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AmandaCriskollenAmaral Silva
MarianniMicaely Leite de Carvalho¹
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Valdicélio Martins dos Santos
RESUMO
INTRODUÇÃO
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O presente trabalho justifica-se a partir das vivências propostas pelo
curso de Pedagogia-UNIVALE, através do estágio curricular em Educação
Infantil,bem como do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
–PIBID, em que pudemos perceber o quanto o brincar é inerente à formação e
desenvolvimento das crianças. A partir de observações participantes e dos
estudos relacionados à Sociologia da Infância ficamos curiosas e instigadas a
pesquisar sobre o brincar visto como atividade séria e não apenas como um
passatempo.
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As duas turmas são de duas escolas diferentes. Sendo uma particular e uma municipal, ambas
pertencentes a cidade de Governador Valadares. Não usaremos nomes para descrever as escolas.
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Principais autores dessa pesquisa.
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práticas vivenciadas com a Sociologia da Infância e o brincar, de modo que o
estudo nos permita compreender melhor os fenômenos que ocorrem durante
as brincadeiras.
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preciso separar as crianças dos adultos.Latour (1993) sugere que a infância
sejavista como uma coleção de ordens sociais competitivas ou conflituosas.
Corsaro (1997) traz a ideia dos trabalhos desenvolvidos a partir das culturas
infantis, e Sarmento (2005) propõe-nos o pensamento da Sociologia da
Infância a partir da percepção da criança como sujeito protagonista em seu
processo de interação. Os dois últimos autores são aqueles em que
pautaremos as maiores discussões para este trabalho.
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Autor pesquisador das culturas infantis.
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expectativas enquanto atores sociais. Desse modo, ressalta-se uma diferença
entre criança e infância, sendo que as crianças existem e fazem parte da
estrutura demográfica, já a infância está relacionada a uma construção social,
em que se enquadram os aspectos mais uniformes e homogêneos,
psicológicos, afetivos, físicos e morais dos indivíduos nela inseridos,
caracterizando essa fase. (SARMENTO, 2005)
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Além disso, os autores da infância começaram a perceber a criança no
âmbito social, interpretando-a nas suas interações estabelecidas com outras
crianças, consigo mesma e como mundo dos adultos.
Nesse prisma, a criança que interage com outros sujeitos cria sua
própria construção no mundo e sua identidade pessoal e social. Quando a
criança se relaciona com outro sujeito, ela se transforma através da
experiência, mas ao mesmo tempo os que se relacionam com ela também se
modificam. Assim, torna-se importante estudar a criança ouvindo suas próprias
vozes, defendendo suas culturas e suas relações sociais.
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crianças e adultos. (SARMENTO, 2005, p. 365 apud SILVA; RAITZ;
FERREIRA, 2009, p.78.)
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nesse viés que pautaremos as discussões da próxima seção, em que
mostraremos o processo de atuação das crianças em uma Instituição de
Educação Infantil e como percebemos a influência da Sociologia da Infância
nesse campo, a partir do brincar das crianças.
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Estágio obrigatório proposto pelo curso de Pedagogia da Universidade Vale do Rio Doce –
UNIVALE, em que foram realizadas 70hs obrigatórias em uma instituição de Educação Infantil.
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Programa Institucional de Iniciação à docência do curso de Pedagogia UNIVALE,
proporcionado pela Capes.
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Sarmento (2004) nos mostra que a criança aprende por meio do brincar
e divide as relações com o brincar em eixos9. Para essa análise, pautaremo-
nosem destacar o eixo da ludicidade como traço fundamental para as
compreensões das culturas infantis pelo fato deele oferecer uma relação social
e cultural do brincar.
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A interatividade, ludicidade, fantasia do real e reinteração.
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Segundo o autor, é através das brincadeiras que as crianças vão se
encontrando no mundo e, para elas, o brincar é coisa séria, pois o brincar é um
dos primeiros elementos que caracterizam a cultura da infância. Por meio da
cultura das crianças podemos conhecê-las, e, ao realizar essas atividades
lúdicas, elas nos mostram muito do que são e quem são.
Notamos a partir das leituras dos diários de campo, que foi desenvolvida
uma atividade e exibido um vídeo sobre a água para as crianças e, depois, elas
representaram, em forma de desenho, os conhecimentos adquiridos. Nessa
atividade,percebemos as crianças como sujeitos produtores de sua própria
cultura. Uma criança desenhava uma mão, quando foi questionada;
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Optou-se por não revelar o nome dos envolvidos: estagiárias, crianças e professoras.
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Nota-se que as crianças precisam ter espaço para expor seus
pensamentos, sentimentos e até mesmo suas frustrações. Aludindo a isso, a
Sociologia da Infância aponta que as escolas precisam compreender os
infantes como sujeitos pertencentes à sociedade, tendo o brincar como
instrumento necessário para seu desenvolvimento.
Vale ressaltar ainda que a brincadeira para a criança é coisa séria e não
deve ser vista apenas como um passatempo ou ser usada para mantê-la
distraída. Durante a brincadeira, essase desenvolve, estimula o cognitivo,
aprimora seus sentimentos, sensações, emoções, e estabelece noções entre o
mundo real e seu mundo imaginário. É através das brincadeiras que a criança
recria situações vivenciadas em seu cotidiano que irão ajudá-la a compreender
melhor essas situações do mundo adulto e a ajudar a organizar suas ideias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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expressões culturais que as conecta com o mundo exterior dando visibilidade
as suas vozes de forma ativa.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Nair Correia Salgado de; SOUZA, Taisa Palma de. “Brincar é
coisa séria!”- as contribuições da sociologia da infância para a compreensão
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da brincadeira na educação infantil. Colloquium Humanarum, Presidente
Prudente, v. 14, n. 1, p.31-39 jan/mar 2017. DOI: 10.5747/ch.2017.v14.n1.h291
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