1. O documento discute o Renascimento e a nova mentalidade que surgiu durante esse período, incluindo o desenvolvimento do humanismo, do racionalismo e da curiosidade pelo conhecimento. 2. Destaca os descobrimentos portugueses que contribuíram para uma maior abertura cultural e mundialização do comércio. 3. Apresenta a teoria heliocêntrica de Copérnico, que colocou o Sol, e não a Terra, no centro do universo, marcando um avanço científico importante.
1. O documento discute o Renascimento e a nova mentalidade que surgiu durante esse período, incluindo o desenvolvimento do humanismo, do racionalismo e da curiosidade pelo conhecimento. 2. Destaca os descobrimentos portugueses que contribuíram para uma maior abertura cultural e mundialização do comércio. 3. Apresenta a teoria heliocêntrica de Copérnico, que colocou o Sol, e não a Terra, no centro do universo, marcando um avanço científico importante.
1. O documento discute o Renascimento e a nova mentalidade que surgiu durante esse período, incluindo o desenvolvimento do humanismo, do racionalismo e da curiosidade pelo conhecimento. 2. Destaca os descobrimentos portugueses que contribuíram para uma maior abertura cultural e mundialização do comércio. 3. Apresenta a teoria heliocêntrica de Copérnico, que colocou o Sol, e não a Terra, no centro do universo, marcando um avanço científico importante.
1. Renascimento Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna
2. Fatores de mudança Centralização do poder real Desenvolvimento económico e urbano Abertura de rotas comerciais com outros continentes Descobertas transcontinentais e transoceânicas (Portugueses e espanhois) → Maior intercâmbio cultural → Mundialização do comércio → Maior conhecimento do mundo (forma, dimensão, fauna, flora…) → Desenvolvimento de um conhecimento baseado na observação e experimentação Novas mentalidades e conhecimentos 3. Os descobrimentos portugueses “Não há dúvida que as navegações deste reino, de cem anos a esta parte, são as maiores, mais maravilhosas, de mais altas e mais discretas conjecturas que as de nenhuma outra gente do mundo. Os Portugueses ousaram cometer o grande mar oceano. Entraram por ele sem nenhum receio. Descobriram novas ilhas, novas terras, novos mares, novos povos e o que mais é, novo céu e novas estrelas.(…) Tiraram-nos de muitas ignorâncias e amostraram-nos ser a terra maior que o 4. Nova mentalidade Humanismo (confiança no Homem e nas suas capacidades) Antropocentrismo (Homem modelo e referência) Racionalismo (importância da razão e pensamento) Espírito Critico Curiosidade (interesse pelo conhecimento livresco, pela História e Arqueologia) Classicismo (Redescoberta da Antiguidade Greco-Romana) Individualismo (valorização do papel do indivíduo e das suas capacidades) Experiencialismo (valorização da experiência como fonte de conhecimento) Desenvolvimento das ciências Novas representações na arte (Homem, quotidiano e paisagem) 5. Nicolau Copérnico (1473-1543) Nasceu na Polónia, em Torum Estudou e ensinou em Cracóvia, Bolonha, Roma, Pádua e Ferrara Teve várias profissões (juiz, advogado, matemático, médico, cobrador de impostos e chefe militar) Estudou os clássicos e as teorias existentes sobre o geocentrismo e heliocentrismo A sua principal obra foi “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, onde expôs a sua teoria heliocêntrica Foi criticado pela Igreja, sendo a sua teoria discutida no Vaticano Homem renascentista Com diversos estudos, interesse pelos clássicos e espírito crítico. 6. A teoria heliocêntrica de Copérnico Resultou de anos de estudo e investigação Efetuou a análise rigorosa das teorias clássicas (geocêntricas de Pitágoras, Platão, Aristóteles, Ptolomeu, etc. e helicêntricas de Aristarco de Samos, Filolau Heráclides, entre outros) As suas conclusões resultaram de observações tendo por base apenas um quadrante solar, uma esfera armilar e um Torqueton Comprovou a sua teoria com base em complexos cálculos matemáticos Os seus estudos (ainda que com erros) foram o ponto de partida para astrónomos que o seguiram, como Galileu. Primeira defesa matemática e científica da teoria heliocêntrica 7. Itália, Berço do Renascimento Não era uma unidade política mas era composta por várias cidades-estado (repúblicas oligárquicas) com maior abertura social e cultural e rivais entre si. Dinamismo económico (desenvolvimento agrícola, artesanal, comércio internacional e atividades financeiras) Ascensão social da burguesia que se torna, nestas cidades, uma elite poderosa (Médicis e Strozzi em Florença, Sforza em Milão, Este em Ferrara) capaz de impôr o seu poder e um estilo de vida próprio que valorizava o trabalho , o luxo a riqueza e a formação intelectual Prática do Mecenato como forma de valorização social e da cidade. Proximidade de vestigios escritos, arquitetónicos e arqueológicos das civilizações clássicas Principais focos foram Roma, Florença e Veneza 8. O Mecenas Atraiu à corte numerosos poetas, pensadores e artistas (Leonardo Da Vinci, Boticelli, entre outros) Fundou tipografias Criou bibliotecas e e escolas onde estimulou o estudo dos clássicos Embelezou a cidade com numerosas obras de arte Colecionou livros, obras de arte e objetos raros Financiou a educação de artistas mais pobres Busto de Lourenço de Medicis por Verrocchio Retrato póstumo de Lourenço de Médicis, Giorgio Vasari 9. A instabilidade do século XVI Reformas protestantes • Aparecimento de novas Igrejas: Luteranismo, Calvinismo, Anglicanismo • Guerras e lutas religiosas Contrarreforma católica • Afirmação do controlo da Igreja com a criação da Inquisição e do Index • Aparecimento da Companhia de jesus Afirmação do poder real Desestabilização económica Inquietação, cepticismo, intolerância, crise de valores, controlo ideológico e religioso 10. O reflexo na arte de cinquecento Perde o rigor técnico e formal • Perfecionismo • Decorativismo • Exploração de sentimentos e sensualidade • Individualismo estilistico Maneirismo Parmigianino – Virgem do Pescoço Longo 11. O espaço de habitação das cortes urbanas A vida desloca-se para as cidades: • Administração • Habitação ducal • Universidades • Local de comércio • Morada de reis, nobres, clero, burguesia Palácio Palácio Rucellai, Florença Características exteriores Sem torres de vigia ou terraços ameados Grandes dimensões (habitualmente ocupa um quarteirão) Três ou quatro fachadas exteriores Aspeto compacto e fechado Com poucas aberturas ao nível do andar térreo (segurança) Horizontalidade Palácio Médicis Riccardi, Florença Palácio Farnese, Roma Características do interior Organizam-se em torno de um grande pátio central descoberto – Cortile • Centro orgânico do palácio • Decorado com mármores, estatuária, murais a fresco e medalhões de cerâmica esmaltada Os vários andares davam para o pátio numa elegante galeria com arcadas – Loggia • Rés-do-chão - área de serviços • Primeiro andar - dependências nobres e sociais ( piano nobile) • Segundo andar - zonas privadas Decoração interior luxuosa e artística • Revestimentos • Mobiliário • Cerâmica, etc Cortile, Palácio Médicis Riccardi, Florença 12. Os Cortesãos Surgem códigos de comportamento ou civilidade • "O Cortesão“, Baldassare Castiglione • “Civilidade Pueril”, Erasmo de Roterdão • “Tratado de Corte”, Refuge Definem-se as formas corretas de falar, de atuar, de vestir... O Cortesão ideal tinha: • Talentos físicos • Capacidades intelectuais • Qualidades morais • Boas maneiras • Bom porte Homem completo renascentista Dança em corte renascentista 13. Humanismo Renovação do pensamento europeu Expressão literária da nova mentalidade Admiração pelos clássicos: • Estudo e procura de textos antigos (sem alterações medievais • Paixão arqueológica (estudo de vestigios, monumentos, inscrições) • Formação pessoal Reinterpretação e recriação dos clássicos (não cópia) Escreviam nas linguas nacionais Desenvolveram o espírito crítico em relação à sociedade do seu tempo Optimismo Valorização da experiência e da razão Detalhe da pintura Academia de Platão, Rafael Sanzio 14. Humanistas Luís de Camões (poesia épica e lírica) - Lusíadas William Shakespeare (teatro) – Rei Lear Thomas More (crítica social) - Utopia Erasmo de Roterdão (crítica social) – O Elogio da Loucura Nicolau Maquiavel (crítica social) 15. A Imprensa Trazida da China ou invenção de Gutenberg (?) Surge na Alemanha em meados do século XV Rápida difusão na Europa Facilitou a difusão das ideias renascentistas e o ensino • mais livros e mais acessiveis • Continuam a ser objetos de luxo (caros) Publicação de: • Séc. XV – livros de temática religiosa • Séc. XVI – romances de cavalaria, clássicos, medicina, etc 16. A Reforma Protestante Indignado Martinho Lutero, monge agostinho, afixou nas portas da catedral de Vitemberga, em 1517, as 95 Teses Contra as Indulgências. • Condenava a venda das indulgências a troco de dinheiro • Demonstrava que a capacidade para conceder o perdão dos pecados não pertencia ao Papa • Defendia que a absolvição passava pela prática de boas ações. Lutero é excomungado 23. Se alguma vez uma remissão completa de todas as penas pudesse ser concedida a alguém, é certo que não o seria senão aos mais perfeitos, isto é, aos menos numerosos. 28. É certo que quando a moeda soa na caixa, o ganho e a cupidez podem aumentar; mas a intercessão da Igreja depende unicamente da vontade de Deus. 35. Pregam doutrina não cristã os que ensinam que a contrição não é necessária às pessoas que querem resgatar as almas ou adquirir os bilhetes de confissão. 36. Qualquer cristão, verdadeiramente arrependido, tem completa remissão tanto da pena como da culpa; ela é-lhe devida mesmo sem cartas de indulgências. 75. Opinar que as indulgências papais são tão poderosas que poderiam absolver um homem mesmo se, coisa impossível, ele tivesse violado a mãe de Deus –– opinar tal é estar louco. Excertos das 95 teses de Martinho Lutero 17. Luteranismo Bíblia era a única fonte de fé • É traduzida em alemão para possibilitar a livre interpretação pelos crentes Relação directa do crente com Deus: • Pastores servem apenas para celebrar as cerimónias religiosas e administrar os sacramentos • Rejeitam a autoridade do Papa Alteração da doutrina da Igreja • Salvação obtida pela fé e não pelas obras • Aceita apenas dois sacramentos (baptismo e eucaristia); • Rejeição do culto dos santos e da Virgem; • Perdão obtido graças a uma conduta correta 18. Calvinismo Bíblia era a única fonte de fé Rejeitam a autoridade do Papa Defende a teoria da Predestinação (Cada crente estaria, desde a origem, destinado por Deus à Salvação ou à condenação eterna - sucesso no trabalho é um indício de salvação) Aceita apenas dois sacramentos (baptismo e eucaristia); Rejeitam o culto dos santos e da Virgem; Criação de escolas religiosas Fim dos jogos e diversões Autocontrole 19. Anglicanismo Igreja criada pelo rei Henrique VIII de Inglaterra, em 1534, através do Acto de Supremacia. O rei é o chefe máximo da Igreja Bíblia era a única fonte de fé (em Inglês) Rejeitam a autoridade do Papa Aceita apenas dois sacramentos (baptismo e eucaristia); Rejeitam o culto dos santos e da Virgem; Mantêm o cerimonial (em inglês) e a hierarquia da Igreja Católica Contestação do poder do Papa e do clero em Inglaterra. (nobres ficam com as terras da Igreja) 20. A reforma Católica Reestruturação do clero com a imposição de uma disciplina mais severa para combater a falta de formação e os abusos dos membros do clero: Criação de seminários como centros de formação dos padres; proibição da acumulação de cargos; proibição da ordenação sacerdotal antes dos 25 anos; manutenção do celibato. Criação da Companhia de Jesus (Missionação) Reafirmação da doutrina oficial da igreja, posta em causa pelas doutrinas protestantes Introdução do catecismo; reafirmação de todos os dogmas da Igreja; manutenção dos sete sacramentos (Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimónio); reforço do culto dos Santos e da Virgem Maria; reforço da autoridade do papa S. Pedro Claver Missionário jesuíta