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DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS

FICHA TÉCNICA DO MATERIAL


grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
1322023492

TIPO DE MATERIAL:
E-book

NOME DO ÓRGÃO:
Tribunal Superior Eleitoral - TSE
Tribunal Regional Eleitoral - TRE

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
2/2023
CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO (TSE + TRES)
Prof. Diogo Surdi

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal! Tudo bem? Espero que sim!


Nos concursos destinados ao TSE e aos TREs, o estudo do Direito Eleitoral é
imprescindível para que o candidato possa alcançar a aprovação.
Normalmente, as questões de Direito Eleitoral são as responsáveis por definir, nesses
concursos, os candidatos que serão ou não aprovados para as vagas previstas no edital.

Consequentemente, o estudo desta disciplina se revela essencial para um bom desem-


penho na prova do concurso. E, dentre os diversos tópicos que costumeiramente são exi-
gidos pelas bancas organizadoras, merece destaque o Código Eleitoral, que é responsá-
vel por estabelecer uma série de diretrizes relacionadas com todas as etapas do processo
eleitoral.
Pensando nisso, este material foi desenvolvido com o objetivo de apresentar os principais
pontos do Código Eleitoral, facilitando a compreensão e otimizando a preparação de
todos aqueles que desejam alcançar a aprovação nas provas do TSE e dos TREs.
Fico à disposição, desde já, para sanar todas as dúvidas que eventualmente surgirem.

Um grande abraço a todos!

Diogo Surdi

Diogo Surdi

Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos


públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO (TSE + TRES)
Prof. Diogo Surdi

CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO


(TSE + TRES) – VERSÃO REDUZIDA

1. FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA JUSTIÇA ELEITORAL

No âmbito do Poder Judiciário, podemos dividir as “justiças” em especializada e comum.


Dessa divisão, as causas sujeitas à justiça especializada são aquelas que dizem respeito,
apenas, a uma matéria específica. Como exemplo, temos a Justiça Eleitoral (que trata
apenas dos assuntos relacionados ao Direito Eleitoral) e a Justiça do Trabalho (que, nesse
mesmo sentido, julga as matérias relacionadas ao Direito do Trabalho).
A justiça comum, em sentido diverso ao que acontece com as justiças especializadas, é
aquela que julga as causas relacionadas com os mais diversos ramos do direito.
Logo, a Justiça Eleitoral é considerada uma justiça especializada, uma vez que suas
competências dizem respeito, especificamente, às causas relacionadas com o processo eleitoral.

Sendo assim, precisamos memorizar que:


a) Todos os Poderes da República desempenham funções típicas e atípicas, sendo que
a função típica do Poder Judiciário é a de julgar;
b) Em nosso ordenamento jurídico, é adotado o sistema de unicidade jurisdicional, de
forma que todas as causas podem ser levadas à análise do Poder Judiciário;
c) A Justiça Eleitoral faz parte do Poder Judiciário da União, sendo considerada uma
justiça especializada.
d) Por integrar o Poder Judiciário, a Justiça Eleitoral desempenha tanto atividades típicas
(julgar) quanto atípicas.
Cada um dos Poderes da República desempenha funções típicas e atípicas. No que se
refere à Justiça Eleitoral, que integra o Poder Judiciário, é possível identificar o exercício
de quatro diferentes funções, sendo elas a jurisdicional, a consultiva, a normativa e a
administrativa.
Por meio da função jurisdicional, que é a atividade desempenhada tipicamente pelos
órgãos do Poder Judiciário, os órgãos da Justiça Eleitoral resolvem as questões que a eles
são apresentadas, tais como os conflitos relacionadas com assuntos do Direito Eleitoral.
Deve ser ressaltado que a função jurisdicional da Justiça Eleitoral, assim como ocorre
com os demais órgãos do Poder Judiciário, depende de provocação da parte interessada.
Em outros termos, significa afirmar que, como regra geral, não poderá um órgão da Justiça
Eleitoral, ainda que constate uma irregularidade, aplicar uma sanção ao particular sem que
tenha ocorrido, previamente, a provocação do interessado.

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CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO (TSE + TRES)
Prof. Diogo Surdi

A função consultiva é uma das principais peculiaridades da Justiça Eleitoral, não


estando presente em nenhuma outra Justiça Especializada. Por meio dela, é possível que
os legitimados possam consultar os Tribunais Eleitorais (TSE e TREs) acerca de assuntos
pertinentes ao processo eleitoral.
Nos termos do Código Eleitoral, essa função está expressa na lista de competências de
cada um dos Tribunais:

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:


XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade
pública ou partido político.

É importante destacar que os pedidos de consulta devem ser formulados em tese, ou


seja, não deve haver qualquer tipo de menção a um caso concreto que está sendo
objeto de dúvida.
Salienta-se que esse tipo de consulta não possui força vinculante, uma vez que esses
tribunais (assim como o Poder Judiciário como um todo) não são órgãos de consulta. No
entanto, quando a questão for relevante e puder dar ensejo a dúvidas por parte de muitas
pessoas, nada impede que o tribunal consultado edite uma norma (o que é feito, quase
sempre, por meio de Resoluções) e atribua caráter vinculante à matéria.
Com a função consultiva, a ideia da Justiça Eleitoral é dar maior celeridade aos seus
procedimentos. Pensemos juntos: se o posicionamento de um tribunal é conhecido de
antemão, evita-se assim que diversos erros sejam cometidos e que inúmeras ações sejam
levadas ao Judiciário com o mesmo pedido. Concordam?

Apenas os tribunais eleitoras (TSE e TRE) podem realizar a função consultiva. Isso
significa que os Juízes e as Juntas Eleitorais, que também são órgãos da Justiça Elei-
toral, não podem responder consultas.
Por meio da função normativa, dessa forma, a Justiça Eleitoral pode expedir instruções
para que as leis relacionadas com o processo eleitoral sejam regulamentadas e detalhadas.
De acordo com o Código Eleitoral, a função normativa está prevista no artigo 23, IX, de
seguinte redação:

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:


IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;

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CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO (TSE + TRES)
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Na prática, a função normativa se materializa pelas inúmeras Resoluções editadas


pelos tribunais eleitorais. A grande peculiaridade das normas editadas com base na função
normativa está no fato de, por terem caráter infralegal (estarem abaixo, hierarquicamente,
das leis), não poderem alterar ou modificar as disposições legais.
A Lei n. 14.211/2021 merece destaque, visto que limitou o alcance do poder normativo do
TSE. Após a edição da mencionada norma jurídica, o Código Eleitoral passou a contar com
o artigo 23-A, de seguinte redação:

Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e no inciso
IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente autorizadas em
lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à organização dos
partidos políticos.

Dessa forma, devemos memorizar que a competência normativa do TSE está restrita
às matérias especificamente autorizadas por meio de lei, sendo expressamente vedado ao
tribunal tratar de matéria relativa à organização dos partidos políticos.
Por se tratar de importante alteração legislativa, devemos sedimentar o aprendizado
acerca dessa função da Justiça Eleitoral, fazendo uso, para isso, do gráfico a seguir:

Função normativa

Competência É exercida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Apenas podem ser objeto da função normativa as matérias


Requisito
especificamente autorizadas por meio de lei.

Não pode ser objeto da função normativa a matéria relativa à


Vedação
organização dos partidos políticos.

Por fim, temos a função administrativa. De todas as “justiças” do Poder Judiciário, a


Eleitoral é a que mais desempenha essa função. E isso ocorre na medida em que o processo
eleitoral é formado por uma série de atos necessários à preparação das eleições.
Todos esses atos, por sua vez, devem ser editados por servidores públicos, que são
agentes ocupantes de cargos públicos e que contam com atribuições legalmente previstas para
que as eleições e o processo eleitoral como um todo corram dentro da mais perfeita normalidade.

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Para sedimentarmos as principais definições relacionadas com as funções da Justiça


Eleitoral, vejamos o gráfico a seguir:

Permite que os órgãos da Justiça Eleitoral decidam, com


caráter de definitividade, os conflitos relacionados com o
Função jurisdicional Direito Eleitoral.
Seu exercício depende de provocação de uma das partes
interessadas.

Trata-se da possibilidade de o TSE e os TREs realizarem


consulta, em tese, acerca de assuntos relacionados com o
Função consultiva processo eleitoral.
As consultas não possuem efeito vinculante, não podendo ser
realizadas com base em um caso concreto.

Materializada na expedição de Resoluções do TSE, que


possuem a finalidade de detalhar e regulamentar as questões
eleitorais.
Função normativa Apenas podem ser objeto da função normativa as matérias
especificamente autorizadas por meio de lei.
Não pode ser objeto da função normativa a matéria relativa à
organização dos partidos políticos.

São todos os atos editados pelos servidores públicos e


relacionados com a preparação do processo eleitoral.
Função
A função administrativa é uma exceção à função típica do
administrativa
Poder Judiciário, podendo ser exercida de ofício, isto é, sem a
necessidade de prévia provocação.

É possível identificar a presença de quatro importantes características que distinguem a


Justiça Eleitoral dos demais ramos do Poder Judiciário, sendo elas:
a) Necessidade de lei complementar para disciplinar a organização e a competência
A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, é instrumento de atuação, como
regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo,
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com
relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quórum necessário para a aprovação.
Com relação à matéria, todos os assuntos em que a Constituição Federal exigir,
expressamente, a edição de lei complementar, apenas podem ser normatizados por meio
desse instrumento.
No que se refere ao quórum de aprovação, a lei complementar exige, para a sua
aprovação, a maioria absoluta dos votos dos membros do respectivo órgão. Assim, se
estivermos diante de um órgão com, por exemplo, 81 membros, a lei complementar apenas
será aprovada se pelo menos 41 membros votarem nesse sentido.
De acordo com a Constituição Federal, temos a previsão, no artigo 121, de que “Lei
complementar disporá sobre a organização e a competência dos tribunais, dos juízes de

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direito e das juntas eleitorais”.


Logo, todas as matérias que forem relacionadas com a organização ou com a competência
da Justiça Eleitoral devem ser editadas por meio de lei complementar.
Neste ponto da matéria, merece destaque a questão do Código Eleitoral, que, ainda que
seja o responsável por estabelecer inúmeras regras relacionadas com a composição e a
competência dos órgãos eleitorais, foi editado, em 1965, sob a forma de lei ordinária.

Neste caso, as disposições do Código Eleitoral não podem ser aplicadas, professor?
Podem sim! Ocorre que a previsão de lei complementar para a organização e a
competência da Justiça Eleitoral apenas entrou em vigor com a Constituição Federal de 1988.
Assim, o Código Eleitoral, ainda que editado sob a forma de lei ordinária, foi recepcionado pela
Constituição Federal, na parte relacionada com a organização e com as competências,
com o status de lei complementar.

Para provas de concurso, devemos memorizar que:


a) a Constituição Federal exige lei complementar para os assuntos relacionados com a
organização e com as competências dos órgãos da Justiça Eleitoral;
b) o Código Eleitoral foi editado como lei ordinária, mas recepcionado pela Constituição
Federal, no que se refere à organização e à competência, com o status de lei complementar;
c) Apenas a parte relacionada com a organização e com a competência da Justiça Elei-
toral possuem status de lei complementar. O restante do Código Eleitoral continua sendo,
ainda hoje, lei ordinária.

b) Inexistência de magistratura específica


A Justiça Eleitoral é, dentre as “justiças” do Poder Judiciário da União, a que não conta com
um quadro próprio de magistrados. Assim, não temos, de forma contrária ao que ocorre com
os demais órgãos, concursos destinados ao preenchimento dos cargos de Juízes Eleitorais.
Consequentemente, a composição dos órgãos eleitorais é feita com base em membros
oriundos de outros órgãos públicos, de advogados e até mesmo de cidadãos.
Basicamente, quatro são os órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral,
Tribunais Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. E cada um deles é
composto por pessoas alheias, originariamente, à Justiça Eleitoral.

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CÓDIGO ELEITORAL COMENTADO PARA O TSE UNIFICADO (TSE + TRES)
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c) Periodicidade dos mandatos


Como decorrência da regra anterior, ou seja, da inexistência de uma carreira específica
para os Juízes Eleitorais, os membros que são investidos nos órgãos da Justiça Eleitoral
desempenham suas atribuições por um período determinado, dando ensejo à conhecida
“regra dos biênios”, prevista tanto na Constituição Federal quanto no Código Eleitoral:

CF: Art. 121, § 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos esco-
lhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
CE: Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamen-
te por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem
mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º.
§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça
comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto
quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerra-
mento de alistamento.
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorren-
tes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz
eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo
eletivo registrado na circunscrição.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indis-
pensáveis à primeira investidura.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma
ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

A regra dos biênios abrange os membros do TSE, dos TREs e, ainda, os Juízes Eleitorais.
Conforme se observa, a contagem dos biênios é feita ininterruptamente, sem o desconto
do período de tempo relativo a férias e demais licenças que os membros têm direito. A
única exceção fica por conta da regra de impedimento decorrente de parentesco do Juiz com
candidato a cargo eletivo, conforme verificado no texto do Código Eleitoral.

d) Relativização das garantias constitucionais


De acordo com a Constituição Federal, os magistrados gozam de três importantes
garantias, sendo elas a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade dos subsídios.
Especificamente em relação aos membros da Justiça Eleitoral, em que os magistrados
são oriundos de outros órgãos, as três garantias são atendidas em relação ao tribunal de
origem, e não em relação ao órgão eleitoral ocupado.
No entanto, se considerarmos que os magistrados apenas adquirem a vitaliciedade após
o período de dois anos de efetivo exercício, uma possível dúvida poderia ocorrer em relação
à possibilidade de os juízes em estágio probatório exercerem, antes da vitaliciedade, a função
de Juiz Eleitoral.

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Sedimentando as características da Justiça Eleitoral, chegamos às seguintes informações:

A Constituição Federal exige lei complementar para a disciplina


Necessidade de dos assuntos relacionados com a composição e as competências
lei complementar da Justiça Eleitoral.
para disciplinar O Código Eleitoral, por estabelecer normas relacionadas com
a organização e a essas matérias, foi recepcionado, no que se refere à composição
competência e à competência, com status de lei complementar. Nas demais
partes, o Código Eleitoral continua sendo lei ordinária.

A Justiça Eleitoral não conta com um quadro próprio de


Inexistência de magistrados. Logo, a composição dos órgãos eleitorais é feita
magistratura específica com base em membros oriundos de outros órgãos públicos, de
advogados e até mesmo de cidadãos.

Os membros dos órgãos da Justiça Eleitoral desempenham suas


Periodicidade dos
atribuições por um período determinado. Trata-se da “regra dos
mandatos
biênios”.

Todos os magistrados possuem as garantias da vitaliciedade, na


inamovibilidade e da irredutibilidade de subsídios.
No caso da Justiça Eleitoral, que não conta com um quadro próprio
Relativização
de magistrados, as garantias são atendidas no órgão de origem.
das garantias
Mesmo os Juízes de Direito que não contem, ainda, com a
constitucionais
vitaliciedade, podem exercer as funções de Juiz Eleitoral.
Os advogados possuem a garantia da vitaliciedade durante o
período do respectivo mandato (regra dos biênios).

A sistematização da hierarquia otimiza e facilita a resolução de praticamente TODAS as


questões referentes à organização da Justiça Eleitoral.
Dessa forma, as disposições do TSE são relativas ao processo eleitoral como um todo,
motivo pelo qual constantemente veremos termos como nacional, federal ou competências
relativas aos cargos eletivos de maior circunscrição. Da mesma forma, no âmbito dos
TREs teremos os termos relacionados com a circunscrição regional e, nas Juntas e Juízes
Eleitorais, com a circunscrição local.

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Vamos ver se essa regra funciona?


O Corregedor-Geral é escolhido pelo TSE, ao passo que o Corregedor Regional é esco-
lhido pelo TRE. Como estamos diante de uma relação hierárquica, perceba que o órgão
com competência sobre as decisões dos respectivos Corregedores é sempre aquele do res-
pectivo nível ou de nível superior. Dessa forma, uma possível questão que mencione que
os TREs possuem competência sobre o Corregedor-Geral deve ser considerada errada. É
importante destacar que a Corregedoria-Geral é hierarquicamente superior aos Corregedo-
res Regionais.

TSE TRE

No desempenho de suas atribuições o


Corregedor-Geral se locomoverá para No desempenho de suas atribuições o
os Estados e Territórios nos seguintes Corregedor Regional se locomoverá para
casos: as zonas eleitorais nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal I – por determinação do Tribunal Superior
Superior Eleitoral; Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;
II – a pedido dos Tribunais Regionais II – a pedido dos juízes eleitorais;
Eleitorais; III – a requerimento de Partido, deferido
III – a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Regional;
pelo Tribunal Superior Eleitoral; IV – sempre que entender necessário.
IV – sempre que entender necessário. (Art. 26, § 2º, do CE)
(Art. 17, § 2º, do CE)

Mais uma previsão para testarmos a regra da hierarquia: Quanto à escolha do Presidente
e Vice-presidente de cada um dos Tribunais Eleitorais, podemos memorizar que esta será
feita dentre os membros pertencentes ao tribunal de origem de maior hierarquia: Supremo
Tribunal Federal, no caso do TSE; Tribunal de Justiça, no caso dos TREs.

TSE TRE

O Tribunal Superior Eleitoral elegerá


seu Presidente e o Vice-presidente
O Tribunal Regional Eleitoral elegerá
dentre os Ministros do Supremo
seu Presidente e o Vice-Presidente
Tribunal Federal, e o Corregedor
dentre os desembargadores.
Eleitoral dentre os Ministros do
(Art. 120, § 2º, da CF)
Superior Tribunal de Justiça.
(Art. 119, parágrafo único, da CF)

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