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O controlo é uma das funções de gestão a que os gestores, de modo geral, prestam cuidada atenção.
De entre os sintomas que normalmente alertam os gestores para a necessidade de estabelecer ou
rever os seus modelos de controlo, podemos destacar os seguintes: redução dos índices de
produtividade, excessivas paragens das máquinas, aumento da taxa de absentismo ou da taxa de
rotação de pessoal.
Como todos sabemos, nem sempre as coisas nas empresas como nas nossas vidas, correm
exactamente de acordo com os nossos planos. Umas vezes correm até melhor do que o planeado e
então não há necessidades de nos preocuparmos. Outras vezes não correm tão bem, mas o
afastamento em relação ao previsto não tem significado, e podemos considerar que não
ultrapassam determinados limites, isso pode significar a dificuldade ou impossibilidade de vir a
cumprir-se o planeado, e então há que tomar as devidas precauções. (Ferreira, 2013)
O controlo é uma das funções de gestão a que os gestores, de modo geral, prestam cuidada atenção.
De entre os sintomas que normalmente alertam os gestores para a necessidade de estabelecer ou
rever os seus modelos de controlo, podemos destacar os seguintes: redução dos índices de
1. Correcção de falhas ou erros existentes: o controlo serve para detectar falhas ou erros – seja no
planeamento ou na execução – para apontar as medidas correctivas adequadas para sana-las.
2. Prevenção de novas falhas ou erros: ao corrigir as falhas ou erros existentes, o controle aponta
os meios necessários para evita-los no futuro.
4. Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida pelas várias posições ou níveis
organizacionais, mediante descrições de cargos, directrizes e políticas, regras e regulamentos e
sistemas de auditoria.
5. Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sistemas de avaliação do desempenho
pessoal, supervisão directa, vigilância e registos incluindo informação sobre produção por
empregado ou perdas com refugo por empregado etc.
O controlo e planeamento são duas funções de tal modo relacionadas que podem dizer-se que estão
um para o outro como duas faces da mesma moeda.
Definição de Padrões
Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e controlar os diferentes recursos da
empresa, a saber:
4. Padrões de custo: baseiam-se nos custos associados a produção de bens e serviços. Como
custo de estocagem das matérias-primas, custo do processamento de um pedido, custo de uma
requisição de material, custo de uma ordem de serviço, relação custo-benefício de um novo
equipamento, custos directos e indirectos da produção etc.
Avaliação de Desempenho
Para se controlar o desempenho deve-se, pelo menos, conhecer algo a respeito dele e do seu
passado, Isto pode parecer coisa simples, porém, se a base da mediação ou mensuração não for
bem definida, o processo cairá em erros e confusões. Um sistema de controlo depende da
informação imediata a respeito do desempenho e da unidade de mensuração deverá estar de acordo
com o padrão predeterminado e deverá ser expressa de forma que facilite uma comparação entre
o desempenho e o padrão de desempenho desejado.
Idealmente, a comparação entre os padrões e as realizações devia ser feita numa base de
antecipação, isto e, antes de serem efectuadas as tarefas, fabricados produtos ou executadas acções
que se avaliam e assim evitar os desvios. Mas como na prática isso é, de modo geral, inviável,
DRA. LUISA MALATE DOMBENTO O CONTADOR DE HISTORIAS
devem os desvios ser detectados o mais rapidamente possível, evitando acrescimento de custo e,
portanto, prejuízos.
Quando os padrões são bem determinados e existem meios para se apurar com rigor o que os
trabalhadores executam, a avaliação do desempenho não apresenta grandes dificuldades. Contudo,
nas áreas menos técnicas, muitas vezes acontece que não só os padrões são difíceis de definir mas
também a avaliação do desempenho não é tarefa fácil.
Acções Correctivas
Uma vez detectados os desvios, torna-se então necessário considerar as acções correctivas a
desenvolver. Deve em primeiro lugar determinar as causas dos desvios e só depois, em
conformidade com elas, desencadear as acções correctivas apropriadas.
O controlo organizacional deve indicar quando o desempenho não está de acordo com o padrão
estabelecido e qual a medida a adoptar. O objectivo do controle é exactamente indicar quando,
quanto, onde e como se deve executar a correcção.
A acção correctiva é tomada a partir dos dados quantitativos gerados nas três fases anteriores do
processo de controlo. As decisões quanto as correcções a serem feitas representam a culminação
do processo de controlo.
Qualquer que seja o nível, a área de actividade ou o problema envolvido, o processo de controlo é
basicamente o mesmo e segue aproximadamente estas quatro fases. Pode mudar o mecanismo,
mas o processo é sempre o mesmo.
O controlo depende e contribui para as outras funções administrativas, guardando estreito inter-
relacionamento com todas elas. Sem o planeamento para fixar os objectivos e especificar as
actividades, o controle não teria qualquer propósito. Sem a organização, a orientação sobre quem
deve fazer as avaliações e quem deve tomar as acções correctivas não existiria. Sem a direcção,
todos os relatórios de avaliação não teriam nenhuma influência sobre o desempenho actual da
empresa.
As acções correctivas podem ser imediatas ou permanentes. As acções correctivas imediatas são
aquelas que se destinam a corrigir os sintomas do problema. Acções correctivas permanentes são
DRA. LUISA MALATE DOMBENTO O CONTADOR DE HISTORIAS
as que tem por finalidade corrigir as causas dos sintomas (ou dos problemas). As acções correctivas
imediatas são as mais frequentes.
Tipos de Controlo
Existem vários tipos de controlo possíveis numa organização, os quais se podem agrupar de acordo
com três critérios de classificação: o critério da fase do processo, o da amplitude e o da posição
relativa do controlado em relação o controlador.
O controlo dos inputs é feito em relação aos recursos utilizados no processo produtivos; matéria-
prima, pessoal, etc. Com finalidades de assegurar que eles podem e estão a ser utilizados
eficazmente para atingir os objectivos organizacionais. A importância deste tipo de controlo tem
que ver com a economia resultante do facto de se detectarem os problemas antes do início do
processo de produção, evitando assim incorrer em custos adicionais com produção que viria a ser
defeituosa. O aspecto mais importante deste tipo de controlo talvez seja mesmo a observação e a
correcção do comportamento dos trabalhadores.
O controlo dos outputs é o controlo a posteriori, isto é, em relação ao que já ocorreu e por isso
também designado feedback. Centra-se na qualidade e quantidade dos produtos ou serviços
produzidos. É a modalidade em que a maioria das pessoas pensam de imediato quando se fala em
controlo. No exercício deste tipo de controlo, os gestores analisam a evolução histórica da empresa
em relação a um determinado período, medem o seu desempenho e tentam tomar as acções
correctivas mais adequadas faces aos desvios encontrados. Esta análise pode incidir apenas sobre
um único aspecto, por exemplo a nível de stock, ou sobre um conjunto de factores ou sobre toda a
organização.
De acordo com o segundo critério, temos três tipos de controlo – estratégico, táctico e operacional.
O controlo operacional é mais analítico e pormenorizado, tem por horizonte o curto prazo, é
executado pelos gestores operacionais e incide sobre as tarefas ou operações levadas a cabo numa
determinada unidade operacional.
Uma outra classificação tem que ver com a posição relativa das pessoas ou unidades (controlados
e controladores):
Autocontrolo é o tipo de controlo que, como a palavra diz, é feito pelo próprio. Corresponde a uma
situação ideal, poucas vezes encontrada na vida real.
Controlo Lateral é o controlo efectuado pela pessoa ou entidade que, situando-se eventualmente
no mesmo nível hierárquico, se posiciona na fase seguinte do processo.
O segundo requisito dos pontos estratégicos de controlo é que eles devem estar localizados de tal
modo que permitam a identificação dos problemas antes da ocorrência de prejuízos graves (que
poderiam vir a correr se nenhuma acção fosse tomada).
Por outro lado é importante que os pontos estratégicos seleccionados para o controlo, no seu
conjunto, conduzem a uma ampla percepção do nível de desempenho da empresa. Por exemplo os
resultados líquidos conseguidos pela empresa num determinado período constituem um indicador
por excelência do nível de desempenho da empresa em sentido amplo.
O conhecimento do nível de desempenho da empresa que aquele indicador permitira terá então de
ser conseguido pela observação e análise de um conjunto de dados cuja recolha seja possível em
tempo útil.
Por último, os pontos estratégicos de controlo devem ser estabelecidos numa perspectiva de
equilíbrio das diversas áreas controladas face aos objectivos pretendidos. Muitas vezes um
controlo demasiado regido sobre os saldos do cliente pode levar a uma redução de vendas, assim
como a pressão exagerada sobre os vendedores com vista ao aumento de quota de vendas pode
conduzir a prejuízos resultantes do crédito exagerado concedido ao cliente.
Embora geralmente considerada uma das funções fundamentais da gestão das organizações, o
controlo ainda e mal visto por muitos empregados das nossas empresas. A palavra controlo ainda
traz a mente de muitas pessoas com uma carga negativa, a ideia de que alguém tem o poder de
regular as suas actividades, dizendo-lhes o que fizeram mal, o que não fizeram e deveriam ter feito,
o que não podem fazer, etc. há uma certa resistência ao controlo por que é entendido como algo
Controlos inapropriados
Padrões inatingíveis ou indefinidos
Existência de variáveis incontroláveis ou padrões contraditórios
Quando o controlo não é apropriado, isto é, se controlar o que tem menor importância e se deixar
sem controlo o que é mais importante, naturalmente a eficiência diminui, as pessoas continuam a
não fazer correctamente o que deve ser feito e é importante, a acabam por perder a confiança no
sistema.
Se os padrões são demasiados ambiciosos ou mal definidos, isto é, se são inatingíveis, a motivação
reduz ou anula-se, e mesmo eventuais medidas correctivas, se forem tomadas, não surtem efeitos,
o que, de resto, é compreensível. (Teixeira, 2013)
Outras vezes, padrões são imprevisíveis na prática, isto é, estão constantemente a ser alterados.
Em situações destas, típicas da introdução de controlo em empresas sem experiencia nestas tarefas,
as pessoas também não reagem favoravelmente, desmotivam-se e os resultados não são
encorajadores.
Atribuir a uma pessoa a responsabilidades sem lhe proporcionar os meios necessários para o
desempenho das funções em questão é não só frustrante mas também causa do mau funcionamento
do sistema de controlo da empresa. É o que quando, por exemplo, se responsabiliza um gestor
intermédio pelos resultados do seu departamento, mas não lhe é atribuída qualquer influência na
escolha dos seus colaboradores. Fica portanto dependente de uma variável que não controla, mas
que é fundamentalmente para o nível de desempenho do departamento.
Conhecidas as principais razoes que conduzem a atitude negativas por parte das pessoas em relação
ao controlo, devem os gestores desenvolver esforços no sentido de evitarem essas situações e
actuar de forma a criar nos empregados uma atitude positiva em relação a este problema. As
principais formas de o fazer consistem fundamentalmente no estabelecimento de controlos
justificáveis, definição de padrões realistas, formulação de expectativas compreensíveis,
desenvolvimento de um sistema de comunicação atempada dos desvios e no estabelecimento da
confiança no sistema.
Em primeiro lugar, os controlos devem ser justificáveis, isto é, tem de haver razoes que
indubitavelmente justifiquem o tipo de controlo que se pretende fazer. Um controlo com o
objectivo de aumentar a qualidade para a obtenção de futuros contratos que permitirão aumentar
os resultados e a estabilidade de trabalho tem uma justificação de peso susceptível de amenizar as
potenciais resistências. (Teixeira, 2013)
Por outro lado, é importante que as pessoas percebam sem sombra de dúvida o que se espera delas.
É muito diferente falar na necessidade de um aumento da qualidade ou em estabelecer um máximo
de defeituosos.
Os padrões devem ser realistas, isto é, devem ser definidos de tal modo que na realidade seja
possível atingi-los embora se exija um esforço (que se enquadre nos limites do razoável).
Os desvios devem ser comunicados tão rapidamente quanto possível, de modo a permitir a tomada
de acções correctivas com o máximo de impacto positivo. Não faz sentido, é desprovido de
interesse e desmotivador, comunicar a um trabalhador fabril, por exemplo, as suas falhas
decorridas varias semanas depois da ocorrência,
Por último mas não menos importante, a informacao sobre o controlo deve ser de confiança, pois
mais há nada pior, em matéria de controlo, do que prestar informações erradas, nomeadamente
sobre os níveis de desempenho das pessoas. Os trabalhadores tenderão no futuro a por uma dúvida
os números que lhe são apresentados e a desconfiar dos seus superiores e de quem trata as
informações, com os naturais reflexos negativos.
Neste domínio, no que ao controlo diz respeito, um aspecto importante é o relativo a acção
disciplinar, isto é, a acção ou conjunto de acções que devem ser tomadas pelos gestores para
corrigir comportamentos inaceitáveis por parte de algum ou alguns trabalhadores.
Importa não esquecer dois aspectos importantes que devem ser referidos: a influência das variáveis
do ambiente em que a empresa actua, e o feedback do processo. É evidente a influência exercida
pelos aspectos legais em vigor, nomeadamente a legislação (que impõe determinadas normas em
relação a direitos e deveres dos trabalhadores e intervalos de punições) e o poder dos sindicatos e
outras organizações de trabalhadores que, nomeadamente através dos contratos colectivos de
trabalho, estabelecem parâmetros em relação a acção disciplinar.
Quanto ao feedback, há que ter em conta que, para além do conhecimento dos standards a observar
por parte dos trabalhadores, é importante que estes conheçam também as concretas acções
disciplinares que já tiveram lugar. (Teixeira, 2013)
Contudo, o principal objectivo da acção disciplinar não é castigar ou despedir o trabalhador, mas
sim levar a um aumento da sua contribuição para a organização. Um dos processos de definir a
acção disciplinar a aplicar é o da chamada disciplina progressiva, que tem por base uma serie de
perguntas cujas respostas permitem assegurar que a uma determinada infracção seja aplicada a
pena mínima estabelecida para aquele caso.
Sumário
Para se controlar o desempenho deve-se, pelo menos, conhecer algo a respeito dele e do seu
passado, Isto pode parecer coisa simples, porém, se a base da mediação ou mensuração não for
bem definida, o processo cairá em erros e confusões. Um sistema de controlo depende da
informação imediata a respeito do desempenho e da unidade de mensuração deverá estar de acordo
com o padrão predeterminado e deverá ser expressa de forma que facilite uma comparação entre
o desempenho e o padrão de desempenho desejado.
1. Defina controlo.
Exercícios