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Assuntos Indispensáveis
para a sua Preparação
Polícia Federal - Agente Administrativo
Professor: Manuel Piñon
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
182023474
TIPO DE MATERIAL:
E-book
TÍTULO:
AFO – Assuntos Indispensáveis para a Sua Preparação –
PF – Agente Administrativo
PROFESSOR:
Manuel Piñon
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
8/2023
AFO – PF – AGENTE ADMINISTRATIVO
Professor: Manuel Piñon
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................4
Orçamento Público...........................................................................................................7
Ciclo Orçamentário...........................................................................................................32
Créditos Adicionais...........................................................................................................35
EXERCÍCIOS.....................................................................................................................48
GABARITO........................................................................................................................59
GABARITO COMENTADO...............................................................................................60
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AFO – PF – AGENTE ADMINISTRATIVO
Professor: Manuel Piñon
Apresentação
Manuel Piñon
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e Professor na área de concursos públicos, desde 2014, das
matérias Economia, Finanças Públicas, AFO – Administração Financeira e orçamentária, Orçamento Público,
Direito Financeiro, Contabilidade de Custos e Administração Financeira. Administrador de Empresas com
MBA em Finanças Corporativas pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. Aprovado 2 vezes para o cargo de
Auditor Fiscal da Receita Federal (1998 e 2010) e também para o cargo de Auditor da CGU – Controladoria
Geral da União (2008).
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Importante dizer que o termo “Noções de AFO” não pode lhe induzir a menosprezar a
importância e o grau de dificuldade da disciplina. Dito isso, entretanto, veremos que nossa
matéria, embora rica em detalhes, não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
Uma boa maneira de começar a estudar essa matéria é compreender do que ela trata.
Podemos dizer que AFO é o ramo da ciência administrativa que foca na gestão das
finanças e do orçamento público, desde sua concepção até a sua prestação de contas e
avaliação de resultados.
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a
execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organi-
zação, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma
dessas fases.
A Atividade Financeira do Estado – AFE, por sua vez, engloba 4 elementos que estão
intimamente ligados:
1. obter a Receita Pública (orçamentária);
2. criar o Crédito Público (empréstimo público);
3. gerenciar ou gerir o Orçamento Público (Lei Orçamentária Anual – LOA);
4. despender Recursos (gastar) – Executar a Despesa Pública (orçamentária).
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Para o nosso certame, os assuntos mais importantes são o orçamento público, a receita
pública e a despesa pública, além da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
Em termos de legislação, a nossa disciplina encontra sua “gênese normativa” na Cons-
tituição Federal de 1988 – CF/1988, especialmente entre os arts. 165 e 169. Em sua prova,
com certeza, teremos questões retiradas deles.
Mas, além da letra da CF/1988, as Finanças Públicas e Orçamento Público têm sus-
tentação na mencionada LRF (Lei Complementar n. 101/2000) e na Lei de Normas Gerais
de Direito Financeiro, a Lei n. 4.320/1964, também conhecida como Lei do Orçamento
Público, que é uma lei originalmente ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vin-
culando todos os entes políticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios.
Além dessas duas Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA e de
créditos adicionais, jurisprudências mais significativas do STF, dispositivos infralegais como
o Decreto n. 93.872/1986 e os Manuais MTO – Manual Técnico do Orçamento e MCASP –
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Veja a pirâmide das fontes do Direito
Financeiro e Orçamentário:
– –
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Orçamento Público
Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito
quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser
usado em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para exe-
cução das despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em
créditos orçamentários para que se possa efetuar o gasto público.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sis-
tema misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral
do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação
prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.
No Brasil adotou-se o Orçamento-Programa, que deve ser visto como um plano de tra-
balho expresso por um conjunto de ações a serem realizadas e pela identificação dos
recursos necessários para a sua execução.
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A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de
modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação,
definindo o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar
individualmente os resultados esperados para cada uma delas.
Como benefícios mais relevantes do Orçamento-Programa podemos citar a integração
ente o planejamento e o orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das
relações de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo deci-
sório, além de permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.
O art. 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos (leis) orçamentários
de planejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:
Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma
delas com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes
públicos nas três esferas de governo.
No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de
forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
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Veja na figura a seguir o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em
termos de integração:
Resumidamente, tenha em mente que o PPA, a LDO e a LOA são leis instituídas pelo
art. 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes de médio
prazo (4 anos).
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A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de
metas e prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA
para o ano seguinte.
A LOA, que deve ser compatível com o PPA e a LDO, contempla os orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.
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DICA
Nesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Diretrizes, Objetivos e Metas.
Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico,
servindo de plano de voo para os próximos 4 (quatro) anos.
Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisas ser modifi-
cado, ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.
Finalmente, as Metas tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tra-
duzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades
de cada caso.
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Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas
das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
Importante destacar ainda que, enquanto o PPA tem duração de 4 (quatro) anos,
durante a sua vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, quatro
LDOs e quatro LOAs que precisam ser compatíveis com o respectivo PPA.
Veja o PPA em andamento e respectivas LDOs e LOAs para União, Estados e DF:
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Nessa pegada, guarde que a vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, mas inicia-se no
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro
exercício financeiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do pri-
meiro exercício.
O PULO DO GATO
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo,
já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano,
somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
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Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro,
do governo para um período de 4 (quatro) anos e os caminhos trilhados para viabilizar
as metas previstas, construindo um Brasil melhor.
O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da Repú-
blica. O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macro desafios e valores que guiam
o comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atua-
ção, a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também,
que a sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.
Importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como a
construção ou ampliação de um aeroporto.
DICA
No caso da União, nem todas as despesas orçamentárias de capital constam no
PPA. No PPA federal não constam as despesas dos programas de operações espe-
ciais, ou seja, ficam de fora as despesas com amortização da dívida pública.
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A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, assim como o PPA, surgiu com a CF/1988
e tem como primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação
dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das
metas e objetivos contemplados nos programas do plano plurianual. Veja a sua literalidade,
de acordo com o art. 165 da CF/1988 já com a redação atualizada até a EC n. 109/2021:
Estabelece
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2º semestre 18 meses
Estabelece
O PULO DO GATO
A LDO é o elo de ligação entre o PPA e a LOA.
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DICA
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária,
mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que
deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis
sejam aprovadas antes da LDO.
ATENÇÃO
Merece destaque uma novidade em relação à LDO trazida pela EC n. 102/2019. Trata-
-se do anexo de agregados fiscais, que deve ser elaborado para o exercício a que se
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com
previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão
alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.
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A princípio parece estranho que um orçamento seja uma lei... afinal, frequentemente
temos contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando precisa-
mos consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma festa,
ou o próprio orçamento de uma família.
Entretanto, quando se trata de dinheiro público, algumas regras para o seu uso precisam
ser respeitadas e elas precisam estar previstas na legislação. Assim, este é um dos principais
objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas serão cobradas em prova.
Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas maté-
rias: previsão de receita e fixação de despesa. Entretanto, a título de exceção, são admitidas
autorizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO – Ante-
cipação de Receita Orçamentária (princípio orçamentário constitucional da exclusividade).
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RELEMBRANDO
É bom lembrar que a LOA é orientada por diretrizes, objetivos e metas do PPA, com-
preendendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabeleci-
das na LDO.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já que a receita orçamen-
tária pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto
para a receita.
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser pre-
vista com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que
é a expressão monetária do crédito orçamentário, uma autorização discriminada para se
gastar recursos.
Muitas vezes esses termos são usados como sinônimos mesmo, mas vamos esclarecer
a diferença entre dotação e crédito orçamentário.
A dotação orçamentária é o valor monetário autorizado, consignado na lei do orçamento
(LOA), para atender uma determinada programação orçamentária. É o limite financeiro
(orçamentário) autorizado. A dotação não entra no mérito das classificações da respectiva
despesa orçamentária.
Por sua vez, o crédito orçamentário apresenta as respectivas classificações orçamen-
tárias da despesa para qual existe uma dotação. É um detalhamento da dotação orçamentá-
ria. Em outras palavras, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que é o limite
de recurso financeiro autorizado.
Em suma, o crédito orçamentário é o detalhamento em termos de classificação da
despesa de uma respectiva dotação orçamentária.
Importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não
estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.
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Guarde os prazos:
• PPA
– prazo para encaminhar: 31/08 (primeiro ano do mandato)
– prazo para aprovar: 22/12 (primeiro ano do mandato)
• LDO
– prazo para encaminhar: 15/04
– prazo para aprovar: 17/07
• LOA
– prazo para encaminhar: 31/08
– prazo para aprovar: 22/12
Importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu art. 165, § 6º, determina que
o projeto da LOA seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e bene-
fícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
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Destaque-se que, como visto no desenho anterior, na verdade, trata-se de uma única
LOA, um único documento. Mas vamos falar um pouco de cada um deles.
No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele
deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que estiverem
no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.
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ATENÇÃO
Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional. Guarde, portanto, que o orçamento da seguridade social
NÃO tem essa função.
O PULO DO GATO
Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das
estatais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF...” basta saber isso. Entretanto,
se considerarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, que
trazem conceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, a
coisa muda de figura.
Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não de-
pendentes devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as esta-
tais dependentes que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Então fique atento ao comando da questão na prova!
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Guarde que para uma empresa ser considerada uma estatal, o Estado precisa ter o
controle, ou seja, todas as empresas consideradas estatais são controladas. Uma estatal,
controlada, portanto, pode ser dependente ou não dependente. Na aula de LRF (parte 1) os
conceitos de estatal dependente e não dependente serão bem definidos.
Por enquanto, guarde que a estatal dependente é aquela que recebe recursos do governo
para custeio do seu funcionamento, enquanto a estatal não dependente, como o nome sugere,
não recebe recursos do governo para custeio do seu funcionamento.
Assim, em termos de orçamento, se a estatal for dependente, ela participa apenas no
OF e no OSS, mas se for uma estatal não dependente deve constar no OI.
No que diz respeito ao orçamento da Seguridade Social guarde que ela compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Importante destacar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os órgãos
que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência,
assistência e saúde).
EXEMPLO
O Ministério da Economia possui despesas de assistência médica relativa aos seus
servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social, mas as
demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.
O PULO DO GATO
Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social, independentemente da
natureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos e en-
tidades não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas típicas da
Seguridade Social integram o orçamento da seguridade social.
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O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do
Plano que estão associadas às Ações constantes da LOA.
Deve haver, portanto, uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale
ressaltar que a abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.
A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o pri-
meiro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a
sanção presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organiza-
ção, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão orga-
nizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitati-
vas, sejam físicas ou financeiras.
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, 4 (quatro) anos.
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5. É uma lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados no
que tange às despesas discricionárias, exceto para os casos previstos na própria CF/1988.
6. Tem que ser compatível com o PPA e LDO.
7. Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal, de Investimento e
da Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
8. Atendendo ao Princípio da Unidade, há uma só LOA para cada ente político em cada
exercício.
9. É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art. 35, ADCT).
10. Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
11. É uma lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
12. Suas normas não podem apresentar abstração e generalidade, embora seja
admitida pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua constitucionalidade.
13. Quanto ao aspecto material é um ato condição.
Importante reforçar que a regra geral para as despesas discricionárias é que o orçamento
público no Brasil é autorizativo, ou seja, não impositivo, no qual temos uma mera autori-
zação de gastos que serão efetuados de acordo com a disponibilidade de recursos em função
da arrecadação, com exceção das emendas parlamentares reguladas em nossa CF/1988.
O PULO DO GATO
Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos au-
torizados na LOA, grande parte das receitas do Estado tem destinação própria, ou seja,
grande parte das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas. Então,
sob essa diferente perspectiva, pode-se dizer que o orçamento público é impositivo
sob o ponto de vista da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que exis-
te vinculação específica à sua finalidade.
EXEMPLO
Um bom exemplo para elucidar a questão trazida à baila é o caso das contribui-
ções destinadas ao financiamento da seguridade social, onde todos os valores
arrecadados devem necessariamente ser gastos com saúde, previdência e assis-
tência social.
Em suma, guarde, portanto, que, embora o orçamento público no Brasil seja, em regra,
autorizativo, ele apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que
uma grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.
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Ciclo Orçamentário
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Numa última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim
de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e controle
dos gastos públicos, nas quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento
vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.
O PULO DO GATO
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à
LDO são incorporadas.
De acordo com a teoria defendida pelo doutrinador Osvaldo Maldonado Sanches, pode
não ser considerada como doutrina majoritária, mas pode ser cobrada em sua prova,
em O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988, artigo publicado na
Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993,
o ciclo orçamentário ampliado desdobra-se em 8 (oito) fases, quais sejam:
1. formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2. apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3. proposição de metas e prioridades para a administração e da política de aloca-
ção de recursos pelo Executivo;
4. apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
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De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo
Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já
que cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
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Créditos Adicionais
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ATENÇÃO
Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de com-
plementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicio-
nais, para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo para
aqueles créditos que atendam aos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como ao
Ministério Público da União.
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ATENÇÃO
No que diz respeito ainda às emendas à LOA e aos créditos adicionais, importante deixar
registrado que elas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
Já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto pela
Administração Pública em cada dotação. Entretanto, podem ocorrer omissões de ações
necessárias, falhas na previsão de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças de prio-
ridades, ou mesmo arrecadação superior à prevista, que requeiram do Governo ações rápi-
das, tanto para adequar a fixação da despesa a ações e valores que permitam a consecução
dos objetivos e metas almejados quanto para dar destino às receitas públicas cuja arrecada-
ção supere a previsão inicial.
Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei
orçamentária anual são feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras,
são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de
orçamento.
Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extra-
ordinárias.
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O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classifi-
cação da despesa, até onde for possível.
Vamos agora conhecer as 3 espécies do gênero Crédito Adicional.
O PULO DO GATO
Guarde, portanto, que os créditos suplementares não alteram os atributos do crédito orça-
mentário, mas apenas a dotação.
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De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
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DICA
A reserva de contingência é fonte para abertura de créditos adicionais de acordo
com o art. 8º da Portaria STN/SOF n. 163/2001.
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SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES NA CLT PARA AFT
Professora: Maria Rafaela de Castro
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CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
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Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como
é o caso do Covid-19), de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.
O PULO DO GATO
Note uma pequena diferença entre as conceituações da CF/1988 e da Lei n. 4.320/1964:
Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que
no caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA,
mas não o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção
interna ou de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que
suas respectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do Coronavírus para o
Orçamento de 2020.
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DICA
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas
provisórias somente deve usado nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.
ATENÇÃO
A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário
a fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em
medida provisória é do Supremo Tribunal Federal – STF.
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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”
e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevisí-
veis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e
extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas
correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência não justi-
ficam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.
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Exercícios
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Caro(a) aluno(a),
Acredito que com esse material resumido você já dispõe das informações iniciais de parte
da disciplina e já verificou que não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
O ideal agora é que possa ter acesso ao nosso curso para esse certame (aulas autossu-
ficientes em PDF) que contempla todos os tópicos do edital, a fim de que essa disciplina seja
um diferencial da sua pontuação em relação à concorrência.
Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está exigindo muito de você,
mas, como disse Henry Ford: “Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita
fadiga e persistência”.
Este é o segredo: determinação, disciplina e resiliência!
SEJA IMPARÁVEL!
Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!
Chegou a sua hora de vencer!
Você vai passar!
Agora quero pedir um favor.
Avalie esse nosso material, é rápido e fácil, e deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-lo
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Obrigado por tudo, um grande abraço, bons estudos e boas provas!
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Gabarito
1. C 38. C
2. C 39. E
3. E 40. E
4. E 41. E
5. E 42. E
6. E 43. E
7. C 44. E
8. C 45. A
9. C 46. B
10. D 47. A
11. C 48. E
12. E 49. C
13. E 50. E
14. E
15. C
16. E
17. E
18. C
19. C
20. C
21. C
22. C
23. E
24. C
25. C
26. C
27. E
28. E
29. E
30. C
31. C
32. C
33. E
34. D
35. C
36. C
37. C
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Gabarito Comentado
COMENTÁRIO
Elaboração
A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orça-
mentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado,
bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua
materialização e concretização.
Estudo e aprovação
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na
necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de
suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
Execução
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas deter-
minados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobi-
lização de recursos humanos, materiais e financeiros.
Avaliação
A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível
dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execu-
ção; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de
racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.
Fonte: KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
Certo.
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COMENTÁRIO
Nessa toada, guarde que os créditos adicionais suplementares terão vigência adstrita ao
exercício financeiro em que forem abertos. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários.
Certo.
COMENTÁRIO
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Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não com-
prometidos:
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
Errado.
COMENTÁRIO
Na verdade, os créditos adicionais especiais e suplementares devem ser abertos por de-
creto do executivo e autorizados por Lei. Em contraste, os créditos extraordinários devem
ser abertos por decreto do executivo, não necessitando de autorização legal prévia (nor-
malmente usa-se MP). Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que
deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Errado.
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COMENTÁRIO
Note que o PPA é quem estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal e que a LDO deve ser elaborada de acordo com o PPA. Confira na CF/1988:
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionaliza-
da, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Errado.
COMENTÁRIO
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-
nuada. (Grifo nosso.)
Errado.
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COMENTÁRIO
O projeto do PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano do mandato do
governante e sua vigência é de 4 (quatro) anos (segundo ano do mandato até o encerra-
mento do primeiro exercício financeiro seguinte). Confira nos ADCTs da CF/1988:
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)
Certo.
COMENTÁRIO
Confira na CF/1988:
Certo.
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COMENTÁRIO
As receitas e despesas da administração pública indireta responsável pela fiscalização
ambiental integram o orçamento fiscal. Confira na CF/1988:
Certo.
COMENTÁRIO
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Letra d.
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COMENTÁRIO
I – Errado Já que o ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida tem 4 (quatro) fases:
Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-
cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,
com a sua avaliação e controle.
Letra c.
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COMENTÁRIO
Na visão resumida do ciclo orçamentário, além da elaboração e aprovação, temos também
as etapas da execução e controle/avaliação.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em 4 (quatro) etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) elaboração/discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.
Errado.
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COMENTÁRIO
Na verdade, os créditos extraordinários são utilizados para despesas urgentes e imprevis-
tas decorrentes de calamidade pública e os créditos especiais são destinados a despesas
sem dotação orçamentária específica.
Errado.
COMENTÁRIO
Errado.
COMENTÁRIO
Confira na Lei n. 4.320/1964, as fontes de recursos para abertura de crédito adicional es-
pecial e suplementar:
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Certo.
COMENTÁRIO
Note que, como o mencionado crédito extraordinário foi aberto em agosto, não poderá ser
reaberto no exercício seguinte, já que pode-se admitir a reabertura dos créditos especiais
e extraordinários abertos nos quatro últimos meses do ano (setembro, outubro, novembro
e dezembro). Confira na CF/1988:
Errado.
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COMENTÁRIO
Note que se já existem recursos suficientes, os créditos suplementares não são necessários.
Errado.
COMENTÁRIO
Confira na Lei n. 4.320/1964:
Certo.
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COMENTÁRIO
Sem dúvida, as emendas ao PLOA devem ser compatíveis com o PPA e a LDO. Confira
na CF/1988:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. (Grifos nossos.)
Certo.
COMENTÁRIO
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em 4 (quatro) etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.
Assim, após a sua elaboração pelo Poder Executivo, o PLOA deve ser ao Poder Legislativo,
Certo.
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COMENTÁRIO
Os créditos adicionais extraordinários são aqueles usados para despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como é o caso do Covid-19),
de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.
Certo.
COMENTÁRIO
O CESPE confirmou o entendimento de que a principal diferença entre os créditos adi-
cionais especiais e suplementares é que os créditos especiais são destinados a despesas
sem dotação orçamentária específica enquanto os créditos suplementares são destinados a
reforço de dotação orçamentária insuficiente. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Certo.
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COMENTÁRIO
Vamos ver o que nos diz sobre o tema o MCASP 8ª Edição:
Assim, podemos dizer que os créditos suplementares são adicionados à dotação orça-
mentária original, enquanto os créditos extraordinários e suplementares são demonstrados
separadamente, conservando, desse modo, suas especificidades.
Errado.
COMENTÁRIO
A CF/1988 garante autonomia administrativa e financeira ao dispor que os Tribunais devem
elaborar suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO, cabendo
ao Poder Executivo efetuar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, caso esteja em desacordo com os limites da LDO.
No caso prático apresentado na assertiva, o simples fato do Poder Executivo discordar da
proposta do TJ-RJ (dentro dos limites da LDO) não dá direito ao governador de alterar a
proposta orçamentária do TJ-RJ.
Certo.
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COMENTÁRIO
A CF/1988 garante autonomia administrativa e financeira ao dispor que os Tribunais devem
elaborar suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO, cabendo
ao Poder Executivo efetuar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, caso esteja em desacordo com os limites da LDO.
No caso prático apresentado na assertiva, o simples fato do Poder Executivo discordar da
proposta do TJ-RJ (dentro dos limites da LDO) não dá direito ao governador de alterar a
proposta orçamentária do TJ-RJ.
Certo.
COMENTÁRIO
Vamos ver como a CF/1988 trata desse tema:
Note, portanto, que o Presidente da República somente pode enviar mensagem ao Con-
gresso Nacional para propor modificação no PLOA enquanto não tenha sido iniciada a
votação da parte cuja alteração é proposta, na comissão mista de orçamentos. Note que o
Presidente da República quer propor modificação integral do PLOA, mas uma parte dela já
foi aprovada na Comissão Mista, não sendo, assim, mais admitida tal mensagem.
Certo.
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COMENTÁRIO
Na verdade, a LDO tem uma vigência de 18 meses a contar da sua aprovação, que ocor-
re no mês de julho de um ano, até o mês de dezembro do próximo ano, tendo, portanto,
vigência diferente da LOA que é de 12 meses – janeiro a dezembro do exercício seguinte.
Confira no ADCT:
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financei-
ro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)
Errado.
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COMENTÁRIO
Totalmente errada. O PPA só é apresentado a cada 4 anos. A LDO deve ser elaborada anu-
almente antes da LOA, já que serve para orientá-la. Confira os prazos para envio do PPA,
da LDO e da LOA, conforme disposto no ADCT:
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financei-
ro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encer-
ramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o en-
cerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento da sessão legislativa. (Grifos nossos.)
Errado.
COMENTÁRIO
Confira diretamente no texto da Constituição Federal de 1988 com grifos nossos:
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-
nuada. (Grifos nossos.)
Errado.
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COMENTÁRIO
Basicamente o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas
aos programas de duração continuada para um período de 4 (quatro) anos. Confira direta-
mente na CF/1988:
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionaliza-
da, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do en-
cerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
Certo.
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AFO – PF – AGENTE ADMINISTRATIVO
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COMENTÁRIO
Embora seja verdade que a LDO deve dispor sobre alterações na Legislação Tributária,
não é necessário que uma alteração de alíquota de determinado tributo tenha sido autori-
zada por tal instrumento orçamentário. Confira na CF/1988:
Certo.
COMENTÁRIO
Certo.
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COMENTÁRIO
Na verdade, deve constar na LDO e não no PPA. Confira na LRF:
Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Errado.
COMENTÁRIO
Confira na CF/1988 os três instrumentos orçamentários:
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COMENTÁRIO
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO tem como primordial função o estabelecimento
dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual e teve suas atri-
buições constitucionais alteradas recentemente. Confira no artigo 165 da CF/1988 já com
a redação atualizada até a EC 109/2021 de 15/03/2021:
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Note, portanto, que a LDO deve estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com a trajetória sustentável da dívida pública. Veja agora o papel
da LDO de modo esquematizado:
2º semestre 18 meses
Estabelece
Estabelece
Certo.
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COMENTÁRIO
Trata-se de uma novidade em relação à LDO trazida pela EC 102/2019 e refere-se ao
anexo de agregados fiscais, que deve ser elaborado para o exercício ao qual se refere e,
pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com previsão
de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados
na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. Confira o art. 165,
§ 12, na literalidade da CF/1988:
Art. 165, § 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com pre-
visão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que
serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em anda-
mento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Grifos nossos.)
Certo.
COMENTÁRIO
Leve para a prova que as emendas ao PLOA somente podem ser aprovadas caso indi-
quem os recursos necessários, sendo os recursos necessariamente provenientes de anu-
lação de despesa, NÃO podendo estar relacionadas ao serviço da dívida.
Certo.
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COMENTÁRIO
Vamos ver como a CF/1988 trata esse tema:
Assim, guarde que apenas os créditos especiais e extraordinários poderão ser reabertos
no exercício seguinte, desde que sejam abertos nos últimos quatro meses do exercício
financeiro, sendo incorporado no orçamento seguinte no limite do seu saldo.
Certo.
COMENTÁRIO
Na verdade, como créditos adicionais, além dos suplementares e extraordinários, como
falou o examinador, temos também os especiais que poderiam ser usados na situação des-
crita na assertiva, sem precisar rever o projeto de LOA. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Errado.
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COMENTÁRIO
Sem dúvida, a anulação das dotações orçamentárias é uma fonte de recursos para crédi-
tos suplementares, o que torna a assertiva errada. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Errado.
COMENTÁRIO
Na situação descrita deve ser utilizado um crédito suplementar, já que temos que os um
caso em que os recursos previstos inicialmente foram insuficientes havendo, portanto, a
necessidade de complementar a dotação inicial.
Errado.
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COMENTÁRIO
Na verdade, as receitas são previstas e as despesas são fixadas. Assim, as receitas são
apenas estimadas, inexistindo autorização para arrecadá-las. Já as despesas realmen-
te são autorizadas (na LOA), programadas e controladas. Confira no artigo 165, §8º, da
CF/1988 com grifos nossos:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para aber-
tura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei. (Grifos nossos.)
Errado.
COMENTÁRIO
Na verdade, o Orçamento Público (LOA) é o instrumento que fixa as despesas e estima as
receitas para o período de um ano (um exercício financeiro) e não para um período de dois
anos como diz a assertiva.
Errado.
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COMENTÁRIO
Na verdade, a LRF é uma lei que estabelece normas de finanças voltadas para a responsa-
bilidade na gestão fiscal e apresenta itens que devem ser apresentados pela LDO e LOA.
As leis orçamentárias ou instrumentos orçamentários existentes são PPA, LDO e LOA.
Confira na CF/1988:
Errado.
COMENTÁRIO
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Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido
com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamen-
tárias, destinada ao: (Grifos nossos.)
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COMENTÁRIO
II – Certo. Repare no dispositivo anterior que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações
na legislação tributária.
III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF:
Letra b.
COMENTÁRIO
Dentre as alternativas, apenas os restos a pagar liquidados não são fontes de recursos
para abertura de créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não com-
prometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
(letra “b” – errada)
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Letra a.
COMENTÁRIO
O ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida, tem 4 (quatro) fases:
1) elaboração/planejamento – realizada pelo Executivo;
2) estudo/aprovação – realizada pelo Legislativo;
3) execução – realizada pelo Executivo;
4) controle/avaliação – realizada pelo Legislativo.
Errado.
COMENTÁRIO
Note que, como já temos autorização na Lei Orçamentária, cumprindo a previsão de auto-
rização legal do art. 42 da Lei n. 4.320/1964, só falta mesmo a abertura por decreto execu-
tivo. Confira na mencionada Lei e na CF/1988:
Lei n. 4.320/1964, Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por
lei e abertos por decreto executivo.
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CF/1988, Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à pre-
visão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ain-
da que por antecipação de receita, nos termos da lei. (Grifos nossos.)
Certo.
COMENTÁRIO
Na verdade, o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial (não no balanço fi-
nanceiro) constitui fonte de recursos. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Errado.
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