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NEOCLÁSSICO Sistemas de construção simples (trilítico) ou complexos,

Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do estruturados a partir do arco de 180 graus de inspiração romana
século XIX, uma nova tendência estética predominou nas e adaptados aos modernos processos técnicos.
criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo Tetos planos, abóbodas e berço ou de aresta emoldurada e
= novo), que expressou os valores próprios de uma nova e cúpulas nas zonas centrais das construções e assentes em
fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade tambores rodeados de colunas com entablamentos circulares.
europeia após a Revolução Francesa e principalmente com o As cidades tiveram de se adaptar a essas construções
Império de Napoleão. gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os
Nas palavras de Edgar Allan Poe “a glória que foi a Grécia, e a novos edifícios públicos, academias e universidades, muitos dos
grandeza que foi Roma”. quais conservam ainda hoje a mesma função.
Esse reviver do austero Classicismo na pintura, na escultura, na
arquitetura e no mobiliário constituiu uma clara reação contra o
enfeitado do estilo rococó.
O século XVIII tinha sido a Idade das Luzes, quando os filósofos
pregavam o evangelho da razão e da lógica. Essa fé na lógica
levou à ordem e às virtudes “enobrecedoras” da arte neoclássica.
O iniciador da tendência foi Jacques-Louis David pintor e
democrata francês que imitava a arte grega e romana para
inspirar a nova república francesa. A Arte “politicamente correta”
era séria, ilustrando temas da história antiga ou da mitologia, em
vez da frivolidade rococó.
Em 1783, a mania da arqueologia varreu a Europa, à medida que ESCULTURA
as escavações em Pompéia e Herculano ofereciam a primeira Os escultores neoclássicos foram marcados pelo rigor e pela
visão da arte antiga bem preservada levaram ao exagero da passividade e sua produção academicista é considerada fria.
imitação da vida grega da antiguidade chegando ao ridículo em Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas
atitudes. de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os
A linha mestra do estilo neoclássico eram as figuras severas, protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde,
desenhadas com exatidão, que apareciam em primeiro plano, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às
sem a ilusão de profundidade dos relevos romanos. A pincelada estátuas equestres e bustos focalizados na pessoa do imperador.
era suave, de modo que a superfície da pintura parecia polida e A referência estética foi encontrada na estatuária da antiguidade
as composições eram simples, para evitar o melodrama rococó. clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.
Os fundos, em geral, incluíam toques romanos, como arcos ou Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora
colunas, e a simetria e as linhas retas substituíam as curvas a obra nunca estivesse isenta de certo realismo psicológico,
irregulares. plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A
As antigas ruinas também inspiraram arquitetura. Imitações dos busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava
templos gregos e romanos se multiplicaram da Rússia à América. evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as
O pórtico do Panteon de Paris, com colunas e cúpulas coríntias, variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O
copiava exatamente o estilo romano. Em Berlim, o portão de escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos
Brandenburgo era a réplica da entrada da Acrópole de Atenas, gestos e suavidade das formas.
com uma carruagem romana em cima. Quanto aos materiais utilizados, os mais comuns eram o bronze,
Resumem-se as principais características: o mármore e a terracota, embora, a partir de 1800, o mármore
▪ Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos branco, que permitia o polimento da superfície até a obtenção
greco-latinos; do brilho natural da pele, tenha adquirido preponderância sobre
▪ Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos os demais. Entre os escultores mais importantes desse período
modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de destacam-se o italiano Antonio Canova, escultor exclusivo da
belas-artes; família Bonaparte, e o dinamarquês Bertel Thorvaldsen, que
▪ Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro chegou a presidir a Accademia di San Lucca, em Roma.
culto à teoria de Aristóteles;
▪ Estilo sóbrio, antidecorativo, linear, antissensual, volta-se ao
desenho, simplicidade da natureza, nobre, sereno, histórico.

ARQUITETURA
Os fundadores da jovem ciência da arqueologia proporcionaram
as bases documentais dessa nova arquitetura de formas
clássicas. Surgiram assim os edifícios grandiosos, de estética
totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com
frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma
decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de
meandros.
Utilização de materiais nobres tradicionais como mármores, PINTURA
granito e madeira, e modernos como ladrilho cerâmico e ferro A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura
fundido, de baixo custo e maior funcionalidade. clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em
Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.
Características da pintura: numa época em que se consumava o processo de aliança entre a
▪ Formalismo na composição, refletindo racionalismo nobreza e a burguesia. O detalhismo também é uma das suas
dominante; marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente
▪ Exatidão nos contornos; sobriedade nos ornamentos e no enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e joias.
colorido, pinceladas que não marcavam a superfície, dando à
obra um aspecto impessoal onde predominava o desenho
sobre a cor;
▪ Harmonia e equilíbrio do colorido.
Os maiores representantes da pintura neoclássica são:
Jacques-Louis David (1748-1825) pintor francês, foi considerado
o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor
oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão,
registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras
geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas
exprimem fortes emoções. David demonstrou a diferença entre
o velho e o novo através do contraste dos contornos retos e
O termo Neoclássico foi criado no século XIX com
rígidos dos homens com as formas curvas, suaves das mulheres.
rótulo pejorativo para denunciar o vazio e a carência,
Situou cada figura como uma estátua, iluminada por um feixe de
consequentemente para encontrar a beleza racional é
luz, contra um fundo simples de arcos romanos. Com o fim de
necessário estudar em academias, isso acabava sufocando a
assegurar a precisão histórica, vestiu manequins com roupas
liberdade artística.
romanas e fez capacetes romanos para então copiar. Por três
O aparecimento do Neoclassicismo também se deu pela ação de
décadas a arte de David foi o modelo oficial do que considerava
Winckelmann, Mengs e Piranesi que estudaram in loco as ruínas
ser a arte francesa e, por extensão, a arte europeia.
de Roma entre outras cidades, assim como as coleções do
Vaticano. A partir dos estudos destas coleções, Winckelmann,
arqueólogo alemão, publicou o livro História da Arte na
Antiguidade (1764). Mengs e Piranesi contribuíram para o estudo
das civilizações ao realizarem gravuras e pinturas dos mais
importantes monumentos de Roma. Todos esses documentos
foram importantes centros de informação e elementos de
estudos e ensino nas Academias.
Winckelmann (1717-1768) sob a influência das descobertas de
Pompeia, escreve o livro “Pensamentos sobre a Imitação das
Artes Gregas” onde teoriza os princípios do Neoclassicismo. Para
ele, a beleza não pode ser encontrada na natureza, porque esta
é imperfeita. Por isso, o artista deve procurar “o belo ideal”, seja,
a síntese abstrata de todas as belezas. Entretanto essa busca é
vã, uma vez que esse ideal já foi atingido e elevado ao máximo
pelos antigos gregos; a tarefa do artista é, portanto, imitar a
Antiguidade. Prega ainda pela volta aos temas gregos, o
abandono da ilusão de movimento nas obras de arte, assim elas
se aproximariam da imobilidade majestosa das antigas estátuas.
Com isso, o artista deixa de ser um criador para tornar-se um
mero copista da Antiguidade.
De fato, o que Pompeia pusera à luz do dia não era a verdadeira
arte clássica da Grécia, mas um classicismo romano que copiava
Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867) francês, pintor que
obras gregas. As ideias de Winckelmann se impõem de tal
foi uma espécie de cronista visual da sociedade de seu tempo.
maneira que a arte se converte numa “grecomania”,
Ingres acreditava que a tarefa primordial da arte era produzir
desprezando o gótico como sendo um estilo bárbaro, assim como
quadros históricos. Ardoroso defensor da pureza das formas, ele
o barroco e o rococó como estilos ligados ao poder do Ancien
afirmava, por exemplo, que desenhar uma linha perfeita era
Régime.
muito mais importante do que colorir.
Com o início das escavações de Pompeia, no início do século XVIII,
“A pincelada deve ser tão fina como a casca de uma cebola”,
começou a arqueologia moderna.
repetia a seus alunos. Sua obra abrange, além de composições
Forte influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta
mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica
arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que,
moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável.
no ano de 79 d.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio.
Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu
A cidade de Pompeia, coberta não de lava fluída, mas de lapilli
tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança
(pedaços de lava, ficando soterrada e conservada). As escavações
na individualidade. Amante declarado da tradição. Ingres passou
começaram em 1748, emocionando toda a Europa, a maior parte
a vida brigando contra a vanguarda artística francesa
dos objetos encontrados foi confiada ao Museu de Nápoles, hoje
representada pelo pintor romântico Eugène Delacroix, contudo
Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Depois de 1860, as
foi Ingres, e não o retórico e inflamado Delacroix, o mais
escavações foram dirigidas com sucesso cada maior, pelo
revolucionário dos dois. A modernidade de Ingres está
arqueólogo italiano Giuseppe Fiorelli (1823-1896).
justamente na visão distanciada que tinha de seus retratados, na
recusa a produzir qualquer julgamento moral a respeito deles,
Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os É o início da pintura moderna de paisagem, capaz de exprimir,
historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram melhor do que outro, certos aspectos da sensibilidade do homem
recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de oitocentista.
tantos edifícios brancos, como por exemplo, a Casa Branca nos No século XIX aparece um movimento de reação que procura os
Estados Unidos. fundamentos da arte nas antigas realidades nacionais. O gosto
Outro ponto é que o classicismo de Winckelmann era pela arqueologia torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-
evidentemente falso. Negando que as estátuas gregas tinham se o românico e o gótico, que os artistas tentam fazer reviver em
sido pintadas, criou uma antiguidade pálida, como de gesso, da suas obras. Dedicam-se à redescoberta das técnicas construtivas
qual todos os elementos dionisíacos e órficos de espírito grego desses dois estilos, chegando à conclusão que as soluções
ficavam excluídos: uma antiguidade grega bastante racional, técnicas da Idade Média eram tão racionais como as clássicas
capaz de agradar eruditos de gabinete e burgueses. greco-romanas.
Fonte: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-18/neoclassico/ O romantismo procura elementos rústicos e entrega-se às
realizações espontâneas, o que dá origem à incorporação, na
ROMANTISMO nossa cultura, de vários conhecimentos acumulados pelos povos
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e primitivos ou que se desenvolveram longe da Europa civilizada.
culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII Isto leva ao estudo das artes chinesa, japonesa, indiana e a
pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos com o africana.
objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do Com o regresso à Idade Média, o romantismo recusa as regras
aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o impostas pelas academias neoclássicas, pois estas eram
início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução inspiradas nos valores clássicos (ordem, proporção, simetria e
Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que harmonia).
os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa Os arquitetos românticos preferem:
expectativa na Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. ▪ Irregularidades nas estruturas espaciais e volumétricas;
Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa. ▪ Preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas
Um dos primeiros movimentos artísticos que surge em reação ao curvas;
Neoclassicismo do século XVIII é o Romantismo e historicamente ▪ Efeitos de luz;
situa-se entre 1820 e 1850. Os artistas românticos procuraram se ▪ Movimentos dos planos;
libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão ▪ Pitoresco de decoração (tudo o quer pode ser pintado ou
da personalidade do artista. representado em imagem).
O termo romântico foi empregue pela primeira vez na Inglaterra Com a recuperação das formas artísticas medievais (românico e
para definir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que o gótico) acompanhada do gosto pelo exótico contido nas
existiam nessa época. Romântico significava pitoresco: expressão culturais orientais (bizantina, chinesa e árabe) evidenciando as
de uma emoção que é definida e que foi provocada pela visão de características de revivalismo, ecletismo, historicismo e
uma paisagem. exotismo.
O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento Exemplos de arquitetura romântica:
artístico-filosófico Romantismo, que seguiu as ideias políticas e Construções Neogóticas
filosóficas do século das luzes (liberdade de expressão e O novo edifício do parlamento inglês, que tomou lugar do antigo
afirmação dos direitos dos indivíduos) e também as ideias de um Palácio de Westminster, destruído por um incêndio em 1834, é
movimento alemão chamado – Strürm und Drang (que tinha um testemunho de revivalismo gótico e do entusiasmo dos
como principais elementos o sentimento e a natureza). ingleses por este estilo.
Características O incêndio destruiu grande parte da construção, apenas o
▪ Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, Westminster Hall, a Torre das Joias, a cripta da Capela de Santo
evasão para mundos exóticos onde se podia fantasiar e Estevão e os claustros sobreviveram. Foi nomeada uma Comissão
imaginar; Real para estudar a reconstrução do palácio e decidir se este
▪ Exaltação da natureza; deveria ser reedificado no mesmo local, bem como o estilo que
▪ Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de deveria seguir. Foi decidido que deveria evitar-se um traço
formação das nações); neoclássico, semelhante ao da Casa Branca ou do Capitólio,
▪ Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, ambos nos Estados Unidos, devido às suas conotações com a
liberdade do povo); revolução e o republicanismo. O estilo gótico incorporava valores
▪ Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser conservadores. Em 1836, depois de estudar 97 propostas rivais,
pessoal distinto do mundo, Deus e o mundo seriam uma só a Comissão Real escolheu o projeto de Charles Barry para um
substância); palácio em estilo gótico. A Primeira Pedra foi colocada em 1840
▪ Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do e pronta em 1860.
indivíduo.
▪ Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em
algumas das suas características (por exemplo, a mulher é
vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é
idealizada).
É na Alemanha que se manifesta pela primeira vez a estética da
interioridade, que considera a arte como um instrumento para se
atingir o cerne da criação, para se entrar em contato com a
natureza infinita, através do sentimento sublime.
das salas permaneceu inacabadas. O arquiteto não se baseou na
história do edifício, mas inventou e recriou, utilizando vários
estilos (ecletismo), exemplo disso são as galerias renascentistas
e as pinturas policromas medievais.
O homem desta época desenvolveu o gosto pelas viagens, dando
asas ao seu espírito romântico, irrequieto, sonhador e sempre
insatisfeito. Utilizou a música e a literatura para visualizar terras
e ambientes desconhecidos. Havia o hábito de colecionar
estampas japonesas e coisas vindas do Oriente, através do
comércio intercontinental que começava a chegar ao Ocidente.
A sociedade desta época alimentou o gosto pelo exótico e raro,
pois a alta burguesia apoiava-se no seu dinheiro para cultivar a
sua excentricidade, demonstrada pelas viagens e pelo consumo
da arte. Esta nova tendência utiliza a arquitetura para recriar
ambientes e cenários de outras culturas.
Assimetrias deliberadas e composições pitorescas permitiram
aos arquitetos a introdução de novos efeitos visuais, a
demonstrar diferentes relações com a natureza e originar
sensações aprazíveis. Os arquitetos depararam-se com uma
diversidade formal que lhes permitia construir estruturas mais
elaboradas e com efeitos visuais completamente novos que
originam uma nova tendência: o Exotismo.

Construções Neoárabes
O Pavilhão Real, em Brighton
na Inglaterra, apresenta
cúpulas em forma de cebola,
derivam da arquitetura
mongol, é uma metáfora
exótica que representa o
Império Britânico. Chaminés
disfarçadas de minaretes e
Construções Neorromânicas
Um bom exemplo de construção Neorromânica são as muralhas
da cidadela de Carcassone, que teve a ocupação dos Celtas, Galo- grades trabalhadas em
romanos e Visigodos. No final do século XIX, foi redescoberta por formato de ferradura.
turistas ingleses, já em ruínas, foi, então, encomendado o Outras construções neoárabes
restauro do arquiteto Viollet-le-Duc. na Inglaterra são: a Casa
Sezincote, em
Construções Neobarrocas Gloucestershiree o Pagode
A Ópera de Paris tem seu Chinês dos Jardins de Kew.
edifício sobrecarregado e de Em Portugal a arquitetura
uma vulgaridade luxuosa. romântica chegou por um
Reflete o gosto da classe criada estrangeiro casado com a Rainha de Portugal, D. Maria II,
pela Revolução Industrial, Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, um príncipe alemão amigo do
novos ricos que se viam a si Barão de Eschwege, um arquiteto que trabalhava há muito para
próprios como herdeiros da a família real e que o ajudou na primeira grande obra desse estilo:
velha aristocracia e assim o Palácio da Pena.
achavam os estilos pré- O Palácio do Buçaco é um revivalismo de duas construções
revolucionários mais atraentes portuguesas que simbolizam o Manuelino: a Torre de Belém e o
que o Clássico ou o Gótico. Mosteiro dos Jerónimos. O corpo central é uma réplica da Torre
de Belém e a arcada do claustro é uma réplica do Mosteiro dos
Construções Neomedievais Jerónimos. No decurso do palácio existem ainda várias alusões
O Castelo de Pierrefonds é original do século XII, no século XVII decorativas ao Convento de Cristo em Tomar.
foi sitiado e invadido pelas tropas de Richelieu e chegou ao século Estação do Rossio, em Lisboa também representa o estilo
XIX em ruínas. Em 1810, foi comprado por Napoleão Bonaparte neomanuelino. Já o Palácio da Regaleira é considerada uma
por 3 mil francos. Em virtude da redescoberta da arquitetura da construção eclética, pois utiliza revivalismos góticos, manuelinos,
Idade Média, em 1857, o Imperador Napoleão III contrata o renascentistas e românicos. Assim como o Santuário de Santa
arquiteto Eugéne Viollet-le-Duc para a restauração do edifício. Luzia que revive os estilos românico, bizantino e gótico.
Era para ser uma simples recuperação no estado das partes
habitáveis, devendo permanecer as ruínas como decoração, mas
em 1861, o projeto ganha amplitude e se faz dele uma residência
imperial. Em 1885 os trabalhos foram paralisados e a decoração
As principais características da pintura romântica são:
▪ Corte com o academicismo neoclássico;
▪ O artista emancipa-se da encomenda e faz a sua obra
baseado nos impulsos da sua alma e na sua própria
inspiração;
▪ A pintura é bastante individualizada e diversificada no que diz
respeito ao próprio estilo e aos temas;
▪ Pretende integrar o observador, tal como no barroco, mas
agora ela já não se serve dos desconcertantes efeitos trompe
l’oeil, que diluem fronteira entre a aparência e a realidade.
Aqui o observador, assim como os personagens
representados principalmente de costas, contempla as
paisagens distantes que se desdobram à sua frente;
▪ Uma pintura romântica pretende ser contemplada e o
observador terá que dar um significado à pintura consoante
às suas emoções;
▪ O pintor lança um olhar subjetivo sobre o mundo objetivo e
apresenta-nos uma imagem filtrada pelas suas emoções. O
artista torna-se o intérprete do mundo.
Os temas da pintura romântica são divididos em três grupos. O
primeiro, não são temas novos, mas são tratados com a
mentalidade romântica e seus novos conceitos artísticos:
históricos, literários, mitológicos, retratos e autorretratos. O
segundo, são temas que representam a alma romântica,
emocional e apaixonada, idealista e simples, como:
▪ Retirados da atualidade político-social da época (naufrágios,
revoltas sociais, lutas nacionalistas e seus heróis, lutas pela
libertação de minorias);
▪ Inspirados no mundo dos sonhos e do fantástico (mundo
interior do artista)
▪ Costumes populares (feiras e romarias)
▪ Tradições, hábitos e raças exóticas (civilizações não
europeias, como a China, Japão, Índia e Norte da África)
▪ Vida animal (animais selvagens e indomados)
▪ Paisagens (retratadas com simplicidade e nostalgia, de uma
forma dramática e emocional, projetando o estado de
espírito do próprio artista).
E o terceiro grupo, retrata a pintura de paisagem revelando-se o
gênero predileto desse período. São composições solitárias e
indefesas perante as forças da natureza, olhando
nostalgicamente para o horizonte ou composições com árvore
mortas e ruínas cobertas por vegetação, que mostram a
passagem do tempo e o ciclo da evolução.
Das características do estilo, destacamos:
▪ A cor prevalece sobre o desenho linear e são utilizadas cores
variadas explorando contrastes fortes e não harmoniosos. Os
intensos efeitos de claro-escuro dão um lado mais artificial e
dramático à luz. A luz focaliza-se sobre o ponto que se quer
evidenciar na composição, acentuando a expressividade e o
sentimentalismo das cenas;
▪ Utilização do óleo e da aquarela;
▪ A composição utiliza estruturas agitadas, movimentadas,
orientadas por linhas oblíquas, diagonais e sinuosas que
PINTURA reforçam o sentido trágico, dramático e heroico dos temas.
Enquadramos a pintura dentro período de 1820-1850 que traz Caspar David Friedrich (1774-1840) pintor alemão, observou e
influências da pintura pré-romântica de finais do século XVIII, do desenhou a natureza, para depois pintar seus quadros no ateliê,
Grupo Os Nazarenos, que era um grupo de pintores alemães do porém não se limitou a representa-las, ele dá-lhe um significado
tempo do neoclassicismo que formaram em Roma uma suplementar, expresso através de símbolos, como a figura de
comunidade para estudar e pintar a partir da arte italiana do costas, as nuvens, a neblina, o horizonte. O homem de costas é
Renascimento e dos pré-rafaelitas, que era um grupo de pintores como se fosse um emblema da experiência romântica da
que surgiu na Inglaterra cerca de 1848 e que procurava natureza: sozinho nas alturas, olha para um ponto inatingível e o
inspiração nos pintores italianos anteriores à Rafael. Foi este que vê é, ao mesmo tempo, algo de exterior e a projeção do seu
grupo que trabalhou no período tardo-romântico e fez a Eu.
transição para o Realismo e para o Simbolismo.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) foi pintor inglês,
considerado por alguns um dos precursores da modernidade na
pintura, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Turner
representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do
estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma
certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte
registra a presença da máquina, uma locomotiva, foi na sua
pintura Chuva, Vapor e Velocidade. Parece ser a tomada de
consciência do artista de que a máquina invadiu o espaço natural
e começou a fazer parte do universo da pintura.

Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) foi pintor e


gravador espanhol. Conhecido simplesmente como Goya, sua
arte retratava uma mitologia povoada por sonhos e pesadelos,
seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da
caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de
personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os
horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas
históricas e as lutas pela liberdade.

John Constable (1776-1837) ao contrário de Turner, a natureza


retratada por esse pintor inglês é serena e profundamente ligada
aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do
pai. Muitos elementos de suas paisagens, moinhos de vento,
barbaças carregadas de cereais, faziam parte da vida cotidiana do
artista quando jovem. Através de uma gama de cores conseguida
por meio da observação e do contato direto com a natureza, o
artista obteve efeitos de admirável vivacidade.
Jean-Louis André Théodore Géricault (1791- 1824) pintor
William Blake (1757-1827) inglês que viveu num período francês que nos seus primeiros quadros demonstrou grande
significativo da história, marcado pelo iluminismo e pela admiração pelos cânones neoclássicos. Depois de prestar o
Revolução Industrial na Inglaterra. Poeta, pintor e gravador, serviço militar, Géricault viajou para Itália, onde estudou
ilustra os seus próprios livros e trena traduzir em imagens a profundamente as obras de Rafael e Michelangelo. Na colta, e,
grande força visionária da sua inspiração poética e linguística, 1817, iniciou o que seria sua obra-prima, A Balsa da Medusa.
contribuindo para a renovação da sensibilidade que é típica do Embora o tema do naufrágio seja coerente com o desespero
romantismo. romântico, o quadro faz uma crítica à culpa do governo pelo
acidente. Sua obsessão chegou a leva-lo a falar com
sobreviventes nos hospitais e inclusive a fazer esboços dos
mortos no necrotério. A doença, a loucura e o desespero são uma
constante nos seus quadros. Morreu, vítima de um acidente.

Eugène Delacroix (1798-1863) é considerado o mais importante


representante do romantismo francês. Suas obras apresentam
forte comprometimento político e o valor da pintura é
assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-
nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos O Romantismo no Brasil teve raízes nas primeiras décadas do
abstratos personificando-os (alegorias). Culto, dono de uma século XIX, com o aparecimento de vários naturalistas
língua ferina, rico e namorador. Amigo do compositor Frèderic estrangeiros que vinham em busca de terras ainda por explorar.
Chopin, inimigo do romancista Honoré de Balzac, admirado pelo Além da motivação puramente científica dessas expedições,
poeta Charles Baudelaire e indiferente às demais celebridades de entre eles havia diversos pintores e ilustradores impulsionados
seu tempo, Delacroix tinha noção da própria grandeza. “A pela tendência romântica de valorização da natureza e pelo
principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos”, fascínio para com o exótico.
escreveu na derradeira nota de seus famosos diários, em 1963,
ESCULTURA
menos de dois meses antes de morrer. Nascido num momento
A escultura teve que encontrar meios técnicos de expressividade
crucial da História da França, aquele em que a burguesia
para representar o espírito romântico exaltando sentimentos e
revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre a monarquia
emoções. Expressa reação ao Neoclassicismo, evitando as
dos reis Capeto, o pintor viveu a maior parte da vida jovem e
composições estáticas e as superfícies lisas e polidas. Há a
adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga ordem
exaltação da expressividade através de composições
natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão
movimentadas e de sentido dramático.
Bonaparte, a restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente,
A temática em geral era natureza, animais e plantas, temas
a entronização do rei Luís Felipe, em 1830. Seu quadro mais
heroicos e cenas de fantasia e da imaginação.
conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado
Destacamos alguns escultores românticos:
como um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por
Antoine-Louis Barye (1796-1875) francês nascido em Paris,
inspiração do movimento que levou Luís Felipe ao trono da
começou sua carreira como ourives e estudou na École des Beaux
França.
Arts, em 1818, mas foi só em 1823 que descobriu sua vocação,
ao iniciar seus estudos em desenho e modelagem de esculturas
em escala reduzida. É considerado um dos principais artistas em
representação de animais da escola francesa.
românticos era composta por dois atos, um em um mundo real e
o outro no mundo espiritual que se chamava ato branco.
Fonte: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/romantismo/

REALISMO
Durante a primeira metade do século XIX, enquanto se travava o
embate entre Neoclassicismo e Romantismo, o Realismo, força
que iria dominar a arte na segunda metade do século, começa
lentamente a aparecer.
O homem europeu, diante da industrialização e aprendido a
utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e
François Rude (1784-1855) nasceu em Dijon, na França, dominar a natureza, se convenceu de que precisava ser realista,
extremamente patriótico e devoto de Napoleão, ele foi um dos inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões
escultores que participou artisticamente na construção do subjetivas e emotivas da realidade.
monumento Arco do Triunfo, em Paris, com sua obra em alto Em certo sentido o realismo tinha sempre feito parte da arte
relevo A Partida dos Voluntários. ocidental. Durante a Renascença, os artistas superaram as
limitações técnicas e representavam a natureza com a acuidade
fotográfica.
O “novo” Realismo insistia na imitação precisa de percepções
visuais sem alteração. Também eram diferentes em seus temas,
os artistas se limitavam a fatos do mundo moderno à medida que
os experimentavam pessoalmente; somente o que podiam ver ou
tocar era considerado real. Deuses, deusas e heróis da
antiguidade estavam “fora”. Camponeses e a classe trabalhadora
urbana estavam “dentro”. Em tudo, de cor ao tema, o Realismo
trazia para a arte uma sensação de sobriedade silenciosa.
São características gerais:
Jean-Baptiste Carpeaux (1827-1875), nasceu em Valenciennes, ▪ O cientificismo;
na França. Em 1842, foi para Paris e trabalhou em diversos ▪ A valorização do objeto;
lugares para pagar alguns e completar sua formação. ▪ O sóbrio e o minucioso;
▪ A expressão da realidade e dos aspectos descritivos.
ARQUITETURA
Os arquitetos e
engenheiros procuram
responder adequadamente
às novas necessidades
urbanas, criadas pela
industrialização. As cidades
não exigem mais ricos
palácios e templos. Elas
A palavra romantismo designa uma maneira de se precisam de fábricas,
comportar, de agir, de interpretar a realidade. O estações, ferroviárias,
comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, armazéns, lojas,
por uma atitude emotiva diante das coisas e esse bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários
comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história. quanto para a nova burguesia.
O ballet nasceu em 1489, em Itália, quando se realizou um Em 1850, Joseph Paxton construiu o Palácio de Cristal que
espetáculo por ocasião do casamento do duque de Milão. Nessa abrigou a 1ª Feira Mundial em Londres, demonstrou as
altura, só havia bailarinos masculinos, já que as mulheres não possibilidades estéticas do uso do ferro fundido.
estavam autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje
limitava a variedade de passos; a presença das mulheres apenas logotipo da “Cidade Luz”. Triunfo da engenharia moderna
começou a ser aceita em finais do século XVII. O ballet surgiu na ostenta seu esqueleto de ferro e aço, sem alusões a estilos
sequência dos espetáculos que os nobres ofereciam aos arquitetônicos do passado.
visitantes, onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo
ESCULTURA
Da Vinci chegou a desenhar cenários para estes espetáculos.
René-François-Auguste Rodin (1840-1917) foi um importante
O balé romântico buscava através da técnica a expressão, a
escultor francês. Desde criança demonstrou grande interesse
fluidez do corpo e do movimento. Temos como característica
por esculturas. Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia
dele a idealização do amor, a elevação do espírito, a divisão entre
de arte para aprender os princípios básicos das artes plásticas.
Vivos X Espíritos. No balé romântico encontramos a mulher
Interessou-se e estudou também, por conta própria, anatomia
idealizada, etérea, inacessível, inalcançável. A dança na ponta de
humana para utilizar os conhecimentos na elaboração de suas
pés, uma imagem de marca do ballet, apareceu no século XIX,
esculturas. Aos 18 anos de idade, começou a trabalhar como
usavam a sapatilha de ponta como instrumento técnico que
modelador e ornamentista. Especializou-se na elaboração de
deixava a mulher mais leve e mais expressiva. Tinha cenários
esculturas em bronze.
sombrios e camponeses idealizados. A grande parte dos balés
Auguste Rodin não se preocupou com a idealização da realidade. frequente da pintura realista. Os artistas incorporavam a
Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos tipos que pintavam,
disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada
assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.
Sua característica principal é a fixação do momento significativo Principais pintores:
de um gesto humano. Gustave Coubert (1819-1877) homem de grande pragmatismo
desafiou o gosto convencional por pinturas históricas e temas
poéticos, insistindo que a “pintura é essencialmente uma arte
concreta e tem de ser aplicada às coisas reais existentes”. Sua
crença era “tudo que não aparece na retina está fora do domínio
da pintura”. Foi considerado o criador do realismo social na
pintura, pois procurou retratar em suas telas temas da vida
cotidiana, principalmente das classes populares. Manifesta sua
simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais
pobres da sociedade no século XIX.

Jean-François Millet (1814-1875) pintor romântico e um dos


fundadores da Escola de Barbzon na França rural. É conhecido
como percursor do realismo, pelas suas representações de
trabalhadores rurais. Junto com Courbet, Millet foi um dos
principais representantes do realismo europeu surgido em
meados do século XIX. Sua obra foi uma resposta à estética
romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma
à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras.
Sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista
na qual o principal elemento é a ligação atávica do homem com
a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade e
respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo.
Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais
tarde, Pissarro e Van Gogh.

PINTURA
Características da pintura:
▪ Representação da realidade com a mesma objetividade com
que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja,
o pintor buscava representar o mundo de maneira
documental; Courbet dizia: “Sou democrata, republicano, socialista,
▪ Ao artista não cabe “melhorar” artisticamente a natureza, realista, amigo da verdade e verdadeiro”.
pois a beleza está na realidade tal qual ela é; A palavra realismo designa uma maneira de agir, de
▪ Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da interpretar a realidade. Esse comportamento caracteriza-se pela
realidade. objetividade, por uma atitude racional das coisas pode ocorrer
Temas da pintura: em qualquer tempo da história.
▪ Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma Fonte: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/realismo/
ordem social que consideram injustas; a arte manifesta um
protesto em favor dos oprimidos.
▪ Pintura social denunciando as injustiças e as imensas
desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a
opulência da burguesia. As pessoas das classes menos
favorecidas – o povo, em resumo – tornaram-se assunto

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