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Nessa mesma época, começou a difundir-se pelo resto da Europa, iniciando uma
completa revolução artística, cujos efeitos perdurariam, com constantes
acontecimentos, durante séculos, até quase o limiar da nossa época.
Tais formas provem de duas principais fontes: a reutilização, após um intervalo de quase
um milênio, das formas características da arte clássica – arte grega e arte romana. E a
aplicação de uma nova descoberta técnica: a perspectiva, conjunto de regras
matemáticas e de desenho que permitem reproduzir sobre uma folha de papel ou sobre
qualquer superfície plana, o aspecto real dos objetos.
Características gerais:
Racionalidade;
Dignidade do Ser Humano;
Rigor Científico;
Ideal Humanista;
Reutilização das artes greco-romana.
A expansão marítima com a exploração de novos continentes e a pesquisa científica
proclamavam a confiança no homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante
diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo
foi substituído pelo estudo do ser humano, inclusive com o estudo da anatomia. Desde
retratos detalhistas, como a intensidade emocional e a iluminação surreal, a arte foi o
meio de explorar todas as facetas da vida na terra.
ARQUITETURA
Na renascença italiana formada nos mesmos princípios da geometria harmoniosa em
que se baseavam a pintura e a escultura, a arquitetura recuperou o esplendor da Roma
Antiga.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do
espaço, possui o segredo do edifício”. (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Ordens Arquitetônicas;
Arcos de Volta-Perfeita;
Simplicidade na construção;
A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas;
Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas
(funções militares) e planejamento urbanístico.
ARQUITETURA RENASCENTISTA NA EUROPA, EXCETO A ITÁLIA
O Renascimento caracterizou-se como um movimento praticamente restrito ao
universo cultural italiano durante seus dois primeiros séculos de evolução (entre os
séculos XIV e XVI, aproximadamente), período durante o qual, no restante da Europa,
sobreviviam estilos arquitetônicos, em geral, ligados ao gótico ou ao tardo-românico.
No seu auge, na Itália, a estética clássica começou a ser difundida em diversos países
europeus devido a motivos diversos (como guerras, anexações de territórios, pelo fato
de os artistas italianos viajarem pela Europa ou serem contratados por cortes diversas).
Independente das razões, é certo que esta difusão fatalmente se dará já pela assimilação
de certos ideais anticlássicos trazidos pelo Maneirismo, estilo em voga naquele
momento (início do século XVI). É um momento em que a tratadística clássica está
plenamente desenvolvida, de forma que os arquitetos, de uma forma geral, possuem
um bom domínio das regras compositivas clássicas e de sua canonização, o que lhes
permite certa liberdade criativa.
Esta leve liberdade de que gozam os artistas do período será naturalmente absorvida
pela produção renascentista dos países fora do espectro cultural italiano. Há que se
notar, porém, que existem estudiosos que não consideram o Maneirismo como um
movimento ligado ao Renascimento, mas um estilo novo e radicalmente contrário a
este.
Desta forma, a produção dita maneirista dos demais países europeus pode vir,
eventualmente, a não ser considerada como uma arquitetura
genuinamente renascentista. Em certo sentido é possível dizer, segundo tal ponto de
vista, que tais países “pularam” diretamente de uma produção tipicamente medieval
para uma arquitetura pós-renascentista (como na França).
Como as formas de difusão diferem de país para país, ainda que a arquitetura produzida
por aqueles países neste momento seja efetivamente renascentista, existe um
Renascimento diferente para cada região da Europa (pelo menos do ponto de vista
arquitetônico). Será possível falar em um Renascimento francês, um Renascimento
espanhol e um Renascimento flamenco, por exemplo.
Em Portugal, as formas clássicas irão se difundir apenas durante um breve período,
sendo logo substituídas pela arquitetura manuelina, uma espécie de releitura dos estilos
medievais e considerada por alguns como o efetivo representante do Renascimento
neste país, ainda que prossiga uma estética distante do classicismo (insere-se, de fato,
no estilo gótico tardio).
PINTURA
Talvez nenhuma época artística tenha sido igualmente rica e tão talentosa com grandes
pintores como o Renascimento.
Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão:
“Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte levadiça, o escafandro, um
modelo de asa-delta, dentre outras.
Quando deparamos com o quadro da famosa Mona Lisa não conseguimos desgrudar os
olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus
olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano
Leonardo da Vinci, e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se
pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-
se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos que o observam.
Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Mona Lisa de um ou de
outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e
não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se
olhe a Mona Lisa a veremos sempre de frente.
Outra característica do quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci é o uso da técnica do
Sfumato, que é usada para gerar suaves gradientes entre as tonalidades. A palavra vem
do italiano sfumare, que significa “de tom baixo” ou “evaporar como fumaça”. Nessa
pintura é difícil perceber as pinceladas e as variações de tons na passagem da luz para
sombra, amenizando os contornos dos seres e objetos. Em materiais de fricção como
grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato pode ser realizado esfregando-se o dedo no
suporte pictórico, para que os riscos desapareçam e fique apenas o degradê. Outro
recurso é usar o esfuminho, um tipo de lápis com algodão na ponta, que substitui o dedo
a fim de evitar a interferência da oleosidade da pele.