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CONTABILIDADE

GERAL 2
1. CLASSE 1 – MEIOS FIXOS E INVESTIMENTOS

1.1. Activos fixos tangíveis

1.2. Activos Intangíveis

Docente: Sebastião Rocha


1. DEFINIÇÃO DE ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS-
IAS 16 E NCRF 7

SEGUNDO O PGC E AS NORMAS INTERNACIONAIS DE


CONTABILIDADE
Definição: Os activos fixos tangíveis são activos não correntes e
incorporam os elementos que “ sejam detidos por uma empresa para
uso na produção ou fornecimento de bens ou serviçios, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos e se espera que
sejam usados durante mais do que um perío
do”.

Incluí igualmente as benfeitorias e as grandes reparações que sejam


de acrescer aos custos daqueles investimentos, ou seja estas
repações acrescentam vida útil ao bem logo devem ser reconhecidas
e adicionadas ao valor inicial do investimento realizado.
Activos fixos tangíveis
reconhecimento
Os AFT devem atender os critérios definidos para
reconhecimento de um elemento do activo, for
provável que benefícios económicos futuros
associados ao activo fluam para empresa.
O custo do activo deve ser mensurado com
fiabilidade.

Custos subsequentes: o custo ou valor de uma grande


reparação deve ser reconhecido na quantia
escriturada desse AFT, no momento em que esse
custo for incorrido e se cumpridos os critérios de
reconhecimento.

Os custos de assistência (ou de substituição de


pequenas peças) não deve ser reconhecido na
quantia escrituda do AFT. Pelo contrário deve ser
reconhecidos nos resultados.
2. COMPRA DE ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

2.2 CUSTOS A INCORPORAR NO IMOBILIZADO

Exemplos de situações ( benfeitorias e grande reparações) que


resultam em incrimento dos benefícios económicos futuros:
 Modificação de um bem que permita um aumento de
capacidade produtiva ou prolongar a sua vida útil;
 Actualização das peças de uma máquina para se conseguir
uma melhoria significativa na qualidade de produção;
 Adopção/ alteração de processos produtivos que reduzam
custos operacionais anteriores.
2. COMPRA DE ACTIVOS FIXOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Registo da Compra, quando o imobilizado adquirido fica imediatamente


disponível para funcionar:

11/12 37.1/43 34.5.2.2


VALOR DE VALOR DE AQUISIÇÃO IVA
AQUISIÇÃO

A partir do momento em que


entra em uso deverá ser alvo de
amortizações.
2. COMPRA DE IMOBILIZADOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Registo da Compra, quando o imobilizado adquirido não fica


imediatamente disponível para funcionar, ficando a aguardar outros custos:

37.1/43 14
CUSTOS NECESSÁRIOS CUSTOS NECESSÁRIOS PARA COLOCAR O
PARA COLOCAR O IMOBILIZADO EM FUNCIONAMENTO
IMOBILIZADO EM
FUNCIONAMENTO

OBS – a conta 14 vai servindo como


aglomeradora de custos, até ao
imobilizado ficar pronto a funcionar
2. COMPRA DE ACTIVOS FIXOS

2.3 CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DO IMOBILIZADO

Registo da COMPRA

Entrada do imobilizado em funcionamento:

11/12 14
CUSTOS DE CUSTOS DE
AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO

OBS – a partir deste momento o


imobilizado está pronto a funcionar
e deve ser alvo de amortizações.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.1 DEFINIÇÃO

AMORTIZAÇÕES (PGC 7
- Sistemáticas baseadas na vida útil dos bens, destinam-se a reflectir a perda
dos benefícios económicos decorrentes do uso, da inactividade ou da
passagem do tempo. Estas amortizações são calculadas apenas para bens
depreciáveis e tendo em atenção:
 A quantia depreciável do bem
 A vida útil esperada do bem
 O método mais adequado para reflectir o modelo pelo qual os
benefícios económicos deste bem sejam consumidos
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.1 DEFINIÇÃO

AMORTIZAÇÕES
- Extraordinárias destinadas a reduzir o valor dos bens para o seu valor
recuperável quando haja diminuição de valor na quantia pela qual os bens se
encontram registados. Estas amortizações devem ser revertidas se cessarem
os motivos que a originaram.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

[PGC Valorimetria 7.3.2]


- Activos depreciáveis são activos que:
 Se espera que sejam usados durante mais do que um período
contabilístico.
 Tenham uma vida útil limitada.
 Sejam detidos para uso na produção ou no fornecimento de bens e
serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos.
 Os terrenos não são considerados depreciáveis por terem vida útil
ilimitada.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

CONCEITOS IMPORTANTES [PGC Notas Explicativas 3.2]


 Quantia depreciável;
 Valor residual;
 Vida útil;
 Método de depreciação;
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

QUANTIA DEPRECIÁVEL
- A quantia depreciável de um activo depreciável
é o seu custo (histórico ou outro que o substitua)
deduzido do valor residual estimado do activo,
ou seja, é a quantia que irá servir de base ao
cálculo da depreciação (amortização).
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VALOR RESIDUAL [IAS16 – Parágrafo 6]


- O valor residual de um activo é a quantia estimada
que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um activo, após dedução dos custos
estimados de alienação se o activo já tivesse a idade
e as condições esperadas no final da sua vida útil.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VALOR RESIDUAL
- O valor residual do activo é determinado por estimativa baseada no valor
residual, prevalecente à data da estimativa, de activos semelhantes que
tenham atingido o fim da sua vida útil e que tenham funcionado sob
condições semelhantes àquelas em que o activo será usado.
- A estimativa é feita à data de aquisição do activo e deverá ser revista na
data em que se faça uma eventual reavaliação.
- O valor residual bruto é, em todos os casos, reduzido pelos custos de venda
esperados no fim da vida útil do activo.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.2 CONCEITOS IMPORTANTES

VIDA ÚTIL
- A vida útil de um imobilizado é:
 O período durante o qual se espera que um activo depreciável seja
usado pela empresa; ou
 O número de unidades de produção ou similares que a empresa
espera obter do activo.
- A vida útil é, portanto, definida em termos de utilidade esperada dos bens,
e pode ser mais curta do que a sua vida económica.
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO
- Quotas Constantes
- Quotas Degressivas
- Unidades de Produção
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

QUOTAS CONSTANTES ou LINHA RECTA


- Neste método, a quota de amortização é igual e constante desde o início
até ao fim da vida útil.
A depreciação pelo método da linha recta resulta num débito constante
durante a vida útil do activo se o seu valor residual não se alterar (IAS 16
parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:

Valor de Aquisição – Valor Residual


Vida Útil
3. AMORTIZAÇÃO DE ACTIVOS FIXOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

QUOTAS DEGRESSIVAS ou SALDO DECRESCENTE


- Neste método, a quota de amortização será superior no início da
vida útil do bem, diminuindo progressivamente ao longo de toda a
vida útil.
- A depreciação pelo método do saldo decrescente resulta num
débito decrescente durante a vida útil (IAS 16 parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:
Valor de Aquisição – Valor Residual X Coeficiente
Vida Útil
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

UNIDADES DE PRODUÇÃO
Neste método, a quota de amortização será proporcional à produção do
mesmo (contribuição para os benefícios económicos).
Ex: amortização em função dos kms percorridos numa viatura, etc
O cálculo da amortização é feito em função das unidades de produção
esperadas (estimadas) para o bem.
- O método da unidade de produção resulta num débito baseado no uso ou
produção esperados (IAS 16 parágrafo 62).
O cálculo da quota de amortização:
Produção ano N X [Valor de aquisição – Valor Residual]
Produção Total Estimada
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.3 MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO

REGIME DE AMORTIZAÇÃO
Anuidade - regista-se uma única amortização, no final de cada ano, aquando do
fecho do exercício.
O bem é amortizado no ano da compra mas não é amortizado no ano da venda
(independentemente do mês em que iniciou a actividade e do mês em que foi
vendido)
Duodécimos – Regista-se 1/12 da quota anual da amortização, no final de cada
mês. O Bem começa a ser amortizado no mês em que entra em funcionamento e
será amortizado até ao mês em que foi vendio (excluindo o mês em que se realiza a
venda).
3. AMORTIZAÇÃO DE IMOBILIZADOS

3.4 CONTABILIZAÇÃO

Registo da AMORTIZAÇÃO

Pelo registo da amortização (sistemática):

73 18
QUOTA DE QUOTA DE
AMORTIZAÇÃO AMORTIZAÇÃO
4. VENDA DE ACTIVOS FIXOS

4.1 DESRECONHECIMENTO

O DESRECONHECIMENTO DO IMOBILIZADO ocorre


quando o valor do bem (e as respectivas
amortizações acumuladas) são retirados do Activo.
Tal pode acontecer por dois motivos:
 Venda do Imobilizado
 Abate do bem por já não se esperarem obter
benefícios económicos com a sua utilização.
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.2 PROCEDIMENTOS

PASSOS PARA REGISTO DA VENDA DE


IMOBILIZADO:
1º) Cálculo da +/- valia
2º) Contabilização consoante venda efectuada
com ganho ou com perda
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.3 CÁLCULO DA MAIS/MENOS VALIA

MAIS OU MENOS VALIA:

+/- VALIA = VALOR DE VENDA DO BEM – VALOR


CONTABILÍSTICO

VALOR CONTABILÍSTICO = VALOR DE AQUISIÇÃO –


AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS ATÉ À DATA ANTERIOR À VENDA
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA VENDA DO IMOBILIZADO

Com MAIS VALIA:

Registo da Venda [valor da venda e forma de recebimento]:

68.3 37.2/43 34.5.3.1


VALOR DE VENDA IVA
VALOR DE
VENDA

OBS – a contabilização do acto de


venda é semelhante quer tenha
havido MAIS ou MENOS valia na
venda, mudando apenas a conta de
Proveito/Custo
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA SAÍDA DO IMOBILIZADO

Com MAIS VALIA:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 68.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de ganhos em imobilizações.
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA VENDA DO IMOBILIZADO

Com MENOS VALIA:

Registo da Venda [valor da venda e forma de recebimento]:

78.3.1 37.2/43 34.5.3.1


VALOR DE VALOR DE VENDA IVA
VENDA
OBS – a contabilização do acto de
venda é semelhante quer tenha
havido MAIS ou MENOS valia na
venda, mudando apenas a conta de
Proveito/Custo
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.4 CONTABILIZAÇÃO DA SAÍDA DO IMOBILIZADO

Com MENOS VALIA:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 78.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de perdas em imobilizações.
4. VENDA DE IMOBILIZADOS

4.5 CONTABILIZAÇÃO DE ABATE (SEM VENDA)

Movimentação
Contabilística:

Registo da saída do bem [valor de aquisição e amortizações acumuladas]:

11/12 78.3 18

VALOR DE VALOR DE AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES


AQUISIÇÃO AQUISIÇÃO ACUMULADAS ACUMULADAS

A saída do bem deve ser feita, tanto pela conta de imobilizado, como pelas suas
amortizações acumuladas até à data, registados na conta de perdas em imobilizações.
5. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

5.1 RECONHECIMENTO DE INVESTIMENTOS

SEGUNDO O PGC [Critérios de Reconhecimento 6.2.3] SÓ DEVEM SER


RECONHECIDOS COMO INVESTIMENTOS FINANCEIROS OS BENS QUE:
 Satisfaçam as condições gerais para o seu reconhecimento como Activos.
 Tenham uma natureza realizável a médio e longo prazo.
 Sejam detidos por um período superior a um ano.
 Tenham como objectivo aumentar a riqueza através de uma das seguintes
formas:
 Distribuição, mediante o recebimento de juros, royalties, dividendos
e rendas
 Valorização de capital, ou outros benefícios tais como os resultantes
de transacções comerciais
Activos fixos tangíveis

Produção de Imobilizado pela Própria Empresa

Pela construção do activo fixo tangível, pela própria entidade, concluídos


no mesmo período

11./12 65.1.1
Valor realizado Valor realizado
Muito obrigado

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