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RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO
I. FUNDAMENTOS
A primeira lei da greve de Angola foi aprovada pela Lei n.º 23/91, de 15 de Junho,
denominada Lei da Greve.
Eis o sumário que deverá constar da I.ª Série do Diário da República (DR):
V. INCONFORMIDADES E INSUFICIÊNCIAS
1. Ajustamento da proposta de diploma à CRA e à legislação laboral (função pública
e sector privado);
2. Delimitação do âmbito de aplicação do diploma;
3. Actualização da denominação do Departamento Ministerial responsável pela
Administração do Trabalho;
4. Alargamento do âmbito dos serviços essenciais a determinados sectores;
5. Alargamento da enumeração dos serviços essenciais em função da realidade
actual;
6. Procedimentos para a greve;
7. Concessão às partes tempo razoável para as negociações no sentido de fazer da
greve a última ratio;
8. Definição do período de duração da greve;
9. Asseguramento da prestação de trabalho em caso de greve nos serviços essenciais
em 50%;
10. Retrições do direito à greve em determinados sectores de actividade;
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11. Ajustamento das infrações face ao salário médio mensal praticado na empresa
pela prática de actos ilícitos (violação da liberdade de adesão à greve, lock-out e
a violação dos direitos dos trabalhadores);
12. Alargamento do período de proibição de transferência despedimento durante o
período de pré-aviso enquanto durar a greve e após o seu termo;
13. Tribunal competente para conhecimento e julgamento das infracções na presente
lei.
14. Actualização do texto do preâmbulo e a sua fundamentação constitucional;
15. Ajustamento às regras de legística formal e material, nomeadamente a redacção
das disposições e a formulação das epígrafes;
16. Harmonização da letra e o espírito da proposta de lei com as leis sindical e
negociação colectiva.
A aprovação da presente Proposta de Lei não cria para o Estado encargos financeiros
não previstos com recursos materiais e humanos.
IX. CONSULTAS
d) Organizações sindicais;
e) Organizações patronais.
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X. SISTEMATIZAÇÃO E ESTRUTURA
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LEI N.º______/2019
DE____/____________
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposições
combinadas do artigo 51.º, da alínea b) do artigo 164.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo
166.º, da Constituição da República de Angola, a seguinte:
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LEI DA GREVE
CAPÍTULO I
Disposições gerais
ARTIGO 1.°
(Objecto)
ARTIGO 2.°
(Âmbito de aplicação)
ARTIGO 3 .°
(Definição)
ARTIGO 4.°
(Fins da greve)
A greve só pode visar fins profissionais relacionados com a relação jurídico-laboral dos
trabalhadores.
ARTIGO 5. °
(Proibição)
ARTIGO 7.°
(Limitações ao exercício do direito à greve)
1. O direito à greve tem como limite os demais direitos fundamentais dos cidadãos
reconhecidos na Constituição da República de Angola, não podendo o seu exercício
impedir ou afectar aqueles direitos de forma não razoável, bem como a satisfação das
necessidades especiais previstas no presente diploma.
CAPÍTULO II
Procedimentos para a Greve
ARTIGO 8.º
(Recurso a greve)
ARTIGO 9.°
(Apresentação do caderno reivindicativo)
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2. A entidade empregadora deve responder o caderno por escrito no prazo de 20 dias
úteis, salvo se prazo superior for convencionado pelas partes.
ARTIGO 10.º
(Negociação directa das partes)
Findo o prazo referido no artigo anterior, e no caso da resposta não ser satisfatória para
os trabalhadores, as partes passam a fase da negociação directa dos pontos divergentes,
no prazo máximo de 30 dias úteis.
ARTIGO 11.º
(Mediação)
2. Para efeitos do presente diploma, a mediação deve ser realizada nos termos da
lei geral do trabalho, no prazo máximo de 20 dias úteis.
ARTIGO 12.º
(Declaração de greve)
Se a entidade empregadora não responder o caderno reinvindicativo durante o prazo
estabelecido no número 2 do artigo 8.º do presente diploma ou não haver acordo no
processo de mediação, os trabalhadores têm legitimidade para declarar greve.
ARTIGO 13.°
(Competência para declaração de greve)
2. Para efeitos do disposto no número anterior, nas empresas onde não existam
sindicatos, os trabalhadores podem deliberar em assembleia o recurso à greve desde
que:
a) A assembleia seja convocada por pelo menos 1/3 dos trabalhadores da empresa.
ARTIGO 15.°
(Comunicação de greve)
ARTIGO 16.°
(Manutenção das condições de trabalho)
ARTIGO 17.°
(Proibição de substituição de trabalhadores)
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ARTIGO 18.°
(Proibição de lock-out)
1. É proibido o lock-out.
CAPÍTULO III
Obrigações dos trabalhadores durante a greve
ARTIGO 19.°
(Protecção e acesso às instalações)
ARTIGO 20.°
(Manutenção de serviços essenciais)
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d) Serviços públicos de comunicação social;
g) Serviços funerários;
n) Compensação bancária;
ARTIGO 21.º
(Requisição civil)
ARTIGO 22.°
(Duração da greve)
2. Sempre que as organizações sindicais pretendam decretar greve com duração superior
ao disposto no número anterior, a mesma deve ser interpolada num intervalo não
inferior a 90 dias.
ARTIGO 23.º
(Restrições do direito à greve)
CAPÍTULO IV
Efeitos da greve
ARTIGO 24.°
(Suspensão da relação jurídico-laboral)
ARTIGO 25.°
(Proibição de transferência e despedimento)
ARTIGO 26.°
(Efeitos das greves proibidas, ilícitas, limitadas e suspensas)
Sem prejuízo das sanções aplicáveis nos termos da lei, a protecção de trabalhadores em
greve e delegados da greve estabelecida no artigo 23.° do presente diploma, não tem lugar
para casos de greves proibidas, ilícitas, limitadas ou suspensas a que se refere os artigos
3.º e 8.° da presente lei.
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ARTIGO 27.°
(Suspensão de prazos)
c) Estágio de trabalhadores.
CAPÍTULO V
Infracções e sanções
ARTIGO 28.°
(Violação da liberdade de adesão à greve)
ARTIGO 29.°
(Ameaças ou coacção à greve)
A entidade empregadora que impedir a efectivação de uma greve lícita por meios
violentos, ameaças, coacção ou qualquer meio fraudulento, será punido com multa de 4
a 8 vezes do salário médio mensal praticado na empresa, sem prejuízo da responsabilidade
criminal, nos termos da lei.
ARTIGO 30.°
(Greve ilícita)
1. A responsabilidade pela prática de actos ilícitos previstos no presente diploma é
apurada, conforme o caso, segundo a legislação laboral, civil ou penal.
2. Nas situações de greves ilícitas a entidade empregadora pode denunciar o facto junto
dos órgãos judiciais competentes.
ARTIGO 31.°
(Encerramento ou paralização da actividade)
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ARTIGO 32.°
(Tribunal competente)
São competentes para conhecer e julgar os conflitos decorrentes da presente lei a sala do
cível e administrativo no caso de greves que ocorram no sector público administrativo e
a sala de trabalho para as que ocorram no sector empresarial público e privado.
CAPÍTULO VI
Disposições finais
ARTIGO 33.°
(Revogação)
ARTIGO 34.º
(Dúvidas e omissões)
ARTIGO 35.º
(Entrada em vigor)
Promulgada, aos…..de…..2019.
Publique-se.
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