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Características Neoclássicas
Reformulação da herança clássica através de uma expressão universal;
Utilização de elementos clássicos;
Temas históricos, mitológicos, alegóricos, naturalistas e ordens arquitectónicas
clássicas;
Simetria, proporções, ordem e ritmo;
Simplicidade, austeridade, monumentalidade e despojamento;
Objectivo de ser uma arte com expressão universal;
Interesse na arte do passado, especialmente de Roma.
No campo técnico formal procurou o virtuosismo e a beleza idealizada dos Antigos,
alcançados através de aprendizagens rigorosas, feitas nas academias.
No campo conceptual e temático, os conteúdos “elevados” (eruditos, abstractos ou
moralizantes, baseados na História, na religião, na mitologia e na literatura), nos quais o
Belo se confunde com o Útil e a Estética se aproxima da Ética;
Imitação e recriação dos clássicos
*Inglaterra (Londres)
-Lord Burlington (Chiswick house)
-Colen Campbell (autor de inúmeras casas de campo para a aristocracia inglesa)
-Robert Adam (kenwood house)
*França (Paris)
-Jacques-Ange Gabriel (Petit Trainon)
-Jean François Chalgrin (Arcos de triunfo)
-Victor Louis (teatro de Bordeaux)
*Alemanha (Munique)
-Karl Gottfried Langhans (porta de Brandenburgo, Berlim)
-Kar Friedrich Schinkel (teatro nacional em Berlim)
-Leo Von Klenze (Palácio Leuchtenberg)
*Rússia (Sampetersburgo)
-Bolsa
-Coluna da Alexandria
*América
-Benjamim Latrobe e William Thornton (Capitólio de Washington)
*Portugal
-Porto (Portowine)
-Lisboa (teatro S. Carlos, Palácio da Ajuda)
Escultura
Temas: históricos, mitológicos, literários e alegóricos - serviram de base para representar e
retractar homens e mulheres, com roupagens e pouses semelhantes às dos deuses gregos e
romanos.
Tipologias: estatuas de corpos inteiros ou simples bustos e relevos.
Colocação: a estatuária foi colocada sobre pedestais ou em nichos, foi espalhada pelas praças,
pelas casas dos nobres e burgueses e cemitérios. Os relevos revestiam frontarias de edifícios
públicos e palácios.
Materiais: o mármore branco e em menor quantidade o bronze.
Aspectos técnicos
Rigor técnico desde concepção até acabamentos;
Cópia dos modelos clássicos: formas reais mas também idealizadas e serenas;
O respeito pelos cânones reflectem-se inexpressividade e impessoalidade.
Principais representantes: Canova e Houdon (Itália e França)
Pintura
Temas: históricos, alegóricos, mitológicos, heróis contemporâneos, paisagem, e o retrato.
Aspectos técnicos e plásticos
Composição centralizada/geométrica segundo regras clássicas;
Representação realista
Sobriedade dos elementos compositivos e narrativos;
Tratamento elaborado e equilíbrio da luz e da cor (não há grandes contrastes);
Cores sóbrias, não contrastáveis;
A cor tem função simbólica, apela ao pensamento e à razão (não há emoção);
Supremacia da linha sobre a cor;
Perfeccionismo técnico.
Fundos abstractos;
Figuras: encenadas, frias, distantes, pouco expressivas, corpos rigorosos
anatomicamente, paralelas ao quadro.
Principais representantes: David e Ingres (mestria da França)
*Arquitectura
*Decoração
Características
Contestou a tradição clássica, rejeitou cânones, regras e academias;
Defesa da interioridade (fuga ao real), o isolamento, valorização do passado de cada
nação, convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação, resulta de
impulsos pessoais;
Influência: Idade Média
Revalorizava os sentimentos e as emoções, defendendo que a beleza não se atingia
através das regras académicas, mas era “uma revelação da alma”
Foi um produto da própria época histórica que se vivia e das suas contradições:
- Princípios humanistas e nacionalistas do liberalismo
- Idealismo revolucionário vivido pelo povo
- A desilusão causada pela reacção burguesa que, tornou-se num elite
dominadora, virando costas ao povo
- O avanço da industrialização e da urbanização e dos desencantos da vida
citadina
- As novas correntes de pensamento como a filosofia de Kant e de Schelling e
do pessimismo de Scopenhauer.
Defendeu:
- a interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções, os sonhos,
os devaneios e as fantasias; e as viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga
ao real.
- o isolamento da alma em comunhão com a natureza, a exaltação do mundo
rural, campestre e puro, e no interesse pelas sociedades primitivas ou exóticas, não
maculadas pela civilização ocidental
- a valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam na Idade
Média
- a convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação e obedece
unicamente a impulsos pessoais, como uma necessidade inata e sublime.
Arquitectura
Devia provocar sensações, motivar estados de espirito, transmitir ideias;
Irregularidade das plantas e das volumetrias – variação dos efeitos de luz;
Integração de novos materiais e técnicas (ferro, vidro, produção industrial) resultantes
da industrialização;
Revivalismos (reviver estilos do passado)
Desenvolvimento do Neo-Gótico, do Neo-Romantico, do Neo-Arabe, no caso português, do
Neo-Manuelino e o exotismo;
Historicismo (inspiração no passado)
Inspiração em épocas passadas não influenciadas pelo Classicismo, isto é, na Idade Média e
também em civilizações contemporâneas mas diferentes e exóticas (Norte de África e o Mundo
Oriental);
Exotismos (inspiração em culturas exóticas)
Desenvolveu-se o hábito pelas viagens e o gosto pelo estranho;
Ecletismos (mistura de várias fontes de inspiração na mesma construção);
Grande pendor decorativo. Arquitectura civil muito importante;
Pintura
Temas: quotidiano; expressão de sentimentos e emoções fortes (medo, aflição, amor, triunfo);
fantástico, poético, dramático, retratos psicológicos, exótico, inspiração medieval; aspectos
rebeldes e incontroláveis da natureza.
Aspectos Técnicos e Plásticos
Primazia da imaginação e da expressão individual, em detrimento do intelectualismo;
Teatralidade e idealismo sentimental;
Valorização do indivíduo do passado e presente histórico e da natureza;
Procura de soluções técnicas, temáticas e estéticas;
Utilização da cor como forma de renovação plástica;
Diluição do desenho e dos limites da forma, marca da pincelada;
Fortes contrastes cromáticos;
Intensos efeitos de claro - escuro;
Estrutura agitada, movimentada, marcada por linhas obliquas e sinuosas;
Pintura animalista, heróica e histórica, exótica, patética e nostálgica, paisagista
Escultura
Temas: natureza; cenas fantásticas ou alegóricas; heróicos;
Aspectos Técnicos e Plásticos
Uso do inacabado e do propositadamente indefinido juntamente com o acabamento
rigoroso Neoclássico, para melhor transmitir os sentimentos e emoções;
negação de algumas regras de representação e de perfeição do neoclássico;
materiais: mármore, bronze e madeira.
Procurou-se expressividade exaltada de sentimentos e emoções, o movimento e o
dramatismo;
Realismo
Pretendia exprimir com rigor a realidade física e social. Tinha um papel social de denúncia da
opressão e desumanização da sociedade industrial.
Características gerais
Anti-academismo: base para o abandono das convenções teóricas e académicas quanto
à importância dos temas históricos, clássicos e teóricos;
Tradução com autenticidade e rigor cientifico da realidade física, humana e social:
introdução do espirito analítico - científico na arte;
Representação da natureza tal qual se manifesta e não como é pensada;
Colocação da pintura convencional e académica em questão, dada a recente
descoberta da fotografia e a sua aplicação no retracto e na reprodução de obras de arte;
Introdução do quotidiano na arte e de tipos sociais da sociedade rural e urbana;
Influência dos conflitos sociais e do aparecimento de novas teorias sobre a sociedade;
Renovação da gravura, especialmente xilogravura, que se torna um meio privilegiado de
divulgação de cenas e de tipos sociais;
Base do Naturalismo oitocentista.
Autores: François Rude, Antoine-Louis Barye, Jean Baptiste Carpeaux
Pintura
Temática de índole social (denúncia de injustiças e contradições); mundo rural (camponeses) e
urbano (operários); tipos sociais e humanos; cenas do quotidiano.
Aspectos Técnicos e Plásticos - imitação da natureza objectiva;
Representação da figura humana feita com rigor, respeitando a anatomia das
proporções das volumetrias e a cor do ambiente;
Toma a realidade objectiva e a natureza observável como ponto de partida,
representando-as com total fidelidade e minúcia;
Novo tratamento da luz (tons mais claros e intensos);
Nova consistência dos volumes.
Escola de Barbizon
Naturalismo
Características gerais
Permanência das regras clássicas da perspectiva e relação com o academismo;
Imitação do real (como a fotografia) sem qualquer dimensão critica ou analítica;
Representação da vida moderna, rural poética ou folclórica e de cenas do quotidiano
(paisagens marinhas, cenas bucólicas, ambientes populares, quotidiano intelectual e
burguês, retrato);
Representação da figura humana feita com rigor, respeitando a anatomia das
proporções e das volumetrias e a cor do ambiente
Muito do agrado da burguesia, que nela se revia;
Estética dominante na pintura oitocentista em Portugal, entretanto mesmo pelo século
XX ;
Principais representantes em Portugal: Malhoa e Columbano.
Principais autores: Gustave Coubert, Millet, Corot
Pintura
Aspectos Técnicos e Plásticos
Permanência das regras clássicas da perspectiva;
Relação com o academismos oitocentista;
Estilo conformista, não fazendo critica social como o realismo em França;
Uso das gradações de cores primárias;
Pintura livre, serena e cheia de transparências;
Os retratos são subtis e as paisagens com marcação de volumes;
Simplicidade e harmonia das personagens e da sua estética;
Pintura sentimental bucólica;
Pincelada mais definida nas feições e nas roupas;
Expressividade e intensidade dramática;
Analise expressiva do retracto físico e psicológico.
Interesse pela natureza concreta fora dos ateliers, pelogosto dos tipos humanos e por
cenas do dia a dia.
Temática: paisagens marinhas, cenas bucólicas, ambientes populares ou burgueses e
retratos com sentimentalismo.
Tiveram um particular interesse pelos valores atmosféricos e pelos efeitos de luz.
Escultura
Temas: literários, históricos, alegóricos, 'o nu',
Antecedentes / influências
Fotografia e enquadramento fotográfico;
Estampas japonesas ( contorno e forma planificada);
Courbet e dos pintores da Escola de Barbizon;
Descobertas científicas sobre a cor, a luz e a percepção;
Aparecimento das tintas industriais;
Características
Eram contra o romantismo, o academismo e o realismo;
Não têm programa próprio são o reflexo da personalidade de cada um;
Registo do real em constante mudança
Captação de uma realidade parcial e sensível, que é a da luz e os seus efeitos sobre a
Natureza, pessoas e objectos;
Procurou captar o instante luminoso fugaz em constante mutação;
A técnica sobrepõe-se ao tema;
Rejeitam os efeitos da perspectiva;
Utilizam o ponto de vista aéreo;
Interesse na captação de uma dada realidade, parcial e sensível, que é a da luz e dos
seus efeitos sobre a natureza, as pessoas e os objectos
Procura da captação do instante luminoso, fugaz e fugidio em constante mutação
Técnicas
Tintas retiradas directamente dos tubos;
Uso de contrastes de cores complementares;
Justaposição, na tela de pequenas pinceladas, nervosas, rápidas e em forma de virgula
ou interrompidas, executadas com grande rapidez;
Divisão da cor;
Utilização das descobertas científicas sobre a cor e a luz;
Uso de transparências e desmaterialização da pintura;
Cores fortes, puras e vibrantes, aplicadas de acordo com a lei das complementares, de
modo a obter a fusão dos tons nos olhos dos espectadores;
Quadro tem um aspecto rude, bruto, inacabado e pouco trabalhado. Fluido e aéreo;
Principais representantes :MONET, DEGAS, RENOIR, PISSARRO, SISLEY.
*Neo Impressionismo
Pós-Impressionismo
Cézanne – Cubismo
Autonomia da arte face ao real;
Contrastes cromáticos;
Cor como forma de construção de planos;
Geometrização;
Formas com volume;
Perspectiva errada;
Multiplicidade de pontos de vista;
Submissão da natureza à arte;
Gauguin, no contexto artístico da transição do séc. XIX para o séc. XX - Paul Gauguin
constituiu, juntamente com figuras como Seurat, Cézanne e Van Gogh, o grupo de artistas
designados como Pós-Impressionistas que, a partir de 1880, representaram as diferentes vias
de saída do Impressionismo (explorando campos diferentes), como reacção a este movimento,
tentando novas formulações plásticas. Amizade com Van Gogh. Importância e influência das
civilizações primitivas. Ligação ao Simbolismo.
Características da pintura de Gauguin nos seus aspectos formais e temáticos - Influência
dos valores e das formas de expressão das civilizações «primitivas». Formas planas,
simplificadas, contornadas a negro. Importância da mancha de cor, com recurso a cores
brilhantes. Temática religiosa ou relacionada com essas sociedades «primitivas» e com a
cultura popular bretã, de forte expressão simbólica.
Em que medida a obra de Cézanne decorre do Impressionismo - A obra de Cézanne parte
do Impressionismo, mas supera-o. Valoriza a estrutura do objecto (estável) em oposição à sua
aparência (instável); preconiza a construção da forma em oposição à sua diluição; considera
que a composição pictórica deve resultar da reflexão sobre a percepção visual e que as formas
observadas devem ser construídas na tela através de manchas de cor. Como resultado desta
reflexão, a sua obra abre caminho para o Cubismo.
Ruptura da obra de Van Gogh com o Impressionismo - Concepção da pintura como meio
de expressão de emoções, em oposição à pintura impressionista, forma de representação de
sensações; «arbitrariedade» no uso expressivo da cor, em oposição à utilização científica da
cor; acentuação da forma, em oposição à sua desmaterialização.
*Simbolismo
- reacção contra a sociedade industrializada e materialista desta época e contra o
pendor representativo e objectivo da arte vigente- naturalismo, realismo e impressionismo-,
valorizando em contrapartida o mundo subjectivo e a interioridade, alcançados pela sublimação
da realidade visível
- baseou-se em estado emocionais e anímicos, ou seja, nas angústias, nos sonhos e nas
fantasias, separando a arte da natureza
- temática: histórica, literária, mitológica, religiosa, filosófica e do quotidiano
- não reproduzem a realidade natural, mas a nova realidade espiritual
- ideal simbolista tinha de ser:
-ideista, pois o seu único ideal será a expressão da ideia
-simbolista, pois exprimirá esta ideia em formas
-sintetico, pois escreverá estas formas, esses sinais, segundo um modo
de compreensão geral
-subjectivo, porque a pintura decorativa propriamente dita, tal como a
conceberam os egípcios, muito provavelmente os gregos e os primitivos, não é senão uma
manifestação da arte ao mesmo tempo subjectiva, sintética, simbolista e ideísta.
*Gauguin
Influência das estampas japonesas, nas formas planas e simplificadas e também no
contorno destas – cloisonnisme;
Cores antinaturalistas e simbólicas;
Deformação das figuras;
Modificação da perspectiva;
Importância da cor como mancha;
*Nabis
- pretenderam romper com o impressionismo, anunciando e preparando os movimentos
que vão a seguir
- receberam influências de Cézanne, da pintura japonesa
- adoptaram formas simplificadas, imagens sintéticas e a pureza das cores aplicadas à
pintura e ao vitral, a desenhos, em cenários, em ilustrações e cartazes.
- a temática não foi muito importante, embora alguns dos seus autores possuam obras
com características intimistas e decorativas.
- Introdutor: Paul Sérusier
- Autores mais importantes: Maurice Denis, Édouard Vuilliard, Pierre Bonnard
Características e importância
Atitude provocadora em relação ao academismo;
Apresentação da pintura como uma arte que se afirma através da violência da cor
Bidimensionalidade ausência de modelado;
Transmitir ao espectador emoções estéticas profundas através da exaltação de cores,
querem Chocar as pessoas;
Perspectiva rejeitada;
Pincelada directa e emotiva;
Empastamento de tintas;
Temática não é relevante;
Utilizaram conhecimentos das teorias da cor;
Exaltação da cor;
Pretende transmitir ao espectador emoções estéticas profundas através da exaltação
das cores que delimitam as formas planificadas, onde a ilusão da terceira dimensão se
perde
A expressão é dada pelas linhas e pelas cores, onde se ressaltam os efeitos
contrastantes destas, pela pincelada directa e emotiva, pelo empastamento de tintas e,
como consequência, pela ausência de modelado.
Não tem temática
Principais autores: Henri Matisse,
Características.
Ponte entre o visível e o invisível;
Contra a arte académica, o Impressionismo e a era industrial;
Relação mais pura e directa com a natureza;
Valorização do acto criativo;
Expressão dos temas através da acentuação e contraste dos elementos plásticos (cores
violentas; formas exageradas);
O tema não é relevante mas sim a forma como é tratado: solidão, angústia, dramas
sociais, dramatismo da natureza;
Autonomia dos elementos pictóricos;
Linguagem figurativa;
Faziam crítica social: prostituição, dor, injustiça, exploração;
Formas deformadas, aguçadas e contornadas a preto;
Pincelada larga e composições simples;
Tinha aspecto tosco, inacabado com espaços por pintar;
Abertura para a Abstracção Lírica;
Autores: James Ensor, Edvard Munch
Características:
Impulsionado por Kandinsky (contraste e intensidade da cor, carácter esquemático e
abstractizante das formas, simbolismo das cores);
Objectivo: construir uma arte pessoal que nascesse da necessidade interior;
Cor luminosa, límpida e pura;
Menos brutal, mais harmoniosa;
Dinamismo da forma;
Reconquista da pureza da natureza através da figuração;
O tema era pouco importante, mas o tratamento dele, era muito espiritual e interiorizado;
Autores: Wassily Kandinsky, Paul Klee
Cubismo
Influências:
Cézanne (geometrização, composição e organização de planos e autonomia da arte
face ao real);
Arte Africana: formas simplificadas, volumétricas e duras;
Arte naif, arte pré-histórica e ibérica;
Novos conceitos modernos (teoria da relatividade);
*Rodin:
-emoção traduzida em forma plástica
-forma inacabada
-contrapôs formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos, de delicadas superfícies e doces
contornos, ao bloco de pedra rugoso, inacabado e em bruto de ode saíram
-as suas peças modeladas não são lisas nem polidas. Estão cheias de superfícies reentrantes
e salientes, côncavas e convexas que absorvem e reflectem a luminosidade, criando uma
ilusão de força, de dinamismo e de vitalidade.
-as principais obras eram de inspiração medieval e renascentista
-características das suas esculturas: figuras em tamanho real; mãos e pés enormes que
expressavam os sentimentos; estátuas de homenagem, inúmeras cabeças; movimento.
*escultura do século XX
*Maillol
-escultor da exaltação da beleza feminina, em atitudes simples e movimentos plasmados, de
formas naturalistas desligadas de qualquer relação histórica ou mitológica.
*Henri Matisse
-fixou no bronze, em esculturas e relevos, figuras de modelação compacta e rude, bastante
simplificadas formalmente
*Pablo Picasso
-experimentou diversos materiais soldados, unidos e colados em peças onde os planos
multifacetados do cubismo estão presentes
*Umberto Boccioni
-fixou o movimento e a acção dinâmica futuristas nas suas obras
-inovação ensaiada não só pelos arquitectos mas principalmente pelos engenheiros e doutros
ramos construtivos
-novos desafios no campo da construção:
-nas cidades, a aglomeração populacional degradou e tornou insuficiente o parque
habitacional, impondo a sua renovação rápida e de forma mais económica e mais adaptada ás
condições de vida da época. Surgiu assim a construção em altura (os grandes prédios para
arrendamento com habitação por andares), que exigiu uma revisão dos sistemas, dos
processos e dos modelos construtivos vigentes;
-a expansão da economia industrial e capitalista trouxe consigo a necessidade de
implantação de novas infra-estruturas materiais para a produção e para o transporte:
fábricas, armazéns, estufas, silos, gares de caminhos-de-ferro, alfândegas, mercados, pontes,
pavilhões temporários para exposições
-os engenheiros eram portadores de uma maior preparação científica
-aplicação de saberes científicos ligados a física, a mecânica, geometria, matemática, etc
-utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos
-aproveitamento de novos materiais mais baratos como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, o aço,
o cimento armado e betão
_utilização do ferro (a partir dos fins do séc.XVII)
-o ferro permitiu as construções abertas como as pontes e de grandes cúpulas e outras
coberturas arrojadas
-invenção da viga mestra em ferro
-as vigas metálicas eram escondidas sob invólucros de pedra, mármore ou tijolo, ou
então eram disfarçadas, dando-lhes formas decorativas ao gosto da época como os
rendilhados, floreados etc
-construções dos caminhos-de-ferro
-arquitectura do ferro e do vidro ( 2ªa metade do século XIX)
-mercados municipais, fábricas, jardins de Inverno em mansões particulares, e vilas
operárias
-tendências inovadoras:
-necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos,
aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia, como o uso do
esqueleto construtivo em ferro, a utilização da construção modular e de elementos pré
fabricados e estandardizados
-materiais mais funcionais e resistentes que possibilitaram a construção em
altura e o desenvolvimento de novas tipologias tornando mais rápidas as construções.
-desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos dando
linearidade dinâmica e estrutural às barras de ferro, que aliadas ao vidro pareciam
desmaterializar os volumes arquitectónicos, interpenetrando-os de luz e ar.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
-movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que ficou marcado pela ruptura com
a tradição na procura de novas expressões- formais, técnicas e estéticas- que melhor
correspondessem as progresso e aos novos gostos que as sociedades ocidentais (industriais,
capitalistas, burguesas e “de consumo”) haviam desenvolvido.
-privilegiaram a sensibilidade e a fantasia, o refinamento estético e a imaginação, num claro
gosto pelo decorativo e pelo pitoresco
ESCOLA DE CHICAGO:
*Artes Aplicadas
- atribuíram-se-lhes as concepções estéticas e formais da arte nova, e tal, como na
arquitectura, é possível distinguir, entre esses artistas e escolas, tendências particulares
diferentes, oscilando entre o pendor decorativo que tende a mascarar a forma e o rigor
conceptual da forma que segue a função e respeita as características.
-escolas:
-Nancy (França)
-Deutsche Werkbund (Alemanha)
-Áustria (Viena)
-Nova Ioque
*Abstraccionismo
Autonomia da arte face ao real;
Obra de arte como uma representação do mundo e não como uma representação
narrativa;
Obra de arte como uma estrutura formal e cromática simbólica;
Introdução da racionalidade e da simbologia analógica de formas, ritmos e cores;
Não se imita a realidade;
Não é figurativa, nem objectiva;
* Realismo Socialista
A designação diz respeito ao estilo artístico aprovado pelo regime comunista da ex-URSS,
por ocasião do 1º Congresso de Escritores Soviéticos, em 1934.O realismo socialista
aparentemente
filia-se ao realismo como doutrina estética, que triunfa em solo francês, a partir de 1850, com a
pintura
de Gustave Courbet 1819-1877),cujo compromisso é com o enfrentamento direito do mundo.
Vincula-se também a uma tradição mais claramente naturalista, que pensa a arte como
documentação da realidade. Um realismo de feitio mais claramente "social" se encontra
esboçadojá
na produção de Courbet - a representação de trabalhadores e camponeses -, e ganha
expressão em
obras de diversos artistas dos séculos XIX e XX, por exemplo, nos trabalhos de Jean-François
Millet
(1814-1875), voltados para o universo rural e para a vida rústica, e nos de Honoré Daumier
(1808-1879),
verdadeiros comentários da situação social e política. Nada mais distante da vocação crítica
exercitada
por essa tradição realista do que o realismo académico e partidário dos realistas socialistas.
Em solo russo,
a produção artística das primeiras décadas do século XX notabiliza-se pelo forte compromisso
social – acentuado pela Revolução de 1917 e pela adesão dos artistas a uma arte nova, a
serviço
da revolução e da vida do povo -, o que não significa descarte das pesquisas formais. Tanto o
construtivismo
quanto o suprematismo procuram articular inovação formal e engajamento, de modo a superar
dilemas do
tipo esteticismo ou participação, forma ou conteúdo.
* Neo-realismo mexicano
-grande qualidade plástica das obras produzidas, onde a temática social, de forte cunho
marxista
e nacionalista, foi traduzida numa linguagem estética vanguardista.
-os autores de maior relevo são: José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e Diego Rivera.
Aproveitando a Revolução Mexicana de 1910, estes artistas fizeram várias pinturas murais,
usando
um estilo modernista inovador, marcado pelo expressionismo, pós-cubismo e surrealismo,
exaltando
assim o povo mexicano. Assim, valorizaram o seu esforço na luta pela liberdade e na
construção
do progresso do seu país.
NEO-REALISMO PORTUGUÊS:
Características do Neo-Realismo português, integrando-o nos contextos nacional e
internacional - O Neo-Realismo, movimento político-cultural que, em Portugal, englobou
primeiro a literatura e, depois, a arte no período após a Segunda Guerra Mundial. Pontos de
contacto com o Realismo Social alemão e francês dos anos 20-30 e com o da América Latina
(os muralistas mexicanos e o brasileiro Portinari) e, ainda, com o Realismo Socialista soviético.
As concepções neo-realistas defendem uma consciência mais crítica nos domínios do papel
social da arte, colhendo bastante apoio num período altamente politizado (a ideia da queda do
regime salazarista identifica-se com a queda dos regimes nazi e fascista). Em oposição às
exposições oficiais do SNI e assumindo-se como núcleo de resistência anti-regime, surgem as
Gerais de Artes Plásticas e Arquitectura da SNBA (1946-56), onde predominou a tendência
neo-realista, mas onde expunham também (inicialmente) surrealistas e artistas de linha
naturalista (foram pintores ligados ao Neo-Realismo Júlio Pomar, Vespeira, Lima de Freitas,
João Abel Manta e os escultores Arlindo Vicente e Jorge Vieira). Tendo o Neo-Realismo
surgido em Portugal no mesmo período que o Surrealismo e o Abstraccionismo, gerou-se,
entre estes três movimentos, acesa polémica sobre a natureza e o papel da arte.
*As segundas vanguardas (décadas de 40 e 50)
Contributo da obra de Andy Warhol para o movimento da Arte Pop - Reflexo duma
sociedade que faz do consumo um valor, a obra de Warhol elege os bens de consumo como
tema e transforma a arte em bem de consumo. Dá tratamento plástico semelhante tanto às
figuras mediáticas (artistas de cinema, intérpretes da música pop, políticos) como aos bens de
consumo (embalagens de produtos alimentares ou de limpeza, etc.); o dinheiro, instrumento de
posse e poder, é representado directa ou simbolicamente. Usa correntemente a fotografia,
como instrumento de trabalho, e a serigrafia, como forma de reprodução múltipla.
o Características
Expressão artística fria e impessoal, onde não estão patentes as
acções ou as emoções do artista
A pintura apresenta-se lisa e sem marcas de individualidade
parecendo fotografias de formato gigante
FUNCIONALISMO:
O Funcionalismo exprimiu uma das tendências da Arquitectura do século XX,
contribuindo para a afirmação e para a divulgação do Movimento Moderno. Afirmando
a funcionalidade, a universalização e a racionalidade, materializou-se sobretudo
através da acção de Le Corbusier nos CIAM (Congresso Internacional dos Arquitectos
Modernos), na divulgação da Carta de Atenas (documento sobre o Urbanismo
Moderno) e na influência da obra deste mestre.
Características do Funcionalismo nos seus pressupostos teóricos e na sua
relação com a realidade social da época - Corrente racionalista da Arquitectura do
século XX, desenvolve-se na conjuntura social do Pós-Primeira Guerra Mundial
(desenvolvimento da indústria/crescimento da população urbana/desenvolvimento e
mecanização dos serviços e transportes). Defende, como princípios, a prioridade do
planeamento urbano sobre o projecto arquitectónico, a máxima economia na utilização
dos solos e na construção, a racionalidade das formas arquitectónicas na resposta às
necessidades detectadas e o recurso sistemático à tecnologia industrial
(padronização, pré-fabricação, seriação). Figura central é o arquitecto Le Corbusier
que estabelece o sistema construtivo Dom-mo — pilares/placa de betão. A sua
adopção tornou possível pôr em prática os princípios da planta-livre e espaço
contínuo, necessários ao projecto racional de qualquer tipo de edifício adaptável às
exigências dos seus habitantes ou utentes. Foi rápida a expansão deste sistema e
destes princípios, para a qual contribuiu a acção dos Congressos Internacionais de
Arquitectura Moderna.
ORGANICISMO:
O Organicismo contribuiu para o desenvolvimento da Arquitectura Moderna a partir dos
Estados Unidos da América. Referenciado pela obra de Frank Lloyd Wright, este movimento
defendia a conjunção de uma estética orgânica com a racionalidade, através da exploração da
singularidade de cada edifício, da relação com o sítio e a paisagem, da interpenetração do
espaço interior com o espaço exterior e, ainda, da valorização estética de materiais e sistemas
construtivos.
Contributo do Organicismo para o Movimento Moderno na Arquitectura - A obra do
arquitecto F. L. Wright é referenciada como o exemplo paradigmático do Organicismo. O seu
contributo foi decisivo para o Movimento Moderno, projectando o contexto artístico americano
na cena internacional. Muitos edifícios da sua autoria são marcos inovadores na História da
Arquitectura. O Organicismo como uma das tendências do Movimento Moderno; o papel de
Frank Lloyd Wright e da Arquitectura americana; a afirmação da espacialidade e da construção
como valores arquitectónicos; relação entre a arquitectura e a paisagem; valorização dos
materiais.
MODERNISMO PORTUGUÊS:
NEO-REALISMO PORTUGUÊS:
Características do Neo-Realismo português, integrando-o nos contextos nacional e
internacional - O Neo-Realismo, movimento político-cultural que, em Portugal, englobou
primeiro a literatura e, depois, a arte no período após a Segunda Guerra Mundial. Pontos de
contacto com o Realismo Social alemão e francês dos anos 20-30 e com o da América Latina
(os muralistas mexicanos e o brasileiro Portinari) e, ainda, com o Realismo Socialista soviético.
As concepções neo-realistas defendem uma consciência mais crítica nos domínios do papel
social da arte, colhendo bastante apoio num período altamente politizado (a ideia da queda do
regime salazarista identifica-se com a queda dos regimes nazi e fascista). Em oposição às
exposições oficiais do SNI e assumindo-se como núcleo de resistência anti-regime, surgem as
Gerais de Artes Plásticas e Arquitectura da SNBA (1946-56), onde predominou a tendência
neo-realista, mas onde expunham também (inicialmente) surrealistas e artistas de linha
naturalista (foram pintores ligados ao Neo-Realismo Júlio Pomar, Vespeira, Lima de Freitas,
João Abel Manta e os escultores Arlindo Vicente e Jorge Vieira). Tendo o Neo-Realismo
surgido em Portugal no mesmo período que o Surrealismo e o Abstraccionismo, gerou-se,
entre estes três movimentos, acesa polémica sobre a natureza e o papel da arte.
Pintura
A partir de 1935 a pintura portuguesa esteve limitada pela pintura oficial. Era controlada
pelos politicos, a pintura era cada vez mais necionalista, ruralista e de pendor sentimental,
uma pintura figurativa e de facil leitura,as cores eram claras e calmas.
Porem esta situação provocou varias reacções entre os artistas, uns emigraram (como
Vieira da Silva), outros ficaram e lutaram dentro dos possiveis para conhecer e acompanhar
as novidades artisticas internacionais (como Antonio Pedro) e outros adequeriram o
estatutode “artista apolitico” que lhe permitia qualquer posição (como Almada Negreiros).
Os pintores que ca ficaram como Dórdio Gomes (1890-1976) e Abel Manta (1888-1982) foram
autores de importantes realizações de esposições e formação de grupos e os introdutores do
Expressionismo nos anos 40, do Neo-Realismo, do Surrealismo e do Abstraccionismo nos anos
40-50, numa oposição à ditudura criam uma participação democrática na vida política e cultural
portuguesa que se estendeu à literatura e cinema.
Expressionismo
Mario Eloy foi o principal pintor desta corrente que se expandiu em portugal com caracteristicas
proprias como: passar sa dor quotidiana ao visionarismo(pinturas de Eloy e Alvarez) e da
sátira(nos quadros de Júlio Reis) à ternura e ao lirismo; tudo em cores vivas e lementos
decorativos populares, embora a tecnica continuasse a ser academica.
O expressionismo teve sempre bons auto-retratos, como os de Eloy e Tagarro.
Mario Eloy (1900-1951) passou po Paris, Berlim, onde expôs ao lado de Braque, Picasso,
Chagal, Kokoschka e outros. Autor de desenhos feitos a lapis,à pena, a tinta ou a oleo, cheio
de virtuosismo, mas onde é realçada a luz, a expressividade das cores e dos tons frios, de azul
e verde. Este pintor tem algumas preocupações de rigor construtivono arranjo de formas e das
figuras. Perto do traço de Picasso mas longe do seu optimismo. Foi o pintor mais importante do
expressionismo figurativo em portugal, pele representação dos sonhos e dos pesadelos onde
as figuras humanas eram insignificantes e angustiadas e por isso aprosximou-se do
surrealismo.
Neo-Realismo e o Surrealismo
Neo-Realismosurgio nos finais dos anos 30 defendia a denuncia da realidade sociale tinha por
base a ideologia de inspiração marxista. Partindo da admiração das pinturas mexicanas e
brasileiras os nossos pintores foram dando vida a estas ideis. O Neo-Realismo foi bem aceite
por muitos artistas por isso a partie de 1946 foram criadas as exposições gerais de artes
plasticas,numa tentativa de aproximar a arte do povo. Os pintores que mais se destacaram
foram: Júlio Pomar, Vespeira, Moniz Pereira e Júlio Resende,que depois passaram para o
surrealismo ou abstraccionismo. Mas paralelamente em 1940 apareceu outra corrente o
surrealismo, atraiu muitos artistas pelas novas propostas que apresentava e porque as ideias
do neo-realismo e o poder politico não eram compativeis. A 1ª manifestação surrealista
preparada por Antonio Pedro, Antonio Dacosta, e a escultora inglesa Pamela Bodin. Em 1947
era constituido o Grupo Surrealista de Lisboa, com alguns artistas conhecidos do neo-realismo,
a esses juntaram-se Candido da Costa Pinto, Cruzeiro Seixas e mais tarde Mario Cesariny.
Antonio Pedro foi o grande introdutor do surrealismo em portugual e o primeiro critico de arte
moderna. Esteve em Parise em Londres, defendeu a função contestataria da arte, e nas suas
obras desenvolveu uma tematica e uma representação figurativa de metamorfoses e
autocostrução sucessiva que a maneira de dali, pretendia revelar os espaços ambiguos do
sonho.
O Abstraccionismo
As suas origens são Amadeu de souza-Cardoso, Santa Rita Pintor e Almada Negreirose
principalmente Maria Helena Vieira da Silva.o seu abstraccionismo tem uma sogestão de
profundidade oposta no bidimensionalismo de Modrrian e Malevitch, ela representa a sintese
da simplicidade e tradições artisticas diferentes (pos-impressionismo, cubismo, abstração). Foi
pintora de metaforas, as suas cidades representavam os seus sentimentos. Com a evolução do
surrealismo o abstraccionismo reaparece em portugal em 1943 pela mão de artistas ja
conceituados Júlio Resende, Vespeira, Nadir Afonso e sobertudo Fernando Lanhas. Este
sobressai pela sua originalidade, pelos seus conhecimentos de arqueologia e de cosmologia,
continuou o seu percurso pelo abstraccionismo geometrico e construtivo.
Nova Figuração
Pop-Art realsa-se a pintura de Joaquim Rodrigo, realizou varias composições com descrição
sintetica de acontecimentos mais ou menos historicos, isnpirado em povos primitivos, bonecos
e legendas, tipo impressões e lebranças de viagens. Esta corrente atraiu outros pintores como:
Sá Nogueira, Paula Rego, Ângelo de Sousa e Eduardo Batarda.
O Informismo foi outra tendencia divulgada por: Antinio Charrua, Artur Bual e Menez.
O Objectivismo foi aplicado por: Lurdes Castro e as experiências Op por Eduardo Nery.