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BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
3. A falta de entrega de documentos, a entrega de documentos posse e exercer as suas actividades, após o visto do Tribunal
fora do prazo, a entrega de documentos falsos, a entrega de Administrativo competente do documento de provimento, sem
documentos incompletos, implica a reprovação do candidato. prejuízo de posteriormente vier a ser submetido a publicação
4. O prazo para a entrega dos documentos referidos no número no Boletim da República.
1 do presente artigo é de 30 dias a contar da data da publicação
dos resultados. ARTIGO 9
5. É proibida a realização de testes de HIV/SIDA aos
(Início de actividades e compromisso de honra)
candidatos a vaga na função pública sem o seu consentimento.
6. O disposto no presente artigo aplica-se igualmente aos 1. O início de actividades conta-se a partir da posse, salvo
concursos de contratação. quando for expressamente determinado em momento anterior.
2. No acto da posse, deve ser lido o respectivo auto
ARTIGO 6 e o empossado deve prestar compromisso de honra.
(Contratos)
3. O compromisso de honra obedece à seguinte fórmula:
a) Para as entidades nomeadas pelo Presidente da República:
1. A Presidência da República pode celebrar contratos, com “'W
PQOGLWTQRQTOKPJCJQPTCUGTXKTſGNOGPVG
dispensa de concurso por um período até cinco anos, podendo o Estado e a pátria moçambicana e dedicar
ser renovados por igual período uma única vez para lugares de todas as minhas energias ao serviço do povo
assessoria e apoio geral previstos no respectivo quadro de pessoal. moçambicano no exercício das funções que me
2. A Assembleia da República e o Gabinete do Primeiro UºQEQPſCFCURGNQ2TGUKFGPVGFC4GRÕDNKEC”.
Ministro podem celebrar contratos com dispensa de concurso,
b) Para os restantes funcionários:
por um período até cinco anos podendo ser renovados por
igual período uma única vez para o pessoal da área de apoio ‘’'W
PQOGLWTQRQTOKPJCJQPTCUGTXKTſGNOGPVG
PCUTGUKFÄPEKCUQſEKCKUGRTQVQEQNCTGURTGXKUVQUPQUTGURGEVKXQU o Estado e a pátria moçambicana e dedicar
quadros de pessoal. todas as minhas energias ao serviço do povo
2CTC CU ECTTGKTCU FG RTQHGUUQTGU G RTQſUUKQPCKU FG UCÕFG moçambicano no exercício das funções e tarefas
que me são conferidas por lei”.
podem ser celebrados contratos, antecedidos de abertura de
concurso público, por um período até cinco anos podendo 4. Cabe ao dirigente com competência para nomear ou a quem
ser renovados por igual período uma única vez previstos nos este designar, conferir posse e enunciar os principais direitos
respectivos quadro de pessoal. e deveres do empossado.
4. Os contratos celebrados a luz do presente artigo não 5. O auto de posse deve constar de livro próprio com termo
conferem aos agentes a qualidade de funcionários do Estado. de abertura e encerramento e as folhas devem ser numeradas
5. O contrato é celebrado por escrito e deve constar o seguinte: e rubricadas.
6. O auto de posse é assinado pelo dirigente que preside o acto,
a) Nome do dirigente com competência para contratar pelo empossado e pelo funcionário do Estado que o elaborou.
e do agente do Estado; 7. Após a tomada de posse o funcionário ou agente do Estado
b) Actividade a realizar, a remuneração, a duração, os assina o termo de início de actividades.
deveres e direitos do agente do Estado;
c) Data e as assinaturas do dirigente com competência para ARTIGO 10
contratar e do agente do Estado;
d) Outros elementos julgados pertinentes. (Urgente conveniência de serviço)
'ZEGREKQPCNOGPVGCGſE¶EKCFQUCEVQUGEQPVTCVQUUWLGKVQU
ARTIGO 7
´ſUECNK\CÁºQRTÃXKCFCLWTKUFKÁºQCFOKPKUVTCVKXCRQFGTGRQTVCT
(Competência) se à data anterior ao visto, desde que declarada por escrito
1. São competentes para celebrar contratos os dirigentes pelo membro do Governo ou entidade competente a urgente
com competência para nomear e outros indicados em legislação conveniência de serviço e diga respeito a:
GURGEÈſEC a) Nomeação de magistrados judiciais e do Ministério
2. São igualmente competentes as entidades às quais forem Público, secretários permanentes dos ministérios,
delegadas competências para celebrar contratos. directores nacionais, secretários permanentes
provinciais, administradores distritais, secretários
ARTIGO 8 permanentes distritais, chefes de posto administrativo
FCUCWVQTKFCFGUEKXKUFQRGUUQCNVÃEPKEQRTQſUUKQPCN
(Tomada de posse)
de saúde de nível básico, médio e superior, professores
#PQVKſECÁºQFQHWPEKQP¶TKQRCTCVQOCFCFGRQUUGÃHGKVC de qualquer nível ou categoria, pessoal técnico
através de chamada telefónica, por edital a ser publicado no jornal RTQſUUKQPCNCIT¶TKQFGPÈXGND¶UKEQOÃFKQGUWRGTKQT
de maior circulação, na vitrina da instituição, na página de internet TGEGDGFQTGUVGUQWTGKTQUQſEKCKUFGLWUVKÁCGCUUKUVGPVGU
da instituição ou na rádio. FG QſEKCKU FG LWUVKÁC RGUUQCN CHGEVQ CQU UGTXKÁQU
2. O prazo para tomada de posse, pode ser prorrogado a pedido prisionais, ao censo populacional e ao serviço de
do visado até o máximo de 30 dias. eleições;
3. O pedido de prorrogação do prazo para tomada de posse, é b) Nomeação para o exercício de funções em regime
submetido 10 dias antes do termo do prazo de 30 dias estabelecido especial de actividades, nomeadamente, comissão
no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado. de serviço, destacamento, substituição e acumulação
4. Os funcionários que gozam do regime de urgente de funções;
conveniência de serviço podem tomar posse, e entrar em exercício c) Contratos que prorrogam outros anteriores permitidos por
e receber vencimentos antes do visto do Tribunal Administrativo. lei desde que as condições sejam as mesmas;
5. Havendo necessidade imperiosa de assegurar os serviços d) Contratos de qualquer natureza decorrentes de caso
públicos, o funcionário ou agente do Estado pode tomar fortuito ou força maior.
26 DE FEVEREIRO DE 2018 255
2. Durante o período de faltas referidas no número anterior 2. Findo o período referido no n.º 1 do presente artigo,
o funcionário ou agente do Estado mantém todos os direitos o funcionário agente passa à situação de incapacidade temporária
inerentes ao cargo ou função que desempenha. devendo auferir em 75% das respectivas remunerações.
3. Volvidos 365 dias e prologando-se a doença do funcionário
ARTIGO 45
ou do agente do Estado, este passa à situação de incapacidade
(CNVCUKPLWUVKſECFCU fora do quadro.
5ºQEQPUKFGTCFCUKPLWUVKſECFCUVQFCUCUHCNVCUPºQRTGXKUVCU ARTIGO 50
nos artigos anteriores.
2. A ausência do funcionário ou agente do Estado do seu local (Doenças)
de trabalho após a assinatura do livro de ponto, sem autorização,
EQTTGURQPFG´HCNVCKPLWUVKſECFC 1. O funcionário ou agente do Estado suspeito de sofrer de
doenças pulmonares obstrutivas crónicas, doenças crónicas não
ARTIGO 46 VTCPUOKUUÈXGKUFQGPÁCUFGKPUWſEKÄPEKCTGPCNETÎPKECFQGPÁCU
%QPUGSWÄPEKCFCHCNVCKPLWUVKſECFC auto imunes, doenças de fórum psiquiátrico e psicológico, devem
ser presentes à Junta de Saúde por iniciativa dos serviços, dos
#HCNVCKPLWUVKſECFCKORNKECRCTCCNÃOFQRTQEGFKOGPVQ
hospitais ou centros de saúde.
disciplinar que possa caber, a perda do vencimento correspondente
2. As faltas dadas até à decisão da Junta de saúde são:
e de 3 dias na antiguidade.
#UHCNVCUKPLWUVKſECFCUUGIWKFCUQWKPVGTRQNCFCUCVÃFKCU a %CUQ C FQGPÁC PºQ UGLC EQPſTOCFC LWUVKſECFCU GO
dão lugar a procedimento disciplinar. relação ao período em que o funcionário ou agente de
Estado esteve afastado do serviço;
ARTIGO 47 b%CUQUGLCEQPſTOCFCEQPUKFGTCFCUEQOQRCTVGKPVGITCPVG
(Desconto das faltas nas férias) do regime especial de assistência.
1. Não são descontadas nas férias as seguintes faltas dadas no 3. São abrangidos pelo regime especial de assistência o
ano civil anterior: funcionário ou agente do Estado portador de doenças referidas
a) Até à apresentação à Junta de Saúde; no n.º 1 do presente artigo bem como o de HIV/SIDA.
b) As faltas resultantes de acidente em serviço; 4. É expressamente proibido submeter qualquer funcionário
c#ULWUVKſECFCURQTFQGPÁCQWTGUWNVCPVGUFCUKVWCÁºQFG ou agente do Estado aos testes de HIV/SIDA, sem o seu expresso
licença por doença até 30 dias; consentimento.
d) Por motivo de prestação de serviço militar;
e) Um dia por cada doação de sangue. ARTIGO 51
1FGUEQPVQFGHCNVCULWUVKſECFCURQTFQGPÁCQWTGUWNVCPVGU (Regime especial de assistência)
da situação de licença por doença por período superior a 30
1. O regime especial de assistência aplicável nos casos
dias nunca priva o funcionário ou agente do Estado do gozo
de 7 dias de férias. referidos no artigo anterior, compreende:
a) A dispensa total dos serviços;
ARTIGO 48 b) O pagamento das despesas de deslocação dentro do
(Dispensa) país para local diferente do da sua residência para
efeitos de tratamento e internamento, quando indicado
1. Considera-se dispensa a ausência autorizada do funcionário
ou agente do Estado dos serviços por um período não superior pela Junta de Saúde;
a 72 horas mensais. c) A manutenção dos direitos inerentes à sua carreira
2. A pedido do funcionário ou agente do Estado pode ser ou categoria.
concedida uma dispensa nos termos do número anterior para 2. Nos casos em que a Junta de Saúde o declare necessário, pode
tratar assuntos pessoais. o dirigente do órgão central e local, em relação ao funcionário ou
3. O pedido de dispensa é concedido pelo superior hierárquico
agente do Estado que lhe é subordinado, autorizar o abono de um
da unidade orgânica onde o funcionário ou agente do Estado está
afecto, na ausência deste, pelo superior hierárquico directo do subsídio até 30% do seu vencimento.
funcionário ou agente do Estado.
ARTIGO 52
4. As dispensas referidas no presente artigo são descontadas
nas férias. (Termo do regime especial)
5. As dispensas cuja duração for inferior a da jornada laboral
1. A situação de regime especial de assistência não pode ser
são acumuladas até perfazerem 8 horas correspondentes a jornada
laboral. superior a 2 anos.
2. Findo o período referido no número anterior , o funcionário
SECÇÃO III ou agente do Estado passa à situação de aposentado.
Licenças
ARTIGO 53
ARTIGO 49
(Acidente em missão de serviço)
(Licença por doença)
O regime especial de assistência referido no artigo 51 do
1. Durante o período de licença por doença, o funcionário
ou agente do Estado mantém o direito aos vencimentos resultantes presente regulamento é extensivo ao funcionário ou agente
da carreira, categoria ou função que exerce até ao máximo de 6 do Estado acidentado em missão de serviço, desde que a
meses. culpabilidade do acidente não lhe seja imputada.
260 I SÉRIE — NÚMERO 40
ARTIGO 54 5GFWTCPVGQFGEWTUQFCNKEGPÁCUGXGTKſECTCTGGUVTWVWTCÁºQ
(Passagem para familiares por morte do funcionário ou agente
ou extinção da instituição na qual o funcionário estava vinculado
do Estado em missão do serviço) e o reingresso deste não possa ter lugar, o processo individual é
remetido a entidade que superintende a área da função pública,
Em caso de morte de funcionário ou agente do Estado, após o regresso, a quem compete determinar a instituição em
resultante de acidente em missão de serviço fora do local do que é colocado.
FQOKEÈNKQQſEKCNEQPUVKVWKGPECTIQFQ'UVCFQ
a) Quando o funeral se efectuar na região de ocorrência, o ARTIGO 57
abono das passagens para os familiares, até ao máximo (Licença para o acompanhamento do cônjuge colocado
de cinco; no estrangeiro)
b) Optando os familiares pelo funeral no domicílio do
1. A licença para acompanhamento do cônjuge colocado no
funcionário ou agente do Estado falecido, as despesas
estrangeiro é concedida pelo dirigente competente, a requerimento
resultantes da transladação do corpo.
do interessado devidamente fundamentado.
ARTIGO 55 2. A concessão da licença por período superior a 1 ano implica
a abertura de vaga.
(Licença por luto)
3. O período de licença não dá direito à percepção da
1. Por motivo de morte de familiares nos termos do Estatuto renumeração e interrompe a contagem de tempo para efeitos
Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, são concedidas de aposentação, promoção, progressão e mudança de carreira
licenças até: RTQſUUKQPCN
a) 6 dias de calendário por motivo de falecimento do 4. A licença pode iniciar-se em data posterior ao do início de
cônjuge incluindo a união de facto, pais, padrasto, funções do cônjuge no estrangeiro, desde que o interessado alegue
OCFTCUVC UQITQU ſNJQU KTOºQU GPVGCFQU IGPTQU conveniência nesse sentido.
e noras; 5. O regresso do funcionário a efectividade de serviço pode
b) 2 dias de calendário em caso de falecimento de avós, ser antecipado a seu pedido.
netos, cunhados, tios, primos e sobrinhos do primeiro 6. Finda a missão do cônjuge no estrangeiro, o funcionário
grau. requer ao dirigente respectivo o regresso a actividade, no prazo
de 30 dias a contar da data do termo da situação.
2. Ao período previsto nas licenças referidas no número
7. O não cumprimento do disposto no número anterior
anterior que implicam a deslocação do funcionário ou agente do
Estado de uma província para a outra são acrescidos no máximo o funcionário incorre um processo disciplinar.
5 dias referentes a viagem de ida e volta conforme a distância e 8. No caso de ter sido preenchida a respectiva vaga, o
o meio de transporte a ser usado. funcionário é integrado na situação de supranumerário, com todos
#LWUVKſECÁºQCVTCXÃUFGEGTVKFºQFGÎDKVQRCUUCIGPUFG os direitos inerentes ao funcionário do quadro.
ida e volta ou guia, conforme os casos, é efectuada logo que o 5GFWTCPVGQFGEWTUQFCNKEGPÁCUGXGTKſECTCTGGUVTWVWTCÁºQ
funcionário ou agente do Estado se apresente ao serviço. ou extinção da instituição na qual o funcionário estava vinculado
4. Nos casos em que o funcionário ou agente do Estado se faz e o reingresso deste não possa ter lugar, o processo individual é
transportar numa viatura particular, o mesmo deve ser portador remetido a entidade que superintende a área da função pública,
de uma guia passada pelos serviços devidamente carimbada após o regresso, a quem compete determinar a instituição em
pelas secretarias provinciais ou distritais mais próxima do local que é colocado.
da realização das cerimónias fúnebres. ARTIGO 58
5. Na situação de licença por luto, o funcionário ou agente do
Estado mantém todos os direitos inerentes ao cargo ou função (Licença registada)
que desempenha. #QHWPEKQP¶TKQFGPQOGCÁºQFGſPKVKXCRQFGUGTEQPEGFKFC
licença registada até 6 meses prorrogáveis até 1 ano, invocando
ARTIGO 56 OQVKXQLWUVKſECFQGRQPFGTQUQ
(Licença para o exercício de funções em organismos internacio- 2. A licença referida no número anterior pode ser concedida
nais) duas vezes, intercalada por período não inferior a 5 anos.
3. O pedido de prorrogação é submetido 30 dias antes
#QHWPEKQP¶TKQFGPQOGCÁºQFGſPKVKXCRQFGUGTEQPEGFKFC do término da licença.
licença para o exercício de funções em organismos internacionais.
4. Se o funcionário que requerer a licença registada for exactor
2. A concessão da licença por período superior a 1 ano implica
de fazenda deve provar pelos meios legais que se encontra quite
a abertura de vaga.
3. O período de licença não dá direito à percepção da com o Estado.
remuneração, interrompe a contagem de tempo para efeitos 5. A concessão da licença implica:
de aposentação, promoção, progressão e mudança de carreira a) Que o respectivo tempo não conta para efeito algum;
RTQſUUKQPCN b) A suspensão da remuneração;
4. Findo o exercício de actividade, o funcionário requer ao c) Que durante o seu gozo, o funcionário não pode exercer
dirigente respectivo o regresso a actividade, no prazo de 30 dias qualquer actividade na função pública, nem exercer
a contar da data do termo da situação. ou invocar direitos fundados na situação anterior;
5. O não cumprimento do disposto no número anterior d) A não abertura de vaga no quadro de pessoal podendo,
o funcionário incorre um processo disciplinar. no entanto, o seu lugar ser provido interinamente até
6. No caso de ter sido preenchida a respectiva vaga, o ao regresso do referido funcionario;
funcionário é integrado na situação de supranumerário, com todos e) O termo da licença registada inicia a contagem do direito
os direitos inerentes ao funcionário do quadro. a férias.
26 DE FEVEREIRO DE 2018 261
5. Finda a licença, o funcionário requer por escrito o seu 3. A paternidade é comprovada através de assento de
reingresso aos serviços, no dia seguinte ao término da licença nascimento, boletim de nascimento ou outro documento
sob pena de ser considerado em falta. idóneo emitido por autoridade administrativa ou comunitária
e é apresentado até 10 dias após o término da licença sob pena
ARTIGO 59
FCUHCNVCUUGTGOEQPUKFGTCFCUKPLWUVKſECFCU
(Licença ilimitada)
ARTIGO 61
1. A licença ilimitada é concedida por tempo indeterminado
CRGFKFQFQHWPEKQP¶TKQFGPQOGCÁºQFGſPKVKXCKORNKECPFQ (Licença de parto)
a) Tempo de licença não dá direito à percepção da 1. A licença de parto consiste na concessão a funcionária ou
remuneração e interrompe a contagem de tempo para agente do Estado parturiente de 90 dias, acumuláveis com as
efeitos de aposentação, promoção e progressão na férias, podendo iniciar 20 dias antes da data provável do parto.
ECTTGKTCRTQſUUKQPCN 2. A licença de parto referida no número anterior
b) Durante o gozo da licença, o funcionário não pode aplica-se também aos casos de parto atermo ou prematuro,
apresentar-se a concurso, ser promovido ou exercer independentemente de ter sido nado vivo ou morto, cujo período
qualquer actividade na função pública, nem exercer ou de gestação seja igual ou superior a 7 meses.
invocar direitos fundamentados na situação anterior; 3. Para efeitos dos n.ºs 1 e 2 do presente artigo a data de parto
c) Abertura de vaga no quadro de pessoal a que o funcionário é demonstrada através da apresentação no local de trabalho
pertence.
de um documento emitido pela unidade hospitalar, autoridade
2. Se o funcionário que requerer a licença ilimitada for exactor administrativa ou comunitária até 30 dias subsequentes.
de Fazenda deve provar pelos meios legais que se encontra quite
com Estado. ARTIGO 62
3. Esta licença é concedida de forma intercalada por período
(Prestação de serviço militar efectivo normal)
não inferior a cinco anos.
4. A licença ilimitada pode cessar a requerimento do 1. O funcionário ou agente do Estado interrompe suas
interessado, após o período mínimo de 1 ano naquela situação, actividades na instituição a que está vinculado, para prestar
reingressando no quadro e na respectiva carreira, classe e escalão serviço militar efectivo normal, mediante apresentação
QWECVGIQTKCRTQſUUKQPCNFGUFGSWGJCLCFKURQPKDKNKFCFGFGXCIC FQFQEWOGPVQQſEKCNSWGEQORTQXGCUWCKPEQTRQTCÁºQ
5. Decorrido 1 ano após o pedido de reingresso, sem existência 2. Concluída a prestação de serviço militar efectivo normal,
de vaga, o funcionário passa à situação de supranumerário, o funcionário ou agente do Estado tem o prazo de 30 dias para
devendo exercer funções não inferiores à carreira, classe e escalão se apresentar a instituição a que está vinculado, sob pena de ser
QWECVGIQTKCRTQſUUKQPCNSWGNJGGUVKXGTCVTKDWÈFC considerado em falta.
6. No caso daquela carreira ou categoria não constar da 3. O funcionário ou agente do Estado que optar em permanecer
nomenclatura aprovada para o aparelho do Estado, é colocado em no serviço militar efectivo normal comunica a instituição a que
ECTTGKTCQWECVGIQTKCRTQſUUKQPCNGSWKXCNGPVGOCUPWPECUWRGTKQT está vinculado no prazo referido no número anterior do presente
1HWPEKQP¶TKQSWGEGUUCCUKVWCÁºQFGNKEGPÁCKNKOKVCFCſEC
artigo para efeitos de mobilidade ou rescisão de contrato conforme
obrigado a exercer a sua actividade no local que lhe for designado,
se trate de funcionário ou agente do Estado.
de acordo com os interesses e necessidades do serviço.
4. A interrupção das actividades referida no n.º 1 do presente
8. O funcionário na situação de licença ilimitada pode
artigo implica a abertura de vaga.
DGPGſEKCT FQ FKTGKVQ ´ CRQUGPVCÁºQ FGUFG SWG UG GPEQPVTGO
satisfeitos os requisitos exigidos. 5. O período de prestação de serviço militar efectivo normal
9. Por morte do funcionário na situação de licença ilimitada, dá direito ao funcionário do Estado à percepção da remuneração,
com direito à aposentação, os seus herdeiros têm direito à pensão contagem de tempo para efeitos de aposentação, promoção,
de sobrevivência, nos termos da legislação aplicavél. progressão e mudança de carreira profissional durante os
10. O cálculo da pensão de aposentação ou de sobrevivência primeiros 2 anos.
é reportado ao vencimento da carreira, categoria, classe e escalão 6. O Período de prestação de serviço militar efectivo normal
do funcionário no momento da aposentação ou da morte. confere ao agente do Estado o direito à percepção da remuneração
11. No caso da carreira ou categoria já não constar da e contagem de tempo para efeitos de aposentação durante os
nomenclatura aprovada para o aparelho do Estado, a remuneração primeiros 2 anos, sem prejuízo da validade do contrato.
a considerar é o que estiver atribuído à carreira ou categoria 7. O incumprimento do disposto nos n.ºs 2 e 3 implica a
equivalente. suspensão dos direitos referidos no número anterior do presente
artigo.
ARTIGO 60 8. Nos casos em que a incorporação do funcionário ou agente
(Licença de paternidade) do Estado para prestação de serviço militar efectivo normal
ocorra a seu pedido os direitos referidos no n.º 5 do presente
1. A licença de paternidade consiste na concessão, ao pai de
uma licença de 7 dias, seguidos ou interpolados, nos 30 dias artigo são assegurados pela entidade que superintende a área da
contados a partir da data do nascimento. defesa nacional.
2. A licença de paternidade referida no número anterior é 9. A instituição a que o funcionário ou agente do Estado está
EQPEGFKFCRQTFKCUSWCPFQUGXGTKſSWGOQTVGQWKPECRCEKFCFG vinculado solicita durante o periodo referido no n.º 5 do presente
física e psíquica da progenitora, devendo a incapacidade ser artigo o ponto de situação do cumprimento do serviço militar
comprovada pela Junta da Saúde. efectivo normal.
262 I SÉRIE — NÚMERO 40
3. Quando o participante seja funcionário ou agente do Estado, 3. Incorre na pena de multa, se pena maior não couber, o
a entidade competente instaura processo disciplinar sempre contra superior hierárquico que não tome decisão no prazo de 45 dias a
o participante quando for infundada e dolosamente apresentada. contar da data da recepção do processo disciplinar.
4. O funcionário ou agente do Estado autor da participação 4. As penas referidas nos n.ºs 2 e 3 do presente artigo são
feita de boa-fé não pode ser, de qualquer modo, prejudicado. aplicadas mediante instauração prévia de processo disciplinar.
ARTIGO 85 ARTIGO 88
(Nomeação do Instrutor e Escrivão) (Suspeição do instrutor e do escrivão)
1. Pode ser nomeado para instrutor um funcionário de serviço O arguido pode requerer a suspeição do instrutor ou do escrivão
diferente daquele a que pertença o arguido, de categoria ou classe do processo disciplinar com base em qualquer dos seguintes
igual ou superior à dele, ou um funcionário nas mesmas condições fundamentos:
solicitado a outro sector. a) Quando o instrutor ou escrivão tiver sido directa
2. O instrutor pode requerer a designação de escrivão, caso não ou indirectamente parte da infracção;
tenha sido nomeado pela entidade que o nomeou instrutor quando
b) Quando o instrutor ou escrivão ou seus cônjuges,
a complexidade do processo o requeira, bem como solicitar
RCTGPVGU QW CſO GO NKPJC TGEVC QW CVÃ ITCW FC
a colaboração de técnicos.
linha colateral, bem como qualquer pessoa com quem
3. As funções de instrutor e de escrivão preferem a quaisquer
outras que o funcionário tenha a seu cargo, podendo determinar- viva em economia comum, tenha interesse no assunto
UGSWGſSWGGZENWUKXCOGPVGCFUVTKVQ´KPUVTWÁºQFQRTQEGUUQUG da infracção;
assim a complexidade do mesmo o aconselhar. c) Quando o instrutor ou escrivão ou seu cônjuge, algum
RCTGPVGQWCſOGONKPJCTGEVCQWCVÃCQITCWFC
ARTIGO 86 linha colateral for credor ou devedor do infractor;
d) Quando o instrutor ou escrivão ou seu cônjuge ou parente
(Instrução do processo)
em linha recta haja recebido dádivas do infractor, antes
1. O instrutor faz autuar o despacho com o auto de notícia, ou depois do cometimento da infracção;
participação ou queixa e procede, em seguida à investigação: e) Se houver inimizade grave ou grande intimidade entre
a) Ouvindo o participante, as testemunhas por este indicadas o arguido e o instrutor ou escrivão ou entre qualquer
e as demais que julgar necessárias; destes e o participante ou o ofendido;
b) Realizando exames e outras diligências que julgue f) Outros previstos na legislação aplicável.
necessárias para se apurar a verdade e juntando
QTGIKUVQDKQIT¶ſEQFQCTIWKFQ ARTIGO 89
c) Ouvindo o arguido sempre que entender conveniente, (Medidas preventivas)
podendo acareá-lo com as testemunhas ou com
o participante. Cabe ao instrutor tomar as medidas apropriadas para que não
2. Durante a fase de instrução do processo pode o arguido se possa alterar o estado dos factos e dos documentos ou livros
requerer a realização de diligências consideradas essenciais para em que se descobriu ou se presume existir irregularidade, nem
o apuramento da verdade, incluindo a audição de testemunhas. que se possa subtrair as provas desta.
3. O instrutor pode indeferir as diligências requeridas quando ARTIGO 90
LWNIWGUWſEKGPVGCRTQXCRTQFW\KFCQWEQPUKFGTGSWGCFKNKIÄPEKC
não tem relação com a infracção de que venha acusado. (Apresentação de defesa)
4. As diligências a realizar fora da localidade onde ocorre o 1. A resposta à nota de acusação é assinada pelo arguido e é
processo disciplinar podem ser requisitadas por nota, à autoridade apresentada no local onde o processo tiver sido instaurado.
administrativa local. 2. Na resposta, o arguido deve expor com clareza, os factos
5. Quando o arguido seja acusado de incompetência e as razões da sua defesa.
RTQſUUKQPCN RQFG Q KPUVTWVQT EQPXKF¶NQ C GZGEWVCT SWCKUSWGT 3. O instrutor inquire até três testemunhas indicadas pelo
trabalhos segundo um programa traçado por dois peritos, arguido por cada facto.
que depois emitem a sua opinião sobre as provas prestadas 4. Com a resposta, o arguido pode apresentar o rol das
e a competência do arguido. testemunhas, juntar os documentos e requerer as diligências que
6. Os peritos referidos no número anterior são indicados pela julgue apropriadas para esclarecer a verdade.
entidade que tiver mandado instaurar o processo disciplinar 5. Se a resposta revelar indícios de nova infracção ou traduzir
ou pelo instrutor e os trabalhos a fazer pelo arguido consistem se em nova infracção dela se extrai certidão, que tem o valor de
em tarefas que habitualmente são executadas por funcionário participação para efeitos de outro processo disciplinar.
ou agente do Estado da mesma categoria ou carreira e serviço. ARTIGO 91
ARTIGO 87 (Produção da prova)
A revisão do processo não suspende o cumprimento da pena. a) Mandar instaurar o respectivo processo disciplinar
havendo matéria para o efeito;
ARTIGO 102 b) Mandar arquivar caso não existam provas indiciárias,
(Efeitos da revisão do processo) por despacho fundamentado;
1. Julgando-se procedente a revisão, a decisão é revogada c) Ordenar outras medidas que julgar pertinentes.
ou alterada.
2. A revogação produz os seguintes efeitos: CAPÍTULO XI
a) O cancelamento do registo da pena no processo individual Cessação da relação de trabalho no Estado
do funcionário ou agente do Estado;
ARTIGO 106
b) A anulação dos efeitos da pena.
3. São respeitadas as situações criadas a outros funcionários (Exoneração por iniciativa do funcionário)
pelo provimento nas vagas abertas em consequência da pena
1. O pedido de exoneração por iniciativa do funcionário
imposta, mas sem prejuízo da antiguidade do funcionário
do Estado punido à data da aplicação da pena. é apresentado mediante requerimento dirigido à entidade
4. Em caso da revogação ou alteração da pena de expulsão, o competente para nomear.
funcionário tem direito a ser provido em lugar de categoria ou #GZQPGTCÁºQRTQFW\GHGKVQUCRCTVKTFCFCVCFCPQVKſECÁºQ
classe de carreira igual ou equiparada ou, não sendo possível, do despacho que a concede.
à primeira vaga que ocorrer na categoria ou classe da carreira 3. Antes da notificação do despacho de exoneração, o
correspondente, exercendo transitoriamente funções fora do
funcionário não pode abandonar o serviço, sob pena de ser
quadro até à sua integração neste.
EQPUKFGTCFQGOHCNVCUKPLWUVKſECFCU
5. O funcionário punido tem direito, em caso de revisão
procedente, a retomar a sua carreira, devendo ser consideradas ARTIGO 107
as promoções e progressões que não se efectivaram por efeito
(Exoneração por iniciativa do Estado)
de punição.
1. O Estado pode exonerar, por sua iniciativa o funcionário do
ARTIGO 103
Estado, com aviso prévio de 90 dias, desde que essa medida se
(Registo do processo)
funde em motivos de reestruturação dos serviços, e desde que não
O número do processo é obrigatoriamente posto na capa do possa ser reintegrado em algum lugar vago no aparelho do Estado.
respectivo processo e registado em livro próprio, do qual consta 2. O aviso prévio é comunicado por escrito ao funcionário
KIWCNOGPVGCKFGPVKſECÁºQFCECTTGKTCQWECVGIQTKCFQCTIWKFQC
KPHTCEÁºQKPFKEKCFCGRQUVGTKQTOGPVGCFGEKUºQſPCNFQFKTKIGPVG abrangido e ao legítimo comité sindical do serviço em que
SECÇÃO IV o funcionário presta actividade.
3. A exoneração referida no n.º 1 do presente artigo é
Sindicância e inquérito
precedida de parecer de legítimo comité sindical do serviço em
ARTIGO 104
que o funcionário preste actividade no prazo de 10 dias, após
(Processo de sindicância) QTGEGDKOGPVQFCTGURGEVKXCPQVKſECÁºQ
1. No início do processo da sindicância, o sindicante deve, 4. Enquanto não for pago o valor da indemnização,
RQTCPÕPEKQQWGFKVCNCCſZCTGONQECNRTÎRTKQEQPXKFCTVQFCC a exoneração por iniciativa do Estado não produz efeitos.
pessoa que tenha razão de queixa ou reclamação contra o regular
funcionamento dos serviços sindicados, à apresentar-se a ele ou ARTIGO 108
submeter a queixa por escrito, devendo esta conter os elementos
FGKFGPVKſECÁºQFQSWGKZQUQ (Denúncia)
2. Concluída a sindicância, o sindicante tem o prazo de 15 dias
para elaborar o relatório e remetê-lo à entidade que a ordenou, A denúncia consiste na notificação, por uma das partes
podendo ser prorrogado por um máximo de 5 dias, pela entidade contratantes da intenção de não renovação do contrato celebrado,
que ordenou a sindicância. devendo ser fundamentada e determinada:
3. O dirigente que mandou instaurar a sindicância e decide
no prazo de 10 dias a contar da data da recepção do relatório. a) Pelo dirigente do respectivo sector ou organismo com
competência para nomear, mediante aviso prévio
ARTIGO 105
de 60 dias relativamente ao termo do contrato;
(Processo de inquérito) b) Pelo agente, mediante aviso prévio de 60 dias,
1. No início do processo de inquérito o dirigente respectivo relativamente ao termo do contrato;
designa o inquiridor com vista a apurar os factos relativos ao c) Fora dos casos referidos nas alíneas anteriores, a cessação
procedimento do funcionário ou agente do Estado. do contrato de prestação de serviços a termo certo,
2. Concluído o inquérito, o inquiridor tem o prazo de 15 dias
para elaborar o relatório e remetê-lo à entidade que o ordenou, a entidade contratante comunica antecipadamente
podendo ser prorrogado por um máximo de 5 dias, pela entidade por escrito, ao agente, no prazo mínimo de 60 dias,
que ordenou o inquérito. a intenção da não renovação do mesmo.
26 DE FEVEREIRO DE 2018 267