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Guamaré
2021
Dedico este livro ao meu filho, Davi Lucas, ao qual ensinarei o
caminho do bem e a ciência da administração.
Agradeço, primeiramente, a Deus pelo fôlego de vida. Agradeço à
minha família pelo apoio e aos meus alunos.
Sumário
Introdução
A qualidade e a melhoria contínua
1ª Ferramenta: Fluxograma
Como utilizar o Fluxograma
Aplicação prática
2ª Ferramenta: Carta de controle (CEP)
Como utilizar o CEP
Aplicação prática
3ª Ferramenta: Diagrama De Ishikawa
Como utilizar o Diagrama de Ishikawa
Aplicação prática
4ª Ferramenta: Folha De Verificação
Como utilizar a Folha de Verificação
Aplicação prática
5ª Ferramenta: Histograma
Como utilizar o Histograma
Aplicação prática
6ª Ferramenta: Gráfico de Dispersão
Como utilizar o Gráfico de Dispersão
Aplicação prática
7ª Ferramenta: Gráfico de Pareto
Como utilizar o Gráfico de Pareto
Aplicação prática
Considerações Finais
Sobre o Autor
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Mini Currículo
Introdução
Conclusão
Neste capítulo vimos como a primeira ferramenta funciona. Viu
que todo processo pode ser mapeado (Exemplo do preparo do
café). Você aprendeu que o Fluxograma serva para mapear
processos simples e complexos. Você conseguiu identificar os gaps,
isto é, as lacunas no processo de atendimento de forma fácil e
intuitiva.
Essa ferramenta é importante, pois, a partir dela daremos
continuidade ao objetivo de integralizá-las em torno da proposta
deste E-book que é demonstrar como utilizar as ferramentas
simultaneamente em um mesmo processo. O intuito é ampliar nossa
capacidade de investigação, análise e solução de problemas. Essa
proposta também fornece subsídios à melhoria contínua com base
nas sete ferramentas da qualidade.
Parabéns por concluir a leitura do primeiro capítulo. Espero que
você tenha entendido a importância do Fluxograma. No próximo,
apresentarei as cartas de controle, mais especificamente, o
Controle Estatístico de Processo - CEP.
2ª Ferramenta: Carta de controle (CEP)
Aplicação prática
Este tópico é sobre como aplicar o Controle Estatístico de
Processos. Para tanto, voltaremos ao exemplo anterior, onde a OLS
Telecom após mapear o processo de atendimento, entender o fluxo
de trabalho e padronizar o processo otimizado, agora, resolve
controlar esse processo através da Ferramenta CEP.
O objetivo da OLS Telecom é controlar o nível de atendimento
bem-sucedido, ou seja, a quantidade de atendimento que foi
finalizado através do fluxograma ideal. Para tanto, vamos utilizar
algum aspecto para determinar se o atendimento foi bem-sucedido.
Então, como a empresa poderia fazer isso? Através da análise da
quantidade de atendimento que não são considerados em atraso.
Definido este aspecto da qualidade, ou seja, a rapidez no
atendimento, vamos ao passo a passo do CEP.
O primeiro passo, como visto anteriormente, é elaborar uma
ferramenta capaz de registrar o número de atendimentos bem-
sucedidos, ou seja, dentro do padrão, mais especificamente, em
relação à média de tempo padrão dos atendimentos realizados e
bem-sucedidos. Se por acaso a empresa possuir problemas no que
se refere a demora no atendimento, será possível verificar a
variação no padrão do processo através da ferramenta CEP.
Então, podemos montar uma espécie de planilha de controle de
atendimentos. Esse será o nosso instrumento de coleta de dados.
Observe que é necessário definir um período amostral, ou seja, é
necessário acompanhar o processo de atendimento em função do
tempo com base no plano de retiradas.
Então, Janeiro a Novembro será o período de análise. Nesse
período, verificou-se o número de atendimentos de acordo a tabela
qualitativa chamada de plano de retiradas.
Figura 12: Plano de Retiradas
LCI =
Limite de controle para amplitude
LSC =
LIC =
As constantes podem ser encontradas consultando: “estatística –
tabelas de constantes D2/D4” ou “Tabela de Fatores do CEP” no
Google Imagens. Você escolherá apenas as tabelas que dizem
respeito aos gráficos e . Neste exemplo, nós precisaremos
apenas das constantes A2, D3 e D4 para o conjunto de 10
amostras.
Vamos iniciar definindo, com base nas fórmulas supracitadas, as
médias para o limite de controle das médias e da amplitude. Isso é
feito calculando as médias para cada subgrupos (amostras) e a
amplitude para cada subgrupo. As amplitudes dizem respeito ao
valor máximo menos o valor mínimo dentro do subgrupo analisado.
Após isso, é necessário calcular a média das médias de todos os
subgrupos que chamaremos de Gráfico . A média das médias das
amplitudes, de igual modo, é calculada. Essa será representada no
Gráfico .
Conclusão
Ao analisar o exemplo prático do gráfico acima, que trata acerca
do processo de atendimento, é possível notar que dentre os meses
da amostragem o número de atendimento é controlado por meio do
controle estatístico, isso permite observar que o limite inferior e o
superior de controle, ambos, servem de parâmetro para avaliar a
qualidade no atendimento.
Portanto, ao observar o gráfico, várias aferições podem ser realizadas. É
possível notar que no mês de agosto, o atendimento não correspondeu aos
requisitos predefinidos. Esse evento, portanto, representa uma não-
conformidade. O gráfico serve de apoio visual capaz de simplificar nossa
análise e, consequentemente, ajuda também na tomada de decisão.
Controlar processos, com base em modelos estatísticos, é importante para
melhorar a qualidade dos processos. Não basta apenas mapear o processo,
como já vimos anteriormente, é importante controlar o processo para
identificar pontos de melhorias.
A partir dessa nova análise fica evidente que há uma alteração no
processo que antes estava sob controle. Porém, perceba que não é
possível saber, ainda, o que provocou essa variação. No entanto, é
sabido que foi algum problema que deve ser mais bem avaliado, por
isso, continue a leitura, pois, no próximo capítulo veremos como
identificar as causas desse problema.
3ª Ferramenta: Diagrama De Ishikawa
(M6) Máquina
Isso se dá por meio da elaboração das causas secundárias que
tornam possível, com esta ferramenta, avaliar os efeitos dos
problemas e concluir quais são os motivos que originam o problema
conhecido e, assim, elaborar meios para agir, efetivamente, sobre
eles.
Essas causas primárias são analisadas para se chegar à causa
raiz do problema que é o objeto da análise. Observe que nem sempre
o problema central é identificado no início. Quando temos um
problema, geralmente, percebemos antes de qualquer coisa os
efeitos que esse problema produz. Portanto, necessitamos de uma
ferramenta visual como esse Diagrama para facilitar o nosso
diagnóstico.
A etapa final é a criação de um plano de ação corretivo que possa
sanar a causa raiz do problema, ora, identificada. Isso é importante
para evitar retrabalhos que são gerados pela resolução dos efeitos
superficiais do problema em questão sem atacar as causas.
Ishikawa foi um engenheiro nascido no início do século XX, no
Japão, onde construiu sua carreira de mais de 40 anos. Iniciou sua
jornada acadêmica na Universidade de Tokyo em 1939, onde estudou
Química aplicada. Entre os anos de 1939 e 1941, Ishikawa, trabalhou
no exército na função de técnico naval.
Em 1949, Ishikawa entrou para a União Japonesa de Cientistas e
Engenheiros (JUSE). Se tornou especialista em controle da
qualidade. Lecionou diversos cursos para executivos sobre o controle
da qualidade.
No próximo tópico, veremos como utilizar, de fato, o diagrama de
Ishikawa a partir de exemplos simples. Dessa forma, você aprenderá
como utilizar o diagrama de forma prática seguindo o escopo deste E-
book que visa integralizar a utilização das sete ferramentas através
de um exemplo comum. Então, continue a leitura!
Vantagens da utilização desta ferramenta:
Identificar a causa raiz dos problemas
Resolver problemas e melhorar processos
Elaborar plano de ação com contramedidas
Aplicação prática
Primeiro, deixe-me explicar como é que a planilha funciona. Na
planilha nós temos um campo para preenchimento a partir do Método
6M, bem como uma outra aba para visualização do gráfico “Espinha
de peixe” e, por fim, temos a seção denominada plano de ação.
Esse plano de ação contemplará uma lista priorizada de causas e
contramedidas, ou seja, os remédios para solucionar de fato o
problema a partir das causas-raiz.
Costumo utilizar como modelo de priorização a Regra 80/20. Nela
escolhemos apenas 20% das causas do problema e elaboramos as
contramedidas com base nelas, pois, segundo Pareto “20% das
causas são responsáveis por 80% dos efeitos”. A seguir farei um
overview da planilha que se encontra na sua versão 2.0.
1. EXEMPLO
2. CAUSA-EFEITO
Figura 25: Planilha Diagrama de Ishikawa preencher
3. DIAGRAMA
Figura 26: Espinha de Peixe (Planilha)
4. CAUSA RAIZ
5. PLANO DE AÇÃO
Falta de treinamentos
Funcionários desmotivados
Morosidade na entrega
Baixa produtividade
Escassez de mão-de-obra
Procedimentos inadequados
Falta de manuais de operação
Ausência de supervisão
Excesso de linhas de comando
Falta de qualificação técnica
Equipe não engajada
Muitos conflitos internos
Pouca experiência dos atendentes
Entre outras
Causas relacionadas à Medição (M5):
Baixo nível de controle
Falta de indicadores de desempenho
Falta de sistemas de controle
Problema na elaboração de controles
Problemas com a supervisão
Falha nas métricas utilizadas
Indicadores inadequados
Instrumentos de medição obsoletos
Ausência de um plano de controle
Relatórios ineficazes
Faltam parâmetros adequados
Entre outras
Conclusão
Neste capítulo vimos como terceira ferramenta funciona. Você
aprendeu que é possível diagnosticar a causa raiz dos problemas e
elaborar um plano de ação bem específico para resolver, de fato, o
problema analisado. No final da aplicação dessa ferramenta é
possível elaborar um plano de ação. No próximo capítulo veremos
como utilizar a folha de verificação também de forma integrada. Até
mais.
4ª Ferramenta: Folha De Verificação
Aplicação prática
Conclusão
Neste capítulo vimos como utilizar a folha de verificação. Uma
ferramenta importantíssima no controle da qualidade. Vale salientar
que, por si só, a ferramenta não resolve problemas. Apenas auxilia
através de informações estatísticas à tomada de decisão.
O preenchimento obedecerá a organização semanal, então, em
um exemplo real você teria que preencher a planilha, diariamente, de
acordo com o dia da semana específico.
Os resultados obtidos nessa análise foram registrados na tabela a
seguir. Com base neles é possível concluir que a demora no
atendimento é a não-conformidade mais evidente. Então, o plano de
ação para identificar as causas deste problema é mais do que
necessário. Concorda?
Aplicação prática
Aplicação prática
Neste tópico faremos uma aplicação com base no que vimos até
aqui. Para tanto, pense no seguinte exemplo: A empresa OLS
Telecom resolveu criar indicadores (Key Performance Indicator - KPI)
para medir a quantidade de atendimentos bem-sucedidos no período
correspondente de Janeiro a Novembro 2021.
Nesse período contabilizou-se a quantidade de atendimentos bem-
sucedidos. Esse é um indicador de qualidade. Objetiva-se saber a
correlação entre o uso das ferramentas em relação a quantidade de
atendimentos bem-sucedidos. Então, voltemos a ferramenta CEP
apenas para buscarmos os dados em relação ao número de
atendimentos bem-sucedidos.
O atendimento bem-sucedido como sendo aquele capaz de
entregar um feedback rápido ao cliente e que atende ao padrão
estabelecido. Dessa forma, vamos contar quantas ocorrências dessa
amostra estão entre 1 e 6, ou seja, quantos atendimentos foram, de
fato, dentro do esperado em relação ao tempo.
Para contextualizar digamos que foi observado um aumento no
tempo de espera, isto é, fora do padrão, onde foram registradas 33
ocorrências ao longo da análise, onde os atendimentos superaram os
6 minutos previstos. Nesse período, constatou-se o aumento de
reclamações como consequência da demora no atendimento.
Conclusão
Neste capítulo você aprendeu como identificar a correlação
existente entre duas variáveis através da aplicação automática do
gráfico de dispersão utilizando apenas duas colunas,
respectivamente, X e Y. Neste gráfico você viu que existe uma linha
de tendencia capaz de determinar se os pontos associados a ela
possuem correlação fraca ou forte.
Você viu também que nesta análise gráfica podem surgir alguns
outliers indicadores de que há uma correlação negativa. Por fim, você
entendeu que o gráfico de dispersão recebe esse nome, pois, na
ausência de correlação os pontos dos gráficos se dispersam em
diversas outliers. Conforme a imagem abaixo:
Figura 52: Exemplo de dispersão
7ª Ferramenta: Gráfico de Pareto
Conclusão
Neste capítulo vimos como utilizar o Gráfico de Pareto para
priorizar problemas. Então, chegamos ao final de mais um capítulo
e, dessa vez, ao final do E-book também. Entretanto, se precisa de
alguma ajuda em relação ao uso das ferramentas apresentadas,
você pode entrar em contato sempre que precisar. Fique à vontade.
O resultado prático da criação do Gráfico de Pareto foi
demonstrar que é possível priorizar as causas mais importantes,
pois, elas geram 80% do problema identificados. Como você pode
ver no gráfico, as causas: Manuais operacionais inexistentes,
Excessos de retrabalho, Métodos de trabalho inadequados,
Necessidade de Upgrade nos equipamentos são responsáveis por
quase de 60% das ocorrências.
Então, é nesse ponto que ocorre a priorização, pois, resolvendo
essas quatro causas é possível resolver o problema quase todo.
Sabemos que os recursos são sempre limitados, então, uma gestão
eficiente pressupõem a priorização das ações. O seu plano de ação
seria montado com base nessa ferramenta de análise. Espero que
você tenha entendido bem a importância dela e possa aplicar aos
seus processos. Aqui concluímos as ferramentas, mas deixei no
último capítulo algumas informações complementares.
Considerações Finais
Parabéns por ter chegado até aqui. Espero que você possa
aplicar todo conhecimento adquirido neste material. É importante
que você possa utilizar as ferramentas como modelos e de forma
adaptativa. Fazendo isso, você descobrirá novos métodos e outros
contextos de utilização.
Neste E-book foi apresentado os principais conceitos sobre as
Sete Ferramentas da Qualidade. Não foi o meu objetivo esgotar o
conteúdo, mas apresentá-lo de forma simples por meio de exemplos
práticos. Você, certamente, encontrará um material muito denso de
informações complementares sobre as ferramentas, por isso, eu
indico que você leia outros E-books sobre os temas tratados aqui.
Todavia, essa apresentação é o essencial para você entender o
funcionamento das ferramentas, o contexto de utilização de cada
uma delas e as vantagens de utilizá-las de forma integralizadas
visando à qualidade e à melhoria contínua.
Aqui eu me despeço. Agradecendo por sua atenção. Sei não foi
fácil chegar até aqui, mas acredito que você pode tirar um bom
proveito. Se algum tema ficou ambíguo ou mesmo difícil de
entender, pode entrar contato comigo. Para finalizar segue uma
tabela resumida, para fixação dos objetivos principais das
ferramentas.
Cursos Publicados
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