Você está na página 1de 47

Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

1
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 06.

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 Disponível Imediatamente
Rodada 06 Disponível Imediatamente

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS JÁ DISPONÍVEIS, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 14
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO .................................................................................... 21
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 24
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 28
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................... 35
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 40
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................ 45

3
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01

CONCORDÂNCIA LÓGICA → com o núcleo (ou núcleos) do sujeito.

Ex.: A maioria dos trabalhadores GANHA pouco.

núcleo do sujeito adjunto adnominal

CONCORDÂNCIA ATRATIVA → com o termo mais próximo.

Ex.: A maioria dos trabalhadores GANHAM pouco.

DICA 02

CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA/ SILEPSE → com a ideia sugerida pelo termo

Ex. A maioria ganham pouco.


JUSTIFICATIVA → A frase para a norma culta não está correta, entretanto caso a pergunta
seja: a referida frase exemplifica concordância ideológica? R: Correta. Explicação: o desvio
de concordância foi motivado pelo sentido coletivo da palavra “maioria” (maioria dá ideia
de mais de um).
DICA 03

ATENÇÃO! “EM ANEXO” é EXPRESSÃO INVÁRIÁVEL!

Ex.: As petições seguirão em anexo.

TODAVIA, “anexo” tem valor adjetivo, determinante de substantivo e, por isso, VARIA,
concordando com o termo a que se refere, assim como: quite, obrigado, incluso, próprio,
nenhum...

Ex.: Seguem anexas as fotos.


Ex.2: Eles não são nenhuns coitados.

4
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 04

QUE (no sujeito): o verbo concordará com o antecedente*

Ex. (eu) conhecia as mulheres QUE (SUJEITO) chegaram

VTD OD

DICA 05

Quem (no sujeito): o verbo concordará com o antecedente OU concordará com


o próprio quem na 3a pessoa do singular.

Ex. fomos nós quem realizou/realizamos o evento

DICA 06

PRONOME DE TRATAMENTO (NO SUJEITO): VERBO E FORMAS AUXILIARES FICAM


SEMPRE NA 3A PESSOA DO SINGULAR OU PLURAL

OBS: O pronome de tratamento, embora seja de 2a pessoa (refere-se ao ouvinte),


concordam sempre em 3a pessoa.

Ex1. Vossa Excelência sabe de vossas obrigações


Vossa Excelência sabe de suas obrigações.
Ex2. Preciso dizer a você que te amo.
Preciso dizer a você que o/a amo.
ATENÇÃO! Neste caso não pode usar “LHE”, pois o lhe é OI e o verbo amar é VTD, e não
pode usar o TE, pois ele é 2a pessoa.

DICA 07

HAVER e FAZER (indicando tempo decorrido): sempre na 3a pessoa do


singular

Ex.: Já FAZ cinco anos que estou aqui


Ex.: HAVIA semanas que não se falavam
Ex.: VAI FAZER dois anos que estamos aqui.

5
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

OBS: o HAVER e FAZER → são verbos impessoais (ficam na 3a pessoa do singular)


→ oração sem sujeito

DICA 08

FENÔMENOS NATURAIS: o verbo fica na 3a singular- oração sem sujeito – verbos


impessoais
Ex.: CHOVEU em várias cidades ontem.
Ex.2: Ventaram folhas para todos os lados → isso não é fenômenos da natureza!
VENTAR, É VENTAR AR.
Ex3. Choveram lágrimas de seus olhos → isso não é fenômenos da natureza!

ATENÇÃO! Se o verbo estiver empregado em sentido figurado, ele concordará


automaticamente com o seu sujeito.

DICA 09

Auxiliares de verbos impessoais: também ficam sempre na 3a pessoa do singular


→ a impessoalidade é transmitida para o verbo auxiliar
→VERBOS IMPESSOAIS:
- HAVER (EXISTENCIAL)
- HAVER ou FAZER (TEMPO)
-FENÔMENOS DA NATUREZA
Ex.1: PODE HAVER problemas no setor.
Ex.2: DEVE FAZER uns cinco anos que o conheço.
Ex.3: Conflitos entre gerações até PODE HAVER, mas podemos lidas com eles se fizermos
essa opção.

DICA 10

Regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA – Partícula


apassivadora) + verbo no infinitivo

→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito *a


incidência da FCC é enxergar esses verbos como auxiliares, e concordam
com o sujeito.
Ex. Podem-se resolver conflitos.
PA VTD sujeito
verbo auxiliar verbo principal

6
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Ex2. Devem-se (PA) discutir os prazos (sujeito)


Verbo auxiliar VTD (verbo principal)

→ Ou são principais e apresentam sujeito oracional → vão ficar na 3a


pessoa do singular

EX3. Pode-se resolver conflitos.

VTD PA SUJEITO ORACIONAL


- Verbo principal
- Quem pode, pode algo→ VTD

EX4. Deve-se discutir os prazos.

VTD PA SUJEITO PACIENTE ORACIONAL


- Quem discute, discuta algo →VTD

RESUMO: regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA) + verbo no


infinitivo
*Podem participar de dois tipos de construção:
→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito.
OU
→ São principais e apresentam sujeito oracional → FICAM na 3a pessoa do
singular.

DICA 11

- Nenhum (a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do singular, se


esse termo for no sujeito! → NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA ATRATIVA!!!*
Ex.: Nenhum de nós quer briga.
Ex2.: Nenhuma delas diz o que pensa
- Cada um(a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do
singular, se esse termo for no sujeito!→ NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA
ATRATIVA!!!*
Ex.: Cada um de nós tem propósitos.
- Aposto resumitivo → enumeração + pronome indefinido singular → o verbo
fica sempre na 3a pessoa do singular.

7
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Ex.: Amor, dinheiro, amizade, nada lhe agradava

pronome indefinido resumindo a enumeração


- Um (a) dos/das que: caso de dupla concordância, pode usar tanto o singular
ou plural.
Ex.: Ele foi um daqueles rapazes que contribuiu.
Ex2: Ele foi um daqueles rapazes que contribuíram.
- Mais de um (a): Em regra, essa expressão o verbo é usado no singular.
Ex.: Mais de um rapaz avaliou a cena.
Existem duas exceções:
1- Se tiver duplicada: usa o verbo no plural.
Ex.: mais de um homem, mais de uma mulher estiveram no local
2- Ou se indicar reciprocidade: usa o verbo no plural.
Ex.: mais de um aluno se cumprimentaram no dia da prova.

DICA 12

ATENÇÃO NESSE CASO DE CONCORDÂNCIA:


Ex.: Podem até existir conflitos entre gerações
OBS: quando o verbo principal variar, vai contaminar o verbo auxiliar. Mas quando tiver
locução verbal (verbo principal + verbo auxiliar) somente o verbo auxiliar que vai
ser flexionado, em função do verbo principal.

DICA 13

Verbo PARECER
- Parecer flexionado + infinitivo sem flexão → locução verbal (só o auxiliar varia)
OU
- Parecer sem flexão + infinitivo flexionado → período composto (há dois verbos, dois fatos
declarados. Ex.: oração principal + oração subordinada)

Ex.: Pareciam entender a matéria.


locução verbal
verbo auxiliar verbo principal

Ex.: Parecia entenderem a matéria → Parecia /que entendiam a matéria.


Ex2.: Os governantes parecem dizer a verdade

8
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Ex2. Os governantes parece dizerem a verdade. → Parece/ que os governantes


dizem a verdade.
Em resumo o verbo “Parecer” → Ou o verbo flexiona ou o infinitivo flexiona, nunca
os dois aos mesmo tempo.

DICA 14

DICAS SOBRE SUJEITO

→ Não pode ser preposicionado;


→ Não pode ser separado do predicado por vírgula;
→ Pode vir posposto (depois) ao verbo;
→ Para identificá-lo, usa-se O QUE? ou QUEM?;
→ Pode ser representado por NOME (tem que ter substantivo), PRONOME ou
ORAÇÃO (tem que ter verbo).

DICA 15

VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo


ser de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito

OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O
sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex. era-se feliz no passado)
OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito.
OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite OD,
nem OI.

Ex.: Ela está feliz.


sujeito: ela
predicativo (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito
verbo está: na lista verbo de ligação

Ex2.: Ela está bem.


sujeito: ela
adjunto adverbial de modo: bem (bem não varia, bem é modo de como ela está)
verbo está: verbo intransitivo

Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo) deve cumprir duas exigências:

Estar na lista de verbos de ligação:

ser,
estar,
permanecer,
ficar,
continuar,
tornar-se,
parecer,
viver (no sentido de estar),
andar (no sentido de estar),

9
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

virar (no sentindo de tornar-se)

são verbos de ligação quando acompanhado de predicativo do sujeito.

DICA 16

VERBOS INTRANSITIVOS:

• não apresentam objeto direto e nem objeto indireto.


• Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos.
• Nem sempre apresentam sentido completo.

Ex.: Os rapazes estavam na sala de espera.

sujeito VI adjunto adverbial de lugar

Ex2.: Ocorreu um acidente no local.

VI sujeito adjunto adverbial de lugar.

Dica sobre sujeito: tenta colocar sujeito desinencial (ele, nos), não tem como.
Verifica se é algum caso de sujeito inexistente → não tem como. Então, concluímos
que o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”.

DICA 17

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS:

• Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas


ALGO ou ALGUEM.
• Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento


VTD OI pred. Obj. ad. adj.

sujeito: ELE
adjunto adverbial de tempo: naquele momento
predicativo do objeto: justa
pergunta: quem considera algo

Ex2.: Mudança implica progresso


VTD
sujeito: mudança
adj. adv: não
predicativo: não
pergunta: implica algo
(implicar no sentido de acarretar não tem preposição)

10
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 18

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS:

• exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição


• OBS: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida.
• Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos
• Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (principais
preposições: a , de, em, para, com, por, sobre)

Ex1.: Pensava no futuro


VTI OI
sujeito: eu
adj. adverbial: não
predicativo: não
pergunta: quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI

Ex2. Não me interessa essa explicação


ad.adv OI VDT sujeito

sujeito: essa explicação


adjunto adverbial de negação: não
predicativo: não
pergunta: pergunta para ver a transitividade: isso interessa você, ou isso interessa A você?
A VOCÊ → VTI → a preposição está subentendida. ATENÇÃO!

DICA 19

ADJUNTOS ADVERBAIS: São palavras ou expressões que exprimem circunstâncias.

✓ Podem ser representados por advérbios ou locuções adverbiais. Os advérbios


são invariáveis. As locuções adverbiais podem variar. Quando é representado
por advérbio, a palavra é invariável, ex. Hoje, Amanha. As locuções adverbais
podem modificar.
✓ Os adjuntos adverbiais podem acompanhar qualquer tipo de verbo.
✓ Nem sempre é possível categorizá-los. OBS: principais tipos de ajunto
adverbiais: lugar, tempo, modo, causa, finalidade, dúvida, negação, afirmação,
intensidade, companhia, concessão, conformidade, meio, instrumento.... →
nem todo adjunto adverbial tem categorização.
✓ Adjuntos adverbiais admitem perguntas: ONDE, COMO, POR QUE, PARA QUE...

EX. Ele (SUJEITO), morreu (VERBO INTRANSITIVO) no Rio de Janeiro (ADJUNTO


ADVERBIAL DE LUGAR), às 20 horas (ADJUNTO AVERBIAL DE TEMPO), de tuberculose
(ADJUNTO AVERBIAL DE CAUSA), com a mão no coração (ADJUNTO AVERBIAL DE
MODO).

EX. Ela (SUJEITO) encontrou (VTD) no local (ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR) o rapaz
(OD) na hora marcada (ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO).

EX. Ela (SUJEITO) estava entre amigos. (→ trata de circunstância → ADJUNTO


ADVERBIAL).

11
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

EX. PARA OS CORRUPTOS (adjunto adverbial), o mundo (SUJEITO) não (ADJUNTO


ADVERBIAL NEGAÇÃO) tem (VTD) solução (OD).

DICA 20

PREDICATIVOS: Podem acompanhar qualquer tipo de verbo. Exprimem qualidade,


característica ou estado. Podem ser representados por: adjetivos, pronome, numerais,
substantivos, ou locuções adjetivas. Podem se referir tanto ao sujeito quanto ao objeto.

EX. A vida é isso.

Sujeito VL predicativo

EX. Somos quatro.

VL predicativo do sujeito

Sujeito: nós

EX. Ela encontrou os pais nervosos (predicativo objeto direto)

sujeito VTD OD predicativo OD

EX. Ela (SUJEITO) encontrou (VTD) os pais (OD) nervosa (predicativo do


sujeito)

EX. Ele é um banana

Sujeito VL classe: substantivo (precedido por artigo)

Predicativo do sujeito → valor substancial

*Diferente de:

EX. Homem banana está na moda

adjetivo VI Adjunto adverbial

sujeito

DICA 21

USO ESPECIAL DE CRASE


QUE/DE

→ Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina.

12
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

- Referiu-se à que falava mais alto.


(a+a) - aquela

- Fez alusão à de roupa rosa.


(a+a) – aquela

DICA 22

ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”,


“senhora” e “senhorita” admitem crase.

DICA 23

FIQUE LIGADO!

Crase antes de pronomes – à que/ à qual

Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for


ao que, ao qual.

À que

(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje.

(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje.

Ao qual

(…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter…

(…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se
submeter…

DICA 24

Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE:


* Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Por exemplo:
à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à
força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à
imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva /
à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens
/ à beira de

DICA 25

PARA NÃO ESQUECER!

Uso facultativo da crase = pronomes possessivos feminino (sua / minha).


Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa).

13
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 26

Lei Estadual nº 6.956/2015

COMPETÊNCIA CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA

❖ Substituir o 3º Vice-Presidente;

❖ aplicar aos notários e registradores as penalidades legais, excetuada a perda da


delegação;

❖ aplicar penas de advertência, repreensão, multa e suspensão aos servidores


lotados no primeiro grau de jurisdição e em sua secretaria, bem como julgar os
recursos das decisões dos chefes de serventias e dos Juízes de Direito que as
aplicarem, sendo que em última instância quando se tratar de advertência,
repreensão ou multa;

❖ prestar ao Tribunal de Justiça as informações devidas nas promoções, remoções


e permutas de magistrados de primeiro grau;

DICA 27

Lei Estadual nº 6.956/2015


Comarcas elevadas:
➢ Cabo Frio;
➢ Itaboraí;
➢ Magé;
➢ Barra Mansa.

CF / I / M / BM

DICA 28

Lei Estadual nº 6.956/2015


COMPETÊNCIA PRESIDENTE DO TJ:
➢ consolidar a proposta orçamentária do Poder Judiciário e o Plano de Ação
Governamental, encaminhando-os ao Órgão Especial;

➢ aplicar medidas disciplinares de sua competência a servidores, notários e


registradores;

➢ apresentar, anualmente, relatório circunstanciado das atividades do Poder


Judiciário, expondo o estado da administração, suas necessidades, as dúvidas e

14
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

dificuldades verificadas na aplicação das leis e demais questões que interessarem à boa
distribuição da Justiça estadual;

➢ disponibilizar os dados estatísticos e a produtividade dos magistrados;

DICA 29

Lei Estadual nº 6.956/2015


Art. 15 - O Tribunal de Justiça tem a estrutura e a competência de seus órgãos judiciais
e administrativos definidas:
➔ na Constituição da República,
➔ na Constituição do Estado,
➔ na Lei e
➔ no seu Regimento Interno.

DICA 30

Lei Estadual nº 6.956/2015


Art. 29 - Os Desembargadores integrantes do Conselho da Magistratura permanecerão
no desempenho da função judicante, e, ainda quando afastados do respectivo exercício,
poderão exercer as funções do Conselho.

DICA 31

Lei Estadual nº 6.956/2015


Art. 9º O território do Estado, para efeito da administração do Poder Judiciário, divide-
se em:
❖ Regiões Judiciárias,
❖ Comarcas,
❖ Distritos,
❖ Subdistritos,
❖ Circunscrições e
❖ Zonas Judiciárias.
Cada Comarca compreenderá um ou mais Municípios, desde que contíguos.
As Regiões Judiciárias serão integradas por grupos de Comarcas ou Varas, conforme
resolução do Tribunal de Justiça.

DICA 32

Lei Estadual nº 6.956/2015


Comarcas de Entrância Especial:
➢ Capital,
➢ Belford Roxo,
➢ Cabo Frio, Campos dos Goytacazes,
➢ Duque de Caxias,

15
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

➢ Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu-Mesquita,


➢ Petrópolis,
➢ São João de Meriti, São Gonçalo,
➢ Teresópolis e
➢ Volta Redonda.

DICA 33

Decreto nº 2.479/1979
Penalidades

11 - Art. 303 – Prescreverá:

I – em 2 anos, a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou


suspensão;

II – em 5 anos, a falta sujeita:

1) à pena de demissão ou destituição de função;

2) à cassação da aposentadoria, jubilação ou disponibilidade.

DICA 34

Decreto nº 2.479/1979
Art. 2º - Os cargos públicos são providos por:

➢ nomeação;
➢ reintegração;
➢ transferência;
➢ aproveitamento;
➢ readaptação;
➢ outras formas determinadas em lei.

DICA 35

Decreto nº 2.479/1979

Art. 11 - Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de:

✓ férias;
✓ casamento e luto, até 8 dias;
✓ desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal,
estadual ou municipal;
✓ o estágio experimental;
✓ licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional;
✓ licença para tratamento de saúde;
✓ doença de notificação compulsória;
✓ missão oficial;
✓ estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de
interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 meses;

16
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 36

Lei Estadual nº 4.620/2005


Art. 10 - O exercício de função gratificada é privativo de serventuário ativo do Poder
Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.
DICA 37

Lei Estadual nº 4.620/2005


A remuneração dos cargos de provimento em comissão de Diretor Geral e Chefe de
Gabinete, símbolos DG e CG, respectivamente, quando ocupados por servidor efetivo do
Quadro Único de Pessoal, ou servidor requisitado de outro órgão, corresponde a 75%
do valor estabelecido no Anexo VII desta Lei.

DICA 38

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro
Art. 137. Os recursos aqui disciplinados não terão efeito suspensivo.

Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da


execução, o Corregedor-Geral da Justiça poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito
suspensivo à decisão.

DICA 39

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro
Da ausência do Chefe de Serventia e da vacância da função

➔ O substituto será designado, mediante indicação do Chefe de Serventia, com a


anuência do Juiz.

➔ No impedimento ou falta ocasional do Chefe de Serventia e de seu Substituto, a


substituição caberá ao Analista Judiciário com maior TEMPO DE SERVIÇO no cartório,
declarando-se essa circunstância, expressamente, nos atos que praticar.

➔ Na hipótese de a serventia não contar com Analista Judiciário, a substituição


caberá ao Técnico de Atividade Judiciária com maior TEMPO DE SERVIÇO no
cartório, declarando-se essa circunstância, expressamente, nos atos que praticar.

DICA 40

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro
AVISO - instrumento de divulgação de notícias de interesse geral, normas, instruções
ou orientações uniformizadas voltadas para grupos ou atividades específicos ou não, no
âmbito interno e externo;

17
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 41

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro
Art. 107 - Os originais dos documentos transmitidos serão entregues no PROGER,
por petição protocolada, no prazo de 05 dias, contados na forma estabelecida pela Lei
9800/99, devendo a parte interessada anexar o comprovante de transmissão.
Parágrafo Único - Na hipótese de serventias judiciais situadas em prédio que não possua
PROGER, o protocolo poderá ser feito diretamente no órgão destinatário.

DICA 42

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro

Art. 110, §2º - As CARTAS PRECATÓRIAS de caráter urgente poderão ser expedidas
através de FAX, trasladando-se as peças necessárias para sua instrução.

DICA 43

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de


Janeiro
DECLARAÇÃO - instrumento de afirmação da existência de uma situação ou de um
fato, segundo a constatação do agente declarante que não consta de qualquer livro,
pastas ou documentos em poder da Instituição;

ATESTADO - instrumento destinado à comprovação, mediante valoração do agente, de


situação ou de fato transeunte concernente à Administração, mas que não consta de
qualquer livro, pastas ou documentos em poder da Instituição.

DICA 44

Regimento Interno do TJRJ

Competências CONSELHO DA MAGISTRATURA:

❖ conceder licença aos Juízes de primeiro grau;

❖ regulamentar os concursos para provimento de cargos de sua Secretaria e das


Secretarias do Tribunal de Justiça e da Corregedoria, bem como de serventuários e
funcionários de cartório e ofícios de Justiça;
DICA 45

Regimento Interno do TJRJ

A autoconvocação deverá ser subscrita pela maioria absoluta dos integrantes do


Tribunal Pleno.
DICA 46

Regimento Interno do TJRJ


Cabe ao CONSELHO DA MAGISTRATURA:

➔ julgar pedidos de reexame e, em geral, recursos contra decisões estritamente


administrativas de Juiz da Infância, da Juventude e do Idoso.

18
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

NOÇÕES DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DICA 47

Lei nº 10.098/200

No mínimo 5% de cada brinquedo e equipamento de lazer existentes em vias públicas,


parques e os demais espaços de uso público devem ser adaptados e identificados, tanto
quanto tecnicamente possível, para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência,
inclusive visual, ou com mobilidade reduzida.

DICA 48

A Lei nº 10.098/2000 quatro requisitos de acessibilidades obrigatórios de serem


seguidos quando da construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados
destinados ao uso coletivo:

1) Nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento


de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras
de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;

2) Pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras
arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

3) Pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as


dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos
de acessibilidade de que trata esta Lei; e

4) Os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se


seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora
de deficiência ou com mobilidade reduzida.

DICA 49

Devem ser estimulados a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a difusão de


tecnologias voltadas para ampliar o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias
da informação e comunicação e às tecnologias sociais.

Serão estimulados, em especial:

I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação como instrumento de superação


de limitações funcionais e de barreiras à comunicação, à informação, à educação e ao
entretenimento da pessoa com deficiência;

II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a ampliar a acessibilidade da


pessoa com deficiência à computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços de
governo eletrônico.

DICA 50

Os serviços notariais e de registro NÃO podem negar ou criar óbices ou condições


diferenciadas à prestação de seus serviços em razão de deficiência do solicitante, devendo

19
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a acessibilidade. O descumprimento


desta regra constitui discriminação em razão de deficiência.

DICA 51

É vedado exigir o comparecimento de pessoa com deficiência perante os órgãos públicos


quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de
acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido.

Desta maneira, nesta hipótese deve ser observado um dos procedimentos a seguir:

- Quando for de interesse do Poder Público

O agente promoverá o contato necessário com a pessoa com deficiência em sua residência

- Quando for de interesse da Pessoa com Deficiência

Ela apresentará solicitação de atendimento domiciliar OU Ela fará representar-se por


procurador constituído para essa finalidade.

20
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

DICA 52
Assim como no setor privado, que tem elaborado seus códigos de ética, a questão da
moralidade se mostra igualmente importante para o setor público que, além de
elaborar seus próprios códigos de ética, também estabeleceu, no artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, o princípio da moralidade como essencial à Administração Pública,
ao lado dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência.

Ou seja, os atos e procedimentos administrativos, além de estarem submetidos a requisitos


formais e objetivos que os tornem válidos e legais (competência, finalidade, forma, motivo,
objetivo), devem também se pautar por parâmetros morais, sob pena de não terem
validade.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

DICA 53
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LXXIII, também incluiu a moralidade
administrativa dentre os motivos que ensejam a via da ação popular, conforme texto
constitucional a seguir:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

DICA 54
Segundo o jurista Hely Lopes Meirelles “o agente administrativo, como ser humano
dotado de capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o Honesto
do Desonesto. E ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético da sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto.”
(MEIRELLES, 2012).

DICA 55
Lei 8.429/1992

A aplicação das sanções da Lei de Improbidade exige:

Dolo, apenas

Enriquecimento ilícito (art. 9º)


Violação dos princípios da Administração Pública (art. 11)
Concessão indevida de benefício tributário ou financeiro (art. 10-A)

Dolo ou culpa

Prejuízo ao erário (art. 10)

21
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

• O dolo está presente quando o agente tem a intenção de praticar o ato ímprobo,
ou seja, ele praticou o ato de improbidade porque realmente queria praticá-lo.

• Já a culpa se mostra nos casos em que o agente pratica o ato de improbidade não por
ter a intenção, mas porque agiu com imperícia, imprudência ou negligência.

DICA 56
Lei 8.429/1992

A Lei de Improbidade Administrativa alcança a Administração direta e indireta de


qualquer dos Poderes, em todos os entes da Federação (União, Estados, Municípios),
ou seja, trata-se de uma lei de caráter nacional.

A Lei estabelece sanções para os agentes públicos que praticarem atos de improbidade
administrativa. Tais agentes são considerados os sujeitos ativos dos atos de improbidade
administrativa, exatamente por serem as pessoas que podem praticar tais atos.

Para os efeitos da Lei, considera-se agente público todo aquele que exerce mandato,
cargo, emprego ou função na Administração Pública, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por qualquer forma de investidura, inclusive eleição.

DICA 57
Lei 8.429/1992

Para os fins da Lei de Improbidade, “agente público” é gênero no qual se encontram as


seguintes espécies:

 Agentes políticos: são os titulares de cargos estruturais à organização política


do país; o vínculo que entretêm com o Estado é de natureza política, isto é, não
profissional; submetem-se ao regime estatutário definido primordialmente pela própria
Constituição. São exemplos: Chefes do Executivo, Ministros e Secretários, Senadores,
Deputados e Vereadores;

 Agentes estatais: são tanto os servidores públicos quanto os empregados públicos; o


vínculo que possuem com o Estado possui natureza profissional;

 Particulares em colaboração com o Poder Público: são todos os que firmam com
o Estado um vínculo jurídico, pouco importa se por breve tempo ou em situação de
estabilidade. São exemplos os requisitados a exercerem alguma atividade pública, tal
como os mesários e os convocados ao serviço militar, além de notários, tabeliães e
registradores.

Mas a lei vai além, e aplica-se, no que couber, ao terceiro que, mesmo não sendo agente
público, induza ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma, direta ou indireta.

Assim, não é preciso ser servidor público ou ter algum vínculo jurídico com o Estado para
enquadrar-se nas hipóteses da Lei de Improbidade. Ademais, o terceiro não precisa
necessariamente obter vantagem pessoal para estar sujeito à Lei: basta que induza
ou concorra para a prática de ato de improbidade.

22
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 58
Lei 8.429/1992

 Os agentes políticos, com exceção do presidente da República, encontram-se


sujeitos a um duplo regime sancionatório, e se submetem tanto à responsabilização civil
pelos atos de improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa
por crimes de responsabilidade;

 Compete à Justiça de primeiro grau o julgamento das ações de improbidade, logo


não há foro por prerrogativa de função em relação a este tipo de ação.

DICA 59
Lei 8.429/1992

Sujeitos passivos dos atos de improbidade

→ Administração direta e indireta, de todos os Poderes e entes da Federação

→ Empresa incorporada ao patrimônio público

→ Entidade privada da qual o erário participe com mais de 50% do patrimônio ou da


receita anual

→ Entidade privada da qual o erário participe com menos de 50% do patrimônio ou da


receita anual (sanção limita-se à contribuição do Poder Público)

→ Entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício,


de órgão público (sanção limita-se à contribuição do Poder Público)

DICA 60
Lei 8.429/1992

Segundo a Lei de Improbidade, para que o agente público tome posse ou entre em exercício,
deve obrigatoriamente entregar declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, compreendendo, inclusive, os valores patrimoniais do cônjuge, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob sua dependência econômica. Tal declaração
poderá ser substituída por cópia da declaração anual de bens apresentada à Receita
Federal (art. 13).

23
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

São três os casos de INEXIGIBILIDADE (rol exemplificativo/aberto):

→ Fornecedor exclusivo (vedada a preferência de marca);

→ Contratação de serviços técnicos de natureza singular (VEDADA a inexigibilidade


para serviços de Publicidade e divulgação); cai muito!

→ Contratação de músicos ou artistas consagrados pela OPINIÃO PÚBLICA;

*Mnemônico:

ARTISTA EXNobE

- ARTISTA consagrado;
- Fornecedor EXclusivo
- Profissional/empresa de Notório Especialização.

DICA 62

A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento,


e as propostas serão processadas e julgadas por COMISSÃO PERMANENTE OU ESPECIAL
de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores
qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
responsáveis pela licitação.

→ Os membros das Comissões de licitação responderão SOLIDARIAMENTE por todos os


atos praticados pela Comissão, SALVO SE posição individual divergente estiver
devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido
tomada a decisão.

→ A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano,
VEDADA a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período
subsequente.

→ No caso de CONCURSO, o julgamento será feito por uma COMISSÃO ESPECIAL


integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria
em exame, SERVIDORES PÚBLICOS OU NÃO.

DICA 63

Vinculação ao Instrumento Convocatório/Edital

A licitação é procedimento vinculado não só à lei, mas também ao edital. Esse é o


instrumento que divulga a licitação e fixa as regras que deverão ser cumpridas, tanto
pelos licitantes, quanto pela própria Administração que o elaborou, portanto, ninguém
poderá descumpri-lo.

24
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 64

*Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

- 45 Dias → a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a ser
celebrado contemplar o regime de
empreitada integral ou quando a licitação
for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e
preço";

– 30 Dias → a) concorrência, nos demais casos;


b) tomada de preços, quando a licitação
for do tipo "melhor técnica" ou "técnica
e preço";
– 15 Dias → a) tomada de preços, nos demais casos; b)
leilão;
- 5 Dias úteis → Convite
- 8 Dias úteis → Pregão

DICA 65

A lei permite que QUALQUER CIDADÃO impugne o edital de licitação.

A legitimação para impugnação cabe aos licitantes e ao cidadão nos seguintes prazos:

→ Cidadão: até cinco dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de
habilitação – resposta em até três dias úteis;

→ Licitante: até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação
em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços
ou concurso, ou a realização do leilão. A Lei n. 8.666/1993 não fixou prazo para resposta
ao licitante, no entanto, o TCU entende que deve o recurso do licitante ser respondido no
prazo de cinco dias, aplicando-se o art. 24, da Lei n. 9.784/1999.

DICA 66

Os prazos de prescrição das ações punitivas da Administração Pública federal estão previstas
na Lei nº 9.873/99. Segundo o artigo 1º da referida lei:

“Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta
e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em
vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada,
do dia em que tiver cessado.”

Caso o objeto da ação punitiva também constituir crime, serão seguidos os prazos de
prescrição da lei penal.

DICA 67

A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não


possui a característica da auto executoriedade.

Em relação às multas, há duas situações:

25
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade.

2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a


utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a
necessidade de participação do Poder Judiciário).

DICA 68

O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode
assumir duas formas:

→ Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará


atuando com excesso de poder; e

→ Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público.

Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de


poder está ligado o vício no elemento finalidade.

DICA 69

JURISPRUDÊNCIA STF

→ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o STF entende que a garantia
se refere à remuneração e não ao vencimento básico;

→ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às horas-extras


(remuneração extraordinária) não depende de regulamentação, sendo de eficácia plena – o
Poder público deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de lei
regulamentadora;

→ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que porventura ainda tenham direito


a férias e que não possam gozá-las devem receber tais benefícios na forma de dinheiro,
independente de previsão legal. Isso vale inclusive para o adicional de 1/3; e

→ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o descrito no art. 10º do


ADCT da CF/88, segundo o qual fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso
vale, inclusive, para as ocupantes de cargos em comissão.

DICA 70

Durante o prazo de validade do concurso o candidato aprovado dentro do número de


vagas indicadas no edital tem direito subjetivo de ser nomeado.

O STF ampliou tal entendimento para os candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros candidatos acabam se enquadrando dentro
das vagas.

Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes à publicação do


edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de nomear os agentes públicos, quando
deverá motivar tal decisão que estará sujeita ao controle do Judiciário.

26
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 71

As empresas públicas e sociedades de economia mista autônomas (que não recebem


nenhum recurso do governo) não estão sujeitas ao teto constitucional.

DICA 72

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

DICA 73

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso público


destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma dessas vagas
seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de necessidades especiais.

DICA 74

As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento

DICA 75

Súmula Vinculante nº 13 do STF

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Em regra, o nepotismo não alcança a nomeação dos chamados agentes políticos.

27
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 76

A Constituição prevê (no art. 57, CF) que o Congresso Nacional deverá reunir-se
anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a
22 de dezembro. Esse período (que abrange o ano legislativo) é denominado sessão
legislativa. Note que cada sessão legislativa tem dois períodos legislativos, cada qual
correspondendo a um semestre.

Cuidado para não confundir essa sessão legislativa, renovável a cada ano, com a
legislatura, que tem a duração de quatro anos – isto é, compreende quatro sessões
legislativas. Vale recordar que os Deputados Federais são eleitos para uma legislatura,
enquanto os Senadores são eleitos para duas legislaturas (uma vez que eles possuem
mandato de oito anos).

DICA 77

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o


Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao


Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998);

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

DICA 78

Senado Federal – Pontos Importantes

→ A Casa representa os Estados-membros e o Distrito Federal;

→ Os 81 Senadores da República são eleitos pelo sistema majoritário simples;

→ A representação para os Estados e DF é paritária (são 3 para cada entidade);

→ Se uma Lei Complementar criar um novo Território Federal (art. 18, § 32, CF/88), ele
não terá representantes no SF, já que não será uma entidade federada;

→ Senadores da República devem ser brasileiros, natos ou naturalizados;

→ O Presidente do SF deve ser brasileiro nato, necessariamente (art. 12, § 3°, III, CF/88);

→ O mandato dos Senadores é de 8 anos (2 legislaturas);

28
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

→ A renovação no SF, a cada eleição, é parcial (o que significa que nunca poderemos alterar
de uma só vez os 81 Senadores da República; ora renovaremos 1/3 da Casa, ora 2/3)14;

→ A idade mínima para compor esta Casa Legislativa é de 35 anos (art. 14, § 3°, VI, ‘a’,
CF/88).

DICA 79

Quadro comparativo da composição da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

513 Deputados (mínimo 8, 81 Senadores (cada Estado


NÚMERO DE máximo 70) e o Distrito Federal:3)
PARLAMENTARES

Representantes dos
Estados e do Distrito
COMPOSIÇÃO Representantes do povo Federal (bicameralismo
federativo)

REPRESENTAÇÃO Proporcional Paritária

DURAÇÃO DO 1 legislatura (4 anos) 2 legislaturas (8 anos)


MANDATO

RENOVAÇÃO DA Total Parcial (ora 1/3, ora 2/3)


CASA

IDADE MÍNIMA 21 anos 35 anos


Brasileiro nato ou naturalizado Brasileiro nato ou
(presidência da casa: naturalizado (presidência
NACIONALIDADE brasileiro nato) da casa: brasileiro nato)

SISTEMA Proporcional Majoritário simples


ELEITORAL
Suplente é o candidato mais Cada Senador é eleito com
votado na lista da coligação, e 2 suplentes
SUPLÊNCIA não do partido a que pertence o
parlamentar afastado

DICA 80

O suplente do detentor de cargo legislativo, enquanto nessa condição, não goza de


qualquer tipo de imunidade parlamentar.

29
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 81

A imunidade material contempla eficácia temporal absoluta no sentido de que, mesmo


após o término do mandato, os Deputados e Senadores conservam a imunidade material
sobre as opiniões ou palavras proferidas no exercício deste.

De fato, a doutrina indica que a inviolabilidade possui eficácia temporal permanente ou


absoluta. Isso significa que a incidência da imunidade material impede a responsabilização,
penal e cível, pela prática de um determinado ato e, mesmo após o término do mandato,
aquele ato que foi amparado pela inviolabilidade não ensejará responsabilização para o
congressista.

DICA 82

Imunidade formal referente a prisão (freedom from arrest)

- A imunidade formal referente a prisão não exclui o crime, antes o pressupõe, e importa
na impossibilidade de o parlamentar federal ser preso, salvo em flagrante pela prática
de crime inafiançável.

- Os crimes inafiançáveis listados pela Constituição no art. 5° podem ser resumidos na


seguinte frase: Ra Ação He TTT (Ra- racismo; Ação- ação de grupos armados contra
a ordem constitucional e o Estado Democrático; He- hediondos; TTT= Tráfico,
Tortura e Terrorismo).

- Em havendo a prisão, os autos deverão ser encaminhados à Casa Legislativa respectiva


(Câmara ou Senado), para que, pelo voto (aberto) da maioria de seus membros,
resolva sobre o tema.

- É a diplomação o termo inicial da imunidade quanto à prisão.

- O STF consignou ser possível a prisão do parlamentar federal também em decorrência da


prolação de sentença penal condenatória.

DICA 83

Imunidade formal referente ao processo

- A imunidade formal referente ao processo refere-se à possibilidade de a Casa Legislativa


respectiva sustar (suspender), a qualquer tempo antes de prolatada a decisão final pelo
STF, o trâmite da ação penal proposta contra deputado federal ou senador em razão de
crime praticado após o ato de diplomação.

- São dois os requisitos para que haja a incidência desta imunidade:

1) O crime deve ter sido praticado após a diplomação.

2) A Casa Legislativa não vai colocar em votação a suspensão da ação penal de ofício, pois
deve ser provocada por um partido político que nela esteja representado. O partido pode
provocar a Casa Legislativa a qualquer tempo, durante o trâmite da ação penal. Provocada,
a Casa Legislativa terá o prazo improrrogável de 45 dias para decidir a sustação.

30
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 84

Nosso sistema de Governo é o presidencialista, que se caracteriza por concentrar todas


as funções executivas no Poder Executivo. A chefia, portanto, será una, já que o
Presidente da República irá, simultaneamente, exercer a chefia de Estado e a chefia de
Governo.

DICA 85

A direção superior da administração federal é competência privativa do presidente da


República, com o auxílio dos ministros de Estado.

DICA 86

Os Ministros de Estado devem ter mais de 21 anos; devem estar no pleno exercício dos
direitos políticos; devem ser brasileiros, natos ou naturalizados (salvo o Ministro de
Estado da Defesa que, por razões de segurança nacional, deve ser brasileiro nato,
conforme o artigo 12, § 3º, CF).

DICA 87

Foro especial por prerrogativa de função

Via de regra, os Ministros de Estado serão processados e julgados no Supremo Tribunal


Federal pela prática de crimes comuns e de responsabilidade, conforme dispõe o art.
102, I, ‘c’, CF. Existem, todavia, dois cenários em que essa regra vai ser excepcionada.

Vejamos:

Crime de responsabilidade: se o crime de responsabilidade praticado pelo Ministro for


conexo com o do Presidente da República, o processo e julgamento será de competência
do Senado Federal (art. 52, I, CF), não do STF.

Crime comum: em 12 de junho de 2018, no INQ 4703 (QO), a 1ª Turma do STF, por 4x1,
entendeu que os Ministros de Estado não têm direito a foro por prerrogativa de função
quando respondem a supostos crimes comuns cometidos antes de assumirem a função ou
praticados durante o mandato, mas sem relação com o cargo.

DICA 88

As funções constitucionais dos Ministros de Estado estão previstas, em um rol


exemplificativo, no parágrafo único do art. 87, da CF/88. São elas:

1) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração


federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo
Presidente da República;

2) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

3) apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;

4) praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.

31
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 89

ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMO CHEFE DE ESTADO

- Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos

- Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso


Nacional

- Convocar e presidir o Conselho de Defesa Nacional

- Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores

- Nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União

- Nomear os magistrados, nos casos previstos na Constituição

- Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional


ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional

- Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional

- Conferir condecorações e distinções honoríficas

- Permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente

DICA 90

No que diz respeito à legitimidade ativa, podem impetrar mandado de segurança:

a) Todas as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou


não no Brasil;

b) As universalidades (que não chegam a ser pessoas jurídicas) reconhecidas por lei como
detentoras de capacidade processual para a defesa de seus direitos, como a massa falida e
o espólio, por exemplo;

c) Alguns órgãos públicos (órgãos de grau superior), na defesa de suas prerrogativas e


atribuições;

d) O Ministério Público.

DICA 91

Pode haver liminar em mandado de segurança?

Presentes os requisitos (fumus boni iuris e periculum in mora), é possível liminar em


mandado de segurança. Entretanto, há exceções, para as quais mesmo existindo esses
requisitos, a lei não admite liminar em mandado de segurança:

a) A compensação de créditos tributários;

32
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

b) A entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;


c) A reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a
extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.

DICA 92

São legitimados a impetrar mandado de injunção coletivo:

a) Partido político com representação no Congresso Nacional: para assegurar o exercício


de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária.

b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída


e em funcionamento há pelo menos um ano: para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial.

d) Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis.

e) Defensoria Pública: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados.

DICA 93

O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três pressupostos
para o seu cabimento:

a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática


propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza
impositiva;

b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de


um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania
e à cidadania;

c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora


(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).

DICA 94

O mandado de injunção é um remédio constitucional disponível para qualquer pessoa


prejudicada pela falta de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e
cidadania.

É cabível não só para omissões de caráter absoluto ou total como também para as
omissões de caráter parcial.

33
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 95

O STF considera inadmissível a impetração sucessiva de habeas corpus, ou seja, de


apreciação de um segundo habeas corpus quando ainda não foi definitivamente julgado o
anterior.

No entanto, essa proibição é flexibilizada em situações excepcionais, caso haja


ilegalidade flagrante e prontamente evidente.

34
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DICA 96
HIPOTECA JUDICIÁRIA

→ A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro


e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa
em prestação pecuniária valerão como TÍTULO CONSTITUTIVO DE HIPOTECA
JUDICIÁRIA

→ A decisão produz a hipoteca judiciária:

I - Embora a condenação seja genérica;

II - Ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou


esteja pendente arresto sobre bem do devedor;

III - mesmo que impugnada por recurso dotado de EFEITO SUSPENSIVO.

→ A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença


perante o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem judicial, de
declaração expressa do juiz ou de demonstração de urgência.

→ No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realização da hipoteca, a parte


informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação da outra parte para que tome
ciência do ato.

→ A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, O


DIREITO DE PREFERÊNCIA, quanto ao pagamento, em relação a outros credores,
observada a prioridade no registro.

→ Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o pagamento de quantia, a


parte responderá, independentemente de culpa, pelos danos que a outra parte tiver
sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da indenização ser liquidado
e executado nos próprios autos.

DICA 97
COISA JULGADA

NÃO FAZEM COISA JULGADA:

I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da


sentença;

II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.

DICA 98
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA

→Quando a sentença condenar ao pagamento de QUANTIA ILÍQUIDA, proceder-se-á à


sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

35
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

I - POR ARBITRAMENTO, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes


ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

II - PELO PROCEDIMENTO COMUM, quando houver necessidade de alegar e provar


fato novo.

→Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a
liquidação desta.

→ Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá


promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

→ Na liquidação é VEDADO discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a


julgou.

→ Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de


pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de
plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova
pericial.

→ Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do


requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver
vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

→ A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em


autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com
cópias das peças processuais pertinentes.

DICA 99
IMPUGNAÇÃO

→ Consiste em INSTRUMENTO DE DEFESA do executado no CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA.

→ Não é exigível GARANTIA DO JUÍZO (art. 525, caput, CPC/2015):

“Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo
de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. ”

→ Não é dotada de EFEITO SUSPENSIVO, pode o Juiz conceder nas seguintes hipóteses:

1) Pedido da parte interessada;


2) Fundamento relevante;
3) Prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de
causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação;
4) Segurança do juízo por meio de penhora, caução ou depósito
suficientes.

36
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 100
→ A impugnação somente poderá versar sobre (art. 525, §1º, CPC):

1) falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu


à revelia;
2) ilegitimidade de parte;
3) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
4) penhora incorreta ou avaliação errônea;
5) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
6) incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
7) qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento,
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.

→ A decisão que resolver a impugnação será impugnável por agravo de instrumento


(art. 1.015, parágrafo único, CPC/2015).

→ Se extinguir a execução, será sentença, cabível a apelação (art. 1009, CPC).

DICA 101

Os pronunciamentos do juiz consistirão em SENTENÇAS, DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS


e DESPACHOS.

→ Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 do CPC,
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

→ Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que


não se enquadre como sentença.

→ São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo,


de ofício ou a requerimento da parte.

→ Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,


independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos
pelo juiz quando necessário.

DICA 102

Cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua


revogação;

37
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à


execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;

(...)

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

ATENÇÃO! Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias


proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário.

DICA 103
ATENÇÃO!

TRATANDO-SE DE DECISÃO MONOCRÁTICA, o recurso cabível é o AGRAVO INTERNO.

Em questões, algumas bancas tenta confundir o candidato abordando o seguinte “Em


decisão monocrática (LEIA COM CALMA), o Desembargador a quem coube a relatoria do
recurso, reputando-o manifestamente improcedente, negou-lhe seguimento, tendo, para
tanto, adotado um entendimento frontalmente contrário a uma norma da
Constituição da República”, fazendo com que o candidato opte pelo recurso
extraordinário. CUIDADO! DECISÃO MONOCRÁTICA = AGRAVO INTERNO.

DICA 104
→ O recorrente poderá, A QUALQUER TEMPO, sem a anuência do recorrido ou dos
litisconsortes, desistir do recurso.

→ A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral


já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos.

→ A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

DICA 105
>>>> Excetuados os embargos de declaração (5 DIAS), o prazo para interpor os recursos
e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.

38
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 106
MANDADO DE SEGURANÇA

Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:

I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,


independentemente de caução;

II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

III - de decisão judicial transitada em julgado.

DICA 107

Segundo a Lei nº 11.419/2006 que dispõe sobre o Processo Judicial Eletrônico:

* Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos eletrônicos


com garantia da origem e de seu signatário, na forma estabelecida nesta Lei, serão
considerados originais para todos os efeitos legais.

ATENÇÃO! Os documentos CUJA DIGITALIZAÇÃO SEJA TECNICAMENTE


INVIÁVEL DEVIDO AO GRANDE VOLUME OU POR MOTIVO DE ILEGIBILIDADE
deverão ser apresentados ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias
contados do envio de petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão
devolvidos à parte após o trânsito em julgado.

39
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 108
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ

*O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença (art. 399, §2º, CPP).

EXCEÇÕES – MACETE PLACA (Informativo 483 do STJ)

P romovido

L incenciado

A fastado

C onvocado

A posentado

ATENÇÃO! SE O JUIZ PEDIR EXONERAÇÃO, POR ÓBVIO, NÃO PROFERIRÁ SENTENÇA.

DICA 109

DIFERENÇAS ALARMANTES ENTRE PROCEDIMENTO COMUM PELO RITO

ORDINÁRIO X SUMÁRIO

ORDINÁRIO SUMÁRIO
Audiência deve ser realizada no prazo Audiência deve ser realizada no prazo
máximo de 60 dias máximo de 30 dias

8 testemunhas (ressalvando as que 5 testemunhas (NÃO ressalvando as


não são compromissadas e as que não são compromissadas e as
referidas, art. 401, CPP) referidas, art. 401, CPP)

Previsão de requerimento de NÃO HÁ ESSA PREVISÃO


diligências

Possibilidade de apresentação de Somente alegações finais orais


alegações finais escritas

40
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 110

ATENÇÃO!

SERÁ APLICADO O RITO SUMÁRIO ÀS INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL


OFENSIVO na hipótese em que referidas infrações, por algum motivo (Ex.: necessidade de
citação por edital, vedada no procedimento dos Juizados) não puderem ser julgadas pelos
Juizados Especiais.

DICA 111
Nos procedimentos ordinário e sumário, OFERECIDA A DENÚNCIA OU QUEIXA, o juiz,
se não a rejeitar liminarmente (art. 395, CPP), recebê-la-á e ordenará a citação do
acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

DICA 112

HIPÓTESES DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIO –


ART. 397, CPP

*O juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:

I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,


salvo inimputabilidade;

III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;

IV - extinta a punibilidade do agente.

DICA 113
OBS1.: Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em
contrário deste Código ou de lei especial.

OBS2.: Aplicam-se SUBSIDIARIAMENTE aos procedimentos especial, sumário e


sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.

Logo, conclui-se que as hipóteses de absolvição sumária e rejeição da denúncia


lhes são aplicáveis.

DICA 114
ALEGAÇÕES FINAIS – PROCEDIMENTO COMUM – RITO ORDINÁRIO

*Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas


alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela
defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.

41
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será


individual.

Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos


10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da
defesa.

DICA 115
POSSIBILIDADE DE ALEGAÇÕES FINAIS ESCRITAS NO RITO ORDINÁRIO

É EXCEÇÃO! HIPÓTESE EXCEPCIONAL!

O juiz poderá, considerada a COMPLEXIDADE DO CASO OU O NÚMERO DE ACUSADOS,


conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

RITO SUMÁRIO APENAS ORAL!

DICA 116
ATENÇÃO! O STJ tem o entendimento que o número de testemunhas (máximo de 08
para o rito ordinário) é referente a cada RÉU, e para cada fato. LOGO, cada réu poderia
arrolar até 08 testemunhas para cada fato imputado. (Informativo n.450 do STJ)

Ex.: Se estiverem sendo denunciados por 3 crimes e existirem 2 réus, cada réu poderia
arrolar até 24 testemunhas.

DICA 117
HABEAS CORPUS

>> Recebidas as informações, ou dispensadas, o habeas corpus será julgado na


primeira sessão, podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão
seguinte.

>> A decisão será tomada por MAIORIA DE VOTOS → HAVENDO EMPATE, se o


presidente não tiver tomado parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso
contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente.

DICA 118
É cabível habeas corpus caso se busque o reconhecimento da decadência.

EXPLICANDO...

*A DECADÊNCIA = causa de extinção da punibilidade (art. 107, IV do CP). Nesse


sentido, o manejo do HC é plenamente cabível = para trancar o IP ou para trancar a ação
penal, consoante art. 648, VII do CPP.

→ Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.

→ A coação considerar-se-á ilegal: (...) VII - quando extinta a punibilidade.

42
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 119

HIPÓTESES DE COAÇÃO ILEGAL

I - quando não houver justa causa;

II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a


lei;

III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que
a lei a autoriza;

VI - quando o processo for manifestamente nulo;

VII - quando extinta a punibilidade.

DICA 120

*O HABEAS CORPUS PODERÁ SER IMPETRADO POR QUALQUER PESSOA, em seu


favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

43
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

OBS.: Consiste na MAIOR LEGITIMIDADE ATIVA DO NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO.

OBS.2: Não se exige a presença de advogado.

OBS.3: PJ pode impetrar, até mesmo os doentes mentais e os inimputáveis.

OBS.4: Os Juízes não impetram HC, porém podem concedê-lo de ofício (FIQUEM
ATENTOS COM ESSA PEGADINHA). Art. 654, § 2o, do CP: “Os juízes e os tribunais têm
competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo
verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. ”

DICA 121
*A petição de habeas corpus conterá:

a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o


de quem exercer a violência, coação ou ameaça;

b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça


de coação, as razões em que funda o seu temor;

c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou


não puder escrever, e a designação das respectivas residências.

OBS.: De acordo com a letra “c” pode-se concluir, também, que OS ANALFABETOS
PODEM IMPETRAR HC.

OBS.2: Também em consonância com a letra “c” pode-se dizer que o HC não será
conhecido se a petição não estiver assinada e não for acatada determinação de
regularização. MESMO NÃO EXIGINDO MAIORES FORMALIDADES: A PETIÇÃO DE HC
DEVE ESTAR ASSINADA PELO IMPETRANTE.

DICA 122

A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja
pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Não
esquecer dos crimes INAFIANÇÁVEIS!

• Art. 5º (...)

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena


de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática


da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis


ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (...)

44
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

LEGISLAÇÃO

DICA 123
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Documentação em geral
Art. 177. § 5º. Fica vedada a formação de livros e pastas não obrigatórios constituídos
através da impressão de dados constantes no sistema informatizado DCP, tais como Livro
Tombo e pasta de estatística, sob pena de responsabilidade funcional.

DICA 124
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Oficiais de Justiça
Art. 315. Em sede de Juizado Especial Cível, a distribuição de petições iniciais limitar-
se-á a 10 por advogado ou parte, por atendimento, salvo quando utilizado o pré-
cadastramento, hipótese na qual o número de iniciais admitidas será 20, por advogado ou
parte.

DICA 125
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Certidão de débito
Art. 217. Será disponibilizada no Sistema de Distribuição e Controle Processual - DCP – uma
consulta dos débitos quitados, ficando o DEGAR dispensado do envio de oficio às
serventias para ciência da referida quitação.

DICA 126
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Arquivamento
Art. 227. Os autos dos processos cíveis com sentença condenatória de pagamento de
pensão com prestações vincendas, bem como àqueles referentes à obrigação de fazer
concernente ao fornecimento de remédio e atendimento hospitalar serão arquivados
definitivamente com comunicação de baixa ao cartório Distribuidor, só podendo ser
descartados após o cumprimento integral da obrigação.

DICA 127
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro

45
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

Art. 239, § 1º - Para o envio do pedido de Sarqueamento, deverá o Serventuário fazer


uso do recurso “copiar / colar” para inserir o Alvará de Soltura no corpo da mensagem,
sendo obrigatório o uso do modelo disponível no DCP e vedado o envio de qualquer outro
texto ou anexo.

DICA 128
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro

Rotinas aplicáveis às serventias judiciais em geral

Art. 251. As procurações e os substabelecimentos, com ou sem reserva de poderes,


deverão ser juntados através de petição;

Art. 257. As cartas precatórias serão expedidas em três vias, e, se o ato deprecado tiver
mais de um destinatário serão encaminhadas tantas cópias quantas sejam necessárias,
bem como cópia do comprovante do recolhimento das custas e, em se tratando de justiça
gratuita ou diligência do Juízo, certidão do Chefe da Serventia deprecante.

DICA 129
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Oficiais de Justiça
Não se fará distribuição por dependência no Núcleo de Primeiro Atendimento.

DICA 130
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Art.183, § 7º - É vedada a carga dos autos ao advogado quando houver audiência
designada, salvo decisão em sentido contrário.

DICA 131
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Intimação por via telefônica
Art. 317. Nos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio de Janeiro, inclusive adjuntos, os
atos de mero expediente e as decisões não recorríveis poderão ser comunicados às
partes, pela via telefônica,(...)

46
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12
Memorex TJ RJ – Técnico – Rodada 06

DICA 132
Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de
Janeiro
Rotinas aplicáveis aos Juizados Especiais Criminais
Art. 321. Sempre que não for possível a realização de qualquer audiência, o Chefe de
Serventia deverá dar ciência imediata aos presentes de nova data para o ato.

DICA 133
Lei Federal nº 9.099/1995

Art. 34. As testemunhas, até o máximo de 3 para cada parte, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente
de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.

§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no


mínimo 5 dias antes da audiência de instrução e julgamento.

DICA 134
Lei Federal nº 9.099/1995

Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários
de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente,
vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados entre 10 % e 20%
do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.

DICA 135
Lei Federal nº 9.099/1995

Art.76, § 4º - Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração,


o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício
no prazo de 5 anos.

DICA 136
Lei Federal nº 9.099/1995

Art.89, § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.

DICA 137
Lei Federal nº 9.099/1995
Art. 76 - § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá
reduzi-la até a metade.

47
Licensed to Alexsandro Santos de Barros - santos.alex.barros@gmail.com - 082.167.917-12

Você também pode gostar