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Contabilidade financeira 1

CLASSE 4- INVESTIMENTOS
“Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a ser
vendidos ou transformados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locação financeira.”

ATIVOS FIXOS TANGIVEIS- NCRF 7


(baseada na IAS 16)

“… são itens tangíveis que:


a) Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento
a outros, ou para fins administrativos; e

b) Se espera sejam usados durante mais do que um período.”

RECONHECIMENTO
Definição:
O custo de um item de ativo fixo tangível deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:

• For provável que futuros benefícios económicos associados ao item fluam para a
entidade;
• O custo do item puder ser mensurado fiavelmente
Elementos do custo:

• Preço de compra: Direitos de importação; Dedução dos descontos comerciais e


abatimentos; Impostos de compra não reembolsáveis;
• Estimativa inicial de eventuais custos de desmantelamento e remoção Provisão para
desmantelamento AFT.

Custo de Conversão de um bem corresponde à soma dos:

• Custos das matérias-primas e outros materiais diretos consumidos.


• Mão-de-obra direta, Custos industriais variáveis, Custos industriais.

Custos Financeiros:
Não podem ser considerados ativos que se qualificam aqueles que se fabricam num curto
período de tempo ou que estejam prontos para o uso pretendido ou para sua venda quando
forem adquiridos

Início da capitalização
A capitalização deve começar quando:
(a) Os dispêndios com o Ativo estejam a ser incorridos;
(b) Os custos de empréstimos obtidos estejam a ser incorridos;
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(c) As atividades que sejam necessárias para preparar o Ativo para o seu uso pretendido ou
venda estejam em curso.

Cessação da capitalização
A capitalização dos custos dos empréstimos obtidos deve cessar quando substancialmente
todas as atividades necessárias para preparar o Ativo elegível para o seu uso pretendido ou
para a sua venda estejam concluídas.

Terrenos subjacentes e edifícios


São ativos separáveis e são contabilizados separadamente (quando não diz o valor de casa
subentende-se: terreno (25%) e edifício (75%)

Aumentos-aquisição

ADIANTAMENTOS

Com preço pré-fixado Sem preço pré-fixado


455 2713

➢ PELA RECEÇÃO DA FATURA TRANSFERE-SE PARA A 2711

Concluído o investimento, deve fazer-se a transferência para as


correspondentes contas de Ativos fixos tangíveis.
Doações
➢ O reconhecimento de um ativo obtido por uma doação, deverá ser mensurado pelo
justo valor do bem à data da doação.
➢ Justo valor: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista
relacionamento entre elas.
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Locação financeira Locação operacional

É uma locação que transfere Locação que não seja considerada


substancialmente todos os como financeira.
riscos e vantagens inerentes à A classificação de uma locação como
posse de um Ativo. O título de financeira ou operacional depende da
propriedade pode ou não ser substância da transação e não da
forma do contrato.
eventualmente transferido.

LOCAÇÕES NCRF 9 (baseada na IAS 17)

➢ Quando se trate de bens em regime de locação financeira:


a contabilização por parte do locatário obedecerá às seguintes regras, por aplicação do
princípio da substância sobre a forma:
No momento do contrato, a locação deve ser registada por igual quantitativo no Ativo
(43) e no Passivo (25) pelo valor mais baixo:
- Justo Valor;
- Valor Atual das prestações.

➢ As rendas serão desdobradas, de acordo com o plano financeiro em: Redução do


passivo pendente:
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Amortização financeira: Débito de 2513- Locações financeiras

O encargo financeiro: Débito de 691- Juros suportados

DEPRECIAÇÕES NCRF6
A depreciação consiste no reconhecimento de gastos periódicos que reflitam o consumo dos

futuros benefícios económicos incorporados num ativo, ao longo da sua vida útil.
O desgaste verificado pelo uso do bem é o fator principal, porém outros fatores, tais como
obsolescência técnica ou comercial e até o mero desgaste espontâneo dão origem muitas vezes à
diminuição desses benefícios económicos
Vida útil:
O período durante o qual uma entidade espera que um ativo esteja disponível para uso.

Vida económica:
O período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente utilizável por um ou
mais utentes.

Depreciação:
É a imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo durante a sua vida útil.

Quantia depreciável:
É o custo de um ativo, ou outra quantia substituta do custo, menos o seu valor residual.

Valor Residual:
É a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela alienação de um ativo,
após dedução dos custos de alienação estimados, se o ativo já tivesse a idade e as condições
esperadas no final da sua vida útil.

A depreciação só começa quando este esteja disponível para uso, i.e. quando estiver na
localização e condição necessárias para que seja capaz de operar na forma pretendida,
cessando normalmente quando o bem é desreconhecido.

O método de depreciação usado deve refletir: o modelo por que se espera que os futuros

benefícios económicos do ativo sejam consumidos pela entidade.


Métodos de depreciação

• Métodos Rígidos - os que são fixados no início da utilização:


Quotas constantes;
Quotas degressivas (decrescentes):
Progressão Aritmética Decrescente (Soma dos Dígitos dos Anos ou Método de Cole);
Progressão Geométrica Decrescente (Método Fiscal das Quotas Degressivas).
• Métodos Elásticos - os que variam em função da utilização:
Desgaste Funcional, Unibásico ou de Base F.
Base dupla

Método de Quotas Decrescentes (Variante Fiscal)

• Característica: Quotas acentuadamente decrescentes;


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• Objetivo: Incentivo fiscal ao investimento;

• Vantagens: Redução do imposto sobre o rendimento nos primeiros anos (próximos do


esforço do investimento);
• Inconvenientes: Poderá promover uma distorção da imagem dada pelas
Demonstrações Financeiras (DF), se não refletir o consumo dos benefícios económicos
futuros verificados.

O valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revistos pelo menos no final de cada ano
financeiro e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a(s) alteração(ões)
deve(m) ser contabilizada(s) como uma alteração numa estimativa contabilística de acordo
com a NCRF 4.

A revisão de uma estimativa não se relaciona com períodos anteriores e não é a correção de
um erro. Os seus efeitos devem ser reconhecido prospectivamente incluindo-o nos resultados
do:
(a) Período de alteração, se a alteração afetar apenas esse período;
(b) Período de alteração e futuros períodos, se a alteração afetar ambas as situações.

Métodos rígidos: Quotas constantes; quotas degressivas (método de cole, método fiscal).

Métodos elásticos: Desgaste funcional; Base dupla.

Activo intangível: é um activo não monetário identificável sem substância física.

Amortização: é a imputação sistemática da quantia depreciável de um activo intangível durante a


sua vida útil.

Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento entre elas.

Perda por imparidade: é o excedente da quantia escriturada de um activo, ou de uma unidade


geradora de caixa, em relação à sua quantia recuperável.

Quantia depreciável: é o custo de um activo ou outra quantia substituta do custo, menos o seu valor
residual.

Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução de
qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas inerentes.

Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou unidade geradora
de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso.
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Valor residual: de um activo é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um activo, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse a
idade e as condições esperadas no final da sua vida útil.

Procedimentos na primeira revalorização:

Se o justo valor for superior à quantia escriturada, o aumento do seu valor deverá ser reconhecido
directamente nos capitais próprios.

Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser reconhecido
nos resultados.

Excedente de revalorização:

Ser transferido directamente e pela totalidade para resultados transitados quando o activo for
desreconhecido.

Ser transferido à medida que o activo vai sendo utilizado. A quantia do excedente transferida será a
diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada revalorizada do activo e a depreciação
baseada no custo original do activo.

Procedimentos em revalorizações subsequentes:

Na revalorização inicial houve um aumento da quantia escriturada:

(a) Se o justo valor for superior à quantia escriturada o aumento do seu justo valor deverá ser
reconhecido aumentando o excedente de revalorização existente.
(b) Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser
reconhecida eliminando-se o excedente de revalorização existente. Se este não for
suficiente, reconhece-se o remanescente nos resultados.

Na revalorização inicial houve uma diminuição da quantia escriturada:

(a) Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser
reconhecida também em resultados.

(b) Se o justo valor for superior à quantia escriturada, o aumento do seu valor deverá ser
reconhecido nos resultados até ao ponto em que reverta um decréscimo de revalorização
reconhecido anteriormente. O remanescente deverá ser reconhecido nos capitais próprios,
adoptando o mesmo procedimento que se adoptaria numa primeira revalorização.
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NCRF 6:

Um activo intangível é um activo não monetário, identificável e sem substância física.

Um activo satisfaz o critério da identificabilidade na definição de um activo intangível quando:

(a) For separável, i.e. capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato,
activo ou passivo relacionado;
(b) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam
transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

O reconhecimento de um item como activo intangível exige que uma entidade demonstre
que o item satisfaz: (a) A definição de um activo intangível;
(b) Os critérios de reconhecimento

Um activo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se:


(a) For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao activo
fluam para a entidade; (b) O custo do activo possa ser fiavelmente mensurado.

Um activo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo. O modelo de revalorização é
aplicado depois de um activo ter sido inicialmente reconhecido pelo seu custo.

Modelo de custo: Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escriturado pelo seu
custo menos qualquer amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Modelo de revalorização: Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escriturado
por uma quantia revalorizada, que seja o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer
amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes.
Para a finalidade de revalorizações segundo esta Norma, o justo valor deve ser determinado com
referência a um mercado activo.

A aplicação do modelo de revalorização nos activos intangíveis é dificultada porque a determinação


do justo valor tem que ter referência a um mercado activo.

Se a quantia escriturada de um activo intangível for aumentada como resultado de uma


revalorização, o aumento deve ser creditado directamente ao capital próprio com o título de
excedente de revalorização.

Se a quantia escriturada de um activo intangível for diminuída como resultado de uma revalorização,
a diminuição deve ser reconhecida nos resultados.

O excedente de revalorização acumulado incluído no capital próprio só pode ser transferido


directamente para resultados transitados quando o excedente for realizado.

A vida útil de um activo fixo intangível é finita ou indefinida.

A realização do excedente de revalorização é efectuada por débito da conta excedentes de


revalorização e crédito da conta resultados transitados.

Um activo intangível com uma vida útil finita é amortizado, e um activo intangível com uma vida útil
indefinida não o é.
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Um activo fixo com vida útil indefinida deve, pelo menos, anualmente ser sujeito a testes de perdas
por imparidade, ou eventualmente antes se existir indicação de que o activo possa estar com
imparidade.

As depreciações do período constituem o reconhecimento de gastos periódicos que reflictam o


consumo dos futuros benefícios económicos, incorporados num activo ao longo da sua vida útil.

Os gastos subsequentes decorrentes de uma beneficiação dos activos fixos tangíveis devem ser
capitalizados na respectiva rubrica de activo fixo tangível.

Valor residual: Quantia escriturada que uma entidade obteria correntemente pela alienação de um
activo intangível, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse a idade e as
condições esperadas no final da sua vida útil.

Locação Financeira: Os bens adquiridos em locação financeira sao reconhecidos no ativo do


locatario porque, apesar de nao serem propriedade juridica da empresa, são controlados pela
empresa, fornecem beneficios economicos futuros e são resultado de acontecimentos passados

Juros suportados: Os juros suportados devem ser imputados ao valor do ativo durante o periodo de
construção. Devem tambem ser reconhecidos como gasto, de forma a balançar os gastos com os
rendimentos futuros deste ativo
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SUBSÍDIOS NCRF22
São auxílios das Entidades Públicas na forma de transferência de recursos para uma entidade
em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas com as
atividades operacionais da entidade. Excluem as formas de apoio das Entidades Públicas às
quais não possa razoavelmente ser-lhes dado um valor e transações com as Entidades Públicas
que não se possam distinguir das transações comerciais normais da entidade.

Subsídios relacionados com ativos


São subsídios das Entidades Públicas cuja condição primordial é a de que a entidade que a eles
se propõe deve comprar, construir ou por qualquer forma adquirir ativos a longo prazo. Podem
também estar ligadas condições subsidiárias restringindo o tipo ou a localização dos ativos ou
dos períodos durante os quais devem ser adquiridos ou detidos.

Subsídios relacionados com rendimentos


São subsídios das Entidades Públicas que não sejam os que estão relacionados com ativos.
Este subsídios visam a compensação de gastos ou de perdas, ou de deficits de exploração.
Exemplos: Subsídios para formação profissional e Subsídios para a produção de leite.

Os subsídios das Entidades Públicas só devem ser reconhecidos após existir segurança razoável
de que:

• A entidade cumprirá as condições a eles associadas; e


• Os subsídios serão recebidos.
O recebimento de um subsídio não proporciona ele próprio prova conclusiva de que as
condições associadas ao subsídio tenham sido ou serão cumpridas.
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É fundamental que os subsídios das Entidades Públicas sejam reconhecidos na demonstração


dos resultados numa base sistemática e racional durante os períodos contabilísticos
necessários para balanceá-los com os custos relacionados.

O reconhecimento nos rendimentos dos subsídios das Entidades Públicas na base de


recebimentos não está de acordo com o princípio contabilístico do acréscimo e tal só será
aceitável se não existir qualquer outra base para imputar os subsídios a períodos, que não seja
a de os imputar aos períodos em que são recebidos.

Após o reconhecimento de um subsídio:

• Qualquer contingência após o reconhecimento de um subsídio, deverá ser tratada de


acordo com a NCRF 21- Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
• Se o subsídio tiver que ser reembolsado, deverá ser tratado como uma revisão de uma
estimativa contabilística, aplicando o disposto na NCRF 4 -Políticas contabilísticas,
alterações nas estimativas contabilísticas e erros. Esta revisão (como a revisão de n ou
de Vr) deverá ter apenas efeitos prospetivos. Por isso a quantia a reembolsar deverá
ter como contrapartida a eliminação do subsídio ainda não reconhecido em resultados
(saldo da 593 ou 282.x), caso este não exista ou seja suficiente, será imputado a
gastos.

REVALORIZAÇÕES NCRF7
Mensuração após reconhecimento: A NCRF 7 (§30 a §42) prevê dois métodos de mensuração
após o reconhecimento inicial de um AFT:

Modelo de custo: Em que o valor contabilístico corresponde ao seu custo menos qualquer
depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Modelo de revalorização: Em que o valor contabilístico corresponde à quantia revalorizada


(justo valor à data da última revalorização) menos qualquer depreciação acumulada
subsequente e perdas por imparidade acumuladas subsequentes.

Determinação do justo valor:


O justo valor de terrenos e edifícios deve ser determinado a partir de provas com base no
mercado por avaliação que deverá ser realizada por avaliadores profissionalmente qualificados
e independentes.

Podemos então concluir que se não houver um mercado ativo, que permita determinar
fiavelmente o justo valor de um AFT, o método de revalorização não poderá ser aplicado,
mesmo que a entidade estime que os benefícios económicos futuros gerados por esse ativo
excedam o seu atual valor contabilístico.

A revalorização não pode ser realizada de forma seletiva e discricionária, exigindo-se que todos
os itens de uma classe sejam simultaneamente revalorizados e sujeitos a uma revisão
sistemática.
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A frequência das revalorizações depende das alterações nos justos valores dos ativos fixos
tangíveis que estão abrangidos por este método.

A revalorização deverá no entanto ser feita regularmente para assegurar que a quantia
escriturada não difira materialmente daquela que seria determinada pelo uso do justo valor à
data do balanço. Isto significa que poderão haver alguns itens que tenham que ser
revalorizados todos os anos, enquanto que outros só precisarão de ser revistos a cada três ou
cinco anos.

O custo histórico dos bens. Ao aumentar-se a quantia escriturada através da revalorização, vai
também aumentar o valor das suas depreciações. Como esses aumentos não serão aceites
(total ou parcialmente*) como gastos do exercício a entidade irá consequentemente pagar nos
períodos subsequentes um imposto superior, do que aquele que o seu resultado contabilístico
indiciaria.

IMPARIDADE NCRF12
Perda por imparidade:
É o excedente da quantia escriturada de um ativo, em relação à sua quantia recuperável

Duas definições estruturantes para o tratamento da imparidade:

• Quantia escriturada
• Quantia recuperável
Quantia escriturada:
Quantia pela qual o ativo se encontra registado na contabilidade, com todas as políticas
contabilísticas que se vinham adotando até a esse momento (depreciações, revalorizações,
imparidades acumuladas).

Quantia recuperável:
Quantia que deverá corresponder aos benefícios económicos futuros que potencialmente o
ativo está em condições de gerar, ou a quantia mais alta de entre o justo valor de um ativo
menos os custos de vender e o seu valor de uso.

Justo valor menos os custos de vender: é a quantia a obter da venda de um ativo, numa
transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento
entre elas, menos os custos com a alienação.

Os custos com a alienação,


que não tenham sido os reconhecidos como passivos, são deduzidos ao determinar o justo
valor menos os custos de vender. Exemplos de tais custos são os custos legais, imposto de selo
e impostos sobre transações semelhantes, custos de remoção do ativo e custos incrementais
diretos para colocar um ativo em condições para a sua venda.

Valor de uso:
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Valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surjam do uso continuado
de um ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

O seu reconhecimento só se concretiza se a quantia recuperável for estimada com fiabilidade e


a diferença para a quantia escriturada for material.

DESRECONHECIMENTOS OU REDUÇÕES
Objetivo desta Norma?

• Prescrever o tratamento contabilístico para A.F.T.;


• Discernir a informação acerca do investimento de uma entidade acerca dos seus A.F.T

Conforme § 66 desta Norma:

• A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível deve ser desreconhecida:


a) No momento da alienação; ou
b) Quando não se espere futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

Conforme § 67 desta Norma:

• O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo fixo tangível


deve ser incluído nos resultados quando o item for desreconhecido (a menos que a
NCRF 9 – Locações exija diferentemente numa venda e recolocação).
• Os ganhos não devem ser reclassificados como rédito.

Conforme § 70 desta Norma:


O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do A.F.T. deve ser
determinado como a diferença entre os proventos líquidos da alienação, se os houver, e a
quantia escriturada do item.

Métodos rígidos: Quotas constantes; quotas degressivas (método de cole, método fiscal).
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Métodos elásticos: Desgaste funcional; Base dupla.

Activo intangível: é um activo não monetário identificável sem substância física.

Amortização: é a imputação sistemática da quantia depreciável de um activo intangível durante a


sua vida útil.

Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento entre elas.

Perda por imparidade: é o excedente da quantia escriturada de um activo, ou de uma unidade


geradora de caixa, em relação à sua quantia recuperável.

Quantia depreciável: é o custo de um activo ou outra quantia substituta do custo, menos o seu valor
residual.

Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução de
qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas inerentes.

Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou unidade geradora
de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso.

Valor residual: de um activo é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um activo, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse a
idade e as condições esperadas no final da sua vida útil.

Procedimentos na primeira revalorização:

Se o justo valor for superior à quantia escriturada, o aumento do seu valor deverá ser reconhecido
directamente nos capitais próprios.

Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser reconhecido
nos resultados.

Excedente de revalorização:

Ser transferido directamente e pela totalidade para resultados transitados quando o activo for
desreconhecido.

Ser transferido à medida que o activo vai sendo utilizado. A quantia do excedente transferida será a
diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada revalorizada do activo e a depreciação
baseada no custo original do activo.

Procedimentos em revalorizações subsequentes:

Na revalorização inicial houve um aumento da quantia escriturada:

(a) Se o justo valor for superior à quantia escriturada o aumento do seu justo valor deverá ser
reconhecido aumentando o excedente de revalorização existente.
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(b) Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser
reconhecida eliminando-se o excedente de revalorização existente. Se este não for
suficiente, reconhece-se o remanescente nos resultados.

Na revalorização inicial houve uma diminuição da quantia escriturada:

(a) Se o justo valor for inferior à quantia escriturada, a diminuição do seu valor deverá ser
reconhecida também em resultados.

(b) Se o justo valor for superior à quantia escriturada, o aumento do seu valor deverá ser
reconhecido nos resultados até ao ponto em que reverta um decréscimo de revalorização
reconhecido anteriormente. O remanescente deverá ser reconhecido nos capitais próprios,
adoptando o mesmo procedimento que se adoptaria numa primeira revalorização.

NCRF 6:

Um activo intangível é um activo não monetário, identificável e sem substância física.

Um activo satisfaz o critério da identificabilidade na definição de um activo intangível quando:

(a) For separável, i.e. capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato,
activo ou passivo relacionado;
(b) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam
transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

O reconhecimento de um item como activo intangível exige que uma entidade demonstre
que o item satisfaz: (a) A definição de um activo intangível;
(b) Os critérios de reconhecimento

Um activo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se:


(a) For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao activo
fluam para a entidade; (b) O custo do activo possa ser fiavelmente mensurado.

Um activo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo. O modelo de revalorização é
aplicado depois de um activo ter sido inicialmente reconhecido pelo seu custo.

Modelo de custo: Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escriturado pelo seu
custo menos qualquer amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Modelo de revalorização: Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escriturado
por uma quantia revalorizada, que seja o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer
amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes.
Para a finalidade de revalorizações segundo esta Norma, o justo valor deve ser determinado com
referência a um mercado activo.

A aplicação do modelo de revalorização nos activos intangíveis é dificultada porque a determinação


do justo valor tem que ter referência a um mercado activo.
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Se a quantia escriturada de um activo intangível for aumentada como resultado de uma


revalorização, o aumento deve ser creditado directamente ao capital próprio com o título de
excedente de revalorização.

Se a quantia escriturada de um activo intangível for diminuída como resultado de uma revalorização,
a diminuição deve ser reconhecida nos resultados.

O excedente de revalorização acumulado incluído no capital próprio só pode ser transferido


directamente para resultados transitados quando o excedente for realizado.

A vida útil de um activo fixo intangível é finita ou indefinida.

A realização do excedente de revalorização é efectuada por débito da conta excedentes de


revalorização e crédito da conta resultados transitados.

Um activo intangível com uma vida útil finita é amortizado, e um activo intangível com uma vida útil
indefinida não o é.

Um activo fixo com vida útil indefinida deve, pelo menos, anualmente ser sujeito a testes de perdas
por imparidade, ou eventualmente antes se existir indicação de que o activo possa estar com
imparidade.

As depreciações do período constituem o reconhecimento de gastos periódicos que reflictam o


consumo dos futuros benefícios económicos, incorporados num activo ao longo da sua vida útil.

Os gastos subsequentes decorrentes de uma beneficiação dos activos fixos tangíveis devem ser
capitalizados na respectiva rubrica de activo fixo tangível.

Valor residual: Quantia escriturada que uma entidade obteria correntemente pela alienação de um
activo intangível, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse a idade e as
condições esperadas no final da sua vida útil.
Contabilidade financeira 16

NCRF 7:

Vida útil é:

(a) O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso;
(b) O número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter do activo.

Vida económica é:

(a) O período durante o qual se espera que um activo seja economicamente utilizável por um
ou mais utentes;
(b) A quantidade de produção ou de unidades similares que se espera obter do activo por um
ou mais utentes

VIDA ÚTIL <VIDA ECONÓMICA <VIDA FÍSICA

O custo de um item de activo fixo tangível deve ser reconhecido como activo se, e apenas se:

(a) For provável que futuros benefícios económicos associados ao item


fluam para a entidade; (b) O custo do item puder ser mensurado
fiavelmente.

A quantia escriturada de um item do activo fixo tangível deve ser desreconhecida:

(a) No momento da alienação;


(b) Quando não se espere futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

Um item do activo fixo tangível que seja classificado para reconhecimento como um activo deve ser
mensurado pelo seu custo.

Um activo fixo tangível adquirido a título gratuito deve ser reconhecido pelo justo valor.

Os gastos financeiros capitalizáveis associados a um bem do activo fixo tangível, devem ser
depreciados durante o período de vida útil ou durante o tempo que o gasto financeiro estiver em
uso, mesmo associado a outro AFT.

Se não tiver que proceder a mais nenhuma revalorização, a conta excedente de revalorização ficará
saldada se o imóvel for alienado.

Modelo de custo:

Após o reconhecimento como um activo, um item do activo fixo tangível deve ser escriturado pelo
seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Modelo de revalorização:

Após o reconhecimento como um activo, um item do activo fixo tangível cujo justo valor possa ser
mensurado fiavelmente deve ser escriturado por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à
data da revalorização menos qualquer depreciação acumulada subsequente e perdas por
imparidade acumuladas subsequentes.
Contabilidade financeira 17

O justo valor de terrenos e edifícios deve ser determinado a partir de provas com base no mercado
por avaliação que deverá ser realizada por avaliadores profissionalmente qualificados e
independentes. O justo valor de itens de instalações e equipamentos é geralmente o seu valor de
mercado determinado por avaliação.

O método de depreciação usado deve reflectir o modelo porque se espera que os futuros benefícios
económicos do activo sejam consumidos pela entidade.

NCRF 9:

Locação financeira: é uma locação que transfere substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse de um activo.

Locação operacional: é uma locação que não seja uma locação financeira.

Num contrato de locação financeira é especificado um valor residual que deve ser entendido como
o valor contabilístico do bem no final do contrato de locação, após dedução de rendimentos de
alienação esperados, e o montante a pagar no final do contrato para transferir para o locatário.

A contabilização de um contrato de locação financeira por parte do locatário deverá ter subjacente a
uma característica qualitativa da substância sobre a forma.

NCRF 10:

A capitalização dos custos de empréstimos obtidos como parte do custo de um activo que se
qualifica deve começar quando:
(a) Os dispêndios com o activo estejam a ser incorridos;
(b) Os custos de empréstimos obtidos estejam a ser incorridos; e
(c) As actividades que sejam necessárias para preparar o activo para o seu uso pretendido ou venda
estejam em curso.

NCRF 11:

Propriedade de investimento: é a propriedade (terreno ou um edifício — ou parte de um edifício —


ou ambos) detida (pelo dono ou pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para
valorização do capital ou para ambas as finalidades

O que se segue são exemplos de propriedades de investimento:

(a) Terrenos detidos para valorização do capital a longo prazo e não para venda a curto prazo
no curso ordinário de negócios;
Contabilidade financeira 18

(b) Terrenos detidos para uso futuro ainda não determinado (se uma entidade não tiver
determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo dono ou para venda a
curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como detido para
valorização do capital);
(c) Um edifício que seja propriedade da entidade (ou detido pela entidade numa locação
financeira) e que seja locado segundo uma ou mais locações operacionais;
(d) Um edifício que esteja desocupado mas detido para ser locado segundo uma ou mais
locações operacionais.

A propriedade de investimento deve ser reconhecida como um activo quando, e apenas quando:

(a) For provável que os futuros benefícios económicos que estejam associados à propriedade
de investimento fluirão para a entidade;
(b) O custo da propriedade de investimento possa ser mensurado fiavelmente.

Uma propriedade de investimento deve ser mensurada inicialmente pelo seu custo. Os custos de
transacção devem ser incluídos na mensuração inicial.

As propriedades de investimento na mensuração subsequente poderão utilizar o modelo de custo e


devem ser divulgados os justos valores das mesmas ou o modelo do justo valor.

NCRF12:

Uma perda por imparidade deve ser imediatamente reconhecida nos resultados, a não ser que o
activo seja escriturado pela quantia revalorizada de uma outra Norma. Qualquer perda por
imparidade de um activo revalorizado deve ser tratada como decréscimo de revalorização de
acordo com essa outra Norma.

Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de activos:

(a) A quantia de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados durante o período e as
linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por imparidade são
incluídas;
(b) A quantia de reversões de perdas por imparidade reconhecida nos resultados durante o
período e as linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por
imparidade são revertidas;
(c) A quantia de perdas por imparidade em activos revalorizados reconhecidas directamente no
capital próprio durante o período;
(d) A quantia de reversões de perdas por imparidade em activos revalorizados reconhecidas
directamente no capital próprio durante o período.

No tratamento das imparidades/ajustamentos das contas a receber, em particular nos clientes, as


entidades devem estar atentas à significativa dificuldade financeira do devedor, à quebra contratual
e se o cliente se tornar um provável devedor que irá entrar em falência ou qualquer outra
reorganização financeira.
Contabilidade financeira 19

NCRF 21:

Provisão:

É um passivo de tempestividade ou quantia incerta

Uma provisão só deve ser reconhecida quando cumulativamente:


(a) uma entidade tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um
acontecimento passado;
(b) seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
necessário para liquidar a obrigação;
(c) possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.

Passivo contingente:

(a) É uma obrigação possível que provenha de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros
incertos não totalmente sob controlo da entidade; (b) É uma obrigação presente que decorra de
acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque:
(i) Não é provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios
económicos seja exigido para liquidar a
obrigação; ou
(ii) A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente
fiabilidade. Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente.

No caso dos passivos contingentes deve-se proceder à sua divulgação no Anexo sendo uma
obrigação presente mas não sendo possível estimar com fiabilidade o exfluxo de recursos.
Um passivo contingente é divulgado, a menos que seja remota a possibilidade de um exfluxo de
recursos que incorporem benefícios económicos.

Activo contingente:

Uma entidade não deve reconhecer um activo contingente.

Os activos contingentes surgem normalmente de acontecimento não planeados ou de outros não


esperados que dão origem à possibilidade de um influxo de benefícios económicos para a entidade.

NCRF 22:

Subsídios do Governo: são auxílios do Governo na forma de transferência de recursos para uma
entidade em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas com as
actividades operacionais da entidade. Excluem as formas de apoio do Governo às quais não possa
razoavelmente ser -lhes dado um valor e transacções com o Governo que não se possam distinguir
das transacções comerciais normais da entidade.

Os subsídios do governo só devem ser reconhecidos após existir segurança razoável de que a
entidade cumprirá as condições a eles associadas e os subsídios serão recebidos.
Contabilidade financeira 20

Os subsídios do governo relacionados com AFT e INT devem ser inicialmente reconhecidos nos

Capitais Próprios. CONTA: 593

NCRF 27:

Activo financeiro: é qualquer activo que seja:


(a) Dinheiro;
(b) Um instrumento de capital próprio de uma outra entidade; (c) Um
direito contratual:
(i) De receber dinheiro ou outro activo financeiro de outra entidade; ou
(ii)De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições
que sejam potencialmente favoráveis para a entidade; ou
(d) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprio da própria
entidade e que seja: (i) Um não derivado para o qual a entidade esteja, ou possa estar,
obrigada a receber um número variável dos instrumentos de capital próprio da própria
entidade; ou
(ii) Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca de uma quantia
fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um número fixo de instrumentos de capital
próprio da própria entidade.

Instrumento financeiro: é um contrato que dá origem a um activo financeiro numa entidade e a um


passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade.

Um instrumento financeiro com cotação publicada diariamente, inicialmente deve ser mensurado
ao justo valor da retribuição concedida sem inclusão dos custos de transacção.

Um instrumento financeiro sem cotação publicada diariamente, deve ser mensurado, inicialmente
ao custo.

Um activo financeiro detido para negociação só deve ser reconhecido como meio financeiro líquido
se se tratar de um activo financeiro cotado no mercado.

Desreconhecimento: é a remoção de um activo financeiro ou de um passivo financeiro


anteriormente reconhecido no balanço de uma entidade.

Uma entidade deve desreconhecer um activo financeiro apenas quando:

(a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do activo financeiro expiram;
(b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e benefícios relacionados com
o activo financeiro; (c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios
relacionados com o activo financeiro, tenha transferido o controlo do activo para uma outra
parte e esta tenha a capacidade prática de vender o activo na sua totalidade a uma terceira parte
não relacionada e a possibilidade de exercício dessa capacidade unilateralmente sem
necessidade de impor restrições adicionais à transferência. Se tal for o caso a entidade deve:
(i) Desreconhecer o activo; e
(ii) Reconhecer separadamente qualquer direito e obrigação criada ou retida na
transferência;
Contabilidade financeira 21

A reversão de imparidade em instrumentos de capital próprio é proibida.

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

O regime de acréscimos obriga ao tratamento de:

(a) Gastos e rendimentos que dizendo respeito ao exercício corrente, não estão revelados
contabilisticamente por falta de documentação vinculativa.
(b) Despesas e receitas, documentadas no exercício corrente, mas cujos correspondentes
gastos e rendimentos apensas deverão ser considerados em exercícios seguintes
(Diferimento)
(c) Despesas e receitas, documentadas no exercício corrente, mas cujos correspondentes
gastos e rendimentos já foram considerados em exercícios anteriores (Acréscimo)

As contas de acréscimos e diferimentos são contas transitórias ou de regularização; contas


bipolares, os saldos devedores figuram no Activo e os credores no Passivo.

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