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Sétima edição
16.08.2017
Arquivo de impressão gerado em 11/09/2018 17:26:25 de uso exclusivo de FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Número de referência
ABNT NBR 14619:2017
20 páginas
© ABNT 2017
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
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Figuras
Figura A.1 – Caixa de segurança (cofre de carga para explosivo)................................................ 11
Figura A.2 – Posicionamento da caixa de segurança (cofre de carga para explosivo)............... 11
Figura A.3 – Unidade de transporte de carroçaria aberta com compartimento de segurança
para explosivos.................................................................................................................12
Figura A.4 – Unidade de transporte de carroçaria aberta com compartimento duplo de
segurança para explosivos..............................................................................................12
Figura A.5 – Unidade de transporte de carroçaria fechada com compartimento de segurança
para explosivos.................................................................................................................13
Figura A.6 – Unidade de transporte de carroçaria fechada com compartimento duplo de
segurança para explosivos..............................................................................................13
Tabelas
Tabela B.1 – Incompatibilidade química no transporte terrestre de produtos perigosos da
classe 1 (explosivos)........................................................................................................14
Tabela B.2 – Classificação dos explosivos em grupos de compatibilidade, as possíveis
subclasses de risco associadas a cada grupo e os consequentes códigos de
classificação......................................................................................................................16
Tabela B.3 – Combinação das subclasses de risco com os grupos de compatibilidade dos
explosivos..........................................................................................................................17
Tabela B.4 – Determinação da subclasse de risco para o carregamento de explosivos com
mais de uma subclasse de risco na mesma unidade de transporte............................18
Tabela B.5 – Incompatibilidade para o transporte terrestre de produtos perigosos...................19
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
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Scope
This Standard establishes the chemical incompatibility criteria to be considered in the road dangerous
goods transportation and incompatibility radiological and nuclear in the specific case for radioactive
materials (Class 7).
The criteria defined in this Standard are applicable to packagings and in bulk dangerous goods and
wastes, including limited quantities, in the same transport vehicle and during eventual temporary
storage.
This Standard also applies to the transport of packagings (including IBC and large packagings) empty
and not cleaned that contained dangerous goods products classified as:
a) class 2 gases;
b) desensitized explosives of class 3 or subclass 4.1;
c) self-reactive substances of subclass 4.1;
d) class 7 radioactive materials;
e) polychlorinated biphenyls (UN 2315), polychlorinated biphenyls, solid (UN 3432), polyhalogenated
biphenyls, liquid or liquid halogenated Monomethyldiphenyls-methanes or polyhalogenated
Terphenyls ammonia, amphibole (UN 2212), Amyloids, chrysotile (UN 2590), Liquid (UN 3151)
or solid polyhalogenated, solid or solid halogenated monomethyldiphenyls-methanes or solid
polyhalogenated terphenyls (UN 3152).
NOTE For storage, incompatibilities are evaluated product by product, including by checking the
information described in the MSDS and/or information available in national and/or international databases on
stored chemicals.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os critérios de incompatibilidade química a serem considerados no transporte
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Os critérios definidos nesta Norma são aplicáveis às cargas fracionadas e a granel de produtos e de
resíduos perigosos, mesmo em se tratando de quantidade limitada por veículo, em uma mesma
unidade de transporte e durante o eventual armazenamento temporário.
Esta Norma também se aplica ao transporte de embalagens (incluindo IBC e embalagens grandes)
vazias e não limpas que contiveram produtos perigosos classificados como:
e) amiantos, anfibólico (ONU 2212), amiantos, crisotilia (ONU 2590), bifenilas policloradas, líquidas
(ONU 2315), bifenilas policloradas, sólidas (ONU 3432), bifenilas poli-halogenadas, líquidas
ou monometildifenilas-metanos halogenadas, líquidas ou terfenilas poli-halogenadas, líquidas
(ONU 3151) ou bifenilas polihalogenadas, sólidas ou monometildifenilas-metanos halogenadas,
sólidas ou terfenilas poli-halogenadas, sólidas (ONU 3152).
NOTA Para armazenamento, as incompatibilidades são avaliadas produto a produto, inclusive verificando
as informações descritas nas FISPQ e/ou informações disponíveis em bases de dados nacionais e/ou inter-
nacionais sobre os produtos químicos armazenados.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 7500, Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento
de produtos
ABNT NBR 7503, Transporte terrestre de produtos perigosos ‒ Ficha de emergência e envelope ‒
Características, dimensões e preenchimento
ABNT NBR 9735, Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 7501 e os seguintes.
3.1
caixa de segurança
cofre de carga para explosivo
caixa com uma blindagem em chapa de aço e dotada de fecho(s) para acondicionamento de subs-
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tâncias e artigos explosivos transportados na forma fracionada, construída para assegurar uma segre-
gação eficaz no transporte, de forma a impedir qualquer transmissão da detonação
3.2
cofre de carga
caixa, retangular ou poligonal, de contenção, com fecho, utilizada no transporte fracionado de produtos
perigosos incompatíveis ou de produtos perigosos com outro tipo de mercadoria, tendo como objetivo
garantir a estanqueidade entre os produtos nela acondicionados e o restante do carregamento
NOTA O cofre de carga não é uma embalagem, é simplesmente um elemento segregador utilizado no
transporte, logo não são cofres de carga um tambor, nem um IBC, nem uma embalagem grande etc.
3.3
compartimento de segurança para explosivos
seção da carroçaria fechada ou aberta mais próxima à cabina do motorista, com uma blindagem em
chapa de aço, podendo ser única ou dupla, dotada de fecho(s), com acesso exclusivo pela lateral
da carroçaria, com a finalidade de segregar substâncias e artigos explosivos embalados e impedir
qualquer transmissão da detonação
3.4
explosivos de demolição
substâncias explosivas detonantes utilizadas em mineração, construção e atividades similares, alocadas
a um dos seguintes tipos: A, B, C, D ou E
3.5
fecho
dispositivo que tranca uma abertura em um recipiente
3.6
incompatibilidade química
risco potencial entre dois ou mais produtos de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor,
formação de gases, vapores, compostos ou misturas perigosas, devido à alteração das características
físicas ou químicas originais de qualquer um dos produtos, se colocados em contato entre si, devido
a vazamento, ruptura de embalagem ou outra causa qualquer
3.7
insumo para uso/consumo humano ou animal
droga, ingrediente, matéria-prima, aditivo, coadjuvante de tecnologia ou substância complementar de
qualquer natureza, destinada(o) ao uso ou à fabricação de alimento, cosmético, produto farmacêutico
ou veterinário
3.8
sobreembalagem
invólucro utilizado por um único expedidor para abrigar um ou mais volumes, formando uma unidade,
por conveniência de manuseio e estiva durante o transporte
3.9
unidade móvel de bombeamento
UMB
veículo rodoviário com tanque(s), bomba(s) e respectivos acessórios, destinado ao transporte a granel
de emulsão-base ao local de emprego, para a sensibilização e o bombeamento de explosivo tipo
emulsão, bem como à fabricação e aplicação de explosivo tipo ANFO no próprio local de emprego
NOTA Na UMB pode ser incluído compartimento de segurança para explosivos para segregação dos
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explosivos embalados. A UMB também é conhecida como “MEMU” (Mobile Explosives Manufacturing Unit)
4 Requisitos
4.1 Em um mesmo veículo é proibido transportar produtos perigosos incompatíveis entre si ou com
produtos não classificados como perigosos, quando houver possibilidade de risco direto ou indireto,
de danos a pessoas, bens ou ao meio ambiente, exceto nos casos estabelecidos na legislação
específica vigente[1][3] ou quando os produtos perigosos (exceto substâncias e artigos da classe 1
e materiais radioativos da classe 7) ou não perigosos forem colocados em cofres de cargas.
4.2 Além das incompatibilidades previstas nas Tabelas B.1 e B.5, também é proibido o transporte
conjunto de produtos classificados como perigosos com:
a) alimentos;
b) medicamentos (exceto os contidos em aerossóis classificados sob número ONU 1950);
d) objetos e produtos já acabados de uso ou consumo humano ou animal de uso direto (contato
intencional);
Para fins da alínea d) desta subseção, objetos e produtos já acabados de uso ou consumo humano
ou animal de uso direto (contato intencional) são os produtos finais e comercializados com a finalidade
de aplicação direta no corpo (por exemplo, pele, olhos), inalação ou ingestão humana ou animal.
Não se aplicam nesta definição os insumos, aditivos e/ou matérias-primas.
4.3 Exceto o previsto em 4.2, é permitido o transporte conjunto de produtos classificados como
perigosos para o transporte com quaisquer objetos ou artigos para uso ou consumo humano ou animal,
e suas embalagens, desde que não sejam de uso direto (contato intencional), e que os produtos
classificados não sejam das seguintes classes de risco:
—— classe 1;
—— classe 6;
—— classe 7;
—— classe 9 com os números ONU 2212, OU 2315, ONU 2590, ONU 3151, ONU 3252 e ONU 3245.
4.4 Exceto o previsto em 4.2, é permitido o transporte conjunto de produtos classificados como
perigosos para o transporte com os demais produtos não classificados como perigosos, incluindo
equipamentos ou máquinários industriais.
4.5 Quando se tratar do transporte de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, clas-
sificados como produtos perigosos (conforme legislação vigente[3]), não são consideradas as proibi-
ções de carregamento comum, podendo ser transportados juntamente com os demais cosméticos,
medicamentos, produtos de higiene pessoal e perfumaria ou objetos destinados ao uso/consumo
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humano ou animal, sem a necessidade de segregação, desde que o expedidor garanta que os produ-
tos não apresentam riscos de contaminação.
NOTA A legislação vigente[3] cita a obrigatoriedade de que a declaração do expedidor seja complementada
com informação adicional de que não há risco de contaminação entre os produtos perigosos e não perigosos.
4.6 As substâncias com risco principal ou subsidiário da subclasse 6.1 (substâncias tóxicas) dos
grupos de embalagem I, II e III, não podem ser transportadas, no mesmo veículo ou equipamento de
transporte, juntamente com produtos destinados ao uso ou consumo humano ou animal, exceto as
substâncias tóxicas da subclasse 6.1 dos grupos de embalagem II e III, quando houver segregação
por cofres de carga estanques. Portanto, é determinantemente proibido o transporte de substâncias
com risco principal ou subsidiário da subclasse 6.1 (substâncias tóxicas) do grupo de embalagem I
no mesmo veículo ou equipamento de transporte, juntamente com produtos destinados ao uso ou
consumo humano ou animal, mesmo que estejam segregados por cofres de carga.
4.7 Quando se tratar do transporte de produtos agrotóxicos utilizados na agricultura para controlar
insetos, doenças ou plantas daninhas que causem danos às plantações, classificados como produtos
perigosos para o transporte (conforme legislação vigente[3]), não são consideradas as proibições
de carregamento comum, podendo ser transportados juntamente com os demais agrotóxicos não
classificados, sem a necessidade de segregação, desde que o expedidor garanta que os produtos não
apresentam riscos de contaminação no documento fiscal.
4.9 É proibido o uso de cofres de carga para segregar qualquer tipo de substância e artigo explosivo
da classe 1 ou materiais radioativos da classe 7 de outros produtos perigosos incompatíveis, alimentos,
medicamentos, objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal, ou ainda de embalagens
de produtos e insumos destinados a fins alimentício, cosmético, farmacêutico ou veterinário.
4.10 Exceto para substâncias e artigos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7, os cofres de
carga podem ser utilizados para segregação de produtos incompatíveis no transporte de produtos
fracionados (embalados) ou no transporte combinado de produtos a granel e produtos fracionados
(embalados) na mesma unidade de transporte, desde que garantam a estanqueidade entre os produtos
transportados, assegurando a impossibilidade de danos a pessoas, mercadorias, segurança pública
e meio ambiente. Os cofres de cargas utilizados para o transporte de produtos perigosos devem portar
os mesmos rótulos de risco aplicados às embalagens que estiver acondicionando, com as mesmas
dimensões utilizadas nos respectivos volumes, conforme estabelecido na legislação vigente[3] e na
ABNT NBR 7500.
4.11 O interior e as partes externas do cofre de carga devem ser inspecionados antes do carrega-
mento, a fim de garantir a ausência de qualquer dano que possa afetar a sua integridade ou a dos
volumes a serem carregados.
4.12 O expedidor do produto perigoso é responsável pela escolha do cofre de carga adequado para
garantir a estanqueidade, em função das características físico-químicas dos produtos perigosos
presentes no carregamento, assim como por danos comprovadamente associados a acidentes
provocados, no todo ou em parte, por utilização inadequada.
4.13 O cofre de carga não pode apresentar trinca(s), rachadura(s) e/ou perfuração(ões) em qualquer
uma das superfícies internas e/ou externas ou qualquer deformação permanente que possa compro-
meter a estanqueidade do cofre de carga, durante toda a sua vida útil.
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4.14 Os critérios de incompatibilidade estão estruturados, tomando-se por base as classes e subclas-
ses de risco previstas na legislação de transporte de produtos perigosos vigente[3]. Dois produtos são
considerados incompatíveis se pelo menos uma relação cruzada, entre seus riscos principais e/ou
subsidiários, indicar incompatibilidade nas Tabelas B.1 e B.5.
4.16 Os critérios de incompatibilidade previstos nesta Norma não são restritivos, podendo o fabricante
ou expedidor do produto perigoso estabelecer outras regras de incompatibilidades mais restritivas
além das apresentadas na Tabela B.1 (no caso específico para produtos da classe 1 – Explosivos)
e Tabela B.5 (para todas as classes e subclasses de risco de produtos perigosos), fazendo as consi-
derações necessárias quando:
a) houver incompatibilidades não previstas nas Tabelas B.1 e B.5, desde que mais rígidas, tomando
como base as características físico-químicas, propriedades específicas e concentrações dos
produtos perigosos;
b) houver incompatibilidade química entre produtos perigosos dentro de uma mesma classe ou sub-
classe de risco ou incompatibilidade radiológica e nuclear no caso específico para a classe 7
(materiais radioativos);
c) houver incompatibilidade específica entre produtos perigosos e produtos não classificados como
perigosos pela legislação específica;
d) o transporte de produtos perigosos for autorizado pela legislação vigente[3] em embalagens que
não necessitem da comprovação de sua adequação ao programa de avaliação de conformidade
(homologação de embalagem) da autoridade competente;
e) se tratar de transporte de resíduos, soluções ou misturas que contenham produtos perigosos de
mais de uma classe ou subclasse de risco ou uma ou mais substâncias não classificadas como
perigosas, de acordo com a legislação vigente[3];
f) forem transportados resíduos gerados de produtos, soluções ou misturas que não contenham
componentes constantes na relação de produtos perigosos conforme legislação vigente[3], mas
que, em contato entre si, gerem um risco intrínseco de produto perigoso que venha a atender aos
critérios das classes 1 a 9.
4.18 Todas as relações estabelecidas nas Tabelas B.1 e B.5 pressupõem a condição de que os
produtos perigosos estejam acondicionados, embalados, marcados, rotulados e sinalizados de forma
apropriada, conforme previsto na legislação vigente[1][3], e não apresentem qualquer sinal de resíduo
perigoso na sua parte externa.
4.19 Os riscos subsidiários de produtos perigosos, quando existentes, também devem atender aos
critérios da Tabela B.5.
4.20 O transporte de produtos perigosos via correios, compreendido como serviço de expedição e
entrega de produtos que sejam classificados como perigosos para fins de transporte, nos termos da
regulamentação vigente[1][3] e prescrito na Convenção Postal Universal (CPU), deve, durante sua
movimentação em rodovias e/ou ferrovias, garantir o total atendimento às exigências estabelecidas
na legislação vigente[1][3][10], incluindo correta caracterização do produto, embalagem adequada,
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sinalização e documentação pertinente, e demais exigências, sem prejuízo da garantia de segurança das
etapas anteriores e posteriores ao transporte (manuseio, preparação, carregamento, armazenamento,
descarregamento etc.), nos termos de seus regulamentos.
a) transporte de produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético,
farmacêutico ou veterinário), em equipamento de transporte destinado ao transporte de produtos
perigosos a granel, menos as exceções previstas na legislação vigente[3]. Os produtos ou insumos
para uso/consumo humano ou animal, transportados de forma irregular, como previsto nesta
alínea, devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de despejo, incineração
ou qualquer outro processo de disposição final;
b) transporte de produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético,
farmacêutico ou veterinário), em embalagens que tenham contido produto perigoso (como
embalagem recondicionada, refabricada ou reutilizada), conforme legislação vigente[1][3].
Os produtos ou insumos para uso/consumo humano ou animal, transportados de forma irregular,
como previsto nesta alínea, devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de
despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final;
4.22 As embalagens, contentores intermediários para granéis (IBC), tanques portáteis e equipa-
mentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel que tenham sido carregados com
produtos perigosos, antes de serem carregados novamente, devem ser convenientemente limpos
e descontaminados, exceto se o contato entre os dois produtos não acarretar riscos adicionais. Estas
operações de limpeza e descontaminação não autorizam o carregamento de produtos para uso ou
consumo humano ou animal.
4.23 Quando constar a frase “NÃO REUTILIZAR ESTA EMBALAGEM” na embalagem de produtos
perigosos, significa que ela não pode ser reutilizada para produtos destinados ao uso ou consumo
humano e/ou animal. Estas embalagens podem ser reutilizadas para o mesmo fim, desde que atendam
aos critérios da homologação e da compatibilidade.
4.24 Embalagens e/ou sobreembalagens não podem conter produtos perigosos incompatíveis que
reajam perigosamente entre si, conforme previsto na legislação vigente[1][3].
4.25 Quando houver vazamento do produto perigoso e este se espalhar no interior da unidade
de transporte, esta só pode ser reutilizada depois de ter sido efetuada uma limpeza completa e,
se necessário, ter sido desinfetada ou descontaminadas. Já os produtos perigosos, produtos para uso/
consumo humano ou animal, ou insumos destinados para tais fins, que vierem a ser contaminados
devem ser descartados como resíduos e encaminhados para fins de despejo, incineração ou qualquer
outro processo de disposição final.
4.26 Quando houver vazamento ou derramamento do produto perigoso no cofre de carga, este
não pode ser mais utilizado para transporte de alimentos, medicamentos, insumos (alimentício,
farmacêutico, cosmético ou veterinário) ou objetos/embalagens destinados ao uso/consumo humano
ou animal. Já os produtos contidos no cofre devem ser descartados como resíduos e encaminhados
para fins de despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final.
4.27 Para as unidades de transporte de carga fracionada que tenham recebido carregamento de
produtos perigosos, se durante ou após o descarregamento for constatado que houve vazamento do
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conteúdo das embalagens, este vazamento deve ser contido imediatamente por pessoa ou equipe
qualificada pelo transportador, expedidor ou destinatário, no local onde for constatado, e esta unidade
de transporte deve ser encaminhada para limpeza e descontaminação antes de novo carregamento.
4.29 As proibições e orientações previstas nesta Norma para carregamento em uma mesma unidade
de transporte são aplicáveis ao carregamento em um mesmo contêiner.
4.30 Somente é permitido o transporte de produto perigoso (exceto substâncias e artigos explosivos
da classe 1 e materiais radioativos da classe 7) em motocicletas, motonetas e ciclomotores, se estiver
na “quantidade limitada por unidade de transporte”, como previsto na legislação vigente[3] (valor
indicado na relação de produtos perigosos em vigor diferente de “zero”), desde que licenciados como
“de carga”, conforme define o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), portando o extintor de incêndio
apropriado à carga transportada, como previsto na ABNT NBR 9735, bem como atendendo às
exigências da legislação de trânsito.
4.31 Devido aos seus riscos significativos, é proibido o transporte de qualquer quantidade de
substâncias e artigos explosivos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7 em motocicletas,
motonetas e ciclomotores.
4.32 Os mesmos critérios de incompatibilidades previstos nesta Norma para o transporte de produtos
perigosos na forma fracionada (embalada) são aplicáveis ao transporte de embalagens vazias não
limpas (inclusive IBC e embalagens grandes) que tenham contido um produto perigoso, conforme
estabelecido na legislação vigente[3], a menos que sejam tomadas medidas para anular qualquer
risco, como limpeza, desgaseificação ou novo enchimento com uma substância não perigosa que
neutralize o efeito do produto anterior.
4.33 As embalagens vazias (inclusive IBC e embalagens grandes) não limpas, citadas em 4.32,
devem permanecer marcadas, rotuladas e sinalizadas na forma apropriada e exigida pela legislação
vigente[3], e devem ser transportadas fechadas, de modo a evitar perda de conteúdo provocada por
vibração ou outros eventos relacionados às etapas da operação de transporte, e não podem apresentar
qualquer sinal de resíduo perigoso aderente à sua parte externa.
4.36 As incompatibilidades químicas, radiológicas ou nucleares previstas nesta Norma, bem como
as estabelecidas pelo fabricante ou pelo expedidor orientado pelo fabricante, conforme pre-
vistas em 4.16, devem ser informadas no campo “Aspecto” da ficha de emergência (conforme a
ABNT NBR 7503) ou em uma declaração, quando aplicável.
4.38 Contentores, tanques portáteis, IBC, assim como outras embalagens e sobreembalagens, utili-
zados no transporte de produtos perigosos, não podem ser utilizados para armazenamento, uso ou
transporte de outros produtos ou objetos para uso/consumo humano e/ou animal.
5.2 A caixa de segurança (cofre de carga para explosivo) deve possuir fecho(s) e ser construída com
uma blindagem em chapa de aço AISI 1020, com espessura mínima de 4,8 mm, bem como deve ter
um revestimento térmico com espessura mínima de 10 mm e um revestimento interno em madeira
compensada com espessura mínima de 6 mm. O revestimento térmico deve estar entre a blindagem
em chapa de aço e o revestimento interno de madeira, conforme a Figura A.1.
5.3 Quando for utilizada a caixa de segurança (cofre de carga para explosivo) no transporte
fracionado de substâncias e artigos da classe 1 (explosivos) em unidade de transporte de carroçaria
aberta ou fechada, esta deve ficar posicionada em local de fácil acesso, próximo à porta ou tampa,
conforme a Figura A.2, e afixada de modo a não se deslocar durante o transporte.
5.4 O compartimento de segurança para explosivos deve ser construído com blindagem em chapa
de aço de espessura suficiente para orientar a onda de choque para a área superior da carroçaria,
no caso de uma explosão, com revestimento interno de madeira, preferencialmente compensado
naval, a fim de evitar o atrito e ter acesso exclusivo pela lateral da carroçaria, de modo a assegurar
uma separação eficaz entre substâncias e artigos explosivos, impedindo qualquer transmissão da
detonação. O compartimento de segurança para explosivos pode ser único ou duplo, em ambos os
casos, devem ser dotados de fecho(s) e construídos conforme as Figuras A.3 e A.4, quando se tratar
de carroçarias abertas, ou conforme as Figuras A.5 e A.6, para carroçarias fechadas.
5.5 A(s) caixa(s) de segurança (cofre de carga para explosivo) e o(s) compartimento(s) de segurança
para explosivos devem estar localizados onde estejam protegidos contra choques, possíveis danos
causados por irregularidades do terreno, interações perigosas com outros produtos perigosos e fontes
de ignição na própria unidade de transporte, como, por exemplo, gases do escapamento. Não é permi-
tida a colocação de qualquer material em cima da caixa de segurança (cofre de carga para explosivo)
ou do compartimento de segurança para explosivos.
5.6 Qualquer unidade de transporte destinada a transportar produtos da classe 1 deve, antes do
carregamento, ser examinada quanto a defeitos estruturais ou deterioração de qualquer um de seus
componentes, inexistência de saliência interna, bem como ausência de resíduo de carregamento
5.7 Produtos explosivos devem ser transportados em unidade de transporte com carroçaria fechada
ou em carroçaria aberta, desde que a carga esteja coberta com lona impermeável e resistente ao
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fogo, colocada de forma a cobrir totalmente a carga, sem possibilidade de soltar-se, e a carga não
pode ultrapassar a altura da carroceria. É proibido utilizar materiais de fácil combustão ou de fácil
inflamabilidade, para estivar os volumes.
5.8 É proibido o transporte de qualquer tipo de substância e artigo explosivo da classe 1 com produtos
perigosos das classes 2 a 9 na mesma unidade de transporte, independentemente de estarem ou
não contidos em um ou mais cofres de carga distintos, exceto se permitido na Tabela B.5 ou quando
se tratar de unidade móvel de bombeamento (UMB) dotada de compartimento de segurança para
explosivos ou caixa(s) de segurança (cofre de carga para explosivo).
5.9 Nas unidades de transporte com substâncias e artigos explosivos da classe 1, independente-
mente se dotadas de compartimentos de segurança para explosivos ou ainda de cofres de carga de
qualquer tipo e finalidade, é proibido o transporte de alimentos e medicamentos ou seus insumos,
objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal (alimentício, cosmético, farmacêutico ou vete-
rinário), ou embalagens de produtos destinados a estes fins.
5.10 Quando em uma mesma unidade de transporte são transportados substâncias e artigos de
diferentes subclasses da classe 1, sendo respeitadas as incompatibilidades previstas na Tabela B.1,
a carga deve ser tratada na sua totalidade como se pertencesse à subclasse de maior risco (pela
ordem 1.1, 1.5, 1.2, 1.3, 1.6, 1.4), conforme estabelecido na Tabela B.4.
5.11 No caso específico de transporte de substâncias ou artigos classificados na subclasse 1.5, grupo
de compatibilidade D, em conjunto com substâncias e artigos da subclasse 1.2, grupo de compa-
tibilidade D, em uma mesma unidade de transporte, toda a carga deve ser tratada, para efeitos de
transporte (sinalização, segregação e estiva), como se pertencesse à subclasse 1.1.
5.13 Nos casos de transporte de qualquer combinação de substâncias dos grupos de compatibilidade
C e D, o fabricante ou o expedidor orientado pelo fabricante deve alocar a carga combinada no grupo
de compatibilidade mais adequado entre os grupos de compatibilidade constantes na Tabela B.2,
levando em conta as características predominantes da carga combinada.
5.14 Artigos do grupo de compatibilidade N não podem, em geral, ser transportados com produtos
de qualquer outro grupo de compatibilidade, com exceção do grupo S. Entretanto, se vierem a ser
transportados com produtos dos grupos de compatibilidade C, D e E, os produtos do grupo de compa-
tibilidade N devem ser tratados como pertencentes ao grupo de compatibilidade D.
5.16 A tubulação flexível de descarga da UMB, se estiver ligada de forma permanente ou não, bem
como a tubulação alimentadora, devem estar isentas de substâncias explosivas em mistura ou sensi-
bilizadas durante o transporte.
5.17 Quando for autorizado o carregamento de artigos e substâncias da classe 1 com substâncias
da classe 5.1 de nº ONU 1942 (nitrato de amônio) ou nº ONU 3375 (nitrato de amônio, emulsão
ou suspensão ou gel) na mesma UMB, o carregamento deve ser considerado explosivo de demolição
da classe 1 para fins da segregação do carregamento.
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Anexo A
(normativo)
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Revestimento de madeira
Chapa de aço
Anexo B
(normativo)
Tabelas
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A x
B x a x
b
C x x x x x
c
b
D a x x x x x
c
b
E x x x x x
c
F x x
G x x x x x
H x x
J x x
K x x
L d
b b b
N b x
c c c
S x x x x x x x x x x x
Legenda:
x Transporte compatível.
b É proibido o transporte de artigos diferentes da subclasse 1.6, grupo de compatibilidade N, a menos que se demonstre
por ensaio ou por analogia que não existe qualquer risco suplementar de detonação por influência entre os referidos
artigos. Caso contrário, devem ser tratados como pertencendo à subclasse de risco 1.1.
c Sempre que são transportados artigos do grupo de compatibilidade N com substâncias ou artigos dos grupos
de compatibilidade C, D ou E, os artigos do grupo de compatibilidade N devem ser considerados como tendo as
características do grupo de compatibilidade D.
d Os volumes que contenham substâncias e artigos do grupo de compatibilidade L podem ser transportados na mesma
unidade de transporte com volumes que contenham o mesmo tipo de substâncias e artigos desse mesmo grupo de
compatibilidade.
Todos os demais casos desta Tabela são considerados incompatíveis para o transporte.
A classificação dos explosivos em grupos de compatibilidade, as possíveis subclasses de risco associadas a cada
grupo e os possíveis códigos de classificação estão descritos nas Tabelas B.2 e B.3.