Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
1. ACTIVO IMOBILIZADO
Definição
3
a) Propriedade
b) Permanência
c) Indispensabilidade
• Os terrenos constituem bens não depreciáveis, a não ser que sejam terrenos de
exploração.
4
bens do activo imobilizado podem ser separadamente reintegradas em função
da sua vida útil esperada a contar da data da sua entrada em funcionamento. Se
esta for superior à vida útil que resta do bem a que se destina, devem ser
excepcionalmente reintegradas em função da vida útil que resta do respetivo
bem.
Valorimetria
6
CONTA 11 - IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
11.1.3 Subsolos
11.2.1 Edifícios
11.2.3 Instalações
7
11.3.1 Material industrial
- Veículos pesados
- Veículos ligeiros
-…
- Equipamento escritório
- Equipamento informático
-…
8
DEBITA-SE:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa Centro de custo do respectivo Imobilizado
37.1.1 Compra de imobilizado - Corpóreo Custos por natureza
Respectiva subconta
Respectiva subconta
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa Centro de custo do respectivo Imobilizado
37.1.1 Compra de imobilizado - Corpóreo Custos por natureza
Respectiva subconta
Respectiva subconta
9
Se a obra em curso não foi efectuada pela própria empresa:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.1.1 Compra de imobilizado - Corpóreo 14 - Imobilizações em curso
d) Pelo valor dos bens imobilizados recebidos a título gratuito, por crédito da
conta 57.1 – Reservas com fins especiais – Doações
CREDITA-SE:
Nesta situação creditamos a conta 78.3.1 por débito da conta 18.1 – Amortizações
acumuladas – Imobilizações corpóreas, o valor correspondente às amortizações
acumuladas do bem vendido e debitamos as contas 43, 45 ou 37.2.1 pelo valor da
venda.
10
78.3. outros custos e perdas não operacionais
78.3.1. - Perdas em imobilizações 18.1 Amortizações acumuladas Imob. Corp
Vendas de Imobilizações Corpóreas Respectiva subconta
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.2.1 Venda de imobilizado - Corpóreo
O saldo da conta 78.3.1 revela a perda obtida na venda. Neste caso a menos-valia.
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.2.1 Venda de imobilizado - Corpóreo
11
O saldo da conta 68.3.1 revela o ganho obtido com a venda. Neste caso temos uma
mais-valia.
c) Pelos sinistros
Se resultar um prejuízo:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.9.XXX Indeminização de sinistro
12
Se do sinistro resultar um ganho:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.9.XXX Indeminização de sinistro
13
18.1 Amortizações acumuladas Imob. Corp 78.3.3. Perdas em Imobilizações
Respectiva subconta Abates
Registos Contabilísticos:
18.1 Amortizações acumuladas Imob. Corp 57.1 - Reservas com fins especiais
Respectiva subconta Doações
14
c) Pelo abate, quando totalmente amortizado:
d) Pela venda
1º Regista-se a mais-valia
43 - Depósitos à ordem
68.3.1. - Ganhos em imobilizações 45 - Caixa
Vendas de imob. Corpóreas 37.2.1 Venda de imobilizado - Corpóreo
11 - Imobilizações Corpóreas 18.1 Amortizações acumuladas Imob. Corp 57.1 - Reservas com fins especiais
Respectiva subconta Respectiva subconta Doações
Os custos de reintegração não são considerados custos fiscais mas os proveitos que
derivam de alienação, cedência em leasing são considerados proveitos fiscais (alínea c
ponto 1. Artigo 23º do CII).
Registos Contabilísticos:
15
a) Se o valor de compra corresponder ao justo valor do bem:
No caso de os bens a transferir estarem registados por um valor mas o justo valor ser
diferente deveremos considerar o justo valor fazendo o correspondente custo da
existência e o justo valor.
Exemplo:
11 - Imobilizações corpóreas
26 - Mercadorias 11.5 - Eq. Administrativo
100.000,00 60.000,00
40.000,00
16
CONTA 12 – IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
12.1 – Trespasses
12.1 – Trespasses
Esta conta destina-se a registar a diferença, quando positiva, entre o valor pago para
aquisição de um conjunto de activos (e passivos) e o justo valor dos activos e passivos
adquiridos.
Por justo valor entende-se a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em
que não exista relacionamento entre elas.
O PGC deixa em aberto o desdobramento desta conta, no entanto pode ser desdobrada
em subcontas, conforme a sua natureza.
….
O PGC deixa em aberto o desdobramento desta conta, no entanto pode ser desdobrada
em subcontas conforme a sua natureza.
12.3.x – Patentes
12.3.x – Marcas
12.3.x – Alvarás
12.3.x – Licenças
18
12.4 – Despesas de constituição
O PGC deixa em aberto o desdobramento desta conta, no entanto pode ser desdobrada
em subcontas conforme a sua natureza.
19
MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS 12 – IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Óptica do cedente:
O montante recebido deve ser balanceado com os valores activos e passivos cedidos. A
diferença que possa existir deve ser reconhecida como:
Óptica do adquirente:
Exemplo:
20
Registos:
Contas
Descrição Montante
Débito Crédito
Aquisição por trespasse (pagamento em chq) 43.1 200.000,00
Pelo justo valor do equipamento básico 11.4 60.000,00
Dívidas de clientes 31.1 20.000,00
Dívidas a fornecedores 32.1 40.000,00
Pelo justo valor das mercadorias 26.1 20.000,00
Direito ao arrendamento 12.3 50.000,00
TRESPASSE 12.1 90.000,00
Total débito 240.000,00
Total crédito 240.000,00
21
CONTA 13 – INVESTIMENTOS FINANCEIROS
13.5 – Fundos
13.1.3 – Empréstimos
Uma empresa é associada de outra quando sobre esta (a associada) é exercida uma
influência significativa por outra (a participante).
22
Nesta conta são registadas as aquisições de partes de capital, obrigações e títulos de
participação, como os empréstimos concedidos a outras empresas, consideradas
associadas, com o objetivo de obter-se rendimento.
13.2.3 – Empréstimos
“Outras empresas” engloba todas as que não se enquadrem nem nas empresas
subsidiárias nem associadas.
13.3.3 – Empréstimos
13.5 – Fundos
Esta conta destina-se a registar os bens detidos pela entidade com o objetivo de fazer
face a compromissos prolongados, cujos rendimentos lhe estejam adstritos, como por
exemplo fundos de pensões.
23
Esta conta é desdobrada em:
13.9.1 – Diamantes
13.9.2 – Ouro
a) Pelas aquisições:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.1.3 Compra de imobilizado Financeiro 13 - Investimentos Financeiros
24
c) Pelos ganhos relativos às participações de capital em empresas subsidiárias ou
associadas derivadas da aplicação do método de equivalência patrimonial
67.1 - Proveitos e ganhos financ. em filiais 13.1 Investimentos Financeiros - Emp. Sub.
e associadas - Rend. de part. de capital 13.2 Investimentos Financeiros - Emp. Ass.
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa 13 - Investimentos Financeiros
Respectiva subconta
25
Os lançamentos que antecedem este lançamento são os seguintes:
Respectiva subconta
O valor total debitado neste centro de custo será transferido como segue:
a) Pela anulação ou correcção por débito da conta que anteriormente foi creditada:
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
13 - Investimentos Financeiros 37.1.3 Compra de imobilizado Financeiro
Respectiva subconta
26
c) Pela venda de investimento financeiro:
76.6.1 - Perdas nas alienações de ap. Finan. 18.3 Amortizações acumuladas - Inv. Financ.
- Investimentos financeiros Respectiva subconta
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.2.3 Venda de imobilizado - Financeiro
O saldo da conta 76.6.1 resultante destes lançamentos revela a perda obtida na venda.
27
Se da venda resultar um ganho:
66.6.1 - Ganhos nas alienações de ap. Finan. 18.3 Amortizações acumuladas - Inv. Financ.
- Investimentos financeiros Respectiva subconta
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.2.3 Venda de imobilizado - Financeiro
O saldo da conta 66.6.1 resultante destes lançamentos revela o ganho obtido na venda.
28
79.4.3 - Custos e perdas extraordinárias 18.3 Amortizações acumuladas - Inv. Financ.
- Perdas resultantes de sinistros Respectiva subconta
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.9.00x Indeminização de sinistro
43 - Depósitos à ordem
45 - Caixa
37.9.00x Indeminização de sinistro
29
CONTA 14 – IMOBILIZAÇÕES EM CURSO
Adiantamentos por conta de imobilizados registam as entregas feitas pela empresa, por
conta de fornecimentos de imobilizações futuros cujo preço esteja fixado.
30
CONTA 18 – AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
Imobilizado corpóreo:
Imobilizado Incorpóreo:
31
c) Pelas amortizações do exercício, dos bens adquiridos a título gratuito
Imobilizado Corpóreo:
18.1 - Amortizações acumuladas - Corpóreo 57.1 Reservas com fins especiais - Doações
Respectiva subconta Respectiva subconta
Imobilizado Incorpóreo:
18.2 - Amortizações acumuladas -Incorpóreo 57.1 Reservas com fins especiais - Doações
Respectiva subconta Respectiva subconta
Investimentos em imóveis:
18.3 - Amortizações acumuladas -Inv. Imóveis 57.1 Reservas com fins especiais - Doações
Respectiva subconta Respectiva subconta
Pelo abate, venda (alienação) , sinistros conforme estudado nas contas 11, 12 e 13.
32
2. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES
1- Conceitos básicos
Quota de amortizações
Valor de aquisição
Se o bem foi adquirido ao exterior o custo de aquisição engloba: Seguro, fretes, direitos
alfandegários, gastos de instalação, impostos por conta do comprador, despesas de
contencioso e notariado.
33
Vida útil de um bem
É o período durante o qual se espera que um bem venha a ser usado. Esse período é
estimado; tal estimativa varia de empresa para empresa, de acordo com o uso dado ao
bem, com a sua qualidade ou com os cuidados despendidos na sua conservação.
Para efeitos fiscais, o período de vida útil de um bem é o período que se deduz da
respectiva taxa de reintegração ou amortização aplicável ao bem (isto é, n=100/taxa).
Valor residual
Corresponde ao valor pelo qual um imobilizado espera ser vendido uma vez
terminada a sua utilização pela empresa. Trata-se de um valor subjetivo, portanto,
sujeito a erros.
O valor residual tem de ser definido antes da utilização do bem, pois uma vez definido
é subtraído ao valor de aquisição e corresponderá assim ao valor amortizável do bem.
Taxa de amortização
2 - Métodos de amortização
Considerando:
R – Valor residual
34
Fórmula de cálculo:
Exemplo de cálculo:
Dados:
Compra de uma viatura por 100.000,00 u.m., pagamento por cheque. Prevê-se uma
vida útil de 5 anos.
R=0
N=5
Tx = 20% (100/5)
Qi=?
Qi = Vo / n = 100.000,00/5
Qi = 20.000,00 u.m
Quota
de
Valor
de
Amortizações
Anos Taxa amortização
Valor
Contabilistico
aquisição acumuladas
constante
2007 100.000,00 20% 20.000,00 20.000,00 80.000,00
2008 100.000,00 20% 20.000,00 40.000,00 60.000,00
2009 100.000,00 20% 20.000,00 60.000,00 40.000,00
2010 100.000,00 20% 20.000,00 80.000,00 20.000,00
2011 100.000,00 20% 20.000,00 100.000,00 0,00
35
Lançamentos contabilísticos:
a) Pela compra:
Estes mapas fazem parte dos documentos que anualmente devem acompanhar o
MODELO 1 para efeito de pagamento do imposto industrial das empresas
pertencentes ao grupo A.
36
Modelo 1 – Mapa de reintegrações e amortizações – Elementos do ativo não
reavaliado
1 2 3 4 5 6 7 8 9=6+8 10=4-9
Notas:
37
3. REAVALIAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPÓREO
Conceitos básicos
Registos contabilísticos
38
Pelo valor obtido pela diferença entre o valor de aquisição reavaliado pelo valor de
aquisição anterior à reavaliação.
Pelo valor obtido pela diferença entre a amortização acumulada reavaliada pela
amortização acumulada anterior à reavaliação.
1) Para cobrir prejuízos acumulados até ao ano em que a reserva foi constituída,
depois de deduzidos desses prejuízos os lucros obtidos até à data e não
aplicados.
39
Exemplo 1: Reavaliação e Contabilização de bens não totalmente reintegrados
Dados:
Vo = 100.000,00 u.m
Coeficiente: 1,838
Resolução:
40
Registo contabilístico a efetuar no ano em que foi feita a reavaliação:
18.1.3 Amortizações acum. - Imob. Corp. 56.1.1 Reservas de reavaliação legais 11.3- Equipamento básico
62.500,00 Si Si 100.000,00
52.375,00 52.375,00 83.800,00 83.800,00
Amortização do exercício:
Temos que analisar qual a vida útil que lhe resta: Vida útil = 8 anos
22.975,00 12.500,00
10.475,00
Vo = 4.000,00
Tx= 14,28%
Registo contabilístico:
18.1.5 Amortizações acum. - Imob. Corp. 56.1.1 Reservas de reavaliação legais 11.4- Equipamento administrativo
4.000,00 Si Si 4.000,00
25.293,60 25.293,60 37.848,00 37.848,00
42
Cálculo da reintegração e respetiva contabilização a efetuar no ano seguinte à
reavaliação
Amortização do exercício:
Tx = 100/3 = 33,33%
Contabilização da reintegração:
4.184,80 4.184,80
43
4. TRATAMENTO CONTABILÍSTICO DAS CONTAS DE CAPITAL PRÓPRIO
Capital
Reservas
Transitados (±)
O capital próprio é uma classe de valores variável, aumenta com os lucros e diminui
com os prejuízos para além de eventuais reforços adicionais ou retiradas de capital.
1- Capital inicial
2- Capital adquirido
Reservas
Resultados
O capital inicial corresponde aos valores que o(s) proprietário(s) puseram à disposição
da empresa, na data de constituição da mesma.
44
Classe 5 – Capital e Reservas
51 – Capital
53 – Prémios de emissão
54 – Prestações suplementares
55 – Reservas legais
56 – Reservas de reavaliação
58 – Reservas livres
59 – ….
Conta 51 - Capital
45
EMPRESAS EM NOME INDIVIDUAL
a) Inicio de actividade
Exemplo:
Dinheiro – 50.000,00 Kz
Débito Crédito
88.9 51.2
46
c) Pelos prejuízos não cobertos:
Débito Crédito
51.2 88.9
Débito Crédito
88.9 51.3
47
Exemplo:
A empresa ABC, Lda foi constituída no dia 10 Janeiro 2012, por escritura pública com o
Capital Social no montante de 1.000.000,00 Kz, subscrito por três sócios em quotas
assim divididas:
3) O sócio Carlos Vidal realizou a sua quota transferindo para a empresa, valores
constantes do seu balanço, como empresário em nome individual, da seguinte
forma:
48
SOCIEDADES ANÓNIMAS
SOCIEDADE ANÓNIMA
Exemplo:
A empresa XYZ, S.A., foi constituída em 02/01/2012, por escritura pública, com o
capital de 2.000.000,00 KZ, representado e dividido por 4.000 acções, com o valor
nominal de 500,00 KZ, foi subscrito por 5 accionistas, conforme descrição abaixo:
49
1) Pela subscrição das acções:
Artº 243º da LSC determina as condições em que a empresa pode adquirir quotas
próprias.
Nos termos do artº 346º da LSC, no seu nº 1 alinea b), “enquanto as acções pertencerem
à sociedade, torna-se indisponível uma reserva de montante igual àquele que, por elas,
esteja contabilizado”.
Destina-se a registar o valor nominal das acções ou quotas próprias adquiridas pela
empresa.
52.2 – Descontos
Destina-se a registar a diferença quando positiva, entre o valor nominal das acções ou
quotas próprias adquiridas pela empresa e o respectivo custo de aquisição.
52.3 – Prémios
Destina-se a registar a diferença, quando negativa, entre o valor nominal das acções ou
quotas próprias adquiridas pela empresa e o respectivo custo de aquisição.
50
Exemplo:
1) O sócio Manuel Sousa vendeu à empresa por 180.000,00 Kz, a sua participação
na sociedade, que tinha adquirido por 200.000,00 Kz.
4) No caso do sócio Manuel Sousa ter vendido à Sociedade a sua quota por
210.000,00 kz, teríamos:
51
Conta 53 – Prémios de emissão
Exemplo:
A empresa XYZ, S.A., aumentou o capital emitindo 1.000 acções a 650,00Kz, sendo o
seu valor nominal 500,00Kz.
Esta conta debita-se pela restituição aos sócios das prestações suplementares e credita-
se pelas entregas dos sócios.
Artº 230º LSC (sociedades por quotas) e artº 319º LSC (sociedades anónimas).
Exemplo:
Destina-se a registar as reservas que devam ser constituídas por imposição legal e
deverá ser subdividida, consoante as necessidades, tendo em vista a legislação que lhes
é aplicável.
52
Segundo a LSC deve ser constituída uma reserva legal de 5% dos resultados líquidos
do exercício até atingir 20% do capital social, no caso das sociedades anónimas e de
30% para as sociedades por quotas.
56.1 – Legais
56.2 – Autónomas
56.2.1 – Avaliação
56.2.2 – Realização
Esta conta regista as reservas que não estão vinculadas a nenhum objectivo específico.
53
Classe 8 – Resultados
Subdivide-se em:
81.1 – Ano N
Quando são detectados erros que devam afectar, positiva ou negativamente, os capitais
próprios e não o resultado do exercício.
O PGC define como erros fundamentais aqueles que têm um efeito de tal significado
nas demonstrações financeiras de um ou mais períodos anteriores, que essas
demonstrações financeiras não podem ser consideradas fiáveis à data da sua emissão.
54
5. OUTRAS OPERAÇÕES CONTABILÍSTICAS
5.1. PROVISÕES
Contas relacionadas:
55
Conta 19 – Provisão para investimentos financeiros
19.4 – Fundos
Exemplo:
1) Adquirimos 1000 acções da empresa A por 100,00 u.m cada mas no final do
exercício a cotação dessas acções era 50,00 u.m cada.
Deveremos neste caso constituir uma provisão para fazer face a esta potencial perda.
50.000,00 50.000,00
2) Se no final do exercício seguinte a cotação das acções for 80,00 u.m teremos que
repor a provisão.
66.7.1 - Reposição provisões - Inv. Fin. 19.3 - Provisões para Inv. Financeiros
30.000,00 30.000,00
Este custo com provisões não é aceite fiscalmente porque não está previsto no artigo 36º do
Código do imposto Industrial nem da portaria nº 668/72.
56
Conta 29 – Provisão para depreciação de existências
29.1 ….
29.6 Mercadorias
2.000,00 2.000,00
9.000,00 Si
1.000,00 1.000,00
57
Conta 38 - Provisão para cobranças duvidosas
Na conta 38.1 provisões para clientes, registam-se as provisões criadas para dívidas de
clientes.
Este procedimento deve dar origem a um outro, que será a transferência do saldo da
conta 31.1 Clientes – correntes, para a conta 31.8 clientes cobranças duvidosas
Exemplo:
2.000,00 2.000,00
58
68.1.2.1 - Reposição provisões - Clientes 38.1 - Provisões para clientes correntes
9.000,00 Si
3.000,00 3.000,00
Nas restantes contas de provisões, registam-se as provisões para saldo devedores das
contas 32 – fornecedor, 35 entidades participantes e participadas, 36 pessoal e 37.9.1
outros valores a receber e a pagar.
Exemplos:
Estes factos envolvem riscos que podem ser determinantes de encargos futuros.
Esta provisão pode ter como suporte um fundo afecto, a considerar na conta 13.
Exemplo:
A empresa decidiu fazer uma dotação anual de 200.00,00 u.m. para um fundo de
pensões de velhice na Instituição Financeira BBB:
59
1) Pela aquisição
200.000,00 200.000,00
2) Pela provisão
200.000,00 200.000,00
Considerando que neste exercício o fundo pagou pensões no valor de 100.000,00 u.m..
100.000,00 100.000,00
100.000,00 100.000,00
Exemplo:
39.2 Prov. proc. judiciais em curso 78.1.3.2 Prov. Ex. - Prov. Proc. Judiciais
500.000,00 500.000,00
60
39.3 – Provisões para acidentes de trabalho
Exemplo:
39.4 Prov. para garantias dadas a clientes 78.1.3.4 Prov. Ex. Prov. Garantias clientes
200.000,00 200.000,00
Estas provisões representam uma constituição de fundos para fazer face a perdas, em
relação as quais não sabemos o valor exacto.
61
Código do Imposto Industrial
Capitulo III
Artigo 25º
h) provisões;
62
Artigo 36º
3. As provisões que não devam substituir por não se terem verificado os eventos a que
se reportam, e bem assim as que forem utilizadas para fins diversos dos expressamente
previstos neste artigo, considerar-se-ão proveitos ou ganhos do respectivo exercício.
Artigo 37º
63
TABELA DAS TAXAS E DOS LIMITES DAS PROVISÕES
LIMITES
TAXAS
PROVISÕES ACUMULADO
ANUAIS
S
64
Exemplo I:
Assim temos:
65
Exemplo II:
Balancete a 31/12/N
Cliente X 500.000,00
Cliente Y 250.000,00
Cliente Z 700.000,00
Total Clientes 1.450.000,00
No final do ano, a empresa constitui uma Provisão para cobrança duvidosas aplicando
as taxas constantes da tabela, referida no nº 2 do artº 36º do CII.
Cálculos:
1.450.000,00 x 6% = 87.000,00
1.450.000,00 x 2% = 29.000,00
Como a empresa não tem saldo na conta Provisões para cobranças duvidosas.
No ano N+1, o saldo da conta Provisões para cobranças duvidosas tem um saldo de
29.000,00.
Balancete a 31/12/N+1
Cliente X 200.000,00
Cliente Y 200.000,00
Cliente Z 150.000,00
Cliente W 50.000,00
Total Clientes 600.000,00
600.000,00 x 6% = 36.000,00
66
2º Calcular o limite da provisão do exercício que não pode ser excedido:
600.000,00 x 2% = 12.000,00
67
5.2. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Acréscimos de proveitos:
No exercício seguinte, esta conta deverá ser saldada por contrapartida da respectiva
conta de terceiros após ter sido emitida a respectiva documentação vinculativa.
37.3.1 – Vendas
37.3.3 – Juros
37.3.x – ….
68
Exemplos de proveitos antecipados:
Exemplo:
1.000.000,00 1.000.000,00
10.000,00 10.000,00
69
Custos diferidos:
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar os custos que devam ser
reconhecidos apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a dar cumprimento ao
principio da especialização dos exercícios.
37.4.x – …. (a criar)
Exemplos:
Exemplo I:
Em 1/10/N, a empresa Y, Lda arrendou uma loja e pagou 600.000,00 u.m por 6 meses
referente ao período de 1/10/N a 31/03/N+1.
1) No momento do pagamento:
600.000,00 300.000,00
300.000,00
70
2) Em N+1, mensalmente faríamos o seguinte lançamento:
Exemplo II:
1) No momento do pagamento:
200.000,00 100.000,00
100.000,00
2) No ano seguinte:
71
Acréscimos de custos:
No exercício seguinte esta conta deverá ser saldada por contrapartida da respectiva
conta de terceiros após ter sido recebida a respectiva documentação vinculativa.
37.5.1 – Remunerações
37.5.2 – Juros
Exemplos:
No fecho de contas, não tendo ainda recebido a factura da electricidade relativa aos
consumos do mês de Dezembro, a empresa deve fazer uma estimativa baseada na
média dos meses anteriores. Considerando que a média mensal foi de 10.000,00 u.m.,
temos:
72
1) Pela estimativa:
10.000,00 10.000,00
2.000,00
Exemplo IV (Remunerações):
1) Em 31/12/N:
1.620.000,00 1.500.000,00
120.000,00
73
2) No momento do processamento, no ano seguinte:
165.000,00
1.305.000,00
Exemplo V (Juros):
40.000,00 40.000,00
200.000,00
74
Proveitos diferidos:
Esta conta de natureza credora, destina-se a registar os proveitos que devam ser
reconhecidos apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a dar cumprimento ao
principio da especialização dos exercícios.
No exercício ou exercícios em que devam ser reconhecidos como proveitos, esta conta
deverá ser debitada por contrapartida da conta de proveitos apropriada.
Devem ser registadas nesta conta os subsídios a fundo perdido destinados a financiar
imobilizações amortizáveis.
A quota-parte dos subsídios a transferir para proveitos (conta 63.4 – Subsídios para
investimento) em cada exercício deverá ser apurada na mesma base da determinação
das amortizações do imobilizado a que os subsídios se referem, por forma a cumprir
com o princípio do balanceamento de custos e proveitos.
Esta conta poderá ser subdividida por moedas ou por empréstimos e outras operações.
37.6.x – ….
Exemplo VI:
75
1) Em 01/11/N, temos:
200.000,00 600.000,00
400.000,00
2) No ano seguinte:
Exemplo VII:
5.000.000,00 5.000.000,00
5.000.000,00 5.000.000,00
76
3) Pela amortização anual do equipamento:
1.000.000,00 1.000.000,00
77
6. TRABALHOS DE FIM DE EXERCÍCIO
Todas as operações com relevância contabilística devem ser registadas dia a dia e
sintetizadas mensalmente nos chamados balancetes de verificação.
O exercício económico corresponde ao ano civil, sendo que tem inicio com o inicio de
actividade da empresa e término a 31 de Dezembro. Nessa altura, inicia-se o trabalho
de final de exercício com vista ao encerramento de contas da empresa.
Elementos Base:
Deve-se proceder à análise e revisão das contas com o objectivo destas espelharem com
fiabilidade os factos patrimoniais que ocorreram no exercício. Assim, deveremos:
Classe 1
Classe 2
Classe 3
78
Ø Verificar se é necessário criar/anular/reforçar as provisões para cobranças
duvidosas e outros riscos e encargos;
Ø Estimativa e apuramento de impostos.
Classe 4
Classe 5
Classe 6
Classe 7
Classe 8
79
Esquematicamente temos:
Dados do
Balancete de
Verificação
ü Diferenças
existentes
Lançamentos
Balancete
ü Diferenças
dos
de
Retificado
valores
não
regularização
registados
Dados do
inventário
80
B) Apuramento de resultados
Esquema de apuramento:
82 - Resultados Operacionais
82.1 61 - Vendas
61.9
62.9
63.9
64.9
65.9
71 - CMVMC 82.6
71.9
72.9
73.9
75.9
81
Passo 3: O saldo das contas 82.1 .... a 82.9 é transferido para a conta 82.19 -
Transferência para resultados líquidos
83 - Resultados Financeiros
83.1
66 - Prov. Ganhos Financeiros
61.9
76.9
Passo 3 - O saldo da conta 83.1 e 83.2 é transferido para a conta 83.9 Transferência
para resultados líquidos.
Passo 4 - O Saldo da conta 83.9 é transferido para a conta 88.2 RLE - Resultados
Financeiros Gerais.
82
84 - Resultados financeiros
filiais e associadas
84.1 67 - Prov e ganhos fin. Filiais e A
67.9
77.9
Passo 3 - Os saldos das contas 84.1 e 84.2 são transferidos para a conta 84.9 -
Transferência para resultados líquidos.
Passo 4 - O Saldo da conta 84.9 é transferido para a conta 88.3 - R.L.E. - Resultados
financeiros em filiais e associadas.
Passo 2 – Transferir os saldos das subcontas XX.19 – Transferência para resultados não
operacionais para as respectivas subcontas da conta 85.X – Resultados não
operacionais, conforme esquema abaixo.
68.9
85.2
78 - Custos e perdas não operac.
78.9
Passo 3 - O saldo das contas 85.1 e 85.2 é transferido para a conta 85.9 - Transferência
para resultados líquidos.
Passo 4 - O saldo da conta 85.9 é transferido para 88.4 - R.L.E. - Resultados não
operacionais
83
5) Apuramento de Resultados extraordinários
86 - Resultados extraordinários
86.1
69 - Proveitos e Ganhos extraord.
69.9
86.2
79 - Custos e perdas extraord.
79.9
Passo 3 - O saldo das contas 86.1 e 86.2 é transferido para a conta 86.9 - Transferência
para resultados líquidos.
A conta 87 – Imposto sobre os lucros, serve para registar a “quantia estimada para o
imposto que incidirá sobre os resultados corrigidos para efeitos fiscais” por
contrapartida da conta 34 - Estado subconta 34.1 – Imposto sobre os lucros.
84
87.1 - Imposto sobre os lucros
34.1 - Imposto sobre os lucros Imp. sobre resultados correntes
Imposto Imposto
industrial industrial
apurado apurado
Imposto Imposto
industrial industrial
apurado apurado
Passo 3: O saldo das contas 87.1 é transferido para a conta 87.9 - Transferência para
resultados líquidos que, por sua vez será transferido para a conta 88.5 – R.L.E.
Imposto sobre resultados correntes.
Passo 4: O saldo da conta 87.2 é transferido para a conta 87.9 – Transferência para
resultados líquidos que, por sua vez será transferido para a conta 88.7 - R.L.E. Imposto
sobre resultados extraordinários.
Passo 5: Transferir o saldo da conta 88.5 e 88.7 para a conta 88.9 – R.L.E. – Transferência
para resultados transitados.
Esta conta agrega os saldos das contas 82 a 87 de forma a determinar o R.L.E. No inicio
do ano seguinte, o seu saldo deverá ser transferido para a conta 81 – Resultados
Transitados.
85
Em suma, esquematicamente temos:
86
7. CASOS PRÁTICOS
Caso Prático nº 1
A empresa ABC, Lda, após ter sido feita a inventariação, apresenta os seguintes
elementos:
1 2 3 4 5 6 7 8 9=6+8 10=4-9
Máquina de corte 2008 2008 10.000.000,00 8 2.500.000,00 12,50 1.250.000,00 3.750.000,00 6.250.000,00
Toyota Prado 2010 2010 5.000.000,00 3 0,00 33,33 1.666.666,67 1.666.666,67 3.333.333,33
Hyundai IX5 2009 2009 3.000.000,00 3 1.000.000,00 33,33 1.000.000,00 2.000.000,00 1.000.000,00
Software 2009 2009 200.000,00 3 66.666,67 33,33 66.666,67 133.333,33 66.666,67
Secretárias 2007 2007 600.000,00 10 180.000,00 10,00 60.000,00 240.000,00 360.000,00
87
Operações efectuadas durante o ano 2011:
Considerações:
Pedidos:
88
Caso Prático nº 2
Outros dados:
Pretende-se:
89
Caso Prático nº 3
Pretende-se:
90
Caso Prático nº 4
3 – A 1 de Maio de N+1 adquiriu a pronto, 2.000 acções próprias ao Sr. X, pelo valor
unitário de 6,50 u.m.
Pretende-se:
91
Caso Prático nº 5
1 – A empresa é proprietária de um imóvel que lhe gera uma renda mensal de 2.400,00
u.m., vencível de 2 em 2 meses antecipadamente. No dia 1/12/N recebeu a renda
relativa aos meses de Dezembro n e Janeiro de N+1.
Ano N – 50%
92
Caso Prático nº 6
Saldo
Conta Descrição Débito Crédito
Devedor Credor
11 Imobilizações Corpóreas 1.000.000,00 0,00 1.000.000,00 0,00
21 Compras 310.000,00 310.000,00 0,00 0,00
26 Mercadorias 1.140.000,00 395.000,00 745.000,00 0,00
31 Clientes 1.085.500,00 620.000,00 465.500,00 0,00
32 Fornecedores 200.000,00 900.000,00 0,00 700.000,00
33 Empréstimos 0,00 300.000,00 0,00 300.000,00
34 Estado 0,00 45.000,00 0,00 45.000,00
37 Outros valores a receber e a pagar 66.000,00 127.000,00 0,00 61.000,00
43 Depósitos à ordem 1.420.000,00 366.000,00 1.054.000,00 0,00
45 Caixa 393.000,00 329.000,00 64.000,00 0,00
51 Capital 0,00 2.045.000,00 0,00 2.045.000,00
61 Vendas 60.000,00 845.500,00 0,00 785.500,00
62 Prestação de serviços 0,00 5.000,00 0,00 5.000,00
66 Proveitos e ganhos financeiros 0,00 1.000,00 0,00 1.000,00
68 Outros proveitos e ganhos não operacionais 0,00 15.000,00 0,00 15.000,00
71 CMVMC 395.000,00 30.000,00 365.000,00 0,00
72 Custos com o pessoal 102.000,00 0,00 102.000,00 0,00
75 Outros custos e perdas operacionais 80.000,00 0,00 80.000,00 0,00
76 Custos e perdas financeiras 72.000,00 0,00 72.000,00 0,00
78 Outros custos e perdas não operacionais 10.000,00 0,00 10.000,00 0,00
6.333.500,00 6.333.500,00 3.957.500,00 3.957.500,00
2 – Foi pago o prémio de seguro contra incêndio no valor de 480,00 u.m. relativo ao
período de 1/12/N a 30/11/N+1;
5 – Facturas emitidas relativas a serviços que só irão ser prestados nos exercícios
seguintes, pelo que não podem ser reconhecidos como proveitos neste exercício:
5.000,00 u.m.;
93
6 – Os juros pagos antecipadamente (1.650,00 u.m.) relativos ao empréstimo obtido,
referem-se ao período de 1/1/N a 31/12/N+1.
94
8. ANEXOS
95
MODELO DE BALANÇO
Empresa
Exercícios
DESIGNAÇÃO Notas
20XX 20XX-1
ACTIVO
Activos não correntes:
Imobilizações corpóreas 4
Imobilizações incorpóreas 5
Investimentos em subsidiárias e associadas 6
Outros activos financeiros 7
Outros activos não correntes 9
Activos correntes:
Existências 8
Contas a receber 9
Disponibilidades 10
Outros activos correntes 11
Total do activo
Capital 12
Reservas 13
Resultados transitados 14
Resultados do exercício
Empréstimo 15
Impostos diferidos 16
Provisões para pensões 17
Provisões para outros riscos e encargos 18
Outros passivos não correntes 19
Passivo corrente
Contas a pagar 19
Empréstimos de curto prazo 20
96
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Exercícios
Notas
20XX 20XX-1
Vendas ........................................................................................................... 22
Amortizações ................................................................................................. 29
Resultados operacionais
97
98
99
100