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UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MAPUTO

FACULDADE DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

3º ANO - LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA


(TELECOMUNICAÇÕES)

Comunicação de Dados
Aula Teórica – 9 -10
MODULAÇÃO DIGITAL
Conceitos Básicos Conceitos Básicos
MODULAÇÃO UNIT – BIT MODULAÇÃO MULT – BIT
 ASK;  nQAM;
 FSK;  nPSK;
 PSK.  n=4, 8, 16, 32

Regente: MSC, Eng: Jacinto Costa


Monitor: Milton Maleiane
Introdução
Tal como nas comunicações analógicas, nas comunicações
digitais é muitas vezes necessário adaptar o sinal que se
pretende transmitir ao canal disponível utilizando
modulações, de forma a que o espectro do sinal modulado
ocupe a banda do canal (acima da banda base original). Tal
processo de adaptação envolve modificação de alguns
parâmetros.

O processo mediante o qual a amplitude, a frequência, a


fase, ou uma combinação destes parâmetros dum sinal
portador são modificados em concordância com a
informação digital que se deseja transmitir, chama-se
MODULAÇÃO DIGITAL

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A CADEIA TÍPICA DIGITAL

Fonte Relógio Transmissor

Codificação Codificaçã
Digitalização Modulação
de fonte o de canal

1. Como transmitir o sinal ao meio?


Numa grande generalidade, os símbolos digitais em
banda base não se podem transmitir directamente
ao meio.

É possível transmiti-los em forma Canal de


dum sinal modulado de forma Comunicação
analógica.
O processo mediante o qual a amplitude, a frequência, a fase, ou uma
combinação de estes parâmetros dum sinal portador são modificados
em concordância com a informação digital que se deseja transmitir,
chama-se MODULAÇÃO DIGITAL
Exemplo:
Envio de dados de um PC através de uma linha telefónica.

Uma razão é que a largura de banda é tão


estreita (3,300 Hz) que se se trata como um
sinal passa-baixo e se usa transmissão
banda base, e a velocidade máxima que se
consigue é 6,6 kbps. Contudo a solução é
considerar um canal passo-banda e usar
técnicas de modulação com ajuda de
modems.
Estas linhas se desenharam para transportar voz com BW limitada entre 300 e
3.400 Hz
Modulação Digital
Relogio () De outras Fontes Transmissor
Fonte

Codificaçã Codificaçã
Digitalização Modulação
o de fonte o de canal

Canal de
Comunicação
Técnicas de Modulação Digital

1.- UNI-BIT: Apenas um 2.- MULTI-BIT: Arranjo de


bit para modular o mais dum bit para
portador. modular o portador.
ASK, FSK, PSK. nQAM y nPSK, n=4, 8, 16, 32
Aborda-se o conceito de modulação digital binária, na qual cada bit é
codificado individualmente em função de uma portadora. Essa
modificação é obtida em função da variação dos parâmetros
fundamentais de uma senusóide: amplitude, frequência e fase.

Essas modulações
usam pulsos
sinusoidais para a
Seja uma onda sinusoidal codificação dos bits.

Modulação m(t) e c(t)

g(m(t)) define a frequência ou a


fase a partir da mensagem.
MOD.
DIGITAL
MODULANTE MODULADO
DIGITAL
PORTADORA Taxa / Razão de
ANALÓGICA modulação Rs
(Baudios)
É a razão de mudança
Taxa / Razão na saída do modulador e
de bits (bps) - é igual ao recíproco do
Rb tempo dum elemento de
sinalização da saída.
É a razão de mudança dos
dados na entrada do
modulador.
Técnicas de Modulação Digital UNI-BIT
Modulação por Comutação / Desplazamento de Amplitude (ASK)

A partir da codificação NRZ unipolar, alterar o valor da


amplitude do sinal de saída em função do bit a transmitir.
Técnicas de Modulação Digital UNI-BIT

Para este exemplo tem-se A=10 e B=5.


Verifica-se que o bit 1 foi modulado por um pulso
sinusoidal com amplitude 10V e duração (tempo de bit)
de 1ms.
O bit 0 foi modulado por um pulso sinusoidal com
amplitude 5V e duração de 1ms.
A frequência da portadora é fc=2kHz.

Importante !!!!!!
Frequência da portadora deve ser tal que, em cada tempo de
bit se obtenha um número inteiro de períodos.
Domínio da frequência

Espectro do sinal Espectro do sinal


portador modulante
Modulação por Comutação / Desplazamento de Amplitude (ASK)
- Parâmetros

Energia de Bit Eficiência espectral

Critério do 1º zero espectral

Com filtro de formatação

Cos (ωc t)
Erro de Bit
Modulação por Comutação / Desplazamento de Amplitude (ASK) -
Parâmetros
Variante “OOK (On-Off Keying)”.
Energia de Bit
XASK(t)
Canal de
+
Comunicação

Critério do 1º zero espectral Densidade


espectral do
ruído η/2
Com filtro de formatação Capacidade do canal

Eficiência espectral Erro de Bit


Técnica de Modulação por Comutação de Frequência (FSK)

Variar a frequência do sinal portador entre dois valores


diferentes, de acordo aos dados de entrada.
Mantendo-se constante a amplitude e a fase.
Técnica de Modulação por Comutação de Frequência (FSK) -
Parâmetros

Frequência da portadora Desvio de frequência


Energia de Bit

Índice de Modulação
1º zero espectral

Com formatação de pulso Eficiência espectral


Técnica de Modulação por Comutação de Frequência (FSK) -
Parâmetros

Erro de bit
 Para valores de β = 1

 Para valores de β > 1

XFSK(t)
Canal de
+
Comunicação

Densidade espectral do ruído η/2


Técnica de Modulação por Comutação de Frequência
(PSK) - Parâmetros

Consiste em mudar a fase do sinal portador de acordo com o


sinal modulador. Mantendo igual a amplitude e a frequência.
Técnica de Modulação por Comutação de Frequência (PSK) -
Parâmetros

Critério do 1º zero espectral

Energia de Bit SNR

Com filtro de formatação

Erro de Bit
Eficiência espectral
Técnicas de Modulação Digital UNI-BIT

Resumo:
Técnicas de Modulação Digital UNI-BIT
Resumo:
Técnicas de Modulação Digital UNI-BIT

Limitações
ASK-OOK
Estas modulações são
binárias, dado que os bits 0 e
1 são modulados, em
FSK
sequências de pulsos
sinusoidais com amplitude,
frequência ou fase variáveis,
associadas ao bit a transmitir.
PSK No entanto este tipo de
modulação não é eficaz
quando se pretende alcançar
débitos elevados.
Limitações e Implicações
Também, a largura de banda depende do número máximo de
transições por segundo produzido pelo código de linha.
Uma maneira de diminuir o número de transições e
consequentemente a largura de banda é fazer
com que o símbolo contenha informação de mais do que 1
bit.

Diminuir o débito de símbolos Rs (baud rate) sem


diminuir o débito binário Rb.

O símbolo deixa de ser binário para ser M–ário,


ou seja, com M formas de onda possíveis.
Até agora, ... O que foi estudado?

NÃO É SUFICIENTE
PRECISAMOS
AVANÇAR UM
POUCO MAIS!
Técnicas de Modulação Digital MULTI-BIT
Um código M–ário, em que os símbolos são representados
por diferentes amplitudes, é denominado PAM (Pulse
Amplitude Modulation).
Sendo:
K  o número de bits por símbolo,
M  o número de símbolos do código,
Ts  o tempo de símbolo e
Tb  o tempo de bit

A energia média por bit


Assumindo o instante de zero a meio dos
símbolos, a abertura dos pulsos
formatados é de 2Rs e a largura de banda
vem:

A largura de banda diminui com o aumento do número de bits por


símbolo

A eficiência espectral também melhora


com o aumento do número de bits por
símbolo
Assumido um receptor
óptimo com filtro adaptado
normado

A Probabilidade de erro de símbolo


Código 2B1Q

É um código PAM com 2


bits por símbolo (2B1Q –
2 binary 1 quaternary) que
traz um bom compromisso
entre o desempenho e a
complexidade.
Técnicas de Modulação Digital MULTI-BIT
A modulação FSK por natureza já pode ser considerada do
tipo multi-nível, uma vez que terá quantidades diferentes
de ciclos para cada bit.

A modulação ASK quando for tipo multi-nível pode


transportar dois (dibit) ou três (tribit), ficando inviável
acima destes valores.
Para a modulação PSK quando for do tipo multi-nível será
denominada de M-PSK, onde M representa o número de
símbolos atribuídos.
As mais comuns são:
- 4-PSK ou QPSK: 02 bits por ciclo e 04 símbolos;
- 8-PSK: 03 bits por ciclo e 08 símbolos
Modulação M-ASK (multiple ASK).

Em vez de se utilizarem apenas dois níveis, podem


transmitir-se 2n níveis
Em 4-ASK (ou QASK –
Quaternary ASK). Existem
4 níveis diferentes e
portanto cada nível pode
representar 2 bits.
Comparativamente com a
modulação BASK, se pode
enviar o dobro dos bits no
mesmo intervalo de tempo
duplicando a taxa de
transmissão.
Modulação M-PSK (M–área phase shift key)

Através da variação de fase é possível transmitir não apenas


um bit de cada vez mas sim conjuntos de 2 bits (Dibit), de 3
bits (Tribit), etc. aumentando assim muito a quantidade de
informação por unidade de tempo.
É uma modulação bidimensional, já que se usa duas funções
base para a compor: co-seno e seno.
Como todos os símbolos são compostos por sinusóides de
igual amplitude, a energia média por bit vem:
Energia do bit
largura de banda eficiência espectral
Através da variação de fase é possível transmitir não apenas
um bit de cada vez mas sim conjuntos de 2 bits (Dibit), de 3
bits (Tribit), etc. aumentando assim muito a quantidade de
informação por unidade de tempo.

B-PSK Q-PSK 8-PSK

A disposição dos símbolos na constelação depende do


número de símbolos, bem como da fase de cada um.

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Modulação de Amplitude em Quadratura QAM
É uma forma de modulação digital, onde a informação digital
está contida quer na amplitude quer na fase da portadora
transmitida.

Os dados dividem-se em tribits.


Os bits I e Q  polaridade do sinal na saída do conversor, e o bit
C  a sua magnitude
Técnicas de Modulação Digital MULTI-BIT

Resumo:
Técnicas de Modulação Digital MULTI-BIT

Comparação entre as técnicas de Modulação Digital


multibit
Modulação Codificação Largura de Taxa de Eficiência
banda modulação

QPSK Dibit fb/2 fb/2 2


8-PSK Tribit fb/3 fb/3 3
8-QAM Tribit fb/3 fb/3 3
16-PSK Quatribit fb/4 fb/4 4
16-QAM Quatribit fb/4 fb/4 4
Fim da Aula!
Obrigado Pela Atenção
Dispensada

Docentes: MSC, Eng: Jacinto Costa


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Monitor: Milton Maleiane

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