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CÓDIGO:
2612023855
TIPO DE MATERIAL:
E-book
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
1/2023
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................4
1. DISPOSIÇÕES GERAIS...............................................................................................5
2. COLIGAÇÕES...............................................................................................................9
4. REGISTRO DE CANDIDATOS.....................................................................................14
6. PRESTAÇÃO DE CONTAS..........................................................................................32
7. PESQUISAS E TESTES...............................................................................................36
8. PROPAGANDA POLÍTICA...........................................................................................38
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LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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1. DISPOSIÇÕES GERAIS
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Presidente Senadores
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E o que ocorre caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos
na primeira eleição (em primeiro turno)?
Nesse caso, será realizada uma nova eleição (segundo turno), no último domingo de
outubro, com os dois candidatos mais votados. Aqui, será eleito o candidato que obtiver a
maioria simples dos votos, não havendo necessidade de maioria absoluta.
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Devemos saber que a chapa eleitoral, nas eleições majoritárias, é considerada indivisí-
vel. Logo, a eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com ele regis-
trado. O mesmo se aplica à eleição de Governador e, conforme veremos oportunamente, à
eleição de Prefeito.
Nas eleições municipais, ainda que o sistema eleitoral adotado para a escolha do Chefe
do Poder Executivo seja o majoritário, devemos fazer uma distinção entre os municípios com
mais de 200 mil eleitores e os demais.
Nos municípios com mais de 200 mil eleitores, as mesmas regras aplicadas às elei-
ções do Presidente e dos Governadores são aplicadas, ou seja:
a) eleição em primeiro turno quando algum candidato obtiver a maioria absoluta dos
votos válidos;
b) não havendo maioria absoluta, segundo turno entre os dois candidatos mais votados;
c) em caso de morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocação, dentre
os remanescentes, do de maior votação;
d) em caso de empate, qualificação do candidato mais idoso.
Nos demais municípios (aqueles que não contem com mais de 200 mil eleitores), será
considerado Prefeito aquele que obtiver a maioria simples dos votos válidos. Nesses muni-
cípios, não há segundo turno. Logo, em linhas gerais, o candidato mais votado no primeiro
turno será eleito como Prefeito Municipal.
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Não são todos os partidos políticos que poderão participar das eleições. Para que a
participação seja possível, deverá a agremiação partidária observar determinadas regras e
prazos, conforme verificado no gráfico a seguir:
2. COLIGAÇÕES
Nas palavras de José Jairo Gomes, a coligação partidária pode ser definida como o
“consórcio de partidos políticos formados com o propósito de atuação conjunta e coo-
perativa na disputa eleitoral”.
Estabelece o artigo 6º da Lei das Eleições que “é facultado aos partidos políticos, dentro
da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária”.
Esse artigo, objeto de alteração por força da Lei n. 14.211/2021, está em sintonia com
as disposições da Emenda Constitucional n. 97/2017, segundo a qual a possibilidade de
coligação está vedada para as eleições proporcionais, apenas sendo possível para as
eleições majoritárias.
Para fins de prova, memorize que as coligações partidárias apenas podem ser cele-
bradas para as eleições majoritárias, não sendo admitidas nas eleições proporcionais.
A coligação funcionará como um só partido durante o período de realização das eleições,
sendo a ela atribuídas todas as obrigações e prerrogativas de partido político no trato com a
Justiça Eleitoral.
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A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos
partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido
político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido
no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou
número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político.
São eleitos pelo sistema majoritário os Chefes do Poder Executivo e os Senadores. Logo,
na propaganda para tais cargos, além do nome da coligação, deverá obrigatoriamente apare-
cer a legenda de todos os partidos que a compõem. Ficaria mais ou menos assim:
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As convenções são o momento em que cada partido se reúne com a finalidade de esco-
lher quais dos seus filiados serão escolhidos para disputar as eleições.
As convenções, considerando que os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito
privado, são estabelecidas internamente, no regimento de cada partido, com o único
dever de observar as normas estipuladas pela Lei das Eleições. Logo, não pode o poder
público interferir na forma como cada partido escolhe os seus representantes. O que pode
ser feito, apenas, é a invalidação do processo quando não respeitadas as disposições legais.
A depender da esfera federativa em que a eleição será realizada, teremos três níveis de
convenções: municipal, estadual e nacional.
Prefeito, Vice-prefeito e
Convenções Municipais
Vereadores
Deputados, Senadores,
Convenções Estaduais
Governador e Vice-governador
Uma vez que as normas para a escolha dos candidatos, nas convenções, serão
estabelecidas nos estatutos de cada esfera partidária, o que acontece se um partido de
nível municipal ou estadual, por exemplo, não estabelecer como as convenções serão
realizadas?
Nesse caso, caberá ao órgão nacional estabelecer essas normas e publicá-las no Diário
Oficial da União com a antecedência mínima de 180 dias antes das eleições.
Nesse mesmo sentido, caso os órgãos partidários de nível municipal ou estadual se opu-
serem às regras estabelecidas pelo órgão nacional, este poderá anular as deliberações
dos órgãos inferiores, com a obrigatoriedade de comunicar essas providências, à Jus-
tiça Eleitoral, no prazo de 30 dias após a data limite para registro dos candidatos.
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4. REGISTRO DE CANDIDATOS
Uma das principais etapas do processo eleitoral é o registro dos candidatos. Através
dela, a Justiça Eleitoral passa a verificar se o candidato escolhido pela agremiação partidária
atende a todos os requisitos previstos em lei. Uma vez atendidos, pode o candidato registrado
fazer uso de sua capacidade eleitoral passiva, ou seja, do direito de ser votado nas eleições.
As regras relacionadas com a quantidade de candidatos sofreram profundas alterações
legislativas. Atualmente, a regra vigente estabelece que cada partido poderá registrar can-
didatos para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias Legislativas e
Câmaras Municipais, total de até 100% do número de lugares a preencher mais um.
Logo, para fins de prova, devemos memorizar a importante informação de que cada par-
tido poderá registrar candidatos para as respectivas Casas Legislativas no total de 100% +
1 dos lugares a serem preenchidos.
Como forma de assegurar a participação feminina nas eleições, a norma estabelece que
“do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
Com a previsão, todas as agremiações partidárias, no momento de registro, são obriga-
das a reservar uma cota de participação para as candidaturas de cada sexo. Destaca-se que,
em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a
um, se igual ou superior.
As convenções partidárias são o momento em que os partidos e coligações escolhem
aqueles que vão disputar as eleições para os mais diversos cargos. No entanto, pode ocor-
rer das convenções, por diversos fatores, não indicarem o número máximo de candidatos.
Nesse caso, devemos memorizar que os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
preencher as vagas remanescentes até 30 dias antes do pleito.
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até
as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
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Não é exagero afirmar que estamos diante de uma das informações mais exigidas com
relação à Lei das Eleições. Além disso, temos que ter o cuidado para não confundir o prazo
limite para o registro dos candidatos com o período determinado para a realização das con-
venções partidárias.
O pedido de registro dos candidatos deve ser instruído com os seguintes documentos:
a) cópia da ata da convenção partidária;
b) autorização do candidato, por escrito;
c) prova de filiação partidária;
d) declaração de bens, assinada pelo candidato;
e) cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato
é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo
legalmente previsto;
f) certidão de quitação eleitoral;
g) certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal
e Estadual;
h) fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleito-
ral, com o objetivo de identificar o candidato na urna eleitoral eletrônica;
i) propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente
da República.
Dos documentos relacionados, um destaque maior deve ser dado à certidão de quita-
ção eleitoral. De acordo com a lei, a certidão de quitação abrangerá exclusivamente:
a) a plenitude do gozo dos direitos políticos;
b) o regular exercício do voto;
c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito;
d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não
reemitidas;
e) a apresentação de contas de campanha eleitoral.
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Com a Reforma Eleitoral de 2017, o parcelamento das multas, para fins de quitação com
a Justiça Eleitoral, passou a ser um direito, a depender da natureza do débito, dos cidadãos,
das pessoas jurídicas e dos partidos políticos. Podemos diferenciar as previsões em questão
da seguinte forma:
Direito dos cidadãos e das pessoas Direito dos partidos políticos, sendo
jurídicas, sendo que o parcelamento que o parcelamento poderá ocorrer
poderá ocorrer em até 60 meses. em até 60 meses.
Para que os partidos e candidatos possam adotar as medidas que entenderem neces-
sárias com relação ao pagamento de débitos eventualmente existentes, a Lei das Eleições
determina que a Justiça Eleitoral enviará aos partidos políticos, até o dia 5 de junho do ano
eleitoral, a relação de todos os devedores de multas eleitorais.
15 de agosto é o último dia para que seja solicitado o registro dos candidatos. Até essa
data, os Tribunais e Conselhos de Contas deverão tornar disponíveis à Justiça Eleitoral rela-
ção dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejei-
tadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente. A exceção
fica por conta dos casos em que a questão esteja sendo submetida à apreciação do Poder
Judiciário ou em que haja sentença judicial condenatória favorável ao interessado.
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Com relação aos documentos exigidos para registro dos candidatos, devemos conhecer,
ainda, as seguintes informações:
a) A Justiça Eleitoral possibilitará aos interessados acesso aos documentos apresenta-
dos para fins de registro;
b) Caso entenda necessário, o Juiz Eleitoral abrirá prazo de 72 horas para diligências;
c) A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento das multas e débitos, as regras de par-
celamento previstas na legislação tributária federal;
d) Fica dispensada a apresentação, pelo partido, coligação ou candidato, de documen-
tos produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral;
e) É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação
partidária.
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Nas eleições majoritárias, caso o candidato seja de coligação, a substituição deverá ser
realizada por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos parti-
dos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que,
para isso, o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
A depender do cargo em disputa, os candidatos serão identificados numericamente de
diferentes formas. A identificação é importante, haja vista que é por meio desses números
que o eleitor, fazendo uso da urna eletrônica, vota em determinado candidato.
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Uma das principais questões acerca do Direito Eleitoral é a forma como ocorrerá a arre-
cadação e as despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos partidos
políticos. É possível afirmar, inclusive, que a forma como a arrecadação de recursos deve
ocorrer é tema que praticamente divide os doutrinadores.
Não há como negar que, por meio da arrecadação dos recursos, as agremiações parti-
dárias conseguem realizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se identi-
ficam com a ideologia e propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
Por outro lado, partidos políticos de maior expressão tendem a obter mais recursos
do que as pequenas agremiações partidárias, característica que, a longo prazo, pode
colocar em risco o princípio do pluralismo político e da alternância de poder.
Inicialmente, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurí-
dico é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos
públicos quanto de recursos privados.
b) Atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites
legais, realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente
vedada qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.
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Para termos uma visão geral acerca do processo de financiamento eleitoral, precisamos
ter em mente que as agremiações e candidatos, no curso da campanha eleitoral, arrecadam
recursos, realizam gastos e prestam contas à Justiça Eleitoral.
Assim sendo, a campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em
três grandes etapas, sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos
obtêm recursos), os gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas
(quando as contas são apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade
das medidas).
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De acordo com a norma em estudo, o descumprimento dos limites de gastos fixados para
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% da quantia
que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso
do poder econômico.
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Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no
curso do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ.
No que se refere à abertura de conta bancária, a regra geral, de acordo com a Lei das
Eleições, estabelece que: “É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta
bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha”. Prova
disso é que o uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não pro-
venham da mencionada conta específica implicará a desaprovação da prestação de contas
do partido ou candidato. Além disso, caso seja comprovado abuso de poder econômico,
será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.
Medidas que devem ser adotadas pelos bancos com relação às contas destinadas
à campanha eleitorais:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em convenção no prazo
de três dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de depósito mínimo ou à
cobrança de taxas ou despesas de manutenção;
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5.3. Doações
Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realiza-
das doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada.
Após o julgamento da ADI n. 4.650, o STF vedou expressamente a doação de recursos
financeiros, para fins de campanha eleitoral, por parte das pessoas jurídicas.
As pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, desde que
não excedam ao limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Os candidatos também poderão utilizar recursos próprios na campanha eleitoral. Ainda
assim, a utilização desses recursos estará limitada a 10% dos limites previstos para os
gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Em ambas as situações, a doação de quantia acima dos limites fixados nesse artigo
sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
No entanto, o limite estabelecido para as doações não se aplica às doações estimá-
veis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do
doador ou à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não
ultrapasse R$ 40.000,00 por doador.
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Sobre as doações de recursos, o texto legal estabelece algumas medidas a serem ado-
tadas pelo TSE e pela Receita Federal, a saber:
A Lei das Eleições apresenta uma lista taxativa de despesas consideradas gastos eleitorais:
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto
no § 3º do art. 38 desta Lei;
II – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada
a conquistar votos;
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.
V – correspondência e despesas postais;
VI – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessá-
rios às eleições;
VII – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propa-
ganda gratuita;
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
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Ressalta-se que os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candida-
turas ou aos comitês ficaram estipulados em 10% do total gasto na campanha. Da mesma
forma, os gastos com aluguel de veículos automotores ficaram estabelecidos em 20% dos
gastos totais.
A norma em estudo também apresenta uma lista de despesas que não são consideradas
gastos eleitorais e não estão sujeitas à prestação de contas. Logo, devemos saber que não
são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam à prestação de contas as seguintes des-
pesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo usado pelo can-
didato na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite
de três linhas.
Para o pagamento de todas as despesas eleitorais, poderão ser utilizados recursos de
campanha (que podem ser objeto de doação de pessoas físicas), recursos próprios do
candidato, recursos do Fundo Partidário e recursos do Fundo Especial de Financia-
mento de Campanha, que será estudado em momento posterior.
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6. PRESTAÇÃO DE CONTAS
Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nessas hipóteses, simplificado, deverá
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores
e os respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos forne-
cedores de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.
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Decisão da Justiça
Situação Ensejadora
Eleitoral
5º) Dada a importância do assunto, a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos
será publicada em sessão até três dias antes da diplomação;
6º) Em caso de erros formais e materiais na apresentação das contas, caso eles sejam corri-
gidos ou não comprometam o resultado, não haverá motivo, por si só, para a rejeição das contas;
7º) Para efetuar os exames necessários, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos
do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
pelo tempo que for necessário. De igual forma, havendo indício de irregularidade na pres-
tação de contas, a Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adi-
cionais necessárias, bem como determinar diligências para a complementação dos dados
ou o saneamento das falhas;
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8º) Assim como ocorre com praticamente todas as etapas do processo eleitoral, a deci-
são da Justiça Eleitoral acerca da prestação de contas poderá ser objeto de recurso, no
prazo de três dias, ao TRE. Posteriormente, em caso de necessidade, poderá ser inter-
posto recurso especial para o TSE no mesmo prazo de três dias.
Caso, ao término da campanha eleitoral, ocorra a sobra de recursos financeiros, deverá
esta ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao
partido, de acordo com os seguintes critérios:
a) no caso de candidatos aos cargos de Prefeito, Vice-prefeito e Vereador, esses
recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade
onde ocorreu a eleição, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses recur-
sos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral
correspondente;
b) no caso de candidatos aos cargos de Governador, Vice-governador, Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transfe-
ridos para o órgão diretivo regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no
Distrito Federal, se for o caso, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses
recursos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o Tribunal
Regional Eleitoral correspondente;
c) no caso de candidatos aos cargos de Presidente e Vice-presidente da República,
esses recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual
será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização
e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
d) o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem pena-
lizado pelo descumprimento das regras relacionadas com as sobras eleitorais, quando
estas forem cometidas por parte dos órgãos diretivos municipais e regionais.
e) após as transferências devidas, as sobras de recursos financeiros de campanha serão
utilizadas pelos partidos políticos, devendo esses valores serem declarados em suas pres-
tações de contas perante a Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
Finalizando as disposições acerca da prestação de contas, a Lei das Eleições determina
que toda a documentação relativa às contas de campanha deverá, como regra geral, ser
conservada pelos partidos pelo prazo de 180 dias.
A ressalva fica por conta das situações em que os processos estiverem penden-
tes de julgamento, quando a documentação deverá ser conservada até a respectiva
decisão final.
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7. PESQUISAS E TESTES
Dessa forma, sempre que as entidades e empresas forem realizar pesquisas de opinião
pública relativas às eleições ou aos candidatos, deverão elas registrar, juntamente à Jus-
tiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, uma série de informações, a saber:
a) quem contratou a pesquisa;
b) valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
c) metodologia e período de realização da pesquisa;
d) plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível eco-
nômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e
margem de erro;
e) sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados
e do trabalho de campo;
f) questionário completo aplicado ou a ser aplicado;
g) nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.
Aqui, o objetivo da norma é assegurar que apenas as pesquisas registradas e com uma
série de informações possa ser divulgada aos eleitores. Evita-se, com a medida, que che-
guem ao conhecimento da população eventuais pesquisas realizadas de forma fraudulenta e
com o único propósito de tentar insinuar um possível resultado para as eleições.
As informações relativas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral
aos quais compete fazer o registro dos candidatos. Logo, se estivermos diante de uma elei-
ção municipal, o registro da pesquisa respectiva será feito perante o Juiz Eleitoral. Em caso
de eleições estaduais ou federais, o registro ocorrerá no TRE. Nas eleições presidenciais,
a pesquisa será registrada perante o Tribunal Superior Eleitoral.
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Com relação às enquetes ou sondagens, duas são as informações que devemos memo-
rizar para fins de prova:
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8. PROPAGANDA POLÍTICA
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No âmbito da Lei das Eleições, o estudo é pautado, basicamente, nas regras da propa-
ganda eleitoral.
A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da elei-
ção. Logo, é correto afirmar que apenas poderá ser realizada qualquer tipo de propa-
ganda eleitoral a partir do dia 16 de agosto do ano em que forem realizadas as eleições.
Toda e qualquer forma de propaganda eleitoral realizada fora do período eleitoral (ou
seja, desde 16 de agosto até o dia de realização das eleições) é considerada propaganda
extemporânea, ou seja, propaganda fora de época. Caso a propaganda seja realizada antes
do dia 16 de agosto, estaremos diante da denominada “propaganda eleitoral antecipada”.
Conforme analisado, toda e qualquer propaganda eleitoral realizada antes do período
eleitoral é considerada propaganda extemporânea (fora de época). Em caráter de exceção,
no entanto, a Lei das Eleições estabelece situações em que a propaganda, mesmo que rea-
lizada antes do período eleitoral, não será considerada propaganda antecipada.
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Neste tópico, nada melhor do que sedimentarmos as situações que configuram ou não
propaganda eleitoral antecipada.
É propaganda eleitoral
Não é propaganda eleitoral antecipada
antecipada
a) a participação de filiados a partidos políticos ou de
pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros
ou debates no rádio, na televisão e na internet,
inclusive com a exposição de plataformas e projetos
políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
a) convocação, por parte do
b) realização de encontros, seminários ou congressos,
Presidente da República, dos
em ambiente fechado e a expensas dos partidos
Presidentes da Câmara dos
políticos, para tratar da organização dos processos
Deputados, do Senado Federal
eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de
e do Supremo Tribunal Federal,
governo ou alianças partidárias visando às eleições,
de redes de radiodifusão para
podendo essas atividades serem divulgadas pelos
divulgação de atos que denotem
instrumentos de comunicação intrapartidária;
propaganda política ou ataques a
c) realização de prévias partidárias e a respectiva
partidos políticos e seus filiados
distribuição de material informativo, a divulgação dos
ou instituições.
nomes dos filiados que participarão da disputa e a
realização de debates entre os pré-candidatos;
d) divulgação de atos de parlamentares e debates
legislativos, desde que não se faça pedido de votos;
e) divulgação de posicionamento pessoal sobre
questões políticas, inclusive nas redes sociais;
f) realização, a expensas de partido político, de
reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo
ou meio de comunicação ou do próprio partido, em
qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e
propostas partidárias;
g) a campanha de arrecadação prévia de recursos por
meio das “vaquinhas online”;
h) pedido de votos realizado em ambiente restrito de
aplicativo WhatsApp;
i) elogio feito da tribuna da Casa Legislativa por
parlamentar a postulante a cargo público;
j) ampla divulgação de ideias fora do período eleitoral,
menção à pretensa candidatura e exaltação das
qualidades pessoais dos pré-candidatos, desde que
não envolvam pedido explícito de voto.
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Sempre que a propaganda for exercida nos termos da legislação eleitoral, não poderá
ela ser objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do poder de polícia ou
de violação de postura municipal.
Como anteriormente estudado, um dos princípios que rege a propaganda eleitoral é o da
liberdade, por meio do qual a propaganda, desde que observe os limites da lei, é livre e um
direito dos particulares.
Em sintonia com esse princípio está a previsão da Lei das Eleições, que assegura, como
regra geral, a ampla liberdade para a realização de qualquer ato de propaganda eleitoral.
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O funcionamento somente é
permitido entre 8h e 22h, sendo
vedados a instalação e o uso daqueles
equipamentos em distância inferior a
duzentos metros:
a) das sedes dos Poderes Executivo e
Utilização de alto-falantes ou Legislativo da União, dos Estados, do
amplificadores de som Distrito Federal e dos Municípios, das sedes
dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e
outros estabelecimentos militares;
b) dos hospitais e casas de saúde;
c) das escolas, bibliotecas públicas, igrejas
e teatros, quando em funcionamento.
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Se, na imprensa escrita, a propaganda eleitoral apenas pode ser realizada de forma
paga, no rádio e na televisão, ocorre justamente o contrário, de forma que toda e qualquer
espécie de propaganda apenas poderá ser realizada de forma gratuita.
Logo, se o horário eleitoral é gratuito, ele deve ser utilizado exclusivamente para a divulgação das
propostas dos candidatos, não sendo possível, dessa forma, a promoção de interesses comerciais
ou particulares. Caso essa regra não existisse, poderíamos ter os candidatos utilizando o espaço para
divulgar produtos ou serviços oferecidos por empresas privadas.
Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é vedada às
emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário, a adoção
das seguintes medidas:
a) transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de
pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possí-
vel identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
b) usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer
forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou vei-
cular programa com esse efeito;
c) veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato,
partido, coligação, a seus órgãos ou representantes;
d) dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
e) veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com
alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto pro-
gramas jornalísticos ou debates políticos;
f) divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda
quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação
nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proi-
bida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro.
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Horário no
Cargo Dias da semana Horário na TV
rádio
7:00 às 7:12:30
13:00 às 13:12:30
Presidente e Vice-presidente Terças, quintas e sábados 12:00 às
20:30 às 20:42:30
12:12:30
7:12:30 às 7:25
13:12:30 às 13:25
Deputado Federal Terças, quintas e sábados 12:12:30 às
20:42:30 às 20:55
12:25
Governador e Vice-governador
(Quando a eleição for 07:10 às 07:25 13:15 às 13:25
Segundas, quartas e sextas
destinada à renovação de um 12:15 às 12:25 20:45 às 20:55
Senador)
Governador e Vice-governador
(Quando a eleição for 07:16 às 07:25 13:16 às 13:25
Segundas, quartas e sextas
destinada à renovação de dois 12:16 às 12:25 20:46 às 20:55
Senadores)
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Como decorrência da regra geral, a propaganda eleitoral na internet apenas poderá ser
realizada após o dia 15 de agosto do ano eleitoral. Após essa data, a propaganda eleitoral na
internet poderá ser realizada nas seguintes formas:
1) em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hos-
pedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;
2) em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça
Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabele-
cido no País;
3) por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente
pelo candidato, partido ou coligação;
4) por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e aplicações
de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por:
a) candidatos, partidos ou coligações;
b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate impulsionamento de conteúdo.
A violação a qualquer uma dessas regras sujeita o usuário responsável pelo conteúdo
e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de R$
5.000,00 a R$ 30.000,00, ou em valor equivalente ao dobro da quantia despendida, se
esse cálculo superar o limite máximo da multa.
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Assim, por exemplo, se um partido gastou R$ 20 mil para realizar determinada propa-
ganda, e esta incidiu em alguma das infrações narradas, o valor de eventual multa será de R$
40 mil (dobro da quantia despendida), haja vista o cálculo em questão supera o valor máximo
da multa (R$ 35 mil).
A regra geral, em caso de irregularidades relacionadas com a propaganda eleitoral na
internet, é a aplicação de multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Caso sejam enviadas mensagens
eletrônicas no prazo de 48 horas após a solicitação de descadastramento, a multa será de
R$ 100 por mensagem.
Além disso, duas situações elencadas pela Lei das Eleições configuram crime, sujeitando
os responsáveis a punições nas esferas penal e cível.
Situação Penalidades
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Para a prova, temos que memorizar os prazos em que poderá ser solicitado à Justiça
Eleitoral o exercício do direito de resposta:
Caso o infrator não cumpra com a obrigação, integral ou parcialmente, ficará sujeito ao
pagamento de multa no valor de 5 mil a 15 mil UFIR, duplicada em caso de reiteração de con-
duta, sem prejuízo da detenção de 3 meses a 1 ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa.
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Com a adoção das urnas eletrônicas como forma de realizar as eleições, a votação em
papel (realizada por meio de cédulas) foi substituída pelo sistema eletrônico de votação. O
objetivo, com a modificação, foi conferir maior segurança para o voto do eleitor e maior cele-
ridade no processo de apuração dos votos.
Dessa forma, é correto afirmar que a votação atualmente é realizada, em território nacional, por meio
de urnas eletrônicas.
A votação por meio eletrônico poderá ocorrer tanto no candidato quanto na respec-
tiva legenda partidária, que nada mais é do que o número do partido ao qual o candi-
dato pertence.
Além de votar no candidato ou na legenda partidária, poderá o eleitor votar em branco
(quando não quiser escolher nenhum representante para o cargo em disputa) ou anular o
voto (quando o eleitor digitar na urna eletrônica um número em que não seja possível identi-
ficar nem o candidato e nem o respectivo partido político).
Para fins de prova, devemos saber que tanto os votos em branco quanto os votos nulos
não são considerados votos válidos, não interferindo, consequentemente, no resul-
tado das eleições.
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A mesa receptora pode ser definida como o órgão temporariamente constituído em cada
uma das seções eleitorais. Assim, por meio das mesas receptoras, o eleitor recebe a indica-
ção de onde deve votar. Antes disso, no entanto, um dos mesários vai colher a assinatura do
eleitor no caderno de votação.
Inicialmente, devemos saber que, de acordo com o Código Eleitoral, a autoridade com
competência para nomear os membros das mesas receptoras é o Juiz Eleitoral.
Realizada a nomeação, qualquer partido poderá reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo de
cinco dias, acerca dos nomes escolhidos. A decisão, que será tomada pelo Juiz Eleitoral,
deverá ser proferida no prazo de 48 horas.
Desta decisão, poderá o interessado, no prazo de três dias, interpor recurso para o Tribu-
nal Regional, que, por sua vez, deverá ser resolvido no prazo de 3 dias.
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Com relação aos agentes públicos, a definição utilizada para fins eleitorais é bastante
ampla. Logo, até mesmo aqueles que exerçam atribuições públicas sem remuneração (como
um mesário) ou então de forma transitória (como um estagiário) são considerados, para os
fins das condutas vedadas em ano eleitoral, agentes públicos.
Além disso, o vínculo entre o agente e o poder público poderá ocorrer até mesmo por
meio de mandato (como um Vereador) ou, ainda, no desempenho de uma mera função
pública (como os servidores não efetivos que são nomeados para o desempenho de cargos
comissionados).
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Veremos agora uma série de condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não,
com o objetivo de afetar a igualdade de oportunidade de candidatos nos pleitos eleitorais.
Neste ponto da matéria, é essencial que você memorize, quando houver, o prazo
dentro do qual cada uma das condutas não poderá ser praticada pelos agentes públicos.
Como regra geral, é vedada a cessão de bens móveis ou imóveis pertencentes à admi-
nistração pública em benefício de candidato, partido político ou coligação. Essa vedação se
aplica à administração pública direta e indireta de todos os entes federativos, ou seja, União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Em caráter de exceção, temos a possibilidade de uti-
lização de bens imóveis públicos para a realização das convenções partidárias.
Outro ponto diz respeito à vedação mencionada não se aplicar ao uso, em campanha, de
transporte oficial pelo Presidente da República, nem ao uso, em campanha, pelos candidatos
à reeleição de Presidente e Vice-presidente da República, Governador e Vice-governador de
Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-prefeito, de suas residências oficiais para rea-
lização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não
tenham caráter de ato público.
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Aqui, estamos diante de uma outra exceção à vedação da utilização dos bens públicos,
mas relacionada com um bem móvel. No caso, figura como exceção o transporte oficial
do Presidente da República, quando este estiver em campanha, e o uso do transporte, em
campanha de reeleição, por parte dos Chefes do Poder Executivo e respetivos Vices (Presi-
dente, Governador e Prefeitos), de suas residências oficiais para realização de contatos,
encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de
ato público.
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De início, temos que destacar que a vedação em questão é aplicada apenas aos ser-
vidores e empregados do Poder Executivo, e não para os agentes dos demais Poderes
(Legislativo e Judiciário).
A vedação será aplicada apenas ao horário de expediente normal de trabalho. Logo, se
o servidor ou empregado público, após o horário da repartição, resolver prestar serviços em
um comitê eleitoral, não estará ele incidindo da mencionada vedação.
De igual forma, caso o servidor ou empregado esteja licenciado, poderá ele, mesmo
durante o horário normal de expediente, prestar serviços em comitê eleitoral.
São condutas proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, nomear, contratar ou
de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir
ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem
e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de fun-
ções de confiança;
b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início
daquele prazo;
d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de
serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes peni-
tenciários.
De início, temos que memorizar que a vedação em questão não se aplica a todo o ano
eleitoral, mas sim apenas no período compreendido entre os três meses que antecedem
as eleições até a posse dos eleitos.
De igual forma, as medidas vedadas são aplicadas apenas em relação à circunscri-
ção em que a respectiva eleição está sendo realizada. Assim, por exemplo, se estivermos
diante de eleições gerais (Presidente e Governadores), as condutas poderão ser praticadas
no âmbito municipal, uma vez que não será ano eleitoral em relação a essa circunscrição.
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Essa é a regra geral que, contudo, conta com uma série de exceções. Logo, são exce-
ções às medidas anteriormente elencadas (e que podem, consequentemente, ser realiza-
das), as seguintes situações:
a) Nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa
de funções de confiança: Os cargos em comissão são considerados de livre nomeação e
exoneração, de forma que seus escolhidos podem, a qualquer tempo, ser nomeados e exo-
nerados. As funções de confiança, ainda que apenas possam ser ocupadas por servidores
ocupante de cargos efetivos, também são destinadas às atividades de chefia. Logo, a auto-
ridade competente pode, em ambos os casos, nomear e exonerar os respectivos ocupantes.
b) Nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais
ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República: Em nosso ordena-
mento jurídico, apenas os Poderes Executivo e Legislativo contam com representantes esco-
lhidos pelo corpo eleitoral. No caso do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais
e Conselhos de Contas, os membros são escolhidos pela autoridade competente, sem par-
ticipação da população. Logo, é inegável que a possibilidade de influência no ano eleitoral é
bem menor em relação a esses órgãos.
Por isso mesmo, a vedação à nomeação, no período de três meses antes das eleições
até a posse dos eleitos, não se aplica à nomeação realizada para cargos do Poder Judiciá-
rio, do Ministério Público e dos Tribunais ou Conselhos de Contas.
Além disso, a norma elenca a possibilidade de nomeação, no período, dos órgãos da
Presidência da República. Nesse caso, a intenção do legislador foi a de tentar evitar uma
possível situação de urgência, uma vez que os órgãos da Presidência da República são res-
ponsáveis, em cada setor, por uma parcela significativa da coletividade.
c) Nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início
daquele prazo: Vimos anteriormente que há a vedação à nomeação, no período compreen-
dido entre os três meses anteriores a eleições até a posse dos eleitos, para cargos do Poder
Executivo e Legislativo. No entanto, essa vedação não será aplicada em relação aos apro-
vados em concurso público, desde que, para isso, o concurso tenha sido homologado
antes do período de três meses antes das eleições.
Em outros termos, caso um concurso público destinado ao preenchimento de vagas de
determinado órgão do Poder Executivo Estadual, por exemplo, tenha sido homologado antes
dos três meses anteriores à realização da eleição estadual, os candidatos aprovados no
concurso poderão ser nomeados a qualquer tempo, ainda que estejamos, no caso, diante de
uma eleição sendo realizada no respectivo ente federado.
d) Nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadi-
ável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do
Poder Executivo: A finalidade maior do poder público é o bem-estar da coletividade. Logo,
em caso de serviços públicos essenciais (como hospitais e penitenciárias públicas), poderá
ser realizada, a qualquer tempo, a nomeação ou a contratação necessária à instalação e ao
funcionamento inadiável desses serviços.
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Para isso, no entanto, deverá haver prévia e expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo da respectiva esfera (Presidente, Governador ou Prefeito).
e) Transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários: Aqui, estamos diante de medidas intimamente relacionadas com a segu-
rança pública da coletividade. Os militares, os policiais civis e os agentes penitenciários
são agentes públicos que desempenham funções relacionadas com a segurança. Logo, com
o objetivo de preservar o bem-estar da coletividade, será permitida a remoção e a transferên-
cia, mediante iniciativa da administração pública (ex officio), desses agentes.
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Vedação Sanção
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#VEM
SER
ASSINATURA GRAN
ILIMITADA
CONCURSOS, OAB E RESIDÊNCIAS
FACILITE SEUS ESTUDOS: TUDO NO SEU TEMPO VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO:
rotas de aprovação, mapas E ESPAÇO: mentorias diárias, ao vivo,
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