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Administração Financeira e Orçamentária p/ CNJ

Analista e Técnico Judiciário – Área Administrativa


Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes – Aula 02

Aula 2 - PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do tema 1
Elaboração/Planejamento 3
Discussão/Estudo/Aprovação 18
Execução Orçamentária e Financeira 24
Avaliação e Controle 25
Mais Questões de Concursos Anteriores do CESPE 33
Memento (resumo) 52
Lista das questões comentadas nesta aula 56
Gabarito 66

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque
meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso
reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar
minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou
dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me
dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar
por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o
trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com
amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as
coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou
eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim”. (Charles
Chaplin)

“O homem não consegue descobrir novos oceanos se não tiver a coragem de


perder de vista a costa.” (André Gide)

Na certeza de um belo dia e que outros ainda melhores virão, entusiasmados


estudaremos nesta aula o ciclo (ou processo) orçamentário, o qual
corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas
do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final.

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É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se


elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios
do setor público nos aspectos físico e financeiro.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de


janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art.
34 da Lei 4.320/1964.

O ciclo orçamentário não se confunde com o


exercício financeiro. Aquele envolve um período
muito maior, iniciando com o processo de
elaboração do orçamento, passando por discussão,
execução e encerramento com o controle.

No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo


orçamentário:
 elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
 discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
 execução orçamentária e financeira; e
 avaliação/controle.

DISCUSSÃO/
ELABORAÇÃO ESTUDO/
APROVAÇÃO

CICLO
ORÇAMENTÁRIO

AVALIAÇÃO/
EXECUÇÃO
CONTROLE

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1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO

1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo

O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual


consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos,
considerando o cenário fiscal. A consistência fiscal é elemento central para sua
posterior execução, motivo pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais
relevantes do processo de elaboração. A compatibilidade entre capacidade de
financiamento e dispêndio dos recursos previstos ocorre em função de um
processo de alocação de recursos que se compõe das seguintes etapas:
(1°) fixação da meta fiscal;
(2°) projeção das receitas;
(3°) projeção das despesas obrigatórias; e
(4°) apuração das despesas discricionárias.

Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o


período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o
crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade,
as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados
primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre
o Produto Interno Bruto – PIB.

O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De


maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas
(impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as
receitas não administradas (dividendos, receitas próprias etc.). Para estimativa
da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita total o
montante das transferências para Estados e municípios, previstas na
Constituição.

A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de


recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem
obrigações constitucionais ou legais da União.

As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de pessoal


e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao salário
mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das despesas
obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado que, por
força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do gestor
público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas despesas.
Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente
à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se
então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para

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alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é


denominada de apuração das despesas discricionárias.

O montante de recursos previstos para a realização das despesas


discricionárias será distribuído pela Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento entre os órgãos setoriais, tendo como base para
essa repartição o perfil de gasto de cada órgão e as prioridades de governo.
Definido o limite de gasto discricionário para o período, cada ministério
procederá à alocação desses recursos em seus respectivos programas,
devendo ter como parâmetro para essa repartição a orientação estratégica de
governo e as orientações estratégicas dos ministérios.

A elaboração do orçamento, objetivando uma ação integrada, articulada e


racional, processa-se verticalmente em sentido descendente e
ascendente, envolvendo a Secretaria de Orçamento Federal, os Órgãos
Setoriais e as Unidades Orçamentárias.

O Manual Técnico de Orçamento determina o papel dos agentes no processo de


elaboração do orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de
Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias.
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos
fiscal e da seguridade social. O orçamento de investimentos cabe ao
Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST),
órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Planejamento,
sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. Assim, o DEST é responsável
pela elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG – e pela proposta
do orçamento de investimentos das empresas estatais não dependentes.

A classificação institucional, estudada no tema “Despesas Públicas”, reflete a


estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em
dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As
dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu
menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas
administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações.

Secretaria de Orçamento Federal: De acordo com o art. 17 do Decreto


7.675, de 20 de janeiro de 2012, compete à SOF:
 coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias e da proposta orçamentária da União, compreendendo os
orçamentos fiscal e da seguridade social;
 estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos
orçamentos federais sob sua responsabilidade;
 proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao
acompanhamento da execução orçamentária;

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 realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao


aperfeiçoamento do processo orçamentário federal;
 orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de
orçamento;
 exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e
Orçamento, em articulação com a Secretaria de Planejamento e
Investimentos Estratégicos, observadas as diretrizes emanadas do
Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão;
 estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e
 acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas
fontes de financiamento, bem como desenvolver e participar de estudos
econômico-fiscais, voltados ao aperfeiçoamento do processo de alocação
de recursos.

Atenção: o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas


Estatais – DEST tem como principais competências:
 coordenar a elaboração do programa de dispêndios globais e da proposta
do orçamento de investimento das empresas estatais, compatibilizando-
os com o Plano Plurianual e com as metas de resultado primário fixadas,
bem como acompanhar a respectiva execução orçamentária;
 promover a articulação e a integração das políticas das empresas
estatais, propondo diretrizes e parâmetros de atuação, inclusive sobre a
política salarial e de benefícios e vantagens e negociação de acordos ou
convenções coletivas de trabalho;
 processar e disponibilizar informações econômico-financeiras
encaminhadas pelas empresas estatais.

Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu


âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos
gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua
atuação no processo de elaboração envolve:
 Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta
orçamentária.
 Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das
alterações necessárias.
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade
das informações constantes do cadastro de programas e ações.
 Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais
monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites
de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas
unidades orçamentárias.
 Definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem
observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da
proposta orçamentária.

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 Análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias


provenientes das unidades orçamentárias.
 Consolidação e formalização das propostas e das alterações
orçamentárias do órgão.
Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde etc.

Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de


coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu
âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades
administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual
dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas,
valores e justificativas que fundamentam a programação.
De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que
serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão
consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo
órgão.

As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da


programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação
orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração
compreende:
 Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para
elaboração da proposta orçamentária.
 Estudos de adequação da estrutura programática.
 Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas.
 Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias.
 Fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas
orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de
pagamento de suas respectivas unidades administrativas.
 Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades
administrativas.
 Consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.
Exemplos: cada uma das universidades federais, cada um dos institutos
federais de educação etc.

Como exemplos, vejamos as UOs dos Órgãos Ministérios das Comunicações, da


Cultura, do Meio Ambiente e do Planejamento, Orçamento e Gestão:

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41000 MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES


41101 Ministério das Comunicações
41231 Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL
41902 Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - FUST
41903 Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações -
FUNTTEL

42000 MINISTÉRIO DA CULTURA


42101 Ministério da Cultura
42201 Fundação Casa de Rui Barbosa
42202 Fundação Biblioteca Nacional
42203 Fundação Cultural Palmares
42204 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN
42205 Fundação Nacional de Artes
42206 Agência Nacional do Cinema - ANCINE
42207 Instituto Brasileiro de Museus

44000 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


44101 Ministério do Meio Ambiente
44102 Serviço Florestal Brasileiro - SFB
44201 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA
44202 Companhia de Desenvolvimento de Barcarena - CODEBAR
44205 Agência Nacional de Águas - ANA
44206 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ
44207 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
44901 Fundo Nacional de Meio Ambiente - FNMA
44902 Fundo Nacional sobre Mudança do Clima

47000 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO


47101 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
47205 Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
47210 Fundação Escola Nacional de Administração Pública - ENAP
Fonte: MTO

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Atenção: você não precisa saber todos os Órgãos de todas as UOs. São
centenas! Você precisa conhecer a estrutura do órgão no qual você vai prestar
o concurso. Por exemplo: se você for fazer o concurso da ANCINE, deve saber
que ela é uma UO do Ministério da Cultura. Se você for fazer o concurso do
IBAMA, deve saber que é uma UO do Ministério do Meio Ambiente. Se for fazer
o concurso da ENAP, deve saber que é uma UO do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. E por aí vai!

O quadro a seguir é para facilitar o entendimento de todas as atribuições


acima. É uma explicação bem simplificada:

Quadro simplificação das atribuições no processo de elaboração

Secretaria de Orçamento Federal (SOF)


Coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos setoriais seguem
a SOF e sugerem alterações a ela. A SOF analisa e valida o que vem de todos os
órgãos setoriais.
Órgão Setorial:
É o meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica). Coordenação,
diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja, apenas no seu âmbito. Segue
as regras gerais da SOF. O Setorial analisa e valida o que vem de todas as suas
UOs.
Unidade Orçamentária (UO):
É quem efetivamente recebe a dotação diretamente na LOA. É onde você vê o
crédito e respectiva dotação consignada. Coordenação, diretrizes e consolidações
específicas, ou seja, apenas no seu âmbito restrito. Segue as regras gerais da SOF
e as regras intermediárias do órgão setorial a que está ligado. A UO analisa e
valida o que vem das suas UAs.
Unidade Administrativa (UA):
Não tem dotação consignada diretamente na LOA. Depende da UO, que
descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras gerais da SOF, as
intermediárias do Órgão Setorial e as específicas da UO a que está ligada.

Agora releia as atribuições segundo o MTO tentando relacionar com a


explicação bem simplificada do quadro acima.

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1) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) O IBAMA é uma


das unidades orçamentárias do MMA.

É o concurso do IBAMA, logo devemos saber qual seu Órgão Orçamentário.

Não vá achar que MMA é Mixed Martial Arts. E que o IBAMA está no MMA
devido ao “Aranha” Anderson Silva. Rsrsrs. MMA aqui é Ministério do Meio
Ambiente!

De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o


agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que
serão consignadas dotações próprias.

São UOs do Órgão Orçamentário 44.000 – Ministério do Meio Ambiente:

44000 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


44101 Ministério do Meio Ambiente
44102 Serviço Florestal Brasileiro - SFB
44201 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA
44202 Companhia de Desenvolvimento de Barcarena - CODEBAR
44205 Agência Nacional de Águas - ANA
44206 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ
44207 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
44901 Fundo Nacional de Meio Ambiente - FNMA
44902 Fundo Nacional sobre Mudança do Clima

Resposta: Certa

1.1.1 Descrição das Atividades do Detalhamento da Proposta Setorial

O órgão setorial é a ligação entre a SOF e a unidade orçamentária, por isso é


importante que exista qualidade na informação e o setorial saiba exatamente
as normas de como proceder. De acordo com o manual técnico de orçamento,
para a elaboração da proposta orçamentária, o sistema de informação a ser
utilizado será o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP, que
integra as bases do SIGPLAN e do SIDOR, facilitando assim a entrada dos
dados e a melhoria da informação.

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Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP,


a abertura desses limites no âmbito da estrutura programática da despesa.
Dentro do escopo da escassez de recursos, cada órgão setorial primará, no
processo de alocação orçamentária, pela melhor distribuição, tendo como
princípio a ótica das prioridades e da qualidade do gasto.

Vale registrar que o detalhamento da proposta orçamentária para as despesas


com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz
respeito aos encargos financeiros da União, é feito diretamente pela SOF. As
informações para elaboração da proposta relativa a essas despesas são
captadas pela SOF junto, respectivamente, aos Tribunais Superiores e aos
órgãos setoriais.

Ainda, segundo o MTO, a captação da proposta setorial será aberta segundo o


cronograma no SIOP, por unidade orçamentária e por tipo de detalhamento, e
apresentará as seguintes particularidades:
 A proposta das UOs será feita no SIOP e encaminhada aos seus
respectivos órgãos setoriais para análise, revisão e ajustes. Tanto no
momento das UOs quanto no dos órgãos setoriais a proposta é elaborada
por tipo de detalhamento orçamentário compatível com as ações
orçamentárias, desdobradas por subtítulos pertinentes a cada tipo de
detalhamento.
 As fontes de recursos serão indicadas na fase da elaboração da
proposta, ressaltando que a proposta setorial deverá incluir o
detalhamento das despesas a serem custeadas com recursos oriundos de
algumas fontes, como as provenientes de Restituição de Recursos de
Convênios e Congêneres. Em outras, deverá ser utilizado o identificador
de fonte de recursos “105 – Recursos do Tesouro a Definir”. Nesses
casos, a associação das fontes efetivas a essas despesas é processada
pela SOF. Assim, as fontes de recursos, dependendo do caso,
podem ser indicadas pela SOF ou pelo órgão setorial.
 O encaminhamento das propostas dos órgãos setoriais à SOF será feito
para o conjunto das UOs e por tipo de detalhamento.
 Será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das
propostas encaminhadas pelos órgãos setoriais, com os limites
orçamentários estabelecidos, condição básica para se iniciar a
fase de análise no âmbito da Secretaria. Caso sejam constatadas
incompatibilidades, o próprio SIOP não permitirá que a proposta
elaborada seja encaminhada, requerendo assim, ajustes nos valores
informados.

1.2 Iniciativas

Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988:

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Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do
Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos.

Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que
a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente
da República:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição.

No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência


exclusiva. A diferença que se faz é que a competência exclusiva é
indelegável e a competência privativa é delegável. O problema é que a
CF/1988 não é rigorosamente técnica neste assunto. No caso das leis
orçamentárias, seriam matérias de competência exclusiva do presidente da
República, porque são atribuições indelegáveis.

Vale ressaltar que, em regra, a apresentação de um projeto de lei é facultada


ao titular da iniciativa, ainda que a competência seja privativa. O titular pode
optar pelo momento da apresentação, não sendo imposto o cumprimento de
prazos obrigatórios.
Contudo, em caráter excepcional, alguns projetos podem se submeter a
exigências constitucionais ou legais que determinem períodos para que seja
exercida tal iniciativa, tornando-a obrigatória. Nesses casos, considera-se que
a iniciativa é vinculada. É o que ocorre com os projetos de lei do PPA, da
LDO e da LOA, cuja iniciativa é privativa (ou exclusiva) do Chefe do Poder
Executivo, porém ao mesmo tempo vinculada pela obrigatoriedade de
cumprimento de prazos.

Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos


do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária.

Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos


demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo
final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as
estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente
líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

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Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério


Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o
Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da
proposta consolidada ao Legislativo.

Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada


autonomia administrativa e financeira. O § 1º ressalta que os tribunais
elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia


funcional e administrativa. O § 3º ressalta que o Ministério Público elaborará
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

Finalmente, com base no art. 134, § 2º, da CF/1988, às Defensorias Públicas


Estaduais são asseguradas as autonomias funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias. A CF/1988 não concede tal autonomia à Defensoria
Pública da União.

2) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) O PPA e os orçamentos


anuais serão estabelecidos por leis de iniciativa do Poder Executivo; as
diretrizes orçamentárias, por sua vez, podem ser determinadas por
decreto do Poder Executivo, atendidos os critérios definidos na lei que
estabelece o PPA.

Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988:


Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Logo, as diretrizes orçamentárias não podem ser determinadas por decreto do


Poder Executivo.
Resposta: Errada

3) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/2012 – 2012) A


apresentação da lei orçamentária anual no caso da União é de
iniciativa privativa do presidente da República, mas esse poder é
vinculado aos prazos determinados pela legislação e o não
cumprimento desses prazos constitui crime de responsabilidade.

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Em caráter excepcional, alguns projetos podem se submeter a exigências


constitucionais ou legais que determinem períodos para que seja exercida tal
iniciativa, tornando-a obrigatória. Nesses casos, considera-se que a iniciativa é
vinculada. É o que ocorre com os projetos de lei do PPA, da LDO e da LOA,
cuja iniciativa é privativa (ou exclusiva) do Chefe do Poder Executivo, porém
ao mesmo tempo vinculada pela obrigatoriedade de cumprimento de prazos.

Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos


do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária.
Resposta: Certa

4) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Em virtude


da independência dos poderes, o orçamento do Poder Judiciário é
incorporado a Lei Orçamentária Anual sem que haja fixação anterior de
limites para a elaboração da proposta.

Consoante o art. 99, caput, da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada


autonomia administrativa e financeira. Entretanto, o § 1.º ressalta que os
tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Resposta: Errada

1.3 Prazos

Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III,


do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa.
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar,
respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.

Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar,


respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.

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O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar


ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de
devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os
projetos para a sanção.

PPA

Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do


encerramento do 1.° exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão
legislativa (22.12).
PRAZOS
LDO

Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do


encerramento do exercício financeiro (15.04).
Devolução para sanção: até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa (17.07).

LOA

Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do


encerramento do exercício financeiro (31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão
legislativa (22.12).

Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: a


legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura
possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro
a 22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos
legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de
agosto a 22 de dezembro. Em suma:

LEGISLATURA

Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais.

Sessão
Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos.
Legislativa

Período 1.º período: 02 Fev a 17 Jul


Legislativo 2.º período: 1.º Ago a 22 Dez

A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua
proposta para apreciação do Legislativo:

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“Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas


Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente”.

Caso não receba a proposta orçamentária no prazo


fixado, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente
o orçamento vigente como se fosse uma nova
proposta! Ignora que diversos programas se exaurem
ao longo do exercício, mas essa é a única previsão Não envio do PLOA no
legal, já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz. prazo fixado

Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder


Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem
ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição.
Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.
Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8º do art. 166:

“§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do


projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa”.

O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas nas
LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais até
que ele seja devolvido ao Executivo.

A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária –


PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do
ano corrente, parte da programação dele constante poderá ser executada até
o limite de 1/12 do total de cada ação prevista no referido projeto de lei,
multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei.
Por exemplo, se o PLOA não for sancionado até o fim de março (três meses)
do ano que deveria estar em vigor, algumas ações poderão ser executadas
em 3/12 do valor original.

No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de


algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por
exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o
pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e
serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado. Ainda, outro
grupo de ações não poderá sequer ser executado até a sanção da LOA.

Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias nos traz problemas
em virtude da não edição da lei complementar sobre o assunto. Temos que no
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1º ano do mandato do Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes


do envio do PPA! Veja que incongruência, pois neste primeiro ano não há
integração. A LDO deveria sempre seguir o planejamento do PPA.
Ainda, nesse mesmo ano, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da
LOA. Pode até mesmo ocorrer de a LOA ser aprovada no prazo correto e o PPA
não. No entanto, a LOA do segundo exercício do mandato presidencial poderá
ser executada mesmo antes da aprovação do PPA.

5) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A não


aprovação do plano plurianual até o final do primeiro exercício do
mandato do titular do Poder Executivo impede o recesso do Poder
Legislativo.

A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.


Entretanto, a não aprovação do PPA até o final do primeiro exercício do
mandato do titular do Poder Executivo não impede o recesso do Poder
Legislativo.
Resposta: Errada

6) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Se a lei


orçamentária anual não for aprovada ate o final do exercício anterior
ao da sua vigência, o Poder Executivo estará autorizado a executar as
dotações constantes da proposta apresentada ao Poder Legislativo, ate
o limite de um doze avos por mês.

A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA


não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano
corrente, parte da programação dele constante poderá ser executada até o
limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido
Projeto de Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da
respectiva lei. No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao
atendimento de algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO
daquele ano.
Resposta: Errada

7) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) De acordo com a Constituição


Federal de 1988, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União
será encaminhado ao Congresso Nacional até quatro meses antes do
encerramento do exercício de sua elaboração, prazo que também deve
ser observado pelos estados para a remessa de seus PPAs às
respectivas assembleias legislativas.

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Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III,


do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
(...)

Entretanto, nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário


devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis
Orgânicas.
Resposta: Errada

1.4 Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988)

Os incisos I e II do § 9.o do art. 165 Constituição Federal de 1988 dispõem


que:
§ 9.º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

Desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei complementar


sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi editada, logo,
não existe um modelo legalmente constituído para organização, metodologia e
conteúdo dos planos plurianuais – PPAs, leis de diretrizes orçamentárias –
LDOs e leis orçamentárias anuais – LOAs. Assim, é ainda a Lei 4.320/1964,
recepcionada com status de lei complementar, que estatui Normas Gerais de
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Porém, ela não
atende mais às nossas necessidades. Desta forma, quem cumpre esse vácuo
legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a LDO, uma lei ordinária, que
todo ano acaba tendo, entre suas diversas atribuições, que legislar como se
fosse a lei complementar prevista na CF/1988, o que a transforma num
“calhamaço” de artigos.

Repare que cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a


vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. No entanto, cabe às leis
ordinárias a instituição desses instrumentos.

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Note, também, que os prazos dos instrumentos deveriam ser regulados pela
Lei Complementar. No entanto, na esfera federal, enquanto ela não for
editada, os prazos do ciclo orçamentário são regulados pelo Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT.

8) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão,
aprovação e execução do orçamento público no Brasil deve ser
apresentada por meio de projeto de lei complementar.

Os incisos I e II do § 9.o do art. 165 Constituição Federal de 1988 dispõem


que:
§ 9.º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.
Resposta: Certa

2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO

A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a


proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação
final e proposição em plenário.

Segundo o art. 166 da CF/1988:


Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
Apreciação PPA, LDO e LOA

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A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o


Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de
encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA. A elaboração da mensagem
presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração das
mensagens presidenciais referentes à LOA e à LDO é realizada sob a
coordenação da SOF/MP.
No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e
dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente
composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma comissão
comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por deputados
nos estados e vereadores nos municípios.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados:
“I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente
da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento
e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões
do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988”.

Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que


emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas
casas do Congresso Nacional.

Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do


Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam
direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura
da Administração Pública Federal, também poderão apresentar emendas.
Ainda, as bancadas estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las,
desde que relativas a matérias de interesse de cada estado ou Distrito Federal.
Assim, as emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual.

Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da


despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou
aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no
projeto de lei do Plano Plurianual.

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Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem


as sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se reúnem no
mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo a fase de
votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto
no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora
da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na
Câmara e no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é
bicameral.

Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se


o todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada
parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há
uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas
(senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não
importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral
aconteceu na revisão constitucional.

A aprovação se dá por maioria simples, pois apesar do ciclo diferenciado, as


leis orçamentárias são leis ordinárias.

As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão


ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas
de redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

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O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

O Presidente da República poderá enviar mensagem


ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988 (PPA,
LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a
votação, na comissão mista (não é no Plenário),
da parte cuja alteração é proposta.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei


orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.

No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia


tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas
apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da
LRF determina:
“§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida
se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal”.

Atenção: a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder


Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei


aprovado no Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do
Executivo com o que foi discutido e aprovado no Parlamento. Já o veto
corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no
Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou
com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo
considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De
qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo Parlamento,
podendo ser confirmado ou rejeitado.

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A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa


não será interrompida sem a aprovação da LDO.

Aprovação da LDO Tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA.

Ainda no que se refere às emendas, a Lei 4.320/1964 traz um artigo sobre o


tema. Segundo o art. 33 da Lei 4.320/1964, não se admitirão emendas ao
projeto de lei de orçamento que visem:
 Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando
provada, nesse ponto a inexatidão da proposta.
 Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado
pelos órgãos competentes.
 Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não
esteja anteriormente criado.
 Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em
resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

9) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) Antes de ser apreciado pela


Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o projeto de lei relativo
ao orçamento anual, entre outros projetos, será objeto de exame por
uma comissão mista permanente de senadores e deputados, à qual
caberá a emissão de parecer.

No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e


dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente
composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente
da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento
e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões
do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

Resposta: Certa

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10) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) A CF admite emendas ao


projeto de lei orçamentária anual ou aos projetos que o modifiquem,
desde que provenientes da anulação de despesas relacionadas ao
serviço da dívida e às transferências tributárias para os estados, o DF
e os municípios, mas não da anulação de despesas que incidam sobre
dotações para pessoal e respectivos encargos.

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Logo, a CF/1988 admite emendas ao projeto de lei orçamentária anual ou aos


projetos que o modifiquem, desde que provenientes da anulação de despesas
relacionadas ao serviço da dívida e às transferências tributárias para os
estados, o DF e os municípios, e também da anulação de despesas que
incidam sobre dotações para pessoal e respectivos encargos.
Resposta: Errada

11) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/2012 – 2012)


Se o presidente da República desejar alterar a proposta orçamentária
enquanto ela estiver em tramitação no Congresso Nacional, ele não
precisará utilizar nenhum dos créditos adicionais previstos na
legislação vigente.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Logo, nesse momento, não precisará utilizar nenhum dos créditos adicionais
previstos na legislação vigente.
Resposta: Certa

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3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Atenção: em outros momentos trataremos de execução orçamentária e


financeira. Vamos apenas contextualizar o tema dentro do ciclo orçamentário.

A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das


receitas e na realização das despesas. É a transformação, em realidade, do
planejamento elaborado pelos Chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo.

Até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a
LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma
de execução mensal de desembolso. Ainda, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com
a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à
evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para
cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos
tributários passíveis de cobrança administrativa. Tais metas bimestrais são
utilizadas como parâmetros para a limitação de empenho e movimentação
financeira prevista no art. 9º.

O § 3º do art. 165 da CF/1988 dispõe que o Poder Executivo publicará, até 30


dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.

Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais,
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até
o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da lei
complementar, que ainda não foi editada.

A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos


seus arts. 8º e 9º. Até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos
em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Atenção: os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão


utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que
em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não


comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os

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critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder


Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público.

Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações


constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias.

No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a


recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de
forma proporcional às reduções efetivadas.

No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central


do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas
pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e
metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o
custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13.


Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a
realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e
efetivamente arrecadada todos os impostos.

A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do


orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução
orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário
limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão


os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.

4. AVALIAÇÃO E CONTROLE

4.1 Avaliação

A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a


eficácia e a eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos
de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas

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tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos


colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de
Administração Orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a
qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um
novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de
eficiência e o de eficácia.

_ Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos


efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto,
atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da eficiência na
avaliação das ações governamentais busca considerar os resultados em face
dos recursos disponíveis.
_ Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metas fixadas
para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.
Procura considerar o grau em que os objetivos e as finalidades do progresso
foram alcançados dentro da programação de realizações governamentais.

Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as


análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas
orçamentárias e a classificação por programas e ações viabilizam os testes de
eficácia, enquanto a incorporação de custos estimativos no orçamento e
custos efetivos durante a execução auxilia as avaliações da eficiência.

A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os


resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos
esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de
atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado
programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos indicadores
estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu efeitos no
ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos,
socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a
capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo
estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo.

Para Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha, “no que diz respeito aos
questionamentos, é comum encontrar-se na literatura especializada de
avaliação referências a dimensões desejáveis de desempenho de organizações
e programas avaliados, que se traduzirá aqui por exigências de efetividade, de
eficiência e de eficácia dos programas de governo. No uso corrente, a
efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos;
a eficiência denotaria competência para se produzir resultados com dispêndio
mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez, remete a condições
controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios que, deve-se
reconhecer, não se aplicam automaticamente às características e realidade dos
programas sociais.”

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Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o


Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal
etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças
vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se
conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto
esperado na sociedade, mudando uma realidade existente.

4.2 Controle

4.2.1 Considerações Iniciais

O orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é


uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo
(controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e
segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle
de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações
governamentais.

Segundo a Lei 4.320/1964:


“Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por
bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários
e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
(...)
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por
objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos
dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento”.

De acordo com o art. 79 da Lei 4320/1964, ao órgão incumbido da


elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na
legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III acima.

A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da


execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele
realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua
estrutura. O controle externo é aquele realizado por uma instituição
independente e autônoma.

Da mesma forma, a CF/1988 trata dos dois sistemas de controle. Dispõe que a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da Administração direta e indireta, quanto à legalidade,

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legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,


será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.

12) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O controle interno realizado pelo


Poder Executivo será feito sem prejuízo das atribuições do TCU,
devendo o Poder Legislativo, na realização do controle externo da
execução orçamentária, verificar a probidade da administração e o
cumprimento da lei orçamentária.

Na Lei 4320/1964:
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o
artigo 75 [legalidade, fidelidade funcional e cumprimento do programa de
trabalho], sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão
equivalente.
(...)
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por
objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos
dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Resposta: Certa

4.2.2 Controle Interno

Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário


manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de:
“I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
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II– comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional”.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima


para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União.

Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da
União, sob pena de responsabilidade solidária.

A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia,


concomitante e subsequente (art. 77 da Lei 4.320/1964).

13) (CESPE – Analista Legislativo – Arquiteto e Engenheiro – Câmara


dos Deputados – 2012) O controle interno deve, entre outras
finalidades, comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia e eficiência, não apenas da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e nas entidades da administração federal, mas
também da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado.

Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário


manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Resposta: Certa

4.2.3 Controle Externo

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No âmbito federal, consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a


cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
“I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
de seu recebimento;
II– julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados
de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados”.

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Vamos entender os incisos mais confusos:

No que se refere às contas do Executivo federal, compete privativamente ao


Presidente da República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior.

Note que compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas prestadas


anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio (inciso I).
Entretanto, é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar
anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo. Para os demais
administradores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos compete
ao TCU o julgamento das contas (inciso II).

Vale ressaltar também o inciso IV. De forma resumida: o aspecto


orçamentário está relacionado à arrecadação e à aplicação dos recursos
públicos, conforme os instrumentos de planejamento e orçamento previstos na
Constituição Federal; o aspecto operacional está relacionado à verificação do
cumprimento de metas, aos resultados, à eficácia e à eficiência da gestão dos
recursos públicos; o aspecto patrimonial está relacionado ao controle, à
salvaguarda, à conservação e à alienação de bens públicos; o aspecto
financeiro está relacionado ao fluxo de recursos administrados pelo gestor; e
o aspecto contábil está relacionado à aplicação dos recursos públicos
conforme as técnicas contábeis.

No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo


Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as
medidas cabíveis. No entanto, se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo,
no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a
respeito.

Já no que tange à aplicação de recursos públicos, o controle abrange tanto as


instituições públicas como as entidades de direito privado.

As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão


eficácia de título executivo extrajudicial, usufruindo, assim, de atributo de
exequibilidade. A dívida passa a ser líquida e certa.
O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente,
relatório de suas atividades.

De acordo com o art. 82 da Lei 4.320/1964, o Poder Executivo, anualmente,


prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições

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ou nas Leis Orgânicas dos Municípios. Nos âmbitos dos demais entes, o
controle externo é exercido de forma semelhante, aplicando as disposições
federais naquilo que couber. Nos estados, é realizado pela Assembleia
Legislativa, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Nos municípios, é
exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do Tribunal de Contas do
Estado ou do Tribunal de Contas do Município (nas cidades de São Paulo e Rio
de Janeiro) ou do Tribunal de Contas dos Municípios (nos estados da Bahia,
Ceará, Pará e Goiás). No Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa
com o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

14) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara


dos Deputados – 2012) Cabe ao Congresso Nacional, como órgão
titular do controle externo, julgar, em caráter definitivo, as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos.

É da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as


contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo. Para os demais administradores e
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos compete ao TCU o
julgamento das contas (art. 71, II, da CF/1988,).
Resposta: Errada

15) (CESPE – Analista Legislativo – Arquiteto e Engenheiro – Câmara


dos Deputados – 2012) O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá
realizar — por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de comissão técnica ou de inquérito — inspeções e auditorias
de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário.

No âmbito federal, consoante o art. 71, IV, da CF/1988, o controle externo, a


cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete, entre outros, realizar, por iniciativa própria,
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II.
Resposta: Certa

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

16) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Incumbe à


ANCINE, na qualidade de unidade orçamentária, consolidar e
formalizar proposta orçamentária em seu âmbito de atuação.

É o concurso da ANCINE, logo devemos saber qual seu Órgão Orçamentário.

Incumbe à Unidade Orçamentária, a consolidação e a formalização da proposta


orçamentária em seu âmbito de atuação. A ANCINE é uma UO do Órgão
Orçamentário Ministério da Cultura.

42000 MINISTÉRIO DA CULTURA


42101 Ministério da Cultura
42201 Fundação Casa de Rui Barbosa
42202 Fundação Biblioteca Nacional
42203 Fundação Cultural Palmares
42204 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN
42205 Fundação Nacional de Artes
42206 Agência Nacional do Cinema - ANCINE
42207 Instituto Brasileiro de Museus

Resposta: Certa

17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/ES – 2012)


Cabe aos tribunais, órgãos do Poder Judiciário, no exercício de sua
autonomia administrativa e financeira, elaborar suas propostas
orçamentárias, observados os limites estipulados conjuntamente com
os demais poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia


administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais elaborarão suas
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Resposta: Certa

18) (CESPE – Promotor – MPE/TO – 2012) Em razão de sua autonomia


funcional e administrativa, assegurada pela CF, o MP não é obrigado a
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos parâmetros definidos
pela lei de diretrizes orçamentárias.

De acordo com o art. 127, § 2º, da CF/1988, ao Ministério Público é


assegurada autonomia funcional e administrativa. Entretanto, o § 3.º ressalta
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que o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos


limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Resposta: Errada

19) (CESPE – Defensor Público – DPE/AC – 2012) Às DPEs e à DPU é


assegurada a iniciativa para elaboração de sua proposta orçamentária,
observados os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Com base no art. 134, § 2º, da CF/1988, às Defensorias Públicas Estaduais


(DPEs) são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias. A CF/1988 não concede tal autonomia à Defensoria Pública da
União (DPU).
Resposta: Errada

20) (CESPE – Promotor – MPE/TO – 2012) O Congresso Nacional se


reúne, anualmente, na capital federal. Cada legislatura tem a duração
de quatro anos, compreendendo oito sessões legislativas, que podem
ser interrompidas, ainda que esteja pendente a aprovação do projeto
de lei de diretrizes orçamentárias.

O Congresso Nacional se reúne, anualmente, na capital federal, Brasília. Cada


legislatura tem a duração de quatro anos, compreendendo oito sessões
legislativas:

QUADRO: LEGISLATURA

Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais.

Sessão
Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos.
Legislativa

Período 1.º período: 02 Fev a 17 Jul


Legislativo 2.º período: 1.º Ago a 22 Dez

Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da


LDO.
Resposta: Errada

21) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/ES – 2012)


Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento previstos na CF devem ser compatíveis com o plano
plurianual e ainda, ser apreciados pela comissão do Poder Legislativo
competente para deliberar sobre as leis orçamentárias.

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Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta


Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional (art. 165, § 4º, da CF/1988).

Consoante também a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de


Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente
da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento
e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões
do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

Resposta: Certa

22) (CESPE – Juiz - TJ/BA – 2012) O presidente da República dispõe


de competência para enviar mensagem ao Congresso Nacional
propondo modificação nos projetos de lei relativos ao plano plurianual,
às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual enquanto não
iniciada a votação, no plenário das duas casas legislativas, da parte do
projeto a ser alterada.

O presidente da República dispõe de competência para enviar mensagem ao


Congresso Nacional propondo modificação nos projetos de lei relativos ao
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual enquanto
não iniciada a votação, na comissão mista, da parte do projeto a ser
alterada.
Resposta: Errada

23) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Após o envio dos projetos de lei
relativos ao PPA, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual ao
Congresso Nacional, o presidente da República não poderá apresentar
proposta de modificação desses projetos.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Resposta: Errada

24) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) Dada a autonomia financeira e administrativa conferida ao
Banco da Amazônia, o presidente dessa instituição poderá encaminhar
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificações no
orçamento de investimento do banco enquanto não for iniciada a
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votação da proposta de lei orçamentária na Comissão Mista do


Orçamento.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Resposta: Errada

25) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) De acordo com a CF, o TCU


tem competência para julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, assim como para
fiscalizar as contas das empresas supranacionais de cujo capital social
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo.

No âmbito federal, consoante o art. 71, V, da CF/1988, o controle externo, a


cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete fiscalizar, entre outros, as contas nacionais
das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma
direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.
Resposta: Certa

26) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Os cidadãos são partes


legítimas para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima


para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União (art. 74, § 2º, da CF/1988)
Resposta: Certa

27) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) O controle interno da execução


orçamentária é exercido pelos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, com o auxílio do tribunal de contas.

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,


sistema de controle interno.
Entretanto, é o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, que será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
Resposta: Errada

28) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN –


2010) A comissão mista permanente de senadores e deputados a que
se refere o art. 166 da CF encerra sua participação no ciclo
orçamentário com a aprovação de parecer ao projeto de lei
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orçamentária e seu encaminhamento ao plenário das duas Casas do


Congresso Nacional.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO,
LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República; e examinar e emitir parecer sobre os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo
da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas
criadas de acordo com a CF/1988.
Logo, a Comissão mista permanente de Senadores e Deputados não encerra
sua participação no ciclo orçamentário com a aprovação de parecer ao projeto
de lei orçamentária e seu encaminhamento ao plenário das duas Casas do
Congresso Nacional.
Resposta: Errada

29) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Em caráter


excepcional e mediante decreto do presidente da República, o
exercício financeiro para a administração pública pode ser diferente do
ano civil.

Conforme dispõe o art. 34 da Lei 4.320/1964, o exercício financeiro coincide


com o ano civil. Logo, somente por lei tal disposição poderá ser alterada.
Resposta: Errada

30) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O projeto de


lei contendo a proposta orçamentária para o próximo ano deve ser
encaminhado até três meses antes do encerramento do exercício
corrente.

O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses


antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa.
Resposta: Errada

31) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A


competência para rejeição do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias é do Congresso Nacional, que pode entrar em recesso
por ocasião da sua aprovação ou rejeição.

Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder


Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem
ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição.
Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.

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Resposta: Errada

32) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A rejeição


ao projeto de lei orçamentária anual é inadmissível, devendo as
deliberações continuar até a sua aprovação.

Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166:


§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Logo, PPA e LDO não podem ser rejeitadas pelo Legislativo. Em relação à LOA,
é permitida a rejeição.
Resposta: Errada

33) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Durante o processo


de apreciação do plano plurianual (PPA), devem ser observadas as
mesmas regras de alteração do projeto pelo Poder Executivo válidas
para a Lei Orçamentária Anual (LOA), que somente permitem
modificação por meio de mensagem presidencial enquanto não iniciada
a votação, na Comissão Mista de Orçamento, da parte cuja alteração é
proposta.

De acordo com o § 5º do art. 166 da CF/1988, o Presidente da República


poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo (PPA, LDO, LOA e crédito adicionais)
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta.
Resposta: Certa

34) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Nos projetos


orçamentários de iniciativa exclusiva do presidente da República são
admitidas, em caráter excepcional, emendas parlamentares que
impliquem aumento de despesas.

Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da


despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou
aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no
projeto de lei do Plano Plurianual. Relembro que a iniciativa das leis
orçamentárias pode ser considerada tanto exclusiva como privativa.

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Logo, são admitidas nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do


presidente da República, em caráter excepcional, emendas parlamentares que
impliquem aumento de despesas.
Resposta: Certa

35) (CESPE - Analista Técnico - Administrativo – Min Saúde – 2010) A


competência para propor o orçamento anual é concorrente do chefe do
poder executivo e do presidente do congresso nacional.

A iniciativa para propor o orçamento anual é apenas do chefe do Poder


Executivo.
Resposta: Errada

36) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Caberá ao Poder Legislativo


elaborar o projeto de lei orçamentária, na hipótese de o Poder
Executivo não enviá-lo ao Poder Legislativo.

Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou


nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como
proposta a Lei de Orçamento vigente.
Resposta: Errada

37) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) Caso julgue que a


peça orçamentária da situação em questão não ficou muito boa, o
Ministério Público pode ter a iniciativa de elaborar nova lei sobre
matéria orçamentária.

A iniciativa de elaborar lei sobre matéria orçamentária é privativa ou exclusiva


do Poder Executivo.
Resposta: Errada

38) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Na proposta


orçamentária, o detalhamento para as despesas com precatórios e com
a parcela da dívida contratual é feito diretamente pelos órgãos
setoriais de planejamento.

O detalhamento da proposta orçamentária para as despesas com


sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz
respeito aos Encargos Financeiros da União, é feito diretamente pela SOF.
Resposta: Errada

39) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) O orçamento do segundo


exercício do mandato presidencial só pode ser executado após a
aprovação do plano plurianual (PPA).

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A LOA do segundo exercício do mandato presidencial poderá ser executada


mesmo antes da aprovação do PPA.
Resposta: Errada

40) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN –


2010) O Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo, até 31
de agosto de cada ano, o projeto de lei orçamentária para o exercício
financeiro seguinte e, nos termos da Lei n.º 4.320/1964, caso o Poder
Executivo não cumpra o prazo fixado, o Poder Legislativo considerará,
como proposta, a lei orçamentária em vigor.

O ADCT determina que o Poder Executivo deva encaminhar ao Poder


Legislativo, até 31 de agosto de cada ano, o projeto de lei orçamentária para o
exercício financeiro seguinte. De acordo com o art. 32 da Lei 4320/1964, se
não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas
Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a
Lei de Orçamento vigente.
Resposta: Certa

41) (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM/DF - 2009) A


incompatibilidade com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) impede a aprovação de emendas ao
projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem.

Um dos critérios para que as emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o
modifiquem possam ser aprovadas é a compatibilidade com o PPA e a LDO.
Resposta: Certa

42) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) O orçamento público no Brasil é


uma lei de iniciativa vinculada do chefe do Poder Executivo, aprovada
pelo Poder Legislativo, para determinado exercício financeiro.

Os projetos de lei do PPA, da LDO e da LOA são de iniciativa privativa (ou


exclusiva) do Chefe do Poder Executivo, porém ao mesmo tempo vinculada
pela obrigatoriedade de cumprimento de prazos.
Resposta: Certa

43) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Antes mesmo


da vigência da Constituição de 1988 e da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), a legislação orçamentária — Lei n.º 4.320, de 1964 — já
restringia a admissibilidade de emendas ao projeto de lei
orçamentária, de forma até mais rigorosa, como, por exemplo, no caso
de alteração de dotação para investimento, ressalvada a hipótese de
comprovação de inexatidão da proposta.

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Segundo o art. 33 da Lei 4320/1964, não se admitirão emendas ao projeto de


Lei de Orçamento que visem, entre outros, a alterar a dotação solicitada para
despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da
proposta.
Resposta: Errada

44) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) Com o objetivo de


aumentar a dotação orçamentária para a educação, os deputados
podem apresentar emendas ao PLOA, cancelando recursos destinados
ao serviço da dívida e alocando-os na função Educação.

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso, entre outros, indiquem os
recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus
encargos; serviço da dívida; e transferências tributárias constitucionais para
Estados, Municípios e Distrito Federal.
Resposta: Errada

45) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As leis


orçamentárias podem ser de iniciativa do Poder Legislativo.

As leis orçamentárias são sempre de iniciativa do Poder Executivo.


Resposta: Errada

46) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) As unidades


orçamentárias, na elaboração de suas propostas, devem discriminar a
prioridade de gastos por tipo de detalhamento orçamentário
compatível com as ações orçamentárias, mas as fontes de recursos
para tais despesas devem ser indicadas somente pelo órgão central de
planejamento.

Segundo o MTO, a captação da proposta setorial será aberta segundo o


cronograma no SIOP, por unidade orçamentária e por tipo de detalhamento. As
fontes de recursos serão indicadas na fase da elaboração da proposta,
ressaltando que a proposta setorial deverá incluir o detalhamento das
despesas a serem custeadas com recursos oriundos de algumas fontes, com as
provenientes de convênios e doações. Em outras, deverá ser utilizado o
identificador de fonte de recursos “105 – Recursos do Tesouro a Definir”.
Nesses casos, a associação das fontes efetivas a essas despesas é processada
pela SOF. Assim, as fontes de recursos, dependendo do caso, podem ser
indicadas pela SOF ou pelo órgão setorial.
Resposta: Errada

47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O Poder

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Legislativo municipal deve elaborar lei orçamentária provisória, caso


não receba a proposta orçamentária no prazo fixado na lei orgânica do
respectivo município.

De acordo com o art. 32 da Lei 4320/1964, se não receber a proposta


orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
Orçamento vigente.
Resposta: Errada

48) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) O orçamento da


União será composto pelas peças orçamentárias enviadas por cada um
dos poderes ao Poder Legislativo, que o consolidará para elaboração
da lei orçamentária.

A consolidação da LOA é realizada pela Secretaria de Orçamento Federal, a


qual integra o Poder Executivo.
Resposta: Errada

49) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) São lícitas


emendas ao projeto de lei de orçamento que visem alterar a dotação
solicitada para despesa de custeio.

Segundo o art. 33 da Lei 4320/64, não se admitirão emendas ao projeto de


Lei de Orçamento que visem, entre outros, a alterar a dotação solicitada para
despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da
proposta.
Resposta: Errada

50) (CESPE - Especialista – Contador - SESA/ES - 2011) O Poder


Judiciário exerce o controle da legalidade dos atos de que resultem a
arrecadação da receita ou a realização da despesa, ficando a cargo do
Poder Executivo o controle da fidelidade funcional dos agentes da
administração, responsáveis por bens e valores públicos.

Segundo o art. 75 da Lei 4.320/1964, o controle da execução orçamentária


compreenderá:
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por
bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários
e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Não há a divisão de incisos entre os Poderes.
Resposta: Errada

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51) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) As principais


etapas do ciclo orçamentário são: elaboração da proposta
orçamentária; discussão, votação e aprovação da lei orçamentária;
execução orçamentária e controle e avaliação da execução
orçamentária.

No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo


orçamentário: elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; execução orçamentária e
financeira; e avaliação/controle.
Resposta: Certa

52) (CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A


primeira etapa do processo de elaboração orçamentária deve ser
sempre o estabelecimento da meta de resultado fiscal.

A primeira etapa é a fixação da meta fiscal, em que as metas de resultado


fiscal para o período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de
estimular o crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua
estabilidade, as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de
resultados primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida
pública sobre o Produto Interno Bruto – PIB.
Resposta: Certa

53) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) As diretrizes


setoriais para a elaboração da proposta de lei orçamentária anual
devem ser definidas no âmbito da Secretaria de Orçamento Federal.

As diretrizes setoriais para a elaboração da proposta de lei orçamentária anual


devem ser definidas no âmbito dos Órgãos Setoriais. Como vimos no quadro,
os órgãos setoriais são responsáveis pela coordenação, diretrizes e
consolidações intermediárias, ou seja, apenas no seu âmbito.
Resposta: Errada

54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Os valores


referentes ao pagamento de parcelas da dívida contratual externa
devem constar da proposta orçamentária do órgão responsável pelo
contrato, em ação orçamentária própria.

O detalhamento da proposta orçamentária para as despesas com


sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz
respeito aos Encargos Financeiros da União, é feito diretamente pela SOF. As
informações para elaboração da proposta relativa a essas despesas são

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captadas pela SOF junto, respectivamente, aos Tribunais Superiores e aos


órgãos setoriais.
Resposta: Errada

55) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) De acordo com a


Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional pode entrar em
recesso sem que tenha sido aprovado o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.

A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Logo, o


Congresso Nacional não poderá entrar em recesso sem que tenha sido
aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Errada

56) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Cabe a uma comissão mista


permanente de senadores e deputados o exercício do
acompanhamento e da fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas casas.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados, entre outros, examinar e emitir parecer sobre os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas
de acordo com a CF/1988.
Resposta: Certa

57) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Ao examinar


o projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, os deputados
federais podem apresentar emendas modificando os recursos
destinados de dotações para pessoal e serviço da dívida. Já os
senadores podem aprovar emendas modificando a dotação
orçamentária referente às transferências tributárias constitucionais
para estados, municípios e Distrito Federal.

Ao examinar o projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, tanto os


Deputados Federais como os Senadores podem apresentar emendas. No
entanto, não poderão anular os recursos destinados às dotações para pessoal,
ao serviço da dívida e às transferências tributárias constitucionais para
estados, municípios e Distrito Federal.
Resposta: Errada

58) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os recursos


correspondentes às dotações orçamentárias destinadas ao Poder
Judiciário ser-lhe-ão entregues até o dia 20 de cada mês, na proporção

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das liberações efetuadas pelo Poder Executivo às suas próprias


unidades orçamentárias.

Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais,
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até
o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da Lei
Complementar, que ainda não foi editada.
Logo, a entrega dos recursos será em duodécimos e não na proporção das
liberações efetuadas pelo Poder Executivo às suas próprias unidades
orçamentárias.
Resposta: Errada

59) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Segundo a Lei


n.º 4.320/1964, o controle da execução orçamentária compreende as
seguintes modalidades de controle: legalidade, fidelidade funcional
dos agentes da administração e cumprimento do programa de
trabalho.

Segundo o art. 75 da Lei 4.320/1964, o controle da execução orçamentária


compreenderá:
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis
por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos
monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Resposta: Certa

60) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O controle da


execução orçamentária, como item do ciclo orçamentário, é executado
apenas pelo controle interno, consoante previsão constitucional.

O controle da execução orçamentária, como item do ciclo orçamentário, é


executado tanto pelo controle interno como pelo controle externo, consoante
previsão constitucional.
Resposta: Errada

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A elaboração


do orçamento anual da União ocorre no âmbito do sistema de
planejamento e de orçamento federal, que tem como órgão central o
Ministério da Fazenda.

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A elaboração do orçamento anual da União ocorre no âmbito do sistema de


planejamento e de orçamento federal, que tem como órgão central o
Ministério do Planejamento.
Resposta: Errada

62) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O ciclo


orçamentário compreende um período de tempo que se inicia antes do
exercício correspondente àquele em que o orçamento deve entrar em
vigor, sendo necessariamente superior a um ano.

O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. Aquele


envolve um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do
orçamento, passando por discussão, execução e encerramento com o controle.
Resposta: Certa

63) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O


processo orçamentário é autossuficiente: cada etapa do ciclo
orçamentário envolve elaboração e aprovação de leis independentes
umas das outras.

As Leis que compõem o ciclo orçamentário (PPA, LDO e LOA) são interligadas
e dependentes.
Resposta: Errada

64) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) O


estabelecimento de limites a serem observados pelos órgãos e
entidades da administração na elaboração de suas propostas
orçamentárias setoriais é necessário para o atendimento das despesas
obrigatórias e demais despesas destinadas à manutenção de seus
níveis atuais de funcionamento, além da conveniência de dar
continuidade aos projetos já iniciados.

O montante de recursos previstos para a realização das despesas


discricionárias será distribuído pelo Ministério do Planejamento entre os órgãos
setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão
e as prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário para o
período, cada Ministério procederá à alocação desses recursos em seus
respectivos programas, devendo ter como parâmetro para essa repartição a
orientação estratégica de governo e as orientações estratégicas dos
ministérios. O estabelecimento de limites a serem observados pelos órgãos e
entidades da administração na elaboração de suas propostas orçamentárias
setoriais é necessário para o atendimento das despesas obrigatórias (3° passo)
e demais despesas destinadas à manutenção de seus níveis atuais de
funcionamento (discricionárias - 4° passo), além da conveniência de dar
continuidade aos projetos já iniciados.

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Resposta: Certa

65) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As emendas ao


projeto de lei do orçamento anual somente serão aprovadas se forem
compatíveis com o PPA e com a LDO.

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o
PPA e a LDO; indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa (excluídas as que incidam sobre
dotações para pessoal e seus encargos; serviço da dívida; transferências
tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal) ou sejam
relacionadas com a correção de erros ou omissões; ou com os dispositivos do
texto do projeto de lei.
Resposta: Certa

(CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Acerca do processo


de elaboração do projeto de lei orçamentária anual (PLOA), julgue o
item seguinte.
66) O processo de elaboração do PLOA se desenvolve no âmbito do
Ministério da Fazenda e envolve um conjunto articulado de tarefas
complexas, compreendendo a participação dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, o que pressupõe a constante necessidade de
tomada de decisões nos seus vários níveis.

O processo de elaboração do PLOA se desenvolve no âmbito do Ministério do


Planejamento e envolve um conjunto articulado de tarefas complexas. Por
ser responsável pela consolidação e formalização da proposta orçamentária da
União, a SOF, do MPOG, conta com a participação dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, o que pressupõe a constante necessidade de tomada de
decisões nos seus vários níveis.
Resposta: Errada

67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O PPA da União será


elaborado em um mandato presidencial e terá sua vigência estendida
até o primeiro ano do mandato subsequente.

O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo


ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato
seguinte.
Resposta: Certa

68) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) No primeiro


momento, a proposta é feita pelos órgãos setoriais no SIDORnet e, em

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seguida, encaminhada às suas respectivas unidades orçamentárias


para análise, revisão e ajustes.

Primeiro, desconsiderem o SIDORnet. Hoje, a proposta é feita no Sistema


Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP (a sigla é invertida mesmo,
não é SIPO).

Há uma subordinação técnica. Quem está “em cima”, analisa, revisa e ajusta
de quem está “em baixo”. A questão diz que a proposta dos órgãos setoriais
(“de cima”) é encaminhada às suas respectivas unidades orçamentárias para
análise, revisão e ajustes (“em baixo”). Na verdade, os órgãos setoriais
(“de cima”) analisam, validam e ajustam as propostas das unidades
orçamentárias (“de baixo”).
Resposta: Errada

69) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A CF


estabelece que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem
manter, de forma integrada, o sistema de controle interno da execução
orçamentária e financeira.

Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário


manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de, entre outros, avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
e comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado.
Resposta: Certa

70) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Cada unidade


gestora, no seu âmbito de atuação, desempenha papel de
coordenadora do processo de alterações orçamentárias.

Cada unidade orçamentária, no seu âmbito de atuação, desempenha papel


de coordenadora do processo de alterações orçamentárias.
O conceito de Unidade Gestora (UG) não aparece na elaboração do orçamento,
apenas na execução. A UG é uma unidade orçamentária ou administrativa
investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios
ou sob descentralização.
Resposta: Errada

71) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A vedação da


aprovação de emendas ao projeto de LOA sem a indicação dos recursos

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necessários, admitindo os provenientes de anulação de despesas,


reforça o princípio do equilíbrio.

O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão


superiores à previsão das receitas. A vedação da aprovação de emendas ao
projeto de LOA sem a indicação dos recursos necessários evita que haja
despesas sem receitas correspondentes, reforçando o princípio do equilíbrio.
Resposta: Certa

72) (CESPE – Promotor – MPE/RN – 2009) O MP, apesar de dotado de


autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.

De acordo com o art. 127 da CF/1988, ao Ministério Público é assegurada


autonomia funcional e administrativa. Entretanto, o § 3.º ressalta que o
Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Resposta: Errada

73) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Em face da


independência, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário elaboram
suas próprias propostas orçamentárias, de acordo com os critérios e
limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Ministério
Público integra a proposta do Executivo. As agências reguladoras, por
sua autonomia, encaminham suas propostas diretamente ao Congresso
Nacional.

A questão começou bem. Todos os Poderes, de acordo com os critérios e


limites estabelecidos pela LDO, elaboram suas propostas orçamentárias
parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável
constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
Depois a questão desandou. O Ministério Público não integra a proposta do
Executivo. De acordo com o art. 127 da CF/1988, ao Ministério Público é
assegurada autonomia funcional e administrativa. No entanto, da mesma
forma que os Poderes, o Ministério Público elaborará sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Ainda, as agências reguladoras não encaminham suas propostas diretamente
ao Congresso Nacional. Seguem as mesmas regras gerais de todas as
unidades orçamentárias.
Resposta: Errada

74) (CESPE - Analista Administrativo - MPU – 2010) O projeto de lei


orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para

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sanção presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua


aplicação.

O projeto da Lei Orçamentária Anual deverá ser encaminhado ao Legislativo


quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e
devolvido ao executivo, para a sanção presidencial, até o
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de
sua elaboração.
Resposta: Errada

75) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a


LRF, o projeto de lei do PPA deve ser enviado ao Poder Legislativo até
oito meses e meio antes do término do exercício financeiro.

De acordo com o ADCT, o projeto de lei da LDO deve ser enviado ao Poder
Legislativo até oito meses e meio antes do término do exercício financeiro.
Resposta: Errada

76) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Tem-se observado, no


Brasil, que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor
no cumprimento dos prazos comprometem a integração entre planos
plurianuais e leis orçamentárias anuais.

Quanto ao calendário, já vimos que temos problemas em virtude da não edição


da Lei Complementar sobre o assunto. Temos que no 1.° ano do mandato do
Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA. Ainda,
o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA.
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já
houve ano em que a LOA foi aprovada pelo congresso no fim do ano
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. A falta de
rigor nos prazos também compromete a integração entre PPA e LOA.
Resposta: Certa

77) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN –


2010) Ao Poder Executivo é permitido propor modificações no projeto
de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela comissão
mista de senadores e deputados a que se refere o art. 166 da
Constituição Federal, da parte cuja alteração é proposta.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Resposta: Certa

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78) (CESPE – Administrador - Correios - 2011) O plano plurianual é um


modelo de planejamento estratégico utilizado pelo governo federal.
Sua duração, por este motivo, coincide com o mandato do presidente
da República.

O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é


elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano. A
partir daí, tem sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte.
Resposta: Errada

79) (CESPE – AUFC – TCU - 2011) Considerando que o orçamento


público se tornou peça fundamental no planejamento da ação dos
governos em todo o mundo, particularmente no Brasil, após a
promulgação da CF, julgue o item subsequente.
A exigência de compatibilidade entre o PPA e a LOA não se aplica ao
primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo, quando os
respectivos projetos são analisados simultaneamente pelo Poder
Legislativo.

Ainda que no primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo os


projetos de PPA e LOA sejam analisados simultaneamente pelo Poder
Legislativo, exige-se a compatibilidade entre tais instrumentos. Essa
compatibilidade deve ser buscada durante a elaboração de tais instrumentos.
Resposta: Errada

80) (CESPE – AUFC – TCU - 2011) Tendo em vista que, para atingir
seus objetivos, o orçamento deve recorrer a determinadas técnicas de
classificação das receitas e despesas, bem como percorrer um rito de
elaboração, discussão, aprovação e execução bem delimitado, julgue o
item seguinte, a respeito desse tema.
A escolha das fontes de recursos que estarão vinculadas a cada
programa de trabalho estabelecido no projeto de LOA é feita durante a
fase de definição das macrodiretrizes.

A escolha das fontes de recursos que estarão vinculadas a cada programa de


trabalho estabelecido no projeto de LOA é feita durante a fase de elaboração
da proposta orçamentária.
Resposta: Errada

E assim terminamos a aula 2.

Na próxima aula estudaremos os temas atinentes ao Orçamento Público.

Forte abraço!
Sérgio Mendes

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MEMENTO II

É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova,


executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e
financeiro.

O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro.

ELABORAÇÃO

O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério
Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas
propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram


suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro
ou omissão de ordem técnica ou legal.

PRAZOS

PPA:
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do 1.° exercício financeiro
(31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).

LDO:
Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do encerramento do exercício
financeiro (15.04).
Devolução para sanção: até o encerramento do 1º período da sessão legislativa (17.07).

LOA:
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro
(31.08).
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).

LEI COMPLEMENTAR

Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização


do PPA, LDO e LOA;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e


indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165.

Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO.

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Porém na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT.

Na forma da Lei Complementar, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,


compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão
entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.

DISCUSSÃO

Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais serão apreciados pelas
duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

COMISSÃO MISTA

Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos
adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais


previstos na Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas
de acordo com a CF/1988.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor


modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

EMENDAS NA CF/1988

Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na
forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional.

As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o
PPA.

As emendas ao PLOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser


aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o PPA e LDO;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou

III – sejam relacionadas:


a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

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Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem sem


despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

EMENDAS NA LEI 4320/1964

Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:

 alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse
ponto a inexatidão da proposta;
 conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos
órgãos competentes;
 conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado;
 conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do
Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

CONTROLE

O controle da execução orçamentária compreenderá:

I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da


despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações.

II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores
públicos.

III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos


de realização de obras e prestação de serviços.

Segundo a CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de CONTROLE INTERNO com a finalidade de:

Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo
e das LOAs da União;

Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;

Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Segundo a CF/1988, o CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
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públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas


e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário;

Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,


acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao DF ou a Município;

Prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer
das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,


as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional
ao dano causado ao erário;

Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara


dos Deputados e ao Senado Federal;

Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Ainda segundo a CF/1988:

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das


entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo extrajudicial, usufruindo, assim, de atributo de exequibilidade. A dívida passa a
ser líquida e certa.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) O IBAMA é uma das


unidades orçamentárias do MMA.

2) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) O PPA e os orçamentos anuais serão


estabelecidos por leis de iniciativa do Poder Executivo; as diretrizes
orçamentárias, por sua vez, podem ser determinadas por decreto do Poder
Executivo, atendidos os critérios definidos na lei que estabelece o PPA.

3) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/2012 – 2012) A


apresentação da lei orçamentária anual no caso da União é de iniciativa
privativa do presidente da República, mas esse poder é vinculado aos prazos
determinados pela legislação e o não cumprimento desses prazos constitui
crime de responsabilidade.

4) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Em virtude da


independência dos poderes, o orçamento do Poder Judiciário é incorporado a
Lei Orçamentária Anual sem que haja fixação anterior de limites para a
elaboração da proposta.

5) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A não


aprovação do plano plurianual até o final do primeiro exercício do mandato do
titular do Poder Executivo impede o recesso do Poder Legislativo.

6) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Se a lei


orçamentária anual não for aprovada ate o final do exercício anterior ao da sua
vigência, o Poder Executivo estará autorizado a executar as dotações
constantes da proposta apresentada ao Poder Legislativo, ate o limite de um
doze avos por mês.

7) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) De acordo com a Constituição Federal


de 1988, o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União será encaminhado
ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício
de sua elaboração, prazo que também deve ser observado pelos estados para
a remessa de seus PPAs às respectivas assembleias legislativas.

8) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A proposta


de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução
do orçamento público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de
lei complementar.

9) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) Antes de ser apreciado pela Câmara


dos Deputados e pelo Senado Federal, o projeto de lei relativo ao orçamento

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anual, entre outros projetos, será objeto de exame por uma comissão mista
permanente de senadores e deputados, à qual caberá a emissão de parecer.

10) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) A CF admite emendas ao projeto de


lei orçamentária anual ou aos projetos que o modifiquem, desde que
provenientes da anulação de despesas relacionadas ao serviço da dívida e às
transferências tributárias para os estados, o DF e os municípios, mas não da
anulação de despesas que incidam sobre dotações para pessoal e respectivos
encargos.

11) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/2012 – 2012) Se o


presidente da República desejar alterar a proposta orçamentária enquanto ela
estiver em tramitação no Congresso Nacional, ele não precisará utilizar
nenhum dos créditos adicionais previstos na legislação vigente.

12) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) O controle interno realizado pelo Poder
Executivo será feito sem prejuízo das atribuições do TCU, devendo o Poder
Legislativo, na realização do controle externo da execução orçamentária,
verificar a probidade da administração e o cumprimento da lei orçamentária.

13) (CESPE – Analista Legislativo – Arquiteto e Engenheiro – Câmara dos


Deputados – 2012) O controle interno deve, entre outras finalidades,
comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
não apenas da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas
entidades da administração federal, mas também da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado.

14) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) Cabe ao Congresso Nacional, como órgão titular do
controle externo, julgar, em caráter definitivo, as contas dos administradores e
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos.

15) (CESPE – Analista Legislativo – Arquiteto e Engenheiro – Câmara dos


Deputados – 2012) O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá realizar — por
iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão
técnica ou de inquérito — inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

16) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Incumbe à ANCINE, na


qualidade de unidade orçamentária, consolidar e formalizar proposta
orçamentária em seu âmbito de atuação.

17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/ES – 2012) Cabe aos
tribunais, órgãos do Poder Judiciário, no exercício de sua autonomia

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administrativa e financeira, elaborar suas propostas orçamentárias, observados


os limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na lei de
diretrizes orçamentárias.

18) (CESPE – Promotor – MPE/TO – 2012) Em razão de sua autonomia


funcional e administrativa, assegurada pela CF, o MP não é obrigado a elaborar
sua proposta orçamentária dentro dos parâmetros definidos pela lei de
diretrizes orçamentárias.

19) (CESPE – Defensor Público – DPE/AC – 2012) Às DPEs e à DPU é


assegurada a iniciativa para elaboração de sua proposta orçamentária,
observados os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

20) (CESPE – Promotor – MPE/TO – 2012) O Congresso Nacional se reúne,


anualmente, na capital federal. Cada legislatura tem a duração de quatro anos,
compreendendo oito sessões legislativas, que podem ser interrompidas, ainda
que esteja pendente a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

21) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/ES – 2012) Os


planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento
previstos na CF devem ser compatíveis com o plano plurianual e ainda, ser
apreciados pela comissão do Poder Legislativo competente para deliberar sobre
as leis orçamentárias.

22) (CESPE – Juiz - TJ/BA – 2012) O presidente da República dispõe de


competência para enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo
modificação nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual enquanto não iniciada a votação, no
plenário das duas casas legislativas, da parte do projeto a ser alterada.

23) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Após o envio dos projetos de lei
relativos ao PPA, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual ao
Congresso Nacional, o presidente da República não poderá apresentar proposta
de modificação desses projetos.

24) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


Dada a autonomia financeira e administrativa conferida ao Banco da Amazônia,
o presidente dessa instituição poderá encaminhar mensagem ao Congresso
Nacional para propor modificações no orçamento de investimento do banco
enquanto não for iniciada a votação da proposta de lei orçamentária na
Comissão Mista do Orçamento.

25) (CESPE – Promotor – MPE/RR – 2012) De acordo com a CF, o TCU tem
competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos, assim como para fiscalizar as contas

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das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma


direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.

26) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Os cidadãos são partes legítimas para
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.

27) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) O controle interno da execução


orçamentária é exercido pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, com
o auxílio do tribunal de contas.

28) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN – 2010) A


comissão mista permanente de senadores e deputados a que se refere o art.
166 da CF encerra sua participação no ciclo orçamentário com a aprovação de
parecer ao projeto de lei orçamentária e seu encaminhamento ao plenário das
duas Casas do Congresso Nacional.

29) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Em caráter


excepcional e mediante decreto do presidente da República, o exercício
financeiro para a administração pública pode ser diferente do ano civil.

30) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O projeto de lei


contendo a proposta orçamentária para o próximo ano deve ser encaminhado
até três meses antes do encerramento do exercício corrente.

31) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A competência


para rejeição do projeto de lei de diretrizes orçamentárias é do Congresso
Nacional, que pode entrar em recesso por ocasião da sua aprovação ou
rejeição.

32) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A rejeição ao


projeto de lei orçamentária anual é inadmissível, devendo as deliberações
continuar até a sua aprovação.

33) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Durante o processo de


apreciação do plano plurianual (PPA), devem ser observadas as mesmas regras
de alteração do projeto pelo Poder Executivo válidas para a Lei Orçamentária
Anual (LOA), que somente permitem modificação por meio de mensagem
presidencial enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista de
Orçamento, da parte cuja alteração é proposta.

34) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Nos projetos orçamentários


de iniciativa exclusiva do presidente da República são admitidas, em caráter
excepcional, emendas parlamentares que impliquem aumento de despesas.

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35) (CESPE - Analista Técnico - Administrativo – Min Saúde – 2010) A


competência para propor o orçamento anual é concorrente do chefe do poder
executivo e do presidente do congresso nacional.

36) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Caberá ao Poder Legislativo elaborar


o projeto de lei orçamentária, na hipótese de o Poder Executivo não enviá-lo
ao Poder Legislativo.

37) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) Caso julgue que a peça


orçamentária da situação em questão não ficou muito boa, o Ministério Público
pode ter a iniciativa de elaborar nova lei sobre matéria orçamentária.

38) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Na proposta


orçamentária, o detalhamento para as despesas com precatórios e com a
parcela da dívida contratual é feito diretamente pelos órgãos setoriais de
planejamento.

39) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) O orçamento do segundo exercício do


mandato presidencial só pode ser executado após a aprovação do plano
plurianual (PPA).

40) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN – 2010) O


Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo, até 31 de agosto de
cada ano, o projeto de lei orçamentária para o exercício financeiro seguinte e,
nos termos da Lei n.º 4.320/1964, caso o Poder Executivo não cumpra o prazo
fixado, o Poder Legislativo considerará, como proposta, a lei orçamentária em
vigor.

41) (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM/DF - 2009) A incompatibilidade


com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
impede a aprovação de emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o
modifiquem.

42) (CESPE – Auditor – FUB – 2009) O orçamento público no Brasil é uma lei
de iniciativa vinculada do chefe do Poder Executivo, aprovada pelo Poder
Legislativo, para determinado exercício financeiro.

43) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Antes mesmo da


vigência da Constituição de 1988 e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a
legislação orçamentária — Lei n.º 4.320, de 1964 — já restringia a
admissibilidade de emendas ao projeto de lei orçamentária, de forma até mais
rigorosa, como, por exemplo, no caso de alteração de dotação para
investimento, ressalvada a hipótese de comprovação de inexatidão da
proposta.

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44) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) Com o objetivo de aumentar a


dotação orçamentária para a educação, os deputados podem apresentar
emendas ao PLOA, cancelando recursos destinados ao serviço da dívida e
alocando-os na função Educação.

45) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As leis orçamentárias


podem ser de iniciativa do Poder Legislativo.

46) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) As unidades


orçamentárias, na elaboração de suas propostas, devem discriminar a
prioridade de gastos por tipo de detalhamento orçamentário compatível com as
ações orçamentárias, mas as fontes de recursos para tais despesas devem ser
indicadas somente pelo órgão central de planejamento.

47) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O Poder Legislativo


municipal deve elaborar lei orçamentária provisória, caso não receba a
proposta orçamentária no prazo fixado na lei orgânica do respectivo município.

48) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) O orçamento da União será


composto pelas peças orçamentárias enviadas por cada um dos poderes ao
Poder Legislativo, que o consolidará para elaboração da lei orçamentária.

49) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) São lícitas emendas ao


projeto de lei de orçamento que visem alterar a dotação solicitada para
despesa de custeio.

50) (CESPE - Especialista – Contador - SESA/ES - 2011) O Poder Judiciário


exerce o controle da legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
receita ou a realização da despesa, ficando a cargo do Poder Executivo o
controle da fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis
por bens e valores públicos.

51) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) As principais etapas do


ciclo orçamentário são: elaboração da proposta orçamentária; discussão,
votação e aprovação da lei orçamentária; execução orçamentária e controle e
avaliação da execução orçamentária.

52) (CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A primeira etapa


do processo de elaboração orçamentária deve ser sempre o estabelecimento
da meta de resultado fiscal.

53) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) As diretrizes


setoriais para a elaboração da proposta de lei orçamentária anual devem ser
definidas no âmbito da Secretaria de Orçamento Federal.

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54) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Os valores referentes


ao pagamento de parcelas da dívida contratual externa devem constar da
proposta orçamentária do órgão responsável pelo contrato, em ação
orçamentária própria.

55) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) De acordo com a


Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional pode entrar em recesso
sem que tenha sido aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

56) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Cabe a uma comissão mista permanente de
senadores e deputados o exercício do acompanhamento e da fiscalização
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
Nacional e de suas casas.

57) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Ao examinar o


projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, os deputados federais
podem apresentar emendas modificando os recursos destinados de dotações
para pessoal e serviço da dívida. Já os senadores podem aprovar emendas
modificando a dotação orçamentária referente às transferências tributárias
constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal.

58) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão entregues
até o dia 20 de cada mês, na proporção das liberações efetuadas pelo Poder
Executivo às suas próprias unidades orçamentárias.

59) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Segundo a Lei n.º
4.320/1964, o controle da execução orçamentária compreende as seguintes
modalidades de controle: legalidade, fidelidade funcional dos agentes da
administração e cumprimento do programa de trabalho.

60) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O controle da execução


orçamentária, como item do ciclo orçamentário, é executado apenas pelo
controle interno, consoante previsão constitucional.

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A elaboração do


orçamento anual da União ocorre no âmbito do sistema de planejamento e de
orçamento federal, que tem como órgão central o Ministério da Fazenda.

62) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O ciclo orçamentário


compreende um período de tempo que se inicia antes do exercício
correspondente àquele em que o orçamento deve entrar em vigor, sendo
necessariamente superior a um ano.

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63) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O processo


orçamentário é autossuficiente: cada etapa do ciclo orçamentário envolve
elaboração e aprovação de leis independentes umas das outras.

64) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) O estabelecimento


de limites a serem observados pelos órgãos e entidades da administração na
elaboração de suas propostas orçamentárias setoriais é necessário para o
atendimento das despesas obrigatórias e demais despesas destinadas à
manutenção de seus níveis atuais de funcionamento, além da conveniência de
dar continuidade aos projetos já iniciados.

65) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As emendas ao projeto de


lei do orçamento anual somente serão aprovadas se forem compatíveis com o
PPA e com a LDO.

(CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Acerca do processo de


elaboração do projeto de lei orçamentária anual (PLOA), julgue o item
seguinte.
66) O processo de elaboração do PLOA se desenvolve no âmbito do Ministério
da Fazenda e envolve um conjunto articulado de tarefas complexas,
compreendendo a participação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
o que pressupõe a constante necessidade de tomada de decisões nos seus
vários níveis.

67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O PPA da União será


elaborado em um mandato presidencial e terá sua vigência estendida até o
primeiro ano do mandato subsequente.

68) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) No primeiro


momento, a proposta é feita pelos órgãos setoriais no SIDORnet e, em
seguida, encaminhada às suas respectivas unidades orçamentárias para
análise, revisão e ajustes.

69) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A CF estabelece que


os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma
integrada, o sistema de controle interno da execução orçamentária e
financeira.

70) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Cada unidade gestora,


no seu âmbito de atuação, desempenha papel de coordenadora do processo de
alterações orçamentárias.

71) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A vedação da aprovação


de emendas ao projeto de LOA sem a indicação dos recursos necessários,

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admitindo os provenientes de anulação de despesas, reforça o princípio do


equilíbrio.

72) (CESPE – Promotor – MPE/RN – 2009) O MP, apesar de dotado de


autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

73) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Em face da


independência, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário elaboram suas
próprias propostas orçamentárias, de acordo com os critérios e limites
estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Ministério Público integra
a proposta do Executivo. As agências reguladoras, por sua autonomia,
encaminham suas propostas diretamente ao Congresso Nacional.

74) (CESPE - Analista Administrativo - MPU – 2010) O projeto de lei


orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção
presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua aplicação.

75) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a LRF, o


projeto de lei do PPA deve ser enviado ao Poder Legislativo até oito meses e
meio antes do término do exercício financeiro.

76) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Tem-se observado, no Brasil,


que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento
dos prazos comprometem a integração entre planos plurianuais e leis
orçamentárias anuais.

77) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN – 2010)


Ao Poder Executivo é permitido propor modificações no projeto de lei
orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela comissão mista de
senadores e deputados a que se refere o art. 166 da Constituição Federal, da
parte cuja alteração é proposta.

78) (CESPE – Administrador - Correios - 2011) O plano plurianual é um modelo


de planejamento estratégico utilizado pelo governo federal. Sua duração, por
este motivo, coincide com o mandato do presidente da República.

79) (CESPE – AUFC – TCU - 2011) Considerando que o orçamento público se


tornou peça fundamental no planejamento da ação dos governos em todo o
mundo, particularmente no Brasil, após a promulgação da CF, julgue o item
subsequente.
A exigência de compatibilidade entre o PPA e a LOA não se aplica ao primeiro
ano de mandato do chefe do Poder Executivo, quando os respectivos projetos
são analisados simultaneamente pelo Poder Legislativo.

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80) (CESPE – AUFC – TCU - 2011) Tendo em vista que, para atingir seus
objetivos, o orçamento deve recorrer a determinadas técnicas de classificação
das receitas e despesas, bem como percorrer um rito de elaboração,
discussão, aprovação e execução bem delimitado, julgue o item seguinte, a
respeito desse tema.
A escolha das fontes de recursos que estarão vinculadas a cada programa de
trabalho estabelecido no projeto de LOA é feita durante a fase de definição das
macrodiretrizes.

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