situações, grupos (posicionamento responsável em
e configurações sociais veiculadas, relação a temas, visões de mundo
desconstruindo estereótipos, destacando e ideologias veiculados por textos
estratégias de engajamento e viralização. e atos de linguagem). Recursos
(EM13LP44C) Explicar os mecanismos linguísticos e multissemióticos e
de persuasão utilizados e os efeitos de efeitos de sentido. Mecanismos de
sentido provocados pelas escolhas feitas persuasão e argumentação.
em termos de elementos e recursos
linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros,
gestuais e espaciais, entre outros.

Itinerários Formativos
Os itinerários formativos são compostos por diferentes arranjos curriculares, um conjunto de unidades curriculares que possibilita ao
estudante aprofundar e ampliar as aprendizagens desenvolvidas na formação geral básica, em uma ou mais áreas do conhecimento, per-
mitindo que vivencie experiências educativas associadas à realidade contemporânea e que promova a sua formação pessoal, profissional
e cidadã.
A organização curricular dos itinerários formativos deve garantir ainda mais a flexibilização do Ensino Médio, propiciando ao estudante
desenvolver e fortalecer sua autonomia, considerando seu projeto de vida.
Nos termos da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, a oferta de itinerários deve observar alguns critérios:
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão
ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos
sistemas de ensino, a saber:
I - linguagens e suas tecnologias;
II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - ciências humanas e sociais aplicadas;
V - formação técnica e profissional.

O Ensino Médio deve atender às demandas da contemporaneidade e aos anseios do estudante, fortalecendo seu interesse, engaja-
mento e protagonismo, para assegurar as aprendizagens na formação geral básica e nos itinerários formativos, cujos objetivos são:
• aprofundar as aprendizagens relacionadas às competências gerais;
• consolidar a formação integral do estudante, desenvolvendo a sua autonomia para a realização do seu projeto de vida;
• desenvolver habilidades que permitam ao estudante ter uma visão ampla do mundo para saber agir em diversas situações e tomar
decisões em sua vida escolar, profissional e pessoal.

Segundo o parágrafo 2º do Artigo 12 das DCNEM, nos termos da Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, reiterados na Portaria
MEC nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018, os itinerários formativos das diferentes áreas e da formação técnica e profissional devem ser
organizados considerando quatro eixos estruturantes:
I – investigação científica: supõe o aprofundamento de conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos e
processos para serem utilizados em procedimentos de investigação voltados ao enfrentamento de situações cotidianas e demandas locais
e coletivas, e a proposição de intervenções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da comunidade;
II – processos criativos: supõem o uso e o aprofundamento do conhecimento científico na construção e criação de experimentos,
modelos e protótipos para a criação de processos ou produtos que atendam a demandas pela resolução de problemas identificados na
sociedade;
III – mediação e intervenção sociocultural: supõe a mobilização de conhecimentos de uma ou mais áreas para mediar conflitos, pro-
mover entendimento e implementar soluções para questões e problemas identificados na comunidade;
IV – empreendedorismo: supõem a mobilização de conhecimentos de diferentes áreas para a formação de organizações com variadas
missões, voltadas ao desenvolvimento de produtos ou à prestação de serviços inovadores com o uso das tecnologias.

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Os itinerários formativos podem apresentar diferentes arranjos curriculares, estruturados em uma das áreas do conhecimento, na
formação técnica e profissional ou, também na mobilização de competências e habilidades de diferentes áreas, compondo os itinerários
integrados, conforme os termos da DCNEM. Os itinerários são organizados em torno dos eixos estruturantes, garantindo a apropriação de
procedimentos cognitivos e o uso de metodologias que favorecem o protagonismo juvenil.
No Currículo Paulista, as habilidades associadas aos itinerários formativos e relacionadas às competências gerais da BNCC, por eixo
estruturante, são representadas por códigos alfanuméricos com a seguinte composição:

Imagem 3: Composição dos códigos alfanuméricos das habilidades relacionadas às competências gerais para os itinerários formativos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

As habilidades de natureza mais específica, associadas a cada uma das áreas do conhecimento e a formação técnica e profissional,
também são representadas por códigos alfanuméricos, como segue: Imagem 4: Composição dos códigos alfanuméricos das habilidades
específicas por área do conhecimento para os itinerários formativos.

Fonte: Elaborado pelo autor.


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As habilidades relacionadas às competências gerais e às de na- São dimensões deste trabalho as posturas éticas, críticas e cidadãs,
tureza mais específica, relacionadas a cada eixo estruturante, estão em consonância com os direitos humanos, articuladas às práticas
presentes nos organizadores curriculares dos itinerários formati- desenvolvidas.
vos em todas as áreas do conhecimento e, também, na formação Para participar da sociedade da informação tão incorporada ao
técnica e profissional, como segue, complementadas pelos textos cotidiano, o estudante precisa se apropriar cada vez mais de conhe-
orientadores cimentos e habilidades que lhe permitam acessar, selecionar, pro-
cessar, analisar e utilizar dados sobre os mais diferentes assuntos,
Itinerário formativo – área de Linguagens e suas Tecnologias seja para compreender e intervir na realidade, seja para lidar de
O Ensino Médio tem por premissa atender às necessidades e forma crítica, reflexiva e produtiva com uma quantidade cada vez
expectativas do estudante, propondo um modelo de aprendizagem maior de informações disponíveis.
que dialogue com as intensas mudanças pelas quais o mundo, a O desenvolvimento desses conceitos e habilidades deve se dar
partir das novas tecnologias e configurações globais, vem passando. a partir de procedimentos de investigação voltados à compreensão
Nessa perspectiva, o Currículo do Estado São Paulo, a fim de aten- e ao enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de in-
der a esse novo modelo de aprendizagem, foi elaborado a partir das tervenções que considerem o contexto local e a melhoria da quali-
orientações de um conjunto de documentos oficiais norteadores da dade de vida da comunidade.
reforma do Ensino Médio, como: a BNCC, as Diretrizes Nacionais Este eixo também contempla a identificação de uma dúvida,
Curriculares para o Ensino Médio (DCNEM), a Lei nº 13.415/2017 e uma questão ou um problema; o levantamento, a formulação e o
a Portaria nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018, que estabelece os teste de hipóteses; a seleção de informações e de fontes confiá-
referenciais para a elaboração dos itinerários formativos. veis por meio de curadoria; a interpretação, a elaboração e o uso
É importante salientar que as orientações oficiais foram segui- ético das informações coletadas; a identificação de como utilizar
das considerando-se o perfil dos estudantes deste Estado. os conhecimentos gerados para solucionar problemas diversos; e a
Na área de Linguagens, o Currículo Paulista para a etapa do escolha da forma de comunicar as conclusões, com a utilização de
Ensino Médio oportuniza a oferta de itinerários formativos, favo- diferentes linguagens e produções multissemióticas, presentes em
recendo o aprofundamento no estudo de competências e habili- todos os componentes curriculares.
dades relacionadas à área, as quais subsidiam o projeto de vida do
estudante no desenvolvimento de uma visão ampla e heterogênea PROCESSOS CRIATIVOS
de mundo, oferecendo-lhes o instrumental necessário para tomar Este eixo tem como ênfase expandir a capacidade do estu-
decisões e agir com melhor desenvoltura nas mais diversas situa- dante de idealizar e realizar projetos criativos associados à área
ções, tanto na escola, no trabalho, quanto nas relações sociais e de Linguagens, bem como aos temas de seu interesse. Considera
cotidianas. que, para participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela
Os itinerários formativos para a área de Linguagens conside- criatividade e inovação, o estudante precisa aprender a utilizar co-
ram a construção de todo o repertório sociocultural desenvolvido nhecimentos, habilidades e recursos de forma criativa para propor,
e a desenvolver pelo estudante. Para tanto, são fundamentais a inventar e inovar. O estudo, a análise e a compreensão do universo
flexibilização curricular, o aprofundamento da formação básica e o das culturas digitais em diálogo com as culturas juvenis devem ser
atendimento das demandas do mercado de trabalho, considerando privilegiados.
as transformações tecnológicas e, principalmente, as aspirações do Os principais objetivos deste eixo relacionam-se a aprofundar
estudante deste século. Os jovens realizam multitarefas, como as- conhecimentos sobre as artes, a cultura e as mídias e a aprender
sistir às suas séries favoritas por streaming, ver TV, ouvir música em a utilizá-los para a criação de processos e produtos, ampliando as
aplicativos no celular e acessar redes sociais, habilidade que deve habilidades relacionadas ao pensar e ao fazer criativo, utilizando os
ser observada e compreendida. conhecimentos e habilidades em processos de criação e produção
A elaboração de itinerários formativos orienta que se leve em voltados à expressão criativa e/ou à construção de soluções inova-
consideração a região na qual esse jovem está inserido e as cultu- doras para problemas identificados na sociedade e no mundo do
ras locais presentes em seu cotidiano, de modo a desenvolver no trabalho.
estudante a compreensão do lugar que ocupa no mundo, para que O processo pressupõe a identificação e o aprofundamento de
tenha possibilidades de agir, criar, ressignificar, propor alternativas um tema ou problema, que orientará a posterior elaboração, apre-
e mudanças para questões e problemas de contextos local e global. sentação e difusão de uma ação, produto, protótipo, modelo ou so-
Para tanto, o Currículo propõe que, na área de Linguagens, o lução criativa, tais como obras e espetáculos artísticos e culturais,
estudante realize itinerários que perpassem, preferencialmente, campanhas e peças de comunicação, programas, aplicativos, jogos
pelos quatro eixos estruturantes comentados a seguir. e textos orais, escritos e/ou multissemióticos, envolvendo todos os
componentes curriculares da área. Para concretizar tal processo, o
Eixos estruturantes dos itinerários formativos estudante deve utilizar e integrar diferentes linguagens, manifesta-
ções sensoriais, vivência artísticas, culturais e midiáticas.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Este eixo tem como ênfase ampliar a capacidade do estudante MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL
de investigar a realidade, compreendendo, valorizando e aplicando Para participar de uma sociedade desafiada por questões socio-
o conhecimento sistematizado, por meio de práticas e produções culturais cada vez mais complexas, o estudante precisa se apropriar
científicas relativas à área de Linguagens, bem como aos temas de de conhecimentos e desenvolver habilidades que lhe permitam
seu interesse. A curadoria de informações, que auxilia na detecção atuar como agentes de mudanças e de construção de uma socieda-
de fake news e de conceitos que alicerçam a disseminação de cren- de mais ética, justa, democrática, inclusiva, solidária e sustentável.
ças relacionadas à pós-verdade, deve ser desenvolvida nesse eixo.
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Para tanto, o aprofundamento dos conhecimentos sobre questões que afetam a vida dos seres humanos e do planeta em nível local,
regional, nacional e global - e a compreensão de como esses conhecimentos podem ser utilizados em diferentes contextos e situações -
amplia as habilidades relacionadas à convivência e à atuação sociocultural. A utilização desses conhecimentos e habilidades para mediar
conflitos, promover entendimentos e propor soluções para questões e problemas socioculturais identificados em suas comunidades pro-
piciará ao estudante exercer seu protagonismo.
O eixo privilegia o envolvimento do estudante em campos de atuação da vida pública, por meio do seu engajamento em projetos de
mobilização e intervenção sociocultural que o levem a promover transformações na comunidade. O processo pressupõe o diagnóstico da
realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca de dados oficiais e a escuta da comunidade local; a ampliação de conhecimen-
tos sobre o problema a ser enfrentado; o planejamento, a execução e a avaliação de uma ação social e/ou ambiental que responda às ne-
cessidades e interesses do contexto; e a superação de situações de estranheza, resistência, conflitos interculturais, entre outros possíveis
obstáculos, com necessários ajustes de rota.

EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo tem como ênfase ampliar a capacidade do estudante de mobilizar conhecimentos de diferentes áreas para
desenvolver projetos pessoais e produtivos articulados ao seu projeto de vida. As competências socioemocionais que trazem orientações
de como lidar com os outros, consigo mesmo e com os desafios serão desenvolvidas nesse eixo.
O estudante deve ser estimulado a criar empreendimentos pessoais e produtivos para se fortalecer em sua atuação como protagonis-
tas da sua própria trajetória. Para tanto, este eixo busca desenvolver no estudante autonomia, foco e determinação, a fim de que consiga
planejar e conquistar objetivos pessoais ou criar empreendimentos voltados à geração de renda via oferta de produtos e serviços, com ou
sem uso de tecnologias.
O processo pressupõe a identificação de potenciais, desafios, interesses e aspirações pessoais; a análise do contexto externo, inclusive
em relação ao mundo do trabalho; a elaboração de um projeto pessoal e produtivo; a realização de açõespiloto para testagem e aprimo-
ramento do projeto elaborado; e o desenvolvimento ou aprimoramento do projeto de vida do estudante.
Com essas proposições, espera-se que o estudante que optar pelo itinerário da área de Linguagens e suas Tecnologias aprimore um
perfil que esteja em consonância com seu projeto de vida, e lhe proporcione uma formação para a inserção e permanência no mundo do
trabalho.
Por meio do preparo para lidar com mudanças, transformações e inovações relacionadas às mídias e à tecnologia e da capacidade
para o exercício da cidadania, os estudantes devem ser capazes de elaborar e participar de projetos e ações sociais voltados à solução de
problemas práticos e reais do cotidiano.
O desenvolvimento de habilidades e competências que garantam acesso a conhecimentos e informações que os preparem para pres-
tar os exames de acesso ao Ensino Superior (vestibulares, processos seletivos, Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, entre outros)
também deve ser considerado de forma ampla, principalmente levando em conta que todos os setores precisam de pessoas capazes de
atuar em suas áreas de comunicação, especialmente em situações mediadas pelas novas tecnologias.
É importante salientar que a inserção do estudante nas culturas digitais é fundamental nesse processo, pois muitos dos que sairão
do Ensino Médio nos próximos anos poderão atuar em carreiras que ainda não existem, principalmente relacionadas à esfera digital. Isso
significa que a capacidade de adaptação ao novo será um elemento fundamental em sua formação.
A seguir encontra-se o organizador curricular do itinerário formativo da área de Linguagens e suas Tecnologias, que contempla as
habilidades relacionadas às competências gerais da Educação Básica, as habilidades específicas dos itinerários formativos dessa área do
conhecimento e os pressupostos metodológicos que visam orientar e indicar possibilidades para a concretização das aprendizagens espe-
radas, para cada eixo estruturante.

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Organizador curricular do itinerário formativo da área de Linguagens e suas Tecnologias

HABILIDADES HABILIDADES ESPECÍFICAS PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS


RELACIONADAS ÀS ASSOCIADAS AOS EIXOS
COMPETÊNCIAS GERAIS / ESTRUTURANTES
EIXO ESTRUTURANTE
INVESTIGAÇÃO (EMIFLGG01) Investigar e analisar a A investigação científica considera os diversos pontos de vista
CIENTÍFICA organização, o funcionamento e/ou possíveis, partindo da seleção e análise de informações, com
(EMIFCG01) Identificar, os efeitos de sentido de enunciados e base em curadoria e fontes confiáveis, dos aspectos relacionados
selecionar, processar discursos materializados nas diversas à proposta ou tema a serem desenvolvidos, dentro da área
e analisar dados, fatos línguas e linguagens (imagens de Linguagens, integrando os componentes curriculares e
e evidências com estáticas e em movimento; música; desenvolvendo o posicionamento crítico e argumentativo. Ao
curiosidade, atenção, linguagens corporais e do movimento, desenvolver este eixo, espera-se que o estudante seja capaz de
criticidade e ética, entre outras), situando-os no realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo,
inclusive utilizando o contexto de um ou mais campos experimento científico, levantamento de dados etc.), usando
apoio de tecnologias de atuação social e considerando fontes abertas e confiáveis; registrar o processo e comunicar
digitais. dados e informações disponíveis em os resultados; compreender os gêneros e linguagens presentes
(EMIFCG02) Posicionar- diferentes mídias. nas pesquisas e apreender como o conhecimento científico é
se com base em (EMIFLGG02) Levantar e testar produzido.
critérios científicos, hipóteses sobre a organização, o Alguns aspectos relacionados aos objetos de conhecimento
éticos e estéticos, funcionamento e/ou os efeitos de específicos para a área devem ser considerados: a apreciação,
utilizando dados, fatos e sentido de enunciados e discursos que envolve a análise e a avaliação de aspectos éticos, estéticos
evidências para respaldar materializados nas diversas línguas e políticos em textos e produções artísticas e culturais; a réplica,
conclusões, opiniões e e linguagens (imagens estáticas e que é a construção de um posicionamento responsável em
argumentos, por meio em movimento; música; linguagens relação a temas, visões de mundo e ideologias veiculados por
de afirmações claras, corporais e do movimento, entre textos e atos de linguagem, e o planejamento, produção e edição
ordenadas, coerentes outras), situando-os no contexto de textos orais, escritos e multissemióticos.
e compreensíveis, de um ou mais campos de atuação Ao utilizar e formular propostas de investigação com o intuito
sempre respeitando social e utilizando procedimentos e de participar de processos de produção individual e/ou coletiva,
valores universais, como linguagens adequados à investigação para defender opinião crítica a respeito de perspectivas diferentes
liberdade, democracia, científica. sobre questões polêmicas e de relevância social, o estudante, sob
justiça social, pluralidade, (EMIFLGG03) Selecionar e a mediação do professor, se apropria do conhecimento científico
solidariedade e sistematizar, com base em estudos disponível nas diversas mídias, contribuindo para a ampliação
sustentabilidade. e/ou pesquisas (bibliográfica, de sua visão de mundo, considerando a construção de uma
(EMIFCG03) Utilizar exploratória, de campo, perspectiva crítica diante de conflitos, interesses, preconceitos e
informações, experimental etc.) em fontes ideologias.
conhecimentos e confiáveis, informações sobre A investigação, a análise, o levantamento de hipóteses com a
ideias resultantes de português brasileiro, língua(s) e/ou seleção, a sistematização, a compreensão, a interpretação e a
investigações científicas linguagem(ns) específicas, visando apreensão de informações presentes nos discursos em diversos
para criar ou propor fundamentar reflexões e hipóteses gêneros e linguagens (sons, imagens, textos, animações,
soluções para problemas sobre a organização, o funcionamento infográficos, reportagens, campanhas publicitárias, memes
diversos. e/ou os efeitos de sentido de etc.), veiculados nas diferentes mídias, auxiliarão o estudante a
enunciados e discursos materializados construir um repertório que, após perpassar por esse processo,
nas diversas línguas e linguagens fará com que ele consiga ampliar sua capacidade de interpretação
(imagens estáticas e em movimento; e de realizar intervenções críticas na realidade cotidiana, tratando
música; linguagens corporais e de temas que apresentem interesse pessoal, coletivo local ou
do movimento, entre outras), global, utilizando as diversas práticas de linguagem (artísticas,
identificando os diversos pontos de corporais e verbais), efetuando corretamente a citação das fontes
vista e posicionando-se mediante dos recursos utilizados em suas pesquisas
argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes
mídias.

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a solução para o seu concurso!
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PROCESSOS CRIATIVOS (EMIFLGG04) Reconhecer produtos Para este eixo, espera-se que o estudante possa reconhecer,
(EMIFCG04) Reconhecer e/ou processos criativos por meio selecionar, analisar e investigar produtos e processos criativos,
e analisar diferentes de fruição, vivências e reflexão apropriando-se da produção de discursos de diferentes línguas
manifestações criativas, crítica sobre obras ou eventos e linguagens. Isso deverá acontecer por meio de vivências,
artísticas e culturais, de diferentes práticas artísticas, reflexões, elaborações de soluções estéticas, éticas, criativas e
por meio de vivências culturais e/ou corporais, ampliando inovadoras, para a ampliação do repertório das práticas artísticas,
presenciais e virtuais o repertório/domínio pessoal sobre culturais e corporais com respeito ao corpo, à saúde, aos jogos, às
que ampliem a visão de o funcionamento e os recursos da(s) lutas, às danças, aos esportes em geral.
mundo, sensibilidade, língua(s) ou da(s) linguagem(ns). Para isso, sugere-se ao professor proporcionar condições ao
criticidade e criatividade. (EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar estudante de compreender e interpretar os interesses e relações
(EMIFCG05) Questionar, intencionalmente, em um ou mais de poder políticos, sociais, econômicos, históricos, culturais
modificar e adaptar campos de atuação social, recursos e artísticos nos discursos produzidos em diversas práticas de
ideias existentes e criativos de diferentes línguas e linguagem (artísticas, corporais e verbais). Espera-se que, após
criar propostas, obras linguagens (imagens estáticas e em esse processo, o estudante consiga refletir criticamente sobre
ou soluções criativas, movimento; música; linguagens o modo como esses discursos foram produzidos, circulam,
originais ou inovadoras, corporais e do movimento, entre constituem-se e produzem significação e ideologias. Assim,
avaliando e assumindo outras), para participar de projetos e/ poderá combater a estereotipia, o lugar-comum e o clichê.
riscos para lidar com as ou processos criativos. Este eixo prevê a produção individual, coletiva e/ou colaborativa
incertezas e colocá-las (EMIFLGG06) Propor e testar em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais),
em prática. soluções éticas, estéticas, criativas pressupondo que o estudante, de forma crítica, criativa, ética e
(EMIFCG06) Difundir e inovadoras para problemas reais, solidária, considere, em diferentes contextos artísticos, a defesa
novas ideias, propostas, utilizando as diversas línguas e de pontos de vista, respeitando o outro e promovendo os direitos
obras ou soluções por linguagens (imagens estáticas e em humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável,
meio de diferentes movimento; línguas; linguagens em âmbito local, regional e global. Essas produções devem
linguagens, mídias e corporais e do movimento, entre estar pautadas em princípios e valores de equidade de maneira
plataformas, analógicas outras), em um ou mais campos democrática, com base nos direitos humanos.
e digitais, com confiança de atuação social, combatendo a Nessas produções, precisam ser considerados dados e
e coragem, assegurando estereotipia, o lugarcomum e o clichê. informações disponíveis em diferentes mídias e campos de
que alcancem os atuação social para propor intervenções socioculturais e
interlocutores ambientais, atendendo a problemas reais e contemporâneos. Para
pretendidos. isso, podem ser utilizados:
1. Materiais: matéria ou meios (plásticos - tinta, papel, cola etc.;
naturais - folhas, pedras, argila etc.; recicláveis - plástico, vidro,
sucatas etc.).
2. Suportes: base em que a obra é realizada (a tela de um quadro,
o papel de um desenho ou de um texto, o espaço de uma sala,
pátio ou quadra de escola, um jardim ou uma rua para a criação
de uma instalação) e o corpo como base da expressão corporal
(gestos, posturas e movimentos).
3. Ferramentas: instrumentos/equipamentos utilizados na
produção (pincel, lápis, computador, máquina fotográfica, pinça,
martelo, tesoura etc.).
4. Procedimentos: modos de articular a matéria na criação da
obra (escrita, pintura, colagem, escultura, dobradura, modelagem,
coreografia, regras etc.).

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MEDIAÇÃO E (EMIFLGG07) Identificar e explicar Para que o estudante aprofunde o conhecimento objetivando a
INTERVENÇÃO questões socioculturais e ambientais prática da cidadania de forma ética, democrática e reflexiva, a
SOCIAL passíveis de mediação e intervenção fim de combater qualquer tipo de preconceito ou estereotipia,
(EMIFCG07) Reconhecer por meio de práticas de linguagem. precisa identificar e explicar questões socioculturais e ambientais
e analisar questões (EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar passíveis de mediação e intervenção por meio de ações
sociais, culturais e intencionalmente conhecimentos e individuais e/ou coletivas. Para isso deve propor tarefas e testes
ambientais diversas, recursos das práticas de linguagem que trabalhem e fundamentem reflexões e hipóteses criativas e
identificando e para propor ações individuais e/ou inovadoras no tema proposto para o itinerário.
incorporando valores coletivas de mediação e intervenção Ao sistematizar seu estudo e pesquisa utilizando-se das diversas
importantes para si sobre formas de interação e de tecnologias disponíveis - e para compreender os impactos
e para o coletivo que atuação social, artístico-cultural ou socioculturais e socioambientais envolvidos-, o estudante proporá
assegurem a tomada de ambiental, visando colaborar para o ações transformadoras em sua vida e na de seus pares por meio
decisões conscientes, convívio democrático e republicano de projetos pessoais, profissionais, coletivos e/ou colaborativos.
consequentes, com a diversidade humana e para o Esses projetos se intensificam neste eixo, utilizando-se da
colaborativas e cuidado com o meio ambiente. curadoria de informação com a seleção de dados e argumentos
responsáveis. (EMIFLGG09) Propor e testar em fontes confiáveis impressas e digitais para a produção textual
(EMIFCG08) estratégias de mediação e fundamentada para além do senso comum.
Compreender e intervenção sociocultural e ambiental, O estudante ampliará seu repertório, perpassando pelos
considerar a situação, a selecionando adequadamente objetos de conhecimento, como: a observação, compreensão e
opinião e o sentimento elementos das diferentes linguagens. interpretação dos elementos das Linguagens através da música,
do outro, agindo com do teatro, da dança e das artes visuais. A análise das diversas
empatia, flexibilidade e mídias e suas possibilidades de. interpretação, exploração e
resiliência para promover transformação poderá levá-lo, por exemplo, ao entendimento
o diálogo, a colaboração, de jogos eletrônicos ou da influência deles no indivíduo e na
a mediação e resolução transformação cultural da sociedade.
de conflitos, o combate O estudante também poderá discutir temas, intervir e mediar
ao preconceito e socialmente a partir de reflexões e debates, assim como
a valorização da intervenções propriamente ditas, sobre os padrões estéticos
diversidade. corporais, defendendo sua posição, o que abre um leque de
(EMIFCG09) escolhas relacionadas ao movimento. Dentro desse processo,
Participar ativamente como consequência, a possibilidade de produzir textos orais,
da proposição, escritos e multissemióticos, para embasar a intervenção que
implementação e pretende propor no meio em que vive.
avaliação de solução para As propostas de intervenção elaboradas podem considerar
problemas socioculturais as relações sociais, econômicas e culturais dentro dos modos
e/ou ambientais em de comunicação midiática, que repercutam na capacidade
nível local, regional, local de avaliar, discernir e participar de decisões relativas ao
nacional e/ou global, desenvolvimento da comunidade. Objetivos como a ampliação do
corresponsabilizando-se repertório cultural, da qualidade de vida e do equilíbrio ambiental
pela realização de ações podem ser desenvolvidos nos temas propostos dentro deste eixo.
e projetos voltados ao
bem comum.

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EMPREENDEDORISMO (EMIFLGG10) Avaliar como Para o eixo Empreendedorismo, pressupõe-se que o estudante avalie e
(EMIFCG10) Reconhecer oportunidades, conhecimentos formule propostas concretas e articuladas, por meio de conhecimentos
e utilizar qualidades e e recursos relacionados às várias e recursos utilizados em diversas linguagens, para o desenvolvimento
fragilidades pessoais com linguagens podem ser utilizados na e a realização de projetos pessoais ou empreendimentos produtivos.
confiança para superar concretização de projetos pessoais ou Esperase que ele seja capaz de se adaptar a diferentes contextos e criar
desafios e alcançar produtivos, considerando as diversas oportunidades para si e para os demais.
objetivos pessoais e tecnologias disponíveis e os impactos É fundamental, nesse processo, a utilização das diversas tecnologias
profissionais, agindo socioambientais. disponíveis, de maneira ética, estética, criativa e inovadora,
de forma proativa e (EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar analisando de forma crítica como ocorrem impactos socioculturais
empreendedora e intencionalmente conhecimentos e e socioambientais de acordo com as decisões tomadas em torno do
perseverando em situações recursos das práticas de linguagem para tema ou produto a ser desenvolvido. O projeto de vida do estudante
de estresse, frustração, desenvolver um projeto pessoal ou um deve ser considerado, observando problemas reais para combater a
fracasso e adversidade. empreendimento produtivo. estereotipia, o lugar-comum e o clichê.
(EMIFCG11) Utilizar (EMIFLGG12) Desenvolver projetos O reconhecimento, a seleção, a sistematização, a mobilização e a utilização
estratégias de pessoais ou produtivos, utilizando as dos conhecimentos e dos recursos das práticas de linguagem (imagens
planejamento, organização práticas de linguagens socialmente estáticas e em movimento; música; corpo, verbal e não verbal etc.), por meio
e empreendedorismo relevantes, em diferentes campos de estudos e pesquisa (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.)
para estabelecer e de atuação, para formular propostas em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua inglesa, outras
adaptar metas, identificar concretas, articuladas com o projeto de línguas e linguagens específicas visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre
caminhos, mobilizar vida. a organização, o efeito de sentido de enunciados e discursos materializados nas
apoios e recursos, para diversas linguagens possibilitarão a identificação de diferentes pontos de vista sobre o
realizar projetos pessoais tema que será desenvolvido pelo itinerário, facilitando o planejamento do produto/
e produtivos com foco, empreendimento a ser criado.
persistência e efetividade. Pressupõe-se a utilização de diversas linguagens artísticas (dança,
(EMIFCG12) Refletir música, teatro e artes visuais), mídias e ferramentas digitais nos
continuamente sobre seu processos de produção individual, coletiva e/ou colaborativa de
próprio desenvolvimento projetos autorais nos ambientes digitais disponíveis. O estudante
e sobre seus objetivos utilizará softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de
presentes e futuros, ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções
identificando aspirações que permitem representar uma informação, de modo que tenham, além
e oportunidades, inclusive do texto verbal, recursos corporais, visuais e sonoros que auxiliarão na
relacionadas ao mundo leitura, na compreensão do conteúdo em questão e no desenvolvimento
do trabalho, que orientem do produto/projeto que decidir construir a partir da temática sugerida.
escolhas, esforços e ações em Isso ajudará na apresentação do produto a ser criado, o que poderá
relação à sua vida pessoal, ocorrer por meio de instalações, oficinas, vídeos, podcasts, feiras de
profissional e cidadã. conhecimento etc

Itinerários Formativos Integrados


Os itinerários formativos, parte flexível do currículo, serão ofertados por meio de diferentes arranjos curriculares. Além dos itinerários
por área do conhecimento, também poderão ser organizados de forma integrada, ou seja, articulando diferentes áreas do conhecimento.
As integrações poderão ser entre duas áreas, três áreas ou mesmo entre as quatro áreas do conhecimento. Trazemos neste documento
exemplos de itinerários integrados entre duas áreas do conhecimento:
- Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Linguagens.
- Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Ciências Humanas.
- Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Ciências da Natureza.
- Itinerário integrado entre a área de Ciências Humanas e a área de Linguagens.
- Itinerário integrado entre a área de Ciências da Natureza e a área de Linguagens.
- Itinerário integrado entre a área de Ciências da Natureza e a área de Ciências Humanas.

Além das integrações entre as áreas do conhecimento, os arranjos também podem ser feitos entre elas e a formação técnica e profis-
sional. Tanto os itinerários formativos por área do conhecimento quanto os integrados entre áreas e entre a formação técnica e profissio-
nal, deverão mobilizar as competências e habilidades relacionadas aos eixos estruturantes explicitados anteriormente, de forma a garantir
a apropriação de procedimentos cognitivos e o uso de metodologias que favoreçam o protagonismo.
A seguir, são apresentados, como exemplos, os organizadores curriculares dos itinerários formativos integrados entre duas áreas do
conhecimento. Neles são definidas as habilidades específicas dos itinerários formativos de cada área, com as respectivas habilidades rela-
cionadas às competências gerais em cada eixo estruturante.
Os pressupostos metodológicos abordam metodologias e objetos de conhecimentos que poderão ser trabalhados e aprofundados
em cada itinerário de forma a integrar todos os componentes da área, com indicativos para ajudar os professores a trabalharem de forma
articulada entre as áreas em cada eixo estruturante. São algumas considerações para que, mediante o tema a ser desenvolvido, que é de

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livre escolha das escolas em conjunto com seus estudantes, os professores possam se orientar para algumas demandas e a práticas. Não
apresentam metodologia específica, mas orientações fundamentais sobre os aportes e ferramentas educativas que podem ser considera-
dos mediante a perspectiva da autonomia e dos diferentes interesses do estudante.

Organizador curricular do itinerário formativo integrado entre as áreas de Matemática e suas Tecnologias e Linguagens e suas Tecnologias

HABILIDADES HABILIDADES ESPECÍFICAS HABILIDADES ESPECÍFICAS PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS


RELACIONADAS ÀS ASSOCIADAS AOS EIXOS ASSOCIADAS AOS EIXOS
COMPETÊNCIAS GERAIS / ESTRUTURANTES ESTRUTURANTES LINGUAGENS
EIXO ESTRUTURANTE MATEMÁTICA
INVESTIGAÇÃO (EMIFMAT01) Investigar (EMIFLGG01) Investigar e analisar a A exploração e investigação científica, por
CIENTÍFICA e analisar situações organização, o funcionamento e/ou meio do levantamento e análise de dados
(EMIFCG01) Identificar, problema identificando os efeitos de sentido de enunciados estatísticos e de situações-problema,
selecionar, processar e selecionando e discursos materializados nas consideram a organização, o funcionamento
e analisar dados, fatos conhecimentos diversas línguas e linguagens e os efeitos de sentido de enunciados e
e evidências com matemáticos relevantes (imagens estáticas e em movimento; discursos materializados nas diversas línguas
curiosidade, atenção, para uma dada situação, música; linguagens corporais e e linguagens, situando-os em contextos
criticidade e ética, elaborando modelos para do movimento, entre outras), significativos (linguagem matemática -
inclusive utilizando o sua representação. situando-os no contexto de um ou gráficos, tabelas, infográficos etc.; linguagens
apoio de tecnologias (EMIFMAT02) Levantar mais campos de atuação social e corporais e do movimento, imagens estáticas
digitais. e testar hipóteses sobre considerando dados e informações e em movimento, música, entre outras) de um
(EMIFCG02) Posicionar- variáveis que interferem disponíveis em diferentes mídias. ou mais campos de atuação social.
se com base em na explicação ou resolução (EMIFLGG02) Levantar e testar A leitura, interpretação e compreensão de
critérios científicos, de uma situação-problema hipóteses sobre a organização, o textos e dados, considerando conhecimentos,
éticos e estéticos, elaborando modelos com funcionamento e/ou os efeitos de técnicas e procedimentos básicos relacionados
utilizando dados, fatos e a linguagem matemática sentido de enunciados e discursos às representações multissemióticas que
evidências para respaldar para analisá-la e avaliar a materializados nas diversas línguas a integração das áreas pressupõe, devem
conclusões, opiniões e sua adequação em termos e linguagens (imagens estáticas e ocorrer com a realização de curadoria da
argumentos, por meio de possíveis limitações, em movimento; música; linguagens informação, de forma a garantir a circulação de
de afirmações claras, eficiências e possibilidades corporais e do movimento, entre informações oriundas de fontes confiáveis. Para que
ordenadas, coerentes de generalização. outras), situando-os no contexto isso ocorra, é preciso analisar dados e informações
e compreensíveis, (EMIFMAT03) Selecionar de um ou mais campos de atuação disponíveis em diferentes mídias, selecionando a
sempre respeitando e sistematizar, com base social e utilizando procedimentos relevância para uma dada situação e elaborando
valores universais, como em estudos e/ou pesquisas e linguagens adequados à modelos para sua representação.
liberdade, democracia, (bibliográfica, exploratória, investigação científica. O estudante deverá levantar e testar hipóteses
justiça social, pluralidade, de campo, experimental (EMIFLGG03) Selecionar e sobre variáveis que interferem na explicação
solidariedade e etc. em fontes confiáveis, sistematizar, com base em estudos ou resolução de uma situação-problema,
sustentabilidade. informações sobre a e/ou pesquisas (bibliográfica, aprofundando a seleção e sistematização, com
(EMIFCG03) Utilizar contribuição da matemática exploratória, de campo, base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
informações, na explicação de fenômenos experimental etc.) em fontes exploratória, de campo, experimental etc.)
conhecimentos e de natureza científica, confiáveis, informações sobre em fontes confiáveis, informações sobre a
ideias resultantes de social, profissional, português brasileiro, língua(s) e/ contribuição da Matemática e das línguas e/ou
investigações científicas cultural, de processos ou linguagem(ns) específicas, linguagens específicas, visando fundamentar
para criar ou propor tecnológicos, identificando visando fundamentar reflexões e reflexões e hipóteses sobre a organização,
soluções para problemas os diversos pontos de vista hipóteses sobre a organização, o o funcionamento e/ou os efeitos de sentido
diversos. e posicionando-se mediante funcionamento e/ou os efeitos de de enunciados e discursos materializados,
argumentação com o sentido de enunciados e discursos na explicação de fenômenos de natureza
cuidado de citar fontes materializados nas diversas línguas científica, social, profissional, cultural e de
dos recursos utilizados e linguagens (imagens estáticas e processos tecnológicos, identificando os
na pesquisa e buscando em movimento; música; linguagens diversos pontos de vista e posicionando-se
apresentar conclusões com corporais e do movimento, entre mediante argumentação consistente.
o uso de diferentes mídias. outras), identificando os diversos Após perpassar por esse processo, o estudante
pontos de vista e posicionando- ampliará sua capacidade de interpretação,
se mediante argumentação, com de realizar intervenções críticas na realidade
o cuidado de citar as fontes dos cotidiana, tratando de temas que apresentem
recursos utilizados na pesquisa e interesse pessoal, coletivo ou local, efetuando
buscando apresentar conclusões corretamente a citação das fontes dos recursos
com o uso de diferentes mídias. utilizados em suas pesquisas.

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PROCESSOS CRIATIVOS (EMIFMAT04) Reconhecer (EMIFLGG04) Reconhecer produtos Para este eixo, espera-se que o estudante
(EMIFCG04) Reconhecer produtos e/ou processos e/ou processos criativos por meio possa reconhecer e desenvolver produtos e/
e analisar diferentes criativos por meio de de fruição, vivências e reflexão ou processos criativos por meio de fruição,
manifestações criativas, fruição, vivências e reflexão crítica sobre obras ou eventos vivências e reflexão crítica sobre obras ou
artísticas e culturais, crítica na produção do de diferentes práticas artísticas, eventos de diferentes práticas artísticas, culturais
por meio de vivências conhecimento matemático culturais e/ou corporais, ampliando e/ou corporais, ampliando o repertório/domínio
presenciais e virtuais e sua aplicação no o repertório/domínio pessoal pessoal sobre o funcionamento e os recursos
que ampliem a visão de desenvolvimento de sobre o funcionamento e os das linguagens considerando a produção do
mundo, sensibilidade, processos tecnológicos recursos da(s) língua(s) ou da(s) conhecimento matemático (gráficos, infográficos,
criticidade e criatividade. diversos. linguagem(ns). tabelas etc.) e sua aplicação no desenvolvimento
(EMIFCG05) Questionar, (EMIFMAT05) Selecionar e (EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar de processos tecnológicos diversos.
modificar e adaptar mobilizar intencionalmente intencionalmente, em um ou mais O estudante poderá planejar, organizar e
ideias existentes e recursos criativos campos de atuação social, recursos participar de festivais, mostras e oficinas
criar propostas, obras relacionados à matemática criativos de diferentes línguas e de criação, design, teatro, dança, música,
ou soluções criativas, para resolver problemas linguagens (imagens estáticas e em artes visuais, desenvolvimento de softwares
originais ou inovadoras, de natureza diversa, movimento; música; linguagens (aplicativos, jogos eletrônicos entre outros),
avaliando e assumindo incluindo aqueles que corporais e do movimento, entre construção de sites, robótica, aplicativos etc.
riscos para lidar com as permitam a produção de outras), para participar de projetos Para tanto, deverá selecionar e mobilizar
incertezas e colocá-las em novos conhecimentos e/ou processos criativos. intencionalmente, em um ou mais campos
prática. matemáticos, comunicando (EMIFLGG06) Propor e testar de atuação social, recursos criativos de
(EMIFCG06) Difundir com precisão suas ações soluções éticas, estéticas, criativas diferentes línguas e linguagens, incluindo
novas ideias, propostas, e reflexões relacionadas a e inovadoras para problemas reais, aqueles que permitam a produção de novos
obras ou soluções por constatações, interpretações utilizando as diversas línguas e conhecimentos, para participar de projetos
meio de diferentes e argumentos, bem como linguagens (imagens estáticas e em e/ou processos criativos.
linguagens, mídias e adequandoos às situações movimento; línguas; linguagens A proposição e testagem de soluções
plataformas, analógicas originais. corporais e do movimento, entre éticas, estéticas, criativas e inovadoras
e digitais, com confiança (EMIFMAT 06) Propor outras), em um ou mais campos para problemas reais, utilizando as
e coragem, assegurando e testar soluções de atuação social, combatendo a diversas linguagens (como a matemática,
que alcancem os éticas, estéticas, estereotipia, o lugar-comum e o considerando a aplicação dos
interlocutores criativas e inovadoras clichê. conhecimentos matemáticos associados
pretendidos. para problemas reais, ao domínio de operações e relações
considerando a aplicação matemáticas simbólicas, formais e da
dos conhecimentos linguagem de computação; imagens
matemáticos associados estáticas e em movimento; línguas; entre
ao domínio de operações outras), em um ou mais campos de atuação
e relações matemáticas social, combatendo a estereotipia, o lugar-
simbólicas e formais, de comum e o clichê, de modo a desenvolver
modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas
abordagens e estratégias situações, auxiliarão o estudante no uso
para enfrentar novas criativo para a difusão de ideias, propostas,
situações obras ou soluções em diferentes mídias e
plataformas, analógicas ou digitais.
A visão de mundo do estudante, por
meio da sensibilidade, criticidade e
criatividade, deve ser ampliada. Novos
conhecimentos da área de Linguagens e da
Matemática, considerando possibilidades
de representação algorítmica criadas
pelo estudante e devidamente validadas
pela testagem de hipóteses para propor
soluções que alcancem os interlocutores
pretendidos, devem ser assegurados.

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MEDIAÇÃO E (EMIFMAT 07) Identificar (EMIFLGG07) Identificar e Neste eixo, o estudante deve identificar
INTERVENÇÃO e explicar questões explicar questões socioculturais e e explicar questões socioculturais e
SOCIAL socioculturais e ambientais ambientais passíveis de mediação ambientais passíveis de mediação e
(EMIFCG06) Difundir aplicando conhecimentos e intervenção por meio de práticas intervenção por meio de práticas de
novas ideias, propostas, e habilidades matemáticas de linguagem. linguagem, aplicando conhecimentos
obras ou soluções por para avaliar e tomar (EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar e habilidades matemáticas para avaliar
meio de diferentes decisões em relação ao que intencionalmente conhecimentos e e tomar decisões em relação ao que
linguagens, mídias e foi observado. recursos das práticas de linguagem foi observado, propondo ações que
plataformas, analógicas (EMIFMAT08) Selecionar e para propor ações individuais repercutam socialmente na comunidade
e digitais, com confiança mobilizar intencionalmente e/ou coletivas de mediação e local, verificando os impactos sociais e
e coragem, assegurando conhecimentos e recursos intervenção sobre formas de culturais. Pressupõe-se que o estudante
que alcancem os matemáticos para propor interação e de atuação social, amplie o conhecimento por meio da prática
interlocutores ações individuais e/ou artístico-cultural ou ambiental, da cidadania de forma ética, democrática
pretendidos. coletivas de mediação visando colaborar para o convívio e reflexiva para combater qualquer tipo de
(EMIFCG07) Reconhecer e e intervenção sobre democrático e republicano com preconceito ou estereotipia.
analisar questões sociais, problemas socioculturais e a diversidade humana e para o Para tanto, deverá aprofundar e
culturais e ambientais problemas ambientais. cuidado com o meio ambiente. desenvolver a seleção e mobilização
diversas, identificando (EMIFMAT09) Propor (EMIFLGG09) Propor e testar intencional de conhecimentos e recursos
e incorporando valores e testar estratégias de estratégias de mediação e das práticas de linguagem e da m
importantes para si mediação e intervenção intervenção sociocultural Matemática para propor ações individuais
e para o coletivo que para resolver problemas e ambiental, selecionando e/ou coletivas de mediação e intervenção
assegurem a tomada de de natureza sociocultural adequadamente elementos das sobre formas de interação e de atuação
decisões conscientes, e de natureza ambiental diferentes linguagens. social, artístico-cultural ou ambiental,
consequentes, relacionados à Matemática. visando colaborar para o convívio
colaborativas e democrático com a diversidade humana e
responsáveis. para o cuidado com o meio ambiente.
(EMIFCG08) Compreender A proposição e testagem de estratégias de
e considerar a situação, mediação
a opinião e o sentimento e intervenção sociocultural e ambiental, por
do outro, agindo com meio da seleção adequada de elementos
empatia, flexibilidade das diferentes linguagens para resolver
e resiliência para problemas, serão desenvolvidas pelo
promover o diálogo, a estudante, considerando a relação dialógica
colaboração, a mediação entre as áreas. Nesse percurso, pressupõe-
e resolução de conflitos, o se a curadoria de dados e informações
combate ao preconceito disponíveis em diferentes mídias e campos
e a valorização da de atuação social para propor intervenções
diversidade. socioculturais e ambientais, atendendo a
problemas reais e contemporâneos.
A intervenção social é realizada para a
resolução de algum problema levantado
dentro da comunidade, podendo ocorrer
por meio de campanhas de conscientização,
documentários, ações comunitárias
relacionadas a questões ambientais,
culturais, sociais, sanitárias, econômicas
etc. O estudante deve incorporar valores
importantes para si e para o coletivo, agindo
com empatia e flexibilidade, para que a
mediação ambiental e/ou sociocultural
proposta promova o diálogo, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade.

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EMPREENDEDORISMO (EMIFMAT10) Avaliar (EMIFLGG10) Avaliar como Para o eixo Empreendedorismo,


(EMIFCG10) Reconhecer como oportunidades, oportunidades, conhecimentos pressupõe-se que o estudante avalie
e utilizar qualidades e conhecimentos e recursos e recursos relacionados às e formule propostas concretas e
fragilidades pessoais relacionados à Matemática várias linguagens podem ser articuladas, por meio de conhecimentos
com confiança podem ser utilizados utilizados na concretização de e recursos relacionados à área de
para superar na concretização de projetos pessoais ou produtivos, Linguagens e à Matemática para o
desafios e alcançar projetos pessoais ou considerando as diversas desenvolvimento e realização de
objetivos pessoais e produtivos, considerando tecnologias disponíveis e os projetos pessoais ou empreendimentos
profissionais, agindo as diversas tecnologias impactos socioambientais. produtivos articulados com seu projeto
de forma proativa disponíveis e os impactos (EMIFLGG11) Selecionar e de vida, considerando as diversas
e empreendedora socioambientais. mobilizar intencionalmente tecnologias disponíveis e os impactos
e perseverando em (EMIFMAT11) conhecimentos e recursos socioambientais.
situações de estresse Selecionar e mobilizar das práticas de linguagem Para tanto, o estudante deverá
frustração, fracasso e intencionalmente para desenvolver um projeto selecionar e mobilizar intencionalmente
adversidade. conhecimentos e pessoal ou um empreendimento conhecimentos e recursos das práticas de
(EMIFCG11) Utilizar recursos da Matemática produtivo. linguagem e da Matemática
estratégias de para desenvolver um (EMIFLGG12) Desenvolver O estudante poderá utilizar softwares
planejamento, projeto pessoal ou projetos pessoais ou produtivos, de edição de textos, fotos, vídeos e
organização e um empreendimento utilizando as práticas de áudio, além de ferramentas e ambientes
empreendedorismo para produtivo. linguagens socialmente colaborativos, para criar textos e
estabelecer e adaptar (EMIFMAT12) relevantes, em diferentes campos produções multissemióticas (podcasts,
metas, identificar Desenvolver projetos de atuação, para formular vídeos etc.) que permitam representar
caminhos, mobilizar pessoais ou produtivos, propostas concretas, articuladas uma informação, de modo que tenham,
apoios e recursos, utilizando processos com o projeto de vida. além do texto verbal, recursos corporais,
para realizar projetos e conhecimentos visuais e sonoros que o auxiliarão
pessoais e produtivos matemáticos para na leitura e compreensão do objeto
com foco, persistência e formular propostas de conhecimento em questão e no
efetividade. concretas, articuladas com desenvolvimento do produto/projeto
(EMIFCG12) Refletir o projeto de vida. que decidir construir a partir da temática
continuamente sugerida.
sobre seu próprio A construção de protótipos, dispositivos
desenvolvimento e e/ou equipamentos, de modo a ampliar
sobre seus objetivos o repertório/domínio pessoal sobre os
presentes e futuros, recursos relacionados a conhecimentos
identificando aspirações de Linguagens e Matemática, pode
e oportunidades, ocorrer com ou sem o uso de dispositivos
inclusive relacionadas e aplicativos digitais que potencializam o
ao mundo do trabalho, pensamento computacional e certamente
que orientem escolhas, privilegiam a relação dialógica entre as
esforços e ações em áreas
relação à sua vida
pessoal, profissional e
cidadã.

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a solução para o seu concurso!
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Organizador curricular do itinerário formativo integrado entre as áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Linguagens e suas
Tecnologias

HABILIDADES HABILIDADES ESPECÍFICAS HABILIDADES ESPECÍFICAS PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS


RELACIONADAS ÀS ASSOCIADAS AOS EIXOS ASSOCIADAS AOS EIXOS
COMPETÊNCIAS ESTRUTURANTES ESTRUTURANTES
GERAIS / EIXO CIÊNCIAS HUMANAS LINGUAGENS
ESTRUTURANTE
INVESTIGAÇÃO (EMIFCHS01) Investigar e (EMIFLGG01) Investigar e analisar O principal objetivo do itinerário integrado
CIENTÍFICA analisar situações problema a organização, o funcionamento entre as áreas de Ciências Humanas e
(EMIFCG01) envolvendo temas e e/ou os efeitos de sentido Linguagens, no eixo Investigação Científica, é
Identificar, selecionar, processos de natureza de enunciados e discursos possibilitar ao estudante o desenvolvimento de
processar e analisar histórica, social, econômica, materializados nas diversas línguas habilidades que propiciem identificar, selecionar,
dados, fatos e filosófica, política e/ou e linguagens (imagens estáticas e processar e analisar dados, fatos e evidências para
evidências com cultural, em âmbito local, em movimento; música; linguagens a utilização das informações, de modo a posicionar-
curiosidade, atenção, regional, nacional e/ou corporais e do movimento, entre se com base em critérios científicos.
criticidade e ética, global, considerando dados outras), situando-os no contexto Deve-se oferecer ao estudante a possibilidade
inclusive utilizando o e informações disponíveis de um ou mais campos de atuação de entrar em contato com diferentes situações
apoio de tecnologias em diferentes mídias. social e considerando dados e/ou posicionamentos para que utilize a
digitais. (EMIFCHS02) Levantar e e informações disponíveis em investigação, a análise e o levantamento de
(EMIFCG02) testar hipóteses sobre temas diferentes mídias. hipóteses considerando a seleção, sistematização,
Posicionar-se com e processos de natureza (EMIFLGG02) Levantar e testar compreensão, interpretação e apreensão de
base em critérios histórica, social, econômica, hipóteses sobre a organização, o informações presentes nos discursos em diversas
científicos, éticos filosófica, política e/ou funcionamento e/ou os efeitos de línguas, linguagens e gêneros veiculados nas
e estéticos, cultural, em âmbito local, sentido de enunciados e discursos diferentes mídias (sons, imagens, textos, animações,
utilizando dados, regional, nacional e/ou materializados nas diversas línguas infográficos, reportagens, campanhas publicitárias,
fatos e evidências global, contextualizando e linguagens (imagens estáticas e memes etc.). Assim, ele poderá ampliar seu repertório
para respaldar os conhecimentos em sua em movimento; música; linguagens crítico e argumentativo, ao analisar informações com
conclusões, opiniões e realidade local e utilizando corporais e do movimento, entre base em curadoria e fontes confiáveis, dos aspectos
argumentos, por meio procedimentos e linguagens outras), situando-os no contexto relacionados à proposta ou ao tema a ser desenvolvido,
de afirmações claras, adequados à investigação de um ou mais campos de atuação de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
ordenadas, coerentes científica. social e utilizando procedimentos política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
e compreensíveis, (EMIFCHS03) Selecionar e e linguagens adequados à nacional e/ou global.
sempre respeitando sistematizar, com base em investigação científica. Ao desenvolver este eixo, espera-se que o
valores universais, estudos e/ou pesquisas (EMIFLGG03) Selecionar e estudante seja capaz de: realizar pesquisas
como liberdade, (bibliográfica, exploratória, sistematizar, com base em estudos de diferentes tipos (bibliográfica, de campo,
democracia, justiça de campo, experimental e/ou pesquisas (bibliográfica, experimento científico, levantamento de dados
social, pluralidade, etc.) em fontes confiáveis, exploratória, de campo, etc.), usando fontes abertas e confiáveis;
solidariedade e informações sobre temas experimental etc.) em fontes registrar o processo e comunicar os resultados;
sustentabilidade. e processos de natureza confiáveis, informações sobre reconhecer como a abordagem de diferentes
(EMIFCG03) Utilizar histórica, social, econômica, português brasileiro, língua(s) e/ gêneros textuais pode compor as pesquisas nas
informações, filosófica, política e/ou ou linguagem(ns) específicas, áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
conhecimentos e cultural, em âmbito local, visando fundamentar reflexões e e Linguagens; compreender a importância
ideias resultantes regional, nacional e/ou hipóteses sobre a organização, o da produção literária brasileira, portuguesa,
de investigações global, identificando os funcionamento e/ou os efeitos de africana e indígena, entre outras, na
científicas para criar diversos pontos de vista e sentido de enunciados e discursos assimilação, ruptura e permanência de temas
ou propor soluções posicionando-se mediante materializados nas diversas línguas contemporâneos relacionados a processos
para problemas argumentação, com o e linguagens (imagens estáticas e políticos, econômicos, sociais, ambientais e
diversos. cuidado de citar as fontes em movimento; música; linguagens culturais; adotar procedimentos tendo como
dos recursos utilizados corporais e do movimento, entre base a articulação de textos literários, narrativas
na pesquisa e buscando outras), identificando os diversos e outras expressões artísticas com conceitos
apresentar conclusões com pontos de vista e posicionando-se produzidos pelas áreas de Ciências Humanas
o uso de diferentes mídias. mediante argumentação, com o e Sociais Aplicadas e Linguagens; e analisar os
cuidado de citar as fontes dos processos de assimilação e significação da cultura,
recursos utilizados na pesquisa e situando-os no contexto de um ou mais campos de
buscando apresentar conclusões atuação social em relação ao corpo e à sociedade,
com o uso de diferentes mídias. considerando o local, o regional e o global.

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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

PROCESSOS (EMIFCHS04) Reconhecer (EMIFLGG04) Reconhecer produtos Para este eixo, espera-se que o estudante possa
CRIATIVOS produtos e/ou processos e/ou processos criativos por selecionar, investigar, apreciar, reconhecer e
(EMIFCG04) criativos por meio de meio de fruição, vivências e analisar processos de criação de produtos,
Reconhecer e fruição, vivências e reflexão reflexão crítica sobre obras ou apropriando-se de discursos produzidos em
analisar diferentes crítica sobre temas e eventos de diferentes práticas diferentes linguagens, por meio de vivências,
manifestações processos de natureza artísticas, culturais e/ou corporais, reflexões e elaboração de soluções éticas e
criativas, artísticas e histórica, social, econômica, ampliando o repertório/domínio inovadoras. Assim, poderá ampliar a sua visão
culturais, por meio de filosófica, política e/ou pessoal sobre o funcionamento e de mundo e seus pontos de vista, considerando
vivências presenciais cultural, em âmbito local, os recursos da(s) língua(s) ou da(s) o desenvolvimento da criticidade, sensibilidade
e virtuais que regional, nacional e/ou linguagem(ns). e criatividade.
ampliem a visão de global. (EMIFLGG05) Selecionar e No contexto da aprendizagem significativa, ao
mundo, sensibilidade, (EMIFCHS05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em estudante deverão ser apresentadas diferentes
criticidade e mobilizar intencionalmente um ou mais campos de atuação situações nas quais possa reconhecer diversas
criatividade. recursos criativos para social, recursos criativos de manifestações criativas, artísticas e culturais
(EMIFCG05) resolver problemas reais diferentes línguas e linguagens para compreender, interpretar e analisar,
Questionar, relacionados temas e (imagens estáticas e em em discursos que circulam socialmente, os
modificar e adaptar processos de natureza movimento; música; linguagens interesses e relações de poder políticos, sociais,
ideias existentes histórica, social, econômica, corporais e do movimento, entre econômicos, históricos, filosóficos, culturais e
e criar propostas, filosófica, política e/ou outras), para participar de projetos artísticos. Espera-se que, após esse processo, o
obras ou soluções cultural, em âmbito local, e/ou processos criativos. estudante consiga refletir criticamente sobre o
criativas, originais ou regional, nacional e/ou (EMIFLGG06) Propor e testar modo como esses discursos foram elaborados
inovadoras, avaliando global. soluções éticas, estéticas, criativas e estruturados e como acontece a circulação,
e assumindo riscos (EMIFCHS06) Propor e e inovadoras para problemas reais, divulgação e produção de significados e
para lidar com as testar soluções éticas, utilizando as diversas línguas e ideologias.
incertezas e colocá-las estéticas, criativas e linguagens (imagens estáticas e em A fruição estética, presente na expressão
em prática. inovadoras para problemas movimento; línguas; linguagens artística em âmbito social e/ou pessoal,
(EMIFCG06) Difundir reais relacionados a temas corporais e do movimento, entre permitirá ao estudante a reflexão sobre
novas ideias, e processos de natureza outras), em um ou mais campos problemas reais relacionados a temas e
propostas, obras ou histórica, social, econômica, de atuação social, combatendo a processos de criação de natureza histórica,
soluções por meio de filosófica, política e/ou estereotipia, o lugar-comum e o social, econômica, filosófica, política e/ou
diferentes linguagens, cultural, em âmbito local, clichê. cultural, em âmbito local, regional, nacional e/
mídias e plataformas, regional, nacional e/ou ou global. Promoverá a ampliação do repertório
analógicas e digitais, global. das práticas artísticas, sociais, culturais e/ou
com confiança e esportivas, relacionadas ao corpo e à saúde
coragem, assegurando física e mental, considerando diferentes tempos
que alcancem os e contextos.
interlocutores Deve-se prever a produção individual, coletiva
pretendidos. e/ou colaborativa de festivais, mostras, feiras,
campanhas, eventos e competições em
diferentes linguagens, considerando dados e
informações disponíveis nas mídias e campos
de atuação social. Essas produções devem estar
pautadas em princípios e valores de equidade
de maneira democrática, com base nos direitos
humanos e no combate à estereotipia, aos
preconceitos, ao lugar comum e ao clichê.

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205
a solução para o seu concurso!
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MEDIAÇÃO E (EMIFCHS07) Identificar (EMIFLGG07) Identificar e O principal objetivo do eixo Mediação e


INTERVENÇÃO e explicar situações em explicar questões socioculturais e Intervenção Social é a ampliação da capacidade do
SOCIAL que ocorram conflitos, ambientais passíveis de mediação estudante de utilizar conhecimentos relacionados
(EMIFCG06) Difundir desequilíbrios e ameaças e intervenção por meio de práticas às áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
novas ideias, a grupos sociais, à de linguagem. e Linguagens para o planejamento e a realização
propostas, obras ou diversidade de modos (EMIFLGG08) Selecionar e de projetos de interesse pessoal e/ou coletivo
soluções por meio de de vida, às diferentes mobilizar intencionalmente que contribuam com a sociedade, no combate a
diferentes linguagens, identidades culturais e ao conhecimentos e recursos das conflitos, desequilíbrios, preconceitos e ameaças
mídias e plataformas, meio ambiente, em âmbito práticas de linguagem para propor a grupos sociais, diversidade cultural, diferentes
analógicas e digitais, local, regional, nacional e/ ações individuais e/ou coletivas identidades e meio ambiente, em âmbito local,
com confiança e ou global, com base em de mediação e intervenção regional, nacional e/ou global.
coragem, assegurando fenômenos relacionados às sobre formas de interação e de Para que o estudante aprofunde o conhecimento,
que alcancem os Ciências Humanas e Sociais atuação social, artístico-cultural objetivando a prática da cidadania de forma
interlocutores Aplicadas. ou ambiental, visando colaborar ética, democrática e reflexiva, no combate a
pretendidos. (EMIFCHS08) Selecionar e para o convívio democrático e qualquer tipo de preconceito e/ou estereotipia,
(EMIFCG07) mobilizar intencionalmente republicano com a diversidade o professor oferecerá momentos de análise,
Reconhecer e conhecimentos e recursos humana e para o cuidado com o diálogo, discussão, identificação e explicação
analisar questões das Ciências Humanas meio ambiente. sobre questões sociais, culturais, ambientais,
sociais, culturais e e Sociais Aplicadas para (EMIFLGG09) Propor e testar de saúde pública, entre outras, relacionadas à
ambientais diversas, propor ações individuais e/ estratégias de mediação e realidade na qual se vive e em que se pretende
identificando e ou coletivas de mediação intervenção sociocultural atuar, levando em consideração valores éticos e
incorporando valores e intervenção sobre e ambiental, selecionando coletivos e/ou colaborativos. Assim, ele irá propor
importantes para problemas de natureza adequadamente elementos das tarefas e testes que trabalhem e fundamentem
si e para o coletivo sociocultural e de natureza diferentes linguagens. reflexões e hipóteses criativas e inovadoras, no
que assegurem a ambiental, em âmbito desenvolvimento dos temas propostos para o
tomada de decisões local, regional, nacional e/ itinerário a partir das questões e necessidades
conscientes, ou global, baseadas no locais.
consequentes, respeito às diferenças, Dessa forma, o estudante desenvolverá projetos
colaborativas e na escuta, na empatia de intervenção e mediação social, que mobilizem o
responsáveis. e na responsabilidade seu entorno, a partir da curadoria de informação,
(EMIFCG08) socioambiental. seleção de dados oficiais e/ou retirados de fontes
Compreender (EMIFCHS09) Propor e testar confiáveis (impressas ou digitais) e de discursos/
e considerar a estratégias de mediação e textos normativos, legais e jurídicos que regulam a
situação, a opinião intervenção para resolver convivência em sociedade, assim como discursos/
e o sentimento do problemas de natureza textos propositivos e reivindicatórios (petições,
outro, agindo com sociocultural e de natureza manifestos etc.), escuta da comunidade, reflexão,
empatia, flexibilidade ambiental, em âmbito debate, planejamento e execução de ações
e resiliência para local, regional, nacional e/ individuais, coletivas e/ou colaborativas, por
promover o diálogo, ou global, relacionados às meio da seleção, produção e registro de textos
a colaboração, Ciências Humanas e Sociais argumentativos, orais, escritos e multissemióticos.
a mediação e Aplicadas Estes projetos podem ser elaborados utilizando
resolução de elementos das linguagens (música, teatro, dança
conflitos, o combate e artes visuais) e conceitos centrais da área de
ao preconceito e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas na criação de
a valorização da jogos eletrônicos; campanhas de conscientização
diversidade. e mobilização popular, vinculadas a ações de
responsabilidade social; propostas de combate
à violência em suas diferentes manifestações;
discussão das questões raciais, das diversidades,
entre outras; e conscientização e sustentabilidade
das relações sociais, socioculturais e
socioambientais voltadas à valorização de aspectos
da cultura local e à transformação do indivíduo e
da sociedade.

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EMPREENDEDORISMO (EMIFCHS10) Avaliar (EMIFLGG10) Avaliar como Para o eixo Empreendedorismo, pressupõe-
(EMIFCG10) como oportunidades, oportunidades, conhecimentos se que o estudante avalie e formule
Reconhecer e conhecimentos e recursos e recursos relacionados às várias propostas concretas e articuladas, mediante
utilizar qualidades e relacionados às Ciências linguagens podem ser utilizados na conhecimentos e recursos relacionados às
fragilidades pessoais Humanas e Sociais Aplicadas concretização de projetos pessoais Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e às
com confiança podem ser utilizadas na ou produtivos, considerando as Linguagens, para o desenvolvimento e a
para superar concretização de projetos diversas tecnologias disponíveis e realização de empreendimentos pessoais,
desafios e alcançar pessoais ou produtivos, os impactos socioambientais. sociais e culturais, entre outros, na perspectiva
objetivos pessoais e em âmbito local, regional, (EMIFLGG11) Selecionar e de uma participação cidadã, considerando seu
profissionais, agindo nacional e/ou global, mobilizar intencionalmente projeto de vida pessoal e/ou profissional.
de forma proativa considerando as diversas conhecimentos e recursos das O professor, no contexto do
e empreendedora tecnologias disponíveis, os práticas de linguagem para empreendedorismo, estimulará o protagonismo
e perseverando em impactos socioambientais, desenvolver um projeto pessoal ou juvenil e a valorização da liberdade,
situações de estresse os direitos humanos e a um empreendimento produtivo. cooperação, autonomia e convivência
frustração, fracasso e promoção da cidadania. (EMIFLGG12) Desenvolver democrática. Assim, oportunizará a mobilização
adversidade. (EMIFCHS11) Selecionar e projetos pessoais ou produtivos, de conhecimentos, atitudes e valores capazes
(EMIFCG11) Utilizar mobilizar intencionalmente utilizando as práticas de linguagens de orientar o estudante a alinhar suas
estratégias de conhecimentos e recursos socialmente relevantes, em escolhas pessoais e profissionais ao exercício
planejamento, das Ciências Humanas diferentes campos de atuação, da cidadania ativa, utilizando diferentes
organização e e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, linguagens, mídias e ferramentas digitais nos
empreendedorismo para desenvolver um articuladas com o projeto de vida. processos de produção individual, coletiva
para estabelecer projeto pessoal ou um e/ou colaborativa de projetos autorais, nos
e adaptar metas, empreendimento produtivo, ambientes digitais disponíveis, que o auxiliarão
identificar caminhos, em âmbito local, regional, na leitura e compreensão do conteúdo e no
mobilizar apoios e nacional e/ou global. desenvolvimento do projeto/produto que
recursos, para realizar (EMIFCHS12) Desenvolver decidir construir a partir da temática escolhida.
projetos pessoais projetos pessoais ou É fundamental, nesse processo, que o estudante
e produtivos com produtivos, utilizando as mobilize suas experiências e repertórios e utilize as
foco, persistência e Ciências Humanas e Sociais diversas tecnologias disponíveis, de maneira ética,
efetividade. Aplicadas para formular estética, criativa e inovadora, levando em conta os
(EMIFCG12) Refletir propostas concretas, impactos socioambientais para problemas reais.
continuamente articuladas com o projeto Nesse contexto, terá oportunidade de assumir o
sobre seu próprio de vida, em âmbito local, posicionamento mediante argumentação, com o
desenvolvimento e regional, nacional e/ou cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
sobre seus objetivos global. na pesquisa, buscando apresentar conclusões
presentes e futuros, com o uso de diferentes mídias, em diferentes
identificando campos de atuação, reconhecendo, selecionando,
aspirações e sistematizando, mobilizando e utilizando os
oportunidades, conhecimentos e recursos das práticas de
inclusive relacionadas Linguagens e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
ao mundo do no planejamento e execução de seu projeto.
trabalho, que A simulação de empreendimentos pessoais
orientem escolhas, e profissionais articulados com as demandas
esforços e ações em sociais pode gerar, como produto final (no
relação à sua vida contexto deste eixo), um projeto de pesquisa,
pessoal, profissional e uma startup, uma ação socioambiental, o
cidadã. desenvolvimento de um aplicativo que atenda
a interesses pessoais e/ou à resolução de
problemas, enfim, empreendimentos acessíveis
e sustentáveis, de tal forma que o estudante
se reconheça como apto para investir em um
projeto.

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a solução para o seu concurso!
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4.(VUNESP - Professor de Educação Básica (Pref Cerquilho)


QUESTÕES A organização do currículo da Educação Infantil na Base Nacio-
nal Comum Curricular está estruturada em cinco campos de expe-
riências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendi-
zagem e desenvolvimento. Estes constituem um arranjo curricular
1.(VUNESP - Professor (Pref Bebedouro)
que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidia-
“Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-moto-
na das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos
ra, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
que fazem parte do patrimônio cultural. De acordo com esse docu-
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cientí-
mento (BNCC), os referidos campos de experiências são:
fica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias
(A) o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços,
e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que le-
sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação;
vem ao entendimento mútuo”.
espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Esta formulação, expressa na Base Nacional Comum Curricular
(B) a família e as pessoas; postura e movimento corporal; figu-
(BNCC), refere-se a
ras e formas; linguagem, imaginação e reflexão; quantidades,
(A) uma definição de interdisciplinaridade.
números, relações e proporções.
(B) uma das propostas de estratégias didático-pedagógicas di-
(C) psicomotricidade; a dinâmica do corpo; a música e os ins-
versificadas.
trumentos; escuta, fala e raciocínio; os numerais e a resolução
(C) uma das competências gerais da educação básica.
de problemas.
(D) um exemplo de campo de experiências do ensino funda-
(D) o desenvolvimento físico; a atenção e a concentração; as
mental.
diferentes formas de linguagem; interação e socialização; o ra-
(E) um dos conteúdos mínimos que norteiam os currículos.
ciocínio e a resolução de problemas.
(E) o conhecimento sobre si e os outros; ritmos, dança, corpo
2.(VUNESP - Professor (Pref Guaratinguetá)
e movimento; desenhos, formas e cores; os diferentes tipos de
O documento “Base Nacional Comum Curricular (Estrutura da
linguagens; quantidades, números e relações.
Base)” enfatiza que a organização das habilidades do Ensino Médio
na BNCC tem como objetivo
5.(VUNESP - Professor de Educação Básica (Pref Cerquilho)
(A) articular essa etapa da escolarização com o ensino profis-
Albuquerque (2006) afirma que “predominantemente durante
sionalizante e a preparação para o mundo do trabalho.
todo o século XX, o ensino da leitura e da escrita centrado no de-
(B) criar dispositivos que diminuam a evasão escolar pela iden-
senvolvimento da habilidade de decodificação/ decifração do texto
tificação dos jovens com os conteúdos que estudam.
escrito relaciona-se a um tipo específico de letramento: o escolar”.
(C) preparar de modo mais satisfatório a passagem do jovem
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), essa abordagem é
do ensino médio ao ensino superior.
(A) criticada, considerando-se que o domínio de regras não leva
(D) definir claramente as aprendizagens essenciais a serem ga-
os alunos, necessariamente, a se tornarem bons leitores e bons
rantidas aos estudantes nessa etapa.
produtores de textos.
(E) promover a interdisciplinaridade como ferramenta metodo-
(B) vista com reservas, considerando-se que, quanto à leitura,
lógica indispensável para a formação integral do aluno.
ela atinge plenamente seus objetivos, o mesmo não ocorrendo
em relação à produção de textos.
3.(VUNESP - Professor de Educação Básica II (Pref Olímpia)
(C) enaltecida, considerando-se que ela permite uma visão crí-
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é oficialmente ca-
tica dos processos de leitura e produção textual, garantindo ao
racterizada como
aluno os saberes básicos da língua.
(A) lei que disciplina a educação escolar, estabelecendo as dire-
(D) questionada, considerando-se que se baseia em práticas de
trizes e bases para instituições públicas e privadas, bem como
leitura e produção bastante restritivas, uma vez que se assen-
a organização e a atribuição dos sistemas de ensino da União,
tam numa concepção dialógica da linguagem.
dos Estados e dos Municípios.
(E) defendida, considerando-se que permite a ampliação do co-
(B) documento de caráter normativo que define o conjunto or-
nhecimento linguístico e discursivo, uma vez que a concepção
gânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito
de linguagem subjacente a ela é de prática social.
das crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica
escolar.
6.(VUNESP - Professor (Campinas)
(C) plano que determina diretrizes, metas e estratégias para a
Nas propostas pedagógicas atuais, conforme os PCNs (1997,
política educacional no período de 2018 a 2028.
apud Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino Fun-
(D) documento que estabelece os fins sociais da educação,
damental – Anos Iniciais: Campinas), é considerado o eixo organi-
bem como os direitos e deveres individuais e coletivos perante
zador das práticas de ensino de Língua Portuguesa o trabalho com
a condição peculiar da criança e do adolescente em período
(A) as variedades linguísticas.
de desenvolvimento, a fim de garantir proteção integral a tais
(B) as regras ortográficas.
sujeitos.
(C) os gêneros textuais.
(E) documento que fixa as diretrizes curriculares nacionais para
(D) as tipologias textuais.
o ensino fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na
(E) a alfabetização das crianças.
organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unida-
des escolares.

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a solução para o seu concurso!
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7.( VUNESP - Professor (Pref Dois Córregos) 10.VUNESP-SP


De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua O Currículo Paulista para o Ensino Médio destaca a importância de a
Portuguesa (1998), o ensino e a aprendizagem de Língua Portugue- escola promover a reflexão sobre os impactos das tecnologias no mundo
sa são práticas resultantes da articulação de três variáveis: o aluno, contemporâneo. Assinale a alternativa que apresenta uma atividade que
os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem poderia ser desenvolvida em sala de aula para abordar esse tema.
e a mediação do professor. Na perspectiva desse documento, a se- (A) Propor a leitura de um texto literário clássico para discutir
gunda variável diz respeito aos conhecimentos as transformações da sociedade ao longo do tempo.
(A) gramático-normativos. (B) Realizar uma pesquisa sobre os benefícios das tecnologias
(B) discursivo-textuais e linguísticos. para a saúde e o bem-estar das pessoas.
(C) cognitivo e metacognitivo. (C) Debater as notícias divulgadas nos principais portais de no-
(D) sociais, históricos e educacionais. tícias sobre as últimas novidades tecnológicas.
(E) sociolinguístico variacionista. (D) Analisar as mudanças na comunicação e na produção de
informação com o surgimento das redes sociais.
8.(VUNESP - 2019 - SEDUC-SP - Supervisor de Ensino)
Alceu, preparando-se para a prova do concurso ao cargo de
Supervisor de Ensino estadual paulista, recorreu à “Proposta Cur-
ricular do Estado de São Paulo – SE SP” (2012) para estudar o tema GABARITO
“métodos, técnicas e instrumentos de acompanhamento do traba-
lho pedagógico na escola”. De acordo com essa proposta, um cur-
rículo que promove competências tem o compromisso de articular 1 C
as disciplinas e as atividades escolares com aquilo que se espera
que os alunos aprendam ao longo dos anos”. Essas competências 2 D
caracterizam modos de ser, raciocinar e interagir que podem ser 3 B
depreendidos das ações e tomadas de decisão, em contextos de
problemas, tarefas ou atividades. Graças a elas, pode-se 4 A
(A) a partir de testes padronizados, formar turmas homogêne- 5 A
as para facilitar o trabalho pedagógico.
6 C
(B) treinar os estudantes para que se saiam bem nas avaliações
externas, as quais são baseadas nessas competências. 7 B
(C) articular os conteúdos curriculares com atividades laborais, 8 D
preparando os estudantes para o mercado de trabalho.
(D) inferir se a escola como instituição está cumprindo bem o 9 B
papel que se espera dela e pode-se acompanhar o trabalho pe- 10 D
dagógico.
(E) preparar os alunos para prosseguirem estudos no nível su-
perior, com garantia de sucesso. ANOTAÇÕES
9.VUNESP-SP
Segundo o Currículo Paulista para o Ensino Médio, uma das ______________________________________________________
competências gerais que os alunos devem desenvolver é “trabalhar
em equipe, com solidariedade e respeito, e exercitar a empatia, o ______________________________________________________
diálogo, a negociação e a mediação de conflitos.” Assinale a alter-
nativa que apresenta uma habilidade específica relacionada a essa ______________________________________________________
competência.
______________________________________________________
(A) Resolver problemas de forma individual, sem considerar a
opinião dos colegas. ______________________________________________________
(B) Colaborar para a realização de tarefas em grupo, conside-
rando as diferentes perspectivas e opiniões dos membros da ______________________________________________________
equipe.
(C) Argumentar de forma autoritária e impor suas ideias aos ______________________________________________________
colegas.
(D) Ignorar os conflitos entre colegas e focar apenas nas suas ______________________________________________________
próprias tarefas.
______________________________________________________

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