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Centro Federal de Educação Tecnológica do RN

Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial


Comunicação de Dados - 02

Modos de Transmissão

Clock
Quando transmitimos dados binários de forma serial entre dois
dispositivos é necessário definir os limites de cada bit, isto é, é preciso
colocar uma referência de tempo onde define-se o inicio e o fim deste.
Opções
Incluir um fio para transmissão do sinal de sincronismo(clock)
Assumir que o transmissor e receptor tem o mesmo clock
Misturar o sinal de dados com o sinal de sincronismo
Transmissão Assíncrona
O clock do circuito receptor é independente do sinal recebido, mas
ajustado na mesma freqüência.
Uso de delimitadores de quadros (START/STOP bits)
Transmissão Síncrona
O Clock do circuito receptor é sincronizado com o do transmissor a partir
do sinal de dados recebido.

1. Dados seriais não são geralmente enviados de maneira uniforme


através de um meio de transmissão. Há geralmente rajadas de
regularmente espaçados bits de dados, seguidos por uma pausa, após a
qual o fluxo de dados é retomado.
2. Para que o receptor saiba o momento apropriado para os bits no meio
de transmissão, ele deve saber exatamente quando um pacote começa
e quanto tempo há entre cada bit.
3. Quando esta informação é conhecida, podemos dizer que o receptor
está sincronizado com o transmissor.
4. A sincronização é feita utilizando o sinal de CLOCK que deve estar
presente na mesma freqüência, no transmissor e recepto, para que a
mensagem seja corretamente transmitida.
5. Em uma transferência assíncrona, os clocks dos dispositivos transmissor
e receptor são independentes, necessitando que existam bits que
identifiquem quando uma transmissão vai ser iniciada e finalizada.
6. Em uma transmissão síncrona o clock do dispositivo receptor é
ajustado a partir da informação recebida.

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Técnicas de Modulação

Modulação
Técnica empregada para modificar um
sinal para o seu envio através de um
canal de comunicação e posterior
recuperação da sua forma original.
Uso de equipamentos de MODulação e
DEModulação (MODEM).
Modulação Digital
Executam algum tipo de codificação do
sinal binário para evitar erros.
Necessário meio físico para transmissão.
Modulação Analógica
Uso de onda portadora senoidal com
determinada amplitude, freqüência e
fase.

1. A modulação pode ser digital ou analógica.


2. Na modulação digital o sinal é transmitido em ondas quadradas, por
variações bruscas de tensão,
3. O sinal está sujeita as atenuações e distorções intrínsecas dos meios
de transmissão de cobre, limitando o alcance da transmissão de
dados. Não é adequado para transmissões sem fio.
4. Pode ser repetido para aumentar a distância de transmissão, mas
pode causar atrasos no sinal.
5. Os circuitos são econômicos, pois há uma grande variedade de
componentes que lidam com ondas quadradas.
6. Na modulação analógica são usados sinais senoidais com
determinada freqüência e amplitude, chamados de portadoras.
7. O sinal senoidal consegue alcançar maiores distâncias e pode ser
amplificado em tempo real.
8. Tem um custo maior, devido ao uso de técnicas e circuitos complexos
para codificar os dados digitais.

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Técnicas de Modulação Digital

1. A técnica NRZ-L (Não retorno ao nível zero é a codificação mais


simples, possui componente DC e não tem capacidade de
sincronização, isto é, longas seqüências de “1” ou “0” trarão
problemas de sincronismo entre transmissor e receptor. Uso eficiente
da banda passante, pois no pior caso a freqüência do sinal será igual a
quantidade de bits transmitidos por segundo. É usada em ligações
curtas e velocidades baixas.
2. A técnica Bipolar não perde a capacidade de sincronização com longas
cadeias de “1”, não possui componente DC, mas os circuitos devem
manusear três níveis de tensão.
3. A técnica de codificação Manchester possui capacidade de
sincronismo, não possui componente DC, é bastante usada, inclusive na
rede ethernet a 10Mbps, mas precisa de duas transições no sinal para
transmitir um único bit.
4. A técnica de codificação Manchester Diferencial é utilizada em meios
de transmissão que utilizam sinais diferenciais como par trançado,
obtendo maior imunidade ao ruído.

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Técnicas de Modulação Digital

Codificação
CodificaçãoRZ
RZ

Codificação
CodificaçãoManchester
Manchester

1. Na técnica de codificação RZ (Return to Zero), o sinal possui três níveis


de tensão (+, 0 e -). Para codificar o bit “1” o sinal assume um valor
positivo e retorna a zero. Para codificar o bit “0” o sinal assume um
valor negativo e retorna a zero.
2. Na técnica de codificação Manchester é efetuada uma operação ou-
exclusive entre os dados e o sinal de clock. Desta forma sempre há
uma transição positiva (bit “1”) ou uma transição negativa (bit “0”) no
centro de cada bit do sinal codificado.
3. Na técnica de codificação Manchester diferencial uma transição no
inicio do bit representa um bit “0” e uma ausência de transição
representa um bit “1”, mas sempre há uma transição no centro de cada
bit do sinal codificado.
4. Procura-se com estas técnicas de codificação provocar variações no
sinal transmitido, evitando que o sinal permaneça por muito tempo fixo
em um determinado nível de tensão, dificultando a sincronização do
clock do receptor.

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Técnicas de Modulação Analógica

ASK
ASK

FSK
FSK

PSK
PSK

1. A técnica de modulação ASK modifica a amplitude da


portadora de acordo com o bit a ser codificado. Semelhante
a modulação usada em rádios AM e também presente na
transmissão de dados em fibras óticas. Não é muito
eficiente, pois variações de ganho no meio podem levar a
erros de recepção.
2. A técnica FSK modifica a freqüência entre dois valores pré-
determinados para codificar o sinal binário. Semelhante a
modulação usada em rádios FM.
3. A técnica PSK, um pouco mais complexa, efetua
modificações na fase do sinal transmitido, mantendo sua
amplitude e freqüência constante. Bastante usada em
transmissões usando linhas telefônicas.

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Técnicas de Modulação Analógica

1. A figura mostra como, em um mesmo meio (linha telefônica) podemos


ter uma transmissão full-duplex, usando a técnica de modulação
analógica FSK.
2. São usadas quatro ondas portadoras deslocadas igualmente de duas
freqüências distintas para transmisão e recepção: 1170Hz e 2125Hz.
3. No transmissor os bits são codificados em 1070 e 1270 Hz.
4. No receptor os bits são codificados em 2025 e 2225 Hz.

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Técnicas de Modulação Analógica

Técnicas de Modulação avançadas


Transmitem mais bits por baud
DPSK (Diferencial Phase Shift-Keying)
Variação em fase de acordo com os bits a serem transmitidos.
QAM (Quadrature Amplitude Modulation)
Variação em fase e amplitude

01 00

11 10

DPSK V.32 9600 bps V32 bis 14400 bps


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1. Baud Rate x Bit rate (bps)


Baud rate é o número de variações de símbolos do sinal, por
segundo, em um canal de comunicação. Pode ser variações de tensão,
freqüência ou fase.
Bit rate é o número de variações do dado (“0” e “1”) a ser
transmitido, por segundo, em um canal de comunicação.

Por exemplo, usando a codificação manchester podemos ter


quatro variações no nível de tensão do sinal para transmitir apenas
dois bits de dados. Portanto, a baud rate é duas vezes maior que o
bit rate.
2. Na técnica PSK convencional apenas um bit é transmitido a cada
variação de fase. (baud rate = bit rate)
3. Na técnica DPSK podemos transmitir dois bits a cada variação de fase,
dependendo apenas do valor desta variação. (bit rate = 2 x baud rate)
4. Na técnica QAM podemos transmitir cinco bits a cada variação
combinada de fase e amplitude. (bit rate = 5 x baud rate)
5. Com estas técnicas, com um mesmo baud rate, e um mesmo meio
físico podemos aumentar a taxa de transmissão de dados. Por exemplo,
na mesma linha telefônica, onde usávamos modems de 9600bps há
alguns anos, podemos conseguir taxas de 56000bps.

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