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Instruções:
Em baixo são apresentadas várias afirmações que descrevem os medos que muitos
rapazes e raparigas têm. Lê cada uma cuidadosamente e põe um X na coluna que
melhor descreve o teu medo (Nenhum, Algum, Muito). Não existem respostas certas
ou erradas. Lembra-te, procura a palavra que melhor descreve a intensidade do teu
medo.
Técnico:
INVENTÁRIO DE MEDOS PARA CRIANÇAS (FSSC - R)
(Adaptado do Fear Survey Schedule for Children Revised de Ollendick, 1983)
Introdução
Objectivos
Esta escala foi elaborada com o objectivo de avaliar alguns dos medos mais comuns
em crianças, sendo o medo uma reacção emocional mais ou menos intensa perante
um perigo especifico, real ou imaginário.
Fornece informação sobre as respostas a um grande leque de objectos e situações,
permitindo, por exemplo, discriminar crianças com fobia escolar de crianças normais
com base nos resultados totais. Revelou-se útil tanto para o diagnóstico inicial como
para avaliar os resultados de intervenção.
1
Gullone, E. (1998). “Medos normais em crianças e adolescentes”, Revista Portuguesa de Pedagogia, Ano XXXII, nº
2, 35-58
2
Tem surgido muitas vezes a dúvida se as raparigas apresentam efectivamente mais medos ou, se por determinantes
culturais, os rapazes se sentem mais constrangidos a ocultar ou a não reconhecer os seus medos, o que significa que
elas podem verbalizar mais e maiores medos, sem isso significar maior sofrimento emocional.
Descrição do Instrumento
Na presente versão portuguesa, a escala contém 74 itens e a criança avalia o seu nível
de medo para cada item numa escala de 3 pontos (nenhum, algum, muito). Fornece um
resultado total de medo e o resultado de cinco factores: Medo de insucessos e críticas; Medo
do desconhecido; Medo de acidentes e pequenos animais; Medo de perigo e da morte; Medos
médicos.
A escala aplica-se a crianças e adolescentes entre os 7 e os 18 anos e destina-se a ser
preenchida pela própria criança, o que é possível ser feito mesmo pelas mais pequenas, pois
os itens são apresentados numa linguagem muito simples.
Cotação do Itens
Atribui-se um ponto quando responde nenhum, dois para algum e três para muito.
Para determinar a intensidade dos medos de cada factor some todos os itens que pertencem a
esse factor. Para determinar a intensidade total some todos os factores. Para determinar a
frequência conte o número de itens cotados com 3 em todos os 5 factores.
Insucesso e críticas: 1, 3, 5, 14, 15, 19, 24, 28, 29, 31, 38, 40, 42, 44, 46, 48, 54, 61, 63, 64,
65, 66, 69.
Desconhecido: 2, 6, 9, 13, 17, 36, 37, 45, 49, 53, 56, 57, 60, 62, 67, 68, 71, 74.
Acidentes e pequenos animais: 4, 7, 11, 16, 18, 25, 27, 30, 32, 33, 35, 39, 43, 47, 50, 52, 55.
Perigo e morte: 10, 12, 20, 23, 26, 34, 41, 58, 59, 70, 72, 73.
Medos médicos: 8, 21, 22, 51.
Dados Psicométricos
Vários estudos apontam para uma boa consistência interna, boa fidelidade e boa
validade, bem como para uma estrutura factorial estável em diferentes amostras, idades e
países (Ollendick, 1983; Ollendick e tal., 1989; Yule e tal., 1911). Um estudo sobre a versão
da FSSC-R com mais de 17 itens aplicada a uma amostra portuguesa corrobora a boa
consistência interna (alpha de Cronbach = .94), mas sugere que a solução de 5 factores
poderá não ser adequada para a população portuguesa, propondo apenas um factor de medo
geral (Fonseca, A., 1993)3.
Apresenta correlações modestas com a Escala de Ansiedade Manifesta para Crianças
r(40)= 44 e com a Escala de Neuroticismo do EPQ r(101)= 26. Em contraparida, as correlações
com as restantes escalas do EPQ-Júnior são baixas e não são significativas.
Esta escala está positivamente correlacionada (.50) com a escala A-traço da STAIC e
negativamente correlacionadas com o auto-conceito e com o locus de controlo interno nas
raparigas, não tendo sido encontradas correlações significativas no caso dos rapazes
(Ollendick, Matson & Helsel, 1985).
Dados normativos
Os dados disponíveis sobre a população portuguesa referem-se aos resultados de um
estudo já referido anteriormente (Fonseca, A., 1993), sobre a aplicação de uma versão
modificada da FSSC-R. segundo este estudo:
• As raparigas apresentam médias de medo mais elevadas que os rapazes.
• A média de medos das crianças portuguesas é claramente superior à das
crianças americanas e australianas (cujos dados nos têm servido de norma,
por falta de dados para a população portuguesa) – isto pode dever-se ao facto
da amostra portuguesa incluir grande número de crianças de meios rurais.
• As crianças de meios rurais apresentam mais medos que as crianças de meios
urbanos.
• Os medos mais frequentes são:
Dados Normativos
A partir de “Fears in Children and Adolescents: Reability and Generalizability across Gender,
Age and Nationality” by T. H. Ollendick, N. J. King and R. B. Frary, 1989, Behaviour Research
and Therapy, 27, 19-26.
Registe 1 (Nenhum), 2 (Algum) e 3 (Muito) para cada item. Para determinar a intensidade dos
medos em cada factor, some todos os itens que pertencem a esse factor. Para determinar a
intensidade total, some todos os factores. Para determinar a frequência, conte o número de
itens contados com três em todos os factores.
Insucesso e Críticas:
1– 15 - 29 - 42 - 54 - 65 -
3– 19 - 31 - 44 - 61 - 66 -
5– 24 - 38 - 46 - 63 - 69 -
14 - 28 - 40 - 48 - 64 - Total
Desconhecido:
2– 13 - 37 - 53 - 60 - 68 -
6– 17 - 45 - 56 - 62 - 71 -
9- 36 - 49 - 57 - 67 - 74 –
Total
Medos Médicos:
8– 22 -
21 - 51 - Total
Intensidade Total