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AULA 18
REFORMA ELEITORAL
Sumário
1 - Considerações iniciais ................................................................................................. 3
2 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 no Código Eleitoral ................................. 3
2.1 - Consequências a quem não votar e não justificar ..................................................... 3
2.2 - Impedimento aos Juízes do TRE ou TSE em razão de parentesco com candidatos ......... 4
2.3 - Quórum qualificado no TRE ................................................................................... 4
2.4 - Prazos referentes ao registro da candidatura ........................................................... 5
2.5 - Sistema Eleitoral: votação nominal mínima ............................................................. 6
2.6 - Renovação das eleições majoritárias por julgamento em ação eleitoral ....................... 7
2.7 - Voto em Trânsito ................................................................................................. 8
2.8 - Propaganda Eleitoral ........................................................................................... 10
2.9 - Efeitos dos Recursos: devolutivo e suspensivo ....................................................... 10
2.10 - Prova testemunhal em processos que levem à perda de mandato ........................... 12
3 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei das Eleições ............................... 12
3.1 - Momento de Realização da Convenção .................................................................. 12
3.2 - Período mínimo de domicílio e filiação partidária .................................................... 13
3.3 - Número de candidatos por partidos/coligações ....................................................... 13
3.4 - Preenchimento de vagas remanescentes ............................................................... 15
3.5 - Prazo limite para registro de candidatos escolhidos em convenção ........................... 15
3.6 - Condições de Elegibilidade: idade mínima ............................................................. 16
3.7 - Prazo para Julgamento dos Pedidos de Registro ..................................................... 16
3.8 - Gastos de Campanha .......................................................................................... 17
3.9 - Fontes Vedadas ................................................................................................. 22
3.10 - Prestação de contas .......................................................................................... 23
3.11 - Propaganda Eleitoral ......................................................................................... 26
REFORMA ELEITORAL
1 - Considerações iniciais
Olá pessoal, reservamos uma aula específica para estudo da Lei nº 13.165/2015,
a qual trouxe diversas modificações no Código Eleitoral, na Lei das Eleições e na
Lei dos Partidos Políticos. Além disso, a lei de 2015 traz alguns artigos
disciplinando os limites de gastos.
As alterações já foram todas analisadas ao longo das respectivas aulas. Contudo,
o assunto é recente e, com muita probabilidade, será exigido em provas de
concurso público. Em razão disso, vamos tratar, de forma organizada e resumida,
de todas as alterações promovidas pela lei. Ao final analisaremos os artigos que
disciplinam o limite de gastos.
da homologação da
convenção partidária diplomação dos eleitos
IMPEDIMENTO
QUÓRUM
QUALIFICADO
Além disso, o §1º disciplina que os pedidos de registro de candidatura devem ser
julgados e as decisões publicadas nas instâncias ordinárias até 20 dias da data
das eleições. Ao se referir a “instâncias ordinárias”, exige-se que o julgamento
ocorra apenas perante o Juiz Eleitoral e perante o TRE, não sendo necessário o
julgamento perante o TSE até 20 dias antes das eleições.
Assim...
Por fim, o §2º prevê que as convenções devem ser realizadas até o dia 05.08 do
ano eleitoral.
ú á
ú
REGRAS ESPECÍFICAS
1ª REGRA: Se houver mais de uma vaga, procede-se novamente a operação
acima para distribuição das demais vagas e, assim, sucessivamente.
2ª REGRA: Por fim, determina-se que se os candidatos classificados na
ordem remanescente não obtiverem o mínimo de 10% do quociente
indeferimento do
registro
cassação do
CASO DE
diploma
após o trânsito em
perda de mandato
julgado
independem do
RENOVAÇÃO DAS número de votos
ELEIÇÕES anulados
MAJORITÁRIAS
apenas para os
cargos majoritários
caso haja 6 ou
diretas mais meses de
mandato
as eleições serão
caso haja menos
indiretas de 6 meses de
mandato
nas capitais
Para que o eleitor possa votar em trânsito, a Lei nº 13.165/2015 trouxe inúmeras
regras específicas. Vejamos:
1ª REGRA: para poder votar em trânsito é necessário requerer à Justiça
Eleitoral no prazo de 45 dias e indicar o local onde estará no dia das
eleições.
2º REGRA: essa regra divide-se em duas: para aqueles que estiverem no
Estado de domicílio, mas fora do município onde vota; e para aqueles que
estiverem fora do Estado de domicílio.
FORA DO MUNICÍPIO E DO ESTADO DE DOMICÍLIO:
nesse caso o eleitor
somente poderá votar para as eleições de Presidente e vice-
Presidente da República.
FORA DO MUNICÍPIO, MAS NO ESTADO DE DOMICÍLIO: nesse caso o
eleitor poderá votar para todos os cargos das eleições gerais.
Em forma de esquema, temos:
Presidente e vice-Presidente
da República
Governador e vice-
Governador
ESTADO DE
DOMICÍLIO MAS Senador
FORA DO MUNICÍPIO
Deputado Federal
É ADMISSÍVEL O
VOTO EM TRÂNSITO
PARA OS SEGUINTES
CARGOS:
Deputado Estadual
FORA DO ESTADO E
Presidente e vice-Presidente
DO MUNICÍPIO DE
da República
DOMICÍLIO
Essas são as regras gerais relativas às eleições em trânsito. O §2º, abaixo citado,
permite também o voto em trânsito para os membros das Forças Armadas,
órgãos de segurança pública (polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia
ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros
militares) e guardas municipais. Essas pessoas poderão votar em trânsito, caso
estejam em serviço.
Para viabilizar o voto em trânsito do pessoal que trabalha com a segurança
pública, o §3º, do art. 233-A, do CE, prevê que a Justiça Eleitoral deverá ser
informada, com antecedência de 45 dias antes da data das eleições, sobre quais
membros e servidores estarão em serviço no dia das eleições.
Para a prova...
órgãos de segurança
pública (polícia federal;
abrange polícia rodoviária federal;
polícia ferroviária federal;
polícias civis; polícias
militares e corpos de
bombeiros militares)
VOTO EM TRÂNSITO NA
ÁREA DE SEGURANÇA
(se estiverem em serviço) guardas municipais
de o órgão informar a
depende Justiça Eleitoral com
antecedência de 45 dias
do Juiz Eleitoral
para o TRE
cabimento
do TRE para o
TSE
RECURSO
ORDINÁRIO COM
EFEITO cassação de
SUSPENSIVO registro
perda de
mandato eletivo
20.07 a 05.08
DOMICÍLIO ELEITORAL NA
1 ano
CIRCUNSCRIÇÃO
1 candidato
CARGO DE
(partido ou
PRESIDENTE/VICE
coligação)
1 candidato
CARGO DE
(partido ou
GOVERNADOR/VICE
coligação)
1 candidato
CARGO DE
(partido ou
PREFEITO/VICE
coligação)
e assim sucessivamente
PRAZO PARA
até as 19 horas do
REGISTRAR
dia 15 de agosto do
CANDIDATOS PERANTE
ano eleitoral
A JUSTIÇA ELEITORAL
IDADE MOMENTO DE
CARGOS
MÍNIMA AFERIÇÃO
Presidente e Vice-Presidente
35 anos
Senador
data do registro da
18 anos Vereador
candidatura
a relação dos candidatos sob sua competência, com referência ao sexo e ao cargo
para o qual concorrer.
Além disso, até essa data, todos os pedidos de registro devem estar
julgados nas instâncias ordinárias, inclusive aqueles que forem objeto de
impugnação. Para tanto, a Justiça Eleitoral deverá conferir prioridade em
relação aos demais processos judiciais, àqueles que envolvam o registro de
candidatos.
Essas regras estão no art. 16, da Lei das Eleições, e também foram alteradas
pela Lei nº 13.165.2015. Duas informações são importantes para fins de prova:
1ª – o prazo!
A redação anterior previa o período de 45 dias para o envio das informações
ao TSE. Agora, esse prazo passou para 20 dias.
2ª – o julgamento nas instâncias ordinárias.
Isso significa dizer que os pedidos de registros de candidatura devem estar
julgados pelo Juiz Eleitoral e pelo TRE quando for o caso. NÃO abrange,
portanto, eventuais recursos ao TSE.
Limites
Com a nova redação conferida aos dispositivos da LE, atribuiu-se ao TSE o dever
de fixar, por intermédio de Resoluções, os limites de gastos. Houve uma
simplificação da legislação, que não declina mais os limites de gastos de
campanha, apenas estabelece alguns parâmetros.
A fim de viabilizar o controle pelo poder Judiciário dos gastos de campanha e com
o objetivo de evitar abusos, haverá prestação de contas. Devem ser incluídos
como gastos de campanha, não apenas as despesas efetuadas pelos candidatos,
mas também os recursos que o partido utilizar para a campanha de seus
candidatos, cujos valores puderem ser individualizadas.
Assim...
DESCUMPRIMENTO
DOS LIMITES
Conta de Campanha
Para administrar a campanha, o candidato deverá abrir uma conta bancária
específica. Toda a movimentação deve transitar pela conta bancária específica,
com a exceção de recursos que sejam aplicados diretamente pelos partidos
CNPJ
O art. 22-A, da LE, introduzido por intermédio da Lei nº 12.034/2009 e alterado
pela Lei nº 13.165/2015, determinou que candidatos inscrevam um CNPJ.
Ao contrário do que poderíamos imaginar, esse CNPJ não será fornecido
diretamente pelo Ministério da Fazendo, mas pela Justiça Eleitoral. A Justiça
Eleitoral manterá um convênio com a Receita Federal para registro dos CNPJs dos
candidatos.
Para fins de prova é fundamental memorizar o prazo que a Justiça Eleitoral tem
para fornecer o número do cadastro.
Doações
Todos os valores arrecadados devem ser contabilizados por intermédio de recibos
eleitorais, considerados documentos oficiais e obrigatórios.
Essas doações serão feitas por intermédio de recibo, com exceção de alguns
gastos que são dispensados de comprovação. Para que vocês procurem
memorizar, lembre-se que as doações devem ser efetuadas mediante recibo,
exceto nas hipóteses abaixo:
O §4º, do art. 23, prevê a forma como devem ser realizadas as doações. Para a
prova, é suficiente memorizar o esquema abaixo:
transferência eletrônica
em espécie
VEDAM-SE troféus
DOAÇÕES (do
registro da
candidatura às
eleições) prêmios
ajudas
candidato poderá doar a outro candidato valores desde não exceda 10% dos
rendimentos brutos do ano anterior em relação ao candidato doador.
ARRECADAÇÃO VEDADA
entidades esportivas
prevê que o partido político ou o candidato não poderá ficar com valores das
fontes vedadas (como vimos acima) ou de origem não identificada. Em tais
situações, os valores deverão ser devolvidos, ou transferidos para o Tesouro
Nacional, caso não seja possível a devolução.
Os arts. 24-A e 24-B acrescentados pela Lei nº 13.165/2015 também foram
vetados. O art. 24-C, como anunciamos acima, fixa o limite de gastos que os
candidatos poderão empenhar na realização das campanhas.
Para fins da definição desses valores, o TSE deverá consolidar uma série de
informações que serão encaminhadas à Receita Federal nos termos dos §§
abaixo, cuja leitura é suficiente:
Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1o do art. 23 será apurado anualmente pelo
Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações
registradas até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando:
I - as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até
30 de abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de
19 de setembro de 1995;
II - as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que
tenham ocorrido no exercício financeiro a ser apurado.
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores
doados e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de
maio do ano seguinte ao da apuração.
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com
os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30
de julho do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o
final do exercício financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade
prevista no art. 23 e de outras sanções que julgar cabíveis.
o partido deverá
registrar como
pagamento ao
TRANSFERÊNCIAS candidato
DOS PARTIDOS
PARA OS
CANDIDATOS
o candidato deverá
registrar como
recebimento do partido
Para envio das contas, os candidatos devem observar dois prazos: um a ser
aplicado na hipótese de as eleições ocorrerem em único turno; e outro que se
aplica às eleições que ocorrerem em dois turnos.
Assim...
SE AS ELEIÇÕES
a consolidação das contas deverá ser
TERMINAREM
encaminhada à Justiça Eleitoral até o 30º dia
NUM ÚNICO
após o pleito
TURNO
PRAZO PARA
até 3 dias da data da
JULGAMENTO
diplomação
DAS CONTAS
PRAZO PARA
3 dias a contar da
RECURSO DA
publicação do Diário Oficial
DECISÃO
Período de realização
A propaganda eleitoral poderá ser realizada do dia 16 de agosto do ano eleitoral
até a data das eleições.
15.08 eleições
REGISTRO DE
PERÍODO ELEITORAL ELEIÇÕES
CANDIDATURA
1º domingo de
até as 19h do dia outubro
15.08 * ou último, se
houver 2º turno
propaganda propaganda
eleitoral propaganda eleitoral regular eleitoral
antecipada extemporânea
Desse modo, as hipóteses constantes do art. 36-A, da LE, ainda que realizadas
fora do período em que a propaganda eleitoral é permitida (entre o dia 16 de
agosto e as eleições), não configurará propaganda eleitoral antecipada.
pichação
inscrição a
bonecos
tinta
VEDA-SE EM
BENS
PÚBLICOS E
DE USO
COMUM exposição
cavaletes
de placas
faixas estandartes
LOCAIS PRIVADOS
A propaganda em bens privados observa dois princípios: PRINCÍPIO DA
LIBERDADE DE EXPRESSÃO e PRINCÍPIO DA GRATUIDADE. A propaganda eleitoral em
bens privados deve observar a legislação eleitoral, sendo veiculadas com as
orientações que vimos no início acerca da indicação do nome, do número, dos
partidos e dos coligações etc. Além disso, tais propaganda possuem uma
limitação de tamanho de 0,5m² conforme alterações trazidas pela Lei nº
13.165/2015.
Além disso, a Lei nº 13.165/2015 trouxe uma inovação, contida no §1º do art.
45, da LE. VEDA-SE a transmissão de programa apresentado ou
comentado por pré-candidato a partir de 30 de junho do ano da eleição.
VEDA-SE A
TRANSMISSÃO DE a partir do dia 30 de
PROGRAMA POR PRÉ- junho do ano eleitoral
CANDIDATO
O candidato que violar a regra acima, além de sofrer multa, terá o registro
cancelado.
Debates
Em relação aos debates eleitorais, tivemos algumas alterações importantes. A
primeira delas é o número de Deputados Federais necessários par garantir o
direito à participação nos debates.
De acordo com o art. 46, da LE, se as emissoras realizarem debates eleitorais
devem, NECESSARIAMENTE, assegurar a participação de candidato cujo
partido tenha mais de nove representantes na Câmara dos Deputados.
Assim, se o partido possui 10 ou mais Deputados Federais eleitos, a emissora
deverá assegurar o direito de participação do candidato no debate, seja para os
candidatos do partido a cargos majoritários ou proporcionais. Em relação aos
Nos incisos do art. 46, a LE, fixa algumas regras relativas aos debates.
PARA ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS
MEIO/HORÁRIO
CARGO DIAS DA SEMANA
RÁDIO TV
HORÁRIO
CARGO DIA DA SEMANA
MANHÃ/MEIO DIA TARDE/NOITE
Radio Televisão
HORÁRIO
CARGO DIA DA SEMANA
MANHÃ/MEIO DIA TARDE/NOITE
Radio Televisão
Em síntese...
Governador e vice-Governador
O art. 47, §2º, estabeleceu critérios de distribuição dos horários acima em função
da representatividade na Câmara dos Deputados. Esse assunto era disciplinado
pela LE com percentuais diversos antes da reforma eleitoral e fora declarado
inconstitucional pelo STF. Falou-se no julgamento da ADI 5.105 que a Lei nº
13.165/2015 (na época projeto de lei) tinha presunção de inconstitucionalidade,
contudo, para fins de prova objetiva, até manifestação definitiva dos órgãos
judiciais, deve ser considerada.
Portanto...
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
60% 40%
Prefeito e vice-
Vereador
Prefeito
montagem
UTILIZAÇÃO DE
computação gráfica
desenhos animados
efeitos especiais
Plano de Mídia
O plano de mídia constitui uma reunião realizada juntamente com a Justiça
Eleitoral que tem por finalidade estabelecer como serão veiculadas as inserções
para evitar contratempos durante a propaganda eleitoral. Em razão disso, a partir
de 15 de agosto, a Justiça Eleitoral convoca os partidos que irão participar do
pleito para, juntamente com os representantes das emissoras, estabelecerem o
plano de mídia.
Direito de Resposta
Para finalizar as alterações constantes da Lei nº 13.165/2015 em propaganda
eleitoral, trataremos de um aspecto acrescido ao art. 58, da LE, que trata do
direito de resposta.
A LE, nesse dispositivo, fixa prazos para requerer o direito de resposta à Justiça
Eleitoral. Antes da reforma tínhamos apenas três prazos, agora são quatro
hipóteses. Vejamos:
72 horas da
na imprensa escrita
publicação
na programação
48 horas da
normal no rádio e na
veiculação
TV
DIREITO DE
RESPOSTA no horário eleitoral 24 horas da
gratuito divulgação
a qualquer tempo OU
na internet
72 horas após a
retirada
NÃO IMPLICA
CESSÃO
IRREGULAR DE
SERVIDOR
fora do horário de
servidor licenciar-se em férias
trabalho
•calamidade pública
•estado de emergência
•programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no
exercício anterior
propaganda de produtos e de
serviços que tenham
concorrência no mercado
PERMITE-SE A
PUBLICIDADE
INSTITUICONAL AINDA QUE
NOS TRÊS MESES QUE
ANTECEDEM O PLEITO:
caso de mudança
substancial ou desvio
DESFILIAÇÃO IMOTIVADA reiterado do programa
partidário
grave discriminação
NÃO PERDERÁ O CARGO política pessoal
APENAS EM
o partido
COM O ENCERRAMENTO DA CAMPANHA
DEVEM PRESTAR CONTAS
os candidatos
Além disso, o §1º, alterado pela Lei nº 13.165/2015, faz distinção entre o
controle de legalidade das finanças do partido político e da não-interferência do
Estado nas atividades partidárias. Como vimos, o controle das contas dos partidos
políticos destina-se a aferir a regularidade das receitas e a destinação das
despesas pelo exame da documentação, sem qualquer interferência nas
atividades político-partidárias ou na autonomia do partido.
Dos dispositivos acima...
Regras específicas
A Lei nº 13.165/2015 acrescentou ao art. 37, em seus parágrafos, algumas
regras específicas referentes à prestação de contas:
Os gastos com passagens aéreas serão comprovados mediante
apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando
Doações
Agora com a Reforma Eleitoral não é admitido mais doação por parte de pessoas
jurídicas. Assim, as doações ficam restritas às pessoas físicas, ainda assim
observando alguns limites (como, por exemplo, o percentual máximo de 10% dos
rendimentos brutos).
Aqui na LPP, houve a fixação expressa das formas de doação. Destaca-se a
pretensão do legislador de conseguir a identificação da origem para que possa
ser efetuado o controle de legalidade dos valores e para que não haja uso
abusivo, ou não declarado, de recursos em campanhas eleitorais.
Nesse contexto, são forma de doações:
cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
depósitos em espécie devidamente identificados;
mecanismo disponível em sítio do partido na internet que permita inclusive
o uso de cartão de crédito ou de débito e haja a identificação do doador e
a emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Em relação aos cargos para as casas legislativas, como não há segundo turno,
há um único limite: 70% do maior valor gasto contratado na circunscrição
para o respectivo cargo nas últimas eleições.
Há apenas um alerta. Conforme consta do art. 5º, parágrafo único, nos
municípios com menos de 10 mil eleitores o limite de gastos será de 70% e, se
esse percentual não atingir R$ 10.000,00, esse será o valor máximo de gastos.
Os arts. 7º e 8º da Lei nº 13.165/2015 estabelecem regras para a definição dos
valores acima. Apenas a leitura é o suficiente:
Art. 7o Na definição dos limites mencionados nos arts. 5o e 6o, serão considerados os gastos
realizados pelos candidatos e por partidos e comitês financeiros nas campanhas de cada um
deles.
Art. 8o Caberá à Justiça Eleitoral, a partir das regras definidas nos arts. 5 o e 6o:
I - dar publicidade aos limites de gastos para cada cargo eletivo até 20 de julho do ano da
eleição;
II - na primeira eleição subsequente à publicação desta Lei, atualizar monetariamente, pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir, os valores sobre os quais
incidirão os percentuais de limites de gastos previstos nos arts. 5 o e 6o;
III - atualizar monetariamente, pelo INPC do IBGE ou por índice que o substituir, os limites
de gastos nas eleições subsequentes.
Para a prova...
Vejamos o dispositivo:
Art. 9o Nas três eleições que se seguirem à publicação desta Lei, os partidos reservarão,
em contas bancárias específicas para este fim, no mínimo 5% (cinco por cento) e no máximo
15% (quinze por cento) do montante do Fundo Partidário destinado ao financiamento das
campanhas eleitorais para aplicação nas campanhas de suas candidatas, incluídos nesse
valor os recursos a que se refere o inciso V do art. 44 da Lei no 9.096, de 19 de setembro
de 1995.
A Lei dos Partidos Políticos fixa, no art. 45, que 10% do tempo destinado à
propaganda político partidária, que é realizada de forma gratuita, deve ser
destinada à promoção e à difusão da participação política das mulheres.
Os arts. 10 e 11 trazem um acréscimo ao percentual. Assim, nas próximas três
eleições, os partidos políticos devem reservar 20% e nas duas subsequentes
15%. Após (ou seja, no sexto pleito) retornaremos aos 10% habituais.
O art. 12 prevê o processo de impressão do registro do voto:
Art. 12. (VETADO).
Art. 12. Até a primeira eleição geral subsequente à aprovação desta Lei, será implantado
o processo de votação eletrônica com impressão do registro do voto a que se refere o art.
59-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997. (Promulgação)
Apenas para esclarecer o art. 59-A foi vetado pela Presidente e o Congresso, em
18/11/2014 derrubou o veto. Dessa forma, passa a ter vigência o art. 59-A da
LPP, que citamos:
Art. 59-A. No processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto, que
será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local
previamente lacrado.
Parágrafo único. O processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a
correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna
eletrônica.
Como o edital do nosso concurso já havia sido lançado em tal data não podemos
considerar esse dispositivo.
Pessoal, sem maior estresse! O assunto não será abordado em prova,
especialmente o art. 12, da Lei nº 13.165/2015, porque inaplicável à época em
que o edital fora lançado. Apenas citamos o dispositivo para que tenhamos
ciência.
O art. 13, por sua vez, estabelece que o prazo de dois anos para comprovação
do apoiamento mínimo, previstos na Lei dos Partidos Políticos será aplicável
apenas aos pedidos efetuados após a vigência da Lei nº 13.165/2015. Vejamos:
Art. 13. O disposto no § 1o do art. 7o da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, no
tocante ao prazo de dois anos para comprovação do apoiamento de eleitores, não se aplica
aos pedidos protocolizados até a data de publicação desta Lei.
Para finalizar, vejamos o art. 14, o qual prevê que a Lei nº 13.165/2015 entra
em vigor na data de 26 de novembro de 2015, data em que fora publicada.
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Passemos às questões.
6 - Questões
Temos a seguinte distribuição de questões, que denota a importância dos
assuntos para fins de prova:
Alterações no CE Alterações na LE
A respeito das regras disciplinadas pela Lei dos Partidos Políticos acerca da
distribuição dos horários conferidos para a propaganda partidária gratuita,
julgue o item seguinte:
Os partidos devem dispor de 10% do tempo total para promoção e difusão
da participação política feminina tanto na propaganda partidária em bloco
por na propaganda por inserções.
6.2 – Gabarito
Questão 01 – A Questão 02 – CORRETA
Questão 09 – D Questão 10 – B
Questão 45 – B Questão 46 – C
Questão 57 – A Questão 58 – E
Questão 77 – C Questão 78 – D
Comentários
Para responder à questão devemos lembrar do art. 7º, §1º, V, combinado com o
§4º, todos do CE.
art. 7º, §1º, V, do CE:
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30
(trinta) dias após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por
cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma
prevista no art. 367. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966).
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
justificou devidamente, NÃO poderá o eleitor: (...)
V - obter passaporte ou carteira de identidade; (...)
Comentários
A assertiva está correta. Para responder à questão devemos lembrar do art. 7º,
§1º, V, combinado com o §4º, todos do CE.
art. 7º, §1º, V, do CE:
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30
(trinta) dias após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por
cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma
prevista no art. 367. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966).
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
justificou devidamente, NÃO poderá o eleitor: (...)
V - obter passaporte ou carteira de identidade; (...)
Comentários
Para responder à questão devemos lembrar da redação do art. 14, §3º, do Código
Eleitoral:
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos
feitos decorrentes do processo eleitoral, NÃO poderão servir como juízes nos Tribunais
Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o
segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
Assim, para facilitar a análise das alternativas vejamos os elementos que constam
da regra de impedimento:
quem pode
cônjuge ou parentes, consanguíneos ou
gerar o
afins, até o 2º grau.
impedimento
Julgue o item abaixo, com observância das alterações promovidas pela Lei
nº 13.165/2015.
De acordo com o Código Eleitoral da homologação da convenção partidária
até o final do ano eleitoral, não poderão exercer função de magistrado
eleitoral o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
Comentários
São dois os equívocos na assertiva acima.
Você saberia identificar?
Certamente sim!
1º ERRO: o período do impedimento vai da homologação da convenção até a
diplomação dos eleitos, e não até o final do ano eleitoral. Lembre-se:
da homologação da
convenção partidária diplomação dos eleitos
IMPEDIMENTO
Comentários
A Lei nº 13.165/2015 trouxe duas inovações ao art. 28 do CE, que disciplinam a
votação no âmbito dos TREs. Vejamos:
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação
de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser
tomadas com a presença de todos os seus membros.
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da
mesma classe.
Assim...
QUÓRUM
QUALIFICADO
Logo:
INSTALAÇÃO: PRESENÇA DE TODOS OS MEMBROS 7 MEMBROS
VOTAÇÃO: MAIORIA ABSOLUTA 4 VOTOS
Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão.
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 28, §4º, do CE:
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação
de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser
tomadas com a presença de todos os seus membros.
Comentários
A presente questão envolve especificamente os arts. 93, caput e §§ 1º e 2º,
alterados pela Lei nº 13.165/2015. Vejamos:
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso,
de requerimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará,
improrrogavelmente, ÀS DEZENOVE HORAS DO DIA 15 DE AGOSTO do ano em que
se realizarem as eleições.
§ 1o Até vinte dias antes da data das eleições, todos os requerimentos, inclusive os que
tiverem sido impugnados, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e publicadas as
decisões a eles relativas.
§ 2o As convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas, no máximo,
até 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
Comentários
Esta correta a assertiva, que retrata o art. 98, caput e §1º, ambos alterados
pela Lei nº 13.165/2015:
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso,
de requerimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará,
improrrogavelmente, ÀS DEZENOVE HORAS DO DIA 15 DE AGOSTO do ano em que
se realizarem as eleições.
§ 1o Até vinte dias antes da data das eleições, todos os requerimentos, inclusive os que
tiverem sido impugnados, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e publicadas as
decisões a eles relativas.
Comentários
A questão envolve a votação nominal mínima, regra criada pela Lei nº
13.165/2015, que estabelece um mínimo de votos necessário para que o
candidato posa ocupar uma das vagas obtidas pelo partido ou coligação na
distribuição das vagas.
Vejamos a redação do art. 108, do CE:
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que
tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação
nominal que cada um tenha recebido.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o partido que não obteve o quociente
partidário não poderá participar da distribuição das vagas que sobraram. É o que
se extrai do art. 109, §2º, do Código Eleitoral:
§ 2o Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações
que tiverem obtido quociente eleitoral.
A alternativa C está incorreta, pois quando não houver mais candidato com a
votação nominal mínima, a distribuição será feita de acordo com a média dos
partidos/coligações, e não simplesmente em razão do número de votos dos
candidatos. Essa regra é disciplinada no art. 109, III, do Código Eleitoral:
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em
razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos
de acordo com as seguintes regras:
III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas
exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as
maiores médias.
Comentários
A assertiva está correta, pois reproduz exatamente o teor do art. 112, parágrafo
único, do Código Eleitoral. Vejamos:
§ 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for
contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos.
Comentários
A assertiva está incorreta. Cuidado com a sutileza (ou melhor, “malvadeza”)
dessa assertiva! O CE disciplina:
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que
tenham obtido votos em número IGUAL OU SUPERIOR A 10% (dez por cento) do
quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da
votação nominal que cada um tenha recebido.
Comentários
A assertiva está correta. Parece difícil a assertiva, mas se efetuarmos a leitura
com calma, notaremos que ela traz justamente o cálculo e distribuição das
médias.
Vamos relembrar a fórmula?
Após o cálculo das médias para cada partido ou coligação, quem obtiver o maior
número terá direito à vaga remanescente, desde que preencha a exigência da
votação nominal mínima, que consiste em, pelo menos 10% do número obtido
no quociente partidário. Essa regra vem expressa no art. 109, I, da Lei das
Eleições:
Art. 109. Os lugares NÃO preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em
razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos
de acordo com as seguintes regras:
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação
pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente
partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior
média um dos lugares a preencher, DESDE QUE tenha candidato que atenda à
exigência de votação nominal mínima;
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 108, seria necessário 10% de
15.000, o que equivale a 1.500 votos. É o que se extrai do dispositivo abaixo:
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que
tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação
nominal que cada um tenha recebido.
Comentários
As alternativas A e C estão incorretas, pois constituem hipóteses em que será
determinada a renovação das eleições. Essas hipóteses estão retratadas no art.
224 do Código Eleitoral. Vejamos:
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do Município nas eleições
municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para
nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
TSE TRE
estaduais
eleições (membros das
eleições municipais
federais Assembleias
presidenciais (Prefeito, vice-
(membros do Legislativas,
(Presidente e Prefeito e
Congresso Governador e
vice-Presidente) vereador)
Nacional) vice-
Governador)
indeferimento do
registro
cassação do
CASO DE
diploma
após o trânsito em
perda de mandato
julgado
independem do
RENOVAÇÃO DAS número de votos
ELEIÇÕES anulados
MAJORITÁRIAS
apenas para os
cargos majoritários
caso haja 6 ou
direta mais meses de
mandato
as eleições serão
caso haja menos
indiretas de 6 meses de
mandato
Comentários
Está correta a assertiva. O art. 224, §4º, do Código Eleitoral prevê:
se restar menos de 6
INDIRETAS
meses de mandato; e
AS ELEIÇÕES SERÃO:
se restar tempo de
DIRETAS mandato seja igual ou
superior a 6 meses.
Comentários
Novamente está correta a assertiva. Para responder à questão devemos
conhecer o §3º do art 224 do CE:
§ 3º A DECISÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL que importe o indeferimento do registro, a
cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário
acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente
do número de votos anulados.
Comentários
Questão tranquila. Para respondê-la basta conhecer a literalidade do art. 233-A
do Código Eleitoral, com redação dada pela Lei nº 13.165/2015. Vejamos:
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o direito de votar
para Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual
e Deputado Distrital em urnas especialmente instaladas nas capitais e nos Municípios com
mais de cem mil eleitores. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Para a prova...
Presidente e vice-
Presidente da
República
Deputados Federais e
Senadores da
ADMITE-SE O VOTO República
EM TRÂNSITO PARA
Governadores e vice-
Governadores
Deputados Estaduais
Comentários
O voto em trânsito exige a comunicação prévia à Justiça Eleitoral com prazo de
45 dias. No ato, o eleitor deve informar ao órgão eleitoral em que município
estará. Como na hipótese da questão o eleitor pretende participar das eleições
gerais, ele deverá indicar o município dentro do Estado. Isso porque não é
admitido o voto em trânsito para os cargos estaduais fora do estado de domicílio.
Assim, a alternativa C é a correta e gabarito das questões.
O fundamento legal consta do §1º do art. 233-A do Código Eleitoral:
§ 1o O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se à observância das regras
seguintes:
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral no
período de ATÉ QUARENTA E CINCO DIAS da data marcada para a eleição,
indicando o local em que pretende votar;
Comentários
A assertiva está incorreta. O voto em trânsito foi instituído em 2009. De 2009
até o vigor da Lei nº 13.165/2015 admitia-se o voto em trânsito apenas para os
cargos de Presidente e vice-Presidente. Com a reforma eleitoral, admite-se o voto
em trânsito para os seguintes cargos:
Presidente e vice-
Presidente da
República
Deputados Federais e
Senadores da
ADMITE-SE O VOTO República
EM TRÂNSITO PARA
Governadores e vice-
Governadores
Deputados Estaduais
Comentários
A assertiva está incorreta. Para as eleições presidenciais o voto em trânsito é
admissível em qualquer ponto do território nacional e não necessariamente
dentro do Estado de domicílio.
Vejamos:
§ 1º O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se à observância das regras
seguintes:
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral no período
de até quarenta e cinco dias da data marcada para a eleição, indicando o local em que
pretende votar;
II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da Federação de seu domicílio eleitoral
somente é assegurado o direito à habilitação para votar em trânsito nas eleições para
Presidente da República; (...)
Comentários
A assertiva está correta. É o que se extrai do art. 233-A, §§ 2º e 3º, do Código
Eleitoral:
§ 2o Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos órgãos de segurança pública a
que se refere o art. 144 da Constituição Federal, bem como os integrantes das guardas
municipais mencionados no § 8o do mesmo art. 144, poderão votar em trânsito se estiverem
em serviço por ocasião das eleições.
§ 3o As chefias ou comandos dos órgãos a que estiverem subordinados os eleitores
mencionados no § 2o enviarão obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, em até quarenta e cinco
dias da data das eleições, a listagem dos que estarão em serviço no dia da eleição com
indicação das seções eleitorais de origem e destino.
órgãos de segurança
pública (polícia federal;
abrange polícia rodoviária federal;
polícia ferroviária federal;
polícias civis; polícias
militares e corpos de
bombeiros militares)
VOTO EM TRÂNSITO NA
ÁREA DE SEGURANÇA
(se estiverem em serviço) guardas municipais
de o órgão informar a
depende Justiça Eleitoral com
antecedência de 45 dias
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 240, caput, do Código
Eleitoral. Vejamos:
Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos somente é permitida após o dia 15
de agosto do ano da eleição.
Comentários
Está correta a assertiva em razão do que dispõe o art. 240, caput, do Código
Eleitoral. Vejamos:
Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos somente é permitida após o dia 15
de agosto do ano da eleição.
Comentários
A alternativa A está incorreta. É justamente o contrário. Vejamos:
Art. 257. Os recursos eleitorais NÃO terão efeito suspensivo.
do Juiz Eleitoral
para o TRE
cabimento
do TRE para o
TSE
RECURSO
ORDINÁRIO COM
EFEITO cassação de
SUSPENSIVO registro
afastamento do
nas hipóteses de:
titular
perda de
mandato eletivo
Comentários
A assertiva está correta. Lembre-se:
OS RECURSOS ELEITORAIS TÊM PREFERÊNCIA DE JULGAMENTO APÓS OS
HABEAS CORPUS E MANDADOS DE SEGURANÇA.
Comentários
A assertiva está correta, pois retrata positivamente as alterações promovidas
pela Lei nº 13.165/2015. Essa lei estabeleceu no §2º situações em que o recurso
ordinário par o TRE ou para o TSE podem assumir efeito suspensivo, além do
efeito devolutivo.
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal
Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou perda de
mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo.
Comentários
Questão fácil, que exige o conhecimento do art. 386-A, que foi acrescido ao
Código Eleitoral, pela Lei nº 13.165/2015:
Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva, não será aceita nos processos
que possam levar à perda do mandato.
Comentários
Está correta a assertiva que reproduz a literalidade do art. 386-A do CE.
Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva, não será aceita nos processos
que possam levar à perda do mandato.
Comentários
Comentários
A assertiva está correta, pois reproduz parte do art. 8º da LE:
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão
ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em
vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.
Comentários
Novamente uma questão direta que exige detalhes da legislação eleitoral.
Vejamos o art. 9º da Lei das Eleições, com redação dada pela Lei nº 13.165/2015:
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na
respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a
filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição.
Comentários
A assertiva está incorreta. José filiou-se em dezembro de 2015, logo há mais de
seis meses antes do pleito. Desse modo, resta preenchido tempo mínimo de
filiação partidária prevista no art. 9º da Lei das Eleições:
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na
respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a
filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição.
Comentários
A alternativa A está correta, em razão do que prevê o art. 10, caput, da LE:
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no
TOTAL DE ATÉ 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher,
SALVO:
Comentários
A assertiva está correta. É justamente essa a regra contida no art. 10, caput e
inc. II, da Lei das Eleições:
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no
TOTAL DE ATÉ 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher,
SALVO:
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar
candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher.
Comentários
Para responder à questão acima devemos lembrar da regra contida no art. 10,
§5º, da LE:
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos NÃO indicarem o número
máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos
poderão preencher as vagas remanescentes ATÉ TRINTA DIAS ANTES DO PLEITO.
Comentários
A assertiva está incorreta. São dois os equívocos contidos na questão:
responsável pela escolha das vagas remanescentes: órgão de direção do
partido político.
prazo: 30 dias a contar das eleições.
Vejamos a regra contida no art. 10, §5º, da LE:
Comentários
Para responder à questão devemos lembrar do art. 11, caput, da LE:
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos
até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Comentários
A assertiva está incorreta em razão do horário. Lembre-se:
Comentários
Com relação às idades mínimas, devemos lembrar do gráfico abaixo:
IDADE MOMENTO DE
CARGOS
MÍNIMA AFERIÇÃO
Presidente e Vice-Presidente
35 anos
Senador
data do registro da
18 anos Vereador
candidatura
No caso de vereador, embora a idade seja de 18 anos, ela não será aferida com
base na data da posse, mas levará em consideração a data do registro da
candidatura.
Em razão disso, a incorreta é a alternativa E, gabarito da questão. Essa regra
específica, bem disciplinada no art. 11, §2º, da LE:
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é
verificada tendo por referência a data da posse, SALVO quando fixada em dezoito
anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de registro.
Comentários
A assertiva está correta. Para concorrer ao cargo de vereador é necessário
atingir 18 anos na data do registro da candidatura, cujo limite é 15 de agosto.
Como José faz aniversário em julho poderá concorrer regularmente.
Em relação a Juca também não temos irregularidades em relação à idade mínima,
pois deverá atingir 21 anos até a data da posse, que ocorrerá em 1º de janeiro
de 2017. Como completará 21 anos em dezembro de 2016 poderá concorrer ao
cargo de Prefeito.
Quanto às regras relativas à idade mínima, lembre-se do quadro abaixo que
sintetiza o art. 14, §3º, da CF, com o art. 11, §2º, da LE:
IDADE MOMENTO DE
CARGOS
MÍNIMA AFERIÇÃO
Presidente e Vice-Presidente
35 anos
Senador
data do registro da
18 anos Vereador
candidatura
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 16, caput, da LE, com redação
dada pela Lei nº 13.165/2015. Vejamos:
Art. 16. Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão
ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação
dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente
a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.
Comentários
A assertiva está correta e reproduz a literalidade do art. 16, caput, da LE:
Art. 16. Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão
ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação
dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente
a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.
Comentários
Está incorreta a assertiva. Exige-se o julgamento apenas perante os dois
primeiros graus da Justiça Eleitoral, ou seja, perante o Juiz Eleitoral e perante o
TRE. Não há exigência de que sejam julgado também até 20 dias antes das
eleições no TSE em caso de eventual recurso.
A regra consta do art. 16, §1º, da LE:
Art. 16. Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão
ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação
dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente
a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
§ 1º Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os
impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e
publicadas as decisões a eles relativas. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 18-B da Lei das Eleições.
Vejamos:
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará
o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que
ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder
econômico. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 23, caput e §1º da Lei das
Eleições, com redação dada pela Lei nº 13.165/2015. Vejamos:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Comentários
A assertiva está incorreta. Por o valor limite não é de R$ 50.000,00, mas de R$
80.000,00, tal como se extrai do §7º do art. 23 da LE:
§ 7º O limite previsto no § 1º não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relativas à
utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor estimado
não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Comentários
A assertiva está incorreta. Muita atenção! Em um primeiro momento tendemos
a acreditar que essa assertiva esteja correta, a final de contas os recursos são do
próprio candidato.
A finalidade aqui, contudo, é evitar o abuso de poder econômico pelos candidatos
mais abastados. Desse modo, a LE fixou, no §1º-A do art. 23 da LE, que o limite
de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior aplicam-se também
aos recursos do candidato. Vejamos:
§ 1º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de
gastos estabelecido nesta Lei para o cargo ao qual concorre.
Pessoas físicas podem doar aos candidatos até 10% dos rendimentos brutos
auferidos no ano anterior às eleições.
Comentários
A assertiva está correta. Lembre-se do art. 23, caput e §1º da Lei das Eleições,
com redação dada pela Lei nº 13.165/2015:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Como sabemos, não há mais a figura do comitê
no âmbito das campanhas eleitorais.
As alternativas B e C também estão incorretas. A primeira delas equivoca-se
no prazo de veiculação das informações na internet que é de 72 horas e não de
48 horas. A segunda delas incorre em erro, pois o relatório discriminado dos
recursos deve ser encaminhado até o dia 15 de setembro e não 15 de outubro.
Lembre-se:
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer a regra abaixo:
SE AS ELEIÇÕES
a consolidação das contas deverá ser
TERMINAREM
encaminhada à Justiça Eleitoral até o 30º
NUM ÚNICO
dia após o pleito
TURNO
SE AS ELEIÇÕES
a consolidação das contas deverá ser
TERMINAREM EM
encaminhada à Justiça Eleitoral até o 20º
SEGUNDO
dia após o pleito
TURNO
Comentários
A assertiva está incorreta. Como sabemos, não há a figura do comitê para a
prestação de contas, tanto nas eleições majoritárias como nas eleições
proporcionais. Lembre-se do §1º do art. 29 da LE abaixo citado:
§ 1o As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias
Comentários
A assertiva está correta, retratando corretamente as obrigações adicionais à
prestação de contas estabelecida pela Lei das Eleições. Essas regras estão
contidas no art. 29, §§ 4º e 7º, da LE:
§ 4o Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são OBRIGADOS, durante
as campanhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim
na rede mundial de computadores (internet)
I - os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral,
EM ATÉ 72 (SETENTA E DUAS) HORAS DE SEU RECEBIMENTO;
II - NO DIA 15 DE SETEMBRO, relatório discriminando as transferências do Fundo
Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os
gastos realizados.
§ 7o As informações sobre os recursos recebidos a que se refere o § 4 o deverão ser
divulgadas com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e dos respectivos
valores doados.
Comentários
Está incorreta a assertiva. São duas as hipóteses disciplinadas no §9º do art.
29 da LE relativas à prestação simplificada de contas. Lembre-se:
gastos não superiores a R$ 20.000,00.
eleições municipais com menos de 50.000,00 eleitores.
No primeiro caso, poderá ser aplicado às quaisquer candidaturas e não apenas
aos cargos de Prefeito e de vereador. No segundo caso sim, temos uma hipótese
Comentários
A assertiva está correta. São dois prazos de três dias:
para julgamento das contas dos candidatos eleitos (art. 30, §1º, da LE):
§ 1º A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em sessão ATÉ
TRÊS DIAS ANTES DA DIPLOMAÇÃO.
Comentários
Comentários
Comentários
Antes da reforma eleitoral, a propaganda gratuita no rádio e na televisão tinha
duração de 45 dias. Com a Lei nº 13.165/2015 esse período foi reduzido para 35
dias apenas. Além disso, a propaganda no rádio e na televisão vai até a
antevéspera das eleições.
Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão.
O fundamento encontra-se no caput do art. 47 da LE:
Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura
mencionados no art. 57 reservarão, nos trinta e cinco dias anteriores à antevéspera das
eleições, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita, na
forma estabelecida neste artigo.
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 54, §2º:
§ 2º Será permitida a veiculação de entrevistas com o candidato e de cenas externas nas
quais ele, pessoalmente, exponha:
I - realizações de governo ou da administração pública;
II - falhas administrativas e deficiências verificadas em obras e serviços públicos em geral;
III - atos parlamentares e debates legislativos.
Comentários
A assertiva está correta. É justamente o que retrata o art. 58, §1º, IV, da LE,
incluído pela Lei nº 13.165/2015:
§ 1º O ofendido, ou seu representante legal, poderá pedir o exercício do direito de resposta
à Justiça Eleitoral nos seguintes prazos, contados a partir da veiculação da ofensa:
IV - a qualquer tempo, quando se tratar de conteúdo que esteja sendo divulgado na internet,
ou em 72 (setenta e duas) horas, após a sua retirada.
Comentários
Comentários
A assertiva está incorreta. O art. 36-A, IV, da LE, com redação dada pela Lei nº
13.165/2015 prevê que não constitui propaganda eleitoral antecipada a
realização de prévias partidárias e a distribuição de material informativo, bem
como a divulgação dos nomes dos candidatos que serão escolhidos em
convenções. Prevê, ainda, a Lei das Eleições, que eles poderão realizar debates
intrapartidários.
Vejamos o dispositivo:
Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam
pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades
pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de
comunicação social, inclusive via internet:
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo,
a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates
entre os pré-candidatos;
Comentários
Está correta a assertiva, que reproduz o art. 37, caput, da LE:
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele
pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização
de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos,
é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a
tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
Comentários
Está incorreta a assertiva, pois não há que se falar em licença ou autorização
para veiculação de propaganda eleitoral em locais privados.
Notem o art. 37, §2º, da LE:
§ 2º Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da
Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou
papel, não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado) e não contrarie a legislação eleitoral,
sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no § 1º.
Comentários
Está incorreta a assertiva. Devemos lembrar que, para além do conceito de carro
de som trazido no art. 37, §12, I, da LE, a Lei nº 13.165/2015 ampliou o conceito,
no §9º-A do mesmo dispositivo, para incluir também no conceito de “carro de
som” qualquer veículo motorizado ou não, ou ainda tracionado por animais, que
transite divulgando jingles ou mensagens de candidatos.
Assim, a assertiva encontra-se equivocada ao mencionar a palavra “apenas”.
Vejamos os dispositivos
§12, I:
§ 12. Para efeitos desta Lei, considera-se:
I - carro de som: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de
amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts;
§9º-A:
§ 9o-A. Considera-se carro de som, além do previsto no § 12, qualquer veículo, motorizado
ou não, ou ainda tracionado por animais, que transite divulgando jingles ou mensagens de
candidatos.
Comentários
Quanto às regras para os debates eleitorais devemos lembrar:
•Os debates para cargos majoritários poderão ser realizadas com todos os
candidatos ou em grupos de três candidatos. Quanto às regras que
regeram a disputa, os candidatos devem se reunir e, de comum acordo,
convencionar as regras.
•De acordo com a LE serão consideradas aprovadas as regras se houver a
anuência de 2/3 dos candidatos, para a realização de debates em primeiro
turno. Na hipótese de realização de segundo turno, havendo apenas dois
candidatos, ambos os candidatos devem aprovar as regras.
Comentários
A assertiva está correta. Para respondê-la, lembre-se do quadro abaixo:
Governador e vice-Governador
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer a vedação contida no art. 73, VII,
da LE, com redação dada pela Lei nº 13.165/2015:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: (...)
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que
antecedem o pleito;
Comentários
A assertiva está incorreta. O parâmetro a ser utilizado será do primeiro semestre
dos últimos três anos e não cinco como referido na questão. Notem:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: (...)
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que
antecedem o pleito;
Comentários
Para responder à questão, devemos lembrar da redação do art. 7º, §1º, da LPP:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço,
ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do
eleitorado que haja votado em cada um deles.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois o apoiamento mínimo deverá ser comprovado
no lapso de dois anos, como prevê o art. 7º, §1º, da LPP:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o
apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos,
0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja
votado em cada um deles.
À Lei dos Partidos Políticos foi acrescentado pela Lei nº 13.165/2015, o art.
22-A que, em parte, incorporou a regrativa da Resolução TSE nº
22.610/2010. Sobre tais regras, assinale a alternativa incorreta.
a) Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa
causa do partido pelo qual foi eleito.
b) Constitui justa causa para a desfiliação se comprovada grave
discriminação política pessoal contra o detentor do cargo eletivo.
c) Constitui justa causa para a desfiliação mudanças, ainda que simples, ao
programa do partido.
d) Constitui justa causa para a desfiliação desvio reiterado do programa
partidário.
e) Constitui justa causa para desfiliação mudança de partido efetuada
durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação em lei para
concorrer às eleições, majoritárias ou proporcionais, ao término do mandato
vigente.
Comentários
Vejamos o art. 22-A, da LPP:
Art. 22-A. PERDERÁ o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária SOMENTE
as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Comentários
Está correta a assertiva. Lembre-se do art. 22-A, parágrafo único, II, da LPP:
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária SOMENTE
as seguintes hipóteses:
Comentários
Está incorreta a assertiva, pois a desfiliação autorizada par fins de para
concorrer às eleições por outro partido é permitida apenas nos 30 dias que
antecedem o prazo de seis meses exigidos de filiação partidária.
Vejamos:
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária SOMENTE
as seguintes hipóteses:
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 29, §9º, da LPP, acrescido
pela Lei nº 13.165/2015:
§ 9º Somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos políticos que hajam obtido
o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.
Comentários
Está totalmente incorreta a assertiva. Não existe tal hipótese na LPP. Pelo
contrário, o instrumento de incorporação será levado a registro e averbado junto
aos registros do partido incorporador, cancelando-se o registro do partido
incorporado.
Além disso, prevê a LPP que o partido incorporado deverá adotar o estatuto do
partido incorporador.
Comentários
Lembrem-se da regra do art. 29, §5º, da LPP:
§ 5o A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que
o impeça de participar do pleito eleitoral.
Comentários
Para responder à questão devemos lembrar do art. 34, IV, da LPP:
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a prestação de contas do
partido e das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas refletem
adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos aplicados nas
campanhas eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas: (...)
IV – obrigatoriedade de ser conservada pelo partido, por PRAZO NÃO INFERIOR A
CINCO ANOS, a documentação comprobatória de suas prestações de contas;
Comentário
Para responder à questão devemos conhecer o art. 37, bem como o art. 37-A,
ambos da LPP:
art. 37 da LPP:
Comentários
Está incorreta a assertiva, pois o art. 29, §4º, da LPP, prevê que em tais
situações, os órgãos municipais dos partidos políticos podem expedir uma
declaração de ausência de movimentação de recursos e, com isso, deixar de
prestar constas.
§ 4o Os órgãos partidários municipais que não hajam movimentado recursos financeiros
ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à Justiça
Eleitoral, exigindo-se do responsável partidário, no prazo estipulado no caput, a
apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.
Comentários
Está correta a assertiva que é cópia literal do art. 29, §5º, da LPP, cuja redação
fora dada pela Lei nº 13.165/2015:
§ 5º A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o
impeça de participar do pleito eleitoral.
Comentários
A assertiva está incorreta. O §1º do art. 34 da LPP faz a distinção entre o
controle de legalidade das finanças do partido político e da não-interferência do
Estado nas atividades partidárias. O controle das contas dos partidos políticos
destina-se a aferir a regularidade das receitas e destinação das despesas pelo
exame da documentação, sem qualquer interferência nas atividades político-
partidárias ou na autonomia do partido.
Vejamos, por fim, dispositivo:
§ 1º A fiscalização de que trata o caput tem por escopo identificar a origem das receitas
e a destinação das despesas com as atividades partidárias e eleitorais, mediante o
exame formal dos documentos fiscais apresentados pelos partidos políticos e candidatos,
sendo VEDADA a análise das atividades político-partidárias ou qualquer
interferência em sua autonomia.
Comentários
A assertiva está correta. Para responde-la devemos conhecer os arts. 29, §5º,
e 37, ambos da LPP:
art. 29, §5º:
§ 5º A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o
impeça de participar do pleito eleitoral.
art. 37:
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de
devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte
por cento).
Comentários
A alternativa A está totalmente incorreta. Pelo contrário, com a Lei nº
13.165/2015 foram criadas novas especificações para a destinação dos recursos.
Além disso, o art. 44 é claro em afirmar que os recursos “serão” aplicados,
contando a obrigatoriedade de observância dos parâmetros definidos em lei.
Vejamos:
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
A alternativa B também está incorreta. De acordo com o art. 44, I, da LPP, são
dois parâmetros fixados, um para o órgão nacional (que poderá atingir 60%) e
outro que será conjuntamente aplicado aos órgãos regionais e municipais (que
poderá atingir até 50%).
Vejamos:
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a
qualquer título, observado, do total recebido, os seguintes limites:
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional;
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal;
Comentários
A assertiva está correta. Há uma grande chance desse assunto ser explorado
em provas de concurso público. O art. 44, I, da LE, prevê:
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a
qualquer título, observado, do total recebido, os seguintes limites:
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional;
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal;
Comentários
Está incorreta a assertiva. Há dispositivo expresso no art. 44 determinando que
os recursos do Fundo sejam considerados para cobrir despesas como
alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
Atentem-se:
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 49, caput, da LPP:
Art. 49. Os partidos com pelo menos um representante em qualquer das Casas do
Congresso Nacional têm assegurados os seguintes direitos relacionados à propaganda
partidária:
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 45, IV, da LPP, 10% do tempo
total destinado ao partido político deve ser destinado à promoção e difusão da
participação política feminina:
Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada mediante
transmissão por rádio e televisão será realizada entre as dezenove horas e trinta minutos e
as vinte e duas horas para, com exclusividade:
IV - promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo
que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez
por cento) do programa e das inserções a que se refere o art. 49.
7 - Resumo da Aula
Na aula de hoje não teremos resumo, pois é uma aula de revisão de assuntos já
estudados em nosso curso.
8 - Considerações Finais
Concluímos a aula de hoje. Essa é uma aula que não traz muitos assuntos novos.
São temas que já vimos ao longo do curso, contudo, que previsão ser revisados
tendo em vista a importância da alteração legislativa perpetrada pela Lei
13.165/2015.
Em nossa próxima aula analisaremos as Súmulas do TSE, que também sofreram
grandes alterações recentemente.
Até lá!
Bons estudos!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
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