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Módulo V
execução ORÇAMENTÁRIa
brasília
2015
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Nelson Barbosa
Secretário-Executivo
Dyogo Henrique de Oliveira
Secretários-Adjuntos
Antonio Carlos Paiva Futuro
Franselmo Araújo Costa
George Alberto Aguiar Soares
Diretores
Clayton Luiz Montes
Felipe Daruich Neto
Marcos de Oliveira Ferreira
Zarak de Oliveira Ferreira
Coordenador-Geral de Inovação e
Assuntos Orçamentários e Federativos
Luiz Guilherme Pinto Henriques
Organização do Conteúdo
Fernando Cesar Rocha Machado
Revisão Pedagógica
Janiele Cardoso Godinho
CDU: 336.121.3(81)
CDD: 351.722
Objetivo do Módulo
UnidadeS ABORDADAS
I Alterações Orçamentárias
II Programação e Limitação Orçamentária e Financeira
III Execução Orçamentária: elementos básicos
IV Controle e Avaliação da Execução Orçamentária
Sumário
Apresentação.......................................................................................................................................7
conclusão.............................................................................................. 53
REVISÃO DO Módulo............................................................................. 55
Gabarito Exercícios............................................................................ 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................. 59
Apresentação
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Unidade I
ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
P ara compreender o que será abordado a respeito das alterações orçamentárias, convi-
damos você a considerar as seguintes reflexões:
Na medida em que você vai refletindo, analisaremos o que estas questões iniciais
têm a ver com o orçamento público. Portanto, assim como em sua vida podem ocorrer
situações inesperadas, o orçamento público também pode ser modificado, mesmo durante
a sua execução.
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Assim, esta unidade tem como objetivo abordar as principais informações sobre as
alterações orçamentárias.
A sua base legal é fundamentada pela Constituição Federal de 1988, Lei nº 4.320/1964,
Lei Complementar nº101/2000, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária
Anual em vigor. Tais alterações se dividem em: Créditos Adicionais e Outras Alterações
Orçamentárias.
Créditos Adicionais
Mas como isso ocorre na prática? Vejamos, por exemplo, a LOA-2013, cujas programações
orçamentárias contempladas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão
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Por outro lado, caso o montante proposto ultrapasse o valor autorizado na LOA,
a aprovação do crédito fica condicionada à autorização legal específica, ou seja, será
necessário o encaminhamento de Projeto de Lei ao Poder Legislativo com vistas à obtenção
de autorização legal para a execução das despesas suplementares, cuja finalidade deverá
ser devidamente justificada.
Os Créditos Especiais são os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Cabe frisar que sua abertura
depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a justifique.
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Crédito Adicional
Suplementares Especiais Extraordinários
Atender a programas
Atender a despesas imprevisí-
I - Finalidade Reforço do orçamento. não contemplados no orça-
veis e urgentes.
mento.
GLOSSÁRIO
Ao final do exercício x, ao elaborar o seu ba-
Balanço
lanço patrimonial, a União apurou um saldo patrimonial
Demonstrativo con-
financeiro positivo. Os recursos oriundos deste
tábil que apresenta,
num dado momento,
saldo poderão ser utilizados para a abertura de
a situação estática do
créditos adicionais no exercício X + 1. patrimônio da entida-
de em termos de ativo,
passivo e patrimônio
líquido.
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Para poder executar as despesas financiadas pelas receitas que ingressaram via
empréstimo, faz-se necessária a autorização via crédito adicional. Cumpre informar que
a mesma regra se aplica aos contratos de doações.
Além das alterações promovidas pelos créditos adicionais, PARA SABER MAIS
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Por fim, reiteramos que as alterações orçamentárias são mecanismos que conferem
maior flexibilidade à gestão orçamentária, contribuindo para uma execução mais eficiente
das políticas públicas.
ExERCíCIO 01
Com relação às alterações orçamentárias, marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas
abaixo:
( ) as alterações orçamentárias são formas de modificar a Lei Orçamentária
originalmente aprovada, a fim de adequá-la à real necessidade de execução
dos programas de governo, bem como de corrigir eventuais distorções.
( ) Os créditos suplementares são os destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei.
( ) a LOa poderá conter autorização para abertura de créditos suplementares até
determinada importância ou percentual, sem a necessidade de submissão do
crédito ao Poder Legislativo.
( ) Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e
imprevisíveis, serão abertos por Medida Provisória, no âmbito federal, e
por decreto do Poder executivo para os demais entes, os quais deverão dar
imediato conhecimento deles ao Poder Legislativo.
( ) são fontes de financiamento dos créditos adicionais: o déficit financeiro, o
excesso de arrecadação, a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias
e o produto de operações de crédito autorizadas.
N o módulo II você aprendeu que um governo deve priorizar os seus gastos com vistas
a atender as principais necessidades da população e cumprir com o pagamento de
suas dívidas, uma vez que os recursos disponíveis são escassos e que a garantia do equi-
líbrio fiscal é fundamental.
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Entre outras atribuições, estudamos que a LDO define metas anuais, para o exercício
a que se refere e para os dois subsequentes, relativas às receitas, despesas, resultados
nominal e primário (superávit ou déficit).
Quando essa diferença é positiva (as receitas são maiores que as despesas) temos
um “superávit”, o qual reflete o esforço fiscal do governo. O “superávit primário” é uma
indicação de quanto o governo economizou ao longo de um período de tempo (geralmente
um ano), com vistas ao pagamento de suas dívidas.
Essa economia visa à contínua redução da dívida dos entes públicos, possibilitando
um maior espaço fiscal para a realização das políticas públicas necessárias e maior
sustentabilidade orçamentária.
Se, por exemplo, gastamos mais do que recebemos, no médio prazo estaríamos com
as nossas contas comprometidas apenas com o pagamento de empréstimos e de seus juros,
sem margem para arcar com despesas básicas, tais como plano de saúde, supermercado,
água, luz e etc., bem como com despesas imprevisíveis e urgentes: conserto de veículo,
remédios.
Analise a situação de uma família que tem uma renda mensal de R$ 5.000,00, que
financia as seguintes despesas:
RECEITAS DESPESAS
Salários R$ 5.000 Saúde R$ 1.000,00
Educação R$ 1.500,00
Alimentação R$ 500,00
Lazer R$ 400,00
Dívidas R$ 1.000,00
Observa-se, então, que o total das receitas é maior do que o das despesas. Dessa
forma, temos como resultado um superávit de R$ 600,00. Cabe destacar que para o cálculo
do resultado primário não são contabilizadas as despesas com dívidas (R$ 1.000,00).
Portanto, neste caso, foi obtido um superávit primário de R$ 1.600,00. Com este
resultado, dentre as possíveis destinações, a família pode decidir amortizar e reduzir as
suas dívidas, de forma a promover maior sustentabilidade de suas contas.
Por outro lado, caso a condução das contas da família fosse feita de forma não
planejada, poderíamos ter a seguinte situação:
RECEITAS DESPESAS
Salários R$ 5.000 Saúde R$ 1.500,00
Educação R$ 2.200,00
Alimentação R$ 800,00
Lazer R$ 700,00
Dívidas R$ 1.300,00
Deste modo, as contas familiares resultariam em déficit, uma vez que as despesas
são maiores que as receitas em R$ 1.500,00. Excluindo as dívidas, no montante de R$
1.300,00, temos como resultado um déficit primário no valor de R$ 200,00.
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Assim, considerando que não haja o devido aumento das receitas de seus salários,
o resultado primário deficitário demonstra que a família recorreria à elevação do seu
nível de endividamento para poder arcar com esse montante de despesas excedente (R$
200,00), o que no longo prazo prejudicaria o orçamento desta família, tendo em vista que
o montante das dívidas cresceria de forma contínua.
Quanto ao governo, ele deve estabelecer uma gestão prudente e equilibrada de suas
contas, incluindo o nível de endividamento público sob a sua responsabilidade. De acordo
com a LRF, o governo deve primar em manter níveis sustentáveis do seu endividamento.
Assim, a garantia do alcance do superávit primário contribui de forma relevante para tal
objetivo.
Nessa direção, a limitação dos gastos públicos é feita por meio de Decreto do Poder
Executivo e por ato próprio dos demais Poderes, de acordo com as regras fixadas na LDO
de cada exercício.
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Após conhecer alguns dos anexos do decreto, agora será abordado outro aspecto
importante do decreto: Programação e Execução Financeira.
Sistema de tecnologia da
SIOP SIAFI
informação
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ExERCíCIO 02
Ressalta-se que, tendo como base os objetivos pedagógicos do curso, nesta unidade
não serão abordados todos os tópicos que o tema abrange, uma vez que seria necessário
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um curso específico para tanto. Desse modo, os assuntos que serão tratados agora são:
Restos a Pagar, Despesas de Exercícios Anteriores e Suprimentos de Fundos.
Vamos começar!
Restos a Pagar
Restos a pagar não processados: ocorre quando a despesa Para saber mais:
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Despesa Orçamentária
Situação Exercício X Exercício X + 1
1 Empenho + Liquidação + Pagamento -
Cabe frisar que os recursos deverão ser priorizados para o pagamento de restos a
pagar processados, tendo em vista que nestes está caracterizado o direito dos credores
junto à Administração Pública.
Os valores inscritos em restos a pagar deverão ser pagos dentro do exercício do ano
subsequente. Após essa data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados,
permanecendo, no entanto, em vigor o direito do credor pelo período de cinco (5) anos,
contados a partir da inscrição.
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Ressalta-se que os restos a pagar deverão ser contabilizados como uma despesa
extraorçamentária, tendo em vista que seu pagamento se dará ao exercício seguinte ao
da emissão da nota de empenho, ou seja, o empenho foi efetuado dentro do exercício
anterior.
Perceba que como o próprio nome diz, as despesas de exercícios anteriores são
dotações orçamentárias, autorizadas na LOA, destinadas a despesas que ocorreram
em exercícios anteriores, mas que não têm sua situação definida. Assim, decorrem do
cumprimento do disposto no art. 37 da Lei nº 4.320/1964, que assim estabelece:
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Por fim, destaca-se que, de forma diversa dos restos a pagar, que é uma operação
extraorçamentária, o pagamento de despesas de exercícios anteriores é uma operação
orçamentária.
Suprimentos de Fundos
O suprimento de fundos também pode ser concedido para atender as despesas com
diligências especiais e as de caráter secreto ou reservado, como, por exemplo, gastos com
alimentação de um agente do governo durante um trabalho de investigação.
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é, dispõe de até 90 (noventa) dias para aplicar e mais 30 (trinta) dias para prestar contas,
totalizando assim até 120 (cento e vinte) dias. Para ajudar você a compreender como pode
ser utilizado o Suprimento de Fundos, analise o exemplo a seguir:
Exercício 3
Relacione os conceitos abaixo:
(1) Restos a Pagar
(2) Despesas de Exercícios Anteriores
(3) Suprimento de Fundos
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Unidade IV
controle e avaliação da
execução orçamentária
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Posto isso, o objetivo desta unidade é abordar informações básicas sobre o controle e
avaliação da execução orçamentária, tendo como referência o modelo adotado no âmbito
do orçamento federal. Para isso, o conteúdo será desenvolvido em três partes: controle
institucional (interno e externo), controle social e avaliação da execução orçamentária.
Controle Institucional
Controle Interno
O sistema de controle interno, de acordo com o art. 2º, do Decreto nº 3.591 de 2000,
tem as seguintes finalidades:
A lei nº 4.320, em seu art. 77, prevê que a verificação da legalidade dos atos de
execução será prévia ou a priori (a cargo da própria unidade gestora), concomitante ou
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Controle Externo
demais responsáveis por bens e valores públicos; bem como a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título.
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Controle Social
dos órgãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, Estados, Distrito
Federal e Municípios. No caso destes últimos, há que considerar, ainda, o seu grande
número. Por isso, a fiscalização da aplicação dos recursos públicos precisa ser feita com
o apoio da sociedade.
Assim, o cidadão tem o direito não só de escolher, de quatro em quatro anos seus
representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o mandato, como
esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e avaliando a tomada das
decisões administrativas.
do gasto do dinheiro público. Com a ajuda da sociedade, fica mais fácil controlar os gastos
dos Governos em todo Brasil e garantir, assim, a correta aplicação dos recursos públicos.
Outras leis também contribuem para o exercício desse direito, como, por exemplo, a
Lei de Acesso à Informação, cujos procedimentos que estabelece destinam-se a assegurar
o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade
com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
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que uma avaliação de programa procurará estabelecer em que medida a sua execução
consegue melhorar a situação nutricional da população-alvo.
Ressalta-se que em alguns tópicos, tais como restos a pagar, suprimento de fundos,
controle interno e externo, entre outros, caso o seu interesse seja o aprofundamento dos
conteúdos, faz-se necessário uma complementação dos estudos.
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atuar de uma forma mais eficiente, tanto no campo profissional quanto como um cidadão
participativo.
Por fim, lembramos que para concluir o curso será necessário que você realize a
Avaliação Final da Aprendizagem prevista. Dessa forma, sugerimos que você faça uma
boa revisão do conteúdo antes de iniciá-la.
Boa Sorte!
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Gabarito Exercícios
1. V F V V F (No segundo item a definição refere-se a créditos especiais. No último item o correto é “superávit financeiro”).
3. 2,1,3
4. 1,3,2, 4
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Referências
Bibliográficas
_______. Lei no 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
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