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Organizador:
João Guterres de
Mattos
UNIDADE 2
Tipos de auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A auditoria é peça-chave em uma organização, seja ela operada por uma
equipe interna ou externa. O fato é que, tratando-se de um mercado
extremamente competitivo, é de extrema importância que as opera-
ções empresariais sejam realizadas de forma justa, ou seja, sem margens
para desvios operacionais. Neste sentido, a auditoria trabalha para
apoiar na otimização da operação e na manutenção de um ambiente de
controles internos sustentável. Além disso, a auditoria, em determinadas
circunstâncias, poderá apoiar a alta administração na tomada de
decisões futuras, gerando valor aos negócios.
Neste texto, você vai estudar os tipos de auditoria e entender o papel
de cada uma delas nas operações de negócios.
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Auditoria operacional
A auditoria operacional é uma das frentes de trabalho no mercado de audi-
toria que está em constante crescimento. Muitas empresas estão percebendo
a necessidade de manter em suas estruturas uma equipe de auditoria interna
e, por vezes, quando consideram muito alto o custo de manutenção de uma
equipe interna, acabam contratando equipes externas. Porém, com o intuito
de que realizem o trabalho de uma auditoria operacional.
É mais comum uma auditoria operacional ser conduzida por equipe de
auditoria interna. Isso acontece porque os profissionais que compõe um time
de auditoria interna, em geral, têm maior conhecimento sobre os processos da
empresa. Muitas vezes, o profissional que atua na área de auditoria interna,
já trabalhou em outra área da empresa e, posteriormente, foi contratado para
compor a equipe de auditoria. Isso não é uma regra, apenas uma boa prática
de mercado.
Os empresários e administradores passaram a enxergar os trabalhos de
auditoria operacional como uma ferramenta valiosa de controle, além de
entenderem que as equipes que realizam esse tipo de trabalho podem entregar
resultados muito significativos. Esses resultados podem ser capazes de cobrir
os custos da existência do setor e, ainda, gerar valor para a empresa, pois em
determinados trabalhos são identificadas perdas e oportunidades mensuráveis.
Independentemente de o trabalho operacional ser realizado pela auditoria
interna ou externa, a equipe de auditores que conduz as ações, deve operar
com maior nível de independência possível e, também, com o maior nível de
acesso as informações cabíveis ao trabalho. Perceba que somente assim será
possível averiguar com precisão o nível de operacionalidade dos processos,
contribuindo com a avaliação do plano de riscos e consequentemente com as
melhorias que podem agregar valor para a empresa.
Teste substantivo
Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas sufi-
cientes e convincentes sobre as transações, capaz de proporcionar fundamentos para
a sua opinião a cerca de determinados fatos.
Teste de observância
Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor a fim de verificar
se os procedimentos internos determinados pela empresa estão sendo cumpridos
pelos seus colaboradores.
Os testes de observância são bastante aplicados em auditorias operacionais, em
que a preocupação central do auditor é com o respeito que os colaboradores da
organização têm pelas normas internas pré-estabelecidas.
Controles internos
Para que você entenda a amplitude do tema controles internos, primeiro você
deve entender que um sistema de controles internos não é a mesma coisa que
uma auditoria interna. Tratam-se de temas distintos, de certa maneira com-
plementares, mas um não substitui e nem diminui a importância do outro. Os
controles internos estão diretamente relacionados às boas práticas de gestão
e tendem a estar presentes em todas as áreas da empresa.
O controle interno pode ser definido como um plano organizacional que
por meio de métodos e medidas para salvaguardar o patrimônio da empresa
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Sarbanes-Oxley (SOX)
A lei americana Sarbanes Oxley tem em sua nomenclatura referência direta aos
nomes de seus criadores, os congressistas Paul Sarbanes e Michael Oxley. Em
julho de 2002, eles legislaram em atendimento ao apelo do mercado de capitais
americano para buscar a restauração da credibilidade do mercado financeiro
e para afastar a insegurança dos investidores, após uma série de escândalos
contábeis protagonizados por empresas de, até então, muito prestígio em seu
país e até mesmo fora dele.
A criação dessa lei foi motivada por uma série de escândalos que garantiram o colapso
do mercado financeiro americano. Uma das principais empresas do país, a Enron,
uma gingante que operava no mercado de commodities, mais especificamente na
comercialização de gás natural, fraudou suas informações financeiras com objetivo
de obter melhores ofertas de crédito no mercado.
Por meio dos artigos 101 a 109, criando o Public Company Accounting
Oversight Board (PCAOB), órgão responsável pela avaliação da conduta
das empresas de auditoria que atestam as informações financeiras;
Tipos de auditoria 45
Auditoria de gestão
Uma auditoria de gestão poderá anteceder ou suceder uma auditoria operacio-
nal, podendo ser o ponto de partida para um plano de auditoria operacional.
A partir de uma auditoria operacional pode-se criar a necessidade de realizar
uma auditoria de gestão. Essa afirmativa fica mais clara quando você conhece
o horizonte temporal em que cada trabalho começa e termina. Por exemplo,
a tempestividade de uma auditoria da gestão está focada no presente/futuro,
ou seja, é diferente de uma auditoria operacional que avalia os registros con-
tábeis ou procedimentos passados. A auditoria de gestão revisita os padrões
ou as diretrizes vigentes apenas como ponto de partida para a construção ou
readequação dos aspectos estratégicos e operacionais da empresa.
Uma auditoria de gestão é solicitada pela administração da empresa quando
estão previstas mudanças nos padrões operacionais existentes, também são
comuns em processos de reestruturações organizacionais e lançamentos de
produtos e serviços. Nesses casos, o auditor trabalhará em conjunto com os
auditados no acompanhamento desses processos, visando garantir a qualidade
dos trabalhos em aspectos tecnológicos, operacionais e metodológicos.
As etapas de uma auditoria de gestão irão depender do propósito da ad-
ministração, ou seja, devem se adaptar a demanda. No entanto, alguns passos
são comuns a esse tipo de trabalho, por exemplo:
realização de pesquisas;
simulações de cenários;
identificação de tendências;
criação de mecanismos de controles para acompanhamento do projeto.
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Referência
Leituras recomendadas
ASSUNTOS ACADÊMICOS. Controle – caso: Bradesco. Rio de Janeiro: Universidade
Estácio de Sá, 2009. Disponível em: <http://maisadministracaoemfoco.blogspot.com.
br/ 2009/04/controle-caso-bradesco.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
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Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/menu/regulados/ auditores/aud_indepen-
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Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/63/ principios-da-auditoria-
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leitura&artigo_id=12667>. Acesso em: 12 dez. 2016.
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