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PROCESSOS
AULA 2
Olá, prezado(a), lá vamos nós para mais uma etapa do estudo sobre
gestão e mapeamento de processos.
Anteriormente, aprendemos muita coisa referente ao que são os
processos e seus tipos, aprendemos sobre gestão funcional e gestão por
processos e sobre a visão sistêmica. Você pode até questionar: mas quando
vamos mapear processos? Ainda não será nesta etapa. É muito comum,
principalmente na nossa cultura, não termos paciência em ler o manual e já ir
direto para a ação, o que é importante, porém cada um no seu tempo. Mas o que
queremos chamar atenção nessa conversa inicial é justamente sobre isso: assim
como os processos devem ter uma ordem sequencial de atividades, o mesmo
se aplica quando se precisa mapear um processo qualquer. É necessário que o
profissional da área de processo, no mínimo, saiba o que é um processo e suas
particularidades e tenha conhecimento acerca do todo, e aí que entra o
pensamento sistêmico, o qual vimos anteriormente. De posse dessas
informações, o profissional pode partir para uma atividade básica da profissão:
analisar o processo. Afinal de contas, conforme mencionado na seção “Trocando
Ideias” em outro momento, o profissional de processos buscado pelo mercado
de trabalho é chamado de “Analista de Processos”. Bom, acredito que agora já
dá para tentar adivinhar quais serão as palavras-chaves desta etapa: análise e
processo.
Vamos aos principais temas dessa etapa:
5. melhoria contínua.
CONTEXTUALIZANDO
Crédito: tynyuk/Shutterstock.
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1.1 Análise de tempo
• precisão da previsão;
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Crédito: tynyuk/Shutterstock.
Para dirimir essa dúvida, seguem as atividades que devem ser avaliadas
durante a análise de um processo.
• Valor Real Agregado (VRA): atividades que com certeza agregam valor
às saídas previstas pelo cliente.
• Sem Valor Agregado (SVA): atividades que não agregam valor ao cliente
e tampouco são necessárias, portanto, devem ser eliminadas.
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Gráfico 2 – Lead Time Processo "B"
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• Quanta variabilidade é introduzida pelo executor do processo? A
variabilidade é desejável? É tolerável?
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Aqui vale uma reflexão: quando nós trocamos de empresa, uma das
primeiras impressões que temos refere-se à forma como a nova empresa
executa seus processos. Normalmente, e talvez inconscientemente,
comparamos os processos da empresa anterior com os processos da empresa
atual e podemos chegar à conclusão: “puxa, como eles trabalham diferente
nessa empresa!”. A isso, nós chamamos de regras de negócio, que está
intimamente ligado à cultura organizacional. Processos referentes à aprovação
de documentos, por exemplo, devem atender às regras específicas dos
procedimentos internos da organização. Cabe ao analista de processos entender
as regras do negócio e, quando ouvir uma frase do tipo “desde que eu entrei aqui
funciona desse jeito”, analisar minuciosamente o processo e propor as
melhorias.
• políticas restritivas;
• controle exagerado;
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• ergonomia pobre;
• formação de filas;
• inflexibilidade comportamental;
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principalmente por meio do noticiário, somos impactados pelos indicadores de
processos. Índices de inflação, Produto Interno Bruto (PIB), Índice de Preço ao
Consumidor Amplo (IPCA), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) etc. Sem
contar os indicadores empresariais sobre serviços ou manufatura.
Para sintetizarmos a importância dos indicadores, vale a pena
recorrermos a uma frase atribuída a Willian Edwards Deming, engenheiro,
estatístico, palestrante e consultor americano, que entre suas contribuições para
a área da qualidade se destaca o fortalecimento do Japão no pós-guerra, que
diz o seguinte: “não se gerencia o que não se mede; não se mede o que não se
define; não se define o que não se entende; não há sucesso no que não se
gerencia”. Em resumo, o administrador precisa medir os seus processos a partir
das análises estabelecidas, como as apresentadas neste conteúdo.
Elemento a considerar na
Exemplo
construção do indicador
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Definição dos dados a serem coletados • Número de atendimentos de clientes
e sua respectiva temporalidade (aqui por dia
sugere-se definir o responsável por • Número de reclamações por semana
essa coleta dentro da organização) Peças fabricadas por hora
Definição do tipo de tarefa ou programa • Atendimento aos clientes
a ser monitorado • Reclamações
• Fabricação de peças
Definição do produto a ser contemplado • Atendimento
(bem ou serviço) • Parafusos
Definição do tipo de escala a ser • Número inteiro
utilizada no indicador relação • Número real com 2 casas decimais
• Porcentagem
Definição da fórmula • Atendimento/dia
• Reclamações/semana
• Número de peças/ hora
Definição do tipo do gráfico • Barras
• Linhas
• Setor
Fonte: Wildauer e Wildauer, 2015, p. 41.
Custo
Qualidade
processados
Tempo
Produtividade
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• Specific (específico): ter uma meta bem definida, clara e inequívoca. Por
• Time based (temporal): deve ter um prazo para acontecer e uma linha do
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resultados positivos no decorrer do tempo. De acordo com Imai (2015, p. 9), em
japonês Kaizen significa melhoria contínua. A palavra implica melhoria que
envolve todos – gerentes e trabalhadores – e envolve poucas despesas.
Quando se afirma que a melhoria contínua é uma filosofia de trabalho,
não há nenhum exagero nisso. O termo kaizen ou melhoria contínua virou um
jargão no meio empresarial, mas são poucas as empresas que realmente
praticam a melhoria contínua de forma realmente contínua e eficaz. Mesquita e
Alliprandini (2003) corroboram com essa afirmação e mencionam que “várias
empresas possuem atividades de melhoria contínua, mas que na maioria dos
casos apenas ressaltam a aplicação de técnicas e ferramentas com pouca
atenção aos comportamentos relacionados a cultura da empresa”.
Em síntese, pode-se afirmar que implantar um sistema de melhoria
contínua em uma organização é algo simples, no entanto, manter esse sistema
operando de forma contínua e se tornar parte da cultura organizacional é algo
complexo.
Quando se trata do assunto melhoria contínua, é importante salientarmos
a metodologia PDCA, criada por Shewart e difundida por Deming no Japão, o
PDCA é uma ferramenta em forma de ciclo contínuo utilizada na gestão dos
processos e solução de problemas e o significado de cada letra está identificado
a seguir.
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Figura 1 – Ciclo PDCA
MELHORIA CONTÍNUA
ACT PLAN
(agir) A P (planejar)
CHECK C D DO
(verificar) (fazer)
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4
6 7
5 2
4
3
2
1 1
TROCANDO IDEIAS
Saiba mais
Quer saber mais sobre a importância da padronização de processos? Acesse
o link a seguir.
Disponível em: <https://tinyurl.com/3zzfspnf>. Acesso em: 1 abril. 2022.
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NA PRÁTICA
1- Difundida nos anos 1950 por Willian Edwards Deming e muito utilizada na
administração geral, possui como característica o controle e a melhoria de
processos de uma forma contínua e está vinculada à filosofia Kaizen (cultura
japonesa referente à melhoria contínua e um dos pilares da administração da
qualidade). Esta definição se refere:
I) Aos cinco tópicos da metodologia SMART para definição de metas.
II) Ao PDCA, que significa: planejar, definir, construir e agir.
III) À inovação dos processos por meio de ações que requerem recursos e
que geram impactos.
IV) Ao PDCA, que significa: planejar, executar, verificar e agir.
FINALIZANDO
Chegamos ao fim desta etapa com a certeza de que ao fazer uma análise
criteriosa dos processos, com certeza o mapeamento do estado futuro (to be)
terá grande possibilidade de sucesso. Agora, você é capaz de realizar as
análises básicas de processos bem como as análises mais pontuais
apresentadas nos temas 2 e 3. Aprendemos que os indicadores podem ser o
ponto de partida para análise dos processos, por fim, você está apto a
desenvolver projetos de melhoria por meio da utilização do PDCA.
Até a próxima!
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REFERÊNCIAS
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