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Quinta-feira, 20 de Abril de 2023 I Série – N.

º 70

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 850,00
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SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Presidente da República
Decreto Presidencial n.º 100/23: Decreto Presidencial n.º 100/23
de 20 de Abril
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional para os Assuntos
Religiosos. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 237/19, de 29 Havendo a necessidade de adequar o Estatuto Orgânico
de Julho, e toda a legislação que contrarie o disposto no presente do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos ao
Diploma. abrigo do Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/20,
Vice-Presidente da República de 19 de Fevereiro, que estabelece as Regras de Criação,
Despacho n.º 9/23: Organização, Funcionamento, Avaliação e Extinção dos
Exonera Elizabeth Coelho Rodrigues do cargo de Consultora do Institutos Públicos e do Decreto Legislativo Presidencial
Director-Adjunto do Gabinete da Vice-Presidente da República. n.º 3/20, de 9 de Março, que altera os artigos 36.º, 43.º e
Despacho n.º 10/23: 56.º do referido Decreto Legislativo Presidencial;
Exonera Isabel Sambo Samuel Francisco Miguel do cargo de Directora
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
de Administração e Finanças dos Órgãos de Apoio ao Vice-
-Presidente da República. nea d) do artigo 120.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da
Constituição da República, o seguinte:
Despacho n.º 11/23:
Exonera Silvino Rogério de Castro Santinho do cargo de Chefe do ARTIGO 1.º
Departamento de Contratação Pública. (Aprovação)

Despacho n.º 12/23: É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional


Nomeia Elizabeth Coelho Rodrigues para o cargo de Directora de para os Assuntos Religiosos, anexo ao presente Decreto
Administração e Finanças dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente
Presidencial, de que é parte integrante.
da República.
ARTIGO 2.º
Despacho n.º 13/23:
(Revogação)
Nomeia Nzinga Joana Manuel Cardoso de Moura para o cargo de
Directora do Gabinete de Saúde da Vice-Presidente da República. É revogado o Decreto Presidencial n.º 237/19, de 29 de
Ministérios das Finanças, da Administração Pública, Julho, e toda a legislação que contrarie o disposto no pre-
sente Diploma.
Trabalho e Segurança Social e dos Transportes
ARTIGO 3.º
Decreto Executivo Conjunto n.º 48/23: (Dúvidas e omissões)
Aprova o Regime Remuneratório Suplementar dos Funcionários,
Agentes Administrativos e Pessoal Contratado da Agência Nacional As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
dos Transportes Terrestres — ANTT. — Revoga toda a legislação aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
que contrarie o disposto no presente Diploma. pelo Presidente da República.
Decreto Executivo Conjunto n.º 49/23: ARTIGO 4.º
Aprova o Estatuto Remuneratório dos Membros do Conselho de (Entrada em vigor)
Administração da Agência Nacional dos Transportes Terrestres —
ANTT. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no O presente Diploma entra em vigor na data da sua
presente Diploma. publicação.
2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, e) Aprovar os instrumentos de gestão dos recursos


aos 22 de Fevereiro de 2023. humanos em articulação com as entidades com-
Publique-se. petentes;
f) Aprovar os relatórios de balanço e demonstração da
Luanda, aos 31 de Março de 2023.
origem e aplicação de fundos;
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves g) Assinar o Contrato-Programa a celebrar com o
Lourenço.
INAR;
h) Autorizar a aquisição ou alienação de bens imó-
ESTATUTO ORGÂNICO veis e a realização de operações de crédito, nos
DO INSTITUTO NACIONAL termos da lei;
PARA OS ASSUNTOS RELIGIOSOS i) Decidir os recursos administrativos;
j) Exercer o poder disciplinar sobre os órgãos de
CAPÍTULO I
direcção do INAR;
Disposições Gerais
k) Ordenar inquéritos ou sindicâncias aos serviços do
ARTIGO 1.º INAR;
(Natureza jurídica)
l) Suspender e revogar os actos dos órgãos de gestão
O Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, abre- que violem a lei.
viadamente designado por «INAR», é uma pessoa colectiva
ARTIGO 6.º
de direito público com a natureza de Instituto Público, sob a (Atribuições)
forma de estabelecimento público, dotado de personalidade
O INAR tem as seguintes atribuições:
jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
a) Conceber e implementar políticas e estratégias
ARTIGO 2.º
(Objecto)
sobre a Liberdade de Religião e de Culto em
Angola, e assegurar a sua gestão administrativa;
O INAR tem como objecto conceber, implementar e
b) Acompanhar as práticas adoptadas pelas confissões
gerir a política e a estratégia do Estado em relação à liber-
religiosas e o surgimento de novos movimentos
dade de consciência, de crença religiosa e culto, bem como
religiosos;
o estudo dos assuntos religiosos em Angola.
c) Instruir os processos de reconhecimento e de
ARTIGO 3.º
(Sede e âmbito) revogação de reconhecimento de confissões
religiosas e elaborar os estudos e pareceres
O INAR é um Instituto Público de âmbito nacional, com
sede em Luanda e exerce a sua actividade em todo o territó- indispensáveis à melhor tomada de decisão;
rio nacional. d) Proceder ao mapeamento das confissões religiosas
e divulgar o resultado dos estudos realizados;
ARTIGO 4.º
(Legislação aplicável) e) Promover estudos que julgue indispensáveis sobre
O INAR rege-se pelo disposto no presente Estatuto os rituais, práticas e sua relação com a doutrina
Orgânico e pelas normas legais aplicáveis às regras de cria- das confissões religiosas;
ção, organização, funcionamento, avaliação e extinção dos f) Assegurar a parceria entre o Estado e as confissões
institutos públicos, e demais legislação em vigor no ordena- religiosas no domínio social, e promover progra-
mento jurídico angolano. mas de apoio social ecuménicos;
ARTIGO 5.º g) Acompanhar as actividades, festividades e eventos
(Superintendência) religiosos, e adoptar as medidas de informação e
1. O INAR está sujeito à superintendência do Titular salvaguarda dos direitos e liberdades fundamen-
do Departamento Ministerial responsável pelo Sector da tais dos cidadãos;
Cultura. h) Promover a cooperação internacional com as ins-
2. A superintendência estabelecida, nos termos do tituições congéneres, nos domínios das políticas
número anterior, inclui o poder de: públicas, formação, pesquisa e investigação, e
a) Aprovar os planos estratégicos e anuais; garantir a implementação dos acordos e proto-
b) Acompanhar e avaliar os resultados da actividade colos;
do INAR; i) Dialogar e incentivar o intercâmbio inter-religioso
c) Nomear os membros do órgão de direcção do e a resolução de conflitos com base no princípio
INAR; da tolerância, nos termos da lei;
d) Apreciar o orçamento e os relatórios de actividade j) Promover sessões de sensibilização e auscultação
do INAR; das diferentes confissões religiosas;
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k) Fomentar a recolha, produção e divulgação, da b) Proceder ao acompanhamento sistemático da


história e relação da religião com a sociedade, actividade, tomando as providências que as cir-
através dos meios de comunicação social; cunstâncias exigirem;
l) Propor medidas administrativas e regulamentares, c) Aprovar a organização técnica e administrativa,
visando assegurar o cumprimento da Lei sobre a bem como os regulamentos internos do INAR;
Liberdade de Religião e de Culto; d) Aprovar o relatório anual do INAR;
m) Acompanhar a realização de pesquisas, estudos e e) Exercer as demais competências estabelecidas por
publicações sobre a liberdade religiosa; lei ou determinadas superiormente.
n) Emitir parecer sobre o processo de reconhecimento 4. O Director Geral pode convidar quaisquer entidades
e revogação de confissões religiosas; cujo parecer entenda necessário para a tomada de deci-
o) Proceder ao estudo comparado das diferentes con- sões relativas às matérias a serem tratadas pelo Conselho
fissões religiosas existentes em Angola e propor Directivo.
medidas administrativas e normativas para a sua 5. O Conselho Directivo reúne-se, ordinariamente, a
adequação na realidade sociocultural do País; cada quinze dias e, extraordinariamente, sempre que convo-
p) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei. cado pelo Director Geral.
6. O Conselho Directivo delibera mediante aprovação por
CAPÍTULO II maioria simples, não sendo permitido abstenções, devendo as
Organização em Geral declarações de voto, quando aplicável, constar da acta.
ARTIGO 7.º ARTIGO 9.º
(Órgãos e serviços) (Director Geral)
O INAR compreende os seguintes órgãos e serviços: 1. O Director Geral é o órgão que assegura a gestão e
1. Órgãos de Gestão: coordenação permanente da actividade do INAR.
a) Conselho Directivo; 2. O Director Geral tem as seguintes competências:
b) Director Geral; a) Dirigir os serviços internos do INAR;
c) Conselho Fiscal. b) Exercer os poderes gerais de gestão administrativa,
2. Serviços de Apoio Agrupados: patrimonial e financeira;
a) Departamento de Apoio ao Director Geral; c) Propor os instrumentos de gestão provisional e os
b) Departamento de Administração e Serviços Gerais; regulamentos internos que se mostrem necessá-
c) Departamento de Comunicação, Inovação Tecno- rios ao funcionamento dos serviços e submeter à
lógica e Modernização de Serviços. aprovação do Conselho Directivo;
3. Serviços Executivos:
d) Remeter os instrumentos de gestão ao órgão de
a) Departamento de Estudos e Investigação;
superintendência e as instituições de controlo
b) Departamento de Acompanhamento às Confissões
interno e externo, nos termos da lei, após parecer
Religiosas;
do Conselho Fiscal;
c) Departamento de Documentação e Informação.
e) Emitir despachos, instruções, circulares e ordens
4. Serviços Locais:
Serviços Provinciais. de serviços, necessários ao bom funcionamento
do INAR;
CAPÍTULO III f) Elaborar o relatório de actividades e as contas,
Organização em Especial respeitantes ao ano anterior, submetendo-os à
SECÇÃO I aprovação do Conselho Directivo;
Órgãos de Gestão g) Submeter ao Departamento Ministerial responsá-
ARTIGO 8.º vel pelo Sector da Cultura, Turismo e Ambiente,
(Conselho Directivo) Tribunal de Contas e a outras entidades compe-
1. O Conselho Directivo é o órgão colegial que delibera tentes, o relatório e as contas anuais, devidamente
sobre os aspectos de gestão permanente do INAR. instruídos com o parecer do Conselho Fiscal;
2. O Conselho Directivo tem a seguinte composição: h) Propor ao Titular do Departamento Ministerial
a) Director Geral, que o preside; responsável pelo Sector da Cultura a nomeação
b) 2 (dois) Directores Gerais-Adjuntos; dos responsáveis do INAR;
c) 2 (dois) Vogais designados pelo Titular do Órgão i) Exercer as demais competências estabelecidas por
que superintende a actividade do INAR. lei ou determinadas superiormente.
3. O Conselho Directivo tem as seguintes competências: 3. O Director Geral é coadjuvado por 2 (dois) Directores
a) Aprovar os instrumentos de gestão provisional e Gerais-Adjuntos, nomeado pelo Titular do Departamento
os documentos de prestação de contas do INAR; Ministerial responsável pela Cultura.
2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. Na sua ausência e impedimento o Director Geral é c) Assegurar o planeamento, assessoria, organização


substituído pelo Director Geral-Adjunto indicado por si. da rotina diária e mensal do Director Geral, pro-
ARTIGO 10.º videnciando o cumprimento dos compromissos
(Conselho Fiscal) agendados;
1. O Conselho Fiscal é o órgão de controlo e fiscalização d) Preparar, convocar e secretariar as reuniões do
interna, ao qual cabe analisar e emitir parecer sobre todas Conselho Directivo e demais reuniões presididas
as matérias de natureza financeira e patrimonial relacionada pelo Director Geral, assegurando o tratamento e
com a actividade do INAR. encaminhamento das deliberações tomadas;
2. O Conselho Fiscal é composto por 1 (um) Presidente e) Compilar e manter actualizado o registo da legisla-
indicado pelo Órgão Responsável pelo Sector das Finanças ção vigente no País;
Públicas e por 2 (dois) Vogais, indicados pelo Titular do f) Participar na negociação de acordos, convénios e
Departamento Ministerial responsável pelo Sector da contratos de âmbito nacional e internacional de
Cultura, devendo um deles ser especialista em contabilidade
interesse do INAR;
pública.
g) Assegurar o intercâmbio de âmbito nacional e
3. O Conselho Fiscal reúne-se, trimestralmente e,
internacional;
extraordinariamente, por solicitação fundamentada e por
h) Gerir as estatísticas do INAR;
qualquer um dos Vogais.
i) Garantir as realizações de natureza cultural, cientí-
4. O Conselho Fiscal tem as seguintes competências:
fica entre outras;
a) Emitir, na data legalmente estabelecida, parecer
j) Assegurar o contencioso do INAR;
sobre a conta anual, relatório de actividades e a
k) Executar as tarefas inerentes à comunicação insti-
proposta de orçamento do INAR;
tucional com interlocutores internos e externos;
b) Emitir parecer sobre as normas reguladoras da
l) Exercer as demais competências estabelecidas por
actividade do INAR;
lei ou superiormente determinadas.
c) Proceder à verificação regular dos fundos existen-
3. O Departamento de Apoio ao Director Geral é diri-
tes e fiscalizar a escrituração da contabilidade;
gido por um Chefe de Departamento, nomeado pelo Titular
d) Exercer as demais competências estabelecidas por
do Departamento Ministerial responsável pelo Sector da
lei ou determinadas superiormente.
Cultura.
5. Nas votações do Conselho Fiscal não há abstenções,
devendo a acta registar o sentido discordante da declaração ARTIGO 12.º
(Departamento de Administração e Serviços Gerais)
de voto de algum membro.
6. As actas devem ser assinadas por todos os seus 1. O Departamento de Administração e Serviços Gerais é
membros. o serviço encarregue de proceder ao tratamento e à execução
7. O Conselho Fiscal é nomeado por Despacho Conjunto dos procedimentos relativos ao orçamento, finanças, patri-
dos Titulares dos Departamentos Ministeriais responsá- mónio, transportes, relações públicas e protocolo do INAR.
veis pelos Sectores das Finanças Públicas e da actividade 2. O Departamento de Administração e Serviços Gerais
do INAR, para um mandato de 3 (três) anos, renovável por tem as seguintes competências:
igual período. a) Assegurar as funções de Secretaria Geral decor-
SECÇÃO II
rentes do funcionamento integral do INAR e os
Serviços de Apoio Agrupados respectivos órgãos nas suas actividades corren-
tes;
ARTIGO 11.º
(Departamento de Apoio ao Director Geral) b) Promover a elaboração dos planos financeiros
1. O Departamento de Apoio ao Director Geral é o serviço anuais e o respectivo mapa de gestão;
encarregue das funções de apoio nas áreas do secretariado c) Promover a realização de despesas nos limites pre-
de direcção, assessoria jurídica, intercâmbio, documentação vistos pelo Orçamento Geral do Estado;
e informação. d) Propor, superiormente, a autorização de actos de
2. O Departamento de Apoio ao Director Geral tem as administração relativos ao património do INAR;
seguintes competências: e) Elaborar balancetes mensais e manter a contabili-
a) Elaborar estudos, projectos, pareceres e informa- dade devidamente organizada;
ções de natureza jurídica; f) Organizar e apresentar os relatórios trimestrais de
b) Preparar instruções normativas e proceder à inter- prestação de contas;
pretação das disposições legais, com vista à g) Organizar e remeter anualmente a conta de gerên-
uniformização da sua aplicação prática; cia às entidades competentes;
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h) Assegurar o funcionamento, manutenção e ape- a) Administrar todo o sistema informático do INAR;


trechamento do parque automóvel e de todos os b) Analisar e propor o alargamento da rede do sistema
equipamentos; informático e emitir parecer sobre a sua adequa-
i) Assegurar os procedimentos administrativos de ção aos objectivos do INAR;
gestão de pessoal do INAR, no que diz respeito c) Emitir parecer na aquisição de equipamentos
ao provimento, transferência, exoneração, ava- informáticos e na contratação de serviços de
liação de desempenho, licença, aposentação, manutenção e assistência técnica;
entre outros; d) Gerir o canal digital do INAR, em concertação
j) Elaborar e manter actualizado todo o cadastro do com os demais departamentos;
pessoal, produzir, controlar os mapas de efec- e) Gerir os conteúdos de informação do portal de
tividade do pessoal e garantir o processamento internet da instituição e de toda comunicação
das folhas de salário e de outras remunerações; digital;
k) Proceder à avaliação das necessidades dos recursos f) Propor a definição dos padrões e equipamentos
humanos, em colaboração com as diversas áreas informáticos e softwares a adquirir pelo INAR e
e assegurar a sua provisão, conforme o quadro zelar pela sua manutenção;
de pessoal aprovado; g) Realizar e promover actividades que visem a
l) Elaborar, propor e dinamizar programas sócio- modernização e inovação dos serviços;
-culturais que visem o bem-estar e a motivação h) Organizar, coordenar a instalação, expansão e
dos funcionários; manutenção e modernização dos serviços de
m) Realizar o balanço anual e avaliar a coerência do rede que suporta os sistemas de informação,
quadro de pessoal e das necessidades do INAR; estabelecendo os padrões viáveis;
n) Propor o plano de formação de técnicos especia- i) Promover a pesquisa e troca de experiências sobre a
lizados para todas as áreas executivas de apoio utilização de novas tecnologias de comunicação
do INAR; e informação;
o) Apresentar propostas de iniciativas concernentes j) Propor a formação dos recursos humanos na área
ao acesso e utilização das tecnologias de infor- de tecnologias de informação e comunicação no
mação nos mais variados processos a realizar e Sector;
definir os padrões e equipamentos; k) Exercer as demais competências estabelecidas por
p) Garantir a limpeza e segurança das instalações; lei ou determinadas superiormente.
q) Assegurar as funções de protocolo e actos oficiais 3. O Departamento de Comunicação, Inovação Tecnoló-
promovidos pela Instituição; gica e Modernização dos Serviços é dirigido por um Chefe
r) Assegurar a execução das acções relativas aos ser- de Departamento, nomeado pelo Titular do Departamento
viços de relações públicas do INAR; Ministerial responsável pelo Sector da Cultura.
s) Assegurar as condições logísticas para a realização SECÇÃO III
de reuniões, seminários, workshops e outros Serviços Executivos
eventos promovidos pela Instituição;
ARTIGO 14.º
t) Exercer as demais competências estabelecidas por (Departamento de Estudos e Investigação)
lei ou determinadas superiormente. 1. O Departamento de Estudos e Investigação é o serviço
3. O Departamento de Administração e Serviços Gerais que visa desenvolver estudos de carácter técnico-científico
é dirigido por um Chefe de Departamento, nomeado pelo sobre as religiões em Angola.
Titular do Departamento Ministerial responsável pelo Sector 2. O Departamento de Estudos e Investigação tem as
da Cultura. seguintes competências:
ARTIGO 13.º a) Elaborar pareceres em relação à Lei sobre a Liber-
(Departamento de Comunicação, Inovação Tecnológica
e Modernização dos Serviços) dade de Religião, Crença e Culto;
1. O Departamento de Comunicação, Inovação b) Supervisionar e acompanhar as práticas religiosas
Tecnológica e Modernização dos Serviços é o serviço contrárias à Constituição e à lei, bem como à
encarregue de assegurar os serviços de informática, moder- moral e aos bons costumes;
nização e inovação tecnológica, documentação, arquivo e c) Estudar os fenómenos sobres os ritos, rituais e
informação. práticas das confissões religiosas baseadas no
2. O Departamento de Comunicação, Inovação Tecnoló- costume e suas manifestações, bem como os
gica e Modernização dos Serviços tem as seguintes casos de intolerância, fundamentalista e extre-
competências: mismo religioso;
2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA

d) Proceder aos estudos sobre o surgimento, causas d) Acompanhar o processo das confissões religiosas
e consequências da proliferação, profissões e em vias de reconhecimento pelo Estado;
desmembramentos religiosos, bem como reali- e) Elaborar uma pauta de critérios de idoneidade das
zar estudo comparado às confissões religiosas confissões religiosas existentes em Angola;
reconhecidas e não reconhecidas, bem como f) Participar e acompanhar as actividades das dife-
organizar e divulgar as informações relaciona- rentes confissões e organizações religiosas
das com os estudos sobre a religião em Angola; instaladas no território nacional;
e) Realizar palestras, seminários, mesas redondas e g) Realizar encontros periódicos com as diferentes
denominações religiosas;
conferências nacionais ou internacionais rela-
h) Programar visitas de trabalho com as diferentes
tivas à relação entre a religião e as práticas,
confissões no âmbito da promoção do diálogo
patrióticas, cívicas, tradicionais, socioculturais,
inter-religioso;
diálogo e tolerância inter-religiosas, entre outras;
i) Exercer as demais competências estabelecidas por
f) Promover campanhas de educação, sensibilização
lei ou determinadas superiormente.
sobre o conteúdo da liberdade religiosa, em
2. O Departamento de Acompanhamento às Confissões
colaboração com os órgãos de comunicação Religiosas é dirigido por um Chefe de Departamento,
social, a comunicação social, as comunidades e nomeado pelo Titular do Departamento Ministerial respon-
as famílias; sável pelo Sector da Cultura.
g) Proceder à recolha, classificação, tratamento e sis- ARTIGO 16.º
tematização do material oral e escrito e sobre os (Departamento de Documentação e Informação)

ritos, rituais e práticas das confissões religiosas 1. O Departamento de Documentação e Informação é o


e suas manifestações; serviço encarregue de coordenar o processo de compilação,
h) Proceder aos estudos sobre os novos movimentos bem como da gestão da informação e documentação relativa
religiosos implantados em Angola; à religião e confissões religiosas.
i) Desenvolver estudos sobre o surgimento, causas 2. Ao Departamento de Documentação e Informação
e consequências da proliferação, confissões e compete o seguinte:
a) Acompanhar a instrução do processo de reconheci-
desmembramentos religiosos;
mento de confissões religiosas, emitir pareceres
j) Exercer as demais competências estabelecidas por
e praticar os actos previstos por lei;
lei ou determinadas superiormente.
b) Emitir pareceres e registar, sempre que solici-
3. O Departamento de Estudos e Investigação é diri-
tado, sobre as denominações religiosas, em
gido por um Chefe de Departamento, nomeado pelo Titular
coordenação com o Departamento de Estudos e
do Departamento Ministerial responsável pelo Sector da
Investigação;
Cultura.
c) Acompanhar e emitir actos declarativos sobre a
ARTIGO 15.º
entrada, permanência e saída de missionários
(Departamento de Acompanhamento às Confissões Religiosas)
convidados por confissões religiosas e organiza-
1. O Departamento de Acompanhamento às Confissões
ções para-eclesiásticas, nos termos da lei;
Religiosas é o serviço encarregue de manter o contacto
d) Registar, para efeitos estatísticos, e acompanhar as
com as diferentes confissões e organizações religiosas, bem
actividades das associações e Organizações Não
como acompanhar as efemérides e eventos religiosos, ao
Governamentais com fins predominantemente
qual compete:
religiosos;
a) Realizar inventariação e classificação das confis- e) Conceber e implementar a Rede Integrada de
sões religiosas, atribuindo o número de código Informação e a base de dados sobre a religião em
correspondente; Angola, em colaboração com os demais órgãos e
b) Organizar o processo da constituição de cada con- serviços competentes;
fissão e instituições religiosas, actualizando os f) Criar um sistema de alerta e denúncia sobre a vio-
respectivos ficheiros; lação à liberdade religiosa em Angola, incluindo
c) Elaborar relatórios regulares das visitas e encontros a intolerância, extremismo e fundamentalismo
efectuados nas diferentes confissões religiosas; religioso;
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2007

g) Instruir os processos de queixa e contravenções ARTIGO 20.º


(Património)
sobre a violação da lei pelas confissões religio-
sas e remeter aos órgãos competentes; Constitui património do INAR os bens, direitos e obriga-
h) Realizar a inventariação e classificação das confis- ções adquiridos no exercício das suas funções.
sões religiosas, atribuindo o número de código ARTIGO 21.º
(Instrumentos de gestão financeira)
correspondente;
i) Organizar o processo de cada confissão e instituição 1. O INAR tem os seguintes instrumentos e regras de
gestão financeira:
religiosa, actualizando os respectivos ficheiros;
a) Plano de actividade anual e plurianual;
j) Manter actualizado os mapas e quadros gráficos
b) Orçamento próprio anual;
sobre o crescimento de cada igreja e confissão
c) Relatório de actividades;
religiosa; d) Balanço e demonstração da origem e aplicação de
k) Prestar o devido tratamento técnico da bibliografia fundos;
especializada para o estudo científico do fenó- e) Elaboração de orçamento que projectem as despe-
meno religioso; sas do INAR;
l) Exercer as demais competências estabelecidas por f) Sujeição das transferências de receitas à Progra-
lei ou determinadas superiormente. mação Financeira do Tesouro Nacional e do
3. O Departamento de Documentação e Informação Orçamento do Estado;
é dirigido por um Chefe de Departamento, nomeado pelo g) Solicitar, ao serviço competente do Ministério das
Titular do Departamento Ministerial responsável pelo Sector Finanças, as dotações inscritas no orçamento;
da Cultura. h) Reposição na Conta Única do Tesouro os saldos
financeiros do Orçamento Geral do Estado e não
SECÇÃO IV
aplicados.
Serviços Locais
2. As receitas arrecadadas pelo INAR dão entrada na
ARTIGO 17.º Conta Única do Tesouro — CUT, mediante a utilização da
(Serviços locais)
Referência Única de Pagamento ao Estado — RUPE.
O INAR pode integrar serviços locais ao abrigo do dis- 3. O valor da receita arrecadada é revertido da seguinte
posto no artigo 35.º do Decreto Legislativo Presidencial forma:
n.º 2/20, de 19 de Fevereiro. a) 40% a favor do Tesouro Nacional;
CAPÍTULO IV b) 60% a favor do INAR.
Gestão Financeira e Patrimonial ARTIGO 22.º
(Remuneração suplementar)
ARTIGO 18.º
(Receitas)
1. É permitido ao INAR estabelecer remuneração suple-
mentar para o seu pessoal, através de receitas próprias.
Constituem receitas do INAR:
2. Os termos e condições de atribuição da remunera-
a) As dotações que lhe são atribuídas pelo Orçamento ção suplementar são aprovados por Decreto Executivo
Geral do Estado; Conjunto do Órgão de Superintendência, dos Titulares dos
b) Os subsídios e comparticipações atribuídas por Departamentos Ministeriais responsáveis pelos Sectores das
quaisquer entidades públicas ou privadas, nacio- Finanças Públicas e pela Administração Pública.
nais ou estrangeiras;
CAPÍTULO V
c) As doações, heranças ou legados que receber;
Disposições Finais
d) O produto de edições e de reproduções autorizadas
ARTIGO 23.º
de obras;
(Quadro de pessoal e organigrama)
e) Outras receitas provenientes da sua actividade
1. O quadro de pessoal e o organigrama do INAR são os
que por lei, contrato ou outro título lhe sejam
constantes dos Anexos I, II e III do presente Estatuto e do
atribuídas. qual são partes integrantes.
ARTIGO 19.º 2. O pessoal afecto ao INAR está sujeito ao Regime da
(Despesas) Função Pública, e demais legislação aplicável.
Constituem despesas do INAR os encargos com o seu ARTIGO 24.º
funcionamento, com os diferentes serviços, nomeadamente (Regulamento interno)
para assegurar a aquisição, manutenção e conservação dos O INAR possui regras relativas ao seu funcionamento,
bens e serviços, bem como os encargos de carácter adminis- definidas por regulamento interno, aprovadas pelo Conselho
trativo e outros relacionados com o pessoal. Directivo.
2008 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2009
2010 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2011
2012 DIÁRIO DA REPÚBLICA

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.


(23-2428-A-PR)
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2013

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA 1. É Silvino Rogério de Castro Santinho, Agente


n.º 98574566, exonerado do cargo de Chefe do Departamento
de Contratação Pública, para o qual havia sido nomeado,
Despacho n.º 9/23 em comissão de serviço, ao abrigo do Despacho n.º 148/19,
de 20 de Abril
de 14 de Janeiro.
Em conformidade com os poderes delegados pelo 2. O presente Despacho entra em vigor na data da sua
Presidente da República, nos termos do n.º 4 do artigo 131.º publicação.
e do artigo 137.º, ambos da Constituição da República de Publique-se.
Angola, e da alínea i) do n.º 1 do artigo 3.º do Estatuto
Orgânico dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da Luanda, aos 20 de Abril de 2023.
República, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 230/22, A Vice-Presidente da República, Esperança Maria Eduardo
de 22 de Setembro, determino: Francisco da Costa. (23-2827-C-VPR)
1.º — É Elizabeth Coelho Rodrigues exonerada do cargo
de Consultora do Director-Adjunto do Gabinete da Vice- Despacho n.º 12/23
-Presidente da República. de 20 de Abril
2.º — O presente Despacho entra em vigor na data da Em conformidade com os poderes delegados pelo
sua publicação. Presidente da República, nos termos do n.º 4 do artigo 131.º
Publique-se. e do artigo 137.º, ambos da Constituição da República de
Angola, e da alínea i) do n.º 1 do artigo 3.º do Estatuto
Luanda, aos 20 de Abril de 2023.
Orgânico dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da
A Vice-Presidente da República, Esperança Maria República, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 230/22,
Eduardo Francisco da Costa. (23-2827-A-VPR) de 22 de Setembro, determino:
1.º — É Elizabeth Coelho Rodrigues nomeada, em comis-
Despacho n.º 10/23 são de serviço, para o cargo de Directora de Administração
de 20 de Abril e Finanças dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da
Em conformidade com os poderes delegados pelo República.
Presidente da República, nos termos do n.º 4 do artigo 131.º 2.º — O presente Despacho entra em vigor na data da
e do artigo 137.º, ambos da Constituição da República de sua publicação.
Angola, e da alínea i) do n.º 1 do artigo 3.º do Estatuto Publique-se.
Orgânico dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da
Luanda, aos 20 de Abril de 2023.
República, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 230/22,
de 22 de Setembro, determino: A Vice-Presidente da República, Esperança Maria
1.º — É Isabel Sambo Samuel Francisco Miguel exone- Eduardo Francisco da Costa. (23-2826-A-VPR)
rada do cargo de Directora de Administração e Finanças dos
Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da República. Despacho n.º 13/23
de 20 de Abril
2.º — O presente Despacho entra em vigor na data da
sua publicação. Em conformidade com os poderes delegados pelo
Publique-se. Presidente da República, nos termos do n.º 4 do artigo 131.º
e do artigo 137.º, ambos da Constituição da República de
Luanda, aos 20 de Abril de 2023. Angola, e da alínea i) do n.º 1 do artigo 3.º do Estatuto
A Vice-Presidente da República, Esperança Maria Eduardo Orgânico dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente da
Francisco da Costa. (23-2827-B-VPR) República, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 230/22,
de 22 de Setembro, determino:
Despacho n.º 11/23 1.º — É Nzinga Joana Manuel Cardoso de Moura
de 20 de Abril nomeada, em comissão de serviço, para o cargo de Directora
Em conformidade com os poderes delegados pelo do Gabinete de Saúde da Vice-Presidente da República.
2.º — O presente Despacho entra em vigor na data da
Presidente da República, nos termos do n.º 4 do artigo 131.º
sua publicação.
e do artigo 137.º da Constituição da República de Angola, e
da alínea i) do n.º 1 do artigo 3.º do Regime de Organização Publique-se.
e Funcionamento dos Órgãos de Apoio ao Vice-Presidente Luanda, aos 20 de Abril de 2023.
da República, aprovado por Decreto Presidencial n.º 230/22, A Vice-Presidente da República, Esperança Maria
de 22 de Setembro, determino: Eduardo Francisco da Costa. (23-2826-B-VPR)
2014 DIÁRIO DA REPÚBLICA

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS, REGIME REMUNERATÓRIO


SUPLEMENTAR DOS FUNCIONÁRIOS
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, TRABALHO DA AGÊNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES
E SEGURANÇA SOCIAL E DOS TRANSPORTES TERRESTRES — ANTT

CAPÍTULO I
Decreto Executivo Conjunto n.º 48/23 Disposições Gerais
de 20 de Abril
ARTIGO 1.º
Havendo a necessidade de se aprovar o Regime Remune- (Objecto)
ratório Suplementar do Quadro de Pessoal, Funcionários
O presente Diploma estabelece as regras de atribuição
Administrativos e Pessoal Contratado da Agência Nacional
mensal da remuneração suplementar e benefícios sociais e
dos Transportes Terrestres — ANTT;
prestações aos funcionários, agentes administrativos e pes-
Convindo criar estímulos que permitam o aumento da
soal contratado da ANTT.
produtividade e o bom desempenho;
ARTIGO 2.º
Em conformidade com os poderes delegados pelo (Âmbito de aplicação)
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
O presente Diploma aplica-se aos funcionários, agentes
Constituição da República de Angola, e de acordo com n.º 2
administrativos e pessoal contratado da ANTT, em efectivi-
do artigo 51.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/20,
dade de funções.
de 19 de Fevereiro, que estabelece as Regras de Criação,
Organização, Avaliação e Extinção dos Institutos Públicos, CAPÍTULO II
conjugado com o artigo 31.º do Decreto Presidencial Remuneração Suplementar
n.º 309/21, de 21 de Dezembro, determina-se: ARTIGO 3.º
ARTIGO 1.º (Remuneração suplementar)
(Aprovação) A remuneração suplementar consiste na retribuição
É aprovado o Regime Remuneratório Suplementar dos monetária mensal devida aos funcionários, agentes admi-
Funcionários, Agentes Administrativos e Pessoal Contratado da nistrativos e pessoal contratado da ANTT, de forma a
ANTT, anexo ao presente Diploma, de que é parte integrante. compensar pelas especificidades das suas atribuições, atra-
vés de receitas próprias, cujos termos e condições estejam
ARTIGO 2.º
(Revogação) aprovados pelo presente Decreto Executivo Conjunto.
ARTIGO 4.º
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
(Condições de atribuição)
presente Diploma.
1. A remuneração suplementar, a atribuir em função das
ARTIGO 3.º
particularidades específicas da prestação de trabalho, nos ter-
(Dúvidas e omissões)
mos do presente Diploma é devida nas seguintes condições:
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e apli- a) Quando o resultado da avaliação mensal de desem-
cação do presente Diploma são resolvidas pelos Titulares dos penho seja Bom ou Muito Bom;
Departamentos Ministeriais das Finanças, da Administração b) Quando o funcionário, agente administrativo e
Pública, Trabalho e Segurança Social e dos Transportes.
pessoal contratado não tenha durante o mês mais
ARTIGO 4.º de três faltas injustificadas.
(Entrada em vigor)
2. Para efeitos da alínea b) do número anterior, por cada
O presente Diploma entra em vigor na data da sua falta injustificada é descontado ao funcionário, agente admi-
publicação. nistrativo ou pessoal contratado o valor correspondente à
Publique-se. 2,5% da remuneração suplementar.
3. A remuneração suplementar não é devida quando os
Luanda, aos 30 de Março de 2023.
funcionários, agentes administrativos e pessoal contratado
A Ministra das Finanças, Vera Esperança dos Santos se encontrem em licença por doença ou em situação de falta
Daves de Sousa. justificada por mais de oito dias úteis, ou em qualquer outra
A Ministra da Administração Pública, Trabalho e situação que suspenda a relação jurídica de emprego.
Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias. 4. As funcionárias em licença de parto beneficiam de
O Ministro dos Transportes, Ricardo Daniel Sandão 50% da remuneração suplementar, a partir do segundo mês
Queirós Viegas D’Abreu. da licença.
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2015

5. O disposto no n.º 3 não se aplica aos funcioná- 2. Para efeitos de atribuição da remuneração suplementar
rios, agentes administrativos e pessoal contratado que se definida no número anterior, deve-se atender ao coeficiente
encontram em missão de serviço ou em formação, quando 1 (um) como sendo base, independentemente da variação
devidamente dispensado, quer no interior ou no exterior do das receitas.
País. ARTIGO 8.º
ARTIGO 5.º (Suporte dos custos)
(Avaliação)
Os custos procedentes do pagamento da remuneração
1. Para efeitos de atribuição da remuneração suplemen- suplementar são suportados pelas receitas próprias resultan-
tar prevista no presente Diploma, é obrigatória a avaliação
tes da prestação de serviços da ANTT.
de desempenho.
2. As avaliações obtêm-se através da seguinte fórmula: CAPÍTULO III
MF=∑IA/10. Benefícios Sociais e Prestações
3. Para efeitos do número anterior, os elementos da fór-
ARTIGO 9.º
mula têm o seguinte significado: (Benefícios sociais e prestações)
a) MF: média final;
1. Sem prejuízo dos benefícios sociais vigentes na
b) ∑: somatório;
Administração Pública, os funcionários, agentes administra-
c) IA: itens de avaliação; e
tivos e pessoal contratado da ANTT gozam, nos termos do
d) 10: limite máximo do coeficiente de avaliação.
presente Diploma, dos seguintes benefícios sociais:
4. Aos itens da avaliação deve ser atribuída uma pontua-
a) Seguro de saúde;
ção que varia de 0 a 10.
5. Para a atribuição da remuneração suplementar con- b) Cesta básica;
sideram-se apenas as classificações final de Bom ou Muito c) Vale de combustível;
Bom, conforme as regras em vigor sobre a Avaliação dos d) Abono de comunicação.
Funcionários Públicos. 2. Os funcionários da ANTT gozam das seguintes
6. A atribuição de remuneração suplementar aos Titulares prestações:
de Cargos de Direcção e Chefia da ANTT não está sujeita à a) Prémio anual de desempenho;
avaliação de desempenho. b) Complemento de viagem e de deslocação.
ARTIGO 6.º 3. Os benefícios sociais e as prestações sociais referi-
(Competência para avaliar) dos no número anterior visam compensar os funcionários,
1. A avaliação mensal deve ser feita pelo Chefe de agentes administrativos e pessoal contratado da ANTT pelos
Departamento directo do funcionário, agente administrativo riscos ou pela assunção das despesas conexas ao exercício
ou pessoal contratado, seguida de homologação do Director das suas funções, assim como auxiliar nos encargos com
da área respectiva. protecção e benefícios sociais.
2. A avaliação deve ser feita entre os dias 20 e 25 de cada
ARTIGO 10.º
mês, devendo ser imediatamente remetida ao Departamento (Seguro de saúde)
de Recursos Humanos, ou até ao dia 26, do mês em causa.
1. Abrange o direito aos cuidados médicos e hospitalares
3. Compete à Direcção responsável pela gestão de
dos funcionários, agentes administrativos e pessoal contra-
Recursos Humanos proceder à instrução do processo com os
itens de avaliação relacionados com a atribuição da remu- tado da ANTT, através do fácil acesso a uma rede vasta de
neração suplementar do pessoal, incluindo a constituição, clínicas e prestadores de serviço de saúde em Angola.
modificação, desempenho no trabalho e descontos resultan- 2. O seguro de saúde é atribuído a todos os funcionários,
tes das ausências e faltas, e outros que afectem directa ou agentes administrativos e pessoal contratado da ANTT, de
indirectamente a remuneração. acordo com a política de protecção proposta pela área res-
4. Na sequência do previsto nos números anteriores, ponsável pelos recursos humanos.
deve o Departamento de Recursos Humanos submeter o pro-
cesso de avaliação à homologação do Director do Gabinete ARTIGO 11.º
(Cesta básica)
de Administração e Serviços Gerais da ANTT.
ARTIGO 7.º
1. É um benefício mensal atribuído a todos os funcioná-
(Coeficiente da remuneração suplementar) rios, agentes administrativos e pessoal contratado da ANTT
1. A atribuição mensal da remuneração suplementar esta- com vista a proporcionar as condições essenciais para garan-
belecida no artigo 1.º do presente Diploma é obtida mediante tir a segurança alimentar.
a aplicação da tabela de coeficientes prevista no Anexo I que 2. A cesta básica é atribuída por meio de um cartão de
é parte integrante do presente Diploma, tendo como inter- compras, cujo valor a creditar no mesmo é aprovado por
valo 0,30 para todas as categorias. deliberação do Conselho de Administração da ANTT.
2016 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 12.º após avaliação de desempenho de «Bom ou Muito Bom», e


(Cartão de combustível)
decisão do Conselho de Administração da ANTT em função
1. É um benefício mensal que visa auxiliar os funcioná- dos resultados, em termos de geração de receitas próprias.
rios, agentes administrativos e pessoal contratado da ANTT 2. Compete igualmente ao Conselho de Administração
nos encargos diários com deslocação e que pelo exercício definir o valor correspondente ao prémio anual de desempenho.
das suas funções gozam do direito a viaturas atribuídas pelo 3. A avaliação de desempenho dos funcionários, agen-
serviço público. tes administrativos e pessoal contratado da ANTT obtém-se
2. O valor a creditar no cartão de combustível é aprovado de acordo com os pressupostos definidos pelo Regulamento
por deliberação do Conselho de Administração da ANTT. sobre o Sistema de Avaliação de Desempenho dos
ARTIGO 13.º Funcionários Públicos.
(Abono de comunicação)
ARTIGO 15.º
1. Compreende a atribuição mensal de recargas telefóni- (Complemento de viagem e deslocação)
cas que visa suportar os encargos dos funcionários, agentes 1. Os funcionários, agentes administrativos e o pessoal
administrativos e pessoal contratado da ANTT. contratado da ANTT, sempre que se deslocarem, em missão
2. O valor do abono de comunicação é atribuído aos de serviço, para o interior e exterior do País, beneficiam da
funcionários, agentes administrativos e pessoal contratado aquisição de bilhete de passagem.
que pelo exercício das suas funções carecem de estabele- 2. Os funcionários, agentes administrativos e pessoal
cer comunicação com outros serviços públicos e privados, contratado da ANTT que se deslocarem em missão de ser-
atento às atribuições da ANTT aprovado pelo Conselho de viço podem beneficiar, sempre que o valor da hospedagem
Administração da ANTT. for superior às ajudas de custo, de pagamento de um comple-
3. O abono de comunicação pode ser substituído por um mento de deslocação, para fazer face às despesas ordinárias
outro mecanismo que garanta os encargos de comunicação da missão.
das pessoas referidas nos números anteriores da ANTT. 3. O complemento de deslocação pode igualmente ser
ARTIGO 14.º pago após realização da missão de serviço, a título de com-
(Prémio anual de desempenho) pensação ou reembolso dos valores referentes às despesas
1. É um estímulo ou reconhecimento atribuído ao funcio- acrescidas a que ficou sujeito o agente da ANTT, desde que
nário, agente administrativo ou pessoal contratado da ANTT devidamente justificada.
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2017

A Ministra das Finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa.


A Ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias.
O Ministro dos Transportes, Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas D’Abreu. (23-2708-A-MIA)
2018 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Decreto Executivo Conjunto n.º 49/23 ARTIGO 2.º


de 20 de Abril (Âmbito de aplicação)
Havendo a necessidade de se estabelecer o Estatuto O presente Diploma aplica-se exclusivamente aos mem-
Remuneratório dos Membros do Conselho de Administração
bros do Conselho de Administração da ANTT.
da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, ao abrigo do
que dispõe o artigo 10.º do Decreto Presidencial n.º 309/21, CAPÍTULO II
de 21 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico da Estatuto Remuneratório
Agência Nacional dos Transportes Terrestres;
Em conformidade com os poderes delegados pelo ARTIGO 3.º
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da (Direito à remuneração)
Constituição da República, conjugado com o artigo 10.º do 1. Os membros do Conselho de Administração da ANTT
Decreto Presidencial n.º 309/21, de 21 de Dezembro,
têm direito a uma remuneração cuja estrutura integra o
determina-se:
seguinte:
ARTIGO 1.º
(Aprovação) a) Vencimento-base mensal;
É aprovado o Estatuto Remuneratório dos Membros b) Subsídios;
do Conselho de Administração da Agência Nacional c) Prestações sociais;
dos Transportes Terrestres — ANTT, anexo ao presente
d) Remuneração suplementar.
Diploma, de que é parte integrante.
2. O direito à remuneração é inalienável e reporta-se ao
ARTIGO 2.º
(Revogação) período do início do exercício de funções até à cessação do
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no mandato, bem como os seus efeitos.
presente Diploma. ARTIGO 4.º
ARTIGO 3.º (Vencimento-base mensal e suplementos)
(Dúvidas e omissões)
1. O vencimento-base mensal e os suplementos para os
As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli-
cação do presente Diploma são resolvidas pelos Titulares dos Membros do Conselho de Administração da ANTT são os
Departamentos Ministeriais das Finanças, da Administração constantes do Anexo I do presente Diploma, de que é parte
Pública, Trabalho e Segurança Social e dos Transportes. integrante.
ARTIGO 4.º 2. O factor de ponderação para o cálculo do vencimento-
(Entrada em vigor)
-base dos membros do Conselho de Administração da ANTT
O presente Decreto Executivo Conjunto entra em vigor
incide sobre o salário máximo da Tabela Salarial do INTR —
na data da sua publicação.
Instituto Nacional dos Transporte Rodoviários e do INCFA
Publique-se.
— Instituto Nacional dos Caminhos de-Ferro de Angola, à
Luanda, aos 30 de Março de 2023. data da sua extinção.
A Ministra das Finanças, Vera Esperança dos Santos
ARTIGO 5.º
Daves de Sousa.
(Subsídios)
A Ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança
Social, Teresa Rodrigues Dias. 1. Os membros do Conselho de Administração da ANTT,
O Ministro dos Transportes, Ricardo Daniel Sandão para além do vencimento-base, têm direito aos subsídios
Queirós Viegas D’ Abreu. seguintes:
a) Subsídio de renda de casa;
ESTATUTO REMUNERATÓRIO b) Subsídio de alimentação;
DOS MEMBROS DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL c) Subsídio para pessoal de apoio à residência;
DOS TRANSPORTES TERRESTRES — ANTT d) Subsídio de representação;
e) Subsídio de dedicação exclusiva;
CAPÍTULO I
f) Subsídio de comunicação;
Disposições Gerais
g) Subsídio de atavio.
ARTIGO 1.º
(Objecto) 2. Os subsídios previstos no número anterior são atri-
O presente Diploma estabelece o modo de remuneração buídos de acordo com o previsto no Anexo II do presente
dos membros do Conselho de Administração da ANTT. Diploma, de que é parte integrante.
I SÉRIE –– N.º 70 –– DE 20 DE ABRIL DE 2023 2019

ARTIGO 6.º CAPÍTULO III


(Fonte de financiamento dos suplementos) Disposições Finais
Os suplementos referidos no artigo anterior são suporta- ARTIGO 8.º
(Descontos)
dos por recursos próprios da ANTT arrecadados do exercício
Sobre a remuneração definida no presente Diploma
das suas actividades. recaem todos os descontos previstos na lei.
ARTIGO 7.º ARTIGO 9.º
(Prestações sociais) (Legislação subsidiária)

Em tudo o que não estiver expressamente previsto no


As prestações sociais a que os membros do Conselho de
presente Diploma aplica-se, subsidiariamente, o disposto
Administração da ANTT têm direito são as definidas para a na legislação em vigor na Administração Pública, e demais
Função Pública, nos termos da lei. legislação aplicável.

ANEXO I
A que se refere o artigo 4.º do presente Diploma
Tabela Salarial dos Membros do Conselho de Administração da ANTT

TABELA DE VENCIMENTO-BASE ILÍQUIDO

ANEXO II
A que refere o artigo 5.º do presente Diploma

TABELA DE SUBSÍDIOS (% SOBRE O VENCIMENTO-BASE)

A Ministra das Finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa.


A Ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias.
O Ministro dos Transportes, Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas D’ Abreu. (23-2709-A-MIA)

O. E. 0521 - 4/70 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2023

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