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Segunda-feira, 21 de Maio de 2018 I Série – N.

º 73

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Presidente da República
Decreto Presidencial n.º 134/18
Decreto Presidencial n.º 134/18: de 21 de Maio
Aprova o Estatuto Orgânico da Inspecção Geral da Administração
do Estado. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 215/13, de 16 Considerando a necessidade de se ajustar o Estatuto
de Dezembro. Orgânico da Inspecção Geral da Administração do Estado
Ministério da Construção e Obras Públicas em vigor, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 215/13,
Decreto Executivo n.º 144/18: de 16 de Dezembro;
Aprova o Regulamento Interno do Gabinete de Inspecção deste Ministério. Tendo em conta o disposto no artigo 36.º do Decreto
— Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente Legislativo Presidencial n.º 3/13, de 23 de Agosto, sobre a
Decreto Executivo.
Criação, Estruturação, Organização e Extinção dos Serviços
Ministério das Finanças da Administração Central do Estado e dos demais organis-
Despacho n.º 130/18: mos legalmente equiparados, bem como a necessidade de
Subdelega plenos poderes a Florêncio Mariano da Conceição de Almeida, dotar a Inspecção Geral da Administração do Estado de uma
Embaixador de Angola na República da Itália, para, em representação
do Ministro das Finanças da República de Angola, assinar a documen-
estrutura administrativa, dinâmica e eficaz, destinada a auxi-
tação relacionada com o Acordo de Financiamento para o Projecto de liar o Titular do Poder Executivo no cumprimento das suas
Recuperação da Agricultura e Resiliência na Região Sul de Angola, funções, nos termos do Decreto Legislativo Presidencial
no valor global de USD 7.600.000,00, com o Fundo Internacional de
n.º 3/17, de 13 de Outubro;
Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Convindo conferir maior dinamismo e eficiência à acção
Despacho n.º 131/18:
de coordenação, execução e controlo da actividade interna
Subdelega plenos poderes a Aia-Eza Nacília Gomes da Silva, Secretária
de Estado para o Orçamento e Investimento Público, para autorizar o e externa da Inspecção Geral da Administração do Estado e
abate de veículos e bens móveis, bem como para coordenar e super- reforçar a superintendência que esta exerce sobre os demais
visionar os respectivos processos.
órgãos e serviços de inspecção do Estado;
Despacho n.º 132/18: O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
Fixa em Kz: 183.495.21,00, o Fundo Permanente para a Unidade Orçamental
nea g) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
— Delegação Provincial do Bengo da Procuradoria Geral da República,
para o ano económico de 2018. Constituição da República de Angola, o seguinte:
ARTIGO 1.º
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos (Aprovação)
Despacho n.º 133/18:
É aprovado o Estatuto Orgânico da Inspecção Geral
Publica os Estatutos da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores da
Educação, Cultura, Desporto e Comunicação Social de Angola, abre- da Administração do Estado, anexo ao presente Decreto
viadamente «FSTECDCSA». Presidencial e que dele é parte integrante.
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ARTIGO 2.º ARTIGO 5.º


(Revogação) (Atribuições genéricas)
É revogado o Decreto Presidencial n.º 215/13, de 16 de A Inspecção Geral da Administração do Estado, na pros-
Dezembro. secução da sua missão, tem as seguintes atribuições:
ARTIGO 3.º a) Promover a boa governação através da fiscalização, do
(Dúvidas e omissões) aperfeiçoamento, aumento da eficácia e eficiência
As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli- da actividade administrativa do Estado e boa gestão
cação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo dos recursos financeiros, patrimoniais públicos
Presidente da República. através do controlo, das tarefas acometidas aos
ARTIGO 4.º órgãos, organismos e serviços da Administração
(Entrada em vigor)
do Estado sujeitos à sua intervenção;
O presente Diploma entra em vigor na data da sua b) Contribuir para a educação e consciencialização dos
publicação. funcionários e agentes da Administração Pública
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 26 no espírito da observância rigorosa da legalidade
de Abril de 2018.
e da disciplina no respeito dos bens públicos e
Publique-se. privados que estejam sob sua responsabilidade,
Luanda, aos 16 de Maio de 2018. institucional e para a promoção de medidas de aco-
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves modação material dos titulares de cargos públicos;
Lourenço. c) Recomendar a adopção de medidas que visam pre-
venir, corrigir e eliminar os erros e irregularidades
cometidos pelos órgãos, organismos e serviços da
ESTATUTO ORGÂNICO Administração do Estado, no exercício das suas
DA INSPECÇÃO GERAL
atribuições e competências, bem como para a
DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO
reintegração do interesse público e da legalidade
violada;
CAPÍTULO I
d) Formular recomendações e propostas em função dos
Disposições Gerais
resultados da sua actividade, visando uma actuação
ARTIGO 1.º coordenada e eficiente dos serviços;
(Objecto e natureza)
e) Cooperar na regularização das actuações e unifor-
1. A Inspecção Geral da Administração do Estado, abre- mização de critérios e adaptações organizativas
viadamente designada por IGAE, é o órgão auxiliar do Titular
e procedimentos que contribuam e facilitem a
do Poder Executivo para a inspecção, auditoria, controlo e
tomada de decisões conducentes ao melhor e efi-
fiscalização da actividade dos órgãos, organismos e serviços
da Administração Directa e Indirecta do Estado, bem como ciente cumprimento dos programas do Executivo;
das administrações autónoma e independente. f) Velar pelo aumento da eficácia, eficiência e excelência
2. A Inspecção Geral da Administração do Estado coordena dos serviços prestados pela Administração Pública.
o Sistema de Controlo Interno da Administração Pública, e é ARTIGO 6.º
dotada de autonomia funcional, administrativa e patrimonial. (Atribuições específicas)

ARTIGO 2.º No âmbito das suas atribuições específicas, compete à


(Âmbito) Inspecção Geral da Administração do Estado:
A Inspecção Geral da Administração do Estado exerce a a) Exercer o controlo sobre as actividades de todos os
sua actividade em todo o território nacional e no estrangeiro. Órgãos da Administração Directa e Indirecta do
Estado, bem como das administrações autónoma
ARTIGO 3.º
(Superintendência) e independente Organismos e Serviços da Admi-
nistração Central e Local do Estado, incluindo as
A Inspecção Geral da Administração do Estado superintende
Missões Diplomáticas e Consulares da República
todos os Órgãos de Inspecção do Estado, a quem transmite
de Angola no exterior;
orientações metodológicas, técnicas e procedimentais aplicá-
b) Verificar e assegurar o cumprimento rigoroso dos
veis ao exercício da actividade de inspecção e controlo, bem
princípios legalmente estabelecidos atinentes à
como tutela os serviços da administração autónoma e inde- estrutura organizacional dos serviços públicos,
pendente do Estado. ao recrutamento e selecção de pessoal, aos cri-
ARTIGO 4.º térios utilizados na promoção de categorias e no
(Dependência)
provimento em cargos de direcção e chefia, na
A Inspecção Geral da Administração Estado funciona na observância do quadro de pessoal aprovado e os
dependência hierárquica e directa do Presidente da República moldes em que se processa a avaliação de desem-
e Titular do Poder Executivo. penho dos funcionários públicos;
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c) Realizar auditorias, inquéritos, averiguações, sin- 3. A recusa de fornecimento de quaisquer documentos,


dicâncias, exames fiscais e demais exames, nos informações ou elementos solicitados, bem como a falta injus-
serviços ou entidades descritas na alínea a) do tificada da colaboração solicitada, devem ser participados ao
presente artigo, no quadro da luta contra a fraude Ministério Público para os efeitos previstos no número anterior.
e a corrupção; CAPÍTULO II
d) Propor a instauração de processos disciplinares em Organização em Geral
resultado da sua actividade inspectiva;
ARTIGO 9.º
e) Analisar os métodos de trabalho dos órgãos, orga- (Estrutura orgânica)
nismos e serviços da Administração do Estado A estrutura orgânica da Inspecção Geral da Administração
e propor medidas tendentes à melhoria da sua do Estado tem os seguintes órgãos e serviços:
estrutura, organização, funcionamento, eficácia 1. Órgãos Centrais de Direcção Superior:
a) Inspector Geral da Administração do Estado;
e eficiência da actividade administrativa;
b) Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do
f) Propor medidas legislativas ou administrativas e
Estado.
propor acções necessárias a evitar a repetição de 2. Órgãos de Apoio Consultivo:
irregularidades constatadas; a) Conselho Consultivo;
g) Receber e dar o devido tratamento às denúncias, b) Conselho de Direcção;
queixas e reclamações dos cidadãos sobre o c) Conselho de Ética e de Integridade.
3. Serviços Executivos Directos:
funcionamento dos Serviços da Administração
a) Direcção de Inspecção e Investigação;
do Estado, propondo medidas a serem tomadas; b) Direcção de Auditoria e Controlo;
h) Cooperar com o Tribunal de Contas e assegurar a c) Direcção de Programação e Acompanhamento das
ligação funcional e metodológica com os Servi- Inspecções Sectoriais;
ços de Inspecção Sectoriais e demais serviços d) Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações.
de controlo, com vista garantir a racionalidade e 4. Serviços de Apoio Técnico:
a) Secretaria Geral;
complementaridade das intervenções;
b) Gabinete de Recursos Humanos;
i) Requerer sempre que necessário a cooperação da c) Gabinete Jurídico;
Unidade de Informação Financeira na obtenção d) Gabinete de Intercâmbio e Cooperação;
de informações relevantes para o cumprimento e) Gabinete de Estudos e Análise;
das actividades inspectivas; f) Gabinete de Tecnologias de Informação;
j) Exercer as demais funções estabelecidas por lei ou g) Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa.
5. Serviços de Apoio Instrumental:
determinadas superiormente.
a) Gabinete do Inspector Geral da Administração do
ARTIGO 7.º Estado;
(Finalidade)
b) Gabinete dos Inspectores Gerais-Adjuntos da Admi-
1. A inspecção e controlo têm por fim averiguar o cumpri- nistração do Estado.
mento da lei e dos demais Diplomas Legais, das instruções de
serviço de carácter normativo e determinar se são realizados CAPÍTULO III
Organização e Funcionamento em Especial
os objectivos preconizados e salvaguardados os interesses do
Estado a defender pelo órgão ou organismo inspeccionado. SECÇÃO I
Inspector Geral da Administração do Estado
2. A inspecção e controlo abrangem não só os domínios
puramente administrativos, mas também os domínios orça- ARTIGO 10.º
mentais, financeiros e patrimoniais. (Categoria e provimento)

ARTIGO 8.º 1. O Inspector Geral da Administração do Estado é nomeado


(Dever de colaboração) pelo Presidente da República e tem a categoria de Ministro.
1. Todos os órgãos, organismos e serviços sujeitos à acção 2. No exercício das suas funções o Inspector Geral da
inspectiva, nos termos da lei e do presente Diploma, têm o Administração do Estado é coadjuvado por 3 (três) Inspectores
dever de prestar toda a colaboração à Inspecção Geral da Gerais-Adjuntos da Administração do Estado.
Administração do Estado no exercício das suas funções. ARTIGO 11.º
2. Todo aquele que causar impedimento ou obstruir o (Competências do Inspector Geral da Administração do Estado)

desempenho das funções dos Inspectores é notificado do 1. O Inspector Geral da Administração do Estado tem as
facto e o não acatamento da ordem é punível nos termos da seguintes competências:
Lei Penal, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar a que a) Dirigir e fiscalizar toda a actividade da Inspecção
possa ter lugar. Geral da Administração do Estado;
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b) Solicitar dos órgãos, organismos e serviços do Estado, r) Distribuir aos inspectores as tarefas de inspecção,
bem como dos Institutos Públicos e das Empresas fiscalização e outras tendo em conta a sua com-
Públicas e participadas pelo Estado, informações plexidade e especialização;
sobre a sua actividade e o seu funcionamento; s) Orientar, coordenar e controlar as actividades subor-
c) Requisitar documentos, dados e informações relati- dinadas ou vinculados a instituição;
vos a procedimentos e processos administrativos t) Exercer as demais competências estabelecidas por
já arquivados; lei ou determinadas superiormente.
d) Informar regularmente ao Titular do Poder Executivo 2. Na falta, ausência ou impedimento, o Inspector Geral
os resultados das actividades da Inspecção Geral da Administração do Estado é substituído por um Inspector
Geral-Adjunto da Administração do Estado, por ele designado,
da Administração do Estado;
devendo comunicar tal facto ao Titular do Poder Executivo.
e) Dar conhecimento ao órgão inspeccionado da decisão
ARTIGO 12.º
que recai sobre a inspecção realizada; (Forma dos actos)
f) Contratar especialistas nacionais ou estrangeiros,
1. No exercício das suas funções, o Inspector Geral da
fora do quadro de pessoal, como auditores, con-
Administração do Estado emite Decretos-Executivos, Despachos
tabilistas, revisores de contas, e outros dentro dos
e Circulares.
limites de legislação própria, para a realização de 2. Os Despachos exarados pelo Inspector Geral da
tarefas específicas ou pontuais; Administração do Estado, no âmbito da actividade inspec-
g) Solicitar a colaboração de técnicos especialistas; tiva, não obedecem a publicação prevista no número anterior.
h) Determinar a realização de inquéritos, sindicâncias, SECÇÃO II
averiguações, exames e outras tarefas necessárias Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do Estado
ou convenientes ao exercício da actividade da ARTIGO 13.º
Inspecção Geral da Administração do Estado; (Categoria e provimento)
i) Submeter à aprovação do Titular do Poder Executivo 1. Os Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do
o plano e programa de trabalhos da Inspecção Estado são nomeados pelo Presidente da República, sob pro-
Geral da Administração do Estado; posta do Inspector Geral da Administração do Estado, e tomam
j) Submeter à aprovação do Titular do Poder Executivo posse perante o Presidente da República.
o Relatório Anual de Actividades da Inspecção 2. Os Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do
Geral da Administração do Estado; Estado têm a categoria de Secretários de Estado.
k) Submeter à aprovação do Titular do Poder Executivo ARTIGO 14.º
(Competências)
a proposta de Orçamento da Inspecção Geral da
Administração do Estado, bem como do fundo de Os Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do
Estado têm as seguintes competências:
intervenção necessário à realização de acções de
a) Apoiar o Inspector Geral da Administração do Estado
inspecção, auditorias e fiscalização;
no exercício das suas funções;
l) Submeter à aprovação do Titular do Poder Executivo
b) Coadjuvar o Inspector Geral da Administração do
para efeitos de homologação ou modificação dos
Estado na coordenação das áreas que compõem
actos administrativos praticados por pessoas por
a Inspecção Geral da Administração do Estado e
si nomeadas, em processos cujos factos tenham
que lhes forem atribuídas;
sido apurados pela IGAE;
c) Substituir o Inspector Geral da Administração
m) Instruir processos disciplinares e inquéritos orde-
do Estado nas suas ausências e impedimentos,
nados pelo Titular do Poder Executivo contra
nos termos previstos no n.º 2 do artigo 11.º do
pessoas por si nomeadas; presente Diploma;
n) Submeter à aprovação do Titular do Poder Executivo d) Exercer as demais competências estabelecidas por
os processos de inspecção e fiscalização, acom- lei ou determinadas superiormente.
panhados dos respectivos pareceres;
SECÇÃO III
o) Propor a instauração de processos disciplinares no Órgãos de Apoio Consultivo
seguimento das acções realizadas nos termos da
ARTIGO 15.º
alínea anterior; (Conselho Consultivo)
p) Nomear e exonerar os responsáveis e contratar téc- 1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta e de apoio
nicos e demais agentes; do Titular da Inspecção Geral da Administração do Estado,
q) Coordenar a gestão do orçamento da Inspecção Geral competindo-lhe analisar e pronunciar-se sobre as tarefas essen-
da Administração do Estado; ciais dos Órgãos de Inspecção e Controlo do Estado.
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2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Inspector Geral b) Directores dos Serviços da Inspecção Geral da
da Administração do Estado e integra: Administração do Estado;
a) Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do c) Outros responsáveis e técnicos, por determinação
Estado; do Inspector Geral da Administração do Estado.
b) Directores dos Serviços da Inspecção Geral da 3. Ao Conselho de Direcção compete, especialmente, o
Administração do Estado; seguinte:
c) Inspectores Gerais dos Departamentos Ministeriais; a) Aprovar o projecto do orçamento da Inspecção Geral
d) Directores dos Gabinetes de Inspecção dos Gover- da Administração do Estado;
nos Provinciais; b) Aprovar o Relatório de Execução Orçamental;
e) Consultores do Inspector Geral da Administração c) Aprovar o projecto do plano anual de actividades
do Estado e dos Inspectores Gerais-Adjuntos da desenvolvidas pela Inspecção Geral da Adminis-
Administração do Estado; tração do Estado;
f) Outras entidades colectivas ou singulares consideradas d) Aprovar o projecto do relatório anual de actividades
necessárias em função da matéria a tratar, a convite desenvolvidas pela Inspecção Geral da Adminis-
do Inspector Geral da Administração do Estado. tração do Estado;
3. Ao Conselho Consultivo compete, especialmente, o e) Analisar e emitir parecer sobre os Projectos de Lei
seguinte: e Decretos elaborados pela Inspecção Geral da
a) Aprovar os programas e o plano director estratégico Administração do Estado e apresentar as propostas
dos órgãos e serviços de Inspecção e Fiscalização de alteração reputadas necessárias;
Sectoriais; f) Aprovar as necessidades de pessoal da Inspecção
b) Analisar a organização e o funcionamento dos ser- Geral da Administração do Estado, a política e
viços e sugerir medidas tendentes à sua melhoria estratégias de formação e superação profissional
e aperfeiçoamento; a adoptar;
c) Apreciar as questões técnicas da competência dos g) Apresentar propostas pareceres ou sugestões sobre
órgãos de inspecção sectorial; matérias de natureza inspectiva;
d) Analisar e apreciar os planos e os relatórios anuais h) Apreciar as questões metodológicas e técnicas de
de actividades dos serviços de inspecção gerais realização da actividade de inspecção e fiscalização;
ou sectoriais ou em instituições públicas com i) Exercer as demais competências estabelecidas por
autonomia administrativa e financeira; lei ou determinadas superiormente.
e) Apreciar as formas, mecanismos e métodos de coorde- 4. O Conselho de Direcção reúne-se ordinariamente de
nação e sugerir medidas para o seu melhoramento 3 (três) em 3 (três) meses e extraordinariamente sempre que
e aperfeiçoamento; convocado pelo Inspector Geral da Administração do Estado.
f) Apresentar propostas, pareceres ou sugestões sobre 5. A organização e funcionamento do Conselho de Direcção
matérias de natureza inspectiva; devem constar de Diploma próprio a aprovar por Decreto
g) Exercer as demais competências estabelecidas por Executivo do Inspector Geral da Administração do Estado.
lei ou determinadas superiormente. ARTIGO 17.º
4. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente, uma (Conselho de Ética e de Integridade)

vez por ano e, extraordinariamente, sempre que necessário sob 1. O Conselho de Ética e de Integridade é o órgão consultivo
convocatória do Inspector Geral da Administração do Estado. a quem compete coadjuvar o Inspector Geral da Administração
5. A organização e funcionamento do Conselho Consultivo do Estado no acompanhamento do exercício profissional dos
devem constar de regulamento próprio a ser aprovado por agentes públicos, no cumprimento dos princípios e valores
Decreto Executivo do Inspector Geral da Administração do plasmados na Resolução n.º 27/94, de 26 de Agosto, que aprova
Estado. a Pauta Deontológica do Serviço Público, devendo emitir opi-
ARTIGO 16.º niões em função dos resultados da Actividade de Inspecção,
(Conselho de Direcção) e das denúncias, queixas e reclamações sobre condutas em
1. O Conselho de Direcção é o órgão a quem compete desacordo com as normas éticas estabelecidas.
coadjuvar o Inspector Geral da Administração do Estado na 2. O Conselho de Ética e de Integridade é presidido pelo
coordenação e execução da actividade de gestão corrente dos Inspector Geral da Administração do Estado e integra:
Serviços da Inspecção Geral da Administração do Estado. a) Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do
2. O Conselho de Direcção é presidido pelo Inspector Estado;
Geral da Administração do Estado e integra: b) Directores dos Serviços da Inspecção Geral da
a) Inspectores Gerais-Adjuntos da Administração do Administração do Estado;
Estado; c) Inspectores Gerais dos Departamentos Ministeriais;
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d) Outras entidades, por determinação do Inspector h) Exercer as demais competências estabelecidas por
Geral da Administração do Estado. lei ou determinadas superiormente.
3. Ao Conselho de Ética e de Integridade compete, espe- 3. A Direcção de Inspecção e Investigação compreende
cialmente, o seguinte: a seguinte estrutura:
a) Propor programas para promover a integridade na a) Departamento de Inspecção e Investigação;
Administração Pública, bem como mecanismos para b) Departamento de Fiscalização.
mitigar desvios na prestação de serviço público; 4. A Direcção de Inspecção e Investigação é dirigida por
b) Emitir opiniões sobre conflitos entre o interesse um Inspector-Director com a categoria de Director Nacional.
público e o interesse privado nos serviços públicos; 5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
c) Pronunciar-se sobre as incompatibilidades dos agentes de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento
públicos e propor medidas correctivas; Nacional.
d) Emitir parecer sobre medidas disciplinares que se ARTIGO 19.º
(Direcção de Auditoria e Controlo)
queiram aplicar aos Inspectores Gerais das Inspec-
ções Sectoriais, nos casos em que sejam acusados 1. A Direcção de Auditoria e Controlo é o serviço executivo
de desvios de conduta; directo especializado da Inspecção Geral da Administração
e) Exercer as demais competências estabelecidas por do Estado que realiza a actividade de auditoria e controlo.
lei ou determinadas superiormente. 2. A Direcção de Auditoria e Controlo compete, em espe-
4. O Conselho de Ética e de Integridade reúne-se ordina- cial, o seguinte:
riamente de 6 (seis) em 6 (seis) meses e extraordinariamente a) Elaborar a proposta do programa anual de auditorias
sempre que convocado pelo Inspector Geral da Administração em colaboração com a Direcção de Programação
do Estado. e Acompanhamento das Inspecções Sectoriais;
5. A organização e funcionamento do Conselho de Ética
b) Proceder a auditorias, exames fiscais e demais exames;
e Integridade devem constar de Diploma próprio a aprovar
c) Propor a instauração de processos disciplinares em
por Decreto Executivo do Inspector Geral da Administração
resultado da sua actividade;
do Estado.
d) Catalogar e controlar o cumprimento das decisões
SECÇÃO IV
Serviços Executivos Directos proferidas nos processos de auditoria;
e) Emitir juízo opinativo sobre os processos instruídos
ARTIGO 18.º
(Direcção de Inspecção e Investigação) e verificar o cumprimento das decisões proferidas
1. A Direcção de Inspecção e Investigação é o serviço executivo nos processos de auditoria;
directo especializado da Inspecção Geral da Administração do f) Analisar os métodos de trabalho dos órgãos e serviços
Estado que realiza a actividade de inspecção e investigação. sujeitos a sua acção e propor medidas tendentes a
2. À Direcção de Inspecção e Investigação compete, em eficiência e eficácia da sua actividade;
especial, o seguinte: g) Exercer as demais competências estabelecidas por
a) Elaborar a proposta do programa anual de Inspec- lei ou determinadas superiormente.
ções Gerais em colaboração com a Direcção de 3. A Direcção de Auditoria e Controlo compreende a
Programação e Acompanhamento das Inspecções seguinte estrutura:
Sectoriais; a) Departamento de Auditoria aos Serviços da Admi-
b) Executar inspecções, inquéritos, sindicâncias, nistração Indirecta do Estado;
averiguações e outras tarefas superiormente b) Departamento de Controlo.
determinadas; 4. A Direcção de Auditoria e Controlo é dirigida por um
c) Catalogar e controlar o cumprimento das decisões Inspector-Director com a categoria de Director Nacional.
proferidas nos processos de inspecção; 5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
d) Emitir juízo opinativo sobre os processos instruídos
de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento
e verificar o cumprimento das decisões proferidas
Nacional.
nos processos de inspecção;
ARTIGO 20.º
e) Elaborar estudos e projectos que visem o aperfei- (Direcção de Programação e Acompanhamento
çoamento da acção inspectiva; das Inspecções Sectoriais)
f) Apoiar, acompanhar e manter informado o Inspector 1. A Direcção de Programação e Acompanhamento das
Geral da Administração do Estado sobre as acções Inspecções Sectoriais é o serviço executivo directo especia-
inspectivas em curso no País e no estrangeiro; lizado da Inspecção Geral da Administração do Estado que
g) Propor a composição das Equipas Técnicas ou realiza a programação das actividades inspectivas gerais, bem
Comissões de Inspecção; como o acompanhamento das Inspecções Sectoriais.
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2. À Direcção de Programação e Acompanhamento das o tratamento das denúncias, queixas e reclamações


Inspecções Sectoriais compete, em especial, o seguinte: dos cidadãos;
a) Apresentar a proposta consolidada da programação d) Exercer as demais competências estabelecidas por
das acções inspectivas; lei ou determinadas superiormente.
b) Avaliar, quantitativamente e qualitativamente o tra- 3. A Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações com-
balho desenvolvido pelos Inspectores da Inspecção preende a seguinte estrutura:
Geral da Administração do Estado e pelos órgãos a) Departamento de Justiça e Cidadania;
sob a sua superintendência e emitir sugestões com b) Departamento de Análise Processual.
vista à superação das insuficiências verificadas; 4. A Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações é diri-
c) Elaborar estudos e projectos que visem o aperfei- gida por um Inspector-Director com a categoria de Director
çoamento da acção inspectiva; Nacional.
d) Analisar os relatórios de actividades dos demais ser- 5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
viços de inspecção do sistema de controlo interno de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento
e formular propostas tendentes a aperfeiçoar a Nacional.
sua organização, funcionamento e desempenho; SECÇÃO V
e) Coordenar a preparação das sessões do Conselho de Serviços de Apoio Técnico
Ética e de Integridade e acompanhar a execução ARTIGO 22.º
das respectivas decisões e deliberações; (Secretaria Geral)
f) Proceder à actualização sistemática e permanente dos 1. A Secretaria Geral é o serviço ao qual compete tratar
questionários a utilizar na actividade inspectiva; da generalidade das questões administrativas, financeiras e
g) Assistir o Inspector Geral da Administração do Estado logísticas comuns a todos os serviços da Inspecção Geral da
na coordenação, apoio e controlo dos serviços de Administração do Estado, nomeadamente do orçamento, do
inspecção e controlo instituídos nos demais Órgãos património e das relações públicas e protocolo.
da Administração do Estado; 2. À Secretaria Geral compete, em especial, o seguinte:
h) Exercer as demais competências estabelecidas por a) Assegurar a recepção, distribuição, expedição e
lei ou determinadas superiormente. arquivo da correspondência geral da Inspecção
3. A Direcção de Programação e Acompanhamento das Geral da Administração do Estado;
Inspecções Sectoriais compreende a seguinte estrutura: b) Promover de forma permanente e sistemática o
a) Departamento de Programação e Avaliação; aperfeiçoamento das actividades administrativas
b) Departamento de Supervisão das Inspecções Sectoriais. e a melhoria da produtividade dos serviços;
4. A Direcção de Programação e Acompanhamento das c) Elaborar o projecto do orçamento da Inspecção Geral
Inspecções Sectoriais é dirigida por um Inspector-Director
da Administração do Estado, fazer a sua gestão
com a categoria de Director Nacional.
e elaborar relatórios de prestação de contas de
5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
execução;
de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento
d) Assegurar a aquisição e manutenção dos bens e
Nacional.
equipamentos necessários ao funcionamento da
ARTIGO 21.º
(Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações) Inspecção Geral da Administração do Estado;
1. A Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações é o e) Elaborar e manter actualizado o inventário dos bens
serviço executivo directo especializado da Inspecção Geral patrimoniais da Inspecção Geral da Administra-
da Administração do Estado que tem como função receber ção do Estado;
e dar o devido tratamento às denúncias, queixas e reclama- f) Dirigir os serviços de protocolo;
ções dos cidadãos. g) Exercer as demais competências estabelecidas por
2. À Direcção de Denúncias, Queixas e Reclamações com- lei ou determinadas superiormente.
pete, em especial, o seguinte: 3. A Secretaria Geral compreende a seguinte estrutura:
a) Receber e dar o devido tratamento as denúncias, a) Departamento de Contabilidade e Finanças:
queixas e reclamações dos cidadãos relativas à Secção de Gestão do Orçamento.
prestação de serviços públicos; b) Departamento de Administração, Relações Públicas
b) Incentivar a participação do cidadão no acompa- e Protocolo:
nhamento e fiscalização da prestação dos serviços i. Secção de Expediente e Arquivo Geral;
públicos; ii. Secção de Relações Públicas.
c) Manter sistemática e permanentemente informado o c) Departamento de Património:
Inspector Geral da Administração do Estado sobre Secção de Gestão do Património e Transportes.
3050 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. A Secretaria Geral é dirigida por um Inspector-Director m) Promover a execução de planos de recrutamento


com a categoria de Secretário Geral. e selecção de pessoal superiormente aprovado;
5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes n) Exercer as demais competências estabelecidas por
de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento lei ou determinadas superiormente.
Nacional. 3. O Gabinete de Recursos Humanos compreende a seguinte
6. As Secções são chefiadas por Chefes de Secção com a estrutura:
categoria de Chefe de Secção Nacional. a) Departamento de Gestão por Competências e Desen-
ARTIGO 23.º volvimento de Carreiras;
(Gabinete de Recursos Humanos)
b) Departamento de Formação e Avaliação de
1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço de apoio
Desempenho;
responsável pela gestão eficiente do pessoal da Inspecção Geral
c) Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de Dados.
da Administração do Estado, nomeadamente nos domínios
4. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um
da avaliação de desempenho, desenvolvimento de pessoal e
Inspector-Director com a categoria de Director Nacional.
de carreiras, recrutamento, rendimentos, sistemas de incen-
tivos, entre outros. 5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
2. Ao Gabinete de Recursos Humanos compete, em espe- de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento
cial, o seguinte: Nacional.
a) Elaborar propostas sobre as necessidades do pessoal ARTIGO 24.º
(Gabinete Jurídico)
e seu recrutamento;
b) Elaborar estudos e apresentar propostas sobre as 1. O Gabinete Jurídico é o serviço da Inspecção Geral da
carreiras e regime jurídico do pessoal da Inspecção Administração do Estado ao qual compete realizar activida-
Geral da Administração do Estado, em colaboração des de natureza técnico-jurídica, bem como elaborar estudos,
com o Gabinete Jurídico; pesquisas e análises de direito comparado sobre matérias de
c) Elaborar estudos necessários à racionalização e interesse para a Inspecção Geral da Administração do Estado.
gestão dos Recursos Humanos; 2. Ao Gabinete Jurídico compete, em especial, o seguinte:
d) Acompanhar o estágio dos inspectores da Inspecção a) Efectuar estudos sobre matéria técnico-jurídica de
Geral da Administração do Estado; competência da Inspecção Geral da Administração
e) Fazer a avaliação das necessidades de recursos do Estado e participar no estudo e na elaboração
humanos, em colaboração com as diversas áreas
de propostas de Diplomas Legais;
e assegurar a sua provisão de acordo com o qua-
b) Prestar assessoria técnica sobre as questões de natureza
dro de pessoal;
jurídica que lhe sejam submetidas superiormente;
f) Organizar e manter actualizados os processos indi-
viduais do pessoal; c) Representar a Instituição, em juízo e fora dela, nos
g) Colaborar com a Secretaria Geral na definição do casos indicados pelo Inspector Geral da Admi-
indicador de despesas com o pessoal a incorporar nistração do Estado;
no orçamento da Inspecção Geral da Administra- d) Efectuar estudos e elaborar informações e pareceres
ção do Estado; sobre matérias das atribuições e competências da
h) Elaborar, propor e dinamizar medidas de carácter Inspecção Geral da Administração do Estado;
sociocultural que visam o bem-estar e a moti- e) Propor e participar na elaboração de projectos de
vação dos funcionários em colaboração com a Diplomas Legislativos respeitantes às mesmas
Secretaria Geral; matérias;
i) Coordenar processos de avaliação do desempenho f) Elaborar projectos de actos normativos do Inspector
profissional dos funcionários da Inspecção Geral Geral da Administração do Estado;
da Administração do Estado;
g) Promover a divulgação da legislação publicada de
j) Assegurar a execução das normas sobre os sistemas
interesse para a Inspecção Geral da Administra-
de higiene e segurança no trabalho;
ção do Estado;
k) Controlar e analisar a efectividade e assiduidade
do pessoal e proceder à elaboração do respectivo h) Exercer as demais competências estabelecidas por
plano de férias; lei ou determinadas superiormente.
l) Propor, critérios e indicadores para elaboração dos 3. O Gabinete Jurídico compreende a seguinte estrutura:
planos de formação e de superação profissional, a) Departamento de Assistência Jurídica;
quer no interior como no exterior do País, que b) Departamento de Justiça Disciplinar.
abranjam as necessidades da Instituição e proceder 4. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Inspector-Director
à avaliação de resultados; com a categoria de Director Nacional.
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3051

5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes c) Coordenar a preparação das sessões do Conselho
de 1.ª Classe com a categoria de Chefe de Departamento Consultivo e do Conselho de Direcção e acom-
Nacional. panhar a execução das respectivas decisões e
ARTIGO 25.º deliberações;
(Gabinete de Intercâmbio e Cooperação) d) Proceder o balanceamento e sincronização perió-
1. O Gabinete de Intercâmbio e Cooperação é o serviço dica de toda a actividade da Inspecção Geral da
de apoio técnico encarregue de assegurar e acompanhar as Administração do Estado;
matérias relativas ao estabelecimento de relações e coopera- e) Elaborar o Relatório Anual de Actividades da Ins-
ções entre a Inspecção Geral da Administração do Estado e pecção Geral da Administração do Estado;
organismos homólogos de outros países e com organizações f) Exercer as demais competências estabelecidas por
internacionais e regionais. lei ou determinadas superiormente.
2. Ao Gabinete de Intercâmbio e Cooperação compete, 3. O Gabinete de Estudos e Análise compreende a seguinte
em especial, o seguinte: estrutura:
a) Estudar e dinamizar as políticas de cooperação e a) Departamento de Estudos e Análise;
intercâmbio entre a Inspecção Geral da Admi- b) Departamento de Planeamento e Estatística.
nistração do Estado, as instituições nacionais 4. O Gabinete de Estudos e Análise é dirigido por um
e os organismos homólogos de outros países e Inspector-Director, com a categoria de Director Nacional.
organizações internacionais e regionais; 5. Os Departamentos são chefiados por Inspectores-Chefes
b) Assegurar a elaboração de estudos preparatórios para de 1.ª Classe, com a categoria de Chefe de Departamento
a ratificação de convenções, acordos e tratados Nacional.
internacionais, em colaboração com o Gabinete ARTIGO 27.º
Jurídico; (Gabinete de Tecnologias de Informação)
c) Proceder ao acompanhamento da execução de todos 1. O Gabinete de Tecnologias de Informação é o serviço
os instrumentos jurídicos internacionais no domínio de apoio técnico responsável pelo desenvolvimento das tec-
das actividades do sector de que Angola faça parte; nologias e manutenção dos sistemas de informação com vista
d) Cooperar com outros organismos nacionais e inter- a dar suporte às actividades de modernização e inovação da
nacionais no domínio da sua competência técnica Inspecção Geral da Administração do Estado.
e científica; 2. Ao Gabinete de Tecnologias de Informação compete,
e) Proceder ao tratamento da documentação nacional em especial:
e internacional sobre matérias de especialidade a) Conceber, desenvolver, instalar e manter os sistemas
e a sua divulgação pelos inspectores e demais informáticos, nas suas diferentes modalidades, de
pessoal técnico; acordo com os padrões de manuais, documentos e
f) Participar nas negociações para a celebração de acordos fluxos operacionais estabelecidos pela Inspecção
ou protocolos de cooperação ligados ao Sector; Geral da Administração do Estado;
g) Exercer as demais competências estabelecidas por b) Representar institucionalmente, sob mandato do
lei ou determinadas superiormente. Titular, a Inspecção Geral da Administração do
3. O Gabinete de Intercâmbio e Cooperação é dirigido por Estado, em assuntos de tecnologias de informação;
um Inspector-Director com a categoria de Director Nacional. c) Assegurar a permanente e completa adequação dos
ARTIGO 26.º sistemas de tecnologias de informação às neces-
(Gabinete de Estudos e Análise) sidades de gestão e operacionalidade dos órgãos,
1. O Gabinete de Estudos e Análise é o serviço de assesso- serviços e organismos integrados na Inspecção
ria e execução de carácter transversal, que tem como funções Geral da Administração do Estado;
principais a preparação de medidas de política e estratégia da d) Estudar e propor, em coordenação com outros serviços
Instituição, nos diversos domínios da sua actividade. da Inspecção Geral da Administração do Estado, as
2. Ao Gabinete de Estudos e Análise compete, em espe- normas e procedimentos sobre a melhor utilização
cial, o seguinte: das novas tecnologias na execução das tarefas;
a) Conceber, em colaboração com os outros serviços e) Coordenar e emitir parecer sobre os investimentos
medidas de política e estratégia global da actividade em matéria de informática, dos órgãos e serviços
da Inspecção Geral da Administração do Estado; da Inspecção Geral da Administração do Estado,
b) Preparar, em colaboração com outros serviços da bem como controlar a sua execução em articula-
Inspecção Geral da Administração do Estado, os ção com estes;
relatórios de avaliação e execução dos planos e f) Exercer as demais competências estabelecidas por
programas; lei ou determinadas superiormente.
3052 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. O Gabinete de Tecnologias de Informação é dirigido por Inspecção Geral da Administração do Estado, com os Órgãos da
um Inspector-Director com a categoria de Director Nacional. Administração Pública e outras entidades públicas e privadas.
ARTIGO 28.º 2. As competências, composição e o regime do pessoal
(Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa) do Gabinete do Inspector Geral da Administração do Estado
1. O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa é o constam de Diploma próprio.
serviço de apoio técnico da Inspecção Geral da Administração 3. O Gabinete do Inspector Geral da Administração do
do Estado, na elaboração, implementação, coordenação e Estado é dirigido por um Director com a categoria de Director
monitorização das políticas de comunicação e institucional Nacional.
e imprensa. ARTIGO 30.º
2. Ao Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa (Gabinete dos Inspectores Gerais-Adjuntos
da Administração do Estado)
compete, em especial, o seguinte:
a) Apoiar a Inspecção Geral da Administração do 1. A composição, competência, forma de provimento e o
Estado nas Áreas de Comunicação Institucional regime jurídico dos Gabinetes dos Inspectores Gerais-Adjuntos
e Imprensa; da Administração do Estado constam de Diploma próprio.
b) Divulgar as actividades desenvolvidas pela Inspecção 2. Os Gabinetes dos Inspectores Gerais-Adjuntos da
Geral da Administração do Estado e responder aos Administração do Estado são dirigidos por Directores de
pedidos de informação; Gabinete com a categoria de Directores Nacionais.
c) Elaborar os discursos, os comunicados e todo o tipo 3. O pessoal dos Gabinetes dos Inspectores Gerais-Adjuntos
de mensagens do Inspector Geral da Administra- da Administração do Estado é nomeado e exonerado por
ção do Estado;
Despacho do Inspector Geral da Administração do Estado,
d) Participar na organização dos eventos institucionais
mediante proposta dos Inspectores Gerais-Adjuntos da
da Inspecção Geral da Administração do Estado;
Administração do Estado.
e) Gerir a documentação e informação técnica e ins-
titucional da Inspecção-Geral da Administração CAPÍTULO IV
do Estado, veicular e divulgá-la; Organização da Actividade
f) Manter actualizado o portal de internet da Inspec- ARTIGO 31.º
ção Geral da Administração do Estado e toda a (Poderes funcionais)
comunicação digital; Para o exercício da actividade inspectiva, o pessoal de direc-
g) Produzir conteúdos informativos para divulgação ção, chefia e inspecção da Inspecção Geral da Administração
nos diversos canais de comunicação, podendo, do Estado dispõe de poderes de autoridade pública.
para o efeito, sob aprovação do Inspector Geral
ARTIGO 32.º
da Administração do Estado, contratar serviços (Planos e programas de trabalho)
especializados;
1. A Inspecção Geral da Administração do Estado realiza
h) Actualizar, em coordenação com o Gabinete de Tec-
as tarefas de acordo com o plano anual de actividades e o pro-
nologias de Informação os portais da Inspecção
grama de trabalho, aprovados pelo Presidente da República e
Geral da Administração do Estado;
Titular do Poder Executivo.
i) Definir e organizar todas as acções de formação no que
2. O plano de inspecção deve ter uma periodicidade não
concerne à comunicação institucional e imprensa
superior a cinco anos e abranger todos os órgãos e serviços
da Inspecção Geral da Administração do Estado;
da Administração Central e Local do Estado.
j) Exercer as demais competências estabelecidas por
3. Podem ser realizadas inspecções extraordinárias sem-
lei ou determinadas superiormente.
3. O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa é pre que as situações assim o exijam.
dirigido por um Inspector-Director com a categoria de Director SECÇÃO I
Princípios Sobre a Actividade Inspectiva
Nacional.
SECÇÃO VI ARTIGO 33.º
Serviços de Apoio Instrumental (Princípios)

Sem prejuízo dos princípios gerais previstos na Constituição


ARTIGO 29.º
(Gabinete do Inspector Geral da Administração do Estado) e na Lei, o exercício da actividade inspectiva rege-se pelos
1. O Gabinete do Inspector Geral da Administração do seguintes princípios:
Estado é o serviço de apoio directo e pessoal que assegura a) Da Proporcionalidade;
a actividade do Inspector Geral da Administração do Estado b) Do Contraditório;
no seu relacionamento com os órgãos e serviços internos da c) Do Sigilo Profissional.
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3053

ARTIGO 34.º ARTIGO 38.º


(Princípio da proporcionalidade) (Superintendência)
No exercício das suas funções, os dirigentes e inspec- 1. Os serviços referidos no artigo anterior obedecem ao
tores dos órgãos e serviço de inspecção devem pautar a sua princípio da superintendência, devendo, para o efeito, dar
conduta pela adequação dos seus procedimentos aos objec- conhecimento da sua actividade ao titular do serviço em que
tivos da acção. se encontra inserido.
ARTIGO 35.º 2. Os planos e relatórios de actividades devem ser reme-
(Principio do contraditório)
tidos à Inspecção Geral da Administração do Estado que, em
1. Sem prejuízo das garantias de defesa previstas na lei colaboração com os Serviços de Inspecção Sectoriais, Gerais
e das regras aplicáveis aos deveres de sigilo, a IGAE deve e de Fiscalização elaboram o plano integrado de inspecção.
conduzir as suas intervenções com observância ao princípio ARTIGO 39.º
do contraditório. (Nomeação dos Inspectores Sectoriais)
2. Antes da elaboração do relatório final, deve ser dado
1. Os Inspectores Gerais desses serviços são nomeados
conhecimento prévio do projecto de relatório de controlo à
pelo Titular do Órgão, segundo o perfil constante no regime
instituição inspeccionada ou auditada, excepto quando tal
jurídico da carreira de inspecção.
procedimento for susceptível de prejudicar os objectivos da
2. O disposto nos números anteriores não é aplicável aos
actividade inspectiva.
Serviços de Inspecção e Fiscalização das Forças Armadas,
3. O prazo do exercício do contraditório é fixado pelo
Segurança e Ordem Interna, sem prejuízo da sua integração
Inspector Geral da Administração do Estado entre 5 (cinco) a
no sistema.
15 (quinze) dias úteis, bem como as modalidades e princípios
orientadores que permitam assegurar a correcta aplicação do ARTIGO 40.º
(Relatórios de inspecção)
referido princípio do contraditório.
ARTIGO 36.º
Uma cópia dos relatórios das acções inspectivas realiza-
(Sigilo profissional) das pelos serviços de Inspecção Geral ou sectorial deve ser
1. Todos os funcionários da Inspecção Geral da Admi- remetida à Inspecção Geral da Administração do Estado que
nistração do Estado e todos aqueles que com eles colaborarem, determina ou não o seu envio ao Titular do Poder Executivo.
além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício de CAPÍTULO VI
funções públicas, estão especialmente obrigados a guardar Pessoal
rigoroso sigilo sobre todas as matérias de que tiverem conheci-
ARTIGO 41.º
mento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. (Quadro de pessoal e organigrama)
2. Toda a informação adquirida no exercício da função O quadro de pessoal e o organigrama da Inspecção Geral
inspectiva não pode ser divulgada ou utilizada em proveito da Administração do Estado constam nos Anexos I, II, III e IV
próprio ou alheio, directamente ou por interposta pessoa. do Estatuto Orgânico e dele faz parte Integrante.
3. A metodologia, procedimentos e resultados das acções de ARTIGO 42.º
inspecção e auditoria estão abrangidos pelo dever de segredo (Regime de carreira)
e confidencialidade, salvo decisão do Presidente da República O Regime de Carreira Especial da Inspecção Geral da
e Titular do Poder Executivo. Administração do Estado é regulado por Diploma próprio.
4. O dever de sigilo profissional mantém-se mesmo após ARTIGO 43.º
cessação de funções. (Deveres gerais)

CAPÍTULO V Sobre os funcionários da Inspecção Geral da Administração


Inspecções Sectoriais do Estado impendem os deveres constantes do regime geral
estabelecido para a função pública, designadamente o cons-
ARTIGO 37.º
(Integração no sistema)
tante no Decreto n.º 33/91, de 26 de Julho, sobre o Regime
Disciplinar dos Funcionários Públicos e Agentes Administrativos
Os Serviços de Inspecção Geral ou Sectorial e de Fiscalização
e demais legislação aplicável.
integrados em Departamentos Ministeriais e instituições públi-
ARTIGO 44.º
cas com autonomia administrativa, técnica e financeira fazem (Deveres especiais)
parte do sistema de controlo interno da Administração do 1. Os funcionários da Inspecção Geral da Administração
Estado e estão sujeitos às orientações técnicas, metodoló- do Estado devem sempre, especialmente em serviço, proceder
gicas, emanados pela Inspecção Geral da Administração do de modo irrepreensível e isento, agindo com maior discrição
Estado, sem prejuízo da subordinação orgânica do órgão em para não porem em causa o prestígio e a autoridade do orga-
cuja estrutura administrativa estiverem integrados. nismo ou serviço sob inspecção.
3054 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. É expressamente proibido aos funcionários da Inspecção f) Corresponder-se, quando em serviço fora da sede da
Geral da Administração do Estado receber favores ou qual- Inspecção Geral da Administração do Estado, com
quer dádiva da entidade inspeccionada. todas as autoridades e bem assim com quaisquer
3. É de igual modo proibido revelar, por qualquer forma, pessoas singulares ou colectivas sobre assuntos
factos que tenham vindo ao seu conhecimento no exercício de serviço da sua competência.
da sua actividade, ou fazer em público qualquer comentário
ARTIGO 47.º
sobre eles. (Remuneração)
4. A falta de isenção constitui infracção disciplinar passí-
O regime remuneratório do pessoal da Inspecção Geral
vel de sanção disciplinar grave, nos termos da lei.
da Administração do Estado é regulado por Diploma próprio
ARTIGO 45.º a aprovar pelo Presidente da República.
(Direitos gerais)
ARTIGO 48.º
Os funcionários da Inspecção Geral da Administração do (Suplementos de função inspectiva)
Estado têm os direitos consagrados no regime geral estabe-
1. O pessoal da Inspecção Geral da Administração do
lecido para a função pública e demais legislação aplicável.
Estado, devidamente enquadrado e nomeado para o exercício
ARTIGO 46.º
(Direitos especiais) daquelas funções nos termos previstos na lei, para a compen-
Os inspectores da Inspecção Geral da Administração do sação dos ónus específicos inerentes ao seu exercício, tem
Estado gozam dos seguintes direitos especiais: direito a um suplemento de função inspectiva correspondente
a) Ao uso de cartão de identidade próprio dos servi- a 20% da respectiva remuneração/base mensal.
ços, cujo modelo consta no Anexo IV do presente 2. O suplemento a que se refere o número anterior releva
Diploma, dele sendo parte integrante; para efeitos de aposentação, sendo considerado no cálculo da
b) Ao acesso e livre-trânsito em todos os organismos pensão pela reforma prevista na lei sobre matéria de aposentação.
públicos, empresas, cooperativas e serviços do ARTIGO 49.º
Estado, cais de embarque, aeroportos e recintos (Suplemento de coordenação inspectiva)
públicos no exercício das suas funções; Os Coordenadores das Equipas Inspectivas, de Auditorias,
c) A utilizar nos locais de trabalho, por cedência das de Inquéritos ou de Sindicâncias têm direito a um suplemento
entidades, dirigentes ou responsáveis de órgãos remuneratório correspondente a 30% da respectiva remune-
ou serviços sob inspecção ou sob inquérito, ins- ração/base mensal.
talações adequadas ao exercício das funções, em
condições de segurança, dignidade e eficácia; CAPÍTULO V
d) Solicitar e examinar livros, documentos e arquivos Disposições Finais
dos serviços inspeccionados, que lhe devem ser ARTIGO 50.º
fornecidos com prioridade e urgência requeri- (Regulamento interno)
das, podendo extrair deles cópias ou amostras Os Serviços da Inspecção Geral da Administração do
necessárias; Estado regem-se por regulamentos próprios a aprovar por
e) Proceder à apreensão, requisição ou produção de Decreto Executivo do Inspector Geral da Administração do
documentos na posse dos órgãos, serviços ou Estado, no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação do
entidades inspeccionados ou objecto de qualquer presente Diploma.
diligência, quando isso se mostre necessário ao ARTIGO 51.º
êxito do trabalho inspectivo ou de inquérito, ave- (Orçamento)
riguação ou sindicância, devendo, para o efeito, A Inspecção Geral da Administração do Estado dispõe
lavrar-se competente auto, dispensável no caso de orçamento próprio para o seu funcionamento, cuja gestão
de simples reprodução de documentos; obedece as regras estabelecidas na legislação vigente.
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3055

ANEXO I
Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 41.º
N.º de Lugares
Grupo de Pessoal Categoria/Cargo Especialidades Profissionais
Criados
Inspector Geral da Administração do Estado 1
Cargos Políticos
Inspector Geral da Administração do Estado-Adjunto 3
Inspector-Director 15
Inspector Chefe de 1.ª Classe 18
Direcção e Chefia
Inspector Chefe de 2.ª Classe 6
Chefe de Secção da IGAE 6
Inspector Assessor Principal 11
Inspector Primeiro Assessor Direito, Economia, Gestão, Engenharia 11
Inspector Assessor Civil, Engenharia Informática, Auditoria, 12
Inspector Superior
Inspector Superior Principal Gestão de Recursos Humanos, Arquitectura, 15
Inspector Superior de 1.ª Classe Gestão Pública e de Empresas 20
Inspector Superior de 2.ª Classe 150
Inspector Especialista de 1.ª Classe 1
Inspector Técnico
Inspector Técnico de 1.ª Classe 1
Total 270

ANEXO II
Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 41.º
N.º de Lugares
Grupo de Pessoal Categoria/Cargo Especialidades Profissionais
Criados
Assessor Principal da IGAE 3
Primeiro Assessor da IGAE Direito, Economia, Gestão, Engenharia 6
Assessor da IGAE Civil, Engenharia Informática, Auditoria, 8
Técnico Superior
Técnico Superior Principal da IGAE Gestão de Recursos Humanos, Arquitectu- 10
Técnico Superior de 1.ª Classe da IGAE ra, Gestão Pública e de Empresas 15
Técnico Superior de 2.ª Classe da IGAE 50
Especialista Principal da IGAE 2
Especialista de 1.ª Principal da IGAE Direito, Economia, Gestão, Engenharia 2
Especialista de 2.ª Principal da IGAE Civil, Auditoria, Gestão de Recursos 2
Técnico
Técnico de 1.ª Classe da IGAE Humanos, Arquitectura, Gestão Pública e 3
Técnico de 2.ª Classe da IGAE de Empresas 4
Técnico de 3.ª Classe da IGAE 4
Técnico M. Principal de 1.ª Classe da IGAE 2
Técnico M. Principal de 2.ª Classe da IGAE 2
Contabilidade, Administração Pública,
Técnico M Principal de 3.ª Classe da IGAE 3
Técnico Médio Ciências Económicas, Jurídicas e Infor-
Técnico Médio de 1.ª Classe da IGAE 4
mática
Técnico Médio de 2.ª Classe da IGAE 4
Técnico Médio de 3.ª Classe da IGAE 5
Oficial Administrativo Principal da IGAE 2
Primeiro Oficial da IGAE 3
Segundo Oficial da IGAE Técnicas Administrativas, Secretariado e 3
Administração
Terceiro Oficial da IGAE Protocolo 4
Aspirante da IGAE 4
Escriturário-Dactilógrafo da IGAE 6
Motorista de Pesados de 1.ª Classe da IGAE 1
Motorista de Pesados de 2.ª Classe da IGAE 1
Motorista Técnicas de Condução
Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe da IGAE 6
Motorista de Ligeiros de 2.ª Classe da IGAE 10
Telefonista de 1.ª Classe da IGAE 2
Auxiliar Telefonista Técnicas de Comunicação
Telefonista de 2.ª Classe da IGAE 2
Auxiliar Administrativo Principal da IGAE 2
Auxiliar Administrativo Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe da IGAE Técnicas Administrativas 3
Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe da IGAE 6
Encarregado da IGAE 2
Operário Qualificado Operário Qualificado de 1.ª Classe da IGAE Não especificadas 3
Operário Qualificado de 2.ª Classe da IGAE 3
Total 192
Total Geral 462
3056 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO III
Organigrama a que se refere o artigo 41.º
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3057

ANEXO IV
Modelo de cartão de identidade, a que se refere a alínea a) do artigo 46.º
do Estatuto Orgânico que antecede do qual constitui parte integrante.
Características:
a) Dimensões: cumprimento 5,4cm e largura 8,5cm;
b) Cor Vermelho.
Cartão de identidade a que se refere o artigo 46.º do Estatuto Orgânico que antecede.

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

MINISTÉRIO DA CONSTRUÇÃO REGULAMENTO INTERNO


DO GABINETE DE INSPECÇÃO
E OBRAS PÚBLICAS
CAPÍTULO I
Decreto Executivo n.º 144/18 Disposições Gerais
de 21 de Maio
ARTIGO 1.º
Havendo necessidade de se regulamentar a estrutura e o (Objecto)
funcionamento do Gabinete de Inspecção a que se refere o O presente Regulamento estabelece as normas de organiza-
artigo 13.º do Estatuto Orgânico do Ministério da Construção ção e funcionamento do Gabinete de Inspecção do Ministério
e Obras Públicas, aprovado pelo Decreto Presidencial da Construção e Obras Públicas (MINCOP).
n.º 37/18, de 9 de Fevereiro; ARTIGO 2.º
Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente (Natureza)
da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da O Gabinete de Inspecção, abreviadamente designado por
República de Angola, determino: GINSP, é o serviço que acompanha, fiscaliza, monitora e
Artigo 1.º — É aprovado o Regulamento Interno do Gabinete avalia a aplicação dos planos e programas aprovados para o
de Inspecção do Ministério da Construção e Obras Públicas, Sector, bem como o cumprimento dos princípios e normas
anexo ao presente Decreto Executivo e dele é parte integrante. de organização, funcionamento e actividades do Ministério
Artigo 2.º — É revogada toda a legislação que contrarie da Construção e Obras Públicas.
o disposto no presente Decreto Executivo. ARTIGO 3.º
Artigo 3.º — As dúvidas e omissões suscitadas na interpre- (Atribuições)
tação e aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas 1. No âmbito do artigo 13.º do Estatuto Orgânico do
pelo Ministro da Construção e Obras Públicas. Ministério da Construção e Obras Públicas, compete ao
Artigo 4.º — O presente Decreto Executivo entra em vigor Gabinete de Inspecção o seguinte:
na data da sua publicação. a) Em coordenação com os demais serviços do MIN-
Publique-se. COP, fiscalizar o cumprimento das normas téc-
Luanda, aos 21 de Maio de 2018. nicas e regulamentos aplicáveis à construção e
O Ministro, Manuel Tavares de Almeida. obras públicas;
3058 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Promover a realização de inquéritos, auditorias sindi- g) Propor superiormente as alterações que julgar neces-
câncias e averiguações e outras acções no âmbito sárias ao presente Regulamento;
das suas atribuições, assegurando a competência h) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam atri-
execução das recomendações emitidas; buídas por lei ou por determinação superior.
c) Levantar autos de notícia por infracções detectadas ARTIGO 6.º
na actividade da construção e obras públicas; (Departamento de Inspecção)
d) Colaborar, com os demais organismos do Estado, em 1. O Departamento de Inspecção é o serviço encarregue
acções de inspecção e fiscalização da actividade de inspeccionar as actividades do MINCOP, bem como levan-
nos domínios de construção civil e obras públicas; tar autos de notícia por infracções detectadas nas empreitadas
e) Desenvolver estudos, programação e análise dos de construção.
processos referentes à actividade de inspecção; 2. Ao Departamento de Inspecção compete:
a) Realizar as tarefas de inspecção e fiscalização pre-
f) Acompanhar e assessorar o Ministro e Secretários
vistas no Estatuto Orgânico do MINCOP;
de Estado nas acções de inspecção e controlo das
b) Elaborar a proposta do programa anual de actividades;
actividades do MINCOP; c) Apresentar propostas que visem o aperfeiçoamento
g) Realizar inspecções com vista a avaliar o cumprimento das acções de inspecção e fiscalização no Sector
das orientações, normas legais e regulamentares e da Construção Civil e Obras Públicas;
das instruções aplicáveis as actividades da estru- d) Propor no âmbito das acções inspectivas e de fis-
tura objecto de inspecção; calizações a composição das equipas técnicas;
h) Elaborar mensalmente o relatório das actividades e) Proceder a fiscalização dos projectos de investi-
do Gabinete; mentos públicos;
i) Desempenhar as demais funções de natureza ins- f) Supervisionar e inspeccionar os projectos em execu-
pectiva que lhe sejam atribuídas por lei, ou por ção, assegurando o cumprimento das respectivas
determinação superior; normas e regulamentos em vigor na República
de Angola;
CAPÍTULO II g) Com base nos programas e planos de actividades,
Organização analisar e elaborar pareceres sobre o grau de exe-
ARTIGO 4.º
cução dos projectos aprovados;
(Estrutura orgânica) h) Coordenar com as Direcções Executivas, os Institutos
e serviços do Sector encarregues na construção de
O Gabinete de Inspecção compreende a seguinte estrutura:
infra-estruturas, acções de inspecções conjuntas,
a) Departamento de Inspecção;
que visem o acompanhamento e correcção da
b) Departamento de Estudo, Programação e Análise.
execução com base nos projectos de contractos
ARTIGO 5.º aprovados;
(Competências do Inspector Geral)
i) Realizar periodicamente acções inspectivas e de fis-
O Gabinete de Inspecção é dirigido por um Inspector calização, sobre a organização e funcionamento,
Geral com a categoria de Director Nacional, a quem compete: dos serviços executivos centrais, serviços de apoio
a) Planificar, organizar, dirigir, coordenar, orientar e técnico, organismos tutelados e empresas do Sec-
acompanhar a execução das tarefas do Gabinete; tor, com base no Estatuto Orgânico do MINCOP e
b) Responder pelas actividades do Gabinete de Ins- demais legislação em vigor na República de Angola;
pecção, perante o Titular do MINCOP ou a quem j) Analisar os relatórios de actividades dos serviços
este delegar; executivos centrais, serviços de apoio técnico,
c) Submeter à apreciação do Titular do MINCOP os organismos tutelados e empresas do Sector, no
âmbito das normas e procedimentos administrativos;
planos de actividade/acções, pareceres, estudos,
k) Propor a instauração de processos disciplinares em
projectos, propostas e demais trabalhos relacio-
resultado da actividade inspectiva;
nados com a actividade do Gabinete; l) Participar nas auditorias, inquéritos, sindicâncias e
d) Elaborar e apresentar mensalmente o relatório das averiguações;
actividades do Gabinete; m) Desempenhar as demais tarefas que lhe forem
e) Propor as nomeações dos responsáveis para o Gabi- determinadas superiormente.
nete, bem como as admissões, as exonerações e 3. O Departamento de Inspecção é chefiado por um Inspector
a mobilidade interna dos técnicos do Gabinete, e Geral-Adjunto, equiparado a Chefe de Departamento.
avaliar o seu desempenho; ARTIGO 7.º
f) Organizar e dirigir as auditorias, inquéritos, sin- (Departamento de Estudo, Programação e Análise)
dicâncias e averiguações aos serviços e órgãos 1. O Departamento de Estudo, Programação e Análise é
superintendidos do MINCOP; o serviço encarregue de Proceder à instrução processual das
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3059

infracções detectadas no domínio da construção, com base i) Receber e dar tratamento as denúncias, reclamações,
nos autos de notícia levantados pelo Gabinete e outras enti- ocorrências e queixas no âmbito da fiscalização
dades do Estado. e inspecção;
2. Compete ao Departamento de Estudo, Programação j) Desempenhar as demais tarefas que lhe forem deter-
e Análise: minadas superiormente.
a) Elaborar a proposta do programa anual de actividades; 3. O Departamento de Estudos, Programação e Análise é
b) Catalogar e controlar o cumprimento das decisões chefiado por um Chefe de Departamento.
proferidas nos processos de inspecção; ARTIGO 8.º
(Apoio Intersectorial ao Trabalho Inspectivo)
c) Emitir parecer sobre os processos instruídos e veri-
No exercício da sua actividade inspectiva, o Gabinete de
ficar o cumprimento das decisões proferidas nos
Inspecção pode e sempre que necessário recorrer aos serviços
processos de inspecção;
de técnicos e especialistas dos diferentes serviços, organis-
d) Manter sistematicamente e permanentemente infor- mos e entidades tuteladas pelo MINCOP.
mado o Inspector Geral, sobre o tratamento das ARTIGO 9.º
queixas, denúncias e reclamações dos cidadãos; (Cartão de Identificação)
e) Elaborar estudos e projectos que visem o aperfei- 1. Os Inspectores do Ministério da Construção e Obras
çoamento da acção inspectiva; Públicas são portadores de um Cartão de Identificação, nos
f) Propor a composição das equipas técnicas, que se termos do artigo 16.º, n.º 1 do Decreto Presidencial n.º 170/13,
imponham no âmbito da sua actividade; de 28 de Outubro.
g) Elaborar, analisar estudos e projectos que visem o 2. Os Inspectores devem exibir o Cartão de Identificação
aperfeiçoamento de acções das actividades do sempre que esteja no exercício de funções e sempre que lhe
Sector da Construção Civil e Obras Públicas, com seja solicitada a verificação da respectiva identificação no
base na legislação existentes e projectos aprovados; âmbito de uma acção inspectiva.
h) Apresentar propostas de programação e realizar as ARTIGO 10.º
(Quadro de pessoal)
acções inspectivas nos serviços executivos centrais,
serviços de apoio técnico, organismos tutelados O quadro de pessoal do Gabinete de Inspecção consta
e empresas do Sector, no âmbito das normas e do anexo ao presente Regulamento e dele é parte integrante.
procedimentos administrativos; O Ministro, Manuel Tavares de Almeida.

ANEXO
Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 10.º do Regulamento Interno
Especialidade Profissional a N.º de
Grupo de Pessoal Carreira Categoria/Cargo
Admitir Lugares
Director Nacional Direito 1
Direcção e Chefia Direcção e Chefia
Chefe de Departamento Eng.º Civil 2
Assessor Principal Direito 1
Primeiro Assessor -
Assessor -
Técnico Superior Técnica Superior
Técnico Superior Principal Eng.º Civil 2
Técnico Superior de 1.ª Classe Arquitecto 1
Técnico Superior de 2.ª Classe -
Especialista Principal -
Especialista de 1.ª Classe -
Especialista de 2.ª Classe -
Técnico Técnica
Técnico de 1.ª Classe -
Técnico de 2.ª Classe -
Técnico de 3.ª Classe Fiscal de Obra 1
Técnico Médio Principal de 1.ª Classe -
Técnico Médio Principal de 2.ª Classe Construção Civil 1
Técnico Médio Principal de 3.ª Classe Fiscal de Obra 1
Técnico Médio Técnica Média
Técnico Médio de 1.ª Classe -
Técnico Médio de 2.ª Classe -
Técnico Médio de 3.ª Classe -

O Ministro, Manuel Tavares de Almeida.


3060 DIÁRIO DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS 2. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Despacho são resolvidas pelo Ministro
das Finanças.
Despacho n.º 130/18 3. O presente Despacho entra imediatamente vigor.
de 21 de Maio
Publique-se.
Considerando que, pelo Despacho Presidencial n.º 57/18
de 15 de Maio, foi autorizado ao Ministro das Finanças a Luanda, aos 21 de Maio de 2018.
celebrar, em nome e representação da República de Angola, O Ministro, Archer Mangueira.
o Acordo de Financiamento com o Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola; Despacho n.º 132/18
Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente de 21 de Maio
da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente
República de Angola, e de acordo com as disposições combi- da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da
nadas dos n.os 1 e 2 do Despacho Presidencial de 10 de Maio República de Angola, e de acordo com as disposições combi-
de 2018, das alíneas b) e d) do n.º 1 do artigo 6.º do Estatuto nadas dos n.os 2, 4 e 7 do artigo 30.º do Decreto Presidencial
Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto n.º 111/18, de 27 de Fevereiro, determino:
Presidencial n.º 31/18, de 7 de Fevereiro, conjugados com 1. É fixado em Kz: 183.495.21,00 (cento e oitenta e três
o artigo 13.º das Normas do Procedimento e da Actividade mil, quatrocentos e noventa e cinco Kwanzas e vinte e um
Administrativa aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 16-A/95, cêntimos) o Fundo Permanente para a Unidade Orçamental
de 15 de Dezembro, determino: — Delegação Provincial do Bengo da Procuradoria Geral da
1. São subdelegados plenos poderes a Florêncio Mariano da República, para o Ano Económico de 2018.
Conceição de Almeida, Embaixador de Angola na República 2. O Fundo Permanente será gerido pela Comissão
da Itália, para, em representação do Ministro das Finanças Administrativa nomeada pelo Sub-Procurador Geral da
da República de Angola, assinar toda a documentação rela- República, composta por:
cionada com o Acordo de Financiamento para o Projecto de a) Iracema Adalgisa da Fonseca Vaz Conceição —
Recuperação da Agricultura e Resiliência na Região Sul de Procuradora da República;
Angola, no valor global de 7.600.000,00 (sete milhões e seiscen- b) Sandra Maurício Quissua Correia Branco — Técnica
tos mil dólares norte-americanos), com o Fundo Internacional Principal de 3.ª Classe; e
de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). c) Hélder Paulo Mateus — Auxiliar Técnico de 3.ª Classe.
2. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e 3. Este Despacho entra imediatamente em vigor.
aplicação do presente Despacho são resolvidas pelo Ministro Publique-se.
das Finanças. Luanda, aos 11 de Maio de 2018.
3. O presente Despacho entra imediatamente vigor. O Ministro, Archer Mangueira.
Publique-se.
Luanda, aos 14 de Maio de 2018.
O Ministro, Archer Mangueira. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
E DOS DIREITOS HUMANOS
Despacho n.º 131/18
de 21 de Maio
Despacho n.º 133/18
Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente de 21 de Maio

da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente
República de Angola, e de acordo com as disposições combi- da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição da
nadas dos n.os 1, 3, 4 e 11 do Despacho Presidencial n.º 289/17, República de Angola, conjugado com o artigo 33.º do Decreto
Legislativo Presidencial n.º 3/17, de 13 de Outubro, sobre a
de 13 de Outubro, das alíneas b) e d) do n.º 1 do artigo 6.º
Delegação de Poderes nos Ministros de Estado e Ministros,
do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado
determino:
pelo Decreto Presidencial n.º 31/18, de 7 de Fevereiro, con-
Tendo sido observados os requisitos constantes do artigo 15.º
jugados com o artigo 13.º das Normas do Procedimento e da da Lei n.º 2l-D/92, de 28 de Agosto — Lei Sindical;
Actividade Administrativa aprovadas pelo Decreto-Lei Nestes termos, em cumprimento do disposto no artigo 16.º
n.º 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino: da supracita Lei;
1. São subdelegados plenos poderes à Secretária de Estado Ponto Único: — Que sejam publicados em Diário da
para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza Nacília República os Estatutos da Federação dos Sindicatos dos
Gomes da Silva, para autorizar o abate de veículos e bens Trabalhadores da Educação, Cultura, Desporto e Comunicação
móveis, bem como para coordenar e supervisionar os res- Social de Angola, abreviadamente «FSTECDCSA», anexo ao
pectivos processos. presente Despacho que dele é parte integrante.
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3061

O presente Diploma entra em vigor na data da sua f) Lutar pela política de emprego e redução gradual do
publicação. desemprego a nível dos sub-ramos;
Publique-se. g) Identificar e activar acções com os órgãos tripartidos
Luanda, aos 4 de Maio de 2018. nos actos ou encontros de concertação social e
negociação colectiva;
O Ministro, Francisco Manuel Monteiro de Queiroz.
h) Declarar a greve e dar termo da mesma;
i) Desenvolver acções que visem a extensão da
ESTATUTOS DA FEDERAÇÃO
DOS SINDICATOS DE TRABALHADORES sindicalização;
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO j) Promover a criação de centros sociais da Federação;
E COMUNICAÇÃO SOCIAL k) Descrever mecanismos para que se observe a impar-
DE ANGOLA — F.S.T.E.C.D.C.S.A. cialidade junto dos Órgãos de Soberania, na
materialização e no cumprimento de normas
CAPÍTULO I
disciplinares pelos empregadores;
Disposições Gerais
l) Utilizar uma metodologia activa na implementação
ARTIGO 1.º
(Definições, âmbito e sede)
dos mecanismos de aplicação do sistema de pro-
tecção, higiene e saúde no trabalho, bem como a
1. A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores da
Educação, Cultura, Desporto e Comunicação Social de Angola segurança social em acidentes de trabalho e doen-
(F.S.T.E.C.D.C.S.A.) é uma Organização Sindical constituída ças profissionais a nível dos ramos de actividade;
pelas Associações Sindicais Democráticas, que abrange todos m) Estabelecer e desenvolver relações de amizade e
os Sindicatos que livre ou voluntariamente se filiam nela e, cooperação com organizações sindicais congéneres,
que gozam de personalidade jurídica, autonomia administra- tanto a nível nacional e internacional;
tiva, financeira e patrimonial, ao nível do País. n) Promover e apoiar normas internacionais sobre as
2. São membros da Federação os Sindicatos ligados ao mulheres trabalhadoras e lutar contra o trabalho
Sectores:
de menores;
a) Educação;
o) Analisar e propor elementos chave junto dos Órgãos
b) Cultura;
de Tutela, por forma a defender uma política de
c) Desporto;
justiça social e direito a um salário valorizado e
d) Ciência e Tecnologia;
e) Comunicação Social. sem discriminação a nível dos ramos de actividade.
3. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. é uma organização de âmbito CAPÍTULO II
nacional, que se rege nos princípios de independência, uni-
ARTIGO 3.º
dade, democracia, liberdade, solidariedade, e com sede em (Princípios)
Luanda, capital do País.
1. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. é uma organização autónoma
ARTIGO 2.º
(Objectivos)
e independente do patronato, Governo e Partidos Políticos.
2. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. é um órgão de concertação e de
A defesa dos legítimos interesses dos Sindicatos filiados,
representação de valores e interesses sindicais à escala nacio-
no quadro dos princípios da democracia, constitui o imperativo
fundamental da linha de acção Sindical da F.S.T.E.C.D.C.S.A, nal e internacional.
cujo objectivo de entre outros destacam-se os seguintes: 3. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. exerce sua acção de conformi-
a) Promover, organizar e fortalecer a unidade do dade com os princípios do sindicalismo democrático, na base
Movimento Sindical Democrático, na luta pela de eleição de todos os seus órgãos estatutários por escrutínio
realização dos objectivos comuns; directo e secreto com a participação das associações filiadas
b) Apoiar os filiados na luta pela satisfação plena das em todas as actividades sindicais.
suas reivindicações; 4. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. orienta a sua acção com base na
c) Reforçar o espírito de solidariedade entre todos os obrigatoriedade de prestação de contas pelos órgãos eleitos
estatutariamente com a aceitação do princípio de incompa-
Sindicatos, lutando para que o direito ao trabalho
tibilidade do exercício de cargo de Dirigente Sindical com
se torne efectivo;
o do patronato.
d) Colaborar na definição dos programas estruturais e 5. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. promove e coordena as associa-
de enquadramento social dos ramos de actividade; ções filiadas, devendo as relações de trabalho basearem-se nos
e) Lutar pela liberdade de exercício da actividade sin- princípios da participação não centralizada, de autonomia, de
dical nos locais de trabalho; igualdade de direitos e de respeito mútuo.
3062 DIÁRIO DA REPÚBLICA

6. A F.S.T.E.C.D.C.S.A. tem a plena liberdade de se filiar 2. Caso o pedido seja aprovado, a Direcção Executiva o
em qualquer organização sindical, nacional ou internacional, submete ao Conselho Federal para sua ratificação.
bem como manter relações de amizade e de colaboração com ARTIGO 8.º
quaisquer organizações sindicais nacionais e estrangeiras. (Direito dos membros)

ARTIGO 4.º São direitos dos membros:


(Atribuições) a) Participar em todas as actividades da F.S.T.E.C.D.C.S.A.,
A F.S.T.E.C.D.C.S.A. tem as seguintes atribuições: segundo princípios e normas dos presentes Estatutos;
a) Apoiar os quadros dos Sindicatos nas acções de b) Beneficiar de apoio de todos os serviços organizados
superação sindical, profissional e cultural, através pela F.S.T.E.C.D.C.S.A.;
de seminários, estágios, conferências, etc; c) Ser informado periodicamente de todas as acti-
b) Promover e apoiar a construção de infra-estruturas vidades realizadas pela Direcção Executiva da
de carácter social para o benefício dos filiados
F.S.T.E.C.D.C.S.A.;
nos Sindicatos;
d) Ser consultado sobre assuntos relacionados com o
c) Fomentar o espírito de respeito e a diferença, nas
seu plano de actividades;
relações normais com outras Federações ou Asso-
e) Exigir o cumprimento do estabelecido nos presentes
ciações Sindicais não filiadas;
Estatutos e demais documentos que regem a vida
d) Defender a livre negociação colectiva, como forma
interna da F.S.T.E.C.D.C.S.A.;
de regular as relações entre os trabalhadores e as
entidades patronais; f) Eleger e ser eleito a qualquer cargo de direcção da
e) Estabelecer relações de amizade e cooperação com Federação;
outras organizações regionais e internacionais g) Discordar com qualquer decisão que viole o esta-
congéneres, na base do respeito mútuo e vanta- belecido nos presentes Estatutos;
gens recíprocas; h) Requerer o apoio da F.S.T.E.C.D.C.S.A. para a reso-
f) Emitir parecer sobre medidas legislativas referentes lução de conflitos em que se encontrem envolvidos
aos respectivos Sindicatos. caso necessário.
ARTIGO 5.º ARTIGO 9.º
(Dos membros) (Deveres dos membros)

São membros da A F.S.T.E.C.D.C.S.A.: São deveres dos membros:


a) Os Sindicatos que tenham subscrito a acta da pro- a) Cumprir com os Estatutos e regulamentos da
clamação da Federação; Federação;
b) Os Sindicatos cujos pedidos de filiação sejam aceites. b) Cumprir e fazer cumprir as deliberações dos órgãos
estatutários;
ARTIGO 6.º
(Processo de filiação) c) Desempenhar cargos de responsabilidade para que
As normas para filiação na F.S.T.E.C.D.C.S.A. são: tenham sido eleitos;
d) Pagar pontualmente as quotas, segundo os moldes
a) O pedido de filiação deve ser feito por escrito atra-
definidos;
vés de um requerimento devidamente preenchido,
e) Fornecer em tempo oportuno à Direcção Executiva
anexando os Estatutos e o certificado de reconhe-
da Federação informações, sócio-laborais e Sin-
cimento jurídico do Sindicato pelo Ministério da
dicais, quando solicitado;
Justiça;
f) Enviar à Direcção Executiva da Federação a identi-
b) Observados os princípios estatutários, no prazo de 60
ficação completa dos membros eleitos para cada
dias, o pedido da filiação do Sindicato solicitante,
um dos órgãos estatutários próprios, para o seu
a Direcção Executiva emitirá o parecer quanto a
respectivo conhecimento.
sua aceitação ou não;
c) Caso o pedido seja aprovado, a Direcção Executiva o CAPÍTULO III
submeterá ao Conselho Federal para sua ratificação. Estrutura da F.S.T.E.C.D.C.S.A.
ARTIGO 7.º A F.S.T.E.C.D.C.S.A. estrutura-se em:
(Cessação de filiação) a) Congresso;
1. A filiação cessa: b) Conselho Federal;
a) A pedido voluntário do Sindicato; c) Presidência;
b) Por incumprimento das normas estatutárias e regu- d) Comissão Executiva Federal;
lamento da federação. e) Direcção Executiva;
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3063

f) Conselho Fiscal de Controlo e Disciplina; d) Presidente do Conselho Fiscal de Controlo e


g) Comité da Mulher Sindicalizada. Disciplina;
SECÇÃO I e) Presidentes e Secretários Gerais dos Sindicatos
ARTIGO 10.º
filiados, bem como dos seus adjuntos.
(Do Congresso) ARTIGO 15.º
(Atribuições do Conselho Federal)
1. O Congresso é o órgão supremo da F.S.T.E.C.D.C.S.A.,
que reúne ordinariamente de cinco em cinco anos e extraor- 1. São atribuições específicas do Conselho Federal:
a) Cumprir e fazer cumprir as decisões do Congresso;
dinariamente sempre que necessário.
b) Eleger de entre os seus membros a Direcção Execu-
2. O Congresso extraordinário é convocado por solicitação
tiva e do Conselho Fiscal de Controlo e Disciplina,
do Conselho Federal a pedido de 2/3 dos Sindicatos filiados.
sob proposta do Presidente eleito;
ARTIGO 11.º
c) Identificar as acções e apoiar os Sindicatos nas nego-
(Competência do Congresso)
ciações colectivas com o patronato;
1. Compete ao Congresso:
d) Declarar greve geral quando necessário, de acordo
a) Aprovar os Estatutos e programa de acção da com o consenso obtido entre os Sindicatos filiados;
Federação; e) Analisar, discutir e aprovar, projectos e programa
b) Eleger os órgãos deliberativos de Direcção nos de investimentos ordinários e cambiais, propos-
termos dos presentes Estatutos e regulamentos; tos pelo Secretariado Executivo, bem como os
c) Analisar e aprovar o relatório do Conselho Federal, relatórios de contas;
Conselho Fiscal de Controlo e Disciplina; f) Analisar e aprovar alterações organizativas e fun-
d) Ratificar as propostas de adesão dos Sindicatos filia- cionamento das estruturas e órgão da Federação;
dos, cuja filiação seja aceite pelo Conselho Federal; g) Decidir sobre os recursos interpostos;
e) Definir as linhas de força da política sindical, nacio- h) Convocar o Congresso.
nal e internacional da Federação. 2. O Conselho Federal reunir-se-á ordinariamente uma
ARTIGO 12.º
vez por ano e extraordinariamente sempre que necessário a
(Funcionamento do Congresso) pedido de 2/3 dos seus membros.
3. As sessões do Conselho Federal serão convocadas pelo
1. O Congresso é convocado pelo Conselho Federal, com
Presidente da Federação.
uma antecedência de pelo menos 45 dias, devendo a convoca-
4. As reuniões do Conselho Federal considerar-se-ão váli-
tória ser publicada na imprensa e comunicada aos Sindicatos das em 1.ª convocatória, desde que esteja pelo menos metade
filiados. e mais um (1) dos seus membros.
2. A convocatória indicará a ordem de trabalhos, data e SECÇÃO III
hora, bem como o local da sua realização. ARTIGO 16.º
3. O Congresso da Federação é dirigido por uma Presidência (Da Presidência)

eleita para o efeito no início dos trabalhos. 1. A Presidência da Federação é constituída por Presidente
SECÇÃO II e Vice-Presidente, com um mandato de cinco (5) anos, cujo
Presidente é eleito por voto directo e secreto.
ARTIGO 13.º
(Do Conselho Federal) ARTIGO 17.º
(Competência da Presidência da Federação)
1. O Conselho Federal é o órgão deliberativo da Federação,
1. São competências da Presidência da Federação:
cuja actividade se realiza nos intervalos entre dois Congressos
a) Responder em 1.ª Instância pela Direcção Executiva
e o seu mandato é de cinco (5) anos.
e gestão de recursos financeiros, humanos e patri-
2. O Conselho Federal é o órgão responsável pelo acom- moniais da Federação;
panhamento da execução das decisões do Congresso e reúne b) Zelar pelo cumprimento de execução de todas as
uma vez por ano. tarefas do Secretariado Executivo, bem como as
ARTIGO 14.º deliberações do Congresso e do Conselho Federal;
(Da composição) c) Convocar e presidir as sessões do Conselho Federal;
1. O Conselho Federal é composto pelas seguintes d) Representar a Federação nos mais altos níveis inter-
personalidades: nos e externos;
a) Presidente e Vice-Presidente; e) Conferir posse aos órgãos estatutários eleitos;
b) Membros da Comissão Executiva Nacional; f) Assinar os termos de abertura e encerramento do
c) Membros da Direcção Executiva; Congresso;
3064 DIÁRIO DA REPÚBLICA

g) Outras tarefas que possam ser definidas pelo Con- 2. A Direcção Executiva organizará um livro de actas,
selho Federal; devendo lavrar acta de cada reunião efectuada.
h) O Vice-Presidente substitui o Presidente nas suas ARTIGO 21.º
ausências e impedimentos. (Conselho Fiscal de Controlo e Disciplina)

ARTIGO 18.º 1. O Conselho Fiscal de Controlo de Disciplina é o órgão


(Da Comissão Executiva Federal) auxiliar do Conselho Federal que tem como função fiscalizar
1. A Comissão Executiva Federal é o órgão deliberativo e controlar o cumprimento dos princípios estatutários pelo
entre duas reuniões do Conselho Federal, que reúne de qua- órgão da Federação, bem como a legalidade estatutária da
tro em quatro meses. actividade sindical, na instrução e julgamento de processos
2. A Comissão Executiva Federal tem as mesmas compe- disciplinares dos diferentes níveis e exerce a sua actividade na
tências do Conselho Federal e é composta pelo Presidente e base do programa e estatuto da Federação dos Sindicatos de
Vice-Presidente da Federação, Presidentes e Vice-Presidentes Trabalhadores da Educação, Cultura, Desporto e Comunicação
dos Sindicatos filiados ou Secretários Gerais e Adjuntos Gerais Social de Angola (F.S.T.E.C.D.C.S.A.) cumpre com as orien-
dos Sindicatos filiados, Presidente do Conselho Fiscal de tações dos órgãos da Federação, sendo independente nos seus
Controlo e Disciplina. julgamentos.
ARTIGO 19.º 2. As formas de desenvolvimento da actividade interna do
(Da Direcção Executiva) Conselho Fiscal de Controlo de Disciplina, quando a metodo-
1. A Direcção Executiva é o órgão executor das delibera- logia da recolha, análise e investigação dos dados relevantes
ções do Conselho Federal, cuja composição é de 5 membros, ao processo disciplinar serão objecto de regulamento pró-
assim constituído: prio. No seu funcionamento, o Conselho Fiscal de Controlo
Secretário p/ Organização e Activismo Sindical de Disciplina será composto por cinco (5) membros, sendo:
(Vice-Presidente); Presidente;
Secretário p/ Administração e Finanças; Vice-Presidente;
Secretário p/ Assuntos Jurídicos, Laborais e Sociais;
Secretário;
Secretário p/ Imagem e Intercâmbio;
Secretária p/ Assuntos do Género. Dois Vogais.
2. Compete à Direcção Executiva: 3. Compete ao Conselho Fiscal de Controlo de Disciplina:
a) Executar as deliberações do Congresso, do Conselho a) Cumprir os princípios estatutários, fiscalizar o seu
Federal e da Comissão Executiva Federal; cumprimento pelo órgão da Federação;
b) Propor ao Conselho Federal o programa de actividade b) Fiscalizar a gestão financeira patrimonial e a correcta
e o orçamento anual da Federação; aplicação e utilização dos fundos da Federação;
c) Elaborar o relatório de actividade do Secretariado c) Controlar o cumprimento dos orçamentos;
Executivo;
d) Dar pareceres aos relatórios de contas e demais
d) Elaborar anualmente o relatório de contas;
e) Gerir os recursos financeiros, patrimoniais e huma- documentos da Federação;
nos da Federação; e) Analisar os pedidos de reclamação e recursos dos
f) Apoiar os Sindicatos filiados na organização, através Sindicatos filiados, face a situação que se acham
de seminários, estágios de superação sindical e envolvidos.
profissional, internos e externos; ARTIGO 22.º
g) Apoiar os Sindicatos filiados nas negociações das (Do Comité da Mulher Sindicalizada)
normas e acordos colectivos de trabalho, quando
1. O Comité da Mulher Sindicalizada é uma estrutura espe-
solicitados;
h) Emitir pareceres e preparar projectos dos documen- cializada da Federação que tem como objectivo, promoção da
tos normativos, relativos à legislação sindical e igualdade de oportunidade e de tratamento entre mulheres e
sócio-laboral; homens, designadamente no acesso ao emprego e no trabalho
i) Elaborar os regulamentos internos necessários à boa bem como nos órgãos de Direcção da Federação.
organização das tarefas da Federação; 2. O Comité da Mulher Sindicalizada será composto pelos
j) Criar gabinetes especializados necessários ao bom
representantes respectivos dos Sindicatos.
funcionamento da Federação;
k) Velar pelos assuntos da Mulher Sindicalizada. 3. O Comité da Mulher Sindicalizada elege dentre os seus
membros um Comité Executivo de três (3) dirigentes, sendo:
ARTIGO 20.º
(Funcionamento da Direcção Executiva) a) Coordenadora;
1. A Direcção Executiva da Federação reúne ordinaria- b) Coordenadora-Adjunta;
mente de três em três meses e extraordinariamente sempre que c) Secretária Permanente.
necessário, sob convocação e presidência do Presidente e as 4. O Comité da Mulher Sindicalizada tem o mandato de
suas decisões são tomadas por maioria dos membros presentes. cinco (5) anos.
I SÉRIE – N.º 73 – DE 21 DE MAIO DE 2018 3065

CAPÍTULO IV CAPÍTULO VI
ARTIGO 23.º Das Disposições Finais e Transitórias
(Regime disciplinar da Federação)
ARTIGO 27.º
1. Os Sindicatos filiados que violam os Estatutos ou que (Regulamento Eleitoral)
não paguem regularmente as suas quotas sem motivo justifi- 1. Compete ao Congresso da Federação a aprovação do
cados ficam sujeitos a sanções disciplinares. Regulamento Eleitoral e dos documentos reitores do Congresso.
2. Os membros dos órgãos da Federação que violam 2. Para o Congresso da Federação, cabe ao Presidente da
igualmente Estatutos e regulamentos ficam sujeitos a san- Federação a apresentação de propostas dos pré-candidatos
ções disciplinares. a membros do Conselho Federal, conforme o artigo 17.º do
3. As medidas disciplinares serão aplicadas de acordo com presente Estatuto.
a gravidade da falta cometida e pode consubstanciar-se em: ARTIGO 28.º
a) Admoestação privada; (Sigla e símbolo)
b) Censura pública com registo; 1. Dispondo de personalidade jurídica, a Federação tem:
c) Suspensão até (6) meses; a) Bandeira;
d) Expulsão. b) Emblema.
4. Da medida disciplinar aplicada caberá recurso a estru- 2. A bandeira é de cor branca e no meio da mesma a insíg-
tura imediatamente superior. nia da Federação.
5. Regulamento próprio estabelecerá os órgãos e modali- 3. O emblema reflecte a insígnia da Federação.
dade de aplicação de sanções.
ARTIGO 29.º
6. A medida da expulsão só poderá ser aplicada pelo (Insígnia)
Conselho Federal.
1. A insígnia da Federação é redonda com a designação da
CAPÍTULO V Federação, no seu interior, o mapa de Angola, onde se destaca:
Dos Fundos e Bens O livro e a esferográfica, que identifica a Educação;
ARTIGO 24.º
O pensador, a Cultura;
(Princípios gerais) A antena, a Comunicação Social;
1. Os recursos financeiros da Federação provêm funda- O Símbolo Olímpico, o Desporto no geral.
mentalmente da quota dos Sindicatos filiados, bem como de ARTIGO 30.º
donativos alternativos, e de outros recursos provenientes das (Bandeira)
actividades culturais e desportivas. 1. A bandeira da Federação é de forma rectangular, de cor
2. A Federação possuirá contabilidade própria, devendo branca e no interior a insígnia.
a Direcção Executiva criar livros adequados e justificativos a) Comprimento 113cm;
das receitas e despesas, do inventário de bens patrimoniais. b) Largura 68cm.
3. O orçamento anual e o relatório de contas de cada ano
ARTIGO 31.º
findo, logo que aprovado pelo Conselho Federal deverá ser (Dissolução)
divulgado pela Direcção Executiva a todos os Sindicatos filia-
1. No caso de dissolução, o Congresso definirá os precisos ter-
dos, através dos mecanismos apropriados.
mos em que se procederá e o destino do património da Federação.
ARTIGO 25.º
(Aplicação das receitas) ARTIGO 32.º
1. Todos os bens móveis e imóveis da Federação passam
1. As receitas da Federação serão obrigatoriamente aplicadas
a ser património da Federação e em caso algum poderão ser
na realização dos fins das obrigações estatutárias e no paga-
penhorados sem deliberação do Conselho Federação.
mento das despesas e encargos resultantes da sua actividade.
2. São de nenhum efeito e nulos os actos praticados por ARTIGO 33.º

alguns membros dos órgãos da Federação que afectem os 1. Após a proclamação da Federação, um exemplar da
fundos ou patrimónios da Federação para fins estranhos as acta de constituição, bem como os Estatutos da Federação
suas atribuições. serão depositados no Ministério da Justiça para efeitos legais.
3. Por desvios de fundos ou outros bens pertença da ARTIGO 34.º
Federação, reserva-se ao direito de se constituir em parte 1. Os presentes Estatutos só podem ser alterados ou revo-
civil e levar a justiça qualquer membro independentemente gados pelo Congresso da F.S.T.E.C.D.C.S.A., como órgão
da sua função e categoria na Federação. superior da Federação habilitada para o efeito.
ARTIGO 26.º 2. Os presentes Estatutos entram em vigor após a sua apro-
(Quota sindical) vação pelo Congresso da F.S.T.E.C.D.C.S.A.
1. O valor da quota sindical a pagar na Federação pelos ARTIGO 35.º
Sindicatos filiados será estabelecido pelo Conselho Federal, 1. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação serão
na sua primeira reunião, no decorrer do Congresso. resolvidos por deliberação do Conselho Federal.
3066 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 36.º
(Estrutura orgânica)

O Ministro, Francisco Manuel Monteiro de Queiroz.

O. E. 589 - 5/73 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2018

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