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Segunda-feira, 20 de Julho de 2020 I Série – N.

º 107

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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SUMÁRIO LEI ORGÂNICA QUE APROVA


O ESTATUTO DOS ELEITOS LOCAIS
Assembleia Nacional ARTIGO 1.º
Lei n.º 25/20: (Aprovação)
Lei Orgânica que aprova o Estatuto dos Eleitos Locais.
É aprovado o Estatuto dos Eleitos Locais que é parte
Lei n.º 26/20:
Que altera o Código do Imposto Industrial. — Revoga os artigos 8.º, 9.º integrante da presente Lei Orgânica.
e 10.º, todos do Código Industrial, e toda a legislação que contrarie
ARTIGO 2.º
o disposto na presente Lei, nomeadamente a Lei n.º 4/19, de 18 de
Abril, Lei de Alteração do Código do Imposto Industrial. (Dúvidas e omissões)

Lei n.º 27/20: As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e


Da Provedoria de Justiça. — Revoga toda a legislação que contrarie a da aplicação da presente Lei e do Estatuto são resolvidas
presente Lei.
pela Assembleia Nacional.
Tribunal de Contas
ARTIGO 3.º
Resolução n.º 3/20: (Entrada em vigor)
Aprova o Regulamento Interno da Fiscalização Concomitante do
Tribunal de Contas. A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação.
Ministério da Educação Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
Decreto Executivo n.º 215/20: aos 20 de Maio de 2020.
Cria o curso do II Ciclo do Ensino Secundário Técnico-Profissional na
Área de Saúde, denominado «Estatística Aplicada à Saúde». O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade
Dias dos Santos.
Promulgada aos 30 de Junho de 2020.
ASSEMBLEIA NACIONAL
Publique-se.
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
Lei n.º 25/20
de 20 de Julho Lourenço.
Considerando que a Constituição da República de
Angola dispõe, na alínea d) do seu artigo 164.º, a existência ESTATUTO DOS ELEITOS LOCAIS
de um «Estatuto dos Titulares dos Órgãos do Poder Local»;
Havendo necessidade de se definir o quadro geral dos CAPÍTULO I
principais direitos e deveres que decorrem do Estatuto dos Disposições Gerais
Titulares dos Órgãos da Autarquia Local, visando conferir
maior dignidade à função autárquica; ARTIGO 1.º
(Objecto)
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
nos termos das disposições combinadas da alínea d) do arti- O presente Estatuto define o regime jurídico das incom-
go 164.º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 166.º da Constituição patibilidades, dos deveres, dos direitos e regalias dos Eleitos
da República de Angola, a seguinte: Locais.
3840 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 2.º CAPÍTULO III


(Âmbito)
Direitos dos Eleitos Locais
O presente Estatuto aplica-se aos membros dos Órgãos
SECÇÃO I
Eleitos da Autarquia Local. Membros da Câmara Municipal
ARTIGO 3.º
(Incompatibilidades) ARTIGO 8.º
(Presidente da Câmara Municipal)
As funções desempenhadas pelos titulares de órgãos elei-
tos, designadamente o Presidente de Câmara da Autarquia, Constituem direitos do Presidente da Câmara Municipal
o Presidente e o Vice-Presidente da Assembleia Autárquica os seguintes:
são incompatíveis com o exercício de outras funções com a) Remuneração mensal;
carácter remuneratório, exceptuando a docência e a investi- b) Subsídio de representação, nos termos da lei;
gação científica. c) Cartão de identificação;
ARTIGO 4.º
d) Livre circulação em lugares públicos de acesso
(Cooperação) condicionado, na área correspondente ao territó-
Todas as entidades públicas e privadas estão sujeitas ao rio da autarquia local, quando em serviço;
dever geral de cooperação para com as entidades previstas e) Ajudas de custo para despesas, quando em serviço,
no artigo 3.º, quando no exercício das suas funções. da autarquia local, nos termos da lei;
f) Passaporte de serviço, nos termos da lei;
CAPÍTULO II
g) Inscrição na segurança social, nos termos da lei;
Deveres dos Eleitos Locais
h) Trinta dias de férias e respectivo subsídio nos ter-
ARTIGO 5.º mos da lei;
(Deveres)
i) Viatura oficial para uso pessoal;
No exercício das suas funções, as entidades referidas no
j) Protecção em caso de acidente, quando em serviço,
artigo 2.º do presente Estatuto estão vinculadas ao cumpri-
nos termos da lei;
mento dos seguintes deveres:
k) Imunidades inerentes ao exercício de cargos polí-
a) Cumprir a Constituição e a lei;
b) Actuar com justiça, objectividade e imparcialidade; ticos;
c) Salvaguardar e defender os interesses do Estado e l) Residência oficial;
da respectiva autarquia local; m) Apoio nos processos judiciais que tenham como
d) Participar em reuniões ordinárias e extraordinárias causa o exercício das respectivas funções, nos
do respectivo órgão ou comissão, bem como nos termos da lei.
actos oficiais em que deva estar presente; SECÇÃO II
e) Considerar-se impedidos de intervir nos assuntos Presidente e Vice-Presidente da Assembleia Autárquica
em que, directa ou indirectamente, seja parte ou
ARTIGO 9.º
tenha interesse relevante, por si ou por interposta
(Presidente da Assembleia Autárquica)
pessoa;
f) Não favorecer interesses particulares, próprios ou Constituem direitos do Presidente da Assembleia
de terceiros, de qualquer natureza, quer no exer- Autárquica os seguintes:
cício das funções, quer invocando a qualidade a) Remuneração mensal;
de membro de órgão da autarquia local; b) Subsídio de representação, nos termos da lei;
g) Não usar para fins de interesse próprio ou de tercei- c) Cartão de identificação;
ros, informações a que tenha acesso no exercício d) Livre circulação em lugares públicos de acesso
das suas funções. condicionado, na área correspondente ao territó-
ARTIGO 6.º rio da autarquia local, quando em serviço;
(Probidade) e) Ajudas de custo para despesas, quando em serviço,
Os membros da Câmara Municipal e da Assembleia da autarquia local, nos termos da lei;
Autárquica estão sujeitos à legislação sobre probidade f) Passaporte de serviço, nos termos da lei;
pública e demais instrumentos legais de controlo da riqueza, g) Inscrição na segurança social, nos termos da lei;
nos termos da lei. h) Trinta dias de férias e respectivo subsídio nos ter-
ARTIGO 7.º mos da lei;
(Responsabilidade) i) Viatura de serviço;
Os membros da Câmara Municipal e da Assembleia j) Protecção em caso de acidente, quando em serviço,
Autárquica respondem civil e criminalmente pelas acções e nos termos da lei;
omissões que pratiquem no exercício das suas funções, nos k) Imunidades inerentes ao exercício de cargos polí-
termos da lei. ticos;
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l) Residência oficial; ARTIGO 13.º


(Garantia)
m) Apoio nos processos judiciais que tenham como
causa o exercício das respectivas funções, nos As entidades referidas no artigo 2.º do presente Estatuto
termos da lei. não podem ser detidas sem culpa formada, salvo em caso de
flagrante delito e se o crime couber pena superior a 3 anos de
ARTIGO 10.º
(Vice-Presidente da Assembleia Autárquica) prisão, nos termos da lei.
Constituem direitos do Vice-Presidente da Assembleia ARTIGO 14.º
(Apoio em processos judiciais)
Autárquica os seguintes:
a) Remuneração mensal; As despesas provenientes de processos judiciais em que
b) Subsídio de representação, nos termos da lei; sejam parte as entidades referidas no artigo 2.º são supor-
tadas pela autarquia local, desde que tais processos tenham
c) Cartão de identificação;
tido como causa o exercício das respectivas funções e não se
d) Livre circulação em lugares públicos de acesso
prove dolo ou negligência por parte daqueles.
condicionado, na área correspondente ao territó-
rio da autarquia local, quando em serviço; ARTIGO 15.º
(Garantia de direitos)
e) Ajudas de custo para despesas, quando em serviço
pela autarquia local, nos termos da lei; 1. Os membros da Câmara Municipal e da Assembleia
Autárquica não podem ser prejudicados na respectiva coloca-
f) Inscrição na segurança social, nos termos da lei;
ção ou emprego por virtude de desempenho das suas funções.
g) Trinta dias de férias e respectivo subsídio nos ter-
2. Durante o período de exercício das funções não
mos da lei;
podem, as entidades referidas no número anterior, ser pre-
h) Viatura de serviço;
judicados no que respeita a promoções, concursos, regalias,
i) Apoio nos processos judiciais que tenham como
gratificações, benefícios sociais ou qualquer outro direito
causa o exercício das respectivas funções, nos adquirido de carácter pecuniário.
termos da lei; 3. Os funcionários públicos que desempenham as fun-
j) Passaporte de serviço; ções de Presidente da Câmara Municipal ou membros eleitos
k) Protecção em caso de acidente, quando em serviço, da Assembleia Autárquica a tempo integral consideram-se
nos termos da lei. em comissão de serviço.
SECÇÃO III
Membros Eleitos da Assembleia Autárquica CAPÍTULO IV
Disposições Finais
ARTIGO 11.º
(Dos demais Membros Eleitos da Assembleia Autárquica) ARTIGO 16.º
(Encargos financeiros)
Constituem direitos dos demais membros eleitos da
Assembleia Autárquica os seguintes: 1. As remunerações, compensações e demais encargos
previstos no presente Estatuto são suportados pelo orça-
a) Compensação por senha de participação nas
mento da respectiva autarquia local.
reuniões da Assembleia Autárquica, fixada por
2. A suspensão do exercício de mandatos ou funções
deliberação da própria Assembleia Autárquica, dos membros eleitos da Câmara Municipal e da Assembleia
ouvida a Câmara Municipal; Autárquica, em regime de tempo integral, faz cessar o processa-
b) Cartão de identificação; mento das remunerações e compensações, salvo quando aquelas
c) Livre circulação em lugares públicos de acesso têm como fundamento doença devidamente comprovada.
condicionado, na área correspondente ao territó- O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade
rio da autarquia local, quando em serviço; Dias dos Santos.
d) Ajudas de custo para despesas, quando em serviço O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
pela autarquia local, nos termos da lei; Lourenço.
e) Protecção em caso de acidente, quando em serviço,
nos termos da lei. Lei n.º 26/20
de 20 de Julho
SECÇÃO IV
Garantias A Reforma Tributária aponta para a reformulação do
modelo de tributação sobre o rendimento das pessoas
ARTIGO 12.º
(Remuneração)
colectivas. Esse objectivo encontra respaldo no Plano
de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, no Plano de
1. O vencimento do Presidente e dos demais membros da Estabilização Macroeconómica, bem como nas Medidas do
Câmara Municipal é fixado por diploma próprio. Executivo para a Consolidação Fiscal.
2. A remuneração dos membros da Assembleia Autárquica Com vista a estimular a produtividade do Imposto Industrial
em regime de tempo integral é fixada por deliberação da pró- sobre o PIB, bem como incrementar a sua competitividade
pria Assembleia Autárquica, ouvida a Câmara Municipal. no plano da fiscalidade internacional, propiciando, com isso,
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uma maior contribuição na atracção do investimento directo ARTIGO 11.º


estrangeiro e para a melhoria do ambiente de negócios, é avi- (Início de actividade)

sado proceder-se a uma redução gradual da taxa nominal desse 1. [...].


imposto, acompanhada de maior racionalização, acompanha- 2. [...].
mento e controlo dos vários regimes de isenções dispersos que 3. No acto de cadastramento e declaração de início
vigoram em Angola, bem como uma rigorosa atenção sobre o de actividade, todos os contribuintes são enquadrados
cálculo da despesa fiscal e da parafiscalidade. no Regime Geral do Imposto Industrial, com excepção
Convindo introduzir ajustes pontuais no domínio da tri- daqueles que preencham os requisitos para enquadra-
butação das empresas para o relançamento da economia mento no Regime Simplificado de Tributação.
nacional e imprimir competitividade, tanto para empresas
4. [Revogado].
como para famílias;
5. [Revogado].
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
6. [...].
nos termos das disposições combinadas da alínea o) do n.º 1
do artigo 165.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos CAPÍTULO II
da Constituição da República de Angola, a seguinte: Regime Geral
SECÇÃO I
LEI QUE ALTERA O CÓDIGO Matéria colectável
DO IMPOSTO INDUSTRIAL
ARTIGO 12.º
(Determinação da matéria colectável)
ARTIGO 1.º
(Alterações ao Código do Imposto Industrial) 1. A matéria colectável dos contribuintes do Regime
São alterados os artigos 1.º, 5.º, 7.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, Geral do Imposto Industrial é determinada com base na
16.º, 17.º, 18.º, 40.º, 45.º, 47.º, 48.º, 49.º, 50.º, 51.º, 56.º, 58.º, declaração fiscal e demonstrações financeiras, nos termos
59.º, 60.º, 61.º, 62.º, 63.º, 64.º, 65.º, 66.º, 67.º, 68.º, 69.º, 70.º, do presente Código, do Plano Geral de Contabilidade,
71.º, 73.º, 75.º e 76.º, todos do Código do Imposto Industrial, dos Planos de Contas das Instituições Financeiras e
aprovado pela Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro, que passam Seguradoras, do Plano de Contas dos Organismos de
a ter a seguinte redacção: Investimento Colectivo, das Sociedades Gestoras e outros
«(ARTIGO 1.º estabelecidos por legislação própria.
(Incidência) 2. [...].
1. [...]. 3. O lucro tributável reporta-se ao saldo revelado
2. [...]: pela conta de resultados do exercício elaborada em obe-
a) [...]; diência aos princípios contabilísticos estabelecidos na
b) [...]; legislação em vigor e consiste na diferença entre todos
c) [...]; os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou gas-
d) [...]; tos realizados no exercício, uns e outros, eventualmente
e) [...]; e corrigidos nos termos do presente Código.
f) Exercício de profissão liberal no formato 4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
societário ou associativo. as declarações devem ser submetidas através de meios
electrónicos, nos termos estabelecidos em regulamen-
ARTIGO 5.º
(Sujeitos passivos) tos próprios.
1. [...]: 5. Os contribuintes enquadrados no regime geral
a) As sociedades comerciais, civis com ou sem devem possuir contabilidade.
forma comercial, as cooperativas, as funda- ARTIGO 13.º
(Proveitos ou ganhos)
ções, as associações, os fundos autónomos, as
empresas públicas e as demais pessoas colec- 1. [...]:
tivas de direito público ou privado, com sede a) [...];
ou direcção efectiva em território angolano; b) [...];
b) [...]; c) De operações de natureza financeira, tais como
c) [...]; juros, dividendos, participações em lucros de
2. [...]. sociedades, descontos, ágios, transferências,
SECÇÃO II variações cambiais favoráveis realizadas e
Regimes de Tributação
prémios de emissão de acções ou obrigações,
ARTIGO 7.º não tributados em outros impostos;
(Regime geral e regime simplificado) d) [...];
O Imposto Industrial compreende o regime geral e e) [...];
o regime simplificado. f) [...];
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g) [...]; 8. [...].
h) [...]; 9. A tributação autónoma referida nos n.os 4 e 5
i) [...]; implica o seu acréscimo, nas percentagens estabeleci-
j) [...]. das à colecta do imposto.
2. [Revogado]. 10. [Revogado].
ARTIGO 14.º ARTIGO 18.º
(Custos ou gastos) (Custos não aceites fiscalmente)
1. [...]: 1. [...]:
a) [...]; a) O Imposto Industrial, o Imposto Predial, o
b) [...];
Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho,
c) Encargos de natureza financeira, entre os
bem como o Imposto sobre a Aplicação de
quais juros de capitais alheios, aplicados na
Capitais;
empresa, descontos, ágios, transferências,
variações cambiais desfavoráveis realizadas, b) [...];
cobrança de dívidas, emissões de acções e c) [...];
obrigações e prémios de reembolso. d) [...];
d) [...]; e) [...];
e) [...]; f) [...];
f) [...]; g) [...]:
g) [...]; h) [...].
h) [...]; 2. [...].
i) [...].
ARTIGO 40.º
2. [Revogado]. (Amortizações não aceites)
ARTIGO 16.º
[...]:
(Limites à dedutibilidade de custos)
a) [...];
1. Os juros de empréstimos, sob qualquer forma, dos
b) [...];
detentores do capital ou de suprimentos, são aceites como
c) [...];
custos dedutíveis, devendo apenas ser acrescida ao lucro
tributável a parcela que exceder a taxa média anual de d) [...].
referência dos juros estabelecidos pelo Banco Central. e) No caso de viaturas ligeiras de passageiros
2. [...]. ou mistas, sejam calculadas sobre a parte do
custo inicial, ou do custo revalorizado, que
ARTIGO 17.º exceda o montante de AKz: 20 000 000,00
(Documentação de custos)
(vinte milhões de Kwanzas), excepto se tais
1. [...].
viaturas estiverem afectas à exploração de
2. Os custos indevidamente documentados, não são
serviços públicos de transporte ou se des-
aceites como custos dedutíveis à matéria colectável do
tinarem a serem alugadas no exercício da
imposto.
3. Os custos não documentados, não são aceites actividade normal da empresa;
como custos dedutíveis à matéria colectável do imposto. f) [...];
4. [...]. g) [...];
5. A taxa referida no número anterior é elevada para h) [...].
50%, nas circunstâncias em que estas despesas originem ARTIGO 45.º
um proveito na esfera de um sujeito passivo isento ou (Provisões)
não sujeito a tributação em sede do Imposto Industrial. 1. [...]:
6. Entende-se por custos indevidamente documen- a) [...];
tados, nos termos do n.º 2 do presente artigo, aqueles
b) [...];
em que a documentação em posse do contribuinte não
c) [...];
se encontra em conformidade com os elementos pre-
d) [...];
vistos no Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes. e) [...].
7. Entende-se por custos não documentados, nos 2. [...].
termos do n.º 3 do presente artigo, aqueles em relação 3. [...].
aos quais não existe documentação de suporte, nos ter- 4. Não são aceites como provisões, aquelas consti-
mos da lei, mas que a sua ocorrência e natureza sejam tuídas sobre créditos com garantia, salvo na parte não
materialmente comprováveis. coberta.
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ARTIGO 47.º 5. Quando o reinvestimento for feito na Província


(Deduções ao lucro tributável)
de Luanda, no Município do Lobito ou nas capitais das
1. Para a determinação da matéria tributável, deduz- outras províncias, pode-se deduzir até 40% e quando
-se do lucro líquido apurado nos termos dos artigos feito fora das capitais da província, pode-se deduzir
anteriores, as importâncias seguintes: até 80% do valor reinvestido.
a) Os proveitos sujeitos a imposto predial; 6. A dedução só pode ser realizada mediante auto-
b) Os proveitos ou ganhos sujeitos a imposto rização da Administração Tributária e dentro do prazo
sobre a aplicação de capitais. definido, não sendo prolongável o período de dedução,
2. [...]. nem por ausência de matéria colectável.
7. [...].
3. Aos contribuintes cuja matéria colectável é deter-
ARTIGO 50.º
minada nos termos do n.º 2 do artigo 12.º do presente
(Relações especiais)
Código não são permitidas quaisquer deduções nos ter-
1. [...].
mos aqui previstos.
2. [...].
ARTIGO 48.º
(Prejuízos fiscais)
3. [...].
4. [...].
1. Os prejuízos verificados em determinado exercí-
5. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
cio são deduzidos à matéria colectável, havendo-os, de
podem ser consagradas em legislação própria sobre esta
um ou mais, dos 5 (cinco) anos posteriores.
matéria, obrigações específicas para contribuintes, des-
2. [...].
tinadas ao controlo das condições a sujeitar no âmbito
3. [...].
de relações especiais.
4. O presente artigo não se aplica aos contribuintes
6. Salvo legislação especial em contrário, aplica-se
cuja matéria colectável é determinada nos termos do
n.º 2 do artigo 12.º do presente Código. subsidiariamente aos contribuintes sujeitos ao Imposto
Industrial, toda a legislação em matéria de relações
ARTIGO 49.º
(Reservas de investimentos) especiais e preços de transferência.
1. Os lucros levados a reservas de investimento, que SECÇÃO II
Obrigações Declarativas
dentro dos 3 exercícios seguintes tenham sido reinves-
tidos em instalações ou equipamentos novos, afectos à ARTIGO 51.º
(Apresentação da Declaração Modelo 1)
actividade produtiva, podem ser deduzidos à matéria
colectável nos 5 exercícios imediatamente seguintes ao 1. Os contribuintes do regime geral do Imposto
da conclusão do investimento. Industrial submetem, electronicamente, nos termos regu-
2. A faculdade prevista no número anterior fica lamentares, ou apresentam anualmente, até ao último dia
dependente da entrega de requerimento do contribuinte útil do mês de Maio, na repartição fiscal competente,
à Administração Tributária até ao último dia útil do mês uma Declaração Modelo 1 em duplicado.
de Fevereiro do ano seguinte ao da conclusão do rein- 2. A Declaração Modelo 1 do Imposto Industrial deve
vestimento, acompanhado das seguintes peças: ser entregue, obrigatoriamente, sob pena da sua não recep-
a) Acta da sociedade em que delibera a elevação ção pela repartição fiscal, acompanhada de Demonstração
dos lucros à reserva, bem como o seu reinves- de Resultados por Natureza, Demonstração de Fluxo de
timento naquele equipamento ou instalação Caixa, Balanço, Balancete da Razão e Balancete Geral
em concreto; Analítico, antes e depois dos lançamentos de rectifica-
b) Declaração do imposto e balancetes referentes
ção ou regularização e de apuramento dos resultados
ao exercício em que os lucros foram levados
do exercício, e respectivos anexos, devidamente assi-
à reserva;
nados pelo contabilista responsável pela sua elaboração.
c) Suporte dos custos realizados, nomeadamente,
3. [...].
facturas ou documentos equivalentes, nos ter-
mos legais; 4. Salvo disposição expressa em contrário e sem pre-
d) Relatório de fundamentação da relevância juízo do disposto no presente artigo, os anexos devem
do investimento para o desenvolvimento do ser submetidos através de meios electrónicos.
País, com a indicação dos novos postos de 5. [Revogado].
trabalho criados. 6. Os contribuintes que exercem actividades sujeitas
3. [...]. a taxas diferentes do Imposto Industrial, podem apresen-
4. A Administração Tributária pode realizar inspecção tar as respectivas declarações fiscais, mediante junção
física ou solicitar documentos adicionais para efeitos do dos instrumentos contabilísticos por centro de custos e
disposto no n.º 2 do presente artigo. balancete geral analítico por actividades.
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3845

ARTIGO 56.º 8. Os contribuintes que tenham sido enquadrados no


(Contabilistas e Peritos Contabilistas)
regime simplificado de tributação podem requerer a ade-
1. [...]. são ao regime geral, desde que preencham os requisitos
2. Os contribuintes que disponham de contabilidade para nele constarem, devendo, para o efeito, submeter
devem comunicar à Administração Geral Tributária os a sua pretensão até ao final do mês de Fevereiro do ano
elementos de identificação do seu contabilista ou perito a que o Imposto Industrial respeite, junto da sua repar-
contabilista, até 30 dias após apresentação da declaração tição fiscal de domicílio.
de início de actividade ou, sempre que houver mudança
ARTIGO 59.º
do contabilista ou perito contabilista. (Determinação da matéria colectável no Regime Simplifi-
3. [...]. cado de Tributação)

1. A matéria colectável corresponde a todos os provei-


CAPÍTULO III
Regime Simplificado de Tributação tos ou ganhos, obtidos pelo sujeito passivo e é determinada
com base na contabilidade, no modelo de contabilidade
SECÇÃO I
Âmbito de Aplicação simplificada ou livro de registo de compra e venda e ser-
viços prestados, nos termos do presente Código.
ARTIGO 58.º
(Incidência subjectiva) 2. Caso não seja possível determinar a matéria colec-
tável nos termos referidos no número anterior, a mesma
1. O presente regime aplica-se aos contribuintes
deve corresponder ao volume total de vendas e servi-
sujeitos ao Imposto Industrial que estejam abrangidos
ços prestados.
pelo regime de não sujeição do Imposto sobre o Valor
3. Na impossibilidade de identificação do volume
Acrescentado (IVA).
total de vendas e serviços prestados, a matéria colectá-
2. Para efeitos do presente artigo, os limites de fac-
vel corresponde ao volume total de compras e serviços
turação bruta anual a serem considerados são os do
adquiridos.
último exercício contabilístico encerrado, nos termos
4. Na impossibilidade de identificação do volume
dos artigos 51.º e 61.º da presente Lei.
total de compras e serviços adquiridos, conforme previsto
3. No exercício do início de actividade, o enquadra-
no número anterior, a matéria colectável é determinada
mento no regime simplificado faz-se em conformidade
com base em outras regras previstas para métodos indi-
com a facturação bruta anual presumida, constante da
rectos, incluindo a tabela dos lucros mínimos.
Tabela dos Lucros Mínimos.
5. [Revogado].
4. Os contribuintes sujeitos a este regime devem
ARTIGO 60.º
utilizar, para efeito de declaração fiscal, o Modelo de (Deduções à matéria colectável)
Declaração Simplificada, nos termos regulamentares.
1. Os contribuintes deste regime que possuam con-
5. Excluem-se do presente regime: tabilidade sujeitam-se, com as devidas adaptações, às
a) As empresas e as entidades públicas; regras aplicáveis ao apuramento da matéria colectável,
b) As Instituições Financeiras; dos contribuintes do regime geral deste Imposto.
c) As empresas sujeitas a regimes especiais de 2. Os contribuintes deste regime que possuam modelo
tributação; de contabilidade simplificada ou livro de registo de com-
d) As operadoras de telecomunicações; pra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir,
e) As empresas que sejam filiais ou sucursais de até 30%, dos custos incorridos.
empresas com sede no exterior. 3. Os contribuintes deste regime que não possuam
6. Cessa a aplicação do regime simplificado quando contabilidade, modelo de contabilidade simplificada ou
o limite total anual de facturação a que se refere o livro de registo de compra e venda e serviços prestados
n.º 1 do presente artigo, for ultrapassado em dois exercí- não têm direito a dedução de custos incorridos.
cios consecutivos ou interpolados, caso em que passa a ARTIGO 61.º
aplicar-se o regime geral, a partir do exercício seguinte (Obrigações declarativas)

ao da verificação desse facto. 1. Os contribuintes sujeitos ao regime simplificado de


7. A cessação prevista no número anterior, pode ser, tributação apresentam, anualmente, até ao último dia útil
oficiosamente determinada pela Administração Geral do mês de Abril, o Modelo de Declaração Simplificada
Tributária, sempre que se verifiquem os pressuposfos ou o livro de registo de compra e venda e serviços pres-
legais para o efeifo. tados, nos termos regulamentares.
3846 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. A obrigação prevista no número anterior deve ser ARTIGO 65.º


(Fusão ou cisão de sociedades)
cumprida na Repartição Fiscal de domicílio dos contri-
buintes, podendo a declaração ser submetida através de 1. A fusão ou cisão por incorporação de socieda-
meios electrónicos, nos termos regulamentares. des sujeitas a Imposto Industrial é fiscalmente neutra,
3. Os contribuintes do regime simplificado de tri- desde que:
butação, que submetam, electronicamente, as suas a) [...];
declarações fiscais, passam a deduzir 10% das suas b) [...];
despesas administrativas, relacionadas com a aquisição c) [...];
de aplicativo informático, respectivas licenças e contra- d) [...].
tação de contabilista. 2. No procedimento de fusão ou cisão podem ser
4. O benefício fiscal previsto no número anterior concedidos incentivos fiscais à reestruturação empre-
tem uma duração de cinco exercícios fiscais sucessivos sarial na modalidade de dedução de prejuízos fiscais
e aplica-se a partir do Exercício Fiscal de 2019. das sociedades fundidas ou cindidas, caso a sociedade
ARTIGO 62.º subsistente, ou a nova sociedade apresente lucros tribu-
(Prática de acto isolado) táveis, nos 6 exercícios posteriores a que os mesmos se
1. Os contribuintes que praticarem algum acto isolado, reportam, mediante autorização prévia da Administração
de natureza comercial ou industrial, devem apresentar, Tributária.
na Repartição Fiscal da área onde tiverem a sua sede 3. Para efeitos do disposto no número anterior, a socie-
ou local de direcção efectiva, as declarações a que este- dade beneficiária, ou a nova sociedade deve entregar à
jam obrigados. Administração Tributária até ao fim do mês seguinte ao
2. [...]. do registo da fusão ou cisão na Conservatória do Registo
3. [...]. Comercial, acompanhado dos balanços, do balancete
ARTIGO 63.º geral analítico, demonstrações de resultados e respectivos
(Cessação de actividade) anexos e relatório técnico da fusão ou cisão elaborados
1. No caso de cessação total do exercício da actividade, pelo contabilista que a preparou.
devem os contribuintes sujeitos ao regime simplificado 4. Os benefícios previstos no presente artigo são
de tributação apresentar, no prazo de 30 (trinta) dias, concedidos pela Administração Tributária que pode,
o Modelo de Declaração Simplificada ou o Livro de adicionalmente, fixar um plano faseado de dedução dos
Registo de Compra e Venda e Serviços Prestados. prejuízos fiscais, até 5 exercícios fiscais.
2. [Revogado]. 5. [...].
3. [...]. ARTIGO 66.º
(Liquidação e pagamento provisórios sobre vendas)
ARTIGO 64.º
(Taxas) 1. O Imposto Industrial relativo aos contribuintes
1. A taxa geral do Imposto Industrial é de 25%. do regime geral é objecto de autoliquidação provisória
2. Tratando-se de rendimentos provenientes de e pagamento devido, até ao último dia útil do mês de
actividades exclusivamente de explorações agrícolas, Agosto, por referência ao próprio exercício em que a
aquícolas, apícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e actividade tenha lugar.
silvícolas, excepto a exploração da madeira, aplica-se 2. [...].
a taxa única de 10%. 3. [...].
3. Tratando-se de rendimentos provenientes de acti- 4. As prestações de serviços previstas no n.º 13 do
vidades do sector bancário e de seguros, operadoras de artigo seguinte, concorrem para o apuramento do imposto
telecomunicações e de empresas petrolíferas angolanas, provisório.
nos termos definidos no Decreto Legislativo Presidencial 5. [...].
n.º 3/12, de 16 de Março, aplica-se a taxa única de 35%. 6. Sempre que reconhecida pela Administração
4. [...]. Tributária, a diferença correspondente ao pagamento
5. [...]. em excesso ou indevido das liquidações provisórias sobre
6. A taxa de tributação liberatória incidente sobre as vendas dos exercícios anteriores, pode ser deduzida
serviços acidentais prestados por entidades sem sede, na liquidação definitiva ou provisória.
domicílio, estabelecimento estável ou local de direcção 7. [...].
efectiva em Angola é de 15%. 8. [...].
7. Os contribuintes que tenham contabilidade e que 9. A liquidação a que se refere o n.º 1 do presente
exerçam actividades sujeitas a taxas diferentes, podem artigo pode incidir, a título facultativo, sobre o valor
aplicar as taxas correspondestes a estas actividades, desde efectivamente recebido das vendas não sujeitas à reten-
que, apurem, a matéria colectável, por centro de custos. ção na fonte, nos primeiros seis meses do exercício
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3847

fiscal, mediante a aplicação de uma taxa de 2% sobre 14. Os contribuintes que se substituem na emissão
o respectivo valor, devendo o contribuinte, nesse caso, de facturas aos respectivos fornecedores no regime de
submeter os extractos bancários. autofacturação, definido em legislação própria, devem,
10. Os contribuintes que tenham apresentado prejuízo no momento do efectivo pagamento ao fornecedor pela
no exercício anterior estão dispensados da liquidação aquisição do serviço, efectuar a retenção na fonte não
provisória.
liberatória de 6,5% sobre o valor global da auto factura,
11. Os contribuintes que se substituem na emissão
bem como proceder a respectiva entrega aos cofres do
de Tacturas aos respectivos fornecedores no regime de
Estado, dentro de 5 dias após a retenção.
autofacturação, definido em legislação própria devem,
no momento do efectivo pagamento ao fornecedor pela ARTIGO 68.º
(Especialização de regime de liquidação
aquisição de bens, efectuar a retenção na fonte não libe- e pagamento de imposto provisório)
ratória de 2% sobre o valor global da auto factura, bem
Os contribuintes que realizam vendas e prestações
como proceder a respectiva entrega aos cofres do Estado,
de serviços, cujo pagamento está sujeito a retenção na
dentro de 5 (cinco) dias após a retenção.
fonte, por parte da entidade contratante, devem liquidar
ARTIGO 67.º e pagar o imposto provisório sobre as vendas realiza-
(Liquidação e pagamento provisórios sobre a prestação
de serviços) das, nos termos definidos pelo artigo 66.º do presente
Código e sujeitar-se ao previsto no artigo 67.º do pre-
1. Os sujeitos passivos de Imposto Industrial com
sente Código, no que se refere às prestações de serviços.
sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em
Angola que exerçam actividades de prestação de ser- ARTIGO 69.º
(Liquidação definitiva)
viços de qualquer natureza, estão sujeitos à tributação,
por retenção na fonte, à taxa de 6,5%, cuja entrega do 1. A liquidação definitiva do Imposto Industrial, a
imposto retido deve ser efectuada até ao último dia útil efectivar-se com a entrega das respectivas declarações
do mês seguinte. e elementos que a devem acompanhar, nos termos dos
2. [...]. artigos 51.º e 61.º, deve efectuar-se dentro dos seguin-
3. [...]. tes prazos:
4. [...]. a) Até ao último dia útil do mês de Abril de cada
5. [...]. ano, para os contribuintes sujeitos ao regime
6. No apuramento final do Imposto Industrial, que simplificado de tributação;
ocorre com a entrega da Declaração Modelo 1 ou o b) Até ao último dia útil do mês de Maio de cada
Modelo de Declaração Simplificada, se for apurado e ano, para os contribuintes do regime geral.
confirmado, pela Administração Tributária, montante 2. [...].
de imposto inferior ao imposto pago provisoriamente ARTIGO 70.º
(Pagamento definitivo)
no decurso do exercício, este crédito pode ser abatido
à colecta dos exercícios seguintes. 1. [...]:
7. [...]. a) Até ao último dia útil do mês de Abril e Maio,
8. [...]. respectivamente, conforme previsto no n.º 1
9. [...]. do artigo anterior.
10. [...]. b) [...].
11. [...]. 2. [...].
12. [...]. ARTIGO 71.º
13. [...]: (Sujeição)

a) Actividade educativa, conforme definida 1. [...].


na Lei de Bases do Sistema de Educação 2. [...].
e Ensino, serviços prestados por jardins- 3. [...]:
-de-infância, berçários e estabelecimentos a) Actividade educativa, conforme definida
similares; na Lei de Bases do Sistema de Educação
b) [...]; e Ensino, serviços prestados por jardins-
c) [...]; -de-infância, berçários e estabelecimentos
d) [...]; similares;
e) [...]; b) [...];
f) [...]; c) [revogado];
g) [...]; d) [...];
h) [...]. e) [...].
3848 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 73.º 2. Quando as irregularidades referidas no número


(Taxa e pagamento)
anterior, consistirem na falsificação ou viciação de
1. Sobre a matéria colectável, apurada nos termos do documentos fiscalmente relevantes, bem como na sua
artigo anterior, incide o imposto à taxa de 15%. ocultação, destruição ou danificação, que não constituam
2. [...].
elementos de qualquer tipo criminal, previsto na legis-
3. [...].
lação em vigor, a multa é igual ao valor do imposto em
4. [...]:
falta, para os contribuintes do regime simplificado de
a) [...];
tributação e o dobro do imposto em falta, para os con-
b) [...];
c) [...]; tribuintes do regime geral.
d) [...]; 3. [Revogado].
e) [...]. 4. O não pagamento do imposto dentro do prazo
5. [...]. legal previsto para o seu vencimento, sujeita o infractor
6. A falta de entrega ou insuficiência do imposto a multa igual a 25% do imposto em falta.»
devido, nos termos do n.º 3 do presente artigo, pela ARTIGO 2.º
entidade contratante pagadora do serviço, é imputá- (Revogação)
vel a esta, a qual responde pelo pagamento do imposto 1. São revogados os artigos 8.º, 9.º e 10.º, todos do Código
devido e acréscimos legais. do Imposto Industrial, e toda a legislação que contrarie o dis-
ARTIGO 75.º posto na presente Lei, nomeadamente a Lei n.º 4/19, de 18 de
(Incumprimento das obrigações declarativas)
Abril, Lei de Alteração do Código do Imposto Industrial.
1. A falta de apresentação de qualquer declaração fis- 2. Ficam revogados todos os regimes de isenção do
cal, ou a sua entrega após o decurso do seu prazo legal, Imposto Industrial, atribuídos em legislação avulsa, à favor
sujeita o infractor a multa de AKz: 300.000,00 (trezentos de entidades sujeitas.
mil Kwanzas), para os contribuintes sujeitos ao regime
ARTIGO 3.º
simplificado de tributação e AKz: 600.000,00 (seiscen- (Dúvidas e omissões)
tos mil Kwanzas), para os contribuintes do regime geral,
As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e
independentemente da entrega do imposto devido, sem
da aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia
prejuízo da fiscalização externa.
Nacional.
2. A recusa de exibição ou entrega de livros e demais
ARTIGO 4.º
elementos de escrituração, previstos no presente Código ou (Entrada em vigor)
a recusa ilegítima do acesso às instalações do contribuinte
A presente Lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua
é punida com pena de multa de AKz: 200.000,00 (duzentos
publicação.
mil Kwanzas), para os contribuintes do regime simpli-
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
ficado e AKz: 400.000,00 (quatrocentos mil Kwanzas),
aos 20 de Maio de 2020.
para os contribuintes do regime geral.
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade
3. [...].
Dias dos Santos.
4. [...]:
Promulgada aos 30 de Junho de 2020.
a) [...];
b) A falta de apresentação das declarações referi- Publique-se.
das nos artigos 51.º e 61.º do presente Código; O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
c) [...]. Lourenço.
ARTIGO 76.º
(Inexactidões, omissões e outras irregularidades)
Lei n.º 27/20
1. As omissões, inexactidões e outras irregularida- de 20 de Julho
des constantes na Declaração Modelo 1, no Modelo de
Considerando que, com a entrada em vigor da
Declaração Simplificada, ou outras declarações fiscais,
incluindo livros de contabilidade ou elementos de escri- Constituição da República de Angola, no ano de 2010, se
turação legalmente exigíveis, são punidas com multa afigura necessário proceder à conformação da Lei Orgânica
de AKz: 200.000,00 (duzentos mil Kwanzas), para os da Provedoria de Justiça, com vista a garantir a prestação de
contribuintes do regime simplificado de tributação e um melhor apoio técnico e administrativo necessário à rea-
AKz: 400.000,00 (quatrocentos mil Kwanzas), para os lização das atribuições e das competências do Provedor de
contribuintes do regime geral. Justiça;
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3849

Havendo a necessidade de se conferir maior celeridade, ARTIGO 5.º


(Provedor de Justiça-Adjunto)
eficiência e rigor na defesa dos direitos, das liberdades e das
garantias dos cidadãos, face aos poderes públicos, e tendo O Provedor de Justiça-Adjunto coadjuva o Provedor de
em conta o carácter independente que a Constituição atribui Justiça na direcção da Provedoria de Justiça.
ao Provedor de Justiça; SECÇÃO III
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, Órgão Consultivo
nos termos das disposições combinadas da alínea b) do ARTIGO 6.º
artigo 161.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos da (Conselho da Provedoria de Justiça)
Constituição da República de Angola, a seguinte: O Conselho da Provedoria de Justiça é o órgão consul-
tivo do Provedor de Justiça, a quem compete:
LEI DA PROVEDORIA DE JUSTIÇA a) Apreciar o Projecto do Plano Anual de Actividades
da Provedoria de Justiça;
CAPÍTULO I b) Apreciar a Proposta do Orçamento Anual da Pro-
Disposições Gerais vedoria de Justiça;
ARTIGO 1.º c) Apreciar o Projecto do Relatório Anual de Activi-
(Objecto)
dades a ser apresentado à Assembleia Nacional;
A presente Lei estabelece as normas sobre a organização d) Apreciar as propostas de alteração da Lei Orgânica
e o funcionamento da Provedoria de Justiça. do Estatuto do Provedor de Justiça e da Lei da
ARTIGO 2.º Provedoria de Justiça;
(Definição e natureza)
e) Apreciar os projectos de regulamentos e outros
1. A Provedoria de Justiça é a estrutura de apoio técnico e actos da competência do Provedor de Justiça,
administrativo necessário à realização das atribuições e tare- que lhe sejam submetidos por este;
fas do Provedor de Justiça.
f) Apreciar as propostas referentes ao pacote social da
2. A Provedoria de Justiça é uma unidade orçamental,
Provedoria de Justiça;
dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
g) Pronunciar-se sobre os demais assuntos que lhe
CAPÍTULO II sejam submetidos pelo Provedor de Justiça ou
Organização por qualquer dos seus integrantes, após a anuên-
SECÇÃO I cia deste.
Órgãos e Serviços
ARTIGO 7.º
ARTIGO 3.º (Composição do Conselho da Provedoria de Justiça)
(Órgãos e serviços) 1. O Conselho da Provedoria de Justiça é restrito ou alar-
A Provedoria de Justiça compreende os seguintes órgãos gado e é presidido pelo Provedor de Justiça.
e serviços: 2. O Conselho da Provedoria de Justiça integra os seguin-
a) Órgãos de Direcção: Provedor de Justiça e Prove- tes membros:
dor de Justiça-Adjunto; a) O Provedor de Justiça;
b) Órgão Consultivo: Conselho da Provedoria de b) O Provedor de Justiça-Adjunto;
Justiça; c) O Director das Áreas Especializadas;
c) Serviços de Apoio Instrumental: Gabinete do d) O Secretário Geral;
Provedor de Justiça e Gabinete do Provedor de e) O Director de Intercâmbio e Cooperação Interna-
Justiça-Adjunto; cional.
d) Serviços Executivos Centrais: Direcção das Áreas 3. Conselho restrito da Provedoria de Justiça reúne,
Especializadas e Direcção de Intercâmbio e ordinariamente, trimestralmente, podendo, se necessário,
Cooperação Internacional; realizar reuniões extraordinárias.
e) Serviço de Apoio Técnico: Secretaria Geral; 4. O Conselho da Provedoria de Justiça Alargado inclui,
f) Serviços Executivos Locais: Serviços Provinciais além dos membros constantes do n.º 2, os Chefes dos
da Provedoria de Justiça. Departamentos, os Consultores e os Chefes dos Serviços
SECÇÃO II Provinciais da Provedoria de Justiça e reúne com a perio-
Órgãos de Direcção dicidade anual podendo, caso necessário, realizar sessões
ARTIGO 4.º extraordinárias.
(Provedor de Justiça) 5. O Provedor de Justiça pode convidar outras entida-
A Provedoria de Justiça é dirigida pelo Provedor de des a participar das sessões do Conselho da Provedoria de
Justiça. Justiça.
3850 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SECÇÃO IV ARTIGO 11.º


Serviços (Estrutura da Direcção das Áreas Especializadas)

SUBSECÇÃO I 1. A Direcção das Áreas Especializadas estrutura-se em:


Serviços de Apoio Instrumental a) Departamento dos Assuntos Legais, Judiciários e
ARTIGO 8.º
Penitenciários;
(Gabinete do Provedor de Justiça) b) Departamento dos Assuntos Laborais, Segurança
1. O Provedor de Justiça é apoiado, directa e pessoal- Social;
mente, por um gabinete que lhe presta, directamente, toda a c) Departamento dos Direitos Fundiários e Ambien-
tais;
assistência técnica e administrativa na prossecução das suas
d) Departamento dos Segmentos Sociais Vulneráveis.
funções.
2. A Direcção das Áreas Especializadas é dirigida por um
2. O Gabinete do Provedor de Justiça integra:
Director Nacional.
a) Um Director do Gabinete; 3. Os Departamentos da Direcção das Áreas
b) Um Director-Adjunto do Gabinete; Especializadas são chefiados por Chefes de Departamento.
c) Quatro Consultores; ARTIGO 12.º
d) Uma Secretária; (Direcção de Intercâmbio e Cooperação Internacional)
e) Dois Técnicos de Informática; 1. A Direcção de Intercâmbio e Cooperação Internacional
f) Dois Funcionários Administrativos; é o serviço encarregue de apoiar o Provedor de Justiça, no
g) Um Motorista. domínio das relações internacionais e cooperação.
ARTIGO 9.º
2. À Direcção de Intercâmbio e Cooperação Internacional
(Gabinete do Provedor de Justiça-Adjunto) compete:
1. O Provedor de Justiça-Adjunto é apoiado por um gabi- a) Promover a divulgação da actividade do Provedor
de Justiça, no País e no estrangeiro;
nete que lhe presta, directamente, toda a assistência técnica e
b) Prestar apoio às delegações do Provedor de Justiça,
administrativa na prossecução das suas funções.
em missão oficial no estrangeiro, em articulação
2. O Gabinete do Provedor de Justiça-Adjunto integra:
com o Ministério das Relações Exteriores e com
a) Um Director do Gabinete;
as Missões Diplomáticas e Consulares Angola-
b) Dois Consultores;
nas;
c) Uma Secretária; c) Recolher, analisar e tratar a informação de interesse
d) Dois Técnicos de Informática. do Provedor de Justiça, produzida pelos órgãos
e) Dois Funcionários Administrativos; congéneres estrangeiros ou por organizações
f) Um Motorista. internacionais;
SUBSECÇÃO II d) Assegurar as relações de cooperação com outras
Serviços Executivos Centrais entidades congéneres e com organizações
ARTIGO 10.º internacionais, governamentais e não governa-
(Direcção das Áreas Especializadas) mentais;
1. A Direcção das Áreas Especializadas tem por função e) Recolher, tratar e disponibilizar informações
coadjuvar o Provedor de Justiça no exercício das suas fun- referentes às actividades das organizações inter-
ções específicas. nacionais e instituições congéneres;
2. À Direcção das Áreas Especializadas compete: f) Assegurar os serviços de tradução e interpretação;
a) Instruir processos de averiguação, baseados nas g) Apoiar o Provedor de Justiça na cooperação
queixas dos cidadãos ou por iniciativa do Pro- com as organizações internacionais, regionais
e nacionais, com as autoridades judiciárias,
vedor de Justiça;
administrativas, entidades públicas e privadas,
b) Analisar as provas e demais elementos processuais;
organizações da sociedade civil, organizações
c) Elaborar os projectos de ofícios e de recomenda-
não governamentais e demais parceiros institu-
ções, reparos e sugestões das matérias que lhe
cionais, no domínio da protecção e promoção
são submetidas; dos direitos, das liberdades e das garantias fun-
d) Emitir pareceres, por solicitação do Provedor de damentais.
Justiça, sobre questões de carácter geral do fun- 3. A Direcção de Intercâmbio e Cooperação Internacional
cionamento da Provedoria de Justiça; é constituída por dois departamentos:
e) Desenvolver as demais tarefas que lhe são incum- a) Departamento de Intercâmbio;
bidas. b) Departamento de Cooperação Internacional.
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3851

4. A Direcção de Intercâmbio e Cooperação Internacional l) Assegurar, em articulação com os serviços com-


é dirigida por um Director Nacional. petentes da Administração Pública, as acções
5. Os Departamentos da Direcção de Intercâmbio e necessárias à prossecução dos objectivos defini-
Cooperação Internacional, previstos no n.º 3 do presente dos em matéria de gestão e de administração de
artigo, são chefiados por Chefes de Departamento. recursos humanos;
SUBSECÇÃO III m) Promover a adopção de medidas tendentes à
Serviço de Apoio Técnico
melhoria das condições da prestação do traba-
ARTIGO 13.º lho, nomeadamente de higiene, de saúde e de
(Secretaria Geral)
segurança;
1. A Secretaria Geral da Provedoria de Justiça é o ser- n) Assegurar o serviço geral de relações públicas e de
viço que se ocupa da generalidade das questões comuns da protocolo da Provedoria de Justiça e organizar
Provedoria de Justiça, nos domínios da administração, da as cerimónias oficiais, em articulação com os
gestão do orçamento, da gestão do pessoal, do património, demais serviços;
dos transportes, do expediente, das tecnologias de informa- o) Acompanhar, assessorar e intermediar a coordena-
ção, das relações públicas, do protocolo e da biblioteca. ção e a divulgação das actividades do Provedor
2. À Secretaria Geral compete:
de Justiça, nos órgãos de comunicação social;
a) Prestar assistência técnica e administrativa ao
p) Promover e desenvolver campanhas de marketing e
Gabinete do Provedor de Justiça e ao Gabinete
de publicidade institucional, produzir conteúdos
do Provedor de Justiça-Adjunto, ao Conselho da
informativos e propor acções de comunicação
Provedoria de Justiça, bem como acompanhar a
para efeitos de divulgação na comunicação
execução das decisões destes;
social;
b) Estudar, programar, coordenar e aplicar as medidas
q) Exercer as demais funções definidas por lei e
tendentes a promover, de forma permanente e
orientadas superiormente.
sistemática, o aperfeiçoamento, a inovação e a
ARTIGO 14.º
modernização das actividades administrativas e (Estrutura da Secretaria Geral)
a melhoria da eficiência dos serviços da Prove-
1. A Secretaria Geral estrutura-se em:
doria de Justiça;
a) Departamento de Gestão do Orçamento e Patrimó-
c) Elaborar e executar o orçamento da Provedoria
nio;
de Justiça e assegurar o serviço geral de gestão
b) Departamento de Recursos Humanos;
orçamental dos órgãos e serviços da Provedoria
c) Departamento de Expediente e Tecnologias de
de Justiça;
Informação;
d) Apresentar, ao Provedor de Justiça, o relatório
d) Departamento de Relações Públicas e Protocolo;
anual de execução do orçamento da Provedoria
e) Departamento de Comunicação Institucional e
de Justiça;
Imprensa.
e) Assegurar a aquisição e a manutenção dos bens
2. O Departamento de Gestão do Orçamento e Património
necessários ao funcionamento da Provedoria de
compreende a Secção de Gestão do Orçamento e a Secção
Justiça;
de Gestão do Património.
f) Administrar o património da Provedoria de Justiça;
3. O Departamento de Recursos Humanos compreende
g) Definir, organizar e orientar, tecnicamente, o sis-
a Secção de Gestão de Competências e Desenvolvimento
tema de documentação técnica e científica; de Carreiras e a Secção de Formação e Avaliação de
h) Adquirir, catalogar e difundir a informação cientí- Desempenho.
fica e técnica nacional e estrangeira de interesse 4. O Departamento de Expediente e Tecnologias de
institucional; Informação compreende a Secção de Expediente e Arquivo
i) Desenvolver as técnicas de organização do acervo e a Secção de Tecnologias de Informação.
bibliográfico e documental; 5. O Departamento de Comunicação Institucional
j) Elaborar e apresentar propostas em matérias de e Imprensa compreende a Secção de Comunicação
políticas de gestão, de admissão e de promoção Institucional e Imprensa e a Biblioteca.
dos funcionários, bem como as carreiras do 6. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral,
pessoal; equiparado a Director Nacional.
k) Gerir o quadro de pessoal da instituição, relati- 7. Os Departamentos da Secretaria Geral são chefiados
vamente às fases de percurso profissional dos por Chefes de Departamento e as Secções por Chefes de
funcionários; Secção.
3852 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUBSECÇÃO IV 2. A gestão financeira da Provedoria de Justiça é exer-


Serviços Executivos Locais
cida pelo Provedor de Justiça e assegurada pelos serviços da
ARTIGO 15.º Secretaria Geral.
(Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça)
ARTIGO 19.º
1. A Provedoria de Justiça dispõe de Serviços Provinciais (Receitas)
em cada Província. Constituem receitas da Provedoria de Justiça:
2. Os Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça são a) As dotações do Orçamento Geral do Estado;
as unidades que desenvolvem a actividade da Provedoria de b) Quaisquer outras receitas que sejam atribuídas por
Justiça, na Província. lei ou por outro título.
3. Os Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça exer-
ARTIGO 20.º
cem as seguintes actividades: (Despesas)
a) Prestar as devidas informações e esclarecimentos
Constituem despesas da Provedoria de Justiça:
aos cidadãos e manter o Provedor de Justiça
informado; a) As despesas com o pessoal;
b) Proceder à recepção das queixas e assegurar o res- b) Os encargos decorrentes do seu funcionamento;
pectivo tratamento; c) As despesas realizadas para a aquisição de bens e
c) Manter ligação estreita com a Direcção das Áreas para a manutenção e conservação do património,
Especializadas, em relação à tramitação dos dos equipamentos e dos serviços a utilizar.
processos; ARTIGO 21.º
d) Elaborar informações e pareceres sobre quaisquer (Património)
assuntos que lhes sejam submetidos; Constitui património da Provedoria de Justiça a univer-
e) Elaborar relatórios trimestrais sobre as queixas dos salidade dos bens, dos direitos e das obrigações que receba
cidadãos; ou adquira.
f) Exercer outras tarefas orientadas pelo Provedor de
Justiça. CAPÍTULO IV
4. Os Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça são Regime do Pessoal
dirigidos por um Chefe de Serviço Provincial, equiparado a ARTIGO 22.º
Chefe de Departamento. (Regime do pessoal)
5. A organização e o funcionamento dos Serviços 1. Ao pessoal da Provedoria de Justiça aplica-se, para
Provinciais da Provedoria de Justiça são definidos por todos os efeitos legais, com as devidas adaptações, o regime
regulamento. da função pública.
ARTIGO 16.º 2. Ao pessoal afecto aos Gabinetes do Provedor de
(Chefe dos Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça) Justiça e do Provedor de Justiça-Adjunto aplica-se, com as
O Chefe dos Serviços Provinciais da Provedoria de necessárias adaptações, o regime previsto para o pessoal que
Justiça responde perante o Provedor de Justiça, por toda a presta serviço nos gabinetes dos titulares dos departamentos
actividade desenvolvida na Província. ministeriais.
ARTIGO 23.º
CAPÍTULO III (Remuneração suplementar)
Gestão Financeira e Patrimonial
Os funcionários e os agentes administrativos da Provedoria
ARTIGO 17.º de Justiça têm direito a um coeficiente salarial de 0,3 sobre o
(Orçamento do serviço)
vencimento-base, respeitante à remuneração suplementar.
1. A Provedoria de Justiça é uma unidade orçamental, ARTIGO 24.º
com dotação orçamental anual. (Cartão de identificação)
2. O orçamento da Provedoria de Justiça é gerido de O Provedor de Justiça aprova, por despacho, o modelo
modo autónomo, pelo seu titular, sem prejuízo do disposto de cartão de identificação dos funcionários e dos agentes
na legislação em vigor, aplicável. administrativos da Provedoria de Justiça.
ARTIGO 18.º ARTIGO 25.º
(Instrumentos de gestão) (Organização do quadro do pessoal e organigrama)
1. A gestão financeira da Provedoria de Justiça é assegu- O quadro do pessoal da Provedoria de Justiça, do
rada por meio dos seguintes instrumentos: Gabinete do Provedor de Justiça, do Gabinete do Provedor
a) Plano anual e plurianual de actividades; de Justiça-Adjunto e dos Serviços Provinciais da Provedoria
b) Orçamento anual; de Justiça, bem como o organigrama da Provedoria de
c) Relatório anual de actividades e de contas do exer- Justiça constam, respectivamente, dos Anexos I, II, III, IV e
cício económico. V da presente Lei, da qual são parte integrante.
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3853

ARTIGO 26.º ARTIGO 29.º


(Regulamentos) (Entrada em vigor)
O Provedor de Justiça aprova os regulamentos internos
A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação.
dos órgãos e serviços da Provedoria de Justiça.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
CAPÍTULO V
Disposições Finais aos 20 de Maio de 2020.

ARTIGO 27.º
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade
(Revogação) Dias dos Santos.
É revogada toda a legislação que contrarie a presente Lei.
Promulgada aos 30 de Junho de 2020.
ARTIGO 28.º
(Dúvidas e omissões)
Publique-se.
As dúvidas e as omissões resultantes da aplicação e da
interpretação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
Nacional. Lourenço.

ANEXO I
Quadro do pessoal da Provedoria de Justiça, a que se refere o artigo 25.º
Número
Grupo de Pessoal Carreira Função/Categoria Especialidade Profissional a Admitir
de Lugares
Provedor de Justiça 1
Cargo Político Dirigentes
Provedor de Justiça-Adjunto 1

Secretário Geral 1
Direcção
Director Nacional 2
Direcção e Chefia
Chefe de Departamento 11
Chefia
Chefe de Secção 8

Assessor Principal

Primeiro Assessor
Direito, Economia, Relações Internacionais, Recursos
Assessor Humanos, Sociologia, Psicologia, Antropologia, História,
Técnico Superior Técnica Superior 87
Técnico Superior Principal Ciência Política, Engenharia Informática, Arquitectura,
Gestão e Contabilidade, Comunicação Social
Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe

Técnico Especialista Principal

Técnico Especialista de 1.ª Classe


Direito, Economia, Relações Internacionais, Recursos
Técnico Especialista de 2.ª Classe Humanos, Sociologia, Psicologia, Antropologia, História,
Técnico Técnica 14
Técnico de 1.ª Classe Ciência Política, Engenharia Informática, Arquitectura,
Gestão e Contabilidade, Comunicação Social
Técnico de 2.ª Classe

Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe


Administração Pública, Contabilidade, Ciências Económi-
Técnico Médio Técnica Média Técnico Médio de 1.ª Classe cas e Jurídicas, Geografia, História, Informática, Comuni- 28
cação Social
Técnico Médio de 2.ª Classe

Técnico Médio de 3.ª Classe

Oficial Administrativo Principal

Primeiro Oficial Administrativo

Segundo Oficial Administrativo


Administrativa Técnicas Administrativas, Secretariado, Protocolo 20
Terceiro Oficial Administrativo

Administrativo Aspirante

Escriturário-Dactilógrafo

Motorista de Ligeiros Principal

Motorista Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe Motoristas 8

Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe


3854 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO II
Quadro do Pessoal do Gabinete do Provedor de Justiça, a que se refere o artigo 25.º
Número
Grupo de Pessoal Carreira Função/Categoria
de Lugares
Director de Gabinete 1

Director de Gabinete-Adjunto 1

Consultor 4

Gabinete do Provedor de Justiça Secretário 1

Técnico de Informática 2

Funcionário Administrativo 2

Motorista 1

ANEXO III
Quadro do Pessoal do Gabinete do Provedor de Justiça-Adjunto, a que se refere o artigo 25.º
Número
Grupo de Pessoal Carreira Função/Categoria
de Lugares
Director de Gabinete 1

Consultor 2

Secretário 1
Gabinete do Provedor de Justiça-
-Adjunto
Técnico de Informática 2

Funcionário Administrativo 2

Motorista 1

ANEXO IV
Quadro do Pessoal dos Serviços Provinciais da Provedoria de Justiça, a que se refere o artigo 25.º
Grupo de Pessoal Carreira Função/Categoria Especialidade Profissional a Admitir Número de Lugares

Chefia Chefia Chefe de Serviços Provinciais 1

Assessor Principal

Primeiro Assessor
Direito, Economia, Relações Internacionais, Recursos Humanos,
Assessor
Técnica Sociologia, Psicologia, Antropologia, História, Ciência Política,
Técnico Superior 6
Superior Engenharia Informática, Arquitectura, Gestão e Contabilidade,
Técnico Superior Principal
Comunicação Social
Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe

Técnico Especialista Principal

Técnico Especialista de 1.ª Classe Direito, Economia, Relações Internacionais, Recursos Humanos, 6

Técnico Especialista de 2.ª Classe


Técnico Técnica
Técnico de 1.ª Classe
Sociologia, Psicologia, Antropologia, História, Ciência Política,
Técnico de 2.ª Classe Engenharia Informática, Arquitectura, Gestão e Contabilidade,
Comunicação Social
Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


Administração Pública, Contabilidade, Ciências Económicas e
Técnico Médio Técnica Média 6
Jurídicas, Geografia, História, Informática, Comunicação Social,
Técnico Médio de 1.ª Classe

Técnico Médio de 2.ª Classe

Técnico Médio de 3.ª Classe

Motorista de Ligeiros Principal

Administrativo Administrativa Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe Motoristas 3

Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe


I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3855

ANEXO V
Organigrama da Provedoria de Justiça, a que se refere o artigo 25.°

O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.


O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

TRIBUNAL DE CONTAS n.º 13/10, de 9 de Julho, o Plenário do Tribunal de Contas,


delibera o seguinte:
Único: — É aprovado o Regulamento Interno da
Resolução n.º 3/20
de 20 de Julho Fiscalização Concomitante do Tribunal de Contas, anexo à
Havendo necessidade de se regulamentar, as com- presente Resolução e que dela é parte integrante.
petências específicas e funcionamento da Fiscalização Vista e aprovada pelo Plenário do Tribunal de Contas,
Concomitante do Tribunal de Contas, criada ao abrigo do em Luanda, aos 13 de Fevereiro de 2020.
artigo 9.º-A da Lei n.º 19/19, de 14 de Agosto — Lei que
Publique-se.
altera a Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas;
Considerando o previsto nas disposições combinadas A Juíza Conselheira Presidente, Exalgina Renée Vicente
da alínea f) do artigo 6.º e a alínea d) do artigo 35.º da Lei Olavo Gambôa.
3856 DIÁRIO DA REPÚBLICA

REGULAMENTO DA FISCALIZAÇÃO f) Adendas aos contratos em execução, anteriormente


CONCOMITANTE visados desde que não impliquem o aumento do
valor do contrato susceptível de fiscalização pre-
CAPÍTULO I ventiva;
Disposições Gerais g) Programas, contratos e projectos de natureza
ARTIGO 1.º variada;
(Noção e finalidade) h) Actividades de gerência das entidades sujeitas
1. A fiscalização concomitante é o tipo de fiscalização à fiscalização do Tribunal de Contas, antes do
que o Tribunal de Contas realiza aos procedimentos e actos encerramento do exercício;
administrativos que impliquem despesas de pessoal, bem i) Programas, projectos e contratos ou determinados
como aos contratos, programas e projectos, ao longo da sua aspectos da gestão das entidades sujeitas, com
execução física e financeira, durante ou antes do encerra- base numa solicitação da Assembleia Nacional;
mento do exercício de gerência. j) Programas e projectos suspensos e não concluídos;
k) Reclamações e denúncias.
2. A fiscalização concomitante desenvolve-se de forma
articulada com a fiscalização preventiva e a fiscalização ARTIGO 4.º
(Modos de fiscalização)
sucessiva e sem prejuízo dos poderes concedidos ao Tribunal
de Contas, em matéria de efectivação de responsabilidades 1. A fiscalização concomitante exerce-se através de audi-
financeiras. torias, averiguações e inquéritos.
2. Os meios de fiscalização previstos no número anterior
ARTICO 2.º
(Âmbito da fiscalização concomitante) consistem, concretamente, no seguinte:
a) As auditorias consistem no exame das operações,
1. À fiscalização concomitante estão sujeitas as enti-
actividades e sistemas de determinada entidade, com
dades mencionadas no artigo 2.º da Lei n.º 13/10, de 9 de
vista a verificar se são executados ou se funcionam
Julho, com a alteração introduzida pela Lei n.º 19/19,
em conformidade com determinados objectivos,
de 14 de Agosto.
orçamentos, regras, normas e procedimentos legais;
2. No âmbito do exercício dos poderes de fiscali-
b) As averiguações consistem em diligências exter-
zação concomitante, o Tribunal de Contas procede ao
acompanhamento da execução de actos, contratos, orçamen- nas para a identificação de irregularidades,
tos, programas, projectos, procedimentos de gerência, e de confirmação ou conferência de trabalhos ou
um modo geral, da actividade financeira sob sua jurisdição e informações que sejam prestadas através de rela-
ao acompanhamento da execução do OGE. tórios, denúncias ou outro tipo de informação;
c) Os inquéritos consistem em entrevistas e ques-
ARTIGO 3.º
(Incidência da fiscalização concomitante) tionários junto ao pessoal da entidade sob
fiscalização, para a obtenção de dados e infor-
1. A fiscalização concomitante, incide sobre os procedi-
mentos, actos, contratos, programas e projectos, bem como mações necessárias à elaboração do relato.
sobre actividades de gerência, a que se referem as alíneas a) CAPÍTULO II
a d) do n.º 1 do artigo 9.º-A aditado pela Lei n.º 19/19, Fiscalização pela 1.ª Câmara e pela 2.ª Câmara
de 14 de Agosto, à Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, designada-
SECÇÃO I
mente, sobre os seguintes: Fiscalização pela 1.ª Câmara
a) Procedimentos e actos administrativos que impli-
ARTIGO 5.º
quem despesas de pessoal; (Competência)
b) Contratos que não devam ser remetidos para fisca- Compete à 1.ª Câmara do Tribunal de Contas, o acom-
lização preventiva por força da lei; panhamento e verificação da execução de todos os actos e
c) Contratos em execução que tenham sido visados e contratos sujeitos ou não a fiscalização prévia, com vista ao
os contratos visados com recomendações; apuramento de responsabilidades financeiras
d) Actos ou contratos em execução, resultantes de SUBSECÇÃO I
catástrofe natural ou similar e por motivos de Actos Sujeitos
urgência imperiosa decorrentes de acontecimen- ARTIGO 6.º
tos imprevisíveis, não imputáveis à entidade (Actos sujeitos)
pública contratante; 1. Os procedimentos e actos administrativos previstos no
e) Actos e contratos em execução resultantes da n.º 4 do artigo 8.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, com a alte-
contratação simplificada com fundamento em ração introduzida pela Lei n.º 19/19, de 14 de Agosto, estão
critérios materiais; sujeitos à fiscalização concomitante.
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3857

2. Os actos resultantes de catástrofe natural ou similar, 3. Com base no Plano Anual aprovado pelo Plenário do
previstos, na alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º-A, da Lei n.º 19/19, Tribunal de Contas, o Presidente da Câmara respectiva, deve
de 14 de Agosto. elaborar um mapa, para vigorar imediatamente, onde cons-
SUBSECÇÃO II tem os seguintes dados:
Contratos e Outros Instrumentos Sujeitos a) Nome da entidade;
ARTIGO 7.º
b) Data e prazo de execução;
(Contratos visados) c) Designação da contraparte dos actos praticados e
A fiscalização concomitante incide sobre os contratos a contratos celebrados;
d) Objecto (acto, contrato, programa, projecto ou
que se refere a alínea m) do n.º 4 do artigo 8.º, assim como
outro instrumento);
sobre os contratos referidos pelas alíneas a), b) e c) do arti-
e) Valor da despesa resultante da prática do acto;
go 9.º-A, ambos da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, com a alte-
f) Valor do contrato, do programa ou projecto;
ração introduzida pela Lei n.º 19/19, de 14 de Agosto.
g) Grau de execução física e financeira;
ARTIGO 8.º
(Contratos não visados e outros instrumentos)
h) Cronograma de execução física e financeira;
i) Regularidade administrativa e financeira;
1. Os contratos a que se refere a alínea m) do n.º 4 do
j) Modo de fiscalização utilizado pelo Tribunal;
artigo 8.º e os contratos referidos na alínea a) do n.º 1 do k) Estimativa dos custos da operação de fiscalização;
artigo 9.º-A, ambos da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, com a l) Quaisquer outros dados ou elementos pertinentes
alteração introduzida pela Lei n.º 19/19, de 14 de Agosto, para a acção de fiscalização.
estão sujeitos à fiscalização concomitante.
ARTIGO 12.º
2. Estão igualmente sujeitos à fiscalização concomitante (Periodicidade)
os actos, contratos, programas, projectos e outros instrumen-
As entidades sujeitas à jurisdição do Tribunal de Contas
tos previstos no artigo 3.º deste Regulamento.
só devem ser auditadas uma única vez sobre o mesmo
SECÇÃO II objecto, no decurso do exercício económico.
Fiscalização pela 2.ª Câmara
ARTIGO 13.º
ARTIGO 9.º (Atribuição por sorteio aos juízes conselheiros)
(Matéria sujeita a fiscalização)
1. A atribuição de acções de fiscalização a cada Juiz
Compete à 2.ª Câmara, no âmbito da fiscalização con- Conselheiro Relator será feita por sorteio, na respectiva
comitante, auditar, inquirir ou averiguar a observância das Câmara.
normas que regulam e regulamentam a execução dos recur- 2. As entidades a fiscalizar serão identificadas por uma
sos financeiros públicos e privados com fins públicos, e bem letra, a que corresponderá um Juiz Conselheiro.
assim a verificação da existência de práticas que ponham em ARTIGO 14.º
causa a gestão financeira transparente, eficiente, económica, (Designação e composição das equipas técnicas)
eficaz e protectora do meio ambiente de tais recursos, com 1. As diligências ordenadas pelo Juiz Relator ou pelo
vista ao apuramento de responsabilidades financeiras. Plenário no âmbito da fiscalização concomitante devem ser
ARTIGO 10.º asseguradas pela Direcção dos Serviços Técnicos.
(Programas e outros instrumentos) 2. A designação das equipas técnicas incumbidas da rea-
Estão sujeitos à fiscalização concomitante, os programas lização de averiguações, inquéritos e auditorias às entidades
e projectos de natureza variada, bem como as actividades de sujeitas à fiscalização concomitante é da competência do Juiz
gerência das entidades sujeitas, mencionados, na alínea d) Relator, sob proposta da Direcção dos Serviços Técnicos.
do n.º 1 artigo 9.º-A aditado à Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, 3. As equipas técnicas devem ser multidisciplinares,
pela Lei n.º 19/19, de 14 de Agosto. integrando um mínimo de três membros, tendo em conta a
natureza, as características técnicas, o volume de trabalho e
CAPÍTULO III
a complexidade do modo de fiscalização.
Programação das Entidades a Fiscalizar
4. De entre os técnicos indicados, o coordenador será
SECÇÃO I designado pelo Juiz Relator, em função da natureza e com-
Disposições Comuns à 1.ª Câmara e à 2.ª Câmara
plexidade do modo de fiscalização.
ARTIGO 11.º ARTIGO 15.º
(Programação da fiscalização concomitante) (Procedimentos e tramitação)
1. O Plenário do Tribunal deve aprovar o Plano Anual de 1. As equipas devem ser portadoras de credenciais que as
Execução de fiscalização concomitante das Câmaras. habilitem a prestar o serviço, sem quaisquer impedimentos.
2. O disposto no número anterior não prejudica a even- 2. A equipa técnica deve submeter ao Juiz Relator um
tual fiscalização concomitante não programada, sempre que cronograma de execução física dos trabalhos a realizar e os
necessária. prazos.
3858 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. O Juiz Relator deve homologar o cronograma e acom- 2. A entidade deve procurar, sendo caso disso, juntar o
panhar as actividades da equipa técnica. máximo de dados que possam justificar o que lhe é imputado
4. As entidades a fiscalizar devem ser informadas, nos no relato, contraditando, assim o seu conteúdo.
termos do que dispõe o artigo seguinte. 3. Findo o prazo que lhe for designado para o contradi-
ARTIGO 16.º tório, a entidade deve enviar a sua posição, dirigida ao Juiz
(Comunicação às entidades) Relator do processo.
1. Uma vez definidos os procedimentos para a realização 4. Uma vez na posse do contraditório, o Juiz Relator
da acção de fiscalização, a Direcção dos Serviços Técnicos pede à equipa técnica que emita um parecer, se for caso
comunica à entidade a fiscalizar, para disponibilizar toda a disso, para melhor avaliar a situação.
informação necessária ao cumprimento da referida acção, 5. Não subsistindo quaisquer dúvidas entre o conteúdo
nos termos do dever de colaboração previsto na Lei. do contraditório e o conteúdo do parecer, o Juiz Relator
2. A referida comunicação funciona como um aviso à manda que seja emitido o competente Relatório, nos termos
entidade, não carecendo de qualquer tipo de anuência por do artigo seguinte.
parte desta. ARTIGO 21.º
(Relatório)
CAPÍTULO IV
1. O relatório a emitir pela equipa técnica deve ser o mais
Auditorias, Inquéritos e Averiguações
claro e completo possível, contendo todos os aspectos que
SECÇÃO I tenham sido considerados justificados e/ou não justificados.
Disposições Comuns
2. Uma vez conformado com o relatório, o Juiz Relator
ARTIGO 17.º manda que seja dada vista aos demais Juízes Conselheiros
(Disposições comuns) da Câmara respectiva e envia-o para o Ministério Público
A fiscalização concomitante efectiva-se através de audito- para que este emita um parecer no prazo de 5 dias úteis.
rias, inquéritos e averiguações, segundo princípios, métodos ARTIGO 22.º
e técnicas geralmente aceites e pelas normas aprovadas no (Parecer do Ministério Público)
âmbito da INTOSAI, constantes de manuais de auditorias e O Ministério Público junto do Tribunal, na posse do
procedimentos aprovados pelo Plenário do Tribunal. processo e respectivo relatório deve pronunciar-se sobre se
SECÇÃO II existe matéria para mandar suspender as actividades, os pro-
Auditorias cedimentos, os actos ou os contratos em observação e se há
ARTIGO 18.º ou não lugar ao apuramento de responsabilidades.
(Condições prévias à realização de auditorias) ARTIGO 23.º
Previamente à realização de auditorias devem ser cum- (Aprovação do relatório)
pridos os procedimentos previstos nos artigos 11.º ao 16.º 1. Recebido o parecer do Ministério Público, o Juiz
deste Regulamento. Relator manda que seja dada vista aos demais Juízes
ARTIGO 19.º Conselheiros da Câmara respectiva.
(Relato) 2. O relatório é submetido ao Plenário da Câmara para
1. Cumpridas as diligências junto das entidades objecto obtenção de aprovação mediante resolução, proferida no
da auditoria, cabe à equipa técnica a elaboração de um prazo de 30 (trinta) dias.
documento, designado por relato, que integrará todos os dados ARTIGO 24.º
constatados e recolhidos, durante a acção de fiscalização. (Suspensão dos actos e contratos não conformes)
2. Tais dados são compilados, incorporando toda a infor- A deliberação da Câmara que aprove o conteúdo do rela-
mação necessária, formando um processo que deve ser tório deve conter, quando seja o caso, a ordem de suspensão
devidamente capeado e autuado, atribuindo-se-lhe uma imediata das actividades, procedimentos, actos e contratos
numeração e contendo a identificação do Juiz Relator a não conformes, praticados ou omitidos pela entidade, bem
quem está adstrito. como a menção ao desencadeamento da competente acção
3. A equipa técnica deve formular um juízo de valor a de responsabilidade financeira, criminal e civil e ainda da
respeito de toda a informação e documentação obtida, que sujeição da conta da entidade ao processo de verificação
encaminhará, depois de devidamente autuada ao Juiz Relator externa.
para apreciação. ARTIGO 25.º
ARTIGO 20.º (Remessa do relatório)
(Exercício do contraditório e sua apreciação) 1. O relatório contendo as infracções financeiras, deve
1. A notificação para o exercício do contraditório deve ser remetido para conhecimento, ao Presidente do Tribunal
conter o prazo de resposta da entidade, até ao máximo de Contas, ao Ministério Público, ao interessado e ao respec-
de 20 (vinte) dias úteis. tivo superior hierárquico da entidade.
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3859

2. Com o relatório segue uma guia para o pagamento dos CAPÍTULO V


emolumentos, pela entidade. Recursos
3. Do conteúdo da deliberação cabe recurso por parte da ARTIGO 32.º
entidade fiscalizada, no prazo de 8 (oito) dias, contados a (Decisões recorríveis)

partir da data de recepção da notificação. Das decisões proferidas em sede de fiscalização conco-
ARTIGO 26.º
mitante cabe recurso para o Plenário do Tribunal de Contas.
(Apuramento de responsabilidades) ARTIGO 33.º
(Apreciação pelo Plenário)
Conforme disposto no n.º 3 do artigo anterior, cabe ao
Ministério Público, desencadear os trâmites para a efectiva- 1. A decisão recorrida será apresentada, para discus-
ção da responsabilização da entidade fiscalizada. são, na sessão do Plenário do Tribunal de Contas, pelo seu
Relator e submetido à votação dos seus membros.
ARTIGO 27.º
(Divulgação do relatório no site do Tribunal) 2. A decisão final será notificada ao Ministério Público e
à entidade auditada.
O relatório de auditoria, de inquérito ou de averiguações,
ARTIGO 34.º
uma vez aprovado pela Câmara pode ser inserido no site do
(Trânsito em julgado e cumprimento da decisão final)
Tribunal de Contas.
1. A decisão transita em julgado decorridos que sejam
SECÇÃO II
15 (quinze) dias, após ter sido proferida e notificada às Partes.
Inquéritos
2. A decisão é de cumprimento imediato, devendo os
ARTIGO 28.º valores da multa e dos emolumentos ser pagos pelos gestor
(Inquéritos)
ou gestores condenados da entidade fiscalizada.
Com as devidas adaptações são aplicáveis aos inqué-
ritos as disposições das secções anteriores do presente CAPÍTULO VI
Regulamento. Disposições Finais e Transitórias

SECÇÃO III ARTIGO 35.º


Averiguações (Entrada em vigor)

O presente Regulamento entra em vigor na data da sua


ARTIGO 29.º
(Quando têm lugar) publicação.
As averiguações têm lugar quando, por denúncia ou por ARTIGO 36.º
(Revisão)
qualquer outro meio, chegue ao conhecimento do Tribunal,
que as entidades sujeitas à sua jurisdição estejam a executar O presente Regulamento será objecto de revisão, desde
que as duas Câmaras a quem se dirige estejam de acordo
actos, contratos, programas, projectos e a observar procedi-
e assim o deliberem, devendo as matérias objecto de revi-
mentos administrativos ilegais ou irregulares.
são ser previamente aprovadas pelo Plenário do Tribunal de
ARTIGO 30.º
(Indicação e credenciamento de equipas de técnicos)
Contas.
ARTIGO 37.º
1. As averiguações são desenvolvidas por equipas de téc- (Dúvidas e omissões)
nicos, indicadas conforme o disposto nos artigos 14.º e 15.º As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
do presente Regulamento. aplicação do presente Regulamento serão resolvidas pelo
2. As equipas devem ser portadoras de credenciais que Plenário do Tribunal de Contas.
as habilitem a prestar o serviço de averiguações, sem quais- A Juíza Conselheira Presidente, Exalgina Renée Vicente
quer impedimentos. Olavo Gambôa.
3. Para o efeito previsto no número anterior, a entidade
a fiscalizar deve ser notificada nos termos do que dispõe o
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
artigo 16.º deste Regulamento.
ARTIGO 31.º
(Conclusão das averiguações) Decreto Executivo n.º 215/20
de 20 de Julho
1. Concluída a acção de averiguação, a equipa de téc-
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 105.º da Lei
nicos elabora um relato, contendo toda a constatação feita
n.º 17/16, de 7 de Outubro, que aprova a Lei de Bases do
junto da entidade a ela sujeita, dirigido ao Juiz Relator. Sistema de Educação e Ensino, conjugado com o consig-
2. O Juiz Relator, na posse do relato decide sobre o nado no artigo 31.º do Decreto Presidencial n.º 254/19,
arquivamento do relato ou a realização de uma auditoria à de 9 de Agosto, que aprova o Regime Jurídico do Subsistema
referida entidade. do Ensino Técnico-Profissional;
3860 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Em conformidade com os poderes delegados pelo Disciplinas Horas Curriculares Semanais


Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da Consti- 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe
tuição da República de Angola, e de acordo com o estabelecido Disciplina A
nos n.os 3 e 4 do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de
Disciplina B
Outubro, determino:
Disciplina C
ARTIGO 1.º
Disciplina D
(Criação)
Disciplina E
É criado o curso do II Ciclo do Ensino Secundário
Disciplina F
Técnico-Profissional na Área de Saúde, denominado Estatís-
Disciplina G
tica Aplicada à Saúde.
Disciplina H
ARTIGO 2.º
(Matriz do Curso, Plano Curricular do Curso, Listagem das Unidades Disciplina I
de Aprendizagens e Perfil de Saída) Disciplina J
A Matriz do Curso, Plano Curricular do Curso, Listagem Disciplina K
das Unidades de Aprendizagens e Perfil de Saída do curso Disciplina L
ora criado constam do anexo ao presente Diploma, dele Disciplina M
constituindo parte integrante. Planificação e Gestão
4
de Saúde
ARTIGO 3.º
(Entrada em vigor) Projecto Tecnológico 4
Estágio Curricular Super-
O presente Decreto Executivo entra em vigor na data da visionado
20

sua publicação. Subtotal 9 12 27 28

Publique-se. TOTAL 32 32 32 28

Luanda, a 1 de Julho de 2020.


2. Plano Curricular do Curso Técnico de Estatística
A Ministra, Luísa Maria Alves Grilo.
Aplicada à Saúde

Disciplinas Horas Curriculares Semanais

ANEXO 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe


II Ciclo do Ensino Secundário Técnico-Profissional Componente Sociocultural

(Curso Médio Técnico) Português 3 3 - -

Inglês ou Francês 3 3 - -
Área de Formação: Saúde
Formação de Atitudes
2 - - -
1. Matriz do Curso Técnico de Estatística Aplicada Integradoras

à Saúde Educação Física 2 2 . -

Subtotal 10 8 0
Disciplinas Horas Curriculares Semanais
Componente Científica
10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe
Matemática 4 4 - -
Componente Sociocultural
Biologia 3 3
Português 3 3 - -
Física 2 2 -
Inglês ou Francês 3 3 - -
Química 3 3 -
Formação de Atitudes 2 - - - Informática 4 - -
Integradoras
Educação Física 2 2 - - Psicologia Geral - 2 -

10 Subtotal 13 12 5 0
Subtotal 8 - -
Componente Técnica, Tecnológica e Prática
Componente Científica
Ética na Saúde e Deonto-
Matemática 4 4 - - 3
logia Profissional
Biologia 3 3 - Informação, Educação
3
e Comunicação
Física 2 2 - -
Anatomia e Fisiologia
Química - 3 3 - 3 - - -
Humana
Informática 4 - - - Introdução à Saúde Pública 2 - -

Psicologia Geral - - 2 - Demografia 2 - -

Subtotal 13 12 5 - Estatística Descritiva 4 4 -

Componente Técnica, Tecnológica e Prática Terminologia Médica 2 - -


I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3861

Disciplinas Horas Curriculares Semanais Disciplinas Horas Curriculares Semanais

10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe

Registos Sanitários (reali- Estágio de Informação


2 8
zar práticas em US 25 H) Sanitária (último trimestre)
Planificação e Gestão de
Antropologia e Sociolo- 4
4 Saúde
gia Aplicada à Saúde
Projecto Tecnológico 4
Epidemiologia 4
Estágio Curricular super-
20
visionado
Classificação Internacio-
3
nal de Doenças (CID 10) Subtotal 9 12 27 28

Sistema de Informação
4 TOTAL 32 32 32 28
Sanitária

3. Listagem das Unidades de Aprendizagem do Curso Técnico de Estatística Aplicada à Saúde


Disciplinas 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe

Componente sociocultural
1. Tratamento de Informação 5. Texto narrativo
2. Textos narrativos orais e 6. Texto dramático
Português escritos 7. Texto poético
3. Textos poéticos 8. Texto de opinião/relação
4. Oficina de leitura e escrita 9. Metodologia de Projecto
Quatro Temas por Ano: Quatro Temas por Ano:
1. 5.
Inglês/Francês 2. 6.
3. 7.
4. 8.
Seis Temas por Ano:
1.
2.
Formação de Atitudes (FAI) 3.
4.
5.
6.
1. Andebol 1. Andebol
2. Atletismo 2. Atletismo
3. Ginástica 3. Ginástica
4. Futebol 4. Futebol
Educação Física 5. Basquetebol 5. Basquetebol
6. Desportos de Raquete 6. Desportos de Raquete
7. Voleibol 7. Voleibol
8. Patinagem 8. Patinagem
9. Actividades Rítmicas 9. Actividades Rítmicas
Componente Científica
7. Introdução ao Cálculo Dife-
rencial 1
1. Polinómios
8. Geometria no Espaço
2. Noções Básicas de Lógica
9. Introdução ao Cálculo Dife-
3. Geometria Analítica no Plano
rencial II. Primitivas
Matemática 4. Trigonometria
10. Trigonometria e Números
5. Funções e Gráficos. Gene-
Complexos
ralidades
11. Estatística
6. Sucessões
12. Análise Combinatória e
Probabilidades

1. Diversidade da Biosfera Base


Código Genética e Síntese
Celular da Vida. Organização
Proteica
Biologia Estrutural e Diversidade no
Transmissão da Vida
Mundo Vivo Biomembranas
Património Genético
Sistemas Vivos e Energia
3862 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Disciplinas 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe


1. Energia:
-Conservação 6. Investigação à Estrutura dos
-Transformação Átomos
-Degradação 7. Investigando à Estrutura das
2. A Corrente Eléctrica em Moléculas
Física
Regime Estacionário 8. No Mundo dos Compostos
3. Interacções e suas Leis Orgânicos
4. Movimento de uma Partícula 9. Troca de Energia em Reac-
Material ções Químicas
5. Mecânica dos Fluidos
1. Quantidade em Química 7. Ligações Intermoleculares e
2. Velocidades das Reacções Equação dos Gases
Químicas e Equilíbrio Químico 8. Extensão das Reacções
3. Estruturas das Moléculas 9. Energia e Entropia em Reac-
Química
4. Compostos Orgânicos ções Químicas
5. Trocas de Energias em Reac- 10. Extensão das Reacções
ções Químicas 11. Energia e Entropia em Reac-
6. Estrutura de Átomos ções Químicas
1. Informática
2. Sistemas Operativos na
Informática: Sistema Operativo
Windows
3. Processamento de Texto
(Word)
4. Folhas de Cálculo (Excel)
5. Conceitos Gerais e Utilização
da Internet
Informática
6. Segurança e Boas Práticas de
Uso do Computador
7. Criação e Manejo de Bases de
Dados (Acess, SQL).
8. SIG de Código Livre (Open
Source)
9. A Plataforma Moodle
10. Criação e Manutenção de
Páginas para Internet
1. Apresentação da Disciplina
2. Atenção
3. Língua e a sua Importância no
Processo Clínica
Psicologia Geral 4. Percepção
5. Memória
6. O Pensamento
7. Esfera Afectiva
8. A Personalidade
Componente Técnica,
Tecnológica e Prática
1. A Pessoa como ser Racional,
Emocional e Social
2. A Dimensão Moral do Ser
Humano
Ética na Saúde e Deontologia 3. Ética e Direito. Os Direitos
Profissional Humanos
4. Discriminação e Violência
Social
5. A Acção Humana e Ambiente
6. Bioética
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3863

Disciplinas 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe


7. Privacidade e Confidencia-
lidade
8. Autonomia e Responsabilida-
de Individual
9. Ética e Deontologia Profis-
sional
10. Os Profissionais da Carreira
de TEAS
1. Informação, Educação e
Comunicação
Informação Educação
2. Cuidados Primários de Saúde
e Comunicação
3. Educação para a Saúde
4. Método de Comunicação
1. O Ser Humano e seu Meio
2. Biologia, Anatomia e Fisiolo-
Anatomia e Fisiologia Humana gia Humana
3. Sistemas e Aparelhos
4. Saúde Sexual e Reprodutiva
1. Saúde Pública
2. Medicina Preventiva e Pro-
moção de Saúde. Os Cuidados
Primários de Saúde (CPS)
3. Ciências Básicas da Saúde
Pública
Introdução à Saúde Pública
4. Sistema Nacional de Saúde
Angola
5. Os Planos Nacionais de
Desenvolvimento Sanitário
(PNDS) e os Programas de
Saúde em Angola
1. Conceitos Básicos
2. Composição Populacional:
Sexo e Idade; localização,
Demografia 1
Escolaridade
3. Perspectivas Analíticas sobre
as Populações
4. Números Índices
1. Introdução à Estatística
5. Séries Temporais
Estatística Descritiva 2. Distribuição de Frequências
6. Inferência Estatística
3. Parâmetros Estatísticos
7. Análise de Dados em SPSS
1. Terminologia Médica
2. Patologia
Terminologia Médica
3. Principais Doenças, Causas e
Terminologia Associada
1. Os Instrumentos ou Formulá-
rios de Recolha de Dados
2. História Clínica
3. Registo de Pacientes na
Registos Sanitários (realizar Consulta Externa
práticas em US 25 H) 4. Registos de Admissão e
Internamento
5. Registos Secundários
6. Registo de Partos e Nasci-
mentos
3864 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Disciplinas 10.ª Classe 11.ª Classe 12.ª Classe 13.ª Classe


1. As Ciências Sociais e a sua
Contribuição à Saúde Pública
2. A Cultura e a sua Relação
Antropologia e Sociologia
com a Saúde
Aplicada a Saúde
3. As relações de Parentesco.
Família
4. Género e Saúde
1. Epidemiologia: História e
Fundamentos
2. Saúde e Doença
Epidemiologia 3. Medidas de Frequência da
Doença
4. O Método Epidemiológico
5. Vigilância Epidemiológica
1. Nomenclatura e Classificação
2. Classificação Internacional de
Doenças (CID)
3. Estrutura Básica e Princípios
Classificação Internacional de
da (CID)
Doenças (CID 10)
4. Utilização da CID
5. A Classificação da Mortalida-
de e Morbilidade
6. Apresentação Estatística
1. Política Nacional de Infor-
mação
2. Introdução ao SIS
3. Especificidades do SIS
Sistema de Informação 4. Instrumentos de Registo de
Sanitária Dados
5. Actividades do SIS: Registo/
Recolha e Agregação de Dados
6. Ética e Confidencialidade da
Informação
5. Interpretação dos Dados e
Disseminação da Informação
Estágio de Informação Sanitá- 6. Principais Aplicativos In-
ria (último trimestre) formáticos em Uso no SIS:
Unidade
7. O DISH II
1. A Política Nacional de Saúde.
Parte de este tema foi tratada na
disciplina de Saúde Pública
2. Processo de Planificação e
Planificação e Gestão de Saúde
Gestão
3. Monitoria e Avaliação (M&A)
dos Sistemas, Programas e
Serviços de Saúde
1. Disciplina do Projecto Tec-
nológico
2. Etapas para a concretização
Projecto Tecnológico
do Projecto
3. Prova de aptidão profissional
e conclusão do curso
Estágio Curricular Supervi- Será realizada nas unidades
sionado sanitárias
I SÉRIE – N.º 107 – DE 20 DE JULHO DE 2020 3865

4. Perfil de Saída do Técnico de Estatística Aplicada d) Proporcionar informação fidedigna as autoridades


à Saúde governamentais, gestores de instituições e os
O Técnico de Estatística Aplicada à Saúde será capaz de: demais usuários;
a) Aplicar e preservar o cumprimento das normas e) Participar na organização de estabelecimentos de
estabelecidas para o registo de informação a assistência sanitária;
tempo e forma; f) Participar em projectos de investigação em saúde;
b) Assegurar a qualidade da informação, sua confiabi- g) Promover capacitação permanente nas distintas
lidade e consistência; etapas do processo;
c) Supervisionar e avaliar as distintas etapas da pro- h) Assegurar o segredo profissional;
dução da informação; i) Assegurar a eficiência do Sistema de Informação
em Saúde (SIS).
A Ministra, Luísa Maria Alves Grilo.

O. E. 0947 - 7/107 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2020

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