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7908433220015
SOROCABA
CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA
ESTADO DE SÃO PAULO - SP
Oficial Legislativo
CONCURSO PÚBLICO 01/2022
DICA
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA
Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br
Vamos juntos!
ÍNDICE
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que impri-
mem às relações que estabelecem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6. Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
7. Colocação pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8. Crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Noções de Informática
1. MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e
pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. MS-Office 2016, MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
3. MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos,
uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de pági-
nas, obtenção de dados externos, classificação de dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções
de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre
slides. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6. Internet: navegação internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
ÍNDICE
Conhecimentos Específicos
Oficial Legislativo
1. Noções de Direito Administrativo: Servidores públicos: Conceito e classificação. Deveres e proibições dos servidores públicos. Regime
disciplinar dos servidores públicos. Sanções disciplinares. Processo administrativo disciplinar: apuração preliminar e sindicância. Re-
sponsabilidade civil dos servidores públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Bens Públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3. Atos administrativos. Ato administrativo e fato administrativo. Conceito, classificação, espécies de ato administrativo. Existência, vali-
dade e eficácia do ato administrativo. Elementos e pressupostos. Atributos. Extinção e modificação do ato administrativo. Revogação.
Retificação e invalidação. Convalidação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Processo administrativo: conceito, requisitos, objetivos, fases, espécies, princípios do processo administrativo. . . . . . . . . . . . . . . 25
5. Licitações públicas. Lei Federal nº 8.666/93. Dever de licitar, Princípios da licitação. Modalidades licitatórias. Pregão, Lei Federal
10.520/02. Processo licitatório. Registros cadastrais. Registro de preços. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6. Contratos administrativos. Conceito, natureza jurídica. Peculiaridade e características dos contratos administrativos. Prazo e pror-
rogação do contrato. Formalidades, instrumento contratual. Eficácia. Extinção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
7. Processo legislativo constitucional; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8. Lei Federal Complementar nº 95, de 1998; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
9. Decreto Federal nº 9.191, de 2017. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que impri-
mem às relações que estabelecem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6. Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
7. Colocação pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8. Crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
LÍNGUA PORTUGUESA
1
LÍNGUA PORTUGUESA
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo CACHORROS
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu-
tável). Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
– Retorne ao texto sempre que necessário. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
enunciados das questões. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
– Reescreva o conteúdo lido. se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
picos ou esquemas. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa- outro e a parceria deu certo.
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu-
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
distração, mas também um aprendizado. sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- As informações que se relacionam com o tema chamamos de
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
do texto. de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na capaz de identificar o tema do texto!
prova.
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi- Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can- -secundarias/
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
extrapole a visão dele. TEXTOS VARIADOS
2
LÍNGUA PORTUGUESA
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Exemplo:
Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
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LÍNGUA PORTUGUESA
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, vencer o leitor a concordar com ele.
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apre- Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
ensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não de destaque sobre algum assunto de interesse.
estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira alea-
tória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que berdade para quem recebe a informação.
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Fato
Diferença entre compreensão e interpretação O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- Interpretação
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No sas, previmos suas consequências.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
dárias. tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente ças sejam detectáveis.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Exemplos de interpretação:
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
encaminham-se diretamente para um desfecho. tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- do que com a filha.
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O Opinião
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais que fazemos do fato.
curto. Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
como horas ou mesmo minutos. anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de do que com a filha. Ela foi egoísta.
imagens.
4
LÍNGUA PORTUGUESA
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên- tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
mos expressando nosso julgamento. mais direto.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando NÍVEIS DE LINGUAGEM
analisamos um texto dissertativo.
Definição de linguagem
Exemplo: Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
com o sofrimento da filha. gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
e o do leitor. e caem em desuso.
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí- escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
odo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
sem coerência.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Gíria (Vinícius de Moraes)
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa- A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos. instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comportamentos, nas leis jurídicas.
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode Características principais:
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
de pequenos grupos ou cair em desuso. bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
“mina”, “tipo assim”. • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco Exemplo:
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
comida”. na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
Linguagem regional que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- perior para formação de oficiais.
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Características principais: GÊNEROS TEXTUAIS
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté- de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
gestão/solução). síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e ais que neles predominam.
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Descritivo Diário
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Relatos (viagens, históricos, etc.)
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Biografia e autobiografia
Notícia
Exemplo: Currículo
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Lista de compras
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Cardápio
administração política (tese), porque a força governamental certa- Anúncios de classificados
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Injuntivo Receita culinária
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Bula de remédio
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Manual de instruções
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Regulamento
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Textos prescritivos
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Expositivo Seminários
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Palestras
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Conferências
cobrança efetiva (conclusão). Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Tipo textual narrativo Enciclopédia
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Verbetes de dicionários
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Carta de opinião
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Resenha
Artigo
Características principais: Ensaio
• O tempo verbal predominante é o passado. Monografia, dissertação de mes-
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- trado e tese de doutorado
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
Narrativo Romance
onisciente).
Novela
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
Crônica
prosa, não em verso.
Contos de Fada
Fábula
Exemplo:
Lendas
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- nitos e mudam de acordo com a demanda social.
rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
Nelson S. Oliveira INTERTEXTUALIDADE
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurre- A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
ais/4835684 seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
ambos: forma e conteúdo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri- Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
provérbios, charges, dentre outros. mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
Tipos de Intertextualidade domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen- que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se- O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- enunciador está propondo.
ticos. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
significa a “repetição de uma sentença”. admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha mento de premissas e conclusões.
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) A é igual a B.
e “graphé” (escrita). A é igual a C.
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção Então: C é igual a B.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- que C é igual a A.
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Outro exemplo:
“citação” (citare) significa convocar. Todo ruminante é um mamífero.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros A vaca é um ruminante.
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois Logo, a vaca é um mamífero.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem. também será verdadeira.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ARGUMENTAÇÃO a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
propõe. instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir outro fundado há dois ou três anos.
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
vista defendidos. pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas der bem como eles funcionam.
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
sos de linguagem. na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
escolher entre duas ou mais coisas”. não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
zado numa dada cultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de Argumento Argumento quase lógico
Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa- É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu- e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
mento. Exemplo: chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
Argumento de Autoridade elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur- Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver- correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
dadeira. Exemplo: tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para indevidas.
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
cimento. Nunca o inverso. Argumento do Atributo
Alex José Periscinoto. É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor- que é mais grosseiro, etc.
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
acreditar que é verdade. tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
de.
Argumento de Quantidade Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
largo uso do argumento de quantidade. dizer dá confiabilidade ao que se diz.
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
Argumento do Consenso de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não por bem determinar o internamento do governador pelo período
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- tal por três dias.
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
carentes de qualquer base científica. Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
Argumento de Existência ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas texto tem sempre uma orientação argumentativa.
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
do que dois voando”. homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa outras, etc. Veja:
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela vam abraços afetuosos.”
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na-
vios, etc., ganhava credibilidade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida como dis-
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse cussão, debate, questionamento, o que implica a liberdade de pen-
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até, samento, a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente.
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. A liberdade de questionar é fundamental, mas não é suficiente para
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra- organizar um texto dissertativo. É necessária também a exposição
tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros: dos fundamentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am- de vista.
plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá- Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.
positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
injustiça, corrupção). seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para
ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
o argumento. ver as seguintes habilidades:
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con- - argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total-
atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por mente contrária;
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os
que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta-
uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir ria contra a argumentação proposta;
outros à sua dependência política e econômica”. - refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
ta.
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
o assunto, etc). válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
dades não se prometem, manifestam-se na ação. ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
comportamento. da verdade:
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - evidência;
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- - divisão ou análise;
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio - ordem ou dedução;
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em - enumeração.
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen-
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
mica e até o choro. e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
caracteriza a universalidade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo- Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda-
particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem
silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os
uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par-
conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio
verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
o efeito. Exemplo: que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
pesquisa.
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
Fulano é homem (premissa menor = particular) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
Logo, Fulano é mortal (conclusão) todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia- síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém,
se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par- reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu
te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci- o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo: todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina-
O calor dilata o ferro (particular) das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então,
O calor dilata o bronze (particular) o relógio estaria reconstruído.
O calor dilata o cobre (particular) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
O ferro, o bronze, o cobre são metais meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, relacionadas:
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de lha dos elementos que farão parte do texto.
sofisma no seguinte diálogo: Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
- Lógico, concordo. racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
- Claro que não! por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Exemplos de sofismas: lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Dedução confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Todo professor tem um diploma (geral, universal) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Fulano tem um diploma (particular) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro- sabiá, torradeira.
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
ados nos sentimentos não ditados pela razão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé- - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui
tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais - deve ser breve (contida num só período). Quando a definição,
importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos
o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan-
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração dida;d
do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou - deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) +
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as
(Garcia, 1973, p. 302304.) diferenças).
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres- As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de
sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio- paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que
nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam. consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala-
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição vra e seus significados.
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
de vista sobre ele. pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- mentação coerente e adequada.
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
- o termo a ser definido; sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
- o gênero ou espécie; são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
- a diferença específica. expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
ma espécie. Exemplo: raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
Elemento especiediferença relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
a ser definidoespecífica nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é virtude de, em vista de, por motivo de.
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
ou instalação”; interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os assim, desse ponto de vista.
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade;
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
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LÍNGUA PORTUGUESA
Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi-
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são dade da afirmação;
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de- Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis-
pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de- te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto-
pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, ridade que contrariam a afirmação apresentada;
respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de-
espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes.
interior, nas grandes cidades, no sul, no leste... Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra-
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta- argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é
belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos que gera o controle demográfico”.
que, melhor que, pior que. Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se: desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- elaboração de um Plano de Redação.
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer tecnológica
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais ta, justificar, criando um argumento básico;
caráter confirmatório que comprobatório. - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli- construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse (rever tipos de argumentação);
caso, incluem-se - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
mortal, aspira à imortalidade); dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ-
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- ência);
dos e axiomas); - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- argumento básico;
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
parece absurdo). mento básico;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con- partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
cretos, estatísticos ou documentais. menos a seguinte:
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau- Introdução
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência. - função social da ciência e da tecnologia;
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações, - definições de ciência e tecnologia;
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opini- - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
ões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada,
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que ex- Desenvolvimento
presse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade vimento tecnológico;
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- condições de vida no mundo atual;
gumentação: - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- desenvolvidos;
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- sado; apontar semelhanças e diferenças;
dadeira; - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
banos;
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LÍNGUA PORTUGUESA
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
mais a sociedade. estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
Conclusão das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ- elementos formativos de um texto.
ências maléficas; A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
apresentados. elementos textuais.
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda- de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
ção: é um dos possíveis. sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na imediato a coerência de um discurso.
criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis- A coerência:
tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
é inserida. tual;
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
não se restringindo única e exclusivamente a textos literários. o aspecto global do texto;
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, Coesão
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
textos caracterizada por um citar o outro. numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a tem-se a coesão lexical.
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema nentes do texto.
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
mencionar um provérbio conhecido. que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou- do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi- A coesão:
zá-lo ou ao compará-lo com outros. - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- componentes do texto;
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con-
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a compre- diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
ensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de mobili- é inserida.
zar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coerente, além O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada. não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume
Coerência a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se- escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na textos caracterizada por um citar o outro.
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
outra”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro-
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex-
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos termo “citação” (citare) significa convocar.
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros
mencionar um provérbio conhecido. textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- Pastiche é uma recorrência a um gênero.
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi-
zá-lo ou ao compará-lo com outros. A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum a recriação de um texto.
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con- produtor e ao receptor de textos.
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi- A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
Tipos de Intertextualidade daquela citação ou alusão em questão.
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali- implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
dade. ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá- A intertextualidade explícita:
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as – é facilmente identificada pelos leitores;
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. – estabelece uma relação direta com o texto fonte;
– apresenta elementos que identificam o texto fonte;
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto – não exige que haja dedução por parte do leitor;
é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea- – apenas apela à compreensão do conteúdos.
firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com
outras palavras o que já foi dito. A intertextualidade implícita:
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- – não é facilmente identificada pelos leitores;
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto – não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, – não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica te dos leitores;
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces- – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca a compreensão do conteúdo.
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- PONTO DE VISTA
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
demagogia praticada pela classe dominante. vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” servador e o narrador-personagem.
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A Primeira pessoa
cultura é o melhor conforto para a velhice”. Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
só descobrimos ao decorrer da história.
15
LÍNGUA PORTUGUESA
Segunda pessoa
O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diálogo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta quase
como outro personagem que participa da história.
Terceira pessoa
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas observasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em primei-
ra pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como alguém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse.
Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmitida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada
por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a
leitura não fique confuso.
Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.
Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.
O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.
Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.
Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!
Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:
Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.
As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:
https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/
Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.
PONTUAÇÃO
Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organi-
zar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da
sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns sinais
gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ...
]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo
[ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).
Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.
Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?
Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclamativa.
Ex: Que bela festa!
Reticências ( ... )
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com breve
espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo.
Ex: Essa festa... não sei não, viu.
Dois-pontos ( : )
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva.
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
17
LÍNGUA PORTUGUESA
Ponto e vírgula ( ; ) Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, é necessária:
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Ontem, Maria foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. Maria, ontem, foi à padaria.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- À padaria, Maria foi ontem.
bém uma linda decoração e bebidas caras.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Travessão ( — ) sário:
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- ção.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- serem observadas na redação oficial.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de • Separa aposto.
um diálogo, com ou sem aspas. Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. • Separa vocativo.
Brasileiros, é chegada a hora de votar.
Parênteses e colchetes ( ) – [ ] • Separa termos repetidos.
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico Aquele aluno era esforçado, esforçado.
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên- • Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi- efeito, digo.
rem uma nova inserção. O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- ou seja, de fácil compreensão.
vernador)
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
Aspas ( “ ” ) tos).
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain- • Separa orações coordenadas assindéticas.
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. ideias na cabeça...
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação dos substantivos b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/ testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/ c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
sua estrutura. macaco/sabão para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
o/a estudante, o/a colega.
SUBSTANTIVOS Macacos-prego/ • Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
COMPOSTOS: são formados porta-voz/ – Singular: anzol, tórax, próton, casa.
por mais de um radical em sua pé-de-moleque – Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
estrutura.
SUBSTANTIVOS Casa/ • Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
PRIMITIVOS: são os que dão mundo/ diminutivo.
origem a outras palavras, ou população – Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
seja, ela é a primeira. /formiga – Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
SUBSTANTIVOS Caseiro/mundano/ – Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.
DERIVADOS: são formados populacional/formigueiro
por outros radicais da língua. Adjetivo
SUBSTANTIVOS Rodrigo É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substanti-
PRÓPRIOS: designa /Brasil vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão
determinado ser entre outros /Belo Horizonte/Estátua composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo
da mesma espécie. São da Liberdade por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um ad-
sempre iniciados por letra jetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
maiúscula. vespertino).
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
Flexão do Adjetivos
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
• Gênero:
uma mesma espécie.
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
SUBSTANTIVOS Leão/corrente no: homem feliz, mulher feliz.
CONCRETOS: nomeiam seres /estrelas/fadas – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
com existência própria. Esses /lobisomem para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
seres podem ser animadoso /saci-pererê japonesa, aluno chorão/ aluna chorona.
ou inanimados, reais ou
imaginários. • Número:
SUBSTANTIVOS Mistério/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
ABSTRATOS: nomeiam bondade/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
ações, estados, qualidades confiança/ res, japonês/ japoneses.
e sentimentos que não tem lembrança/ – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
existência própria, ou seja, só amor/ branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
existem em função de um ser. alegria
• Grau:
SUBSTANTIVOS Elenco (de atores)/ – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
COLETIVOS: referem-se a um acervo (de obras rioso (do) que o seu.
conjunto de seres da mesma artísticas)/buquê (de flores) – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
espécie, mesmo quando rioso (do) que o seu.
empregado no singular e – Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
constituem um substantivo quanto o seu.
comum. – Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS mo.
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI! – Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
moso.
Flexão dos Substantivos – Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi- mais famoso de todos.
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou – Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
uniformes nos famoso de todos.
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o Artigo
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina É uma palavra variável em gênero e número que antecede o
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em • Classificação e Flexão do Artigos
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. – Artigos Definidos: o, a, os, as.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá- O menino carregava o brinquedo em suas costas.
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira As meninas brincavam com as bonecas.
macho/palmeira fêmea. – Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
19
LÍNGUA PORTUGUESA
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.
Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.
Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.
• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser
variáveis e invariáveis.
Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.
• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).
• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes
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LÍNGUA PORTUGUESA
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.
Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.
Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).
• Conjunções Coordenativas
• Conjunções Subordinativas
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LÍNGUA PORTUGUESA
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
Comparativas
etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações das
pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a fun-
ção de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da Sintaxe.
Concordância Nominal
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se re-
ferem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amistosa.
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de acordo com o substantivo a que se referem:
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quando
advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou meia dúzia de ovos.
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o substantivo estiver determinado por artigo:
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Concordância Verbal
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enormes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Colocação do pronome átono nas locuções verbais – Expressões fixas
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve- crase:
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal. à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à vonta-
Exemplos: de, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às pres-
Devo-lhe dizer a verdade. sas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à direita,
Devo dizer-lhe a verdade. à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escondidas, à
medida que, à proporção que.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes • NUNCA devemos usar crase:
do auxiliar ou depois do principal. – Antes de substantivos masculinos:
Exemplos: Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a pé.
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade. – Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou plu-
ral) usado em sentido generalizador:
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, Depois do trauma, nunca mais foi a festas.
o pronome átono ficará depois do auxiliar. Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho-
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. mem.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do – Antes de artigo indefinido “uma”
auxiliar. Iremos a uma reunião muito importante no domingo.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
– Antes de pronomes
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa.
do infinitivo.
Exemplos: Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela.
Hei de dizer-lhe a verdade. A quem vocês se reportaram no Plenário?
Tenho de dizer-lhe a verdade. Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
1. (FMPA – MG)
CRASE Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente
aplicada:
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a (A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome (B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
demonstrativo. (C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) (D) Devemos ser fieis aos cumprimento do dever.
(E) A cessão de terras compete ao Estado.
• Devemos usar crase:
– Antes palavras femininas: 2. (UEPB – 2010)
Iremos à festa amanhã Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos
Mediante à situação. maiores nomes da educação mundial na atualidade.
O Governo visa à resolução do problema.
Carlos Alberto Torres
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de” 1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por-
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: 3
pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diversida-
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. de não só em ideias contrapostas, mas também em 5identidades que
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diversidade está
Mas... há crase, sim! relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fos-
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. se uma boa articulação 10dessa descrição demográfica em termos de
constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a pre-
sença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade
porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder,
de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe.
[…]
25
LÍNGUA PORTUGUESA
Rosa Maria Torres 4. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17político II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e pela qual III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil
temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de reconhecer para os carros e os pedestres.
que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a escola deve
adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o tema da diver- Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de homô-
sidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas indesejadas. nimos e parônimos.
[…] (A) I e III.
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e (B) II e III.
possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. (C) II apenas.
(D) Todas incorretas.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que 5. (UFMS – 2009)
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo se- Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de
mântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperônimo, Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em
em relação à “diversidade”. 30/09/08. Em seguida, responda.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi- “Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con-
dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu
no paradigma argumentativo do enunciado. cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em
III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso colo- vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-
quial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversidade mente do jeito correto.
e identidade”. Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposição(ões) do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, esse
verdadeira(s). animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que de-
(A) I, apenas víamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é pro-
(B) II e III nunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática
(C) III, apenas na cabeça.
(D) II, apenas Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-
(E) I e II -adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me
libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa
3. (UNIFOR CE – 2006) prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmula,
Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televisões lá vinham as palavras mágicas.
hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao resgate Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha
de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um rio. Assis- evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.
ti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o silêncio – Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.
em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as suas ocu- – Ainda não fomos apresentados – ela disse.
pações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Perguntei-me: – É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.
indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra, indiferença é – E ele faz o quê?
sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e de negligência. – Atrapalha a gente na hora de escrever.
Mas podemos considerá-la também uma forma de ceticismo e de- Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia
sinteresse, um “estado físico que não apresenta nada de particular”; usar trema nem se lembrava da regrinha.
enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralidade. Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis diante certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se conseguirei
da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa indiferen- escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso,
ça. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, seguimos surdos peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servirão ao me-
ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de massa “quentes” nos para determinar minha idade.
(lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na igualdade, – Esse aí é do tempo do trema.”
passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e distância são fenô-
menos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos estrangeiros ao Assinale a alternativa correta.
destino de nossos semelhantes. […] (A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável monstro
(Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si.
2001. p.68) (B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a
norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substituí-
Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo- da por “nós”.
cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se o (C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito
contexto, é correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de
(A) ceticismo. acordo com a norma culta da língua portuguesa.
(B) desdém. (D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça
(C) apatia. e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema.
(D) desinteresse. (E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no
(E) negligência. texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido.
26
LÍNGUA PORTUGUESA
6. (FMU) Leia as expressões destacadas na seguinte passagem: 12. (IBFC – 2013) Leia as sentenças:
“E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero É preciso que ela se encante por mim!
na salada – o meu jeito de querer bem.” Tais expressões exercem, Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo.
respectivamente, a função sintática de:
(A) objeto indireto e aposto Assinale abaixo a alternativa que classifica, correta e respectiva-
(B) objeto indireto e predicativo do sujeito mente, as orações subordinadas substantivas (O.S.S.) destacadas:
(C) complemento nominal e adjunto adverbial de modo (A) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. objetiva indireta.
(D) complemento nominal e aposto (B) O.S.S. subjetiva e O.S.S. completiva nominal
(E) adjunto adnominal e adjunto adverbial de modo (C) O.S.S. subjetiva e O.S.S. objetiva indireta.
(D) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. completiva nominal.
7. (PUC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “De-
pressa esqueci o Quincas Borba”. 13. (ADVISE-2013) Todos os enunciados abaixo correspondem a
(A) objeto direto orações subordinadas substantivas, exceto:
(B) sujeito (A) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
(C) agente da passiva (B) Desejo que ela volte.
(D) adjunto adverbial (C) Gostaria de que todos me apoiassem.
(E) aposto (D) Tenho medo de que esses assessores me traiam.
(E) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem.
8. (MACK-SP) Aponte a alternativa que expressa a função sintáti-
ca do termo destacado: “Parece enfermo, seu irmão”. 14. (PUC-SP) “Pode-se dizer que a tarefa é puramente formal.”
(A) Sujeito No texto acima temos uma oração destacada que é ________e
(B) Objeto direto um “se” que é . ________.
(C) Predicativo do sujeito (A) substantiva objetiva direta, partícula apassivadora
(D) Adjunto adverbial (B) substantiva predicativa, índice de indeterminação do sujeito
(E) Adjunto adnominal (C) relativa, pronome reflexivo
(D) substantiva subjetiva, partícula apassivadora
9. (OSEC-SP) “Ninguém parecia disposto ao trabalho naquela (E) adverbial consecutiva, índice de indeterminação do sujeito
manhã de segunda-feira”.
(A) Predicativo 15. (UEMG) “De repente chegou o dia dos meus setenta anos.
(B) Complemento nominal Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo parece
(C) Objeto indireto ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte anos (trin-
(D) Adjunto adverbial ta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta. Pior: duvidando
(E) Adjunto adnominal disso, pois ainda escutava em mim as risadas da menina que queria
correr nas lajes do pátio quando chovia, que pescava lambaris com
10. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamente”. o pai no laguinho, que chorava em filme do Gordo e Magro, quando
O termo destacado funciona como: a mãe a levava à matinê. (Eu chorava alto com pena dos dois, a mãe
(A) Objeto indireto ficava furiosa.)
(B) Objeto direto A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora,
(C) Adjunto adnominal porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em lugar de
(D) Vocativo prestar atenção, porque devagarinho empurrava o estojo de lápis
(E) Sujeito até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo sabendo que os
meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis,
11. (UFRJ) Esparadrapo canetas, borracha – as tediosas regras de ordem e quietude seriam
Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Es- rompidas mais uma vez.
paradrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com cara Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os professo-
de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sentido, que res e divertia a turma: apenas porque não queria ser diferente, queria
parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, “incunábulo*”. ser amada, queria ser natural, não queria que soubessem que ela,
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio doze anos, além de histórias em quadrinhos e novelinhas açucaradas,
de Janeiro, Globo. 1987. p. 83. lia teatro grego – sem entender – e achava emocionante.
*Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro (E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebração, eu
que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pequenos. Mas
A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura do pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo! Logo me dei
texto. Sua função resume-se em: conta de que hoje setenta é quase banal, muita gente com oitenta
(A) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma ainda está ativo e presente.
coisa. Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa difícil,
(B) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamente. escolher), e deixar aquela festona para outra década.”
(C) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assunto. LUFT, 2014, p.104-105
(D) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa.
(E) introduzir uma conclusão após os argumentos apresentados.
27
LÍNGUA PORTUGUESA
Leia atentamente a oração destacada no período a seguir: 20. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concor-
“(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que que- dância verbal, de acordo com a norma culta:
ria correr nas lajes do pátio (...)” (A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
Assinale a alternativa em que a oração em negrito e sublinhada (B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
apresenta a mesma classificação sintática da destacada acima. (C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
(A) “A menina que levava castigo na escola porque ria fora de (D) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
hora (...)” (E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
(B) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos,
mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, ca-
netas, borracha (...)” GABARITO
(C) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
(D) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
1 C
16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
____________________.” 2 B
3 D
Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada-
mente a frase acima. Assinale-a. 4 C
(A) desfilando pelas passarelas internacionais. 5 C
(B) desista da ação contra aquele salafrário.
6 A
(C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
(D) recuperássemos a vaga de motorista da firma. 7 D
(E) tentamos aquele emprego novamente. 8 C
17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente as 9 B
lacunas do texto a seguir: 10 E
“Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
_______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as crí- 11 C
ticas foram ______________ indulgentes ______________ rapaz, o 12 B
qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciências exatas,
13 E
demonstrava uma certa propensão _______________ arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a 14 B
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em 15 A
(C) bastante - por - meias - ao - a - à
(D) meias - para - muito - pelo - em - por 16 C
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na 17 A
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
28
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Operações com números reais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3. Razão e proporção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
4. Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Regra de três simples e composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
6. Média aritmética simples e ponderada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
7. Juro simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
8. Sistema de equações do 1º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
9. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
10. Sistemas de medidas usuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, ângulo, teorema de Pitágoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
12. Resolução de situações-problema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
13. Estrutura lógica das relações arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas, eventos fictícios; dedução de novas informações das relações
fornecidas e avaliação das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Identificação de regularidades de uma
sequência, numérica ou figural, de modo a indicar qual é o elemento de uma dada posição. Estruturas lógicas, lógicas de argumenta-
ção, diagramas lógicos, sequências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Números Inteiros
OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
Números Naturais Este conjunto pode ser representado por:
Os números naturais são o modelo matemático necessário
para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade,
obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, Representação Decimal das Frações
devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
resolvidos primeiro. cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas
27 lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio-
nal
Exemplo 3 OBS: período da dízima são os números que se repetem, se
25-(50-30)+4x5 não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que
25-20+20=25 trataremos mais a frente.
1
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.
Números Reais
Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...
Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212... Intervalos limitados
100x = 112,1212... . Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a
e menores do que b ou iguais a b.
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
Intervalo:[a,b]
Números Irracionais Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}
Identificação de números irracionais
– Todas as dízimas periódicas são números racionais. Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que
– Todos os números inteiros são racionais. b.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional. Intervalo:]a,b[
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número Conjunto:{xϵR|a<x<b}
racional.
2
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou Casos
iguais a A e menores do que B. 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}
Intervalos Ilimitados
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me- 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta
nores ou iguais a b. em um número negativo.
Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x ϵ R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal
para positivo e inverter o número que está na base.
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-
nores que b.
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x ϵ R|x<b} 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
expoente, o resultado será igual a zero.
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores
ou iguais a A.
Propriedades
Intervalo:[a,+ ∞[ 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
Conjunto:{x ϵ R|x≥a} base, repete-se a base e soma os expoentes.
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x>a} 2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Potenciação
Multiplicação de fatores iguais Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
2³=2.2.2=8
3
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se De modo geral, se
os expoentes.
Exemplos:
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
(52)3 = 52.3 = 56
Então:
n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
(4.3)²=4².3² cando.
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos Raiz quadrada de frações ordinárias
elevar separados.
1 1
2 2 2 22 2
Observe: = = 1 =
3 3 3
32
Radiciação a na
Radiciação é a operação inversa a potenciação
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n =
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se
mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números
primos. Veja:
Operações
64 2
32 2
16 2
8 2
4 2 Operações
2 2
1 Multiplicação
64=2.2.2.2.2.2=26 Exemplo
Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um
e multiplica.
Divisão
Observe:
Exemplo
1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 .5 = 3. 5
2 2
4
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Divisores
Adição e subtração Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de
12 e 15.
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
8 2 20 2
Observações:
4 2 10 2 – Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
2 2 5 5 – Todo número natural é múltiplo de 1.
– Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múlti-
1 1
plos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
15 = 3.5 24 = 23.3
5
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
RAZÃO E PROPORÇÃO
Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será Razão
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros,
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b
ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/bou
possível. a : b.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
Exemplo:
(A) mais de 30 cm. Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças.
(B) menos de 15 cm. Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm. (lembrando que razão é divisão)
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.
352 2 416 2
Proporção
176 2 208 2
88 2 104 2 Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre
A/B e C/D é a igualdade:
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1 Propriedade fundamental das proporções
Numa proporção:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero- Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú-
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da é igual ao produto dos extremos, isto é:
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi-
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com- AxD=BxC
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse
mesmo dia, às: Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas. Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja
em proporção com 4/6.
Resposta: E.
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
Segunda propriedade das proporções
1,1,1 Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois
primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo,
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660 assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está
para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos:
1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11
6
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Ou Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível
Exemplo
Ou Velocidade x Tempo a tabela abaixo:
Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema
com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e
p1+p2+...+pn=P.
Ou
Ou
Exemplo
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos
Grandezas Diretamente Proporcionais entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio
de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro- entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro-
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a porcional?
razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira
mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
7
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Inversamente Proporcionais Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver-
samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número 10 X 0,90 = R$ 9,00
M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2,
..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
Lucro=preço de venda -preço de custo
Exemplo
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula
PORCENTAGEM com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x%
das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím- para x é igual a
bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos (A) 8.
nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal- (B) 15.
cular, etc. (C) 10.
(D) 6.
Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda (E) 12.
muito na resolução do exercício.
Resolução
Acréscimo 45------100%
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina- X-------60%
do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse X=27
valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for
de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to-
abaixo: dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão.
8
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Solução: montando a tabela: Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:
VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↑ Logo, serão necessários 25 caminhões
480 ↓ ----- X↑
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú-
meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se
ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos
segunda coluna vai para cima do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
VELOCIDADE Tempo A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti-
400 ↓ ----- 3↓
ca para variáveis quantitativas.
480 ↓ ----- X↓ Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen-
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe-
480x=1200 lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
X=25 Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos
jogadores é:
Regra de três composta
Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de 1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07
duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais. +2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0
Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi- Mediana (Md)
nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn
proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-
de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn)
termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido em rol.
das setas. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
HORAS CAMINHÕES VOLUME a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
ência (xn) em rol.
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↓
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↓
9
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo 1: E para amostra
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, Exemplo 1:
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12 Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
Resposta: Md=12. guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
a) A média de pontos por jogo é:
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
isto é, Mo=8.
Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
b) A variância é:
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
central semelhantes podem apresentar características diversas.
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.
Desvio médio
Variância Definição
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é sequência. Esta medida representa a média das distâncias entre
chamado de variância. Esse índice é assim definido: cada elemento da amostra e seu valor médio.
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
por , o número:
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé-
dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se
Isto é: por , o número:
10
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Isto é: 0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
Montante
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi-
tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver
questões.
M=C+J
Exemplo: M = montante
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: C = capital inicial
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular: J = juros
a) A estatura média desses jogadores. M=C+C.i.n
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. M=C(1+i.n)
11
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Juros Compostos E o equilíbrio?
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo 3x+300=x+1500
no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in-
tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal
juros também. 3x-x=1500-300
2x=1200
Quando usamos juros simples e juros compostos? X=600
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com-
postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras Exemplo
com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan- (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A ida-
ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de de seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do
juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro- que Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
cesso de desconto simples de duplicatas. idade que Pedro tem hoje.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
O cálculo do montante é dado por: (A) 72;
(B) 69;
M = C (1 + i)t (C) 66;
(D) 63;
Exemplo (E) 60.
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses Resolução
C = 25000 A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin-
i = 25%aa = 0,25 guagem matemática o que está no texto.
i = 72 meses = 6 anos “Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
M = C (1 + i)t
M = 25000 (1 + 0,25)6 “Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade
M = 25000 (1,25)6 que Pedro tem hoje.”
M = 95367,50
M=C+J
J = 95367,50 - 25000 = 70367,50
A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das
idades de seus dois filhos,
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa
Equação 1º grau
Equação é toda sentença matemática aberta representada por Lembrando que:
uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que represen- Pi=Pa+3
tam números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível Substituindo em Pe
à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi- Pe=2(Pa+3)+2Pa
cientes, com a≠0. Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x
que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º
membro.
Equação 2º grau
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral:
também.
No exemplo temos: ax2+bx+c=0
3x+300
Outro lado: x+1000+500 Onde a, b e c são números reais, a≠0.
12
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Discussão das Raízes Relações entre Coeficientes e Raízes
Se for negativo, não há solução no conjunto dos números Soma das Raízes
reais.
Exemplo
Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes
x²-Sx+P=0
Exemplo
, portanto não há solução real. Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.
Solução
S=x1+x2=-2+7=5
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0
Exemplo
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das
idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua-
drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos
Resolução
A+J=44
A²+J²=1000
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
Se ∆ < 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada real de 2J²-88J+936=0
um número negativo.
Dividindo por2:
Se ∆ = 0, há duas soluções iguais: J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64
13
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Substituindo em A Exemplo
A=44-26=18 Resolva a inequação a seguir:
Ou A=44-18=26
Resposta: B.
Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma x-2≠0
ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal x≠2
de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de
desigualdade:
>: maior
<: menor
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual
Inequação - Produto
Quando se trata de inequações - produto, teremos uma desi-
gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portanto,
surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada
função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto Vamos achar a solução de cada inequação.
resposta das funções. 4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
Exemplo x≤-4:4
x≤-1
a)(-x+2)(2x-3)<0
S1 = {x ϵ R | x ≤ - 1}
Inequação -Quociente S2 = { x ϵ R | x ≤ - 1}
Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções
fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequação
a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função Temos:
que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero. S = S1 ∩ S2
Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve-
rá ser diferente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à resolução de
uma inequação - produto, de modo que devemos analisar o sinal
das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções.
14
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto: Tipos de gráficos
Exemplo
Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0.
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valores reais
de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que Barra horizontal
tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa.
Histogramas
15
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito comum na representação de tendências e relacionamentos de variáveis
Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais fácil a compreensão de todos sobre um tema.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visualização de dados e muitas vezes é através dela que vamos fazer os tipos de grá-
ficos vistos anteriormente.
APARELHO QUANTIDADE
Televisão 3
Celular 4
Geladeira 1
16
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
UNIDADES DE ÁREA
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.
UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?
15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos
Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.
Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?
11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------
18
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for-
ma que conta de subtração.
1hora=60 minutos
Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo-
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos OU
5h 20 minutos
Divisão
5h 20 minutos : 2 Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
5h 20 minutos 2
1h 20 minutos 2h 40 minutos
80 minutos
0
Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la-
dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.
19
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Triângulo Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
esse segmento pelo seu ponto médio.
Elementos
Na figura, a reta m é a mediatriz de .
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
Classificação
20
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Triângulo equilátero: três lados iguais. Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto - No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).
Áreas
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
polígono.
QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
21
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades A soma dos ângulos externos=360°
são vértices não-consecutivos desse polígono. Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:
Exemplo
Número de Diagonais
Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
vexo de n lados é (n-2).180 Semelhança de Triângulos
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es- Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu- gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos lados correspondentes forem proporcionais.
internos dos n-2 triângulos.
Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.
Ângulos Externos
22
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.
Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
3º Caso: LLL (lado - lado - lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio-
nais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Como
Temos:
23
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
a: hipotenusa b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci-
b e c: catetos dentes.
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa
Retas Coplanares
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando as geratri-
zes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é equilá-
tero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
24
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Área Área
Área da base: Sb=πr²
Volume Volume
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α, um pon- Pirâmides
to V que não pertence ao plano. As pirâmides são também classificadas quanto ao número de
A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmen- lados da base.
tos de reta que tem uma extremidade no ponto V e a outra num
ponto do círculo denomina-se cone circular.
Área e Volume
Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R contido
em α e uma reta r concorrente aos dois.
g2 = h2 + r2
25
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denominam-se pa-
ralelepípedos.
Classificação
Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regulares, o
prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases são con-
gruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)
Área
Área cubo: St = 6a2
Volume
Paralelepípedo: V = a . b . c
Cubo: V = a³
Demais: V = Sb . h
26
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplos: Resolução:
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Sabemos que 9 . 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27
Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Em um condomí- + 1 = 28.
nio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água Resposta: E.
do que a caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de
água da caixa d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco 04. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista
A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Na biblioteca de
transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas dos um instituto de física, para cada 2 livros de matemática, existem 3
blocos A e B, em litros, vale de física. Se o total de livros dessas duas disciplinas na biblioteca é
(A) 4 000. igual a 1 095, o número de livros de física excede o número de livros
(B) 4 500. de matemática em
(C) 5 000.
(D) 5 500. (A) 219.
(E) 6 000. (B) 405.
(C) 622.
Resolução: (D) 812.
A = B + 10000( I ) (E) 1 015.
Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja,A = 2.B + 2000( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos: Resolução:
2.B + 2000 = B + 10000
2.B – B = 10000 – 2000 𝑀 2 , ou seja, 3.M = 2.F( I )
=
B = 8000 litros (no início) 𝐹 3
Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início) M + F = 1095 , ou seja, M = 1095 – F( II )
Portanto, após a transferência, fica: Vamos substituir a equação ( II ) na equação ( I ):
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros 3 . (1095 – F) = 2.F
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros 3285 – 3.F = 2.F
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros 5.F = 3285
Resposta: E. F = 3285 / 5
F = 657 (física)
02. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos) Uma linha Assim: M = 1095 - 657 = 438 (matemática)
de produção monta um equipamento em oito etapas bem defini- A diferença é: 657 – 438 = 219
das, sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos em sua Resposta: A.
tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e trinta e cinco minutos
depois do início do funcionamento, que a linha parou de funcionar. 05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Caio
Como a linha monta apenas um equipamento em cada processo de é 15 cm mais alto do que Pedro. Pedro é 6 cm mais baixo que João.
oito etapas, podemos afirmar que o problema foi na etapa: João é 7 cm mais alto do que Felipe. Qual é, em cm, a diferença
(A) 2 entre as alturas de Caio e de Felipe?
(B) 3 (A) 1
(C) 5 (B) 2
(D) 7 (C) 9
(D) 14
Resolução: (E) 16
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
5h30 = 60.5 + 30 = 330 minutos Resolução:
330min : 40min = 8 equipamentos + 20 minutos (resto) Caio = Pedro + 15cm
20min : 5min = 4 etapas Pedro = João – 6cm
Como as alternativas não apresentam a etapa 4, provavelmen- João = Felipe + 7cm, ou seja:Felipe = João – 7
te, o problema ocorreu na etapa 3. Caio – Felipe = ?
Resposta: B. Pedro + 15 – (João – 7) =
João – 6 + 15 – João + 7 = 16
03. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Jo- Resposta: E.
ana pretende dividir um determinado número de bombons entre
seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e
menor que 29, e que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos re-
ceberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons ao todo
Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28
27
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
ESTRUTURA LÓGICA DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES, COISAS, EVENTOS FICTÍCIOS; DEDU-
ÇÃO DE NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABE-
LECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES. IDENTIFICAÇÃO DE REGULARIDADES DE UMA SEQUÊNCIA, NUMÉRICA
OU FIGURAL, DE MODO A INDICAR QUAL É O ELEMENTO DE UMA DADA POSIÇÃO. ESTRUTURAS LÓGICAS, LÓGICAS
DE ARGUMENTAÇÃO, DIAGRAMAS LÓGICOS, SEQUÊNCIAS
RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.
Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)
ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Bicondicional ↔ p se e somente se q
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F
Resposta: Certo
Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.
Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.
“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas
• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.
Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.
• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”
Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.
Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.
• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...
• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.
Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:
Resposta: B.
Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Conectivo “ou” (v)
Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)
Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.
Em resumo:
Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B
CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Propriedades
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo- • Reflexiva:
sição ~P ∧ P é: – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
(A) uma tautologia. – Uma proposição complexa implica ela mesma.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição. • Transitiva:
(D) uma contingência. – Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
(E) uma disjunção. Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Resolução: – Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
Montando a tabela teremos que:
Regras de Inferência
P ~p ~p ^p • Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
V F F tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
V F F sições verdadeiras já existentes.
F V F
Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
F V F
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia: • Modus Tollens
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Tautologias e Implicação Lógica – Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
• Teorema ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)
Inferências
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” Exemplos:
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con- (DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”. Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
mação anterior é:
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” (A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três dos.
representações possíveis: (B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.
Resolução:
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
a cinco”?
(A) Todo número natural é menor do que cinco.
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco. NENHUM
E
(C) Todo número natural é diferente de cinco. AéB
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco. Existe pelo menos um elemento que
pertence a A, então não pertence a B, e
Resolução: vice-versa.
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.
Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dem ser formadas por proposições categóricas.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO Segundo as afirmativas temos:
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.
Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura
(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
nos afirma isso
Resposta: E
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.
Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
Exemplo: “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
O silogismo... comum.
P1: Todos os homens são pássaros. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
P2: Nenhum pássaro é animal. vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
Q: Portanto, nenhum homem é animal.
43
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Argumentos Inválidos colate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não!
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círcu-
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade lo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)!
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu- Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a
são. veracidade da conclusão!
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Exemplos:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido: (DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as
seguintes proposições sejam verdadeiras.
(p ∧ q) → r • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
_____~r_______ • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
~p ∨ ~q • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
Resolução: • Durante a noite, faz frio.
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum
ou nenhum? Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos item subsecutivo.
à pergunta seguinte. Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo
- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposi- ( ) Errado
ções simples?
A resposta também é não! Portanto, descartamos também o Resolução:
2º método. A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre-
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposi- missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas:
ção simples ou uma conjunção? A = Chove
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar B = Maria vai ao cinema
então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos C = Cláudio fica em casa
seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos: D = Faz frio
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição E = Fernando está estudando
simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta F = É noite
também é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método! Lembramos a tabela verdade da condicional:
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo
3º e pelo 4º métodos.
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! Resposta: Errado
45
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
(PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, então
Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão o
valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B
01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.
Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.
46
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2º passo – construir a tabela gabarito.
Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS
Carlos
Luís
Paulo
3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.
ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.
Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.
47
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.
Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.
Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:
Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.
48
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: Tipos de quantificadores
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; • Quantificador universal (∀)
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo Exemplo:
Todo homem é mortal.
− Mariana viajou para Curitiba; A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
mortal.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Na representação do diagrama lógico, seria:
Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho-
mem.
Luiz N N A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:
Arnaldo N N 1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
2ª) Se José é homem, então José é mortal.
Mariana N N S N
Paulo N N A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
− Luiz não viajou para Fortaleza. (x) (A (x) → B).
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional.
Aplicando temos:
Luiz N N N x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
Arnaldo N N ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
Mariana N N S N
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Paulo N N a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
gar, logo, é uma proposição lógica.
Agora, completando o restante:
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- • Quantificador existencial (∃)
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:
49
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co- x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor-
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃ reto.
(x)) (A (x) ∧ B). Resposta: CERTO
Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈ EXERCÍCIOS
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença 1. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL
será verdadeira? SUPERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 can-
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador, didatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio.
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos Sabe-se que:
julgar, logo, é uma proposição lógica. • dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao
ATENÇÃO: de mulheres de nível médio;
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B” • dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres.
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é O número de candidatos homens de nível médio é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”. (A) 42.
(B) 45.
Forma simbólica dos quantificadores (C) 48.
Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B). (D) 50.
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B). (E) 52.
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B). 2. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS-
CONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José
Exemplos: foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que
Todo cavalo é um animal. Logo, obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. 6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni
(C) Todo animal é cavalo. fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo-
(D) Nenhum animal é cavalo. cação, é correto afirmar que o vencedor foi:
(A) José
Resolução: (B) Isabella
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu- (C) Maria Eduarda
sões: (D) Raoni
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal. 3. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO /2017)
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça Em um determinado zoológico, a girafa deve comer a cada 4 horas,
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma o leão a cada 5 horas e o macaco a cada 3 horas. Considerando
de conclusão). que todos foram alimentados às 8 horas da manhã de domingo, é
Resposta: B correto afirmar que o funcionário encarregado deverá servir a ali-
mentação a todos concomitantemente às:
(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- (A) 8 horas de segunda-feira.
ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. (B) 14 horas de segunda-feira.
(C) 10 horas de terça-feira.
Resolução: (D) 20 horas de terça-feira.
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais (E) 9 horas de quarta-feira.
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R)
tal que x + y = x. 4. (EMBASA – ASSISTENTE DE LABORATÓRIO – IBFC/2017)
– 1º passo: observar os quantificadores. Um marceneiro possui duas barras de ferro, uma com 1,40 metros
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos de comprimento e outra com 2,45 metros de comprimento. Ele pre-
os valores de x devem satisfazer a propriedade. tende cortá-las em barras de tamanhos iguais, de modo que cada
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne- pedaço tenha a maior medida possível. Nessas circunstâncias, o to-
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade. tal de pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos ferro, é:
x e y. (A) 9
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais. (B) 11
O elemento y pertence ao conjunto os números reais. (C) 12
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x). (D) 13
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
50
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017) 10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – FGV/2015)
José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 e 8 anos, respec- Os 12 funcionários de uma repartição da prefeitura foram submeti-
tivamente, pretende dividir entre os filhos a quantia de R$ 240,00, dos a um teste de avaliação de conhecimentos de computação e a
em partes diretamente proporcionais às suas idades. Considerando pontuação deles, em uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
o intento do genitor, é possível afirmar que cada filho vai receber,
em ordem crescente de idades, os seguintes valores: 50 55 55 55 55 60
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. 62 63 65 90 90 100
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00.
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. O número de funcionários com pontuação acima da média é:
(D)R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) 3;
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) 4;
(C) 5;
6. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- (D) 6;
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 caixas Q, (E) 7.
todas também iguais, preenchem totalmente certo compartimento,
inicialmente vazio. Também é possível preencher totalmente esse 11. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -
mesmo compartimento completamente vazio utilizando 4 caixas K MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um número na-
mais certa quantidade de caixas Q. Nessas condições, é correto afir- tural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes esse número.
mar que o número de caixas Q utilizadas será igual a Qual é esse número?
(A) 10. (A) 2
(B) 28. (B) 3
(C) 18. (C) 4
(D) 22. (D) 5
(E) 30.
12. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
7. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017) NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela
Durante 90 dias, 12 operários constroem uma loja. Qual o número saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou
mínimo de operários necessários para fazer outra loja igual em 60 durante uma hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsi-
dias? to, no trajeto de ida e volta, foi igual a
(A) 8 operários. (A) 1/2h.
(B) 18 operários. (B) 3/4h.
(C) 14 operários. (C) 1h.
(D) 22 operários. (D) 1h 15min.
(E) 25 operários (E) 1 1/2h.
8. (FCEP – TÉCNICO ARTÍSTICO – AMAUC/2017) A vazão de 13. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tempo necessário NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 litros de
para essa torneira encher completamente um reservatório retan- suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produção diária é dis-
gular, cujas medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2 tribuída em caixinhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada
metros de largura e 70 centímetros de profundidade é de: uma. Nessas condições, é correto afirmar que a cada cinco dias a
(A) 1h 16min 00s indústria utiliza uma quantidade de caixinhas P igual a
(B) 1h 15min 36s (A) 25000.
(C) 1h 45min 16s (B) 24500.
(D) 1h 50min 05s (C) 23000.
(E) 1h55min 42s (D) 22000.
(E) 20500.
9. (MPE/SP – OFICIAL DE PROMOTORIA I – VUNESP/2016)
A média de salários dos 13 funcionários de uma empresa é de R$ 14. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
1.998,00. Dois novos funcionários foram contratados, um com o GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de
salário 10% maior que o do outro, e a média salarial dos 15 funcio- uma substância líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se
nários passou a ser R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade
novos funcionários, é igual a: de toneladas que representa todos os recipientes cheios com essa
(A) R$ 2.002,00. substância é de
(B) R$ 2.006,00. (A) 16
(C) R$ 2.010,00. (B) 160
(D) R$ 2.004,00. (C) 1600
(E) R$ 2.008,00. (D) 16000
51
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
15. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017) 18. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento,
duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se foi totalmente coberto por 108 placas quadradas de porcelanato,
que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afir- todas inteiras. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem
mar que o término das aulas de João se dá às: exatamente 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que
(A) 22h30min o perímetro desse piso é, em metros, igual a
(B) 22h40min (A) 20.
(C) 22h50min (B) 21.
(D) 23h (C) 24.
(E) Nenhuma das anteriores (D) 27.
(E) 30.
16. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -
MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a seguir, de 19. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI-
vértices A, B e C, representa uma praça de uma cidade. Qual é a SOR – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular resolveu
área dessa praça? cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de madeira. Colocou uma
estaca em cada um dos quatro cantos do terreno e as demais igual-
mente espaçadas, de 3 em 3 metros, ao longo dos quatro lados do
terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores do terre-
no, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do número de estacas
em cada um dos lados menores, também incluindo os dois dos can-
tos.
52
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2. Resposta: D. 75min=60+15=1h15min
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.
9. Resposta: C
3. Resposta: D. Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcionários
Mmc(3, 4, 5)=60 x/13=1998
60/24=2 dias e 12horas X=13.1998
Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima alimentação X=25974
será na terça às 20h.
Vamos chamar de y o funcionário contratado com menor valor
4. Resposta: B. e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois ele ganha y+10%
de y
140 2 245 5 Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
70 2 49 7 25974+2,1y=15∙2013
35 5 7 7 2,1y=30195-25974
2,1y=4221
7 7 1
Y=2010
1
10. Resposta: A
Mdc=5.7=35
140/35=4
245/35=7
Portanto, serão 11 pedaços.
M=66,67
5. Resposta: E Apenas 3 funcionários estão acima da média.
2k+5k+8k=240
15k=240 11. Resposta: B.
K=16 2x²+3=7x
Alfredo: 2⋅16=32 2x²-7x+3=0
Bernardo: 5⋅16=80 ∆=49-24=25
Caetano: 8⋅16=128
6. Resposta: E
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 caixa,
faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, então vamos
ver o equivalente de 12 caixas K
12. Resposta: C.
Q=30 caixas Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
demorou 1 hora.
7. Resposta: B
13. Resposta: A.
OPERÁRIOS dias 4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
12 ----- 90 1500000/300=5000 caixinhas por dia
X ----- 60 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
60x=1080
X=18 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas
53
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
16. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
17. Resposta: A
Y²=16²+12²
Y²=256+144=400
Y=20
ANOTAÇÕES
5x=400 ______________________________________________________
X=80
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
18. Resposta: B.
108/4=27m² ______________________________________________________
6x=27
X=27/6 ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
19. Resposta: C ______________________________________________________
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contando duas ve- ______________________________________________________
zes o canto
6x=30 ______________________________________________________
X=5
______________________________________________________
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas a cada 3m
______________________________________________________
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas ______________________________________________________
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m² ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
9x=108
X=12 ______________________________________________________
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
______________________________________________________
______________________________________________________
54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1. MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e
pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. MS-Office 2016, MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
3. MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos,
uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de pági-
nas, obtenção de dados externos, classificação de dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções
de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre
slides. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6. Internet: navegação internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-WINDOWS 7: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE TRANS-
FERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERAÇÃO
COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS
Edições do Windows 7
– Windows 7 Starter;
– Windows 7 Home Premium;
– Windows 7 Professional;
– Windows 7 Ultimate.
Área de Trabalho
A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que ficam dispostos alguns ícones. Uma das novidades do Windows
7 é a interface mais limpa, com menos ícones e maior ênfase às imagens do plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de
trabalho suave. A barra de tarefas que fica na parte inferior também sofreu mudanças significativas.
1 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/AulaDemo-4147.pdf
2 Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2012/05/como-ocultar-lixeira-da-area-de-trabalho-do-windows.html
1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de tarefas
– Avisar quais são os aplicativos em uso, pois é mostrado um retângulo pequeno com a descrição do(s) aplicativo(s) que está(ão) ati-
vo(s) no momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas
ou entre programas.
– A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio.
– É organizada, consolidando os botões quando há muitos acumulados, ou seja, são agrupados automaticamente em um único botão.
– Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas ao passar a seta do mouse sobre os botões na barra de ta-
refas.
Pré-visualização de janela.4
Botão Iniciar
Botão Iniciar5
3 Fonte: https://pplware.sapo.pt/tutoriais/windows-7-flip-3d
4 Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2010/12/como-aumentar-o-tamanho-das-miniaturas-da-taskbar-do-windows-7.
html
5 Fonte: https://br.ign.com/tech/47262/news/suporte-oficial-ao-windows-vista-acaba-em-11-de-abril
2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que,
por sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções.
Menu Iniciar.6
Desligando o computador
O novo conjunto de comandos permite Desligar o computador, Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar, Sus-
pender ou Hibernar.
Ícones
Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você pode adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir.
Alguns ícones são padrões do Windows: Computador, Painel de Controle, Rede, Lixeira e a Pasta do usuário.
Windows Explorer
No computador, para que tudo fique organizado, existe o Windows Explorer. Ele é um programa que já vem instalado com o Windows
e pode ser aberto através do Botão Iniciar ou do seu ícone na barra de tarefas.
Este é um dos principais utilitários encontrados no Windows 7. Permite ao usuário enxergar de forma interessante a divisão organiza-
da do disco (em pastas e arquivos), criar outras pastas, movê-las, copiá-las e até mesmo apagá-las.
Com relação aos arquivos, permite protegê-los, copiá-los e movê-los entre pastas e/ou unidades de disco, inclusive apagá-los e tam-
bém renomeá-los. Em suma, é este o programa que disponibiliza ao usuário a possibilidade de gerenciar todos os seus dados gravados.
6 Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2019/04/como-deixar-a-interface-do-windows-10-parecida-com-o-windows-7.ghtml
3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uma das novidades do Windows 7 são as Bibliotecas. Por padrão já consta uma na qual você pode armazenar todos os seus arquivos
e documentos pessoais/trabalho, bem como arquivos de músicas, imagens e vídeos. Também é possível criar outra biblioteca para que
você organize da forma como desejar.
Aplicativos de Windows 7
O Windows 7 inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferramentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramen-
tas para melhorar o desempenho do computador, calculadora e etc.
A pasta Acessórios é acessível dando-se um clique no botão Iniciar na Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no
submenu, que aparece, escolha Acessórios.
7 Fonte: https://www.softdownload.com.br/adicione-guias-windows-explorer-clover-2.html
8 Fonte: https://www.tecmundo.com.br/musica/3612-dicas-do-windows-7-aprenda-a-usar-o-recurso-bibliotecas.htm
4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Bloco de Notas
Aplicativo de edição de textos (não oferece nenhum recurso de formatação) usado para criar ou modificar arquivos de texto. Utilizado
normalmente para editar arquivos que podem ser usados pelo sistema da sua máquina.
O Bloco de Notas serve para criar ou editar arquivos de texto que não exijam formatação e não ultrapassem 64KB. Ele cria arquivos
com extensões .INI, .SYS e .BAT, pois abre e salva texto somente no formato ASCII (somente texto).
Bloco de Notas.
WordPad
Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, tabelas e outros objetos. A formatação é limitada se comparado
com o Word. A extensão padrão gerada pelo WordPad é a RTF. Por meio do programa WordPad podemos salvar um arquivo com a exten-
são DOC entre outras.
WordPad.9
9 Fonte: https://www.nextofwindows.com/windows-7-gives-wordpad-a-new-life
5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP. Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG
ou JPEG, GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.
Paint.10
• Calculadora
Pode ser exibida de quatro maneiras: padrão, científica, programador e estatística.
10 Fonte: https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2017/03/microsoft-paint-todas-versoes-do-famoso-editor-de-fotos-do-windows.html
6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Painel de Controle
O Painel de controle fornece um conjunto de ferramentas administrativas com finalidades especiais que podem ser usadas para confi-
gurar o Windows, aplicativos e ambiente de serviços. O Painel de Controle inclui itens padrão que podem ser usados para tarefas comuns
(por exemplo, Vídeo, Sistemas, Teclado, Mouse e Adicionar hardware). Os aplicativos e os serviços instalados pelo usuário também podem
inserir ícones no Painel de controle.
Painel de Controle.11
Novidades do Windows 7
Ajustar: o recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas
pré-definidas e o sistema a ajustará às grades.
Aero Peek: exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Peek permite que o usuário visualize as janelas que
ficam ocultadas pela janela principal.
Nova Barra de Tarefas: o usuário pode ter uma prévia do que está sendo rodado, apenas passando o mouse sobre o item minimizado.
Alternância de Tarefas: a barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora é interativa. Permite a fixação de
ícones em determinado local, a reorganização de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniaturas na própria barra.
Gadgets: diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra lateral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário
redimensione, arraste e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas.
Windows Media Center: o novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos de áudio e vídeo, além do suporte a
TVs on-line de várias qualidades, incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas bibliotecas locais, o TurboScroll.
Windows Backup: além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem também com o Windows Backup, que permite a
restauração de documentos e arquivos pessoais, não somente os programas e configurações.
Windows Touch: uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a compatibilidade total com a tecnologia do toque na
tela, o que inclui o acesso a pastas, redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos.
Windows Defender: livre-se de spywares e outras pragas virtuais com o Windows Defender do Windows 7, agora mais limpo e mais
simples de ser configurado e usado.
Windows Firewall: para proteção contra crackers e programas mal-intencionados, o Firewall do Windows. Agora com configuração de
perfis alternáveis, muito útil para uso da rede em ambientes variados, como shoppings com Wi-Fi pública ou conexões residências.
Flip 3D: Flip 3D é um feature padrão do Windows Vista que ficou muito funcional também no Windows 7. No Windows 7 ele ficou com
realismo para cada janela e melhorou no reconhecimento de screens atualizadas.
11 Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2016/06/como-mudar-o-idioma-do-windows-7.html
7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Ao armazenar um documento on-line no OneDrive ou no Sha-
MS-OFFICE 2016, MS-WORD 2016: ESTRUTURA BÁSICA rePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word 2016 ou
DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEX- Word On-line, vocês podem ver as alterações uns dos outros no
TOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, documento durante a edição. Após salvar o documento on-line, cli-
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS, que em Compartilhar para gerar um link ou enviar um convite por
IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO e-mail. Quando seus colegas abrem o documento e concordam em
DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJE- compartilhar automaticamente as alterações, você vê o trabalho
TOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO em tempo real.
12 http://www.popescolas.com.br/eb/info/word.pdf
8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Formatação de formas mais rápida: quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de
preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.
– Guia Layout: o nome da Guia Layout da Página na versão 2010/2013 do Microsoft Word mudou para apenas Layout13.
Interface Gráfica
9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido
Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos que podem ser personalizados de acordo
com a necessidade do usuário.
Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do Word, todas organizadas em grupos e distribuídas por meio de guias,
que permitem fácil localização e acesso. As faixas de Opções são separadas por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.
10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Página Inicial: possui ferramentas básicas para formatação de texto, como tamanho e cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento
de texto, entre outras.
Grupo Fonte
Fonte: permite que selecionar uma fonte, ou seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada texto
pode haver mais de um tipo de fontes diferentes.
Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. Permite escolher entre diferentes tamanhos de fonte na lista
ou que digite um tamanho manualmente.
Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
toda em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.
Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
toda em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.
Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não está
em uma palavra, o novo texto inserido será sublinhado.
Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente estiver
sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada.
Cor do realce do texto: aplica um destaque colorido sobre a palavra, assim como uma caneta marca texto.
11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Grupo Parágrafo
Espaçamento de linha e parágrafo: escolhe o espaçamento entre as linhas do texto ou entre parágrafos.
Sombreamento: aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o cursor está posicionado.
12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Grupo Estilo
Possui vários estilos pré-definidos que permite salvar configurações relativas ao tamanho e cor da fonte, espaçamento entre linhas
do parágrafo.
Grupo Edição
CTRL+L: ao clicar nesse ícone é aberta a janela lateral, denominada navegação, onde é possível localizar
um uma palavra ou trecho dentro do texto.
CTRL+U: pesquisa no documento a palavra ou parte do texto que você quer mudar e o substitui por
outro de seu desejo.
Inserir: a guia inserir permite a inclusão de elementos ao texto, como: imagens, gráficos, formas, configurações de quebra de página,
equações, entre outras.
Adiciona uma folha inicial em seu documento, parecido como uma capa.
Uma seção divide um documento em partes determinadas pelo usuário para que sejam aplicados dife-
rentes estilos de formatação na mesma ou facilitar a numeração das páginas dentro dela.
Permite inserir uma tabela, uma planilha do Excel, desenhar uma tabela, tabelas rápidas ou converter o texto em tabela
e vice-versa.
Design: esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao layout do documento.
Layout: a guia layout define configurações características ao formato da página, como tamanho, orientação, recuo, entre outras.
13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Referências: é utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé, legendas entre outros itens relacionados a iden-
tificação de conteúdo.
Correspondências: possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes e etiquetas.
Revisão: agrupa ferramentas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto, como ortografia e gramática, dicionário de sinô-
nimos, entre outras.
Formatos de arquivos
Veja abaixo alguns formatos de arquivos suportados pelo Word 2016:
.docx: formato xml.
.doc: formato da versão 2003 e anteriores.
.docm: formato que contém macro (vba).
.dot: formato de modelo (carta, currículo...) de documento da versão 2003 e anteriores.
.dotx: formato de modelo (carta, currículo...) com o padrão xml.
.odt: formato de arquivo do Libre Office Writer.
.rtf: formato de arquivos do WordPad.
.xml: formato de arquivos para Web.
.html: formato de arquivos para Web.
.pdf: arquivos portáteis.
14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁ-
FICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO
DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS
EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS
O Microsoft Excel 2010 é um programa de planilha eletrônica de cálculos, em que as informações são digitadas em pequenos quadra-
dos chamadas de células.
É um programa voltado para construção de tabelas simples até as mais complexas. Ao abrir o aplicativo, o que se visualiza é uma folha
composta de colunas e linhas formando células.
Nessa versão temos uma maior quantidade de linhas e colunas, sendo especificamente, 1.048.576 linhas e 16.384 colunas.
15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
As cinco principais funções do Excel são16:
– Planilhas: você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.
Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.
Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.
Barra de Fórmulas.
Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.
Guia de Planilhas.
16 http://www.prolinfo.com.br
16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Células.
Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)
A “faixa de opções introduzida pela primeira vez no Excel 2007, foi aprimorada na versão 2010 e possui algumas diferenças que estão
listadas:
A volta do “Arquivo”: o botão “Arquivo”, que ficou amplamente divulgado nas versões anteriores à versão 2007 retorna na versão
2010. Na versão 2007 este botão havia sido substituído pelo “Botão do Office”, mas na versão 2010, ele voltou a ser chamado de “Arquivo”,
que ao receber o clique, ingressará no “modo de exibição do Microsoft Office Backstage”.
A faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao MS Excel 2007 a faixa de opções era co-
nhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.
Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.
Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.
– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.
17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO
> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7
– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.
Alça de Preenchimento.
Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:
Estrutura da função.
18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.
Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.
Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.
19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.
Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)
Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:
Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:
Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.
Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.
Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.
Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-POWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, ANOTAÇÕES, RÉGUA,
GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS,
NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES
O PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico, integrante do pacote Office, usado principalmente para criar apresentações. Com
ele, você pode criar visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas,
vídeos e muito mais.
Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Ele permite um acesso prático, fácil e criativo para todas as necessidades
de apresentações, além de dispor de diversos recursos novos e aprimorados que as tornarão dinâmicas e atraentes, como as novas capa-
cidades para os gráficos, temas do PowerPoint e ferramentas de formatação aprimoradas para tipografia17.
É importante ressaltar que a página do Office 2010 não é muito diferente do PowerPoint 2007. O que muda na verdade são algumas
teclas de comando e a distribuição dos recursos.
1. Guia Arquivo: ao clicar na guia Arquivo, serão exibidos comandos básicos: Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar,
Enviar, Publicar e Fechar.
2. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido : localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Micro-
soft Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos independentes da guia exibida no momento. É possível
adicionar botões que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
3. Barra de Título: exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do documento ativo.
4. Botões de Comando da Janela: acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela do programa Power-
Point.
17 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-5.pdf
21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
5. Faixa de Opções: a Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa. Os
comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade como gravação ou
disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia
Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem for selecionada.
Grande novidade do Office 2007/2010, a faixa de opções elimina grande parte da navegação por menus e busca aumentar a produti-
vidade por meio do agrupamento de comandos em uma faixa localizada abaixo da barra de títulos18.
6. Painel de Anotações: nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7. Barra de Status: exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número de slides; tema e idioma.
O modo de exibição Normal é o principal modo de edição, onde você escreve e projeta a sua apresentação.
Criar apresentações
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2010 engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; es-
colher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar
efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento
existente ou Modelos do Microsoft Office On-line).
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.
22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tema
No PowerPoint, você verá alguns modelos e temas internos. Um tema é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros recursos.
1. Clique na guia Design.
23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Então basta começar a digitar.
Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.
Excluir slide
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão , localizado na guia Início.
Salvar Arquivo
Para salvar o arquivo, acionar a guia Arquivo e sem sequência, salvar como ou pela tecla de atalho Ctrl + B.
Inserir Figuras
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:
– Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Clip-Art: é possível escolher entre várias figuras que acompanham o Microsoft Office.
– Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
– SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde
listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
– Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
– WordArt: insere um texto com efeitos especiais.
Transição de Slides
A Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos diferentes de transições de slides. Basta clicar no guia transição e escolher a
transição de slide desejada.
Exibir apresentação
Para exibir uma apresentação de slides no Power Point.
1. Clique na guia Apresentação de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides.
2. Clique na opção Do começo ou pressione a tecla F5, para iniciar a apresentação a partir do primeiro slide.
3. Clique na opção Do Slide Atual, ou pressione simultaneamente as teclas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide
atual.
Slide mestre
O slide mestre é um slide padrão que replica todas as suas características para toda a apresentação. Ele armazena informações como
plano de fundo, tipos de fonte usadas, cores, efeitos (de transição e animação), bem como o posicionamento desses itens. Por exemplo, na
imagem abaixo da nossa apresentação multiuso Power View, temos apenas um item padronizado em todos os slides que é a numeração
da página no topo direito superior.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide mestre, você modifica essencialmente esse slide mestre. Embora cada layout
de slide seja configurado de maneira diferente, todos os layouts que estão associados a um determinado slide mestre contêm o mesmo
tema (esquema de cor, fontes e efeitos).
Para criar um slide mestre clique na Guia Exibição e em seguida em Slide Mestre.
25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem mensagem atualmente19. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode man-
dar uma mensagem para outra pessoa que também tenha e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estrutura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido do
usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. O resultado é algo como:
maria@apostilassolucao.com.br
Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjunto de
regras para o uso desses serviços.
Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de correio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio e recebimento de mensagens20. Estas mensagens são armazenadas no
que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos e
extração de cópias das mensagens.
Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails
conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem
de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@
dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o pro-
grama SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @)
e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS,
obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o
nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena
a mensagem na caixa de e-mail do destinatário.
19 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
20 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-webmail-e-mozilla-thunderbird/
26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Ações no correio eletrônico
Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira.
Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens de-
finitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar
definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de
destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da
mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele
será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em
geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Al-
guns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail,
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e
padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.
21
Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).
21 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b
27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.
22
INTERNET: NAVEGAÇÃO INTERNET, CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E IMPRESSÃO DE PÁGINAS
Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc23. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se cha-
mava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a partici-
par da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras pessoas
que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.
Conectando-se à Internet
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de acesso
à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio de um con-
junto como modem, roteadores e redes de acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.).
22 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email
23 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
World Wide Web URL
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin- zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de ou uma rede corporativa, uma intranet.
forma simples e fácil de acessar. Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da minho/recurso.
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli-
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples HTTP
e agradável. É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
Protocolo de comunicação web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto- Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os Hipertexto
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de-
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti- Navegadores
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo Um navegador de internet é um programa que mostra informa-
computador de origem. ções da internet na tela do computador do usuário.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das Além de também serem conhecidos como browser ou web
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi-
Internet. vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec-
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive tados à internet.
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
externo. internauta.
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
TCP / IP jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro- Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). página ou site na rede.
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
nas literaturas como sendo: servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
- O protocolo principal da Internet; tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
- O protocolo padrão da Internet; transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte gador e os servidores.
ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Funcionalidades de um Navegador de Internet
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon- usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans- Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
porte dos pacotes). códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada
Domínio através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en- site na internet.
dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
– 74.125.234.180. pretado pelos navegadores.
É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos- Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
sível associar um endereço de um site a um número IP na rede. imagens e outros tipos de dados.
O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
http://www.empresa.com.br, em que: meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende- parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada
reço pertence à web. página.
empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser- Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
viço. – Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza-
com: indica que é comercial. do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar
br: indica que o endereço é no Brasil. a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer
página na web.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte.
29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais oferecem funcionalidades adicionais.
recorrentes da sua rotina diária de tarefas. – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque- Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura vra-chave digitando-a na barra de endereços.
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache
para mostrar as atualizações. Microsoft Edge
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer24.
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe- O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
apagado, caso o usuário queira. Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo- vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.
ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar
por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do
navegador de internet.
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis- Outras características do Edge são:
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas – Experiência de navegação com alto desempenho.
no navegador. – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual-
quer lugar conectado à internet.
Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são – Funciona com a assistente de navegação Cortana.
alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co- – Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na- – Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo
virtual da Internet. Firefox
Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é
Internet Explorer conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita-
substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja,
segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins-
algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram talado no PC, ele poderá ser instalado.
atualizadas no Edge.
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
24 https://bit.ly/2WITu4N
30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Google Chorme Safari
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac. sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo. é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior confiáveis para usar.
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
convidativo à navegação simplificada.
25 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-
-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-par-
te-2/
31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
( ) Escolher o slide no qual se deseja adicionar uma transição.
EXERCÍCIOS ( ) Selecionar a Visualização para ver como a transição é exi-
bida.
1. (PREFEITURA DE CANANÉIA/SP - ORIENTADOR SOCIAL - VU-
NESP/2020) Em um computador com Microsoft Windows 7 insta- A sequência está correta em(A) 3, 2, 1, 4.
lado, em sua configuração original, um usuário clicou com o botão (B) 1, 2, 3 ,4.
invertido do mouse sobre um ponto vazio da Área de Trabalho e (C) 3, 4, 1, 2.
obteve o seguinte menu de contexto, exibido parcialmente na ima- (D) 1, 4, 2, 3.
gem a seguir.
6. (PREFEITURA DE VILA VELHA/ES - PSICÓLOGO - IBADE/2020)
O programa utilizado para criação/edição e exibição de slides é:
(A) Excel.
(B) Word.
(C) Photoshop.
(D) Power Point.
(E) Media Player.
32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
9. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-
NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web
ANOTAÇÕES
(WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem
corrente, e não são porque ______________________________________________________
(A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági-
nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de ______________________________________________________
acesso a um computador.
(B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co- ______________________________________________________
nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço
especial de acesso ao Google. ______________________________________________________
(C) a internet é uma rede mundial de computadores especial,
______________________________________________________
enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun-
cionam dentro da internet. ______________________________________________________
(D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu-
tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico. ______________________________________________________
(E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan-
to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso ______________________________________________________
especial ao Google.
______________________________________________________
10. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE AD-
______________________________________________________
MINISTRATIVO - COTEC/2020) Em observação aos conceitos e com-
ponentes de e-mail, faça a relação da denominação de item, pre- ______________________________________________________
sente na 1.ª coluna, com a sua definição, na 2.ª coluna.
Item ______________________________________________________
1- Spam
2- IMAP ______________________________________________________
3- Cabeçalho
4- Gmail ______________________________________________________
Definição ______________________________________________________
( ) Protocolo de gerenciamento de correio eletrônico.
______________________________________________________
( ) Um serviço gratuito de webmail.
( ) Mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa ______________________________________________________
para múltiplas pessoas.
( ) Uma das duas seções principais das mensagens de e-mail. ______________________________________________________
______________________________________________________
GABARITO
_____________________________________________________
_____________________________________________________
1 B
2 D ______________________________________________________
3 B ______________________________________________________
4 D
______________________________________________________
5 A
6 D ______________________________________________________
7 B ______________________________________________________
8 E
______________________________________________________
9 C
10 D ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
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34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
1. Noções de Direito Administrativo: Servidores públicos: Conceito e classificação. Deveres e proibições dos servidores públicos. Regime
disciplinar dos servidores públicos. Sanções disciplinares. Processo administrativo disciplinar: apuração preliminar e sindicância. Res-
ponsabilidade civil dos servidores públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Bens Públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3. Atos administrativos. Ato administrativo e fato administrativo. Conceito, classificação, espécies de ato administrativo. Existência, vali-
dade e eficácia do ato administrativo. Elementos e pressupostos. Atributos. Extinção e modificação do ato administrativo. Revogação.
Retificação e invalidação. Convalidação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Processo administrativo: conceito, requisitos, objetivos, fases, espécies, princípios do processo administrativo. . . . . . . . . . . . . . . 25
5. Licitações públicas. Lei Federal nº 8.666/93. Dever de licitar, Princípios da licitação. Modalidades licitatórias. Pregão, Lei Federal
10.520/02. Processo licitatório. Registros cadastrais. Registro de preços. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6. Contratos administrativos. Conceito, natureza jurídica. Peculiaridade e características dos contratos administrativos. Prazo e prorroga-
ção do contrato. Formalidades, instrumento contratual. Eficácia. Extinção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
7. Processo legislativo constitucional; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8. Lei Federal Complementar nº 95, de 1998; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
9. Decreto Federal nº 9.191, de 2017. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Ve- Observação importante: nos parâmetros do art. 37, V da
jamos: CFB/88, da mesma forma que previsto para os cargos em comissão,
Cargos organizados em carreira: são cargos cujos ocupantes as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de dire-
podem percorrer várias classes ao longo da sua vida funcional, em ção, chefia e assessoramento.
razão do regime de progressão do servidor na carreira.
Regimente Jurídico
Cargos isolados: não permitem a progressão funcional de seus
Provimento
titulares.
Provimento é a forma de ocupação do cargo público pelo ser-
vidor. Além disso, é um ato administrativo por intermédio do qual
Em relação às garantias e características especiais que lhe são
ocorre o preenchimento de cargo, por conseguinte, atribuindo as
conferidas, os cargos podem ser classificados em vitalícios, efetivos; funções a ele específicas e inerentes a uma determinada pessoa.
e comissionados. Vejamos: Tanto a doutrina quanto a lei dividem as espécies de provimento de
cargos públicos em dois grupos. São eles:
Cargos vitalícios e cargos efetivos: oferecem garantia de per-
manência aos seus ocupantes. De forma geral, a nomeação para es- Provimento originário: é ato administrativo que designa um
ses cargos é dependente de prévia aprovação em concurso público. cargo a servidor que antes não integrava o quadro de servidores
Cargos em comissão ou comissionados: de acordo com o art. daquele órgão, ou seja, o agente está iniciando a carreira pública.
37, V, da CF, os cargos comissionados se destinam apenas às atri- O provimento originário é a única forma de nomeação reco-
buições de direção, chefia e assessoramento. São ocupados de ma- nhecida pelo Ordenamento Jurídico Brasileiro, isso, é claro, ressal-
neira temporária, em função da confiança depositada pela autori- te-se, dependendo de prévia habilitação em concurso público de
dade nomeante. A nomeação para esse tipo de cargo não depende provas ou de provas e títulos, obedecidos, nos termos da lei, a or-
de aprovação em concurso público, podendo a exoneração do seu dem de classificação e o prazo de sua validade. Destaque-se que o
ocupante pode ser feita a qualquer tempo, a critério da autoridade momento da nomeação configura discricionariedade do adminis-
nomeante. trador, na qual devem ser respeitados os prazos do concurso públi-
co, nos moldes do art. 9° e seguintes da Lei 8112/90, devendo, por
Emprego conseguinte, ainda ser feita uma análise a respeito dos requisitos
Os empregos públicos são entidades de atribuições com o fito para a ocupação do cargo.
de serem ocupadas por servidores regidos sob o regime da CLT, que Entretanto, uma vez realizada a nomeação do candidato, este
também chamados de celetistas ou empregados públicos. ato não lhe atribui a qualidade de servidor público, mas apenas a
A diferença entre cargo e emprego público consiste no vínculo garantia de ocupação do referido cargo. Para que se torne servidor
que liga o servidor ao Estado. Ressalta-se que o vínculo jurídico do público, o particular deverá assinar o termo de posse, se submeten-
empregado público é de natureza contratual, ao passo que o do ser- do a todas as normas estatuárias da instituição.
vidor titular de cargo público é de natureza estatutária. O provimento do cargo ocorre com a nomeação, mas a inves-
No âmbito das pessoas de Direito Público como a União, os tidura no cargo acontece com a posse nos termos do art. 7°da Lei
8.112/90.
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como em suas au-
De acordo com a Lei Federal, o prazo máximo para a posse é
tarquias e fundações públicas de direito público, levando em conta
de 30 (trinta) dias, contados a partir da publicação do ato de pro-
a restauração da redação originária do caput do art. 39 da CF/1988
vimento, nos termos do art. 13, §1°, sendo que, desde haja a devi-
(ADIn 2135 MC/DF), afirma-se que o regime a ser adotado é o esta-
da comprovação, a legislação admite que a posse ocorra por meio
tutário. Entretanto, é plenamente possível a convivência entre o re- de procuração específica, conforme disposto no art. 13, §3° da lei
gime estatutário e o celetista relativo aos entes que, anteriormente 8.112/90.
à concessão da medida cautelar mencionada, tenham realizado Havendo a efetivação da posse dentro do prazo legal, o ser-
contratações e admissões no regime de emprego público. No to- vidor público federal terá o prazo máximo de 15 (dias) dias para
cante às pessoas de Direito Privado da Administração Indireta como iniciar a exercer as funções do cargo, nos trâmites do art. 15, §1°
as empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações do Estatuto dos Servidores Públicos da União, das Autarquias e das
públicas de direito privado, infere-se que somente é possível a exis- Fundações Públicas Federais, Lei 8112/90, sendo que não sendo
tência de empregados públicos, nos termos legais. respeitado este prazo, o agente poderá ser exonerado. Vejamos:
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Art. 15. § 2º - O servidor será exonerado do cargo ou será tor- Na fase de readaptação ficará garantida o recebimento de ven-
nado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, cimentos, não podendo haver alteração do subsídio recebido pelo
se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, ob- servidor em virtude da readaptação.
servado o disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei n. 9.527, de
10.12.97). Observação importante: esta modalidade de provimento deri-
vado independe da existência de cargo vago na carreira, porque ain-
Ademais, se o candidato for nomeado e não se apresentar para da que este não exista, o servidor sempre terá direito de ser readap-
posse, no prazo de determinado por lei, não ocorrerá exoneração, tado e poderá exercer suas funções no novo cargo como excedente.
tendo em vista ainda não havia sido investido na qualidade de ser- Caso não haja nenhum cargo na carreira, com funções compatíveis,
vidor. Assim sendo, o ato de nomeação se torna sem efeito, vindo o servidor poderá ser aposentado por invalidez. Para que haja rea-
a ficar vago o cargo que havia sido ocupado pelo ato de nomeação. daptação, não há necessidade de a limitação ter ocorrido por causa
Provimento Derivado: o cargo público deverá ser entregue a do exercício do labor ou da função. A princípio, independentemen-
um servidor que já tenha uma relação anterior com a Administra- te de culpa, o servidor tem direito a ser readaptado.
ção Pública e que se encontra exercendo funções na carreira em
que pretende assumir o novo cargo. Denota-se que provimento de- Provimento derivado por reingresso: ocorre quando o servi-
rivado somente será possível de ser concretizado, se o agente pro- dor de alguma forma, deixou de atuar no labor das funções de cargo
vier de outros cargos na mesma carreira em que houve provimento específico e retorna às suas atividades. Esse provimento pode ocor-
originário anterior. Não pode haver provimento derivado em outra rer de quatro formas. São elas:
carreira.
Nesses casos, deverá haver a realização de concurso público a) Reversão: nos termos do art. 25 da Lei 8.112/90, é o retor-
de provas ou de provas e títulos, para que se faça novo provimento no do servidor público aposentado ao exercício do cargo público.
originário. A permissão para que o agente ingresse em nova carreira A reversão pode ocorrer por meio da aposentadoria por invalidez,
por meio de provimento derivado violaria os princípios da isonomia quando cessarem os motivos da invalidez. Neste caso, por meio de
e da impessoalidade, mediante os benefícios oferecidos de forma laudo médico oficial, o poder público toma conhecimento de que
defesa. Nesse diapasão, vejamos o que estabelece a súmula vincu- os motivos que ensejaram a aposentadoria do servidor se tornaram
lante nº 43 do Supremo Tribunal Federal insubsistentes, do que resulta a obrigatoriedade de retorno do ser-
vidor ao cargo.
Súmula 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de pro-
vimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação Também pode ocorrer a reversão do servidor aposentado de
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
forma voluntária. Dessa maneira, atendidos os requisitos dispostos
não integra a carreira na qual anteriormente investido.
em lei, a legislação ordena que havendo interesse da Administração
Pública, que o servidor tenha requerido a reversão, que a aposenta-
Assim sendo, analisaremos as espécies de provimento derivado
doria tenha sido de forma voluntária, que o agente público já tives-
permitidas no ordenamento Jurídico Brasileiro e suas característi-
se, antes, adquirido estabilidade quando no exercício da atividade,
cas específicas. Vejamos:
que a aposentadoria tenha se dado nos cinco anos anteriores à so-
licitação e também que haja cargo vago, no momento da petição
Provimento derivado vertical: é a promoção na carreira ense-
de reversão.
jando a garantia de o servidor público ocupar cargos mais altos, na
carreira de ingresso, de forma alternada por antiguidade e mereci-
mento. Para que isso ocorra, é necessário que ele tenha ingressado, b) Reintegração: trata-se de provimento derivado que requer o
mediante aprovação em concurso público no serviço público, bem retorno do servidor público estável ao cargo que ocupava anterior-
como mediante assunção de cargo escalonado em carreira. mente, em decorrência da anulação do ato de demissão.
Denota-se que a escolha do servidor a progredir na carreira Ocorre a reintegração quando tornada sem validade a demis-
deve ser realiza por critérios de antiguidade e merecimento e de são do servidor estável por decisão judicial ou administrativa, pon-
forma alternada por critérios de antiguidade e merecimento. derando que o reintegrado terá o direito de ser indenizado por tudo
Destaque-se que, intermédio de promoção, não será possível que deixou de ganhar em consequência da demissão ilegal.
assumir um cargo em outra carreira mais elevada. Como por exem-
plo, ao ser promovido do cargo de técnico do Tribunal para o cargo c) Recondução: conforme dispõe o art. 29, da lei 8.112/90, tra-
de analista do mesmo órgão. Isso não é possível, uma vez que tal ta-se a recondução do retorno do servidor ao cargo anteriormente
situação significaria a possibilidade de mudança de carreira sem a ocupado por ele, podendo ocorrer em duas hipóteses:
realização de concurso público, o que ensejaria a ascensão que foi • Inabilitação em estágio probatório relacionado a outro car-
abolida pela Constituição Federal de 1988. go: quando o servidor público retorna à carreira anterior na qual
já havia adquirido estabilidade, evitando assim, sua exoneração do
Provimento derivado horizontal: trata-se da readaptação dis- serviço público.
posta no art. 24 da Lei 8112/90. É o aproveitamento do servidor • Reintegração do anterior ocupante: cuida-se de situação ex-
em um novo cargo, em decorrência de uma limitação sofrida por posta, na situação prática apresentada anteriormente, através da
este na capacidade física ou mental. Em ocorrendo esta hipótese, qual, o servidor público ocupa cargo de outro servidor que é poste-
o agente deverá ser readaptado vindo a assumir um novo cargo, riormente reintegrado.
no qual as funções sejam compatíveis com as limitações que sofreu
em sua capacidade laboral, dependendo a verificação desta limita- Observação importante: A recondução não gera direito à per-
ção mediante a apresentação de laudo laboral expedido por junta cepção de indenização, em nenhuma das duas hipóteses. Assim, o
médica oficial, que ateste demonstrando detalhadamente a impos- servidor público retornará ao cargo de origem, percebendo a remu-
sibilidade de o agente se manter no exercício de suas atividades de neração deste cargo.
trabalho.
3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
d) Aproveitamento: é retorno do servidor público que se en- A penalidade deverá ser por meio de processo administrativo
contra em disponibilidade, para assumir cargo com funções com- disciplinar no qual se observe o direito ao contraditório e a ampla
patíveis com as que anteriormente exercia, antes de ter extinto o defesa.
cargo que antes ocupava.
Isso ocorre, por que a Carta Magna prevê que havendo a ex- c) Readaptação: é a de investidura do servidor em cargo de
tinção ou declaração de desnecessidade de determinado cargo pú- atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
blico, o servidor público estável ocupante do cargo não deverá ser tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, comprovada em
demitido ou exonerado, mas sim ser removido para a disponibilida- inspeção minuciosamente realizada por junta médica oficial do ór-
de. Nesses casos, o servidor deixará de exercer as funções de forma gão competente.
temporária, mantendo o vínculo com a administração pública. O servidor que for readaptado, assumindo o novo cargo desde
Destaque-se que não há prazo para o término da disponibilida- que seja com funções compatíveis com sua nova situação, deverá
de, porém, por lei, o servidor tem a garantia de que, surgindo novo retornar ao cargo anteriormente ocupado. Assim, a readaptação
cargo vago compatível com o que ocupava, seu aproveitamento ensejará o provimento de um cargo e, por conseguinte, a vacância
será obrigatório. de outro, acopladas num só ato.
Observação importante: o aproveitamento é obrigatório tan- d) Promoção: ocorre no momento em que o servidor público,
to para o poder público quanto para o agente. Isso ocorre porque por antiguidade e merecimento, alternadamente, passa a assumir
a Administração Pública não pode deixar de executar o aproveita- cargo mais elevado na carreira de ingresso.
mento para nomear novos candidatos, da mesma forma que o ser-
vidor não poderá optar por ficar em disponibilidade, vindo a recu- e) Posse em cargo inacumulável: todas as vezes que o servi-
sar o aproveitamento. dor tomar posse em cargo ou emprego público de carreira nova,
mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas
Vacância e títulos, de forma que o novo cargo não seja acumulável com o
As situações de vacância são as hipóteses de desocupação do primeiro.
cargo público. Vacância é o termo utilizado para designar cargo pú- Ocorrendo isso, em decorrência da vedação estabelecida pela
blico vago. É um fato administrativo que informa que o cargo públi- Carta Magna de acumulação de cargos e empregos públicos, será
co não está provido e poderá preenchido por novo agente. necessária a vacância do cargo anteriormente ocupado. Não fazen-
A lei dispõe sete hipóteses de vacância. São elas: do o servidor a opção, após a concessão de prazo de dez dias, por
conseguinte, o poder público poderá instaurar, nos termos da lei,
a) Aposentadoria: acontece quando mediante ato praticado processo administrativo sumário, pugnando na aplicação da penali-
pela Administração Pública, o servidor público passa para a inati- dade de demissão do servidor.
vidade. No Regime Próprio de Previdência do Servidor Público, a
aposentadoria pode-se dar voluntariamente, compulsoriamente ou Efetividade
por invalidez, devendo ser aprovada pelo Tribunal de Contas para A efetividade não se confunde com a estabilidade. Ao passo
que tenha validade. A aposentadoria pode ocorrer pelas seguintes que a estabilidade é a garantia constitucional disposta no art.14,
maneiras: que garante a permanência no serviço público outorgada ao servi-
dor que, no ato de nomeação por concurso público para cargo de
• Falecimento provimento efetivo, tenha transposto o período de estágio proba-
Quando se tratar de fato administrativo alheio ao interesse do tório e aprovado numa avaliação específica e especial de desempe-
servidor ou da Administração Pública, torna inevitavelmente inviá- nho, a efetividade é a situação jurídica daquele servidor que ocupa
vel a ocupação do cargo. cargo de provimento efetivo.
Os cargos de provimento efetivo são aqueles que só podem ser
• Exoneração titularizados por servidores estatutários. Sua nomeação depende
Acontece sempre que o desfazimento do vínculo com o poder explicitamente da aprovação em concurso público.
público ocorre por situação prevista em lei, sem penalidades, dan- Ao ingressar no serviço público, o servidor ao ocupar cargo de
do fim à relação jurídica funcional que havia tido início com a posse. provimento efetivo, já é considerado um servidor efetivo. Entretan-
to, o mencionado servidor efetivo só terá garantida sua permanên-
cia no serviço público, a estabilidade, depois de três anos de exercí-
Ressalte-se que a exoneração pode ocorrer a pedido do servi-
cio, desde que seja aprovado no estágio probatório.
dor, situação na qual, por vontade do agente público, o vínculo se
restará desfeito e o cargo vago.
Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e fun-
ções
b) Demissão: será cabível todas as vezes em que o servidor co-
Via de regra, os cargos públicos apenas podem ser criados,
meter infração funcional, prevista em lei e será punível com a perda
transformados ou extintos por determinação de lei. Cabe ao Poder
do cargo público. A demissão está disposta na lei 8.112/90 em for-
Legislativo, com o sancionamento do chefe do Poder Executivo, dis-
ma de sanção aplicada ao servidor que cometer.
por sobre a criação, transformação e extinção de cargos, empregos
Quaisquer das infrações dispostas no art. 132 que são configu- e funções públicas.
radas como condutas consideradas graves. Em determinados casos, Em se tratando de cargos do Poder Legislativo, o processo de
definidos pelo legislador, a demissão proporá de forma automática criação não depende apenas de lei, mas sim de uma norma que
a indisponibilidade dos bens do servidor até que esse faça os de- mesmo apesar de possuir a mesma hierarquia de lei, não está na
vidos ressarcimentos ao erário. Em se tratando de situações mais dependência de deliberação executiva com sanção ou veto do chefe
extremas, o legislador vedará por completo a o retorno do servidor do Executivo. Referidas normas, em geral, são chamadas de Reso-
ao serviço público. luções.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Denota-se que é a norma criadora do cargo a responsável pela Assim sendo, em se restando vagos, os cargos ou funções pú-
denominação, as atribuições e a remuneração correspondentes aos blicas, embora sejam criados por lei, poderão ser extintos por lei
cargos públicos, nos termos da lei. ou por decreto do chefe do Poder Executivo. Entretanto, se o cargo
Uma questão de suma relevância, é a iniciativa da lei que cria, estiver ocupado, só poderá ser extinto através de lei, uma vez que
extingue ou transforma cargos. A despeito da criação de cargos, ve- não se admite a edição de decreto com essa finalidade.
jamos:
Remuneração
Cargos do Poder Executivo: a iniciativa é privativa do chefe A Constituição Federal Brasileira aduz no art. 37, inciso X do art.
desse Poder (CF, art. 61, § 1º, II, “a”). 37, a seguinte redação:
Cargos do Poder Judiciário: dos Tribunais de Contas e do Minis- X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
tério Público a lei em questão, partirá de iniciativa dos respectivos trata o § 4.º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados
Tribunais ou Procuradores - Gerais em se tratando da criação de por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, as-
cargos para o Ministério Público. segurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distin-
ção de índices;
Cargos do Legislativo: os cargos serão criados, extintos ou
transformados por atos normativos de âmbito interno desse Poder Infere-se que a alteração mais importante trazida a esse dispo-
(Resoluções), sendo sua iniciativa da respectiva Mesa Diretora. sitivo por meio da EC 19/1998, foi a exigência de lei específica para
que seja fixada ou que haja alteração na remuneração em sentido
Embora sejam criados por lei, os cargos ou funções públicas, se amplo de todos os servidores públicos. Isso significa que cada alte-
estiverem vagos, podem ser extintos por intermédio de lei ou por ração de remuneração de cargo público deverá ser feita através da
decreto do chefe do Poder Executivo. No entanto, se o cargo estiver edição de lei ordinária específica para tratar desse assunto.
ocupado, só poderá ser extinto por lei.
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Ve- O termo “subsídio”, o qual o texto do inciso X do art. 3 7 men-
jamos: ciona, é um tipo de remuneração inserida em nosso ordenamento
jurídico através da EC 19/1998, que é de medida obrigatória para
Cargos organizados em carreira: são cargos cujos ocupantes alguns cargos e facultativa para outros.
podem percorrer várias classes ao longo da sua vida funcional, em Nos parâmetros do § 4.º do art. 39 da Constituição Federal,
razão do regime de progressão do servidor na carreira.
o subsídio deverá ser “fixado em parcela única, vedado o acrésci-
mo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
Cargos isolados: não permitem a progressão funcional de seus
representação ou outra espécie remuneratória”. No estudo desse
titulares.
paramento legal, depreende-se que o subsídio é uma espécie remu-
neração em sentido amplo.
Em relação às garantias e características especiais que lhe são
Não obstante, a redação do inciso X do art. 3 7 não tenha usado
conferidas, os cargos podem ser classificados em vitalícios, efetivos;
o termo “vencimento”, convém anotar que este é usado com frequ-
e comissionados. Vejamos:
ência para indicar a remuneração dos servidores estatutários que
Cargos vitalícios e cargos efetivos: oferecem garantia de per- não percebem subsídio.
manência aos seus ocupantes. De forma geral, a nomeação para es- Nesse conceito, os “vencimentos”, também são considerados
ses cargos é dependente de prévia aprovação em concurso público. um tipo de remuneração em sentido amplo. São compostos pelo
vencimento normal do cargo com o acréscimo das vantagens pecu-
Cargos em comissão ou comissionados: de acordo com o art. niárias estabelecidas em lei.
37, V, da CF, os cargos comissionados se destinam apenas às atri- Portanto, o disposto no inciso X do art. 37 da CFB/88, ao deter-
buições de direção, chefia e assessoramento. São ocupados de ma- minar “a remuneração dos servidores públicos e o subsídio”, está,
neira temporária, em função da confiança depositada pela autori- em síntese, acoplando as duas espécies remuneratórias, vencimen-
dade nomeante. A nomeação para esse tipo de cargo não depende tos e subsídios que os servidores públicos estatutários podem re-
de aprovação em concurso público, podendo a exoneração do seu ceber.
ocupante pode ser feita a qualquer tempo, a critério da autoridade Pondera-se que o termo “salário” não é alcançado pelo cita-
nomeante. do dispositivo, posto que este trata-se do nome usado para o pa-
gamento ou quitação de serviços profissionais prestados em uma
Ressalte-se que antes da EC 32/2001, os cargos e as funções relação de emprego quando a mesma é sujeita ao regime traba-
públicas só podiam ser extintos por determinação de lei. Entretan- lhista, que é controlado e direcionado pela Consolidação das Leis
to, a mencionada emenda constitucional alterou a redação do art. do Trabalho. Assim sendo, entende-se que os empregados públicos
84, VI, “b”, da CF, passando a legislar admitindo que o Presidente da recebem salário.
República possa extinguir funções ou cargos públicos por meio de Dependerá do cargo conforme o dispositivo de lei que o rege,
decreto, quando estes se encontrarem vagos. para que a iniciativa privativa das leis que fixem ou alterem as re-
O resultado disso, é que, ao aplicar o princípio da simetria, a munerações e subsídios dos servidores públicos. De acordo com a
consequência é que os Governadores e Prefeitos, se houver seme- Constituição, atinente às principais hipóteses de iniciativa de leis
lhante previsão nas respectivas Constituições Estaduais ou Leis Or- que tratem a respeito da remuneração de cargos públicos, pode-
gânicas, também podem extinguir por decreto funções ou cargos mos resumir das seguintes formas:
públicos vagos nos Estados, Distrito Federal e Municípios.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
A iniciativa é privativa do com a perda de valor relativo da moeda nacional. Já a revisão geral,
CARGO DO PODER de forma adversa das reestruturações de carreiras, tem o condão
Presidente da República
EXECUTIVO FEDERAL de alcançar todos os servidores públicos estatutários de todos os
(CFB, art. 61, § 1.º, II, “a”);
Poderes da Federação em que esteja efetuando e deve ocorrer a
CARGOS DA CÂMARA a iniciativa é privativa dessa Casa cada ano.
DOS DEPUTADOS (CFB, art. 51, IV);
CARGOS DO SENADO a iniciativa é privativa dessa Casa (CF, Registre-se que a remuneração do servidor público é submeti-
FEDERAL art. 52, XIII); da aos valores mínimo e máximo.
Em relação ao valor mínimo, a Carta Magna predispõe aos ser-
Compete de forma privativa ao Supremo Tribunal Federal, aos vidores públicos a mesma garantia que é dada aos trabalhadores
Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Le- em geral, qual seja, a de que a remuneração recebida não pode ser
gislativo a respectiva remuneração dos seus serviços auxiliares e inferior ao salário mínimo. No entanto, tal garantia se refere ao total
dos juízos que lhes forem vinculados, e, ainda a fixação do subsídio da remuneração recebida, e não em relação ao vencimento-base.
de seus membros e dos Juízes, inclusive dos tribunais inferiores, Sobre o assunto, o STF deixou regulamentado na Súmula Vinculante
onde houver (CF, art. 48, XV, e art. 96, II, ‘b ). 16.
Observe-se que a fixação do subsídio dos deputados federais, Ressalta-se que a garantia da percepção do salário mínimo não
dos senadores, do Presidente e do Vice-Presidente da República e foi assegurada pela Constituição Federal aos militares. Para o STF,
dos Ministros de Estado é da competência exclusiva do Congresso a obrigação do Estado quanto aos militares está limitada ao forne-
Nacional e não se encontra sujeita à sanção ou veto do Presiden- cimento das condições materiais para a correta prestação do ser-
te da República. Nesse sentido específico, em virtude de previsão viço militar obrigatório nas Forças Armadas. Para tanto, denota-se
constitucional, a determinação dos aludidos subsídios não é reali- que os militares são enquadrados em um sistema que não se con-
zada por meio de lei, mas sim por intermédio de Decreto Legislativo funde com o que se aplica aos servidores civis, uma vez que estes
do Congresso Nacional. têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios (RE
Nesse sentido, em relação entendimento do Supremo Tribu- 570177/MG).
nal Federal, esse órgão entende que a concessão da revisão geral Consolidando o entendimento, enfatiza-se que a Suprema Cor-
anual” a que se refere o inciso X do art. 37 da Constituição deve te editou a Súmula Vinculante 6, por meio da qual afirma que “não
ser efetivada por intermédio de lei de iniciativa privativa do Poder viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao
Executivo de cada Federação. salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial”.
O inciso X do art. 37 da Constituição Federal em sua parte final,
garante a” revisão geral anual” da remuneração e do subsídio dos Referente ao limite máximo, foi estabelecido o teto remune-
“servidores públicos” sempre na mesma data e sem distinção de ratório pelo art. 37, XI, da CF, com redação dada pela EC 41/2003.
índices. Vejamos:
A Constituição da República em seu texto original, usava os ter-
mos “servidor público civil” e “servidor público militar”. No entanto, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-
a partir da aprovação da EC 1811998, estas expressões deixaram ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
de existir e o texto constitucional passou a se referir aos servidores fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
civis, apenas como “servidores públicos” e aos servidores militares, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
apenas como “militares. mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
Também em seu texto original e primitivo, a Constituição Fe- pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-
mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-
deral de 1988 determinava a obrigatoriedade do uso de índices de
tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
revisão de remuneração idênticos para servidores públicos civis e
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-
para servidores públicos militares (expressões usadas antes da EC
mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
18/1998). Acontece que no atual inciso X do art. 37, que resultou
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
da EC 1911998, existe referência apenas a “servidores públicos”, o
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no
que leva a entender que o preceito nele contido não pode ser apli-
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do
cado aos militares, uma vez que estes não se englobam mais como
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco cen-
espécie do gênero “servidores públicos”.
tésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
A remuneração dos servidores públicos passa anualmente por Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável
período revisional. Esse ato também faz parte do contido na EC este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
19/1998. aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucio-
O objetivo da revisão geral anual, ao menos, em tese, possui o nal nº 41, 19.12.2003).
fulcro de recompor o poder de compra da remuneração do servidor, O art. 37, § 11, da CFB/88 também regulamenta o assunto ao
devido a inflação que normalmente está em alta. Por não se tratar afirmar que estão submetidos ao teto a remuneração e o subsídio
de aumento real da remuneração ou do subsídio, mas somente de dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da adminis-
um aumento nominal, por esse motivo, é denominado, às vezes, de tração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
“aumento impróprio”. dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
Esclarece-se que a revisão geral de remuneração e subsídio que políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
o dispositivo constitucional em exame menciona, não é implantada percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pesso-
mediante a reestruturação de algumas carreiras, posto que as re- ais ou de qualquer outra natureza. Referente às parcelas de caráter
estruturações de carreiras não são anuais, nem, tampouco gerais, indenizatório, estas não serão computadas para efeito de cálculo do
pois se limitam a cargos específicos, além de não manterem ligação teto remuneratório.
6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Perceba que a regra do teto remuneratório também e plena- a) Ajuda de custo: é destinada a compensar as despesas de
mente aplicável às empresas públicas e às sociedades de economia instalação do servidor que, a trabalho em prol do interesse do ser-
mista, e suas subsidiárias, que percebem recursos da União, dos viço público, passar a laborar em nova sede, isso com mudança de
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de domicílio em caráter permanente.
despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º, da CF).No A ajuda de custo também será devida àquele agente que, não
entanto, se essas entidades não vierem a receber recursos públicos sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão,
para a quitação de despesas de custeio e de pessoal, seus empre- com mudança de domicílio. Por outro ângulo, não será concedida
gados não estarão submetidos ao teto remuneratório previsto no ajuda de custo ao servidor que em virtude de mandato eletivo se
art. 37, XI, da CF. afastar do cargo, ou vier a reassumi-lo.
Nos trâmites desse dispositivo constitucional, resta-se existen- O cálculo pecuniário da ajuda de custo é feito sobre a remune-
te um teto geral remuneratório que deve ser aplicado a todos os Po- ração do servidor, e não pode exceder a importância corresponden-
deres da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo este, te a três meses de remuneração.
o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Além disso, Referente a cônjuge ou companheiro do servidor beneficiado
referente a esse teto geral, existem tetos específicos aplicáveis aos pela ajuda de custo que também seja servidor e, a qualquer tempo,
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. passe a ter exercício na mesma sede do seu cônjuge ou companhei-
Em se tratando da esfera estadual e distrital, denota-se que a ro, não é permitido pela legislação que ocorra o pagamento de uma
remuneração dos servidores públicos não podem exceder o subsí- segunda ajuda de custo.
dio mensal dos Ministros do STF, bem como, ainda, não pode ultra- Além de receber o valor pago pela ajuda de custo, todas as
passar os limites a seguir: despesas de transporte do servidor e de sua família, deverão ser
Na alçada do Poder Executivo: o subsídio do Governador; arcadas pela Administração Pública, compreendendo passagem,
Na alçada do Poder Legislativo: o subsídio dos Deputados Es- bagagem e bens pessoais.
taduais e Distritais; Falecendo o servidor estando lotado na nova sede, sua família,
Na alçada do Poder Judiciário: o subsídio dos Desembargado- por conseguinte, fará jus à ajuda de custo bem como de transporte
res do Tribunal de Justiça, limitado este a 90,25% do subsídio dos para retornar à localidade de origem, no prazo de um ano, contado
Ministros do STF. Infere-se que esse limite também é nos termos da do óbito.
Lei, aplicável aos membros do Ministério Público, aos Procuradores Com o fito de evitar enriquecimento sem causa, a lei determina
e aos Defensores Públicos, mesmo que estes não integrem o Poder que o servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,
Judiciário. sem se justificar, não se apresentar na nova sede no prazo de 30
Em relação aos Estados e ao Distrito Federal, a Carta Magna, no dias.
art. 37, § 12 com redação incluída pela EC 47/2005, facultou a cada
um desses entes fixar, em sua alçada, um limite remuneratório local Observação importante: O STJ entende que a ajuda de custo
único, sendo ele o subsídio mensal dos Desembargadores do res- somente é devida aos servidores que, no interesse da Administra-
pectivo Tribunal de Justiça que é limitado a 90,25% do subsídio dos ção, forem removidos ex officio, com fundamento no art. 36, pará-
Ministros do STF. Se os Estados ou Distrito Federal desejarem ado- grafo único, I, da Lei 8.112/1990. No entanto, quando a remoção
tar o subteto único, deverão realizar tal tarefa por meio de emenda ocorrer em decorrência de interesse particular do servidor, a ajuda
às respectivas Constituições estaduais ou, ainda, à Lei Orgânica do de custo não é devida. Assim, por exemplo, se o servidor público
Distrito Federal. Entretanto, em consonância com a Constituição Fe-
passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
deral, o limite local único não deve ser aplicado aos subsídios dos
caráter permanente, por meio de processo seletivo de remoção,
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
não terá direito à percepção da verba de ajuda de custo (AgRg no
Finalizando, em relação à esfera municipal, a remuneração dos
REsp 1.531.494/SC).
agentes públicos não poder exceder o teto geral e também não
pode exceder o subsídio do Prefeito que cuida-se do subteto mu-
Diárias
nicipal.
São devidas ao servidor que a serviço, se afastar da sede em
Registre-se ainda, que a Constituição Federal carrega em seu
caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacio-
bojo a regra de que “os vencimentos dos cargos do Poder Legislati-
vo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo nal ou para o Exterior, que também fará jus a passagens destinadas
Poder Executivo” (art. 37, XII, da CF). No entanto, esta norma tem a indenizar as despesas extraordinárias com pousada, alimentação
sido de pouca aplicação, pelo fato de possuir conteúdo genérico, ao e locomoção urbana.
contrário da previsão inserida no art. 37, XI, da CFB/88, que explici- As diárias são devidas apenas nas hipóteses de deslocamentos
tamente estabelece limites precisos para os tetos remuneratórios. eventuais ou transitórios. Assim, o servidor não fará jus a diárias se
o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo
Direitos e deveres (art. 58, § 2º).
Adentrando ao tópico dos direitos e deveres dos agentes pú- Não terá direito a diárias o servidor que se deslocar dentro da
blicos, com o amparo da Lei 8112/90, que dispõe sobre o regime mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião,
jurídico único dos servidores públicos civis da União, das autarquias constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas,
e das fundações públicas federais, é importante explanar que além ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes,
do vencimento - base, a lei prevê que o servidor federal poderá re- cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores
ceber vantagens pecuniárias, sendo elas: brasileiros consideram-se estendidas, salvo se houver pernoite fora
da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas
Indenizações para os afastamentos dentro do território nacional (art. 58, § 3º).
Têm como objetivo ressarcir aos servidores em razão de despe- A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida
sas que tenham tido por motivo do exercício de suas funções. São pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da
previstos por determinação legal, os seguintes tipos de indeniza- sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas
ções a serem pagas ao servidor federal: extraordinárias cobertas por diárias (art. 58, § 1º).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Além disso, o servidor que receber diárias e porventura, não Em consonância com o art. 61 da Lei 8.112/1990 depreende-se
se afastar da sede, será obrigado a restituí-las em valor integral no que, além do vencimento e das indenizações, poderão ser deferidas
prazo de cinco dias. aos servidores as seguintes retribuições em forma de gratificações
Da mesma forma, retornando o servidor à sede antes do pre- e adicionais:
visto, também ficará obrigado a devolver as diárias percebidas em a) Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e as-
excesso no prazo de cinco dias. sessoramento: “Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento
a) Indenização de transporte: é devida ao servidor que no em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu
exercício de serviço de interesse público realizar despesas com a exercício” (art. 62). O valor dessa retribuição será fixado por lei es-
utilização de meio próprio de locomoção para a execução de servi- pecífica.
ços externos, por força das atribuições próprias do cargo (art. 60 da b) Gratificação natalina: equivale ao 13º salário do trabalhador
Lei 8.112/90). da iniciativa privada, ou pública sendo calculada à razão de 1/12 da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por
b) Auxílio - moradia: é o ressarcimento das despesas devida- mês de exercício no respectivo ano. Para efeito de pagamento da
mente comprovadas e realizadas pelo servidor público com aluguel gratificação natalina, a fração igual ou superior a 15 dias de exercí-
de moradia ou, ainda com outro meio de hospedagem devidamen- cio será considerada como mês integral.
te administrado por empresa hoteleira, no decurso do prazo de um c) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas
mês após a comprovação da despesa pelo servidor. ou penosas: O adicional de insalubridade é devido aos servidores
que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, que provo-
Para fazer jus ao recebimento do auxílio - moradia, o servidor cam a deterioração da sua saúde. Em relação ao adicional de pe-
deverá atender a alguns requisitos cumulativos previstos na lei (art. riculosidade, é devido ao servidor cujas funções que desempenha
60-B). Vejamos: habitualmente colocam em risco a sua vida.
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio - moradia ao servidor se aten- d) Adicional pela prestação de serviço extraordinário: é aquele
didos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006). exercido além da jornada ordinária de trabalho do servidor.
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; Nos termos da Lei 8.112/1990, o serviço extraordinário será
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006). remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel trabalho.
funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006). (art. 73). No entanto, somente será permitido serviço extraor-
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou te- dinário para atender a situações excepcionais e temporárias, res-
nha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promi- peitado o limite máximo de duas horas por jornada (art. 74).
tente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, e) Adicional noturno: é prestado no horário compreendido en-
tre 22 horas de um dia e cinco horas do dia seguinte. O servidor que
incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção,
exercer serviço noturno terá direito a perceber o adicional noturno,
nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído pela
cujo valor corresponderá ao acréscimo de 25% sobre a hora tra-
Lei nº 11.355, de 2006).
balhada no turno diurno. Além disso, será considerado como uma
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba
hora de serviço noturno o tempo de cinquenta e dois minutos e
auxílio - moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
trinta segundos (art. 75).
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocu-
f) Adicional de férias: é garantido pela Constituição Federal e
par cargo em comissão ou função de confiança do Grupo - Direção
disciplinado no art. 76 do estatuto funcional. Independentemente
e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Es-
de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das suas férias,
pecial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº um adicional correspondente a 1/3 da remuneração do período das
11.355, de 2006). férias. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vanta-
de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em re- gem será considerada no cálculo do adicional de férias.
lação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído pela h) Gratificação por encargo de curso ou concurso: é direito
Lei nº 11.355, de 2006). assegurado ao servidor que, em caráter eventual, se encaixar nas
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido hipóteses do art.76-A, tais como: atuar como instrutor em curso
no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente
em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo in- instituído no âmbito da administração pública federal; participar de
ferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise
11.355, de 2006). curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por
de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº candidatos; participar da logística de preparação e de realização de
11.355, de 2006). concurso público envolvendo atividades de planejamento, coorde-
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. nação, supervisão, incluídas entre as suas atribuições permanentes
(Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007). e participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame ves-
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o tibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades.
prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão Vale a pena registrar que, em tempos remotos, a lei contem-
relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006). plava o pagamento do adicional por tempo de serviço. Entretanto,
o dispositivo legal que previa o mencionado adicional foi revogado.
Gratificações Contemporaneamente, esta vantagem é paga somente aos servido-
São vantagens pecuniárias que constituem acréscimos de esti- res que à época da revogação restavam munidos de direito adquiri-
pêndio, que acopladas ao vencimento constituem a remuneração do à sua percepção.
do servidor público.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Nos parâmetros do referido Estatuto, temos a seguinte expla- vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.
nação: Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do
doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padras- cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses,
to ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas para participar de curso de capacitação profissional.
e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao
por perícia médica oficial. servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em está-
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do gio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo
servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamen- prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.
te com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer
na forma do disposto no inciso II do art. 44. tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem re-
poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes muneração para o desempenho de mandato em confederação, fe-
condições: deração, associação de classe de âmbito nacional, sindicato repre-
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou,
remuneração do servidor; ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu- cooperativa constituída por servidores públicos para prestar servi-
neração. ços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e obser-
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. vados os seguintes limites:
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não re- I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois)
servidores;
muneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta
um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no §
mil) associados, 4 (quatro) servidores;
3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados,
II do § 2º.
8 (oito) servidores.
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, § 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para
poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, des-
condições: de que cadastradas no órgão competente.
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a § 2º. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
remuneração do servidor; renovada, no caso de reeleição.
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu- Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento
neração. de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a prejuízo da remuneração a que fizer jus.
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não re- (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
muneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em § 1º . A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de
um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e § 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a
II do § 2º. partir do parto.
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro § 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-
também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Po- to, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta,
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, reassumirá o exercício.
poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Adminis- § 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora
tração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
exercício de atividade compatível com o seu cargo. Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será con- direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
cedida licença, na forma e condições previstas na legislação espe- Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis
cífica. meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de tra-
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até balho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois
períodos de meia hora.
30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do car-
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de
go.
criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)
durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. artigo será de 30 (trinta) dias.
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, acidentado em serviço.
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia se-
guinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Observação importante: a licença-prêmio não faz mais parte De acordo com o art. 107 do Estatuto em estudo, caberá re-
do rol dos direitos dos servidores federais e foi suprimida pela Lei curso nas seguintes hipóteses: do indeferimento do pedido de re-
9.527/1997. A licença-prêmio permitia que o servidor, encerrado consideração e das decisões sobre os recursos sucessivamente in-
cada quinquênio ininterrupto de serviço, pudesse gozar, como prê- terpostos.
mio pela assiduidade de três meses de licença, com a remuneração Nos termos do art. 109, o recurso será dirigido à autoridade
do cargo efetivo. A legislação vigente à época facultava ao servidor imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
gozar a licença ou contar em dobro o período da licença para efeito decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais auto-
de aposentadoria (o que atualmente não é mais possível, já que ridades, sendo encaminhado por intermédio da autoridade a que
a EC 20/1998 proibiu a contagem de tempo de contribuição fictí- estiver imediatamente subordinado o requerente. Dando continui-
cio para aposentadoria). Entretanto, em análise ao caso específico dade, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo
daqueles que adquiriram legitimamente o direito antes da supres- da autoridade competente e em caso de provimento do pedido de
são legal, o STJ entende pacificamente que “o servidor aposentado reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à
tem direito à conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada data do ato impugnado, nos parâmetros do art. 109, parágrafo úni-
e contada em dobro, sob pena de enriquecimento sem causa da co da Lei 8112/90.
Administração Pública” (AgRg no AREsp 270.708/RN). O prazo para interposição de recurso ou de pedido de recon-
sideração é de 30 dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
Concessões interessado, da decisão recorrida (art. 108).
Três são as espécies de concessão: Já o direito de requerer prescreve, nos termos do art. 110, em
a) Primeira espécie de concessão: permite ao servidor se au- cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposen-
sentar do serviço, sem qualquer prejuízo a sua remuneração, nas tadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho; em 120 dias, nos de-
seguintes condições (art. 97): por um dia, para doação de sangue;
mais casos, exceto quando outro prazo for fixado em lei.
por dois dias, para se alistar como eleitor; por oito dias consecuti-
vos em razão de: casamento; falecimento do cônjuge, companhei-
Em relação à prescrição, merece também destaque:
ro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda
Art. 112: a prescrição é de ordem pública, não podendo ser re-
ou tutela e irmãos. levada pela administração; o pedido de reconsideração e o recurso,
b) Segunda espécie de concessão: relacionada à concessão de quando cabíveis, interrompem a prescrição (art. 111); o prazo de
horário especial, nas seguintes situações (art. 98): ao servidor estu- prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado
dante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário es- ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publi-
colar e o da repartição, sendo exigida a compensação de horário; ao cado (art. 110, parágrafo único da Lei 8112/90).
servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessida-
de por junta médica oficial, independentemente de compensação RESPONSABILIDADE
de horário;ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com Ao exercer funções públicas, os servidores públicos não estão
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica desobrigados de se responsabilizar por seus atos, tanto atos públi-
oficial, independentemente da compensação de horário; ao servi- cos quanto atos administrativos, além dos atos políticos, dependen-
dor que atue como instrutor em curso instituído no âmbito da ad- do de sua função, cargo ou emprego.
ministração pública federal ou que participe de banca examinadora Esta responsabilidade é algo indispensável na atividade admi-
de concursos, vinculado à compensação de horário a ser efetivada nistrativa, ou seja, enquanto houver exercício irregular de direito ou
no prazo de até um ano. de poder a responsabilidade deve estar presente.
c) Terceira espécie de concessão: cuida dos casos relacionados Quanto o Estado repara o dano, em homenagem à responsa-
à matrícula em instituições de ensino. Por amparo legal, “ao servi- bilidade objetiva do Estado, fica com direito de regresso contra o
dor estudante que mudar de sede no interesse da administração é responsável que efetivamente causou o dano, isto é, com o direito
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, de recuperar o valor da indenização junto ao agente que causador
matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, do dano.
independentemente de vaga” (art. 99). Denota-se que esse benefí-
cio se estende também “ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou Efetivamente, o direito de regresso, em sede de responsabilida-
enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos de estatal, configura-se na pretensão do Estado em buscar do seu
menores sob sua guarda, com autorização judicial” (art. 99, pará- agente, responsável pelo dano, a recomposição do erário, uma vez
grafo único). desfalcado do montante destinado ao pagamento da indenização
à vítima.
Nesse aspecto, o direito de regresso é o direito assegurado ao
Direito de petição
Estado no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra o
De acordo com o art. 104 da Lei 8.112/1990, é direito do servi-
agente responsável pelo dano, quando tenha este agido com culpa
dor público, requerer junto aos Poderes Públicos, a defesa de direi-
ou dolo.
to ou interesse legítimo. Neste contexto, o agente público poderá ser responsabilizado
O direito de petição pode ser manifestado por intermédio de nos âmbitos civil, penal e administrativo.
requerimento, pedido de reconsideração ou de recurso.
Nos termos da Lei, o requerimento deverá ser dirigido à auto- a) Responsabilidade Civil: A responsabilidade civil decorre de
ridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em pre-
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente juízo ao erário ou a terceiros.
(art. 105). Neste caso, responsabilidade civil se refere à responsabilidade
Além disso, nos trâmites do art. 106, caberá pedido de reconsi- patrimonial, que faz referência aos Atos Ilícitos e que traz consigo a
deração dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou profe- regra geral da responsabilidade civil, que é de reparar o dano cau-
rido a primeira decisão, não podendo ser renovado. sado a outrem.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
A Administração Pública, confirmada a responsabilidade de Hely Lopes Meirelles, na segunda corrente doutrinária, defen-
seus agentes, como preceitua a no art.37, §6, parte final do Texto de que bens públicos são todos aqueles que pertencem às pessoas
Maior, é “assegurado o direito de regresso contra o responsável nos jurídicas de Direito Público Interno e às pessoas jurídicas de Direito
casos de dolo ou culpa”, descontará nos vencimentos do servidor Privado da Administração Indireta, o que acaba por incluir na cate-
público, respeitando os limites mensais, a quantia exata para o res- goria de bens públicos, todos aqueles que forem de propriedade
sarcimento do dano. das empresas públicas e sociedades de economia mista, indepen-
b) Responsabilidade Administrativa: A responsabilidade admi- dentemente de estas atuarem ou não na prestação de serviço pú-
nistrativa é apurada em processo administrativo, assegurando-se blico ou na exploração de atividade econômica.
ao servidor o contraditório e a ampla defesa. A terceira corrente, defendida por Celso Antônio Bandeira de
Uma vez constatada a prática do ilícito administrativo, ficará Mello, sustenta que bens públicos são todos aqueles pertencentes
o servidor sujeito à sanção administrativa adequada ao caso, que às pessoas jurídicas de Direito Público como a União, os Estados,
poderá ser advertência, suspensão, demissão, cassação de aposen- o Distrito Federal, os Municípios, e suas respectivas autarquias e
tadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou fundações de direito público, e, ainda aqueles que, embora não
destituição de função comissionada. pertencendo a tais pessoas, encontram-se afetados à prestação de
A penalidade deve sempre ser motivada pela autoridade com- um serviço público.
petente para sua aplicação, sob pena de nulidade. Com o intuito de tentar diminuir as dúvidas relativas à abran-
Se durante a apuração da responsabilidade administrativa a gência do conceito de bens públicos, o art. 98 do Código Civil, Lei
autoridade competente verificar que o ilícito administrativo tam- 10.406, de 10.01.2002 predispôs que:
bém está capitulado como ilícito penal, deve encaminhar cópia do Art. 98 - são públicos os bens do domínio nacional pertencen-
processo administrativo ao Ministério Público, que irá mover ação tes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros
penal contra o servidor são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
c) Responsabilidade Penal: A responsabilidade penal do servi- Registra-se que a classificação que possui mais relevo para pro-
dor é a que resulta de uma conduta tipificada por lei como infração vas de certames em geral, é aquela que divide os bens com base
penal. A responsabilidade penal abrange crimes e contravenções no seu uso. Tal classificação possui fundamento legal no art. 99 do
imputadas ao servidor, nessa qualidade. Código Civil. Vejamos:
Os crimes funcionais estão definidos no Código Penal, artigos Art. 99. São bens públicos:
312 a 326, como o peculato, a concussão, a corrupção passiva, a I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,
prevaricação etc. Outros estão previstos em leis especiais federais. ruas e praças;
A responsabilidade penal do servidor é apurada em Juízo Cri- II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destina-
minal. Se o servidor for responsabilizado penalmente, sofrerá uma dos a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadu-
sanção penal, que pode ser privativa de liberdade (reclusão ou de- al, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
tenção), restritiva de direitos (prestação pecuniária, perda de bens III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
e valores, prestação de serviço à comunidade ou a entidades públi- jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real,
cas, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana) de cada uma dessas entidades.
ou multa (Código Penal, art. 32). Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-
Importante ressaltar que a decisão penal, apurada por causa -se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
da responsabilidade penal do servidor, só terá reflexo na responsa- público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
bilidade civil do servidor se o ilícito penal tiver ocasionado prejuízo
patrimonial (ilícito civil). Espécies
Vejamos a especificação de alguns tipos de bens:
Nos termos do que estabelece o artigo 125 da Lei 8.112/90, as Bens de uso comum do povo - são aqueles bens que a Adminis-
sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo tração Pública os mantém para o uso comum da população, sendo
independentes entre si. de uso livre, gratuito ou mediante a cobrança de taxas, no caso de
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada uso anormal ou privativo. Existem doutrinadores que conceituam
se, no processo criminal, o servidor for absolvido por ter sido de- esse tipo de bens como bens do domínio público.
clarada a inexistência do fato ou, quando o fato realmente existiu, Bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indispo-
não tenha sido imputada sua autoria ao servidor. Notem que, se o nível: são bens que destinados à execução dos serviços administra-
servidor for absolvido por falta ou insuficiência de provas, a respon- tivos e serviços públicos em geral.
sabilidade administrativa não será afastada. Bens dominicais ou do Patrimônio Disponível: são bens que,
embora sejam constituídos para o patrimônio público, acabam por
não possuir uma destinação pública determinada ou um fim admi-
nistrativo específico.
BENS PÚBLICOS
Os bens de uso especial podem ser diretos ou indiretos. Veja-
Noções Gerais mos:
A princípio, denota-se que existem controvérsias doutrinárias A) Bens de uso especial direto: são os bens que compõem a
a respeito do conceito de bem público, vindo, com isso, a existir máquina estatal. Exemplos: escolas públicas, logradouros onde se
basicamente três posições distintas. localizam as repartições públicas, automóvel oficial, etc.
A primeira corrente doutrinária, defendida por José dos Santos B) Bens de uso especial indireto: são aqueles por meio dos
Carvalho Filho, entende que são bens públicos apenas aqueles que quais o ente público não usa os bens diretamente, porém, conserva
pertencem às pessoas jurídicas de direito público. os mesmos com o intento de garantir proteção a determinado bem
jurídico de interesse geral da coletividade. Exemplo: as terras tradi-
cionalmente ocupadas pelos índios.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Bens Dominicais MELLO, 2006, aduz que “a desafetação dos bens de uso co-
São os bens desincumbidos de qualquer destinação e prontos mum, isto é, seu trespasse para o uso especial ou sua conversão em
para serem utilizados ou alienados ou, também, ter seu uso tres- bens meramente dominicais, depende de lei ou de ato do Executivo
passado àqueles que por eles se interesse. Infere-se que pertencem praticado na conformidade dela. É que, possuindo originariamen-
à União, aos Estados-Membros, aos Municípios, ao Distrito Federal, te destinação natural para o uso comum ou tendo-a adquirido em
às autarquias e fundações públicas. Estas entidades exercem sobre consequência de ato administrativo que os tenha preposto neste
os bens dominicais poderes de supremacia. Mesmo assim, ponde- destino, haverão, de toda sorte, neste caso, terminado por assu-
ra-se que a alienação e o trespasse do uso podem exigir o cumpri- mir uma destinação natural para tal fim. Só um ato de hierarquia
mento, previamente, de determinados requisitos, como avaliação, jurídica superior, como o é a lei, poderia ulteriormente contrariar
concorrência e licitação. o destino natural que adquiriram ou habilitar o Executivo a fazê-lo
São exemplos de bens dominicais os terrenos desprovidos de (MELLO, 2006, p. 868).
qualquer afetação de propriedade das mencionadas pessoas públi- A desafetação de bem de uso especial, trespassando-o para a
cas, podendo ser utilizados por seus proprietários para todos os fins classe dos dominicais, é dependente de lei ou de ato do próprio
de direito, observadas, especificamente, as legislações dos demais executivo. Vejamos como, por exemplo, o fato da transferência de
entes federados. Desta forma, a União, por exemplo, não pode dar serviço que se realizava em determinado prédio para outro prédio,
a bem dominial de sua propriedade utilização que venha a contra- restando o primeiro imóvel desligado de qualquer destinação. Infe-
riar a lei municipal de uso e ocupação do solo. re-se que o que este não pode fazer sem autorização legislativa, é
promover a desativação do próprio serviço instituído por legislação
Quanto à Disponibilidade
e que nele se prestava. Denota-se também, que um fato da natu-
Em relação à disponibilidade, os bens públicos classificam-se
reza pode ensejar a passagem de um bem do uso especial para a
em: bens indisponíveis por natureza; bens patrimoniais indisponí-
categoria dominical. Exemplo: um prédio público que desaba em
veis e bens patrimoniais disponíveis. Vejamos os conceitos de cada
local onde funcionava uma repartição pública.
um deles:
Bens indisponíveis por natureza: são bens que devido à sua
natureza não patrimonial, não podem ser alienados ou onerados Atributos
pelas entidades a que pertencem. São considerados de natureza Os bens públicos são possuidores de um regime jurídico espe-
não patrimonial e são insuscetíveis de alienação pelo poder pú- cial que os distingue dos bens particulares. As principais caracterís-
blico. São bens de uso comum do povo, sendo bens considerados ticas normativas desse regime diferenciado podem ser resumidas a
absolutamente indisponíveis, como os mares, os rios, as estradas, quatro atributos considerados fundamentais aos bens públicos. São
dentre outros. elas: inalienabilidade, impenhorabilidade, prescritibilidade e não
Bens patrimoniais indisponíveis: deles, o poder público não onerabilidade.
pode dispor, possuem natureza patrimonial, devido ao fato de esta- A inalienabilidade aduz que os bens públicos não podem ser
rem afetados a uma destinação pública específica. São bens possui- vendidos de forma livre. Isso ocorre porque a legislação estabelece
dores de valor patrimonial, mas que não podem ser alienados pelo condições e procedimentos especiais para a venda de tais bens, o
fato de serem utilizados efetivamente pelo Estado para finalidade que incorre em alienabilidade condicionada ao cumprimento das
pública de ordem específica. exigências impostas por lei. Advém da inalienabilidade o entendi-
Bens patrimoniais disponíveis: são bens que possuidores de mento de que os bens públicos não podem ser embargados, hipote-
natureza patrimonial e, pelo fato de não estarem afetados a deter- cados, desapropriados, penhorados, reivindicados, usufruídos, nem
minada finalidade pública, são passíveis de alienação, na forma e objeto de servidão.
nas condições que a lei estabelecer. Esse tipo de bens, correspon- O atributo da impenhorabilidade advém do fato de que os bens
dem aos bens dominicais, pelo motivo de serem exatamente aque- públicos podem ser objeto de constrição judicial. A impenhorabili-
les que nem se destinam ao público em geral e nem são utilizados dade é uma decorrência da inalienabilidade na medida em que, por
para a prestação de serviços públicos em sentido amplo, não sendo não ser suscetível a alienação ou penhora sobre bem público cons-
bens de uso especial. titui medida sem utilidade. É importante ressaltar, também, que a
impenhorabilidade dos bens públicos é o que justifica a existência
Observação importante: Pondera-se que os bens patrimoniais da execução especial contra a Fazenda Pública e da ordem dos pre-
indisponíveis, os de uso especial e os bens de uso comum estão catórios, nos termos do art., 100 da CFB/88. Pelo fato de os bens
sujeitos à avaliação patrimonial, sejam eles móveis ou imóveis.
do Estado não serem passíveis de penhora, não é possível aplicar à
Exemplos: os veículos oficiais, as escolas públicas, as universidades
cobrança de créditos contra a Fazenda Pública o sistema tradicional
públicas, os hospitais públicos, dentre outros. O Código Civil clara-
de execução objetivado na constrição judicial de bens do devedor.
mente determina que “os bens públicos de uso comum do povo e
Infere-se que a impenhorabilidade também se estende aos
os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. bens de empresas públicas, sociedades de economia mista e con-
cessionários afetados à prestação de serviços públicos. Em relação à
Afetação e Desafetação imprescritibilidade, entende-se que os bens públicos não estão sub-
Trata-se a afetação de preposição de um bem a um determina- metidos à possibilidade de prescrição aquisitiva, ou seja, os bens
do destino categorial de uso comum ou especial. Já a desafetação, públicos não estão sujeitos sujeitam à usucapião nos ditames dos
é sua retirada do mencionado destino. Nesse sentido, registra-se arts. 183 e 102 do Código Civil. De acordo com a corrente majori-
que os bens dominicais são bens não afetados a qualquer destino tária, a imprescritibilidade é atributo de todas as espécies de bens
público. A afetação ao uso comum pode provir do destino natural públicos, inclusive dos dominicais. Entretanto, existe uma exceção a
do bem, como acontece com os mares, rios, ruas, quanto por de- essa regra que se encontra prevista no art. 2° da Lei n6.969/81, que
terminação de lei ou por ato administrativo que ordene a aplicação admite a possibilidade de usucapião especial sobre terras devolutas
de um bem dominical ou de uso especial à utilização pública como localizadas na área rural.
um todo.
13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Requisitos para a alienação de bens públicos a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interes-
A alienação de bens públicos é dependente do cumprimento se social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socio-
de determinadas condições elencadas pelo art. 17 da Lei 8.666/93, econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
que variam conforme o tipo de bem e a pessoa a quem pertençam. b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entida-
Vejamos: des da Administração Pública;
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordi- c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, ob-
nada à existência de interesse público devidamente justificado, será servada a legislação específica;
precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou
órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacio- entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
nais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por
dispensada está nos seguintes casos: quem deles dispõe.
a) dação em pagamento; § 1o Os imóveis doados com base na alínea b do inciso I deste
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou en- artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão
tidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação
ressalvado o disposto nas alíneas f e h; (Redação dada pela Lei nº pelo beneficiário.
11.481, de 2007) § 2º A Administração também poderá conceder título de pro-
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou en- priedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação,
tidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, quando o uso se destinar: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de
ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; (Redação dada pela 2005)
Medida Provisória nº 458, de 2009) I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qual-
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou en- quer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196,
tidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, de 2005);
ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela Lei nº II - a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato
11.952, de 2009) normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos
mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos cons-
sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) mó-
tantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
dulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não
d) investidura;
exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação dada pela Lei
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública,
nº 11.952, de 2009)
de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
II - a pessoa natural que, nos termos da lei, de regulamento
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de
ou de ato normativo do órgão competente, haja implementado os
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis
requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e explora-
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no
ção direta sobre área rural limitada a quinze módulos fiscais, desde
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária que não exceda a 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação
de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da admi- dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016)
nistração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007) II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou ato
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos
29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta
e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja com- sobre área rural, observado o limite de que trata o § 1o do art. 6o
petência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009; (Redação dada pela Lei
de 2005) nº 13.465, 2017)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de § 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condi-
uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por ór- vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante
gãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
11.481, de 2007) II - fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, vedada a
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou one- dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e (Redação
rosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde dada pela Medida Provisória nº 422, de 2008).
incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde
1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fun- que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de
diária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Lei nº 11.952, licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei
de 2009) nº 11.763, de 2008)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde
onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde inci- que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de
dam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6º da Lei licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei
no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fun- nº 11.763, de 2008)
diária, atendidos os requisitos legais; e (Redação dada pela Lei nº III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente
13.465, 2017) da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licita- o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº
ção, dispensada esta nos seguintes casos: 11.196, de 2005)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008) B) Segunda: em sentido estrito, no qual acrescenta à definição
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação anterior, os atributos da unilateralidade e da concreção. Desta for-
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) ma, no entendimento estrito de ato administrativo por ele expos-
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área ta, ficam excluídos os atos convencionais, como os contratos, por
remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar exemplo, bem como os atos abstratos.
inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avalia- Embora haja ausência de uniformidade doutrinária, a partir da
ção e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do análise lúcida do tópico anterior, acoplada aos estudos dos concei-
valor constante da alínea a do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído tos retro apresentados, é possível extrair alguns elementos funda-
pela Lei nº 9.648, de 1998) mentais para a definição dos conceitos do ato administrativo.
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta De antemão, é importante observar que, embora o exercício
destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais constru- da função administrativa consista na atividade típica do Poder Exe-
ídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que cutivo, os Poderes Legislativo e Judiciário, praticam esta função
considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e de forma atípica, vindo a praticar, também, atos administrativos.
não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. Exemplo: ao realizar concursos públicos, os três Poderes devem no-
(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) mear os aprovados, promovendo licitações e fornecendo benefícios
§4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento legais aos servidores, dentre outras atividades. Acontece que em
constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumpri- todas essas atividades, a função administrativa estará sendo exerci-
mento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo da que, mesmo sendo função típica, mas, recordemos, não é função
dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente exclusiva do Poder Executivo.
justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Denota-se também, que nem todo ato praticado no exercício
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário ne- da função administrativa é ato administrativo, isso por que em inú-
cessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula meras situações, o Poder Público pratica atos de caráter privado,
de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em desvestindo-se das prerrogativas que conformam o regime jurídico
segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de de direito público e assemelhando-se aos particulares. Exemplo: a
1994) emissão de um cheque pelo Estado, uma vez que a referida provi-
dência deve ser disciplinada exclusivamente por normas de direito
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou global-
privado e não público.
mente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso
Há de se desvencilhar ainda que o ato administrativo pode ser
II, alínea b desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (In-
praticado não apenas pelo Estado, mas também por aquele que
cluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
o represente. Exemplo: os órgãos da Administração Direta, bem
como, os entes da Administração Indireta e particulares, como
acontece com as permissionárias e com as concessionárias de ser-
viços públicos.
ATOS ADMINISTRATIVOS. ATO ADMINISTRATIVO E Destaca-se, finalmente, que o ato administrativo por não apre-
FATO ADMINISTRATIVO. CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, sentar caráter de definitividade, está sujeito a controle por órgão
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO. EXISTÊNCIA, jurisdicional. Em obediência a essas diretrizes, compreendemos
VALIDADE E EFICÁCIA DO ATO ADMINISTRATIVO. ELE- que ato administrativo é a manifestação unilateral de vontade pro-
MENTOS E PRESSUPOSTOS. ATRIBUTOS. EXTINÇÃO E veniente de entidade arremetida em prerrogativas estatais ampara-
MODIFICAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. REVOGA- das pelos atributos provenientes do regime jurídico de direito públi-
ÇÃO. RETIFICAÇÃO E INVALIDAÇÃO. CONVALIDAÇÃO co, destinadas à produção de efeitos jurídicos e sujeitos a controle
judicial específico.
Conceito
Hely Lopes Meirelles conceitua ato administrativo como sendo Em suma, temos:
“toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública ATO ADMINISTRATIVO: é a manifestação unilateral de vontade
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, res- proveniente de entidade arremetida em prerrogativas estatais am-
guardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor paradas pelos atributos provenientes do regime jurídico de direito
obrigações aos administrados ou a si própria”. público, destinadas à produção de efeitos jurídicos e sujeitos a con-
Já Maria Sylvia Zanella Di Pietro explana esse tema, como: “a trole judicial específico.
declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos
jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de ATOS ADMINISTRATIVOS EM SENTIDO AMPLO
direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”.
Atos de Direito Privado
O renomado, Celso Antônio Bandeira de Mello, por sua vez,
explica o conceito de ato administrativo de duas formas. São elas: Atos materiais
A) Primeira: em sentido amplo, na qual há a predominância de Atos de opinião, conhecimento, juízo ou valor
atos gerais e abstratos. Exemplos: os contratos administrativos e os
Atos políticos
regulamentos.
No sentido amplo, de acordo com o mencionado autor, o ato Contratos
administrativo pode, ainda, ser considerado como a “declaração do Atos normativos
Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como, por exemplo, um
Atos normativos em sentido estrito e propriamente ditos
concessionário de serviço público), no exercício de prerrogativas
públicas, manifestada mediante providências jurídicas complemen-
tares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de
legitimidade por órgão jurisdicional”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não • Já na revogação de delegação, anteriormente, a competên-
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a ou- cia já era de forma original da autoridade ou órgão delegante, que
tros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquica- achou por conveniência e oportunidade revogar o ato de delega-
mente subordinados, quando for conveniente, em razão de circuns- ção, voltando, por conseguinte a exercer suas atribuições legais por
tâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. cunho de mão própria.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos Finalmente, adverte-se que, apesar de ser um dever ser exer-
presidentes. cido com autocontrole, o poder originário de avocar competência
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: também se constitui em regra na Administração Pública, uma vez
I - a edição de atos de caráter normativo; que é inerente à organização hierárquica como um todo. Entretan-
II - a decisão de recursos administrativos; to, conforme a doutrina de forma geral, o órgão superior não pode
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autori- avocar a competência do órgão subordinado em se tratando de
dade. competências exclusivas do órgão ou de agentes inferiores atribu-
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publi- ídas por lei. Exemplo: Secretário de Segurança Pública, mesmo es-
cados no meio oficial. tando alguns degraus hierárquicos acima de todos os Delegados da
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes Polícia Civil, não poderá jamais avocar para si a competência para
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os ob- presidir determinado inquérito policial, tendo em vista que esta
jetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva competência é exclusiva dos titulares desses cargos.
de exercício da atribuição delegada. Não convém encerrar esse tópico acerca da competência sem
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela mencionarmos a respeito dos vícios de competência que é concei-
autoridade delegante. tuado como o sofrimento de algum defeito em razão de problemas
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar com a competência do agente que o pratica que se subdivide em:
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo de- a) Excesso de poder: acontece quando o agente que pratica o
legado. ato acaba por exceder os limites de sua competência, agindo além
Convém registrar que a delegação é ato discricionário, que das providências que poderia adotar no caso concreto, vindo a pra-
leva em conta para sua prática circunstâncias de índole técnica, so- ticar abuso de poder. O vício de excesso de poder nem sempre po-
cial, econômica, jurídica ou territorial, bem como é ato revogável derá resultar em anulação do ato administrativo, tendo em vista
a qualquer tempo pela autoridade delegante, sendo que o ato de que em algumas situações será possível convalidar o ato defeituoso.
delegação bem como a sua revogação deverão ser expressamente b) Usurpação de função: ocorre quando uma pessoa exerce
publicados no meio oficial, especificando em seu ato as matérias e atribuições próprias de um agente público, sem que tenha esse
poderes delegados, os parâmetros de limites da atuação do delega- atributo ou competência. Exemplo: uma pessoa que celebra casa-
do, o recurso cabível, a duração e os objetivos da delegação. mentos civis fingindo ser titular do cargo de juiz.
c) Função de fato: ocorre quando a pessoa que pratica o ato
Importante ressaltar: está irregularmente investida no cargo, emprego ou função pública
Súmula 510 do STF: Praticado o ato por autoridade, no exercí- ou ainda que, mesmo devidamente investida, existe qualquer tipo
cio de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segu- de impedimento jurídico para a prática do ato naquele momento.
rança ou a medida judicial. Na função de fato, o agente pratica o ato num contexto que tem
Com fundamento nessa orientação, o STF decidiu no julgamen- toda a aparência de legalidade. Por esse motivo, em decorrência da
to do MS 24.732 MC/DF, que o foro da autoridade delegante não teoria da aparência, desde que haja boa-fé do administrado, esta
poderá ser transmitido de forma alguma à autoridade delegada. deve ser respeitada, devendo, por conseguinte, ser considerados
Desta forma, tendo sido o ato praticado pela autoridade delegada, válidos os atos, como se fossem praticados pelo funcionário de fato.
todas e quaisquer medidas judiciais propostas contra este ato deve- Em suma, temos:
rão respeitar o respectivo foro da autoridade delegada.
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA
Seguindo temos:
Em determinadas situações
EXCESSO DE PODER
a) Avocação: trata-se do fenômeno contrário ao da delegação e é possível a convalidação
se resume na possibilidade de o superior hierárquico trazer para si USURPAÇÃO DE FUNÇÃO Ato inexistente
de forma temporária o devido exercício de competências legalmen-
Ato válido, se houver boa-fé
te estabelecidas para órgãos ou agentes hierarquicamente inferio- FUNÇÃO DE FATO
do administrado
res. Diferentemente da delegação, não cabe avocação fora da linha
de hierarquia, posto que a utilização do instituto é dependente de
poder de vigilância e controle nas relações hierarquizadas.
Vejamos a diferença entre a avocação com revogação de dele-
gação:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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É de suma importância estabelecer a diferença entre motivo e — Motivo de fato: circunstância que se realiza no mundo real
motivação. Vejamos: que corresponde à descrição contida de forma abstrata na lei, ca-
• Motivo: situação que autoriza ou determina a produção do racterizando o motivo de direito.
ato administrativo. Sempre deve estar previsto no ato administrati-
vo, sob pena de nulidade, sendo que sua ausência de motivo legíti- VÍCIOS DE MOTIVO DO ATO ADMINISTRATIVO
mo ou ilegítimo é causa de invalidação do ato administrativo.
• Motivação: é a declinação de forma expressa do motivo, sen- Inexistente
do a declaração das razões que motivaram à edição do ato. Já a mo- Falso
tivação declarada e expressa dos motivos dos atos administrativos,
Inadequado
via de regra, nem sempre é exigida. Porém, se for obrigatória pela
lei, sua ausência causará invalidade do ato administrativo por vício
• Teoria dos motivos determinantes
de forma, e não de motivo.
— O ato administrativo possui sua validade vinculada aos moti-
Convém ressaltar que a Lei 9.784/1999, que regulamenta o
vos expostos mesmo que não seja exigida a motivação.
processo administrativo na esfera federal, dispõe no art. 50, o se-
— Só é aplicada apenas se o ato conter motivação.
guinte:
— STJ: “Não se decreta a invalidade de um ato administrativo
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
quando apenas um, entre os diversos motivos determinantes, não
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
está adequado à realidade fática”.
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
Objeto
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
O objeto do ato administrativo pode ser conceituado como
pública;
sendo o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Em outras pala-
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo lici-
vras, podemos afirmar que o objeto do ato administrativo cuida-se
tatório;
da alteração da situação jurídica que o ato administrativo se propõe
V - decidam recursos administrativos;
a realizar. Desta forma, no ato impositivo de multa, por exemplo, o
VI - decorram de reexame de ofício;
objeto é a punição do transgressor.
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
Para que o ato administrativo tenha validade, seu objeto deve
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
ser lícito, possível, certo e revestido de moralidade conforme os pa-
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalida-
drões aceitos como éticos e justos.
ção de ato administrativo.
Havendo o descumprimento dessas exigências, podem incidir
Prevê a mencionada norma em seu § 1º, que a motivação deve
os esporádicos vícios de objeto dos atos administrativos. Nesse sen-
ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração
tido, podemos afirmar que serão viciados os atos que possuam os
de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, infor-
seguintes objetos, seguidos com alguns exemplos:
mações, decisões ou propostas, que, nesse caso, serão parte inte-
grante do ato. Tal hipótese é denominada pela doutrina de “motiva-
a) Objeto lícito: punição de um servidor público com suspen-
ção aliunde” que significa motivação “em outro local”, mas que está
são por prazo superior ao máximo estabelecido por lei específica.
sendo admitida no direito brasileiro.
b) Objeto impossível: determinação aos subordinados para
evitar o acontecimento de chuva durante algum evento esportivo.
A motivação dos atos administrativos
c) Objeto incerto: em ato unificado, a suspensão do direito de
É a teoria dos motivos determinantes. Convém explicitar a res-
dirigir das pessoas que por ventura tenham dirigido alcoolizadas
peito da motivação dos atos administrativo e da teoria dos motivos
nos últimos 12 meses, tanto as que tenham sido abordadas por au-
determinantes que se baseia na ideia de que mesmo a lei não exi-
toridade pública ou flagradas no teste do bafômetro.
gindo a motivação, se o ato administrativo for motivado, ele só terá
d) Objeto moral: a autorização concedida a um grupo de pes-
validade se os motivos declarados forem verdadeiros.
soas específicas para a ocupação noturna de determinado trecho
de calçada para o exercício da prostituição. Nesse exemplo, o objeto
Exemplo
é tido como imoral.
A doutrina cita o caso do ato de exoneração ad nutum de ser-
vidor ocupante de cargo comissionado, uma vez que esse tipo de
Atributos do Ato Administrativo
ato não exige motivação. Entretanto, caso a autoridade competente
Tendo em vista os pormenores do regime jurídico de direito
venha a alegar que a exoneração transcorre da falta de pontualida-
público ou regime jurídico administrativo, os atos administrativos
de habitual do comissionado, a validade do ato exoneratório virá
são dotados de alguns atributos que os se diferenciam dos atos pri-
a ficar na dependência da existência do motivo declarado. Já se o
vados.
interessado apresentar a folha de ponto comprovando sua pontua-
Acontece que não há unanimidade doutrinária no condizente
lidade, a exoneração, seja por via administrativa ou judicial, deverá
ao rol desses atributos. Entretanto, para efeito de conhecimento,
ser anulada.
bem como a enumeração que tem sido mais cobrada em concursos
É importante registrar que a teoria dos motivos determinantes
públicos, bem como em teses, abordaremos o conceito utilizado
pode ser aplicada tanto aos atos administrativos vinculados quanto
pela Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
aos discricionários, para que o ato tenha sido motivado.
Nos dizeres da mencionada administrativista, os atributos dos
Em suma, temos:
atos administrativos são:
• Motivo do ato administrativo
— Definição: pressuposto de fato e direito que fundamenta a
edição do ato administrativo.
— Motivo de Direito: é a situação prevista na lei, de forma abs-
trata que autoriza ou determina a prática do ato administrativo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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a) Em relação aos destinatários: atos gerais e individuais. Os • O ato simples decorre da declaração de vontade de apenas
atos gerais ou normativos, são expedidos sem destinatários deter- um órgão da administração pública, pouco importando se esse ór-
minados ou determináveis e aplicáveis a todas as pessoas que de gão é unipessoal ou colegiado. Assim sendo, a nomeação de um
uma forma ou de outra se coloquem em situações concretas que servidor público pelo Prefeito de um Município, será considerada
correspondam às situações reguladas pelo ato. Exemplo: o Regula- como ato simples singular, ao passo que a decisão de um processo
mento do Imposto de Renda. administrativo por órgão colegiado será apenas ato simples cole-
giado.
• Atos individuais ou especiais: são dirigidos a destinatários • O ato complexo é constituído pela manifestação de dois ou
individualizados, podendo ser singulares ou plúrimos. Sendo que mais órgãos, por meio dos quais as vontades se unem em todos os
será singular quando alcançar um único sujeito determinado e será sentidos para formar um só ato. Exemplo: um decreto assinado pelo
plúrimo, quando for designado a uma pluralidade de sujeitos deter- Presidente da República e referendado pelo Ministro de Estado.
minados em si. É importante não confundir ato complexo com procedimento
administrativo. Nos dizeres de Hely Lopes Meirelles, “no ato com-
Exemplo: plexo integram-se as vontades de vários órgãos para a obtenção de
O decreto de desapropriação que atinja um único imóvel. Por um mesmo ato, ao passo que no procedimento administrativo pra-
outro lado, como hipótese de ato individual plúrimo, cita-se: o ato ticam-se diversos atos intermediários e autônomos para a obtenção
de nomeação de servidores em forma de lista. Quanto aos desti- de um ato final e principal”.
natários: ATOS GERAIS, ATOS INDIVIDUAIS, SINGULARES PLÚRIMOS
f) Em relação ao ato administrativo composto, pondera que
b) Em relação ao grau de liberdade do agente, os atos podem este também decorre do resultado da manifestação de vontade de
ser atos vinculados e discricionários. dois ou mais órgãos. O que o diferencia do ato complexo é o fato de
• Os atos vinculados são aqueles nos quais a Administração que, ao passo que no ato complexo as vontades dos órgãos se unem
Pública fica sem liberdade de escolha, nos quais, desde que com- para formar um só ato, no ato composto são praticados dois atos,
provados os requisitos legais, a edição do ato se torna obrigatória, um principal e outro acessório.
nos parâmetros previstos na lei. Exemplo: licença para a construção
de imóvel. Ademais, é importante explicar a definição de Hely Lopes Mei-
• Já os discricionários são aqueles em que a Administração relles, para quem o ato administrativo composto “é o que resulta da
Pública possui um pouco mais de liberdade para, em consonância vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte
com critérios subjetivos de conveniência e oportunidade, tomar de- de outro, para se tornar exequível”. A mencionada definição, em-
cisões quando e como o ato será praticado, com a definição de seu bora seja discutível, vem sendo muito utilizada pelas bancas exa-
conteúdo, destinatários, a motivação e a forma de sua prática. minadoras na elaboração de questões de provas de concurso pú-
blico. Isso ocorreu na aplicação da prova para Assistente Jurídico
c) Em relação às prerrogativas da Administração, os atos admi- do DF, elaborada pelo CESPE em 2001, que foi considerado correto
nistrativos podem ser atos de império, de gestão e de expediente. o seguinte tópico: “Ao ato administrativo cuja prática dependa de
• Atos de império são atos por meio dos quais a Administra-
vontade única de um órgão da administração, mas cuja exequibili-
ção Pública pratica no uso das prerrogativas tipicamente estatais
dade dependa da verificação de outro órgão, dá-se o nome de ato
usando o poder de império para impô-los de modo unilateral e co-
administrativo composto”.
ercitivo aos seus administrados. Exemplo: interdição de estabeleci-
mentos comerciais.
Espécies
O saudoso jurista Hely Lopes Meirelles propõe que os atos
d) Em relação aos atos de gestão, são atos por meio dos quais
administrativos sejam divididos em cinco espécies. São elas: atos
a Administração Pública atua sem o uso das prerrogativas prove-
normativos, atos ordinatórios, atos negociais, atos enunciativos e
nientes do regime jurídico administrativo. Exemplo: atos de admi-
atos punitivos.
nistração dos bens e serviços públicos e dos atos negociais com os
particulares.
Quando praticados de forma regular os atos de gestão, passam • Atos normativos
a ter caráter vinculante e geram direitos subjetivos. Os atos normativos são aqueles cuja finalidade imediata é es-
miuçar os procedimentos e comportamentos para a fiel execução
Exemplo: da lei, posto que as dispostas e utilizadas por tais atos são gerais,
Uma autarquia ao alugar um imóvel a ela pertencente, de for- não possuem destinatários específicos e determinados, e abstratas,
ma vinculante entre a administração e o locatário aos termos do versando sobre hipóteses e nunca sobre casos concretos.
contrato, acaba por gerar direitos e deveres para ambos.
• Já os atos de expediente são tidos como aqueles que im- Em relação à forma jurídica adotada, os atos normativos po-
pulsionam a rotina interna da repartição, sem caráter vinculante e dem ser:
sem forma especial, cujo objetivo é dar andamento aos processos e a) Decreto: é ato administrativo de competência privativa dos
papéis que tramitam internamente nos órgãos públicos. chefes do Poder Executivo utilizados para regulamentar situação
geral ou individual prevista na legislação, englobando também de
Exemplo: forma ampla, o decreto legislativo, cuja competência é privativa das
Um despacho com o teor: “ao setor de contabilidade para as Casas Legislativas.
devidas análises”. O decreto é de suma importância no direito brasileiro, moti-
vo pelo qual, de acordo com seu conteúdo, os decretos podem ser
e) Quanto à formação, os atos administrativos podem ser atos classificados em decreto geral e individual. Vejamos:
simples, complexos e compostos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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3) Parecer vinculante: é o parecer que deve ser elaborado de Ressalta-se que em se tratando de perigo público iminente, a
forma obrigatória contendo teor que vincule a autoridade adminis- autoridade pública deterá o poder de destruir as coisas nocivas à
trativa com o dever de acatá-lo. coletividade, havendo ou não, processo administrativo prévio, si-
tuação hipotética na qual a ampla defesa será delongada para mo-
b) Certidões: tratam-se de atos administrativos que possuem mento posterior. Entretanto, estando ausente a urgência da medi-
o condão de declarar a existência ou inexistência de atos ou fatos da, denota-se que a sua aplicação dependerá da formalização feita
administrativos. As certidões são atos que retratam a realidade, po- de forma prévia no processo administrativo, situação por intermé-
rém, não são capazes de criar ou extinguir relações jurídicas. dio da qual, a ampla defesa será postergada para momento ulterior.
*Nota importante: o art. 5, XXXIV, “b”, da Constituição Federal Sanções disciplinares: também chamadas de sanções funcio-
consagra o direito de certidão no âmbito de direitos fundamentais, nais, as sanções disciplinares são aplicadas aos servidores públicos
no qual assegura a todo e qualquer cidadão interessado, indepen- e aos administrados possuidores de relação jurídica especial com a
dentemente do pagamento de taxas, “a obtenção de certidões em Administração Pública, desde que tenha sido constatada a violação
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de ao ordenamento jurídico, bem como aos termos do negócio jurídi-
co. Um exemplo disso, é a demissão de servidor público que tenha
situações de interesse pessoal”.
cometido falta grave.
*Nota importante: Diferentemente das sanções aplicadas aos
c) Atestados: tratam-se de atos administrativos similares às
particulares, de modo geral, no exercício do poder de polícia, as
certidões, posto que também declaram a existência ou inexistência
sanções disciplinares são aplicadas no campo das relações de sujei-
de fatos. Entretanto, os atestados não se confundem com as cer-
ção especial de administrados específicos do poder disciplinar da
tidões, uma vez que nas certidões, o agente público utiliza-se do
Administração Pública, como é o caso dos servidores e contratados.
ato de emitir declaração sobre ato ou fato constante dos arquivos
Ao passo que as sanções de polícia são aplicadas para o exterior
públicos, ao passo que os atestados se incumbem da tarefa de re-
da Administração - as chamadas sanções externas - as sanções dis-
tratar fatos que não constam de forma antecipada dos arquivos da
ciplinares são aplicadas no interior da Administração Pública, - as
Administração Pública.
denominadas sanções internas.
d) Apostilamento: tratam-se atos administrativos que possuem
Extinção do ato administrativo
o objetivo de averbar determinados fatos ou direitos reconhecidos
Diversas são as causas que causam e determinam a extinção
pela norma jurídica como um todo. Como exemplo, podemos citar
dos atos administrativos ou de seus efeitos. No entendimento de
o apostilamento, via de regra, feito no verso da última página dos
Celso Antônio Bandeira de Mello, o ato administrativo eficaz poderá
contratos administrativos, da variação do valor contratual advinda
ser extinto pelos seguintes motivos: cumprimento de seus efeitos,
de reajuste previsto no contrato, nos parâmetros do art. 65, § 8.°,
vindo a se extinguir naturalmente; desaparecimento do sujeito,
da Lei 8.666/1993, Lei de Licitações.
vindo a causar a extinção subjetiva, ou sendo do objeto, extinção
objetiva; retirada do ato pelo Poder Público e pela renúncia do be-
• Atos punitivos
neficiário.
Também chamados de atos sancionatórios, os atos punitivos
são aqueles que atuam na restrição de direitos, bem como de in-
Nesse tópico trataremos do condizente a outras situações por
teresses dos administrados que vierem a atuar em desalento com
meio das quais a extinção do ato administrativo ou de seus efeitos
a ordem jurídica de modo geral. Entretanto, exige-se, de qualquer
ocorre pelo fato do Poder Público ter emitido novo ato que surtiu
forma, o devido respeito à ampla defesa e ao contraditório na edi-
efeito extintivo sobre o ato anterior. Isso pode ocorrer nas seguintes
ção de atos punitivos, nos trâmites do art. 5.°, LV, da Constituição
situações:
Federal Brasileira, bem como que as sanções administrativas te-
nham previsão legal expressa cumprindo os ditames do princípio
Cassação
da legalidade.
É a supressão do ato pelo fato do destinatário ter descumprido
Podemos dividir as sanções em dois grupos:
condições que deveriam permanecer atendidas com o fito de dar
1) Sanções de polícia: de modo geral são aplicadas com supe-
continuidade à0situação jurídica. Como modalidade de extinção
dâneo no poder de polícia, bem como são relacionadas aos particu-
do ato administrativo, a cassação relaciona-se ao ato que, mesmo
lares em geral. Exemplo: multa de trânsito.
sendo legítimo na sua origem e formação, tornou-se ilegal na sua
2) Sanções funcionais ou disciplinares: são aplicadas com em-
execução. Exemplo: cassação de uma licença para funcionamento
basamento no poder disciplinar aos servidores públicos e às demais
de hotel que passou a funcionar ilegalmente como casa de prosti-
pessoas que se encontram especialmente vinculadas à Administra-
tuição.
ção Pública. Exemplo: reprimenda imposta à determinada empresa
contratada pela Administração.
Vale ressaltar que um dos principais requisitos da cassação de
Em relação aos atos punitivos, pode-se citar como exemplos, as
um ato administrativo é a preeminente necessidade de sua vincu-
multas, as interdições de atividades, as apreensões ou destruições
lação obrigatória às hipóteses previstas em lei ou norma similar.
de coisas e as sanções disciplinares. Vejamos resumidamente cada
Desta forma, a Administração Pública não detém o poder de de-
espécie:
monstrar ou indicar motivos diferentes dos previstos para justificar
Multas: tratam-se de sanções pecuniárias que são impostas
a cassação, estando, desta maneira, limitada ao que houver sido
aos administrados.
fixado nas referidas leis ou normas similares. Esse entendimento,
Interdições de atividades: são atos que proibitivos ou suspen-
em geral, evita que os particulares sejam coagidos a conviver com
sivos do exercício de atividades diversas.
extravagante insegurança jurídica, posto que, a qualquer momento
Apreensão ou destruição de coisas: cuidam-se de sanções
a administração estaria apta a propor a cassação do ato adminis-
aplicadas pela Administração relacionadas às coisas que colocam a
trativo.
população em risco.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Relativo à sua natureza jurídica, sendo a cassação considerada Destaque-se que a anulação de ato administrativo pela própria
como um ato sancionatório, uma vez que a cassação só poderia ser Administração, somente pode ser realizada dentro do prazo legal-
proposta contra particulares que tenham sido flagrados pelos agen- mente estabelecido. À vista da autonomia administrativa atribuída
tes de fiscalização em descumprimento às condições de subsistên- de forma igual à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cada
cia do ato, bem como por ato revisional que implicasse auditoria, uma dessas esferas tem a possibilidade de, observado o princípio
acoplando até mesmo questões relativas à intercepção de bases de da razoabilidade e mediante legislação própria, fixar os prazos para
dados públicas. o exercício da autotutela.
Vale ressaltar que a cassação e a anulação possuem efeitos pa-
recidos, porém não são equivalentes, uma vez que a cassação ad- Em decorrência do disposto no art. 54 da Lei 9.784/1999, no
vém do não cumprimento ou alteração dos requisitos necessários âmbito federal, em razão do direito de a Administração anular os
para a formação ou manutenção de uma situação jurídica, ao passo atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
que a anulação tem parte quando é verificado que o defeito do ato destinatários de boa-fé, o prazo de anulação decai em cinco anos,
ocorreu na formação do ato. contados da data em que foram praticados. Infere-se que como tal
norma não possui caráter nacional, não há impedimentos para a
Anulação estipulação de prazos diferentes em outras esferas.
É a retirada ou supressão do ato administrativo, pelo motivo
de ele ter sido produzido com ausência de conformidade com a lei Revogação
e com o ordenamento jurídico. A anulação é resultado do controle É a extinção do ato administrativo válido, promovido pela pró-
de legalidade ou legitimidade do ato. O controle de legalidade ou pria Administração, por motivos de conveniência e oportunidade,
legitimidade não permite que se aprofunde na análise do mérito do sendo que o ato é suprimido pelo Poder Público por motivações de
ato, posto que, se a Administração contiver por objetivo retirar o conveniência e oportunidade, sempre relacionadas ao atendimento
ato por razões de conveniência e oportunidade, deverá, por conse- do interesse público. Assim, se um ato administrativo legal e per-
guinte, revogá-lo, e não o anular. feito se torna inconveniente ao interesse público, a administração
Diferentemente da revogação, que mantém incidência somen- pública poderá suprimi-lo por meio da revogação.
te sobre atos discricionários, a anulação pode atingir tanto os atos A revogação resulta de um controle de conveniência e oportu-
discricionários quanto os vinculados. Isso que é explicado pelo fato nidade do ato administrativo promovido pela própria Administra-
de que ambos deterem a prerrogativa de conter vícios de legalida- ção que o editou.
de. É fundamental compreender que a revogação somente pode
Em relação à competência, a anulação do ato administrativo atingir os atos administrativos discricionários. Isso ocorre por que
viciado pode ser promovida tanto pela Administração como pelo quando a administração está à frente do motivo que ordena a prá-
Poder Judiciário. tica do ato vinculado, ela deve praticá-lo de forma obrigatória, não
Muitas vezes, a Administração anula o seu próprio ato. Quando lhe sendo de forma alguma, facultada a possibilidade de analisar a
isso acontece, dizemos que ela agiu com base no seu poder de au- conveniência e nem mesmo a oportunidade de fazê-lo. Desta ma-
totutela, devidamente paramentado nas seguintes Súmulas do STF: neira, não havendo possibilidade de análise de mérito para a edição
do ato, essa abertura passará a não existir para que o ato seja des-
feito pela revogação.
PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública pode declarar Mesmo não se submetendo a qualquer limite de prazo, a prin-
SÚMULA 346
a nulidade dos seus próprios atos. cípio, a revogação do ato administrativo pode ser realizada a qual-
A Administração pode anular seus pró- quer tempo. Nesse sentido, a doutrina infere a existência de certos
prios atos, quando eivados de vícios limites ao poder de revogar. Nos dizeres de Maria Sylvia Zanella Di
que os tornam ilegais, porque deles Pietro12, não são revogáveis os seguintes atos:
não se originam direitos; ou revogá- a) Os atos vinculados, porque sobre eles não é possível a aná-
SÚMULA 473 -los, por motivo de conveniência ou lise de conveniência e oportunidade;
oportunidade, respeitados os direitos b) Os atos que exauriram seus efeitos, como a revogação não
adquiridos, e ressalvada, em todos os retroage e os atos já produziram todos os efeitos que lhe seriam
casos, a apreciação judicial. próprios, não há que falar em revogação; é o que ocorre quando
transcorre o prazo de uma licença concedida ao servidor público,
após o gozo do direito, não há como revogar o ato;
Assim, percebe-se que o instituto da autotutela pode ser in- c) Quando a prática do ato exauriu a competência de quem o
vocado para anular o ato administrativo por motivo de ilegalidade, praticou, o que ocorre quando o ato está sob apreciação de autori-
bem como para revogá-lo por razões de conveniência e oportuni- dade superior, hipótese em que a autoridade inferior que o praticou
dade. deixou de ser competente para revogá-lo;
A anulação do ato administrativo pode se dar de ofício ou por d) Os meros atos administrativos, como certidões, atestados,
provocação do interessado. votos, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela
Tendo em vista o princípio da inércia Poder Judiciário, no exer- lei;
cício de função jurisdicional, este apenas poderá anular o ato admi- e) Os atos que integram um procedimento, porque a cada
nistrativo havendo pedido do interessado. novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato anterior;
f) Os atos que geram direitos a terceiros, (o chamado direito
adquirido), conforme estabelecido na Súmula 473 do STF.
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Assim, a punição para condutas do servidor público de natu- Um dos elementos da Portaria que instaura o PAD é o afasta-
reza leve é de advertência ou suspensão de até 30 dias. Nota-se mento preventivo da servidor público (Ato Administrativo – Porta-
que caso conclua-se, diante da apuração do PAD simplificado, que a ria). Esse afastamento ocorre, pois muitas vezes, os demais servi-
infração é gravíssima, finaliza-se o PAD simplificado e instaura-se o dores não se sentem confortáveis em testemunharem algo com o
PAD propriamente dito. acusado ainda ocupando o cargo, pois ele poderia utilizar sua in-
Ex. Ocorre uma denuncia de um servidor, que está vendendo fluência – por exemplo, se vocês testemunharem acontecerá algo.
pão de mel dentro da administração pública, as pessoas sabem que Assim, o afastamento é utilizado como um acautelamento do Admi-
este servidor não sabe cozinhar. A autoridade recebe a informação. nistrador Público em relação ao processo administrativo disciplinar.
Sabe-se que essa conduta não é gravíssima, assim abre-se um PAD Vale ressaltar que o afastamento temporário não é uma puni-
simplificado para apurar a situação, mas com a informação de que ção, tendo em vista que ainda não houve PAD. Sendo assim, neste
a pessoa não sabe cozinhar, ao abrir o PAD simplificado ele não se afastamento é razoável que o servidor público continue recebendo
confirma, assim arquiva-se. No caso de confirmação, por exemplo, a sua remuneração. O prazo de afastamento temporário do servidor
não era pão de mel, mas cocada, aqui não se arquiva o processo, público é de no máximo 60 dias, prorrogáveis, desde que justificá-
mas aplica-se uma advertência. vel, por mais 60 dias (Art. 147 da Lei 8.112/90).
Obs. Cuidado com o termo sindicância, na doutrina do Direito Caso passe o período total de 120 dias (60 + 60 prorrogáveis), e
Administrativo em Geral (Processo Administrativo – Lei 9.784/99), a Autoridade necessite de mais tempo para a investigação, não tem
existe o termo sindicância, no sentido investigativo-inquisitório e como aumentar o prazo e o servidor continuar afastado, assim o
acusatória- punitivo. Assim, dentro do Processo Administrativo Ge- servidor retorna para o seu cargo e o PAD continua.
ral, existem duas modalidades de sindicância. O Ato Administrativo que instaura o PAD indica o nome de três
O PAD simplificado possui uma sindicância punitiva/acusatória, servidores públicos para compor uma Comissão Processante. Ou
uma vez que ao final ela apresenta uma penalidade. Esta distinção seja, uma autoridade instaura o PAD, sendo somente os Ministros
ocorre, pois, caso esteja-se diante de uma sindicância investigati- que possuem competência para tanto, entretanto não são os Minis-
va/ inquisitória, não é necessário fornecer a ninguém o direito de tros que tocam o Processo Administrativo Disciplinar, mas sim uma
ampla defesa e contraditório, uma vez que não se está acusando Comissão Processante.
ninguém, mas apenas investigando. Dentro do ato de instauração o Ministro já indica os servido-
Não existe muitas regras sobre o processo administrativo dis- res públicos, sendo a regra geral que a Comissão Processante seja
ciplinar simplificado, de modo que, de maneira geral, utiliza-se o composta por três Servidores Estáveis (estabilidade é um requisito
procedimento do propriamente dito como margem. – Artigo 149 da Lei 8.112/90). Um desses três Servidores será Presi-
O prazo para a conclusão de um PAD simplificado é de 30 dias, dente da Comissão, este tem que ter o cargo superior ou similar ao
ou seja, após o início da sindicância tem-se 30 dias para encerrar, do servidor púbico acusado.
podendo ser prorrogados por mais 30 dias. A regra geral prevê a estabilidade, pois esta funciona como
uma garantia do servidor público que compõe a comissão, de modo
II. Processo Administrativo Disciplinar Propriamente Dito: utili- a garantir que este não pode ser retirado/ perder o cargo a não ser
zado nos casos de infrações gravíssimas. Este processo administra- nas hipóteses do artigo 41 da CF, ou seja, não sofro o risco de ser
tivo disciplinar possui três fases, sendo elas: ameaça a ser mandada embora. (Obs. Não pode estar este Servidor
* Primeira Fase: Compreende a instauração do processo. Para a Público somente no cargo de comissão, uma vez que cargos em co-
instauração do processo é necessário que o Administrador Público missão não possuem a estabilidade).
tome conhecimento de uma conduta indisciplinar, assim, é preciso Obs. É muito comum na jurisprudência quando se anula um
conhecer a conduta, para depois instaurar um PAD. processo administrativo, anula-se a comissão processante em um
*Diante de uma denuncia anônima é preciso instaurar o PAD? A sentido geral. Assim qual é o ato que a autoridade competente tem
Lei 8.112/90 de a entender que a denuncia anônima está vedada de que fazer? Instaurar um novo PAD, com a nomeação de novas pes-
maneira geral para evitar o chamado denuncismo. Uma vez que, a soas para compor a comissão processante, uma vez que a anterior
Lei fala que a denúncia deve ser clara, demonstrando seu endereço, foi desfeita, pois não garantiu a ampla defesa e o contraditório.
nome, ou seja, você tem que ser responsável pela sua denúncia – Caso anteriormente tenha ocorrido alguma nulidade que tenha ge-
assumir a responsabilidade. Ocorre que, nessa situação, ao exigir rado o desfazimento da comissão processante, pode esta mesma
que a denúncia seja sempre clara, pode estar evitando que certas comissão ser escolhida novamente. Assim, a Comissão Processante
denúncias cheguem à Administração Pública. Assim, conclui-se que só não pode ser a mesma caso esta não garanta o contraditório e a
a denúncia anônima não deve ser desconsiderada de fato, sendo ampla defesa.
necessário analisar a presença de elementos concretos na denúncia A Suspensão e Advertência podem ser aplicadas no PAD, no
anônima. momento em que o Servidor Público é suspenso ou advertido,
De modo que, ao receber a denúncia anônima a Autoridade começa a correr um prazo para o cancelamento desse registro de
competente não pode abrir um PAD de prontidão. Mas, caso a Au- penalidades na sua ficha de servidor público. De modo que, após
toridade verifique elementos concretos nesta denúncia anônima, 3 (para o caso de advertência) ou 5 (para a suspensão) anos o servi-
instaura-se um PAD de sindicância investigatório, se neste proces- dor cometa outro ilícito/ não sofra nenhuma outra sanção, ele não
so for confirmado os elementos instaura-se um PAD propriamente será considerado como reincidente. Assim, aqui não se cancela os
dito, para apurar a fundo as infrações e aplicar as penalidades ne- efeitos da suspensão e da advertência, mas o Registro de Penalida-
cessárias. des em sua ficha.
O PAD Propriamente Dito pode ser instaurado de prontidão Prazo de Prescrição do PAD: o Servidor Público no exercício da
caso verifique-se uma conduta gravíssima, de uma denúncia clara sua atividade, pratica uma conduta em que a penalidade típica é
(pessoa assumi a responsabilidade), desta forma percebe-se que a demissão, assim, o poder público / administração pública, tem o
sindicância não é pré-requisito para a instauração do PAD, desde prazo de 5 anos, a partir do conhecimento do fato da conduta pela
que a denúncia seja clara. autoridade competente para abrir um PAD, sob pena de prescrição.
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Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reco-
que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos inte- nhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
ressados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes administrado.
e afins até o terceiro grau. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garanti-
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser do direito de ampla defesa ao interessado.
objeto de recurso, sem efeito suspensivo. Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo
que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus,
CAPÍTULO VIII sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO de outra natureza, de seu interesse.
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Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresen-
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; tarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Ad-
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; ministração.
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública; CAPÍTULO XV
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo lici- DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
tatório;
V - decidam recursos administrativos; Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de
VI - decorram de reexame de ofício; razões de legalidade e de mérito.
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão,
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalida- à autoridade superior.
ção de ato administrativo. § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administra-
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, po- tivo independe de caução.
dendo consistir em declaração de concordância com fundamentos § 3oSe o recorrente alegar que a decisão administrativa contra-
de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, ria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora
neste caso, serão parte integrante do ato. da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabili-
ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das dade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos inte- Lei nº 11.417, de 2006).Vigência
ressados. Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comis- instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
sões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
escrito. I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no pro-
cesso;
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente
afetados pela decisão recorrida;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a
direitos e interesses coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses
difusos.
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Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ci- § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a
ência ou divulgação oficial da decisão recorrida. data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àque-
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso adminis- le do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
trativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado,
do recebimento dos autos pelo órgão competente. os prazos processuais não se suspendem.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser
prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. CAPÍTULO XVII
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no DAS SANÇÕES
qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de ree-
xame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade compe-
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem tente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fa-
efeito suspensivo. zer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida CAPÍTULO XVIII
ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
efeito suspensivo ao recurso.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a
conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente
de cinco dias úteis, apresentem alegações. os preceitos desta Lei.
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: Art. 69-A.Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão
I - fora do prazo; ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como
II - perante órgão incompetente; parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
III - por quem não seja legitimado; I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;(In-
IV - após exaurida a esfera administrativa. cluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a auto- II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído
ridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. pela Lei nº 12.008, de 2009).
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administra- III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla,
ção de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão
neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitan-
administrativa.
te, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anqui-
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá con-
losante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
firmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a deci-
doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação,
são recorrida, se a matéria for de sua competência.
síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave,
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder
com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a
decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientifi-
doença tenha sido contraída após o início do processo.(Incluído
cado para que formule suas alegações antes da decisão.
pela Lei nº 12.008, de 2009).
Art. 64-A.Se o recorrente alegar violação de enunciado da sú- § 1oA pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando
mula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explici- prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administra-
tará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, con- tiva competente, que determinará as providências a serem cumpri-
forme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).Vigência das. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
Art. 64-B.Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação § 2oDeferida a prioridade, os autos receberão identificação pró-
fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á pria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela
ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julga- Lei nº 12.008, de 2009).
mento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões admi- § 3o(VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
nistrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização § 4o(VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.(Incluído pela Lei Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem san-
ções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, LICITAÇÕES PÚBLICAS. LEI FEDERAL Nº 8.666/93.
quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetí- DEVER DE LICITAR, PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO. MO-
veis de justificar a inadequação da sanção aplicada. DALIDADES LICITATÓRIAS. PREGÃO, LEI FEDERAL
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar 10.520/02. PROCESSO LICITATÓRIO. REGISTROS CA-
agravamento da sanção. DASTRAIS. REGISTRO DE PREÇOS
32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Aprovada recentemente, a Nova Lei de Licitações sob o nº. administrativas tomadas no contexto de uma licitação, deverão ob-
14.133/2.021, passou por significativas mudanças, entretanto, no servar os critérios objetivos estabelecidos de forma prévia no edital
que tange aos princípios, manteve o mesmo rol do art. 3º da Lei nº. do certame. Desta forma, ainda que determinado licitante venha a
8.666/1.993, porém, dispondo sobre o assunto, no Capítulo II, art. apresentar uma vantagem relevante para a consecução do objeto
5º, da seguinte forma: do contrato, afirma-se que esta não poderá ser levada em consi-
Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios deração, caso não haja regra editalícia ou legal que a preveja como
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, passível de fazer interferências no julgamento das propostas.
da eficiência, do interesse público, da probidade administrativa,
da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da Princípios da moralidade e da probidade administrativa
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do A Lei 8.666/1993, Lei de Licitações, considera que os princípios
julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da da moralidade e da probidade administrativa possuem realidades
competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economi- distintas. Na realidade, os dois princípios passam a informação de
cidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as que a licitação deve ser pautada pela honestidade, boa-fé e ética,
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1.942, (Lei isso, tanto por parte da Administração como por parte dos entes
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro). licitantes. Sendo assim, para que um comportamento seja conside-
O objetivo da Lei de Licitações é regular a seleção da proposta rado válido, é imprescindível que, além de ser legalizado, esteja nos
que for mais vantajosa para a Administração Pública. No condizente ditames da lei e de acordo com a ética e os bons costumes. Exis-
à promoção do desenvolvimento nacional sustentável, entende-se tem desentendimentos doutrinários acerca da distinção entre esses
que este possui como foco, determinar que a licitação seja destina- dois princípios. Alguns autores empregam as duas expressões com
da com o objetivo de garantir a observância do princípio constitu- o mesmo significado, ao passo que outros procuram diferenciar
cional da isonomia. os conceitos. O que perdura, é que, ao passo que a moralidade é
Denota-se que a quantidade de princípios previstos na lei não constituída em um conceito vago e sem definição legal, a probidade
é exaustiva, aceitando-se quando for necessário, a aplicação de ou- administrativa, ou melhor dizendo, a improbidade administrativa
tros princípios que tenham relação com aqueles dispostos de forma possui contornos paramentados na Lei 8.429/1992.
expressa no texto legal.
Verificamos, por oportuno, que a redação original do caput do Princípio da Publicidade
art. 3º da Lei 8.666/1993 não continha o princípio da promoção do Possui a Administração Pública o dever de realizar seus atos pu-
desenvolvimento nacional sustentável e que tal menção expressa, blicamente de forma a garantir aos administrados o conhecimento
apenas foi inserida com a edição da Lei 12.349/2010, contexto no do que os administradores estão realizando, e também de manei-
qual foi criada a “margem de preferência”, facilitando a concessão ra a possibilitar o controle social da conduta administrativa. Em se
de vantagens competitivas para empresas produtoras de bens e tratando especificamente de licitação, determina o art. 3º, § 3º, da
serviços nacionais. Lei 8.666/1993 que “a licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao
conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”.
Princípio da legalidade
Advindo do mesmo princípio, qualquer cidadão tem o direito
A legalidade, que na sua visão moderna é chamado também de
de acompanhar o desenvolvimento da licitação, desde que não in-
juridicidade, é um princípio que pode ser aplicado à toda atividade
terfira de modo a atrapalhar ou impedir a realização dos trabalhos
de ordem administrativa, vindo a incluir o procedimento licitatório.
(Lei 8.666/1993, art. 4º, in fine).
A lei serve para ser usada como limite de base à atuação do gestor
A ilustre Maria Sylvia Zanella Di Pietro esclarece que “a publici-
público, representando, desta forma, uma garantia aos administra-
dade é tanto maior, quanto maior for a competição propiciada pela
dos contra as condutas abusivas do Estado.
modalidade de licitação; ela é a mais ampla possível na concorrên-
No âmbito das licitações, pondera-se que o princípio da lega- cia, em que o interesse maior da Administração é o de atrair maior
lidade é fundamental, posto que todas as fases do procedimento número de licitantes, e se reduz ao mínimo no convite, em que o
licitatório se encontram estabelecidas na legislação. Considera-se valor do contrato dispensa maior divulgação. “
que todos os entes que participarem do certame, têm direito pú- Todo ato da Administração deve ser publicado de forma a for-
blico subjetivo de fiel observância do procedimento paramentado necer ao cidadão, informações acerca do que se passa com as ver-
na legislação por meio do art. 4° da Lei 8.666/1993, podendo, caso bas públicas e sua aplicação em prol do bem comum e também por
venham a se sentir prejudicados pela ausência de observância de obediência ao princípio da publicidade.
alguma regra, impugnar a ação ou omissão na esfera administrativa
ou judicial. Princípio da eficiência do interesse público
Diga-se de passagem, não apenas os participantes, mas qual- Trata-se de um dos princípios norteadores da administração
quer cidadão, pode por direito, impugnar edital de licitação em de- pública acoplado aos da legalidade, finalidade, motivação, razoabili-
corrência de irregularidade na aplicação da lei, vir a representar ao dade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
Ministério Público, aos Tribunais de Contas ou aos órgãos de con- da segurança jurídica e do interesse público.
trole interno em face de irregularidades em licitações públicas, nos Assim sendo, não basta que o Estado atue sobre o manto da
termos dos arts. 41, § 1º, 101 e 113, § 1º da Lei 8666/1993. legalidade, posto que quando se refere serviço público, é essencial
que o agente público atue de forma mais eficaz, bem como que
Princípio da impessoalidade haja melhor organização e estruturação advinda da administração
Com ligação umbilical ao princípio da isonomia, o princípio da pública.
impessoalidade demonstra, em primeiro lugar, que a Administra- Vale ressaltar que o princípio da eficiência deve estar subme-
ção deve adotar o mesmo tratamento a todos os administrados que tido ao princípio da legalidade, pois nunca se poderá justificar a
estejam em uma mesma situação jurídica, sem a prerrogativa de atuação administrativa agindo de forma contrária ao ordenamento
quaisquer privilégios ou perseguições. Por outro ângulo, ligado ao jurídico, posto que por mais eficiente que seja, ambos os princípios
princípio do julgamento objetivo, registra-se que todas as decisões devem atuar de forma acoplada e não sobreposta.
33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Por ser o objeto da licitação a escolha da proposta mais vanta- Princípio da transparência
josa, o administrador deverá se encontrar eivado de honestidade ao O princípio da transparência pode ser encontrado dentro da
cuidar da Administração Pública. aplicação de outros princípios, como os princípios da publicidade,
imparcialidade, eficiência, dentre outros.
Princípio da Probidade Administrativa Boa parte da doutrina afirma o princípio da transparência não é
A Lei de Licitações trata dos princípios da moralidade e da pro- um princípio independente, o incorporando ao princípio da publici-
bidade administrativa como formas distintas uma da outra. Os dois dade, posto ser o seu entendimento que uma das inúmeras funções
princípios passam a noção de que a licitação deve ser configurada do princípio da publicidade é o dever de manter intacta a trans-
pela honestidade, boa-fé e ética, tanto por parte da Administração parência dos atos das entidades públicas. Entretanto, o princípio
Pública, como por parte dos licitantes. Desta forma, para que um da transparência pode ser diferenciado do princípio da publicida-
comportamento tenha validade, é necessário que seja legal e esteja de pelo fato de que por intermédio da publicidade, existe o dever
em conformidade com a ética e os bons costumes. das entidades públicas consistente na obrigação de divulgar os seus
Existe divergência quanto à distinção entre esses dois princí- atos, uma vez que nem sempre a divulgação de informações é feita
pios. Alguns doutrinadores usam as duas expressões com o mesmo de forma transparente.
significado, ao passo que outros procuram diferenciar os conceitos. O Superior Tribunal de Justiça entende que o “direito à infor-
O correto é que, enquanto a moralidade se constitui num conceito mação, abrigado expressamente pelo art. 5°, XIV, da Constituição
Federal, é uma das formas de expressão concreta do Princípio da
vago, a probidade administrativa, ou melhor dizendo, a improbida-
Transparência, sendo também corolário do Princípio da Boa-fé Ob-
de administrativa se encontra eivada de contornos definidos na Lei
jetiva e do Princípio da Confiança […].” (STJ. RESP 200301612085,
8.429/1992.
Herman Benjamin – Segunda Turma, DJE DATA:19/03/2009).
Princípio da igualdade Princípio da eficácia
Conhecido como princípio da isonomia, decorre do fato de que Por meio desse princípio, deverá o agente público agir de for-
a Administração Pública deve tratar, de forma igual, todos os licitan- ma eficaz e organizada promovendo uma melhor estruturação por
tes que estiverem na mesma situação jurídica. O princípio da igual- parte da Administração Pública, mantendo a atuação do Estado
dade garante a oportunidade de participar do certame de licitação, dentro da legalidade.
todos os que tem condições de adimplir o futuro contrato e proíbe, Vale ressaltar que o princípio da eficácia deve estar submetido
ainda a feitura de discriminações injustificadas no julgamento das ao princípio da legalidade, pois nunca se poderá justificar a atuação
propostas. administrativa contrária ao ordenamento jurídico, por mais eficien-
Aplicando o princípio da igualdade, o art. 3º, I, da Lei te que seja, na medida em que ambos os princípios devem atuar de
8.666/1993, veda de forma expressa aos agentes públicos admitir, maneira conjunta e não sobrepostas.
prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação por meio de edital
ou convite, as cláusulas que comprometam, restrinjam ou frustrem Princípio da segregação de funções
o seu caráter de competição, inclusive nos casos de sociedades co- Trata-se de uma norma de controle interno com o fito de evitar
operativas, e estabeleçam preferências ou diferenças em decorrên- falhas ou fraudes no processo de licitação, vindo a descentralizar o
cia da naturalidade, da sede ou do domicílio dos licitantes ou de poder e criando independência para as funções de execução opera-
“qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o cional, custódia física, bem como de contabilização
específico objeto do contrato”, com ressalva ao disposto nos §§ 5º a Assim sendo, cada setor ou servidor incumbido de determina-
12 do mesmo artigo, e no art. 3º da Lei 8.248, de 23.10.1991. da tarefa, fará a sua parte no condizente ao desempenho de fun-
Ante o exposto, conclui-se que, mesmo que a circunstância ções, evitando que nenhum empregado ou seção administrativa
restrinja o caráter de competição do certame, se for pertinente ou venha a participar ou controlar todas as fases relativas à execução e
relevante para o objeto do contrato, poderá ser incluída no instru- controle da despesa pública, vindo assim, a possibilitar a realização
mento de convocação do certame. de uma verificação cruzada.
O princípio da isonomia não impõe somente tratamento igua- O princípio da segregação de funções, advém do Princípio da
litário aos assemelhados, mas também a diferenciação dos desi- moralidade administrativa e se encontra previsto no art. 37, caput,
da CFB/1.988 e o da moralidade, no Capítulo VII, seção VIII, item
guais, na medida de suas desigualdades.
3, inciso IV, da IN nº 001/2001 da Secretaria Federal de Controle
Interno do Ministério da Fazenda.
Princípio do Planejamento
A princípio, infere-se que o princípio do planejamento se en-
Princípio da motivação
contra dotado de conteúdo jurídico, sendo que é seu dever fixar o O princípio da motivação predispõe que a administração no
dever legal do planejamento como um todo. processo licitatório possui o dever de justificar os seus atos, vindo
Registra-se que a partir deste princípio, é possível compreen- a apresentar os motivos que a levou a decidir sobre os fatos, com
der que a Administração Pública tem o dever de planejar toda a a observância da legalidade estatal. Desta forma, é necessário que
licitação e também toda a contratação pública de forma adequada haja motivo para que os atos administrativos licitatórios tenham
e satisfatória. Assim, o planejamento exigido, é o que se mostre de sido realizados, sempre levando em conta as razões de direito que
forma eficaz e eficiente, bem como que se encaixe a todos os outros levaram o agente público a proceder daquele modo.
princípios previstos na CFB/1.988 e na jurisdição pátria como um
todo. Princípio da vinculação ao edital
Desta forma, na ausência de justificativa para realizar o pla- Trata-se do corolário do princípio da legalidade e da objetivi-
nejamento adequado da licitação e do contrato, ressalta-se que a dade das determinações de habilidades, que possui o condão de
ausência, bem como a insuficiência dele poderá vir a motivar a res- impor tanto à Administração, quanto ao licitante, a imposição de
ponsabilidade do agente público. que este venha a cumprir as normas contidas no edital de maneira
objetiva, porém, sempre zelando pelo princípio da competitividade.
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OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Nesse sentido, denota-se em relação ao assunto acima que são Por fim, o inc. III, aduz sobre a contratação de serviços técnicos
pontos de destaque com a aprovação da Nova Lei de Licitações de especializados, de natureza singular, com profissionais ou empresas
nº. 14.133/2.021: de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
1) O pregão, sendo que esta modalidade não será mais regula- publicidade e divulgação.
da pela Lei nº 10.520/02, que consta de forma expressa no art. 32,
IV, da Lei nº 13.303/16; Ressalta-se que além das mencionadas hipóteses previstas de
2) As normas de direito penal que deverão ser aplicadas na forma exemplificativa na legislação, sempre que for impossível a
seara dos processos de contratação, que, por sua vez, deixarão de competição, o procedimento de inexigibilidade de licitação deverá
ser regulados pelos arts. 89 a 99 da Lei nº 8.666/93; e ser adotado.
3) Os critérios de desempate de propostas, sendo que a Lei Vale destacar com grande importância, ainda, em relação ao
nº 13.303/16 dispõe de forma expressa, dentre os critérios de de- inc. III da Nova Lei de Licitações, que nem todo serviço técnico espe-
sempate contidos no art. 55, inc. III, a adoção da previsão que se cializado está apto a ensejar a inexigibilidade de licitação, fato que
encontra inserida no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666/93, que por sua se verificará apenas se ao mesmo tempo, tal serviço for de natureza
vez, passará a ter outro tratamento pela Nova Lei de Licitações. singular e o seu prestador for dotado de notória especialização. O
serviço de natureza singular é reconhecido pela sua complexidade,
Dispensa e inexigibilidade relevância ou pelos interesses públicos que estiverem em jogo, vin-
Verificar-se-á a inexigibilidade de licitação sempre que houver do demandar a contratação de prestador com a devida e notória
inviabilidade de competição. Com a entrada em vigor da Nova Lei especialização.
de Licitações, Lei nº. 14.133/2.021 no art. 74, I, II e III, foi disposto Por sua vez, a legislação considera como sendo de notória
especialização, aquele profissional ou empresa que o conceito no
as hipóteses por meio das quais a competição é inviável e que, por-
âmbito de sua especialidade, advindo de desempenho feito ante-
tanto, nesses casos, a licitação é inexigível. Vejamos:
riormente como estudos, experiências, publicações, organização,
equipe técnica, ou de outros atributos e requisitos pertinentes com
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição,
suas atividades, que permitam demonstrar e comprovar que o seu
em especial nos casos de: trabalho é essencial e o mais adequado à plena satisfação do objeto
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou do contrato.
contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, Vale mencionar que em situações práticas, a contratação de
empresa ou representante comercial exclusivos; serviços especializados por inexigibilidade de licitação tem criado
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente várias controvérsias, principalmente quando se refere à contrata-
ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela ção de serviços de advocacia e também de contabilidade.
crítica especializada ou pela opinião pública; Conforme já estudado, a licitação é tida como dispensada
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados quando, mesmo a competição sendo viável, o certame deixou de
de natureza predominantemente intelectual com profissionais ou ser realizado pelo fato da própria lei o dispensar. Tem natureza dife-
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para rente da ausência de exigibilidade da licitação dispensável porque
serviços de publicidade e divulgação: nesta, o gestor tem a possibilidade de decidir por realizar ou não o
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou proje- procedimento.
tos executivos; A licitação dispensada está acoplada às hipóteses de alienação
b) pareceres, perícias e avaliações em geral; de bens móveis ou imóveis da Administração Pública. Em grande
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras parte das vezes, quando, ao pretender a Administração alienar bens
ou tributárias; de sua propriedade, sejam estes móveis ou imóveis, deverá proce-
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou ser- der à realização de licitação. No entanto, em algumas situações, em
viços; razão das peculiaridades do caso especifico, a lei acaba por dispen-
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; sar o procedimento, o que é verificado, por exemplo, na hipótese da
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; doação de um bem para outro órgão ou entidade da Administração
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; Pública de qualquer esfera de governo. Ocorre que nesse caso, a
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e en- Administração já determinou previamente para qual órgão ou en-
saios de campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento tidade irá doar o bem. Assim sendo, não existe a necessidade de
de parâmetros específicos de obras e do meio ambiente e demais realização do certame licitatório.
serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste inciso;
Critérios de Julgamento
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de
Os novos critérios de julgamento tratam-se das referências
credenciamento;
que são utilizadas para a avaliação das propostas de licitação. Regis-
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de ins-
tra-se que as espécies de licitação encontram-se dotadas de carac-
talações e de localização tornem necessária sua escolha. terísticas e exigências diversas, sendo que as espécies de licitação
Em entendimento ao inc. I, afirma-se que o fornecedor exclu- tendem sempre a variam de acordo com seus prazos e ritos espe-
sivo, vedada a preferência de marca, deverá a comprovar a exclu- cíficos como um todo. Com a aprovação da Lei 14.133/2.021 em
sividade por meio de atestado fornecido pelo órgão de registro do seu art. 33, foram criados novos tipos de licitação designados para
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o a compra de bens e serviços. Sendo eles: menor preço, maior des-
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, conto, melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior
ainda, pelas entidades equivalentes. lance (leilão), maior retorno econômico.
Em relação ao inc. II do referido diploma legal, verifica-se a dis-
pensabilidade da exigência de licitação para a contratação de profis-
sionais da seara artística de forma direta ou através de empresário,
levando em conta que este deverá ser reconhecido publicamente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Maior desconto De antemão, infere-se que com o advento da nova Lei de Lici-
Pondera-se que caso a licitação seja julgada pelo critério de tações de nº. 14.133/2.021, foram excluídas do diploma legal da
maior desconto, o preço com o valor estimado ou o máximo aceitá- Lei 8.666/1.993 as seguintes modalidades de licitação: tomada de
vel, deverá constar expressamente do edital. Isso acontece, por que preços, convite e RDC – Lei 12.462/2.011. Desta forma, de acordo
nessas situações específicas, a publicação do valor de referência da com a Nova Lei de Licitações, são modalidades de licitação: con-
Administração Pública é extremamente essencial para que os pro- corrência, concurso, leilão, pregão e diálogo competitivo.
ponentes venham a oferecer seus descontos. Lembrando que conforme afirmado no início desse estudo,
Denota-se que o texto de lei determina que a administração li- pelo fato do ordenamento jurídico administrativo estar em fase de
citante forneça o orçamento original da contratação, mesmo que tal transição em relação às duas leis, posto que nos dois primeiros anos
orçamento tenha sido declarado sigiloso, a qualquer instante tanto as duas se encontrarão válidas, tendo em vista que na aplicação
para os órgãos de controle interno quanto externo. Esse fato é de para processos que começaram na Lei anterior, deverão continuar
grande importância para a administração Pública, tendo em vista a ser resolvidos com a aplicação dela, e, processos que começarem
que a depender do mercado, a divulgação do orçamento original no após a aprovação da nova Lei, deverão ser resolvidos com a aplica-
instante de ocorrência da licitação acarretará o efeito âncora, fazen- ção da nova Lei.
do com que os valores das propostas sejam elevados ao patamar
mais aproximado possível no que diz respeito ao valor máximo que Concorrência
a Administração admite. Com fundamento no art. 29 da Lei 14.133/2.021, concorrência
é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na
Melhor técnica ou conteúdo artístico fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requi-
Nesse tipo de licitação, a escolha da empresa vencedora leva sitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de
em consideração a proposta que oferecer mais vantagem em ques- seu objeto.
tão de fatores de ordem técnica e artística. Denota-se que esta es- Em termos práticos, trata-se a concorrência de modalidade
pécie de licitação deve ser aplicada com exclusividade para serviços licitatória conveniente para contratações de grande aspecto. Isso
de cunho intelectual, como ocorre na elaboração de projetos, por ocorre, por que a Lei de Licitações e Contratos dispôs uma espécie
exemplo incluindo-se nesse rol, tanto os básicos como os executi- de hierarquia quando a definição da modalidade de licitação acon-
vos como: cálculos, gerenciamento, supervisão, fiscalização e ou- tece em razão do valor do contrato. Ocorre que quanto maiores
tros pertinentes à matéria. forem os valores envolvidos, mais altos e maiores serão o nível de
publicidade bem como os prazos estipulados para a realização do
Técnica e preço procedimento. Em alguns casos, não obstante, é permitido uso da
Depreende-se que esta espécie de licitação é de cunho obriga- modalidade de maior publicidade no lugar das de menor publicida-
tório quando da contratação de bens e serviços na área tecnológica de, jamais o contrário.
como de informática e áreas afins, e também nas modalidade de Nesta linha de pensamento, a regra passa a exigir o uso da con-
concorrência, segundo a nova lei de Licitações. Nesse caso espe- corrência para valores elevados, vindo a permitir que seja realizada
cífico, o licitante demonstra e apresenta a sua proposta e a docu- a tomada de preços ou concorrência para montantes de cunho in-
mentação usando três envelopes distintos, sendo eles: o primeiro termediário e convite (ou tomada de preços ou concorrência), para
para a habilitação, o segundo para o deslinde da proposta técnica e contratos de valores mais reduzidos. Os gestores, na prática, ge-
o terceiro, com o preço, que deverão ser avaliados nessa respectiva ralmente optam por utilizar a modalidade licitatória que seja mais
ordem. simplificada dentro do possível, de maneira a evitar a submissão a
prazos mais extensos de publicidade do certame.
Maior lance (leilão)
Nos ditames da nova Lei de Licitações, esse critério se encon- Concurso
tra restrito à modalidade de leilão, disciplina que estudaremos nos Disposto no art. 30 da Nova Lei de Licitações, esta modalidade
próximos tópicos. de licitação pode ser utilizada para a escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico. Vejamos o que dispõe a Nova Lei de Licita-
Maior retorno econômico ções:
Registra-se que esse tema se trata de uma das maiores novida- Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas
des advindas da Nova Lei de Licitações, pelo fato desse requisito ser em edital, que indicará:
um tipo de licitação de uso para licitações cujo objeto e fulcro sejam I - a qualificação exigida dos participantes;
uma espécie de contrato de eficiência. II - as diretrizes e formas de apresentação do trabalho;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
III - as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser A classificação a respeito das formas de pregão está também
concedida ao vencedor. eivada de diferenças. Infere-se que no pregão presencial, o prego-
Parágrafo único. Nos concursos destinados à elaboração de eiro deverá fazer a seleção de todas as propostas de até 10% acima
projeto, o vencedor deverá ceder à Administração Pública, nos ter- da melhor proposta e as classificar para a fase de lances. Havendo
mos do art. 93 desta Lei, todos os direitos patrimoniais relativos ao ausência de propostas que venham a atingir esses 10%, restarão
projeto e autorizar sua execução conforme juízo de conveniência e selecionadas, por conseguinte, as três melhores propostas.
oportunidade das autoridades competentes. Diversamente do que ocorre no pregão eletrônico, levando em
conta que todos os participantes são classificados e tem o direito de
Leilão participar da fase na qual ocorrem os lances por meio do sistema,
Disposto no art. 31 da Nova Lei de Licitações, o leilão poderá dentro dos parâmetros pertinentes ao horário indicado no edital ou
ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela auto- carta convite.
ridade competente da Administração, sendo que seu regulamento Inicia-se a fase de lances do pregão presencial com o lance da
deverá dispor sobre seus procedimentos operacionais. licitação que possui a maior proposta, vindo a seguir, por conse-
Se optar pela realização de leilão por intermédio de leiloeiro guinte, a lista decrescente até alcançar ao menor valor.
oficial, a Administração deverá selecioná-lo mediante credencia- É importante destacar que no pregão eletrônico, os lances são
mento ou licitação na modalidade pregão e adotar o critério de jul- lançados no sistema na medida em que os participantes vão ofer-
gamento de maior desconto para as comissões a serem cobradas, tando, devendo ser sempre de menor valor ao último lance que por
utilizados como parâmetro máximo, os percentuais definidos na lei este foi ofertado. Assim, lances são lançados e registrados no siste-
que regula a referida profissão e observados os valores dos bens a ma, até que esta fase venha a se encerrar.
serem leiloados Desde o início da Sessão, no pregão presencial o pregoeiro de-
O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá fase de verá se informar de antemão, quem são os participantes, tendo em
habilitação e deverá ser homologado assim que concluída a fase vista que estes se identificam no momento do em que fazem o cre-
de lances, superada a fase recursal e efetivado o pagamento pelo denciamento.
licitante vencedor, na forma definida no edital. No pregão eletrônico, até que chegue a fase de habilitação,
o pregoeiro não possui a informação sobre quem são os licitantes
Quaisquer interessados podem participar do leilão. Denota-se participantes, para evitar conluio.
que o bem será vendido para o licitante que fizer a oferta de maior A intenção de recorrer no pregão presencial, deverá por parâ-
lance, o qual deverá obrigatoriamente ser igual ou superior ao valor metros legais, ser manifestada e eivada com as motivações ao final
de avaliação do bem. da Sessão.
A realização do leilão poderá ser por meio de leiloeiro oficial ou No pregão eletrônico, havendo a intenção de recorrer, deverá
por servidor indicado pela Administração, procedendo-se conforme de imediato a parte interessada se manifestar, devendo ser regis-
os ditames da legislação pertinente. trado no campo do sistema de compras pertinente, no qual deverá
conter as exposições com a motivação da interposição.
Destaca-se ainda, que algumas entidades financeiras da Admi-
nistração indireta executam contratos de mútuo que são garantidos Diálogo competitivo
por penhor e que, restando-se vencido o contrato, se a dívida não Com supedâneo no art. 32 da Nova Lei de Licitações, modali-
for liquidada, promover-se-á o leilão do bem empenhado que deve- dade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Admi-
rá seguir as regras pertinentes à Lei de licitações. nistração:
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contrata-
Pregão ções em que a Administração:
Com fundamento no art. 29 da Nova Lei de Licitações, trata- I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
-se o pregão de uma modalidade de licitação do tipo menor preço, a) inovação tecnológica ou técnica;
designada ao aferimento de aquisição de bens e serviços comuns. b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade
Existem duas maneiras de ocorrência dos pregões, sendo estas nas satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
formas eletrônica e presencial. c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas
Pondera-se que a Lei geral que rege os pregões é a Lei com precisão suficiente pela Administração;
10.520/02. No entanto, em âmbito federal, o pregão presencial é II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as
fundamentado e regulamentado pelo Decreto3.555/00, já o pregão alternativas que possam satisfazer suas necessidades, com desta-
eletrônico, por meio do Decreto 5.450/05. que para os seguintes aspectos:
Os referidos decretos, em razão da natureza institucional de a) a solução técnica mais adequada;
processamento dos pregões, são estabelecidos por meio de regras b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já defi-
diferentes que serão adotadas pelo Poder Público. nida;
Em âmbito federal, a modalidade pregão é obrigatória para c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato.
contratação de serviços e bens comuns. No entanto, o Decreto
5.459/05 determina que a forma eletrônica é, via de regra, prefe- Obs. Importante: § 1º, inc. VIII , Lei 14.133/2021- a Adminis-
rencial. tração deverá, ao declarar que o diálogo foi concluído, juntar aos
Ressalta-se que aqueles que estiverem interessados em partici- autos do processo licitatório os registros e as gravações da fase de
par do pregão presencial, deverão comparecer em hora e local nos diálogo, iniciar a fase competitiva com a divulgação de edital con-
quais deverá ocorrer a Sessão Pública, onde será feito o credencia- tendo a especificação da solução que atenda às suas necessidades
mento, devendo ainda, apresentar os envelopes de proposta, bem e os critérios objetivos a serem utilizados para seleção da proposta
como os documentos pertinentes. mais vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60 (sessenta) dias úteis,
Referente ao pregão eletrônico, deverão os interessados fazer para todos os licitantes pré-selecionados na forma do inciso II deste
cadastro no sistema de compras a ser usado pelo ente licitante, vin- parágrafo apresentarem suas propostas, que deverão conter os ele-
do, por conseguinte, cadastrar a sua proposta. mentos necessários para a realização do projeto.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
De modo geral, o registro de preços é usado para compras cor- I - realização prévia de ampla pesquisa de mercado;
riqueiras de bens ou serviços específicos, em se tratando daqueles II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em re-
que não se sabe a quantidade que será preciso adquirir, bem como gulamento;
quando tais compras estiverem sob a condição de entregas parcela- III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle;
das. O objetivo destas ações é evitar que se formem estoques, uma IV - atualização periódica dos preços registrados;
vez que estes geram alto custo de manutenção, além do risco de V - definição do período de validade do registro de preços;
tais bens vir a perecer ou deteriorar. VI - inclusão, em ata de registro de preços, do licitante que acei-
Por fim, vejamos os dispositivos legais contidos na Nova lei de tar cotar os bens ou serviços em preços iguais aos do licitante vence-
Lictações que regem o sistema de registro de preços: dor na sequência de classificação da licitação e inclusão do licitante
Art. 82. O edital de licitação para registro de preços observará que mantiver sua proposta original.
as regras gerais desta Lei e deverá dispor sobre: § 6º O sistema de registro de preços poderá, na forma de regu-
I - as especificidades da licitação e de seu objeto, inclusive a lamento, ser utilizado nas hipóteses de inexigibilidade e de dispen-
quantidade máxima de cada item que poderá ser adquirida; sa de licitação para a aquisição de bens ou para a contratação de
II - a quantidade mínima a ser cotada de unidades de bens ou, serviços por mais de um órgão ou entidade.
no caso de serviços, de unidades de medida; Art. 83. A existência de preços registrados implicará compro-
III - a possibilidade de prever preços diferentes: misso de fornecimento nas condições estabelecidas, mas não obri-
a) quando o objeto for realizado ou entregue em locais dife- gará a Administração a contratar, facultada a realização de licita-
rentes; ção específica para a aquisição pretendida, desde que devidamente
b) em razão da forma e do local de acondicionamento; motivada.
c) quando admitida cotação variável em razão do tamanho do Art. 84. O prazo de vigência da ata de registro de preços será de
lote; 1 (um) ano e poderá ser prorrogado, por igual período, desde que
d) por outros motivos justificados no processo; comprovado o preço vantajoso.
IV - a possibilidade de o licitante oferecer ou não proposta em Parágrafo único. O contrato decorrente da ata de registro de
quantitativo inferior ao máximo previsto no edital, obrigando-se preços terá sua vigência estabelecida em conformidade com as dis-
nos limites dela; posições nela contidas.
V - o critério de julgamento da licitação, que será o de menor
preço ou o de maior desconto sobre tabela de preços praticada no Revogação e anulação da licitação
mercado; De antemão, em relação à revogação e a anulação do proce-
VI - as condições para alteração de preços registrados; dimento licitatório, aplica-se o mesmo raciocínio, posto que caso
VII - o registro de mais de um fornecedor ou prestador de servi- tenha havido vício no procedimento, busca-se por vias legais o a
ço, desde que aceitem cotar o objeto em preço igual ao do licitante possibilidade de corrigi-lo. Em se tratando de caso de vício que não
vencedor, assegurada a preferência de contratação de acordo com se possa sanar, ou haja a impossibilidade de saná-lo, a anulação se
a ordem de classificação; impõe. Entretanto, caso não exista qualquer espécie de vício no cer-
VIII - a vedação à participação do órgão ou entidade em mais tame, mas, a contratação tenha sido deixada de ser considerada de
de uma ata de registro de preços com o mesmo objeto no prazo de interesse público, impõe-se a aplicação da revogação.
validade daquela de que já tiver participado, salvo na ocorrência de Nos ditames do art. 62 da Lei nº 13.303/2016, após o início da
ata que tenha registrado quantitativo inferior ao máximo previsto fase de apresentação de lances ou propostas, “a revogação ou a
no edital; anulação da licitação somente será efetivada depois de se conceder
IX - as hipóteses de cancelamento da ata de registro de preços aos licitantes que manifestem interesse em contestar o respectivo
e suas consequências ato prazo apto a lhes assegurar o exercício do direito ao contraditó-
§ 1º O critério de julgamento de menor preço por grupo de rio e à ampla defesa”.
itens somente poderá ser adotado quando for demonstrada a invia- Já na seara da lei nº 8.666/93, ressalta-se que a norma tratou
bilidade de se promover a adjudicação por item e for evidenciada a de limitar a indicar, por meio do art. 49, §3º, que em caso de des-
sua vantagem técnica e econômica, e o critério de aceitabilidade de fazimento do processo licitatório, ficará assegurado o contraditório
preços unitários máximos deverá ser indicado no edital. e a ampla defesa.
§ 2º Na hipótese de que trata o § 1º deste artigo, observados Por fim, registra-se que em se tratando da obrigatoriedade da
os parâmetros estabelecidos nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 23 desta Lei, aprovação de espaço aos licitantes interessados no exercício do di-
a contratação posterior de item específico constante de grupo de reito ao contraditório e à ampla defesa, de forma anterior ao ato
itens exigirá prévia pesquisa de mercado e demonstração de sua de decisório de revogação e anulação, criou-se de forma tradicio-
vantagem para o órgão ou entidade. nal diversos debates tanto na doutrina quanto na jurisprudência
§ 3º É permitido registro de preços com indicação limitada a nacional. Um exemplo da informação acima, trata-se dos diversos
unidades de contratação, sem indicação do total a ser adquirido, julgados que ressalvam a aplicação contida no art. 49, §3º da Lei
apenas nas seguintes situações: 8.666/1.993 nas situações de revogação de licitação antes de sua
I - quando for a primeira licitação para o objeto e o órgão ou homologação. Pondera-se que esse entendimento afirma que o
entidade não tiver registro de demandas anteriores; contraditório e a ampla defesa apenas seriam exigíveis quando o
II - no caso de alimento perecível; procedimento de licitação tiver sido concluído.
III - no caso em que o serviço estiver integrado ao fornecimento Obs. Importante: Ainda que em situações por meio das quais é
de bens. considerado dispensável dar a oportunidade aos licitantes do con-
§ 4º Nas situações referidas no § 3º deste artigo, é obrigatória traditório e a ampla defesa, a obrigação da administração em mo-
a indicação do valor máximo da despesa e é vedada a participação tivar o ato revogatório não será afastada, uma vez que devendo se
de outro órgão ou entidade na ata. ater aos princípios da transparência e da motivação, o gestor por
§ 5º O sistema de registro de preços poderá ser usado para força de lei, deverá sempre evidenciar as razões pelas quais foram
a contratação de bens e serviços, inclusive de obras e serviços de fundamentadas a conclusão pela revogação do certame, bem como
engenharia, observadas as seguintes condições: os motivos de não prosseguir com o processo licitatório.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Breves considerações adicionais acerca das mudanças no pro- Contratos de Direito Privado firmados pela Administração:
cesso de licitação após a aprovação da Lei 14.133/2.021 são aqueles comandados por normas de Direito Privado.
• Com a aprovação da Nova Lei, nos ditames do §2º do art. 17,
será utilizada como regra geral, a forma eletrônica de contratação Princípios
para todos os procedimentos licitatórios. Princípio da legalidade
• Como exceção, caso seja preciso que a forma de contratação Disposto no art. 37 da CRFB/1988, recebe um conceito como
seja feita presencialmente, o órgão deverá expor os motivos de fato um produto do Liberalismo, que propagava evidente superioridade
e de direito no processo administrativo, porém, ficará incumbido da do Poder Legislativo por intermédio da qual a legalidade veio a ser
obrigação de gravar a sessão em áudio e também em vídeo. bipartida em importantes desdobramentos:
• O foco da Nova Lei, é buscar o incentivo para o uso do siste- 1) Supremacia da lei: a lei prevalece e tem preferência sobre os
ma virtual nos certames, vindo, assim, a dar mais competitividade, atos da Administração;
segurança e isonomia para as licitações de forma geral. 2) Reserva de lei: a apreciação de certas matérias deve ser for-
• A Nova Lei de Licitações criou o PNCP (Portal Nacional de malizada pela legislação, deletando o uso de outros atos de caráter
Contratações Públicas), que irá servir como um portal obrigatório. normativo.
• Todos os órgãos terão obrigação de divulgar suas licitações, Todavia, o princípio da legalidade deve ser conceituado como o
sejam eles federais, estaduais ou municipais. principal conceito para a configuração do regime jurídico-adminis-
• Art. 20. Os itens de consumo adquiridos para suprir as de- trativo, tendo em vista que segundo ele, a administração pública só
mandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de
poderá ser desempenhada de forma eficaz em seus atos executivos,
qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finali-
agindo conforme os parâmetros legais vigentes. De acordo com o
dades às quais se destinam, vedada a aquisição de artigos de luxo.
princípio em análise, todo ato que não possuir base em fundamen-
• Art. 95, § 2º É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com
tos legais é ilícito.
a Administração, salvo o de pequenas compras ou o de prestação
de serviços de pronto pagamento, assim entendidos aqueles de va-
lor não superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Princípio da impessoalidade
• São atos da Administração Pública antes de formalizar ou Consagrado de forma expressa no art. 37 da CRFB/1988, possui
prorrogar contratos administrativos: verificar a regularidade fiscal duas interpretações possíveis:
do contratado; consultar o Cadastro Nacional de Empresas idôneas a) igualdade (ou isonomia): dispõe que a Administração Públi-
e suspensas (CEIS) e punidas (CNEP). ca deve se abster de tratamento de forma impessoal e isonômico
• A Nova Lei de Licitações inseriu vários crimes do Código Pe- aos particulares, com o fito de atender a finalidade pública, vedadas
nal, no que se refere às licitações, dentre eles, o art. 337-H do Có- a discriminação odiosa ou desproporcional. Exemplo: art. 37, II, da
digo Penal de 1.940: CRFB/1988: concurso público. Isso posto, com ressalvas ao trata-
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer mo- mento que é diferenciado para pessoas que estão se encontram em
dificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor posição fática de desigualdade, com o fulcro de efetivar a igualdade
do contratado, durante a execução dos contratos celebrados com a material. Exemplo: art. 37, VIII, da CRFB e art. 5.0, § 2. °, da Lei
Administração Pública sem autorização em lei, no edital da licitação 8.112/1990: reserva de vagas em cargos e empregos públicos para
ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatu- portadores de deficiência.
ra com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade: b) proibição de promoção pessoal: quem faz as realizações
Pena – reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa. públicas é a própria entidade administrativa e não são tidas como
feitos pessoais dos seus respectivos agentes, motivos pelos quais
Perturbação de processo licitatório toda a publicidade dos atos do Poder Público deve possuir caráter
• Os valores fixados na Lei, serão anualmente corrigidos pelo educativo, informativo ou de orientação social, nos termos do art.
IPCA-E, nos termos do art. 182: O Poder Executivo federal atua- 37, § 1. °, da CRFB: “dela não podendo constar nomes, símbolos
lizará, a cada dia 1º de janeiro, pelo Índice Nacional de Preços ao ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou por índice que venha a subs- ou servidores públicos”.
tituí-lo, os valores fixados por esta Lei, os quais serão divulgados no
PNCP. Princípio da moralidade
Disposto no art. 37 da CRFB/1988, presta-se a exigir que a atua-
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. CONCEITO, NATU- ção administrativa, respeite a lei, sendo ética, leal e séria. Nesse dia-
REZA JURÍDICA. PECULIARIDADE E CARACTERÍSTICAS pasão, o art. 2. °, parágrafo único, IV, da Lei 9.784/1999 ordena ao
DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. PRAZO E PROR- administrador nos processos administrativos, a autêntica “atuação
ROGAÇÃO DO CONTRATO. FORMALIDADES, INSTRU- segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”. Exemplo:
MENTO CONTRATUAL. EFICÁCIA. EXTINÇÃO a vedação do ato de nepotismo inserido da Súmula Vinculante 13
do STF. Entretanto, o STF tem afastado a aplicação da mencionada
No desempenho da função administrativa, o Poder Público súmula para os cargos políticos, o que para a doutrina em geral não
empraza diversas relações jurídicas com pessoas físicas e jurídicas, parece apropriado, tendo em vista que o princípio da moralidade é
públicas e privadas. A partir do momento em que tais relações se um princípio geral e aplicável a toda a Administração Pública, vindo
constituem por intermédio da manifestação bilateral da vontade a alcançar, inclusive, os cargos de natureza política.
das partes, afirmamos que foi celebrado um contrato da Adminis-
tração. Princípio da publicidade
Denota-se que os contratos da Administração podem ser nas Sua função é impor a divulgação e a exteriorização dos atos
formas: do Poder Público, nos ditames do art. 37 da CRFB/1988 e do art.
Contratos Administrativos: são aqueles comandados pelas 2. ° da Lei 9.784/1999). Ressalta-se com grande importância que a
normas de Direito Público. transparência dos atos administrativos guarda estreita relação com
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
o princípio democrático nos termos do art. 1. ° da CRFB/1988), vin- lidade entre os mencionados princípios que se relacionam e forma
do a possibilitar o exercício do controle social sobre os atos públicos paritária com os ideais igualdade, justiça material e racionalidade,
praticados pela Administração Pública em geral. Denota-se que a vindo a consubstanciar importantes instrumentos de contenção dos
atuação administrativa obscura e sigilosa é característica típica dos excessos cometidos pelo Poder Público.
Estados autoritários. Como se sabe, no Estado Democrático de Di- O princípio da proporcionalidade é subdividido em três
reito, a regra determinada por lei, é a publicidade dos atos estatais, subprincípios:
com exceção dos casos de sigilo determinados e especificados por a) Adequação ou idoneidade: o ato praticado pelo Estado será
lei. Exemplo: a publicidade é um requisito essencial para a produ- adequado quando vier a contribuir para a realização do resultado
ção dos efeitos dos atos administrativos, é uma necessidade de mo- pretendido.
tivação dos atos administrativos. b) Necessidade ou exigibilidade: em decorrência da proibição
do excesso, existindo duas ou mais medidas adequadas para alcan-
Princípio da eficiência çar os fins perseguidos de interesse público, o Poder Público terá
Foi inserido no art. 37 da CRFB, por intermédio da EC 19/1998, o dever de adotar a medida menos agravante aos direitos funda-
com o fito de substituir a Administração Pública burocrática pela mentais.
Administração Pública gerencial. O intuito de eficiência está relacio- c) Proporcionalidade em sentido estrito: coloca fim a uma
nado de forma íntima com a necessidade de célere efetivação das típica consideração, no caso concreto, entre o ônus imposto pela
finalidades públicas dispostas no ordenamento jurídico. Exemplo: atuação do Estado e o benefício que ela produz, motivo pelo qual
duração razoável dos processos judicial e administrativo, nos dita- a restrição ao direito fundamental deverá ser plenamente justifica-
mes do art. 5.0, LXXVIII, da CRFB/1988, inserido pela EC 45/2004), da, tendo em vista importância do princípio ou direito fundamental
bem como o contrato de gestão no interior da Administração (art. que será efetivado.
37 da CRFB) e com as Organizações Sociais (Lei 9.637/1998).
Em relação à circulação de riquezas, existem dois critérios que Princípio da supremacia do interesse público sobre o interes-
garantem sua eficiência: se privado (princípio da finalidade pública)
a) eficiência de Pareto (“ótimo de Pareto”): a medida se torna É considerado um pilar do Direito Administrativo tradicional,
eficiente se conseguir melhorar a situação de certa pessoa sem pio- tendo em vista que o interesse público pode ser dividido em duas
rar a situação de outrem. categorias:
b) eficiência de Kaldor-Hicks: as normas devem ser aplicadas a) interesse público primário: encontra-se relacionado com a
de forma a produzir o máximo de bem-estar para o maior número necessidade de satisfação de necessidades coletivas promovendo
de pessoas, onde os benefícios de “X” superam os prejuízos de “Y”).
justiça, segurança e bem-estar através do desempenho de ativi-
Ressalte-se, contudo, em relação aos critérios mencionados
dades administrativas que são prestadas à coletividade, como por
acima, que a eficiência não pode ser analisada apenas sob o prisma
exemplo, os serviços públicos, poder de polícia e o fomento, dentre
econômico, tendo em vista que a Administração possui a obrigação
outros.
de considerar outros aspectos fundamentais, como a qualidade do
b) interesse público secundário: trata-se do interesse do pró-
serviço ou do bem, durabilidade, confiabilidade, dentre outros as-
prio Estado, ao estar sujeito a direitos e obrigações, encontra-se
pectos.
ligando de forma expressa à noção de interesse do erário, imple-
mentado através de atividades administrativas instrumentais que
Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade
Nascido e desenvolvido no sistema da common law da Magna são necessárias ao atendimento do interesse público primário.
Carta de 1215, o princípio da razoabilidade o princípio surgiu no di- Exemplos: as atividades relacionadas ao orçamento, aos agentes
reito norte-americano por intermédio da evolução jurisprudencial público e ao patrimônio público.
da cláusula do devido processo legal, pelas Emendas 5.’ e 14.’ da
Constituição dos Estados Unidos, vindo a deixar de lado o seu cará- Princípio da continuidade
ter procedimental (procedural due process of law: direito ao contra- Encontra-se ligado à prestação de serviços públicos, sendo que
ditório, à ampla defesa, dentre outras garantias processuais) para, tal prestação gera confortos materiais para as pessoas e não pode
por sua vez, incluir a versão substantiva (substantive due process of ser interrompida, levando em conta a necessidade permanente de
law: proteção das liberdades e dos direitos dos indivíduos contra satisfação dos direitos fundamentais instituídos pela legislação.
abusos do Estado). Tendo em vista a necessidade de continuidade do serviço pú-
Desde seus primórdios, o princípio da razoabilidade vem sendo blico, é exigido regularidade na sua prestação. Ou seja, prestador
aplicado como forma de valoração pelo Judiciário, bem como da do serviço, seja ele o Estado, ou, o delegatório, deverá prestar o
constitucionalidade das leis e dos atos administrativos, demons- serviço de forma adequada, em consonância com as normas vigen-
trando ser um dos mais importantes instrumentos de defesa dos tes e, em se tratando dos concessionários, devendo haver respeito
direitos fundamentais dispostos na legislação pátria. às condições do contrato de concessão. Em resumo, a continuidade
O princípio da proporcionalidade, por sua vez origina-se das te- pressupõe a regularidade, isso por que seria inadequado exigir que
orias jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII, a partir do momento o prestador continuasse a prestar um serviço de forma irregular.
no qual foi reconhecida a existência de direitos perduráveis ao ho- Mesmo assim, denota-se que a continuidade acaba por não
mem oponíveis ao Estado. Foi aplicado primeiramente no âmbito impor que todos os serviços públicos sejam prestados diariamente
do Direito Administrativo, no “direito de polícia”, vindo a receber, e em período integral. Na realidade, o serviço público deverá ser
na Alemanha, dignidade constitucional, a partir do momento em prestado sempre na medida em que a necessidade da população
que a doutrina e a jurisprudência passaram a afirmar que a propor- vier a surgir, sendo lícito diferenciar a necessidade absoluta da ne-
cionalidade seria um princípio implícito advindo do próprio Estado cessidade relativa, onde na primeira, o serviço deverá ser prestado
de Direito. sem qualquer tipo interrupção, tendo em vista que a população ne-
Embora haja polêmica em relação à existência ou não de di- cessita de forma permanente da disponibilidade do serviço. Exem-
ferenças existentes entre os princípios da razoabilidade e da pro- plos: hospitais, distribuição de energia, limpeza urbana, dentre ou-
porcionalidade, de modo geral, tem prevalecido a tese da fungibi- tros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Art. 4º A celebração de convênio ou contrato de repasse com precedido de licitação, a doutrina aduz que é sempre a adminis-
entidades privadas sem fins lucrativos será precedida de chama- tração quem estabelece as cláusulas contratuais, pelo fato de estar
mento público a ser realizado pelo órgão ou entidade concedente, vinculada às normas e também ao princípio da indisponibilidade do
visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz interesse público;
o objeto do ajuste. (Redação dada pelo Decreto n. 7.568, de 2011) L) Caráter intuitu personae – por que os contratos administrati-
2) Oneroso: por ter natureza bilateral, comporta vantagens vos são firmados tomando em conta as características pessoais do
para ambos os contraentes, tendo em vista que estes sofrem um contratado. Por esta razão, de modo geral, é proibida a subcontra-
sacrifício patrimonial equivalente a um proveito almejado. Existe tação total ou parcial do objeto contratado, a associação do contra-
um benefício recebido que corresponde a um sacrifício, por meio tado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem
do qual, as partes gozam de benefícios e deveres. Ocorre de forma como a fusão, cisão ou incorporação, cuja desobediência é motivo
contrária do contrato gratuito, como a doação, posto que neste, só para rescisão contratual (art. 78, VI, Lei 8.666/1993). Entretanto, a
uma das partes possui obrigação, que é entregar o bem, já a outra, regra anterior é amparada pelo art. 72 da mesma lei, que determina
não tem. a possibilidade de subcontratação de partes de obra, serviço ou for-
3) Formal: é dotado de condições específicas previstas na legis- necimento, até o limite admitido pela Administração. Aduz-se que a
lação para que tenha validade. A formalização do contrato encon- possibilidade de subcontratação é abominada pela doutrina, tendo
tra-se paramentada no art. 60 Lei 8.666/1993. Denota-se, por opor- em vista vez que permite que uma empresa que não participou por
tuno, que o contrato administrativo é celebrado pela forma escrita, meios legais da licitação de forma indireta, acabe contratando com
nos ditames art. 60, parágrafo único. o Poder Público, o que ofende o princípio da licitação previsto no
art. 37, XXI, da Constituição Federal.
Características
A doutrina não é unânime quanto às características dos contra- Formalização
tos administrativos. Ainda assim, de modo geral, podemos aduzir Em regra, os contratos administrativos são precedidos da reali-
zação de licitação, ressalvado nas hipóteses por meio das quais a lei
que são as seguintes:
estabelece a dispensa ou inexigibilidade deste procedimento. Além
A) Presença da Administração Pública – nos contratos admi-
disso, a minuta do futuro contrato a ser firmado pela Administração
nistrativos, a Administração Pública atua na relação contratual na
com o licitante vencedor, constitui anexo do edital de licitação, dele
posição de Poder Público, por esta razão, é dotada de um rol de
sendo parte integrante (art. 40, § 2º, III).
prerrogativas que acabam por a colocar em posição de hierarquia Os contratos administrativos são em regra, formais e escritos.
diante do particular, sendo que tais prerrogativas se materializam Registre-se que o instrumento de contrato, á ato obrigatório
nas cláusulas exorbitantes; nas situações de concorrência ou de tomadas tomada de preços,
B) Finalidade pública – do mesmo modo que nos contratos de bem como ainda nas situações de dispensa ou inexigibilidade de
direito privado, nos contratos administrativos sempre deverá estar licitação, nas quais os valores contratados estejam elencados nos
presente a incessante busca da satisfação do interesse público, sob limites daquelas duas modalidades licitatórias.
pena de incorrer em desvio de poder; Aduz-se que nos demais casos, o termo de contrato será facul-
C) Procedimento legal – são estabelecidos por meio de lei pro- tativo, fato que enseja à Administração adotar o instrumento con-
cedimentos de cunho obrigatório para a celebração dos contratos tratual ou, ainda, vir a optar por substituí-lo por outro instrumento
administrativos, que contém, dentre outras medidas, autorização hábil a documentar a avença, conforme quadro a seguir (art. 62, §
legislativa, justificativa de preço, motivação, autorização pela auto- 2º):
ridade competente, indicação de recursos orçamentários e licita- Todo contrato administrativo tem natureza de contrato de ade-
ção; são, pois todas as cláusulas contratuais são fixadas pela Adminis-
D) Bilateralidade – independentemente de serem de direito tração. Contrato de adesão é aquele em que todas as cláusulas são
privado ou de direito público, os contratos são formados a partir de fixadas por apenas uma das partes, no caso do contrato administra-
manifestações bilaterais de vontades da Administração contratante tivo, a Administração.
e do particular contratado;
E) Consensualidade – são o resultado de um acordo de vonta- Prazo
des plenas e livres, e não de ato impositivo; Tendo em vista que os contratos administrativos devem ter
F) Formalidade – não basta que haja a vontade das partes para prazo determinado, sua vigência deve ficar adjunta à vigência dos
que o contrato administrativo se aperfeiçoe, sendo necessário o respectivos créditos orçamentários. Assim sendo, em regra, os con-
cumprimento de determinações previstas na Lei 8.666/1993; tratos terão duração de um ano, levando em conta que esse é o
H) Onerosidade – o contrato possui valor econômico conven- prazo de vigência dos créditos orçamentários que são passados aos
cionado; órgãos e às entidades. Nos ditames da Lei 4.320/1964, o crédito
orçamentário tem duração de um ano, vindo a coincidir com o ano
I) Comutatividade – os contratos exigem equidade das presta-
civil.
ções do contratante e do contratado, sendo que estas devem ser
Entretanto, o art. 57 da Lei 8.666/1993 determina outras situa-
previamente definidas e conhecidas;
ções que não seguem ao disposto na regra acima. Vejamos:
J) Caráter sinalagmático – constituído de obrigações recíprocas
• Aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas me-
tanto para a Administração contratante como para o contratado; tas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorro-
K) Natureza de contrato de adesão – as cláusulas dos contratos gados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha
administrativos devem ser fixadas de forma unilateral pela Admi- sido previsto no ato convocatório;
nistração. • À prestação de serviços a serem executados de forma contí-
Registra-se que deve constar no edital da licitação, a minuta nua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e suces-
do contrato que será celebrado. Desta maneira, os licitantes ao sivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
fazerem suas propostas, estão acatando os termos contratuais es- vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Reda-
tabelecidos pela Administração. Ainda que o contrato não esteja ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998);
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
• Ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de terações no objeto do contrato, restando o contratado obrigado a
informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 acatar as modificações realizadas, desde que dentro dos percentu-
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. ais fixados pela legislação.
De acordo com a Carta Magna, toda programação de longo pra-
zo do Governo tem o dever de estar contida do plano plurianual. Revisão
Desta maneira, estando o contrato contemplado nessa programa- A princípio, denota-se que as causas que justificam a inexecu-
ção a longo prazo – PPA –, sua duração será estendida enquanto ção contratual possuem o condão de gerar apenas a interrupção
existir a previsão nessa lei específica. momentânea da execução contratual, bem como a total impos-
Em relação aos serviços contínuos na Administração Pública, sibilidade de sua conclusão com a consequente rescisão. Em tais
denota-se que são aqueles que exigem uma permanência do servi- situações, pelo ato de as situações não decorrem de culpa do con-
ço. Sendo uma espécie de serviço que é mais coerente manter por tratado, este poderá vir a paralisar a execução de forma que não
um período maior ao invés de ficar renovando e trocando todos os seja considerado descumpridor. Assegurado pela CFB/1988, em seu
anos. Por isso, em razão da Lei n. 12.349/2010, foi acrescentado art. 37, XXI, o equilíbrio econômico-financeiro da relação contratual
mais um dispositivo que determina que o contrato pode ter dura- consiste na manutenção das condições de pagamento estabeleci-
ção superior a um ano, que é a regra geral das quando do início do contrato, de forma que a relação se mante-
nha estável entre as obrigações do contratado e haja correta e justa
Alteração retribuição da Administração pelo fornecimento do bem, execução
Em consonância com o art. 65 da Lei 8.666/1993, Lei de Lici- de obra ou prestação de serviço.
tações, a Administração Pública possui o poder de fazer alterações Havendo qualquer razão que cause a alteração do contrato sem
durante a execução de seus contratos de maneira unilateral, inde- que o contratado tenha culpa, tal razão terá que ser restabelecida.
pendentemente da vontade do ente contratado. Registra-se que essa garantia é de cunho constitucional. Nesse sen-
Infere-se aqui, que o contrato administrativo possui o condão tido, caso o contrato seja atingido por acontecimentos posteriores
de ser alterado unilateralmente ou por meio de acordo. Além dis- à sua celebração, vindo a onerar o contratado, o equilíbrio econô-
so, ressalte-se que as alterações unilaterais podem ser de ordem mico-financeiro inicial deverá, nos termos legais que lhe assiste, ser
qualitativa ou quantitativa. Vejamos o dispositivo legal acerca do restabelecido por intermédio da recomposição contratual. Desta
assunto: maneira, a inexecução sem culpa do contratado virá a acarretar a
revisão contratual, caso tenha havido alteração do equilíbrio eco-
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser altera-
nômico-financeiro
dos, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
Prorrogação
a) quando houver modificação do projeto ou das especifica-
Via regra geral, os contratos administrativos regidos pela Lei
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
8.666/1993 possuem duração determinada e vinculada à vigência
b) quando necessária a modificação do valor contratual em de-
dos respectivos créditos orçamentários. No entanto, há exceções a
corrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
essa regra nas seguintes situações:
nos limites permitidos por esta Lei;
a) Quando o contrato se referir à execução dos projetos cujos
II - por acordo das partes:
produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse
b) quando necessária a modificação do regime de execução da da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato con-
obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de vocatório (art. 57, I);
verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais ori- b) Quando o contrato for relativo à prestação de serviços a se-
ginários; rem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, prorrogada por iguais e sucessivos períodos visando à obtenção de
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com rela- a 60 meses (art. 57, II);
ção ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contra- c) No caso do aluguel de equipamentos e da utilização de pro-
prestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; gramas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial- de até 48 meses após o início da vigência do contrato (art. 57, IV);
mente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis- d) Nos contratos celebrados com dispensa de licitação pelos
tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, seguintes motivos:
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro ini- I) possibilidade de comprometimento da segurança nacional;
cial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou II) para as compras de material de uso das forças armadas,
previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou exceto materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô- apoio logístico naval, aéreo e terrestre;
mica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº III) para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou pres-
8.883, de 1994) tados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
Desta maneira, percebe-se que o contrato administrativo per- tecnológica e defesa nacional;
mite de forma regulamentada, que haja alteração em suas cláu- IV) para contratação de empresas relacionadas à pesquisa e de-
sulas durante sua execução. Registre-se que contrato não é um senvolvimento tecnológico, conforme previsto nos arts. 3º, 4º, 5º e
documento rígido e inflexível, tendo em vista que o mesmo pode 20 da Lei 10.973/2004.
sofrer alterações para que venha a se adequar às modificações que Denota-se que esses contratos terão vigência por até 120 me-
forem preciso durante a execução contratual. Além disso, a lei fixa ses, por interesse da Administração (art. 57, V, dispositivo incluído
percentuais por meio dos quais a Administração pode promover al- pela Lei 12.349, de 2010).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
É importante registrar que em se tratando de casos de contra- Via regra geral, a renovação é realizada por meio de nova lici-
tos celebrados com dispensa de licitação por motivos de emergên- tação, com a devida observância de todas as formalidades legais.
cia ou calamidade pública, a duração do contrato deverá se esten- Ocorrendo isso, a lei impõe vedações ao estabelecimento no edital
der apenas pelo período necessário ao afastamento da urgência, de cláusulas que venham a favorecer o atual contratado em preju-
tendo prazo máximo de 180 dias, contados da ocorrência da emer- ízo dos demais concorrentes, com exceção das que prevejam sua
gência ou calamidade, vedada a sua prorrogação (art. 24, IV). indenização por equipamentos ou benfeitorias que serão utilizados
Embora a lei determine a proibição da prorrogação de contrato pelo futuro contratado.
com fundamento na dispensa de licitação por emergência ou cala-
midade pública, ressalta-se que o TCU veio a consolidar entendi- Reajuste contratual
mento de que pode haver exceções a essa regra em algumas hipó- Reajuste contratual é uma das formas de reequilíbrio econô-
teses restritas, advindas de fato superveniente, e também, desde mico-financeiro dos contratos. É caracterizado por fazer parte de
que a duração do contrato se estenda por período de tempo razo- uma fórmula prevista no contrato que é utilizada para proteger os
ável e suficiente para enfrentar a situação emergencial (AC- 1941- contratados dos efeitos inflacionários.
39/07-P). Infere-se que a Lei 8.666/1993, no art. 55, III, prevê o reajus-
Em análise ao art. 57, § 3º, da Lei 8.666/1993, percebe-se que te como cláusula estritamente necessária em todo contrato a que
este proíbe a existência de contrato administrativo com prazo de estabeleça o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
vigência indeterminado. No entanto, tal regra não é aplicada ao -base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de
contrato de concessão de direito real de uso de terrenos públicos atualização monetária entre a data do adimplemento das obriga-
ções e a do efetivo pagamento.
para finalidades específicas de regularização fundiária de interes-
se social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra,
Execução e inexecução
aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comuni-
Por determinação legal a execução do contrato será acompa-
dades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modali-
nhada e também fiscalizada por um representante advindo da Ad-
dades de interesse social em áreas urbanas, que poderá ser firmado ministração designado, sendo permitida a contratação de terceiros
por tempo certo ou indeterminado (Decreto-lei 271/1967, art. 7º, para assisti-lo e subsidiá-lo de informações relativas a essa atribui-
com redação dada pela Lei 11.481/2007). ção.
Afirma-se que a princípio, as partes devem se prestar ao fiel Deverá ser anotado em registro próprio todas as ocorrências
cumprimento dos prazos previstos nos contratos. Entretanto, exis- pertinentes à execução do contrato, determinando o que for pre-
tem situações nas quais não é possível o cumprimento da avença no ciso à regularização das faltas bem como dos defeitos observados.
prazo originalmente previsto. Ocorrendo isso, a lei admite a prorro- Ressalta-se, que tanto as decisões como as providências que ultra-
gação dos prazos contratuais, desde que tal fato seja justificado e passarem a competência do representante deverão ser requeridas
autorizado de forma antecedente pela autoridade competente para a seus superiores em tempo suficiente para a adoção das medidas
celebrar o contrato, o que é aceito pela norma nos casos em que que se mostrarem pertinentes.
houver (art. 57, § 1º): Em relação ao contratado, deverá manter preposto, admitido
A) alteração do projeto ou especificações, pela Administração; pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo
B) superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estra- na execução contratual. O contratado possui como obrigação o de-
nho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condi- ver de reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
ções de execução do contrato; custas, no total ou em parte, o objeto do contrato no qual forem
C) interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo encontrados vícios, defeitos ou incorreções advindas da execução
de trabalho por ordem e no interesse da Administração; aumento ou de materiais empregados.
das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites per- Além do exposto a respeito do contratado, este também é res-
mitidos por essa Lei; ponsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
D) impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiros, advindos de sua culpa ou dolo na execução contratual,
terceiro reconhecido pela Administração em documento contem- não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou
porâneo à sua ocorrência; omissão ou atraso de providências a car- o acompanhamento por meio do órgão interessado. O contratado
go da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de também se encontra responsável pelos encargos trabalhistas, previ-
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na exe- denciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
cução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos
Em se tratando da inexecução do contrato, percebe-se que a
responsáveis.
mesma está prevista no art. 77 da Lei de licitações 8.666/93. Veja-
mos:
Renovação
Art. 77 - A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua
Cuida-se a renovação do contrato da inovação no todo ou em rescisão com as consequências contratuais e as previstas em lei ou
parte do ajuste, desse que mantido seu objeto inicial. A finalidade regulamento.
da renovação contratual é a manutenção da continuidade do servi-
ço público, tendo em vista a admissão da recontratação direta do Observação importante: Cumpre Ressaltar que a Administra-
atual contratado, isso, desde que as circunstâncias a justifiquem e ção Pública responde solidariamente com o contratado pelos encar-
permitam seu enquadramento numa das hipóteses dispostas por gos previdenciários resultantes da execução do contrato
lei de dispensa ou inexigibilidade de licitação, como acontece por
exemplo, quando o contrato original é extinto, vindo a faltar ínfima Pondera-se que a inexecução pode ocorrer de forma parcial ou
parte da obra, serviço ou fornecimento para concluída, ou quando total, posto que ocorrendo a inexecução parcial de uma das partes,
durante a execução, surge a necessidade de reparação ou amplia- não é observado um prazo disposto em cláusula específica em ha-
ção não prevista, mas que pode ser feita pelo pessoal e equipamen- vendo a inexecução total, se o contratado não veio a executar o ob-
tos que já se encontram em atividade. jeto do contrato. Infere-se que qualquer dessas situações são passí-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
veis de propiciar responsabilidade para o inadimplente, resultando Nos parâmetros do art. 59 da Lei de Licitações, é demonstrado
em sanções contratuais e legais proporcionais à falta cometida pela que a nulidade não possui o condão de exonerar a Administração
parte inadimplente, vindo tais sanções a variar desde as multas, a do dever de indenização ao contratado pelo que este houver feito
revisão ou a rescisão do contrato. até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos causados
Registre-se que a inexecução do contrato pode ser o resulta- comprovados, desde que não lhe seja imputável, vindo a promover
do de um ato ou omissão da parte contratada, tendo tal parte agi- a responsabilização de quem deu motivo ao ocorrido. Assim sendo,
do com negligência, imprudência e imperícia. Podem também ter caso ocorra anulação, o contratado deverá auferir ganhos pelo que
acontecido causas justificadoras por meio das quais o contratan- já executou, pois, caso contrário, seria considerado enriquecimen-
te tenha dado causa ao descumprimento das cláusulas contratu- to ilícito da Administração Pública. Porém, caso seja o contratado
ais, vindo a agir sem culpa, podendo se desvencilhar de qualquer que tenha dado causa à nulidade, infere-se que este não terá esse
responsabilidade assumida, tendo em vista que o comportamento mesmo direito.
ocorreu de forma alheia à vontade da parte.
Por fim, ressalte-se que a inexecução total ou parcial do contra- Observação importante: A anulação possui efeito ex tunc, ou
to enseja à Administração Pública o poder de aplicar as sanções de seja, retroativo (voltado para o sentido passado), posto que a lei
natureza administrativa dispostas no art. 87: dispõe que ela acaba por desconstituir os efeitos produzidos e im-
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Adminis- pede que se produzam novos efeitos.
tração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as
Revogação
seguintes sanções:
A questão da possibilidade de desfazimento do processo de
I – advertência;
licitação e do contrato administrativo por meio da própria Adminis-
II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou
tração Pública é matéria que não engloba discussões doutrinárias e
no contrato;
jurisprudenciais. Inclusive, o controle interno dos atos administra-
III – suspensão temporária de participação em licitação e impe- tivos se encontra baseado no princípio da autotutela, que se trata
dimento de contratar com a Administração, por prazo não superior do poder - dever da Administração Pública de revogar e anular seus
a 2 (dois) anos; próprios atos, desde que haja justificação pertinente, com vistas a
IV – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com preservar o interesse público, bem como sejam respeitados o devi-
a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determi- do processo legal e os direitos e interesses legítimos dos destinatá-
nantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante rios, conforme determina a Súmula 473 do STF. Vejamos:
a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida Súmula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios
sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
no inciso anterior. ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
Cláusulas exorbitantes Conforme determinação do art. 49 da Lei Federal 8.666/93,
De todas as características, essa é a mais importante. As Cláu- assim preceitua quanto ao desfazimento dos processos licitatórios:
sulas exorbitantes conferem uma série de poderes para a Adminis-
tração em detrimento do contratado. Mesmo que de forma implíci- Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedi-
ta, se encontram presentes em todos os contratos administrativos. mento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse
São também chamadas de cláusulas leoninas, porque só dão público decorrente de fato superveniente devidamente compro-
esses poderes para a Administração Pública, consideradas como vado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo
exorbitantes porque saem fora dos padrões de normalidade, vindo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros,
a conferir poderes apenas a uma das partes. mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
O contratado não pode se valer das cláusulas exorbitantes ou Para efeitos de rescisão unilateral do contrato administrativo,
leoninas em contrato de direito privado, tendo em vista a ilegali- por motivos de interesse público, a discricionariedade administra-
dade de tal ato, posto que é ilegal nesses tipos de contratos, além tiva exige que a questão do interesse público deve ser justificada
disso, as partes envolvidas devem ter os mesmos direitos e obriga- em fatos de grande relevância, o que torna insuficiente a simples
alegação do interesse público, se restarem ausentes a comprovação
ções. Havendo qualquer tipo de cláusula em contrato privado que
das lesões advindas da manutenção do contrato e das circunstân-
atribua direito somente a uma das partes, esta cláusula será ilegal
cias extraordinárias, bem como dos danos irreparáveis ou de difícil
e leonina.
reparação.
São exemplos de cláusulas exorbitantes: a viabilidade de alte-
ração unilateral do contrato por intermédio da Administração, sua Extinção e Consequências
rescisão unilateral, a fiscalização do contrato, a possibilidade de A extinção do contrato administrativo diz respeito ao término
aplicação de penalidades por inexecução e a ocupação, na hipótese da obrigação vinculada existente entre a Administração e o contra-
de rescisão contratual. tado, podendo ocorrer de duas maneiras, sendo elas:
A) de maneira ordinária, pelo cumprimento do objeto (ex.: na
Anulação finalização da construção de instituição pública) ou pelo aconteci-
Apenas a Administração Pública detém o poder de executar a mento do termo final já previsto no contrato (ex.: a data final de um
anulação unilateral. Isso significa que caso o contratado ou outro contrato de fornecimento de forma contínua);
interessado desejem fazer a anulação contratual, terão que recorrer B) de maneira extraordinária, pela anulação ou pela rescisão
às esferas judiciais para conseguir a anulação. A anulação do contra- contratual.
to é advinda de ilegalidade constatada na sua execução ou, ainda,
na fase de licitação, posto que os vícios gerados no procedimento
licitatório causam a anulação do contrato.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Em relação à extinção ordinária, denota-se que esta não com- Os artigos 57, 58 3 65 da Lei 8666/93, aliados aos artigos 9 1e
porta maiores detalhamentos, sendo que as partes, ao cumprir suas 10 da Lei Federal nº 8987/95, conforme descrição, se completam
obrigações, a consequência natural a ocorrer é a extinção do víncu- em relação a esse tema e, se referindo ao princípio da legalidade,
lo obrigacional, sem maiores necessidades de manifestação por via existe a necessidade de se apreciar os contratos sujeitos aos entes
administrativa ou judicial. públicos. Vejamos:
Já a extinção extraordinária do contrato por meio da anulação, Art. 57: A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará
considera-se que a lei prevê consequências diferentes para o caso adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto
de haver ou não haver culpa do contratado no fato que deu causa à quanto aos relativos:
rescisão contratual. Existindo culpa do contratado pela rescisão do § 1º. Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e
contrato, as consequências são as seguintes (art. 80, I a IV): de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do
1) assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-
em que se encontrar, por ato próprio da Administração; -financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devida-
2) ocupação e utilização provisória do local, instalações, equi- mente autuados em processo:
pamentos, material e pessoal empregados na execução do contra- I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
to, necessários à sua continuidade, que deverá ser precedida de II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho
autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou Secre- à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições
tário Estadual ou Municipal, conforme o caso (art. 80, § 3º); de execução do contrato;
3) execução da garantia contratual, para ressarcimento da Ad- III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do rit-
ministração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos; mo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;
4) retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contra-
dos prejuízos causados à Administração. to, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de
Em síntese, temos: terceiro reconhecido pela Administração em documento contempo-
râneo à sua ocorrência;
EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administra-
ção, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, dire-
ORDINÁRIA EXTRAORDINÁRIA tamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato,
I –Pelo cumprimento do objeto; sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
I – Pela anulação; Como se observa, existe previsão explicita na Lei no. 8666/93,
II – Pelo advento do termo final do
II – Pela rescisão. art. 57, § 1º., I, II, III, IV, V, VI, de que o contrato deve ser equilibrado
contrato.
sempre que houver uma das condições dos incisos I a VI, de forma
Equilíbrio Econômico-financeiro que o legislador previu quais as hipóteses que se encaixam para o
Em alusão ao tratamento do equilíbrio econômico - contratual, equilíbrio. Entretanto, não apresenta de forma clara, cabendo ao
a Constituição Federal de 1.988 em seu art. 37, inciso XXI dispõe o administrador agir com legalidade e bom senso nos casos concretos
seguinte: específicos. No entanto, a aludida previsão não se restringe somen-
Art. 37: A administração pública direta e indireta, de qualquer te ao art. 57, § 1º, incisos I, II, III, IV, V e VI da Lei no. 8666/93, tendo
dos poderes da União, dos Estados e dos Municípios obedecerá aos previsão ainda no art. 58 do mesmo diploma legal. Vejamos:
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e Art. 58: O regime jurídico dos contratos administrativos ins-
eficiência e também, ao seguinte: tituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, prerrogativa de:
serviços, compras e alienações serão contratados mediante proces- I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
so de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contra-
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pa- tado;
gamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no in-
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação téc- ciso I do art. 79 desta Lei;
nica e econômica, indispensáveis à garantia do cumprimento das III – fiscalizar-lhes a execução;
obrigações. IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial
Denota-se que os mencionados dispositivos determinam que do ajuste;
as condições efetivas da proposta devem ser mantidas, não tendo V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente
como argumentar de maneira contrária no que diz respeito à le- bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
galidade da modificação do valor contratual original, com o obje- contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração admi-
tivo de equilibrar o que foi devidamente avençado e pactuado no nistrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipó-
momento da assinatura, bem como ao que foi disposto a pagar a tese de rescisão do contrato Administrativo.
contratante ao contratado. § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos con-
Isso não quer dizer que toda alteração deveria ser feita para tratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia con-
adicionar valor ao contrato original, tendo em vista que também cordância do contratado.
pode ser para diminuir, isso, desde que se comprove por vias ade- § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômi-
quadas que o valor do serviço ou produto contratado se encontra co-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mante-
acima do valor proposto inicialmente, ocasionado por deflação ou nha o equilíbrio contratual.
queda de valores nos insumos, produtos ou serviços, ou até mesmo
em decorrência de uma desvalorização cambial. Além disso, o Po-
der Público não tem a obrigação de pagar além do que se propôs,
nem valor menor ao acordado inicialmente, devendo sempre haver
equilíbrio em relação aos pactos contratuais.
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Assim, o legislador ao repetir no art. 58 da Lei 8666/93 o direi- Atentos às fundamentações legais, observamos que parte na
to ao equilíbrio contratual, fica bastante clara a preocupação em inicial da Constituição Federal, verifica-se que na Administração Pú-
manter a igualdade entre as partes. Note que o parágrafo 2º prevê blica é possível haver o equilíbrio econômico-financeiro, entretan-
respeito ao direito do contratado, uma vez que é admitido que a to, há diversas dúvidas a respeito da utilização do ajuste contratual,
administração, desde que seja motivos de interesse público se ne- principalmente pela ausência de conhecimento da legislação, o que
gue a equilibrar um contrato que esteja resultando em prejuízos ao acaba por causar problemas de ordem econômica, tanto em relação
contratado, desde que o fato do prejuízo se encaixe em uma das ao contratado quanto ao contratante. Registre-se, por fim, que o
hipóteses dispostas no art. 57, Lei no. 8666/93. Proposta que não pacto contratual deve ser mantido durante o período completo de
pode ser executada, não é passível de equilíbrio. execução, e o equilíbrio financeiro acaba por se tornar a ferramenta
Ante o exposto, acrescenta-se ainda que a Lei 8666/93 destaca mais adequada para proporcionar essa condição.
o equilíbrio no art. 65, I e II. Vejamos:
Art. 65: Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, Convênios e terceirização
com as devidas justificativas, nos seguintes casos: Os convênios podem ser definidos como os ajustes entre o
I - unilateralmente pela Administração: Poder Público e entidades públicas ou privadas, nos quais estejam
a) quando houver modificação do projeto ou das especifica- estabelecidos a previsão de colaboração mútua, com o fito de reali-
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; zação de objetivos de interesse comum.
b) quando necessária a modificação do valor contratual em de- Não obstante, o convênio possua em comum com o contrato
corrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, o fato de ser um acordo de vontades, com este não se confunde.
Denota-se que pelo convênio, os interesses dos signatários são
nos limites permitidos por esta Lei;
comuns, ao passo que nos contratos, os interesses são opostos e
II - por acordo das partes:
contraditórios.
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
Em decorrência de tal diferença de interesses, é que se alude
b) quando necessária a modificação do regime de execução da
que nos contratos existem partes e nos convênios existem partíci-
obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de pes.
verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais ori-
ginários; De acordo com o art. 116 da Lei 8.666/1993, a celebração de
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, convênio, acordo ou ajuste por meio dos órgãos ou entidades da
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor Administração Pública depende de antecedente aprovação de com-
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com rela- petente plano de trabalho a ser proposto pela organização interes-
ção ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contra- sada, que deverá conter as seguintes informações:
prestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; A) identificação do objeto a ser executado;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial- B) metas a serem atingidas;
mente entre os encargos do contratado e a retribuição da Adminis- C) etapas ou fases de execução;
tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, D) plano de aplicação dos recursos financeiros;
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro ini- E) cronograma de desembolso;
cial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou F) previsão de início e fim da execução do objeto e, bem assim,
previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou da conclusão das etapas ou fases programadas;
impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em caso de força
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô- Em relação à terceirização na esfera da Administração Pública,
mica extraordinária e extracontratual. depreende-se que é exigida do administrador muito cuidado, posto
Verifica-se que o art. 65 determina que, de início, deve haver que, embora haja contrariamento ao art. 71 da Lei 8.666/93, a dívi-
o restabelecimento do que foi pactuado no contrato avençado, da trabalhista das empresas terceirizadas acabam por recair sobre
devendo ser dotados de equilíbrio os encargos, bem como a retri- o órgão tomador dos serviços, que é o que chamamos de respon-
buição da administração para que haja justa remuneração, sendo sabilidade subsidiária. Assim sendo, o administrador público deverá
mantidas as condições originais do termo contratual. Em se tratan- exigir garantias, bem como passar a acompanhar o cumprimento
do, especificamente da concessão de serviço público, a Lei 8.987/95 das obrigações trabalhistas advindos da empresa prestadora de ser-
dispõe no art. 9º a revisão de tarifa como uma forma de equilíbrio viços, com fito especial quando do encerramento do contrato.
Registre-se que a responsabilidade subsidiária pela tomadora
financeiro. Vejamos:
dos serviços é o que entende a Justiça do trabalho, com base no
Art. 9º: A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo
Enunciado nº 331, item IV editado pelo Tribunal Superior do Traba-
preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas re-
lho – TST, que aduz:
gras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. § 2º.
“O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. § 3º. Ressal- serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
vados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das
de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que
proposta, quando comprovado seu impacto, implicara a revisão da haja participado da relação processual e constem também do título
tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. § 4º. Em haven- executivo judicial.”
do alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio Com fulcro no Enunciado retro citado, denota-se que incon-
econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, táveis são as decisões condenatórias à Administração Pública, em
concomitantemente à alteração. relação ao pagamento de obrigações trabalhistas que cabem de for-
Art. 10º. Sempre que forem atendidas as condições do contra- ma original à empresa prestadora de serviços, onerando o erário,
to, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro. vindo a contrariar o que se espera da Terceirização que é a redução
de custos à Administração Pública.
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b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assun- § 2o Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispo-
to ou princípio; sitivos consolidados, poderão ser feitas as seguintes alterações nos
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complemen- projetos de lei de consolidação: (Inciso incluído pela Lei Comple-
tares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra mentar nº 107, de 26.4.2001)
por este estabelecida; I – introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso in-
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos cluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
incisos, alíneas e itens. II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados;
(Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
SEÇÃO III III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idên-
DA ALTERAÇÃO DAS LEIS tico; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da ad-
Art. 12. A alteração da lei será feita: ministração pública; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107,
I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tra- de 26.4.2001)
tar de alteração considerável; V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ul-
II – mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei Com- trapassados; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
plementar nº 107, de 26.4.2001) 26.4.2001)
III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio tex- VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em
to, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dispositivo novo, obser- indexação padrão; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107,
vadas as seguintes regras: de 26.4.2001)
a) revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de VII – eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso
26.4.2001) do vernáculo; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renume- 26.4.2001)
ração de artigos e de unidades superiores ao artigo, referidas no in- VIII – homogeneização terminológica do texto; (Inciso incluído
ciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
ou unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo
em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identi- Supremo Tribunal Federal, observada, no que couber, a suspensão
ficar os acréscimos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma do art.
de 26.4.2001) 52, X, da Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complemen-
c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo re- tar nº 107, de 26.4.2001)
vogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Consti-
Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal em face de tuição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
decisão do Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada man- 26.4.2001)
ter essa indicação, seguida da expressão ‘revogado’, ‘vetado’, ‘de- XI – declaração expressa de revogação de dispositivos impli-
clarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo citamente revogados por leis posteriores. (Inciso incluído pela Lei
Tribunal Federal’, ou ‘execução suspensa pelo Senado Federal, na Complementar nº 107, de 26.4.2001)
forma do art. 52, X, da Constituição Federal; (Redação dada pela Lei § 3o As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do
Complementar nº 107, de 26.4.2001) § 2o deverão ser expressa e fundadamente justificadas, com indi-
d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se cação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base.
(Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
desdobra o artigo, identificando-se o artigo assim modificado por
Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão obser-
alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras ‘NR’
vados os seguintes procedimentos: (Redação dada pela Lei Comple-
maiúsculas, entre parênteses, uma única vez ao seu final, obedeci-
mentar nº 107, de 26.4.2001)
das, quando for o caso, as prescrições da alínea “c”. (Redação dada
I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao le-
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
vantamento da legislação federal em vigor e formulará projeto de
Parágrafo único. O termo ‘dispositivo’ mencionado nesta Lei
lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou
refere-se a artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou itens. (Inciso in-
de assuntos a ela vinculados, com a indicação precisa dos diplomas
cluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
legais expressa ou implicitamente revogados; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
CAPÍTULO III II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS Legislativo será feita na forma do Regimento Interno de cada uma
SEÇÃO I de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeri-
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS dade aos trabalhos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107,
de 26.4.2001)
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e con- III – revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107,
solidações, integradas por volumes contendo matérias conexas ou de 26.4.2001)
afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Fede- § 1o Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias
ral. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) ainda não convertidas em lei. (Inciso incluído pela Lei Complemen-
§ 1o A consolidação consistirá na integração de todas as leis tar nº 107, de 26.4.2001)
pertinentes a determinada matéria num único diploma legal, re- § 2o A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de
vogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem suas Casas e qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Depu-
modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos tados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formu-
dispositivos consolidados. (Inciso incluído pela Lei Complementar lar projeto de lei de consolidação. (Inciso incluído pela Lei Comple-
nº 107, de 26.4.2001) mentar nº 107, de 26.4.2001)
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V - o parágrafo único é indicado pela expressão “Parágrafo úni- XXVI - a epígrafe, formada pelo título designativo da espécie
co”, seguida de ponto e separada do texto normativo por dois es- normativa e pela data de promulgação, é grafada em letras maiús-
paços em branco; culas, sem negrito, de forma centralizada; e
VI - os parágrafos são indicados pelo símbolo “§”, seguido de XXVII - a ementa é alinhada à direita da página, com nove cen-
numeração ordinal até o nono e cardinal, acompanhada de ponto, tímetros de largura.
a partir do décimo; Parágrafo único. Poderá ser adotada a especificação temática
VII - a numeração do parágrafo é separada do texto por dois do conteúdo de grupo de artigos ou de um artigo mediante deno-
espaços em branco, sem traços ou outros sinais; minação que preceda o dispositivo, grafada em letras minúsculas
VIII - o texto do parágrafo único e dos parágrafos inicia-se com em negrito, alinhada à esquerda, sem numeração.
letra maiúscula e termina com ponto ou, nos casos em que se des-
dobrar em incisos, com dois-pontos; Alteração de atos normativos
IX - os incisos são indicados por algarismos romanos seguidos Art. 16. A alteração de ato normativo será realizada por meio:
de hífen, separado do algarismo e do texto por um espaço em bran- I - de reprodução integral em um só texto, quando se tratar de
co; alteração considerável;
X - o texto do inciso inicia-se com letra minúscula, exceto quan- II - de revogação parcial; ou
do se tratar de nome próprio, e termina com: III - de substituição, supressão ou acréscimo de dispositivo.
a) ponto-e-vírgula; § 1º A Alteração de dispositivo de medida provisória editada
b) dois pontos, quando se desdobrar em alíneas; ou anteriormente à Emenda Constitucional nº 32, de 11 de setembro
c) ponto, caso seja o último; de 2001 , será realizada por meio da edição de novo ato e da revo-
XI - o inciso desdobra-se em alíneas, indicadas com letra minús- gação dos dispositivos relacionados ao tema que constem da refe-
cula na sequência do alfabeto e acompanhada de parêntese, sepa- rida medida provisória.
rado do texto por um espaço em branco; § 2º Não será realizada alteração de dispositivo de medida pro-
XII - o texto da alínea inicia-se com letra minúscula, exceto visória editada posteriormente à Emenda Constitucional nº 32, de
quando se tratar de nome próprio, e termina com: 2001.
a) ponto-e-vírgula; Art. 17. Na alteração de ato normativo, as seguintes regras se-
b) dois-pontos, quando se desdobrar em itens; ou rão observadas:
c) ponto, caso seja a última e anteceda artigo ou parágrafo; I - o texto de cada artigo acrescido ou alterado será transcrito
XIII - a alínea desdobra-se em itens, indicados por algarismos entre aspas, seguido da indicação de nova redação, representada
arábicos, seguidos de ponto e separados do texto por um espaço pela expressão “(NR)”;
em branco; II - a expressão “revogado”, ou outra equivalente, não será in-
cluída no corpo da nova redação;
XIV - o texto do item inicia-se com letra minúscula, exceto
III - a renumeração de parágrafo ou de unidades superiores a
quando se tratar de nome próprio, e termina com:
parágrafo é vedada;
a) ponto-e-vírgula; ou
IV - a renumeração de incisos e de unidades inferiores a incisos
b) ponto, caso seja o último e anteceda artigo ou parágrafo;
é permitida se for inconveniente o acréscimo da nova unidade ao
XV - os artigos podem ser agrupados em capítulos;
final da sequência;
XVI - os capítulos podem ser subdivididos em seções, e as se-
V - o aproveitamento de número ou de letra de dispositivo re-
ções em subseções;
vogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal
XVII - no caso de códigos, os capítulos podem ser agrupados em
Federal ou cuja execução tenha sido suspensa pelo Senado Federal,
títulos, os títulos em livros, e os livros em partes; nos termos do art. 52, caput , inciso X, da Constituição , é vedado; e
XVIII - os capítulos, os títulos, os livros e as partes são grafados VI - nas hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 16:
em letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos; a) o ato normativo a ser alterado deverá ser mencionado pelo
XIX - a parte pode ser subdividida em parte geral e em parte título designativo da espécie normativa e pela sua data de promul-
especial, ou em partes expressas em numeral ordinal, por extenso; gação, seguidos da expressão “passa a vigorar com as seguintes al-
XX - as subseções e as seções são indicadas por algarismos ro- terações”, sem especificação dos artigos ou subdivisões de artigo a
manos, grafadas em letras minúsculas e em negrito; serem acrescidos ou alterados;
XXI - os agrupamentos a que se refere o inciso XV podem ser b) na alteração parcial de artigo, os dispositivos que não terão o
subdivididos em “Disposições Preliminares”, “Disposições Gerais”, seu texto alterado serão substituídos por linha pontilhada; e
“Disposições Finais” e “Disposições Transitórias”; c) a utilização de linha pontilhada será obrigatória para indicar
XXII - na formatação do texto do ato normativo, utiliza-se: a manutenção de dispositivo em vigor e observará o seguinte:
a) fonte Calibri, corpo 12; 1. no caso de manutenção do texto do caput , a linha ponti-
b) margem lateral esquerda de dois centímetros de largura; lhada empregada será precedida da indicação do artigo a que se
c) margem lateral direita de um centímetro de largura; e refere;
d) espaçamento simples entre linhas e de seis pontos após 2. no caso de manutenção do texto do caput e do dispositivo
cada parágrafo, com uma linha em branco acrescida antes de cada subsequente, duas linhas pontilhadas serão empregadas e a primei-
parte, livro, título ou capítulo; ra linha será precedida da indicação do artigo a que se refere;
XXIII - na formatação do texto do ato normativo não se utiliza 3. no caso de alteração do texto de unidade inferior dentro de
texto em itálico, sublinhado, tachado ou qualquer forma de carac- unidade superior do artigo, a linha pontilhada empregada será pre-
teres ou símbolos não imprimíveis; cedida da indicação do dispositivo a que se refere; e
XXIV - os arquivos eletrônicos dos atos normativos são configu- 4. a inexistência de linha pontilhada não dispensará a revoga-
rados para o tamanho A4 (duzentos e noventa e sete milímetros de ção expressa de parágrafo.
altura por duzentos e dez milímetros de largura);
XXV - as palavras e as expressões em latim ou em língua estran-
geira são grafadas em negrito;
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Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos III e IV do caput , Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República
caso seja necessária a inserção de novos dispositivos no ato nor- Art. 23-A. Compete à Casa Civil e à Secretaria-Geral da Presi-
mativo, será utilizado, separados por hífen, o número ou a letra do dência da República: (Incluído pelo Decreto nº 10.420, de 2020)
dispositivo imediatamente anterior acrescido de letras maiúsculas, (Vigência)
em ordem alfabética, tantas quantas forem necessárias para iden- I - verificar se os Ministros de Estado aos quais está afeta a ma-
tificar os acréscimos. téria da proposta de ato normativo referendaram ou, conforme o
caso, foram ouvidos sobre o ato submetido ao Presidente da Repú-
Cláusula de revogação blica; e (Incluído pelo Decreto nº 10.420, de 2020) (Vigência)
Art. 18. A cláusula de revogação relacionará, de forma expres- II - zelar pela observância ao disposto neste Decreto, admitida
sa, todas as disposições que serão revogadas. a devolução das propostas de ato normativo em desacordo com as
§ 1º A expressão “revogam-se as disposições em contrário” não normas nele previstas aos órgãos de origem. (Incluído pelo Decreto
será utilizada. nº 10.420, de 2020 (Vigência)
§ 2º No caso de normas anteriormente alteradas, a revogação
expressa incluirá os dispositivos modificados e os dispositivos da Casa Civil da Presidência da República e solução de impasses
norma alteradora. (Incluído pelo Decreto nº 10.967, de 2022) (Vigência)
§ 3º A cláusula de revogação será subdividida em incisos quan-
Art. 23-B. Compete à Casa Civil da Presidência da República co-
do se tratar:
ordenar as discussões para resolver impasses entre órgãos quanto
I - de mais de um ato normativo; ou
ao mérito de propostas de atos normativos. (Incluído pelo Decreto
II - de dispositivos não sucessivos de um mesmo ato normativo.
nº 10.967, de 2022) (Vigência)
Vigência e vacatio legis Parágrafo único. Caso não seja possível solucionar o impasse, a
Art. 19. O texto da proposta indicará, de forma expressa, a vi- Casa Civil da Presidência da República poderá formular e propor ao
gência do ato normativo. Presidente da República alternativa de ato normativo, observado o
Art. 20. A vacatio legis ou a postergação da produção de efeitos disposto neste Decreto. (Incluído pelo Decreto nº 10.967, de 2022)
será prevista nos atos normativos: (Vigência)
I - de maior repercussão;
II - que demandem tempo para esclarecimentos ou exijam me- Análise de mérito
didas de adaptação pela população; Art. 24. Compete à Subchefia de Análise Governamental da
III - que exijam medidas administrativas prévias para a aplica- Casa Civil da Presidência da República: (Redação dada pelo Decreto
ção de modo ordenado; ou nº 10.967, de 2022) (Vigência)
IV - em que não convenha a produção de efeitos antes da edi- I - examinar as propostas de ato normativo quanto ao mérito, à
ção de ato normativo inferior ainda não publicado. oportunidade, à conveniência e à compatibilização da matéria neles
Art. 21. Na hipótese de vacatio legis , a cláusula de vigência terá tratada com as políticas e as diretrizes do Governo;
a seguinte redação: II - articular-se com os órgãos interessados para efetuar os ajus-
I - “Esta Lei entra em vigor [número cardinal por extenso] dias tes necessários nas propostas de atos normativos;
após a data de sua publicação”; III - quando julgar conveniente: (Redação dada pelo Decreto nº
II - “Esta Lei entra em vigor no [número ordinal por extenso] 10.420, de 2020 (Vigência)
dia do [número ordinal por extenso] mês após a data de sua publi- a) solicitar aos órgãos da administração pública federal e ao
cação”; ou Banco Central do Brasil informações para instruir o exame dos atos
III - “Este Decreto entra em vigor em [data por extenso]”. normativos sujeitos à apreciação do Presidente da República; (Re-
§ 1º Para estabelecer a vacatio legis , serão considerados: dação dada pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
I - o prazo necessário para amplo conhecimento pelos desti- b) requerer ao órgão proponente a análise prévia de impacto
natários; da proposta de ato normativo; e (Incluído pelo Decreto nº 10.420,
II - o tempo necessário à adaptação da administração pública de 2020 (Vigência)
e dos particulares aos novos procedimentos, regras e exigências; e
c) estabelecer a metodologia a ser utilizada para a análise pré-
III - o período do mês, do ano ou da semana mais adequado
via de impacto da proposta de ato normativo de que trata a alínea
para a adaptação às novas regras.
“b”; e (Incluído pelo Decreto nº 10.420, de 2020 (Vigência)
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos II e III do caput , o pri-
IV - disponibilizar orientações de apoio à elaboração dos pare-
meiro dia do mês será utilizado, preferencialmente, como data de
entrada em vigor de atos normativos. ceres de mérito.
§ 3º Para a data de entrada em vigor de atos normativos que Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso III do caput, os
tratem de organização administrativa, serão priorizados os dias órgãos da administração pública federal que não participaram da
úteis. elaboração da proposta de ato normativo deverão examinar a ma-
téria objeto da consulta no prazo estabelecido pela Subchefia de
CAPÍTULO IV Análise Governamental da Casa Civil da Presidência da República,
COMPETÊNCIA PARA PROPOR E EXAMINAR PROPOSTAS DE sob pena de se presumir concordância com a proposta de ato nor-
ATOS NORMATIVOS mativo. (Redação dada pelo Decreto nº 10.967, de 2022) (Vigência)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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I - proceder à revisão final da redação e da técnica legislativa IV - ser assinada pelo Ministro de Estado proponente.
da proposta de ato normativo, inclusive para retificar incorreções
de técnica legislativa, inadequações de linguagem, imprecisões e Referenda ministerial
lapsos manifestos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.420, de 2020 Art. 28. Compete aos Ministros de Estado, na sua área de sua
(Vigência) competência, referendar os atos assinados pelo Presidente da Re-
II - coordenar as atividades de elaboração, de redação e de tra- pública.
mitação de atos normativos a serem encaminhados ao Presidente § 1º Compete ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Pre-
da República; sidência da República a referenda dos atos: (Redação dada pelo De-
III - articular-se com os órgãos proponentes, e com suas uni- creto nº 10.967, de 2022) (Vigência)
dades jurídicas, sobre assuntos de natureza jurídica que envolvam I - propostos por órgão subordinado diretamente ao Presidente
atos presidenciais; da República cujo titular não seja Ministro de Estado; e (Incluído
III-A - solicitar aos órgãos da administração pública federal e pelo Decreto nº 10.967, de 2022) (Vigência)
ao Banco Central do Brasil as informações que julgar convenientes II - formulados e propostos na forma prevista no parágrafo úni-
para instruir o exame de projeto de lei enviado pelo Congresso Na- co do art. 23-B. (Incluído pelo Decreto nº 10.967, de 2022) (Vigên-
cional ao Presidente da República para sanção; (Redação dada pelo cia)
Decreto nº 10.737, de 2021) § 2º A referenda ministerial das propostas de atos normativos
IV - emitir parecer final sobre a constitucionalidade, a legalida- de matérias não afetas a nenhum outro órgão é do Ministro de Es-
de, a compatibilidade com o ordenamento jurídico e a boa técnica tado da Justiça e Segurança Pública.
legislativa das propostas de ato normativo, observadas as atribui-
ções do Advogado-Geral da União previstas no art. 4º da Lei Com- Exposição de motivos interministerial
plementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993 ; e Art. 29. A proposta de ato normativo que tratar de matéria rela-
V - preparar o despacho presidencial e submetê-lo ao Presiden- cionada a dois ou mais órgãos será elaborada conjuntamente.
te da República. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput , os Ministros
Parágrafo único. Exceto quando houver determinação em de Estado titulares dos órgãos envolvidos assinarão conjuntamen-
contrário, os órgãos da administração pública federal enviarão as te a exposição de motivos, à qual serão anexados os pareceres de
informações solicitadas na forma prevista no inciso III-A do caput mérito e jurídicos do Ministério autor e dos Ministérios coautores.
no prazo de dez dias, contado da data da solicitação. (Incluído pelo
Decreto nº 10.420, de 2020 (Vigência) Propostas do Banco Central do Brasil
(Incluído pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
CAPÍTULO V Art. 29-A. O Presidente do Banco Central do Brasil poderá en-
ENCAMINHAMENTO E EXAME DE PROPOSTAS DE ATOS NOR- caminhar ao Presidente da República propostas de atos normativos
MATIVOS relacionadas às matérias de sua competência. (Incluído pelo Decre-
to nº 10.737, de 2021)
Encaminhamento de propostas de ato normativo § 1º As propostas encaminhadas pelo Banco Central do Brasil:
Art. 26. As propostas de ato normativo serão encaminhadas à (Incluído pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
Casa Civil da Presidência da República e à Secretaria-Geral da Presi- I - obedecerão aos procedimentos estabelecidos neste Decre-
dência da República por meio eletrônico, atendidos os requisitos de to; e (Incluído pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade II - somente serão válidas se encaminhadas em conjunto com
da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por meio um ou mais órgãos cujo titular seja Ministro de Estado. (Incluído
de exposição de motivos do titular do órgão proponente. (Redação pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
dada pelo Decreto nº 10.420, de 2020 (Vigência) § 2º A assinatura de propostas de atos normativos pelo Presi-
Parágrafo único. Excepcionalmente, o Subchefe para Assuntos dente do Banco Central do Brasil não será caracterizada como refe-
Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República poderá renda ministerial. (Incluído pelo Decreto nº 10.737, de 2021)
autorizar a remessa da proposta de ato normativo e dos documen-
tos que a acompanham em papel, assinada em meio físico. (Incluí- Documentos que acompanham a exposição de motivos
do pelo Decreto nº 10.420, de 2020 (Vigência) Art. 30. Serão enviados juntamente à exposição de motivos,
além de outros documentos necessários à sua análise:
Exposição de motivos I - a proposta do ato normativo;
Art. 27. A exposição de motivos deverá: II - o parecer jurídico;
I - justificar e fundamentar, de forma clara e objetiva, a edição III - o parecer de mérito; e
do ato normativo, com: (Redação dada pelo Decreto nº 10.420, de IV - os pareceres e as manifestações aos quais os documentos
2020 (Vigência) de que tratam os incisos II e III façam remissão. (Redação dada pelo
a) a síntese do problema cuja proposição do ato normativo visa Decreto nº 10.420, de 2020 (Vigência)
a solucionar;
b) a justificativa para a edição do ato normativo na forma pro- Parecer jurídico
posta; e Art. 31. A análise contida no parecer jurídico abrangerá:
c) a identificação dos atingidos pela norma; I - os dispositivos constitucionais ou legais nos quais está fun-
II - na hipótese de a proposta de ato normativo gerar despesas, dada a validade do ato normativo proposto;
diretas ou indiretas, ou gerar diminuição de receita para o ente pú- II - as consequências jurídicas dos principais pontos da propos-
blico, demonstrar o atendimento ao disposto nos art. 14 , art. 16 e ta de ato normativo;
art. 17 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 , e no art. III - as controvérsias jurídicas que envolvam a matéria; e
107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ; IV - a conclusão a respeito da constitucionalidade, da legalida-
III - no caso de proposta de medida provisória, demonstrar, ob- de e do atendimento à técnica legislativa.
jetivamente, a relevância e a urgência; e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
Competência legislativa
3. A União deve tomar alguma providência? A União dispõe de
competência constitucional ou legal para fazê-lo?
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
3.1. Trata-se de competência privativa? 9.2. É possível e conveniente que a densidade da norma (dife-
3.2. Trata-se de caso de competência concorrente? renciação e detalhamento) seja flexibilizada por fórmulas genéricas
3.3. Na hipótese de competência concorrente, a proposta está (tipificação e utilização de conceitos jurídicos indeterminados ou
formulada de modo que assegure a competência substancial do Es- atribuição de competência discricionária)?
tado-membro? 9.3. Os detalhes ou eventuais alterações podem ser confiados
3.4. A proposta não apresenta formulação extremamente deta- ao poder regulamentar da União ou de outros entes federativos?
lhada que acaba por exaurir a competência estadual? 9.4. A matéria já não teria sido regulada em outras disposições
3.5. A matéria é de fato de iniciativa do Poder Executivo fede- de hierarquia superior (regras redundantes que poderiam ser evita-
ral? Ou estaria ela afeta à iniciativa exclusiva do Supremo Tribunal das)? Por exemplo, em:
Federal, dos Tribunais Superiores, do Procurador-Geral da Repúbli- 9.4.1. tratado aprovado pelo Congresso Nacional;
ca ou do Defensor-Geral da União? 9.4.2. lei federal, em relação a regulamento; ou
9.4.3. regulamento, em relação a portaria.
Necessidade de lei 9.5. Quais são as regras já existentes que serão afetadas pela
4. Deve ser proposta edição de lei? disposição pretendida? São regras dispensáveis?
4.1. A matéria a ser regulada está submetida ao princípio da
reserva legal? Direitos fundamentais
4.2. Por que a matéria deve ser submetida ao Congresso Na- 10. As regras propostas afetam direitos fundamentais? As re-
cional? gras propostas afetam garantias constitucionais?
4.3. Se não for o caso de se propor edição de lei, a matéria deve 10.1. Os direitos de liberdade podem ser afetados?
ser disciplinada por decreto? Por que não seria suficiente portaria? 10.1.1. Direitos fundamentais especiais podem ser afetados?
4.4. Existe fundamento legal suficiente para a edição de ato 10.1.2. Qual é o âmbito de proteção do direito fundamental
normativo secundário? Qual? afetado?
10.1.3. O âmbito de proteção sofre restrição?
Reserva legal 10.1.4. A proposta preserva o núcleo essencial dos direitos fun-
5. Estão sendo utilizadas fórmulas legais excessivamente gené- damentais afetados?
ricas? 10.1.5. Cuida-se de direito individual submetido a simples re-
5.1. Configura-se violação ao princípio da legalidade? serva legal?
5.2. Há conteúdo abdicatório ou demissionário na norma pro- 10.1.6. Cuida-se de direito individual submetido a reserva legal
posta? qualificada?
5.3. Configura-se violação ao princípio da legalidade? 10.1.7. Qual seria o outro fundamento constitucional para a
aprovação da lei? (Exemplo: regulação de colisão de direitos.)
5.4. Está havendo indevida delegação legislativa?
10.1.8. A proposta não abusa de formulações genéricas?
(Exemplo: conceitos jurídicos indeterminados.)
Norma temporária
10.1.9. A fórmula proposta não se afigura extremamente ca-
6. A norma deve ter prazo de vigência limitado?
suística?
6.1. Seria o caso de editar norma temporária?
10.1.10. Observou-se o princípio da proporcionalidade ou do
devido processo legal substantivo?
Medida provisória
10.1.11. Pode o cidadão prever e aferir as limitações ou os en-
7. Deve ser proposta a edição de medida provisória?
cargos que lhe poderão advir?
7.1. O que acontecerá se nada for feito de imediato? 10.1.12. As normas previstas preservam o direito aos princípios
7.2. A proposta pode ser submetida ao Congresso Nacional sob do contraditório e da ampla defesa no processo judicial e adminis-
a forma de projeto de lei em regime de urgência ( art. 64, § 1º, da trativo?
Constituição )? 10.2. Os direitos de igualdade foram afetados?
7.3. Trata-se de matéria que pode ser objeto de medida provi- 10.2.1. Observaram-se os direitos de igualdade especiais?
sória, tendo em vista as vedações estabelecidas no § 1º do art. 62 e (Exemplo: proibição absoluta de diferenciação)
no art. 246 da Constituição ? 10.2.2. O princípio geral de igualdade foi observado?
7.4. Estão caracterizadas a relevância e a urgência necessárias? 10.2.3. Quais são os pares de comparação?
7.5. Em se tratando da abertura de crédito extraordinário, está 10.2.4. Os iguais foram tratados de forma igual e os desiguais
atendido o requisito da imprevisibilidade? de forma desigual?
10.2.5. Existem razões que justifiquem as diferenças decorren-
Oportunidade do ato normativo tes ou da natureza das coisas ou de outros fundamentos de índole
8. O momento é oportuno? objetiva?
8.1. Quais são as situações-problema e os outros contextos cor- 10.2.6. As diferenças existentes justificam o tratamento dife-
relatos que devem ainda ser considerados e pesquisados? Por que, renciado? Os pontos em comum legitimam o tratamento igualitá-
então, deve ser tomada alguma providência neste momento? rio?
8.2. Por que não podem ser aguardadas outras alterações ne- 10.3. A proposta pode afetar situações consolidadas? Há ame-
cessárias, que se possam prever, para que sejam contempladas em aça de ruptura ao princípio de segurança jurídica?
um mesmo ato normativo? 10.3.1. Observou-se o princípio que determina a preservação
de direito adquirido?
Densidade do ato normativo 10.3.2. A proposta pode afetar ato jurídico perfeito?
9. A densidade que se pretende conferir ao ato normativo é a 10.3.3. A proposta contém possível afronta à coisa julgada?
apropriada? 10.3.4. Trata-se de situação jurídica suscetível de mudança?
9.1. A proposta de ato normativo está isenta de disposições (Exemplos: institutos jurídicos, situações estatutárias, garantias ins-
programáticas, simbólicas, discursivas ou expletivas? titucionais.)
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
10.3.5. Seria recomendável a adoção de cláusula de transição 13.4.2. O conselho profissional exercerá efetiva fiscalização do
entre o regime vigente e o regime proposto? trabalho prestado pelos inscritos ou se limitará ao controle formal
do registro?
Norma penal 13.5. Há clareza na delimitação da área de atuação privativa
11.1. Trata-se de norma de caráter penal? da profissão regulamentada? Não se está incluindo atividades que
11.1.1. O tipo penal está definido de forma clara e objetiva? podem ser exercidas por outras profissões regulamentadas ou por
11.1.2. A norma penal é necessária? Não seria mais adequado qualquer pessoa?
e eficaz a previsão da conduta apenas como ilícito administrativo? 13.6. Com quais outras profissões, regulamentadas ou não, há
11.1.3. A proposta respeita a irretroatividade? possibilidade de conflito de área de atuação? Esse conflito poderá
11.1.4. A pena proposta é compatível com outras figuras penais causar dano ao restante da sociedade?
existentes no ordenamento jurídico?
11.1.5. Tem-se agravamento ou melhoria da situação do desti- Compreensão do ato normativo
natário da norma? 14. O ato normativo corresponde às expectativas dos cidadãos
11.1.6. Trata-se de pena mais grave? e é inteligível para todos?
11.1.7. Trata-se de norma que gera a despenalização da con- 14.1. O ato normativo proposto será entendido e aceito pelos
duta? cidadãos?
11.1.8. Eleva-se ou reduz-se o prazo de prescrição do crime? 14.2. Os destinatários da norma podem entender o vocabulário
utilizado, a organização e a extensão das frases e das disposições, a
Norma tributária sistemática, a lógica e a abstração?
12. Pretende-se instituir ou aumentar tributo? Qual é o funda-
mento constitucional? Exequibilidade
12.1. Está sendo respeitado a estrita legalidade tributária de 15. O ato normativo é exequível?
que trata o art. 150, caput , inciso I, da Constituição ? 15.1. Por que não se renuncia a novo sistema de controle por
12.2. Há definição clara de todos os elementos da obrigação parte da administração pública federal?
tributária? Qual a hipótese de incidência, a base de cálculo, o su- 15.2. As disposições podem ser aplicadas diretamente?
jeito passivo e as consequências no caso de não pagamento ou de 15.3. As disposições administrativas que estabelecem normas
pagamento em atraso? de conduta ou proíbem determinadas práticas podem ser aplicadas
12.3. A lei afeta fatos geradores ocorridos antes de sua vigência com os meios existentes?
(lei retroativa)? 15.4. É necessário incluir disposições sobre proteção jurídica?
12.4. A cobrança de tributos será realizada no mesmo exercício Por que as disposições gerais não são suficientes?
financeiro da publicação da lei? 15.5. Por que não podem ser dispensadas:
12.5. O princípio da imunidade recíproca está sendo observa- 15.5.1. as regras sobre competência e organização;
do? 15.5.2. a criação de novos órgãos e comissões consultivas;
12.6. As demais imunidades tributárias foram observadas? 15.5.3. a intervenção da autoridade;
12.7. Há disposição que assegure o princípio da anterioridade 15.5.4. as exigências relativas à elaboração de relatórios; ou
(cobrança somente a partir do exercício financeiro seguinte ao da 15.5.5. outras exigências burocráticas?
publicação) e o princípio da anterioridade especial (cobrança ape- 15.6. Quais órgãos ou instituições devem assumir a responsabi-
nas após noventa dias, contados da data da publicação)? lidade pela execução das medidas?
12.8. No caso de imposto instituído ou majorado por medida
15.7. Quais conflitos de interesse o executor da medida terá de
provisória, foi observado que o ato só produzirá efeitos no exercício
administrar?
financeiro seguinte se aprovada a medida provisória até o último
15.8. O executor das medidas dispõe da necessária discricio-
dia daquele exercício em que foi editada?
nariedade?
12.9. O tributo que se pretende instituir tem caráter confisca-
15.9. Qual é a opinião das autoridades incumbidas de executar
tório?
as medidas quanto à clareza dos objetivos pretendidos e à possibi-
12.10. No caso de taxa, cuida-se de exação a ser cobrada em
lidade de sua execução?
razão do exercício de poder de polícia ou da prestação de serviço
15.10. A regra pretendida foi submetida a testes sobre a pos-
público específico e divisível prestados ou postos à disposição do
sibilidade de sua execução com a participação das autoridades en-
contribuinte? Há equivalência razoável entre o custo da atividade
estatal e a prestação cobrada? carregadas de aplicá-la? Por que não? A que conclusão se chegou?
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
16.3. As medidas pretendidas impõem despesas adicionais ao 18.1.3. a administração pública adaptar-se às medidas?
orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- 18.1.4. a adequação das estruturas econômicas de produção
pios? Quais são as possibilidades existentes para enfrentarem esses ou de fornecimento dos produtos ou serviços que serão atingidos?
custos adicionais? 18.1.5. a adaptação dos sistemas de informática utilizados pela
16.4. Quais são as despesas indiretas dos entes públicos com administração pública ou por particulares?
a medida? Quantos servidores públicos terão de ser alocados para 18.2. Qual a redução de custos possível para a administração
atender as novas exigências e qual é o custo estimado com eles? pública e para os particulares se os prazos de adaptação forem am-
Qual o acréscimo previsto para a despesa de custeio? pliados?
16.5. Os gastos previstos podem ser aumentados por força de 18.3. Qual é o período do mês, do ano ou da semana mais ade-
controvérsias judiciais ou administrativas? Qual é o custo potencial quado para o início da aplicação das novas regras?
com condenações judiciais e com a estrutura administrativa neces- 18.4. Para o cumprimento da nova obrigação, foi especificado
sária para fazer face ao contencioso judicial e ao contencioso admi- tratamento diferenciado, simplificado e favorecido ou prazo espe-
nistrativo? cial para as microempresas e empresas de pequeno porte, obser-
16.6. Há previsão orçamentária suficiente e específica para a vado o disposto nos § 3º ao § 6º do art. 1º da Lei Complementar nº
despesa? É necessária a alteração prévia da legislação orçamentá- 123, de 14 de dezembro de 2006 ?
ria?
16.7. Há compatibilidade entre a proposta e os limites individu- Avaliação de resultados
alizados para as despesas primárias de que trata o art. 107 do Ato 19. Como serão avaliados os efeitos do ato normativo?
das Disposições Constitucionais Transitórias ? 19.1. Qual a periodicidade da avaliação de resultados do ato
normativo?
Simplificação administrativa 19.2. Como ocorrerá a reversão das medidas em caso de resul-
17. O ato normativo implicará redução ou ampliação das exi- tados negativos ou insuficientes?
gências procedimentais?
17.1. Em que medida os requisitos necessários à formulação de
pedidos perante autoridades podem ser simplificados?
17.2. Qual a necessidade das exigências formuladas? Qual o EXERCÍCIOS
dano concreto no caso da dispensa?
17.3. Quais os custos que os atingidos pelo ato normativo terão
com as exigências formuladas? 1. (ESAF- 2012-CGU -ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE-
17.4. Qual será o tempo despendido pelos particulares com as PROVA 3 -ADMINISTRATIVA)
exigências formuladas? O que pode ser feito para reduzir o tempo Quanto ao regime jurídico dos servidores públicos da União, é
despendido? correto afirmar que:
17.5. As exigências formuladas são facilmente compreensíveis (A) consumado o suporte fático previsto na lei e preenchidos
pelos atingidos? os requisitos para o seu exercício, o servidor passa a ter direito
17.6. Foram observadas as garantias legais de: adquirido ao benefício ou à vantagem que o favorece.
17.6.1. não reconhecer firma e não autenticar documentos em (B) além do estatuto legal específico, no tocante aos direitos e
cartório ( art. 22 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 )? deveres dos servidores, deve ser observado também o dispos-
17.6.2. não apresentar prova de vida, residência, pobreza, de- to na Consolidação das Leis do Trabalho CLT.
pendência econômica, homonímia ou bons antecedentes ( Lei nº (C) os benefícios e as vantagens previstos na legislação no mo-
7.115, de 29 de agosto de 1983 )? mento da posse do servidor público passam a ser direitos ad-
17.6.3. não apresentar documentos já existentes no âmbito da quiridos.
administração pública federal ou apresentar nova prova sobre fato (D) o cargo público é o conjunto de atribuições e responsabi-
já comprovado perante o ente público ( art. 37 da Lei nº 9.784, de lidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
1999 , e inciso XV do caput do art. 5º da Lei nº 13.460, de 26 de acometidas a um servidor e podem ser criados por lei ou por
junho de 2017 )? decreto do Presidente da República.
17.7. obter decisão final a respeito do requerimento no prazo (E) a investidura em cargo público pode ocorrer com a posse ou
de trinta dias ( art. 49 da Lei nº 9.784, de 1999 )? com a reintegração.
17.8. O interessado poderá cumprir as exigências por meio ele-
trônico? 2. (CESPE- 2012-TJ-RR- TÉCNICO JUDICIÁRIO) No que se refe-
17.8.1. Os sistemas eletrônicos utilizados atendem os requisi- re à classificação e às espécies de agentes públicos, julgue os itens
tos de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabi- seguintes.
lidade da ICP-Brasil? Os empregados públicos, embora sujeitos à legislação traba-
17.8.2. Na hipótese de dificuldade no uso ou de os meios ele- lhista, submetem-se às normas constitucionais referentes a concur-
trônicos não atenderem os requisitos da ICP-Brasil, está garantida a so público e à acumulação remunerada de cargos públicos.
possibilidade de realização das formalidades por meio físico? ( ) CERTO
( ) ERRADO.
Prazo de vigência e de adaptação
18. Há necessidade de vacatio legis ou de prazo para adaptação 3. Bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indis-
da administração e dos particulares? ponível, são bens que destinados à execução dos serviços adminis-
18.1. Qual o prazo necessário para: trativos e serviços públicos em geral.
18.1.1. os destinatários tomarem conhecimento da norma e ( ) CERTO
analisarem os seus efeitos? ( ) ERRADO.
18.1.2. a edição dos atos normativos complementares essen-
ciais para a aplicação da norma?
64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
4. Bens dominicais ou do Patrimônio Disponível, são bens que, 10. O instrumento de contrato, não é ato obrigatório nas situa-
embora sejam constituídos para o patrimônio público, acabam por ções de concorrência ou de tomadas tomada de preços, bem como
não possuir uma destinação pública determinada ou um fim admi- ainda nas situações de dispensa ou inexigibilidade de licitação, nas
nistrativo específico. quais os valores contratados estejam elencados nos limites daque-
( ) CERTO las duas modalidades licitatórias.
( ) ERRADO. ( ) CERTO
( ) ERRADO.
5. (CESPE- 2013-SEGER/ES -ANALISTA DO EXECUTIVO-TODAS
AS ÁREAS) No que concerne a atos administrativos, assinale a op- 11. Determinado vereador, ao elaborar um projeto de lei, so-
ção correta. licitou esclarecimentos à sua assessoria a respeito da denominada
(A) Atos declaratórios são aqueles que criam, modificam ou ex- “cláusula de revogação”, mais especificamente sobre a necessidade
tinguem direitos. de sua inserção, caso exista lei anterior em sentido contrário, e do
(B) Um ato administrativo com vício de finalidade poderá ser teor que lhe deve ser atribuído.
convalidado pela mesma autoridade de que emanou ou pelo A assessoria respondeu corretamente, com base na Lei Com-
seu superior hierárquico. plementar nº 95/98, que a referida cláusula, na situação descrita
(C) Mesmo em casos de ilegalidade, os atos administrativos na narrativa:
não podem ser invalidados pelo Poder judiciário, como postu- (A) está implícita na proposição, não necessitando de previsão
lado no princípio da separação dos poderes. expressa;
(D) São requisitos do ato administrativo: competência, objeto, (B) não pode ser inserida na proposição, pois a revogação da lei
forma, validade e finalidade. · anterior é matéria estranha à lei nova;
(E) Um ato emanado do administrador goza d presunção de le- (C) deve ser inserida na proposição e indicará apenas que “fi-
gitimidade, independentemente de lei que expresse atributo. cam revogadas as disposições em contrário”;
(D) é de inserção facultativa, não existindo qualquer previsão a
6. (CESPE- 2013-TJMA- JUIZ) Acerca dos atos administrativos, seu respeito no âmbito da técnica legislativa;
assinale a opção correta. (E) deve ser inserida na proposição e deve enumerar expressa-
(A) A administração pública pode revogar os atos por ela prati- mente as leis ou disposições legais revogadas.
cados por motivo de conveniência e oportunidade. ·
(B) Os atos praticados por concessionários de serviço público, 12. Assinale o elemento que não integra a parte preliminar da
no exercício da concessão, não podem ser considerados atos lei.
administrativos, dado que foram produzidos por entes que não (A) Epígrafe.
integram a estrutura da administração pública. (B) Indicação do âmbito de aplicação das disposições norma-
(C) O silêncio da administração pública importa consentimento tivas.
tácito. (C) Enunciado do objeto.
(D) É vedado o controle da legalidade dos atos administrativos (D) Cláusula de vigência.
pelo Poder Judiciário.
13. De acordo com Art. 10 da Lei Complementar Nº 95, de 26
7. Com fundamento no art. 29 da Nova Lei de Licitações, trata- de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a elaboração, a redação, a
-se o pregão de uma modalidade de licitação do tipo menor preço, alteração e a consolidação das leis, os textos legais serão articula-
designada ao aferimento de aquisição de bens e serviços comuns. O dos com observância a alguns princípios. Um desses princípios se
pregão pode ocorrer somente de forma presencial. refere ao desdobramento dos artigos. Escolha a alternativa correta:
A assertiva se encontra: (A) Os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos;
( ) CERTO os incisos em parágrafos, os parágrafos em itens e os itens em
( ) ERRADO. alíneas.
(B) Os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos;
8. De acordo com a Nova lei de Licitações, os documentos exi- os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em
gidos para a habilitação são: a certidão negativa de feitos a respeito itens.
de falência expedida pelo distribuidor da sede do licitante, e, por (C) Os artigos desdobrar-se-ão em itens; os itens em incisos, os
último, exige-se o balanço patrimonial dos últimos dois exercícios incisos em alíneas e as alíneas em parágrafos.
sociais, salvo das empresas que foram constituídas no lapso de me- (D) Os artigos desdobrar-se-ão em alíneas; as alíneas em inci-
nos de três anos. sos, os incisos em itens e os itens em parágrafos.
A assertiva se encontra:
( ) CERTO 14. Escolha dentre as alternativas, aquela que não condiz com
( ) ERRADO. a Lei Complementar nº 95, de 1998 e suas alterações, referente às
consolidações da legislação.
9. O procedimento legal é uma das características do contrato (A) A consolidação consistirá na integração de todas as leis per-
administrativo, através do qual são estabelecidos por meio de lei, tinentes a determinada matéria num único diploma legal, re-
procedimentos de cunho obrigatório para a celebração dos contra- vogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação,
tos administrativos, que contém, dentre outras medidas, autoriza- sem modificação do alcance nem interrupção da força norma-
ção legislativa, justificativa de preço, motivação, autorização pela tiva dos dispositivos consolidados.
autoridade competente, indicação de recursos orçamentários e li- (B) O projeto de lei de consolidação terá de manter o conteúdo
citação. normativo original dos dispositivos consolidados, e não é meio
( ) CERTO hábil para alterar opções políticas anteriormente tomadas.
( ) ERRADO. (C) A iniciativa do projeto de consolidação deve ser do Poder
Judiciário.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
OFICIAL LEGISLATIVO
GABARITO ______________________________________________________
______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 CERTO
______________________________________________________
3 CERTO
4 CERTO ______________________________________________________
5 E ______________________________________________________
6 A
______________________________________________________
7 ERRADO
8 ERRADO ______________________________________________________
9 CERTO ______________________________________________________
10 ERRADO
______________________________________________________
11 E
12 D ______________________________________________________
13 B ______________________________________________________
14 C
______________________________________________________
15 E
______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
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_____________________________________________________
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