Você está na página 1de 65

GRAN CONCURSOS

DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL


PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS

FICHA TÉCNICA DO MATERIAL


GRANCURSOSONLINE.COM.BR

CÓDIGO:
2612023855

TIPO DE MATERIAL:
E-book

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
1/2023
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................4

LEI DAS ELEIÇÕES.........................................................................................................5

1. DISPOSIÇÕES GERAIS...............................................................................................5

2. COLIGAÇÕES...............................................................................................................9

3. CONVENÇÕES PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS...........................................12

4. REGISTRO DE CANDIDATOS.....................................................................................14

5. ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS...................................................22

6. PRESTAÇÃO DE CONTAS..........................................................................................32

7. PESQUISAS E TESTES...............................................................................................36

8. PROPAGANDA POLÍTICA...........................................................................................38

9. SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO....................................................................56

10. MESAS RECEPTORAS..............................................................................................57

11. CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS.............................................58

www.grancursosonline.com.br 3
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal! Tudo bem? Espero que sim!!


Nas provas em que a disciplina de Direito Eleitoral é exigida, uma das mais importantes
normas é a Lei das Eleições (Lei n. 9.504/1997).
Não é exagero afirmar, dessa forma, que praticamente todas as provas de Direito Elei-
toral contam com pelo menos uma questão acerca da Lei das Eleições, visto que é a
norma responsável por regular a imensa maioria das regras relacionadas com o processo
eleitoral. Logo, seu estudo é imprescindível para todos aqueles que quiserem fazer uma
excelente prova de concurso.
Nesse contexto, este material foi elaborado com a finalidade de abordar os principais
pontos da Lei das Eleições, auxiliando na preparação e otimizando o processo de apro-
vação nas provas de concurso público.
Fico à disposição, desde já, para sanar todas as dúvidas que eventualmente surgirem.

Um grande abraço a todos!


Diogo Surdi

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

www.grancursosonline.com.br 4
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

LEI DAS ELEIÇÕES

1. DISPOSIÇÕES GERAIS

A Lei n. 9.504/1997, popularmente conhecida como a Lei das Eleições, é, atualmente,


o principal diploma exigido em provas de concurso. E o motivo para isso é de fácil compre-
ensão: no Direito Eleitoral, diversos são os institutos e as peculiaridades, mas todos, sem
exceção, possuem como objetivo final garantir que o processo democrático seja exercido
sem a interferência ou abuso do poder econômico.
Em outras palavras, o Direito Eleitoral tem como principal preocupação garantir que a
vontade do povo se reflita nos candidatos diretamente eleitos, sem a interferência do poder
econômico e de outras formas de coação.
Para uma correta compreensão das “disposições gerais” da Lei das Eleições, é necessá-
rio, em um primeiro momento, termos uma visão geral acerca dos sistemas eleitorais existen-
tes em nosso ordenamento jurídico.
Dois são os sistemas eleitorais adotados em nosso ordenamento jurídico: o sistema
majoritário e o sistema proporcional.
O sistema majoritário é aquele utilizado para a eleição dos Chefes do Poder Executivo
(Prefeitos, Governadores, Presidente e respectivos Vices) e para os cargos de Senador.
Esse sistema é bem tranquilo de entender, de forma que o candidato que receber mais
votos sempre será aquele escolhido para ocupar o cargo em disputa.
No entanto, temos que fazer uma pequena diferenciação entre os cargos que podem
ou não ter segundo turno. No caso de Governadores e Presidente, sempre poderemos ter
segundo turno, sendo que essa possibilidade ocorre quando nenhum dos candidatos
alcançar a maioria absoluta (mais que 50%) dos votos válidos.
No caso dos cargos de Senador, em sentido oposto, a eleição sempre será concluída em
um único turno de votação. Logo, exige-se a obtenção da maioria simples dos votos.
Para a eleição dos Prefeitos, temos que fazer uma distinção:
a) Nos municípios com menos de 200 mil eleitores, a eleição resolve-se com apenas um
turno de votação, sendo que aquele que obtiver mais votos é eleito para o cargo em disputa.
b) Nos municípios com mais de 200 mil eleitores, por outro lado, as regras a serem
adotadas são as mesmas das eleições para Governador e Presidente, ou seja, caso nenhum
dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos válidos, teremos segundo turno, con-
correndo os dois candidatos de maior votação.

www.grancursosonline.com.br 5
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Eleições majoritárias Eleições majoritárias


absolutas simples

Presidente Senadores

Prefeitos em municípios com


Governadores
menos de 200 mil eleitores
Prefeitos em municípios com
mais de 200 mil eleitores

O sistema proporcional adota uma sistemática completamente diferente daquela ado-


tada nas eleições majoritárias, de forma que nem sempre o candidato de maior votação será
o eleito para o cargo em disputa.
Esse sistema tem por objetivo fazer com que os pequenos partidos políticos consigam
eleger seus candidatos, em plena consonância com o fundamento constitucional do plu-
ralismo político.
A lógica é bem simples de entender: se todas as eleições fossem realizadas pelo sistema
majoritário, certos partidos ou coligações (normalmente os de maior poder econômico) pode-
riam eleger seus candidatos para todas as cadeiras em disputa.
No sistema proporcional, diversos passos são adotados até chegarmos à relação dos
candidatos eleitos, como a determinação dos votos válidos, a determinação do quociente
eleitoral e a determinação do quociente partidário.
Neste momento, temos que memorizar, apenas, que os cargos escolhidos por meio do
sistema proporcional são os seguintes: Vereador, Deputado Estadual ou Distrital e Depu-
tado Federal.
Inicialmente, devemos saber que as eleições sempre serão realizadas, em primeiro turno,
no primeiro domingo de outubro. Em caso de necessidade de segundo turno, novas elei-
ções serão realizadas no último domingo de outubro do mesmo ano.
No entanto, não são todos os cargos que terão as eleições realizadas no mesmo ano.
Em sentido oposto, as eleições serão realizadas, alternativamente, para os cargos de âmbito
nacional/estadual e municipal.

Serão realizadas simultaneamente as eleições:


a) para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governa-
dor de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;
b) para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

www.grancursosonline.com.br 6
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Os Chefes do Executivo serão escolhidos de acordo com as regras do sistema majori-


tário. Logo, será considerado eleito o candidato ao cargo de Presidente ou Governador que
obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. A maioria absoluta é alcançada quando um can-
didato consegue obter mais de 50% dos votos válidos.
Percebam que não estamos diante da maioria dos votos da eleição, mas sim apenas dos
votos válidos. Por votos válidos, podemos entender todos os votos dados na respectiva elei-
ção, com a exclusão dos votos nulos ou em branco.

E o que ocorre caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos
na primeira eleição (em primeiro turno)?
Nesse caso, será realizada uma nova eleição (segundo turno), no último domingo de
outubro, com os dois candidatos mais votados. Aqui, será eleito o candidato que obtiver a
maioria simples dos votos, não havendo necessidade de maioria absoluta.

Entre a realização do primeiro e do segundo turno, há um lapso de tempo. Nesse perí-


odo, é inegável que há a possibilidade de ocorrer algum motivo que impeça os candidatos
de participarem da eleição. Assim, a Lei das Eleições estabelece que, se antes da realização
do segundo turno, houver morte, desistência ou impedimento legal de candidato, será convo-
cado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Além disso, devemos memorizar que, nas específicas situações em que dois ou mais
candidatos possuírem a mesma votação (empatados), participará do segundo turno o candi-
dato mais idoso.

www.grancursosonline.com.br 7
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Devemos saber que a chapa eleitoral, nas eleições majoritárias, é considerada indivisí-
vel. Logo, a eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com ele regis-
trado. O mesmo se aplica à eleição de Governador e, conforme veremos oportunamente, à
eleição de Prefeito.
Nas eleições municipais, ainda que o sistema eleitoral adotado para a escolha do Chefe
do Poder Executivo seja o majoritário, devemos fazer uma distinção entre os municípios com
mais de 200 mil eleitores e os demais.
Nos municípios com mais de 200 mil eleitores, as mesmas regras aplicadas às elei-
ções do Presidente e dos Governadores são aplicadas, ou seja:
a) eleição em primeiro turno quando algum candidato obtiver a maioria absoluta dos
votos válidos;
b) não havendo maioria absoluta, segundo turno entre os dois candidatos mais votados;
c) em caso de morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocação, dentre
os remanescentes, do de maior votação;
d) em caso de empate, qualificação do candidato mais idoso.
Nos demais municípios (aqueles que não contem com mais de 200 mil eleitores), será
considerado Prefeito aquele que obtiver a maioria simples dos votos válidos. Nesses muni-
cípios, não há segundo turno. Logo, em linhas gerais, o candidato mais votado no primeiro
turno será eleito como Prefeito Municipal.

www.grancursosonline.com.br 8
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Não são todos os partidos políticos que poderão participar das eleições. Para que a
participação seja possível, deverá a agremiação partidária observar determinadas regras e
prazos, conforme verificado no gráfico a seguir:

Prazo Medida a ser adotada

Até seis meses antes da Registro do estatuto partidário


eleição junto ao TSE

Até a data da convenção Ter órgão de direção constituído


partidária na circunscrição eleitoral

2. COLIGAÇÕES

Nas palavras de José Jairo Gomes, a coligação partidária pode ser definida como o
“consórcio de partidos políticos formados com o propósito de atuação conjunta e coo-
perativa na disputa eleitoral”.
Estabelece o artigo 6º da Lei das Eleições que “é facultado aos partidos políticos, dentro
da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária”.
Esse artigo, objeto de alteração por força da Lei n. 14.211/2021, está em sintonia com
as disposições da Emenda Constitucional n. 97/2017, segundo a qual a possibilidade de
coligação está vedada para as eleições proporcionais, apenas sendo possível para as
eleições majoritárias.
Para fins de prova, memorize que as coligações partidárias apenas podem ser cele-
bradas para as eleições majoritárias, não sendo admitidas nas eleições proporcionais.
A coligação funcionará como um só partido durante o período de realização das eleições,
sendo a ela atribuídas todas as obrigações e prerrogativas de partido político no trato com a
Justiça Eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 9
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos
partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido
político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido
no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou
número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político.

São eleitos pelo sistema majoritário os Chefes do Poder Executivo e os Senadores. Logo,
na propaganda para tais cargos, além do nome da coligação, deverá obrigatoriamente apare-
cer a legenda de todos os partidos que a compõem. Ficaria mais ou menos assim:

“Coligação Alternativas de Concurso


Partidos A, B, C, D e E”

Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as seguintes normas:


a) na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido
político dela integrante. Logo, como não poderia ser diferente, não poderão fazer parte da coli-
gação aqueles que não sejam filiados a uma agremiação partidária que faça parte da coligação.
b) o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito por uma das seguin-
tes pessoas:

• presidentes dos partidos coligados;


• seus delegados;
• maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção;
• representante da coligação.

c) os partidos integrantes da coligação devem designar um representante, que terá


atribuições equivalentes às de presidente de partido político no trato dos interesses e na
representação da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;

www.grancursosonline.com.br 10
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

d) a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral de duas diferentes formas:


pelo representante da coligação ou por delegados indicados pelos partidos que a com-
põem. No caso dos delegados, devemos memorizar que poderão ser nomeados, a depender
do órgão da Justiça Eleitoral, um número diferente de membros, a saber:

• três delegados perante o Juízo Eleitoral;


• quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;
• cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.

A coligação partidária, que possui caráter temporário, funcionará como um só partido


político perante a Justiça Eleitoral. Entretanto, a Lei das Eleições estabelece que poderá o
partido político atuar de forma isolada no processo eleitoral.
Para que a atuação isolada seja possível, deverá o partido questionar a validade da pró-
pria coligação, medida que deverá ser adotada durante o período compreendido entre a data
da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos.
A regra geral estabelece que todos os partidos coligados funcionem como um só
partido perante a Justiça Eleitoral. Para que alguma agremiação atue de forma isolada,
deverá ela questionar a validade da coligação, medida que deve ser adotada no perí-
odo compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugna-
ção do registro de candidatos.

www.grancursosonline.com.br 11
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é


solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos,
mesmo quando integrantes de uma mesma coligação
Logo, o pagamento da multa pode ser exigido tanto do candidato quanto do respec-
tivo partido político, uma vez que a responsabilidade, no caso, possui caráter solidário. A
norma não admite que o pagamento da multa seja exigido de outros partidos políticos, ainda
que estes façam parte de coligação partidária com o partido do candidato penalizado.

3. CONVENÇÕES PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS

As convenções são o momento em que cada partido se reúne com a finalidade de esco-
lher quais dos seus filiados serão escolhidos para disputar as eleições.
As convenções, considerando que os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito
privado, são estabelecidas internamente, no regimento de cada partido, com o único
dever de observar as normas estipuladas pela Lei das Eleições. Logo, não pode o poder
público interferir na forma como cada partido escolhe os seus representantes. O que pode
ser feito, apenas, é a invalidação do processo quando não respeitadas as disposições legais.
A depender da esfera federativa em que a eleição será realizada, teremos três níveis de
convenções: municipal, estadual e nacional.

Prefeito, Vice-prefeito e
Convenções Municipais
Vereadores

Deputados, Senadores,
Convenções Estaduais
Governador e Vice-governador

Convenções Federais Presidente e Vice-presidente

Uma vez que as normas para a escolha dos candidatos, nas convenções, serão
estabelecidas nos estatutos de cada esfera partidária, o que acontece se um partido de
nível municipal ou estadual, por exemplo, não estabelecer como as convenções serão
realizadas?
Nesse caso, caberá ao órgão nacional estabelecer essas normas e publicá-las no Diário
Oficial da União com a antecedência mínima de 180 dias antes das eleições.

Nesse mesmo sentido, caso os órgãos partidários de nível municipal ou estadual se opu-
serem às regras estabelecidas pelo órgão nacional, este poderá anular as deliberações
dos órgãos inferiores, com a obrigatoriedade de comunicar essas providências, à Jus-
tiça Eleitoral, no prazo de 30 dias após a data limite para registro dos candidatos.

www.grancursosonline.com.br 12
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Caso, como resultado da anulação do órgão superior, haja a necessidade de escolha de


novo candidatos, o pedido deverá ser feito nos 10 dias seguintes à deliberação.

No âmbito das convenções partidárias, a principal informação a ser memorizada refere-


-se ao prazo que deve ser observado, pelos partidos políticos, para a realização do proce-
dimento. Aqui, estamos diante de um ponto bastante explorado nas questões de concurso
público. Logo, para fins de prova, memorize que:
a) a convenção partidária deve ser realizada no período de 20 de julho a 5 de agosto
do ano em que se realizarem as eleições;
b) como resultado da convenção, teremos uma ata, que deverá ser rubricada pela Justiça
Eleitoral e publicada, no prazo de 24 horas, em qualquer meio de comunicação.
A convenção partidária é um ato interno de cada partido ou coligação. Logo, para a reali-
zação das convenções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuita-
mente prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.
Ressalta-se que a utilização dos prédios públicos apenas poderá ser feita de forma gra-
tuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento. A ressalva fica por conta de eventuais
danos causados com a realização da convenção, que deverão ser responsabilizados pela
agremiação partidária.
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva
circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no
mesmo prazo. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado, será consi-
derada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

www.grancursosonline.com.br 13
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

4. REGISTRO DE CANDIDATOS

Uma das principais etapas do processo eleitoral é o registro dos candidatos. Através
dela, a Justiça Eleitoral passa a verificar se o candidato escolhido pela agremiação partidária
atende a todos os requisitos previstos em lei. Uma vez atendidos, pode o candidato registrado
fazer uso de sua capacidade eleitoral passiva, ou seja, do direito de ser votado nas eleições.
As regras relacionadas com a quantidade de candidatos sofreram profundas alterações
legislativas. Atualmente, a regra vigente estabelece que cada partido poderá registrar can-
didatos para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias Legislativas e
Câmaras Municipais, total de até 100% do número de lugares a preencher mais um.
Logo, para fins de prova, devemos memorizar a importante informação de que cada par-
tido poderá registrar candidatos para as respectivas Casas Legislativas no total de 100% +
1 dos lugares a serem preenchidos.
Como forma de assegurar a participação feminina nas eleições, a norma estabelece que
“do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
Com a previsão, todas as agremiações partidárias, no momento de registro, são obriga-
das a reservar uma cota de participação para as candidaturas de cada sexo. Destaca-se que,
em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a
um, se igual ou superior.
As convenções partidárias são o momento em que os partidos e coligações escolhem
aqueles que vão disputar as eleições para os mais diversos cargos. No entanto, pode ocor-
rer das convenções, por diversos fatores, não indicarem o número máximo de candidatos.
Nesse caso, devemos memorizar que os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
preencher as vagas remanescentes até 30 dias antes do pleito.
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até
as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

www.grancursosonline.com.br 14
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Não é exagero afirmar que estamos diante de uma das informações mais exigidas com
relação à Lei das Eleições. Além disso, temos que ter o cuidado para não confundir o prazo
limite para o registro dos candidatos com o período determinado para a realização das con-
venções partidárias.

O pedido de registro dos candidatos deve ser instruído com os seguintes documentos:
a) cópia da ata da convenção partidária;
b) autorização do candidato, por escrito;
c) prova de filiação partidária;
d) declaração de bens, assinada pelo candidato;
e) cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato
é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo
legalmente previsto;
f) certidão de quitação eleitoral;
g) certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal
e Estadual;
h) fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleito-
ral, com o objetivo de identificar o candidato na urna eleitoral eletrônica;
i) propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente
da República.

Dos documentos relacionados, um destaque maior deve ser dado à certidão de quita-
ção eleitoral. De acordo com a lei, a certidão de quitação abrangerá exclusivamente:
a) a plenitude do gozo dos direitos políticos;
b) o regular exercício do voto;
c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito;
d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não
reemitidas;
e) a apresentação de contas de campanha eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 15
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Com a Reforma Eleitoral de 2017, o parcelamento das multas, para fins de quitação com
a Justiça Eleitoral, passou a ser um direito, a depender da natureza do débito, dos cidadãos,
das pessoas jurídicas e dos partidos políticos. Podemos diferenciar as previsões em questão
da seguinte forma:

Parcelamento de multas eleitorais


Parcelamento das multas e de outras multas e débitos de
eleitorais natureza não eleitoral imputados
pelo poder público

Direito dos cidadãos e das pessoas Direito dos partidos políticos, sendo
jurídicas, sendo que o parcelamento que o parcelamento poderá ocorrer
poderá ocorrer em até 60 meses. em até 60 meses.

Se o valor da parcela ultrapassar 5% Se o valor da parcela ultrapassar o


da renda mensal do cidadão ou 2% limite de 2% do repasse mensal do
do faturamento da pessoa jurídica, o Fundo Partidário, o parcelamento
parcelamento poderá estender-se por poderá estender-se por
prazo superior. prazo superior.

Para que os partidos e candidatos possam adotar as medidas que entenderem neces-
sárias com relação ao pagamento de débitos eventualmente existentes, a Lei das Eleições
determina que a Justiça Eleitoral enviará aos partidos políticos, até o dia 5 de junho do ano
eleitoral, a relação de todos os devedores de multas eleitorais.
15 de agosto é o último dia para que seja solicitado o registro dos candidatos. Até essa
data, os Tribunais e Conselhos de Contas deverão tornar disponíveis à Justiça Eleitoral rela-
ção dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejei-
tadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente. A exceção
fica por conta dos casos em que a questão esteja sendo submetida à apreciação do Poder
Judiciário ou em que haja sentença judicial condenatória favorável ao interessado.

www.grancursosonline.com.br 16
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Para não confundirmos, faremos uso do seguinte quadro sinótico:

Com relação aos documentos exigidos para registro dos candidatos, devemos conhecer,
ainda, as seguintes informações:
a) A Justiça Eleitoral possibilitará aos interessados acesso aos documentos apresenta-
dos para fins de registro;
b) Caso entenda necessário, o Juiz Eleitoral abrirá prazo de 72 horas para diligências;
c) A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento das multas e débitos, as regras de par-
celamento previstas na legislação tributária federal;
d) Fica dispensada a apresentação, pelo partido, coligação ou candidato, de documen-
tos produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral;
e) É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação
partidária.

Na hipótese do partido ou da coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes


poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, devendo observar, para isso, o prazo máximo de
48 horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 17
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é veri-


ficada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos, hipótese em
que será aferida na data-limite para o pedido de registro.
Dessa forma, a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegi-
bilidade é verificada, como regra geral, tendo por referência a data da posse.
Assim, a título de exemplo, caso um candidato à Presidência da República tenha, no
momento do registro, apenas 34 anos, poderá ele, desde que complete a idade de 35 anos
até a posse, candidatar-se ao cargo pretendido.
A única exceção se refere ao cargo em que a idade mínima constitucionalmente fixada
é a de 18 anos (Vereador). Nessa situação, a verificação da idade mínima é feita tomando
por base a data limite para o pedido de registro dos candidatos, ou seja, até o dia 15 de
agosto do ano eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 18
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

No pedido de registro, cada candidato às eleições proporcionais indicará à Justiça Eleito-


ral o nome através do qual deseja ser identificado, até o limite de três opções, e a ordem
de preferência que deseja se registrar. Os nomes indicados poderão ser o prenome, sobre-
nome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que:
a) não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade;
b) não atente contra o pudor;
c) não seja ridículo ou irreverente.
A indicação dos nomes é importante para evitar que ocorra confusão, por parte dos elei-
tores, no momento de votar para determinado candidato. Em caso de homonímia (nomes
com a mesma pronúncia ou com a mesma escrita), a Justiça Eleitoral adotará as seguintes
providências com o objetivo de solucionar o conflito:
a) havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada
opção de nome indicada no pedido de registro;
b) ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo man-
dato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se
tenha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro,
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
c) ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado
por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, obser-
vado, contudo, se não há outro candidato que já exerça ou tenha exercido, nos últimos quatro
anos, mandato eletivo com o mesmo nome;
d) tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras elencadas, a
Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em 2 dias, cheguem a um acordo sobre os
respectivos nomes a serem usados. Não havendo acordo, a Justiça Eleitoral registrará
cada candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada
a ordem de preferência ali definida.
Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Justiça Eleitoral publicará as variações de
nome deferidas aos candidatos. Além disso, a Justiça Eleitoral organizará e publicará, até 30
dias antes da eleição, duas relações de nomes para uso na votação e apuração.

www.grancursosonline.com.br 19
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Importante questão se refere à possibilidade de substituição dos candidatos. Inicialmente,


temos que saber que a regra é a possibilidade de substituição, de forma que os partidos
e coligações podem perfeitamente substituir os candidatos. Essa substituição, no entanto,
deverá ser registrada no prazo de 10 dias da ocorrência do fato gerador que deu ensejo
à substituição, e desde que esse pedido seja feito com antecedência mínima de 20 dias
da data da realização das eleições.
Exceção a essa regra são as hipóteses de falecimento de candidatos já registrados,
situação em que a substituição poderá ocorrer a qualquer tempo (e não com a antecedência
mínima de 20 dias das eleições).

www.grancursosonline.com.br 20
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Nas eleições majoritárias, caso o candidato seja de coligação, a substituição deverá ser
realizada por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos parti-
dos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que,
para isso, o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
A depender do cargo em disputa, os candidatos serão identificados numericamente de
diferentes formas. A identificação é importante, haja vista que é por meio desses números
que o eleitor, fazendo uso da urna eletrônica, vota em determinado candidato.

Candidatos Identificação Numérica

Chefes do Poder Número do partido ao qual


Executivo (Presidente, estiverem filiados. Total de
Governador e Prefeito) dois dígitos.

Número do partido acrescido


Senadores de um algarismo à direita.
Total de três dígitos.

Número do partido acrescido


Deputados Federais de dois algarismos à direita.
Total de quatro dígitos.

Número do partido acrescido


Deputados Estaduais de três algarismos à direita.
ou Distritais Total de cinco dígitos.

Numeração disciplinada por


Vereadores Resolução do TSE.

É importante conhecermos as regras a serem observadas com relação aos candidatos


que estejam com o registro sub judice:
O termo sub judice refere-se aos registros que estão pendentes de julgamento pela Jus-
tiça Eleitoral. Nessas situações, e pautados pelo princípio da presunção de inocência, os
candidatos poderão efetuar todos os atos do processo eleitoral, inclusive realizar campanha
eleitoral, ter acesso gratuito à propaganda no rádio e na televisão e ter o seu nome inscrito na
urna eletrônica. Essa regra se aplica, igualmente, ao candidato cujo pedido de registro tenha
sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral.
No entanto, o cômputo dos votos a esses candidatos (ou para o respectivo partido polí-
tico) apenas será estabelecido se eles tiverem seu registro deferido pela Justiça Eleitoral,
ainda que posteriormente à realização da votação.
Por outro lado, caso o registro seja indeferido pela Justiça Eleitoral, todos os votos atri-
buídos ao candidato serão considerados nulos.

www.grancursosonline.com.br 21
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

5. ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS

Uma das principais questões acerca do Direito Eleitoral é a forma como ocorrerá a arre-
cadação e as despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos partidos
políticos. É possível afirmar, inclusive, que a forma como a arrecadação de recursos deve
ocorrer é tema que praticamente divide os doutrinadores.
Não há como negar que, por meio da arrecadação dos recursos, as agremiações parti-
dárias conseguem realizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se identi-
ficam com a ideologia e propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
Por outro lado, partidos políticos de maior expressão tendem a obter mais recursos
do que as pequenas agremiações partidárias, característica que, a longo prazo, pode
colocar em risco o princípio do pluralismo político e da alternância de poder.
Inicialmente, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurí-
dico é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos
públicos quanto de recursos privados.
b) Atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites
legais, realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente
vedada qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.

www.grancursosonline.com.br 22
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Para termos uma visão geral acerca do processo de financiamento eleitoral, precisamos
ter em mente que as agremiações e candidatos, no curso da campanha eleitoral, arrecadam
recursos, realizam gastos e prestam contas à Justiça Eleitoral.
Assim sendo, a campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em
três grandes etapas, sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos
obtêm recursos), os gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas
(quando as contas são apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade
das medidas).

Considerando que há a possibilidade de os partidos e candidatos fazerem uso de recur-


sos na campanha eleitoral, nada mais natural do que o estabelecimento, por meio da lei, de
limites a serem observados no curso da campanha. Com a medida, evita-se que o abuso do
poder econômico possa prejudicar a legitimidade do processo como um todo.
Logo, para fins de prova, temos que memorizar que os limites de gastos de campanha
serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, desde que possam ser
individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem observados.
Em caráter de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a con-
sultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas elei-
torais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses
de candidato ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando
essa medida possa implicar imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.

Muito cuidado: Não estamos afirmando que os gastos advocatícios e de contabili-


dade não estão sujeitos ao limite legal. A previsão é: em sentido diverso, nesses servi-
ços, quando a observância ao limite legal puder prejudicar o direito à ampla defesa do
partido ou de candidato, não haverá necessidade de observar esse limite.

www.grancursosonline.com.br 23
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Em outros termos, apenas quando a observância do limite legalmente estabelecido


puder prejudicar a garantia da ampla defesa haverá a dispensa dessa obrigação. Em
todas as demais situações, o limite de gastos deve ser observado.
Conforme verificado, os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulga-
dos pelo TSE. Essa é uma regra que vale para todos os cargos eletivos.
No entanto, com relação às eleições municipais (cargos de Prefeito e Vereadores),
tivemos importantes alterações impostas pela Lei n. 13.878/2019. De acordo com a nova
redação legal, o limite de gastos para esses cargos, para as futuras eleições, será o equiva-
lente ao limite para os respectivos cargos nas eleições de 2016, atualizado pelo Índice Nacio-
nal de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou por outro índice oficial.
Caso haja segundo turno nas eleições para Prefeito, o limite de gastos da respectiva
campanha, no segundo turno, será de 40% do estabelecido para a campanha como um todo.

De acordo com a norma em estudo, o descumprimento dos limites de gastos fixados para
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% da quantia
que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso
do poder econômico.

5.1. Administração da campanha

A administração da campanha eleitoral implica um conjunto de medidas destinadas a


comprovar desde a origem dos recursos arrecadados até os gastos que foram realiza-
dos no período eleitoral.
Nesse sentido, a administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada
diretamente pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.

www.grancursosonline.com.br 24
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da


campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade
das informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo
evitar que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um represen-
tante de campanha.

5.2. Obrigações dos partidos

Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no
curso do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ.

No que se refere à abertura de conta bancária, a regra geral, de acordo com a Lei das
Eleições, estabelece que: “É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta
bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha”. Prova
disso é que o uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não pro-
venham da mencionada conta específica implicará a desaprovação da prestação de contas
do partido ou candidato. Além disso, caso seja comprovado abuso de poder econômico,
será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.

Medidas que devem ser adotadas pelos bancos com relação às contas destinadas
à campanha eleitorais:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em convenção no prazo
de três dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de depósito mínimo ou à
cobrança de taxas ou despesas de manutenção;

www.grancursosonline.com.br 25
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doador de recursos para


a campanha;
d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e transferir todo o saldo even-
tualmente existente para a conta do órgão de direção partidário indicado pelo partido.
Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que essa medida, em caráter de
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municí-
pios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
Além da abertura de conta bancária, os candidatos estão obrigados à inscrição no CNPJ,
medida esta que facilita, em diversos aspectos, a identificação e a individualização das con-
dutas praticadas pelos candidatos.
O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada
pela Justiça Eleitoral no prazo de até três dias úteis após o recebimento do pedido de
registro de candidatura.
Após a abertura de conta bancária, e estando os candidatos regularmente inscritos no
CNPJ, estarão eles autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a reali-
zar as despesas necessárias à campanha eleitoral.
Neste ponto da matéria, temos que ter uma atenção especial, haja vista que a Reforma
Eleitoral de 2017 estabeleceu a possibilidade de arrecadação prévia de recursos por parte
dos pré-candidatos. Assim, poderão os pré-candidatos, a partir de 15 de maio do ano elei-
toral, arrecadar recursos por meio de instituições que promovam técnicas e serviços de
financiamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros
recursos similares (são as populares vaquinhas on-line, em que os particulares podem doar
recursos para uma finalidade específica, que, no caso, é o financiamento de uma possível
campanha eleitoral).
Observe que a medida, ainda que possa parecer uma espécie de “doação fora de época”,
tem um claro objetivo: possibilitar que o candidato consiga mensurar a quantidade de
recursos que vai dispor para uma eventual candidatura. Caso, por exemplo, seja verifi-
cado que os recursos arrecadados serão insuficientes para os gastos de campanha, poderá
o pré-candidato desistir da disputa, devolvendo os recursos para os respectivos doadores.

Ainda que haja a possibilidade de arrecadação prévia a partir de 15 de maio do ano


eleitoral, devemos memorizar que a liberação dos recursos apenas poderá ocorrer, por
parte das entidades arrecadadoras, com a comprovação do registro da candidatura.
Além disso, eventuais despesas de campanha apenas poderão ser realizadas no perí-
odo definido pelo calendário eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 26
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

5.3. Doações

Um dos momentos mais importantes do processo de financiamento de campanha é a


possibilidade de doação de recursos. Atualmente, os candidatos podem fazer uso, basica-
mente, de recursos oriundos das seguintes fontes:
a) recursos próprios;
b) doações de pessoas físicas;
c) recursos públicos.

Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realiza-
das doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada.
Após o julgamento da ADI n. 4.650, o STF vedou expressamente a doação de recursos
financeiros, para fins de campanha eleitoral, por parte das pessoas jurídicas.
As pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, desde que
não excedam ao limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Os candidatos também poderão utilizar recursos próprios na campanha eleitoral. Ainda
assim, a utilização desses recursos estará limitada a 10% dos limites previstos para os
gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Em ambas as situações, a doação de quantia acima dos limites fixados nesse artigo
sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
No entanto, o limite estabelecido para as doações não se aplica às doações estimá-
veis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do
doador ou à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não
ultrapasse R$ 40.000,00 por doador.

www.grancursosonline.com.br 27
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido deverão ser


feitas mediante recibo, assinado pelo doador. As exceções ficam por conta das seguintes
situações:
a) a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por
pessoa cedente;
b) doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso
comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser
registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa;
c) a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus paren-
tes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.
As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta bancária
aberta pelos partidos e candidatos. Além disso, as doações apenas poderão ser realiza-
das das seguintes formas:
1. cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
2. depósitos em espécie devidamente identificados até o limite legalmente estabelecido;
3. mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet,
permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.

www.grancursosonline.com.br 28
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

4. instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por


meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que
deverão atender aos seguintes requisitos:
a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para pres-
tação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e
repasses aos candidatos;
b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro
de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas;
c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das res-
pectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação;
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, relativo a cada doação realizada, sob a
responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e
para o candidato de todas as informações relativas à doação;
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobra-
das pela realização do serviço;
f) não incidência em quaisquer uma das hipóteses de vedação ao recebimento de recursos;
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do
período de arrecadação financeira;
h) observância dos dispositivos relacionados com a propaganda na internet.

5. comercialização de bens e/ou serviços, ou promoção de eventos de arrecadação


realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político.
A norma em estudo determina que o pagamento efetuado por pessoas físicas, candi-
datos ou partidos em decorrência de honorários de serviços advocatícios e de contabi-
lidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas,
bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido
político, não será considerado para a aferição do limite estabelecido para as doações
de recursos, e não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro.

www.grancursosonline.com.br 29
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Sobre as doações de recursos, o texto legal estabelece algumas medidas a serem ado-
tadas pelo TSE e pela Receita Federal, a saber:

5.4. Gastos Eleitorais

A Lei das Eleições apresenta uma lista taxativa de despesas consideradas gastos eleitorais:

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto
no § 3º do art. 38 desta Lei;
II – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada
a conquistar votos;
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.
V – correspondência e despesas postais;
VI – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessá-
rios às eleições;
VII – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propa-
ganda gratuita;
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

www.grancursosonline.com.br 30
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

XV – custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de


conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro
no País; (Inclui-se entre as formas de impulsionamento de conteúdo a priorização paga de
conteúdos resultantes de aplicações de busca na internet)

Ressalta-se que os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candida-
turas ou aos comitês ficaram estipulados em 10% do total gasto na campanha. Da mesma
forma, os gastos com aluguel de veículos automotores ficaram estabelecidos em 20% dos
gastos totais.

A norma em estudo também apresenta uma lista de despesas que não são consideradas
gastos eleitorais e não estão sujeitas à prestação de contas. Logo, devemos saber que não
são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam à prestação de contas as seguintes des-
pesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo usado pelo can-
didato na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite
de três linhas.
Para o pagamento de todas as despesas eleitorais, poderão ser utilizados recursos de
campanha (que podem ser objeto de doação de pessoas físicas), recursos próprios do
candidato, recursos do Fundo Partidário e recursos do Fundo Especial de Financia-
mento de Campanha, que será estudado em momento posterior.

www.grancursosonline.com.br 31
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

6. PRESTAÇÃO DE CONTAS

Uma vez realizados os gastos de campanha, é necessária, pelos partidos e candidatos,


a prestação de contas da campanha eleitoral. Essa prestação acontecerá a depender das
eleições a que fizerem referência, ou seja, majoritária ou proporcional.
Como forma de possibilitar que a população e os demais interessados possam acompa-
nhar a evolução dos gastos de campanha, os partidos políticos, as coligações e os candida-
tos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar, em site criado pela Justiça
Eleitoral para esse fim, com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e
dos respectivos valores doados:
a) os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em
até 72 horas de seu recebimento;
b) no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidá-
rio, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos
realizados.
Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão com-
provados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de
viagem, quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os iti-
nerários. Consequentemente, é vedada a exigência de apresentação de qualquer outro
documento para esse fim.
Uma das principais novidades introduzidas pela Reforma Eleitoral de 2015 foi a possi-
bilidade de utilização do sistema simplificado de prestação de contas. A ideia, como o pró-
prio nome sugere, estipula que, em determinadas situações, o processo de prestação de
contas seja mais célere e eficiente, sem a necessidade de observar o rito tradicional da
prestação de contas.
Observa-se, dessa forma, que duas são as situações em que o procedimento simplifi-
cado será realizado, a saber:
a) na prestação de contas de candidatos que apresentarem movimentação financeira
correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00;
b) nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.

Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nessas hipóteses, simplificado, deverá
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores
e os respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos forne-
cedores de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

www.grancursosonline.com.br 32
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

O procedimento de prestação de contas compreende medidas a serem adotadas pelos


comitês partidários, pelos candidatos, pelos partidos políticos e, por fim, pela Justiça Eleito-
ral. Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir o fluxo a ser observado no momento da
prestação de contas:
1º) Inicialmente, compete ao comitê partidário, após receber as prestações de contas e
demais informações dos candidatos às eleições majoritárias e dos candidatos às eleições pro-
porcionais que optarem por prestar contas por seu intermédio, adotar as seguintes medidas:
a) resumir as informações contidas na prestação de contas, de forma a apresentar
demonstrativo consolidado das campanhas;
b) caso não haja segundo turno, encaminhar à Justiça Eleitoral, até o 30º dia posterior à
realização das eleições, o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê;
c) havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos dois
turnos, até o 20º dia posterior à sua realização.

www.grancursosonline.com.br 33
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

2º) A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a


diplomação dos eleitos, enquanto perdurar;
3º) Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da pres-
tação de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão
nacional de direção partidária. Nesse caso, o órgão partidário da respectiva circunscrição
eleitoral passará a responder por todas as dívidas solidariamente com o candidato, hipó-
tese em que a existência do débito não poderá ser considerada como causa para a rejei-
ção das contas;
4º) Após receber a prestação de contas, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das
contas de campanha, decidindo:
a) pela aprovação, quando estiverem regulares;
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprome-
tam a regularidade;
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
d) pela não prestação quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de 72 horas.

Decisão da Justiça
Situação Ensejadora
Eleitoral

Aprovação Quando as contas estiverem regulares.

Aprovação com Quando forem verificadas falhas que não comprometam


ressalvas a regularidade.

Quando forem verificadas falhas que comprometam a


Desaprovação regularidade.

Quando não apresentadas após a notificação emitida


Não apresentação pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação
expressa de prestar as contas no prazo de 72 horas.

5º) Dada a importância do assunto, a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos
será publicada em sessão até três dias antes da diplomação;
6º) Em caso de erros formais e materiais na apresentação das contas, caso eles sejam corri-
gidos ou não comprometam o resultado, não haverá motivo, por si só, para a rejeição das contas;
7º) Para efetuar os exames necessários, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos
do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
pelo tempo que for necessário. De igual forma, havendo indício de irregularidade na pres-
tação de contas, a Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adi-
cionais necessárias, bem como determinar diligências para a complementação dos dados
ou o saneamento das falhas;

www.grancursosonline.com.br 34
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

8º) Assim como ocorre com praticamente todas as etapas do processo eleitoral, a deci-
são da Justiça Eleitoral acerca da prestação de contas poderá ser objeto de recurso, no
prazo de três dias, ao TRE. Posteriormente, em caso de necessidade, poderá ser inter-
posto recurso especial para o TSE no mesmo prazo de três dias.
Caso, ao término da campanha eleitoral, ocorra a sobra de recursos financeiros, deverá
esta ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao
partido, de acordo com os seguintes critérios:
a) no caso de candidatos aos cargos de Prefeito, Vice-prefeito e Vereador, esses
recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade
onde ocorreu a eleição, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses recur-
sos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral
correspondente;
b) no caso de candidatos aos cargos de Governador, Vice-governador, Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transfe-
ridos para o órgão diretivo regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no
Distrito Federal, se for o caso, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses
recursos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o Tribunal
Regional Eleitoral correspondente;
c) no caso de candidatos aos cargos de Presidente e Vice-presidente da República,
esses recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual
será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização
e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
d) o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem pena-
lizado pelo descumprimento das regras relacionadas com as sobras eleitorais, quando
estas forem cometidas por parte dos órgãos diretivos municipais e regionais.
e) após as transferências devidas, as sobras de recursos financeiros de campanha serão
utilizadas pelos partidos políticos, devendo esses valores serem declarados em suas pres-
tações de contas perante a Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
Finalizando as disposições acerca da prestação de contas, a Lei das Eleições determina
que toda a documentação relativa às contas de campanha deverá, como regra geral, ser
conservada pelos partidos pelo prazo de 180 dias.
A ressalva fica por conta das situações em que os processos estiverem penden-
tes de julgamento, quando a documentação deverá ser conservada até a respectiva
decisão final.

www.grancursosonline.com.br 35
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

7. PESQUISAS E TESTES

As pesquisas e testes realizados antes da eleição (pré-eleitorais) constituem, muitas


vezes, fator decisivo no resultado do pleito. Dessa forma, faz-se necessária a existência de
mecanismos de controle acerca da forma como esses processos devem ser realizados.

Dessa forma, sempre que as entidades e empresas forem realizar pesquisas de opinião
pública relativas às eleições ou aos candidatos, deverão elas registrar, juntamente à Jus-
tiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, uma série de informações, a saber:
a) quem contratou a pesquisa;
b) valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
c) metodologia e período de realização da pesquisa;
d) plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível eco-
nômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e
margem de erro;
e) sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados
e do trabalho de campo;
f) questionário completo aplicado ou a ser aplicado;
g) nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.

Aqui, o objetivo da norma é assegurar que apenas as pesquisas registradas e com uma
série de informações possa ser divulgada aos eleitores. Evita-se, com a medida, que che-
guem ao conhecimento da população eventuais pesquisas realizadas de forma fraudulenta e
com o único propósito de tentar insinuar um possível resultado para as eleições.
As informações relativas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral
aos quais compete fazer o registro dos candidatos. Logo, se estivermos diante de uma elei-
ção municipal, o registro da pesquisa respectiva será feito perante o Juiz Eleitoral. Em caso
de eleições estaduais ou federais, o registro ocorrerá no TRE. Nas eleições presidenciais,
a pesquisa será registrada perante o Tribunal Superior Eleitoral.

Órgão onde a pesquisa


Cargo a ser disputado
será registrada

Prefeitos e Vereadores Juiz Eleitoral


Deputados Federais, Deputados
Estaduais ou Distritais, Senadores e Tribunal Regional Eleitoral
Governadores
Presidente Tribunal Superior Eleitoral

www.grancursosonline.com.br 36
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Para cumprir a regra da ampla publicidade, a Justiça Eleitoral afixará, no prazo de 24


horas, no local de costume, bem como divulgará em seu site oficial, aviso comunicando o
registro das informações relacionadas com pesquisa eleitoral, colocando-as à disposição
dos partidos ou coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo
prazo de 30 dias.

A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os respon-


sáveis à multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIR.

A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de 6


meses a 1 ano e multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIR.

Com relação às enquetes ou sondagens, duas são as informações que devemos memo-
rizar para fins de prova:

Mediante requerimento à Justiça Eleitoral, os partidos poderão ter acesso ao sistema


interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades que divul-
garam pesquisas de opinião relativas às eleições, incluídos os referentes à identificação
dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas
ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos
respondentes.
Além disso, a comprovação de irregularidade nos dados publicados sujeita os responsá-
veis, além das penalidades legais, à obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos no
mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e outros elementos de destaque, de
acordo com o veículo usado.
Em relação aos crimes relacionados com a não observância das regras referentes às pes-
quisas e testes, podem ser responsabilizados penalmente tanto os representantes legais
da empresa ou entidade de pesquisa quanto os do órgão veiculador.

www.grancursosonline.com.br 37
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

8. PROPAGANDA POLÍTICA

A propaganda política abrange um gênero dividido nas seguintes espécies: propa-


ganda eleitoral, propaganda intrapartidária e propaganda partidária.

A propaganda partidária é aquela realizada internamente pelos partidos políticos. Por


isso mesmo, essa espécie de propaganda é disciplinada pela Lei dos Partidos Políticos, e
não pela Lei das Eleições, tendo, por exemplo, os seguintes objetivos:
a) difundir os programas partidários;
b) transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos even-
tos com este relacionados e das atividades congressuais do partido;
c) divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários;
d) promover e difundir a participação política feminina;
Já a propaganda intrapartidária é aquela realizada internamente, no âmbito de cada
partido político, com a finalidade de escolher os seus representantes para a disputa eleitoral.
Essa propaganda é realizada no período de 15 dias antes da realização das convenções
partidárias.
Por fim, temos a propaganda eleitoral, destinada a apresentar ao eleitor as caracte-
rísticas de um determinado candidato com a finalidade de angariar votos. Como possui o
claro objetivo de “conquistar” o eleitor, essa propaganda é permitida apenas no ano elei-
toral, e, ainda assim, apenas a partir de 16 de agosto do ano em que forem realizadas
as eleições.
Não será permitido qualquer tipo de propaganda política paga (seja ela eleitoral ou
intrapartidária) no rádio e na televisão.
Sendo assim, podemos sistematizar, para organizarmos o conhecimento, as três diferen-
tes formas de propaganda política admitidas pela doutrina:

www.grancursosonline.com.br 38
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

No âmbito da Lei das Eleições, o estudo é pautado, basicamente, nas regras da propa-
ganda eleitoral.
A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da elei-
ção. Logo, é correto afirmar que apenas poderá ser realizada qualquer tipo de propa-
ganda eleitoral a partir do dia 16 de agosto do ano em que forem realizadas as eleições.
Toda e qualquer forma de propaganda eleitoral realizada fora do período eleitoral (ou
seja, desde 16 de agosto até o dia de realização das eleições) é considerada propaganda
extemporânea, ou seja, propaganda fora de época. Caso a propaganda seja realizada antes
do dia 16 de agosto, estaremos diante da denominada “propaganda eleitoral antecipada”.
Conforme analisado, toda e qualquer propaganda eleitoral realizada antes do período
eleitoral é considerada propaganda extemporânea (fora de época). Em caráter de exceção,
no entanto, a Lei das Eleições estabelece situações em que a propaganda, mesmo que rea-
lizada antes do período eleitoral, não será considerada propaganda antecipada.

www.grancursosonline.com.br 39
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Será considerada propaganda eleitoral antecipada a convocação, por parte do Pre-


sidente da República, dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Fede-
ral e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos
que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou
instituições.

Neste tópico, nada melhor do que sedimentarmos as situações que configuram ou não
propaganda eleitoral antecipada.

É propaganda eleitoral
Não é propaganda eleitoral antecipada
antecipada
a) a participação de filiados a partidos políticos ou de
pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros
ou debates no rádio, na televisão e na internet,
inclusive com a exposição de plataformas e projetos
políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
a) convocação, por parte do
b) realização de encontros, seminários ou congressos,
Presidente da República, dos
em ambiente fechado e a expensas dos partidos
Presidentes da Câmara dos
políticos, para tratar da organização dos processos
Deputados, do Senado Federal
eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de
e do Supremo Tribunal Federal,
governo ou alianças partidárias visando às eleições,
de redes de radiodifusão para
podendo essas atividades serem divulgadas pelos
divulgação de atos que denotem
instrumentos de comunicação intrapartidária;
propaganda política ou ataques a
c) realização de prévias partidárias e a respectiva
partidos políticos e seus filiados
distribuição de material informativo, a divulgação dos
ou instituições.
nomes dos filiados que participarão da disputa e a
realização de debates entre os pré-candidatos;
d) divulgação de atos de parlamentares e debates
legislativos, desde que não se faça pedido de votos;
e) divulgação de posicionamento pessoal sobre
questões políticas, inclusive nas redes sociais;
f) realização, a expensas de partido político, de
reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo
ou meio de comunicação ou do próprio partido, em
qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e
propostas partidárias;
g) a campanha de arrecadação prévia de recursos por
meio das “vaquinhas online”;
h) pedido de votos realizado em ambiente restrito de
aplicativo WhatsApp;
i) elogio feito da tribuna da Casa Legislativa por
parlamentar a postulante a cargo público;
j) ampla divulgação de ideias fora do período eleitoral,
menção à pretensa candidatura e exaltação das
qualidades pessoais dos pré-candidatos, desde que
não envolvam pedido explícito de voto.

www.grancursosonline.com.br 40
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Deve ser destacado que a comprovação do cumprimento das determinações da Justiça


Eleitoral relacionadas a propaganda realizada em desconformidade com o disposto na
Lei das Eleições poderá ser apresentada aos seguintes órgãos:
a) no Tribunal Superior Eleitoral, no caso de candidatos a Presidente e Vice-presidente
da República;
b) nas sedes dos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais, no caso de candidatos a
Governador, Vice-governador, Deputado Federal, Senador da República, Deputados Esta-
dual e Distrital;
c) no Juízo Eleitoral, na hipótese de candidato a Prefeito, Vice-prefeito e Vereador.

Sempre que a propaganda for exercida nos termos da legislação eleitoral, não poderá
ela ser objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do poder de polícia ou
de violação de postura municipal.
Como anteriormente estudado, um dos princípios que rege a propaganda eleitoral é o da
liberdade, por meio do qual a propaganda, desde que observe os limites da lei, é livre e um
direito dos particulares.
Em sintonia com esse princípio está a previsão da Lei das Eleições, que assegura, como
regra geral, a ampla liberdade para a realização de qualquer ato de propaganda eleitoral.

www.grancursosonline.com.br 41
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

A norma legal estabelece uma lista de situações específicas em que a propaganda


eleitoral pode ou não ser realizada. Essas previsões são constantemente exigidas nas
provas de concurso. Assim, como forma de facilitar o entendimento e a compreensão de todas
as situações apresentadas pela norma, elaborei um gráfico com cada uma das situações
ensejadoras e respectivas características (permissão, vedação e consequências pela prática).

Local de realização da propaganda Previsões legais


Nos bens cujo uso dependa de cessão
ou permissão do poder público, ou que É vedada a veiculação de propaganda de
a ele pertençam, e nos bens de uso qualquer natureza, inclusive pichação,
comum, inclusive postes de iluminação inscrição a tinta e exposição de placas,
pública, sinalização de tráfego, viadutos, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e
passarelas, pontes, paradas de ônibus e assemelhados.
outros equipamentos urbanos A veiculação de propaganda em
Bens de uso comum, para fins eleitorais, são desacordo com esta previsão sujeita
os definidos pelo Código Civil e aqueles a que o responsável, após a notificação e
a população em geral tem acesso, tais como comprovação, à restauração do bem e,
cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, caso não cumprida no prazo, a multa no
templos, ginásios, estádios, ainda que de valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
propriedade privada.
Como regra geral, não é permitida a
veiculação de material de propaganda
eleitoral. As exceções ficam por conta de:
a) bandeiras ao longo de vias públicas,
desde que móveis e que não dificultem o
bom andamento do trânsito de pessoas
e veículos;
b) adesivo plástico em automóveis,
caminhões, bicicletas, motocicletas e
Bens públicos ou particulares janelas residenciais, desde que não
exceda a 0,5 m². Os adesivos poderão ter
a dimensão máxima de 50 centímetros
por 40 centímetros.
É importante destacar que a veiculação
de propaganda eleitoral em bens
particulares deve ser espontânea e
gratuita, sendo vedado qualquer tipo
de pagamento em troca de espaço para
essa finalidade.

A veiculação de propaganda eleitoral fica


Nas dependências do Poder Legislativo a critério da Mesa Diretora.

www.grancursosonline.com.br 42
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Local de realização da propaganda Previsões legais

Nas árvores e nos jardins localizados Não é permitida a colocação de propaganda


em áreas públicas, bem como em eleitoral de qualquer natureza, mesmo
muros, cercas e tapumes divisórios que não lhes cause danos.

É permitida a colocação de mesas para


distribuição de material de campanha e a
utilização de bandeiras, desde que móveis
e que não dificultem o bom andamento
Nas vias públicas do trânsito de pessoas e veículos.
A mobilidade mencionada estará
caracterizada com a colocação e a retirada
dos meios de propaganda entre 6h e 22h.

a) Independe da obtenção de licença


municipal e de autorização da Justiça
Eleitoral;
b) Os folhetos devem ser editados sob
a responsabilidade do partido, coligação
ou candidato;
c) Todo material impresso de campanha
eleitoral deverá conter o número de
inscrição no Cadastro Nacional da
Propaganda eleitoral pela distribuição Pessoa Jurídica – CNPJ ou o número de
de folhetos, adesivos, volantes e outros inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
impressos – CPF do responsável pela confecção,
bem como de quem a contratou, e a
respectiva tiragem;
d) Quando o material impresso veicular
propagandaconjuntadediversoscandidatos,
os gastos relativos a cada um deles deverão
constar na respectiva prestação de contas,
ou apenas naquela relativa ao que houver
arcado com os custos.

É proibido colar propaganda eleitoral,


exceto adesivos micro perfurados até
a extensão total do para-brisa traseiro
Nos veículos e, em outras posições, adesivos até a
dimensão máxima de 50 centímetros
por 40 centímetros.

www.grancursosonline.com.br 43
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Local de realização da propaganda Previsões legais

O funcionamento somente é
permitido entre 8h e 22h, sendo
vedados a instalação e o uso daqueles
equipamentos em distância inferior a
duzentos metros:
a) das sedes dos Poderes Executivo e
Utilização de alto-falantes ou Legislativo da União, dos Estados, do
amplificadores de som Distrito Federal e dos Municípios, das sedes
dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e
outros estabelecimentos militares;
b) dos hospitais e casas de saúde;
c) das escolas, bibliotecas públicas, igrejas
e teatros, quando em funcionamento.

É permitido no horário compreendido


entre 8h e as 24h, com exceção do
Realização de comícios e a utilização comício de encerramento da campanha,
de aparelhagens de sonorização fixas que poderá ser prorrogado por mais
duas horas.

Confecção, utilização ou distribuição


de bens materiais que possam
proporcionar vantagem ao eleitor Medidas vedadas na campanha eleitoral.
(como camisetas, chaveiros, bonés,
canetas, brindes ou cestas básicas)
Realização de showmício e de evento
assemelhado para promoção de
candidatos, bem como a apresentação, Medidas vedadas na campanha eleitoral.
remunerada ou não, de artistas com a
finalidade de animar comício e reunião
eleitoral
É vedada, sujeitando-se a empresa
responsável, os partidos, as coligações
Propaganda eleitoral mediante e os candidatos à imediata retirada da
outdoors, inclusive eletrônicos propaganda irregular e ao pagamento
de multa no valor de R$ 5.000,00 a R$
15.000,00.

www.grancursosonline.com.br 44
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Local de realização da propaganda Previsões legais

É permitida até às 22h do dia que


Distribuição de material gráfico, antecede a eleição.
caminhada, carreata, passeata ou Considera-se carro de som qualquer
carro de som que transite pela cidade veículo, motorizado ou não, ou ainda
divulgando jingles ou mensagens de tracionado por animais, que transite
candidatos divulgando jingles ou mensagens de
candidatos.

A utilização é vedada, exceto para a


sonorização de comícios.
Utilização de trios elétricos em Considera-se trio elétrico o veículo
campanhas eleitorais automotor que usa equipamento de som
com potência nominal de amplificação
maior que 20.000 (vinte mil) watts.

É permitida, desde que observado


o limite de 80 decibéis de nível de
pressão sonora, medido a sete metros
de distância do veículo, e respeitadas as
vedações legais, apenas em carreatas,
caminhadas e passeatas ou durante
reuniões e comícios.
Circulação de carros de som e Devemos memorizar as seguintes
minitrios como meio de propaganda definições:
eleitoral a) carro de som: veículo automotor que
usa equipamento de som com potência
nominal de amplificação de, no máximo,
10.000 watts;
b) minitrio: veículo automotor que usa
equipamento de som com potência
nominal de amplificação maior que
10.000 watts e até 20.000 watts;

É proibido aos servidores da


Justiça Eleitoral, aos mesários e aos
escrutinadores o uso de vestuário
ou objeto que contenha qualquer
propaganda de partido político, de
No recinto das seções eleitorais e coligação ou de candidato.
juntas apuradoras Consequentemente, aos fiscais
partidários, nos trabalhos de votação,
só é permitido que, em seus crachás,
constem o nome e a sigla do partido
político ou coligação a que sirvam,
vedada a padronização do vestuário.

www.grancursosonline.com.br 45
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Local de realização da propaganda Previsões legais

Utilização de símbolos, frases ou O uso constitui crime, punível com


imagens, associadas ou semelhantes detenção, de 6 meses a 1 ano, com a
às empregadas por órgão de governo, alternativa de prestação de serviços à
empresa pública ou sociedade de comunidade pelo mesmo período, e
economia mista multa no valor de 10 mil a 20 mil UFIR.

a) É permitida a manifestação individual


e silenciosa da preferência do eleitor por
partido político, coligação ou candidato,
revelada exclusivamente pelo uso de
bandeiras, broches, dísticos e adesivos;
b) É vedada, até o término do horário
de votação, a aglomeração de pessoas
portando vestuário padronizado, bem
como os instrumentos de propaganda
referidos no caput, de modo a
caracterizar manifestação coletiva, com
ou sem utilização de veículos.
Além disso, constitui crime, no dia da
eleição, puníveis com detenção, de 6
meses a 1 ano, com a alternativa de
prestação de serviços à comunidade
No dia das eleições pelo mesmo período, e multa no valor
de 5 mil a 15 mil UFIR:
a) o uso de alto-falantes e amplificadores
de som ou a promoção de comício ou
carreata;
b) a arregimentação de eleitor ou a
propaganda de boca de urna;
c) a divulgação de qualquer espécie de
propaganda de partidos políticos ou de
seus candidatos;
d) a publicação de novos conteúdos
ou o impulsionamento de conteúdos
nas aplicações de internet, podendo
ser mantidos em funcionamento as
aplicações e os conteúdos publicados
anteriormente.

www.grancursosonline.com.br 46
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

8.1. Propaganda eleitoral na imprensa

Inicialmente, precisamos memorizar que essa modalidade de propaganda, ao contrá-


rio do que ocorre, por exemplo, com a realizada no rádio e na televisão, sempre será reali-
zada de forma paga. Dessa forma, o candidato que quiser realizar propaganda eleitoral na
imprensa escrita deverá realizar um pagamento ao veículo de comunicação responsável pela
publicidade.
No entanto, como forma de evitar abusos, uma série de regras devem ser observadas no
momento da realização da propaganda na imprensa, sendo elas:
a) o prazo limite para a veiculação da propaganda é a antevéspera das eleições. Após,
nenhum tipo de propaganda eleitoral na imprensa escrita poderá ser realizado;
b) é garantido o direito de utilização de até 10 anúncios de propaganda eleitoral, por
veículo, em datas diversas, para cada candidato;
c) em cada edição da propaganda, o tamanho máximo da propaganda será de 1/8 de
página de jornal padrão e de 1/4 de página de revista ou tabloide;
d) em caso de não observância de qualquer uma dessas regras, os responsáveis pelos
veículos de divulgação e os partidos, coligações ou candidatos beneficiados serão penaliza-
dos com uma multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil. Caso o valor pago para a divulgação da propa-
ganda seja superior, este será o valor da respectiva multa.

www.grancursosonline.com.br 47
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

8.2. Propaganda eleitoral no rádio e na televisão

Se, na imprensa escrita, a propaganda eleitoral apenas pode ser realizada de forma
paga, no rádio e na televisão, ocorre justamente o contrário, de forma que toda e qualquer
espécie de propaganda apenas poderá ser realizada de forma gratuita.
Logo, se o horário eleitoral é gratuito, ele deve ser utilizado exclusivamente para a divulgação das
propostas dos candidatos, não sendo possível, dessa forma, a promoção de interesses comerciais
ou particulares. Caso essa regra não existisse, poderíamos ter os candidatos utilizando o espaço para
divulgar produtos ou serviços oferecidos por empresas privadas.

Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é vedada às
emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário, a adoção
das seguintes medidas:
a) transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de
pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possí-
vel identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
b) usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer
forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou vei-
cular programa com esse efeito;
c) veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato,
partido, coligação, a seus órgãos ou representantes;
d) dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
e) veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com
alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto pro-
gramas jornalísticos ou debates políticos;
f) divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda
quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação
nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proi-
bida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro.

www.grancursosonline.com.br 48
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Neste ponto da matéria, fazer um comparativo em relação às datas a serem observadas


pelas emissoras de rádio e de televisão é a forma mais eficiente e célere de memorizarmos
as vedações:

Após o prazo para realização das convenções A partir de 30 de junho do ano


partidárias (a data limite é o dia 5 de agosto) eleitoral
As emissoras não podem adotar as seguintes medidas:
a) transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística,
imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de
consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível
identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
b) veicular propaganda política;
c) dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
d) veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro As emissoras não podem transmitir
programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, programa apresentado ou comentado por
mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou pré-candidato.
debates políticos;
e) divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido
em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente
com o nome do candidato ou com a variação nominal por ele
adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato,
fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do
respectivo registro.

A infração sujeitará a emissora ao pagamento


de multa no valor de 20 mil a 100 mil UFIR,
A infração sujeitará a emissora ao pagamento de multa no valor de duplicada em caso de reincidência.
20 mil a 100 mil UFIR, duplicada em caso de reincidência. Além disso, a infração ensejará o
cancelamento do registro da candidatura do
beneficiário.

Os debates eleitorais devem seguir uma série de regras legalmente estabelecidas. Os


debates são uma prática constantemente utilizada pelas emissoras de rádio e televisão.
Ainda que os debates normalmente apresentados pelas redes de televisão sejam os rela-
tivos às eleições majoritárias, nada impede que as emissoras de rádio e televisão realizem
debates com candidatos às eleições proporcionais. Não é possível, no caso de debates às
eleições proporcionais, a presença de um mesmo candidato a mais de um debate na
mesma emissora.
A realização dos debates, como não poderia ser diferente, é uma faculdade conferida às
emissoras de rádio e de televisão. Caso optem pela realização, deverão elas observar uma
série de regras, a saber:
a) nos debates, será assegurada a participação de candidatos dos partidos com repre-
sentação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares. Para estes, a emis-
sora responsável pelo debate tem a obrigação de convidá-los. Para os demais partidos (menos
de cinco parlamentares no Congresso Nacional), o convite é uma faculdade da emissora.

www.grancursosonline.com.br 49
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

b) será admitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum partido,


desde que o veículo de comunicação responsável comprove havê-lo convidado com a ante-
cedência mínima de 72 horas da realização do debate;
c) o debate será realizado segundo as regras estabelecidas em acordo celebrado
entre os partidos políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do evento.
Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas apro-
vadas as regras, inclusive as que definam o número de participantes, que obtiverem a con-
cordância de pelo menos 2/3 dos candidatos aptos, no caso de eleição majoritária, e de
pelo menos 2/3 dos partidos com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional.
Após a aprovação das regras, será dada ciência à Justiça Eleitoral.

No âmbito da propaganda eleitoral, o horário eleitoral gratuito é o momento em que os


candidatos, de acordo com as regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral, apresentam suas
propostas para o eleitor. Dada a influência que a televisão pode exercer no convencimento
dos eleitores, nada mais justo que o estabelecimento de regras objetivas no que se refere ao
tempo de horário eleitoral de cada partido ou coligação.
O tempo destinado a cada partido ou coligação será dividido com base em dois critérios:
10% de forma igualitária (para todos os partidos e coligações) e 90% com base na represen-
tação na Câmara dos Deputados.
Caso, após a divisão, algum partido ou coligação tenha menos de 30 segundos de horá-
rio eleitoral, será assegurado o direito de acumulá-lo para uso em tempo equivalente. Assim,
por exemplo, em vez de determinado candidato apresentar suas propostas, na semana, em
três períodos de 10 segundos, poderá ele acumular e fazer a apresentação em uma só vez,
tendo, neste caso, 30 segundos.

www.grancursosonline.com.br 50
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura sob


a responsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembleias
Legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou das Câmaras Municipais
reservarão, nos 35 dias anteriores à antevéspera das eleições, horário destinado à
divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita.

O custo-benefício de tentar memorizar os horários de cada um dos cargos eletivos é


bastante baixo. Ainda assim, relaciono essas informações, de forma sistematizada, por meio
do gráfico a seguir:

Horário no
Cargo Dias da semana Horário na TV
rádio
7:00 às 7:12:30
13:00 às 13:12:30
Presidente e Vice-presidente Terças, quintas e sábados 12:00 às
20:30 às 20:42:30
12:12:30
7:12:30 às 7:25
13:12:30 às 13:25
Deputado Federal Terças, quintas e sábados 12:12:30 às
20:42:30 às 20:55
12:25

Deputado Estadual e Deputado


Distrital 07:05 às 07:15 13:05 às 13:15
(Quando a eleição for Segundas, quartas e sextas
12:05 às 12:15 20:35 às 20:45
destinada à renovação de um
Senador)

Deputado Estadual e Deputado


Distrital 07:07 às 07:16 13:07 às 13:16
(Quando a eleição for Segundas, quartas e sextas
12:07 às 12:16 20:37 às 20:46
destinada à renovação de dois
Senadores)

Governador e Vice-governador
(Quando a eleição for 07:10 às 07:25 13:15 às 13:25
Segundas, quartas e sextas
destinada à renovação de um 12:15 às 12:25 20:45 às 20:55
Senador)

Governador e Vice-governador
(Quando a eleição for 07:16 às 07:25 13:16 às 13:25
Segundas, quartas e sextas
destinada à renovação de dois 12:16 às 12:25 20:46 às 20:55
Senadores)

Senador 07:00 às 07:05 13:00 às 13:05


(Quando houver apenas uma Segundas, quartas e sextas
12:00 às 12:05 20:30 às 20:35
renovação)

Senador 07:00 às 07:07 13:00 às 13:07


(Quando houver duas Segundas, quartas e sextas
12:00 às 12:07 20:30 às 20:37
renovações)
07:00 às 07:10 13:00 às 13:10
Prefeito Segunda a sábado
12:00 às 12:10 20:30 às 20:40

www.grancursosonline.com.br 51
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Se houver segundo turno, as emissoras de rádio e televisão reservarão, a partir da sex-


ta-feira seguinte à realização do primeiro turno e até a antevéspera da eleição, horário
destinado à divulgação da propaganda eleitoral gratuita, dividida em dois blocos diários
de dez minutos para cada eleição, e os blocos terão início às sete e às doze horas, no
rádio, e às treze e às vinte horas e trinta minutos, na televisão.
Em circunscrição onde houver segundo turno para Presidente e Governador, o horário
reservado à propaganda deste iniciar-se-á imediatamente após o término do horário reser-
vado ao primeiro. Além disso, o tempo de cada período diário será dividido igualitariamente
entre os candidatos.

8.3. Propaganda na internet

Anteriormente, vimos que a propaganda eleitoral, quando realizada na imprensa, deve,


obrigatoriamente, ser paga. Já a propaganda realizada nas emissoras de rádio e televisão,
em sentido oposto, somente pode ser feita de forma gratuita. E com relação à propaganda
realizada na internet, qual a regra a ser observada?
Aqui, devemos memorizar que, como regra geral, a propaganda realizada na internet
será feita de forma gratuita. No entanto, em caráter de exceção, a norma eleitoral admite
a realização de propaganda paga para uma situação em específico, que é o impulsiona-
mento de conteúdo, e, ainda assim, desde que seja identificado de forma inequívoca
como tal e contratado exclusivamente por partidos, coligações e candidatos e seus
representantes.

www.grancursosonline.com.br 52
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Dessa forma, podemos memorizar as seguintes diferenças entre as formas de realização


da propaganda eleitoral:

Como decorrência da regra geral, a propaganda eleitoral na internet apenas poderá ser
realizada após o dia 15 de agosto do ano eleitoral. Após essa data, a propaganda eleitoral na
internet poderá ser realizada nas seguintes formas:
1) em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hos-
pedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;
2) em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça
Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabele-
cido no País;
3) por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente
pelo candidato, partido ou coligação;
4) por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e aplicações
de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por:
a) candidatos, partidos ou coligações;
b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate impulsionamento de conteúdo.
A violação a qualquer uma dessas regras sujeita o usuário responsável pelo conteúdo
e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de R$
5.000,00 a R$ 30.000,00, ou em valor equivalente ao dobro da quantia despendida, se
esse cálculo superar o limite máximo da multa.

www.grancursosonline.com.br 53
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Assim, por exemplo, se um partido gastou R$ 20 mil para realizar determinada propa-
ganda, e esta incidiu em alguma das infrações narradas, o valor de eventual multa será de R$
40 mil (dobro da quantia despendida), haja vista o cálculo em questão supera o valor máximo
da multa (R$ 35 mil).
A regra geral, em caso de irregularidades relacionadas com a propaganda eleitoral na
internet, é a aplicação de multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Caso sejam enviadas mensagens
eletrônicas no prazo de 48 horas após a solicitação de descadastramento, a multa será de
R$ 100 por mensagem.
Além disso, duas situações elencadas pela Lei das Eleições configuram crime, sujeitando
os responsáveis a punições nas esferas penal e cível.

Situação Penalidades

Contratação direta ou indireta de grupo


de pessoas com a finalidade específica Detenção de 2 a 4 anos
de emitir mensagens ou comentários e multa de R$ 15.000,00
na internet para ofender a honra ou a R$ 50.000,00.
manchar a imagem de candidato,
partido ou coligação (Quem contrata)
Detenção de 6 meses a
As pessoas contratadas com a 1 ano, com alternativa
finalidade específica de emitir de prestação de
mensagens ou comentários na internet serviços à comunidade
para ofender a honra ou manchar pelo mesmo período, e
a imagem de candidato, partido ou multa de R$ 5.000,00 a
coligação (Quem é contratado) R$ 30.000,00.

8.4. Direito de resposta

O direito de resposta é uma importante garantia ao candidato que se sentir ofendido,


ainda que indiretamente, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa
ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
Decorre o direito de resposta das garantias do contraditório e da ampla defesa, por meio
das quais, em linhas gerais, o particular que está sendo acusado possui o amplo direito de
se defender, fazendo uso, para isso, de todos os meios de provas lícitos admitido em nosso
ordenamento jurídico.

www.grancursosonline.com.br 54
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

O direito de resposta é assegurado aos candidatos após a realização das conven-


ções partidárias.

Para a prova, temos que memorizar os prazos em que poderá ser solicitado à Justiça
Eleitoral o exercício do direito de resposta:

Meio de realização da Prazo para solicitação do direito de


propaganda eleitoral resposta à Justiça Eleitoral

Horário eleitoral gratuito 24 horas

Programação normal das 48 horas


emissoras de rádio e televisão
Órgão da imprensa escrita 72 horas

Conteúdo que esteja sendo A qualquer tempo, ou então no prazo de


divulgado na internet 72 horas após a sua retirada

Como não poderia ser diferente, os pedidos de direito de resposta e as representações


por propaganda eleitoral irregular em rádio, televisão e internet tramitarão preferencial-
mente em relação aos demais processos em curso na Justiça Eleitoral.
Consequentemente, da decisão sobre o exercício do direito de resposta cabe recurso às
instâncias superiores, em 24 horas da data de sua publicação em cartório ou sessão, asse-
gurado ao recorrido oferecer contrarrazões em igual prazo, a contar da sua notificação.
Após isso, a Justiça Eleitoral deve proferir sua decisão no prazo de 24 horas. Caso a
decisão não seja prolatada em 72 horas da data da formulação do pedido, a Justiça Eleitoral,
de ofício, providenciará a alocação de Juiz auxiliar.

Caso o infrator não cumpra com a obrigação, integral ou parcialmente, ficará sujeito ao
pagamento de multa no valor de 5 mil a 15 mil UFIR, duplicada em caso de reiteração de con-
duta, sem prejuízo da detenção de 3 meses a 1 ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa.

www.grancursosonline.com.br 55
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

9. SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO

Com a adoção das urnas eletrônicas como forma de realizar as eleições, a votação em
papel (realizada por meio de cédulas) foi substituída pelo sistema eletrônico de votação. O
objetivo, com a modificação, foi conferir maior segurança para o voto do eleitor e maior cele-
ridade no processo de apuração dos votos.
Dessa forma, é correto afirmar que a votação atualmente é realizada, em território nacional, por meio
de urnas eletrônicas.

A votação por meio eletrônico poderá ocorrer tanto no candidato quanto na respec-
tiva legenda partidária, que nada mais é do que o número do partido ao qual o candi-
dato pertence.
Além de votar no candidato ou na legenda partidária, poderá o eleitor votar em branco
(quando não quiser escolher nenhum representante para o cargo em disputa) ou anular o
voto (quando o eleitor digitar na urna eletrônica um número em que não seja possível identi-
ficar nem o candidato e nem o respectivo partido político).
Para fins de prova, devemos saber que tanto os votos em branco quanto os votos nulos
não são considerados votos válidos, não interferindo, consequentemente, no resul-
tado das eleições.

www.grancursosonline.com.br 56
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Na urna eletrônica, deverão aparecer no painel o nome e a fotografia do candidato


e o nome do partido ou a legenda partidária, com a expressão designadora do cargo
disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.
A depender de estarmos diante de eleições gerais ou municipais, a urna eletrônica exibirá
para o eleitor os painéis de votação em diferentes ordens.
No caso das eleições gerais, a ordem de votação será a seguinte:
1º) Deputado Federal;
2º) Deputado Estadual ou Distrital;
3º) Senador;
4º) Governador e Vice-governador de Estado ou do Distrito Federal;
5º) Presidente e Vice-presidente da República.
Nas eleições municipais, por sua vez, a ordem será a seguinte:
1º) Vereador;
2º) Prefeito e Vice-prefeito.

10. MESAS RECEPTORAS

A mesa receptora pode ser definida como o órgão temporariamente constituído em cada
uma das seções eleitorais. Assim, por meio das mesas receptoras, o eleitor recebe a indica-
ção de onde deve votar. Antes disso, no entanto, um dos mesários vai colher a assinatura do
eleitor no caderno de votação.
Inicialmente, devemos saber que, de acordo com o Código Eleitoral, a autoridade com
competência para nomear os membros das mesas receptoras é o Juiz Eleitoral.
Realizada a nomeação, qualquer partido poderá reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo de
cinco dias, acerca dos nomes escolhidos. A decisão, que será tomada pelo Juiz Eleitoral,
deverá ser proferida no prazo de 48 horas.
Desta decisão, poderá o interessado, no prazo de três dias, interpor recurso para o Tribu-
nal Regional, que, por sua vez, deverá ser resolvido no prazo de 3 dias.

www.grancursosonline.com.br 57
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Com relação às mesas receptoras, a informação mais exigida em provas de concurso


público é aquela que estabelece que é vedada a participação de parentes em qualquer
grau ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma
Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.
Logo, os parentes de qualquer grau, bem como os servidores de uma mesma repar-
tição pública ou empresa privada, não poderão participar de uma mesma Mesa, Turma
ou Junta Eleitoral. Além disso, não podem ser nomeados como presidentes e mesários os
menores de 18 anos.

11. CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS

Com relação aos agentes públicos, a definição utilizada para fins eleitorais é bastante
ampla. Logo, até mesmo aqueles que exerçam atribuições públicas sem remuneração (como
um mesário) ou então de forma transitória (como um estagiário) são considerados, para os
fins das condutas vedadas em ano eleitoral, agentes públicos.
Além disso, o vínculo entre o agente e o poder público poderá ocorrer até mesmo por
meio de mandato (como um Vereador) ou, ainda, no desempenho de uma mera função
pública (como os servidores não efetivos que são nomeados para o desempenho de cargos
comissionados).

www.grancursosonline.com.br 58
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Veremos agora uma série de condutas vedadas aos agentes públicos, servidores ou não,
com o objetivo de afetar a igualdade de oportunidade de candidatos nos pleitos eleitorais.
Neste ponto da matéria, é essencial que você memorize, quando houver, o prazo
dentro do qual cada uma das condutas não poderá ser praticada pelos agentes públicos.
Como regra geral, é vedada a cessão de bens móveis ou imóveis pertencentes à admi-
nistração pública em benefício de candidato, partido político ou coligação. Essa vedação se
aplica à administração pública direta e indireta de todos os entes federativos, ou seja, União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Em caráter de exceção, temos a possibilidade de uti-
lização de bens imóveis públicos para a realização das convenções partidárias.
Outro ponto diz respeito à vedação mencionada não se aplicar ao uso, em campanha, de
transporte oficial pelo Presidente da República, nem ao uso, em campanha, pelos candidatos
à reeleição de Presidente e Vice-presidente da República, Governador e Vice-governador de
Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-prefeito, de suas residências oficiais para rea-
lização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não
tenham caráter de ato público.

www.grancursosonline.com.br 59
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Aqui, estamos diante de uma outra exceção à vedação da utilização dos bens públicos,
mas relacionada com um bem móvel. No caso, figura como exceção o transporte oficial
do Presidente da República, quando este estiver em campanha, e o uso do transporte, em
campanha de reeleição, por parte dos Chefes do Poder Executivo e respetivos Vices (Presi-
dente, Governador e Prefeitos), de suas residências oficiais para realização de contatos,
encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de
ato público.

O ressarcimento das despesas com o uso de transporte oficial será de responsabilidade


do partido político ou da coligação a que o Presidente da República, enquanto candidato
à reeleição, esteja vinculado. No prazo de dez dias úteis após a realização da eleição, em
primeiro ou em segundo turno, o órgão de controle interno realizará a cobrança dos valo-
res devidos. Em caso de não pagamento no prazo estipulado, o órgão de controle interno
comunicará o fato ao Ministério Público Federal, que promoverá a denúncia e a encaminhará
à Justiça Eleitoral.
Recebida a denúncia, a Justiça Eleitoral apreciará o feito no prazo de 30 dias. Em caso de
condenação, a Justiça Eleitoral aplicará aos infratores a pena de multa, que será correspon-
dente ao dobro das despesas realizadas. Em caso de reiteração, o valor da multa será duplicado.
Como regra geral, é vedada a cessão de servidor ou empregado público do Poder Exe-
cutivo, ou a utilização de seus serviços para atividades relacionadas com o comitê de cam-
panha eleitoral, durante o horário de expediente normal de trabalho.

www.grancursosonline.com.br 60
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

De início, temos que destacar que a vedação em questão é aplicada apenas aos ser-
vidores e empregados do Poder Executivo, e não para os agentes dos demais Poderes
(Legislativo e Judiciário).
A vedação será aplicada apenas ao horário de expediente normal de trabalho. Logo, se
o servidor ou empregado público, após o horário da repartição, resolver prestar serviços em
um comitê eleitoral, não estará ele incidindo da mencionada vedação.
De igual forma, caso o servidor ou empregado esteja licenciado, poderá ele, mesmo
durante o horário normal de expediente, prestar serviços em comitê eleitoral.
São condutas proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, nomear, contratar ou
de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir
ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem
e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de fun-
ções de confiança;
b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início
daquele prazo;
d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de
serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes peni-
tenciários.

De início, temos que memorizar que a vedação em questão não se aplica a todo o ano
eleitoral, mas sim apenas no período compreendido entre os três meses que antecedem
as eleições até a posse dos eleitos.
De igual forma, as medidas vedadas são aplicadas apenas em relação à circunscri-
ção em que a respectiva eleição está sendo realizada. Assim, por exemplo, se estivermos
diante de eleições gerais (Presidente e Governadores), as condutas poderão ser praticadas
no âmbito municipal, uma vez que não será ano eleitoral em relação a essa circunscrição.

Consequentemente, é vedado, no período compreendido entre os três meses que antece-


dem as eleições até a posse dos eleitos, como regra geral, a adoção das seguintes medidas:
a) nomeação, contratação ou qualquer forma admissão de servidor público;
b) demissão sem justa causa;
c) supressão ou readaptação de vantagens;
d) dificultar ou impedir o exercício funcional;
e) mediante iniciativa do poder público (ex officio), remover, transferir ou exonerar servi-
dor público.

www.grancursosonline.com.br 61
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Essa é a regra geral que, contudo, conta com uma série de exceções. Logo, são exce-
ções às medidas anteriormente elencadas (e que podem, consequentemente, ser realiza-
das), as seguintes situações:
a) Nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa
de funções de confiança: Os cargos em comissão são considerados de livre nomeação e
exoneração, de forma que seus escolhidos podem, a qualquer tempo, ser nomeados e exo-
nerados. As funções de confiança, ainda que apenas possam ser ocupadas por servidores
ocupante de cargos efetivos, também são destinadas às atividades de chefia. Logo, a auto-
ridade competente pode, em ambos os casos, nomear e exonerar os respectivos ocupantes.
b) Nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais
ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República: Em nosso ordena-
mento jurídico, apenas os Poderes Executivo e Legislativo contam com representantes esco-
lhidos pelo corpo eleitoral. No caso do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais
e Conselhos de Contas, os membros são escolhidos pela autoridade competente, sem par-
ticipação da população. Logo, é inegável que a possibilidade de influência no ano eleitoral é
bem menor em relação a esses órgãos.
Por isso mesmo, a vedação à nomeação, no período de três meses antes das eleições
até a posse dos eleitos, não se aplica à nomeação realizada para cargos do Poder Judiciá-
rio, do Ministério Público e dos Tribunais ou Conselhos de Contas.
Além disso, a norma elenca a possibilidade de nomeação, no período, dos órgãos da
Presidência da República. Nesse caso, a intenção do legislador foi a de tentar evitar uma
possível situação de urgência, uma vez que os órgãos da Presidência da República são res-
ponsáveis, em cada setor, por uma parcela significativa da coletividade.
c) Nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início
daquele prazo: Vimos anteriormente que há a vedação à nomeação, no período compreen-
dido entre os três meses anteriores a eleições até a posse dos eleitos, para cargos do Poder
Executivo e Legislativo. No entanto, essa vedação não será aplicada em relação aos apro-
vados em concurso público, desde que, para isso, o concurso tenha sido homologado
antes do período de três meses antes das eleições.
Em outros termos, caso um concurso público destinado ao preenchimento de vagas de
determinado órgão do Poder Executivo Estadual, por exemplo, tenha sido homologado antes
dos três meses anteriores à realização da eleição estadual, os candidatos aprovados no
concurso poderão ser nomeados a qualquer tempo, ainda que estejamos, no caso, diante de
uma eleição sendo realizada no respectivo ente federado.
d) Nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadi-
ável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do
Poder Executivo: A finalidade maior do poder público é o bem-estar da coletividade. Logo,
em caso de serviços públicos essenciais (como hospitais e penitenciárias públicas), poderá
ser realizada, a qualquer tempo, a nomeação ou a contratação necessária à instalação e ao
funcionamento inadiável desses serviços.

www.grancursosonline.com.br 62
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Para isso, no entanto, deverá haver prévia e expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo da respectiva esfera (Presidente, Governador ou Prefeito).
e) Transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários: Aqui, estamos diante de medidas intimamente relacionadas com a segu-
rança pública da coletividade. Os militares, os policiais civis e os agentes penitenciários
são agentes públicos que desempenham funções relacionadas com a segurança. Logo, com
o objetivo de preservar o bem-estar da coletividade, será permitida a remoção e a transferên-
cia, mediante iniciativa da administração pública (ex officio), desses agentes.

É vedado empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publici-


dade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam seis vezes a média mensal dos valores empenha-
dos e não cancelados nos três últimos anos que antecedem o pleito.
No período compreendido entre os 180 dias que antecedem às eleições e a posse dos
eleitos, é vedada a realização da revisão geral da remuneração dos servidores públicos que
exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.
Em outros termos, a revisão da remuneração dos servidores poderá ser realizada ainda
que em ano eleitoral. Não é possível que essa revisão exceda a recomposição da perda do
poder aquisitivo dos servidores ao longo do ano eleitoral.
Além das condutas vedadas, a norma eleitoral elenca duas vedações específicas.
Nessas situações, as sanções a serem aplicadas são, igualmente, específicas, a depender
da vedação.

www.grancursosonline.com.br 63
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
Prof. Diogo Surdi

Vedação Sanção

Além da suspensão imediata da


Nos três meses que antecedem as
conduta, o candidato beneficiado,
eleições, é vedada, nas inaugurações,
agente público ou não, ficará sujeito
a contratação de shows artísticos pagos
à cassação do registro ou do
com recursos públicos.
diploma.
Nos três meses que antecedem
as eleições, é proibido a qualquer O infrator estará sujeito à cassação
candidato comparecer a inaugurações do registro ou do diploma.
de obras públicas.

www.grancursosonline.com.br 64
#VEM
SER
ASSINATURA GRAN
ILIMITADA
CONCURSOS, OAB E RESIDÊNCIAS

Mude de vida. Garanta seu


futuro com a melhor plataforma de
estudos para concurso público.
A realização do seu sonho merece um
investimento de qualidade. Não desperdice
tempo, dinheiro e energia. Invista no seu sucesso,
no seu futuro e na sua realização profissional.

Assine AGORA a melhor e mais completa


plataforma de ensino para concursos públicos.
Sua nomeação na palma da sua mão com a
Assinatura Ilimitada 8.0 do Gran Cursos Online.

FACILITE SEUS ESTUDOS: TUDO NO SEU TEMPO VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO:
rotas de aprovação, mapas E ESPAÇO: mentorias diárias, ao vivo,
mentais, resumos e faça o download de e fórum de dúvidas não
exercícios irão te guiar por videoaulas e de PDFs e te deixarão só
um caminho mais simples estude onde e quando nesta caminhada.
e rápido. você quiser e puder.

TUDO DE NOVO QUANTAS NÚMEROS GRANDES: TUDO NA SUA MÃO:


VEZES VOCÊ QUISER: milhares de alunos só a Assinatura Ilimitada
quantas vezes você quiser, aprovados, mais de 2 milhões oferece, de forma livre
quantas vezes você precisar, de questões, mais de 27 mil e gratuita: Gran Questões,
estude com o material mais cursos e centenas de Gerenciador de Estudos,
atualizado e de melhor professores para te ajudar Audiobooks e muito mais!
qualidade do mercado. a passar.

Contato para vendas: Quero ser assinante


(61) 99884-6348 | De segunda a quinta até as 22h e sexta até as 21h. ilimitado agora

Você também pode gostar