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Memorex TJTO - Rodada 06

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................. 4
ADMINISTRAÇÃO.......................................................................................................... 14
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 26
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 31
DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 41
PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 48
DIREITO PENAL ............................................................................................................. 60
PROCESSO PENAL......................................................................................................... 70
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA......................................................................................... 80

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PONTUAÇÃO - ASPAS, PARÊNTESES E TRAVESSÃO

Aspas:

Pode ser utilizada para citar obras, gírias, estrangeirismo (utilizar palavra
estrangeira – “feedback”) e citações diretas.

Parênteses:

É utilizado para isolar explicações ou adicionar informação acessória.

Ex.: A nora da Paula (a mais esperta que já vi) estuda Odontologia.

Travessão:

Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.


Poderá introduzir diálogos.
DICA 02
DOIS PONTOS

Dois Pontos:

Pode ser utilizado antes de uma citação:

Ex.: Clarice Lispector disse: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.”
Pode ser utilizado antes de aposto discriminativo:

Ex.: A sala de aula possuía diversos objetos: mapas, quadros, cadeiras.

Pode ser utilizado para indicar enumeração:

Ex.: Fui ao mercado e comprei: frutas, verduras, massa, azeite.


Pode ser utilizado antes de uma explicação sobre algo:

Ex.: Tenho somente um sonho: viajar pelo mundo!


DICA 03
SINAIS GRÁFICOS - ACENTOS AGUDOS E GRAVE
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade das
sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, são exemplos de tipos de os acentos
gráficos:
Acento Agudo (´ ): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o e (no caso de –em).
Sua função é indicar a as vogais tônicas.
Ex.: Saúde; Paraná.
Pode indicar um timbre aberto. Ex.: chulé; herói.
Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase.
Ex.: à; àquela.

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DICA 04
SINAIS GRÁFICOS - ACENTO CIRCUNFLEXO
Para a sua prova, além dos acentos já conhecidos por você, é importante que saiba sobre
o acento circunflexo.

Vejamos:

Acento Circunflexo (^): Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”, indica a vogal tônica e o
timbre fechado na pronúncia.
Ex.: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 05
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação
à sílaba tônica das palavras:

Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu

Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a

Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: pálido / pá-li-do


proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na
DICA 06
PAROXÍTONAS - REGRAS DE ACENTUAÇÃO
As paroxítonas possuem regras próprias de acentuação. Vejamos algumas delas:

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em um e un(s):

Ex.: álbum e fórum.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r:

Ex.: açúcar e caráter.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em x:

Ex.: tórax e látex.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em n:


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Ex.: abdômen e hífen.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l:

Ex.: amável e fácil.


DICA 07
PAROXÍTONAS - REGRAS DE ACENTUAÇÃO

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ão(s):

Ex.: órgãos e órfão.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ps:

Ex.: bíceps.

Acentuam-se as paroxítonas que terminam em ditongos:

Ex.: memória e Ásia.


CUIDADO!
Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui acento!

ATENÇÃO!

Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.

TOME NOTA!
A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora possua ditongo
aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 08
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS
Vejamos algumas regras de acentuação quanto as oxítonas e proparoxítonas:

Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s):

Ex.: Pará e maracujás.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em e(s):

Ex.: café e até.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s):

Ex.: vovô e avós.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em em e en(s):

Ex.: armazém e parabéns.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas!

Ex.: médico, lâmpada e público.


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DICA 09
OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)


A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens


EM: também, alguém, refém.
ENS: parabéns, reféns.

DICA 10
OXÍTONAS
Além das regras de acentuação já conhecida por você, vejamos algumas outras com
relação às oxítonas:

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s:


ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA!
Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas, pois o til (~) não é
um acento.

QUESTÃO FGV, 2015.


As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é.
GABARITO: Alternativa “e”.
COMENTÁRIO: Certo, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é monossílabo
terminado em “e”.

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DICA 11
PAROXÍTONAS
As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica. Há as
seguintes regras:

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em R Açúcar, caráter, néctar.

Palavras terminadas em X Córtex, látex, tórax, fênix.

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em N Abdômen, pólen, próton.

Palavras terminadas em L Ágil, fácil, amável.

Palavras terminadas em OS Bíceps, tríceps.

Palavras terminadas em Ã(S), ÃO(S) Órfã, órfãos, bênção.

Palavras terminadas em I, IS Táxi, grátis, tênis.

Palavras terminadas em EI, EIS Hóquei, jóquei.

Palavras terminadas em US Vírus, bônus.

Palavras terminadas em OM, ONS UM,


Prótons, álbum, álbuns.
UNS

DICA 12
PAROXÍTONAS

Com o novo acordo ortográfico foram abolidos:


O acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos.

Ex.: Feiura.
O acento agudo nos ditongos abertos oi e ei.
CUIDADO!
Nas palavras oxítonas, ainda há o acento agudo, como em: herói, papéis.

Ex.: heroico, joia, paranoia, jiboia.


O acento circunflexo nos encontros oo e ee.

Ex.: abençoo, voo, enjoo, leem, creem.

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QUESTÃO FGV, 2013.


(Questão adaptada) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas
pela mesma regra de acentuação, à exceção de uma. Assinale-a.
A) será / está.
B) ônibus / últimos.
C) política / econômica.
D) médio / saúde.
Gabarito: Alternativa “D”.
COMENTÁRIO: ”Médio” é paroxítona terminada em ditongo. “Saúde” é hiato.

DICA 13
PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica.
Todas as proparoxítonas são acentuadas!

EXEMPLOS:

Acadêmico (a-ca-dê-mi-co)

Acústica (a-cús-ti-ca)

Círculo (cír-cu-lo)

Décimo (dé-ci-mo)

Elétrico (e-lé-tri-co)

Fósforo (fós-fo-ro)

Ginástica (gi-nás-ti-ca)

Ínterim (ín-te-rim)

Lâmpada (lâm-pa-da)

Míope (mí-o-pe)

Plástico (plás-ti-co)

Próxima (pró-xi-ma)

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DICA 14
FALSA PROPAROXÍTONA
Muitas vezes há dúvida sobre uma palavra ser paroxítona terminada em ditongo oral
crescente ou proparoxítona. Exemplos de palavras paroxítonas: his-tó-ria, ar-má-rio,
á-rea, tê-nue. São ditongos orais crescentes.
Por outro lado, essas palavras podem ser interpretadas como proparoxítona (em última
instância).

Ex.: his-tó-ri-a, ar-má-ri-o, á-re-a, tê-nu-e.

ATENÇÃO!

1º - Se aparecer uma questão, pedindo 2º - SOMENTE se você não encontrar uma


para você marcar a palavra que possui a palavra proparoxítona, com certeza terá
mesma regra de acentuação que a uma palavra que seja paroxítona
palavra “ÚLCERA” (que é uma terminada em ditongo crescente e você
proparoxítona), por exemplo, você marcará esta como correta (ex.: vitória),
procura por uma palavra pois, daí, significa que o examinador
proparoxítona, em que a considerou essa palavra “vitória” como
antepenúltima sílaba seja acentuada. proparoxítona. Embora “vitória” não seja
uma verdadeira proparoxítona, ela pode
Ex.: vítima → ví-ti-ma). ser uma falsa proparoxítona.

DICA 15
MONOSSÍLABO TÔNICO
Monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba.

Exemplos de monossílabos tônicos não acentuados: bem; dor; flor; mar; mau;
trem; vez; voz.

São acentuados os monossílabos tônicos terminados em:

Terminados em a, as Pá; má; chás; já.

Terminados em e, es Pé; ré; sê; mês.

Terminados em o, os Pó; nó; dó; cós.

Terminados em éu, éus Céu; véu; véus.

Terminados em éi, éis Géis; méis.

Terminados em ói, óis Dói; sóis.

DICA 16
HIATO
O encontro vocálico entre 2 vogais que ficam em sílabas distintas é chamado de
hiato.
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Então: ENCONTRO VOCÁLICO → 2 VOGAIS → EM SÍLABAS DISTINTAS →


HIATO.

Ex.: “País” e “Coelho” →


Note que há um encontro vocálico em cada uma dessas
palavras. Porém, quando as separamos, as vogais ficam em sílabas distintas: “pa-ís” e
“co-e-lho”.

São outros exemplos de hiato:

→ Paraíba = Pa-ra-í-ba
→ Juízes = ju-í-zes
→ Burocracia = bu-ro-cra-ci-a
→ Saúde = sa-ú-de
CUIDADO!

Hiato: as vogais ficam em sílabas distintas.

Ex.: País (divisão silábica: pa-ís)

Ditongo: as vogais ficam na mesma sílaba.

Ex.: Pais (divisão silábica: pais)


DICA 17
DITONGO E TRITONGO

Há um ditongo quando existe o encontro de uma semivogal e de uma vogal na


mesma sílaba. Os ditongos podem ser:

Crescente: Semivogal (som + fraco) + vogal (som + forte) → qual, tranquilo.


Decrescente: Vogal (som + forte) + semivogal (som + fraco) → mau, céu, caixa.
Nasal: ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui → cãimbra, põe.
Oral: ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói... → chapéu, herói, lei.
Há um tritongo quando, numa mesma sílaba, existe o encontro de uma semivogal
+ vogal + semivogal. Os tritongos podem ser:

Oral: Paraguai, Uruguai.

Nasal: Quão, saguões.

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DICA 18
ACENTOS NOS VERBOS TER, VIR, PROVER
TOME NOTA!
Os verbos ter, vir, prover, manter, intervir, não possuem acento. Desse modo, quando
precisamos colocá-los no plural, eles deverão receber o acento circunflexo.
O verbo concorda com o sujeito. Portanto, se o sujeito estiver no singular, os verbos
acima ficarão sem acento. Se o sujeito estiver no plural, os verbos acima terão acento.

Ex.: A jogadora de vôlei tem bolas profissionais em casa.


As jogadoras de vôlei têm bolas profissionais em casa.
João vem de ônibus para a academia.
João e Alberto vêm de ônibus para a academia.
DICA 19
ACENTO DIFERENCIAL
CUIDADO!
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi extinto.

VÔO

ENJÔO
ANTES
CRÊEM

LÊEM

VOO

ENJOO
DEPOIS
CREEM

LEEM

MACETE:

“CREDELEVE” → São os verbos: CRER, DAR, LER e VER. Quando ficam no plural,→
dobra-se o “e” e não levam acento, como exposto no quadro acima.

QUESTÃO FGV, 2013.


(Questão adaptada) Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação
gráfica alterada em função do último acordo ortográfico.
A) têm – vêm
B) heroico – saúde

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C) colmeia – herói
D) veem – leem. Não mais se acentua os encontros -oo e –ee. Ex.: voo, enjoo,
creem, deem, leem, veem.

DICA 20
ACENTO DIFERENCIAL

Observe-se que não existe mais o acento diferencial. Mas em algumas palavras ele
aparece para diferenciar uma da outra que se grafa de igual maneira:

PÔR – VERBO / POR – PREPOSIÇÃO.

Pôr: verbo, mesmo sentido de: colocar, botar, inserir.


Por: preposição, mesmo sentido de: através de, para, durante.

PÔDE – VERBO PASSADO / PODE – VERBO PRESENTE

Ex.: Joana pôde fazer no passado coisas que não mais pode realizar atualmente.

TEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ TÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ela tem um papagaio muito fofo. / Eles têm dois papagaios em casa.

VEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ VÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ele vem de longe. / Eles vêm jantar conosco.

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ADMINISTRAÇÃO

DICA 21
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - SIX SIGMA
O programa Six Sigma (ou Seis Sigma) foi desenvolvido pela empresa Motorola nos anos
80. O objetivo direto do programa é a redução da variabilidade dos processos de
trabalho, de modo que estes atinjam uma redução significativa dos seus defeitos. A
implantação do Six Sigma envolve uma série de projetos de melhoria que utiliza uma
técnica chamada DMAIC (que deriva das palavras inglesas: define, measure, analyze,
improve e control). Esta é uma técnica muito semelhante ao PDCA. Naturalmente, as
fases do DMAIC podem demandar ferramentas estatísticas e de análise diferentes, de
acordo com a situação e especificidades dos processos de trabalho a serem melhorados.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2018.


Leia o trecho a seguir.
Trata-se de um programa que associa um enfoque estatístico a um arsenal de
ferramentas que são empregadas a fim de caracterizar as fontes da variabilidade e
demonstrar como esse conhecimento pode controlar e aperfeiçoar os resultados do
processo. Concentra-se na diminuição ou na eliminação da incidência de erros, defeitos e
falhas em um processo. Este programa surgiu na Motorola, na década de 80, com o
objetivo de auxiliar a resolução de seus problemas de qualidade, com um forte apelo na
obtenção de resultados. Sua metodologia sistematizada é composta pelos métodos DFSS
e DMAIC.
Assinale a opção que indica o programa/método apresentado no trecho acima.
Alternativas
A - PMBOK
B - Reengenharia.
C - Six Sigma.
D - COBIT.
E - SWOT.
Gabarito: Alternativa C.

DICA 22
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - PROGRAMA 5S
O 5S ou House Keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão e utilizadas,
inicialmente, pelas donas de casa japonesas para envolver todos os membros da família
na administração e organização do lar. No final dos anos 60, quando as indústrias
japonesas começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas suas empresas,
perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da qualidade total. A
ferramenta 5S é um programa que tem como objetivo mobilizar, motivar e
conscientizar toda a organização para a qualidade total, por meio da organização e
da disciplina no local de trabalho. É assim chamada devido à primeira letra de 5 palavras
japonesas que a compõe:

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SEIRI: organização, utilização, liberação da área;

SEITON: ordem, arrumação;

SEISO: limpeza;

SEIKETSU: padronização, asseio, saúde;

SHITSUKE: disciplina, autodisciplina. As atividades são divididas em sensibilização e


perpetuação.
São alguns objetivos desse programa são: a melhoria do ambiente de trabalho, a
prevenção de acidentes, o incentivo à criatividade a redução de custos, a eliminação de
desperdício, etc.
DICA 23
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - O CICLO PDCA
O ciclo PDCA, também chamado de ciclo de Deming ou ciclo da melhoria contínua é uma
importante ferramenta de mapeamento de processos e da gestão da qualidade. O ciclo
PDCA é aplicado, de uma forma mais ampla, como ferramenta da gestão da qualidade. É
um método bastante simples aplicado na busca de melhorias de resultados. Em resumo, o
PDCA tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução de
uma gestão.

P significa planejar e consiste em estabelecer metas sobre os pontos de


controle, estabelecendo a maneira para se atingir as metas propostas.

D significa fazer e consiste em executar as tarefas exatamente como prescritas


no plano e coletar dados para verificação do processo.

C significa verificar a partir dos dados coletados no “fazer” e comparar os


resultados alcançados com a meta planejada.

A significa agir com uma atuação corretiva, detectando o desvio e atuando no


sentido de fazer correções definitivas.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2021.


O aumento da competição das últimas décadas fez com que algumas empresas, para
conseguir destaque no mercado, buscassem cada vez mais inovações e melhorias na
qualidade dos processos de negócio. A adoção de uma metodologia iterativa, de quatro
etapas, focada na melhoria contínua, está relacionada à ferramenta conhecida por:
Alternativas
A - Diagrama de Ishikawa
B - Ciclo PDCA
C- Benchmarking
D - Kanban
E - 5S
Gabarito: Alternativa B.

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DICA 24
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - MATRIZ 5W2H
A matriz 5W2H é uma espécie de catálogo que enumera, para os gestores de qualidade,
as atividades que devem ser realizadas para assegurar uma implementação precisa e
regular dos objetivos de melhoria traçados. É uma ferramenta muito utilizada para
planejar a implementação de uma solução, sendo elaborada em resposta às seguintes
questões:

WHAT - O QUE: Qual ação vai ser desenvolvida?

WHEN - QUANDO: Quando a ação será realizada?

WHY - POR QUE: Por que foi definida esta solução (resultado esperado)?

WHERE - ONDE: Onde a ação será desenvolvida (abrangência)?

HOW - COMO: Como a ação vai ser implementada (passos da ação)?

WHO - QUEM: Quem será o responsável pela sua implantação?

HOW MUCH - QUANTO: Quanto será gasto?

Dessa forma, é muito comum utiliza-se da matriz 5W2H para assegurar e informar um
conjunto de planos de ação, diagnosticar um problema e planejar ações.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2021.


Na execução de análise dos processos administrativos de uma organização, um
consultor elaborou três perguntas:
I. O que deve ser feito? II. Quem deve fazer? III. Como deve ser realizado?
Consideradas à luz da ferramenta 5W2H, utilizada para auxiliar no desenvolvimento de
planos de ação, assinale a opção que indica as perguntas que estão associadas a essa
ferramenta.
Alternativas
A- I, II e III.
B - I e II, somente.
C - II e III, somente.
D - I e III, somente.
E - I, somente.
Gabarito: Alternativa A.

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DICA 25
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - DIAGRAMA DE ISHIKAWA
O diagrama de Ishikawa ou diagrama de causa e efeito permite estruturar
hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria.
Pode ser utilizado com outros propósitos, por permitir estruturar qualquer sistema que
resulte em uma resposta de forma gráfica e sintética. Assim, essa ferramenta mostra a
relação entre um efeito e as possíveis causas que podem estar contribuindo para que ele
ocorra. As seis categorias dessa ferramenta são:

Método: analisar os procedimentos utilizados ou como o trabalho está sendo


realizado;

Matéria-prima: inspeção das características dos materiais utilizados, pela sua


qualidade, como também o fornecimento destes;

Mão de obra: mesmo que os métodos possam estar corretos, é preciso analisar a
aplicação por meio dos trabalhadores, tanto pelo treinamento oferecido, como por
possíveis imprudências, que possam ser a causa para os problemas;

Máquina: é preciso realizar inspeção no maquinário utilizado, pela sua manutenção ou


até mesmo deterioração, que podem estar causando as falhas da produção;

Meio ambiente: analisar as causas, pelas características do ambiente de trabalho


(arranjo físico), como também por aspectos do clima (calor, frio, poeira);

Medida: as medidas tomadas por uma gestão, podem não ter sido as melhores para o
processo, sendo a possível causa para os problemas em questão.

Veja como foi cobrado!

QUESTÃO FGV, 2018.


Ao perceber um problema nos resultados das análises laboratoriais, Severino, gerente
de qualidade da Labos S.A., decidiu esmiuçar as possíveis causas do problema, por
meio da metodologia 6M. Realizada a análise, chega à conclusão de que o defeito
advinha do fato de o clima estar extraordinariamente seco, o que modificava a
composição das substâncias e comprometia os resultados. Tomando como base o
Diagrama de Ishikawa, esse problema está relacionado à categoria:

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a) meio ambiente
b) método
c) máquinas
d) matéria-prima
e) mão de obra
Gabarito: Alternativa A.

DICA 26
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - DIAGRAMA DE ÁRVORE OU ÁRVORE DOS
PORQUÊS (WHY-WHY)
O diagrama de árvore ou árvore dos porquês é um diagrama elaborado por meio de
perguntas encadeadas sobre os efeitos, motivos e causas dos problemas,
analisando-se as causas fundamentais que devem ser atacadas e evitando que se fique
agindo apenas sobre os sintomas dos problemas, e não em sua solução e bloqueio. Essa
técnica consiste em colocar um conjunto de questões aos problemas e possíveis
soluções. Considera-se que a causa de raiz foi encontrada quando deixa de ser possível
encontrar respostas para as questões que se colocam.
DICA 27
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - DIAGRAMA DE PARETO
O Diagrama de Pareto ou Gráfico de Pareto é uma ferramenta que possibilita ao
indivíduo selecionar vários itens ou fatores, de acordo com a ordem de importância.
Ele está baseado no Princípio de Pareto ou Regra dos 80/20, o que significa que 80%
dos problemas são ocasionados por 20% das causas, ou seja, são poucas causas que
originam a maioria dos problemas. O gráfico mostra a ordem de prioridades que um
gestor deve utilizar para resolver as causas.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2019.


Ao discutir os preparativos para o Carnaval de 2020, o Governo da Bahia decide
montar um plano de segurança com a Polícia Militar para combater os furtos ocorridos
durante o evento. No entanto, devido à limitação de contingente polícia disponível, o

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plano irá focar apenas as regiões com o maior número de furtos.
Assinale a opção que contém a ferramenta adequada para ser utilizada nessa situação.
Alternativas
A - Ciclo PDCA
B - Diagrama de Pareto
C - 5W2H
D - Diagrama de Árvore
E - Gráfico de Dispersão
Gabarito: Alternativa B.

DICA 28
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - HISTOGRAMA
Um histograma é uma espécie de gráfico de barras que demonstra uma distribuição de
frequências. Nele, a base de cada uma das barras representa uma classe e a altura
representa a quantidade ou frequência absoluta com que o valor de cada classe ocorre. Ao
mesmo tempo, essa ferramenta pode ser utilizada como um indicador de dispersão de
processos.
Quando é preciso apresentar ou tirar conclusões de um grande conjunto de dados e está
trabalhando com conceitos envolvendo frequências, sejam absolutas ou relativas, o
histograma é o melhor caminho a se tomar. Pois, ele auxilia com a representação gráfica
dos conjuntos de dados de forma mais amigável, tornando mais fácil a visualização de
onde a maioria dos valores se concentra.

É útil construir um histograma quando se deseja:

Resumir grandes conjuntos de dados de forma visual.

Comparar os resultados.

Comunicar as informações graficamente.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2021.


A ferramenta de gestão de qualidade conhecida por histograma é utilizada para
Alternativas
A - apresentar uma distribuição de frequência de forma gráfica, facilitando sua
compreensão.
B - funcionar como checklist para verificar as tarefas concluídas e as incompletas,
melhorando a organização.
C - representar de forma esquemática os fluxos de trabalho realizados periodicamente,
permitindo a descoberta de falhas.
D - estabelecer as relações de causalidade entre situações, ajudando a prevenir
consequências adversas.
E - desdobrar metas em atividades operacionais, auxiliando na sua interpretação.
Gabarito: Alternativa A.

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DICA 29
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - DIAGRAMA DE DISPERSÃO
O diagrama de dispersão é uma modalidade de histograma, e se constitui em um gráfico
de correlação que usa uma linha de regressão para explicar ou para predizer como a
mudança em uma variável independente mudará uma variável dependente. Essa
ferramenta permite que a equipe de qualidade estude e identifique o relacionamento
possível entre as mudanças observadas em duas variáveis. São plotadas as variáveis
dependentes e as variáveis independentes. Quanto mais próximos estiverem os pontos em
relação a uma linha diagonal, mais próximo será o relacionamento entre eles.

ATENÇÃO!

Na gestão da qualidade, O Diagrama de Dispersão é a ferramenta que auxilia


o gestor a visualizar a alteração sofrida por uma variável quando outra se
modifica.

DICA 30
PRINCIPAIS FERRAMENTAS NA GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL - RESUMO

CÍRCULOS DE CONTROLE DE Grupos de trabalho para discutir os


QUALIDADE problemas de qualidade.

CICLO PDCA Processo de melhoria continuada.

MATRIZ 5W2H Enumera as atividades (o que, quando,


por que, onde, como, quem e quando).

DIAGRAMA DE ISHIKAWA Descobrir as causas de possíveis defeitos


e oportunidades de melhoria.

DIAGRAMA DA ÁRVORE Perguntas encadeadas sobre os efeitos


motivos e causas dos problemas.

DIAGRAMA DE PARETO Prioriza as causas mais relevantes de um


problema.

DIAGRAMA DE DISPERSÃO Identifica relacionamento entre


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variáveis.

BENCHMARKING Processo de comparação de


desempenho.

5S OU HOUSE KEEPING Mobiliza, motiva e conscientiza para a


qualidade total.

DICA 31
FERRAMENTAS DA QUALIDADE - ESTRATIFICAÇÃO
A estratificação é a ferramenta mais adequada para separação de dados e
informações. Isso contribui para a identificação de faltas e compreender melhor a
situação apresentada. Portanto, essa alternativa é o gabarito da questão em análise.

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QUESTÃO FGV, 2020.


Uma organização constatou que o número de faltas ao trabalho aumentou
significativamente no último trimestre, em relação ao anterior. O gerente da área de
recursos humanos gostaria de compreender melhor a situação, identificando onde estão
ocorrendo as faltas e em que dias da semana.
Para isso, uma ferramenta de gestão da qualidade adequada seria:
Alternativas
A - fluxograma;
B - matriz GUT;
C - diagrama espinha-de-peixe;
D - gráfico de Pareto;
E - estratificação.
Gabarito: Alternativa E.

DICA 32
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
O objetivo central da administração de recursos materiais é maximizar o uso dos
recursos materiais na organização pública, ou seja, evitar desperdícios.
Como representante desse esforço, a padronização compõe a etapa de classificação de
materiais que, por uniformizar o emprego e o tipo de material, bem como facilitar o
controle e permitir a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais, leva à
redução de custos de armazenagem, sendo uma de suas vantagens.

A gestão de recursos materiais abrange 3 grandes grupos. São eles:

estoque;

compra;

transporte/logística.

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QUESTÃO FGV, 2016.


Graças à administração de recursos materiais, é possível aumentar a eficiência dos
processos, reduzir custos e controlar tanto os insumos utilizados quanto o tempo gasto
na cadeia de distribuição.
Dentre os benefícios listados a seguir, assinale V para o verdadeiro e F para o falso.
( ) Melhor coordenação com fornecedores e clientes.
( ) Fluxo constante e controlado de materiais e informação.
( ) Níveis superiores de utilização de equipamento.
Os benefícios apresentados são, respectivamente,
Alternativas:
A - V, F e V.
B - F, F e F.
C - V, V e F.
D - F, F e V.
E - V, V e V.
Gabarito: Alternativa E.

DICA 33
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
A classificação de materiais é processo de aglutinação de materiais por características
semelhantes.

Características:

Abrangência: classificação deve abordar uma série de características dos materiais,


caracterizando-os de forma abrangente.

Praticidade: classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor


procedimentos complexos.

Flexibilidade: classificação permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação,


de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques
DICA 34
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS - CLASSIFICAÇÃO XYZ
A classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de imprescindibilidade do item de
material nas atividades desempenhadas pela organização. As classes são assim definidas:

Classe X: Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica paralisações da


produção, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e patrimonial. Ainda, há facilidade
de sua obtenção no mercado.

Classe Y: Materiais que apresentam grau de criticidade intermediário, podendo, ainda,


ser substituídos por outros com relativa facilidade.

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Classe Z: Materiais de máxima criticidade, não podendo ser substituídos por outros
equivalentes em tempo hábil sem acarretar prejuízos significativos. A falta desses
materiais provoca a paralisação da produção, ou coloca em risco as pessoas, o ambiente
ou o patrimônio da empresa.

Classificação XYZ 👉 por importância operacional

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QUESTÃO FGV, 2021.


A gestão de estoques exige grande atenção em qualquer organização que lida com
insumos no processo produtivo ou na prestação de serviços. No caso de organizações
do ramo da saúde, uma gestão inadequada pode, além de causar prejuízos, custar
vidas. Assinale a opção que apresenta uma característica da curva de análise XYZ.
Alternativas
A - A classificação dos itens com base no valor investido em cada um.
B - A classificação dos itens com base no valor requerido para a sua manutenção.
C - A classificação dos itens com base na raridade e escassez no mercado.
D - A classificação dos itens com base na criticidade de cada um para as operações.
E - A classificação dos itens com base na independência que eles possuem em relação à
produção.
Gabarito: Alternativa D.

DICA 35
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS - CLASSIFICAÇÃO ABC
A classificação ABC utiliza o famoso princípio de Pareto, que diz que poucos itens
causam grande parte dos efeitos. Esse princípio é muito importante na gestão de
estoques, pois indica os itens de materiais que devem ser priorizados.
De acordo com esse método de classificação, temos:

Classe A: são os itens de maior relevância, que geram os maiores impactos na


organização. Esses itens devem ser acompanhados com uma atenção especial pela
empresa. Normalmente, não ultrapassam os 20% do total dos itens.

Classe B: são compostos por itens de importância intermediária, ou seja, não são
tão importantes quanto os da classe A, mas são menos “insignificantes” dos que os itens
da classe C.

Classe C: são compostos de itens que, apesar do grande número, não causam um
impacto relevante na organização. Assim, devem ser acompanhados com menos atenção
do que os outros itens.

Classificação ABC 👉 por valor de demanda

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DICA BÔNUS
CUSTOS DE ESTOQUES

Custos de manutenção: incluem o custo de oportunidade do capital, os custos


associados aos impostos e seguros, os custos de armazenagem física, e, finalmente, os
custos associados ao risco de manter o estoque, ou seja, custos de perdas por
deterioração, obsolescência, dano e furto.

Custos de pedido: custos associados ao processo de aquisição dos itens de reposição


do estoque (custo do processamento dos pedidos, custo do envio dos produtos, custo de
preparação da produção ou do manuseio para atender o lote solicitado, custo incorrido nas
operações de recebimento). Enfim, tudo o que envolve a parte de movimentação ou
reposição dos estoques, leva custos à empresa. Dessa maneira, estão incluídos nesse tipo
de custos, os contatos telefônicos com os fornecedores, o uso de softwares para se fazer
pedidos automáticos, a impressão de ordens de compra, a remuneração das pessoas
envolvidas com os pedidos, entregas e organização dos produtos, entre outros.

Custos do produto: preço do item obtido de uma fonte externa quando sua reposição
é necessária.

Custos de falta de estoques: ocorrem quando há demanda por itens em falta no


estoque e podem ser classificados em dois tipos: custos de vendas perdidas e custos
de atrasos.
O custo de venda perdida pode ser estimado como o lucro perdido na venda (no
caso dos produtos acabados, é a margem de contribuição de cada venda perdida por
indisponibilidade do produto) somado a qualquer perda de lucro futuro pela imagem
prejudicada da empresa.
Já o custo de atraso resulta em gastos diretos para a empresa e também podem
afetar a imagem da empresa. Por outro lado, no caso de insumos, o custo da falta deve
ser mensurado em função do impacto que a indisponibilidade causa para a empresa. Isto
pode ser estimado pelas paradas de produção devido à falta de insumos.
DICA BÔNUS
CONTROLE DE ESTOQUES
O controle dos estoques pode ser feito através de inventário periódico ou inventário
permanente.

Inventário periódico: é realizada uma contagem física, apuração extra contábil, para
determinação do estoque no encerramento do exercício social. Portanto, não há controle
de mercadorias a cada venda.

Inventário permanente: a empresa controla as mercadorias de modo permanente,


dando baixa no estoque em cada operação de venda.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2021.


Assinale a opção que indica o sistema de controle de estoque que utiliza o processo de
contagem física para determinar o valor do estoque.
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Alternativas
A - Inventário periódico.
B - Inventário permanente.
C - Custo médio ponderado fixo.
D - Custo médio ponderado móvel.
E - Último que entra, primeiro que sai.
Gabarito: Alternativa A.

DICA BÔNUS
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
A avaliação dos estoques objetiva controlar a quantidade de materiais em estoque e o
custo.

PEPS - FIFO (First in First out) é a filosofia primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS -
Primeiro que Entra Primeiro que Sai). Aquele item, cronologicamente mais antigo no
estoque, é o primeiro a sair. Faz que que o giro de estoque seja conciso e evita que itens
fiquem parados por muito tempo.

UEPS - No método UEPS (Último a entrar, Primeiro a sair), as últimas unidades são as
primeiras a sair, sendo o Custo do Estoque avaliado pelas primeiras unidades adquiridas.

Custo médio.

Custo de reposição.

Just in time (JIT), que significa no momento exato, é uma abordagem empresarial
que diz não ao desperdício e ao retrabalho, e sim para qualidade perfeita e estoque zero,
ou seja, produzir (bens e serviços) no exato momento em que são necessitados, evitando
estoques parados ou clientes esperando; o que caracteriza um sistema puxado de
produção.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2013.


Com relação aos métodos de avaliação de estoque, analise os itens a seguir.
I. O custo do estoque, no método PEPS, terá como base sempre os últimos preços.
II. O estoque, no método PEPS, será valorado sempre pelo menor preço.
III. O estoque, no método UEPS, será valorado, em economias inflacionárias, pelo
maior preço.
Assinale:
A - se somente o item I estiver correto.
B - se somente o item II estiver correto.
C - se somente o item III estiver correto.
D - se somente os itens II e III estiverem corretos.
E - se todos os itens estiverem corretos.
Gabarito: Alternativa A.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 36
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA

Aos juízes é vedado:

exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de


magistério;

receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

dedicar-se à atividade político-partidária.

receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três


anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
DICA 37
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

Juizados Especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos,


competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos
oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.

Justiça De Paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,


universal e secreto, com mandato de 04 (quatro) anos e competência para, na forma da
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além
de outras previstas na legislação.
DICA 38
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. De
forma esquematizada, decore isso para a sua prova:

Juizados especiais no
Lei federal Tratará sobre a criação
âmbito Federal

DICA 39
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA - CUSTAS E EMOLUMENTOS
As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços
afetos às atividades específicas da Justiça.

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Custeio dos serviços


Custas e Destinados
relacionado às atividades
emolumentos exclusivamente
específicas da Justiça

DICA 40
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA - MINISTÉRIO PÚBLICO - COMPOSIÇÃO

O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do


Estado.
Ao MP incumbe a defesa:
da ordem jurídica;
do regime democrático;
dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Outro aspecto importante são os princípios que regem o Ministério Público, quais sejam,
a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
O Ministério Público é autônomo e independente, não se subordina a nenhum dos três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
DICA 41
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA - MINISTÉRIO PÚBLICO – ABRANGÊNCIA
O Ministério Público abrange:
Ministério Público da União – MPU:
Ministério Público Federal – MPF;
Ministério Público do Trabalho – MPT;
Ministério Público Militar – MPM;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT.
Ministério Público dos estados – MPE.
DICA 42
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As principais atribuições do Ministério Público são:
Promover, privativamente, a ação penal pública;
Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos assegurados nesta Constituição;
Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

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Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF.
Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
Exercer o controle externo da atividade policial.
DICA 43
PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público pode investigar? Trata-se de uma questão interessante,
inclusive, pode cair na sua prova. Vejamos:

ATENÇÃO!

Poder de investigação do MP
O STF já reconheceu que o MP tem legitimidade para promover investigações de
natureza criminal, segundo a Teoria dos Poderes Implícitos.
O raciocínio estabelecido para justificar o poder de investigação é o seguinte: se o MP
é o titular da ação penal pública, toda a investigação é destinada ao MP para
promover ou não a ação penal pública, ele também poderá realizar a atividade
antecedente que é a investigação.

QUESTÃO.
De acordo com a Constituição da República de 1988, o Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica e do regime democrático, sendo exemplo de sua função institucional
promover: a representação para fins de intervenção da União e dos Estados,
nos casos previstos na referida Constituição.
Gabarito: Certa.

DICA 44
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Semelhante ao Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público foi
instituído pela EC 45/2004 e atua em prol do cidadão executando a fiscalização
administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público no Brasil e de seus
membros, respeitando a autonomia da instituição.
O CNMP é composto por 14 membros, nomeados pelo Presidente da República, após
aprovação do Senado Federal. Os membros têm mandato de 2 anos, admitida uma
recondução.
DICA 45
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ESQUEMATIZADO

COMPOSIÇÃO DO CNMP

Instituição Indicação Aprovação Nomeação

Procurador-geral da - - -

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República –
PRESIDENTE

4 membros do MPU MPF Senado, por Presidente da República.


voto da maioria
MPT absoluta.
MPM
MPDFT

3 membros do MPE

2 juízes 1 – indicado pelo


STF
1 – indicado pelo
STJ

2 advogados Conselho Federal da


OAB

2 cidadãos 1 – indicado pelo


Senado
1 – indicado pela
Câmara

Em resumo, são 8 membros do MP (MPU, MPE e Procurador-geral), 2 juízes, 2


advogados e 2 cidadãos.

ATENÇÃO!

O Corregedor do CNMP será escolhido dentre os membros do Ministério Público que


integram o CNMP, vedada a recondução.

DICA 46
COMPETÊNCIAS DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As principais competências do CNMP são:
zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da
União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
competência disciplinar e correcional da instituição, podendo avocar processos
disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras
sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros
do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
DICA 47
ADVOCACIA
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São funções essenciais à justiça tanto a advocacia pública, quanto a advocacia
privada.

Advocacia-Geral da União é a instituição que representa a União, judicial e


extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
No âmbito dos estados, DF e municípios também existem os advogados públicos que
representam os interesses da unidade da federação e podem ser denominados como
Procurador do Estado. É importante destacar que os advogados públicos não se
confundem com defensores públicos.
DICA 48
ADVOCACIA - ADVOGADO GERAL DA UNIÃO
Destaca que a Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de
livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.
Ressalta-se que em processo de dívida ativa de natureza tributária, a representação da
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que é um órgão integrante da
AGU.

A advocacia privada é exercida pelos bacharéis em Direito, após a aprovação no


exame da OAB. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
DICA 49
DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
tem as funções de orientação jurídica, promoção dos direitos humanos e a defesa,
em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados.

É vedado aos Defensores Públicos o exercício da advocacia fora das atribuições


institucionais.
DICA 50
DEFENSORIA PÚBLICA - AUTONOMIA E PRINCÍPIOS
As Defensorias Públicas Estaduais têm autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária. Essa autonomia é desde a EC 45/2004.
As Defensorias Públicas do DF e da União não possuíam essa autonomia, a qual
somente foi estendida com a EC 74/2013.

São princípios Defensoria Pública:

Unidade;

a indivisibilidade e a;

independência funcional.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 51
LEI 8.666/93 - RELAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE LICITAÇÃO E AS MODALIDADES DE
LICITAÇÃO

Convite e Tomada de Preços: admitem todos os tipos de licitação, exceto maior


lance ou oferta, que se presta apenas à venda de bens por parte da administração, que,
no caso, só pode ser realizado pelas modalidades concorrência e leilão;

Concorrência: admite todos os tipos de licitação (pois referida modalidade se


presta tanto à aquisição quanto à alienação)

Leilão: admite APENAS maior lance ou oferta (pois aludida modalidade se presta
somente à alienação).

Concurso: não utiliza nenhum desses tipos de licitação (ATENÇÃO! Referida


modalidade se afasta do princípio do julgamento objetivo).

Pregão: admite SOMENTE menor preço.


DICA 52
LEI 8.666/93 - LICITAÇÃO FRACASSADA
Nenhum interessado é selecionado, em decorrência de inabilitação ou
desclassificação das propostas.
A licitação fracassada não é hipótese, em regra, de licitação dispensável.
A Administração Pública poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 dias úteis para a
apresentação de nova documentação ou de outras propostas, facultada, no caso de
convite, a redução deste prazo para 3 dias úteis.
DICA 53
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: PRINCÍPIOS
A lei 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na lei 8.666/93.
Enquanto na antiga lei constam expressamente 12 princípios no artigo 3º, o novo
diploma legal positiva no artigo 5º os seguintes princípios:

LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE

Publicidade Eficiência Interesse público

Probidade
Igualdade Planejamento
administrativa

Transparência Eficácia Segregação de funções

Motivação Vinculação ao edital Julgamento objetivo

Segurança jurídica Razoabilidade Competitividade

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Proporcionalidade Celeridade Economicidade

Desenvolvimento
Observância da LINDB
nacional sustentável

DICA 54
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: NOVOS PRINCÍPIOS

Vamos destacar alguns dos princípios novos:

Eficiência: impõe a necessidade de realizar as licitações com o menor dispêndio de


energia e recursos possíveis e observar o melhor aproveitamento possível dos atos já
realizados;

Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a


serem resolvidos;

Transparência: impõe que todos os atos da administração pública nos procedimentos


licitatórios devem ser acessíveis ao público, órgãos de controle e aos licitantes;

Motivação: exposição correta dos fatos e justificativa legal do processo licitatório;

Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a
ninguém e respeite os direitos de todos.
DICA 55
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO
PROCESSO LICITATÓRIO
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no artigo 5° como um dos norteadores
da aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida.

Possibilidade de sigilo:
Os atos praticados no processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de
informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na
forma da Lei 14.133/21.

Possibilidade de publicidade diferida:


quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;
quanto ao orçamento da Administração, nos termos do Artigo 24 da Lei 14.133/21.

Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação poderá ter
caráter sigiloso, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das
demais informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso:
I - O sigilo não prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo;

Como visto, no primeiro caso o sigilo quanto ao conteúdo das propostas será suspenso
após o marco de abertura das propostas, já no segundo caso o orçamento da
Administração não será sigiloso para os órgãos de controle interno e externo.

ATENÇÃO!
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O sigilo no orçamento da Administração citado acima não é absoluto, ele deve ser
divulgado na abertura da sessão, porém essa previsão não está expressamente
descrita na Lei 14.133/21. Para efeitos do certame público o candidato deverá dar total
prioridade ao que está literalmente positivado em lei.

DICA 56
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: APLICABILIDADE DA LEI

Esta Lei aplica-se a:

alienação e concessão de direito real de uso de bens;

compra, inclusive por encomenda;

locação;

concessão e permissão de uso de bens públicos;

prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;

obras e serviços de arquitetura e engenharia;

contratações de tecnologia da informação e de comunicação.


DICA 57
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: INAPLICABILIDADE DA LEI
NÃO se subordinam ao regime desta Lei:

contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e


gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão
de garantia relacionadas a esses contratos;

contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.

ATENÇÃO!

Aplicam-se às licitações e contratos disciplinados pela Lei 14.133/21 as disposições


constantes dos arts. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

EXCETO:

no caso de licitação para aquisição de bens ou contratação de serviços em geral, ao


item cujo valor estimado for superior à receita bruta máxima admitida para fins de
enquadramento como empresa de pequeno porte;

no caso de contratação de obras e serviços de engenharia, às licitações cujo valor


estimado for superior à receita bruta máxima admitida para fins de enquadramento
como empresa de pequeno porte.
DICA 58
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: CONTRATAÇÃO DIRETA
O processo de contratação direta, que compreende os casos de:
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inexigibilidade (impossível a competição. Ex.: fornecedor exclusivo); e

dispensa de licitação (quando o processo licitatório é discricionário).

Deverá ser instruído com os seguintes documentos:

documento de formalização de demanda e, se for o caso:

→ estudo técnico preliminar;


→ análise de riscos;
→ termo de referência;
→ projeto básico; ou
→ projeto executivo.
estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma estabelecida no Artigo 23
da Lei 14.133/21;

Art. 23. O valor previamente estimado da contratação deverá ser compatível com
os valores praticados pelo mercado, considerados os preços constantes de bancos de
dados públicos e as quantidades a serem contratadas, observadas a potencial economia
de escala e as peculiaridades do local de execução do objeto.

parecer jurídico e pareceres técnicos, se for o caso, que demonstrem o


atendimento dos requisitos exigidos;

demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com o


compromisso a ser assumido;

comprovação de que o contratado preenche os requisitos de habilitação e


qualificação mínima necessária;

razão da escolha do contratado;

justificativa de preço;

autorização da autoridade competente.


O ato que autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do contrato
deverá ser divulgado e mantido à disposição do público em sítio eletrônico oficial.
Na hipótese de contratação direta indevida ocorrida com dolo, fraude ou erro
grosseiro, o contratado e o agente público responsável responderão solidariamente
pelo dano causado ao erário, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
DICA 59
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: MODALIDADES
A modalidade, assim como outras informações essenciais para o certame, é definida no
edital e irá determinar as regras de todo o processo.

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Assim, a partir da aprovação da nova lei, o processo licitatório poderá ocorrer nos
seguintes formatos:

PREGÃO Contratação de bens e serviços Menor preço e maior


comuns. desconto.

CONCORRÊNCIA Contratação de bens e serviços Melhor técnica ou técnica e


especiais e engenharia. preço;
Maior pontuação entre a
qualificação de ambas as
notas.

CONCURSO Melhor trabalho técnico, Melhor técnica ou conteúdo


científico ou artístico. artístico.

LEILÃO Alienação de bens móveis e


Maior lance.
imóveis.

DIÁLOGO
Novação tecnológica. Todas as modalidades.
COMPETITIVO

DICA 60
LEI N° 14.133, DE 01 DE ABRIL DE 2021 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - DA
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
Os contratos de que trata a Lei 14.122/21 regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Todo contrato deverá mencionar:

os nomes das partes; e

os nomes de seus representantes,

a finalidade,

o ato que autorizou sua lavratura,

o número do processo da licitação ou da contratação direta e

a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.


Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que autorizou a contratação direta e
os da respectiva proposta.
DICA 61

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TERMO DE CONTRATO
A Administração convocará regularmente o licitante vencedor para assinar o termo de
contrato ou para aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e nas
condições estabelecidas no edital de licitação, sob pena de decair o direito à contratação,
sem prejuízo das sanções previstas na Lei 14.133/21.
O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, por igual período, mediante
solicitação da parte durante seu transcurso, devidamente justificada, e desde que o
motivo apresentado seja aceito pela Administração.
Será facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato
ou não aceitar ou não retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições
estabelecidas, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para
a celebração do contrato nas condições propostas pelo licitante vencedor.
Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no edital SEM convocação para a
contratação, ficarão os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
NÃO ACEITAÇÃO DA CONTRATAÇÃO PELOS LICITANTES

Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do § 2º,


do art. 90, da Lei 14.133/21, a Administração, observados o valor estimado e sua
eventual atualização nos termos do edital, poderá:

convocar os licitantes remanescentes para negociação, na ordem de classificação,


com vistas à obtenção de preço melhor, mesmo que acima do preço do adjudicatário;

adjudicar e celebrar o contrato nas condições ofertadas pelos licitantes


remanescentes, atendida a ordem classificatória, quando frustrada a negociação de
melhor condição.
A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato ou em aceitar ou retirar o
instrumento equivalente no prazo estabelecido pela Administração caracterizará o
descumprimento total da obrigação assumida e o sujeitará às penalidades legalmente
estabelecidas e à imediata perda da garantia de proposta em favor do órgão ou entidade
licitante.

Essa regra não se aplicará aos licitantes remanescentes.


Será facultada à administração a convocação dos demais licitantes classificados para a
contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento em consequência
de rescisão contratual, observados os mesmos critérios estabelecidos nos §§ 2º e 4º do
art. 90, da Lei 14.133/21.
DICA 62
LEI N° 14.133, DE 01 DE ABRIL DE 2021 – CONTRATOS - CLÁUSULAS
OBRIGATÓRIAS

São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam:

o objeto e seus elementos característicos;

a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante vencedor ou ao ato que


tiver autorizado a contratação direta e à respectiva proposta;

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a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos;

o regime de execução ou a forma de fornecimento;

o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a


periodicidade do reajustamento de preços e os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

os critérios e a periodicidade da medição, quando for o caso, e o prazo para


liquidação e para pagamento;

os prazos de início das etapas de execução, conclusão, entrega, observação e


recebimento definitivo, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-


financeiro, quando for o caso;

o prazo de garantia mínima do objeto, observados os prazos mínimos estabelecidos


nesta Lei e nas normas técnicas aplicáveis, e as condições de manutenção e assistência
técnica, quando for o caso;

o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional


programática e da categoria econômica;

a matriz de risco, quando for o caso;

o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos definidos em regulamento;

as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive
as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a título de
pagamento;

os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores


das multas e suas bases de cálculo;

as condições de importação e a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for


o caso;

a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições exigidas
para a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na contratação direta;

a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista


em lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para
reabilitado da Previdência Social e para aprendiz;

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os casos de extinção.

DICA 63
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)

A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é condição


indispensável para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
seguintes prazos, contados da data de sua assinatura:

20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;


10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.
Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua
assinatura e deverão ser publicados nos prazos previstos acima, sob pena de nulidade.

A divulgação tratada acima, quando referente à contratação de profissional do


setor artístico por inexigibilidade, deverá identificar os custos:

do cachê do artista;

do cachê dos músicos ou da banda, quando houver;

do transporte;

da hospedagem;

da infraestrutura;

da logística do evento; e

das demais despesas específicas.

No caso de obras, a Administração divulgará em sítio eletrônico oficial:

em até 25 (vinte e cinco) dias úteis após a assinatura do contrato: os quantitativos e


os preços unitários e totais que contratar e,

em até 45 (quarenta e cinco) dias úteis após a conclusão do contrato: os


quantitativos executados e os preços praticados.

DA NÃO OBRIGATORIEDADE DO INSTRUMENTO DE CONTRATO:

REGRA: O instrumento de contrato é obrigatório.

SALVO nas seguintes hipóteses, em que a Administração poderá substituí-lo por


outro instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço:

dispensa de licitação em razão de valor;

compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não
resultem obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente
de seu valor.

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É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de


pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento, assim
entendidos aqueles de valor NÃO superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DICA 64
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

O regime jurídico dos contratos instituído pela Lei 14.133/21 confere à


Administração, em relação a eles, as prerrogativas de:

modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse


público, respeitados os direitos do contratado;

extingui-los, unilateralmente, nos casos especificados nesta Lei;

fiscalizar sua execução;

aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços


vinculados ao objeto do contrato nas hipóteses de:

risco à prestação de serviços essenciais;

necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,


inclusive após extinção do contrato.
As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos não poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
Na hipótese prevista de modificação, as cláusulas econômico-financeiras do contrato
deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
DICA 65
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS

Os contratos regidos pela Lei 14.133/21 poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:

Unilateralmente pela Administração:

quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor


adequação técnica a seus objetivos;

quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de


acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

Por acordo entre as partes:

quando conveniente a substituição da garantia de execução;

quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço,


bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
dos termos contratuais originários;

quando necessária a modificação da forma de pagamento por imposição de


circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a
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antecipação do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso


de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis
ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal
como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco
estabelecida no contrato.
Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações de contratos de obras e
serviços de engenharia ensejarão apuração de responsabilidade do responsável técnico e
adoção das providências necessárias para o ressarcimento dos danos causados à
Administração.

Será aplicado o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro inicial do


contrato às contratações de obras e serviços de engenharia, quando a execução for
obstada pelo atraso na conclusão de procedimentos de desapropriação, desocupação,
servidão administrativa ou licenciamento ambiental, por circunstâncias alheias ao
contratado.

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DIREITO CIVIL

DICA 66
ATOS JURÍDICOS
Acontecem sempre que existir a presença de um comportamento humano voluntário.
Dos atos jurídicos nascem os negócios jurídicos e atos não negociais (ou atos jurídicos em
sentido estrito)

Exemplo de negócio jurídico: compra e venda

Exemplo de atos não negociais (ou atos jurídicos em sentido estrito): adoção e
emancipação.
DICA 67
ATO JURÍDICO
É toda manifestação de vontade que está de acordo com o ordenamento jurídico. É
composto pelo elemento volitivo (manifestação de vontade humana) e pela licitude.

O ato jurídico é subdividido em:

Atos ilícitos: são aqueles atos contrários ao ordenamento jurídico, ocasionando o


fenômeno da responsabilidade civil;

Atos lícitos: são aqueles praticados em conformidade com o ordenamento jurídico


civilista. Estes atos podem ser: (a) ato jurídico em sentido estrito: é aquele que a
vontade humana está direcionada para o ato em si, e suas consequências já
estão previstas na lei.

Ex.: o reconhecimento de paternidade; (b) negócio jurídico: é aquele que a vontade


humana está direcionada para as consequências de determinado ato, dentre as
permitidas pela lei.

Ex.: os contratos e o testamento.


DICA 68
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA - CARACTERÍSTICAS GERAIS

PRESCRIÇÃO

inércia do titular de um direito, que gera, como consequência, a perda da pretensão,


mas não do direito;
eventual pagamento pelo devedor será válido;
cabível suspensão e interrupção do prazo;
prazos são legais e não podem ser alterados pelas partes.

DECADÊNCIA

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na decadência há a perda do próprio direito;


eventual pagamento não será válido (será indevido);
não se sujeita a impedimento, suspensão e interrupção, salvo disposição legal em
contrário.
prazos podem ser convencionais ou legais.

Veja como já foi cobrado pela FGV:

QUESTÃO FGV, 2018.


Em um contrato de prestação de serviços, Jorge (pintor) e Renata (contratante)
dispuseram que o pagamento do serviço somente poderia ser judicialmente exigido em
até um ano após o vencimento da dívida.
Essa disposição contratual é considerada:
a) válida, visto que se trata de um prazo decadencial, que pode ser alterado pelos
contratantes;
b) nula, pois um prazo prescricional não pode ser alterado pelos contratantes;
c) válida, desde que o prazo prescricional dessa espécie de obrigação seja inferior ao
acordado;
d) nula, porque o prazo decadencial não pode ser alterado pelos contratantes;
e) válida, pois o prazo prescricional pode ser alterado pelos contratantes.
Gabarito: Alternativa b.

DICA 69
PRESCRIÇÃO

Prazos especiais de prescrição: artigo 206 do CC e na legislação esparsa. Quando


não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos. Isso despenca em prova!

Art. 206, CC: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja
fixado prazo menor.

REGRA: A contagem do prazo inicia na data da violação do direito e surgimento da


pretensão.
A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição (art. 191, CC).
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus
assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente (art. 195, CC).
DICA 70
PRESCRIÇÃO
Há diferentes prazos de prescrição e a FGV gosta muito de cobrar isso em prova!
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Abaixo, os principais prazos:

1 ANO

Hospedagem;

Pretensão do segurado contra o segurador (ou a deste contra aquele);

Custas judiciais no geral;

Tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos;

Pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas.

2 ANOS

prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

3 ANOS

Pretensão de reparação civil por ato ilícito;

Pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento;

Pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.

4 ANOS

a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

5 ANOS

a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou


particular;

a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e


professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da
cessação dos respectivos contratos ou mandato;

a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Quando não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos.


DICA 71
PRESCRIÇÃO

NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO:

entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

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entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou


curatela.

contra os incapazes de que trata o art. 3 do Código Civil;

contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos


Municípios;

contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

pendendo condição suspensiva;

não estando vencido o prazo;

pendendo ação de evicção.

A INTERRUPÇÃO da prescrição, que somente poderá ocorrer 1 vez, dar-se-á:

por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado


a promover no prazo e na forma da lei processual;

por protesto, nas condições do inciso antecedente;

por protesto cambial;

pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de


credores;

por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.
DICA 72
PRESCRIÇÃO
A prescrição encobre os efeitos potenciais da pretensão, ao passo que a decadência
extingue a própria pretensão.
Somado a isso, veja-se que a prescrição atinge a pretensão material, a possibilidade ainda
que somente potencial de exigir. Por isso, somente nos direitos em que há prestação se
pode falar em prescrição, nos direitos potestativos, que não trazem em si uma prestação,
não há prescrição. Portanto, todas as ações condenatórias – e somente elas – estão
sujeitas à prescrição.

Sujeitam-se à prescrição:

todas as ações condenatórias e somente elas;

todas as ações mandamentais e;

todas as ações executivas.

Sujeitam-se à decadência:

todas as ações constitutivas com prazo fixado em lei e somente elas e;

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os efeitos constitutivos das ações declaratórias.
A prescrição e a decadência, de maneira ultra simplista, terão o mesmo efeito
principal, que é “fazer perder o prazo para alguma coisa”.
DICA 73
PRESCRIÇÃO

Vejamos algumas disposições do Código Civil importante para sua prova:

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela
prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão, ou seja, isso
serve para dar uma “paridade de armas” às partes, já que credor e devedor terão igual
prazo para “reclamar” um do outro.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Apesar dos prazos de prescrição não poderem ser alterados por acordo das partes (art.
192), pode-se renunciar à prescrição, expressa ou tacitamente, mas a renúncia só
valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar,
segundo o art. 191. A renúncia à prescrição pode ser feita judicialmente ou
extrajudicialmente.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a
quem aproveita. Porém a prescrição não pode ser arguida em sede recursal
extraordinária se não suscitada previamente nas instâncias ordinárias.

DICA 74
PRESCRIÇÃO - ARTS. 197 A 200

O tema prescrição é muito importante para a sua prova. Por isso, vejamos
alguns aspectos importantes:

Não corre a prescrição: entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal,


entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar e entre tutelados ou
curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Também não corre a prescrição: contra os incapazes de que trata o art. 3º, contra
os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios e contra
os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Logo, corre prescrição contra os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, contra


os ébrios habituais, contra viciados em tóxicos, contra os que por causa transitória ou
permanente não podem exprimir sua vontade e contra os pródigos.

Não corre igualmente a prescrição: pendendo condição suspensiva, não estando


vencido o prazo e pendendo ação de evicção.

Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá
a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Portanto, deve se apurar a conduta pelo ato ilícito na esfera criminal, e aguardar o
desfecho dessa averiguação para que a prescrição corra.

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DICA 75
SUSPENSÃO - ARTIGOS 201 E 204

Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os


outros se a obrigação for indivisível;
Cria a suspensão da prescrição que é a indivisibilidade do objeto, não a solidariedade
entre os sujeitos. Imagine e seguinte situação: João e sua irmã Beta devem R$ 50,00
para Carlos e, 1 ano depois, Carlos casa com Beta. Nessa situação, a prescrição se
suspende, por força do art. 197, inc. I, do Código Civil. Como o prazo para cobrar a
dívida é de 5 anos, Carlos tem mais 4 anos para cobrar de João e Beta, que fica suspensa
até o fim do casamento com Beta.
A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a
interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais
coobrigados.
A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros, a mesma regra
vale quanto ao codevedor ou seu herdeiro, que não prejudica aos demais coobrigados. É o
caso das obrigações conjuntas.
DICA 76
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO - ART. 202

A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado


a promover no prazo e na forma da lei processual;

por protesto, nas condições do inciso antecedente;

por protesto cambial;

pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso


de credores;

por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.
DICA 77
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO - ART. 202, §ÚNICO

O tema de interrupção da prescrição é muito importante para a sua prova. Mas, uma
vez interrompido o prazo para correr a prescrição, a partir de quando recomeça a
contagem? Vejamos o que o Código Civil, art. 202, parágrafo único, diz a respeito:
Art. 202, Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do
ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper;
Todas as hipóteses do art. 202 interrompem a prescrição por ato do titular. A única
exceção é o inc. VI, no qual é o próprio sujeito passivo a interromper a prescrição contra
si, curiosamente, como nos casos de confissão de dívida ou pagamento parcial;
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Os casos de interrupção da prescrição são justificados pela ausência de inércia do
titular, ou seja, o titular se movimenta, mas “forças alheias” a ele fazem com que a
fluência do tempo continue a ocorrer.
Já os casos de suspensão da prescrição são justificados por circunstâncias pessoais do
titular. A pessoa fica, efetivamente, inerte, é inegável. Mas não podemos culpá-la por isso,
já que uma circunstância subjetiva razoável se aplica àquela situação.
DICA 78
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Destaca-se que, na suspensão da prescrição, o prazo para e recomeça de onde se
parou, já na interrupção o prazo para e recomeça do zero novamente.
Art. 205. A prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor;
Assim, se não houver a lei fixado prazo menor, a prescrição ocorre em 10 anos.
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas
que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
DICA 79
DECADÊNCIA

Importante destacar que a decadência:

não se impede (não evita o termo inicial do fluxo do tempo);

não se interrompe (rompe o fluxo, mas não se reinicia);

não se suspende (não se detém temporariamente o fluxo de tempo) e;

nem se renúncia (o fluxo temporal não pode ser “adiantado” e terminar por escolha).
DICA 80
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I;
É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Deve o juiz, de ofício, conhecer da
decadência, quando estabelecida por lei.
Veja-se que, caso a decadência seja convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação;

Logo, a Decadência não pode ser renunciada, não pode ser alegável por quem a
aproveita e o MP, não deve ser alegada de ofício pelo juiz e não se impede, suspende ou
interrompe o prazo.

Já a Prescrição pode ser renunciada, pode ser alegável apenas por quem a
aproveita, pode ser conhecida de ofício pelo juiz e se impede, suspende ou interrompe.

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PROCESSO CIVIL

DICA 81
DOS RECURSOS - DESISTÊNCIA X RENÚNCIA
A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

ATENÇÃO!

Para renunciar ou desistir, o advogado depende de poderes especiais (NCPC, art.


105). Em ambos os casos, há negócio jurídico processual.

DESISTÊNCIA RENÚNCIA

Dá-se a desistência quando, já interposto o Dá-se a renúncia quando a parte


recurso, a parte manifesta a vontade de que vencida abre mão previamente do seu
não seja ele submetido a julgamento. A direito de recorrer. A renúncia ocorre
desistência, que é exercitável a qualquer anteriormente, não se interpõe o
tempo, não depende de anuência do recurso.
recorrido ou dos litisconsortes.

DICA 82
ACEITAÇÃO TÁCITA E EXPRESSA
A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Aceitação tácita: é a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a
vontade de recorrer.
Aceitação expressa: se traduz em manifestação dirigida ao juiz da causa, ou à parte
contrária, diretamente.
A parte que implicitamente aceita a sentença estará renunciando do seu direito de
recorrer. Tendo, então, ocorrido a renúncia, a parte abdicante não poderá recorrer, nem
de forma principal, nem de forma adesiva.
DICA 83
DO PREPARO
No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
Preparo do pagamento: Consiste, na época certa, das despesas processuais
correspondentes ao processamento do recurso interposto, que compreenderão, além das
custas (quando exigíveis), os gastos do porte de remessa e de retorno se se fizer
necessário o deslocamento dos autos (CPC/15, art. 1.007, caput).
São dispensados de preparo (inclusive porte de remessa e de retorno): os recursos
interpostos:
Pelo Ministério Público;
Pela União, pelo Distrito Federal;
Pelos Estados;
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Pelos Municípios, e respectivas autarquias;

E pelos que gozam de isenção legal.

Insuficiência no valor do preparo (inclusive porte de remessa e de retorno):


implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, NÃO vier a
supri-lo no prazo de 05 (cinco) dias.
É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos
eletrônicos.
O recorrente que NÃO comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4º, do art. 1.007,
do CPC/15.
Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por
decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 05 (cinco) dias para efetuar o preparo.
O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena
de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o
recorrente para sanar o vício no prazo de 05 (cinco) dias.
Falta de preparo: sua falta gera a deserção, que resulta no trancamento do recurso,
presumindo a lei que o recorrente tenha desistido do respectivo julgamento (art. 1.007,
caput, in fine; §§ 4º, 6º e 7º).

ATENÇÃO!

NÃO será decretada a deserção de imediato se o preparo for feito em valor menor do
que o necessário, neste caso o representante da parte será intimado para completar o
valor, no prazo de 05 (cinco) dias. Apenas em caso de não complementação é que o
recurso será trancado (art. 1.007, § 2º, do CPC/15).

DICA 84
APELAÇÃO - CABIMENTO E REQUISITOS

A apelação será cabível contra sentença.


Essa determinação se aplica mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015
(agravo de instrumento) integrarem capítulo da sentença.
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou
nas contrarrazões. Caso as questões forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será
intimado para, em 15 dias, manifestar-se a respeito delas.
O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.
O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no
art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.

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A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

os nomes e a qualificação das partes;

a exposição do fato e do direito;

as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;

o pedido de nova decisão.

O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. Caso o


apelado interponha apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.
DICA 85
DA APELAÇÃO

Da sentença cabe apelação.


As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final,
ou nas contrarrazões.
Se as questões referidas acima forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será
intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
O disposto acima aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 do
CPC/15 integrarem capítulo da sentença.

SENTENÇA APELAÇÃO

É o recurso que se interpõe das sentenças


dos juízes de primeiro grau de jurisdição
É a decisão que encerra a fase cognitiva
para levar a causa ao reexame dos
do processo ou a execução (art. 203, §
tribunais do segundo grau, visando a obter
1º).
uma reforma total ou parcial da decisão
impugnada, ou mesmo sua invalidação.

DICA 86
DA APELAÇÃO

A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

Os nomes e a qualificação das partes;

A exposição do fato e do direito;

As razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;

O pedido de nova decisão.


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O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.

Apelação adesiva: Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o


apelante para apresentar contrarrazões.
Após, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de
admissibilidade, por óbvio, pois a apelação não se destina ao juiz de 1° grau.
Previsto anteriormente no CPC/73, o CPC/15 aboliu o juízo de admissibilidade
provisório, já que tanto na apelação como no agravo de instrumento, o exame do
cabimento do recurso foi atribuído ao tribunal. Visto isso, observa-se acima que após
as contrarrazões à apelação e à apelação adesiva, se houver, os autos serão remetidos ao
tribunal pelo juiz, “independentemente de juízo de admissibilidade”.
DICA 87
DO EFEITO SUSPENSIVO

A apelação terá efeito suspensivo.


Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente
após a sua publicação a sentença (ou seja, não tem efeito suspensivo) que:
homologa divisão ou demarcação de terras;
condena a pagar alimentos;

extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;

Súmula 317 do STJ:

É definitiva a execução de título extrajudicial, ainda que pendente apelação contra


sentença que julgue improcedentes os embargos.

julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;


confirma, concede ou revoga tutela provisória;
decreta a interdição.
A vantagem de não ter o efeito suspensivo é o cumprimento provisório de sentença.
Em todas as outras hipóteses fora as acima citadas, a apelação possui efeito
suspensivo.

O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por


requerimento dirigido ao:

tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,


ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;

relator, se já distribuída a apelação.

A eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante


demonstrar:

a probabilidade de provimento do recurso; ou

sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

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DICA 88
DO EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO

A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.


Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao capítulo impugnado.
Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas
um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
DICA 89
DAS DECISÕES DO RELATOR
Após cumpridas as formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.

Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o


relator:

decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, quais
sejam:

não conhecer do recurso: inadmissível, prejudicado ou se não respeitou a


dialeticidade;

negar provimento ao recurso:


se a decisão contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal.
se a decisão contrariar acórdão de recurso repetitivo/IRDR/IAC.

Dar provimento ao recuso:


se a sentença contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal, recurso
repetitivo/IRDR/IAC.

se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado.

DICA 90
APELAÇÃO E A TEORIA DA CAUSA MADURA

Conforme o §3º do art. 1.013, se o processo estiver em condições de imediato


julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
reformar sentença fundada no art. 485 (julgamento sem resolução de mérito);
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do
pedido ou da causa de pedir;
constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
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Informativo 590 do STJ:

Admite-se a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo de


instrumento. O Tribunal de origem reconheceu a apresentação de argumentos
genéricos, mas aplicou a teoria da causa madura, supriu o vício de fundamentação e
manteve a decisão recorrida.

Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,


se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o
retorno do processo ao juízo de primeiro grau.

O objetivo é que o Tribunal resolva a situação em vez de devolver o processo para


primeira instância.
DICA 91
DA ALEGAÇÃO DE NOVAS QUESTÕES NA APELAÇÃO
O art. 1.014 do CPC prevê que “as questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo
de força maior.”.

O artigo acima permite que novas questões de fato sejam suscitadas em apelação,
ainda que não suscitadas no primeiro grau, desde que:
Fato superveniente;
Se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
DICA 92
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem


sobre:
Tutelas provisórias;
Mérito do processo;
Rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
Exibição ou posse de documento ou coisa;
Exclusão de litisconsorte;
Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º, do cpc/15.

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Outros casos expressamente referidos em lei.
Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias:
Proferidas na fase de liquidação de sentença; ou
Na fase de cumprimento de sentença;
No processo de execução; e
No processo de inventário.
Observa-se que o CPC estabeleceu um rol de decisões interlocutórias sujeitas à
impugnação por meio de agravo de instrumento que, em regra, não tem efeito
suspensivo. Dessa forma, não existe mais agravo retido para as decisões não
contempladas no rol da lei. A matéria, se for o caso, será impugnada, pela parte
prejudicada, por meio das razões ou contrarrazões da posterior apelação interposta contra
a sentença superveniente (art. 1.009, § 1º, do CPC).
Visto isso, sobre o tema, o CPC/15 se abaliza sobre o princípio da irrecorribilidade das
interlocutórias, mais do que o CPC/73.
Lembre-se que decisão interlocutória é o ato judicial através do qual o magistrado
soluciona explicitamente algum ponto controvertido, sem extinguir o processo.
DICA 93
DA TAXATIVIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Existem situações que apesar de não previstas, necessitam de recurso de forma
imediata. Assim sendo, passou a entender o STJ que a taxatividade do rol do art. 1.015
do CPC deve ser mitigada.

Informativo 639 do STJ:

O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento da questão no recurso de apelação.

DICA 94
DOS REQUISITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por


meio de petição com os seguintes requisitos:
os nomes das partes;
a exposição do fato e do direito;

as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;


o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.

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DICA 95
DA INSTRUÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.017 do CPC preconiza que a petição de agravo de instrumento será
instruída:

obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que


ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;

com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos acima,


feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;

facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.


Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do
porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.

No prazo do recurso, o agravo será interposto por:

protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;

protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;

postagem, sob registro, com aviso de recebimento;

transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;

Nesse caso, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.

outra forma prevista em lei.

Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
parágrafo único (prazo de 5 dias para sanar).
Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças tidas como
obrigatórias, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis
para a compreensão da controvérsia.

Informativo 605 do STJ:

A disposição constante do art. 1.017, § 5º, do CPC/2015, que dispensa a juntada das
peças obrigatórias à formação do agravo de instrumento em se tratando de processo
eletrônico, exige, para sua aplicação, que os autos tramitem por meio digital tanto no
primeiro quanto no segundo grau de jurisdição.

DICA 96
PODERES DO RELATOR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.019 do CPC prevê que: Recebido o agravo de instrumento no tribunal e
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV (não
conhecer de recurso inadmissível ou negar provimento), o relator, no prazo de 5 (cinco)
dias:
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poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de


recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por
carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de
15 dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso;

determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio


eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15
dias.
DICA 97
DO AGRAVO INTERNO

Aduz o art. 1.021 do CPC que contra decisão proferida pelo relator caberá agravo
interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as
regras do regimento interno do tribunal.

Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os


fundamentos da decisão agravada.
O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á
a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor atualizado da
causa.
LEMBRE-SE!
A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do
valor desta multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da
justiça, que farão o pagamento ao final.
A doutrina pacificou o entendimento que a aplicação dessa multa exige: manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência, reconhecida por votação unânime.

En. 358, FPPC: A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.

Informativo 666 do STJ:

A multa do art. 1.021, § 4º, do CPC/2015 tem como destinatário a parte contrária e não
o Fundo de Aparelhamento do Poder Judiciário.

O agravo interno era previsto apenas nos Regimentos Internos, e o prazo de


interposição era, em regra, de 5 dias.

De acordo com o art. 1.070 do CPC, esse prazo agora foi unificado e é de 15 dias.

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DICA 98
DO AGRAVO INTERNO

Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno
do tribunal.
Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada.

O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor
atualizado da causa.
A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da
multa prevista acima, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da
justiça, que farão o pagamento ao final.
DICA 99
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O SEU CABIMENTO

Os embargos de declaração diferenciam-se dos demais recursos pois podem ser


opostos em face de qualquer decisão, seja ela interlocutória, sentença, acórdão e
mesmo despachos, salvo decisão de Presidente de Tribunal acerca da admissibilidade de
recursos especiais.

Informativo 886 do STF:

Não cabem embargos de declaração contra decisão de presidente do tribunal que não
admite recurso extraordinário.

Consoante jurisprudência desta Declaração oferecidos contra admissibilidade do Recurso


desta Corte Superior, os Embargos de decisão de juízo prévio admissibilidade do
Recurso Especial são manifestamente incabíveis.

Entretanto, excepcionalmente, naqueles casos em que a decisão de inadmissibilidade


do Recurso Especial é genérica, a ponto de inviabilizar a interposição de Agravo, é que é
cabível a oposição dos Embargos de Declaração. (STJ, AgInt no AREsp 1.529.119/2020)

Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou
a requerimento;

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corrigir erro material.

Considera-se omissa a decisão que:

deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou


em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º (decisões não


fundamentadas).

Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com


indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a
preparo.
En. 360, FPPC: A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material
na decisão não impede sua correção a qualquer tempo.

DICA 100
PROCEDIMENTO DO EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Caso os Embargos de Declaração sejam opostos contra:


decisão de 1º grau: o mesmo juiz é quem irá julgar o recurso.
decisão de Tribunal.
Decisão monocrática: embargos declaratórios serão decididos monocraticamente;
Contra decisão colegiada: apresentação dos embargos declaratórios “em mesa” na
sessão subsequente e, em caso de não ocorrer o julgamento nesta sessão, será incluído
em pauta automaticamente.
O §1º do art. 1.024 traz a expressão “em mesa” significa que os embargos não precisarão
ser colocados em pauta de julgamento, autorizando um julgamento mais célere.
Enunciado 650, FPPC: Os embargos de declaração, se não submetidos a julgamento na
primeira sessão subsequente à sua oposição, deverão ser incluídos em pauta.
DICA 101
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;

Corrigir erro material.

Considera-se omissa a decisão que:

Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em


incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
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Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º, do CPC/15.
O CPC/15 manteve a eliminação da distinção procedimental entre os embargos de
declaração contra sentença e os dirigidos contra acórdãos, além disso, prevê,
expressamente, o cabimento de embargos de declaração contra qualquer decisão judicial.
Ressalta-se que, com isso, corrigiu-se uma falha da legislação anterior que previa,
exclusivamente, embargos de declaração apenas para enfrentamento de acordão ou
sentença.
Ademais, o CPC/15 inseriu mais uma possibilidade de cabimento de embargos ao seu
rol, prevendo, também, serem os embargos admissíveis para corrigir erro material, ou
seja, aquele manifesto, visível, facilmente verificável (art. 1.022, III, do CPC).
DICA 102
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao
juiz, com indicação do:
Erro;
Obscuridade;
Contradição; ou
Omissão.
Os embargos não se sujeitam a preparo.
O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 05 dias, sobre
os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão
embargada.

Via de regra, não há contraditório após a interposição do recurso, pois os embargos de


declaração não se propõem a um novo julgamento da causa, mas tão-somente ao
aperfeiçoamento da decisão já proferida. Contudo, se o aperfeiçoamento da decisão, onde
o suprimento de lacuna ou a eliminação do erro ou da contradição possa implicar
modificação da decisão embargada, deverá o juiz intimar o embargado para,
querendo, manifestar-se no prazo de 05 dias (art. 1.023, § 2º).

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DIREITO PENAL

DICA 103
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - ASPECTOS GERAIS DA LEI
13.869/2019

Finalidade: Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos


praticados por agentes públicos.

Bem jurídico: Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico):

Regular funcionamento da administração pública.

Direitos fundamentais da pessoa humana.


DICA 104
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - SUJEITOS DO CRIME

SUJEITOS ATIVO:
Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.

ATENÇÃO!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

Fique atento!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.

SUJEITO PASSIVO:

Estado;

Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.

DICA 105
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

ELEMENTO SUBJETIVO:

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As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.
Memorize!
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo (intenção / vontade) de


Finalidade específica
praticar o abuso

DICA 106
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?

Prejudicar outrem;

Beneficiar a si mesmo;

Beneficiar a terceiro;

Mero capricho ou satisfação pessoal.

Fique atento!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 107
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas


A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade.

Ação penal
Todos os crimes serão processados e julgados mediante ação penal pública
incondicionada.
Fique atento!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
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interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da


data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
DICA 108
EFEITOS DA CONDENAÇÃO

São efeitos da condenação:

Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
OBS.: A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação.

A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período


de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

A perda do cargo, do mandato ou da função pública.


Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos,
devendo ser declarados motivadamente na sentença.
1) Condicionados à ocorrência de
Inabilitação para o exercício de cargo, REINCIDÊNCIA em crime de abuso de
mandato ou função pública autoridade.

Perda do cargo, mandato ou função 2) NÃO são automáticos, de modo que


devem ser declarados motivadamente na
pública
sentença.

DICA 109
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na Lei
13.869/2019 são:

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
Fique atento!
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

- Prestação de serviços à comunidade ou


As penas restritivas de a entidades públicas;
direitos que substituem as
privativas de liberdade - Suspensão do exercício de cargo,
previstas na lei de abuso de mandato ou função pública – Prazo: 1 a 6
autoridade são: meses + perda de vencimentos e
vantagens.

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DICA 110
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
As penas previstas na lei de abuso de autoridade serão aplicadas independentemente
das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
As notícias de crimes previstos na lei de abuso de autoridade que descreverem falta
funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.
Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.
DICA 111
CRIMES EM ESPÉCIES

Pontos relevantes que serão aplicados a todos os crimes:

Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica

Formas do cometimento da conduta: ação (regra) ou omissão

Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente => pessoa
física ou pessoa jurídica vítima do abuso de autoridade
Fique atento!
Não há nenhum crime de abuso de autoridade culposo, ou seja, são todos dolosos e
punidos com pena de DETENÇÃO.
DICA 112
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 9º:


Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as
hipóteses legais.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Conduta: decretar medida de privação de liberdade em manifesta desconformidade


com a lei.

Figura equiparada:
Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:

Relaxar a prisão manifestamente ilegal;

Substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade


provisória, quando manifestamente cabível;

Deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível.


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OBS.: Sujeito ativo (quem pode praticar o crime): autoridade judiciária.
DICA 113
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 10º:


Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Conduta: decretar condução coercitiva de testemunha ou investigado, quando


manifestamente descabida ou sem prévia intimação
OBS: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta
típica.
DICA 114
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 13: (Importante)


Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a:

Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;

Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;

Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro.


Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
OBS.: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta
típica.
DICA 115
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 18:


Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo
se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar
declarações.
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

O dispositivo se limitou ao interrogatório policial


DICA 116
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 19: (IMPORTANTE)

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Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade
judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
de sua custódia.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada:
Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa
de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.
DICA 117
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 20: (IMPORTANTE)

Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Figura equiparada
- De entrevistar-se pessoal e
reservadamente com seu
Incorre na mesma advogado ou defensor, por
pena quem impede prazo razoável, antes de
o: audiência judicial, e

- Preso

- Réu solto - De sentar-se ao lado do


advogado ou defensor e com ele
- Investigado
comunicar-se durante a
audiência Salvo no curso de
interrogatório ou no
caso de audiência
realizada por
videoconferência.

DICA 118
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 21 (IMPORTANTE)


Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada:
Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na
companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado.
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DICA 119
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 22:


Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas
condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada

Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a


imóvel ou suas dependências;

Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após às 21h (vinte e uma


horas) ou antes das 5h (cinco horas).
FIQUE ATENTO!
- Prestar socorro;

NÃO haverá crime se o - Houver fundados indícios que


ingresso for para: indiquem a necessidade do ingresso
em razão de situação de flagrante
delito ou de desastre

DICA 120
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE)

SÚMULAS IMPORTANTES:

Súmula 265/STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a


regressão da medida socioeducativa.

Súmula 492/STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.

Súmula 500/STJ: A configuração do crime previsto no art. 244-B do Estatuto da


Criança e do Adolescente independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se
tratar de delito formal (ou seja, a efetiva corrupção é mero exaurimento).

DICA 121
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA
O tipo previsto no art. 230, do ECA, dispõe sobre a privação da criança ou do adolescente
de sua liberdade sem estar em flagrante de ato infracional ou sem ordem escrita da
autoridade judiciária.
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Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua


apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da
autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem
observância das formalidades legais.

Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
É cabível transação penal e suspensão condicional do processo.
DICA 122
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA - PEDOFILIA

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por


qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de
qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas
referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
§2 o
Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime:
I – No exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la;
II – Prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade;
ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o
terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou
de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu
consentimento.

Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.

Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.


Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais
de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo.

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DICA BÔNUS
DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA - DIVULGAÇÃO DE PEDOFILIA

Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou


divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático,
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (figura equiparada)
I – Assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste artigo;
II –Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias,
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
§ 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo são puníveis quando
o responsável pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de
desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade
o material a que se refere o caput deste artigo.
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às
autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A
e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
I – Agente público no exercício de suas funções;
II - Membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades
institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos
crimes referidos neste parágrafo;
III – Representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço
prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à
notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário.
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material
ilícito referido.
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de
sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.

Em regra, a Justiça Estadual é competente para julgar os crimes descritos acima, a


exceção se dá com o recente entendimento do STF, vejamos:
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Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigos 241, 241-A e
241-B da Lei 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores.
Sujeito ativo: Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar
mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo no caso do art. 241-A.
Admite suspensão condicional do processo os artigos 241-B e 241-C do ECA.
Ambas as condutas descritas (art. 241-A, B e C) admitem tentativa.

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PROCESSO PENAL

DICA 123
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP:

Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I e (art. 302, inciso II).
II)

Flagrante O agente é PERSEGUIDO, logo


IMPRÓPRIO após, em situação que é possível
(quase- presumir ser ele o autor do
Espécies de flagrante) crime.
flagrante
Art. 302, III
(Art. 302)

O agente é preso LOGO DEPOIS de


Flagrante cometer o crime, com
PRESUMIDO instrumentos, armas, objetos,
que façam PRESUMIR ser ele o
Art. 302, IV
autor do crime.

É possível prender em flagrante mesmo depois da prática da infração, seja no caso


de perseguição (flagrante impróprio ou quase-flagrante), ou ainda quando, logo depois
do crime, o agente é encontrado na posse de objetos que levam à presunção de que é
ele o autor do crime.
DICA 124
FLAGRANTE PREPARADO

O flagrante preparado é ilegal. Ao passo que o flagrante esperado é possível.


Flagrante Preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula,
incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em
flagrante.

Ex.: Imagine que um policial à paisana entre numa festa universitária. Questiona
alguma pessoa se ela não teria maconha para vender. Essa pessoa prontamente se dispõe
de uma certa quantidade que possuía, para consumo próprio, para vender ao policial.
Nisso, o policial dá voz de prisão ao narco-estudante.
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal
a prisão e, mais do que isso: sequer haveria crime nessa conduta!

Súmula 145 do STF:

NÃO há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua

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consumação.

DICA 125
FLAGRANTE ESPERADO
Flagrante Esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer
induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade
policial, tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para
realizar a prisão em flagrante.

Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e
hora ajustados para prendê-los em flagrante.
ATENTE-SE!
É por isso que o flagrante ESPERADO é possível e válido. Já o flagrante PREPARADO
não!!!
DICA 126
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO)
A ação controlada é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações
Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06).
A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima bastante
do flagrante esperado, mas com ele não se confunde.

A autoridade policial tem o dever de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a
ação controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja
adiada para outro momento, mais oportuno para as investigações.
A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo de
provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas
não faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização
criminosa.
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de
frente da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada.

Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei
12.850/2013).
DICA 127
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

É atribuição do Escrivão da Polícia Civil a lavratura do auto de prisão em


flagrante (art. 305, CPP).

Ex.: Um Policial Militar está trabalhando, fazendo a patrulha das ruas dentro de sua
viatura. Ao passar por uma rua famosa por ser “point de tráfico”, avista uma pessoa em
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atividade suspeita. Faz uma revista e encontra uma quantidade razoável de drogas e de
dinheiro no bolso do agente.

1º PASSO: o Policial Militar tem o dever de realizar a prisão em flagrante. Ele deverá
realizar a prisão e conduzi-lo à Delegacia da Polícia Civil.

2º PASSO: chegando na Polícia Civil, o escrivão deve realizar a documentação da


prisão em flagrante, por meio do auto de prisão em flagrante. Mas antes de concluí-
lo, a autoridade deve percorrer pelos demais passos ainda...
O auto de prisão em flagrante é um instrumento por meio do qual o escrivão
documenta a regularidade da prisão e da ocorrência.

3º PASSO: após a apresentação do preso na Polícia Civil, o Policial Militar que conduziu
até a delegacia deve ser ouvido, colhendo sua assinatura e lhe entregando recibo de
entrega do preso.

Esse recibo de entrega do preso é um documento que funciona como uma


verdadeira garantia ao Policial Militar. Garantia acerca da efetiva apresentação do
preso até a delegacia de Polícia Civil, demonstrando que cumpriu regularmente o seu
dever de realizar a prisão.

A partir daquele momento, o preso é de responsabilidade da delegacia de Polícia


Civil. O Policial Militar está dispensado e pode retomar suas atividades profissionais,
não precisando aguardar a oitiva das testemunhas, o interrogatório, etc.

4º PASSO: Após, o Policial Civil deve ouvir as testemunhas e, por último, realizar o
interrogatório do acusado. Feito tudo isso, finalmente o auto de prisão em flagrante é
lavrado.

A ausência de testemunhas do crime NÃO impede o auto de prisão em flagrante.


Nesse caso, além do condutor, duas testemunhas que tenham presenciado a
apresentação do preso à Polícia Civil deverão ser ouvidas (art. 304, §2, CPP).

Já na lavratura do auto de prisão em flagrante, o preso deverá ser indagado sobre a


existência de filhos, idades, se possuem alguma deficiência, e o nome de algum
responsável pelos seus cuidados. Isso será importante posteriormente, para o juiz
verificar se relaxa ou converte a prisão em flagrante.

5º PASSO: deve haver comunicação imediata da prisão em flagrante ao juiz e à


família do preso.

6º PASSO: deve haver, em até 24 horas, a entrega ao preso da nota de culpa, com o
motivo da prisão, o nome do condutor e as testemunhas.

7º PASSO: AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA EM 24 HORAS. Aqui, o preso é apresentado


ao juiz, numa audiência de custódia. Aqui, o juiz analisará a regularidade dessa prisão
em flagrante. Esse tema é importante e, por isso, será tratado em uma dica específica!

DICA 128
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
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Fluxograma do caminho do Flagrante:

1) Realização do 2) lavratura do auto 3) oitiva do policial 4) Oitiva das


flagrante, de prisão em condutor e emissão testemunhas e
independente de flagrante, mas do recibo de interrogatório do
mandado antes deve: entrega do preso acusado

5) Comunicação
6) Emissão da 7) Audiência de
imediata da prisão
NOTA DE CULPA, custódia, em até 24
ao juiz e à família
em até 24 horas horas.
do preso

DICA 129
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Na audiência de custódia, portanto, o juiz vai analisar a regularidade do auto de prisão em
flagrante, na presença do acusado, de seu defensor, e do membro do Ministério Público.
Nessa audiência de custódia, o juiz pode:

1) Relaxar a prisão ilegal

2) Converter a prisão em flagrante


AUDIÊNCIA DE em prisão preventiva
CUSTÓDIA
(Art. 310, CPP)

3) Conceder liberdade provisória,


com ou sem fiança.

→ Se a prisão for ILEGAL, o juiz deve relaxar a prisão.


→ Se o juiz verificar que há riscos de colocar o preso em liberdade, deverá converter a
prisão em flagrante em prisão preventiva;

→ Por fim, se verificar que a prisão é legal e válida, mas desnecessária neste
momento, concederá ao réu a liberdade provisória, podendo ou não fixar fiança.
Mesmo quando o réu permanece preso, não há que se falar mais em prisão
provisória, mas sim em prisão preventiva!
Por fim, de acordo com o art. 310, §4º, se decorrer 24 horas, após o prazo para
audiência de custódia (que também é de 24 horas!), sem que a audiência tenha sido
realizada, estará configurada a ilegalidade da prisão, que deverá ser relaxada pelo juiz.
Tudo isso sem prejuízo da possibilidade de decretar a prisão preventiva, conforme
veremos adiante.

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DICA 130
HIPÓTESES QUE NÃO SE ADMITE A PRISÃO EM FLAGRANTE
Por fim, há casos em que não se admite a prisão em flagrante. Sobre isso, as três
principais regras que vocês precisam levar para a prova de vocês é:

LEI 9.099/95 (Lei dos Juizados) – no caso de crime de menor potencial


ofensivo, não se impõe prisão em flagrante ao agente que assumir o compromisso de
comparecer no Juizado, quando intimado a tanto. Caso se recuse a comparecer, pode ser
imposto o flagrante.

CRIME DE PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (art. 28, Lei de


Drogas): Não se impõe prisão em flagrante para esse crime. Deve o autor do fato ser
imediatamente encaminhado ao juízo competente ou assumir o compromisso de a ele
comparecer.

ACIDENTE DE TRÂNSITO: nos termos do art. 301 do Código de Trânsito, ao


condutor de veículo, nos acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se impõe
prisão em flagrante nem se exige fiança, se prestar pronto e integral socorro.

Ou seja, se fugir, pode ser preso em flagrante! Mas, se prestar socorro, a lei proíbe
expressamente o flagrante e, também, a imposição de fiança!
DICA 131
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz, em
qualquer fase da persecução penal (na investigação ou no processo), sempre que ocorrer
os motivos que a lei autoriza e desde que preenchidos os requisitos legais.
Nos termos do art. 313, §2, não será admitida a decretação da prisão preventiva como
antecipação de cumprimento de pena, ou como decorrência direta/automática da
investigação/denúncia.
A prisão preventiva é sempre a última saída. Ou seja, ela só pode ser decretada pelo juiz
quando as outras medidas cautelares forem insuficientes, nos termos do art. 312 do CPP.
Exemplo: ao invés de decretar a prisão, o juiz deve priorizar decretar outras medidas,
como a proibição de sair da comarca, a tornozeleira eletrônica etc.
ATENTE-SE!
Ademais, uma das modificações mais importantes do Pacote Anticrime diz respeito à
impossibilidade de o juiz decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar de
ofício, seja na fase de investigação policial, seja na fase processual penal.
Portanto, para decretar a prisão preventiva é necessário requerimento do MP (ação
penal pública), assistente ou querelante (ação penal privada).
Art. 311 – em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,
do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
CUIDADO!
Isso é novidade do pacote anticrime que certamente estará na sua prova!!
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JUIZ NÃO PODE DECRETAR PRISÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO. Não pode
decretar preventiva de ofício na fase de investigação. Não pode decretar preventiva de
ofício durante o processo/instrução criminal.
ATENÇÃO!
O art. 316 do CPP prevê que o juiz PODE, de ofício ou a requerimento, REVOGAR a
prisão preventiva.
Veja: o juiz não pode decretá-la de ofício, mas REVOGAR pode!!!!
DICA 132
PRISÃO PREVENTIVA: PRESSUPOSTOS
Pressupostos da prisão preventiva se trata do que é preciso para que o juiz possa
decretá-la. Essa resposta nós encontramos no art. 312 do CPP.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como (1) garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver (2) prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

PROVA da existência do crime

INDÍCIO suficiente de autoria

Garantia da ordem pública


PRESSUPOSTOS
PRESSUPOSTOS DA
PRESSUPOSTOS
DA PRISÃO DA
PRISÃO
PRISÃOPREVENTIVA
PREVENTIVA Garantia da ordem econômica
PREVENTIVA

Conveniência da instrução criminal

Garantia da aplicação da lei penal

Esses pressupostos servem como norte ao juiz. Só poderá decretar a prisão preventiva
caso esteja presente a prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
E, mesmo presentes esses 2 requisitos, ainda assim só poderá decretá-la para a finalidade
de garantia da ordem pública/econômica, para a conveniência da instrução criminal
ou para a garantia da aplicação da lei penal.
MNEMÔNICO: “PRECISA de 3GIN”
“PRECISA” “3 GIN”

PRova da Garantia da ordem pública

Existência do Garantia da ordem econômica

Crime + Garantia da aplicação da lei penal.

Indício Conveniência da Instrução criminal

Suficiente de

Autoria.
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DICA 133
PRISÃO PREVENTIVA: HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
Destaca-se que esse tipo de prisão não é para todo e qualquer crime. Imaginem só uma
prisão preventiva decretada num crime que se um crime sequer seja punido com pena
privativa de liberdade. A prisão preventiva (de natureza processual) seria mais grave do
que a própria pena máxima daquele crime.

É por isso que o art. 313 prevê as hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva,
sendo admissível nos seguintes casos:

nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos;

se tiver sido condenado por outro crime doloso (o acusado deve ser reincidente em
crime doloso);

Quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.

Além disso, o art. 313, §1º, do CPP admite a prisão preventiva quando se tiver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando essa pessoa não fornecer dados para
esclarecer a sua identidade.
Por fim, o CPP também prevê a decretação da prisão preventiva em razão do
descumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão.

Ex.: réu que arrebenta a tornozeleira eletrônica na intenção de fraudá-la. Pode ser
decretada a prisão preventiva.
DICA 134
PRISÃO PREVENTIVA
NOVIDADE INTRODUZIDA PELO PACOTE ANTICRIME!
Previsão legal: art. 313, §2º, do Código de Processo Penal.

Hipóteses que NÃO se admite a decretação da prisão preventiva:


Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação
de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal
ou da apresentação ou recebimento de denúncia.
DICA 135
DA PRISÃO DOMICILIAR

Conceito: A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua


residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
TOME NOTA!

Segundo o art. 318 do Código de Processo Penal, poderá o juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar quando o agente for:

Maior de 80 anos;

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Extremamente debilitado por motivo de doença grave;

Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com


deficiência;

gestante;

mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos;

homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos de
idade incompletos.
FIQUE ATENTO!
Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos acima mencionados.
DICA 136
DA PRISÃO DOMICILIAR

A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
que:

Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.


DICA 137
DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA
A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena
privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 anos.
FIQUE ATENTO!
Nos demais casos (pena privativa de liberdade superior a 4 anos), a fiança será requerida
ao juiz, que decidirá em 48 horas.
DICA 138
HIPÓTESES EM QUE NÃO É CONCEDIDA A FIANÇA

Segundo o art. 323 do Código de Processo Penal, não será concedida fiança:

Nos crimes de racismo;

Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e


nos definidos como crimes hediondos;

Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
DICA 139
VALOR DA FIANÇA
O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:

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de 1 a 100 salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de
liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 anos;

de 10 a 200 salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade


cominada for superior a 4 anos.
FIQUE ATENTO!
Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza da
infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das
custas do processo, até final julgamento.
DICA 140
FIANÇA: SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PRESO

Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:

Dispensada;

Reduzida até o máximo de 2/3; ou

Aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

- Dispensada
Situação econômica
do Preso - Reduzida até o máximo de 2/3

- Aumentada em até 1.000 vezes

DICA 141
REFORÇO DA FIANÇA

Será exigido o reforço da fiança:

Quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;

Quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou


caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;

Quando for inovada a classificação do delito.


DICA 142
FIANÇA QUEBRADA

A fiança será quebrada quando o acusado:

Regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo


justo;

Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;

Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;

Resistir injustificadamente a ordem judicial;

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Praticar nova infração penal dolosa.
FIQUE ATENTO!
Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada a fiança, esta
subsistirá em todos os seus efeitos.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

DICA 143
REGIME INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS
As Câmaras Cíveis e Criminais são compostas por 5 desembargadores cada uma, com
exceção do presidente e do corregedor-geral da Justiça, e divididas em cinco turmas
julgadoras, numeradas ordinalmente, integradas por três desembargadores em ordem
decrescente de antiguidade;
Portanto, as Câmaras, que como foi visto, são órgãos colegiados, serão divididas em 5
turmas organizadas por antiguidade;

Compete à Câmara Cível:

Executar, por seu presidente, as suas decisões, processar e julgar o conflito de


jurisdição, o mandado de segurança contra ato de juiz de direito, a ação rescisória do
julgamento de primeiro grau, da própria Câmara ou das respectivas Turmas;

É competência da câmara cível executar suas decisões e o mandado de segurança


contra ato de juiz de direito;

Ainda, é de competência da câmara cível julgar, por suas Turmas, em matéria cível: a
apelação, a remessa necessária, o agravo de instrumento e os embargos de declaração
opostos ao seu acórdão.
DICA 144
REGIME INTERNO DO TJ DO ESTADO DE TOCANTINS

No Tribunal Pleno haverá as seguintes comissões permanentes:


Regimento e Organização Judiciária Jurisprudência e Documentação, Seleção e
Treinamento, Sistematização, Distribuição e Coordenação e Orçamento, Finanças e
Planejamento

A Comissão de Regimento e Organização Judiciária tem competência para


elaborar a proposta de alteração do Código de Organização, sugerir emendas, elaborar
projetos de reforma deste Regimento e dos demais órgãos do Tribunal, opinar sobre
propostas de emendas provenientes de outros órgãos ou membros do Tribunal e elaborar
propostas de leis relativas à classificação e vantagens dos membros e servidores do Poder
Judiciário e bem assim quanto aos subsídios daqueles;
Logo, a Comissão de Regimento e Organização Judiciária elabora a alteração do
regimento do TJ, vai também sugerir reformas e propor leis para vantagem dos
funcionários do TJ.

A Comissão de Jurisprudência e Documentação tem competência para


superintender a organização de índices que facilitem a pesquisa de jurisprudência e de
legislação, superintender, com a cooperação da Escola Superior da Magistratura, o
trabalho de seleção da matéria para publicação, composição, edição, distribuição e
divulgação da Revista Tocantinense de Jurisprudência, orientar e realizar o processo de
análise, avaliação e gestão documental produzida e acumulada no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Tocantins e identificar, definir e zelar pela aplicação dos critérios
de valor secundário (histórico, probatório, informativo, etc.) dos documentos e processos.

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Assim, a Comissão de Jurisprudência e Documentação irá coordenar/administrar
ferramentas que facilitem a pesquisa de jurisprudência, coordenará a publicação e
edição de jurisprudência na Revista Tocantinense.
DICA 145
REGIME INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS

À Comissão de Seleção e Treinamento compete: velar pelo preenchimento das


vagas existentes nos quadros da magistratura e dos servidores do Poder Judiciário,
superintender o processamento de concursos, bem como definir critério para sua
realização, - elaborar os regulamentos e cronograma dos concursos, com a confecção e
publicação dos editais, a constituição das bancas examinadoras, os programas padrões, a
realização das provas e a homologação dos resultados finais, submetendo-os à aprovação
do Tribunal Pleno;
A Comissão de Seleção e Treinamento coordenará a elaboração dos concursos, bem como
seus critérios, elaborando também o cronograma dos concursos e os respectivos editais;

À Comissão de Sistematização compete: sugerir ao presidente medidas tendentes


à modernização administrativa do Tribunal, medidas destinadas a aumentar o rendimento
das sessões, abreviar a publicação dos acórdãos e facilitar a tarefa dos advogados e
supervisionar os serviços de informática, fiscalizando a sua execução e propondo as
providências para sua atualização e aperfeiçoamento;
A Comissão de Sistematização buscará a modernização administrativa no tocante a
informática e rendimento das sessões;
DICA 146
REGIME INTERNO DO TJ DO ESTADO DE TOCANTINS

A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão de fiscalização, vigilância e orientação, é


exercida em todo o Estado por um Desembargador, com a denominação de
Corregedor-Geral da Justiça, eleito para um mandato de dois anos pelo Tribunal
Pleno;
Os atos do Corregedor-Geral são expressos por meio de portarias, despachos, ofícios e
provimentos, devendo estes serem publicados no Diário da Justiça;
A atividade principal desempenhada pela Corregedoria é a função correcional. É
exercida em todo o estado pelo Corregedor-Geral da Justiça e pelo Vice Corregedor,
com auxílio de juízes corregedores. É exercida também pelos juízes de primeiro
grau no âmbito de sua competência (na sua vara);
A função correcional consiste na orientação, fiscalização e inspeção permanente
sobre todos os juízos, serventias judiciais e extrajudiciais, secretarias, serviços auxiliares,
polícia judiciária e presídios e será exercida pelo Corregedor-Geral da Justiça, Juízes
Auxiliares da Corregedoria e pelos Analistas e Técnicos Judiciários, ou por servidores
designados através de ato próprio, em todo o Estado do Tocantins, e pelos Juízes de
Direito, nos limites de suas atribuições.
DICA 147
REGIME INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS

O Presidente do Tribunal é o chefe do Poder Judiciário.

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O Presidente toma todas as decisões administrativas de interesse do Poder Judiciário,
assim como o diretor de uma grande empresa tais como conceder licenças, nomear,
exonerar, demitir, substituir, designar, firmar contratos, praticar atos de gestão etc;
O Presidente representa o Poder Judiciário e é também um Desembargador, podendo
participar de decisões judiciais, e sua manifestação é decisiva em alguns casos (votos de
desempate pertencem ao Presidente);
Nas sessões do Tribunal, compete ao presidente, no exercício do poder de polícia, manter
a ordem, determinar a expulsão dos perturbadores e a prisão dos desobedientes;
Os atos da Presidência são expressos por meio de portarias, decretos judiciários,
instruções normativas, despachos e ofícios, devendo os três primeiros ser publicados no
Diário da Justiça.
DICA 148
REGIME INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS
A revista tocantinense de jurisprudência, órgão oficial de divulgação de jurisprudência do
tribunal de justiça, será dirigida pelo desembargador titular da primeira diretoria adjunta
da Esmat;

ATENÇÃO!!

não confunda a revista tocantinense de jurisprudência com o diário da justiça eletrônico,


este, é o meio oficial de divulgação dos atos do TJ-TO enquanto aquele se presta a divulgar a
jurisprudência;

A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), não é uma simples escola.


Trata-se de uma instituição de ensino superior governamental, mantida pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Tocantins;
A escola tem autonomia administrativa e autonomia didático-pedagógica, dotada de
rubrica orçamentária específica, sediada em Palmas, capital do Estado do Tocantins.
DICA 149
REGIME INTERNO DO TJ DO ESTADO DE TOCANTINS

A ouvidoria tem como objetivo ouvir o cidadão, suas reclamações, sugestões,


críticas, denúncias;
A função de ouvidor judiciário será exercida por um desembargador eleito pela maioria do
Tribunal Pleno, para o período de dois anos, que deverá coincidir com o do presidente em
exercício, admitida recondução;
O ouvidor judiciário exercerá a direção das atividades da Ouvidoria Judiciária, podendo
baixar regras complementares acerca de procedimentos internos, observados os
parâmetros fixados nesta Resolução e na Resolução nº 103, de 24 de fevereiro de 2010,
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
A Ouvidoria Judiciária contará também com um ouvidor substituto, eleito conjuntamente
com o ouvidor, o qual atuará em caso de ausência, impedimento ou suspeição do titular,
aplicando-se nas substituições, no que couber, o disposto no Regimento Interno do
Tribunal de Justiça.

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DICA 150
REGIME INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS

Os desembargadores são magistrados de segunda instância (embora possam ser


chamados também de juízes de segunda instância). Em linhas gerais, o Desembargadores
desenvolve o mesmo trabalho de o magistrado de primeiro grau, ou seja, sua função
básica é julgar demandas judiciais;
O processo judicial inicia-se na primeira instância e é julgada por um Juiz de Direito. Caso
alguma das partes não concorde, pode interpor um recurso. O recurso segue para a
segunda instância e será analisada por Desembargadores (sim, no plural, uma vez que,
em regra, as decisões são tomadas pelo colegiado);
Os juízes de direito decidem monocraticamente, ou seja, os processos judiciais em
primeiro grau são julgados por uma única pessoa (exceto os crimes dolosos contra a
vida). Já no segundo grau, além de termos os membros mais notáveis do judiciário
(Desembargadores são magistrados mais experientes), as decisões são tomadas em
conjunto (voto da maioria dos membros.
Acórdão é a decisão judicial proferida em segundo grau de jurisdição por um órgão
colegiado. Recebem este nome refletirem o acordo de mais de um julgador.
DICA 151
REGIME INTERNO DO TJ DO ESTADO DE TOCANTINS
Quando o processo quando chega ao segundo grau, será distribuído a uma das câmaras
com competência para aquela matéria (todo processo judicial sujeito a juízes com igual
competência precisa ser distribuído). Além disso, um dos membros da Câmara será
sorteado como Relator do processo. Isso significa que ele será o primeiro Desembargador
a analisar aquele processo e fará um relatório;

As atividades do Relator são:

Dirigir o processo: cabe ao relator conduzir o processo e praticar os atos necessário


ao seu andamento;

Indeferir a inicial: as hipóteses legais de indeferimento liminar são as mesmas para


todas as ações;

Lançar o seu visto nos feitos, pondo-os em mesa para julgamento ou pedindo dia
para julgamento. A diferença entre pôr na mesa para julgamento e pedir dia para
julgamento é que no primeiro são hipóteses que necessitam de apreciação urgente.

Relatar e votar os agravos interpostos de suas decisões (Agravo é um recurso cujo


objetivo é reformar uma decisão interlocutória).
DICA 152
REGIME INTERNO DO TJ DO ESTADO DE TOCANTINS

Há duas formas de alguém se tornar Desembargador:

Membros de carreira que são promovidos, alternadamente, por antiguidade e


merecimento e;

Membros oriundos do quinto constitucional que são membros do Ministério Público e


Advogados nomeados pelo Governador do Estado.
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MEMBROS DE CARREIRA: havendo vaga, ou criação de novo cargo de
desembargador, o presidente do TJ convocará todos os membros em condições legais
(sem impedimento) de votar para participar da eleição do novo membro, mas como existe
vaga disponível, antes que ocorra o provimento ou posse da vaga, aqueles que já forem
desembargadores podem pedir remoção e ocupar a vaga disponível em outra câmara
especializada, cabendo ao pleno a decisão;

A promoção por antiguidade e merecimento de magistrado para o cargo de


desembargador será feita pelo Tribunal Pleno. A votação, em todas as hipóteses de
acesso ao tribunal de justiça, inclusive para escolha de membro oriundo do quinto
constitucional é mediante em sessão aberta e voto fundamentado por deliberação de
maioria absoluta dos membros do pleno;
Tanto na promoção por antiguidade quanto por merecimento, somente membros da
última entrância podem ser escolhidos.
Somente o membro do Quinto Constitucional é nomeado pelo governador, os membros
de carreira promovidos são nomeados por Decreto do TJ.

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