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UNEB DIREITO ELEITORAL

QUESTIONÁRIO 02
Professor: André Portella
Aluno: Maria Angélica Fonseca
Data: 27/04/2023 Nota:
Instruções:
A atividade servirá para apreensão de conteúdo e avaliação da disciplina. A mesma servirá de base à apresentação oral
em sala de aula, não sendo necessária a entrega ao professor. Será realizada em grupo, devendo cada um dos
componentes do grupo estar preparado para tratar de todas as questões. Deverá ser apresentada na data indicada pelo
professor, oportunidade na qual serão discutidos em sala de aula os temas objeto das questões.

Questões norteadoras:

1. Direitos políticos (CF/88, arts. 14 a 16)

1.1 O que é sufrágio e quais as suas categorias e forma de expressão?

1.2 O que é alistabilidade e quais os requisitos para exercer este direito?

1.3 O que é elegibilidade, qual a relação com a alistabilidade, e quais os requisitos para o
seu exercício?

2. O que é “sistema eleitoral”?

Sistema eleitoral é uma noção composta por dois termos: sistema (o módulo
ordenado de componentes que estão interrelacionados e que mantêm interações
entre si) e eleitoral (aquilo vinculado às eleições e aos eleitores), por conseguinte, é
a estrutura composta pelas normativas e pelos processos que, estipulados pela lei,
permitem que os cidadãos intervenham nas decisões políticas através do voto.
Pode-se dizer que, mediante o sistema eleitoral, os indivíduos se convertem em
eleitores e selecionam os dirigentes que ocupam diversos cargos públicos no
governo.

2.1 O que é “sistema majoritário”, e como se aplica no Brasil?

O Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral o define:  


É aquele no qual considera-se eleito o candidato que receber, na respectiva
circunscrição – país, estado, município –, a maioria absoluta ou relativa, conforme o
caso, dos votos válidos (descontados os nulos e os em branco).

No Brasil, exige-se a maioria absoluta dos votos para a eleição do presidente da


República, governadores,do Distrito Federal e dos prefeitos dos municípios com
mais de 200.000 eleitores. Caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta dos
votos na primeira votação, realiza-se um segundo turno entre os dois mais votados
no primeiro.
Para a eleição dos senadores da República e dos prefeitos dos municípios com
menos de 200.000 eleitores exige-se apenas a maioria relativa dos votos, não
havendo possibilidade de segundo turno. 

2.2 O que é “sistema distrital majoritário misto”, e como se encontram as discussões a


respeito?

No Brasil, as eleições ocorrem de forma mista. Existem no país dois sistemas


distintos: o majoritário e o proporcional.
Na eleição para Presidência, para os governos estaduais e do Distrito Federal e para
o Senado Federal é usado o sistema majoritário. Nele , se escolhe uma candidata
ou um candidato, e ganha quem tiver a maioria dos votos válidos. Será eleito o mais
votado.
Na eleição para Presidência ,governos estaduais e do Distrito Federal, ganha quem
tiver mais votos do que a soma de todos os concorrentes (50% + 1). Se ninguém
conseguir esse resultado no primeiro turno, é realizado o segundo turno com os dois
candidatos mais votados. É dessa maneira também nas eleições para prefeito dos
municípios com mais de 200 mil eleitores.
Já para o Senado ganha quem tiver mais votos e não há possibilidade de haver
segundo turno.

2.3 O que é “sistema proporcional”, e como se aplica no Brasil?

No sistema proporcional, válido para a eleição dos cargos de deputado federal,


estadual e distrital e para vereador (nas eleições municipais), pode ser que uma
pessoa que tenha mais votos não seja necessariamente eleita. Nesse sistema, o
voto do eleitorado vai para o partido, porque ele foi feito exatamente para que o
partido tenha mais força do que o candidato em si. Aqui o mandato é do partido.

A) Explique como funciona o sistema proporcional.


Quanto mais votos o partido receber, mais vagas ele vai ter nas casas legislativas. O
número de vagas do partido será proporcional ao número de votos que ele ganhou.
Quem ocupa as vagas que o partido conquistou são exatamente as candidatas ou
candidatos mais votados dentro daquele partido.

É uma especie de fila, de acordo com os candidatos que receberam mais votos.
Ocupam as vagas os que receberam mais votos. E as vagas são distintas de partido
para partido e proporcionais ao número de votos que a legenda que recebeu. Por
isso o nome: proporcional.

B) O que é voto válido, quociente eleitoral, quociente partidário?

Votos válidos: São os votos efetivados pelos eleitores, desconsiderando os votos


em branco e os votos nulos. O voto válido é aquele em que o cidadão expressa seu
desejo de votar em determinado candidato.
A escolha dos deputados (estaduais ou federais), só é concretizada após a
aplicação das fórmulas que regem o sistema proporcional de eleições, cujo cálculo
se inicia com a obtenção do número total de votos válidos. Esse número é então
dividido pelo número de vagas em disputa. Essa divisão é conhecida como
Quociente Eleitoral.

Para chegar aos nomes dos candidatos eleitos, é preciso determinar o quociente
partidário, dividindo-se a votação obtida por cada partido (votos nominais + votos
na legenda) pelo quociente eleitoral. Neste caso, despreza-se a fração, qualquer
que seja. O número obtido dessa divisão, desprezando as frações, é o número de
deputados que ocuparão, em nome do partido/coligação, as cadeiras do Poder
Legislativo. O mesmo cálculo se faz para as eleições das Câmaras Municipais. Os
mais votados serão os titulares do mandato, que neste caso foram eleitos pelo
quociente eleitoral.

C) Exemplifique a contagem de votos numa eleição proporcional.

A totalização dos votos no sistema proporcional adotado pelo Brasil e sua


transformação em vagas nas casas legislativas ocorrem em etapas. Calcula-se,
primeiramente, o quociente eleitoral (artigo 106 do Código Eleitoral). Na
sequência, o quociente partidário (artigo 107 do Código Eleitoral).

Por fim, é realizada, se necessário, a repartição dos restos eleitorais (artigo 109 do
Código Eleitoral). Somente o partido que alcançar um número mínimo de votos tem
direito às vagas. Isso explica o fato de, às vezes, um candidato receber muitos
votos, mas não ser eleito porque seu partido não atingiu o número mínimo de votos
necessários no cálculo do quociente eleitoral

Referências:

AMARAL, Roberto; CUNHA, Sérgio Sérvulo da. Manual das Eleições. 3ED, SP: Saraiva, 2006.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ED, SP: Atlas, 2014.
SOBREIRO NETO, Armando Antonio. Direito Eleitoral. Teoria e Prática. 4ED Revista e Atualizada,
Curitiba: Juruá, 2008. VELLOSO, Carlos Mário da Silva; AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito
E leitoral. SP: Saraiva, 2009.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

https://www.jusbrasil.com.br/noticias/saiba-o-que-e-quociente-eleitoral-quociente-
partidario-e-voto-em-legenda/2363109

https://www.tre-rs.jus.br/jurisprudencia/analise-de-julgamentos-tse-chapas-
majoritarias/como-funciona-o-sistema-eleitoral-majoritario

https://conceito.de/sistema-eleitoral

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