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QUARTA-FEIRA 19 DE FEVEREIRO DE2014 I SERIE-Nº34

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGAO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA

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«Imprensa»
SUMÁRIO Considerando as atribuições do serviço de
migração e Estrangeiros do Ministério do interior,
cuja avaliação do seu efectivo exige ter em conta
Presidente da Republica outros aspectos próprios da actividade, o que
implica a existência de um diploma especifico;
Decreto Presencial nº 37/14:
Atendendo que o disposto artigo 21º do referido
Aprova o Regulamento de Avaliação de Decreto permite a utilização de outros sistemas
desempenho do efectivo do serviço de Migração e de classificação de serviço quando estejam em
Estrangeiros – Revoga toda a legislação que causa funções especificas;
contrarie o disposto no presente Diploma
O Presidente da Republica decreta, nos termos
Decreto Presidencial nº 38/14: da alínea I) do artigo 120º 2 nº 3 do artigo 125º,
ambos da Constituição da Republica de Angola, o
Aprova o Regulamento sobre o regime Disciplinar seguinte:
do pessoal da Policia Nacional, Revoga toda a
legislação que contrarie o disposto no presente Artigo 1º
Diploma nomeadamente o Decreto nº41/96,de 27 (Aprovação)
de Dezembro.
É aprovado o Regulamento de Avaliação de
Despacho Presidencial nº 15/14: Desempenho do Efectivo do Serviço de Migração
e Estrangeiros, anexo ao presente Decreto
Aprova o contrato para a Regularização e a Presidencial e que dele é parte integrante.
Legalização imobiliária do património
habitacional do estado, celebrando entre a Artigo 2º
Republica de Angola, representada pelo (Revogação)
Ministério da justiça e dos direitos humanos e a
Mitrelli Group no montante do equivalente em É revogada toda a legislação que contrarie o
kwanzas a USD 596.232.881,00. disposto no presente Diploma.

Ministério da Educação Artigo 3º


(Dúvidas e omissões)
Despacho nº403/1D4
Nomeia Mamengui Daniel Ambrósio professor do 1º ciclo As dúvidas e omissões que resultarem da
secundário, diplomado do 6º escalão, colocado na direcção interpretação e aplicação do presente Decreto
provincial da educação do Uige Presidencial são resolvidas pelo Presidente da
Republica
Despacho nº 404/14:
Nomeia Antero Nunguno para em regime de destacamento Artigo 4º
exercer a função de Director da Repartição Municipal de (Entrada em vigor)
Energia e Aguas da Administração Municipal do Lobito
PRESIDENTE DA REPUBLICA O presente Diploma entra em vigor na data da
sua publicação.
Decreto presidencial nº37/14 de 19 de Fevereiro
Apreciado em Conselho de Ministério, em Luanda
O decreto nº 25/94, de 1 de Julho, estabelece as ao 18 de Dezembro de 2013.
regras e procedimentos a serem observados em
matéria de classificação de serviços dos Publique-se
funcionários públicos.
Luanda ao 6 de Fevereiro de 2014O Presidente da
República, José Eduardo dos Santos.
REGULAMENTO SOBRE O REGIME
DICIPLINAR DO PESSOAL DA POLICIA
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 38/14 DE 19 DE NACIONAL
FEVEREIRO
CAPITULO I
A observância da disciplina no seio do efectivo da Policia Disposições Gerias
Nacional, com funções policiais, constitui um imperativo
para o cumprimento dos objectivos pretendidos pelo Artigo 1º
estado Angolano no tocante á continua manutenção da (Objecto)
ordem e da tranquilidade públicas, bem como a
preservação das conquistas democráticas já alcançadas no O presente diploma estabelece o Regime
domínio do respeito das garantias e liberdades dos Disciplinar do pessoal da Policia Nacional
cidadãos;
Actualmente, a disciplina do pessoal da Policia Nacional, Artigo 2º
com funções policiais rege-se pelo Regulamento de (Âmbito da aplicação)
Disciplina, aprovado pelo Decreto nº 41/96, de 27 de
Dezembro, Diploma que á luz das transformações politicas, 1.O presente Diploma aplica-se a todo o pessoal
económicas e sócias que o pais vem conhecendo, se que exerce funções policiais ainda que se
encontra desajustado da actual realidade, tornando-se encontrem em exercício de funções noutros
necessário a sua adequação aos princípios e normas serviços organismos.
estabelecidas pela constituição da Republica de Angola.
Com vista a dotar a Policia Nacional de um Regime 2.O pessoal civil que presta serviço a Policia
Disciplinar que se compatibilize com a realidade Nacional esta sujeito ao regime disciplinar dos
sociopolítico e económica do pais, primando pelo respeito a funcionários públicos e Agentes administrativos.
constituição da Republica de Angola, a lei, ao regulamentos
e as ordens superiores emanadas. 3.Aos alunos e instruendos dos institutos,
escolas e centro de formação da Policia Nacional
O Presidente da Republica decreta, nos termos da alínea I)
são aplicáveis os regulamentos de disciplina
DO ARTIGO 120º e do artigo 125º, ambos da constituição
Específicos, os quais devem compatibilizar-se
da Republica de Angola o seguinte:
Artigo 1º com o disposto no presente Regulamento.
(Aprovação)
Artigo 3º
É aprovado o Regulamento sobre o Regime (Definições)
Disciplinar do pessoal da Policia Nacional, anexo
ao presente Decreto Presidencial e que dele é Para efeito do disposto no presente Regulamento
parte integrante considera-se o seguinte:
a)«Agente da Policia Nacional»:- qualquer membro
Artigo 2º da policia nacional investido de autoridade
(Revogação) policial, independentemente do posto que
ostenta:
É revogada toda a legislação que contrarie o
disposto no presente Diploma, nomeadamente o b)«Disciplina Policial»:- atitude do agente da
Decreto nº 41/96, de 27 de Dezembro. policia nacional que consiste na exacta
observância das leis, regulamentos e das
Artigo 3º determinações, baseada no civismo e património,
(Dúvidas e omissões) que conduz ao cumprimento individual ou
colectivo das missões incubidas á Policia
As dúvidas e omissões resultantes da Nacional
interpretação e aplicação do presente Decreto c)«Infracção disciplinar»: - facto voluntario
Presidencial são resolvidas pelo Presidente da praticado por acção ou omissão pelos agentes da
Republica. Policia nacional, que viola os deveres gerais ou
especiais constantes do presente Regulamento ou
Artigo 4º que ofendam os direitos e deveres dos cidadãos
(Entrada em vigor) consagrados na lei;

O presente diploma entra em vigor na data da d)«Transferência»:- condição que consiste na


sua publicação colocação compulsiva ou por conveniência de
serviço do agente num outro órgão da Policia
Apreciado em conselho de Ministros, em Luanda Nacional
aos 18 de Dezembro de 2013.
e)«Agente em trânsito»:- aquele que por qualquer
Publique-se. motivo se desloca temporariamente do órgão de
colocação para o outro, ficando sobre a
responsabilidade disciplinar do órgão para qual
Luanda ao 6 de Fevereiro de 2014.
foi emitida a guia de marcha.
«Agente em trânsito enquadrado». - Aquele que
O Presidente da Republica, José Eduardo dos
por qualquer motivo se desloca temporariamente
Santos.
acompanhado do seu órgão de colocação para
outro, acompanhado de outros efectivos nas
mesmas circunstâncias, ficando durante a
marcha, sob a responsabilidade disciplinar do
superior hierárquico da força em que esteja
integrado.
Artigo 4º Artigo 5º
(Princípios fundamentais) (Responsabilidade disciplinar)
São princípios fundamentais da disciplina os
seguintes: A responsabilidade disciplinar do
Agente da Policia Nacional tem como
a) Legalidade: – No exercício das suas fundamento a violação de algum dos
actividades laborais, o pessoal com deveres discriminados no artigo 6º do
funções policiais, deve observar presente Regulamento.
estritamente a Constituição da
Republica de Angola e a Lei; Artigo 6º
b) Prossecução do interesse público – o (Deveres do Agente da Policia
pessoal com funções policiais deve Nacional)
exercer as suas funções exclusivamente
ao serviço do interesse público, no São deveres do pessoal da Policia
respeito pelo direito e interesses Nacional os seguintes:
legalmente protegidos dos cidadãos. Os
interesses gerais sustentadores da a) Conhecer e cumprir
estabilidade, conveniência e completamente as ordens
tranquilidade sociais e garantia da relativas ao serviço, as leis, os
satisfação das necessidades regulamentos, as determinações
fundamentais da colectividade, são a e instruções, bem como
razão de ser da actuação dos agentes da transmiti-las aos subordinados;
Policia Nacional b) Respeitar e agir lealmente para
c) Neutralidade – o pessoal com funções com os superiores ou com o
policiais deve adoptar uma postura e pessoal de hierarquia igual ou
conduta profissional ditadas pelos inferior. Tanto em serviço como
critérios da imparcialidade e fora dele e observar entre si as
objectividade no tratamento e resolução diferenças em uso na sociedade
dos assuntos sob sua responsabilidade, civil;
observando sempre com justeza, c) Ser prudente, justo e firme na
ponderação e respeito o princípio da exigência do cumprimento das
igualdade de todos cidadãos perante a ordens, regulamentos e outras
lei e isentando-se de quaisquer outros determinações não exigindo aos
actos que comprometem a sua inferiores, a execução de actos
actuação; estranhos ao serviço;
d) Probidade - o pessoal com funções d) Tratar os inferiores com
policiais deve abster-se da prática de moderação e benevolência,
actos que lesam o património do Estado evitando quanto possível, o
ou de actos susceptíveis de diminuir o cometimento de faltas, não
seu valor, tais como o desvio, a sendo permitido, quer em
apropriação o esbanjamento e a serviço, quer fora dele, usar
delapidação dos bens das entidades expressões injuriosas ou
públicas de que tem a guarda, em deprimentes que denotam
virtude do cargo, do mandato, da função ressentimento, devendo abster-
da actividade ou do emprego; se de usar forças ou de armas;
e) Zelo e dedicação: – o pessoal com e) Cumprir prontamente as ordens
funções policiais deve agir com que pelas sentinelas ou guardas
eficiência e objectividade e esforçar-se em serviço lhe são transmitidas
por dar resposta as solicitações e em virtude de instrução
exigências dos órgãos que esta afecto, recebidas;
em especial, respeitando e fazer f) Ser sensato e energético na
respeitar os direitos, liberdade e actuação na contra qualquer
garantias fundamentais dos cidadãos desobediência, usando para
previstos na constituição da Republica este fim todos os meios que a lei
de Angola e na Lei; e os regulamentos conferem;
f) Lealdade: – o pessoal com funções g) Não encobrir criminosos ou
policiais deve desempenhar com transgressores nem prestar-lhes
lealdade as actividades e as missões qualquer auxílio que contribui
definidas superiormente, no respeito para lhes atenuar a
escrupuloso a lei e as ordens legítimas responsabilidade, facultar a
dos seus superiores hierárquicos; liberdade quebrar a
g) Património: – o pessoal com funções incomunicabilidade ou
policiais deve agir com equilíbrio, perturbar a acção da Policia;
ponderação, moderação, cautela e h) Assumir a responsabilidade dos
precaução na utilização dos recursos actos que praticar por uma
postos a sua disposição; iniciativa e dos que são
h) Reserva e descrição o pessoal com praticados em conformidade
funções policiais deve usar da maior com as suas ordens;
reserva a descrição de modo a evitar a i) Dedicar-se ao serviço toda a
divulgação de facto e das informações inteligência, zelo e aptidão,
de que tenha conhecimento no exercício observar e fazer observar as leis
das funções sendo-lhes vedado o uso e regulamentos, defendendo em
destas informações em proveito próprio todas as circunstâncias os
de terceiros;
legítimos interesses do Estado e das suas funções ainda que os
dos cidadãos; tem a sua guarda;
j) Apresentar-se com pontualidade w) Não se apoderar de bens ou
no lugar onde e chamado ou valores que não lhe pertencem,
onde deve comparecer em nem os reter, abstendo-se de os
virtude das obrigações de utilizar em serviço ou fora dele;
serviço, sempre que as x) Não pedir, receber ou aceitar,
circunstancias exigirem a directamente ou por pessoa
necessidade de sua presença; interposta, gratificações,
k) Não se ausentar, sem previa dadivas, benesses, presentes,
autorização do lugar aonde deve dinheiro ou qualquer objecto
permanecer, por motivo de pelo cumprimento dos seus
serviços ou por determinação deveres profissionais, que
superior, a não ser em caso de podem coloca-lo em situação de
força maior, que deve sempre favor ou limitar a sua liberdade
justificar; de actuação;
l) Cumprir rigorosamente as y) Não contrair divida ou assumir
normas de segurança policial e compromissos, em
não revelar qualquer matéria, estabelecimentos situados em
facto ou ordem que deve lugares incumbidas sua
cumprir ou de que vigilância;
conhecimento quando de tal z) Pagar as dividas que contrair
pode resultar prejuízo para o em conformidade com os
serviço ou para a disciplina; compromissos assumidos;
m) Conservar-se sempre pronto aa) Não praticar em serviço ou fora
para o serviço evitando dele, acções contrárias a moral
qualquer acto imprudente que pública, ao bio ao decoro
pode prejudicar-lhe o vigor, ou pessoal e da polícia nacional;
aptidão física ou intelectual bb) No desempenho das suas
n) Cumprir as penas disciplinares funções, procurar sempre
que lhe são aplicadas; pautar-se por procedimento
o) Ser asseado e cuidar da higiene justo, linguagem própria e
pessoal e da limpeza e atitude serena e firme, de modo,
conservação dos artigos de a manter uma conduta que não
fardamento, armamento, de lugar a duvidas sobre a
equipamento e outros que lhes forma correcta da sua actuação;
forem distribuídos ou esteja a cc) Não tomar parte em
seu cargo; manifestações colectivas
p) Cuidar com zelo quaisquer atentoria da disciplina, nem
veículos ou animais que lhe são promover ou autorizar iguais
distribuídos para serviço ou manifestações, devendo como
tratamento; tal serem considerado
q) Apresentar-se sempre quaisquer protesto ou
rigorosamente uniformizado ou manifestações;
decentemente vestido quando dd) Não actuar em espectáculos
usar roupas civil; públicos, quando não estiver
r) Não alterar o plano do superiormente autorizado;
uniforme, nem usar distintivos, ee) Aceitar sem hesitação aos
insígnias ou condecorações que artigos de uniforme
não pertencem a sua graduação equipamentos ou armamentos
ou para que não esta que lhe são distribuídos;
devidamente autorizado; ff) Não se valer da sua autoridade
s) Não transportar, uniformizado, ou posto de serviço nem invocar
quaisquer volume ou objectos o nome do superior para obter
que podem diminuir o prestigio qualquer lucro ou vantagem,
de Agente autoridade, não se exercer pressão vingança ou
considerando como tais as tirar destorço de qualquer acto
malas de mão ou de outros ou procedimento oficial ou
objectos de dimensões normais, particular, tão pouco usar de
quando em viagem; atribuições que não lhe
t) Não se embriagar e conservar-se pertencem;
sempre pronto para o serviço; gg) Zelar pela boa convivência,
u) Manter nas formaturas uma procurando assegurar a
atitude firme e correcta; solidariedade e camaradagem
v) Não vender, doar, emprestar, entre os Agentes da polícia
comprometer, danificar, nacional, com respeito pelas
inutilizar ou por qualquer forma regras de disciplina e da honra,
alienar os artigos de e manter toda a correcção nas
armamentos, fardamento, relações com os camaradas,
transporte, alimentos, evitando rixas contendas ou
medicamentos ou outros discussões prejudiciais a
quaisquer que lhe são harmonia que deve existir entre
necessários para o desempenho as forças Policiais;
hh) Ser moderado na linguagem, participar o facto aos superiores
não murmurar das ordens de hierárquicos;
serviço nem discutir, não se rr) Impedir os actos preparatórios
referir ao superior, iguais ou ou a pratica de qualquer crime
inferiores de modo que denota de que tem conhecimento;
falta de respeito ou de ss) Identificar-se e declarar
consideração; fielmente o seu nome, posto
ii) Respeitar as intrusões politicas, comando, unidade ou
seus símbolos e autoridades, instituição em que servir,
conservando, em todas as quando tais declarações lhe são
circunstancias, um rigoroso exigidas por superior ou
apartidarismo, sendo-lhe solicitadas por autoridade
vedado; competente;
i- Exercer qualquer actividade tt) Abster-se de maltratar ou fazer
politica sem estar devidamente qualquer insulto ou violência
autorizado; aos presos, quer no acto da
ii- Filiar-se em agrupamentos ou prisão, quer logo a seguir a
associações de carácter politico; mesma;
iii- Praticar durante o tempo de uu) Não desempenhar funções
permanência no serviço activo na estranhas a polícia nacional,
policia nacional actividades salvo nos casos previsto na lei
politicas ou com estas ou autorizados pelo Comando
relacionadas; Geral;
jj) Não fazer parte, durante o vv) Não tomar parte de jogos de
tempo de permanência no fortuna e azar e outros
serviço activo da polícia proibidos pela lei;
nacional, de associações ou ww) Não frequentar locais
instituições de carácter político notoriamente pouco
ou outros semelhantes; recomendáveis pelo seu aspecto
kk) Estimular o espírito policial com senão em acto de serviço e não
persistência e tenacidade, conviver nem manter relações
nunca se eximindo a tomar de amizade ou acompanhar-se
conta de quaisquer ocorrências, de indivíduos que pelo seu
quer em serviço ou fora dele, cadastro ou hábito estão
devendo participa-las as sujeitos a vigilância policial;
autoridades competentes com xx) Não fazer em caso algum,
maior isenção e imparcialidade declarações falsas, ainda que
e prestar socorro, quando isso com o fim de ocultar acto
se torne necessário ou lhe e praticados por camaradas ou
pedido, ainda que com risco da superior seus contra a
própria vida; disposições regulamentares;
ll) Não usurpar competência de Artigo 7º
outras instituições devendo (Deveres especiais do pessoal
prestar auxilio, quando graduado)
solicitado;
mm) Não fazer uso de arama de fogo, São deveres especiais do pessoal
excepto nos casos previstos na graduado da Policia Nacional o
lei; seguinte:
nn) Não consumir que alguém se a) Servir de exemplo para os
apodere ligeiramente da arma inferiores hierárquicos;
de fogo em sua posse, b) Ser criterioso nas suas
entregando-a quando pelo seu determinações e impor-se pela
superior hierárquico, no justeza do seu procedimento;
legítimo exercício de funções, c) Instruir os subordinados
lhe determinar; acerca do cumprimento dos
oo) Informar com verdade e seus deveres;
prontidão os superiores d) Fiscalizar o cumprimento de
hierárquicos acerca de qualquer todas as determinações;
assunto de serviço e de e) Zelar pelos interesses dos seus
disciplina; subordinados relativamente ao
pp) Não revelar, sem autorização gozo dos seus direitos;
expressa, qualquer ordem ou f) Recompensar os subordinados
assunto de serviço, sobretudo que se distinguem no
quando de tal acto pode resultar cumprimento dos seus deveres
prejuízo para o serviço ou para ou propor a recompensa
a disciplina; adequada;
qq) Não se ouvir dos meios de g) Punir as infracções de
comunicação social para revelar harmonia com o preceituado
assuntos de serviço, dados que no presente regulamento
só a polícia interessa, responder
as apreciações feitas ao serviço Artigo 8º
ou relativamente as questões (Factos qualificáveis como
pessoais, sem a devida crime)
autorização, limitando-se a
1. Sempre que os actos contrários a disciplina por actos relevantes, que o mesmo desenvolve
praticados pelo agente da polícia nacional por ordens deste ou por si presenciados.
acusado constituírem crime, devem ser tiradas
cópias do processo e remetidas a procuradoria- 2. O elogio pode ser conferido, quer pela
geral da República para o inicio de procedimento entidade de quem o visado dependa
criminal. funcionalmente, quer por outra, de quem não
despensa directamente.
2. A procuradoria-geral da república deve,
sempre que o Agente da Policia Nacional for 3.O elogio e registado no processo individual do
arguido um processo-crime, comunicar o facto ao Agente.
comando ou unidade a que pertence o Agente, 48 4.O elogio pode ser conferido de forma
após o primeiro interrogatório. individual ou colectiva, conforme a natureza do
caso digno de recompensa.

CAPITULO II
Artigo 12º
Artigo 9º (louvor)

(Objectivo das recompensas) 1. O louvor consiste no reconhecimento


publico de actos ou comportamentos
1. As recompensas destinam-se a destacar reveladores de notável valor, assinalável
actos relevantes dos agentes da polícia nacional competência profissional e profundo
que transcendem o simples cumprimento de sentido cívico do cumprimento do dever
dever e se notabilizam por particulares valia e e de tanto mais importante quanto mais
mérito elevado e o grão hierárquico da entidade
que o confere.
2. A competência para a concessão das
recompensas e exercida pelas entidades 2. O louvor pode ser colectivo ou
constantes do Anexo B a presente lei, sem individual consoante contemple um
prejuízo do disposto no artigo 10º; órgão da Policia Nacional ou faz menção
individual do Agente a que, e atribuí
3. A concessão de recompensas tem lugar por
iniciativa do superior hierárquico ou de outra
entidade a favor da qual se desenvolveu a
conduta ou foi praticado o acto merecedor de
distinção, devendo neste caso comunicar o facto
superior hierárquico do agente a recompensar. Artigo 13º
(Licença de premio)

Artigo 10º 1.A licença de premio destina-se a recompensar


(Tipos de recompensas) os Agentes da Policia que no serviço revelam um
excepcional comportamento de zelo e dedicação
1. As recompensas a que se refere a presente ao serviço ou praticam actos de reconhecido
lei são as seguintes: relevo.

a). Elogio; 2. A licença de premio tem limite máximo de 15


b). Louvor; (quinze) dias em cada ano e não implica a perda
c). Licença de premio; remunerações, suplementos e subsídios, nem
d). Promoção por distinção acarreta quaisquer descontos no tempo de
serviço, devendo ser gozada, seguida ou
interpoladamente, no prazo máximo de 90
(noventa) dias a partir da data do despacho de
2. A concessão das recompensas previstas no
concessão.
numero anterior, com excepção do Elogio, e
publicada em ordem de serviço do órgão a
3. A licença de premio só pode ser interrompida
conferiu e registada no processo individual do
por decisão da entidade que a concedeu e com
Agente.
fundamento na necessidade de serviço.
3. As recompensas concedidas pelo Presidente da
Republica, pelo Ministro do Interior e pelo
Comandante Geral da Policia Nacional são
Artigo 14º
publicadas no Diário da Republica
(Promoção por distinção)
4. As recompensas referidas no nº1 do
presente artigo são objectos de regulamentação
1. A promoção por distinção tem lugar nas
em Diploma próprio
condições e consoante os termos
estabelecidos na lei.
Artigo 11º
2. A promoção por distinção produz a
(Elogio)
anulação de todas a s penas disciplinar
anteriormente aplicadas ao promovido,
1.Qualquer superior hierárquico pode elogia um
sem prejuízo dos efeitos já produzidos.
inferior pela prática de acto digno de distinção ou
CAPITULO III decorrido três anos a contar da data da
PENAS DISCIPLINARES E SEUS despromoção.
EFEITOS

SECÇAO I Artigo 21
Penas disciplinares (Demissão)

ARTIGO 15º A pena de demissão consiste no afastamento


(tipo de penas) definitivo da Policia Nacional, com a extinção do
vínculo funcional e a perda da qualidade de
As penas aplicáveis aos agentes da Policia Agente e de todos os direitos resultante desta,
Nacional são: ficando interdito de uso de uniforme, distintivos e
insígnias polícias.
a) Repreensão simples
b) Repreensão registada
c) Aquartelamento ate 25 dias;
d) Multa;
e) Despromoção;
f) Demissão; Artigo 22º
(Publicação e averbamento das penas)
Artigo 16º
(Repreensão simples) 1.As penas disciplinares são publicadas em
ordem de serviço e registada no processo
A repreensão simples consiste num mero reparo individual do Agente.
pessoal feito ao infractor pela irregularidade
cometida. 2.As penas aplicadas pelo Comandante Geral da
Policia Nacional são publicadas no Diário da
Artigo 17º Republica.
(Repreensão registada)

1.A repreensão registada consiste numa censura


escrita feita ao infractor, na presença de outros
Agentes de graduação superior ou igual a sua.
Artigo 23
2. No acto de repreensão registada e entregue ao (efeitos acessórios)
infractor uma nota assinada pelo superior que o
puniu onde consta o facto que originou a A aplicação das penas referidas nos artigos
punição, com indicação dos deveres violados, anteriores tem os seguintes efeitos:
devendo a copia da mesma ser arquivada no
processo individual do Agente. a). Perdas do direito a licença anual
quando as penas aplicadas são as
mencionadas nas alíneas d) e) do artigo
Artigo 18º 15 mantendo no entanto sempre o
(Aquartelamento) direito a 7 (sete) de licença;

O aquartelamento consiste na proibição do b) A pena de multa implica, para todos


Agente punido sair da unidade que pertencer ou efeitos legais, a perda da integridade
onde estiver a cumprir missão, sendo porem correspondente ao dobro do número de
obrigado a desempenhar o serviço que lhe esta dias de pena aplicada
destinado por escala ou serviço normal do seu
cargo. c) A pena de despromoção implica a
Artigo 19º perda de tempo de serviço
(Multa) correspondente a pena, para efeito de
admissão ao concurso de promoção e a
1.A multa consiste no desconto de uma proibição de ser promovido ou admitido
importância correspondente ao vencimento do ao concurso durante o período de
Agente pelo mínimo 3 (três) e máximo 60 comprimento das penas;
(sessenta) dias, graduada conforme a gravidade
da infracção, que reverte para os cofres do d) A pena de demissão implica o
Estado. seguinte o desconto de um ano
antiguidade, para ficção da pensão de
2.O desconto da multa é efectuado nos aposentação;
vencimentos do Agente infractor não podendo em
cada mês exercer um terço de vencimentos. e) O funcionário demitido não pode ser
readmitido na polícia nacional.
Artigo 20º
(Despromoção) Secção 2
Penas aplicáveis aos oficiais
1.A pena de despromoção consiste na descida de
um grau do posto que o Agente punido ostenta. Artigo 24
(penas aplicáveis aos oficiais comissários)
2.O Agente punido com a pena de despromoção
só pode ser promovido novamente depois de As penas aplicáveis aos oficiais aos oficiais
comissários são as seguintes:
a). Repreensão simples

b). Repreensão registada; Artigo 30º


C). Multa (repreensão registada)
d). Despromoção
e). Demissão A pena de repreensão registada e aplicada ao
infractor que revelar falta de interesse pelo
Artigo 25º serviço, sendo especialmente aplicáveis aos
(penas aplicáveis aos oficiais superiores) Agentes que:

As penas aplicáveis aos oficiais superiores são as a). Não observar na arrumação dos
seguintes a). Repreensão simples livros e dos documentos a seu cargo a
b). Repreensão registada; ordem estabelecida superiormente ou
C). Multa que, na escrituração cometer erros por
d). Despromoção falta de atenção, desde que destes factos
e). Demissão não resulta prejuízo para o serviço ou
para terceiros.

Artigo 26º b). Desobedecer as ordens dos seus


(penas aplicáveis aos Oficiais Subalternos) chefes sem consequências graves:

c). Deixar de participar as actividades


a) Repreensão simples competentes transgressões de que tem
b) Repreensão registadas conhecimento ou infracção cometida por
c) Aquartelamento inferior hierárquicos;
d) Multa
e) Despromoção d). Cometer falta para o superior
f) Demissão hierárquico que pode ser considerada
leve;

e). Se ausentar da sede dos serviços sem


licença da autoridade competente ou
faltar ao serviço sem justificação 5
(cinco) dias seguidos ou 8 (oito)
SECÇAO III interpolados no prazo de 1 (um) ano.
(Penas aplicáveis aos subchefes e
agentes) f). Nas relações com o publico faltar aos
seus deveres de cortesia;
Artigo 27º
(Penas aplicáveis aos subchefes) g). Por falta de necessário esforço deixar
atrasar os serviços que não estão
As penas aplicáveis aos Subchefes são as concluídos nos prazos legais;
seguintes:
a) Repreensão simples h). Por falta cuidado, prestar informação
b) Repreensão registadas errada a superior hierárquico em
c) Aquartelamento matéria de serviço;
d) Multa
e) Despromoção i). Pelo defeituoso cumprimento ou
f) Demissão desconhecimento das disposições legais
e regulamentais ou das ordens
Artigo 28º superiores demonstra falta de zelo pelo
(penas aplicáveis aos agentes) serviço;

g) Repreensão simples j). Não tratar com devido escrúpulo o


h) Repreensão registadas material a seu cargo;
i) Aquartelamento
j) Multa k). Não se apresentar com pontualidade
k) Despromoção no local aonde deve comparecer em
l) Demissão virtude das obrigações de serviço;

SECÇAO IV l). Não apresentar as suas solicitações


Factos a que são aplicáveis as penam ou reclamações por intermédio do
superior hierárquico, salvo quando este
Artigo 29º se recusar, assistindo-lhe, neste caso, o
(repreensão simples) direito de reclamar e faze-las seguir as
instanciais superiores.
A pena de repreensão simples e aplicada
por falta leves que não trazem prejuízo m). Transportar, quando uniformizados,
ou descrédito para o serviço ou para volumes ou objectos que podem
terceiros e sempre no intuito do diminuir o seu aspecto de Agente de
aperfeiçoamento profissional do Agente, autoridade, não se considerando como
da melhoria da disciplina e dos serviços. tais, as malas de mão ou outros objectos
de demissões normais quando em
viagem.
j) Tratar os subordinados usando expressões
injuriosas ou deprimentes;
Artigo 31
(Aquartelamento) k) Recorrer ao uso de forças, em caso de
subordinação grave;
A pena de aquartelamento e aplicada ao agente
que: l) Demonstrar negligências graves e falta de
zelo pelo serviço;
a). Demonstra negligência de que resulte
defeituoso cumprimento de uma ordem superior, m) Se apresentar em manifesto estado de
sem contudo causar prejuízo ao serviço; embriaguez ao serviço;

b). Não observar normas de serviço em vigor e n) Não punir inferior que pratica infracção
cometer erros por falta de atenção; disciplinar comprovada

c). Prestar informação errada ao superior


hierárquico em matérias de serviço;

d). Discutir publicamente actos de superiores


hierárquicos e). Deixar de participar as
autoridades competentes as infracções cometidas
por inferior hierárquicos; Artigo 33º
(despromoção)
f). Se ausentar ou faltar ao serviço sem licença
ou motivo justificado durante 5 (cinco) dias úteis A pena de despromoção é aplicável aos caso de;
ou 15 (quinze) interpolados;
a)Violação de segredo profissional ou a
g). Falta com o dever de cortesia nas suas inconfidência de que resulta prejuízos para a
relações com o público; policia ou para o estado;

b). Ausência ilegítima ao serviço por mas de 20


(vinte)
Artigo 32º dias consecutivos ou interpolados durante um
(Multa) mês;

A pena de multa e aplicada ao agente que: c). Defesa de interesse particulares em


detrimento da policia nacional ou estado quando
a) Incorrer em incompetência ou usurpação de em serviço;
poderes sem que de facto resulta danos
para o estado ou para terceiros; d) Defeituosos cumprimentam ou incumprimento
de disposições legais ou regulamentos de que
b) Demonstrar falta de conhecimentos de resulta prejuízo a polícia nacional;
normas e importâncias reguladoras do
serviço de que resulta prejuízos importantes e)Desobediências as ordens dos superiores sem
para o estado e para terceiros; consequências graves;

c) Não punir ou não participar transgressões f) Ofensa corporal voluntaria contra inferior
ou falta disciplinar grave de que tem hierárquico;
conhecimento por virtude de promessa ou
dádiva; g) Incompetência profissional irremediável ou de
d) Desobedecer de modo escandaloso ou em incapacidade moral do agente.
público as ordens superiores;

e) Se apresentar em repartição publica com Artigo 34º


indícios de embriaguez; (demissão)

f) Em resultado do lugar que ocorre, aceitar 1.A pena de demissão e aplicável caso de:
directa ou indirectamente, dadivas,
gratificações, ou participações em lucros, a). Agressão, injuria ou desrespeito
com fim de acelerar ou retardar qualquer grave superior hierárquicos nos locais
serviço de expediente; de serviço ou em público;

g) Faltar ao serviço sem justificação durante 6 b). Infracções que revelam a


(seis) dias seguidos ou 30 (trinta) dias impossibilidade de adaptação ao serviço
interpolados no espaço de 1 (um) ano; ou falta de qualidade indispensáveis
para o exercício das funções policial;
h) Com má-fé, fizer participação que resulta s
injusta punição de inferior hierárquico; c). Procedimento grave atentatório da
dignidade e prestígio do agente da
i) Realizar despesas sem a existência de função policial ou da corporação;
receita que garantem o seu pagamento ou
que realizar despesas excedendo as d). Participação em ofertas ou
dotações orçamentais; negociação de emprego público;
e) Incitamento a insubordinação ou Competência Disciplinar e Circunstancias
indisciplinas de inferiores hierárquicos, Dirimentes, Atenuantes e Agravantes da
conselho, incitamento ou provocação ao Responsabilidade
não cumprimento dos deveres do SECÇAO I
interesse a função policial, a Competência Disciplinar
desobediência as leis ou as ordens da Artigo 37º
autoridades
(Exercício da competência Disciplinar)
f). Pratica de actos de graves
insubordinação ou indisciplina 1.A competência disciplinar quer para a
aplicação de penas, quer para a concessão de
g). Agressão ou injuria a inferior recompensas, pertence aos superiores
hierárquico no local de serviço ou em hierárquicos, de harmonia com os anexos A e B
publico. do presente regulamento.

h). Pratica de actos de extorsão e 2.A competência disciplinar dos superiores


suborno; hierárquicos envolve sempre a dos inferiores.

i). Revelação de dados sigilosos que 3. O funcionário que. Por conveniência de


prejudicam gravemente o serviço através serviço, assumir o comando ou chefia ou exercer
dos meios de comunicação social e cargo pertencente a outro de categoria superior
redes sociais. tem, enquanto durar aquela situação, a
competência disciplinar correspondente, salvo
2.A pena de demissão e ainda aplicável aos nos casos de aplicação das penas disciplinares de
agentes condenados em pena de prisão maior, despromoção e demissão, por serem, de única
nos termos da lei penal, a que deve ser exclusiva competência das entidades a que cabe
formalizada por Despacho da entidade nomear o infractor.
competente.
4. O Comandante Geral da Policia Nacional pode,
SECÇAO V para comemorar qualquer feriado nacional, facto
Momentos do Cumprimento da Pena notável ou data histórica, determinar o não
Artigo 35º cumprimento total ou parcial das penas
(cumprimentos da pena) aplicadas por si ou pelos seus subordinados, por
faltas cometidas ate ao dia em que determinação
1.As penas disciplinares devem ser cumpridas, e publicada em ordem de serviço.
imediatamente a seguir a sua aplicação.

2. As penas disciplinares começam a ser Artigo 38º


executadas as 8 horas do dia seguinte aquele em (recompensa ou punição)
que ordem de serviço e recebida no comando,
unidade ou serviço. 1.O pessoal da Policia Nacional e recompensado
ou punido conforme o caso, pelo órgão a que
3. Quando por qualquer motivo, não e possível pertence.
fazer cumprir efectivamente uma determinada
pena disciplinar todos os seus efeitos se 2.O superior que deve recompensar ou punir um
produzem, como cumpridas. agente por acto a que julga corresponder
recompensa ou pena superior a sua competência,
participa o facto por escrito ao superior
Artigo 36º hierárquico imediato, a fim de este exercer a
(Infracções cometidas durante o cumprimento respectiva competência disciplinar.
da pena)
3. O Agente da Policia Nacional que presencia ou
1.Quando o agente punido praticar qualquer falta tem conhecimento de factos merecedores de
disciplinar grave durante o cumprimento da pena recompensas ou faltas praticadas por pessoal
que lhe e aplicada, o superior hierárquico que não lhe esta directamente subordinado, deve
competente manda instaurar novo processo participar o facto ao Comando, Unidade ou
disciplinar para o apuramento dos factos e a Serviço de Agente visado.
consequente aplicação de pena correspondente.

2. Se a pena aplicada e a mesma que aquela que Artigo 39º


o agente se encontra a cumprir, e adicionada a (competência para punir os Agentes em
anterior sanção, para o efeito do cumprimento. transito)

3. Se depois do cumprimento, o novo processo 1.Os Agentes que se deslocam em transito


ainda não estiver decidido, o agente cumpre a mantêm a dependência disciplinar do Comando
outra pena assim que tal e determinado. Direcção, Unidade ou Órgão que lhe confere a
4. Se a pena aplicar e diferente daquela que o guia de marcha, ate a apresentação no destino
Agente se encontra a cumprir, deve cumprir a que e determinado.
nova sanção tão logo terminar a primeira.
2.Quando os Agentes transitam de forma
enquadrada, o disposto no numero anterior não
CAPITULO IV prejudica a competência normal atribuída ao
superior hierárquico da força em que estão
integrados em transito.
c) A legítima defesa, própria ou alheia;
Artigo 40º d) O exercício de um direito ou cumprimento
(Competência para alterar recompensas ou de um dever.
punições)
Artigo 45º
1.O superior hierárquico tem a competência de (Circunstancias atenuantes)
alterar a recompensa concedida ou pena aplicada
por inferior hierárquico nos casos em que não 1.As circunstâncias atenuantes da
observar o disposto no presente regulamento. responsabilidade disciplinar são as seguintes:

2.Sem prejuízo dos direitos de audiência e defesa a). A apresentação de serviço relevante a pátria
do arguido e com observância das formalidades e a sociedade;
legais aplicáveis, o superior hierárquico tem a
faculdade de revogar, atenuar ou agravar as b). O bom comportamento anterior;
penas aplicadas por qualquer responsável,
quando reconhecer, em despacho fundamentado, c). O pouco tempo de serviço;
a convivência de usar essa faculdade.
d). O facto de o infractor cometer a falta para se
Artigo 41º desafronta a si, a seu conjugue, ascendente ou
(Comunicação de recompensa ou punição) descendente ou a elemento da instituição,
quando a reacção e imediata a afrontar ou ao
1.O superior hierárquico que recompensar ou conhecimento desta;
punir um subordinado seu, tendo este transitado
para a dependência funcional de outra entidade e). A confissão espontânea da falta;
deve dar conhecimento a esta última da
recompensa ou punição do Agente. f). A reparação voluntaria do dano ou dos
Prejuízos causados pela infracção;
2.O superior hierárquico que recompensar ou
punir um agente transitoriamente na sua g). A provocação por parte de outro Agente ou de
dependência funcional dá conhecimento do facto terceiro, quando acontecer imediatamente a
superior hierárquico do órgão a que o agente infracção;
pertence.
h). O facto de ter louvores ou outras
Artigo 42 recompensas;
(Falta de competência disciplinar)
i) A boa informação de serviço do superior
1.Os agentes a que pelo presente Diploma não e imediato de que depende.
conferida competência disciplinar, devem
participar superiormente, por escrito, qualquer 2. Considera-se que existe bom comportamento
acto praticado pelo seus inferiores, merecedores anterior quando o Agente se encontrar colocado
de recompensa ou punição. na 1ª ou 2ª classe de comportamento nos termos
do artigo 62º do presente regulamento.
2.O agente que tomar conhecimento de acto
praticado por um subordinado seu, merecedor de 3. Considera-se pouco tempo de serviço o período
recompensa de nível mais elevado ou punível de 1 (um) ano após o ingresso na Policia
com pena superior á da sua competência, deve Nacional.
propor a recompensa ou praticara a infracção,
por escrito ao seu superior hierárquico imediato. 4. Para efeitos do disposto na alínea i) do nº1
deste artigo, o instrutor do processo disciplinar
Artigo 43º deve solicitar ao superior hierárquico do arguido,
(Limite da competência para punir) antes de elaborar o relatório final, a prestação de
uma informação, sobre a conduta do Agente. 5.
1.A competência dos superiores hierárquicos Não e considera como atenuante da infracção
para punir tem os limites indicados nas cometida, a alegação do desconhecimento das
respectivas colunas do Anexo A do presente disposições legais, regulamentares ou das
regulamento. instruções de carácter permanente.
O facto de ter atingido o limite de competência na
aplicação de uma pena, não impede o superior Artigo 46º
hierárquico de tomar a aplicar ao mesmo Agente (Circunstancias agravantes)
penas da mesma natureza por novas infracções.
1.As circunstâncias agravantes da
SECÇAO II responsabilidade disciplinar são as seguintes:
Circunstancias Dirimentes, Atenuantes e
Agravantes a). Ser a infracção cometida em ocasião de grave
alteração da ordem pública ou atentado contra o
Artigo 44º Estado Democrático de direito;
(Circunstancias dirimente)
b). Ser a infracção quando o Agente se encontra
As circunstâncias dirimentes da responsabilidade em missão no Estrangeiro;
disciplinar são as seguintes:
a) A coação física e psicológica; c). A premeditação;
b) A privação acidental e involuntária do
exercício das faculdades intelectuais no d). O mau comportamento anterior;
momento da prática da infracção;
e) O facto de a infracção ser cometida em acto de 1.Nenhum Agente pode ser punido duas vezes
serviço ou por motivo do mesmo, na presença de pela pratica da mesma infracção cuja matéria do
outros, especialmente subordinados do infractor facto e apreciada em um único processo.
ou ainda em público ou em local aberto ao
publico; 2. Quando um Agente praticar varias vezes
infracções disciplinares, e aplicada uma única
f). Ser a infracção cometida em conluio com pena, que tem como limite o previsto para a
outros Agentes; infracção mas grave.

g). A persistência da prática da infracção Artigo 50º


nomeadamente depois de reprovada por superior (Competência Presidente da Republica)
hierárquico ou do infractor ser alertada para os
inconvenientes do seu comportamento; A despromoção e a demissão de Oficiais
Comissários e da competência do Presidente da
h) A reincidência; Republica.

i)Acumulação de infracção;

f) A vontade determinado de, pela conduta


seguida, produzir resultados prejudiciais ao
serviço ou ao interesse geral, independentemente
de estes ser verificar; Artigo 51º
(Competência do Ministério do Interior)
k) Se a infracção cometida durante o
cumprimento de pena disciplinar anteriormente A aplicação das penas doe despromoção e
imposta. demissa dos Oficiais Superiores compete ao
Ministério do Interior.
2. A premeditação consiste no desígnio formado
vinte quatro horas antes, pelo menos, da prática Artigo 52
da infracção. (Competência do Comandante Geral da Policia
Nacional)
3. Considera-se existir mal comportamento
anterior quando o Agente estiver colocado na 4º 1.O Comandante Geral da Policia Nacional tem a
classe de comportamento nos termos do artigo competências disciplinares designadas na 2ª
67º do presente regulamento. coluna dos Anexos A e B do presente
regulamento.
4. A reincidência verifica-se quando uma nova
infracção e cometida antes do decorrido um ano 2. É da exclusiva competência do Comandante
sobre o dia em que termina o cumprimento da Geral da Policia Nacional o seguinte;
pena imposta por infracção anterior.
a) A aplicação de pena de despromoção aos
5. A acumulação verifica-se quando duas ou oficiais subalternos e aos subchefes;
mais infracção são praticadas na mesma ocasião
ou quando a nova falta e cometida antes de ser b)A aplicação da pena de demissão aos oficiais
punida a anterior. subalternos, aos subchefes e aos Agentes.

Artigo 47º CAPITULO VI


(Atenuação ou agravamento extraordinário) Extinção da Responsabilidade Disciplinar e
Cumprimentos sãs Penas.
Quando existem circunstâncias atenuantes ou
agravante que diminuem ou gravam Artigo 53º
substancialmente a culpa do arguido, a pena (Causas de extinção)
pode ser atenuada ou agravada, aplicando-se a
medida de escalão inferior ou superior. A responsabilidade disciplinar extingue-se por:
a). Prescrição do procedimento disciplinar;
CAPITULO V b) Prescrição da pena
Determinação e Aplicação das Penas c) Cumprimento da pena;
Disciplinar d) Morte do infractor.

Artigo 48º Artigo 54º


(Aplicação da pena) (Prescrição do procedimento disciplinar)

Na aplicação das penas disciplinares deve 1.O direito de instaurar procedimento disciplinar
atender-se a natureza do serviço, a categoria, prescreve passado um ano sobre a data em que a
posto e condições pessoais do infractor, aos infracção e cometida
resultados perturbadores da disciplina, ao grau
da ilicitude do facto a intensidade do dolo ou da 2. Exceptuam-se as infracções disciplinares que
negligência e, em geral, a todas a s constituem ilícito criminal, as quais só
circunstâncias agravantes e atenuantes. prescrevem nos termos e prazos estabelecidos na
lei penal.
Artigo 49º
(Punição das infracções disciplinares) 3. O direito de instaurar o procedimento
disciplinar prescreve também se, conhecida a
falta pela entidade com competência disciplinar,
aquele não e instaurado no prazo de 60 Nacional, correspondendo cada uma, a um nível
(sessenta) dias. comportamental aferido em razão de tempo de
serviço, punições e recompensas.
4. A prescrição interrompe-se com a instauração
de processos de sindicância, de averiguações, de 2. Sempre que o comportamento é factor a
inquérito ou disciplinar. considerar na avaliação de um Agente, a entidade
interessada na avaliação socorre-se dos
elementos de informação constantes dos
Artigo 55º documentos de processo individual, arquivado
(Morte do infractor) nos serviços de recursos humanos.

A morte do infractor extingue a responsabilidade Artigo 58º


disciplinar, sem prejuízo dos efeitos já (Classificação de comportamentos)
produzidos a dos que decorrem na existência da
pena para efeitos do direito a subsídios por morte 1.A classificação de comportamentos é feita,
e pensão de sobrevivência, nos termos da lei. ordinariamente, nos termos da lei.

CAPITULO VII 2. A classificação definitivamente dos


Classes de Competência e seus Fins comportamentos e publicada em ordem de
Artigo 56º serviço, devendo a mesma se mencionada no
(Classes de comportamento) processo individual de cada Agente.

1.As classes de comportamentos dos agentes da Artigo 59


Policia Nacional são as seguintes: (Comportamento exemplar dos oficiais
comissário)
a). 1ª Classe;
b) 2ª Classe; Os oficiais superiores são consideradas como
c) 3ª Classe; tendo comportamento exemplar, quando, após 8
d) 4ª Classe; (oito) anos de serviço efectivo, não tiveram
qualquer punição averbada e nada constar no
2. O agente e colocado na 1ª classe de registo criminal.
comportamento quando, após 3( três) anos de
serviço efectivo, não sofrer qualquer punição
averbada e nada constar no seu registo criminal. Artigo 60º
(Comportamento exemplar dos oficiais
3. O agente e colocado na 2ª classe de superior)
comportamento quando:
Os oficiais superiores são considerados como
a) Estando na 1ª classe, lhe e imposta qualquer tendo comportamento exemplar, quando, após 9
pena; (nove) anos de serviço efectivo, não tiverem
qualquer punição averbada e nada constar no
b) Encontrando-se na 3ª classe desde a ultima seu registo criminal.
classificação ordinária, não lhe e imposta,
qualquer outra disciplina. Artigo 62
(Comportamento exemplar dos subchefes)
4. O agente e colocado na 3ª classe de
comportamento quando: Os subchefes são considerados como tendo
comportamento exemplar, quando após 7 (sete)
a) Estando na 2ª classe, lhe e imposta qualquer anos de serviço efectivo, não tiveram qualquer
tipo de pena; punição averbada e nada constar no seu registo
criminal.
b) Quando encontrada na 2ª classe, desde a
ultima classificação ordinária, tem punições Artigo 63º
averbadas. (Classificação de Agentes)

c) Quando, se encontrando na 4ª classe desde a Os agentes são, conforme seu comportamento,


última classificação ordinária, não tem sido colocados na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classe.
averbada pena disciplinar.

5. O Agente e colocada na 4ª classe de Artigo 64º


comportamento quando: (Ascensão imediata de classe de
comportamento)
a) Estando na 3ª classe, lhe é imposta qualquer
pena; 1.Ascende imediatamente a classe de
comportamento seguinte àquela em que se
b) Quando, se encontrada na 3ª classe desde a encontra, o Agente que prestar algum serviço
ultima classificação ordinária, tem punições extraordinário, pelo qual e louvado
averbadas. individualmente pelo chefe ou, por entidade de
idêntica ou mais elevada categoria, desde que,
Artigo 57º em qualquer dos casos, são Oficiais Comissários,
(Fins das classes) Superiores ou exercem cargo de direcção ou
chefia.
1.As classes de comportamentos visam qualificar
a conduta disciplinar do Agente da Policia
2. Quando a entendidas que louvar é de categoria
inferior á indicada no numero anterior, pode A suspensão preventiva tem a natureza precária,
propor a ascensão referida numero anterior. pelo que deve cessar tão logo cessam os
fundamentos que a justificam.
Artigo 65º
(Ascensão de classes dos condenados Artigo 72º
criminalmente) (Competência)

O Agente que baixar á 4ª classe de 1.A determinação da suspensão preventiva é da


comportamento em virtude de condenação competência da entidade que ordenou a
criminal só pode ascender á classe instauração do processo disciplinar, mediante
imediatamente superior decorrido 6 (seis) meses proposta fundamentada do instrutor.
após o cumprimento da pena.
2. Se o arguido, sujeito a suspensão preventiva é
Artigo 66º oficial Comissário ou superior, a competência
(Efeitos particulares da classificação de para a sua aplicação pertencente ao Ministério do
comportamento) Interior ou ao Comandante Geral da Policia
Nacional, respectivamente, mediante proposta
1.O Agente classificado na 1ª classe de fundamentada da entidade que determinou a
comportamento tem preferência para gozar instauração do processo disciplinar.
licença fora da respectiva escala quando o serviço
permitir, podendo ser promovido a título 3. Em caso de urgência, a entidade que
excepcional, mediante propostas fundamentada instaurou o processo disciplinar pode,
do órgão a que pertence. excepcionalmente, aplicar ao arguido a
suspensão preventiva, devendo porem,
2. O Agente classificado na 4ª classe de comunicar o facto e a sua justificação ao superior
comportamento não pode ser promovido hierárquico com competência para tal, que a
enquanto se mantiver na mesma. confirma ou revoga.

Artigo 67ª
(Mau comportamento reiterado) CAPITULO IX
Procedimento Disciplinar
O Agente que e colocado na 4ª classe de
comportamento cometer infracção grave e objecto SECÇAO I
de apreciação por parte do órgão de colocação, Regras a observância na participação das
com a vista a eventual aplicação de pena de infracções
demissão.
Artigo 73º
(Noticia da infracção disciplinar)
CAPITULO VIII
SUSPENÇAO PREVENTIVA 1.A notícia da infracção disciplinar é obtida por
conhecimento próprio, por participação ou
Artigo 68º queixa, nos termos dos artigos seguintes.
(Aplicação de suspensão preventiva)
2. Todos que têm conhecimento de que um
O Arguido em processo disciplinar pode, sob de Agente praticou uma infracção disciplinar podem
proposta do instrutor ser preventivamente comunicar o facto a qualquer superior
suspenso pela entidade competente para mandar hierárquico do Agente ou a qualquer órgão
instaurar o procedimento disciplinar Policial Nacional.

Artigo 69º Artigo 74º


(Prazo) (Participação de infracção disciplinar)

A suspensão temporária do exercício de funções O participante de uma infracção disciplinar deve


não pode durar mas de 30 (trinta) dias sendo, procurar esclarecer-se previamente acerca das
prorrogáveis uma só vez por igual período. circunstancias que caracterizam esta infracção,
sempre que e conveniente e possível.

Artigo 70º Artigo 75º


(Condições de aplicação) (Queixa)

A suspensão preventiva deve ser adequadas a A todos o Agente assiste o direito de queixa
exigências do caso requer e proporcional a contra superiores hierárquicos, quando por este e
gravidade de infracções e sanção que praticado qualquer, acto que resulta para o
previsivelmente ser aplicada. inferior, lesão de direitos prescritos na
Constituição da Republica de Angola, nas leis e
nos regulamentos.

Artigo 76º
(Participação e queixa)
Artigo 71º
(Natureza)
1.Para efeito do disposto no presente (Inicio do processo disciplinar)
regulamento, considera-se participação a
comunicação dada por escrito pelo lesado ou por Sempre que por qualquer forma chegue ao
quem presenciou a infracção disciplinar cometida conhecimento de um agente da polícia nacional
por inferior hierárquico ou Agente da mesma falta profissional cometida por inferior
graduação. hierárquico seu ou por outro Agente, mas que
interessa ou afecta directamente os serviços a
2. A queixa é a comunicação dada pelo lesado ou seu cargo, deve participa-la a autoridade
por quem presenciou a infracção disciplinar superior, se não lhe competir ordenar o
cometida por superior hierárquico ou Agente da respectivo procedimento disciplinar.
mesma graduação mas de maior antiguidade ou
função com prévio conhecimento ao visado. Artigo 81º
(Inicio do processo disciplinar)
3. As participações e queixas são imediatamente
remetidas á entidade competente para instaurar 1.Sempre que por qualquer forma chegue ao
processo disciplinar, quando se verificar que a conhecimento de um agente da polícia nacional
entidade que as recebeu não tem tal falta profissional cometida por inferior
competência. hierárquico seu ou por outro Agente, mas que
interessa ou afecta directamente os serviços a
seu cargo, deve participa-las autoridade superior,
se não lhe competir ordenar o respectivo
procedimento disciplinar.
Artigo 77º
(Dolo) 2. As participações ou queixas orais são sempre
reduzidas a auto pelo Agente da polícia nacional
Quando se verificar que a participação ou queixa que as receber e a autoridade competente deve
é apresentada com dolo deve ser instaurado decidir se há ou não lugar a instaurar processo.
procedimento disciplinar contra o participante ou
queixoso se é Agente, sem prejuízo da 3. Sempre que a participação apresenta se
participação criminal que pode ser apresentada monstras como fundamento para procedimento
nos termos da lei. disciplinar, o responsável deve designar um
funcionário igual ou maior categoria do que o
Artigo 78º arguido, o qual passa ser instrutor do processo
(Auto de noticia) que pode lhe escolher secretario ou escrivão de
sua confiança.
1.O superior hierárquico que presenciar ou
verificar infracção disciplinar praticada em
qualquer área sob seu comando, direcção ou Artigo 82
chefia deve levantar ou ordenar que se lavre auto (Obrigatoriedade de processo escrito)
de noticia, no qual constem os factos que
constituem infracção disciplinar, o dia, a hora e o 1.A aplicação de pena disciplinar a um Agente da
local, as circunstancias em que foi cometida, o polícia nacional deve sempre ser precedido de um
nome do demais elementos de identificação do processo escrito, exceptuando-se as penas de
infractor, da entidade que a presenciou, de repreensão simples e repreensão registada que
eventuais testemunhas e, havendo, dos podem ser aplicadas sem dependência de
documentos ou copias autenticas que podem processo disciplinar.
demonstra-los. 2. A aplicação de pena de repreensão registada
quando não tem dependência de processo
2. O auto de notícia a que se refere o número disciplinar e objecto de ordem de serviço ou de
anterior deve ser assinado pela entidade que o punição.
levantou ou mandou levantar, por duas
testemunhas, se possível, e pelo visado se quiser Artigo 83
assinar. (Despacho liminar)

3. Pode levantar-se um único auto de notícias por 1.Logo que são recebidas os autos, participação
diferentes infracções disciplinares cometidas na ou queixa, a entidade competente deve decidir se
mesma ocasião ou relacionadas umas com as há lugar ou não á instauração de procedimento
outras, mesmo que os seus autores são diversos. disciplinar.

4. Sempre que o comandante, director ou chefe 2.O despacho liminar, quando não determinar a
não tiver competência para instaurar o processo investigação dos factos denunciados, deve ser
disciplinar, os autos levantados nos termos deste fundamentado e notificado por escrito, ao
artigo deve ser, imediatamente, remetidos á queixoso, participante ou denunciante.
entidade competente. 3. Do despacho liminar de arquivamento cabe
recurso hierárquico, nos termos do presente
Artigo 79º regulamento.
(Abertura de procedimento)
Artigo 84
A noticia de uma infracção disciplinar da sempre (Celeridade)
lugar a ruptura de procedimento com vista ao
apuramento da responsabilidade disciplinar que O processo disciplinar, obedece aos princípios da
caso couber. celeridade e da simplicidade, e sumario, não
depende de formalidade especiais e dispensa
Artigo 80º tudo o que e inútil, impertinente ou dilatório.
Artigo 85º 3. A passagem de certidões de peças do processo
(Prazo de instrução de processo) disciplinar do e permitida quando destinadas á
defesa de interesse legítimos e em face de
1.A instrução de processo disciplinar deve ser requerimento escrito, especificando o fim a que
concluída de prazo de 60 (sessenta) dias, contado se destinam, podendo ser proibida a sua
da data em que e instaurado. divulgação.

2.quando circunstancias excepcionais não 4. A passagem de certidões referida no número


permitem concluir o processo no prazo anterior pode ser autorizada ate a fase do
determinado, findo, o mesmo o instrutor faz relatório final.
presente os autos ao superior que ordenou a 5. A divulgação de matéria abrangida pelo dever
instauração, com pedido de prorrogação do de sigilo, nos termos deste artigo, determina a
prazo, competindo a este prorrogar o referido instauração, por este facto, de processo
tempo por período não superior a 30 (trinta) dias. disciplinar.

Artigo 86º Artigo 88º


(Actos de processo) (Estado psíquico do arguido)

1. O processo disciplinar compreende os 1.Em caso de se levantarem justificadas dúvidas


seguintes actos: sobre o estado psíquico do infractor, deve o
instrutor propor a solicitação aos serviços da
a). Auto de declaração do participante ou outro polícia nacional e outros especializados, o exame
documento equiparado á participação medico-psiquiatrico do mesmo para
determinação da sua imputabilidade disciplinar a
b). Audição do presumível infractor. data da prática de infracção ou posterior a ela.

c). Nota de acusação de que se entrega copia ao 2. O infractor pode requerer a junção de parecer
arguido da qual conste o mesmo tem o prazo de 5 ou documentos clínicos que entender
a 15 dias para apresenta, querendo, a sua defesa conveniente.
escrita;
3.a inimitabilidade do infractor pode ser
d) Defesa do arguido; suscitada pelo instrutor do processo, pelo seu
representante ou mandatário ou por qualquer
e) Junção do registo biográfico; familiar.

f) Relatório final do instrutor com proposta 4. A decisão da entidade que julgar o infractor
fundamentada da decisão a tomar; irresponsável, pela prática da infracção
disciplinar e restrita ao processo disciplinar e
g) Despacho de punição ou absolvição lavrada implica o seu arquivamento, sem prejuízo do
pelo superior hierárquico competente; disposto na lei quanto a situação jurídico-laboral.

h) Notificação do despacho punitivo ou SECÇAO III


absolutório ao arguido. Constituição de Mandamento e Consulta de
Processo
2. De acordo com a natureza e complexidade do
processo, os actos seguintes podem ser
necessários: Artigo 89º
(Consulta do processo)
a) Auto de declaração de testemunhas,
eventualmente indicadas pelo participante do 1.O arguido pode constituir mandatário em
arguido; qualquer fase do processo, nos termos gerais do
direito, o qual pode assistir do interrogatório e as
b) Efectivação de diligências requeridas pelo diligencias em que aquele intervenha.
arguido ou que o instrutor entender
convenientes; 2. Mesmo estando constituído mandatário, as
notificações são sempre feitas ao arguido, nos
c) Auto de acareaçao termos da legislação sobre o patrocínio judiciário.

d) Peritagem.

Artigo 87
(Confidencialidade do processo) Artigo 90º
(Consulta do processo)
1.O processo disciplinar é de natureza secreta ate
a notificação da acusação. 1.Para a preparação da defesa e alegações de
recursos pode o arguido consultar o respectivo
2. Ao infractor ou seu defensor pode, contudo, processo disciplinar.
ser facultada a consulta do processo, mediante
requerimento dirigido ao superior hierárquico 2. Mesmo estando constituído mandatário, as
com competência disciplinar, ficando aqueles notificações são sempre feitas ao arguido, nos
vinculados ao dever de sigilo. termos da legislação sobre o patrocínio judiciário.
c) Se tem pretendente em tribunal civil ou
CAPITULO X criminal processo em que o instrutor e o arguido
Outras Particularidades do Processo ou participantes são partes;

Artigo 91º d) Se o instrutor é credor ou devedor do infractor,


(Independência do procedimento disciplinar) do participante, queixoso, ou de algum familiar
na linha recta ou ate 3ª grau na linha colateral;
1.O processo disciplinar e independente do
procedimento criminal ou civil para efeitos de e) Se há inimizade grave ou grande intimidade
aplicação das penas disciplinares. entre o arguido e o instrutor ou entre este e o
participante, queixoso ou ofendido.
2. Sempre que em processo disciplinar se apurar
a existência de infracção que em face da Lei 2. Com os mesmos fundamentos, o arguido,
penal é também punível devem extrair-se as participante e o queixoso podem opor-se a
certidões necessárias que são remetidas á suspensão do instrutor.
entidade competente para mandar proceder ao
corpo delito. 3. A entidade que nomeou o instrutor decide, em
despacho fundamentado, no prazo de 5 (cinco)
Artigo 92º dias sobre a suspeição ou não do instrutor.
(Unidade e apensação de processos)
4. Caso não existir no órgão a que pertence o
1.Para todas as infracções é organizado um único infractor, um oficial que pode ser nomeado como
processo relativamente a cada infractor. instrutor do processo, a entidade competente
pode solicitar a um outro órgão da Policia
2. Sempre que haja vários processos disciplinares Nacional, preferencialmente aos órgãos de
pendentes contra o mesmo Agentes, deve-se inspecção, a indicação de um instrutor para o
fazer-se a apensação de todos ao mais antigo processo.
para apreciação conjunta excepto se dai resultar
inconveniente para administração da justiça Artigo 96º
disciplinar. (Diligencias)

3. Em caso de vários Agentes serem arguidos da 1.O instrutor deve autuar a participação,
prática do mesmo facto ou de factos entre si denuncia, queixa ou oficio que tem o despacho
conexos organiza-se um único processo para liminar de instauração do processo disciplinar,
todos arguidos. procedendo às diligências necessárias para a
instrução, efectuando exames e praticar outros
Artigo 93º actos que podem ajudar na descoberta da
(Nulidade insuprível) verdade objectiva.

A falta de audiência do arguido constitui a única 2. O instrutor deve ouvir o arguido, sempre que
nulidade insuprível em processo disciplinar. julgar conveniente, ate a conclusão do processo,
podendo fazer acareaçao com testemunhas,
Artigo 94º ofendido, participante, queixoso ou denunciante.
(Nomeação de instrutor)
3. Durante a fase de instrução pode o arguido
1.A entidade que instaurar processo disciplinar requerer a entidade que instaurou o processo a
deve nomear um instrutor, escolhido de entre realização das diligências probatórias, e que são
oficiais de categoria ou posto igual ou superior a consideradas por aquele como cruciais ao
do arguido ou mais antigo do que ele na mesma apuramento da verdade.
categoria ou posto.
4.A entidade competente pode indeferir em
2. O instrutor nomeado apenas pode ser despacho fundamentado a realização das
substituído face a circunstancia excepcionais diligências referidas no número anterior, quando
devidamente fundamentadas. as julgues desnecessárias, inúteis, impertinentes
ou dilatórias.
Artigo 95º
(Fundamento da escusa e suspeição do 5.O instrutor pode solicitar a realização de
instrutor) diligências de prova a outros serviços e
organismos da administração pública ou privada,
1.Sem prejuízo do disposto na lei quanto aos para descoberta da verdade.
impedimentos, o instrutor deve pedir a entidade
que o nomeou a dispensa de funções no processo
quando ocorrer circunstâncias pela qual pode Artigo 97º
razoavelmente suspeitar-se da sua isenção ou da (Testemunhas)
imparcialidade da sua conduta, designadamente:
A testemunha é obrigada a responder com
a)Se é directa ou indirectamente atingido pela verdade sobre os factos de quem tem
infracção; conhecimento e que constituem objecto de prova.

b) Se é parente na linha recta ou ate ao 3ª grau


na linha colateral do infractor, do participante do
queixoso, do lesado ou do ofendido;
Artigo 101º
Artigo 98º (Relatório final do instrutor)
(Tomada de medidas cautelares quanto a
provas) 1.Terminada a instrução do instrutor elabora, no
prazo de 10 (dez) dias, relatório completo e
Compete á entidade com poder disciplinares e ao conciso em que deve constar a existência
instrutor tomar medidas cautelares necessárias e material das faltas, sua qualificação e gravidade,
urgentes para assegurar os meios de prova. importância pelas quais o arguido porventura e
responsável e , bem assim, a pena que entenda
justa ou proposta por arquivar os autos, põe ser
insubsistente a acusado.

Artigo 99º 2. A entidade que mandar instaurar o processo


(Arquivamento do processo) pode, quando complexidade deste o exigir,
prorrogar o caso fixado no número anterior para
1.Se o instrutor entender que, concluída a a elaboração do relatório.
instrução, os factos constantes doas autos não
constituem infracção disciplinar, que não foi o 3. O processo, depois de relatado, e remetido no
arguido que praticou ou que esta extinta a prazo de 72 horas á entidade competente para
responsabilidade disciplinar, elaborada, no prazo punir, dando-se conhecimento aquela que ordena
de 5 (cinco) dias, relatório com proposta de a instrução.
arquivamento de processo e seguidamente
remete-o á entidade que ordenou a instauração, 4. A autoridade que julgar o processo decide,
que determina o que julgar pertinente em concordando ou não com as conclusões do
despacho fundamentado. relatório, mas sendo punitiva a decisão é
aplicada a pena correspondente á gravidade dos
2. Havendo concordância com a proposta do factos que considere provados, desde descritos
instrutor, o despacho de arquivamento é na acusação, ainda que o instrutor propor pena
comunicado ao arguido e ao participante ou de menos gravidade.
queixoso, se existirem.
3. Se entender que o arguido cometeu a infracção 5. A decisão é sempre fundamentada quando
disciplinar, o instrutor deduz acusação contra o discordar da pena indicada na acusação
mesmo.
Artigo 102º
CAPITULO XI (Decisão)
Fases da Defesa e da Decisão
1.No prazo de 48 horas é remetida á entidade
Artigo 100º competente, que em face das provas recolhidas e
(Defesa do arguido) do relatório do instrutor, decide sob os
procedimentos a adoptar.
1.Da acusação extrai-se copia no prazo de 48
horas, a qual é imediatamente entregue ao 2. A decisão final e norma notificada ao arguido
arguido, marcando-se um prazo entre 5 (cinco) a nos próprios autos, devendo aquele declarar por
15 (quinze) dias para apresentar a sua defesa escrito que tomou conhecimento, datando e
escrita. assinado após o que, decorrido o prazo legal de
recurso sem que este seja interposto a decisão é
2. Nos casos em que o infractor se encontre em executada.
parte incerta, o prazo de 45 dias a contar da data
da notificação do mesmo através da última 3. Na impossibilidade de ser cumprimento ao
morada conhecida por carta com aviso de preceituado no número anterior a decisão e
recepção. notificada ao arguido através do seu local de
trabalho, mediante remessa de certificado de
3. Não sendo possível a notificação do arguido despacho punitivo ou ordem de serviço.
através da ultima morada conhecida, o processo
lavra uma certidão negativa sobre o facto, 4. No caso de, ser mandado instaurar processo
assinada por si e por duas testemunhas no disciplinar aquele pode substituir a fase de
mínimo, as quais devem ser devidamente instrução deste, seguindo-se de imediato a
identificadas. acusação, nos termos do nº 3 do artigo 99º.

4. Da nota da acusação deve constar CAPITULO XII


obrigatoriamente e de forma clara as infracções Reclamação e Recursos
de que o arguido é acusado, a data e o local em
que foram praticadas e outras circunstâncias Artigo 103
agravantes, se existirem e a referência aos (Reclamação e recurso)
preceitos legais infringido e a s penas aplicáveis.
O agente punido pode impugnara acto
5. Durante o prazo referido no nº 1 o processo é administrativo nos termos da lei por meio de:
facultado ao arguido que pode consultar durante a)Reclamação, dirigida ao órgão de que dimana a
as horas de expediente no presenciado instrutor decisão;
ou escrivão. b) Recurso hierárquico, dirigido ao órgão
6. Em caso de apresentação de processos é hierarquicamente superior ao que proferiu a
deduzida uma única acusação. decisão ou de tutelas;
c) Recurso contencioso, interposto junto do
tribunal competente.
Artigo 104º punição, sem prejuízo de percepção dos
(Prazo) ordenados não auferidos.

1.O prazo para interpor a reclamação ou recurso


hierárquico é de 30 (trinta) dias.
2. O prazo para o recurso contencioso é de 60 CAPITULO XIII
(sessenta) dias. Processos de Inquérito e de Sindicância
Artigo 105
(Contagem de prazo) Artigo 110º
(Processo de inquérito)
A contagem do prazo para a reclamação ou
recurso hierárquico opera-se a partir da data da 1.O inquérito destina-se a apurar determinados
notificação do acto ou da sua publicação. factos relativos aos procedimentos dos Agentes.
2.a contagem do prazo do recurso contencioso
opera-se a partir da notificação da decisão que 2.Sem prejuízo de poderes próprios do Ministério
recair sobre a reclamação ou recurso hierárquico. do Interior, a competência para ordenar inquérito
é do comandante Geral da Policia Nacional ou
Artigo 106º Comandante Provincial, por sua iniciativa ou sob
(Efeito do recurso) proposta dos comandos subordinados ou de
chefes de serviços.
A interposição de recurso não suspende a decisão
recorrida. Artigo 111º
(Processo de sindicância)

SECÇAO II 1.A sindicância destina-se por uma averiguação


Revisão do Processo geral acerca do funcionamento dos comandos e
serviços.
Artigo 107º
(Fundamentos de admissibilidade de revisão) 2. A competência para ordenar sindicâncias é do
Ministério do Interior.
1.E permitida a revisão dos processos
disciplinares quando se verificam factos Artigo 112º
supervenientes ou surjam meios de prova (Nomeação dos inquéritos)
susceptíveis de demonstrar a inexistência dos
factores que decisivamente influenciam na 1.A escolha e a nomeação dos inquéritos ou
punição. sindicantes e dos seus secretários ou escrivão e a
instauração dos processos de inquérito ou de
2. O prazo para a interposição do pedido de sindicâncias ordenados nos termos destes artigos
revisão só processo disciplinar é de 2( dois) anos regem-se nas partes aplicáveis, pelas disposições
contados da data da notificação da decisão ou da aplicáveis relativa ao processo disciplinar
publicação. comum.

3. A revisão pode ser requerida ao Ministério do 2.Se durante a instrução dos processos de
Interior ou Comandante Geral da Policia inquérito ou de sindicâncias houver necessidade
Nacional. de ser afastado temporariamente dos serviços
qualquer funcionário ordena-se que, por tempo
4. Para interposição do pedido de revisão, pode o certo, desempenhe funções noutros serviços da
infractor consultar o respectivo processo. mesma natureza.

Artigo 108º 3.A suspensão ordenadas no termos dos


(Tramitação) números anterior não deve ser superior a 30
(trinta) dias, prorrogáveis ate 90 (noventa) dias.
O processo de revisão ocorre os seus termos por
apenas ao processo disciplinar. Artigo 113
(Publicidade do processo de sindicância)
Artigo 109º
(Efeitos de revisão) No processo de sindicância pode, logo que a ele
der único, faze-lo constar por meio de anúncio
1.A procedência da revisão produz os seguintes publicado nos jornais ou por meio de editais cuja
efeitos: fixação requisita as autoridades administrativa
a) Cancelamento do registo da pena do ou policiais, a fim de que toda a pessoa que tem
processo individual do Agente; razão de queixa ou agravo contra o regular
b) Anulação da pena e eliminação de todos funcionamentos dos serviços sindicados se
os seus efeitos, mesmo os já produzidos. apresente para os fins convenientes.

2.caso de revogação da pena de demissão, o Artigo 114º


Agente tem direito á reintegração e sem prejuízo (Regras especiais)
da antiguidade relativamente ao tempo de
serviço. Os processos de inquérito e de sindicância
regem-se pelas disposições gerais referentes a
3.O Agente tem ainda direito, em caso de revisão instrução do processo disciplinar.
procedente á reconstituição da carreira, devendo
ser consideradas legitimas as expectativas de Artigo 115º
promoção que não se efectivam por efeito da (Prazo de conclusão)
O prazo para conclusão do processo de inquérito b)Processos para promoção por escolha e
ou de sindicância é fixado no despacho que o distinção;
tiver ordenado, podendo ser prorrogado sempre
que as circunstancias aconselharem. c)Propostas para concessão de condecorações;

2.o instrutor do processo, sempre que entender d)Proposta para aplicação de penas de demissão;
insuficiente o prazo inicialmente fixado para a
efectivação das diligências ordenadas, deve e)Processos de avaliação de desempenho dos
informar esse facto ao superior hierárquico que oficiais comissários e oficiais superiores;
mandou instaurar processo.
f)Quaisquer outros assuntos do âmbito da justiça
CAPITULO XIV e da disciplina.
Conselho Superior de Justiça e Disciplina Artigo 119º
(Funcionamento)
Artigo 116º
(Definição) 1. O conselho superior de justiça e disciplina
reúne por convocação do seu presidente, sempre
O conselho superior de disciplina Superior de que o entenda necessário, devendo os pareceres
Justiça e Disciplina é um órgão de carácter emitidos ser fundamentados e ficar e ficar
consultivo em matéria de justiça e disciplina, que registados em livros próprios.
funciona sob a dependência directa do
Comandante Geral da Policia Nacional. 2. O funcionamento do conselho superior de
Artigo 117º justiça e disciplina é objecto de regulamento
(Composição) próprio a aprovar por despacho do ministro do
interior.
1.O conselho superior de justiça e disciplina é 3. Os processos ou proposta cuja decisão é da
composto por 5 (cinco) membros, sendo um competência do ministro do interior deve ser
deles, o presidente todos instruídos com certidão dos pareceres emitidos
Nomeados por um período de 3 (três) anos pelo pelo conselho superior de justiça e disciplina,
Comandante Geral da Policia Nacional. sempre que este órgão é ouvido nos termos do
artigo anterior.
2.na ausência ou impedimento do presidente
assume o cargo o membro que tem maior
graduação e, em igualdade de circunstancias é Artigo 120º
indicado o membro mas antigo. (Conselhos de justiça e disciplina dos
comandantes provinciais)
Artigo 118º
(competências) Ao nível dos comandos provinciais da
Policia Nacional são criados conselhos de justiça
Compete ao Conselho Superior de Justiça e e disciplina com as devidas adaptações.
Disciplina apreciar e emitir pareceres sobre: O Presidente da República, José Eduardo dos
a)Efeitos disciplinares das sentenças Santos
condenatórias proferidas por tribunais contra
Agente da Policia Nacional;

ANEXO A
Competência a que se refere o nº1 do artigo 37º

Penas Ministéri Comandant 2º Direct Cmdt 2ºCmdt Director Cmdte Cmdt Ch. Esq Ch.posto
Disciplinares o do e Cmdte Nacional e e prov. Provinci Div. e Pol. Pol
interior Geral Geral Prov. al Munic
.
1Para of.
Comissários
Repreensão ¨+ + + + + - - - - - -
simples
Repreensão + + + + + - - - - - -
registada
Multa + 60d 30d 20d 15d - - - - - -
Despromoção - - - - - - - - - - -
Demissão - - - - - - - - - - -
2.Of.
Superiores
Repreensão + + + + + + + + + + +
simples
Repreensão + + + + + + + + + + +
Registada
Multa - 60d 30d 25d 25d 15d 10d 5d 4d - -
Despromoção + _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Demissão - +
3.Para
of.subalterno
s
Repreensão + + + + + + + + + + +
simples
Repreensão + + + + + + + + + + +
registada
Multa _ 60d 30d 25d 25d 15d 10d 5d 4d _ _
Despromoção _
Demissão _ +
4.para
subchefe
Repreensão - + + + + + + + + + +
simples
Repreensão - + + + + + + + + + +
registada
Piquete, - + + + + + + + + + +
guarda e
patrulha
Multa - 60d 45d 30d 30d 6d 5d 5d 5d
Suspensão - 240d 60d 35d 30d + + +
Despromoção - + - - - - - - - - -
Demissão - + - - - - - - - - -
5.Para
Agentes
Repreensão - + + + + + + + + + +
simples
Repreensão _ + + + + + + + + + +
registada
Piquete, _ + + + + + + + + + +
guarda e
patrulha
Suspensão _ 240 d 70d 40d 30d 10d 6d 6d 4d + +
Despromoção _ + _ _ _ _ _ _ _ _ _
Demissão _ + _ _ _ _ _ _ _ _ _

Recompens Ministéri Comandante 2º Direct Cmdt 2ºCmdt Director Cmdte Cmdte Ch. Esq Ch.posto
as o do Geral Cmdte Nacional e e prov. Provinci Div. Munic. Pol. Pol
interior Geral Prov. al
1.Para Of.
Comissário
s
Elogios + + + + + _ _ _ _ _ _
Louvor + + _ _ _ _ _ _ _ _
Licença de 15 dias 10 dias 5 dias 3 dias 3 _ _ _ _ _ _
premio dias
Promoção _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
por
distinção
2.para Of.
Superiores
Elogio _ + + + + + + + + + +
Louvor _ + + _ _ _ _ _ _ _ _
Promoção + _ _ _ _ _ _ _ _ _
por
distinção
3.Para Of.
Subalterno
s
Elogio + + + + + + _ _ _ _
Louvor + + _ _
Licença de 15 dias 10dias 6 dias 6dias 5 dias 4 dias 3 dias 3 dias 2 dias 2 dias
premio
Promoção _ + _ _ _ _ _ _ _ _ _
por
distinção
4.Para
subchefes
Elogio _ + + + + + + + + + +
Louvor _ + + + + __ _ _ _ _ _
Licença de _ 15 dias 10 dias 6 dias 6 5 dias 4 dias 3 dias 3 dias 2 dias 2 dias
premio dias
Promoção _ + + + + + + + _ _ _
por
distinção
5.Para
Agentes
Elogio _ + + + + + + + _ _ _
Louvor + + + + _ _ _ _ _ _
Licença de _ 15 dias 10 dias 6dias 6dias _ _ _ _ _ _
premio
Promoção _ + _ _ _ _ _ _ _ _ _
por
distinção
O Presidente da Republica, José Eduardo dos O Presidente da Republica, José Eduardo
Santos dos Santos.
Despacho Presidencial nº 15/14 de 19 de
Fevereiro MINISTERIO DA EDUCAÇÃO
Despacho nº 403/14
Considerando que no âmbito da implementação De 19 de Fevereiro
do programa de fomento habitacional, o executivo Provindo proceder a actualização da categoria do
pretende a regularização e legislação do docente mamengui Daniel Ambrósio, a luz do
património habitacional do estado, já existente e decreto 3/08, de 4 de Março, que aprova o
resultante de operações de confisco, e de estatuto orgânico de carreira dos docentes do
património resultantes de programas de fomento ensino primário e secundário, técnicos
habitacional, em curso promovido pelo estado, pedagógicos e especialistas da administração da
por si ou no âmbito de parcerias público- educação;
privadas; Em conformidade com os poderes delegado
do presidente da república de Angola, determino
Tendo em conta que por despacho presidencial nº artigo único: - Emamengui Daniel Ambrósio
113/12, de 6 de Novembro, foi criada a comissão Agente nº 1249379, nomeado professor do
interministerial apoiada por um grupo técnico, primeiro ciclo do ensino secundário diplomado do
com o objectivo de estabelecer um quadro legal 6º escalão, colocado na direcção província do
para a resolução de natureza diversa que possam Uige, província do úige.
resultar de processos de regularização e de Publique-se
legalização imobiliária, bem como assegurar as Luanda ao 30 de Dezembro de 2013.
condições necessárias para a implementação dos O ministro Pinda Simão.
referidos processos, envolvendo diversas públicas Despacho nº 404/14
e privadas; De 19 de Fevereiro
Por conveniência de serviço público;
Havendo necessidade de implementar as Nos termos do artigo 26º do decreto nº 25/91 do
tecnologias de informação, a que se refere o Decreto nº25/91, De 29 de Junho, conjugado
regulamento das tecnologia e dos serviços da com o artigo 11º da Decreto-lei nº 21-A/94, de 16
sociedade de informação, aprovado por decreto de Dezembro que estabelece respectivamente a
presidência nº 202/11, de 22 de Julho, no relação jurídica de emprego na administração
processo de legalização mobiliária, objecto da publica e o Sistema Retributivo da Função
referida relação contratual, e nos processos Publica;
subsequentes, a serem desenvolvidos Em conformidade com os poderes delegados pelo
desenvolvidas com base nos trabalhos realizados presidente da Republica nos termos dos artigos
no âmbito dos processos regularizadores; 137ºda Constituição da Republica de Angola
determino:
O presidente da República determina, nos
termos da alínea d) no artigo 125 e no nº 5 do 1.É Antero Moisés Nunguno, Professor do II Ciclo
artigo nº 25; ambos da constituição da república do Ensino Secundário Diplomado do 3º Escalão,
de Angola, o seguinte, representada pelo o Agente nº05514494,colocado na Escola de
ministro da justiça e dos direitos humano, e a Formação de Professor de Lobito Província se
Mitrelli Graup no momentono momento do Benguela, nomeado para, em regime de
equivalente em kzanzas USD 532.223.881,00 destacamento, exerce a função de Director da
quinhentos e noventa e seis milhões e duzentos e Repartição Municipal de Energia e Águas da
trinta e dois mil, oitocentos e oitenta e um dólar Administração Municipal de Lobito.
dos estados unidos de América).
2. O regime de destacamento é exercido por um
2. O ministro das finanças deve garantir a período não superior a dois anos, sendo que,
disponibilização dos recursos financeiros ultrapassando este período o funcionamento será
necessários a materialização do referido contrato. colocado em situação de disponibilidade, abrindo
vaga no quadro de origem
3. As dúvidas e omissões que resultarem da
interpretação e aplicação do presente diploma 3. Por opinião individual devera manter a sua
são resolvidas pelo presidente da república. base salarial neste organismo.
Publique-se.
4. O presente despacho entra em vigos na data
da sua publicação Luanda, ao 30 de Dezembro de
2013
Publique-se O Ministro, Pinda Simão.
Luanda ao 6 de Fevereiro de 2014.

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