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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 10271

Quinta edição
08.11.2017
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Conjunto de equipamentos para emergências no


transporte terrestre de ácido fluorídrico
Set of equipments for emergencies in fluoridric acid transportation

ICS 13.300 ISBN 978-85-07-07265-2

Número de referência
ABNT NBR 10271:2017
7 páginas

© ABNT 2017
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos............................................................................................................................1
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Anexo A (normativo) Guia de instruções para os primeiros socorros às vítimas expostas


ao ácido fluorídrico.............................................................................................................4
A.1 Geral.....................................................................................................................................4
A.2 Para os olhos.......................................................................................................................4
A.3 Quando ingerido..................................................................................................................4
A.4 Quando houver inalação....................................................................................................4
A.5 Em contato com a pele.......................................................................................................4
A.6 Transporte............................................................................................................................4
Anexo B (normativo) Guia de instruções para tratamento médico de vítimas expostas
ao ácido fluorídrico.............................................................................................................5
B.1 Cuidados no atendimento médico.....................................................................................5
B.2 Queimaduras de pele..........................................................................................................5
B.3 Queimaduras nos olhos.....................................................................................................6
B.4 Inalação de HF.....................................................................................................................7
B.5 Ingestão de HF.....................................................................................................................7

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 10271 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-016),
pela Comissão de Estudo de Transporte de Produtos Perigosos (CE-016:400.004). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 18.08.2017 a 16.10.2017.

Esta quinta edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 10271:2012), a qual foi tecnica-
mente revisada.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the minimum set of equipments for emergencies in fluoridric acid (HF)
transportation.

This Standard does not specify the personal protective equipment (PPE) to be used for fluoridric acid
transportation.

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Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de


ácido fluorídrico

1 Escopo
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Esta Norma estabelece o conjunto mínimo de equipamentos para situações de emergência para
o transporte terrestre de ácido fluorídrico (HF).

Esta Norma não especifica os equipamentos de proteção individual (EPI) a serem utilizados no trans-
porte terrestre de ácido fluorídrico.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 7501, Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia

ABNT NBR 7503, Transporte terrestre de produtos perigosos – Ficha de emergência e envelope –
Características, dimensões e preenchimento

ABNT NBR 9735, Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 7501.

4 Requisitos
4.1 Todas as unidades de transporte utilizadas no transporte de ácido fluorídrico, além dos equipa-
mentos para situação de emergência estabelecidos na ABNT NBR 9735, devem portar:

 a) um conjunto de ferramentas para estancar vazamento nas válvulas dos tanques de carga que
transportam ácido fluorídrico a granel, acondicionados em uma caixa metálica, denominado kit
para ácido fluorídrico (HF), composto de no mínimo:

—— uma cobertura para válvula angular com tubo de aço-carbono com diâmetro de 6” × 340 mm;

—— três juntas planas em neoprene 185 mm × 3/16”;

—— um jogo de abraçadeira em ferro chato de 5/16” × 110 mm x 620 mm;

—— um bloco de aço-carbono de 2 ¾” × 80 mm x 132 mm;

—— um parafuso em aço-carbono sextavado de 1 ¼” × 310 mm, com rosca de 1 1/8” w-longo;

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—— um parafuso em aço-carbono sextavado de 1 ¼” × 206 mm, com rosca de 1 1/8” w-curto;

—— um jogo de tampa em aço-carbono de 2 ¼” × 135 mm × 135 mm para válvula de segurança;

—— uma camisa curta em tubo de aço-carbono sextavado de 106 mm × 13 mm;

—— uma chave pé de corvo executada com aço de 2” × 3” e 7/8” × 46 mm;


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—— uma chave 1 13/16” executada com aço redondo de Ø 2 ¾” × 90 mm;

—— uma chave de extensão em aço redondo de Ø 1 1/2”;

—— uma chave de barra em aço redondo de Ø 1”;

—— uma chave para válvula de alívio de 1 ¼” × 3/8” × ½”;

—— uma chave de boca de ¼” × 1 1/8”;

—— uma chave-estrela 11/16” e de boca 11/16”;

—— um martelo tipo bola;

—— uma espátula;

—— um alicate de corte.

Este conjunto de ferramentas denominado kit para ácido fluorídrico (HF) é projetado especifica-
mente para estancar vazamento nas válvulas dos tanques instalados em caminhões, reboque
e semirreboque que transportam ácido fluorídrico a granel, portanto não se aplicam aos contêine-
res tanque (isotanques), aos tanques portáteis, aos vagões ferroviários e ao transporte de carga
fracionada.

 b) materiais de primeiros socorros acondicionados em recipientes higienizados e apropriados con-


tendo no mínimo:

 1) geral:

—— dois pares de luvas de neoprene;

—— um pote contendo pasta de gluconato de cálcio em gel a 2,5 % sem xilocaína;

—— 1 L de solução de gluconato de cálcio a 1 %;

—— um rolo de esparadrapo (mínimo 10 cm × 4,5 cm);

—— dois rolos de atadura de crepe (largura mínima 10 cm);

—— uma caixa de algodão (mínimo 100 g);

—— uma tesoura;

NOTA O termo gluconato de cálcio é sinônimo de gliconato de cálcio.

 2) para uso exclusivo do médico:

—— cinco ampolas 10 cc de gluconato de cálcio a 10 %;

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—— duas seringas (capacidade mínima 10 cc) descartáveis;

NOTA 1 A graduação em centímetros cúbicos (cm3) é comumente designado como “cc”.

NOTA 2 As ampolas e seringas são usadas no local pelo médico ou, caso não seja possível, são
encaminhadas ao hospital junto com a vítima para atendimento médico.

 c) guia de instruções para os primeiros socorros às vítimas expostas ao ácido fluorídrico (Anexo A);
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 d) guia de instruções para tratamento médico de vítimas expostas ao ácido fluorídrico (Anexo B).

4.2 Os guias de instruções descritos nos Anexos A e B e previstos na subseção 4.1-c) e 4.1-d)
devem ser colocados dentro do envelope para o transporte juntamente com a ficha de emergência do
produto, conforme previsto na ABNT NBR 7503.

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Anexo A
(normativo)

Guia de instruções para os primeiros socorros às vítimas expostas


ao ácido fluorídrico
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A.1 Geral
A.1.1 Quanto mais rápido se iniciar o tratamento, maior é a chance de recuperação do acidentado.

A.1.2 Afastar-se do local do vazamento rapidamente.

A.1.3 Calçar o par de luvas neoprene antes de iniciar o atendimento da vítima.

A.1.4 Cortar e retirar as roupas contaminadas imediatamente.

A.2 Para os olhos


Lavar bem com bastante água durante no mínimo 5 min, aplicar solução de gluconato de cálcio a 1 %
e, a seguir, encaminhar ao oftalmologista.

A.3 Quando ingerido


Lavar bem a boca e dar bastante água para beber.

A.4 Quando houver inalação


A.4.1 Deixar a vítima em lugar arejado, com as costas apoiadas.

A.4.2 Quando houver parada respiratória, aplicar respiração artificial (não boca a boca).

A.5 Em contato com a pele


Remover as roupas contaminadas. Lavar as partes atingidas da pele com bastante água, aplicar
a seguir a pasta contendo gluconato de cálcio em gel a 2,5 % ao redor da pele queimada.

A.6 Transporte
Transportar a vítima imediatamente para um hospital, acompanhada das cinco ampolas de 10 cc
de gluconato de cálcio a 10 %, do guia de instruções para os primeiros socorros às vítimas expostas
ao ácido fluorídrico (Anexo A) e do guia de instruções para tratamento médico de vítimas expostas
ao ácido fluorídrico (Anexo B).

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Anexo B
(normativo)

Guia de instruções para tratamento médico de vítimas expostas


ao ácido fluorídrico
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B.1 Cuidados no atendimento médico


Para evitar contaminação com o produto, utilizar proteção durante atendimento à vítima.
NOTA Recomenda-se como proteção macacão impermeável e luvas de neoprene.

B.2 Queimaduras de pele


B.2.1 Ao se expor a pele ao ácido fluorídrico aquoso ou anidro, imediatamente se forma uma
zona eritematosa que rapidamente se transforma em zona esbranquiçada ou nacarada, devido
à coagulação tissular. Deve-se lavar imediatamente a área com bastante água limpa, por um período
de 3 min até no máximo 4 min, cortar e retirar a roupa que pode estar contaminada e iniciar a aplicação
de gluconato de cálcio em gel a 2,5 %, a massagem firme com gluconato de cálcio permite que este
(gluconato) penetre nos tecidos lesados. Este tratamento deve ser iniciado imediatamente e mantido
por um período de 20 min, devendo ser repetido de duas a três vezes por dia por um período de dois
a três dias, se a queimadura for de 2° ou 3°.

B.2.2 O pessoal médico e de enfermagem deve saber que há possibilidade de se lesar a pele ao
transportar o paciente exposto. Para evitar este risco, é importante proteger as mãos com gluconato
de cálcio ou gel, ou usar luvas cirúrgicas e gluconato de cálcio em gel (este, de preferência).

B.2.3 O médico encarregado do caso deve inicialmente avaliar o total de superfície corporal atin-
gida e a profundidade da lesão. Os pacientes com 2 % a 3 % de superfície lesada precisam de
uma unidade de tratamento intensivo, pois só nesta unidade se pode prestar o tratamento adequado.
Toda exposição grave tem um fator de inalação e deve-se avaliar o dano causado no aparelho respi-
ratório, sem exceção, observando por no mínimo 72 h.

B.2.4 Ao se hospitalizar o paciente, deve-se pedir os seguintes exames, em caráter de urgência:

 a) hemograma;

 b) perfil bioquímico;

 c) provas de função hepática;

 d) elementos anormais e sedimento (EAS);

 e) eletrólitos.

B.2.5 Se houver suspeita de comprometimento respiratório, deve-se acrescentar o exame de


gases arteriais. Após estes pedidos de exame, o passo seguinte é instalar um programa de adminis-
tração de medicações endovenosas, iniciando com solução de Hartmann e acrescentando 10 cc de
gluconato de cálcio a 10 %. Se a lesão for extensa, para evitar a morte por hipocalcemia, repetir este
tratamento quantas vezes for necessário para manter o cálcio dentro dos limites normais.

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B.2.6 As lesões extensas devem ser infiltradas com gluconato de cálcio.

B.2.7 Usar agulhas de calibre fino (24 ou 25) se a área for extensa. Evitar infiltrar nos dedos, nariz
ou pavilhão auditivo. Só infiltrar se for muito necessário, devendo ser feito com precaução para se
evitar a isquemia.

B.2.8 O tratamento usado no caso de queimaduras maior do que 2 % de extensão corporal, geral-
mente é de manutenção. Manter o equilíbrio eletrolítico, observar atentamente o paciente para detec-
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tar sintomas de hepato, nefro ou neurotoxidade e, sobretudo, dar apoio respiratório e cardiovascular.

B.2.9 É de vital importância a manutenção de um monitor cardiológico para detectar as arritmias


temporárias causadas pelas alterações do cálcio sérico com o prolongamento do intervalo quadro
terapêutico (QT) e, mais adiante, ajudar a detectar alterações no eletrocardiograma (ECG) devido
a alterações de outros eletrólitos.

B.2.10 Manter os níveis de cálcio sérico, em especial em pacientes que apresentam inalações e
ingestão de HF, é de suma importância, já que nestes pacientes a eliminação de cálcio é muito rápida.

B.2.11 O uso de esteroides para manter a pressão arterial (PA) e com objetivo de exercer efeitos
anti-inflamatórios é de muita importância. Têm-se usado compostos de ação curta no período agudo
e de ação prolongada no período de convalescença; são utilizados tanto por via intravenosa como por
via oral.

B.2.12 Os antibióticos são às vezes necessários como profilaxia das infecções. Apesar de não se
haver detectado infecção no período agudo, em pacientes de ambulatório, especialmente de classe
econômica baixa, encontram-se três casos de infecções devidas à contaminação, enquanto praticavam
esporte ou trabalhavam em lugar e em condições higiênicas pobres.

B.3 Queimaduras nos olhos


B.3.1 A córnea e a conjuntiva podem ser muito afetadas, se expostas ao HF. A córnea perde sua
transparência tão logo entre em contato com o ácido, cegando a vítima.

B.3.2 Deve-se lavar imediatamente os olhos com água durante 3 min a 4 min, nunca mais que 4 min,
e em seguida, com rapidez e usando compressas frias nos olhos, transportar o paciente para a unidade
médica mais próxima.

B.3.3 Ao chegar à unidade médica, iniciar a lavagem oftálmica com a solução de gluconato de
cálcio 1 % em soro fisiológico; a lavagem deve ser repetida duas a três vezes por dia nos próximos
dois dias.

B.3.4 As queratoconjuntivites podem ser evitadas administrando-se esteroides oftálmicos. Se a


exposição for mínima, a descamação do epitélio ocorre em um período de tempo que varia de 4 h a
24 h; se não houver perfuração do olho e se a exposição for mínima, a melhora é notada nas primeiras
24 h e o período de recuperação é de quatro a cinco dias; se a exposição for moderada, o período de
recuperação é de 12 a 15 meses; no entanto, o médico deve saber que por perfuração e cicatrização
da córnea pode ocorrer uma limitação da visão. Nas exposições graves não se tem conseguido salvar
os olhos e, invariavelmente, neste tipo de paciente, é feita a enucleação dos olhos para se evitar
comprometimento dos tecidos adjacentes. Constantemente, estes pacientes são vítimas de respingos
de HF anídrico ou aquoso.

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B.4 Inalação de HF
B.4.1 Uma pessoa exposta ao gás de HF deve ser retirada da área contaminada imediatamente;
em seguida administrar O2 por cateter nasal ou máscara na quantidade de 5 L/min e transportá-la com
urgência para o hospital mais próximo.

B.4.2 Após a internação do paciente, deve ser administrado gluconato de cálcio por inalação;
preparar uma solução de soro fisiológico e gluconato de cálcio (a concentração de gluconato deve
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ser de 3 %) e administrar por meio de nebulização ou pressão positiva intermitente (PPI). O gluconato
deve ser administrado por nebulizador inicialmente por 60 min a 75 min; se for por PPI, de 30 min a
60 min.

B.4.3 Algumas exposições provocam grave irritação e obstrução das vias aéreas superiores,
nestes casos, a intubação ou traqueostomia podem ser necessárias.

B.5 Ingestão de HF
B.5.1 Após os primeiros socorros serem efetuados (ingerir vários copos d’água seguidos de 50 mL
de leite de magnésio, ou qualquer outro antiácido contendo magnésio ou cálcio), o estômago pode ser
lavado contendo uma solução antiácida à base de cálcio.

B.5.2 O tubo de lavagem deve ser passado com cuidado para evitar perfuração.

B.5.3 O tratamento para efeitos oriundos da corrosão é o mesmo tratamento utilizado para ingestão
de ácidos fortes.

B.5.4 É muito provável que ocorra uma intoxicação sistêmica de forma que tratamentos intensivos
possam ser necessários.

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