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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO COM FOLHAS,


GALHOS, CASCAS E
GRÃOS DE CAFÉ -
DECORATIVOS
ESQUELETIZAÇÃO, COLAGEM, MONTAGEM,
REVESTIMENTO E MOSAICO
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ARTESANATO COM FOLHAS,


GALHOS, CASCAS E
GRÃOS DE CAFÉ -
DECORATIVOS
ESQUELETIZAÇÃO, COLAGEM, MONTAGEM, REVESTIMENTO E MOSAICO

São Paulo - 2016


IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Isabela Pennella
Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

AUTORA DIAGRAMAÇÃO
Maria de Fátima Padoan Thais Junqueira Franco
Artista Plástica Diagramadora do SENAR-AR/SP

AGRADECIMENTOS
REVISÃO GRAMATICAL
Sindicato Rural de Divinolândia
André Pomorski Lorente
Associação dos Moradores do Bairro Campestri-
nho
FOTOS
Marcos Vinícius Cordeiro

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Padoan, Maria de Fátima


Artesanato com folhas, galhos, cascas e grãos de café –
decorativos : esqueletização, colagem, montagem,
revestimento e mosaico / Maria de Fátima Padoan. – São
Paulo : SENAR, 2016.
46 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-61-0

1. Artesanato - folhas 2. Artesanato – grãos de café


3. Artesanato – galhos de café I. Padoan, Maria de Fátima II. Título

CDD 745.5

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a ex-
pressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
Material impresso no SENAR-AR/SP

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................7

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9

CONFECÇÃO ARTESANAL DE ARTEFATOS DECORATIVOS COM FOLHAS, GALHOS, CASCAS E


GRÃOS DE CAFÉ.............................................................................................................................................. 9

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO...................................................................................................... 10

II. REUNIR MATERIAL.................................................................................................................................... 11

III. COLETAR E ADQUIRIR AS FOLHAS, GALHOS, CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ .................................. 12

IV. PREPARAR AS FOLHAS, GALHOS, CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ...................................................... 13

V. ARMAZENAR OS GRÃOS, GALHOS E TRONCOS DE CAFÉ................................................................. 20

VI. EXECUTAR A TÉCNICA DA ESQUELETIZAÇÃO ................................................................................... 21

VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA COLAGEM.................................................................................................. 24

VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA MONTAGEM.............................................................................................. 28

IX. EXECUTAR A TÉCNICA DO REVESTIMENTO......................................................................................... 33

X. EXECUTAR A TÉCNICA DO MOSAICO..................................................................................................... 38

XI. LIMPAR O LOCAL..................................................................................................................................... 42

XII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO............................................................................................................ 43

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................46

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991, pela Lei n.º 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


– FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o
Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social Rurais dos
pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na produção primária
de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de
serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito de


contribuir para a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta cartilha
relacionada à linha de ação Artesanato.

As atividades da linha de ação Artesanato da Promoção Social do SENAR/AR-SP têm


por finalidade a produção artesanal de objetos úteis, artísticos e decorativos, utilizando
matéria-prima disponível na região. O Artesanato rural deve contribuir para a preservação e
divulgação das expressões culturais regionais. Pode ou não ter fim comercial, estimulando
a organização de grupos.

As atividades relacionadas a esta área tem caráter educativo e preventivo e apresenta


informações básicas sobre a extração e coleta da matéria-prima, respeitando a legislação
ambiental, buscando a produção artesanal com sustentabilidade.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento adquirido
pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o Estado.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“PLANTE, CULTIVE E COLHA A PAZ”

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INTRODUÇÃO

Nesta cartilha, são descritas técnicas artesanais para confecção de artefatos decorativos
utilizando como matéria-prima as folhas, galhos, cascas e grãos de café.

Mesmo considerando as técnicas descritas e suas respectivas peças, pode-se obter objetos
diferenciados feitos com essa matéria-prima, variando de artesão para artesão, conforme
sua criatividade.

Contém informações sobre o preparo do local, a coleta e o preparo da matéria-prima, seu


tratamento, execução das técnicas e acabamento, além de noções de comercialização.

Trata, também, dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os
aspectos de preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria
da qualidade dos artefatos produzidos.

CONFECÇÃO ARTESANAL DE ARTEFATOS DECORATIVOS


COM FOLHAS, GALHOS, CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ

No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. O artesanato rural proporciona
renda extra no orçamento familiar do homem do campo. É desenvolvido de forma sustentável,
com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural. Com o advento da atividade
de Turismo Rural, o artesanato rural ganhou destaque na confecção de peças, promovendo
a cultura e a tradição locais.

As peças artesanais possuem diversos elementos de arte. Ao ser confeccionado, cada novo
objeto é recriado, dependendo das condições do material a trabalhar e dos instrumentos
empregados. Cada nova forma surge como recriação, com o toque pessoal do artesão.

Nesta cartilha, a matéria-prima são os subprodutos da lavoura de café.

A produção de café arábica se concentra em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e
parte do Espírito Santo, enquanto o café robusta é plantado principalmente no Espírito
Santo e Rondônia.

Historicamente, a semente do café só foi utilizada para produzir bebidas após o século
X, quando o seu consumo passou a se disseminar pelo Oriente Médio. A Europa teve
contato com o produto em larga escala a partir do século XVII por meio do comércio no
Mediterrâneo. No século XVIII cafeterias se espalharam pela Europa e o fruto ficou muito
conhecido.

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A valorização da semente levou o café para vários continentes, incluindo o Brasil no século
XVIII.

A semente do cafeeiro (café) é uma pequena esfera verde, a qual se torna vermelha
quando atinge o estado maduro para a colheita. O fruto possui duas pequenas sementes
semiesféricas com seus lados planos virados para si. A semente possui grande importância
comercial, sendo usada para produzir o café (bebida) e constituindo-se em produto de
exportação significativo para muitos países.

Com a planta do café e seus produtos confeccionam-se diversas peças, como topiarias,
arranjos, quadros, porta-retratos, caixas, pulseiras, etc.

A proposta da confecção de artefatos decorativos com folhas, galhos, cascas e grãos de


café é a de aproveitar produtos facilmente encontrados na natureza, configurando-se na
expressão criativa do artesão, além de proporcionar uma alternativa para complementar a
renda da família rural.

Existem várias técnicas para a produção artesanal utilizando os subprodutos da lavoura de


café, tais como a esqueletização, colagem, montagem, revestimento e mosaico.

Vale ressaltar que, mesmo considerando uma idêntica técnica, é comum existirem maneiras
diferenciadas de se confeccionar as peças, as quais variam de artesão para artesão, podendo
conduzir ao mesmo resultado, com o mesmo nível de qualidade. Além disso, cada pessoa
deve explorar, ao máximo, a sua criatividade.

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO

Para o desenvolvimento desse tipo de


artesanato o local deve ser amplo, bem
iluminado, coberto e com boa ventilação.

É necessário que haja um ponto de


água, um fogão e uma mesa grande com
cadeiras.

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II. REUNIR MATERIAL

Para este artesanato são utilizados subprodutos da lavoura de café, bem como os seguintes
equipamentos e utensílios:

• Bacia plástica média

• Bandeja de pintura pequena

• Borrifador de plástico

• Broca

• Caixas de papelão

• Colher de pau

• Estilete

• Fogão • Refil de cola quente

• Furadeira elétrica • Revólver de cola quente

• Máscara descartável • Rolo pequeno para pintura

• Óculos de proteção • Serra tico-tico

• Panela média de inox • Serrote

• Pano de limpeza • Tesoura de poda

• Pote plástico descartável • Vidro com tampa

Precaução: Mantenha estiletes, tesouras e serra tico-tico guardados em locais adequados


e fora do alcance das crianças e dos animais, evitando acidentes.

Atenção: Após o uso, limpe e guarde as ferramentas, para que mantenha uma boa condição
de uso.

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III. COLETAR E ADQUIRIR AS FOLHAS, GALHOS,
CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ
1. PREPARE-SE PARA A ATIVIDADE, GARANTINDO
A SEGURANÇA

O cafezal é um local onde se escondem alguns animais


peçonhentos como: cobras, aranhas, escorpiões.

Além disso, a atividade envolve risco, pois se manuseia


equipamentos perfurocortantes.

Para evitar acidentes com animais peçonhentos, com


equipamentos e ferramentas, observe cuidadosamente

o local e utilize os EPIs: luvas, botas de cano alto, calça


comprida e chapéu ou boné.

2. COLETE A CASCA DO GRÃO DE CAFÉ, 3. ADQUIRA OS GRÃOS CRUS E


NA MÁQUINA DE BENEFICIAMENTO TORRADOS

4. COLETE OS GALHOS E AS FOLHAS,


NO PERÍODO DE PODA

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IV. PREPARAR AS FOLHAS, GALHOS,
CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ
1. LIMPAR AS FOLHAS, GALHOS, CASCAS E GRÃOS DE CAFÉ

1.1. Retire as folhas dos galhos com 1.2. Deixe as folhas de molho
as mãos ou, se necessário, utilize uma
tesoura de poda 1.3. Lave-as em água corrente

1.4. Corte os troncos com o serrote 1.5. Retire os galhos menores com a
tesoura de poda

1.6. Limpe os troncos ainda verdes, com


escova de aço

Atenção: A limpeza do tronco deve ser


feita com movimentos suaves para evitar
a formação de sulcos profundos.

Precaução: Use máscara e óculos de


proteção ao passar a escova de aço,
para evitar inalação do pó que se solta do
tronco e a exposição dos olhos a farpas da
madeira.

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1.7. Limpe a casca, retirando resíduos
indesejáveis para o trabalho artesanal,
tais como: bichos, pedras, etc.

Alerta Ecológico: O tratamento correto da


matéria-prima colabora com a preservação
ambiental.

2. SELECIONAR AS FOLHAS, GALHOS E GRÃOS

Ao confeccionar peças artesanais com a matéria-prima advinda do café, é necessário


estabelecer padrões de cor, forma e tamanho, a fim de obter peças de qualidade no mercado.

2.1. Separe os troncos, agrupando-os 2.3. Separe e agrupe as folhas menos


por diâmetro machucadas

2.2. Faça feixos com os galhos

2.4. Selecione os grãos por qualidade,


retirando os quebrados

3. TRATAR OS GRÃOS E GALHOS

Para tratamento dos grãos de café são necessárias duas etapas: choque térmico e tratamento
com ácido bórico. Para tratar os galhos é feito apenas o procedimento com ácido bórico.

3.1. Trate os grãos de café

3.1.1. Faça o choque térmico

No choque térmico ocorre o congelamento dos grãos de café, matando os ovos e larvas
que estão na parte interna.

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3.1.1.1. Separe os materiais

• Papel absorvente: 1 rolo

• Saco plástico: 1 unidade

• Sementes, grãos, folhas e cascas

3.1.1.2. Coloque as sementes, grãos, folhas 3.1.1.3. Leve ao freezer ou congelador por
e cascas dentro de um saco plástico fechado no mínimo 3 dias

3.1.1.4. Retire os grãos de café do freezer

3.1.1.5. Disponha os grãos sobre papel


absorvente ou jornal

3.1.1.6. Seque à sombra

3.1.2. Faça o tratamento com ácido bórico

3.1.2.1. Separe o material

• Ácido bórico: 2 colheres de sopa

• Água

• Carqueja: 300 gramas

• Colher (sopa): 1 unidade


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• Etanol: 2 litros • Recipiente plástico: 1 unidade

• Garrafa PET: 1 unidade • Grãos de café verdes e torrados

• Luva: 1 par • Tesoura: 1 unidade

• Máscara: 1 unidade • Vidro de 500 ml: 1 unidade

• Papel absorvente: 1 rolo • Xícara (chá): 1 unidade

• Pimenta forte: 100 gramas

3.1.2.2. Prepare o extrato de pimenta, carqueja e etanol

3.1.2.2.1. Pique a pimenta e a carqueja 3.1.2.2.2. Adicione o etanol


dentro da garrafa PET
3.1.2.2.3. Tampe a garrafa

3.1.2.2.4. Deixe em repouso por 15 dias


dentro de um armário fechado ao abrigo
da luz

3.1.2.2.5. Reserve

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3.1.2.3. Prepare o ácido bórico

3.1.2.3.1. Coloque duas colheres de sopa 3.1.2.3.3. Misture até dissolver


de ácido bórico no vidro
3.1.2.3.4. Feche
3.1.2.3.2. Acrescente 01 xícara de água
fervida 3.1.2.3.5. Reserve

3.1.2.4. Coe o extrato de pimenta, carqueja 3.1.2.6. Coloque os grãos de café a serem
e etanol tratados num recipiente com tampa

3.1.2.5. Acrescente o extrato à solução de 3.1.2.7. Cubra os grãos com o extrato de


ácido bórico reservado pimenta, carqueja, etanol e ácido bórico

Etanol, carqueja, ácido bórico,


pimenta e sementes
 PRODUTO TÓXICO

3.1.2.8. Feche o recipiente 3.1.2.10. Identifique o conteúdo do recipiente


com etiqueta, informando seu conteúdo e
3.1.2.9. Deixe os grãos imersos nessa toxicidade
solução por 12 horas

Precaução: Mantenha longe do alcance de crianças, pois o produto pode causar intoxicação.

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3.1.2.11. Retire os grãos desta mistura com 3.1.2.12. Seque os grãos sobre papel
auxílio de uma peneira absorvente, em local ventilado e à sombra

3.2. Trate os galhos de café

3.2.1. Separe o material

• Ácido bórico: 5 colheres de sopa

• Água

• Colher (sopa): 1 unidade

• Tambor de 100 litros: 1 unidade

• Galhos e troncos de café

3.2.2. Deixe os galhos à sombra por 15 dias, desidratando-os

3.2.3. Prepare o ácido bórico

3.2.3.1. Ferva 5 litros de água

3.2.3.2. Desligue o fogo

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3.2.3.3. Dissolva o ácido bórico na água quente

Atenção: O ácido bórico é utilizado na proporção de 1 colher de sopa para cada litro de água.

3.2.4. Coloque o ácido bórico preparado no tonel

3.2.5. Coloque os galhos e troncos no tonel 3.2.6. Cubra os galhos com água fria

3.2.7. Deixe de molho por 24 horas

3.2.8. Deixe secar à sombra

Atenção: Quanto maior a espessura do tronco, maior o tempo para tratamento.

3.3. Trate a peça pronta

3.3.1. Pulverize toda a peça com o extrato


de pimenta, carqueja, etanol e ácido bórico

Atenção: A mistura de ácido bórico também


pode ser pincelada por toda a peça a ser
tratada.

Precaução: Utilize luvas e máscara,


evitando contaminação.

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3.3.2. Coloque a peça em um saco plástico
fechado

3.3.3. Deixe por um dia

V. ARMAZENAR OS GRÃOS, GALHOS E


TRONCOS DE CAFÉ

1. G U A R D E O S G R Ã O S EM 2. FAÇA FEIXES COM OS GALHOS


RECIPIENTES TAMPADOS MAIORES

3. GUARDE-OS EM LUGAR SECO, AO


ABRIGO DA LUZ

4. GUARDE OS GALHOS MENORES EM


CAIXAS DE PAPELÃO

5. COLOQUE, DENTRO DA CAIXA


DE PAPELÃO, FOLHAS SECAS DE
LOURO, EUCALIPTO E CITRONELA,
A FIM DE ESPANTAR INSETOS

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VI. EXECUTAR A TÉCNICA DA ESQUELETIZAÇÃO

Essa técnica consiste em amolecer a camada de celulose e outras substâncias que formam
o corpo da folha. Consiste em soltar a camada da folha presa aos veios, sem estragar sua
estrutura.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água

• Cloro:1 litro

• Folhas de papel

• Folhas verdes e frescas de café selecionadas

• Soda cáustica escamada: 1 frasco

• Vinagre: 1 frasco

2. COLOQUE 3 LITROS DE ÁGUA NUMA 3. COLOQUE VAGAROSAMENTE 1


PANELA DE INOX OU LATA E ½ COLHER DE SOPA DE SODA
CÁUSTICA ESCAMADA NA ÁGUA
FRIA
Precaução: A soda cáustica deve ser colocada em água fria, evitando sua ebulição e a
eliminação de vapores tóxicos, quando em contato com água quente.

4. MERGULHE AS FOLHAS VERDES E


FRESCAS DE CAFÉ NESSA MISTURA

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5. LEVE AO FOGO

Precaução: O cozimento deve ser feito em


local aberto para proporcionar a dispersão
dos vapores da soda cáustica, por ser
produto tóxico.

6 DEIXE COZINHAR POR DUAS HORAS

7. DESLIGUE O FOGO

8. DEIXE ESFRIAR

9. COLOQUE 250ML DE VINAGRE PARA 10. MEXA


CADA 18 LITROS DE ÁGUA COM
SODA CÁUSTICA 11. DEIXE REAGIR POR 1 HORA

Atenção: O uso do vinagre é necessário para que a soda cáustica deixe de agir, fazendo
com que a folha se mantenha com qualidade.

12. ACRESCENTE MAIS ÁGUA FRIA 14. LAVE BEM AS FOLHAS EM ÁGUA
PARA DILUIR A SODA CÁUSTICA CORRENTE

13. RETIRE AS FOLHAS DA PANELA, Alerta ecológico: Essa mistura deve ser
COM AUXÍLIO DE UM PEGADOR jogada diretamente na terra, longe do
leito dos rios. O solo absorve a mistura e
colabora com a preservação ambiental.

Precaução: Ao trabalhar com soda cáustica, use luvas para evitar queimaduras.

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15. CLAREIE AS FOLHAS 15.2. Deixe de molho até atingir o tom
desejado
15.1. Coloque as folhas lavadas em água
com cloro suficiente para clareá-las sem 15.3. Lave bem as folhas em água
estragar as fibras corrente até eliminar todo o cloro

15.4. Coloque as folhas em um recipiente


com bastante água

15.5. Esfregue, folha por folha, com


movimentos suaves para retirar a camada
de celulose

15.6. Abra a folha com cuidado

Atenção: O cuidado é necessário para


manter as folhas inteiras, pois esse
processo as torna frágeis.

15.7. Coloque sobre folhas de jornal 16. A R M A Z E N E A S F O L H A S


velho ou papel absorvente para secar ESQUELETIZADAS EM CAIXAS, AO
ABRIGO DA LUZ, COM FOLHAS DE
Atenção: As folhas devem secar protegidas LOURO, EUCALIPTO E CITRONELA,
do vento, para evitar que voem. PARA AFASTAR INSETOS

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VII. EXECUTAR A TÉCNICA DA COLAGEM

Essa técnica caracteriza-se pela cobertura


de superfícies com grãos, formando
padrões diversos. Como exemplo, é
mostrado o preparo de uma flor feita com
grãos de café verde e torrado.

1. SEPARE O MATERIAL

• Bola de isopor: 1 unidade

• Cola branca rótulo azul: 1 Tubo

• Grãos de café torrado

• Grãos de café verde

• Palha de café triturada no liquidificador

• Palitos de madeira para churrasco: 1 pacote

• Refil de cola quente: 20 unidades

Precaução: O uso da máscara ao triturar a casca de café evita que se aspire o pó produzido.

2. MONTE A FLOR COM GRÃOS DE


CAFÉ

2.1. Espete o palito de churrasco na bola


de isopor

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2.2. Passe uma camada generosa de cola
branca por toda a superfície sem deixar
falhas

2.3. Cubra toda a bola com casca de café triturada no liquidificador

Precaução: O uso da máscara ao manipular a casca de café triturada evita que se aspire
o pó produzido.

2.4. Deixe secar apoiando a flor em um 2.5. Retire o palito de churrasco após a
recipiente secagem

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2.6. Corte um galho de café do tamanho 2.7. Aponte a parte mais fina do galho,
desejado utilizando estilete

Precaução: O estilete deve ser utilizado de dentro para fora, garantindo a segurança de
quem o utiliza.

2.8. Prepare o revólver de cola de 2.8.2. Ligue o revólver na tomada


silicone
2.8.3. Deixe o revólver na posição correta,
2.8.1. Coloque o refil de silicone no revólver apoiado em suporte próprio

Atenção: Esse procedimento evita que a cola se acumule na ponta do revólver, entupindo-o
ou queimando o fio que o liga à tomada.

2.9. Coloque cola quente na fenda 2.10. Introduza a ponta mais fina do galho
na fenda

2.11. Deixe secar

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2 .12. Faça o miolo da flor 2.12.2. Fixe o grão na bola

2.12.1. Coloque cola quente na ponta do


grão verde

2.12.3. Forme um triângulo no centro, 2.12.4. Cole os grãos de maneira circular,


colando três grãos, com a parte reta sem deixar espaço entre eles
voltada para dentro
2.12.5. Repita as operações até o miolo
alcançar o tamanho desejado
Atenção: Durante o processo de colagem com cola de silicone é comum formarem-se fios.
Retire-os à medida em que vão se formando, dando acabamento.

2.12.6. Cole os grãos de café torrado em volta do miolo, até completar a bola de isopor

2.12.7. Passe termolina

2.12.8. Deixe secar

3. TRATE A PEÇA CONFORME OS PASSOS DESCRITOS NO ITEM 3.3., PÁGINA 19

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VIII. EXECUTAR A TÉCNICA DA MONTAGEM

Essa técnica caracteriza-se pela montagem


de uma peça utilizando diversos materiais.
Como exemplo, foi preparado um porta-
guardanapos.

1. SEPARE O MATERIAL

• Broca: 1 unidade

• Folhas esqueletizadas

• Grãos de café torrado

• Grãos de café verde

• Palha da costa ou fibra de bananeira:1 maço

• Refil de cola quente: 2 unidades

• Saco plástico: 1 unidade

• Tronco de café: 1 unidade

2. RISQUE, COM CANETA, O TRONCO 4. DÊ ACABAMENTO, RETIRANDO AS


NA ÁREA A SER CORTADA REBARBAS COM ESTILETE

3. CORTE UMA FATIA EM DIAGONAL Precaução: Deve-se ter cuidado ao


DO TRONCO DO PÉ DE CAFÉ, manusear ferramentas elétricas e
UTILIZANDO A SERRA TICO-TICO perfurocortantes, evitando acidentes.

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5. FAÇA DOIS FUROS NO PEDAÇO DE TRONCO DE CAFÉ, UTILIZANDO A
FURADEIRA

6. TORÇA UM CORDÃO DE PALHA DA 6.2. Prenda a fibra num ponto fixo


COSTA, OU FIBRA DE BANANEIRA,
MAIOR QUE O TAMANHO DESEJADO
PARA A ARGOLA

6.1. Molhe a fibra

6.3. Torça as duas para o mesmo lado 6.4. Passe o lado direito por baixo do
esquerdo

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6.5. Trance os cordões, torcendo-os ao 6.6. Dê um nó em uma das extremidades
mesmo tempo

6.7. Corte a ponta 7. PASSE O CORDÃO DE TRÁS PARA


FRENTE DO PEDAÇO DE TRONCO
DE CAFÉ

8. DÊ UM NÓ

9. PASSE A OUTRA PONTA DO CORDÃO 10. DÊ UM NÓ


NO OUTRO FURO, FORMANDO UMA
ARGOLA, UTILIZANDO UM PEDAÇO 11. CORTE COM A TESOURA
DE BAMBU COMO PADRÃO

Atenção: A utilização do bambu como guia auxilia na padronização do tamanho da argola.

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12. DECORE A PARTE DA FRENTE DO
TRABALHO

12.1. Faça uma flor com a folha


esqueletizada

12.1.1. Dobre a folha esqueletizada ao


meio, no sentido do comprimento

12.1.2. Coloque um pingo de cola quente 12.1.3. Fixe um grão de café torrado
na ponta da folha dobrada

12.1.4. Enrole a folha em torno deste grão, franzindo quando necessário, formando a flor

12.1.5. Cole o final da folha um pouco antes 12.1.6. Dobre a ponta para cima
de chegar à ponta
12.1.7. Incorpore uma nova folha para fazer
uma flor maior, se necessário

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12.1.8. Corte a base da flor, se necessário 12.2. Coloque um pouco de cola quente
na base da flor

12.3. Fixe a flor entre os dois nós

12.4. Cole três grãos de café verde no lado maior da peça, formando as folhas da flor

13. TRATE A PEÇA CONFORME OS PASSOS DESCRITOS NO ITEM 3.3., PÁGINA 19

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IX. EXECUTAR A TÉCNICA DO REVESTIMENTO

Utilizam-se grãos, folhas, galhos ou


cascas secas para revestir qualquer
objeto de madeira, plástico, papelão, na
forma e tamanho desejados (cadernos,
vasos, molduras, móveis, caixas etc.).
O revestimento é usado para decorar e
recuperar peças em geral ou construir
caixas e embalagens, de acordo com a
criatividade do artesão.

Para ilustrar essa técnica, são descritos os


passos para o revestimento de um porta-
retrato.

1. SEPARE O MATERIAL

• Álcool etílico: 1 litro

• Cola branca cascorez rótulo azul: 1 frasco

• Goma laca incolor: 1 frasco

• Grãos de café torrados e verdes

• Palha de café triturada no liquidificador

• Porta-retrato: 1 unidade

• Refil de cola quente: 20 unidades

2. COLOQUE A CASCA TRITURADA 3. SOLTE TODAS AS PARTES MÓVEIS


DENTRO DE UMA VASILHA COM DO PORTA-RETRATO
BOCA LARGA O SUFICIENTE PARA
ACOMODAR O PORTA-RETRATO

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4. PASSE UMA CAMADA GENEROSA 5. APLIQUE UMA CAMADA GROSSA DE
DE COLA BRANCA NA PARTE DA CASCA TRITURADA SOBRE A COLA,
FRENTE E DE TRÁS DO PORTA- COM O AUXÍLIO DAS MÃOS
RETRATO

6. PRESSIONE LEVEMENTE A CASCA 8. DEIXE A PARTE INTERNA, ONDE


SOBRE A PEÇA A FIM DE FIXÁ-LA O VIDRO FICA ACOMODADO, SEM
CASCA
7. REPITA O PROCESSO ATÉ TODA
A PEÇA ESTAR COBERTA COM A
CASCA

9. DECORE O PORTA-RETRATO

9.1. Monte a flor num dos cantos

9.1.1. Cole, com cola branca, um grão torrado, que será o miolo da flor

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9.1.2. Cole, com cola branca, grãos verdes em torno do miolo, formando as pétalas

9.2. Corte os galhos no tamanho desejado, 9.3. Corte um galho ao meio, no sentido
utilizando a tesoura de poda do comprimento, utilizando estilete

Precaução: Cuidado ao utilizar ferramentas perfurocortantes, evitando acidentes.

9.4. Cole, com cola branca, os galhos 9.5. Corte dois galhos do mesmo
próximos à flor tamanho, utilizando a tesoura de poda

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9.6. Corte dois galhos menores que os anteriores, utilizando a tesoura de poda

9.7. Corte uma ponta de cada galho, num ângulo de 45 graus

9.8. Cole os galhos no ângulo oposto ao


da flor, utilizando cola branca

9.9. Deixe secar

10. TRATE A PEÇA CONFORME OS PASSOS DESCRITOS NO ITEM 3.3., PÁGINA 19

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12. IMPERMEABILIZE A PEÇA

12.1. Faça a termolina

A termolina é um mistura que serve para impermeabilizar e proteger a peça.

12.1.1. Dissolva uma parte de cola em uma 12.1.2. Adicione uma parte de álcool etílico
parte de água

12.1.3. Misture 13.2. Aplique a termolina em toda a peça,


utilizando um pincel chato e macio
Atenção: A ordem indicada é a correta
pois, caso a cola seja misturada ao álcool 13.3. Deixe secar
primeiro, torna-se impossível de dissolvê-la
na água.

13.4. Aplique goma laca sobre toda peça


com pincel chato e macio

13.5. Deixe secar

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X. EXECUTAR A TÉCNICA DO MOSAICO

Mosaico é um agrupamento de pequenas


peças de pedra ou de outros materiais,
formando um desenho. O objetivo do mosaico
é preencher algum tipo de espaço plano.
A palavra “mosaico” tem origem grega; é
uma forma de arte decorativa milenar, que
nos remete à época greco-romana. Na sua
elaboração foram utilizados diversos tipos de
materiais e diferentes aplicações através dos
tempos.

Atualmente, o mosaico é cada vez mais


utilizado, artisticamente, na decoração de ambientes interiores e exteriores, além de peças
utilitárias e decorativas. Para ilustrar essa técnica, são descritos os passos para decorar
uma caixa.

1. SEPARE O MATERIAL

• Betume à base de solvente: 1 frasco

• Caixa de MDF com tampo rebaixado: 1


unidade

• Estopa: 1 pacote

• Galhos grossos e finos

• Goma laca incolor: 1 frasco


• Purpurina: 1 frasco
• Grãos verdes e torrados de café
• Querosene: 1 frasco
• Lixa de madeira número 100: 2
• Refil de cola quente: 10 unidades
unidades
• Tinta branca PVA fosca: 1 frasco
• Palito de churrasco: 1 unidade
• Vidro com tampa: 1 unidade
• Pano de limpeza: 1 unidade
• Vidro líquido: 2 frascos
• Pincel chato com cerdas macias,
tamanho médio: 1 unidade

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2. PINTE A CAIXA, POR DENTRO E POR 3. RETOQUE OS CANTOS DA CAIXA
FORA, COM TINTA BRANCA PVA COM O PINCEL
FOSCA, UTILIZANDO O ROLO
4. DEIXE SECAR

5. LIXE 6. DÊ A SEGUNDA DEMÃO DE TINTA


BRANCA

7. OBSERVE SE FOI ALCANÇADA A QUALIDADE DESEJADA

Atenção: Caso a qualidade da peça deixe a desejar, deve-se lixar e aplicar a tinta novamente.

8. DEIXE SECAR

9. I M P E R M E A B I L I Z E A C A I X A
PASSANDO GOMA LACA POR TODA
A PEÇA

Atenção: A goma laca deve cobrir toda a


peça, sem deixar nenhum espaço, pois a
impermeabilização correta evita que a peça
fique manchada.

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10. DISSOLVA UM POUCO DE BETUME
NO QUEROSENE, PARA DAR UM
TOM MAIS CLARO

Atenção: Esta mistura deve ficar grossa,


para não escorrer.

11. PASSE A MISTURA POR TODA A 12. U M E D E Ç A U M PA N O COM


PEÇA, UTILIZANDO A ESTOPA QUEROSENE

Atenção: Para evitar sujar as mãos e a


peça, deve-se utilizar luvas.

13. PASSE O PANO SOBRE A PEÇA, 15. FATIE OS GALHOS TRATADOS,


RETIRANDO O EXCESSO UTILIZANDO A SERRA TICO-TICO,
NA ESPESSURA DESEJADA
14. DEIXE SECAR

Atenção: Esse processo dá à peça um tom


envelhecido.

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16. MONTE O MOSAICO 16.2. Disponha os materiais sobre a
caixa, conforme projetado sobre o papel
16.1. Faca um projeto no papel, reunindo
todos os elementos que serão utilizados
no mosaico

16.3. Limpe a superfície com um pincel 16.6. Limpe a superfície com um pincel
macio para receber a colagem macio

16.4. Cole as peças com cola quente ou 16.7. Coloque a peça num local bem
cola branca, seguindo o planejamento nivelado, para receber o vidro líquido

16.5. Deixe secar

16.8. Prepare o vidro líquido seguindo as


orientações do fabricante

16.9. Deposite o vidro líquido sobre o


mosaico

16.10. Estoure as bolhas de ar que vão


se formando com um palito

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17. DOURE AS BORDAS

17.1. Dissolva, num utensílio de plástico, uma porção de purpurina na goma laca

17.2. Passe a mistura com pincel na 17.3. Deixe secar


borda da caixa

Atenção: Essa mistura não deve ser guardada pois sofre oxidação.

XI. LIMPAR O LOCAL

Os materiais utilizados devem ser limpos


e guardados após o uso e o local deve ser
varrido, retirando-se os resíduos, colas,
restos de materiais e pó que ficaram sobre
as mesas, cadeiras e no chão.

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XII. COMERCIALIZAR A PRODUÇÃO

1. CADASTRE-SE COMO ARTESÃO

No Estado de São Paulo, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades


(SUTACO) é a responsável por cadastrar os artesãos.

A Carteira de Identificação de Artesão é emitida após avaliar, classificar e quantificar o


artesanato produzido. Àquele que é cadastrado é permitida a utilização de serviços de
emissão de nota fiscal, cursos de qualificação e requalificação profissional, divulgação, apoio
à comercialização, exportação, consulta à biblioteca especializada, acesso ao microcrédito,
com financiamento do Banco do Povo, com juros de 1% ao mês e orientação técnica e jurídica.

Para fazer o cadastro, o artesão passa por uma entrevista e o seu trabalho é avaliado por
uma Comissão Técnica que classifica o produto, a matéria-prima e a produção.

O Artesão deve comparecer pessoalmente à entrevista levando:

- Carteira de Identidade - original e cópia;

- CPF - original e cópia;

- Comprovante de residência: conta de luz, de telefone ou envelope dos Correios com


carimbo - cópia;

- 1 (uma) fotografia 2x2 colorida, atual e sem uso.

Após a entrevista, é feita a avaliação do artesanato e um teste de confecção na presença da


Comissão Técnica da Sutaco. Portanto, o artesão também deve levar, no mínimo, 3 (três)
trabalhos de técnicas diferentes que se queira cadastrar e o material necessário para se
confeccionar 1 (uma) peça de cada técnica para o teste.

Caso não seja possível executar a técnica no local da entrevista, deve-se trazer peças
em três fases diferentes do processo de confecção, ou seja: uma no início, uma na fase
intermediária e uma na fase final. Contudo, o artesão deverá completar uma das fases na
presença da Comissão Técnica, preferencialmente.

O artesão que pretende comercializar seu produto por intermédio da Sutaco deve entregar
junto à Seção de Comercialização e Exportação um portfólio com fotos do trabalho
desenvolvido e uma lista de preços para análise.

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2. PESQUISE SOBRE O MERCADO CONSUMIDOR

Se há intenção de comercializar as peças artesanais, o primeiro passo é pesquisar se há


mercado consumidor.

Dessa forma, o conceito de comercialização começa com a existência de consumidores e


suas necessidades. No caso do artesanato, essas necessidades podem ser de produtos
decorativos ou utilitários para casa, ou de produtos para uso pessoal ou uso diário na lida
rural.

3. DEFINA O CUSTO DE CADA PEÇA

3.1. Faça uma lista de todos os materiais e produtos utilizados exclusivamente na


confecção da peça e seu respectivo preço de mercado, compondo uma planilha como
mostrado abaixo:

CUSTOS VARIÁVEIS

Unidade de
medida Quantidade Preço Unitário de VALOR TOTAL
Material
(kg, gramas, litro, (1) Mercado (2) (3)=(1) x (2)
unidade)
Tinta frasco 3 R$ 0,50 R$ 1,50
Refil de cola quente unidade 2 R$ 0,50 R$ 1,00
Goma laca frasco 1 R$ 1,00 R$ 1,00
Pincel 1 unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
TOTAL R$ 4,00

A soma total da coluna (3) é o custo total do material utilizado na peça.

3.2. Considere o custo de transporte, embalagem, energia elétrica, gás, água, aluguel,
telefonia, impostos, etc. que devem ser somados ao custo inicial (obtido na coluna
3). Por exemplo:

CUSTOS FIXOS

Energia elétrica R$ 0,50


Transporte R$ 4,00
TOTAL R$ 4,50

3.3. Considere o valor do tempo gasto na confecção da peça. Apesar de ser difícil de
calcular, deve ser incluído no cálculo do custo, inclusive considerando a experiência
do artesão. Por exemplo:

3.3.1. Determine um valor que deseja receber por mês, por exemplo: R$ 1.000,00

3.3.2. Divida este valor por 22 dias úteis: R$ 1.000,00 ÷ 22 = R$ 45,45

3.3.3. Divida o valor obtido por 8 horas de trabalho diário: R$ 45,45 ÷ 8 = R$ 5,68

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3.3.4. Multiplique esse valor pelas horas trabalhadas para a produção da peça, por exemplo:
5 horas trabalhadas x R$ 5,68 = R$ 28,40

3.4. O custo da peça é o resultado da soma dos itens 3.1, 3.2, 3.3 = R$ 36,90 mais 50%
de margem de lucro = R$ 55,35

A porcentagem da margem de lucro pode variar, dependendo se o fornecimento de peças


é no atacado (menor margem de lucro) ou no varejo (maior margem de lucro).

3.5. Considere a qualidade da peça confeccionada em relação àquelas semelhantes


existentes no mercado.

3.6. Pesquise no mercado o preço de produtos similares, para serem usados como
referência na determinação do preço final de venda, não esquecendo que ele deve
ser competitivo.

4. ORGANIZE-SE EM GRUPOS COMUNITÁRIOS

A organização comunitária tem um papel importante na confecção e comercialização das


peças. Os artesãos podem se organizar em grupos de compra, de venda ou de produção,
podendo chegar até a formação de associações ou cooperativas.

Comprar em grupo é uma forma de organização por meio da qual se pode adquirir produtos,
ferramentas e outros materiais para serem usados de maneira coletiva, facilitando o acesso
de todos os envolvidos na produção artesanal.

Quando a compra é coletiva, a quantidade necessária aumenta; consequentemente, o custo


pode ser negociado, e o transporte da mercadoria adquirida tem custo reduzido.

O grupo de venda parte do mesmo princípio associativo, no qual as pessoas se organizam


para vender sua produção, de forma a conseguir o melhor preço de mercado possível e
formas de escoamento da produção.

A maior conquista desses grupos é quando conseguem eliminar o “atravessador”, fazendo


com que a produção artesanal chegue ao consumidor com preços mais acessíveis.

Organizando-se, os artesãos podem obter melhor acesso a cursos de aprimoramento,


podem atribuir uma marca que dê identidade aos seus produtos, além de, cada vez mais,
melhorar a qualidade dos artefatos.

5. DEFINA AS ESTRATÉGIAS DE VENDA

Os pontos de venda devem ser estrategicamente planejados levando-se em conta o perfil


do público, a localidade, a disposição dos produtos a serem comercializados e a época do
ano em função da matéria-prima.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45


BIBLIOGRAFIA

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atual. Brasília: SENAR, 2005. 44 p.

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