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Neoclassicismo (aproximadamente entre 1750-1830)

Características Neoclássicas
 Reformulação da herança clássica através de uma expressão universal;
 Utilização de elementos clássicos;
 Temas históricos, mitológicos, alegóricos, naturalistas e ordens arquitectónicas
clássicas;
 Simetria, proporções, ordem e ritmo;
 Simplicidade, austeridade, monumentalidade e despojamento;
 Objectivo de ser uma arte com expressão universal;
 Interesse na arte do passado, especialmente de Roma.
 No campo técnico formal procurou o virtuosismo e a beleza idealizada dos Antigos,
alcançados através de aprendizagens rigorosas, feitas nas academias.
 No campo conceptual e temático, os conteúdos “elevados” (eruditos, abstractos ou
moralizantes, baseados na História, na religião, na mitologia e na literatura), nos quais o
Belo se confunde com o Útil e a Estética se aproxima da Ética;
 Imitação e recriação dos clássicos

Escolas nacionais e seus autores

*Inglaterra (Londres)
-Lord Burlington (Chiswick house)
-Colen Campbell (autor de inúmeras casas de campo para a aristocracia inglesa)
-Robert Adam (kenwood house)

*França (Paris)
-Jacques-Ange Gabriel (Petit Trainon)
-Jean François Chalgrin (Arcos de triunfo)
-Victor Louis (teatro de Bordeaux)

*Alemanha (Munique)
-Karl Gottfried Langhans (porta de Brandenburgo, Berlim)
-Kar Friedrich Schinkel (teatro nacional em Berlim)
-Leo Von Klenze (Palácio Leuchtenberg)

*Itália (Milão) e Espanha (Porta de Alcalá)

*Rússia (Sampetersburgo)
-Bolsa
-Coluna da Alexandria

*América
-Benjamim Latrobe e William Thornton (Capitólio de Washington)

*Portugal
-Porto (Portowine)
-Lisboa (teatro S. Carlos, Palácio da Ajuda)

Escultura
Temas: históricos, mitológicos, literários e alegóricos - serviram de base para representar e
retractar homens e mulheres, com roupagens e pouses semelhantes às dos deuses gregos e
romanos.
Tipologias: estatuas de corpos inteiros ou simples bustos e relevos.
Colocação: a estatuária foi colocada sobre pedestais ou em nichos, foi espalhada pelas praças,
pelas casas dos nobres e burgueses e cemitérios. Os relevos revestiam frontarias de edifícios
públicos e palácios.
Materiais: o mármore branco e em menor quantidade o bronze.
Aspectos técnicos
 Rigor técnico desde concepção até acabamentos;
 Cópia dos modelos clássicos: formas reais mas também idealizadas e serenas;
 O respeito pelos cânones reflectem-se inexpressividade e impessoalidade.
Principais representantes: Canova e Houdon (Itália e França)

Pintura
Temas: históricos, alegóricos, mitológicos, heróis contemporâneos, paisagem, e o retrato.
Aspectos técnicos e plásticos
 Composição centralizada/geométrica segundo regras clássicas;
 Representação realista
 Sobriedade dos elementos compositivos e narrativos;
 Tratamento elaborado e equilíbrio da luz e da cor (não há grandes contrastes);
 Cores sóbrias, não contrastáveis;
 A cor tem função simbólica, apela ao pensamento e à razão (não há emoção);
 Supremacia da linha sobre a cor;
 Perfeccionismo técnico.
 Fundos abstractos;
 Figuras: encenadas, frias, distantes, pouco expressivas, corpos rigorosos
anatomicamente, paralelas ao quadro.
 Principais representantes: David e Ingres (mestria da França)

*Arquitectura

- Empregou materiais nobres, tradicionais- como a pedra, o mármore, o granito, as


madeiras…-mas, não rejeitou totalmente os modernos, como o ladrilho cerâmico e o ferro
fundido de mais baixo custo e de maior funcionalidade.
- Usou processos técnicos avançados, do seu tempo, preferindo, contudo, os sistemas
construtivos simples (o trilítico), aos quais soube aliar, quando necessário, esquemas mais
complexos, estruturados a partir do arco redondo, de inspiração romana, e adaptados aos
modernos processos técnicos.
- Simplicidade estrutural, conseguida através da assimilação e identificação entre os
elementos arquitectónicos e os elementos construtivos, que permitiu salientar as linhas
ortogonais, as superfícies rectas e direitas.
- nas plantas utilizou formas regulares, geométricas e simétricas, com base no quadrado,
no círculo, no triângulo (as formas estereométricas básicas)
- das plantas erguiam-se volumes corpóreos, maciços, bem definidos por panos murais
lisos que clarificassem a simplicidade e a pureza formais e estruturais, internas e externas.
- uso de abóbadas de berço ou de aresta, artesoadas, bem como as cúpulas erguidas
sobre as zonas centrais das construções e rodeadas de colunas sob entablamentos circulares.
As cúpulas cobriam os grandes salões ou os átrios distribuidores das dependências.
- espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais.
- à estrutura arquitectónica era aplicada a gramática formal clássica com os seus
pórticos colunados, os seus entablamentos direitos, de frisos lisos ou decorados, e os frontões
triangulares com tímpanos esculpidos, obedecendo formal e estruturalmente, ás ordens gregas
e romanas, mas usando com liberdade os seus cânones métricos.
- interiores decorados com pinturas murais e com relevos em estuque conferindo
intimidade e conforto.

*Decoração

- pretendia evidenciar a racionalidade estrutural e formal das construções e conferir-lhes


robustez, nobreza, sobriedade e monumentalidade, valores simbólicos do ideal neoclássico
-inspiração clássica, com base na basílica romana ou paleocristã, no panteão e no templo
grego.
- invenção de novas tipologias, para responder às crescentes necessidades da vida
social, política e cultural, sobretudo nos espaços urbanos: hospitais, museus, bibliotecas,
escolas, cafés, salas de teatro e de ópera, bolsas e bancos, repartições publicas e sedes de
governo.
*Urbanismo
-dar um novo rosto ás zonas mais degradadas pelo uso da sobrelotação, como os
velhos centros urbanos de origem medieval, ou de esconder as zonas mais pobres, como os
bairros operários
- Principais cidades:
-Paris
-Londres
-Barcelona
-Amsterdão
-Nova Iorque
-Portugal
-racionalização de espaços urbanos através do lançamento de vias direitas que
unissem as praças principais e viabilizassem a circulação
Ordenação e regularização dos edifícios que emolduravam as praças principais pela
uniformização das fachadas, geralmente rectilíneas e planas, ou ritmadas por colunatas e
arcadas
-geometrização da malha urbana pela eleição de vias de circulação direitas, cruzando-
se ortogonalmente e delineando entre si quarteirões ou bairros residenciais de formas cada vez
mais regulares

Romantismo (aproximadamente entre 1780-1850)

Características
 Contestou a tradição clássica, rejeitou cânones, regras e academias;
 Defesa da interioridade (fuga ao real), o isolamento, valorização do passado de cada
nação, convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação, resulta de
impulsos pessoais;
 Influência: Idade Média
 Revalorizava os sentimentos e as emoções, defendendo que a beleza não se atingia
através das regras académicas, mas era “uma revelação da alma”
 Foi um produto da própria época histórica que se vivia e das suas contradições:
- Princípios humanistas e nacionalistas do liberalismo
- Idealismo revolucionário vivido pelo povo
- A desilusão causada pela reacção burguesa que, tornou-se num elite
dominadora, virando costas ao povo
- O avanço da industrialização e da urbanização e dos desencantos da vida
citadina
- As novas correntes de pensamento como a filosofia de Kant e de Schelling e
do pessimismo de Scopenhauer.
 Defendeu:
- a interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções, os sonhos,
os devaneios e as fantasias; e as viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga
ao real.
- o isolamento da alma em comunhão com a natureza, a exaltação do mundo
rural, campestre e puro, e no interesse pelas sociedades primitivas ou exóticas, não
maculadas pela civilização ocidental
- a valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam na Idade
Média
- a convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação e obedece
unicamente a impulsos pessoais, como uma necessidade inata e sublime.

Arquitectura
 Devia provocar sensações, motivar estados de espirito, transmitir ideias;
 Irregularidade das plantas e das volumetrias – variação dos efeitos de luz;
 Integração de novos materiais e técnicas (ferro, vidro, produção industrial) resultantes
da industrialização;
 Revivalismos (reviver estilos do passado)
Desenvolvimento do Neo-Gótico, do Neo-Romantico, do Neo-Arabe, no caso português, do
Neo-Manuelino e o exotismo;
 Historicismo (inspiração no passado)
Inspiração em épocas passadas não influenciadas pelo Classicismo, isto é, na Idade Média e
também em civilizações contemporâneas mas diferentes e exóticas (Norte de África e o Mundo
Oriental);
 Exotismos (inspiração em culturas exóticas)
Desenvolveu-se o hábito pelas viagens e o gosto pelo estranho;
 Ecletismos (mistura de várias fontes de inspiração na mesma construção);
 Grande pendor decorativo. Arquitectura civil muito importante;

Pintura
Temas: quotidiano; expressão de sentimentos e emoções fortes (medo, aflição, amor, triunfo);
fantástico, poético, dramático, retratos psicológicos, exótico, inspiração medieval; aspectos
rebeldes e incontroláveis da natureza.
Aspectos Técnicos e Plásticos
 Primazia da imaginação e da expressão individual, em detrimento do intelectualismo;
 Teatralidade e idealismo sentimental;
 Valorização do indivíduo do passado e presente histórico e da natureza;
 Procura de soluções técnicas, temáticas e estéticas;
 Utilização da cor como forma de renovação plástica;
 Diluição do desenho e dos limites da forma, marca da pincelada;
 Fortes contrastes cromáticos;
 Intensos efeitos de claro - escuro;
 Estrutura agitada, movimentada, marcada por linhas obliquas e sinuosas;
 Pintura animalista, heróica e histórica, exótica, patética e nostálgica, paisagista

Escultura
Temas: natureza; cenas fantásticas ou alegóricas; heróicos;
Aspectos Técnicos e Plásticos
 Uso do inacabado e do propositadamente indefinido juntamente com o acabamento
rigoroso Neoclássico, para melhor transmitir os sentimentos e emoções;
 negação de algumas regras de representação e de perfeição do neoclássico;
 materiais: mármore, bronze e madeira.
 Procurou-se expressividade exaltada de sentimentos e emoções, o movimento e o
dramatismo;

Características temáticas e formais da obra de Delacroix (A Liberdade Guiando o Povo,


1831) integrando no Romantismo.
Alegoria à Liberdade, valor fundamental do processo revolucionário francês e assumidamente
romântico (dimensão ética da política); composição em pirâmide, dinamizada por linhas
oblíquas, geradoras de ritmos; pinceladas largas e sinuosas, acentuando o dinamismo da
composição; contrastes de claro-escuro e de cor, essencialmente com base no azul, no branco
e no vermelho que, dominando o vértice da composição, se repetem em situações de
pormenor; como fundo, céu policromo, em que se desenha a igreja de Notre-Dame como
referência ao passado medieval.

Realismo
Pretendia exprimir com rigor a realidade física e social. Tinha um papel social de denúncia da
opressão e desumanização da sociedade industrial.
Características gerais
 Anti-academismo: base para o abandono das convenções teóricas e académicas quanto
à importância dos temas históricos, clássicos e teóricos;
 Tradução com autenticidade e rigor cientifico da realidade física, humana e social:
introdução do espirito analítico - científico na arte;
 Representação da natureza tal qual se manifesta e não como é pensada;
 Colocação da pintura convencional e académica em questão, dada a recente
descoberta da fotografia e a sua aplicação no retracto e na reprodução de obras de arte;
 Introdução do quotidiano na arte e de tipos sociais da sociedade rural e urbana;
 Influência dos conflitos sociais e do aparecimento de novas teorias sobre a sociedade;
 Renovação da gravura, especialmente xilogravura, que se torna um meio privilegiado de
divulgação de cenas e de tipos sociais;
 Base do Naturalismo oitocentista.
 Autores: François Rude, Antoine-Louis Barye, Jean Baptiste Carpeaux

Pintura
Temática de índole social (denúncia de injustiças e contradições); mundo rural (camponeses) e
urbano (operários); tipos sociais e humanos; cenas do quotidiano.
Aspectos Técnicos e Plásticos - imitação da natureza objectiva;
 Representação da figura humana feita com rigor, respeitando a anatomia das
proporções das volumetrias e a cor do ambiente;
 Toma a realidade objectiva e a natureza observável como ponto de partida,
representando-as com total fidelidade e minúcia;
 Novo tratamento da luz (tons mais claros e intensos);
 Nova consistência dos volumes.
 Escola de Barbizon

Naturalismo
Características gerais
 Permanência das regras clássicas da perspectiva e relação com o academismo;
 Imitação do real (como a fotografia) sem qualquer dimensão critica ou analítica;
 Representação da vida moderna, rural poética ou folclórica e de cenas do quotidiano
(paisagens marinhas, cenas bucólicas, ambientes populares, quotidiano intelectual e
burguês, retrato);
 Representação da figura humana feita com rigor, respeitando a anatomia das
proporções e das volumetrias e a cor do ambiente
 Muito do agrado da burguesia, que nela se revia;
 Estética dominante na pintura oitocentista em Portugal, entretanto mesmo pelo século
XX ;
 Principais representantes em Portugal: Malhoa e Columbano.
 Principais autores: Gustave Coubert, Millet, Corot

Pintura
Aspectos Técnicos e Plásticos
 Permanência das regras clássicas da perspectiva;
 Relação com o academismos oitocentista;
 Estilo conformista, não fazendo critica social como o realismo em França;
 Uso das gradações de cores primárias;
 Pintura livre, serena e cheia de transparências;
 Os retratos são subtis e as paisagens com marcação de volumes;
 Simplicidade e harmonia das personagens e da sua estética;
 Pintura sentimental bucólica;
 Pincelada mais definida nas feições e nas roupas;
 Expressividade e intensidade dramática;
 Analise expressiva do retracto físico e psicológico.
 Interesse pela natureza concreta fora dos ateliers, pelogosto dos tipos humanos e por
cenas do dia a dia.
 Temática: paisagens marinhas, cenas bucólicas, ambientes populares ou burgueses e
retratos com sentimentalismo.
 Tiveram um particular interesse pelos valores atmosféricos e pelos efeitos de luz.
Escultura
Temas: literários, históricos, alegóricos, 'o nu',

Aspectos Técnicos e Plásticos


 Gosto tradicional e académico
 Continuidade de algumas regras estéticas e técnicas do classicismo;
 Torna-se inovadores nos temas, na expressividade mais pormenorizada e realista e
nalguns Tratamentos técnicos;
 Forte modelação com jogos de luz e sombra;
 Subtileza no movimento, grande poder expressivo;
 Tratamento naturalista e minucioso das roupagens.

Importância da Escola de Barbizon na evolução da Pintura do séc. XIX. Abandono das


formas tradicionais de pintura realizada em atelier e a procura de inspiração no contacto com a
Natureza, que é pintada directamente no local, com intenção de representá-la com toda a
autenticidade; temas determinados pela pintura de ar livre: paisagens, cenas da vida e do
trabalho no campo. O método de pintura perante o motivo, a forma de representação pictórica
da cor e da luz, e até mesmo a atenção dada às suas mutações, tornam a pintura do grupo de
Barbizon precursora do Impressionismo.
Integração do Naturalismo no contexto da Arte Portuguesa do séc. XIX. Entrada tardia
(início da década de 80) por influência da obra dos artistas bolseiros em Paris, especialmente
Silva Porto, que havia estado em Barbizon, tendo assimilado aí o método de pintura de ar livre
e a temática característica. Impõe-se e domina o gosto do meio artístico e da sociedade, até
muito mais tarde do que aconteceu no resto da Europa. São representantes do Naturalismo,
para além de Silva Porto: Marques de Oliveira, Malhoa, João Vaz, Sousa Pinto e Columbano
(este com obra de características específicas). São temas predominantes: paisagens rurais e
marinhas, cenas bucólicas, ambientes rurais e urbanos e, principalmente em Columbano,
cenas da vida urbana, burguesa e o retrato.

Impressionismo (entre 1860-1870)

Contexto: estabilidade política e consolidação da sociedade burguesa e industrial, facilitaram o


desenvolvimento intelectual, cultural e artístico, o progresso cientifico e técnico e o
aparecimento de novos espaços de lazer. Têm muita liberdade artística.
O Impressionismo reflecte a sociedade e mentalidade dessa época.
Temas: lazeres citadinos, impressões sensoriais dos seus autores, paisagem, figura humana,
movimento.

Antecedentes / influências
 Fotografia e enquadramento fotográfico;
 Estampas japonesas ( contorno e forma planificada);
 Courbet e dos pintores da Escola de Barbizon;
 Descobertas científicas sobre a cor, a luz e a percepção;
 Aparecimento das tintas industriais;

Características
 Eram contra o romantismo, o academismo e o realismo;
 Não têm programa próprio são o reflexo da personalidade de cada um;
 Registo do real em constante mudança
 Captação de uma realidade parcial e sensível, que é a da luz e os seus efeitos sobre a
Natureza, pessoas e objectos;
 Procurou captar o instante luminoso fugaz em constante mutação;
 A técnica sobrepõe-se ao tema;
 Rejeitam os efeitos da perspectiva;
 Utilizam o ponto de vista aéreo;
 Interesse na captação de uma dada realidade, parcial e sensível, que é a da luz e dos
seus efeitos sobre a natureza, as pessoas e os objectos
 Procura da captação do instante luminoso, fugaz e fugidio em constante mutação

Técnicas
 Tintas retiradas directamente dos tubos;
 Uso de contrastes de cores complementares;
 Justaposição, na tela de pequenas pinceladas, nervosas, rápidas e em forma de virgula
ou interrompidas, executadas com grande rapidez;
 Divisão da cor;
 Utilização das descobertas científicas sobre a cor e a luz;
 Uso de transparências e desmaterialização da pintura;
 Cores fortes, puras e vibrantes, aplicadas de acordo com a lei das complementares, de
modo a obter a fusão dos tons nos olhos dos espectadores;
 Quadro tem um aspecto rude, bruto, inacabado e pouco trabalhado. Fluido e aéreo;
 Principais representantes :MONET, DEGAS, RENOIR, PISSARRO, SISLEY.

Principais influências na formação do Impressionismo - O espírito científico do século XIX;


o realismo; a Escola de Barbizon e a pintura de ar livre; as obras de Courbet e de Manet; o
exotismo e as estampas japonesas; a fotografia; as descobertas científicas sobre a cor e a luz;
as descobertas sobre os mecanismos da percepção.
Importância da Fotografia para a evolução do Impressionismo - A Fotografia contribuiu
para questionar a Pintura Naturalista, de teor académico, e para motivar novas formas de
interpretação do real; o registo momentâneo do real, feito pela Fotografia, influenciou os
pintores impressionistas; a primeira grande exposição impressionista, em Paris, foi feita no
atelier do fotógrafo Nadar (relação entre os fotógrafos e os pintores impressionistas).
Relação entre o Impressionismo e a vivência parisiense da segunda metade do séc. XIX -
O Impressionismo surgiu em Paris, cidade para onde confluíam os artistas em busca de
inovações; os ateliers como espaços de produção e de exposição; a relação entre pintores,
fotógrafos e críticos; a convivência em cafés e outros espaços públicos, nas margens do Sena,
etc.; pintura ao ar livre de cenas urbanas e das margens do Sena; a pintura Impressionista
como registo do quotidiano da cultura urbana e das ambiências parisienses da época.

*Neo Impressionismo

- constituiu na evolução do Impressionismo no sentido do rigor, utilizando a cor de uma


forma sistematizada
- pontilhismo- técnica que justapunha pequenas manchas de cor pura (pontos) que se
deveriam misturar, a uma certa distância, nos olhos do observador.
- rigorosa construção de cores, de formas e de linhas, perseguindo as leis universais e
eternas da harmonia- o ritmo, a simetria e o contraste.
- técnica reflexiva, segura e a cor é pura
- temática: vida citadina, paisagens marítimas e das diversões, tratados em grandes
telas, executados a partir de estudos ao ar livre
- desenho requintado, austero, de grande tranquilidade nos quais se nota o
individualismo plástico nas diferentes figuras.
- principais autores: Georges Seurat, Paul Signac

Pós-Impressionismo

- busca de novos caminhos para a pintura


- reagiu contra o impressionismo
- separaram a pintura da representação mimética da natureza, acentuando-la nos seus
valores específicos: a cor e a bidimensionalidade

Van Gogh – expressionismo


 Afirmação da pintura como acto criativo e expressão profunda da dimensão emocional
do artista;
 Pintura como expressão do acto criativo;
 Personificação da natureza;
 Pequenas pinceladas, rápidas e paralelas;
 Tinta em tubo;
 Acentuação e exagero das formas (sinuosas e ondulantes)
 Uso de contrastes de cores complementares
 Empastamento / sobreposição da tinta;
 Temas relacionados com a natureza, auto-retratos;

Cézanne – Cubismo
 Autonomia da arte face ao real;
 Contrastes cromáticos;
 Cor como forma de construção de planos;
 Geometrização;
 Formas com volume;
 Perspectiva errada;
 Multiplicidade de pontos de vista;
 Submissão da natureza à arte;

Gauguin, no contexto artístico da transição do séc. XIX para o séc. XX - Paul Gauguin
constituiu, juntamente com figuras como Seurat, Cézanne e Van Gogh, o grupo de artistas
designados como Pós-Impressionistas que, a partir de 1880, representaram as diferentes vias
de saída do Impressionismo (explorando campos diferentes), como reacção a este movimento,
tentando novas formulações plásticas. Amizade com Van Gogh. Importância e influência das
civilizações primitivas. Ligação ao Simbolismo.
Características da pintura de Gauguin nos seus aspectos formais e temáticos - Influência
dos valores e das formas de expressão das civilizações «primitivas». Formas planas,
simplificadas, contornadas a negro. Importância da mancha de cor, com recurso a cores
brilhantes. Temática religiosa ou relacionada com essas sociedades «primitivas» e com a
cultura popular bretã, de forte expressão simbólica.
Em que medida a obra de Cézanne decorre do Impressionismo - A obra de Cézanne parte
do Impressionismo, mas supera-o. Valoriza a estrutura do objecto (estável) em oposição à sua
aparência (instável); preconiza a construção da forma em oposição à sua diluição; considera
que a composição pictórica deve resultar da reflexão sobre a percepção visual e que as formas
observadas devem ser construídas na tela através de manchas de cor. Como resultado desta
reflexão, a sua obra abre caminho para o Cubismo.

Ruptura da obra de Van Gogh com o Impressionismo - Concepção da pintura como meio
de expressão de emoções, em oposição à pintura impressionista, forma de representação de
sensações; «arbitrariedade» no uso expressivo da cor, em oposição à utilização científica da
cor; acentuação da forma, em oposição à sua desmaterialização.

*Simbolismo
- reacção contra a sociedade industrializada e materialista desta época e contra o
pendor representativo e objectivo da arte vigente- naturalismo, realismo e impressionismo-,
valorizando em contrapartida o mundo subjectivo e a interioridade, alcançados pela sublimação
da realidade visível
- baseou-se em estado emocionais e anímicos, ou seja, nas angústias, nos sonhos e nas
fantasias, separando a arte da natureza
- temática: histórica, literária, mitológica, religiosa, filosófica e do quotidiano
- não reproduzem a realidade natural, mas a nova realidade espiritual
- ideal simbolista tinha de ser:
-ideista, pois o seu único ideal será a expressão da ideia
-simbolista, pois exprimirá esta ideia em formas
-sintetico, pois escreverá estas formas, esses sinais, segundo um modo
de compreensão geral
-subjectivo, porque a pintura decorativa propriamente dita, tal como a
conceberam os egípcios, muito provavelmente os gregos e os primitivos, não é senão uma
manifestação da arte ao mesmo tempo subjectiva, sintética, simbolista e ideísta.

*Gauguin
 Influência das estampas japonesas, nas formas planas e simplificadas e também no
contorno destas – cloisonnisme;
 Cores antinaturalistas e simbólicas;
 Deformação das figuras;
 Modificação da perspectiva;
 Importância da cor como mancha;

*Nabis
- pretenderam romper com o impressionismo, anunciando e preparando os movimentos
que vão a seguir
- receberam influências de Cézanne, da pintura japonesa
- adoptaram formas simplificadas, imagens sintéticas e a pureza das cores aplicadas à
pintura e ao vitral, a desenhos, em cenários, em ilustrações e cartazes.
- a temática não foi muito importante, embora alguns dos seus autores possuam obras
com características intimistas e decorativas.
- Introdutor: Paul Sérusier
- Autores mais importantes: Maurice Denis, Édouard Vuilliard, Pierre Bonnard

Fauvismo (França- 1905)


Origens / influências
 Cézanne: pintura autónoma da realidade;
 Van Gogh: arte como forma de expressão;
 Gauguin: cor antinaturalista, planificação das formas simplificadas, contornos;
 Arte oriental: estampas japonesas;

Características e importância
 Atitude provocadora em relação ao academismo;
 Apresentação da pintura como uma arte que se afirma através da violência da cor
Bidimensionalidade ausência de modelado;
 Transmitir ao espectador emoções estéticas profundas através da exaltação de cores,
querem Chocar as pessoas;
 Perspectiva rejeitada;
 Pincelada directa e emotiva;
 Empastamento de tintas;
 Temática não é relevante;
 Utilizaram conhecimentos das teorias da cor;
 Exaltação da cor;
 Pretende transmitir ao espectador emoções estéticas profundas através da exaltação
das cores que delimitam as formas planificadas, onde a ilusão da terceira dimensão se
perde
 A expressão é dada pelas linhas e pelas cores, onde se ressaltam os efeitos
contrastantes destas, pela pincelada directa e emotiva, pelo empastamento de tintas e,
como consequência, pela ausência de modelado.
 Não tem temática
 Principais autores: Henri Matisse,

Obra de H. Matisse no contexto artístico do séc. XX - Líder do grupo (Fauvismo) que,


influenciado pelo Pós-Impressionismo (Van Gogh e Gauguin), recusa a pintura académica.
Primeira exposição no Salão de Outono, em 1905. Importância da cor (tons puros) como
expressão directa da emoção do pintor, afirmando a autonomia dos valores plásticos.
Simplificação das formas, por influência do sintetismo.
Expressionismo
- Arte como expressão dos sentimentos, das formas e da visão que o artista tem do
mundo;
- Desenho puro e elaborado (quase gráfico)
- Tendência Abstraccionista
- Linguagem figurativa e a realidade era colocada como fonte de conhecimento e de
inspiração, mas com o intuito de algo que se queria criticar, contestar ou destruir (prostituição,
miséria etc..)
- As figuras expressavam os sentimentos humanos com vigor, dramatismo e até
angústia, revelando o lado trágico da vida.
- o desenho devia ser dado através da cor, numa manifestação espontânea, sem prévio
delineamento. A cor foi, então, a substância matérica utilizada com independência em relação
ao objecto.
- A expressão foi espontânea, temporal, temperamental, desenfreada e irreflectida,
aparecendo como um esboço, tosco e inacabado, devido á procura de uma linguagem
arcaizante, primitiva e infantil que, com aparente incongruência, se opôs à temática
contemporânea.
- Revela uma atitude crítica perante aquilo que considera ser uma crise de valores da
sociedade do seu tempo, valorizando a arte primitiva e a arte negra.

Die Brucke (A Ponte) – Kirchener e Heckel


Influências:
 Van Gogh: formas cores e dramatismo;
 Munch: desespero e arte inquietante;
 Ensor: pintura macabra;
 Arte Negra e Artes Primitivas;

Características.
 Ponte entre o visível e o invisível;
 Contra a arte académica, o Impressionismo e a era industrial;
 Relação mais pura e directa com a natureza;
 Valorização do acto criativo;
 Expressão dos temas através da acentuação e contraste dos elementos plásticos (cores
violentas; formas exageradas);
 O tema não é relevante mas sim a forma como é tratado: solidão, angústia, dramas
sociais, dramatismo da natureza;
 Autonomia dos elementos pictóricos;
 Linguagem figurativa;
 Faziam crítica social: prostituição, dor, injustiça, exploração;
 Formas deformadas, aguçadas e contornadas a preto;
 Pincelada larga e composições simples;
 Tinha aspecto tosco, inacabado com espaços por pintar;
 Abertura para a Abstracção Lírica;
 Autores: James Ensor, Edvard Munch

Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul)


Influências:
 Cézanne: construção do espaço pictórico;
 Matisse: magia da cor;

Características:
 Impulsionado por Kandinsky (contraste e intensidade da cor, carácter esquemático e
abstractizante das formas, simbolismo das cores);
 Objectivo: construir uma arte pessoal que nascesse da necessidade interior;
 Cor luminosa, límpida e pura;
 Menos brutal, mais harmoniosa;
 Dinamismo da forma;
 Reconquista da pureza da natureza através da figuração;
 O tema era pouco importante, mas o tratamento dele, era muito espiritual e interiorizado;
 Autores: Wassily Kandinsky, Paul Klee

Cubismo
Influências:
 Cézanne (geometrização, composição e organização de planos e autonomia da arte
face ao real);
 Arte Africana: formas simplificadas, volumétricas e duras;
 Arte naif, arte pré-histórica e ibérica;
 Novos conceitos modernos (teoria da relatividade);

Características plásticas inovadoras/principais propostas e conteúdos


 Geometrização;
 Abandono da perspectiva tridimensional clássica;
 Representação dos novos conceitos de espaço e de tempo;
 Sobreposição e intercepção de planos;
 Bidimensionalidade;
 Introdução da pluridimensionalidade no quadro;
 Aplicação da cor para materialização da forma;
 Redução das formas a planos geométricos;
 Apresentação dos objectos em diversas posições ou vistas simultaneamente (rotação
dos objectos);
 Contornos a preto;
 Desmultiplicação de pontos de vista;
Principais representantes:
 Picasso ('invenção' do Cubismo e seu desenvolvimento em todas as fases do
movimento);
 Braque ('invenção' do Cubismo e desenvolvimento sobretudo das fases Cézaniana e
Analítica);
 Juan Gris (desenvolvimento do Cubismo Sintético);
Temas:
 Ausência de temas narrativos;
 Analise de objectos ou da figura humana;
 Elementos icónicos retirados do quotidiana (cartas, jornal, letras);
Inovações técnicas e Plásticas
 Recurso as colagens;
 Utilização de diversos materiais sobre a tela (madeira, papel, tecidos, vidro, etc.);
 Utilização da cor na escultura e de relevo na pintura.

Fase Cézaniana (1907-9)


 Paisagens e casarios definidos por grandes planos de cor;
 Geometrização do real e redução das formas a sólidos;
 Eliminação de detalhes descritivos;
 Sobreposição de planos em detrimento do claro - escuro e da ilusão mimética do real;
 Simplificação das composições;

Fase Analítica (1910-12)


 Decomposição da forma em múltiplos poliedros;
 Profusão de planos;
 Predominância de linhas ortogonais e obliquas a preto, que separam os planos;
 Redução da gama de cores;
 Pouca variação de temas: naturezas mortas e retratos;
 Simultaneidade de pontos de vista e dinamismo
 Análise exaustiva dos objectos, diversas vistas, rotação;
 Intersecção e sobreposição de planos;
 Utilização de colagens e lettering ;
 As cores empregues são sóbrias, aparecendo o quadro quase monocromático,
trabalhado em tonalidades de uma cor-base, quase sempre ocres, terras e cinzentos
esverdeados
 Temática: natureza morta com objectos do quotidiano, tais como garrafas, copos,
instrumentos musicais…

Fase Sintética (1913-14)


 Objectos representados nos seus aspectos essenciais e reduzidos às suas
características especificas;
 Bidimensionalidade;
 Reintroduzição da cor;
 Multiplicidade de pontos de vista;
 Menos complexa, menos colagens;
 Síntese e acumulação de planos;
 Distanciamento da realidade; esquematização;
 Aplicação de vários materiais sobre a tela;
 Principio da origem da Abstracção (principalmente a Abstracção Geométrica).
 Surgiu a cor vibrante, em sobreposições e transparências de planos. A emoção volta a
aparecer na pintura “pela mão” da cor, resultado da simplificação das formas, da
redução dos planos e das linhas puras, extraindo tudo o que era acessório, inútil ou
decorativo.

Juan Gris no percurso do Cubismo — É um dos principais representantes do Cubismo


Sintético. Afirma a total autonomia da pintura face ao objecto e ao tema. Apresenta o quadro
como uma síntese de formas/planos que não partem necessariamente da observação da
realidade, dando assim fundamento à abstracção.
Relação do Cubismo com a Arte Abstracta — O Cubismo foi um dos pilares do
Abstraccionismo, em geral, e, em particular, do Abstraccionismo Geométrico. A partir das
premissas do Cubismo Sintético, muitos pintores estabeleceram o percurso para o
Abstraccionismo Geométrico, com destaque para Mondrian e o seu Neoplasticismo, assim
como outros movimentos de vanguarda na Europa, nomeadamente o Construtivismo e o
Suprematismo de Tatlin e Malevich.

Enquadramento das principais consequências do Cubismo no panorama artístico do


século XX - Expansão da abstracção no período entre as duas guerras; concepção do espaço
plástico como um espaço construído; importância das cores primárias (Mondrian e o
Neoplasticismo); contributo para o Design Moderno (Rietveld). O Cubismo foi o fulcro de muitas
propostas, que coexistiram num mesmo espaço e num mesmo tempo, como o Futurismo, o
Dadaísmo e o Construtivismo.
Características das fases de evolução do Cubismo - Em 1907, Picasso realiza o quadro «As
Meninas de Avinhão», obra em que confluem os princípios da reflexão de Cézanne sobre o
modo de representação das formas e a influência da arte africana. Esta obra vai despoletar
toda uma pesquisa conjunta, inicialmente por Picasso e Braque, a que se chamou Cubismo. A
fase «cézanne» é marcada pela temática da paisagem, em que árvores, rochedos, casario são
representados por largos e geometrizantes planos de cor. A fase analítica é marcada pela
decomposição do objecto e do espaço, pela representação planificada na tela dos diferentes
ângulos de visão do objecto na sua relação com o espaço, pelo abandono da perspectiva
linear, pela recusa do ilusionismo da pintura tradicional, assumindo-se a natureza plana da tela,
e pela redução da cor (prioridade da análise da estrutura formal). Esta visão cubista do
objecto/espaço em diferentes perspectivas pressupõe, ainda, a dimensão tempo. A fase
sintética inicia-se com as experiências realizadas em 1912-13 — esculturas/construções em
papel, colagem na tela de papéis, de tecidos e de outros materiais, com os quais se reintroduz
a cor. Pretende-se, com uma economia de elementos descritivos, representar o objecto nos
seus aspectos essenciais, quer fruto da observação quer do conhecimento. (O Cubismo
sintético conta, também, com a reflexão teórica e com as experiências pictóricas de Juan Gris.)
*Orfismo

- teve na cor o elemento principal da sua arte.


- aliou o lirismo á exaltação harmónica das cores, em justaposições de círculos
abstractos, de sentido cósmico e, portanto, dinâmicos e de movimentos intensos.

*Futurismo (Itália 1909)

- pretendia-se lutar contra a tradição


- faz apologia da maquina, da velocidade, da luz e da própria sensação dinâmica
- Pretendeu-se:
- a libertação e exaltação das energias
- a exaltação do presente, da velocidade e das formas mecânicas produzidas
pela civilização, reflectindo sobre a vida moderna, á qual aderiram entusiasticamente
- expressar a simultaneidade dos estados de alma na obra de arte
- É um movimento de rebelião activa e afirmação das novas e modernas energias da
existência
- A sua plástica esteve contida na noção de mudança e os temas recorreram a qualquer
assunto que implicasse velocidade e dinamismo. Para tal utilizaram:
-recurso a fotografia e ao cinema
-mobilidade no contorno das formas que aparecem e desaparecem,
sendo o observador transportado para o meio do quadro
- A nível formal predominaram:
-os arabescos contorcidos, as linhas circulares emaranhadas, as espirais e as
elipses, a geometrização dos planos em ângulo agudo, mais dinâmico, abolindo os ângulos
rectos cubistas.
- As cores muito contrastadas, oscilando entre os vermelhos estridentes, os verdes
intensos, os amarelos e os laranjas vivos, em composições violentas e chocantes
- Principais autores: Umberto Boccioni

*Escultura desde 1870 até a 1ª Grande Guerra

*Rodin:
-emoção traduzida em forma plástica
-forma inacabada
-contrapôs formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos, de delicadas superfícies e doces
contornos, ao bloco de pedra rugoso, inacabado e em bruto de ode saíram
-as suas peças modeladas não são lisas nem polidas. Estão cheias de superfícies reentrantes
e salientes, côncavas e convexas que absorvem e reflectem a luminosidade, criando uma
ilusão de força, de dinamismo e de vitalidade.
-as principais obras eram de inspiração medieval e renascentista
-características das suas esculturas: figuras em tamanho real; mãos e pés enormes que
expressavam os sentimentos; estátuas de homenagem, inúmeras cabeças; movimento.

*escultura do século XX

*Maillol
-escultor da exaltação da beleza feminina, em atitudes simples e movimentos plasmados, de
formas naturalistas desligadas de qualquer relação histórica ou mitológica.

*Henri Matisse
-fixou no bronze, em esculturas e relevos, figuras de modelação compacta e rude, bastante
simplificadas formalmente

*Pablo Picasso
-experimentou diversos materiais soldados, unidos e colados em peças onde os planos
multifacetados do cubismo estão presentes
*Umberto Boccioni
-fixou o movimento e a acção dinâmica futuristas nas suas obras

*Arquitectura do ferro e do vidro (2ªa metade do século XIX)

-inovação ensaiada não só pelos arquitectos mas principalmente pelos engenheiros e doutros
ramos construtivos
-novos desafios no campo da construção:
-nas cidades, a aglomeração populacional degradou e tornou insuficiente o parque
habitacional, impondo a sua renovação rápida e de forma mais económica e mais adaptada ás
condições de vida da época. Surgiu assim a construção em altura (os grandes prédios para
arrendamento com habitação por andares), que exigiu uma revisão dos sistemas, dos
processos e dos modelos construtivos vigentes;
-a expansão da economia industrial e capitalista trouxe consigo a necessidade de
implantação de novas infra-estruturas materiais para a produção e para o transporte:
fábricas, armazéns, estufas, silos, gares de caminhos-de-ferro, alfândegas, mercados, pontes,
pavilhões temporários para exposições
-os engenheiros eram portadores de uma maior preparação científica
-aplicação de saberes científicos ligados a física, a mecânica, geometria, matemática, etc
-utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos
-aproveitamento de novos materiais mais baratos como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, o aço,
o cimento armado e betão
_utilização do ferro (a partir dos fins do séc.XVII)
-o ferro permitiu as construções abertas como as pontes e de grandes cúpulas e outras
coberturas arrojadas
-invenção da viga mestra em ferro
-as vigas metálicas eram escondidas sob invólucros de pedra, mármore ou tijolo, ou
então eram disfarçadas, dando-lhes formas decorativas ao gosto da época como os
rendilhados, floreados etc
-construções dos caminhos-de-ferro
-arquitectura do ferro e do vidro ( 2ªa metade do século XIX)
-mercados municipais, fábricas, jardins de Inverno em mansões particulares, e vilas
operárias
-tendências inovadoras:
-necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos,
aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia, como o uso do
esqueleto construtivo em ferro, a utilização da construção modular e de elementos pré
fabricados e estandardizados
-materiais mais funcionais e resistentes que possibilitaram a construção em
altura e o desenvolvimento de novas tipologias tornando mais rápidas as construções.
-desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos dando
linearidade dinâmica e estrutural às barras de ferro, que aliadas ao vidro pareciam
desmaterializar os volumes arquitectónicos, interpenetrando-os de luz e ar.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:

Como influenciaram a arquitectura do séc. XIX a utilização de novas técnicas e os novos


materiais ( ferro e vidro) - Novas técnicas resultantes da industrialização permitem um maior
uso de materiais como o ferro e o vidro, com consequente valorização estética dos mesmos e
do próprio sistema construtivo — arquitectura do ferro e dos engenheiros, como expressão de
uma nova era, de soluções arrojadas. Nova estética expressa na fluidez e transparência da
arquitectura, ligada à Arte Nova e aos revivalismos. Importância das grandes exposições
universais.
Novas tipologias arquitectónicas: pavilhões, fábricas, armazéns, estações de caminho-de-ferro,
pontes, mercados, elevadores.
Principais inovações da Industrialização aplicadas à Arquitectura do século XIX.
Utilização de novos materiais (ferro e vidro);, utilização de novas tecnologias e recursos
(elevador, luz eléctrica, etc.); invenção de novos processos construtivos (Arquitectura do Ferro,
estandardização, etc.); possibilidade de invenção de novos tipos de edifícios e construções
(pontes metálicas, armazéns, pavilhões, estações de caminho-de-ferro, mercados, etc.).
Dificuldades que se verificaram na aceitação estética da nova Arquitectura, designada
por Arquitectura do Ferro.
Inicialmente não foi reconhecida, aos novos materiais, a nobreza necessária para serem
usados na Arquitectura. Usados, tendencialmente, por engenheiros, mais bem preparados
científica e tecnicamente para os aplicar, assim como menos dominados pelo peso das
concepções tradicionais e académicas da Arte, a maioria dessas edificações era considerada
mera construção e nunca Arquitectura. No entanto, observa-se, por parte de alguns arquitectos,
o recurso a estruturas de ferro para resolver problemas técnicos ou, ainda, na realização de
profusas decorações revivalistas, sendo, num e noutro caso, sempre devidamente cobertas ou
disfarçadas. Nos finais do século XIX, detecta-se uma mudança de gosto, favorecida pelas
experiências realizadas nas grandes Exposições Universais, tendo sido a Torre Eiffel, em 1889,
um marco indiciador desta nova atitude de aceitação e de reconhecimento das capacidades
estéticas do ferro.
Principais aspectos da corrente revivalista/historicista da arquitectura do séc. XIX.
Corrente da Arquitectura com origem nos ideais do Romantismo, mas que se projecta muito
para além da época deste, ao longo do século XIX, quer na Europa quer na América. Reage
contra as regras clássicas, mas mantém e reforça o pendor historicista, associando a este a
importância dada à imaginação criadora. Apresenta revivalismos de inspiração medieval (Neo-
Gótico, Neo-Românico e Neo-Bizantino, e ainda de sabor exótico — Neo-Árabe, Neo-Mourisco
e orientalizante) que se traduzem, muitas vezes, em meros vocabulários decorativos sem a
preocupação de coadunação funcional. Observa-se, no entanto, uma preocupação na
identificação de determinados revivalismos com determinadas tipologias. Verifica-se, ainda, a
importância dada ao tratamento dos espaços exteriores de enquadramento dos edifícios em
arranjos tipicamente cenográficos. A concepção de jardim (à inglesa) obedece à noção de uma
natureza em liberdade.

*Arts and Crafts (2ªa metade do séc XIX)


- Este movimento surgiu, na Inglaterra, na segunda metade do século XIX, e foi pioneiro do
movimento Arte Nova; revitalizou a produção artística manual, dando origem a uma estética
inovadora e contribuindo para o desenvolvimento das Artes Decorativas e do Design.
-arte pura, assente na criação e na concepção individual, na originalidade e no bom gosto,
cujos princípios gerais se deviam aplicar a todas as modalidades artísticas, sem distinção
alguma (conceito de unidade de artes). Para isso os artistas deviam rejeitar os processos
industriais e seus materiais, regressando ao processo criativo das corporações medievais, ao
uso exclusivo de materiais naturais e ao fabrico de peças únicas e originais, pelo método
artesanal.
-inspiraram-se mo folclore e tradições populares de cada país
-atribuição da arte uma função social importante: a de melhorar as condições de trabalho da
classe operária e a de educar o sentido estético do povo e aumentar, assim, a qualidade da
vida material.
-na arquitectura:
-construção de moradias familiares e rústicas que seguiam a tradição rural inglesa, que
remontava á Idade Media
-defendiam a utilização de processos construtivos tradicionais e de materiais naturais
(como o tijolo, a madeira e a pedra), abolindo tudo o que fosse proveniente da indústria.
-Exteriormente de formas irregulares e telhados de água pronunciados, estas moradias
possuíam espaços interiores orgânicos e funcionais, valorizados por uma decoração
homogénea onde o mobiliário, o papel de parede, os estofos, as cortinas, os tapetes e os
demais objectos inúteis obedeciam aos mesmos critérios formais e estéticos
-nas artes aplicadas:
-privilegiaram-se os critérios de simplicidade e pureza formais, associadas a motivos
decorativos inspirados nas plantas, nos pássaros e noutros animais, organizados em densos e
complexos padrões de desenho plano e linear.
-foram notáveis as concretizações conseguidas nos têxteis, no papel de parede e no
mobiliário entre outras.
*Modernismo (finais do século XIX, inicio do século XX)

-movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que ficou marcado pela ruptura com
a tradição na procura de novas expressões- formais, técnicas e estéticas- que melhor
correspondessem as progresso e aos novos gostos que as sociedades ocidentais (industriais,
capitalistas, burguesas e “de consumo”) haviam desenvolvido.
-privilegiaram a sensibilidade e a fantasia, o refinamento estético e a imaginação, num claro
gosto pelo decorativo e pelo pitoresco

Importância de Mackintosh e da Escola de Glasgow para o amadurecimento do


Modernismo.
A industrialização provocou o aparecimento de novas soluções técnicas e estéticas no campo
da Arquitectura. A utilização de novos materiais e a invenção de novas tipologias tiveram
consequências profundas no modo como os arquitectos resolveram os problemas construtivos
e artísticos. A Escola de Glasgow, representada por Mackintosh, foi um dos contributos mais
destacados para o Modernismo. Mackintosh, designer e arquitecto, foi o elemento agregador
do movimento artístico chamado Escola de Glasgow; na sequência do Movimento Arts and
Crafts, introduziu princípios modernistas e foi pioneiro da Arquitectura e do Design modernos.

ESCOLA DE CHICAGO:

Importância da Escola de Chicago para o desenvolvimento da Arquitectura Moderna -


Relação entre a nova arquitectura, a. industrialização e o crescimento urbano. Novas tipologias
adequadas a esse mesmo crescimento (primeiros arranha-céus, edifícios de escritórios,
armazéns, edifícios industriais, introdução de elevadores) e consequente simplificação
decorativa. Dinamismo da arquitectura obtido através da racionalidade, pragmatismo e
funcionalidade da mesma. Valorização de novos materiais e técnicas (importância da
engenharia).

Arte Nova ( Inglaterra- de 1880-90 ate 1905-14)


 Arquitectura:
o Estética orgânica inspirada na natureza e na mulher;
o Uso dos materiais nas estruturas e na decoração, sem disfarces, tirando
partido da sua resistência, eficácia, maleabilidade e sentido plástico;
o Uso da linha sinuosa, elástica e flexível, estilizada ou geometrizada,
procurando o movimento, o ritmo a expressão e o simbolismo poético, num
intuito decorativo que apelava à sensibilidade estética e à fantasia do
espectador.
o Novos materiais: ferro, vidro, aço betão, ladrilho cozido;
o Plantas livres
o Inter-relação estrutura / ornamentação;
o O adorno não diminui a funcionalidade, complementa-a;
o Inovação formal numa forte atitude de originalidade e criatividade, mas também
de rejeição dos estilos académicos, históricos e revivalistas da sua época.
o Adesão ao progresso e recurso a novas técnicas e aos novos materiais que
usava estrutural e decorativamente sem disfarces tirando partido da sua
resistência e eficácia mas também da sua maleabilidade e sentido plástico
o Desenvolveu-se na moda, arquitectura, escultura, pintura, artes aplicadas,
artes gráficas etc.
o A nível técnico: homologou os sistemas, as técnicas e os materiais próprios da
engenharia- como o ferro, o vidro, o aço, e betão e o betão armado- usando-os
como materiais estruturais e de acabamento, tirando partido deles pela sua
ductilidade, maleabilidade e capacidades expressivas
o A nível formal: partiu de plantas livres, onde as dependências se distribuíam
orgânica e funcionalmente, em continuidade; e favoreceu os volumes
irregulares e assimétricos, as superfícies sinuosas e movimentadas, com
fachadas onde o vidro ganha cada vez maior superfície.
o A nível estético: o ornamento exuberante foi o elemento principal; volumétrico
ou bidimensional, estilizado ou geometrizado no desenho; sinuoso,
movimentado e expressivo na linguagem plástica; imaginativo, naturalista,
orgânico, simbólico e poético nas temáticas de modo a criar ambientes
elegantes e refinados onde nenhum pormenor era descuidado
o Uso das características nas tipologias urbanas como prédios, moradias, etc,
 Tendências tas tipologias urbanistas:
o Estética ornamental, floreal, naturalista e curvilínea
o Vertente mais estrutural, geométrica e funcionalista
 Escolas:
o Bruxelas (Victor Horta)
o França (Hector Guimard)
o Catalunha (Antoni Gaudí)
o Escola de Glasgow
-Importância da obra de Mackintosh;
-Expressão das tendências Modernistas na produção arquitetónica e dos objectos
referenciando já uma metodologia conceptual do Design;
-Continuidade de alguns princípios do movimento Arts and Crafts;
-Articulação com alguns princípios essenciais da Arte Nova.

Importância de Mackintosh e da Escola de Glasgow para o amadurecimento do


Modernismo.
A industrialização provocou o aparecimento de novas soluções técnicas e estéticas no campo
da Arquitectura. A utilização de novos materiais e a invenção de novas tipologias tiveram
consequências profundas no modo como os arquitectos resolveram os problemas construtivos
e artísticos. A Escola de Glasgow, representada por Mackintosh, foi um dos contributos mais
destacados para o Modernismo. Mackintosh, designer e arquitecto, foi o elemento agregador
do movimento artístico chamado Escola de Glasgow; na sequência do Movimento Arts and
Crafts, introduziu princípios modernistas e foi pioneiro da Arquitectura e do Design modernos.

ESCOLA DE CHICAGO: (Sullivan e Frank Lloyd Wright)

Importância da Escola de Chicago para o desenvolvimento da Arquitectura Moderna -


Relação entre a nova arquitectura, a industrialização e o crescimento urbano. Novas tipologias
adequadas a esse mesmo crescimento (primeiros arranha-céus, edifícios de escritórios,
armazéns, edifícios industriais, introdução de elevadores) e consequente simplificação
decorativa. Dinamismo da arquitectura obtido através da racionalidade, pragmatismo e
funcionalidade da mesma. Valorização de novos materiais e técnicas (importância da
engenharia).
Influências:
 Arte oriental;
 Natureza;
 Cinema;
 Arts and Crafts;
Representantes
Horta, Van de Velde, Gaudi, Mackintosh.

Relações existentes entre as teorias do Movimento de Artes e Ofícios, equacionadas por


W. Morris(1834-1896) e algumas das características da Arte Nova.
Tal como fez William Morris, a Arte Nova condena a degradação da cidade industrial. W. Morris
evita-a, defendendo a fuga para a Natureza; a Arte Nova procura uma solução, promovendo a
«invasão» da cidade por uma segunda natureza — formas orgânicas na decoração da
Arquitectura e do mobiliário urbano. A Arte Nova (no que deriva dos ideais de W. Morris)
promove uma ligação ou unidade das Artes, estabelecendo uma continuidade estilística entre a
Arquitectura, o mobiliário urbano e o mobiliário doméstico.
Principais temas da Arte Nova — figura feminina, inspiração naturalista e orgânica: botânica
(árvores, flores e frutos), animais (insectos, aves, felinos).
Características formais — uso da linha curva, assimetria.
Importância da Arte Nova para o Modernismo.
Foi uma proposta estética inovadora, inspirada numa estética orgânica; recusou o Academismo
e o Historicismo e propôs novos caminhos, diferentes do racionalismo; contribuiu para a
renovação das artes e internacionalizou o seu programa artístico.
Grandes centros de produção da Arquitectura Modernista do final do século XIX e
princípios do século XX.
Bélgica (Art Nouveau - Bruxelas); França (Art Nouveau - Paris);Catalunha (Modernismo
Catalão - Barcelona); Áustria (Secessão Vienense - Viena de Áustria); Alemanha (Jugendstil —
Munique); Escócia (Escola de Glasgow); Estados Unidos da América(Escola de Chicago).

Características da Arte Nova como corrente modernista no campo da arquitectura e das


Artes Decorativas.
Desenvolvimento, nas décadas de 80 e 90 do século XIX e no século XX até à Primeira Guerra
Mundial, quase simultâneo em diferentes centros urbanos industriais europeus e da América do
Norte. Combate a desolação urbana, causada pela industrialização, propondo que a arte deve
«embelezar» a cidade, tornando-a agradável, alegre e moderna. Nesse sentido, condena os
estilos históricos/revivalistas, promovendo uma estética orgânica inspirada na Natureza e no
Homem (Mulher). Aceita os novos materiais, explorando simultaneamente as suas capacidades
técnicas e estéticas, observando-se já, em alguns edifícios, uma decoração com valor funcional
de que resulta uma característica moderna de continuidade espacial. A linguagem da Arte Nova
estende-se da Arquitectura — entendida na sua integração urbana — às Artes Decorativas,
numa proposta de aproximação das artes «maiores» às artes aplicadas.

*Artes Aplicadas
- atribuíram-se-lhes as concepções estéticas e formais da arte nova, e tal, como na
arquitectura, é possível distinguir, entre esses artistas e escolas, tendências particulares
diferentes, oscilando entre o pendor decorativo que tende a mascarar a forma e o rigor
conceptual da forma que segue a função e respeita as características.
-escolas:
-Nancy (França)
-Deutsche Werkbund (Alemanha)
-Áustria (Viena)
-Nova Ioque
*Abstraccionismo
 Autonomia da arte face ao real;
 Obra de arte como uma representação do mundo e não como uma representação
narrativa;
 Obra de arte como uma estrutura formal e cromática simbólica;
 Introdução da racionalidade e da simbologia analógica de formas, ritmos e cores;
 Não se imita a realidade;
 Não é figurativa, nem objectiva;

Características da Abstracção Lírica - Kandinsky


 Influências do Expressionismo na fase Der Blaue Reiter;
 Arte como necessidade interior, como estrutura simbólica e como processo de
comunicação espiritual;
 Ausência de estruturação geométrica;
 Afirmação da estética da emoção;
 A cor e a linha como elementos da simbologia e da harmonia interna da obra de arte;
 Muita cor, forte e contrastada;
 Mancha esbatida e diluída;
 Marcação com traços a preto;

Características da Abstracção Geométrica


 Influência do Cubismo Sintético;
 Arte como organização geométrica pura;
 Racionallizada;
 Utilização dominante de cores primárias;
 Introdução de formas geométricas;
 Marcação de planos horizontais e verticais (ortogonalidade);
 Definição da harmonia através de ritmos matemáticos;
 Suprematismo:
o Movimento pictórico nascido na Rússia por volta de 1915-1916.
o O seu autor foi Casimir Malevitch
o A sua preocupação foi a realização de uma arte pura da noção de espaço, ou
seja, a relação entre as formas e o espaço que as circunda
o Pintura:
 Simplicidade das formas geométricas
 Emprego de uma gama cromática restrita, constituída pelas cores
primarias e secundárias, pelo preto e pelo branco
 Pureza
o Malevitch:
 Influência expressionista e fauvista
 Trabalhou a noção ampla de espaço animado, movimentado por
figuras geométricas de cores puras- o suprematismo dinâmico-, para
mais tarde chegar ao um niismo profundo da pintura, onde o plano e a
forma n tem cor
 Neoplasticismo:
o Movimento artístico holandês criado em 1917 por Piet Mondrian
o Pretendeu atingir uma visão impessoal e objectiva através de uma estética
nova e universal
o Procurou a perfeição e a verdade supremas, ultrapassando o mundo físico e
emotivo, de modo a atingir o mundo mental
o Arte pura, clara, objectiva, não ilusória e não representativa, e como tal
antinaturalista, que utilizou a redução das formas e planos geométricos
ortogonais, em composições abstractas, onde se estabeleceram múltiplas
relações espaciais
o As formas são estáticas, quadradas, rectangulares e pintadas com cores
primárias, branco e cinzento, limitadas por linhas verticais e horizontais a negro
e com diferentes espessuras, e procuravam o equilíbrio, a harmonia e a
serenidade do ângulo recto, ser recorrerem á simetria, mas organizadas
dinâmica e ritmicamente

 Pintura onírica: ligada ás emoções, á fantasia e ao inconsciente, abandonando a vida


racional
o Pintura metafísica (giorgio de chirico)
 Influencias da pintura simbolista
 Pendor clássico
 A pintura estabelece uma relação espacial diferente e
inovadora entre os ambientes e os objectos
 Obras onde os cenários arquitectónicos e as perspectivas
são extremamente acentuadas
 Ambiente mágico, intemporal e inquietante
o pintor associa objectos diferenciados e sem relação em
 Combinações ambíguas e irónicas, cujas sombras, muito
alongadas,
acentuam o aspecto enigmático do conjunto
o Dadaismo (Marcel Duchamp e Breton (Zurique))
 movimento global: síntese de todas as artes na arquitectura
 contra a sociedade burguesa e o processo cientifico, porque
facilitam a guerra
 não é racional
 é lúdica, nílista, intuitiva, impertinente e subversiva
 valorizaram o espontâneo, o primitivo e o inconsciente
 imaginação inventiva e inesgotável
 recurso ao absurdo e incongruente
 retorno do artista ao estatuto de artesão e ao seu anonimato na
sociedade
 ausência de compromisso entre arte e o mercado
estilo individual no ensino da arte
 Ready-made: objectos retirados do seu contexto normal,
transformados em obras de arte. Praticamente não se interfere no
objecto.
 Object Trové: objectos encontrados colados na tela, fica com
pouco volume.
 Merzbilder: vários elementos do quotidiano reunidos numa tela,
sobre a qual o artista intervêm com a cor.
Fotomontagens: integrações de diferentes fotografias numa só.
 Raiogramas: fotografias sem máquina. Papel fotográfico exposto
directamente à luz
 Fotografias elaboradas
 Colagens já introduzidas pelo Cubismo
o Surrealismo (Max Ernest- França 1919)- reacção à cultura e à civilização
ocidentais, ao racionalismo e ao convencionalismo
 Obras: sonho, metáfora, inverosímil e insólito
 afastou as normas e convenções sistematizando a transgressão de
modo repetido
 baseou-se no simbolismo e romantismo
 não tem preocupações estéticas realizadas
 associação de ideias feita livremente
 técnicas:
*técnicas clássicas de desenho e gradação cromática
*desenho e pintura automáticas- correspondência entre o
inconsciente e a acção
que se desenrola sem controlo da razão e é individualista
*técnicas clássicas aplicadas de formas fantasmagóricas ou
incongruentemente
 temas:
*erotismo, onírico e sonho- revelação do inconsciente
*o mundo da magia e de todas as forças alheias à racionalização
do mundo ocidental, atacando o senso comum
 1ª surealismo (1924-28): Picasso, M Hernet (apecto telúrico;
forte simbolismo), Masson
 2ª surrealismo (1929-39): Salvador Dali (surrealismo desortivo e realista,
quase minucioso e fotográfico; visões oníricas; cores transparentes; desenho
de grande precisão), Magritte (surrealismo poético; mundo parado e
expectante;
mundo orgânico de raízes, terra, caules, musgo, etc)
 3ª surrealismo (1939-66): M. Hernett, Miro (símbolos e ideogramas
(hieróglifos);
desenhos quase “infantis”; gosto do signo- aspecto lúdico)
*Neo-realismo

Deu-se após a Primeira Grande Guerra e durante a 2ª e 3ª décadas do séc. XX.


Tal como o Realismo oitocentista, este Neo-Realismo é definido pelo regresso de uma
linguagem
técnica e plástica figurativa, com um objectivo: fazer com que a arte reflectisse a sociedade,
assumindo
assim o compromisso da denúncia e da intervenção social e politicamente.
Este movimento surgiu face a um difícil período do pós-guerra e da instabilidade social,
económica e política vivida pelas sociedades europeias dos anos 20 e 30.

* Realismo Socialista

A designação diz respeito ao estilo artístico aprovado pelo regime comunista da ex-URSS,
por ocasião do 1º Congresso de Escritores Soviéticos, em 1934.O realismo socialista
aparentemente
filia-se ao realismo como doutrina estética, que triunfa em solo francês, a partir de 1850, com a
pintura
de Gustave Courbet 1819-1877),cujo compromisso é com o enfrentamento direito do mundo.
Vincula-se também a uma tradição mais claramente naturalista, que pensa a arte como
documentação da realidade. Um realismo de feitio mais claramente "social" se encontra
esboçadojá
na produção de Courbet - a representação de trabalhadores e camponeses -, e ganha
expressão em
obras de diversos artistas dos séculos XIX e XX, por exemplo, nos trabalhos de Jean-François
Millet
(1814-1875), voltados para o universo rural e para a vida rústica, e nos de Honoré Daumier
(1808-1879),
verdadeiros comentários da situação social e política. Nada mais distante da vocação crítica
exercitada
por essa tradição realista do que o realismo académico e partidário dos realistas socialistas.
Em solo russo,
a produção artística das primeiras décadas do século XX notabiliza-se pelo forte compromisso
social – acentuado pela Revolução de 1917 e pela adesão dos artistas a uma arte nova, a
serviço
da revolução e da vida do povo -, o que não significa descarte das pesquisas formais. Tanto o
construtivismo
quanto o suprematismo procuram articular inovação formal e engajamento, de modo a superar
dilemas do
tipo esteticismo ou participação, forma ou conteúdo.

* Neo-realismo mexicano

-grande qualidade plástica das obras produzidas, onde a temática social, de forte cunho
marxista
e nacionalista, foi traduzida numa linguagem estética vanguardista.
-os autores de maior relevo são: José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e Diego Rivera.
Aproveitando a Revolução Mexicana de 1910, estes artistas fizeram várias pinturas murais,
usando
um estilo modernista inovador, marcado pelo expressionismo, pós-cubismo e surrealismo,
exaltando
assim o povo mexicano. Assim, valorizaram o seu esforço na luta pela liberdade e na
construção
do progresso do seu país.
NEO-REALISMO PORTUGUÊS:
Características do Neo-Realismo português, integrando-o nos contextos nacional e
internacional - O Neo-Realismo, movimento político-cultural que, em Portugal, englobou
primeiro a literatura e, depois, a arte no período após a Segunda Guerra Mundial. Pontos de
contacto com o Realismo Social alemão e francês dos anos 20-30 e com o da América Latina
(os muralistas mexicanos e o brasileiro Portinari) e, ainda, com o Realismo Socialista soviético.
As concepções neo-realistas defendem uma consciência mais crítica nos domínios do papel
social da arte, colhendo bastante apoio num período altamente politizado (a ideia da queda do
regime salazarista identifica-se com a queda dos regimes nazi e fascista). Em oposição às
exposições oficiais do SNI e assumindo-se como núcleo de resistência anti-regime, surgem as
Gerais de Artes Plásticas e Arquitectura da SNBA (1946-56), onde predominou a tendência
neo-realista, mas onde expunham também (inicialmente) surrealistas e artistas de linha
naturalista (foram pintores ligados ao Neo-Realismo Júlio Pomar, Vespeira, Lima de Freitas,
João Abel Manta e os escultores Arlindo Vicente e Jorge Vieira). Tendo o Neo-Realismo
surgido em Portugal no mesmo período que o Surrealismo e o Abstraccionismo, gerou-se,
entre estes três movimentos, acesa polémica sobre a natureza e o papel da arte.
*As segundas vanguardas (décadas de 40 e 50)

 Action Painting (E.U.A.- Jackson Pollock)


 relação directa entre o inconsciente e o gesto criativo
 recorreu a processos que favoreceram o acaso, libertando-se da linguagem
figurativa e utilizando o dripping como técnica
 pinturas de grande formato e com aspecto caótico
 Resultado visual denso, cheio de escorridos policromáticos que definem
tramagens lineares completas
 Autores principais: Franz Kline, Sam Francis

 Expressionismo Abstracto (E.U.A >anos 40-50)


 Arte abstracta, não geométrica, de carácter gestualista
 telas de grandes dimensões, por vezes realizadas no cão
 Marc Tobey (aplicação de tecidos (seda); radiação, movimentos em
branco)
 Rotko (utiliza paredes de luz; o poder efectivo da cor; uso do castanho (e
por vezes aparece o branco e o vermelho))
 Pollock (pinta segundo a sua sensibilidade; aplicação directa da pintura
sobre a tela no chão; mística do acaso; escala monumental das telas;
aspecto de rede inextricável da sua pintura
 Rede complicada de manchas, salpicos e jactos de tinta; profundidade
orgânica das suas obras; rigorosa distribuição das tintas; aparente anarquia)
 Principais autores: Arshile Gorky, Willem de Kooning, Grupo COBRA
 Op Art (1955)
 Define-se por obras dotadas de movimento real ou aparente. A sua grande
diversidade artística advém-lhe, de 3 grandes tipologias constituídas por
obras como: movimento real e produzido por motores ou por projecções
luminosas; movimento simulado que produz efeitos ópticos.
 A op art foi conseguida através por:
 Figuras com carácter ambíguo, obtido por jogos de figura-mundo
ou por jogos de perspectivas opostas
 Imagens que agridem a retina comos as persistentes, com efeitos
de moiré (aspecto ondulado) e pela colocação instável de formas e
cores
 Principais artistas:
o Victor Vasarely:
 Partiu da influência abstracto-geométrica
 Dinamizou a forma quadrada e, mais tarde, o círculo,
chegando à elipse.
 As suas obras manifestaram um grande interesse, pelas
questões científicas (mecânica, ondulatória, cibernética e
astrofísica)
 Pop Art (NY e Londres- anos 50)
 utilizou uma linguagem figurativa, recorrendo a símbolos,
 figuras e objectos próprios da cidade e do seu quotidiano. Não se baseou
em teorias, nem teve
 atitudes pragmáticas e não colocou dificuldades interpretativas pois
pretendiam aproximar-se/comunicar
com as pessoas.
 Temática: ligada à cultura popular constituída por imagens do quotidiano,
da B.D., das revistas,
dos jornais, da fotografia, do cinema e da televisão
 Transmite impessoalidade e frieza, pois não tem a marca pessoal do artista
 Cores planas
 Maximiza os objectos, insólitos devido à escala
 Arte para as massas
 Andhy Warhol, Jasper Jones…

Contributo da obra de Andy Warhol para o movimento da Arte Pop - Reflexo duma
sociedade que faz do consumo um valor, a obra de Warhol elege os bens de consumo como
tema e transforma a arte em bem de consumo. Dá tratamento plástico semelhante tanto às
figuras mediáticas (artistas de cinema, intérpretes da música pop, políticos) como aos bens de
consumo (embalagens de produtos alimentares ou de limpeza, etc.); o dinheiro, instrumento de
posse e poder, é representado directa ou simbolicamente. Usa correntemente a fotografia,
como instrumento de trabalho, e a serigrafia, como forma de reprodução múltipla.

 Happening (anos 50)


o Recebeu influências do informalismo e do futurismo
o Não tem regras específicas podendo apenas ser considerada como uma
vivência que põe em relevo uma estreita ligação entre a arte e a vida.
o Não tem um objectivo específico nem uma estruturação com princípio, meio e
fim.
o Coloca antes o espectador e o seu autor numa atitude expectante e atenta a
determinados factos, acontecimentos e vivências.
o Constitui a mais pura expressão de arte efémera
o Pretendeu chegar a um público vasto, considerado espectador e participante
na criação e desenvolvimento da acção e, ao mesmo tempo, combateu o
mercantilismo artístico.
o Autores principais: Gutai
 Hiper-Realismo
o Técnicas
 Recurso à máquina fotográfica e ás técnicas da fo tografia meios
mecânicos ou semi-mecânicos; telas fotossensíveis

o Características
 Expressão artística fria e impessoal, onde não estão patentes as
acções ou as emoções do artista
 A pintura apresenta-se lisa e sem marcas de individualidade
parecendo fotografias de formato gigante

Posicionamento do Hiper-Realismo no contexto da Arte Moderna — O Hiper-Realismo foi


uma proposta artística da segunda metade do século XX (final dos anos 60 e década de 70)
centrada, sobretudo, nos Estados Unidos da América. Em continuidade da Pop Art, inseriu-se
no conjunto das propostas figurativas que abordaram o quotidiano. Representa uma inovação
estética com recurso a técnicas e metodologias da fotografia.
Importância do Hiper-realismo no panorama artístico da segunda metade do século XX -
Na 2ª metade do séc. XX, a diversidade de expressões artísticas tem sido um dos vectores
mais destacados. A década de 70 foi, além de outros aspectos, profundamente marcada pelo
Hiper-Realismo. Com algumas raízes na Pop Art, é a corrente artística mais importante, no que
se refere à exploração da figuração; combinação do esteticismo com uma intenção crítica;
experimentação de processos inovadores para observação e representação do real.
Características do Hiper-Realismo como proposta artística da 2ª metade do séc. XX -
Desenvolve-se nos Estados Unidos, nos finais da década de 60 e durante a década de 70
(século XX), dando continuidade à Pop Art (opondo-se ao hermetismo da Arte Conceptual).
Utilizando a fotografia, busca um registo cruamente objectivo da realidade, revelando um olhar
crítico face à sociedade de consumo. O tipo de registo óptico do espaço resulta igualmente da
utilização da fotografia. Na escultura, o intenso realismo das formas, resultante da utilização de
moldes, é gerador de uma visão perturbadora da realidade.
 Arte Conceptual (anos 60)
o o mais importante foi a ideia, o conceito, ou seja, a concepção do objecto mais
do que a sua realização como obra acabada. Valorizou o processo mental e a
reflexão sobre o trabalho, tendo a teoria ocupado o lugar da prática concreta.
o Recorreu a referências e bases teóricas questionando: os fundamentos da
arte; a colocação da obra de arte na sociedade. Pôs em causa a razão de
existir e a função da arte, bem como a sua sobrevivência no século XX
o Atribuiu a esta o papel de documento, pondo-a em causa como forma de
realização, afirmando que a arte é uma coisa mental e uma reflexão filosófica
o Suportes: fotografia, películas várias, vídeo, gravações, telefonemas,
documentos escritos e telegramas apresentados em actos públicos.
o Marcel Duchamp :
 Considerou a arte como uma acção linguística, como uma
comunicação e formação do pensamento
 Body Art
o Nesta arte corporal estiveram incluídas manifestações muito variadas: as mais
brutais admitiam práticas de tipo sadomasoquistas como as do grupo vienense;
outras mais calmas como as dos ingleses Gilbert e Georg
 Land Art
o Tem pontos de contacto com a arte pobre
o Esteve ligada a preocupações ecológicas, recusando a arte comercial
o Constitui uma manifestação interventiva na paisagem, em grandes espaços
naturais, que se podem apresentar de maneiras muito variadas.
o Usaram elementos naturais que se degradam, decompõem e são absorvidos
pela natureza
o Principais autores: Christo, Robert Smithson, Walter de Maria
 Minimal Art
o Criado por Richard Wollheim em 1965
o Arte que apela para a necessidade de recorrer aos elementos básicos e
essenciais da matéria plástica.
o Manifestou o desprezo pela figuração e empregou um número mínimo de
elementos plásticos e de cores, cujo efeito impessoal é devido ao uso de
materiais industriais.
o Pintura:
 Numero restrito de elementos, sendo muitas vezes constituída por
superfícies monocromáticas, sem qualquer alteração tonal.
 Principais autores: Giulino Paolini, Cláudio Parmiggiani e Christo

 Arte Pobre (Itália- 1967)


o Uso de materiais pobres, como os materiais usados, desgastados ou pouco
usuais em arte
o Principais artistas Mário Merz, Piero Manzoni
 Evolução da escultura (sec XX)
o Passagem da linguagem figurativa para a linguagem abstracta.
o Inicio do século:
 A escultura permanecia agarrada a figuração humana e animal, por
isso a um a linguagem tradicional devido a
 Resolução do problema forma espaço no abstracto, fazendo
com que a forma ganhasse autonomia sem se confundir com
os objectos
 A questão da resolução do equilíbrio abstracto das formas sem
competir ou se assemelhar com a arquitectura
o Utilização de novos materiais que ate ai eram completamente alheios a esta
forma artística, facto que a libertou das volumetrias fechadas e compactas
o Mudanças:
 Cubismo:
 Simplificação de volumes reduzindo-os a formas cúbicas,
fazendo com que a figura humana perdesse omnipresença
 Principais autores: Picasso e Henri Laurens
 Futurismo
 Iria acrescentar as formas cubistas a expressão da
simultaneidade do espaço e do tempo, aplicada a formas
concretas, e nunca abstractas, que se aproximariam das
concretizações atingidas nas máquinas
 Principal autor: Umberto Boccioni
 Expressionismo
 Introduziu a intensidade dramática através de deformações e
de gestos crispados.
 Principal autor: Giacometti
o Entre as 2 guerras mundiais:
 Construtivismo
 O Construtivismo criado por Tatlin, assimilou as formas ,
os materiais e os processos da tecnologia moderna e
colocou os seus conceitos de arte útil e funcional ao serviço
da “sociedade socialista” em cuja construção se envolveu
activamente.
 As cores e as formas são organizadas de maneira que a
composição resulte apenas na expressão de uma concepção
geométrica.
 Teve como principal artista: Aleksandr Rodchenko (1891 –
1956), foi dos principais mentores do construtivismo
juntamente com Tatlin. A pintura composta por formas
abstractas devia criar estruturas com referência nos
processos da tecnologia moderna.
 Destaca-se também El Lissitzky (1890 – 1941), entendia
o artista como um “construtor de um novo universo de
objectos”, foi o maior divulgador do Construtivismo
soviético na Europa.

 A arquitectura e o design no período ente as guerras


 Modernismo Art Nouveau
o Escola de Chicago (Mackintosh e Glasgow)
 Eficácia de novos materiais: ferro, vidro, betão, mantendo-os à
vista sem disfarce, e de novos métodos construtivos
(esqueleto estrutural em ferro ou betão, fachadas sem função
sustentadora) resultantes do contínuo desenvolvimento
cientifico técnico do seu tempo.
 Aplicaram critérios cada vez mais racionalistas e funcionalistas,
caminhando no sentido da planta de organização livre, da
depuração formal e da desordenação dos edifícios
 Arquitectura que procura responder de forma técnica, racional
e funcional ao modo de vida de um tempo novo, que levantava
á construção exigências mais pragmáticas (higiene, luz,
ventilação, conforto..) e onde o interesse das massas se
sobrepunha ao interesse individualista
o Deutsche Werkbund
 Regras do desenho industrial ao desenho arquitectónico
 Uso de estruturas metálicas segundo as técnicas da época e
explorou as potencialidades do betão nas fachadas e paredes
sem decoração, conferindo-lhes robustez

Principais objectivos da Deutscher Werkbund - Associação fundada em 1907 que,


composta por artesãos, artistas plásticos, arquitectos e industriais, tinha como objectivo uma
maior ligação entre arte e técnica, entre arte e indústria (importância da máquina/produção em
série). Profundamente influenciada pelas Arts and Crafts, defendeu uma estética de
simplificação formal, lançando as bases do design moderno e da Bauhaus.
Contributo da Deutsche Werkbund para a formação do Modernismo — Esta associação da
indústria das artes deu origem a um movimento artístico com características modernistas na
Alemanha (Munique), e contribuiu decisivamente para o arranque do Design Industrial.
o Gropius
 Exploração técnica da estrutura metálica em ferro e aço
 A utilização racional dos novos materiais, como preferência
para o ferro e o vidro
 A substituição das fachadas em alvenaria por “paredes cortina”
inteiramente feitas em vidro
 A criação de novas formas espaciais, adaptadas a função
 Art Déco (sec XX)
 Estilo decorativo- uma estética nova, moderna e eclética,
aplicável a todas as actividades artísticas (arquitectura,
pintura, design…) transformando-se, tal como acontecera com
a arte nova, numa moda característica de um tempo e se um
modo de pensar
 Arte modernista que assimilou e aproveitou conceitos plásticos
e estéticos das vanguardas pictóricas, escultóricas e
arquitectónicas do seu tempo (cubismo, futurismo..) bem
como a influência na arte exótica e na arte africana
 Esteticamente retirou a sua inspiração da natureza animal, do
corpo feminino e das formas geométricas
 Manifestou-se no design industrial de objectos utilitários
o Arquitectura
 Aplicou-se na decoração de interiores
 Construções:
 De tecto plano, nas quais predomina a horizontalidade
 Geometrização na composição do espaço (planta) e das
fachadas
 Apresentam simplicidade estrutural e grande clareza de
volumes, alternando as superfícies planas e rectilíneas
com curvas pronunciadas, de traçado geométrico
 Decoração: contida, estilizada e abstractizante, e
encontra-se condensada em determinados locais (lintéis
e ombreiras, puxadores e fechos de portas, pequenos
frisos e gradeamentos)

 Arquitectura e design das vanguardas modernas


o Arquitectura expressionista
 Construções com carácter fantástico, bizarro e simbólico,
inspirado frequentemente em formas orgânicas
 Valorizou a expressividade das formas arquitectónicas, usando a
arquitectura com o mesmo valor expressivo da pintura e da
escultura e através dos volumes e dos materiais
 Uso frequente do vidro e do betão
o Arquitectura futurista
 Uso de materiais modernos (ferro, vidro, betão) atendendo a
sua pureza natural e às suas capacidades para expressar a
ligeireza e elasticidade
 Elaboração de volumes arrojados e imaginativos estruturados
por linhas oblíquas ou elípticas que reforçassem a ideia de
dinamismo e movimento
 Total abolição da decoração, dando á arquitectura uma
aproximação funcionalista e racional mais próxima da estética
industrial
o Construtivismo russo
 Carácter antiesteticista e funcionalista do pensamento do
socialismo russo que encaminhou o trabalho dos artistas para a
intervenção social ao serviço dos ideais revolucionários, dando
ênfase aos campos de acção mais imediatos: o desenho
industrial, o cartaz publicitário e a arquitectura
 Principais autores: Irmãos Vesnine
o Neoplasticismo
 O neoplasticismo nasceu em 1917,na Holanda foi uma tendência
construtiva representada pelo artista plástico holandês Piet
Mondrian. Ele entendia que o neoplasticismo era um modelo
para uma nova forma de vida. A sua educação influencia o facto de não
pintar figuras humanas, era iconoclasta; passou por varias fases, desde
o figurativo á depuração. Mondrian concebeu este movimento como
uma arte sem qualquer referencia à realidade perceptível, aspirava a
uma pureza e a uma harmonia absoluta de formas e cores, usando
para isso apenas linhas verticais(simbolizam o masculino) e
horizontais(feminino), de cujas uniões resultavam somente ângulos
rectos e espaços bidimensionais. Estes planos eram preenchidos com
cores primárias (azul, vermelho, amarelo) e com as cores: branco,
preto e cinza. A ausência total de diagonais pode ser compreendida
enquanto negação da perspectiva, representação da profundidade em
espaço plano. O principal objectivo de Mondrian seria então criar uma
linguagem puramente plástica, abstracta e racional que reflectisse um
equilíbrio cósmico, a ordem e a harmonia universais
o Bauhaus
 Projecto pedagógico inovador que contribuiu para a modernização
de todas as áreas artísticas; Ligação a todas as artes;
 Articulação do ensino teórico com o ensino pratico, reforçando o
papel essencial deste ultimo; Relação entre teóricos, artistas e
artífices;
 Ligação concreta entre a arte e a industria e a arte e a sociedade;
 Defesa da especialização nas várias artes;
 Contributo para uma estética racional - o funcionalismo moderno;
 Aparecimento e consolidação do Design Moderno;
 Edifício da Bauhaus, em Dessau, tornaram-se uma das principais
referencias para o Movimento Moderno (para o Funcionalismo e o
Racionalismo);
 Ensino experimental (oficinas e ateliers);
 Curso preliminar de selecção e depois especialização num dos
ateliers;
 Grandes mestres modernos como professores (pintores,
escultores, arquitectos, etc.);
 Deixou influências não só como modelo estético, mas também
como modelo pedagógico.

Importância da Bauhaus na evolução da arte no séc. XX - Escola de artes que, de 1919 a


1933, defendeu a ligação entre as diferentes artes, entre arte e indústria, entre teoria e prática,
como consequência de um projecto pedagógico inovador. Nascimento do design moderno.
Importância das oficinas e atellers, orientados por artífices e grandes mestres — arquitectos,
pintores e escultores, como Walter Gropius, Mies van der Rohe, Kandinsky, Paul Klee ou O.
Schlemmer.
Importância da Bauhaus para a Arte Moderna.
Esta escola de artes foi um projecto pedagógico inovador e um centro de produção artística de
vanguarda; consagrou a adopção do Movimento Moderno através da relação entre a Arte e a
Indústria; estabeleceu alguns códigos do Funcionalismo; contribuiu para a internacionalização
da Arquitectura Moderna.
Importância do papel desempenhado pela Bauhaus no processo de definição do Design
Industrial.
O século XIX foi marcado pela recusa da máquina, entendida como principal responsável pela
falta de qualidade estética dos objectos produzidos (teoria de Ruskin e W. Morris). Só com o
Deutsche Werkbund (associação que integrava representantes da indústria, artistas e
artesãos), se faz a reconciliação da Arte com a Indústria e com a máquina, nascendo, então, o
Design Industrial. Este projecto, interrompido com a Primeira Guerra Mundial, é retomado e
aprofundado, em 1919, pelo arquitecto W. Gropius que funda a Bauhaus, cujo programa
educativo promovia a fusão dos campos artísticos das duas escolas que lhe deram origem (a
de Artes e Ofícios e a de Belas- Artes). Uniam-se os esforços de artistas e de artesãos na
formação de novos profissionais, de forma a projectar todo o tipo de objectos (incluindo-se no
conceito de objecto os próprios edifícios e espaços vivenciais) que respondessem,
cumulativamente, às necessidades materiais, intelectuais e espirituais do homem. Defensores
do Design Industrial, os ateliers da Bauhaus constituíam-se como ateliers de produção para o
mercado exterior.

 FUNCIONALISMO:
O Funcionalismo exprimiu uma das tendências da Arquitectura do século XX,
contribuindo para a afirmação e para a divulgação do Movimento Moderno. Afirmando
a funcionalidade, a universalização e a racionalidade, materializou-se sobretudo
através da acção de Le Corbusier nos CIAM (Congresso Internacional dos Arquitectos
Modernos), na divulgação da Carta de Atenas (documento sobre o Urbanismo
Moderno) e na influência da obra deste mestre.
Características do Funcionalismo nos seus pressupostos teóricos e na sua
relação com a realidade social da época - Corrente racionalista da Arquitectura do
século XX, desenvolve-se na conjuntura social do Pós-Primeira Guerra Mundial
(desenvolvimento da indústria/crescimento da população urbana/desenvolvimento e
mecanização dos serviços e transportes). Defende, como princípios, a prioridade do
planeamento urbano sobre o projecto arquitectónico, a máxima economia na utilização
dos solos e na construção, a racionalidade das formas arquitectónicas na resposta às
necessidades detectadas e o recurso sistemático à tecnologia industrial
(padronização, pré-fabricação, seriação). Figura central é o arquitecto Le Corbusier
que estabelece o sistema construtivo Dom-mo — pilares/placa de betão. A sua
adopção tornou possível pôr em prática os princípios da planta-livre e espaço
contínuo, necessários ao projecto racional de qualquer tipo de edifício adaptável às
exigências dos seus habitantes ou utentes. Foi rápida a expansão deste sistema e
destes princípios, para a qual contribuiu a acção dos Congressos Internacionais de
Arquitectura Moderna.

 ORGANICISMO:
O Organicismo contribuiu para o desenvolvimento da Arquitectura Moderna a partir dos
Estados Unidos da América. Referenciado pela obra de Frank Lloyd Wright, este movimento
defendia a conjunção de uma estética orgânica com a racionalidade, através da exploração da
singularidade de cada edifício, da relação com o sítio e a paisagem, da interpenetração do
espaço interior com o espaço exterior e, ainda, da valorização estética de materiais e sistemas
construtivos.
Contributo do Organicismo para o Movimento Moderno na Arquitectura - A obra do
arquitecto F. L. Wright é referenciada como o exemplo paradigmático do Organicismo. O seu
contributo foi decisivo para o Movimento Moderno, projectando o contexto artístico americano
na cena internacional. Muitos edifícios da sua autoria são marcos inovadores na História da
Arquitectura. O Organicismo como uma das tendências do Movimento Moderno; o papel de
Frank Lloyd Wright e da Arquitectura americana; a afirmação da espacialidade e da construção
como valores arquitectónicos; relação entre a arquitectura e a paisagem; valorização dos
materiais.

A obra de F. L. Wright e o Organicismo - Frank Lloyd Wright, arquitecto americano, é mentor


do Organicismo — uma das correntes do movimento moderno da Arquitectura da primeira
metade do século XX. Estagia junto de Louis Sullivan, personagem-chave da «Escola de
Chicago» — conjunto de engenheiros e arquitectos que, por exigências especiais de
construção e urbanismo, abriu uma das linhas do racionalismo funcionalista da Arquitectura.
Recebe uma formação menos condicionada pelo peso historicista que a dos arquitectos
europeus. Formula a teoria orgânica da Arquitectura, que defende. Usa as tecnologias e os
materiais mais inovadores (estruturas de aço e betão) tanto como resposta aos problemas
funcionais e materiais do homem como aos de ordem psicológica e espiritual, O espaço
arquitectónico é por ele concebido como expressão da própria vida do homem que o habita,
portanto obedecendo à escala humana. Os aspectos estruturais, espaciais e mesmo
decorativos da sua arquitectura têm uma função orgânica, de modo a adaptarem-se à vida
como organismos vivos da Natureza.

Características da Arquitectura de Le Corbusier:


-prática, liberta de individualismos e sentimentalismos fantasistas
-preocupada com a economia de meios e de gastos
-socialmente comprometida (apostada em encontrar soluções viáveis para resolver problemas
de habitação colectiva nas grandes cidades)

As ideias de Le Corbusier foram materializadas e consubstanciavam-se em cinco pontos


essenciais:
1- Construção apoiada em pilares, colocados livremente em relação à planta, e
2- servindo para sustentar e isolar o edifício de humidades;
3- Tectos planos com terraços e jardins na cobertura;
4- Plantas de andar totalmente livres;
5- Fachadas de composição livre;
6- Janelas colocadas em longas faixas horizontais.
_A arquitectura orgânica consiste no facto de que um edifício só se considerar
orgânico se o exterior e o interior estabelecerem uma correspondência entre si,
quando ambos se harmonizam com o carácter e a natureza da sua função, da sua
realização,
da sua localização e do seu tempo de génese.

13. Estilo Internacional


*usaram a “estética da máquina” e os materiais modernos (betão, aço e vidro), quase sempre
deixados na sua cor e textura naturais;
*valorizaram a estrutura interna construtiva (o esqueleto estrutural, principio de toda a
construção),
que permitia plantas flexíveis e um planeamento lógico e funcional dos interiores;
*projectaram fachadas em consola e paredes panorâmicas, regularizadas geometricamente;
*deram ênfase às janelas, com armações metálicas leves e colocadas à face das fachadas;
*preferiram os telhados planos, em terraço;
*excluíram toda a ornamentação aplicada.

MODERNISMO PORTUGUÊS:

Importância da obra de Almada Negreiros para o Modernismo Português - Almada


Negreiros como o grande teórico e elemento agregador dos modernistas portugueses ligados
ao Futurismo ou/e ao grupo Orpheu, nos quais se salientaram figuras como Amadeo de Souza-
Cardoso, Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa. Expõe com os Humoristas e com os
Modernistas, Os «Ballets» de Almada por influência da vinda dos Ballets Russos a Lisboa, em
1917.

NEO-REALISMO PORTUGUÊS:
Características do Neo-Realismo português, integrando-o nos contextos nacional e
internacional - O Neo-Realismo, movimento político-cultural que, em Portugal, englobou
primeiro a literatura e, depois, a arte no período após a Segunda Guerra Mundial. Pontos de
contacto com o Realismo Social alemão e francês dos anos 20-30 e com o da América Latina
(os muralistas mexicanos e o brasileiro Portinari) e, ainda, com o Realismo Socialista soviético.
As concepções neo-realistas defendem uma consciência mais crítica nos domínios do papel
social da arte, colhendo bastante apoio num período altamente politizado (a ideia da queda do
regime salazarista identifica-se com a queda dos regimes nazi e fascista). Em oposição às
exposições oficiais do SNI e assumindo-se como núcleo de resistência anti-regime, surgem as
Gerais de Artes Plásticas e Arquitectura da SNBA (1946-56), onde predominou a tendência
neo-realista, mas onde expunham também (inicialmente) surrealistas e artistas de linha
naturalista (foram pintores ligados ao Neo-Realismo Júlio Pomar, Vespeira, Lima de Freitas,
João Abel Manta e os escultores Arlindo Vicente e Jorge Vieira). Tendo o Neo-Realismo
surgido em Portugal no mesmo período que o Surrealismo e o Abstraccionismo, gerou-se,
entre estes três movimentos, acesa polémica sobre a natureza e o papel da arte.

A ARTE PORTUGUESA NO SEC. XX

Pintura

A partir de 1935 a pintura portuguesa esteve limitada pela pintura oficial. Era controlada
pelos politicos, a pintura era cada vez mais necionalista, ruralista e de pendor sentimental,
uma pintura figurativa e de facil leitura,as cores eram claras e calmas.
Porem esta situação provocou varias reacções entre os artistas, uns emigraram (como
Vieira da Silva), outros ficaram e lutaram dentro dos possiveis para conhecer e acompanhar
as novidades artisticas internacionais (como Antonio Pedro) e outros adequeriram o
estatutode “artista apolitico” que lhe permitia qualquer posição (como Almada Negreiros).
Os pintores que ca ficaram como Dórdio Gomes (1890-1976) e Abel Manta (1888-1982) foram
autores de importantes realizações de esposições e formação de grupos e os introdutores do
Expressionismo nos anos 40, do Neo-Realismo, do Surrealismo e do Abstraccionismo nos anos
40-50, numa oposição à ditudura criam uma participação democrática na vida política e cultural
portuguesa que se estendeu à literatura e cinema.

Expressionismo

Mario Eloy foi o principal pintor desta corrente que se expandiu em portugal com caracteristicas
proprias como: passar sa dor quotidiana ao visionarismo(pinturas de Eloy e Alvarez) e da
sátira(nos quadros de Júlio Reis) à ternura e ao lirismo; tudo em cores vivas e lementos
decorativos populares, embora a tecnica continuasse a ser academica.
O expressionismo teve sempre bons auto-retratos, como os de Eloy e Tagarro.
Mario Eloy (1900-1951) passou po Paris, Berlim, onde expôs ao lado de Braque, Picasso,
Chagal, Kokoschka e outros. Autor de desenhos feitos a lapis,à pena, a tinta ou a oleo, cheio
de virtuosismo, mas onde é realçada a luz, a expressividade das cores e dos tons frios, de azul
e verde. Este pintor tem algumas preocupações de rigor construtivono arranjo de formas e das
figuras. Perto do traço de Picasso mas longe do seu optimismo. Foi o pintor mais importante do
expressionismo figurativo em portugal, pele representação dos sonhos e dos pesadelos onde
as figuras humanas eram insignificantes e angustiadas e por isso aprosximou-se do
surrealismo.

Neo-Realismo e o Surrealismo

Neo-Realismosurgio nos finais dos anos 30 defendia a denuncia da realidade sociale tinha por
base a ideologia de inspiração marxista. Partindo da admiração das pinturas mexicanas e
brasileiras os nossos pintores foram dando vida a estas ideis. O Neo-Realismo foi bem aceite
por muitos artistas por isso a partie de 1946 foram criadas as exposições gerais de artes
plasticas,numa tentativa de aproximar a arte do povo. Os pintores que mais se destacaram
foram: Júlio Pomar, Vespeira, Moniz Pereira e Júlio Resende,que depois passaram para o
surrealismo ou abstraccionismo. Mas paralelamente em 1940 apareceu outra corrente o
surrealismo, atraiu muitos artistas pelas novas propostas que apresentava e porque as ideias
do neo-realismo e o poder politico não eram compativeis. A 1ª manifestação surrealista
preparada por Antonio Pedro, Antonio Dacosta, e a escultora inglesa Pamela Bodin. Em 1947
era constituido o Grupo Surrealista de Lisboa, com alguns artistas conhecidos do neo-realismo,
a esses juntaram-se Candido da Costa Pinto, Cruzeiro Seixas e mais tarde Mario Cesariny.
Antonio Pedro foi o grande introdutor do surrealismo em portugual e o primeiro critico de arte
moderna. Esteve em Parise em Londres, defendeu a função contestataria da arte, e nas suas
obras desenvolveu uma tematica e uma representação figurativa de metamorfoses e
autocostrução sucessiva que a maneira de dali, pretendia revelar os espaços ambiguos do
sonho.

O Abstraccionismo

As suas origens são Amadeu de souza-Cardoso, Santa Rita Pintor e Almada Negreirose
principalmente Maria Helena Vieira da Silva.o seu abstraccionismo tem uma sogestão de
profundidade oposta no bidimensionalismo de Modrrian e Malevitch, ela representa a sintese
da simplicidade e tradições artisticas diferentes (pos-impressionismo, cubismo, abstração). Foi
pintora de metaforas, as suas cidades representavam os seus sentimentos. Com a evolução do
surrealismo o abstraccionismo reaparece em portugal em 1943 pela mão de artistas ja
conceituados Júlio Resende, Vespeira, Nadir Afonso e sobertudo Fernando Lanhas. Este
sobressai pela sua originalidade, pelos seus conhecimentos de arqueologia e de cosmologia,
continuou o seu percurso pelo abstraccionismo geometrico e construtivo.

Nova Figuração

Pop-Art realsa-se a pintura de Joaquim Rodrigo, realizou varias composições com descrição
sintetica de acontecimentos mais ou menos historicos, isnpirado em povos primitivos, bonecos
e legendas, tipo impressões e lebranças de viagens. Esta corrente atraiu outros pintores como:
Sá Nogueira, Paula Rego, Ângelo de Sousa e Eduardo Batarda.
O Informismo foi outra tendencia divulgada por: Antinio Charrua, Artur Bual e Menez.
O Objectivismo foi aplicado por: Lurdes Castro e as experiências Op por Eduardo Nery.

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