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RENASCIMENTO

História 8º ano
Movimento cultural europeu dos séculos XV e XVI, nascido em Itália e é o renascer da cultura
clássica. Caraterizado pela mudança científica, cultural, artística e de mentalidade.

Localização espaço-temporal
o Itália
o Séculos XV e XVI
o A partir de Itália expandiu-se pelo resto da Europa.

Condições favoráveis para o nascimento em Itália


o Itália estava dividida em vários Estados e alguns deles eram muito ricos;
o Havia muitos mecenas (homens ricos que ajudavam os artistas);
o Abundância de vestígios romanos e gregos, que serviam de modelo para os artistas;
o Existência de inúmeras escolas e universidades;
o Existência de grandes centros de comércio, como Florença, Veneza e Génova, onde chegava o conhecimento de
outros povos;
o O comércio criou uma certa rivalidade e competitividade entre os Estados o que favoreceu o desenvolvimento de
novas ideias.
Valores defendidos pelo Renascimento
Antropocentrismo
O Homem passou a estar no centro do Universo e das preocupações humanas. Tudo é feito à
medida do Homem, para o bem-estar do Homem e para a sua valorização.

Individualismo
O Homem tem capacidade para escolher e decidir por si próprio, para pensar por si próprio e
passa a valorizar-se e a acreditar nas suas capacidades.

Classicismo
Valorização da cultura clássica greco-latina. As artes da Grécia e Roma Antiga serviam de
modelo e inspiração aos artistas do renascimento.
Humanismo
Valorização e desenvolvimento das capacidades humanas, em que houve um interesse pelos
textos da antiguidade. Interesse no Homem, não só como grupo, mas também como ser
individual.

Naturalismo
Interesse pelo estudo da natureza física e humana em todos os aspetos.

Espirito crítico
O Homem passa a pensar por si próprio, a questionar a sociedade e o mundo que o rodeia, em
vez de o aceitar como um dado adquirido. Até o saber tradicional passa a ser questionado.

Experiencialismo e curiosidade científica


Necessidade de comprovar pela observação e pela experiência qualquer facto antes de o
aceitar como válido. Valorização do conhecimento.
 Antropocentrismo
Nova mentalidade
 Individualismo
 Classicismo
Nova forma de ver o mundo
 Naturalismo
 Curiosidade científica
 Espirito crítico Desenvolvimento cultural científico e artístico

Importância da imprensa
• A imprensa tornou-se um importantíssimo meio de difusão de
novas ideias, progressos e formas de pensamento, permitindo a
publicação de centenas ou milhares de cópias de diversas obras.

• Inventada por Gutenberg no século XV.


Avanços científicos
Medicina
o Dissecação de cadáveres – André Vesálio.
o Estudo da circulação sanguínea.

Geografia
o Representação do mundo nos mapas torna-se mais completa e exata.

Ciências naturais
o Conhecimento de novas plantas e animais.

Astronomia
o Nicolau Copérnico desenvolve a Teoria Heliocêntrica, em que o Sol se encontra no
centro do Universo e todos os outros planetas giram â sua volta.

Botânica/ farmacopeia
o Uso de plantas para práticas medicinais, onde se destaca Garcia da Orta.
Arte
Destacaram-se dois grandes centros de arte renascentista em Itália:

Florença, no século XV Literatura

Procura do regresso aos modelos da antiguidade, valorizando


Sob o domínio dos Médicis
o estudo das línguas grega e latina.
Houve uma revalorização de certos estilos literários, como o
Roma, no século XVI
estilo épico.
O espirito crítico também aparecia presente em obras que
Sob o mecenato dos papas
pretendiam apontar falhas na moral e nos comportamentos.

• Nicolau Maquiavel – “O Príncipe”


• Erasmos de Rotesdão – “O Elogio da loucura”
• William Shakespeare – “Romeu e Julieta”
• Cervantes – “D. Quixote”
• Luís de Camões – “Os Lusíadas”
Arquitetura

 Principal arquiteto – Brunelleschi, Miguel Ângelo


 Inspiração – arquitetura clássica (classicismo)
 Temas:
 Religiosos;  Caraterísticas:
 Mitológicos;
 Horizontalidade – definida pelos frisos, pelas
 Equestres.
cornijas e balaustradas;

 Tipos de edifícios:  Simetria – equilíbrio proporção e harmonia;

 Igrejas;  Colunas e pilastras de ordens clássicas;

 Palácios;  Arcos de volta perfeita;

 Bibliotecas;  Abóbada de berço;

 Hospitais;  Cúpula hemisférica;

 Arcadas;  Frontões triangulares;

 Fontes.  Entabelamento com frisos e cornijas;


 Planta basilical, nas igrejas;
 Decoração inspirada na natureza –
naturalismo.
Pintura

 Principais pintores – Leonardo Da Vinci, Boticelli, Rafael e Miguel Ângelo


 Temas:
 Religiosos;
 Visão quotidiana;
 Mitologia;
 Retratos.
 Caraterísticas:
 Principais inovações:  Naturalismo – presença de elementos naturais;
 Pintura a óleo – dá à composição mais vivacidade,  Racionalismo – a composição parece enquadrar-se
mais brilho e maior durabilidade; num esquema geométrico, geralmente uma pirâmide
 Temas não religiosos; ou triângulo;
 Perspetiva – permite criar a ilusão de profundidade,  Equilíbrio – distribuição equilibrada das formas e dos
tridimensionalidade; volumes;
 Sfumato – suaviza os contornos na transição da cor  Aplicação da lei da perspetiva – profundidade;
escura para a cor clara.  Presença de elementos arquitetónicos;
 Uso de feitos de luz e sombra – sfumato.
Escultura

 Principais artistas – Rafael, Donatello, Leonardo Da Vinci e Miguel Ângelo


 Temas:
 Religiosos;
 Mitológicos;
 Figuras laicas e equestres.

 Caraterísticas:
 Realismo/ naturalismo – grande semelhança com o real,
perfeito conhecimento do corpo humano.
 Dinamismo – sensação de movimento;
 Expressividade – captação de sentimentos e emoções;
 Harmonia.
Estilo manuelino
Corrente artística desenvolvida no reinado de D. Manuel I, influenciada pelos descobrimentos.
Embora seja visto, arquitetonicamente, como uma variante do Gótico, apresenta originalidades,
particularmente nos elementos decorativos.

Elementos decorativos
• Relacionados com as atividades marítimas – amarras, boias de rede,
conchas e corais;
• De caráter vegetalista e natural – troncos bordados e alcachofras;
• Símbolos reais e nacionais – esfera armilar, cruz da ordem de Cristo
e escudo das quinas.
Exemplos
• Torre de Belém
• Mosteiro dos Jerónimos
• Janela da casa do capítulo no Convento de Cristo

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