Você está na página 1de 23

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2020 I Série – N.

º 133

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 1.020,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 734 159.40 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A 1.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 433 524.00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 226 980.00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 180 133.20 da Imprensa Nacional - E. P.

SUMÁRIO Havendo necessidade de dotar o Ministério da Justiça e


dos Direitos Humanos do respectivo Estatuto Orgânico, e
Presidente da República convindo dar cumprimento ao disposto no n.º 1 do artigo 35.º
Decreto Presidencial n.º 224/20: do Decreto Legislativo Presidencial n.º 8/19, de 19 de Junho;
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da Justiça e dos Direitos O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
Humanos. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no nea g) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º 77/18,
de 15 de Março, que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da
Constituição da República de Angola, o seguinte:
Justiça e dos Direitos Humanos, o Decreto Presidencial n.º 40/12, ARTIGO 1.º
de 13 de Março, que cria o Balção Único do Empreendedor e aprova (Aprovação)
o seu Estatuto Orgânico, o Decreto Presidencial n.º 52/11, de 24 de
É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério da
Março, que aprova o Regulamento do Guiché do Imóvel, e o Decreto
Executivo n.º 123/11, de 16 de Agosto, que cria o Guiché Único do Justiça e dos Direitos Humanos, anexo ao presente Decreto
Imóvel da Cidade do Kilamba. Presidencial, de que é parte integrante.
Ministério da Economia e Planeamento ARTIGO 2.º
(Revogação)
Decreto Executivo n.º 224/20:
Aprova o Regulamento Interno do Gabinete Jurídico deste Ministério. É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
presente Diploma, nomeadamente:
Decreto Executivo n.º 225/20:
Aprova o Regulamento Interno da Secretaria Geral deste Ministério. a) O Decreto Presidencial n.º 77/18, de 15 de Março,
que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da
Justiça e dos Direitos Humanos;
PRESIDENTE DA REPÚBLICA b) O Decreto Presidencial n.º 40/12, de 13 de Março,
que cria o Balcão Único do Empreendedor e
Decreto Presidencial n.º 224/20 aprova o seu Estatuto Orgânico;
de 31 de Agosto c) O Decreto Presidencial n.º 52/11, de 24 de Março,
Considerando que o Decreto Legislativo Presidencial que aprova o Regulamento do Guiché do Imó-
n.º 8/19, de 19 de Junho, aprova a Organização e Funcio- vel;
d) O Decreto Executivo n.º 123/11, de 16 de Agosto,
namento dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República
que cria o Guiché Único do Imóvel da Cidade
e Republica o Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/17,
do Kilamba.
de 13 de Outubro;
ARTIGO 3.º
Partindo do pressuposto que o Ministério da Justiça e dos (Dúvidas e omissões)
Direitos Humanos é um Departamento Ministerial auxiliar As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli-
do Presidente da República e Titular do Poder Executivo, no cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
exercício da função administrativa; da República.
4582 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 4.º g) Recrutar, formar, promover, bem como exercer o


(Entrada em vigor)
poder disciplinar sobre os Oficiais de Justiça e
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data demais funcionários do Ministério da Justiça e
da sua publicação.
dos Direitos Humanos;
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
aos 29 de Julho de 2020. h) Praticar os demais actos de gestão dos recursos
Publique-se. humanos do Sector;
Luanda, aos 20 de Agosto de 2020. i) Assegurar a formação de quadros necessários para
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves o exercício de funções específicas na Área da
Lourenço. Justiça;
j) Assegurar a cooperação jurídica e judiciária com
ESTATUTO ORGÂNICO outros Governos e Organizações Internacionais;
DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA k) Assessorar juridicamente todas as estruturas e enti-
E DOS DIREITOS HUMANOS dades do Executivo, desde que a ele recorram
e estejam autorizadas pelas autoridades compe-
CAPÍTULO I tentes;
Natureza e Atribuições l) Estudar, propor e colaborar nos trabalhos de ela-
ARTIGO 1.º boração e sistematização da legislação do País,
(Natureza)
na divulgação do direito e na formação da cons-
1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, abre- ciência jurídica e social do cidadão;
viadamente designado por «MINJUSDH», é o Departamento m) Elaborar o plano legislativo anual do Ministério a
Ministerial auxiliar do Titular do Poder Executivo, que tem por
ser submetido à aprovação do Titular do Poder
missão propor a formulação, bem como conduzir, executar e
Executivo;
avaliar as políticas de justiça e de promoção, protecção e
observância dos direitos humanos. n) Assegurar a realização dos registos públicos,
2. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, nomeadamente, civil, comercial, predial, auto-
no âmbito das suas atribuições, assegura as relações do móvel e dos demais bens móveis sujeitos a
Executivo com a administração da justiça, sem prejuízo das registo, nos termos da lei;
competências dos órgãos judiciais. o) Coordenar as actividades relativas aos direitos
ARTIGO 2.º humanos;
(Atribuições) p) Participar na elaboração e implementação das
O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos tem as políticas e medidas de prevenção, repressão
seguintes atribuições: e combate aos crimes que afectam a boa
a) Conceber, formular, traçar e conduzir a política de
governação e o Estado de Direito, atentas às
administração da justiça a ser submetida à apro-
vação do Titular do Poder Executivo; considerações decorrentes das convenções inter-
b) Conceber, formular, traçar e conduzir a política de nacionais de que Angola é Parte;
promoção e protecção dos direitos humanos a q) Assegurar e promover o respeito pelos direitos
ser submetida à aprovação do Titular do Poder humanos nos diversos domínios, em todo o terri-
Executivo; tório nacional, representando o Estado Angolano
c) Elaborar e propor normas jurídicas sobre a organi- em todos os fóruns internacionais em matéria de
zação dos Tribunais;
direitos humanos e combate à corrupção;
d) Tomar medidas com vista a realizar uma justiça
que vise harmonizar todas as tendências sociais r) Garantir o intercâmbio entre o Ministério e demais
do País; organismos que juridicamente intervêm na
e) Assegurar o funcionamento adequado do sistema protecção dos direitos políticos, económicos e
de justiça no domínio da segurança do tráfego sociais dos cidadãos;
jurídico, da prevenção de litígios e da resolução s) Criar mecanismos de controlo das políticas traça-
extrajudicial de litígios; das para o exercício da promoção e protecção
f) Adoptar medidas normativas adequadas à pros-
dos direitos humanos;
secução das Políticas de Justiça definidas pelo
t) Propor medidas de prevenção da violação dos
Executivo, bem como assegurar o estudo,
elaboração e acompanhamento da execução princípios fundamentais dos direitos humanos e
das medidas normativas integradas na Área da promover a participação da sociedade civil nesta
Justiça; tarefa;
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4583

u) Efectuar estudos visando o aperfeiçoamento dos CAPÍTULO III


órgãos que intervêm na observância e respeito Organização em Especial
pelos direitos humanos; SECÇÃO I
Órgãos Centrais de Direcção Superior
v) Propor e executar a política do Estado sobre a orga-
nização, funcionamento e supervisão do sistema ARTIGO 4.º
(Ministro e Secretários de Estado)
de resolução extrajudicial de litígios, públicos e
1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos é
privados, nos termos da respectiva legislação;
dirigido pelo respectivo Ministro, que coordena toda a sua
w) Assegurar a promoção do acesso ao direito por actividade e o funcionamento dos órgãos e serviços que o
meios alternativos de resolução de litígios; integram.
x) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei 2. No exercício das suas funções, o Ministro da Justiça
ou determinadas superiormente. e dos Direitos Humanos é coadjuvado por Secretários de
Estado, a quem pode delegar competências para acompa-
CAPÍTULO II nhar, tratar e decidir os assuntos relativos à actividade e ao
Organização em Geral funcionamento dos serviços que lhe forem afectos.
ARTIGO 3.º
3. Nas situações de ausência ou impedimento, o Ministro
(Órgãos e serviços) designa um dos Secretários de Estado para o substituir.
ARTIGO 5.º
O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos com-
(Competências do Ministro)
preende os seguintes órgãos e serviços:
No exercício das suas funções, compete ao Ministro da
1. Órgãos Centrais de Direcção Superior:
Justiça e dos Direitos Humanos o seguinte:
a) Ministro; a) Coordenar todas as tarefas do Ministério;
b) Secretários de Estado. b) Representar o Ministério em todos os fóruns;
2. Órgãos de Apoio Consultivo: c) Nomear e exonerar os titulares dos órgãos de
a) Conselho Consultivo; Direcção e Chefia;
b) Conselho de Direcção; d) Estabelecer relações com as demais entidades e
c) Conselho Técnico e Científico. serviços de acordo com as necessidades e priori-
3. Serviços de Apoio Técnico: dades do Ministério;
a) Secretaria Geral; e) Apreciar a eficácia social da actividade dos Tribu-
nais;
b) Gabinete de Recursos Humanos;
f) Analisar as causas sociais das violações das leis
c) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística;
e tomar ou propor medidas visando pôr fim as
d) Gabinete Jurídico;
mesmas;
e) Gabinete de Intercâmbio;
g) Informar-se na base de processos julgados defi-
f) Gabinete de Tecnologias de Informação e Comuni- nitivamente sobre a prática judiciária, tomando
cação Institucional. a iniciativa de propor ao Tribunal Supremo e
4. Serviços de Apoio Instrumental: aos demais Tribunais Superiores, a elaboração
a) Gabinete do Ministro; e emissão de resoluções e directrizes sobre
b) Gabinetes dos Secretários de Estado. as questões mais importantes de aplicação do
5. Serviços Executivos Directos: direito, cabendo-lhe comunicar a sua posição
a) Direcção Nacional da Política de Justiça; relativamente a decisões definitivas que atentem
b) Direcção Nacional de Administração da Justiça; gravemente contra o princípio da administração
da justiça;
c) Direcção Nacional de Identificação, Registos e do
h) Assegurar, no quadro das políticas de Justiça do
Notariado;
Executivo e em estreita colaboração com o
d) Direcção Nacional dos Direitos Humanos;
Conselho Superior da Magistratura Judicial, os
e) Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de recursos e condições necessárias ao funciona-
Litígios. mento dos Tribunais;
6. Serviços Executivos Locais: i) Autorizar e superintender todas as publicações e
a) Delegações da Justiça e dos Direitos Humanos; colectâneas de legislação sobre quaisquer maté-
b) Comités Locais dos Direitos Humanos. rias;
4584 DIÁRIO DA REPÚBLICA

j) Superintender o organismo que procede ao recru- ARTIGO 9.º


(Conselho de Direcção)
tamento e a formação dos Magistrados Judiciais
e do Ministério Público e Operadores Judicias, 1. O Conselho de Direcção é o órgão de consulta perió-
assumindo a responsabilidade pelas estratégias dica do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, ao qual
de formação e pela cultura nelas implementadas incumbe apoiar o mesmo na coordenação das actividades
e difundidas; dos diversos serviços.
k) Proceder à criação dos centros públicos e estabe- 2. O Conselho de Direcção é presidido pelo Ministro da
lecer as regras organização e funcionamento dos Justiça e dos Direitos Humanos e tem a seguinte composição:
Centros de Resolução Extrajudicial de Litígios a) Secretários de Estado;
no quadro da legislação vigente; b) Secretário Geral;
l) Autorizar a abertura de centros privados de reso- c) Directores Nacionais e Equiparados;
lução extrajudicial de litígios no quadro da d) Consultores do Ministro e dos Secretários de
legislação vigente; Estado.
m) Exercer as demais competências estabelecidas por 3. O Conselho de Direcção pode reunir em formato alar-
lei ou determinadas superiormente. gado, integrando, além dos membros referidos no número
ARTIGO 6.º anterior, os Delegados Provinciais da Justiça e dos Direitos
(Poderes de Superintendência) Humanos.
O Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos exerce, 4. O Conselho de Direcção reúne-se, em regra, 1 (uma)
por delegação de poderes do Titular do Poder Executivo, a vez por mês e extraordinariamente, sempre que convocado
superintendência sobre os institutos públicos, empresas e pelo Ministro.
outros órgãos especializados existentes ou criados na sua 5. O Presidente do Conselho de Direcção pode, em maté-
esfera de actividade. ria de elevada complexidade, convocar técnicos pertencentes
ARTIGO 7.º ou não ao quadro de pessoal do Ministério a participar nas
(Forma dos actos) sessões.
1. No exercício das suas competências, o Ministro exara, ARTIGO 10.º
no âmbito dos poderes delegados pelo Titular do Poder (Conselho Técnico e Científico)
Executivo, decretos executivos e despachos a publicar no 1. O Conselho Técnico e Científico é um órgão de con-
Diário da República. sulta técnica do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos
2. Em matéria de natureza interna o Ministro emite ordens ao qual incumbe apoiar o mesmo na coordenação das activi-
de serviço, circulares, directivas e despachos internos. dades de natureza técnica e científica do direito, da justiça e
SECÇÃO II dos direitos humanos.
Órgãos de Apoio Consultivo 2. O Conselho Técnico e Científico é presidido pelo
ARTIGO 8.º Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos e tem a seguinte
(Conselho Consultivo) composição:
1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta do a) Secretários de Estado;
Ministro, ao qual incumbe pronunciar-se sobre as estratégias b) Directores dos Serviços Executivos Directos;
e políticas relativas aos serviços que integram o Ministério. c) Directores dos Órgãos Superintendidos;
2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro da d) Outras entidades que o Ministro repute conve-
Justiça e dos Direitos Humanos e tem a seguinte composição: niente face à matéria em discussão.
a) Secretários de Estado; 3. O Conselho Técnico e Científico reúne-se sempre que
b) Secretário Geral; convocado pelo Ministro.
c) Directores Nacionais e equiparados; 4. O Presidente do Conselho Técnico e Científico pode,
d) Consultores do Ministro e dos Secretários de em matéria de elevada complexidade técnica e científica,
Estado; convocar técnicos pertencentes ou não ao quadro de pessoal
e) Chefes de Departamento dos Serviços Centrais do do Ministério a participar nas sessões.
Ministério; SECÇÃO III
f) Delegados Provinciais; Serviços de Apoio Técnico

g) Chefe dos Departamentos Provinciais; ARTIGO 11.º


h) Demais funcionários e entidades que o Ministro (Secretaria Geral)

entenda convidar. 1. A Secretaria Geral tem por missão ocupar-se da gene-


3. O Conselho Consultivo reúne-se, em regra, 1 (uma) ralidade das questões administrativas comuns a todos os
vez por ano e extraordinariamente, sempre que convocado serviços do Ministério, de questões de âmbito social, orça-
pelo Ministro. mento, património, relações públicas e transportes.
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4585

2. A Secretaria Geral tem as seguintes competências: 4. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral,
a) Prestar assistência técnica e administrativa ao equiparado a Director Nacional, que assume a figura de
Gabinete do Ministro e Secretários de Estado, organizador e gestor da execução orçamental e financeira
ao Conselho Consultivo e ao Conselho de Direc- do Ministério, actuando por conseguinte, sob a dependência
ção e acompanhar a execução das deliberações conjunta do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos e do
destes últimos; Ministro das Finanças.
b) Preparar, controlar a execução do orçamento e
ARTIGO 12.º
assegurar o serviço geral de gestão orçamental (Gabinete de Recursos Humanos)
dos diversos serviços e organismos do Ministé-
1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço de apoio
rio;
responsável pela concepção e execução das políticas de ges-
c) Assegurar a aquisição e a manutenção dos bens
tão dos quadros do Ministério, nomeadamente nos domínios
e equipamentos necessários ao funcionamento
do desenvolvimento pessoal e das carreiras, recrutamento,
corrente do Ministério;
avaliação de desempenho e rendimentos.
d) Controlar a gestão do património do Ministério,
2. O Gabinete de Recursos Humanos tem as seguintes
em articulação com os competentes serviços do
competências:
Ministério das Finanças;
a) Elaborar e apresentar propostas em matéria de
e) Estudar, programar e coordenar a aplicação de
políticas de gestão de pessoal;
medidas tendentes a promover, de forma perma-
b) Gerir o quadro de pessoal do Ministério relati-
nente e sistemática, a inovação, modernização e
vamente às fases do percurso profissional dos
a política de qualidade, acompanhando os pro-
funcionários;
cessos de avaliação e certificação da qualidade
c) Sensibilizar, prevenir e advertir os funcionários
dos serviços;
f) Elaborar o relatório de contas de gerência do Minis- sobre as consequências das infracções às regras
tério e submeter à apreciação do Ministro; laborais, ao código deontológico e outras práti-
g) Assegurar o serviço geral de relações públicas e de cas criminais;
protocolo do Ministério e organizar cerimónias d) Assegurar, em articulação com os serviços com-
oficiais, em articulação com os demais serviços petentes da Administração Pública, as acções
e organismos; necessárias à prossecução dos objectivos defini-
h) Assegurar o funcionamento da acção social dos em matéria de gestão e de administração de
complementar a favor dos funcionários, em recursos humanos do Ministério;
articulação com os serviços e organismos com- e) Apreciar o preenchimento das vagas existentes e
petentes do Executivo; zelar pela aplicação de uma política uniforme de
i) Gerir o arquivo central e o arquivo histórico do admissões;
Ministério e acompanhar a organização dos f) Assegurar a gestão integrada do pessoal afecto aos
arquivos das Direcções e Gabinetes; diversos serviços que integram o Ministério,
j) Dar parecer prévio e obrigatório sobre todas as nomeadamente o recrutamento, selecção, pro-
propostas que envolvam as actividades do vimento, formação, promoções, transferências,
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, exonerações, aposentação e outros;
das quais resultem compromissos financeiros ou g) Assegurar o processamento de vencimento e
patrimoniais e assegurar o pleno cumprimento outros abonos do pessoal afecto ao Ministério,
pelas partes, das obrigações correspondentes;
bem como proceder à liquidação dos respectivos
k) Exercer as demais competências estabelecidas por
descontos;
lei ou determinadas superiormente.
h) Participar na elaboração de regras relativas às
3. A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura:
carreiras de justiça e acompanhar as condições
a) Departamento de Administração e Gestão do
do seu serviço sem prejuízo das competências
Orçamento:
Secção de Tesouraria. legalmente conferidas às outras instituições;
b) Departamento de Contratação Pública; i) Organizar e manter actualizado os processos
c) Departamento de Administração do Património: individuais de todos os funcionários afectos ao
Secção dos Transportes. Ministério;
d) Departamento de Relações Públicas e Expediente: j) Informar ou emitir pareceres sobre reclamações ou
i. Secção de Protocolo e Relações Públicas; recursos, interpostos no âmbito de processos de
ii. Secção de Expediente. recrutamento do pessoal;
4586 DIÁRIO DA REPÚBLICA

k) Promover a adopção de medidas tendentes a g) Propor a definição dos procedimentos a observar


melhorar as condições de prestação de trabalho, pelos serviços e organismos do Ministério, para
nomeadamente a higiene, saúde e segurança; efeitos da alínea anterior;
l) Elaborar o plano de formação anual do Ministério, h) Estudar e propor as acções necessárias ao aperfei-
promovendo as respectivas inscrições e proce- çoamento da produção e da análise estatística de
dendo a avaliação dos resultados; interesse para a área da justiça, designadamente
m) Proceder ao registo das medidas disciplinares tendo em conta as sugestões dos utilizadores da
e criminais aplicadas ao pessoal vinculado ao informação estatística;
Ministério; i) Assegurar a gestão, recolha, tratamento, difusão
n) Exercer as demais competências estabelecidas por de dados estatísticos e actualizar as aplicações
lei ou determinadas superiormente. informáticas de suporte às estatísticas da justiça
3. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um e respectivas bases de dados, em colaboração
Director, equiparado a Director Nacional e tem a seguinte com a Secretaria Geral e em articulação com o
estrutura: Gabinete de Tecnologias de Informação;
a) Departamento de Gestão por Competências e j) Exercer as demais competências estabelecidas por
Desenvolvimento de Carreiras;
lei ou determinadas superiormente.
b) Departamento de Formação e Avaliação de Desem- 3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é
penho; dirigido por um Director, equiparado a Director Nacional e
c) Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de tem a seguinte estrutura:
Dados. a) Departamento de Estudos e Estatística;
ARTIGO 13.º b) Departamento de Planeamento;
(Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)
c) Departamento de Monitoramento e Controlo.
1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é um
ARTIGO 14.º
serviço de apoio técnico de caracter transversal ao qual cabe (Gabinete Jurídico)
preparar as medidas de política e estratégia do Ministério da
1. O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio técnico ao
Justiça e dos Direitos Humanos, e realizar estudos e análises
qual cabe realizar toda a actividade de assessoria e de estu-
regulares sobre a execução geral da actividade dos serviços,
dos nos domínios legislativo, regulamentar e contencioso.
bem como orientar e coordenar a actividade estatística.
2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes competências:
2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística tem
a) Assegurar o serviço de assessoria jurídica aos
as seguintes competências:
Gabinetes do Ministro e Secretários de Estado,
a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma-
nos em matéria de planificação e elaboração designadamente através da emissão de estudos,
dos planos e programas de desenvolvimento do informações e pareceres, apreciação de reclama-
Sector da Justiça e dos Direitos Humanos, em ções e recursos hierárquicos que àqueles sejam
articulação com a Direcção Nacional da Política dirigidos;
de Justiça; b) Elaborar peças processuais em acções e recursos
b) Preparar e acompanhar a execução dos investimen- em que sejam visados actos praticados pelos
tos públicos no Sector da Justiça; Membros do Executivo, bem como de actos
c) Elaborar medidas de política e estratégia global praticados por titulares de cargos de direcção
do Sector, com base nos indicadores macroe- e chefia dos serviços do Ministério, desde que
conómicos disponíveis, em articulação com a orientado pelo Ministro, e não caiba exclusiva-
Direcção Nacional da Política de Justiça; mente ao Ministério Público;
d) Conceber, em colaboração com os serviços e c) Organizar e instruir outros processos de natureza
outros órgãos do Executivo, os planos anuais de contenciosa que não sejam da competência de
médio e longo prazos e os programas relativos outro serviço ou organismo e que lhe sejam
ao Sector; superiormente determinados;
e) Apoiar a definição das principais opções do Minis- d) Propor a instauração e instruir processos discipli-
tério em matéria orçamental; nares, de inquérito e de averiguações que forem
f) Coordenar a recolha, utilização, tratamento e determinados pelo Ministro;
análise da informação estatística da justiça e e) Supervisionar todos os processos disciplinares rea-
promover a difusão dos respectivos resultados, lizados pelas Delegações Provinciais, auxiliar e
no quadro do sistema estatístico nacional; exercer o devido controlo;
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4587

f) Instruir os processos referentes à atribuição de b) Assegurar o devido acompanhamento dos pedidos


personalidade jurídica às associações privadas, de auxílio, de extradição, de transferência, de
sindicatos, fundações e igrejas; cooperação judiciária e demais instrumentos
g) Elaborar os projectos legislativos e regulamenta- de cooperação internacional, sem prejuízo das
res que lhe sejam orientados pelo Ministro, em competências das demais áreas;
articulação com a Direcção Nacional da Política c) Participar da elaboração e acompanhar a implemen-
de Justiça; tação das políticas de cooperação internacional
h) Emitir parecer sobre iniciativas legislativas e
no domínio da Justiça e dos Direitos Humanos
regulamentares provenientes de outros Ministé-
e de outros que sejam relevantes para o Ministé-
rios e organismos, submetidos à sua apreciação
rio, em colaboração com a Direcção Nacional de
técnica;
Política de Justiça;
i) Contribuir para o incremento do acesso à informa-
d) Elaborar propostas com vista a assegurar a par-
ção jurídica, designadamente através da recolha,
sistematização, actualização, compilação e ano- ticipação do Ministério nas actividades dos
tação objectiva e divulgação da legislação e Organismos Internacionais nos domínios da
jurisprudência produzida ou relevante para a Justiça e dos Direitos Humanos;
área da justiça; e) Participar nos trabalhos preparatórios e nas nego-
j) Controlar todas as publicações oficiais e colec- ciações conducentes à celebração de acordos,
tâneas de legislação, junto do Gabinete de tratados, convenções ou protocolos de coope-
Comunicação Institucional e Imprensa; ração, quando caibam no âmbito do Ministério,
k) Emitir parecer sobre a autorização de publicação bem como assegurar a sua execução e acompa-
de colectâneas de legislação sobre quaisquer nhamento;
matérias; f) Propor a realização de actividades de âmbito
l) Emitir pareceres sobre questões relativas à Justiça internacional, nomeadamente, conferências,
e aos Direitos Humanos, bem como sobre Tra- colóquios, palestras e seminários, sem prejuízo
tados e Convenções de que Angola seja Parte, das demais áreas do Ministério;
em colaboração com o Gabinete de Intercâmbio;
g) Exercer as demais competências que lhe sejam
m) Assegurar a gestão, acompanhamento e coope-
delegadas pelo Ministro da Justiça e dos Direitos
ração ao nível da Base de Dados Jurídica dos
Humanos.
PALOP e Timor-Leste em articulação com
3. O Gabinete de Intercâmbio é dirigido por um Director,
o Gabinete de Tecnologias de Informação e
equiparado a Director Nacional e tem a seguinte estrutura:
Comunicação Institucional;
n) Exercer as demais competências estabelecidas por a) Departamento de Assuntos Multilaterais;
lei ou determinadas superiormente. b) Departamento de Cooperação Bilateral.
3. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director, equi- ARTIGO 16.º
(Gabinete de Tecnologias de Informação e Comunicação Institucional)
parado a Director Nacional e tem a seguinte estrutura:
a) Departamento Jurídico e Contencioso; 1. O Gabinete de Tecnologias de Informação e Comuni-
b) Departamento para Pessoas Colectivas sem Fins cação Institucional é o serviço de apoio técnico responsável
Lucrativos; pelo desenvolvimento das tecnologias com vista a massifi-
c) Departamento de Monitoração da Base de Dados cação da utilização dos sistemas de informação, respectiva
Jurídica dos PALOP e Timor-Leste. manutenção e gestão, e pela garantia da divulgação de
ARTIGO 15.º informação especializada sobre as políticas e acções do
(Gabinete de Intercâmbio)
Ministério, com vista a dar suporte as actividades de moder-
1. O Gabinete de Intercâmbio é o serviço de apoio téc- nização e inovação do Ministério da Justiça e dos Direitos
nico de carácter transversal, encarregue da cooperação entre
Humanos.
o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e os serviços
2. O Gabinete de Tecnologias de Informação e Comu-
e organismos do Executivo e de organizações nacionais, bem
como os órgãos homólogos de outros Países e Organizações nicação Institucional tem as seguintes competências:
Internacionais. a) Assegurar a elaboração e implementação de um
2. O Gabinete de Intercâmbio tem as seguintes competências: Plano Director de Tecnologias de Informação
a) Promover e acompanhar o desenvolvimento das para o Sector da Justiça e dos Direitos Humanos,
relações de intercâmbio e cooperação entre os tendo em atenção a evolução tecnológica e as
órgãos nacionais e internacionais; necessidades globais de formação;
4588 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Conceber os projectos de modernização informá- l) Assegurar a aplicação de padrões internacionais


tica dos serviços do Ministério e assegurar, em para a gestão dos sistemas informáticos e de
coordenação com as demais unidades orgânicas telecomunicações, a segurança, disponibilidade,
do Sector, a permanente e completa adequação integridade e confidencialidade das informações
dos sistemas e tecnologias de informação e administradas e/ou arquivadas tecnologica-
comunicação às necessidades de gestão e ope- mente, incluindo rotinas de cópias de segurança,
racionalidade dos órgãos, serviços e organismos e a garantia do sigilo na utilização das bases de
integrados no Ministério; dados dos utentes;
c) Assegurar a gestão dos meios afectos a execução da m) Elaborar o plano de recursos humanos do Gabinete,
política de informatização da Área da Justiça e em articulação com o Gabinete dos Recursos
procedimentos relativos à aquisição e utilização
Humanos, tendo em atenção a evolução tecno-
de equipamento informático e de telecomunica-
lógica, bem como as necessidades de formação;
ções;
n) Participar na elaboração da política de segurança
d) Coordenar a implementação e gerir a rede infor-
das instalações e infra-estruturas do Ministério
mática e de telecomunicações do Ministério nas
da Justiça e dos Direitos Humanos;
suas diferentes modalidades, garantindo a sua
o) Desenhar, conceber e manter actualizados os
segurança e operacionalidade, promovendo a
unificação de métodos e procedimentos; webservices e websites da responsabilidade do
e) Coordenar, conceber, emitir pareceres sobre a Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos;
realização de investimentos no domínio da p) Criar e gerir mecanismos e facilidades tecnológicas
informatização e telecomunicações e validar para o fluxo de informação entre o Ministério,
os projectos de modernização e informatização Sector da Administração de Justiça e as Delega-
dos órgãos e serviços afectos ao Ministério, bem ções Provinciais;
como controlar a sua execução em articulação q) Coordenar tecnologicamente, apoiar metodo-
com estes; logicamente e acompanhar as actividades
f) Desenvolver e assegurar a manutenção e utilização técnicas das Secções Provinciais de Tecnologias
das aplicações informáticas e das bases de dados de Informação e Comunicação das Delegações
de informação a implementar nos órgãos e ser- Provinciais da Justiça e dos Direitos Humanos,
viços afectos ao Ministério, designadamente as garantindo a uniformização das boas práticas de
de acesso geral e as de suporte às estatísticas do intervenção e o modus operandi das soluções
Sector, e velar pelo seu bom funcionamento; informáticas;
g) Desenvolver, administrar, monitorizar, actualizar e r) Velar pelo bom funcionamento e manuseamento
realizar a manutenção das bases de dados e cen- do equipamento informático e de comunicações,
tros de processamento de dados (data centers) apoiar os utilizadores na exploração, gestão,
do Ministério; manutenção dos equipamentos e sistemas
h) Integrar as diferentes aplicações e sistemas
informáticos e de telecomunicações e promover
existentes no Ministério, de modo a facilitar a
acções tendentes à adequada gestão e conser-
interoperabilidade entre as Direcções e serviços
vação dos mesmos, obedecendo as normas de
afectos;
Tecnologias de Informação e os respectivos
i) Analisar os equipamentos adequados, promover
procedimentos;
e dirigir o processo de aquisição, instalação,
s) Estudar, documentar, conceber, estabelecer, desen-
manutenção, actualização e substituição do
volver, difundir e acompanhar, pelos diversos
material informático e tecnológico, equipa-
mentos e aplicações informáticas do Sector, em serviços do Ministério, a aplicação de normas
coordenação com a Secretaria Geral; de controlo e uso dos sistemas informáticos e
j) Analisar os novos sistemas informáticos a ser procedimentos padrão para melhor aproveitar os
implementados, bem como as modificações e recursos tecnológicos disponíveis;
actualização necessárias dos sistemas existentes; t) Divulgar a actividade desenvolvida pelo Ministério
k) Assegurar a articulação e conformidade dos siste- da Justiça e dos Direitos Humanos e interagir
mas e projectos de Tecnologias de Informação com os Órgãos de Comunicação Social;
e Comunicação implementados pelo Ministério u) Apresentar planos de gestão de crise, bem como
com o quadro de Interoperabilidade da Governa- propor acções de comunicação que se manifes-
ção Electrónica de Angola; tem oportunas;
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4589

v) Estabelecer e coordenar os contactos do Ministro, SECÇÃO V


Serviços Executivos Directos
Secretários de Estado e outros responsáveis
do Ministério com os Meios de Comunicação ARTIGO 19.º
(Direcção Nacional da Política de Justiça)
Social, acompanhar e assessorar as actividades
que devam ter cobertura da imprensa; 1. A Direcção Nacional da Política de Justiça tem por
w) Gerir e actualizar o portal da Instituição e de toda missão prestar apoio técnico, preparar e acompanhar as polí-
a comunicação digital do órgão, com apoio ticas e reformas do Sector da Justiça e dos Direitos Humanos
e articulação do Gabinete de Tecnologias de a adoptar pelo Executivo e coordenar as estratégias com
Informação; vista à sua execução.
x) Propor e desenvolver campanhas de marketing 2. A Direcção Nacional da Política de Justiça tem as
e publicidade sobre a Instituição, bem como seguintes competências:
assegurar a produção de conteúdos informativos a) Apoiar o Ministro na concepção, acompanhamento
para a divulgação nos Órgãos de Comunicação e avaliação das políticas, prioridades e objecti-
Social; vos do Ministério, bem como a sua definição e
y) Participar na organização de eventos institucionais execução;
e de visitas à Instituição; b) Auxiliar no desenvolvimento de planos estraté-
gicos da rede judiciária e demais serviços da
z) Participar da análise às reclamações dos utentes dos
administração da justiça, bem como antecipar
serviços do Ministério, cuja gravidade e dimen-
e acompanhar a caracterização, localização e
são possam ter reflexos a imagem da Instituição;
actividade dos mesmos;
aa) Recolher e processar a informação produzida
c) Controlar, executar e acompanhar a política
nos Órgãos de Comunicação Social, nacionais
legislativa do Sector da Justiça e dos Direitos
e estrangeiros, de interesse para o Sector da
Humanos, e apoiar as demais estruturas do
Justiça e dos Direitos Humanos, de modos a
Ministério na concepção e consolidação de ini-
garantir o conhecimento actualizado sobre a
ciativas legislativas de interesse para o Sector;
realidade nacional e internacional;
d) Participar e acompanhar os trabalhos de produção
bb) Elaborar e divulgar a revista periódica da Ins-
e discussão legislativa no âmbito da reforma da
tituição e demais publicações periódicas do justiça e do direito;
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, e) Estudar as normas de direito internacional aplicá-
bem como publicações sobre direito e jurispru- veis ou em relação às quais o Estado Angolano
dência nacional; se pretenda vincular, bem como estudar a juris-
cc) Exercer as demais competências estabelecidas por prudência, a doutrina e a política comunitárias,
lei ou determinadas superiormente. em colaboração com o Gabinete de Intercâmbio
3. O Gabinete de Tecnologias de Informação e e Gabinete Jurídico;
Comunicação Institucional é dirigido por um Director, equi- f) Coordenar as acções de execução da política e a
parado a Director Nacional e tem a seguinte estrutura: estratégia das medidas estabelecidas nos planos
a) Departamento de Tecnologias de Informação e de desenvolvimento do Sector;
Processamento de Dados; g) Colaborar com os outros serviços e organismos do
b) Departamento de Telecomunicações, Redes e Ministério em matéria de interesse comum;
Segurança; h) Efectuar estudos relativos ao aperfeiçoamento dos
c) Departamento de Comunicação Institucional e órgãos e serviços que intervêm na realização da
Imprensa. Justiça e assegurando o respeito pelos Direitos
SECÇÃO IV Humanos;
Serviços de Apoio Instrumental i) Elaborar e divulgar manuais práticos sobre a apli-
ARTIGO 17.º cação de regimes jurídicos relevantes para a
(Gabinete do Ministro) actividade administrativa comum dos serviços e
O Gabinete do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos organismos do Ministério, em articulação com o
tem a composição, atribuições, forma de provimento e cate- Gabinete Jurídico;
goria do pessoal definido na legislação em vigor. j) Exercer as demais competências estabelecidas por
ARTIGO 18.º lei ou determinadas superiormente.
(Gabinetes dos Secretários de Estado) 3. A Direcção Nacional da Política de Justiça é dirigida
Os Gabinetes dos Secretários de Estado têm a composi- por um Director Nacional e tem a seguinte estrutura:
ção, atribuições, forma de provimento e categorias definidas a) Departamento de Políticas, Estudos e Análise;
na legislação em vigor. b) Departamento de Produção Legislativa.
4590 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 20.º j) Propor e controlar a articulação institucional do


(Direcção Nacional de Administração da Justiça)
subsistema de Justiça Juvenil com os órgãos e
1. A Direcção Nacional de Administração da Justiça serviços relevantes de Administração da Justiça
tem por missão estudar, conceber e propor a execução das da Justiça Juvenil;
acções, medidas e políticas públicas de acompanhamento k) Exercer as demais competências estabelecidas por
das instituições judiciárias, do sistema de administração lei ou determinadas superiormente.
da justiça e das Delegações Provinciais da Justiça e dos 3. A Direcção Nacional de Administração da Justiça é
Direitos Humanos. dirigida por um Director Nacional e tem a seguinte estrutura.
2. A Direcção Nacional de Administração da Justiça tem a) Departamento para a Coordenação Institucional
as seguintes competências: com o Sistema de Justiça e de Cooperação Judi-
a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma- ciária;
nos na definição da política de organização e b) Departamento de Apoio à Justiça Juvenil e à Infân-
gestão dos Tribunais;
cia;
b) Participar na realização de estudos tendentes à
c) Departamento de Acompanhamento às Delegações
modernização dos Tribunais e à racionalização
da Justiça e dos Direitos Humanos.
dos meios, propondo e executando as medidas
ARTIGO 21.º
adequadas, em articulação com a Direcção (Direcção Nacional de Identificação, Registos e Notariado)
Nacional da Política de Justiça;
1. A Direcção Nacional de Identificação, Registos e
c) Executar o expediente relativo às cartas rogatórias
Notariado, abreviadamente designada «DNIRN» tem por
e outros actos de jurisdição estrangeira cujo
missão conceber, preparar, executar e acompanhar as polí-
cumprimento for solicitado;
ticas e programas relativos aos Serviços de Identificação
d) Colaborar com o Gabinete de Estudos, Planea-
Civil e Criminal, de registo civil, predial, comercial, de
mento e Estatística na recolha, tratamento e
automóveis e do notariado, dirigir, orientar e coordenar os
difusão dos elementos de informação, de natu-
serviços, bem como organizar e actualizar o arquivo central
reza estatística, dos Tribunais e outros órgãos
respectivo.
que intervêm no Sistema de Justiça, no quadro
2. A Direcção Nacional de Identificação, Registos e
do Sistema Estatístico Nacional;
Notariado tem as seguintes competências:
e) Propor planos ou programas de necessidades de ins-
a) Apoiar o Ministro na formulação e concretização
talações para os tribunais em colaboração com o
das políticas relativas aos Registos, ao Notariado
Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
e à Identificação Civil e Criminal acompanhar a
e o Conselho Superior da Magistratura Judicial,
execução das medidas delas decorrentes;
bem como acompanhar o planeamento e na exe-
cução de obras de construção, remodelação ou b) Coordenar e assegurar a organização e funciona-
conservação; mento dos serviços de si dependentes, efectuar
f) Assegurar o acompanhamento das Delegações Pro- estudos relativos ao seu aperfeiçoamento, propor
vinciais da Justiça e dos Direitos Humanos; e executar as medidas necessárias à manutenção
g) Acompanhar, auscultar e articular com as Dele- e optimização da respectiva funcionalidade;
gações Provinciais da Justiça e dos Direitos c) Estudar e propor medidas legislativas adequadas
Humanos no âmbito da implementação local à funcionalidade do Sistema de Registos, Nota-
dos projectos, políticas, medidas, orientações e riado e Identificação Civil e Criminal;
directivas do Sector, propondo correcções sem- d) Participar na execução de estudos tendentes à
pre que necessário; reorganização e modernização dos Registos, do
h) Estudar, propor, coordenar e controlar a execução das Notariado e da Identificação Civil e Criminal,
medidas decretadas pelos Julgados de Menores em colaboração com a Direcção Nacional da
e a Jurisdição da Família e outras aplicadas Política de Justiça;
no âmbito da legislação tutelar de protecção, e) Articular com a Direcção Nacional da Política
prevenção e reeducação de Crianças e Adoles- de Justiça na formulação e concretização das
centes; políticas e programas relativos aos Registos,
i) Programar as necessidades de instalações de Jul- ao Notariado e à Identificação Civil e Criminal
gado de Menores e de serviços tutelares das e acompanhar a execução das medidas delas
Crianças e Adolescentes e acompanhar a exe- decorrentes;
cução de obras de construção, remodelação ou f) Assegurar a prática de actos de registo, notariado
conservação, em colaboração com o Gabinete de e de identificação civil e criminal ao nível do
Estudos, Planeamento e Estatística; território nacional e no exterior do país;
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4591

g) Participar na instrução dos processos de atribuição 3. A Direcção Nacional de Identificação, Registos e


da nacionalidade e de alteração do nome; Notariado é dirigida por um Director Nacional, auxiliado
h) Coordenar, apoiar, avaliar e fiscalizar a actividade por 2 (dois) Directores-Adjuntos, e tem a seguinte estrutura:
das Conservatórias, dos Cartórios Notariais e a) Departamento Técnico;
dos Serviços de Identificação Civil e Criminal e b) Departamento de Administração e Finanças;
propor a uniformização de normas e técnicas de c) Departamento de Estatísticas Vitais;
procedimento e actuação; d) Serviços Externos:
i) Programar as necessidades de instalação de novos i. Conservatória dos Registos Centrais;
serviços de Registos, Notariado e Identificação ii. Conservatórias do Registo Civil;
Civil e Criminal, colaborando com o Gabinete iii. Conservatórias do Registo Predial;
de Estudos, Planeamento e Estatística, no pla- iv. Conservatórias do Registo Comercial;
neamento e na execução de obras de construção, v. Conservatórias do Registo Automóvel;
remodelação e conservação; vi. Cartórios Notariais;
j) Colaborar com o Gabinete de Estudos, Planeamento vii. Lojas dos Registos;
e Estatística na recolha, tratamento e difusão de viii. Delegações Municipais dos Registos e do
dados estatísticos relativos aos Registos, Nota- Notariado;
riado e Identificação Civil e Criminal; ix. Postos de Registos e do Notariado;
k) Colaborar com o Gabinete de Tecnologias de x. Departamentos de Arquivo Provinciais de
Informação e Comunicação Institucional no pla- Identificação Civil e Criminal;
neamento, na implementação, no funcionamento xi. Repartições de Arquivo Municipais de
e na evolução dos equipamentos, sistemas infor- Identificação Civil e Criminal;
máticos e rede de telecomunicações do Sector xii. Secções de Arquivos de Identificação Civil
dos Registos, do Notariado e da Identificação e Criminal Comunais ou de Distrito Urbano;
Civil e Criminal; xiii. Postos de Identificação Civil e Criminal;
l) Assegurar a conservação do equipamento informá- xiv. Ficheiro Central das Denominações Sociais.
tico necessário ao funcionamento dos serviços ARTIGO 22.º
(Direcção Nacional dos Direitos Humanos)
de Registo, Notariado e Identificação Civil e
Criminal, em articulação com o Gabinete de 1. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos tem
Tecnologias de Informação e Comunicação Ins- por missão zelar pela defesa e observância dos Direi-
titucional; tos Humanos, de harmonia com os princípios consagrados
m) Colaborar com os serviços e organismos do Minis- na Constituição, na Declaração Universal dos Direitos
tério na programação das acções de formação Humanos, na Carta Africana dos Direitos do Homem e dos
e gestão dos recursos humanos do Sector dos Povos e demais instrumentos jurídicos internacionais relati-
Registos, do Notariado e da Identificação Civil vos aos Direitos Humanos, de que Angola seja Parte.
e Criminal; 2. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos tem as
n) Cooperar com entidades congéneres e afins, no seguintes competências:
âmbito dos Registos, do Notariado e da Identi- a) Apoiar o Ministro da Justiça e dos Direitos Huma-
ficação Civil e Criminal, em colaboração com o nos na formulação e concretização das políticas
Gabinete de Intercâmbio; relativas à preservação dos Direitos Humanos
o) Organizar e manter actualizado e funcional o e acompanhar a execução das medidas delas
Arquivo Central e de Verificação de Dados; decorrentes;
p) Controlar a actividade do Sector dos Registos, b) Promover a cooperação com as demais instituições
Notariado e da Identificação Civil e Criminal e em matéria de Direitos Humanos;
promover a instauração de processos disciplina- c) Supervisionar o funcionamento dos Comités dos
res sobre os funcionários integrados nos serviços; Direitos Humanos;
q) Acompanhar o processamento das comparticipa- d) Elaborar os planos e projectos de direitos humanos;
ções emolumentares dos funcionários do Sector e) Elaborar e promover estudos e projectos no
dos Registos, do Notariado e da Identificação domínio dos Direitos Humanos e velar pela sua
Civil e Criminal, nos termos da legislação em implementação;
vigor; f) Assegurar a recolha, tratamento e análise da infor-
r) Exercer as demais competências estabelecidas por mação estatística dos Direitos Humanos, no
lei ou determinadas superiormente. quadro do Sistema Estatístico Nacional;
4592 DIÁRIO DA REPÚBLICA

g) Garantir o reforço das Instituições Nacionais de extrajudicial de litígios por todo o País, em
Direitos Humanos; especial os Centros de Resolução Extrajudicial
h) Promover a cultura pelo respeito dos Direitos de Litígios públicos;
Humanos junto dos órgãos do Estado, das d) Estabelecer, propor e manter a cooperação com
empresas e dos cidadãos; entidades congéneres, públicas e privadas,
i) Cooperar com entidades congéneres e afins, nacio- nacionais e estrangeiras, visando a partilha de
nais ou estrangeiras, bem como assegurar a experiências em matéria de Resolução Extra-
representação em Organizações Internacionais judicial de Litígios, em colaboração com o
no âmbito dos Direitos Humanos, em colabora- Gabinete de Intercâmbio;
ção com o Gabinete de Intercâmbio; e) Dar tratamento e emitir parecer sobre os pedidos de
j) Promover a difusão de informação e estudos relati- criação de centros privados de mediação, conci-
vos a situação evolutiva dos Direitos Humanos liação e arbitragem e instruir, nos termos legais,
em Angola; os processos administrativos de autorização e
k) Proceder ao acompanhamento da Comissão Inter- funcionamento dos Centros que implementam
ministerial de Elaboração dos Relatórios de
os meios alternativos de Resolução de Litígios,
Direitos Humanos;
para efeitos de autorização pelo Ministro da Jus-
l) Efectuar estudos relativos ao aperfeiçoamento dos
tiça e dos Direitos Humanos;
órgãos e serviços que intervêm na realização da
f) Acompanhar, supervisionar e apoiar o funcio-
justiça, assegurando o respeito pelos Direitos
namento dos centros privados de mediação,
Humanos;
conciliação e arbitragem autorizados, para efei-
m) Exercer as demais competências estabelecidas por
tos de garantia do cumprimento da legislação
lei ou determinadas superiormente.
vigente;
3. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos é dirigida
g) Realizar estudos no domínio das suas atribuições
por um Director Nacional e tem a seguinte estrutura:
e propor medidas adequadas para o desenvol-
a) Departamento para Promoção e Protecção dos
vimento técnico e especializado dos meios de
Direitos Civis e Políticos;
Resolução Extrajudicial de Litígios;
b) Departamento para Promoção e Protecção dos Direi-
h) Prestar apoio técnico às entidades que interve-
tos Económicos, Sociais, Culturais e Ambientais;
nham nas áreas e matérias que abarcam os meios
c) Departamento de Acompanhamento às Instituições
alternativos de resolução de litígios, assim como
de Direitos Humanos.
proceder ao acompanhamento da sua actividade;
ARTIGO 23.º
i) Prestar apoio jurídico, por via da informação e con-
(Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de Litígios)
sulta jurídicas, bem como adoptar as práticas de
1. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de
implementação dos meios alternativos de reso-
Litígios tem por missão promover o acesso ao direito por
lução de litígios das comunidades tradicionais,
meios alternativos de resolução de litígios.
nos limites da Constituição e da Lei;
2. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de
j) Colaborar com outros entes públicos e privados
Litígios tem as seguintes competências:
para cujo funcionamento seja útil a implemen-
a) Apoiar, propor e assegurar a implementação dos
tação dos Centros de Resolução Extrajudiciais
serviços e órgãos que actuam na aplicabilidade
de Litígios;
dos meios de Resolução Extrajudicial de Lití-
k) Desenvolver e promover mecanismos que assegu-
gios, designadamente a negociação, mediação,
rem a divulgação e conhecimento jurídico aos
conciliação e a arbitragem;
b) Assumir como missão fundamental a desburocrati- cidadãos, facilitando e promovendo o acesso ao
zação e desjudicialização dos negócios jurídicos direito a todos os cidadãos e pessoas colectivas;
em geral, no sector público administrativo e no l) Desenvolver e promover mecanismos que asse-
sector empresarial do Estado, bem como para gurem a divulgação e conhecimento dos meios
as empresas privadas e as famílias, por via do alternativos de Resolução Extrajudicial de Lití-
alargamento contínuo da aplicabilidade dos gios;
meios de Resolução Extrajudicial de Litígios à m) Colaborar com os serviços e organismos do
generalidade de litígios, incluindo a mediação Ministério na promoção de acções de formação
penal nos limites da lei; e gestão de pessoal técnico para a negociação,
c) Conceber, operacionalizar e executar as melhores mediação, conciliação e arbitragem;
práticas nacionais e internacionais de fomento n) Exercer as demais competências estabelecidas por
ao recurso generalizado dos meios de resolução lei ou determinadas superiormente.
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4593

3. A Direcção Nacional para Resolução Extrajudicial de Humanos e, no geral, das políticas traçadas pelo Executivo
Litígios é dirigida por um Director Nacional e tem a seguin- no âmbito da promoção e protecção dos Direitos Humanos,
tes estrutura: bem como a prevenção da sua violação a nível local.
a) Departamento Nacional de Acesso ao Direito e 2. Os Comités Locais dos Direitos Humanos organi-
Apoio Jurídico às Comunidades; zam-se, no plano local, nos níveis Provincial, Municipal ou
b) Departamento Nacional dos Serviços de Mediação, Autárquico e Comunal, observada a correspondência com os
Conciliação e Negociação; níveis de organização da Administração Local.
c) Departamento Nacional de Arbitragem; 3. Enquanto parte da estrutura do Ministério da Jus-
tiça e dos Direitos Humanos, os Comités Locais de Direitos
d) Serviço Executivo:
Humanos de substrato autárquico não integram a autoridade
Centros de Resolução Extrajudicial de Litígios
autárquica nem observam a autonomia dos órgãos do poder
— CREL. autárquico, sendo independentes destes.
SECÇÃO VI 4. Os Comités Locais dos Direitos Humanos dispõem
Serviços Executivos Locais de regulamento próprio, aprovado por Decreto Executivo
ARTIGO 24.º do Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, no qual
(Delegações da Justiça e dos Direitos Humanos) constam a sua organização e funcionamento, adequados à
1. As Delegações da Justiça e dos Direitos Humanos situação concreta de cada província.
são serviços executivos desconcentrados do Ministério da CAPÍTULO IV
Justiça e dos Direitos Humanos que executam, ao nível Pessoal
local, as atribuições do Ministério.
ARTIGO 26.º
2. As Delegações da Justiça e dos Direitos Humanos orga- (Quadro de pessoal e organigrama)
nizam-se, no plano local, nos níveis Provincial, Municipal
1. O quadro de pessoal e o organigrama do Ministério da
ou Autárquico e Comunal, observada a correspondência
Justiça e dos Direitos Humanos constam dos Anexos I, II e
com os níveis de organização da Administração Local.
III ao presente Estatuto, de que são parte integrante.
3. As Delegações Provinciais são dirigidas por Delegados
2. O quadro de pessoal referido no número anterior pode
Provinciais, nomeados por Despacho do Ministro da Justiça
ser alterado por Decreto Executivo Conjunto dos Ministros
e dos Direitos Humanos, ouvido o Governador Provincial, e
da Justiça e dos Direitos Humanos, da Administração
representam na província o Ministro da Justiça e dos Direitos
Pública, Trabalho e Segurança Social e das Finanças.
Humanos, aos quais, em sede regulamentar, são subdelega-
dos poderes, para a nível local, coordenar todos os serviços. ARTIGO 27.º
(Provimento)
4. As Delegações Provinciais da Justiça e dos Direitos
Humanos podem integrar os seguintes serviços: As condições de ingresso, progressão e acesso nas cate-
a) Administração e Finanças; gorias e carreiras, mobilidade ou permuta de pessoal são
b) Planeamento, Estatística e Património; regidas pela legislação em vigor.
c) Recursos Humanos e Jurídico; CAPÍTULO V
d) Direitos Humanos, Administração da Justiça e Disposições Finais
Resolução de Litígios.
ARTIGO 28.º
5. As Delegações Provinciais dispõem ainda de serviços (Orçamento)
externos locais e tutelados.
1. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos dispõe
6. A organização e funcionamento das Delegações da
de orçamento próprio para o seu funcionamento, cuja gestão
Justiça e dos Direitos Humanos é definida em sede de regula- obedece às regras estabelecidas na legislação em vigor.
mento próprio, aprovado por Decreto Executivo do Ministro 2. Os órgãos superintendidos dispõem de orçamento
da Justiça e dos Direitos Humanos. próprio e autónomo destinado a cobertura dos encargos
7. A implementação de Delegações de Justiça e dos decorrentes da sua actividade, sendo a sua gestão da res-
Direitos Humanos no plano infra-provincial deve observar ponsabilidade dos respectivos titulares de acordo com a
a necessária adequação às particularidades da circunscrição legislação em vigor.
territorial concreta, cabendo ao Ministro da Justiça e dos ARTIGO 29.º
Direitos Humanos decidir sobre a oportunidade e conve- (Regulamento Interno)
niência da implementação do serviço. Sem prejuízo dos serviços superintendidos, os regu-
ARTIGO 25.º lamentos internos dos órgãos e serviços que compõem a
(Comités Locais dos Direitos Humanos) estrutura orgânica do Ministério da Justiça e dos Direitos
1. Os Comités Locais dos Direitos Humanos é uma estru- Humanos são aprovados por Decreto Executivo do Ministro
tura intersectorial informalmente inserida na orgânica do da Justiça e dos Direitos Humanos.
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos cujo objecto O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
é a implementação local da Estratégia Nacional de Direitos Lourenço.
4594 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO I
Quadro de Pessoal a que se refere o n.º 1 do artigo 26.º do presente Estatuto
Regime Geral
Lugares
Grupo do
Carreira Número de Vagas Vagas a
Pessoal
Vagas criadas Ocupadas Preencher

Ministro 1 1 0
Politico
Cargo

Secretário de Estado 2 2 0

Director Nacional e Equiparados 17 17 0


Director Geral 3 3 0
Director Geral-Adjunto 6 6 0
Direcção e Chefia

Director-Adjunto 1 1 0
Delegados Provinciais 18 18 0
Chefe de Departamento 170 170 0
Chefe de Repartição 201 1 200
Chefe de Secção 110 110 0
Consultor de Membros do Executivo 8 8 0
Assessor Principal 24 1 23
Técnico Superior

l.º Assessor 44 44
Assessor 54 54
Técnico Superior Principal 64 3 61
Técnico Superior de 1.a Classe 137 137
Técnico Superior de 2.a Classe 169 3 166
Especialista Principal 55 2 53
Especialista de 1.a Classe 246 246
Técnico

Especialista de 2.a Classe 256 256


Técnico de 1.a Classe 266 266
Técnico de 2.a Classe 276 1 275
Técnico de 3.a Classe 286 286
Técnico Médio Principal de 1.a Classe 229 229
Técnico Médio Principal de 2. Classe
a
239 239
Técnico Médio

Técnico Médio Principal de 3.a Classe 249 249


Técnico Médio de 1.a Classe 258 258
Técnico Médio de 2.a Classe 266 266
Técnico Médio de 3.a Classe 278 278
Oficial Administrativo Principal 426 1 425
l.º Oficial Administrativo 434 434
Administrativo

2.° Oficial Administrativo 442 442


3.° Oficial Administrativo 450 450
Aspirante 460 2 458
Escriturário-Dactilógrafo 470 16 454
Motorista de Pesados Principal 73 73
Motorista de Pesados de 1.a Classe 83 83
Motorista de Pesados de 2.a Classe 94 94
Motorista de Ligeiros Principal 119 2 117
Motorista de Ligeiros de 1.a Classe 130 1 129
Motorista de Ligeiros de 2.a Classe 752 752
Auxiliar

Telefonista Principal 71 71
Telefonista de 1.a Classe 94 94
Auxiliar Administrativo Principal 300 1 299
Auxiliar Administrativo de 1.a Classe 350 350
Auxiliar Administrativo de 2. Classe
a
470 470
Auxiliar Principal de Limpeza 203 17 186
Auxiliar de Limpeza de 1.a Classe 545 10 535
Auxiliar de Limpeza de 2.a Classe 555 7 548
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4595

Lugares
Grupo do
Carreira Número de Vagas Vagas a
Pessoal
Vagas criadas Ocupadas Preencher

Encarregado 40 2 38
Qualificado
Operário

Operário Qualificado de 1.a Classe 575 575

Operário Qualificado de 2.a Classe 579 6 573

Encarregado 37 2 35
Não Qualifi-
Operário

cado

Operário Não Qualificado de 1.a Classe 40 3 37

Operário Não Qualificado de 2.a Classe 44 3 41

TOTAL 11.769 420 11.349

ANEXO II
Regime Especial
Lugares
Grupo do
Carreira Número de vagas Vagas
Pessoal Vagas a Preencher
criadas Ocupadas
Conservador de 1.ª Classe 100 20 80
Conservador
Carreira de

Conservador de 2. Classe
a
150 41 109

Conservador de 3. Classe
a
300 36 264

Conservador-Adjunto 450 192 258

Notário de 1.ª Classe 100 11 89


Carreira de

Notário de 2. Classe
a
150 24 126
Notário

Notário de 3. Classe
a
250 31 219

Notário-Adjunto 400 159 241

Assistente de Identificação Principal 150 20 130


de Técnico
Superior
Carreira

Assistente de Identificação de 1.a Classe 300 70 230

Assistente de Identificação de 2. Classe


a
400 124 276

Técnico Superior de Identificação Principal 500 381 119

Ajudante Principal de Conservador 350 257 93


Carreira de Oficial

1.º Ajudante de Conservador 350 133 217


dos Registos

2.° Ajudante de Conservador 600 274 326

Oficial Auxiliar Principal de Conservador 400 82 318

Oficial Auxiliar de Conservador de 1.a Classe 390 147 243

Oficial Auxiliar de Conservador de 2.a Classe 3.000 1.538 1.462

Ajudante Principal do Notário 250 45 205


Carreira de Oficial

1.º Ajudante de Notário 250 38 212


de Notário

2.º Ajudante de Notário 650 159 491

Oficial Auxiliar Principal de Notário 150 44 106

Oficial Auxiliar de Notário de 1. Classe


a
200 99 101

Oficial Auxiliar de Notário de 2. Classe


a
2.000 949 1.051

Emissor Principal 500 138 362


Carreira de Oficial

Emissor de 1.a Classe 600 92 508


de Identificação

Emissor de 2. Classe
a
2.000 347 1.653

Oficial Auxiliar Principal de Identificação 550 42 508

Oficial Auxiliar de Identificação de 1.ª Classe 600 115 485

Oficial Auxiliar de Identificação de 2.a Classe 3.000 288 2.712

Total Geral 19.090 5.896 13.194


ANEXO III 4596
Organigrama a que se refere o n.º 1 do artigo 26.º do presente Estatuto

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.


DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4597

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E PLANEAMENTO b) Elaborar projectos de diplomas legais e demais


instrumentos jurídicos nos domínios das atribui-
ções do Ministério da Economia e Planeamento;
Decreto Executivo n.º 224/20 c) Investigar e proceder a estudos de direito
de 31 de Agosto
comparado, tendo em vista a elaboração ou
Considerando a necessidade de aprovar o Regulamento
Interno do Gabinete Jurídico do Ministério da Economia e aperfeiçoamento da legislação;
Planeamento, em cumprimento do disposto no artigo 24.º d) Elaborar estudos sobre a eficácia de diplomas
do respectivo Estatuto Orgânico, aprovado pelo Decreto legais e propor alterações;
Presidencial n.º 43/18, de 12 de Fevereiro; e) Emitir pareceres e prestar informações sobre
Em conformidade com os poderes delegados pelo assuntos de natureza jurídica relacionados com
Presidente da República, e nos termos das disposições com-
os domínios de actividade do Ministério;
binadas do artigo 137.º da Constituição da República de
f) Compilar a documentação de natureza jurídica
Angola, dos n.os 1 e 3 do Despacho Presidencial n.º 289/17,
de 13 de Outubro, determino: necessária ao funcionamento do Ministério;
ARTIGO 1.º
g) Participar nos trabalhos preparatórios relativos a
(Aprovação) acordos, tratados e convenções;
É aprovado o Regulamento Interno do Gabinete Jurídico h) Apoiar os serviços competentes do Ministério na
do Ministério da Economia e Planeamento, anexo ao pre- concepção de procedimentos jurídicos adequa-
sente Diploma, do qual é parte integrante. dos a implementação de acordos, tratados e
ARTIGO 2.º convenções;
(Dúvidas e omissões)
i) Organizar, manter actualizada e divulgar toda a
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
legislação sobre matérias de interesse para o
aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo
Ministério;
Ministro da Economia e Planeamento.
j) Participar, em colaboração com o Gabinete de
ARTIGO 3.º
(Entrada em vigor) Recursos Humanos, na instrução de processos
O presente Decreto Executivo entra em vigor na data da disciplinares e na resolução de conflitos jurídico-
sua publicação. -laborais; e
Publique-se. k) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
atribuídas por lei ou por determinação superior.
Luanda, aos 27 de Julho de 2020.
O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos. CAPÍTULO II
Organização e Funcionamento
REGULAMENTO INTERNO DO GABINETE SECÇÃO I
JURÍDICO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA Organização em Geral
E PLANEAMENTO
ARTIGO 3.º
CAPÍTULO I (Órgãos)
Disposições Gerais 1. O Gabinete Jurídico é dirigido por um(a) Director(a)
ARTIGO 1.º equiparado(a) a Director(a) Nacional.
(Natureza) 2. O Gabinete Jurídico é apoiado pelos seguintes órgãos:
O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio técnico de a) Conselho Técnico; e
natureza transversal, responsável pela assistência e orien-
b) Secretariado.
tação jurídica a todas as áreas e actividades do Ministério,
bem como pela elaboração das medidas de carácter legis- SECÇÃO II
Organização em Especial
lativa em todos os domínios das actividades do Ministério
da Economia e Planeamento e a promoção de estudos de SUBSECÇÃO I
natureza jurídica que contribuam para a melhoria da qua- Órgão Directivo
lidade jurídica das normas, processos e procedimentos em
ARTIGO 4.º
que assentam as actividades do Ministério. (Competências do Director)
ARTIGO 2.º
(Atribuições) 1. Compete ao(à) Director(a) do Gabinete Jurídico o
O Gabinete Jurídico tem as seguintes atribuições: seguinte:
a) Prestar assessoria jurídica ao Ministro, aos Secretá- a) Dirigir, coordenar e fiscalizar toda a actividade do
rios de Estado e demais serviços do Ministério em Gabinete Jurídico;
todos os assuntos inerentes as suas atribuições; b) Presidir as reuniões do Conselho Técnico;
4598 DIÁRIO DA REPÚBLICA

c) Elaborar a proposta de Plano de Actividades e do b) Assegurar a catalogação e arquivo da documen-


Orçamento do Gabinete em estreita colaboração tação produzida e recebida pelos serviços do
com a Secretaria Geral; Gabinete Jurídico;
d) Assegurar o cumprimento da legislação sobre as c) Supervisionar as condições das instalações e
matérias relativas ao Gabinete, bem como tomar assegurar a realização dos serviços de limpeza
as decisões que se impuserem para tais fins; e manutenção;
e) Garantir a melhor utilização dos recursos humanos d) Gerir os consumíveis de escritório afectos ao Gabi-
e materiais do Gabinete Jurídico; nete Jurídico, bem como dos meios logísticos
f) Velar pela correcta aplicação da política de forma- de apoio aos trabalhadores, assegurando a sua
ção dos recursos humanos afectos ao Gabinete, disponibilidade; e
em articulação com o Gabinete de Recursos e) Prestar serviços de relações públicas, nomeada-
Humanos; mente a recepção, encaminhamento e assistência
g) Efectuar a avaliação de desempenho dos recursos aos visitantes, bem como a assistência aos res-
humanos afectos ao Gabinete; ponsáveis e técnicos do Gabinete Jurídico.
h) Representar o Gabinete em todos os actos para os 2. O Secretariado é coordenado por um funcionário per-
quais seja mandatado; e manente destacado pela Secretaria Geral, o qual pode ser
i) Praticar os demais actos necessários ao exercício auxiliado, consoante as necessidades, por até dois funcioná-
das suas funções e os que lhe forem determina- rios volantes designados pela Secretaria Geral.
dos por lei ou pelo superior hierárquico. 3. Os funcionários do Secretariado mencionados no
2. No exercício das suas funções o(a) Director(a) exara número anterior são avaliados pelo superior hierárquico
directo do serviço em que estiverem alocados.
ordens de serviço e circulares.
SECÇÃO III
3. Nas suas ausências e impedimentos temporários o(a)
Instrumentos de Gestão
Director(a) do Gabinete Jurídico é substituído por um téc-
ARTIGO 7.º
nico superior por si designado. (Natureza dos instrumentos)
SUBSECÇÃO II
Órgãos de Apoio
O Gabinete Jurídico tem os seguintes instrumentos de
gestão:
ARTIGO 5.º a) Plano Anual de Actividades; e
(Conselho Técnico)
b) Programa de Tarefas Mensal.
1. O Conselho Técnico é um órgão de apoio consultivo
ARTIGO 8.º
em matéria de avaliação legislativa, contencioso, estudo, (Plano Anual de Actividades)
produção normativa e tramitação legal do Gabinete Jurídico.
1. O Plano Anual de Actividades do Gabinete Jurídico
2. O Conselho Técnico é dirigido pelo(a) Director(a) e
é elaborado com base no Plano Anual de Actividades do
integram todos os técnicos superiores do Gabinete, podendo
Ministério da Economia e Planeamento, o qual é elaborado
participar outros técnicos convidados.
com base no Plano de Actividades Plurianual.
3. O Conselho Técnico deve pronunciar-se sobre:
a) A actualidade das normas e sua eficácia; 2. O Plano Anual de Actividades está sujeito a balan-
b) Grau de execução das actividades do Gabinete ços trimestrais, excepto no que se refere ao quarto trimestre,
Jurídico; e cujos relatórios são elaborados no prazo de até quinze dias
c) O impacto dos diplomas produzidos pelo Minis- findo o trimestre.
tério. ARTIGO 9.º
(Programa de Tarefas Mensal)
4. O Conselho Técnico reúne ordinariamente com
periodicidade mensal e extraordinariamente, sempre que 1. O Programa de Tarefas Mensal é elaborado com base
convocado pelo(a) Director(a). no Plano Anual de Actividades, tendo em atenção os prazos
ARTIGO 6.º estabelecidos para a conclusão das acções constantes neste.
(Secretariado) 2. O Programa de Tarefas Mensal identifica as tarefas
1. O Secretariado é o órgão de apoio administrativo trans- requeridas para a concretização das actividades inscritas
versal aos serviços do Gabinete Jurídico, incumbindo-lhe: no Plano Anual de Actividades, designa os funcionários
a) Gerir o expediente do Gabinete Jurídico, nomeada- executores e estabelece os prazos para a sua execução.
mente a recepção, registo, distribuição, arquivo 3. O Programa de Tarefas Mensal está sujeito à avaliação
e expedição da correspondência; semanal e a balanços mensais.
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4599

CAPÍTULO III Decreto Executivo n.º 225/20


Disposições Finais de 31 de Agosto

Considerando a necessidade de aprovar o Regulamento


ARTIGO 10.º
(Quadro de pessoal) Interno da Secretaria Geral do Ministério da Economia e
Planeamento, em cumprimento do disposto no artigo 24.º
O quadro de pessoal do Gabinete Jurídico é o que consta
do respectivo Estatuto Orgânico, aprovado pelo Decreto
do Anexo I ao presente Regulamento Interno, do qual é parte
Presidencial n.º 43/18, de 12 de Fevereiro;
integrante.
Em conformidade com os poderes delegados pelo
ARTIGO 11.º
Presidente da República, nos termos das disposições com-
(Organigrama)
binadas do artigo 137.º da Constituição da República de
O organigrama do Gabinete Jurídico é o que consta do Angola, dos n.os 1 e 3 do Despacho Presidencial n.º 289/17,
Anexo II ao presente Regulamento Interno, do qual é parte de 13 de Outubro, determino:
integrante.
ARTIGO 1.º
(Aprovação)
O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos.
É aprovado o Regulamento Interno da Secretaria Geral,
ANEXO I anexo ao presente Diploma, do qual é parte integrante.
Quadro a que se refere o artigo 10.° ARTIGO 2.º
N.º (Dúvidas e omissões)
Grupo de Pessoal Cargo/Categoria
de Lugares
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Director
Direcção e Chefia 1 aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro
Chefe de Departamento
Assessor Principal
da Economia e Planeamento.
Primeiro Assessor ARTIGO 3.º
Carreira Técnica Assessor (Entrada em vigor)
9
Superior Técnico Superior Principal
Técnico Superior de 1.ª Classe
O presente Decreto Executivo entra em vigor na data da
Técnico Superior de 2.ª Classe sua publicação.
Especialista Principal Publique-se.
Especialista de 1.ª Classe

Carreira Técnica
Especialista de 2.ª Classe Luanda, aos 27 de Julho de 2020.
Técnico de 1.ª Classe
Técnico de 2.ª Classe O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos.
Técnico de 3.ª Classe
Técnico Médio Principal de 1.ª Classe
Técnico Médio Principal de 2.ª Classe
Carreira Técnica Técnico Médio Principal de 3.ª Classe REGULAMENTO INTERNO
Média Técnico Médio de 1.ª Classe DA SECRETARIA GERAL DO MINISTÉRIO
Técnico Médio de 2.ª Classe DA ECONOMIA E PLANEAMENTO
Técnico Médio de 3.ª Classe
Oficial Administrativo Principal
1.º Oficial CAPÍTULO I
Carreira 2.º Oficial Disposições Gerais
Administrativa 3.º Oficial 1
Aspirante ARTIGO 1.º
Escriturário-Dactilógrafo (Natureza)
Total 11 A Secretaria Geral abreviadamente designado por «SG»
é o serviço de apoio técnico de natureza transversal, respon-
ANEXO II sável pelo planeamento das actividades de funcionamento
Organigrama a que se refere o artigo 11.º
do Ministério, pela gestão orçamental, financeira e patrimo-
nial, bem como pelo expediente e relações públicas, estando
técnica e metodologicamente sujeita ao sistema de funções
de gestão orçamental, financeira e patrimonial, nos termos
da legislação específica.
ARTIGO 2.º
(Atribuições)

A Secretaria Geral tem as seguintes atribuições:


a) Elaborar a proposta de Plano de Actividades e do
orçamento do Ministério em estreita colabora-
O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos. ção com os demais serviços;
4600 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Assegurar a execução do orçamento e a elaboração b) Presidir as reuniões do Conselho Directivo;


dos relatórios de balanço das actividades de c) Elaborar a proposta de Plano de Actividades e do
execução do orçamento e demais documentos Orçamento da Secretaria Geral;
de prestação de contas; d) Assegurar o cumprimento da legislação sobre as
c) Avaliar as necessidades de bens patrimoniais de matérias relativas às atribuições da Secretaria
que careçam os serviços do Ministério para o Geral, bem como tomar as decisões que se impu-
seu funcionamento e elaborar propostas dos serem para tais fins;
planos de aquisição, incluindo a identificação de e) Garantir a melhor utilização dos recursos humanos
projectos de investimento públicos; e materiais da Secretaria Geral;
d) Assegurar a funcionalidade das instalações e dos f) Velar pela correcta aplicação da política de forma-
equipamentos dos serviços do Ministério, bem ção dos recursos humanos afectos ao Gabinete,
como a sua protecção, manutenção e conserva- em articulação com o Gabinete de Recursos
ção; Humanos;
e) Assegurar o desenvolvimento das actividades de g) Propor a nomeação e a exoneração dos Chefes de
protocolo e relações públicas do Ministério; Departamento da Secretaria Geral;
f) Assegurar a tramitação eficiente do expediente, o h) Supervisionar a avaliação de desempenho dos
tratamento da correspondência e gestão da cir- recursos humanos afectos à Secretaria Geral;
culação dos documentos, incluindo o seu devido i) Coordenar o processo de elaboração da proposta
registo e arquivo; e do Plano de Actividades e do Orçamento do
g) Desempenhar as demais funções que lhe sejam Ministério;
atribuídas por lei ou por determinação superior. j) Representar a Secretaria Geral em todos os actos
CAPÍTULO II para os quais seja mandatado; e
Organização e Funcionamento k) Praticar os demais actos necessários ao exercício
das suas funções e os que lhe forem determina-
SECÇÃO I
Organização em Geral dos por lei ou pelo superior hierárquico.
2. No exercício das suas funções o(a) Director(a) exara
ARTIGO 3.º
(Estrutura) ordens de serviço e circulares.
1. A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura interna: 3. Nas suas ausências e impedimentos temporários,
a) Órgãos Directivos: o(a) Secretário(a) Geral é substituído por um Chefe de
i. Secretário(a) Geral; e Departamento por si designado.
ii. Chefes de Departamento. ARTIGO 5.º
b) Departamentos: (Competências dos Chefes de Departamentos)
i. Departamento de Planeamento e Gestão 1. Compete aos Chefes de Departamentos da Secretaria
Orçamental, Financeira e Patrimonial; Geral:
ii. Departamento de Expediente e Relações a) Coadjuvar o(a) Secretário(a) Geral;
Públicas;
b) Chefiar e coordenar todas as actividades do pessoal
iii. Departamento de Contratação Pública.
do seu Departamento;
c) Órgãos de Apoio:
i. Conselho Directivo; e c) Elaborar os planos e relatórios de actividades do
ii. Secretariado. Departamento;
2. A Secretaria Geral é dirigida por um(a) Secretário(a) d) Efectuar a avaliação de desempenho dos recursos
Geral equiparado(a) a Director(a) Nacional. humanos afectos ao Departamento;
SECÇÃO II e) Substituir o(a) Secretário(a) Geral na sua ausência
Organização em Especial
ou impedimento;
SUBSECÇÃO I f) Praticar os demais actos necessários ao exercício
Órgãos Directivos
das suas funções e os que lhe forem determina-
ARTIGO 4.º dos pelo superior hierárquico.
(Competências do Secretário Geral)

1. Compete ao(à) Secretário(a) Geral o seguinte: 2. Nas suas ausências e impedimentos temporários, o
a) Dirigir, coordenar e fiscalizar toda a actividade da Chefe de Departamento é substituído por um técnico supe-
Secretaria Geral; rior por si designado.
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4601

SUBSECÇÃO II 3. O Departamento de Expediente e Relações Públicas é


Departamentos
chefiado por um Chefe de Departamento.
ARTIGO 6.º ARTIGO 8.º
(Departamento de Planeamento e Gestão Orçamental, (Departamento da Contratação Pública)
Financeira e Patrimonial)
1. O Departamento da Contratação Pública, abreviada-
1. O Departamento de Planeamento e Gestão Orçamental,
mente designada por «DCP», é o serviço da Secretaria Geral
Financeira e Patrimonial, abreviadamente designado por
com a responsabilidade de concentrar a formação de todos
«DPGOFP» é o serviço responsável pela gestão orçamental
os Processos de Contratação Pública.
e patrimonial do Ministério.
2. Departamento da Contratação Pública tem as seguin-
2. O Departamento de Planeamento e Gestão Orçamental,
tes atribuições:
Financeira e Patrimonial tem as seguintes atribuições:
a) Conduzir todo o processo de formação dos Contra-
a) Elaborar a proposta de plano de actividades e do
tos Públicos desencadeados pelo MEP;
orçamento do Ministério em estreita colabora-
b) Coordenar a função de compras do MEP;
ção com os demais serviços;
c) Acompanhar de forma direccionada todo o ciclo de
b) Assegurar a execução do orçamento e a elaboração
contratações;
dos relatórios de balanço das actividades, de
d) Interagir com as áreas técnicas na definição das
execução do orçamento e demais documentos
necessidades, da escolha e dos momentos da
de prestação de contas;
realização do procedimento, bem como na pre-
c) Avaliar as necessidades de bens patrimoniais de
paração das respectivas peças;
que careçam os serviços do Ministério para o
e) Propor os membros que integram a Comissão de
seu funcionamento e elaborar propostas dos
Avaliação, devendo incluir técnicos provenien-
planos de aquisição, incluindo a identificação de
tes das áreas técnicas;
projectos de investimento públicos;
f) Apoiar a Comissão de Avaliação na resolução dos
d) Assegurar a funcionalidade das instalações e dos
conflitos com os candidatos ou concorrentes;
equipamentos dos serviços do Ministério, bem
g) Pronunciar-se sobre os documentos finais da
como a sua protecção, manutenção e conserva-
Comissão de Avaliação, antes da remessa ao
ção; e
órgão máximo do MEP;
e) Realizar as demais tarefas necessárias ao cumpri-
h) Designar na sua estrutura técnicos responsáveis
mento das suas atribuições e as que lhe forem
pela contratação de categorias de bens, serviços
determinadas por superior hierárquico.
e empreitadas;
3. O Departamento de Planeamento e Gestão Orçamental,
i) Propor a celebração e ou vinculação aos acordos-
Financeira e Patrimonial é chefiado por um Chefe de
-quadro;
Departamento.
j) Carregar anúncios, registar abertura de procedi-
ARTIGO 7.º
mento e comunicar a adjudicação no Portal da
(Departamento de Expediente e Relações Públicas)
Contratação Pública;
1. O Departamento de Expediente e Relações Públicas,
k) Assegurar a utilização dos instrumentos de contra-
abreviadamente designado por «DERP» é o serviço respon-
tação pública electrónica;
sável pelas acções de expediente e de relações públicas do l) Actualizar, permanentemente, os conhecimentos
Ministério. referentes à Contratação Pública, de acordo com
2. O Departamento de Expediente e Relações Públicas as boas práticas nacionais e internacionais;
tem as seguintes atribuições: m) Implementar, em cada procedimento de Contrata-
a) Assegurar o desenvolvimento das actividades de ção Pública, acções de fomento à sustentabilidade
protocolo e relações públicas do Ministério; da Contratação Pública, nomeadamente a apli-
b) Assegurar a tramitação eficiente do expediente, o cação do regime das contrapartidas, contratação
tratamento da correspondência e gestão da cir- preferencial das Micro, Pequenas e Médias
culação dos documentos, incluindo o seu devido Empresas e a produção nacional e local, a utili-
registo e arquivo; e zação predilecta da mão-de-obra local;
c) Realizar as demais tarefas necessárias ao cumpri- n) Reportar as informações pertinentes sobre os
mento das suas atribuições e as que lhe forem principais indicadores da Contratação Pública
determinadas por superior hierárquico. sectorial;
4602 DIÁRIO DA REPÚBLICA

o) Estabelecer contacto permanente com o Serviço d) Gerir os consumíveis de escritório afectos à Secre-
Nacional da Contratação Pública e demais taria Geral, bem como dos meios logísticos
órgãos intervenientes no Sistema da Contrata- de apoio aos trabalhadores, assegurando a sua
ção Pública; disponibilidade; e
p) Acompanhar e reportar a actividade de contratação e) Prestar serviços de relações públicas, nomeada-
pública dos órgãos desconcentrados; mente a recepção, encaminhamento e assistência
q) Apoiar os órgãos do MEP na tomada de decisões aos visitantes, bem como a assistência aos res-
em caso de impugnação administrativa, nos ter- ponsáveis e técnicos da Secretaria Geral.
mos da Lei dos Contratos Públicos; 2. O Secretariado é assegurado por um funcionário per-
r) Articular com a Direcção Nacional do Património manente, o qual pode ser auxiliado, consoante a necessidade,
do Estado e o Departamento da Contratação por um funcionário volante.
Pública de outras Entidades Públicas Contra- 3. Os funcionários do Secretariado mencionados no
tantes em caso de acordos-quadro ou compras número anterior são avaliados pelo superior hierárquico
agregadas; directo do serviço em que estiverem alocados.
s) Analisar o mercado de fornecedores de modo a SECÇÃO III
encontrar soluções alternativas ou inovadoras. Instrumentos de Gestão

3. O Departamento de Contratação Público é dirigido por ARTIGO 11.º


um Chefe de Departamento. (Natureza dos instrumentos)

SUBSECÇÃO III A Secretaria Geral guia a sua acção com base nos seguin-
Órgãos de Apoio tes instrumentos de gestão:
ARTIGO 9.º a) Plano de Actividades Plurianual;
(Conselho Directivo) b) Plano Anual de Actividades; e
1. O Conselho Directivo é um órgão de apoio consultivo c) Programa de Tarefas Mensal.
do(a) Secretario(a) Geral no exercício das suas funções. ARTIGO 12.º
2. O Conselho Directivo é dirigido pelo(a) Secretário(a) (Plano de Actividades Plurianual)
Geral e integram os Chefes de Departamentos, podendo par- 1. O Plano de Actividades Plurianual da Secretaria
ticipar técnicos convidados pelo(a) Secretário(a) Geral, por Geral é elaborado com base no Plano de Acção Plurianual
sua iniciativa ou sob proposta dos Chefes de Departamento. do Ministério da Economia e Planeamento, decorrendo
3. O Conselho Directivo pronuncia-se sobre: este e o correspondente horizonte temporal do Plano de
a) Os instrumentos de gestão; Desenvolvimento Nacional.
b) Planeamento das actividades de funcionamento da 2. O Plano de Actividades Plurianual está sujeito a balan-
Secretaria Geral; ços anuais, cujos relatórios são elaborados no prazo de um
c) Gestão orçamental, financeira, patrimonial, bem mês após o final do ano a que corresponde.
como expediente e relações públicas; e ARTIGO 13.º
d) Relatório e balanço de execução do orçamento da (Plano Anual de Actividades)
Secretaria Geral. 1. O Plano Anual de Actividades da Secretaria Geral
4. O Conselho Directivo reúne ordinariamente com é elaborado com base no Plano Anual de Actividades do
periodicidade mensal e extraordinariamente, sempre que Ministério da Economia e Planeamento, o qual é elaborado
convocado pelo(a) Secretário(a) Geral. com base no Plano de Actividades Plurianual.
ARTIGO 10.º 2. O Plano Anual de Actividades está sujeito a balan-
(Secretariado)
ços trimestrais, excepto no que se refere ao quarto trimestre,
1. O Secretariado é o órgão de apoio administrativo trans- cujos relatórios são elaborados no prazo de até quinze dias
versal aos serviços da Secretaria Geral, incumbindo-lhe: findo o trimestre.
a) Gerir o expediente da Secretaria Geral, nomeada- ARTIGO 14.º
mente a recepção, registo, distribuição, arquivo (Programa de tarefas mensal)
e expedição da correspondência; 1. O Programa de Tarefas Mensal é elaborado com base
b) Assegurar a catalogação e arquivo da documen- no Plano Anual de Actividades, tendo em atenção os prazos
tação produzida e recebida pelos serviços da estabelecidos para a conclusão das acções constantes neste.
Secretaria Geral; 2. O Programa de Tarefas Mensal identifica as tarefas
c) Supervisionar as condições das instalações e requeridas para a concretização das actividades inscritas
assegurar a realização dos serviços de limpeza no Plano Anual de Actividades, designa os funcionários
e manutenção; executores e estabelece os prazos para a sua execução.
I SÉRIE – N.º 133 – DE 31 DE AGOSTO DE 2020 4603

3. O Programa de Tarefas Mensal está sujeito à avaliação N.º


Grupo de Pessoal Cargo/Categoria
semanal e a balanços mensais. de Lugares
Oficial Administrativo Principal 2
CAPÍTULO III
1.º Oficial
Disposições Finais
Carreira 2.º Oficial 1
ARTIGO 15.º Administrativa 3.º Oficial 1
(Quadro de pessoal)
Aspirante 1
O quadro de pessoal da Secretaria Geral é o que consta
Escriturário-Dactilógrafo 1
do Anexo I ao presente Regulamento, fazendo dele parte
Motorista de Pesados Principal 1
integrante.
Motorista de Pesados de 1.ª Classe
ARTIGO 16.º
(Organigrama) Motorista de Pesados de 2.ª Classe 2

O organigrama da Secretaria Geral é o que consta do Motorista de Ligeiros Principal 6

Anexo II ao presente Regulamento, fazendo dele parte Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe 2

integrante. Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe

O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos. Telefonista Principal

Auxiliares Telefonista de 1.ª Classe


ANEXO I
Telefonista de 2.ª Classe
Quadro a que se refere o artigo 15.º
Auxiliar Administrativo Principal
N.º
Grupo de Pessoal Cargo/Categoria Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe
de Lugares
Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe 3
Secretário(a) Geral 1
Direcção e Chefia Auxiliar de Limpeza Principal
Chefe de Departamento 3
Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe
Assessor Principal
Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe
Primeiro Assessor
Encarregado
Assessor Operário
Carreira Técnica Encarregado Qualificado de 1.ª Classe
Qualificado
Superior Técnico Superior Principal Encarregado Qualificado de 2.ª Classe

Técnico Superior de 1.ª Classe 2 Total 36

Técnico Superior de 2.ª Classe 4 ANEXO II


Especialista Principal Organigrama a que se refere do artigo 16.º
Especialista de 1.ª Classe

Especialista de 2.ª Classe


Carreira Técnica
Técnico de 1.ª Classe

Técnico de 2.ª Classe

Técnico de 3.ª Classe 1

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe

Carreira Técnica Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


Média Técnico Médio de 1.ª Classe

Técnico Médio de 2.ª Classe 1

Técnico Médio de 3.ª Classe 4


O Ministro, Sérgio de Sousa Mendes dos Santos.

O. E. 1176 - 8/133 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2020

Você também pode gostar