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CÓD: SL-101JL-21

7908433208099

SAEG-SP
COMPANHIA DE SERVIÇO DE ÁGUA, ESGOTO E RESÍDUOS
DE GUARATINGUETÁ DO ESTADO DE SÃO PAULO

Assistente de Serviços Administrativos

CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2021


DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que impri-
mem às relações que estabelecem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
8. Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Matemática
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com números
racionais, nas suas representações fracionária ou decimal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
3. Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Razão e proporção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5. Regra de três simples ou composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6. Equações do 1º ou do 2º graus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Sistema de equações do 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
8. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9. Relação entre grandezas – tabela ou gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
10. Tratamento da informação – média aritmética simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
11. Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Noções de Informática
1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos
e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. MS-Office 2016. MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. MS-Excel 2016: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas,
colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, cam-
pos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados. MSPowerPoint
2016: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e
formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides . . 03
3. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. Internet: navegação na Internet,
conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Conhecimentos Específicos
Assistente de Serviços Administrativos
1. Execução de rotina administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos básicos de administração pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. Organização de arquivos: conceitos fundamentais da arquivologia. Gestão de documentos. Protocolo. Tipos de arquivo . . . . . . . 10
4. Organização do trabalho na repartição pública: utilização da agenda, uso e manutenção preventiva de equipamentos, economia de
suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Comunicação interpessoal e solução de conflitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6. Relações pessoais no ambiente de trabalho: hierarquia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7. Excelência no atendimento ao cidadão; o enfoque na qualidade; o atendimento presencial e por telefone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
8. Documentos oficiais, tipos, composição e estrutura. Redação oficial: Aspectos gerais da redação oficial. Correspondência oficial:
definição, formalidade e padronização; impessoalidade, linguagem dos atos e comunicações oficiais (atas, memorandos, relatórios,
ofícios etc.), concisão e clareza, editoração de textos (Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista, atualizada
e ampliada) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que impri-
mem às relações que estabelecem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
8. Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
LÍNGUA PORTUGUESA

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE


TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS)

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
ou que faça com que você realize inferências. identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. damos a este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
Tipos de Linguagem subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica
e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográficas, gramaticais e interpretativas;
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as principal e das ideias secundárias do texto.
palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem – Separe fatos de opiniões.
verbal com a não-verbal. O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
mutável).

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Retorne ao texto sempre que necessário. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
enunciados das questões. se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
– Reescreva o conteúdo lido. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
tópicos ou esquemas. outro e a parceria deu certo.

Além dessas dicas importantes, você também pode grifar Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
são uma distração, mas também um aprendizado. falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além As informações que se relacionam com o tema chamamos de
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
do texto. conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se capaz de identificar o tema do texto!
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações,
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
apresentadas na prova. cundarias/
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com TEXTOS VARIADOS
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e
nunca extrapole a visão dele. Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, novo sentido, gerando um efeito de humor.
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo Exemplo:
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS

Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma


espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos:


ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Ironia verbal NERO EM QUE SE INSCREVE
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
intenção são diferentes. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Ironia de situação Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Busca de sentidos
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
morte. os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto.
Ironia dramática (ou satírica) Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre nos relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
textos literários quando a personagem tem a consciência de que citadas ou apresentando novos conceitos.
suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando por um Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a Importância da interpretação
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Humor pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- específicos, aprimora a escrita.
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
rer algo fora do esperado numa situação. ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
acessadas como forma de gerar o riso. presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. berdade para quem recebe a informação.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, Fato
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
Diferença entre compreensão e interpretação uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- Exemplo de fato:
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O A mãe foi viajar.
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Interpretação
Gêneros Discursivos É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou sas, previmos suas consequências.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
dárias. ças sejam detectáveis.

Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente Exemplos de interpretação:
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única tro país.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
encaminham-se diretamente para um desfecho. do que com a filha.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Opinião


A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
que fazemos do fato.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
curto.
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para anteriores:
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
como horas ou mesmo minutos. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
imagens. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a mos expressando nosso julgamento.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
vencer o leitor a concordar com ele. analisamos um texto dissertativo.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Exemplo:


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas com o sofrimento da filha.
de destaque sobre algum assunto de interesse.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
e o do leitor.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- Gíria
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
sem coerência. a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
mais direto.
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
de pequenos grupos ou cair em desuso.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
“mina”, “tipo assim”.
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias Linguagem vulgar
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa comida”.
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso. nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertativo-argumentativo


Era uma casa muito engraçada Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não tinha teto, não tinha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não tinha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali Características principais:
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos bobos, número zero e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
(Vinícius de Moraes) gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Características principais: • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro-
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc. deios.
Exemplo: Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito- A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi- administração política (tese), porque a força governamental certa-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su- poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
perior para formação de oficiais. traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-

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LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efetiva (conclusão). Artigo
Ensaio
Tipo textual narrativo Monografia, dissertação de
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narrativo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Novela
Crônica
Características principais: Contos de Fada
• O tempo verbal predominante é o passado. Fábula
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- Lendas
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
onisciente). Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
prosa, não em verso. nitos e mudam de acordo com a demanda social.

Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684 textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- Tipos de Intertextualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (paro-
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
significa a “repetição de uma sentença”.
Descritivo Diário • Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí-
Relatos (viagens, históricos, etc.) ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biografia e autobiografia alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter-
Notícia mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classificados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injuntivo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
Bula de remédio lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) significa convocar.
Regulamento • Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Textos prescritivos textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Expositivo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discutidas são
Palestras o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,

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LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- Tipos de Argumento
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- mento. Exemplo:
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna Argumento de Autoridade
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
enunciador está propondo. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. dadeira. Exemplo:
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- cimento. Nunca o inverso.
mento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
Então: C é igual a A. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quantidade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
Logo, a vaca é um mamífero. mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira. largo uso do argumento de quantidade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se Argumento do Consenso
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não

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LÍNGUA PORTUGUESA
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao tal por três dias.
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu-
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
carentes de qualquer base científica. tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
Argumento de Existência deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar texto tem sempre uma orientação argumentativa.
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
do que dois voando”. ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- outras, etc. Veja:
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser vam abraços afetuosos.”
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
vios, etc., ganhava credibilidade. e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
Argumento quase lógico que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. injustiça, corrupção).
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se o argumento.
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
indevidas. atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
Argumento do Atributo que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais outros à sua dependência política e econômica”.
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
que é mais grosseiro, etc. A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, cele- ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
bridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza, ali- dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
mentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor tende a o assunto, etc).
associar o produto anunciado com atributos da celebridade. Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social- (como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
dizer dá confiabilidade ao que se diz. construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde dades não se prometem, manifestam-se na ação.
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-
por bem determinar o internamento do governador pelo período gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-
de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo

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LÍNGUA PORTUGUESA
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se - evidência;
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu - divisão ou análise;
comportamento. - ordem ou dedução;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - enumeração.
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro-
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
mica e até o choro. mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma caracteriza a universalidade.
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu- o efeito. Exemplo:
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Fulano é homem (premissa menor = particular)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e Logo, Fulano é mortal (conclusão)
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
ver as seguintes habilidades: te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o ferro (particular)
mente contrária; O calor dilata o bronze (particular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o cobre (particular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- O ferro, o bronze, o cobre são metais
ria contra a argumentação proposta; Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
ta. Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar- também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques- deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé- argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do sofisma no seguinte diálogo:
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões - Lógico, concordo.
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio - Claro que não!
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos Exemplos de sofismas:
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Dedução
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Todo professor tem um diploma (geral, universal)
regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma Fulano tem um diploma (particular)
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
da verdade:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- sabiá, torradeira.
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
dos nos sentimentos não ditados pela razão.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
pesquisa. seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; (Garcia, 1973, p. 302304.)
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-
trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém,
nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
de vista sobre ele.
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina-
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então,
o relógio estaria reconstruído. gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
relacionadas: lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
- o termo a ser definido;
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias - o gênero ou espécie;
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação - a diferença específica.
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
lha dos elementos que farão parte do texto. O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in- ma espécie. Exemplo:
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen- Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe- Elemento especie diferença
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as a ser definido específica
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos: É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
análise é decomposição e classificação é hierarquisação. por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme- tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me- forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-

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LÍNGUA PORTUGUESA
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está assim, desse ponto de vista.
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
ou instalação”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
dida;d forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as que, melhor que, pior que.
diferenças). Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
vra e seus significados. bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem- corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda- caráter confirmatório que comprobatório.
mentação coerente e adequada. Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás- cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco- caso, incluem-se
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes, - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu- mortal, aspira à imortalidade);
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- dos e axiomas);
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de natureza
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão des-
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus conhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se discute);
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que parece absurdo).
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
cífico de relação entre as premissas e a conclusão. um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos cretos, estatísticos ou documentais.
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, e
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que expresse
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na evidência
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade dos argumen-
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em tos, porém, pode ser contestada por meio da contra-argumentação ou
virtude de, em vista de, por motivo de. refutação. São vários os processos de contra-argumentação:
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli- Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran-
car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu-
esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta- mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;
ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses para
quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga verdadeira;

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LÍNGUA PORTUGUESA
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- Conclusão
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
dade da afirmação; quências maléficas;
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- apresentados.
ridade que contrariam a afirmação apresentada;
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se ção: é um dos possíveis.
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes.
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen- um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a com-
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con- preensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coeren-
é que gera o controle demográfico”. te, além de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada.
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao Coerência
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto.
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se-
elaboração de um Plano de Redação. mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução outra”).
tecnológica Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos- der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
ta, justificar, criando um argumento básico; das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e elementos formativos de um texto.
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
(rever tipos de argumentação); elementos textuais.
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po- de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse- sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
quência); tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o imediato a coerência de um discurso.
argumento básico;
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que A coerência:
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu- - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão conceitual;
mento básico; - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma sequên- o aspecto global do texto;
cia na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às partes prin- - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
cipais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou menos a seguinte:
Coesão
Introdução É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
- função social da ciência e da tecnologia; numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
- definições de ciência e tecnologia; ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
tem-se a coesão lexical.
Desenvolvimento A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol- vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
vimento tecnológico; gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as nentes do texto.
condições de vida no mundo atual; Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
desenvolvidos; do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas- A coesão:
sado; apontar semelhanças e diferenças; - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur- - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
banos; - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar componentes do texto;
mais a sociedade. - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.

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LÍNGUA PORTUGUESA

SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é Travessão ( — )
justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
palavra, frase ou textos inteiros. o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta-
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
PONTUAÇÃO um diálogo, com ou sem aspas.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão.
Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BE- tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados
CHARA, 2009, p. 514) aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza-
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns rem uma nova inserção.
sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon- Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
to e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reti- vernador)
cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], Aspas ( “ ” )
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]). particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
Ponto ( . ) apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pau- da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.
de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as
reticências. Vírgula
Estaremos presentes na festa. São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
Ponto de interrogação ( ? ) disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogati- vírgula:
va ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica. 1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
Você vai à festa? mos” o momento certo de fazer uso dela.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
Ponto de exclamação ( ! ) alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
tiva. cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
Ex: Que bela festa! 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
Reticências ( ... ) menos importante e que pode ser colocada depois.
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Maria foi à padaria ontem.
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Sujeito Verbo Objeto Adjunto

Dois-pontos ( : ) Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. re por alguns motivos:
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. verbo e o adjunto.

Ponto e vírgula ( ; ) Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem


Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, é necessária:
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Ontem, Maria foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. Maria, ontem, foi à padaria.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- À padaria, Maria foi ontem.
bém uma linda decoração e bebidas caras.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
sário:

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Separa termos de mesma função sintática, numa enumera- SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
ção. são formados por outros populacional/formigueiro
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a radicais da língua.
serem observadas na redação oficial.
• Separa aposto. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica. designa determinado ser /Brasil
• Separa vocativo. entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
Brasileiros, é chegada a hora de votar. espécie. São sempre iniciados Liberdade
• Separa termos repetidos. por letra maiúscula.
Aquele aluno era esforçado, esforçado. SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli- uma mesma espécie.
ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
efeito, digo. nomeiam seres com existência /estrelas/fadas
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, própria. Esses seres podem /lobisomem
ou seja, de fácil compreensão. ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
reais ou imaginários.
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complementos). SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula- nomeiam ações, estados, bondade/
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares) qualidades e sentimentos que confiança/
não tem existência própria, ou lembrança/
• Separa orações coordenadas assindéticas. seja, só existem em função de amor/
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as um ser. alegria
ideias na cabeça...
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/
• Isola o nome do lugar nas datas.
de seres da mesma espécie, buquê (de flores)
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
mesmo quando empregado
no singular e constituem um
• Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
substantivo comum.
forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor- NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
mações comprovam, etc. QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
nizar o problema. Flexão dos Substantivos
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
uniformes
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NU- – Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
MERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM – Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
CLASSES DE PALAVRAS epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá-
Substantivo veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi- macho/palmeira fêmea.
nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen- b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.  que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
Classificação dos substantivos c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
o/a estudante, o/a colega.
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
sua estrutura. macaco/João/sabão
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
são formados por mais de um porta-voz/ • Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
radical em sua estrutura. pé-de-moleque diminutivo.
SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/ – Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
são os que dão origem a mundo/ – Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
outras palavras, ou seja, ela é população – Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
a primeira. /formiga – Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 

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LÍNGUA PORTUGUESA
Adjetivo
É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão compos-
ta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe
de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vespertino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria japo-
nesa, aluno chorão/ aluna chorona. 

• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namoradores,
japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes de Tratamento Emprego
Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco,
pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário,
Variáveis
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição.  Eles também podem ser
variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Verbos – Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al-
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos me- gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
teorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo. – Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as-
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco,
• Flexão verbal de todo, etc.
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas. – Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por-
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na ventura, etc.
frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é
dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, Preposição
subjetividade) e imperativo (ordem, pedido). É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com-
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex- plete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: pre-
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: pre-
sente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º
pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles ama-
ram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
cem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infi-
nitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particí-
pio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal Conjunção


É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma
com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva. oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que li-
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é
sujeito. Veja: determinante e o outro é determinado).
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas • Conjunções Coordenativas
recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz
passiva analítica é formada por: Tipos Conjunções Coordenativas
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros)
+  verbo principal da ação conjugado no particípio  + preposição Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
por/pelo/de + agente da passiva. contudo, entretanto, mas, não obstante, no en-
A casa foi aspirada pelos rapazes Adversativas
tanto, porém, todavia...

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva prono- já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…,
Alternativas
minal (devido ao uso do pronome se) é formada por: quer…
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu- assim, então, logo, pois (depois do verbo), por
ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente. Conclusivas
conseguinte, por isso, portanto...
Aluga-se apartamento.
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explicativas
que...
Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro ad-
vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns- • Conjunções Subordinativas
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama- Tipos Conjunções Subordinativas
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-
-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez Embora, conquanto, ainda que, mes-
Concessivas
em quando, em nenhum momento, etc. mo que, posto que, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, Se, caso, quando, conquanto que,
perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em Condicionais
salvo se, sem que, etc.
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi- Conforme, como (no sentido de con-
Conformativas
damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às forme), segundo, consoante, etc.
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc. Para que, a fim de que, porque (no
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, Finais
sentido de que), que, etc.
efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 

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LÍNGUA PORTUGUESA
À medida que, ao passo que, à Concordância ideológica ou silepse
Proporcionais • Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne-
proporção que, etc.
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no
Quando, antes que, depois que, até contexto.
Temporais
que, logo que, etc. Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas.
Que, do que (usado depois de mais, Blumenau estava repleta de turistas.
Comparativas • Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
menos, maior, menor, melhor, etc.
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
Que (precedido de tão, tal, tanto), de texto.
Consecutivas
modo que, De maneira que, etc. O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
Integrantes Que, se. sos.
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
Interjeição soa gramatical que está subentendida no contexto.
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, O povo temos memória curta em relação às promessas dos po-
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações líticos.
das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum! REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a • Regência Nominal 
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
der o estudo da Sintaxe. tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
mento é estabelecida por uma preposição.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL • Regência Verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
Concordância Nominal verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). 
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos Isto pertence a todos.
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
referem. Regência de algumas palavras
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto-
sa.
Esta palavra combina com Esta preposição
Casos Especiais de Concordância Nominal Acessível a
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio: Apto a, para
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam
alerta. Atencioso com, para com
Coerente com
• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
ção de palavras compostas: Conforme a, com
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso. Dúvida acerca de, de, em, sobre

• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de Empenho de, em, por
acordo com o substantivo a que se referem: Fácil a, de, para,
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
Junto a, de
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando Pendente de
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan- Preferível a
do advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Próximo a, de
Usou meia dúzia de ovos. Respeito a, com, de, para com, por
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Situado a, em, entre
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem. Ajudar (a fazer algo) a

• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Aludir (referir-se) a


substantivo estiver determinado por artigo: Aspirar (desejar, pretender) a
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Assistir (dar assistência) Não usa preposição
Concordância Verbal Deparar (encontrar) com
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa: Implicar (consequência) Não usa preposição
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor-
mes. Lembrar Não usa preposição

20
LÍNGUA PORTUGUESA
Pagar (pagar a alguém) a Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
Precisar (necessitar) de
Proceder (realizar) a É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
futuro do pretérito que iniciam a oração.
Responder a Dir-lhe-ei toda a verdade.
Visar ( ter como objetivo a Far-me-ias um favor?
pretender)
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
QUE NÃO ESTÃO AQUI! Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?

COLOCAÇÃO PRONOMINAL Colocação do pronome átono nas locuções verbais


Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Exemplos:
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Devo-lhe dizer a verdade.
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou Devo dizer-lhe a verdade.
após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- do auxiliar ou depois do principal.
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Exemplos:
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Não lhe devo dizer a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem Não devo dizer-lhe a verdade.
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
dique a eufonia da frase. o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
auxiliar.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
cientemente. Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: do infinitivo.
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. Exemplos:
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Hei de dizer-lhe a verdade.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada. Tenho de dizer-lhe a verdade.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante- Observação
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita! Devo-lhe dizer tudo.
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se- Estava-lhe dizendo tudo.
jam reduzidas: Percebia que o observavam. Havia-lhe dito tudo.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in- CRASE
tentos são para nos prejudicarem.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a
Ênclise
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
demonstrativo.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s)
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
• Devemos usar crase:
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
– Antes palavras femininas:
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
Iremos à festa amanhã
posição em: Saí, deixando-a aflita.
Mediante à situação.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
O Governo visa à resolução do problema.
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de”
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2
Mas... há crase, sim! milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- número de professores com alguma formação em educação espe-
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país.
Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de
– Expressões fixas aula.
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es-
crase: trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à período regular nas técnicas pedagógicas.
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe-
didas, à medida que, à proporção que. te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele-
• NUNCA devemos usar crase: cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar
– Antes de substantivos masculinos: em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con-
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a pé. funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou
plural) usado em sentido generalizador: Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses,
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a homem. a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de
colocação dos pronomes.
– Antes de artigo indefinido “uma” (A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. deficiência. (incluem-se)
(B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito
– Antes de pronomes mais que 100 mil deles no país. (se contam)
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. (C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada
sala de aula. (concebe-se)
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. (D) Aí, ao menos um profissional preparado  se  encarrega de
A quem vocês se reportaram no Plenário? receber o aluno... (encarrega-se)
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico. (E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente
já vamos aprendendo. (confunde-se)
– Antes de verbos no infinitivo
A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar. 2. (PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG - AGENTE COMUNITÁ-
RIO DE SAÚDE - FCM - 2019)

Dieta salvadora
EXERCÍCIOS A ciência descobre um micróbio adepto de um
alimento abundante: o lixo plástico no mar.
1. (PREFEITURA DE PIRACICABA - SP - PROFESSOR - EDUCA-
ÇÃO INFANTIL - VUNESP - 2020) O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o
câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des-
Escola inclusiva tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os
mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros concor- com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças
dam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos com de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água,
deficiência. subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da
os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma Guanabara ao Pacífico.
educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália,
perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um
lei em 2015 e criou raízes no tecido social. micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi- jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado
cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o
então de alunos com gama tão variada de dificuldades. das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios,
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en- de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os
frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que
limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais. eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco
minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis- Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na
corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com- costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher
panhia de colegas na mesma condição. pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as

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LÍNGUA PORTUGUESA
salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende- homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva
rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re- ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi-
produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar cas. Posições se radicalizam.
e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo. A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin,
se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre
aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo. para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S. Paulo. (Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www.
Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019. conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)

Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo, (*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe-
possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência
meio do verbo) e ênclise (depois do verbo). na natureza. 
Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos
nos trechos a seguir. Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró- colocação.
prios dejetos.” Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo: bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode-
“Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, ria marcar o ambientalismo apologético.
sofás e até carcaças de automóveis.” (A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal: (B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele
“Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se (C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
tornar as salamandras de Čapek.” (D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu- (E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo
mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro-
duzir um ‘Dom Quixote’”. 4. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - TÉC-
NICO EM SANEAMENTO - IBFC - 2019)
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I e II. Vou-me embora pra Pasárgada,
(B) I e III. lá sou amigo do Rei”.
(M.Bandeira)
(C) II e IV.
(D) III e IV.
Quanto à regra de colocação pronominal utilizada, assinale a
alternativa correta.
3. (PREFEITURA DE BIRIGUI - SP - EDUCADOR DE CRECHE -
(A) Ênclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
VUNESP - 2019)
pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
posto ao verbo.
Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
(B) Próclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu- posto ao verbo.
ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo- (C) Mesóclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, posto ao verbo.
como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor- (E) Próclise: em orações iniciadas com verbos no imperativo
mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto ao
São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro verbo.
das causas ambientais; falava com plantas e animais.
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, 5. (PREFEITURA DE PERUÍBE - SP - INSPETOR DE ALUNOS -
predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu VUNESP - 2019)
argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana,
a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste Pelo fim das fronteiras
a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-
mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar Imigração é um fenômeno estranho. Do ponto de vista pura-
a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser mente racional, ela é a solução para vários problemas globais. Mas,
abordada. como o mundo é um lugar menos racional do que deveria, pessoas
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O que buscam refúgio em outros países costumam ser recebidas com
dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente desconfiança quando não com violência, o que diminui o valor da
passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse imigração como remédio multiuso.
sentido que a chamada internalização da externalidade negativa No plano econômico, a plena mobilidade da mão de obra se-
exige justificativa para uma atuação contra-fática. ria muito bem-vinda. Segundo algumas estimativas, ela faria o PIB
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- mundial aumentar em até 50%. Mesmo que esses cálculos estejam
bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote- inflados, só uma fração de 10% já significaria um incremento da or-
ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio dem de US$ 10 trilhões (uns cinco Brasis).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Uma das principais razões para o mundo ser mais pobre do No mesmo excerto “Dessa forma, as bandeiras e moradores
que poderia é que enormes contingentes de humanos vivem sob das 42 cidades do território original de Blumenau, que foi fundado
sistemas que os impedem de ser produtivos. Um estudo de 2016 por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de No-
de Clemens, Montenegro e Pritchett estimou que só tirar um tra- vembro.”, a palavra destacada pertence à classe gramatical:
balhador macho sem qualificação de seu país pobre de origem e (A) conjunção
transportá-lo para os EUA elevaria sua renda anual em US$ 14 mil. (B) pronome
A imigração se torna ainda mais tentadora quando se considera (C) preposição
que é a resposta perfeita para países desenvolvidos que enfrentam (D) advérbio
o problema do envelhecimento populacional. (E) substantivo
Não obstante tantas virtudes, imigrantes podem ser maltrata-
dos e até perseguidos quando cruzam a fronteira, especialmente 8. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - PORTU-
se vêm em grandes números. Isso está acontecendo até no Brasil, GUÊS – MATUTINO - FURB – 2019)
que não tinha histórico de xenofobia. Desconfio de que estão em Determinado, batalhador, estudioso, dedicado e inquieto. Mui-
operação aqui vieses da Idade da Pedra, tempo em que membros tos são os adjetivos que encontramos nos livros de história para
de outras tribos eram muito mais uma ameaça do que uma solução. definir Hermann Blumenau. Desde os primeiros anos da colônia, es-
De todo modo, caberia às autoridades incentivar a imigração, to- teve determinado a construir uma casa melhor para viver com sua
mando cuidado para evitar que a chegada dos estrangeiros dê pretexto família, talvez em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.
para cenas de barbárie. Isso exigiria recebê-los com inteligência, mini- Infelizmente, nunca concretizou este sonho, porém, nunca deixou
mizando choques culturais e distribuindo as famílias por regiões e cida- de zelar por tudo aquilo que lhe dizia respeito.[...]
des em que podem ser mais úteis. É tudo o que não estamos fazendo. Disponível em: <https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/funda-
(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ cao-cultural/fcblu/memaoria-digital-ao-comemoraacaao-200-anos-dr-
colunas/.28.08.2018. Adaptado) -blumenau85>. Acesso em: 05 set. 2019. [adaptado]
Considere as frases:
• países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhe- Sobre a colocação dos pronomes átonos nos excertos: “...talvez
cimento populacional. (4º parágrafo) em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.” e “...zelar por
• ... minimizando choques culturais e distribuindo as famílias por tudo aquilo que  lhe  dizia respeito.”, podemos afirmar que ambas
regiões e cidades em que podem ser mais úteis. (6º parágrafo) as próclises estão corretas, pois o verbo está precedido de palavras
que atraem o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa
A substituição das expressões em destaque por pronomes está que identifica essas palavras atrativas dos excertos:
de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação em: (A) palavras de sentido negativo
(A) enfrentam-no; distribuindo-lhes. (B) advérbios
(B) o enfrentam; lhes distribuindo. (C) conjunções subordinativas
(C) o enfrentam; distribuindo-as. (D) pronomes demonstrativos
(D) enfrentam-no; lhes distribuindo. (E) pronomes relativos
(E) lhe enfrentam; distribuindo-as.
9. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL –
6. (PREFEITURA DE PERUÍBE - SP – SECRETÁRIO DE ESCOLA
2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamente
- VUNESP - 2019)
por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase.
Considere a frase a seguir. Como as crianças são naturalmente
(A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
agitadas, cabe aos adultos impor às crianças limites que garantam
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
às crianças um desenvolvimento saudável. Para eliminar as repeti-
(C) Pretendo viajar a Paraíba.
ções da frase, as expressões destacadas devem ser substituídas, em
(D) Ele gosta de bife à cavalo.
conformidade com a norma-padrão da língua, respectivamente, por
(A) impor-nas ... lhes garantam
(B) impor-lhes ... as garantam 10. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
(C) impô-las ... lhes garantam “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
(D) impô-las ... as garantam que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
(E) impor-lhes ... lhes garantam a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
7. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - GEO- marcada com o acento, EXCETO em:
GRAFIA – MATUTINO - FURB – 2019) (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve outra data especial eleitorado pelo resultado final.
para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do siste-
Blumenau. __________ 15 mil pessoas que estiveram na Rua XV de ma.
Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vel.
vida do fundador do município. [...] O desfile também apresentou (E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o
aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as sistema.
bandeiras e moradores das 42 cidades do território original de Blu-
menau, que foi fundado por Hermann, também estiveram repre- 11. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
sentadas na Rua XV de Novembro. [...] 2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor-
Disponível em: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/desfile-em-blu- reta.
menau-comemora-o-aniversario-da-cidade-e-os-200-anos-do-funda- (A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
dor>.Acesso em: 02 set. 2019.[adaptado] (B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que (E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia,
35% deles fosse despejado em aterros. com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo. da América Latina, o organismo internacional está atribuindo
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior
de lixo. do que o do Brasil.

12. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012) 15. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
de concordância no texto abaixo. (A) pronome;
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou (B) adjetivo;
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- (C) advérbio;
tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo- (D) substantivo;
ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de- (E) preposição.
flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição 16. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan- morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de (A) Pronome demonstrativo.
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa (B) Pronome relativo.
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência (C) Pronome possessivo.
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, (D) Pronome pessoal.
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. (E) Pronome indefinido.
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de
plural em “deflacionados”. 17. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
(B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba-
plural em “Elevaram-se”. lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar nhados classificam-se, respectivamente, em
as regras de concordância com “economia”. (A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão (B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
de singular em “fez aumentar”. (C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordân- (D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
cia com “relevantes”. (E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

13. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda- 18. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode
des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a ser retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase padrão na seguinte sentença:
acima, na ordem dada, as expressões: (A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(A) a que – de que; (B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(B) de que – com que; (C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
(C) a cujas – de cujos; (D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
(D) à que – em que; (E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.
(E) em que – aos quais.
19. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM
14. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008) DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de
Assinale o trecho que apresenta erro de regência. pontuação em:
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de (A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil dados e retirou-se da sala: era o final da reunião.
fecha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente (B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
a maior taxa registrada na última década. teiramente pela porta?
(B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere (C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se
que serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
foi a conhecida Comissão Econômica para a América Latina (D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem
(CEPAL). muito branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momen- os irmãos e o mundo mágico dos brinquedos.
to em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
em que se revela queda no desemprego e até se anuncia a penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
ampliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
de novas fontes de petróleo.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continen- 20. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
te, percebe-se que nossa performance é inferior a que foi mente correta a pontuação do seguinte período:
atribuída a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com (A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
participação menor no conjunto dos bens produzidos pela pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
América Latina. nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente
sem importância, ditam o rumo de toda a história.

25
LÍNGUA PORTUGUESA
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro,
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de peque- coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica,
nas providências que tomadas por figurantes, aparentemente sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
sem importância, ditam o rumo de toda a história. se tornou uma bomba relógio na região.”
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos
pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun-
providências, que, tomadas por figurantes aparentemente, do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16
sem importância, ditam o rumo de toda a história. barragens de mineração em todo o País apresentam condições de
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór-
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de peque- gãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
nas providências, que tomadas por figurantes aparentemente Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do
sem importância, ditam o rumo de toda a história. senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar-
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de pequenas co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos
sem importância, ditam o rumo de toda a história. judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
21. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS – o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem, FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+-
o seguinte par de palavras: QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
(A) estrondo – ruído;
(B) pescador – trabalhador; 24. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:
(C) pista – aeroporto; I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um
(D) piloto – comissário; fato.
(E) aeronave – jatinho. II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao
gênero textual editorial.
22. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma que se trata de uma reportagem.
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque se trata de um editorial.
tem como antônimo:
(A) fortuna; Analise as assertivas e responda:
(B) opulência; (A) Somente a I é correta.
(C) riqueza; (B) Somente a II é incorreta.
(D) escassez; (C) Somente a III é correta
(E) abundância. (D) A III e IV são corretas.

23. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade 25. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que
é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO ainda suja o Brasil”:
se fundamenta em intertextualidade é: I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morri- no desenvolvimento do assunto.
do há muito tempo.” II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro-
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se blemas no uso de conjunções e preposições.
mete onde não é chamada.” III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a de palavras e da ordem sintática.
gente mesmo!” IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, temática e bom uso dos recursos coesivos.
tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão. (B) Somente a II é incorreta.
A lama que ainda suja o Brasil (C) Somente a III é correta.
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br) (D) Somente a IV é correta.

A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica- da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-

26
LÍNGUA PORTUGUESA
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está 26. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis
com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
der na cabeça. gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem elementos dos textos:
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador? (A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su- rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02)
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é
trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto… agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?”
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. (L.06)
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adian-
tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a te, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- faço e mando...” (L.14-15)
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a
isto uma cor poética. E dizia a agulha: eles, furando abaixo e acima.” (L.25-26)
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo de costura. Faze como eu, que não abro caminho para nin-
e acima… guém. Onde me espetam, fico.” (L.40-41)
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe 27. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade,
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli- os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi-
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de:
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até (A) dimensão e pejoratividade;
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. (B) afetividade e intensidade;
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que (C) afetividade e dimensão;
a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para (D) intensidade e dimensão;
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da (E) pejoratividade e afetividade.
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, 28. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co-
perguntou-lhe: mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna-
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi-
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado.
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para (A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? nossa ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11)
Vamos, diga lá. (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agu-
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca- lha. Agulha não tem cabeça.” (L.06)
beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: (C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13)
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze (D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi-
como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, nária!” (L.43)
fico. (E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou-
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- co?” (L.25)
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a
muita linha ordinária!

27
LÍNGUA PORTUGUESA
29. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente EXERCÍCIOS COMENTADOS
de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre-
sente no texto: 1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
(A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever,
equânime em ambientes coletivos de trabalho; uma obrigação.
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei,
equânime em ambientes coletivos de trabalho; informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho, (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen-
cada sujeito possui atribuições próprias. te praticados pelos agentes públicos.
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole- A garantia desse preceito advém da própria Constituição do
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe-
sujeito. lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho, da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula-
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais. ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações
estadual e municipal.
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com
GABARITO adaptações).

Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor-


1 D mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/
2 A RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN)
3 E sobre os atos ilegítimos.
4 A ( ) CERTO
( ) ERRADO
5 C
6 E Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao
7 B Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes
do objeto direto (os atos).
8 E RESPOSTA: ERRADO.
9 A
2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substitui-
10 D ção da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela conjunção
11 E e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua in-
12 A terpretação original.
( ) CERTO
13 A ( ) ERRADO
14 D
Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito
15 A
mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos
16 E a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria
17 B mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se
que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao
18 B termo anterior.
19 E RESPOSTA: ERRADO.
20 A
3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
21 E A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
22 D (CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
23 E parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
24 C Copa 2014.
Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
25 D
os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
26 E a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
27 D 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
28 D horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
29 D cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.
“É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram.
Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho-
ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira
fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu- - Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito
laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu- simples
mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen-
dos consultores. tos em sua composição)
Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações). RESPOSTA: ERRADO.

O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho- 7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap-
ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com- tada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a op-
plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente. ção correta.
( ) CERTO
( ) ERRADO Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos
antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu-
Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a rea- ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble-
lidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo
enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do
é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais
substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva – pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases,
função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação mais leves do que o ar.
do enunciado incorreta. Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por
RESPOSTA: ERRADO. causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci-
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem
4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei-
advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a argu- ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado
mentação apresentada no texto de que houve irregularidades em do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de
um dos contratos, especificamente no que se refere à descrição do 1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco
volume de horas trabalhadas pelos consultores. na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja
( ) CERTO disputada por vários países.
( ) ERRADO <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em:
13/12/2015 (com adaptações).
Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas
por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010. A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia. oração subordinada de natureza restritiva.
Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição.
suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele- C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as
cido. informações originais do texto.
RESPOSTA: CERTO. D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in-
dica voz reflexiva.
5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis.
“que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
vel com a realidade” funciona como complemento da forma verbal A = incorreta (oração de natureza explicativa)
“constatou-se”. B = incorreta (pronome apassivador)
( ) CERTO C = incorreta
( ) ERRADO E = incorreta (voo)
RESPOSTA: D
- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra-
balho incompatível com a realidade 8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assina-
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso le a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
RESPOSTA: ERRADO. Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa-
ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem fle- aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5)
xionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito China.
composto plural. <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
( ) CERTO em:13/12/2015. (com adaptações).
( ) ERRADO
A) é destaque
- os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito B) densidades
simples C) bastante
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo D) ocupou
concorda com o sujeito simples E) inclusive na

29
LÍNGUA PORTUGUESA
Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres-
RESPOSTA: D tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos,
resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês,
9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- ESAF/2015) Assinale além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme
a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego de a demanda.
vírgulas. <http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode-um-ser-
O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e vidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (comadaptações).
os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá,
Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a 11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de morfos-
Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado sintaxe no texto. substituir:por:
com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom- A) HáA
bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona- B) Nesse tempoDurante esse tempo
ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules C) junto juntamente
C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A. D) Tenho deTenho que
já soma algumas centenas de pedidos e reservas. E) ao longo do mês no decorrer do mês
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em:
13/12/2015 (com adaptações). A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser
As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni- escrito com “h” (há).
dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.” RESPOSTA: A
separam
A) aposto explicativo que complementa oração principal. 12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
B) palavras de natureza retificativa e explicativa. CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua-
C) oração subordinada adjetiva explicativa. ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
D) complemento verbal composto por objeto direto. A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo
E) termos de mesma função sintática em uma enumeração. (...)
B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra-
RESPOSTA: E balhar lá.
10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi- C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es-
nale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal tou (…)
contribuiu. D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que
No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda- está ganhando”.
ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e
na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen- analistas, além de ser, gestor substituto (…)
tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder-
nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu Fiz as correções:
para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar
inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con- lá.
correntes, que causaram a extinção da Panair. C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…)
<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que
Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações). está ganhando”.
E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
A) contribuísse analistas, além de ser gestor substituto (…)
B) contribua RESPOSTA: A
C) contribuíra
D) contribuindo (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
E) contribuído - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder às
questões
A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in- Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre-
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra). voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre-
RESPOSTA: C vendo esse artigo, sobrevivi.
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL -
não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se-
ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para responder
gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur-
às questões
bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está
Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na
“violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão.
ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse
<http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/tur-
tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração
bulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em:15/12/2015(com
pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro-
adaptações).
fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe
em time que está ganhando”.
Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da
ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos

30
LÍNGUA PORTUGUESA
13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi 16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
reescrito com correção gramatical. CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também sa-
A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha bermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão
passado por uma turbulência, com certeza. fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto seu
B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se sentido original quanto sua correção gramatical na opção:
você fosse um passageiro frequente. A) Embora também sabemos …
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon- B) Dado também saibamos …
teceu de passar por uma turbulência. C) Pelo motivo o qual também sabemos …
D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse D) Em virtude de também sabermos …
passado por uma turbulência. E) Conquanto saibamos …
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
za, ter passado por uma turbulência. Correções:
A) Embora também sabemos= saibamos
Correções:
B) Dado também saibamos = sabermos
A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período
tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza.
confuso...
B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên-
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente. D) Em virtude de também sabermos= sentido diferente do ori-
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon- ginal…
teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência. E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido
D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti- original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia
vesse passado (PASSOU) por uma turbulência. contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe- São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo
za, ter passado por uma turbulência. que, por mais que, posto que, conquanto, etc.)
RESPOSTA: E RESPOSTA: E

14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO 17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou escre- CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentuação,
vendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de assinale a opção correta.
A) conformidade.
B) conclusão. Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
C) causa. São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob-
D) dedução. jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá-
E) condição. -los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção.
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de-
Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada tector de metais?
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a A inspeção dos passageiros por detector de metais é obriga-
circunstância que expressam, classificam-se em: tória. O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser ins-
- Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da pecionado por meio de equipamento detector de metal deverá sub-
oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque, meter-se à busca pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a
no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já inspeção por meio de detector manual de metais ou por meio de
que, desde que, etc.
busca pessoal.
RESPOSTA: C
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/ guiapassa-
geiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com adaptações).
15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas empre-
gadas no texto é correto afirmar que A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. conjunção “e”.
B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior. vogal “e” fechada.
C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”.
tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”. D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois prego de locução com substantivo no feminino.
de “violento” estão isolando oração intercalada. E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam vra paroxítona terminada em ditongo.
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da aviação.
Comentários:
A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condicio- conjunção “e” = não é acento diferencial
nal) B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa) vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em “e”
C = incorreta (separando oração principal da causal) C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve-
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em
compreensão da descrição) verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar a
RESPOSTA: D acentuação

31
LÍNGUA PORTUGUESA
D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em- D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir-
prego de locução com substantivo no feminino = o acento grave se mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é
deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição (sub- possível buscar indenização na Agência.
meter-se a) E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma-
E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala- teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe
vra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser propa- (AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovantes
roxítona necessários.
RESPOSTA: C RESPOSTA: D

18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
01 – FCC/2014 - adaptada) COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra é
... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava acentuada pela mesma razão que “cerimônia”:
em Araritaguaba... A) tendência – crônica.
O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en- B) descartáveis – uísque.
contra o grifado acima está em: C) búzios – vestuário.
(A) ... o Tietê é um regato. D) ótimo – cipó.
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo
ao rio. A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica =
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... proparoxítona
(E) ... e traziam ouro. B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque =
regra do hiato
“Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa-
(A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo roxítona terminada em ditongo
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen- D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o”
te do Indicativo RESPOSTA: C
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo 21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre- COLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão corre-
sente do Indicativo tamente analisados quanto à função sintática em:
(E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito.
RESPOSTA: “E” II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto.
III - O Boldo resolve – predicado verbal.
19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - A) Apenas I e II.
ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia. B) Apenas I e III.
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- C) Apenas II e III.
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à empre- D) I, II e III.
sa aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como consumi-
dor. I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta
aérea na ANAC, que analizará o fato. III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação RESPOSTA: D
civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- 22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é
possível buscar indenização na Agência. A essência da infância
E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con- Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor-
sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipada- mar a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo
mente se está de posse dos comprovantes necessários. Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta-
blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não
Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/ conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que
stories/guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar
em:17/12/2015. livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta-
Por itens: mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE) pri- crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática
meiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVINDICAR) que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento
seus direitos como consumidor. pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato.
além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO)
Para o bem-estar delas e para toda a família.
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administrativa à
(Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
empresa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
O tema central do texto a essência da infância refere-se: 27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01
(A) Às tecnologias disponíveis. – FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê
(B) À importância do convívio familiar. ...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que
(C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker. ...... depois delas.
(D) À importância de impor limites. Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos,
(E) Ao exagerado consumo. na ordem dada, por:
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam
Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con- (B) era evitadas − temerosa − aparecia
vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além (C) era evitado − temerosas − apareciam
de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o (D) era evitada − temeroso − aparecia
bem-estar delas e para toda a família). (E) eram evitadas − temeroso – aparecia
RESPOSTA: B
Destaquei os termos que se relacionam:
23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No excerto: Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi-
“... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância...”. O tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN-
pronome em destaque refere-se a: ÇAS que APARECIAM depois delas.
(A) Celular e tablet. Eram evitadas/temerosa/apareciam.
(B) Agenda. RESPOSTA: A
(C) Aulas depois da escola.
(D) Visitas ao shopping Center. 28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: “O
(E) Conjunto de hábitos. livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra destacada é um:
(A) Artigo.
Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há- (B) Substantivo.
bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel (C) Adjetivo.
(D) Verbo.
Becker, esses têm sido (..)”
(E) Pronome.
RESPOSTA: E
Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um
24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag-
caso de pronome relativo – como na questão.
mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A pa-
RESPOSTA: E
lavra destacada expressa ideia de:
(A) Ressalva.
29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada)
(B) Conclusão. No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito transmissor
(C) Adição. da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se:
(D) Advertência. (A) Na voz passiva.
(E) Explicação. (B) Na voz ativa.
(C) Na voz reflexiva.
Dá-nos a ideia de adição. (D) Na voz passiva analítica.
RESPOSTA: C (E) Na voz passiva sintética.
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No período: Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz
“Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados ativa.
cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adul- RESPOSTA: B
ta”. O verbo destacado está respectivamente no modo e tempo do:
(A) Indicativo – presente. 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
(B) Subjuntivo – pretérito. Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
(C) Subjuntivo – futuro. cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
(D) Indicativo – futuro. (A) Condição.
(E) Indicativo – pretérito. (B) Finalidade.
(C) Tempo.
Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte- (D) Comparação.
cerá – futuro do presente do Indicativo. (E) Conformidade.
RESPOSTA: D
26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: Se A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
de: RESPOSTA: C
(A) Comparação.
(B) Condição. 31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
(C) Tempo. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em
(D) Concessão. outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, trans-
(E) Finalidade. formado em minha própria estrela.
Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- sublinhados devem assumir a seguinte forma:
simo passeio: não chover. (A) iria − iria ser − teria enchido
RESPOSTA: B (B) ia − tinha sido − encheria

33
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) viria − iria ser − encheria 34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
(D) iria − teria sido − encheria adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
(E) viria − teria sido − teria enchido O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da
Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin-
O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa- do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das
çamos as transformações: Mas não iria pegá--lo − o poema já teria frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen-
sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total
ainda me encheria de luz, transformado em minha própria estrela. de casos da doença na região amazônica em uma década.
RESPOSTA: D (Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista-das-
-doencas-tropicais)
32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL –
FCC/2014 - adaptada) ... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron-
...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no dônia...
interior do país... O elemento que justifica a flexão do verbo acima é:
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal (A) casos da doença.
resultante será: (B) frentes avançadas da USP na Amazônia.
(A) vinham indicadas. (C) registros de malária.
(B) era indicado. (D) programas de pesquisa em Rondônia.
(C) eram indicadas. (E) investigações sobre a malária em Rondônia.
(D) tinha indicado.
(E) foi indicada. Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de
pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na
‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços”
interior do país. é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o
As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, termo anteriormente citado (programas).
indistintamente. RESPOSTA: D
RESPOSTA: C
35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) As adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
normas de concordância estão respeitadas em: Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir-
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari- mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá-
siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a Re- lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades
volução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina. de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve-
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
dos Unidos chegariam com algum atraso ao Brasil, mas com efeito (Adaptado de: cremesp.org.br)
igualmente devastador.
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que tive- da frase acima, na ordem dada:
ra oportunidade de estudar em Portugal. (A) tornarei − tinha
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec- (B) tornara − tivesse
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas pe- (C) tornarei − tiver
los ingleses. (D) tornaria − tivesse
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia (E) tornasse – tivera
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
Correções: RESPOSTA: D
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
siense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissidentes 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
políticos − a Revolução Francesa levou milhares de condenados à FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo
guilhotina. sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho:
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, mas abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
com efeito igualmente devastador. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- bém.
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite brasi- (C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
leira que tivera oportunidade de estudar em Portugal. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas como a ideia de governo aberto...
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagoniza- (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
das pelos ingleses. teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia dos abertos por entidades e empresas.
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
RESPOSTA: E pessoa na cidade.

34
LÍNGUA PORTUGUESA
Vejamos: (D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes,
(A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados aber-
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. = in- tos dos cidadãos.
correta (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
(B) Há experiências importantes em cidades brasileiras,tam- permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
bém. = correta espaço de fluxos.
(C) ... uma parte,prioriza a transparência como meio de pres-
tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil, Analisando:
como a ideia de governo aberto... = incorreta (A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência,
(D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in- os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer in-
teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da- formações valiosas acerca dos motoristas.
dos, abertos por entidades e empresas. = incorreta (B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores
(E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me- urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços imprescin-
ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma díveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e segurança.
pessoa na cidade. = incorreta (C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des-
RESPOSTA: B taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avançados
centros de operação de dados.
37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - (D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci-
FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salvaguar-
substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a dam os dados abertos dos cidadãos.
concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é: (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte- permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] espaço de fluxos.
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada RESPOSTA: E
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [rela-
cionado] 39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- - FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
na... [são possíveis] mendicância...
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma
exemplo, até os dados pessoais... [pública] resultante será:
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (A) contemplavam-se.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] (B) foram contemplados.
(C) contemplam-se.
Analisando: (D) eram contemplados.
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteli- (E) tinham sido contemplados.
gentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]=
já é viável O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à cância foram contemplados por mim.
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacio- RESPOSTA: B
nado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um substantivo
masculino 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado corretamen-
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- te em:
na... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão des- (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
se termo) brisa de contentamento.
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
exemplo, até os dados pessoais... [pública]= ok abraçar uma árvore gigante.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto me propusera para o dia.
RESPOSTA: D (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
que hoje vivem em São Paulo.
38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é: ção de se abraçar árvore.
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valiosas Por item:
acerca dos motoristas. (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saúde, (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
educação e segurança. abraçar uma árvore gigante.
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo o
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de ope- que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
ração de dados. (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pes-
soas que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo

35
LÍNGUA PORTUGUESA
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa (D) uma brincadeira.
tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstrativo (E) uma ameaça.
RESPOSTA: B
Hipérbole = exagero
41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO AD- RESPOSTA: C
MINISTRATIVO – FCC/2014)
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era 45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
também cantor-compositor. Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des- denominada, em termos de linguagem figurada, de
tacado acima está empregado em: (A) metáfora.
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... (B) pleonasmo.
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... (C) metonímia.
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico... (D) hipérbole.
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... (E) eufemismo.
(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
Descobrir = exige objeto direto em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude
(A) E Adoniran estava = verbo de ligação da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen-
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de tido normal.
ligação RESPOSTA: A
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de
ligação 46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto “Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa de
RESPOSTA: E um enredo açucarado.”
Um “enredo açucarado” significa um enredo
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (A) engraçado.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (B) crítico.
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso (C) psicológico.
que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos (D) aventureiro.
devem assumir as seguintes formas: (E) sentimental.
(A) teria sido − soubesse − viriam
(B) será − saiba − virão Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado
(C) era − tivesse sabido − viriam geralmente se refere a um texto doce, sentimental.
(D) fora − tivera sabido − vieram RESPOSTA: E
(E) seria − tivesse sabido – viriam
47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo.
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam... (A) Enredo açucarado.
RESPOSTA: E (B) Dias atuais.
(C) Produto cultural.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (D) Tremendo preconceito.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (E) Telenovela brasileira.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu-
lungus... Analisemos:
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana- (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
lítica, a forma verbal resultante é: (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(A) tinha sido medida (C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(B) tinham sido medidos (D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
(C) era medida to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
(D) eram medidas car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
(E) seria medida a classificação deve considerar tal formação)
(E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- RESPOSTA: D
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al-
terações adequadas). 48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) “Seja
RESPOSTA: C você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa mesma
frase que mostra uma incorreção da forma verbal no imperativo é:
44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) (A) sê tu a mudança no trânsito;
“15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A expres- (B) sejamos nós a mudança no trânsito;
são “me matar de tédio” expressa (C) sejam vocês a mudança no trânsito;
(A) uma comparação. (D) seja ele a mudança no trânsito;
(B) uma ironia. (E) sejai vós a mudança no trânsito.
(C) um exagero.

36
LÍNGUA PORTUGUESA
Correções: (B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois
(A) sê tu a mudança no trânsito - OK seu sujeito está no plural = exatamente
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK (C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” =
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK de maneira alguma
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK (D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS fim” = incorreta
RESPOSTA: E (E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos)
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - RESPOSTA: B
adaptada)
“Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar 51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) O
o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por um
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema adjetivo inadequado é:
é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon-
trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”. tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divi-
O desvio de norma culta presente nesse segmento é: natória;
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
rir a preposição “em” antes do “que”; termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais;
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”; (Leo Buscaglia) / universal;
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria ser substituída por “vive-se”; interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino;
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”; pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos Mencken) / dominical.
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”.
Vejamos:
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá aconte-
Por item:
cer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divina-
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse-
tória = ok
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = flu-
dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o sen-
viais (pluvial é da chuva)
tido do período
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (Leo Buscaglia) / universal = ok
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esquecer (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
de que pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos Mencken) / dominical = ok
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incorreta RESPOSTA: B
RESPOSTA: D
52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
adaptada) (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re- abrir”. (Guy Falks);
fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros, (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda
motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”. (C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
O comentário correto sobre os componentes desse segmento (Abraham Lincoln);
é: (D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
motoristas; (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois seu progresso”. (Nouailles).
seu sujeito está no plural;
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”; A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em isso contribuía para seu progresso”.
fim”; RESPOSTA: E
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
mais”, por referir-se ao feminino “ações”. 53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) Em
todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de outros
Análise: com significado mais específico. A frase em que a substituição por
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os esses verbos mais específicos foi feita de forma adequada é:
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós) (A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins)
/ desfrutar de;

37
LÍNGUA PORTUGUESA
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência (C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As
você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece; canções populares)
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são (D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; grave... (quase todos os homens)
(D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo (E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os
quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”. caipiras do Centro-Sul)
(Mansour Challita) / originar;
(E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e (A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. (B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula-
Façamos as alterações propostas para facilitar a análise: res) = conservam
(A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom (D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
Robbins) / desfrutar de; mens) = cantavam
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência (E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do
você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece; Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são apelido)
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; RESPOSTA: E
(D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur-
do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi- 57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Considere
co”. (Mansour Challita) / originar; as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguística:
(E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
RESPOSTA: A música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.
54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre os II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas. das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera- III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses
ção de sentido por COM EFEITO. com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função
II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração. anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.
III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
Está correto apenas o que se afirma em:
Está correto apenas o que se afirma em: A) I.
A) I. B) II.
B) II e III. C) III.
C) I e II. D) I e III.
D) III. E) II e III.
E) I e III.
Analisemos:
Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
RESPOSTA: E pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do ponto não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni-
de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso)
que feriu a regra de colocação foi:
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa-
dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
rinheiro.
das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava-se.
Remédio – paroxítona terminada em ditongo/existência - paro-
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles
xítona terminada em ditongo
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam.
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” =
as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó-
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência.
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en- rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a
fim, haver-se-ia de pensar. relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros)
RESPOSTA: E
Não se inicia um período com pronome oblíquo.
RESPOSTA: A 58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – termo em destaque classifica-se, morfologicamente, como:
FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre A) adjetivo
parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem B) advérbio
que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em: C) substantivo
(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas) D) verbo
(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an- E) conjunção
tropólogos)...

38
LÍNGUA PORTUGUESA
Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér- “Nunca” é advérbio (de negação).
bios de modo. RESPOSTA: C
RESPOSTA: B
63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA - -CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância às
IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero engordar regras de concordância verbal:
no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que: A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci-
A) não apresenta complemento mento global está ocorrendo em função”
B) está flexionado no futuro do presente B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta-
C) seu sujeito é inexistente dores”
D) constitui uma oração C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
E) expressa a ideia de possibilidade bém colabora para este processo”
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento luentes no mundo, não aceitou o acordo”
(objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar
certo). Analisemos
B – está flexionado no presente A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci-
C – sujeito elíptico (eu) mento global está ocorrendo em função”
E – queria indicaria possibilidade B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos
RESPOSTA: D devastadores”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- bém colabora (colaboram) para este processo”
CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classificações D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo”
por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonis- RESPOSTA: A
tas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e
põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os 64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que -CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz passiva
A) possuem o mesmo referente. destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
B) ligam orações sintaticamente dependentes. A) Castigaram.
B) Têm castigado.
C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador.
C) Castigam.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
D) Tinha castigado.
Possuem o mesmo referente (o fotojornalista).
As ondas de calor têm castigado a Europa.
RESPOSTA: A
RESPOSTA: B
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE-
65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por “tra- -CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi DE-
vessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obviamente, SOBEDECIDA:
são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocorreria: A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase. B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria equilíbrio ambiental é coletiva.
sido modificado. C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase, substituindo-se “aos” por “à”. D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas- dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
saria a não exigir o emprego da preposição.
Vejamos:
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia – A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
“vulnerável” exige preposição. do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
RESPOSTA: C B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
equilíbrio ambiental é coletiva - ok
62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE- C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, assinale bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
a alternativa em que o termo destacado está associado INCORRE- D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que)
TAMENTE. a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
A) “E não só isso.” – pronome. RESPOSTA: D
B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo.
C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun- 66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
ção. TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber- acentuadas por obedecerem a regras distintas:
tação das opiniões familiares.” – verbo. A) Catástrofes – climáticas.
B) Combustíveis – fósseis.

39
LÍNGUA PORTUGUESA
C) Está – país. (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram
D) Difícil – nível. com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu-
Por item: midores não estejam em dia com suas obrigações.
A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona (E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis = to mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos
paroxítona terminada em ditongo créditos.
C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato
D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona Correções:
terminada em “l” (A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se
RESPOSTA: C altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
(B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho
67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
-CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se, (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram
correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras: com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
A) Aparição e omissão. (D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número dos
B) Retenção e excessão. consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obrigações.
C) Opreção e permissão. (E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
D) Pretenção e impressão. to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não pode
(PODEM) obter novos créditos.
A) Aparição = OK / omissão = OK RESPOSTA: C
B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO
C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK 70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada)
RESPOSTA: a Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que
eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente,
68-) (SEAP-GO -AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
texto publicitário abaixo. regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma--pa-
drão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com


preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
RESPOSTA: “E”.

71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE-


SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014
- adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram
iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte ma-
neira:
Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007
(A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
* Com a doação de órgãos, a vida continua.
(B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
(C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
A finalidade desse anúncio é
(D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
A) Simbolizar o fim da vida.
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.
B) Proibir a doação de órgãos.
C) Estimular a doação de órgãos.
D) Questionar a doação de órgãos. Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-
E) Demonstrar os sinais de pontuação -se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini-
ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram
início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta
Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
a vida continua. formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia-
RESPOSTA: C ram-se as obras.
*Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- Sintética = Se (memorize!)
sinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. RESPOSTA: C
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte-
re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo.
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei-
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá- xando milhares de mortos e desaparecidos.
rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca- RESPOSTA: C
rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos. 75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As-
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) sinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em con-
formidade com a norma-padrão.
As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, (A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar
Sílvio Santos completou seu Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
(B) octogésimo quinto aniversário. poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(C) octingentésimo quinto aniversário. (C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su-
(D) otogésimo quinto aniversário. perada e os danos ambientais e sociais recuperados.
(E) oitavo quinto aniversário. (D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po-
derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados.
RESPOSTA: B (E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá
superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 -
adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e Analisemos:
aos sentidos do texto. (A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação (PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos
para contornar as tragédias. ambientais e sociais.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
nipo-brasileiras renderão bons frutos. poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar (C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
com as parcerias nipo-brasileira. Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan- perados.
tes as parcerias nipos-brasileiras. (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais,
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recu-
gédia e das parcerias nipo-brasileira. perados.
(E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão,
Acertos: poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação RESPOSTA: B
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par- 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE
cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE) indicativo da crase, tem-se:
são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
gédia e das parcerias nipo-brasileira(BRASILEIRAS). (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
RESPOSTA: A (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
(E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto,
74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Ob-
serve: incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À rea-
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses ção e AO enfrentamento.
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. RESPOSTA: A
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
voltava________ viver a sua rotina. 77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011, assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
deixando milhares de mortos e desaparecidos. A) Houveram eleições em outros países este ano.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem B) Se eu vir você por aí, acabou.
ser preenchidas, respectivamente, com: C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
(A) a … à … à D) Fazem três anos que não tiro férias.
(B) à … a … a E) Esse homem possue muitos bens.
(C) às … a … à
(D) as … a … à Correções à frente:
(E) às … à … a A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. E) Esse homem possue muitos bens = possui
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já RESPOSTA: “B”.
voltava A viver a sua rotina.

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LÍNGUA PORTUGUESA
78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta:
A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
C) O caminhoneiro dormiu no volante.
D) Quando eles chegam em Campo Grande?
E) A moça que ele gosta é aquela ali.

Correções:
A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
B) Já assisti a esse filme = correta
C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a Campo Grande
E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele gosta
RESPOSTA: “B”.

79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A acentuação correta está na alternativa:
A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
C) ponei – geléia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______grave ameaça ____ saúde huma-
na. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda, mais
vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma--padrão da língua portuguesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar
de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido
A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

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LÍNGUA PORTUGUESA
De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do em- tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas
prego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
alternativa que apresenta outra redação possível para o período “A então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a
economia brasileira já faz isso há séculos.” ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial,
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos. temos:
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos. da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos. RESPOSTA: D

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto 84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA –
pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”. UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja to-
RESPOSTA: “D”. nicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima
sílaba.
82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” -
as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil “infalível de aprovação para o candidato...”
garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que
correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: pretende enfrentar uma seleção pública.”
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações... C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil. pode acontecer por influência de fatores diversos...”
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil. D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten-
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil. de enfrentar uma seleção pública.»
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil. E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil. por influência de fatores diversos...”

O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas


O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comuni-
A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível =
cações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordan-
paroxítona terminada em L
do com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se.
B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gê-
C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina-
neros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar
da em ditongo
com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então:
D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona
garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigi- E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di-
lo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos. tongo
RESPOSTA: A RESPOSTA: B
83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o 85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM-
seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os
Presidência da República, no qual expressões foram substituídas focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma
por lacunas. forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe”
seria:
Senhor Deputado A) hão.
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama B) haviam.
n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas C) há.
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presi- D) houveram.
dente da República, estão amparadas pelo procedimento adminis- E) houve.
trativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto
n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” –
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu-
ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”.
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacu- RESPOSTA: C
nas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa
e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de 86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
tratamento em correspondências públicas, é: FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e
A) Vossa Senhoria … tua. eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da
B) Vossa Magnificência … sua. lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamen-
C) Vossa Eminência … vossa. te, pela ordem, a:
D) Vossa Excelência … sua. A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan-
E) Sua Senhoria … vossa. tivo.
B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, ver-
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili- bo.
zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom- D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En- verbo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
“Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
(pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela, não é a mesma.
presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então: III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
RESPOSTA: C de uso, quanto à flexão de número.

87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA- Quais estão corretas?


FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos in- A) Apenas I e III.
dicados entre parênteses, fazendo a devida concordância. B) Apenas II e IV.
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur- C) Apenas I, II e IV.
giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito D) Apenas II, III e IV.
do indicativo) E) I, II, III e IV.
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo) I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi- rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere-
ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta)
clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é
A sequência correta, de cima para baixo, é: a regra do hiato (correta)
A-) interveio - entretinham - abstiverem III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
B-) interviu - entretiveram - absterem por isso a acentuação (da-í) = incorreta.
C-) intervém - entreteram - abstêm IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
D-) interviera - entretêm - abstiverem de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei-
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ra pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: C
O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este,
no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” 90-) (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CON-
(não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des- TÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo au-
cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma xiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é
opção, chegamos à resposta rapidamente! (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão
RESPOSTA: A inteligentes quanto o homem.
(B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta-
88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE refas destinadas aos robôs.
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque (C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos
está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em: para garantir a evolução da robótica.
(A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo... (D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su-
(B) Meus voos todos saíram na hora. perar, como a locomoção e o diálogo.
(C) Era um berimbau, meu Deus. (E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu- espacial.
sical.
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin-
bonita... cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles
também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”,
Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter- é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um
nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados. erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises:
Farei a classificação por questão pedagógica! (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs =
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do pode haver
Indicativo (B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta)
(B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per- (C) No futuro, devem haver = deve haver
feito do Indicativo (D) Pode existir obstáculos = podem existir
(C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In- (E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir
dicativo RESPOSTA: B
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi-
cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) 91-) (ANTAQ –ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adaptada) Es-
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo taria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem po-
RESPOSTA: D tencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – ( ) CERTO
FUNDATEC/2014 - adaptada) ( ) ERRADO
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa. RESPOSTA: ERRADO

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LÍNGUA PORTUGUESA
92-) (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – (C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermer- (D) ... dispararam na última década.
cados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às (E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa-
rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento Percorriam =Pretérito Imperfeito do Indicativo
“para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada- A = contornam – presente do Indicativo
mente desenvolvida em B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
(A) para se encaixarem. C = foi = pretérito perfeito do Indicativo
(B) para seu encaixotamento. D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo
(C) para que se encaixassem. E = acompanham = presente do Indicativo
(D) para que se encaixem. RESPOSTA: B
(E) para que se encaixariam.
96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do ele-
As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre- mento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo
sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar- INCORRETO em:
mos a conjunção: “para que se encaixem”. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
RESPOSTA: D (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la
93-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO (D) que desviava a água = que lhe desviava
– FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto En- (E) supriam a necessidade = supriam-na
deavor” equivale, na voz ativa, a:
(A) que o instituto Endeavor traz; (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta
(B) que o instituto Endeavor trouxe; (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
(C) trazida pelo instituto Endeavor; (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor; (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava
(E) que traz o instituto Endeavor. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
RESPOSTA: D
Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que
o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – 97-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
assim como na passiva). NESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os
RESPOSTA: B bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espé-
cie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo
94-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – com a norma-padrão da língua.
VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me-
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização cânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia- (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor- nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me-
e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
estabelecer limites aos seus filhos. (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ-
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas
nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
(A) faz … haver … têm
nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm
Fiz as correções entre parênteses:
(D) fazem … haverem … têm
(A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
(E) faz … haverem … tem
truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com má-
Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que quinas.
estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamen- (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
tos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída)
avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
Temos: faz, haver, têm. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
RESPOSTA: A nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: E
95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada)
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen- 98-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
tral até o mar Cáspio e além. 01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado substituído pelo pronome correspondente em:
acima está em: (A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... (B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo =
(B) ... era a capital da China. recebê-lo

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem- Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona
-los RESPOSTA: ERRADO
(D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
envolve-lhe 102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
(E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo,
em São Paulo = resolvê-lo “Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos”
(A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la) SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002.
(B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
(C) tem um projeto = tem-los (tem-no) O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu-
(D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe lar, resulta na seguinte forma:
(envolve-a) A) Passe, passe, desfeitas em tormentos.
(E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema B) Passem, passem, desfeitas em tormentos.
em São Paulo = resolvê-lo C) Passa, passa, desfeitas em tormentos.
RESPOSTA: E D) Passas, passas, desfeitas em tormentos.
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos.
99-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI-
VIL – FCC/2014) “Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para
pesquisador e zoólogo famoso. descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue-
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co-
acima se encontra em: piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No- nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai”
gueira. pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso).
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te-
(C) Por mais incrível que possa parecer... remos, então, a construção: “Passa, passa...”.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. RESPOSTA: C
(E) ... porque não espalha...
103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em
Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo “Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão
(A) Tem músicas = presente do Indicativo destacada indica
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito A) meio
do Indicativo B) tempo.
(C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub- C) fim.
juntivo D) modo.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do E) condição.
Indicativo
(E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam
RESPOSTA: B “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente.
RESPOSTA: D
100-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E
COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
– CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente em- do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tar-
pregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois des passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum
o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, en-
tratamento “Vossa Excelência”. tregue somente ...... discrição de si mesmo.
( ) CERTO Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
( ) ERRADO dada:
A) a - às - à - a
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), B) à - as - a - à
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo C) a - as - à - a
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é D) à - às - a - à
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando E) a - às - a - a
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas).
RESPOSTA: ERRADO Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
“distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA- dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante
LHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram” as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al-
e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros,
( ) CERTO entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo
( ) ERRADO a alguém) discrição de si mesmo.
Temos: à/as/a/à.
RESPOSTA: B

46
LÍNGUA PORTUGUESA
105-) (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014) (D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de livraram (advérbio de negação)
palavra inserido na transcrição do texto. (E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito
No desenho constitucional, os tributos são fonte importantís- RESPOSTA: B
sima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Con- 108-) (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VU-
sequentemente, o princípio federativo é indissociável das compe- NESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o ter-
tências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque mo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve
tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser cor-
da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da au- retamente substituído por:
tonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3) A) ocorreram.
a cada ente político vários tributos de sua específica competência, B) sucedeu-se.
para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua C) existiu.
própria receita tributária. D) houveram.
(Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em: E) aconteceu
17mar. 2014.)
Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados
A) (1) nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, deven-
B) (2) do, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais,
C) (3) que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconte-
D) (4) ceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção coreta:
E) (5) ocorreram.
RESPOSTA: A
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autono-
mia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada 109-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
ente político vários tributos de sua específica competência”. TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Consi-
RESPOSTA: C dere os numerais sublinhados a seguir:
I (...) Copa do Mundo de 2014 (...)
106-) (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA II (...) primeiro jogo (...)
CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se III (...) três unidades (...)
para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os IV (...) mais de 10 anos.
tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do
jeitinho, a forma obtida deverá ser: Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente,
A) tenha começado a ser desfavorecida. de cima para baixo, como:
B) comecem a desfavorecer. A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal.
C) terá começado a ser desfavorecida. B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal.
D) comecem a ser desfavorecidos. C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo.
E) estão começando a se desfavorecer. D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal.
E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal.
“É possível que os tempos modernos tenham começado a des-
favorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos, Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a che-
na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): gar à resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem =
“É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavo- a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos
recida pelos tempos modernos”. leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento
RESPOSTA: A da classificação. Chegamos à letra A – única resposta correta!
RESPOSTA: A
107-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO-
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colo- 110-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
cação pronominal. TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas al-
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassi- ternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE,
natos brutais. ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA.
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. A) Intimo.
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. B) Ate.
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus C) Miseria.
do ódio. D) Policia.
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em E) Amem.
Ruanda.
A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo
Correções: (adjetivo)
(A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advér- B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (pre-
bio) posição)
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame C) Miseria.– deve ser acentuada (miséria – substantivo)
= correta. D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “contro-
(C) Se completam = completam-se (início de período) lar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo)

47
LÍNGUA PORTUGUESA
E) Amem – (verbo) / amém (interjeição) dependente de sua função no período (pronome relativo, no caso!)
Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém! – a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a
RESPOSTA: C reconhecem.
RESPOSTA: A
111-) (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS -
FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futu- 114-) (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTEN-
ro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjuga- TE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014)As discus-
do de forma correta no pretérito perfeito do indicativo. sões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais
Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está con- ______.
jugada de forma errada. (A) leva ... à ... vantajoso.
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. (B) levam ... à ... vantajosos.
B) Elas preveem coisas impossíveis (C) leva ... a ... vantajoso.
C) Espero que elas prevejam boas coisas. (D) leva ... à ... vantajosos.
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar. (E) levam ... a ... vantajosos.
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.
As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo
Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa In- no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos.
correta. Teremos 4 corretas! RESPOSTA: E
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quan-
do ele previr 115-) (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA
B) Elas preveem coisas impossíveis = correta TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014
C) Espero que elas prevejam boas coisas= correta - adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habi-
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar= cor- lidades sobre-humanas parece ficção científica”, a palavra destaca-
reta da apresenta hífen porque a natureza das partes que a compõem
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente= correta assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão grafadas de
RESPOSTA: A acordo com a ortografia oficial é
(A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural
112-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- (B) girassol, bem-humorado, batepapo
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso (C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé
do acento indicativo da crase. (D) pan-americano, inter-estadual, vagalume
(E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair.
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa.
(A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas
(C) As borboletas vão de um jardim à outro.
(B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo)
(D) Mas a chuva não chega à ninguém. (C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva. (D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume
(E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal)
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair RESPOSTA: A
(verbo no infinitivo)
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta 116-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
(dica: dá para substituir por “esperando”) TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a
(C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mes-
masculina) ma regra.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome (A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
indefinido) (B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva (C) “Índice” e “dólares”.
(objeto direto, sem preposição) (D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
RESPOSTA: B (E) “Atribuídos” e “índice”.

113-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRA- (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
ÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a in- (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
formalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formula- (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
ção apresentada em: (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
A) Há políticas que a reconhecem. RESPOSTA: B
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na. 117-) (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
D) Há políticas que reconhecem ela. FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem
que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sis-
E) Há políticas que lhe reconhecem.
tema Elétrico (NOS)trabalha com uma estimativa de que no atual
período úmido ovolumedechuvasnãoultrapasse67%damédiahistó-
Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indi-
ricanasáreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétri-
reto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e res- cas”.Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula
posta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe” (A)apósaformaverbal“abrigam”.
– que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – in- (B) apósosubstantivo“áreas”.

48
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) apósosubstantivo“estimativa”. C) satélite e ministério.
(D)após“deque”eantesde“ovolume”. D) pública e experiência.
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas”. E) sexagenário e próximo.

“Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O
e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificati-
trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido ovolu- va de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessa-
medechuvasnãoultrapasse67%damédiahistóricanasáreas que abri- riamente igual às do enunciado.
gam os principais reservatórios das hidrelétricas”. A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona
(A)apósaformaverbal“abrigam” – incorreta (não posso separar B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona
o verbo de seu complemento - objeto). C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona
(B) apósosubstantivo“áreas” – incorreta (mudaríamos o senti- D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona
do do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona
para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dan-
do a entender que todas abrigam reservatórios). Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a
(C) apósosubstantivo“estimativa” – incorreta (separaria subs- mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o com-
tantivo de seu complemento). põem, não necessariamente igual às do enunciado.
(D)após“deque”eantesde“ovolume” – correta (não haveria mu- RESPOSTA: B
dança no período, dando ao termo uma função de aposto explica-
tivo, por exemplo). 121-) (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINIS-
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas” – incorreta – separaria TRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destaca-
sujeito de predicado das nas frases a seguir.
RESPOSTA: D • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
• As crianças estavam sós no carro.
118-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adap- • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
tada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior • Os carros custam caro.
maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a
seguinte forma verbal: Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
A) consideravam. dos termos anteriores, analise.
B) consideram. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
C) considerem. xionou.
D) considerarão. II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
E) considerariam. jeito.
III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os
pronome a que se refere.
tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM:
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos.
xionou.
RESPOSTA: B
Estão corretas as afirmativas
119-) (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC-
A) I, II, III e IV.
NOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia:
____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da B) I, II e IV, apenas.
fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a C) I, II e III, apenas.
greve termine daqui ___ uma semana. D) I, III e IV, apenas.
E) II, III e IV, apenas.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacu-
nas da frase acima, na respectivamente ordem. • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
A) Há – à – a – a. • As crianças estavam sós no carro.
B) Há – à – à – a. • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
C) A – a – a – há. • Os carros custam caro.
D) Há – a – à – há.
Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se pos- dos termos anteriores, analise.
ta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma xionou = correta.
semana. II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
Ficou: há / à / à / a. jeito = correta.
RESPOSTA: B III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
pronome a que se refere = correta.
120-) (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CON- (Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas pa-
TABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e lavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo
“império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo ou pronome a que se referem)
ocorre com o par de palavras apresentado em IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
A) prêmio e órbita. xionou. = correta
B) rápida e tráfego RESPOSTA: A

49
LÍNGUA PORTUGUESA
122-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da
ANOTAÇÕES
qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as
mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, me- ______________________________________________________
tafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar. ______________________________________________________
b) Temos medo de sair às ruas.
c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos sho- ______________________________________________________
ppings.
d) Somos esse novelo de dons. ______________________________________________________
e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.
______________________________________________________
A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figura- ______________________________________________________
da) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual
(novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado, ______________________________________________________
um monte, vários dons.
RESPOSTA: D ______________________________________________________

123-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI- ______________________________________________________


VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) Identificamos as
______________________________________________________
seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:
A) arma e formação. ______________________________________________________
B) combate e guerreiros.
C) combate e ataque. ______________________________________________________
D) lanças e armas.
E) ataque e situação. ______________________________________________________

Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta ______________________________________________________


de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exem-
plo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresenta- ______________________________________________________
das nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate
______________________________________________________
(combater) e ataque (atacar).
RESPOSTA: C ______________________________________________________
124-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA ______________________________________________________
SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo
seguinte processo: ______________________________________________________
A) sufixação
B) prefixação ______________________________________________________
C) parassíntese
______________________________________________________
D) justaposição
E) aglutinação ______________________________________________________
Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”, ______________________________________________________
portanto: prefixação.
RESPOSTA: B _____________________________________________________

125-) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CES- _____________________________________________________


PE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocá-
bulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”. ______________________________________________________
( ) CERTO ______________________________________________________
( ) ERRADO
______________________________________________________
Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paro-
xítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em ______________________________________________________
ditongo
RESPOSTA: CERTO ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

50
MATEMÁTICA
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com números
racionais, nas suas representações fracionária ou decimal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Mínimo múltiplo comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
3. Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Razão e proporção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5. Regra de três simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6. Equação do 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
8. Relação entre grandezas – tabela ou gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9. Noções de geometria plana – forma, área, perímetro e Teorema de Pitágoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
MATEMÁTICA
Números Inteiros
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, ENVOLVEN- Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
DO: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
POTENCIAÇÃO OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS RA- Este conjunto pode ser representado por:
CIONAIS, NAS SUAS REPRESENTAÇÕES FRACIONÁRIA
OU DECIMAL

Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático necessário Subconjuntos do conjunto :
para efetuar uma contagem. 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade,
obtemos o conjunto infinito dos números naturais {...-2, -1, 1, 2, ...}

2) Conjuntos dos números inteiros não negativos

{0, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1. 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20. {...-3, -2, -1}

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. Números Racionais


Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
{1,2,3,4,5,6... . } São exemplos de números racionais:
-12/51
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces- -3
sor (número que vem antes do número dado). -(-3)
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero. -2,333...
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1. As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
c) O antecessor de 56 é 55. portanto são consideradas números racionais.
d) O antecessor de 10 é 9. Como representar esses números?

Expressões Numéricas Representação Decimal das Frações


Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
zamos alguns procedimentos: cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações,


devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são
resolvidos primeiro.

Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas
23 lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio-
nal
Exemplo 2 OBS: período da dízima são os números que se repetem, se
40 – 9 x 4 + 23 não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que
40 – 36 + 23 trataremos mais a frente.
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

1
MATEMÁTICA

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

– O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-


Representação Fracionária dos Números Decimais ro racional.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o
denominador seguido de zeros. Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. – O produto de dois números irracionais, pode ser um número
racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na-


tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10.


10x=3,333... Fonte: www.estudokids.com.br

E então subtraímos: Representação na reta


10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212... Intervalos limitados
Façamos x = 1,1212... Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a
100x = 112,1212... . e menores do que b ou iguais a b.

Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99 Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}
Números Irracionais
Identificação de números irracionais Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que
– Todas as dízimas periódicas são números racionais. b.
– Todos os números inteiros são racionais.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é Intervalo:]a,b[
sempre um número irracional. Conjunto:{xϵR|a<x<b}
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional. Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma , iguais a A e menores do que B.
com a e b inteiros e b≠0.

2
MATEMÁTICA

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.


Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e


menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em
um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta
Intervalos Ilimitados
em um número negativo.
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me-
nores ou iguais a b.

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal


Intervalo:]-∞,b]
para positivo e inverter o número que está na base.
Conjunto:{x ϵ R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


nores que b.

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
Intervalo:]-∞,b[
expoente, o resultado será igual a zero.
Conjunto:{x ϵ R|x<b}

Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores


ou iguais a A.

Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
base, repete-se a base e soma os expoentes.
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x≥a}
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
que a.

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.


Intervalo:]a,+ ∞[
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Conjunto:{x ϵ R|x>a}
Exemplos:
Potenciação
96 : 92 = 96-2 = 94
Multiplicação de fatores iguais

2³=2.2.2=8

Casos
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
os expoentes.

Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56

3
MATEMÁTICA
Raiz quadrada de frações ordinárias

1 1
2 2 2 2 2
2
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um Observe: =  = 1 =
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. 3 3 3
(4.3)²=4².3² 32
a na
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n =
elevar separados.
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.

Raiz quadrada números decimais


Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação

Operações

Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais fá-
cil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos. Veja:
Operações
64 2
32 2 Multiplicação
16 2
Exemplo
8 2
4 2
2 2
1 Divisão

64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um Exemplo


e multiplica.

Adição e subtração

Observe: Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.


1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 .5 = 3. 5
2 2 8 2 20 2
4 2 10 2
De modo geral, se 2 2 5 5
*
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N , 1 1

Então:
n
a.b = n a .n b
Caso tenha:
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
cando.

4
MATEMÁTICA
Racionalização de Denominadores
Normalmente não se apresentam números irracionais com radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos radicais
do denominador chama-se racionalização do denominador.
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de quadrados no denominador:

Sistema de numeração decimal


O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos (símbolos) diferentes para representar todos os números.
Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja, a posição do algarismo no número modifica o seu
valor.
É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é também
chamado de «sistema de numeração indo-arábico».

Evolução do sistema de numeração decimal

Características
- Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).
- Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível representar todos os números.
- As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes denominações:
10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

Exemplos

5
MATEMÁTICA

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem, começando da direita para a esquerda e a cada três ordens
temos uma classe.

CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DAS


BILHÕES MILHÕES MILHARES UNIDADES SIMPLES
12ª 11ª 10ª 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Unida- Unida- Unida-
Centenas Dezenas Centenas Dezenas Centenas Dezenas
des des des
de de de de de de Centenas Dezenas Unidades
de de de
Bilhão Bilhão Milhão Milhão Milhar Milhar
Bilhão Milhão Milhas

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número em classes (blocos de 3 ordens), colocando um
ponto para separar as classes, começando da direita para a esquerda.

Exemplos
1) 57283
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.
No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das unidades simples. Assim, o número será lido como:
cinquenta e sete mil, duzentos e oitenta e três.

2) 12839696
Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696
O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e noventa e seis.

Fonte:
https://www.todamateria.com.br/sistema-de-numeracao-decimal/

Números Fracionários

Adição e Subtração

Frações com denominadores iguais:

Exemplo 3 2
Jorge comeu 8 de um tablete de chocolate e Miguel 8 desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate que Jorge e Miguel
comeram juntos?
A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela também estão representadas as frações do tablete que Jorge e Miguel come-
ram:

3/8 2/8

5/8

3 2 5
Observe que + =
8 8 8
Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos 5 do tablete de chocolate.
8

6
MATEMÁTICA
Na adição e subtração de duas ou mais frações que têm deno- O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo numera-
minadores iguais, conservamos o denominador comum e somamos dor é o produto dos numeradores e cujo denominador é o produto
ou subtraímos os numeradores. dos denominadores das frações dadas.

Outro Exemplo: Outro exemplo: 2 . 4 . 7 2.4.7 56


= =
3 5 7 3+5−7 1 3 5 9 3.5.9 135
+ − = =
2 2 2 2 2 Observação: Sempre que possível, antes de efetuar a multipli-
cação, podemos simplificar as frações entre si, dividindo os nume-
Frações com denominadores diferentes: radores e os denominadores por um fator comum. Esse processo de
3 5 simplificação recebe o nome de cancelamento.
Calcular o valor de 8 + 6 . Inicialmente, devemos reduzir as fra-
3
ções ao mesmo denominador comum: 21 . 4 . 9 12
=
3 5 = 9 20
1
3 5 10 5
25
mmc (8,6) = 24 + +
8 6 24 24 Divisão
24 : 8 . 3 = 9 Duas frações são inversas ou recíprocas quando o numerador
24 : 6 . 5 = 20 de uma é o denominador da outra e vice-versa.
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso, simplifican-
do o resultado, quando possível: Exemplo
9 20 = 9 + 20 29 2 3
+ = é a fração inversa de
24 24 24 24 3 2
1
3 5 9 20 9 + 20 29 5 ou 5 é a fração inversa de
+ 1 5
Portanto: + = = =
8 6 24 24 24 24
Considere a seguinte situação:
Na adição e subtração de duas ou mais frações que têm os 4
denominadores diferentes, reduzimos inicialmente as frações ao Lúcia recebeu de seu pai os dos chocolates contidos em uma
5
menor denominador comum, após o que procedemos como no pri- caixa. Do total de chocolates recebidos, Lúcia deu a terça parte para
meiro caso. o seu namorado. Que fração dos chocolates contidos na caixa rece-
beu o namorado de Lúcia?
Multiplicação A solução do problema consiste em dividir o total de chocolates
4
que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja, 5 : 3.
1
Exemplo 4 Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular desse algo.
3
De uma caixa de frutas, 5 são bananas. Do total de bananas,
2 4 1 4
estão estragadas. Qual é a fração de frutas da caixa que estão Portanto: : 3 = de
3 5
estragadas? 3 5

1 4 1 4 4 1 4
Como de = . = . , resulta que 4 : 3 =
3 5 3 5 5
3 5 5
Representa 4/5 do conteúdo da caixa
: 3= 4 . 1
1 5 3

São frações inversas

Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa. Observando que as frações 3 e 1 são frações inversas, pode-
mos afirmar que: 1 3
Repare que o problema proposto consiste em calcular o valor Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a primeira
2
de 3 de 4 que, de acordo com a figura, equivale a 8 do total de fru- pelo inverso da segunda.
5 15
tas. De acordo com a tabela acima, 2 de 4 equivale a 2 . 4 . Assim 4 4 3 4 1 4
3 5 3 5
sendo: Portanto :3= : = . =
5 5 1 5 3 15
2. 4= 8 Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu
4
do total de chocola-
3 5 15 tes contidos na caixa. 15

4 8 41 5 5
Ou seja: Outro exemplo: : = . =
3 5 3 82 6
2 2 4 8
de 4 = . = 2.4 =
3 5 3 5 3.5 15

7
MATEMÁTICA
Observação: - No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem
3 as do primeiro fator somadas às do segundo fator.
2 3 1
Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão : .
1 2 5 Exemplo: 652,2 x 2,03
3 5
2 3 1 3 5 15
Portanto 1 = : = . = Disposição prática:
2 5 2 1 2
5 652,2 → 1 casa decimal
Números Decimais x 2,03 → 2 casas decimais
19 566
Adição e Subtração 1 304 4
Vamos calcular o valor da seguinte soma: 1 323,966 → 1 + 2 = 3 casas decimais

5,32 + 12,5 + 0, 034


Transformaremos, inicialmente, os números decimais em fra-
ções decimais:

5,32 + 12,5 + 0, 034 = 352 + 125 + 34 = DIVISÃO


100 10 1000
Numa divisão em que:
5320 12500 34 17854
= + + = = 17, 854
1000 1000 1000 1000 D é o dividendo
d é o divisor temos: D d D=q.d+r
Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854 q é o quociente r q
r é o resto
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são
obtidas de acordo com a seguinte regra: Numa divisão, o resto é sempre menor que o divisor

- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.


- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão: 24 : 0,5.
embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor da divi-
fossem números naturais. são dada por 10.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos
números dados. 24 : 0,5 = (24 . 10) : (0,5 . 10) = 240 : 5
A vantagem de tal procedimento foi a de transformarmos em
Exemplo número natural o número decimal que aparecia na divisão. Com
2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5 isso, a divisão entre números decimais se transforma numa equiva-
lente com números naturais.
Disposição prática:
2,3500 Portanto: 24 : 0,5 = 240 : 5 = 48
14,3000 Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de acor-
0,0075 do com as seguintes regras:
5,0000 - Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do di-
21,6575 visor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os núme-
ros fossem naturais.

Exemplo 1
24 : 0,5
Disposição prática: 24,0 0,5
Multiplicação 40 48
Vamos calcular o valor do seguinte produto: 2,58 x 3,4. 0
Transformaremos, inicialmente, os números decimais em fra-
ções decimais:
258 34 8772
2,58 x 3,4 = . = = 8,772 Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim sendo, a
100 10 1000 divisão é chamada de divisão exata e o quociente é exato.
Portanto 2,58 x 3,4 = 8,772
Exemplo 2
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de 9,775 : 4,25
acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem nú-
meros naturais.

8
MATEMÁTICA
Disposição prática: 9,775 4,250 Divisores
1 275 2 Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de
12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero. Assim sendo,
a divisão é chamada de divisão aproximada e o quociente é apro- Observações:
ximado. – Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
Se quisermos continuar uma divisão aproximada, devemos – Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múlti-
acrescentar zeros aos restos e prosseguir dividindo cada número plos.
obtido pelo divisor. Ao mesmo tempo em que colocamos o primeiro - O zero é múltiplo de qualquer número natural.
zero no primeiro resto, colocamos uma vírgula no quociente.
Máximo Divisor Comum
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais
9,775 4,250 9,775 4,250
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
1 2750 2, 1 2750 2,3
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir
0000
as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.
Acrescentamos um zero Colocamos uma
ao primeiro resto. vírgula no quociente.
Exemplo:

Exemplo 3 15 3 24 2
0,14 : 28 5 5 12 2
1 6 2
0,14000 28,00
0000 0,005 3 3
1

15 = 3.5 24 = 23.3
Exemplo 4
2 : 16
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.
20 16 m.d.c
40 0,125 (15,24) = 3
80
0 Mínimo Múltiplo Comum
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é
o menor número, diferente de zero.

Para calcular devemos seguir as etapas:


• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Exemplo:
Múltiplos
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o pri- 15,24 2
meiro pelo segundo, o resto é zero. 15,12 2
Exemplo 15,6 2
15,3 3
5,1 5
1

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão
O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é in- com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí-
finito e podemos consegui-lo multiplicando-se o número dado por veis ao mesmo tempo.
todos os números naturais. Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua
M(3)={0,3,6,9,12,...} aparecendo.

9
MATEMÁTICA
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
PORCENTAGEM
Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím-
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros, bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal-
ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão cular, etc.
possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda
muito na resolução do exercício.
(A) mais de 30 cm.
(B) menos de 15 cm. Acréscimo
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm. Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina-
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm. do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm. valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for
Resposta: A. de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela
abaixo:
352 2 416 2
176 2 208 2 ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
88 2 104 2 10% 1,10
44 2 52 2 15% 1,15
22 2 26 2 20% 1,20
11 11 13 13 47% 1,47
1 1 67% 1,67

Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:
E são os fatores que temos iguais:25=32
10 x 1,10 = R$ 11,00
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero- Desconto
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi- Veja a tabela abaixo:
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com-
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse DESCONTO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
mesmo dia, às:
(A) 16h 30min. 10% 0,90
(B) 17h 30min. 25% 0,75
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas. 34% 0,66
(E) 18 horas. 60% 0,40
90% 0,10
Resposta: E.
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:
20,30,44 2
10,15,22 2 10 X 0,90 = R$ 9,00
5,15,11 3 Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
5,5,11 5 venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
1,1,11 11 Lucro=preço de venda -preço de custo

1,1,1 Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas


formas:
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão


7+11=18h

10
MATEMÁTICA
Exemplo Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula em proporção com 4/6.
com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x%
das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
para x é igual a
(A) 8.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 6.
(E) 12.
Segunda propriedade das proporções
Resolução Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois
45------100% primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo,
X-------60% assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está
X=27 para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos:
O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to-
dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão.

Ou
Resposta: C.

RAZÃO E PROPORÇÃO
Ou
Razão
Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b
0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/bou
a : b.

Exemplo: Ou
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças.
Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
(lembrando que razão é divisão)

Terceira propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos an-
tecedentes está para a soma ou a diferença dos consequentes, as-
Proporção sim como cada antecedente está para o seu respectivo consequen-
Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre te. Temos então:
A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções Ou


Numa proporção:

Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú- Ou


meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios
é igual ao produto dos extremos, isto é:

AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois: Ou

11
MATEMÁTICA
Grandezas Diretamente Proporcionais Exemplo
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro- Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio
razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado
mais informal, se eu pergunto: entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro-
Quanto mais.....mais.... porcional?

Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto

DISTÂNCIA (KM) COMBUSTÍVEL (LITROS)


13 1
26 2
39 3
52 4
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.
Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
Diretamente proporcionais Inversamente Proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver-
samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número
Grandezas Inversamente Proporcionais M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2,
..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas,
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente pro- assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual
ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
Velocidade x Tempo a tabela abaixo:
cuja solução segue das propriedades das proporções:
VELOCIDADE (M/S) TEMPO (S)
5 200
8 125
10 100
16 62,5 REGRA DE TRÊS SIMPLES
20 50
Regra de três simples
Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo?? Regra de três simples é um processo prático para resolver pro-
Inversamente proporcional blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade. deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
conhecidos.
Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta- Passos utilizados numa regra de três simples:
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema 1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma
com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de
p1+p2+...+pn=P. espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen-
te proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h,


A solução segue das propriedades das proporções: faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria
esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:

12
MATEMÁTICA
1) Velocidade (Km/h) Tempo (h) HORAS CAMINHÕES VOLUME
8 ----- 20 ----- 160
400 ----- 3
5 ----- X ----- 125
480 ----- X

2) Identificação do tipo de relação:

VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↑ Logo, serão necessários 25 caminhões

480 ↓ ----- X↑

Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú- EQUAÇÃO DO 1º GRAU
meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna
ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na Equação 1º grau
segunda coluna vai para cima Equação é toda sentença matemática aberta representada por
uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que representam
VELOCIDADE Tempo números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível
400 ↓ ----- 3↓
à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi-
480 ↓ ----- X↓ cientes, com a≠0.

480x=1200 Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x


X=25 que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º
membro.
Regra de três composta
Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de Nada mais é que pensarmos em uma balança.
duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.

Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as


grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
pécies diferentes que se correspondem: A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação
também.
HORAS CAMINHÕES VOLUME No exemplo temos:
3x+300
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↑ Outro lado: x+1000+500
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↑ E o equilíbrio?
3x+300=x+1500
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde
está o x. Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal
3x-x=1500-300
Observe que: 2x=1200
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi- X=600
nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente
proporcional (seta para cima na 1ª coluna). Exemplo
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A idade
de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades de
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do que
termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade
das setas. que Pedro tem hoje.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
(A) 72;
HORAS CAMINHÕES VOLUME (B) 69;
(C) 66;
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↓ (D) 63;
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↓ (E) 60.

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:

13
MATEMÁTICA
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin- , portanto não há solução real.
guagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3

“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade


que Pedro tem hoje.”

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das


idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6 Se ∆ < 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada real de
um número negativo.

Pa+3+10=2Pa+3 Se ∆ = 0, há duas soluções iguais:


Pa=10
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69 Se ∆ > 0, há soluções reais diferentes:
Resposta: B.

Equação 2º grau
A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral:
Relações entre Coeficientes e Raízes
ax2+bx+c=0
Dada as duas raízes:
Onde a, b e c são números reais, a≠0.

Discussão das Raízes

Soma das Raízes

Se for negativo, não há solução no conjunto dos números


reais. Produto das Raízes

Se for positivo, a equação tem duas soluções:

Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes


Podemos escrever a equação da seguinte maneira:

Exemplo x²-Sx+P=0

Exemplo
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.

Solução
S=x1+x2=-2+7=5

14
MATEMÁTICA
P=x1.x2=-2.7=-14 Inequação - Produto
Então a equação é: x²-5x-14=0 Quando se trata de inequações - produto, teremos uma desi-
gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portanto,
Exemplo surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto
idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua- resposta das funções.
drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos Exemplo
(B) 26 anos
(C) 31 anos a)(-x+2)(2x-3)<0
(D) 33 anos

Resolução
A+J=44
A²+J²=1000
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0

Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64 Inequação -Quociente
Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções
fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo
a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função
que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero.
Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve-
rá ser diferente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à resolução de
uma inequação - produto, de modo que devemos analisar o sinal
das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções.
Substituindo em A
A=44-26=18 Exemplo
Ou A=44-18=26 Resolva a inequação a seguir:
Resposta: B.

Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma x-2≠0
ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal x≠2
de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de
desigualdade:
>: maior
<: menor
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual

O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da equa-


ção, onde temos que organizar os termos semelhantes em cada
membro, realizando as operações indicadas. No caso das inequa-
ções, ao realizarmos uma multiplicação de seus elementos por
–1com o intuito de deixar a parte da incógnita positiva, invertemos
o sinal representativo da desigualdade.
Sistema de Inequação do 1º Grau
Exemplo 1 Um sistema de inequação do 1º grau é formado por duas ou
4x + 12 > 2x – 2 mais inequações, cada uma delas tem apenas uma variável sendo
4x – 2x > – 2 – 12 que essa deve ser a mesma em todas as outras inequações envol-
2x > – 14 vidas.
x > –14/2 Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau:
x>–7

15
MATEMÁTICA
Vamos achar a solução de cada inequação.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x≤-4:4
x≤-1

S1 = {x ϵ R | x ≤ - 1}

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:


x+1≤0
x≤-1

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual.


S2 = { x ϵ R | x ≤ - 1}

Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequação


Temos:
S = S1 ∩ S2

Portanto:
S = { x ϵ R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0

Exemplo
Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valores reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa.

16
MATEMÁTICA

S = {x ϵ R / –7/3 < x < –1}

GRANDEZAS E MEDIDAS – QUANTIDADE, TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE, CAPACIDADE E MASSA

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

17
MATEMÁTICA
UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

18
MATEMÁTICA
Subtração Tipos de gráficos
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 mi- Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
nutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora? Barra vertical

11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------

Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for-


ma que conta de subtração.
1hora=60 minutos

15h 66 minutos 25 segundos


15h 35 minutos
-------------------------------------------------- Barra horizontal
0h 31 minutos 25 segundos

Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo-
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?

2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos OU
5h 20 minutos

Divisão
5h 20 minutos : 2 Histogramas
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma variável
específica e um detalhe importante que são faixas de valores em x.
5h 20 minutos 2

1h 20 minutos 2h 40 minutos
80 minutos
0

1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu-


tos

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS – TABELA OU GRÁFICO

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois da-


dos relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão de-
pender do contexto, mas de uma maneira geral um bom gráfico
deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o con-
texto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos des- Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e queremos
critos ou mostrados numericamente através de tabelas. demonstrar cada parte, separando cada pedaço como numa pizza.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

19
MATEMÁTICA

NOÇÕES DE GEOMETRIA PLANA – FORMA, ÁREA, PE-


RÍMETRO E TEOREMA DE PITÁGORAS

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la-
dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito comum na


representação de tendências e relacionamentos de variáveis

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais fácil a Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.
compreensão de todos sobre um tema.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visualização de


dados e muitas vezes é através dela que vamos fazer os tipos de
gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:

Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa? Ângulo Reto:


- É o ângulo cuja medida é 90º;
APARELHO QUANTIDADE - É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

Televisão 3
Celular 4
Geladeira 1

20
MATEMÁTICA
Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo


que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o


lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de


um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas. Classificação

Quanto aos lados


Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.
ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a


esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

21
MATEMÁTICA
Quanto aos ângulos - Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto nos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a


medida da base menor e h é medida da altura.

2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a


medida da altura.

3 - Retângulo: A = b.h
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso
4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d
é a medida da diagonal menor.

5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
polígono.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que
a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades
são vértices não-consecutivos desse polígono.
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)

22
MATEMÁTICA
Número de Diagonais Exemplo

Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
vexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu- Semelhança de Triângulos
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
internos dos n-2 triângulos. gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os
lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

Ângulos Externos

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:

3º Caso: LLL (lado - lado - lado)


Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio-
nais, então esses dois triângulos são semelhantes.

23
MATEMÁTICA

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo Dividindo os membros por c²
Considerando o triângulo retângulo ABC.

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian-


gulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

Temos:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa


pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
Fórmulas Trigonométricas

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela
altura relativa à hipotenusa.

24
MATEMÁTICA
3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos
catetos sobre a hipotenusa. EXERCÍCIOS

1. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL SU-


PERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 candida-
4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos tos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio.
catetos (Teorema de Pitágoras). Sabe-se que:
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao
de mulheres de nível médio;
Posições Relativas de Duas Retas • dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres.
Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano.
Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não O número de candidatos homens de nível médio é
estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever- (A) 42.
sas. (B) 45.
(C) 48.
Retas Coplanares (D) 50.
(E) 52.
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum
2. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS-
CONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José
foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que
obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados
6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria
Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni
fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo-
cação, é correto afirmar que o vencedor foi:
(A) José
-Duas retas concorrentes podem ser: (B) Isabella
(C) Maria Eduarda
1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto. (D) Raoni
2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.
3. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO /2017)
Em um determinado zoológico, a girafa deve comer a cada 4 horas,
o leão a cada 5 horas e o macaco a cada 3 horas. Considerando
que todos foram alimentados às 8 horas da manhã de domingo, é
correto afirmar que o funcionário encarregado deverá servir a ali-
mentação a todos concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira.
(B) 14 horas de segunda-feira.
(C) 10 horas de terça-feira.
(D) 20 horas de terça-feira.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci- (E) 9 horas de quarta-feira.
dentes.
4. (EMBASA – ASSISTENTE DE LABORATÓRIO – IBFC/2017)
Um marceneiro possui duas barras de ferro, uma com 1,40 metros
de comprimento e outra com 2,45 metros de comprimento. Ele pre-
tende cortá-las em barras de tamanhos iguais, de modo que cada
pedaço tenha a maior medida possível. Nessas circunstâncias, o to-
tal de pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de
ferro, é:
(A) 9
(B) 11
(C) 12
(D) 13

5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)


José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 e 8 anos, respec-
tivamente, pretende dividir entre os filhos a quantia de R$ 240,00,
em partes diretamente proporcionais às suas idades. Considerando
o intento do genitor, é possível afirmar que cada filho vai receber,
em ordem crescente de idades, os seguintes valores:
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00.
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00.

25
MATEMÁTICA
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. 11. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁ-
(D)R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. RIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de 100000
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000 folhetos
em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funcionamento, a má-
6. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- quina A quebra e o serviço restante passa a ser feito pela máquina B,
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 caixas Q, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B
todas também iguais, preenchem totalmente certo compartimento, levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
inicialmente vazio. Também é possível preencher totalmente esse (A) 14 horas e 10 minutos.
mesmo compartimento completamente vazio utilizando 4 caixas K (B) 14 horas e 05 minutos.
mais certa quantidade de caixas Q. Nessas condições, é correto afir- (C) 13 horas e 45 minutos.
mar que o número de caixas Q utilizadas será igual a (D) 13 horas e 30 minutos.
(A) 10. (E) 13 horas e 20 minutos.
(B) 28.
(C) 18. 12. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017)
(D) 22. Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela saiu de sua
(E) 30. casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou durante uma
hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsito, no trajeto
7. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017) de ida e volta, foi igual a
Durante 90 dias, 12 operários constroem uma loja. Qual o número (A) 1/2h.
mínimo de operários necessários para fazer outra loja igual em 60 (B) 3/4h.
dias? (C) 1h.
(A) 8 operários. (D) 1h 15min.
(B) 18 operários. (E) 1 1/2h.
(C) 14 operários.
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura
(D) 22 operários.
abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada passando em
(E) 25 operários
torno de três discos de mesmo diâmetro e tangentes entre si.
8. (FCEP – TÉCNICO ARTÍSTICO – AMAUC/2017) A vazão de
uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tempo necessário
para essa torneira encher completamente um reservatório retan-
gular, cujas medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2
metros de largura e 70 centímetros de profundidade é de:
(A) 1h 16min 00s
(B) 1h 15min 36s
(C) 1h 45min 16s
(D) 1h 50min 05s
(E) 1h55min 42s

9. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – PROFESSOR – Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o comprimen-
PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raízes iguais a x1 e to da cinta acima representada é
x2. Qual o valor do produto x1 . x2? (A) 8/3 π + 8 .
(A) 1/2 . (B) 8/3 π + 24.
(B) 3. (C) 8π + 8 .
(C) 3/2 . (D) 8π + 24.
(D) 12. (E) 16π + 24.
(E) 28.
14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura
10 (PREF. DO RIO DE JANEIRO – AGENTE DE ADMINISTRA- abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H são pontos
ÇÃO – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar para João médios dos lados do quadrado ABCD e são os centros de quatro
qual era a sua idade atual, recebi a seguinte resposta: círculos tangentes entre si.
- O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, diminuída do
quíntuplo da minha idade há três anos atrás representa a minha
idade atual. A soma dos algarismos do número que representa, em
anos, a idade atual de João, corresponde a:
(A) 6
(B) 7
(C) 10
(D) 14

26
MATEMÁTICA
A área da região sombreada, da figura acima apresentada, é 5. Resposta: E
(A)100 - 5π . 2k+5k+8k=240
(B) 100 - 10π . 15k=240
(C) 100 - 15π . K=16
(D)100 - 20π . Alfredo: 2⋅16=32
(E)100 - 25π . Bernardo: 5⋅16=80
Caetano: 8⋅16=128
15. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) No cubo
de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se representado um plano 6. Resposta: E
passando pelos vértices B e C e pelos pontos P e Q, pontos médios, Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 caixa,
respectivamente, das arestas EF e HG, gerando o quadrilátero BCQP. faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, então vamos
ver o equivalente de 12 caixas K

Q=30 caixas

7. Resposta: B

OPERÁRIOS dias
12 ----- 90
X ----- 60
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é
(A) 25√5. Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcio-
(B) 50√2. nal)
(C) 50√5.
(D)100√2 .
(E) 100√5.

60x=1080
GABARITO X=18

8. Resposta: B
1. Resposta: B. V=1,5.1,2.0,7=1,26m³=1260 litros
150-82=68 mulheres 50 litros-----3 min
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de 1260--------x
nível médio. X=3780/50=75,6min
Portanto, há 37 homens de nível superior. 0,6min=36s
82-37=45 homens de nível médio. 75min=60+15=1h15min

2. Resposta: D. 9. Resposta: C.
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor. ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
3. Resposta: D. ∆=400
Mmc(3, 4, 5)=60
60/24=2 dias e 12horas
Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima alimentação
será na terça às 20h.

4. Resposta: B.

140 2 245 5
70 2 49 7
35 5 7 7
7 7 1
10. Resposta: C.
1 Atual: x
5(x+8)-5(x-3)=x
Mdc=5.7=35 5x+40-5x+15=x
140/35=4 X=55
245/35=7 Soma: 5+5=10
Portanto, serão 11 pedaços.

27
MATEMÁTICA
11. Resposta: E.
3h 20 minutos-200 minutos
5000-----40
x----------200
x=1000000/40=25000 A sombreada=100-25π

Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000 15. Resposta: C


4500-------48 CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
75000------x 01. CQ²=10²+5²
X=3600000/4500=800 minutos CQ²=100+25
800/60=13,33h CQ²=125
13 horas e 1/3 hora CQ=5√5
13h e 20 minutos A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5

EXERCÍCIOS COMENTADOS

01. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


12. Resposta: C. – FGV/2016) Considere a sequência infinita
Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
demorou 1 hora. IBGEGBIBGEGBIBGEG...

13. Resposta: D A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respectivamente:


Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a mesma (A) BG;
medida da parte reta da cinta. (B) GE;
(C) EG;
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado esticado (D) GB;
tem 8x3=24 m (E) BI.
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, como são
três partes, é a mesma medida de um círculo. Resposta: E.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π É uma sequência com 6
Portanto, a cinta tem 8π+24 Cada letra equivale a sequência
I=1
14. Resposta: E B=2
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100. G=3
E=4
G=5
B=0

2016/6=336 resta 0
2017/6=336 resta 1
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equivalente a
última letra
E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira letra.

02. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


– FGV/2016) A grandeza G é diretamente proporcional à grandeza
A e inversamente proporcional à grandeza B. Sabe-se que quando o
valor de A é o dobro do valor de B, o valor de G é 10.
Quando A vale 144 e B vale 40, o valor de G é:
(A) 15;
O lado AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o ponto Médio (B) 16;
X²=5²+5² (C) 18;
X²=25+25 (D) 20;
X²=50 (E) 24.
X=5√2
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, temos Resposta: C.
2 círculos inteiros. Se a grandeza G é diretamente proporcional a A, então G/A
A área de um círculo é E se é inversamente proporcional a B

28
MATEMÁTICA
Quando A é o dobro de B: (C) 60% menor;
(D) 60% maior;
(E) 62,5% menor.

K=5 Resposta: B.
Rubens

∆S=V∆t
Rubinho
∆S=1,6V∆t2
03. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas V∆t=1,6V∆t2
– FGV/2016) Sobre os números inteiros w, x, y e z, sabe-se quew >
x > 2y > 3z.
Se z =2 , o valor mínimo de w é:
(A) 6; Como é 0,625, o tempo dele foi 1-0,625=0,375 menor.
(B) 7; 0,375=37,5%
(C) 8;
(D) 9; 06. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
(E) 10. – FGV/2016) Uma senha de 4 símbolos deve ser feita de forma a
conter dois elementos distintos do conjunto {A, B, C, D, E} e dois el-
Resposta: E. ementos distintos do conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5}, em qualquer ordem.
Sabendo que z=2 Por exemplo, a senha 2EC4 é uma das senhas possíveis.
3z=6 Nesse sistema, o número de senhas possíveis é:
Como os números são inteiros, o possível para y =4 (A) 2400;
2y=8 (B) 3600;
Portanto, os menores possíveis são: (C) 4000;
X=9 (D) 4800;
W=10 (E) 6400.

04. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas Resposta: B.


– FGV/2016) Uma loja de produtos populares anunciou, para a se- Pelo conjunto {A, B, C, D, E}
mana seguinte, uma promoção com desconto de 30% em todos os Como são 5 letras e 2 espaços
seus itens. Entretanto, no domingo anterior, o dono da loja aumen-
tou em 20% os preços de todos os itens da loja.
Na semana seguinte, a loja estará oferecendo um desconto real
de:
(A) 10%; Pelo conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5}
(B) 12%; 6 números para 2
(C) 15%;
(D) 16%;
(E) 18%.

Resposta: D. Como pode ser qualquer ordem, devemos ainda ter uma per-
Primeiramente, temos um aumento de 20%. mutação dos 4 elementos
Se o valor do produto for x: P4=4!=4⋅3⋅2⋅1=24
10⋅15⋅24=3600
Aumento de 20%=1,2x
E sofreu um desconto de 30% 07. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
Como tem desconto de 30%, o fator multiplicativo é 1-0,3=0,7 – FGV/2016) Quando contamos os números pares em ordem cres-
cente de 1000 até 2500, o número 2016 ocupa a 509ª posição.
1,2.0,7x=0,84x Quando contamos os números pares em ordem decrescente de
Ou seja, o real desconto é de 1-0,84=0,16=16% 2500 até 1000, o número 2016 ocupa a posição:
(A) 240;
05. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (B) 241;
– FGV/2016) Rubens percorreu o trajeto de sua casa até o trabalho (C) 242;
com uma determinada velocidade média. (D) 243;
Rubinho, filho de Rubens, percorreu o mesmo trajeto com uma (E) 244.
velocidade média 60% maior do que a de Rubens.
Em relação ao tempo que Rubens levou para percorrer o traje- Resposta: D.
to, o tempo de Rubinho foi: Éuma PA onde:
(A) 12,5% maior; an=2016
(B)37,5% menor; a1=2500

29
MATEMÁTICA
r=-2(pois são os pares em ordem decrescente) Para descobrimos a altura do triângulo, fazer teorema de
an=a1+(n-1)r Pitágoras.
2016=2500+(n-1).(-2)
Cuidado com o jogo de sinal aqui
2016=2500-2n+2
2014=2500-2n
-486=-2n
N=243

08. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


– FGV/2016) Uma pirâmide regular é construída com um quadrado
de 6 m de lado e quatro triângulos iguais ao da figura abaixo.
10²=3²+h²
100=9+h²
91=h²

h²=H²+r²
91=H²+3²
H²=91-9
H²=82

O volume dessa pirâmide em m3 é aproximadamente:


(A) 84;
(B) 90;
(C) 96; Para √82≈9
(D) 108; V=12⋅9=108 m³
(E) 144.
09. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
Resposta: D. – FGV/2016) Cinco pessoas estão sentadas em cinco cadeiras em
A Pirâmide é formada por uma base quadrada e os 4 triângulos linha, cada uma com uma moeda na mão. As moedas são todas bem
de lateral equilibradas, de modo que a probabilidade de sair cara ou coroa em
cada uma delas é 1/2. Em um determinado momento, as cinco pes-
soas jogam suas respectivas moedas. Aquelas que obtiverem cara
continuam sentadas, e as que obtiverem coroa levantam-se. Após
esse procedimento, a probabilidade de que NÃO haja duas pessoas
adjacentes, ambas sentadas ou ambas de pé, é de:
(A) 1/2;
(B) 1/8;
(C) 1/16;
(D) 3/32;
(E) 5/32.

Para descobrimos a altura da pirâmide, vamos precisar da altu- Resposta: C.


ra do triângulo __ __________
2 .2 .2 . 2.2=32
Para que não haja duas pessoas adjacentes sentadas ou de pé
Temos duas opções:
CA CO CA CO CA
CO CA CO CA CO

10. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


– FGV/2016) Duas grandezas positivas X e Y são tais que, quando a
primeira diminui de 1 unidade, a segunda aumenta de 2 unidades.
Os valores iniciais dessas grandezas são X =50 e Y =36 . O valor máx-
Vamos usar o triângulo retângulo imo do produto P = XY é:
H é a altura da pirâmide (A) 2312;
h=altura do triângulo (B)2264;
r=raio da base (C)2216;
(D) 2180;
h²=H²+r² (E) 2124.

30
MATEMÁTICA
Resposta: A.
A cada número que diminuimos de 50, aumentamos 2 para o
36
P=(50-n)(36+2n)
P=1800+64n-2n²
∆=64²-4.(-2).1800
∆=4096+14400=18496 13. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Três
máximo=-∆/4a caminhões de lixo que trabalham durante doze horas com a mesma
produtividade recolhem o lixo de determinada cidade. Nesse caso,
cinco desses caminhões, todos com a mesma produtividade, recol-
herão o lixo dessa cidade trabalhando durante
(A) 6 horas.
11. (IFPE – Auxiliar em Administração – IFPE/2016) A unidade (B) 7 horas e 12 minutos.
monetária de um determinado país é uno (U$). O custo de um dep- (C) 7 horas e 20 minutos.
utado federal nesse país é composto de (D) 8 horas.
• salário; (E) 4 horas e 48 minutos.
• auxílio-moradia;
• cota de atividade parlamentar, que inclui passagens aéreas, Resposta: B.
fretamento de aeronaves, alimentação, assinatura de publicações ↑Caminhões horas↓
e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança, 3------------------12
entre outros; 5-------------------x
• verba para gabinete, utilizada para contratação de funcionári-
os do deputado. Quanto mais caminhões, menos horas.
Invertendo as horas:
Sabe-se que o salário corresponde a um quinto do custo men- ↑Caminhões horas↑
sal de um parlamentar, enquanto que a cota de atividade parlam- 3------------------x
entar representa um quarto desse custo. Já o auxílio-moradia corre- 5-------------------12
sponde a um décimo do salário. Sabe-se, também, que a verba para 5x=36
o gabinete é U$ 90.100,00. Sendo assim, qual o custo mensal de um X=7,2h
deputado federal nesse país?
(A) U$ 170.000,00 0,2⋅60=12 minutos
(B) U$ 138.615,39 7 horas e 12 minutos
(C) U$ 180.200,00
(D) U$ 132.934,43 14. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Por 10
(E) U$ 158.615,39 torneiras, todas de um mesmo tipo e com igual vazão, fluem 600
L de água em 40 minutos. Assim, por 12 dessas torneiras, todas do
Resposta: A. mesmo tipo e com a mesma vazão, em 50 minutos fluirão
Sendo x o custo (A) 625 L de água.
Salário 1/5x (B) 576 L de água.
Cota: 1/4x (C) 400 L de água.
Auxílio moradia: 1/10 salário (D) 900 L de água.
(E) 750 L de água.

Resposta: D.
Mmc=100 Todas as grandezas são diretamenteproporcionais
20x+25x+2x+9010000=100x
53x=9010000 ↑Torneiras↑vazão tempo↑
X=170000 10---------------600----------40
12---------------x--------------50
12. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Depois

das simplificações possíveis, o número será


igual a 400x=360000
(A) 3. X=900
(B) 40.
(C) 80.
(D) 400.
(E) 566.

Resposta: C.

31
MATEMÁTICA
15. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma her-
ança de R$ 82.000,00 será repartida de modo inversamente propor-
cional às idades, em anos completos, dos três herdeiros. As idades
dos herdeiros são: 2, 3 e x anos. Sabe-se que os números que cor-
respondem às idades dos herdeiros são números primos entre si (o
maior divisor comum dos três números é o número 1) e que foi R$
42.000,00 a parte da herança que o herdeiro com 2 anos recebeu. A 9x=495
partir dessas informações o valor de x é igual a X=55
(A) 7.
(B) 5. 17. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) O valor
(C) 11. da expressão numérica 0,00003 . 200 . 0,0014 ÷ (0,05 . 12000 . 0,8)
(D) 1. é igual a
(E) 13. (A)

Resposta: A.

(B)

(C)
Sabendo que A recebeu 42000

P=42000x2=84000

(D)

(E)
12000x=84000
X=7

16. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma in-


dústria produz um tipo de máquina que demanda a ação de grupos Resposta: B.
de funcionários no preparo para o despacho ao cliente. Um grupo Vamos transformar em notação científica
de 20 funcionários prepara o despacho de 150 máquinas em 45 Lembrando que em potências de bases iguais, na multiplicação
dias. Para preparar o despacho de 275 máquinas, essa indústria somamos os expoentes e na divisão subtraimos
designou 30 funcionários. O número de dias gastos por esses 30
funcionários para preparem essas 275 máquinas é igual a
(A) 55.
(B) 36.
(C) 60. 18. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE-
(D) 72. SP/2016) Determinada quantia A de dinheiro foi dividida igual-
(E) 48. mente entre 8 pessoas, não ocorrendo sobras. Se a essa quantia A
fossem acrescentados mais R$ 1.280,00, cada pessoa teria recebido
Resposta: A. R$ 1.560,00. Ao se dividir a quantia A entre as 8 pessoas, cada uma
Quanto mais dias, menos funcionários será necessário delas recebeu
Quanto mais dias, mais máquinas preparadas (A) R$ 1.350,00.
(B) R$ 1.400,00.
↓Funcionários ↑ máquinas dias↑ (C) R$ 1.480,00.
20------------------150-----------45 (D) R$ 1.500,00.
30-------------------275----------x (E) R$ 1.550,00.

↑Funcionários ↑ máquinas dias↑ Resposta: B.


30------------------150-----------45
20-------------------275----------x

A+1280=12480
A=11200
Cada um recebeu 11200/8=1400

32
MATEMÁTICA
19. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE- Resposta: D.
SP/2016) Em uma casa, a razão entre o número de copos coloridos Preço a prazo
e o número de copos transparentes é 3/5. Após a compra de mais 200+120x5=800
2 copos coloridos, a razão entre o número de copos coloridos e o
número de copos transparentes passou a ser 2/3. O número de co- Preço tabela, sabendo que 800 é 25% a mais do que o preço
pos coloridos nessa casa, após a compra, é da tabela:
(A) 24.
(B) 23. 800=1,25x
(C) 22. X=640
(D) 21.
(E) 20. Preço à vista tem 5% de desconto em relação a tabela:

Resposta: E. 640x0,95=608
Cc=copos coloridos
Ct=copos transparentes Diferença: 800-608=192

21. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE-


SP/2016) Um capital de R$ 1.200,00 foi aplicado a juros simples,
com taxa de 9% ao ano, durante certo período de tempo, rendendo
juros de R$ 72,00. Se esse capital permanecesse aplicado por mais
5 meses, o total obtido de juros seria
(A) R$ 98,00.
(B) R$ 102,00.
(C) R$ 108,00.
(D) R$ 112,00.
(E) R$ 117,00.

Resposta: E.
C=1200
I=0,09aa
i=0,09/12=0,0075 ao mês

J=Cin
72=1200.0,0075n
N=8 meses

Ct=30 8+5=13
J=1200.0,0075.13=117

22. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE-


SP/2016) Um terreno retangular ABCD, com 8 m de frente por 12
m de comprimento, foi dividido pelas cercas AC e EM, conforme
mostra a figura.
Cc=18

Ele fez a compra de mais 2 copos


18+2=20

20. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE-


SP/2016) Um produto é vendido a prazo da seguinte forma: R$
200,00 de entrada e 5 parcelas iguais de R$ 120,00 cada uma. Sabe-
se que o preço do produto a prazo é 25% maior que o preço da tab-
ela, mas, se o pagamento for à vista, há um desconto de 5% sobre o
preço da tabela. Então, a diferença entre o preço a prazo e o preço
à vista é
(A) R$ 160,00.
(B) R$ 175,00.
(C) R$ 186,00. Sabendo-se que o ponto E pertence à cerca AC, o valor da área
(D) R$ 192,00. AEMD destacada na figura, em m² , é
(E) R$ 203,00. (A) 22.
(B) 24.
(C) 26.
(D) 28.
(E) 30.

33
MATEMÁTICA
Resposta: C. (A) 360.
Éum exercício simples, basta lembrar da fórmula da área do (B) 947.
trapézio (C) 1.221.
(D) 1.261.
AEMD é um trapézio (E) 1.360.
A altura do trapézio é 12-8=4
Resposta: C.
A7=5+8=13
A8=13+8=21
A9=21+13=34
Caso não lembre da fórmula do trapézio, podemos dividir a fig- A10=34+21=55
ura em triângulo e retângulo B9=9²=81
B10=10²=100
área do triângulo C6=15+6=21
A=bxh/2=3x4/2=6 C7=21+7=28
C8=28+8=36
área do retângulo C9=36+9=45
A=bxh=5x4=20 C10=45+10=55

Somando:20+6=26 E=2(34+55)+3(81+100)+5(45+55)
E=2.89+3.181+5.100
23. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VUNE- E=178+543+500
SP/2016) As figuras mostram as dimensões, em metros, de duas E=1221
salas retangulares A e B.
25. (ANAC – Técnico Administrativo – ESAF/2016) Dada a
matriz , o determinante da matriz 2A é igual a

(A) 40.
(B) 10.
(C) 18.
(D) 16.
(E) 36.
Sabendo-se que o perímetro da sala A é 2 metros maior que
o perímetro da sala B, então é correto afirmar que o perímetro da Resposta: A.
sala B, em metros, é D=(8+3)-(2+4)
(A) 34. D=11-6=5
(B) 36. Determinante da matriz 2A
(C) 38. Como é o dobro e a matriz é 3x3
(D) 40.
(E) 42. D=2³.5=8.5=40

Resposta: D. 26. (ANAC – Técnico Administrativo – ESAF/2016) Em uma pro-


Pa=perímetro da sala A gressão aritmética, tem-se a2 + a5 = 40 e a4 + a7 = 64. O valor do
Pb=perímetro sala B 31º termo dessa progressão aritmética é igual a
(A) 180.
Pa=Pb+2 (B) 185.
X+x+5+x+x+5=5+x+7+5+x+7+2 (C) 182.
4x+10=2x+26 (D) 175.
2x=16 (E) 178.
X=8
Resposta: B.
Pb=2x+24=16+24=40 A2+a5=40
Vamos deixar tudo em função de a1, para poder montar um
24. (EMSERH – Psicólogo – FUNCAB/2016) Observe as sequên- sistema
cias a seguir:
A1+r+a1+4r=40
A= (1,1, 2, 3, 5, 8,..., an ) 2a1+5r=40
B = (1, 4, 9,16, 25,..., bn )
C = (1, 3, 6,10,15,..., cn ) A4+a7=64
A1+3r+a1+6r=64
De acordo com as sequências anteriores, o valor da expressão 2a1+9r=64
E = 2.(a9 + a10) + 3.(b9+ b10 ) + 5.(c9 + c10 ), é:

34
MATEMÁTICA
28. (UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Um grupo de
alunos é formado por 11 meninos e 14 meninas. Sabe-se que meta-
de das meninas são loiras, ao passo que apenas três meninos são
loiros. Dessa forma, ao selecionar-se ao acaso um aluno, a probab-
(I)-(II) ilidade de que seja um menino loiro é:
-4r=-24 (A) 0,12.
r=6 (B) 0,15.
Substituindo em I (C) 0,22.
2a1+30=40 (D) 0,25.
2a1=10
A1=5 Resposta: A.
total de crianças é de 11+14=25 crianças.
A31=a1+30r Se temos 11 meninos, a probabilidade é de 11/25
A31=5+30.6= E entre os meninos 3 são loiros, 3/11, pois já deixa claro que é
A31=5+180=185 está entre os meninos e não mais entre as crianças.

27. (UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a


equação a seguir:

4 + 7 + 10 + ... + x = 424 29. (TRT 14ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Observe
os sete primeiros termos de uma sequência numérica: 7, 13, 25,
Sabendo-se que os termos do primeiro membro dessa equação 49, 97, 193, 385, ... . Mantido o mesmo padrão da sequência e ad-
formam uma progressão aritmética, então o valor de x é: mitindo-se que o 100º termo seja igual a x, então o 99º termo dela
(A) 37. será igual a
(B) 49. (A) x/2 +1
(C) 57. (B) x/2-1
(D) 61. (C) x-1/2
(D) x+1/2
Resposta: B. (E) 2x-1/4
Pela fórmula do somatírio de PA:
Resposta: D.
Vamos fazer por tentativa que é a forma mais rápida.
Vamos analisar cada alternativa, com base nos números dados,
Mas, teremos duas incógnitas x e n, então vamos eixar uma em vamos sempre tomar como base os dois primeiros, que são númer-
função da outra os mais baixos.
As alternativas A e B já estão fora, pois dividem o segundo ter-
an=a1+(n-1)r mo por 2, daria um decimal, que não da certo.
r=7-4=3 A C ficaria 13-1/2=6
x=4+3n-3 Opa, se x-1/2, deu um número a menos, então a resposta deve
x=1+3n ser a D.

30. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) No dia 1º de ja-


neiro de 2016, na cidade de Salvador, o nascente do Sol ocorreu às
(5+3n).n=848 5 horas e 41 minutos e o poente às 18 horas e 26 minutos.
5n+3n²-848=0 O período de luminosidade desse dia foi
∆=25-4.3.(-848) (A) 12 horas e 25 minutos.
∆=25+10176=10201 (B) 12 horas e 35 minutos.
(C) 12 horas e 45 minutos.
(D) 13 horas e 15 minutos.
(E) 13 horas e 25 minutos.
N=96/6=16
N=-106/6(não convém) Resposta: C.
26 é um número maior que 41, então devemos emprestar do
X=1+3n vizinho, mas como estamos falando de hora, tiramos uma hora e
X=1+3.16 como é minutos, 1 hora tem 60 minutos, devemos somar os 60
X=1+48=49 minutos aos 26 minutos.

35
MATEMÁTICA

31. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Um contêiner possui, aproximadamente, 6,0 m de comprimento, 2,4 m de largura e
2,3 m de altura.
A capacidade cúbica desse contêiner é de, aproximadamente,
(A) 31 m3 .
(B) 33 m3 .
(C) 35 m3 .
(D) 37 m3 .
(E) 39 m3 .

Resposta: B.
6x2,4x2,3=33,12

32. (CODEBA – Analista Portuário – FGV/2016) Hércules recebe R$ 65,00 por dia normal de trabalho e mais R$ 13,00 por hora extra.
Após 12 dias de trabalho, Hércules recebeu um total de R$ 845,00.
Sabendo que Hércules pode fazer apenas uma hora extra por dia, o número de dias em que Hércules fez hora extra foi
(A) 1.
(B) 3.
(C) 5.
(D)7.
(E) 9.

Resposta: C.
65x12=780
Para sabermos quanto foi de hora extra:
845-780=65
Se ele só pode fazer 1 hora extra por dia, então ele fez
65/13=5 dias de hora extra.

33. (TRT 14ª REGIÃO – Técnico Judiciário – FCC/2016) Alberto fez uma dieta com nutricionista e perdeu 20% do seu peso nos seis
primeiros meses. Nos seis meses seguintes Alberto abandonou o acompanhamento do nutricionista e, com isso, engordou 20% em relação
ao peso que havia atingido. Comparando o peso de Alberto quando ele iniciou a dieta com seu peso ao final dos doze meses mencionados,
o peso de Alberto
(A) reduziu 4%.
(B) aumentou 2%.
(C) manteve-se igual.
(D) reduziu 5%.
(E) aumentou 5%.

Resposta: A.
Como ele perdeu 20%
1-0,2=0,8
Depois engordou 20%
0,8x1,2=0,96
Do peso inicial ele reduziu 1-0,96=0,04=4%

34. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) A tabela abaixo fornece os valores recebidos por uma empresa, na data de
hoje, correspondentes aos descontos de 3 títulos em um banco. A taxa de desconto utilizada pelo banco é de 18% ao ano para qualquer
operação.

36
MATEMÁTICA
Se a soma dos valores nominais dos 3 títulos é igual a R$ Segunda opção
50.000,00, então X é, em R$, igual a Se ele resgatou 1 trimestre antes do vencimento, então ele de-
(A) 9.960,65. scontou 2 trimestres (n=2)
(B) 10.056,15.
(C) 9.769,65.
(D) 10.247,15.
(E) 9.865,15.

Resposta: A.
Título 1
18%aa=1,5%am Diferença = 17.640 - 16.800 = 840

Desconto Racional Simples 36. (PREF. DE CUIABÁ/MT – Auditor Fiscal Tributário da Recei-
N=A(1+it) ta Municipal – FGV/2016) Suponha um título cujo valor seja igual a
N=19000(1+0,015.2) R$ 2000,00 e o prazo de vencimento é de 60 dias.
N = 19.000(1,03) Sob uma taxa de desconto “por fora” igual a 1% ao mês, o valor
N =19.570 do desconto composto é igual a
(A) R$ 40,00.
Título 3 (B) R$ 39,80.
Desconto Comercial Simples (C) R$ 39,95.
A=N(1-it) (D) R$ 38,80.
18500=N(1-0,015.5) (E) R$ 20,00.
N = 18.500/ 0.925 => N = 20.000
Resposta: B.
Título 2: Temos 60 dias de antecipação, ou 2 meses comerciais. Assim,
Sabendo que a soma dos valores nominais dos títulos é 50.000
A = N.(1 – j)t
50.000 = titulo 1 + titulo 2 + titulo 3 A = 2000.(1 – 0,01)²
titulo2 = 50.000 - 19.570 - 20.000 = 10.430 A = 2000. 0,99²
A = 2000 x 0,9801
A=N(1-it) A = 1960,2
A = 10.430 (1-0,015x3) D=N–A
A = 9.960,65 D = 2000 – 1960,2 = 39,8 reais

35. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Um título 37. (BAHIAGAS – Analista de Processos Organizacionais –
de valor nominal igual a R$ 18.522,00 vencerá daqui a 3 trimestres. CAIPIMES/2016) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em
Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o um montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do regime
critério do desconto racional composto, a uma taxa de juros de 5% de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
ao trimestre. (A) 1,5% ao mês.
Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 trime- (B) 4% ao trimestre.
stres antes do vencimento e a segunda opção será resgatar o título (C) 20% ao ano.
1 trimestre antes do vencimento, o valor de resgate do título refer- (D) 2,5% ao bimestre.
ente à segunda opção supera o valor de resgate do título referente (E) 12% ao semestre.
à primeira opção, em R$, em
Resposta: E.
Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625 M=1240000
(A) 926,10. C=1000000
(B) 882,00. N=12
(C) 900,00. I=?
(D) 800,00.
(E) 840,00. M=C(1+in)
1240000=1000000(1+12i)
Resposta: E. 1,24=1+12i
Desconto Racional Composto => A = N/(1+i)n 0,24=12i
I=0,02am
Primeira opção 0,02x6=0,12 a.s
Se o prazo do vencimento era 3 trimestres e ele resgata 2 tri- 12%ao semestre
mestres antes disso, isso significa que ele descontou 1 trimestre

37
MATEMÁTICA
38. (PREF. DE GOIÂNIA – Auditor de Tributos – CSUFG/2016) (C) um número racional, par, maior que 5 e menor que 10.
Uma pessoa antes de tomar emprestado uma quantia de R$ 100 (D) um número natural, impar, maior que 1 e menor que 5.
000,00, avalia três propostas: a primeira, à taxa de 5% ao mês, du-
rante 8 meses; a segunda, à taxa de 4% ao mês, durante 12 meses; Resposta: A.
a terceira, à taxa de 3% ao mês, durante 24 meses; todas a juros
simples. O valor dos juros a serem pagos, em reais, à proposta em
que pagará menos juros, é:
(A) 72 000,00
(B) 60 000,00
(C) 48 000,00
(D) 40 000,00

Resposta: D.
1ª Proposta a+2=9
C=100000 a=7
I=0,05
N=8 42. (SEFAZ/RS – Auditor Fiscal da Receita Estadual – FUN-
DATEC/2014) O determinante da matriz
J=Cin
J=100000.0,05.8=40000

2ªProposta
C=100000 é:
I=0,04
N=12 (A) -32.
(B) -26.
J=100000.0,04.12=48000 (C) 14.
(D) 16.
3ªProposta (E) 28.
I=0,03
N=24 Resposta: B.
Vamos fazer por cofator, pois já temos duas linhas com 0
J=100000.0,03.24=72000

Então a que paga menos juros é a primeira de 40000

39.(PREF. DO RIO DE JANEIRO –Agente de Administração - A34= -[(3+2+4)-(6+4+1)]


PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Seja N a quantidade máxima de A34=-(9-11)
números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que A34=2
4000, que podem ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0,
1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360 A44=4.[(6-6+4)-(6+8-3)]
(D) 480 A44=4.(4-11)
A44=-28
Resposta: C.
4 ______ A34+ A44=2-28=-26
6.5.4=120
Depois fixamos o 5 e o 6, e também teremos 120 possibilidades 43. (PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP/2014) Con-
120x3=360 sidere as matrizes e , Em relação a MN, que é o produto
da matriz M pela matriz N, é correto afirmar que
41. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômico Financei-
ro – IBAM/2015) Considere as seguintes matrizes:

(A)

(B) MN = [0 #31;2 3]

Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = C, o valor


da variável “a” deverá ser:
(A) um número inteiro, ímpar e primo. (C)
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5

38
MATEMÁTICA
45. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) A solução
do seguinte sistemalinear é:
(D)
(A) S={(0,2,-5)}
(B) S={(1,4,1)}
(C) S={(4,0,6)}
(E) (D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(E)Sistema sem solução.
Resposta: A.
Como a matriz Aé 3x3 e a matriz B é 3x1, o produto só pode Resposta: D.
ser 3x1 Da II equação tiramos:
X=5+z
44. (PREF. DE UBATUBA/SP – Procurador Municipal – EDE-
CAN/2014) Uma rádio apresenta dois programas com músicas anti- Da III equação:
gas das décadas de 60, 70 e 80, cujos números de músicas de cada Y=13+2z
década são sempre iguais conforme indicado a seguir:
- Programa A: cinco canções da década de 60, três da década de Substituindo na I
70 e quatro da década de 80; e, 5+z+2(13+2z)+z=10
-Programa B: oito canções da década de 60, duas da década de 5+z+26+4z+z=10
70 e sete da década de 80. 6z=10-31
6z=-21
Considere que nos dois primeiros meses a partir das estreias Z=-21/6
desses programas os mesmos foram apresentados várias vezes: Z=-7/2
-1º mês: 50 programas A e 20 programas B; e,
-2º mês: 30 programas A e 40 programas B. X=5+z

A matriz que representa a quantidade de músicas exibidas nos


dois meses considerados é

46. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) A


solução do sistema linear é:
(A) (A) S={(4, ¼)}
(B) S={(3, 3/2 )}
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(B) (E) S={(1,3/2 )}

Resposta: A.

(C)

(D)

Resposta: C.

1ºmês Somando as duas equações:


Como são 50 programas A 144y=36
5x50=250 canções da década de 60
3x50=150 da década de 70
4x50=200 da década de 80
-x+28y=3
20 programas B, para cada década temos: -x+7=3
8x20=160 da década de 60 -x=3-7
2x20=40 da década de 70 X=4
7x20 =140 da década de 80
47. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCEPE/2015) O
Década de 60:250+160=410 sistema linear é possível e indeterminado se:
Década de 70: 150+40=190
Década de 80: 200+140=340
Com as respostas do 1º mês conseguimos obter a resposta C. (A) m ≠ 2 e n = 2 .
(B) m ≠1/2 e n = 2 .
(C) m= 2en = 2 .

39
MATEMÁTICA
(D) m=1/2en = 2 . 49. CRM/MS – Assessor – Tecnologia da Informação – MS
(E) m=1/2en ≠ 2 . CONCURSOS/2014) Observe o sistema linear a seguir:

Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0

Ao escalonarmos esse sistema, podemos concluir que:


(A) Trata-se de um sistema incompatível.
(B) Esse sistema é compatível e indeterminado.
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0 (C) Este sistema é compatível e determinado e seu vetor
7m+3-9m-2=0 solução é (0,-2/3, 1/3)
-2m=-1 (D) Este sistema é compatível e determinado e admite como
m=1/2 solução a tripla ordenada (1, 2, 3).

Resposta: C.

(n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
-n=-2 Multiplicando a primeira equação por -2 e somando na segun-
n=2 da:

48. (AGU – Administrador – IDECAN/2014) Um estudante,


ao resolver um problema, chegou ao seguinte sistema linear:

Multiplicando a primeira equação por -3 e somando na tercei-


ra:
É correto afirmar que x + y + z é igual a
(A) 1
(B) 3
(C) 5
(D) 7
(E) 9 De II temos
Y=-2/3
Resposta:C. Substituindo em III
Vamos trocar a primeira e a terceira equação

-4-6z=-6
-6z=-6+4
-6z=-2
Fazendo a equação I (x-1) e somando com a II e depois (x-2) e Z=2/6
somando com a III. Z=1/3

Substituindo em I

Substituindo II em III X=1-1=0


-2-2z=-10
-2z=-10+2 Vetor solução (0, -2/3, 1/3)
-2z=-8
Z=4

Substituindo em I
X+2.2+2.4=11
X+4+8=11
X=-1

X+y+z=-1+2+4=5

40
MATEMÁTICA
50. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016) 53. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administrativo – CURSIVA/2015)
Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu dinheiro no Numa caixa são colocadas 12 bolas pretas, 8 bolas verdes e 10 bolas
interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de uso, que man- amarelas Retirando-se ,ao acaso uma bola dessa caixa, determine a
tinha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se gabava de probabilidade de ela ser preta?
sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto (A) 40%
um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha tem- (B) 45%
po suficiente para escolher aleatoriamente apenas um dos pneus, (C) 30%
retirar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de ele ter (D) 35%
roubado o pneu certo?
(A) 0,20. Resposta: A.
(B) 0,23. Total de bolas:30
(C) 0,25. Bolas pretas:12
(D) 0,27.
(E) 0,30.

Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro 54. (COLÉGIO PEDRO II – Técnico em Assuntos Educacionais –
está em 1. ACESSO PUBLICO/2015) Carlos realizou duas reuniões pedagógicas
1/4=0,25 com os professores, uma para professores do ensino fundamental
(EF) e a outra para professores do ensino médio (EM). Apenas 20
51. (PREF. DE PAULÍNIA/SP – Guarda Municipal – FGV/2015) dos 50 professores do EF previstos compareceram à reunião. Ap-
Um ciclo completo de um determinado semáforo é de um minuto enas 10 dos 30 professores do EM previstos compareceram à re-
e meio. A cada ciclo o semáforo fica vermelho 30 segundos, em união. Alberto e Bruna são, respectivamente, professores de EF e
seguida fica laranja 10 segundos e, por fim, fica verde 50 segundos. EM previstos para participarem da reunião. Qual a probabilidade de
Escolhido um instante de tempo ao acaso, a probabilidade de os dois terem faltado a reunião?
que neste instante de tempo o semáforo NÃO esteja fechado, isto (A) 0,4
é, NÃO esteja vermelho, é: (B) 0,2
(A) 1/9; (C) 0,3
(B) 2/9; (D) 0,5
(C) 1/3; (E) 0,6
(D) 4/9;
(E) 2/3. Resposta: A.
Como compareceram 20 de 50 do EF, faltaram 30
Resposta: E. E faltaram 20 do EM
São 60 segundos (10+50) de 90 segundos ( 1 minuto e meio)
que ele não fica vermelho.

55. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administrativo – CURSIVA/2015)


52. (TCE/RN – Assessor de Informática – CESPE/2015) Para fis- Lançando- se uma moeda três vezes, qual é a probabilidade de que
calizar determinada entidade, um órgão de controle escolherá 12 apareça cara nos três lançamentos ?
de seus servidores: 5 da secretaria de controle interno, 3 da secre- (A) 1/3
taria de prevenção da corrupção, 3 da corregedoria e 1 da ouvido- (B) 1/6
ria. Os 12 servidores serão distribuídos, por sorteio, nas equipes A, (C) 1/8
(D) 1/9
B e C; e cada equipe será composta por 4 servidores. A equipe A
será a primeira a ser formada, depois a equipe B e, por último, a C.
Resposta: C.
A respeito dessa situação, julgue o item subsequente.
Pode ser cara ou coroa, portanto terá 1/2 possibilidade para
A probabilidade de um servidor que não for sorteado para inte-
cada.
grar a equipe A ser sorteado para integrar a equipe B é igual a 0,5.
E como são 3 lançamentos tem que ser cara E cara E cara
( ) Certo
( ) Errado

Resposta: certo
Como já foram 4 servidores, sobraram 8 56. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário – FGV/2015) Os 12
E são formados sempre por 4 funcionários de uma repartição da prefeitura foram submetidos a
um teste de avaliação de conhecimentos de computação e a pontu-
ação deles, em uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.

505555555560
6263659090100

O número de funcionários com pontuação acima da média é:


(A) 3;
(B) 4;

41
MATEMÁTICA
(C) 5; 59. (TCE/RO – Analista de Tecnologia da Informação –
(D) 6; FGV/2015) A média de cinco números de uma lista é 19. A média
(E) 7. dos dois primeiros números da lista é 16.
A média dos outros três números da lista é:
Resposta: A. (A) 13;
(B) 15;
(C) 17;
(D) 19;
M=66,67 (E) 21.
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
Resposta: E.
57. (PREF. DE NITERÓI – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
média das idades dos cinco jogadores mais velhos de um time de Média dos dois primeiros
futebol é 34 anos. A média das idades dos seis jogadores mais vel-
hos desse mesmo time é 33 anos.
A idade, em anos, do sexto jogador mais velho desse time é:
(A) 33; X1+x2=32
(B) 32;
(C) 30;
(D) 28;
(E) 26.

Resposta: D. X3+x4+x5+32=95
S=soma das idades dos 5 jogadores X3+x4+x5=63
X=idade do 6º jogador
Média dos 3

S=34x5=170 60. (CNMP – Analista do CNMP – FCC/2015) Analisando a


quantidade diária de processos autuados em uma repartição públi-
ca, durante um período, obteve-se o seguinte gráfico em que as col-
unas representam o número de dias em que foram autuadas as re-
spectivas quantidades de processos constantes no eixo horizontal.

170+x=198
X=28

58. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) A média do núme-


ro de páginas de cinco processos que estão sobre a mesa de Tânia é
90. Um desses processos, com 130 páginas, foi analisado e retirado
da mesa de Tânia.
A média do número de páginas dos quatro processos que re-
staram é:
(A) 70;
(B) 75;
(C) 80;
(D) 85;
(E) 90.

Resposta: C. A soma dos valores respectivos da mediana e da moda supera


o valor da média aritmética (quantidade de processos autuados por
dia) em
(A) 1,85.
S=450 páginas (B) 0,50.
(C) 1,00.
450-130=320 (D) 0,85.
(E) 1,35.
Média =320/4=80
Resposta: E.
Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
Média dos dois primeiros

42
MATEMÁTICA

X1+x2=32

X3+x4+x5+32=95
X3+x4+x5=63

Média dos 3 (A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de Linha.


(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Barras.
Moda é 2, pois é o que tem maior quantidade de processos (E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico de Linha.
Mediana: (2+3)/2=2,5
Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores ou pizza
Mediana+moda-média: 2+2,5-2,65=1,85 e de linha

61. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) As- 62. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A dis-
sinale a alternativa que representa a nomenclatura dos três gráficos tribuição de salários de uma empresa com 30 funcionários é dada
abaixo, respectivamente. na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 salários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem ganha
mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20

43
MATEMÁTICA
63.(TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) Considere a 64. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015)
tabela de distribuição de frequência seguinte, em quexié a variável
estudada efié a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40

Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor rep-


resenta a distribuição de frequência da tabela.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro, dez./2013
Internet:<www.justica.gov.br>(com adaptações)
(A)
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no
sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse ano, o
déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit
de vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no
(B) sistema penitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a
38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil hab-
itantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue
o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se en-
contrava na região Sudeste.
(C) ( ) Certo
( ) Errado

Resposta: CERTO.
555----100%
x----55%
x=305,25
(D) Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

65. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015)

(E)

Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, 40-45,
35-40,

A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o


item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras verticais,
conforme o gráfico a seguir, então o resultado será denominado
histograma.

44
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES

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______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________

______________________________________________________
Resposta: ERRADO.
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não ______________________________________________________
simplesmente um dado.
______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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45
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos
e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. MS-Office 2016. MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. MS-Excel 2016: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas,
colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, cam-
pos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados. MSPowerPoint
2016: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e
formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides . . 03
3. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. Internet: navegação na Internet,
conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de trabalho
MS-WINDOWS 10: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS,
ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE
TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PAS-
TAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS,
INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS

WINDOWS 10

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas-
ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze-
nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos
de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o Área de transferência
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. A área de transferência é muito importante e funciona em se-
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uso dos menus

• O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-


portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes-
mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
Programas e aplicativos e interação com o usuário pia de segurança.
Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tendermos melhor as funções categorizadas.
– Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo
para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma
excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar
bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar
CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.

Inicialização e finalização

– Ferramentas do sistema Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Win-


• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró- dows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS-OFFICE 2016. MS-WORD 2016: ESTRUTURA BÁSI-


CA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE
TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLU-
NAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TA-
BELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUME-
RAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO
DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE
TEXTO. MS-EXCEL 2016: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLA-
NILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS,
PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E
GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS,
IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDE-
FINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE • Iniciando um novo documento
PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSI-
FICAÇÃO DE DADOS. MSPOWERPOINT 2016: ESTRU-
TURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE
SLIDES, ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS, CABEÇALHOS
E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE
APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERA-
ÇÃO DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E
TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES

Microsoft Office

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do


Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA TECLA DE


ALINHAMENTO
INICIAL ATALHO
Justificar (arruma a direito
O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para e a esquerda de acordo Ctrl + J
uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas com a margem
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos –
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Alinhamento à direita Ctrl + G
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum:
Centralizar o texto Ctrl + E
Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele Alinhamento à esquerda Ctrl + Q
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades. • Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
• Área de trabalho do Word trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos
Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
com a necessidade. se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto-
máticos.

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
Tipo de letra – Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au-


Tamanho tomaticamente.

• Mas como é uma planilha de cálculo?


Aumenta / diminui tamanho – Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são
calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es-
Recursos automáticos de caixa-altas pecíficas do aplicativo.
e baixas – A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )
Limpa a formatação

• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma:

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar


diferentes tipos de marcadores automáticos:

– Podemos também ter o intervalo A1..B3

• Outros Recursos interessantes:

GUIA ÍCONE FUNÇÃO


- Mudar
Forma
Página - Mudar cor
inicial de Fundo
- Mudar cor
do texto

- Inserir – Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé-


Tabelas lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de
Inserir
- Inserir uma planilha.
Imagens

Verificação e
Revisão correção ortográ-
fica

Arquivo Salvar

Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
a dia do uso pessoal e empresarial.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Formatação células Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre-
ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior,
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

• Fórmulas básicas

ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo


tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint,
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos,
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópi-
co referente ao Word, itens de formatação básica de texto como:
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e
recursos gerais.
• Fórmulas de comum interesse Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam
MÉDIA (em um intervalo de a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no
=MEDIA(célula X:célulaY)
células) trabalho com o programa.
MÁXIMA (em um intervalo
=MAX(célula X:célulaY)
de células)
MÍNIMA (em um intervalo
=MIN(célula X:célulaY)
de células)

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta-
ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série
de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui
veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários


no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe-
las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho.
A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já
apresentado anteriormente.

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem,
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po-
dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smart-
fones diversos.

• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente;
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como
editar PDF(s).

• Atualizações no Excel
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.

Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro • Atualizações no PowerPoint
slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se – O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi-
fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação
uma posição para outra utilizando o mouse. de apresentações profissionais;
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o
para passagem entre elementos das apresentações. destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa
de apresentações.

Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta-
mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que
permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um
mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer-
ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em
Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre- smartfones de forma geral.
sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito. • Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos,
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de
pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes-
quisa inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de to-
Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- a digitação de equações.
vando a experiência dos usuários a outro nível.
• Atualizações no Excel
Office 2013 – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó-
a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a
nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque questão do compartilhamento dos arquivos.
(TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen-
tos com telas simples funciona normalmente.

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis,
além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques-
tão do compartilhamento dos arquivos;
– O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos
3D na apresentação.

Office 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou-
ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em
3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí-
veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor • Atualizações no PowerPoint
desenvolvimento de documentos; – Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.

– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”.


Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura
semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário
sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o
Word, Excel e PowerPoint.
• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como Observações importantes:
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de – Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me-
algum mapa que deseja construir. lhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res-
ponsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre
atualizados.

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Navegação e navegadores da Internet
CORREIO ELETRÔNICO: USO DE CORREIO ELETRÔNICO,
PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE AR- • Internet
QUIVOS. INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET, CON- É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção
CEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E IMPRESSÃO DE global de computadores, celulares e outros dispositivos que se co-
PÁGINAS municam.

Tipos de rede de computadores • Procedimentos de Internet e intranet


• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas
Exemplos: casa, escritório, etc. informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensa-
gens, compartilhar dados, programas, baixar documentos (down-
load), etc.

• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exem- • Sites


plo. Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é
chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar
web sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde
o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento
qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns


dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que


a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender-
mos o conceito.

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Micro-


soft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador sim-
plificado com muitos recursos novos.

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre ou-
tras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:

1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Mozila Firefox Vejamos:

• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam-
bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui-
sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal
(+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página
Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
de nosso estudo: digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é
acionado e exibe os resultados.

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:


3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox


1 Botão Voltar uma página
5 Barra de Endereços
2 Botão avançar uma página
6 Ver históricos e favoritos
3 Botão atualizar a página
Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,
7 4 Barra de Endereço.
Menu e outros)
Sincronização com a conta FireFox (Vamos 5 Adicionar Favoritos
8
detalhar adiante)
6 Usuário Atual
9 Mostra menu de contexto com várias opções
Exibe um menu de contexto que iremos relatar
7
– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na in- seguir.
ternet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados como:
Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre esta- O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma-
rão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o seu e-mail dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe-
de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computador público sempre de- mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado
sative a sincronização para manter seus dados seguros após o uso. em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio-
Google Chrome nalidades.

• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi-
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e
pronto.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir.
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi-
biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa-
das por concorrentes.

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do
teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, • Sincronização
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im-
dia a dia se preferir. portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma,
se por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta-
rão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão
disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do


usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos
o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual
podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado. Safari

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum
site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes-
te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.
O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras fun-
ções implementadas.
Vejamos:

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns.


Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para posterior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endereços. Para
adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para removê-
-lo, basta clicar em excluir.

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Correio Eletrônico
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um
serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens de texto
e outras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.

• Histórico e Favoritos Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar co-
nectado a internet, caso contrário ele ficará limitado a sua rede lo-
cal.
Abaixo vamos relatar algumas características básicas sobre o
e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é
nome do usuário;
– @ : Símbolo padronizado para uso em correios eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria
das vezes, a empresa;

Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail.


com.br / @editora.com.br
– Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens
recebidas;
– Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas;
– E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
• Pesquisar palavras e-mails que foram enviados;
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em – Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o nou de redigir;
atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po- – Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.
demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:
• Salvando Textos e Imagens da Internet – Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá-
Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão rio do e-mail;
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta. – CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
• Downloads destinatários envolvidos;
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al- – CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos da
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o mensagem;
progresso e os downloads concluídos. – Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem;

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens, Computação de nuvem (Cloud Computing)
programas, música, textos e outros);
– Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem. • Conceito de Nuvem (Cloud)

• Uso do correio eletrônico


– Inicialmente o usuário deverá ter uma conta de e-mail;
– Esta conta poderá ser fornecida pela empresa ou criada atra-
vés de sites que fornecem o serviço. As diretrizes gerais sobre a cria-
ção de contas estão no tópico acima;
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá utilizar um cliente
de e-mail na internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores disponíveis no
mercado, tais como: Microsoft Outlook, Mozila Thunderbird, Opera
Mail, Gmail, etc.;
– O Microsoft outlook é talvez o mais conhecido gerenciador
de e-mail, dentro deste contexto vamos usá-lo como exemplo nos A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os servi-
tópicos adiante, lembrando que todos funcionam de formas bas- ços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas de-
tante parecidas. mandas de usuários e empresas.

• Preparo e envio de mensagens

• Boas práticas para criação de mensagens


– Uma mensagem deverá ter um assunto. É possível enviar
mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado; A internet é a base da computação em nuvem, os servidores
– A mensagem deverá ser clara, evite mensagens grandes ao remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usuá-
extremo dando muitas voltas; rios e às empresas.
– Verificar com cuidado os destinatários para o envio correto A computação em nuvem permite que os consumidores alu-
de e-mails, evitando assim problemas de envios equivocados. guem uma infraestrutura física de um data center (provedor de ser-
viços em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas
• Anexação de arquivos usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus
arquivos, aplicações, etc., a partir de qualquer computador conec-
tado no mundo.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em
um local chamado Data Center dentro do provedor.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses pro-
dutos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas
áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas
de TI, Telecomunicações.

Uma função adicional quando criamos mensagens é de ane-


xar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com
o texto.

• Boas práticas para anexar arquivos à mensagem


– E-mails tem limites de tamanho, não podemos enviar coisas
que excedem o tamanho, estas mensagens irão retornar;
– Deveremos evitar arquivos grandes pois além do limite do
e-mail, estes demoram em excesso para serem carregados.

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é simples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet.
Este envio de dados pode ser manual ou automático, e uma vez que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser acessados
em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas que tiverem acesso.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, OneDrive.
As informações são mantidas em grandes Data Centers das empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos responsáveis
por seu funcionamento. Estes Data Centers oferecem relatórios, gráficos e outras formas para seus clientes gerenciarem seus dados e
recursos, podendo modificar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas características que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos de
praticidade, agilidade, escalabilidade e flexibilidade.
Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais como a IBM, Amazon, Microsoft e Google possuem serviços de nuvem que
podem ser contratados.

OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa


8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem
9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar
13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar
14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme
a necessidade.

Adicionar conta de e-mail


Siga os passos de acordo com as imagens:

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Encaminhar e responder e-mails


Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto,
A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de
referida no item “Endereços de e-mail”. resposta ou encaminhamento.

Criar nova mensagem de e-mail

Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digita-


ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também
os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta
outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.

Adicionar, abrir ou salvar anexos


A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo
do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden-
te, segundo a figura abaixo:

Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi-
dência para o envio de e-mails.

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar assinatura de e-mail à mensagem
Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos
assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a
nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada
mensagem.

EXERCÍCIOS

1. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado-


res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi-
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende-
reço válido na Internet é:
(A) http:@site.com.br
(B) HTML:site.estado.gov
(C) html://www.mundo.com
(D) https://meusite.org.br
(E) www.#social.*site.com

2. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-


res e armazenamento compartilhados, com software disponível e
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso
presencial, chamamos esse serviço de:
(A) Computação On-Line.
(B) Computação na nuvem.
(C) Computação em Tempo Real.
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual

3. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
Youtube (http://www.youtube.com).
( ) CERTO
( ) ERRADO

4. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a


execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
danos ao computador do usuário.
( ) CERTO
( ) ERRADO

5. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail


com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
cia de vírus.
Imprimir uma mensagem de e-mail Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser
Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos- adotado no exemplo acima.
sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo
computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo ao administrador de rede.
pacote Office e seus aplicativos. (B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo
de vírus.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
toramento.
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
analisá-lo posteriormente.

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
6. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows 14. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo
7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver- (A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
são para processadores de 64 bits. nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
( ) Certo de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
( ) Errado meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração
7. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do Mi- e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
crosoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
uma versão oficial do Microsoft Windows útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
(A) Windows 7 que o Excel.
(B) Windows 10 (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
(C) Windows 8.1 gens de correio eletrônico.
(D) Windows 9 (E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
(E) Windows Server 2012 e recebimento de páginas web.

8. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do 15. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
Windows: ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
(A) Windows Gold. na Inicial” do Word 2010.
(B) Windows 8. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(C) Windows 7. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
(D) Windows XP. do documento.
(C) Definir o alinhamento do texto.
9. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e (D) Inserir uma tabela no texto
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
cuta? 16. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho. 2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. cativo.
(C) Capturar uma janela inteira A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
(D) Capturar uma seção retangular da tela.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica

10. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,


assinale a alternativa INCORRETA:
(A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
pela Microsoft.
(B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa- ( ) CERTO
ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem- ( ) ERRADO
pre visível ao usuário.
(C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows 17. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
7 dentro do Windows 8. noros à apresentação em elaboração.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado ( ) CERTO
Kapersky. ( ) ERRADO
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
res x86 e 64 bits.

11. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi- GABARITO


tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora. 1 D
( ) CERTO
( ) ERRADO 2 B
3 ERRADO
12. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
um diretório, arquivos ou subdiretórios é o 4 CERTO
(A) init 0. 5 C
(B) init 6.
6 CERTO
(C) exit
(D) ls. 7 D
(E) cd. 8 A
13. O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou minúsculas 9 B
( ) CERTO 10 D
( ) ERRADO
11 CERTO

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
12 D ANOTAÇÕES
13 CERTO
14 A ______________________________________________________
15 D ______________________________________________________
16 CERTO
______________________________________________________
17 CERTO
______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

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______________________________________________________ ______________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
1. Execução de rotina administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos básicos de administração pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. Organização de arquivos: conceitos fundamentais da arquivologia. Gestão de documentos. Protocolo. Tipos de arquivo . . . . . . . 10
4. Organização do trabalho na repartição pública: utilização da agenda, uso e manutenção preventiva de equipamentos, economia de
suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Comunicação interpessoal e solução de conflitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6. Relações pessoais no ambiente de trabalho: hierarquia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7. Excelência no atendimento ao cidadão; o enfoque na qualidade; o atendimento presencial e por telefone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
8. Documentos oficiais, tipos, composição e estrutura. Redação oficial: Aspectos gerais da redação oficial. Correspondência oficial: de-
finição, formalidade e padronização; impessoalidade, linguagem dos atos e comunicações oficiais (atas, memorandos, relatórios,
ofícios etc.), concisão e clareza, editoração de textos (Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista, atualizada
e ampliada) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Regulamentos Internos
EXECUÇÃO DE ROTINA ADMINISTRATIVA Visando estabelecer uma lógica sequencial de realização de
atividades internas é interessante que a organização trabalhe com
O Que São Rotinas Administrativas? a criação e difusão de regulamentos internos. A função desses
Uma rotina administrativa é formada com base em vários pro- regulamentos é estabelecer regras que permitem que os procedi-
cessos que se realizam de maneira sistemática e que necessitam de mentos sejam realizados sempre da mesma maneira. Pode parecer
conhecimentos técnicos específicos além de domínio tecnológico. negativa a ideia de ter uma rotina, contudo, para alguns departa-
Por sua vez o conceito de processo se refere a um grupo de pro- mentos de empresas não há nada mais eficaz.
cedimentos que possuem entrada, processamento e obtenção de
resultados. Relatórios Internos
Num contexto prático as rotinas administrativas são realiza- Para manter a observação da pertinência das rotinas adminis-
das por colaboradores que tem como função chegar a resultados trativas, podem ser utilizados relatórios internos em que estejam
satisfatórios de acordo com a sua qualificação técnica. Para ser um expostos eventuais problemas ocasionados pelo método sistemá-
gestor dessas rotinas é necessário que o indivíduo esteja qualifi- tico e possíveis melhorias. Quando se trata do estabelecimento
cado para assumir tal papel, da mesma forma que seus auxiliares e cumprimento de rotinas relevantes para o bom andamento de
também devem estar tecnicamente qualificados. uma empresa a documentação é bastante pertinente.

Funções de Gestores de Rotinas Administrativas Identifique a Qualidade das Rotinas Administrativas da Sua
Os profissionais que são colocados numa posição gerencial Companhia
desses processos têm como responsabilidade elaborar o planeja- Para ter certeza de que esse método está sendo eficiente e
mento, fiscalizar a execução e mensurar os resultados obtidos por vem cumprindo as suas funções é necessário ficar atento a qualida-
de com que essas rotinas vêm sendo realizadas. Manter métodos
meio desse método. Estar nesse cargo de gerenciamento faz com
de avaliação de resultados e satisfação das pessoas envolvidas é
que o indivíduo tenha grande relevância na companhia em que
uma maneira de ter acesso a essa informação. Lembre-se sempre
atua ao mesmo tem em que precisa ter um amplo conhecimento
de que métodos sistemáticos visam tornar a rotina de trabalho
das atividades que lidera.
mais simples e não engessá-la.
Quando o estabelecimento de rotinas apenas contribui para
Rotinas Administrativas x Rotinas Gerenciais
que os indivíduos fiquem estagnados em suas funções sem se abrir
No contexto corporativo é fundamental que seja feita a devi-
para novas possibilidades criativas se tem a percepção de que não
da distinção entre as rotinas administrativas e as gerenciais, sendo está havendo a eficiência pensada. Rotina não deve ser entendida
que ambas têm grande impacto para a consolidação da compa- como uma palavra que conceitua algo ruim ou que impede a sua
nhia. De forma geral as atividades de gerenciamento dão origem as companhia de se expandir, deve ser relacionada a organização que
atividades administrativas sendo as últimas o apoio das primeiras. torna o trabalho burocrático mais fácil e rápido de executar.
O papel das rotinas gerenciais é o de traçar estratégias para
que sejam observadas melhores oportunidades e utilização mais Fonte: http://marcusmarques.com.br/empresas/o-que-sao-rotinas-ad-
consciente de recursos. A partir do entendimento do que a empre- ministrativas/
sa pretende conquistar é possível dispor de rotinas administrativas
para colocar em prática o planejado. Trata-se de uma forma de ter
acesso e organizar informação tanto de metas quanto de recursos
para chegar a uma maneira inteligente de levar a companhia um CONHECIMENTOS BÁSICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚ-
passo adiante. BLICA

A Técnica Por Trás das Rotinas Administrativas Organização do Estado Organização do Estado Organização
Agora que já ficou claro o que são rotinas administrativas vou O Brasil é um Estado federal, e, assim, nossa Constituição im-
explicar um pouco melhor da técnica por trás da execução das põe-lhe uma organização quaternária, ou seja, reconhece autono-
mesmas. O primeiro ponto a observar é que toda organização, in- mia política a quatro níveis de Administração, desempenhada por
dependente do seu segmento de atuação, tem algumas funções quatro distintas Entidades — também chamadas de pessoas jurídi-
básicas que são: a comercial, a pessoal e a financeira. Para gerir cas de direito público interno:
essa grande estrutura é necessário contar com técnicas que per- (a) a União,
mitam melhor alocação de informações. (b) os Estados-Membros,
(c) os Municípios e
Organogramas (d) o Distrito Federal.
No que concerne a rotinas administrativas uma técnica bas-
tante interessante é a de construção de organogramas em que é Conceito de Administração Pública
possível identificar os departamentos da companhia além de ter De Acordo com Alexandre Mazza (2017), o conceito de ‘‘Admi-
um esquema visual dos diferentes níveis hierárquicos. nistração Pública’’, no que interessa ao estudo do Direito Adminis-
trativo, compreende duas classificações, ou, nas palavras do admi-
Sistema de Hierarquia nistrativista, dois sentidos. São eles:
Para que o sistema de rotinas administrativas seja melhor or- - Administração Pública em sentido subjetivo, orgânico ou for-
ganizado é interessante que esteja bem distribuídas as funções mal: Parte do princípio de que a função administrativa pode ser
que competem a cada nível hierárquico. Basicamente hierarquia é exercida pelo Poder Executivo, de forma típica, mas também pelos
um esquema em que estão separados ramos com diferentes pode- Poderes Legislativo e Judiciário, de forma atípica. Nesse sentido,
res e funções dentro da corporação. a Administração Pública em sentido subjetivo, orgânico ou formal,
nada mais seria do que o conglomerado de agentes, órgãos e en-
tidades públicas que atuam no exercício da função administrativa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
- Administração pública em sentido objetivo, material ou fun- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
cional: Grafada em letras minúsculas consiste na atividade, exerci- DIRETA INDIRETA
da pelo Estado, voltada para a defesa do interesse público. Segun-
do Mazza (2017) é possível empregar o conceito de administração União Autarquias
pública material sob as perspectivas lato sensu, de acordo com a Estados Fundações Públicas
qual administração pública abrangeria as funções administrativa e
Distrito Federal Empresas Públicas
política de Estado, e stricto sensu, que parte da noção restritiva de
que administração pública material está ligada única e exclusiva- Municípios Sociedades de Economia Mista
mente ao exercício da função administrativa.
A doutrina aponta a existência de três espécies de desconcen-
Logo: tração, são elas:
Desconcentração Territorial: Critério segundo o qual os órgãos
públicos contam com limitação geográfica de atuação. Assim, por
Agentes, órgãos
exemplo, a Delegacia de Polícia do município x não pode atuar no
Sentido Subjetivo, e entidades que
âmbito do município y, muito embora possua as mesmas atribui-
orgânico ou formal → atuam na função
ções (competência material) da Delegacia de polícia do município
administrativa
Administração y (MAZZA, 2017).
Pública Atividade
e interesse Desconcentração Material ou Temática: As competências e
Sentido Objetivo,
Público, exercício atribuições são divididas entre os órgãos públicos conforme sua
material ou funcional →
da função especialização temática. Assim, por exemplo, a União conta com
administrativa Ministérios especializados em Segurança Pública, Educação e ou-
tros (MAZZA, 2017).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ORGANIZAÇÃO, ADMINIS-
TRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA Desconcentração Hierárquica ou Funcional: Distribui compe-
A Organização Administrativa, disciplinada na esfera federal tências entre os órgãos a partir do critério da existência de subordi-
pelo Decreto Lei n. 200/67, estuda a Administração Pública em nação entre eles. Assim, por exemplo, os Tribunais, juízos de segun-
sentido subjetivo, orgânico ou formal, dando conta do conjunto de do grau, são responsáveis por julgar recursos inerentes de decisões
pessoas, órgãos e agentes que compõe a Administração Pública. desfavoráveis do juízo de primeiro grau (MAZZA, 2017).
A fim de executar suas atribuições e melhor desempenhar suas
competências, a Administração Pública lança mão de dois instru- Centralização e Descentralização: Por meio da centralização,
mentos, ou técnicas, quais sejam, desconcentração e descentra- as competências administrativas são cumpridas por uma única pes-
lização. soa jurídica/ ente estatal/ Administração Pública Direta, ou seja,
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Concentração e Desconcentração: Alexandre Mazza (2017) Na descentralização, por sua vez, as competências administra-
pontua que a concentração consiste no acúmulo de competências tivas são divididas e distribuídas, pelo Estado, aos entes da Admi-
administrativas por órgãos públicos despersonalizados e sem divi- nistração Pública Indireta, ou a particulares vinculados à Adminis-
sões internas, de forma que não há divisão de atribuições entre as tração Pública por contratos administrativos.
repartições públicas. A desconcentração, por sua vez, consiste na A doutrina majoritária subdivide a descentralização em outor-
divisão de atribuições entre órgãos públicos de uma mesma pessoa ga e delegação. Vejamos:
jurídica (existência de vínculo hierárquico).
A diferença entre concentração e desconcentração perpassa o Outorga: Pela descentralização via outorga, há transferência
conceito de órgão público (também denominado repartição públi- da titularidade e da execução do serviço público. De acordo com
ca) que, de acordo com o art. 1º,§ 2º, I, da Lei n. 9.784/99 é uma Matheus Carvalho (2017), a descentralização via outorga só pode
unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Dire- ser realizada para pessoas jurídicas de direito público (autarquias e
ta e da estrutura da Administração Indireta. Assim, desprovidos de fundações públicas de direito público, como se verá a seguir), atra-
personalidade jurídica, os órgãos públicos são ‘‘ engrenagens’’ que vés de edição de lei específica.
compõe tanto a Administração Pública Direta, quanto a Administra-
ção Pública Indireta. Delegação: A descentralização via delegação, por sua vez, não
transfere a titularidade do serviço público, mas tão somente a exe-
Importante! A Administração Pública se divide em Direta, cução. A descentralização por delegação pode ser feita para parti-
composta pelos entes federativos, e Indireta, composta por outros culares contratados pela Administração Pública, ou aos entes da
entes (explorados a seguir), a partir do fenômeno da descentraliza- Administração Pública Indireta tutelados pelo direito privado, quais
ção. Os órgãos públicos são como ‘‘engrenagens’’ que auxiliam o sejam, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
exercício da função administrativa nos âmbitos da Administração
Pública Direta e Indireta. Importante! É de suma importância compreender a diferença
Órgãos Públicos não possuem personalidade jurídica, o que, entre desconcentração e descentralização. Na desconcentração,
pragmaticamente significa que os órgãos públicos não podem res- a pessoa jurídica (ente administrativo) exerce controle sobre seus
ponder judicialmente pelos prejuízos causados pelos agentes que órgãos e pessoas, ou seja, parte da noção de hierarquia. Na des-
atuam em suas estruturas, respondem pelos órgãos públicos o ente centralização, como há passagem de atividade de uma pessoa para
da Administração Pública Direta ou Indireta ao qual está vinculado outra, ou seja, trata-se de fenômeno externo, não há hierarquia,
→ Teoria do Órgão ou Imputação Volitiva. mas sim vinculação (ligação que se dá por meio de lei ou de ato
administrativo).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Administração Direta e Administração Indireta: Para uma São Autarquias em espécie:
melhor compreensão dos fenômenos da concentração e descon- Autarquias de Controle: Também denominadas autarquias
centração, e da centralização e descentralização, é necessário co- profissionais, são os conselhos de classe que atuam no desempe-
nhecimento elementar dos institutos da Administração Direta e da nho do poder de polícia administrativa, fiscalizando o exercício das
Administração Indireta. profissões e impondo sanções à infrações éticas e atuação imperita.
Administração Direta: Matheus Carvalho (2017) define Admi- Autarquias em Regime Especial: São Autarquias em Regime
nistração Direta como sendo o aglomerado de órgãos que compõe Especial, As Universidades Públicas, devido ao fato de possuírem
os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), autonomia pedagógica, bem como, maior autonomia do que as
e os serviços que agregam a estrutura da chefia do poder executivo autarquias comuns para a escolha de seus dirigentes; As Agências
e seus ministérios ou secretarias. A expressão ‘‘Administração Dire- Reguladoras, pelo fato de que, diferente das autarquias comuns,
ta’’, deste modo, está relacionada à prestação direta, ou centraliza- não são criadas para prestação de serviços públicos, mas sim para
da, do serviço público pelos entes federativos. regulação e normatização dos serviços públicos prestados por par-
ticulares; As Agências Executivas, antes autarquias comuns insu-
A prestação centralizada do serviço público se dá por meios ficientes no ato da execução das finalidades para as quais foram
dos órgãos estatais e pelos Servidores Públicos, que são indivíduos criadas, firmam um contrato de gestão com a Administração Públi-
investidos de poderes e competências para agir em nome do Esta- ca Direta e, assim, são qualificadas como Agências Executivas, pas-
do. sando a gozar de uma série de prerrogativas para cumprir com as
metas de um plano de recuperação.
Quando o ente federativo centraliza atividades, a competência → Fundações Públicas: Pessoa Jurídica formada mediante des-
para o exercício de tais atividades é dividida entre seus órgãos in- tinação de patrimônio público, voltada para atuação sem fins lu-
ternos. A tal divisão, dá-se o nome de desconcentração. crativos. Pode ser constituída tanto com personalidade de direito
público, quanto com personalidade de direito privado.
Os entes federativos, membros da Administração Direta, pos- Quando constituída com personalidade jurídica de direito pú-
suem personalidade jurídica de direito público e se submetem a to- blico, é criada por lei e se enquadra em todas as características das
das as prerrogativas inerentes ao Regime Jurídico Administrativo, Autarquias, de forma que também pode ser chamada de Autarquia
conteúdo analisado adiante. Fundacional.
Importante! Pela expressão ‘‘Estado’’, compreende-se os en- Quando constituída com personalidade jurídica de direito pri-
tes federativos, componentes da Administração Pública Direta, ou vado, sua criação é autorizada por lei, e se submete ao que a dou-
seja, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. trina chama de Regime Híbrido. Em virtude do regime híbrido, a
Administração Pública Indireta: É possível que o Estado crie Fundação Pública de Direito Privado não goza de nenhum dos privi-
pessoas jurídicas para as quais determine a transferência de ativi- légios conferidos pelo regime jurídico de direito público, entretan-
dades de sua alçada, ato denominado descentralização. Tais pes- to, se submete a todas as restrições conferidas ao Estado.
soas jurídicas serão criadas em consonância com o princípio da Seja Fundação Pública de Direito Público, ou Fundação Pública
especialização, de acordo com o qual possuirão estrutura adequa- de Direito Privado, contará com edição lei complementar para de-
da à prestação dos serviços públicos ou atividades que lhes serão finição de sua área de atuação.
destinadas, para, assim, melhor servirem aos critérios de eficiência
que se espera da Administração Pública. São regras que se aplicam → Empresas Estatais: Constituem o gênero Empresas Estatais,
a todas as entidades da administração Pública Indireta: as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista, ambas
→ Possuem Personalidade Jurídica Própria, diferente dos ór- criadas sob regime jurídico de direito privado.
gãos públicos. Consistem em pessoas jurídicas independentes, que As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista se
não se confundem com o ente da Administração Pública Direta res- diferem quanto:
ponsável por sua criação;
→ Necessitam de lei que as crie, ou autorize sua criação; Ao capital: As Empresas Públicas são formadas por capital
→ Se submetem ao Controle Finalístico dos entes da Adminis- 100% publico, advindo tanto de entes da Administração Pública
tração Pública Direta. O Controle Finalístico, também denominado Direta, quando da Administração Pública Indireta. A maior porção
Tutela Administrativa, Vinculação, ou Supervisão Ministerial, se res- do capital, entretanto, deve pertencer a uma entidade da Admi-
tringe ao ato de verificação quanto ao cumprimento dos objetivos nistração Pública Direta. Na Sociedade de Economia Mista, como
para os quais o ente da Administração Pública Indireta foi criado. o próprio nome denuncia, o capital é misto, ou seja, constituído
de fontes públicas e privadas. Entretanto, a maior parte do capital
São entes da Administração Pública Indireta em espécie: deve, necessariamente pertencer ao poder público, não importan-
→ Autarquias: De acordo com o art. 5º, I do Decreto-Lei do que seja advenha da Administração Pública Direta ou Indireta;
200/67, Autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas A forma societária: A Empresa Pública pode ser constituída
para executar atividades típicas da Administração Pública, quais se- sob qualquer forma societária, inclusive Sociedade Anônima (S.A.).
jam, prestação de serviço público e exercício do poder de polícia A Sociedade de Economia Mista, por sua vez, sempre será consti-
administrativa. tuída sob forma de S.A;
Por esse motivo, se submetem a todas as prerrogativas e limi- Ao deslocamento de competência para a Justiça Federal: De
tações inerentes ao Regime de Direito Público, a exemplo da imuni- acordo com o art. 109, I da CF, compete à Justiça Federal Julgar as
dade tributária, bens públicos, cláusulas exorbitantes nos contratos Ações em que estejam no polo ativo ou passivo a União, suas Autar-
firmados com particulares, necessidade de procedimento licitatório quias, suas Fundações Públicas e suas Empresas Públicas. Ou seja,
para firmar contratos, e promoção de concursos públicos para pro- as Sociedades de Economia mista não tem o condão de deslocar a
vimento de seus cargos (conteúdos analisados adiante). competência para a Justiça Federal.
As Autarquias são diretamente criadas mediante lei ordinária, As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista tem
razão pela qual não é necessário o registro de seus atos constitu- em comum o fato de:
tivos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Não gozarem de nenhuma prerrogativa de direito público, já Conforme disciplina o texto constitucional e as legislações ex-
que são constituídas sob a personalidade jurídica de Direito Priva- travagantes, a Administração Pública pode ser considerada em di-
do. Entretanto, como fazem parte do aparelho estatal, estão su- reta e indireta.
jeitas a todas as limitações impostas ao Estado (Regime Híbrido). Para alguns doutrinadores a desconcentração denota uma di-
Por exemplo, ainda que sujeitas ao regime celetista (Consolidação visão de competências entre órgãos integrantes de uma mesma
das Leis do Trabalho – CLT), precisam promover concursos públicos pessoa jurídica, ou seja, é forma de organização na qual distribui
para a contratação dos empregados; competências e atribuições de um órgão central para órgãos peri-
A lei que autoriza sua criação definirá se serão prestadoras de féricos de escalões inferiores.
serviço público, ou exploradoras de atividade econômica de inte- Em regra fazem alusão da desconcentração somente em re-
resse público; lação à Administração Direta (o poder, na esfera federal, teorica-
mente concentrado na figura do Presidente da República, é des-
A lei que autoriza a criação de uma Empresa Estatal também concentrado para os órgãos de assessoramento direto e para os
definirá a criação de subsidiárias, que são empresas criadas para ministérios, os quais, por sua vez, também efetuam suas próprias
auxiliar as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista no desconcentrações, criando outros órgãos em suas estruturas inter-
Exercício de suas atividades. nas), mas o isto ocorre também internamente em cada pessoa jurí-
dica da Administração Indireta.
A Constituição Federal adota a forma federativa de Estado com Para discorrer sobre o tema utilizaremos parte da obra do pro-
isso apenas a República Federativa do Brasil possui soberania. A fessor Marco Antonio Praxedes de Moraes Filho, conforme segue:
União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, ou seja, os en- A denominada Administração Pública Direta ou Centralizada é
tes parciais da Federação possuem apenas autonomia política. Con- o centro originário da Administração Pública, compreendendo as
forme nos ensina o autor Alexandre Santos de Aragão, o conceito pessoas jurídicas políticas centrais dotadas de função administrati-
de autonomia é: ao contrário da soberania, limitado, consistindo va: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
na capacidade de agir livremente dentro do círculo de atribuições A denominada Administração Pública Descentralizada é o des-
previamente traçadas por um poder superior, no caso, o próprio locamento da atividade administrativa do núcleo, compreendendo
constituinte. determinadas pessoas jurídicas de direito público ou privado, agin-
Para o referido professor: a Constituição de 1988 fortaleceu do de forma específica para o qual foram criadas. Com o passar
os municípios de forma inédita na história brasileira, incluindo-os nos anos e o aumento da complexidade da vida em sociedade, o
expressamente, junto com a União, o Distrito Federal e os estados, Poder Público, valendo-se do princípio da especialidade, começou a
entre os entes integrantes da Federação brasileira (arts. 1º e 18). transferir responsabilidades suas para parceiros a fim de melhorar
Desta forma a Carta Magna garante aos entes da Federação a prestação do serviço público.
autonomia político-eleitoral (eleição dos seus dirigentes pelos cida- Na forma descentralizada ocorre, ainda, uma subdivisão em
dãos domiciliados em seu território), normativa (competências le- Administração Indireta e Administração por Serviços Públicos. A
gislativas próprias) e administrativa (autogestão). Completa o autor Administração Pública Indireta compreende as autarquias, funda-
no sentido de que: cada ente da Federação tem competência para ções públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
exercer funções administrativas exógenas (atividades administra- A Administração Pública por Serviços Públicos compreende as em-
tivas-fim), perseguindo a realização de determinadas finalidades presas concessionárias e permissionárias prestadoras de serviços
públicas no seio da sociedade (assim, por exemplo, o ente federati- públicos.
vo possui competência para prestar serviços educacionais, realizar Ainda podemos mencionar as Entidades Paraestatais, pessoas
atividades destinadas a preservar o meio ambiente, fiscalizar ativi- jurídicas de direito privado, que muito embora não integrem a
dades privadas, financiar manifestações culturais). Também terão Administração Pública, mantêm com ela um vínculo de parceria,
competência para exercer suas funções administrativas endógenas agindo paralelamente, atuando em comunhão com o Poder Públi-
(atividades administrativas-meio), gerindo internamente seus ser- co. Integram o chamado terceiro setor: Serviços Sociais Autônomos
viços, bens e pessoal. É importante lembrar que a existência de (SSA), Organizações Sociais (OS) e Organizações da Sociedade Civil
autonomia administrativa nas atividades-meio é condição para o de Interesse Público (OSCIP).
exercício de todas as demais autonomias.
A estrutura organizacional da Administração Pública é enca- Autarquias
beçada pelo Chefe do Poder Executivo, seguido pelos Ministros de O conceito de autarquia, ainda que de forma incompleta, pode
Estado, em sendo estadual e municipal é seguido pelos Secretários. ser encontrado expressamente positivado no art. 5º, I do Decreto-
Ao Chefe do Poder Executivo compete exercer a direção su- -lei nº 200/67. Também é possível se depara com referências mani-
perior da Administração Pública, sendo competência dos Ministros festas à autarquia no art. 37, XIX da Constituição Federal de 1988.
auxiliá-lo nessa função, orientando, coordenando e supervisionan- Exemplos de autarquias: Instituto Nacional da Seguridade So-
do os órgãos e entidades da Administração Pública afetos à sua cial (INSS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
área de competência. Naturais Renováveis (IBAMA), Banco Central do Brasil, Instituto Na-
Aragão explica que: além das normas constitucionais sobre a cional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), etc.
organização da Administração Pública, cada ente federativo possui, Diante da análise dos dispositivos constitucionais e infracons-
como requisito e manifestação da sua autonomia, a competência titucionais, podemos apontar inúmeras características das autar-
de editar normas sobre a própria organização (auto-organização), quias:
ressalvando-se alguns casos em que a Constituição prevê a edição a) criadas por lei ordinária específica,
de normas gerais pela União (por exemplo: as Juntas Comerciais b) personalidade jurídica de direito público,
são entidades da Administração Indireta dos Estados, mas as nor- c) execução de atividades típicas da Administração Púbica,
mas gerais sobre seu funcionamento, a teor do art. 24, III, incum- d) especialização dos fins ou atividades,
bem à União). e) responsabilidade objetiva.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
a) Criadas por lei ordinária específica: o instrumento adequado da. Porém, a grande maioria da doutrina admite a possibilidade da
para a instituição das autarquias no mundo jurídico é a lei ordinária; subsistência das fundações tanto na esfera privada quanto na seara
o art. 37, XIX da CF/88 faz ainda a menção de que as autarquias pública.
deverão ser criadas pela aludida espécie normativa. As fundações se apresentam no ordenamento jurídico pátrio
b) Personalidade jurídica de direito público: a autarquia possui sob duas grandes modalidades: as fundações de direito privado e as
natureza jurídica de direito público devido à execução de atividades fundações de direito público. As primeiras, também denominadas
típicas da Administração Pública. de fundações privadas, são aquelas instituídas pelos particulares e
c) Execução de atividades típicas da Administração Pública: o regidas pelas regras privatistas (Código Civil). As segundas, também
legislador resolveu escolher a autarquia como sendo o ente des- denominadas de fundações públicas, estatais ou governamentais,
centralizado que trataria das questões características à Administra- são aquelas instituídas pelo poder público e regidas pelas regras
ção Pública. publicistas (CF/88, Decreto-Lei nº 200/67). Nestas, o poder público
d) Especialização dos fins ou atividades: as autarquias são cria- ainda tem a faculdade de criar duas subespécies de fundações: a de
das exclusivamente para exercer os fins expressamente previstos direito público, também denominada de autarquia fundacional, e a
em lei, sendo-lhes vedado desempenhar atividades diversas daque- de direito privado.
las para as quais foram instituídas. Diante da análise dos dispositivos constitucionais e infracons-
e) Responsabilidade objetiva: as autarquias, na qualidade de titucionais, podemos apontar inúmeras características das funda-
pessoas jurídicas de direito público, respondem de forma objetiva ções:
pelos atos que seus agentes nesta qualidade causarem a terceiros, a) autorizadas por lei ordinária específica,
sendo assegurada ação regressiva contra os responsáveis nos casos b) personalidade jurídica de direito público ou direito privado,
de dolo ou culpa (art. 37, § 6º, CF/88). A responsabilidade objetiva c) qualificação de agências executivas,
das autarquias não afasta a responsabilidade subsidiária do Esta- d) responsabilidade objetiva.
do. Nossos tribunais superiores tem se posicionado no sentido de
que, em um primeiro momento, a ação de responsabilidade deve a) Autorizadas por lei ordinária específica: o instrumento ade-
ser movida contra a própria autarquia; somente em um segundo quado para a instituição das fundações no mundo jurídico é a lei
momento, esgotada a possibilidade indenizatória pela autarquia, ordinária; o art. 37, XIX da CF/88 faz ainda a menção de que as
admite-se acionar subsidiariamente o este público. fundações deverão ser autorizadas pela aludida espécie normativa.
b) Personalidade jurídica de direito público ou direito privado:
Autarquias como Agências há forte divergência doutrinária no tocante à natureza jurídica das
A agência, de origem norte-americana, é termo introduzido no fundações públicas. Podemos encontrar três correntes sobre o as-
direito administrativo pátrio em decorrência do fenômeno da glo- sunto:
balização. As autarquias podem ganhar feições próprias de agên- i) personalidade jurídica de direito público (Celso Antônio Ban-
cias. No regime jurídico administrativo brasileiro existem duas mo- deira de Mello, Alexandre Mazza),
dalidades de agências: agências executivas e agências reguladoras. ii) personalidade jurídica de direito privado (Marcos Juruena
Villela Souto, Rafael Carvalho Rezende Oliveira),
a) Agências Executivas iii) personalidade jurídica de direito público ou direito privado
É uma qualificação jurídica concedida para aquelas autarquias (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Irene Patrícia Nohara). Na jurispru-
que celebrarem contrato de gestão com a Administração Pública dência tem prevalecido o entendimento de que as fundações públi-
Direta a fim de melhorar a eficiência e reduzir custos (art. 37, § 8°, cas possuem natureza jurídica de direito público ou direito privado,
CF/88). O escopo desta qualificação, atribuída por decreto espe- conforme dispuser a legislação.
cífico, é a busca de uma maior autonomia gerencial, operacional
ou orçamentária. A atribuição da qualidade de agência executiva c) Qualificação de Agências Executivas: as fundações autárqui-
atinge as autarquias já existentes, não implicando na instituição de cas também podem receber a qualificação de agências executivas,
uma nova entidade, nem abrange qualquer alteração nas relações desde que formalizem um contrato de gestão com o Poder Público.
de trabalho dos funcionários das instituições beneficiadas. A gran- d) Responsabilidade objetiva: a natureza da responsabilida-
de maioria das agências executivas se encontra na seara da Admi- de civil das duas espécies de fundações estatais é idêntica, ambas
nistração Pública federal. respondendo de forma objetiva, com fundamento no art. 37, § 6º
da Constituição Federal de 1988. Nas pessoas jurídicas de direito
b) Agências Reguladoras público estão inseridas as fundações estatais de direito público, e
São autarquias qualificadas com regime especial definido em nas pessoas jurídicas privadas prestadoras de serviço público estão
lei, responsáveis pela regulação e fiscalização de assuntos atinentes inseridas as fundações estatais de direito privado.
às respectivas esferas de atuação.
Autarquias como Conselhos Profissionais Exemplos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
As Autarquias também podem funcionar como Conselhos Pro- Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Fundação Nacional de Saúde
fissionais ou Conselhos de Classe. São autarquias em regime espe- (FUNASA), Fundação Biblioteca Nacional, etc.
cial, denominadas de Autarquias-Corporativas, pois apresentam
função específica de fiscalização das profissões. Empresas Estatais
Por empresa estatal podemos entender toda sociedade, civil
Fundações ou comercial, da qual o Estado tenha o controle acionário. São pes-
É um conjunto de bens/patrimônios afetados visando atender soas jurídicas de direito privado, criadas por lei ordinária específi-
um determinado fim. Dá- se personalidade jurídica ao conglomera- ca para desempenhar atividade econômica em sentido estrito ou
do para que possa existir por si mesmo. Há divergência na doutrina prestar serviços públicos. O conceito abrange a empresa pública, a
quanto à natureza jurídica das fundações. Há autores afirmando sociedade de economia mista e outras empresas que tenham ne-
que a fundação não poderia se trajar de caráter público, pois sua cessariamente tal natureza.
existência no mundo jurídico estaria restrita apenas à seara priva-

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Empresas Públicas Exemplos: Caixa Econômica Federal (CEF), Empresa Brasileira
São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei de Correios e Telégrafos (ECT), etc.
ordinária específica, para a prestação de serviços público ou explo-
ração de atividade econômica. Podemos encontrar o conceito de Sociedades de Economia Mista
Empresa Pública devidamente positivada no art. 5º, II do Decreto- São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei
-Lei n° 200/67. ordinária específica, para a prestação de serviços público ou explo-
Diante da análise dos dispositivos constitucionais e infracons- ração de atividade econômica. Podemos encontrar o conceito de
titucionais, podemos apontar inúmeras características das funda- Sociedade de Economia Mista devidamente positivada no art. 5º, III
ções: do Decreto-Lei n° 200/67.
a) autorizadas por lei ordinária específica, Diante da análise dos dispositivos constitucionais e infracons-
b) personalidade jurídica de direito privado, titucionais, podemos apontar inúmeras características das funda-
c) responsabilidade subjetiva, ções:
d) capital público, a) autorizadas por lei ordinária específica,
e) organização societária diversa, b) personalidade jurídica de direito privado,
f) possibilidade de falência. c) responsabilidade subjetiva,
d) capital mista,
a) Autorizadas por lei ordinária específica: o instrumento ade- e) organização societária específica,
quado para a instituição das empresas públicas no mundo jurídico f) possibilidade de falência.
é a lei ordinária; o art. 37, XIX da CF/88 faz ainda a menção de que
as empresas públicas deverão ser autorizadas pela aludida espécie a) Autorizadas por lei ordinária específica: o instrumento ade-
normativa. quado para a instituição das sociedades de economia mista no
b) Personalidade jurídica de direito privado: a empresa pública mundo jurídico é a lei ordinária; o art. 37, XIX da CF/88 faz ainda a
possui natureza jurídica de direito privado devido à possibilidade menção de que as sociedades de economia mista deverão ser auto-
de execução de atividades atípicas da Administração Pública. Ou- rizadas pela aludida espécie normativa.
tro motivo das empresas estatais serem pessoas jurídicas de direito b) Personalidade jurídica de direito privado: a sociedade de
privado é devido à aprovação do ato constitutivo e seu respectivo economia mista também possui natureza jurídica de direito privado
registro em cartório. Tal inscrição é que origina o caráter privado devido à possibilidade de execução de atividades atípicas da Admi-
das empresas. O saudoso Hely Lopes Meirelles comenta ainda que nistração Pública. Outro motivo das sociedades de economia mista
tal personalidade é apenas a forma adotada para lhes assegurar serem pessoas jurídicas de direito privado é devido à aprovação do
melhores condições de eficiência, pois sendo colocados em pé de ato constitutivo e seu respectivo registro em cartório. Tal inscrição
igualdade com os particulares, suas ações e reações ficariam um é que origina o caráter privado das empresas. O saudoso Hely Lo-
pouco mais livres, acompanhando as constantes e ágeis transfor- pes Meirelles comenta ainda que tal personalidade é apenas a for-
mações do mundo do mercado. ma adotada para lhes assegurar melhores condições de eficiência,
c) Responsabilidade subjetiva: a responsabilidade das empre- pois sendo colocados em pé de igualdade com os particulares, suas
sas públicas é subjetiva, devendo, portanto, ser provado o dolo ou ações e reações ficariam um pouco mais livres, acompanhando as
a culpa. Tal previsão está no art. 37, § 6º da Constituição Federal de constantes e ágeis transformações do mundo do mercado.
1988, pois tal artigo refere-se a responsabilidade objetiva do Esta- c) Responsabilidade subjetiva: a responsabilidade das socieda-
do. Pela visível ausência no texto constitucional às pessoas jurídicas des de economia mista é subjetiva, devendo, portanto, ser provado
de direito privado exploradoras de atividade econômicas, deduz- se o dolo ou a culpa. Tal previsão está no art. 37, § 6º da Constitui-
que há responsabilidade subjetiva. ção Federal de 1988, pois tal artigo refere-se a responsabilidade
d) Capital público: para a Empresa Pública a composição do pa- objetiva do Estado. Pela visível ausência no texto constitucional às
trimônio é exclusivamente público, sem exceções, não podendo o pessoas jurídicas de direito privado exploradoras de atividade eco-
particular participar desta constituição. nômicas, deduz-se que há responsabilidade subjetiva.
Todavia, tal publicidade não se limita a uma só entidade, po- d) Capital misto: para as sociedades de economia mista o pa-
dendo pertencer ao quadro também outras entidades públicas, por trimônio é híbrido, de natureza pública e privada, o que não pode-
exemplo, determinada Empresa Pública é constituída de capital da ria ser diferente, pois o termo “economia mista” já deixa bastante
União e determinado Estado- membro, mesmo sendo duas entida- sugestivo a intenção do legislador. Esta reunião de recursos ocorre
des diferentes, ambas são públicas. devido ao fato de que nem sempre o Estado conterá recursos sufi-
e) Organização societária diversa: a Empresa Pública pode ser cientes para investir em determinada atividade, daí a colaboração
organizada sob qualquer das formas de sociedade já existentes em entre a esfera pública e a privada. Todavia, deverá sempre o capital
direito, podendo ainda no âmbito federal ser criada uma nova for- público ter o controle majoritário, mais da metade das ações com
ma, o que não ocorre na esfera estadual. A parte final do art. 5°, II direito a voto, pois cabe a este definir o objeto a ser cumprido. Se
do Decreto-lei nº 200/67 trás expressamente tal permissivo exten- não tivesse tal maioria, impossível seria ter o controle da socieda-
sivo. de, podendo o destino da empresa ser alterado.
f) Possibilidade de falência: a via normal para a extinção de em- e) Organização societária específica: na Sociedade de Econo-
presas estatais é por meio de lei. Entende-se, contudo, que as Em- mia Mista somente é admitida uma forma de composição societá-
presas Públicas exploradoras de atividade econômica são passíveis ria, a sociedade anônima (S/A). O art. 5°, II do Decreto-lei nº 200/67
de sofrerem falência, sendo uma forma excepcional de término de trás expressamente tal exigência.
suas atividades. Podendo ainda seu patrimônio – bens e rendas – f) Possibilidade de falência: a via normal para a extinção de em-
ser arrecadado para pagamento dos credores, penhoráveis e exe- presas estatais é por meio de lei. Entende-se, contudo, que as So-
cutáveis, portanto, não respondendo o Estado em caráter subsidiá- ciedades de Economia Mista exploradoras de atividade econômica
rio. Não se aplicando o disposto no art. 242 da Lei das Sociedades são passíveis de sofrerem falência, sendo uma forma excepcional
Anônimas, onde afirma justamente o contrário. de término de tais empresas. Podendo ainda seu patrimônio – bens
e rendas – ser arrecadado para pagamento dos credores, penhorá-

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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veis e executáveis, portanto, não respondendo o Estado em caráter Assim, princípios são proposições que servem de base para
subsidiário. Não se aplicando o disposto no art. 242 da Lei das So- toda estrutura de uma ciência, no Direito Administrativo não é di-
ciedades Anônimas, onde afirma justamente o contrário. ferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo
Exemplos: Banco do Brasil S/A (BB), Petróleo Brasileiro S/A (Pe- do direito público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos,
trobras), etc. vamos nos deter aos expressos, que são os consagrados no art. 37
da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos
QUADRO COMPARATIVO princípios constitucionais, Meirelles (2000, p.81) afirma que:
“Os princípios básicos da administração pública estão con-
substancialmente em doze regras de observância permanente e
Sociedades de Economia
obrigatória para o bom administrador: legalidade, moralidade, im-
Empresas Públicas Mista
pessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade,
autorizadas por lei ordinária autorizadas por lei proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,
específica ordinária específica motivação e supremacia do interesse público.
personalidade jurídica de personalidade jurídica de Os cinco primeiros estão expressamente previstos no art. 37,
direito privado direito privado caput, da CF de 1988; e os demais, embora não mencionados, de-
correm do nosso regime político, tanto que, ao daqueles, foram
responsabilidade subjetiva responsabilidade subjetiva textualmente enumerados pelo art. 2º da Lei federal 9.784, de
capital público capital misto 29/01/1999.”
Destarte, os princípios constitucionais da administração públi-
organização societária
ca, como tão bem exposto, vêm expressos no art. 37 da Constituição
organização societária diversa específica
Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade,
possibilidade de falência possibilidade de falência moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência,
razoabilidade, que serão tratados com mais ênfase a posteriori. Em
Princípios consonância, Di Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasan- ao trazer expresso em seu texto alguns princípios constitucionais.
do como deve ser. Na Administração Pública não é diferente, temos O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e in-
os princípios expressos na constituição que são responsáveis por direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
organizar toda a estrutura e além disso mostrar requisitos básicos Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
para uma “boa administração”, não apenas isso, mas também gerar impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
uma segurança jurídica aos cidadãos, como por exemplo, no prin-
cípio da legalidade, que atribui ao indivíduo a obrigação de realizar LEGALIDADE
algo, apenas em virtude da lei, impedindo assim que haja abuso de O princípio da legalidade, que é uma das principais garantias de
poder. direitos individuais, remete ao fato de que a Administração Pública
No texto da Constituição Federal, temos no seu art. 37, em seu só pode fazer aquilo que a lei permite, ou seja, só pode ser exercido
caput, expressamente os princípios constitucionais relacionados em conformidade com o que é apontado na lei, esse princípio ga-
com a Administração Pública, ficando com a doutrina, a necessi- nha tanta relevância pelo fato de não proteger o cidadão de vários
dade de compreender quais são as verdadeiras aspirações destes abusos emanados de agentes do poder público. Diante do exposto,
princípios e como eles estão sendo utilizados na prática, sendo isso Meirelles (2000, p. 82) defende que:
uma dos objetos do presente trabalho. “Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pes-
Com o desenvolvimento do Estado Social, temos que os inte- soal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a
resses públicos se sobrepuseram diante todos os outros, a conhe- lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que
cida primazia do público, a tendência para a organização social, na a lei autoriza. A lei para o particular significa “poder fazer assim”;
qual os anseios da sociedade devem ser atendidos pela Administra- para o administrador público significa “deve fazer assim”.”
ção Pública, assim, é função desta, realizar ações que tragam bene- Deste modo, este princípio, além de passar muita segurança
fícios para a sociedade. jurídica ao indivíduo, limita o poder do Estado, ocasionando assim,
uma organização da Administração Pública. Como já afirmado, an-
Primeiramente falaremos dos PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS, no teriormente, este princípio além de previsto no caput do art. 37,
caput do artigo 37 da Magna Carta, quais sejam, legalidade, im- vem devidamente expresso no rol de Direitos e Garantias Indivi-
pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. duais, no art. 5º, II, que afirma que “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. Em con-
Os Princípios Constitucionaisda Administração Pública clusão ao exposto, Mello (1994, p.48) completa:
Para compreender os Princípios da Administração Pública é ne- “Assim, o princípio da legalidade é o da completa submissão da
cessário entender a definição básica de princípios, que servem de Administração às leis. Este deve tão-somente obedecê-las, cumpri-
base para nortear e embasar todo o ordenamento jurídico e é tão -las, pô-las em prática. Daí que a atividade de todos os seus agen-
bem exposto por Reale (1986, p. 60), ao afirmar que: tes, desde o que lhe ocupa a cúspide, isto é, o Presidente da Repú-
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que ser- blica, até o mais modesto dos servidores, só pode ser a de dóceis,
vem de alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de juízos, reverentes obsequiosos cumpridores das disposições gerais fixadas
ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da pelo Poder Legislativo, pois esta é a posição que lhes compete no
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas pro- direito Brasileiro.”
posições, que apesar de não serem evidentes ou resultantes de No mais, fica claro que a legalidade é um dos requisitos neces-
evidências, são assumidas como fundantes da validez de um siste- sários na Administração Pública, e como já dito, um princípio que
ma particular de conhecimentos, como seus pressupostos neces- gera segurança jurídica aos cidadãos e limita o poder dos agentes
sários.” da Administração Pública.

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MORALIDADE EFICIÊNCIA
Tendo por base a “boa administração”, este princípio relacio- Este princípio zela pela “boa administração”, aquela que consi-
na-se com as decisões legais tomadas pelo agente de administração ga atender aos anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir
publica, acompanhado, também, pela honestidade. Corroborando resultados positivos e satisfatórios, como o próprio nome já faz re-
com o tema, Meirelles (2000, p. 84) afirma: ferência, ser eficiente. Meirelles (2000, p 90) complementa:
“É certo que a moralidade do ato administrativo juntamente “O Princípio da eficiência exige que a atividade administrati-
a sua legalidade e finalidade, além de sua adequação aos demais va seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. É
princípios constituem pressupostos de validade sem os quais toda o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se
atividade pública será ilegítima”. contenta em se desempenhar apenas com uma legalidade, exigin-
Assim fica claro, a importância da moralidade na Administra- do resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendi-
ção Publica. Um agente administrativo ético que usa da moral e da mento as necessidades da comunidade e de seus membros.”
honestidade, consegue realizar uma boa administração, consegue A eficiência é uma característica que faz com que o agente pú-
discernir a licitude e ilicitude de alguns atos, além do justo e injusto blico consiga atingir resultados positivos, garantindo à sociedade
de determinadas ações, podendo garantir um bom trabalho. uma real efetivação dos propósitos necessários, como por exem-
plo, saúde, qualidade de vida, educação, etc.1
IMPESSOALIDADE Na Constituição de 1988 encontram-se mencionados explici-
Um princípio ainda um pouco conturbado na doutrina, mas, a tamente como princípios os seguintes: legalidade, impessoalidade,
maioria, dos doutrinadores, relaciona este princípio com a finalida- moralidade, publicidade e eficiência (este último acrescentado pela
de, ou seja, impõe ao administrador público que só pratique os atos Emenda 19198 - Reforma Administrativa). Alguns doutrinadores
em seu fim legal, Mello (1994, p.58) sustenta que esse princípio “se buscam extrair outros princípios do texto constitucional como um
traduz a idéia de que a Administração tem que tratar a todos os todo, seriam os princípios implícitos. Outros princípios do direito
administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas”. administrativo decorrem classicamente de elaboração jurispruden-
Para a garantia deste principio, o texto constitucional completa cial e doutrinária.
que para a entrada em cargo público é necessário a aprovação em Cabe agora indagar quais o PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS, que como
concurso público. dito estão disciplinados no artigo 2ª da lei dos Processos Adminis-
trativos Federais, vejamos : “ A Administração Pública obedecerá,
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
É um princípio que é implícito da Constituição Federal brasilei- razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, con-
ra, mas que é explícito em algumas outras leis, como na paulista, e traditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” Os
que vem ganhando muito força, como afirma Meirelles (2000). É princípios da legalidade, moralidade e da eficiência já foram acima
mais uma tentativa de limitação ao poder púbico, como afirma Di explicados. Iremos explanar os demais princípios.
Pietro (1999, p. 72):
“Trata-se de um princípio aplicado ao direito administrativo Princípios da Administração Publica não previstos no Art. 37
como mais uma das tentativas de impor-se limitações à discriciona- da Constituição Federal
riedade administrativa, ampliando-se o âmbito de apreciações do
ato administrativo pelo Poder Judiciário.” Princípio da isonomia ou igualdade formal
Aristóteles afirmava que a lei tinha que dar tratamento desi-
Esse princípio é acoplado a outro que é o da proporcionalida- gual às pessoas que são desiguais e igual aos iguais. A igualdade
de, pois, como afirma Di Pietro (1999, p. 72), “a proporcionalidade não exclui a desigualdade de tratamento indispensável em face da
dever ser medida não pelos critérios pessoais do administrador, particularidade da situação.
mas segundo padrões comuns na sociedade em que vive”. A lei só poderá estabelecer discriminações se o fator de des-
criminação utilizado no caso concreto estiver relacionado com o
PUBLICIDADE objetivo da norma, pois caso contrário ofenderá o princípio da iso-
Para que os atos sejam conhecidos externamente, ou seja, na nomia. Ex: A idade máxima de 60 anos para o cargo de estivador
sociedade, é necessário que eles sejam publicados e divulgados, e está relacionado com o objetivo da norma.
assim possam iniciar a ter seus efeitos, auferindo eficácia ao termo A lei só pode tratar as pessoas de maneira diversa se a distin-
exposto. Além disso, relaciona-se com o Direito da Informação, que ção entre elas justificar tal tratamento, senão seria inconstitucio-
está no rol de Direitos e Garantias Fundamentais. Di Pietro (1999, nal. Assim, trata diferentemente para alcançar uma igualdade real
p.67) demonstra que: (material, substancial) e não uma igualdade formal.
“O inciso XIII estabelece que todos têm direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de in- Princípio da isonomia na Constituição:
teresse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob • “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja im- do Brasil: promover o bem de todos sem preconceitos de origem,
prescindível à segurança da sociedade e do Estado.” raça, sexo, cor idade e qualquer outras formas de discriminação”
Como demonstrado acima, é necessário que os atos e deci- (art. 3º, IV da Constituição Federal).
sões tomados sejam devidamente publicados para o conhecimento • “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
de todos, o sigilo só é permitido em casos de segurança nacional. natureza...” (art. 5º da Constituição Federal).
“A publicidade, como princípio da administração pública, abrange • “São direitos dos trabalhadores: Proibição de diferença de
toda atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de salário, de exercício de funções e de critério de admissão por moti-
seus atos como, também, de propiciação de conhecimento da con- vo de sexo, idade, cor ou estado civil” (art. 7º, XXX da Constituição
duta interna de seus agentes” (MEIRELLES, 2000, p.89). Busca-se Federal).
deste modo, manter a transparência, ou seja, deixar claro para a
sociedade os comportamentos e as decisões tomadas pelos agen-
1 Fonte: www.ambito-juridico.com.br – Texto adaptado de Rayssa Cardoso Gar-
tes da Administração Pública.
cia, Jailton Macena de Araújo

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Princípio da Motivação Revogação: Somente a Administração pode fazê-la. Caso o Ju-
A Administração está obrigada a motivar todos os atos que diciário pudesse rever os atos por razões de conveniência ou opor-
edita, pois quando atua representa interesses da coletividade. É tunidade estaria ofendendo a separação dos poderes. A revogação
preciso dar motivação dos atos ao povo, pois ele é o titular da “res gera efeitos “ex nunc”, pois até o momento da revogação o ato era
publica” (coisa pública). válido.
O administrador deve motivar até mesmo os atos discricioná-
rios (aqueles que envolvem juízo de conveniência e oportunidade), Anulação Revogação
pois só com ela o cidadão terá condições de saber se o Estado esta
agindo de acordo com a lei. Para Hely Lopes Meirelles, a motivação Por razões de Por razões de conveniên-
Fundamento
só é obrigatória nos atos vinculados. ilegalidade cia e oportunidade
Há quem afirme que quando o ato não for praticado de forma Administração e
escrita (Ex: Sinal, comando verbal) ou quando a lei especificar de Competência Administração
Judiciário
tal forma o motivo do ato que deixe induvidoso, inclusive quanto
aos seus aspectos temporais e espaciais, o único fato que pode se Gera efeitos “ex
Efeitos Gera efeitos “ex nunc”
caracterizar como motivo do ato (Ex: aposentadoria compulsória) tunc”
não será obrigatória a motivação. Assim, a motivação só será pres-
suposto de validade do ato administrativo, quando obrigatória.
Motivação segundo o Estatuto do servidor público da União Alegação de direito adquirido contra ato anulado e revogado:
(Lei 8112/90): Em relação a um ato anulado não se pode invocar direito ad-
Segundo o artigo 140 da Lei 8112/90, motivar tem duplo sig- quirido, pois desde o início o ato não era legal. Já em relação a um
nificado. Assim, o ato de imposição de penalidade sempre mencio- ato revogado pode se invocar direito adquirido, pois o ato era vá-
nará o fundamento legal (dispositivos em que o administrador ba- lido.
seou sua decisão) e causa da sanção disciplinar (fatos que levarão “A Administração pode anular seus próprios atos quando eiva-
o administrador a aplicar o dispositivo legal para àquela situação dos de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
concreta). direitos, ou revogá-los, por motivos de conveniência ou oportuni-
A lei, quando é editada é genérica, abstrata e impessoal, por- dade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvados em todos os
tanto é preciso que o administrador demonstre os fatos que o le- casos, a apreciação judicial” (2a parte da sumula 473 do STF).
varam a aplicar aquele dispositivo legal para o caso concreto. Só
através dos fatos que se pode apurar se houve razoabilidade (cor- Princípio da Continuidade da Prestação do Serviço Público
respondência) entre o que a lei abstratamente prevê e os fatos con- A execução de um serviço público não pode vir a ser interrom-
cretos levados ao administrador. pida. Assim, a greve dos servidores públicos não pode implicar em
paralisação total da atividade, caso contrário será inconstitucional
Falta de motivação: (art. 37, VII da CF).
A falta de motivação leva à invalidação, à ilegitimidade do ato,
pois não há o que falar em ampla defesa e contraditório se não há Não será descontinuidade do serviço público: Serviço público
motivação. Os atos inválidos por falta de motivação estarão sujei- interrompido por situação emergencial (art. 6º, §3º da lei 8987/95):
tos também a um controle pelo Poder Judiciário. Interrupção resultante de uma imprevisibilidade. A situação emer-
gencial deve ser motivada, pois resulta de ato administrativo. Se
Motivação nas decisões proferidas pelo Poder Judiciário: a situação emergencial decorrer de negligência do fornecedor, o
Se até mesmo no exercício de funções típicas pelo Judiciário, a serviço público não poderá ser interrompido.
Constituição exige fundamentação, a mesma conclusão e por muito Serviço público interrompido, após aviso prévio, por razões de
maior razão se aplica para a Administração quando da sua função ordem técnica ou de segurança das instalações (art. 6º, §3º, I da lei
atípica ou principal. 8987/95).
Serviço público interrompido, após aviso prévio, no caso de
“Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão inadimplência do usuário, considerado o interesse da coletivida-
públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, de (art. 6º, §3º, II da lei 8987/95): Cabe ao fornecedor provar que
podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar em determina- avisou e não ao usuário, por força do Código de Defesa do Consu-
dos atos às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes” midor. Se não houver comunicação, o corte será ilegal e o usuário
(art. 93, IX da CF). poderá invocar todos os direitos do consumidor, pois o serviço pú-
“As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, blico é uma relação de consumo, já que não deixa de ser serviço só
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de porque é público.
seus membros” (art. 93, X da CF). Há várias posições sobre esta hipótese:
• Há quem entenda que o serviço público pode ser interrom-
Princípio da Autotutela pido nesta hipótese pois, caso contrário, seria um convite aberto à
A Administração Pública tem possibilidade de revisar (rever) inadimplência e o serviço se tornaria inviável à concessionária, por-
seus próprios atos, devendo anulá-los por razões de ilegalidade tanto autoriza-se o corte para preservar o interesse da coletividade
(quando nulos) e podendo revogá-los por razões de conveniência (Posição das Procuradorias).
ou oportunidade (quando inoportunos ou inconvenientes). • O fornecedor do serviço tem que provar que avisou por força
Anulação: Tanto a Administração como o Judiciário podem do Código de Defesa do Consumidor, já que serviço público é uma
anular um ato administrativo. A anulação gera efeitos “ex tunc”, relação de consumo. Se não houver comunicação o corte será ile-
isto é, retroage até o momento em que o ato foi editado, com a gal.
finalidade de eliminar todos os seus efeitos até então. • Há quem entenda que o corte não pode ocorrer em razão da
“A Administração pode declarar a nulidade dos seus próprios continuidade do serviço. O art. 22 do CDC dispõe que “os órgãos
atos” (súmula 346 STF). públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissioná-

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rias, ou sob qualquer outra forma de empreendimento são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e quanto aos
essenciais contínuos”. “Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas
compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Código” (art. 22, parágrafo único do CDC).

Princípio da Razoabilidade
O Poder Público está obrigado, a cada ato que edita, a mostrar a pertinência (correspondência) em relação à previsão abstrata em lei
e os fatos em concreto que foram trazidos à sua apreciação. Este princípio tem relação com o princípio da motivação.
Se não houver correspondência entre a lei o fato, o ato não será proporcional. Ex: Servidor chegou atrasado no serviço. Embora nunca
tenha faltado, o administrador, por não gostar dele, o demitiu. Há previsão legal para a demissão, mas falta correspondência para com a
única falta apresentada ao administrador.

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ARQUIVOLOGIA. GESTÃO DE DOCUMENTOS. PROTO-


COLO. TIPOS DE ARQUIVO

A arquivística é uma ciência que estuda as funções do arquivo, e também os princípios e técnicas a serem observados durante a atua-
ção de um arquivista sobre os arquivos e, tem por objetivo, gerenciar todas as informações que possam ser registradas em documentos
de arquivos.
A Lei nº 8.159/91 (dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e entidades privadas e dá outras providências) nos dá sobre
arquivo:
“Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições
de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.”

Á título de conhecimento segue algumas outras definições de arquivo.


“Designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores, para fins de prova ou
informação”, CONARQ.
“É o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas ativi-
dades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”, Solon Buck (Souza, 1950) (citado por PAES, Marilena Leite,
1986).

“É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua ativida-
de, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro.” (PAES, Marilena Leite, 1986).

De acordo com uma das acepções existentes para arquivos, esse também pode designar local físico designado para conservar o
acervo.

A arquivística está embasada em princípios que a diferencia de outras ciências documentais existentes.
Vejamos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
O princípio de proveniência nos remete a um conceito muito importante aos arquivistas: o Fundo de Arquivo, que se caracteriza
como um conjunto de documentos de qualquer natureza – isto é, independentemente da sua idade, suporte, modo de produção, utiliza-
ção e conteúdo– reunidos automática e organicamente –ou seja, acumulados por um processo natural que decorre da própria atividade
da instituição–, criados e/ou acumulados e utilizados por uma pessoa física, jurídica ou poruma família no exercício das suas atividades
ou das suas funções.

Esse Fundo de Arquivo possui duas classificações a se destacar.


Fundo Fechado – quando a instituição foi extinta e não produz mais documentos estamos.
Fundo Aberto - quando a instituição continua a produzir documentos que se vão reunindo no seu arquivo.

Temos ainda outros aspectos relevantes ao arquivo, que por alguns autores, podem ser classificados como princípios e por outros,
como qualidades ou aspectos simplesmente, mas que, independente da classificação conceitual adotada, são relevantes no estudo da
arquivologia. São eles:
- Territorialidade: arquivos devem ser conservados o mais próximo possível do local que o gerou ou que influenciou sua produção.
- Imparcialidade: Os documentos administrativos são meios de ação e relativos a determinadas funções. Sua imparcialidade expli-
ca-se pelo fato de que são relativos a determinadas funções; caso contrário, os procedimentos aos quais os documentos se referem não
funcionarão, não terão validade. Os documentos arquivísticos retratam com fidelidade os fatos e atos que atestam.
- Autenticidade: Um documento autêntico é aquele que se mantém da mesma forma como foi produzido e, portanto, apresenta o
mesmo grau de confiabilidade que tinha no momento de sua produção.

Por finalidade a arquivística visa servir de fonte de consulta, tornando possível a circulação de informação registrada, guardada e
preservada sob cuidados da Administração, garantida sua veracidade.

Costumeiramente ocorre uma confusão entre Arquivo e outros dois conceitos relacionados à Ciência da Informação, que são a Bi-
blioteca e o Museu, talvez pelo fato desses também manterem ali conteúdo guardados e conservados, porém, frisa-se que trata-se de
conceitos distintos.

O quadro abaixo demonstra bem essas distinções:

Arquivos Públicos
Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II:
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos
de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias”.
Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz:
“§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades
privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à insti-
tuição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.»
Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de caráter público – median-
te delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da esfera de governo.

Arquivos Privados
De acordo com a mesma Lei citada acima:
“Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decor-
rência de suas atividades.”

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido artigo, A implantação da Gestão de Documentos associada ao uso
a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz respeito à pessoa adequado da microfilmagem e das tecnologias do Gerenciamento
jurídica de direito privado, não se confundindo, portanto, com pes- Eletrônico de Documentos deve ser efetiva visando à garantia no
soa jurídica de direito público, pois os órgãos que compõe a admi- processo de atualização da documentação, interrupção no proces-
nistração indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, so de deterioração dos documentos e na eliminação do risco de
são também pessoas jurídicas, destituídas de poder político e do- perda do acervo, através de backup ou pela utilização de sistemas
tadas de personalidade jurídica própria, porém, de direito público. que permitam acesso à informação pela internet e intranet.
Exemplos: A Gestão de Documentos no âmbito da administração pública
• Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc. atua na elaboração dos planos de classificação dos documentos,
• Pessoais: fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc. TTD (Tabela Temporalidade Documental) e comissão permanente
• Comercial: companhias, empresas, etc. de avaliação. Desta forma é assegurado o acesso rápido à informa-
ção e preservação dos documentos.
A arquivística é desenvolvida pelo arquivista, profissional com
formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Esta- Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e
do. Ele pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, cen- expedição de documentos.
tros de documentação, arquivos privados ou públicos, instituições Esse processo acima descrito de gestão de informação e do-
culturais etc. cumentos segue um tramite para que possa ser aplicado de forma
Ao arquivista compete gerenciar a informação, cuidar da ges- eficaz, é o que chamamos de protocolo.
tão documental, conservação, preservação e disseminação da in- O protocolo é desenvolvido pelos encarregados das funções
formação contida nos documentos, assim como pela preservação pertinentes aos documentos, como, recebimento, registro, distri-
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídica), insti- buição e movimentação dos documentos em curso.
tução e, em última instância, da sociedade como um todo. A finalidade principal do protocolo é permitir que as informa-
Também é função do arquivista recuperar informações ou ela- ções e documentos sejam administradas e coordenadas de forma
borar instrumentos de pesquisas arquivisticas.2 concisa, otimizada, evitando acúmulo de dados desnecessários, de
forma que mesmo havendo um aumento de produção de docu-
mentos sua gestão seja feita com agilidade, rapidez e organização.
GESTÃO DE DOCUMENTOS
Para atender essa finalidade, as organizações adotam um sis-
Um documento (do latim documentum, derivado de docere
tema de base de dados, onde os documentos são registrados assim
“ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gráfico, que
que chegam à organização.
comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de uma
A partir do momento que a informação ou documento chega
afirmação etc. No meio jurídico, documentos são frequentemente
é adotado uma rotina lógica, evitando o descontrole ou problemas
sinônimos de atos, cartas ou escritos que carregam um valor pro-
decorrentes por falta de zelo com esses, como podemos perceber:
batório.
Documento arquivístico: Informação registrada, independen- Recebimento:
te da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da Como o próprio nome diz, é onde se recebe os documentos e
atividade de uma instituição ou pessoa e que possui conteúdo, onde se separa o que é oficial e o que é pessoal.
contexto e estrutura suficientes para servir de prova dessa ativi- Os pessoais são encaminhados aos seus destinatários.
dade. Já os oficiais podem sem ostensivos e sigilosos. Os ostensivos
Administrar, organizar e gerenciar a informação é uma tarefa são abertos e analisados, anexando mais informações e assim en-
de considerável importância para as organizações atuais, sejam es- caminhados aos seus destinos e os sigilosos são enviados diretos
sas privadas ou públicas, tarefa essa que encontra suporte na Tec- para seus destinatários.
nologia da Gestão de Documentos, importante ferramenta que
auxilia na gestão e no processo decisório. Registro:
A gestão de documentos representa um conjunto de proce- Todos os documentos recebidos devem ser registrados ele-
dimentos e operações técnicas referentes à sua produção, trami- tronicamentecom seu número, nome do remetente, data, assunto
tação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e interme- dentre outras informações.
diária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda Depois do registro o documento é numerado (autuado) em or-
permanente. dem de chegada.
Depois de analisado o documento ele é classificado em uma
Através da Gestão Documental é possível definir qual a politi- categoria de assuntopara que possam ser achados. Neste momen-
ca arquivistica adotada, através da qual, se constitui o patrimônio to pode-se ate dar um código a ele.
arquivistico. Outro aspecto importante da gestão documental é de-
finir os responsáveis pelo processo arquivistico. Distribuição:
A Gestão de Documentos é ainda responsável pela implanta- Também conhecido como movimentação, é a entrega para
ção do programa de gestão, que envolve ações como as de acesso, seus destinatários internos da empresa. Caso fosse para fora da
preservação, conservação de arquivo, entre outras atividades. empresa seria feita pela expedição.
Por assegurar que a informação produzida terá gestão ade-
quada, sua confidencialidade garantida e com possibilidade de ser Tramitação:
rastreada, a Gestão de Documentos favorece o processo de Acre- A tramitação são procedimentos formais definidas pela em-
ditação e Certificação ISO, processos esses que para determinadas presa.É o caminho que o documento percorre desde sua entrada
organizações são de extrema importância ser adquirido. na empresa até chegar ao seu destinatário (cumprir sua função).
Outras vantagens de se adotar a gestão de documentos é a Todas as etapas devem ser seguidas sem erro para que o protoco-
racionalização de espaço para guarda de documentos e o controle lo consiga localizar o documento. Quando os dados são colocados
deste a produção até arquivamento final dessas informações. corretamente, como datas e setores em que o documento cami-
nhou por exemplo, ajudará aagilizar a sua localização.
2Adaptado de George Melo Rodrigues

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Expedição de documentos:
A expedição é por onde sai o documento. Deve-se verificar se faltam folhas ou anexos. Também deve numerar e datar a correspon-
dência no original e nas cópias, pois as cópias são o acompanhamento da tramitação do documento na empresa e serão encaminhadas
ao arquivo. As originais são expedidas para seus destinatários.

Sistemas de classificação
O conceito de classificação e o respectivo sistema classificativo a ser adotado, são de uma importância decisiva na elaboração de um
plano de classificação que permita um bom funcionamento do arquivo.
Um bom plano de classificação deve possuir as seguintes características:
- Satisfazer as necessidades práticas do serviço, adotando critérios que potenciem a resolução dos problemas. Quanto mais simples
forem as regras de classificação adotadas, tanto melhor se efetuará a ordenação da documentação;
- A sua construção deve estar de acordo com as atribuições do organismo (divisão de competências) ou em última análise, focando
a estrutura das entidades de onde provém a correspondência;
- Deverá ter em conta a evolução futura das atribuições do serviço deixando espaço livre para novas inclusões;
- Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização sempre que se en-
tender conveniente.

A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar sua
recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacionadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência, recolhimento e acesso a
esses documentos, uma vez que o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo do documento, o qual reflete a atividade que
o gerou e determina o uso da informação nele contida. A classificação define, portanto, a organização física dos documentos arquivados,
constituindo-se em referencial básico para sua recuperação.
Na classificação, as funções, atividades, espécies e tipos documentais distribuídos de acordo com as funções e atividades desempe-
nhadas pelo órgão.
A classificação deve ser realizada de acordo com as seguintes características:

De acordo com a entidade criadora


- PÚBLICO – arquivo de instituições públicas de âmbito federal ou estadual ou municipal.
- INSTITUCIONAL – arquivos pertencentes ou relacionados à instituições educacionais, igrejas, corporações não-lucrativas, socieda-
des e associações.
- COMERCIAL- arquivo de empresas, corporações e companhias.
- FAMILIAR ou PESSOAL - arquivo organizado por grupos familiares ou pessoas individualmente.
.
De acordo com o estágio de evolução (considera-se o tempo de vida de um arquivo)
- ARQUIVO DE PRIMEIRA IDADE OU CORRENTE - guarda a documentação mais atual e frequentemente consultada. Pode ser mantido
em local de fácil acesso para facilitar a consulta.
- ARQUIVO DE SEGUNDA IDADE OU INTERMEDIÁRIO - inclui documentos que vieram do arquivo corrente, porque deixaram de ser
usados com frequência. Mas eles ainda podem ser consultados pelos órgãos que os produziram e os receberam, se surgir uma situação
idêntica àquela que os gerou.
- ARQUIVO DE TERCEIRA IDADE OU PERMANENTE - nele se encontram os documentos que perderam o valor administrativo e cujo
uso deixou de ser frequente, é esporádico. Eles são conservados somente por causa de seu valor histórico, informativo para comprovar
algo para fins de pesquisa em geral, permitindo que se conheça como os fatos evoluíram.

De acordo com a extensão da atenção


Os arquivos se dividem em:
- ARQUIVO SETORIAL - localizado junto aos órgãos operacionais, cumprindo as funções de um arquivo corrente.
- ARQUIVO CENTRAL OU GERAL - destina-se a receber os documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram a
estrutura de uma instituição.

De acordo com a natureza de seus documentos


- ARQUIVO ESPECIAL - guarda documentos de variadas formas físicas como discos, fitas, disquetes, fotografias, microformas (fichas
microfilmadas), slides, filmes, entre outros. Eles merecem tratamento adequado não apenas quanto ao armazenamento das peças, mas
também quanto ao registro, acondicionamento, controle e conservação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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- ARQUIVO ESPECIALIZADO – também conhecido como arqui- 7. Arquivar o anexo do documento, quando volumoso, em
vo técnico, é responsável pela guarda os documentos de um deter- caixa ou pasta apropriada, identificando externamente o seu con-
minado assunto ou setor/departamento específico. teúdo e registrando a sua localização no documento que o enca-
minhou.
De acordo com a natureza do assunto 8. Endereçamento - o endereço aponta para o local onde os
- OSTENSIVO: aqueles que ao serem divulgados não prejudi- documentos/processos estão armazenados.
cam a administração;
- SIGILOSO: em decorrência do assunto, o acesso é limitado, Devemos considerar duas formas de arquivamento: A horizon-
com divulgação restrita. tal e a vertical.
- Arquivamento Horizontal: os documentos são dispostos uns
De acordo com a espécie sobre os outros, ―deitados, dentro do mobiliário. É indicado para
- ADMINISTRATIVO: Referente às atividades puramente admi- arquivos permanentes e para documentos de grandes dimensões,
nistrativas; pois evitam marcas e dobras nos mesmos.
- JUDICIAL: Referente às ações judiciais e extrajudiciais; - Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos uns
- CONSULTIVO: Referente ao assessoramento e orientação atrás dos outros dentro do mobiliário. É indicado para arquivos
jurídica. Busca dirimir dúvidas entre pareceres, busca alternativas correntes, pois facilita a busca pela mobilidade na disposição dos
para evitar a esfera judicial. documentos.

De acordo com o grau de sigilo Para o arquivamento e ordenação dos documentos no arqui-
- RESERVADO: Dados ou informações cuja revelação não-au- vo, devemos considerar tantos os métodos quanto os sistemas. Os
torizada possa comprometer planos, operações ou objetivos neles Sistemas de Arquivamento nada mais são do que a possibilidade
previstos; ou não de recuperação da informação sem o uso de instrumentos.
- SECRETO: Dados ou informações referentes a sistemas, ins- Tudo o que isso quer dizer é apenas se precisa ou não de uma
talações, projetos, planos ou operações de interesse nacional, a ferramenta (índice, tabela ou qualquer outro semelhante) para lo-
assuntos diplomáticos e de inteligência e a planos ou detalhes, calizar um documento em um arquivo.
programas ou instalações estratégicos, cujo conhecimento não Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema
autorizado possa acarretar dano grave à segurança da sociedade direto de busca e/ou recuperação, como por exemplo, os métodos
e do Estado; alfabético e geográfico.
- ULTRASSECRETO: Dados ou informações referentes à sobe- Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema indi-
rania e à integridade territorial nacional, a plano ou operações mi- reto de busca e/ou recuperação, como são os métodos numéricos.
litares, às relações internacionais do País, a projetos de pesquisa
e desenvolvimento científico e tecnológico de interesse da defesa A ORDENAÇÃO é a reunião dos documentos que foram classi-
nacional e a programas econômicos, cujo conhecimento não auto- ficados dentre de um mesmo assunto.
rizado possa acarretar dano excepcionalmente grave à segurança Sua finalidade é agilizar o arquivamento, de forma organizada
da sociedade e do Estado. e categorizada previamente para posterior arquivamento.
Para definir a forma da ordenação é considerada a natureza
Arquivamento e ordenação de documentos dos documentos, podendo ser:3
O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedimentos que
visa ao acondicionamento e armazenamento dos documentos no 1. Arquivamento por assunto
arquivo. Uma das técnicas mais utilizadas para a gestão de documentos
Uma vez registrado, classificado e tramitado nas unidades é o arquivamento por assunto. Como o próprio nome já adianta,
competentes, o documento deverá ser encaminhado ao seu desti- essa técnica consiste em realizar o arquivamento dos documentos
no para arquivamento, após receber despacho final. de acordo com o assunto tratado neles.
O arquivamento é a guarda dos documentos no local estabele-
Isso permite agrupar documentos que tratem de assuntos cor-
cido, de acordo com a classificação dada. Nesta etapa toda a aten-
relatos e permite encontrar informações completas sobre deter-
ção é necessária, pois um documento arquivado erroneamente
minada matéria de forma simples e direta, sendo especialmente
poderá ficar perdido quando solicitado posteriormente.
interessante para empresas que lidam com um grande volume de
O documento ficará arquivado na unidade até que cumpra o
documentos de um mesmo tema.
prazo para transferência ao Arquivo Central ou sua eliminação.
2. Método alfabético
As operações para arquivamento são:
1. Verificar se o documento destina-se ao arquivamento; Uma das mais conhecidas técnicas de arquivamento de docu-
2. Checar a classificação do documento, caso não haja, atribuir mentos é o método alfabético, que consiste em organizar os do-
um código conforme o assunto; cumentos arquivados de acordo com a ordem alfabética desses,
3. Ordenar os documentos na ordem sequencial; permitindo uma consulta mais intuitiva e eficiente.
4. Ao arquivar o documento na pasta, verificar a existência de Como a própria denominação já indica, nesse esquema o ele-
antecedentes na mesma pasta e agrupar aqueles que tratam do mento principal considerado é o nome. Estamos falando sobre um
mesmo assunto, por consequência, o mesmo código; método muito usado nas empresas por apresentar a vantagem de
5. Arquivar as pastas na sequência dos códigos atribuídos – ser rápido e simples.
usar uma pasta para cada código, evitando a classificação “diver- No entanto, quando se armazena um número muito grande de
sos”; informações, é comum que existam alguns erros. Isso acontece de-
6. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes de vido à grande variedade de grafia dos nomes e também ao cansaço
acordo com a ordem estabelecida – cronológica, alfabética, geo- visual do funcionário.
gráfica, verificando a existência de cópias e eliminando-as. Caso
não exista o original manter uma única cópia;
3Adaptado de www.agu.gov.br

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Para que a localização e o armazenamento dos documentos Nesse caso, as capitais precisam aparecer no início da lista, uma
se tornem mais rápidos, é possível combinar esse método com a vez que elas são, normalmente, as mais procuradas, tendo uma
escolha de cores. Dessa forma, fica mais simples encontrar a letra quantidade maior de documentos.
procurada.
Esse método é conhecido como Variadex e utiliza as cores - Norma do método geográfico 2
como elementos auxiliares, com o objetivo de facilitar a localização Ao realizar um arquivamento por cidades, quando não existe
e a recuperação dos documentos. Vale lembrar que essa é somen- separação por estado, não há a exigência de que as capitais fiquem
te uma variação do método alfabético. É possível, ainda, combinar no início. A ordem vai ser simplesmente alfabética. Entretanto, ao
esse método ao de arquivamento por assunto, usando a ordem final de cada cidade, o estado a que ela corresponde precisa apa-
alfabética para subdividir a organização. recer na identificação.

3. Método numérico 6. Método temático


O método numérico é outra opção de arquivamento e uma Esse é um método que propõe a organização dos documentos
ótima escolha para empresas que lidam com um grande volume de por assunto. Assim, a classificação é elaborada pelos assuntos e
documentos. Ele consiste em determinar um número sequencial temas básicos, que podem admitir diversas composições.
para cada documento, permitindo sua consulta de acordo com um
índice numérico previamente determinado. 7. Índice onomástico (opcional)
Como o próprio nome indica, esse método é aquele usado Índice de nomes próprios que aparecem no texto. Deve ser
quando os documentos são ordenados por números. É possível utilizado quando o Coordenador da coleção assim o decidir. Deve
escolher três formas distintas de utilizá-lo: numérico simples, cro- ser organizado da mesma maneira que o índice remissivo.
nológico ou dígito-terminal.
Tabela de temporalidade
- Método numérico simples Instrumento de destinação, que determina prazos e condições
Esse método é usado quando o modo de organizar é feito pelo de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte
número da pasta ou do documento em que ele foi arquivado. É de documentos, com a finalidade de garantir o acesso à informa-
muito utilizado na organização de prontuários médicos, filmes, ção a quantos dela necessitem.
processos e pastas de funcionários. É um instrumento resultante da atividade de avaliação de do-
cumentos, que consiste em identificar seus valores (primário/ad-
- Método numérico cronológico ministrativo ou secundário/histórico) e definir prazos de guarda,
Um método usado para fazer a organização dos documentos registrando dessa forma, o registra o ciclo de vida dos documen-
por data. É extremamente utilizado para organizar documentos tos.
financeiros, fotos e outros arquivos em que a data é o elemento Para que a tabela tenha validade precisa ser aprovada por
essencial para buscar a informação. autoridade competente e divulgada entre os funcionários na ins-
tituição.
- Método numérico dígito-terminal Sua estrutura básica deve necessariamente contemplar os
A partir do momento em que se faz uso de números maiores, conjuntos documentais produzidos e recebidos por uma institui-
com diversos dígitos, o método simples não é eficiente. Isso ocorre ção no exercício de suas atividades, os prazos de guarda nas fases
porque ele acaba se tornando trabalhoso e lento. Por isso, nesse corrente e intermediária, a destinação final – eliminação ou guarda
caso, o mais indicado é utilizar o método dígito-terminal. permanente, além de um campo para observações necessárias à
Nesse método, a ordenação é realizada com base nos dois úl- sua compreensão e aplicação.
timos dígitos. Quando esses são idênticos, a ordenação é dada a
partir dos dois dígitos anteriores. Isso acaba tornando o arquiva- Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utilização do
mento mais ágil e eficiente. instrumento:

4. Método eletrônico 1. Assunto: Apresenta-se aqui os conjuntos documentais pro-


O método eletrônico consiste em arquivar os documentos de duzidos e recebidos, hierarquicamente distribuídos de acordo com
forma eletrônica, realizando sua digitalização — o que permite não as funções e atividades desempenhadas pela instituição.
só organizá-los de diversas formas distintas e de acordo com o mé- Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, que
todo que mais se encaixa na organização e nas necessidades da contém os conjuntos documentais ordenados alfabeticamente
empresa, mas fazer sua gestão online e até mesmo remota. para agilizar a sua localização na tabela.

5. Método geográfico 2. Prazos de guarda: Trata-se do tempo necessário para ar-


Esse método é aquele usado quando os documentos apresen- quivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária,
tam a sua organização por meio do local, isto é, quando a empresa visando atender exclusivamente às necessidades da administração
escolhe classificar os documentos a partir de seu local de origem. que os gerou.
No entanto, de acordo com a literatura arquivística, duas nor- Deve ser objetivo e direto na definição da ação – exemplos:
mas precisam ser empregadas para que o método geográfico seja até aprovação das contas; até homologação daaposentadoria; e
utilizado de forma adequada. Confira! até quitação da dívida.
- Os prazos são preferencialmente em ANOS
- Norma do método geográfico 1 - Os prazos são determinados pelas: - Normas
Quando os documentos são organizados por país ou por es- - Precaução
tado, eles precisam ser ordenados alfabeticamente. Dessa forma, - Informações recaptulativas
fica mais fácil localizá-los depois. Isso vale também para as cidades - Frequência de uso
de um mesmo país ou estado: sempre postas em ordem alfabética.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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3. Destinação final: Registra-se a destinação estabelecida que pode ser:

4. Observações: Neste campo são registradas informações complementares e justificativas, necessárias à correta aplicação da tabe-
la. Incluem-se, ainda, orientações quanto à alteração do suporte da informação e aspectos elucidativos quanto à destinação dos docu-
mentos, segundo a particularidade dos conjuntos documentais avaliados.

A definição dos prazos de guarda devem ser definidos com base na legislação vigente e nas necessidades administrativas.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO


Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, deverão ser observados procedimentos específicos,
de acordo com os diferentes gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de guarda estabelecido na
tabela de temporalidade e destinação.

Não podemos nos esquecer dos documentos eletrônicos, que hoje em dia está cada vez mais presente. As alternativas são diversas,
como dispositivos externos de gravação,porém, o mais indicado hoje, é armazenar os dados em nuvem, que oferece além da segurança,
a facilidade de acesso.

Armazenamento

Áreas de armazenamento

Áreas Externas
A localização de um depósito de arquivo deve prever facilidades de acesso e de segurança contra perigos iminentes, evitando-se,
por exemplo:
- áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de inundações, como margens de rios e subsolos;
- áreas de risco de incêndios, próximas a postos de combustíveis, depósitos e distribuidoras de gases, e construções irregulares;
- áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices de poluição atmosférica, como refinarias de petróleo;
- áreas próximas a instalações estratégicas, como indústrias e depósitos de munições, de material bélico e aeroportos.

Áreas Internas
As áreas de trabalho e de circulação de público deverão atender às necessidades de funcionalidade e conforto, enquanto as de ar-
mazenamento de documentos devem ser totalmente independentes das demais.

Condições Ambientais
Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de trabalho devem receber tratamento diferenciado das áreas dos depósitos,
as quais, por sua vez, também devem se diferenciar entre si, considerando-se as necessidades específicas de preservação para cada tipo
de suporte.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao lon- Os documentos de valor permanente que apresentam gran-
go do tempo, ocorre por reações químicas, que são aceleradas por des formatos, como mapas, plantas e cartazes, devem ser armaze-
flutuações e extremos de temperatura e umidade relativa do ar e nados horizontalmente, em mapotecas adequadas às suas medi-
pela exposição aos poluentes atmosféricos e às radiações lumino- das, ou enrolados sobre tubos confeccionados em cartão alcalino
sas, especialmente dos raios ultravioleta. e acondicionados em armários ou gavetas. Nenhum documento
A adoção dos parâmetros recomendados por diferentes au- deve ser armazenado diretamente sobre o chão.
tores (de temperatura entre 15° e 22° C e de umidade relativa en- As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de compu-
tre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e úmidos, o emprego de tador, devem ser armazenadas longe de campos magnéticos que
meios mecânicos sofisticados, resultando em altos custos de inves- possam causar a distorção ou a perda de dados. O armazenamento
timento em equipamentos, manutenção e energia. será preferencialmente em mobiliário de aço tratado com pintura
Os índices muito elevados de temperatura e umidade relati- sintética, de efeito antiestático.
va do ar, as variações bruscas e a falta de ventilação promovem a As embalagens protegem os documentos contra a poeira e da-
ocorrência de infestações de insetos e o desenvolvimento de mi- nos acidentais, minimizam as variações externas de temperatura e
croorganismos, que aumentam as proporções dos danos. umidade relativa e reduzem os riscos de danos por água e fogo em
Com base nessas constatações, recomenda-se: casos de desastre.
- armazenar todos os documentos em condições ambientais As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manuseio, ao
que assegurem sua preservação, pelo prazo de guarda estabeleci- peso dos documentos e à pressão, caso tenham de ser empilhadas.
do, isto é, em temperatura e umidade relativa do ar adequadas a Precisam ser mantidas em boas condições de conservação e limpe-
cada suporte documental; za, de forma a proteger os documentos.
- monitorar as condições de temperatura e umidade relativa As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem respeitar
do ar, utilizando pessoal treinado, a partir de metodologia previa- formatos padronizados, e devem ser sempre iguais às dos docu-
mente definida; mentos que irão abrigar, ou, caso haja espaço, esses devem ser
- utilizar preferencialmente soluções de baixo custo direciona- preenchidos para proteger o documento.
das à obtenção de níveis de temperatura e umidade relativa esta- Todos os materiais usados para o armazenamento de docu-
bilizados na média, evitando variações súbitas; mentos permanentes devem manter-se quimicamente estáveis
- reavaliar a utilidade de condicionadores mecânicos quando ao longo do tempo, não podendo provocar quaisquer reações que
os equipamentos de climatização não puderem ser mantidos em afetem a preservação dos documentos.
funcionamento sem interrupção; Os papéis e cartões empregados na produção de caixas e invó-
- proteger os documentos e suas embalagens da incidência di- lucros devem ser alcalinos e corresponder às expectativas de pre-
reta de luz solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas; servação dos documentos.
- monitorar os níveis de luminosidade, em especial das radia- No caso de caixas não confeccionados em cartão alcalino, re-
ções ultravioleta; comenda-se o uso de invólucros internos de papel alcalino, para
- reduzir ao máximo a radiação UV emitida por lâmpadas fluo- evitar o contato direto de documentos com materiais instáveis.4
rescentes, aplicando filtros bloqueadores aos tubos ou às luminá-
rias; PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DE AR-
- promover regularmente a limpeza e o controle de insetos QUIVO
rasteiros nas áreas de armazenamento; A manutenção dos documentos pelo prazo determinado na
- manter um programa integrado de higienização do acervo e tabela de temporalidade dependem de três aspectos:
de prevenção de insetos;
- monitorar as condições do ar quanto à presença de poeira e Fatores de deterioração em acervos de arquivos
poluentes, procurando reduzir ao máximo os contaminantes, uti- Conhecendo-se a natureza dos materiais componentes dos
lizando cortinas, filtros, bem como realizando o fechamento e a acervos e seu comportamento diante dos fatores aos quais estão
abertura controlada de janelas; expostos, torna-se bastante fácil detectar elementos nocivos e tra-
- armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios magné- çar políticas de conservação para minimizá-los.
ticos e ópticos em condições climáticas especiais, de baixa tem- A grande maioria dos arquivos é constituída de documentos
peratura e umidade relativa, obtidas por meio de equipamentos impressos, e o papel é basicamente composto por fibras de celulo-
mecânicos bem dimensionados, sobretudo para a manutenção se, portanto, identificar os principais agentes nocivos da celulose e
da estabilidade dessas condições, a saber: fotografias em preto e descobrir soluções para evita-los é um grande passo na preserva-
branco T 12ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5% fotografias em cor T 5ºC ± 1ºC ção e na conservação documental.
e UR 35% ± 5% filmes e registros magnéticos T 18ºC ± 1ºC e UR 40% Essa degradação à qual os acervos estão sujeitos não se limita
± 5%. a um único fator, pelo contrário, são várias as formas dessa degra-
dação ocorrer, como veremos a seguir:
Acondicionamento
Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e in- 1. Fatores ambientais
vólucros apropriados, que assegurem sua preservação. São os agentes encontrados no ambiente físico do acervo,
A escolha deverá ser feita observando-se as características fí- como por exemplo, Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Radia-
sicas e a natureza de cada suporte. A confecção e a disposição do ção da Luz, Qualidade do Ar.
mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre qualidade e
resistência e sobre segurança no trabalho. - Temperatura e umidade relativa
O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, promo- O calor e a umidade contribuem significativamente para a des-
ve a proteção contra danos físicos, químicos e mecânicos. Os docu- truição dos documentos, principalmente quando em suporte-pa-
mentos devem ser guardados em arquivos, estantes, armários ou pel. O desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O calor
prateleiras, apropriados a cada suporte e formato.
4Adaptado de CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos/ www.eboxdigital.com.
br

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ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações químicas, é - Ataques de insetos
dobrada a cada aumento de 10°C. A alteração da umidade relativa Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto revesti-
proporciona as condições necessárias para desencadear intensas mentos, provocam perdas de superfície e manchas de excremen-
reações químicas nos materiais. tos. As baratas se reproduzem no próprio local e se tornam infesta-
A circulação do ar ambiente representa um fator bastante ção muito rapidamente, caso não sejam combatidas.
importante para amenizar os efeitos da temperatura e umidade Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos imensos
relativa elevada. em acervos, principalmente em livros. A fase de ataque ao acervo
é a de larva. Esse inseto se reproduz por acasalamento, que ocorre
- Radiação da luz no próprio acervo. Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus
Toda fonte de luz, emite radiação nociva aos materiais de acer- derivados, como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e
vos, provocando consideráveis danos através da oxidação. todos os materiais à base de celulose.
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção dos acer- O ataque causa perda de suporte. A larva digere os materiais
vos: para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala e põe ovos. Os
- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas ovos eclodem e o ciclo se repete.
que bloqueiem totalmente o sol; Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só para
- Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle as coleções como para o prédio em si. Os cupins percorrem áreas
da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto em lâmpadas internas de alvenaria, tubulações, conduítes de instalações elétri-
fluorescentes. cas, rodapés, batentes de portas e janelas etc., muitas vezes fora
do alcance dos nossos olhos.
- Qualidades do ar Chegam aos acervos em ataques massivos, através de estantes
O controle da qualidade é muito importante porque os gases coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, assoalhos etc.
e as partículas sólidas contribuem muito para a deterioração de
materiais de bibliotecas e arquivos, destacando que esses poluen- 3. Intervenções inadequadas nos acervos
tes podem tanto vir do ambiente externo como podem ser geran- Trata-se de procedimentos de conservação que realizamos
do no próprio ambiente. em um conjunto de documentos com o objetivo de interromper ou
melhorar seu estado de degradação e que as vezes, resultam em
2. Agentes biológicos danos ainda maiores.
Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, entre Por isso, qualquer tratamento que se queira aplicar exige um
outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedores e os fun- conhecimento das características individuais dos documentos e
gos, cuja presença depende quase que exclusivamente das condi- dos materiais a serem empregados no processo de conservação.
ções ambientais reinantes nas dependências onde se encontram
os documentos. 4. Problemas no manuseio de livros e documentos
O manuseio inadequado dos documentos é um fator de degra-
- Fungos dação muito frequente em qualquer tipo de acervo.
Como qualquer outro ser vivo, necessitam de alimento e umi- O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento,
dade para sobreviver e proliferar. O alimento provém dos papéis, sejam elas durante a higienização pelos funcionários da instituição,
amidos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator na remoção das estantes ou arquivos para uso do pesquisador, nas
indispensável para o metabolismo dos nutrientes e para sua pro- foto-reproduções, na pesquisa pelo usuário etc.
liferação. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos ma-
teriais atacados e na própria colônia de fungos. Além da umidade 5. Fatores de deterioração
e nutrientes, outras condições contribuem para o crescimento das Como podemos ver, os danos são intensos e muitos são irre-
colônias: temperatura elevada, falta de circulação de ar e falta de versíveis. Apesar de toda a problemática dos custos de uma po-
higiene. lítica de conservação, existem medidas que podemos tomar sem
As medidas para proteger o acervo de infestação de fungos despender grandes somas de dinheiro, minimizando drasticamen-
são: te os efeitos desses agentes. Alguns investimentos de baixo custo
- estabelecer política de controle ambiental, principalmente devem ser feitos, a começar por:
temperatura, umidade relativa e ar circulante - treinamento dos profissionais na área da conservação e pre-
- praticar a higienização tanto do local quanto dos documen- servação;
tos, com metodologia e técnicas adequadas; - atualização desses profissionais (a conservação é uma ciência
- instruir o usuário e os funcionários com relação ao manuseio em desenvolvimento constante e a cada dia novas técnicas, mate-
dos documentos e regras de higiene do local; riais e equipamentos surgem para facilitar e melhorar a conserva-
- manter vigilância constante dos documentos contra aciden- ção dos documentos);
tes com água, secando-os imediatamente caso ocorram. - monitoração do ambiente – temperatura e umidade relativa
em níveis aceitáveis;
- Roedores - uso de filtros e protetores contra a luz direta nos documen-
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e arquivos tos;
ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Tentar obstruir as - adoção de política de higienização do ambiente e dos acer-
possíveis entradas para os ambientes dos acervos é um começo. As vos;
iscas são válidas, mas para que surtam efeito devem ser definidas - contato com profissionais experientes que possam assesso-
por especialistas em zoonose. O produto deve ser eficiente, desde rar em caso de necessidade.
que não provoque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia
se faz nos mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade
relativa controladas, além de higiene periódica.

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6. Características gerais dos materiais empregados em con- de acidez resultante do uso de papéis de baixa qualidade. As más
servação condições de armazenamento e o excesso de manuseio também
Nos projetos de conservação/preservação de acervos de bi- contribuem para a degradação dos materiais. Tais documentos
bliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas o uso de ma- têm que ser higienizados com muito critério e cuidado.
teriais de qualidade arquivística, isto é, daqueles materiais livres - Documentos manuscritos - os mesmos cuidados para com os
de quaisquer impurezas, quimicamente estáveis, resistentes, du- livros devem ser tomados em relação aos manuscritos. O exame
ráveis. Suas características, em relação aos documentos onde são dos documentos, testes de estabilidade de seus componentes para
aplicados, distinguem-se pela estabilidade, neutralidade, reversibi- o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de intervenção
lidade e inércia.Dentro das especificações positivas, encontramos devem ser cuidadosamente realizados.
vários materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres iner- - Documentos em grande formato
tes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orientais, borra- - Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura (no
chas plásticas etc., usados tanto para pequenas intervenções sobre geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de borracha,
os documentos como para acondicionamento. após testes. Pode-se também usar um cotonete - bem enxuto e
embebido em álcool. Muito sensíveis à água, esses papéis podem
7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais para a ter distorções causadas pela umidade que são irreversíveis ou de
conservação de acervos difícil remoção.
Como já enfatizamos anteriormente, é muito importante ter - Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são muito
conhecimentos básicos sobre os materiais que integram nossos frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. Todo cuidado é
acervos para que não corramos o risco de lhes causar mais danos. pouco, até mesmo na escolha de seu acondicionamento.
Vários são os procedimentos que, apesar de simples, são de - Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma atenção
grande importância para a estabilização dos documentos. especial na limpeza. Em mapas impressos, desde que em boas condi-
ções, o pó de borracha pode ser aplicado para tratar grandes áreas.
8. Higienização
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os docu- 9. Pequenos reparos
mentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada a condições Os pequenos reparos são diminutas intervenções que pode-
ambientais inadequadas, provoca reações de destruição de todos mos executar visando interromper um processo de deterioração
os suportes num acervo. Portanto, a higienização das coleções em andamento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a
deve ser um hábito de rotina na manutenção de bibliotecas ou ar- critérios rigorosos de ética e técnica e têm a função de melhorar o
quivos, razão por que é considerada a conservação preventiva por estado de conservação dos documentos. Caso esses critérios não
excelência. sejam obedecidos, o risco de aumentar os danos é muito grande e
muitas vezes de caráter irreversível.
- Processos de higienização Os livros raros e os documentos de arquivo mais antigos de-
- Limpeza de superfície - o processo de limpeza de acervos de vem ser tratados por especialistas da área. Os demais documentos
bibliotecas e arquivos se restringe à limpeza de superfície e, por- permitem algumas intervenções, de simples a moderadas. Os ma-
tanto, é mecânica, feita a seco, com o objetivo de reduzir poeira, teriais utilizados para esse fim devem ser de qualidade arquivística
partículas sólidas, incrustações, resíduos de excrementos de inse- e de caráter reversível. Da mesma forma, toda a intervenção deve
tos ou outros depósitos de superfície. obedecer a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa
- Avaliação do objeto a ser limpo - cada objeto deve ser ava- que, caso seja necessário reverter o processo, não pode existir ne-
liado individualmente para determinar se a higienização é neces- nhum obstáculo na técnica e nos materiais utilizados.
sária e se pode ser realizada com segurança. No caso de termos as Toda e qualquer procedimento acima citada obrigatoriamen-
condições abaixo, provavelmente o tratamento não será possível: te deve ser feito com o uso dos EPIs – Equipamentos de Proteção
• Fragilidade física do suporte Individual – tais como avental, luva, máscara, toucas, óculos de
• Papéis de textura muito porosa proteção e pró-pé/bota, a fim de evitar diversas manifestações
- Materiais usados para limpeza de superfície - a remoção da
alérgicas, como rinite, irritação ocular, problemas respiratórios,
sujidade superficial (que está solta sobre o documento) é feita
protegendo assim a saúde do profissional.5
através de pincéis, flanela macia, aspirador e inúmeras outras fer-
ramentas que se adaptam à técnica, como bisturi, pinça, espátula,
agulha, cotonete;
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA REPARTIÇÃO PÚ-
- Limpeza de livros BLICA: UTILIZAÇÃO DA AGENDA, USO E MANUTEN-
- Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, pincel ma- ÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS, ECONOMIA DE
cio, aspirador, flanela macia, conforme o estado da encadernação; SUPRIMENTOS
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela lom-
bada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, limpar os
cortes, começando pela cabeça do livro, que é a área que está mais Equipamentos
exposta à sujidade. Quando a sujeira está muito incrustada e inten- Diante da necessidade de organizar, gerenciar, os recursos de
sa, utilizar, primeiramente, aspirador de pó de baixa potência ou suporte e manutenção utilizados pelos usuários, surgiu o Departa-
ainda um pedaço de carpete sem uso; mento de Suporte e Manutenção, que tem como objetivo atender
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, numa pri- às necessidades no que diz respeito ao correto uso e manuseiode
meira higienização; equipamentos de informática e outros, como os de comunicação
- Oxigenar as folhas várias vezes. áudio visual, permitindo a qualidade dos mesmos e a adequação
de transporte, instalação e configuração. Além disso trabalha com
- Higienização de documentos de arquivo - materiais arquivísti- os pedidos de manutenção, instalação e configuração de equipa-
cos têm os seus suportes geralmente quebradiços, frágeis, distor- mentos obedecendo programação e avaliação dos serviços.
cidos ou fragmentados. Isso se deve principalmente ao alto índice
5Adaptado de Norma Cianflone Cassares

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A Seção de Suporte tem como objetivo gerenciar, administrar • Calculadoras: serve para fazer cálculos mais rápidos.
e operar os equipamentos de uso comum aos usuários, bem como • Máquina de fax: serve para o envio mais rápido e mais fácil
prestar suporte aos usuários nos serviços oferecidos e auxiliar na de um documento importante. A realidade da digitalização, vale
implantação e execução da política de operação e zelo. lembrar, ainda não se faz presente em boa parte dos escritórios.
• Gavetas e mesas: para guardar documentos e relatórios e,
Manutenção: desse modo, auxiliar na organização do escritório. Devem também
A Função de Manutenção tem por objetivo prover a manuten- ser dimensionadas de acordo com propósito do escritório, sem,
ção e assistência técnica dos equipamentos portanto, perturbar seu bom funcionamento.
Esta função ainda tem como objetivo a manutenção preven- • Cadeiras: devem ser confortáveis e resistentes, o que irá
tiva e corretiva dos equipamentos, promovendo uma vida útil por assegurar um confortável cenário de trabalho e contribuirá para
mais tempo aos mesmos através das aplicações devidas conforme melhor produtividade.
características de cada equipamento • Telefones: importante para a comunicação dentro e fora do
Os equipamentos têm sofrido ao longo dos tempos evoluções escritório.
importantes: • Material de escrita e papel: o papel físico ainda é uma forma-
- Os equipamentos são cada vez mais automatizados. Tornam- lidade presente nos escritórios.
-se mais compactos, mais complexos e são utilizados de forma
mais intensa. Telefone
- Os equipamentos são mais “caros” (investimentos mais ele- Essencial, é um dos aliados mais importantes da comunicação
vados) com períodos de amortização mais pequenos. entre o profissional do secretariado e seus contatos para coleta e
- A exigência imposta por novos métodos de gestão da pro- envio de informações.
dução, o “Just-in-Time” exige a eliminação total dos problemas e Ele deve ficar sobre a mesa, ao alcance fácil. E, no caso de ser
avarias das máquinas. uma central PABX, o profissional deve ter acesso à lista com os ra-
mais dos outros setores para transmitir e atender várias ligações.
A tendência do mundo atual é das pessoas passarem mais O profissional deve, portanto, se informar primeiramente so-
tempo em seu ambiente de trabalho do que no aconchego do seu bre o funcionamento adequado do aparelho para, assim, evitar sua
lar. Por mais que o ambiente de trabalho se torne quase como uma má ou subutilização.
segunda “casa”, o funcionário não deve confundir como deve se
comportar ou utilizar os equipamentos da empresa, tudo deve Fax
seguir uma linha profissional. O computador utilizado no serviço Funciona também como telefone, mas com uma vantagem: re-
deve ser usado exclusivamente para o auxílio e para o desempe- cebe e envia dados escritos. Ainda é utilizado em algumas empre-
nho de suas tarefas durante a carga horária de trabalho. Portanto, sas para recebimento de cópias de diversos documentos, cotações
a empresa pode monitorar os passos do funcionário, desde que o e comprovantes.
mesmo esteja ciente disso. A ocorrência mais comum é o monito- O aparelho deve ser recarregado com bobinas de papel especí-
ramento do histórico de navegação, tendo unicamente o objetivo fico. Para haver a transmissão de documentos via fax, é necessário
de garantir a produtividade e impedir a contaminação por vírus ou que seja liberado, por parte do destinatário, um sinal eletrônico.
o extravio de documentação e informações confidenciais. Com a Portanto, o funcionário deve conhecer também o funcionamento
crescente utilização da internet em práticas ilícitas, as empresas deste equipamento.
estão dispensando um cuidado maior para que esse tipo de prática
não ocorra em suas dependências. Fotocopiadoras ou xerox
Utilizar os equipamentos da empresa para fins pessoais como
Servem para fazer cópias de documentos. É importante que
gravar músicas, filmes, fotos pessoais, etc., podem ser visto com
o funcionário domine seu funcionamento, sabendo, por exemplo,
desconfiança pelas empresas, pois podem contaminar o equipa-
como substituir tintas ou tonners e recarregar as folhas de papel.
mento com qualquer tipo de vírus ou fazer com que a máquina se
Alguns modelos de fotocopiadoras possuem portas USB e traba-
torne mais lenta por causa do excesso de arquivos.
lham em rede, funcionando também como impressora.
Deverá estar em local propício, prático e de livre acesso, para
Vale lembrar que, em caso de mau uso dos equipamentos, a
que não atrapalhe a rotina.
empresa está amparada pela lei (artigo 462, parágrafo 1º da CLT)
para efetuar descontos nos salários “em caso de dano causado
pelo empregado, desde que esta possibilidade tenha sido acorda- Calculadoras
da (termo de responsabilidade pela integridade dos bens da em- São importantes por realizar operações matemáticas de forma
presa assinado no ato da contratação) ou na ocorrência de dolo rápida. No caso da secretária ou secretário, que fica muitas vezes
de sua parte”.6 responsável pelo pagamento e recebimento de contas, é indispen-
sável ter uma calculadora sempre àmão.
Os principais materiais existentes num escritório
• Computadores: são utilizados para finalidades diversas, sen- Agenda
do estas, por exemplo, contabilidade, envio de e-mails, apresenta- A agenda representa o trabalho da escritório, é a organização
ções e outras. evidenciada em páginas. É responsável por lembrar eventos, provi-
dências, pagamentos e tudo mais que o funcionário não daria con-
Atualmente, tamanhos e modelos são vários, o que deverá ser ta de lembrar se não houvesse o registro.
dimensionado de acordo com o propósito do escritório. Alguns objetos como canetas, blocos de anotações, furadores,
• Impressoras e máquinas de retalhar de papel (fragmenta- grampeadores, carimbos, clips e tesouras são muito úteis e devem
doras): impressoras são completamente vitais para a impressão estar sempre acessíveis na rotina diária do escritório. São peque-
de documentos importantes, e uma máquina retalhamento é um nos no tamanho, mas tornam-se importantes, principalmente, em
equipamento de destruição de informações classificadas. tarefas simples e que requerem rapidez.
6 Fonte: www.brasilescola.uol.com.br

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Organizar uma agenda não é uma tarefa tão fácil quanto pare- Para finalizar essa etapa, crie checklists com o que deve ser
ce. É preciso que as partes envolvidas trabalhem em conjunto para concluído e aproveite para assinalar, no papel, quando cumprir es-
que ela funcione perfeitamente. sas tarefas. Você pode listar, por exemplo, todas as contas e ir mar-
Um secretário não pode organizar a agenda de seu diretor sozi- cando as que já foram pagas.
nha, ela precisa da colaboração dele para que todos os compromis-
sos sejam cumpridos conforme a necessidade. 4. Não ignore os detalhes
Alguns executivos costumam decidir seus compromissos sem- Outra atitude primordial para o profissional se organizar me-
pre de ultima hora. E quem acaba prejudicada é a secretária, que lhor é dar o devido valor para os detalhes. Mesmo com a necessi-
precisa reorganizar novamente todos os compromissos. dade de manter uma perspectiva abrangente no seu dia a dia, você
Mas se seu diretor costuma seguir sua agenda a risca, segue precisa dar uma atenção especial para alguns pormenores. Procure
algumas dicas importantes antes de confirmar um compromisso: descrever os seus compromissos de forma detalhada e sistemática,
* Precisa confirmar a presença dele em uma reunião? Antes de para que nada seja deixado para trás.
dizer “sim, ele estará presente.” É necessário que você o comunique
primeiro. Assim, você não corre o risco de confirmar justamente 5. Tenha uma agenda organizada
nos dias que ele estará ausente do escritório. A melhor maneira de organizar sua rotina é registrar todas as
* Não sabe quanto tempo vai durar a reunião? No dia que for atividades diárias e os compromissos do mês. Tenha uma agenda
agendar já se informe qual será o prazo necessário para a mesma, organizada, seja ela do tipo caderno para anotações ou digital, no
assim você consegue deixar tempo suficiente. celular, smartphone ou tablet.
* Lembre de deixar 15 minutos a mais, geralmente reuniões de Lembre-se de que o importante é ter onde anotar tudo. É fun-
negócios costumam se estender um pouco mais. damental registrar os compromissos em seus respectivos horários e
* Deixe um pequeno intervalo de 15 minutos a cada duas ho- datas, com os tempos de duração correspondentes.
ras de compromissos. Neste tempo você consegue passar um reca- Por meio dessa estratégia, você consegue ter uma gestão me-
do importante, seu diretor uma ligação que seja necessária ou até lhor da sua atividade e ainda é possível programar lembretes horas
mesmo tomar um cafezinho. ou dias antes dela, evitando que se esqueça de algo. Não duvide:
* Logo que chegar ao escritório, revise toda a agenda e passe os agendas são sempre ótimas opções!
compromissos para seu diretor. Alguns preferem receber via e-mail,
telefone, mensagem no celular e até a tradicional agenda de papel. 6. Planeje em longo prazo
Organizar o tempo é mais difícil se pensarmos apenas nos mo-
PARA O PROFISSIONAL SE ORGANIZAR MELHOR mentos imediatos. Por isso mesmo, planejar em longo prazo é sem-
pre uma boa estratégia, mesmo que seja preciso fazer mudanças
1. Coloque tudo no papel eventuais na sua lista de compromissos. Assim, pelo menos, você
O primeiro passo para o profissional se organizar melhor é colo- pode ter uma ideia do que é necessário finalizar e de quais serão os
car tudo no papel, preferencialmente em uma agenda. Isso permi- períodos mais conturbados.
tirá que você minimize as chances de esquecer algum compromisso Isso é especialmente positivo para aquelas pessoas que têm
e ainda dará a possibilidade de consultar as suas tarefas, procurar mania de deixar tudo para a última hora. Se você escolher cumprir
por números de telefone ou observar os detalhes de seus afazeres. apenas uma tarefa indispensável nos primeiros dias da semana, por
O ideal mesmo é que você consiga fazer isso no dia anterior ou, exemplo, saberá ao certo o número de dias pelos quais poderá dis-
no máximo, de manhã cedo, antes de uma reunião, por exemplo. tribuir o restante de seus compromissos. Isso reduz a pressão e o
Quanto mais antecedência, mais tempo você terá para elaborar o desgaste do seu ofício.
seu planejamento e menores serão as chances de que você se es-
queça de algo. Escolha a alternativa que melhor se encaixa no seu 7. Fique de olho no calendário
gosto pessoal. Para planejar em longo prazo, você precisa ficar de olho no ca-
lendário. E, por isso mesmo, o ideal é ter uma folhinha na sua mesa
2. Defina bem as prioridades de trabalho, seja no home-office ou no escritório da empresa. Use-a
Outra ação importante para o profissional se organizar melhor para marcar os dias em que tem algo importante.
é traçar uma boa definição de suas prioridades, percebendo quais Não é preciso anotar os detalhes nas suas páginas, pois você já
tarefas são realmente essenciais e quais não são. Não fique com a terá feito isso no papel ou na agenda. No entanto, apenas sinalizar
consciência pesada por fazer isso, pois nem todos os compromissos que tem alguma tarefa ou evento naquele dia já é de grande valia.
agendados têm a mesma importância para você e para o sucesso do Manter essa visualização acessível faz com que você não se esqueça
seu empreendimento. de nada!

Quando estiver definindo a sua lista, determine quais são os Conte com os aplicativos
assuntos de maior relevância. Uma boa ideia é colocar números à A tecnologia pode ser uma forte aliada da sua rotina e, para
frente dos seus afazeres, em ordem crescente de relevância. Não modernizar ainda mais esse processo de organização do seu dia a
gaste horas preciosas e nem priorize temas que pouco tendem a dia, você pode utilizar aplicativos instalados no seu smartphone
aumentar a sua produtividade, por exemplo. ou tablet. A maioria desses programas é integrada, fornecendo a
função de calendário e agenda, com lembretes, listas de tarefas e
3. Use as listas a seu favor anotações.
Como dissemos, definir suas prioridades é fundamental e, para O próprio Google oferece a ferramenta Google Agenda, que é
fazer isso de maneira correta, você pode usar listas. Comece pelas gratuita e integra seu e-mail no computador, sincronizando seu dis-
atividades recorrentes e importantes, como contato com os clien- positivo móvel, com lembretes personalizados por e-mail, SMS ou
tes, pagamento de contas mensais e outras. Depois, organize as ta- pop-up, por exemplo. Vale a pena pesquisar e escolher o melhor
refas por prioridades, separando o que precisa ser feito em cada dia aplicativo para a sua necessidade.
e o que é mais flexível.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
9. Organize o seu espaço Geralmente, estão conectadas ao computador e ficam próxi-
Além de organizar a agenda por meio de todas essas atitudes, é mas deste. No caso de ser utilizada em rede, é necessário que, ime-
muito importante que você tenha um espaço bem-arranjado para o diatamente após enviar a solicitação de impressão pelo computa-
cumprimento adequado de suas tarefas, tanto no trabalho quanto dor, o funcionário vá até o local de saída do documento que foi
em casa. Um ambiente limpo e sem bagunça diminui a perda de impresso. Há opções de impressões em preto e branco e coloridas.
tempo com distrações ou mesmo com a procura de itens que você
não sabe onde estão. Equipamentos para eventos
Documentos importantes, por exemplo, devem ser guarda- Além de conhecer os equipamentos usados em sua rotina
dos em gavetas de fácil acesso, porém seguras, de forma que você diária, o funcionário precisa dominar o funcionamento de alguns
evite perder toda essa papelada. Além disso, vale a pena apostar equipamentos usados em eventos como congressos, reuniões,
nos documentos digitais, que não gastam papel ou espaço e ficam apresentações e etc.
acessíveis a um clique, em qualquer local que tenha conexão com Tais equipamentos tornam as apresentações e reuniões mais
a internet. objetivas, atrativas e organizadas. Veja a seguir alguns equipamen-
tos usados nestes eventos:
10. Divida bem o seu tempo
É fundamental que você divida o seu tempo entre trabalho, la- Flip chart
zer e família. Não dá para sacrificar um ou outro: então, organize-se O flip chart (ou cavalete) é utilizado em apresentações meno-
de forma a não prejudicar nenhum dos pilares de sua vida. Se o seu res. Corresponde a um grande bloco de papel, colocado em frente
horário é comercial, não leve trabalho para casa fora desse período. ao público, onde o apresentador, com um pincel atômico, expõe
Já se a sua agenda tem mais flexibilidade ou é imprevisível, se- suas ideias.
pare momentos do dia para passar com a família e os amigos. Tam-
bém é importante que você não exagere na quantidade de compro- Notebook
missos. Muitas vezes, pecamos por querer fazer tudo de uma vez e, Trata-se de um computador portátil e recarregável por bate-
como consequência, acabamos não realizando nada. ria. Sendo assim, é mais leve e compacto. Pode ser transportado e
Pouco adianta se programar para muitas coisas se, depois, você utilizado em diferentes lugares com facilidade.
não conseguir cumprir metade delas. Mire em um número possível Geralmente, contém tela de LCD (cristal líquido), acoplando
de ser cumprido e vá experimentando a sua capacidade diária de teclado, mouse (touchpad), unidade de disco rígido, portas para
produtividade. conectividade USB e de rede, saída para VGA, HDMI, portabilidade
para fax/modem e gravadores de CD/DVD. Em várias atividades, é
11. Estipule uma hora para terminar utilizado como substituto do computador convencional.
Especialmente quando se começa a empreender ou quando
trabalha como autônomo, a tentação de esticar o período de expe- Retroprojetor
diente é imensa, pois é você que precisará arcar com prejuízos ou É, com certeza, o recurso mais moderno para se utilizar em
experimentará os louros da lucratividade. No entanto, por mais que apresentações. Geralmente, trabalha em conjunto com o note-
seja difícil, é muito importante estipular uma hora para terminar e, book ou computador, refletindo em uma tela o projeto criado pelo
principalmente, cumprir essa determinação. usuário. Essa apresentação pode conter vídeos, imagens, sons,
Aumentar demasiadamente suas horas de trabalho não terá os textos e tudo o mais que seja necessário demonstrar no evento.
efeitos que você imagina, pois invariavelmente haverá uma queda
no desempenho devido ao cansaço e ao estresse. Para alcançar me- Aparelho de DVD
lhores resultados, é importante que você conheça os seus limites e Desde seu lançamento, os aparelhos de DVD se aprimoraram
não os ultrapasse de forma corriqueira. em substituir com sucesso os videocassetes. A tecnologia trouxe
uma melhor sincronização entre áudio e vídeo, além de oferecer
Pen drive uma variedade de recursos para atender as mais atuais e diversas
O pen drive é um dispositivo portátil que armazena arquivos necessidades, como conexão HDMI, entrada USB, leitura de arqui-
de computador. Com uma quantidade razoável de espaço para vos de música e imagem.
guardar documentos em formato digital, os pen drives têm se tor- Portanto, ele pode também ser utilizado numa reunião, ou
nado essenciais na rotina do profissional da secretaria. apresentação para demonstração de arquivos de vídeo, som ou
Com ele, é possível transferir arquivos para outros computa- imagem.
dores, além de guardar modelos de cartas e demais documentos
necessários na rotina secretarial. Microfones
O uso de microfones é essencial na maioria das apresentações,
Computador principalmente se o público for grande. É importante garantir o
O computador é uma ferramenta essencial para melhorar o bom funcionamento do equipamento, no mínimo, um dia antes da
desempenho do profissional num escritório. Ligado em rede e co- apresentação. Caso haja algum problema, providencie a solução o
nectado à internet, alcança outros setores do local de trabalho e mais rápido possível.
outras empresas através de sites e e-mails.
Para usufruir ao máximo dos recursos do computador, é ne- Programas e sistemas do computador
cessário que a secretária ou secretário tenha, ao menos, conheci- Além dos equipamentos, o funcionário muitas vezes precisa
mentos básicos na área de informática utilizar sistemas de computador específicos para seu atendimento
e agendamento. Ele deve, portanto, ser capacitado no programa
Impressoras usado em sua empresa e, sempre que tiver dúvidas, entrar em con-
São utilizadas em conjunto com o computador e servem para tato com o responsável pelo suporte do sistema usado.
imprimir diversos documentos. O profissional deverá, também, sa-
ber manusear essa ferramenta.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Como exemplo, há os programas administrativos de agendamento e controle financeiro, que muitas vezes, o próprio funcionário
precisa utilizar para agendar compromissos, consultas de pacientes, programar pagamentos e recebimentos relacionados à sua atividade
e etc.
Como visto, é importante que o funcionário tenha acesso a diferentes tipos de equipamentos e conheça o funcionamento dos siste-
mas usados em seu computador para otimizar seu trabalho e seu apoio ao executivo da empresa.7

Uma visão geral do software

Uso e conservação
Diante da necessidade de organizar, gerenciar, os recursos de suporte e manutenção utilizados pelos usuários, surgiu o Departa-
mento de Suporte e Manutenção, que tem como objetivo atender às necessidades no que diz respeito ao correto uso e manuseio de
equipamentos de informática e outros, como os de comunicação áudio visual, permitindo a qualidade dos mesmos e a adequação de
transporte, instalação e configuração. Além disso trabalha com os pedidos de manutenção, instalação e configuração de equipamentos
obedecendo programação e avaliação dos serviços.

A Seção de Suporte tem como objetivo gerenciar, administrar e operar os equipamentos de uso comum aos usuários, bem como
prestar suporte aos usuários nos serviços oferecidos e auxiliar na implantação e execução da política de operação e zelo.

Manutenção:
A Função de Manutenção tem por objetivo prover a manutenção e assistência técnica dos equipamentos.
Esta função ainda tem como objetivo a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, promovendo uma vida útil por mais
tempo aos mesmos através das aplicações devidas conforme características de cada equipamento.

Os equipamentos têm sofrido ao longo dos tempos evoluções importantes:


- Os equipamentos são cada vez mais automatizados. Tornam-se mais compactos, mais complexos e são utilizados de forma mais
intensa.
- Os equipamentos são mais “caros” (investimentos mais elevados) com períodos de amortização mais pequenos.
- A exigência imposta por novos métodos de gestão da produção, o “Just-in-Time” exige a eliminação total dos problemas e avarias
das máquinas.
 
A tendência do mundo atual é das pessoas passarem mais tempo em seu ambiente de trabalho do que no aconchego do seu lar. Por
mais que o ambiente de trabalho se torne quase como uma segunda “casa”, o funcionário não deve confundir como deve se comportar
ou utilizar os equipamentos da empresa, tudo deve seguir uma linha profissional. O computador utilizado no serviço deve ser usado
exclusivamente para o auxílio e para o desempenho de suas tarefas durante a carga horária de trabalho. Portanto, a empresa pode mo-
nitorar os passos do funcionário, desde que o mesmo esteja ciente disso. A ocorrência mais comum é o monitoramento do histórico de
navegação, tendo unicamente o objetivo de garantir a produtividade e impedir a contaminação por vírus ou o extravio de documentação
e informações confidenciais. Com a crescente utilização da internet em práticas ilícitas, as empresas estão dispensando um cuidado
maior para que esse tipo de prática não ocorra em suas dependências.
Utilizar os equipamentos da empresa para fins pessoais como gravar músicas, filmes, fotos pessoais, etc., podem ser visto com des-
confiança pelas empresas, pois podem contaminar o equipamento com qualquer tipo de vírus ou fazer com que a máquina se torne mais
lenta por causa do excesso de arquivos.

Vale lembrar que, em caso de mau uso dos equipamentos, a empresa está amparada pela lei (artigo 462, parágrafo 1º da CLT) para
efetuar descontos nos salários “em caso de dano causado pelo empregado, desde que esta possibilidade tenha sido acordada (termo de
responsabilidade pela integridade dos bens da empresa assinado no ato da contratação) ou na ocorrência de dolo de sua parte”.

7 Fonte: www.grancursosonline.com.br

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Cadeia de suprimento no setor público, como funciona? menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior lance (lei-
Cadeia de suprimento no setor público: O setor público é um lões). Como as compras públicas são realizadas através de licita-
dos maiores consumidores de bens e serviços. Mas ao contrário da ções, não existe um processo de negociação com fornecedores. As
iniciativa privada, que tem mais liberdade para gerir sua cadeia de propostas são analisadas por uma comissão e todos os processos
suprimentos, o setor público tem que seguir os ditames da Lei de são fiscalizados pelo poder legislativo e tribunal de contas estadual.
Licitação e Contratos Administrativos (Lei Federal 8.666/93) e Lei de Existe também o Sistema de Registro de Preços, utilizado nas
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00). modalidades de concorrência pública e pregão. Para compor esse
Os gestores não podem gastar o dinheiro público sem prestar banco de dados também é necessário fazer licitações para selecio-
contas à sociedade. Cabe aos gestores públicos atender as demandas nar as empresas que poderão ser convocadas para fornecer produ-
da população no menor tempo e custo possível e com qualidade total, tos e serviços a órgãos públicos.
mas só podem fazer o que a legislação autoriza (ato vinculado).
Registro Cadastral de Fornecedores
Logística na organização pública O artigo 34 da Lei de Licitações estabelece que os órgãos e as
O papel da logística é fazer a gestão do fluxo de bens e serviços entidades governamentais devem fazer os registros cadastrais de
ao longo da cadeira produtiva para que as mercadorias e serviços fornecedores. O Certificado de Registro Cadastral é um documento,
cheguem ao consumidor final no momento certo, empregando to- válido por 12 meses, que reúne informações gerais sobre empresas
dos os métodos e tecnologias necessárias para reduzir os custos que desejam fornecer a órgãos públicos. As informações contidas
operacionais. no CRC referem-se à habilitação jurídica, regularidade fiscal e tri-
Na administração pública a logística é de suma importância, butária.
dada a necessidade de atender as demandas da população no
tempo certo, com eficiência e eficácia. Como os processos de con- Como gerenciar o cadastro de fornecedores do setor público?
tratações públicas são mais lentos – quando comparados com as O gerenciamento do cadastro de fornecedores é mais efetivo
compras da iniciativa privada – é fundamental manter uma gestão quando é realizado através de um programa computacional inte-
efetiva de suprimentos para não deixar de atender a população de- grado a outros bancos de dados para a validação de informações
vido à falta de materiais, equipamentos e serviços terceirizados. importantes como CNPJ, CPF e endereço da empresa.
Cada processo precisa ser otimizado para se alcançar os resul- O e-fornecedor é um software que possibilita o cadastramento
tados desejados. Isto implica em efetividade na gestão de estoques online de fornecedores do setor público. O programa consulta os
e contratos, pois os processos licitatórios são demorados e as com- bancos de dados das Receitas Federal e Estadual para validar os da-
pras e contratações emergenciais não devem ser uma rotina da ges- dos relativos ao CNPJ e Inscrição Estadual, e o banco de dados dos
tão pública. Correios para validar informações relativas ao endereço e CEP.
Com o e-fornecedor é possível atualizar automaticamente di-
Cadeia de suprimento no setor público versas certidões de fornecedores. As informações armazenadas
A cadeia de suprimentos no setor público envolve os canais: pelo e-fornecedor formam um histórico de pessoas físicas e jurídi-
- Compras de matérias-primas; cas que desejam fornecer produtos e serviços a órgãos públicos. É
- Bens e serviços; um sistema seguro e eficaz, que organiza o cadastro de fornecedo-
- Produção; res de maneira efetiva.
- Estocagem;
O e-fornecedor é aderente à Lei de Licitações (Lei 8.666/93). O
- Distribuição.
software pode ser customizado conforme as necessidades do ente
público e possui várias opções de configuração. Com o e-fornecedor
Em cada etapa, há fluxo de informações e sistemas operacio-
é possível melhorar o processo de registro cadastral.
nais, os quais garantem a entrega de bens e serviços ao destino
Um dos objetivos do gerenciamento da cadeia de suprimentos
certo. Como a cadeia de suprimentos no setor público é sistêmica,
do setor público é encontrar as fontes de abastecimento sempre
planejamento e controle são essenciais para a continuidade de pro-
que for necessário adquirir produtos e serviços para atender as de-
cessos em cada etapa da cadeia de suprimentos no setor público.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos do setor público mandas da administração pública, nas áreas de saúde, educação,
torna-se mais efetivo quando combina Tecnologia de Informação e alimentação escolar, limpeza urbana, atendimento ao cidadão, ser-
as ferramentas do Governo Eletrônico. viços de engenharia, entre outras.
Por esta razão, é fundamental manter um cadastro de fornece-
Processo de compras públicas dores efetivo, capaz de gerar relatórios importantes para agilizar os
As contratações governamentais são realizadas através de pro- processos de compras governamentais. Isto é possível com o uso de
cessos licitatórios. A Lei de Licitações (Lei Federal 8.666/93) define tecnologias de informação e sistemas integrados. O e-fornecedor é
as modalidades e tipos de licitações que devem ser realizadas pelo um desses recursos que otimizar os registros cadastrais para com-
setor público com a finalidade de contratar bens e serviços. Há di- pras futuras.
versas etapas a serem cumpridas, desde a solicitação de compras A modernização da administração pública proporciona diversos
até o fornecimento dos bens e/ou serviços contratados. benefícios, entre os quais a transparência na gestão, otimização dos
Quando não existe eficiência na gestão de suprimentos e con- processos da cadeia de suprimentos, economia de tempo e recur-
tratos os órgãos públicos não conseguem realizar plenamente suas sos públicos.
funções, deixando a população, muitas vezes, sem atendimentos Com uma plataforma virtual, o setor público é capaz de manter
básicos nos serviços de saúde, educação, limpeza pública, entre um cadastro de fornecedores bem completo, atualizado e ainda conse-
outros. gue reduzir a quantidade de arquivos de documentos impressos.
Além disso, como os fornecedores não terão que comparecer
Modalidades de licitação ao órgão público para efetuar o cadastro os funcionários poderão
As modalidades de licitação são as seguintes: concorrência pú- dedicar o tempo que seria usado no atendimento pessoal para exe-
blica, tomada de preços, carta-convite, pregão (eletrônico ou pre- cutar outras tarefas. O e-fornecedor reduz a burocracia e proporcio-
sencial), leilão e concurso. As propostas são julgadas com base no na mais agilidade ao serviço público.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A comunicação informal é menos oficial.
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E SOLUÇÃO DE CON- A função de controle está relacionada com as demais funções
FLITOS do processo administrativo: o planejamento, a organização e a di-
reção repercutem nas atividades de controle da ação empresarial.
Ser um comunicador habilidoso é essencial para ser um bom administra- Muitas vezes se torna necessário modificar o planejamento, a orga-
dor e líder de equipe. Mas a comunicação também deve ser administrada em nização ou a direção, para que os sistemas de controle possam ser
toda a organização. A cada minuto de cada dia, incontáveis bits de informação mais eficazes.
são transmitidos em uma organização. Serão discutidas as comunicações de A avaliação intimida. É comum os gerentes estarem ocupados
cima para baixo, de baixo para cima, horizontal e informal nas organizações. demais para se manterem a par daquilo que as pessoas estão fa-
zendo e com qual grau de eficiência. É quando gerentes não sabem
Comunicação de Cima Para Baixo o que seu pessoal está fazendo, não podem avaliar corretamente.
A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo de infor- Como resultado, sentem-se incapazes de substanciar suas impres-
mação que parte dos níveis mais altos da hierarquia da organização, sões e comentários sobre desempenho - por isso evitam a tarefa.
chegando aos mais baixos. Entre os exemplos estão um gerente pas- Mas quando a seleção e o direcionamento são feitos correta-
sando umas atribuições a sua secretária, um supervisor fazendo um mente, a avaliação se torna um processo lógico de fácil implemen-
anúncio a seus subordinados e o presidente de uma empresa dando tação. Se você sabe o que seu pessoal deveria fazer e atribui tare-
uma palestra para sua equipe de administração. Os funcionários de- fas, responsabilidades e objetivos com prazos a cada funcionário
vem receber a informação de que precisam para desempenhar suas especificamente, então você terá critérios com os quais medir o de-
funções e se tornar (e permanecer) membros leais da organização. sempenho daquele indivíduo. Nessa situação, a avaliação se torna
Muitas vezes, os funcionários ficam sem a informação adequa- uma simples questão de determinar se, e com que eficiência, uma
da. Um problema é a sobrecarga de informação: os funcionários pessoa atingiu ou não aquelas metas.
são bombardeados com tanta informação que não conseguem ab- Os gerentes costumam suor que se selecionarem boas pessoas
sorver tudo. Grande parte da informação não é muito importante, e as direcionarem naquilo que é esperado, as coisas serão bem fei-
mas seu volume faz com que muitos pontos relevantes se percam. tas. Eles têm razão. As coisas serão feitas, mas se serão bem feitas e
Quanto menor o número de níveis de autoridade através dos quanto tempo levará para fazê-las são fatores incertos. A avaliação
quais as comunicações devem passar, tanto menor será a perda ou permite que se determine até que ponto uma coisa foi bem feita e
distorção da informação. se foi realizada no tempo certo. De certa forma, a avaliação é como
um guarda de trânsito. Você pode colocar todas as placas indica-
Administração da comunicação de cima para baixo doras de limite de velocidade do mundo: não serão respeitadas a
Os administradores podem fazer muitas coisas para melhorar a não ser que as pessoas saibam que as infrações serão descobertas
comunicação de cima para baixo. Em primeiro lugar, a administra- e multadas.
ção deve desenvolver procedimentos e políticas de comunicação. Isso parece lógico, mas é surpreendente quantos gerentes
Em segundo lugar, a informação deve estar disponível àqueles que adiam continuamente a avaliação enquanto se concentram em
dela necessitam. Em terceiro lugar, a informação deve ser comu- atribuições urgentes mas, em última análise, menos importantes.
nicada de forma adequada e eficiente. As linhas de comunicação Quando a avaliação é adiada, os prazos também são prorrogados,
devem ser tão diretas, breves e pessoais quanto possível. A infor- porque funcionários começam a sentir que pontualidade e qualida-
mação deve ser clara, consistente e pontual - nem muito precoce de não são importantes. Quando o desempenho cai, mais respon-
nem (o que é um problema mais comum) muito atrasada. sabilidades são deslocadas para o gerente - que, assim, tem ainda
menos tempo para direcionar e avaliar funcionários.
Comunicação de Baixo Para Cima
A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais baixos Conduzir eficientemente processos de comunicação interpes-
da hierarquia para os mais altos. soal e trocar feedback de forma motivadora têm sido um grande
Os administradores devem facilitar a comunicação de baixo desafio na liderança de equipes e grupos de trabalho em geral.
para cima. Sendo assim, o profissional precisa aprender a administrar:
Mas os administradores devem também motivar as pessoas a - A correta utilização da comunicação verbal e não verbal
fornecer informações valiosas. - A comunicação como elemento de integração e motivação na
empresa
Comunicação Horizontal - Competências técnicas e humanas
Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas do mes- - Como o ouvinte percebe a sua comunicação
mo nível hierárquico. Essa comunicação horizontal pode ocorrer - Gerenciamento de relações
entre pessoas da mesma equipe de trabalho. Outro tipo de comuni- - Resolução de conflitos
cação importante deve ocorrer entre pessoas de departamentos di- - Como ouvir melhor: a arte de esclarecer e confirmar
ferentes. Por exemplo, um agente de compras discute um problema - Como especificar méritos e sugerir mudanças
com um engenheiro de produção, ou uma força-tarefa de chefes de - A importância de argumentar para os valores do outro
departamento se reúne para discutir uma preocupação particular.
Especialmente em ambientes complexos, nos quais as decisões Processo comunicacional
de uma unidade afetam a outra, a informação deve ser partilhada O processo comunicacional tem como maior objetivo a intera-
horizontalmente. ção humana, buscando o estabelecimento das relações e o entendi-
mento entre os indivíduos.
Comunicação Formal e Informal Desde os tempos antigos, Aristóteles já dizia que:
As comunicações organizacionais diferem em sua formalidade. (...) devemos olhar para três ingredientes na comunicação:
As comunicações formais são oficiais, episódios de transmissão de quem fala, o discurso e a audiência. Ele quis dizer que cada um des-
informação sancionados pela organização. Podem mover-se de bai- tes elementos é necessário à Comunicação e que podemos organi-
xo para cima, de cima para baixo ou horizontalmente, muitas vezes zar nosso estudo do processo sob estes três títulos:
envolvendo papel.

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1) a pessoa que fala; • Conhecimento: a extensão e profundidade do conheci-
2) o discurso que faz; mento das pessoas sobre
3) a pessoa que ouve. • Um assunto pode restringir (se o assunto não é de conhe-
cimento do emissor) ou ampliar (quando o receptor não compreen-
É interessante notar que praticamente todos os modelos de a mensagem que está sendo transmitida) o campo comunica-
atuais de processos comunicacionais são parecidos com o de Aris- cional;
tóteles, sendo que o que mudou foi a complexidade com que eles • Sistema sociocultural: a situação cultural em que o emis-
estão sendo abordados. sor se situa, com suas
As primeiras abordagens da Comunicação defendiam um pro- • Crenças, valores e atitudes influencia o tempo todo a sua
cesso comunicacional constituído por apenas quatro elementos função de comunicador.
fundamentais: emissor, receptor, mensagem e meio. Já as abor-
dagens mais recentes da Comunicação, defendem que o processo Um requisito significativo no contexto organizacional é a repre-
é desencadeado por oito elementos, são eles: objetivos, emissor, sentatividade do emissor, ou seja, a posição hierárquica exercida
mensagem, meio, receptor, significado, resposta e situação. pelo emissor, que é de fundamental importância para a credibilida-
Todos os elementos do processo são interdependentes e de- de da mensagem a ser comunicada.
vem seguir uma ordem, para que haja uma integração lógica entre
esses elementos e o próprio processo comunicacional. Mensagem:
É o que vai ser comunicado pelo emissor. Deve estar adequa-
A seguir, os componentes do processo serão especificados um da ao nível cultural, técnico e hierárquico do receptor. É composta
a um: por conteúdo e forma.
O conteúdo representa o que será transmitido e depende dos
Situação: objetivos do processo comunicacional. Não deve ser insuficiente ou
A situação pode ser considerada a circunstância na qual as mensa- excessivo, deve comunicar o essencial, frente aos objetivos a se-
gens são passadas do emissor ao receptor. “Todos os processos de Co- rem alcançados pelo emissor. O conteúdo também “deve ter uma
municação acontecem em determinada situação, seja ela favorável ou sequencia lógica, ou seja, um início (objetivos), um meio e um
desfavorável. A situação real que deve ser considerada, no processo de fim (conclusões).” A forma é a maneira pela qual a mensagem é
Comunicação, é aquela percebida e sentida pelo receptor e não aquela transmitida. As formas básicas são as verbais e as não verbais. As
vivida ou sentida pelo emissor”. Para que a transmissão da mensagem verbais podem ser orais e escritas (palavras, letras, símbolos). Já
seja considerada eficaz, deve-se procurar a situação mais favorável, pois as não verbais, podem ser gestuais (mímicas, movimentos corpo-
se o emissor procurar comunicar-se em uma situação desfavorável pode- rais), vocais (timbre de voz e entonação) e espaciais (local físico e
rá acontecer que o receptor não lhe dará a atenção devida e, consequen- layout).
temente, não entenderá a mensagem que lhe foi transmitida.
(...) não há uma forma melhor do que a outra. A escolha da
Objetivos: forma depende de um conjunto de fatores, dentre os quais os mais
Podem ser caracterizados como os estímulos que levam o emis- relevantes são: rapidez requerida (na transmissão da mensagem,
sor a transmitir a mensagem. Como a Comunicação é um processo na obtenção das respostas); quantidade de receptores; localização
de interação, na qual as pessoas integram-se umas com as outras, geográfica dos receptores; necessidade de formalizar a mensagem;
os objetivos podem ser considerados como “os interesses” que le- necessidade de consultas posteriores sobre a mensagem; comple-
varam o emissor a interagir com o receptor. Alguns exemplos de xidade do assunto tratado; facilidade de retenção da mensagem
objetivos: ouvir opiniões a respeito de algo ou dar um aviso sobre o (lembrança)
churrasco de fim do final de semana.
Além dos objetivos serem um interesse que o emissor tem em
Além disso, também se destaca que um único processo pode
relação ao receptor, alguns autores lançam uma reflexão intrínseca
utilizar mais de uma forma de Comunicação. Um exemplo de con-
de que os objetivos também devem chamar a atenção de quem re-
teúdo e formas diferentes de se transmitir a mensagem pode ser:
cebe a mensagem, porque senão o receptor não se sentirá atraído
demissão de um colaborador da Organização (conteúdo) – comuni-
e também não verá utilidade alguma na mensagem. Desta forma,
cada por e-mail a todos os outros colaboradores (forma não verbal)
para que o receptor perceba a utilidade da mensagem, o emissor
ou na reunião pelo gerente (forma verbal).
deve conhecer as necessidades, os gostos, ações, pensamentos,
crenças e valores de quem vai receber a mensagem, pois só assim
a Comunicação valerá a pena. É imprescindível a clareza dos objeti- Meio:
vos, pois sem isso, o processo não ocorre eficazmente. Pode ser chamado, também, de canal ou veículo de transmis-
são. Como a própria denominação já diz, o meio é o recurso utiliza-
Emissor: do pelo emissor para transmitir a mensagem. O meio “é determina-
É o agente do processo de Comunicação, ou seja, é a pessoa do pelos requisitos de forma da mensagem a ser transmitida e da
que tem uma mensagem para comunicar. Ele é a fonte ou a ori- resposta a ser obtida.” Ou seja, o meio de Comunicação está asso-
gem do processo de Comunicação. Além disso, é quem vai tomar ciado à forma verbal ou não verbal de transmissão da mensagem,
a iniciativa de se comunicar e buscar a interação com as outras isso quer dizer que, dependendo das situações específicas de cada
pessoas, a fim de alcançar o seu objetivo. mensagem, o meio pode ser caracterizado de várias formas, desde
Para alcançar a eficácia da Comunicação o emissor tem que ter a voz humana à televisão e até pelo fax ou pelo e-mail.
como requisitos fundamentais: Vale ressaltar que não existe um meio ou uma forma melhor
• Habilidades: para que possa falar, ler, ouvir e raciocinar; que o outro, existe, sim, um mais adequado, de acordo com as
• Atitudes: por influenciar o comportamento e por estarem características da mensagem a ser transmitida. “O requisito fun-
relacionadas a ideias pré-concebidas, quanto a vários assuntos, as damental na escolha do meio é que ele não provoque ruído” nas
comunicações são influenciadas por determinados tipos de atitu- mensagens, pois o ruído é uma interferência que prejudica a trans-
des que as pessoas tomam; missão da mensagem, comprometendo a recepção da mesma, ou

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seja, a decodificação da mensagem pelo receptor. Para que haja um A resposta pode ser considerada como a efetivação do recebi-
melhor entendimento do significado de ruído, vale a pena exem- mento da mensagem, determinando, ou não, o sucesso da mesma.
plificar: uma linha cruzada do telefone, um documento sujo ou
borrado, alguém que fale muito baixo, um ambiente de trabalho É por meio da comunicação oral que as pessoas personificam
desconfortável, etc. seu ser

Receptor: Comunicação é tornar algo comum, compartilhar, dividir, tro-


É quem recebe a Comunicação, ou seja, é o foco da comuni- car...
cação. É ele quem vai reagir ao estímulo promovido pelo emissor. Enfim, é o processo de transmitir uma informação a outra pes-
Sem o receptor, não há Comunicação, pois se o receptor não soa, no entanto, o que caracteriza a comunicação é a compreensão
faz parte do processo, o emissor não tem para quem comunicar a e não o simplesmente informar.
sua mensagem e, consequentemente, não terá uma resposta. Daí a diferença de comunicação (que é a informação sendo
Sendo assim, pode-se dizer que todo o processo de Comunica- transmitida) e comunicabilidade (que é o ato comunicativo otimi-
ção deve ser direcionado de acordo com as características do recep- zado)
tor. A seguir algumas características que, assim como o emissor, o Barreiras à comunicação eficaz – alguns elementos prejudicam
receptor necessita ter, para que a Comunicação seja eficaz: a transmissão e a compreensão da comunicação, entre eles pode-
mos citar:
(...)assim como o emissor foi limitado por suas habilidades, ati- • Ruídos
tudes, conhecimento e sistema sociocultural, o receptor é restringi- • Sobrecarga de informações
do da mesma maneira. Assim como o emissor deve ter habilidades • Tipos de informações
de escrever ou falar, o receptor deve ser hábil em ler ou ouvir, e • Fonte de informações
ambos devem ser capazes de raciocinar. O conhecimento, atitudes • Localização Física
e formação cultural de alguém influenciam a sua capacidade de re- • Defensidade
ceber, assim como o fazem com a capacidade de enviar mensagens.
Além desses, as barreiras são um conjunto de fatores que im-
pedem ou dificultam a recepção da mensagem, no processo comu-
Significado:
nicacional.
É a compreensão da mensagem, no seu sentido correto. É o
A seguir, serão abordadas as teorias da Sociologia e da Adminis-
‘entendimento comum’ da mensagem entre o emissor e o recep-
tração, em relação às barreiras, especificando-as:
tor. Isto ocorre quando o emissor e o receptor entendem da mes-
ma forma a mensagem.
Abordagem sociológica
As barreiras podem ser divididas em seis grupos:
Portanto, quando o receptor interpreta a mensagem da mesma • Barreiras pessoais;
forma que o emissor quis transmiti-la, pode-se dizer que o receptor • Barreiras sociais;
captou o significado da mensagem. • Barreiras fisiológicas;
• Barreiras da personalidade;
Quando a mensagem é transmitida pelo emissor, ela é codifica- • Barreiras da linguagem;
da e quando é recebida pelo receptor, ela é decodificada. As codifi- • Barreiras psicológicas.
cações e decodificações são compostas por um conjunto de signos,
utilizados pelas pessoas para representar seus pensamentos, a rea- Barreiras pessoais:
lidade em que vivem etc. 1. Nível de conhecimento: está ligada à profundidade de co-
nhecimento que as pessoas têm e revelam, no decorrer do proces-
Os signos devem expressar a mesma coisa para o emissor e so comunicacional. Pode também ser atribuído pelas outras pes-
para o receptor, ou seja, o significado que o objeto porta para o soas que fazem parte do processo, por perceberem o conhecimento
emissor deve ser o mesmo que o doreceptor. Caso isso não ocorra, e o reconhecerem. “Este aspecto pode conduzir à maior ou menor
a mensagem não será transmitida eficazmente, já que a interpreta- credibilidade ao emissor e trazer-lhe um estatuto que pode marcar
ção do receptor não é a correta ou a esperada pelo emissor. o desempenho do seu papel enquanto comunicador.” Algumas pes-
Mas, mesmo que o significado seja o mesmo, para o emissor soas, por conhecerem profundamente um assunto, não gostam ou
e para o receptor, não se pode dizer que as questões referentes se incomodam em conversar com alguém que não tem o mesmo
ao processo de Comunicação foram resolvidas, pois, “a compreen- domínio do assunto e vice-versa.
são, através da comunhão do significado, não quer dizer, necessa- 2. Aparência: a forma de se vestir e se cuidar pode determinar o
riamente, acordo. Posso compreender uma ideia, sem concordar jeito com que as pessoas se comunicarão umas com as outras. Dias
com ela.” Portanto, não é apenas o entendimento do significado, (2001) coloca que tanto as expectativas provocadas, como as primei-
por ambas as partes, que assegura a eficácia da Comunicação. Em ras impressões, são determinantes para um processo comunicacional
relação a isso, podemos dizer ainda que, “ainda que o significado eficaz. Por exemplo, um homem de terno e gravata tem muito mais
comum não assegure sozinho, a eficácia do processo de Comunica- facilidade de receber atenção do que um homem de bermuda e tênis.
ção como um todo, é um requisito fundamental para promover o 3. Postura corporal: deve ser estabelecida de acordo com o que
entendimento.” se quer comunicar. Alguns teóricos da Sociologia dizem que a postu-
ra também deve ser adequada, de acordo com o grupo com o qual
Resposta: se está comunicando.
Pode ser chamada, também, de feedback ou comportamento 4. Movimento corporal: certos movimentos podem ser favorá-
esperado, pois é a reação do receptor à mensagem recebida. É o úl- veis ou não para um processo eficaz. Podemos citar o livro “O corpo
timo objetivo do processo, pois é o desejado pelo emissor, ao emitir fala”, que aborda a questão de que o corpo também se comunica,
uma mensagem. as expressões corporais manifestam a ansiedade, a atração, o ner-
vosismo, a tristeza, etc.

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ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
5. Contato visual: a forma como as pessoas se olham demons- 4. Geografite: está relacionada com as atitudes das pessoas
tra como uma está se sentindo em relação à outra, além de infor- que se comovem mais com os “mapas” do que com os “territó-
mar o grau de atenção que está sendo dirigida à pessoa que está rios”. Mapas são os sentimentos, imaginações, palpites, hipóteses,
falando. O direcionamento, o tempo, o contexto, a oportunidade, a pressentimentos, preconceitos, inferências, etc. Já os territórios
intensidade, o status de quem olha ou de quem é olhado, impõem são os objetos, as pessoas, as coisas, os acontecimentos, etc. Isso
um quadro interpretativo que cada cultura se encarrega de transmi- é relevado, devido ao fato de que, atualmente, as pessoas têm se
tir aos seus membros pelo processo de socialização.” envolvido, constantemente, com quaisquer tipos de sugestionabili-
6. Expressão facial: é determinante, pois é uma forma de de- dades, tornando-se exageradamente crédulas ou pela forma como
monstrar o interesse das pessoas pela mensagem que está sendo as pessoas vêm distorcendo a realidade, como por exemplo, através
transmitida. dos horóscopos, das coisas sobrenaturais, das profecias, etc. Essas
7. Fluência: a articulação das palavras, a modulação (intensida- questões, ocasionam uma certa falta de civilização, ou seja, falta
de dos sons), o ritmo e o timbre da voz fazem diferença, em termos de equilíbrio racional para lidar com os acontecimentos e com as
da maneira como são utilizados para a eficácia da transmissão da coisas e pessoas.
mensagem. 5. Tendência à complicação: essa é uma das barreiras mais co-
muns, pois está concebida no fato de que as pessoas têm o hábito
Barreiras sociais: de restringir e complicar coisas e acontecimentos simples, o tempo
1. Educação: os princípios e valores adquiridos pelos indiví- todo, até mesmo quando se trata de sistematização e pensamento
duos também fazem parte do processo comunicacional. lógico.
2. Cultura: a Comunicação, como já foi visto, muda de cultura
para cultura. Por conseguinte, se as pessoas têm culturas muito dis- Abordagem da Administração
tintas, a Comunicação ficará prejudicada. As barreiras mais destacadas neste campo de estudos são:
3. Crenças, normas sociais e dogmas religiosos: assim como em 1. Falta de comunicação: “é um dos problemas mais frequen-
relação à cultura, se as pessoas que estão se comunicando diver- tes nas empresas e que gera as consequências mais graves.” Pode
gem com muita intensidade nessas questões, os processos comuni- ser causada por: interpretações distorcidas dos fatos; falta de ade-
cacionais serão prejudicados ou a mensagem não será transmitida são a uma decisão e às mudanças; desmotivação das pessoas pela
adequadamente. não participação e pelo desconhecimento do que se passa na Orga-
nização; conflitos entre pessoas e departamentos, etc.
Barreiras fisiológicas: 2. Falta de clareza de objetivos: ocorre quando a mensagem
As deficiências do aparelho fonoaudiológico e do aparelho vi- não tem conteúdo e forma bem definidos. Exemplo: uma reunião
sual criam dificuldades na Comunicação. em que ninguém consegue entender o porquê de estar acontecen-
do.
Barreiras da personalidade:
3. Texto fora do contexto: quando a comunicação é feita, ape-
1. Autossuficiência: ocorre quando a pessoa acha que sabe
nas, sobre um determinado acontecimento, sem dizer o contexto
tudo, ou seja, a pessoa acha que o que ela sabe e conhece é o sufi-
no qual ele está inserido. Acontece quando uma decisão é simples-
ciente. Esta barreira ocorre de duas maneiras: ‘julgamento do todo
mente comunicada, sem que se expliquem os porquês e motivos
pela parte’ – acontece quando a pessoa julga outras pessoas e/ou
em questão.
coisas pelo que ela conhece; intolerância, acontece quando a pes-
4. Filtragem: ocorre quando o emissor manipula a mensagem,
soa não aceita o ponto de vista das outras pessoas, pois ele julga
de acordo com os seus objetivos e interesses, de forma que a men-
que o único ponto de vista correto é o seu próprio.
2. Congelamento das avaliações: acontece quando a pessoa sagem favoreça o seu ponto de vista ou o que ele deseja que o re-
acredita que as pessoas e as coisas não mudam, ou seja, quando a ceptor decodifique.
pessoa supõe que as circunstâncias sempre serão as mesmas, inde- 5. Percepção seletiva: o emissor vê e ouve, apenas, ou mais
pendente das mudanças que surgirem com as pessoas e coisas. Fa- acuradamente aquilo que lhe interessa, ou seja, faz uma seleção
zem parte dessas avaliações os preconceitos e a insegurança que as das mensagens relacionadas com suas necessidades, motivações,
pessoas têm frente a algumas situações e frente às outras pessoas referências, etc. As pessoas “não veem a realidade; em vez disso,
3. Comportamento Humano – aspectos objetivos e subjetivos: interpretam o que veem e chamam de realidade.” Pode ser prejudi-
está no conflito personalidade subjetiva (interior de cada pessoa cial, à medida que a pessoa tende a perceber só aquilo que lhe con-
ou as opiniões próprias) X personalidade objetiva (o que é exterio- vém e isso não permite uma percepção neutra dos acontecimentos,
rizado para as outras pessoas ou a realidade concreta). Quando se coisas e pessoas.
diz personalidade, toma-se como princípio a caracterização da per- 6. Defensiva: “Quando as pessoas se sentem ameaçadas, ge-
sonalidade por processos comportamentais, que são estabelecidos ralmente respondem de forma que atrapalha a Comunicação.” A
pela interação das reações individuais com o meio social. “A Comu- partir do momento em que a pessoa se sente ameaçada, ela não
nicação Humana baseia-se na concepção da personalidade proje- consegue decodificar e nem transmitir as mensagens com eficácia.
tiva, na evidência de que na sociedade humana, o homem precisa 7. Uso inadequado dos meios: como já foi falado anteriormente,
‘vender’ a sua personalidade.” Para tanto, ele precisa torná-la so- não existe um meio mais adequado para ser utilizado na transmis-
cialmente aceitável, e aí está o conflito, pois a pessoa tem que estar são de diferentes tipos de mensagem, sendo que o que vai determi-
o tempo todo tornando a sua personalidade vendível, para que o nar se o meio é o mais adequado, ou não, é a situação específica de
outro possa aceitar se comunicar com ela. Exemplificando, ocorre cada mensagem. A Comunicação Oral tem a tendência de aumentar
quando alguém tem uma determinada opinião negativa sobre o a eficácia da Comunicação, quando bem utilizada, pois proporciona
aborto, mas ao conversar com alguém que acabou de conhecer e uma resposta imediata, além de estimular o pensamento do recep-
que é a favor do aborto, deixa de expressar a sua opinião e conversa tor, no momento em que a mensagem está sendo transmitida e por
com a outra pessoa como se não tivesse uma opinião bem formada dar um toque mais pessoal à mensagem e ao processo como um
a respeito do assunto. todo. Deve ser mais usada, quando se quer comunicar mensagens
mais complexas e difíceis de serem transmitidas. Já a comunicação

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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escrita, tem a tendência de ser mal entendida, porque quem escre- Indiscriminação
veu pode não ter sido suficientemente claro ou não ter expressado Ocorre quando há uma rotulação das coisas, pessoas e acon-
o que queria corretamente. tecimentos, onde a percepção está focada, apenas, nas semelhan-
8. Linguagem: pode ser considerada uma das barreiras mais ças ou em alguns padrões (ou clichês) criados por cada indivíduo,
comuns, pois ocorre o tempo todo, no dia-a-dia das pessoas, em não havendo um discernimento entre as diferenças. Em relação à
uma Organização. Como as pessoastendem a achar que os significa- indiscriminação, a Comunicação Humana é prejudicada por alguns
dos que as palavras têm para elas são os mesmos significados que fatores, são eles: abuso dos ditados populares e a crença de que “a
outras pessoas atribuem, uma barreira acaba surgindo no processo. voz do povo é a voz de Deus.”
9. Efeito status: A hierarquia dentro das organizações pode
criar barreiras nas comunicações. Esta barreira está ligada a outra Polarização:
barreira, a filtragem, que já foi citada anteriormente. Quando os “Há polarização quando tratamos os contrários como se fos-
colaboradores têm que comunicar algo aos gerentes das Organiza- sem contraditórios. Polarização é a tendência a reconhecer apenas
ções, eles tendem a filtrar a mensagem, de forma que ela seja trans- os extremos, negligenciando as posições intermediárias.” O proces-
mitida e decodificada, no intuito de agradar os gerentes. so comunicacional fica bastante prejudicado, quando os pontos de
10. Impertinência da mensagem: quando as mensagens são vistas são extremistas, pois dificilmente encontra-se um meio ter-
transmitidas em momentos inoportunos e desagradáveis, o proces- mo, sem causar grandes discussões ou fugir aos objetivos do pro-
so se prejudica pela inadequação da situação escolhida. cesso.

Barreiras da linguagem Falsa identidade baseada em palavras


Acontece quando uma pessoa percebe coisas em comum entre
Confusões entre: duas ou mais coisas e conclui que essas coisas são idênticas. Um
a) Fatos X Opiniões: As pessoas estão o tempo todo se referindo exemplo claro disso é: os cariocas são flamenguistas. Camila é fla-
a fatos, como se estivessem emitindo opiniões e vice-versa. “Fato menguista. Por conseguinte, Camila é carioca. A palavra tem uma
é acontecimento; é coisa ou ação feita. Opinião é modo de ver, é força fora do comum, podendo beneficiar ou prejudicar alguém por
conjectura”. Pode-se dizer que uma das coisas mais ameaçadoras meio dessas conclusões das semelhanças entre as coisas.
do processo comunicacional é a transformação de uma opinião em
fato, pois, a partir do momento em que a pessoa se convence de Polissemia
que sua suposição realmente aconteceu, ela perde a noção dos É a reunião de vários sentidos em apenas uma palavra. Cada
verdadeiros acontecimentos e divulga para outras pessoas as suas um tem um repertório de palavras e significados e uma mesma
opiniões sobre os fatos, como sendo os próprios acontecimentos, palavra pode ter vários significados para um mesmo indivíduo. En-
causando distorções na realidade. Exemplificando: o gerente de de- tão, já que o processo comunicacional precisa de no mínimo duas
partamento chegou duas horas atrasado no trabalho (fato). Patrícia pessoas para acontecer, pode-se imaginar o quão complexo é a
diz que foi porque ele acordou atrasado; já Fabíola diz que foi por Comunicação entre diversas pessoas.
razão de algum problema pessoal (opiniões). “A palavra é a maneira de traduzir ideias ou pensamentos.” Por-
b) Inferências X Observações: trata-se de considerar as infe- tanto, cada indivíduo tende a transmitir as mensagens “carregadas”
rências como observações e vice-versa. Inferir é deduzir e observar de palavras com suas percepções das coisas. Essa barreira está lado
é prestar atenção, olhar algo que está acontecendo. “As inferências a lado com a barreira de desencontros, pois as duas abordam as
são menos prováveis do que as observações; (...) as inferências nos diferenças de percepções de cada indivíduo.
oferecem certezas relativas; as observações nos oferecem certezas Tem uma palavra que serve de exemplo desta barreira, qual
absolutas.” O tempo todo as pessoas fazem inferências. Quando seja: abacaxi pode ser uma fruta ou um problema, que para ser re-
leem um jornal, por exemplo, inferem o que realmente ocorreu. O solvido, dá muito trabalho.
problema desta barreira está no fato das pessoas tomarem sempre
como lei as inferências e não se utilizarem mais de observações. Barreiras verbais
São aquelas provocadas por palavras e expressões causadoras
Descuidos nas palavras abstratas de antagonismos, ou seja, são as causadoras de oposições de ideias.
“Atrás de uma palavra nem sempre está uma coisa. Palavras
não são coisas; são representações de coisas, quase sempre especí- Barreiras psicológicas
ficas, e por isso, difíceis de serem transmitidas, com fidelidade, de 1. Efeito de Halo: de acordo com Schermerhorn (1999, p. 260),
uma cabeça para outra.” E como as palavras abstratas fazem parte ocorre “quando um atributo é usado para desenvolver uma impres-
do repertório específico de cada um, fica difícil um processo comu- são geral de uma pessoa ou situação”.
nicativo eficaz, sem uma pré-definição dessas palavras, já que elas Exemplificando, ao conhecer uma pessoa nova e ela se mostrar
possibilitam muitos equívocos. bastante ranzinza, pode-se ter a percepção negativa dessa pessoa,
pois as pessoas podem generalizar essa característica que ela apre-
Desencontros sentou determinado dia. Pode-se generalizar desde expressões fa-
Esta barreira pode ser caracterizada como a diferença de per- ciais, passando pelo modo ou estilo de se vestir, até a maneira de
cepção de cada indivíduo, ou seja, a subjetividade de cada um. Uma falar.
determinada palavra, para um indivíduo, tem um significado A; já 2. Tipos pré-determinados: é o agrupamento das pessoas em
para outro indivíduo, a mesma palavra tem um significado B, e isso grupos sociais e/ou profissionais.
ocorrerá com todos os indivíduos, pois ninguém percebe as coisas
da mesma forma, cada um tem a sua forma de perceber e significar Aqui entram também os preconceitos (homofobia, racismo,
as coisas, palavras, etc. Caso não aconteça um consenso e/ou es- machismo, entre outros) e também os estereótipos que prejudicam
clarecimento das questões a serem comunicadas, o processo ficará a interação entre as pessoas, pelo constrangimento que estes po-
comprometido e cheio de equívocos de compreensão. dem promover.

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Tais questões criam barreiras na comunicação pois causam do- - movimentos do corpo;
res e situações desconfortáveis, sobretudo para os interlocutores, - tom da voz e velocidade da fala;
ou seja, para aqueles que recebem a mensagem que está sendo - movimentação entre receptor /emissor.
transmitida.
A linguagem não verbal é considerada vital para o processo de
Como melhorar a comunicação interpessoal comunicação, tendo em vista que esta não ocorre apenas por meio
• Habilidades de transmissão de palavras, sendo um processo muito mais complexo do que se
• Linguagem apropriada imagina.
• Informações claras No momento da comunicação é necessário decodificar as men-
• Canais múltiplos sagens não verbais, pois quando isso não ocorre estima-se que há
• Comunicação face a face sempre que possível uma perda de 65% do que é comunicado.
No momento em que o profissional domina as mensagens não
É notório que problemas de comunicação são de difícil inter- verbais, ele passa a conduzir o processo de comunicação de forma
venção e por isso demandam do emissor um enorme cuidado ao eficaz e consegue atingir os objetivos propostos.
transmitir a mensagem necessária de forma clara e objetiva. Em suma, é necessário para o profissional aprenda a utilizar
Existem três fontes de sinais de comunicação e cada uma re- sinais não verbais no processo de comunicação, bem como domi-
presenta um percentual deste processo: nar a linguagem verbal. Na ausência destas habilidades, existirá um
- comunicação verbal: palavras expressas 7% desnível significativo no processo de comunicação entre emissor /
- comunicação vocal: entonação, o tom e timbre de voz 38% receptor.
- expressão facial e corporal 55%
Eficácia na Comunicação
A falta de comunicação adequada pode gerar problemas de di- Comunicar-se eficazmente é proporcionartransformação e mu-
versos tipos e com consequências variadas, entre as quais podemos dança na atitude das pessoas. Se a comunicação apenas muda as
citar: ideias das pessoas, mas não muda suas atitudes, então a comunica-
- confusão entre os envolvidos; ção não atingiu seu resultado. Ela não foi eficaz.
- perda na prestação do serviço ou na confecção do produto; A clareza e a certeza de que se foi entendido, representam um
- comprometer a imagem da empresa; dos pilares de um projeto bem sucedido e essa sempre foi uma das
- desmotivação; principais preocupações de todas as empresas. Varias são as vezes
- retrabalho; que apenas informamos e não formamos a ideia do que queremos
- falta de procedimentos e ordens claras; que a outra parte faça.
- insatisfação de uma forma geral. Existem algumas ferramentas e regras que ajudam na conscien-
tização sobre o próprio nível de comunicação.
Um princípio fundamental para a boa comunicação é a disposi- Abaixo, o “Modelo de Quatro Elementos”, comprovado e apli-
ção e a sabedoria em ouvir. cado por Philip Walser, como uma das ferramentas das quais pode-
Toda a eficácia do processo depende, essencialmente, de saber mos dispor.
ouvir e entender a mensagem que foi transmitida inicialmente, para Os quatro elementos são: “Framing” – “Advocating” – “Inqui-
então começar um processo de comunicação. ring” –“Illustrating”:
- Framing: é definir o tema a ser abordado durante uma con-
Formas de comunicação versa logo no começo. Pode ser necessário redefinir o tema durante
o andamento (“Re-framing”), mas deve-se evitar que a conversa vá
A comunicação vem sofrendo evoluções ao longo do tempo, para lugares distantes que não têm nada a ver com o assunto.
assim como todo o processo que sofra influência do mundo globali- - Advocating: é explicar o seu próprio ponto de vista de forma
zado. As formas mais tradicionais de comunicação englobam: clara e objetiva, não deixando de lado os porquês deste ponto de
- manual; vista, ou seja, não engolir sapos, mas mencionar os valores que são
- revista; à base deste seu ponto de vista.
- jornal; - Inquiring: até mais importante do que esclarecer o seu, é im-
- boletim; portante entender o ponto de vista do outro. Isto se faz através de
- quadro de aviso. perguntas benevolentes que não tem o objetivo de interrogar.
- Illustrating: é resumir os diversos pontos de vista, procurar
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, figuram pontos em comum, colocar assuntos polêmicos na mesa, visando
novos métodos efetivos para desenvolvê-la, tais como: uma solução sendo flexível e contando com a flexibilidade do outro,
- intranet; diminuir complexidade para focar o que realmente está no centro
- correio eletrônico; da conversa.
- comunicação face a face;
- telão. Observar, ouvir e dar importância para o outro é determinan-
te para a eficácia da comunicação.
Em linhas gerais, torna-se necessário que o profissional exer- De qualquer forma, a comunicação começa pelos sentidos
cite tanto a linguagem verbal como a linguagem não verbal, que (visão, audição, tato, olfação e gustação). Uma maneira prática de
forçam o tempo todo as habilidades de comunicação. identificar a forma como uma pessoa está pensando é prestar aten-
ção às palavras que ela utiliza, pois nossa linguagem está repleta de
Alguns itens são vitais na linguagem não verbal e devem ser sinais, gestos, posturas e palavras baseados nos sentidos. Observar,
compreendidos para a sua melhor utilização: ouvir e dar importância para o outro é determinante para a eficácia
- gestos; da comunicação.
- postura;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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É preciso abandonar a ilusão de que há solução fácil ou impro- Para que um indivíduo venha a ter uma sólida autoimagem ele
visada na construção de métricas que avaliem nosso trabalho. Não precisa de amor, respeito e aceitação dos outros significativos de
se deve supor que a outra parte entendeu, ou julgar que já deveria sua vida.
entender a mensagem. O que deve ser feito para que a comunica- O autoconceito, portanto, constitui um fator crítico para que
ção seja adequada, é investigar se a outra parte compreendeu a alguém seja um comunicador eficaz. Em essência, a autoimagem
mensagem. de um indivíduo é delineada por aqueles que o tiverem amado ou
pelos que não o tiverem amado.
Comunicação Interpessoal Eficaz: Cinco Elementos Críticos
Há cinco componentes que distinguem claramente os bons dos SABER OUVIR
maus comunicadores. Tais componentes são Autoimagem, Saber Toda a aprendizagem relativa à comunicação tem focalizado
Ouvir, Clareza de Expressão, Capacidade para lidar com sentimen- as habilidades de expressão oral e de persuasão; até a bem pouco
tos de contrariedade (irritação) e autoabertura. tempo dava-se pouca atenção à capacidade de ouvir. Esta ênfase
exagerada dirigida para a habilidade de expressão levou a maioria
AUTOIMAGEM (ou autoconceito) das pessoas a subestimarem a importância da capacidade de ouvir
O fator isolado mais importante que afeta a comunicação entre em suas atividades diárias de comunicação.
pessoas é a sua autoimagem: a imagem que têm de si mesmas e O ouvir, naturalmente, é algo muito mais intrincado e compli-
das situações que vivenciam. Enquanto as situações podem variar cado do que o processo físico da audição, ou de escutar. A audição
em função do momento ou do lugar, as crenças que as pessoas pos- se dá através do ouvido, enquanto que o ouvir implica num proces-
suem acerca de si próprias estão sempre determinando seus com- so intelectual e emocional que integra dados (inputs) físicos, emo-
portamentos na comunicação. O “eu” é a estrela em todo ato de cionais e intelectuais na busca de significados e de compreensão. O
comunicação. ouvir eficaz ocorre quando o “destinatário” é capaz de discernir e
Cada um tem, literalmente, milhares de conceitos a respeito de compreender o significado da mensagem do remetente. O objetivo
si mesmo: quem é, o que significa, onde existe, o que faz e não faz, da comunicação só assim é atingido.
o que valoriza, no que acredita. Estas autopercepções variam em O “Terceiro Ouvido”: Reik refere-se ao processo de ouvir efi-
clareza, precisão e importância de pessoa para pessoa. cazmente como sendo “ouvir com o terceiro ouvido”. O ouvinte efi-
caz escuta não só as palavras em si como também seus significados
A importância da Autoimagem subjacentes. Seu terceiro ouvido, diz Reik, ouve aquilo que é dito
A autoimagem de alguém é quem ele é. É o centro do seu uni- entre as sentenças e sem palavras, aquilo que se expressa silencio-
verso, seu quadro referencial, sua realidade pessoal, o seu ponto de samente, o que o emissor fala e pensa.
vista particular. É um visor através do qual ele percebe, ouve, avalie Logicamente, o ouvir com eficácia não é um processo passivo.
a compreende todas as coisas. É o seu filtro individual do mundo Ele desempenha um papel ativo na comunicação. O ouvinte eficaz
que o cerca. interage com o interlocutor no sentido de desenvolver os significa-
A autoimagem de uma pessoa afeta sua maneira de se comu- dos e chegar à compreensão.
nicar com os outros. Um autoconceito forte, positivo, é necessário
para haver interações hígidas e satisfatórias. Por outro lado, uma Diversos princípios podem servir de auxílio para o aprimora-
autoimagem fraca, inferior, frequentemente distorce a percepção mento das habilidades essenciais para saber ouvir:
do indivíduo relativamente a como os outros o veem, o que gera 1. O ouvinte deve ter uma razão ou propósito de ouvir;
sentimentos de insegurança no seu relacionamento interpessoal. 2. É importante que, inicialmente, o ouvinte suspenda julga-
Alguém que tenha a seu próprio respeito uma impressão negativa mentos;
poderá encontrar dificuldades em conversar com outros, em admi- 3. O ouvinte deve resistir a distrações – barulhos, pessoas,
tir que esteja errado, em expressar seus sentimentos, em aceitar olhares – e focalizar o interlocutor;
críticas construtivas que lhe forem feitas ou em apresentar ideias 4. O ouvinte deve esperar antes de responder ao seu interlocu-
diferentes das dos outros. Sua insegurança o leva a temer que os tor. As respostas imediatas reduzem a eficácia do ouvir;
outros deixem de apreciá-lo se discordar deles. 5. O ouvinte deve repetir palavra por palavra aquilo que o in-
Pelo fato de sentir-se desvalorizado, inadequado e inferior ele terlocutor está dizendo;
não tem confiança e pensa que suas ideias não interessam aos ou- 6. O ouvinte deve recolocar em suas próprias palavras o con-
tros e que não vale a pena comunica-las. Ele pode tornar-se arredio teúdo e o sentimento daquilo que o outro está dizendo, para que o
e defensivo em sua comunicação, renegando suas próprias ideias. interlocutor confirme se a mensagem que transmitiu foi realmente
recebida;
Formação da Autoimagem 7. O ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais daqui-
Da mesma forma que o autoconceito de alguém afeta sua ca- lo que o interlocutor está dizendo, ouvindo “através” das palavras
pacidade de se comunicar, a comunicação que trava com outros para atingir sua real significação;
modela também sua autoimagem. Uma vez que o homem é, antes 8. O ouvinte deve utilizar o tempo diferencial entre a velocida-
de tudo, um animal social, ele forma os mais relevantes conceitos de do pensamento (400 a 500 palavras por minuto) para “refletir”
acerca do seu próprio eu a partir de suas experiências com outros sobre o conteúdo e “buscar” o seu significado;
seres humanos. 9. O ouvinte deve estar pronto para reagir aos comentários do
Os indivíduos aprendem a se reconhecer pela maneira como interlocutor.
são tratados pelas pessoas importantes de sua vida – pessoas estas
às vezes denominadas “os outros significativos”. Mediante a comu- CLAREZA DE EXPRESSÃO
nicação verbal e não verbal com esses outros significativos, cada um Ouvir eficazmente é uma habilidade necessária e negligenciada
passa a reconhecer se é apreciado ou não, se é aceito ou rejeitado, na comunicação, porém muitas pessoas consideram igualmente di-
se é merecedor de respeito ou desdém, se é um sucesso ou um fícil dizer aquilo que querem dizer ou expressar aquilo que sentem.
fracasso. É que com frequência elas presumem simplesmente que o outro
compreende a sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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confusas em sua fala. Parecem achar que as pessoas deveriam ser Conflito
capazes de ler as mentes uns dos outros: “Se está claro para mim, A área de Recursos Humanos deve estar totalmente alinhada à
deve estar claro para você também”. Esta suposição é uma das cultura da empresa, pois a compreensão dos vínculos construídos
maiores barreiras ao êxito da comunicação humana. O comunica- dentro do ambiente de trabalho é a etapa inicial para o desafio de
dor deficiente deixa que o ouvinte adivinhe o que ele quer dizer, gerir as pessoas. Para Soledade (2007), é através do entendimento
partindo da premissa de que está, de fato, comunicando. Por sua dos elementos constituintes da cultura que é possível compreender
vez, o ouvinte age de acordo com suas adivinhações. O resultado os mecanismos de interação entre os colaboradores e as tarefas
óbvio disto é um mal entendido recíproco. que executam. Dentre os fatores críticos de sucesso, salienta-se o
Para se chegar a resultados objetivos planejados – desde a exe- desenvolvimento de lideranças capazes de alinhar as expectativas
cução da rotina diária de trabalho, até a comunhão mais profunda do grupo com os objetivos da empresa, criando as condições de
com alguém – as pessoas precisam ter um meio de se comunicarem reciprocidade essenciais para atingir um desempenho que atenda
satisfatoriamente. às pressões internas e externas da organização. As lideranças
devem ser legitimadas tanto pelo enfoque do empregado quanto
CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE CONTRA- pelo da empresa, para que possam efetivamente atuar como elos
RIEDADE (irritação) entre estes dois polos, buscando atuar de maneira conciliatória na
A incapacidade de alguém para lidar com manifestações de ir- resolução dos conflitos surgidos.
ritação e contrariedade resulta, com frequência em curtos-circuitos A Administração de Conflitos consiste exatamente na escolha
na comunicação. e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com
Expressão. A exteriorização das emoções é importante para cada tipo de situação. Lidar com o conflito consiste em trabalhar
construir bons relacionamentos com os outros. As pessoas preci- com grupos e tentar romper alguns estereótipos vigentes na orga-
sam expressar seus sentimentos de tal modo que elas influenciem, nização. Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos
remodelem e modifiquem a si próprias e aos outros. Elas precisam diferentes é uma forma de garantir que seu cumprimento seja
aprender a expressar sentimentos de ira de forma construtiva e não reconhecido pelo trabalho dos grupos.
destrutivamente. As seguintes orientações podem ser úteis: Mediador: mobiliza as partes em conflito para um acordo. Aju-
1. Esteja alerta para suas emoções; da as partes envolvidas a discutir e resolver as situações de conflito.
2. Admita suas emoções. Não as ignore ou renegue; Facilitador do processo.
3. Seja dono de suas emoções. Assuma responsabilidade por
aquilo que fizer; Etapas da gestão de conflitos
4. Investigue suas emoções. Não procure “vencer” uma discus- 1. Identificar o problema: Saber se as pessoas envolvidas estão
são na base do revide, ou de “dar o troco”; conscientes do problema e dispostas a buscar a solução;
5. Relate suas emoções. A comunicação congruente significa 2. Analisar e escolher a melhor solução: Transformar o negativo
em positivo, diversidade de ideias, respeito às características indivi-
uma combinação satisfatória entre o que você está dizendo e aquilo
duais, conciliar os opostos.
que está vivenciando;
3. Colocar em prática;
6. Integre suas emoções, o seu intelecto e a sua vontade. Dê
4. Avaliar os resultados;
uma oportunidade a você mesmo de aprender e crescer como pes-
5. Manutenção;
soa. As emoções não podem ser reprimidas. Elas devem ser iden-
tificadas, observadas, relatadas e integradas. Aí então as pessoas
Para solucionar um conflito é necessário:
podem fazer instintivamente os ajustamentos necessários, à luz de
Saber comunicar;
seus próprios conceitos de crescimento. Eles podem acompanhar a Saber ouvir;
vida e mudar com ela. Saber perguntar.
Estilos de Administração de Conflitos
AUTOABERTURA Competição: busca satisfação dos interesses, tenta convencer a
A capacidade de falar total e francamente a respeito de si mes- outra parte, leva a outra parte a aceitar a culpa.
mo – é necessária à comunicação eficaz. O indivíduo não pode se Colaboração: contempla os interesses das partes envolvidas,
comunicar com outro ou chegar a conhecê-lo a menos que se esfor- busca resultado benéfico para ambas.
ce pela autoabertura. Evitação: evita todo e qualquer envolvimento com o conflito.
Acomodação: tende a apaziguar a situação, chegando a colocar
A capacidade de alguém para se autorrevelar é um sintoma de as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus.
personalidade sadia. Compromisso: uma das partes do conflito desiste de alguns
pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as
Pode-se dizer que um indivíduo compreenderá tanto a respeito partes.
de si próprio quanto ele estiver disposto a comunicar a outra pes-
soa. Dicas para uma boa Administração de Conflitos
1. Procure soluções, não culpados;
Obstáculos à autorrevelação. Para que se conheçam a si pró- 2. Analise a situação;
prias e para que consigam relações interpessoais satisfatórias, as 3. Mantenha um clima de respeito;
pessoas precisam revelar-se aos outros. Ainda assim, a autorrevela- 4. Aperfeiçoe a habilidade de ouvir e falar;
ção é obstruída por muitos. 5. Seja construtivo ao fazer uma crítica;
6. Procure a solução Ganha-ganha;
A comunicação eficaz, então, tem por base estes cinco compo- 7. Aja sempre no sentido de eliminar os conflitos;
nentes: uma autoimagem adequada; capacidade de ser bom ouvin- 8. Evite preconceitos;
te; habilidade de expressar claramente os próprios pensamentos e 9. Mantenha a calma;
ideias; capacidade de lidar com emoções, tais como a ira, de manei- 10. Quando estiver errado, reconheça;
ra funcional e a disposição para se expor, para se revelar aos outros 11. Não varra os problemas para debaixo do tapete.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas não deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, dis-
e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das putas ou ataques físicos, mas como um processo que começa na
tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas nossa percepção e terminam com a adoção de uma ação adequada
é que nascem as oportunidades de crescimento mútuo. e positiva, os conflitos surgem e nosso dever é estarem situados
quanto às causas dos mesmos normalmente estes se dão, por
De acordo com Chiavenato (2009, p.361), conflito e coopera- muitos aspectos, logo abaixo estaremos citando alguns:
ção constituem elementos integrantes da vida das organizações. • Pela experiência de frustração de uma ou ambas as partes,
Ambos têm recebido atenção por parte das recentes teorias da ou seja, a incapacidade de atingir uma ou mais metas ou realizar os
organização, considerando-se hoje cooperação e conflito como seus desejos, por algum tipo de interferência ou limitação pessoal,
dois aspectos de atividade social ou, melhor dizendo, dois lados técnica ou comportamental.
de uma mesma moeda. Ambos estão inseparavelmente ligados na • Diferenças de personalidades, que são invocadas como ex-
prática. Tanto que a resolução do conflito é muito mais entendida plicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no
como uma fase de esquema conflito-cooperação do que como uma ambiente de trabalho, e reveladas no relacionamento diário através
resolução final do conflito. de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida;
Assim, “o conflito é um processo que se inicia quando uma • Metas diferentes, pois é comum estabelecermos ou rece-
parte – seja indivíduo, o grupo ou a organização – percebe que bermos metas a serem atingidas e que podem ser diferentes dos
a outra parte – seja o indivíduo, o grupo ou a organização – frus- de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva à
trou ou pretende frustrar um interesse seu” (CHIAVENATO, 2009, geração de tensões em busca de seu alcance;
p.362). Segundo este autor, os conflitos surgem a partir de três • Diferenças em termos de informações e percepções, costu-
condições inerentes à vida organizacional: diferenciação de ativi- meiramente tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos
dades; recursos compartilhados; atividades interdependentes. E nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto
são decorrentes de duas condições desencadeantes: percepção ocorre também com o outro lado com quem temos de conversar ou
da incompatibilidade de objetivos; percepção da oportunidade de apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma
interferência. “Como consequência, a parte afetada se engaja em diferente de ver as coisas.
um comportamento de conflito” (CHIAVENATO, 2009, p.363).
De acordo com Chiavenato, “a maneira pela qual um conflito A seguir, é possível acompanhar a evolução dos conflitos e suas
é resolvido influencia os resultados – construtivos ou destrutivos – características:
que ele produz e, portanto, os futuros episódios de conflito” (2009, Nível 1 – Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-se
p.365). Segundo o autor, o conflito pode ser resolvido de três ma- normalmente por ser racional, aberta e objetiva;
neiras (sendo que nas duas primeiras tende-se a uma continuidade Nível 2 – Debate: neste estágio, as pessoas fazem generaliza-
do conflito): ções e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O
1. Resolução ganhar/perder – uma das partes vence o conflito grau de objetividade existente no nível 1 começa a diminuir;
e frustra a outra; Nível 3 – Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam
2. Resolução perder/perder – cada parte desiste de seus obje- a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa
tivos e ambas perdem; escolhidos pela outra parte envolvida;
3. Resolução ganhar/ganhar – as partes identificam soluções Nível 4 – Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconce-
que permitem a ambas atingirem seus objetivos. bidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores
ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas
O pensamento administrativo tem-se preocupado profunda- assumam posições fixas e rígidas;
mente com os problemas de obter cooperação e de sanar conflitos. Nível 5 – Loss of face (ficar com a cara no chão.): trata-se da
O conflito não é nem casual nem acidental, mas é inerente à vida postura de “continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até
organizacional ou, em outros termos, é inerente ao uso do poder. o fim”, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes
O texto a seguir, oriundo de curso da Polícia Militar de Per- envolvidas se retire;
nambuco, apresenta os principais aspectos do gerenciamento de Nível 6 – Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e
conflitos. a punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma
das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez
Administração de Conflitos mais restrito;
Os conflitos surgem por razões tipo competição entre as pes- Nível 7 – Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se
soas, por recursos disponíveis, mas escassos; pela divergência de as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os
alvos entre as partes; e pelas tentativas de autonomia ou libertação primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se
de uma pessoa em relação a outra, assim como podem ser atendi- sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos;
dos como fontes de conflito: direitos não atendidos ou não conquis- Nível 8 – Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se
tados; mudanças externas acompanhadas por tensões, ansiedades auto-preservar e se proteger passam a ser a única preocupação. A
e medo; luta pelo poder; necessidade de status, desejo de êxito principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado;
econômico; exploração de terceiros (manipulação); necessidades Nível 9 – Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de
individuais não atendidas; expectativas não atendidas; carências de fato e não há alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados
informação, tempo e tecnologia; escassez de recursos; marcadas envolvidos ou a derrota de um deles.
diferenças culturais e individuais; divergência e metas; tentativa de
autonomia; emoções não expressas/inadequadas; obrigatoriedade Um conflito, como já se viu, frequentemente pode surgir de
de consenso; meio-ambiente adverso e preconceitos. uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir
No dia a dia das organizações e até mesmo de nossas vidas um nível de hostilidade que chamamos de conflito destrutivo, para
pessoal vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes lidar com estes é importante conhecê-los, saber qual é sua amplitu-
as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando ou mesmo de e como estamos preparados para trabalhar com eles;
impedindo o atingimento de nossos objetivos? Assim, o conflito

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Existem inúmeros tipos de conflitos e sua identificação pode auxiliar a detectar a estratégia mais adequada e talvez possamos a partir
destas informações, saber como superá-los ou utilizá-lo como um auxilio de crescimento na organização:
• Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara consciência de sua existência.
Eventualmente nem precisam ser trabalhados.
• Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a existência do conflito, embora não haja ainda manifesta-
ções abertas do mesmo;
• Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e forma consciente;
• Conflito manifesto: trata-se de conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da
organização.
• Os conflitos interpessoais se dão entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por vários motivos: diferenças de idade, sexo, valores,
crenças, por falta de recursos materiais, financeiros, e por diferenças de papeis, podemos dividir este tipo de conflitos em dois:
• Hierárquicos: colocam em jogo as relações com a autoridade existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não
encontrando apoio junto aos seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte
das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão a ser tomada.
• Pessoais: dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões. As “rixas pessoais” fazem com que as
pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca
abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.
• Todos os conflitos podem ser resolvidos, mas nem todos os conflitos irão ser resolvidos”. A afirmação paradoxal é de George Kohl-
rieser, psicólogo especializado em comportamento organizacional. Desta forma, ele quer demonstrar que não há limites para quem está
disposto a se esforçar para atingir seus objetivos.

Consequências do conflito
Podemos identificar em algumas situações, vários aspectos do conflito que podem ser considerados como negativos e aparecem com
frequência dentro das organizações.
• Quando desviam a atenção dos reais objetivos, colocando em perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e mobili-
zando os recursos e os esforços para a sua solução;
• Quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de “perdedores habituais”, interferindo na sua percepção e na socialização
daqueles que entram na organização;
• Quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos, como ocorre frequentemente em organizações. Se por
um lado existem os estereótipos genéricos referentes às categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fazem
parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos ideais, começam a surgirem seus “perdedores”, “ganhadores”, “culpados”
e “inimigos”.

No entanto temos potenciais de efeitos benéficos dos conflitos, a saber:


• São bons elementos de socialização, pois oferecem aos novos participantes de um grupo a sensação de envolvimento com alguma
causa;
• Ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da organização, pois qualquer episódio de conflito pode haver diferente ganhador
(independentemente das percepções anteriores);
• Propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar num conflito específico, mas também de garantir mais poder.

Mas para que a administração de conflitos possa ocorrer com sucesso, é necessário que ambas as partes saibam se comunicar, ouvir,
e perguntar, pois sem diálogo, não há comunicação nem solução possível para os problemas, a maioria dos erros, omissões, irritações,
atrasos e conflitos são causados por uma comunicação inadequada.
Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados úteis pelo papel que desempenham na vida das pessoas,
portanto é possível constatar que nenhuma organização está livre de conflitos, pois praticamente toda a empresa sofre e se beneficia com
eles.
Os conflitos são responsáveis por sérias ameaças à estabilidade da organização, mas também podem agir de maneira construtiva
estimulando o potencial de inovação.
O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das tensões
conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem oportunidades de crescimento mútuo.
A administração moderna deve encarar o conflito como uma força constante dentro da organização e procurar administrá-la para que
estes atuem de maneira construtiva através das técnicas da administração de conflitos.

RELAÇÕES PESSOAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO: HIERARQUIA

A organização consiste em um conjunto de posições funcionais e hierárquicas orientado para o objetivo econômico de produzir bens
ou serviços.
Além de uma estrutura de funções especializada, a organização precisa também de uma estrutura hierárquica para dirigir as opera-
ções dos níveis que lhe estão subordinados.
Em toda organização formal existe uma hierarquia que divide a organização em camadas ou níveis de autoridade.
Na medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta o volume de autoridade do administrador.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Quanto maior a organização, maior tende a ser o número de níveis hierárquicos da estrutura.

Organograma: é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização.

Autoridade
Para Max Weber, a Autoridade poderia se manifestar sobre três formas: Para Max Weber a Autoridade ou Dominação se manifesta
quando há a influência de alguém sobre outrem de forma legítima. Nesse ponto cabe uma distinção sutil com o conceito de Poder, que, de
uma forma bem simplificada e reduzida, seria a capacidade de influência de alguém sobre outrem, mas, sem, propriamente, legitimidade
- quem tem autoridade tem poder mas quem tem poder não necessariamente teria autoridade.

1) A autoridade tradicional
Baseia-se nos costumes e tradições culturais de um determinado grupo ou sociedade, sendo melhor representada pelas figuras de
patriarcas, anciãos, clãs em sociedades antigas, ou pelo senhor feudal na Idade Média ou mesmo pela família. A legitimação deste tipo de
autoridade decorre dos mitos, costumes, hábitos e tradições, que passam de geração para geração ou é delegado, dependente da crença
na santidade dos hábitos. A principal característica é o patrimonialismo.

2) A autoridade carismática
Sua fonte decorre dos traços pessoais de um indivíduo, ou seja, é algo personalístico, místico, arbitrário, baseado no carisma. Não é
racional, herdada ou delegável, já que própria de alguém. Quem melhor representa este tipo de autoridade são profetas, heróis, líderes,
guerreiros, que acabam por se manifestar em grupos revolucionários, partidos políticos, nações em revolução. Devido à essas caracterís-
ticas, não é uma autoridade estável ou constante, pois a lealdade decorre da devoção ou reconhecimento de que os traços pessoais são
legítimos e, não propriamente as qualificações do indivíduo. Tão logo essas características não sejam mais reconhecidas como legítimas,
a autoridade é perdida.

3) A autoridade racional-legal
Esta é a única autoridade considerada racional por Weber, sendo fundamentada nas regras e normas estabelecidas por um regula-
mento reconhecido e aceito por uma determinada comunidade, grupo ou sociedade. É a base do Estado moderno, assumindo característi-
cas impessoais, formais e meritocráticas. Sua legitimidade decorre da lei, da justiça. Toda organização formal (Estado, empresas, exércitos,
etc) tem como base este tipo de autoridade, que cria “figuras de autoridade” com direitos e obrigações.
Os três tipos expostos são ideais, não no sentido de que deveriam ser estes os existentes na realidade, mas no sentido de serem proje-
ções “utópicas”, que não podem ser encontradas de forma pura na realidade, apresentando-se, frequentemente, combinados. O propósito
de Weber era fazer uma construção intelectual, exagerando alguns aspectos da realidade, possibilitando uma melhor compreensão da
Sociedade em que vivemos..

A autoridade se distingue por três características:


1. Autoridade é alocada em posições da organização e não em pessoas. Os administradores têm autoridade devido às posições que
ocupam. Outros administradores nas mesmas posições têm a mesma autoridade.
2. Autoridade é aceita pelos subordinados. Os subordinados aceitam a autoridade dos superiores porque acreditam que eles têm o
direito legítimo, transmitido pela organização, de dar ordens e esperar o seu cumprimento.
3. Autoridade flui abaixo por meio da hierarquia verticalizada. A autoridade flui do topo até a base da organização e as posições do
topo têm mais autoridade do que as posições da base.

O grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade assumida pela pessoa. Para os autores neoclássicos, a responsabi-
lidade provém da relação superior-subordinado e do fato de alguém ter autoridade para exigir determinadas tarefas de outras pessoas. A
autoridade emana do superior para o subordinado, enquanto a responsabilidade é a obrigação exigida do subordinado para que realize
tais deveres.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige que se
EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CIDADÃO; O EN- use o som correto para cada letra ou combinação de letras. Quan-
FOQUE NA QUALIDADE; O ATENDIMENTO PRESENCIAL do o idioma segue regras coerentes, como é o caso do espanhol,
E POR TELEFONE do grego e do zulu, a tarefa não é tão difícil. Contudo, as palavras
estrangeiras incorporadas ao idioma às vezes mantêm uma pro-
Quando se fala em comunicação interna organizacional, auto- núncia parecida à original. Assim, determinadas letras, ou combi-
maticamente relaciona ao profissional de Relações Públicas, pois nações de letras, podem ser pronunciadas de diversas maneiras
ele é o responsável pelo relacionamento da empresa com os seus ou, às vezes, simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez
diversos públicos (internos, externos e misto). precise memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao
As organizações têm passado por diversas mudanças buscan- conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memorização de
do a modernização e a sobrevivência no mundo dos negócios. Os milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o significado de uma
maiores objetivos dessas transformações são: tornar a empresa palavra muda de acordo com a entonação. Se a pessoa não der a
competitiva, flexível, capaz de responder as exigências do merca- devida atenção a esse aspecto do idioma, poderá transmitir ideias
do, reduzindo custos operacionais e apresentando produtos com- erradas.
petitivos e de qualidade. Se as palavras de um idioma forem compostas de sílabas, é
A reestruturação das organizações gerou um público interno importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas que usam
de novo perfil. Hoje, os empregados são muito mais conscientes, esse tipo de estrutura têm regras bem definidas sobre a posição da
responsáveis, inseridos e atentos às cobranças das empresas em sílaba tônica (aquela que soa mais forte). As palavras que fogem a
todos os setores. Diante desse novo modelo organizacional, é que essas regras geralmente recebem um acento gráfico, o que torna
se propõe como atribuição do profissional de Relações Públicas ser relativamente fácil pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se
o intermediador, o administrador dos relacionamentos institucio- houver muitas exceções às regras, o problema fica mais complica-
nais e de negócios da empresa com os seus públicos. Sendo assim, do. Nesse caso, exige bastante memorização para se pronunciar
fica claro que esse profissional tem seu campo de ação na política corretamente as palavras.
de relacionamento da organização. Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante atenção
A comunicação interna, portanto, deve ser entendida como aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo de determina-
um feixe de propostas bem encadeadas, abrangentes, coisa sig- das letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç.
nificativamente maior que um simples programa de comunica- Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas armadilhas.
ção impressa. Para que se desenvolva em toda sua plenitude, as A precisão exagerada pode dar a impressão de afetação e até de
empresas estão a exigir profissionais de comunicação sistêmicos, esnobismo. O mesmo acontece com as pronúncias em desuso. Tais
abertos, treinados, com visões integradas e em permanente esta- coisas apenas chamam atenção para o orador. Por outro lado, é
do de alerta para as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio bom evitar o outro extremo e relaxar tanto no uso da linguagem
ambiente. quanto na pronúncia das palavras. Algumas dessas questões já fo-
Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos Rela- ram discutidas no estudo “Articulação clara”.
ções Públicas: estratégica, política, institucional, mercadológica, Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir de um
social, comunitária, cultural, etc.; atuando sempre para cumprir os país para outro — até mesmo de uma região para outra no mesmo
objetivos da organização e definir suas políticas gerais de relacio- país. Um estrangeiro talvez fale o idioma local com sotaque. Os di-
namento. cionários às vezes admitem mais de uma pronúncia para determi-
Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações Pú- nada palavra. Especialmente se a pessoa não teve muito acesso à
blicas, destaca-se como principal objetivo liderar o processo de instrução escolar ou se a sua língua materna for outra, ela se bene-
comunicação total da empresa, tanto no nível do entendimento, ficiará muito por ouvir com atenção os que falam bem o idioma lo-
como no nível de persuasão nos negócios. cal e imitar sua pronúncia. Como Testemunhas de Jeová queremos
falar de uma maneira que dignifique a mensagem que pregamos e
Pronúncia correta das palavras que seja prontamente entendida pelas pessoas da localidade.
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve: No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se está bem
 Usar os sons corretos para vocalizar as palavras; familiarizado. Normalmente, a pronúncia não constitui problema
 Enfatizar a sílaba certa; numa conversa, mas ao ler em voz alta você poderá se deparar
 Dar a devida atenção aos sinais diacríticos com palavras que não usa no cotidiano.

Por que é importante? Maneiras de aprimorar


A pronúncia correta confere dignidade à mensagem que pre- Muitas pessoas que têm problemas de pronúncia não se dão
gamos. Permite que os ouvintes se concentrem no teor da mensa- conta disso.
gem sem ser distraídos por erros de pronúncia. Em primeiro lugar, quando for designado a ler em público,
consulte num dicionário as palavras que não conhece. Se não ti-
Fatores a considerar ver prática em usar o dicionário, procure em suas páginas iniciais,
Não há um conjunto de regras de pronúncia que se aplique a ou finais, a explicação sobre as abreviaturas, as siglas e os símbo-
todos os idiomas. Muitos idiomas utilizam um alfabeto. Além do los fonéticos usados ou, se necessário, peça que alguém o ajude
alfabeto latino, há também os alfabetos árabe, cirílico, grego e he- a entendê-los. Em alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias
braico. No idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um al- diferentes, dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam
fabeto, mas por meio de caracteres que podem ser compostos de a pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a sílaba
vários elementos. Esses caracteres geralmente representam uma tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra várias vezes
palavra ou parte de uma palavra. Embora os idiomas japonês e co- em voz alta.
reano usem caracteres chineses, estes podem ser pronunciados de Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler para al-
maneiras bem diferentes e nem sempre ter o mesmo significado. guém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe que corrija seus
erros.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar atenção • Identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém gos-
aos bons oradores. ta de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, o atenden-
te da chamada deve identificar-se assim que atender ao telefone.
Pronúncia de números telefônicos Por outro lado, deve perguntar com quem está falando e passar a
O número de telefone deve ser pronunciado algarismo por al- tratar o interlocutor pelo nome. Esse toque pessoal faz com que o
garismo. interlocutor se sinta importante;
Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo. • assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que
Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres em tres atende ao telefone deve considerar o assunto como seu, ou seja,
algarismos, com exceção de uma sequencia de quatro numeros comprometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma resposta
juntos, onde damos uma pausa a cada dois algarismos. rápida. Por exemplo: não deve dizer “não sei”, mas “vou imediata-
mente saber” ou “daremos uma resposta logo que seja possível”.
O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o número Se não for mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o aten-
“11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado como “onze”. dente deverá apresentar formas alternativas para o fazer, como:
Veja abaixo os exemplos fornecer o número do telefone direto de alguém capaz de resolver
011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um, zero – o problema rapidamente, indicar o e-mail ou numero da pessoa
zero, tres responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter a garantia de
021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres, tres – que alguém confirmará a recepção do pedido ou chamada;
quatro, tres • Não negar informações: nenhuma informação deve ser
031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze – nove, negada, mas há que se identificar o interlocutor antes de a for-
oito necer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação, é
adequada a seguinte frase: vamos anotar esses dados e depois en-
Exceções traremos em contato com o senhor
110 - cento e dez • Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tem-
111 – cento e onze po, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e mostrar
211 – duzentos e onze que o diálogo está sendo acompanhado com atenção, dando fee-
118 – cento e dezoito dback, mas não interrompendo o raciocínio do interlocutor;
511 – quinhentos e onze • Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra
0001 – mil ao contrario que o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada;
• Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser catas-
Atendimento telefônico trófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente do que as
Na comunicação telefônica, é fundamental que o interlocutor boas;
se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se trata da utili- • Manter o cliente informado: como, nessa forma de co-
zação de um canal de comunicação a distância. É preciso, portanto, municação, não se estabele o contato visual, é necessário que o
que o processo de comunicação ocorra da melhor maneira possí- atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone du-
vel para ambas as partes (emissor e receptor) e que as mensagens rante alguns segundos, peça licença para interromper o diálogo e,
sejam sempre acolhidas e contextualizadas, de modo que todos depois, peça desculpa pela demora. Essa atitude é importante por-
possam receber bom atendimento ao telefone. que poucos segundos podem parecer uma eternidade para quem
Alguns autores estabelecem as seguintes recomendações está do outro lado da linha;
para o atendimento telefônico: • Ter as informações à mão: um atendente deve conservar
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito longo. a informação importante perto de si e ter sempre à mão as infor-
É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo e retornar a mações mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a
ligação em seguida; rapidez de resposta e demonstra o profissionalismo do atendente;
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário tem de • Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga:
se empenhar em explicar corretamente produtos e serviços; quem atende a chamada deve definir quando é que a pessoa deve
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo que o voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou instituição
atendente não possa fornecer, é importante oferecer alternativas; vai retornar a chamada.
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ou • Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitu-
“boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou instituição são des no atendimento telefônico:
atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Perguntar o nome • Receptividade - demonstrar paciência e disposição para ser-
do cliente e tratá-lo pelo nome transmitem a ideia de que ele é im- vir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais comuns dos usuá-
portante para a empresa ou instituição. O atendente deve também rios como se as estivesse respondendo pela primeira vez. Da mesma
esperar que o seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante forma é necessário evitar que interlocutor espere por respostas;
que ele não interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser com- • Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções,
plementar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa. dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessário,
anotar a mensagem do interlocutor);
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator principal • Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se pro-
para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, é preciso que nunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, expressões
o atendente saiba ouvir o interlocutor e responda a suas deman- como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
das de maneira cordial, simples, clara e objetiva. O uso correto da • Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor (evi-
língua portuguesa e a qualidade da dicção também são fatores im- tar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações, desvian-
portantes para assegurar uma boa comunicação telefônica. É fun- do-se do tema da conversa, bem como evitar comer ou beber en-
damental que o atendente transmita a seu interlocutor segurança, quanto se fala);
compromisso e credibilidade. • Comportamento ético na conversação – o que envolve
Além das recomendações anteriores, são citados, a seguir, também evitar promessas que não poderão ser cumpridas.
procedimentos para a excelência no atendimento telefônico:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Atendimento e tratamento Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefônico, de
O atendimento está diretamente relacionado aos negócios de modo a atingirmos a excelência, confira:
uma organização, suas finalidades, produtos e serviços, de acordo 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma linguagem for-
com suas normas e regras. O atendimento estabelece, dessa for- mal, privilegiando uma comunicação que transmita respeito e se-
ma, uma relação entre o atendente, a organização e o cliente. riedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades, etc, pois assim fa-
zendo, você estará gerando uma imagem positiva de si mesmo por
A qualidade do atendimento, de modo geral, é determinada conta do profissionalismo demonstrado.
por indicadores percebidos pelo próprio usuário relativamente a: 2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extremamente
• competência – recursos humanos capacitados e recursos prejudicial ao cliente são as interferências, ou seja, tudo aquilo que
tecnológicos adequados; atrapalha a comunicação entre as partes (chieira, sons de apare-
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários estabe- lhos eletrônicos ligados, etc.). Sendo assim, é necessário manter
lecidos previamente; a linha “limpa” para que a comunicação seja eficiente, evitando
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; desvios.
• segurança – sigilo das informações pessoais; 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que seja
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pessoal minimamente compreensível, evitando desconforto para o cliente
de contato; que por várias vezes é obrigado a “implorar” para que o atendente
• comunicação – clareza nas instruções de utilização dos ser- fale mais alto.
viços. 4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você não
cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja, procure encon-
Fatores críticos de sucesso ao telefone: trar o meio termo (nem lento e nem rápido), de forma que o clien-
 A voz / respiração / ritmo do discurso te entenda perfeitamente a mensagem, que deve ser transmitida
 A escolha das palavras com clareza e objetividade.
 A educação 5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e coesão
para que a mensagem tenha organização, evitando possíveis erros
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do outro lado de interpretação por parte do cliente.
da linha não pode ver as suas expressões faciais e gestos, mas você 6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um cliente sem
transmite através da voz o sentimento que está alimentando ao educação, use a inteligência, ou seja, seja paciente, ouça-o aten-
conversar com ela. As emoções positivas ou negativas, podem ser tamente, jamais seja hostil com o mesmo e tente acalmá-lo, pois
reveladas, tais como: assim, você estará mantendo sua imagem intacta, haja vista, que
• Interesse ou desinteresse, esses “dinossauros” não precisam ser atacados, pois, eles se ma-
• Confiança ou desconfiança, tam sozinhos.
• Alerta ou cansaço, 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorridente para
• Calma ou agressividade, que o cliente se sinta valorizado pela empresa, gerando um clima
• Alegria ou tristeza, confortável e harmônico. Para isso, use suas entonações com cria-
• Descontração ou embaraço, tividade, de modo a transmitir emoções inteligentes e contagian-
• Entusiasmo ou desânimo. tes.
8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça o cliente
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 palavras por para aguardar na linha, mas não demore uma eternidade, pois, o
minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 palavras por minuto cliente pode se sentir desprestigiado e desligar o telefone.
aproximadamente, tornando o discurso mais claro. 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal é atender
A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensagem e o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, é um ato que de-
pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o outro a julgar monstra afabilidade e empenho em tentar entregar para o cliente
que não existe entusiasmo da sua parte. a máxima eficiência.
10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é dizer o nome
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige ao
da organização, o nome da própria pessoa seguido ainda, das tra-
cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando sua simpa-
dicionais saudações (bom dia, boa tarde, etc.). Além disso, quando
tia. Está relacionada a:
for encerrar a conversa lembre-se de ser amistoso, agradecendo e
• Presteza – demonstração do desejo de servir, valorizando
reafirmando o que foi acordado.
prontamente a solicitação do usuário;
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém que não
• Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cor-
está presente na sua empresa no momento da ligação, jamais peça
dialidade;
a ele para ligar mais tarde, pois, essa é uma função do atendente,
• Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-
-previstas. ou seja, a de retornar a ligação quando essa pessoa estiver de volta
à organização.
A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja vista, 12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a organização é
que transmitir uma mensagem para outra pessoa e fazê-la com- um dos princípios para um bom atendimento telefônico, haja vista,
preender a essência da mesma é uma tarefa que envolve inúmeras que é necessário anotar o nome da pessoa e os pontos principais
variáveis que transformam a comunicação humana em um desafio que foram abordados.
constante para todos nós. 13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que não tem
E essa complexidade aumenta quando não há uma comuni- responsabilidade de cumprir aquilo que foi acordado demonstra
cação visual, como na comunicação por telefone, onde a voz é o desleixo e incompetência, comprometendo assim, a imagem da
único instrumento capaz de transmitir a mensagem de um emissor empresa. Sendo assim, se tiver que dar um recado, ou, retornar
para um receptor. Sendo assim, inúmeras empresas cometem er- uma ligação lembre-se de sua responsabilidade, evitando esque-
ros primários no atendimento telefônico, por se tratar de algo de cimentos.
difícil consecução.

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14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao atender o Ao transferir as ligações, forneça as informações que já possui;
telefone, você deve demonstrar para o cliente uma postura de faça uso do seu vocabulário profissional; fale somente o necessário
quem realmente busca ajudá-lo, ou seja, que se importa com os e evite assuntos pessoais.
problemas do mesmo. Atitudes negativas como um tom de voz de- Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar ao seu
sinteressado, melancólico e enfadado contribuem para a desmoti- interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir a ligação,
vação do cliente, sendo assim, é necessário demonstrar interesse mantenha-o ciente dos passos desse atendimento.
e iniciativa para que a outra parte se sinta acolhida.
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente atentamen- Não se deve transferir uma ligação apenas para se livrar dela.
te, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contribui positivamente Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor, colocar-se à disposi-
para a identificação dos problemas existentes e consequentemen- ção dele, e se acontecer de não ser possível, transfira-o para quem
te para as possíveis soluções que os mesmos exigem. realmente possa atendê-lo e resolver sua solicitação. Transferir o
16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou ligar para cliente de um setor para outro, quando essa ligação já tiver sido
alguma empresa e teve que esperar um longo período de tempo transferida várias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse
para que a linha fosse desocupada? Pois é, é algo extremamente caso, anote a situação e diga que irá retornar com as informações
inconveniente e constrangedor. Por esse motivo, busque não de- solicitadas.
longar as conversas e evite conversas pessoais, objetivando man- - Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a transferência,
ter, na medida do possível, sua linha sempre disponível para que diga à pessoa que chamou: “O ramal está ocupado. Posso anotar
o cliente não tenha que esperar muito tempo para ser atendido. o recado e retornar a ligação.” É importante que você não deixe
Buscar a excelência constantemente na comunicação huma- uma linha ocupada com uma pessoa que está apenas esperando a
na é um ato fundamental para todos nós, haja vista, que estamos liberação de um ramal. Isso pode congestionar as linhas do equi-
nos comunicando o tempo todo com outras pessoas. Infelizmente pamento, gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista
algumas pessoas não levam esse importante ato a sério, compro- em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a outra li-
metendo assim, a capacidade humana de transmitir uma simples gação e dizer: “Desculpe-me interromper sua ligação, mas há uma
mensagem para outra pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) para este ramal.
para não repetirmos esses erros e consequentemente aumentar- O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pessoa puder atender ,
mos nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante. complete a ligação, se não, diga que a outra ligação ainda está em
andamento e reafirme sua possibilidade em auxiliar.
Resoluções de situações conflitantes ou problemas quanto
ao atendimento de ligações ou transferências Lembre-se :
O agente de comunicação é o cartão de visita da empresa.. Por Você deve ser natural, mas não deve esquecer de certas for-
isso é muito importante prestar atenção a todos os detalhes do seu malidades como, por exemplo, dizer sempre “por favor” , “Queira
trabalho. Geralmente você é a primeira pessoa a manter contato desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita a comunicação e in-
com o público. Sua maneira de falar e agir vai contribuir muito para duz a outra pessoa a ter com você o mesmo tipo de tratamento.
a imagem que irão formar sobre sua empresa. Não esqueça: a pri- A conversa: existem expressões que nunca devem ser usadas,
meira impressão é a que fica. tais como girias, meias palavras, e palavras com conotação de inti-
Alguns detalhes que podem passar despercebidos na rotina do midade. A conversa deve ser sempre mantida em nível profissional.
seu trabalho:
- Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais natural pos- Equipamento básico
sível. Assim você fala só uma vez e evita perda de tempo. Além da sala, existem outras coisas necessárias para assegurar
- Calma: Ás vezes pode não ser fácil mas é muito importante o bom andamento do seu trabalho:
que você mantenha a calma e a paciência . A pessoa que esta cha- - Listas telefônicas atualizadas.
mando merece ser atendida com toda a delicadeza. Não deve ser - Relação dos ramais por nomes de funcionários (em ordem
apressada ou interrompida. Mesmo que ela seja um pouco gros- alfabética).
seira, você não deve responder no mesmo tom. Pelo contrário, - Relação dos números de telefones mais chamados.
procure acalmá-la. - Tabela de tarifas telefônicas.
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama merece aten- - Lápis e caneta
ção especial. E você, como toda boa telefonista, deve ser sempre - Bloco para anotações
simpática e demonstrar interesse em ajudar. - Livro de registro de defeitos.
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de detalhes
importantes sobre o assunto que será tratado. Esses detalhes são O que você precisa saber:
confidenciais e pertencem somente às pessoas envolvidas. Você O seu equipamento telefônico não é apenas parte do seu ma-
deve ser discreta e manter tudo em segredo. A quebra de sigilo terial de trabalho. É o que há de mais importante. Por isso você
nas ligações telefônicas é considerada uma falta grave, sujeita às deve saber como ele funciona. Tecnicamente, o equipamento que
penalidades legais. você usa é chamado de CPCT - Central Privada de Comunicação
Telefônica, que permite você fazer ligações internas (de ramal para
O que dizer e como dizer ramal) e externas. Atualmente existem dois tipos: PABX e KS.
Aqui seguem algumas sugestões de como atender as chama- - PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sistema,
das externas: todas as ligações internas e a maioria das ligações para fora da em-
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o nome presa são feitas pelos usuários de ramais. Todas as ligações que
da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou boa noite. entram, passam pela telefonista.
- Essa chamada externa vai solicitar um ramal ou pessoa. Você - KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de entrada, de
deve repetir esse número ou nome, para ter certeza de que enten- saída ou internas, são feitas sem passar pela telefonista
deu corretamente. Em seguida diga: “ Um momento, por favor,” e
transfira a ligação.

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Informações básicas adicionais  EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as ligações  Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE,
telefônicas. Eles se dividem em: mas com muita prudência. O Cliente não se interessa por “justifi-
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se podem fazer cativas”. Este é um problema da empresa.
ligações para fora sem passar pela telefonista
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é necessário o au- 4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?
xilio da telefonista para ligar para fora.  Concentre-se para entender o que realmente o Cliente
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. quer ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o porquê.
-Linha - Tronco: linha telefônica que liga a CPCT à central Tele-  Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até
fônica Pública. que o Cliente entenda.
- Número-Chave ou Piloto: Número que acessa automatica-  Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o gerente,
mente as linhas que estão em busca automática, devendo ser o o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do possível, que o
único número divulgado ao público. Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução.
- Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações entre ramais e
linhas-tronco. 5ª – Discussão com o Cliente
- Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede a realiza- Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você sem-
ção de ligações interurbanas. pre perde!
- DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano fran- Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” ou
queado, cuja cobrança das ligações é feita no telefone chamado. “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta -, de
- DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas externas vão forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência emocional
direto para o ramal desejado, sem passar pela telefonista . Isto só do Cliente, quando esta for negativa.
é possível em algumas CPCTs do tipo PABX.
- Pulso : Critério de medição de uma chamada por tempo, dis- Exemplos:
tância e horário.
- Consultores: empregados da Telems que dão orientação às
O Cliente está... Reaja de forma oposta
empresas quanto ao melhor funcionamento dos sistemas de tele-
comunicações. Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
- Mantenedora: empresa habilitada para prestar serviço e dar Irritado Mantenha a calma.
assistência às CPCTs.
- Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas nos horá- Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
rios fora do expediente para determinados ramais. Só é possível Diga-lhe que é possível resolver o
em CPCTs do tipo PBX e PABX. Ameaçando problema sem a necessidade de
uma ação extrema.
Em casos onde você se depara com uma situação que repre-
Diga-lhe que o compreende, que
sente conflito ou problema, é necessário adequar a sua reação à
Ofendendo gostaria que ele lhe desse uma
cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
oportunidade para ajudá-lo.
1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
 Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar a raiva. 6ª – Equilíbrio Emocional
 Acima de tudo, mantenha-se calmo. Em uma época em que manter um excelente relacionamento
 Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente, em um com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um alto coeficien-
estado de nervosismo. te de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos
 Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a) está muito os profissionais, particularmente os que trabalham diretamente no
nervoso (a), tente acalmar-se”. atendimento a Clientes.
 Use frases adequadas ao momento. Frases que ajudam
acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali para ajudá-lo Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à medida
que:
2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fazer?  For paciente e compreensivo com o Cliente.
 O tratamento deverá ser sempre positivo, independente-  Tiver uma crescente capacidade de separar as questões
mente das circunstâncias. pessoais dos problemas da empresa.
 Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a enten-  Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você,
der que você não é o alvo. mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie de
 Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidando para “para-raios”.
não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa e age positiva-  Não fizer pré julgamentos dos clientes.
mente, coloca uma pressão psicológica no Cliente, para que ele  Entender que cada cliente é diferente do outro.
reaja de modo positivo.  Entender que para você o problema apresentado pelo
cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o proble-
3ª – Diante de erros ou problemas causados pela empresa ma é único, é o problema dele.
 ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido possível.  Entender que seu trabalho é este: atender o melhor pos-
 Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que estiver ao sível.
seu alcance para que o problema seja resolvido.  Entender que você e a empresa dependem do cliente,
 CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando vai cor- não ele de vocês.
rigir.  Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender
 Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema. o futuro da relação do cliente com a empresa.

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ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/Cordia- como forma de avançar no próprio negócio. Dessa maneira, estes
lidade) dois itens se tornam complementares e inter-relacionados, com
dependência recíproca para terem peso.
A FUGA DOS CLIENTES Para conhecermos melhor a postura de atendimento, faz-se
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas fo- necessário falar do Verdadeiro profissional do atendimento.
gem delas por problemas relacionados à postura de atendimento.
Numa escala decrescente de importância, podemos observar Os três passos do verdadeiro profissional de atendimento:
os seguintes percentuais: 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de compreen-
 68% dos clientes fogem das empresas por problemas de der e atender as necessidades dos clientes, fazer com que ele seja
postura no atendimento; bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e proporcioná-lo um
 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas; ambiente agradável. Este profissional é voltado completamente
 9% fogem pelo preço; para a interação com o cliente, estando sempre com as suas ante-
 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte. nas ligadas neste, para perceber constantemente as suas necessi-
dades. Para este profissional, não basta apenas conhecer o produ-
A origem dos problemas está nos sistemas implantados nas to ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse em
organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não definem relação às necessidades dos clientes e atendê-las.
uma política clara de serviços, não definem o que é o próprio ser- 02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as necessidades
viço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita dificuldade em dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o cliente. Para
satisfazer plenamente o cliente. entender o lado humano, é necessário que este profissional tenha
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não con- uma formação voltada para as pessoas e goste de lidar com gente.
tratam profissionais com características básicas para atender o Se espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este
público, não treinam estes profissionais na postura adequada, não profissional, a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante
criam um padrão de atendimento e este passa a ser realizado de em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar a
acordo com as características individuais e o bom senso de cada felicidade do outro.
um. 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE ESPÍ-
A falta de noção clara da causa primária da perda de clientes RITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimentos positivos,
faz com que as empresas demitam os funcionários “porque eles para ter atitudes adequadas no momento do atendimento. Ele
não sabem nem atender o cliente”. Parece até que o atendimento sabe que é fundamental separar os problemas particulares do dia
é a tarefa mais simples da empresa e que menos merece preocu- a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado de espírito antes da
pação. Ao contrário, é a mais complexa e recheada de nuances que chegada do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o traba-
perpassam pela condição individual e por condições sistêmicas. lho com a consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a: clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de realizar
1. Falta de uma política clara de serviços; serviços para o cliente.
2. Indefinição do conceito de serviços;
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de atendi- Os requisitos para contratação deste profissional
mento; Para trabalhar com atendimento ao público, alguns requisitos
4. Falta de um padrão de atendimento; são essenciais ao atendente. São eles:
5. Inexistência do follow up;  Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal.  Gostar de lidar com gente.
 Ser extrovertido.
Nas condições individuais, podemos encontrar a contratação  Ter humildade.
de pessoas com características opostas ao necessário para atender  Cultivar um estado de espírito positivo.
ao público, como: timidez, avareza, rebeldia...  Satisfazer as necessidades do cliente.
 Cuidar da aparência.
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO
Observando estas duas condições principais que causam a vin- Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendimento.
culação ou o afastamento do cliente da empresa, podemos separar
a estrutura de uma empresa de serviços em dois itens: os serviços A POSTURA pode ser entendida como a junção de todos os
e a postura de atendimento. aspectos relacionados com a nossa expressão corporal na sua tota-
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organizações e, lidade e nossa condição emocional.
como tal, está diretamente relacionado ao próprio negócio. Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos de
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de servi- POSTURA. São eles:
ços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também são tratados 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracteriza por
os aspectos gerais da organização que dão peso ao negócio, como: um posicionamento de humildade, mostrando-se sempre dispo-
o ambiente físico, as cores (pintura), os jardins. Este item, portan- nível para atender e interagir prontamente com o cliente. Esta
to, depende mais diretamente da empresa e está mais relacionado POSTURA DE ABERTURA do atendente suscita alguns sentimentos
com as condições sistêmicas. positivos nos clientes, como por exemplo:
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento dispen- a) postura do atendente de manter os ombros abertos e o
sado às pessoas, está mais relacionado com o funcionário em si, peito aberto, passa ao cliente um sentimento de receptividade e
com as suas atitudes e o seu modo de agir com os clientes. Portan- acolhimento;
to, está ligado às condições individuais. b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente inclinado
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas políticas transmite ao cliente a humildade do atendente;
das empresas, o treinamento, a definição de um padrão de aten- c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem respeito
dimento e de um perfil básico para o profissional de atendimento, e segurança;

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d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afetividade Além do mais, deve ocorrer independentemente do funcioná-
e calorosidade. rio estar ou não na sua área de trabalho. Estes requisitos para a
interação, a tornam mais eficaz.
02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO CORPORAL: que Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento ver-
se caracteriza pela existência de uma unidade entre o que dizemos bal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por um aceno
e o que expressamos no nosso corpo. de mão. O objetivo com isso, é fazer o cliente sentir-se acolhido e
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e con- certo de estar recebendo toda a atenção necessária para satisfazer
fortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os nossos sen- os seus anseios.
timentos e eles fluem livremente. Dessa forma, nos sentimos mais
livres do stress, das doenças, dos medos. Alguns exemplos são:
1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o carrinho
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair dois de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela prontamente
aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais que elas olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”.
traduzem e a identificação destes estados pelas pessoas; e a sua 2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no momento
função social que diz em que condições ocorreu a expressão, seus do pagamento;
efeitos sobre o observador e quem a expressa. 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima ao ver o
Podemos concluir, entendendo que, qualquer comportamen- carro entrando no posto e faz uma sudação...
to inclui posturas e é sempre fruto da interação complexa entre o
organismo e o seu meio ambiente. A INVASÃO
Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver com IN-
O olhar VASÃO DE TERRITÓRIO.
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através do Vamos entender melhor isso.
olhar, podemos passar para as pessoas os nossos sentimentos mais Todo ser humano sente necessidade de definir um TERRITÓ-
profundos, pois ele reflete o nosso estado de espírito. RIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos. Este território
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos prender so- não se configura apenas em um espaço físico demarcado, mas prin-
mente a ele, mas a fisionomia como um todo para entendermos o cipalmente num espaço pessoal e social, o que podemos traduzir
real sentido dos olhos. como a necessidade de privacidade, de respeito, de manter uma
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de aco- distância ideal entre si e os outros de acordo com cada situação.
lhimento, de interesse no atendimento das suas necessidades, de Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes na
vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar apático, traduz fraqueza privacidade, o que normalmente traz consequências negativas.
e desinteresse, dando ao cliente, a impressão de desgosto e dissa- Podemos exemplificar estas invasões com algumas situações corri-
bor pelo atendimento. queiras: uma piada muito picante contada na presença de pessoas
estranhas a um grupo social; ficar muito próximo do outro, quase
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este brilho se encostando nele; dar um tapinha nas costas...
nos nossos olhos ? A resposta é simples: Nas situações de atendimento, são bastante comuns as inva-
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, gostar sões de território pelos atendentes. Estas, na sua maioria, causam
de ajudar o próximo. mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por eles como atitudes
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e gosto, grosseiras e poucos sensíveis. Alguns são os exemplos destas atitu-
pois só assim conseguimos repassar uma sensação agradável para des e situações mais comuns:
o cliente. Gostar de atender o público significa gostar de atender  Insistência para o cliente levar um item ou adquirir um
as necessidades dos clientes, querer ver o cliente feliz e satisfeito. bem;
 Seguir o cliente por toda a loja;
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode transmitir:  O motorista de taxi que não pára de falar com o cliente
01. Interesse quando: passageiro;
 Brilha;  O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo pra-
 Tem atenção; tos sem ser solicitado;
 Vem acompanhado de aceno de cabeça.  O funcionário que cumprimenta o cliente com dois beiji-
nhos e tapinhas nas costas;
02. Desinteresse quando:  O funcionário que transfere a ligação ou desliga o telefo-
 É apático; ne sem avisar.
 É imóvel, rígido;
 Não tem expressão. Estas situações não cabem na postura do verdadeiro profissio-
nal do atendimento.
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o gelo. O
olhar nos olhos dá credibilidade e não há como dissimular com o O sorriso
olhar. O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem uni-
versal.
A aproximação - raio de ação Imagine que você tem um exame de saúde muito importante
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao conceito de para receber e está apreensivo com o resultado. Você chega à clí-
RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o público, independente nica e é recebido por uma recepcionista que apresenta um sorriso
deste ser cliente ou não. caloroso. Com certeza você se sentirá mais seguro e mais confian-
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 metros te, diminuindo um pouco a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi
de distância do público e de um tempo imediato, ou seja, pronta- interpretado como um ato de apaziguamento.
mente.

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O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de espírito das 03. Roupas limpas e conservadas;
pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas sorridentes são 04. Sapatos limpos;
avaliadas mais favoravelmente do que as não sorridentes. 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local visível pelo
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de comu- cliente.
nicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções e geralmente
informa mais do que a linguagem falada e a escrita. Dessa forma, Quando estes cuidados básicos não são tomados, o cliente se
podemos passar vários tipos de sentimentos e acarretar as mais questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da sua aparência
diversas emoções no outro. pessoal, como é que vai cuidar de me prestar um bom serviço ? “
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto importan-
Ir ao encontro do cliente te para criar uma relação de proximidade e confiança entre o clien-
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compromisso no te e o atendente.
atendimento, por parte do atendente. Este item traduz a impor-
tância dada ao cliente no momento de atendimento, na qual o Cumprimento caloroso
atendente faz tudo o que é possível para atender as suas necessi- O que você sente quando alguém aperta a sua mão sem fir-
dades, pois ele compreende que satisfazê-las é fundamental. Indo meza ?
ao encontro do cliente, o atendente demonstra o seu interesse Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se conhece al-
para com ele. guém, a sua integridade moral, pela qualidade do seu aperto de
mão.
A primeira impressão O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passividade, bai-
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A PRIMEI- xa energia, desinteresse, pouca interação, falta de compromisso
RA IMPRESSÃO É A QUE FICA. com o contato.
Você concorda com ela? Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que machu-
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil a empre- ca a mão, ao invés de trazer uma mensagem positiva, causa um mal
sa ter uma segunda chance para tentar mudar a impressão inicial, estar, traduzindo hiperatividade, agressividade, invasão e desres-
se esta foi negativa, pois dificilmente o cliente irá voltar. peito. O ideal é ter um cumprimento firme, que prenda toda a mão,
É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta o clien- mas que a deixe livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demons-
te perdido, aquele que foi mal atendido ou que não teve os seus tra interesse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e
desejos satisfeitos. compromisso com o contato.
Estes clientes perdem a confiança na empresa e normalmen- É importante lembrar que o cumprimento deve estar asso-
te os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanismos que as ciado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros e o peito
empresas adotam são os contatos via telemarketing, mala-direta, abertos, totalizando uma sintonia entre fala e expressão corporal.
visitas, mas nem sempre são eficazes. Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada de
A maioria das empresas não têm noção da quantidade de cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e automática.
clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não adotam
mecanismos de identificação de reclamações e/ou insatisfações Tom de voz
destes clientes. Assim, elas deixam escapar as armas que teriam A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma onda
para reforçar os seus processos internos e o seu sistema de tra- de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como dizemos as
balho. palavras, são mais importantes do que as próprias palavras.
Quando as organizações atentam para essa importância, elas Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair hoje do con-
passam a aplicar instrumentos de medição. serto, mas por falta de uma peça, ela só estará pronta na próxima sema-
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a reali- na “. De acordo com a maneira que dizemos e de acordo com o tom de
dade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, subjetivas ou pe- voz que usamos, vamos perceber reações diferentes do cliente.
dem a opinião aberta sobre o assunto. Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos desculpando
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não colher as pela falha e assumindo uma postura de humildade, falando com
informações reais.
calma e num tom amistoso e agradável, percebemos que a reação
A saída seria criar medidores que traduzissem com fatos e da-
do cliente será de compreensão.
dos, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o serviço e o produto
Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma mecânica,
adquiridos da empresa.
estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, poderemos ter
um cliente reagindo com raiva, procurando o gerente, gritando...
Apresentação pessoal
As palavras são símbolos com significados próprios. A forma
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente quando o
como elas são utilizadas também traz o seu significado e com isso,
atendemos com as unhas sujas, os cabelos despenteados, as rou-
pas mal cuidadas... ? cada palavra tem a sua vibração especial.
O atendente está na linha de frente e é responsável pelo con-
tato, além de representar a empresa neste momento. Para trans- Saber escutar
mitir confiabilidade, segurança, bons serviços e cuidado, se faz ne- Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCUTAR? Se
cessário, também, ter uma boa apresentação pessoal. você respondeu que não, você errou.
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verdadeiro
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item mais sentido, compreendendo e interpretando a essência, o conteúdo da
completo. São eles: comunicação.
01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além da função O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com a nossa
higiênica, também é revigorante e espanta a preguiça; capacidade de perceber o outro. E, para percebermos o outro, o
02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas limpas, cabelos cliente que está diante de nós, precisamos nos despojar das bar-
cortados e penteados, dentes cuidados, hálito agradável, axilas as- reiras que atrapalham e empobrecem o processo de comunicação.
seadas, barba feita; São elas:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
* os nossos PRECONCEITOS; As gafes no atendimento
* as DISTRAÇÕES; Depois de conhecermos a postura correta de atendimento,
* os JULGAMENTOS PRÉVIOS; também é importante sabermos quais são as formas erradas, para
* as ANTIPATIAS. jamais praticá-las. Quem as pratica, com certeza não é um verda-
deiro profissional de atendimento. Podemos dividi-las em duas
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, precisa- partes, que são:
mos compreender o TODO, captando os estímulos que vêm do ou-
tro, fazendo uma leitura completa da situação. Postura inadequada
Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de recep- A postura inadequada é abrangente, indo desde a postura físi-
tividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e uma boca, o ca ao mais sutil comentário negativo sobre a empresa na presença
que nos sugere que é preciso escutar mais do que falar. do cliente.
Quando não sabemos escutar o cliente - interrompendo-o, Em relação à postura física, podemos destacar como inade-
falando mais que ele, dividindo a atenção com outras situações quado, o atendente:
- tiramos dele, a oportunidade de expressar os seus verdadeiros * se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça no seu
anseios e necessidades e corremos o risco de aborrecê-lo, pois não birô por não estar com o cliente (esta atitude impede que ele inte-
iremos conseguir atende-las. raja no raio de ação);
A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que vamos * mascar chicletes ou fumar no momento do atendimento;
conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar de fato, os sen- * cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coisas só
timentos por trás do que está sendo dito, mas, para isso, é preciso devem ser feitas no banheiro);
que o atendente esteja sintonizado emocionalmente com o clien- * comer na frente do cliente (comum nas empresas que ofere-
te. Esta sintonia se dá através do despojamento das barreiras que cem lanches ou têm cantina);
já falamos antes. * gritar para pedir alguma coisa;
* se coçar na frente do cliente;
Agilidade * bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
Atender com agilidade significa ter rapidez sem perder a qua- Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
lidade do serviço prestado. * se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir carona, por
A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia de res- exemplo;
peito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessidade do cliente * receber presentes do cliente em troca de um bom serviço;
em relação à utilização adequada do seu tempo. * fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou serviços
Quando há agilidade, podemos destacar: na frente do cliente;
 o atendimento personalizado; * desmerecer ou criticar o fabricante do produto que vende,
 a atenção ao assunto; o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem para o cliente;
 o saber escutar o cliente; * falar mau das pessoas na sua ausência e na presença do
 cuidar das solicitações e acompanhar o cliente durante cliente;
todo o seu percurso na empresa. * usar o cliente como desabafo dos problemas pessoais;
* reclamar na frente do cliente;
O calor no atendimento * lamentar;
O atendimento caloroso evita dissabores e situações cons- * colocar problemas salariais;
trangedoras, além de ser a comunhão de todos os pontos estuda- * “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente.
dos sobre postura.
O atendente escolhe a condição de atender o cliente e para LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS OUTROS E
isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se sentir impor- NÃO SE SERVIR DOS OUTROS.
tante e respeitado. Na situação de atendimento, o cliente busca
ser reconhecido e, transmitindo calorosidade nas atitudes, o aten- Usar chavões
dente satisfaz as necessidades do cliente de estima e consideração. O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como forma de
Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao cliente a fugir à sua responsabilidade no atendimento ao cliente. Citamos
sensação de desagrado, descaso e desrespeito, além de retornar aqui, os mais comuns:
ao atendente como um bumerangue. O EFEITO BUMERANGUE é
bastante comum em situações de atendimento, pois ele reflete o PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO A ESTE
nível de satisfação, ou não, do cliente em relação ao atendente. ATENDENTE?
Com este efeito, as atitudes batem e voltam, ou seja, se você * o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
atende bem, o cliente se sente bem e trata o atendente com res- * o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA FAZ PELO
peito. Se este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hos- SENHOR...
til. O cliente não está na esteira da linha de produção, merecendo * o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS...
ser tratado com diferenciação e apreço. * AÍ VEM ELE DE NOVO...
Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraídas, que
façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de vida, que é Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando a libera-
SERVIR AO PRÓXIMO. ção do lado bom da pessoa que atende o cliente.
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, re- Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um círculo
tratam bem a falta de calor do atendente. Com estas atitudes, o vicioso na postura inadequada, pois, o atendente usa os chavões
atendente parece estar pedindo ao cliente que este se afaste, vá (pensa dessa forma em relação ao cliente e a situação de atendi-
embora, desapareça da sua frente, pois ele não é bem vindo. As- mento ), o cliente se aborrece e descarrega no atendente, ou sim-
sim, o atendente esquece que a sua MISSÃO é SERVIR e fazer o plesmente não volta mais.
cliente FELIZ.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança radical Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do cliente en-
no pensamento e postura do atendente. caminhar os seus negócios é maior, pois ele supõe que a empresa
é comprometida com o cliente. No entanto, se a imagem é nega-
Impressões finais do cliente tiva, vemos normalmente o cliente fugindo da empresa. Como no
Toda a postura e comportamento do atendente vai levar o atendimento telefônico, o único meio de interação com o cliente, é
cliente a criar uma impressão sobre o atendimento e, consequen- através da palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessá-
temente, sobre a empresa. rio usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências do clien-
Duas são as formas de impressões finais mais comuns do clien- te. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados a palavra
te: e as atitudes, como fundamentais na formação da TELEIMAGEM.
1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato direto (pes-
soal) e/ou telefônico com o atendente; São eles:
01. O tom de voz: é através dele que transmitimos interesse e
2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos conhe- atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e distante, passamos
cê-las com mais detalhes. ao cliente, a ideia de desatenção e desinteresse.
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma decidida e
Momentos da verdade atenciosamente, satisfazemos as necessidades do cliente de sentir-
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qualquer epi- -se assistido, valorizado, respeitado, importante.
sódio no qual o cliente entra em contato com qualquer aspecto da
organização e obtem uma impressão da qualidade do seu serviço. 02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas o atenden-
O funcionário tem poucos minutos para fixar na mente do te passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica expressamente
cliente a imagem da empresa e do próprio serviço prestado. Este é PROIBIDO o uso de termos como: amor, bem, benzinho, chuchu,
o momento que separa o grande profissional dos demais. mulherzinha, queridinha, colega...
Este verdadeiro profissional trabalha em cada momento da
verdade, considerando-o único e fundamental para definir a satis- 03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a impressão de
fação do cliente. Ele se fundamenta na chamada TRÍADE DO ATEN- educação e respeito. São INCORRETAS as atitudes de transferir a
DIMENTO OU TRIÂNGULO DO ATENDIMENTO, que é composto de ligação antes do cliente concluir o que iniciou a falar; passar a liga-
elementos básicos do processo de interação, que são: ção para a pessoa ou ramal errado ( mostrando com isso que não
ouviu o que ele disse ); desligar sem cumprimento ou saudação;
A ) a pessoa dividir a atenção com outras conversas; deixar o telefone tocar
A pessoa mais importante é aquela que está na sua frente. En- muitas vezes sem atender; dar risadas no telefone.
tão, podemos entender que a pessoa mais importante é o cliente
que está na frente e precisa de atenção. Aspectos psicológicos do atendente
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona diretamen- Nós falamos sobre a importância da postura de atendimento.
te com o cliente, tentando atender a todas as suas necessidades. Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos do atendimento.
Não existe outra forma de atender, a não ser pelo contato direto e, Vamos a eles.
portanto, a pessoa fundamental neste momento é o cliente.
Empatia
B ) a hora O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, que sig-
A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o presen-
nifica entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a capacidade de
te, pois somente nele podemos atuar.
nos colocarmos no lugar do outro, procurando sempre entender
O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado e o fu-
as suas necessidades, os seus anseios, os seus sentimentos. Dessa
turo não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o presente como
forma, é uma aptidão pessoal fundamental na relação atendente
fonte de atuação. Nele, podemos agir e transformar. O aqui e agora
- cliente. Para conseguirmos ser empáticos, precisamos nos despo-
são os únicos momentos nos quais podemos interagir e precisamos
jar dos nossos preconceitos e preferências, evitando julgar o outro
fazer isto da melhor forma.
a partir de nossas referências e valores.
C ) a tarefa A empatia alimenta-se da autoconsciência, que significa estar-
Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais impor- mos abertos para conhecermos as nossas emoções. Quanto mais
tante diante desta pessoa mais importante para nós, na hora mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura dos sentimentos dos
importante que é o aqui e o agora, é FAZER O CLIENTE FELIZ, aten- outros. Quando não temos certeza dos nossos próprios sentimen-
dendo as suas necessidades. tos, dificilmente conseguimos ver os dos outros.
Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos da Ver- E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, está na
dade e, para que estes sejam plenos, é necessário que os funcioná- capacidade de interpretar os canais não verbais de comunicação
rios de linha de frente, ou seja, que atendem os clientes, tenham do outro, que são: os gestos, o tom de voz, as expressões faciais...
poder de decisão. É necessário que os chefes concedam autono- Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está ligada ao
mia aos seus subordinados para atuarem com precisão nos Mo- envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. Isto requer uma
mentos da Verdade. atitude muito sublime que se chama HUMILDADE. Sem ela é im-
possível ser empático.
Teleimagem Quando não somos humildes, vemos as pessoas de maneira
Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMAGEM da deturpada, pois olhamos através dos óculos do orgulho e do egoís-
empresa e dele mesmo. mo, com os quais enxergamos apenas o nosso pequenino mundo.
TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente forma na sua O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a humanida-
mente ( imagem mental ) sobre quem o está atendendo e , con- de, impedindo-a de ser feliz.
sequentemente, sobre a empresa ( que é representada por este
atendente).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho , crian- Em alguns casos, a percepção seletiva age como mecanismo
do uma couraça ao nosso redor para nos proteger. Com eles, nós de defesa.
achamos que somos tudo o que importa e esquecemos de olhar
para o outro e perguntar como ele está, do que ele precisa, em que O ESTADO INTERIOR
podemos ajudar. O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a condi-
Esquecemos de perceber principalmente os seus sentimentos ção interna, o estado de espírito diante das situações.
e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos tornamos vaido- A atitude de quem atende o público está diretamente relacio-
sos e passamos a ver os outros de acordo com o que estes óculos nada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente mantém um
registram: os nossos preconceitos, nossos valores, nossos senti- equilíbrio interno, sem tensões ou preocupações excessivas, as
mentos... suas atitudes serão mais positivas frente ao cliente.
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não sabe- Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensamentos
mos repartir, não sabemos doar. e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, dão suporte as
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mesmos, só atitudes frente ao cliente.
lembramos de nós. É aqui que a empatia se deteriora, quando os Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensamentos ne-
nossos próprios sentimentos são tão fortes que não permitem har- gativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vaidade, as atitudes
monização com o outro e passam por cima de tudo. advindas deste estado, sofrerão as suas influências e serão:
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABALHAR COM * Atitudes preconceituosas;
O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE DE SE COLOCAR NO * Atitudes de exclusão e repulsa;
LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS SEUS SENTIMENTOS E NECES- * Atitudes de fechamento;
SIDADES. * Atitudes de rejeição.

Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, pois É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabilidade,
as raízes da moralidade estão na empatia. Para concluir, podemos para que o atendente consiga manter uma atitude positiva com os
lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Pequeno Príncipe: “Só clientes e as situações.
se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos“. Isto é
empatia. O ENVOLVIMENTO
A demonstração de interesse, prestando atenção ao cliente e
PERCEPÇÃO voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o caminho para o
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreender e cap- verdadeiro sentido de atender.
tar as situações, o que exige sintonia e é fundamental no processo Na área de serviços, o produto é o próprio serviço prestado,
de atendimento ao público. Para percebermos melhor, precisamos que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com o cliente. Um ser-
passar pelo “esvaziamento” de nós mesmos, ficando assim, mais viço é, então, um resultado psicológico e pessoal que depende de
próximos do outro. Mas, como é isso? Vamos ficar vazios? É isso fatores relacionados com a interação com o outro. Quando o aten-
mesmo. Vamos ficar vazios dos nossos preconceitos, das nossas dente tem um envolvimento baixo com o cliente, este percebe com
antipatias, dos nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos obser- clareza a sua falta de compromisso. As preocupações excessivas, o
var as situações na sua totalidade, para entendermos melhor o que trabalho estafante, as pressões exacerbadas, a falta de liderança,
o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo real: certa vez, o nível de burocracia, são fatores que contribuem para uma inte-
em uma loja de carros, entra um senhor de aproximadamente 65 ração fraca com o cliente. Esta fraqueza de envolvimento não per-
anos, usando um chapéu de palha, camiseta rasgada e calça amar- mite captar a essência dos desejos do cliente, o que se traduz em
rada na cintura por um barbante. Ele entrou na sala do gerente, insatisfação. Um exemplo simples disso é a divisão de atenção por
que imediatamente se levantou pedindo para ele se retirar, pois parte do atendente. Quando este divide a atenção no atendimento
não era permitido “pedir esmolas ali “. O senhor com muita pa- entre o cliente e os colegas ou outras situações, o cliente sente-se
ciência, retirou de um saco plástico que carregava, um “bolo“ de desrespeitado, diminuído e ressentido. A sua impressão sobre a
dinheiro e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”. empresa é de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata claramente Esta ação traz consequências negativas como: impossibilidade
o que podemos fazer com o outro quando pré-julgamos as situa- de escutar o cliente, falta de empatia, desrespeito com o seu tem-
ções. po, pouca agilidade, baixo compromisso com o atendimento.
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo é muito Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutura ade-
mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que é e não é harmô- quada para o atendimento ao público, obrigando o atendente a di-
nico e com ele percebemos a essência dos fatos e situações. vidir o seu trabalho entre atendimento pessoal e telefônico, quan-
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado com a do normalmente há um fluxo grande de ambos no setor. Neste
PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de percepção, na qual caso, o ideal seria separar os dois tipos de atendimento, evitando
vemos, escutamos e sentimos apenas aquilo que nos interessa. problemas desta espécie.
Esta seleção age como um filtro, que deixa passar apenas o que Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
convém. Esta filtragem está diretamente relacionada com a nossa * atender pessoalmente e interromper com o telefone
condição física-psíquica emocional. Como é isso? Vamos entender: * atender o telefone e interromper com o contato direto
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e escura, a * sair para tomar café ou lanchar
sombra do galho de uma árvore pode me assustar, pois eu posso * conversar com o colega do lado sobre o final de semana, fé-
percebê-lo como um braço com uma faca para me apunhalar; rias, namorado, tudo isso no momento de atendimento ao cliente.
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de um chei-
ro agradável de comida; Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como um exibi-
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a parte cionismo funcional, o que não agrega valor ao trabalho. O cliente
mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. deve ser poupado dele.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Os desafios do profissional de atendimento
Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Algumas DOCUMENTOS OFICIAIS, TIPOS, COMPOSIÇÃO E
situações exigem um alto grau de maturidade do atendente e é ESTRUTURA. REDAÇÃO OFICIAL: ASPECTOS GERAIS
nestes momentos que este profissional tem a grande oportunida- DA REDAÇÃO OFICIAL. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL:
de de mostrar o seu real valor. Aqui estão duas destas situações. DEFINIÇÃO, FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO; IMPES-
SOALIDADE, LINGUAGEM DOS ATOS E COMUNICAÇÕES
Encantando o cliente OFICIAIS (ATAS, MEMORANDOS, RELATÓRIOS, OFÍCIOS
Fazer apenas o que está definido pela empresa como sendo o ETC.), CONCISÃO E CLAREZA, EDITORAÇÃO DE TEXTOS.
seu padrão de atendimento, pode até satisfazer as necessidades MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
do cliente, mas talvez não ultrapasse o normal. – 3ª EDIÇÃO, REVISTA, ATUALIZADA E AMPLIADA
Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que faz a
grande diferença no atendimento. A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da Re-
pública foi lançado no final de 2018 e apresenta algumas mudanças
Atuação extra quanto ao formato anterior. Para contextualizar, o manual foi criado
A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente que se em 1991 e surgiu de uma necessidade de padronizar os protocolos
caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não estabelecidas à moderna administração pública. Assim, ele é referência quando
nos procedimentos de trabalho. É produzir um serviço acima da se trata de Redação Oficial em todas as esferas administrativas.
expectativa do cliente. O Decreto de nº 9.758 de 11 de abril de 2019 veio alterar re-
gras importantes, quanto aos substantivos de tratamento. Expres-
Autonomia sões usadas antes (como: Vossa Excelência ou Excelentíssimo, Vossa
Na verdade, a autonomia não deveria estar no encantamento Senhoria, Vossa Magnificência, doutor, ilustre ou ilustríssimo, digno
do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da empresa. Mas, ou digníssimo e respeitável) foram retiradas e substituídas apenas
nem sempre a realidade é esta. Colocamos aqui porque o consu- por: Senhor (a). Excepciona a nova regra quando o agente público
midor brasileiro ainda se encanta ao encontrar numa loja, um bal- entender que não foi atendido pelo decreto e exigir o tratamento
conista que pode resolver as suas queixas sem se dirigir ao gerente. diferenciado.
A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao processo de
tomada de decisão. Onde existir uma situação na qual o funcioná- A redação oficial é
rio precise decidir, deve haver autonomia. A maneira pela qual o Poder Público redige comunicações ofi-
No atendimento ao público, é fundamental haver autonomia ciais e atos normativos e deve caracterizar-se pela: clareza e pre-
do pessoal de linha de frente e é uma das condições básicas para o cisão, objetividade, concisão, coesão e coerência, impessoalidade,
sucesso deste tipo de trabalho. formalidade e padronização e uso da norma padrão da língua por-
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo de po- tuguesa.
der para atuar de acordo com a situação e esse poder deve ser
conquistado. O poder aos funcionários serve para agilizar o negó-
SINAIS E ABREVIATURAS EMPREGADOS
cio. Às vezes, a falta de autonomia se relaciona com fraca liderança
do chefe. • Indica forma (em geral sintática) inaceitável ou
agramatical
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade, desbu- § Parágrafo
rocratização, respeito, compromisso, organização.
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o outro , não adj. adv. Adjunto adverbial
precisa passear pela empresa, ouvindo dos atendentes: “Esse as- arc. Arcaico
sunto eu não resolvo; é só com o fulano; procure outro setor...” art.; arts. Artigo; artigos
A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra que a
empresa está totalmente voltada para o cliente, pois todo o siste- cf. Confronte
ma funciona para atendê-lo integralmente, e essa postura é vital, CN Congresso Nacional
visto que a imagem transmitida pelo atendente é a imagem que
Cp. Compare
será gerada no cliente em relação à organização, dessa forma, ao
atender, o atendente precisa se lembrar que naquele cargo, ele re- EM Exposição de Motivos
presenta uma marca, uma instituição, um nome, e que todas as f.v. Forma verbal
suas atitudes devem estar em conformidade com a proposta de
visão que essa organização possui, focando sempre e fem. Feminino
ind. Indicativo
ICP - Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
masc. Masculino
obj. dir. Objeto direto
obj. ind. Objeto indireto
p. Página
p. us. Pouco usado
pess. Pessoa
pl. Plural

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
pref. Prefixo
pres. Presente
Res. Resolução do Congresso Nacional
RICD Regimento Interno da Câmara dos Deputados
RISF Regimento Interno do Senado Federal
s. Substantivo
s.f. Substantivo feminino
s.m. Substantivo masculino
SEI! Sistema Eletrônico de Informações
sing. Singular
tb. Também
v. Ver ou verbo
v.g. verbi gratia
var. pop. Variante popular

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
a) alguém que comunique: o serviço público.
b) algo a ser comunicado: assunto relativo às atribuições do órgão que comunica.
c) alguém que receba essa comunicação: o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo
ou dos outros Poderes.

Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação co-
municativa. Os atos oficiais (atos de caráter normativo) estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, regulam o funcionamento dos
órgãos e entidades públicos. Para alcançar tais objetivos, em sua elaboração, precisa ser empregada a linguagem adequada. O mesmo
ocorre com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.

Atributos da redação oficial:


• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização; e
• uso da norma padrão da língua portuguesa.

CLAREZA PRECISÃO
Para a obtenção de clareza, sugere-se: O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, por:
salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita
se utilizará nomenclatura própria da área; compreensão da ideia veiculada no texto;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas pa-
ordem direta e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões, lavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito mera-
para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da mente estilístico; e
oração; c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; ao texto.
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando in-
dispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso
já consagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as
em itálico.

Por sua vez, ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é
fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias. A objetividade conduz o leitor ao contato
mais direto com o assunto e com as informações, sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetivida-
de suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de infor- I – A mera indicação do cargo ou da função e do setor da ad-
mações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma ministração ser insuficiente para a identificação do destinatário; ou
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve II - A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público
eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de específico.
reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras
inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expe-
foi dito. dientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela for-
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atri- ma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-
butos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elemen- -los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam
tos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência o que chamamos de padrão ofício.
quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os Consistem em partes do documento no padrão ofício:
parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um • Cabeçalho: O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página
texto são: do documento, centralizado na área determinada pela formatação.
• Referência (termos que se relacionam a outros necessários à No cabeçalho deve constar o Brasão de Armas da República no topo
sua interpretação); da página; nome do órgão principal; nomes dos órgãos secundá-
• Substituição (colocação de um item lexical no lugar de outro rios, quando necessários, da maior para a menor hierarquia; espa-
ou no lugar de uma oração); çamento entrelinhas simples (1,0). Os dados do órgão, tais como
• Elipse (omissão de um termo recuperável pelo contexto); endereço, telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio
• Uso de conjunção (estabelecer ligação entre orações, perío- eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé
dos ou parágrafos). do documento, centralizados.

A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço pú- • Identificação do expediente:


blico e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos. a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com
Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não de- todas as letras maiúsculas;
vem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal. b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”,
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, padronizada como Nº;
isto é, obedecer a certas regras de forma. Isso é válido tanto para as c) informações do documento: número, ano (com quatro dí-
comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os eventuais gitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor
documentos impressos. Recomendações: para a maior hierarquia, separados por barra (/);
• A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra d) alinhamento: à margem esquerda da página.
a sua simplicidade;
• O uso do padrão culto não significa empregar a língua de • Local e data:
modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo a) composição: local e data do documento;
literário; b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o
• A consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na reda- documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da uni-
ção de um bom texto. dade da federação depois do nome da cidade;
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do
O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se
agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião. d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data;
Obs. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem
e para o plural. direita da página.

São formas de tratamento vedadas: • Endereçamento: O endereçamento é a parte do documento


I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo; que informa quem receberá o expediente. Nele deverão constar :
II - Vossa Senhoria; a) vocativo;
III - Vossa Magnificência; b) nome: nome do destinatário do expediente;
IV - doutor; c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
V - ilustre ou ilustríssimo; d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente,
VI - digno ou digníssimo; e dividido em duas linhas: primeira linha: informação de localidade/
VII - respeitável. logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão,
informação do setor; segunda linha: CEP e cidade/unidade da fede-
Todavia, o agente público federal que exigir o uso dos prono- ração, separados por espaço simples. Na separação entre cidade e
mes de tratamento, mediante invocação de normas especiais refe- unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto ou
rentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo pelo travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obriga-
modo. Ademais, é vedado negar a realização de ato administrativo tória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação da
ou admoestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro cidade/unidade da federação;
na forma de tratamento empregada. e) alinhamento: à margem esquerda da página.
O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes pú-
blicos federais não conterá pronome de tratamento ou o nome • Assunto: O assunto deve dar uma ideia geral do que trata
do agente público. Poderão constar o pronome de tratamento e o o documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da seguinte
nome do destinatário nas hipóteses de: maneira:

49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia infe-
conteúdo do documento, seguida de dois-pontos; rior ou demais casos: Atenciosamente,
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do
documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utili- • Identificação do signatário: Excluídas as comunicações assi-
zar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras; nadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o títu- oficiais devem informar o signatário segundo o padrão:
lo, deve ser destacado em negrito; a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em le-
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; tras maiúsculas, sem negrito. Não se usa linha acima do nome do
e) alinhamento: à margem esquerda da página. signatário;
b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigi-
• Texto: do apenas com as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem as
palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e
c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centra-
NOS CASOS EM QUE QUANDO FOREM USADOS lizada na página. Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar
NÃO SEJA USADO PARA PARA ENCAMINHAMENTO a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa
ENCAMINHAMENTO DE DOCUMENTOS, A página ao menos a última frase anterior ao fecho.
DE DOCUMENTOS, O ESTRUTURA É MODIFICADA:
EXPEDIENTE DEVE CONTER • Numeração de páginas: A numeração das páginas é obrigató-
A SEGUINTE ESTRUTURA: ria apenas a partir da segunda página da comunicação. Ela deve ser
a) introdução: em que é a) introdução: deve iniciar com centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:
apresentado o objetivo da referência ao expediente que a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm
comunicação. Evite o uso das solicitou o encaminhamento. da margem inferior; e
formas: Tenho a honra de, Se a remessa do documento b) fonte: Calibri ou Carlito.
Tenho o prazer de, Cumpre-me não tiver sido solicitada, deve
informar que. Prefira empregar iniciar com a informação do Quanto a formatação e apresentação, os documentos do pa-
a forma direta: Informo, motivo da comunicação, que drão ofício devem obedecer à seguinte forma:
Solicito, Comunico; é encaminhar, indicando a a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm);
b) desenvolvimento: em que o seguir os dados completos b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;
assunto é detalhado; se o texto do documento encaminhado c) margem lateral direita: 1,5 cm;
contiver mais de uma ideia (tipo, data, origem ou d) margens superior e inferior: 2 cm;
sobre o assunto, elas devem signatário e assunto de que se e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da mar-
ser tratadas em parágrafos trata) e a razão pela qual está gem superior do papel;
distintos, o que confere maior sendo encaminhado; f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento;
clareza à exposição; e b) desenvolvimento: se o autor g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode
c) conclusão: em que é da comunicação desejar fazer ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens es-
afirmada a posição sobre o algum comentário a respeito querda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares
assunto. do documento que encaminha, (margem espelho);
poderá acrescentar parágrafos h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em pa-
de desenvolvimento. Caso pel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para
contrário, não há parágrafos gráficos e ilustrações;
de desenvolvimento em i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o
expediente usado para negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado,
encaminhamento de letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer
documentos. outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padroniza-
ção do documento;
Em qualquer uma das duas estruturas, o texto do documento j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafa-
deve ser formatado da seguinte maneira: das em itálico;
a) alinhamento: justificado; k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos
b) espaçamento entre linhas: simples; elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
c) parágrafos: espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve
cada parágrafo; recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem ser utilizado, preferencialmente, formato de arquivo que possa ser
esquerda; numeração dos parágrafos: apenas quando o documento lido e editado pela maioria dos editores de texto utilizados no servi-
tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se ço público, tais como DOCX, ODT ou RTF.
numeram o vocativo e o fecho; l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos
d) fonte: Calibri ou Carlito; corpo do texto: tamanho 12 pontos; arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do docu-
citações recuadas: tamanho 11 pontos; notas de Rodapé: tamanho mento + número do documento + ano do documento (com 4 dígi-
10 pontos. tos) + palavras-chaves do conteúdo.
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas,
pode-se utilizar as fontes Symbol e Wingdings.

• Fechos para comunicações: O fecho das comunicações ofi-


ciais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar
o destinatário.
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, in-
clusive o Presidente da República: Respeitosamente,

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um
órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um único
órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epí-
grafe.
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando
mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para
mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes cons-
tarão na epígrafe.

Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o


órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas ou nomes dos
órgãos que receberão o expediente.

Exposição de motivos (EM)


É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-
Presidente para:
a) propor alguma medida;
b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou
c) informa-lo de determinado assunto.

A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República


por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva
mais de um ministério, a exposição de motivos será assinada por todos
os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministe-
rial. Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma
EM interministerial, a sequência numérica das exposições de motivos é
única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunica-
ção dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além disso,
pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacio-
nal ou ao Poder Judiciário.
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
(Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração, a re-
dação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a ge-
rência das exposições de motivos com as propostas de atos a serem
encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do signatá-
rio são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o nome
do ministro que assinou a exposição de motivos e do consultor jurí-
dico que assinou o parecer jurídico da Pasta.
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar
sobre fato da administração pública; para expor o plano de gover-
no por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do que
seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios
à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação fi-
nal. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso
Nacional têm as seguintes finalidades:
a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional,
de projeto de lei ordinária, de projeto de lei complementar e os
que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or-
çamentos anuais e créditos adicionais.
b) Encaminhamento de medida provisória.
Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com c) Indicação de autoridades.
algumas possíveis variações: d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden-
a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão en- te da República se ausentarem do país por mais de 15 dias.
via o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de
epígrafe será apenas do órgão remetente. concessão de emissoras de rádio e TV.
f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior.
g) Mensagem de abertura da sessão legislativa.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
i) Comunicação de veto.
j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo, ex. Apreciação de intervenção federal.

As mensagens contêm:
a) brasão: timbre em relevo branco;
b) identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à margem esquerda, no início do texto;
c) vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo de pará-
grafo dado ao texto;
d) texto: iniciado a 2 cm do vocativo;
e) local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à margem direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo
Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.

A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em âmbito privado, mas também na administração públi-
ca. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero textual, endereço eletrônico
ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica. Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim
como o ofício. Portanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Como endereço eletrônico utiliza-
do pelos servidores públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por exemplo. Como sistema de transmissão de
mensagens eletrônicas, por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de envio e recebimento de documentos na
administração pública.
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que
possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os parâ-
metros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil.
O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; contudo, caso haja
questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.
Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação de documento eletrônico que não atenda os parâmetros da ICP-Brasil.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da mensagem comuni-
cada. O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber a mensagem
identificará rapidamente do que se trata; quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio eletrônico.
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para outras instituições, para receptores
desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”,
seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.

Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como “Att.”,
e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não devem ser
utilizados em e-mails profissionais.
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail deve
conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de documento
ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados, em formato que possa ser editado.
A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Muitas vezes,
uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondência particular seria apenas
um lapso na digitação pode ter repercussões indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial ou de um ato normativo. Assim,
toda revisão que se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em conta também a correção ortográfica.

HÍFEN ASPAS ITÁLICO NEGRITO E SUBLINHADO


Emprega-se itálico em:
a) títulos de publicações
O hífen é um sinal usado para:
As aspas têm os seguintes (livros, revistas, jornais,
a) ligar os elementos de
empregos: periódicos etc.) ou títulos de
palavras compostas: vice-
a) antes e depois de uma congressos, conferências,
ministro;
citação textual direta, quando slogans, lemas sem o uso de Usa-se o negrito para realce
b) para unir pronomes átonos
esta tem até três linhas, sem aspas (com inicial maiúscula de palavras e trechos. Deve-se
a verbos: agradeceu-lhe; e
utilizar itálico; em todas as palavras, exceto evitar o uso de sublinhado para
c) para, no final de uma
b) quando necessário, para nas de ligação); realçar palavras e trechos em
linha, indicar a separação
diferenciar títulos, termos b) palavras e as expressões comunicações oficiais.
das sílabas de uma palavra
técnicos, expressões fixas, em latim ou em outras
em duas partes (a chamada
definições, exemplificações e línguas estrangeiras não
translineação): com-/parar,
assemelhados. incorporadas ao uso comum
gover-/no.
na língua portuguesa ou não
aportuguesadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposições) que
USO DE SIGLAS E
PARÊNTESES E TRAVESSÃO lhes completam o sentido.
ACRÔNIMOS
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as se-
Os parênteses são Para padronizar o uso de guintes finalidades:
empregados para intercalar, siglas e acrônimos nos atos a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na lei-
em um texto, explicações, normativos, serão adotados tura;
indicações, comentários, os conceitos sugeridos pelo b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o au-
observações, como por Manual de Elaboração de Textos tor, devem merecer destaque; e
exemplo, indicar uma data, da Consultoria Legislativa do c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades.
uma referência bibliográfica, Senado Federal (1999), em que:
uma sigla. a) sigla: constitui-se do A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido
O travessão, que é resultado das somas das iniciais entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na ora-
representado graficamente de um título; e ção, quer no período. O ponto e vírgula, em princípio, separa es-
por um hífen prolongado (–), b) acrônimo: constitui-se do truturas coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É também
substitui parênteses, vírgulas, resultado da soma de algumas usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer.
dois-pontos. sílabas ou partes dos vocábulos Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações,
de um título.
marcar enunciados de diálogo e indicar um esclarecimento, um re-
sumo ou uma consequência do que se afirmou.
Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a palavra, não em O ponto de interrogação, como se depreende de seu nome,
si, mas em relação às outras, que, com ela, se unem para exprimir é utilizado para marcar o final de uma frase interrogativa direta.
o pensamento. Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos
O ponto de exclamação é utilizado para indicar surpresa, espanto,
elementos que compõem uma oração:
admiração, súplica etc. Seu uso na redação oficial fica geralmente
restrito aos discursos e às peças de retórica.
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL
O uso do pronome demonstrativo obedece às seguintes cir-
cunstâncias:
O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação enun-
a) Emprega-se este(a)/isto quando o termo referente estiver
ciada na oração. De acordo com a gramática normativa, o sujeito da
próximo ao emissor, ou seja, de quem fala ou redige.
oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter complemento,
b) Emprega-se esse(a)/isso quando o termo referente estiver pró-
mas não ser complemento.
ximo ao receptor, ou seja, a quem se fala ou para quem se redige.
Embora seja usada como recurso estilístico na literatura, a frag-
c) Emprega-se aquele(a)/aquilo quando o termo referente es-
mentação de frases deve ser evitada nos textos oficiais, pois muitas
tiver distante tanto do emissor quanto do receptor da mensagem.
vezes dificulta a compreensão.
d) Emprega-se este(a) para referir-se ao tempo presente;
A omissão de certos termos, ao fazermos uma comparação,
e) Emprega-se esse(a) para se referir ao tempo passado;
omissão própria da língua falada, deve ser evitada na língua escrita,
f) Emprega-se aquele(a)/aquilo em relação a um tempo passa-
pois compromete a clareza do texto: nem sempre é possível iden-
do mais longínquo, ou histórico.
tificar, pelo contexto, o termo omitido. A ausência indevida de um
g) Usa-se este(a)/isto para introduzir referência que, no texto,
termo pode impossibilitar o entendimento do sentido que se quer
ainda será mencionado;
dar a uma frase.
h) Usa-se este(a)para se referir ao próprio texto;
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de i) Emprega-se esse(a)/isso quando a informação já foi mencio-
um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial, nada no texto.
deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos
de compreensão. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade A Semântica estuda o sentido das palavras, expressões, frases
de identificar-se a que palavra se refere um pronome que possui e unidades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe
mais de um antecedente na terceira pessoa. são atribuídos. Ao considerarmos o significado de determinada pa-
A concordância é o processo sintático segundo o qual certas lavra, levamos em conta sua história, sua estrutura (radical, prefi-
palavras se acomodam, na sua forma, às palavras de que depen- xos, sufixos que participam da sua forma) e, por fim, o contexto em
dem. Essa acomodação formal se chama flexão e se dá quanto a que se apresenta.
gênero e número (nos adjetivos – nomes ou pronomes), números Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto
e pessoa (nos verbos). Daí, a divisão: concordância nominal e con- oficial, deve-se atentar para a tradição no emprego de determina-
cordância verbal. da expressão com determinado sentido. O emprego de expressões
ditas de uso consagrado confere uniformidade e transparência ao
CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL sentido do texto. Mas isso não quer dizer que os textos oficiais de-
vam limitar-se à repetição de chavões e de clichês.
O verbo concorda com seu Adjetivos (nomes ou Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo
sujeito em pessoa e número. pronomes), artigos e numerais utilizadas. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias
concordam em gênero e ou redundâncias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para
número com os substantivos as palavras repetidas; mas se sua substituição for comprometer o
de que dependem. sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro, não hesite
em deixar o texto como está.
Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordi- É importante lembrar que o idioma está em constante muta-
nação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações de depen- ção. A própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da
dência que as palavras mantêm na frase. Dizemos que um termo política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de novas
rege o outro que o complementa. Numa frase, os termos regentes palavras e de formas de dizer.
ou subordinantes (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, • Remissões legislativas (se as remissões forem inevitáveis,
nem incorporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabula- sejam elas formuladas de tal modo que permitam ao intérprete
res, por um lado, elas devem sempre ser usadas com critério, evi- apreender o seu sentido sem ter de compulsar o texto referido).
tando-se aquelas que podem ser substituídas por vocábulos já de
uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer dar. Além do processo legislativo disciplinado na Constituição (pro-
De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto pu- cesso legislativo externo), a doutrina identifica o chamado processo
rismo, a linguagem das comunicações oficiais fique imune às cria- legislativo interno, que se refere à forma de fazer adotada para a
ções vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez tomada da decisão legislativa.
do desenvolvimento tecnológico, por exemplo, impõe a criação de Antes de decidir sobre as providências a serem tomadas, é es-
inúmeros novos conceitos e termos, ditando de certa forma a ve- sencial identificar o problema a ser enfrentado. Realizada a iden-
locidade com que a língua deve incorporá-los. O importante é usar tificação do problema em decorrência de impulsos externos (ma-
o estrangeirismo de forma consciente, buscar o equivalente portu- nifestações de órgãos de opinião pública, críticas de segmentos
guês quando houver ou conformar a palavra estrangeira ao espírito especializados) ou graças à atuação dos mecanismos próprios de
da Língua Portuguesa. controle, o problema deve ser delimitado de forma precisa.
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou emprega- A análise da situação questionada deve contemplar as causas
dos em contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo ou o complexo de causas que eventualmente determinaram ou
desconhecimento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela in- contribuíram para o seu desenvolvimento. Essas causas podem ter
corporação acrítica do estrangeirismo. influências diversas, tais como condutas humanas, desenvolvimen-
• A homonímia é a designação geral para os casos em que pa- tos sociais ou econômicos, influências da política nacional ou inter-
lavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos nacional, consequências de novos problemas técnicos, efeitos de
homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos). leis antigas, mudanças de concepção etc.
• Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como Para verificar a adequação dos meios a serem utilizados, deve-
nos exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta) -se realizar uma análise dos objetivos que se esperam com a apro-
e manga (de camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo vação da proposta. A ação do legislador, nesse âmbito, não difere,
(pedido) e apelo (com e aberto, 1ª pess. Do sing. Do pres. Do ind. Do fundamentalmente, da atuação do homem comum, que se caracte-
verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1ª pess. Do riza mais por saber exatamente o que não quer, sem precisar o que
sing. Do pres. Do ind. Do verbo consolar), com pronúncia diferente. efetivamente pretende.
Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto A avaliação emocional dos problemas, a crítica generalizada
em que são empregados. e, às vezes, irrefletida sobre o estado de coisas dominante acabam
• Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com por permitir que predominem as soluções negativistas, que têm por
palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pro- escopo, fundamentalmente, suprimir a situação questionada sem
núncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (ato de contemplar, de forma detida e racional, as alternativas possíveis ou
descrever) e discrição (qualidade do que é discreto), retificar (corri- as causas determinantes desse estado de coisas negativo. Outras
gir) e ratificar (confirmar).
vezes, deixa-se orientar por sentimento inverso, buscando, pura e
simplesmente, a preservação do status quo.
No Estado de Direito, as normas jurídicas cumprem a tarefa
Essas duas posições podem levar, nos seus extremos, a uma
de concretizar a Constituição. Elas devem criar os fundamentos de
imprecisa definição dos objetivos. A definição da decisão legislati-
justiça e de segurança que assegurem um desenvolvimento social
va deve ser precedida de uma rigorosa avaliação das alternativas
harmônico em um contexto de paz e de liberdade. Esses complexos
existentes, seus prós e contras. A existência de diversas alternativas
objetivos da norma jurídica são expressos nas funções:
para a solução do problema não só amplia a liberdade do legislador,
I) de integração: a lei cumpre função de integração ao com-
como também permite a melhoria da qualidade da decisão legis-
pensar as diferenças jurídico-políticas no quadro de formação da
vontade do Estado (desigualdades sociais, regionais); lativa.
II) de planificação: a lei é o instrumento básico de organização, Antes de decidir sobre a alternativa a ser positivada, devem-
de definição e de distribuição de competências; -se avaliar e contrapor as alternativas existentes sob dois pontos de
III) de proteção: a lei cumpre função de proteção contra o arbí- vista: a) De uma perspectiva puramente objetiva: verificar se a aná-
trio ao vincular os próprios órgãos do Estado; lise sobre os dados fáticos e prognósticos se mostra consistente; b)
IV) de regulação: a lei cumpre função reguladora ao direcionar De uma perspectiva axiológica: aferir, com a utilização de critérios
condutas por meio de modelos; de probabilidade (prognósticos), se os meios a serem empregados
V) de inovação: a lei cumpre função de inovação na ordem ju- mostram-se adequados a produzir as consequências desejadas. De-
rídica e no plano social. vem-se contemplar, igualmente, as suas deficiências e os eventuais
Requisitos da elaboração normativa: efeitos colaterais negativos.
• Clareza e determinação da norma; O processo de decisão normativa estará incompleto caso se en-
• Princípio da reserva legal; tenda que a tarefa do legislador se encerre com a edição do ato nor-
• Reserva legal qualificada (algumas providências sejam prece- mativo. Uma planificação mais rigorosa do processo de elaboração
didas de específica autorização legislativa, vinculada à determinada normativa exige um cuidadoso controle das diversas consequências
situação ou destinada a atingir determinado objetivo); produzidas pelo novo ato normativo.
• Princípio da legalidade nos âmbitos penal, tributário e admi- É recomendável que o legislador redija as leis dentro de um
nistrativo; espírito de sistema, tendo em vista não só a coerência e a harmonia
• Princípio da proporcionalidade; interna de suas disposições, mas também a sua adequada inserção
• Densidade da norma (a previsão legal contenha uma discipli- no sistema jurídico como um todo. Essa sistematização expressa
na suficientemente concreta); uma característica da cientificidade do Direito e corresponde às
• Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coi- exigências mínimas de segurança jurídica, à medida que impedem
sa julgada; uma ruptura arbitrária com a sistemática adotada na aplicação do

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Direito. Costuma-se distinguir a sistemática da lei em sistemática As leis complementares são um tipo de lei que não têm a ri-
interna (compatibilidade teleológica e ausência de contradição ló- gidez dos preceitos constitucionais, e tampouco comportam a re-
gica) e sistemática externa (estrutura da lei). vogação por força de qualquer lei ordinária superveniente. Com a
Regras básicas a serem observadas para a sistematização do instituição de lei complementar, o constituinte buscou resguardar
texto do ato normativo, com o objetivo de facilitar sua estruturação: determinadas matérias contra mudanças céleres ou apressadas,
a) matérias que guardem afinidade objetiva devem ser tratadas sem deixá-las exageradamente rígidas, o que dificultaria sua modifi-
em um mesmo contexto ou agrupamento; cação. A lei complementar deve ser aprovada pela maioria absoluta
b) os procedimentos devem ser disciplinados segundo a ordem de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
cronológica, se possível; Lei delegada é o ato normativo elaborado e editado pelo Pre-
c) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir sidente da República em decorrência de autorização do Poder Le-
que ela forneça resposta à questão jurídica a ser disciplinada; e gislativo, expedida por meio de resolução do Congresso Nacional e
d) institutos diversos devem ser tratados separadamente. dentro dos limites nela traçados. Medida provisória é ato normativo
com força de lei que pode ser editado pelo Presidente da República
• O artigo de alteração da norma deve fazer menção expressa em caso de relevância e urgência. Decretos são atos administrativos
ao ato normativo que está sendo alterado. de competência exclusiva do Chefe do Executivo, destinados a pro-
• Na hipótese de alteração parcial de artigo, os dispositivos que ver as situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de
não terão o seu texto alterado serão substituídos por linha ponti- modo expresso ou implícito, na lei.
lhada, cujo uso é obrigatório para indicar a manutenção e a não • Decretos singulares ou de efeitos concretos: Os decretos po-
alteração do trecho do artigo. dem conter regras singulares ou concretas (por exemplo, decretos
referentes à questão de pessoal, de abertura de crédito, de desa-
O termo “republicação” é utilizado para designar apenas a hi- propriação, de cessão de uso de imóvel, de indulto, de perda de
pótese de o texto publicado não corresponder ao original assina- nacionalidade, etc.).
do pela autoridade. Não se pode cogitar essa hipótese por motivo • Decretos regulamentares: Os decretos regulamentares são
de erro já constante do documento subscrito pela autoridade ou, atos normativos subordinados ou secundários.
muito menos, por motivo de alteração na opinião da autoridade. • Decretos autônomos: Limita-se às hipóteses de organização
Considerando que os atos normativos somente produzem efeitos e funcionamento da administração pública federal, quando não im-
após a publicação no Diário Oficial da União, mesmo no caso de re- plicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos pú-
publicação, não se poderá cogitar a existência de efeitos retroativos blicos, e de extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
com a publicação do texto corrigido. Contudo, o texto publicado
sem correspondência com aquele subscrito pela autoridade poderá Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autori-
ser considerado inválido com efeitos retroativos. dades expedem instruções sobre a organização e o funcionamento
Já a retificação se refere aos casos em que texto publicado de serviço, sobre questões de pessoal e outros atos de sua compe-
corresponde ao texto subscrito pela autoridade, mas que continha tência.
lapso manifesto. A retificação requer nova assinatura pelas autori-
dades envolvidas e, em muitos casos, é menos conveniente do que O processo legislativo abrange não só a elaboração das leis
a mera alteração da norma. propriamente ditas (leis ordinárias, leis complementares, leis de-
A correção de erro material que não afete a substância do ato legadas), mas também a elaboração das emendas constitucionais,
singular de caráter pessoal e as retificações ou alterações da de- das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das resoluções.
nominação de cargos, funções ou órgãos que tenham tido a deno- A iniciativa é a proposta de edição de direito novo. A iniciati-
minação modificada em decorrência de lei ou de decreto superve- va comum ou concorrente compete ao Presidente da República, a
niente à expedição do ato pessoal a ser apostilado são realizadas qualquer Deputado ou Senador, a qualquer comissão de qualquer
por meio de apostila. O apostilamento é de competência do setor das Casas do Congresso, e aos cidadãos – iniciativa popular. A Cons-
de recurso humanos do órgão, autarquia ou fundação, e dispensa tituição confere a iniciativa da legislação sobre certas matérias,
nova assinatura da autoridade que subscreveu o ato originário. privativamente, a determinados órgãos, denominada de iniciativa
Atenção: Deve-se ter especial atenção quando do uso do apos- reservada. A Constituição prevê, ainda, sistema de iniciativa vincu-
tilamento para os atos relativos à vacância ou ao provimento de- lada, na qual a apresentação do projeto é obrigatória. Nesse caso, o
corrente de alteração de estrutura de órgão, autarquia ou funda- Chefe do Executivo Federal deve encaminhar ao Congresso Nacio-
ção pública. O apostilamento não se aplica aos casos nos quais a nal os projetos referentes às leis orçamentárias (plano plurianual,
essência do cargo em comissão ou da função de confiança tenham lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual).
sido alterados, tais como nos casos de alteração do nível hierárqui-
co, transformação de atribuição de assessoramento em atribuição A disciplina sobre a discussão e a instrução do projeto de lei é
de chefia (ou vice-versa) ou transferência de cargo para unidade confiada, fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legislati-
com outras competências. Também deve-se alertar para o fato que vas.
a praxe atual tem sido exigir que o apostilamento decorrente de Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra
alteração em estrutura regimental seja realizado na mesma data da proposição. Nem todo titular de iniciativa tem poder de emenda.
entrada em vigor de seu decreto. Essa faculdade é reservada aos parlamentares. Se, entretanto, for
A estrutura dos atos normativos é composta por dois elemen-
de iniciativa do Poder Executivo ou do Poder Judiciário, o seu titular
tos básicos: a ordem legislativa e a matéria legislada. A ordem legis-
também pode apresentar modificações, acréscimos, o que fará por
lativa compreende a parte preliminar e o fecho da lei ou do decreto;
meio de mensagem aditiva, dirigida ao Presidente da Câmara dos
a matéria legislada diz respeito ao texto ou ao corpo do ato.
Deputados, que justifique a necessidade do acréscimo. A apresen-
A lei ordinária é ato normativo primário e contém, em regra,
tação de emendas a qualquer projeto de lei oriundo de iniciativa re-
normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam definidas, normal-
servada é autorizada, desde que não implique aumento de despesa
mente, pela generalidade e pela abstração (lei material), estas con-
e que tenha estrita pertinência temática.
têm, não raramente, normas singulares (lei formal ou ato normati-
vo de efeitos concretos).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A Constituição não impede a apresentação de emendas ao pro-
jeto de lei orçamentária. Elas devem ser, todavia, compatíveis com EXERCÍCIOS
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e devem
indicar os recursos necessários, sendo admitidos apenas aqueles 1. Quanto à aplicação do conceito de qualidade no serviço pú-
provenientes de anulação de despesa. A Constituição veda a propo- blico, assinale a alternativa correta.
situra de emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias que (A) O trabalho com qualidade significa realizar as atividades de
não guardem compatibilidade com o plano plurianual. acordo com as normas preestabelecidas, independentemente
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das Casas dos resultados obtidos.
do Congresso. Realiza-se, normalmente, após a instrução do proje- (B) A qualidade depende apenas do esforço e do trabalho indi-
to nas comissões e dos debates no plenário. A sanção é o ato pelo vidual de cada servidor, independentemente de outros recur-
qual o Chefe do Executivo manifesta a sua anuência ao projeto de sos disponíveis.
lei aprovado pelo Poder Legislativo. Verifica-se aqui a fusão da von- (C) Segundo William Edwards Deming, o pai da qualidade, a
tade do Congresso Nacional com a do Presidente, da qual resulta a maioria das falhas nos processos de produção de serviços é
formação da lei. de responsabilidade direta das pessoas (causas especiais), en-
O veto é o ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega san- quanto a menor parte pode ser atribuída à má administração
ção ao projeto – ou a parte dele –, obstando à sua conversão em lei. (causas comuns).
Dois são os fundamentos para a recusa de sanção: (D) A qualidade é um conceito da década de 1970, já ultrapas-
a) inconstitucionalidade; ou sado e que não mais se aplica à nova gestão.
b) contrariedade ao interesse público. (E) O trabalho com qualidade significa ter zelo e cuidado com
aquilo que se faz, sabendo com clareza para que serve, a quem
O veto deve ser expresso e motivado, e oposto no prazo de 15 se destina e quais níveis de controle são indispensáveis para
dias úteis, contado da data do recebimento do projeto, e comunica- que se alcance o máximo de resultados com menor esforço,
do ao Congresso Nacional nas 48 horas subsequentes à sua oposi- atingindo metas, objetivos e finalidades.
ção. O veto não impede a conversão do projeto em lei, podendo ser
superado por deliberação do Congresso Nacional. 2. Em uma repartição pública, o atendimento ao público deve
A promulgação e a publicação constituem fases essenciais da se traduzir em uma relação entre o servidor e o cidadão, pautada
eficácia da lei. A promulgação das leis compete ao Presidente da por cortesia, interesse, atenção, eficiência, presteza, discrição, to-
República. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas, decor- lerância e objetividade. Com relação ao exposto, assinale a alter-
rido da sanção ou da superação do veto. Nesse último caso, se o nativa que indica uma situação que viola o que é esperado como
Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Pre- atendimento de qualidade num órgão público.
sidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas (A) Um cidadão, que se endereça erroneamente a uma reparti-
para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do ção pública, recebe informações acerca de como proceder para
Senado Federal, em prazo idêntico. alcançar os serviços buscados.
O período entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é (B) Um cidadão pertencente ao um grupo prioritário (como
chamado de período de vacância ou vacatio legis. Na falta de dis- idosos, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo,
posição especial, vigora o princípio que reconhece o decurso de um por exemplo) recebe atendimento mediante procedimentos
lapso de tempo entre a data da publicação e o termo inicial da obri- idênticos àqueles exigidos do cidadão médio.
gatoriedade (45 dias). (C) Um cidadão com orientação sexual diferente dos padrões
Podem-se distinguir seis tipos de procedimento legislativo: hegemônicos acede aos serviços públicos mediante procedi-
a) procedimento legislativo normal: Trata da elaboração das mentos idênticos àqueles demandados aos cidadãos de orien-
leis ordinárias (excluídas as leis financeiras e os códigos) e comple- tação sexual hegemônica.
mentares. (D) O cidadão que se declara analfabeto recebe orientações
b) procedimento legislativo abreviado: Este procedimento e atendimento que o habilitem a compreender os documen-
dispensa a competência do Plenário, ocorrendo, por isso, a deli- tos que lhe compete assinar e as normativas que lhe compete
beração terminativa sobre o projeto de lei nas próprias Comissões cumprir.
Permanentes. (E) O cidadão com dificuldade de locomoção recebe atendi-
c) procedimento legislativo sumário: Entre as prerrogativas mento em local ou instalações diferenciadas daqueles ofereci-
regimentais das Casas do Congresso Nacional existe a de conferir dos ao cidadão médio.
urgência a certas proposições.
d) procedimento legislativo sumaríssimo: Existe nas duas Ca- 3. Todos os itens abaixo são características do método de arqui-
sas do Congresso Nacional mecanismo que assegura deliberação vamento alfabético, EXCETO:
instantânea sobre matérias submetidas à sua apreciação. (A) específico ou por assunto;
e) procedimento legislativo concentrado: O procedimento le- (B)Geográfico;
gislativo concentrado tipifica-se, basicamente, pela apresentação (C) Duplex;
(D) Mnemônico;
das matérias em reuniões conjuntas de deputados e senadores. Ex.
(E) Variadex.
para leis financeiras e delegadas.
f) procedimento legislativo especial: Nesse procedimento,
4. Sobre os arquivos públicos, considere os itens abaixo e assi-
englobam-se dois ritos distintos com características próprias, um
nale a alternativa correta.
destinado à elaboração de emendas à Constituição; outro, à de có-
I. Os conjuntos de documentos oriundos de arquivos provisó-
digos.
rios que aguardam remoção para depósitos temporários são deno-
minados de sistemáticos.
II. Os conjuntos de documentos oriundos de arquivos correntes
que aguardam remoção para depósitos temporários são denomina-
dos de Intermediários.

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III. Os conjuntos de documentos atuais, em curso, que são ob- (C) Organicidade .
jeto de consultas e pesquisas frequentes denominam- se Correntes. (D) Indivisibilidade.
IV. Os conjuntos de documentos de valor históricos, científico
ou cultural que devem ser preservados indefinidamente são cha- 10. Tendo em vista as recomendações para construção de ar-
mados de Permanentes. quivos, considere as afirmativas a seguir.
I → No que diz respeito à localização do edifício sobre o terre-
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): no, deve-se observar a influência que o ambiente externo exercerá
(A) I, apenas; sobre o interno, ou seja, o projeto de construção deve considerar o
(B)I e II, apenas; posicionamento da construção em relação à incidência de luz solar,
(C) I, III e IV, apenas; além da localização da vegetação nos arredores, que pode causar
(D) II, III e IV, apenas; riscos de raios, térmitas, danos estruturais pelas raízes, queda de
(E) I, II, III e IV. folhas, galhos e frutos e incidência de sombras, que poderão oca-
sionar acúmulo de umidade nas paredes.
5. Todos os itens abaixo corresponde a acessórios do arquivo, II → Os espaços projetados devem ser distribuídos pensando
exceto: em suas funções: depósitos (inclusive para acervos especiais), áreas
(A) notações para o público e áreas de trabalho (gabinetes, recepção, seleção,
(B) pastas higienização, restauração, entre outras).
(C) guias III → As construções espaçosas, com grandes vãos ou abertas
(D) bilhetes são mais eficientes quanto à manutenção das condições ambientais
(E) tiras de inserção e de segurança necessárias para a preservação do que espaços me-
nores, fragmentados e compactos.
6. A autonomia de sentido é uma das mais importantes carac- IV → O projeto do edifício deverá levar em conta as condições
terísticas dos documentos e dimensões do terreno; os regulamentos e tradições locais; as con-
(A) de arquivos intermediários. dições climáticas; o fluxo de trabalho e de atendimento ao público;
(B) de arquivos correntes.
as características físicas e formatos dos documentos; o volume do
(C) iconográficos.
acervo e a expectativa de crescimento.
(D) de arquivos permanentes.
(E) de biblioteca.
Estão corretas
(A) apenas I e II.
7. A constituição dos acervos das bibliotecas e dos museus en-
(B) apenas I e III.
volve, quase sempre, mecanismos de compra, doação ou permu-
(C) apenas III e IV.
ta. No caso dos arquivos institucionais, em que os documentos são
acumulados em razão das atividades da entidade produtora, os me- (D) apenas I, II e IV.
canismos de constituição dos acervos consistem, basicamente, em (E) apenas II, III e IV.
(A) ingresso e incorporação.
(B) avaliação e seleção. 11. Recentemente, estudiosos, pensadores e profissionais têm
(C) transferência e recolhimento. discutido princípios da ciência arquivística que, por muito tempo,
(D) aquisição e remessa. foram considerados inexoráveis para o estudo e a prática dos arqui-
(E) recolhimento e depósito legal. vos. Sob esta perspectiva, considere as afirmativas a seguir.
I→O modelo arquivístico vigente não se encaixa aos organis-
8. Acerca dos princípios e conceitos arquivísticos, marque a al- mos vivos que são os arquivos hoje. A problemática reside em refi-
ternativa correta. nar a informação baseada na proveniência geral, sem obscurecer a
(A) O historiador francês Natalis de Wailly promulgou o prin- conexão documento- atividade.
cípio do ciclo vital dos documentos, que passou a ser aplicado II → O arquivista atua como mediador entre documento e usuá-
em muitos países. rio, devendo, para tanto, possuir formação sólida em áreas como
(B) O Decreto de Messidor da legislação de arquivos da Revolu- história, idiomas e diplomática, que lhe permitam ler e compreen-
ção Francesa é considerado como o princípio da acessibilidade der os documentos, dominando uma série de detalhes técnicos por
dos arquivos públicos. meio de extensos esforços práticos.
(C) O princípio da Proveniência sagrou-se com o fim da II Guer- III → Os processos de avaliação constituem um elemento vital
ra Mundial, quando ocorreu um grande aumento no volume de do contexto em que os arquivos históricos são formados. Guiados
documentos nas instituições. pelos valores de sua sociedade, os arquivistas acham-se implicados
(D) O conceito de gestão de documentos nasceu com a criação na formação dos arquivos que sua época legará ao futuro.
do Arquivo Nacional da França, quando começaram a valorizar
os traços administrativos do documento. Em consonância com as correntes atuais do pensamento arqui-
vístico, está(ão) correta(s)
9. Sua condição no tempo e no espaço faz com que o documen- (A) apenas I.
to de arquivo possua a especificidade de sua produção em série, (B) apenas II.
que corresponde às atividades da entidade, formando um organis- (C) apenas I e III.
mo total, um corpo vivo. (D) apenas II e III.
(Bellotto, 2014 Com adaptações.) (E) I, II e III.

Na citação anterior, a autora refere-se a qual princípio da ar- 12. Vigência é a qualidade pela qual determinados documentos
quivologia? (A) permanecem efetivos e válidos.
(A) Unicidade. (B) seguem à risca a norma legal.
(B) Providência. (C) perdem vigor e são extintos.

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(D) têm precedência sobre outros. 17. As atitudes e a personalidade podem afetar profundamente
(E) são tempestivos e oportunos. o local de trabalho. A empatia configura-se como um componente
de personalidade em que se pode afirmar como correto o seguinte
13. Em relação às funções arquivísticas, considere as afirmati- significado:
vas a seguir. (A) Relacionar-se positivamente com outras pessoas, imitando
I → A avaliação dos documentos refere-se ao ato de elaborar gestos e voz.
documentos em razão das atividades específicas de um órgão. (B) Preservar amizades, ser aceito pelas pessoas e sentir-se
II → A aquisição contempla a entrada de documentos nos ar- bem entre as pessoas.
quivos corrente, intermediário e permanente; refere-se ao arqui- (C) Responder às emoções e influências diversas sem discrimi-
vamento corrente e aos procedimentos de transferência e recolhi- nações culturais ou religiosas.
mento de acervo. (D) Manter afinidades e proximidade com colega, nutrir senti-
III → Classificação é a sequência de operações que, de acordo mentos em relação ao outro, fazer criticas construtivas.
com as diferentes estruturas, funções e atividades da entidade pro- (E) Colocar-se no lugar do outro, reconhecer os sentimentos do
dutora, visam a distribuir os documentos de um arquivo. outro sem expressas palavras, mas no tom de voz, linguagem
IV → A descrição torna os documentos acessíveis e promove corporal e expressão facial.
sua consulta mediante publicações, exposições, conferências, servi-
ços educativos e outras atividades. 18. (CONSULPLAN/TSE) Em relação à comunicação nas orga-
nizações, analise.
Está(ão) correta(s) I. Uma comunicação eficaz é um processo horizontal, em que
(A) apenas III. todos os envolvidos mantêm uma ética relacional.
(B) apenas I e IV. II. É possível melhorar a comunicação por meio de treinamen-
(C) apenas I e III. to e desenvolvimento de pessoal.
(D) apenas II e III. III. A comunicação é elemento acessório no processo de busca
(E) apenas II e IV. de qualidade nas organizações.

14. Documento é o suporte da informação. Então, informação é Assinale


(A).a idéia ou mensagem contida em um documento. (A)se apenas a afirmativa I estiver correta.
(B) todo documento escrito, como livro, revista, relatório etc. (B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) um conjunto de documentos que tratam do mesmo assun- (C) se apenas a afirmativa II estiver correta.
to. (D) se apenas a afirmativa III estiver correta.
(D) a parte material de que os documentos são feitos.
(E) aquele documento que foi considerado de valor. 19. (FCC/MPE-AP) - Para o atendimento ao público ser consi-
derado ideal ou próximo ao ideal, existem regras, que inclusive no
15. Quando uma autoridade determina a guarda de um docu- caso brasileiro, têm Decreto e Lei regularizando ou estabelecendo
mento que já cumpriu a sua tramitação, esse documento deve ser regras mínimas.
Um atendente deve estar à disposição do consumidor em até 
(A)descartado.
(A) 180 segundos, obrigatoriamente
(B) arquivado.
(B) 90 segundos, obrigatoriamente
(C) despachado.
(C) 90 segundos, se ele assim solicitar
(D)reproduzido.
(D) 60 segundos, obrigatoriamente
(E) expedido.
(E) 60 segundos, se ele assim solicitar
16.As pesquisas comportamentais difundem conhecimentos
20. (FCC/AL-SP) Um dos fatores de qualidade no atendimento
sobre personalidade e atitudes positivas nos grupos. Sobre o assun- ao público é a empatia. Empatia é
to, é correto afirmar: (A) a capacidade de transmitir sinceridade, competência e
(A) Traços como fluência verbal, coalisão e introversão tendem confiança ao público.
a correlacionar-se com flexibilidade, parcerias e maturidade do (B) a capacidade de cumprir, de modo confiável e exato, o que
grupo. foi prometido ao público
(B) Traços de dominação, convencionalismo e autoritarismo (C) o grau de cuidado e atenção individual que o atendente de-
tendem a correlacionar-se com qualidade produtividade e efi- monstra para com o público, colocando-se em seu lugar para
cácia do grupo. um melhor entendimento do problema.
(C) Traços como sociabilidade, autoconfiança e independência (D) a intimidade que o atendente manifesta ao ajudar pronta-
tendem a estar relacionados com produtividade, moral e coe- mente o cidadão
são do grupo. (E) a habilidade em definir regras consensuais para o efetivo
(D) Traços como autoconfiança, clareza e independência ten- atendimento
dem a estar negativamente relacionados com produtividade,
moral e participação do grupo. 21. (AOCP/BRDE) A comunicação e relação interpessoal são
(E) Traços como autoritarismo, dominação e não convencionis- apresentadas como habilidade interpessoal e comunicação, tam-
mo são variáveis independentes correlacionadas com tomada bém chamadas de habilidades humanas e são consideradas extre-
de decisão, conservadorismo e poder no grupo. mamente necessárias na vida de um administrador, em função de
proporcionar
(A) trabalho com eficácia e esforços cooperativos na direção
dos objetivos estabelecidos.
(B) visão sistêmica da organização com envolvimento das pes-
soas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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(C) trabalho com eficácia, empregabilidade e polivalência.
22 C
(D) visão sistêmica da organização e facilidade no uso de téc-
nicas específicas. 23 B
(E) trabalho com eficácia e esforços individualizados na dire-
ção dos objetivos estabelecidos.

22. (INSTITUTO AOCP/Prefeitura de Angra dos Reis-RJ) Qual é ANOTAÇÕES


a atividade que compreende um conjunto de operações e procedi-
mentos, visando ao controle dos documentos que ainda tramitam
no órgão, de modo a garantir a sua imediata localização e recupe- ______________________________________________________
ração?
(A) Atividade de classificação de documentos. ______________________________________________________
(B) Atividade de distribuição de documentos.
______________________________________________________
(C) Atividade de recepção de documentos.
(D) Atividade de protocolo de documentos. ______________________________________________________
(E) Atividade de registro de documentos.
______________________________________________________
23. (TJ-DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Re-
moção - CESPE – 2019). No âmbito da atuação pública, faz-se neces- ______________________________________________________
sário que a administração pública mantenha os atos administrati-
vos, ainda que estes sejam qualificados como antijurídicos, quando ______________________________________________________
verificada a expectativa legítima, por parte do administrado, de
estabilização dos efeitos decorrentes da conduta administrativa. A ______________________________________________________
interrupção dessa expectativa violará o princípio da ______________________________________________________
(A) legalidade.
(B) confiança. ______________________________________________________
(C) finalidade.
(D) continuidade. ______________________________________________________
(E) presunção de legitimidade.
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

1 E ______________________________________________________
2 B ______________________________________________________
3 C
______________________________________________________
4 D
5 D ______________________________________________________

6 E ______________________________________________________
7 C
______________________________________________________
8 B
______________________________________________________
9 C
10 D ______________________________________________________
11 C ______________________________________________________
12 A
_____________________________________________________
13 D
14 A _____________________________________________________

15 B ______________________________________________________
16 C ______________________________________________________
17 E
______________________________________________________
18 C
19 D ______________________________________________________
20 E ______________________________________________________
21 B
______________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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