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AFO

Assuntos Indispensáveis
para a sua Preparação
Polícia Federal - Agente Administrativo
Professor: Manuel Piñon
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
182023474

TIPO DE MATERIAL:
E-book

TÍTULO:
AFO – Assuntos Indispensáveis para a Sua Preparação –
PF – Agente Administrativo

PROFESSOR:
Manuel Piñon

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
8/2023
AFO – PF – AGENTE ADMINISTRATIVO
Professor: Manuel Piñon

Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................4

Noções de AFO – Administração Financeira e Orçamentária......................................5

Orçamento Público...........................................................................................................7

PPA – Plano Plurianual.....................................................................................................11

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias...........................................................................16

LOA – Lei Orçamentária Anual........................................................................................21

Ciclo Orçamentário...........................................................................................................32

Créditos Adicionais...........................................................................................................35

EXERCÍCIOS.....................................................................................................................48

GABARITO........................................................................................................................59

GABARITO COMENTADO...............................................................................................60

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Apresentação

Olá, Gran concurseiro(a) e futuro(a) Agente Administrativo da Polícia Federal!


Tudo bem?
Espero que sim.
O objetivo deste material é apresentar uma visão inicial da disciplina para quem está
tendo o primeiro contato com AFO – Administração Financeira e Orçamentária.
Sei que você pode ter sido “pego de surpresa” com a exigência dessa matéria, então tor-
na-se necessário um direcionamento inicial para “quebrar o gelo”.
Dessa forma, para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer nossas aulas, vamos
fazer aqui uma exposição bastante resumida e direcionada de parte da disciplina.
Registre-se que no nosso curso para esse certame (aulas autossuficientes em PDF)
todos os tópicos do edital são trabalhados exaustivamente.
No decorrer das aulas do curso, fazemos uma abordagem mais ampla dos conteúdos,
contemplando exposição teórica conjugada com a aplicação do conhecimento por meio de
questões de concursos públicos anteriores, apresentação de resumos e mapas mentais e
listas de questões ao final de cada aula.
Espero que você goste deste material e que possa ser útil para a sua aprovação.
Sem mais delonga, vamos botar a mão na massa!

Prof. Manuel Piñon

Manuel Piñon
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e Professor na área de concursos públicos, desde 2014, das
matérias Economia, Finanças Públicas, AFO – Administração Financeira e orçamentária, Orçamento Público,
Direito Financeiro, Contabilidade de Custos e Administração Financeira. Administrador de Empresas com
MBA em Finanças Corporativas pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. Aprovado 2 vezes para o cargo de
Auditor Fiscal da Receita Federal (1998 e 2010) e também para o cargo de Auditor da CGU – Controladoria
Geral da União (2008).

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Noções de AFO – Administração Financeira e Orçamentária

Importante dizer que o termo “Noções de AFO” não pode lhe induzir a menosprezar a
importância e o grau de dificuldade da disciplina. Dito isso, entretanto, veremos que nossa
matéria, embora rica em detalhes, não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
Uma boa maneira de começar a estudar essa matéria é compreender do que ela trata.
Podemos dizer que AFO é o ramo da ciência administrativa que foca na gestão das
finanças e do orçamento público, desde sua concepção até a sua prestação de contas e
avaliação de resultados.
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a
execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organi-
zação, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma
dessas fases.
A Atividade Financeira do Estado – AFE, por sua vez, engloba 4 elementos que estão
intimamente ligados:
1. obter a Receita Pública (orçamentária);
2. criar o Crédito Público (empréstimo público);
3. gerenciar ou gerir o Orçamento Público (Lei Orçamentária Anual – LOA);
4. despender Recursos (gastar) – Executar a Despesa Pública (orçamentária).

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Para o nosso certame, os assuntos mais importantes são o orçamento público, a receita
pública e a despesa pública, além da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
Em termos de legislação, a nossa disciplina encontra sua “gênese normativa” na Cons-
tituição Federal de 1988 – CF/1988, especialmente entre os arts. 165 e 169. Em sua prova,
com certeza, teremos questões retiradas deles.
Mas, além da letra da CF/1988, as Finanças Públicas e Orçamento Público têm sus-
tentação na mencionada LRF (Lei Complementar n. 101/2000) e na Lei de Normas Gerais
de Direito Financeiro, a Lei n. 4.320/1964, também conhecida como Lei do Orçamento
Público, que é uma lei originalmente ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vin-
culando todos os entes políticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios.
Além dessas duas Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA e de
créditos adicionais, jurisprudências mais significativas do STF, dispositivos infralegais como
o Decreto n. 93.872/1986 e os Manuais MTO – Manual Técnico do Orçamento e MCASP –
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Veja a pirâmide das fontes do Direito
Financeiro e Orçamentário:

– –

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Orçamento Público

Agora, vamos então falar um pouco sobre o orçamento público.


O Orçamento Público é um documento que prevê as receitas – quantias de moeda
que, num período determinado (normalmente 1 ano), devem entrar – e fixa as despesas,
com especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas
mais relevantes.
Simplificadamente, podemos dizer que Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e
flexível, que traduz em termos financeiros para determinado período (1 ano) os planos e pro-
gramas de trabalho do governo.
Com palavras um pouco mais técnicas, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de 1 (um) ano e
o Poder Legislativo lhe autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas
ao funcionamento da máquina administrativa.
De modo mais direto, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo
a aprovação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.
O Orçamento Público, também chamado de “orçamentos anuais”, tecnicamente
falando, de forma restritiva, é a LOA – Lei Orçamentária Anual.
Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Orça-
mentárias:
• PPA – Plano Plurianual
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
• LOA – Lei Orçamentária Anual

Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser
usado em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para exe-
cução das despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em
créditos orçamentários para que se possa efetuar o gasto público.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sis-
tema misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral
do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação
prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.
No Brasil adotou-se o Orçamento-Programa, que deve ser visto como um plano de tra-
balho expresso por um conjunto de ações a serem realizadas e pela identificação dos
recursos necessários para a sua execução.

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A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de
modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação,
definindo o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar
individualmente os resultados esperados para cada uma delas.
Como benefícios mais relevantes do Orçamento-Programa podemos citar a integração
ente o planejamento e o orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das
relações de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo deci-
sório, além de permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.
O art. 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos (leis) orçamentários
de planejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Perceba que o Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”,


também conhecido como LOA – Lei Orçamentária Anual.
Nesse contexto, os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal são:
1. Plano Plurianual – PPA;
2. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e
3. Lei Orçamentária Anual – LOA.

Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma
delas com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes
públicos nas três esferas de governo.
No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de
forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

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Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA?

Veja na figura a seguir o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em
termos de integração:

Veja, abaixo, outra forma interessante de visualizar a dimensão de cada instrumento


orçamentário:

Resumidamente, tenha em mente que o PPA, a LDO e a LOA são leis instituídas pelo
art. 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes de médio
prazo (4 anos).

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A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de
metas e prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA
para o ano seguinte.
A LOA, que deve ser compatível com o PPA e a LDO, contempla os orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.

A palavra-chave aqui é INTEGRAÇÃO.

Vamos falar um pouco mais de cada um deles.

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PPA – Plano Plurianual

O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal


destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e
os objetivos da República, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo
do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objeti-
vos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

DICA
Nesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Diretrizes, Objetivos e Metas.

Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico,
servindo de plano de voo para os próximos 4 (quatro) anos.
Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisas ser modifi-
cado, ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.
Finalmente, as Metas tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tra-
duzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades
de cada caso.

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Veja no quadro seguinte outra forma de entender as Diretrizes, os Objetivos e as Metas


relativas ao PPA:

Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas
das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
Importante destacar ainda que, enquanto o PPA tem duração de 4 (quatro) anos,
durante a sua vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, quatro
LDOs e quatro LOAs que precisam ser compatíveis com o respectivo PPA.
Veja o PPA em andamento e respectivas LDOs e LOAs para União, Estados e DF:

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Veja outra maneira de visualizar:

Nessa pegada, guarde que a vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, mas inicia-se no
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro
exercício financeiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do pri-
meiro exercício.

O PULO DO GATO
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo,
já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano,
somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

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Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro,
do governo para um período de 4 (quatro) anos e os caminhos trilhados para viabilizar
as metas previstas, construindo um Brasil melhor.
O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da Repú-
blica. O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macro desafios e valores que guiam
o comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atua-
ção, a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também,
que a sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.
Importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como a
construção ou ampliação de um aeroporto.

DICA
No caso da União, nem todas as despesas orçamentárias de capital constam no
PPA. No PPA federal não constam as despesas dos programas de operações espe-
ciais, ou seja, ficam de fora as despesas com amortização da dívida pública.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser


iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
Falando em investimentos, importante destacar que em AFO e Direito Financeiro o seu
significado é diferente do que estamos acostumados em nosso dia a dia, que tem a ver com
aplicação financeira ou com abrir algum negócio. Em nossa matéria, despesas com inves-
timentos são um tipo de despesa de capital que engloba despesas com softwares e com o
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e
material permanente, como no caso da construção de um aeroporto.
O Plano Plurianual – PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse
instrumento central de planejamento deve servir para promover, de maneira integrada, opor-
tunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais,
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.
A regionalização fornece informações relacionadas à distribuição das metas estipuladas
para o objetivo no território. A regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou
municípios. Em casos específicos, poderão ser aplicados recortes mais adequados para o
tratamento de determinadas políticas públicas, tais como região hidrográfica, bioma, territó-
rios de identidade e área de relevante interesse mineral.

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LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, assim como o PPA, surgiu com a CF/1988
e tem como primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação
dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das
metas e objetivos contemplados nos programas do plano plurianual. Veja a sua literalidade,
de acordo com o art. 165 da CF/1988 já com a redação atualizada até a EC n. 109/2021:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas me-
tas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabele-
cerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021). (Grifos nossos.)

Veja agora o papel da LDO de modo esquematizado:

Estabelece

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2º semestre 18 meses

Estabelece

O PULO DO GATO
A LDO é o elo de ligação entre o PPA e a LOA.

O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais possibili-


dades de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento estra-
tégico de médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).

De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os seguintes itens:


– Estabelecer as metas e prioridades da administração. Até antes da EC n. 109/2021,
as metas e prioridades da administração deveriam incluir as despesas de capi-
tal previstas para o exercício seguinte, mas essa incumbência foi suprimida pela
referida EC.
– Estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonân-
cia com uma trajetória sustentável da dívida pública (novidade).
– Estabelecer critérios para elaboração da lei orçamentária anual, explicando onde
serão feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percen-
tual para abertura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o
futuro orçamento.
– Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais
medidas pretende aplicar na política de tributos.

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DICA
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária,
mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que
deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis
sejam aprovadas antes da LDO.

– Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de pessoal, na lei de


cargos e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc.
Importante ressaltar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.

ATENÇÃO
Merece destaque uma novidade em relação à LDO trazida pela EC n. 102/2019. Trata-
-se do anexo de agregados fiscais, que deve ser elaborado para o exercício a que se
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com
previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão
alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.

Confira o § 12 do art. 165 na literalidade da CF/1988:

§ 12 Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere


e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de
agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão aloca-
dos na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. (Inclu-
ído pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito.) (Grifos nossos.)

Importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso


Nacional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, quer
dizer que precisa ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo a devolução ao
Poder Executivo ocorrer até o fim do primeiro período da sessão legislativa, ou seja, 17
de julho, já que a sessão legislativa não pode ser interrompida sem a sua aprovação.
A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF ampliou a importância da LDO, atribuindo à
LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e formas de limitação
de empenho, condições para transferência de recursos, determinando a previsão de várias
outras situações, além das previstas na Constituição. São elas:
– Estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evo-
luírem de acordo com a estimativa orçamentária;

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– Estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das


ações desenvolvidas ou em desenvolvimento;
– Estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições pri-
vadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. Impor-
tante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo
casos de emergência;
– Estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento
dos que estão em andamento;
– Estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentá-
ria, como Reserva de Contingência.

Além do estabelecimento e da definição dos itens anteriormente relacionados, a LDO


deverá ser acompanhada do chamado ANEXO DE METAS FISCAIS e do ANEXO DE RISCOS
FISCAIS – ARF.

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LOA – Lei Orçamentária Anual

A LOA – Lei Orçamentária Anual é o orçamento público propriamente dito.

A princípio parece estranho que um orçamento seja uma lei... afinal, frequentemente
temos contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando precisa-
mos consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma festa,
ou o próprio orçamento de uma família.
Entretanto, quando se trata de dinheiro público, algumas regras para o seu uso precisam
ser respeitadas e elas precisam estar previstas na legislação. Assim, este é um dos principais
objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas serão cobradas em prova.
Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas maté-
rias: previsão de receita e fixação de despesa. Entretanto, a título de exceção, são admitidas
autorizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO – Ante-
cipação de Receita Orçamentária (princípio orçamentário constitucional da exclusividade).

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A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a aloca-


ção de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

RELEMBRANDO
É bom lembrar que a LOA é orientada por diretrizes, objetivos e metas do PPA, com-
preendendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabeleci-
das na LDO.

Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já que a receita orçamen-
tária pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto
para a receita.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser pre-
vista com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que
é a expressão monetária do crédito orçamentário, uma autorização discriminada para se
gastar recursos.
Muitas vezes esses termos são usados como sinônimos mesmo, mas vamos esclarecer
a diferença entre dotação e crédito orçamentário.
A dotação orçamentária é o valor monetário autorizado, consignado na lei do orçamento
(LOA), para atender uma determinada programação orçamentária. É o limite financeiro
(orçamentário) autorizado. A dotação não entra no mérito das classificações da respectiva
despesa orçamentária.
Por sua vez, o crédito orçamentário apresenta as respectivas classificações orçamen-
tárias da despesa para qual existe uma dotação. É um detalhamento da dotação orçamentá-
ria. Em outras palavras, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que é o limite
de recurso financeiro autorizado.
Em suma, o crédito orçamentário é o detalhamento em termos de classificação da
despesa de uma respectiva dotação orçamentária.
Importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não
estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

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O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses


antes do término do exercício financeiro, quer dizer, até o dia 31 de agosto de cada
ano, e devolvido ao Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, aproxima-
damente até 22 de dezembro do exercício de sua elaboração. Veja as possíveis consequên-
cias inerentes ao descumprimento dos prazos:

Guarde os prazos:
• PPA
– prazo para encaminhar: 31/08 (primeiro ano do mandato)
– prazo para aprovar: 22/12 (primeiro ano do mandato)
• LDO
– prazo para encaminhar: 15/04
– prazo para aprovar: 17/07
• LOA
– prazo para encaminhar: 31/08
– prazo para aprovar: 22/12

Importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu art. 165, § 6º, determina que
o projeto da LOA seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e bene-
fícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

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Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público. (Grifos nossos.)

Destaque-se que, como visto no desenho anterior, na verdade, trata-se de uma única
LOA, um único documento. Mas vamos falar um pouco de cada um deles.
No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele
deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que estiverem
no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.

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O orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,


como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e
não se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às
empresas controladas pela União.

ATENÇÃO
Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional. Guarde, portanto, que o orçamento da seguridade social
NÃO tem essa função.

O PULO DO GATO
Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das
estatais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF...” basta saber isso. Entretanto,
se considerarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, que
trazem conceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, a
coisa muda de figura.
Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não de-
pendentes devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as esta-
tais dependentes que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Então fique atento ao comando da questão na prova!

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Guarde que para uma empresa ser considerada uma estatal, o Estado precisa ter o
controle, ou seja, todas as empresas consideradas estatais são controladas. Uma estatal,
controlada, portanto, pode ser dependente ou não dependente. Na aula de LRF (parte 1) os
conceitos de estatal dependente e não dependente serão bem definidos.
Por enquanto, guarde que a estatal dependente é aquela que recebe recursos do governo
para custeio do seu funcionamento, enquanto a estatal não dependente, como o nome sugere,
não recebe recursos do governo para custeio do seu funcionamento.
Assim, em termos de orçamento, se a estatal for dependente, ela participa apenas no
OF e no OSS, mas se for uma estatal não dependente deve constar no OI.
No que diz respeito ao orçamento da Seguridade Social guarde que ela compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Importante destacar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os órgãos
que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência,
assistência e saúde).

EXEMPLO
O Ministério da Economia possui despesas de assistência médica relativa aos seus
servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social, mas as
demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.

O PULO DO GATO
Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social, independentemente da
natureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos e en-
tidades não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas típicas da
Seguridade Social integram o orçamento da seguridade social.

No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orça-


mento-programa) foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de 4
(quatro) anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de pro-
gramas, que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.

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O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do
Plano que estão associadas às Ações constantes da LOA.

Deve haver, portanto, uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale
ressaltar que a abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.
A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o pri-
meiro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a
sanção presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organiza-
ção, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão orga-
nizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitati-
vas, sejam físicas ou financeiras.
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, 4 (quatro) anos.

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A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:

Aprofundando um pouco mais acerca da LOA em seus aspectos jurídicos, lem-


bre-se de que entendimento predominante é que a LOA é uma lei formal. O embasamento
desse entendimento é que, em regra, a simples previsão de despesa na LOA não cria direito
subjetivo, não sendo possível exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no
orçamento seja executada.
Outra ideia que reforça a tese de que a LOA é uma lei formal é de que diversas vezes
deixa de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade.

As principais características da LOA, portanto, são:


1. É uma lei temporária. Tem vigência limitada a 1 (um) ano.
2. É uma lei ordinária. Note que não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias
(PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também são
aprovados como leis ordinárias.
3. É uma lei ordinária especial. A LOA possui um processo legislativo próprio, com
iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme art. 165,
caput, e art. 166 da CF/1988.
4. É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional deta-
lhado de trabalho, materializando o PPA anualmente.

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5. É uma lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados no
que tange às despesas discricionárias, exceto para os casos previstos na própria CF/1988.
6. Tem que ser compatível com o PPA e LDO.
7. Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal, de Investimento e
da Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
8. Atendendo ao Princípio da Unidade, há uma só LOA para cada ente político em cada
exercício.
9. É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art. 35, ADCT).
10. Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
11. É uma lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
12. Suas normas não podem apresentar abstração e generalidade, embora seja
admitida pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua constitucionalidade.
13. Quanto ao aspecto material é um ato condição.

Importante reforçar que a regra geral para as despesas discricionárias é que o orçamento
público no Brasil é autorizativo, ou seja, não impositivo, no qual temos uma mera autori-
zação de gastos que serão efetuados de acordo com a disponibilidade de recursos em função
da arrecadação, com exceção das emendas parlamentares reguladas em nossa CF/1988.

O PULO DO GATO
Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos au-
torizados na LOA, grande parte das receitas do Estado tem destinação própria, ou seja,
grande parte das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas. Então,
sob essa diferente perspectiva, pode-se dizer que o orçamento público é impositivo
sob o ponto de vista da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que exis-
te vinculação específica à sua finalidade.

EXEMPLO
Um bom exemplo para elucidar a questão trazida à baila é o caso das contribui-
ções destinadas ao financiamento da seguridade social, onde todos os valores
arrecadados devem necessariamente ser gastos com saúde, previdência e assis-
tência social.

Em suma, guarde, portanto, que, embora o orçamento público no Brasil seja, em regra,
autorizativo, ele apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que
uma grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.

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Ciclo Orçamentário

O ciclo orçamentário, no sentido amplo, é um processo que abrange as etapas do pla-


nejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da LOA – Lei Orça-
mentária Anual.
Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexí-
vel e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação,
execução, controle e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público
do ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
Normalmente, o Ciclo Orçamentário é apresentado em provas de concursos na sua
versão resumida, onde há basicamente 4 (quatro) fases. Entretanto, pode aparecer em
sua prova uma referência ao Ciclo Orçamentário Ampliado que, ao incorporar as etapas
relativas ao PPA à LDO, passa a ter 8 (oito) fases.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em 4 (quatro) etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) elaboração/discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do administra-


dor público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a
capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações
prioritárias.
Importante destacar que a fase de elaboração pode ser enquadrada na fase 1 (como
antes apresentado) ou como integrante da fase 2 (como no desenho seguinte), já que o par-
lamento também colabora com a feitura do Orçamento Público por meio de emendas.

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Numa última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim
de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e controle
dos gastos públicos, nas quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento
vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.

O PULO DO GATO
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à
LDO são incorporadas.

De acordo com a teoria defendida pelo doutrinador Osvaldo Maldonado Sanches, pode
não ser considerada como doutrina majoritária, mas pode ser cobrada em sua prova,
em O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988, artigo publicado na
Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993,
o ciclo orçamentário ampliado desdobra-se em 8 (oito) fases, quais sejam:
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de aloca-
ção de recursos pelo Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;

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5. elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;


6. apreciação, adequação e autorização legislativa;
7. execução dos orçamentos aprovados; e
8. avaliação da execução e julgamento das contas.

De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo
Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já
que cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Aproveite para visualizar graficamente o ciclo orçamentário numa visão ampliada:

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Créditos Adicionais

Os créditos orçamentários se dividem em: créditos iniciais e créditos adicionais.

Chamamos de créditos orçamentários ordinários ou iniciais aqueles constantes da


LOA, que englobam os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empre-
sas estatais não dependentes.
Assim, o orçamento anual contempla o montante para atender determinada despesa a
fim de executar ações que lhe caiba realizar, ou seja, contempla a dotação orçamentária para
cada despesa.
A dotação inicial corresponde ao valor inicial constante da lei orçamentária sancionada
pelo Presidente.
Nessa pegada, a LOA é organizada na forma de créditos orçamentários (ordinários),
aos quais estão consignadas dotações, sendo definido como crédito orçamentário o
conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho
do Governo.

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Já o termo dotação orçamentária corresponde ao montante de recursos financeiros


com que conta o crédito orçamentário, ou seja, é o valor monetário autorizado, consignado
na lei do orçamento (LOA), para atender a uma determinada programação orçamentária.
A dotação inicial corresponde ao valor inicial constante da lei orçamentária sancionada
pelo Presidente.
Resumindo, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui o limite
de recurso financeiro autorizado.
Entretanto, na prática acontece que algumas despesas possam ser insuficientemente
dotadas ou pode ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, ou seja, que nem
foram computadas na LOA.
Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade em termos de dota-
ção orçamentária, principalmente devido ao lapso temporal entre a elaboração e a execu-
ção do orçamento anual, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam ser
objeto de alterações qualitativas ou quantitativas por meio de créditos adicionais.
Importante repetir para guardar: as alterações orçamentárias podem ser qualitati-
vas ou quantitativas.
Uma alteração quantitativa apenas modifica o total de crédito constante na LOA através
de um crédito suplementar, reforçando a dotação já existente para uma determinada despesa.
Já alteração qualitativa é aquela que modifica o conteúdo da LOA, incluindo nova
despesa não prevista (crédito especial) ou urgente (crédito extraordinário).
Guarde ainda que os créditos suplementares, como não alteram os atributos do crédito
orçamentário, mas apenas a dotação, não podem ser utilizados para efetuar alterações qua-
litativas no orçamento.

ATENÇÃO
Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de com-
plementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicio-
nais, para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo para
aqueles créditos que atendam aos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como ao
Ministério Público da União.

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ATENÇÃO
No que diz respeito ainda às emendas à LOA e aos créditos adicionais, importante deixar
registrado que elas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.

Já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto pela
Administração Pública em cada dotação. Entretanto, podem ocorrer omissões de ações
necessárias, falhas na previsão de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças de prio-
ridades, ou mesmo arrecadação superior à prevista, que requeiram do Governo ações rápi-
das, tanto para adequar a fixação da despesa a ações e valores que permitam a consecução
dos objetivos e metas almejados quanto para dar destino às receitas públicas cuja arrecada-
ção supere a previsão inicial.
Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei
orçamentária anual são feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras,
são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de
orçamento.
Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extra-
ordinárias.

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Importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual


ou aos projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser apro-
vadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-
lação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
• dotações para pessoal e seus encargos;
• serviço da dívida;
• transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito
Federal; ou

III – sejam relacionadas:


• com a correção de erros e omissões; ou
• com os dispositivos do texto do projeto de lei.

O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classifi-
cação da despesa, até onde for possível.
Vamos agora conhecer as 3 espécies do gênero Crédito Adicional.

CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS


Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente.
Importante destacar que as alterações orçamentárias podem ser qualitativas ou
quantitativas.
Uma alteração quantitativa apenas modifica o total de crédito constante na LOA através
de um crédito suplementar, reforçando a dotação já existente para uma determinada despesa.
Já alteração qualitativa é aquela que modifica o conteúdo da LOA, incluindo nova des-
pesa não prevista (crédito especial) ou urgente (crédito extraordinário).

O PULO DO GATO
Guarde, portanto, que os créditos suplementares não alteram os atributos do crédito orça-
mentário, mas apenas a dotação.

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De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.

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Professor: Manuel Piñon

Tanto os créditos suplementares quanto os especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto executivo.
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recur-
sos disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.

Consideram-se recursos para esse fim, desde que não comprometidos:


I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior,
entendido com a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, con-
jugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
crédito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo
das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, con-
siderando-se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizá-
veis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos crédi-
tos extraordinários abertos no exercício;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las.

DICA
A reserva de contingência é fonte para abertura de créditos adicionais de acordo
com o art. 8º da Portaria STN/SOF n. 163/2001.

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SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES NA CLT PARA AFT
Professora: Maria Rafaela de Castro

Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.


No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for pro-
mulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites de
seus saldos, e incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

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CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

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Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como
é o caso do Covid-19), de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.

O PULO DO GATO
Note uma pequena diferença entre as conceituações da CF/1988 e da Lei n. 4.320/1964:

Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que
no caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA,
mas não o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção
interna ou de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que
suas respectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do Coronavírus para o
Orçamento de 2020.

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A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender às


despesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua indi-
cação prévia, como os demais créditos orçamentários.
Destaque ainda que a não obrigatoriedade da indicação compensatória de cance-
lamento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do equilíbrio
orçamentário, como disposto no art. 62 da CF/1988, que autoriza a adoção das medidas
provisórias como instrumento a ser usado na abertura de créditos extraordinários,
sendo aplicáveis, nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade e urgência,
também o de relevância.

DICA
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas
provisórias somente deve usado nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.

Na União, os Créditos Extraordinários são abertos por MP.


Nos Estados que dispuserem do instrumento de MP, os Créditos Extraordinários
também devem ser abertos por MP.
Para os Municípios e Estados que não dispuserem do instrumento de MP, os Crédi-
tos Extraordinários são abertos diretamente por Decreto do Executivo.
Leve isso para a prova.
O que acontece e gera essa confusão é que na Lei n. 4.320/1964, a qual dispõe que os
“Créditos Extraordinários devem ser abertos por Decreto do Executivo que deles dará conhe-
cimento ao Poder Legislativo”, diferentemente dos créditos suplementares e especiais que
são autorizados por lei e abertos por Decreto do Executivo.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais
vícios da respectiva medida provisória.

ATENÇÃO
A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário
a fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em
medida provisória é do Supremo Tribunal Federal – STF.

Confira no infográfico seguinte os créditos adicionais de despesas urgentes em função


da sua previsibilidade.

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Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no desenho


a seguir:

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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”
e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevisí-
veis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e
extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas
correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência não justi-
ficam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.

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Exercícios

1. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGE-RJ/2022) Relativamente a aspectos relaciona-


dos ao orçamento público, julgue o item.
O processo orçamentário inicia-se com a elaboração da proposta orçamentária, se-
guida de sua discussão e aprovação, até às etapas de execução, controle e avaliação
dessa execução, e sua duração tende a superar um exercício anual.

2. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item a seguir.
Os créditos adicionais classificados como suplementares terão vigência adstrita ao
exercício financeiro em que forem abertos.

3. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item a seguir.
É vedada a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais autorizados em lei.

4. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) No que diz respeito ao orçamento


público, a seus conceitos, técnicas e princípios, ao ciclo orçamentário e ao processo
orçamentário, julgue o item a seguir.
Os créditos adicionais serão abertos por lei e apreciados pelo Poder Legislativo por
meio de uma comissão permanente.

5. (CESPE-CEBRASPE/CONTADOR/TELEBRAS/2022) Julgue o item subsequente sobre


a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual (PPA), das diretrizes orçamentárias
(LDO) e do orçamento anual (LOA) no âmbito do governo federal.
O projeto do PPA deve observar, em uma perspectiva de longo prazo, as diretrizes, os
objetivos e as metas da administração pública federal que foram estabelecidos na LDO.

6. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGE-RJ/2022) Julgue o item seguinte, relativo ao


orçamento público no Brasil.
O plano plurianual apresenta, de forma centralizada, as metas, os objetivos e as diretri-
zes da administração federal para o país.

7. (CESPE-CEBRASPE/ARQUITETO/FUB/2022) Julgue o item subsequente, relativo ao


orçamento público.
O primeiro ano de um governo eleito é regido pelo último ano de vigência do plano plu-
rianual do governo imediatamente anterior.

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8. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/IBAMA/2022) Quanto ao orçamento público no Brasil,


julgue o item a seguir.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei de diretrizes orçamentárias deve
compreender as metas e prioridades da administração pública federal e estabelecer as
diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória susten-
tável da dívida pública.

9. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/IBAMA/2022) Acerca de uma hipotética entidade


da administração pública indireta responsável por fiscalização ambiental, julgue o
item seguinte.
As despesas e receitas dessa entidade integram o orçamento fiscal da pessoa política
à qual a entidade esteja vinculada.

10. (CESPE-CEBRASPE/PROCURADOR/PGE-PB/2021) Considerando-se as normas de


direito financeiro e orçamentário, é correto afirmar que crédito especial é uma espécie de:
a. crédito adicional, destinando-se ao reforço de uma dotação orçamentária.
b. crédito suplementar, destinando-se ao reforço de uma dotação orçamentária.
c. crédito suplementar, destinando-se a despesas urgentes e imprevistas.
d. crédito adicional, destinando-se a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica.
e. crédito extraordinário, destinando-se a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.

11. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/APEX/2021) Com relação ao ciclo orçamentário,


julgue os itens a seguir.
I – No Brasil, o ciclo orçamentário se divide em duas etapas: elaboração/planejamento
da proposta orçamentária e execução orçamentária/financeira.
II – A elaboração do orçamento compreende o estabelecimento de plano de médio
prazo (4 (quatro) anos) ou PPA, lei orientadora ou LDO, e orçamento propriamente
dito ou LOA.
III – O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as ati-
vidades típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua apreciação final.

Assinale a opção correta.


a. Apenas os itens I e II estão certos.
b. Apenas os itens I e III estão certos.
c. Apenas os itens II e III estão certos.
d. Todos os itens estão certos.

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12. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) O orçamento público é o instrumento


de planejamento que estima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do
próximo ano e, com base nelas, autoriza um limite de gastos a ser realizado com tais
recursos. Sobre este assunto, julgue o próximo item.
O ciclo orçamentário constitui uma sequência de duas fases ou etapas que deve ser
cumprida como parte do processo orçamentário: elaboração e aprovação.

13. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento


utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com
os tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados,
além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A res-
peito desse assunto, julgue o próximo item.
Em situações em que o governo reconheça o estado de calamidade pública, como ocor-
reu em 2020 devido à pandemia de covid-19, para alocar recursos adicionais ao orça-
mento com o objetivo de atender os municípios atingidos, deve-se utilizar o mecanismo
retificador do orçamento denominado crédito especial.

14. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de


administração do orçamento, julgue o item que se segue.
O crédito especial é o único tipo de crédito adicional cuja vigência fica restrita ao exer-
cício financeiro em que for aberto, independentemente das circunstâncias.

15. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Com relação ao orçamento


público e ao processo legislativo orçamentário, julgue o item que se segue.
O excesso de arrecadação assim entendido o saldo positivo das diferenças acumuladas
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerada, ainda, a tendência
do exercício é fonte de recursos para os créditos suplementares.

16. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGDF/2021) Considerando os princípios e a execução


orçamentários, bem como a composição orçamentária do DF, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um ente, ao final do exercício, apresenta a seguinte situação
financeira:
• insuficiência de arrecadação (saldo negativo das diferenças acumuladas, ao longo do
exercício, entre a receita prevista e a realizada): R$ 55.000;
• créditos extraordinários autorizados em agosto e não utilizados durante o exercício:
R$ 40.000;
• déficit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 25.000.
Assertiva: Nessa situação, o ente deverá reabrir o crédito extraordinário até o valor de
R$ 40.000.

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17. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGDF/2021) Com base nos conceitos e nas aplica-


ções da Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas
(Lei n. 4.320/1964), julgue o item seguinte.
A lei orçamentária conterá os créditos suplementares para os quais já haja recursos
suficientes.

18. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) Acerca das normas orçamentárias,


julgue o item subsequente.
As despesas urgentes não previstas no orçamento e necessárias ao combate da pan-
demia de covid-19 devem ser autorizadas mediante a abertura de crédito adicional
extraordinário.

19. (CESPE-CEBRASPE/PROCURADOR MP/TC-DF/2021) Considerando a legislação


e o entendimento jurisprudencial acerca de direito financeiro e econômico, julgue o
item a seguir.
Ao longo da tramitação do projeto de lei orçamentária anual e dos projetos que a modi-
fiquem, podem ser apresentadas emendas, as quais, para serem aprovadas, devem ser
compatíveis com o plano plurianual.

20. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF//2021/ADAPTADA) Julgue o item a seguir.


Após serem elaborados, os projetos de lei orçamentária devem ser enviados ao Po-
der Legislativo, iniciando-se, com isso, a fase de apreciação legislativa do ciclo or-
çamentário.

21. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF/2021) A lei orçamentária anual (LOA) de 2020


de determinado estado da Federação, em sua dotação inicial, não havia considerado
qualquer recurso para ser utilizado para a aquisição de testes rápidos para detecção
de covid-19. Em fevereiro de 2020, contudo, o referido estado autorizou, por meio de
créditos adicionais, grande montante de recursos para a aquisição de testes rápidos e
para outras despesas relacionadas à calamidade pública causada pela referida doença.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, com base na
legislação vigente.
Considerando-se a inexistência de créditos ordinários na LOA de 2020 e a situação
de calamidade pública, os referidos créditos adicionais devem ser classificados como
extraordinários.

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22. (CESPE-CEBRASPE/ASSESSOR JURÍDICO/CODEVASF/2021) Considerando as


normas de direito financeiro, julgue o item a seguir.
A principal diferença entre os créditos especiais e os créditos suplementares reside no
fato de que estes têm como propósito reforçar uma dotação orçamentária já existente,
enquanto os créditos especiais se referem a despesas para as quais ainda não há do-
tação orçamentária específica.

23. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/TCE-RJ/2021) Com relação aos recursos de acompa-


nhamento e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
O crédito adicional constitui dotação isolada da lei orçamentária anual, sendo vedada
sua incorporação no crédito orçamentário.

24. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação a aspectos cons-


titucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro, julgue o item
subsequente.
Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta orçamentária encaminhada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que obedece aos limites estipulados
na lei de diretrizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao
encaminhar o projeto de lei orçamentária anual à Assembleia Legislativa.

25. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação a aspectos cons-


titucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro, julgue o item
subsequente.
Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta orçamentária encaminhada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que obedece aos limites estipulados
na lei de diretrizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao
encaminhar o projeto de lei orçamentária anual à Assembleia Legislativa.

26. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação aos recursos de


acompanhamento e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
É vedado ao presidente da República propor modificação integral da proposta de lei
orçamentária anual, se uma parte da referida proposta tiver sido aprovada na comissão
mista de orçamentos.

27. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Acerca de orçamento público,


julgue o item a seguir.
A vigência da lei orçamentária anual deve coincidir com a vigência da respectiva lei de
diretrizes orçamentárias.

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28. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF/2021) O modelo orçamentário brasileiro, defi-


nido na Constituição Federal de 1988, compõe-se de três instrumentos: o plano pluria-
nual (PPA), a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e a LOA. Quanto a esse assunto,
julgue o item a seguir.
Todos os projetos de lei relacionados a orçamento devem ser apresentados conjunta-
mente, ou seja, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o de orçamento anual e,
quando for o caso, o de plano plurianual devem ser apresentados na mesma data ao
Poder Legislativo, para discussão e votação.

29. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Com relação ao orçamento público


no Brasil, julgue o item subsequente.
Vigente por um período de 4 (quatro) anos, o plano plurianual deve estabelecer, em
âmbito nacional, as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e os
programas de duração continuada.

30. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento


utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com
os tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados,
além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A res-
peito desse assunto, julgue o próximo item.
O plano plurianual é o documento que traz as diretrizes, os objetivos e as metas de
médio prazo da administração pública, no qual são previstas, por exemplo, as grandes
obras públicas a serem realizadas nos 4 (quatro) anos seguintes à elaboração do plano.

31. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Com relação ao orçamento


público, julgue o item a seguir.
A alteração da alíquota de determinado tributo pode entrar em vigor ainda que não te-
nha sido autorizada pela lei de diretrizes orçamentárias.

32. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) A despesa pública possui classifica-


ções quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos. Os aspectos qualitativos são
formados pelas classificações por esfera, institucional, funcional e programática. Com
relação a esse assunto, julgue o item que se segue.
De acordo com a atual estrutura programática, baseada no modelo de gerenciamento
de programas adotado no último PPA, é possível definir os programas finalísticos como
sendo aqueles que estão relacionados a bens e serviços ofertados à sociedade.

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33. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) O modelo de planejamento e orça-


mento brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 e composto de três instru-
mentos: o plano plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)e a Lei Orça-
mentária Anual (LOA). A esse respeito, julgue o item que se segue.
Os valores que possam vir a desequilibrar as contas públicas, a exemplo dos passivos
contingentes, assim como as ações e programas necessários para saná-los, devem
constar no PPA.

34. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/APEX/2021) Para que o poder público possa


desempenhar suas funções com critério, é necessário que haja um planejamento orça-
mentário consistente que estabeleça com clareza as prioridades da gestão.
A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a. Orçamento público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inaltera-
das desde a sua criação.
b. O orçamento público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a
fixação das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo
governo em determinado exercício financeiro.
c. O orçamento público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planeja-
mento governamental.
d. A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do
dinheiro público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano
plurianual (PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

35. (INÉDITA/2021) Julgue:


A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve estabelecer as diretrizes de política fiscal e suas
metas de modo a materializar a trajetória sustentável de dívida pública.

36. (INÉDITA/2021) Julgue:


Deve integrar a Lei de Diretrizes Orçamentárias o anexo de agregados fiscais que deve
ser elaborado para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os dois exercícios
subsequentes.

37. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020) Relativamente a tópicos específicos


de finanças públicas, julgue o item a seguir.
Emenda parlamentar ao projeto de lei orçamentária destinada a reforçar a dotação para
os serviços da dívida correspondentes a determinada operação de crédito deve ser re-
jeitada por inconstitucionalidade se apresentar como fonte de recursos a anulação das
despesas com serviços da dívida correspondentes a outra operação de crédito.

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38. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020) Considerando as regras constitucio-


nais de direito financeiro, julgue o item a seguir.
O crédito especial cujo ato de autorização seja promulgado nos últimos quatro meses
do exercício financeiro pode ser reaberto e incorporado ao orçamento do ano seguinte,
desde que respeitado o limite do seu saldo.

39. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
Projeto de lei orçamentária anual (LOA) que não contenha despesas essenciais deverá
ser revisto antes de ser votado, pois os créditos adicionais, que têm a função de ajustar
as dotações da LOA, devem ser usados somente como créditos suplementares e cré-
ditos extraordinários.

40. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
A anulação parcial de dotações orçamentárias não é uma fonte de recursos para a aber-
tura de crédito suplementar.

41. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a


construção de um presídio federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os paga-
mentos serão realizados em parcelas durante a execução da obra, que será desenvol-
vida em dois anos, com expectativa de conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o item.
Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de
complementar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de
crédito adicional extraordinário no montante de R$ 1 milhão.

42. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
No orçamento público federal, tanto a receita quanto a despesa são programadas, au-
torizadas e controladas.

43. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue


o item que se segue.
O orçamento público é um instrumento de planejamento governamental em que cons-
tam as despesas da administração pública em equilíbrio com a arrecadação das recei-
tas previstas para um período de dois anos.

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44. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue


o item que se segue.
O sistema de planejamento orçamentário federal segue o PPA, a LDO, a LRF e a LOA,
instrumentos legais que se materializam periodicamente após serem propostos pelo
Poder Executivo federal e, posteriormente, aprovados pelo Poder Legislativo.

45. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/TJ-PA/2020) Considerada uma inovação no sistema


orçamentário brasileiro, a LDO orienta a elaboração da LOA e prevê a definição de:
a. metas e prioridades, mudanças na legislação de tributos, políticas de fomento das
agências financeiras oficiais e formas de utilização da reserva de contingência.
b. metas e prioridades, riscos fiscais, programação de desembolsos e formas de paga-
mento de precatórios.
c. metas e prioridades, metas fiscais, parâmetros para renúncias tributárias e progra-
mas de duração continuada.
d. condições para transferências de recursos a entidades privadas e limites para aplica-
ção de recursos em despesas discricionárias.
e. formas de limitação de empenho, normas para regimes de previdência e destinação
de recursos para o orçamento fiscal e a seguridade social.

46. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/COGE-CE/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO,


julgue os itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resulta-
dos dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Assinale a opção correta.


a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.

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47. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/MPC-PA/2019) Na abertura de créditos suplemen-


tares, é vedada a utilização de recursos decorrentes de
a. restos a pagar liquidados.
b. superávit financeiro do exercício anterior.
c. excesso de arrecadação.
d. anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.
e. operações de crédito autorizadas.

48. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/PGE-PE/2019) O orçamento público, um instru-


mento fundamental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A
respeito desse assunto, julgue o seguinte item.
O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas
do orçamento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e
aprovação.

49. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao


Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentá-
rios adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são
abertos por decreto do Poder Executivo.

50. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/CGM JOÃO PESSOA-PB/2018) De acordo com a Lei


Complementar n. 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item
subsecutivos.
O superávit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fon-
te de recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.

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Caro(a) aluno(a),
Acredito que com esse material resumido você já dispõe das informações iniciais de parte
da disciplina e já verificou que não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
O ideal agora é que possa ter acesso ao nosso curso para esse certame (aulas autossu-
ficientes em PDF) que contempla todos os tópicos do edital, a fim de que essa disciplina seja
um diferencial da sua pontuação em relação à concorrência.
Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está exigindo muito de você,
mas, como disse Henry Ford: “Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita
fadiga e persistência”.
Este é o segredo: determinação, disciplina e resiliência!
SEJA IMPARÁVEL!
Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!
Chegou a sua hora de vencer!
Você vai passar!
Agora quero pedir um favor.
Avalie esse nosso material, é rápido e fácil, e deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-lo
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Obrigado por tudo, um grande abraço, bons estudos e boas provas!

Prof. Manuel Piñon

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Gabarito
1. C 38. C
2. C 39. E
3. E 40. E
4. E 41. E
5. E 42. E
6. E 43. E
7. C 44. E
8. C 45. A
9. C 46. B
10. D 47. A
11. C 48. E
12. E 49. C
13. E 50. E
14. E
15. C
16. E
17. E
18. C
19. C
20. C
21. C
22. C
23. E
24. C
25. C
26. C
27. E
28. E
29. E
30. C
31. C
32. C
33. E
34. D
35. C
36. C
37. C

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Gabarito Comentado

1. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGE-RJ/2022) Relativamente a aspectos relaciona-


dos ao orçamento público, julgue o item.
O processo orçamentário inicia-se com a elaboração da proposta orçamentária, se-
guida de sua discussão e aprovação, até às etapas de execução, controle e avaliação
dessa execução, e sua duração tende a superar um exercício anual.

COMENTÁRIO

Confira na obra Contabilidade pública: teoria e prática, de Heilio Kohama:

Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário, que é a sequência das eta-


pas desenvolvidas pelo processo orçamentário, assim consubstanciadas:
elaboração;
– estudo e aprovação;
– execução; e
– avaliação.

Elaboração
A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orça-
mentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado,
bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua
materialização e concretização.
Estudo e aprovação
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na
necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de
suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
Execução
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas deter-
minados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobi-
lização de recursos humanos, materiais e financeiros.
Avaliação
A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível
dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execu-
ção; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de
racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.
Fonte: KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
Certo.

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2. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item a seguir.
Os créditos adicionais classificados como suplementares terão vigência adstrita ao
exercício financeiro em que forem abertos.

COMENTÁRIO

De acordo com o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado


para um período determinado, usualmente um ano. Especificamente a reabertura dos cré-
ditos especiais e extraordinários no exercício seguinte representa uma exceção ao princí-
pio da anualidade. Confira na CF/1988:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-


ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últi-
mos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Nessa toada, guarde que os créditos adicionais suplementares terão vigência adstrita ao
exercício financeiro em que forem abertos. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários.

Certo.

3. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item a seguir.
É vedada a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais autorizados em lei.

COMENTÁRIO

Na verdade, admite-se a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de cré-


ditos adicionais, autorizados em Lei, sendo esses recursos considerados fontes de re-
cursos para abertura de créditos adicionais suplementares e especiais. Confira na Lei n.
4.320/1964:

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Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não com-
prometidos:
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;

Errado.

4. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TCE-SC/2022) No que diz respeito ao orçamento


público, a seus conceitos, técnicas e princípios, ao ciclo orçamentário e ao processo
orçamentário, julgue o item a seguir.
Os créditos adicionais serão abertos por lei e apreciados pelo Poder Legislativo por
meio de uma comissão permanente.

COMENTÁRIO

Na verdade, os créditos adicionais especiais e suplementares devem ser abertos por de-
creto do executivo e autorizados por Lei. Em contraste, os créditos extraordinários devem
ser abertos por decreto do executivo, não necessitando de autorização legal prévia (nor-
malmente usa-se MP). Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que
deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Errado.

5. (CESPE-CEBRASPE/CONTADOR/TELEBRAS/2022) Julgue o item subsequente sobre


a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual (PPA), das diretrizes orçamentárias
(LDO) e do orçamento anual (LOA) no âmbito do governo federal.
O projeto do PPA deve observar, em uma perspectiva de longo prazo, as diretrizes, os
objetivos e as metas da administração pública federal que foram estabelecidos na LDO.

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COMENTÁRIO
Note que o PPA é quem estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal e que a LDO deve ser elaborada de acordo com o PPA. Confira na CF/1988:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionaliza-
da, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.

Errado.

6. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGE-RJ/2022) Julgue o item seguinte, relativo ao


orçamento público no Brasil.
O plano plurianual apresenta, de forma centralizada, as metas, os objetivos e as diretri-
zes da administração federal para o país.

COMENTÁRIO

O erro está em trocar a palavra “regionalizada” por “centralizada”. Confira:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-
nuada. (Grifo nosso.)

Errado.

7. (CESPE-CEBRASPE/ARQUITETO/FUB/2022) Julgue o item subsequente, relativo ao


orçamento público.
O primeiro ano de um governo eleito é regido pelo último ano de vigência do plano plu-
rianual do governo imediatamente anterior.

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COMENTÁRIO
O projeto do PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano do mandato do
governante e sua vigência é de 4 (quatro) anos (segundo ano do mandato até o encerra-
mento do primeiro exercício financeiro seguinte). Confira nos ADCTs da CF/1988:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)

Certo.

8. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/IBAMA/2022) Quanto ao orçamento público no Brasil,


julgue o item a seguir.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei de diretrizes orçamentárias deve
compreender as metas e prioridades da administração pública federal e estabelecer as
diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória susten-
tável da dívida pública.

COMENTÁRIO

Confira na CF/1988:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respec-
tivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributá-
ria e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(Grifos nossos.)

Certo.

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9. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/IBAMA/2022) Acerca de uma hipotética entidade


da administração pública indireta responsável por fiscalização ambiental, julgue o
item seguinte.
As despesas e receitas dessa entidade integram o orçamento fiscal da pessoa política
à qual a entidade esteja vinculada.

COMENTÁRIO
As receitas e despesas da administração pública indireta responsável pela fiscalização
ambiental integram o orçamento fiscal. Confira na CF/1988:

Art. 165, § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Po-
der Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.

Certo.

10. (CESPE-CEBRASPE/PROCURADOR/PGE-PB/2021) Considerando-se as normas de


direito financeiro e orçamentário, é correto afirmar que crédito especial é uma espécie de:
a. crédito adicional, destinando-se ao reforço de uma dotação orçamentária.
b. crédito suplementar, destinando-se ao reforço de uma dotação orçamentária.
c. crédito suplementar, destinando-se a despesas urgentes e imprevistas.
d. crédito adicional, destinando-se a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica.
e. crédito extraordinário, destinando-se a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.

COMENTÁRIO

O crédito especial é uma espécie de crédito adicional, destinando-se as despesas para as


quais não haja dotação orçamentária específica. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

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II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamen-


tária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guer-
ra, comoção intestina ou calamidade pública. (Grifos nossos.)

Letra d.

11. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/APEX/2021) Com relação ao ciclo orçamentário,


julgue os itens a seguir.
I – No Brasil, o ciclo orçamentário se divide em duas etapas: elaboração/planejamento
da proposta orçamentária e execução orçamentária/financeira.
II – A elaboração do orçamento compreende o estabelecimento de plano de médio
prazo (4 (quatro) anos) ou PPA, lei orientadora ou LDO, e orçamento propriamente
dito ou LOA.
III – O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as ati-
vidades típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua apreciação final.

Assinale a opção correta.


a. Apenas os itens I e II estão certos.
b. Apenas os itens I e III estão certos.
c. Apenas os itens II e III estão certos.
d. Todos os itens estão certos.

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COMENTÁRIO
I – Errado Já que o ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida tem 4 (quatro) fases:

II – Certo. Já que a elaboração dos instrumentos orçamentários compreende o PPA (vi-


gência de 4 anos), a LDO que orienta a elaboração da LOA e a LOA (orçamento propria-
mente dito).
III – Certo. Já que o Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por
meio do qual se planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programa-
ção de gastos do setor público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja
o ciclo ampliado:

Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-
cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,
com a sua avaliação e controle.
Letra c.

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12. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) O orçamento público é o instrumento


de planejamento que estima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do
próximo ano e, com base nelas, autoriza um limite de gastos a ser realizado com tais
recursos. Sobre este assunto, julgue o próximo item.
O ciclo orçamentário constitui uma sequência de duas fases ou etapas que deve ser
cumprida como parte do processo orçamentário: elaboração e aprovação.

COMENTÁRIO
Na visão resumida do ciclo orçamentário, além da elaboração e aprovação, temos também
as etapas da execução e controle/avaliação.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em 4 (quatro) etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) elaboração/discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.

Errado.

13. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento


utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com
os tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados,
além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A res-
peito desse assunto, julgue o próximo item.
Em situações em que o governo reconheça o estado de calamidade pública, como ocor-
reu em 2020 devido à pandemia de covid-19, para alocar recursos adicionais ao orça-
mento com o objetivo de atender os municípios atingidos, deve-se utilizar o mecanismo
retificador do orçamento denominado crédito especial.

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COMENTÁRIO
Na verdade, os créditos extraordinários são utilizados para despesas urgentes e imprevis-
tas decorrentes de calamidade pública e os créditos especiais são destinados a despesas
sem dotação orçamentária específica.
Errado.

14. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de


administração do orçamento, julgue o item que se segue.
O crédito especial é o único tipo de crédito adicional cuja vigência fica restrita ao exercício
financeiro em que for aberto, independentemente das circunstâncias.

COMENTÁRIO

Na verdade, o crédito suplementar é o único em que a vigência fica restrita ao exercício


financeiro em que for aberto. Os créditos especiais e extraordinários podem ser reabertos.
Confira na CF/1988:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-


ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últi-
mos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Errado.

15. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Com relação ao orçamento


público e ao processo legislativo orçamentário, julgue o item que se segue.
O excesso de arrecadação assim entendido o saldo positivo das diferenças acumuladas
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerada, ainda, a tendência
do exercício é fonte de recursos para os créditos suplementares.

COMENTÁRIO
Confira na Lei n. 4.320/1964, as fontes de recursos para abertura de crédito adicional es-
pecial e suplementar:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de


recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

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II – os provenientes de excesso de arrecadação;


III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realizá-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos
e as operações de crédito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo
positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
§ 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecada-
ção, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. (Gri-
fos nossos.)

Certo.

16. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGDF/2021) Considerando os princípios e a execução


orçamentários, bem como a composição orçamentária do DF, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um ente, ao final do exercício, apresenta a seguinte situação financeira:
• insuficiência de arrecadação (saldo negativo das diferenças acumuladas, ao longo do
exercício, entre a receita prevista e a realizada): R$ 55.000;
• créditos extraordinários autorizados em agosto e não utilizados durante o exercício:
R$ 40.000;
• déficit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 25.000.
Assertiva: Nessa situação, o ente deverá reabrir o crédito extraordinário até o valor de
R$ 40.000.

COMENTÁRIO
Note que, como o mencionado crédito extraordinário foi aberto em agosto, não poderá ser
reaberto no exercício seguinte, já que pode-se admitir a reabertura dos créditos especiais
e extraordinários abertos nos quatro últimos meses do ano (setembro, outubro, novembro
e dezembro). Confira na CF/1988:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-


ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últi-
mos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Errado.

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17. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO/PGDF/2021) Com base nos conceitos e nas aplica-


ções da Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas
(Lei n. 4.320/1964), julgue o item seguinte.
A lei orçamentária conterá os créditos suplementares para os quais já haja recursos
suficientes.

COMENTÁRIO
Note que se já existem recursos suficientes, os créditos suplementares não são necessários.
Errado.

18. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) Acerca das normas orçamentárias,


julgue o item subsequente.
As despesas urgentes não previstas no orçamento e necessárias ao combate da pan-
demia de covid-19 devem ser autorizadas mediante a abertura de crédito adicional
extraordinário.

COMENTÁRIO
Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (Grifos nossos.)

Certo.

19. (CESPE-CEBRASPE/PROCURADOR MP/TC-DF/2021) Considerando a legislação


e o entendimento jurisprudencial acerca de direito financeiro e econômico, julgue o
item a seguir.
Ao longo da tramitação do projeto de lei orçamentária anual e dos projetos que a modi-
fiquem, podem ser apresentadas emendas, as quais, para serem aprovadas, devem ser
compatíveis com o plano plurianual.

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COMENTÁRIO
Sem dúvida, as emendas ao PLOA devem ser compatíveis com o PPA e a LDO. Confira
na CF/1988:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. (Grifos nossos.)

Certo.

20. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF//2021/ADAPTADA) Julgue o item a seguir.


Após serem elaborados, os projetos de lei orçamentária devem ser enviados ao Po-
der Legislativo, iniciando-se, com isso, a fase de apreciação legislativa do ciclo or-
çamentário.

COMENTÁRIO
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em 4 (quatro) etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.

Assim, após a sua elaboração pelo Poder Executivo, o PLOA deve ser ao Poder Legislativo,
Certo.

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21. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF/2021) A lei orçamentária anual (LOA) de 2020


de determinado estado da Federação, em sua dotação inicial, não havia considerado
qualquer recurso para ser utilizado para a aquisição de testes rápidos para detecção
de covid-19. Em fevereiro de 2020, contudo, o referido estado autorizou, por meio de
créditos adicionais, grande montante de recursos para a aquisição de testes rápidos e
para outras despesas relacionadas à calamidade pública causada pela referida doença.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, com base na
legislação vigente.
Considerando-se a inexistência de créditos ordinários na LOA de 2020 e a situação
de calamidade pública, os referidos créditos adicionais devem ser classificados como
extraordinários.

COMENTÁRIO
Os créditos adicionais extraordinários são aqueles usados para despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como é o caso do Covid-19),
de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.
Certo.

22. (CESPE-CEBRASPE/ASSESSOR JURÍDICO/CODEVASF/2021) Considerando as


normas de direito financeiro, julgue o item a seguir.
A principal diferença entre os créditos especiais e os créditos suplementares reside no
fato de que estes têm como propósito reforçar uma dotação orçamentária já existente,
enquanto os créditos especiais se referem a despesas para as quais ainda não há do-
tação orçamentária específica.

COMENTÁRIO
O CESPE confirmou o entendimento de que a principal diferença entre os créditos adi-
cionais especiais e suplementares é que os créditos especiais são destinados a despesas
sem dotação orçamentária específica enquanto os créditos suplementares são destinados a
reforço de dotação orçamentária insuficiente. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamen-
tária específica; (Grifos nossos.)

Certo.

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23. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/TCE-RJ/2021) Com relação aos recursos de acompa-


nhamento e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
O crédito adicional constitui dotação isolada da lei orçamentária anual, sendo vedada
sua incorporação no crédito orçamentário.

COMENTÁRIO
Vamos ver o que nos diz sobre o tema o MCASP 8ª Edição:

O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação orça-


mentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e extraordinários conservam
sua especificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta dos mes-
mos, separadamente. Nesse sentido, se entende que o reforço de um crédito especial
ou de um crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela regra prevista nos
respectivos créditos ou, no caso de omissão, pela abertura de novos créditos especiais
e extraordinários. (Grifos nossos.)

Assim, podemos dizer que os créditos suplementares são adicionados à dotação orça-
mentária original, enquanto os créditos extraordinários e suplementares são demonstrados
separadamente, conservando, desse modo, suas especificidades.

Errado.

24. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação a aspectos constitucio-


nais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro, julgue o item subsequente.
Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta orçamentária encaminhada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que obedece aos limites estipulados
na lei de diretrizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao
encaminhar o projeto de lei orçamentária anual à Assembleia Legislativa.

COMENTÁRIO
A CF/1988 garante autonomia administrativa e financeira ao dispor que os Tribunais devem
elaborar suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO, cabendo
ao Poder Executivo efetuar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, caso esteja em desacordo com os limites da LDO.
No caso prático apresentado na assertiva, o simples fato do Poder Executivo discordar da
proposta do TJ-RJ (dentro dos limites da LDO) não dá direito ao governador de alterar a
proposta orçamentária do TJ-RJ.

Certo.

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25. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação a aspectos cons-


titucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro, julgue o item
subsequente.
Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta orçamentária encaminhada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que obedece aos limites estipulados
na lei de diretrizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao
encaminhar o projeto de lei orçamentária anual à Assembleia Legislativa.

COMENTÁRIO
A CF/1988 garante autonomia administrativa e financeira ao dispor que os Tribunais devem
elaborar suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO, cabendo
ao Poder Executivo efetuar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, caso esteja em desacordo com os limites da LDO.
No caso prático apresentado na assertiva, o simples fato do Poder Executivo discordar da
proposta do TJ-RJ (dentro dos limites da LDO) não dá direito ao governador de alterar a
proposta orçamentária do TJ-RJ.
Certo.

26. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Com relação aos recursos de


acompanhamento e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
É vedado ao presidente da República propor modificação integral da proposta de lei
orçamentária anual, se uma parte da referida proposta tiver sido aprovada na comissão
mista de orçamentos.

COMENTÁRIO
Vamos ver como a CF/1988 trata desse tema:

Art. 166, § 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Na-


cional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Note, portanto, que o Presidente da República somente pode enviar mensagem ao Con-
gresso Nacional para propor modificação no PLOA enquanto não tenha sido iniciada a
votação da parte cuja alteração é proposta, na comissão mista de orçamentos. Note que o
Presidente da República quer propor modificação integral do PLOA, mas uma parte dela já
foi aprovada na Comissão Mista, não sendo, assim, mais admitida tal mensagem.

Certo.

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27. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA CEX/TCE-RJ/2021) Acerca de orçamento público,


julgue o item a seguir.
A vigência da lei orçamentária anual deve coincidir com a vigência da respectiva lei de
diretrizes orçamentárias.

COMENTÁRIO
Na verdade, a LDO tem uma vigência de 18 meses a contar da sua aprovação, que ocor-
re no mês de julho de um ano, até o mês de dezembro do próximo ano, tendo, portanto,
vigência diferente da LOA que é de 12 meses – janeiro a dezembro do exercício seguinte.
Confira no ADCT:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financei-
ro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)

Errado.

28. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/TC-DF/2021) O modelo orçamentário brasileiro, defi-


nido na Constituição Federal de 1988, compõe-se de três instrumentos: o plano pluria-
nual (PPA), a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e a LOA. Quanto a esse assunto,
julgue o item a seguir.
Todos os projetos de lei relacionados a orçamento devem ser apresentados conjunta-
mente, ou seja, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o de orçamento anual e,
quando for o caso, o de plano plurianual devem ser apresentados na mesma data ao
Poder Legislativo, para discussão e votação.

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COMENTÁRIO
Totalmente errada. O PPA só é apresentado a cada 4 anos. A LDO deve ser elaborada anu-
almente antes da LOA, já que serve para orientá-la. Confira os prazos para envio do PPA,
da LDO e da LOA, conforme disposto no ADCT:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financei-
ro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o en-
cerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)

Errado.

29. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Com relação ao orçamento público


no Brasil, julgue o item subsequente.
Vigente por um período de 4 (quatro) anos, o plano plurianual deve estabelecer, em
âmbito nacional, as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e os
programas de duração continuada.

COMENTÁRIO
Confira diretamente no texto da Constituição Federal de 1988 com grifos nossos:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-
nuada. (Grifos nossos.)

Errado.

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30. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento


utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com
os tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados,
além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A res-
peito desse assunto, julgue o próximo item.
O plano plurianual é o documento que traz as diretrizes, os objetivos e as metas de
médio prazo da administração pública, no qual são previstas, por exemplo, as grandes
obras públicas a serem realizadas nos 4 (quatro) anos seguintes à elaboração do plano.

COMENTÁRIO
Basicamente o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas
aos programas de duração continuada para um período de 4 (quatro) anos. Confira direta-
mente na CF/1988:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionaliza-
da, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do en-
cerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;

Certo.

31. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/2021) Com relação ao orçamento


público, julgue o item a seguir.
A alteração da alíquota de determinado tributo pode entrar em vigor ainda que não te-
nha sido autorizada pela lei de diretrizes orçamentárias.

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COMENTÁRIO

Embora seja verdade que a LDO deve dispor sobre alterações na Legislação Tributária,
não é necessário que uma alteração de alíquota de determinado tributo tenha sido autori-
zada por tal instrumento orçamentário. Confira na CF/1988:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respecti-
vas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a ela-
boração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributá-
ria e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(Grifos nossos.)

Certo.

32. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) A despesa pública possui classifica-


ções quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos. Os aspectos qualitativos são
formados pelas classificações por esfera, institucional, funcional e programática. Com
relação a esse assunto, julgue o item que se segue.
De acordo com a atual estrutura programática, baseada no modelo de gerenciamento
de programas adotado no último PPA, é possível definir os programas finalísticos como
sendo aqueles que estão relacionados a bens e serviços ofertados à sociedade.

COMENTÁRIO

Trata-se do conceito de programas finalísticos, conforme o atual PPA 2020-2023, Lei n.


13.971/2019, art. 2º, inciso XII. Confira:

Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:


XII – programa finalístico – conjunto de ações orçamentárias e não orçamentárias, sufi-
cientes para enfrentar problema da sociedade, conforme objetivo e meta;

Certo.

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33. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-CE/2021) O modelo de planejamento e orça-


mento brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 e composto de três instru-
mentos: o plano plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)e a Lei Orça-
mentária Anual (LOA). A esse respeito, julgue o item que se segue.
Os valores que possam vir a desequilibrar as contas públicas, a exemplo dos passivos
contingentes, assim como as ações e programas necessários para saná-los, devem
constar no PPA.

COMENTÁRIO
Na verdade, deve constar na LDO e não no PPA. Confira na LRF:

Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Errado.

34. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/APEX/2021) Para que o poder público possa


desempenhar suas funções com critério, é necessário que haja um planejamento orça-
mentário consistente que estabeleça com clareza as prioridades da gestão.
A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a. Orçamento público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inaltera-
das desde a sua criação.
b. O orçamento público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a
fixação das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo
governo em determinado exercício financeiro.
c. O orçamento público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planeja-
mento governamental.
d. A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do
dinheiro público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano
plurianual (PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

COMENTÁRIO
Confira na CF/1988 os três instrumentos orçamentários:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

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Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, o orçamento público historicamente tem evoluído ao longo do tem-
po, desde o tradicional ou clássico até o orçamento-programa que está em uso no Brasil
atualmente.
b) Errada. Na verdade, a LOA apresenta as receitas previstas e as despesas fixadas para
o exercício financeiro.
c) Errada. Na verdade, o Orçamento Programa é um instrumento de planejamento, geren-
ciamento e controle dos recursos públicos.
Letra d.

35. (INÉDITA/2021) Julgue:


A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve estabelecer as diretrizes de política fiscal e suas
metas de modo a materializar a trajetória sustentável de dívida pública.

COMENTÁRIO
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO tem como primordial função o estabelecimento
dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual e teve suas atri-
buições constitucionais alteradas recentemente. Confira no artigo 165 da CF/1988 já com
a redação atualizada até a EC 109/2021 de 15/03/2021:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas me-
tas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabele-
cerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021.) (Grifos nossos.)

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Note, portanto, que a LDO deve estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com a trajetória sustentável da dívida pública. Veja agora o papel
da LDO de modo esquematizado:

2º semestre 18 meses

Estabelece

Estabelece

Certo.

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36. (INÉDITA/2021) Julgue:eve integrar a Lei de Diretrizes Orçamentárias o anexo de agre-


gados fiscais que deve ser elaborado para o exercício a que se refere e, pelo menos,
para os dois exercícios subsequentes.

COMENTÁRIO
Trata-se de uma novidade em relação à LDO trazida pela EC 102/2019 e refere-se ao
anexo de agregados fiscais, que deve ser elaborado para o exercício ao qual se refere e,
pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com previsão
de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados
na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. Confira o art. 165,
§ 12, na literalidade da CF/1988:

Art. 165, § 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com pre-
visão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que
serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em anda-
mento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Grifos nossos.)

Certo.

37. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020) Relativamente a tópicos específicos


de finanças públicas, julgue o item a seguir.
Emenda parlamentar ao projeto de lei orçamentária destinada a reforçar a dotação para
os serviços da dívida correspondentes a determinada operação de crédito deve ser re-
jeitada por inconstitucionalidade se apresentar como fonte de recursos a anulação das
despesas com serviços da dívida correspondentes a outra operação de crédito.

COMENTÁRIO
Leve para a prova que as emendas ao PLOA somente podem ser aprovadas caso indi-
quem os recursos necessários, sendo os recursos necessariamente provenientes de anu-
lação de despesa, NÃO podendo estar relacionadas ao serviço da dívida.
Certo.

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38. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020) Considerando as regras constitucio-


nais de direito financeiro, julgue o item a seguir.
O crédito especial cujo ato de autorização seja promulgado nos últimos quatro meses
do exercício financeiro pode ser reaberto e incorporado ao orçamento do ano seguinte,
desde que respeitado o limite do seu saldo.

COMENTÁRIO
Vamos ver como a CF/1988 trata esse tema:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-


ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últi-
mos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Assim, guarde que apenas os créditos especiais e extraordinários poderão ser reabertos
no exercício seguinte, desde que sejam abertos nos últimos quatro meses do exercício
financeiro, sendo incorporado no orçamento seguinte no limite do seu saldo.
Certo.

39. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
Projeto de lei orçamentária anual (LOA) que não contenha despesas essenciais deverá
ser revisto antes de ser votado, pois os créditos adicionais, que têm a função de ajustar
as dotações da LOA, devem ser usados somente como créditos suplementares e cré-
ditos extraordinários.

COMENTÁRIO
Na verdade, como créditos adicionais, além dos suplementares e extraordinários, como
falou o examinador, temos também os especiais que poderiam ser usados na situação des-
crita na assertiva, sem precisar rever o projeto de LOA. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamen-
tária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guer-
ra, comoção intestina ou calamidade pública. (Grifos nossos.)

Errado.

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40. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
A anulação parcial de dotações orçamentárias não é uma fonte de recursos para a aber-
tura de crédito suplementar.

COMENTÁRIO

Sem dúvida, a anulação das dotações orçamentárias é uma fonte de recursos para crédi-
tos suplementares, o que torna a assertiva errada. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de


recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possi-
bilite ao poder executivo realiza-las. (Grifos nossos.)

Errado.

41. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a


construção de um presídio federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os paga-
mentos serão realizados em parcelas durante a execução da obra, que será desenvol-
vida em dois anos, com expectativa de conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o item.
Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de
complementar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de
crédito adicional extraordinário no montante de R$ 1 milhão.

COMENTÁRIO
Na situação descrita deve ser utilizado um crédito suplementar, já que temos que os um
caso em que os recursos previstos inicialmente foram insuficientes havendo, portanto, a
necessidade de complementar a dotação inicial.
Errado.

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42. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público,


ciclo orçamentário e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
No orçamento público federal, tanto a receita quanto a despesa são programadas, au-
torizadas e controladas.

COMENTÁRIO
Na verdade, as receitas são previstas e as despesas são fixadas. Assim, as receitas são
apenas estimadas, inexistindo autorização para arrecadá-las. Já as despesas realmen-
te são autorizadas (na LOA), programadas e controladas. Confira no artigo 165, §8º, da
CF/1988 com grifos nossos:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para aber-
tura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei. (Grifos nossos.)

Errado.

43. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue


o item que se segue.
O orçamento público é um instrumento de planejamento governamental em que cons-
tam as despesas da administração pública em equilíbrio com a arrecadação das recei-
tas previstas para um período de dois anos.

COMENTÁRIO
Na verdade, o Orçamento Público (LOA) é o instrumento que fixa as despesas e estima as
receitas para o período de um ano (um exercício financeiro) e não para um período de dois
anos como diz a assertiva.
Errado.

44. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue


o item que se segue.
O sistema de planejamento orçamentário federal segue o PPA, a LDO, a LRF e a LOA,
instrumentos legais que se materializam periodicamente após serem propostos pelo
Poder Executivo federal e, posteriormente, aprovados pelo Poder Legislativo.

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COMENTÁRIO
Na verdade, a LRF é uma lei que estabelece normas de finanças voltadas para a responsa-
bilidade na gestão fiscal e apresenta itens que devem ser apresentados pela LDO e LOA.
As leis orçamentárias ou instrumentos orçamentários existentes são PPA, LDO e LOA.
Confira na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Errado.

45. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/TJ-PA/2020) Considerada uma inovação no sistema


orçamentário brasileiro, a LDO orienta a elaboração da LOA e prevê a definição de:
a. metas e prioridades, mudanças na legislação de tributos, políticas de fomento das
agências financeiras oficiais e formas de utilização da reserva de contingência.
b. metas e prioridades, riscos fiscais, programação de desembolsos e formas de paga-
mento de precatórios.
c. metas e prioridades, metas fiscais, parâmetros para renúncias tributárias e progra-
mas de duração continuada.
d. condições para transferências de recursos a entidades privadas e limites para aplica-
ção de recursos em despesas discricionárias.
e. formas de limitação de empenho, normas para regimes de previdência e destinação
de recursos para o orçamento fiscal e a seguridade social.

COMENTÁRIO

Em relação às metas e prioridades, mudanças na legislação de tributos e políticas de fo-


mento das agências financeiras oficiais, confira na CF/1988:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respec-
tivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tri-
butária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. (Grifos nossos.)

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No que diz respeito à forma de utilização da reserva de contingência, confira na LRF:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido
com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamen-
tárias, destinada ao: (Grifos nossos.)

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) Errada. Programação de desembolsos e formas de pagamento de precatórios não cons-
tam na LDO.
c) Errada. Parâmetros para renúncias tributárias e programas de duração continuada não
constam na LDO.
d) Errada. Limites para aplicação de recursos em despesas discricionárias não cons-
tam na LDO.
e) Errada. Normas para regimes de previdência e destinação de recursos para o orçamen-
to fiscal e a seguridade social não constam na LDO.
Letra a.

46. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/COGE-CE/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO,


julgue os itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resulta-
dos dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Assinale a opção correta.


a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.

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COMENTÁRIO

Vamos avaliar os itens:


I – Errado. Já que não é o PPA, mas a LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício fi-
nanceiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento. (Grifos nossos.)

II – Certo. Repare no dispositivo anterior que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações
na legislação tributária.
III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da


Constituição
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos progra-
mas financiados com recursos dos orçamentos; (Grifos nossos.)

Letra b.

47. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/MPC-PA/2019) Na abertura de créditos suplemen-


tares, é vedada a utilização de recursos decorrentes de
a. restos a pagar liquidados.
b. superávit financeiro do exercício anterior.
c. excesso de arrecadação.
d. anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.
e. operações de crédito autorizadas.

COMENTÁRIO

Dentre as alternativas, apenas os restos a pagar liquidados não são fontes de recursos
para abertura de créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não com-
prometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
(letra “b” – errada)

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II – os provenientes de excesso de arrecadação; (letra “c” – errada)


III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei; (letra “d” – errada)
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente pos-
sibilite ao poder executivo realiza-las”. (letra “e” – errada) (Grifos nossos.)

Letra a.

48. (CESPE-CEBRASPE/ASSISTENTE/PGE-PE/2019) O orçamento público, um instru-


mento fundamental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A
respeito desse assunto, julgue o seguinte item.
O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas
do orçamento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e
aprovação.

COMENTÁRIO
O ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida, tem 4 (quatro) fases:
1) elaboração/planejamento – realizada pelo Executivo;
2) estudo/aprovação – realizada pelo Legislativo;
3) execução – realizada pelo Executivo;
4) controle/avaliação – realizada pelo Legislativo.
Errado.

49. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA/STM/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao


Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentá-
rios adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são
abertos por decreto do Poder Executivo.

COMENTÁRIO

Note que, como já temos autorização na Lei Orçamentária, cumprindo a previsão de auto-
rização legal do art. 42 da Lei n. 4.320/1964, só falta mesmo a abertura por decreto execu-
tivo. Confira na mencionada Lei e na CF/1988:

Lei n. 4.320/1964, Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por
lei e abertos por decreto executivo.

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CF/1988, Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à pre-
visão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ain-
da que por antecipação de receita, nos termos da lei. (Grifos nossos.)

Certo.

50. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR/CGM JOÃO PESSOA-PB/2018) De acordo com a Lei


Complementar n. 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item
subsecutivos.
O superávit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fon-
te de recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.

COMENTÁRIO
Na verdade, o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial (não no balanço fi-
nanceiro) constitui fonte de recursos. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de


recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possi-
bilite ao poder executivo realiza-las. (Grifos nossos.)

Errado.

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