Escrita em 3 ciclos e ilustrações da educação pré-escolar

Textos de turmas do 1.º, 2.º e 3.
º ciclos
Ilustrações de turmas da ed. pré-escolar
Escrita em três ciclos

Histórias originais
Ebook 7
Agrupamento de Escolas de Resende

Escrita em três ciclos . Histórias originais – Ebook 7
Escrita em três ciclos

Histórias originais
Ebook 7
Textos de turmas
do Agrupamento de Escolas de Resende (AER),
do ano letivo de 2017/2018
Ilustrações de turmas da educação pré-escolar do AER,
do ano letivo de 2018/2019
Orientação dos trabalhos discentes

Agostinha (R3)
Amélia Tuna (JIR4)
Ana Correia (R2)
António Loureiro (7D)
António Marques (JIR2)
Beatriz (JICE1)
Benvinda Tuna (JIR3)
Eduarda Macedo (M4)
Fernanda e Rosália (JIR5)
Graça Andrade (JIR1)
Maria Joaquim (JISC1)
Maria José Almeida (SC2)
Prazeres Caseiro (R1)
Rita Almeida (7A, 7B)
Rosa Rodrigues (5D)
Teresa (JISC2)
Colaboração: Anabela Silva, António Azevedo, António Marques,

Glória Gonçalves, Maria José Almeida e Paulo Oliveira
Coordenação: Francisco Magalhães, Maria Alice Colaço e Minervina Dias
Agrupamento de Escolas de Resende, janeiro de 2019
Textos de turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos e ilustrações da ed. pré-escolar do Ensino Básico do AEResende 2
ÍNDICE
. A Máquina dos chocolates.……………………….….... 4
. A Menina Irrequieta ….…………………………………... 9
. Aracnofobia …………………………………………………
. A Youtuber …………………………………………………
. Um Natal muito especial ………………………………...
Apresentação
Apresenta-se o sétimo Ebook do projeto Escrita em 3

ciclos. Este significativo recurso de leitura digital resulta de um
produtivo trabalho colaborativo e de articulação curricular,
entre professores de quatro ciclos de ensino do Agrupamento
de Escolas de Resende.
Turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico

participaram na criação de histórias originais, sob a supervisão
do(a) professor(a) de Português, no ano letivo de 2017/2018 e
as turmas da educação pré-escolar realizarem a ilustração das
cinco histórias, em 2018/2019, tornando os seus pequenos
autores grandes escritores e criativos ilustradores.
O presente Ebook, fortalecido na criação textual

inovadora e na promoção das literacias da leitura, da escrita,
gráficas e digitais, surge da utilização de diversificadas e
motivadoras estratégias de aprendizagem, sendo os docentes
abraçados pelo pensamento de Albert Einstein: «A tarefa
essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de
conhecer».
Muitos parabéns, a todos os envolvidos neste proficiente

projeto coletivo!
A Máquina dos chocolates
Um dia, a Máquina dos Chocolates, posicionada

no local central da escola, decidiu ganhar vida! Ela
estava cansada da sua tarefa diária: receber dinheiro,
dar chocolates e dar o troco; receber dinheiro, dar
chocolates e dar o troco; receber dinheiro, dar
chocolates e dar o troco…
– Uiii... – disse a Máquina – acho que vou pregar

uma partidinha, no final do dia! Preciso de relaxar um
bocadinho…
************************************
Após um merecido momento de descanso, a
Máquina dos chocolates decidiu convidar uma amiga, a
Máquina das Frutas, enviando-lhe uma mensagem por
correio eletrónico.
“Querida amiga, Clementina:

Espero que te encontres bem e que estejas a
divertir-te no Centro Comercial “Frutaria”. Deves estar
a fazer muito sucesso!
Escrevo para te dizer que estou estafada de
receber dinheiro, dar chocolates e dar o troco. Os
alunos são exigentes e não me dão sossego. Por isso,
queria pedir-te que me ajudasses a pregar-lhes uma
partidinha, até ao final do dia.
Espero ansiosa pela tua chegada.
Beijinhos,
Cacau”
Pouco tempo depois, a Clementina surgiu muito

feliz e elegante na escola. Trazia consigo grandes
cestos, com belos frutos coloridos e suculentos. Estes
faziam crescer água na boca, só de olhar para eles!
Entretanto, as duas amigas abraçaram-se
calorosamente e, durante alguns instantes, pensaram
numa brincadeira que ajudasse a Máquina dos
Chocolates, que sensibilizasse a comunidade
educativa a adotar hábitos alimentares saudáveis.
Pensaram, dialogaram e decidiram…
– Eu ofereço um chocolate, a quem te comprar

fruta – declarou a Cacau.
– Está combinado! – consentiu a amiga
Clementina. – Mas, para não haver batota, em vez de
dinheiro, recebes o meu recibo, dás os chocolates e
não dás trocos. Isso vai poupar-te e ajudar os alunos.
Ambas tiveram de escrever um pequeno aviso,
que foi lido pelo senhor Diretor da escola, onde se
comunicava a presença de uma nova máquina no
estabelecimento de ensino. A comunicação foi
recebida, por todos, com muita surpresa e inquietação.
Após o toque da campainha, todos compareceram no
belíssimo átrio da escola, para conhecer a nova
atração. Num primeiro momento, a maioria ficou
extática com aquilo que os seus olhos viam, mas,

instantaneamente, criou-se um sussurro coletivo que
não fazia adivinhar o que ia acontecer a seguir.
************************************
Na Máquina dos Chocolates estava escrito, a
letras grandes e bem enfeitadas, «Quero meninos
saudáveis».
Então, as duas máquinas uniram-se numa só. Esta
projetava-se num enorme paralelepípedo, erguido no
topo do belo átrio. Em cada vértice, estavam os puzzles
que formam a roda dos alimentos. Das suas faces, caía
água em repuxo e era lançado um fruto saboroso, na
mão de quem a utilizasse.
Impunha-se um novo reino, com um objetivo:

melhorar a alimentação de toda a comunidade escolar.
Desde aí, as crianças habituaram-se àquela
Máquina. Ao utilizá-la, recebiam um chocolate
cremoso, de fruta fresca e saborosa, chamado
Chocafruta e, simultaneamente, aguardavam com
ansiedade um brinde, que referia uma dica para o
cumprimento de uma boa alimentação.
De mão em mão, circulavam na escola,

quadradinhos de Chocafruta que faziam as delícias das
crianças e que conquistavam o paladar de quem não
apreciava a fruta.
Este conteúdo era protegido por um papel radioso
que despertava a descoberta de novos sabores vindos
de países longínquos, não esquecendo os produzidos
na nossa região.
Cada Chocafruta espelhava, em linha reta, oblíqua,
perpendicular... o desenho de um menino orgulhoso.
História iniciada pela turma 7A, continuada pela 5B e concluída pela R1,
em 2017/2018. Ilustrada pela turma JIR3, em 2018/2019.
A Menina Irrequieta
Era uma vez uma menina muiiiiito irrequieta. Ela

andava no quinto ano de escolaridade. Na sua turma,
composta por vinte e dois alunos, era ela quem se
destacava mais…
Certo dia, logo de manhã, a professora notou que
na sua sala estava uma caixinha com a tampa furada.
De imediato, deduziu que se tratava de uma caixinha de
bichinhos-da-seda, esquecida por alguém. Porém, ao
abrir a caixa, soltou um graaaaaande grito:
– Aiiii!
************************************
A menina, que estava a espreitar pela porta,

desatou a rir e fugiu para o recreio, de imediato.
A senhora Professora viu o vulto de alguém, mas

não se apercebeu de quem se tratava e decidiu chamar
um funcionário, para que a ajudasse.
Como a sala ficava no rés do chão da escola, a
rapariga teve a ideia de entrar pela janela aberta, para
recolher todas aquelas pequenas criaturas dentro da
caixa e levá-las consigo. E assim fez.
Entretanto, a senhora Professora entrara na sala,
acompanhada por um senhor. Iniciaram as buscas,
mas debalde!
– O quê?! Mas elas estavam todas aqui?!... –
espantou- se a Professora.
– Tem a certeza daquilo que viu? Não estou a
entender! – interrogou o homem.
A senhora Professora ficou muito nervosa e

atordoada e o funcionário Augusto achou por bem
levá-la ao bar, para beber um copo de água com
açúcar, de modo a que se acalmasse.
Enquanto isto, a Menina voltou a entrar na sala,
pela janela, e espalhou novamente os bicharocos, por
toooda a sala, e retirou-se.
Nesse momento, o senhor Diretor, que estava à

varanda do seu gabinete, assistiu à fuga da rapariga.
Imediatamente, decidiu chamar o responsável pelo
pavilhão do 5.º ano, a fim de descobrir quem tinha
infringido tal reegra.
O funcionário entrou na sala em causa, para

fechar a janela, e constatou que havia uma pulseira no
chão com o nome “Sandra”.
********************************************
Reparou, também, que por ali andavam ratos

bebés, de um lado para o outro. O funcionário Augusto
ficou muito surpreendido. Fechou a porta e dirigiu-se,
apressadamente, ao gabinete do senhor Diretor, para
lhe contar o que tinha visto. Ambos sabiam que havia
uma menina, na escola, que andava a fazer
brincadeiras de mauuu gosto! Desconfiaram logo que

era a Sandra.
O senhor Diretor mandou-a chamar ao respetivo

pavilhão.
Ela chegou, cabisbaixa, muuuito séria e com um
ar deveras comprometido.
O senhor Diretor perguntou-lhe se tinha sido ela a
colocar os bicharocos na sala do 5.º ano.
– Nãaao – sussurrou, com medo.
– Não adianta negares! – interrompeu o senhor
Diretor. Eu vi-te entrar pela janela.
Ao ser confrontada com a realidade, ela assumiu e
pediu desculpa pela situação desagradável que tinha
provocado.
O senhor Diretor chamou a mãe à escola e contou-

lhe o sucedido. Também lhe disse que tinha decidido
aplicar-lhe um castigo de suspensão das aulas, durante
uma semana.
A mãe ficou surpreendida e envergonhada com o

comportamento da filha e concordou com o castigo.
No final do dia, quando a Sandra chegou a casa, a

mãe chamou-a e disse:
– Menina, temos de ter uma conversa!
A Sandra ficou imóvel, à espera do que a mãe lhe
iria dizer.
– Já seei o que andaste a aprontar na escola. Hoje,
o senhor Diretor chamou-me lá, para me dar
conhecimento do disparate que fizeste e para me dizer
que vais ter uma semana de suspensão. Durante esse
tempo, terás de realizar todas as tarefas domésticas
que eu te destinar. É óbvio que não verás televisão e
também ficas proibida de fazer qualquer tipo de jogos.
Ela ouviu a mãe em silêncio e, humildemente,
acatou a sua decisão.
Passada aquela semana, a Sandra regressou à

escola, completamente transformada. Ao vê-la, todos
sussurravam:
– Ela aprendeu a lição! Nem parece a
meeeesma!...
História iniciada pela turma 7?, continuada pela 5E e concluída pela R2,
em 2017/2018. Ilustrada pelas turmas JIR1 e JIR5, em 2018/2019.
Aracnofobia
Hoje, sinto-me particularmente estranha… Acordei

com a sensação de ter ganhado uma coragem
enoooorme: ver-me ao espelho! Sim! Pois…mas ainda

não disse quem sou! Sou uma aranha, feia, castanha,
peluda e vejo mal. Para além disso, sofro de
aracnofobia! Tenho um medo horrível de aranhas como
eu: feias, castanhas e peludas…
******************************************
Mas eu não posso ter medo de mim mesma! Não

posso temer os seres que pertencem à mesma espécie
que eu. Quando vejo uma aranha, seja grande ou
pequena, peluda ou com menos pelos, sinto-me
ansiosa, com tonturas, tremores e sensação de asfixia.
Eu tenho pânico a essas criaturas medonhas!
Apesar de sermos bichinhos feios, também temos
atributos inigualáveis! A paciência, a capacidade de
trabalho e a minúcia são qualidades que não nos
faltam.
Quem consegue fazer uma teia tão perfeita e de
fios finíssimos? E não pensem que, pelo facto de os
fios serem fininhos, a teia é menos resistente! É claro
que esse trabalho todo não é em vão! Vai servir para
aprisionar insetos que saciarão a minha fome!
Não há razão para eu sofrer de tal pavor. Sabem o
que vou fazer? Enfrentar o meu medo. Nada melhor do
que olhar de frente o inimigo, ou será amigo? Depois
de ultrapassar o meu problema, seremos todas amigas.
Está um lindo dia primaveril! Vou passear pelos

campos verdejantes… Oh! Tantas aranhas!
**********************************
Quando vi aquelas aranhas, fiquei apavorada e fui-

me esconder atrás de um arbusto. Mas isto não deu em
nada, pois comecei a sentir aquelas sensações
esquisitas.
Não tinha visto que, atrás de mim, estava outra
aranha, enorme, escura, que metia muito medo! Fiquei
tão assustada ao vê-la tão perto de mim, frente a frente,
olhos nos olhos. Depois de algum tempo a tremer, que
nem varas verdes, com ela sempre a olhar para mim,
pensei em fazer algo. Falar com ela? Fugir? Não
consegui, o meu pavor foi maior que a minha coragem.
Parecia presa ao chão.
Ela pressentiu o meu medo e, devagarinho, para
não me assustar, disse:
– Está tudo bem?
– Euuuuu estooooou!
– Não te faço mal. És nova aqui, não te conheço!
– Euu souuu a Tateia. Vivo naqueeela couve, na
horrrta.
– Eu sou a Aranhiça. Vem conhecer as outras

aranhas...
– Nãooo! Eu nãoooo...
Depois de algum tempo de diálogo, apercebi-me

de que, afinal, a Aranhiça não metia medo. A sua voz
era calma, os olhos brilhavam de doçura, o seu pelo
era fofo e o sol refletia-se nesta bela aranha. De
seguida, a Aranhiça disse-me que todas as outras
aranhas eram iguais a ela. O medo que eu sentia com
esta aranha já tinha passado, mas com as outras…
Tenho de ir falar com aquelas aranhas. Pode ser
que o meu pavor se cure – pensei eu. – Vou ou não
vou? Conseguirei ou não?
Mas, novamente, o meu pavor venceu a minha
coragem e não consegui. Fugi para minha casa, sem
dizer nada!
No dia seguinte, quando acordei ouvi uma enorme

algazarra. O que seria? Enquanto me arrumava, ouvi
uma alegre canção, parecia que falava de amizade.
Comecei a ficar desconfiada e abri a porta. Vi muitas
aranhas e, entre elas, estava a Aranhiça.
– O queee seee passaaaa aqui? – perguntei eu.
– Nós queremos ser tuas amigas. Não precisas de
ter medo de aranhas iguais a ti.
As outras aranhas apresentaram-se. Para ficar a
conhecer melhor o seu meio, as aranhas Matematic,
Ambiental e Prof ensinaram-me tudo sobre o que
existia naquele campo, os lugares onde viviam, o que
faziam, como se divertiam…
– Não precisas de ficar com pavor. Podemos ser
feias, grandes e horríveis, mas, cá por dentro, somos
todas simpáticas – disseram elas.
– Acho que vocês me ensinaram uma coisa. Não

se pode avaliar uma aranha pelo seu aspeto, sem
sabermos se essa aranha é boa ou má.
Graças às minhas amigas, consegui perder a
minha fobia. Agora, já consigo comunicar com outras
aranhas, porque percebi que todas são adoráveis!
História iniciada pela turma 7B, continuada pela 5C e concluída pela

SC2, em 2017/2018. Ilustrada pela turma JICE1, em 2018/2019.
A Youtuber
Era uma vez uma menina chamada Sofia, uma

youtuber muito social e confiável. A Sofia tinha muitos
amigos e o seu canal de Internet era muito famoso. Era
um verdadeiro sucesso, por isso, havia um colega,
também youtuber, mas pouco conhecido, que não
gostava nada, nada dela. A inveja de Steve era de tal
forma exagerada que decidiu tomar medidas drásticas.
*******************************************
Certo dia, o Steve reparou que a Sofia estava a
gravar um vídeo de Minecraft com vários amigos,
entrou no seu servidor como hacker e tentou destruir-
lhe a conta. A Sofia procurou escapar do server, mas
não teve hipótese, pois, num piscar de olhos, o
computador apagou e com ele foram-se os dados.
A Sofia, aflita, pegou no tablet e viu se o canal

estava apagado. De repente, recebeu um telefonema
anónimo e, com coragem, decidiu atender. Do
telemóvel, saiu uma voz grossa que disse o seguinte:
– Sofia, estou a um clique de destruir toda a tua
vida social!
A Sofia, soluçando, pediu ao desconhecido que

não fizesse isso, comprometendo-se a aceitar
quaisquer condições que lhe fossem impostas. A voz

hesitou e respondeu:
– Diz a todos os teus subs para se inscreverem na
conta https://www.youtube.pt/Stevelike_br, que é o
canal do meu amigalhaço, e nada te acontecerá.
*****************************************
Dito isso, a Sofia respondeu, prontamente, que

não iria fazer nada do que esse desconhecido lhe
estava a ordenar. Entretanto, descobriu que o autor do
telefonema anónimo era o Steve.
Então, ligou para um advogado seu amigo e pediu-

lhe que a defendesse em tribunal. Ele aceitou.
Depois de vários meses de luta contra esse

youtuber invejoso e malvado, lá se conseguiu provar o
crime de violação de privacidade e de tentativa de
destruição da vida social da Sofia. O Steve foi obrigado
a pagar uma indemnização à vítima e a prestar serviço
comunitário, na escola onde estudava, durante seis
meses.
A Sofia continuou uma youtuber bem-sucedida. O

Steve, arrependido, pediu-lhe desculpa. Tornou-se uma
pessoa diferente e passou a ter mais sucesso com o
seu canal.
História iniciada pela turma 7?, continuada pela 5D e concluída pela R3,
em 2017/2018. Ilustrada pelas turmas JICESC1 e 2, em 2018/2019.
Um Natal muito especial
Há muito tempo, num país longínquo, chamado

Lapónia, vivia uma família numerosa, com cinco
crianças. Estas crianças eram muito alegres,
divertidas, corajosas e aventureiras. Gostavam muito
da época natalícia e o seu maior desejo era conhecer a
oficina do Pai Natal, onde ele guardava o seu trenó, os
seus engenhos e as prendas que lhe solicitavam.
Decidiram escrever uma carta ao Pai Natal, pedindo-lhe
que lhes apresentasse a sua oficina, as suas renas, os
seus ajudantes, o seu trenó e as suas encomendas.
*******************************************
A quadra natalícia aproximava-se, as crianças
sorridentes pensavam na festa maravilhosa que iriam
viver em suas casas, mas todas desejavam conhecer o
Pai Natal, então reuniram-se, pegaram numa caneta e

escreveram:
Lapónia, 7 de dezembro de 1902

Querido Pai Natal,
Somos um grupo de crianças que adora passar o

Natal em família. Gostamos de conviver, receber
prendas, brincar, dialogar, partilhar, estar à lareira, mas
a melhor prenda seria conhecer-te, visitar a oficina, o
trenó, o lugar onde guardas as prendas…
Será que não é muito incómodo visitar a tua
oficina, as renas, ai as renas! Temos tanta curiosidade
de lhes tocar, estar perto delas, são tão encantadoras!
Tu és muito importante para nós, estamos ansiosos
que chegue o dia 24 de dezembro para recebermos a
tua visita! Os embrulhos já estão todos feitos? Não
esqueças as crianças mais pobrezinhas, pois os
olhinhos delas brilhariam de alegria se recebessem
uma prendinha!
Esperamos ansiosamente a tua resposta.
Um grande abraço e até breve.
Os cinco irmãos
P.S. Agradecíamos que respondesses o mais

rápido possível, dizendo o local e a data do nosso
encontro.
*****************************************
As crianças sentiram-se satisfeitas e muito felizes,

depois de terem enviado a carta, e esperavam,
ansiosamente, a sua resposta.
Alguns dias mais tarde, chegou a tão ansiada

missiva que dizia assim:
Lapónia, 20 de dezembro de 1902
Queridos amiguinhos
Foi com muito gosto que li e reli a vossa carta e
quero dizer-vos que tenho muito gosto em receber-vos
na minha casa.
Como sabem, nesta altura do ano é um pouco
difícil ter algum tempo disponível, pois tenho milhões e
milhões de prendas para terminar e distribuir,
atempadamente, pelas crianças do mundo inteiro. No
entanto, ficam desde já convidados a visitarem a minha
casa, a minha oficina e conhecerem as minhas renas.
A melhor época será logo a seguir ao dia de Reis
(em Espanha os presentes só são distribuídos no Dia
de Reis e ainda terei muito trabalho até lá). Estarei
inteiramente disponível para vos proporcionar um dia
de muita alegria e de muita magia, pois, como vocês
foram bons meninos durante todo o ano, além de
poderem tocar nas minhas renas, vão também poder
dar uma voltinha pelo céu estrelado no meu trenó.
Penso que o melhor local para nos encontrarmos

será no adro da Igreja Matriz de S. Martinho de Mouros,
no dia 8 de janeiro pelas 14 horas.
Antes de partirmos queria visitar a vossa
belíssima e antiga Igreja Românica e de imediato
voaremos até à minha humilde mas alegre casinha.
Um abraço natalício e até breve, muito breve!
Divirtam-se e sejam muito felizes
O Amigo Pai Natal
As crianças, comovidas, choraram de emoção…

iam poder realizar o sonho das suas vidas!
História iniciada pela turma 7D, continuada pela 5C e concluída pela

M4, em 2017/2018. Ilustrada pela turma JIR2 e JIR4, em 2018/2019.

Escrita em 3 ciclos e ilustrações da educação pré-escolar

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Textos de turmas do 1.º, 2.º e 3.

Ilustrações de turmas da ed. pré-escolar

Escrita em três ciclos

Agrupamento de Escolas de Resende

Escrita em três ciclos

Orientação dos trabalhos discentes

Colaboração: Anabela Silva, António Azevedo, António Marques,

Coordenação: Francisco Magalhães, Maria Alice Colaço e Minervina Dias

Agrupamento de Escolas de Resende, janeiro de 2019

. A Máquina dos chocolates.……………………….….... 4

. A Menina Irrequieta ….…………………………………... 9

. Um Natal muito especial ………………………………...

Apresenta-se o sétimo Ebook do projeto Escrita em 3

Turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico

O presente Ebook, fortalecido na criação textual

Muitos parabéns, a todos os envolvidos neste proficiente

A Máquina dos chocolates

Um dia, a Máquina dos Chocolates, posicionada

– Uiii... – disse a Máquina – acho que vou pregar

“Querida amiga, Clementina:

Pouco tempo depois, a Clementina surgiu muito

– Eu ofereço um chocolate, a quem te comprar

extática com aquilo que os seus olhos viam, mas,

Impunha-se um novo reino, com um objetivo:

De mão em mão, circulavam na escola,

Era uma vez uma menina muiiiiito irrequieta. Ela

abrir a caixa, soltou um graaaaaande grito:

A menina, que estava a espreitar pela porta,

A senhora Professora viu o vulto de alguém, mas

A senhora Professora ficou muito nervosa e

toooda a sala, e retirou-se.

Nesse momento, o senhor Diretor, que estava à

infringido tal reegra.

O funcionário entrou na sala em causa, para

Reparou, também, que por ali andavam ratos

brincadeiras de mauuu gosto! Desconfiaram logo que

O senhor Diretor mandou-a chamar ao respetivo

O senhor Diretor chamou a mãe à escola e contou-

A mãe ficou surpreendida e envergonhada com o

No final do dia, quando a Sandra chegou a casa, a

Passada aquela semana, a Sandra regressou à

Hoje, sinto-me particularmente estranha… Acordei

enoooorme: ver-me ao espelho! Sim! Pois…mas ainda

Mas eu não posso ter medo de mim mesma! Não

Está um lindo dia primaveril! Vou passear pelos

Quando vi aquelas aranhas, fiquei apavorada e fui-

– Eu sou a Aranhiça. Vem conhecer as outras

Depois de algum tempo de diálogo, apercebi-me

No dia seguinte, quando acordei ouvi uma enorme

– Acho que vocês me ensinaram uma coisa. Não

História iniciada pela turma 7B, continuada pela 5C e concluída pela

Era uma vez uma menina chamada Sofia, uma

A Sofia, aflita, pegou no tablet e viu se o canal

A Sofia, soluçando, pediu ao desconhecido que

quaisquer condições que lhe fossem impostas. A voz

Dito isso, a Sofia respondeu, prontamente, que

Então, ligou para um advogado seu amigo e pediu-

Depois de vários meses de luta contra esse

A Sofia continuou uma youtuber bem-sucedida. O

Um Natal muito especial

Há muito tempo, num país longínquo, chamado

Pai Natal, então reuniram-se, pegaram numa caneta e