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Assuntos Indispensáveis
para a sua Preparação
Polícia Federal - Agente Administrativo
Professor: Elvis Miranda
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
1272023740
TIPO DE MATERIAL:
E-book
TÍTULO:
PF - Agente Administrativo - Assuntos Indispensáveis
para a Sua Preparação - Arquivologia
PROFESSOR:
Elvis Miranda
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
7/2023
PF - AGENTE ADMINISTRATIVO - ARQUIVOLOGIA
Professor: Elvis Miranda
Sumário
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA.......................................................4
AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS.......................................................................................14
PROTOCOLO.....................................................................................................................17
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS...........................................................................20
CORRESPONDÊNCIAS.....................................................................................................20
PROCESSO........................................................................................................................21
PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS................................................................................24
MICROFILMAGEM.............................................................................................................29
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PF - AGENTE ADMINISTRATIVO - ARQUIVOLOGIA
Professor: Elvis Miranda
Elvis Miranda
Bacharel em Arquivologia e em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília, com pós-graduação em
Gerência de Projetos. É Analista Judiciário do TJDFT, na área de Arquivologia, desempenhando também
a função de Gestor Executivo do Projeto de Modernização de Arquivos do TJDFT. Autor de obras voltadas
para concursos públicos na área de Arquivologia.
Arquivo
Começaremos pelo conceito de arquivo, que é uma das definições mais frequentemente
cobradas em provas, como podemos observar em questões anteriores. A bibliografia oferece
várias definições para a palavra arquivo. Em alguns casos, o termo “arquivo” pode se referir
a um móvel utilizado para guardar documentos, como aquele que você pode ter em casa.
Também pode designar o setor de uma empresa responsável pela guarda dos documentos
ou até mesmo uma instituição criada para organizar e preservar documentos acumulados por
outras entidades, como é o caso do Arquivo Nacional.
No entanto, a definição mais comumente utilizada, e que costuma ser cobrada em provas,
é a seguinte: “arquivo é o conjunto de documentos acumulados por uma pessoa física ou jurí-
dica, em diversos suportes, ao longo de sua existência, que servem como evidência de suas
transações ou atividades”. É importante mencionar que essa definição pode variar de autor
para autor, mas a ideia central é a mesma.
Dentre as diversas definições de arquivo apresentadas na literatura, algumas destacam-se:
Arquivo é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria textuais, criados por uma
instituição ou pessoa no decorrer de suas atividades, e preservado com a finalidade de atin-
gir seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro. – Marilena Leite Paes
Arquivar é guardar qualquer espécie de documento visando à facilidade de encontrá-lo
quando necessário. – Heloísa Almeida Prado
Arquivo é o conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coleti-
va, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, indepen-
dentemente do suporte. – Dicionário de Terminologia Arquivística do Arquivo Nacional
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Suporte
É importante observar que o conceito de arquivo envolve um termo peculiar para aque-
les que estão começando a estudar arquivologia: o suporte. O suporte é o material no qual a
informação é registrada no momento da criação do documento. Em outras palavras, é a parte
física do documento. Embora isso possa parecer complicado à primeira vista, a ideia é mais
simples do que parece.
O suporte é o material utilizado para gravar as informações contidas nos documentos.
Por exemplo, a sua certidão de nascimento foi confeccionada em papel, assim como o seu
diploma do ensino médio ou a escritura do seu imóvel. Portanto, podemos dizer que o papel
é um dos suportes utilizados em arquivos. No entanto, é importante ressaltar que os docu-
mentos acumulados por uma pessoa ou instituição podem estar em diferentes suportes,
como mídias digitais, fitas de vídeo, fitas cassete, papiro, pergaminho, argila, pedra e outros.
É fundamental compreender que os arquivos não são compostos apenas por documentos
em papel. Documentos gravados em formato digital também fazem parte do arquivo de uma
pessoa ou instituição. Esse tema, inclusive, é frequentemente abordado em questões de
diversas bancas examinadoras.
Portanto, é essencial compreender que o arquivo consiste em um conjunto de documen-
tos que foram acumulados por uma pessoa ou instituição, independentemente do suporte
utilizado. Cada documento arquivado serve como prova de uma atividade realizada pela
entidade acumuladora. Por exemplo, sua certidão de nascimento serve como prova de seu
nascimento, seu diploma universitário comprova que você concluiu o curso e um recibo serve
como comprovante de um pagamento realizado.
Em resumo, com base na definição apresentada, podemos chegar às seguintes
conclusões:
É comum que as questões de prova abordem esses detalhes. Muitas vezes, o exami-
nador elabora as afirmações de forma complexa, o que pode confundir o(a) candidato(a).
No entanto, ao prestar atenção nos conceitos apresentados, é possível identificar a res-
posta correta.
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Quanto às diferenças básicas entre arquivo e biblioteca, é importante destacar que essas
são áreas distintas, embora muitas vezes confundidas. Algumas diferenças fundamentais
entre elas são:
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Durante sua existência, os documentos passam por três fases distintas, conhecidas como
estágios de evolução dos arquivos ou documentos. Esses estágios são:
É importante ressaltar que a separação dos documentos em cada uma dessas idades, o
tempo que um documento permanece em cada estágio e se todos os documentos passam
por essas três idades serão abordados em detalhes posteriormente. Por ora, é suficiente
entender que esses conceitos representam a classificação dos arquivos quanto aos estágios
de evolução.
Conforme já vimos, cada arquivo está vinculado a uma entidade, seja uma pessoa física
ou jurídica. Ao analisar a entidade, podemos classificar os arquivos em públicos, institucio-
nais, comerciais e familiais/pessoais. Vejamos como essa classificação é apresentada:
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Geralmente, nas provas, o examinador não se aprofunda nas subdivisões de cada tipo
de arquivo mencionado. No entanto, é importante estar ciente de que os arquivos podem ser
divididos em públicos, institucionais, comerciais e familiais/pessoais, ou em públicos e priva-
dos, dependendo da bibliografia utilizada.
É importante observar que essa definição inclui materiais que se tornaram obsoletos
nos últimos anos, como discos (na área musical), disquetes e CDs (na área de informática),
por exemplo.
É válido ressaltar que um arquivo pode ser tanto especial quanto especializado. A dis-
tinção está relacionada ao local em que se guarda os documentos, e não aos documentos
individualmente. Um arquivo especial é aquele que armazena documentos em diferentes
materiais, como mídias digitais, exigindo cuidados especiais devido às suas características
físicas. Por outro lado, um arquivo especializado reúne documentos de uma área específica
do conhecimento. Um documento da área de arquitetura, por exemplo, estará arquivado em
um arquivo especial se todos os documentos ali exigirem cuidados especiais devido ao seu
formato físico, e estará em um arquivo especializado se todos os documentos naquele local
forem da mesma área.
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• Arquivos setoriais: são estabelecidos junto aos órgãos operacionais de uma institui-
ção, desempenhando funções de arquivo corrente.
• Arquivos centrais ou gerais: são destinados a receber os documentos correntes
provenientes de diversos setores que compõem a estrutura de uma instituição, centra-
lizando as atividades de arquivo corrente.
É essencial destacar que os arquivos setoriais e centrais estão relacionados à fase cor-
rente do ciclo vital dos documentos, não à fase intermediária ou permanente, como às vezes
pode ser afirmado de forma incorreta em questões de prova.
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Os nomes dos gêneros documentais estão diretamente relacionados aos seus significa-
dos. Por exemplo, documentos que contêm informações em forma de texto são classifica-
dos como gênero escrito ou textual, o qual é o mais comum nos arquivos. Exemplos desse
gênero incluem ofícios, memorandos, relatórios e requerimentos.
Documentos cartográficos são aqueles que apresentam representações gráficas em
escala reduzida de áreas geográficas. Os documentos iconográficos, por sua vez, registram
informações por meio de imagens estáticas, sendo a fotografia o exemplo mais comum. No
caso do gênero filmográfico, também conhecido como audiovisual, temos documentos com
imagens em movimento, que podem ou não incluir som.
Os documentos sonoros registram informações por meio de áudio, enquanto os micro-
gráficos são cópias de documentos obtidas por meio da microrreprodução de imagens em
suportes fílmicos. Por fim, os documentos informáticos são aqueles produzidos, tratados ou
armazenados em formato digital.
Outro critério relevante para a classificação dos documentos é a forma. Esse critério
diz respeito aos estágios de preparação ou transmissão do documento. Podemos citar três
formas principais:
• Minuta ou rascunho: nesse estágio, o documento ainda não está finalizado e pode
sofrer alterações.
• Original: trata-se da versão definitiva e assinada do documento, que possui validade
jurídica. Um documento original pode ter uma ou mais vias.
• Cópia: quando o original é reproduzido para fins de divulgação ou transmissão da
informação, seja por meio de digitalização ou cópia reprográfica.
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Os documentos possuem um ciclo de vida composto por três fases essenciais: idade
corrente, idade intermediária e idade permanente. Cada fase desempenha um papel crucial
na gestão eficiente dos documentos, garantindo sua preservação adequada e a destinação
correta ao longo do tempo.
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Por outro lado, o valor secundário, ou valor histórico, relaciona-se à importância do docu-
mento como fonte de informações e evidências para a preservação da história da instituição
e da sociedade. São documentos que têm potencial de responder a questões técnicas, como
pesquisas, projetos, publicações, entre outros.
A avaliação dos documentos considera esses dois valores para definir os prazos de
guarda e a destinação final de cada documento. Através da análise criteriosa realizada por
uma Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD), é possível determinar
quais documentos devem ser mantidos por períodos específicos, quais podem ser elimina-
dos e quais possuem valor histórico e devem ser preservados permanentemente.
Com relação às três idades do ciclo vital, é importante destacar que nas duas primeiras
idades (corrente e intermediária), os documentos são preservados em função do valor primá-
rio (administrativo), e na terceira idade (permanente), os documentos são preservados em
função do valor secundário (histórico). Este é um detalhe cobrado com muita frequência nas
questões relacionadas à guarda dos documentos de arquivo.
Na fase corrente, os documentos estão em uso ativo, pois são necessários para as ati-
vidades cotidianas da instituição. Eles são considerados documentos atuais e estão locali-
zados em áreas de fácil acesso, prontos para serem consultados e utilizados. Durante essa
fase, os documentos são mantidos pelo tempo necessário para a conclusão das tarefas e
processos aos quais estão relacionados.
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Após a conclusão das atividades relacionadas a um documento, ele pode ser transferido
para a fase intermediária. Nessa fase, os documentos ainda possuem valor administrativo
e jurídico, mas são acessados com menos frequência do que na fase corrente. Eles são
armazenados em locais apropriados, garantindo sua preservação e acesso, se necessário.
A idade intermediária serve como um período de garantia administrativa e jurídica para os
documentos antes de sua destinação final.
AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
Critérios de Avaliação
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Tabela de Temporalidade
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Para fins de melhor entendimento, destaco a seguir a estrutura de uma tabela de tempo-
ralidade, com exemplos fictícios:
Prazos de guarda
Assunto/tipologias Destinação
Código Observação:
documentais final
CORRENTE INTERM.
Controle de cópias de
021.5 2 anos - Eliminação -
materiais
Microfilmar
Pedidos de
025.1 5 anos 95 anos Eliminação na fase
aposentadorias
intermediária
É importante destacar que nem todos os documentos percorrem as três fases do ciclo vital,
como fica claro nos exemplos da tabela acima. Alguns documentos podem ter sua destinação
final determinada diretamente na fase corrente, enquanto outros podem ser encaminhados dire-
tamente para o arquivo permanente, sem passar pela fase intermediária. Essas decisões são
baseadas em critérios de avaliação específicos, que serão abordados no decorrer deste texto.
Compreender o ciclo vital dos documentos é fundamental para uma gestão eficiente de
arquivos. Ele fornece orientações claras para o controle, organização, preservação e descarte
adequado dos documentos ao longo do tempo. Ao aplicar corretamente o ciclo vital, é possível
garantir a eficiência na gestão documental, a otimização do espaço físico, a preservação da
memória institucional e o cumprimento das obrigações legais relacionadas aos documentos.
Vantagens da Avaliação
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PROTOCOLO
Nesta altura, você já estudou o ciclo vital dos documentos, onde é abordada a importân-
cia da idade corrente, em que os documentos estão sendo resolvidos e amplamente utiliza-
dos. Nessa fase, é fundamental que os documentos circulem entre as áreas envolvidas no
assunto em questão, a fim de realizar os procedimentos necessários para sua resolução.
Esse processo de circulação é conhecido como tramitação.
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Atividades de Protocolo
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• Registro: após o recebimento, os documentos são lidos e seus dados básicos são
identificados e cadastrados em um sistema de controle. Atualmente, é comum utilizar
sistemas informatizados para essa finalidade. Antigamente, fichas de protocolo eram
usadas para registrar essas informações. O registro é essencial para a localização
posterior dos documentos quando necessário, pois os dados cadastrados no sistema
de controle permitem a busca e recuperação eficientes. Portanto, um documento regis-
trado formalmente passa a existir formalmente na instituição e é controlado.
• Autuação: em muitos casos, os documentos são transformados em processos, princi-
palmente em âmbito público. Essa transformação é chamada de autuação. Durante a
autuação, os documentos são organizados em capas de cartolina, numerados, carim-
bados e rubricados. Na capa, são incluídas informações sobre o assunto, o nome do
interessado, o setor responsável e um número de controle, que será o número do pro-
cesso. A autuação é uma atividade exclusiva do protocolo dentro do órgão público.
• Classificação: nesta etapa, os documentos são separados e organizados de acordo
com o destinatário ou a área responsável pelo assunto tratado. A separação por área
ou assunto é conhecida como classificação. É importante que os servidores do proto-
colo tenham um bom conhecimento da instituição para identificar corretamente a área
responsável por cada assunto. Às vezes, os documentos precisam ser encaminhados
para outros órgãos, formando os chamados malotes. Um plano de classificação pode
ser adotado pelo protocolo, relacionando os assuntos da instituição com seus respec-
tivos códigos e áreas envolvidas, facilitando a identificação correta.
• Expedição/Distribuição: nesta etapa, os documentos são entregues aos destinatá-
rios. Quando o destinatário é externo à instituição, a entrega é chamada de expedição.
Dependendo da situação, o protocolo pode realizar a entrega diretamente ou por meio
do serviço postal. Já a distribuição ocorre quando os documentos são entregues aos
destinatários internos do órgão.
• Controle/Movimentação: após a distribuição dos documentos, é importante criar
mecanismos de controle que permitam acompanhar sua tramitação e movimentação.
Isso pode ser feito por meio de um livro de protocolo, fichas de controle ou sistemas
informatizados. A cada movimentação do documento, é registrado o local para onde foi
encaminhado. Isso permite ter um histórico das movimentações e saber onde o docu-
mento está no momento desejado, bem como por onde já passou.
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PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
CORRESPONDÊNCIAS
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Internas ou Externas
Oficiais ou Particulares
PROCESSO
Autuação
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Após a autuação, o processo está pronto para ser distribuído e tramitar pelos setores
competentes, cumprindo seus objetivos.
Numeração de folhas
Juntada de documentos
Conforme o processo tramita, novos documentos são adicionados e passam a fazer parte
dele. Esse acréscimo de documentos é chamado de juntada. Existem dois tipos de juntada:
por anexação e por apensação.
A juntada por anexação ocorre quando os documentos são definitivamente incorpora-
dos ao processo, tornando-se parte integrante dele. Essa é a forma mais comum de jun-
tada. Nesse caso, os documentos são inseridos ao final do processo e recebem numeração
em cada folha. É importante ressaltar que, ao serem anexados, os documentos perdem
sua autonomia como documentos isolados. Em situações excepcionais, esses documentos
podem ser retirados do processo, conforme veremos posteriormente.
Já a juntada por apensação ocorre quando um processo é temporariamente reunido
a outro processo, mantendo sua numeração e autonomia. Os processos são literalmente
“amarrados” uns aos outros e tramitam juntos por um determinado período. Essa situação é
comum quando os processos tratam de assuntos complementares, e a união facilita o estudo
e a tomada de decisões. Durante a apensação, qualquer andamento em um dos processos
é replicado automaticamente no outro, pois ambos estão juntos.
Desapensação
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Quando um processo atinge um número excessivo de folhas e não cabe mais em uma
única capa, ele é dividido em volumes. Cada volume é uma nova capa que continuará a
numerar as folhas do processo. Geralmente, um limite comum é de 200 folhas por volume.
Quando um volume é preenchido, é feito um termo de encerramento indicando que um novo
volume será aberto. Essa continuação é registrada no termo de abertura do próximo volume.
Desentranhamento
Desmembramento
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Diligência
Encerramento ou arquivamento
PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
Fatores físicos
Os fatores físicos que afetam a conservação dos documentos estão relacionados às con-
dições ambientais e climáticas do local de armazenamento. A umidade, a temperatura e a
luminosidade desempenham papéis cruciais nesse contexto.
A umidade é um fator crítico. Tanto a umidade alta, propiciando o surgimento de mofo e
fungos, quanto a umidade baixa, resultando no ressecamento do material, podem ser preju-
diciais. Portanto, é importante manter um equilíbrio adequado de umidade.
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Fatores químicos
Os fatores químicos estão relacionados a substâncias que não devem entrar em contato
com os documentos, pois podem acelerar seu envelhecimento e reduzir sua vida útil. Poeira,
sujeira, fumaça e objetos ácidos são exemplos desses elementos prejudiciais.
A limpeza regular do ambiente e dos próprios documentos é essencial. Recomenda-se
utilizar panos úmidos e aspiradores de pó. É importante destacar que objetos ácidos podem
afetar a conservação dos documentos. O pH dos materiais desempenha um papel crucial
nesse contexto. Materiais ácidos, como fitas adesivas e certos tipos de papel, podem acele-
rar o envelhecimento e o amarelecimento dos documentos.
Para a confecção de documentos permanentes ou de longo prazo, é importante utilizar
materiais de qualidade, como papéis com pH neutro, que são produzidos sem acidez. A esco-
lha de tintas adequadas também é relevante, pois algumas tintas contêm acidez que pode
deteriorar o papel a longo prazo. O uso de papel reciclado deve ser evitado para documentos
de longa duração, pois geralmente apresenta alto nível de acidez.
A contaminação por objetos ácidos pode ocorrer quando eles são colocados em contato
com o papel, como fitas adesivas, colas, plásticos ou sacos plásticos. Essa contaminação
pode afetar a conservação dos documentos. Portanto, é necessário evitar essas práticas
prejudiciais.
Os produtos de limpeza utilizados no ambiente também devem ter pH neutro, para evitar
a contaminação dos documentos e do arquivamento. É importante lembrar que alimentos
também devem ser mantidos longe dos locais de armazenamento de documentos, pois resí-
duos de alimentos podem atrair insetos, microrganismos e roedores que causam danos aos
documentos.
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Fatores biológicos
Os fatores biológicos referem-se aos seres vivos que podem comprometer a qualidade
dos documentos arquivados. Insetos, microrganismos, ácaros, ratos e até mesmo o ser
humano desempenham papéis significativos nesse contexto.
Insetos, microrganismos, ácaros e roedores podem ser minimizados através da manuten-
ção de um ambiente limpo, arejado e com controle adequado de umidade. A circulação de ar
é importante para prevenir o desenvolvimento de mofo. É essencial mencionar que é comum
encontrar arquivos em subsolos, mas isso não é o ideal. O arquivo deve ser instalado em
locais limpos, arejados e com boa circulação de ar. O uso de carpetes deve ser evitado, pois
dificultam a limpeza e favorecem a proliferação de ácaros e microrganismos.
Surpreendentemente, o ser humano é frequentemente o maior responsável pelos danos
aos documentos. Isso ocorre devido ao manuseio inadequado durante o uso diário. A sim-
ples ação de pegar no papel pode causar desgaste. Portanto, é importante ter cuidados no
manuseio diário, como evitar dobrar documentos, lavar as mãos antes de manuseá-los, usar
lápis em vez de caneta para anotações temporárias, evitar amarrar documentos com barban-
tes, utilizar luvas de algodão ao manusear fotografias e negativos, entre outros. A escolha de
estantes de aço em vez de madeira é recomendada, pois a madeira é suscetível a apodreci-
mento e ataques de cupins.
Essas medidas ajudam a minimizar os fatores biológicos e preservar a qualidade dos
documentos arquivados.
Até o momento, discutimos os fatores que podem causar danos e deterioração aos docu-
mentos armazenados. Esses são fatores básicos e bastante comuns em nosso dia a dia, o
que torna o assunto relativamente simples e previsível. No entanto, em algumas situações,
deparamo-nos com termos mais complexos, como fumigação, alisamento, encapsulação e
outros, que podem ser desconhecidos para o(a) candidato(a).
Para elucidar esses procedimentos, faremos referência à obra da autora Marilena Leite
Paes, intitulada “Arquivo: Teoria e Prática”. Tentaremos traduzir os conceitos dela de forma
mais acessível.
Segundo Marilena Leite Paes, os principais procedimentos de conservação são:
• desinfestação;
• limpeza;
• alisamento;
• restauração ou reparo.
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Desinfestação
Limpeza
Alisamento
Restauração ou reparo
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flexibilidade, sem aumentar o volume e o peso. Alguns dos métodos comuns incluem a apli-
cação de uma película protetora por meio de solução vaporizadora, imersão, laminação ou
silking. Cada método possui vantagens e desvantagens, e a escolha depende das condições
de conservação e das características específicas dos documentos.
A literatura (destacadamente a obra da autora Marilena Leite Paes) menciona algumas
técnicas de restauração e fornece um resumo breve sobre cada uma delas:
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É importante destacar que algumas questões podem confundir os conceitos de cada téc-
nica de restauração, misturando nomes e características. Portanto, é necessário ter cuidado
ao responder essas questões durante a prova.
MICROFILMAGEM
Conceito de Microfilmagem
Processo de Microfilmagem
A microfilmagem utiliza uma máquina chamada microfilmadora, que funciona com base
em processos fotográficos. Essa máquina é semelhante a uma fotocopiadora, mas em vez
de papel, utiliza-se um filme fotográfico com capacidade para milhares de “poses”. Os docu-
mentos são fotografados individualmente, e as imagens são gravadas no filme. Em seguida,
o filme é revelado em um laboratório especializado, onde são aplicados produtos químicos
para fixar a imagem, resultando no microfilme. Se você já teve contato com negativos foto-
gráficos, encontrará semelhanças com o processo de microfilmagem, pois ambos utilizam
técnicas fotográficas tradicionais.
O microfilme pode ser armazenado em rolos ou em jaquetas, que são pequenas emba-
lagens de poliéster que contêm tiras cortadas do rolo de microfilme. Além disso, é possível
criar uma única película chamada microficha, que contém imagens minúsculas de diversos
documentos. Cada instituição pode escolher o formato mais adequado para suas necessida-
des de armazenamento e acesso aos documentos microfilmados.
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Rolo de Microfilme
Jaqueta
Microfichas
Como as imagens são altamente reduzidas, a leitura direta dos documentos microfilma-
dos é inviável a olho nu. É necessária uma leitora especial de microfilme, que pode ser usada
tanto para rolos quanto para microfichas. Essa leitora amplia as imagens para que possam
ser visualizadas e lidas pelos usuários.
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Aplicações da Microfilmagem
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Lei n. 5.433/1968
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Art. 2º Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, podendo ser arqui-
vados em local diverso da repartição detentora dos mesmos.
O segundo artigo trata da preservação dos documentos permanentes, que são aqueles
de valor histórico. Ele determina que esses documentos não podem ser eliminados, mesmo
quando microfilmados. Isso se deve à importância desses documentos para a preservação
da memória e da história. Destaco aqui que é muito comum, em questões de concurso, o
examinador induzir o(a) candidato(a) ao erro afirmando que todos os documentos, incluindo
os permanentes, podem ter seus originais eliminados após a microfilmagem, o que é incor-
reto. Portanto, muito cuidado com este detalhe.
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Decreto n. 1.799/1996
O artigo afirma que a microfilmagem, autorizada pela Lei n. 5.433/1968, abrange tanto
os documentos oficiais ou públicos quanto os documentos particulares ou privados, inde-
pendentemente da sua natureza ou suporte físico. Isso significa que a microfilmagem pode
ser aplicada em documentos produzidos e recebidos pelos órgãos dos poderes Executivo,
Judiciário e Legislativo, incluindo a administração indireta da União, estados, Distrito Federal
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Art. 3º Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o resultado do processo de
reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou ele-
trônicos, em diferentes graus de redução.
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Art. 4º A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam a fiel reprodução das
informações, sendo permitida a utilização de qualquer microforma.
Parágrafo único. Em se tratando da utilização de microfichas, além dos procedimentos
previstos neste Decreto, tanto a original como a cópia terão, na sua parte superior, área
reservada à titulação, à identificação e à numeração sequencial, legíveis com a vista
desarmada, e fotogramas destinados à indexação.
O artigo afirma que é permitida a utilização dos formatos disponíveis na bibliografia para
preservação da cópia em microfilme (rolo, jaqueta ou microficha).
Art. 5º A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em filme original, com
o mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, garantida a segurança e a qualidade
de imagem e de reprodução.
§ 1º Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de filme cópia do filme original.
§ 2º Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis, de qualquer tipo, tanto para a con-
fecção do original, como para a extração de cópias.
§ 3º O armazenamento do filme original deverá ser feito em local diferente do seu
filme cópia.
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O artigo determina que, ao final da microfilmagem de cada série de documentos, deve ser
reproduzida uma imagem de encerramento contendo os elementos citados no artigo.
O artigo trata dos procedimentos a serem adotados caso haja documentos omitidos ou
com imagens ilegíveis durante a microfilmagem.
O artigo estabelece que, caso algum documento da mesma série ou sequência seja omi-
tido ou apresente imagens ilegíveis durante a microfilmagem, esses documentos devem ser
reproduzidos posteriormente. É importante destacar que não é permitido realizar cortes ou
inserções no filme original já microfilmado.
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Além disso, estabelece que é obrigatório realizar a indexação remissiva dos documentos
complementares. A indexação remissiva é um processo de identificação e organização das
informações contidas nos documentos, permitindo sua recuperação e localização posterior
de forma eficiente.
No caso em que a complementação dos documentos omitidos ou com imagens ilegíveis
não atenda aos padrões de qualidade exigidos, o artigo determina que a microfilmagem de
toda a série de documentos deve ser repetida integralmente. Isso visa garantir a qualidade e
a integridade do conjunto de documentos microfilmados.
Art. 10. Para o processamento dos filmes, serão utilizados equipamentos e técnicas que
assegurem ao filme alto poder de definição, densidade uniforme e durabilidade.
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SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES NA CLT PARA AFT
Professora: Maria Rafaela de Castro
Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á por meios que ga-
rantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de termo próprio e após
a revisão e a extração de filme cópia.
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Professor: Elvis Miranda
Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não po-
derão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público
de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor.
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Professor: Elvis Miranda
O artigo estabelece que os documentos oficiais ou públicos com valor de guarda perma-
nente não podem ser eliminados após a microfilmagem. Em vez disso, esses documentos
devem ser recolhidos ao arquivo público correspondente à sua esfera de atuação ou preser-
vados pelo próprio órgão detentor.
Esse artigo visa garantir a preservação dos documentos oficiais ou públicos que pos-
suem importância histórica, cultural, jurídica ou administrativa, conhecidos como documen-
tos de valor permanente. Esses documentos têm um significado duradouro e são essenciais
para a memória institucional e para o acesso a informações relevantes ao longo do tempo.
Após a microfilmagem desses documentos, eles não devem ser eliminados, pois sua
importância e valor documental permanecem inalterados. Em vez disso, é necessário adotar
medidas para sua adequada conservação e disponibilidade futura. Isso pode ser feito por
meio do recolhimento desses documentos ao arquivo público competente, que é responsável
por receber, preservar e garantir o acesso a documentos de valor permanente.
Além disso, o próprio órgão detentor dos documentos pode assumir a responsabilidade
pela preservação deles, desde que adote as medidas adequadas para garantir sua integri-
dade física e acesso, quando necessário.
Dessa forma, o artigo reforça a importância de preservar os documentos oficiais ou públi-
cos com valor de guarda permanente mesmo após a microfilmagem. Esses documentos
são de relevância histórica e institucional, devendo ser tratados de maneira adequada para
garantir sua conservação e disponibilidade contínuas ao longo do tempo.
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O artigo trata da autenticação e validade legal dos traslados, certidões e cópias em papel
ou filme de documentos microfilmados.
O artigo estabelece que os traslados, as certidões e as cópias em papel ou filme de
documentos microfilmados devem estar autenticados pela autoridade competente detentora
do filme original. Isso significa que, para que essas cópias tenham validade legal em juízo
ou fora dele, é necessário que sejam devidamente autenticadas por essa autoridade, que é
responsável pela custódia e preservação do filme original.
No caso de cópias em filme extraídas de microfilmes de documentos privados, o artigo
estabelece que deve ser emitido um termo próprio que ateste que o filme que acompanha
a cópia é uma reprodução fiel do filme original. A autenticação dessas cópias será feita nos
cartórios que atendam aos requisitos especificados no artigo seguinte do decreto.
Já no caso de cópias em papel extraídas de microfilmes de documentos privados, a
autenticação será realizada por meio de carimbo, que deve ser aposto em cada folha da
cópia. Essa autenticação também ocorrerá nos cartórios que atendam aos requisitos estabe-
lecidos no artigo seguinte do decreto.
O artigo também ressalta que a cópia em papel, mencionada no parágrafo anterior, pode
ser produzida por qualquer meio de reprodução, desde que assegure a fidelidade e a quali-
dade de leitura. Isso significa que é permitido utilizar diferentes técnicas de reprodução para
obter as cópias em papel, desde que essas cópias sejam fiéis e permitam a leitura adequada
das informações contidas nos documentos.
Dessa forma, o artigo estabelece os requisitos para a autenticação e validade legal dos
traslados, certidões e cópias em papel ou filme de documentos microfilmados. Essas medi-
das visam garantir a autenticidade e a confiabilidade das cópias, permitindo seu uso em pro-
cedimentos legais, tanto em juízo quanto fora dele.
Art. 15. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por empresas e cartórios habi-
litados nos termos deste Decreto.
Parágrafo único. Para exercer a atividade de microfilmagem de documentos, as empre-
sas e cartórios a que se refere este artigo, além da legislação a que estão sujeitos, de-
verão requerer registro no Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este
será exercida quanto ao cumprimento do disposto no presente Decreto.
Art. 16. As empresas e os cartórios que se dedicarem a microfilmagem de documentos
de terceiros, fornecerão, obrigatoriamente, um documento de garantia, declarando:
I – que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto neste Decreto;
II – que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço executado;
III – que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e conservação das microformas.
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Art. 17. Os microfilmes e filmes cópias, produzidos no exterior, somente terão valor legal,
em juízo ou fora dele, quando:
I – autenticados por autoridade estrangeira competente;
II – tiverem reconhecida, pela autoridade consular brasileira, a firma da autoridade es-
trangeira que os houver autenticado;
III – forem acompanhados de tradução oficial.
O artigo aborda a validade legal dos microfilmes e filmes cópia produzidos no exterior.
O artigo estabelece que os microfilmes e filmes cópia produzidos no exterior só terão
valor legal, tanto em juízo quanto fora dele, em território brasileiro, se atenderem a determi-
nados requisitos.
O primeiro requisito é que esses microfilmes e filmes cópia sejam autenticados por uma
autoridade estrangeira competente. Isso significa que é necessário que uma autoridade legal-
mente reconhecida no país de origem do filme ateste sua autenticidade e validade.
Além disso, a firma da autoridade estrangeira que realizou a autenticação deve ser reco-
nhecida pela autoridade consular brasileira. Isso implica em um processo formal de reco-
nhecimento da assinatura da autoridade estrangeira pela autoridade consular brasileira, vali-
dando, assim, a autenticidade do documento.
Por fim, os microfilmes e filmes cópia produzidos no exterior devem ser acompanhados
de tradução oficial. Isso significa que é necessário fornecer uma tradução oficial do conteúdo
dos documentos para a língua oficial do Brasil, a fim de facilitar sua compreensão e utilização
no contexto jurídico brasileiro.
Esses requisitos são estabelecidos para garantir a autenticidade, a validade e a compre-
ensão dos documentos microfilmados produzidos no exterior. A exigência de autenticação
por autoridade competente, reconhecimento de firma pela autoridade consular e tradução
oficial são medidas que visam assegurar a confiabilidade e a adequação dos documentos
estrangeiros ao sistema legal brasileiro.
O artigo trata da manutenção dos microfilmes originais e dos filmes cópia resultantes da
microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização ou necessários à prestação de contas.
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Art. 19. As infrações às normas deste Decreto, por parte dos cartórios e empresas re-
gistrados no Ministério da Justiça sujeitarão o infrator, observada a gravidade do fato, às
penalidades de advertência ou suspensão do registro, sem prejuízo das sanções penais
e civis cabíveis.
Parágrafo único. No caso de reincidência por falta grave, o registro para microfilmar
será cassado definitivamente.
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as instruções que se fizerem necessárias ao
cumprimento deste Decreto.
Art. 21. Revoga-se o Decreto n. 64.398, de 24 de abril de 1969.
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de janeiro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Milton Seligman
Considerações finais
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Acondicionamento
Armazenamento
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Arquivamento Vertical
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Arquivamento Horizontal
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Pastas suspensas
As pastas A-Z são ideais para uma organização alfabética, numérica ou por qualquer
outro critério aplicado aos documentos. Elas possuem um gancho central onde os docu-
mentos são perfurados e inseridos. Essas pastas são armazenadas em pé, em armários ou
estantes, possibilitando uma busca rápida e eficiente.
Pastas A-Z
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Pastas em L
Pasta sanfonada
Modelos de arquivos
Além das pastas, existem diferentes modelos de arquivos que devem ser conhecidos. O
arquivo de gavetas é o mais tradicional, onde os documentos são armazenados, geralmente
utilizando pastas suspensas. Esse modelo é prático e amplamente utilizado em arquivos cor-
rentes, facilitando a busca e recuperação dos documentos.
Arquivo de gavetas
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Os arquivos deslizantes são compostos por fileiras de estantes agrupadas sobre trilhos,
permitindo que deslizem para facilitar a abertura e acesso aos documentos desejados. Essa
opção é escolhida para otimizar o espaço do ambiente, mas é importante ressaltar que sua
instalação e manutenção podem ser mais dispendiosas, exigindo uma análise cuidadosa de
sua aplicabilidade.
Arquivos deslizantes
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Métodos de arquivamento
Método alfabético
O método alfabético, como o próprio nome sugere, envolve a organização dos documen-
tos em ordem alfabética, com base nos nomes das pessoas, instituições ou eventos mencio-
nados nos documentos. Esse método é amplamente utilizado no dia a dia de diversas insti-
tuições. Por exemplo, arquivos que contêm pastas de clientes, fornecedores ou funcionários
de uma empresa podem ser organizados de acordo com os nomes dessas pessoas ou insti-
tuições, seguindo o método alfabético.
Além do método alfabético tradicional, há uma variante chamada “Variadex”. Esse método
combina a ordenação alfabética com o uso de cores para facilitar a localização dos docu-
mentos no arquivo. No método Variadex, as letras iniciais dos documentos são indicadas
por cores diferentes, o que auxilia na rápida identificação e localização dos documentos
desejados.
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Regras de Alfabetação
1ª Regra:
2ª Regra:
3ª Regra:
Sobrenomes que incluem as palavras “Santa”, “Santo” ou “São” seguem a mesma regra
dos sobrenomes compostos por um adjetivo ou substantivo. Por exemplo, o nome “Cláudio
Ferreira Santa Cruz” seria arquivado como “Santa Cruz, Cláudio Ferreira”.
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4ª Regra:
5ª Regra:
Artigos e preposições, como “a”, “o”, “de”, “da”, “do”, “e”, “um” e “uma”, não são consi-
derados na ordenação. Por exemplo, o nome “Marcos Roberto Araújo da Silva” seria arqui-
vado como “Silva, Marcos Roberto Araújo da”. Essa regra também se aplica à conjunção
“e”, como no caso de “Pedro Rodrigues e Sousa”, que seria ordenado como “Sousa, Pedro
Rodrigues e”.
6ª Regra:
Sobrenomes que indicam grau de parentesco, como “Filho”, “Júnior”, “Neto” e “Sobrinho”,
são considerados como parte integrante do último sobrenome. Por exemplo, o nome “Élvis
Corrêa Miranda Júnior” seria arquivado como “Miranda Júnior, Élvis Corrêa”.
7ª Regra:
Títulos não são considerados na ordenação e devem ser colocados entre parênteses
após o nome completo. Por exemplo, o nome “Desembargador Joaquim Gomes Lima” seria
arquivado como “Lima, Joaquim Gomes (Desembargador)”.
8ª Regra:
Nomes estrangeiros são ordenados pelo último sobrenome, exceto nos casos de espa-
nhóis e orientais. Por exemplo, o nome “John Fitzgerald Kennedy” seria arquivado como “Ken-
nedy, John Fitzgerald”. Essa regra segue o mesmo princípio aplicado aos nomes brasileiros.
9ª Regra:
Partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. Normalmente, elas
são consideradas como parte integrante do último sobrenome quando escritas com letra
maiúscula. Por exemplo, o nome “Marco Di Rossi” seria arquivado como “Di Rossi, Marco”.
No entanto, se a partícula estiver em minúsculas, ela não é considerada. “Marco di Rossi”,
portanto, seria arquivado como “Rossi, Marco di”.
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10ª Regra:
Nomes espanhóis (a regra vale também para pessoas nascidas em países de língua
espanhola) são ordenados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao sobrenome de
família do pai. Por exemplo, o nome “Lionel Andrés Messi Cuccittini” seria arquivado como
“Messi Cuccittini, Lionel Andrés”. Destaque para o fato de que, por ser argentino, ou seja,
oriundo de país de língua espanhola, o nome apresentado segue esta regra.
11ª Regra:
Nomes orientais, como japoneses, chineses e árabes, são registrados conforme são
apresentados. Por exemplo, o nome “Youssef Hassan Khalil” seria arquivado como “You-
ssef Hassan Khalil”. Nesses casos, não há alterações na ordem dos nomes para fins de
alfabetação.
12ª Regra:
13ª Regra:
Método geográfico
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No caso da ordenação por cidade, sugere-se uma rigorosa ordem alfabética baseada nos
nomes das cidades, sem distinção especial para as capitais. Por exemplo:
• Alexânia (Goiás);
• Campo Grande (Mato Grosso do Sul);
• Fortaleza (Ceará);
• Lages (Santa Catarina);
• Santa Maria (Distrito Federal);
• Santa Maria (Rio Grande do Sul).
É importante destacar que as pastas devem incluir o nome do estado, em segundo lugar,
para evitar confusões entre cidades homônimas presentes em diferentes estados.
Florianópolis
Blumenau
Itajaí
Lages
Palmas
Araguaína
Dianópolis
Gurupi
Porto Nacional
Nesse caso, é necessário utilizar guias divisórias com indicações dos nomes dos esta-
dos. A vantagem desse método é que as capitais, por serem as cidades mais frequentemente
consultadas, estarão mais acessíveis.
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No método geográfico por país, a ordenação também é feita de forma alfabética. Dentro
de cada país, a capital é posicionada em primeiro lugar, independentemente da ordem alfa-
bética em relação às demais cidades, que são dispostas em ordem alfabética após a capital.
Por exemplo:
Pasta da Espanha:
Madrid
Barcelona
Bilbao
Sevilha
Valência
Pasta da Itália:
Roma
Florença
Pisa
Veneza
Geralmente, em provas de concurso, em questões práticas que envolvem a organização
de documentos por localidade, a ordenação por estado é a abordagem mais comumente uti-
lizada, de forma que memorizar as capitais dos estados brasileiros é essencial para garantir
esse tipo de questão.
Método numérico
O método numérico é uma forma de organizar documentos com base em números atribu-
ídos a eles. A bibliografia utilizada na elaboração de questões de provas sugere três subdivi-
sões para esse método: numérico simples, numérico cronológico e numérico dígito-terminal.
Numérico simples
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Numérico cronológico
Numérico dígito-terminal
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4º) 97-26-89
5º) 67-27-89
O método dígito-terminal é recomendado quando lidamos com documentos que possuem
muitos algarismos. Marilena Leite Paes apresenta exemplos em sua obra com números com-
postos por 6 algarismos, de forma que este padrão é o que normalmente aparece nas provas,
pelo fato de a grande maioria dos examinadores utilizarem esta bibliografia.
Método ideográfico
O método de arquivamento por assunto não é de fácil aplicação, pois depende da inter-
pretação dos documentos analisados, além de exigir amplo conhecimento das atividades
da instituição. – Marilena Leite Paes
A autora destaca que, ao optar pela ordenação por assunto, o responsável pelo arqui-
vamento precisa ler, interpretar e identificar o assunto de cada documento. Isso requer um
profundo entendimento dos temas abordados nos documentos, bem como um amplo conhe-
cimento das atividades realizadas pela instituição. Portanto, não é um método de aplica-
ção simples.
Outro ponto a ser considerado ao utilizar o método de arquivamento por assunto é a
importância de organizar as pastas de cada assunto de forma que facilite a localização do
tema desejado. Nesse sentido, é possível utilizar a ordenação alfabética ou numérica para
os assuntos. Essa ordenação adequada garante que os documentos sejam encontrados de
maneira eficiente quando necessários.
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Método dicionário
Método enciclopédico
Após conhecer o método dicionário, você pode estar se perguntando como seria a orde-
nação em vários níveis hierarquizados. Essa forma de organização dos assuntos caracteriza
o método enciclopédico. Nesse método, os assuntos são distribuídos por áreas, que são
ordenadas alfabeticamente, e cada área é subdividida em assuntos mais específicos, criando
assim o segundo nível de ordenação, e assim por diante, conforme necessário. Cada nível é
sempre apresentado em ordem alfabética.
Para facilitar o entendimento, vamos considerar o exemplo prático anteriormente mencio-
nado. Os mesmos assuntos seriam distribuídos da seguinte maneira:
FINANÇAS
Contas
A pagar
Água
Luz
Telefone
A Receber
Empréstimos
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PESSOAL
Admissão
Estágios
Licença
Maternidade
Paternidade
TRANSPORTE
Aéreo
Marítimo
Observe que os assuntos foram organizados em três níveis hierarquizados, e todos
os níveis estão em ordem alfabética. Por exemplo, os documentos relacionados à licença
maternidade seriam arquivados na pasta PESSOAL, na subpasta licenças e na subdivisão
licença maternidade. Se você achou isso complicado, basta lembrar de como você organiza
as pastas no seu computador. Percebeu? Os sistemas operacionais (como o Windows) uti-
lizam esse mesmo esquema para ordenar as pastas. Esse é o chamado método enciclopé-
dico, pois nas enciclopédias os volumes são organizados por áreas e, em cada volume, os
assuntos são ordenados alfabeticamente.
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3. ARQUIVOLOGIA
3.1. Conceitos Básicos
3.2. Ciclo vital dos documentos
3.2.1. Valor dos documentos
3.2.2. Arquivo corrente
3.2.3. Arquivo intermediário
3.2.4. Arquivo permanente
3.2.5. Tabela de temporalidade
Perceba que os assuntos estão distribuídos hierarquicamente, como no método enciclo-
pédico mencionado anteriormente. No entanto, a diferença aqui é que eles não são ordena-
dos alfabeticamente, mas sim pelos códigos numéricos atribuídos a cada um.
A dúvida que pode surgir é: como esse método é aplicado aos documentos no arquivo?
Vamos analisar o passo a passo desse processo:
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2.2. Financiamentos
2.2.1. Imobiliários
2.2.2. Comerciais
3. INFORMÁTICA
3.1. Redes
3.2. Sistemas
Observe que a lógica é a mesma do método enciclopédico, mas aqui cada assunto
recebe um código numérico. Cada documento que ingressa na instituição (seja produzido ou
recebido) é anotado com o código de assunto correspondente. Essa codificação geralmente
é realizada no setor de protocolo, durante a atividade de classificação por assunto ou área.
O plano de classificação auxilia no processo de identificar a área à qual o documento será
direcionado. Por exemplo, todos os documentos cujo código comece com 1 serão encami-
nhados à área de pessoal, enquanto aqueles que começam com 2 irão para a área financeira
e assim por diante.
Por fim, o arquivo é organizado com base nos códigos de classificação. Nesse momento,
o código anotado na primeira página do documento (ou na capa, no caso de processos) é
observado para determinar a pasta ou local em que o documento será arquivado.
Resumindo, o processo envolve a criação do plano de classificação com os códigos, a
anotação dos códigos nos documentos e, por fim, a organização do arquivo com base nesses
códigos. Além disso, o método numérico ideográfico pode ser subdividido em dois métodos
distintos: decimal e duplex.
Nesse método, os assuntos são divididos em até 10 áreas. Cada área, por sua vez, pode
ter até 10 subdivisões, e isso se repete em cada nível criado. É por isso que o método é cha-
mado de decimal.
Esse método é amplamente utilizado em bibliotecas. Embora possa parecer estranho, as
bibliotecas são organizadas em 10 áreas com base em um plano de classificação conhecido
como CDU (Classificação Decimal Universal). A CDU divide todo o conhecimento humano
em 10 áreas, codificadas de 0 a 9:
0 – Generalidades.
1 – Filosofia.
2 – Religião.
3 – Ciências Sociais.
4 – Classe vaga.
5 – Matemática e ciências naturais.
6 – Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.
7 – Arte. Lazer. Jogos. Esportes.
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Esse método funciona de maneira semelhante ao método decimal. Os assuntos são codi-
ficados e ordenados hierarquicamente, mas, neste caso, não há a limitação de 10 áreas por
nível. Assim, os códigos são criados com a inclusão de um traço para identificar cada nível.
Se o TJDFT adotasse esse método, por exemplo, teríamos:
2 – Criminal
2-1. Crimes contra a pessoa
2-1-1. Crimes contra a vida
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2-1-1-1. Homicídio
2-1-1-2. Suicídio
2-1-1-3. Aborto
2.1.1.4. Infanticídio
Pode parecer semelhante ao método decimal, mas a diferença é que, nesse caso, é pos-
sível ter códigos de assunto mais complexos, como 2-15-18-21-4, por exemplo. Em alguns
níveis, os códigos podem ultrapassar o limite de 10 estabelecido pelo método decimal, e o
traço é utilizado para identificar cada nível.
Em suma, o método ideográfico numérico é bastante interessante e amplamente utilizado
em instituições. É importante compreender todos esses detalhes para aplicá-lo de maneira
eficiente.
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Após a numeração dos documentos, é feita a análise de cada um para identificar elemen-
tos relevantes que servirão para pesquisas futuras, como nomes, assuntos, datas, lugares,
entre outros. Esses elementos são transcritos em fichas índice.
Para ilustrar, vamos considerar a análise e criação de uma ficha índice para uma ata de
reunião dos diretores da instituição.
Essa ficha índice fornece uma descrição detalhada do documento ao qual se refere e
funciona como um instrumento de controle dos números de registro e do acervo. Na prática,
cada documento terá sua própria ficha, contendo os termos que permitem localizá-lo quando
necessário.
Além disso, para cada palavra-chave utilizada na descrição de cada documento, é prepa-
rada uma ficha separada, dividida em 10 colunas numeradas de 0 a 9. O número de registro
é transcrito nas fichas correspondentes às palavras-chave escolhidas para identificação do
documento, na coluna cujo algarismo coincide com o final do número atribuído ao documento.
Para facilitar o entendimento, vejamos uma ficha hipotética contendo o nome “Miranda,
Élvis Corrêa” e outra ficha contendo o termo “Reunião”. Cada ficha possui 10 colunas, e as
referências aos documentos que contêm esses termos em seu conteúdo estão listadas nas
colunas correspondentes.
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Por exemplo, a análise das duas fichas mostradas anteriormente indicaria que os docu-
mentos de número 0190, 0218, 1454 e 1794 tratam tanto de reuniões quanto de “Élvis
Corrêa Miranda”.
Se quisermos saber quais documentos tratam simultaneamente de três palavras-chave
diferentes, como “Marcelo Souza”, “viagem” e “Florianópolis”, seria necessário analisar as
fichas correspondentes a essas três palavras-chave.
É importante ressaltar que com o avanço das tecnologias da informação e o uso de sis-
temas informatizados, esse método caiu em desuso, pois é mais prático cadastrar os dados
dos documentos em um sistema e realizar as buscas por meio dele. Antes dessas tecno-
logias, no entanto, o método unitermo era amplamente utilizado em arquivos e bibliotecas.
Embora não seja um dos assuntos mais cobrados atualmente, ainda pode ser abordado em
provas por estar presente na bibliografia adotada pelas bancas examinadoras.
Todos os métodos de arquivamento vistos até agora podem ser classificados em dois sis-
temas: direto e indireto. Essa classificação está relacionada à forma como os documentos são
buscados no arquivo, de maneira direta ou indireta. Mas o que isso significa? Vamos explicar.
Sistema direto
Os sistemas diretos são aqueles em que não é necessário consultar um índice adicional
para localizar os documentos no arquivo. A busca é feita diretamente no local em que o docu-
mento está arquivado. Fazem parte desse sistema os métodos alfabético, geográfico e ideo-
gráficos alfabéticos (tanto o dicionário quanto o enciclopédico). Ainda não entendeu? Talvez
seja mais fácil compreender quando verificarmos o que são os métodos indiretos.
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Sistema indireto
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Isso ocorre em todas as situações em que a organização é feita por números. Por exem-
plo, pense em sua agenda telefônica. Provavelmente, você não sabe de cor o número de
todos os seus contatos. É necessário, portanto, que você mantenha um índice, que é a sua
agenda, para que, após consultá-la, você obtenha o número desejado e realize a ligação.
Esse é um exemplo perfeito de um sistema indireto de busca pelo nome desejado. A busca
na agenda é direta, mas chegar ao número desejado é feito indiretamente. Viu como não é
tão difícil?
Esse índice pode ser informatizado, o que é mais comum nos dias de hoje, ou manual,
por meio de listas impressas ou fichários, que eram mais comuns no passado.
A desvantagem do sistema indireto é que a busca depende desse índice, e quando o sis-
tema está fora do ar, não é possível localizar nenhum documento.
Portanto, podemos concluir que os sistemas diretos são utilizados quando a busca pode
ser feita diretamente pelo nome ou termo relacionado ao documento, enquanto os sistemas
indiretos exigem a consulta de um índice para encontrar o número ou código correspondente
ao documento desejado. É importante considerar o tipo de informação disponível e a forma
mais eficiente de organizá-la no arquivo, levando em conta a facilidade de acesso e localiza-
ção dos documentos pelos usuários.
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