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A asa de uma flor

Era uma vez uma flor que vivia num campo onde se
encontrava uma colmeia. O campo era verdejante e as
suas flores eram como o nascer do sol, metiam inveja a
toda a vizinhança.
Num certo dia, ao entardecer, apareceu no campo uma
abelha para procurar pólen para fazer o mel.
5º C

Esta abelha chamava-se Maia. Andava à procura do


seu amigo António, um simpático grilo, e aproveitou
também para colher algum pólen. O seu desejado amigo foi
encontrado perto de um límpido lago, à beira de uma linda
flor, que parecia estar triste.
– Olá! – disse a Maia.
– Olá, Maia. Fiz uma nova amiga. Esta é a Bela.
– Olá, Maia – disse a Bela com a voz entristecida.
– Ei!... O que se passa contigo? Por que motivo estás
triste? – perguntou a Maia, preocupada.
É que eu vejo sempre as outras flores a brincar e eu
não tenho ninguém com quem brincar…
Com pena da pobre flor, a Maia tentou lembrar-se de
alguma brincadeira engraçada e veio-lhe à mente uma:
– Podíamos fazer uma espécie de competição de voo.
Eu chamo as minhas amigas abelhas e vós os dois podeis
ser o júri.
Claro que os dois concordaram com a feliz ideia da
pequena abelha e, enquanto a Maia foi à procura das
companheiras, eles ficaram a preparar o local.
Pouco depois, lá chegou um belo esquadrão de
simpáticas abelhinhas. Pronto o local, começaram as
“audições”. Primeiro, foi a melhor amiga da Maia, a Juju,
que fez um incrível voo com pétalas de rosas. Outra, a Neli,
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realizou encantadoras piruetas com água. E, uma atrás da
outra, todas apresentaram belíssimas exibições… Chegou,
então, a vez da Maia. Esta deliciou todos os presentes com
um voo maravilhoso com pólen, deixando um rasto
incrivelmente brilhante.
Acabadas as exibições, António e Bela tiveram de
decidir quem iria ganhar o prémio, o belo colar feito de
luminosas pérolas feitas do mais rico pólen.
8C – Prof. Francisco Magalhães
Os dois ficaram indecisos. Contudo, acharam o voo da
Maia o mais incrível, sendo, por isso, a vencedora.
Entretanto, cada um regressou às suas casas e a Bela
ficou de novo sozinha e triste.
No caminho para casa, a Maia teve uma ideia e o
António perguntou:
– Qual é a tua ideia, Maia?
– Vamos tentar tirar a Bela da terra. O que achas?
– Eu acho uma ótima ideia, mas há um problema!
– Qual é?
– Como vamos tirar a Bela da terra? – questionou o
António.
– Com o pólen mágico que veio da casa abandonada
da bruxa que vivia numa clareira da floresta perto do lago
Cristal.
Todo se assustaram, pois o pólen mágico podia ser
perigoso. Assim, guardaram-no numa caixa bem fechada.
No dia seguinte, a Maia decidiu ir brincar para junto
da Bela mas ela não podia brincar, apenas ver os voos da
sua amiga abelha.
Subitamente, a Maia lembrou-se do pólen mágico que
tinha guardado dentro de uma caixa.
Voou até casa, mergulhou dentro da caixa e carregou
o pólen mágico nas suas asas.
Maia voou sobre a Bela, sacudiu as asas e deixou cair
o pólen nas suas pétalas tristes.

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De imediato, sobre as pétalas da Bela aconteceu
uma explosão de brilho e de cor!
As pétalas transformam-se e a Bela esvoaça num
voo deslumbrante!
M – prof.ª Eduarda Macedo

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