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ADMINISTRAÇÃO I
FUNDAMENTOS
DA
ADMINISTRAÇÃO I
Marília/SP
2022
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.
Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
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emissão de conceitos.
FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO I
PROF. JOHNY MAGALHÃES
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DA 07
ADMINISTRAÇÃO
SUMÁRIO
CAPÍTULO 13 110
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS
CAPÍTULO 14 EMPRESAS 115
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS
FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
A administração é uma área que vem desenvolvendo-se muito nos últimos anos.
Assim, é fundamental que todos os profissionais que estiverem atuando na área
busquem conhecer todos os elementos que fazem parte dela, bem como busque
compreender que estudar seus fundamentos é extremamente necessário para que se
torne um bom gestor. Os estudos sobre a gestão devem compreender que a evolução
da sociedade deve ser compreendida, pois:
ANOTE ISSO
Os estudos da administração devem ser realizados não somente pelos administradores,
mas também integra parte importante da formação de gestores financeiros, gestores
de recursos humanos, gestores de produção, gestores de marketing, profissionais das
ciências econômicas e das ciências contábeis. Assim, é possível supor que os estudos
da administração auxiliam no desenvolvimento de diversos conhecimentos que podem
ser aplicados em diversas áreas do conhecimento.
Os estudos que são realizados por meio dos enfoques prescritivos podem ser
considerados como “abordagens que propõem técnicas e ferramentas, visando
solucionar problemas específicos, essas proposições têm um comprometimento
com a prática e com a eficiência técnica, são, portanto, dogmáticas em suas
proposições” (MOTTA, VASCONCELOS, 2021, p. 21). Assim, para a formação de bons
gestores é necessário realizar estudos em todos os enfoques possíveis, garantindo,
consequentemente, uma melhor compreensão de todos esses estudos.
O estudo de uma disciplina, como é o caso desta, permite que novos profissionais
possam ser preparados para os processos de gestão que ocorrem nas organizações
do século XXI. Mas, assim como em todas as áreas do conhecimento, é necessário
que esses profissionais reconheçam todos os aspectos históricos que permitiram o
desenvolvimento da área da administração até os dias atuais.
CAPÍTULO 2
ORGANIZAÇÕES NA SOCIEDADE
Com o uso da moeda, é possível às pessoas adotar um padrão único de troca que
seja referendado entre todas as pessoas, auxiliando, assim, as trocas realizadas. O
valor do dinheiro é indiscutível, e tem cada vez mais se consolidado perante toda a
sociedade. Sendo assim, é importante considerar que seu uso visa facilitar o processo
de interação da própria sociedade.
definidas, temos que surge as primeiras bases do que no futuro seria denominado de
sistema financeiro nos países.
O modelo econômico escolhido pelos países também é uma atividade que acaba
influenciando no sistema financeiro e também na forma como eles lidam com a moeda
em seu território. Assim, faz-se importante analisar que:
A adoção do sistema capitalista pela enorme maioria dos países, bem como sua
influência e sua importância cada vez maiores em toda a sociedade proporcionaram
que os governos fossem cobrados a garantir maior segurança a todas as pessoas
e empresas que faziam parte desse sistema. Sendo assim, surgiu a necessidade de
que os países implementassem estruturas capazes de organizar a forma com que o
dinheiro era utilizado em seu país (IZIDORO, 2016).
A criação de grandes instituições para cuidar das operações do Sistema Financeiro
de cada país fez com que elas pudessem ser utilizadas para executar as diversas
atividades e vantagens que competiriam aos governos (TAVARES, 2014). Com as
grandes instituições, tornou-se possível executar e operacionalizar todas as políticas
necessárias para que os países pudessem organizar o uso das moedas pelas pessoas
e organizações em seus territórios. Como forma de entender um pouco mais sobre
isso, é necessário avaliar a figura do Banco Central, que foi criado no Reino Unido e
que tinha como principais atribuições as seguintes:
Quando se aborda a questão dos objetivos, temos que eles são os produtos e serviços
pelos quais as organizações foram criadas para atender. As organizações podem ter
objetivos distintos, enquanto uma montadora de veículos tem, como objetivo principal,
ofertar veículos modernos e que atendam às necessidades dos seus clientes. Temos
que uma organização pública como uma prefeitura visa administrar os recursos públicos
captados na forma de impostos em serviços para a população daquele município.
Segundo Chiavenato (2021, p. 2), temos que as organizações possuem a característica
de serem:
Aspecto principal do
Definição
conceito de Administração
Administração: é um processo contínuo e sistêmico que envolve uma série de atividades
Administração como impulsionadoras, como planejar, organizar, dirigir e controlar recursos e competências para
processo contínuo e alcançar metas e objetivos organizacionais. Ela implica em fixar objetivos a serem alcançados,
sistêmico tomar decisões no meio desse caminho e liderar todo esse processo para o alcance dos objetivos,
a fim de oferecer resultados aos públicos estratégicos da organização.
Administração: envolve a articulação e a aplicação de vários conjuntos de recursos e competências
Administração como organizacionais para alcançar objetivos. Ela é um processo abrangente que envolve e põe em
articulação uso uma variedade de recursos: humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e uma torrente
de dados e informação.
Administração: exige ações orientadas para alcançar objetivos, fazendo com que pessoas e
órgãos trabalhem de maneira conjunta e integrada. Não se trata de uma atividade randômica
Administração faz uso de ou casual, e sim de uma abordagem proposital e direcionada para alvos previamente definidos,
ações envolvendo objetivos individuais, grupais e organizacionais ou uma combinação deles. Inclui
esforços para completar atividades sequenciais e sucessivas a fim de alcançar níveis cada vez
mais elevados de excelência e competitividade.
Administração: envolve o direcionamento de atividades executadas por todo o conjunto organizacional.
Administração como
É um processo desenvolvido nos vários níveis das organizações por pessoas com diferentes funções
direcionamento
intencionalmente estruturadas e coordenadas para o alcance de propósitos comuns.
A Administração ocorre exclusivamente dentro de organizações: ela não acontece em situações
isoladas. Todas as organizações – como nações, estados e municípios, empresas, indústrias,
empreendimentos de todo tipo, não importando seu tamanho ou natureza – precisam ser
O ambiente da
administradas. Ocorre que cada organização é única, singular e diferente das demais, e suas
Administração
características ímpares afetam tanto o administrador quanto todas as pessoas que com ele
interagem. Assim, o administrador precisa necessariamente compreender a organização que
dirige.
A Administração requer fazer as coisas por meio das pessoas: o papel do administrador não é
executar, mas assessorar as pessoas e desenvolver nelas capacidades e competências para que
As pessoas são essenciais executem adequadamente suas atividades. Deve saber ajustar as capacidades e as competências
para a Administração das pessoas aos requisitos da organização e dos objetivos a serem alcançados por meio do
esforço conjunto. Para isso, deve saber comunicar, orientar, engajar, ensinar, liderar e motivar
pessoas.
A Administração requer, simultaneamente, lidar com situações múltiplas e complexas, muitas
vezes inesperadas e potencialmente conflitivas. Assim, a Administração é um processo complexo
Administração como
que requer integração, articulação e visão de conjunto, principalmente quando as atividades são
múltiplas funções
divididas, diferenciadas e fragmentadas. Isso requer consistência e flexibilidade, reflexão e ação,
espírito analítico e sintético, olhar para o todo e para suas partes simultaneamente.
Quadro 3 – Conceitos de Administração utilizados nas teorias de gestão
Fonte: CHIAVENATO (2021, p. 16).
novas leis, hipóteses e métodos que são empregados nos estudos acerca das
organizações.
Por intermédio da concepção das artes, é possível entender a visão, a intuição, a
abordagem criativa e inovadora que os profissionais precisam ter para que possam atuar
no ambiente organizacional. Já em relação à concepção da tecnologia, é importante
avaliar que ela busca transformar e operar uma realidade no universo organizacional.
Assim, ela aplica normas e procedimentos com rigor e sobre a base de um programa
que seja objetivamente definido.
ANOTE ISSO
O entendimento de que a gestão empresarial deve ser vista como uma importante
teoria não pode deixar de ser conhecida pelos profissionais que estudam sobre gestão.
Sobre o pensamento administrativo dar margem para o desenvolvimento da gestão
empresarial, é importante avaliar que ele:
Estatística, Antropologia e quaisquer outras áreas que possam agregar uma nova
visão interessante sobre os estudos da Administração. A importância de se utilizar
várias áreas do conhecimento ocorre porque dentro das organizações existem várias
funções organizacionais que devem ser observadas e entendidas. Essas funções estão
apresentadas na Figura 6 a seguir:
CAPÍTULO 3
OS DIFERENTES PAPÉIS
NAS ORGANIZAÇÕES
Apesar de ser uma das principais funções dos administradores tornar as suas
organizações eficientes e eficazes, temos que muitas empresas podem operar por um
longo tempo como organizações ineficazes e ineficientes. Geralmente, essa ineficiência
pode ser camuflada por alguns resultados positivos das empresas, o que poderá
prejudicar um bom diagnóstico dos gestores.
No Quadro 4 é possível observar as principais diferenças existentes em relação
aos conceitos de eficiência e eficácia:
Eficiência Eficácia
Ausência de desperdício Capacidade de realizar resultados
Uso econômico de recursos Grau de realização dos objetivos
Menor quantidade de recursos para produzir mais
Capacidade de resolver problemas
resultados
Quadro 4 – Diferenças entre os termos de eficiência e eficácia
Fonte: MAXIMIANO (2004, p. 32).
O papel de negociador é o terceiro tipo de papel que deve ser conhecido pelos
profissionais que estão atuando como tomadores de decisões. Esse papel possui
relação direta com a necessidade que os gestores possuem de representar as empresas
em negociações em seu dia a dia. Geralmente, temos que compete aos gestores
representar as empresas em negociações diversas. Dentre elas, temos: negociações
com sindicatos, negociações com clientes, negociações com fornecedores, negociações
com credores, negociações com instituições bancárias e nas negociações que estão
dentro das organizações são escassos, é importante avaliar que esse é um papel de
grande complexidade para os administradores.
ANOTE ISSO
CAPÍTULO 4
TEORIAS E IDEIAS
FUNDAMENTAIS DA
ADMINISTRAÇÃO
Característica Definição
O processo da revolução industrial acabou fortalecendo o capitalismo como sistema
econômico nos principais países da Europa, possibilitando posteriormente que ele fosse
difundido para as colônias e demais países que efetuavam transações comerciais com esses
Sistema econômico
países. É importante avaliar ainda que o capitalismo fazia uso dos recursos acumulados
no sistema financeiro inglês para serem aplicados no desenvolvimento das indústrias que
passaram a dominar a maioria das grandes cidades europeias.
Com a busca cada vez mais frequente pela expansão da produção, as primeiras máquinas
foram desenvolvidas como forma de aumentar a produção. Ressalta-se ainda que o uso do
vapor acabou se consolidando para a criação de máquinas que pudessem ser incorporadas nos
Surgimento das máquinas
processos produtivos. Assim, os trabalhadores passaram a ser substituídos pelas primeiras
a vapor
máquinas que trabalhavam 24 horas ininterruptas. O desenvolvimento das máquinas a
vapor é apontado pelos especialistas e historiadores como o ponto de partida da primeira
Revolução Industrial na Europa.
A Revolução Industrial acabou influenciando muito a forma como patrões e empregados
se relacionavam. É necessário avaliar ainda que, nessa época, os trabalhadores eram
Relações patrão e
tratados apenas como um insumo do processo produtivo, sendo facilmente substituídos.
empregado
Entretanto, nessa época começaram a surgir os primeiros indícios de organização por parte
dos trabalhadores em busca de melhores oportunidades de trabalho nas fábricas do período.
O período da primeira Revolução Industrial ficou marcado por pagar baixos salários para os
Péssimas condições de trabalhadores, o que, por sinal, acabou agravando a situação das grandes cidades industriais
trabalho na Europa de forma geral. Além de pagar baixos salários, outra característica que marcou o
período foi o fato de que os trabalhadores eram expostos a jornadas de trabalho degradantes.
A Revolução Industrial não foi um processo com começo, meio e fim. Esse processo ainda
está em curso por meio de suas fases. Ao retratar os estudos sobre a Revolução Industrial,
A revolução em diversas
temos que os especialistas acabaram dividindo esse período em quatro fases distintas.
fases
São elas: primeira Revolução Industrial, segunda Revolução Industrial, terceira Revolução
Industrial e a fase atual, que é denominada de quarta Revolução Industrial.
Fonte: elaborado pelo autor (2022)
[...] na terceira fase, liderada também pelos Estados Unidos, teve início,
com o final da Segunda Guerra Mundial (meados do século XX) e com
a introdução do uso de novas fontes de energia, a nuclear. Logo após
a guerra, surge um novo cenário nas relações econômicas e formas
de produção. Há uma velocidade maior na tecnologia e inovação,
acompanhadas da globalização, com destaque para setores como
informática, genética e biotecnologia, além da internet, melhorias nas
condições de trabalho e ampliação dos direitos trabalhistas. Houve o
fortalecimento do sistema capitalista com o crescimento econômico
também do Japão e da Alemanha (Ocidental), que passaram a figurar
como potências econômicas e, posteriormente, alguns países emergentes
surgem como potenciais economias globais, como Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul (BRICS) (ROCHA; VENDRAMETTO, 2016, p. 29).
É possível afirmar ainda que a sociedade se encontra à beira de uma nova revolução
industrial. Tendo em vista que a Terceira Revolução Industrial se estendeu até meados
dos anos 1990, é possível considerar que a sociedade vive uma nova revolução. Esse
fenômeno ainda não apresenta uma descrição completa e uníssona, porém já é algo
inegável em todo o mundo (LOZADA, 2017).
A Quarta Revolução Industrial é constituída de uma multiplicidade de fenômenos
sociais e tecnológicos que podem ser observados em toda a sociedade. Esse fenômeno
nada mais é do que a interconexão de máquinas de última geração supervisionadas por
gestores que atuam sob o signo da inovação em um processo de mudança permanente,
em ritmo on-line. Portanto, o sucesso na Quarta Revolução Industrial somente pode ser
alcançado quando as tecnologias e os recursos humanos atuam de forma conjunta
e integrada (KRAJEWSKI, RITZMAN, MALHOTRA, 2009).
As máquinas, e aqui se incluem desde ferramentas até supercomputadores, estão
mais inteligentes. Com isso, é possível perceber que a inovação é uma constante
no campo organizacional. A Inteligência Artificial, que ocorre quando as máquinas
assimilam a capacidade de aprender, tem ocasionado uma grande evolução no ambiente
empresarial em todo o mundo. Dentre as principais aplicações da Inteligência Artificial
nas mais diversas áreas, é possível citar as que estão presentes na Figura 12 a seguir:
A Inteligência Artificial pode ser utilizada para solucionar os mais variados problemas
– desde os considerados relativamente simples até os mais completos, que fazem parte
de sistemas ainda mais complexos. A Inteligência Artificial envolve utilizar métodos
baseados no comportamento inteligente de humanos e outros animais para solucionar
problemas complexos.
A tecnologia da informação propiciou o surgimento da Indústria 4.0. Essa expressão
acabou se espalhando pelo mundo e tem como sinônimo “integração de tecnologias de
informação e comunicação que permitem alcançar novos patamares de produtividade,
flexibilidade, qualidade e gerenciamento, possibilitando a geração de novas estratégias
e modelos de negócio para a indústria” (SACOMANO et al., 2018, p. 29).
Conforme expõe Corrêa (2019), na Indústria 4.0 há:
O perfil do profissional que atua na Indústria 4.0 também é peculiar, pois as empresas
que estão nesse patamar precisam de profissionais mais flexíveis, que tenham, dentre
suas características, a adaptação às mudanças com facilidade e que sejam capacitados
para interpretar um grande volume de informações (LELIS, 2015a). Além disso, espera-
se que esses profissionais possuam senso crítico, que entendam ciência de dados
e possam tomar decisões com base em informações fornecidas em tempo real por
softwares e máquinas cada vez mais avançados (SILVA; BARBOSA; CÓRDOVA, 2018).
Em relação aos hardwares, a Indústria 4.0 apresenta manufatura aditiva, utilizando
a impressão 3D, e também se utiliza de veículos autônomos, da robótica avançada e
da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT). Quanto aos softwares, a Indústria 4.0
utiliza data analytics, Inteligência Artificial, machine learning, realidade virtual, realidade
aumentada e, mais recentemente, blockchain.
A Business Intelligence tem feito cada vez mais parte do dia a dia das organizações dos
diferentes setores da sociedade. Essa expressão pode ser entendida como o conjunto
“que combina arquiteturas, ferramentas, bases de dados, ferramentas analíticas,
aplicativos e metodologias” (SHARDA; DELEN; TURBAN, 2019, p. 15). Com a integração
ANOTE ISSO
Os aspectos de cada uma das teorias estão temporalmente relacionados ao estágio
evolutivo da sociedade. Por isso, é necessário entender que conforme a sociedade
evolui, isso acaba influenciando também nas organizações e, automaticamente,
demanda novas teorias que possam se adequar a esse novo ambiente. Assim,
temos que se torna cada vez mais claro o motivo da Administração fazer parte da
área de Ciências Sociais aplicadas.
CAPÍTULO 5
A IMPORTÂNCIA DA
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A Administração integra a área das Ciências Sociais aplicadas. Por isso, é importante
avaliar que ela acaba evoluindo à medida que a sociedade também evolui. Por isso,
é necessário entender que os processos realizados dentro da Administração visam
atender expectativas internas e externas das organizações. É importante avaliar, ainda,
que a Administração possui uma série de teorias que são fundamentais para que os
gestores possam se apoiar no momento da tomada de decisão, mas você sabe o
que é uma teoria?
Uma teoria em Administração pode ser encarada como um conjunto de “ideias
práticas que ajudam a entender e administrar organizações” (MAXIMIANO, 2004, p.
47). Sobre as teorias relacionadas à Administração, é importante avaliar os seguintes
aspectos principais:
• Relação com a história: as teorias de Administração possuem uma história
muito antiga. Praticamente, temos que elas nasceram e evoluíram à medida
que os primeiros gestores criaram as primeiras organizações. Assim, temos
que que conforme os problemas de gestão surgiam, os gestores encontravam
formas de resolver esses problemas, utilizando-se de técnicas como definição
de objetivos, planejamento de atividades, alocação de recursos e implantação
de controles diversos.
• Relação com a vida das pessoas: muitas das técnicas que permitiram o surgimento
das primeiras teorias de Administração estão relacionadas ao dia a dia das
pessoas, pois, à medida que os problemas surgiam dentro das organizações, se
tornou comum que as soluções fossem buscadas dentro da experiência pessoal
de cada um. Ainda é necessário avaliar que os problemas que as organizações
possuem são “problemas eternos, que as pessoas e as organizações sempre
enfrentarão, motivando continuamente o surgimento de ideias e técnicas para
administrar todos os tipos de empreendimento” (MAXIMIANO, 2004, p. 48).
de administração. Assim, é fácil supor que não existe uma única teoria que tenha
condições de abarcar todos os apontamentos relacionados a essa área. Por isso, em
relação às primeiras teorias da área da Administração, é possível dividi-las em três
escolas:
• Escola clássica;
• Escola comportamental;
• Escola do Pensamento Sistêmico.
Sobre a Administração Científica, é importante observar que cada autor trouxe inúmeras
contribuições sobre esse período. Por exemplo, Ribeiro (2016, p. 22) afirma que:
Vantagem Definição
Aumentar a produtividade no processo produtivo, visando uma
Aumento da produtividade situação benéfica de ganho para os proprietários, os supervisores, os
operários, bem como para os compradores dos produtos fabricados.
Aumentar a rotatividade do capital circulante da organização,
Rotatividade do capital propiciando pouca imobilização dele, bem como otimizada rapidez
no processo produtivo.
Aumentar a economicidade no processo produtivo, principalmente
pela redução do volume de transformação de matérias-primas e do
Economicidade
nível de retrabalho – refazer o que já foi feito – nas atividades das
organizações.
Quadro 12 – Vantagens da aplicação do estudo de tempos e movimentos
Fonte: OLIVEIRA (2012, p. 27).
ANOTE ISSO
Função Operação
Essa função se resume em produção, fabricação, transformação. A função
técnica nem sempre é a mais importante. Mesmo nas empresas industriais, há
Técnica
circunstâncias em que qualquer uma das outras funções pode ter influência muito
maior no desenvolvimento da empresa do que a função técnica.
Essa função se resume em compras, vendas, permutas. A prosperidade de uma
empresa industrial depende tanto da função comercial quanto da função técnica;
Comercial
se o produto não se vende, a empresa não gera resultados. Saber comprar e
vender é tão importante quanto fabricar bem
Esta função se resume em procurar e gerenciar os recursos financeiros. Está
envolvida em todas as ações da empresa, uma vez que gerencia o capital necessário
para pagamento de salários, aquisição de equipamentos e matérias-primas,
Financeira pagamento de dividendos, realização de melhorias nos edifícios e constituição de
reservas. É indispensável ter habilidade na gestão dos fundos a fim de empregá-
los bem, evitando aplicações indevidas e maléficas para a saúde financeira da
organização.
Esta função se resume em proteção de bens e de pessoas. Sua missão é proteger
os bens e as pessoas contra roubo, incêndio e inundação, evitar greves e atentados
De segurança
e, em geral, todos os obstáculos de ordem social que possam comprometer o
progresso e mesmo a própria existência da empresa.
Esta função se resume em realizar inventários, balanços, preços de custo e
estatísticas. Constitui-se no departamento de organização e fiscalização do setor
De contabilidade
financeiro das empresas, revelando, a todo momento, a posição e o rumo do
negócio. Deve dar informações exatas sobre a situação econômica da empresa.
Esta função se resume em realizar a previsão, organização, direção, coordenação
e controle. Nenhuma das cinco funções precedentes tem o encargo de formular o
programa geral de ação da empresa, de constituir seu corpo social, de coordenar os
Administrativa esforços, de harmonizar os atos. Essas operações não fazem parte das atribuições
e caráter técnico nem tampouco das funções comercial, financeira, de segurança
ou de contabilidade. Elas constituem outra função, designada habitualmente sob o
nome de Administração, cujas atribuições e esfera de ação são muito mal definidas.
Quadro 13 – Funções de uma organização segundo Fayol
Fonte: RIBEIRO (2016, p. 47).
Fayol ainda foi responsável por definir inúmeros princípios que são fundamentais
nas operações de gestão nas organizações. Assim, é importante aprofundar ainda
mais os estudos acerca das suas contribuições.
CAPÍTULO 6
OS PRINCÍPIOS DE
ADMINISTRAÇÃO DE FAYOL
O livro publicado por Fayol no qual apresentou parte de sua teoria acabou apresentando
dois aspectos fundamentais acerca da Administração:
De acordo com Fayol, dentre as funções, temos que o planejamento está relacionado
com a visão de futuro que uma organização possui. Geralmente, temos que uma
empresa não é aberta pensando em seu fechamento. Por isso, ela deve ser pensada
com sua atuação futura. É importante avaliar, ainda, que é função da Administração
projetar um futuro para a organização. Para isso, será necessário que ele visualize o
futuro esperado, possa traçar planos e programas de ação que levem ao alcance dele.
ANOTE ISSO
Salienta-se, ainda, que para que o administrador possa comandar uma organização,
é de fundamental importância que ele tenha o poder para tal, ou seja, que
efetivamente as pessoas respeitem esse administrador e possam seguir o que ele
informa como certo no ambiente organizacional.
Segundo Fayol, temos que deve haver uma espécie de proporcionalidade em relação
à função de administrar, pois:
Ainda em suas obras e estudos, temos que Fayol ganhou enorme relevância na
Europa, onde seus projetos encontram grande campo de aplicação. Assim, é importante
avaliar que parte de seu reconhecimento se deveu também ao grande desenvolvimento
que as indústrias europeias estavam apresentando nas primeiras décadas do século XX.
Figura 18 – O desenvolvimento das indústrias proporcionou maior valor aos achados de Fayol
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/f%c3%a1brica-nostalgia-maquinaria-4477482/
A gestão das organizações poderia ser realizada segundo Fayol utilizando o conjunto
de 14 princípios que ele desenvolveu como forma de orientar a atuação dos profissionais
administradores. No Quadro 14 é possível conhecer quais são esses princípios e como
eles podem ser aplicados na gestão:
Princípio Definição
Implica a especialização dos trabalhadores, permitindo que se tornem experientes e mais produtivos. A divisão do trabalho tem
Princípio da divisão do trabalho
como finalidade produzir mais e melhor com o mesmo esforço.
Autoridade, institucional e pessoal, acompanhada das responsabilidades correspondentes. A responsabilidade é a contrapartida da
Princípio da autoridade autoridade. Entretanto, a responsabilidade, em geral, é evitada, enquanto a autoridade é desejada. O medo das responsabilidades
paralisa muitas iniciativas e anula muitas qualidades. Um bom chefe deve ter e disseminar a coragem de assumir responsabilidades.
Disciplina essencialmente, obediência, assiduidade, atividade, postura, sinais exteriores de respeito conforme os acordos
Princípio da disciplina estabelecidos entre a empresa e seus agentes. Quando a indisciplina se manifesta ou quando o entendimento entre chefes e
subordinados deixa a desejar, na maior parte dos casos o problema resulta da incapacidade dos chefes.
Cada empregado não deve ter senão um chefe e não deve existir dualidade de comando. Em todas as associações humanas,
Princípio da unidade de comando
na indústria, no comércio, no exército, na família, no Estado, a dualidade de comando é fonte perpétua de conflitos.
Apenas um chefe e apenas um programa para um conjunto de operações que tenham a mesma finalidade. É a condição
Princípio da unidade de direção
necessária para a unidade de ação, a coordenação das forças, a convergência dos esforços.
Subordinação do interesse individual ao interesse geral, conciliando os interesses contraditórios quando necessário. É uma das
grandes dificuldades do governo (da empresa). Os meios para realizar esse objetivo são: firmeza e bons exemplos mostrados pelos
Princípio da subordinação
superiores, maior equidade possível nos acordos entre a empresa e seus empregados, supervisão constante do funcionamento
da empresa pelo dirigente.
Remuneração equitativa do esforço. Todas as formas de remuneração que podem melhorar o valor e as condições do pessoal,
Princípio da remuneração estimular o zelo dos agentes de todos os níveis, devem ser objeto de contínua atenção por parte dos chefes. Este é um dos
equitativa princípios que Fayol mais desenvolve. Ele analisa diferentes possibilidades de remuneração – seis no total, inclusive participação
nos lucros e prêmios de acordo com o desempenho. São formas de remuneração que hoje continuam avançadas.
Grau de centralização e descentralização – escolha feita em função das condições de atividade e de qualidade do pessoal.
Princípio da centralização e Encontrar à medida que proporciona o melhor rendimento possível é o problema da centralização e da descentralização. Tudo
descentralização que aumenta a importância do papel dos subordinados é descentralização; tudo que diminui a importância desse papel é
centralização.
O princípio da administração hierárquica. Este caminho é imposto simultaneamente pela necessidade de garantir a transmissão
de informações e pela unidade de comando. Mas, nem sempre é o mais rápido. É um erro afastar-se da via hierárquica sem
Princípio da cadeira hierárquica necessidade; é erro bem maior segui-la quando provoca danos para a empresa. Para evitar problemas com a hierarquia, Fayol
sugere a “ponte”, ou seja, um canal de comunicação diagonal, possibilitando a uma pessoa comunicar-se com outra quando
necessário.
Simultaneamente material e social. É conhecida a fórmula da ordem material: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu
lugar. A fórmula da ordem social é idêntica: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar. Segundo Fayol, a ordem
material deve ter como resultado evitar as perdas de materiais e de tempo. Os materiais devem estar em seu lugar, e o lugar
Princípio da ordem
deve ser escolhido de forma a facilitar a utilização dos materiais. Parecem os princípios do Sistema Toyota de Produção, que
você verá nas próximas aulas. A ordem social, para Fayol, está relacionada com a pessoa certa no lugar certo. A ordem social
pressupõe que duas operações administrativas difíceis tenham sido resolvidas: organização e recrutamento.
Princípio da equidade no
O chefe da empresa deve se esforçar para fazer penetrar o sentimento de equidade em todos os níveis da hierarquia.
tratamento dos empregados
Princípio da estabilidade de Em geral, o pessoal dirigente das empresas prósperas é estável; os que trabalham nas empresas deficitárias (infelizes, nas
pessoal palavras de Fayol) são instáveis.
Conceber um plano e assegurar seu sucesso é uma das grandes satisfações do homem inteligente; é, também, um dos mais
Princípio da iniciativa poderosos estimulantes da atividade humana. A iniciativa de todos, juntando-se à do chefe e, se necessário, suplementando-a, é
grande força para as empresas. É preciso que o chefe saiba sacrificar o amor próprio para dar tais satisfações a seus subordinados.
Que é essencial para a direção reforçar a moral da mão de obra. É preciso talento real para coordenar os esforços, estimular o
zelo, utilizar as faculdades de todos e recompensar o mérito de cada um sem despertar ciúmes e sem perturbar a harmonia das
relações. Neste ponto, Fayol aborda a má interpretação do lema “dividir para reinar” e o abuso das comunicações escritas, como
Princípio do espírito de equipe
perigos a evitar. Dividir seu próprio pessoal é falta grave que o chefe pode cometer, resultante de incapacidade administrativa.
Quanto às comunicações escritas, devem ser evitadas quando se quer rapidez; devem ser preferidas quando se quer precisão
e evitar mal-entendidos.
Quadro 14 – Os princípios de Administração segundo Fayol
Fonte: MAXIMIANO (2021, p. 53).
Os princípios apresentados por Fayol servem como norte para que os administradores
possam lidar com as maiores dificuldades no universo empresarial. Assim, é de grande
importância que esses princípios possam ser utilizados para uma tomada de decisão
mais assertiva dentro das organizações. O uso da teoria de Fayol ainda hoje é válido
em várias organizações. Por isso, é necessário reconhecer sua importância.
CAPÍTULO 7
ESCOLA DAS RELAÇÕES
HUMANAS E SUAS
CARACTERÍSTICAS
As pessoas, sem dúvida alguma, são fundamentais para o sucesso das organizações.
Portanto, é necessário supor que uma teoria em Administração surgisse e levasse em
consideração o chamado enfoque comportamental e sua influência nos resultados
organizacionais. Se por meio da Administração Científica foram conduzidos estudos
com vistas a melhorar o desempenho de processos e os resultados organizacionais,
na escolha das relações humanas os trabalhadores passaram a ser considerados
como parte indispensável para que uma organização alcançasse todos os resultados
dentro das empresas.
O enfoque comportamental que originou a teoria das relações humanas, ou escola
das relações humanas, como preferem alguns autores da Administração, está baseado
nos dois pilares seguintes:
• Estudo das pessoas como indivíduos: aqui são avaliados aspectos importantes
como as competências, os conhecimentos, as habilidades e atitudes que tornam
os trabalhadores indispensáveis para o sucesso de qualquer organização.
Ressalta-se ainda que o estudo das pessoas como indivíduos também realiza
estudos sobre os traços de personalidade das pessoas que podem afetar seu
trabalho (MAXIMIANO, 2004);
• Estudo das pessoas como membros de grupos: aqui são avaliados aspectos
importantes acerca de como a organização necessitará lidar com os diferentes
grupos que compõem uma organização. Por exemplo, aqui se destacam os
estudos sobre motivação, liderança, dinâmicas de grupo, comunicação e a
influência da cultura (MAXIMIANO, 2004).
As pessoas são diferentes e carregam inúmeras particularidades suas para quando estão
dentro do ambiente organizacional. Assim, é natural supor que quando uma empresa busca
entender como seus resultados são formados, temos que elas acabam visualizando o papel
das pessoas como fundamental para o alcance desse resultado. Assim, necessitamos
avaliar, também, que as organizações buscam entender as pessoas muito mais do que
apenas “peças” na complexa engrenagem organizacional; elas passam a compreender
que as pessoas dentro das empresas são a parte principal da evolução empresarial.
ANOTE ISSO
O australiano Elton Mayo, que estava radicado nos Estados Unidos, acabou sendo
chamado para interpretar os resultados da experiência de Hawthorne. Assim, ele, juntamente
com sua equipe, acabou produzindo um rico material acerca da importância das pessoas
no universo empresarial. O conjunto de estudos apresentados por Mayo proporcionou a
base da escola de relações humanas conforme apresentado na Figura 19 a seguir:
A escola das relações humanas ainda revelou que a alta administração das
organizações deve buscar criar um movimento em busca de aumentar a motivação
dos seus colaboradores. Por isso, é muito importante que eles se sintam motivados para
que possam apresentar bons resultados no universo empresarial. Sobre a motivação,
é importante avaliar que ela é:
CAPÍTULO 8
PRINCIPAIS ESTUDOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÓS-TAYLOR
A teoria do sistema apresenta que um sistema deve ser considerado como um todo
complexo ou organizado. Nesse todo, temos que o conjunto de partes ou elementos
acaba formando um todo unitário. Assim, temos que partes distintas acabam interagindo
para que o todo possa apresentar as soluções esperadas. O estudo do pensamento
sistêmico apresenta que “qualquer sistema pode ser representado como conjunto
de elementos ou componentes interdependentes, que se organizam em três partes:
entradas, processo e saída, a representação concreta que mais facilmente ilustra um
sistema é a fábrica (ou qualquer sistema de produção)” (MAXIMIANO, 2010, p. 66).
No Quadro 17, apresentado a seguir, é possível observar como o pensamento
sistêmico entende as partes de um sistema:
ANOTE ISSO
A qualidade surgiu dentro das discussões das organizações como uma necessidade
que a própria sociedade tinha em relação aos produtos que eram ofertados pelas
empresas. Se em um primeiro momento a necessidade de um consumo cada vez maior
fez surgir a Administração Científica, agora temos que a sociedade passou a cobrar
das empresas produtos que oferecessem aspectos distintos da qualidade. Na Figura
21 é possível avaliar como a qualidade pode ser compreendida sob diversas óticas:
CAPÍTULO 9
ESCOLA DA QUALIDADE E
SUAS ESPECIFICIDADES
ANOTE ISSO
Figura 23 – A qualidade passou a direcionar uma série de decisões dentro das empresas
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/qualidade-m%c3%a3o-escrever-500958/
A Estatística tem sido muito utilizada por diversas áreas dentro das empresas. Por
isso, é muito importante avaliar como ela é encarada dentro das organizações e,
principalmente, quais são as ferramentas ofertadas por ela para a geração de dados
e informações que auxiliem os administradores. Como forma de compreender
um pouco mais sobre o papel da Estatística dentro das empresas, assista ao
vídeo intitulado “Gestão Empresarial – Estatística Aplicada à Gestão”, com Carlos
Akamine e Nizi Morselli”, que está disponível neste link: https://www.youtube.com/
watch?v=2i3mAc4hzOA
Figura 24 – A Segunda Guerra Mundial teve papel de grande importância no desenvolvimento da Escola da Qualidade
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/tanque-guerra-campo-de-batalha-449772/
AULA 10
A IMPORTÂNCIA DA
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
E DA ADMINISTRAÇÃO
EMPREENDEDORA
Tipo Descrição
Aprendizagem e inovação: Neste mundo da qualidade total, do defeito zero, da padronização, as práticas gerenciais se voltam
sua relação com os erros para a eliminação total dos erros, para as atividades repetitivas e perfeitamente controláveis.
Como inovar significa tentar buscar, errar, refazer, persistir, não sobra espaço nesse ambiente
de total previsibilidade, para a criatividade e para a inovação.
Aprendizagem e inovação: As atividades de inovação tecnológica demandam recursos para pesquisa e desenvolvimento.
sua relação com os riscos Os investimentos realizados nem sempre resultam em ganhos, em retorno dos investimentos.
A aversão ao risco inibe as atividades inovadoras. É mais barato continuar fazendo a rotina e o
habitual do que alocar tempo e recursos na busca de novas e incertas alternativas.
Aprendizagem e inovação: O desenvolvimento de um novo processo ou de um novo produto pode levar meses, e até anos
sua relação com o tempo para que passe da ideia ou da necessidade para a produção e para o mercado. Estratégias
voltadas para o curto prazo impedem a empresa de olhar para a frente e de perseguir uma
visão de futuro.
Aprendizagem e inovação: O processo de inovação é fundamentalmente baseado no giro do conhecimento tácito, do
sua relação com as conhecimento que está na cabeça das pessoas. Incentivar a socialização do conhecimento dentro
pessoas da empresa significa valorizar o ser humano e qualificá-lo para contribuir com sua criatividade,
sua iniciativa e seus resultados. Empresas que consideram as pessoas como custo acabam
se tornando incapazes de inovar.
Aprendizagem e inovação: Estruturas organizacionais mecanistas, rígidas e resistentes à mudança não são compatíveis
sua relação com as com a inovação. A empresa inovadora tem uma estrutura orgânica, flexível e com poucos
mudanças níveis hierárquicos. A inovação se origina do caos organizado. Uma cultura inovadora só se cria
modificando atitudes, crenças e valores arraigados.
Aprendizagem e inovação: Inovar não significa inventar. Uma empresa que simplesmente gera novos conhecimentos, mas
sua relação com resultados não os incorpora a produtos morre de inanição. O segredo não é ser inovativo, é ser inovador
Aprendizagem e inovação: Inovar demanda constância, teimosia, resiliência, persistência. A estrada da inovação é cheia
sua relação com as de percalços, de abismos, de becos sem saída. A trajetória é difícil, pois tempo e recursos são
dificuldades das tarefas necessários, e os resultados nem sempre são imediatos. Inovar significa aprender com os
próprios erros, tentar novas soluções, e nunca desistir
Aprendizagem e inovação: As empresas, em geral, estão pouco preparadas para responder à inovação gerada por um
sua relação com o concorrente. E não bastam melhorias incrementais para que as organizações alcancem vantagem
rompimento de antigas competitiva no mercado global. Quanto mais sistêmica, radical e em maiores partes do modelo
práticas de negócio for a inovação, maior será a dificuldade de imitação. Para que as competências em
inovar gerem vantagens competitivas duradouras, elas devem ser valiosas, raras, difíceis de
imitar pela concorrência e gerenciáveis pela empresa.
Quadro 21 – Aspectos relacionados à inovação e aprendizagem
Fonte: Scherer, Carlomagno (2016, p. 4)
A busca pela inovação não pode fazer das empresas um campo fértil sobre possíveis
erros em relação a esse tema. Por isso, é esperado que os gestores possam conduzir
o processo de inovação de forma a garantir os melhores resultados possíveis para
os seus negócios.
ANOTE ISSO
A gestão do conhecimento é uma área que possui uma grande importância para
todas as organizações. Assim, tem se tornado cada vez mais necessário que as pessoas
e as empresas conheçam todas as especificidades relacionadas a essa área. Ressalta-
se também que a gestão do conhecimento precisa ser implementada no universo
empresarial como uma estratégia. Assim, faz-se necessário que ela tenha relação
direta com a estratégia corporativa que os gestores desejam implementar.
Uma segunda teoria que é vista ao longo desta aula trata da administração
empreendedora. Segundo Maximiano (2004), essa teoria surgiu da necessidade de
constante renovação que as empresas possuem. Assim, é importante para os gestores
e administradores compreenderem os seguintes aspectos fundamentais dessa escola:
CAPÍTULO 11
A EFICIÊNCIA E O DESEMPENHO
ORGANIZACIONAL
Uma organização pode ser gerenciada de diversas formas, sendo que cada uma
possui um tamanho diferente, uma atuação diferenciada, comercializando produtos
e serviços, para grupos de clientes distintos e que possuem colaboradores e fontes
de recursos específicas. Assim, é necessário avaliar que os gestores precisam estar
alinhados às características de sua organização no processo de implementação de
uma política de avaliação de desempenho dos resultados empresariais.
ANOTE ISSO
de decisão, bem como será mais fácil para que a empresa possa melhorar seus
indicadores.
A busca por uma melhor eficiência apresenta que as empresas deverão se preocupar
em evitar o desperdício em toda a sua operação. Assim, é necessário considerar que
o desperdício deve ser considerado como:
• Consumo de maior quantidade de recursos do que o necessário para se realizar
uma tarefa ou atividade;
• Consumir recursos diversos dentro da organização sem atingir nenhum objetivo
específico;
• Quando a organização gasta recursos para fabricar produtos ou prestar serviços
desnecessários e que não agregam nada à organização.
CAPÍTULO 12
ANALISANDO O
PROCESSO DECISÓRIO
O que um administrador mais faz em seu dia a dia é tomar decisões. Por isso, é
muito importante que todas as decisões tomadas sejam assertivas, proporcionem bons
resultados, bem como agreguem importantes resultados operacionais. A avaliação
do processo decisório dentro da empresa pode indicar caminho para que a empresa
melhore seu desempenho. Com isso, temos que os administradores devem buscar
realizar um processo de avaliação contínua de como ele toma suas decisões e,
principalmente, de todos os seus resultados.
Sobre o processo decisório dentro de uma organização e de sua importância para
avaliação dos resultados do trabalho dos administradores, é importante avaliar que:
As decisões não são todas iguais. Por isso, é importante que se observe a essência de
cada uma delas que permita identificar se elas são programadas ou não programadas:
• Decisões programadas: são aquelas decisões mais comuns dentro da organização.
Geralmente elas integram o rol de decisões muito semelhantes que já foram
tomadas dentro da empresa em outro momento. São decisões rotineiras e que
se repetem ao longo dos dias, semanas ou meses. Para lidar com as decisões
programadas, é possível estabelecer um tipo de roteiro que oriente quem estiver
lidando com essa decisão. Um tipo de decisão programada é a que implica a
reposição do estoque de um determinado produto. Por exemplo: se identificou
que um item acabou ou apresenta nível crítico, o departamento de compra
da empresa deve ser avisado para que possa comprar mais. Como esse é
um produto de extrema necessidade da empresa, já possui a autorização para
efetuar a compra dentre os principais fornecedores que atendem a empresa.
• Decisões não programadas: este tipo de decisão é a que mais desafia o trabalho
do administrador. Aqui não existe roteiro, pois é uma situação completamente
nova e que vai exigir muito esforço por parte do administrador. Para as decisões
não programadas, vai ser exigido que se levante o maior número de dados e
informações a respeito do fato, tornando possível, assim, criar subsídios para
que o processo decisório ocorra de maneira rápida e assertiva. Existem várias
decisões não programadas que podem ser tomadas pelos administradores.
Dentre elas, temos a decisão se a organização em que ele trabalha deverá
realizar uma fusão com outra organização.
Cada administrador pode definir as fases do seu processo decisório. Entretanto,
existem alguns modelos que auxiliam esses profissionais a melhor se organizarem.
Dentre os modelos existentes, temos um que está relacionado ao uso maior da
racionalidade conforme apresentado a seguir:
Uma tomada de decisão pode ser encarada como um processo racional. Assim,
é possível estabelecer etapas para que ela possa ter uma melhor organização. No
Quadro 23 a seguir temos as cinco etapas do processo decisório que pode ser utilizado
pelos administradores:
ANOTE ISSO
O trabalho do administrador não é solitário, ou seja, nem sempre ele está sozinho
ao longo da tomada de decisão. Muitas são as oportunidades em que ele pode
compartilhar o processo de tomada de decisão com outros profissionais. Assim, torna
esse processo um pouco mais leve para o administrador, além de criar também um
senso de participação e responsabilidade nos demais profissionais da empresa.
Um administrador pode utilizar várias fontes de informações para que ele possa se
basear em suas tomadas de decisões. Naturalmente, cada administrador poderá fazer
uso da fonte que melhor lhe servir. Dentre os métodos que uma tomada de decisão
pode utilizar, os principais estão apresentados no Quadro 26 a seguir:
Método Definição
É o método mais utilizado para a tomada de decisões. Porém, ainda que essa abordagem possa ser
profunda em algumas situações, ela não considera rápidas e profundas mudanças na organização e no
Experiência
seu ambiente. Além disso, o que foi apropriado no passado pode ser inteiramente inapropriado numa
passada
situação futura. Contudo, se a situação atual apresenta alguma relação direta com a experiência passada,
a perspectiva histórica não pode ser ignorada.
É um método alternativo para a tomada de decisão. É o caso, por exemplo, de uma empresa manufatureira
testar o mercado para um novo produto e analisar as vendas e a aceitação do produto durante uma
Experimentação
experiência-piloto, para decidir sobre o lançamento daquele produto em larga escala; ou um plano-piloto
sobre um processo de produção; ou, ainda, um protótipo para fabricar um produto novo.
É um método que utiliza vários modelos analíticos ou matemáticos para verificar as relações entre os
Pesquisa vários fatores e alternativas na forma de equações, matrizes e modelos matemáticos. Uma das mais
Operacional (PO) marcantes contribuições dessa abordagem foi a conscientização sobre a necessidade de colocação
explícita de objetivos, recursos, restrições e riscos envolvidos.
É uma espécie de matriz com as alternativas de decisões ao longo do processo decisório. Quase sempre
Árvore de
mostra os possíveis resultados ou consequências de cada bifurcação decisória. Sua finalidade é projetar
decisões:
os possíveis efeitos sequenciais de uma decisão por meio de um período de tempo.
Quadro 26 – Métodos utilizados no processo decisório
Fonte: Chiavenato (2021, p. 181).
CAPÍTULO 13
TOMANDO DECISÕES
NAS EMPRESAS
de decisão, o que pode fazer com que ele se baseie em uma intuição enganosa e
tome a decisão de maneira errada. Portanto, é necessário que “em uma organização
de grande porte, que atua num ambiente de grande complexidade competitiva, é
essencial adotar uma perspectiva profissional baseada em informações, e não em
opiniões sem fundamento” (MAXIMIANO, 2004, p.126).
Muitos especialistas afirmam que a principal decisão que um administrador deve
tomar dentro da organização é decidir o quanto sua equipe participará dos processos
de tomada de decisões. Assim, surgem alguns tipos de tomada de decisões que
precisam ser analisados. São eles:
no longo prazo, pois como eles não participam das decisões da organização, podem
se sentir desmotivados com isso.
Os acionistas e os elaboradores da estratégia organizacional são os mais indicados
para tomar decisões autocráticas, já que eles, de fato, possuem o poder para tomar
esse tipo de decisão. Entretanto, dependendo do tipo de organização, temos que o
poder acaba concentrado apenas na figura de uma líder que tem perfil autocrático, o
que pode fazer com que ele sempre tome esse tipo de decisão. Em relação ao ambiente
organizacional no qual as decisões autocráticas sejam as mais comuns, temos que
esse ambiente é dotado das seguintes características:
• O líder é o único tomador de decisão;
• Delegação de pouca ou nenhuma tarefa;
• Pouca ou nenhuma discussão sobre ações a serem tomadas;
• Expectativas claras para os colaboradores;
• As regras são importantes e tendem a ser claramente delineadas e comunicadas;
• Um cronograma de trabalho estruturado;
• O líder assume a responsabilidade pelo trabalho;
• O líder recebe crédito pelos sucessos da equipe;
• Punição rápida por erros dos colaboradores;
• Criatividade e pensamento pronto para uso tendem a ser desencorajados.
O segundo tipo de decisão que mais é tomada dentro das organizações são as
decisões compartilhadas. Esse tipo geralmente envolve uma maior quantidade de
pessoas ao longo do processo e demanda que a equipe se envolva na tomada de
decisão. Basicamente, temos que as decisões compartilhadas se dividem em dois
tipos específicos:
ANOTE ISSO
O administrador deve analisar muito bem toda decisão que precisa ser tomada
dentro da organização, pois somente assim é possível que ele tenha condições de
fazer uma correta avaliação se utilizará o processo de compartilhamento, de forma
autocrática ou se delegará a tomada de decisão. Somente após entender como a
decisão é composta é que ele poderá fazer a melhor escolha sobre qual é a melhor
possibilidade para ser utilizada.
CAPÍTULO 14
O PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO NAS EMPRESAS
ANOTE ISSO
CAPÍTULO 15
REFLEXÕES IMPORTANTES
SOBRE OS FUNDAMENTOS
DA ADMINISTRAÇÃO
2004). Sobre isso, é importante definir, ainda, que no universo empresarial é possível
separar as atividades em rotineiras e esporádicas.
atendimentos e definir a prioridade de quem será atendido primeiro não tiver senso
de urgência?
Saber estimar quais são os recursos necessários para realizar cada uma das
atividades se faz importante para que se tenha uma boa administração do tempo.
Por isso, é importante conhecer muito bem quais são as principais características
das atividades que se está realizando, pois somente assim se torna possível avaliar
quais são os recursos necessários para sua realização (TAKEUCHI, NONAKA, 2004).
ANOTE ISSO
Função Definição
Planejar Não se pode ter sucesso sem um planejamento. Uma boa gestão envolve uma boa
preparação. Este processo inclui planos de negócios, orçamentos, aumento de vendas
e lucros. Sua principal tarefa é responder: quem deve fazer; o que precisa ser feito;
como deve ser executado, quando e onde isso ocorrerá.
Organizar Este é o ato de reorganizar os elementos de uma maneira particular para obter a
saída desejada. Este fator também pode ser definido como a colocação de diferentes
objetos em um arranjo lógico para fins específicos.
Direção Indicada pelo conceito de orientação, esta função tem muito valor e importância. É
a chave para atingir as metas e objetivos organizacionais.
Controle É a etapa de monitorar quão bem os recursos estão sendo utilizados e as atividades
realizadas com eficiência.
Quadro 26 – Principais funções da Administração
Fonte: Maximiano (2004, p. 22).
temos que muitas são as mudanças que acontecem e acabam tornando a tarefa
do administrador ainda mais complexa. Entretanto, é sempre importante que esse
profissional esteja sempre preparado para lidar com essa complexidade em suas
atividades profissionais.
CONCLUSÃO
Ao longo deste material, foi possível reconhecer quais são os principais conceitos
que estão relacionados ao processo de gestão dentro das organizações. Assim, é
possível afirmar que todos esses conceitos foram e continuam sendo utilizados pelos
profissionais que estão à frente de pequenos, médios e grandes negócios.
A Administração é uma área que está em constante mudança. Assim, faz-se necessário
que todos os profissionais que busquem trabalhar com elas estejam preparados para
lidar com essas mudanças constantes, bem como possam compreender como cada
uma delas afeta diferentemente cada negócio. Em um ambiente no qual a única
certeza é a mudança temos que os administradores possuem um enorme desafio
para realizar o seu trabalho, o que tem afetado diretamente os resultados obtidos por
esse profissional durante seu dia a dia.
Esse material demonstrou que a Administração é uma área que pode ser enxergada
de diversos ângulos. Portanto, é necessário avaliar que dependendo de cada profissional,
a Administração pode ser vista com um olhar diferenciado e isso gera uma enorme
complexidade para o gestor. Portanto, ao observar as várias teorias de Administração,
temos que é função dos profissionais estudarem todas e compreenderem como elas
podem ser encaixadas em seus negócios ainda nos dias de hoje.
Caro(a) aluno(a), espero que tenha gostado muito deste material e que ele tenha
despertado muitos conhecimentos em sua jornada acadêmica. Desejo-lhe muito
sucesso em sua vida profissional.
Também desejo-lhe muito sucesso em sua carreira profissional!
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
FILME
WEB
O Portal dos Administradores é um dos principais sites sobre gestão que existem
no Brasil. Nele é possível acessar inúmeros conhecimentos acerca das teorias da
Administração, estudos de caso em empresas nacionais e internacionais, bem como é
possível acessar artigos de administradores de todo o país. Obviamente, é importante
avaliar o material com ressalvas, mas com certeza por meio dele é possível ter muitos
insights para os processos de gestão. Acesse o link a seguir e conheça um pouco
mais sobre os dados externos:
https://administradores.com.br/
REFERÊNCIAS
ARAI, C. Análise de crédito e risco. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
LOZADA, G. et al. Planejamento e controle da produção. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
SANTOS, M. P.; PERES, S.M.; PAULA, M. H. de. (Orgs.). História, Cidades, Redes
Políticas e Sociais. São Paulo: Blucher, 2017.