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Memorex PP DF - Rodada 03

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................4


NOÇÕES DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO DISTRITO FEDERAL ..................... 19
INFORMÁTICA............................................................................................ 21
RLM ........................................................................................................... 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................... 29
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................... 35
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ...................................... 42
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL ...................................................... 46
DIREITO PENITENCIÁRIO .......................................................................... 55
CRIMINOLOGIA.......................................................................................... 65
DIREITOS HUMANOS.................................................................................. 72
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SERVIDORES ...................................................... 78
LEGISLAÇÃO ESPECIAL .............................................................................. 81

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - HIATO
O encontro vocálico entre 2 vogais que ficam em sílabas distintas é chamado de
hiato.
Então: ENCONTRO VOCÁLICO → 2 VOGAIS → EM SÍLABAS DISTINTAS → HIATO

Ex.: “País” e “Coelho” → Note que há um encontro vocálico em cada uma dessas
palavras. Porém, quando as separamos, as vogais ficam em sílabas distintas: “pa-ís” e
“co-e-lho”.

São outros exemplos de hiato:

Paraíba = Pa-ra-í-ba

Juízes = ju-í-zes

Burocracia = bu-ro-cra-ci-a

Saúde = sa-ú-de

CUIDADO!

Hiato: as vogais ficam em sílabas distintas.

Ex.: País (divisão silábica: pa-ís)

Ditongo: as vogais ficam na mesma sílaba.

Ex.: Pais (divisão silábica: pais)


DICA 02
DITONGO E TRITONGO

Há um ditongo quando existe o encontro de uma semivogal e de uma vogal na


mesma sílaba. Os ditongos podem ser:

Crescente: Semivogal (som + fraco) + vogal (som + forte) → qual, tranquilo.

Decrescente: Vogal (som + forte) + semivogal (som + fraco) → mau, céu, caixa.

Nasal: ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui → cãimbra, põe.

Oral: ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói... → chapéu, herói, lei.

Há um tritongo quando, numa mesma sílaba, existe o encontro de uma semivogal


+ vogal + semivogal. Os tritongos podem ser:

Oral: Paraguai, Uruguai.

Nasal: Quão, saguões.

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DICA 03
ACENTOS NOS VERBOS TER, VIR, PROVER
TOME NOTA: Os verbos ter, vir, prover, manter, intervir, não possuem acento. Desse
modo, quando precisamos colocá-los no plural, eles deverão receber o acento
circunflexo.
O verbo concorda com o sujeito. Portanto, se o sujeito estiver no singular, os verbos
acima ficarão sem acento. Se o sujeito estiver no plural, os verbos acima terão acento.
Ex.: A jogadora de vôlei tem bolas profissionais em casa.
As jogadoras de vôlei têm bolas profissionais em casa.
João vem de ônibus para a academia.
João e Alberto vêm de ônibus para a academia.
DICA 04
MORFOLOGIA - PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Substantivo + substantivo em que o segundo termo limita o sentido do
primeiro termo, o 1º elemento ficará no plural: decreto-lei = decretos-lei; elemento-
chave = elementos-chave; banana-maçã = bananas-maçãs.
OBS.: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos: decretos-leis;
elementos-chaves; bananas-maçãs.
Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no
plural: grão-duque = grão-duques; grã-fino = grã-finos; bel-prazer = bel-prazeres.
DICA 05
NUMERAL
Numeral: É responsável por ordem, quantidade e fração. Desse modo, os numerais
podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo:
Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos.
Ex.: A inflação subiu o dobro no ano passado.
Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários,
indicando valor adjetivo.
Ex.: A carne que eu comprei é de segunda (indica a qualidade da carne).
DICA 06
ARTIGO
Artigo: É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo
empregado de forma indefinida ou definida.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS. UM, UMA, UNS, UMAS.


Ex.: Comprei o vestido vermelho. Ex.: Comprei um vestido
Exprime a ideia de um vestido vermelho vermelho.
específico. Exprime a ideia de um vestido
vermelho qualquer.

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DICA 07
ADJETIVO
Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.

Classificação do adjetivo:
Restritivo: Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo,
nem todo o homem é inteligente. “Inteligente” é um adjetivo restritivo que diz respeito
ao homem.
Explicativo: Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por
exemplo, todo o fogo é quente, não existe fogo frio. “Quente” é um adjetivo explicativo
que diz respeito ao fogo.
DICA 08
ADJETIVO

Quanto a sua formação, o adjetivo pode ser:

Simples: formado por um só radical.

Ex.: magro, verde.

Composto: formado por mais de um radical.

Ex.: castanho-escuro.

Primitivo: dá origem a outros adjetivos.

Ex.: bom, feliz.

Derivado: deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.

Ex.: magrelo, bondoso.


DICA 09
ADJETIVO PÁTRIO/GENTÍLICO
Indica a nacionalidade de alguém, de um objeto, de animal, entre outros. Esta
nacionalidade está ligada a países, cidades e estados de modo geral.

Ex.: Carla é curitibana. Carla é curitibana, porque nasceu em Curitiba.


DICA 10
ARTIGO E ADJETIVO

Artigo: É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo


empregado de forma indefinida ou definida.

ARTIGOS

DEFINIDOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS. UM, UMA, UNS, UMAS.


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Comprei o livro de terror. Comprei um livro de terror.
Exprime a ideia de um livro de terror específico. Exprime a ideia de um livro de terror
qualquer.

Adjetivo: Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.


DICA 11
GRAU DO ADJETIVO
Os adjetivos são flexionados em grau para indicar a intensidade da característica do
ser. Os graus do adjetivo podem ser: o comparativo e o superlativo.

COMPARATIVO SUPERLATIVO

Comparação entre 2 ou + seres. Características num grau muito elevado


ou em grau máximo.
Comparativo de igualdade:
Superlativo absoluto sintético:
Ex.: Mari é tão tímida quanto sua irmã.
Adj + sufixo
Comparativo de inferioridade:
Ex.: Mari é inteligentíssima.
Ex.: Mari é menos tímida que sua irmã.
Superlativo absoluto analítico:
Comparativo de superioridade:
Advérbio de intensidade + adj.
Ex.: Mari é mais tímida que sua irmã.
Ex.: Mari é muito inteligente.
CUIDADO com o comparativo
irregular de superioridade: Superlativo relativo: relação de um
indivíduo com o grupo.
Ex.: Lucas é “mais bom” que Pedro.
Superlativo relativo de
(Está errado, pois o correto seria superioridade:
“melhor”).
Ex.: Roberto é o menino mais forte
Ex.: Mauro é “mais ruim” que Fábio. do bairro.
(Está errado, pois o correto seria “pior”). Superlativo relativo de
inferioridade:
Bom – melhor
Ex.: Marcelo é o empregado menos
Ruim/mal – pior produtivo da empresa.

Grande – maior

Pequeno – menor

CUIDADO, estes mesmos adjetivos


voltam à forma regular quando comparo 2
características do mesmo indivíduo:

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Ex.: Matias é mais grande que pequeno.
(correto)

Ex.: Lucas é mais bom que ruim.


(correto)

DICA 12
EXEMPLOS DE SUPERLATIVOS SINTÉTICOS

É um assunto muito cobrado. Abaixo, alguns exemplos que podem cair na sua prova:

Bom - boníssimo ou ótimo

Cruel – crudelíssimo

Difícil – dificílimo

Frágil – fragílimo

Frio - friíssimo ou frigidíssimo

Humilde - humílimo

Livre – libérrimo

Magnífico - magnificentíssimo

Magro - macérrimo ou magríssimo

Preguiçoso - pigérrimo

Próspero – prospérrimo

Terrível – Terribilíssimo

DICA 13
VERBO
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado,
fenômeno da natureza e tem várias flexões. Assim, sua conjugação é feita por meio de
variações de pessoa, número, tempo, modo e voz.

ATENÇÃO!

Há verbos que são importantes e você precisa ficar atento em suas conjugações.

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eu valho (valer);

eu meço (medir);

eu caibo (caber);

ATENÇÃO!

Há verbos que são importantes e você precisa ficar atento em suas conjugações.

eu rio (rir);

eu pulo (polir/pular);

eu compito (competir);

eu suo (suar);

eu soo (soar);

eu adiro (aderir);

DICA 14
VERBOS IRREGULARES
Há alguns verbos que são chamados de irregulares, uma vez que não seguem o
paradigma de sua conjugação, como os seguintes verbos (que são os mais importantes e
podem ser “pegadinha” de prova): mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar.
MACETE:

M mediar

A ansiar

R remediar

I incendiar

O odiar

PRESENTE DO INDICATIVO:

MEDIAR ANSIAR REMEDIAR INCENDIAR ODIAR

Eu medeio Eu anseio Eu remedeio Eu incendeio Eu odeio

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Tu medeias Tu anseias Tu remedeias Tu incendeias Tu odeias

Ele medeia Ele anseia Ele remedeia Ele incendeia Ele odeia

Nós mediamos Nós ansiamos Nós Remediamos Nós Incendiamos Nós odiamos

Vós mediais Vós ansiais Vós remediais Vós incendiais Vós odiais

Eles medeiam Eles anseiam Eles remedeiam Eles incendeiam Eles odeiam

CUIDADO com possíveis “pegadinhas” da banca! Veja que não se diz “Eu medio”,
mas “Eu medeio”. Não se diz “Ele ansia”, mas “Ele anseia”.
DICA 15
LOCUÇÕES VERBAIS
LOCUÇÃO VERBAL é quando há mais de um verbo na frase, mas estes verbos, na
verdade, representam um único verbo.

VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL = LOCUÇÃO VERBAL

As Locuções Verbais também são chamadas de PERÍFRASES VERBAIS.


A função do verbo auxiliar (ser, estar, ter e haver) é ajudar/auxiliar na conjugação de
outros verbos. Desse modo, o verbo auxiliar se une ao verbo principal, formando um
único verbo e, por consequência, uma locução verbal.

👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2021.


Em: “É o que tenho observado em muitas pessoas [...]” há uma locução
verbal.
Gabarito: Certo. Verbo auxiliar “ter” + verbo principal “observado”. Quando os verbos
“ter” e “haver” aparecerem junto de particípio, serão locuções verbais.

DICA 16
LOCUÇÕES VERBAIS
É muito comum o uso do GERÚNDIO nas locuções verbais. Gerúndio é a terminação
em ANDO, ENDO ou INDO ao final do verbo (indica uma ação que está sendo realizada
naquele momento).

Exemplos: amando; bebendo; dormindo.

Exemplos de gerúndio em locuções verbais:


O mundo está mudando para melhor.

Joana e Carlos estão adquirindo experiência no trabalho.

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Andei pensando em casar este ano.

O jornal anda publicando as fofocas da cidade.

👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2015.


Em “90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos”, o verbo “fumar” faz parte
da locução verbal “dizem ter começado a fumar”.
Gabarito: Errado, pois a locução verbal é apenas “dizem ter começado” e “a fumar...”
é objeto direto preposicionado.

DICA 17
LOCUÇÕES VERBAIS

Exemplos de locuções verbais que podem cair em prova:

Está havendo uma briga no pátio da escola entre os estudantes.

Ana começou a chorar repentinamente pelo ex-marido.

Ninguém poderá sair da escola após o sinal tocar.


TOME NOTA! Jonas já havia imprimido a apostila. (correto)
Jonas já havia impresso a apostila. (errado)

Jonas já tinha imprimido a apostila. (correto)


Jonas já tinha impresso a apostila. (errado)

ATENÇÃO!

“A gráfica tem _______ muitas apostilas.” (impresso/imprimido).


Gabarito: IMPRIMIDO.

DICA 18
FUNÇÕES DO “QUE”

Substantivo: vai ser escrito com um acento circunflexo. Quando possui a função de
substantivo, tem valor de qualquer coisa. Poderá vir determinado por artigo, numeral,
entre outros.

Ex.: Aquela obra tem um quê de Vincent Van Gogh.

Advérbio de intensidade: nesse caso, o “que” será equivalente a “muito”,


“quanto”... Sua função será INTENSIFICAR os advérbios e adjetivos.

Ex.: Que linda casa!

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DICA 19
FUNÇÕES DO “QUE”

Pronome interrogativo: nesse caso, o “que” será equivalente a “qual” e estará


em orações interrogativas diretas ou indiretas.

Ex.: Que roupas ela comprou?

Pronome relativo: Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações.
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas.

Ex.: Ele é o menino que me contou sobre o acidente.


→ Note que é possível trocar o “que” por “o qual” e a frase continua correta.

DICA 20
FUNÇÕES DO “QUE”

Pronome indefinido: Acompanha os substantivos e os modifica.

Ex.: Que roupas lindas você tem!

Preposição: Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”... Aparece com os verbos auxiliares
“ter” e “haver”.

Ex.: Eu tenho que estudar Biologia amanhã.


Eu tenho de estudar Biologia amanhã.

Interjeição: Nesse caso, será acentuado  “quê”. Poderá expressar uma emoção.
Aparecerá em frases exclamativas.

Ex.: Quê! Está muito caro!


DICA 21
FUNÇÕES DO “QUE”

Conjunção coordenativa: Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o


valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou explicativa.

Ex.: Você pode pedir desculpas, que não adiantará. (conjunção adversativa, pois o
“que” possui o mesmo valor de “mas”).

Conjunção integrante: Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada


substantiva. Será equivalente a “isso”.

Ex.: É importante que você conte tudo ao médico. = É importante ISSO

Conjunção subordinativa adverbial: Introduzirá uma oração subordinada adverbial.


Poderá ser uma conjunção causal, comparativa, concessiva, temporal, final...

Ex.: Débora desenha melhor que eu. (conjunção comparativa)

Partícula expletiva: sua função é de REALCE e pode ser excluído da oração sem
problema algum.

Ex.: O professor Alan que me chamou por engano.


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→ Note que se o “que” for retirado da frase, estará tudo certo. Nada mudará.

DICA 22
FUNÇÕES DO “QUE”

Pronome relativo: Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações.

Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas.

Ex.: Ela é a professora que me adotou.


→ Note que é possível trocar o “que” por “a qual” e a frase continua correta.

Pronome indefinido: Acompanha os substantivos e os modifica.

Ex.: Que cabelos sedosos você tem!


Que sapatos elegantes Júlia tem!

Preposição: Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”... Aparece com os verbos


auxiliares “ter” e “haver”.

Ex.: Fabi tem que viajar comigo amanhã. → Fabi tem de viajar comigo
amanhã.
DICA 23
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO
É por meio da comunicação que há interação. Desse modo, a comunicação representa a
troca de mensagens entre o emissor e o receptor.
TOME NOTA! A comunicação apenas se efetiva no momento em que o receptor
decodifica a mensagem que é transmitida pelo emissor.

Há 2 modalidades de linguagem na comunicação:

Linguagem verbal: é aquela de advém da palavra, que pode ser oral ou escrita. Esse
tipo de linguagem se manifesta por meio da fala, de propagandas, obras literárias, entre
outros.

Linguagem não verbal: é encontrada em fotografias e gestos, por exemplo.

Linguagem mista: envolve a linguagem verbal e a não verbal.


DICA 24
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO: EMISSOR, RECEPTOR, MENSAGEM E CÓDIGO

EMISSOR

O emissor é aquele que TRANSMITE a mensagem;

Portanto, o emissor é o REMETENTE da mensagem;

Uma pessoa ou até mesmo uma marca pode ser um emissor.

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RECEPTOR

O receptor é considerado o ALVO da mensagem;

Assim, é considerado receptor aquele que RECEBE a mensagem transmitida pelo


emissor;

MENSAGEM

É o CONTEÚDO transmitido pelo emissor.

CÓDIGO

É a LINGUAGEM (verbal ou não verbal) que o emissor utiliza para transmitir a


mensagem.

ANALISE A SEGUINTE QUESTÃO:


“RECEPTOR é quem ouve, lê e interpreta a mensagem.
MENSAGEM é o conteúdo que o receptor comunica.”
CERTO ou ERRADO?
Resposta: ERRADO, pois MENSAGEM é o conteúdo comunicado/transmitido pelo
emissor, não é pelo receptor.

DICA 25
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO – REFERENTE E CANAL

REFERENTE

É o CONTEXTO em que a mensagem está inserida.

CANAL

É o meio em que a mensagem é DIVULGADA.

Há também o “ruído na comunicação”, que pode ser o barulho do local, por exemplo.
Isso ocorre quando a mensagem não é decodificada.

ATENÇÃO!

A comunicação APENAS ocorre de modo efetivo no momento em que o receptor


decodifica a mensagem que foi transmitida pelo emissor.
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👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2018.


Sobre os elementos de comunicação em: “Por que hoje em dia abandonamos tantos
projetos de vida?” é correto afirmar que o autor é o emissor, o leitor é o receptor e a
linguagem verbal é o código da mensagem.
Gabarito: Certo.

DICA 26
FUNÇÕES DA LINGUAGEM – FUNÇÃO CONOTATIVA, FÁTICA E POÉTICA

FUNÇÃO CONOTATIVA

A ênfase está no emissor.

Há a presença de verbos no modo imperativo e do vocativo, com o objetivo de


indicar a forma como o outro deve agir.

FUNÇÃO FÁTICA

É caracterizada pela manutenção da comunicação.

O emissor, a fim de manter a interação com o receptor, busca estratégias.

Utilizam-se expressões como: Entendeu?

FUNÇÃO POÉTICA

É muito comum em obras literárias.

Refere-se a um mundo novo, criado pela linguagem.

👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2019.


Considerando a função da linguagem em “Não te surpreendes que haja vida noutros
planetas?”, pode-se afirmar que há uma função fática.
Gabarito: Certo.

DICA 27
FUNÇÕES DA LINGUAGEM – FUNÇÃO METALINGUÍSTICA, EMOTIVA E
REFERENCIAL

FUNÇÃO METALINGUÍSTICA

Como exemplo, pode-se citar o dicionário. Nessa função, a linguagem explica a


própria linguagem.
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FUNÇÃO EMOTIVA

Há um caráter subjetivo do emissor, o qual emite opiniões, emoções.


O discurso é feito em 1ª pessoa, com exclamações e interjeições.

FUNÇÃO REFERENCIAL

Enfatiza o referente - o contexto em que o texto está inserido.


É encontrada em artigos científicos.

👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2019.


No trecho “Vai ficando forte a ideia de que pago somente pelo que quero consumir,
consumo somente aquilo que me interessa do serviço oferecido, ganhando o direito de
“recortá-lo” segundo meus interesses e sem considerar os interesses daqueles que
prestam o serviço...”, há o predomínio de uma função comunicativa pautada na
exposição de sentimentos e ideias.
Nesse sentido, é correto afirmar que a função da linguagem predominante no excerto é
a função emotiva.
Gabarito: Certo.

DICA 28
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL - SUBSTITUIÇÃO

A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de:

Substantivo por verbo:


Ex.: Maria exigiu o esforço dos alunos.
Maria exigiu que os alunos se esforçassem.

Verbo por substantivo:


Ex.: Espero que se resolva a situação.
Espero a resolução da situação.

Voz verbal:
Ex.: Pode-se visualizar isso.
Isso pode ser visualizado.

Antônimos:
Ex.: O cachorro estava desanimado.
O cachorro não estava animado.

Sinônimos:
Ex.: Muitas meninas moram naquela casa.
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Várias gurias residem naquele domicílio.
Gurias = muito falado no Estado do RS.

DICA 29
SUBSTITUIÇÃO

A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de:

Conectivos do mesmo valor semântico:

Ex.: Então, foi passear no shopping.


Assim sendo, foi passear no shopping.

Tempo verbal:

Ex.: Em 1945 ocorreu o fim da Segunda Guerra Mundial.


Em 1945 ocorre o fim da Segunda Guerra Mundial.

Tempo composto:

Ex.: Estudara tanto que passou na prova.


Tinha estudado tanto que passou na prova.

Discurso:

Ex.: Nós viajaremos amanhã. (DIRETO)


Eles disseram que viajariam no dia seguinte. (INDIRETO)

DICA 30
EMPREGO DE TEMPOS VERBAIS - TEMPOS DO INDICATIVO

Presente: indica um fato atual ou que acontece muito.

Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias.


Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de
ocorrer.

Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias.


Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído.

Ex.: Ele brincou no pátio ontem.


Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

Ex.: Mauro falara de suas profissões.


Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual.

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Ex.: Marina comerá massa amanhã.
Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior.

Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro.

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NOÇÕES DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO DISTRITO FEDERAL
DICA 31
DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DF
Atualmente o Distrito Federal é dividido em 33 regiões administrativas conforme ilustra o
quadro abaixo:

Na região do Plano Piloto, estão presentes os diversos órgãos do governo federal,


embaixadas, residências oficiais e prédios públicos federais. Existe ainda uma divisão de
áreas segundo o segmento de atuação como Setor Bancário, Setor Hospitalar, Setor
Comercial, áreas residências, comerciais etc.
DICA 32
DA POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Desde o início da construção de Brasília, com a chegada de muitos trabalhadores, os quais
eram chamados de Candangos, a população não parou mais de crescer.
A região se tornou uma mistura de sotaques vindos das mais diversas regiões do país.
Conforme dados do IBGE, no último censo, realizado no ano de 2010, a população
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de Brasília era de 2.570.160 habitantes, com uma densidade de 444,66
habitantes por km².
No ano de 2021, conforme estimativa do IBGE, a população já seria de 3.094.325
pessoas. Atualmente, Brasília é considerada a terceira cidade mais populosa do
país.
DICA 33
DA ECONOMIA DO DISTRITO FEDERAL
A construção civil, desde o início de Brasília, foi uma espécie de mola propulsora da
economia local. Com a necessidade de construção não apenas da cidade em si, mas de
casas, ferrovias, rodovias etc, a construção civil foi a principal fonte de economia local até
os anos 90.
A partir de então, o setor de serviços passou a ser responsável pela maior parte da
economia do Distrito Federal. Estima-se que, já em 1995, o setor de serviços já
empregava 75% da população economicamente ativa do DF. Atualmente, ainda é
responsável por 71% de toda atividade econômica do Distrito Federal, com
destaque para o setor de informação, como telefonia móvel, serviço de internet e TV por
assinatura.
O turismo também se encontra em franca expansão há muitos anos. Sendo que
Brasília está categorizada como “A” pelo Ministério do Turismo, justamente pelo fluxo
turístico e a consequente geração de empregos.
Além disso, Brasília é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, motivo
pelo qual, preza por fomentar o desenvolvimento daquelas indústrias que não
sejam poluentes.
DICA 34
DA LOCALIZAÇÃO DO DF
Brasília situa-se no chamado Planalto Central, localizado no Centro-Oeste brasileiro.
A cidade localiza-se a 15°47’ de latitude sul e a 47°56′ de longitude oeste, ocupando
uma área total de 5.779km².
Brasília fica localizada a cerca de 1.000 metros acima do nível do mar, tendo um
relevo predominantemente plano.
O ponto mais alto é chamado de Pico do Roncador, que fica a 1.341 metros do nível
do mar, e está localizado na Serra do Sobradinho.
DICA 35
DO CLIMA DO DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal possui clima tropical e duas estações climáticas totalmente distintas,
sendo o verão um período quente e chuvoso e o inverno frio e seco. Isso se explica pelo
fato de que no verão predomina a ação da MEC (Massa Equatorial Continental) e
no Inverno da MPA (Massa Polar Atlântica).
As chuvas mais fortes acontecem de forma mais comum entre outubro e início de maio,
período em que a umidade relativa do ar atinge níveis máximos. Já no período entre fim
de maio e setembro, há baixa umidade e a seca costuma durar por até cinco meses.

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INFORMÁTICA
DICA 36
AMBIENTES OPERACIONAIS - WINDOWS 10 - WINDOWS HELLO
O Windows Hello é uma forma de obter acesso rápido aos dispositivos Windows
utilizando um PIN, reconhecimento facial ou impressão digital. Será necessário configurar
um PIN nos casos de utilizar reconhecimento fácil ou impressão digital, porém pode-se
usar apenas o PIN. Para configurar o Windows Hello basta acessar Configurações, Conta,
Opções de Entrada.
DICA 37
RENOMEAR ARQUIVOS
Para renomear arquivos podemos selecionar o arquivo e utilizar a tecla de atalho F2.
Outra opção é selecionar o arquivo, clicar com botão direito e clicar em renomear. Mais

uma forma é selecionar o arquivo e clicar no ícone renomear na aba Início.


Quando renomeamos dois arquivos com o mesmo nome na mesma pasta, o Windows
automaticamente irá alterar o nome do arquivo acrescentando um (2) ao final do arquivo
para identificá-lo.

ATENÇÃO!

Caso os arquivos sejam de tipos diferentes, isto é, um arquivo seja .txt e o outro
seja um Documento do Word (.docx), o Windows não irá acrescentar nada ao final
do arquivo e ambos ficarão com o mesmo nome.

DICA 38
TAMANHOS DE ARQUIVO
Os arquivos armazenados no computador têm seu espaço medido em Bytes. Para facilitar
a divisão do tamanho, utilizamos nomenclaturas quando alcança certa quantidade de
Bytes. Por exemplo, 1 milhão de bytes é 1 Mega Byte. Assim para identificar um arquivo
grande precisamos entender a ordem.

1 Giga Byte (1 GB ) = 1000 Mega Bytes (1000 MB);

1 Mega Byte = 1000 KiloBytes (KB);

1 KiloByte = 1024 Bytes.


DICA 39
HISTÓRICO DE ARQUIVOS
O Windows conta no painel de controle com a opção Histórico de Arquivos, que auxilia a
realizar backups de arquivos. Para utilizar o Histórico de Arquivos é necessário escolher
onde os arquivos serão salvos, por exemplo se será utilizado uma unidade externa ou um
disco em rede por exemplo.

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O histórico de arquivos só faz backup de cópias de arquivos que estão nas pastas
documentos, música, imagens, vídeos e área de trabalho e os arquivos do OneDrive
disponíveis offline em seu computador.
DICA 40
BLOCO DE NOTAS
O bloco de notas é um editor de texto simples que vem de forma padrão no Windows.
Nele é possível apenas digitar texto sem utilizar das formatações como cor, inclusão de
imagens, criar tabelas e não tem corretor ortográfico. O formato padrão de um arquivo do
bloco de notas é o .txt.
DICA 41
ÁREA DE TRABALHO
O Windows permite a criação de novas áreas de trabalho, onde os aplicativos são
agrupados. Para acessar a opção e visualizar as múltiplas áreas de trabalho utilize a tecla
de atalho WIN + TAB. Para criar uma área de trabalho basta clicar em Nova área de
trabalho ou utilizar a tecla de atalho CTRL + WIN + D. Para alternar entre as áreas de
trabalho, utilize as teclas CTRL + WIN + Setas direta ou esquerda.
No painel das áreas de trabalho também é possível visualizar uma linha do tempo de quais
arquivos foram abertos.
DICA 42
EXTENSÕES DE ARQUIVOS
As extensões de arquivos indicam o tipo de arquivo e auxiliam na abertura do arquivo. Por
exemplo, um arquivo do tipo texto terá a extensão .txt. Um arquivo .docx indica que é
um arquivo do tipo Documento do Word.

ALGUMAS EXTENSÕES DE ARQUIVOS

.xlsx Arquivo de Planilha Excel

.pptx Arquivo de Apresentação de PowerPoint

.html .htm Arquivo de página web

.pdf Documento de pdf

.exe Arquivo executável

.msi Pacote do Windows installer

.jpg .png .jfif .gif Arquivos de imagem

.mp3 .wav Arquivos de áudio

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.mp4 .avi .mpeg Arquivos de vídeo

.zip .rar .7z Arquivos compactados

.iso Arquivo de imagem de disco

DICA 43
MENU DE CONTEXTO
Os Menus de Contexto mostram opções ao se utilizar o botão direito do mouse sobre o
elemento. O elemento pode ser a área de trabalho, um arquivo, o Windows Explorer.

No menu de contexto da área de trabalho tem as seguintes opções:

Exibir - Ícones Grandes, Ícones Médios, Ícones Pequenos, Mostrar Ícones da Área de
trabalho;

Classificar por - Nome, Tamanho, Tipo, Data de Modificação;

Novo - Pasta, Atalho, Documento de Texto, Pasta Compactada etc;

Colar;

Personalizar - Abre o painel Personalizar do Painel de Configurações;

Configurações de Exibição - Abre a opções de Configurações de Sistema na opção


Vídeo do painel de Configurações.
DICA 44
PAINEL DE CONFIGURAÇÃO DO WINDOWS
O painel de configurações do Windows (WIN + I) acessível através do menu iniciar com o

ícone tem opções para gerenciamento do computador. A tendência é que este menu
substitua o Painel de Controle nas próximas versões do Windows. Porém, ambas
continuam existindo no Windows 10. Assim como o painel de controle, O painel de
Configurações do Windows tem funções como Instalar e Desinstalar programas através do
menu Aplicativos, gerenciamento de contas de usuário, através do menu Contas,
gerenciamento de Dispositivos como Impressoras, Scanners, dispositivos Bluetooth e o
menu de Personalização para alterar Tela de Fundo, Tela de Bloqueio, Cores etc.
DICA 45
SÍMBOLOS PROIBIDOS EM NOMES DE ARQUIVOS
: * <> / | \ " ?

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DICA 46
TECLAS DE ATALHOS NO WINDOWS 10
As recentes provas de concurso públicos adoram cobrar teclas de atalho do sistema
operacional Windows 10, pensando nisso, nós esquematizamos algumas dela para você
decorar e não errar uma questão sobre isso! Veja só:

Abrir gerenciador de tarefas CTRL + SHIFT + ESC

Enviar uma interrupção e abrir opções como


Bloquear, Sair, Trocar Usuário e abrir CTRL + ALT + DEL
gerenciador de tarefas

Abrir Windows Explorer WIN + E

Abrir Janela Executar WIN + R

Abrir configurações do Windows WIN + I

Bloquear Computador WIN + L

Excluir arquivo sem enviá-lo a lixeira SHIFT + DEL

Acesso rápido a ferramentas do sistema WIN + X

DICA 47
TECLAS DE ATALHOS NO WINDOWS 10
O Windows 10 é norteado de teclas de atalho que facilitam o uso do sistema para o
usuário. Vejamos algumas delas:

Alternar entre janelas ALT + TAB

Mostrar todas as janelas e permitir


CTRL + ALT + TAB
movimentação com as setas

Desfazer uma ação realizada CTRL + Z

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Exibir menu de contexto SHIFT + F10

Abrir Menu Iniciar WIN ou CTRL + ESC

Ir para área de trabalho WIN + D

Abrir Visão de Tarefas WIN + TAB

Abrir Facilidade de acesso WIN + U

Abrir ajuda do Windows WIN + F1

DICA 48
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LINUX - ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS DO LINUX

O Linux tem uma estrutura de diretórios padrão, composta das seguintes formas:
/bin /boot /usr /var /opt /home /etc /sbin /root /tmp /mnt /proc /dev
/lib
Todos os arquivos são divididos dentro dessas pastas. Cada uma delas tem uma
função na organização dos arquivos do Sistema. Por exemplo, /bin armazena arquivos
executáveis e comandos essenciais do sistema. Arquivos de usuários ficam na pasta
/home. A pasta /usr armazena os arquivos executáveis de programas instalados
no sistema. O diretório /etc armazena arquivos de configuração, scripts de inicialização
etc.
DICA 49
ATALHOS, PROGRAMAS E APLICATIVOS NO LINUX
Assim como os demais sistemas operacionais, o Linux comporta algumas teclas de atalhos
que são de suma importância para sua prova. Vejamos:

Abrir Terminal CTRL + ALT + T

Abrir Terminal em modo texto CTRL + ALT + F5

chmod alterar permissão do arquivo

Passwd alterar senha

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Exit sair do terminal

DICA 50
ATALHOS, PROGRAMAS E APLICATIVOS NO LINUX
Para os seus estudos, é importante que saiba as seguintes teclas de atalho no sistema
operacional

Cmp comparar arquivos

Ln criar um link para um arquivo

Rmdir remover um diretório

wc (word count) contar linhas ou palavras num arquivo

Netstat mostrar o estado da rede

Ifconfig mostrar configuração da placa de rede

Kill matar um processo

ps (process status) mostrar os processos abertos

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RLM
DICA 51
CONECTIVOS NA PROPOSIÇÃO
Os conectivos representam simbologia para identificar a junção das orações.

SIMBOLOGIA CONECTIVO SIGNIFICADO

E ˄ conjunção

Ou ˅ disjunção

Se..., então... → condicional

Se..., somente se... ↔ bicondicional

Ou..., ou... v Disjunção exclusiva

Cada CONECTIVO possui sua regra para resultar em um valor lógico V ou F.


DICA 52
VALOR LÓGICO DA PROPOSIÇÃO
O VALOR LÓGICO (V ou F) é aplicada em PROPOSIÇÃO COMPOSTA.

Segue uma regra para cada CONECTIVO.

e, (˄), conjunção = namora com o falso F

ou, (v), disjunção inclusiva = namora com o verdadeiro V

se...então, (→), condicional = apenas V → F = F

...se somente se..., (↔), bicondicional = IGUAIS = V / DIFERENTES = F

ou.., ou..., (v), disjunção exclusiva = regra CONTRÁRIA a bicondicional.


DICA 53
ESTRUTURAS LÓGICAS

Estruturas Lógicas são divididas em Proposições Lógicas e Tabela Verdade.


Chama-se proposição lógica toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa.

A oração declarativa deve conter um sujeito, um verbo e um predicado, podendo ser


uma declaração verdadeira ou uma declaração falsa.
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve ser
classificada em V ou F, mas não as duas;

Ex.: 1) Em 2021 vivemos uma pandemia. (V)


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2) Pelé foi eleito em 2019 como melhor jogador de futebol do mundo;(F)
DICA 54
ESTRUTURAS LÓGICAS
As frases imperativas, interrogativas, exclamativas não são proposições, pois não existe a
possibilidade de julgamento em verdadeiro ou falso.

Ex.: 1) Vá dormir; (Não tem valor V ou F)


2) Ele viajou? (Não tem valor V ou F, quem viajou? não sabemos)
3) Passei no concurso!!! (Não tem valor V ou F)

Sentenças abertas também não são proposições;

Ex.: X+4=7; (é uma sentença aberta, pois X pode assumir qualquer valor)

Já a sentença fechada é uma proposição;

Ex.: 1) 7+3=12 (é uma proposição falsa)


2) 5+25=30 (é uma proposição verdadeira);
”Que noite agradável” → é uma sentença exclamativa, portanto não é uma proposição;
”Qual é a sua idade?” → é sentença interrogativa, portanto não é uma proposição;
”Chute a bola” → é uma sentença imperativa (indica uma ordem), portanto não é uma
proposição.
DICA 55
ESTRUTURAS LÓGICAS

Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa


simultaneamente.
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre
falsa.

Proposições simples:

Ex.: Pelé é o rei do futebol.

Proposições compostas:

Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças).
Frases paradoxais não podem ser proposições justamente porque não pode ser
atribuído um único valor lógico a esse tipo de frase;

Ex.: “Eu sou mentiroso” se a frase for verdadeira, o autor da frase necessariamente
mentiu. Isso significa que a frase é falsa.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 56
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de
retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os
direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.


A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53 da
Lei nº 9.784/99:
Artigo 53 - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

DICA 57
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
MEMORIZE:

CO FI FO MO OB

(CO)Competência, (FI)Finalidade, (FO) Forma, (MO) Motivo e (OB) Objetivo.

COMPETÊNCIA OU SUJEITO
É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição para praticar o ato. A
competência resulta e é delimitada pela lei.

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Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.

COMPETÊNCIA – CARACTERÍSTICAS:

IRRENUNCIÁVEL – o agente não pode recusar sua competência.

IMPRORROGÁVEL – Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação


de qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

IMPRESCRITÍVEL – Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

INDERROGÁVEL – A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.

VÍCIOS DE COMPETÊNCIA:

Excesso de Poder ocorre quando o agente público, embora competente, se excede


no exercício de suas atribuições.

Usurpação de Função – Quando uma pessoa se apropria de uma função para


praticar atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido
investida legalmente nela.

Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.

Agente Putativo ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função


pública.

Ex.: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o


infrator com a aprovação no concurso.
DICA 58
FINALIDADE

É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo


deve ser sempre voltado para satisfazer o interesse público.
A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato.
Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente
poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade).
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade.

FORMA: É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo


concretizada. É como o ato vem ao mundo.
Pode ser escrito (regra), verbal ou sons.

Ex.: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo


vem ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista).

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DICA 59
MOTIVO

É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo.


A situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo.

Ex.: excesso de velocidade gera um ato administrativo – multa.


Situação de direito é aquela que está na lei. A lei descreve a situação.

Ex.: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade,


ocorre a aposentadoria.

OBJETO É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato
produz, o seu resultado.

Ex.: o objeto de um ato administrativo de desapropriação é extinguir o direito de


propriedade do particular em favor do Estado. Ao ser praticado o ato, o objeto é a
desapropriação.
DICA 60
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

São 3 os atributos dos atos administrativos:

Presunção de Legitimidade / Legalidade;

Imperatividade;

Autoexecutoriedade.

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
Os atos administrativos nascem com presunção de que são legítimos, ou seja, que estão
de acordo com a lei.
Essa presunção decorre do princípio da legalidade, haja vista que o agente somente
pode fazer aquilo que a lei permite. Assim, se praticou o ato, presume-se que o este está
de acordo com a lei.
A presunção de legitimidade é relativa, podendo ser provado o contrário.

IMPERATIVIDADE
A imperatividade é o Poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado,
concorde ou não.
É um atributo que não está presente em todos os atos, pois alguns deles não
necessitam.

Ex.: atestados e licença não necessitam, pois são atos apenas enunciativos.
Vale destacar que esse atributo é fundamental para a efetividade do ato, pois
necessária a força imperativa do ato para que o mesmo se concretize.

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AUTOEXECUTORIEDADE
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial.
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo Poder
Judiciário.
Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode
ocorrer seu controle.
DICA 61
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - CONCEITO
Também chamada de responsabilidade extracontratual.
É a responsabilidade do Estado em indenizar o particular, quando possuir responsabilidade
pela ação de agente que causou um dano ao particular.

TEORIA DO RISCO:
A Teoria do Risco Integral é a situação na qual o Estado responde por qualquer
prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, não podendo
invocar em sua defesa as excludentes de responsabilidade.
A Teoria do Risco Administrativo é aquele na qual o Estado só responde por prejuízos
que tiver ocasionado a terceiros, podendo sua responsabilidade ser afastada nas
hipóteses de aplicação de excludentes de responsabilidade.
DICA 62
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade civil do Estado é objetiva, conforme prescrito no artigo 37, § 6º da
CF/88.
Pela responsabilidade objetiva, o Estado responderá independentemente de dolo ou
culpa, quando o particular sofrer danos.
A regra é a responsabilidade objetiva, porém, quando o ato for por omissão, a
responsabilidade será subjetiva.
DICA 63
ATOS COMISSIVOS
Para os atos comissivos (ação) o Estado responderá de acordo com a Responsabilidade
Objetiva, ou seja, independentemente da demonstração de dolo ou culpa.

ATOS OMISSIVOS
Entende-se que, quando o Estado é omisso no seu dever de agir, deverá reparar o
prejuízo causado.
Nos casos omissivos a responsabilidade será subjetiva, sendo necessária demonstrar a
omissão (culpa).
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA:
Caso Fortuito ou Força Maior;

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Culpa Exclusiva da Vítima;
Atos de Terceiros.
DICA 64
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do


Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público


efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;

Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são


submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos;
DICA 65
PROVIMENTO X INVESTIDURA

Provimento: é o ato pelo qual se atribui um titular ao cargo público.

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O provimento do cargo público se dá, originariamente, com a NOMEAÇÃO, contudo, pode
se dar de forma derivada;

No geral, são formas de PROVIMENTO vigentes:

Nomeação;

Promoção;

Readaptação;

Reversão;

Aproveitamento;

Reintegração;

Recondução;

Investidura: ato unilateral da Administração decorrente da POSSE, pela toma o


servidor já nomeado, lugar ou assento na Administração, ocupando efetivamente o
cargo;

ESQUEMATIZANDO:

PROVIMENTO: NOMEAÇÃO

INVESTIDURA: POSSE

DICA BÔNUS
PROVIMENTO ORIGINÁRIO
Como dito, o provimento originário se dá por meio da nomeação, sendo esta a única
forma de ingresso primário no cargo público existente no ordenamento jurídico atual.
Pode ser em caráter efetivo ou em comissão;
Em caráter efetivo, a nomeação se dará após aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego;
No cargo em comissão, não é precedido de concurso público, sendo um ato
discricionário da autoridade competente. São declaradas em lei de livre nomeação e
exoneração, não necessitando de motivação para sua efetivação;
A nomeação é ato unilateral da administração pública e o nomeado apenas terá
vínculo com a administração pública com a posse, que deve ocorrer no prazo de trinta
dias da nomeação.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 66
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

FORMAS DE GOVERNO

MONARQUIA REPÚBLICA

Principais características: Principais características:


→ Irresponsabilidade; → Responsabilidade;
→ Hereditariedade; → Eletividade;
→ Vitaliciedade. → Temporariedade do mandato.

SISTEMA DE GOVERNO

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO

Principais características: Principais características:


→ As funções de Chefe de Estado e Chefe → Dois cargos distintos de Chefe de
de Governo se concentram em uma única Estado e Chefe de Governo;
pessoa;
→ Em regra, o Chefe de Governo
→ Mandato Fixo; (Primeiro-Ministro) não tem mandato
fixo.

FORMAS DE ESTADO

ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL

Principais características: Principais características:


→ Um centro de poder sobre toda a → Mais de um centro de poder sobre a
população; população;

DICA 67
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios.
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação.

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A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de
autoadministração, auto-organização e autogoverno.
Auto-organização corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a
edição da Constituição estadual e das leis estaduais.
Autogoverno está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo
(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e
Poder Judiciário (Justiça Estadual).
Autoadministração, que é o exercício de competências administrativas,
legislativas e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do
autogoverno.
DICA 68
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União,
estados, DF e municípios) exercerá.
No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição das
competências.
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais
são de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de
interesse local.
O Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais.
DICA 69
COMPETÊNCIAS

As competências podem ser divididas em:


Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação.

Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação.


Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da
federação.

Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do


assunto. Os municípios estão excluídos desta competência.
DICA 70
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF.

Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República


Federativa do Brasil, Vejamos:

Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações


internacionais;

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Memorex PP DF - Rodada 03

Declarar a guerra e celebrar a paz;

Assegurar a defesa nacional;

Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

Emitir moeda;

Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza


financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de
seguros e de previdência privada;

Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes


competências:

Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;


Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações;
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
radiodifusão sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia
elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea,
aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário
e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os
limites de Estado ou Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres;
Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Conceder anistia;

Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer


monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:

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toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização
de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de


culpa;

DICA 71
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa.
Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;
Mnemônico: CAPACETE PM

C Civil

A Agrário

P Penal

A Aeronáutico

C Comercial

E Eleitoral

T Trabalho

E Espacial

P Processual

M Marítimo

Desapropriação;

Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

Serviço postal;

Diretrizes da política nacional de transportes;

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Trânsito e transporte;

Populações indígenas;

Sistemas de consórcios e sorteios;

Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,


mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;

Seguridade social;

Diretrizes e bases da educação nacional;

Registros públicos;

Atividades nucleares de qualquer natureza;

Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
Propaganda comercial.
DICA 72
DELEGAÇÃO PARA OS ESTADOS
A Competência privativa da União relaciona-se a matéria legislativa e, diferentemente da
competência exclusiva, admite delegação.
Essa delegação será feita apenas para os Estados e DF, na sua competência legislativa
estadual.
A delegação deve ser feita por lei complementar.
A delegação não pode ser feita de forma genérica. Os estados somente poderão legislar
sobre questões específicas.
DICA 73
COMPETÊNCIA COMUM
A competência comum se relaciona com matérias administrativas e são compartilhadas
entre todos os entes federativos (União, estados, DF e municípios).

As principais competências são:

Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,


os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à


pesquisa e à inovação;

Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

Preservar as florestas, a fauna e a flora;

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Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;

Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.


DICA 74
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
A Competência concorrente se relaciona com matérias legislativas e são
compartilhadas entre a União, estados e DF.

ATENÇÃO!

Os Municípios NÃO compartilham da competência CONCORRENTE.

Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;


Mnemônico:

T Tributário

E Econômico

P Penitenciário

U Urbanístico

F Financeiro

Juntas comerciais;

Produção e consumo;

Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de


valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e


inovação;

Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

Procedimentos em matéria processual;

Previdência social, proteção e defesa da saúde;

Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

Proteção à infância e à juventude;


Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

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DICA 75
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Na competência concorrente, a CF enumerou diversos assuntos que deverão ser
disciplinados pela União, estados e DF.

Com o objetivo de não causar divergência entre os entes federados, a Constituição


estabeleceu que:

A União tem competência para estabelecer normas gerais;

Os Estados e o DF poderão exercer a competência suplementar sobre os assuntos


tratados de forma geral pela União, de acordo com as particularidades de cada Estado e
DF.

Se não houver legislação federal geral, os Estados e o DF exercerão a competência


legislativa plena, ou seja, disporão sobre os assuntos de forma geral e específica.

Caso a União edite uma norma GERAL depois que o Estado já disciplinou o tema de
forma plena (geral e específica), a norma federal suspende a lei estadual, no que for
contrário.

ATENÇÃO!

Haverá a suspensão da norma estadual. É comum colocarem as questões que lei


federal revoga a lei estadual, o que não é verdade, pois haverá a suspensão.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DICA 76
RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA

Receita Extraorçamentária: são patrimônios que serão devolvidos futuramente, pois


se tratam de recursos transitórios do Estado e que não podem ser previstos no
orçamento. É usado para pagar as despesas extraorçamentárias e podem ser
convertidas em orçamentárias quando o Estado consegue se beneficiar de decisões
administrativas favoráveis.

São exemplos de receitas extraorçamentárias:

Cauções;

Operações de crédito por ARO;

Emissão de papel moeda;

Compensatório entre ativo e passivo;

Depósitos judiciais.
DICA 77
DÍVIDA ATIVA

A dívida ativa é uma base de dados que governos municipais, estaduais e federal
usam para inscrever pessoas físicas e jurídicas que deixaram de pagar alguma conta
para o governo dentro do prazo, como impostos (IPVA, IPTU, ISS), taxas, multas, contas
de consumo.
Regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos a favor da Fazenda
Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente
recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com
impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo
contabilmente alocada no Ativo. Porém, não constitui fonte certa de recursos porque a sua
presunção de certeza e liquidez é relativa.
DICA 78
DESPESA PÚBLICA
A despesa pública é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de impostos ou outras
fontes para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a realização de
investimentos.
A despesa pública é classificada quanto a econômica da despesa em:
1. Despesas Correntes: São aquelas receitas que não contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital.

Despesas de Custeio;

Transferências Correntes
2. Despesas de Capital: São as que contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital.

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Memorex PP DF - Rodada 03
Investimentos;

Inversões Financeiras;

Transferências de Capital

👉 VEJA COMO FOI COBRADO EM PROVA!

QUESTÃO AOCP, 2018.


Em relação à Receita Pública e à Despesa Pública, julgue, como VERDADEIRO ou
FALSO, o item a seguir.
Despesas Públicas são os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e
destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais.
Gabarito: Verdadeiro.

DICA 79
ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA
São estágios das despesas:

Fixação: refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base
nas reservas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas.

Empenho: reserva da dotação orçamentária para um fim específico.

Liquidação: consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

Pagamento: entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens


de pagamento ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da
despesa.
DICA 80
FASES DO PLANEJAMENTO E DA EXECUÇÃO DA DESPESA PÚBLICA

São fases de planejamento da Despesa:

Fixação;

Descentralizações de Créditos Orçamentários;

Programação Orçamentária e Financeira;

Processo de Licitação e Contratação.

São fases de execução da Despesa:

Empenho;

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Memorex PP DF - Rodada 03

Liquidação;

Pagamento.

DICA 81
SUPRIMENTO DE FUNDOS
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas
expressamente definidas em lei, consistindo na entrega de numerário a servidor. É
sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que,
pela excepcionalidade, a critério do Ordenador de Despesa e sob sua inteira
responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos
seguintes casos:

para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços


especiais, que exijam pronto pagamento;

quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se


classificar em regulamento; e

para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em
cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
DICA 82
RESTOS A PAGAR
Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. Podem ser:

Processados: empenhados, liquidados e não pagos

Não Processados: empenhados, não liquidados e não pagos.

ATENÇÃO!

Todos os restos a pagar, tanto o processado, quanto o não processado estão limitados
no montante da despesa empenhada.

DICA 83
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA) - CONCEITO
Com base na Lei n° 4.320, as despesas de exercícios anteriores são aquelas relativas a
exercícios encerrados.
O orçamento consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-la, porém não
foi processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição
interrompida e os compromissos reconhecidos.
Vale informar que, após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à
conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos.

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Memorex PP DF - Rodada 03

ATENÇÃO!

Para tanto, deve ser obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

DICA 84
TRIBUTAÇÃO NA CF
A Constituição Federal de 1988 trouxe as principais diretrizes do Direito Tributário,
estabelecendo assim, regras básicas regentes da relação do Estado com contribuinte, bem
como definindo as espécies de tributos, as limitações do poder de tributar, a distribuição
de competências tributárias e a repartição das receitas tributárias, caracterizando-se pela
sua rigidez e complexidade.
Desse modo, simultaneamente, o legislador constituinte restringiu a liberdade do
Congresso nacional em estabelecer a competência tributária de cada ente federativo
(rigidez), descreveu também, com detalhes as limitações do poder de tributar e a
repartição das receitas tributárias (complexidade).
Portanto, a adoção do modelo federativo pela Constituição de 1988 consagrou o
estabelecimento de vários princípios, entre eles a necessidade de cada ente federativo
possuir uma tarefa de competência tributária que lhe garanta renda própria, para o
pleno exercício de suas autonomias política e administrativa.
DICA 85
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A competência tributária é a aptidão para criar tributos. Essa competência deverá ser
exercida em fiel observância às normas constitucionais, que preveem limitações do poder
de tributar, com a consagração de alguns princípios e imunidades. Essa imposição
tributária representa a apropriação de bens do cidadão, razão pela qual, sempre deverá
ser observado fielmente os princípios e preceitos constitucionais.
A Constituição Federal também dita as normas para elaboração e cumprimento do
orçamento e dispõe sobre o controle dos gastos e dívidas públicas, ou seja, trata do
regramento jurídico da atividade financeira do Estado. Assim, a CF de 1988 define as
principais regras orçamentárias a serem seguidas pelos poderes constituídos.

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Memorex PP DF - Rodada 03
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
DICA 86
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL - ESTUPRO

Violência ou grave ameaça + conjunção carnal ou ato libidinoso;


O beijo lascivo integra o rol de atos libidinosos e pode configurar o crime de
estupro se obtido mediante emprego de força física do agressor contra vítima maior
de 14 anos;
A ação penal será sempre incondicionada;
Será qualificado o crime se a vítima tiver mais de 14 e menos de 18 anos, se ocorrer
lesão corporal grave ou morte.
DICA 87
ESTUPRO DE VULNERÁVEL

Conjunção carnal ou ato libidinoso + menor de 14 anos ou pessoa com


enfermidade ou deficiência mental sem o necessário discernimento;
O estado de sono, que diminua a capacidade da vítima de oferecer resistência,
caracteriza a vulnerabilidade prevista no art. 217-A, § 1º, do Código Penal – CP (STJ);
No crime de estupro de vulnerável não há a possibilidade de consentimento;
Pouco importa se a vítima menor de 14 anos namora com o agente, se tem experiência
sexual anterior, se é garota de programa, se concordou com a prática, pois a violência é
considerada presumida.

Não há possibilidade de
Estupro de vulnerável
consentimento

DICA 88
CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA - ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA

Associar - Três ou mais pessoas (inimputáveis são contabilizados, como por


exemplo, dois adultos e um adolescente) para a prática de crimes;

Exige ajuste prévio entre os agentes.


O crime de associação criminosa tem o fim específico de cometer crimes!
CUIDADO: se a questão trouxer “infração penal” estará errado, pois infração penal
é crime OU contravenção penal;
Além disso a lei fala em crimes, por isso a associação para a prática de 1 só crime não
configura o delito.

É um crime formal:
Consumando-se no momento em que se concretiza a convergência de vontades;
Independente da realização ulterior do fim visado, ou seja, consuma-se quando três
ou mais pessoas se associam para a prática de crimes, ainda que nenhum delito
venha a ser efetivamente praticado.
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Memorex PP DF - Rodada 03
Causa de aumento da associação criminosa:
A pena será aumentada até a metade se a organização fizer uso de armas ou se houver
a participação de criança ou adolescente (menor de 18 anos).
Se o objetivo da associação é a prática de crimes hediondos e equiparados, aplica-se a
pena do artigo 8º da Lei de Crimes Hediondos.
Será de três a seis anos de reclusão a pena;
Quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.

ATENÇÃO!

Se a questão traz a expressão associação ou organização criminosa, uma vez que


se tratam de crimes distintos! A Associação está no Código Penal e a
Organização em Lei Especial.

DICA 89
CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA PRIVADA

Constituir, organizar, integrar, manter ou custear;

Organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão;

Com o fim específico de cometer crimes do código penal.

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA MILÍCIA PRIVADA ORGANIZAÇÃO


CRIMINOSA

3 ou mais ------------------------ 4 ou mais

Estabilidade, permanência,
Estabilidade e permanência ------------------------
divisão de tarefas

Infrações penais com pena


Crimes Crimes do CP máxima superior a 4 anos ou
caráter transnacional

Dispensa busca de
Dispensa busca de vantagem Objetiva obter vantagem
vantagem

Emprego de arma de fogo: até Emprego de arma de fogo:


------------------------
a metade até a metade

Participação de menor de 18 Emprego de arma de fogo:


------------------------
anos: até a metade até a metade

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Memorex PP DF - Rodada 03

É hediondo se voltado para a


Não é crime hediondo Não é crime hediondo prática de crimes hediondos
ou equiparados

Memorizar a quantidade de pessoas necessária à configuração de cada um desses


delitos.
Perceba que é uma escadinha 2, 3, 4 (o macete é CAÔ):

C Concurso de pessoas 2 ou mais agentes

A Associação criminosa 3 ou mais agentes

Ô Organização criminosa 4 ou mais agentes

DICA 90
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PECULATO
O crime de peculato é a subtração, apropriação ou desvio de bem ou valor da
Administração Pública fazendo uso da condição de funcionário público;
É preciso que o crime seja facilitado pelo fato do agente ser funcionário público, pois se
esta condição não for utilizada para o crime, o autor responderá por um crime contra
o patrimônio “comum”, como furto, roubo, apropriação indébita e etc.

Tipos de peculato
É importante a memorização de cada uma das espécies de peculato, pois a VUNESP traz
casos concretos para que o candidato aponte qual a hipótese correta.

APROPRIAÇÃO/PRÓPRIO Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,


valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do
cargo.

DESVIO/PRÓPRIO Desviar, em proveito próprio ou alheio, o


funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo.

FURTO/IMPRÓPRIO O funcionário público, embora não tendo a posse


do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou
concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que
lhe proporciona a qualidade de funcionário.

CULPOSO Funcionário concorre culposamente para o crime

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de outrem

MEDIANTE ERRO DE OUTREM Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que,


no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem.

DICA 91
PECULATO CULPOSO
Ocorre peculato na forma culposa quando o funcionário público encarregado da guarda e
segurança do patrimônio da administração, por negligência, imprudência ou
imperícia, infringe o dever de cuidado, permitindo, involuntariamente, que alguém se
aproprie de qualquer bem público de que tem a posse em razão de sua função.
O crime é apenado com detenção, de três meses a um ano. No entanto, poderá
ser declarada extinta a punibilidade do agente caso haja a reparação do dano antes da
sentença irrecorrível;

ATENÇÃO!

A reparação do dano no peculato culposo pode ter consequências distintas, a depender


do momento em que é feito:
ANTES DA SENTENÇA IRRECORRÍVEL (TJ) → EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
DEPOIS DO TRÂNSITO EM JULGADO → DIMINUIÇÃO DE PENA EM METADE

DICA 92
CONCUSSÃO
EXIGIR + EM RAZÃO FUNÇÃO (fora ou antes) + VANTAGEM INDEVIDA

Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função;

Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse;

Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de EXTORSÃO;

Se apenas SOLICITAR será corrupção passiva.


DICA 93
CORRUPÇÃO PASSIVA
SOLICITAR, RECEBER OU ACEITAR PROMESSA + EM RAZÃO DA FUNÇÃO (antes
ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA

O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a


promessa, mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal
ou demorar para praticá-lo, haverá causa de aumento;

Na corrupção passiva o agente não pode EXIGIR, mas simplesmente SOLICITAR,


RECEBER ou ACEITAR;

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Memorex PP DF - Rodada 03
DICA 94
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA
PRATICA, DEIXA DE PRATICAR OU RETARDA + PEDIDO OU INFLUÊNCIA
DE OUTREM.

Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem


indevida.

Solicitar, receber ou aceitar promessa.

O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o
crime.

É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção


ativa.

Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa


de aumento de pena.
DICA 95
PREVARICAÇÃO
RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR OU PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER
INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL.
Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer uma
vantagem, mas porque tem um interesse pessoal ou sentimento pessoal, como
amizade, por exemplo.
Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o diretor de
penitenciária ou o agente público permite que entre no estabelecimento prisional
aparelho telefônico, rádio ou similar.
DICA 96
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Consiste em:

Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável,


quando não o for;

Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que tenha
sido cometida em razão da função;

Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar;


CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva privilegiada e a
condescendência criminosa:

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA PEDIDO OU INFLUÊNCIA

PREVARICAÇÃO INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL

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Memorex PP DF - Rodada 03

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA INDULGÊNCIA

DICA 97
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

A conduta típica é patrocinar o agente, direta ou indiretamente, ainda que não no


exercício do cargo, emprego ou função, mas valendo-se da sua qualidade de funcionário,
interesse privado perante a Administração Pública;

Advogar é defender, pleitear, advogar junto a companheiros ou superiores hierárquicos


o interesse particular de terceiro;

Para que ocorra o crime não basta que o agente seja funcionário público, pois é
necessário e indispensável que pratique a ação aproveitando-se das facilidades
que a qualidade de funcionário proporciona.
CUIDADO: não existe a infração quando o funcionário pleiteia interesse próprio.
DICA 98
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Embora o crime se chame ADVOCACIA administrativa, o agente NÃO precisa ser


advogado ou estar inscrito na OAB;
IMPORTANTE: haverá o crime se o interesse for legítimo ou ilegítimo, ou seja,
ainda que o interesse do terceiro defendido pelo funcionário público seja devido, pode o
crime ocorrer;

A diferença é que se o interesse for ILEGÍTIMO, a pena será maior;

Nos dois casos, a pena será de detenção, mas no primeiro, de 1 a 3 meses, e no


segundo, de 3 meses a um ano.
DICA 99
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

ATENÇÃO!

No crime de condescendência criminosa, o superior hierárquico deve comunicar


atos atinentes ao exercício do cargo e dos atos do qual tenha
conhecimento;
Por isso, é importante notar se a questão traz esses dois requisitos de forma
concomitante.

Se o ato não estiver relacionado com as funções, é provável que seja uma pegadinha da
banca.
DICA 100
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL

Para o crime se configurar não precisa haver prejuízo ou dano à Administração;


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Memorex PP DF - Rodada 03
Mas, se houver, a pena será MAIOR (figura qualificada);

São condutas típicas:

Revelar fato que deveria permanecer em segredo;

Permitir o acesso de pessoas NÃO autorizadas a sistemas de informações;

Utilizar o acesso restrito quem não tenha autorização.


CUIDADO: não confundir com os crimes dos artigos 313-A e 313-B, pois no crime de
violação de sigilo funcional se pune fornecer acesso a pessoa estranha,
independentemente da inserção ou modificação de dados.
DICA 101
VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA

Figura especial de violação de sigilo;

Específica para violação de proposta de concorrência (modalidade de licitação);

Crime tacitamente revogado pela nova lei de licitações.


DICA 102
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA

O crime se consuma quando o agente que não é funcionário público exerce pelo menos
um ato como se fosse;

Não se exige reiteração de atos;


IMPORTANTE: o crime se consuma independente de vantagem, mas se houver, a
pena será maior (figura qualificada) -> tema de preferido da VUNESP.
DICA 103
RESISTÊNCIA

O crime de resistência exige:

Violência ou grave ameaça ao Funcionário Público;

Se a violência for contra coisa, como chutar uma viatura, poderá haver o crime de
dano;

A oposição deve ser à ato legal:

Se houver violência, poderá haver concurso material entre resistência e lesão


corporal, por exemplo;

O crime é chamado de desobediência belicosa;


DICA 104
DESOBEDIÊNCIA

O crime de desobediência se diferencia do crime de resistência, pois aqui há uma


forma passiva, pois não há violência ou grave ameaça;

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Memorex PP DF - Rodada 03
Só admite a forma DOLOSA!

RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA

OPOR-SE À EXECUÇÃO DE ATO LEGAL DESOBEDECER À ORDEM

VIOLÊNCIA OU AMEAÇA PACIFICAMENTE

FIGURA QUALIFICADA: SE O ATO NÃO E


REALIZAR

DICA 105
DESACATO

O crime de desacato permanece vigente no ordenamento jurídico pátrio;

As ofensas devem ser proferidas na presença do funcionário público. Na sua


ausência poderá configurar o crime de injúria;

As ofensas devem se relacionar com o exercício da função.


DICA 106
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Solicitar, exigir, cobrar ou obter;

Crime praticado pelo particular;

Vantagem ou promessa de vantagem;

A pretexto de influir em ato praticado por funcionário público;


CUIDADO! Se disser que é para influir em funcionário da justiça (juiz, promotor) o
crime será de exploração de prestígio.
DICA 107
CORRUPÇÃO ATIVA
É o “outro lado” da corrupção passiva, praticada pelo particular;

Oferecer ou prometer;

Vantagem indevida a funcionário público;

Para praticar, omitir ou retardar ato;

Se o ato não ocorrer a pena será aumentada em 1/3.

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Memorex PP DF - Rodada 03
DICA 108
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO
Na denunciação caluniosa, exige-se que a imputação faça referência à pessoa
determinada. Na comunicação falsa, o agente limita-se a narrar à autoridade infração
inexistente, sem contudo, identificar se autor.

Denunciação Caluniosa: pessoa determinada.

Comunicação Falsa de crime ou contravenção: crime inexistente.

COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU


DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
CONTRAVENÇÃO

Dar causa à investigação, processo, PAD


Comunicar à autoridade fato inexistente.
e ação de improbidade.

Prática de crime. Crime ou contravenção.

Indicação do autor. Sem indicação de autoria.

DICA BÔNUS
DOS CRIMES CONTRA O ESTADO: DEMOCRÁTICO DE DIREITO
O título XII (Dos crimes contra o Estado Democrático de Direito) foi incluído no
Código Penal pela Lei n. 14.197/21.
Esse assunto - Dos crimes contra o Estado Democrático de Direito - foi previsto
expressamente no edital da Polícia Penal do Distrito Federal.
O título XII do Código Penal é dividido em seis capítulos: Capítulo I - Dos crimes contra
a soberania nacional; Capítulo II - Dos crimes contra as instituições democráticas;
Capítulo III - Dos crimes contra o funcionamento das instituições democráticas no
processo eleitoral; Capítulo IV - Dos crimes contra o funcionamento dos serviços
essenciais; Capítulo V (vetado) e Capítulo VI - Disposições comuns.
Assim, vamos abordar o crime de atentado à soberania, previsto no Capítulo I - Dos
crimes contra a soberania nacional

Crime de atentado à soberania:

Conduta: Negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes;

Finalidade: com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o País ou invadi-lo.

Pena: reclusão, de 3 a 8 anos.

Causa de aumento: Aumenta-se a pena de metade até o dobro, se declarada guerra


em decorrência dessas condutas.
Fique atento!
Se o agente participa de operação bélica com o fim de submeter o território
nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro país: Pena - reclusão, de 4 a
12 anos.

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DIREITO PENITENCIÁRIO
DICA 109
DA CASA DO ALBERGADO
A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em
regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana.
O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e
caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Fique atento!
Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além
dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.
DICA 110
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos
resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.

No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.


Fique atento!
O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a
estabelecimento penal.
Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do
Centro de Observação.
DICA 111
DA CADEIA PÚBLICA
A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios.

Cadeia Pública Presos Provisórios

Cada comarca terá, pelo menos 1 cadeia pública a fim de resguardar o interesse
da Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu
meio social e familiar.
DICA 112
PROGRESSÃO DE REGIME – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Existem então 3 regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado,
semiaberto e aberto. O art. 33, §2º do CP estabelece os critérios para que o juiz, ao
condenar, fixe o regime inicial de cumprimento da pena.
O juiz vai fixar o regime inicial de cumprimento da pena. Mas, o réu vai de forma
progressiva passando para regimes mais brandos, visando o seu retorno ao convívio social
aos poucos.

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A ideia da progressão de regime é justamente essa: que o réu vá, aos poucos,
passando para regimes mais flexíveis e, progressivamente, retorne o seu convívio social.
Até chegar o dia em que a pena é extinta e ele adquire de volta a sua plena liberdade.
Isso serve tanto para o Estado verificar se aquela pessoa está realmente pronta para o
retorno ao seu convívio social, sem que corra o risco de que ele volte a praticar novo
crime, como também serve ao acusado não se “assustar” com o seu retorno à sociedade.
Progressão de regime ocorre justamente quando o condenado passa de um regime
mais severo para um mais brando, com regras mais flexíveis e com uma maior interação
com o meio social.

A lei prevê alguns requisitos para essa progressão de regime, como o cumprimento
de uma parte da pena no regime anterior. O Pacote Anticrime alterou substancialmente a
sistemática da progressão de regime prisional.
Preste atenção nos novos percentuais!!!!
DICA 113
PROGRESSÃO DE REGIME – LEI DE EXECUÇÃO PENAL

PROGRESSÃO DE REGIME

Hipótese Percentual de cumprimento da pena

16% Réu Primário + crime SEM violência ou grave ameaça

20% Réu Reincidente + crime SEM violência ou grave ameaça

25% Réu Primário + crime COM violência ou grave ameaça

30% Réu Reincidente + crime COM violência ou grave ameaça

40% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado

Réu Primário + crime hediondo ou equiparado com


resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização


criminosa estruturada para a prática de crime hediondo
ou equiparado
50%

Crime de constituição de milícia privada

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60% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado

Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado, com


70%
resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

DICA 114
AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA
As autorizações de saída podem ocorrer de duas formas: permissão de saída e saída
temporária.

Permissão de saída
Autorizações de saída
Saída temporária

Da Permissão de Saída
Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos
provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta,
quando ocorrer um dos seguintes fatos:

Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente


ou irmão;

Necessidade de tratamento médico.


Fique atento!
A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra
o preso.
A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade
da saída.
DICA 115
DA SAÍDA TEMPORÁRIA
Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização
para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:

Visita à família;

Frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou


superior, na Comarca do Juízo da Execução;

Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.


A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de
monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

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IMPORTANTE - PACOTE ANTICRIME
Não terá direito à saída temporária o condenado que cumpre pena por praticar crime
hediondo com resultado morte.

Da autorização da saída temporária


A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o
Ministério Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes
requisitos:

Comportamento adequado;

Cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se o condenado for primário, e 1/4, se


reincidente;

Compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.


A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser
renovada por mais 4 vezes durante o ano.
OBS.: O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato
definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas
na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal,
do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do
condenado.
DICA 116
PERMISSÃO DE SAÍDA E SAÍDA TEMPORÁRIA
MEMORIZE!

PERMISSÃO DE SAÍDA SAÍDA TEMPORÁRIA

Regime fechado ou semi-aberto Regime semi-aberto

Mediante escolta Sem vigilância direto

i) Falecimento ou doença grave do i) Visita à família


cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão;
ii) Frequência a curso profissionalizante

ii) Necessidade de tratamento


médico iii) Participação de atividades que concorram
para o retorno ao convívio social

Concedida pelo diretor do Será concedida por ato motivado do Juiz da


estabelecimento execução, ouvidos o Ministério Público e a
administração penitenciária

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Duração: necessária à finalidade da Duração: prazo não superior a 7 (sete) dias,


saída podendo ser renovada por mais 4 (quatro)
vezes durante o ano

DICA 117
DA REMIÇÃO
O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
A contagem de tempo será feita da seguinte forma:

1 dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar - atividade de ensino


fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação
profissional - divididas, no mínimo, em 3 dias;

1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho.


Fique atento!
As atividades de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por
metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades
educacionais competentes dos cursos frequentados.
A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa.
DICA 118
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA

O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando:

Autorizar a saída temporária no regime semiaberto;

Determinar a prisão domiciliar;


TOME NOTA!
O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento
eletrônico e dos seguintes deveres:

Receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos


seus contatos e cumprir suas orientações;

Abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o


dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça;
Mas o que ocorre se houver violação desses deveres?
A violação comprovada dos deveres poderá acarretar, a critério do juiz da execução,
ouvidos o Ministério Público e a defesa:
→ A regressão do regime;
→ A revogação da autorização de saída temporária;
→ A revogação da prisão domiciliar;

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→ Advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não
aplicar alguma das outras medidas.
Em quais casos a monitoração eletrônica poderá ser revogada?
A monitoração eletrônica poderá ser revogada:

Quando se tornar desnecessária ou inadequada;

Se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua


vigência ou cometer falta grave.
DICA 119
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

Caberá ao Juiz da execução:

Designar a entidade ou programa comunitário ou estatal, devidamente


credenciado ou convencionado, junto ao qual o condenado deverá trabalhar
gratuitamente, de acordo com as suas aptidões;

Determinar a intimação do condenado, cientificando-o da entidade, dias e horário em


que deverá cumprir a pena;

Alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às modificações ocorridas na jornada


de trabalho.
Fique atento!
O trabalho terá a duração de 8 horas semanais e será realizado aos sábados, domingos
e feriados, ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho, nos
horários estabelecidos pelo Juiz.
A execução terá início a partir da data do primeiro comparecimento.
DICA 120
DA LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA
Caberá ao Juiz da execução determinar a intimação do condenado, cientificando-o do
local, dias e horário em que deverá cumprir a pena.
A execução terá início a partir da data do primeiro comparecimento.
Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e
palestras, ou atribuídas atividades educativas.
Fique atento!
Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o
comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
DICA 121
LEI Nº. 3.669/05: DISPOSIÇÕES GERAIS

O que faz a lei 3.669/05?


A referida lei cria a Carreira de Atividades Penitenciárias e respectivos cargos no
Quadro de Pessoal do Distrito Federal e dá outras providências.
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Vale dizer, essa lei, em seu artigo 2º, traz a definição de: carreira, cargo, classe e padrão.

CARREIRA o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo


sua natureza e complexidade e estruturados em classes e padrões,
escalonados em função do grau de responsabilidade e das
atribuições a serem desempenhadas;

CARGO o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na


estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor;

CLASSE a divisão básica da carreira, que determina a posição do servidor


no escalonamento vertical dentro da carreira contendo cargos
escalonados em padrões, com os mesmos requisitos de capacitação
e mesma natureza, complexidade, atribuições e responsabilidades;

PADRÃO a posição do servidor no escalonamento horizontal na mesma


classe da carreira.

DICA 122
LEI Nº. 3.669/05: DO INGRESSO NA CARREIRA
O ingresso no cargo de Agente de Execução Penal (atual policial penal) da carreira
Execução Penal do Distrito Federal dá-se no Padrão I da Terceira Classe da Tabela de
Escalonamento constante do Anexo da Lei 3.669/05, mediante:

Apresentação de diploma de curso superior fornecido por instituição de ensino


devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação; e

Aprovação em concurso público.


DICA 123
LEI Nº. 3.669/05: DO INGRESSO NA CARREIRA - CONCURSO PÚBLICO
O concurso público para o ingresso no cargo de Policial Penal do Distrito Federal será
realizado em cinco etapas:
1) prova objetiva, de conhecimentos gerais e específicos, de caráter eliminatório e
classificatório;
2) teste de aptidão física, de caráter eliminatório;
3) prova de aptidão psicológica, de caráter eliminatório;
4) comprovação de idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada, de
caráter eliminatório;
5) curso de formação profissional, de caráter eliminatório.

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DICA 124
LEI Nº. 3.669/05: DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA DE POLICIAL PENAL DO
DF
O desenvolvimento do servidor na Carreira de que trata a Lei n. º 3.669/05 far-se-á
mediante progressão funcional e promoção.
Mas o que vem a ser progressão para os fins da Lei 3.669/05?
Progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamente
superior dentro de uma mesma classe e promoção, a passagem do servidor do último
padrão de uma classe para o primeiro da classe imediatamente superior.
TOME NOTA!
Os requisitos de capacitação e outros exigidos para a progressão funcional e a
promoção serão estabelecidos em regulamento específico.
É vedada a progressão de servidor em estágio probatório.
DICA 125
LEI Nº. 3.669/05: DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO

São atribuições do Agente de Execução Penal, além de outras decorrentes do seu


exercício:
→ Promover o atendimento, a custódia, a vigilância e a guarda da pessoa privada de
liberdade e do internado;
→ Zelar pela disciplina e pela segurança da pessoa privada de liberdade e do internado;
→ Realizar a conferência periódica da pessoa privada de liberdade e do internado;
→ Realizar rondas periódicas no estabelecimento penal;
→ Verificar as condições de segurança, limpeza e higiene das celas e dos espaços de uso
diário da pessoa privada de liberdade e do internado;
→ Realizar a distribuição da alimentação à pessoa privada de liberdade e ao internado;
→ Realizar a distribuição de vestuários e materiais de higiene pessoal destinados à pessoa
privada de liberdade e ao internado;
→ Realizar as atividades de escoltas internas e externas;
→ Conduzir veículos destinados ao sistema penitenciário;
→ Operar equipamentos destinados ao funcionamento e à segurança do estabelecimento
penal;
DICA 126
LEI Nº. 3.669/05: DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO

São atribuições do Agente de Execução Penal, além de outras decorrentes do seu


exercício:
→ Operar os equipamentos letais e não letais destinados à segurança e os aparelhos e os
equipamentos de proteção individual, e zelar pelo seu uso;

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→ Zelar pela manutenção, pela conservação e pelo uso correto das instalações do
estabelecimento penal;
→ Realizar a guarda e a vigilância tanto interna quanto externa, incluindo as muralhas e
áreas adjacentes que integram o estabelecimento penal ou um conjunto de
estabelecimentos penais dispostos em uma mesma área física;
→ Realizar o atendimento, a orientação e a vigilância de visitantes da pessoa presa e do
internado, dos profissionais do sistema de justiça penal, dos grupos assistenciais e da
sociedade civil;
→ Fiscalizar a entrada e a saída de pessoas e veículos no estabelecimento penal e nas
áreas adjacentes de segurança tanto interna quanto externa;
→ Conduzir a pessoa privada de liberdade e o internado para as atividades de assistência
previstas na lei de execução penal (de saúde, jurídica, educacional, social e religiosa),
mantendo-os sob vigilância;
→ Conduzir a pessoa privada de liberdade e o internado para as atividades de trabalho
interno, mantendo-os sob vigilância;
→ Promover a fiscalização do trabalho externo, conforme condições definidas pela direção
do estabelecimento penal;
→ Fiscalizar o cumprimento dos deveres da pessoa presa, previstos na lei de execução
penal;
DICA 127
LEI Nº. 3.669/05: DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO

São atribuições do Agente de Execução Penal, além de outras decorrentes do


seu exercício:
→ Exercer o respeito à integridade física e moral da pessoa presa e do internado;
→ Contribuir para o cumprimento dos direitos da pessoa presa e do internado, previstos
na lei de execução penal;
→ Promover diariamente os registros administrativos e de informações penais, inclusive
aqueles dispostos em sistemas eletrônicos, relacionados à pessoa presa, ao internado, ao
estabelecimento penal, a veículos e a toda espécie de equipamento disponibilizado;
→ Atuar no monitoramento e na fiscalização da pessoa presa, em saída temporária, prisão
domiciliar e monitoramento eletrônico;
→ Fiscalizar o cumprimento de medidas cautelares diversas de prisão e penas restritivas
de direito;
→ Observar medidas de segurança contra acidentes de trabalho;
→ Frequentar cursos de formação e aperfeiçoamento e treinamentos inerentes às suas
atividades;
→ Efetuar atividades de inteligência voltadas à segurança e à repressão da prática de
ilícitos no interior dos estabelecimentos penais;
→ Compor comissões permanentes e especiais de disciplina, mediante designação ou
nomeação para tal;

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→ Atuar na recaptura de fugitivos das unidades do Sistema Penitenciário do Distrito
Federal;
→ Efetuar recambiamento de presos foragidos das unidades do Sistema Penitenciário do
Distrito Federal que se encontram em outros estados da federação;
→ Exercer outras atividades que lhe forem cometidas compatíveis com o seu cargo.

DICA 128
LEI Nº. 3.669/05: DA JORNADA DE TRABALHO
Os integrantes da carreira Execução Penal do Distrito Federal sujeitam-se à jornada de
trabalho de 40 horas semanais e submetem-se ao regime de dedicação exclusiva, à
formação funcional e aos mecanismos de fiscalização e de controle interno.
Fique atento!
Esses servidores podem ser designados para o regime de trabalho em revezamento,
cuja jornada deve obedecer a critério mensal e a escalas regulamentadas por portaria a
ser expedida pelo titular da Secretaria de Estado a cuja estrutura pertença o sistema
penitenciário do Distrito Federal.

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CRIMINOLOGIA
DICA 129
DA IDADE MENTAL E DA IDADE CRONOLÓGICA

A idade cronológica não traz muitas dificuldades, uma vez que se trata da
correspondência do decurso temporal vivido pelo indivíduo, contado em anos, meses
ou dias.

Já no que se refere ao conceito de idade mental, este foi cunhado em 1905 por
Alfredo Binet e Theodore Simon, visando fixar a maneira de mostrar diferentes graus
ou níveis de inteligência.
Nestor Sampaio Penteado Filho (2020) explica que: “a delimitação da idade mental é
difícil, porque se compara um adulto a uma criança. A definição leva em conta o
nível intelectual de uma criança de 1 ano, 5 anos, 10 anos e assim por diante, caso seu
nível intelectual seja baixo. Há que se ressaltar também que existem pessoas cujo índice
de intelectualidade pode estar muito acima do de uma pessoa tida por normal. Sabe-se
que a idade mental em uma criança normal equivale à idade cronológica, todavia o nível
mental atinge um ponto de “saturação” em torno dos 15 anos, momento em que a
capacidade intelectual fica praticamente estagnada. Contudo, há indivíduos cujos níveis de
inteligência superam muito os níveis daqueles tidos por normais (superdotados), da
mesma forma que há indivíduos cujos níveis estão abaixo da média (hipodotados).”
DICA 130
DO QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA (QI).
O teste de inteligência busca aferir o chamado quociente de inteligência – QI, o qual pode
ser obtido através da fórmula criada no ano de 1912 por Willian Stern, segundo a qual o
QI nada mais é do que a divisão da idade mental pela idade cronológica. E, conforme
proposição de Lewis Madison em 1916 deve-se ainda multiplicar o resultado desta divisão
por 100, a fim de suprimir a parte decimal.

Dessa forma, assim ficaria a representação da fórmula:

DICA 131
DAS ESPÉCIES DE TESTES DE INTELIGÊNCIA.
Os estudiosos criaram uma série de testes com a finalidade de medir a capacidade
intelectual do indivíduo, com base em diversos fatores sensoriais.
Na lição de Farias júnior (2015, p. 151-152) são estes os testes:
teste de informação;
teste de compreensão;

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teste de raciocínio aritmético;
teste de memória para números;
teste de semelhança;
teste de arranjo de figuras;
teste de completar figuras;
teste de desenho de cubos;
teste de números e símbolo;
teste de arranjo de objetos;
teste de vocabulário.
DICA 132
DA IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA (QI).
Conforme ensina Penteado Filho (2020), “O estudo do QI é muito importante para a
determinação dos estados doentios ou anormais do desenvolvimento mental,
refletindo na consciência ou não do injusto e se relacionando diretamente com a
culpabilidade ou não do agente. Considera-se o homem, portanto, em razão de sua
inteligência, hipofrênico (oligofrenias), normal ou hiperfrênico (superior ou
genial).”
DICA 133
DOS RESULTADOS POSSÍVEIS NO TESTE DE QI.
Com a conclusão do resultado, os estudiosos definem em que categoria se enquadra cada
indivíduo.
Nathalia Alves de Oliveira (2020, p. 217) traz em sua obra a seguinte tabela acerca dos
possíveis resultados no teste de QI:

TABELA DO QI

ESTADO MENTAL QI EVOLUÇÃO MENTAL EVOLUÇÃO SOCIAL

Idiota Abaixo de 20 Abaixo de 2 anos Incapacidade de cuidar


de si, não bastando a si
próprio.

Imbecil Entre 20 e 50 Entre 3 e 7 anos Incapacidade de prover


a sua subsistência em
condições normais.

Débil Mental Entre 50 e 90 Entre 7 e 12 anos Incapacidade de lutar


pela vida em igualdade
de condições com
pessoas normais.

Normal Entre 90 e Entre 12 e 18 anos Capacidade de prover a


120 vida e manter
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relacionamento normal.

QI Super Entre 120 e Entre 17 e 22 anos Excepcional capacidade


140 de assimilação.
Impaciência e
irritabilidade.

QI Genial Acima de 140 Acima de 22 anos Assimilação muito


rápida, o que torna
um desajustado ou
inadaptado.

Farias Júnior (2015, p. 153-154) destaca que os superdotados, assim como os idiotas,
têm dificuldade de socialização, podendo praticar condutas de interesse criminal.
DICA 134
DA ESTATÍSTICA CRIMINAL
A estatística criminal passou a receber tratamento científico a partir do século XIX, tendo
assim um papel extremamente importante no estudo do fenômeno da criminalidade.”
O matemático belga Quetelet – autor da Escola Cartográfica – teve papel significativo
nesta mudança de paradigma, tendo sido ele o responsável pelo conceito de homem
médio e tendo alertado para a existência da problemática de crimes que não chegavam ao
conhecimento do Poder Público, a chamada cifra oculta ou cifra negra.
DICA 135
DA CRIMINALIDADE REAL, CRIMINALIDADE APARENTE E CIFRAS OCULTAS
Em que pese a existência de um número alto de crimes investigados/processados, não se
pode desconsiderar que, por muitas vezes e pelas mais variadas razões, um considerável
número de delitos não chega ao conhecimento dos órgãos oficiais, o que,
consequentemente gera uma distorção dos dados estatísticos e também da realidade.

Assim sendo, é necessário atentar para a seguinte distinção:

Criminalidade real: é o número efetivo de infrações penais ocorridas em um


determinado local e em um dado momento.

Criminalidade revelada, aparente ou registrada: refere-se a quantidade destes


crimes que chegam ao conhecimento do Estado.

Cifras ocultas (ou cifras negras): trata-se da parcela de crimes que não chega ao
conhecimento dos órgãos oficiais do Estado. Portanto, corresponde ao resultado da
diferença entre criminalidade real e criminalidade revelada.
DICA 136
DA PREDOMINÂNCIA DA CRIMINALIDADE REAL
A criminalidade real (número efetivo de crimes) é predominantemente maior que a
criminalidade registrada, aparente ou revelada (crimes conhecidos pelos órgãos oficiais).

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Dessa forma, sendo constatada essa predominância da criminalidade real, é que os
estudiosos definiram conceitualmente o que é cifra negra, cifra dourada, cifra amarela,
cifra verde, dentre outras.
DICA 137
DA CIFRA NEGRA E OS CRIMES DO COLARINHO AZUL (BLUE COLLAR CRIMES)
A expressão cifra negra também é conhecida por alguns sinônimos:
cifra ou zona escura;
dark number;
ciffre noir.
A chamada cifra negra, conforme já mencionado, refere-se ao número de infrações
penais não levadas ao conhecimento do Estado.
O termo cifra negra, relaciona-se diretamente aos tidos crimes do colarinho azul
(blue collar crimes) que dizem respeito à criminalidade de rua (crimes contra o
patrimônio e crimes contra a vida por exemplo), delitos estes que são cometidos, como
regra, pelos indivíduos menos favorecidos economicamente. Os crimes do colarinho azul
recebem este nome por fazer alusão à gola do uniforme azul utilizada pelos operários nas
fábricas.
DICA 138
PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO
Refere-se à probabilidade de o delinquente se tornar reincidente, levando em conta
certos dados estatísticos coletados. Obviamente, apesar deste estudo, jamais será
possível afirmar com certeza tal fato, uma vez que não se pode conhecer completamente
o consciente do criminoso.
Os prognósticos criminais se subdividem em:

Clínicos;

Estatísticos;
DICA 139
DOS PROGNÓSTICOS CLÍNICOS E ESTATÍSTICOS
Prognósticos clínicos são aqueles em que se realiza uma análise detalhado do
delinquente, valendo-se para tanto da interdisciplinaridade de diversos profissionais como,
por exemplo, psicólogos, médicos e assistentes sociais.
A seu turno, os Prognósticos estatísticos, nas palavras de Penteado Filho, “são aqueles
baseados em tabelas de predição, que não levam em conta certos fatores
internos e só servem para orientar o estudo de um tipo específico de crime e de
seus autores (condenados). Nesse contexto, é bom ter em mira o índice de
criminalidade (vários fatores), pois devem ser levados em conta os fatores
psicoevolutivos, jurídico-penais e ressocializantes (penitenciários).”

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DICA 140
DOS FATORES PSICOEVOLUTIVOS LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO
PROGNÓSTICO ESTATÍSTICO
Estes fatores dizem respeitos à evolução da personalidade do agente e compreendem:
doenças graves infanto-juvenis com repercussão somático-psíquica;
desagregação familiar;
interrupção escolar ou do trabalho;
automanutenção precoce;
instabilidade profissional;
internação em instituição de tratamento para menores;
fugas de casa, da escola etc.;
integração com grupos improdutivos;
distúrbios precoces de conduta;
perturbações psíquicas.
DICA 141
DOS FATORES JURÍDICO-PENAIS LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO
PROGNÓSTICO ESTATÍSTICO
Relacionam-se com a vida delitiva do indivíduo e compreendem:
início da criminalidade antes dos 18 anos;
muitos antecedentes penais e policiais (“folha corrida”);
reincidência rápida;
criminalidade interlocal;
quadrilhas (facções criminosas), qualificadoras ou agravantes;
tipo de crime (contra o patrimônio, a dignidade sexual, a pessoa).
DICA 142
DOS FATORES RESSOCIALIZANTES LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO
PROGNÓSTICO ESTATÍSTICO

Relacionam-se com o aproveitamento das medidas repressivas, ou seja, com a


ressocialização de fato do indivíduo, compreendendo:
inadaptação à disciplina carcerária e às regras prisionais;
precário ou nulo ajuste ao trabalho interno;
péssimo aproveitamento escolar e profissional na cadeia;
permanência nos regim es iniciais de pena.

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DICA 143
DO SISTEMA DE VARIÁVEIS HETEROGÊNEAS DA CIFRA NEGRA
O sistema de variáveis heterogêneas relaciona-se com o controle das informações
relativas a cifra negra e impõe três níveis de controle:

a análise da cifra negra dos delitos leves, que é maior em razão dos crimes
graves;

a tendência à autocomposição das vítimas nos delitos leves;

a variação dos métodos de análise de país para país.


DICA 144
BIOANTROPOLOGIA CRIMINAL – DAS TEORIAS BIOANTROPOLÓGICAS
Os primeiros estudos bioantropológicos/biológicos foram desenvolvidos por Lombroso, o
qual possuía um enfoque predominante em análises morfológicas e fisiognômicas.
Dessa forma, recebeu especial destaque a antropometria, que configura o estudo das
medidas e proporções do organismo humano com fins de estatística e comparação, o que
serviu como base para outros estudos posteriores.
DICA 145
DA ANTROPOMETRIA JUDICIAL - SISTEMA BERTILLON
Alphonse Bertillon foi um criminólogo e oficial da polícia francesa que, em 1870, fundou o
primeiro laboratório de identificação criminal baseada nas medidas do corpo humano,
criando dessa forma a chamada antropometria judicial, que ficou conhecida como
sistema Bertillon. Esse sistema consistia na medição de diferentes partes do corpo.
Trata-se de um sistema de identificação que rapidamente foi adotado em toda Europa e
também nos Estados Unidos.
O sistema Bertillon foi utilizado até 1970.
DICA 146
DOS ESTUDOS E TEORIAS DA ERA PÓS – LOMBROSIANA
Após os primeiros estudos desenvolvidos por Lombroso, veio o que se chamou de era pós-
lombrosiana.
Neste período, desenvolveram-se estudos biotipológicos, endocrinológicos e
psicopatológicos.
Entretanto, com a insuficiência destas teses relacionadas a anatomia do corpo humano em
atestar a causalidade criminal, surgiram novas teses, com destaque às teorias dos tipos
de autor (Kretschmer) e das personalidades psicóticas (Schneider).
DICA 147
TEORIA DOS TIPO DE AUTOR DE KRETSCHMER
Através desta teoria, Kretschmer trouxe a diferenciação de quatro tipos de constituição
corporal:

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Leptossômicos: alta estatura, tórax largo, peito fundo, cabeça pequena, pés e mãos
curtos, cabelos crespos - propensão ao furto e estelionato.
Atléticos: estatura média, tórax largo, musculoso, forte estrutura óssea, rosto
uniforme, pés e mãos grandes, cabelos fortes - crimes violentos.
Pícnicos: tórax pequeno, fundo, curvado, formas arredondadas e femininas, pescoço
curto, cabeça grande e redonda, rosto largo e pés, mãos e cabelos curtos - menor
propensão ao crime.
Displásicos: pessoas com corpo desproporcional, com crescimento anormal - crimes
sexuais.
DICA 148
DAS CRÍTICAS A TEORIA DE KRETSCHMER
Esta teoria dos tipos de autor cunhada por Kretschmer, recebeu muitas críticas pelo fato
de que, ao dividir os tipos de crimes de acordo com a constituição corporal dos autores,
esta corrente estaria com tendência discriminatória.
Este mesmo tipo de discriminação foi adotada pelos nazifascismo para justificar a
eliminação do que eles chamavam de raças inferiores.

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DIREITOS HUMANOS
DICA 149
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Primeira Geração: Envolvem os direitos de Liberdade.

Marco: Revoluções Liberais do Século XVIII na Europa e Estados Unidos.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de primeira geração é passivo


(prestações negativas).

Ex.: Direito à liberdade, intimidade, segurança, propriedade, igualdade perante a lei.

Segunda Geração: Envolvem os direitos de Igualdade.

Marco: Frutos das chamadas lutas sociais na Europa e Américas, sendo seus marcos a
Constituição Mexicana, a Alemã de Weimar.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de segunda geração é ativo


(prestações positivas).

Ex.: Direito à saúde, educação, previdência social, habitação, entre outros.

Terceira Geração: Envolvem os direitos de Fraternidade.

Marco: Pós Segunda Guerra Mundial.

De titularidade da comunidade.

Ex.: Direito ao desenvolvimento, a autodeterminação, direito ao meio ambiente


equilibrado.
OBS: Os concursos têm cobrado a classificação das gerações com base no
entendimento de Paulo Bonavides, que considera mais duas gerações, a saber:
Direitos de Quarta Geração – resultante da globalização dos direitos humanos,
corresponde ao direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação genética.

Direitos de Quinta Geração – contemplam o direito à paz em toda a humanidade.


DICA 150
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS
HUMANOS
Os tratados internacionais são instrumentos essenciais para trazer equilíbrio às
relações entre as nações.
Desse modo, um tratado internacional é a formalização de um pacto que é celebrado
entre países com o condão de instituir o equilíbrio econômico, definir atividades
comerciais, além de promover a paz, entre outros.
Portanto, acerca disso, pode-se dizer que os tratados internacionais de direitos humanos
são acordos internacionais que possuem efeito vinculante e obrigatório no âmbito
jurídico.
Um tratado internacional é um pacto internacional e, os Estados, quando os ratificam,
são obrigados a respeitar as regras do tratado.
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DICA 151
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS
HUMANOS
TEORIA DOS ATOS COMPLEXOS: essa teoria dispõe que, a fim de que um tratado
internacional seja formado é preciso unir as vontades do Poder Executivo e do Poder
Legislativo.

ATENÇÃO!

Os artigos abaixo podem ser cobrados em prova:


Art. 84, CF: Compete privativamente ao Presidente da República:
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
ATENÇÃO com o “privativamente”!

Art. 49, CF: É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
ATENÇÃO com o “exclusiva”!

DICA 152
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS
HUMANOS
TOME NOTA! Abaixo, veja como se dá a incorporação interna do tratado no Brasil:

1ª FASE

É a fase da assinatura internacional.

O Presidente da República participa de negociações preliminares que vão formar o


tratado ou com o tratado já pronto, o Presidente pode aderir ao tratado.
ATENÇÃO! A assinatura não vincula o Brasil. Ele deverá ser ratificado após pelo
Congresso Nacional.

2ª FASE

É a fase da aprovação pelo Congresso Nacional (CN).

O tratado é encaminhado ao CN, para que ele aprove o tratado;

Há a edição de um decreto legislativo;

Essa fase ainda não obriga o Brasil;

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O Brasil ainda não está vinculado internacionalmente ou internamente;

Se o tratado é aprovado, há a fase da ratificação e do depósito.

3ª FASE

Ratificação e depósito.

O Presidente pode celebrar o tratado em definitivo;

O Presidente pode formular reservas no momento da ratificação;

Esta fase vincula o Brasil internacionalmente, mas o tratado ainda não se tornou lei
interna.

4ª FASE

Decreto presidencial.

Aqui, o tratado se torna lei interna;

Deve ser editado um decreto pelo Presidente da República que é referendado pelo
Ministro das Relações Exteriores;

A partir da promulgação do tratado, ele se tornará uma lei interna no País.

DICA 153
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS
HUMANOS
TOME NOTA! O artigo 5º, §3º, CF despenca em prova!

Art. 5º, §3º, CF: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

Veja como esse artigo pode ser cobrado com uma “pegadinha”:
“Todos os tratados e convenções internacionais que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, pela maioria absoluta dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.” CERTO ou ERRADO?
Gabarito: Errado. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
DICA 154
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
O INSTITUTO AOCP já cobrou algumas questões envolvendo o tema “dignidade da
pessoa humana”.
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Veja o artigo abaixo:

Artigo 22, DUDH: Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à
segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de
acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e
culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua
personalidade.

👉 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO PELO INSTITUTO AOCP:

QUESTÃO ADAPTADA, 2015.


“Quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, é possível afirmar que
toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização,
pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e
recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à
sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.”
CERTO ou ERRADO?
Gabarito: Certo.

TOME NOTA! A maioria dos doutrinadores de Direitos Humanos e de Direito


Constitucional aduz que o FUNDAMENTO da proteção dos direitos humanos se encontra
no reconhecimento do valor que a dignidade da pessoa humana possui.
ATENÇÃO! Isso pode ser cobrado pela sua banca!
DICA 155
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
No que tange à dignidade da pessoa humana, importante salientar que o filósofo
Immanuel Kant faz uma distinção entre COISAS e PESSOAS. Kant aduz que as coisas
não possuem dignidade. Portanto, as coisas possuem preço e, assim, podem ser
substituídas. Por outro lado, as pessoas possuem um valor (não possuem preço, como
as coisas), o qual as tornam insubstituíveis.
TOME NOTA! A dignidade da pessoa humana é inerente (faz parte) a todos os
homens. Todo o ser humano, pelo simples fato de ser um ser humano, possui dignidade.
Ela está presente em todos os humanos. Desse modo, a dignidade não pode ser criada ou
até mesmo retirada de alguém. Ela é IRRENUNCIÁVEL e deve ser respeitada e
protegida pelo Estado.
DICA 156
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Os Direitos Humanos são de extrema importância para a validação da dignidade da
pessoa humana, pois são a sua expressão jurídica. A Ética, isoladamente, não consegue
assegurar a proteção da dignidade humana e o respeito a este valor que é inerente aos
seres humanos. Por essa razão é que a LEI é tão essencial, pois ela possui a capacidade
e a força para reprimir condutas/comportamentos que ferem a dignidade da pessoa
humana.

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👉 VEJA A SEGUINTE QUESTÃO QUE JÁ CAIU EM PROVA:

QUESTÃO.
“Os direitos humanos nascem do reconhecimento do valor e da dignidade da pessoa
humana. Esse entendimento pode ser expresso pela seguinte frase: Somente os bons
merecem respeito.”
CERTO ou ERRADO?
Gabarito: Errado. Todo o ser humano merece respeito.

Artigo 1, DUDH:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.

DICA 157
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
O artigo 1º, III, da Constituição Federal é muito importante e é cobrado em provas
de concurso público. Veja abaixo o teor do artigo:

Art. 1º, CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;

👉 VEJA A SEGUINTE QUESTÃO:

QUESTÃO.
“O principal fundamento dos direitos humanos no Brasil refere-se à dignidade da
pessoa humana. Por essa razão, além de haver consenso acerca do conteúdo desse
princípio, ele é válido somente para os direitos humanos consagrados explicitamente na
CF.”
CERTO ou ERRADO?
Gabarito: Errado.
Comentário: Pois não há consenso na doutrina sobre o conteúdo da dignidade da
pessoa humana e esse princípio é também válido para a interpretação de princípios
implícitos.

DICA 158
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Quanto aos elementos que caracterizam a dignidade da pessoa humana:


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Elemento negativo: é proibido qualquer tratamento que seja contrário aos


direitos fundamentais;

Elemento positivo: uma vez reconhecido o valor da dignidade da pessoa humana,


é necessário assegurar a proteção a esse valor a todos os seres humanos, para que
haja uma vida com dignidade.

O ser humano possui direito ao mínimo existencial (exemplos: vestuário,


alimentação, moradia...) para viver com dignidade. Sem isso, é possível afirmar que
o homem se encontra em uma vida sem dignidade. A sua dignidade está sendo violada.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SERVIDORES
DICA 159
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o
Legislativo.

É vedada a delegação de atribuições entre os Poderes.

Nesse particular, o DF apresenta uma diferença relevante em relação aos estados,


pois não tem Poder Judiciário próprio. O Poder Judiciário do DF é exercido pelo Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios, o qual é organizado e mantido pela União.

Apesar de ser diferente da estrutura dos estados, a ausência de Poder Judiciário


próprio é uma semelhança entre o DF e os municípios.
DICA 160
DA SEGURANÇA PÚBLICA

A Segurança Pública do DF é exercida com base nos seguintes princípios:

I - respeito aos direitos humanos e promoção dos direitos e das garantias


fundamentais individuais e coletivas, especialmente dos segmentos sociais de maior
vulnerabilidade;
II - preservação da ordem pública, assim entendidas as ordens urbanística,
fundiária, econômica, tributária, das relações de consumo, ambiental e da saúde
pública;
III - gestão integrada de seus órgãos e deles com as esferas educacional, da saúde
pública e da assistência social, com a finalidade de prestar serviço concentrado na
prevenção;
IV - ênfase no policiamento comunitário;
V - preservação da incolumidade das pessoas e do patrimônio público e
privado.

São objetivos da política de segurança pública:

I - a prevenção das infrações penais, por meio de procedimentos investigatórios e


de policiamento ostensivo;
II - a apuração das infrações penais, por meio de procedimentos investigatórios de
polícia judiciária;
III - o exercício da atividade de defesa civil, prevenção e combate a incêndios,
alagamentos, enchentes e outros desastres;
IV - a guarda dos prédios públicos do Distrito Federal.

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DICA 161
DA POLÍTICA PENITENCIÁRIA

A legislação penitenciária do Distrito Federal assegurará o respeito às regras da


Organização das Nações Unidas para o tratamento de reclusos, a defesa técnica
nas infrações disciplinares e definirá a composição e competência do Conselho de Política
Penitenciária do Distrito Federal.

O estabelecimento prisional destinado a mulheres terá, em local anexo e


independente, creche em tempo integral para seus filhos de 0 a 6 anos, atendidos
por pessoas especializadas, assegurado aos filhos das presidiárias o direito à
amamentação até completarem, no mínimo, 12 meses de idade.

À mulher presidiária será garantida assistência pré-natal prioritariamente e a


obrigatoriedade de assistência integral a sua saúde.

Nos estabelecimentos prisionais e correcionais serão proporcionados aos internos


condições de exercer atividades produtivas remuneradas.
DICA 162
VEDAÇÕES

LEI ORGÂNICA DO DF (art. 18) CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 19)

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,


subvencioná-los, embaraçar-lhes o subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse forma da lei, a colaboração de interesse
público; público;
II - recusar fé aos documentos públicos; II - recusar fé aos documentos públicos;
III - subvencionar ou auxiliar, de III - criar distinções entre brasileiros
qualquer modo, com recursos ou preferências entre si.
públicos, quer pela imprensa, rádio,
televisão, serviço de alto-falante ou
qualquer outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou com
fins estranhos à administração
pública;
IV - doar bens imóveis de seu
patrimônio ou constituir sobre eles
ônus real, bem como conceder
isenções fiscais ou remissões de
dívidas, sem expressa autorização da
Câmara Legislativa, sob pena de
nulidade do ato.

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DICA 163
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Lei Orgânica do Distrito Federal prevê cinco princípios aplicáveis à Administração
Pública a mais do que o previsto na Constituição Federal. Vejamos:

LEI ORGÂNICA DO DF (art. 19) CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 37)

Legalidade; Legalidade;

Impessoalidade; Impessoalidade;

Moralidade; Moralidade;

Publicidade; Publicidade;

Razoabilidade; Eficiência.

Motivação;

Participação popular;

Transparência;

Eficiência;

Interesse público.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
DICA 164
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) – SUJEITO ATIVO E PASSIVO

Sujeito ativo:

Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.

ATENÇÃO!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

Fique atento!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.

Sujeito passivo:

Estado;

Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.


DICA 165
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

ELEMENTO SUBJETIVO:
As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.
Memorize!
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo (intenção / Finalidade


vontade) de praticar o
específica
abuso

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O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?

Prejudicar outrem;

Beneficiar a si mesmo;

Beneficiar a terceiro;

Mero capricho ou satisfação pessoal.

Fique atento!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 166
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas


A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO configura
abuso de autoridade.

Ação penal
Todos os crimes serão processados e julgado mediante ação penal pública
incondicionada.
Fique atento!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da


data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
DICA 167
EFEITOS DA CONDENAÇÃO

São efeitos da condenação:

Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
OBS.: A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação.
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A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período
de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

A perda do cargo, do mandato ou da função pública.


Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

Inabilitação para o exercício 1) Condicionados à ocorrência


de cargo, mandato ou função de REINCIDÊNCIA em crime
pública de abuso de autoridade.

Perda do cargo, mandato ou 2) NÃO são automáticos, de


função pública modo que devem ser
declarados motivadamente
na sentença.
DICA 168
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na Lei
13.869/2019 são:

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
Fique atento!
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

As penas restritivas de - Prestação de serviços à


comunidade ou a entidades públicas;
direitos que substituem as
privativas de liberdade - Suspensão do exercício de cargo,
previstas na lei de abuso mandato ou função pública – Prazo: 1
de autoridade são: a 6 meses + perda de vencimentos e
vantagens.

DICA BÔNUS
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES
Pontos relevantes que serão aplicados a todos os crimes:

Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica

Formas do cometimento da conduta: ação (regra) ou omissão

Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente => pessoa
física ou pessoa jurídica vítima do abuso de autoridade
Fique atento!
Não há nenhum crime de abuso de autoridade culposo, ou seja, são todos dolosos e
punidos com pena de DETENÇÃO.
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