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CBM-PA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ
CÓD: SL-125OT-23
7908433243922
INTRODUÇÃO
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos dissertativos............................................................................................................... 9
2. Conhecimentos linguísticos. Norma culta: Ortografia/acentuação............................................................................................ 12
3. Emprego do sinal indicativo da crase.......................................................................................................................................... 14
4. Classes de palavras: definições, classificações, formas, flexões, empregos................................................................................ 14
5. Formação de palavras................................................................................................................................................................. 23
6. Estrutura da oração e do período: aspectos sintáticos e semânticos......................................................................................... 25
7. Concordância verbal. Concordância nominal............................................................................................................................. 27
8. Regência verbal. Regência nominal............................................................................................................................................ 28
9. A variação linguística: as diversas modalidades do uso da língua adequada às várias situações de comunicação.................... 31
Língua Inglesa
1. Compreensão de texto escrito em língua inglesa....................................................................................................................... 45
2. Itens gramaticais relevantes para a compreensão dos conteúdos semânticos.......................................................................... 45
Biologia
1. Anatomia e Fisiologia Humana. Sistema Circulatório. Sistema Respiratório. Sistema Digestório.Sistema Esquelético. Sistema
Neurológico.Sistema Hematopoiético. Sistema Tegumentar....................................................................................................... 123
2. Doenças endêmicas no Brasil e agentes Etiológicos.................................................................................................................... 174
Editora
Física
1. Princípios fundamentais da Dinâmica (Leis de Newton) Inércia e sua relação com Sistemas de Referência: Força peso, força
de atrito, força centrípeta, força elástica; Energia; Trabalho: Trabalho da força-peso e Trabalho da força elástica, Trabalho de
uma força, potência e rendimento; Energia Cinética: trabalho e variação de energia cinética; Sistemas conservativos: energia
potencial gravitacional, energia mecânica, conservação de energia mecânica.......................................................................... 183
2. Hidrostática: fundamentos, massa, peso, densidade, pressão, teorema fundamental da hidrostática, vasos comunicantes,
Teorema de pascal, prensa hidráulica, Teorema de Arquimedes, corpos imersos e flutuantes................................................. 190
3. Termometria: escalas termométricas em geral e variação de temperatura............................................................................... 197
4. Calorimetria: Conceito de calor; Capacidade térmica; Equação fundamental da calorimetria; Calorímetro; Princípio geral das
trocas de calor; Fluxo de calor; Lei de Fourier............................................................................................................................ 201
5. Dilatação térmica: Dilatação térmica de sólidos e líquidos; Comportamento térmico da água................................................. 205
6. Termodinâmica: introdução; Teoria cinética dos gases; Lei de Joule; Trabalho nas transformações gasosas; 1ª e 2ª Lei da Ter-
modinâmica; Máquinas térmicas e rendimento; Ciclo de Carnot; Conservação da energia e entropia..................................... 208
7. Eletrostática: Cargas e campos eletrostáticos; Quantização e conservação da carga elétrica; Campo e potencial elétrico....... 214
8. Eletrodinâmica: Corrente elétrica; Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade; condutores e isolan-
tes; Lei de Ohm (materiais ôhmicos e não ôhmicos); Circuitos simples e de malhas múltiplas. Lei de Kirchhoff...................... 225
Química
1. Modelos atômicos: Dalton, Thomson, Rutherford, Rutherford-Bohr, Orbitais e distribuição eletrônica................................... 243
2. Classificação periódica dos elementos químicos: Tabela periódica atual e sua estrutura - Lei de Moseley período, grupo e
subgrupo elemento representativo, de transição e gás nobre, propriedade periódica (raios atômico e iônico, energia de ioni-
zação e eletronegatividade)........................................................................................................................................................ 250
3. Ligação química. Teoria Eletrônica de valência ligação iônica - ligação covalente tipos de fórmula polaridade das ligações e
das moléculas - número de oxidação.......................................................................................................................................... 253
4. Função inorgânica.Conceito classificação notação nomenclatura, conceitos de Arrhenius, Bronsted e Lowry e de lewis para
ácidos e bases............................................................................................................................................................................. 257
Direito Administrativo
1. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios................................................................................................................... 273
2. Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; administração direta e indire-
ta.................................................................................................................................................................................................. 277
3. Poderes da Administração Pública: poder vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; poder disciplinar; poder regu-
lamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder...................................................................................................................... 278
4. Ato administrativo: conceito; requisitos, perfeição, validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classifi-
cação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade.............................................................................................. 285
5. Responsabilidade civil da Administração Pública: conceito de responsabilidade civil; teoria do risco administrativo; dano:
conceito e tipos; exclusão da responsabilidade; reparação do dano: ação regressiva................................................................ 296
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Direito Militar
1. Direito constitucional militar: Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Das Forças Armadas; Da Segu-
rança Pública............................................................................................................................................................................... 303
2. Direito Penal Militar; Crime militar; Crimes militares em tempo de paz (art. 9º do CPM); Classificação de crime propriamente
e impropriamente militar; Crimes militares em tempo de paz................................................................................................... 305
3. Das penas: Das penas principais; Da aplicação da pena; Das penas acessórias; Efeitos da condenação; Da insubordinação;
Abandono de posto; Descumprimento de missão; Embriaguez em serviço............................................................................... 309
4. Direito Processual Militar: Da Prisão em Flagrante..................................................................................................................... 314
5. Noções de inquérito policial militar............................................................................................................................................ 315
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Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.
Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do “A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado severas.
evento. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os incluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução. Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
texto, seja ele escrito, oral ou visual. afirmativa correta.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado “deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
podendo ser diferente entre leitores. adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Exemplo de compreensão e interpretação de textos Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em afirmativa correta.
um texto misto (verbal e visual): Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar afirmativa correta.
Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos porquês Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos têm o
de uma determinada situação. direito de trabalho, cabe aos governantes desse país, que almeja
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. um futuro brilhante, deter, com urgência esse processo de desníveis
- Exemplificação: dar exemplos. gritantes e criar soluções eficazes para combater a crise generaliza-
da (F), pois a uma nação doente, miserável e desigual, não compete
Exposição de elementos que vão fundamentar a ideia principal a tão sonhada modernidade. (G)
que pode vir especificada através da argumentação, de pormeno-
res, da ilustração, da causa e da consequência, das definições, dos 1º Parágrafo – Introdução
dados estatísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da
citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos A. Tema: Desemprego no Brasil.
forem necessários para a completa exposição da ideia. Contextualização: decorrência de um processo histórico pro-
blemático.
Conclusão
É uma avaliação final do assunto, um fechamento integrado de 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento
tudo que se argumentou. Para ela convergem todas as ideias ante-
riormente desenvolvidas. B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que remetem
- Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese. a uma análise do tema em questão.
- Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um pensa- C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da
mento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de quem lê. realidade.
D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de quem
É a retomada da ideia principal, que agora deve aparecer de propõe soluções.
forma muito mais convincente, uma vez que já foi fundamentada E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.
durante o desenvolvimento da dissertação (um parágrafo). Deve,
pois, conter de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, 7º Parágrafo: Conclusão
a confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argumentação F. Uma possível solução é apresentada.
básica empregada no desenvolvimento. G. O texto conclui que desigualdade não se casa com moder-
nidade.
Exemplo:
É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar sobre
Direito de Trabalho o que não se conhece. A leitura de bons textos é um dos recursos
que permite uma segurança maior no momento de dissertar sobre
Com a queda do feudalismo no século XV, nasce um novo mo- algum assunto. Debater e pesquisar são atitudes que favorecem o
delo econômico: o capitalismo, que até o século XX agia por meio senso crítico, essencial no desenvolvimento de um texto disserta-
da inclusão de trabalhadores e hoje passou a agir por meio da ex- tivo.
clusão. (A)
A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo o traba- Ainda temos:
lho automático, devido à evolução tecnológica e a necessidade de
qualificação cada vez maior, o que provoca o desemprego. Outro Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o as-
fator que também leva ao desemprego de um sem número de tra- sunto que vai ser abordado.
balhadores é a contenção de despesas, de gastos. (B) Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo discuti-
Segundo a Constituição, “preocupada” com essa crise social do.
que provém dessa automatização e qualificação, obriga que seja fei- Argumentação: é um conjunto de procedimentos linguísticos
ta uma lei, em que será dada absoluta garantia aos trabalhadores, com os quais a pessoa que escreve sustenta suas opiniões, de forma
de que, mesmo que as empresas sejam automatizadas, não perde- a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer argumentos, ou seja,
rão eles seu mercado de trabalho. (C) razões a favor ou contra uma determinada tese.
Não é uma utopia?!
Um exemplo vivo são os boias-frias que trabalham na colheita Pontos Essenciais
da cana de açúcar que devido ao avanço tecnológico e a lei do go- - toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de
vernador Geraldo Alkmin, defendendo o meio ambiente, proibindo pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação;
a queima da cana-de-açúcar para a colheita e substituindo-os então - em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao tema;
pelas máquinas, desemprega milhares deles. (D) - a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão cursos de - impõem-se sempre o raciocínio lógico;
cabelereiro, marcenaria, eletricista, para não perderem o mercado - a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer ambigui-
de trabalho, aumentando, com isso, a classe de trabalhos informais. dade pode ser um ponto vulnerável na demonstração do que se
Como ficam então aqueles trabalhadores que passaram à vida quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original, nobre, correta
estudando, se especializando, para se diferenciarem e ainda estão gramaticalmente. O discurso deve ser impessoal (evitar-se o uso da
desempregados? Como vimos no último concurso da prefeitura do primeira pessoa).
Rio de Janeiro para “gari”, havia até advogado na fila de inscrição.
(E)
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a solução para o seu concurso!
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a solução para o seu concurso!
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Observe:
— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
– Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
– Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra
palavra, é substantivo derivado (carruagem, planetário).
– Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.
– Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).
— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração ou pronome.
Os tipos de adjetivos
– Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).
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– Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos – Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados,
é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, não têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
substantivo morte → adjetivo mortal; verbo lamentar → adjetivo “-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe
lamentável). o exemplo do verbo “nutrir”:
– Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou – Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino). significado).
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
O gênero dos adjetivos tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
– Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
/ “Ana é uma amiga leal.” no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
– Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.”/”Menina tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
travessa”. – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e/ou
O número dos adjetivos têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
Por concordarem com o número do substantivo a que se Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
formosos. duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
O grau dos adjetivos seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). — Pronome
– Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
quanto o anterior.” fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
– Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
que Luciana.” número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
– Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
do que a equipe.” substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
– Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
podendo ser: relativos.
• Analítico: “A modelo é extremamente bonita.”
• Sintético: “Pedro é uma pessoa boníssima.” Pronomes pessoais
– Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
• Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
• Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.” (desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
(atuam como complemento), sendo que, para cada o caso reto,
Pronome adjetivo existe um correspondente oblíquo.
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, CASO RETO CASO OBLÍQUO
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é Eu Me, mim, comigo.
a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o Tu Te, ti, contigo.
substantivo comum professora).
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Locução adjetiva Nós Nós, conosco.
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, Vós Vós, convosco.
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio. Exemplos: Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
– Criaturas da noite (criaturas noturnas).
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe os exemplos:
– Associação de comércios (associação comercial). – Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível
é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.
— Verbo – Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.
fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em: Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las,
no, na, nos e nas desempenham apenas a função de objeto direto.
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Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.
Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).
Pronomes de tratamento
Tratam-se de termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação).
São divididos conforme o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de
expressarem interlocução (diálogo), à qual seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos
pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados na 3a pessoa.
Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo, ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.
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a solução para o seu concurso!
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Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”
Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada.
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:
Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, ou seja, para prevenir a repetição
indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).
Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)
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— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
vlugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:
— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado maior clareza e precisão.
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a solução para o seu concurso!
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No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.
Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:
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1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:
“É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:
Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência.
Os numerais podem ser: cardinais (um, dois, três...), ordinais (primeiro, segundo, terceiro...), fracionários (meio, terço, quarto...) e
multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo...). Antes de nos profundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais e suas três
principais finalidades:
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1 – indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral as preposições não possuem significado próprio se isoladas no
ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe
os numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização
Parágrafo 10° (Parágrafo 10). e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico,
2 – indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os que gera significado e sentido, esteja presente, apenas possui um
numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do menor valor.
primeiro dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal.
Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto. Classificação das preposições
3 – indicar capítulos, séculos, reis e papas: após o substantivo Preposições essenciais: só aparecem na língua propriamente
emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo utiliza- como preposições, sem outra função. São elas:
se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV
(quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).
— Preposição
Essa classe de palavras tem o objetivo de marcar as relações
gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e
advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas
relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,
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— Interjeição
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades autônomas,
que usufruem de independência em relação aos demais elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas também para
chamar exigir algo ou para chamar a atenção do interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de mim!”,
“Minha nossa!” Cruz credo!”.
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!”
Os tipos de interjeição
De acordo com as reações que expressam, as interjeições podem ser de:
FORMAÇÃO DE PALAVRAS.
Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos (combinação
de morfemas): a derivação e a composição.
Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra primitiva ou
radical).
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PALAVRA
SUFIXO PALAVRA DERIVADA
PRIMITIVA
gol leiro goleiro
feliz mente felizmente
3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma nova
palavra.
4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo anterior, para
existência da nova palavra, ambos os acréscimos são obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para originar um verbo.
5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse origina
substantivos a partir de formas verbais que expressam uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal composição
ocorre a partir da substituição da terminação verbal formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–er”) por uma das
vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”
6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não modifica
sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um substantivo na
frase “O jantar estava maravilhoso”.
Composição: é o processo de formação de palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por
justaposição ou por aglutinação.
– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais. Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol.
– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção. Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte.
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– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você Quanto ao objeto direto, podemos ter:
estiver lá.” – Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, acontecido.”
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da os aparelhos.»
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: – Complementos Nominais: esses termos completam o sentido
“Choveu muito ontem”. de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,
“Era uma hora e quinze”. adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
os exemplos:
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento
também recebem sua classificação, conforme abaixo: nominal.
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo “rapidamente” é advérbio de modo.
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser substantivo.
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.” a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim,
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por.
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz
cair, mergulhar, correr. passiva:
– Verbo de ligação: servem para expressar características de – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), – “O cachorro foi alvo do meu medo.”
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua
esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). 3 – Termos acessórios da oração
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos
(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem
Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, para complementar a informação, exprimindo circunstância,
e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características abaixo quais são eles:
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido
inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:
é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “Dormimos muito.”
“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica
atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou “Ele ficou pouco animado com a notícia.”
palavra substantivada.
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado”
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida “Maria escreve bastante bem.”
de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da
aula. Por isso, estavam contentes. O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”.
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o Os adjuntos adverbiais podem ser:
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. – Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc.
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.
2 – Termos integrantes da oração – Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma tempo).
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. – Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo,
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não pronomes adjetivos. Analise o exemplo:
exigindo preposição. “O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, de escola.”
isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido – Sujeito: “jovem apaixonado”
seja compreendido. – Núcleo do predicado verbal: “presenteou”
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– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os felizes que pulamos de alegria.”
adjuntos adnominais de “colega”. – Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando
para que nós chegássemos a casa em segurança.”
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma cheguei, eles iniciaram o trabalho.”
informação já completa. Observe os exemplos: – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” espero por você.»
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” – Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que
estivesse cansado, concluiu a maratona.”
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento como se ainda vivesse no interior.”
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais
apelo. Observe: me exercito, mais tenho disposição.”
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” passou no concurso, mudou-se para o interior.”
“Vista o casaco, filha!” – Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
— Estudo da relação entre as orações
Os períodos compostos são formados por várias orações.
As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de CONCORDÂNCIA VERBAL. CONCORDÂNCIA NOMINAL.
subordinação.
– Período composto por coordenação: é formado por
orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
individualmente porque apresentam sentidos completos. – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas: sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,
doces.” 2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não flexionado para concordar com o sujeito.
preparei os doces.” – Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou (flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes
preparo os doces.” da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas
logo, passou no exame.” formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame concordância ocorre em gênero e pessoa
porque estudou bastante.”
Casos específicos de concordância verbal
– Período composto por subordinação: são constituídos por Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas I – Quando houver um sujeito definido;
de forma separada. As orações subordinadas são divididas em II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado forem distintos.
que o suspeito era realmente o culpado.”
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não Observe os exemplos:
queria que isso acontecesse.” “Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É “Isto é para nós solicitarmos.”
obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão
expectativa de que os planos serão melhores em breve!” verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo
é que meus pais são saudáveis.” em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos
imperativos.
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Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe,
concorda com o termo que antecede o pronome: barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» gênero e número com o substantivo quando exercem função de
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.» adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do – “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos
ou por verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” REGÊNCIA VERBAL. REGÊNCIA NOMINAL.
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.
— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.
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A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: AS DIVERSAS MODALIDADES DO USO DA LÍNGUA ADEQUADA ÀS VÁRIAS SITUAÇÕES DE COMU-
NICAÇÃO.
— Definição
A língua é a expressão básica de um povo e, portanto, passa por mudanças conforme diversos fatores, como o contexto, a época, a
região, a cultura, as necessidades e as vivências do grupo e de cada indivíduo nele inserido. A essas mudanças na língua, damos o nome de
variações ou variantes linguísticas. Elas consistem nas diversas formas de expressão de um idioma de um país, tendo em vista que a língua
padrão de uma nação não é homogênea. A construção do enunciado, a seleção das palavras e até mesmo a tonalidade da fala, entre outras
características, são considerados na análise de uma variação linguística.
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consequência da vacinação. Compreender as estatísticas criminais em funcionamento até hoje! Essa mudança refletia o princípio de
de violência contra as mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto,
a pensar nas políticas públicas a serem implementadas no contexto com suas discussões sobre educação de surdos.
da pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da crise Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande
econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e Invisível, rea- influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando
lizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que, no espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos bra-
ano de 2020, a perda de emprego e a diminuição da renda familiar sileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda
foram sentidas de forma mais intensa pelas mulheres que sofreram defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo mé-
violência, o que tornou mais difícil para essas mulheres romper com todo oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio
parceiros abusivos ou relações violentas. de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modali-
A exemplo do que vimos em outros países, embora tenha ocor- dades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso
rido queda nos registros, sabia-se que a violência contra a mulher de Milão, em 11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram
estava aumentando de forma silenciosa e era preciso agir rápido. pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem
Algumas ações foram realizadas pelas instituições policiais a fim de na efetividade desse método na educação das pessoas surdas.
enfrentar o desafio que estava posto: a ampliação do rol de tipos Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua
penais que podem ser denunciados via boletim de ocorrência onli- Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras
ne, por exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamente continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Poste-
todas as unidades da Federação, o que possibilitou que, em alguns riormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais,
estados, pela primeira vez, o registro de violência doméstica fosse e os surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regu-
feito sem que se precisasse ir até uma delegacia, bastando, para lamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém,
isso, o acesso à Internet e a um dispositivo como tablet, smartpho- apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a
ne ou computador. Nesse sentido, campanhas de denúncia da vio- Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação
lência doméstica divulgadas em farmácias e supermercados, dentro e expressão no país.
da lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Associação Internet: <www.ufmg.br> (com adaptações).
dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional da Jus- Ao utilizar a expressão “visão capacitista”, no primeiro parágra-
tiça (CNJ), consistiram em importante ação de repercussão nacio- fo do texto CG1A1, o autor do texto evidencia uma concepção
nal. (A) emancipadora das pessoas surdas.
Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações). (B) preconceituosa da deficiência.
No texto CG1A1-I, o vocábulo “ampliação” (segundo período (C) elitista da sociedade brasileira.
do quarto parágrafo) veicula o mesmo sentido da palavra (D) individualista em relação à deficiência.
(A) abrangência. (E) restrita da incapacidade de aprender.
(B) criação.
(C) autorização. 5. CEBRASPE (CESPE) - ACI (CGDF)/CG DF/FINANÇAS E CON-
(D) aumento. TROLE/2023
(E) mudança. Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
4. CEBRASPE (CESPE) - MED (PREF MARINGÁ)/PREF MARIN- Texto CB1A1
GÁ/PSF/2022 Percebe-se no Brasil um persistente discurso de negativação da
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Significação de Vocá- atividade fiscal, do Estado fiscal, ainda marcado por figuras arcai-
bulo e Expressões cas como a do “leão” do imposto de renda, a tão repetida expres-
Texto CG1A1 são “carga tributária”, entre outras. Essa “demonização” do fisco
Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram em muito se justifica por uma deslegitimação do Estado brasileiro
consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem como um
uma deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa todo e, na seara tributária, especialmente por não sentir retor-
visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com no a população em relação ao quanto é onerada. Frise-se, porém,
transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Euro- que essa imagem negativa é, às vezes, patrocinada por quem ideo-
pa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preo- logicamente julga desnecessária uma tributação nas proporções em
cupar com esse grupo. que o Estado brasileiro vem aplicando.
Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos Nesse cenário, percebe-se, com linhas mais nítidas, um fenô-
surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhe- meno que acompanha toda a história tributária do homem: o da
cido. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda oposição social aos tributos, entendida aqui não como uma predis-
aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da posição “natural”, “inata” dos contribuintes, mas como todo des-
França, teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua vio que afasta o contribuinte do cumprimento de uma obrigação
época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto tributária, não sendo naturais as causas que o levam a resistir. O
Nacional de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como contribuinte resiste diante da cobrança de uma tributação ilícita;
inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de diante da cobrança ou da instituição de um tributo por um governo
1856, o Imperial Instituto de Surdos- Mudos, instituição de caráter ou legislador ilegítimo; diante da possibilidade de se praticar uma
privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas conduta tributária menos onerosa, tendo o contribuinte a liberdade
a mudança mais significativa se deu em 1957, quando foi denomi-
nado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está
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e o direito de resistir à tributação mais severa; e, no caso dos crimes No último período do texto CB1A1, o emprego das vírgulas em
contra a ordem tributária, quando apenas há a vontade livre e cons- “Muito ainda, porém, estão alheios os cidadãos acerca do que o
ciente de cometer o crime. Estado arrecada” justifica-se
A resistência fiscal, assim, tem um conteúdo que ora se dis- (A) por separar sujeito e predicado.
tancia dos conceitos clássicos de direito de resistência (objeção de (B) pela presença de conjunção adversativa deslocada.
consciência, desobediência civil, greve política, direito de revolta, (C) pelo destaque estilístico da opinião do autor.
entre outros), ora se aproxima desses mesmos conceitos. É quan- (D) pelo destaque estilístico de expressão conclusiva.
do se veem na literatura, especialmente na estrangeira, expressões
como “direito de resistência fiscal”, “objeção fiscal”, “desobediência 6. CEBRASPE (CESPE) - INSP REG (AGER MT)/AGER MT/2023
fiscal”, “greve fiscal”, “revolta fiscal”, “rebelião fiscal”. Entre outras, Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
tais expressões relacionam-se com os conceitos de “direito de re- Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
sistência” e de “resistência fiscal”, tomados como dois gêneros em Texto CB2A1
que algumas espécies coincidem, mas que também possuem pon- O mundo vegetal não é um silêncio absoluto, só quebrado pela
tos incomunicáveis. ação do vento nas folhas ou de abelhas zumbindo próximas. Plantas
Com efeito, dado que seja gênero de múltiplas espécies, po- com “sede” ou “feridas” podem murchar e empalidecer, mas agora
dem ser elencadas como modalidades de resistência fiscal: a) a re- sabemos que elas também emitem sons quando passam por situa-
sistência à cobrança de tributos ilícitos/inconstitucionais, que tem ções de estresse.
total amparo no princípio constitucional da legalidade tributária, Nessas ocasiões, elas podem produzir muitos estalos em stac-
tendo os contribuintes direito de resistir a essa tributação ilegal/ cato (notas muito curtas), aos quais as criaturas próximas podem
inconstitucional; b) a resistência à cobrança ou à instituição de tri- responder. É o que aponta um novo estudo. “Quando essas plantas
butos que, mesmo amparados na lei e na Constituição Federal de estão em boa forma, elas emitem menos de um som por hora, mas
1988, são, porém, rechaçados pela sociedade, considerados ilegíti- quando estressadas emitem muito mais, às vezes de 30 a 50 por
mos pela população, ou rechaçados por camada social que se veja hora”, afirma o professor Lilach Hadany, biólogo evolucionista da
prejudicada com sua instituição; c) o crime tributário, que não pas- Universidade de Tel Aviv.
sa de uma ofensa deliberada à lei; e d) a resistência lícita, na qual De 40 a 80 kHz, esses sons são muito agudos para o ouvido
se opta por alternativa legal menos onerosa ou pela abstenção de humano, que atua numa faixa de cerca de 20 kHz. Mas insetos
conduta tributável. como mariposas e pequenos mamíferos, incluindo-se ratos, podem
A história mostrou que a resistência fiscal, por mais que pareça detectar essas frequências, o que levanta a possibilidade de que
natural e inevitável a toda realidade tributária, teve proporções me- os ruídos possam influenciar seu comportamento, ou seja, os sons
nores em regimes considerados mais democráticos, uma vez que os ultrassônicos emitidos pelas plantas podem ajudar a moldar seus
abusos e o arbítrio das autoridades foram, em muitas sociedades, ecossistemas.
as principais causas para a recusa ao pagamento dos tributos. Veri- “Eles [os sons] são potencialmente importantes porque outros
fica- se, assim, uma razão inversamente proporcional entre o quan- organismos talvez tenham evoluído para ouvir esses sons e inter-
tum democrático de um regime político e a resistência social aos pretá-los”, acrescenta Hadany. Essas emissões sonoras podem, por
tributos por ele instituídos. Assim, a democracia participativa, em exemplo, ser úteis para criaturas próximas, talvez chamando a aten-
superação aos modelos clássicos e insuficientes da representação ção de animais para plantas que lhes sirvam de alimento ou para
ou do exercício semidireto do poder, aponta para uma “relegitima- locais onde insetos devam depositar seus ovos.
ção” do Estado fiscal, na qual a sociedade passa a tomar parte de Não está claro o que cria os sons, mas suspeita-se de um pro-
espaços de decisões políticas. cesso chamado cavitação, em que as colunas de água em caules de
A sociedade contribuinte deve-se preocupar, portanto, no ca- plantas desidratadas se quebram, gerando bolhas de ar.
minho a ser trilhado em direção a uma educação (para a cidada- Alexandre Carvalho. Internet: <super.abril.com.br> (com adapta-
nia) fiscal, não apenas com a “carga tributária”, mas com o destino ções).
das arrecadações e com os gastos públicos. Nesse sentido, já exis- No primeiro período do segundo parágrafo do texto CB2A1, os
tem alguns avanços, como o da Lei n.º 12.741/2012, que obrigou, parênteses são utilizados para delimitar
como direito básico dos consumidores, informarem-se os tributos (A) uma explicação.
incidentes e repassados no preço dos produtos, e os programas de (B) um exemplo.
educação fiscal ligados aos órgãos fiscais da União, dos estados e (C) uma digressão.
das capitais. Muito ainda, porém, estão alheios os cidadãos acerca (D) um fato novo.
do que o Estado arrecada e, mais ainda, de como gastam os gover- (E) um comentário crítico.
nantes tais recursos, o que pode aumentar os índices de resistência
fiscal na sociedade brasileira. 7. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/ADMINISTRA-
<R>Isaac Rodrigues Cunha. Resistência fiscal, democracia e edu- ÇÃO/2022
cação tributária: fundamentos para uma fiscalidade democrático- Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
-participativa por meio de uma “pedagogia fiscal”. Universidade Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
Federal do Ceará, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Gradua- Texto CG1A1-I
ção em Direito, Fortaleza, 2017 (com adaptações). O terror torna-se total quando independe de toda oposição;
reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a le-
galidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a es-
sência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário.
O terror é a realização da lei do movimento.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
O seu principal objetivo é tornar possível, à força da nature- 8. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/ADMINISTRA-
za ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, ÇÃO/2022
sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da Texto CG1A1-I
humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode O terror torna-se total quando independe de toda oposição;
permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, in- reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a le-
terfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da galidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a es-
natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos sência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário.
vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural O terror é a realização da lei do movimento.
ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”, O seu principal objetivo é tornar possível, à força da nature-
quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizan- za ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade,
tes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamen- sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o
tos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da
inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da
e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executa- humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode
ram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, in-
Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas terfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da
apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos
mas executam um movimento segundo a sua lei inerente. vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural
No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”,
fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizan-
cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos tes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamen-
homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao tos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente
constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime,
que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executa-
As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, as- ram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior.
seguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas
inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,
para a existência política do homem o que a memória é para a sua mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.
existência histórica: garantem a preexistência de um mundo co- No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir
mum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens,
individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos
se alimenta. homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao
Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento
é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram.
uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, as-
Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbi- seguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo
trária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são
homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra para a existência política do homem o que a memória é para a sua
todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os existência histórica: garantem a preexistência de um mundo co-
homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de mum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração
tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só- individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas
-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os se alimenta.
homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico
direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como
espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens.
liberdade. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbi-
Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet. trária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um
org.br> (com adaptações). homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra
No parágrafo do texto CG1A1-I, os dois-pontos empregados todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os
após “inocentes” introduzem uma homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de
(A) conclusão. tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-
(B) citação. -Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os
(C) consequência homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus
(D) explicação. direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o
(E) síntese. espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da
liberdade.
Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.
org.br> (com adaptações).
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No parágrafo do texto CG1A1-I, a autora emprega aspas nas ex- 10. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022
pressões ‘raças inferiores’, ‘indigno de viver’ e ‘classes agonizantes Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
e povos decadentes’ com a finalidade de Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
(A) destacar que trata de um pensamento alheio. Texto CG1A1-II
(B) demarcar citações. A contínua ampliação das sociedades humanas no interior do
(C) ironizar o sentido dessas expressões. universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu para estimular um
(D) indicar a fala de uma personagem. modo de falar que sugere que “sociedade” e “natureza” ocupariam
(E) expressar sarcasmo. compartimentos separados, impressão esta que foi reforçada pelo
desenvolvimento divergente das ciências naturais e das ciências so-
9. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/POLITEC ciais. Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais que
RO/2022 não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas dimensões
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto, física e social independentemente uma da outra. Se transformar-
Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc) mos em verbo o substantivo “tempo”, constataremos de imediato
Texto LP-1-A1 que não se pode separar inteiramente a determinação temporal
Crescimento econômico geralmente implica aumento nas ati- dos acontecimentos sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o
vidades em todos os setores – indústria, comércio, serviços, con- desenvolvimento dos instrumentos de medição do tempo fabrica-
sumo. Em outras palavras, significa mais extração de recursos na- dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou autono-
turais, mais produção e mais coisas devolvidas à terra na forma de mia, certamente, em relação à do tempo físico. A relação entre as
lixo. O crescimento econômico deveria ser um meio de valor neutro duas foi se tornando indireta, mas nunca foi totalmente rompida,
para atender às necessidades básicas de todos e criar comunidades porquanto não pode sê-lo. Durante muito tempo, foram as necessi-
mais saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sólida, cul- dades sociais que motivaram a mensuração do tempo dos “corpos
tura mais vibrante etc. Durante muito tempo, ele contribuiub para celestes”. É fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo
a difusão desses objetivos fundamentais em algumas partes do pla- tipo de medida foi e continua a ser dependente do desenvolvimen-
neta, propiciando a abertura de estradas, a construção de moradias to do primeiro tipo, a despeito das influências recíprocas.
etc. Agora, talvez já tenhamos coisas suficientes para atender às Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9
necessidades básicas de todos; só que elas não são distribuídas de (com adaptações).
forma justa. Acerca do emprego dos sinais de pontuação no texto CG1A1-II,
Uma grande parte do problema é que o sistema econômico do- julgue os itens a seguir.
minante valoriza o crescimento como um objetivo em si mesmo. I No primeiro período, as aspas são usadas para assinalar que o
Por issoc usamos o produto interno bruto, ou PIB, como a medi- autor se refere a um conceito particular, pessoal, de universo,
da padrão do sucesso de uma nação. O PIB contabiliza o valor dos sociedade e natureza.
bens e serviços produzidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas II O acréscimo de uma vírgula logo após “esta” (primeiro perío-
importantes, ao não considerar a distribuição desigual e injusta da do) comprometeria a correção gramatical do texto.
riqueza, nem examinar quão saudáveis e satisfeitas estão as pesso- III Estaria mantida a correção gramatical do último período
as. É por isso que o PIB de um país pode seguir subindo a ótimos caso fosse inserido um travessão imediatamente depois da for-
3% ao ano, e a renda dos trabalhadores ficar estagnada, caso a ri- ma verbal “foi” e outro imediatamente depois de “ser”.
queza emperre em um determinado ponto do sistema. Além disso, Assinale a opção correta.
os verdadeiros custos ecológicos e sociais do crescimento não são (A) Nenhum item está certo.
incluídos no PIB. (B) Apenas os itens I e II estão certos.
A fé de nossa sociedade no crescimento econômico repousa na (C) Apenas os itens I e III estão certos.
suposiçãoa de que sua continuidade é tão possível quanto benéfica. (D) Apenas os itens II e III estão certos.
Mas nenhum dos dois pressupostos é verdadeiro. Primeiro porque, (E) Todos os itens estão certos.
devido aos limites do planeta, o crescimento econômicod infinito é
impossível. Ultrapassado o patamare em que as necessidades hu- 11. CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT8/TRT 8/ADMINISTRATI-
manas básicas são atendidas, ele tampouco se revelou uma estraté- VA/2022
gia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje, nas grandes me- Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Pontuação (Ponto,
trópoles, um alto nível de estresse, depressão, ansiedade e solidão. Vírgula, Travessão, Aspas, Parênteses, etc)
Annie Leonard. Uma história das coisas. Texto CG2A1-I
Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos,
Rio de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações). ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
A correção gramatical e a coerência do texto LP-1-A1 seriam mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é
mantidas caso se inserisse uma vírgula logo após considerado de extrema importância nesse contexto é o processo
(A) “suposição”, no primeiro período do último parágrafo. de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um
(B) “contribuiu”, no penúltimo período do primeiro parágrafo. tema de grande relevância no estudo do planejamento de carreira.
(C) “Por isso”, no segundo período do segundo parágrafo. Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” car-
(D) “econômico”, no primeiro período do último parágrafo. rega em si uma dualidade de significados inerentes a esse fenôme-
(E) “patamar”, no quarto período do último parágrafo. no. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à
liberdade, por outro, ela está associada à ideia de retirar-se aos seus
aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemen-
te associada ao abandono, à inatividade e à finitude.
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Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas No texto CG1A1-I, é de uso facultativo o sinal indicativo de cra-
formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que, de se empregado no trecho
forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma re- I “em relação à segurança pessoal e coletiva” (primeiro período
compensa do trabalhador, destaca a aposentadoria como uma li- do primeiro parágrafo).
berdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a II “quanto à melhor nomenclatura” (penúltimo período do pri-
moldar sua rotina meiro parágrafo).
como preferir, investindo mais em atividades pessoais, sociais III “quanto à sua efetividade” (último período do primeiro pa-
e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada rágrafo).
a problemas financeiros, perda de status social, perda de amigos, IV “com relação à segurança pública” (último período do se-
sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. gundo parágrafo).
Além disso, com a expectativa negativa em relação à aposentadoria, Assinale a opção correta.
surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre (A) Apenas o item I está certo.
o futuro. (B) Apenas o item II está certo.
Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões (C) Apenas o item III está certo.
da pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, (D) Apenas o item IV está certo.
n.º 000223, 2022. Internet: (E) Todos os itens estão certos.
<semanaacademica.org.br> (com adaptações).
O sinal de dois-pontos empregado após “duas formas” (primei- 13. CEBRASPE (CESPE) - AUX (PREF JOINVILLE)/PREF JOIN-
ro período do terceiro parágrafo do texto CG2A1-I) introduz um(a) VILLE/EDUCADOR/2022 Língua Portuguesa (Português) - Crase
(A) citação. Texto CB2A1
(B) conclusão. A estratégia de ensino-aprendizagem da leitura e escrita com
(C) diálogo. base na abordagem da atitude leitora tem sido foco, nas duas últi-
(D) enumeração. mas décadas, tanto de estudos e pesquisas acadêmicas quanto do
(E) concessão. interesse de organismos oficiais, materializados, por exemplo, por
meio de projetos de formação continuada de professores da rede
12. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022 pública e pelos próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Crase A experiência com o livro, instrumento da cultura humana a ser
Texto CG1A1-I apropriado pelas crianças, carrega a possibilidade da apropriação
O estreitamento das relações entre instituições policiais e co- estética na esfera das atividades literárias, o que permitirá o desen-
munidade como um todo, em determinado espaço geográfico, se volvimento, desde a primeira infância, de qualidades inerentes ao
coloca como uma forma eficaz de enfrentamento do sentimento ato de ler, contribuindo para a constituição do futuro leitor.
generalizado de medo, de insegurança e de descrédito em relação à Conceber a humanização na infância por meio da literatura é
segurança pessoal e coletivaI. Esse modo de responder ao problema saber que cada um se torna humano também a partir dessas apren-
da violência e da criminalidade de forma preventiva e com a partici- dizagens já que as qualidades próprias do gênero humano estão
pação da sociedade tem recebido denominações diferenciadas, tais “encarnadas” nos objetos culturais, materiais ou não materiais,
como polícia comunitária, policiamento comunitário, polícia inte- cujas características impulsionam o desenvolvimento sociocultural
rativa, polícia cidadã, polícia amiga, polícia solidária, não havendo das crianças e desnudam a elas a função de tais objetos — fator
consenso quanto à melhor nomenclaturaII. No entanto, há o reco- fundamental na experimentação dos pequenos.
nhecimento de todos que adotaram essas experiências quanto à Assim, as crianças podem construir para a leitura um sentimen-
sua efetividadeIII na prevenção da violência; prova disso é que seu to que as aproxime desse instrumento cultural essencial de apro-
uso tem sido muito corrente nos dias atuais. priação da experiência humana acumulada, fonte do processo de
Podemos definir polícia comunitária como um processo pelo humanização que cada indivíduo precisa vivenciar para formar para
qual a comunidade e a polícia compartilham informações e valores si as qualidades humanas em suas máximas possibilidades.
de maneiras mais intensas, objetivando promover maior seguran- Para tanto, as crianças precisam reconhecer e usar os livros tal
ça e o bem-estar da coletividade. A Constituição Federal de 1988 qual o adulto, como leitor autônomo, o faz: ler procurando compre-
foi a primeira a apresentar um capítulo específico sobre segurança ender as informações em textos verbais ou imagéticos. O mediador
pública, no qual se encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao in- de leitura pode ler e contar histórias às crianças, o que será muito
corporar a segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu importante, no entanto será preciso que a criança realize, por ela
um status de direito fundamental a essa matéria. Assim, o Estado própria, inicialmente, as ações externas com o objeto livro, tate-
é o principal garantidor da segurança pública, mas a responsabi- ando-o, experimentando-o; na sequência, imitando o adulto; mais
lidade recai sobre todos; consequentemente, em observância aos adiante, levantando hipóteses de previsões de/na/pela leitura lite-
conceitos e aos princípios da filosofia de polícia comunitária, o ci- rária para ir construindo sua identidade como leitor.
dadão passa a ser parceiro da organização policial, envolvendo-se Esse sentido para a leitura — essa atitude leitora — acaba por
na identificação de problemas, apontando prioridades e indicando criar na criança uma nova necessidade, qual seja a de ler para com-
soluções com relação à segurança públicaIV, em uma perspectiva preender o que se diz nos textos lidos. Por meio de experiências
cidadã. positivas de leitura — experimentadas desde os seus primeiros con-
Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contri- tatos com a cultura escrita —, as crianças passam a ser afetadas
buições para democratizar a segurança pública. Internet: <www.
cchla.ufpb.br> (com adaptações).
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positivamente por elas e estabelecem para a leitura um sen- científico. É fundamental ensinar desde cedo a identificar as carac-
tido adequado a sua função. Frente a situações de leitura, com o terísticas essenciais de falseabilidade e a buscar evidências que va-
desenvolvimento de sua atitude leitora, a criança tende a procurar lidem nossas crenças.
compreender o que alguém lê e, mais tarde, o que ela própria lê. Ronaldo Pilati. Ciência e pseudociência: por que acreditamos
Desenvolvida na prática pedagógica, essa atitude leitora pode apenas naquilo em que queremos acreditar. São Paulo: Contexto,
contribuir de maneira significativa, a um só tempo, para o ensino da 2018, p. 110 (com adaptações).
leitura literária e para a formação de leitores autônomos. Assinale a opção correta acerca das relações de concordância
Cyntia G. G. S. Girotto et al. Metodologias de ensino — Educação no texto 1A1-I.
literária e o ensino da literatura: a abordagem das estratégias de (A) No período do parágrafo, o termo “permitam” concorda
leitura na formação com “crianças” e “adolescentes”.
de professores e crianças. In: Célia Maria David et al. (Orgs). (B) No período do parágrafo, o termo “articulada” concorda
Desafios contemporâneos da educação. 1.ª ed. São Paulo: Cultura com “racionalmente”.
Acadêmica, 2015, p 279–282 (com adaptações). (C) No período do parágrafo, o termo “desqualificarem” con-
Assinale a opção em que, no segmento destacado do texto corda com “críticos”.
CB2A1, é opcional o emprego do acento indicativo de crase. (D) No período do parágrafo, o termo “tratadas” concorda com
(A) “a sua função” (segundo período do sexto parágrafo) “crenças”.
(B) “desde a primeira infância” (segundo parágrafo)
(C) “a partir dessas aprendizagens” (terceiro parágrafo) 15. CEBRASPE (CESPE) - GCM (BOA VISTA)/PREF BOA VIS-
(D) “as qualidades humanas” (quarto parágrafo) TA/2023
(E) “a de ler” (primeiro período do sexto parágrafo) Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal
e Nominal)
14. CEBRASPE (CESPE) - CAD (CBM TO)/CBM TO/2023 Texto CG1A1-I
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal Em Roraima, atualmente, há centenas de sítios arqueológicos
e Nominal) conhecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na-
Texto 1A1-I cional (IPHAN), muitos deles já cadastrados noSistema Integrado
A aparência científica de um sistema de crença não necessaria- de Conhecimento e Gestão (SICG), banco de dados utilizado pelo
mente o torna científico. Os defensores da astrologia utilizam uma referido instituto, no qual são inseridas informações relativas aos
coleção de argumentos comuns para defender o status científico da sítios arqueológicos identificados. Entretanto, ainda há uma grande
disciplina, como o fato de ela estudar o movimento dos planetas, quantidade de sítios arqueológicos cujas localizações são impreci-
basear-se em cálculos matemáticos para a compreensão do movi- sas ou desconhecidas, motivo pelo qual são desenvolvidos proje-
mento dos astros, possuir softwares específicos para a constituição tos de recadastramento/georreferenciamento e sinalização. Essas
das predições, além de ter um conjunto rebuscado de pressupostos ações, além de assegurarem uma maior precisão às informações
e relações complexas entre eventos, apresentados de forma racio- dos sítios já conhecidos, contribuem para que novos sítios sejam
nalmente articulada.⁽b⁾ Além disso, também é comum em muitas identificados e, assim, cadastrados.
pseudociências os seus defensores desqualificarem⁽c⁾ os críticos, As informações sobre os sítios arqueológicos chegam ao conhe-
argumentando que eles desconhecem a matéria e não estão ap- cimento do IPHAN por meio da própria comunidade, especialmente
tos a criticá-la. Saber reconhecer os parâmetros que caracterizam das comunidades indígenas, e também por meio dos projetos liga-
o conhecimento científico é suficiente, na maioria dos casos, para dos ao licenciamento ambiental.
identificar a qualidade da produção das evidências por meio da apli- As datações arqueológicas obtidas para o estado de Roraima
cação do método, para compreender a qualidade do que produzem remontam ao período pré-colonial e também ao pré-histórico,
a astrologia e outras pseudociências. É claro que somada a isso está como é o caso dos sítios Arara Vermelha (em São Luiz do Anauá),
a robusta falta de evidências para sustentar que as predições astro- Pedra Pintada (Pacaraima) e Ruínas do Forte São Joaquim do Rio
lógicas sejam de alguma valia para explicar a realidade. Branco (Bonfim).
Por motivos como esse, julgo fundamental que os cientistas O sítio Arara Vermelha, também conhecido como Pedra do Sol,
devam sempre se esforçar para divulgar as características de como é um abrigo sob rocha com um conjunto diversificado de gravuras
a ciência funciona. Estou seguro de que, se tais princípios pudes- rupestres (marcas realizadas por pessoas nas superfícies das rochas
sem ser amplamente compreendidos pela população geral, mesmo com ferramentas feitas de pedra retirada de matéria rochosa), em
aquela que não tem oportunidade de passar por uma formação que predominam temáticas abstrato-geométricas, sendo as zoo-
científica, diversas crenças em sistemas pseudocientíficos seriam morfas (formas de animais) e as antropomorfas (formas humanas)
tratadas⁽d⁾ com maior ceticismo. As pessoas poderiam ser capazes encontradas em menor quantidade. O sítio é uma importante fonte
de julgar com maior relatividade as próprias crenças, o que é um de estudo para a arqueologia amazônica por ser um dos poucos
dos motivos mais relevantes de por que a ciência é um empreendi- locais conhecidos na região onde há gravuras em abrigo, associadas
mento tão eficiente em melhorar nossa condição de vida e nos dar a um depósito sedimentar com alto potencial arqueológico e bem
ferramentas úteis para responder as questões que fazemos sobre o preservado.
universo. Associo-me a Sagan quando ele argumenta, em O mun- Internet: <www.gov.br> (com adaptações).
do assombrado pelos demônios, que faltam, nas escolas de nossas A correção gramatical e o sentido do texto CG1A1-I seriam
crianças e de nossos adolescentes, estratégias que permitam⁽a⁾ ad- mantidos caso a forma verbal “há”, em “há gravuras em abrigo”,
mirar a ciência, mais do que simplesmente decorar o conhecimento fosse substituída por
(A) podem haver.
(B) tinham.
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Ora, se a educação deve ser compreendida dentro de um con- compreendam serviços e programas de emprego e contratos espe-
texto histórico-social, as diferentes áreas e profissões cuja atuação ciais para jovens; da promoção do respeito aos direitos trabalhistas
se desenvolve na efetivação dessa política social necessitam de es- e do trato não discriminatório dos jovens; além de políticas públicas
tratégias de ação com o objetivo de estimular o processo de cons- que estimulem e desenvolvam a oferta de emprego pelas empre-
cientização dos indivíduos numa perspectiva transformadora da sas, desde políticas de desenvolvimento e diversificação produtiva
realidade. até o apoio às pequenas e médias empresas.
A educação em sua forma emancipadora pode ser vista como Entre as modalidades de programas para fomentar o emprego
um instrumento de luta pelos direitos do cidadão, contribuindo juvenil, as alianças público-privadas desempenhampapel essencial,
para a formação de um sujeito crítico e consciente, um ser humano pois representam um campo fértil para a responsabilidade social
apto ao questionamento e à tomada de decisões. Assim, a escola empresarial e podem ser centrais para o desenvolvimento compe-
seria o espaço capaz de produzir uma formação ampla para o indiví- titivo das empresas.
duo, auxiliando-o na construção do conhecimento e da convivência Internet: <www.ilo.org> (com adaptações).
humana e social, política e cultural. O principal assunto do texto CB1A1-I é
Cirlene Aparecida H. S. Oliveira. O significado do trabalho inter- (A) a incorporação das novas tecnologias aos modelos de negó-
disciplinar na escola. In: Célia Maria David et al. (Orgs). Desafios cios das empresas.
contemporâneos da educação. 1 ed. São Paulo: Cultura Acadêmi- (B) a importância de programas governamentais de qualifica-
ca, 2015, p. 238–239 (com adaptações). ção profissional dos jovens.
Em relação à concordância nominal e verbal no texto CB1A1, (C) o papel do Estado no desenvolvimento produtivo para a
assinale a opção correta. ocupação funcional da juventude.
(A) No primeiro parágrafo, a flexão da forma verbal “compõem” (D) o impacto das novas tecnologias na empregabilidade dos
na terceira pessoa do plural justifica-se pela concordância do jovens.
verbo com o termo “conflitos”, que é o sujeito da última oração (E) o papel crucial da educação para o incremento da oferta de
do parágrafo. emprego aos jovens.
(B) No segundo parágrafo, o termo “monopolizada” está fle-
xionado no feminino singular porque concorda em gênero e 20. CEBRASPE (CESPE) - ACI (CGDF)/CG DF/FINANÇAS E
número com a expressão “uma parte da sociedade”. CONTROLE/2023 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de
(C) Estariam mantidas a correção gramatical e as relações co- Textos (Compreensão)
esivas estabelecidas no primeiro período do terceiro parágrafo Texto CB1A1
caso se substituísse “tendo” por e têm. Percebe-se no Brasil um persistente discurso de negativação da
(D) Estaria mantida a correção gramatical do último parágrafo atividade fiscal, do Estado fiscal, ainda marcado por figuras arcai-
do texto caso se substituísse o termo “vista” por visto, dada cas como a do “leão” do imposto de renda, a tão repetida expres-
a possibilidade gramaticalmente prevista de concordância, em são “carga tributária”, entre outras. Essa “demonização” do fisco
estruturas de voz passiva, do particípio com o elemento que o em muito se justifica por uma deslegitimação do Estado brasileiro
segue, qual seja o vocábulo “instrumento”. como um todo e, na seara tributária, especialmente por não sentir
(E) No quarto parágrafo, a flexão da forma verbal “se desenvol- retorno a população em relação ao quanto é onerada. Frise-se, po-
ve” na terceira pessoa do singular justifica-se pela concordân- rém, que essa imagem negativa é, às vezes, patrocinada por quem
cia do verbo com o termo “atuação”, que é o núcleo do sujeito ideologicamente julga desnecessária uma tributação nas propor-
da oração. ções em que o Estado brasileiro vem aplicando.
Nesse cenário, percebe-se, com linhas mais nítidas, um fenô-
19. CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT8/TRT 8/ADMINISTRATI- meno que acompanha toda a história tributária do homem: o da
VA/2023 oposição social aos tributos, entendida aqui não como uma predis-
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Tex- posição “natural”, “inata” dos contribuintes, mas como todo des-
tos (Compreensão) vio que afasta o contribuinte do cumprimento de uma obrigação
Texto CB1A1-I tributária, não sendo naturais as causas que o levam a resistir. O
A 4.ª revolução industrial, marcada por avanços tecnológicos contribuinte resiste diante da cobrança de uma tributação ilícita;
exponenciais, está produzindo uma transformação acelerada das diante da cobrança ou da instituição de um tributo por um governo
ocupações e dos requisitos de habilidades necessárias ao ingresso ou legislador ilegítimo; diante da possibilidade de se praticar uma
dos jovens no mundo do trabalho. A demanda por novas qualifica- conduta tributária menos onerosa, tendo o contribuinte a liberdade
ções aumenta, e a obsolescência das existentes se acelera; além e o direito de resistir à tributação mais severa; e, no caso dos crimes
disso, muitas atividades rotineiras estão sujeitas à robotização ou à contra a ordem tributária, quando apenas há a vontade livre e cons-
substituição por máquinas inteligentes. ciente de cometer o crime.
Embora essa nova realidade possa abrir grandes oportunida- A resistência fiscal, assim, tem um conteúdo que ora se dis-
des, a transformação acelerada das ocupações gera também o risco tancia dos conceitos clássicos de direito de resistência (objeção de
de maior desigualdade. consciência, desobediência civil, greve
O mundo tecnológico que emerge exige novas qualificações, ou política, direito de revolta, entre outros), ora se aproxima des-
mesmo novas alfabetizações, uma vez que as habilidades do século ses mesmos conceitos. É quando se veem na literatura, especial-
XXI estão em processo de redefinição radical, o que reforça a impor- mente na estrangeira, expressões como “direito de resistência fis-
tância de educação de qualidade e formação profissional dos jovens cal”, “objeção fiscal”, “desobediência fiscal”, “greve fiscal”, “revolta
para melhorar a empregabilidade e facilitar a transição da educa- fiscal”, “rebelião fiscal”. Entre outras, tais expressões relacionam-se
ção para o trabalho; de políticas ativas de mercado de trabalho que
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com os conceitos de “direito de resistência” e de “resistência fiscal”, 21. CEBRASPE (CESPE) - GCM (BOA VISTA)/PREF BOA VIS-
tomados como dois gêneros em que algumas espécies coincidem, TA/2023
mas que também possuem pontos incomunicáveis. Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Tex-
Com efeito, dado que seja gênero de múltiplas espécies, po- tos (Compreensão)
dem ser elencadas como modalidades de resistência fiscal: a) a re-
sistência à Texto CG1A2-I
cobrança de tributos ilícitos/inconstitucionais, que tem total Em épocas remotas, as mulheres se sentavam na proa das ca-
amparo no princípio constitucional da legalidade tributária, tendo noas e os homens, na popa. As mulheres caçavam e pescavam. Elas
os contribuintes direito de resistir a essa tributação ilegal/incons- saíam das aldeias e voltavam quando podiam ou queriam. Os ho-
titucional; b) a resistência à cobrança ou à instituição de tributos mens montavam as choças, preparavam a comida, mantinham ace-
que, mesmo amparados na lei e na Constituição Federal de 1988, sas as fogueiras contra o frio, cuidavam dos filhos e curtiam as peles
são, porém, rechaçados pela sociedade, considerados ilegítimos de abrigo. Assim era a vida entre os índios onas e os yaganes, na
pela população, ou rechaçados por camada social que se veja preju- Terra do Fogo, até que um dia os homens mataram todas as mulhe-
dicada com sua instituição; c) o crime tributário, que não passa de res e puseram as máscaras que as mulheres tinham inventado para
uma ofensa deliberada à lei; e d) a resistência lícita, na qual se opta aterrorizá-los. Somente as meninas recém-nascidas se salvaram do
por alternativa legal menos onerosa ou pela abstenção de conduta extermínio. Enquanto elas cresciam, os assassinos lhes diziam e re-
tributável. petiam que servir aos homens era seu destino. Elas acreditaram.
A história mostrou que a resistência fiscal, por mais que pareça Também acreditaram suas filhas e as filhas de suas filhas.
natural e inevitável a toda realidade tributária, teve proporções me-
nores em regimes considerados mais democráticos, uma vez que os Eduardo Galeano. A autoridade. In: Mulheres. Internet: <www.
abusos e o arbítrio das autoridades foram, em muitas sociedades, lpm.com.br> (com adaptações).
as principais causas para a recusa ao pagamento dos tributos. Veri-
fica- se, assim, uma razão inversamente proporcional entre o quan- Infere-se do texto CG1A2-I que, nas citadas comunidades indí-
tum democrático de um regime político e a resistência social aos genas, as mulheres
tributos por ele instituídos. Assim, a democracia participativa, em (A) rejeitavam os homens.
superação aos modelos clássicos e insuficientes da representação (B) exploravam os homens.
ou do exercício semidireto do poder, aponta para uma “relegitima- (C) coagiam os homens.
ção” do Estado fiscal, na qual a sociedade passa a tomar parte de (D) assustavam os homens.
espaços de decisões políticas.
A sociedade contribuinte deve-se preocupar, portanto, no ca- 22. CEBRASPE (CESPE) - GM (SÃO CRISTÓVÃO)/PREF SÃO
minho a ser trilhado em direção a uma educação (para a cidada- CRISTÓVÃO/2023 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação
nia) fiscal, não apenas com a “carga tributária”, mas com o destino de Textos (Compreensão)
das arrecadações e com os gastos públicos. Nesse sentido, já exis-
tem alguns avanços, como o da Lei n.º 12.741/2012, que obrigou, Texto CB1A7
como direito básico dos consumidores, informarem-se os tributos Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando
incidentes e repassados no preço dos produtos, e os programas de deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa de
educação fiscal ligados aos órgãos fiscais da União, dos estados e seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho
das capitais. Muito ainda, porém, estão alheios os cidadãos acerca habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa correu menos
do que o Estado arrecada e, mais ainda, de como gastam os gover- bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram
nantes tais recursos, o que pode aumentar os índices de resistência a sorver, um grito que ouviu a meio do dia, um beijo que lhe foi
fiscal na sociedade brasileira. deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje,
<R>Isaac Rodrigues Cunha. Resistência fiscal, democracia e edu- varado de saudade da ex-mulher, caminha sozinho e coxo pelas ruas
cação tributária: fundamentos para uma fiscalidade democrático- escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que
-participativa por meio de uma “pedagogia fiscal”. Universidade o encharca da cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à
Federal do Ceará, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Gradua- perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez
ção em Direito, Fortaleza, 2017 (com adaptações). em quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem
Entende-se da leitura do texto CB1A1 que a “resistência fiscal” sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático que lhe
é dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A
(A) fenômeno inexistente no Brasil. mesma sob a qual todos aqueles que lhe fizeram promessas coloca-
(B) fonte de insatisfação dos cidadãos. ram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o
(C) movimento verificável em diversas sociedades ao longo da seu caminho pela aldeia, agarrado aos muros brancos, sem grande
história. epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está
(D) consequência de políticas públicas que promovem justiça triste ele coxeia.
social. Matilde Campilho. In: Flecha. São Paulo: Editora 34, 2022.
Infere-se do texto CB1A7 que o personagem manca em razão
de
(A) uma deformidade de nascença.
(B) questões emocionais.
(C) sequela de um acidente.
(D) doenças adquiridas na infância.
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Texto CG1A1-I
O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a legalidade
é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a
realização da lei do movimento.
O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem o
estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza
ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que
qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da natureza, da classe ou
da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu
julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror
manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada
fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por
um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais;
não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.
No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens,
cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao cons-
tante movimento de todas as coisas humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis
circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo inteiramente
novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica:
garantem a preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração individual de cada geração,
absorve todas as novas origens e delas se alimenta.
Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como uma
tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua
fúria não visa ao benefício do poder despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das
fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de tal forma que é como
se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz
a tirania — significa tirar dos homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens,
delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.
Infere-se do texto CG1A1-I que, na lógica que rege o tribunal do terror, além dos assassinados, também são subjetivamente inocentes
os assassinos, porque estes
(A) apenas executam as leis do regime totalitário.
(B) são vítimas do regime totalitário.
(C) devem obediência aos seus governantes.
(D) buscam justiça.
(E) são privilegiados pelo regime totalitário.
24. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFICIAL DE DILIGÊNCIA/2022 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de
Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no Código de Hamurabi, cujas leis
foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações sociais que ocorreram durante
a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou contra as ditaduras na-
zifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do
Eixo dos Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se
podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder
Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase
vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com
a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
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A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagra- que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a
ção efetiva do direito de acesso à justiça, com a intensificação da sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois,
luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere
democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetivi- à violência o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa
dade da justiça. irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, dei-
Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que ma- xam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.
terializou expressamente o acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o
XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangei- Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p.
ros residentes no Brasil. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a
possibilidade de acesso aos tribunais, como também estabeleceu a O foco do autor do texto CG1A1-I é defender a ideia de que
criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la. (A) a irracionalidade é elemento característico da violência ex-
O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o aces- trema.
so obtido tanto pelos meios alternativos de solução de conflitos de (B) a razão é paradoxalmente capaz de lidar com o antagonis-
interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de mo e a diversidade.
forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. (C) a violência está associada a ameaças reais identificadas pela
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça. razão.
(D) a irracionalidade é uma explicação falaciosa para a violência
Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações). extrema.
(E) a aplicação de mecanismos racionais transforma perigos ir-
Infere-se do texto CG2A1-I que o acesso à justiça reais em fatos.
(A) é concedido aos brasileiros natos e, com restrições, aos es-
trangeiros de qualquer nacionalidade naturalizados brasileiros,
ainda que não residam no Brasil. GABARITO
(B) é concedido ao cidadão brasileiro por decisão do Poder Ju-
diciário.
(C) é definido na Constituição Federal de 1988, mas não tem
1 D
efetividade no mundo real.
(D) representa a prerrogativa exclusiva dos brasileiros de bus- 2 D
car a tutela de seus direitos por meio da atuação de um ma- 3 D
gistrado. 4 B
(E) constitui, no Brasil, o direito de ter à disposição o meio
constitucionalmente previsto para pleitear e alcançar a tutela 5 B
jurisdicional do Estado. 6 A
7 D
25. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022
Assunto: Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Tex- 8 A
tos (Compreensão) 9 C
Texto CG1A1-I 10 D
Um problema no estudo da violência é sua relação com a ra-
cionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados com requin- 11 D
tes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião pública como 12 C
atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra 13 A
de um ser desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o pro-
duto de uma razão perigosamente racional. É o que ocorre quando 14 D
certos mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz tudo 15 D
a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade 16 C
como feita unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis,
17 A
deixam o indivíduo sem alternativas. Esses mecanismos traduzem a
racionalidade de uma razão incapaz de lidar com os antagonismos, 18 E
as diferenças e a diversidade. 19 D
Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos
20 C
o da irracionalidade do que o de uma racionalidade repleta de “ra-
zões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria 21 D
razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo 22 B
as alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos
23 A
outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitima-
doras da violência. Em outras palavras, o problema da violência 24 E
está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que 25 D
a existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O
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ANOTAÇÕES
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Simple present Observe que apenas no caso dos pronomes em terceira pes-
O simple present ou o presente simples é marcado por dois soa (he, she, it), o verbo se modificou. Nos demais sujeitos o verbo
verbos auxiliares específicos DO e DOES. A conjugação verbal no mantem sua forma original do infinitivo.
tempo presente da língua inglesa é simples e se divide entre grupos
de sujeitos. No infinitivo, ou seja, quando terminados em “ar”, “er”, Há ainda o uso dos verbos auxiliares DO e DOES em frases
“ir” no português, o verbo leva “to” em inglês, veja a seguir. negativas e interrogativas no presente simples do inglês. E, assim
• Comer – to eat como a conjugação verbal, os auxiliares são divididos em dois gru-
• Beber – to drink pos de acordo com os sujeitos:
• Andar – to walk • DO para I, You, We, They e You (plural).
• DOES para He, She e It.
Todos os verbos no presente mantêm uma conjugação básica,
muito mais simples que a do português para cada sujeito. Basta re- Na negativa, o verbo auxiliar do ou does é somado ao not (não),
tirar o “to” do infinitivo para serem conjugados com os sujeitos I, podendo sofrer uma contração, comum da linguagem informal.
you, we, they e you (plural). Veja: • Do not = don’t
• I eat – Eu como • Does not = doesn’t
• You eat – Você come/ Tu comes
• We eat – Nós comemos Sendo assim, no presente acrescentam-se estes auxiliares ao
• They eat – Eles comem modo negativo para formular uma frase negativa. O verbo que o
• You eat – Vocês comem/ Vós comeis segue, porém, retorna ao seu estado primário (infinitivo sem “to”)
em todos os casos quando as frases estão na forma negativa. Veja:
No caso dos pronomes na terceira pessoa (he, she e it), acres- • You do not enjoy this song. / You don’t enjoy this song
centa-se ao verbo o s conjuga-los adequadamente no tempo pre- (Você não gosta desta canção)
sente; para saber quando usar casa partícula, é necessário atentar- • She does not understand English / She doesn’t understand
-se ao final de cada verbo. Veja: English.
• She speaks Spanish. (Ela não entende inglês)
• My brother enjoys watching movies.
• Anne visits her family on weekends Em frases interrogativas os verbos auxiliares do presente são
postos no início da frase e o verbo retorna para seu estado infinitivo
A grande maioria dos verbos recebem a terminação em s no sem o “to”. Confira:
inglês, em especial os terminados em sons consonantais de p, t, k • Do you enjoy watching TV? (Você gosta de assistir TV?)
ou f ou sons vogais. Mas encontramos algumas exceções também • Do Anna and Joe undertand the text? (Anna e John entendem
em que devemos acresentar es ou ies ao final do verbo, no caso de o texto?)
verbos terminados em y, em ch, em sh, em x, em s ou em z. • Does she work at a store? (Ela trabalha em uma loja?)
Em verbos a terminação consoante + y, acrescenta-se o “ies”. • Does Matt speak Mandarin? (Matt fala mandarim?)
Confira alguns exemplos de verbos que se encaixam nesta regra. E assim formamos as bases das estruturas do tempo presente
• To study – She studies math. (Ela estuda matemática) na língua inglesa.
• To try – He tries to practice sports. (Ele tenta praticar espor-
tes) Simple past
• To fry – John fries potatoes in oil. (John frita batatas no óleo) O passado simples no inglês segue uma estrutura ainda mais
• To copy – Lucy copies the text. (Lucy copia o texto) simplificada do que o próprio presente simples. O auxiliar DID é res-
• To reply – He replies with a text. (Ele responde com uma men- ponsável por formular frases negativas e interrogativas. E os verbos
sagem) são divididos entre verbos regulares e irregulares.
Há, porém, uma exceção para a regra do “y”. Em verbos que Verbos regulares
seguem a ordem de consoante, vogal e consoante (cvc) em sua ter- Os verbos regulares da língua inglesa possuem uma termina-
minação, acrescenta-se apenas o “s”. Confira: ção padrão -ED. No tempo passado, todas as regras se aplicam a
• To play - She plays the guitar. (Ela toca violão) todos os sujeitos, sem diferenciação.
• To stay – It stays there (Fica lá) • She loved the movie.
• To enjoy – He enjoys playing the piano. (Ele gosta de tocar o • We learned a new lamguage.
violão) • Joseph cooked a tasty dish.
Verbos terminados em ch, sh, s, z ou x, terminam “es”. Observe:
• To touch – He touches his nose. (Ele toca seu nariz) Verbos irregulares
• To press – Mary presses the button. (Maria aperta o botão) Os verbos irregulares possuem variações diversas e não se-
• To buzz – The noise buzzes across the room. (O barulho zum- guem uma regra. São, portanto, um tema que precisa de mais aten-
be pela sala) ção e estudo para que a memorização seja efetiva. O uso cotidiano
• To crash – The bus crashes against the wall (O ônibus bate dos verbos pode auxiliar a aprender sua forma no passado, quando
contra o muro) verbo irregular. Confira a seguir uma tabela de verbos irregulares
• To fix – The man fixes the sink. (O homem conserta a pia) em inglês.
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It is It was • They aren’t going to pay the man. (Eles não vão pagar o ho-
(Ele/Ela é/está) (Ele/Ela era/estava) mem)
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Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma no com- Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são advérbios.
parativo e superlativo de superioridade.
far (longe) lonely = solitário (adjetivo)
farther than – the farthest (distância)
lovely = encantador (adjetivo)
further (than) – the furthest (distância / adicional)
old (velho) silly = tolo (adjetivo)
older than – the oldest elderly = idoso (adjetivo)
elder – the eldest (só para elementos da mesma família)
late (tarde) Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados
the latest (o mais recente) no início ou no final de orações.
the last (o último da série) You’ll find what you want HERE.
THERE comes the bus.
ADVERBS
Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOMETIMES, NE- Modo, lugar, tempo
VER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de preferência, ANTES do A posição normal dos advérbios em uma oração é:
verbo principal ou APÓS o verbo auxiliar ou o verbo to be.
He did his job CAREFULLY AT HOME YESTERDAY.
They USUALLY watch TV in the evenings.
She is ALWAYS late.
These curtains have NEVER been cleaned. MODO LUGAR TEMPO
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O verbo can é sempre acompanhado do verbo principal no infinitivo sem o to. Ele pode ser usado para construir frases afirmativas,
negativas e interrogativas.
NOUNS
Regular and irregular plural of nouns: To form the plural of the nouns is very easy, but you must practice and observe some rules.
• Substantivos terminados em y, precedidos de consoante, trocam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante + y = ies
Ex.: fly – flies try – tries curry – curries
• Contáveis são os substantivos que podemos enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanta forma singular quanto plural. Eles
são chamados de countable nouns em inglês.
Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer one orange, two oranges, three oranges, etc.
• Incontáveis são os substantivos que não possuem forma no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de non-countable
nouns em inglês. Podem ser precedidos por alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias, líquidos, pós,
conceitos, etc., que não podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos contar “water”. Podemos contar “bottles
of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua forma líquida.
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Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: music, art, love, happiness, advice, information, news, furniture, luggage, rice, su-
gar, butter, water, milk, coffee, electricity, gas, power, money, etc.
PREPOSITIONS
As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam lugar ou
posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instrumento).
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PREPOSIÇÕES
Horas The airplane will arrive at five o’clock.
Datas We have a big party at Christmas.
Lugares He is at the drugstore.
AT
Cidades pequenas She lives at Barcelos.
Períodos do dia She works at night.(noon, night, midnight, dawn)
Endereços completos Fabrizio lives at 107 Boulevard Street.
Períodos do dia Marcus works in the morning. (exceto noon, night, midnight e dawn)
Meses The case will arrive in March.
IN
Estações do ano It’s very hot in summer.
Anos David graduaded in 2008.
Séculos Manaus was created in 18th century.
Expressões do tempo The computer will be working in few days.
Expressões de lugar (dentro) The memory is in the CPU.
August lives in São Paulo.
Estados, Cidades grandes, Países, Continentes
There are many developed countries in Europe.
“sobre” Our bags are on the reception desk.
Dias da semana He has class on Friday.
Prepositions of Place
PRONOUNS
O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em inglês existe apenas uma especificidade, que pode causar um pouco de estra-
nheza, que é o pronome “it”, o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com a prática, você vai conseguir entender e aprender bem
rápido.
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Subject Pronouns
I (eu) I am a singer.
YOU (você, tu, You are a student.
vocês)
HE (ele) He is a teacher.
SHE (ela) She is a nurse.
IT (ele, ela) It is a dog/ It is a
table.
WE (nós) We are friends.
THEY (eles) They are good
dancers.
O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo abaixo:
Mary is intelligent = She is intelligent.
– Attention
a) If you talk about a pet use HE or SHE
Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent!
b) If you talk about a baby/children that you don’t know if is a girl or a boy.
The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It is happy.
Object Pronous
São usados como objeto da frase. Aparecem sempre depois do verbo.
ME
YOU
HIM
HER
IT
US
YOU
THEM
Exemplos:
They told me the news.
She loves him so much.
Demonstrative Pronouns
Os pronomes demonstrativos são utilizados para demonstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou longe da pessoa que fala ou
de quem se fala, ou seja, indica posição em relação às pessoas do discurso.
Veja quais são em inglês:
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LÍNGUA INGLESA
Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos pronomes demonstra-
tivos nas frases abaixo:
This method will work.
These methods will work.
O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para indicar seres que estão distantes da pessoa que fala. Observe:
That computer technology is one of the most fundamental disciplines of engineering.
Those computers technology are the most fundamental disciplines of engineering.
VOCABULÁRIO
Vestimentas
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Wound - ferida
Wrinkle – ruga
Aches (Dores)
Backache – dor nas costas
Earache – dor de ouvido
Headache – dor de cabeça
Heartache – dor no peito
stomachache – dor de estômago
Toothache – dor de dente
Povos e línguas
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LÍNGUA INGLESA
árvore tree
Animais em inglês: principais insetos
Ant: Formiga; alecrim rosemary
Mite: Ácaro;
Bee: Abelha; ameixieira plum tree
Beetle: Besouro;
arbusto bush / shrub
Butterfly: Borboleta;
Caterpillar: Lagarta; azaleia azalea
Cockroach: Barata;
Cricket: Grilo; azevinho holly
Fly: Mosca;
Flea: Pulga; açafrão turmeric
Firefly: Vagalume;
bordo maple
Grasshoper: Grilo;
Ladybug: Joaninha; bromélia bromeliads
Louseorlice: Piolho;
Mosquito: Pernilongo/Mosquito; bétula birch
Snail: Caracol;
Spider: Aranha; canela cinnamon
Tick: Carrapato;
carvalho oak
Termite: Cupim.
Animais em inglês: principais animais marítimos horse chestnut
Crab: Caranguejo; castanheiro
tree
Dolphin: Golfinho;
Fish: Peixe; caule stem
Octopus: Polvo;
cebola onion
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Referee = árbitro, juiz (esportes), perito (responsável por análi- Displacement = tonelagem
se de artigos científicos) Notice to marine = aviso aos navegantes
Reporter = repórter List of Lights = lista de faróis
Researcher = pesquisador Full Load = plena carga
Sailor, seaman = marinheiro Fuel = combustível
Salesman* = vendedor Cruising speed = velocidade de cruzeiro
Sales representative, sales rep = vendedor Draft = projeto
Saleswoman* = vendedora Length = comprimento
Scientist = cientista Inland Waters = águas interiores
Screenwriter = roteirista Bússula = compass
Sculptor = escultor Ship = navio
Seamstress = costureira Ocean liner = navio transatlântico
Secretary = secretária Tug = rebocador
Shopkeeper (ame), storekeeper (bre), shop owner, merchant = Gross Tonnage = arqueação bruta
lojista, comerciante Tanker Ship = Navio Petroleiro
Singer, vocalist = cantor Plataform Ship = navio plataforma
Social worker = assistente social Vessel = navio embarcação
Speech therapist = fonoaudiólogo Broken = quebrado
Statistician = estatístico Rope = cabo
Systems analyst = analista de sistemas Boom = pau de carga
Tailor = alfaiate Starboard = boreste
Teacher = professor Port = bombordo
Operator = operador Speed = velocidade
Operator, telephone operator = telefonista Ahead = a frente
Teller = caixa (geralmente de banco) Crew = tripulação
Trader = trader, operador (em bolsa de valores) Stern = popa
Translator = tradutor Fire = fogo
Travel agent = agente de viagens Fireman = bombeiro
Treasurer = tesoureiro Hose = mangueira
Valet = manobrista Fire Hose = mangueira de incêndio
Vet, veterinarian = veterinário Tonnage Length = comprimento tonelagem
Scend = Caturro
Waiter* = garçom Heel = adernar (mesmo que banda)
Waitress* = garçonete Bulkhead = Antepara
Welder = soldador Flush Deck = convés corrido
Writer = escritor Hold = porão
Zoologist = zoólogo Bollard = cabeço no cais
A Marinha Bitt = cabeço no navio
Proa = Bow
Popa = Stern \ astern Profissões a bordo no navio
Bombordo = port Captain of Long Haul = capitão de longo curso
Boreste = starboard Auxiliary Health = auxiliar de saúde
Convés = deck Steward = taifeiro
Linha d aqua = water line Cook = cozinheiro
Castelo de Proa = forecastle Pumpman = bombeiro (trabalha com bombas)
Boca = beans Nurse = enfermeiro
Comprimento (LOA) = length overall Officer = oficial
Obras Vivas = botton Skipper = patrão
Obras Mortas = topsides Helmsman = timoneiro
Pontal = depth Bo’sun = mestre ou contra mestre
Calado de Vante = Draught forward Seaman = homem do mar
Tombadilho = Fanny Sailor = marinheiro
Calado a ré = draught forward Engineer = chefe de máquinas
Costado = ribcage Mid Ship = meio navio
Plano diametral = diametral plane Ship’s Articles = rol de equipagem
Bochecha = tack Ship’s Log = diário de bordo
Alheta = wing \ quarter Insurance Certificate = certificado de seguro
Passadisso = gangway \ bridge Customs Clearance = aduaneiro
Casco = hull Charter Party = Fretamento
Borda livre = free board Bill of Health = certificado de saúde
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I. No primeiro quadrinho Hagar consultou o velho sábio para saber sobre o segredo da felicidade.
II. No segundo quadrinho as palavras that e me se referem, respectivamente, ao “velho sábio” e a “Hagar”.
III. As palavras do velho sábio no último quadrinho são de que é melhor dar que receber.
Assinale a alternativa correta.
(A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) As afirmativas I, II e III estão corretas
(D) Apenas a afirmativa I está correta
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LÍNGUA INGLESA
This problem affects other foods besides fresh produce. Ima- 3. The words in bold in the text: ‘they’ and ‘our’ are pronouns.
gine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a famous ice 4. The word ‘hives’ has the following definition: a container for
cream company. Many of their flavours rely on the hard working housing honeybees.
honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money for CCD. They Choose the alternative which contains all the correct affirma-
also funded a garden at the University of California called The Ha- tives:
ven. This garden helps raise awareness about the disappearing ho- (A) Only 3 is correct.
neybee and teaches visitors how to plant for pollinators. (B) Only 4 is correct.
Donating money to research is the most important thing hu- (C) Only 1 and 2 are correct.
mans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD on (D) Only 2 and 3 are correct.
climate change. Others think pesticides are killing the bees. Com- (E) Only 2 and 4 are correct.
mercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers transport
their hives from place to place in order to pollinate plants year rou- 8. (PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFESSOR LÍNGUA ES-
nd. TRANGEIRA – INGLÊS - FGV – 2019)
https://www.englishclub.com/reading/environment/ho- Critical Literacy, EFL and Citizenship
neybee.htm We believe that a sense of active citizenship needs to be de-
Choose the alternative that presents the correct prepositions veloped and schools have an important role in the process. If we
that are missing in the first paragraph. agree that language is discourse, and that it is in discourse that we
(A) on • of • by construct our meanings, then we may perceive the foreign langua-
(B) in • off • by ge classrooms in our schools as an ideal space for discussing the
(C) at • from • about procedures for ascribing meanings to the world. In a foreign lan-
(D) on • from • by guage we learn different interpretive procedures, different ways to
(E) at • of • due to understand the world. If our foreign language teaching happens in
a critical literacy perspective, then we also learn that such different
7. (PREFEITURA DE FRAIBURGO - SC - PROFESSOR - LÍNGUA IN- ways to interpret reality are legitimized and valued according to
GLESA - FEPESE – 2019) socially and historically constructed criteria that can be collectively
The Disappearing Honeybee reproduced and accepted or questioned and changed. Hence our
Honeybees do more than just make honey. They fly around and view of the EFL classroom, at least in Brazil, as an ideal space for the
pollinate flowers, plants, and trees. Our fruits, nuts, and vegetables development of citizenship: the EFL classrooms can adopt a criti-
rely.....................these pollinators. One third.....................America’s cal discursive view of reality that helps students see claims to truth
food supply is pollinated.....................the honeybee. as arbitrary, and power as a transitory force which, although being
Have you seen or heard a honeybee lately? Bees are myste- always present, is also in permanent change, in a movement that
riously disappearing in many parts of the world. Most people don’t constantly allows for radical transformation. The EFL classroom can
know about this problem. It is called “colony collapse disorder” thus raise students’ perception of their role in the transformation
(CCD). Some North American beekeepers lost 80% of their hives of society, once it might provide them with a space where they are
from 2006-2008. Bees in Italy and Australia are disappearing too. able to challenge their own views, to question where different pers-
The disappearance of the honeybee is a serious problem. Can pectives (including those allegedly present in the texts) come from
you imagine never eating another blueberry? What about almonds and where they lead to. By questioning their assumptions and those
and cherries? Without honeybees food prices will skyrocket. The perceived in the texts, and in doing so also broadening their views,
poorest people always suffer the worst when there is a lack of food. we claim students will be able to see themselves as critical subjects,
This problem affects other foods besides fresh produce. Ima- capable of acting upon the world.
gine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a famous ice […]
cream company. Many of their flavours rely on the hard working We believe that there is nothing wrong with using the mother
honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money for CCD. They tongue in the foreign language classroom, since strictly speaking,
also funded a garden at the University of California called The Ha- the mother tongue is also foreign - it’s not “mine”, but “my mo-
ven. This garden helps raise awareness about the disappearing ho- ther’s”: it was therefore foreign as I first learned it and while I was
neybee and teaches visitors how to plant for pollinators. learning to use its interpretive procedures. When using critical li-
Donating money to research is the most important thing hu- teracy in the teaching of foreign languages we assume that a great
mans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD on part of the discussions proposed in the FL class may happen in the
climate change. Others think pesticides are killing the bees. Com- mother tongue. Such discussions will bring meaning to the class-
mercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers transport room, moving away from the notion that only simple ideas can be
their hives from place to place in order to pollinate plants year rou- dealt with in the FL lesson because of the students’ lack of profi-
nd. ciency to produce deeper meanings and thoughts in the FL. Since
https://www.englishclub.com/reading/environment/ho- the stress involved in trying to understand a foreign language is ea-
neybee.htm sed, students will be able to bring their “real” world to their English
Analyze the sentences according to structure and grammar use. lessons and, by so doing, discussions in the mother tongue will help
1. The underlined words in the following sentence: “ The poo- students learn English as a social practice of meaning-making.
rest people always suffer the worst when there is a lack of food.”, (Source: Adapted from JORDÃO, C. M. & FOGAÇA, F. C. Critical
are examples of adjectives in the comparative of superiority degree. Literacy in The English Language Classroom. DELTA, vol. 28, no
2. In the sentence:” Imagine losing your favourite ice cream!”, 1, São Paulo, p. 69-84, 2012. Retrieved from http://www.scielo.
the underlined word is a noun. br/pdf/delta/v28n1a04.pdf).
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LÍNGUA INGLESA
Another way of wording “there is nothing wrong” is: 12. (PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE - SC - PROFESSOR
(A) there is no one wrong. - LÍNGUA INGLESA - AMEOSC – 2019)
(B) there is something wrong. We’re all looking forward to have a few days’ holiday together.
(C) there isn’t anything wrong. In the context above, there is mistake related to:
(D) there isn’t anybody wrong. (A) An adverbial phrase.
(E) there are some things wrong. (B) An infinitive form.
(C) A determiner.
9. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - INGLÊS – (D) Gerund use.
MATUTINO- FURB – 2019)
What is the correct sequence for planning a practical writing 13. FCC - 2021 - MANAUSPREV - Analista Previdenciário - Tec-
class? Consider classroom actions (A through H below) with the cor- nologia da Informação- Atenção: Para responder à questão, baseia-
rect sequence of these actions: -se no texto abaixo.
A - The teacher provides students with a short newspaper arti- Mobile Devices and Apps for Health Care Professionals: Uses
cle about a pool in their city that can close and tells them that they and Benefits
will write a letter to the newspaper asking for the pool to be open. C. Lee Ventola
B - Students choose the top six reasons and the teacher writes The use of mobile devices by health care professionals (HCPs)
them on the board. has transformed many aspects of clinical practice. Mobile devi-
C - Groups check each other’s letters for grammatical and ces have become commonplace in health care settings, leading
spelling errors and correct them. to rapid growth in the development of medical software appli-
D - Teacher asks students in groups to brainstorm reasons for cations (apps) for these platforms. Numerous apps are now
keeping pool open. available to assist HCPs with many important tasks, such as:
E - Teacher asks students in his or her groups to write a draft of information and time management; health record maintenan-
the letter using three of the reasons on the written list. ce and access; communications and consulting; reference and
F - Teacher collects all letters to send to newspaper editor. information gathering; patient management and monitoring;
G - Groups tell their list of reasons for the whole class. clinical decision-making; and medical education and training.
H - Groups write an improved draft letter. Mobile devices and apps provide many benefits for health
Mark the correct sequence: care professionals (HCPs), perhaps most significantly increased
(A) D – G – B – A – E – C – H – F. access to point-of-care tools, which has been shown to support
(B) A – D – G – B – E – C – H – F. better clinical decision-making and improved patient outco-
(C) C – D – G – E – B – A – H – F. mes. However, some HCPs remain reluctant to adopt their use.
(D) A – D – C – B – E – G – H – F. Despite the benefits they offer, better standards and validation
(E) C – D – G – B – E – H – A – F. practices regarding mobile medical apps need to be established
to ensure the proper use and integration of these increasingly
10. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PRO- sophisticated tools into medical practice. These measures will
FESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019) raise the barrier for entry into the medical app market, incre-
O tempo verbal utilizado para descrever fatos que aconteceram asing the quality and safety of the apps currently available for
em tempo não determinado chama-se _____. Assinale a alternativa use by HCPs.
que preencha corretamente a lacuna. (Adapted from: www.ncbi.nlm.nih.gov)
(A) Past continuous No trecho However, some HCPs remain reluctant to adopt their
(B) Past simple use, a conjunção However pode ser substituída, sem alteração de
(C) Present simple sentido, por
(D) Present perfect (A) Accordingly
(B) Moreover
11. (PREFEITURA DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO (C) In addition to
BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019) (D) In spite of
Consider the following conversation. (E) Nevertheless
-____did Jonathan go to New York?
-Because he went on a tour with his family. 14. FCC - 2021 - MANAUSPREV - Analista Previdenciário - Tec-
-____did they go? nologia da Informação- Atenção: Para responder à questão, baseie-
-By ship. -se no texto abaixo.
Taking into account the use of interrogative pronouns, the op- Impact of Point-of-Care Technologies on Healthcare
tion below that completes the conversation is by Impelsys Admin | Apr 25, 2019
(A) When – How. Point-of-Care Technologies is a set of technologies used at
(B) When – What. the location of patient care helping improve healthcare outco-
(C) Why – How. mes. Blood glucose monitors, urine dipsticks, pregnancy tests,
(D) Why – When. rapid strep tests, rapid HIV tests, hemoglobin level tests are
(E) What – How. common examples of PoCT. In the past few years PoCT have
advanced and the field is showing strong growth, as evidenced
by new clinical or consumer products research and develop-
ment directions. The widespread use of this set of technolo-
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA INGLESA
gies is driven by healthcare emphasis shifting towards greater and the complexity of managing their own data centers. By ren-
healthcare awareness, precision treatment, optimization of pa- ting cloud services, companies pay only for what they use such
tient management process, and chronic disease management − as computing resources and disk space. This allows companies
combined with advances in electronic devices and information to anticipate costs with greater accuracy.
technology. Since cloud service providers do the heavy lifting of ma-
Point-of-care technologies add to the effectiveness and ef- naging and maintaining the IT infrastructure, it saves a lot of
ficiency in healthcare delivery. PoC devices provide critical in- time, effort and money for businesses. The cloud also gives or-
formation to clinicians assisting in the management of patient ganizations the ability to seamlessly upscale or downscale their
care. Point-of-care technology enables diagnosis at home, in computing infrastructure as and when needed. Compared to
the hospital, in an ambulance, or in the field; it effectively de- the traditional on-premises data center model, the cloud of-
livers high quality of life care at the patient’s bedside, or in the fers easy access to data from anywhere and on any device with
corner of a consulting room, doing away with procedures that internet connectivity, thereby enabling effective collaboration
require an entire laboratory and long hours to arrive at a pro- and enhanced productivity.
per diagnosis. (Adaptado de: MCDERMOTT, Matt. Cloud Computing: Benefits,
Point-of-Care procedures involve faster and leaner processes Disadvantages & Types of Cloud Computing Services. Disponí-
as testing is done on bedside and fewer steps are necessary to vel em: https:/Ayww .business2community.com)
produce the result. Depreende-se do texto que a computação em nuvem
These are some of the advantages of PoCT: (A) reduz os custos, uma vez que os usuários só precisam pa-
− They eliminate the need for processing and aliquoting, trans- gar pelo que utilizarem, como, por exemplo, espaço em disco,
porting the specimen to the laboratory, and communicating results quando e onde precisarem.
back to the clinical staff. (B) permite que os usuários planejem antecipadamente o que
− Faster access to test results allows for rapid clinical decision precisarão usar, pois podem reservar com antecedência os re-
making, enabling more appropriate treatments and interventions. cursos necessários.
− They require smaller sample volumes than those needed for (C) é um modelo de infraestrutura eficiente, contudo demanda
traditional laboratory testing. muito esforço, tempo e dinheiro para ser implantado.
− They can also help reduce the frequency of testing errors like (D) dificulta o acesso a dados armazenados nos servidores de
inappropriate sampling errors, errors during preparation or packa- uma organização, na medida em que exige a presença física do
ging of samples, and patient misidentification. usuário.
− The fact that PoCT is often performed by the individual pro- (E) beneficia os usuários da comunidade acadêmica, apesar de
viding care to the patient may help decrease post analytical errors ter sido planejada para a aplicação no universo corporativo.
due to incorrect transmission of test results.
(Adapted from: www.impelsys.com)
Segundo o texto, os aplicativos PoCT GABARITO
(A) oferecem resultados confiáveis apesar de exigirem amos-
tras maiores do que as necessárias para exames convencionais.
(B) demandam pouco conhecimento tecnológico, pois sua ope-
1 A
ração é bastante intuitiva.
(C) possibilitam uma tomada de decisão precoce, com um im- 2 A
pacto direto no diagnóstico clínico e nos custos ao sistema de 3 C
saúde.
(D) permitem agilizar um diagnóstico, pois fornecem resultados 4 A
rapidamente, onde quer que se encontre o paciente. 5 C
(E) reduzem os pedidos de exames laboratoriais desnecessá-
rios. 6 A
7 E
15. FCC - 2022 - TJ-CE - Analista Judiciário - Ciência da Compu- 8 C
tação - Infraestrutura de TI
- Before cloud computing came into existence, companies 9 B
were required to download applications or programs on their phy- 10 D
sical PCs or on-premises servers to be able to use them. For any or-
ganization, building and managing its own IT infrastructure or data 11 C
centers is a huge challenge. Even for those who own their own data 12 B
centers, allocating a large number of IT administrators and resour-
13 E
ces is a struggle.
The introduction of cloud computing was a paradigm shift 14 D
in the history of the technology industry. Rather than creating 15 A
and managing their own IT infrastructure and paying for ser-
vers, power and real estate, etc., cloud computing allows bu-
sinesses to rent computing resources from cloud service pro-
viders. This helps businesses avoid paying heavy upfront costs
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ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
SISTEMAS DE UNIDADES DE MEDIDAS: COMPRIMENTO, ÁREA, VOLUME, MASSA, TEMPO, ÂNGULO E ARCO; TRANSFORMA-
ÇÃO DE UNIDADES DE MEDIDA.
UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.
SUPERFÍCIE
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.
VOLUME
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
CAPACIDADE
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
MASSA
Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
TEMPO
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?
15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos
Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2h 40 minutos
x2
Submúltiplos do grau
---------------------------- O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau).
4h 80 minutos OU São o minuto e o segundo, de forma que:
5h 20 minutos ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.
Divisão
5h 20 minutos : 2 II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o
comprimento do arco e o raio da circunferência sobre a qual está
5h 20 minutos 2 arco está determinado.
1h 20 minutos 2h 40 minutos
80 minutos
0
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for PROGRESSÃO ARITMÉTICA
igual ao comprimento total de uma circunferência (C = 2πr – fórmu- Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência em que
la do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C → lmax = 2πr. cada termo, a partir do segundo, é obtido adicionando-se uma cons-
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será: tante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da PA.
an = an-1 + r(n ≥ 2)
Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
a1 = 2
Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π a2 = 2 + 5 = 7
rad. a3 = 7 + 5 = 12
Conversões Classificação
- graus para radianos: para converter grau para radianos usa- As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo
mos uma regra de três simples. com o valor da razão r.
r < 0, PA decrescente
Exemplo: r > 0, PA crescente
Converter 150° para radianos. r = 0, PA constante
180° π rad
150° x rad Propriedades das Progressões Aritméticas
-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média
aritmética entre o anterior e o posterior.
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80
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Sn - Soma dos primeiros termos - Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto ocorre
a1 - primeiro termo quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de razão r = 0.
an - enésimo termo A PG constante é também chamada de PG estacionaria.
n - número de termos - Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre
quando a1 = 0 ou q = 0.
Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O último é Termo Geral da PG
igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o primeiro termo? Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada termo é
obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é
Solução a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o termo menos uma unidade.
central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda e mais 19 à sua
direita. Então temos os seguintes dados para solucionar a questão: a2 = a1 . q2-1
a3 = a1 . q3-1
2º Caso: q≠1
Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
a) A soma dos 6 primeiros termos
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros termos seja
Assim sendo: 29524
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
Solução:
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA a1 = 1; q = 3; n = 6
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência em que
se obtém cada termo, a partir do segundo, multiplicando o anterior
por uma constante q, chamada razão da PG.
Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)
a1 = 4
a2 = 4 . 2 = 8
a3 = 8 . 2 = 16
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior. Isto
ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o anterior. Isto
ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 < 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal contrário ao
do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a série é Semiplano: toda reta de um plano que o divide em outras duas
convergente. porções as quais denominamos de semiplano. Observe a figura:
3º Caso: |q| = 1
Também não possui soma finita, portanto divergente
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º. Um triângulo tem três medianas.
Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
TRIÂNGULOS
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
Elementos
esse segmento pelo seu ponto médio.
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
CLASSIFICAÇÃO
Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os
lados correspondentes forem proporcionais.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.
Temos:
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos 5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.
catetos sobre a hipotenusa.
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos polígono.
catetos (Teorema de Pitágoras).
QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
Número de Diagonais
Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).
Áreas
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es- Raio, Corda e Diâmetro
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmen-
internos dos n-2 triângulos. to de reta com uma extremidade no centro da circunferência (ou
do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circun-
ferência. Na figura abaixo, os segmentos de reta , e
são raios.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, in- O ângulo inscrito determina na circunferência um arco e
tercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B, a perpen- sua medida é igual à metade do arco.
dicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa
também pelo ponto médio da corda AB.
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TEOREMA DE TALES
O Teorema de Tales é uma teoria aplicada na geometria acerca do conceito relacionado entre retas paralelas e transversais.
““Feixes de retas paralelas cortadas ou intersectadas por segmentos transversais formam segmentos “de retas proporcionalmente
correspondentes”.
Teorema da bissetriz interna: A bissetriz de um Ângulo interno de um triângulo divide o lado oposto em segmentos proporcionais aos
respectivos lados adjacentes.
Teorema da bissetriz externa: A bissetriz de um ângulo externo intercepta a reta suporte que contém o lado oposto, dividindo-o em
segmentos proporcionais aos lados adjacentes.
Exemplo:
(PUC-RJ) Considere um triângulo ABC retângulo em A, onde . é a bissetriz do ângulo . Quanto mede
?
(A) 42/5
(B) 21/10
(C) 20/21
(D) 9
(E) 8
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Resolução:
Do enunciado temos um triângulo retângulo em A, o vértice A
é do ângulo reto. B e C pode ser em qualquer posição. E primeiro
temos que determinar a hipotenusa.
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o
oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D
e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
Pelo teorema da bissetriz interna: (B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.
Resolução:
x 2 = 32 + 42
Resposta: A
x2 = 9 + 16
x2 = 25
TEOREMA DE PITÁGORAS
Resposta: E
Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
ÁREAS DE FIGURAS PLANAS
tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira-
mos a seguinte relação:
Área é a medida da superfície de uma figura plana.
A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma
superfície correspondente a um quadrado que tem 1 m de lado.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:
2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:
3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:
4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:
V) circunferência inscrita:
5. Quadrado
- sendo l o lado:
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I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemá-
tico grego Arquimedes (287/212 a.C.), de Siracusa, mais ou menos
por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais
lados tem um polígono regular mais ele se aproxima de uma cir-
cunferência e o apótema (a) deste polígono tende ao raio r. Assim,
como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a
(onde p é semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do
círculo , então temos:
POSIÇÕES RELATIVAS
REPRESENTA-
MOS POR R S
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SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Observação: Uma Reta Paralela A Um Plano É Paralela Com In-
finitas Retas Do Plano, Mas Não A Todas. Sólidos Geométricos são figuras geométricas que possui três
dimensões. Um sólido é limitado por um ou mais planos. Os mais
B) Reta Contida No Plano: Tem Todos Os Pontos Em Comum conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, dessas
Com O Plano. Também Obedece Ao Postulado Da Inclusão. A Inter- figuras podemos encontrar o seu volume, pois são figuras geomé-
secção Da Reta Com O Plano É Igual À Própria Reta. tricas espaciais.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo
reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo
diferente de 90°.
As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura
são iguais.
Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2
- Volume: V = a3
- Diagonal:
Fórmulas:
- Área da Base II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fór- vértice superior.
mula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triân-
gulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado,
e assim por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:
V = Ab⋅h Elementos de uma pirâmide:
Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base,
são chamados de prismas especiais, que são: arestas da base, face lateral, arestas laterais, vértice e altura. Além
destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da
base e o apótema lateral forma um triângulo retângulo, então pelo
Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.
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- Área Total: At = Al + Ab III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases
iguais, paralelas e circulares.
- Volume:
- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção trans-
versal numa pirâmide, como mostra a figura:
Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é,
a face lateral é formada por infinitas geratrizes.
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Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2
- Volume: ou
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TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura, teremos a constituição de uma
nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.
Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.
Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior que a outra, dessa forma, os cálcu-
los envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do
cone, também está presente na composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral (geratriz), pois são elementos
distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.
Onde:
h = altura
g = geratriz
Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m. Determine o volume desse tronco
de cone. Lembre-se que π = 3,14.
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Cunha Esférica:
Estatística descritiva
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos
e resumos numéricos.
Noções de estatística
A estatística torna-se a cada dia uma importante ferramenta de
apoio à decisão. Resumindo: é um conjunto de métodos e técnicas
que auxiliam a tomada de decisão sob a presença de incerteza.
- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a Estatística descritiva (Dedutiva)
distância do centro ao paralelo ao centro da esfera (d) e o raio da O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos
o Teorema de Pitágoras: R2 = r2 + d2. e resumos numéricos. Fazemos uso de:
- Área: A = 4.π.R2
Tabelas de frequência
Ao dispor de uma lista volumosa de dados, as tabelas de frequ-
- Volume: V = ência servem para agrupar informações de modo que estas possam
ser analisadas. As tabelas podem ser de frequência simples ou de
Fuso Esférico: frequência em faixa de valores.
Gráficos
O objetivo da representação gráfica é dirigir a atenção do ana-
lista para alguns aspectos de um conjunto de dados. Alguns exem-
plos de gráficos são: diagrama de barras, diagrama em setores,
histograma, boxplot, ramo-e-folhas, diagrama de dispersão, gráfico
sequencial.
Resumos numéricos
Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos levantar
importantes informações sobre o conjunto de dados tais como: a
tendência central, variabilidade, simetria, valores extremos, valores
discrepantes, etc.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
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Exemplo:
Uma pesquisa feita com 40 alunos de uma escola C, revelou os
Podemos ainda através desta tabulação encontrar a FREQU- seguintes dados sobre a estatura de seus alunos (estaturas dadas
ÊNCIA ABSOLUTA ACUMULADA (fa, Fa ou Fi), na qual é a soma da em cm):
frequência absoluta com a do anterior.
Com isso já fica evidente qual a menor (150 cm) e a maior (173
cm) estatura deste grupo de alunos, e sua concentração está entre
Observe que a última linha da Frequência Absoluta Acumulada 160 e 165 cm.
é SEMPRE IGUAL ao somatório total dos dados. Temos ainda a FRE-
QUÊNCIA RELATIVA ACUMULADA (fra), que é a razão entre a frequ- Se montássemos uma tabela semelhante a do exemplo an-
ência absoluta acumulada e a frequência absoluta acumulada total terior, exigiria muito espaço, mesmo a nossa amostra tendo uma
de dados, é a forma percentual de representarmos esses dados. quantidade de valores razoável (40 alunos). Então convém agrupar-
mos esses valores em vários intervalos. Com isso teremos a seguin-
te tabela de distribuição de frequência com intervalo de classes.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
ESTATURA DOS 40 ALUNOS Sabemos que o menor valor da nossa amostra é 150 e o maior
DA ESCOLA C 173, aplicando teremos:
AA = 173 – 150 = 23 cm
Aplicando no nosso exemplo temos: k = 1 + 3,3 .log 40 → k = - Limite de classe: são os extremos de cada classe. O menor
1 + 3,3 .1,60 → k = 1 + 5,28 → k = 6,28, arredondando temos k = 6. chamamos de limite inferior da classe (li) e o maior, o limite supe-
rior da classe (Li).
Dica Tomando como exemplo a 3ª classe, temos:
Quantidade de classes x quantidade de dados l3 = 158 e L3 = 162
Já sabemos que vamos precisar de 6 classes para agruparmos Em nosso caso temos: AT = 174 – 150 = 24 cm
nossos dados. Agora precisamos descobrir quantos dados vamos Quando as classes
agrupar juntos, ou seja, qual o tamanho ou amplitude do nosso in-
tervalo, para isso precisaremos de mais algumas informações. Observação: A amplitude total da distribuição (AT) JAMAIS
coincide com a amplitude amostral (AA).
- Amplitude amostral ou total (AA): diferença entre o valor
máximo e o valor mínimo da amostra.
AA = x (máx.) – x (min.)
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- Ponto médio de uma classe (xi): é o ponto que divide o in- Exemplo 1:
tervalo de classe em duas partes iguais. É o valor que a representa. Determinar a mediana do conjunto de dados:
Para sua obtenção calculamos a média aritmética entre os limites {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
da classe (superior e inferior).
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10,
Exemplo: 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
O ponto médio da 4ª classe é: Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
Solução:
Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
do conjunto. entre os dois termos centrais do rol.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na Logo:
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti-
ca para variáveis quantitativas. Resposta: Md=15
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen-
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe- Moda (Mo)
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências. Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos aquele valor que ocorre com maior frequência.
jogadores é:
Observação:
1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07 A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0
Exemplo 1:
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte- O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
remos a média aritmética das alturas: isto é, Mo=8.
Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn
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Notação: f: A→B (lê-se função f de A em B) Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio fo-
rem imagens de pelo menos um elemento do domínio.
DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO, IMAGEM
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1 https://www.todamateria.com.br/funcao-afim/
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FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função quadrática, também chamada de função polinomial de 2º grau, é uma função representada pela seguinte expressão2:
f(x) = ax² + bx + c
2 https://www.todamateria.com.br/funcao-quadratica/
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
sendo, (Equação I)
a=2 a-b+c=8
b=3 a - (- 3) + 4 = 8
c=5 a=-3+4
a=1
Nesse caso, o polinômio da função quadrática é de grau 2, pois
é o maior expoente da variável. Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
a=1
— Como resolver uma função quadrática b=-3
Confira abaixo o passo-a-passo por meio um exemplo de c=4
resolução da função quadrática:
— Raízes da Função
Exemplo: Determine a, b e c na função quadrática dada por: f(x) As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos
= ax² + bx + c, sendo: valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da função são determinadas
f (-1) = 8 pela resolução da equação de segundo grau:
f (0) = 4
f (2) = 2 f(x) = ax² +bx + c = 0
Primeiramente, vamos substituir o x pelos valores de cada Para resolver a equação do 2º grau podemos utilizar vários
função e assim teremos: métodos, sendo um dos mais utilizados é aplicando a Fórmula de
f (-1) = 8 Bhaskara, ou seja:
a (-1)² + b (–1) + c = 8
a - b + c = 8 (equação I)
f (0) = 4
a . 0² + b . 0 + c = 4
c = 4 (equação II) Exemplo: Encontre os zeros da função f(x) = x² – 5x + 6.
Sendo:
f (2) = 2 a=1
a . 2² + b . 2 + c = 2 b=–5
4a + 2b + c = 2 (equação III) c=6
Pela segunda função f (0) = 4, já temos o valor de c = 4. Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:
Assim, vamos substituir o valor obtido para c nas equações I e
III para determinar as outras incógnitas (a e b):
(Equação I)
a-b+4=8
a-b=4
a=b+4
Já que temos a equação de a pela Equação I, vamos substituir
na III para determinar o valor de b:
(Equação III)
4a + 2b + 4 = 2
4a + 2b = - 2 Portanto, as raízes são 2 e 3.
4 (b + 4) + 2b = - 2 Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática
4b + 16 + 2b = - 2 vai depender do valor obtido pela expressão: Δ = b² – 4. ac, o qual é
6b = - 18 chamado de discriminante.
b=-3
Assim,
- Se Δ > 0, a função terá duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2);
- Se Δ < 0, a função não terá uma raiz real;
- Se Δ = 0, a função terá duas raízes reais e iguais (x1 = x2).
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a solução para o seu concurso!
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Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola, que é o valor máximo ou mínimo da função. Este ponto é encontrado
usando-se a seguinte fórmula:
O vértice irá representar o ponto de valor máximo da função quando a parábola estiver voltada para baixo e o valor mínimo quando
estiver para cima.
É possível identificar a posição da concavidade da curva analisando apenas o sinal do coeficiente a. Se o coeficiente for positivo, a
concavidade ficará voltada para cima e se for negativo ficará para baixo, ou seja:
Assim, para fazer o esboço do gráfico de uma função do 2º grau, podemos analisar o valor do a, calcular os zeros da função, seu vértice
e o ponto em que a curva corta o eixo y, ou seja, quando x = 0.
A partir dos pares ordenados dados (x, y), podemos construir a parábola num plano cartesiano, por meio da ligação entre os pontos
encontrados.
FUNÇÕES ELEMENTARES: FUNÇÃO MODULAR; FUNÇÕES DEFINIDAS POR VÁRIAS SENTENÇAS; FUNÇÃO EXPONENCIAL;
FUNÇÃO LOGARÍTMICA.
Dependendo das variáveis envolvidas, pode ser necessário o uso de mais de uma função para representar adequadamente uma de-
terminada situação. Elas são desse tipo, exemplo:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Agora, se pensarmos em uma função f definida por f(x) = g(x) = x² para x < 1 e f(x) = ℎ(x) = x + 1, quando x ≥ 1, isto é:
O gráfico da função f será o gráfico da função g quando os valores de x são tomados menores que 1, e quando os valores de x são
tomados maiores que 1, o gráfico da f será igual ao gráfico de ℎ:
A função f é dita função definida por mais de uma sentença (a saber, definida por duas sentenças).
Uma função é definida por mais de uma sentença quando cada uma das sentenças está associada à um subdomínio D1, D2, D3, . . . Dn
e a união destes n-subconjuntos forma o domínio D da função original, ou seja, cada domínio Di é um subconjunto de D.
FUNÇÃO MODULAR
Chama-se função modular a função f: R • R, definida por: f(x) = |x|.
Por definição:
A função modular é definida por duas sentenças: f(x) = x, se x≥0 e f(x) = -x, se x<0.
Módulo de um número
– O módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número;
– O módulo de um número real negativo é igual ao oposto desse número;
– O módulo de um número real qualquer é sempre maior ou igual a zero: |x|≥0, para todo x.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
— Função Exponencial
A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:
– Domínio = lR – Domínio = lR
– Contradomínio = lR+ – Contradomínio = lR+
– f é injetora – f é injetiva
– f(x) > 0 , ⍱ x Є lR – f(x) > 0 , ⍱ x Є lR
– f é continua e diferenciável em lR – f é continua e diferenciável em lR
– A função é estritamente decrescente. – A função é estritamente crescente.
– limx→ -∞ ax = + ∞ – limx→ +∞ ax = + ∞
– limx→ +∞ ax = 0 – limx→ -∞ ax = 0
– y = 0 é assíntota horizontal – y = 0 é assíntota horizontal
Propriedades
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:
– ax ay= ax + y
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
– ax / ay= ax - y
– (ax) y= ax.y
– (a b)x = ax bx
– (a / b)x = ax / bx
– a-x = 1 / ax
A Constante de Euler
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da
definição da função exponencial, temos que: Ln(e) = 1 FUNÇÃO LOGARÍTMICA
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757 Toda equação que contém a incógnita na base ou no logarit-
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser mando de um logaritmo é denominada equação logarítmica. Abai-
escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: xo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
ex = exp(x)
0 1
1 2
2 4
3 8
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R, definida Função Crescente e Decrescente
por com a ϵ R*+ e a ≠ 1. Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarít-
Podemos observar neste tipo de função que a variável inde- micas também podem ser classificadas como função crescente ou
pendente x é um logaritmando, por isto a denominamos função função decrescente. Isto se dará em função da base a ser maior
logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função
uma variável, mas sim um número real. logarítmica f:R*+ → R, definida por , temos
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponen- que a > 0 e a ≠ 1.
cial de R*+ → R e vice-versa, pois:
Função Logarítmica Crescente
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira ⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
ou falsa. p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil
é o Real
Ex.: Carlos é professor.
Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou estruturas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é mais natural decifrar esta simbologia.
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa. Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que
acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial
frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a que tudo esteja extremamente estabelecido.
frase não é uma proposição.
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não 1 – Princípio da Identidade
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode p=p
ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual
informações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. (ou equivalente) a ela mesma.
Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido
ao seu caráter imperativo. 2 – Princípio da Não contradição
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos p=qvp≠q
permite deduzir diversas relações entre declarações, assim, Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer
iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja,
encadeamentos. não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas mesmo tempo.
(p.ex.: a, b, p, q, …)
3 – Princípio do Terceiro excluído
Seja a proposição p: Carlos é professor pv¬p
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira
ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a uma nova (como são duas, uma terceira) opção).
proposição se classifica como verdadeira ou falsa.
DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. lidamos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então,
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo escreva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o tente traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.
Real”.
Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS,
mais proposições através de conectivos. DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
No entanto, a construção desta argumentação não é necessariamente correta. Veremos alguns casos de argumentação, e como eles
podem nos levar a algumas respostas corretas e outras falsas.
Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico
Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação resultar
num resultado falso, chamaremos tal argumentação de sofismo3.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a
resultados falsos. Por exemplo:
LÓGICA SENTENCIAL (PROPOSICIONAL): PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS; TABELAS VERDADE; EQUIVALÊNCIAS; LEIS
DE MORGAN; DIAGRAMAS LÓGICOS
A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não for
professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? Como
podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é através de tabelas-verdades.
3 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, sendo
considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensamento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura foge da
lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte tabela verdade:
p ~p
V F
F V
p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F
Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:
p q r p v q -> r
Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:
p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V
Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logicamente
equivalentes (iguais).
Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq.
p q p^q pvq
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:
p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V
Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:
O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.
Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas são as Leis de
Morgan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)
Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil
não é o Real.
Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para
resolver diversas questões.
Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento podem ser formadas por proposições categóricas.
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
TODO
A
AéB
NENHUM
E
AéB Perceba-se que, nesta sentença, a aten-
ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
Existe pelo menos um elemento que não são B (enquanto que, no “Algum A é
pertence a A, então não pertence a B, e B”, a atenção estava sobre os que eram B,
vice-versa. ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B
Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
Existe pelo menos um elemento co- casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
mum aos conjuntos A e B. (A) existem cinemas que não são teatros.
Podemos ainda representar das seguin- (B) existe teatro que não é casa de cultura.
tes formas: (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
ALGUM (D) existe casa de cultura que não é cinema.
I (E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.
AéB
Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
- Existem teatros que não são cinemas (D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também
não é cinema.
Resposta: E
QUESTÕES
5. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos? 10. (ARTESP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO
DE TRANSPORTE – FCC/2017) Em um experimento, uma planta
(A) recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebido no
dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas de água, no 1° dia
(B) do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
(C)
(B) 49 gotas.
(D) (C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) (E) 54 gotas.
3. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABA- 11. A área de um quadrado cuja diagonal mede cm é, em cm2,
LHO JÚNIOR -CESGRANRIO/2017) A soma dos n primeiros termos igual a:
de uma progressão geométrica é dada por (A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geométrica? (E) 16
(A) 1
(B) 3 12. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-
(C) 27 -se um arame de 30 metros em duas partes. Com cada uma das
(D) 39 partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois
(E) 40 quadrados, assim construídos, então o menor valor possível para S
é obtido quando:
7. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017)Para que (A) o arame é cortado em duas partes iguais.
a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão aritmética, x (B) uma parte é o dobro da outra.
pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, o valor de (C) uma parte é o triplo da outra.
(A) -0,5. (D) uma parte mede 16 metros de comprimento.
(B)1,5.
(C) 2. 13. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno
(D)4. foi dividido em 6 lotes retangulares congruentes, conforme mostra
(E) 6. a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.
14. (IPSM – Analista de gestão Municipal – VUNESP/2018) Um 17. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) Em
tanque em formato de prisma reto retangular, cujas dimensões são uma faculdade, uma amostra de 120 alunos foi coletada, tendo-se
3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está completamente cheio de água. Durante 3 verificado a idade e o sexo desses alunos. Na amostra, apurou-se
horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água para que 45 estão na faixa de 16 a 20 anos, 60, na faixa de 21 a 25 anos,
fora do tanque. Lembre-se de que 1 m3 é equivalente a 1000 litros. e 15 na faixa de 26 a 30 anos. Os resultados obtidos encontram-se
Após esse tempo, o número de litros de água que ainda permane- na Tabela abaixo.
cem no tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
19. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – UFES/2017) 22. PREFEITURA DE ROSEIRA/SP - ENFERMEIRO - AGIRH/2020
Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ...≤ xn . A me- Em relação a função f definida por f(x) = 1 + x², assinale a
diana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual alternativa correta:
à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova (A) É uma função linear crescente;
composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. (B) É uma função quadrática com concavidade da parábola vol-
A tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos na prova tada para cima;
com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos. (C) É uma função linear decrescente;
NÚMERO DE ACERTOS NÚMERO DE ALUNOS (D) É uma função quadrática com concavidade da parábola vol-
tada para baixo.
0 4
1 5 23. PREFEITURA DE TREZE TÍLIAS/SC - ORIENTADOR SOCIAL -
UNOESC/2020
2 4 Com relação às equações do segundo grau, são feitas as
3 3 seguintes afirmações:
I. As soluções da equação (x -7)(-4x -2) = 0 são x = 1/2 ou x = 7.
4 5
II. Todas as equações do segundo grau possuem duas soluções
5 3 pertencentes ao conjunto dos números reais.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 III. As raízes da equação do segundo grau x2 + 4x - 21 = 0 são x
alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova. A mediana = 3 ou x = -7.
dos números de acertos é igual a É correto o que se afirma em:
(A) 1,5 (A) II.
(B) 2 (B) III.
(C) 2,5 (C) I e III.
(D) 3 (D) II e III.
(E) 3,5
24. PREFEITURA DE MIGUELÓPOLIS/SP - PROFESSOR DE
20. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPEVE/2016) A ta- EDUCAÇÃO BÁSICA - OMINI/2021
bela apresenta o número de empréstimos de livros de uma biblio- As funções exponenciais e logarítmicas, são funções
teca setorial de um Instituto Federal, no primeiro semestre de 2016. consideradas funções inversas, e seus gráficos são simétricos em
MÊS EMPRÉSTIMOS relação a reta y = x. Analise as afirmações abaixo, em relação as
funções exponenciais e logarítmicas.
JANEIRO 15 I. - As funções f(x) = ax e g(x) = logax sempre se intersectam em
FEVEREIRO 25 um único ponto, independente do valor de a.
II. - Se a > 1, o gráfico da a função f(x) = logax é crescente.
MARÇO 22 III. - Se a < 1, o gráfico da função g(x) = ax é decrescente.
ABRIL 30 Assinale a opção CORRETA acerca das afirmações acima:
(A) Apenas a afirmação I está correta.
MAIO 28
(B) Apenas a afirmação II está correta.
JUNHO 15 (C) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Dadas as afirmativas, (D) Todas as afirmações estão corretas.
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.
II. A mediana da série de valores é igual a 26. 25. PREFEITURA DE CONCEIÇÃO DE MACABU/RJ - AGENTE
III. A moda da série de valores é igual a 15. ADMINISTRATIVO - GUALIMP/2020
Verifica-se que está(ão) correta(s) Um cientista acompanhou o desenvolvimento de uma cultura
(A) II, apenas. de bactérias. Foi verificado que o número de bactérias presentes
(B) III, apenas. nessa cultura era expresso pela função B(t) =20 X 3 t/2 e, onde
(C) I e II, apenas. B(t) representa o número de bactérias presentes nessa cultura e t
(D) I e III, apenas. representa o tempo (em dias) em que esse acompanhamento havia
(E) I, II e III. sido iniciado.
Quantos dias após o início do acompanhamento o número de
21. PREFEITURA DE SÃO ROQUE DO CANAÃ/ES - TÉCNICO EM bactérias presentes nessa cultura era de 1.620?
PROCESSAMENTO DE DADOS - IDCAP/2020 (A) 8 dias.
Em uma função quadrática chamamos de “zeros da função” os (B) 11 dias.
valores de x nos quais o gráfico corta o eixo das abscissas. Qual das (C) 14 dias.
alternativas abaixo indica os zeros da função F(x) = 3x² + 6x - 9? (D) 18 dias.
(A) (- 3; - 2)
(B) (- 3; 1)
(C) (2; - 1)
(D) (- 2; 1)
(E) (3; - 1)
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
26. Conectivos lógicos são símbolos ou palavras usadas para (C) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita-
conectar duas ou mais sentenças de uma maneira gramaticalmente ção e ensino médio completo, mas não possuem passaporte.
válida. Com base nesta informação, leia a frase a seguir: (D) Os adolescentes que possuem somente carteira nacional
“Caíque gosta de estudar, mas não gosta de fazer as tarefas” de habilitação ou somente ensino médio completo ou somente
Assinale a alternativa que apresenta um conectivo lógico que passaporte.
substitua a palavra “mas” sem mudar o sentido da frase. (E) Os adolescentes que possuem somente carteira nacional de
Alternativas habilitação ou somente ensino médio completo, mas não pos-
(A) “ou” suem passaporte.
(B) “e”
(C) “se e somente se” 30. Uma área em uma universidade dispõe de 100 professores.
(D) “se então” Os professores são mestres ou doutores, contratados em regime de
dedicação exclusiva ou parcial. Atualmente existem 35 professores
27. Os conectivos lógicos são palavras ou símbolos utilizados com dedicação exclusiva, 40 doutores em regime parcial e 45 mes-
para conectar proposições de acordo com as regras da lógica for- tres. Quantos são os doutores com dedicação exclusiva?
mal. A alternativa que apresenta uma disjunção, uma conjunção e Alternativas
uma condicional, nessa ordem, é: (A) 55
Alternativas (B) 65
(A) p → q, p ٧ q e p ٨ q (C) 60
(B) p → q, p ٨ q e p ۷ q (D) 15
(C) p ۷ q, p ٨ q e p → q (E) 40
(D) p ٨ q, p ۷ q e p → q
(E) p ۷ q, p → q e p ۸ q
GABARITO
28. Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da lin-
guagem comum) ou símbolos (da linguagem formal) utilizados para
conectar proposições de acordo com regras formais preestabeleci- 1 E
das. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de conjunção, 2 C
negação e implicação, respectivamente.
Alternativas 3 A
(A) ¬ p, p v q, p ۸ q 4 A
(B) p ۸ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p 5 E
(D) p v p, p -> q, ¬ q 6 A
(E) p v q, ¬ q, p v q
7 B
29. O diagrama abaixo representa no universo dos adolescen- 8 C
tes os indivíduos que possuem carteira nacional de habilitação, en- 9 A
sino médio completo e passaporte.
10 E
11 C
12 A
13 D
14 B
15 B
16 A
17 B
18 E
19 B
A alternativa que representa os indivíduos correspondentes às 20 D
regiões sombreadas é: 21 B
Alternativas
(A) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita- 22 B
ção, ensino médio completo e passaporte. 23 B
(B) Os adolescentes que possuem carteira nacional de habilita-
24 B
ção, ensino médio completo ou passaporte.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
______________________________________________________
25 A
26 B ______________________________________________________
27 C ______________________________________________________
28 B
______________________________________________________
29 D
30 D ______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
Nestas figuras você pode comparar uma célula humana (animal) com uma célula vegetal. A célula vegetal possui parede celular e pode
conter cloroplastos, duas estruturas que a célula animal não tem. Por outro lado, a célula vegetal não possui centríolos e geralmente não
possui lisossomos, duas estruturas existentes em uma célula animal.
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
A membrana plasmática
A membrana plasmática é uma película muito fina, delicada e elástica, que envolve o conteúdo da célula. Mais do que um simples
envoltório, essa membrana tem participação marcante na vida celular, regulando a passagem e a troca de substancias entre a célula e o
meio em que ela se encontra.
Muitas substâncias entram e saem das células de forma passiva. Isso significa que tais substâncias se deslocam livremente, sem que a
célula precise gastar energia. É o caso do gás oxigênio e do gás carbônico, por exemplo.
Outras substâncias entram e saem das células de forma ativa. Nesse caso, a célula gasta energia para promover o transporte delas
através da membrana plasmática. Nesse transporte há participação de substâncias especiais, chamadas enzimas transportadoras. Nossas
células nervosas, por exemplo, absorvem íons de potássio e eliminam íons de sódio por transporte ativo.
Observe a membrana plasmática. Ela é formada por duas camadas de lipídios e por proteínas de formas diferentes entre as duas
camadas de lipídios.
Dizemos, assim, que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva, isto é, capacidade de selecionar as substâncias que entram
ou saem de acordo com as necessidades da célula.
O citoplasma
O citoplasma é, geralmente, a maior opção da célula. Compreende o material presente na região entre a membrana plasmática e o
núcleo.
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BIOLOGIA
Ele é constituído por um material semifluido, gelatinoso chamado hialoplasma. No hialoplasma ficam imersas as organelas celulares,
estruturas que desempenham funções vitais diversas, como digestão, respiração, excreção e circulação. A substância mais abundante no
hialoplasma é a água.
Vamos, então, estudar algumas das mais importantes organelas encontradas em nossas células: mitocôndrias, ribossomos, retículo
endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos e centríolos.
As mitocôndrias e a produção de energia. As mitocôndrias são organelas membranosas (envolvidas por membrana) e que têm a forma
de bastão. Elas são responsáveis pela respiração celular, fenômeno que permite à célula obter a energia química contida nos alimentos
absorvidos. A energia assim obtida poderá então ser empregada no desempenho de atividades celulares diversas.
Um dos “combustíveis” mais comuns que as células utilizam na respiração celular é o açúcar glicose. Após a “queima” da glicose, com
participação do gás oxigênio, a célula obtém energia e produz resíduos, representados pelo gás carbônico e pela água. O gás carbônico
passa para o sangue e é eliminado para o meio externo.
A equação abaixo resume o processo da respiração celular:
glicose + gás oxigênio ---> gás carbônico + água + energia
Organelas Celulares
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BIOLOGIA
As membranas do retículo endoplasmático podem ou não conter ribossomos aderidos em sua superfície externa. A presença dos
ribossomos confere à membrana do retículo endoplasmático uma aparência granulosa; na ausência dos ribossomos, a membrana exibe
um aspecto liso ou não-granulosos.
• Fagocitose e pinocitose
Imagine um glóbulo branco do nosso corpo diante de uma bactéria invasora que ele irá destruir. A bactéria é grande demais para
simplesmente atravessar a membrana plasmática do glóbulo. Nesse caso, a membrana plasmática emite expansões que vão envolvendo a
bactéria. Essas expansões acabam se fundindo e a bactéria é finalmente englobada e carregada para o interior da célula.
A esse fenômeno de englobamento de partículas dá-se o nome de fagocitose. Caso a célula englobe uma partícula líquida, o fenômeno
é chamado pinocitose e, nesse caso, não se forma as expansões típicas da fagocitose.
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BIOLOGIA
— O núcleo da célula
O botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858) verificou que as células possuíam um corpúsculo geralmente arredondado, que ele
chamou de núcleo (do grego nux: ‘semente’). Ele imaginou que o núcleo era uma espécie de “semente” da célula.
O núcleo é a maior estrutura da célula animal e abriga os cromossomos. Cada cromossomo contém vários genes, o material genético
que comanda as atividades celulares. Por isso, dizemos que o núcleo é o portador dos fatores hereditários (transmitidos de pais para filhos)
e o regulador das atividades metabólicas da célula. É o “centro vital” da célula.
Envoltório nucler: É a membrana que envolve o conteúdo do núcleo, ela é dotada de numerosos poros, que permitem a troca de
substâncias entre o núcleo e o citoplasma. De maneira geral, quanto mais intensa é a atividade celular, maior é o número de poros na
carioteca.
Nucleoplasma: É o material gelatinoso que preenche o espaço interno do núcleo.
Nucléolo: Corpúsculo arredondado e não membranoso que se acha imerso na cariolinfa. Cada filamento contém inúmeros genes.
Numa célula em divisão, os longos e finos filamentos de cromatina tornam-se mais curtos e mais grossos: passam, então, a ser chamados
cromossomos.
Os cromossomos são responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários.
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BIOLOGIA
Tecido epitelial
As células do tecido epitelial ficam muito próximas umas das outras e quase não há substâncias preenchendo espaço entre elas. Esse
tipo de tecido tem como principal função revestir e proteger o corpo. Forma a epiderme, a camada mais externa da pele, e internamente,
reveste órgãos como a boca e o estômago.
O tecido epitelial também forma as glândulas – estruturas compostas de uma ou mais células que fabricam, no nosso corpo, certos
tipos de substâncias como hormônios, sucos digestivos, lágrima e suor.
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BIOLOGIA
Tecido conjuntivo
As células do tecido conjuntivo são afastadas umas das outras, e o espaço entre elas é preenchido pela substância intercelular. A
principal função do tecido conjuntivo é unir e sustentar os órgãos do corpo.
Esse tipo de tecido apresenta diversos grupos celulares que possuem características próprias. Por essa razão, ele é subdividido em
outros tipos de tecidos. São eles: tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido sanguíneo.
O tecido adiposo é formado por adipócitos, isto é, células que armazenam gordura. Esse tecido encontra-se abaixo da pele, formando
o panículo adiposo, e também está disposto em volta de alguns órgãos. As funções desse tecido são: fornecer energia para o corpo; atuar
como isolante térmico, diminuindo a perda de calor do corpo para o ambiente; oferecer proteção contrachoques mecânicos (pancadas,
por exemplo).
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BIOLOGIA
Tecido cartilaginoso
Forma as cartilagens do nariz, da orelha, da traqueia e está
presente nas articulações da maioria dos ossos. É um tecido
resistente, mas flexível.
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BIOLOGIA
Componentes do sangue visto em microscópio eletrônico. As células vermelhas são os glóbulos vermelhos e a branca o glóbulo branco.
Tecido muscular
As células do tecido muscular são denominadas fibras musculares e possuem a capacidade de se contrair e alongar. A essa propriedade
chamamos contratilidade. Essas células têm o formato alongado e promovem a contração muscular, o que permite os diversos movimentos
do corpo.
O tecido muscular pode ser de três tipos: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido muscular estriado
cardíaco.
Tipos de tecidos musculares. Os pontos roxos são os núcleos das células musculares.
O tecido muscular liso apresenta uma contração lenta e involuntária, ou seja, não depende da vontade do indivíduo. Forma a
musculatura dos órgãos internos, como a bexiga, estômago, intestino e vasos sanguíneos.
O tecido muscular estriado esquelético apresenta uma contração rápida e voluntária. Está ligado aos ossos e atua na movimentação
do corpo.
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BIOLOGIA
Tecido nervoso
As células do tecido nervoso são denominadas neurônios, que são capazes de receber estímulos e conduzir a informação para outras
células através do impulso nervoso.
Os neurônios têm forma estrelada e são células especializadas. Além deles, o tecido nervoso também apresenta outros tipos de
células, como as células da glia, cuja função é nutrir, sustentar e proteger os neurônios. O tecido é encontrado nos órgãos do sistema
nervoso como o cérebro e a medula espinhal.
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BIOLOGIA
Órgãos
Os tecidos também se agrupam em nosso organismo. Um agrupamento de tecidos que interage, forma um órgão.
O estômago, por exemplo, é um órgão do corpo humano. Nele podemos reconhecer a presença do tecido epitelial, do tecido muscular,
entre outros.
Sistemas
Vários órgãos interagem no corpo humano, desempenhando determinada função no organismo. Esse conjunto de órgãos associados
forma um sistema.
O sistema digestório humano, por exemplo, atua no processo de aproveitamento dos alimentos ingeridos. Esse sistema é formado
pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Além desses órgãos, o sistema digestório humano compreende
glândulas anexas, como as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado. Os sistemas funcionam de maneira integrada, e essa integração é
fundamental para manter a saúde do organismo como um todo e, consequentemente, a vida.
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BIOLOGIA
Resumindo
No nosso corpo é possível identificar diferentes níveis de organização que atuam nos processos vitais. Podemos resumir essa
organização por meio do seguinte esquema:
As enzimas digestórias
O nosso corpo produz vários tipos de enzimas digestórias. Cada tipo de enzima é capaz de digerir somente determinada espécie de
molécula presente nos alimentos. Assim, as amilases ação as enzimas que atuam somente sobre o amido; as proteases agem sobre as
proteínas; as lípases sobre os lipídios, e assim por diante.
Há substâncias que nenhuma enzima humana é capaz de digerir. Uma delas é a celulose, que participa da formação da parede das
células vegetais. Como a celulose é uma molécula grande demais para ser absorvida e não é digerida, ela é eliminada com as fezes.
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BIOLOGIA
Tubo digestório
O tubo digestório é composto pelos seguintes órgãos: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
Dentes
Boca
A boca é a primeira estrutura do sistema digestório. Experimente
abrir a sua boca. A abertura que se forma entre o lábio superior e
o inferior se chama fenda bucal. Ela serve de comunicação do tubo
digestório com o meio externo. É por ela que entram os alimentos.
O “céu da boca” é também chamado de véu palatino ou palato
duro. Mais para o fundo está a “campainha” ou úvula palatina.
O arco dental superior e o arco dental inferior são as estruturas
em forma de arco em que os dentes estão dispostos e fixos.
O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela contribui para
a mistura dos alimentos com a saliva, mantém o alimento junto
aos dentes, empurra o alimento para a faringe, limpa os dentes e
é o órgão importante da fala. A língua apresenta ainda as papilas
linguais, estruturas responsáveis pela gustação.
Movimentos peristálticos
A deglutição é um movimento voluntário, isto é, executamos
conscientemente o ato de engolir. A partir daí, os movimentos
peristálticos conduzem o bolo alimentar pelo tubo digestório.
Esses movimentos são involuntários, isto é, independem da nossa
vontade. São contrações dos músculos situados no esôfago, no
estômago e nos intestinos, onde são mais intensos. Além de
empurrar o alimento ao longo do tubo digestório, promovem a sua
mistura.
Os movimentos peristálticos participam da digestão mecânica,
fazendo com que o bolo alimentar seja empurrado do esôfago
para o estômago. Uma válvula, a cárdia, regula essa passagem do
alimento.
Válva: diminutivo de válvula, é uma estrutura mecânica e
biológica que possibilita regular ou interromper a passagem de uma
substância de um local para outro. Um bom exemplo é o esfíncter,
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BIOLOGIA
Digestão no estômago
No estômago, os movimentos peristálticos misturam o bolo alimentar ao suco gástrico, produzido pelas glândulas da mucosa. Esse
suco contém ácido clorídrico, que mantém a acidez estomacal, dando condição favorável ao trabalho das enzimas do estômago.
A pepsina, a principal enzima do estômago, atua na transformação das proteínas, intensificando a digestão química, que continuará
no intestino. O suco alimentar resultante da digestão gástrica é denominada quimo; por isso, a digestão gástrica é também denominada
quimificação. Através de outra válvula – o piloro, é regulada a passagem do quimo para o intestino.
Intestino grosso
Após a digestão no intestino delgado, o que resta do quilo chega ao intestino grosso. Este absorve a água e os sais minerais ainda
presentes nos resíduos alimentares, levando-os, então, para a circulação sanguínea.
Algumas bactérias intestinais fermentam e assim decompõem resíduos de alimentos e produzem vitaminas (a vitamina K e algumas
vitaminas do complexo B), que são aproveitadas pelo organismo. Nessas atividades, as bactérias produzem gases – parte deles é absorvida
pelas paredes intestinais e outra é eliminada pelo ânus.
O material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, forma as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente, empurradas por
movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos vontade de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim
são utilizados pelo organismo.
O caminho do alimento
O quadro a baixo serve para fixar as etapas de digestão. Analise-o atentamente e procure identificar e cada um dos seus elementos as
etapas aprendidas da digestão.
— A Respiração
A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar
sem respirar por mais de alguns poucos minutos. Você sabe que todos os seres vivos precisam de energia para viver e que essa energia
é obtida dos alimentos. O nosso organismo obtém energia dos alimentos pelo processo da respiração celular, realizada nas mitocôndrias,
com a participação do gás oxigênio obtido no ambiente.
A glicose é um os principais “combustíveis” utilizados pelas células vivas na respiração. Observe o que ocorre nas nossas células:
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BIOLOGIA
Glicose + gás oxigênio ----> gás carbônico + água + energia Os pêlos e o muco atuam como filtros capazes de reter
microorganismos e partículas sólidas diversas que penetram no
É esse tipo de fenômeno que ocorre sem parar no interior das nariz com o ar. Por isso, devemos inspirar pelo nariz e não pela
células viva, liberando a energia que garante a atividade dos nossos boca: o ar inspirado pelo nariz chega aos pulmões mais limpo do
órgãos por meio do trabalho das células. que o ar inspirado pela boca. Além de filtrado, o ar é também
A respiração pode ser entendida sob dois aspectos: adequadamente aquecido e umidificadono nariz.
O mecanismo por meio da qual a energia química contida
nos alimentos é extraída nas mitocôndrias e usada para manter o Órgãos do sistema respiratório
organismo em atividades, esse mecanismo é a respiração celular; Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e
O conjunto de processos de troca do organismo com o ambiente respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar
externo que permite a obtenção de gás oxigênio e a eliminação do inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela
gás carbônico. faringe, antes de atingir a laringe.
Estudaremos a respiração segundo esse último aspecto. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem
Veremos, portanto, como o gás oxigênio é absorvido do ar articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação
atmosférico e chega às nossas células; e como o gás carbônico à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz
produzido durante a respiração celular é eliminado do organismo. parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da
laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingueta”
O sistema respiratório de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula.
O sistema respiratório humano é formado pelos seguintes Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada
órgãos, em seqüência: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias
e pulmões. respiratórias.
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BIOLOGIA
Diafragma: A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen, presente
apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do
estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma
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BIOLOGIA
Os movimentos respiratórios
Na inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem. Ao se contrair, o diafragma desce e a cavidade torácica aumenta
de volume verticalmente. Quando os músculos intercostais contraem, eles levam as costelas e o volume da cavidade torácica aumenta
horizontalmente. Com o aumento do volume do tórax, a pressão do ar no interior da cavidade torácica e dos pulmões diminui. Então, a
pressão do ar atmosférico torna-se maior que a pressão do ar interno, e o ar atmosférico penetra no corpo indo até os alvéolos pulmonares:
é a inspiração.
Num segundo movimento, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, diminuindo o volume da cavidade torácica. Então, a
pressão do ar interno (no interior dos pulmões) aumenta, tornando-se maior que a pressão atmosférica. Assim, o ar sai do corpo para o
ambiente externo: é a expiração.
Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio, presente no ar inspirado, passa para o sangue que é então distribuído pelas hemácias a todas
as células vivas do organismo. Ao mesmo tempo, as células vivas liberam gás carbônico no sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do
sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado para o ambiente externo por meio da expiração.
A regulação da respiração
As pessoas conseguem ficar alguns segundos sem respirar. Também é possível respirar mais rápido ou mais devagar. Nessas situações,
a respiração é controlada voluntariamente, isto é, conforme a vontade da pessoa, e a atividade do diafragma e dos músculos intercostais
é regulada por uma região do cérebro da pessoa.
Entretanto, quando uma pessoa não está “pensando” na respiração ou quando está dormindo, por exemplo, a atividade do diafragma
e dos músculos intercostais é regulada por um órgão do sistema nervoso chamado bulbo, situado um pouco abaixo do cérebro. Esse
controle é involuntário, independe da nossa vontade. O bulbo apresenta um grupo de neurônios que controla o ritmo respiratório.
Uma pessoa não pode prender a respiração, além de algum tempo, mesmo que queira. Parando de respirar, o gás carbônico deixa de
ser eliminado pelo sangue da pessoa para o ambiente externo. A concentração desse gás aumenta no sangue e, ao atingir determinado
nível, o bulbo volta a comandar a respiração, regulando a atividade de contração e relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais.
A pessoa então reinicia a respiração, mesmo que não queira.
O coração
O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-
se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para
frente. O peso médio do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:
Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.
O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo
esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa
do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo
através da valva atrioventricular esquerda.
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BIOLOGIA
O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente constituído por três camadas:
Pericárdio: é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e
escorregadia ao coração, facilitando seu movimento ininterrupto;
Endocárdio: é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;
Miocárdio: é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio.
Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta – não conseguem irrigar corretamente o miocárdio, pode
ocorrer a morte (necrose) de células musculares, o que caracteriza o infarto do miocárdio.
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e capilares.
Artérias
As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os diversos tecidos do
corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado (rico em gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não
oxigenado (pobre em gás oxigênio) do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano.
Veias
As veias são vasos de paredes relativamente fina, que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração. A maioria
das veias transporta sangue não oxigenado, mas as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões para o coração. As veias
cavas superior e inferior são as mais calibrosas do corpo humano.
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BIOLOGIA
No esquema abaixo você pode ver o caminho percorrido pelo sangue em nosso corpo. Observe-o e acompanhe a explicação.
O sangue oxigenado é bombeado pelo ventrículo esquerdo do coração para o interior da aorta. Essa artéria distribui o sangue
oxigenado para todo o corpo, através de inúmeras ramificações, como a artéria coronária, a artéria carótida e a artéria braquial.
Nos tecidos, o sangue libera gás oxigênio e absorve gás carbônico. O sangue não oxigenado e rico em gás carbônico é transportado por
veias diversas, que acabam desembocando na veia cava superior e na veia cava inferior. Essas veias levam então o sangue não oxigenado
até o átrio direito. Deste, o sangue não oxigenado passa para o ventrículo direito e daí é transportado até os pulmões pelas artérias
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA
Os glóbulos brancos
Os glóbulos brancos ou leucócitos são as células de defesa
do organismo que destroem os agentes estranhos, por exemplo,
as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam o nosso
organismo e causam infecções ou outras doenças. Leucócito é uma
palavra composta, de origem grega, que significa “célula branca”:
leuco significa “branco” e cito, “célula”.
Os leucócitos constituem o principal agente do sistema de
defesa do nosso organismo, denominado também de sistema
imunológico. No sangue, há de vários tipos, de diferentes formatos,
tamanhos e formas de núcleo.
Eles são: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos,
linfócitos.
Microscopia eletrônica mostrando as hemácias (em vermelho)
e um glóbulo branco (em branco).
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BIOLOGIA
As plaquetas
As plaquetas são fragmentos celulares bem menores que as células sanguíneas, ou seja, menores que as hemácias e os leucócitos. As
plaquetas atuam na coagulação do sangue. Quando há um ferimento com rompimento do vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos
que impedem a perda de sangue.
A coagulação ou formação de coágulo, que faz parte desse processo, se dá quando filamentos de uma proteína do plasma transformada,
formam uma espécie de rede e impedem a passagem do sangue. O coágulo evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que pode ocorrer
na superfície do corpo – por exemplo, na pele do braço ou da mão – ou nos órgãos internos, como estômago e intestino. À medida que o
vaso sanguíneo vai se cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido pelo organismo.
Os grupos sanguíneos
O fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois
sistemas de classificação de grupos sanguíneos na espécie humana: os sistemas ABO e Rh. Nos seres humanos existem os seguintes tipos
básicos de sangue em relação ao sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio
A e o aglutinogênio B. De acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
Grupo A: possui somente o aglutinogênio A;
Grupo B: possui somente o aglutinogênio B;
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BIOLOGIA
No plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas aglutininas: aglutinina anti-A e aglutinina anti-B.
Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não pode ter
aglutinina anti-B. Caso contrário, ocorrem reações que provocam a aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que pode entupir vasos
sanguíneos e comprometer a circulação do sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à morte.
Na tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina existentes em cada grupo sanguíneo:
Grupo
Aglutinogênio Aglutinina
sanguíneo
A A anti-B
B B anti-A
AB AeB Não possui
O Não possui anti-A e anti-B
A existência de uma substância denominada fator Rh no sangue é outro critério de classificação sanguínea. Diz-se, então, que quem
possui essa substância no sangue é Rh positivo; quem não a possui é Rh negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido identificado pela
primeira vez no sangue de um macaco Rhesus.
A transfusão de sangue consiste em transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora. Geralmente é realizada quando
alguém perde muito sangue num acidente, numa cirurgia ou devido a certas doenças.
Nas transfusões de sangue deve-se saber se há ou não compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não houver essa
compatibilidade, ocorre aglutinação das hemácias que começam a se dissolver (hemólise). Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não deve
conter aglutinogênios A; se o sangue do receptor apresentar aglutininas anti-B, o sangue doado não pode conter aglutinogênios B.
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BIOLOGIA
Em geral os indivíduos Rh negativos (Rh-) não possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh positivo (Rh+), passam
a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira transfusão de
sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, geralmente não há grandes problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver
considerável aglutinação das hemácias doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas dessa vez, somadas as produzidas anteriormente, podem
ser suficientes para produzir grande aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os organismos.
— O Sistema Linfático
Além do sistema cardiovascular (circulatório) para a circulação do sangue, o corpo humano possui outro sistema de fluxo de líquido:
o sistema linfático.
O sistema linfático compreende o conjunto formado pela linfa, pelos vasos linfáticose órgãos como os linfonodos, o baço, o timo e
as tonsilas palatinas. A linfa é um líquido claro, ligeiramente amarelado, que flui lentamente em nosso corpo através dos vasos linfáticos.
Parte do plasma sanguíneo extravasa continuamente dos vasos capilares, formando um material líquido entre as células dos diversos
tecidos do organismo – o líquido intercelular ou intersticial.
Uma parte desse líquido intercelular retorna aos capilares sanguíneos, carregando gás carbônico e resíduos diversos. Outra parte – a
linfa – é recolhida pelos capilares linfáticos. Os capilares linfáticos transportam a linfa até vasos de maior calibre, chamados vasos linfáticos.
Esses vasos semelhantes às veias, por sua vez, desembocam em grandes veias, onde a linfa é liberada, misturando-se com o sangue. Ao
longo do seu trajeto, os vasos linfáticos passam pelo interior de pequenos órgãos globulares, chamados linfonodos. Os vasos linfáticos
passam ainda por certos órgãos, como as tonsilas palatinas (amídalas) e o baço.
O sistema linfático não possui um órgão equivalente ao coração. A linfa, portanto, não é bombeada como no caso do sangue. Mesmo
assim se desloca, pois, as contrações musculares comprimem os vasos linfáticos, provocando o fluxo da linfa.
Os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o refluxo (retorno) da linfa em seu interior: assim, ela circula pelo vaso linfático
num único sentido. O sistema linfático auxilia o sistema cardiovascular na remoção de resíduos, na coleta e na distribuição de ácidos graxos
e gliceróis absorvidos no intestino delgado e contribui para a defesa do organismo, produzindo certos leucócitos, como os linfócitos.
Sistema Urinário
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BIOLOGIA
Suor
O suor é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas, que
se encontram na pele. Existem cerca de dois milhões de glândulas
sudoríparas espalhadas por nosso corpo; grande parte delas
localiza-se na fronte, nas axilas, na palma das mãos e na planta dos
pés.
O suor contém principalmente água, além de outras
substâncias, como ureia, ácido úrico e cloreto de sódio (o sal de
cozinha). As substâncias contidas no suor são retiradas do sangue
pelas glândulas sudoríparas. Através de canal excretor - o duto
sudoríparo - elas chegam até a superfície da pele, saindo pelos
poros. Eliminando o suor, a atividade das glândulas sudoríparas
contribui para a manutenção da temperatura do corpo.
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BIOLOGIA
A visão
A energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo
informações do que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem
transformar o estímulo luminoso em uma outra forma de energia
(potencial de ação) capaz de ser transmitida até o nosso cérebro.
Esse último é responsável pela criação de uma imagem a partir das
informações retiradas do meio.
O olho é revestido por três membranas: esclera, coroide e retina. A
esclera á a camada mais externa, o que chamamos de “branco do
olho”.
A parte anterior da esclera é constituída pela córnea, que é
uma membrana curva e transparente por onde passa a luz.
Além da córnea, há a coroide – essa membrana intermediária
apresenta muitos vasos sanguíneos que nutrem as células oculares.
Na parte anterior da coroide, sob a córnea, encontra-se a íris,
que é a parte colorida do olho. No centro da iria, há uma abertura,
a pupila, por onde a luz entra no olho. A cor da íris depende da
quantidade de melanina (substância também responsável pela
cor da pele) que a pessoa possui. A quantidade de pigmento é
hereditária, ou seja, é determinada pelos genes.
Observe seus olhos em um espelho. Você verá uma “bolinha”
bem preta no centro da região colorida. É a pupila. Mas, o que é a
pupila?
Nada mais do que um orifício que deixa passar a luz. Você já – Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana
saiu de um local escuro e entrou em outro ambiente bem claro? O transparente. Situa-se atrás da pupila e orienta a passagem
que aconteceu? Provavelmente, você ficou ofuscado, isto é, deixou da luz até a retina. Também divide o interior do olho em dois
de enxergar por alguns segundos. A região colorida de seus olhos é compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: (1) a
conhecida como íris. Trata-se de uma delicada musculatura que faz câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso e (2) a câmara
sua pupila ficar grande ou pequena, de acordo com a quantidade de posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado
luz que ela recebe. ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torná-
Quando a quantidade de luz é pequena, é preciso aumentar lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem
esse orifício para captar a maior quantidade possível de energia para desviar os raios luminosos na direção da mancha amarela. O
luminosa. Já quando a luminosidade é grande, a íris diminui a pupila, cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais
tornando menor a entrada de luz, para seus olhos não receberem delgado para a visão de objetos mais distantes, permitindo que
tanta “informação” ficando incapazes de transmiti-las ao cérebro. nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A
essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual.
Partes internas do olho Com o envelhecimento, o cristalino pode perder a transparência
As estruturas transparentes, existentes no interior do olho, normal, tornando-se opaco, ao que chamamos catarata.
permitem que a luz atravesse o globo ocular e chegue até a retina, – Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica);
que é sensível ao estímulo da luz. Essas estruturas são: o cristalino, é circular no seu contorno e de espessura uniforme.
a córnea, o humor aquoso e o humor vítreo.
Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas
glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um
orifício existente no canto interno do olho.
– Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o
cristalino, preenchendo a câmara anterior do olho.
– Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa
entre o cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do
olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.
Mecanismo da visão
Os raios de luz refletidos do objeto entram nos nossos olhos, atravessam as estruturas oculares - a córnea, a pupila, os humores, o
cristalino – e chegam ao fundo do olho, até a retina, onde existem células sensíveis a luz. A imagem transformada em impulsos nervosos,
é enviada a través do nervo óptico ao cérebro. No cérebro as informações (cor, forma, tamanho e posição) são “interpretadas” fazendo
com que a imagem do objeto em foco seja vista na posição correta.
Audição
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa volta. Além de perceberem os sons, eles também nos
dão informações sobre a posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio. O pavilhão auditivo (orelha
externa) concentra e capta o som para podermos ouvir os sons da natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um
automóvel, os sons fortes e fracos, graves e agudos.
Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a que distância se encontra o emissor do som.
Percebemos a diferença da chegada do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância encontra-se o emissor.
Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho
auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que separam as orelhas externas das médias.
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Essa vibração, por sua vez, será transmitida para três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo. Através desses ossos, o som passa a
se propagar em um meio sólido, sendo assim transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à janela oval - cerca de vinte vezes
menor que o tímpano - concentrando-se nessa região e amplificando o som.
Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso aparelho auditivo consegue ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o
estímulo chegar ao nervo acústico, o qual levará a informação ao cérebro. Quando movemos a cabeça, movimentamos também os líquidos
existentes nos canais semicirculares e no vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os estímulos que dão informações sobre
os movimentos que nosso corpo está efetuando no espaço e sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a noção de equilíbrio.
A orelha e o equilíbrio
A orelha é mais conhecida como o órgão do sentido da audição, mas ela também ajuda a manter o equilíbrio – a orientação postural
– e o senso de direção. Dentro da orelha interna, há um “equipamento” de percepção de equilíbrio: os canais semicirculares, também
chamados de labirinto que são preenchidos por líquido. Essas estruturas não participam do processo de audição. Quando movimentamos
a cabeça, o líquido se desloca dentro dos canais. O deslocamento desse líquido estimula nervos específicos, que enviam ao cérebro
informação sobre a posição do nosso corpo em relação ao ambiente. O nosso cérebro interpreta a mensagem e comanda os músculos que
atuam na manutenção do equilíbrio do corpo.
Poluição sonora
Dizemos que há poluição sonora quando os ruídos incomodam por serem altos demais para o nosso sistema auditivo. A audição
humana, em níveis normais, capta sons a partir de 10 ou 15 decibéis. Até cerca de 80 a 90 decibéis, os sons são inofensivos à audição
humana. Acima dessa medida, podem provocar dores de cabeça, irritabilidade e insônia e, sobretudo, diminuição da capacidade auditiva.
Segundo a OMS, o “volume sonoro” nas cidades não deve ultrapassar 70 decibéis, para evitar a poluição sonora.
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Olfato
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas
saídas dos alimentos, de líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que reveste a região interna do teto da
cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até o cérebro, onde
será decodificada.
A capacidade do nosso olfato é significativa. Podemos distinguir milhares de odores diferentes e identificar substâncias que têm cheiro
forte, mesmo quando muito diluídas. Em relação ao sentido do olfato de outros animais, o nosso não pode ser considerado um dos mais
desenvolvidos. O cachorro, por exemplo, tem o olfato muito mais apurado.
Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca.
Esse sentido é o paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a informação é transformada para
ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo através
das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.
Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são dissolvidos pela água existente em nossa boca
e estimulam nossos receptores gustativos existentes nas papilas.
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA
Junto ao cérebro há uma outra membrana, denominada pia-máter, muito mais fina, que acompanha cada depressão e cada elevação
da superfície do cérebro. Entre essas duas membranas há uma terceira, de constituição esponjosa, a aracnoide. Os espaços desta
membrana são preenchidos por um liquido no qual flutua todo o cérebro, fornecendo a camada protetora final. Há ainda grandes espaços
dentro do cérebro, que também são preenchidos com o mesmo liquido da aracnoide, de modo que o delicado tecido do cérebro não se
deforma quando movemos nossa cabeça.
A medula espinhal
A medula espinhal é uma extensão do cérebro, estendendo-se da base do crânio até logo abaixo das costelas. E uma haste de tecido
cerebral, com um pequeno canal passando através de todo seu comprimento. Toda a medula é coberta por membranas, tal como o
cérebro, e é também banhada por dentro e por fora com o mesmo líquido protetor do cérebro.
Como o cérebro, a medula espinhal precisa de proteção. Enquanto o cérebro está seguramente encerrado em um crânio rígido, a
medula espinhal está cercada por um conjunto de ossos chamados vértebras. Estes formam a coluna vertebral, que é capaz de flexionar-se
quando nos dobramos ou movemos. Ao mesmo tempo, a coluna vertebral tem que ser forte o suficiente para suportar o peso do corpo e
dar proteção segura à coluna espinhal. Poderia parecer que flexibilidade, força e proteção de seu frágil conteúdo não poderiam ser obtidos
pela coluna vertebral, mas sua construção engenhosa toma tudo isso possível.
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A coluna vertebral é constituída por mais de duas dúzias de vértebras em forma de anel. A medula espinhal passa através do buraco
existente no centro de cada uma das vértebras, e é completamente protegida pelos arcos ósseos. As protuberâncias ósseas das vértebras
articulam-se de maneira que cada vértebra pode mover-se apenas um pouco, para não apertar ou machucar a medula espinhal. Entre cada
par de vértebras há pequenas aberturas através das quais os nervos podem passar, ramificando-se a partir da própria medula espinhal. A
complicada estrutura da coluna é mantida unida por flexíveis cordões de ligamento e por músculos poderosos.
A estrutura do encéfalo
O encéfalo se parece com uma noz grande, de cor rosa clara. Sua superfície é profundamente enrugada e cheia de dobras, e sua parte
superior está quase dividida em duas partes por um sulco muito profundo. Essa superfície enrugada ocupa a maior parte do encéfalo e é chamada
de cérebro. Na maioria dos animais o cérebro é bem pequeno, mas no homem ele cresceu tanto que cobre todo o resto do encéfalo.
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BIOLOGIA
O cérebro, junto com outras partes do encéfalo, cresce do tronco cerebral, que é uma expansão no topo da medula espinhal. Um
pouco mais abaixo do tronco cerebral está o cerebelo, com apenas 1/8 do tamanho do cérebro, mas bastante semelhante em sua aparência
exterior. E até mesmo mais enrugado, e está colocado diretamente na parte de trás da cabeça. O tálamo e o hipotálamo, outras partes
menores do encéfalo, também crescem do tronco cerebral, sendo completamente cobertos pela massa do cérebro. Uma série de grandes
espaços, ou ventrículos, atravessam toda a estrutura do cérebro, e são preenchidos com líquido.
O tronco cerebral
O tronco cerebral, onde se localiza o bulbo, é algumas vezes chamado de a parte mais velha do cérebro, porque é a principal parte do
cérebro na maioria dos animais primitivos. Controla a maior parte das funções importantes do corpo, e é o sistema de sustentação da vida.
Se o tronco cerebral não for prejudicado, é realmente possível o corpo permanecer vivo por algum tempo, mesmo depois que o resto do
cérebro tenha sido destruído.
O tronco cerebral atua junto com a medula espinhal para controlar as funções vitais, como o batimento regular do coração, a pressão
sanguínea e a respiração. Mas a função mais importante do tronco cerebral é controlar a consciência, desligando as atividades do cérebro
quando dormimos e ligando quando acordamos. Mesmo quando dormimos o tronco cerebral controla e confere nossas atividades vitais,
mantendo o corpo funcionando.
O tronco cerebral trabalha como um computador, continuamente conferindo e controlando as informações que entram no cérebro
através do sistema nervoso; em seguida ele age em cima dessa informação liberando as mensagens para que o sistema nervoso controle
o corpo inteiro. Não tomamos consciência de todas essas atividades; podemos apenas notar seus efeitos. O tronco cerebral controla
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BIOLOGIA
Cerebelo
Se localiza abaixo do cérebro. Coordena, com o cérebro, os movimentos do corpo. É responsável pelo equilíbrio do corpo, pois está
ligado a alguns canais da orelha interna. Além disso, mantém o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração muscular dos músculos
em repouso.
Quando o sinal alcança a sinapse, ele deve cruzar um pequeno intervalo para alcançar o próximo neurônio. Minúsculas bolhas nas
ramificações da extremidade dos axônios contêm substâncias químicas, chamadas transmissores. Estas são liberadas quando atingidas
pelos sinais e então atravessam o intervalo da sinapse. Quando contatam os dendritos da célula seguinte, dão início ao movimento do
sódio e do potássio, transmitindo o sinal.
Agora o primeiro neurônio volta ao estado de descanso normal, esperando por outro sinal. Os transmissores químicos que carregam
um sinal através do intervalo da sinapse podem ser de dois tipos diferentes. Alguns são chamados de substâncias químicas excitadoras.
Estas são as substâncias que passam a mensagem para o próximo neurônio, que em seguida, começa as mudanças elétricas que darão
origem a sinais a serem produzidos e passados ao longo do axônio. Os outros transmissores são chamados de substâncias químicas
inibidoras. Sua função é evitar que um sinal seja produzido em outro neurônio.
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BIOLOGIA
Milhares de neurônios estão em contato com os outros através de sinapse, e muitos estarão produzindo sinais excitadores ou
inibidores, O neurônio não produzirá nenhum sinal a menos que receba mais mensagens excitadoras (“liga”) do que inibidoras (“desliga”).
Um sinal de um ou dois neurônios não é suficiente para acionar um outro - ele deve receber vários sinais de uma vez. Isto significa que
quaisquer sinais ocasionais de milhares de neurônios ao redor não causarão uma mensagem falsa a ser passada. E quase como o princípio
da votação, onde o neurônio precisa dos “votos” de uma série de outros neurônios antes de ser capaz de emitir um sinal.
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Os sinais passam ao longo de todo o sistema muito rapidamente, mas não tão depressa quanto em um circuito elétrico normal. Leva
um certo tempo para os sinais serem carregados através da sinapse pelas substâncias químicas transmissoras. Por esta razão os axônios
dos nervos são imensamente compridos de maneira que a mensagem possa ser levada tão rápido quanto possível, sem ser retardada por
sinapses desnecessárias.
A rede neurônica
É difícil perceber como podem ser complicadas as conexões das células nervosas. Os terminais das ramificações de um axônio não
apenas tocam a célula mais próxima, mas podem também estar em contato com outras 50.000 células ou mais. Sabemos que as mensagens
passam de um neurônio para o seguinte na rede de células e que sinais repetidos geralmente passam pelo mesmo caminho. Se queremos
dizer a palavra “cérebro”, as instruções para a fala vêm do cérebro e passam ao longo de uma série de caminhos especiais. Se queremos
dizer “cérebro” em voz mais baixa ou mais alta os músculos da caixa da voz (laringe) devem ser instruídos para se moverem de maneiras
diferentes; então, as mensagens devem passar por caminhos diferentes.
O cérebro pode selecionar diferentes conjuntos de caminhos para obter resultados semelhantes. Por causa dessa habilidade, as
pessoas podem, muitas vezes, sobrepujar danos cerebrais, aprendendo a usar partes diferentes do cérebro para duplicar as funções das
partes prejudicadas. Isso é importante para nós, porque, ao contrário de outras células do corpo, as células do cérebro não podem crescer
ou regenerar-se depois do nosso nascimento. Células cerebrais estão morrendo a cada minuto, mas temos as remanescentes tomando o
seu lugar e geralmente não notamos qualquer efeito prejudicial.
Os reflexos
O controle cerebral é essencial para muitas de nossas funções, mas em algumas situações é necessário que o corpo reaja muito
rapidamente, na verdade, sem esperar instruções. Essas reações de emergência são chamadas reflexos. Afastar o dedo de uma picada
de alfinete é uma reação muito comum para evitar ferimentos. Isso acontece rapidamente, antes mesmo que possamos perceber o que
houve. É um reflexo.
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BIOLOGIA
Mini órgãos sensoriais da pele chamados receptores, registram a picada do alfinete e imediatamente passam os sinais para os nervos
que correm pelo braço em direção à medula espinhal. Os sinais são então transmitidos para outras fibras nervosas (neurônios) que os
carregam para a massa cinzenta dentro da medula espinhal. Na medula, os sinais saem em duas direções. Alguns contatam fibras nervosas
que os conduzem diretamente de volta aos músculos do braço. Eles fazem os músculos do braço reagirem violentamente, afastando a
mão para longe da picada do alfinete. Enquanto isso, os outros sinais originais ainda estão sendo levados ao cérebro, através da medula
espinhal.
Uma fração de segundo mais tarde percebemos que fomos picados. E dói. O cérebro instrui agora a cabeça e os olhos para se moverem
e observarem o ferimento. Algumas vezes temos que levar uma picada quando recebemos uma vacina, por exemplo. Contudo, sabemos
disso com antecedência, e, embora a picada da agulha acione um reflexo, o cérebro manda uma mensagem inibidora pela medula espinhal.
Então o reflexo é contido antes de ser completado e o braço, portanto, não se afasta da picada.
sanguínea, a digestão, a respiração, os órgãos reprodutores e a eliminação dos resíduos do organismo. Também controla glândulas
importantes que têm efeitos poderosos sobre o corpo. O sistema nervoso autônomo trabalha independentemente da maior parte do
cérebro e suas células estão agrupadas em gânglios próximos da coluna vertebral. Ele opera inteiramente por reflexos e, embora o tronco
cerebral também esteja envolvido em suas atividades, não temos consciência disso.
Esse sistema está dividido em duas partes, o sistema nervoso simpático e parassimpático, que trabalham um em oposição ao outro.
Um dos sistemas estimulam um órgão, uma glândula, por exemplo, fazendo-a trabalhar bastante, o outro sistema faz cessar esse trabalho.
Primeiro um começa; depois o outro, e o resultado é que o órgão é mantido trabalhando no nível correto.
O trabalho do sistema nervoso simpático pode ser observado quando estamos bravos ou assustados; sua ação faz o coração bater mais
rápido e a respiração tornar-se mais profunda. As pupilas dos olhos dilatam-se e nos tornamos pálidos à medida que o sangue é drenado
da pele para alimentar os músculos de que podemos precisar para uma reação qualquer. Isso tudo acontece porque o sistema simpático
foi, acionado, fazendo o corpo ficar pronto para uma emergência.
As funções do córtex
Os músculos dos nossos órgãos internos trabalham automaticamente, mas a maioria dos nossos músculos trabalham apenas quando
queremos movê-los. Estes são os músculos voluntários. Os movimentos voluntários, como caminhar, mover os braços ou usar os dedos,
são diretamente controlados pelo cérebro. Uma estreita faixa de córtex que atravessa o topo de nosso cérebro, chamado de córtex motor,
está em ligação direta com os nossos movimentos. O córtex motor recolhe informações de outras partes do cérebro, incluindo os sinais
dos órgãos dos sentidos. Quando a decisão de mover um músculo ou uma série de músculos é tomada, o córtex transmite suas instruções
para a parte apropriada do corpo.
Partes diferentes do córtex motor têm funções especiais, cada uma controlando os movimentos de certas partes do corpo. Partes
importantes e complexas, tais como mãos e lábios, requerem um controle muito cuidadoso e os muitos neurônios necessários para esse
trabalho ocupam grandes áreas do córtex. Partes menos complicadas precisam de menos controle e, portanto, há áreas menores de
córtex destinadas a elas. Da mesma maneira que o movimento é controlado pelo córtex motor, partes especiais do córtex sensorial são
responsáveis pelo tato. Outras partes cuidam da visão, da audição e de todos os outros sentidos.
às vezes, a decisão de não agir. Algumas funções, entre elas a fala, estão espalhadas pelo córtex em pequenas áreas. A fala é também
controlada por várias áreas diferentes do cérebro, além de uma parte do córtex.
A maneira pela qual as áreas de associação trabalham ainda não é bem compreendida. Algumas vezes grandes partes do cérebro
podem ser afetadas, por doença ou por acidente, sem provocar muitos problemas; por outro lado, danos em pequenas partes podem
originar graves distúrbios. Na realidade, a maneira pela qual o cérebro funciona é muito mais complicada do que parece à primeira
vista. Partes muito grandes do cérebro parecem não ter nenhuma finalidade aparente, mas, como os neurônios estão de tal maneira
interligados, acredita-se que todas as partes do cérebro têm alguma função. Talvez parte dessa “reserva” cerebral comece a ser usada para
substituir os neurônios que vão morrendo à medida que envelhecemos.
— Sistema Endócrino
Todas as funções e atividades do nosso corpo são coordenadas e integradas pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal).
O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que
produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo.
Hipófise
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o
funcionamento de outras glândulas, com a tireoide, as suprarrenais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento
é um dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio hormonal. O excesso, por exemplo, de
produção do hormônio de crescimento causa uma doença chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo,
ou seja, a falta de crescimento do corpo.
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BIOLOGIA
Outro hormônio presente no corpo humano e também produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH). Essa substância permite ao
corpo economizar água na excreção (formação de urina).
Tireoide
A tireoide produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade de metabolismo do corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é,
funcionamento exagerado da tireoide, todo o metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a temperatura do corpo fica
mais alta que o normal; a pessoa emagrece porque gasta mais energia. Esse quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas
e vasculares, pois o sangue passa a circular com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado pelo crescimento
exagerado da tireoide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os olhos ficam “saltados”.
Se a tireoide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina que o normal, ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também
se altera: o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue
circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tornando-se mais propensa à obesidade, as respostas físicas e mentais tornam-se
mais lentas. Aqui, também pode ocorre o bócio.
Quando o hipotireoidismo ocorre na infância, pode provocar um retardamento físico e mental. Uma das possíveis causas dessa doença
é a falta (ou insuficiência) de iodo na alimentação, já que o iodo é um elemento presente na composição da tiroxina. Na maioria dos países
assim como no Brasil, existem leis que obrigam os fabricantes de sal de cozinha a adicionar iodo nesse produto. Com tal medida, garante-se
que a maioria das pessoas consuma diariamente a quantidade necessária de iodo.
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
Paratireoides
As paratireoides são quatro glândulas localizadas em volta da tireoide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que regula a
quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
Suprarrenais
As suprarrenais, duas glândulas que se situam acima dos rins, produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações
de emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir.
Pâncreas
O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado,
na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após
as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada
pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
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BIOLOGIA
Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no
sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a
hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose
é, então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar.
Além de hormônios, o pâncreas produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha um papel
muito importante no processo digestivo.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios
produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os testículos produzem testosterona.
O mecanismo de feedback
A regulação hormonal obedece a um equilíbrio dinâmico que se estabelece por meio da retroalimentação ou do feedback, ou seja,
do mecanismo através do qual o efeito controla a causa. Quando a taxa de um determinado hormônio no sangue está alta, a glândula que
produz esse hormônio é inibida e pára de produzi-lo. Da mesma maneira, quando está abaixo do nível normal, a glândula recebe estímulo
para produzir esse hormônio.
Graças à retroalimentação, o funcionamento é ajustado às necessidades do organismo e, assim, um hormônio não é produzido em
quantidade excessiva, não havendo desperdício de energia.
Sistema Esquelético
Pense na quantidade de movimentos que você realiza todos os dias, desde a hora em que acorda até o momento em que vai dormir
novamente. Você levanta da cama, escova os dentes, leva os alimentos do café da manhã até à boca, mastiga, vai à escola, volta, faz
ginástica, corre, usa as mãos para segurar algum objeto, passeia, espirra, boceja, empurra e puxa objetos, ensaia passos de dança ao ouvir
música, joga basquete, pratica qualquer outro esporte...
Função do esqueleto
O esqueleto humano adulto é constituído por cerca de 200 ossos. O esqueleto sustenta o corpo, protege órgãos diversos e está
associado a muitos dos movimentos que executamos. O ser humano e os outros animais vertebrados se locomovem das mais diversas
formas e para os mais diversos fins.
O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta três importantes funções:
Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar
presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.
Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano). Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
Crescimento Ósseo
Há um esqueleto cartilaginoso durante a vida embrionária, o qual será quase totalmente substituído por um esqueleto ósseo. É o que
se denomina ossificação endocondral (do grego endos, dentro, e chondros, cartilagem).
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BIOLOGIA
Ossos longos
Observe o esquema a seguir, que mostra a estrutura de um
osso longo.
Podemos perceber que esse osso apresenta:
Epífises: as extremidades do osso, recobertas por cartilagem;
Periósteo: a membrana fibrosa que reveste externamente o
osso;
Diáfise: a porção do osso situada entre as epífises e envolvida
pelo periósteo.
Canal ósseo: o canal onde se encontra a medula óssea.
Os ossos são órgãos formados por vários tipos de tecido.
O periósteo, por exemplo, é uma membrana fibrosa de tecido
conjuntivo. A medula óssea vermelha também é formada por um
tipo de tecido conjuntivo e pode ser encontrada nas costelas e nas
vértebras; ela produz células do sangue. Na diáfise de ossos longos
como o fêmur, encontra-se a medula óssea amarela, que armazena
gorduras, o tutano.
Mas é o tecido ósseo que confere a rigidez característica dos
ossos. Nele se encontram células como os osteócitos. Entre as
células, existe a matriz óssea, que representa o material intercelular,
constituída, basicamente, de sais de cálcio e de fósforo, além de
proteínas chamadas colágeno. Os sais de cálcio e as proteínas do
tipo colágeno são responsáveis pela rigidez do tecido ósseo.
Articulação
Os ossos de uma articulação têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os ossos de uma articulação
são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos, que
estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.
— Divisão do esqueleto
O esqueleto humano pode ser dividido em três partes principais:
Cabeça
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu
crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio
de um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.
A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns
desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenoides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes
são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos são finos, mas, devido a seu formato curvo, são
muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o capacete de um motociclista.
Tronco
Formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno. O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial.
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
Coluna Vertebral
Ou espinha dorsal, é constituída por 33 ossos (as vértebras). A
sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo
interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula
nervosa.
• Membros Superiores
Costela e Osso Esterno Composto por braço, antebraço, pulso e mão.
A costela e o osso esterno protegem o coração, os pulmões O braço só tem um osso: o úmero, que é um osso do membro
e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica superior.
é responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos O antebraço é composto por dois ossos: o rádio que é um osso
respiratórios. A caixa torácica é formada pelas costelas, que são longo e que forma com o cúbito (ulna) o esqueleto do antebraço.
ossos achatados e curvos que se unem dorsalmente à coluna O cúbito também é um osso longo que se localiza na parte interna
vertebral e ventralmente ao esterno. A maioria das pessoas possui do antebraço.
12 pares de costelas. Algumas têm uma extra (mais comum em A mão é composta pelos seguintes ossos: ossos do carpo, ossos
homens do que mulheres). Os dois últimos pares de costelas são do metacarpo e os ossos do dedo. Os ossos do carpo (constituída
ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno (as costelas por oito ossos dispostos em duas fileiras), são uma porção do
flutuantes). esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O metacarpo é
a porção de ossos que se localiza entre o carpo e os dedos.
Membros Superiores e Inferiores
Os ossos dos membros superiores e inferiores ligam-se ao • Membros Inferiores
esqueleto axial por meio das cinturas articulares. São maiores e mais compactos, adaptados para sustentar o
peso do corpo e para caminhar e correr. Composto por coxa, perna,
tornozelo e pé.
A coxa só tem um osso - o fêmur - que se articula com a
bacia pela cavidade cotiloide. O fêmur tem volumosa cabeça
arredondada, presa a diáfise por uma porção estreitada - o colo
anatômico. A extremidade inferior do fêmur apresenta para diante
uma porção articular - a tróclea - que trás dois côndilos separados
pela chanfradura inter-condiliana. O fêmur é o maior de todos os
ossos do esqueleto.
A perna e composta por dois ossos: a tíbia e a fíbula (perônio).
A tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso situado ao lado da
tíbia.
Cintura Pélvica
Ou bacia, conecta os membros inferiores ao tronco. Podem
distinguir o homem da mulher. Nas mulheres é mais larga, o que
representa adaptação ao parto.
— O sistema muscular
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do
nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano;
juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.
Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando
movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever,
impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a
circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos,
rir, respirar...
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta
de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do sistema
nervoso.
Tipos de músculos
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa,
e músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem
ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos
(os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de
músculo no corpo humano:
Músculo não estriado (músculo liso);
Músculo estriado esquelético;
Músculo estriado cardíaco.
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BIOLOGIA
Músculos e fibras
Ao observar um pedaço de carne crua, percebemos que ela é
formada por inúmeros fios paralelos e presos uns aos outros por
tecido conjuntivo (parte branca e pelanca). Depois do cozimento,
o tecido conjuntivo se altera e já não prende tão bem esses fios.
Assim, fica fácil desfiar a carne.
Os fios observados são feixes de fibras musculares. Cada fibra
muscular ou miócito é uma célula longa e fina, com muitos núcleos e
com o citoplasma ocupado por filamentos microscópicos chamados
miofibrilas. As miofibrilas permitem a contração muscular e,
portanto, nossos movimentos.
Os músculos estriados são as vezes chamados de “músculos
vermelhos”, por causa de uma proteína chamada de mioglobina.
Essa proteína é uma espécie de “parente” da hemoglobina das
hemácias: tem um quarto do tamanho dela, é vermelha e capaz de
se combinar com o gás oxigênio. A mioglobina funciona como um
reservatório do gás oxigênio para as atividades musculares.
Nos mamíferos aquáticos, a mioglobina é particularmente
Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção abundante. É o caso de animais como as focas, as baleias, os leões-
dos pêlos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como marinhos e os golfinhos. Se comparados com mamíferos terrestres,
o esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, esses animais aquáticos possuem mais glóbulos vermelhos e
músculos associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de alvéolos pulmonares mais desenvolvidos e em maior número. E,
sangue no organismo. nos músculos, a grande presença de mioglobina garante um notável
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos armazenamento de gás oxigênio.
geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões. Tudo isso contribui para que possam mergulhar e permanecer
Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos submersos na água por períodos relativamente longos.
obedecem a nossa vontade. Exemplos: os músculos das pernas,
dos pés, dos braços e das mãos. O músculo estriado cardíaco é Fonte:
o miocárdio, o músculo do coração, que promove os batimentos BIZZO, Nélio. Ciência: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária. BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais – Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
O trabalho muscular
Uma das principais propriedades dos músculos é a capacidade Disponível em:
de se contrair; a contratilidade; é ela que torna possíveis os http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro04.pdf
movimentos. http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemamuscular2.
No caso dos músculos estriados esqueléticos, os ossos php
atuam como alavancas e permitem a efetivação do movimento.
Às vezes, o movimento é possível graças ao trabalho antagônico
de dois músculos. Por exemplo: quando você dobra um braço, o DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL E AGENTES ETIOLÓGI-
bíceps braquial se contrai, diminui no comprimento e aumenta na COS
espessura. Ao mesmo tempo, o tríceps braquial relaxa. Ao esticar o
braço, a situação se inverte: o bíceps braquial relaxa, voltando ao
tamanho normal, e o tríceps braquial se contrai. Dá-se1234 o nome de endemia à ocorrência coletiva de determi-
nada doença que, no decorrer de um largo período histórico, aco-
A fadiga muscular mete sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços
Quando uma pessoa realiza um esforço muscular muito intenso, delimitados e caracterizados, mantendo sua incidência constante,
é comum ela ficar cansada e sentir dores na região muscular mais permitidas as flutuações de valores, tais como as variações sazo-
solicitada. É a fadiga muscular, que ocorre por causa do acúmulo de nais. Note-se que o termo endemia refere-se à doença habitual-
ácido lático no músculo. mente presente entre os membros de determinado grupo, numa
Em situação de intensa atividade muscular, os músculos
estriados esqueléticos necessitam de muita energia. Essa energia é 1 ROUQUAYROL, M.Z.; GURGEL, M. Epidemiologia & Saúde. 8ª ed. Rio de
obtida pela “queima” de alimento com o uso de gás oxigênio. Mas, Janeiro: Medbook, 2018.
nesse caso, parte da energia necessária para a atividade muscular 2 http://www.boletimdasaude.rs.gov.br/conteudo/1441/doen%C3%A7as-emer-
é obtida também por um tipo de fermentação, um mecanismo de gentes-e-reemergentes-no-contexto-da-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica-#:~:text=-
“queima” de alimento sem utilização gás oxigênio. A fermentação J%C3%A1%20as%20%22doen%C3%A7as%20reemergentes%22%20
que ocorre no músculo é chamada fermentação láctica, pois gera indicam,novas%20popula%C3%A7%C3%B5es%20de%20hospedeiros%20susce-
ácido láctico como produto final. t%C3%ADveis.
Após um período de repouso, o ácido láctico presente 3 http://www.coc.fiocruz.br/index.php/en/todas-as-noticias/1767-ciencia-saude-e-
no músculo da pessoa é “queimado”, e as dores musculares -doencas-emergentes-uma-historia-sem-fim.html
desaparecem. 4 http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material2.htm
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determinada área, isto é, presente numa população definida. capazes de destruir os vetores de doenças infecciosas e, no front
A definição de endemia só é possível após o estabelecimento das doenças crônicas, o surgimento da quimioterapia, fez com que
prévio de uma faixa endêmica com base no comportamento verifi- se voltasse a pensar que, em breve, viveríamos num mundo sem
cado no passado, associando-a a outros critérios discriminatórios, doenças.
inclusive à variável lugar. Portanto, a distinção entre comportamen- Tal percepção parecia ser confirmada pela trajetória das doen-
to endêmico e epidêmico de uma dada doença fica estabelecida ças na nossa sociedade. A queda dos índices de doenças infecciosas
com base em critérios relativos. nos países desenvolvidos, em virtude das melhores condições de
Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, vida, parecia indicar o caminho das doenças na humanidade.
a maioria delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como “en- No Brasil, a mortalidade infantil e por infecções que vinha se
demias”, “grandes endemias” ou “endemias rurais”. Essas doen- mantendo elevada, a partir de meados do século XX, teve um, declí-
ças foram e são, a malária, a febre amarela, a esquistossomose, nio regular e constante, principalmente associado à diminuição dos
as leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além óbitos por diarreia.
do tracoma, da bouba, do bócio endêmico e de algumas helmin- Nas décadas seguintes, o declínio da mortalidade por infecções
tíases intestinais, principalmente a ancilostomíase. Essas doenças, tornou-se mais expressivo, acompanhando a evolução favorável de
predominantemente rurais, constituíram a preocupação central da alguns indicadores de saúde, sociais e demográficos brasileiros.
saúde pública brasileira por quase um século, até que diversos fato- A ampliação da capacidade da saúde pública no controle de do-
res, notadamente a urbanização, desfizeram as razões de sua exis- enças epidêmicas e a diminuição mais geral dos índices das doenças
tência enquanto corpo homogêneo de preocupação. Neste artigo, infecciosas deram o tom para o surgimento de uma concepção teó-
procuramos analisar a evolução das políticas e estratégias de seu rica sobre doenças e populações ainda hoje utilizada que toma por
controle. base as transformações demográficas das sociedades.
Doenças infecciosas emergentes são doenças transmissíveis A teoria da transição demográfica surgiu nos EUA em 1929,
novas, ou que surgiram recentemente em uma determinada so- seus adeptos propõem a existência de uma transformação gradual
ciedade. Sua disseminação por diversas partes do globo pode ser do perfil das populações nas diferentes sociedades. Nesse sentido,
observada desde o século XVI, quando os exploradores espanhóis a alta taxa de mortalidade e natalidade de épocas passadas fazia
levaram a varíola, o tifo, o sarampo e a gripe às populações mais com que muitas crianças morressem antes de atingir a idade adulta,
suscetíveis do Novo Mundo. Essa verdadeira guerra biológica levou o que levava a uma menor expectativa de vida.
a um catastrófico despovoamento, com aproximadamente 50 mi- A partir do desenvolvimento socioeconômico, os índices de
lhões de mortes entre as populações originais. mortalidade passariam por uma importante queda, motivada pela
Nos séculos seguintes, o intercâmbio de doenças não parou melhoria nas condições sanitárias, evolução da medicina, e urbani-
de se expandir. Junto com os europeus, escravos, plantas e animais zação, aumentando, assim, a expectativa de vida. Em virtude do de-
que eram trazidos para as Américas, vinham também as doenças, senvolvimento, as sociedades também vivenciariam um declínio na
como a sífilis, a cólera, verminoses e outros males que passaram a taxa de natalidade, devido ao acesso à métodos anticoncepcionais,
fazer parte do cotidiano das sociedades americanas. ao elevado custo de vida nas cidades, e à educação, resultando na
O desenvolvimento urbano e populacional do século XIX, alia- redução do crescimento vegetativo.
do ao forte aumento do transporte transatlântico, fez com que do- Essa concepção foi vinculada a uma outra, relacionada às doen-
enças transmissíveis, em forma epidêmica se intensificassem nas ças: a teoria da transição epidemiológica. Segundo ela, as doenças
Américas. crônico-degenerativas iriam, aos poucos, tomar o lugar das infec-
O Brasil, devido à amplitude de seu comércio e à violência de ciosas como principais causas de morte à medida que ocorresse
seu sistema econômico escravocrata seria um dos principais países a transição demográfica. Esta visão etapista5 e linear do processo
da região a sofrer com as doenças epidêmicas. Não foi à toa que o propunha que as sociedades passaram por diversas fases: a fase das
Rio de Janeiro, então capital do país, ficou conhecida no início do pestes (caracterizada pela idade medieval e moderna); a fase das
século XX como o “tumulo dos imigrantes”. pandemias (entre o século XIX e início do XX) e a fase das doenças
No entanto, este início de século traria também um alívio para crônico degenerativas, relaciona ao grande aumento da população
o problema das grandes epidemias. A partir do desenvolvimento mais velha e ao desenvolvimento científico que deixaria as doenças
dos conhecimentos no campo da microbiologia, as ciências médi- epidêmicas sobre controle.
cas produziram soros e vacinas que possibilitaram o diagnóstico, a O modelo propunha a existência de diferenças no ritmo de mu-
proteção e o controle de diversas doenças infecciosas, como a febre danças na pirâmide etária e epidêmica. O modelo “clássico” seria
amarela, a peste bubônica e a varíola. Contudo, a eclosão da gripe exemplificado pelo Reino Unido, Suécia e Estados Unidos, onde
espanhola, em 1918, daria fim ao primeiro lampejo de otimismo as doenças degenerativas haviam substituído as infecciosas como
com a possibilidade de controle das doenças epidêmicas. Esse vio- principais causas de mortalidade; o modelo “acelerado”, seria o do
lento e sinistro surto de influenza deixaria um rastro de milhares Japão, onde o mesmo processo teria ocorrido, um pouco mais tar-
de mortes em nossas cidades, mostrando que os riscos de novas diamente, porém com maior rapidez; e por fim o modelo “atrasa-
doenças não haviam cessado. do”, representado pelos países onde a transição epidemiológica é
Aliás, o otimismo das ciências médicas com a possibilidade de ainda mais recente ou ainda não se completou.
dar fim aos problemas de saúde é tão cíclico quanto as próprias Mais recentemente, alguns estudiosos começaram a observar
epidemias. No final da década de 1940, após o término da Segunda as limitações da teoria da transição epidemiológica. A primeira de-
Guerra Mundial, num momento de desenvolvimento de novas tec- las diz respeito à falta de homogeneidade temporal entre o pro-
nologias, ele se fez fortemente presente. cesso de transição nos diferentes países. Ou seja: os padrões de
A descoberta da penicilina e sua comercialização, o desenvol- mortalidade e morbidade são variáveis. Também observaram um
vimento de inseticidas monoclorados, como o DDT, que pareciam 5 Adjetivo com sentido de “realizado por etapas”.
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quadro de grande heterogeneidade dentro de cada país. Alguns No entanto, algo muito pior logo aconteceu. Entre agosto e se-
países estariam em uma etapa mais avançada da transição, outros tembro de 2015, obstetras de Pernambuco começaram a observar
estariam apenas iniciando o processo de transição e outros ainda, o nascimento de bebês com microcefalia, vindos de partos de mu-
apresentariam características dos diferentes modelos, como o Bra- lheres que tinham tido infeção pelo Zika Vírus.
sil, onde observa-se a sobreposição de etapas, ou seja, a perma- Rapidamente, a infecção pelo Zika vírus se tornou uma emer-
nência de doenças infecto-parasitárias e crônico-degenerativas de gência internacional, como declarado pela Organização Mundial da
grande importância como a dengue e o câncer. Saúde em 2016.
A teoria da transição epidemiológica traz consigo uma limita- A epidemia da Zika trouxe algumas questões relevantes, das
ção: o fato de não poder ser aplicada indistintamente a diferentes quais se pode destacar uma. A epidemia não afetou todas as mu-
formações sociais. Além disso, ela encobre a possibilidade de emer- lheres de forma indistinta.
gência e reemergência de doenças controladas. Outros processos epidêmicos também nos lembram como seus
No mundo de incertezas decorrente do desenvolvimento das contextos de ocorrência alteram drasticamente sua visibilidade e a
desigualdades sociais, da ampliação dos contatos entre as diversas intensidade de resposta social. É o caso, por exemplo, dos recentes
populações e da exploração desenfreada de diferentes ecossiste- surtos epidêmicos de Ebola e das pandemias de SARS (Síndrome
mas, não temos como prever o caminho das doenças infecciosas Respiratória Aguda Severa), e Gripe H1N1.
nas diferentes sociedades. Para pensar as dinâmicas de surgimento A SARS, também causada por um coronavírus, surgiu na China
das doenças emergentes é necessário pensar as complicadas rela- em 2002 e alcançou o status de pandemia, pelos critérios da OMS,
ções entre os sistemas sociais e naturais, atividade tem que ser feita no ano seguinte. A gripe H1N1 grassou de forma pandêmica entre
em conjunto entre as ciências biológicas e sociais. 2009 e 2010. As duas últimas, embora apresentem menor letali-
Pensar as formas coletivas de adoecimento como etapas linea- dade que o Ebola, devido a sua maior capacidade de difusão glo-
res gera a ilusão de que estamos a frente de um novo tempo, onde bal, geraram esforços nacionais e globais mais rápidos e de maior
somente as doenças crônico-degenerativas apresentam-se como dimensão. Basta dizer que tais esforços resultaram no desenvolvi-
problemas de saúde pública, e mesmo assim por um tempo limi- mento de vacinas para as duas últimas, enquanto os esforços para
tado, pois o avanço das novas terapias certamente irá favorecer o reforçar os sistemas de saúde locais no sentido de impedir novos
seu controle. surtos de ebola ainda se mostrem muito insuficientes.
A ocorrência da epidemia de AIDS, nos anos 1980, veio mostrar Em janeiro desse ano, uma nova epidemia se instalou na pro-
a dificuldade de uma visão como essa. Surgida nos bairros de Los víncia de Wuhan, na China. Causada por um novo tipo de corona
Angeles, a epidemia atingiu inicialmente os homossexuais, que pas- vírus (Sars-CoV-2) a doença, que passou a ser conhecida como Co-
saram a desenvolver sarcomas, pneumonias e outros tipos de doen- vid-19, produz sintomas próximos ao da gripe, mais intensos e mui-
ça típica do enfraquecimento do sistema imunológico. Sua eclosão, tas vezes letais, se disseminou rapidamente.
de pronto ampliou o preconceito com os homossexuais e o estigma Em dezembro do ano passado, a OMS decretou emergência in-
em relação aos doentes. ternacional em virtude do alastramento da doença para outros paí-
A partir da década de 1990, a transmissão por relações hete- ses, e em março, a mesma instituição caracterizou a situação como
rossexuais ampliou-se cada vez mais. A atuação forte dos movi- uma pandemia. No momento que escrevemos, o novo coronavírus
mentos ativistas, associada à mudança no perfil epidemiológico e já afetou fortemente muitos países, em quatro continentes, causan-
à composição de respostas sociais organizadas, fortaleceram a luta do mais de 18 mil mortes.
contra os estigmas ligados à infecção pelo HIV. Um estudo liderado pelo Imperial College de Londres e rea-
Em nível global, a Aids veio mostrar, mais uma vez, a impossibi- lizado em parceria com diversas instituições, divulgado no dia 27
lidade de pensarmos um mundo sem doenças infecciosas. Ou mes- de março, fez projeções para o cenário pandêmico em diferentes
mo a falácia da concepção de que com o desenvolvimento, a carga cenários, levando em consideração a aplicação ou não de ações de
de doenças se limitaria aos agravos crônico-degenerativos. Outra mitigação e de supressão para o controle do contágio. Os cálculos
doença, mais recentemente, veio reforçar a impossibilidade de se projetam, para o Brasil, a possibilidade de quase um milhão e meio
pensar dessa forma e, além disso, trouxe mais algumas questões de mortes, e de até 80% da população infectada. Ainda não se sabe
que nos ajudam a pensar as doenças emergentes. a extensão do problema em que nos encontramos, mas seus desdo-
Em 1947, o Zika vírus foi identificado entre os primatas da flo- bramentos sociais serão gigantescos.
resta de Zica, em Uganda; um vírus transmitido por meio de relação O ponto comum aos processos pandêmicos/epidêmicos men-
sexual e, principalmente, pela picada de mosquitos. Nos humanos, cionados e aos debates sobre as transições demográfica e epide-
o vírus causa doença e complicações ainda não totalmente conhe- miológica é que o pensamento sobre população deve levar em con-
cidas. sideração as desigualdades e iniquidades em saúde. Diferente do
Como em outras epidemias disseminadas por mosquitos, o que algumas pessoas propagam pelas redes sociais, as doenças não
avanço do homem sobre a natureza, o modelo hegemônico de con- são democráticas. Toda doença é, ao mesmo tempo, um fenômeno
vivência nas grandes cidades, as deficiências do sistema de saúde e biológico e social, sem separação, e as desigualdades existentes na
as iniquidades sociais determinaram a intensificação da transmis- sociedade muitas vezes se manifestam através das epidemias.
são da doença. Com a evolução tecnológica na área de saúde, esperava-se
No Brasil, há registros de casos da Zika à época da Copa do que as doenças infecciosas transmissíveis como malária, dengue,
Mundo, porém foi só em 2015 que foi confirmado o primeiro caso tuberculose e hanseníase reduzissem sua importância como causa
de transmissão ocorrida dentro do país, na região Nordeste. Os di- de morbidade e mortalidade das populações. A transição demográ-
versos sintomas - exantema, febre intermitente, mialgia e dor de ca- fica, representada pela queda da mortalidade e natalidade e au-
beça, garganta, tosse, vômitos entre outros, por si mostravam que mento da expectativa de vida das populações humanas, também
tal qual a dengue, se tratava de uma infecção perigosa. contribuiria para a mudança. Gradativamente, agravos de natureza
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infecciosa seriam substituídos por doenças crônicas não-transmis- satualização das estratégias de controle de doenças;
síveis e causas externas no cenário epidemiológico, completando - Aprimoramento das técnicas de diagnóstico, possibilitando
a chamada transição epidemiológica (BOULOS, 2001; LUNA, 2002; diagnósticos etiológicos mais precisos;
BRASIL, 2008). - Processo de evolução de microrganismos: mutações virais,
Ao longo dos últimos anos, tem-se verificado que os mesmos emergência de bactérias resistentes.
determinantes que, acreditava-se, iriam reduzir as doenças infec-
ciosas, também podem atuar na direção inversa, propiciando o Todos esses fatores podem favorecer o aparecimento de novas
surgimento e a disseminação de novas e velhas doenças infecto-pa- doenças e alteração no comportamento epidemiológico de doen-
rasitárias. Um exemplo é o da urbanização acelerada favorecendo ças antigas, tornando o quadro sanitário mais complexo do que a
o ressurgimento da dengue na região das Américas (LUNA, 2002). ideia de uma transição epidemiológica, pensada como simples su-
A identificação de novos agentes infecciosos e o ressurgimen- cessão de fases decorrentes, fundamentalmente, do processo de
to de doenças que se considerava controladas levam as “doenças envelhecimento populacional e desenvolvimento científico, fazia
emergentes e reemergentes” a figurarem hoje, ao lado dos efeitos supor (LUNA, 2002).
do envelhecimento populacional e da violência urbana, como cen- No Brasil, o modelo da transição epidemiológica nunca foi apli-
tro das atenções de profissionais da saúde, acadêmicos, gestores, cável com perfeição. Em que pese uma marcante diminuição do
agentes e atores de políticas públicas, das instituições governamen- peso relativo das doenças infecciosas e parasitárias enquanto causa
tais ou não, nacionais ou internacionais. de morbimortalidade - principalmente secundário à redução das
doenças imunopreveníveis e das diarreias - persistem marcadas de-
Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes sigualdades regionais e sociais no país, e subpopulações nas quais
os perfis de mortalidade pouco se alteraram nas últimas décadas
“Doença emergente” é o surgimento ou a identificação de um (LUNA, 1998).
novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso como, por A tuberculose pulmonar, por exemplo, que apresenta prevalên-
exemplo, a febre hemorrágica pelo vírus Ebola, a AIDS, a hepatite cia importante, já foi considerada reemergente. Entretanto, estudos
C, a encefalite espongiforme (doença da vaca louca) ou microrga- especializados apontam para uma doença que apenas permaneceu
nismos que só atingiam animais e que agora afetam também seres em nosso meio (RUFFINO-NETTO, 1997), sem declinar significante-
humanos como o vírus da Febre do Nilo Ocidental, o hantavírus e mente, e com incidência elevada especialmente após o advento da
o vírus da influenza aviária (A/H5N1). No caso da Influenza H5N1, AIDS.
desde os primeiros registros de infecção humana por este vírus de A AIDS, a dengue e as infecções por bactérias resistentes a anti-
aves, em 1997, a comunidade internacional está em alerta para o microbianos - responsáveis pela elevada mortalidade por infecções
risco potencial de uma nova Pandemia de Gripe em populações hu- hospitalares - são exemplos da modificação do comportamento das
manas (BRASIL, 2006 e 2008). doenças infecciosas no mundo moderno (WALDMANN, 1998).
A elevada letalidade da infecção justifica o monitoramento da Se no passado as doenças infecciosas eram majoritariamente
circulação do vírus e de seu impacto em humanos, embora a maior associadas às más condições socioeconômicas, ao saneamento bá-
parte dos casos relatados tenha decorrido de estreito contato en- sico deficiente, às condições precárias de higiene e ao baixo nível de
tre aves e pessoas, e não haja ainda condições moleculares para a instrução, agora, com o surgimento ou recrudescimento de novas e
transmissão eficiente deste vírus de pessoa a pessoa. velhas doenças, novos padrões de ocorrência também emergem,
Já as “doenças reemergentes” indicam mudança no compor- fruto da interação entre seus agentes, do ambiente e da vulnerabi-
tamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam lidade populacional.
sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde
humana. Inclui-se aí a introdução de agentes já conhecidos em no- Origem das viroses emergentes e reemergentes
vas populações de hospedeiros suscetíveis. Na história recente do Segundo Morse, teríamos três mecanismos de surgimento des-
Brasil, por exemplo, registra-se o retorno da dengue e da cólera e a sas infecções, os quais podem eventualmente estarem associados:
expansão da leishmaniose visceral (BOULOS, 2001; BRASIL, 2008).
1. Surgimento de um novo vírus, pela evolução de uma nova
Segundo WALDMANN (1998) e LUNA (2002), as doenças infec- variante viral.
ciosas emergentes e reemergentes, de uma maneira geral, estão 2. Introdução no hospedeiro de um vírus existente em outra
associadas aos seguintes fatores: espécie (transposição da barreira de espécie).
- Modelos de desenvolvimento econômico determinando alte- 3. Disseminação de um vírus a partir de uma pequena popula-
rações ambientais, migrações, processos de urbanização sem ade- ção humana ou animal, onde este vírus surgiu ou onde foi original-
quada infraestrutura urbana, grandes obras como hidrelétricas e mente introduzido.
rodovias;
- Fatores ambientais como desmatamento, mudanças climáti- Reconhece-se que vários vírus, especialmente do grupo RNA,
cas (aquecimento global), secas e inundações; apresentam taxas de mutação elevadas como no caso da influenza,
- Aumento do intercâmbio internacional, que assume o papel vírus que possui genoma segmentado e é capaz de atingir grande
de “vetor cultural” na disseminação das doenças infecciosas; número de hospedeiros animais. Por estes mecanismos surgem,
- Incorporação de novas tecnologias médicas, com uso dissemi- por seleção natural, amostras de maior virulência a partir de grande
nado de procedimentos invasivos; número de padrões genômicos circulantes.
- Ampliação do consumo de alimentos industrializados, espe- A possibilidade de ser alcançado qualquer ponto da terra em
cialmente os de origem animal; poucas horas pelo transporte aéreo, tem proporcionado o desloca-
- Desestruturação/inadequação dos serviços de saúde e/ou de- mento de vetores de um continente a outro, bem como o contato
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direto do homem com áreas remotas, onde podem existir agentes A hepatite C vem crescendo de importância em todo o mundo.
até então desconhecidos. O vírus infecta por mecanismos semelhantes ao vírus B, porém ain-
A importação de animais igualmente pode trazer, ao contato da encontramos cerca de 20% dos casos não esclarecidos do ponto
do homem, novos agentes de doença. Exemplo desse mecanismo de vista de seu mecanismo de transmissão. Não se espera o desen-
ocorreu com o até então desconhecido grupo dos filos vírus, os volvimento de uma vacina para futuro previsível, devido à variabili-
quais foram introduzidos na Alemanha, em macacos importados de dade do vírus e à falta de métodos de seu cultivo em laboratórios.
Uganda e que causaram a morte de 8 das 31 pessoas que se infecta- Esta virose deve ser considerada uma doença emergente por sua
ram pelo contato com os tecidos dos animais usados em pesquisas. expansão e sua gravidade, com uma tendência a cronicidade e a
Do mesmo grupo, o vírus Ebola causou surtos extensos no Zaire quadros terminais de cirrose e carcinoma hepático.
e Sudão em 1976, com cerca de 600 pessoas envolvidas e porcenta- O gênero Hantavírus, nome derivado de um rio da Coréia, inclui
gens de 88% de letalidade, voltando em 1995 ao Zaire, igualmente vírus reconhecidos inicialmente naquele país e posteriormente em
com taxa de letalidade, em torno de 77%. A entrada de pessoas em extensas áreas da Ásia e Europa. O vírus Hantaan causou infecções
nichos ecológicos até então isolados é aceita como a origem dos em soldados americanos durante a Guerra da Coréia, mas só foi
primeiros casos estudados na epidemia de 1995, no Zaire. isolado em 1976. Esses agentes são infectantes através da urina de
A disseminação do Aedes aegypti e da febre amarela no país, ratos infectados, sendo na Coréia o Apodemus agrarius o seu prin-
ocorreu através dos navios que atracavam em portos brasileiros, cipal vetor.
originando diversas epidemias, a primeira delas reportada no sé- No início da década de 80 foi isolado o vírus Seoul, pertencente
culo XVI, em Recife. Pelo mesmo mecanismo e talvez ainda pelo ao mesmo grupo dos Hantavírus, porém circulando em roedores ur-
transporte aéreo, o Ae. Albopictus espalhou-se nos últimos anos do banos (Rattus rattus e Rattus norvergicus), o que acrescentou uma
Sudeste Asiático para todo o mundo tropical, sendo reconhecido no nova dimensão ao problema.
Brasil em 1987, nas proximidades do Rio de Janeiro. Em 1993, foi reconhecida na América do Norte, uma entidade
Pelos dados disponíveis, o vírus HIV teria se originado de regi- clínica com sintomas respiratórios graves, com taxa de mortalidade
ões centrais africanas, a partir de amostras de vírus circulando en- em torno de 50%, nos casos hospitalizados.
tre primatas e que foram capazes de passar a barreira de espécie e Vírus do gênero Hantavírus foram isolados desses casos, asso-
atingir o homem. ciados a roedores silvestres, em particular o Peromyscus manicula-
A expansão da agricultura a áreas novas e as práticas de co- tus. No Brasil em 1993, foram descritos casos fatais no Centro-Oeste
lheita e manejo de produtos agrícolas, levam à entrada em nichos e Sudeste e Sul do país e um vírus denominado Juquitiba foi isolado
ecológicos, onde novos agentes podem ser encontrados e também no Vale da Ribeira, com uma clara associação com roedores. Como
à atração de roedores silvestres e outros animais que se aproximam nos casos descritos nos Estados Unidos, observou-se um quadro de
do homem em busca de alimento. Neste último caso, temos como insuficiência respiratória aguda.
exemplos os vírus Junin e Machupo, agentes de febres hemorrági- Estes vírus constituem um problema hospitalar importante
cas na Argentina e Bolívia, transmitidas ao homem pela urina de pois pelo menos uma amostra denominada Andes se transmite de
roedores silvestres. homem a homem e na Argentina ocasionou vários casos fatais em
A febre amarela, essencialmente doença de primatas, porém médicos e pessoal de enfermagem.
com capacidade de alcançar o homem que penetre em áreas endê- O vírus Oropouche, isolado na Ilha de Trinidad, em 1957, vem
micas sem proteção vacinal, alcançou uma média anual de 18 casos sendo responsável, desde 1960, por milhares de casos na região
nos últimos 15 anos. No ano de 2000, porém, surgiu uma epizootia amazônica. Modificações ecológicas proporcionaram grande pro-
em primatas, que levou a um substancial aumento de casos huma- liferação do Culicoides paraensis, maruim ou mosquito-pólvora,
nos, de febre amarela silvestre. principal vetor conhecido da doença para o homem. A infecção se
Com a entrada de Ae. Aegypti nas áreas endêmicas de febre caracteriza por cefaleia, febre, dores musculares e eventualmente
amarela, nas regiões Centro-Oeste e Norte, o risco de surgimento meningite, não se registrando, porém, casos fatais.
de infecções urbanas passou a ser uma realidade a ser enfrentada. O vírus Sabiá foi isolado de uma paciente hospitalizada, que foi
O dengue, causado por quatro tipos de vírus, constitui hoje a a óbito no primeiro caso humano conhecido da doença, originário
mais importante doença viral humana transmitida por mosquitos e dos arredores da Grande São Paulo, em uma localidade de mesmo
no Brasil foram notificados mais de 3.000.000 de casos nos últimos nome. O quadro apresentado foi de uma febre hemorrágica gra-
anos, desde a epidemia de 1981/1982, em Roraima e a primeira ve, causado por um vírus, identificado como pertencente à família
grande epidemia de 1986, no Rio de Janeiro Bunyaviridae. Esse vírus possui um risco potencial importante como
Desde então a doença, acompanhando a expansão do Ae. Ae- uma doença emergente, que ocorreu naturalmente junto a densos
gypti, implantou-se igualmente em praticamente todo o Brasil, com núcleos urbanos devendo ser transmitido pela urina de animais, os
a presença dos vírus tipo 1 e 2 e 3 com risco de entrada do tipo 4, quais não foram ainda identificados.
presente em países limítrofes como a Colômbia e Venezuela, bem O vírus Junin, foi descoberto na Argentina em 1957 e causa
como no México e no Caribe. um quadro de febre hemorrágica, sendo transmitido, por aerossó-
O vírus Rocio surgiu em 1975/1976, na costa do sul do Estado is contaminados com urina de roedores. A doença surgiu quando
de São Paulo (Vale da Ribeira) e causou uma epidemia de encefa- aumentou a produção de grãos na região e outros vegetais que ser-
lite por cerca de dois anos. O vírus circulou provavelmente entre viam de alimento para ratos silvestres. Com a proliferação destes
pássaros e mosquitos, principalmente Aedes scapularis e Psoropho- últimos, do gênero Calomys e que se apresentavam naturalmente
ra ferox e não foram mais descritos casos humanos desde então. infectados, surgiram casos humanos da doença. Uma vacina hoje
Ocorreram naquela ocasião, cerca de 1.000 casos, com uma taxa utilizada na região, resultou em rápida queda do número de casos
de letalidade de aproximadamente 10% e sequelas motoras, nos humanos.
pacientes.
Editora
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
O vírus Machupo surgiu na Bolívia igualmente no início da dé- troduzido a partir de casos humanos ou pássaros migratórios. Este
cada de 50 próximo à fronteira com o Brasil, com um quadro de fe- vírus passa a se constituir em novo problema de saúde pública para
bre hemorrágica e hematêmese na fase avançada da doença e uma nosso Continente, causando quadros clínicos graves principalmente
taxa de letalidade de 50% nos primeiros casos descritos. em pessoas idosas.
Identificou-se o papel de outra espécie de Calomys como por- Em 1995, surgiu na Inglaterra uma síndrome de incoordenação
tador do vírus, transmitindo-o através da urina, como no caso do motora em bovinos (doença da vaca louca) evoluindo para óbito do
Junin. Foi possível identificar na região um incremento do cultivo animal em curto prazo. A entidade é semelhante a doença humana,
de milho, com a modificação do hábitat natural dos roedores, que denominada doença de Creutzfeldt-Jacob (CJD), ambas causando
passaram a ter estreito contato com o homem. uma encefalopatia espongiforme igualmente fatal e irreversível. A
O vírus da AIDS, sem dúvida a mais importante doença emer- partir de 1996, reconheceu-se a existência de mais de 100 casos
gente do século 20 evoluiu aparentemente a partir de dois núcleos humanos de uma nova forma de CJD atingindo população jovem e
de dispersão: um nos Estados Unidos e outro na África Central. Es- que foi relacionada ao consumo de carne bovina contaminada. O
tudos retrospectivos com soros humanos, demonstrou que o vírus agente é uma proteína modificada, denominada príon, a qual induz
HIV deve ter entrado nos Estados Unidos metade da década de 70. a formação de novas proteínas idênticas a ela e que causam as le-
Na África, os dados apontam para um possível caso no Zaire, em sões cerebrais. A doença no bovino aparentemente surgiu pelo uso
1959. de carne de ovinos na alimentação de bovinos.
Estudos comparativos das sequências do gene p24 do HIV e No momento defronta-se o mundo com a Síndrome Respirató-
de vários vírus isolados de primatas africanos sugerem que o HIV ria Aguda Grave, que se caracteriza por uma pneumonia intersticial
se originou de ancestrais que infectavam primatas. O tipo 1 de HIV com uma taxa de letalidade em torno de 5 a 6 %. A infecção teria
aparentemente infecta o chimpanzé em condições naturais. surgido na China, sendo causada por uma nova variante de Corona-
Na década de 70, observou-se no sul do Japão, uma doença vírus, agente capaz de infectar, como o vírus da influenza, muitas
linfo proliferativa caracterizada como leucemia/linfoma de células espécies animais e o homem. Nos animais o vírus causa quadros
T do adulto e em 1980, isolou-se nos Estados Unidos o primeiro diarreicos ou respiratórios importantes, sendo eliminado tanto por
retrovírus humano, denominado HTLV-I, agente de linfomas seme- via respiratória como digestiva, o que parece ser também o caso das
lhantes aos observados no Japão. infecções humanas causadas pelo novo vírus.
Em 1985, demonstrou-se, que o mesmo vírus estava relaciona- O novo agente tem particular importância no caso das infec-
do a uma síndrome denominada paraparesia espástica tropical em ções hospitalares, exigindo rígidas medidas de isolamento e infra-
pacientes do Caribe. Outros focos geográficos foram descobertos estruturas adequadas em relação a filtragem do no ar do ambiente
e comprovou-se que a doença neurológica poderia ser encontrada da internação e barreiras físicas além das medidas de proteção in-
também em regiões não tropicais. dividual como gorros, mascaras, luvas, óculos e roupas de proteção
Outros vírus do grupo, denominado HTLV-II, foi encontrado nos individual.
Estados Unidos, mas ainda não se comprovou com segurança o pa-
pel desse vírus em quadros neurológicos ou linfo proliferativos. Medidas propostas para o controle global das viroses emer-
Tanto o HIV como HTLV-I infectam células T, expressando mo- gentes/reemergentes
lécula CD4 na sua superfície. Entretanto, enquanto o HIV destrói Diante do surgimento dessas viroses emergentes/reemergen-
essas células, o HTLV-I estimula a sua proliferação. Anticorpos para tes, ao lado de várias outras doenças não-virais, como a cólera,
o HTLV-I têm sido encontrados em todo o mundo e no Brasil foram salmoneloses, leptospirose, o ressurgimento da tuberculose, infec-
descritos em várias regiões, chegando a alcançar níveis de 13% em ções por E. coli 0157:H7, bem como o surgimento de resistência
hemofílicos no Rio de Janeiro, em cerca de 10% dos pacientes poli a drogas de vários agentes bacterianos, formou-se um sentido de
transfundidos e em populações indígenas. alerta e de necessidade de uma avaliação em nível internacional.
A paraparesia espástica tropical se caracteriza pela fraqueza Diversos grupos levantaram os problemas causados por essas
crônica e progressiva dos membros inferiores, ocorrendo em me- doenças, em particular o CDC/Atlanta, a Organização Mundial de
nos de 1% dos indivíduos que se infectam com o HTLV-I. O crescente Saúde e as Nações Unidas com suas estruturas afiliadas, o Instituto
interesse por esses vírus é justificável, pelos quadros clínicos que Nacional de Saúde, Academias de Ciência de vários países, Instituto
causam, sendo exemplo de viroses que, a partir de reduzidos núcle- Pasteur e seus afiliados no mundo, entre inúmeras outras entida-
os humanos, vieram a se implantar em todo o mundo. des.
Em 1958, um vírus do grupo denominado Orthopoxvirus, que Das discussões iniciais foram gerados vários documentos onde
inclui a varíola e a vaccínia, foi isolado na Suécia de um macaco Cy- se apontam grandes linhas de atuação a serem implementadas no
nomolgus. Infecções humanas foram reportadas entre 1970/1986, mundo.
principalmente no Zaire, onde se encontraram 386 dos 404 casos
humanos investigados no período. Objetivo I - Vigilância
Clinicamente a doença se assemelha à varíola, porém uma Descobrir, investigar rapidamente e acompanhar patógenos
generalizada linfadenopatia e a ausência de formas hemorrágicas emergentes, as doenças que causam e os fatores envolvidos no sur-
permitiram um diagnóstico clínico diferencial. A taxa de letalidade gimento do quadro.
alcançou 10% em crianças entre 3 meses e 8 anos de idade. O vírus
se transmite com dificuldade de pessoa a pessoa, ao contrário com Objetivo II - Pesquisa Aplicada
o que ocorria com a varíola. Integrar os laboratórios e a epidemiologia para apoio à saúde
A partir de agosto de 1999, casos humanos de encefalite cau- pública.
sadas pelo vírus West Nile, foram identificados na cidade de Nova
Iorque, pela primeira vez nas Américas. O vírus pode ter sido in-
Editora
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
1.(CEBRASPE (CESPE) - 2018 - Técnico (EBSERH)/Necrópsia) O cotovelo situa-se no terço médio do braço.
Julgue o item a seguir, a respeito das relações anatômicas. No que diz respeito ao tamanho das partes estudadas, a
anatomia é habitualmente dividida em anatomia macroscópica e
A vesícula biliar localiza-se em posição caudal em relação ao anatomia microscópica.
fígado.
( ) CERTO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) ERRADO
9.(CEBRASPE (CESPE) - 2012 - Técnico Legislativo (CAM DEP)/
4.(CEBRASPE (CESPE) - 2018 - Técnico (EBSERH)/Necrópsia) Agente de Serviços Legislativos)
Julgue o item a seguir, a respeito das relações anatômicas. Julgue o item a seguir, relativo à anatomia e à fisiologia
humanas.
Os olhos situam-se em um mesmo plano coronal e também em
um mesmo plano transversal. Os termos proximal e distal indicam, respectivamente, o
que está mais próximo e o que está mais distante da raiz ou da
( ) CERTO extremidade de conexão de um membro.
( ) ERRADO
( ) CERTO
5.(CEBRASPE (CESPE) - 2018 - Técnico (EBSERH)/Necrópsia) ( ) ERRADO
Julgue o item a seguir, a respeito das relações anatômicas. 10.(CEBRASPE (CESPE) - 2012 - Técnico Legislativo (CAM DEP)/
Agente de Serviços Legislativos)
O pâncreas localiza-se em posição ventral relativamente ao
estômago. Julgue o item a seguir, relativo à anatomia e à fisiologia
humanas.
( ) CERTO
( ) ERRADO O polegar da mão direita da pessoa em posição anatômica
deve posicionar-se lateralmente ao dedo mínimo da mão direita,
e o polegar da mão esquerda deve estar na posição medial em
relação ao dedo mínimo da mão esquerda.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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a solução para o seu concurso!
BIOLOGIA
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GABARITO
______________________________________________________
______________________________________________________
1 CERTO
______________________________________________________
2 ERRADO
3 CERTO ______________________________________________________
4 CERTO ______________________________________________________
5 ERRADO
______________________________________________________
6 ERRADO
______________________________________________________
7 CERTO
8 CERTO ______________________________________________________
9 CERTO ______________________________________________________
10 ERRADO
______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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FÍSICA
Resposta:
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode
se encontrar tanto em repouso (equilíbrio estático) quanto em mo-
vimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
A equação “F = m . a” é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem possuir a mesma direção e
sentido.
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a “kg.m/s²” (quilograma metro por segundo ao quadrado)
e “a” é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1º grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo, em função de sua aceleração (a) é
uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.
Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa inercial ou simplesmente massa
e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será sua inércia, ou seja, devemos
aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão.
Exemplo:
Quando uma força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=12N, m=2kg, a=?
F = m.a
12 = 2.a
a = 6 m/s²
Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa 30kg, por meio de uma corda
e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.
(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para (b) P=mg
cima). Como o sistema está em equilíbrio, N + T = Phomem. P=10.3,724=37,24 N
Por outro lado, no contrapeso, a tensão é igual T= mg (onde m
é a massa do contrapeso) Força de Atrito
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um cor-
Força Peso po, consideramos que as superfícies por onde este se deslocava,
não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um con- aplicada uma força, este se deslocaria sem parar.
ceito de aceleração da gravidade, que sempre atua no sentido a Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que
aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre de atrito.
2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma su-
gravidade. perfície, este acabará parando.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la
como: É isto que caracteriza a força de atrito:
- Se opõe ao movimento;
P = m.g - Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coefi-
ciente de atrito);
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo - É proporcional à força normal de cada corpo;
ser variável, quando a gravidade variar, ou seja, quando não esta- - Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de ener-
mos nas proximidades da Terra. A massa de um corpo, por sua vez, gia que é liberada ao meio.
é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lem- Podemos perceber a existência da força de atrito e entender
bramos do “peso” medido na balança. Mas este é um termo fisica- as suas características através de uma experiência muito simples.
mente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa Vamos imaginar uma caixa bem grande, colocada no chão, e con-
massa. tendo madeira. Podemos até imaginar que, à menor força aplicada,
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na di- ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre. Quando a caixa ficar
reção vertical, chamada Força Normal. Esta é exercida pela superfí- mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos
cie sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência um ponto no qual conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de
em sofrer deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito Fatrito entre
atua no sentido perpendicular à superfície, diferentemente da For- o solo e a caixa.
ça Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo
que encontra-se sob uma superfície plana verificamos a atuação
das duas forças.
Direção
As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos
sólidos são forças tangenciais à superfície de contato. No exemplo
acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.
seja, não se movimente ou não altere sua velocidade, é necessário
que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atu-
ando em sentidos opostos elas se anularão.
Por exemplo, qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
Fcp= m
Fcp= 800.
Fcp= 800.4
Fcp= 3200N
Considerando a componente perpendicular da Força e a
Trabalho componente paralela da força.
Ou seja:
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Tra-
balho realizado por uma força, ou seja, o Trabalho Mecânico. Uma cosθ =
força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo. FII=F cosθ
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar traba-
lho. Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças pa-
A unidade de Trabalho no Sistema Internacional (SI) é o Joule ralelas ao deslocamento produzem trabalho. Logo:
(J).
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho
realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho
realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos
de cada força aplicada ao corpo, ou pelo cálculo da força resultante
no corpo.
τR = τ1 + τ2 + τ3 + .......... + τN τ = FII.∆S
τ = F cosθ.∆S
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor Exemplo:
deslocamento e a força não formam ângulo entre si, calculamos o
trabalho: Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando
um ângulo de 60° com o vetor deslocamento, que tem valor absolu-
τ = F.∆S to igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
Exemplo: τ= FII.∆S
τ= F cosθ.∆S
Qual o trabalho realizado por uma força aplicada a um corpo de τ=30. cos 60º.3
massa 5kg e que causa uma aceleração de 1,5m/s² e se desloca por τ = 45J
uma distância de 100m?
τ = F.∆S Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno
τ = m.a. ∆S do ângulo, já que quando a força é paralela ao deslocamento, seu
τ = 5.1,5.100 ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando
τ = 750J a força é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo
Força não-paralela ao deslocamento cos180°=-1
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos
decompor o vetor em suas componentes paralelas e perpendicu- Trabalho da força Peso
lares: Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos con-
siderar a trajetória como a altura entre o corpo e o ponto de ori-
gem, e a força a ser empregada, a força Peso.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Pméd =
Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a
potência instantânea, ou seja:
Potência
Exemplo: Dois carros saem da praia em direção a serra, com Exemplo: Qual a potência média que um corpo desenvolve
uma altitude de 600m (h=600m). Um dos carros realiza a viagem quando aplicada a ele uma força horizontal com intensidade igual
em 1hora, o outro demora 2 horas para chegar. Qual dos carros re- a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para
alizou maior trabalho? percorrê-lo foi de 10s?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entre-
tanto, o carro que andou mais rápido desenvolveu uma Potência
maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W). Pot M=
1W =
Pméd =
Além do watt, usa-se com frequência as unidades:
E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir
1kW (1 quilowatt) = 1000W 2m/s?
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W Pot = F.v = 12.2 = 24W
1HP (1 horse-power) = 746W
Rendimento1
Potência Média Todas as vezes que uma máquina realiza um trabalho, parte de
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho sua energia total é dissipada, seja por motivos de falha ou até mes-
com o tempo gasto para realizá-lo: mo devido ao atrito. Lembrando que essa energia dissipada não é
perdida, ela é transformada em outros tipos de energia (Lei de La-
voisier). Assim sendo, considera-se a seguinte relação para calcular
o rendimento:
Pot M =
Como sabemos que:
τ = F.∆ S
Então: Onde:
η é o rendimento da máquina;
Pu é a potência utilizada pela máquina;
Pt é a potência total recebida pela máquina.
Pot M = =
vm
A potência total é a soma das potências útil e dissipada.
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força
com a intensidade da força e com o módulo da velocidade de um Pt= Pu + Pd
corpo sujeito a essa força, pela equação I:
Pméd =
1 https://bit.ly/2P07Asp
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Por se tratar de um quociente de grandezas de mesma uni- O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:
dade, rendimento é uma grandeza adimensional, ou seja, ele não “O trabalho da força resultante é medido pela variação da ener-
possui unidade. Rendimento é expresso em porcentagem e ele é gia cinética.”
sempre menor que um e maior que zero 0< η<1.
τR=∆Ec= Ec - Eci
Energia Mecânica
- Energia Cinética; Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que ini-
- Energia Potencial Gravitacional; cia um percurso com velocidade 10m/s² até parar?
- Energia Potencial Elástica.
τR = -
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da trans-
ferência de energia do sistema que põe o corpo em movimento. Sua
equação é dada por: τR = -
τ= F.∆S
τ= m.a. ∆S
τR = = -500 J
Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do
movimento sendo o repouso, teremos: Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um
v2=v02+2a∆S sistema físico e tem a capacidade de ser transformada em energia
v2=0+2a∆S cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia ciné-
∆S= tica ou vice-e-versa.
Substituindo no cálculo do trabalho:
Energia Potencial Gravitacional
É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso re-
aliza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo
na vertical, tendo como origem o nível de referência (solo, chão de
uma sala...).
A=
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
Exemplo:
1. Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmen-
te à superfície de um bloco de área 0,3m², qual a pressão exercida
por esta força?
A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para
os corpos não homogêneos essa relação é denominada densidade:
Pressão Hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também
exercem pressão sobre outros, devido ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente con-
tendo um líquido de densidade d que ocupa o recipiente até uma
altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é
g.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
P=P0+dgh
P= 105+(103.10.100)
P= 1100000 Pa
Ou
P= • P=11 atm
3 https://bit.ly/2LjsK2w
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192
a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Teorema de Stevin
As pressões em Q e R são:
Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a densidade do
fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."
Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um fluido homogêneo (que tem sem-
pre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.
Teorema de Pascal
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões
sofrerão um acréscimo: podemos igualá-las:
Dados:
Teorema:
“O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido
ideal em equilíbrio se transmite integralmente a todos os pontos
desse líquido e às paredes do recipiente que o contém.”
Prensa Hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa Princípio do Empuxo
hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que
interligados por um tubo, no seu interior existe um líquido que quando estamos fora dela.
sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e . Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , água a qual chamamos Empuxo, e a representamos por .
exerceremos um acréscimo de pressão sobre o líquido dado por: O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido so-
bre um corpo. Como tem sentido oposto à força Peso, causa o efeito
de leveza no caso da piscina.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
1. Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de volume 1000cm³, que está
totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²
Saiba mais... O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas podemos usá-la
para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
• densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
• densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
• densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido
Exemplo:
1. Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0 . 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d = 0,90 . 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um
fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.
d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N
Princípio de Arquimedes
Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical, para cima, aplicada pelo fluido.
Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.
E = Pfd = mfd . g E = df . Vfd . g
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo valor é igual ao seu próprio peso,
isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele recebe da água: E = P.
Aplicação
Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do mergulhador para que o conjunto
permaneça em equilíbrio imerso na água?
Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água, o volume de líquido deslocado
(Vld) é igual ao volume do conjunto (V).
Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10
V = 8 x 10-2 m3
Equação de Bernoulli
A equação leva este nome em homenagem ao autor que a publicou, Daniel Bernoulli. Este foi um excelente físico suíço que desen-
volveu suas equações ao longo do século XVIII, que até os dias atuais são referências e muito utilizadas no ramo da mecânica dos fluidos4.
A Equação de Bernoulli é aplicada para descrever o comportamento de um fluido ao longo de um escoamento qualquer, que pode
envolver elevações diferentes ou mudanças de área, que implicarão na velocidade do escoamento estudado. Para dar início ao estudo da
equação, vamos considerar a seguinte situação de escoamento:
Note que o escoamento demonstrado possui as variações que são cobertas pela equação, tais como a diferença entre alturas h1 e h2,
além da diferença dimensional entre as áreas A1 e A2, resultando em velocidades diferentes v1 e v2 e também diferentes pressões nas
seções de análise, p1 e p2.
Para a obtenção da equação de Bernoulli são necessárias algumas considerações. Estas considerações servem para delimitar as con-
dições principais para o escoamento, uma vez que uma grande gama de variáveis pode aumentar consideravelmente a complexidade do
problema, sem apresentar um ganho de precisão relevante. Deste modo, vamos considerar as seguintes situações:
Escoamento incompressível: Para um escoamento incompressível, as propriedades do fluido se mantêm constantes durante todo o
escoamento. Assim, a densidade do fluido escoante será a mesma para ambos os pontos.
Ausência das forças de viscosidade: Essa consideração descarta as forças provindas da viscosidade do fluido, principalmente as forças
de atrito entre o fluido e a parede, que causariam um aumento na complexidade do problema para incluir forças que não serão relevantes.
Escoamento irrotacional: A consideração de escoamento irrotacional implica na ausência de rotação do fluido tanto na entrada e
saída como ao longo do escoamento. Esta consideração é importante pois a presença de um movimento de rotação do escoamento difi-
cultaria (e muito!) a modelagem das equações.
Escoamento linear: Como consequência das considerações anteriores, quando retiramos o efeito da viscosidade, aliado a ausência de
rotação no escoamento, temos uma velocidade uniforme ao longo do tubo. Note que a velocidade não é igual para o tubo, é igual apenas
ao longo de uma seção transversal do escoamento!
4 https://bit.ly/2S6O8M5
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FÍSICA
Com isso, podemos escrever a equação de Bernoulli através da energia mecânica entre os pontos 1 e 2, dadas por:
Sabemos também que a diferença entre as energias pode ser escrita como a multiplicação do volume do fluido, que chamaremos V,
pela diferença de pressão no escoamento
Então:
E substituindo novamente:
Que é a equação de Bernoulli como conhecemos. Esta equação é considerada a principal equação da mecânica dos fluidos e explica
diversos fenômenos presentes em nossas vidas. Estudar essa equação é um passo fundamental para compreender os fenômenos da me-
cânica dos fluidos.
TERMOLOGIA
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao calor, aquecimento, resfriamento, mudanças de
estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Conversões
- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100 °F?
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as fórmulas, mais importantes a serem
utilizadas.
Escalas termométricas
Escala Fahrenheit
Escala Kelvin
Imagine que temos dois corpos, de mesmas dimensões, de mesma massa e de mesmo material, mas com temperaturas diferentes:
um de temperatura mais alta (corpo quente) e outro de temperatura mais (corpo frio). O que acontece quando colocamos esses dois
corpos em contato?
A lei zero, ou anteprimeira lei, da termodinâmica estabelece como acontecem as trocas de calor entre os corpos. Ela está relacionada
de com a energia interna dos materiais expressa, indiretamente, pela temperatura. Vejamos:
5 https://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/lei_zero.htm
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Quando um corpo é aquecido ou resfriado ocorrem mudanças A relação entre a caloria e o joule é dada por:
em suas propriedades físicas: a maior parte dos sólidos, líquidos e
gases, aumentam seu volume quando aquecidos; um condutor elé- 1 cal = 4,186J
trico tem sua resistência elétrica aumentada quando aquecido en-
quanto alguns tipos de resistores tem resistência diminuída. Assim Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades
e mais outras propriedades dos corpos indicam que houve variação usando regra de três simples
de temperatura com os mesmos. Agora imaginemos o seguinte:
quando preparamos um tipo de molho branco, misturamos o cre- Calor sensível
me de leite no mesmo para dar a aparência branquinha e a con- É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem
sistência cremosa. Bem esse molho deve estar a uma temperatura como efeito apenas a alteração da temperatura de um corpo.
de 120oC e você deixa uma colher metálica no interior da panela, Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação
colher esta que acaba de retirar do armário (temperatura aproxima- Fundamental da Calorimetria, que diz que a quantidade de calor
da de 20oC). O que acontecerá com a colher? Se ela for deixada em sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da tem-
parte imersa no molho a um tempo suficiente, a mesma estará en- peratura e de uma constante de proporcionalidade dependente da
trando em equilíbrio térmico com o molho, ou seja, a colher estará natureza de cada corpo denominada calor específico.
absorvendo parte da energia térmica cedida pelo molho e variando Assim:
algumas de suas propriedades, entre elas, a sua temperatura. Assim
ela aumentará a temperatura até que esta seja igual à do molho. O Onde:
que aconteceu então fisicamente? Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
Os corpos de maior temperatura possuem maior energia tér- c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/
mica. Quando um corpo de menor energia térmica é colocado em g°C ou J/kg°C).
contato com este, a tendência é de que a energia térmica flua, em m = massa do corpo (g ou kg).
parte, do corpo de maior temperatura até o corpo de menor tem- Δθ = variação de temperatura (°C).
peratura. Quando os dois corpos atingem a mesma temperatura, Quando:
cessa a troca de energia. Mas é importante lembrar que cada ma- Q>0: o corpo ganha calor.
terial tem características diferentes e, na maioria das vezes, a tem- Q<0: o corpo perde calor.
peratura de equilíbrio não corresponde à média das temperaturas.
Finalmente a definição da Lei zero é: “se dois corpos estiverem Exemplo:
em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão em equilíbrio tér- Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer
mico entre si.” uma barra de ferro de 2kg de 20°C para 200 °C? Dado: calor especí-
fico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
CALORIMETRIA: CONCEITO DE CALOR; CAPACIDADE TÉR-
Q= c.m. ∆ϴ
MICA; EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA; CA-
Q= 0,119.2000.(200-20)
LORÍMETRO; PRINCÍPIO GERAL DAS TROCAS DE CALOR;
Q= 0,119.2000.180
FLUXO DE CALOR; LEI DE FOURIER
Q=42840 cal=42,84 Kcal
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.
Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da água=1g/cm³ e calor latente de vapo-
rização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=
m=d.V
m= d.V
m= 103g
Assim:
QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal
Curva de Aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de temperatura. Assim podemos elabo-
rar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:
Trocas de Calor
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um aparelho chamado calorímetro,
que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os corpos não trocam calor com o
calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida nesse processo é constante. Além
disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de
temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação
da temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:
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FÍSICA
C=
C= 6 cal/ºC
Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível
como latente. Propagação do Calor
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou seja, uma fonte capaz de forne-
cer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a quantidade de calor (Q) e o intervalo
de tempo de exposição (Δt):
Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde a Joule por segundo, embora
também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).
Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de mercúrio 30°C. Sendo o calor espe-
cífico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte demora para realizar este aquecimento?
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FÍSICA
Representação gráfica
DILATAÇÃO TÉRMICA: DILATAÇÃO TÉRMICA DE SÓLIDOS E Podemos expressar a dilatação linear de um corpo através de
LÍQUIDOS; COMPORTAMENTO TÉRMICO DA ÁGUA um gráfico de seu comprimento (L) em função da temperatura (θ),
desta forma:
DILATAÇÃO
Dilatação = ΔL=L−L0ΔL=L−L0
Variação de temperatura = ΔT=T−T0ΔT=T−T0
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
O cilindro circular de aço do desenho abaixo se encontra em um
laboratório a uma temperatura de -100ºC. Quando este chegar à
temperatura ambiente (20ºC), quanto ele terá dilatado? Dado que
Sabendo que a área do cilindro é dada por: Substituindo na equação anterior, teremos a expressão:
V0 . γlíq . ΔT = V0 . γap . ΔT + V0 . γrec . ΔT
Exemplo:
Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400
cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é aquecido até 220°C. Há,
então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS LÍQUIDOS É dado γVidro = 24. 10-6 ºC-1
Calcule:
Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não possuem forma a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido
própria: eles adquirem a forma do recipiente que os contém. Isso (γap)
porque as ligações moleculares dos líquidos são menos intensas b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)
do que nos sólidos e eles possuem maior liberdade de movimento.
Sendo assim, não faz sentido calcular a dilatação linear e a superfi- SOLUÇÃO:
cial de substâncias líquidas, mas é muito útil conhecer a sua dilata- a) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap
ção volumétrica. = 40 cm3 .
O cálculo da dilatação volumétrica dos líquidos é feito de forma Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC
semelhante ao dos sólidos e utiliza a mesma equação. Porém, o co- Da expressão da dilatação aparente de líquidos, escreve-se
eficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é maior do que o dos
sólidos, por isso os líquidos dilatam-se mais.
Se o líquido está contido em um recipiente, quando ele for
aquecido, haverá dilatação do recipiente e do líquido. Considere a .
situação: Logo
Um recipiente cilíndrico feito de plástico foi aquecido e a água
que havia nele transbordou. A quantidade de água derramada cor-
responde à dilatação aparente, pois o recipiente também se dilatou
com o aumento de temperatura. Para sabermos a dilatação real
sofrida pela água, devemos considerar também a dilatação do re- b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ
cipiente. = 424 x 10-6 °C-1
Sendo assim, a dilatação real de um líquido é calculada a partir
da equação:
Δvlíq = Δvap + Δvrec.
As dilatações da equação anterior são calculadas pelas fórmu-
las:
Δvlíq = V0 . γlíq . ΔT
Δvap = V0 . γap . ΔT
Δvrec. = V0 . γrec . ΔT
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Dessa maneira, podemos verificar resumidamente as fórmulas, E quando não houver variação na temperatura do gás, a varia-
através do quadro a seguir: ção da energia interna será igual a zero
.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a
equação descrita na Lei de Joule, e assim obteremos:
Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transfor-
variação da energia interna dependerá da variação da temperatura mação com pressão constante, é dado pelo produto entre a pressão
absoluta do gás, ou seja, quando houver aumento da temperatura e a variação do volume do gás. Quando:
absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia interna O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja,
é realizado sobre o meio em que se encontra (como por exemplo
. empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja,
variação negativa de energia interna é necessário que o sistema receba um trabalho do meio externo;
.
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208
a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Exemplo:
Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante igual a 250Pa. Qual é o volume do gás
quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?
De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico. Considere um gráfico de pressão
por volume, como mostrado na figura abaixo.
U é a energia interna.
R é a constante dos gases perfeitos (um valor dado).
T é a temperatura.
n é o número de mols.
Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira direta: para que ocorra uma
variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de temperatura do sistema. Resumindo:
Agora vamos nos aprofundar nos estudos da termodinâmica por meio de suas leis.
1ª Lei da Termodinâmica
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica, o que torna possível prever
o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde se encontra, como trabalho, ou
ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a
energia interna do sistema ΔU, ou seja, expressando matematicamente:
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Energia
Calor Trabalho Q/ /ΔU
Interna
Rece-
Realiza Aumenta >0
be
Cede Recebe Diminui <0
Não
Não realiza e nem recebe Não varia =0
troca
Exemplo:
Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a Energia interna do sistema antes
de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o recebimento?
2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria,
pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck:
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo
seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.
Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido
em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja,
sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal, que seria capaz de transformar toda
a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total (100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma máquina térmica teórica que
se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser
chamado Ciclo de Carnot.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Maquinas Térmicas
e
Logo:
A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no
dispositivo transforma-se em trabalho mais uma quantidade de
calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho . Assim
Sendo: é válido que:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento,
todo o calor vindo da fonte de aquecimento deverá ser transforma- Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em
do em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfria- uma máquina que tem como objetivo o resfriamento, por exemplo,
mento deverá ser 0K. Partindo daí conclui-se que o zero absoluto estes valores serão negativos.
não é possível para um sistema físico. Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor
para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da Termodinâmica, este flu-
Exemplo: xo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, trabalho externo, assim:
cujo fluido entra a 560ºC e abandona o ciclo a 200ºC?
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Máquina à vapor.
=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;
=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
=quantidade de calor não transformada em trabalho.
Locomotiva a vapor.
Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é
fornecido uma quantidade de calor igual a 23kJ. Qual a capacida-
de percentual que o motor tem de transformar energia térmica em Os gases quentes da combustão do carvão passam por longos e
trabalho? finos, tubos envolvidos por água para fervê-la. O vapor da caldeira
entra no tubo de vapor e passa pelos cilindros, o vapor usado esca-
pa por C, junta-se com a fumaça saindo pela chaminé.
6 http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20041/Melissa/semnome6.htm
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Turbina a vapor e gerador elétrico. Note que o capor passa por Exemplo:
três estágios na turbina, de alta pressão no primeiro estágio a baixa Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a tempe-
pressão no terceiro. As rodas da turbina são sucessivamente maio- ratura ambiente recebe calor da água e derrete, mas jamais cederá
res porque o vapor se expande à medida que passa pela turbina. calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais
Mostram-se claramente as lâminas girantes. Entre cada conjunto de quente, o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo,
lâminas girantes há lâminas estacionárias, fixas. As lâminas estacio- não viola a Primeira Lei, pois a conservação de energia seria manti-
nárias impelem o vapor contra o próximo par de lâminas girantes. da de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em
toda transformação, porém essas transformações ocorrem espon-
taneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmi-
cos são ditos irreversíveis.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Eletrização
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Processos de Eletrização
Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual é a carga em cada um deles
após serem separados.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Condutores e Isolantes
Um corpo condutor A com carga é posto em contato
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os
com outro corpo condutor B com carga , após serem
metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e outros -, a última órbita
separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro
eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus
corpo condutor C de carga qual é a carga em cada elétrons recebem o nome de elétrons livres.
um após serem separados? Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrôni-
cas e ficam vagando de átomo para átomo, sem direção definida.
Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com
facilidade dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos
depois. No interior dos metais os elétrons livres vagueiam por entre
os átomos, em todos os sentidos.
Ou seja, neste momento:
E neste momento:
Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são
usados para fabricar os fios de cabos e aparelhos elétricos: eles são
bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias -
Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no cor- como o vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a
po B será -2C e no corpo C será +1C. passagem do fluxo de elétrons ou deixam passar apenas um peque-
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, no número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou
pois se ele tiver falta de elétrons, estes serão doados pela terra e se receber os elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os
tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra. chamados materiais isolantes, usados para recobrir os fios, cabos e
aparelhos elétricos.
Eletrização por indução
É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (in-
duzido) acontece por simples aproximação de um corpo carregado
(indutor), sem que haja contato entre os corpos. O induzido deve
estar ligado a Terra ou a um corpo maior que possa lhe fornecer
elétrons ou que dele os receba num fluxo provocado pela presença
do indutor.
outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque Usando a fórmula 1:
os flocos de neve são formados por cristais, que se acumulam for-
mando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma dificultando R4 = (100/200) * 300
a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera. R4 = 150 ohms
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente
medir uma resistência desconhecida, normalmente com valor pró- que a gera. Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb,
ximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o
para se medir duas resistências que variam de maneira espelhada, campo magnético resultante de uma corrente envolve o produto
enquanto uma aumenta seu valor, a outra diminui o seu valor de vetorial e é inerente a um problema de cálculo quando a distância
forma proporcional. de uma corrente para um ponto está constantemente em movi-
O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura mento.
1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode ser um galvanômetro se Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que rela-
a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte ciona campo elétrico às cargas que o geram.
pode ser alimentada por um sinal de áudio caso em que o dispositi-
vo sensor pode ser um fone de ouvido de alta impedância ou ainda
um transdutor piezoelétrico.
Formula 1
Quando no equilíbrio:
Lei de Coulomb
R4 = (R1/R2) * R3
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às
Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte forças de interação (atração e repulsão) entre duas cargas elétricas
em ohms (?) puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas
Exemplo de Aplicação: com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são repelidas,
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente
condição de equilíbrio é encontrada sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 do sentido para onde o vetor que as descreve aponta.
ohms e R3 = 300 ohms? O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força
elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente pro-
Dados: R1 = 100 ohms porcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
R2 = 200 ohms proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:
R3 = 300 ohms
R4 = ?
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se con- Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele,
siderarmos uma constante k, que depende do meio onde as cargas por convenção, terá um sentido de afastamento
são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:
Onde: F → é a força elétrica entre as cargas k → é a constante Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele,
eletrostática no vácuo (ko = 9 x 109 N.m2/C2) por convenção, terá um sentido de aproximação.
Q → carga elétrica
d → distância
Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repul-
são utiliza-se o produto de suas cargas, ou seja:
A direção do campo elétrico é a mesma da for-
ça elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga q0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força
7 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/campo-eletrico-
-gerado-por-uma-carga-pontual/67278#
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FÍSICA
A Lei de Gauss
Conceito
O fluxo elétrico que atravessa qualquer superfície fechada é
igual à carga total envolvida por essa superfície (Lei de Gauss)
O trabalho de Gauss consistiu na formulação matemática do
enunciado acima, que já era conhecido e entendido como óbvio.
Em outras palavras, o fluxo total de qualquer escoamento é emana-
do por uma fonte envolvida por uma superfície fechada, não impor-
tando sua forma geométrica.
É importante de frisar aqui que a superfície tem que ser fecha-
da para que possa envolver toda a fonte e se deixe atravessar pelo
fluxo total resultante.
Linhas de Campo8
Estas linhas são a representação geométrica convencionada Eletricamente, imagine uma distribuição de cargas envolvida
para indicar a presença de campos elétricos, sendo representadas por uma superfície fechada S.
por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em
cada ponto, logo, jamais se cruzam. Por convenção, as linhas de
força têm a mesma orientação do vetor campo elétrico, de modo
que para campos gerados por cargas positivas as linhas de força são
divergentes (sentido de afastamento) e campos gerados por cargas
elétricas negativas são representados por linhas de força conver-
gentes (sentido de aproximação).
Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as
linhas de força são representadas radialmente, de modo que:
Assim, a Lei de Gauss é então matematicamente formulada O produto escalar Ds. ΔS é então dado por:
como:
A integral realizada sobre o lado esquerdo da equação pode ter Ficando pois comprovado que:
um domínio diferente daquela realizada sobre o lado direito. Daí
ressaltarmos na expressão intermediária o domínio S da superfície
fechada daquele S contendo a carga superficial.
Exemplo:
Calcular o fluxo que atravessa a superfície de uma esfera de Em resumo: A lei de Gauss fornece o fluxo elétrico total que
raio a metros, produzido por uma carga elétrica Q coulombs, con- atravessa uma superfície fechada envolvendo uma distribuição de
centrada no centro dessa esfera. cargas, ou seja, determina o fluxo criado por um campo elétrico. A
intensidade ou módulo deste campo elétrico pode ser obtida pela
Sabemos que na superfície de uma esfera de raio a, a densida- aplicação direta da lei de Gauss e o emprego da relação constitu-
de de fluxo elétrico é: tiva entre a densidade de fluxo e o correspondente campo elétri-
co. Neste caso, para que o vetor do campo elétrico seja conhecido,
torna-se necessário o conhecimento da configuração ou disposição
geométrica das suas linhas de força.
Potencial Elétrico9
O elemento diferencial de área, em coordenadas esféricas é:
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia
potencial elétrica por unidade de carga de prova, ou seja, é a cons-
tante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétri-
ca e carga de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser des-
crito como o quociente entre a energia potencial elétrica e a carga
de prova q. Ou seja:
9 https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/poten-
cial2.php
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Superfície Equipotencial
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Chamamos uma superfície de equipotencial quando, numa re- Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando
gião de campo elétrico, todos os seus pontos apresentam o mesmo nele aplicamos uma tensão DC. Quando isto acontece, a tensão no
potencial. Uma superfície equipotencial pode apresentar diversas capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)
formas geométricas.
Ao colocarmos uma carga elétrica puntiforme em um ponto Isso gera o seguinte gráfico Vc X t
qualquer do espaço e longe de outras cargas elétricas, calculamos
o potencial elétrico em um ponto próximo a ela através da seguinte
relação:
Fórmulas derivadas
Fórmula 2
Fórmula 3
Em Paralelo
Vamos analisar neste artigo as associações de capacitores em
série e em paralelo.
Quando os capacitores são associados em paralelo, somamos
Lembrando que a unidade de medida no SI da energia eletros-
suas capacitâncias, da mesma forma que fazemos com resistores
tática é joule (j).
associados em série. Deste modo:
Capacitor Plano11
Ctot = C1 + C2 + … + Cn
Um capacitor plano é formado por duas placas de metal para-
Podemos pensar num arranjo de capacitores em paralelo como
lelas e entre elas é colocado um isolante denominado dielétrico. A
se fossem um único capacitor com capacitância maior. Porém, a
capacitância depende do tamanho das placas, da distância de sepa-
maior tensão que pode ser aplicada a um arranjo de capacitores em
ração entre elas e da natureza do dielétrico. As fórmulas seguintes
paralelo com segurança é limitada pela tensão do capacitor com
permitem calcular a capacitância em função desses dados.
menos valor de tensão suportada.
10 https://www.colegioweb.com.br/condutor-em-equilibrio-eletrostatico/energia-
-eletrostatica-de-um-condutor.html
11 http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/matematica-para-eletronica/ 12 http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/associaco-
1976-m098.html es-em-serie-e-em-paralelo-de-capacitores/
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FÍSICA
Em Série
Quando conectamos dois ou mais capacitores em série, a capacitância total obtida será sempre menor do que o valor do menor
capacitor do conjunto. Usamos uma fórmula para calcular a capacitância equivalente em série que é similar à fórmula da resistência em
paralelo:
Geralmente conectamos capacitores em série em um circuito para que o conjunto possa suportar uma tensão elétrica maior do que
as tensões individuais nos capacitores, pois a tensão elétrica será diferente em cada capacitor. Veja um exemplo de associação em série
de capacitores:
Já as tensões em cada capacitor podem ser calculadas individualmente com a fórmula (Ctot / Cn) * Vin. Por exemplo, a tensão sobre
os terminais de C1 será de (4,07 / 10) * 12 = 4,884V. Lembre-se de que a tensão em um dado capacitor não deve nunca exceder seu valor
nominal de tensão, pois isso acarretará a destruição do componente.
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FÍSICA
ELETRODINÂMICA
A eletrodinâmica é a parte da física que estuda o constantes Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para
movimento das cargas elétricas, ou seja, estuda o aspecto dinâmi- condutores ôhmicos a intensidade da corrente elétrica é diretamen-
co da eletricidade. Para melhor compreendermos esse conteúdo é te proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.
importante saber os conceitos de cada possível componente que A resistência elétrica também pode ser caracterizada como a
possa aparecer. “dificuldade” encontrada para que haja passagem de corrente elé-
trica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI
Corrente Elétrica a unidade adotada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem
ao físico alemão Georg Simon Ohm
A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial
elétrico (ddp / tensão). E ela é explicada pelo conceito de campo Gerador
elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, nega-
tiva, então há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um Gerador é um dispositivo com função de transformar ou trans-
fio condutor entre as duas os elétrons livres tendem a se deslocar ferir energia. Transforma qualquer tipo de energia em energia elé-
no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negati- trica.
vas, lembrando que sinais opostos são atraídos. Exemplos:
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido Usina hidrelétrica transforma energia mecânica de uma queda
oposto ao campo elétrico, e este é chamado sentido real da cor- de água em energia elétrica através de um gerador, que é um dispo-
rente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o sitivo que transforma energia mecânica em energia elétrica e que
mesmo sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus possui um eixo que é movido por uma turbina.
efeitos (com exceção para o fenômeno chamado Efeito Hall), e este Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracte-
é chamado o sentido convencional da corrente. rizados por seu princípio de funcionamento, alguns deles são:
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) na secção
transversal de um condutor se considera o módulo da carga que Geradores luminosos
passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja: São sistemas de geração de energia construídos de modo a
transformar energia luminosa em energia elétrica, como por exem-
plo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte
a energia luminosa do sol em energia elétrica.
Geradores mecânicos
Considerando |Q|=n e São os geradores mais comuns e com maior capacidade de cria-
ção de energia. Transformam energia mecânica em energia elétrica,
Resistência Elétrica principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores en-
contrados em usinas hidroelétricas, termoelétricas e termonucle-
Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se es- ares.
tabelece nele uma corrente elétrica de intensidade i. Para a maior
parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente propor- Geradores químicos
cionais, ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra. São construídos de forma capaz de converter energia potencial
Desta forma: química em energia elétrica (contínua apenas). Este tipo de gerador
é muito encontrado como baterias e pilhas.
Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia
elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por
exemplo, a tensão e a corrente se comportam da mesma forma
como nas associações de resistores, ou seja:
- Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
- Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Sobre os geradores é importante saber que: Em geral se representa a força eletromotriz pela letra E (ou e),
O gerador não cria energia elétrica, ele apenas transforma ou pelas iniciais f.e.m.. Sendo W a energia que o gerador fornece
qualquer tipo de energia em energia elétrica e as fornece às cargas ao circuito durante o tempo t, e Q a carga elétrica que passa por
elétricas que o atravessam. Mas, durante a passagem das cargas qualquer secção transversal durante o mesmo tempo, temos, por
elétricas pelo interior do gerador, ocorrem perdas energéticas. definição:
Denomina-se força eletromotriz E (Ɛ) de um gerador ao quo-
Assim, esquematicamente tem-se: ciente entre o trabalho (W) realizado no transporte de uma carga
q, contra a força do campo elétrico, e o valor absoluto dessa carga.
P = U.i
Pd = r.i.i
Onde Pt representa a potência total gerada (recebida de for- Onde: Pd = potência dissipada pelo gerador
ma não elétrica), Pd a potência dissipada ou perdida no interior do r = resistência interna do gerador
gerador e Pu a potência fornecida pelo gerador ao meio exterior i = corrente elétrica
(potência útil).
Como a energia não se perde nem se cria, apenas se transforma, 3 – Potência total fornecida pelo gerador:
pelo princípio da conservação da energia tem-se Pt = Pu + Pd
onde, Pt = E.i Pd = r.i2 Pu = U.i Pt =Pu + Pd Pg = E.i
E.i = U.i + r.i2 cancelando i U = E – r.i (equação do
gerador) Onde: Pg = potência total gerada
E = força eletromotriz
A equação característica de um gerador: i = corrente elétrica
Onde: N = P/Pg
U = tensão elétrica
E = força eletromotriz Onde: N = rendimento, dado em porcentagem
r = resistência interna do gerador P = potência fornecida
i = corrente elétrica do gerador Pg = potência total gerada
Quando ligado a qualquer circuito, devido a sua diferença de
potencial existente entre os dois pólos, o gerador então irá ceder Fazendo as substituições de equações, chega-se que o rendi-
energia potencial elétrica para as cargas livres dos elementos do mento de um gerador elétrico é dado por:
circuito, feito isso as cargas irão percorrer todos os elementos do N = U/E
circuito criando assim um fluxo de cargas elétricas que se denomina Onde: U = tensão elétrica
corrente elétrica. E = força eletromotriz
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
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FÍSICA
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência encontrada proveniente de resistores, ou seja, são considera-
das as ligações entre eles como condutores ideais (que não apresentam resistência), e utilizam-se as representações:
Associação de Resistores
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de resistores. O comportamento desta
associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.
Associação em Série
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a extensão do circuito. Já a diferença
de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:
Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:
Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível concluir que a resistência total é:
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FÍSICA
Exemplo:
Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir.
Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.
Resolução
a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W
No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V
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FÍSICA
Associação em Paralelo
A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que, todos possuem uma extremidade
ligada em A e a outra extremidade ligada em B.
U = U1 = U2 = U3
i = i 1 + i2 + i3
4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Q= i2.R.t
Onde:
i= intensidade da corrente
R= resistência do condutor
t= tempo pelo qual a corrente percorre o condutor
1º. Processo: Esta relação é válida desde que a intensidade da corrente seja
constante durante o intervalo de tempo de ocorrência.
Potencia Elétrica
A potência é uma grandeza física que mede a energia que está
sendo transformada na unidade de tempo, ou seja, mede o traba-
lho realizado por uma determinada máquina na unidade de tempo.
Assim, temos:
Portanto;
Logo,
U= R. i
Temos,
P = U2 / R Consumo de energia elétrica
Saber calcular o consumo dos aparelhos pode ajudar a reduzir
Segunda equação: P = U . i sendo U = R.i o valor da conta de energia e, ainda, evitar o desgaste de eletrodo-
P = i2. R mésticos. Além disso, cada aparelho que utiliza a eletricidade para
funcionar, como por exemplo, o computador de onde você lê esse
Exemplo: Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W texto, consome uma quantidade de energia elétrica. Confira abaixo
em uma cidade onde a tensão na rede elétrica é de 220V? alguns dos equipamentos que mais gastam energia nas residências
e a maneira para acompanhar e calcular esse consumo.
Chuveiro Elétrico
A potência do chuveiro varia de acordo com a posição da cha-
ve. Pode variar de 4.500 a 6.000 watts no modo Inverno (quente)
ou de 2.100 a 3.500 watts no modo Verão (morno). O consumo por
hora (60 minutos) de uso é de 4,50 a 6,0 kWh (quilowatts-hora) na
posição Inverno e de 2,10 a 3,50 kWh no Verão. Para calcular o con-
sumo do seu chuveiro, basta utilizar a regra abaixo:
Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir
duas formas que relacionem a potência elétrica com a resistência. Consumo = (potência em watt/1000) x
(tempo) número de horas = total em KWh
Computador
Confira abaixo os equipamentos que integram um computador
e a respectiva potência de cada um deles:
Micro (CPU - Unidade Central) - 40 a 60 W
Monitor - 80 a 90 W
Impressora - 70 a 80 W
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
Scanner - 50 W CPU + vídeo (s/ impressora) - 120 a 150 W Se considerarmos o caso da família de 4 pessoas que utiliza o
Consumo CPU + Vídeo + Impressora = 0,19 a 0,23 kWh. chuveiro diariamente durante 15 minutos, o custo mensal da ener-
Consumo CPU/vídeo (hora) = 0,12 a 0,15 kWh gia gasta por ele será:
O computador ligado sem utilização consome 0,12 kWh por
hora (com o vídeo ligado).
Desligar o vídeo economiza 0,08 KWh por hora de uso.
Exemplo:
Para calcular o consumo basta sabermos a potência do apare-
lho e o tempo de utilização dele, por exemplo, se quisermos saber
quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 mi-
nutos, seu consumo de energia será:
Exemplo:
Calcule a resistividade de um condutor com ddp 100 V, inten-
sidade de 10 A, comprimento 80 m e área de secção de 0,5 mm2.
O mais interessante em adotar esta unidade é que, se souber- Os dados do exercício:
mos o preço cobrado por kWh, podemos calcular quanto será gasta L=80m A=0,5mm2 U=100V I=10A
em dinheiro por este consumo. A = 0,5 . (10⁻³ m)²
A = 0,5 . 10⁻⁶ m²
Por exemplo: A = 5 . 10⁻⁷ m²
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica
tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh, então o consumo do chuveiro Primeiramente devemos calcular a resistência do fio utilizando
elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será: a fórmula da Primeira Lei de Ohm:
R=U/I
R=100/10
R=10 Ω
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
ᶯ= = = ᶯ=
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FÍSICA
13 https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/
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FÍSICA
i1 + i2 = i3
Observe que se não alterarmos o sentido da corrente i2, tere-
Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas): partindo do mos que utilizar o sinal negativo quando for feito algum cálculo com
ponto a percorrendo a malha abcd no sentido anti-horário. Encon- essa corrente.
tramos:
QUESTÕES
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
(C) aproximar e afastar o gelo do medicamento com determi- 14. (Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água
nada frequência. resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10 g e o copo com água tem
(D) deixar o gelo começar a derreter antes de colocar em con- 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C,
tato com o medicamento. quantos cubos de gelo devem ser colocados para baixar a tempera-
tura da água para 20 °C? (Considere que o calor específico da água
11. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a
– FUNIVERSA) Uma câmara refrigerada utilizada em necrotérios densidade da água, d = 1 g/ml)
possui, nas especificações técnicas a respeito do controle de tem- (A) 1
peraturas, um termômetro digital, graduado de –40 ºC a +99 ºC, (B) 2
com posicionamento externo e bulbo sensor remoto. As tempera- (C) 3
turas indicadas de –40 ºC e 99 ºC correspondem, respectivamente (D) 4
e aproximadamente, nas escalas Fahrenheit e Kelvin, a (E) 5
(A) 36 ºF e 370 K.
(B) 24 ºF e 174 K. 15. Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg
(C) –20 ºF e 273 K. encontra-se à temperatura de 80°C, ao ser encostado em outro blo-
(D) –36 ºF e 370 K. co do mesmo material, de massa 500g e que está em temperatura
(E) –40 ºF e 372 K. ambiente (20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em con-
tato? Considere que os blocos estejam em um calorímetro.
12. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDE- (A)80
CAN) A figura representa o botão controlador da temperatura de (B)75.
um forno. Considere que na posição “LOW” a temperatura, no inte- (C)70
rior do forno, atinja 300°F e na posição “HI” atinja 480°F e que ocor- (D) 60
ra um aumento contínuo da temperatura entre esses dois pontos. (E) 55
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
19.Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo: (D) carregada positivamente, carregada negativamente
(E) neutra
25. (UFSM-RS) Analise as afirmações a seguir, referentes a um 29. (MACKENZIE) A capacitância de um capacitor aumenta
circuito contendo três resistores de resistências diferentes, associa- quando um dielétrico é inserido preenchendo todo o espaço entre
dos em paralelo e submetidos a uma certa diferença de potencial, suas armaduras. Tal fato ocorre porque:
verificando se são verdadeiras ou falsas. (A) cargas extras são armazenadas no dielétrico;
(B) átomos do dielétrico absorvem elétrons da placa negativa
1. A resistência do resistor equivalente é menor do que a me- para completar suas camadas eletrônicas externas;
nor das resistências dos resistores do conjunto; (C) as cargas agora podem passar da placa positiva à negativa
do capacitor;
2. A corrente elétrica é menor no resistor de maior resistência; (D) a polarização do dielétrico reduz a intensidade do campo
elétrico no interior do capacitor;
3. A potência elétrica dissipada é maior no resistor de maior (E) o dielétrico aumenta a intensidade do campo elétrico.
resistência.
A sequência correta é: 30. (Uneb-BA) Um resistor ôhmico, quando submetido a uma
(A) F, V, F ddp de 40 V, é atravessado por uma corrente elétrica de intensidade
(B) V, F, F 20 A. Quando a corrente que o atravessa for igual a 4 A, a ddp, em
(C) V, V, V volts, nos seus terminais, será:
(D) V, V, F (A) 8
(E) F, F, V (B) 12
(C) 16v
26.Sobre um resistor de 100 Ω passa uma corrente de 3 A. Se a (D) 20
energia consumida por este resistor foi de 2Kwh, determine aproxi- (E) 30
madamente quanto tempo ele permaneceu ligado à rede.
(A) 15h
(B) 1,5h GABARITO
(C) 2h
(D) 3 h
(E) 6h 1 D
2 A
27. (PUC- MG) Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0
V em um resistor de 3,0Ώ, podemos dizer que a corrente elétrica 3 C
fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente, são: 4 B
(A) 1,0 A e 9,0 W
(B) 2,0 A e 18,0 W 5 E
(C) 3,0 A e 27,0 W 6 A
(D) 4,0 A e 36,0 W
7 D
(E) 5,0 A e 45,0 W
8 D
28 (Fatec-SP) Por um resistor faz-se passar uma corrente elétri- 9 D
ca i e mede-se a diferença de potencial U. Sua representação gráfi-
ca está esquematizada abaixo. A resistência elétrica, em ohms, do 10 D
resistor é: 11 E
12 A
13 E
14 A
15 D
16 A
17 B
18 D
19 D
(A) 0,8 20 D
(B) 1,25 21 C
(C) 800
(D) 1250 22 A
(E) 80 23 B
24 B
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a solução para o seu concurso!
FÍSICA
25 D ______________________________________________________
26 C ______________________________________________________
27 C ______________________________________________________
28 C
______________________________________________________
29 D
30 A ______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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FÍSICA
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QUÍMICA
Modelos Atômicos
Os modelos atômicos são os aspectos estruturais dos átomos
que foram apresentados por cientistas na tentativa de compreen-
der melhor o átomo e a sua composição.
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
ÁTOMO
Toda matéria é formada por partículas muito pequenas. Essas
Modelo atômico de Rutherford partículas chamamos de átomo.
ÁTOMO – É uma partícula indivisível.
Em 1911, o físico neozelandês Rutherford colocou uma folha Há cerca de 2,5 mil anos, o filósofo grego Demócrito disse
de ouro bastante fina dentro de uma câmara metálica. Seu objetivo que se dividirmos a matéria em pedacinhos cada vez menores,
era analisar a trajetória de partículas alfa a partir do obstáculo cria- chegaremos a grãozinhos indivisíveis, que são os átomos (a = não
do pela folha de ouro. e tomo = parte). Em 1897, o físico inglês Joseph Thompson (1856-
Nesse ensaio de Rutherford, observou que algumas partículas 1940) descobriu que os átomos eram divisíveis: lá dentro havia o
ficavam totalmente bloqueadas. Outras partículas não eram afeta- elétron, partícula com carga elétrica negativa.
das, mas a maioria ultrapassava a folha sofrendo desvios. Segundo
ele, esse comportamento podia ser explicados graças às forças de
repulsão elétrica entre essas partículas.
Pelas observações, afirmou que o átomo era nucleado e sua
parte positiva se concentrava num volume extremamente peque-
no, que seria o próprio núcleo.
O Modelo Atômico de Rutherford, conhecido como modelo
planetário, corresponde a um sistema planetário em miniatura, no
qual os elétrons se movem em órbitas circulares, ao redor do nú-
cleo.
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Acreditava-se, na Antiguidade, que os átomos eram indivisíveis maiúsculas K,L,M,N,O,P,Q. Nas camadas, os elétrons se movem e
e maciços. No século XX ficou provado que os átomos são formados quando passam de uma camada para outra absorvem ou liberam
por outras partículas. São três partículas fundamentais: elétrons, energia.
prótons e nêutrons. Quando um elétron salta para uma camada mais interna ele
O átomo se divide em duas partes: o núcleo e a eletrosfera. Os libera energia.
prótons e nêutrons ficam no núcleo do átomo e os elétrons ficam Quando um elétron salta para uma camada mais externa ele
na eletrosfera. absorve energia.
A energia emitida é em forma de luz. Chamamos essa energia
de “quantum” de energia. O “quantum” também é chamado de fó-
ton.
Essas partículas são caracterizadas pelas suas cargas elétricas. NOME DA CAMADA NÍVEL Nº MÁX. DE É NA CAMADA
O elétron tem carga -1 e massa desprezível (sendo aproximada- K 1 2
mente 1/1836 a massa do próton). A massa do próton seria então
L 2 8
igual a 1 e a carga +1. O nêutron não possui carga elétrica e sua
massa é igual a do próton. M 3 18
Observe a tabela entre as relações de massa das partículas fun- N 4 32
damentais do átomo. Adota-se como padrão o próton com massa
igual a 1: O 5 32
P 6 18
PARTÍCULA MASSA CARGA ELÉTRICA Q 7 8
p 1 +1
O número de camadas ou níveis de energia varia de acordo
n 1 0 com o número de elétrons de cada átomo.
é 1/1836 -1 Em todo átomo (exceto o paládio – Pd) o número máximo de
elétrons em uma camada K só suporta 2 elétrons.
Note que a massa do elétron é 1.836 vezes menor que a do A penúltima camada deve ter no máximo 18 elétrons.
próton, por isso desconsidera-se a sua massa. Para os átomos com mais de 3 camadas, enquanto a penúltima
não estiver com 18 elétrons, a última terá no máximo 2 elétrons.
Tamanho do Átomo
O tamanho do átomo é medido em angstrons (Å). Observe algumas distribuições:
1 angstron = 10-10metros H (hidrogênio) nº de é = 1 K=1
O diâmetro médio do núcleo de um átomo fica entre 10-4 Å e K (potássio) nº de é =19 K = 2 L=8 M = 8 N = 1
10-5 Å e o da eletrosfera é de 1Å. Be (berílio) nº de é = 4 K = 2 L = 2
A eletrosfera de um átomo é entre 10000 e 100000 vezes maior Zr (zircônio) nº de é = 40 K = 2 L = 8 M = 18 N = 10 O = 2
que o seu núcleo. Essa diferença de tamanho nos leva a admitir que
o átomo é quase feito de espaço vazio. Número Atômico (Z)
Em termos práticos, se o núcleo tivesse o tamanho de uma Cada átomo possui o seu número atômico. Ele indica o número
bola de tênis, o primeiro elétron estaria a uma distância de 1 km. de elétrons e prótons do átomo. Se ele estiver com sua carga elétri-
ca zero ele está neutro, ou seja, é um átomo neutro.
Camadas Eletrônicas / Níveis de Energia O número atômico é indicado pela letra (Z).
Na eletrosfera, os elétrons giram em torno do núcleo ocupan- Número Atômico é o número de prótons e elétrons (átomo
do o que chamamos de NÍVEIS DE ENERGIA ou CAMADAS ELETRÔ- neutro) que existem no átomo.
NICAS. Cada nível possui um número inteiro de 1 a 7 ou pelas letras
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Exemplos: Íon positivo (+) doa elétrons – íon cátion. Ex. Na+
Na (sódio) Z=11 Íon negativo (-) recebe elétrons – íon ânion. Ex. Cl-
He (hélio) Z=2 Quando um cátion doa elétrons, ele fica positivo.
V (vanádio) Z=23 Quando um ânion ganha elétrons, ele fica negativo.
Br (bromo) Z=84
Po (polônio) Z=84 ISÓTOPO, ISÓBARO E ISÓTONO
Se observarmos o número atômico, número de massa e de
Pode-se dizer que o número atômico é igual ao número de nêutrons de diferentes átomos podemos encontrar conjuntos de
prótons do núcleo. Se o átomo for neutro, é igual ao número de átomos com outro número igual.
elétrons também. Os isótopos são átomos que possuem o mesmo número de
Z=p=é prótons (p) e diferente número de massa (A).
Exemplo: o hidrogênio (H)
Número de Massa (A) ¹H ²H ³H
Número de massa é o peso do átomo. É a soma do número de ¹ ¹ ¹
prótons (Z) e de nêutrons (n) que existem num átomo. hidrogênio deutério trítio
A=p+n ou A = Z + n Z=1 Z=1 Z=1
A=1 A=2 A=3
É este número que informa se o átomo é mais “leve” ou mais
“pesado”. São os prótons e nêutrons quem dão a massa do átomo, Este fenômeno é muito comum na natureza. Quase todos os
já que os elétrons são muito pequenos, com massa desprezível em elementos químicos naturais são formados por mistura de isóto-
relação a estas partículas. pos.
Os isóbaros são átomos que possuem o mesmo número de
Exemplos: massa (A) e diferente número de prótons.
Na (sódio) A = 23 Exemplo:
Z=p=é A = 40 A = 40
A=p+n Z = 19 Z = 20
23 = 11 + n
n = 12 São átomos de elementos químicos diferentes, mas que tem o
mesmo número de massa.
A partir do Z, temos o número de prótons e de elétrons do Os isótonos são átomos que possuem o mesmo número de
átomo. A partir da fórmula A = p + n, isolamos o n para achá-lo, nêutrons e com diferentes números de prótons e de massa. São
substituindo o A e o p na fórmula. Então podemos utilizar também átomos de diferentes elementos químicos.
a fórmula:
n=A–p Exemplo:
A = 37Cl A = 40Ca
Observe o modelo: Z = 17 Z = 20
a) K (potássio) __________ __________
A = 39 n = 20 n = 20
Z = 19
p = 19 Os isótonos têm propriedades químicas e físicas diferentes.
é = 19
n = 20 Diagrama de Pauling
O diagrama de Pauling ou princípio de Aufbau nada mais é do
Encontramos estes valores na Tabela Periódica dos Elementos. que um método de distribuir os elétrons na eletrosfera do átomo
Toda tabela possui a sua legenda informando o número atômico e dos íons. Este método foi desenvolvido pelo físico alemão Erwin
e o número de massa. Aplicando a fórmula correta, conseguimos Madelung (no Brasil, em muitos livros de química, o modelo é atri-
encontrar o valor de nêutrons. buído à Linus Pauling; entretanto, não há evidências de que tenha
sido ele o criador desse método). Ele provou experimentalmente
ÍON que os elétrons são dispostos nos átomos em ordem crescente de
O átomo que possui p = é, ou seja, o número de prótons igual energia, visto que todas as vezes que o elétron recebe energia ele
ao número de elétrons é eletricamente neutro. salta para uma camada mais externa a qual ele se encontra, e no
Átomo neutro = p = é momento da volta para sua camada de origem ele emite luz, em vir-
Se o átomo tiver elétrons a mais ou a menos, então não será tude da energia absorvida anteriormente. Baseado na proposição
mais um átomo neutro. Este átomo passará a ser chamado de ÍON. de Niels Borh de que os elétrons giram ao redor do núcleo, como a
Íon = p ≠ é órbita dos planetas ao redor do sol.
Íon é um átomo que perde ou ganha elétrons. Ele pode ficar
negativo ou positivo. Então:
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QUÍMICA
Uma lâmpada fluorescente, por exemplo, ela contém uma substância química em seu interior, obviamente formada por átomos, os
elétrons presentes na eletrosfera destes átomos, ao receber a energia elétrica são excitados, e começam a saltar para outras camadas e
ao retornarem emitem a luz.
Diagrama de Pauling
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d106p6 7s2 5f146d10 7p6 ...
Número Quântico Principal (n): também conhecido como nível energético são representados pelos números inteiros corresponden-
tes a:
• K= 1 s
• L= 2 s p
• M= 3 s p d
• N= 4 s p d f
• O= 5 s p d f g
• P= 6 s p d f g h
• Q= 7 s p d f g h i...
Número Quântico Azimutal(l): é comumente conhecido como subnível energético e representado pelas (“s, p, d, f,”...), respecti-
vamente, “s(Sharp), p(Principal), d(difuse) e f(fundamental)”. Os subníveis energéticos são formados por orbitais, que comportam 2
elétrons com spins opostos segundo o Princípio da exclusão de Pauli.
Número Quântico Magnético(m): o número quântico magnético é útil para identificação dos orbitais. Onde o orbital da direita tem
valor (+) e os da esquerda valor (-). Por exemplo, utilizando o subnível f que possui um maior número de orbitais, temos:
Número Quântico de Spin (Ms): são representações em forma de seta dos elétrons distribuídos nos orbitais. O valor dos de cada spin
é:
↑ Para cima é positivo Ms=+½(meio) e ↓ Para baixo é negativo e Ms=-½(meio)
Exemplo: é necessário fazer a distribuição eletrônica do átomo de Praseodímio:
Passo 1: procurar o elemento na tabela periódica e observar seu número atômico.
Utilizando o diagrama de Pauling e seguindo pelas diagonais obtém-se:
Para os íons a distribuição é diferente, visto que íons são átomos que possuem carga e são subdividos em Cátions - tem tendência de
perder seus elétrons e Ânions – tem tendência de ganhar elétrons.
Para o Cátion de Pr+2 por exemplo, a distribuição passa a ser para 57 elétrons pois ele perde 2 em virtude de sua valência:
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
K=2 elétrons, L=8 elétrons, M=18 elétrons, N=19 elétrons, O=8 elétrons e P=2 elétrons.
Para um átomo de cloro, por exemplo, a distribuição é 17, porém para o ânion cloreto passa a ser de 18 elétrons por que ele ganha
1 elétron:
17
Cl:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p5 ou 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
K=2, L=8 e M=7 elétrons
17
Cl-1:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 ou 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
K=2, L=8 e M=8 elétrons
É importante salientar que no texto acima existem reticências demonstrando a continuação das camadas, níveis, subníveis etc.
Simplesmente por que Pauling seguiu o raciocínio de Mendeleyev, sabendo que novos elementos ainda serão descobertos e ocuparão,
por exemplo, a camada R nível 8 e subníveis s,p,d,f,g,h,i, j e assim por diante.
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QUÍMICA
“Existe uma restrição, todavia, quanto aos valores que esses números podem ter. Esta restrição é o Princípio de Exclusão de Pauli,
que estabelece que dois elétrons em um átomo não podem ter todos os quatro números quânticos iguais. Isto significa que, se escolher-
mos um conjunto particular de valores para n, l e ml correspondente a um orbital particular (por exemplo, n=1, l=0, ml=0; o orbital 1s),
poderemos ter apenas dois elétrons com valores diferentes do número quântico de spin, ms (isto é, s= +1/2 ou s= -1/2). Com efeito, isso
limita a dois o número de elétrons em um dado orbital, também requer que os spins destes dois elétrons estejam em direções opostas”.
Portanto, os valores dos quatro números quânticos podem ser atribuídos para cada elétron em um átomo, de acordo com as regras
precedentes e o Princípio da Exclusão de Pauli. Uma maneira objetiva de prever a localização provável de um elétron no interior de um
átomo (sua camada, subcamada e orbital) é através de um conjunto matemático de valores denominado números quânticos.
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS: TABELA PERIÓDICA ATUAL E SUA ESTRUTURA - LEI DE MOSELEY
PERÍODO, GRUPO E SUBGRUPO ELEMENTO REPRESENTATIVO, DE TRANSIÇÃO E GÁS NOBRE, PROPRIEDADE PERIÓDICA
(RAIOS ATÔMICO E IÔNICO, ENERGIA DE IONIZAÇÃO E ELETRONEGATIVIDADE)
Em Química, os critérios utilizados para a organização dos elementos químicos foram estabelecidos ao longo do tempo. No ano
de 1869, Dimitri Mendeleev iniciou os estudos a respeito da organização da tabela periódica através de um livro sobre os cerca de 60
elementos conhecidos na época, cujas propriedades ele havia anotado em fichas separadas. Ao trabalhar com esses dados ele percebeu
que organizando os elementos em função da massa de seus átomos, determinadas propriedades se repetiam diversas vezes, e com uma
mesma proporção, portanto era uma variável periódica. Lembrando que periódico é tudo o que se repete em intervalos de tempo bem
definidos, como é o caso das estações do ano e das fases da lua, por exemplo.
Ela foi criada com o intuito de organizar as informações já constatadas a fim de facilitar o acesso aos dados. Quando foi proposta mui-
tos elementos ainda não haviam sido descobertos, muito embora seu princípio seja seguido até hoje com 118 elementos. Alguns outros
modelos de tabela vêm sendo propostos, como por exemplo a que apresenta forma de espiral proposta por Philip Stewart com base na
natureza cíclica dos elementos químicos, porém a mais utilizada ainda é a de Mendeleev.
Dimitri Ivanovich Mendeleev nasceu na Sibéria e era professor da Universidade de São Petersburgo quando descobriu a lei periódica.
O elemento de número atômico 101 da tabela periódica tem o nome em homenagem a ele, o Mendelévio.
A tabela tem os elementos químicos dispostos em ordem crescente de número atômico e são divididos em grupos (ou famílias) devi-
do a características que são comuns entre eles. Cada elemento químico é representado por um símbolo, por exemplo a prata é represen-
tada por Ag devido a seu nome no latim argentum. Cada elemento possui ao lado de seu símbolo o número atômico e o número de massa
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Os elementos podem ser classificados em representativos ou de transição (interna e externa). Os representativos são aqueles cuja
distribuição eletrônica termina em s ou p. Os elementos de transição externa são aqueles cuja distribuição acaba em d, e os de transição
interna acabam em f. A localização de um elemento na tabela periódica pode ser indicada pelo seu grupo e seu período. Os elementos de
transição interna são os que se encontram nas duas linhas bem embaixo na tabela e na verdade é como se estivessem localizados no no
sexto e sétimo período do grupo três.
Cada linha no sentido horizontal da tabela periódica representa um período. Eles são em número de sete, e o período em que o ele-
mento se encontra indica o número de níveis que possui. Por exemplo o sódio (Na) está no período três, o que significa que o seu átomo
possui três camadas eletrônicas.
Já os grupos são as linhas verticais que apresentam elementos químicos que compartilham propriedades. Por exemplo o flúor (F) e
o cloro (Cl) estão no grupo 17 (ou 7A) por possuírem alta tendência de receber elétrons, o que chamamos de eletronegatividade. Alguns
grupos possuem nomes específicos como os listados abaixo e os demais recebem o nome do primeiro elemento de seu grupo.
Grupo 1: Metais alcalinos: esses elementos são muito reativos principalmente com a água. Esta reatividade aumenta conforme au-
menta o número atômico e o raio do átomo. Todos os elementos desse grupo são eletropositivos, metais bons condutores de eletricidade,
e formam bases fortes. São sólidos a temperatura ambiente, apresentam brilho metálico e quando expostos ao ar oxidam facilmente.
São utilizados na iluminação no caso das lâmpadas de sódio, na purificação de metais e na fabricação de sabões sendo combinados com
a gordura.
Grupo 2: Metais alcalino-terrosos: Possuem esse nome por serem geralmente encontrados na terra. São bastante reativos, porém
menos que os metais do grupo 1. Também são eletropositivos e são mais duros e densos do que os metais alcalinos. São utilizados em
ligas metálicas como é o caso por exemplo do Berílio (Be), na composição do gesso e do mármore sendo o caso do cálcio (Ca) e em fogos
de artifício magnésio (Mg) e estrôncio (Sr).
Grupo 16 (ou 6A): Calcogênios: Os elementos desse grupo recebem esse nome derivado do grego que significa “formadores de co-
bre”. Neste grupo pode-se perceber facilmente analisando todos os elementos do grupo a presença de características metálicas e não
metálicas. Os elementos mais importantes deste grupo são o oxigênio (O) e o enxofre (S) sendo o primeiro o gás utilizado inclusive em
nossa respiração e o último é responsável inclusive pelo fenômeno da chuva ácida.
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Propriedades químicas
A Tabela Periódica organiza os elementos químicos até en-
tão conhecidos em uma ordem crescente de número atômico (Z Ordem de crescimento do raio atômico na Tabela Periódica
– quantidade de prótons no núcleo do átomo).
Muitas propriedades químicas e físicas dos elementos e das 2. Energia ou potencial de ionização: é a energia mínima
substâncias simples que eles formam variam periodicamente, ou necessária para remover um elétron de um átomo ou íon no estado
seja, em intervalos regulares em função do aumento (ou da dimi- gasoso.
nuição) dos números atômicos. As propriedades que se comportam Esse elétron é sempre retirado da última camada eletrônica,
dessa forma são chamadas de propriedades periódicas. que é a mais externa e é conhecida como camada de valência.
As principais propriedades periódicas químicas dos elementos Quanto maior o raio atômico, mais afastados do núcleo os elé-
são: raio atômico, energia de ionização, eletronegatividade, ele- trons da camada de valência estarão, a força de atração entre eles
tropositividade e eletroafinidade. Já as físicas são: pontos de fusão será menor e, consequentemente, menor será a energia necessária
e ebulição, densidade e volume atômico. para retirar esses elétrons e vice-versa. Por isso, a energia de io-
nização dos elementos químicos na Tabela Periódica aumenta no
A seguir, veja mais detalhadamente as propriedades periódicas sentido contrário ao aumento do raio atômico, isto é, de baixo para
químicas: cima e da esquerda para a direita:
1- Raio atômico: pode ser definido como a metade da distância
(r = d/2) entre os núcleos de dois átomos de um mesmo elemento
químico, sem estarem ligados e assumindo os átomos como esfe-
ras:
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QUÍMICA
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Podemos visualizar a formação de uma ligação iônica típica en- Características e propriedades dos compostos iônicos:
tre dois átomos hipotéticos, M (um metal) e X (um não-metal), da -Rígidos;
seguinte maneira: como M é um metal, sua energia de ionização é -Duros e quebradiços
baixa, isto é, é necessária pouca energia para remover um elétron -Solúveis em solventes polares;
do átomo. A perda de um elétron por um átomo isolado (gasoso) M -Maus condutores de eletricidade no estado sólido;
leva à formação de um íon positivo ou cátion. - Elevadas temperaturas de fusão e ebulição.
Substâncias moleculares
As substâncias moleculares são substâncias formadas basica-
mente por moléculas. Estas não apresentam cargas livres e por isso
são incapazes de produzir corrente elétrica. São arranjos entre mo-
léculas. Moléculas e, portanto a menor combinação de átomos que
mantém a composição de matéria inalterada (os átomos se ligam
por ligações químicas).
Propriedades das substâncias moleculares:
- Podem ser sólidas (pouco duras e muito quebradiças), líqui-
das ou gasosas à temperatura ambiente;
- Forças de coesão das moléculas --> fracas e por isso, pontos
de fusão e de ebulição baixos;
- Más condutoras elétricas e térmicas porque as moléculas são
partículas neutras;
Por outro lado, como X é um átomo de um não-metal, o valor
Ligação covalente ou molecular
de sua afinidade eletrônica é negativo, portanto, possui uma grande
A ligação covalente ocorre entre átomos com tendência a rece-
tendência em ganhar elétron e formar um ânion.
ber elétrons. Entretanto, como não é possível que todos os átomos
recebam elétrons, os átomos envolvidos na ligação apenas com-
partilhar um ou mais pares eletrônicos, sem que ocorra “perda” ou
“ganho” definitivo de elétrons.
A ligação covalente pode ser representada por:
Regra para montar a fórmula de um composto iônico.
No cloreto de magnésio existem dois íons, o cloreto (Cl) com Átomos A B
número de oxidação -1 e o magnésio (Mg) com nº de oxidação +2. Tendência receber e -
receber e-
A fórmula será 1 átomo de Mg (nox +2) e 2 átomo de Cl (nox -1).
Classificação Hidrogênio Hidrogênio
Hidrogênio Ametal
Ametal Ametal
Ametal Semimetal
Par eletrônico x--------------------------------x
Compartilhamento
1.Determinação da fórmula iônica As substâncias formadas através das ligações covalentes apre-
A fórmula correta de um composto iônico nos mostra a míni- sentam-se como unidades de grandeza limitada, denominadas
ma proporção entre os íons que se unem de modo a formar um moléculas; por isso a ligação covalente é também denominada de
sistema eletricamente neutro. Para que isso ocorra, é necessário ligação molecular.
que o número de elétrons cedidos seja igual ao número de elétrons A ligação covalente pode ocorrer através de um ou mais partes
recebidos. de elétrons. Cada par eletrônico compartilhado entre dois átomos
Uma maneira prática de determinar a quantidade necessária pode ser representado por um traço (-). Assim, podemos ter:
de cada íon para escrever a fórmula iônica é:
-Ligação simples:
Exemplo:
-Formação do cloreto de sódio (sal de cozinha), a partir do só-
dio e do cloro. Vejamos:
O Sódio : Na (Z = 11) = 1s2 , 2s2 , 2p6 , 3 s1 ou 2 – 8 - 1
O Cloro : Cl (Z = 17) = 1s2 , 2s2 , 2p6 , 3 s2 3p5 ou 2 – 8 – 7
-Ligação dupla:
-Ligação tripla:
Exemplo:
-Ligação entre dois átomos de cloro (Cl2):
-Família VA
Estes elementos apresentam 5e- na sua camada de valência, assim devem adquirir a estabilidade ao compartilharem três partes ele-
trônicos (trivalentes)
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
-Familia IVA
Como estes elementos apresentam 4e- na camada de valência,
eles alcançarão a estabilidades quando compartilharem quatro pa-
res eletrônicos (tetravalentes).
-Hidrogênio
O hidrogênio (1s1) para adquirir sua configuração eletrônica es-
tável, ele deve ganhar um elétron e compartilhar um par eletrônico
(Monovalente)
Resumindo...
A ligação covalente ocorre entre:
– Hidrogênio – Hidrogênio
Perceba que mais de um par de elétrons pode ser compartilha- – Hidrogênio – não-metal
do, formando-se, então, ligações simples, duplas e triplas. Veja as – Não-metal – Não-metal
fórmulas de algumas moléculas simples:
Obs: Os semimetais também podem ser incluídos.
Ligação metálica
É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais.
Quando muitos destes átomos estão juntos num cristal metálico,
estes perdem seus elétrons da última camada. Forma-se, então,
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QUÍMICA
ÁCIDOS
Antes da teoria de Arrhenius, os ácidos eram conceituados por
uma série de propriedades comuns, como:
-Apresentar sabor azedo Exemplos:
-Tornar róseo o papel de tornassol azul -HF — ácido fluorídrico
-Produzir efervescência liberando gás carbônico, quando adi- -HBr — ácido bromídrico
cionados ao mármores e a outros carbonatos. -H2S — ácido sulfídrico
-HCl — ácido clorídrico
-HI — ácido iodídrico
-HCN — ácido cianídrico
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Assim, teremos:
Alguns ácidos de um mesmo elemento têm os prefixos de seus nomes atribuídos em função de seu grau de hidratação:
Importante:
Nos hidrácidos todos os hidrogênios são ionizáveis, já nos oxiácidos, apenas aqueles que estão ligados a átomos de oxigênio é que
serão ionizáveis, por exemplo:
-Hidrácidos:
-Oxiácidos:
Assim, em soluções aquosas, os ácidos podem liberar um ou mais íons H+ para cada molécula de ácido ionizado, e cada íon H+ liberado
corresponde a uma etapa de ionização.
Exemplo: a ionização do H2SO4:
-GRAU DE IONIZAÇÃO
O Grau de ionização de um ácido (α) consiste na relação entre o número de moléculas ionizadas e o número total de moléculas dissol-
vidas. Para realizar o cálculo dessa relação, usamos a seguinte equação:
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QUÍMICA
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QUÍMICA
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QUÍMICA
Observe que a amônia (NH3) é base porque ela recebe um pró- -Alaranjado de metila: O alaranjado de metila fica vermelho
ton (H+) do ácido clorídrico (HCℓ). em contato com ácido, amarelo-laranja em base e quando neutro.
Nessa teoria, a reação de neutralização seria uma transferên-
cia de prótons entre um ácido e uma base, como a reação explica
acima.
Apesar de ser uma teoria que também permitiu o estudo e
desenvolvimento de várias áreas e de ser uma definição bastante
utilizada e atual, ela também tinha uma limitação: não permitia pre-
ver o caráter ácido ou o caráter básico de espécies químicas sem a
presença de hidrogênio.
Indicadores Ácido-Base
Existe uma escala da medida da acidez e basicidade das subs-
tâncias, denominada escala de pH, que é numerada do 0 ao 14. -Azul de bromotimol: O azul de bromotimol fica amarelo em
Quando menor o valor do pH, mais ácida é a substância. Quando ácido, e azul em base e quando neutro
maior for o pH, mais básica é a substância. O valor 7, exatamente na
metade da escala, indica as substâncias neutras ou seja, nem ácidas
nem básicas.
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QUÍMICA
Como funciona um indicador ácido-base? -Sulfato de cálcio: Ca2+ + SO42-: CaSO4 (veja que, quando as car-
O sistema de funcionamento dos indicadores é o seguinte: ge- gas são iguais, podemos simplificar os índices. É por isso que a fór-
ralmente eles são um ácido fraco ou uma base fraca que entra em mula não é escrita assim: Ca2(SO4)2.
equilíbrio com a sua base ou ácido conjugado, respectivamente, -Dicromato de alumínio: Al3+ + Cr2O72-: Al2(Cr2O7)3;
que apresenta coloração diferente. Veja um exemplo: -Fosfato de bário: Ba2+ + PO43-: Ba3(PO4)2;
Indicador ácido + H2O ↔ H3O+ + Base conjugada -Nitrito de ferro III: Fe3+ + NO2-: Fe(NO2)3.
(cor A) (cor B)
Formulação do sal a partir de seu nome
Quando esse indicador genérico entra em contato com um Para se determinar a fórmula do sal a partir do seu nome, se-
meio ácido, segundo o Princípio de Le Chatelier, o equilíbrio é des- gue-se os seguintes passos:
locado no sentido de formação do ácido fraco, ficando com a cor
A. Por outro lado, se o indicador entrar em contato com um meio Exemplos: Sulfato de ferro-III
básico, os íons OH- da solução básica irão reagir com os íons H3O+ 1º Passo: determinar a fórmula do ácido e da base que origi-
do indicador. Desse modo, o equilíbrio será deslocado no sentido de naram o sal.
repor os íons H3O+, ou seja, para a direita, que é também o sentido Ânion sulfato ác. sulfúrico = H2SO4
de formação da base conjugada, e o sistema adquire a cor B. Cátion ferro-II hidróxido de ferro-III = Fe(OH)3
-Neutralização total
Ocorre quando a quantidade de cátions H+ provenientes do áci-
do é igual à quantidade de ânions OH- provenientes da base. Nesse
tipo de reação são sempre formados sais neutros. Dessa forma, a
reação ocorre entre ácidos e bases em que ambos são fracos ou,
então, ambos são fortes.
Exemplos:
Observe que o valor da carga do cátion torna-se o índice do -Reações entre ácidos e bases fortes:
ânion, enquanto a carga do ânion torna-se o índice do cátion. Ob- HCl + NaOH → NaCl + H2O
serve também que é somente o valor da carga que é invertido, os
sinais negativos e positivos não vão para o índice. Observe que cada molécula do ácido produziu 1 íon H+ e cada
Exemplos: molécula da base produziu também apenas 1 íon OH-.
-Nitrato de potássio: K+ + NO3-: KNO3 (Observe que tanto o índi- 3 HCl + Al(OH)3 → Al(Cl)3 + 3H2O
ce quanto a carga são iguais a “1”, logo, não precisam ser escritos);
-Perclorato de potássio:K1+ + ClO41-: KClO4; Cada molécula do ácido produziu 3 íons H+ e cada molécula da
base produziu também apenas 3 íons OH-.
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QUÍMICA
2 http://manualdaquimica.uol.com.br/
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QUÍMICA
Classificação dos Sais -Sal solúvel (sal que apresenta boa solubilidade em água):
A classificação dos sais é realizada de acordo com a natureza ou -Sal praticamente insolúvel (sal que se dissolve em quantidade
tipo de íons que os constituem. Dessa forma, os sais inorgânicos são extremamente desprezível em água, mas ocorre algum tipo de dis-
classificados em neutros (normais), ácidos (hidrogeno sal) e básicos solução, por menor que seja):
(hidroxi sal).
Para determinar a solubilidade dos sais em água, basta conhe-
1) A natureza dos íons cer o ânion presente no sal. Veja as regras que se dirigem aos tipos
de ânions:
Sal neutro (normais) -Nitrato (NO3-) e Nitrito (NO2-): todo sal que apresenta esses
É o sal resultante de uma reação entre uma base e um ácido ânions são solúveis;
fortes ou entre uma base e um ácido fracos. Este é o sal cujo ânion -Carbonato (CO3-2), Fosfato (PO4-3) e Sulfeto (S-2): solúvel ape-
não possui H ionizável e não é o ânion OH-. Resulta de uma reação nas com elementos da família IA e com o NH4+;
de neutralização total. -Halogenetos (F-, Cl-, Br-, I-): com os cátions Ag+ Cu+, Hg2+2 e Pb+2
Exemplos: são insolúveis;
-NaCl: cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma -Acetato (H3C2O2-): com os cátions Ag+ e Hg2+2 são insolúveis;
base forte); ânion → Cl- (vem do ácido clorídrico, HCl, um ácido for- -Sulfato (SO4-2): com os cátions Ag+, metais alcalinoterrosos
te). (IIA, com exceção do magnésio), Hg2+2 e Pb+2 são insolúveis;
-Na2SO4: cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma Qualquer outro ânion: solúvel apenas com elementos da famí-
base forte); ânion → SO42- (vem do ácido sulfúrico, H2SO4, um ácido lia IA e com o NH4-.
forte).
-NH4CN: cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH, Aplicações dos sais no cotidiano
uma base fraca); ânion → CO3-2 (vem do ácido cianídrico, HCN, um
ácido fraco). Cloreto de sódio — NaCl
Sal obtido pela evaporação da água do mar. É o principal com-
Esses sais são considerados neutros porque, quando eles são ponente do sal de cozinha, usado na nossa alimentação. No sal de
adicionados à água, o pH do meio não sofre nenhuma alteração. cozinha, além do NaCl, existem outros sais, como os iodetos ou io-
Além disso, eles não liberam em solução aquosa cátion H+, que in- datos de sódio e potássio (NaI, NaIO3; KI, KIO3), cuja presença é
dica acidez, e nem ânion OH-, que indica basicidade. obrigatória por lei. Sua falta pode acarretar a doença denominada
bócio, vulgarmente conhecida como papo.
Hidrogeno sal (Sal ácido) O sal de cozinha pode ser utilizado na conservação de carnes,
É o sal cujo ânion tem um ou mais H ionizáveis e não apresenta de pescados e de peles. Na Medicina, é utilizado na fabricação do
o ânion OH- Resulta de uma neutralização parcial do ácido. soro fisiológico, que consiste numa solução aquosa com 0,92% .de
Exemplos: NaCl.
-NH4Cl(s): cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH,
uma base fraca); ânion → Cl- (vem do ácido clorídrico, HCl, um ácido Bicarbonato de sódio – NaHCO3 (hidrogenocarbonato de só-
forte). dio)
-Al2(SO4)3: cátion → Al3+ (vem do hidróxido de alumínio, Al(OH)3, É um sal branco é usado principalmente em antiácidos estoma-
uma base fraca); ânion → SO42- (vem do ácido sulfúrico, H2SO4, um cais, pois ele reage com o ácido clorídrico (HCl) presente no suco
ácido forte). gástrico e neutraliza o meio:
-NH4NO3: cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH, NaHCO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2
uma base fraca); ânion → NO3- (vem do ácido nítrico, HNO3, um áci- Ele também é muito usado como fermento de bolos, pães e bis-
do forte). coitos, pois sua decomposição libera o CO2 que faz a massa crescer.
Além disso, é usado em extintores de incêndios, em cremes dentais
Hidróxi sal (Sal básico) para clareamento dos dentes, em balas e gomas de mascar que “ex-
É o sal cujo ânion não apresenta H ionizável e no qual, além plodem” na boca e em talcos e desodorantes.
desse ânionn há o OH-. Resulta da neutralização parcial da base.
Exemplo: Fluoreto de sódio – NaF
-NaOOCCH3: Anticárie que entra na composição do creme dental e também
Cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma base for- na fluoretação da água potável, pois inibe o processo de desmine-
te); ralização dos dentes, conferindo proteção contra a ação das cáries.
Ânion → CH3COO– (vem do ácido etanoico, CH3COOH, H2CO3,
um ácido fraco). Sulfato de cálcio — CaSO4
No exemplo acima, o ânion acetato (CH3COO–) hidrolisa-se em Este sal pode ser encontrado na forma de sal anidro, ou seja,
meio aquoso e forma o ácido acético e íons hidroxila (OH–), o que sem água (CaSO4), ou de sal hidratado, isto é, com água (CaSO4.2
torna a solução básica. H2O), sendo essa forma conhecida por gipsita.
Outras aplicações desse sal são: na produção de corantes, no tratamento de piscinas, na produção de sabão e detergentes, de papel
e celulose, nas indústrias têxteis e siderúrgicas.
ÓXIDOS
Os óxidos são substâncias presentes no nosso dia-a-dia. Um bom exemplo de óxido é o gás carbônico, expelido na respiração, principal
responsável pelo efeito estufa.
Definição :Óxido é todo composto binário que contém oxigênio e no qual ele é o elemento mais eletronegativo.
Exemplos:
Cl2O; SO2; CO2; NO; P2O; K2O; CaO; Fe2O3
O único elemento mais eletronegativo que o oxigênio é o flúor; por isso o OF2, não é um óxido, mas sim, um fluoreto de oxigênio
Nomenclatura
Regra geral:
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
Exemplo:
Na2O → óxido de sódio
Al2O3 → óxido de alumínio
Para montar a fórmula do óxido a partir do nome, é só lembrar -Óxidos Ácidos
a carga do metal, a carga do oxigênio -2 e fazer com que a soma das Óxidos ácidos apresentam caráter covalente e geralmente são
cargas se anule. Exemplos: formados por ametais. Estes óxidos também chamados de anidri-
Óxido de lítio → Li1+O2- invertendo as cargas: Li2O dos e reagem com a água formando um ácido ou reagem com uma
Óxido de prata → Ag1+O2-, invertendo as cargas: Ag2O base e dando origem a água e sal.
Ou
Óxido de+ nome do metal + ICO (carga maior)
Óxido de + nome do metal + OSO (carga menor)
Exemplos:
Au2O3 → óxido de ouro-III ou áurico Exemplo 2:
Cu2O → óxido de cobre-I ou cuproso
PbO2 → óxido de chumbo-IV ou plúmbico
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
ZnO, Al2O3, SnO, SnO2, PbO e PbO2. A cal virgem é obtida pelo aquecimento do CaCO3, que é en-
ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O contrado na natureza como constituinte do mármore, do calcário e
ZnO + 2NaOH → Na2ZnO2 + H2O da calcita:
-Peróxidos QUESTÕES
Os peróxidos apresentam em sua estrutura o grupo (O2)2–.
Os peróxidos mais comuns são formados por hidrogênio, me-
tais alcalinos e metais alcalino-terrosos.
1.(CEBRASPE (CESPE) - Papiloscopista (POLC AL)/2023)
No que se refere a conceitos aplicados à química, julgue o item
Exemplo:
a seguir.
-Peróxido de hidrogênio: H2O2
O modelo atômico de Rutherford-Bohr considera a existência
É líquido e molecular. Quando dissolvido em água, origina uma
de orbitais circulares e elípticos, e o núcleo do átomo é composto
solução conhecida como água oxigenada, muito comum em nosso
por prótons e nêutrons.
cotidiano.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Aplicações dos óxidos no cotidiano
2.(CEBRASPE (CESPE) - Químico (FUB)/2022)
Dióxido de carbono (CO2)
Também conhecido como gás carbônico, é um gás incolor, ino-
doro, mais denso que o ar. Não é combustível e nem comburente,
por isso, é usado como extintor de incêndio. O CO2 é o gás usado
nos refrigerantes e nas águas minerais gaseificadas. O gás carbônico
é um óxido de característica ácida, pois ao reagir com a água produz
ácido carbônico.
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QUÍMICA
4.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (SEED PR)/Química/2021) 7.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (Pref São Cristóvão)/Ciências/
Os modelos atômicos tentam explicar como é a estrutura de Educação Básica/2019)
um átomo, já que este é uma partícula muito pequena que não A energia do sol, vital para a vida na terra, tem sido apontada
pode ser vista a olho nu. Até hoje, os cientistas não conseguiram como uma importante fonte alternativa de energia que pode ser
ver um átomo isolado, muito menos a sua estrutura interna, mas empregada para substituição dos combustíveis fósseis. A energia do
os modelos tentam recriar este átomo. Nesse contexto, o modelo sol é gerada pela reação de fusão entre átomos de hidrogênio, com
atômico de a formação de átomos de hélio. Com relação a essas informações,
(A) Dalton defende que o átomo era uma estrutura maciça e in- julgue o item.
destrutível, mas poderia ser dividida em uma reação de fissão Um átomo neutro de hidrogênio possui um elétron, o qual, de
nuclear, por exemplo. acordo com o modelo atômico atual, gira em órbita elíptica em tor-
(B) Thomson propõe um átomo neutro divido em duas regiões no do núcleo do átomo.
com partículas positivas e negativas. ( ) CERTO
(C) Chadwick organiza o núcleo com duas partículas: prótons, ( ) ERRADO
com carga neutra, e nêutrons, com carga positiva.
(D) Rutheford propõe a divisão do átomo em duas regiões: nú- 8.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (Pref São Cristóvão)/Ciências/
cleo e eletrosfera, após realizar o experimento da lâmina de Educação Básica/2019)
ouro. A energia do sol, vital para a vida na terra, tem sido apontada
(E) Bohr organiza os elétrons em níveis de energia na eletrosfe- como uma importante fonte alternativa de energia que pode ser
ra, definindo que quanto mais próximo do núcleo os elétrons se empregada para substituição dos combustíveis fósseis. A energia do
encontram, mais energia eles possuem. sol é gerada pela reação de fusão entre átomos de hidrogênio, com
a formação de átomos de hélio. Com relação a essas informações,
5.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (SEED PR)/Química/2021) julgue o item.
A festa da virada de ano (réveillon) é marcada pela queima de Um átomo de hélio com número de massa igual a quatro pos-
fogos de artifício. No Brasil, o maior espetáculo acontece na praia sui dois nêutrons em seu núcleo.
de Copacabana, no Rio de Janeiro, mas este ano o evento foi can- ( ) CERTO
celado por causa da pandemia. A explosão de cores no céu causada ( ) ERRADO
pela queima dos fogos é decorrente de um fenômeno que acontece
com os elétrons dentro dos átomos, que, por sua vez, pode ser ex- 9.(CEBRASPE (CESPE) - Vestibular (UnB)/Indígena/2019)
plicado pelo modelo atômico de Bohr que Com relação a princípios da química, julgue o próximo item.
(A) afirma ocorrerem transições eletrônicas entre os níveis de Os diversos estados energéticos dos elétrons são denominados
energia, ou seja, o elétron libera fótons ao saltar de um nível camadas ou níveis de energia, tanto no modelo atômico de Thom-
mais interno para um nível mais externo. son quanto no modelo atômico de Bohr.
(B) define o fenômeno do salto quântico, em que os elétrons, ( ) CERTO
ao absorverem energia, podem realizar um salto de um nível ( ) ERRADO
mais interno para um mais externo e, ao retornar para o nível
de origem, liberar essa energia na forma de luz. 10.(CEBRASPE (CESPE) - 1º Tenente (PM MA)/Cirurgião-Dentis-
(C) defende a ideia de que os elétrons se movimentam ao re- ta/2018 (e mais 3 concursos)
dor do núcleo com perda de energia, esta perda acontece com A pólvora é material empregado como propulsor em armas de
emissão de fótons. fogo. Basicamente, a ideia é provocar uma reação que gere uma
(D) quantifica a energia dentro da eletrosfera do átomo e afir- quantidade grande de gases sob pressão e temperatura elevadas.
ma que o elétron libera luz ao saltar para um nível mais exter- Ao se expandirem, esses gases impulsionam um projétil. A pólvora
no. negra, empregada em armas mais antigas, é constituída por uma
(E) atribui as diferentes cores formadas pelos fogos de artifício mistura de salitre (KNO3), enxofre (S) e material de carbono (C.). A
ao fato de que a quantidade de energia liberada em todas as equação não balanceada de uma das reações químicas que ocor-
transições eletrônicas é a mesma, independentemente do nível rem durante a queima da pólvora é apresentada a seguir.
de energia em que o elétron se encontre. KNO3 (s) + S (s) + C (s) 6 →
K2S (s) + N2 (g) + CO2 (g)
6.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (SEDUC AL)/Química/2021) Considerando essas informações e sabendo que o número atô-
O ano de 2019 foi proclamado o Ano Internacional da Tabela mico do carbono é igual a 6, julgue o item que se segue.
Periódica pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com relação Um átomo neutro do isótopo de carbono-12, no estado fun-
à Tabela Periódica, seus elementos químicos e os modelos atômi- damental, apresenta, em seu núcleo, 6 prótons e 6 nêutrons; além
cos, julgue o item que se segue. disso, apresenta 6 elétrons na região extranuclear.
O modelo de Dalton foi o primeiro modelo atômico quantizado. ( ) CERTO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) ERRADO
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a solução para o seu concurso!
QUÍMICA
12.(CEBRASPE (CESPE) - Professor (SEDUC AL)/Química/2018) 14.(CEBRASPE (CESPE) - Professor de Educação Básica (SEDF)/
Ciências Naturais/2017)
Substâncias formadas por átomos de quase uma centena de
elementos químicos que se combinam em diferentes proporções
podem ser encontradas na natureza. Para a obtenção de substân-
cias simples, muitas vezes é necessário separar os átomos dos dife-
rentes elementos químicos.
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente.
A partir do modelo atômico de Thomson, os átomos puderam
ser utilizados em processos para a geração de energia elétrica.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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a solução para o seu concurso!
DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceito
De início, convém ressaltar que o estudo desse ramo do Direito, denota a distinção entre o Direito Administrativo, bem como entre as
normas e princípios que nele se inserem.
No entanto, o Direito Administrativo, como sistema jurídico de normas e princípios, somente veio a surgir com a instituição do Estado
de Direito, no momento em que o Poder criador do direito passou também a respeitá-lo. Tal fenômeno teve sua origem com os movimentos
constitucionalistas, cujo início se deu no final do século XVIII. Por meio do novo sistema, o Estado passou a ter órgãos específicos para o
exercício da Administração Pública e, por isso, foi necessário a desenvoltura do quadro normativo disciplinante das relações internas da
Administração, bem como das relações entre esta e os administrados. Assim sendo, pode considerar-se que foi a partir do século XIX que
o mundo jurídico abriu os olhos para a existência do Direito Administrativo.
Destaca-se ainda, que o Direito Administrativo foi formado a partir da teoria da separação dos poderes desenvolvida por Montesquieu,
L’Espirit des Lois, 1748, e acolhida de forma universal pelos Estados de Direito. Até esse momento, o absolutismo reinante e a junção
de todos os poderes governamentais nas mãos do Soberano não permitiam o desenvolvimento de quaisquer teorias que visassem a
reconhecer direitos aos súditos, e que se opusessem às ordens do Príncipe. Prevalecia o domínio operante da vontade onipotente do
Monarca.
Conceituar com precisão o Direito Administrativo é tarefa difícil, uma vez que o mesmo é marcado por divergências doutrinárias, o
que ocorre pelo fato de cada autor evidenciar os critérios que considera essenciais para a construção da definição mais apropriada para o
termo jurídico apropriado.
De antemão, ao entrar no fundamento de algumas definições do Direito Administrativo,
Considera-se importante denotar que o Estado desempenha três funções essenciais. São elas: Legislativa, Administrativa e
Jurisdicional.
Pondera-se que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são independentes, porém, em tese, harmônicos entre si. Os poderes
foram criados para desempenhar as funções do Estado. Desta forma, verifica-se o seguinte:
Funções do Estado:
– Legislativa
– Administrativa
– Jurisdicional
Infere-se que cada poder exerce, de forma fundamental, uma das funções de Estado, é o que denominamos de FUNÇÃO TÍPICA.
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a solução para o seu concurso!
DIREITO ADMINISTRATIVO
Além do exercício da função típica, cada poder pode ainda exercer as funções destinadas a outro poder, é o que denominamos de
exercício de FUNÇÃO ATÍPICA. Vejamos:
Diante da difícil tarefa de conceituar o Direito Administrativo, uma vez que diversos são os conceitos utilizados pelos autores modernos
de Direito Administrativo, sendo que, alguns consideram apenas as atividades administrativas em si mesmas, ao passo que outros, optam
por dar ênfase aos fins desejados pelo Estado, abordaremos alguns dos principais posicionamentos de diferentes e importantes autores.
No entendimento de Carvalho Filho (2010), “o Direito Administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente,
há de focar-se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas, sendo, uma, de caráter interno, que existe entre as pessoas administrativas
e entre os órgãos que as compõem e, a outra, de caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.” (2010, Carvalho
Filho, p. 26).
Como regra geral, o Direito Administrativo é conceituado como o ramo do direito público que cuida de princípios e regras que
disciplinam a função administrativa abrangendo entes, órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela Administração Pública na
consecução do interesse público.
Vale lembrar que, como leciona DIEZ, o Direito Administrativo apresenta, ainda, três características principais:
1 – constitui um direito novo, já que se trata de disciplina recente com sistematização científica;
2 – espelha um direito mutável, porque ainda se encontra em contínua transformação;
3 – é um direito em formação, não se tendo, até o momento, concluído todo o seu ciclo de abrangência.
Entretanto, o Direito Administrativo também pode ser conceituado sob os aspectos de diferentes óticas, as quais, no deslindar desse
estudo, iremos abordar as principais e mais importantes para estudo, conhecimento e aplicação.
– Ótica Objetiva: Segundo os parâmetros da ótica objetiva, o Direito Administrativo é conceituado como o acoplado de normas que
regulamentam a atividade da Administração Pública de atendimento ao interesse público.
– Ótica Subjetiva: Sob o ângulo da ótica subjetiva, o Direito Administrativo é conceituado como um conjunto de normas que comandam
as relações internas da Administração Pública e as relações externas que são encadeadas entre elas e os administrados.
Nos moldes do conceito objetivo, o Direito Administrativo é tido como o objeto da relação jurídica travada, não levando em conta os
autores da relação.
O conceito de Direito Administrativo surge também como elemento próprio em um regime jurídico diferenciado, isso ocorre por que
em regra, as relações encadeadas pela Administração Pública ilustram evidente falta de equilíbrio entre as partes.
Para o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Fernando Correia, o Direito Administrativo é o sistema de
normas jurídicas, diferenciadas das normas do direito privado, que regulam o funcionamento e a organização da Administração Pública,
bem como a função ou atividade administrativa dos órgãos administrativos.
Correia, o intitula como um corpo de normas de Direito Público, no qual os princípios, conceitos e institutos distanciam-se do Direito
Privado, posto que, as peculiaridades das normas de Direito Administrativo são manifestadas no reconhecimento à Administração Pública
de prerrogativas sem equivalente nas relações jurídico-privadas e na imposição, em decorrência do princípio da legalidade, de limitações
de atuação mais exatas do que as que auferem os negócios particulares.
Entende o renomado professor, que apenas com o aparecimento do Estado de Direito acoplado ao acolhimento do princípio da
separação dos poderes, é que seria possível se falar em Direito Administrativo.
Oswaldo Aranha Bandeira de Mello aduz, em seu conceito analítico, que o Direito Administrativo juridicamente falando, ordena a
atividade do Estado quanto à organização, bem como quanto aos modos e aos meios da sua ação, quanto à forma da sua própria ação, ou
seja, legislativa e executiva, por intermédio de atos jurídicos normativos ou concretos, na consecução do seu fim de criação de utilidade
pública, na qual participa de forma direta e imediata, e, ainda como das pessoas de direito que façam as vezes do Estado.
Observação importante: Note que os conceitos classificam o Direito Administrativo como Ramo do Direito Público fazendo sempre
referência ao interesse público, ao inverso do Direito Privado, que cuida do regulamento das relações jurídicas entre particulares, o Direito
Público, tem por foco regular os interesses da sociedade, trabalhando em prol do interesse público.
Por fim, depreende-se que a busca por um conceito completo de Direito Administrativo não é recente. Entretanto, a Administração
Pública deve buscar a satisfação do interesse público como um todo, uma vez que a sua natureza resta amparada a partir do momento
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a solução para o seu concurso!
DIREITO ADMINISTRATIVO
que deixa de existir como fim em si mesmo, passando a existir como das normas administrativas, passando pelo período do serviço
instrumento de realização do bem comum, visando o interesse público, da disciplina do bem público, até os dias contemporâneos,
público, independentemente do conceito de Direito Administrativo quando se ocupa em estudar e gerenciar os sujeitos e situações
escolhido. que exercem e sofrem com a atividade do Estado, assim como
das funções e atividades desempenhadas pela Administração
Objeto Pública, fato que leva a compreender que o seu objeto de estudo
De acordo com a ilibada autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a é evolutivo e dinâmico acoplado com a atividade administrativa
formação do Direito Administrativo como ramo autônomo, fadado e o desenvolvimento do Estado. Destarte, em suma, seu objeto
de princípios e objeto próprios, teve início a partir do instante em que principal é o desempenho da função administrativa.
o conceito de Estado de Direito começou a ser desenvolvido, com
ampla estrutura sobre o princípio da legalidade e sobre o princípio Fontes
da separação de poderes. O Direito Administrativo Brasileiro não Fonte significa origem. Neste tópico, iremos estudar a origem
surgiu antes do Direito Romano, do Germânico, do Francês e do das regras que regem o Direito Administrativo.
Italiano. Diversos direitos contribuíram para a formação do Direito Segundo Alexandre Sanches Cunha, “o termo fonte provém
Brasileiro, tais como: o francês, o inglês, o italiano, o alemão e do latim fons, fontis, que implica o conceito de nascente de água.
outros. Isso, de certa forma, contribuiu para que o nosso Direito Entende-se por fonte tudo o que dá origem, o início de tudo. Fonte
pudesse captar os traços positivos desses direitos e reproduzi-los do Direito nada mais é do que a origem do Direito, suas raízes
de acordo com a nossa realidade histórica. históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte
Atualmente, predomina, na definição do objeto do Direito formal), ou seja, o processo de produção das normas. São fontes
Administrativo, o critério funcional, como sendo o ramo do direito do direito: as leis, costumes, jurisprudência, doutrina, analogia,
que estuda a disciplina normativa da função administrativa, princípio geral do direito e equidade.” (CUNHA, 2012, p. 43).
independentemente de quem esteja encarregado de exercê-la:
Executivo, Legislativo, Judiciário ou particulares mediante delegação Fontes do Direito Administrativo:
estatal”, (MAZZA, 2013, p. 33).
Sendo o Direito Administrativo um ramo do Direito Público, o A) Lei
entendimento que predomina no Brasil e na América Latina, ainda A lei se estende desde a constituição e é a fonte primária e
que incompleto, é que o objeto de estudo do Direito Administrativo principal do DireitoAdministrativo e se estende desde a Constituição
é a Administração Pública atuante como função administrativa Federal em seus artigos 37 a 41, alcançando os atos administrativos
ou organização administrativa, pessoas jurídicas, ou, ainda, como normativos inferiores. Desta forma, a lei como fonte do Direito
órgãos públicos. Administrativo significa a lei em sentido amplo, ou seja, a lei
De maneira geral, o Direito é um conjunto de normas, confeccionada pelo Parlamento, bem como os atos normativos
princípios e regras, compostas de coercibilidade disciplinantes da expedidos pela Administração, tais como: decretos, resoluções,
vida social como um todo. Enquanto ramo do Direito Público, o incluindo tratados internacionais.
Direito Administrativo, nada mais é que, um conjunto de princípios Desta maneira, sendo a Lei a fonte primária, formal e
e regras que disciplina a função administrativa, as pessoas e os primordial do Direito Administrativo, acaba por prevalecer sobre
órgãos que a exercem. Desta forma, considera-se como seu objeto, as demais fontes. E isso, prevalece como regra geral, posto que as
toda a estrutura administrativa, a qual deverá ser voltada para a demais fontes que estudaremos a seguir, são consideradas fontes
satisfação dos interesses públicos. secundárias, acessórias ou informais.
São leis específicas do Direito Administrativo a Lei n. 8.666/1993 A Lei pode ser subdividida da seguinte forma:
que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública – Lei em sentido amplo
e dá outras providências; a Lei n. 8.112/1990, que dispõe sobre o Refere-se a todas as fontes com conteúdo normativo, tais
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias como: a Constituição Federal, lei ordinária, lei complementar,
e das fundações públicas federais; a Lei n. 8.409/1992 que estima medida provisória, tratados internacionais, e atos administrativos
a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de normativos (decretos, resoluções, regimentos etc.).
1992 e a Lei n. 9.784/1999 que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal. – Lei em sentido estrito
O Direito Administrativo tem importante papel na identificação Refere-se à Lei feita pelo Parlamento, pelo Poder Legislativo por
do seu objeto e o seu próprio conceito e significado foi de grande meio de lei ordinária e lei complementar. Engloba também, outras
importância à época do entendimento do Estado francês em dividir normas no mesmo nível como, por exemplo, a medida provisória
as ações administrativas e as ações envolvendo o poder judiciário. que possui o mesmo nível da lei ordinária. Pondera-se que todos
Destaca-se na França, o sistema do contencioso administrativo mencionados são reputados como fonte primária (a lei) do Direito
com matéria de teor administrativo, sendo decidido no tribunal Administrativo.
administrativo e transitando em julgado nesse mesmo tribunal.
Definir o objeto do Direito Administrativo é importante no sentido B) Doutrina
de compreender quais matérias serão julgadas pelo tribunal Tem alto poder de influência como teses doutrinadoras nas
administrativo, e não pelo Tribunal de Justiça. decisões administrativas, como no próprio Direito Administrativo.
Depreende-se que com o passar do tempo, o objeto de estudo A Doutrina visa indicar a melhor interpretação possível da norma
do Direito Administrativo sofreu significativa e grande evolução, administrativa, indicando ainda, as possíveis soluções para
desde o momento em que era visto como um simples estudo casos determinados e concretos. Auxilia muito o viver diário da
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública, posto que, muitas vezes é ela que conceitua, disposição expressa na Carta Magna, nossa Lei Maior e Soberana.
interpreta e explica os dispositivos da lei.
Ressalta-se, com veemente importância, que os costumes
Exemplo: podem gerar direitos para os administrados, em decorrência dos
A Lei n. 9.784/1999, aduz que provas protelatórias podem ser princípios da lealdade, boa-fé, moralidade administrativa, dentre
recusadas no processo administrativo. Desta forma, a doutrina outros, uma vez que um certo comportamento repetitivo da
explicará o que é prova protelatória, e a Administração Pública Administração Pública gera uma expectativa em sentido geral de
poderá usar o conceito doutrinário para recusar uma prova no que essa prática deverá ser seguida nas demais situações parecidas
processo administrativo.
– Observação importante: Existe divergência doutrinária
C) Jurisprudência em relação à aceitação dos costumes como fonte do Direito
Trata-se de decisões de um tribunal que estão na mesma Administrativo. No entanto, para concursos, e estudos correlatos,
direção, além de ser a reiteração de julgamentos no mesmo sentido. via de regra, deve ser compreendida como correta a tese no sentido
de que o costume é fonte secundária, acessória, indireta e imediata
Exemplo: do Direito Administrativo, tendo em vista que a fonte primária e
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), possui determinada mediata é a Lei.
jurisprudência que afirma que candidato aprovado dentro do
número de vagas previsto no edital tem direito à nomeação, Nota - Sobre Súmulas Vinculantes
aduzindo que existem diversas decisões desse órgão ou tribunal Nos termos do art. 103 - A da Constituição Federal, ‘‘o Supremo
com o mesmo entendimento final. Tribunal Federal poderá, de ofício ou mediante provocação, por
decisão de dois terços de seus membros, após decisões reiteradas
— Observação importante: Por tratar-se de uma orientação aos que versam sobre matéria constitucional, aprovar súmulas que
demais órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública, a terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
jurisprudência não é de seguimento obrigatório. Entretanto, com as Judiciário e à administração pública direta e indireta”.
alterações promovidas desde a CFB/1988, esse sistema orientador
da jurisprudência tem deixado de ser a regra. Princípios da Administração Pública
Nos termos do caput do Artigo 37 da CF, a administração públi-
Exemplo: ca direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
Os efeitos vinculantes das decisões proferidas pelo Supremo do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
Tribunal Federal na ação direta de inconstitucionalidade (ADI), legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
na ação declaratória constitucionalidade (ADC) e na arguição de As provas de Direito Constitucional exigem com frequência a
descumprimento de preceito fundamental, e, em especial, com as memorização de tais princípios. Assim, para facilitar essa memori-
súmulas vinculantes, a partir da Emenda Constitucional nº. 45/2004. zação, já é de praxe valer-se da clássica expressão mnemônica “LIM-
Nesses ocorridos, as decisões do STF acabaram por vincular e obrigar PE”. Observe o quadro abaixo:
a Administração Pública direta e indireta dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos dispostos Princípios da Administração Pública
no art. 103-A da CF/1988.
L Legalidade
D) Costumes I Impessoalidade
Costumes são condutas reiteradas. Assim sendo, cada país,
Estado, cidade, povoado, comunidade, tribo ou população tem M Moralidade
os seus costumes, que via de regra, são diferentes em diversos P Publicidade
aspectos, porém, em se tratando do ordenamento jurídico, não
E Eficiência
poderão ultrapassar e ferir as leis soberanas da Carta Magna que
regem o Estado como um todo. LIMPE
Como fontes secundárias e atuantes no Direito Administrativo,
os costumes administrativos são práticas reiteradas que devem Passemos ao conceito de cada um deles:
ser observadas pelos agentes públicos diante de determinadas
situações. Os costumes podem exercer influência no Direito – Princípio da Legalidade
Administrativo em decorrência da carência da legislação, De acordo com este princípio, o administrador não pode agir
consumando o sistema normativo, costume praeter legem, ou nas ou deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada.
situações em que seria impossível legislar sobre todas as situações. O quadro abaixo demonstra suas divisões.
Os costumes não podem se opor à lei (contra legem), pois ela
é a fonte primordial do Direito Administrativo, devendo somente Princípio da Legalidade
auxiliar à exata compreensão e incidência do sistema normativo.
Em relação à A Administração Pública
Exemplo: Administração Pública somente pode fazer o que a lei
Ao determinar a CFB/1988 que um concurso terá validade de permite → Princípio da Estrita
até 2 anos, não pode um órgão, de forma alguma, atribuir por efeito Legalidade
de costume, prazo de até 10 anos, porque estaria contrariando
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Em relação ao Particular O Particular pode fazer tudo Disposições Gerais na Administração Pública
que a lei não proíbe O esquema abaixo sintetiza a definição de Administração Pú-
blica:
– Princípio da Impessoalidade
Em decorrência deste princípio, a Administração Pública deve Administração Pública
servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidá-
Direta Indireta
rias, não podendo atuar com vistas a beneficiar ou prejudicar de-
terminadas pessoas, uma vez que o fundamento para o exercício de Federal Autarquias (podem ser
sua função é sempre o interesse público. Estadual qualificadas como agências
Distrital reguladoras)
– Princípio da Moralidade Municipal Fundações (autarquias
Tal princípio caracteriza-se por exigir do administrador público e fundações podem ser
um comportamento ético de conduta, ligando-se aos conceitos de qualificadas como agências
probidade, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé. executivas)
A moralidade se extrai do senso geral da coletividade represen- Sociedades de economia
tada e não se confunde com a moralidade íntima do administrador mista
(moral comum) e sim com a profissional (ética profissional). Empresas públicas
O Artigo 37, § 4º da CF elenca as consequências possíveis, devi- Entes Cooperados
do a atos de improbidade administrativa:
Não integram a Administração Pública, mas prestam
Sanções ao cometimento de atos de improbidade administra- serviços de interesse público. Exemplos: SESI, SENAC, SENAI,
tiva ONG’s
Suspensão dos direitos políticos (responsabilidade política)
Perda da função pública (responsabilidade disciplinar)
Indisponibilidade dos bens (responsabilidade patrimonial) ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: CENTRALIZAÇÃO, DES-
Ressarcimento ao erário (responsabilidade patrimonial) CENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRA-
ÇÃO; ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
– Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade determina que a Administração Pú-
blica tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica, Administração direta e indireta
salvo a hipótese de sigilo necessário. A princípio, infere-se que Administração Direta é correspondente
A publicidade é a condição de eficácia do ato administrativo e aos órgãos que compõem a estrutura das pessoas federativas que
tem por finalidade propiciar seu conhecimento pelo cidadão e pos- executam a atividade administrativa de maneira centralizada. O
sibilitar o controle por todos os interessados. vocábulo “Administração Direta” possui sentido abrangente vindo a
compreender todos os órgãos e agentes dos entes federados, tanto
– Princípio da Eficiência os que fazem parte do Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do
Segundo o princípio da eficiência, a atividade administrativa Poder Judiciário, que são os responsáveis por praticar a atividade
deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, administrativa de maneira centralizada.
evitando atuações amadorísticas. Já a Administração Indireta, é equivalente às pessoas jurídicas
Este princípio impõe à Administração Pública o dever de agir criadas pelos entes federados, que possuem ligação com as
com eficiência real e concreta, aplicando, em cada caso concreto, a Administrações Diretas, cujo fulcro é praticar a função administrativa
medida, dentre as previstas e autorizadas em lei, que mais satisfaça de maneira descentralizada.
o interesse público com o menor ônus possível (dever jurídico de Tendo o Estado a convicção de que atividades podem ser
boa administração). exercidas de forma mais eficaz por entidade autônoma e com
Em decorrência disso, a administração pública está obrigada a personalidade jurídica própria, o Estado transfere tais atribuições
desenvolver mecanismos capazes de propiciar os melhores resul- a particulares e, ainda pode criar outras pessoas jurídicas, de
tados possíveis para os administrados. Portanto, a Administração direito público ou de direito privado para esta finalidade. Optando
Pública será considerada eficiente sempre que o melhor resultado pela segunda opção, as novas entidades passarão a compor a
for atingido. Administração Indireta do ente que as criou e, por possuírem
como destino a execução especializado de certas atividades, são
consideradas como sendo manifestação da descentralização por
serviço, funcional ou técnica, de modo geral.
Desconcentração e Descentralização
Consiste a desconcentração administrativa na distribuição
interna de competências, na esfera da mesma pessoa jurídica. Assim
sendo, na desconcentração administrativa, o trabalho é distribuído
entre os órgãos que integram a mesma instituição, fato que ocorre
de forma diferente na descentralização administrativa, que impõe
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DIREITO ADMINISTRATIVO
a distribuição de competência para outra pessoa, física ou jurídica. que a secretaria da fazenda de um município tivesse em sua
Ocorre a desconcentração administrativa tanto na administração estrutura superintendências, delegacias, agências e postos de
direta como na administração indireta de todos os entes federativos atendimento, cada um desses órgãos incumbidos de desempenhar
do Estado. Pode-se citar a título de exemplo de desconcentração específicas competências da referida secretaria.
administrativa no âmbito da Administração Direta da União, os Caso a administração pública municipal decidisse, em face
vários ministérios e a Casa Civil da Presidência da República; em de restrições orçamentárias, extinguir os postos de atendimento,
âmbito estadual, o Ministério Público e as secretarias estaduais, atribuindo às agências as competências que aqueles exerciam, teria
dentre outros; no âmbito municipal, as secretarias municipais e ocorrido concentração administrativa.
as câmaras municipais; na administração indireta federal, as várias
agências do Banco do Brasil que são sociedade de economia mista, Criação, extinção e capacidade processual dos órgãos públicos
ou do INSS com localização em todos os Estados da Federação. Os arts. 48, XI e 61, § 1º da CFB/1988 dispõem que a criação
Ocorre que a desconcentração enseja a existência de vários e a extinção de órgãos da administração pública dependem de lei
órgãos, sejam eles órgãos da Administração Direta ou das pessoas de iniciativa privativa do chefe do Executivo a quem compete, de
jurídicas da Administração Indireta, e devido ao fato desses órgãos forma privada, e por meio de decreto, dispor sobre a organização
estarem dispostos de forma interna, segundo uma relação de e funcionamento desses órgãos públicos, quando não ensejar
subordinação de hierarquia, entende-se que a desconcentração aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos
administrativa está diretamente relacionada ao princípio da (art. 84, VI, b, CF/1988). Desta forma, para que haja a criação e
hierarquia. extinção de órgãos, existe a necessidade de lei, no entanto, para
Registra-se que na descentralização administrativa, ao invés dispor sobre a organização e o funcionamento, denota-se que
de executar suas atividades administrativas por si mesmo, o Estado poderá ser utilizado ato normativo inferior à lei, que se trata do
transfere a execução dessas atividades para particulares e, ainda a decreto. Caso o Poder Executivo Federal desejar criar um Ministério
outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado. a mais, o presidente da República deverá encaminhar projeto de
Explicita-se que, mesmo que o ente que se encontre distribuindo lei ao Congresso Nacional. Porém, caso esse órgão seja criado, sua
suas atribuições e detenha controle sobre as atividades ou serviços estruturação interna deverá ser feita por decreto. Na realidade,
transferidos, não existe relação de hierarquia entre a pessoa que todos os regimentos internos dos ministérios são realizados por
transfere e a que acolhe as atribuições. intermédio de decreto, pelo fato de tal ato se tratar de organização
interna do órgão. Vejamos:
Diferença entre Descentralização e Desconcentração: As duas – Órgão: é criado por meio de lei.
figuras dizem respeito à forma de prestação do serviço público. – Organização Interna: pode ser feita por DECRETO, desde
Descentralização, entretanto, significa transferir a execução de que não provoque aumento de despesas, bem como a criação ou a
um serviço público para terceiros que não se confundem com a extinção de outros órgãos.
Administração Direta, e a desconcentração significa transferir a – Órgãos De Controle: Trata-se dos prepostos a fiscalizar e
execução de um serviço público de um órgão para o outro dentro controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. Exemplo: Tribunal
da Administração Direta, permanecendo está no centro. de Contas da União.
Administração Centralizada
A administração centralizada é caracterizada pela concentração PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PODER VINCU-
de todas as decisões-chave e da autoridade em um único nível LADO; PODER DISCRICIONÁRIO; PODER HIERÁRQUICO;
ou departamento dentro da organização. Nesse modelo, a PODER DISCIPLINAR; PODER REGULAMENTAR; PODER DE
responsabilidade objetiva recai sobre a alta administração ou o líder POLÍCIA; USO E ABUSO DO PODER
central da organização. Isso implica que a alta administração deve
tomar decisões informadas, implementar políticas apropriadas e
assegurar a alocação eficiente dos recursos disponíveis.
Poder Hierárquico
Em caso de falhas, erros ou inadequações na gestão centralizada
Trata-se o poder hierárquico, de poder conferido à autoridade
que impactem negativamente os resultados da organização, a
administrativa para distribuir e dirimir funções em escala de
responsabilidade recai diretamente sobre a liderança central. Essa
seus órgãos, vindo a estabelecer uma relação de coordenação
responsabilidade não apenas envolve tomar as medidas corretivas
e subordinação entre os servidores que estiverem sob a sua
necessárias para remediar a situação, mas também a prestação de
hierarquia.
contas aos órgãos de controle e às partes interessadas.
A estrutura de organização da Administração Pública é baseada
Quando a execução do serviço estiver sendo feita pela
em dois aspectos fundamentais, sendo eles: a distribuição de
Administração direta do Estado (ex.: Secretarias, Ministérios etc.).
competências e a hierarquia.
Dessa forma, o ente federativo será tanto o titular do serviço
Em decorrência da amplitude das competências e das
público, como o prestador do mesmo, o próprio estado é quem
responsabilidades da Administração, jamais seria possível que toda
centraliza a atividade.
a função administrativa fosse desenvolvida por um único órgão ou
agente público. Assim sendo, é preciso que haja uma distribuição
Concentração (extinguir órgãos): Trata-se da técnica
dessas competências e atribuições entre os diversos órgãos e
administrativa que promove a extinção de órgãos públicos. Pessoa
agentes integrantes da Administração Pública.
jurídica integrante da administração pública extingue órgãos antes
Entretanto, para que essa divisão de tarefas aconteça de
existentes em sua estrutura, reunindo em um número menor de
maneira harmoniosa, os órgãos e agentes públicos são organizados
unidade as respectivas competências. Imagine-se, como exemplo,
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DIREITO ADMINISTRATIVO
em graus de hierarquia e poder, de maneira que o agente que definitiva de atribuições, devendo as decisões adotadas por
se encontra em plano superior, detenha o poder legal de emitir delegação, mencionar de forma clara esta qualidade, que deverá
ordens e fiscalizar a atuação dos seus subordinados. Essa relação ser considerada como editada pelo delegado.
de subordinação e hierarquia, por sua vez, causa algumas sequelas, No condizente à avocação, afirma-se que se trata de
como o dever de obediência dos subordinados, a possibilidade de procedimento contrário ao da delegação de competência, vindo
o imediato superior avocar atribuições, bem como a atribuição de a ocorrer quando o superior assume ou passa a desenvolver as
rever os atos dos agentes subordinados. funções que eram de seu subordinado. De acordo com a doutrina,
Denota-se, porém, que o dever de obediência do subordinado a norma geral, é a possibilidade de avocação pelo superior
não o obriga a cumprir as ordens manifestamente ilegais, advindas hierárquico de qualquer competência do subordinado, ressaltando-
de seu superior hierárquico. Ademais, nos ditames do art. 116, se que nesses casos, a competência a ser avocada não poderá ser
XII, da Lei 8.112/1990, o subordinado tem a obrigação funcional privativa do órgão subordinado.
de representar contra o seu superior caso este venha a agir com Dispõe a Lei 9.784/1999 que a avocação das competências
ilegalidade, omissão ou abuso de poder. do órgão inferior apenas será permitida em caráter excepcional e
Registra-se que a delegação de atribuições é uma das temporário com a prerrogativa de que existam motivos relevantes e
manifestações do poder hierárquico que consiste no ato de conferir impreterivelmente justificados.
a outro servidor atribuições que de âmbito inicial, faziam parte O superior também pode rever os atos dos seus subordinados,
dos atos de competência da autoridade delegante. O ilustre Hely como consequência do poder hierárquico com o fito de mantê-los,
Lopes Meirelles aduz que a delegação de atribuições se submete a convalidá-los, ou ainda, desfazê-los, de ofício ou sob provocação
algumas regras, sendo elas: do interessado. Convalidar significa suprir o vício de um ato
A) A impossibilidade de delegação de atribuições de um administrativo por intermédio de um segundo ato, tornando válido
Poder a outro, exceto quando devidamente autorizado pelo texto o ato viciado. No tocante ao desfazimento do ato administrativo,
da Constituição Federal. Exemplo: autorização por lei delegada, infere-se que pode ocorrer de duas formas:
que ocorre quando a Constituição Federal autoriza o Legislativo a a) Por revogação: no momento em que a manutenção do ato
delegar ao Chefe do Executivo a edição de lei. válido se tornar inconveniente ou inoportuna;
B) É impossível a delegação de atos de natureza política. b) Por anulação: quando o ato apresentar vícios.
Exemplos: o veto e a sanção de lei;
C) As atribuições que a lei fixar como exclusivas de determinada No entanto, a utilização do poder hierárquico nem sempre
autoridade, não podem ser delegadas; poderá possibilitar a invalidação feita pela autoridade superior dos
D) O subordinado não pode recusar a delegação; atos praticados por seus subordinados. Nos ditames doutrinários, a
E) As atribuições não podem ser subdelegadas sem a devida revisão hierárquica somente é possível enquanto o ato não tiver se
autorização do delegante. tornado definitivo para a Administração Pública e, ainda, se houver
sido criado o direito subjetivo para o particular.
Sem prejuízo do entendimento doutrinário a respeito da – Observação importante: “revisão” do ato administrativo
delegação de competência, a Lei Federal 9.784/1999, que estabelece não se confunde com “reconsideração” desse mesmo ato. A
os ditames do processo administrativo federal, estabeleceu as revisão de ato é condizente à avaliação por parte da autoridade
seguintes regras relacionadas a esse assunto: superior em relação à manutenção ou não de ato que foi praticado
– A competência não pode ser renunciada, porém, pode ser por seu subordinado, no qual o fundamento é o exercício do
delegada se não houver impedimento legal; poder hierárquico. Já na reconsideração, a apreciação relativa
– A delegação de competência é sempre exercida de forma à manutenção do ato administrativo é realizada pela própria
parcial, tendo em vista que um órgão administrativo ou seu titular autoridade que confeccionou o ato, não existindo, desta forma,
não detém o poder de delegar todas as suas atribuições; manifestação do poder hierárquico.
– A título de delegação vertical, depreende-se que esta pode Ressalte-se, também, que a relação de hierarquia é inerente
ser feita para órgãos ou agentes subordinados hierarquicamente, e, à função administrativa e não há hierarquia entre integrantes
a nível de delegação horizontal, também pode ser feita para órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário no desempenho de
e agentes não subordinados à hierarquia. suas funções típicas constitucionais. No entanto, os membros
dos Poderes Judiciário e Legislativo também estão submetidos à
Não podem ser objeto de delegação: relação de hierarquia no que condiz ao exercício de funções atípicas
– A edição de atos de caráter normativo; ou administrativas. Exemplo: um juiz de Primeira Instância, não é
– A decisão de recursos administrativos; legalmente obrigado a adotar o posicionamento do Presidente
– As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade; do Tribunal no julgamento de um processo de sua competência,
porém, encontra-se obrigado, por ditames da lei a cumprir ordens
Ressalta-se com afinco que o ato de delegação e a sua daquela autoridade quando versarem a respeito do horário de
revogação deverão ser publicados no meio oficial, nos trâmites da funcionamento dos serviços administrativos da sua Vara.
lei. Ademais, deverá o ato de delegação especificar as matérias e os Por fim, é de suma importância destacar que a subordinação não
poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração se confunde com a vinculação administrativa, pois, a subordinação
e os objetivos da delegação e também o recurso devidamente decorre do poder hierárquico e existe apenas no âmbito da mesma
cabível à matéria que poderá constar a ressalva de exercício da pessoa jurídica. Já a vinculação, resulta do poder de supervisão
atribuição delegada. ou do poder de tutela que a Administração Direta detém sobre as
O ato de delegação poderá ser revogado a qualquer tempo entidades da Administração Indireta.
pela autoridade delegante como forma de transferência não
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DIREITO ADMINISTRATIVO
A doutrina não é unânime em relação ao uso da expressão 1.º) Disciplinar a discricionariedade administrativa
poder regulamentar. Isso acontece, por que há autores que, Ocorre, tendo em vista a existência de discricionariedade
assemelhando-se ao conceito anteriormente proposto, usam quando a lei confere ao agente público determinada quantidade de
esta expressão somente para se referirem à faculdade de editar liberdade para o exercício da função administrativa. Tal quantidade
regulamentos conferida aos Chefes do Executivo. Outros autores, e margem de liberdade termina sendo reduzida quando da editação
a usam com conceito mais amplo, acoplando também os atos de um regulamento executivo que estipula regras de observância
gerais e abstratos que são emitidos por outras autoridades, tais obrigatória, vindo a determinar a maneira como os agentes devem
como: resoluções, portarias, regimentos, deliberações e instruções proceder no fiel cumprimento da lei.
normativas. Há ainda uma corrente que entende essas providências Ou seja, ao disciplinar por intermédio de regulamento
gerais e abstratas editadas sob os parâmetros e exigências da o exercício da discricionariedade administrativa, o Chefe do
lei, com o fulcro de possibilitar-lhe o cumprimento em forma de Poder Executivo, termina por voluntariamente limitá-la, vindo a
manifestações do poder normativo. estabelecer autêntica autovinculação, diminuindo, desta forma, o
No entanto, em que pese a mencionada controvérsia, prevalece espaço para a discussão de casos e fatos sem importância para a
como estudo e aplicação geral adotada pela doutrina clássica, que administração pública.
utiliza a expressão “poder regulamentar” para se referir somente
à competência exclusiva dos Chefes do Poder Executivo para 2.º) Uniformizar os critérios de aplicação da lei
editar regulamentos, mantendo, por sua vez, a expressão “poder É interpretada no contexto da primeira, posto que o
normativo” para os demais atos normativos emitidos por outras regulamento ao disciplinar a forma com que a lei deve ser fielmente
espécies de autoridades da Administração Direta e Indireta, como cumprida, estipula os critérios a serem adotados nessa atividade,
por exemplo, de dirigentes de agências reguladoras e de Ministros. fato que impede variações significativas nos casos sujeitos à lei
Registra-se que os regulamentos são publicados através de aplicada. Exemplo: podemos citar o desenvolvimento dos servidores
decreto, que é a maneira pela qual se revestem os atos editados na carreira de Policial Rodoviário Federal.
pelo chefe do Poder Executivo. O conteúdo de um decreto pode ser Criadora da carreira de Policial Rodoviário Federal, a Lei
por meio de conteúdo ou de determinado regulamento ou, ainda, 9.654/1998 estabeleceu suas classes e determinou que a investidura
a pela adoção de providências distintas. A título de exemplo desta no cargo de Policial Rodoviário Federal teria que se dar no padrão
última situação, pode-se citar um decreto que dá a designação de único da classe de Agente, na qual o titular deverá permanecer por
determinado nome a um prédio público. pelo menos três anos ou até obter o direito à promoção à classe
Em razão de os regulamentos serem editados sob forma subsequente, nos termos do art. 3.º, § 2.º.
condizente de decreto, é comum serem chamados de decretos A antiguidade e o merecimento são os principais requisitos
regulamentares, decretos de execução ou regulamentos de para que os servidores públicos sejam promovidos. No entanto,
execução. o vocábulo “merecimento” é carregado de subjetivismo, fato que
Podemos classificar os regulamentos em três espécies abriria a possibilidade de que os responsáveis pela promoção dos
diferentes: servidores, alegando discricionariedade, viessem a agir com base
A) Regulamento executivo; em critérios obscuros e casuístas, vindo a promover perseguições
B) Regulamento independente ou autônomo; e privilégios. E é por esse motivo que existe a necessidade de
c) Regulamento autorizado. regulamentação dos requisitos de promoção, como demonstra o
próprio estatuto dos servidores públicos civis federais em seu art.
Vejamos a composição de cada em deles: 10, parágrafo único da Lei 8.112/1990.
Com o fulcro de regulamentar a matéria, foi editado o Decreto
– Regulamento Executivo 8.282/2014, que possui como atributo, detalhar os requisitos
Existem leis que, ao serem editadas, já reúnem as condições e estabelecer os devidos critérios para promoção dos Policiais
suficientes para sua execução, enquanto outras pugnam por Rodoviários Federais, dentre os quais se encontra a obtenção de
um regulamento para serem executadas. Entretanto, em tese, “resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício
qualquer lei é passível de ser regulamentada. Diga-se de passagem, considerado para a progressão”, disposta no art. 4.º, II, “b”. Da
até mesmo aquelas cuja execução não dependa de regulamento. mesma forma, a expressão “resultado satisfatório” também é
Para isso, suficiente é que o Chefe do Poder Executivo entenda eivada de subjetividade, motivo pelo qual o § 3.º do mesmo
conveniente detalhar a sua execução. dispositivo regulamentar designou que para o efeito de promoção,
O ato de regulamento executivo é norma geral e abstrata. seria considerado satisfatório o alcance de oitenta por cento das
Sendo geral pelo fato de não possuir destinatários determinados metas estipuladas em ato do dirigente máximo do órgão.
ou determináveis, vindo a atingir quaisquer pessoas que estejam Assim sendo, verificamos que a discricionariedade do
nas situações reguladas; é abstrata pelo fato de dispor sobre dirigente máximo da PRF continua a existir, e o exemplo disso, é
hipóteses que, se e no momento em que forem verificadas no o estabelecimento das metas. Entretanto, ela foi reduzida no
mundo concreto, passarão a gerar as consequências abstratamente condizente à avaliação da suficiência de desempenho dos servidores
previstas. Desta forma, podemos afirmar que o regulamento possui para o efeito de promoção. O que nos leva a afirmar ainda que,
conteúdo material de lei, porém, com ela não se confunde sob o diante da regulamentação, erigiu a existência de vinculação da
aspecto formal. autoridade administrativa referente ao percentual considerado
O ato de regulamento executivo é constituído por importantes satisfatório para o efeito de promoção dos servidores, critério que
funções. São elas: inclusive já foi uniformizado.
Embora exista uma enorme importância em termos de
praticidade, denota-se que os regulamentos de execução gozam
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a solução para o seu concurso!
DIREITO ADMINISTRATIVO
de hierarquia infralegal e não detém o poder de inovar na ordem da hierarquia das normas, se um instituto jurídico for criado por
jurídica, criando direitos ou obrigações, nem contrariando, intermédio de determinada espécie normativa, sua extinção apenas
ampliando ou restringindo as disposições da lei regulamentada. poderá ser veiculada pelo mesmo tipo de ato, ou, ainda, por um de
São, em resumo, atos normativos considerados secundários que superior hierarquia.
são editados pelo Chefe do Executivo com o fulcro de detalhar a Nesse sentido, sendo os cargos públicos criados por lei, nos
execução dos atos normativos primários elaborados pelas leis. parâmetros do art. 48, inc. X da CFB/88, apenas a lei poderia
Dando enfoque à subordinação dos regulamentos executivos extingui-los pelo sistema do paralelismo das formas. Entretanto,
à lei, a Constituição Federal prevê a possibilidade de o Congresso deixando de lado essa premissa, o legislador constituinte derivado
Nacional sustá-los, caso exorbite do poder regulamentar nos permitiu que, estando vago o cargo público, a extinção aconteça
parâmetros do art. 49, inc. V da CF/88. É o que a doutrina chama por decreto. Poderíamos até dizer que foi autorizado um decreto
de “veto legislativo”, dentro de uma analogia com o veto que o autônomo, mas nunca um regulamento autônomo, isso posto pelo
Chefe do Executivo poderá apor aos projetos de lei aprovados pelo fato de tal decreto não gozar de generalidade e abstração, não
Parlamento. regulamentando determinada matéria. Cuida-se, nesse sentido, de
Pondera-se que a aproximação terminológica possui limitações, um ato de efeitos concretos, amplamente desprovido de natureza
uma vez que o veto propriamente dito do executivo, pode ocorrer regulamentar.
em função de o Presidente da República entender que o projeto De forma diversa do decreto regulamentar ou regulamento
de lei é incompatível com a Constituição Federal, que configuraria executivo, que é editado para minuciar a fiel execução da lei,
o veto jurídico, ou, ainda, contrário ao interesse público, que seria destaca-se que o decreto autônomo ou regulamento independente,
o veto político. Por sua vez, o veto legislativo só pode ocorrer encontra-se sujeito ao controle de constitucionalidade. O que
por exorbitância do poder regulamentar, sendo assim, sempre justifica a mencionada diferenciação, é o fato de o conflito entre um
jurídico. Melhor dizendo, não há como imaginar que o Parlamento decreto regulamentar e a lei que lhe atende de fundamento vir a
venha a sustar um decreto regulamentar por entendê-lo contrário configurar ilegalidade, não cabendo o argumento de que o decreto
ao interesse público, uma vez que tal norma somente deve é inconstitucional porque exorbitou do poder regulamentar.
detalhar como a lei ao ser elaborada pelo próprio Legislativo, será Assim, havendo agressão direta à Constituição, a lei, com certeza
indubitavelmente cumprida. Destarte, se o Parlamento entende pode ser considerada inconstitucional, mas não o decreto que a
que o decreto editado dentro do poder regulamentar é contrário regulamenta. Agora, em se tratando do decreto autônomo, infere-
ao interesse público, deverá, por sua vez, revogar a própria lei que se que este é norma primária, vindo a fundamentar-se no próprio
lhe dá o sustento. texto constitucional, de forma a ser possível uma agressão direta
Ademais, lembremos que os regulamentos se submetem ao à Constituição Federal de 1988, legitimando desta maneira, a
controle de legalidade, de tal forma que a nulidade decorrente da instauração de processo de controle de constitucionalidade. Assim
exorbitância do poder regulamentar também está passível de ser sendo, podemos citar a lição do Supremo Tribunal Federal:
reconhecida pelo Poder Judiciário ou pelo próprio Chefe do Poder Com efeito, o que é necessário demonstrar, é que o decreto do
Executivo no exercício da autotutela. Chefe do Executivo advém de competência direta da Constituição,
ou que retire seu fundamento da Carta Magna. Nessa sentido, caso
– Regulamento independente ou autônomo o regulamento não se amolde ao figurino constitucional, caberá, por
Ressalte-se que esta segunda espécie de regulamento, também conseguinte, análise de constitucionalidade pelo Supremo tribunal
adota a forma de decreto. Diversamente do regulamento executivo, Federal. Se assim não for, será apenas vício de inconstitucionalidade
esse regulamento não se presta a detalhar uma lei, detendo o reflexa, afastando desta forma, o controle concentrado em ADI
poder de inovar na ordem jurídica, da mesma maneira que uma porque, como adverte Carlos Velloso: “é uma questão de opção.
lei. O regulamento autônomo (decreto autônomo) é considerado Hans Kelsen, no debate com Carl Schmitt, em 1929, deixou isso claro.
ato normativo primário porque retira sua força exclusivamente e E o Supremo Tribunal fez essa opção também no controle difuso,
diretamente da Constituição. quando estabeleceu que não se conhece de inconstitucionalidade
A Carta Magna de 1988, em sua redação original, deletou a indireta. Não há falar-se em inconstitucionalidade indireta reflexa. É
figura do decreto autônomo no direito brasileiro. No entanto, com uma opção da Corte para que não se realize o velho adágio: ‘muita
a Emenda Constitucional 32/2001, a possibilidade foi novamente jurisdição, resulta em nenhuma jurisdição’” (ADI 2.387-0/DF, Rel.
inserida na alínea a do inciso VI do art. 84 da CFB/88. Min. Marco Aurélio).
Mesmo havendo controvérsias, a posição dominante na doutrina Em suma, conforme dito anteriormente, convém relembrar
é no sentido de que a única hipótese de regulamento autônomo que que o art. 13, I, da Lei 9.784/1999 proíbe de forma expressa a
o direito brasileiro permite é a contida no mencionado dispositivo delegação de atos de caráter normativo. No entanto, com exceção
constitucional, que estabelece a competência do Presidente da a essa regra, o decreto autônomo, diversamente do que acontece
República para dispor, mediante decreto, sobre organização e com o decreto regulamentar que é indelegável, pode vir a ser
funcionamento da administração federal, isso, quando não implicar objeto de delegação aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral
em aumento de despesa nem mesmo criação ou extinção de órgãos da República e ao Advogado
públicos. Geral da União, conforme previsão contida no parágrafo único
Por oportuno, registarmos que a autorização que está prevista do art. 84 da Constituição Federal.
na alínea b do mesmo dispositivo constitucional, para que o
Presidente da República, mediante decreto, possa extinguir cargos – Regulamento autorizado ou delegado
públicos vagos, não se trata de caso de regulamento autônomo. Denota-se que além das espécies anteriores de regulamento
Cuida-se de uma xucra hipótese de abandono do princípio do apresentadas, a doutrina administrativista e jurista também
paralelismo das formas. Isso por que em decorrência do princípio menciona a respeito da existência do regulamento autorizado ou
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ou julgamento, tendo em vista que os autos serão arquivados de decidir e executar diretamente sua decisão por seus próprios meios,
ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem que sem intervenção do Judiciário”. Assim, se um estabelecimento
haja prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente comercial estiver comercializando bebidas deteriorados, o Poder
da paralisação, se for o caso, nos parâmetros do art. 1.º, § 1.º. Público poderá usar do seu poder para apreendê-los e incinerá-
Vale a pena mencionar com destaque que a prescrição da ação los, sendo desnecessário haver qualquer ordem judicial. Ocorre,
punitiva, no caso das sanções de polícia, se interrompe no decurso também, que tal fato não impede ao particular, que se sentir
das seguintes hipóteses: prejudicado pelo excesso ou desvio de poder, de buscar o amparo
A) Notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por do Poder Judiciário para fazer cessar o ato de polícia abusivo.
meio de edital; Entretanto, denota-se que nem todas as medidas de polícia
B) ocorrer qualquer ato inequívoco que importe apuração do são dotadas de autoexecutoriedade. A doutrina majoritária afirma
fato; pela decisão condenatória recorrível; que a autoexecutoriedade só pode existir em duas situações, sendo
C)Por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação elas: quando estiver prevista expressamente em lei; ou mesmo
expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da não estando prevista expressamente em lei, se houver situação
Administração Pública Federal. de urgência que demande a execução direta da medida. O que
infere que, não sendo cumprido nenhum desses requisitos, o ato
Registramos que a Lei em estudo, prevê a possibilidade de de polícia autoexecutado será considerado abusivo. Cite-se como
em determinadas situações específicas, quando o interessado exemplo, o de ato de polícia que não contém autoexecutoriedade,
interromper a prática ou sanar a irregularidade, que haja a como o caso de uma autuação por desrespeito à normas sanitárias.
suspensão do prazo prescricional para aplicação das sanções de Nesse caso específico, se o poder público tiver a pretensão de
polícia, nos parâmetros do art. 3.º. cobrar o mencionado valor, não poderá fazê-lo de forma direta,
Por fim, denota-se que as determinações contidas na Lei sendo necessário que promova a execução judicial da dívida.
9.873/1999 não se aplicam às infrações de natureza funcional e aos A renomada Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, afirma
processos e procedimentos de natureza tributária, nos termos do que alguns autores dividem o atributo da autoexecutoriedade
art. 5º. em dois, sendo eles: a exigibilidade (privilège du préalable) e a
executoriedade (privilège d’action d’office). Nesse diapasão, a
– Atributos exigibilidade ensejaria a possibilidade de a Administração tomar
Segundo a maior parte da doutrina, são atributos do poder decisões executórias, impondo obrigações aos administrados
de polícia: a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a mesmo sem a concordância destes, e a executoriedade, que
coercibilidade. Entretanto, vale explicitar que nem todas essas consiste na faculdade de se executar de forma direta todas essas
características estão presentes de forma simultânea em todos os decisões sem que haja a necessidade de intervenção do Poder
atos de polícia. Judiciário, usando-se, quando for preciso, do emprego direto da
Vejamos detalhadamente a definição e atribuição de cada força pública. Imaginemos como exemplo, um depósito antigo de
atributo: carros que esteja ameaçado de desabar. Nessa situação específica,
a Administração pode ordenar que o proprietário promova a
— Discricionariedade sua demolição (exigibilidade). E não sendo a ordem cumprida, a
Consiste na liberdade de escolha da autoridade pública em própria Administração possui o poder de mandar seus servidores
relação à conveniência e oportunidade do exercício do poder de demolirem o imóvel (executoriedade).
polícia. Entretanto, mesmo que a discricionariedade dos atos de Ainda, pelos ensinamentos da ilustre professora, ao passo que
polícia seja a regra, em determinadas situações o exercício do a exigibilidade se encontra relacionada com a aplicação de meios
poder de polícia é vinculado e por isso, não deixa margem para que indiretos de coação, como a aplicação de multa ou a impossibilidade
a autoridade responsável possa executar qualquer tipo de opção. de licenciamento de veículo enquanto não forem pagas as multas
Como exemplo do mencionado no retro parágrafo, de trânsito, a executoriedade irá se consubstanciar no uso de meios
comparemos os atos de concessão de alvará de licença e de diretos de coação, como por exemplo dissolução de reunião, da
autorização, respectivamente. Em se tratando do caso do alvará apreensão de mercadorias, da interdição de estabelecimento e da
de licença, depreende-se que o ato é vinculado, significando que demolição de prédio.
a licença não poderá ser negada quando o requerente estiver Adverte-se, por fim, que a exigibilidade se encontra presente
preenchendo os requisitos legais para sua obtenção. Diga-se de em todas as medidas de polícia, ao contrário da executoriedade,
passagem, que isso ocorre com a licença para dirigir, para construir que apenas se apresenta nas hipóteses previstas por meio de lei ou
bem como para exercer certas profissões, como a de enfermagem, em situações de urgência.
por exemplo. Referente à hipótese de alvará de autorização, mesmo
o requerente atendendo aos requisitos da lei, a Administração — Coercibilidade
Pública poderá ou não conceder a autorização, posto que esse ato É um atributo do poder de polícia que faz com que o ato
é de natureza discricionária e está sujeito ao juízo de conveniência seja imposto ao particular, concordando este, ou não. Em outras
e oportunidade da autoridade administrativa. É o que ocorre, por termos, o ato de polícia, como manifestação do ius imperi estatal,
exemplo, coma autorização para porte de arma, bem como para a não está consignado à dependência da concordância do particular
produção de material bélico. para que tenha validade e seja eficaz. Além disso, a coercibilidade é
indissociável da autoexecutoridade, e o ato de polícia só poderá ser
— Autoexecutoriedade autoexecutável pelo fato de ser dotado de força coercitiva.
Nos sábios dizeres de Hely Lopes Meirelles, o atributo da Assim sendo, a coercibilidade ou imperatividade, definida
autoexecutoriedade consiste na “faculdade de a Administração como a obrigatoriedade do ato para os seus destinatários, acaba se
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confundindo com a definição dada de exigibilidade que resulta do desdobramento do atributo da autoexecutoriedade.
Convém mencionar que o ato praticado com abuso de poder pode ser devidamente invalidado pela própria Administração por
intermédio da autotutela ou pelo Poder Judiciário, sob controle judicial.
ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO; REQUISITOS, PERFEIÇÃO, VALIDADE, EFICÁCIA; ATRIBUTOS; EXTINÇÃO, DESFAZIMENTO
E SANATÓRIA; CLASSIFICAÇÃO, ESPÉCIES E EXTERIORIZAÇÃO; VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE
Conceito
Hely Lopes Meirelles conceitua ato administrativo como sendo “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria”.
Já Maria Sylvia Zanella Di Pietro explana esse tema, como: “a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos
jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”.
O renomado, Celso Antônio Bandeira de Mello, por sua vez, explica o conceito de ato administrativo de duas formas. São elas:
A) Primeira: em sentido amplo, na qual há a predominância de atos gerais e abstratos. Exemplos: os contratos administrativos e os
regulamentos.
No sentido amplo, de acordo com o mencionado autor, o ato administrativo pode, ainda, ser considerado como a “declaração do
Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como, por exemplo, um concessionário de serviço público), no exercício de prerrogativas públicas,
manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade
por órgão jurisdicional”.
B) Segunda: em sentido estrito, no qual acrescenta à definição anterior, os atributos da unilateralidade e da concreção. Desta forma,
no entendimento estrito de ato administrativo por ele exposta, ficam excluídos os atos convencionais, como os contratos, por exemplo,
bem como os atos abstratos.
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Embora haja ausência de uniformidade doutrinária, a partir finalidade, forma, motivo e objeto. É importante esclarecer que a
da análise lúcida do tópico anterior, acoplada aos estudos dos falta ou o defeito desses elementos pode resultar.
conceitos retro apresentados, é possível extrair alguns elementos De acordo com o a gravidade do caso em consideração, em
fundamentais para a definição dos conceitos do ato administrativo. simples irregularidade com possibilidade de ser sanada, invalidando
De antemão, é importante observar que, embora o exercício o ato do ato, ou até mesmo o tornando inexistente.
da função administrativa consista na atividade típica do Poder No condizente à competência, no sentido jurídico, esta palavra
Executivo, os Poderes Legislativo e Judiciário, praticam esta função designa a prerrogativa de poder e autorização de alguém que está
de forma atípica, vindo a praticar, também, atos administrativos. legalmente autorizado a fazer algo. Da mesma maneira, qualquer
Exemplo: ao realizar concursos públicos, os três Poderes devem pessoa, ainda que possua capacidade e excelente rendimento para
nomear os aprovados, promovendo licitações e fornecendo fazer algo, mas não alçada legal para tal, deve ser considerada
benefícios legais aos servidores, dentre outras atividades. Acontece incompetente em termos jurídicos para executar tal tarefa.
que em todas essas atividades, a função administrativa estará Pensamento idêntico é válido para os órgãos e entidades públicas,
sendo exercida que, mesmo sendo função típica, mas, recordemos, de forma que, por exemplo, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
não é função exclusiva do Poder Executivo. não possui competência para conferir o passaporte e liberar a entrada
Denota-se também, que nem todo ato praticado no exercício de um estrangeiro no Brasil, tendo em vista que o controle de imigração
da função administrativa é ato administrativo, isso por que em brasileiro é atividade exclusiva e privativa da Polícia Federal.
inúmeras situações, o Poder Público pratica atos de caráter privado, Nesse sentido, podemos conceituar competência como sendo
desvestindo-se das prerrogativas que conformam o regime jurídico o acoplado de atribuições designadas pelo ordenamento jurídico às
de direito público e assemelhando-se aos particulares. Exemplo: pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos, com o fito de facilitar
a emissão de um cheque pelo Estado, uma vez que a referida o desempenho de suas atividades.
providência deve ser disciplinada exclusivamente por normas de A competência possui como fundamento do seu instituto
direito privado e não público. a divisão do trabalho com ampla necessidade de distribuição
Há de se desvencilhar ainda que o ato administrativo pode ser do conjunto das tarefas entre os agentes públicos. Desta
praticado não apenas pelo Estado, mas também por aquele que forma, a distribuição de competências possibilita a organização
o represente. Exemplo: os órgãos da Administração Direta, bem administrativa do Poder Público, definindo quais as tarefas cabíveis
como, os entes da Administração Indireta e particulares, como a cada pessoa política, órgão ou agente.
acontece com as permissionárias e com as concessionárias de Relativo à competência com aplicação de multa por infração
serviços públicos. à legislação do imposto de renda, dentre as pessoas políticas,
a União é a competente para instituir, fiscalizar e arrecadar o
Destaca-se, finalmente, que o ato administrativo por não imposto e também para estabelecer as respectivas infrações e
apresentar caráter de definitividade, está sujeito a controle penalidades. Já em relação à instituição do tributo e cominação de
por órgão jurisdicional. Em obediência a essas diretrizes, penalidades, que é de competência do legislativo, dentre os Órgãos
compreendemos que ato administrativo é a manifestação unilateral Constitucionais da União, o Órgão que possui tal competência, é o
de vontade proveniente de entidade arremetida em prerrogativas Congresso Nacional no que condizente à fiscalização e aplicação das
estatais amparadas pelos atributos provenientes do regime jurídico respectivas penalidades.
de direito público, destinadas à produção de efeitos jurídicos e Em relação às fontes, temos as competências primária e
sujeitos a controle judicial específico. secundária. Vejamos a definição de cada uma delas nos tópicos
Em suma, temos: abaixo:
ATO ADMINISTRATIVO: é a manifestação unilateral de vontade a) Competência primária: quando a competência é estabelecida
proveniente de entidade arremetida em prerrogativas estatais pela lei ou pela Constituição Federal.
amparadas pelos atributos provenientes do regime jurídico de b) Competência Secundária: a competência vem expressa em
direito público, destinadas à produção de efeitos jurídicos e sujeitos normas de organização, editadas pelos órgãos de competência
a controle judicial específico. primária, uma vez que é produto de um ato derivado de um órgão
ou agente que possui competência primária.
Atos administrativos em sentido amplo
Entretanto, a distribuição de competência não ocorre de
Atos de Direito Privado forma aleatória, de forma que sempre haverá um critério lógico
Atos materiais informando a distribuição de competências, como a matéria, o
território, a hierarquia e o tempo. Exemplo disso, concernente ao
Atos de opinião, conhecimento, juízo ou valor critério da matéria, é a criação do Ministério da Saúde.
Atos políticos Em relação ao critério territorial, a criação de Superintendências
Regionais da Polícia Federal e, ainda, pelo critério da hierarquia,
Contratos
a criação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF),
Atos normativos órgão julgador de recursos contra as decisões das Delegacias da
Atos normativos em sentido estrito e propriamente ditos Receita Federal de Julgamento criação da Comissão Nacional da
Verdade que trabalham na investigação de violações graves de
Requisitos Direitos Humanos nos períodos entre 18.09.1946 e 05.10.1988, que
A lei da Ação Popular, Lei nº 4.717/1965, aponta a existência resulta na combinação dos critérios da matéria e do tempo.
de cinco requisitos do ato administrativo. São eles: competência, A competência possui como características:
a) Exercício obrigatório: pelos órgãos e agentes públicos, uma
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vez que se trata de um poder-dever de ambos. a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
b) Irrenunciável ou inderrogável: isso ocorre, seja pela vontade hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão
da Administração, ou mesmo por acordo com terceiros, uma vez de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
que é estabelecida em decorrência do interesse público. Exemplo: territorial.
diante de um excessivo aumento da ocorrência de crimes graves e Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à
da sua diminuição de pessoal, uma delegacia de polícia não poderá delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
jamais optar por não mais registrar boletins de ocorrência relativos presidentes.
a crimes considerados menos graves. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
c) Intransferível: não pode ser objeto de transação ou I - a edição de atos de caráter normativo;
acordo com o fulcro de ser repassada a responsabilidade a outra II - a decisão de recursos administrativos;
pessoa. Frise-se que a delegação de competência não provoca a III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
transferência de sua titularidade, porém, autoriza o exercício de autoridade.
determinadas atribuições não exclusivas da autoridade delegante, Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser
que poderá, conforme critérios próprios e a qualquer tempo, publicados no meio oficial.
revogar a delegação. § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes
d) Imodificável: não admite ser modificada por ato do agente, transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
quando fixada pela lei ou pela Constituição, uma vez que somente objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva
estas normas poderão alterá-la. de exercício da atribuição delegada.
e) Imprescritível: o agente continua competente, mesmo que § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela
não tenha sido utilizada por muito tempo. autoridade delegante.
f) Improrrogável: com exceção de disposição expressa prevista § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar
em lei, o agente incompetente não passa a ser competente pelo explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
mero fato de ter praticado o ato ou, ainda, de ter sido o primeiro a delegado.
tomar conhecimento dos fatos que implicariam a motivação de sua
prática. Convém registrar que a delegação é ato discricionário, que
leva em conta para sua prática circunstâncias de índole técnica,
Cabem dentro dos critérios de competência a delegação e a social, econômica, jurídica ou territorial, bem como é ato revogável
avocação, que podem ser definidas da seguinte forma: a qualquer tempo pela autoridade delegante, sendo que o ato de
delegação bem como a sua revogação deverão ser expressamente
a) Delegação de competência: trata-se do fenômeno por publicados no meio oficial, especificando em seu ato as matérias
intermédio do qual um órgão administrativo ou um agente e poderes delegados, os parâmetros de limites da atuação do
público delega a outros órgãos ou agentes públicos a tarefa de delegado, o recurso cabível, a duração e os objetivos da delegação.
executar parte das funções que lhes foram atribuídas. Em geral, a
delegação é transferida para órgão ou agente de plano hierárquico Importante ressaltar:
inferior. No entanto, a doutrina contemporânea considera, quando Súmula 510 do STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício
justificadamente necessário, a admissão da delegação fora da linha de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança
hierárquica. ou a medida judicial.
Considera-se ainda que o ato de delegação não suprime a Com fundamento nessa orientação, o STF decidiu no julgamento
atribuição da autoridade delegante, que continua competente para do MS 24.732 MC/DF, que o foro da autoridade delegante não
o exercício das funções cumulativamente com a autoridade a que poderá ser transmitido de forma alguma à autoridade delegada.
foi delegada a função. Entretanto, cada agente público, na prática de Desta forma, tendo sido o ato praticado pela autoridade delegada,
atos com fulcro nos poderes que lhe foram atribuídos, agirá sempre todas e quaisquer medidas judiciais propostas contra este ato
em nome próprio e, respectivamente irá responder por seus atos. deverão respeitar o respectivo foro da autoridade delegada.
Por todas as decisões que tomar. Do mesmo modo, adotando
cautelas parecidas, a autoridade delegante da ação também poderá Seguindo temos:
revogar a qualquer tempo a delegação realizada anteriormente. a) Avocação: trata-se do fenômeno contrário ao da delegação
Desta maneira, a regra geral é a possibilidade de delegação de e se resume na possibilidade de o superior hierárquico trazer
competências, só deixando esta de ser possível se houver quaisquer para si de forma temporária o devido exercício de competências
impedimentos legais vigentes. legalmente estabelecidas para órgãos ou agentes hierarquicamente
inferiores. Diferentemente da delegação, não cabe avocação fora da
É importante conhecer a respeito da delegação de competência linha de hierarquia, posto que a utilização do instituto é dependente
o disposto na Lei 9.784/1999, Lei do Processo Administrativo de poder de vigilância e controle nas relações hierarquizadas.
Federal, que tendo tal norma aplicada somente no âmbito federal, Vejamos a diferença entre a avocação com revogação de
incorporou grande parte da orientação doutrinária existente, delegação:
dispondo em seus arts. 11 a 14: – Na avocação, sendo sua providência de forma excepcional e
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos temporária, nos termos do art. 15 da Lei 9.787/1999, a competência
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de é de forma originária e advém do órgão ou agente subordinado,
delegação e avocação legalmente admitidos. sendo que de forma temporária, passa a ser exercida pelo órgão ou
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se autoridade avocante.
não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência – Já na revogação de delegação, anteriormente, a competência
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já era de forma original da autoridade ou órgão delegante, que diapasão, a Administração não pode atuar com o objetivo de
achou por conveniência e oportunidade revogar o ato de delegação, beneficiar ou prejudicar determinadas pessoas, tendo em vista que
voltando, por conseguinte a exercer suas atribuições legais por seu comportamento deverá sempre ser norteado pela busca do
cunho de mão própria. interesse público. Além disso, existe determinada finalidade típica
para cada tipo de ato administrativo.
Finalmente, adverte-se que, apesar de ser um dever Assim sendo, identifica-se no ato administrativo duas espécies
ser exercido com autocontrole, o poder originário de avocar de finalidade pública. São elas:
competência também se constitui em regra na Administração a) Geral ou mediata: consiste na satisfação do interesse público
Pública, uma vez que é inerente à organização hierárquica como considerado de forma geral.
um todo. Entretanto, conforme a doutrina de forma geral, o órgão b) Pública específica ou imediata: é o resultado específico
superior não pode avocar a competência do órgão subordinado em previsto na lei, que deve ser alcançado com a prática de determinado
se tratando de competências exclusivas do órgão ou de agentes ato.
inferiores atribuídas por lei. Exemplo: Secretário de Segurança
Pública, mesmo estando alguns degraus hierárquicos acima de Está relacionada ao atributo da tipicidade, por meio do qual a
todos os Delegados da Polícia Civil, não poderá jamais avocar para si lei dispõe uma finalidade a ser alcançada para cada espécie de ato.
a competência para presidir determinado inquérito policial, tendo Destaca-se que o descumprimento de qualquer dessas
em vista que esta competência é exclusiva dos titulares desses finalidades, seja geral ou específica, resulta no vício denominado
cargos. desvio de poder ou desvio de finalidade. O desvio de poder é
Não convém encerrar esse tópico acerca da competência vício que não pode ser sanado, e por esse motivo, não pode ser
sem mencionarmos a respeito dos vícios de competência que convalidado.
é conceituado como o sofrimento de algum defeito em razão de A Lei de Ação Popular, Lei 4.717/1965 em seu art. 2º, parágrafo
problemas com a competência do agente que o pratica que se único, alínea e, estabelece que “o desvio de finalidade se verifica
subdivide em: quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
a) Excesso de poder: acontece quando o agente que pratica previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência”.
o ato acaba por exceder os limites de sua competência, agindo Destaque-se que por via de regra legal atributiva de competência
além das providências que poderia adotar no caso concreto, vindo estatui de forma explícita ou implicitamente, os fins que devem ser
a praticar abuso de poder. O vício de excesso de poder nem sempre seguidos e obedecidos pelo agente público. Caso o ato venha a ser
poderá resultar em anulação do ato administrativo, tendo em vista praticado visando a fins diversos, verificar-se-á a presença do vício
que em algumas situações será possível convalidar o ato defeituoso. de finalidade.
b) Usurpação de função: ocorre quando uma pessoa exerce
atribuições próprias de um agente público, sem que tenha esse O desvio de finalidade, segundo grandes doutrinadores, se
atributo ou competência. Exemplo: uma pessoa que celebra verifica em duas hipóteses. São elas:
casamentos civis fingindo ser titular do cargo de juiz. a) o ato é formalmente praticado com finalidade diversa da
c) Função de fato: ocorre quando a pessoa que pratica o ato prevista por lei. Exemplo: remover um funcionário com o objetivo
está irregularmente investida no cargo, emprego ou função pública de punição.
ou ainda que, mesmo devidamente investida, existe qualquer tipo b) ocorre quando o ato, mesmo formalmente editado com
de impedimento jurídico para a prática do ato naquele momento. a finalidade legal, possui, na prática, o foco de atender a fim de
Na função de fato, o agente pratica o ato num contexto que tem interesse particular da autoridade. Exemplo: com o objetivo de
toda a aparência de legalidade. Por esse motivo, em decorrência da perseguir inimigo, ocorre a desapropriação de imóvel alegando
teoria da aparência, desde que haja boa-fé do administrado, esta interesse público.
deve ser respeitada, devendo, por conseguinte, ser considerados Em resumo, temos:
válidos os atos, como se fossem praticados pelo funcionário de fato.
Em suma, temos: Específica ou Imediata e Geral
Finalidade Pública
ou Mediata
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA Ato praticado com finalidade
Em determinadas diversa da prevista em Lei.
Excesso de poder situações é possível a Desvio de finalidade e Ato praticado formalmente
convalidação ou desvio de poder com finalidade prevista em Lei,
Usurpação de função Ato inexistente porém, visando a atender a fins
pessoais de autoridade.
Ato válido, se houver
Função de fato
boa-fé do administrado Concernente à forma, averígua-se na doutrina duas formas
ABUSO DE AUTORIDADE distintas de definição como requisito do ato administrativo. São elas:
A) De caráter mais restrito, demonstrando que a forma é o
Excesso de poder Vício de competência modo de exteriorização do ato administrativo.
Desvio de poder Desvio de finalidade B) Considera a forma de natureza mais ampla, incluindo no
conceito de forma apenas o modo de exteriorização do ato, bem
Relativo à finalidade, denota-se que a finalidade pública é como todas as formalidades que devem ser destacadas e observadas
uma das características do princípio da impessoalidade. Nesse no seu curso de formação.
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Ambas as acepções estão meramente corretas, cuidando-se – Motivo: situação que autoriza ou determina a produção do ato
simplesmente de modos diferentes de examinar a questão, sendo administrativo. Sempre deve estar previsto no ato administrativo,
que a primeira analisa a forma do ato administrativo sob o aspecto sob pena de nulidade, sendo que sua ausência de motivo legítimo
exterior do ato já formado e a segunda, analisa a dinâmica da ou ilegítimo é causa de invalidação do ato administrativo.
formação do ato administrativo. – Motivação: é a declinação de forma expressa do motivo,
sendo a declaração das razões que motivaram à edição do
Via de regra, no Direito Privado, o que prevalece é a liberdade ato. Já a motivação declarada e expressa dos motivos dos atos
de forma do ato jurídico, ao passo que no Direito Público, a regra administrativos, via de regra, nem sempre é exigida. Porém, se
é o formalismo moderado. O ato administrativo não precisa ser for obrigatória pela lei, sua ausência causará invalidade do ato
revestido de formas rígidas e solenes, mas é imprescindível que administrativo por vício de forma, e não de motivo.
ele seja escrito. Ainda assim, tal exigência, não é absoluta, tendo
em vista que em alguns casos, via de regra, o agente público Convém ressaltar que a Lei 9.784/1999, que regulamenta o
tem a possibilidade de se manifestar de outra forma, como processo administrativo na esfera federal, dispõe no art. 50, o
acontece nas ordens verbais transmitidas de forma emergencial seguinte:
aos subordinados, ou, ainda, por exemplo, quando um agente Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
de trânsito transmite orientações para os condutores de veículos indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
através de silvos e gestos. I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
Pondera-se ainda, que o ato administrativo é denominado II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
vício de forma quando é enviado ou emitido sem a obediência à III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
forma e sem cumprimento das formalidades previstas em lei. Via pública;
de regra, considera-se plenamente possível a convalidação do IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
ato administrativo que contenha vício de forma. No entanto, tal licitatório;
convalidação não será possível nos casos em que a lei estabelecer V - decidam recursos administrativos;
que a forma é requisito primordial à validade do ato. VI - decorram de reexame de ofício;
Devemos explanar também que a motivação declarada e VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
escrita dos motivos que possibilitaram a prática do ato, quando ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
for de caráter obrigatório, integra a própria forma do ato. Desta VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação
maneira, quando for obrigatória, a ausência de motivação enseja de ato administrativo.
vício de forma, mas não vício de motivo.
Porém, de forma diferente, sendo o motivo declinado pela Prevê a mencionada norma em seu § 1º, que a motivação deve
autoridade e comprovadamente ilícito ou falso, o vício consistirá no ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração
elemento motivo. de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, nesse caso, serão parte
Motivo integrante do ato. Tal hipótese é denominada pela doutrina de
O motivo diz respeito aos pressupostos de fato e de direito que “motivação aliunde” que significa motivação “em outro local”, mas
estabelecem ou autorizam a edição do ato administrativo. que está sendo admitida no direito brasileiro.
Quando a autoridade administrativa não tem margem para
decidir a respeito da conveniência e oportunidade para editar o ato A motivação dos atos administrativos
administrativo, diz-se que este é ato vinculado. No condizente ao É a teoria dos motivos determinantes. Convém explicitar a
ato discricionário, como há espaço de decisão para a autoridade respeito da motivação dos atos administrativo e da teoria dos
administrativa, a presença do motivo simplesmente autoriza a motivos determinantes que se baseia na ideia de que mesmo a lei
prática do ato. não exigindo a motivação, se o ato administrativo for motivado, ele
Nesse diapasão, existem também o motivo de direito que se só terá validade se os motivos declarados forem verdadeiros.
trata da abstrata previsão normativa de uma situação que ao ser
verificada no mundo concreto que autoriza ou determina a prática Exemplo
do ato, ao passo que o motivo de fato é a concretização no mundo A doutrina cita o caso do ato de exoneração ad nutum de
empírico da situação prevista em lei. servidor ocupante de cargo comissionado, uma vez que esse tipo de
Assim sendo, podemos esclarecer que a prática do ato ato não exige motivação. Entretanto, caso a autoridade competente
administrativo depende da presença adjunta dos motivos de fato venha a alegar que a exoneração transcorre da falta de pontualidade
e de direito, posto que para isso, são imprescindíveis à existência habitual do comissionado, a validade do ato exoneratório virá
abstrata de previsão normativa bem como a ocorrência, de fato a ficar na dependência da existência do motivo declarado. Já
concreto que se integre à tal previsão. se o interessado apresentar a folha de ponto comprovando sua
De acordo com a doutrina, o vício de motivo é passível de pontualidade, a exoneração, seja por via administrativa ou judicial,
ocorrer nas seguintes situações: deverá ser anulada.
a) quando o motivo é inexistente. É importante registrar que a teoria dos motivos determinantes
b) quando o motivo é falso. pode ser aplicada tanto aos atos administrativos vinculados quanto
c) quando o motivo é inadequado. aos discricionários, para que o ato tenha sido motivado.
Em suma, temos:
É de suma importância estabelecer a diferença entre motivo e
motivação. Vejamos:
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– Motivo do ato administrativo públicos, bem como em teses, abordaremos o conceito utilizado
– Definição: pressuposto de fato e direito que fundamenta a pela Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
edição do ato administrativo. Nos dizeres da mencionada administrativista, os atributos dos
– Motivo de Direito: é a situação prevista na lei, de forma atos administrativos são:
abstrata que autoriza ou determina a prática do ato administrativo.
– Motivo de fato: circunstância que se realiza no mundo real – Presunção de legitimidade
que corresponde à descrição contida de forma abstrata na lei, Decorre do próprio princípio da legalidade e milita em favor dos
caracterizando o motivo de direito. atos administrativos. É o único atributo presente em todos os atos
administrativos. Pelo fato de a administração poder agir somente
Vícios de motivo do ato quando autorizada por lei, presume-se, por conseguinte que se a
administrativo administração agiu e executou tal ato, observando os parâmetros
legais. Desta forma, em decorrência da presunção de legitimidade,
Inexistente os atos administrativos presumem-se editados em conformidade
Falso com a lei, até que se prove o contrário.
De forma parecida, por efeito dos princípios da moralidade e
Inadequado da legalidade, quando a administração alega algo, presume-se que
suas alegações são verdadeiras. É o que a doutrina conceitua como
– Teoria dos motivos determinantes presunção de veracidade dos atos administrativos que se cuida da
– O ato administrativo possui sua validade vinculada aos presunção de que o ato administrativo foi editado em conformidade
motivos expostos mesmo que não seja exigida a motivação. com a lei, gerando a desconfiança de que as alegações produzidas
– Só é aplicada apenas se o ato conter motivação. pela administração são verdadeiras.
– STJ: “Não se decreta a invalidade de um ato administrativo As presunções de legitimidade e de veracidade são elementos
quando apenas um, entre os diversos motivos determinantes, não e qualificadoras presentes em todos os atos administrativos. No
está adequado à realidade fática”. entanto, ambas serão sempre relativas ou juris tantum, podendo
ser afastadas em decorrência da apresentação de prova em sentido
Objeto contrário. Assim sendo, se o administrado se sentir prejudicado
O objeto do ato administrativo pode ser conceituado como por algum ato que refutar ilegal ou fundado em mentiras, poderá
sendo o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Em outras submetê-lo ao controle pela própria administração pública, bem
palavras, podemos afirmar que o objeto do ato administrativo como pelo Judiciário. Já se o órgão provocado alegar que a prática
cuida-se da alteração da situação jurídica que o ato administrativo não está em conformidade com a lei ou é fundada em alegações
se propõe a realizar. Desta forma, no ato impositivo de multa, por falsas, poderá proclamará a nulidade do ato, desfazendo os seus
exemplo, o objeto é a punição do transgressor. efeitos.
Para que o ato administrativo tenha validade, seu objeto deve Denota-se que a principal consequência da presunção
ser lícito, possível, certo e revestido de moralidade conforme os de veracidade é a inversão do ônus da prova. Nesse sentido,
padrões aceitos como éticos e justos. relembremos que em regra, segundo os parâmetros jurídicos,
Havendo o descumprimento dessas exigências, podem incidir o dever de provar é de quem alega o fato a ser provado. Desta
os esporádicos vícios de objeto dos atos administrativos. Nesse maneira, se o particular “X” alega que o particular “Y” cometeu ato
sentido, podemos afirmar que serão viciados os atos que possuam ilícito em prejuízo do próprio “X”, incumbe a “X” comprovar o que
os seguintes objetos, seguidos com alguns exemplos: está alegando, de maneira que, em nada conseguir provar os fatos,
a) Objeto lícito: punição de um servidor público com suspensão “Y” não poderá ser punido.
por prazo superior ao máximo estabelecido por lei específica.
b) Objeto impossível: determinação aos subordinados para – Imperatividade
evitar o acontecimento de chuva durante algum evento esportivo. Em decorrência desse atributo, os atos administrativos são
c) Objeto incerto: em ato unificado, a suspensão do direito de impostos pelo Poder Público a terceiros, independentemente da
dirigir das pessoas que por ventura tenham dirigido alcoolizadas concordância destes. Infere-se que a imperatividade é proveniente
nos últimos 12 meses, tanto as que tenham sido abordadas por do poder extroverso do Estado, ou seja, o Poder Público poderá
autoridade pública ou flagradas no teste do bafômetro. editar atos, de modo unilateral e com isso, constituir obrigações
d) Objeto moral: a autorização concedida a um grupo de para terceiros. A imperatividade representa um traço diferenciado
pessoas específicas para a ocupação noturna de determinado em relação aos atos de direito privado, uma vez que estes somente
trecho de calçada para o exercício da prostituição. Nesse exemplo, possuem o condão de obrigar os terceiros que manifestarem sua
o objeto é tido como imoral. expressa concordância.
Entretanto, nem todo ato administrativo possui imperatividade,
Atributos do Ato Administrativo característica presente exclusivamente nos atos que impõem
Tendo em vista os pormenores do regime jurídico de direito obrigações ou restrições aos administrados. Pelo contrário, se o
público ou regime jurídico administrativo, os atos administrativos ato administrativo tiver por objetivo conferir direitos, como por
são dotados de alguns atributos que os se diferenciam dos atos exemplo: licença, admissão, autorização ou permissão, ou, ainda,
privados. quando possuir conteúdo apenas enunciativo como certidão,
Acontece que não há unanimidade doutrinária no condizente atestado ou parecer, por exemplo, não haverá imperatividade.
ao rol desses atributos. Entretanto, para efeito de conhecimento,
bem como a enumeração que tem sido mais cobrada em concursos
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por Ministros de Estados com o objetivo de tratarem de assuntos consentimento estatal, o ato discricionário e o ato constitutivo.
correlatos aos respectivos Ministérios. d)Admissão: trata-se de ato administrativo vinculado portador
Portarias: são atos administrativos respectivamente editados do reconhecimento do direito ao recebimento de serviço público
por autoridades administrativas, porém, diferentes das do chefe específico pelo particular, que deve ser editado na hipótese na qual
do Poder Executivo. Exemplo: determinação por meio de portaria o particular preencha devidamente os requisitos legais.
determinando a instauração de processo disciplinar específico.
Ordens de serviço: tratam-se de atos administrativos – Atos enunciativos
ordenadores da adoção de conduta específica em circunstâncias São atos administrativos que expressam opiniões ou, ainda,
especiais. Exemplo: ordem de serviço determinadora de início de que certificam fatos no campo da Administração Pública. A doutrina
obra pública. reconhece como espécies de atos enunciativos: os pareceres, as
Ofícios: são especificamente, atos administrativos que se certidões, os atestados e o apostilamento. Vejamos:
responsabilizam pela formalização da comunicação de forma escrita a) Pareceres: são atos administrativos que buscam expressar
e oficial existente entre os diversos órgãos públicos, bem como a opinião do agente público a respeito de determinada questão de
de entidades administrativas como um todo. Exemplo: requisição ordem fática, técnica ou jurídica. Exemplo: no curso de processo de
de informações necessárias para a defesa do Estado em juízo por licenciamento ambiental é apresentado parecer técnico.
meio de ofício enviado pela Procuradoria do Estado à Secretaria de
Saúde. De forma geral, a doutrina pondera a existência de três espécies
Despachos: são atos administrativos eivados de poder de pareceres. São eles:
decisório ou apenas de mero expediente praticados em processos 1) Parecer facultativo: esta espécie não é exigida pela legislação
administrativos. Exemplo: quando da ocorrência de processo para formulação da decisão administrativa. Ao ser elaborado, não
disciplinar, é emitido despacho especifico determinando a oitiva de vincula a autoridade competente;
testemunhas. 2) Parecer obrigatório: é o parecer que deve ser necessariamente
elaborado nas hipóteses mencionadas na legislação, mas a
– Atos negociais opinião nele contida não vincula de forma definitiva a autoridade
Também chamados de atos receptícios, são atos administrativos responsável pela decisão administrativa, que pode contrariar o
de caráter administrativo editados a pedido do particular, com o parecer de forma motivada;
fulcro de viabilizar o exercício de atividade específica, bem como a
utilização de bens públicos. Nesse ato, a vontade da Administração 3) Parecer vinculante: é o parecer que deve ser elaborado
Pública é pertinente com a pretensão do particular. Fazem parte de forma obrigatória contendo teor que vincule a autoridade
desta categoria, a licença, a permissão, a autorização e a admissão. administrativa com o dever de acatá-lo.
Vejamos: b) Certidões: tratam-se de atos administrativos que possuem
a) Licença: possui algumas características. São elas: o condão de declarar a existência ou inexistência de atos ou fatos
Ato vinculado: desde que sejam preenchidos os requisitos administrativos. As certidões são atos que retratam a realidade,
legais por parte do particular, o Poder Público deverá editar a porém, não são capazes de criar ou extinguir relações jurídicas.
licença;
Ato de consentimento estatal: ato por meio do qual a *Nota importante: o art. 5, XXXIV, “b”, da Constituição Federal
Administração se torna conivente com o exercício da atividade consagra o direito de certidão no âmbito de direitos fundamentais,
privada como um todo; no qual assegura a todo e qualquer cidadão interessado,
Ato declaratório: ato que reconhece o direito subjetivo do independentemente do pagamento de taxas, “a obtenção de
particular, vindo a autorizar a habilitação do seu exercício. certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
b) Permissão: trata-se de ato administrativo discricionário esclarecimento de situações de interesse pessoal”.
dotado da permissão do exercício de atividades específicas
realizadas pelo particular ou, ainda, o uso privativo de determinado c) Atestados: tratam-se de atos administrativos similares às
bem público. Exemplo: a permissão para uso de bem público certidões, posto que também declaram a existência ou inexistência
específico. de fatos. Entretanto, os atestados não se confundem com as
A permissão é dotada de características essenciais. São elas: certidões, uma vez que nas certidões, o agente público utiliza-se do
Ato de consentimento estatal: ato por meio do qual a ato de emitir declaração sobre ato ou fato constante dos arquivos
Administração Pública concorda com o exercício da atividade públicos, ao passo que os atestados se incumbem da tarefa de
privada, bem como da utilização de bem público por particulares; retratar fatos que não constam de forma antecipada dos arquivos
Ato discricionário: ato por intermédio do qual a autoridade da Administração Pública.
administrativa é dotada de liberdade de análise referente à d) Apostilamento: tratam-se atos administrativos que possuem
conveniência e à oportunidade do ato administrativo; o objetivo de averbar determinados fatos ou direitos reconhecidos
Ato constitutivo: ato por meio do qual, o particular possui pela norma jurídica como um todo. Como exemplo, podemos citar
somente expectativa de direito antes da edição do ato, e não o apostilamento, via de regra, feito no verso da última página dos
apenas de direito subjetivo ao ato. contratos administrativos, da variação do valor contratual advinda
c)Autorização: é detentora de características iguais às da de reajuste previsto no contrato, nos parâmetros do art. 65, § 8.°,
permissão, vindo a constituir ato administrativo discricionário da Lei 8.666/1993, Lei de Licitações.
permissionário do exercício de atividade específica pelo particular
ou, ainda, o uso particular de bem público. Da mesma forma que
a permissão, a autorização possui como características: o ato de
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– Atos punitivos Celso Antônio Bandeira de Mello, o ato administrativo eficaz poderá
Também chamados de atos sancionatórios, os atos punitivos ser extinto pelos seguintes motivos: cumprimento de seus efeitos,
são aqueles que atuam na restrição de direitos, bem como de vindo a se extinguir naturalmente; desaparecimento do sujeito,
interesses dos administrados que vierem a atuar em desalento com vindo a causar a extinção subjetiva, ou sendo do objeto, extinção
a ordem jurídica de modo geral. Entretanto, exige-se, de qualquer objetiva; retirada do ato pelo Poder Público e pela renúncia do
forma, o devido respeito à ampla defesa e ao contraditório na beneficiário.
edição de atos punitivos, nos trâmites do art. 5.°, LV, da Constituição
Federal Brasileira, bem como que as sanções administrativas Nesse tópico trataremos do condizente a outras situações por
tenham previsão legal expressa cumprindo os ditames do princípio meio das quais a extinção do ato administrativo ou de seus efeitos
da legalidade. ocorre pelo fato do Poder Público ter emitido novo ato que surtiu
Podemos dividir as sanções em dois grupos: efeito extintivo sobre o ato anterior. Isso pode ocorrer nas seguintes
1) Sanções de polícia: de modo geral são aplicadas com situações:
supedâneo no poder de polícia, bem como são relacionadas aos
particulares em geral. Exemplo: multa de trânsito. – Cassação
2) Sanções funcionais ou disciplinares: são aplicadas com É a supressão do ato pelo fato do destinatário ter descumprido
embasamento no poder disciplinar aos servidores públicos e às condições que deveriam permanecer atendidas com o fito de dar
demais pessoas que se encontram especialmente vinculadas continuidade à0situação jurídica. Como modalidade de extinção
à Administração Pública. Exemplo: reprimenda imposta à do ato administrativo, a cassação relaciona-se ao ato que, mesmo
determinada empresa contratada pela Administração. sendo legítimo na sua origem e formação, tornou-se ilegal na sua
Em relação aos atos punitivos, pode-se citar como exemplos, as execução. Exemplo: cassação de uma licença para funcionamento
multas, as interdições de atividades, as apreensões ou destruições de hotel que passou a funcionar ilegalmente como casa de
de coisas e as sanções disciplinares. Vejamos resumidamente cada prostituição.
espécie:
Multas: tratam-se de sanções pecuniárias que são impostas Vale ressaltar que um dos principais requisitos da cassação
aos administrados. de um ato administrativo é a preeminente necessidade de sua
Interdições de atividades: são atos que proibitivos ou vinculação obrigatória às hipóteses previstas em lei ou norma
suspensivos do exercício de atividades diversas. similar. Desta forma, a Administração Pública não detém o poder
Apreensão ou destruição de coisas: cuidam-se de sanções de demonstrar ou indicar motivos diferentes dos previstos para
aplicadas pela Administração relacionadas às coisas que colocam a justificar a cassação, estando, desta maneira, limitada ao que
população em risco. houver sido fixado nas referidas leis ou normas similares. Esse
Ressalta-se que em se tratando de perigo público iminente, entendimento, em geral, evita que os particulares sejam coagidos
a autoridade pública deterá o poder de destruir as coisas nocivas a conviver com extravagante insegurança jurídica, posto que, a
à coletividade, havendo ou não, processo administrativo prévio, qualquer momento a administração estaria apta a propor a cassação
situação hipotética na qual a ampla defesa será delongada para do ato administrativo.
momento posterior. Entretanto, estando ausente a urgência da Relativo à sua natureza jurídica, sendo a cassação considerada
medida, denota-se que a sua aplicação dependerá da formalização como um ato sancionatório, uma vez que a cassação só poderia
feita de forma prévia no processo administrativo, situação por ser proposta contra particulares que tenham sido flagrados pelos
intermédio da qual, a ampla defesa será postergada para momento agentes de fiscalização em descumprimento às condições de
ulterior. subsistência do ato, bem como por ato revisional que implicasse
Sanções disciplinares: também chamadas de sanções auditoria, acoplando até mesmo questões relativas à intercepção
funcionais, as sanções disciplinares são aplicadas aos servidores de bases de dados públicas.
públicos e aos administrados possuidores de relação jurídica Vale ressaltar que a cassação e a anulação possuem efeitos
especial com a Administração Pública, desde que tenha sido parecidos, porém não são equivalentes, uma vez que a cassação
constatada a violação ao ordenamento jurídico, bem como aos advém do não cumprimento ou alteração dos requisitos necessários
termos do negócio jurídico. Um exemplo disso, é a demissão de para a formação ou manutenção de uma situação jurídica, ao passo
servidor público que tenha cometido falta grave. que a anulação tem parte quando é verificado que o defeito do ato
ocorreu na formação do ato.
*Nota importante: Diferentemente das sanções aplicadas
aos particulares, de modo geral, no exercício do poder de polícia, – Anulação
as sanções disciplinares são aplicadas no campo das relações de É a retirada ou supressão do ato administrativo, pelo motivo
sujeição especial de administrados específicos do poder disciplinar de ele ter sido produzido com ausência de conformidade com a lei
da Administração Pública, como é o caso dos servidores e e com o ordenamento jurídico. A anulação é resultado do controle
contratados. Ao passo que as sanções de polícia são aplicadas para de legalidade ou legitimidade do ato. O controle de legalidade ou
o exterior da Administração - as chamadas sanções externas - as legitimidade não permite que se aprofunde na análise do mérito
sanções disciplinares são aplicadas no interior da Administração do ato, posto que, se a Administração contiver por objetivo retirar
Pública, - as denominadas sanções internas. o ato por razões de conveniência e oportunidade, deverá, por
conseguinte, revogá-lo, e não o anular.
Extinção do ato administrativo Diferentemente da revogação, que mantém incidência
Diversas são as causas que causam e determinam a extinção somente sobre atos discricionários, a anulação pode atingir tanto
dos atos administrativos ou de seus efeitos. No entendimento de os atos discricionários quanto os vinculados. Isso que é explicado
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pelo fato de que ambos deterem a prerrogativa de conter vícios de atingir os atos administrativos discricionários. Isso ocorre por que
legalidade. quando a administração está à frente do motivo que ordena a
Em relação à competência, a anulação do ato administrativo prática do ato vinculado, ela deve praticá-lo de forma obrigatória,
viciado pode ser promovida tanto pela Administração como pelo não lhe sendo de forma alguma, facultada a possibilidade de
Poder Judiciário. analisar a conveniência e nem mesmo a oportunidade de fazê-lo.
Muitas vezes, a Administração anula o seu próprio ato. Quando Desta maneira, não havendo possibilidade de análise de mérito
isso acontece, dizemos que ela agiu com base no seu poder de para a edição do ato, essa abertura passará a não existir para que o
autotutela, devidamente paramentado nas seguintes Súmulas do ato seja desfeito pela revogação.
STF:
Mesmo não se submetendo a qualquer limite de prazo, a
PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA princípio, a revogação do ato administrativo pode ser realizada a
qualquer tempo. Nesse sentido, a doutrina infere a existência de
a Administração Pública pode declarar certos limites ao poder de revogar. Nos dizeres de Maria Sylvia
Súmula 346
a nulidade dos seus próprios atos. Zanella Di Pietro12, não são revogáveis os seguintes atos:
a Administração pode anular seus a) Os atos vinculados, porque sobre eles não é possível a
próprios atos, quando eivados de vícios análise de conveniência e oportunidade;
que os tornam ilegais, porque deles não b) Os atos que exauriram seus efeitos, como a revogação não
se originam direitos; ou revogá-los, por retroage e os atos já produziram todos os efeitos que lhe seriam
Súmula 473 próprios, não há que falar em revogação; é o que ocorre quando
motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e transcorre o prazo de uma licença concedida ao servidor público,
ressalvada, em todos os casos, a apreciação após o gozo do direito, não há como revogar o ato;
judicial. c) Quando a prática do ato exauriu a competência de quem
o praticou, o que ocorre quando o ato está sob apreciação de
Assim, percebe-se que o instituto da autotutela pode autoridade superior, hipótese em que a autoridade inferior que o
ser invocado para anular o ato administrativo por motivo de praticou deixou de ser competente para revogá-lo;
ilegalidade, bem como para revogá-lo por razões de conveniência d) Os meros atos administrativos, como certidões, atestados,
e oportunidade. votos, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela
A anulação do ato administrativo pode se dar de ofício ou por lei;
provocação do interessado. e) Os atos que integram um procedimento, porque a cada
Tendo em vista o princípio da inércia Poder Judiciário, no novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato anterior;
exercício de função jurisdicional, este apenas poderá anular o ato f) Os atos que geram direitos a terceiros, (o chamado direito
administrativo havendo pedido do interessado. adquirido), conforme estabelecido na Súmula 473 do STF.
Destaque-se que a anulação de ato administrativo pela própria
Administração, somente pode ser realizada dentro do prazo – Convalidação
legalmente estabelecido. À vista da autonomia administrativa É a providência tomada para purificar o ato viciado, afastando
atribuída de forma igual à União, Estados, Distrito Federal e por sua vez, o vício que o maculava e mantendo seus efeitos,
Municípios, cada uma dessas esferas tem a possibilidade de, inclusive aqueles que foram gerados antes da providência
observado o princípio da razoabilidade e mediante legislação saneadora. Em sentido técnico, a convalidação gera efeitos ex tunc,
própria, fixar os prazos para o exercício da autotutela. uma vez que retroage à data da edição do ato original, mantendo-
Em decorrência do disposto no art. 54 da Lei 9.784/1999, no lhe todos os efeitos.
âmbito federal, em razão do direito de a Administração anular os Sendo admitida a convalidação, a convalidação perderia sua
atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os razão de ser, equivalendo em tudo a uma anulação, apagando os
destinatários de boa-fé, o prazo de anulação decai em cinco anos, efeitos passados, seguida da edição de novo ato que por sua vez,
contados da data em que foram praticados. Infere-se que como tal passaria a gerar os seus tradicionais efeitos prospectivos.
norma não possui caráter nacional, não há impedimentos para a Por meio da teoria dualista é admitida a existência de vícios
estipulação de prazos diferentes em outras esferas. sanáveis e insanáveis, bem como de atos administrativos nulos e
anuláveis.
– Revogação À vista da atual predominância doutrinária, a teoria dualista foi
É a extinção do ato administrativo válido, promovido pela incorporada formalmente à legislação brasileira. Nesse diapasão,
própria Administração, por motivos de conveniência e oportunidade, o art. 55 da Lei 9.784/1999 atribui à Administração pública a
sendo que o ato é suprimido pelo Poder Público por motivações de possibilidade de convalidar os atos que apresentarem defeitos
conveniência e oportunidade, sempre relacionadas ao atendimento sanáveis, levando em conta que tal providência não acarrete lesão
do interesse público. Assim, se um ato administrativo legal e perfeito ao interesse público nem prejuízo a terceiros. Embora tal regra seja
se torna inconveniente ao interesse público, a administração pública destinada à aplicação no âmbito da União, o mesmo entendimento
poderá suprimi-lo por meio da revogação. tem sido aplicado em todas as esferas, tanto em decorrência da
A revogação resulta de um controle de conveniência e existência de dispositivo similar nas leis locais, quanto mediante
oportunidade do ato administrativo promovido pela própria analogia com a esfera federal e também com fundamento na
Administração que o editou. prevalência doutrinária vigente.
É fundamental compreender que a revogação somente pode Assim, é de suma importância esclarecermos que a
jurisprudência tem entendido que mesmo o ato nulo pode, em
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determinadas lides, deixar de ter sua nulidade proclamada em abusivamente sua prerrogativa de anulação do ato administrativo, o
decorrência do princípio da segurança jurídica. que proporciona maior equilíbrio entre as partes interessadas.
Em resumo, é de grande importância o posicionamento
Decadência Administrativa adotado pela Corte Suprema, levando em conta que ao mesmo só
O instituto da decadência consiste na perda efetiva de um tempo, propicia maior segurança jurídica e respeita a regra geral de
direito existente, pela falta de seu exercício, no período de tempo contagem do prazo decadencial.
determinado em lei e também pela vontade das próprias partes
e, ainda no fim de um direito subjetivo em face da inércia de seu RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLI-
titular, que não ajuizou uma ação constitutiva no prazo estabelecido CA: CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL; TEORIA DO
pela lei. RISCO ADMINISTRATIVO; DANO: CONCEITO E TIPOS; EX-
Celso Antônio Bandeira de Mello considera esse instituto como CLUSÃO DA RESPONSABILIDADE; REPARAÇÃO DO DANO:
sendo a “perda do próprio direito, em si, por não o utilizar no prazo AÇÃO REGRESSIVA
previsto para o seu exercício, evento, este, que sucede quando a
única forma de expressão do direito coincide conaturalmente
com o direito de ação”. Ou seja, “quando o exercício do direito se
confunde com o exercício da ação para manifestá-lo”.
Nos trâmites do artigo 54 da Lei 9.784/99, encontramos o Preliminarmente, infere-se que a obrigação estatal de indenizar
disposto legal sobre a decadência do direito de a administração particulares por danos causados por agentes públicos, possui
pública anular seus próprios atos, a partir do momento em que esses dois importantes fundamentos, que se tratam dos princípios da
vierem a gerar efeitos favoráveis a seus destinatários. Vejamos: igualdade e da igualdade.
Artigo 54. O direito da administração de anular os atos Desse modo, a partir do momento em que houver ato lesivo
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os ilícito, o fundamento do dever de indenizar será amparado pelo
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram princípio da legalidade, tendo em vista que a sua violação ocorreu
praticados, salvo comprovada má-fé. em desencontro com os parâmetros legais.
§ 1° - No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de Entretanto, em se tratando de ato lícito que ocasionar prejuízo
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. a particulares, o fundamento para o dever de indenizar se encontra
§ 2° - Considera-se exercício do direito de anular qualquer respaldado no princípio da igualdade, tendo em vista a igual
medida de autoridade administrativa que importe impugnação repartição dos encargos sociais que lhes são inerentes.
à validade do ato.” Atualmente, a tese utilizada na seara dos órgão públicos
defende que as condutas praticadas por agentes públicos, no
O mencionado direito de anulação do ato administrativo decai exercício de suas atribuições, devem ser imputadas ao Estado.
no prazo de cinco anos, contados da data em que o ato foi praticado. Desta maneira, a partir do momento em que ocorre a atuação
Isso significa que durante esse decurso, o administrado permanecerá do agente público, considera-se que houve atuação do Estado.
submetido a revisões ou anulações do ato administrativo que o Acerca da atuação do agente público, pontua-se que o conceito
beneficia. desse sujeito encontra respaldo do artigo 2º da Lei nº 8429/92 – Lei
Entretanto, após o encerramento do prazo decadencial, de Improbidade Administrativa, que assim o define:
o administrado poderá ter suas relações com a administração Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público
consolidadas contando com a proteção da segurança jurídica. o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda
Anote-se que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
Mandado de Segurança 28.953, adotou o seguinte entendimento designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
sobre a matéria na qual o ministro Luiz Fux desta forma esclareceu: ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
“No próprio Superior Tribunal de Justiça, onde ocupei durante referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230,
dez anos a Turma de Direito Público, a minha leitura era exatamente de 2021)
essa, igual à da ministra Carmen Lúcia; quer dizer, a administração
tem cinco anos para concluir e anular o ato administrativo, e não Logo, são agentes públicos: o agente político, o servidor público
para iniciar o procedimento administrativo. Em cinco anos tem e todo aquele que exerce, mesmo que de modo transitório, ou
que estar anulado o ato administrativo, sob pena de incorrer em voluntariamente, por eleição, nomeação, designação, contratação
decadência (grifo aditado). Eu registro também que é da doutrina ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
do Supremo Tribunal Federal o postulado da segurança jurídica e da emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º da Lei de
proteção da confiança, que são expressões do Estado Democrático Improbidade Administrativa.
de Direito, revelando-se impregnados de elevado conteúdo ético, Desta maneira, em razão da direta atribuição à Administração
social e jurídico, projetando sobre as relações jurídicas, inclusive, Pública, considera-se que o Estado responde pelos prejuízos
as de Direito Público. De sorte que é absolutamente insustentável patrimoniais causados pelos agentes públicos a particulares, por
o fato de que o Poder Público não se submente também a essa conta do exercício da função administrativa.
consolidação das situações eventualmente antijurídicas pelo Nesse sentido, considerando a natureza patrimonial dos
decurso do tempo.” prejuízos ensejadores da reparação a ser feita pelo ente estatal,
Destaca-se que ao afirmar que a Administração Pública dispõe salienta-se que tal responsabilidade é de ordem civil. Já em relação
de cinco anos para anular o ato administrativo, o ministro Luiz Fux à responsabilidade, assevera-se que é extracontratual, em razão de
promoveu maior confiabilidade na relação entre o administrado e vincular-se a danos decorrentes de relações jurídicas de cunho geral.
Administração Pública, suprimindo da administração o poder de usar No tocante às indenizações devidas a indivíduos
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a solução para o seu concurso!
DIREITO ADMINISTRATIVO
contratualmente com o Estado, ressalta-se que estas encontram- conta de ação decidida pela própria vítima.
se sob disciplina de regras diferentes da responsabilidade civil Também pode ser aplicada no Brasil em situações excepcionais,
extracontratual. como por exemplo, em indenização coberta pelo seguro obrigatório
Assim sendo, os danos indenizáveis podem ser: materiais, para automóveis (DPVAT), que é efetuado mediante simples
morais ou estéticos. prova do acidente e do dano decorrente, independentemente da
Nesse diapasão, de acordo com a disposição inserta no existência de culpa.
artigo 37, parágrafo 6º da Constituição Federal, nos moldes do
entendimento do Superior Tribunal de Justiça – STJ, com redação Risco administrativo
dada pelas Súmulas nº 37 e 387, são cumuláveis as indenizações É adotada pela Constituição Federal de 1.988 e reconhece a
por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato, além de existência de excludentes ao dever de indenizar.
ser lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano Ocorrendo as excludentes, será afastado o dever de indenizar
moral. em decorrência das seguintes circunstâncias a seguir:
Sobre o tema em estudo, destacam-se importantes teorias que – Por culpa exclusiva da vítima: ocorre quando o prejuízo é
disciplinam a matéria. Vejamos: consequência da intenção que foi causada pelo próprio agente
prejudicado. Exemplo: a pessoa que suicida ao pular de prédio.
Responsabilidade Objetiva – Culpa de terceiro: o prejuízo pode ser atribuído à pessoa
Surgiu em 1.947 e perdura até os dias atuais. Esta teoria estranha aos quadros de trabalho da Administração Pública.
também é conhecida como teoria da responsabilidade sem culpa – Concausa, ou culpa concorrente: a vítima e o agente público
ou teoria publicista. provocam reciprocamente a ocorrência do prejuízo. A situação
A teoria da responsabilidade objetiva afasta a necessidade de pode ser sancionada mediante a produção de provas periciais para
comprovação de culpa ou dolo do agente público. Além disso, adota determinar a parte com maior culpabilidade.
o dever de indenizar, com base na noção de risco administrativo, – Força maior: se trata de acontecimento imprevisível e
nos moldes do artigo 927, parágrafo único do Código Civil em vigor. incontrolável que rompe o nexo causal entre a ação estatal e o
Nesse sentido, aquele que presta um serviço público, passa a prejuízo sofrido pelo particular.
assumir o risco dos prejuízos que venha a causar, independentemente – NOTA: a maior parte da doutrina adota o entendimento de
da existência de culpa ou dolo. Além disso, a responsabilidade não que culpa exclusiva da vítima, força maior e culpa de terceiro são
leva em consideração qualquer investigação referente ao elemento excludentes de causalidade, rompendo o nexo causal prevalecente
subjetivo. entre a conduta e o resultado lesivo como um todo.
Tribunais acerca do tema em estudo, podemos extrair que: inversão no ônus da prova relativa à culpa ou dolo, presumindo-se a
– As pessoas jurídicas respondem pelos danos que seus agentes responsabilidade estatal nas omissões ensejadoras de comprovado
causarem a terceiros; prejuízo ao particular, de modo a restar ao Estado, para afastar tal
– De acordo com a adoção da teoria da imputação volitiva de presunção, realizar a comprovação de que não agiu com culpa ou
Otto Gierke, somente podem ser atribuídos à pessoa jurídica, os dolo.
comportamentos do agente público durante o exercício da função
pública; Responsabilidade dos Concessionários de Serviços na Esfera
– Nos termos do RE nº 327.907/SP, impede a propositura de Pública
ação de indenizatória diretamente contra a pessoa física do agente Sobre o tema, o artigo 2º, inciso II da Lei nº 8.987 de 1 de
se o dano foi causado no exercício da função pública; fevereiro de 1.995, com redação atualizada pela Lei nº 14.1/2021,
– As pessoas jurídicas de direito público responderão pelos conceitua o seguinte:
danos que seus agentes causarem a terceiros; Art. 2º - Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
– As pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço [...]
público, responderão pelos danos que seus agentes causarem a II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação,
terceiros; feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
– As empresas públicas, as sociedades de economia mista, os concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio
concessionários, bem como os permissionários, são considerados de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por
pessoas jurídicas de direito privado e não estão vinculadas à sua conta e risco e por prazo determinado; (Redação dada pela Lei
responsabilidade objetiva, como ocorre com as pessoas de direito nº 14.133, de 2021)
público;
– As pessoas de direito privado respondem de forma objetiva Logo, a responsabilidade primária pelo ressarcimento de danos
enquanto estiverem prestando serviços públicos como uma decorrentes da prestação é do concessionário, cabendo ao Estado
decorrência do regime jurídico próprio do serviço público, mas, não concedente por sua vez, responder em regime subsidiário.
pela qualidade da pessoa; Ressalta-se que a Constituição Federal em vigor não predispõe
– A Constituição Federal predispõe acerca da utilização de ação acerca de diferença em relação à qualidade da vítima. No artigo 25
regressiva em desfavor do agente apenas nos casos de culpa ou da Lei 8987/95, temos que incumbe à concessionária a execução do
dolo, fator que torna a responsabilidade subjetiva do agente público serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos
subjetiva, pelo fato de pressupor a existência de culpa ou dolo. causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem
– De acordo com as Lei nº 10.309/2001 e nº10.744/2003, em que a fiscalização exercida pelo órgão competente, exclua ou
situações de atentados terroristas em aeronaves, a União assume atenue essa responsabilidade.
as despesas de responsabilidade civil perante terceiros quando Desse modo, sintetizando, percebe-se que é dever da
ocorrer a bens e pessoas, estejam estas na condição de passageiros concessionária executar o serviço concedido. Além disso, cabe-lhe
ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra, a incumbência de responder por todos os prejuízos que venha a
contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas acarretar ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem a
brasileiras de transporte aéreo. necessidade de que a fiscalização exercida pelo órgão competente
exclua ou abrande tal responsabilidade.
Além disso, é de suma importância destacar que são
características do dano indenizável: A responsabilidade civil é de ordem patrimonial e decorre do
a) Ser anormal: o dano deve exceder o limite do razoável, artigo 186 do Código Civil 48 que consagra a regra, aceita univer-
considerando que o convívio social impõe determinados salmente, segundo a qual todo aquele que causa dano a outrem é
desconfortos considerados normais e toleráveis e que não ensejam obrigado a repará-lo.
o pagamento de indenização; A responsabilidade civil da Administração Pública consiste no
b) Ser específico: que alcance destinatários determinados, dever de reparar os danos causados ao patrimônio particular, pelos
atingindo um indivíduo ou uma classe delimitada de indivíduos. agentes públicos, em regular exercício. Evidencia-se na obrigação
que tem o Estado de indenizar os danos patrimoniais ou morais que
Da Responsabilidade por Atos Lícitos seus agentes, atuando em seu nome, ou seja, na qualidade agentes
Independentemente da licitude ou ilicitude do ato lesivo, basta públicos, causem à esfera juridicamente tutelada dos particulares.
a existência de prejuízo anormal e específico oriundo de ação ou Traduz-se na obrigação de reparar economicamente danos patri-
omissão de agente público para que nasça o dever de indenizar. moniais, e com tal reparação se exaure.
Nesta esteira, analisemos importantes tipos de dano em que
o Estado, em razão da atitude de seus agentes, possui o dever de Leciona Hely Lopes Meirelles1 que a “responsabilidade civil da
indenizar: administração é, pois, a que impõe a fazenda pública a obrigação
de compor o dano causado a terceiros por agentes públicos, no de-
Danos por omissão sempenho de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las”.
O Estado deixa de agir e por isso, não consegue impedir um
resultado lesivo. É o caso dos danos causados por enchentes, Acerca do conceito, Maria Sylvia Zanella de Pietro2, ao disser-
quedas de árvore, etc. 1 [ LOPES MEIRELLES, Helly: Direito Administrativo Brasileiro. 38ª ed.
Nesse sentido, atualmente, a doutrina majoritária e o STF tem São Paulo: Malheiros, 2012. p. 62.]
entendido que a partir da hipossuficiência advinda da posição de 2 [ DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella: Direito Administrativo. 27ª ed. São
inferioridade da vítima diante do Estado, deve ser observada a Paulo: Atlas, 2014. p. 715]
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tar sobre a questão faz uma importante ressalva: Trate-se de dano por seus agentes a terceiros. Assim, os próprios agentes públicos
resultante de comportamentos do Executivo, do Legislativo ou do deveriam responder pelas eventuais condutas danosas que viessem
Judiciário, a responsabilidade é do Estado, pessoa jurídica; por isso a assumir, vale ressaltar, no exercício de suas funções.
é errado falar em responsabilidade da Administração Pública, já
que esta não tem personalidade jurídica, não é titular de direitos e Nessa época, sob a égide imperial, o Estado absolutista confe-
obrigações na ordem civil. A capacidade é do Estado e das pessoas ria ao administrador uma espécie de superioridade que o distan-
jurídicas públicas ou privadas que o representam no exercício de ciava de qualquer responsabilização perante seus súditos. Agir de
parcela de atribuições estatais. E a responsabilidade é sempre civil, maneira contrária ensejaria na percepção de nivelamento com seus
ou seja, de ordem pecuniária. subalternos, o que ia de encontro à sua natureza suprema.
ressarcir todo e qualquer ato danoso causado à vítima, mesmo que 4. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de Polícia
exista culpa ou dolo. Esta teoria nunca foi adotada pela legislação
pátria por ser extremista. No que tange aos institutos da descentralização e da descon-
centração, julgue os itens a seguir.
A indenização a ser paga pela Administração em favor da vítima I A principal diferença entre esses institutos decorre do número
pode se dar amigavelmente ou por meio da ação de indenização. de pessoas jurídicas envolvidas.
Para que a vítima receba a indenização (dano emergente, os II A descentralização ocorre no âmbito de uma única pessoa
lucros cessantes, os honorários advocatícios, correção monetária e jurídica.
juros) basta que ela comprove o nexo causal entre o ato do servidor III A desconcentração administrativa acontece quando a admi-
e o dano que lhe foi causado. nistração reparte atribuições e competências dentro de um mesmo
órgão.
Ação Regressiva
O artigo 37, § 6º, da Constituição Federal traz a hipótese da Ad- Assinale a opção correta.
ministração, ou do Estado de ajuizar Ação Regressiva em desfavor (A) Apenas o item I está certo.
do agente que causou o dano à terceiro. Após indenizada a vítima, o (B) Apenas o item II está certo.
Estado tem o direito de restaurar seu patrimônio, voltando-se con- (C) Apenas os itens I e III estão certos.
tra o agente causador do dano. (D) Apenas os itens II e III estão certos.
(E) Todos os itens estão certos.
2. CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Mu- João, servidor público, aliciou um dos seus subordinados a se
nicipal filiar ao sindicato da categoria a que ambos pertenciam. Em razão
desse fato, instaurou-se processo administrativo contra João para
A respeito de improbidade administrativa, processo adminis- apurar sua conduta funcional. Concluído o procedimento, o chefe
trativo e organização administrativa, julgue o item seguinte. da repartição, Antônio, aplicou a pena de advertência por escrito
A criação de empresa pública é um exemplo de descentraliza- pelo ato praticado.
ção de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda Considerando a situação hipotética precedente, o disposto na
que a instituição da empresa pública dependa de autorização legis- Lei n.º 8.112/1990, os requisitos do ato administrativo e os poderes
lativa. da administração pública, julgue o item a seguir.
( ) CERTO A punição por ato infracional praticado por servidor público
( ) ERRADO configura exercício do poder de polícia administrativo.
( ) CERTO
3. CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia - Prova ( ) ERRADO
Anulada
7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia
A respeito da administração pública direta e indireta e da res-
ponsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte. Recebida denúncia de violência doméstica contra a mulher, a
A desconcentração administrativa caracteriza-se pela divisão equipe de delegacia especializada de atendimento à mulher pren-
de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica de deu Jorge em flagrante delito, pela prática de tentativa de feminicí-
direito público. dio, tendo sido apreendida a arma de fogo utilizada no crime. Após
( ) CERTO as diligências procedimentais do auto de prisão em flagrante e da
( ) ERRADO apreensão da arma de fogo, o delegado adjunto lavrou o auto de
infração pela apreensão da arma de fogo, aplicando multa em des-
favor de Jorge.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta
(A) A autoridade policial exerceu, concomitantemente, o poder
de polícia judiciária e o poder de polícia administrativo.
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(B) A lavratura do auto de infração decorre do poder de polícia 12. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Auxiliar de Perícia
judiciária, pois é consequência da apreensão da arma de fogo
utilizada no crime. Relativamente à responsabilidade do Estado e aos princípios da
(C) A multa aplicada será graduada pela autoridade competen- administração pública, julgue o item que se segue.
te, de acordo com a conveniência e oportunidade. Em casos de dano a pessoas causado por evento da natureza, o
(D) O delegado adjunto poderia ter deixado de aplicar a multa Estado poderá ser responsabilizado civilmente por omissão.
pela apreensão da arma de fogo, em razão da sua discriciona- ( ) CERTO
riedade administrativa. ( ) ERRADO
(E) É ilegítima a aplicação de multa pela apreensão da arma de
fogo, pois depende de autorização judicial. 13. CESPE / CEBRASPE - 2023 - AGER - Mato Grosso - Inspetor
Regulador
8. CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-ES - Delegado de Polícia
A respeito do poder de polícia, julgue os próximos itens. No que se refere à responsabilidade estatal, a teoria do risco
integral afasta as excludentes de responsabilidade na hipótese de
I Segundo o texto constitucional, o poder de polícia é exercido danos decorrentes de
exclusivamente pelas corporações especializadas da polícia civil e (A) desabamento de obra pública.
da polícia militar. II Para o exercício adequado do poder de polícia, (B) fuga de detento de estabelecimento prisional.
é necessário que a administração pública obtenha previamente au- (C) conduta médica em hospital público considerada inadequa-
torização do Poder Judiciário. III No exercício do poder de polícia, da.
o município poderá estabelecer os horários de funcionamento dos (D) atos terroristas em aeronave brasileira, dentro ou fora do
estabelecimentos comerciais situados em seu território. país.
(E) enchente ocasionada por falha na limpeza de galerias de
Assinale a opção correta. escoamento pluvial.
(A) Nenhum item está certo.
(B) Apenas o item II está certo. 14. CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de
(C) Apenas o item III está certo. Polícia Federal
(D) Apenas os itens I e II estão certos.
(E) Apenas os itens I e III estão certos. Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item que
se segue.
9. CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-ES - Analista Judiciário - Espe- Conforme a teoria do risco administrativo, uma empresa esta-
cialidade: Oficial de Justiça Avaliador tal dotada de personalidade jurídica de direito privado que exerça
atividade econômica responderá objetivamente pelos danos que
No que se refere a ato administrativo e agentes públicos, julgue seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, resguardado o
o item que se segue. direito de regresso contra o causador do dano.
A revisão de atos administrativos flagrantemente inconstitucio- ( ) CERTO
nais não está sujeita a prazo decadencial. ( ) ERRADO
( ) CERTO
( ) ERRADO 15.CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Audi-
tor de Tributos Municipais - Geral
10. CESPE / CEBRASPE - 2022 - SECONT-ES - Auditor do Estado
- Ciências Jurídicas Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue os seguintes
itens.
Acerca do processo administrativo, julgue o item que se segue.
A competência, no âmbito dos processos administrativos, po- I O caso fortuito e a força maior são causas que excluem a res-
derá ser renunciada em parte por um órgão administrativo em favor ponsabilidade civil do Estado.
de outro, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de II Particular pode propor ação de indenização contra um servi-
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, ainda que dor público que, no exercício da sua função pública, dolosamente
os órgãos não sejam hierarquicamente subordinados. lhe tenha causado prejuízo, dada a sua legitimidade passiva.
( ) CERTO III O Brasil adota a teoria do risco administrativo, segundo a
( ) ERRADO qual o prejudicado deve identificar a conduta culposa do agente pú-
blico para lhe imputar a responsabilização.
11. CESPE / CEBRASPE - 2023 - AGER - Mato Grosso - Analista
Administrativo - Administração Assinale a opção correta.
(A) Apenas o item I está certo.
Com relação a ato administrativo, um dos seus atributos é a (B) Apenas o item II está certo.
(A) unidade. (C) Apenas os itens I e III estão certos.
(B) economicidade. (D) Apenas os itens II e III estão certos.
(C) anualidade. (E) Todos os itens estão certos.
(D) não vinculação.
(E) autoexecutoriedade.
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GABARITO
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1 CERTO
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2 CERTO
3 CERTO ______________________________________________________
4 C ______________________________________________________
5 C
______________________________________________________
6 ERRADO
______________________________________________________
7 A
8 C ______________________________________________________
9 CERTO ______________________________________________________
10 ERRADO
______________________________________________________
11 E
12 CERTO ______________________________________________________
13 D ______________________________________________________
14 ERRADO
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15 A
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou em- § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
prego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será transferido para a reserva, nos destina-se a:
termos da lei; I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ain- entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras in-
da que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no frações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacio-
art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará agregado ao respectivo quadro e nal e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promo- II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e dro-
vido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas gas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fa-
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois zendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de com-
de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a petência;
reserva, nos termos da lei; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; fronteiras;
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária
a partidos políticos; da União.
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indig- § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado
no do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
especial, em tempo de guerra; § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na
privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso ante- § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
rior; carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem militares.
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
37, inciso XVI, alínea “c”; preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares,
IX - (Revogado) além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites atividades de defesa civil.
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do mi- § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador
litar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, considera- a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela
das as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpri- Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
das por força de compromissos internacionais e de guerra. § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos
serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço a eficiência de suas atividades.
militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
encargos que a lei lhes atribuir. destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei.
CAPÍTULO III § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
DA SEGURANÇA PÚBLICA órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
art. 39.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e res- § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos públicas:
seguintes órgãos: I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trân-
I - polícia federal; sito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao
II - polícia rodoviária federal; cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
III - polícia ferroviária federal; II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
IV - polícias civis; Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
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DIREITO MILITAR
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, con- Da mesma forma, durante a investigação policial militar, o en-
tra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de carregado do IPM poderá efetuar a detenção cautelar do indiciado
serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, que cometer crime militar próprio, por até 30 dias, sem necessida-
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para de de ordem da autoridade judicial competente, que deverá entre-
aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. (em tanto ser comunicada.
razão do objeto) A anotação não foi precisa já que a hipótese de um fato estar
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra previsto tanto no Código Penal Militar como na legislação penal co-
a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência mum caracteriza o crime impropriamente militar cuja competên-
do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) cia num primeiro momento é da Justiça Militar, pelo princípio da
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra Especialização, e a remissão a ela (a anotação) é feita apenas para
a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, se aquilatar a dificuldade que encontra o jurista pátrio não afeito
serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no às lides da caserna para a exata compreensão do que seja o crime
contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) militar em relação com o crime comum.
I - do cumprimento de atribuições que lhes forem estabeleci- Portanto, há de se concluir que crimes propriamente milita-
das pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da De- res são aqueles tipificados numa legislação militar, sem que haja
fesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) conduta correspondente descrita em normas comuns, cujo objeto
II - de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de jurídico é a proteção da instituição militar, pelo que versa sobre as
missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei nº infrações de deveres militares, podendo, por isso, ser praticados
13.491, de 2017) apenas por militares ou assemelhados como, por exemplo, o crime
III - de atividade de natureza militar, de operação de paz, de de deserção (Art. 187, do CPM), abandono de posto (Art. 195, do
garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas CPM), desacato a superior (Art. 298, CPM), dormir em serviço, (Art.
em conformidade com o disposto no Art. 142 da Constituição Fede- 203, do CPM), etc. enquanto que os crimes impropriamente mili-
ral e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº tares são aqueles que mesmo estando descritos no Código Penal
13.491, de 2017) Militar, podem vir a ser cometidos por qualquer pessoa como é o
a) Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro caso do delito de homicídio (Art. 205, do CPM), delito de furto (Art.
de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 240, do CPM), etc.
b) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída A Lei 13.491/2017 promoveu mudanças referentes ao Crime
pela Lei nº 13.491, de 2017) Militar Impropriamente Comum. Esta lei inovou o ordenamento
c) Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de jurídico brasileiro e alterou o artigo 9º do Código Penal Militar, am-
Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) pliando o rol de crimes militares. Desde então, serão considerados
d) Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Inclu- crimes militares também os crimes previstos na lei penal comum
ída pela Lei nº 13.491, de 2017) (art. 9º, inciso II, CPM).
Crime Propriamente e Impropriamente Militar Crime Militar Impropriamente Comum (Crime Militares por
A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXI utiliza-se Extensão)
do termo propriamente militar quando garante que “ninguém será É aquele que, apesar de não encontrar previsão expressa no
preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamen- CPM, pode ser considerado militar por se enquadrar numa das hi-
tada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de trans- póteses do art. 9º, II do CPM). São considerados crimes militares
gressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. O por extensão, que são os crimes da legislação comum (Código Pe-
Código Penal Comum também faz menção ao termo em seu artigo nal e Leis extravagantes), que serão considerados militares, quando
64, inciso II quando assevera que não se consideram os crimes mili- preencherem uma das condições do artigo 9º, inciso II, do Código
tares próprios para efeitos de reincidência. No entanto, ficou encar- Penal Militar.
go de a doutrina definir o que seria crime propriamente militar ou Após as alterações promovidas pela Lei 13.491/2017, passaram
crime militar próprio. a ser crimes impropriamente militares, toda e qualquer conduta de-
Em uma definição bem simples pode-se dizer que crime pro- litiva tipificada em lei penal, comum ou militar, quando levadas a
priamente militar é aquele que só está previsto no Código Penal efeito na presença de circunstâncias específicas.
Militar, e que só poderá ser cometido por militar, como aqueles Em síntese, todos os crimes previstos em leis penais extrava-
contra a autoridade ou disciplina militar ou contra o serviço militar gantes, ainda que não estejam igualmente tipificados no Código
e o dever militar. Já o crime impropriamente militar está previsto Penal Militar, quando cometidos por militar em situação de ativi-
ao mesmo tempo, tanto no Código Penal Militar como na legislação dade e nas condições do inciso II do artigo 9º do referido codex,
penal comum, ainda que de forma um pouco diversa (roubo, homi- em especial, estar ele em serviço ou atuando em razão da função,
cídio, estelionato, estupro, etc.) e via de regra, poderá ser cometido independentemente do local, ou, ainda, estando de folga, mas em
por civil. local sujeito à administração militar, passaram a ser imediatamente
No crime propriamente militar a autoridade militar poderá considerados crimes militares.
prender o acusado sem que este esteja em flagrante delito e mes- Ao dar nova redação ao inciso II para, agora, preconizar “os cri-
mo sem ordem judicial, situação impossível de se imaginar em rela- mes previstos neste Código e os previstos na legislação penal”, a
ção ao crime comum. Lei nº 13.491/2017 arrastou o Código Penal Comum e a legislação
penal extravagante para dentro da definição de crime militar em
tempo de paz, se presentes as já mencionadas circunstâncias2.
2 [ https://jus.com.br/artigos/64237/lei-n-13-491-2017-nova-defini-
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Ex. O delito de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio (art. Oficial de Dia é o Representante do Comandante da Unidade
122, CP), não previsto no CPM, se praticado entre militares será um que opera na área administrativa como responsável, durante o seu
crime de natureza militar por força da nova redação do inciso II do turno, fora do expediente, pela conservação e guarda da guarnição
artigo 9º do CPM, que engloba também os crimes previstos na legis- militar e suas instalações.
lação comum, conjugando-se com a alínea “a” do citado dispositivo Na Marinha do Brasil, recebe a denominação de Oficial de Ser-
penal. viço e esse a bordo de navio, em regime de viagem, na estação de
controle da manobra, denomina-se Oficial de Quarto.
Da violência contra superior ou oficial de serviço
Do desrespeito a superior e do vilipêndio a símbolo nacional
Violência contra superior ou farda
Art. 157. Praticar violência contra superior:
Pena - detenção, de três meses a dois anos. Desrespeito a superior
Formas qualificadas Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não consti-
agente, ou oficial general: tui crime mais grave.
Pena - reclusão, de três a nove anos.
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de ser-
de um terço. viço
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da
pena da violência, a do crime contra a pessoa. unidade a que pertence o agente, oficial-general, oficial de dia, de
§ 4º Se da violência resulta morte: serviço ou de quarto, a pena é aumentada da metade.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em O crime de desrespeito a superior exige que o ato desrespeito-
serviço. so seja praticado “diante de outro militar”, ainda que o tipo penal
não exige que seja na presença física. Portanto, a presença pode
Trata-se de crime propriamente militar, no qual a sua consu- ser por videoconferência, qualquer forma online, ligação telefônica
mação ocorre quando o autor atinge fisicamente o superior, seja (conferência), dentre outras.
direta, seja indiretamente[ https://qcon-assets-production.s3.ama- O crime é cometido de forma livre. Isto é, pode ser praticado de
zonaws.com/slides/materiais_de_apoio/6327/5b556b5d4586eb- forma oral, por escrito, por gesto, etc.
2d0759667ab5afe42ed7e237c0.pdf]. Quando o tipo penal exigiu que o ato desrespeitoso ocorra
A violência referida é física, que não necessariamente implica “diante de outro militar” visou tutelar a disciplina militar, razão pela
em lesões corporais, mas na prática de qualquer ato material vio- qual não se exige a presença física, na medida em que a quebra da
lento por parte do inferior em face de seu superior hierárquico. (Ex.: disciplina militar ocorrerá ainda que não haja presença física, mas
puxar o cabelo, agarrar violentamente o seu superior, etc.). desde que o desrespeito chegue ao conhecimento de outro militar.
Não se configura violência contra superior o ato de cuspir sobre Para que haja o crime previsto no art. 160 do CPM é necessá-
ele, pois tal fato poderá se enquadrar em outros tipos penais como ria a presença de pelo menos três militares. O ofensor, o superior
o desrespeito à superior (art. 160 do CPM) ou desacato a superior hierárquico e o terceiro que toma conhecimento do ato de desres-
(art. 298 do CPM). peito.
O bem jurídico tutelado não é, a princípio, a integridade física Na hipótese em que não houver a presença de outro militar
do superior, mas sim a hierarquia e a disciplina militares. poderá ser fato atípico ou injúria, a depender do caso concreto.
Despojar significa despir ou jogar fora, conforme o caso concre- Crimes militares em tempo de paz
to. O objeto é o uniforme (veste exclusiva do militar, farda), a con- Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
decoração militar (símbolo de honra, corporificado por qualquer I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de
meio, como ocorre com a medalha), insígnia (emblema que designa modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer
o posto) ou distintivo (sinais ostentados pelo militar). que seja o agente, salvo disposição especial;
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legisla-
Da coação irresistível e da obediência hierárquica ção penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491,
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime: de 2017)
Coação irresistível a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir militar na mesma situação ou assemelhado;
segundo a própria vontade; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em
lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou
Coação consiste em empregar força física (vis compulsiva) no reformado, ou assemelhado, ou civil;
intuito de que alguém faça ou deixe de fazer algo. Todavia, entende- c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em
-se ainda que, mesmo que o art. 38 do CPM não ter feito distinção, comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do
é necessário considerar que para tal dispositivo legal somente está lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
inserida a coação moral (grave ameaça) que excluirá a culpabilidade reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
por inexigibilidade de conduta adversa3. d) por militar durante o período de manobras ou exercício, con-
Quando houver coação física, o coator responderá pelo delito tra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
praticado, contudo, sob o coato não poderá sequer pesar qualquer e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, con-
denúncia por não haver conduta e, consecutivamente, não haverá tra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem adminis-
fato típico. Já para coação moral irresistível, o coator responderá trativa militar;
pelo cometimento da infração penal militar, enquanto o coato, será f) revogada. (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
isentado de pena por inexigibilidade de conduta adversa. III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado,
ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como
Obediência hierárquica tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárqui- seguintes casos:
co, em matéria de serviços. a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a
§1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem. ordem administrativa militar;
§2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em
manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Mi-
execução, é punível também o inferior. nistério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente
ao seu cargo;
A ordem de superior hierárquico é a manifestação de vonta- c) contra militar em formatura, ou durante o período de pron-
de do titular de uma função pública a um funcionário que lhe é tidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento,
subordinado, no sentido de que realize uma conduta (positiva ou acantonamento ou manobras;
negativa), ou seja, trata-se em si de um ato administrativo interna d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, con-
corporis de um superior hierárquico ao seu subordinado visando tra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de
o funcionamento da Administração[ usmilitaris.com.br/sistema/ar- serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública,
quivos/doutrinas/obediencia.pdf]. administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para
Em certos casos, a obediência deve ser absoluta e não relativa, aquêle fim, ou em obediência a determinação legal superior.
como acontece no sistema militar, em que não cabe ao subordinado § 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra
a análise da legalidade da ordem. Então, se a ordem é ilegal, é ilegal a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência
também o fato praticado pelo subordinado. do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)
Mas, como não lhe cabe discutir sobre sua legalidade, encon- § 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra
tra-se no estrito cumprimento de dever legal (dever de obedecer à a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil,
ordem). A possibilidade de um subordinado contestar uma ordem serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no
de seu superior relativa a matéria de serviço é extremamente difícil, contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
principalmente em razão da presunção de legitimidade inerente ao I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabele-
ato administrativo praticado por este. cidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da
Se o militar agir em estrita obediência a ordem direta de su- Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
perior hierárquico, em matéria de serviços responderá pelo crime II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou
somente o autor da ordem, salvo se a ordem do superior tem por de missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei
objeto a prática de ato manifestamente criminoso ou houver exces- nº 13.491, de 2017)
so nos atos ou na forma da execução. III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de
garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas
em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Fede-
3 [ https://jus.com.br/artigos/47051/a-exclusao-da-culpabilidade-em- ral e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº
-caso-de-reconhecimento-da-coacao-moral-irresistivel-em-relacao-a- 13.491, de 2017)
os-crimes-contra-o-dever-militar]
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a) Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro Separação de praças especiais e graduadas
de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) Parágrafo único. Para efeito de separação, no cumprimento da
b) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pena de prisão, atender-se-á, também, à condição das praças espe-
pela Lei nº 13.491, de 2017) ciais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das que
c) Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de tenham graduação especial.
Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
d) Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Inclu- Pena do assemelhado
ída pela Lei nº 13.491, de 2017) Art. 60. O assemelhado cumpre a pena conforme o pôsto ou
graduação que lhe é correspondente. (Vide Lei nº 14.688, de 2023)
Vigência
DAS PENAS: DAS PENAS PRINCIPAIS; DA APLICAÇÃO DA
PENA; DAS PENAS ACESSÓRIAS; EFEITOS DA CONDENA- Pena dos não assemelhados
ÇÃO; DA INSUBORDINAÇÃO; ABANDONO DE POSTO; DES- Parágrafo único. Para os não assemelhados dos Ministérios Mi-
CUMPRIMENTO DE MISSÃO; EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO litares e órgãos sob contrôle dêstes, regula-se a correspondência
pelo padrão de remuneração.
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Art. 83. As penas não privativas de liberdade são aplicadas dis- Inabilitação para o exercício de função pública
tinta e integralmente, ainda que previstas para um só dos crimes Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pú-
concorrentes. blica, pelo prazo de dois até vinte anos, o condenado a reclusão por
( ) mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de
CAPÍTULO V poder ou violação do dever militar ou inerente à função pública.
DAS PENAS ACESSÓRIAS
Termo inicial
Penas Acessórias Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de
Art. 98. São penas acessórias: função pública começa ao têrmo da execução da pena privativa de
I - a perda de pôsto e patente; liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou
II - a indignidade para o oficialato; da data em que se extingue a referida pena.
III - a incompatibilidade com o oficialato;
IV - a exclusão das fôrças armadas; Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela
V - a perda da função pública, ainda que eletiva; Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais
VI - a inabilitação para o exercício de função pública; de dois anos, seja qual fôr o crime praticado, fica suspenso do exer-
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; cício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execução
VIII - a suspensão dos direitos políticos. da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (art.
113).
Função pública equiparada
Parágrafo único. Equipara-se à função pública a que é exercida Suspensão provisória
em emprêsa pública, autarquia, sociedade de economia mista, ou Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a sus-
sociedade de que participe a União, o Estado ou o Município como pensão provisória do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela.
acionista majoritário.
Suspensão dos direitos políticos
Perda de pôsto e patente Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade
Art. 99. A perda de pôsto e patente resulta da condenação a ou da medida de segurança ìmposta em substituição, ou enquanto
pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e im- perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode
porta a perda das condecorações. votar, nem ser votado.
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to que não ficar concluído às dezoito horas será encerrado, para Advocação
prosseguir no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado § 2º Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade
do inquérito. que o delegou poderá avocá-lo e dar solução diferente.
§ 3º Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adia- Remessa do inquérito à Auditoria da Circunscrição
da para o primeiro dia que o fôr, salvo caso de urgência. Art. 23. Os autos do inquérito serão remetidos ao auditor
da Circunscrição Judiciária Militar onde ocorreu a infração penal,
Prazos para terminação do inquérito acompanhados dos instrumentos desta, bem como dos objetos que
Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o interessem à sua prova.
indiciado estiver prêso, contado esse prazo a partir do dia em que
se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quan- Remessa a Auditorias Especializadas
do o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em que se § 1º Na Circunscrição onde houver Auditorias Especializadas
instaurar o inquérito. da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, atender-se-á, para a re-
messa, à especialização de cada uma. Onde houver mais de uma na
Prorrogação de prazo mesma sede, especializada ou não, a remessa será feita à primeira
§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte Auditoria, para a respectiva distribuição. Os incidentes ocorridos no
dias pela autoridade militar superior, desde que não estejam con- curso do inquérito serão resolvidos pelo juiz a que couber tomar
cluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de di- conhecimento do inquérito, por distribuição.
ligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de prorro- § 2º Os autos de inquérito instaurado fora do território nacio-
gação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido nal serão remetidos à 1ª Auditoria da Circunscrição com sede na Ca-
antes da terminação do prazo. pital da União, atendida, contudo, a especialização referida no § 1º.
a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por 5. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MJSP - Técnico Especializado em
documentos ou outras provas materiais; Gestão de Ativos e Parcerias
b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou Acerca de segurança pública, julgue o item seguinte.
publicação, cujo autor esteja identificado; A remuneração dos servidores que integram a segurança pú-
c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal blica deve ser fixada exclusivamente por subsídio estabelecido em
Militar. parcela única.
( ) CERTO
( ) ERRADO
QUESTÕES
6. CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária
A respeito dos crimes militares em tempo de paz, julgue o item
1. CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal subsequente.
À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item que se se- Se um militar preso, por decisão judicial, em uma organização
gue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do militar, tentar evadir-se da prisão, usando violência contra a pessoa,
Estado e das instituições democráticas. ele responderá por crime militar.
A competência da PRF, instituição permanente, organizada e ( ) CERTO
mantida pela União, inclui o patrulhamento ostensivo das rodovias ( ) ERRADO
e das ferrovias federais.
( ) CERTO 7. CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária
( ) ERRADO A respeito dos crimes militares em tempo de paz, julgue o item
subsequente.
2. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PC-AL - Delegado de Polícia Civil Comete crime propriamente militar o cidadão alistado para o
Em relação às forças armadas e ao meio ambiente, julgue o serviço militar que, convocado à incorporação, apresenta-se dentro
item subsequente. do prazo, mas ausenta-se antes do ato oficial de incorporação.
A Constituição Federal de 1988 define como poderes apenas o ( ) CERTO
Legislativo, o Executivo e o Judiciário e, ao tratar das forças arma- ( ) ERRADO
das, atribui-lhes funções essencialmente militares e de segurança
do país, de modo que, segundo a interpretação predominante do 8. CESPE - 2017 - DPU - Defensor Público Federal
papel delas, não lhes cabe exercer nenhum poder moderador de À luz do direito penal militar, julgue o item a seguir, relativo
possíveis conflitos entre os três poderes. a suspensão condicional da pena, livramento condicional, penas
( ) CERTO acessórias e extinção da punibilidade.
( ) ERRADO O cometimento de crime de traição, espionagem ou cobardia,
ou outros elencados no CPM, sujeita o oficial infrator, independen-
3. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MJSP - Técnico Especializado em temente da pena aplicada, a declaração de indignidade para o ofi-
Pesquisa e Análise de Dados cialato.
A segurança pública é exercida para a preservação da ordem ( ) CERTO
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. No que se ( ) ERRADO
refere a esse assunto, julgue o item que segue.
As polícias civis dos estados detêm atribuição para a apuração 9. CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU - Direito
das infrações penais, ressalvadas as de competência federal e as Com base em normas do direito processual penal militar e do
militares. entendimento de tribunais superiores, julgue o próximo item.
( ) CERTO Segundo o entendimento do Superior Tribunal Militar, o inqué-
( ) ERRADO rito policial militar deverá ser trancado quando não houver indícios
suficientes de autoria ou de materialidade.
4. CESPE / CEBRASPE - 2022 - MJSP - Técnico Especializado em ( ) CERTO
Pesquisa e Análise de Dados ( ) ERRADO
A segurança pública é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. No que se
refere a esse assunto, julgue o item que segue.
À Polícia Federal incumbem o policiamento de fronteiras e o
controle de pessoas que tentam entrar no território brasileiro pelas
vias aérea e marítima, cabendo à Polícia Rodoviária Federal tal atri-
buição em relação às fronteiras terrestres.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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3 CERTO
4 ERRADO _____________________________________________________
5 CERTO _____________________________________________________
6 CERTO
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7 CERTO
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8 CERTO
9 ERRADO ______________________________________________________
10 ERRADO ______________________________________________________
11 CERTO
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