Você está na página 1de 15

Sexta-feira, 3 de Março de 2023 I Série – N.

º 42

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 680,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 1 150 831,66 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A 1.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 593.494,01 Imposto de Selo, dependendo a publicação da
Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 310.735,44 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 246.602,21 da Imprensa Nacional - E. P.

ARTIGO 3.º
SUMÁRIO (Dúvidas e omissões)
Presidente da República As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Decreto Presidencial n.º 65/23: aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de Emprego pelo Presidente da República.
e Formação Profissional. — Revoga o Decreto Presidencial
n.º 233/21, de 22 de Setembro, e toda a legislação que contrarie o ARTIGO 4.º
disposto no presente Diploma. (Entrada em vigor)

O presente Decreto Presidencial entra em vigor à data da


sua publicação.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
aos 2 de Fevereiro de 2023.
Decreto Presidencial n.º 65/23 Publique-se.
de 3 de Março
Luanda, aos 27 de Fevereiro de 2023.
Havendo a necessidade de se adequar a estrutura orgânica
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
Lourenço.
ao Sistema Nacional de Qualificações, e considerando os
desafios que se colocam nos domínios de emprego e forma-
ção profissional; ESTATUTO ORGÂNICO
Atendendo às alterações introduzidas pela Lei n.º 18/21, DO INSTITUTO NACIONAL DE EMPREGO
de 16 de Agosto — Lei de Revisão Constitucional, conju- E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
gado com o artigo 18.º do Decreto Legislativo Presidencial
n.º 2/20, de 19 de Fevereiro; CAPÍTULO I
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- Disposições Gerais
nea m) do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da ARTIGO 1.º
Constituição da República de Angola, o seguinte: (Definição e natureza)

ARTIGO 1.º O Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional,


(Aprovação) abreviadamente designado por «INEFOP», é um Instituto
É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional Público dotado de personalidade jurídica, autonomia admi-
de Emprego e Formação Profissional, anexo ao presente nistrativa, financeira, patrimonial e que assume a forma de
Decreto Presidencial, de que é parte integrante. estabelecimento público.
ARTIGO 2.º ARTIGO 2.º
(Revogação) (Regime jurídico)

É revogado o Decreto Presidencial n.º 233/21, de 22 de O INEFOP rege-se pelo disposto no presente Estatuto,
Setembro, e toda a legislação que contrarie o disposto no pela legislação respeitante aos Institutos Públicos e demais
presente Diploma. legislações aplicáveis.
576 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 3.º c) Promover a divulgação dos programas públicos


(Missão)
de emprego, empreendedorismo e formação
O INEFOP tem como missão a materialização e aplica- profissional, com vista à valorização sócio-pro-
ção das políticas nos domínios de emprego e da formação fissional dos recursos humanos a nível nacional;
profissional, no âmbito do Sistema Nacional de Emprego e d) Promover e assegurar a igualdade de oportunidades
Formação Profissional. no acesso à informação, orientação, formação
ARTIGO 4.º profissional e ao emprego, especialmente para
(Sede)
jovens, mulheres e outros grupos sociais mais
O INEFOP tem a sua sede em Luanda, podendo ser cria- vulneráveis;
dos serviços locais em todo o território nacional.
e) Contribuir para a melhoria da produtividade nas
ARTIGO 5.º empresas, mediante o apoio à realização de pro-
(Superintendência)
gramas e acções de formação profissional nas
1. O INEFOP está sujeito à superintendência do diversas modalidades e nos diferentes níveis de
Departamento Ministerial responsável pelo Sector da
qualificação;
Administração do Trabalho.
f) Propor, orientar e acompanhar a execução de pro-
2. A superintendência referida no artigo anterior traduz-
gramas conducentes à preparação de formadores
-se no poder de:
e gestores de instituições no âmbito do Sistema
a) Aprovar os planos estratégicos anuais e os objecti-
de Formação Profissional;
vos da acção do INEFOP;
g) Estabelecer relações de cooperação e de intercâm-
b) Acompanhar e avaliar os resultados das activida-
bio com entidades congéneres de outros países,
des;
com vista à adopção de medidas para a melho-
c) Nomear os membros dos órgãos de Direcção e
ria do desempenho dos Sistemas Nacionais de
Chefia;
Emprego e de Formação Profissional;
d) Apreciar o orçamento e os relatórios de actividade;
h) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei
e) Aprovar os instrumentos de gestão dos recursos
ou determinadas superiormente.
humanos;
f) Aprovar os relatórios de balanço e demonstração da CAPÍTULO II
origem e aplicação de fundos; Organização em Geral
g) Assinar, em representação da Administração ARTIGO 7.º
Directa do Estado, o contrato-programa ou de (Órgãos e Serviços)
gestão com outros organismos; O INEFOP compreende os seguintes órgãos e serviços:
h) Autorizar a aquisição ou a alienação de bens imó- 1. Órgãos de Gestão:
veis; a) Conselho Directivo;
i) Decidir os recursos administrativos; b) Director Geral.
j) Exercer o poder disciplinar sobre os órgãos de 2. Órgão de Fiscalização:
Direcção; Conselho Fiscal.
k) Ordenar inquéritos ou sindicâncias sempre que 3. Serviços Executivos:
haja indícios de violação da lei ou de prática de a) Departamento de Gestão e Serviços de Emprego;
actos cujo mérito seja questionável; b) Departamento de Fomento ao Empreendedorismo
l) Suspender e revogar actos dos órgãos de gestão que e Inovação;
violem a lei. c) Departamento de Formação e Certificação Profis-
ARTIGO 6.º sional;
(Atribuições) d) Departamento de Supervisão e Qualidade da For-
O INEFOP tem as seguintes atribuições: mação Profissional.
a) Executar as políticas públicas nos domínios do 4. Serviços de Apoio Agrupados:
emprego, empreendedorismo, formação e rea- a) Departamento de Apoio ao Director Geral;
bilitação profissional em articulação com as b) Departamento de Administração e Serviços Gerais;
organizações empresariais, sindicatos e demais c) Departamento de Comunicação, Inovação Tecno-
parceiros económicos e sociais; lógica e Modernização dos Serviços.
b) Assegurar a coordenação e gestão dos Sistemas 5. Serviços Locais:
Nacionais de Emprego e de Formação Profissio- a) Serviços Provinciais;
nal; b) Serviços Executivos Indirectos.
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 577

CAPÍTULO III b) Propor a nomeação dos responsáveis do INEFOP;


Organização em Especial c) Preparar os instrumentos de gestão provisional e os
SECÇÃO I relatórios de actividade e submeter à aprovação
Órgãos de Gestão da superintendência, após parecer do órgão de
ARTIGO 8.º fiscalização;
(Conselho Directivo) d) Emitir despacho, instruções, circulares e ordens de
1. O Conselho Directivo é o órgão colegial que delibera serviço;
sobre aspectos da gestão permanente, e define as grandes e) Representar o INEFOP e constituir mandatário
linhas de actividade do INEFOP. para o efeito;
2. O Conselho Directivo tem as seguintes competências: f) Assinar todos os actos e contratos do INEFOP;
a) Elaborar, aprovar e executar os planos de activida- g) Controlar a arrecadação de receitas provenientes
des anuais e plurianuais do INEFOP; das suas actividades;
b) Elaborar e aprovar os instrumentos de gestão pre- h) Convocar as reuniões do Conselho Directivo;
visional e os documentos de prestação de contas i) Propor, para apreciação e aprovação do Conselho
do INEFOP; Directivo, nos termos da lei, o plano plurianual e
c) Aprovar a organização técnica e administrativa, anual de actividades, os relatórios de actividade,
bem como os regulamentos internos, incluindo bem como o orçamento e demais instrumentos
o fundo social; de gestão, a fim de submetê-los à aprovação do
d) Deliberar sobre a criação do fundo social; Titular do Órgão de Superintendência;
e) Aceitar doações, heranças e legados; j) Submeter à superintendência e ao Tribunal de
f) Proceder ao acompanhamento regular da actividade Contas o relatório de contas anual, devidamente
do INEFOP; instruído com o parecer do Conselho Fiscal;
g) Exercer as demais competências estabelecidas por k) Exercer as demais competências estabelecidas por
lei ou determinadas superiormente. lei ou determinadas superiormente.
ARTIGO 9.º 3. O Director Geral é coadjuvado por 2 (dois) Directores
(Composição) Gerais-Adjuntos, sendo um responsável pela Área do Emprego
1. O Conselho Directivo integra as seguintes entidades: e Empreendedorismo e outro pela Área da Formação
a) Director Geral, que o preside; Profissional.
b) Directores Gerais-Adjuntos. 4. Em caso de impedimento ou ausência, o Director
2. Em função da pertinência do assunto, pode o Presidente Geral é substituído por um dos Directores Gerais-Adjuntos
convidar os Chefes de Departamentos, representantes de por si designado.
Departamentos Ministeriais, representantes sindicais, repre- ARTIGO 12.º
sentantes das associações empresariais para participar das (Directores Gerais-Adjuntos)

suas reuniões, em função da matéria a tratar. 1. Os Directores Gerais-Adjuntos são nomeados por
ARTIGO 10 º Despacho do Titular do Órgão de Superintendência, mediante
(Reuniões) proposta do Director Geral, para um mandato de 3 (três) anos,
1. O Conselho Directivo reúne-se, ordinariamente, de renováveis por igual período.
quinze em quinze dias e, extraordinariamente, sempre que 2. Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo anterior, os
convocado pelo seu Presidente, por sua iniciativa ou a Directores Gerais-Adjuntos exercem as competências que
pedido dos seus membros. lhes forem delegadas pelo Director Geral, bem como as que
2. As deliberações do Conselho Directivo são aprova- estejam previstas no regulamento interno do INEFOP.
das por maioria, não sendo permitidas abstenções, devendo SECÇÃO II
ser registado em acta o sentido discordante da declaração de Órgão de Fiscalização

voto de algum membro. ARTIGO 13.º


(Conselho Fiscal)
ARTIGO 11.º
(Director Geral) 1. O Conselho Fiscal é o órgão de controlo e fiscalização
1. O Director Geral é o Órgão Singular de Gestão do interna encarregue de analisar e emitir pareceres de índole
INEFOP, nomeado pelo órgão de superintendência, para um financeira e patrimonial sobre a actividade do INEFOP.
mandato de 3 (três) anos renováveis por igual período. 2. O Conselho Fiscal tem as seguintes competências:
2. O Director Geral tem as seguintes competências: a) Emitir, na data legalmente estabelecida, parecer
a) Exercer os poderes gerais de gestão administrativa, sobre as contas, relatório de actividades e a pro-
de recursos humanos, técnica e patrimonial do posta de orçamento do Instituto;
INEFOP; b) Apreciar os balancetes trimestrais;
578 DIÁRIO DA REPÚBLICA

c) Proceder à verificação regular dos fundos existen- 2. O Departamento de Gestão e Serviços de Emprego
tes e fiscalizar a escrituração da contabilidade; tem as seguintes competências:
d) Fazer auditoria interna ou recomendar auditoria a) Executar e acompanhar os mecanismos de infor-
externa, traduzida na análise das contas, lega- mação, orientação profissional e avaliar a sua
lidade e regularidade financeira das despesas
implementação;
efectuadas;
b) Participar e propor a regulamentação da actividade
e) Remeter, semestralmente, aos Titulares dos
Departamentos Ministeriais responsáveis pelos de colocação da força de trabalho por outras
Sectores das Finanças e da Administração do entidades, de modo a inseri-las nos objectivos
Trabalho o relatório sobre a actividade de fisca- das políticas de emprego;
lização e controlo desenvolvidos, bem como o c) Gerir a base de dados sobre a procura, oferta e
seu funcionamento; colocação da força de trabalho, de forma a pers-
f) Exercer as demais competências estabelecidas por pectivar a evolução do mercado de trabalho, em
lei ou determinadas superiormente.
relação às qualificações, carreiras profissionais e
ARTIGO 14.º
(Composição) divulgar as informações pertinentes;
1. O Conselho Fiscal tem a seguinte composição: d) Articular, com a Área da Formação Profissional,
a) Um Presidente, indicado pelo Titular do Órgão medidas tendentes a satisfazer as necessidades
responsável pelo Sector das Finanças Públicas; das empresas em mão-de-obra qualificada;
b) Dois Vogais, indicados pelo Titular do Órgão de e) Orientar, apoiar e avaliar as actividades dos ser-
Superintendência do INEFOP. viços de emprego, em programas de auxílio à
2. O Conselho Fiscal é nomeado por Despacho Conjunto inserção dos activos no mercado de trabalho;
dos Ministros das Finanças e do Órgão de Superintendência, f) Actualizar os modelos, práticas de intervenção nos
para um mandato de 3 (três) anos, renovável por igual período. domínios da informação, orientação profissional,
3. O Presidente do Conselho Fiscal deve ser contabilista
assegurando o desenvolvimento das respectivas
ou perito contabilista registado na Ordem dos Contabilistas
e Peritos Contabilistas de Angola. normas e procedimentos;
g) Executar programas e projectos no âmbito das
ARTIGO 15.º
(Reuniões) políticas activas do mercado de trabalho;
1. O Conselho Fiscal do INEFOP reúne-se, ordinaria- h) Exercer as demais competências estabelecidas por
mente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que lei ou determinadas superiormente.
o Presidente o convoque por sua iniciativa ou dos demais 3. O Departamento de Gestão e Serviços de Emprego é
membros. dirigido por um Chefe de Departamento.
2. Nas votações do Conselho Fiscal, não há abstenções,
ARTIGO 18.º
devendo a acta registar o sentido discordante da declaração (Departamento de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação)
de voto de algum membro.
1. O Departamento de Fomento ao Empreendedorismo e
3. As actas devem ser assinadas por todos os presentes.
Inovação é o serviço encarregue de executar as políticas de
ARTIGO 16.º
(Remuneração dos membros) fomento de empreendedorismo e promoção do ecossistema
1. O Presidente e os Vogais do Conselho Fiscal têm empreendedor, através de assistência técnica, formação
direito, respectivamente, a 70% e 60% da remuneração-base especializada e apoio à iniciativa empreendedora.
fixada para o Presidente do Conselho Directivo. 2. O Departamento de Fomento ao Empreendedorismo e
2. Sempre que algum membro do Conselho Fiscal desen- Inovação tem as seguintes competências:
volva a sua actividade em mais de uma instituição, aufere a) Promover o surgimento de um ecossistema
apenas 50% do vencimento em cada instituição. empreendedor, assente na criatividade e inova-
SECÇÃO III ção;
Serviços Executivos
b) Adaptar os conteúdos programáticos, criando
ARTIGO 17.º
metodologias que promovam competências téc-
(Departamento de Gestão e Serviços de Emprego)
nicas e comportamentais nos empreendedores;
1. O Departamento de Gestão e Serviços de Emprego é o
serviço encarregue de executar políticas e medidas atinentes c) Promover e mobilizar parceiros estratégicos na
à organização e gestão do mercado de trabalho e responsável celebração de protocolos, acordos de coope-
pela coordenação dos centros de emprego na implementação ração, visando o surgimento de iniciativas de
das políticas activas de emprego. criação de emprego e empresas;
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 579

d) Apoiar o desenvolvimento das actividades no f) Apoiar e orientar metodologicamente a actividade


domínio das micro-empresas, pequenas acti- dos serviços locais no domínio da formação
vidades agrícolas, artes e ofícios, entre outras profissional;
actividades geradoras de emprego e renda ao g) Executar os programas adoptados para a requali-
nível local; ficação profissional de pessoas com deficiência,
e) Criar e manter uma base de dados, aberto e siste- visando a sua integração na vida activa;
matizado com informações disponíveis para os h) Elaborar os instrumentos de apoio à formação
promotores de iniciativas empreendedoras, com profissional;
foco para as micro, pequenas e médias empresas; i) Propor a formação, superação técnica e pedagó-
f) Assegurar a organização, funcionamento e moni- gica dos formadores e gestores das unidades
formativas;
torização das incubadoras de empresas, com
j) Garantir o cumprimento das normas de certificação
envolvimento das universidades, sector empre-
profissional, nos termos estabelecidos por lei;
sarial entre outros actores chaves;
k) Exercer as demais competências estabelecidas por
g) Implementar os programas de apoio técnico aos
lei ou determinadas superiormente.
empreendedores na identificação de novas opor-
3. O Departamento de Formação e Certificação
tunidades de negócio, mediante criação de micro Profissional é dirigido por um Chefe de Departamento. 
e pequenas empresas;
ARTIGO 20.º
h) Implementar medidas de apoio à micro e pequenas (Departamento de Supervisão
iniciativas, que visam a sua inserção no mercado e Qualidade da Formação Profissional)

formal; 1. O Departamento de Supervisão e Qualidade da


i) Exercer as demais competências estabelecidas por Formação Profissional é o serviço encarregue de garantir o
lei ou determinadas superiormente. cumprimento das normas de qualidade, deontologia no pro-
3. O Departamento de Fomento ao Empreendedorismo e cesso de ensino e aprendizagem.
Inovação é dirigido por um Chefe de Departamento. 2. O Departamento de Supervisão e Qualidade da
Formação Profissional tem as seguintes competências:
ARTIGO 19.º
(Departamento de Formação e Certificação Profissional)
a) Verificar a compatibilidade entre o perfil dos
formadores do Sistema Nacional de Formação
1. O Departamento de Formação e Certificação Profissional
Profissional e o perfil exigido para a ocupação
é o serviço encarregue de materializar as normas que esta-
da função, promovendo, se necessário, o reforço
belecem as modalidades de formação inicial de jovens, de competências;
adultos, dos planos curriculares dos diferentes cursos, bem b) Requerer os serviços de outras instituições públi-
como avaliar as competências dos profissionais em confor- cas ou privadas para a realização das actividades
midade com o Sistema Nacional de Qualificações. inspectivas aos Centros de Formação Profissio-
2. O Departamento de Formação e Certificação Profissional nal;
tem as seguintes competências: c) Assegurar, através de visitas de apoio e controlo,
a) Cooperar, com os serviços de emprego, associações a execução das metodologias de formação
empresariais e outras entidades, na elaboração profissional, a utilização correcta dos planos
de lista de profissões consideradas prioritárias curriculares e outros instrumentos de apoio à
para a formação ao nível do Sistema Nacional de formação profissional, pelos centros de forma-
Formação Profissional, em função do estudo de ção sob gestão e supervisão do INEFOP;
mercado de emprego e da capacidade formativa d) Garantir o cumprimento das normas de avaliação
do processo de ensino e aprendizagem;
disponível;
e) Apoiar, controlar a aplicação correcta dos instru-
b) Promover a colaboração entre entidades formado-
mentos metodológicos do processo de ensino e
ras na realização de acções que visem a troca de
aprendizagem, em estreita colaboração com o
experiências e transferência de conhecimento; Centro Nacional de Formação de Formadores;
c) Incentivar e apoiar a realização de acções que con- f) Coordenar e integrar equipas multidisciplinares para
tribuam para a identificação das necessidades de a avaliação das competências dos formadores;
formação das empresas; g) Avaliar, em colaboração com o Centro Nacional
d) Executar, acompanhar os programas de formação e de Formação de Formadores, a conformidade
requalificação ou reabilitação profissional; dos equipamentos de formação, em função dos
e) Estabelecer as normas e mecanismos de avaliação cursos ministrados, a ministrar e, sempre que
dos participantes às acções de formação; necessário, propor medidas correctivas;
580 DIÁRIO DA REPÚBLICA

h) Propor medidas para a melhoria da qualidade da 3. O Departamento de Apoio ao Director Geral é dirigido
formação ministrada, bem como do processo de por um Chefe de Departamento.
ensino e aprendizagem e de gestão dos Centros ARTIGO 22.º
de Formação Profissional; (Departamento de Administração e Serviços Gerais)
i) Exercer as demais competências estabelecidas por
1. O Departamento de Administração e Serviços Gerais
lei ou determinadas superiormente.
é o serviço encarregue pelas tarefas de planeamento, ges-
3. O Departamento de Supervisão e Qualidade da
tão orçamental, financeira, patrimonial, gestão de recursos
Formação Profissional é dirigido por um Chefe de Depar-
tamento. humanos, manutenção de infra-estruturas e transportes.
2. O Departamento de Administração e Serviços Gerais
SECÇÃO IV
Serviços de Apoio Agrupados tem as seguintes competências:
ARTIGO 21.º
a) Conceber, propor e implementar o Sistema Admi-
(Departamento de Apoio ao Director Geral) nistrativo e de Gestão Financeira do INEFOP;
1. O Departamento de Apoio ao Director Geral é o ser- b) Elaborar, propor, executar e controlar o orçamento
viço encarregue pelas tarefas de secretariado, assessoria do INEFOP;
técnico-jurídica, intercâmbio, relações públicas e protocolo. c) Assegurar a coordenação e o controlo financeiro
2. O Departamento de Apoio ao Director Geral tem as
dos projectos desenvolvidos no âmbito do
seguintes competências:
INEFOP;
a) Proceder à análise global dos programas realizados
pelo INEFOP e apoiar na elaboração dos respec- d) Analisar, propor e difundir normas e procedimentos
tivos relatórios; de trabalho para as distintas áreas do INEFOP;
b) Promover a difusão de publicações e a boa imagem e) Apresentar o relatório e contas do INEFOP com a
do INEFOP; periodicidade requerida pelos órgãos superiores;
c) Propor a realização de acções tendentes a pro- f) Elaborar e manter o registo contabilístico de acordo
mover o relacionamento e a cooperação com com as normas legais vigentes;
organismos congéneres; g) Elaborar e actualizar o inventário do património do
d) Participar na elaboração e no asseguramento do INEFOP, e velar pela sua conservação;
cumprimento de acordos e protocolos no plano
h) Proceder à aquisição de bens e equipamentos
interno e internacional;
necessários para as diferentes áreas do INEFOP;
e) Prestar assessoria, emitir pareceres e elaborar estu-
i) Gerir os recursos humanos, através dos instrumen-
dos jurídicos sobre questões relacionadas com as
actividades do INEFOP; tos adequados a nível central e local;
f) Representar o INEFOP em actos jurídicos para os j) Promover procedimentos de recrutamento, selec-
quais é designado; ção, treinamento e colocação do pessoal;
g) Velar pela organização, distribuição e circulação k) Velar pela disciplina do pessoal;
do expediente administrativo; l) Organizar os procedimentos de avaliação de
h) Executar todas as tarefas inerentes às funções de desempenho;
secretariado, protocolo e relações públicas; m) Exercer as demais competências estabelecidas por
i) Coordenar a execução das estratégias, políticas e
lei ou determinadas superiormente.
medidas estabelecidas nos planos de desenvolvi-
3. O Departamento de Administração e Serviços Gerais é
mento nos domínios de actividades do INEFOP;
dirigido por um Chefe de Departamento.
j) Elaborar e analisar regularmente a execução geral
das actividades dos serviços do INEFOP;  ARTIGO 23.º
(Departamento de Comunicação, Inovação Tecnológica
k) Dar o tratamento à informação estatística relativa
e Modernização dos Serviços)
ao INEFOP, em articulação com o Ministério de
superintendência; 1. O Departamento de Comunicação, Inovação Tecnoló-
l) Elaborar estudos e trabalhos de natureza estatística, gica e Modernização dos Serviços é o serviço responsável
para acompanhar e caracterizar a evolução do pelo desenvolvimento de ferramentas de comunicação, das
mercado de trabalho e formação profissional; tecnologias e manutenção dos sistemas de informação, com
m) Exercer as demais competências estabelecidas por vista a dar suporte às actividades de modernização e inova-
lei ou determinadas superiormente. ção do INEFOP.
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 581

2. O Departamento de Comunicação, Inovação Tecno- 3. O Departamento de Comunicação, Inovação


lógica e Modernização dos Serviços tem as seguintes Tecnológica e Modernização dos Serviços é dirigido por um
competências: Chefe de Departamento.
a) Promover a criação de iniciativas e estratégias ino- SECÇÃO V
Serviços Locais
vadoras e desenvolver a cultura organizacional
inovadora, mediante a análise do funcionamento ARTIGO 24.º
(Serviços Provinciais)
interno dos serviços e do comportamento do
mercado de trabalho; 1. Os Serviços Provinciais do INEFOP são unidades
administrativas desconcentradas, dotada de autonomia admi-
b) Orientar a estruturação dos processos de apoio,
nistrativa e financeira, cuja criação é determinada de acordo
promovendo a cultura da inovação, a metodo-
com a avaliação conjunta dos Titulares dos Departamentos
logia e a planificação das iniciativas, com vista
Ministeriais responsáveis pelos Sectores da Administração
a assegurar a gestão eficiente dos processos do Trabalho e das Finanças.
internos dos órgãos e serviços do INEFOP e dos 2. Os Serviços Provinciais têm as seguintes competências:
recursos necessários; a) Promover a divulgação e o conhecimento dos
c) Elaborar propostas sobre a definição, planeamento programas públicos de emprego, empreendedo-
e controlo da arquitectura do sistema tecno- rismo e formação profissional;
lógico, estudando e propondo a evolução das b) Participar na organização do mercado de emprego,
infra-estruturas físicas e lógicas e de modelos com vista à valorização sócio-profissional dos
tecnológicos para os órgãos e serviços do recursos humanos a nível local;
INEFOP; c) Certificar competências profissionais, em coo-
d) Propor e assegurar a implementação do pla- peração com as entidades empregadoras,
neamento estratégico do desenvolvimento e representações profissionais e outras, de acordo
manutenção dos sistemas de tecnologias de com as normas previstas no Sistema Nacional de
Qualificações;
informação e comunicação, da segurança da
d) Promover e assegurar a igualdade de oportunidades
informação e gestão de riscos em conformidade
no acesso à informação, orientação, formação
com os Programas do Governo;
profissional e ao emprego, especialmente para
e) Elaborar propostas sobre a definição, planeamento
jovens e outros grupos sociais mais vulneráveis.
e controlo do plano de comunicação e marketing
3. Os Serviços Provinciais compreendem a seguinte
dos órgãos e serviços do INEFOP; estrutura interna:
f) Promover a Identidade Institucional por intermédio a) Secção de Emprego e Formação Profissional;
da elaboração e proposta de instrumento defini- b) Secção de Administração e Serviços Gerais.
dor da imagem interna e externa dos órgãos e 4. O Chefe dos Serviços Provinciais é equiparado a Chefe
serviços do INEFOP; de Departamento, nomeado pelo Órgão de Superintendência,
g) Assegurar a eficácia da comunicação interna das sob proposta do Director Geral.
actividades, diretrizes e orientações emanadas 5. O Chefe dos Serviços Provinciais é substituído, nas
nos órgãos e serviços do INEFOP; suas ausências ou impedimentos, por um dos chefes de sec-
h) Assegurar a divulgação das actividades e serviços ção por si designados.
do INEFOP, por intermédio da recolha, selecção ARTIGO 25.º
(Serviços Executivos Indirectos)
e tratamento da informação;
1. Para a execução das suas competências, o INEFOP
i) Recolher, seleccionar e divulgar a documentação
compreende os seguintes Serviços Executivos Indirectos:
técnica produzida, as publicações e a legislação;
a) Centros de Emprego;
j) Prestar assessoria de imprensa para o tratamento
b) Centros de Formação Profissional;
adequado das notícias e informações veiculadas c) Centros Integrados de Emprego e Formação Pro-
nos Meios de Comunicação Social; fissional;
k) Relacionar-se com os Órgãos de Comunicação d) Centros Integrados de Formação Tecnológica;
Social prestando-lhes informações oficiais sobre e) Escolas Rurais de Capacitação e Ofícios;
as diversas actividades e serviços do INEFOP; f) Unidades Móveis de Formação Profissional;
l) Exercer as demais competências estabelecidas por g) Unidades Móveis de Emprego e Empreendedo-
lei ou determinadas superiormente. rismo;
582 DIÁRIO DA REPÚBLICA

h) Centros Locais de Empreendedorismo e Serviços CAPÍTULO V


de Emprego; Gestão de Pessoal e Organigrama
i) Centros Municipais de Empreendedorismo e Servi-
ARTIGO 30.º
ços de Emprego; (Regime de pessoal)
j) Incubadora de Empresas;
1. O pessoal do INEFOP está sujeito ao regime da
k) Pavilhões de Formação Profissional de Artes e
Função Pública.
Ofícios;
2. O regime da Função Pública previsto no número
l) Pavilhões Ocupacionais de Prestações de Serviços.
anterior deve abranger o pessoal que exerce os cargos de
2. A orgânica, o funcionamento e o quadro de pessoal
direcção e chefia e das carreiras técnicas.
dos serviços referidos no número anterior são aprovados por
Decreto Executivo do Titular do Departamento Ministerial 3. O pessoal admitido por contrato individual de traba-
que superintende o Sector. lho é pago com receitas próprias provenientes da actividade
do INEFOP, devendo o Orçamento Geral do Estado supor-
CAPÍTULO IV tar apenas os encargos com o pessoal sujeito ao regime da
Gestão Financeira e Patrimonial
Função Pública.
ARTIGO 26.º
ARTIGO 31.º
(Instrumentos de gestão)
(Quadro de pessoal e organigrama)
A gestão orçamental, financeira e patrimonial do INEFOP
O quadro de pessoal e o organigrama do INEFOP
compreende os seguintes instrumentos:
constam dos Anexos I, II, III, IV e V do presente Estatuto
a) Plano de actividade anual e plurianual;
Orgânico, de que são parte integrante.
b) Orçamento próprio anual;
c) Relatório anual de actividades; ARTIGO 32.º
(Sigilo profissional)
d) Balanço e demonstração da origem e aplicação dos
fundos. 1. Os funcionários do INEFOP devem guardar sigilo pro-
ARTIGO 27.º fissional dos factos inerentes ao exercício das suas funções.
(Receitas) 2. Sem prejuízo da sua responsabilidade civil e crimi-
Constituem receitas do INEFOP as seguintes: nal que dela resulte, a violação do sigilo profissional pelos
a) As dotações do Orçamento Geral do Estado; funcionários do INEFOP implica, para o infractor, sanções
b) As receitas provenientes do fundo de financia- disciplinares correspondentes à gravidade da infracção.
mento; ARTIGO 33.º
c) Comparticipações previstas na lei; (Remuneração suplementar)
d) Outras dotações, donativos e subsídios, bem como O INEFOP pode estabelecer uma remuneração suplemen-
quaisquer outros rendimentos e valores que lhe tar para o pessoal, desde que disponha de receitas próprias
sejam atribuídos ou provenham da sua activi- que o permitam e cujos termos e condições sejam aprova-
dade. das mediante Decreto Executivo Conjunto do Ministro que
ARTIGO 28.º superintende o Sector e das Finanças.
(Despesas)
Constituem despesas do INEFOP as seguintes: CAPÍTULO VI
a) Os encargos com o respectivo funcionamento e Disposições Finais e Transitórias
com o cumprimento das atribuições e competên- ARTIGO 34.º
cias que lhe estão confiadas; (Licenciamento de Instituições de Formação Profissional)
b) Os encargos de carácter administrativo e outros
Enquanto não forem criados os serviços locais do
relacionados com o pessoal;
Instituto Nacional de Qualificações — INQ, o licenciamento
c) Os custos de aquisição, construção, manutenção e
das Instituições de Formação Profissional é da responsa-
conservação do seu património imobiliário ou
bilidade dos serviços locais do INEFOP, nos termos da
outro.
legislação em vigor, mediante parecer vinculativo do INQ.
ARTIGO 29 º
(Património) ARTIGO 35.º
(Regulamento interno)
O património do INEFOP é constituído pela universa-
lidade dos seus bens, direitos e obrigações que adquira ou Os órgãos e serviços que compõem a estrutura do
contraia no exercício da sua actividade e os que vierem a INEFOP regem-se por regulamento próprio, a ser apro-
ser disponibilizados pelo Departamento Ministerial que o vado por Decreto Executivo do Titular do Órgão de
superintende. Superintendência.
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 583
584 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 585
586 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 587
588 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE –– N.º 42 –– DE 3 DE MARÇO DE 2023 589

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço. (23-1524-A-PR)

O. E. 0326 - 3/42 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2023

Você também pode gostar